As conseqüências da web 2.0 podem ser preocupantes em relação de como ela esta ameaçando a cultura, valores e criatividade. Qualquer um, pode publicar em um blog, postar um vídeo no YouTube ou alterar algum conceito na wikipédia. O anonimato da web põe em dúvida a confiabilidade da informação. A distinção entre especialista e amador esta cada vez mais difícil de ser feita.
Há mais de 53 milhões de blogs na internet. Os blogs se tornaram tão infinitos, que nosso senso do que é verdadeiro, ou do que é falso esta cada vez mais confuso. Hoje em dia, as crianças não sabem distinguir entre, notícias escritas por jornalistas profissionais e as postadas por amadores. Para esta geração toda postagem é apenas a versão da verdade de mais uma pessoa.
Desde o nascimento da wikipédia mais de 15 mil colaboradores criaram quase 3 milhões de verbetes, nenhum deles examinado ou certificado. A wikipédia tornou-se o terceiro site mais visitado em busca de informação em 2009, uma fonte de notícias com mais crédito do que os sites da CNN e BBC. Mesmo que a wikipédia não tenha nenhum repórter, nenhuma equipe editorial e nenhuma experiência na coleta de notícias.
Um exemplo é o caso dos empregados anônimos do McDonald’s e do Wal-Mart. No verbete do McDonald’s um link para o documentário “Nação Fast Food” desapareceu. No verbete do Wal-Mart, alguém tirou a menção sobre os empregados mal pagos que ganhavam 20% a menos do que na concorrência.
A lógica do mecanismo de busca Google, que chamam de seu algoritmo, reflete a “sabedoria” das massas. Quanto mais pessoas clicam num link que resulta de uma busca, mais provável se torna que esse link apareça em mais buscas. O google só nos diz o que já sabemos. O mesmo processo acontece em agregadores de notícias.
A revolução da Web 2.0 disseminou a promessa de levar mais verdade a mais pessoas; Mais profundidade de informação, perspectiva global, opinião imparcial fornecida por observadores. Enquanto que o conteúdo gratuito produzido pelo usuário está dizimando guardiões da cultura a medida que críticos, jornalistas, editores, músicos e cineastas profissionais estão sendo substituídos por blogueiros amadores, cineastas caseiros e músicos que gravam na garagem de casa.
A confiança das pessoas na publicidade convencional está sendo ainda mais comprometida pelos falsos anúncios que proliferam na internet. O MySpace segundo o Wall Street Journal, hoje divulga perfis de personagens fictícios numa tentativa de vender certos produtos através de “relações pessoais com milhões de jovens”.
Exemplo do perigo: Em Setembro de 2006, exibido na versão alemã do YouTube, um vídeo mostrava um âncora profissionalmente vestido sentado a uma mesa de madeira com um mapa da Europa pendurado atrás de si; Cenário de um noticiário de maior credibilidade na Alemanha. Segundo o âncora, o partido neonazista NPD havia obtido bons resultados nas recentes eleições locais. Muitos espectadores alemães ficaram alarmados. Este era o ensaio para um “noticiário” semanal na web.
Para reflexão Google Chrome: Querida Sofia http://www.youtube.com/watch?v=d5jmN-1BQsU