CURSO DE HIGIENE OCUPACIONAL
Autoria:
Gabriel de Souza Santos
DEFINIÇÃO
Higiene Ocupacional – “é a ciência e arte dedicadas a antecipação, reconhecimento, avaliação e controle daqueles fatores ou tensões ambientais (agentes físicos, químicos e biológicos) que surgem no ou do trabalho, e que podem causar doenças, prejuízos a saúde ou ao bemestar ou desconforto significativos entre trabalhadores ou entre os cidadãos da comunidade.”
ETAPAS DA HIGIENE OCUPACIONAL ANTECIPAÇÃO Esta etapa deverá envolver a análise de projetos de novas instalações, métodos ou processos de trabalho, ou de modificação dos já existentes, visando identificar os riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação. RECONHECIMENTO A etapa do reconhecimento, ou levantamento preliminar, tem como objetivo básico, levantar todos os riscos potenciais à saúde do trabalhador em seu ambiente de trabalho e fornecer subsídios para a preparação da etapa de avaliação.
ETAPAS DA HIGIENE OCUPACIONAL
ANÁLISE QUALITATIVA: QUALITATIVA : quando apenas há a necessidade de identificar a presença sem necessidade ou possibilidade de avaliar o agente. ANÁLISE QUANTITATIVA: QUANTITATIVA : quando há a possibilidade e necessidade de mensurar o agente de risco;
AVALIAÇÃO A avaliação do ambiente de trabalho será necessária sempre que o reconhecimento indicar a exposição potencial de trabalhadores a agentes agressivos quantificáveis. A presença de agentes químicos, físicos ou biológicos no ambiente de trabalho oferece um risco à saúde dos trabalhadores.
PLANEJAMENTO DE AMOSTRAGEM Antes de iniciar a avaliação, devemos definir o objetivo desta, podendo ser: • •
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Verificar a conformidade com o Limite de Tolerância; Verificar a necessidade ou eficiência das medidas de controle; Estudo, análise e pesquisa;
Uma vez definido o objetivo, deverão ser estabelecidos os seguintes pontos: • • • • •
Onde amostrar; Amostrar quem; Por quanto tempo; Com quantas amostras; Em que período.
OBJETIVOS DA ESTRATÉGIA DE AMOSTRAGEM
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Os objetivos de um trabalho de higiene ocupacional podem ser desdobrados de várias maneiras: Entender (avaliar), controlar e monitorar todas as exposições a agentes ambientais dos trabalhadores, dado que nem sempre é possível sua completa eliminação; Manter as exposições dos trabalhadores dentro do critério de tolerabilidade previamente estabelecidos;
CONCEITOS E DEFINIÇÕES Estratégia de Amostragem Amostragem é um processo processo,, no qual adquirimos um conhecimento progressivo da exposição dos trabalhadores, que se inicia com uma adequada abordagem do ambiente (processo, pessoas, tarefas, agentes) e termina com afirmações estatisticamente fundamentadas sobre essa exposição, para que o ciclo de higiene ocupacional possa prosseguir, a caminho do controle dos riscos. As ações de controle devem prosseguir até que a exposição seja eliminada ou reduzida a valores toleráveis.
ETAPAS DA HIGIENE OCUPACIONAL CONTROLE do agente químico, físico ou biológico – ou situação CONTROLE do ergonômica adversa, por procedimento, engenharia ou outros meios onde a avaliação indique que é necessário. A higiene ocupacional, portanto, foca essencialmente em uma abordagem preventiva por meio da minimização da exposição aos agentes químicos, físicos e biológicos no ambiente de trabalho e a adoção de boas práticas ergonômicas.
CONCEITOS DE LIMITE DE TOLERÂNCIA
Os Limites de Tolerância são destinados para o uso da prática de Higiene Ocupacional como guias ou recomendações no controle dos riscos potenciais à saúde e não devem ser considerados como limites entre saúde e doença.
CONCEITOS DE LIMITE DE TOLERÂNCIA Segundo a NR-15 NR-15,, entende-se por Limite de Tolerância, Tolerância, a concentração ou a intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza ou o tempo de exposição ao agente que não causará dano à saúde do trabalhador durante a sua vida laboral. Segundo a ACGIH ACGIH,, os Limites de Exposição (TLVs) referem-se às concentrações das substâncias químicas dispersas no ar e representam condições às quais, acredita-se, que a maioria dos trabalhadores possa estar exposta, repetidamente, dia após dia, durante toda uma vida de trabalh trabalho, o, sem sofrer efeitos adversos à saúde.
CONCEITOS DE LIMITE DE TOLERÂNCIA No Brasil Anteriormente a 1978, pouco se tinha de legislação relativa à avaliação profissional. Esta avaliação podia ser realizada com padrões escolhidos pelo próprio avaliador e através de critérios até subjetivos em alguns casos. Em 1978, foi publicada pelo Ministério do Trabalho, a Portaria 3214/78 que estabeleceu em sua Norma Regulamentadora N° 15, os limites de tolerância para uma série de agentes químicos e físicos.
CONCEITOS DE LIMITE DE TOLERÂNCIA Os Limites de Tolerância estabelecidos pela NR-15 foram baseados naqueles adotados pela ACGIH, sendo que para substâncias químicas houve necessidade de correção de valores para adequação da jornada de trabalho semanal. Os Limites de Tolerância da ACGIH são válidos para jornadas de 8h/dia, 40h por semana, enquanto no Brasil a jornada usual era de 48h. Portanto, nada mais lógico que os Limites de Tolerância adotados no Brasil sejam menores que os dos EUA.
NÍVEL DE AÇÃO (NA) Este conceito existe na a NR-09. O nível de ação de um agente ambiental, segundo a NR-09, é um valor de 0,5 do seu limite de exposição (Limite de Tolerância, em termos legais), para agentes químicos, e dose de ruído de 50%, para este agente físico. O nível de ação é um valor referencial, a partir do qual certas ações devem ser tomadas, num programa de higiene ocupacional; por essa razão, há ações específicas previstas na norma regulamentadora, ao ser excedido o valor do Nível de Ação. Ou seja, quando atingido o nível de ação: monitora-se; informa aos trabalhadores; acompanhamento médico
GRUPO HOMOGÊNEO DE EXPOSIÇÃO (GHE) Corresponde a um grupo de trabalhadores com exposição semelhante, de forma que o resultado da avaliação da exposição de qualquer trabalhador seja representativo da exposição do grupo. Identificação da exposição em cada GHE – é importante identificar se no GHE há um trabalhador supostamente mais exposto, considerando fatores como: maior proximidade da fonte, maior esforços físicos, mobilidade no ambiente. Se essa identificação for possível e confiável esse trabalhador será o avaliado.
EXPOSTO DE MAIOR RISCO (EMR) O conceito de Exposto de Maior Risco (EMR) é importante para a otimização de ações de Estratégia de Amostragem. Grupos Homogêneos inteiros podem ser caracterizados preliminarmente e de forma ágil a partir da avaliação da exposição do EMR, sob circunstâncias adequadas. Exposto de Maior Risco, ou EMR, é o trabalhador de um grupo homogêneo de exposição (GHE) que é julgado como possuidor da maior exposição relativa em seu grupo. O entendimento de “mais exposto” do grupo é dado no sentido qualitativo.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO TIPOS DE AMOSTRAGEM: 1. AMOSTRAGEM ÚNICA DE PERÍODO COMPLETO: Tomada sobre toda base de tempo limite; Segunda forma mais indicada (se houver metodologia). 2. AMOSTRAS CONSECUTIVAS DE PERÍODO COMPLETO: Várias amostras que abrangem a base de tempo do limite; Melhor forma de estimativa, com maior benefício estatístico; Maiores custos.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO 3. AMOSTRAS CONSECUTIVAS DE PERÍODO COMPLETO: Para uma base de limite de 8 horas, devem cobrir de 4 a 8 horas. Dificuldade de como lidar com o período não amostrado. Para uma boa representatividade, deve-se tomar 70% a 80% da base de tempo do limite
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO 4. AMOSTRAS PONTUAIS DE CURTA DURAÇÃO (GRAB SAMPLES) Podem tomar até alguns segundos, se obtidas de instrumentos de leitura direta. •
Opção menos apropriada.
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Produz limites de confiança muito amplos.
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A duração da amostragem pontual não interfere na precisão da estimativa, porém deve permitir coletar amostra suficiente para o método analítico.
TIPOS DE AMOSTRAGENS
ESTRATÉGIA DE AVALIAÇÃO Para realizarmos uma avaliação, é necessário que façamos algumas perguntas: •
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Por que avaliar? O que avaliar? Onde avaliar? Quando avaliar? Como avaliar? Quantas vezes avaliar?
AGENTES FÍSICOS
Segundo a NR-9, consideram-se agentes físicos diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não-ionizantes, bem como o infra-som e ultrasom.
TIPOS DE RUÍDO Ruído Contínuo – aquele com flutuações de nível de pressão sonora tão pequena que podem ser desprezado dentro do período de observação (até ± 3 dB). Pode ser classificado como ruído permanente ou sem componentes tonais, por exemplo, aquele proveniente de um transformador e turbina respectivamente.
TIPOS DE RUÍDO Ruído Intermitente – aquele cujo nível de pressão sonora cai bruscamente várias vezes ao nível do ambiente (ruído de fundo), com variações maiores que ± 3 dB, desde que o tempo de ocorrência seja superior a um segundo.Pode ser fixo, quando alcança um nível superior fixo, ou variável, constituído por uma sucessão de níveis estáveis durante um período de medição.
TIPOS DE RUÍDO Ruído de Impacto – aquele que consiste em um ou mais picos de energia acústica, de duração menor que um segundo, em intervalos de ocorrência superiores a um segundo.
LIMITES DE TOLERÂNCIA
TAXA DE TROCA Notamos que na legislação brasileira, cada incremento de 5 dB o tempo de exposição cai pela metade, já pela ACGIH, a cada incremento de 3 dB o tempo de exposição se reduz à metade. Esta taxa de troca, ou exchance rate, é a relação entre a duração de ruído e nível de ruído na quantificação de exposições para predizer os riscos.
CIRCUITOS DE RESPOSTA ● Fast ou rápido(125 ms): usado para medir níveis de
ruído que não oscilam muito rapidamente (ruídos contínuos) e para determinar valores extremos de ruídos intermitentes. São usados para medições externas, ruído de impacto (NR15 anexo 02). ● Slow ou lento(1 s): usado em situações de grande
flutuação, para facilitar a leitura.Expressa em valores que tendem para a média e é o mais utilizado para monitoramento em ambientes de trabalho.
● Implusive ou Impulsivo(‹ 35 ms): usado para ruído
de impacto, pois apresenta maior velocidade de detecção.
AVALIAÇÃO DO RUÍDO DE IMPACTO Np = 160 - 10 x LOG n Onde: Np = nível de pico máximo admissível em dB(lin) n = número de impactos ou impulsos ocorridos durante a jornada diária de trabalho. Obs.: comparar valores obtidos com a tabela 2 da NHO-01
TABELA 2 DA NHO-01
CURSO DE HIGIENE OCUPACIONAL
Autoria: Gabriel de Souza Santos
TABELA 2 DA NHO-01
EXERCÍCIO
Após avaliação de ruído de impacto, foi identificado que a exposição ocorre 456 vezes por dia numa frequência de 110 dB(C). Verifique se o N.A e NP foram ultrapassados.
RESPOSTA Np = 160 - 10 x LOG n N.A = Np – 3dB Np = 160 – 10 x 2,65
N.A = 130,5
Np = 160 - 26,5 Np = 133,5 Condição segura e abaixo do nível de ação.
DEFINIÇÃO DE DOSE
Dose é o parâmetro utilizado para a caracterização da exposição ocupacional ao ruído, expresso em porcentagem de energia sonora, tendo por referência o valor máximo da energia sonóra diária permitida, definida com base em parâmetros preestabelecidos (NHO-01).
CÁLCULO DA DOSE DE RUÍDO PONTUAL
Na equação Cn indica o tempo total em que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído específico e Tn indica a máxima exposição diária permissível a este nível:
EXERCÍCIO 1
Dados: Jornada de 8 horas Observado e medido: 40% da jornada = 90 dB(A) 5% da jornada = 85 dB(A) 55% da jornada = 80 dB(A) Calcule a dose diária de exposição ao ruído
SOLUÇÃO DO EXERCÍCIO 1 Dados: Jornada de 8 horas Observado e medido: 40% da jornada = 90 dB(A) 40/100 x 8 = 3,2 horas 5% da jornada = 85 dB(A) 5/100 x 8 = 0,4 horas 55% da jornada = 80 dB(A) 55/100 x 8 = 4,4 horas
DOSE =
3,2 4
0,4 8
4,4 16
0,8 0,05 0,275 1,125
DOSE PROJETADA Atenção ! A Dose deve ser projetada de acordo com a jornada de trabalho. Dose projetada para 9 horas Dose referente à jornada diária de 9 horas de trabalho. Dose projetada para 10 horas Dose referente à jornada diária de 10 horas de trabalho.
PROJEÇÃO DA DOSE
Dp Onde: Dp = Dose projetada Te = Duração da Jornada T = Duração da medição
Dm x Te T
EXERCÍCIO Dados: Jornada 8 horas Dose medida = 85,0% Tempo de duração da medição = 6 horas e 30 min a) Calcule a dose para a jornada de 8 horas b) Calcule a dose para a jornada de 9 horas
SOLUÇÃO DO EXERCÍCIO
Dp
Dm x Te T
a) Dp = (85 x 8) / 6,5 Dp = 680 / 6,5 = 104,61% Resp.: Dose 1,05 ou 105%
SOLUÇÃO DO EXERCÍCIO
Dp
Dm x Te T
b) Dp = (85 x 9) / 6,5 Dp = 765 / 6,5 = 117,69% Resp.: Dose 1,18 ou 118 %
FATOR DE TROCA
Taxa de Troca = q log 2 Taxa de Troca = 5 = 5 = 16,61 log 2 0,30 Taxa de Troca = 3 = 3 = 10,0 log 2 0,30
NÍVEL MÉDIO (LAVG)
LAVG= é o nível de ruído representativo da exposição ocupacional relativo ao período de medição, que considera os diversos valores de níveis de ruído instantâneos ocorridos no período e os parâmetros de medição prédefinidos. Thoras= tempo de duração, em horas, de jornada de trabalho. Dose% = dose atual medida.
NÍVEL DE EXPOSIÇÃO 480 D NE 16,61 log T 100 85dB E
Onde: NE = Nível de Exposição médio representativo da exposição diária do trabalhador. Te= Tempo de duração, em minutos, da jornada diária de trabalho; D = Dose diária de ruído em porcentagem (%)
HISTOGRAMA
NÍVEL DE EXPOSIÇÃO (NEN)
Para fins de comparação com o limite de exposição deve-se determinar o Nível de Exposição Normalizado (NEN), que corresponde ao Nível de Exposição (NE) convertido para uma joranada padrão de 8 horas diárias.
NEN
NE
16,61 log
T E
480
EXEMPLO DE APLICAÇÃO DO NEN AVALIAÇÃO – GHE 02 Risco/Agente
Metodologia de Avaliação
Avaliação Quantitativa do Risco
Limite de Tolerância / Fundamento Técnico-legal
FÍSICO / RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE
Dosimetria de Ru ído, conforme NHO-01.
TWA:86 dB(A) NEN:88, dB(A)
85,0 dB(A) / 8 horas di árias / Anexo 1 da NR15 do MTE
Medida de Controle Eficaz (sim/não/N. A.) (1)
Avaliação Qualitativa do Risco
Sim
Prioridade - Quadro de Priorização das Medidas de Controle (Controle de Riscos Ambientais)
Baixa
As atividades dos colaboradores desenvolvem-se no hangar e pista durante a manutenção e inspe ção das aeronaves, ficando expostos a auto n ível de pressão sonora oriundos da movimentação de aeronaves na pista. Os trabalhadores deste GHE possuem carga hor ária de trabalho de 12 horas di árias. Conforme dosimetria em anexo, encontramos o NE Nível de Exposição que é o nível médio representativo da exposição diária do trabalhador avaliado. Para fins de compara ção com o limite de exposi ção deve-se determinar o N ível de Exposição Normalizado NEN, que corresponde ao n ível de exposição (NE) convertido para uma jornada padrão de 8 horas di árias, utilizando a formula: NEN=NE+16,61xLogTe/480 –
–
Considera ções
Cálculo de Atenuação do Ruí do com o uso do EPI Para a avaliação do nível de ruído a que os trabalhadores estão expostos, considerando o N ível de Redução de Ruído NRRsf, obtido pelo uso do EPI, aplicando-se a f órmula com c álculo direto, conforme a Norma ANSI S.12.6-1997B. NPSc = NPSa NRRsf NPSc = 88.9 26 = 62.9 dB(A) –
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–
Medidas de Controle Recomendadas
Manutenção das condições do ambiente de trabalho; Gestão de Mudanças nas situações de alteração de ambiente de trabalho, escopo de serviços, por exemplo. Treinamento quanto a utiliza ção, guarda e higienização do EPI. Ficha de Controle de Fornecimento de EPI.
CÁLCULO DE ATENUAÇÃO Para a avaliação do nível de ruído a que os trabalhadores estão expostos, considerando o Nível de Redução de Ruído – NRRsf, obtido pelo uso do EPI, aplicando-se a fórmula com cálculo direto, conforme a Norma ANSI S.12.6-1997B. NPSc = NPSa – NRRsf
NPSc = 68.9 – 14 = 54.9 dB(A)
CÁLCULO DE ATENUAÇÃO NIOSH 1 - Método NIOSH O método do Rc ou NRR (Noise Reduction Rate) permite resumir os dados de atenuação do protetor auditivo em um único valor global, aplicando-se a seguinte fórmula: NPSc = NPSa – (f x NRR-7) NPSc = 88.8 – (0,75 x 23 -7) = 78.5 dB(A) onde: NPSc = Nível de pressão sonora com proteção NPSa = Nível de pressão sonora do ambiente NRR = Nível de redução de ruído f = Fator de redução, sendo f = 0,75 para tipo concha, f = 0,50 para tipo plug com material expandido e f = 0,3 para os outros tipos de protetores auditivos.
EXEMPLO
AGENTE FÍSICO CALOR
CALOR
O IBUTG é um índice primário útil para a determinação da contribuição ambiental à sobrecarga térmica. Ele sofre influência da temperatura do ar, do calor radiante e da umidade do ar. O IBUTG é calculado a partir do Termômetro de Globo (tg), Termômetro de Bulbo Úmido Natural (tbn) e Termômetro de Bulbo Seco (tbs).
CÁLCULO DO IBUTG
O cálculo do IBUTG está explicitado na portaria n° 3.214/78 Ministério do Trabalho e Emprego, na NR-15 em seu anexo 3, item 1: IBUTG interno (sem carga solar): IBUTG = 0,7 Tbn + 0,3 Tg IBUTG externo (com carga solar): IBUTG = 0,7 Tbn + 0,1 Tbs + 0,2 Tg
LIMITE DE TOLERÂNCIA PARA CALOR Metabolismo da Atividade Taxas de Metabolismo por Tipo de Atividade – NR-15
LIMITE DE TOLERÂNCIA PARA CALOR Limites de Tolerância para Exposição ao Calor, em Regime de Trabalho Intermitente com Períodos de Descanso no Próprio Local de Trabalho.
LIMITE DE TOLERÂNCIA PARA CALOR Limites de Tolerância para Exposição ao Calor, em Regime de Trabalho Intermitente com Períodos de Descanso no próprio local de Trabalho
MÉDIA PONDERADA DE METABOLISMO M é a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora, determinada pela seguinte fórmula:
Sendo: Mt - taxa de metabolismo no local de trabalho Tt - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho. Md – taxa de metabolismo no local de descanso Td – soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso.
MÉDIA PONDERADA DE IBUTG IBUTG é o valor IBUTG médio ponderado para uma hora, determinado pela seguinte fórmula:
Sendo: IBUTGt = valor do IBUTG no local de trabalho. IBUTGd = valor do IBUTG no local de descanso. Tt e Td=como anteriormente definidos. Os tempos Tt e Td devem ser tomados no período mais desfavorável do ciclo de trabalho, sendo Tt+Td=60 minutos corridos.
FATORES DE AJUSTES PARA ALGUNS TIPOS DE VESTIMENTAS TIPO DE ROUPA
ADIÇÃO AO IBUTG[°C]
Macacão de tecido
0
Uniforme de trabalho (calça e camisa comprida)
0
Macacão forrado (tecido duplo)
3
Macacão de polipropileno SMS
0,5
•
•
•
•
Macacão de poliolefina
•
Macacão de uso limitado impermeável ao vapor
•
1 11
AGENTES QUÍMICOS
AGENTES QUÍMICOS Limites de Tolerância/Limites de Exposição Ocupacional É a intensidade ou concentração máxima /mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente físico ou químico que não causará dano à saúde da maioria dos trabalhadores expostos, durante a sua vida laboral (NR15.1.5).
AGENTES QUÍMICOS Limites de Tolerância/Limites de Exposição Ocupacional Hoje existem: •
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•
70.000 substâncias químicas no mundo 65.000 são de uso industrial 1000 possuem LT no mundo 700 possuem LT da ACGIH 136 possuem LT no Brasil
AGENTES QUÍMICOS Limites de Tolerância/Limites de Exposição Ocupacional No Brasil, existem Limites de Tolerância para até 44 horas semanais. Algumas substâncias possuem Valor Teto e Absorção pela pele. Nos EUA, há os TLVs (Thershold Limit Values), que são definidos pela ACGIH. TLVs Os limites de exposição (TLVs) referem-se às concentrações das substâncias químicas dispersas no ar e representam condições às quais, acredita-se, que a maioria dos trabalhadores possa estar exposta, repetidamente, dia após dia, durante toda sua vida de trabalho, sem sofrer efeitos adversos à saúde.
LIMITES DE TOLERÂNCIA
Os TLVs estão divididos da seguinte maneira: Limite de Exposição - Média Ponderada pelo Tempo (TLV-TWA) A concentração média ponderada no tempo, para uma jornada normal de 8 horas diárias e 40 horas semanais, à qual, acredita-se, que a maioria dos trabalhadores possa estar repetidamente exposta, dia após dia, durante toda a vida de trabalho, sem sofrer efeitos adversos à saúde. ] TWA (Cmp) = (C1xT1)+(C2xT2)+(C3xT3)+(CnxTn) 8
LIMITES DE TOLERÂNCIA
Limite de Exposição – Exposição de Curta Duração (TLVSTEL) É um limite de exposição média ponderada em 15 minutos, que não deve ser ultrapassado em qualquer momento da jornada de trabalho, mesmo que a concentração média ponderada (TWA) em 8 horas esteja dentro dos limites de exposição-média ponderada (TLV-TWA).
LIMITES DE TOLERÂNCIA Limite de Exposição – Exposição de Curta Duração (TLVSTEL) O TLV-STEL é a concentração a qual, acredita-se, que os trabalhadores possam estar expostos continuamente por um período curto sem sofrer: 1) 2) 3) 4)
irritação; lesão tissular crônica ou irreversível; efeitos tóxicos dose-dependente; narcose em grau suficiente para aumentar a predisposição a acidentes, impedir auto-salvamento ou reduzir significativamente a eficiência no trabalho.
LIMITES DE TOLERÂNCIA Limite de Exposição – Valor Teto (TLV-C) É a concentração que não deve ser excedida durante nenhum momento da exposição no trabalho. Se as medições instantâneas não estiverem disponíveis, a amostragem deverá ser realizada pelo período mínimo de tempo suficiente para detectar a exposição no Limite de Exposição-Valor Teto (TLV-C) ou acima dele.
VALOR MÁXIMO – NR 15
BRIEF & SCALA Modelos de Correção – Brief & Scala Correção Semanal Fc = 40 x (168-hs) hs 128 Correção Diária Fc = 8 x (24-hd) hd 16 LT corrigido = Fc x LT 40 horas
BRIEF & SCALA
EXEMPLO DE BRIEF & SCALA AVALIAÇÃO – GHE 02
Risco/Agente
AGENTE QUÍMICO / QUEROSENE DE AVIAÇÃO
Medida de Controle Eficaz (sim/não/N. A.)
Avaliação Qualitativa do Risco
Metodologia de Avalia ção
Avalia ção qualitativa
A ser evidenciado ap ós avalia ção quantitativa.
Avalia ção Quantitativa do Risco
Aguardando avaliação quantitativa conforme cronograma de ações Prioridade - Quadro de Prioriza ção das Medidas de Controle (Controle de Riscos Ambientais)
Limite de Tolerância / Fundamento T écnicolegal
60 mg/m³ ACGIH, TWA. (Obs.: Corrigido para jornada de 84 horas semanais por Brief & Scala) Média
As atividades dos colaboradores desenvolvem-se durante as Opera ções de drenagem de tanque, teste de contamina ção do querosene e destanqueamento de aeronaves. Esta opera ção é diária e dura em m édia 15 minutos por dia.
Considera ções
A jornada de trabalho dos colaboradores deste GHE foi corrigida atrav és de Brief & Scala na f órmula que segue: FR = 40 / h X (168 – h) / 128 FR = Fator de redu ção; h = total de horas de exposi ção por semana
Medidas de Controle Recomendadas
Manter o fornecimento e fiscaliza ção do uso de luvas e m áscara para vapores orgânicos. Utilização de óculos de seguran ça de maneira a evitar respingos. Os produtos qu ímicos utilizados nas opera ções de manuten ção devem trazer consigo a FISPQ (Ficha de Identifica ção de Seguran ça do Produto Químico) e a mesma dever á ser afixada em local onde os funcion ários tenham f ácil acesso para que, em uma emergência possam tomar as medidas cab íveis, de modo a evitar acidentes ou se acidentar; Dever á ser ministrado um pequeno treinamento em forma de DDS, com intuito de informar a correta utiliza ção dos produtos, abordando a FISPQ; Manutenção das condi ções do ambiente de trabalho; Gestão de Mudan ças nas situa ções de altera ção de ambiente de trabalho, escopo de servi ços, por exemplo.
LIMITES DE EXPOSIÇÃO (TLVS) PARA MISTURAS Quando duas ou mais substâncias perigosas tiverem efeitos toxicológicos similares sobre o mesmo sistema orgânico ou órgão, deverão ser considerados, em primeiro lugar, seus efeitos combinados e não de forma individual. Considerado o limite de tolerância ultrapassado quando excederem a unidade.
C1 + c2 + ... + Cn T1 + T2 + ... + Tn Cn = Concentração encontrada Tn = Concentração permitida (LT)
EXERCÍCIO
EXERCÍCIO
CONVERSÃO DE UNIDADES
EXERCÍCIOS
SÍLICA LIVRE CRISTALIZADA
SÍLICA LIVRE CRISTALIZADA
CALCULO DE VAZÃO Como determinar a Vazão Média?
Qm = Qi + Qf 2 Onde: Qi = Vazão inicial obtida na pré-calibração Qf = Vazão final obtida na pós-calibração Qm= Vazão Média
CALCULO DE VAZÃO
Q=V T Onde: Q= vazão (L/m) V = volume (L) T = tempo