reccor Introdução
Ainda que sabendo-se que a vida não é só trabalho, o dia-a-dia vai-nos demonstrando que este vai invadindo e reduzindo assustadoramente o campo de outras dimensões da condição humana - a família, o social, o cultural e o psicológico. Os níveis de pressão com que somos confrontados no exercício das nossas actividades profissionais são hoje consideravelmente maiores, sendo-nos requerido que façamos cada vez mais e melhor e, se possível, em menos tempo. Particularmente para si, de quem a empresa espera que atinja resultados, através de uma rentabilização máxima dos recursos básicos que tem à sua disposição - as pessoas e o tempo - os padrões de exigência são a cada hora mais elevados. A questão que se lhe coloca, então, é a de como consegui-Io, continuando o dia a ter as mesmas 24 horas. A resposta parece incontornável: planeando de forma mais eficiente e profissional o seu trabalho e o dos que consigo fazem equipa; seleccionando de forma equilibrada as tarefas qualitativas - as que requerem tempo para a reflexão - e as quantitativas - as que têm de ser feitas em grande quantidade e num curto espaço de tempo; separando criteriosamente as actividades urgentes das importantes. Nos tempos que correm, o amadorismo e o bom senso já não são, a maior parte das vezes, suficientes para ultrapassar as inúmeras dificuldades com que se depara. A posse de um conjunto de competências técnicas e a utilização de "ferramentas" práticas de trabalho são, cada vez mais, condições imprescindíveis para o êxito de qualquer profissional, nesta difícil missão que é a de gerir eficazmente o tempo.
4 Questões primordiais
11 É possível
gerir o tempo?
21 Como
gasta o tempo do seu dia?
31 Quais
as etapas para uma boa gestão do tempo?
41Como agir no sentido de gerir bem o tempo?
11 É POSSíVEL GERIR O TEMPO? Ninguém gere o tempo. Não conseguimos colocar as 17 horas antes das 15. 2010 só chega depois de 2009. Gerimos energias, dedicação e esforço. Aquilo a que chamamos gestão do tempo não é mais do que saber colocar mais energia onde é mais importante e colocar menos energia onde é menos importante.
CURSO: ORGANIZAÇÃO
PESSOAL E GESTÃO DO TEMPO
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ctr 21COMO GASTA O TEMPO DO SEU DIA?
%tempoat a irãru~iito
1h
Higiene
1h
Lazer
3h
Sono
7h
Trabalho
12h
I
31 QUAIS AS ETAPAS PARA UMA BOA GESTÃO DO TEMPO?
Planeamento
DE TRABALHO ...
Execução Balai1ço
CURSO: ORGANIZAÇÃO
PESSOAL E GESTÃO DO TEMPO
A fase do Planeamento é uma fase fulcral uma vez que serão criadas as condições para um adequado desempenho diário.
Se falharmos na fase do planeamento, na fase da Execução e perante uma situação de "crise", vai mobilizar enormes quantidades de energia para compensar o tempo perdido.
A fase do Balanço é caracterizada por um gasto de tempo suplementar que origina substancial ganho de tempo no curto e médio prazos.
41 COMO AGIR NO SENTIDO DE GERIR BEM O TEMPO? Adquirir uma visão do conjunto do trabalho a realizar e saber prever as dificuldades provavelmente irão surgir.
que
Determinar as prioridades, isto é, seleccionar as actividades que deverão ser realizadas de imediato e as que poderão aguardar ou ser realizadas em último lugar.
É nesta fase que importa julgue necessário.
gastar a nossa melhor energia e aplicar todo o tempo que se
Prevenção Projectos
com prazos determinados
Actividades Conflito
com clientes importantes
Situações Análise
sobre pressão externa
de conflito com familiares
de resultados
decisivos
de problemas
Planeamento Prospecção
de oportunidades
Fortalecimento
de relacionamentos
Procura de novas formas de actuação Reflexão/avaliação
da forma de actuar
Interromper o trabalho com frequência para atender os outros
Manter-se trabalha
Actividades
Reuniões e discussões e sem motivo
de efeito a curto prazo
Trabalho levado para casa que poderia ser feito no dia seguinte Resposta imediata a todas as Solicitações vindas de terceiros
activo para parecer
Hiperactividade
que
infindáveis
social no trabalho
Arquivo morto Visitas sociais por obrigação
Depois de executadas as tarefas é extremamente importante fazer o Balanço de forma a detectar os possíveis desvios que ocorreram quer no planeamento quer na execução, que se traduzirá, em benefício futuro.
CURSO: ORGANIZAÇÃO
PESSOAl.
E GESTÃO DO TEMPO
facto PORQUE É QUE UM BOM PLANEAMENTO É MUITAS VEZES IGNORADO? Que um bom planeamento garante um melhor resultado não se discute. Contudo, muitas vezes, ainda não lhe é dada a devida atenção.
Possíveis razões: 11CULTURA EMPRESARIAL
o planeamento
é, muitas vezes, considerado uma perda de tempo que exige tempo e dinheiro.
21 ESTRUTURA
DE RECOMPENSA DENTRO DA EMPRESA
Parte-se do princípio que a boa execução de uma tarefa é "evidente" não se dando, por isso, nenhuma atenção especial ao facto: o normal". "é
Um insucesso, pelo contrário, é punido. Esta abordagem pode conduzir a situações em que as pessoas preferem não fazer uma coisa do que tentar fazê-Ia com o risco de falhar.
31 COMBATE
AOS "INCÊNDIOS"
Pode-se comparar com um bombeiro que está permanentemente a apagar os fogos mas não tem tempo para dar atenção à prevenção de incêndios. Acontece que as empresas estão tão ocupadas a corrigir certas situações, ou a manter a sua organização a funcionar, que simplesmente não há tempo para o planeamento.
41 FACTORES INDIVIDUAIS As pessoas não vêem a utilidade do planeamento, não querem gastar tempo com ele, não querem mudar a sua maneira de trabalhar, partem do princípio que não é necessário porque já levaram várias tarefas difíceis a bom termo, não conhecem a técnica, etc.
PREPARAÇÃO
DE UM DIA DE TRABALHO
QUANDO? Manhã? Tarde? Dia anterior? Hora? EM QUÊ? Ficha onde vamos registando as actividades a realizar OQUÊ? Registar o que vamos realizar nesse dia e no dia seguinte e o que não se realizou no dia anterior
CURSO: ORGANIZAÇÃO
PESSOAL E GESTÃO DO TEMPO
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Elaborar uma relação importância.
de tarefas a realizar em função
dos critérios
de urgência
e
Devemos executar em primeiro lugar as tarefas A
As tarefas A são urgentes e importantes, muitas vezes longas e difíceis e normalmente assustam-nos.
Em segundo lugar devemos executar as tarefas B
Por último, as tarefas C não são urgentes nem importantes e têm em comum uma característica: são fáceis e gratificantes pois podem responder a uma necessidade pessoal ou permitir alterar o ritmo de trabalho.
Ninguém gosta de admitir que uma parte do seu dia de trabalho é desperdiçada actividades pouco produtivas.
com
A lista das tarefas C renova-se constantemente e poderemos não ter tempo para as tarefas A
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POia~ .;;.,i~~
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f
ctor RITMO DE TRABALHO
Cada pessoa tem o seu próprio relógio interno que ajuda a definir o seu ritmo de trabalho. Ficar cansado, sentir-se fresco ou voltar a ficar cansado é uma questão muito pessoal. Se quiser trabalhar com eficácia, tente conhecer bem o seu próprio ritmo.
PESSOAS MADRUGADORAS: É o tipo de pessoa que salta da cama nas primeiras horas da manhã, cheia de energia e entusiasmo? Então é muito provável que consiga trabalhar muito, e eficientemente, logo de manhã cedo. PESSOAS NOCTíVAGAS: É, pelo contrário, o tipo de pessoa que só ganha consciência das horas depois do despertador tocar e após vários cafés fortes? Deixe as tarefas difíceis ou as reuniões e encontros importantes para o fim da manhã ou mesmo para a tarde.
Independentemente de ser um dos dois tipos, o seu nível de energia e de performance flutuam ao longo do dia inteiro. Deve descobrir quando é que você funciona optimamente e quando funciona menos bem. Divida o seu dia com base nisso: m
a
Tarefas mais difíceis quando estiver com mais energia Tarefas fáceis ou de rotina ficam para quando estiver mais cansado e sonolento (depois de almoço, por exemplo)
Quem trabalhar todo o dia sem pausas vai ver o seu nível de energia baixar drasticamente noite. Repouse regularmente.
à
TENTE SAIR DO ESCRITÓRIO COM UMA DISPOSiÇÃO POSITIVA É melhor fechar a porta atrás de si com a ideia que afinal fez uma boa quantidade de trabalho, do que fechá-Ia apressadamente porque amanhã ainda vai ter muito que fazer.
CURSO: ORGANIZAÇÃO
PESSOAL E GESTÃO DO TEMPO
c Ficha Informativa
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Autor(a):
Paulo Jorge Pires Ferreira
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Ano de elaboração:
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Destinatários:
r
Objectivos:
2008
Formandos do curso "Organização Pessoal e Gestão do Tempo"
Aplicar as técnicas de organização pessoal e gestão do tempo com vista a optimizar o planeamento das actividades e o cumprimento dos objectivos.
G
Forma de organização
da formação:
Os contributos de experiências e de métodos do Formador são enriquecidos pela troca de opiniões e experiências dos participantes e ilustrados por numerosos exercícios práticos.
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Condições
de utilização:
Estas informações
são para uso exclusivo da Factor H, pelo que não devem ser
fornecidas a pessoas externas á empresa.
"
Bibliografia
• • • •
Byrd, Polly, Gestão do Tempo, Espírito de Negócios Ferriss, Timothy, 4 horas por semana, Casa das Letras Moulinier, René, Como dirigir reuniões, Presença J. Seiwert, Lothar, Como chegar depressa, indo devagar. Centro Atlântico
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PESSOAL E GESTÃO DO TEMPO
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20 Regras de Gestão Pessoal
#1 Agenda No Outlook ou de papel tenha tudo escrito na sua agenda. Um dos erros mais frequentes é colocar na agenda apenas os compromissos com terceiros, como reuniões ou viagens de trabalho, e ter á parte, num caderno, a listagem de tarefas. Deve escrever na agenda o conjunto total de tarefas para o dia seguinte, atribuindo-lhe um tempo de execução. Sem se esquecer de contemplar igualmente um período para resolver imprevistos. Esse espaço temporal deve ser determinado em função das tarefas que desempenha e da quantidade de imprevistos que costumam aparecer.
#2 Definição
de objectivos
Para chegar ao destino, primeiro temos de conhecer o caminho que vamos seguir e saber que recursos usar para atingir essa meta. Devemos escrever os objectivos pessoais e profissionais para os próximos seis meses estabelecer datas concretas para a sua realização. Só assim saberemos se estamos a aplicar bem o nosso tempo. A maioria das pessoas faz a sua vida ao sabor do vento, sem planos predefinidos, desresponsabilizando-se pelo seu percurso.
CURSO: ORGANIZAÇÃO
PESSOAL E GESTÃO DO TEMPO
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A noção de objectivo é, hoje em dia, tão decisiva que todas as nossas acções são guiadas pelas metas que fixamos para nós próprios. Cada vez mais nos é exigido que pensemos em termos de objectivos e que orientemos as nossas condutas para a obtenção de resultados, dentro de prazos previamente estabelecidos. Este exercício que nos é requerido constitui permanentemente a: • Orientar o raciocínio e a acção para o futuro; • Definir exactamente para onde queremos ir; • Estabelecer prioridades.
um
desafio
Como definir objectivos Há cinco requisitos básicos que convém não esquecer. seguramente estará a formular bem os seus objectivos:
Exemplo
R (relevantes)
E (específicos)
M (mensuráveis)
A (alcançáveis)
Se respeitar
reduzir o tempo médio de realização da tarefa ··x"· em 5 minutos o
nº de recla-
mações em 15% a partir do próximo mês
a sigla
REMAR,
promover rorrnaçao profi sstona I (numa área desajustada às necessídades) melhorar a qualidade
melhorar. tanto Quanto posstvet, as técnicas de trabalho formar o pessoal de vendas em técnicas avança-
a pontualídade dos trabalhadores" Exemplo:
melhorar o clima social da empresa (reqtstar o quê. onde e como?)
Entrada ao serviço
9·ooh
das de markettng, prazo de 2 dias
0
Para além destas regras, um objectivo deve permitir dar resposta às seguintes questões: • Para onde quero ir? • O que quero realizar? O que devo evitar? • Qual é o resultado final que quero alcançar? • Em que prazo pretendo atingi-Ia? • Que condições tenho que respeitar? • De que apoios necessito?
Tipos de actividades A implementação de medidas pressupõe a inventariação e classificação das actividades:
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de
vida
de obter a certlflcação qualidade, de acordo com as Normas ISO 9000, no prazo de 1ano "controlar
R (regtstávets)
obrigando-nos
Exemplo íncorrecto
correcto
aumentar o nível de produtiVidade em "X" %,. a partir do próximo mês
diminuir
constante,
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PO~
no
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tor Actlvldades Positivas
Contribuem
marcadamente para atingir os objectívos. Geralmente,
são importantes.
Reactfvas
Relacionam-se com a gestão do ora-a-dta, Podem ser urgentes. mas muitas vezes não são importantes.
Importantes
Contribuem eficazmente para 05 resultados. Tendem a repercutir-se a longo prazo.
Urgentes
Podem ou não relacionar-se com os objectívos. Acarretam
conse-
quênctas a curto prazo,
Actividades
versus
importantes
urgentes Não importante
Importante
( A (resolução de problemas (atendimento de telefonecom clientes. ResoluçãO de mas. Recepção de visitanquestões estratégicas para tes ocastonats). Gastam normalmente 50% a empresa), a 70% do dia.
Urgentes
B
D
(planear, desenvolver. for- (actívtdades acessórias que pouco contribuem para os mar...), objectiVos centrais da empresa). Gastam normalmente 10% a 40% do dia.
Não urgentes
#3 Objectivos a longo prazo Deve dedicar-se mais tempo aos objectivos a longo prazo e menos às exigências diárias que, apesar de mais imediatas, são menos importantes para o futuro da empresa. Por isso, tudo o que possa influenciar as metas de longo prazo deve ser planeado e programado com critério e atenção, evitando-se o erro de protelar decisões ou contactos que possam interferir nesses objectivos.
#4 Organizar
o local de trabalho
Mantendo-o limpo, arrumado e confortável está a criar as condições para uma boa performance. Retire de cima da mesa tudo o que desfoque a atenção. Se possível tenha apenas o computador, a agenda e um bloco de notas. Não tenha pilhas de papéis. A documentação deve estar organizada por pastas bem identificadas com o nome dos assuntos.
CURSO: ORGANIZAÇÃO
PESSOAL E GESTÃO DO TEMPO
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Faça o mesmo com o seu computador, organize-o por pastas que correspondam principais áreas de trabalho. Faça o mesmo com o seu ernail,
às suas
#5 Remover post-it Os post-it são uma armadilha. Só servem para desfocar a nossa atenção. Se uma tarefa ou um número de telefone é realmente importante, então deve ser imediatamente escrito na agenda. Os post-it não têm um carácter permanente, descolam-se, vão agarrados a outros papéis e é informação que se perde. Se estiverem colocados num local bem visível, estão sempre a desviar a atenção do que estamos a fazer.
#6 Utilização do telefone É das maiores ameaças à boa gestão do tempo. Sempre que possível, troque o telefone pelo email, porque é mais rápido, sobretudo se formos sucintos e assertivos na mensagem. Quando tiver mesmo de falar ao telefone seja célere e não divague para assuntos que não eram a razão do telefonema.
#7 Desperdiçadores
de tempo
Durante o dia há pequenos acontecimentos que parecem destinados a roubar pedaços de tempo. Não responda a emails que não requerem uma resposta imediata. Não tenha um aviso sonoro ou visual a alertar que chegou uma nova mensagem. Isso só serve para nos desviar do que estávamos a fazer. E quando se trata de uma actividade que requer concentração, demora sempre algum tempo até conseguirmos retomar no ponto em que estávamos. Evite atender chamadas inesperadas, peça para lhe enviarem um ernail. É mais rápido de responder a um email do que atender um telefonema. Não atenda chamadas privadas no telemóvel durante o horário de trabalho. Não fique á conversa com um colega que reclama pela sua atenção. Evite pausas para o café ou para o cigarro. Não receba no local de trabalho, pessoas que não tenham marcação prévia.
#8 Mudar atitudes Provavelmente é aqui que tudo começa. Tradicionalmente, não fomos educados para dar prioridade ao que é essencial, nem para sermos pontuais e planear atempadamente os nossos dias, semanas e meses. Quando éramos pequenos adiávamos até à última os trabalhos de casa. Na cultura portuguesa, o bom aluno não é o herói da turma. Na vida adulta, a ausência de organização atrapalha o nosso desempenho. Nos países desenvolvidos, as crianças são educadas a planear o seu estudo e a ser pontuais nos horários escolares. Hábitos que mantêm na vida adulta e que se manifestam nos dados comparativos sobre a produtividade. Recordese que Portugal tem o índice mais baixo de produtividade dos países da União Europeia mas é aquele onde se passa mais horas no local de trabalho.
#9 Gerir o stress A ideia de que funcionamos melhor em stress não passa de um mito. A verdade é que quando a tarefa já não pode ser adiada temos mesmo de a realizar. E isso leva-nos a dizer que funcionamos bem sob pressão, quando a explicação é que já não a podemos protelar, logo temos de a fazer.
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#10 Delegar tarefas É das regras mais importantes. Liberte-se de tarefas que os outros podem fazer, o que permite focar-se naquilo que é de facto determinante para a obtenção de resultados e um imperativo para ganhar tempo. Processo segundo o qual o líder, como depositário do poder de decisão, transmite o exercício de uma parte dos seus poderes a um subordinado, conservando, no entanto, a responsabilidade final em relação à empresa. A delegação é um acto da liderança que consiste em atribuir a um subordinado a incumbência de alcançar um determinado objectivo, dando-lhe a necessária autonomia. PRINCíPIOS BÁSICOS DA DELEGAÇÃO
11 Acreditar
na delegação
Praticar a delegação porque é moda ou porque a encara como um meio de se "ver livre" de uma tarefa que o aborrece ou de que desconhece os processos de realização, será grave e desastroso para o líder.
Terá de a considerar com um instrumento de gestão eficaz e operacional de elevada importância, não só como factor motivacional do subordinado mas também como forma de libertar tempo para a realização das suas actividades.
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21Acreditar
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no subordinado
Para delegar, é necessário ter confiança nas capacidades do subordinado, acreditar que ele possui os conhecimentos, experiência e interesses necessários à realização da tarefa em causa. ETAPAS DA DELEGAÇÃO 11 PREPARAÇÃO
DA DELEGAÇÃO
É da responsabilidade
do chefe, competindo-lhe fixar muito claramente:
A) Conteúdo da delegação, isto é, quais as tarefas a delegar (o quê?) B) Objectivo de cada tarefa a delegar (para quê?) C) Escolha de possíveis pessoas a quem delegar (quem?) D) Razão que o leva a delegar esta tarefa a esta pessoa (porquê?) - Delego para motivar o meu subordinado? - Delego para valorizar o meu subordinado? - Delego para o preparar para funções de chefia? - Delego para eu dispor de mais tempo?
21 ENTREVISTA
DE DELEGAÇÃO
É da responsabilidade do chefe e nela intervém directamente o subordinado. PONTOS ESSENCIAIS NUMA ENTREVISTA DE DELEGAÇÃO A) Definir claramente os objectivos de cada tarefa e respectivo conteúdo B) Fixar os poderes delegados, com indicação dos seus limites C) Obter a aceitação do subordinado em relação às tarefas delegadas D) Fixar o tempo em que decorre a delegação E) Fornecer ao subordinado toda a informação disponível e necessária à realização das tarefas em causa F) Fornecer ao subordinado toda a sua experiência sem, no entanto, afectar a sua capacidade de decisão G) Fornecer os meios necessários à realização das tarefas H) Fixar os processos e "timing" de controlo I) Estabelecer o plano de acção J) Prever e fixar o necessário feedback
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31 REALIZAÇÃO
DAS TAREFAS DELEGADAS
Compete ao subordinado intervenção do líder.
mas existindo sempre que necessário
o líder deverá estar preparado para, sempre que oportuno medidas correctivas à boa realização das tarefas delegadas.
e desejável,
e necessário,
a
introduzir
O LíDER DEVE TER EM ATENÇÃO: A) Não intervir directamente no trabalho do subordinado, pondo em causa a sua competência, capacidade de iniciativa ou decisão. B) Colaborar
41 APRECIAÇÃO
sempre que julgue conveniente ou propor medidas correctivas
DO TRABALHO REALIZADO
É da responsabilidade
do líder mas nela deve participar o subordinado.
Trata-se da apreciação do trabalho realizado, da análise dos erros cometidos ao longo do tempo de duração da delegação, baseada na forma como os assuntos foram tratados e não no apuramento da responsabilidade dos erros.
SUMARIAMENTE,
CONSISTE EM:
A) Analisar e reflectir sobre o trabalho realizado b) Fazer a auto-crítica
Esta auto-crítica,
extensiva
ao subordinado,
permitirá:
- Ao subordinado, desempenhar melhor em futuras delegações - Ao líder, melhorar a preparação e acompanhamento de futuras delegações
ERROS MAIS VULGARES NA DELEGAÇÃO
2 ERROS MAIS COMUNS NA ACTUAÇÃO DO LíDER
11Supervisão
constante
Temendo o líder a menor experiência do subordinado e não revelando adequada confiança nas suas capacidades - ou talvez considerando ser ele o único capaz e competente para a realização da tarefa a delegar - acaba por controlar, mais ou menos claramente, todos os passos do subordinado. 21Deficiente
orientação
Resulta basicamente do não cumprimento das exigências da 2a fase da delegação - entrevista de delegação
CURSO: ORGANIZAÇÃO
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po{G)J..,J
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factor
).
o su~ordinado entregue a si próprio, não conhecendo suficientemente bem os objectivos e co~te.udos da tarefa, não possuindo os meios e informações necessários, cometerá os erros propnos do contexto e a delegação redundará em fracasso - para líder e subordinado. VANTAGENS
DA DELEGAÇÃO
11EMPRESA • Melhor clima de trabalho • Maior rentabilidade • Preparação e formação de futuros líderes
21 lÍDER • Melhor gestão do tempo pela possibilidade de se ocupar exclusivamente actividades principais que constituem a sua função.
das
• Forma de favorecer a integração e desenvolvimento das pessoas e da equipa • Diminuição do stress • Obtenção de um maior nível de cooperação
31
SUBORDINADO • Confiança do líder • Consciência de uma liberdade de seção • Reconhecimento • Conhecimentos • Autonomia
#11 Correio electrónico Para rentabilizar o tempo é fundamental aprender a organizar o email. Se este estiver organizado e estruturado por pastas, de modo a saber sempre onde está o quê, no momento em que procura uma mensagem, passa a ser mais eficaz. Evitar ter um aviso sonoro ou visual de que chegou uma nova mensagem é fundamental para não desfocar. E não tenha o email sempre aberto. Só serve para nos desviar das tarefas que estam os a executar.
#12 Reuniões As reuniões devem ser preparadas previamente, tendo um alinhamento com os pontos a discutir (ordem de trabalho). Só se deve convocar as pessoas essenciais para os temas que se vão discutir. É indispensável, que as reuniões tenham uma hora pré-determinada para começar e par terminar. E isso deve ser dito a todos os intervenientes de modo a que se obriguem a ser concisos, directos e a não se dispersarem. Se houver pessoas atrasadas deve-se começar sem elas.
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Não o podemos repetir vezes suficientes: fazer reuniões é um dos grandes passatempos dentro da vida empresarial As reuniões podem ser muito úteis quando se trata de informar ou de tomar uma decisão. Mas, muitas vezes, consomem tempo, o seu e o dos outros participantes, resultados.
sem produzir
Participe na reunião apenas quando for realmente necessário. Muitas vezes as reuniões são feitas apenas por hábito, participe quando for relevante ou regularmente para fazer um ponto da situação. Solicite uma ordem de trabalho com antecedência. Peça-a com antecedência às pessoas que convocaram a reuruao para se poder preparar. Tente também respeitar a ordem de trabalhos, evitando grandes divagações. Reunir durante demasiado tempo não serve de nada. A concentração dos participantes desaparece depois de 75 minutos. Se ficar preso numa reunião 'maratona', tente introduzir intervalos regulares. Tente começar a tempo. Se são pessoas que nunca são pontuais, marque para uma hora estranha, por exemplo 17 minutos depois de uma hora, para despertar a pontualidade.
Poucas interrupções e distracções. Não pode permitir que a atenção se perca. Tente criar formas criativas para minimizar as interrupções e distracções. Por exemplo, estabeleça uma multa para quem interromper um colega que está a falar. É uma ideia divertida e pode dar resultados! É importante criar um ambiente receptivo às ideias de todos. Se sentem que são ouvidos, mais motivação têm para apresentar questões que se podem revelar importantes. As diferentes vozes ou os diferentes estilos de comunicação podem tornar-se uma verdadeira fonte de riqueza!
#13 Pontualidade Existe uma relação directa entre os países mais produtivos e que têm um grande respeito pela pontualidade. São exemplo disso a Grã-Bretanha, a Finlândia, o Japão e a China. Para chegar a horas às reuniões ou compromissos deve programar chegar entre 10 a 15 minutos mais cedo. Desta forma luta contar possíveis imprevistos.
#14 Horas de entrada e de saída Confunde-se, muitas vezes, presença física com tempo útil de trabalho. A verdade é que nem todas as pessoas que estão na empresa até mais tarde estão a trabalhar. Há quem considere que não é politicamente correcto sair no horário e permaneça no local de trabalho depois da hora de saída, ficando a jogar no computador, a fazer compras on-line. Uma forma de se fugir à improdutividade escamoteada por longos períodos de inércia e de presença injustificada no local de trabalho é impor horários rígidos para entrar e para sair. Os estudos disponíveis mostram que temos a extraordinária capacidade de nos adaptarmos em função do tempo que temos para fazer uma tarefa. Se tivermos dois dias para fazer algo, fazemo-Io em dois dias. Se tivermos uma semana, demoramos uma semana. Se a hora de saída for rígida adaptar-nosemos a fazer o que tem de ser feito no tempo indicado.
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#15 Plano diário Reserve cinco minutos ao final do dia para fazer o planeamento de tarefas para o dia seguinte e reveja o que conseguiu concretizar dentro da listagem do dia em que está.
#16 Disciplina Este ponto é crucial. Tente ter disciplina para executar tudo o que planeou. Com isto não se quer dizer que, quem não tem disciplina, não consegue cumprir objectivos. Cumpre-os mas com um esforço e um desgaste que seriam evitáveis, se planeasse, organizasse e impusesse timings rígidos. Há que planear de forma realista, ou seja, não vale a pena planear para um só dia aquilo que só é exequível fazer numa semana.
#17 Dizer não A tendência é para se ser simpático com um colega que pede a nossa atenção, com as solicitações que são todas urgentes e ás quais queremos responder no imediato, ao telefonema da prima que nos quer convidar para um almoço no domingo. "Não" é a palavra que deve aprender a dizer no momento certo. Há coisas que não podemos fazer durante o horário de trabalho se quisermos ser mais produtivos.
#18 Projectos de maior dimensão Sempre que tem um projecto de maior responsabilidade e envergadura deve planeá-Io etapa a etapa, do fim (data limite de entrega) para o princípio, deixando sempre uma margem de segurança que lhe permita defender-se de imprevistos.
#19 Importante ou urgente? Deve saber claramente dentro das tarefas a realizar no dia seguinte quais as que são realmente importantes. Hoje, existe um grande equívoco, porque se confunde urgência com importância, quando na verdade nem tudo o que se reclama de urgente é de facto importante. As tarefas importantes são aquelas que contribuem para os resultados que queremos alcançar. As urgentes são as que têm um prazo limite próximo. Mas nem sempre o que tem um prazo imediato é vital para o sucesso.
#20 Tempo para pensar Parar um instante para fazer um resumo das suas actividades e para planear as coisas, tem um efeito psicológico: dá-lhe a sensação que tem tudo sob controlo.
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