CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
CONCRETO LEVE COM USO DO EPS
Orientador Elsom José Gomes Santos
Acadêmicos Adriano Henrique Ribeiro de Sousa Sousa Brenno Vianna Lima Dayvid Rafael Farias Padilha Francinaldo Sousa dos Santos Guilherme Amorim Rodrigues Gustavo Charles Sousa Lindoso Igor Oliveira Reis Jean Carlos Cantanhêde Lima Leandro Lemos da Luz Suelhton Monteles Lima
SÃO LUIS / 2015
Professor Orientador: Especializaçã E specialização; o; doutorado em educação.
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RESUMO Atualmente o poliestireno expandido (EPS) mais conhecido popularmente como isopor, é uma marca registrada das empresas BASF, com grande versatilidade de aplicações na construção civil, a sua reutilização no concreto leve de resíduos como matéria prima vem ganhando espaço, nessas condições, o presente trabalho teve o objetivo de estudar, verificar o comportamento do concreto leve com resíduos de EPS como acréscimo ao agregado graúdo convencional. Foram moldados sistematicamente 2 lotes de corpos - de - prova cilíndricos de dimensões 10 x 20 cm e 0,5 x 10 cm (diâmetro e altura, respectivamente), cada um contendo 3 amostras de concreto leve de EPS, sendo que apenas o lote de 10 x 20 cm foi submetido ao ensaio de compressão axial. Com os resultados adquiridos durante os ensaios foi feito uma comparação entre a resistência das amostras de sete, quatorze, e vinte oito dias. Constatou – se que houve uma grande disparidade entre os corpos – de – prova em que a resistência subiu da primeira amostra para a segunda e caindo drasticamente da segunda para terceira, (28 dias), na qual esperávamos uma resistência maior, então entendemos que quantidade de amostra que usamos não foi o suficiente para obtermos resultados precisos e coerentes, com isso entendemos a necessidade de uma maior quantidade que nos possibilitara eliminar desvios.
Palavras-chave: EPS. Ensaio de Compressão. Tempo de cura.
ABSTRAC Currently expanded polystyrene (EPS) more popularly known as Styrofoam, is a registered trademark of BASF, with great versatility of applications in construction, re use in lightweight concrete waste as raw material is becoming more popular in these conditions, this work aimed to study, check the lightweight concrete behavior with EPS of waste as an addition to conventional coarse aggregate. 2 plots were systematically molded bodies - of - Cylindrical specimens dimensions 10 x 20 cm and 0,5 x 10 cm (diameter and height, respectively) each containing 3 samples lightweight concrete EPS, and only the batch 10 x 20 cm was subjected to axial compression test. The results obtained during the tests was made a comparison between the resistance of the samples of seven, fourteen and twenty-eight days.
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Found - that there was a great disparity between the bodies - of - evidence that resistance rose from the first sample to the t he second and drastically falling from second to third (28 days), in which expected a greater resistance, so we understand how much sample we used was not enough to obtain accurate and consistent results, we understand the need for a higher amount which will permit us to eliminate deviations.
Keywords: EPS. Compression Test. Curing time.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 7 2. BREVE HISTORICO ............................................................................................... 9 2. 1 Propriedades do EPS ....................................................................................... 9 2. 2 Concreto leve com uso do EPS ...................................................................... 10 2. 3 Aplicações ...................................................................................................... 11 2. 4 Uso do concreto na construção civil ................................................................ 11
3. EQUIPAMENTOS ................................................................................................. 15 3.1 PENEIRA ......................................................................................................... 15 3. 1. 1 Agregado miúdo ...................................................................................... 15 3. 1 .2 Agregado graúdo ..................................................................................... 15 3. 2 Vibrador de peneira ......................................................................................... 16 3. 3 Balança de precisão ........................................................................................ 17 3. 4 Moldes cilíndricos ............................................................................................ 17 3. 5 Prensa hidráulica ............................................................................................ 18
4. MATERIAIS E METODOS .................................................................................... 18 4. 1 Granulometria ................................................................................................. 19 4. 2 Preparo do concreto ........................................................................................ 20 4. 3 Moldagem ....................................................................................................... 20 4. 4 Ensaios de compressão .................................................................................. 21
5. RSULTADOS ........................................................................................................ 23 5. 1 Densidade ...................................................................................................... 23 5. 2 Determinação da porcentagem de água dos corpos –de-prova...................... 24 5. 3 Resistência a compressão .............................................................................. 24 5. 4 Comparação .................................................................................................... 26
6. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 27
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LISTA DE TABELAS Tabela 1: Características exigíveis para o EPS – NBR 11752:1993 ...................... 10 Tabela 2: Quantidade de materiais ........................................................................ 19 Tabela 3: Granulometria da areia ........................................................................... 19 Tabela 4: Granulometria da brita ............................................................................ 20 Tabela 5: Descrição inicial do C.P. ........................................................................ 21 Tabela 6: Corpos – de prova .................................................................................. 23 Tabela 7: Densidade dos corpos – de prova .......................................................... 23 Tabela 8: Determinação da saturação dos corpos –de - prova .............................. 24 Tabela 9: Tensão de ruptura obtida no ensaio de compressão axial das amostras de concreto leve com EPS ..................................................................................... 25 Tabela 10: Classe de resistência grupo I ............................................................... 25 Tabela 11: Classe de resistência grupo II .............................................................. 25
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LISTA DAS FIGURAS Tabela 1: Gráfico de comparação de peso do concreto convencional e o concreto leve ... 12 Tabela 2: Gráfico de custos .................................................................................. 12 Figura 3: Mostra uma laje feita por lajotas de cerâmicas ....................................... 13 Figura 4: Mostra uma laje feita por EPS em forma de blocos ................................ 14 Figura 5: Parede feita com bloco com a mistura em sua composição EPS ........... 14 Figura 6: Peneira de granulometria da areia e brita ............................................... 16 Figura 7: Vibrador de peneira ................................................................................ 16 Figura 8: Balança de precisão................................................................................ 17 Figura 9: Moldes cilíndricos.................................................................................... 17 Figura 10: Prensa hidráulica ................................................................................ 18 Figura 11: Moldagem ............................................................................................ 21 Figura 12: Ensaio de resistência a compressão ................ .................................... 22 Figura 13: C.P. 52 ruptura ...................................................................................... 22 Figura 14: C.P. 53 ruptura ...................................................................................... 22 Figura 15: C.P. 54 ruptura ...................................................................................... 22 Figura 16: Gráfico de comparação ......................................................................... 26
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1. INTRODUÇÃO Com este documento iremos apresentar o concreto leve com EPS, suas características e aplicações na construção civil, além dos resultados obtidos através de corpos
–
de prova submetida à compressão. Com o passar do tempo, o
crescimento das cidades e a busca incessante por tecnologias devido a uma necessidade de evolução a sociedade aumentou perigosamente o consumo, gerando grande impacto no meio ambiente, devido ao grande consumo dos recursos naturais e a grande produção de resíduos. A indústria da construção civil tem grande parcela nessa produção de resíduos, tendo isso em vista, existe um grande apelo, uma necessidade da reutilização de resíduos diversos na construção civil, entre eles podemos citar o poliestireno expandido, (EPS), que é considerado um dos mais prejudiciais à natureza, por ocupar muito espaço e levar mais de 100 anos para sua degradação. Este trabalho tem como foco principal introduzir conceitos, reações, normas, iniciar os acadêmicos que elaboraram o mesmo em uma matéria muito extensa que será muito utilizada tanto na vida acadêmica, e principalmente na vida profissional, logico que os resultados foram analisados, porém em segundo plano. Por ser o primeiro trabalho deste tipo foram feitas pesquisas e consultas a alguns trabalhos acadêmicos, como,( 8), (11) no qual deram um conhecimento, uma base para o desenrolar dos fatos, informações. Com o conhecimento inicial adquirido de materiais, equipamentos, entre outros podemos projetar trabalhos com mais experiência e por consequência resultados mais precisos. Durante o trabalho identificamos uma falta de material acadêmico com tema igual ao desenvolvido, pois encontramos muitos exemplares com o tema de concreto leve com EPS, porém desenvolvemos o concreto convencional com EPS que é um tipo de concreto leve. Outra problemática foi a pequena quantidade de amostras, na qual impossibilitou uma melhor avaliação da resistência a compressão.
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No decorrer deste trabalho foram estudados os equipamentos necessários para o ensaio, assim como os materiais e suas classificações e posteriormente o preparo, moldagem, teste de compressão e analise dos dados. No primeiro capitulo tratamos da introdução, no qual expomos o trabalho de maneira geral. No segundo capitulo abordamos um breve histórico do EPS e do concreto leve suas vantagens e aplicações. No terceiro capitulo abordamos os equipamentos necessários para o desenvolvimento do trabalho. No capitulo 4 tratamos dos materiais e métodos utilizados no trabalho desenvolvido. No capitulo 5 apresentamos os resultados. Por fim o capitulo 6 em que expomos a nossa conclusão.
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2. BREVE HISTORICO O poliestireno expandido, (EPS), mais conhecido no Brasil pelos nomes comerciais isopor, (que é uma marca registrada da Knauf Isopor Limitada) e estiropor (marca da empresa brasileira Estiropor Nordeste Indústria e Comércio Limitada) e, em Portugal, sob o nome de esferovite, é um plástico celular e rígido com variedade de formas e aplicações, e que se apresenta como uma espuma moldada constituída por um aglomerado de grânulos. É bastante utilizado em construção civil e na confecção de caixas térmicas para armazenamento de bebidas e alimentos. Sua presença no mercado consumidor, onde sua participação tem sido crescente, é fortalecida por sua leveza, sua capacidade de isolamento térmico e seu baixo custo. Para sua produção, a matéria prima passa por um processo de transformação física constituída de três etapas: pré - expansão, armazenamento intermediário e moldagem. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Poliestireno).
2.1. Propriedades do EPS Trata-se de um material de cor branca, inodoro, reciclável, fisicamente estável, Resistente ao envelhecimento e versátil. É dividido em duas classes: P, não retardam - te à chama e F, retardam-te à chama. Possui três grupos de massa específica aparente: – de 13 a 16 kg/m³, II – de 16 a 20 kg/m³ e III – de 20 a 25 kg/m³. Na tabela 1 são mostradas as características exigíveis para o EPS de acordo com a norma NBR 11752 (ABNT, 1993), mostrado na tabela 1.
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2.2. Concreto leve com uso do EPS O concreto leve é conhecido pelo seu peso especifico reduzido e a sua capacidade de isolamento acústico e térmico. O concreto leve com EPS surgiu em 1957 na Alemanha e teve um processo lento devido o preço elevado da matéria prima, (perolas pré – expandidas), porém com o passar do tempo e necessidade redução de custos, mas com qualidade e preservação do meio ambiente o processo foi cada vez mais utilizado, tornando mais acessível. Sempre que não haja exigência de resistência a grandes esforços, esse tipo de concreto pode ser usado com grande redução de peso em elementos das edificações. Para quem tem fácil acesso ao reaproveitamento do EPS, o concreto leve, além de versátil, é vantajoso economicamente. Pelo seu coeficiente de dilatação menor que
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concretos convencionais, Prefeituras que contam com coleta seletiva de lixo podem utilizar o EPS moído na produção de concreto leve para calçadas, quadras esportivas, bancos de jardim, vasos, balaústres, casas pré-fabricadas, enfim, quase tudo que se faz com concreto à exceção de estruturas. O concreto leve utilizado no ensaio e descrito neste documento foi o concreto convencional mesclado com o EPS.
2.3. Aplicações O concreto leve constituído por EPS, devido a suas características, deve ser utilizado em estruturas que não requeiram esforços muito grandes, mostrados abaixo. Exemplos de aplicações por características estruturais: 1. Regularização de lajes em geral: Inclinação para escoamento; 2. Painéis de fechamento: Edifícios/casas pré-fabricadas/galpões; 3. Blocos de concreto: Edifícios/casas pré-fabricadas/galpões; 4. Elementos pré-fabricados: Lajotas/blocos vazados, pilares para muros, elementos vazados, elementos decorativos para fachadas e jardins; 5. Pavimentos: Calçadas, painéis para fechamento de galerias; 6. Elementos de mobiliário: Bancos para ambientes externos, base para montagem de sofás / balcões / camas; 7. Áreas de Lazer: Quadras de esporte, base para dispositivos de exercícios.
2.4 O uso do concreto leve na construção civil O concreto leve de Poliestireno Expandido- EPS, conhecido no Brasil como isopor é utilizado na construção civil nas partes onde não se exige grandes esforços, considerando o fato que uma obra convencional a carga em media 1.400kg/m³ o alivio de carga é bastante significativo já que o peso do concreto leve é de 600 kg/m³ como mostra a figura 1. (http://www.avsconcretoleve.com.br/index)
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Figura 1 – Gráfico de comparação de peso do concreto convencional e o concreto leve. Fonte: http://www.avsconcretoleve.com.br/index
Devido as suas propriedades (baixa densidade aparente, isolação térmica e acústica e considerável resistência) o seu uso, tanto em pequenas residências quanto em obras de grande porte, permite economia no custo final da obra conforme a figura 2.
Figura 2 – Grafico de custos. Fonte: http://www.avsconcretoleve.com.br/index
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O EPS também é muito usado para utilização de enchimento de lajes, afinal é leve, resistente e pratico. Além disso, o EPS não serve como alimento a qualquer ser vivo inclusive micro-organismos e, portanto, não favorece a presença de cupim, nem apodrece. Principais vantagens na aplicação do EPS em lajes pré-fabricadas. 1- É leve com peso entre 10 e 25 kg/m³(Peso da cerâmica=800 kg/m³) 2- Resistencia à compressão de 1.000 a 2.000 kg/m² 3- Possibilita obter grandes vãos e sobrecargas altas nas lajes 4- Economia no transporte 5- Fácil manuseio com uma redução de 50% no tempo de montagem das lajes. 6- Promove inter - eixos entre vigas maiores, gerando economia de aço e concreto. 7- Elimina a reposição de material por quebras de lajotas 8- Elimina a perda de nata de cimento e melhora a cura da laje 9- Melhora de 70% no isolamento da laje. Abaixo algumas imagens relacionadas a diferença entre laje com lajotas de cerâmicas, EPS e bloco cerâmico e de EPS, mostradas sequencialmente na ordem 3, 4, 5.
Figura 3 - mostra uma laje feita por lajotas cerâmicas Fonte: http://www.avsconcretoleve.com.br/index
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Figura 4 - mostra uma laje feita EPS em forma de blocos. Fonte: http://www.avsconcretoleve.com.br/index
Figura 5 - Parede feita com bloco com a mistura em sua composição o EPS. Fonte: http://www.avsconcretoleve.com.br/index
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Quanto à origem, os agregados podem ser naturais ou artificiais e são definidas pela norma NBR 7211 (ABNT, 2005) como:
3. EQUIPAMENTO Para uma padronização do ensaio foram utilizados alguns equipamentos que tem o objetivo de tornar o processo mais exato e coeso.
3.1 Peneira É utilizada para caracterização de um agregado em um ensaio granulométrico, em que consiste na determinação das dimensões das partículas e qual tipo de agregado, a figura 6 mostra as peneiras. 3.1.1 Agregado miúdo Areia de origem natural ou resultante do britamento de rochas estáveis, ou a mistura de ambas, cujos grãos passam pela peneira ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) #4,8mm e ficam retidos na peneira ABNT #0,075mm. 3.1.2 Agregado graúdo Pedregulho ou a brita proveniente de rochas estáveis, ou a mistura de ambos, cujos grãos passam por uma peneira de malha quadrada com abertura nominal de #152 mm e ficam retidos na peneira ABNT #4,8mm.
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Figura 6 Peneira de granulometria da areia; Peneira para granulometria da brita. Fonte: Autoria própria (laboratório de materiais do CEUMA)
3.2. Vibrador de peneira Equipamento utilizado vibrar as peneiras executando o processo de granulometria mais rápido e preciso, a figura 7 mostra o vibrador.
Figura 7 – Vibrador de peneira Fonte: Autoria própria (laboratório de materiais do CEUMA)
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3.3. Balança de precisão Utilizada para se ter uma pesagem mais exata possível dos materiais, evitando uma desproporcionalidade entre os mesmos, mostrada na figura 8.
Figura 8 – Balança de precisão, (STARHOUSE FLAT) Fonte: Autoria própria (laboratório de materiais do CEUMA)
3.4. Moldes cilíndricos Os utilizados foram os de 10 x 20 cm e 05 x 10 cm, mostrado na figura 9.
Figura 9 – Moldes cilindricos
Fonte: Autoria própria (laboratório de materiais do CEUMA)
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3.5. Prensa hidráulica Equipamento usado para testar a resistência compressão, mostrada na figura 10.
Figura 10 – Prensa hidráulica, (SOLOTEST) Fonte: Autoria própria (laboratório de materiais do CEUMA)
4. MATERIAIS E METODOS O traço escolhido foi de 1: 3: 3 (cimento, areia e pedra britada, respectivamente) e relação água e cimento (a/c) igual a 0,5. Para verificar a viabilidade do uso destes, foi preparado um concreto nessas condições, dispostos na tabela 2. Para o desenvolvimento do trabalho foram moldados 2 lotes de corpos-de-prova de concreto, cada um contendo 3 amostras, dimensões 10 x 20 cm e 0,5 x 10 cm (diâmetro e altura, respectivamente),de concreto leve de EPS, sendo que apenas o lote de 10 x 20 cm foi submetido ao ensaio de compressão axial.
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Tabela 2: Quantidade de materiais.
Material
Quantidade (kg)
Quantidade (v)
Areia
06
0
Brita
06
0
Cimento
02
0
EPS
0
3L
Água
0
1.160 L
Fonte: Autoria própria.
4.1. Granulometria Para caracterização da areia e brita, determinou-se sua granulometria por meio de uma amostra, na qual a areia utilizada foi a retida na peneira 30, e a brita escolhida foi a retida na peneira 3/8 no qual foi observado uma perda de 1%, as informações da granulometria estão dispostas nas tabelas 3 e 4. Tabela 3: Granulometria da areia.
Peneira Nº
Retido
Total
%
%
mm
(gr)
(gr)
Retida
Acumulada
10
14
2,085
0,671
0,671
30
2,031
2,071
97,41
98,081
40
7
40
0,335
98,416
50
17
33
0,815
99,231
100
12
16
0,575
99,806
200
3
4
0,143
99,949
Prato
1
1
0,047
99,996
Fonte: Autoria própria.
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Tabela 4: Granulometria da brita.
PENEIRA Nº
Retido
Total
%
%
mm
(gr)
(gr)
Retida
Acumulada
2
0
1000
0
0
1/2
0
1000
0
0
1
0
1000
0
0
3/4
0
1000
0
0
3/8
296
704
29,6
29,6
4
593
111
59,3
88,9
Prato
110
1
11
99,9
Fonte: Autoria própria.
4.2. Preparo do concreto Como forma de padronização do procedimento de colocação dos materiais, primeiramente foi colocado 6 kg de areia juntamente com 2 kg de cimento e 6 kg de brita em um balde de 20 l para realizar a mistura, em outro balde de 5 l foi colocado a água na proporção de 0,5 e o EPS em volume no total de 3 petas de 1 L, em seguida misturamos todos os materiais e verificamos que o concreto não estava com liga, então decidimos acrescentar mais 160 ml de água que nos permitiu moldar o concreto.
4.3. Moldagem Antes da moldagem dos corpos-de-prova, aplicou-se óleo em todos os moldes para facilitar a retirada dos blocos. Os corpos-de-prova foram moldados em três camadas com 12 golpes cada, se utilizando uma haste, de acordo com a NBR 5738 (ABNT, 2003), ilustrado abaixo, na figura 11.
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Figura 11 – Moldagem. Fonte: Autoria própria (laboratório de materiais do CEUMA)
No dia seguinte à moldagem, os corpos-de-prova foram desmoldados, pesados e imersos na água para o processo de cura das amostras de 7, 14, 28 dias.
4.4 Ensaios de compressão Os ensaios foram realizados no laboratório de materiais no CEUMA Renascença de São Luís - MA, utilizando-se uma prensa hidráulica, com capacidade de 120 toneladas. Os testes de compressão seguirão o tempo de cura de 7, 14, 28 dias, sendo que cada amostra foi pesada imediatamente após ser retirada da água, como mostrado na tabela 5. Tabela 5: Descrição inicial do C.P
Amostras
Data da
Tempo de cura
C.P. inicial (g)
moldagem
C.P. saturado (g)
C.P. 52
28/04/2015
7
3,054
3,115
C.P. 53
28/04/2015
14
3,115
3,177
C.P. 54
28/04/2015
28
3,097
3,151
Fonte: Autoria própria.
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As amostras foram submetidas à compressão axial, lembrando que apenas uma amostra por ensaio foi utilizada de acordo com o tempo de cura. Mostrado na figura 12.
Figura 12 – Ensaio de resistência a compressão. Fonte: Autoria própria (laboratório de materiais do CEUMA)
Após rompimento de cada amostra foi verificado o tipo de rompimento, estando respectivamente de acordo com tempo de cura 7, 14, 28 dias, mostrado nas figuras 13, 14, 15.
Figura 13 - C.P. 52 ruptura Cônica cisalhada Fonte: Autoria própria.
Figura 14 - C.P. 53 ruptura Colunar
Figura 15 - C.P.54 ruptura Cisalhada
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5. Resultados Os corpos-de prova receberam uma numeração para um melhor controle das amostras. As datas de moldagem e ensaios são apresentadas na tabela 6.
Amostras
Tabela 6: corpos-de-prova. Data da moldagem Quantidade
Data do ensaio
C.P. 52
28/04/2015
1
06/05/2015
C.P. 53
28/04/2015
1
13/05/2015
C.P. 54
28/04/2015
1
27/05/2015
Fonte: Autoria própria.
5.1. Densidade do corpo de prova Para se calcular a densidade foi utilizada a fórmula descrita a seguir. Os resultados obtidos estão expostos na tabela 7.
D
m v
Onde: é a densidade D m
é a massa inicial;
v
é o volume; Tabela 7: Densidade dos corpos-de-prova.
Amostra
Massa
Volume
Densidade C.P. (Kg/cm ) 3
C.P. 52
3,054
1570
514,07
C.P. 53
3,115
1570
504,01
C.P. 54
3,097
1570
506,94
Fonte: Autoria própria.
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5.2. Determinação da absorção de água dos corpos-de-prova Para obtenção destes resultados, foi utilizado a formula abaixo de acordo com a NBR 9778:2005, cujos valores são dados na tabela 8.
A(%)
M h M S M S
100
Onde: A
é o teor de absorção em porcentagem;
M h
é o peso após ser retirado da água;
M s
é o peso do corpo – de - prova seco;
Tabela 8: Determinação da saturação dos corpos-de-prova.
Amostras
C.P. Saturado
C.P. inicial
Quantidade de
Absorção de
(g)
(g)
água(g)
água (%)
C.P. 52
3,115
3,054
61
1,997
C.P. 53
3,177
3,115
62
1,990
C.P. 54
3,151
3,097
54
1,713
Fonte: Autoria própria.
5.3 Resistencia a compressão Os resultados obtidos estão dispostos em ordem crescente, ou seja, de acordo com o período de cura no qual foi utilizado a formula de acordo com a NBR 5739:2007 e estão dispostos na tabela 9. A resistência à compressão deve ser calculada através da seguinte expressão:
f c
d 2
4 F
Onde: f c
é a resistência a compressão em megapascals;
F
é a força máxima alcançada em newtons;
d
é o diâmetro do corpo de prova em milímetros;
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Tabela 9: Tensão de ruptura obtida no ensaio de compressão axial das amostras de concreto leve com EPS.
Amostras
Carga (kgf)
Área da seção
Tensão de ruptura
(cm²)
(Mpa)
C.P. 52
4000
78,54
5,09
C.P. 53
5600
78,54
7,13
C.P. 54
3400
78,54
4,3
Fonte: Autoria própria.
Após os ensaios dos corpos - de - prova, (C.P. 53) alcançou a maior resistência que de acordo com a NBR 8953 esta abaixo do estabelecido, mostrado na tabela 10 e 11. Tabela 10: Classe de resistência grupo I
Fonte: ABNT – NBR 8953
Tabela 11: Classe de resistência grupo II
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5.4 Comparação Com os resultados obtidos dos três ensaios foi feito uma comparação através de um gráfico, mostrado e na figura 16.
Figura 16 – Gráfico de comparação. Fonte: Autoria própria
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6. CONCLUSÃO Com o término do trabalho entendemos a necessidade da utilização de novas tecnologias e materiais e que a engenharia tem um grande papel na sociedade, e que nós como futuros engenheiros devemos estar sempre buscando conhecimento para que possamos dar a sociedade a nossa contribuição. Através do experimento em que se baseia este trabalho iniciamos verdadeiramente a nossa jornada por um entendimento melhor de uma matéria que nos acompanhara na vida acadêmica e principalmente profissional. Com relação aos resultados entendemos a necessidade de praticas como essa, pois através delas podemos compreender a importância de cada elemento e determinar qual material é adequado a que tipo de construção. Identificamos que quantidade de amostra que usamos não foi o suficiente para obtermos resultados precisos e coerentes, com isso entendemos que em trabalhos futuros devemos ter uma maior quantidade de amostras que nos possibilitara eliminar desvios assim como descreve a NBR 5738 e NBR 5739.
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CITAÇÃO A engenharia é o caminho para se minimizar ou controlar a poluição e a degradação ambiental até que sejam compatíveis com o nível de desenvolvimento pretendido pela sociedade. ” (FERREIRA e RIBEIRO 2008, p. 07). “
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REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICAS 1. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2015). NBR 5738: Moldagem e cura de corpos - de – prova. 2. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2007) NBR 5739: Concreto - Ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos 3. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2005) NBR 7211: Agregado para concreto – Especificação 4. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2015) NBR 8953: Concreto para fins estruturais - Classificação pela massa específica, por grupos de resistência e consistência. 5. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2015). NBR 9778: Argamassa e concreto endurecidos - Determinação da absorção de água, índice de vazios e massa específica. 6. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, (2011) NBR 9935: Agregados – Terminologia 7. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (1990) NBR 11172: Aglomerantes de origem mineral – Terminologia 8. ABREPO:http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2009_TN_STO_099_668 _14080.pdf, Acesso em: 05/05/2015. 9. ABRAPEX: http://www.abrapex.com.br/31z09ConcrLeve.html: Acesso em: 14/05/2015. 10. http://www.portaldoconcreto.com.br/cimento/concreto/leves.html: Acesso em: 12/05/2015.
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