UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA DISCIPLINA: IMUNOLOGIA CURSO: FARMÁCIA
HIPERSENSIBILIDADE TIPO I
São Luís - MA 2010
Ana Clara Rodrigues Gomes
HIPERSENSIBILIDADE TIPO I Relatório apresentado à disciplina Imunologia da Universidade Federal do Maranhão para de nota. Professora Dra. Geusa Bezerra.
São Luís-MA 2010
1 INTRODUÇÃO Hipersensibilidade se refere às reações excessivas produzidas pelo sistema imune. Reações de hipersensibilidade requerem um estado présensibilizado (imune) do hospedeiro. Reações de hipersensibilidade podem ser divididas em quatro tipos: tipo I, tipo II, tipo III e tipo IV - baseados nos mecanismos envolvidos e no tempo levado para a reação. Hipersensibilidade tipo I é também conhecida como imediata ou hipersensibilidade anafilática. Hipersensibilidade imediata é mediada por IgE. O componente primário celular nessa hipersensibilidade é o mastócido ou o basófilo. A reação é amplificada e/ou modificada por plaquetas, neutrófilos e eosinófilos. Uma biópsia do local da reação demonstra principalmente mastócitos e eosinófilos. A reação pode envolver pele (urticária e eczema), olhos (conjuntivite), nasofaringe (rinorréia, rinite), tecidos broncopulmonares (asma) e trato gastrointestinal (gastroenterite). A reação normalmente leva 15 a 30 minutos para o período de exposição ao antígeno, embora, às vezes, possa ter início mais demorado (10 a 12 horas). Hipersensibilidade imediata é mediada por IgE. O componente primário celular nessa hipersensibilidade é o mastócido ou o basófilo. A reação é amplificada e/ou modificada por plaquetas, neutrófilos e eosinófilos. Uma biópsia do local da reação demonstra principalmente mastócitos e eosinófilos. O mecanismo da reação envolve produção preferencial de IgE, em resposta a certos antígenos (alérgenos). IgE tem elevada afinidade por seu receptor em mastócitos e basófilos. Uma exposição subsequente ao mesmo alérgeno faz reação cruzada com IgE ligado a células e dispara a liberação de várias
substâncias
farmacologicamente
ativas
(histamina,
triptase,
cininogenase). Ligação cruzada do receptor Fc (porção constante) de IgE é importante para a estimulação de mastócitos.
Figura
1
A reação é amplificada por PAF (fator ativador de plaquetas) que causa agregação plaquetária e liberação de histamina, heparina e aminas vasoativas. Fator quimiotáctico eosinofílico de anafilaxia (ECF-A) e fatores quimiotácticos de neutrófilos atraem eosinófilos e neutrófilos, respectivamente, que liberam várias enzimas hidrolíticas que provocam necrose. Eosinófilos também controlar a reação local pela liberação de arilsulfatase, histaminase, fosfolipase-D e prostaglandina-E, embora este papel dos eosinófilos seja questionado.
Testes diagnósticos para hipersensibilidade imediata incluem testes de pele (perfuração e intradérmico), (medida de anticorpos IgE totais e anticorpos IgE específicos contra os suspeitos alérgenos. Anticorpos IgE totais e anticorpos IgE específicos são medidos por uma modificação do ensaio imunoenzimático (ELISA). Níveis aumentados de IgE são indicativos de uma
condição atópica, embora IgE deva estar aumentado em algumas doenças não atópicas (ex., mielomas, infecções helmínticas, etc.). Tratamento sintomático é conseguido com anti-histamínicos que bloqueiam receptores de histamina. O início tardio de sintomas alérgicos, particularmente bronco-constrição, que é mediada por leucotrienos, é tratada com bloqueadores de receptores de leucotrieno ou inibidores de cicloxigenase. Alívio sintomático, embora de curta duração, da broncoconstrição é oferecido por broncodilatadores (inaladores) tais como derivados de isoproterenol (Terbutalina, Albuterol). O uso de anticorpos IgG contra as porções Fc (porção constante da hemoglobina) de IgE que se ligam a mastócitos tem sido aprovado no tratamento de certas alergias, visto que bloqueia a sensibilização de mastócitos.
2 OBJETIVOS
Observar a ocorrência da reação de hipersensibilidade tipo I;
Analisar a presença das etapas formadas durante a reação de hipersensibilidade tipo I.
3 METODOLOGIA 3.1 Materiais
Camundongo, luvas de procedimento, tesoura, lâmina para depilação, agulhas, vidro de relógio, água destilada, histamina.
3.2 Metodologia Inicialmente, depilou-se uma pequena porção do camundongo. Em seguida, perfurou-se a região depilada para aplicação de uma gota de histamina.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES Ao fazer a perfuração na região depilada e, depois, a aplicação de uma gota de histamina; observou-se a ocorrência de três etapas. A primeira etapa caracterizou-se por vasodilatação e sangramento; a segunda etapa, pela formação de halos, e a terceira etapa apresentou edema.
5 CONCLUSÃO Diante do exposto, infere-se que a histamina atua como substância vasodilatadora. A constatação da ocorrência das três etapas caracteriza uma situação de normalidade da reação de hipersensibilidade tipo I.
6 REFERÊNCIAS Disponível em: . Acesso em: 7 abril 2011. Disponível
em:
chapter17.htm>. Acesso em: 7 abril 2011. Disponível
em:
. Acesso em: 7 abril 2010.
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