LOJA DE PERFEIÇÃO “PAULO CAMARGO NEVES”
RESUMO DO GRAU 12 GRÃO MESTRE ARQUITETO O grau 12 é um dos mais complexos, pois ele é constituído por dezenove ciências. Este grau tem por necessidade um estudo profundo sobre a ciência-arte da construção que se tornou a base da maçonaria. Os trabalhos realizam-se no templo e a câmara denomina-se loja dos grãos-mestres arquitetos. O painel contém na parte superior, ao seu centro, um esquadro com o vértice voltado para baixo e na parte inferior um compasso em 45º, por sobre o esquadro, como é usado no grau 3. Na mesa dos três primeiros dignitários, serão colocados um estojo de matemática e um candelabro com três luzes, o estojo de matemática aparece pela primeira vez nos rituais. O presidente da loja denomina-se de grão-mestre arquiteto e não pode ser confundido com o rei Salomão. Os dois vigilantes são os chefes imediatos. O tratamento do presidente será o de grão-mestre e os dos vigilantes de excelentes mestres e os outros irmãos serão chamados de mestres arquitetos. A lenda diz respeito a uma crise entre os arquitetos e o povo, esta crise também é um reflexo da morte de Hiram Abif. O aprendizado desse grau é referente o estudo da época e a respeito da tributação e nada têm haver com os conceitos modernos. O rei Salomão, estabeleceu o grau com o objetivo de formar uma escola de arquitetura, por ter ouvido os clamores do povo. O mais interessante para a maçonaria é que se edifique um edifício moral e abranja o desenvolvimento intelectual, moral e social e não um u m edifício de pedra. Os trabalhos são realizados a luz solar, iniciando a primeira hora do primeiro dia. A primeira hora aqui ao nascer do sol e o primeiro dia, supõem-se, ser o primeiro dia do ano, tendo assim muita controvérsia. O calendário mais antigo chegado até nós é o israelita, e o ano israelita é lunar e começa em primeiro Teri; para as cerimônias religiosas, inicia primeiro Nisan, é o ano eclesiástico. O calendário israelita é móvel e não como o nosso que é fixo. Foi o rei Carlos IV que em 1564 fixou o início do ano em 1º. de janeiro, a igreja por influência da Páscoa no início do cristianismo, cristianismo, fixo o principio do ano em 25 de março. A consagração do grande templo de Salomão e mais tarde a consagração do templo construído por Zorobabel, tinham a data do início do ano para os inícios de seus trabalhos. Fez-se necessário que os trabalhos sejam feitos durante o dia, pois o maçom tem que se apresentar em loja e gravar nas colunas, com seu instrumento de trabalho, noções sobre o estudo da matemática.
Os mestres arquitetos dotados de virtude e sabedoria que formam a base da perfeição e os que possuem este grau tem que desempenhar com dedicação para que a maçonaria não enfraqueça. Estes quando encarregados de sua administração que não estejam cumprindo com exatidão seus deveres, devem ser substituídos imediatamente. Os trabalhos ainda se propõem a dar conhecimento aos problemas humanos, espirituais e filosóficos e também ao estudo da tributação. Por último o maçom nesse grau conhecerá a exata aplicação filosófica da arte arquitetônica ao aperfeiçoamento do iniciado, para que ele seja um aliado constante do amor, da justiça e da Verdade. A construção do Grão-Mestre Arquiteto é, permanentemente, o edifício social, mesmo que esta missão, muitas vezes, se mostre impossível de prosseguir por falta de conhecimento. Conhecimento; que é a vontade dos possuidores deste grau de conhecer para ter o poder de saber discernir o certo do errado, tanto material quanto espiritual, e isto só será conseguido com uma construção adequada do edifício social, obra capital do Grão-Mestre Arquiteto. Tal disposição será conseguida, quando o obreiro souber usar com maestria todas as ferramentas e mais que lhe estejam disponíveis, tais como as vidas material e espiritual e os segmentos social e mental; é quando sente a necessidade de conhecer, entender e aplicar o aspecto econômico. O aspecto econômico na construção do templo ideal exerce preponderante papel, já que o obreiro, o ser humano é por tudo social e, ainda mais hoje, não consegue viver isolado; é quando a tributação se torna indispensável ou a obra será paralisada, mesmo que haja o reclame do povo. É quando o trabalho do Grão-Mestre Arquiteto será executado com o único objetivo de tomar justa a tributação, o que permitirá o seguimento da obra e a satisfação do povo. É quando encontraremos a paz social, a harmonia, a tranqüilidade espiritual e a tolerância material, que permitirão o amor e a felicidade durante a construção do edifício social, que não devemos esquecer é o templo individual, que se bem construído, irá se integrar à construção do edifício social universal.
I.’. PEDRO AMARO FILHO