o t t e N u a l o c i N l e h c i M
o ã ç a z i l a i d n u m a n l a n o i c a n e d a d i t n e d i e a r i e l i s a r b a c i s ú M
to o t t e N u l a o o c i N N l h e M i c h
A C C I S E Ú A M R R I E L L I S A E R B D A D D I T N A E N D D I L A N O O O Ã I Ç C A Z Z N A I A I L A D N M U
Michel Nicolau é formado em Direito pela PUC-SP, estudou Letras na USP e é mestre em Sociologia pela Unicamp. Com Fernando Lara, publicou em 2008 o livro de poesia Concerto para Duas Vozes , pela editora Annablume/Dix. Atuou durante alguns anos em instituições culturais, tendo sido gerente da BM&A, onde foi responsável
Tanto a música digital, quanto nacional ou regional, para se afirmarem no mercado fonográfico mundial, malgrado suas diferenças sonoras e simbólicas, devem valorizar um traço específico: o país de origem. Nenhuma delas se apresenta como “apátrida”, pelo contrário, todas, em princípio, participariam da “marca Brasil”, e podem, inclusive, ser impulsionadas por uma política empresarial. Músicas-produtos, ajustadas ao universo transnacional do consumo, no qual as tradições e o passado da terra natal encontram-se apagados e reescritos no âmbito da modernidademundo. Renato Ortiz
Basta para a sensação de democracia e igualdade o fato de haver artistas de países pobres com suas músicas na internet, ainda que estes sejam poucos, ainda que estes não tenham as mesmas condições, ainda que estes sejam mais facilmente descartados, ainda que estes necessitem se fixar. Afinal, a hipocrisia também se mundializa. Michel Nicolau Netto
Michel Nicolau é formado em Direito pela PUC-SP, estudou Letras na USP e é mestre em Sociologia pela Unicamp. Com Fernando Lara, publicou em 2008 o livro de poesia Concerto para Duas Vozes , pela editora Annablume/Dix. Atuou durante alguns anos em instituições culturais, tendo sido gerente da BM&A, onde foi responsável pelo projeto de exportação de música. Atualmente é doutorando em Sociologia pela Unicamp, desenvolvendo pesquisa na área de ciências da música na Humboldt Universität , em Berlim, pelo programa de bolsas DAAD/CNPQ.
Basta para a sensação de democracia e igualdade o fato de haver artistas de países pobres com suas músicas na internet, ainda que estes sejam poucos, ainda que estes não tenham as mesmas condições, ainda que estes sejam mais facilmente descartados, ainda que estes necessitem se fixar. Afinal, a hipocrisia também se mundializa. Michel Nicolau Netto
[email protected]
MÚSICA BRASILEIRA E IDENTIDADE NACIONAL NA MUNDIALIZAÇÃO
MÚSICA BRASILEIRA E IDENTIDADE NACIONAL NA MUNDIALIZAÇÃO
MICHEL NICOLAU NETTO
MÚSICA BRASILEIRA E IDENTIDADE NACIONAL NA MUNDIALIZAÇÃO
Infothes Informação e Tesauro N548 Nicolau Netto, Michel Música brasileira e identidade nacional na mundialização. / Michel Nicolau Netto. – São Paulo: Annablume; Fapesp, 2009. 242 p.; 14 x 21 cm ISBN 978-85-7419-950-4
1. Música. Música. 2. Música Música Popul Popular ar.. 3. Música Música Popula Popularr Brasileira Brasileira.. 2. Diversidade Cultural. 3. Identidade. 4. Identidade Cultural. 5. Identidade Nacional. 6. Globalização. 7. Estado-Nação. I. Título. CDU 781 CDD 780 Catalogação elaborada por Wanda Lucia Schmidt – CRB-8-1922 MÚSICA BRASILEIRA E IDENTIDADE NACIONAL NA MUNDIALIZAÇÃO Coordenação de produção
Ivan Antunes Produção
Rai Lopes – Paginação Capa
Carlos Clémen Imagem da capa
“Tucano Basket” de Alex Robinson CONSELHO EDITORIAL
Eduardo Peñuela Cañizal Norval Baitello Junior Maria Odila Leite da Silva Dias Celia Maria Marinho de Azevedo Gustavo Bernardo Krause Maria de Lourdes Sekeff ( in memoriam) Cecilia de Almeida Salles Pedro Roberto Jacobi Lucrécia D’Aléssio Ferrara 1ª edição: maio de 2009 © Michel Nicolau Netto ANNABLUME editora . comunicação Rua Martins, 300 . Butantã 05511-000 . São Paulo . SP . Brasil Tel. e Fax. (011) 3812-6764 – Televendas 3031-1754 www.annablume.com.br
A meus mestres Renato Ortiz e Claudia Dornbusch
AGRADECIMENTOS
Este livro passou – em suas diversas versões – pelos olhos e ouvidos de colegas, professores e queridos amigos, cujas contribuições foram fundamentais na sua realização. A eles agradeço: Célia Gillio, David McLoughlin, Patrícia Schwan, Dirk Schade, José Carlos Guedes Mohallem, Maria Helena Carvalhaes, Fernando Lara, Paulo Renato Alves, Marcos Paiva, Rosane Pires Batista, José Roberto Zan, Gilda Portugal Gouvêa, Marcelo Ridenti e, em especial, Miqueli Michetti. Michett i. Agradeço à editora Annablume, em especial ao Joaquim Antonio Pereira. Também agradeço a instituições que diretamente tornaram este livro possível. São elas: Brasil Música e Artes, Artes, Haus der Kulturen der Welt (Berlim), IFCH (Berlim), IFCH – Unicamp, Unicamp, FFLCH - USP, USP, Instituto Moreira Salles de São Paulo e Musikwissenschaftliches Seminar da Humboldt Universtität (Berlim). Agradeço em especial ao apoio do CNPq, de quem fui bolsista bol sista no mestrado, mest rado, e da d a FAPESP FAPESP, instituição que tornou possível a publicação deste livro. Por fim, com especial carinho, aos meus pais, José Carlos e Célia, Cél ia, e ao meu irmão, André. A base que me dão e o amor que me dispõem todos os dias tornam meu trabalho possível. Espero retribuí-los retribuí-lo s ao menos com uma dedicação honesta a causas que, no fundo, foram vocês que me ensinaram a amar.
SUMÁRIO
PREF PREFÁCI ÁCIO O ................................................ ........................ ................................................ ....................................... ............... 11 INTROD INTRODUÇÃ UÇÃO O ................ ........................ ................ ................ ................ ................ ................ ................ ................ ........115 PARTE I – FORMAÇÃO DA IDENTIDADE NACIONAL: N ACIONAL: A MÚSICA POPULAR BRASILEIRA NO ESPAÇO ESPAÇO NACIO NACIONAL NAL .................. .......................... ................. .................. .................. .................. .............. ..... 23
CAPÍTULO I – A IDENTIDADE BRASILEIRA E OS DISCURSOS DISCURSO S EM TORNO DA MÚSICA POPULAR ............... ........................ ................. ................ ............ ....225 CAPÍTULO II – OS MEIOS DE FORJAMENTO DA MÚSICA POPULAR POPULAR COMO IDENTIDADE IDENTIDADE NACIONAL NACIONAL ............... ....................... ................ ........445 PARTE II – RESSIGNIFICAÇÃO DA IDENTIDADE NACIONAL: A MÚSICA POPULAR BRASILEIRA NO ESPAÇO ESPAÇO GLOBAL .................................... ................. ...................................... ...................... ... 89
CAPÍTULO CAPÍTULO I – REDEFINIÇÃO REDEFINIÇÃO DA IDENTIDAD IDENTIDADEE ................ ....................... .......... ...991 CAPÍTULO CAPÍTULO II – PANORAM PANORAMA A DO MERCADO DE MÚSICA .......... .......... 127 127
CAPÍTULO III – AS CULTURAS CULTURAS NACIONAL-POPULAR, INTERNACIONAL-POPULAR INTERNACIONAL-POPULAR E POPULAR-RESTRIT POPULAR-RESTRITA A .......... ..... .......... ......... 163 163 CAPÍTULO IV – A IDENTIDADE NACIONAL NA MODERN MODERNIDA IDADEDE-MUN MUNDO DO ............................................... ....................... .................................. .......... 201 201 CONSIDE CONSIDERAÇ RAÇÕES ÕES FINAIS FINAIS........................ ................................................ ...................................... .............. 223 223 BIBLIOGRA BIBLIOGRAFIA FIA ............................................... ....................... ............................................... ............................... ........ 227 227
10
MÚSICA BRASILEIRA E IDENTIDADE NACIONAL NA GLOBALIZAÇÃO
PREFÁCIO
Abro este prefácio relatando um pequeno incidente pessoal. Ele é
sugestivo em relação à temática que nos ocupa. Em março de 1977 1 977 eu me transferi para a Belo Horizonte tendo aí permanecido permaneci do alguns anos. Estava interessado na problemática da cultura brasileira e dei início a uma pesquisa que terminou por se materializar no livro “Cultura Brasileira e Identidade Nacional”. Não havia na época um curso de pós-graduação de Ciências Sociais na UFMG, e uma forma de trabalhar minhas preocupações preocupaçõ es era ler, ler, junto com os alunos de graduação, gradu ação, alguns textos que me pareciam pertinentes pertinente s para a compreensão do tema. Entre eles, recordo-me de um livro de Jorge Amado, Tenda dos Milagres, Milagres, publicado em 1969, e que justamente o ano em que cheguei à Minas Gerais havia se transformado num filme f ilme de Nelson Pereira dos Santos. Pedi aos alunos que lessem o livro l ivro e fossem ao cinema. Guardo ainda aind a a lembrança de termos tido uma discussão acalorada e instigante. Muitos anos depois, entrando no novo milênio, os alunos de graduação de Ciências Sociais da Unicamp pediram-me que eu trabalhasse trab alhasse com eles, num curso optativo, a problemática pro blemática do nacional e do popular. popular. Aceitei. Novamente, sugeri como leitura o livro de Jorge Amado e vimos juntos, agora em vídeo (ou foi fo i em DVD, já não me recordo), Tenda dos d os Milagres Mil agres.. Para minha surpresa, uma incompreensão geral se abateu sobre a classe. Os jovens que me escutavam manifestaram um grande desinteresse pelo
assunto. A dança dos orixás, os búzios, o cenário colonial de Salvador, Salvador, a mestiçagem das raças, lhes parecia um mundo estranho e distante. Por fim, alguns deles argumentaram: não estávamos falando do Brasil, apenas da Bahia. Esta mudança no humor geracional é eloqüente. Ela El a nos diz muito sobre as transformações que incidem na sociedade brasileira nos últimos último s trinta anos. Se na década de 70 era ainda possível imaginar o mundo do candomblé, e poderíamos poderíamo s dizer, dizer, do carnaval, do futebol e do samba, como metáforas da brasilidade, isso havia terminado. Os símbolos nacionais tinham sofrido um desgaste diante do processo de mundialização da cultura. O livro de Michel Nicolau Netto tem o mérito de tematizar esses dois tempos. Há um “antes” e um “depois”, mas contrariamente a uma perspectiva pós-moderna, o “depois” não sepulta o que lhe antecede. Não há o “fim” do nacional, ele se redefine num outro contexto. Para isso a escolha do objeto, a música popular brasileira, é exemplar. Ela pode ser compreendida como uma expressão cultural cujo valor heurístico revela as mudanças estruturais da sociedade brasileira. Nos anos 30, 40 e 50, a busca da identidade nacional reflete-se no universo musical. O samba, antes uma musicalidade étnica, é re-significado enquanto representação do nacional. Tudo Tudo se passa como se o Estado investisse de valor simbólico algumas manifestações populares em detrimento de outras. Ficam fora de sua órbita diversas manifestações particulares: música sertaneja, xaxado, ritmos de origem africana ou indígena. Ainda nos anos 20 e 30, cogita-se encontrar nossas raízes junto à música folclórica (lembro os estudos de Mário de Andrade), mas o advento do Estado Novo, impulsionando uma política de desenvolvimento econômico, muda o rumo das coisas. A “invenção” dos signos nacionais e populares deve adequar a busca da identidade às exigências da modernidade emergente. Dificilmente o folclore cumpriria esta missão, ele se encontrava demasiadamente apartado da vida das metrópoles e do projeto almejado. Suas raízes rurais eram contraditórias com o desejo de construção nacional. Na esfera musical isso se traduz com a aproximação de uma prática popular (e recordo, o futebol, antes uma atividade de elite, para se tornar sinal de brasilidade deve se popularizar) e os meios modernos de comunicação: o rádio rád io e o cinema. O mundo da técnica atua como elemento legitimador, legitimador, conferindo à dimensão popular um traço de contemporaneidade. contemporaneidade. Os programas de rádio, as chanchadas da Atlântica, nas quais a sonoridade carnavalesca expressa a “alma” brasileira, e nos anos 50, as primeiras incursões no mundo televisivo, passam a constituir partes essenciais do imaginário 12
MÚSICA BRASILEIRA E IDENTIDADE NACIONAL NA GLOBALIZAÇÃO
brasileiro. No entanto, este processo que acompanha o ritmo de modernização da sociedade (racionalização do aparelho de Estado, políticas públicas da era getulista, incentivo da indústria), possui um ator central: o Estado. De alguma maneira, pode-se dizer que ele detém o monopólio da construção da identidade nacional. Garante-se assim a ideia de que a nação, na sua totalidade, estaria condensada em torno de determinados símbolos, partilhados por todos. O samba, o carnaval, o futebol, a mulata, representariam, de maneira inequívoca, a idiossincrasia do Ser nacional. A situação de globalização transforma radicalmente este panorama. Isso se traduz claramente no que Michel Nicolau denomina discursos identitários. Cabe lembrar que toda identidade é uma construção simbólica que se faz em relação a um referente. Neste sentido, a identidade nacional é uma de suas realizações possíveis. Durante o período de consolidação da moderna tradição brasileira ela é predominante, deixa pouca margem às aspirações regionais ou locais. Mas o movimento de mundialização da cultura altera este quadro. O Estado-nação, elemento anteriormente hegemônico, é deslocado por outras forças no contexto contexto da modernidade-mundo. modernidade-mundo. Também Também a conjunção entre nação e modernidade se rompe. No Brasil, assim como na América Latina, havia uma disjunção conjuntural entre esses dois termos. Contrariamente a alguns paises europeus (não todos, apenas os mais industrializados) ou os Estados Unidos, o sonho de modernização somente se realizaria no futuro. Nação e modernidade encontravam-se, momentaneamente momentaneamente separados, mas o tempo corrigiria o hiato existente entre eles. Para tanto era necessário existir um projeto nacional que pavimentasse as bases de algo ainda inexistente. Os modernistas diziam isso de uma maneira sintética e elegante: “é preciso sermos nacionais para sermos modernos”. Com o advento da modernidade-mundo a frase f rase toma, porém, um outro sentido: “é possível ser moderno sem sermos nacionais”. Isso significa que os referentes identitários, e com eles os discursos, agora, se multiplicam.O universo da música ilustra bem essas transformações. Não se pode esquecer que ele possui uma dimensão econômica, sua materialidade pressupõe a existência de um mercado fonográfico. A disseminação dos símbolos símbolo s de brasilidade não se reduz à uma operação meramente simbólica, ela está associada à constituição de um mercado de bens simbólicos de alcance nacional. nacio nal. Nele atuam as diversas forças que o constituem, compositores, gravadoras, distribuidoras, etc. O mesmo ocorre na esfera transnacional. A constituição do mercado fonográfico mundial implica a atuação dos MICHEL NICOLAU NETTO
13
grandes conglomerados e transformações técnicas importantes, como a digitalização, que permitem a circulação dos produtos comerciais (evito o termo mercadoria) em escala antes desconhecida. O Estadonação não é mais o centro de organização dessas trocas. A música popular brasileira adquire assim novos significados. Cada vez mais ela deixa de ser MPB, tal como era tradicionalmente definida. def inida. Um conjunto de novos atores, com novos interesses, constróem suas identidades de outras formas. Por exemplo, a música regional, que disputava legitimidade no mercado nacional com outras musicalidades, para fundar sua autoridade, volta-se para a idéia de “diversidade cultural”. Questiona-se assim, a homogeneidade do nacional, afirmando-se o elemento particular de determinada região. O Brasil, um país diverso, pode assim oferecer símbolos distintos de identidades (mangue beat), em contraposição à sua tradição mais monolítica (samba). Da mesma maneira, o espaço da modernidade-mundo oferece também, outras possibilidades de investimento simbólico. Surge um “Brasil digital”, capaz de se expressar, expressar, não através de sua história h istória nacional ou regional, regio nal, mas de sua sintonia com o mundo globalizado (música eletrônica). Eu havia dito que no texto de Michel Nicolau o nacional não desaparecia mas se transformava. Tanto a música digital, quanto nacional ou regional, para se afirmarem no mercado fonográfico mundial, malgrado suas diferenças sonoras e simbólicas, devem valorizar um traço específico: o país de origem. Nenhuma delas se apresenta como “apátrida”, pelo contrário, todas, em princípio, participariam da “marca Brasil”, e podem, inclusive, ser impulsionadas por uma política empresarial. Músicas-produtos, Músicas-produtos, ajustadas ao universo transnacional do consumo, no qual as tradições e o passado da terra natal encontram-se apagados e reescritos no âmbito da modernidade-mundo. R ENATO ENATO ORTIZ
São Paulo 8 de janeiro de 2009
14
MÚSICA BRASILEIRA E IDENTIDADE NACIONAL NA GLOBALIZAÇÃO
INTRODUÇÃO
PROBLEMA, OBJETO E MÉTODO
Este livro é o resultado de minha pesquisa de mestrado desenvolvida
no Departamento de Pós-Graduação em Sociologia Socio logia do IFCH – Unicamp, entre março de 2006 e dezembro dezemb ro de 2007. Entre a defesa do mestrado mestrad o e a finalização deste livro houve quase um ano de intervalo, tempo suficiente para que sua revisão me causasse, de um lado, um certo incômodo, que levou levo u a um desejo de mudar o texto, de tratar de modo mod o diferente meu objeto. Especialmente porque, porq ue, ao preparar este livro, estou em meio a minha pesquisa de doutorado, na qual algumas das idéias aqui desenvolvidas já me aparecem com outras cores e outros pesos. Mas, de outro lado, este tempo também permitiu que lesse o texto com algum distanciamento crítico e percebesse que ainda entendo como válido o que expus no mestrado (passo, creio, necessário para ser válido a outras pessoas). Assim, entre um desejo incerto de mudança – causado talvez por meu amadurecimento intelectual, mas talvez por um certo cansaço de propostas com as quais há tempos convivo, convi vo, ou mesmo por minha insegurança – e a validade atual, em minha avaliação, do texto, texto , preferi mantê-lo em sua essência. Apenas atualizei alguns dados e dei um tratamento melhor a algumas idéias sem, contudo, modificá-las fundamentalmente. Com isso, ainda cumpro uma crença que
compartilho com minha editora, Annablume, e com minha apoiadora, FAPESP, APESP, que é a necessidad ne cessidadee de dar ao público geral o conhecim c onhecimento ento da pesquisa acadêmica. Assim, procurei oferecer ao leitor um texto que, mesmo se mantendo acadêmico, pudesse ser de leitura agradável. Se consegui, só os leitores poderão dizer. dizer. O objeto de pesquisa a que me dediquei dediq uei é claro: entender como a identidade nacional se articula no processo de globalização, buscando apontar as ressignificações que esta sofre e seus novos modos de operação. Parti de uma tese que deve ser comprovada no desenrolar deste livro segundo a qual, no tempo da modernidade-mundo, as fronteiras nacionais são questionadas e sua capacidade de gerar significado social agora se articula em um contexto amplo, onde vários artífices atuam, além daqueles relacionados ao Estado-nação. Para tanto, escolhi uma base de análise que me parece privilegiada: privile giada: a música popular brasileira que atua no mercado internacional. Néstor Garcia Canclini propõe que onde a globalização é mais patente como padrão reordenador da produção, da circulação e do consumo é nas indústrias audiovisuais: cinema, televisão, música, mais os circuitos informáticos, como um quarto sistema que funciona, em parte, associado aos outros na integração multimídia (Canclini, 2003: 144).
Isso se dá, em meu ponto de vista, especialmente porque as indústrias audiovisuais apresentam características peculiares e bem integradas à globalização. Em primeiro lugar, formam uma indústria e, portanto, atuam em um cenário capitalista, como o é o da globalização, onde forças são distribuídas desigualmente. Em segundo, porque são bens culturais que, por si só, geram significados imediatos que, ao se inserirem na globalização deverão ser ressignificados, restando ao trabalho intelectual identificar tais ressignificações tendo em vista as articulações entre seus espaços de produção, circulação e consagração. Por fim, porque são essencialmente bens móveis, ou seja, por sua própria natureza podem se territorializar em diversos lugares ao mesmo tempo, desde aquele relacionado a fronteiras frontei ras mais restritas, até um espaço simbolicamente ilimitado. Especialmente a partir do desenvolvimento tecnológico, os bens culturais da indústria audiovisual encontraram uma mobilidade que outros bens culturais dificilmente podem ter. ter. Se a mobilidade mobilidade é a marca da globalização, global ização, ter esta indústria indú stria como base de pesquisa nos ajuda a entender ent ender sua dinâmica. 16
MÚSICA BRASILEIRA E IDENTIDADE NACIONAL NA GLOBALIZAÇÃO
Contudo, se disse que minha intenção é compreender as novas articulações da identidade nacional, preferi me focar em uma das áreas da indústria audiovisual, audio visual, a música popular popul ar,, pois esta permite levantar mais elementos relacionados à questão identitária. Isso porque, especialmente no Brasil, a música popular desde o começo do século XX foi tratada – a partir de uma série de processos de ressignificação, como procurarei mostrar – como um símbolo identitário nacional privilegiado, um símbolo símbo lo que passou a ser discursado sob o registro da brasilidade, daquilo que nos propõe uma forma enquanto povo. Ainda, é a indústria da música popular a mais impactada pelos avanços tecnológicos em termos de circulação. circulação . Por Por ser de produção muito mais simples do que um filme ou um programa de TV e por se adaptar com mais competência ao ímpeto individualista da sociedade socied ade contemporânea, ela é mais competente em se relacionar com os novos meios de comunicação para se espalhar sobre as fronteiras. No caso da música popular brasileira, então, ao fazer isso ela leva consigo a identidade nacional para um espaço global e, com isso, seu estudo permitirá entender como esta identidade passa a ser articulada a partir de seu deslocamento. Metodologicamente adotei um estudo que tem em vista tanto os discursos feitos sobre essa música em referência a suas articulações identitárias, quanto as estruturas de mercado cultural que influenciam tais discursos e os tornam seletivos, do ponto de vista de interesses e possibilidades de apropriação de símbolos pelos atores envolvidos. Assim, fui um analista de discursos, assumindo-os em suas inteirezas, para, então, relacioná-los às instâncias capitalistas e ideológicas. Em outras palavras, assumi os discursos como efetivos para então pesquisar quem os forja, com quais intenções e onde. Para tanto, trabalhei como garimpeiro. Se o espaço de minha pesquisa é o mundo e minha base de análise é a música brasileira neste espaço, é evidente que meu corpo analítico é praticamente infinito. Tive, então, que agir de modo passivo e ativo. Passivamente, todo o tipo de material que caísse em minhas mãos e que tivesse alguma relação com meus estudos era recolhido e disponibilizado para a análise posterior. posterior. Isso vale desde discos brasileiros vendidos no exterior, até revistas de bordo de avião. De modo ativo, contudo, fui metódico. Em primeiro lugar, busquei apenas os materiais mais contemporâneos possíveis. Basicamente tudo o que citar em termos de discursos sobre a música no mercado mundial data do ano 2000 para cá e, na maior parte, de 2005 em diante (com exceção da primeira parte do trabalho, na qual estudei o começo do século XX). Depois, busquei esses materiais onde me MICHEL NICOLAU NETTO
17
pareciam ser os espaços mais privilegiados. Estive, a partir de 2005, em diversas feiras de música do mundo, entre elas as quatro maiores européias, que são: Midem (Cannes, França), Popkomm (Berlim, Alemanha), Womex Womex (Newcastle, Inglaterra) e London Calling (Londres). Também estive em duas feiras norte-americanas, norte-americanas, SXSW (Austin, ( Austin, EUA) e Canadian Music Week (Toronto, Canadá), e uma argentina, Bafim (Buenos Aires). Nestas feiras pude recolher materiais sobre projetos nacionais de exportação de música, incluindo o brasileiro, o que me deu possibilidade de compreender não apenas como este mercado se estrutura, mas também como os discursos identitários identitário s de cada país são valorizados. Também foi possível recolher um grande número de publicações nas quais a música brasileira aparecia extemporaneamente. Quanto à mídia internacional que tratasse de música brasileira, tive como pesquisa principal um foco específico: a Copa da Cultura 2006, ação desenvolvida pelos governos brasileiro brasil eiro e alemão para a divulgação da cultura brasileira durante os dias do campeonato de futebol na Alemanha. Estive em uma das organizadoras desta atividade, a Casa das Culturas do Mundo ( Haus ( Haus der Kulturen der Welt ), em Berlim, e esta Welt), me disponibilizou todo o seu trabalho de recolhimento recolh imento de matérias de imprensa que falassem sobre as atividades brasileiras dentro do programa Copa da Cultura. Com isso, tive tiv e acesso a 444 matérias sobre cultura brasileira (na maior parte delas com destaque para a música) que foram publicadas em 70 jornais jo rnais e revistas alemãs. Ainda, visitei as principais feiras de música brasileiras, sendo estas: Porto Musical, em Recife, Feira Feira da Música de Fortaleza e Feira da Música Independente de Brasília. Nestas feiras pude recolher diversos materiais, em especial aqueles ligados a projetos regionais de exportação de música que, como se verá, tiveram grande destaque neste trabalho. Por fim, pesquisei em bibliotecas bibl iotecas livros e periódicos que tratassem de meu corpo de estudos ou que me trouxessem tro uxessem benefícios teóricos para a análise. Estive, então, nas bibliotecas: Nacional de Buenos Aires, Freie Universität de Berlim, Musikwissenschaftliches Musikwi ssenschaftliches Seminar, Seminar, da Humboldt Universität, de Berlim, Nacional de Londres. Ainda, no Brasil, freqüentei f reqüentei as bibliotecas bibliotecas do IFCH e do IA da Unicamp Unicamp e da FFLCH FFL CH da USP. USP. Também Também pesquisei, para a primeira parte do trabalho, que trata especificamente da formação da identidade nacional através da música popular brasileira nas primeiras décadas do século XX, o acervo de José Ramos Tinhorão, disponibilizado gentilmente gentil mente pelo Instituto Moreira Sales. Do ponto de vista teórico, este livro buscou articular diversas áreas do conhecimento. A história entrou em meu estudo especialmente no 18
MÚSICA BRASILEIRA E IDENTIDADE NACIONAL NA GLOBALIZAÇÃO
intuito de entender a formação do Estado-nação e sua ressignificação na contemporaneidade, tendo em vista especialmente o caráter articulador da identidade nacional, além da própria história da música, para a qual alguns etnomusicólogos e antropólogos também foram fundamentais. As áreas de comunicação e economia, além da filosofia e da crítica literária, também foram operacionalizadas tendo em vista algumas necessidades argumentativas específicas como está claro no livro. A teoria sociológica, contudo, contudo , é minha chave fundamental. É por ela que articulei as outras áreas tendo em vista que desejava entender a questão da identidade nacional a partir do registro das relações sociais, organizadas em estruturas de poder que condicionam os usos que se fazem de discursos. Ainda, é na sociologia que encontrei as principais referências e explicações dos processos de globalização e da mundialização que em todo momento permeiam o livro.
ORGANIZAÇÃO DO LIVRO Este livro está dividido em duas partes interdependentes, sendo seu foco principal aquilo apresentado na segunda parte e a base histórica do objeto o que apresento na primeira. Isso porque, se falo de uma ressignificação identitária na contemporaneidade, não poderia então deixar de compreender como a sua formação se deu originariamente. originaria mente. Na primeira parte do livro, então, trato do processo que leva à formação do Estado-nação. Busco compreender este processo especificamente especificamente no Brasil, que possibilitou a transformação, no começo do século XX, da música popular brasileira em um símbolo identitário nacional. Proponho que, carentes de uma identidade própria, pois não traz novidade de estruturação social e se forma na dependência da burguesia estrangeira, estrangeira, a elite brasileira daquele tempo teve de procurar nos cantões tradicionais, que ela sempre negligenciou, símbolos culturais que lhe coubessem e que pudessem se mostrar legitimamente brasileiros aos seus olhos e aos olhos dos outros. Essa oportunidade de identificação está, evidentemente, onde há uma suposta redoma de tradição, tradi ção, alheia à cópia do estrangeiro, ou seja, na música dos negros, recém-libertos, cantada no Rio de Janeiro. A partir disso, a elite e o Estado empreenderam esforços para tornar esta música em base simbólica para a identidade nacional utilizando-se de diversos diverso s instrumentos que a adaptasse a seus feitios e lhes garantissem o controle do processo de deslocamento simbólico desta música. Desta maneira, a música popular cantada por aqueles negros recém-libertos da capital do país passa a MICHEL NICOLAU NETTO
19
atuar em um espaço nacional, discursada como um valor identitário válido deste espaço e, portanto, como produtora produto ra privilegiada de sentido social. Na segunda parte, o cenário é bem diferente, pois trato da contemporaneidade. Se o Estado-nação continua operante, ele perde muitas de suas funções e outras são adquiridas. adq uiridas. A principal mudança, proponho, é sua necessidade de atuar no mundo não mais sob a dicotomia interno/externo, mas sim sob a percepção de que todo o mundo se internalizou. Isso não significa que todo o mundo se tornou igual. Ao contrário, a desigual distribuição de forças conforma um tempo em que as diferenças sociais são mais mai s marcantes. O que proponho, contudo, é que estas forças se articulam dentro de um espaço novo, mundial, no qual o Estado-nação deve se inserir como uma de suas partes essenciais. Neste cenário, a identidade nacional passa a ser articulada também neste espaço – no qual a música popular, através da indústria cultural, tem atuação destacada enquanto produtora de sentido social – e discursos e usos são propostos sobre ela por novos artífices em prol de vantagens no mercado mundial de símbolos. Penso este processo a partir da definição de três identidades que, proponho, proponh o, se articulam mutuamente, sendo elas a nacional (referida ao espaço do Estado-nação), a restrita (referida aos espaços regionais, infra-nacionais) e a mundial (imediatamente referida ao espaço global), que produzem as seguintes vertentes culturais respectivamente: nacional-popular, popular-restrita e internacional-popular internacional-po pular.. Assim, no primeiro capítulo desta parte, estudo as novas percepções sobre a identidade, agora relacionada à idéia de diversidade. Para tanto, tenho como registro operador a dicotomia dos discursos universal e particular. Será visto, nesse capítulo, que esta dicotomia é uma atualização modificada modificad a de um debate entre ilustrados e românticos do século XIX, mas que no século XX é assumida não só por teóricos, mas também pelo mercado. No segundo capítulo, me dedico a estudar o mercado internacional de música em si, debatendo os desenvolvimentos tecnológicos que levam a uma reestruturação deste mercado que q ue passa a ser discursado, quando em referência à tecnologia, tecnol ogia, como um espaço livre e democrático. Após apresentar estes discursos, busco questionálos mostrando que, na verdade, estamos diante de uma fragmentação de forças que, porém, não leva ao descontrole e à falta de condicionamentos capitalistas. No capítulo seguinte, me preocupo em entender as operacionalizações das identidades identid ades mundial e restritas. Pude propor que essas se articulam sob a idéia da diversidade cultural (que 20
MÚSICA BRASILEIRA E IDENTIDADE NACIONAL NA GLOBALIZAÇÃO
em nenhum momento sai de minhas preocupações) pela qual tais identidades assumem um espaço que antes era monopolizado pela identidade nacional. Com isso, a adequação identitária de uma pessoa passa a ser vista como mais livre. Busco mostrar, contudo, que na realidade para alguns esta liberdade se dá, mas para outros as identidades passam a representar uma maior fixidez. Proponho, assim, que se os interesses em diferentes adequações identitárias se dão a todos, a poucos há possibilidade de realização. Finalizo este livro em um capítulo que se dedica a compreender a operacionalização da identidade nacional no espaço mundial. Penso que esta se torna um valor no mercado mundial de símbolos e que, por isso, deve empreender processos de ganhos de imagem a partir daquilo que a identidade mundial propõe como consagração. Com isso, na articulação que a identidade nacional deve fazer com as outras identidades, através do prisma da idéia da diversidade cultural, haverá uma seleção e um controle de símbolos empreendidos prioritariamente por aqueles que chamei de atores móveis, deslocados dos Estados-nações. Desta maneira, proponho que, na modernidade-mundo, modernidade-mundo, a identidade nacional se disjunta do Estado-nação Estado-nação e passa a se articular com diversos artífices. Chego, por fim, a concluir que, neste tempo, a própria junção histórica Estado-nação-povo se desfaz.
MICHEL NICOLAU NETTO
21
BARTMANN, Manfred. “Musik is keine Weltsprache: Interkulturelle Unverträglichkeiten und Miâverständnisse als Grenzlinien für kulturelle Synthesen”. in: PROBST-EFFAH, Gisela (Hrsg). Musik Kennt keine Grenzen: Musikalische Volkskultur in Spannungsfeld von Frendem und Eigenem. Eigenem. (Tagungsbericht Wien 1998 der Komission fur Lied-, Musikund Tranzforsc Tranzforschung hung in der Deutscher Gesellschaft Gesellschaft für Volkskunde Volkskunde). ). Essen: Verl. Verl. Die Blaue Bl aue Eule, 2001. 2 001. BAUMAN, Zygmunt. Identidade: Zygmunt. Identidade: entrevista a Benedetto Vecchi . tradução Carlos Alberto Medeiros. Mede iros. Rio de Janeiro: Jorge Jo rge Zahar, Zahar, 2005. BECK, Ulrich. O que é Globalização? Equívocos do Globalismo: Globalis mo: Respostas à Globalização. Globalização. trad. André Carone. São Paulo: Paz e Terra, 1999. BENJAMIN, Walter. Magia e Técnica, Arte e Política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Obras escolhidas volume 1. 1 . trad. Sergio Paulo Rouanet. 6. edição. edição . São Paulo: Brasiliense, 1993. 199 3. BENNETT, Andy. Culture and Everyday Life. Life. London, Thousand Oaks, New Delhi: Sage publications, 2005. BERGER, Peter L, LUCKMANN, Thomas. The Social Construction of Reality: A Treatise in the Sociology of Knowledge. Knowledge. England: Penguin Books, 1991. BLACK, Gregory D.. Hollywood D.. Hollywood Censurado. Censurado . Cambridge University Press: sucursal na Espanha, 1998. BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. Tomaz. 7. edição. Simbólico. trad. Fernando Tomaz. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004. __________ . Distinction: a social critique of the judgment of taste. taste. 11. edição. Cambridge: Harvard University Press, 2002. BOURDIEU, Pierre, CHAMBOREDON, Jean-Claude, PASSERON, JeanClaude. Ofício de Sociólogo : metodologia da pesquisa na sociologia. trad. Guilherme Guilherme João de Freitas F reitas Teixeira. Teixeira. 6. Petrópolis. Petrópolis . RJ: Vozes, Vozes, 2007. 200 7. BRESCIANI, Sílvia. “Forjar a Identidade Brasileira nos anos 1920 – 1940”, in: HARDMAN, Francisco Foot (org). Morte e Progresso: Cultura Brasileira como Apagamento de Rastros. Rastros. São Paulo: Unesp, 1998. BURKE, Peter. A Peter. A Arte da Conversação. Conversação. trad. Álvaro Luiz Hattnher. São Paulo: Editora da Universid Universidade ade Estadual Paulista, 1995. CABRAL, Sérgio. Pixinguinha: Vida e Obra. Rio de Janeiro: Lumiar, 1997. 228
MÚSICA BRASILEIRA E IDENTIDADE NACIONAL NA GLOBALIZAÇÃO
__________ . No Tempo de Ari Barroso. Rio de Janeiro: Lumiar, s/d. __________ . A MPB na Era do Rádio. Rádio. São Paulo: Moderna, 1996. CALDAS, Waldecyr. A Cultura Político-Musical Brasileira. Brasileira. São Paulo: Musa, 2005. CALDEIRA, Jorge. A Jorge. A Construção do Samba/Noel Rosa, de costas para o Mar. São Paulo: Mameluco, 2007. CANCLINI, Néstor García. Diferentes, Desiguales y Desconectados. Desconectados. Barcelona: Gedisa Editorial, 2006. __________ . A Globalização Imaginada, trad. Sérgio Molina. São Paulo: Iluminuras, 2003. 2 003. CARV CARVALHO, José Murilo. “O Brasil, de Noel a Gabriel”. Gabriel”. in: CAVALCANTE, EISENBERG, STARLING STARLING (orgs). (o rgs). Decantando a República, Vol. II, Rio de Janeiro: Nova Fronteira. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004. CARVALHO, Leandro. “O Rodopio do Centro”. in: INSTITUTO ITAÚ CULTURAL. Rumos_Brasil: CULTURAL. Rumos_Brasil: Pensamentos & Reflexões, Reflexões , São Paulo, 2006. CARVALHO, Maria Alice Rezende de. “O Samba, a Opinião e Outras Bossas... na Construção Republicana do Brasil”. in: in: CAVALCANTE, EISENBERG, STARLING STARLING (orgs). (org s). Decantando Decantando a República, Vol. Vol. I . Rio de Janeiro: Nova Fronteira. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004. CASTRO, Ruy. Carmen: Uma Biografia. Biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. CHESNAIS, François. A François. A Mundialização do Capital. Capital. trad. Silvana Finzi Foá. São Paulo: Xamã, 1996. CONNOR, “When is a Nation?”. in: HUTCHINSON e SMITH. Nationalism, Oxford: Oxford University Press, 1994. COUCHER, Sheila L. Globalization and Belonging: the politics of Identity in a changing world. world. Oxford, UK: Rowman & Littlefield Publishers, Publi shers, 2004 CRANE, Diane. “High Culture versus Popular Culture Revisited: A Reconceptualization of Recorded Cultures”. in: Cultivating Differences: Symbolic boundaries and the Marking of Inequality . editado por Michèle Lamont e Marcel Fournier. ournier. Chicago: University Univ ersity of Chicago Ch icago Press, 1992. 199 2. CROOK, Larry Larry.. “Turned-Aro “Turned-Around und Beat: Maracatu Maracatu de Baque Virado e Ch Chico ico Science”. in: PERRONE, Charles A., DUNN, Christopher (ed). Brazilian (ed). Brazilian
MICHEL NICOLAU NETTO
229
Popular Music and Globalization Globalization.. Gainesville, Fl: University Press of Florida, 2001. DINIZ, André. Almanaque André. Almanaque do Samba: a História do Samba, o que Ouvir, Ouvir, o que Ler, onde Curtir. Curtir. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006. DIAWARA, Manthia. “Towards a Regional Imaginary in Africa”. in: JAMESON, Fredric, MIYOSHI, Masao (orgs). The Cultures of Globalization. Globalization. 6ª edição. Durham, London: Duke University Press, 2004. EAGLETON, Terry. As ilusões do pós-modernismo. pós-modernismo. trad. Elisabeth Barbosa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998. __________ . A Idéia de Cultura. Cultura. trad. Sandra Castello. São Paulo: UNESP UNESP, 200 2005. 5. EDENSOR, Tim. National Tim. National Identity, National Culture and Everyday Life, Oxford: Berg, 2002. ELIAS, Norbert. Mozart: Norbert. Mozart: Sociologia de un Genio. Genio . trad. Marta Fernández Villanueva Jané e Oliver Strunk. Barcelona: Barcel ona: Península, 2002. __________ . O Processo Civilizador. Civilizador. trad. Ruy Jungmann. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, Zahar, 1994. ELSCHEK, Oskár. “The Dual Role of Mass Media in Traditional Music Cultures”. Cultures” . Oskár Elschek. in: BAUMANN, Max Peter (ed.). (ed.) . World Music, Musics of the World: aspects of documentation, mass media and acculturation. acculturation . [Ed. by the International Institute for Traditional Music Berlin]. Wilhelmshoven: Noetzel, 1992. FERNANDES, Florestan. “A “A Sociedade Escravista no Brasil”. in: IANNI, Octávio. Florestan Octávio. Florestan Fernandes: Sociologia crítica e militante. militante . São Paulo: Expressão Expressão Popular, Popular, 2004. __________ . “A Concretização da Revolução Burguesa”. in: IANNI, Octávio. Florestan Octávio. Florestan Fernandes: Sociologia crítica e militante. militante . São Paulo: Expressão Expressão Popular, Popular, 2004. __________ . “Mudança Social no Brasil”. in: IANNI, Octávio. Florestan Octávio. Florestan Fernandes: Sociologia crítica e militante. militante . São Paulo: Expressão Expressão Popular Popul ar,, 2004; __________ . A Revolução Burguesa no Brasil: Ensaio de Interpretação Sociológica. Sociológica. 5ª edição. São Paulo: Globo, 2006.
230
MÚSICA BRASILEIRA E IDENTIDADE NACIONAL NA GLOBALIZAÇÃO
FISKE, John. Understanding Popular Culture. Culture. London, New York: Routledge, 2006. GARCIA, Afrânio, PALMEIRA, Moacir. Moacir. “Rastros de Casas-grandes e de Senzalas: Transformações Sociais no Mundo Rural Brasileiro”. in: SACHS, Ignacy Ignacy,, WILHEIM, Jorge, Jorge, PINHEIRO, Paulo Paulo Sérgio Sérgio (orgs). (orgs). Brasil: um Século de Transformações. Transformações. São Paulo: Cia. das Letras, 2001. GIDDENS, Antony. As Antony. As Conseqüências da Modernidade. Modernidade. trad. Raul Ra ul Fiker Fike r. São Paulo: Paul o: UNESP UNESP,, 1991. 1991. __________ . Modernidade e Identidade, trad. Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, Zahar, 2002. __________ . “A “A Vida em uma Sociedade Pós-Tradicional”. Pós-Tradicional”. in: GIDDENS, Anthony, BECK, Ulrich, LASH, Scott. Modernização Scott. Modernização Reflexiva: política, tradição e estética na ordem social moderna. moderna . trad. Magda Lopes. São Paulo: UNESP UNES P, 1997. 1997. GIOIA, Ted. The History of Jazz. Jazz. Oxford New York: Oxford University Press, 1997. GOFFMAN, Erving. Estigma: Erving. Estigma: Notas Sobre a Manipulação da Identidade Deteriorada, trad. Márcia Bandeira de Mello Leite Nunes. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Zah ar,, 1980. 1980 . GUIGNON, Charles. On Being Authentic. Authentic. United States Canada: ed. Routledge, 2005. HELLER, Agnes. O Cotidiano e a História, trad. Carlos Nelson Coutinho e Leandro Konder. Konder. 6. edição. ed ição. São Paulo: Paz Paz e Terra, 2000 . HOBSBAWN, Eric. Nações e Nacionalismo Desde 1780. 1780. trad. Maria Célia Poli, Anna Maria Quirino. Quiri no. 4. edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, Terra, 1990. __________ . Uncommon People: Resistence, Rebellion and Jazz. Jazz . New York: York: The New Press, 1998. HOBSBAWN, Eric, RANGER, Terence. A Terence. A Invenção das Tradições. Tradições. trad. Celina Cardim Cavalcanti. 3. edição. São Paulo: Paz e Terra, 2002. HORKHEIMER, Max, ADORNO, Theodor W.. Dialética do Esclarecimento: Fragmentos Filosóficos. Filosóficos. trad. Guido Antonio de Almeida, Rio de Janeiro: Jorge Zahar, Zahar, 1985.
MICHEL NICOLAU NETTO
231
IANNI, Octávio. Teorias da Globalização. Globalização. 13. edição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006. JAMESON, Fredric. A Fredric. A Virada Cultural: Reflexões sobre o Pós-Modernismo . trad. Carolina Araújo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006. __________ . Pós-modernismo: Pós-modernis mo: a Lógica Cultural do Capitalismo Tardio Tardio.. 2ª edição. trad. Maria Elisa Cevasco. São Paulo: Ática, 2004. __________ . “Globalization as Philosophical Issue”. in: The Cultures of Globalization. Globalization. 6ª edição. Duke University Press, 2004. JAMESON, Fredric, MIYOSHI, Masao (orgs). The Cultures of Globalization. Globalization. 6ª edição. Durham, London: Duke University Press, 2004. JEFF, Lesser. A Lesser. A Negociação da identidade nacional: imigrantes, minorias e a luta pela etnicidade no Brasil. Brasil . Trad. Patrícia de Queiroz Carvalho Zimbres. Zimbres. São São Paulo: UNESP U NESP,, 2001. 200 1. KUSEK, David, LEONHARD, Gerd. The Future of Music: Manifesto for the Digital Music Revolution. Revolution . Boston: Berklee Press, 2005. LAFER, Celso. A Celso. A identidade internacional do Brasil e a política externa brasileira: passado, presente e futuro. futuro . São Paulo: Perspectiva, 2004. LEITE, Dante Moreira. O Caráter Nacional Brasileiro. Brasileiro . São Paulo: Universidade de São Paulo, 1954. LEMOS, Ronaldo. “Creative Commons: Quem foi que disse que precisa?”. in: INSTITUTO ITAÚ CULTURAL. Rumos_Brasil: Pensamentos & Reflexões. Reflexões. São Paulo, 2006. LEONARD, Neil. Jazz Neil. Jazz and the White Americans – the acceptance of a new art form. form. Chicago: The University of Chicago Press, 1962. MALM, Krister. Krister. “Local, national and international inte rnational musics. A Changing Scene of Interaction”. in: BAUMANN, Max Peter (ed.). (ed.) . World Music, Musics of the World: aspects of documentation, mass media and acculturation. acculturation . [Ed. by the International Institute for Traditional Music Berlin]. Wilhelmshoven: Noetzel, 1992. MARTÍN-BARBERO, MARTÍN-BARBERO, Jesús. Dos Jesús. Dos Meios às Comunicações: Comunicação, Polito e Sérgio Alcides. 4. ed. Rio de Cultura e Hegemonia. Hegemonia. trad. Roland Polito Janeiro: UFRJ, 2006. MARX, Karl. Manuscritos Econômico-Filosóficos. Econômico-Filosóficos. trad. Jesus Ranieri. São Paulo: Boitempo, 2004. 232
MÚSICA BRASILEIRA E IDENTIDADE NACIONAL NA GLOBALIZAÇÃO
___________. „Resultate des unmittelbaren Produztionsprozesses”. Produztionsprozesses”. Das Das Kapital. Erstes. Buch. Der Produktionsprozess des Kapitals, VI Kapitel. Kapitel. Archiv sozialistischer sozi alistischer,, Frankfurt: Verlag Verlag Neue Kritik, 1969. 196 9. MASSEY, Howard. Behind Howard. Behind the glass: top record producers tell how they craft the hits. hits. Backbeat Books: San Francisco, CA, 2000. MURPHY, John. “Self-discovery in Brazilian Popular Music”. in: PERRONE, Charles A., DUNN, Christopher (ed). Brazilian (ed). Brazilian Popular Music and Globalization. Globalization. Gainesville. Fl: University Press of Florida, 2001. MURP MURPHY HY,, Joh Johnn P. Music in Brazil: Experiencing Music, Expressing Culture. Culture . New York, York, Oxford: Oxford Oxf ord University Press, 2006. NAXARA, Márcia Capelari. Cientificismo e Sensibilidade Romântica: em busca de um sentido explicativo para o Brasil no século s éculo XIX . Brasília: Universidade de Brasília, 2004. NAPOLIT NAPOL ITANO, ANO, Marcos. História Marcos. História e Música – História Cultural da Música Popular. Popular. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. __________ . A Síncope das Idéias: a questão da tradição na música popular brasileira. 1. ed. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2007. NEGUS, Keith. Popular Keith. Popular Music in Theory, Cambridge: Polity Press, 2004. NOVAES, Adauto. “Apresentação”. in: WISNIK, José Miguel, SQUEFF, Enio. O Nacional e o Popular na Cultura Brasileira: Música. Música . 2. edição. São Paulo: Brasiliense, 2004. OLIVEIRA, Francisco de. “Nordeste: uma invenção pela música”. in: CAVALCANTE, EISENBERG, STARLING (orgs). Decantando (orgs). Decantando a República, vol. III, Rio de Janeiro: Nova Fronteira. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004. ORTIZ, Renato. Mundialização Renato. Mundialização e Cultura. Cultura . São Paulo: Brasiliense, 2003. __________ . Um Outro Território. Território. São Paulo: Olho D’Água, s/d. __________ . Cultura Brasileira e Identidade Nacional. Nacional . 5ª edição. São Paulo: Brasiliense, 2004. 2004 . __________ . “Sociedade e Cultura”. in: SACHS, Ignacy, WILHEIM, Jorge, PINHEIRO, Paulo Sérgio. Brasil: Sérgio. Brasil: um Século de Transformações. Transformações. São Paulo: Cia. das Letras, 2001. __________ . A Moderna Tradição Brasileira: Cultura Brasileira e Indústria Cultural. Cultural. 5ª edição. São Paulo: Brasiliense, 2001. MICHEL NICOLAU NETTO
233
__________ . Cultura e Modernidade: A França no Século XIX . São Paulo: Brasiliense, 1991. 1991 . __________ . Cultura Popular: Românticos e Folcloristas. Folcloristas . São Paulo: Olho D´Água, s/d. OSORIO, Jaime. El Jaime. El Estado en el Centro de la Mundialización. Mundialización. México, D.F.: Fondo de Cultura Economica, 2004. PAIVA, Flávio. “De jegue, jangada ou a jato”. in: INSTITUTO ITAÚ CULTURAL. Rumos_Brasil: CULTURAL. Rumos_Brasil: Pensamentos & Reflexões. Reflexões . São Paulo, 2006. PEIRCE, Charles S.. Semiótica. Semiótica. 3. ed.. São Sã o Paulo: Perspectiva, Perspectiva, 1999. 1999 . RIBEIRO, RIBEIRO, Luiz César de Queiroz. “Cidade, “Cidad e, Nação e Mercado: Gênese e Evolução da Questão Quest ão Urbana no Brasil”. in: SACHS, Ignacy, Ignacy, WILHEIM, Jorge, PINHEIRO, Paulo Sérgio (orgs). Brasil: um Século de Transformações. Transformações. São Paulo: Cia. das Letras, 2001. RIDENTI, Marcelo. Em Marcelo. Em Busca do Povo Brasileiro: Artistas da Revolução, do CPC à era da TV . Rio de Janerio: Record, 2000. SANDRONI, Carlos. “Adeus à MPB”. in: in: CAVALCANTE, EISENBERG, STARLING STARLING (orgs). Decantando (orgs). Decantando a República, República , Vol. I, I , Rio de Janeiro: Nova Fronteira, São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004. __________ . O Feitiço Decente – Transformações do Samba no Rio de Janeiro (1917-1933). (1917-1933). Rio de Janeiro: Janei ro: Jorge Zahar, Zahar, UFRJ, 2001. 2001 . SCHWARTZ e CHARNEY. “Dissseminação da Modernidade: Representação e Desejo do Consumidor Consumidor nos Primeiros Primeiros Catálogos de Venda Venda por Correspondência”. in: Cinema e a Invenção da Vida Moderna. Moderna . 2. Edição. São Paulo: Cosac & Naify Naif y, 2004. SCHWARZ, Roberto. Nacional Roberto. Nacional por Subtração. Subtração. Folha de São Paulo, 7 de junho de 1986. SCHOENHERR, Steve. “Recording Technology Technology Industry”. Industry ”. (retirado do site www.hu-berlin.de/fpm/). SERVIÇO SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – SEBRAE. Cara Brasileira – Pesquisa Delphi. Delphi . 2002. SMITH, Anthony D.. Nationalism D.. Nationalism and Modernism. Modernism. London: Routledge, 1999.
234
MÚSICA BRASILEIRA E IDENTIDADE NACIONAL NA GLOBALIZAÇÃO
SOUZA, Jessé. “As Metamorfoses do Malandro”. in: in: CAVALCANTE, EISENBERG, STARLING STARLING (orgs). (o rgs). Decantando Decantando a República, Vol. III . Rio de Janeiro: Nova Fronteira. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004. SOUZA, Jessé, ÖELZE, Berthold. Simmel e a Modernidade. Modernidade. 2. ed. Brasília: Universidade de Brasília, 2005. SOUZA, Tárik de. Tem mais samba: das raízes à eletrônica. eletrônica . São Paulo: Editora 34, 2003. STAIGER, STAIGER, Janet. “Standardization “Standardization and differentiation: differentiation: the reinforcement and dispersion of Hollywood´s practices”. in: BORDWELL, David, STAIGER, STAIGER, Janet, THOMPSON, THOMPS ON, Kristin. The Classical Hollywood Cinema. Cinema. London: Routledge Routledg e Publisher, Publisher, 1999. STOKES, Martin (ed). Ethnicity, Identity and Music: The Musical Construction of Place, Oxford, New York: York: Berg Publishers, 1997. VALE, VALE, Israel do. “In(ter)dependência “In(ter) dependência ou sort-e!!!”. sort- e!!!”. in: INSTITUTO INSTIT UTO ITAÚ ITAÚ CULTURAL. Rumos_Brasil: CULTURAL. Rumos_Brasil: Pensamentos & Reflexões. Reflexões . São Paulo, 2006. VIANNA, Hermano. Mistério Hermano. Mistério do Samba. Samba . 5. edição. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, UFRJ, 2004. VIANNA, Luiz Werneck. “O Simples e as Classes Cultas na MPB”. in: CAVALCANTE, EISENBERG, STARLING (orgs). Decantando (orgs). Decantando a República, vol. 1, Rio de Janeiro: Nova Fronteira. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004. TAYLOR, Timothy D.. D.. Beyond Exoticism. Exoticism. Durham and London: Duke University Press, 2007. __________ . Global Pop: world music, world market. market. New York and London: Routledge, 1997. TINHORÃO, José Ramos. A Pequena História da Música Popular. Popular. 6. edição. São Paulo: Art. Editora, 1991. TOSTA TOSTA DIAS, Márcia. Márcia . Os Donos da Voz: Indústria Fonográfica Brasileira e Mundialização da Cultura, Boitempo: São Paulo, 2000. TOTA, TOTA, Antonio Pedro. “Cultura, “Cult ura, Política e Modernidade Modernid ade em Noel Rosa”. in: São Paulo em Perspectiva Vol. 15. no.3. São Paulo, 2001. Texto retirado de www.scielo.b www.scielo.brr (14/11/2006). (14/11/2006 ). WAIZBORT, WAIZBORT, Leopol Leopoldo. do. As As aventuras de Georg Simmel . São Paulo: Editora 34, 2000. MICHEL NICOLAU NETTO
235
WEBER, Max. Economia Max. Economia e Sociedade, Vol. 1. 1. tradução Regis Barbosa e Karen Elsabe Barbosa. Brasília: Brasíli a: Ed. Universidade de Brasília. Brasília . São Paulo: Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 1999. __________ . A Ética Protestante e o “Espírito” do Capitalismo. Capitalismo. trad. José Marcos Mariani de Macedo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. __________ . “The Nation”. in: HUTCHINSON e SMITH. Nationalism, SMITH. Nationalism, Oxford: Oxford University Press, 1994. WICKE, Peter. Von Mozart zu Madonna: Eine Kulturgeschichte der Popmusik. Popmusik. Leipzig, Deutschland: Surkamp Taschenbuch, 2004. WISNIK, José Miguel. “Getúlio da Paixão Cearense”. in: WISNIK, José Miguel, SQUEFF, Enio. O Nacional e o Popular na Cultura Brasileira: Música. Música. 2. edição. São Paulo: Brasiliense, 2004.
JORNAIS E REVISTAS • Folha de São Paulo, Paulo, 10/04/2007. • “Cansei “Cansei de Ser Ser Sexy recebe recebe elogios e lota casas casas de show britânicas britânicas”, ”, Folha de São Paulo, Paulo, 14/11/2006. • “País “País só ganha da Colômbia Colômbia em uso da internet internet na AL”, Folha ”, Folha de São Paulo, Paulo, 26/07/2007. • “Qua “Quase se Muito Muito Famo Famosos sos”, ”, Folha Folha de São Paulo, Paulo, 26/02/2007. • “Um “Um bond bondee cham chamad adoo Role Role”, ”, Folha Folha de São Paulo, 16/02/2007. • “Governo “Governo cria marca marca para para promover promover produtos produtos e serviços serviços do Brasil Brasil no no exterior”, Folha exterior”, Folha online, 18/02/2005. • “So “So schön schön dass dass es weh weh tut” tut”,, Frankfurter Allgemeine Zeitung, 14/05/ 2006. • “Von “Von wegen wegen bloss bloss Samb Samba”, a”, Handelblatt, Handelblatt, 13.14.15/01/2006. • “Der “Der Süâe Süâe Bar Barba bar” r”,, Der Tagespiegel, 15/05/2006. • “Wir “Wir sind sind die die Trop Troppe pen” n”,, Der Spiegel, 15/05/2006. • “Weltm “Weltmusik usik ist nur nur ein ein Wort” Wort”,, Neues Deutschland, 10/06/2006. • “Shock “Shock war war in in der der klein kleinsten sten Hütte”, Hütte”, Taz, az, 10/06/2006.
236
MÚSICA BRASILEIRA E IDENTIDADE NACIONAL NA GLOBALIZAÇÃO
• “Aus Favelas: Favelas: Brasilianer Brasilianer haben nicht nur Fuâball im Kopf - der “Moment”, als Caetano Veloso Veloso zur Elektroklampfe griff ”, Junge ”, Junge Welt, 29/06/2006. • “Brasi “Brasilie lienn mit Kultur Kultur zur Fuâba Fuâballll-WM WM 2006“, 2006“, Freie Presse Chemnitzer Zeitung, 10/12/2005. • “Brasilien “Brasilien schickt schickt zur zur WM 2006 auch Kultur Kultur nach nach Deutschland” Deutschland”,, Necker- und Enzbote, 9/09/2005. • “Zum “Zum Träum räumen en”, ”, Die Die Welt, 19/06/2006. • “Mit Apfels Apfelsinen inen im Haar Haar und in der der Hand Hand einen einen Stift”, Stift”, Berliner Berliner Zeitung, 16/05/2006. • “Wenn “Wenn Herzen Herzen fliege fliegenn wollen wollen”, ”, Die Die Tageszeitung, 19/06/2006. • “Staub “Staub und und Hoff Hoffnu nung” ng”,, Der Tagespiegel, 18/06/2006. • “It Could Could ‘become ‘become very fashionab fashionable le at some point point to be disconnect disconnected’”, ed’”, USA US A Toda Today, y, 11/01/2007. • Revista Vida Brasil, Brasil, ed. 03/2006. • Global Players, Players, s/página, s/data. • “Bai “Baile le Good Good Show Show”, ”, Time Out London, May 30 – June 5 2007, • Sucesso! special edition Música do Brasil. • “Turning “Turning freeloader freeloader in ad-friendly ad-friendly downloaders” downloaders”,, MidemNet. MidemNet. • “Powe “Powerr to the the Peop People” le”,, MidemNet. MidemNet. • “MidemNet “MidemNet debate debate throws throws two heavyweights heavyweights into into the ring”, MidemNet ring”, MidemNet.. • The News: The official Midem Newspaper, Newspaper , 21/01/2007. • Holland Herald, Herald, vol. 42, n. 6, 06/06/2007 • Popkomm – English Issue, Issue, 20 – 22/11/2006. • Tip Magazine, Magazine, 14/06/2006, Berlin, Berl in, nr. nr. 14/2006, 35 Jahrgang. Jah rgang. • Tip Magazine, Berl in, nr. nr. 20/2006, 35 Jahrgang. Jah rgang. Magazine, 20/09/2006, Berlin, • “Mad “Madee in in Bra Brazi zil” l”,, Rolling Stone (ed. Brasileira), 02/2007.
MICHEL NICOLAU NETTO
237
WEB SITES: www.abpd.org.br www.adgnow.uol.com.br www.anythingbutipod.com www.apexbrasil.com.br/projetos www.apple.com www.ariacharts.com.au www.creativecommons.org www.cultura.gov.br www.de.news.yahoo.com www.embratur.gov.br www.folhaonline.com.br www.gigaom.com www.hochtaunus.de. www.hu-berlin.de/fpm www.imusica.com.br www.lastfm.com www.midem.com www.napster.com www.popkomm.de www.usflag.org
RELATÓRIOS, DOCUMENTOS, CATÁLOGOS E DISCOS PROMOCIONAIS. • Discos Victor Brasileiros Brasileiros – Catálogo 1932 – 1933, Rio Rio de Janeiro Janeiro • Novidade Novidadess Janeiro Janeiro 1930, 1930, Odeon Odeon Rio de Jane Janeiro. iro. • IFPI, Digital Music Report 2007 . • IFPI, World Sales 2005 – The Key Facts and Figures. Figures .
238
MÚSICA BRASILEIRA E IDENTIDADE NACIONAL NA GLOBALIZAÇÃO
• Copa da Cultur Cultura: a: Brasil Brasil + Deutschla Deutschland nd 2006: A Docume Documenta ntação, ção, prefácio. • Bras Brasilil Centra Centrall M Mus usic ic • Mu Musi sicc From From Per Perna namb mbuco uco I • Music Music From From Pern Pernamb ambuco uco Vol. Vol. II • Cear Cearáá Origin Original al Sound Soundtra track ckss • Music Music from from the Capital Capital of Bras Brasil. il. • Mu Musi sicc Fro From m Nor Northe theas astt • Swed Sweden en Mi Mide dem m 200 20077 • Galícia Galícia Tune Tuness Music Music in in Action Action • Sound Soundss Like Like Swi Switz tzer erla land nd • The Music Music from Cyprus: a free sounding highlight in the intercultural intercultural vastness • Taiwa aiwann Beat Beat 2007 2007 • The Wonderful onderful Music Music of Macedon Macedonia ia • Note Note Lit Lithu huan ania ia • Export Export Guide Guide Indepen Independent dent Record Record Labels Labels from from Spain Spain • Sounds Sounds from from Spain Spain - Midem Midem 2007 2007 • All That That Jazz: Jazz: Music Music from from Denma Denmark rk 2004 2004 • Come Hear Hear. Finla Finland nd 2007 • Música argentina/ argentina/ Argentini Argentinian an music music + Catálogo Catálogo de Selos/Index Selos/Index of Label Records • Midem Midem 2007 - Music Music from from Korea: Korea: Mind Mind Blowin Blowingg Music Music • Music Music - hip-hop/wor hip-hop/world/jaz ld/jazz/ele z/electro/ ctro/chan chanson/r son/rock/c ock/class lassique/ ique/dub/p dub/pop op • Música Música do Bras Brasilil 2006: 2006: cata catalogue logue.. • French French Essenti Essentials als e In In Bloom Bloomss • Norwa Norwayy 2. 2. edit edition ion 2007 2007 • Hungr Hungryy for for Hun Hungar garyy 2007 2007
MICHEL NICOLAU NETTO
239
• Brasil Brasil Fashion ashion Exhibiti Exhibition on • Ministério Ministério da Cultura do Brasil, Brasil, “Brasil “Brasil na Popkomm 2006/Copa da Cultura – Processo de Seleção de Artistas”.
CD E DVD COMERCIAIS KAURISMÄKI, Mika, Moro Mika, Moro no Brasil. Brasil. Eurovideo, 2003. ROSA, Noel, Noel Rosa Pela Primeira vez, 7 Vols, Velas, org. Omar Jubran, São Paulo, 2000.
240
MÚSICA BRASILEIRA E IDENTIDADE NACIONAL NA GLOBALIZAÇÃO