Educação e Equidade na Sociedade Contemporânea Conte mporânea [11012]
E-Fólio A Data de Entrega: 12-11-2012
Maria Dulce Pinto Matias
Aluno n.º:1200238
1. a) No final do séc. XX, tanto na Europa (inclusive em Portugal a partir de 1974, com a Lei de Bases do Sistema Educativo), como E.U.A. e Japão, sentiram a necessidade de proceder à alteração dos paradigmas educacionais e de definir novos modelos pedagógicos para substituir os existentes, uma vez que estes já não e respondiam de forma eficaz aos problemas que entretanto apareceram. Esta convergência de objetivos conduziu os governos ao incremento de políticas educativas de massificação da escolaridade. A educação foi considerada como um dos principais fatores de promoção do desenvolvimento socioeconómico dos países e das suas estruturas, bem como a criação de serviços. Estes fatores tornaram-se indicadores de crescimento económico, de melhoria da qualidade de vida e bemestar dos cidadãos. Então partia-se do pressuposto de qualquer nação dependia do capital humano disponível e do raciocínio científico capaz de gerar desenvolvimento e de igualdade de oportunidades – a chamada Economia da Educação. Para isso, democratizou-se o acesso aos sistemas públicos d educação e a escola tornou-se numa instituição que deveria assegurar e preservar esse direito, Esta abertura da escolarização às massas, contribuíram para grandes alterações, quer políticas, quer sociais que permitiu uma maior igualdade de oportunidades de todos os cidadãos, tornando-se num grande fator de mudança. Reduziram-se as barreiras culturais, sociais e económicas e até a exclusão e até a exclusão de alguma população, tendo em vista o desperdício de talentos que a sociedade colocava à disposição do desenvolvimento, um pouco na ótica de que “ ninguém deve ser deixado de fora”, pois todos podem e devem ser aproveitados e chamados a dar o seu contributo para o crescimento da Economia. Este princípio de chamar ao sistema a reserva “massa critica” disponível está igualmente subjacente no conceito de capital humano. Estas políticas educativas foram muito importantes para a Cidadania e por via desta, a Educação para a Cidadania, Cidadania, que assenta assenta no princípio dos direitos cívicos e jurídico, cabendo ao estado assegurar que todos possam aceder em condições de igualdade. A democracia é o único pilar capaz de assegurar a liberdade, cabendo à escola difundir os seus valores.
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b) Como o processo da reforma educativa estava em curso desde o último quarto do Séc. XX, tanto em Portugal (inc. Europa), Estados Unidos e Japão, são marcados por uma certa normalização do discurso educativo, objetivos semelhantes; propostas similares; as mesmas preocupações com a formação dos recursos humanos, a competitividade e as competências; a aposta nas mesmas categorias de modelos pedagógicos, este discurso educativo cujo conteúdo é pautado pelos mesmos propósitos, em função dos quais se propões as mesmas metodologias e estratégias de intervenção, que é possível afirmar que estamos face a uma emergência de um novo paradigma educacional. Para tal, é necessário admitirmos que estamos a passar por um profundo processo de transformação social. Não se trata de uma das muitas crises conjunturais do modelo capitalista de desenvolvimento, mas do aparecimento de novas formas de organização social, económica e politica. Estas mudanças na sociedade atual estão muito ligadas às novas tecnologias. Estas têm um impacto significativo não só na produção de bens e serviços, como também no conjunto das relações sociais. A acumulação de informação, a velocidade de transmissão, a superação das limitações espaciais, a utilização simultânea de vários meios (imagem, som, texto) é, entre outros, os elementos que explicam o enorme potencial de mudança que estas novas tecnologias de informação apresentam. A sua utilização obriga à modificação de conceitos básicos com o tempo e espaço. Com todas estas mudanças, as instituições de ensino superior foram confrontadas com novas exigências em termos de públicos e ofertas formativas que não podem continuar circunscritas aos formatos tradicionalmente instituídos. O Blended Learning (ou b-Learning), emerge como a mais importante metodologia de ensino e especialmente no ensino superior. O conceito de Blended Learning, tal como hoje o devemos entender, deve-se à introdução das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na Escola. O Blended Learning possui dois modos de ensino: síncrono e assíncrono. Síncrono – quando o aluno e professor estão na aula ao mesmo tempo: por exemplo chat, vídeo, telefone e conferência. Este sistema é o que mais parece com o ensino presencial. Assíncrono – quando o aluno e o professor não estão na aula ao mesmo tempo, por exemplo: fórum e e-mail. Neste sistema o aluno estuda às horas que mais lhe convém os materiais que lhe são disponibilizados. Uma metodologia de Blended learning pode acontecer em qualquer lugar e a qualquer momento, pode ser através do computador, no telemóvel, tablet ou outro qualquer dispositivo eletrónico. Em “Blended Learning – em Contexto Educativo”, Graham identifica seis razões para a crescente utilização da metodologia blended learning, nomeadamente no Ensino Superior: 1riqueza pedagógica; 2- acesso ao conhecimento; 3- interação; 4 – personalização; 5 – custos; 6 – facilidade de revisão.
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Neste mundo globalizado em que hoje vivemos originou uma nova sociedade com múltiplas denominações na literatura como seja a de “ sociedade da informação”, a de “sociedade em rede” etc e muitas outras adjetivações em que denominador comum é o reconhecimento do papel das tecnologias na reconfiguração dos processos de ensino-aprendizagem. Conscientes desta nova realidade as escolas portuguesas, na generalidade, tem vindo a apresentar iniciativas reformadoras, contemplando nos seus planos estratégicos novos esquemas de funcionamento, onde o e-learning e/ou b-learning é reconhecido lugar. Mais do que integrar momentos presenciais ou não, o blended learning é uma estratégia dinâmica que envolve diferentes recursos tecnológicos, diferentes abordagens pedagógicas e diferentes espaços (formais e informais).
Bibliografia:
Roteiro conceptual do tema 1 - A, B e C; Morin, Edgar – Os Sete Saberes; Delors, Jacques – Educação um tesouro a descobrir; Tedesco, Juan Carlos (1999) – O Novo Pacto Educativo. Fundação Manuel Leão; Monteiro, A., Moreira, J. A., Almeida, A. C. & Lencastre J. A. (2012). Blended Learning em Contexto Educativo: Perspetivas Teóricas e Práticas de Investigação. De Facto Editores
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