Obra: Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário
Autora: Delia Lerner Ler e escreve Necessita redefinir o sentido dessa função
Desafio hoje na Escola Incorporar todos os alunos a cultura do escrito, conseguindo que sejam leitores e escritores
comunidade de escritores – produz textos para mostrar suas idéias interpretar e produzir textos sejam direitos que é legítimo exercer e responsabilidade que é necessário assumir
Escola leitura e escrita
comunidade de leitores – textos X respostas para compreensão do mundo
Prática vivas e vitais, instrumentos poderosos para repensar o mundo reorganizando o próprio pensamento
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Leitura e escrita
Práticas sociais Patrimônio de certos grupos sociais
Dificuldades envolvidas na escolarização das práticas de leitura e escrita
Não é simples determinar com exatidão o que, como e quando os sujeitos aprendem essas práticas. Necessita de enfrentamento quanto.
“A tensão existente na escola entre a tendência à mudança
e a tendência á conservação, entre a função explícita de democratizar o conhecimento e a função implícita de reproduzir a ordem social estabelecida”.
Propósitos escolares e extras – escolares da leitura e da escrita
Propósito didático – conhecimentos e seu uso na vida futura.
Propósito comunicativos – como escrever para manter contato.
Aprender a função social da leitura e da escrita
Propósito didático e prática social – caminham juntos. 2
Relação saber – duração x preservação dos sentidos
Ensino estruturado:
eixo temporal único progressão linear distribuição dos no espaço escolar
Mudanças:
encontrar uma distribuição dos conteúdos que permita ensiná-los
Tensão entre as duas necessidades institucionais: ensinar e controlar a aprendizagem: CAMINHO:
Conciliar as necessidades inerentes a escola com o propósito educativo de formar leitores e escritores.
Gerar condições didáticas que ponham em cena uma visão escolar da leitura escrita: mais próximas da versão social dessa prática.
Formular como conteúdo do ensino não só os saberes lingüísticos como também as tarefas do leitor e do escritor antecipação e checagem, discutirem interpretações, comentar o que leu, comparar obras, revistas, etc.
Articular os propósitos didáticos, projeto de produção – interpretação que permite resolver dificuldades favorece a autonomia, incentiva iniciativas, etc.
Controle x ensino – prevalece o ensino e o controle é necessário, porem secundário.
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Compartilhar a função avaliadora revisar o próprio texto. Objetivo primordial: formar todos os alunos como
praticantes da cultura escrita.
Escrita não só objetivo de avaliação
Transformar o ensino da leitura e da escrita
Formar produtores de língua escrita
Escrita: não como elemento discriminatório
DESAFIOS
Ler para desenvolver projetos
Formar praticantes da leitura e da escrita
Formar seres humanos críticos
Formar pessoas com DESEJOS de outros mundos possíveis que a literatura oferece
Rotina repetitiva x moda
Mudanças na Escola Inovação: faz parte da história do conhecimento pedagógico retomando e superando o anteriormente produzido.
Idéias didáticas importantes progressos.
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Capacitação: condições necessárias para a mudança na proposta didática
Cursos de formação continuada. Estudos dos fenômenos que ocorrem na escola impedindo que todas as crianças se apropriem da leitura e escrita e cuidando para não cair no analfabetismo funcional.
Acerca da transposição didática: a leitura e a escrita como objetivos de ensino ANALISAR:
Abismo entre prática escolar e prática social da leitura e escrita. Leitura em voz alta x leitura silenciosa. Adultos escrevem devagar na escola e crianças escrevem depressa.
Ler com função.
1º leitura dinâmica.
2º leitura compreensiva.
A versão escolar da leitura e da escrita não deve afastar-se demasiado da versão social não escolar.
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Contato didático
Contrato implícito com expectativa recíprocas.
Compromete não só o professor e o aluno, mas também o saber.
Criar espaços na escola de discussão para elaborar transformações.
É responsabilidade dos formadores de professores criarem situações que permitam a estudantes e professores compreenderem a contradição aqui apresentada e assumirem uma posição superadora. É responsabilidade de todas as instituições e pessoas que tenham acesso aos meios de comunicação informar a comunidade, e em particular os pais, sobre os direitos que os alunos possuem na escola para poderem formar-se como praticantes autônomos da língua escrita. Apontamentos a partir da perspectiva curricular
Formar os alunos como cidadãos Mudanças de concepção do objeto de ensino nas práticas sociais de leitura e escrita. As crianças desenvolvem estratégias para ir apropriando-se das características de sistema de escrita e da linguagem escrita por meio de práticas de leituras e diferentes textos de circulação social. 6
do conhecimento. que interage com o SUJEITO meio permanentemente. passa por grandes períodos de reorganização das informações.
Papel do professor Elaborar estratégias que forneça a interação leitura x escrita x mundo
Articular a teoria construtivista de aprendizagem com as regras e exigências institucionais.
Entrar em mundos possíveis.
Ler na escola
Construir uma versão que se ajuste a prática social. Conciliar os objetivos da escola com os objetivos pessoais dos alunos.
Assumir postura crítica sobre o texto. Exercer cidadania no mundo da cultura escrita.
Utilizar a leitura como sentido e uso social.
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O sentido da leitura na escola – propósito didático e propósito ao aluno LEITURA:
Objeto de ensino.
Objeto de aprendizagem.
Propósito didático.
Propósito comunicativo.
Projetos dirigidos aos propósitos sociais da leitura.
Gestão do tempo, apresentação dos conteúdos e organização das atividades TEMPO:
Fator de “peso” na escola nunca” é suficiente
par o que se deseja ensinar.
NECESSITA:
Mudança qualitativa na utilização do tempo didático.
Rompimento com a correspondência entre parcelas de conhecimentos e parcelas de tempo.
Flexibilidade da duração das situações didáticas.
Criação de organizativas.
diferentes
modalidades
Que são elas: projeto, atividades habituais, seqüenciais de situações e atividades independentes. 8
1. Os projetos permitem uma organização muito flexível do tempo: pode ocupar somente alguns dias, ou se desenvolver ao longo de vários meses. 2. As atividades habituais, que se reiteram de forma sistemática uma vez por semana, ou por quinzenas, oferecem oportunidades de interagir intensamente com um gênero determinado. 3. A seqüência de atividades em uma duração limitada a algumas semanas de aula, o que permite realizar-se varias delas no curso do ano letivo e se ter assim, acesso a diferentes gêneros. No curso de cada seqüência se incluem – como nos projetos – atividades coletivas, grupais e individuais. 4. As situações independentes – podem classificar-se em dois subgrupos: a) situações ocasionais: em algumas oportunidades, a professora encontra um texto que considera valioso compartilhar com as crianças, embora não esteja em correspondência com as atividades que estão realizando no momento. b) situações de sistematização: estas situações são “independentes” somente no sentido de que não
contribuem para cumprir os propósitos apresentados em relação com a ação imediata, mas permitem sistematizar os conhecimentos lingüísticos construídos através de outras modalidades organizativas.
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Avaliar a leitura e ensinar a ler
avaliar o funcionamento das situações didáticas propostas, fazendo ajustes
propor leituras compartilhadas
ator no papel de leitor
Papel do professor
criador de situações didáticas nas quais se lê diferentes tipos de textos
redefinir a forma como estão distribuídos nas salas de aula direitos e deveres relativos à avaliação
A formação de professores: conhecer os fatos didáticos e avançar na pesquisa didática em busca de estratégias metodológicas eficientes.
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