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«IAYE.
CONSELHEIRO CAPAZ Traduzido do ongmaJ em inglês COMPETENT TO COUNSEL.
Copyright Copyrig ht 0 1970 por Jay E. Adams Adams Tradução dc Odayr Olivetti Primeira edição em Português - 1977 Segunda edição em Português • 1980 Terçetra edição em Português • 1982 Todos os direitos reservados. reservados. Ê proibida proibid a a reprodução deste livro, no todo ou em parte, sem permissão escrita do» Editores. Editora Fiel Lida. Caixa Postal 30.421 01.00 0-S ã o Paul Pauloo Impresso no Brasil
SP
JAY E.ADAMS
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a Pigi EDITORA FIEL LTDA. Caiu Pottal 30421 01000 - SSo SSo P«ul P«uloo
Depressão Depressão - Culpa Solução de Problemas Problemas Ciclos Estruturação Estrutu ração Total Mudança Radical Bons e Maus Maus Sentimen Sent imentos tos Código de Con Condut dutaa Quadro Qua dro de Avaliaçio de Problemas Meio Ambiente Ambien te Escolar
12 1288 130 145
152 166 169 181 181 188 239
ÍNDICE Lista de Diagramas e Gráfico* Ifltroduçio l O Cristianismo c a Psiquiatria na Atualidade Atualidade A Psiquiatria Anda Aproblemada A Ética Freudiana A Teoria e a Terapia Freudianas A Revoluçío na Psicologia Freud: Inimigo, Inimigo, nio n io Amigo Amigo Para Onde líto lí to nos Leva? Leva? n O Espirito Santo e o Aconselhamento Aconselhamento Aconselhar F a/ Parte da Obra do Espírito Espír ito Como Age o Espírito Santo no Aconselhamento? O Espírito Santo Emprega Meios A Açío do Espírito Santo é Soberana 0 Espírito Esp írito Santo San to Age Age Mediante a Sua Palavra Palavra III Que Há de Errado com os Doe Doentes ntes Mentais’’ Mentais’’ O Caso de Leo Hetd Doença Mental Mental Den Denomi ominaçío naçío Imprópria Gente com Problemas Pessoais Frequentemente Usa Camuflagem A Homossexualidade Corresponde ao Padrfo Adrenocromo ou Esquizofrenia-’ IV Que é Aconselhamento Aconselhamen to Nou Noutético tético'’'’ Confron Co nfron taçio Noutética: Pela Pela Igreja Igreja Toda Toda É Especialmente a Obra do Ministério Trés Trés Element Elemento* o* da Confron Con frontaçío taçío Noutética A Noutétese e o Propósito da Escritura Envolvimento Envolvimento Noutético Nou tético Amor é o Alvo Aconselhamento com Autoridade
Fracasso n i Confrontação N outética Algumas Razões de Fracasso Qualificações para o Aconselhamento Aplicações Pastorais O Pastor como Conselheiro Noutéü co Que é um Pastor? Evangelização e Aconselhamento Evangelização Noutética Santificação e A conselhamento Santificação Significa Mudança 0 Aconselhamento Noutético e o de Rogers Pressuposição Básica de Rogers Responsabilidade Exige Resposta Nada de Neutralidade Como se Deve Escutar? Quem Coloca de Fato o Cliente no Ce ntro? Sentimento e Comportamento O Sistema Nervoso Corresponde á Abordagem Noutética Provérbios: Manual de Aconselhamentos Diretivos A Metodologia Brota de Pressuposições Confessai os Vossos Pecados Tiafo 5.14 Que Dizer do óleo? Nem Todas as Doenças lém Relação com Pecados Específicos Confrontação Noutética com os Enfermos Confessando a O utros Não se Permita Subestimar Procurando Ajuda Doença Psicossomática Depressão Felicidade Mediante a Confissão Provérbios
Aconselhando a Outros Pais Aconselhando a seus Filhos VIII
Resolvendo No utetic am cntc os Problemas O Problema Funda mental do Homem Vocé Não Pode Dizer que Não Pode Esperança Movimento Cíclico Trés Dimensões do Problema 0 Passado Pode Ser o Presente Estruturação Total Disciplina Queb rantamentos Quebram Problemas Questões Secun dárias Solução de Problem as pelo Uso de Modelos Esforço ou Instituciona lização? Treina men to das Crianças Código de Co ndu ta
125 126 129 129 131 137 143 146 148 150 153 165 169 170 175 177 180
IX Alguns Princípios das Técnicas Noutéticas Con duzindo o Cliente à Auto-Discipllna Registrando o Progresso Generalizando Uma Coisa Por Vez Aconselham ento em Equipe O Pastor com o Aconselhador de Equipe Comunicação não Verbal
185 185 189 190 191 194 197 198
X Comunicação e Aconselhamento Grupai O Problema Atual A Solução de Deus para a Sua Igreja Ira e Ressentimento Atacand o os Problemas, e não as Pessoas A Mesa dc Conferên cia Aconselhamento Grupai Clientes com o Conselheiros Sc Somente Uma das Partes Comparecer
201 201 206 208 216 218 223 226 229
Devoções Diárias Compatibilidade no Matrimônio IX Professores Cristâos com o Conselheiros Nouté ticos Começar com Suposições Apropriadas Definiçio de Aconselhamento como Auxilio na Soiuç&o de Problemas A Dinâmica do H ábito como Vantagem Integração Primeiro na Vida do Professor Método de Preparo de Aprendizes Como Deus Pode Usar o Professor Disciplina Através da Estrutura Poucas Regras sáo Necessárias Relações Interpessoais na Sala de Aulas Comunicação Entrevistas Grupais de Pai, Mestre e Aluno
231 232 236 237 238 240 241 241 244 244 245 246 247 248
Condusio
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Inventário de Dados Pessoais
251
fndice Geral
255
índice das Escrituras
263
INTRODUÇÃO Como muitos outros pastores, não foi muito o que aprendi no seminário sobre a arca de aconselhar. Dai. comecei quase sem saber o que fazer. Logo me vi em dificuldade. No inicio do meu primeiro pastorado, depois de um culto vespertino, um homem nSo safu com os demais. Falei com ele meio sem jeito, perguntando-lhe o que queria. Ele rompeu cm lágrimas. Nflo podia falai. Eu simples mente náo sabia o que fazer Senti-me incapaz. 0 homem foi para casa naquela noite sem aliviar o coração, sem receber nenhum genuino auxílio do seu pastor. NSo se passou um mês, ele morreu. Desconfio que seu médico o advertira da morte iminente, razão por que procurara conselho. Mas eu falhei. Naquela noite, pedi a Deus que me ajudasse a tomar-me um conselheiro eficiente. Em meus primeiros esforços para melhorar, tomei emprestado. r.nmprrí e devotei todas as publicações que pude, sobre o assunto. Achei pouco auxilio nelas, porém. Qujsçjfldas içípmendavam os métt>do8 nao diretivos de Rogem pu advogavam os princípios freudi anos. Com certas dúvidas, tentei pôr em prática o que lera, mas nâo me saía da cabeça a pergunta sobre como é que eu, um ministro cristáo, poderia rctraduzir por “doença” aquilo que tem todas as aparências de pecado. Achava ridículo isso de estar assentindo e res mungando expressões de concordância, de modo desligado, sem oferecer diretrizes bíblicas. Depressa ficou claro que eu nlo estava ajudando quase ninguém com aquele método, e que eu estava perdendo tempo precioso. Sobretudo, a maior parte dos conselhos dados nos manuais consistia de pouco mais do que vagas generalizações, para mim praticamente destituídas de valor para enfrentar os problemas de situações concretas nas consultas. Muitas interpretações de casos citados na literatura especializada pareciam fantásticas ou absurdas e, para cúmulo, certo número de escritores deixava mais que claro que só podiam ajudar uns poucos consultantes, sendo que estes só podiam obter o auxílio procurado depois de meses e até anos de sessões semanais. Como e ntio poderia eu esperar fazer muito? Onde um ocupado pastor iria achar tempo para dedicar-se a tio extenso aconselhamento? Seria este o mod o mais fiel de gastar meu tempo? Poderia eu tomar-me competente para aconselhar? Fiquei logo desiludido com os livros comumente adotados e fui tentado a cair na prática generalizada de remeter quase todos os consultantes gravemente aproblemados a psiquiatras ou a insti tuições especializadas no trato de estados mentais. Afinal, era o que a propaganda em favor da saúde mental aconselhava. Como questSo
de r*to. severas advertências contra ■ pritica de dar conselhos a quem quer que apresentasse dificuldades mais sérias que meros arranhões psíquico», enchiam as páginas de livros e panfletos publicados pela Associação de Saúde Mental. Os pastores se viram ameaçados pela possibilidade de causar sérios danos às pessoas, caso nío as encami nhassem aos especialistas. Contudo, havia um problema, com esta solução aliás conveniente: é que pessoas a eles encaminhadas freqüen temente voltavam iguais ou em piores condições. Além disso, houve o caso de um conselho nío cristio dado por um psiquiatra nâo con vertido. Como se poderia justificar isso? (1) Quando fiz pesquisa em teologia pastoral, para graduação, apro veitei a ocasião para matricular-me em curvos de aconselhamento pastoral dados por um psiquiatra profissional pertencente ao quadro médico de um grande hospital universitário. “Agora, afinal", disse para mim mesmo, “mergulhei na própria fonte de informações". Mas no fim do segundo semestre eu estava convencido de que o mestre não sabia de aconselhamento mais do que os componentes da classe (quase todos pastores de igrejas) —e ficamos cheias de confusão! Ele, por certo, conhecia cabalmente a doutrina freudiana, e tratava de no-la ensinar com todo o zelo. Ministrava, sem restrições, grandes doses de Freud, enquanto fazia avaliação dos relatos dados palavra por palavra das entrevistas de aconselhamento que nós levávamos para a sala de aulas Todavia, seu “discernimento" provou-se errôneo na maioria das vezes, e seu melhor conselho, ao ser posto em prática, simplesmente nío funcionava. Aos poucos fui passando, sem rumo, para formas de aconselha mento tipo ensaio-erro, partindo de aplicações imediatas das exortações
(1)
Aquele aconselhamento. assim parecia, envolvia vrtnprr valores t padr&es questões para as quais o pastor devens considerar-se mais competente. A tradução que Kenneth Taylor Cai dot venieulos 30 e 31 do Salmo 37 colocam bem o ponlo que citamos considerando “O homem que ama a Deu» é bom conselheiro, porque é justo e honevlo, c distingue o certo do errado" UJrtng Pratmi md Ptvvtrbt, Paraphrased, Wheaton, Tyndale House. 1967 Salmon e Provérbio* Vrvos, l.dltora Mundo Cristío S/C, pág. 50). Raymond Maincn toca a tecla cerlu quando escreve: "O salmista, no Salmo primeiro, chama bem-aventurado o homem que nio anda no conselho dos ímpios, Entretanto, visto que a igreja esti deixando de dar esle sábio e bom conselho, as pessoa* se vêem forçadas a ir atrás dos ímpios, cm busca da soluçio para os seus problemas". Mainers fax enllo esta pergunta contundente "Acaso temos medo de que nosso Senhor nio possa solucionar o» problemas humanos'’ " (Pastoral Counseling. Addresses Given. August 22-26, Lake Luierne. Nova lorque, P»*
bíblicas, conforme as lembrava. Surpreendentemen te, comecei a ter mais exito do que nunca antes, como conselheiro Certam ente, a idade e a experiência podem explicar parte da diferença Contudo, nio pude deixar de notar que quanto mais diretivo eu me tornava (simplesmente dizendo ao« consultantes o que Deus exigia deles), mais ajuda real as pessoas recebiam Põr para foia, aos poucos, o íntim o e comprometer-sc com os padrões bíblicos de conduta - depois do reconheci mento do pecado e do arrependimento - parecia produzir alivio e outros bons resultados. Defrontar as pessoas e falar-lhes honesta mente de questões que paia elas tomavam vulto fora de proporção, parecia-me importa nte atitu de como pastor, á vista de Mateus 5.23,24 e 18.15-18. Como em muitíssimos casos isso funcionava bem para mim, nas consultas comecei a sugerir a outios que fizessem o mesmo, e vi algumas pessoas receberem ajuda ainda maior. Mas, tendo em vista que estes c outros fins c métodos começaram a surgir como por acaso, eu continuava sendo um conselheiro assaz confuso. Então, de repente, fui forçado a encarar o problema todo de ma neira muito mais definida Solicitaram-me que ensinasse teologia prática no Seminário Teológico de Westininster. Um dos cursos que me foram confiados foi Poimémca (que trata da obra propriamente pastoral do ministro: a obra de apascentar o rebanho). Esperava-se que. como parte componente desse curso, eu desse aulas sobre a teoria bdsica do aconselhamento pastoral. t.u dispunha de menos de urn ano para pensai no problema c preparar minhas preleções. Por onde haveria de principiar'' Em desespero de causa, pus-me a fazer exegese de toda passagem que eu achava que poderia servil de ponto de apoio para o assunto. N3o demorou muito, vi que me metera numa tarefa giguntesca. Descohn que a Bíblia diz muita coisa acerca do aconselha mento devido ii gente carregada de problemas pessoais. Surgiram-se-me questões difíceis como as que dizem respeito á relaçlo existente entre as possessões demoníacas e a loucura. Comecei sondagens sobre » dinâmica subjacente aos efeitos psicossomáticos da culpa, aparente mente retratados nos Salmos 31, 38 e 51. Ainda mais. Tiago 5.14-16 parecia confirmar a importância da confissão de pecados, além do empiego de medicamentos, para a cura de alguns males físicos. Co mecei a peiguntar-me: “Se. como Tiago enstna, a conduta pecaminosa de uma pessoa i. pelo menos âs veze>, responsável por enfermidades físicas, que dizer da possibilidade de semelhante responsabilidade poi doenças mentais?" Tiago levantou-me a questão do dever que o pastor tem de confrontar-se com os doentes mentais, assim cha mados. Tiago parecia dizer que pelo menos se devia pedir aos pacientes que ponderassem sobre se algumas de suas dificuldades não poderiam ter brotad o do pecado O fato é que a questão logo assumiu esta
forma: “Tiago nlo está Talando explicitamente de doença psicossomá tica? " Pouco tempo depois, achei-me perguntando: “Não será que grande parte do que é chamado doença mental não é doença afinal? ” Esta pergunta surgiu primariamente da observação de que, enquanto i Bíblia descreve a homossexualidade e a embriaguez como pecados, a maior parte da literatura especializada em saúde mental as chamava de “doenças’ ou “enfermidades” . Crendo na veracidade da Bíblia, o que me cabia era dizer que os especialistas em saúde mental erravam rotundamente tentando transferir do pecador sua responsabilidade, colocando a fonte do seu problema alcoólico ou sexual em fatores estruturais ou sociais completamente fora do controle dele. Ao invés disso, a Palavra de Deus afirma que a fonte desses problemas jaz na depravação da natureza humana decaída. Isso bem que me pareceu claro. Desenvolver esse pensamento era a coisa mais natural. Não se poderia deixar de perguntar se os livros não estariam cometendo o mesmo erro de falsa classificação doutros problemas como a de pressão, ou as neuroses ou até psicoses como doenças? Quando esta espécie de heresia psiquiátrica começou a matraquear em minha cabeça, lembrei-me do nome de alguém a cujas obras um psicólogo cristão me houvera feito referência umo vez. Era O. Hobaft Mowrer. Li algumas das obras de Mowrer, incluindo The Crisis in Ptych ieliy and Religion (Crise na Psiquiatria e na Religião) e The New Group Therapy (Nova Terapia de Grupo), que ele tinha acabado de publicar Esses livros me deixaram pasmado. O pensamento de Mowrer tinha ido muito mais longe do que o meu. Ele estava desafi ando categoricamente a própria existência da psiquiatria institucio nalizada. Ele afirmava sem rebuço gue cria que osjdogmaspsiíjuíátricos correntes eram falsos. Citava evidências para demonstrar que a psiquiatria havia fracassado grandemente. Correspondi-me com Mowrei sobre certos pontas. Por meio dessa correspondência, Mowrer conviduu-me a participar do programa da “Eli Lilly Fellowship", que ele levi a efeito na Universidade de Illinois, onde é professor-pesquisador de Psicologia. Fui para a Universidade de Illinois, onde trabalhei sob a supervisão de Mowrer durante o verão. Foi uma experiência inolvidável pela qual sempre serei grato. Deixar tudo mais de lado e concentrar-me dois meses nu questão do aconselhamento en exata mente o de que eu precisava. Durante o verão de 1965, trabalhamos em duas casas de saúde mental, uma em Kankakee e outra em Gaiesburg, ambas no Estado de Illinois. Nessas instituições, tendo Mowrer ao nosso lado. dirigimos terapia de grupo sete horas por dia. Junto com outros cinco com panheiros. voei com ele, andei de carro com ele, comi com ele, fiz
aconselhamento junto com ele e discuti com ele cinco dias por semana. Aprendi muito naquele período, e, embora nSo deva hoje classificar-me como membro da escola de Mowrer, creio que aquele programa de verâo foi um ponto decisivo de mudança em meu pensamento. (1) Lá naquelas casas de saúde mental, seguindo os métodos de Mowrer, começamos a ver pessoas rotuladas de “neuróticas, psiconeuróticas e psicóticas” (gente de lodo tipo) recebendo benefícm mediante a confissão de conduta transviada e a aceitação de sua responsabilidade pessoal por tal conduta. A ênfase dada por Mowrer á responsabilidade era fundamental. Mowrer instava as pessoas a “confessarem" seus em» (nUo a Deus, mas) ao* seres humanos atingidos por esses erros; exortava-os igualmente a reparerem o mal sempre que possível. Mowrer nío é cristão. Nem sequer teísta. Daí por que debatemos a questão do humanismo durante o verâo inteiro. Naquele período, estudei os principais dados bíblico« relacio nado« com o assunto do aconselhamento, com atenção especial ao que a Escritura diz sobre a consciência. Aquele verío deixou-me com algumas grandes convkçOes. Em primeiro lugar, descobri a razáo por que a grande maioria dos que enchem as instituições de tratamento mental está ali. A longa permanência ao lado dessas pessoas deu-me a oportunidade de conhecê-las e compreendê-las. À parte das vítimas de distúrbio« orgânicos, como lesões cerebrais por exemplo, os Inter nados que encontrei nas duas instituições do Illinois estavam lá porque haviam fracassado em enfrentar os problemas da vida. Dizendo a mesma coisa em termos simples, estavam lá porque mantinham inalterado e sem perdfo seu comportamento pecaminoso. Em segundo lugar, toda aquela experiência levou-me de volta à Bíblia, com a repetiçio da pergunta: "Que dizem as Escrituras sobre gente assim e sobre a solução de seus problemas? " Ler o livro de Mowrer, The Crisit tn Psychiatry and Religton, como disse, foi uma experiência tipo terremoto. Nesse livro Mowrer, notável pesquisador em psicologia, que havia sido honrado com a presidência da Associação Psicológica Americana pelas suas grandes descobertas na teoria da aprendizagem, lançou desafio a todo o campo da psiquiatria, declarando-a fracassada, e procurou refutar suas pres suposições freudianas fundamentais. Audaciosamente arrojou também as luvas do desafio aos cristfos conservadores. Questionou: “Terá a religtfo evangélica vendido seus direitos de primogenitura por (1)
E«a foi minha ntréi» na Icimpu de gropo. Chepiei depob i concluiio de que eue tipo de atividade com grupo« de peuoa» é uitibíblico e, porUMo, prejudicial
um mero prato ae sopa ps ico log ia' ( i) t.ie se opos mormente ao Modelo Médico (2) donde se derivou o conceito dc doença mental. ETc demonstrou como esse mõHefõTctira docórisuliante a re^ponsi bilidade que IKè eatjc!T5csdc que alguém nâõ é Fido por cu lpado por haver apanhado a gripe asiática, sua família o trata com compassiva compreensão, e os demais lhe fazem concessões. Isso é porque sabem que ele n5o pode impedir a doença. Sofreu invasão dc fora. Sobretudo, sem poder valer-se de si mesmo, ele í forçãâo a confiar-se aos especia listas que tém condiçõ es para devolver-lhe a saúdc ^Wõwrerlcofretaroente sustentava que o Modelo Médico leva embora o senso de respon sabilidade pessoal. Como lesuítado, a psicolerupta veio a ser uma pesquisa do passado para en co ntrar ou tros (os pais, a igreja, a socie dade, a vovó) em quem lançar a culpa. A tenipla consiste em luntar forças contra o estritissiiap^Super-ego (consciência) que aqueles cul pados socializaram nu inte rior daj xib re vitima enferma. Em con tras te. VMÕwrerT antiteiican iem c piopõs um Modelo Moral dc responsabilidade. Para ele, os problemas do “paciente” 4. sâo morais, ntfo médicos Ele padece de culpa real, e não de senti mentos de culpa ( falsa c u lp ) A irregularidade básica nâo if emocion al: "2> tem que ver com o comportamento. Ele rilo"? vftrre«~3c sua consciV éng'8'. é seu violador Precisa parar de_acusat outros e tra tar dc aceitar f r» responsabilidade que tem por sua própria mii conduta. Nâo é por discussões em torno dos sentimentos que se resolvem os problemas Õ e- slm’ pela sua confissão de pecados. (3) Desde meu prolongado envolvimento com os internados nas ins tituições de Saúde mcnial cm Kankakcc e cm Galesburg, fiquei conven cido de que, na maior parte, estavam ali, como já disse, nâo porque fossem doentes, mas porque estavam em jycado. Nas sessões de acon selhamento. descobrimos, e isto numa espantosa série de confirmações
(l> (2)
(3)
O. Hofoart Mowrer, The Crisis m Ptychtarrv and Rehgton Princcton, Van Nostrand Company. 1961, páji. 60. O mau recente livro que combate o Modelo Único c o dc Ronakl Leifcr, "In lhe Same of Menta! Health" (km Nome dj Saúde Mental). Nova Iorque, Science Houte. 1^69. I iK Irvro c, em muito» aspectos, «ipcnor ao
consistentes, que o^ pnocipais problemas que as pessoas alie nfren tavam unham «do fabricados por ela* mesmaãTffio é que outra gentê (a avó, etc.) fosse o problema delas. Ela» mesmas eram os seus piores inimigos. Uns haviam assinado e passado cheques sem fundo, outros estavam enredado» nas conseqüências de suas práticas imorais, outros tinham feito declaraçio fraudulenta de seus rendimentos, e assim por diante. Muitos haviam fugido para ó sanatório ten tando escapai das conseqüências dos erros cometidos. Bom número desse» "pacienics”havia «nocurado evitaj a responsabilidade de decisões difíceis. evidências de dramática recuperação quando as pessoas endireitavam éssãs coisas. MuiTo embora seus métodos fossem humãnistic os.l ftjo wterídemonstrou à saciedade que mesmo a abordagem dele podia realizar em jxwcas semanas o que, em muitos casos, a psicotenipia fora incapaz de fazer em anos. Vv >>fvvjJlc)u- X s. Voltei para casa com tremenda divida afMowrèT^por haver-me ele levado indiretamente 1 conclusão que eu, como ministro do Evangelho de Cristo, deveria ter sabido o tempo todo: que muitos dos chamados “doentes mentais " podem ser^ ajudados pelo ministério da Palavra de Deus. A partir de ent5o. venho tentando fazer isso. Quero de Mowrer, nem defiViUiam ClasserV esentor da tradição de Mowrer que há pouco tempo obteve popularidade com a publicação de Reality Therapy (Terapia da Realidade), livro que, num contexto diferente, ratifica a controvérsia levantada por Mowrer. (I) Ando lonfte deles. Seus sistema» começam e terminam com o homem. Mowrer e Glasser deixam de levar em consideraçíõ a relaçio fundamental do homem com Deus mediante Jesus Cristo, negligenciam a lei de Deus e ignoram por co mpleto o poder do Espirito Santo na regeneração e na santiflcacJtoT 0 cõnjüjpo de preMuposTbs df s O r~ põ ^? ga gV ésér' recita do e~)Os cristãos podem dar graças a Deus porque, em Suã providência, empregou Mowrer e outros para despertar-nos para o fato de que os "doentes mentais" podem ser auxiliados. Mas os cristlos devem voltar-se para as Escrituras para verem como Deus (c náo Mowrer) ensina o modo de fazé-lo. Tpdos of conceitos, termos e métodos utilizados no aconselha mento precisam set_rçcxaminados biblicamente, Nem uma s coisa pode ser aceita, do passado nu do presente, se não for autorizada II I
Wllltam Gla»cr, Realiry Therapy; A New Approach to Píychttwy, Nova liwt|uc, liir pei and Row, 196S. R rl ju a obra de Glaner na Escola Femi nina de Ventura. Califórnia, e os «lorvot de G. L. Harrington cWilIuun Mjinord, O prefácio c df O, H, Mowrer.
pela Bíblia. O aconselhamento bíblico nfo pode ter uma imposição das opiniões de Mowrer, ou de Glasser (ou das minhas) à Escritura. Mowrer e Glasser mostraram-nos que muitos dos antigos conceitos são errados. Desmascararam a oposiçJo de Freud à responsabilidade e (se lemos sua mensagem com olhos cristãos) desafiaram-nos a que retomemos á Bíblia em busca de nossas respostas. Ma« nem Mowrer nem Glasser resolveram o problema da responsabilidade. A que eles advogam é responsabilidade relativa, humana e mutável; é responsa bilidade a-c risti, que deve ser tão completam ente rejeitada com o a irresponsabilidade do conceito de Freud e Rogers. Em sua melhor expressão, a idéia que Mowrer tem de responsabilidade consiste em fazer o melhor para o máximo de gente. Mas os mores sociais mudam; e quando é pressionado a indicar quem hi de dizer o que é melhor, Mowrer cai num subjetivismo que afinal equivale a dizer que cada indivíduo constitui seu próprio padrão. Em outras palavras, a verdade é que nio há nenhum padrio à parte do Padrio objetivo imposto por inspiração divina a Bíblia. Tweedie está c erto, portan to , quando rejeita a "solução projetada" de Mowrer para o problema do pecado, qualificando-a de “aguda" decepção. (1) Durante o» anos que se seguiram, absorvi-mc no projeto de desen volver ojiconselharocnto de acordo com as Escrituras, e desentenei 0 que considero ura Som apanhado de importantes princípios bíblico«. É surpreendente ver quanto ■ Bíblia tem para dizer sobre aconselha mento, e quão vividàmente atual i a abordagem bíblica. Ficou demonstrada a total fidedignidade da Escritura em sua maneira de lidar com os seres humanos. Tem havido resultados dramáticos, muito mais dramáticos que os que vi no Illinois. A$.bçssq»s. vêem resolvidos nio sá os. JCUS_ problemas (ime diatos^] mas também vem ocorrend o 1 sa lnçío pjra toda sorte de velhos problemas ^crônicos. I Na esfera confessadamente evangelística cm que tiabaího, tém-se verificado conversões nas sessões de aconselhamento. Pode ser que a esta altura vocé esteja pensando: “Isso soa bem, mas já ouvi coisa igual antes e sempre acaba virando o mesmo velho ecletismo sob uma capa enstf". Permita-me assegurar-lhe que estou dente desse problema, e que me tenho empenhado em repelir precisa mente essa espécie de coisa. 0 folh eto intitu lado “Some Help For the Anxious "(Auxílio às Vítimas da Angústia), de Merville O. Vincent, é bom exemplo do ecletismo e da acomodação que precisam sofrer resistência. (2) Na pág. 3, o autor anota que os freudianos encaram (1) (2)
Donald F. Tweed* Jr., The Christian and the Couch (O Ortltio e o Divf), Grind Rapid«, Baker Book Hcmim, 1963, pig. 109. Mcrvflle O. Vincent. Some Help for the Anxious (pun., ltd.).
a angústia como algo proveniente, primariamente, dos conflito» internos. Depois ele menciona uma segunda escola de psiquiatria que adota uma perspectiva cultural mais interpessoal. Oi seus prin cipais representantes, afirma ele, lio Karen Homey, Erich Fromm e Harry Stack Sullivan. Homçv assevera que o sentimento e a impressão de insegurança es tfo na base da angústia. From . porém. í g que o objetivo da vida é encontrar “sentido". Sullivan enynav» que a angústia provém de distúrbios no relacionamento de uma pessoa outras. Havendo-se dividido, nesses segmentos, a segunda escola, cPescritõr observa que existe uma terceira corrente, a qual reflete o pensamento existencialista. Ê nessa categoria que ele coloca Ludwig Binswanger e Rollo May. Ato continuo, esse mesmo autor expõe as opiniões de cada um desses personagens. E finalmente, n» pá gina quinta, conclui: "Sumanando, a angústia pode provir de ameaças a nó» mesmos, ameaças de dentro ou de fora. A angústia pode denvar-se de nosso passado, presente ou futuro. Com relaçfo ao passado, temos lembranças, experiências e conflito* nío resolvidos, que podem produzir angústia. Explicam-na, no pre sente, as contas a pagar, prazos a cumprir, o fastio, o trabalho, os exames e as relaçOes com as outras pessoas Na perspectiva do futuro, a ansiedade é provocada pela falta de propósito e, finalmente, a consciência da realidade inevitável da morte que parece tornar a vida ainda menos significativa . Em outras palavras, o autor resumiu as idéias de todas essas diferentes pessoas, pressupondo que cada uma delas é válida em seus princípios dominantes, nío obstante haver muitas facetas em que essas posições sáo antagônicas. Em todo o restante do opúsculo, o cristianismo é interpretado como bom para atender ás necessidades dos seres humanos segundo os diagnósticos feitos por Freud, Homey, Sullivan, etc. Vej«, por exemplo , a pág. 10: “O que reclamamos é um a drástica mudança (nc) de dentro. Parece-me que o diagnóstico que Cristo faz da condiçio origina! do homem é semelhante ao diagnóstico que Freud faz da condiçio original do homem". Ora, isso nâo passa de uma grosseira super-simplíficaçJo, a qual demonstra claramente que o autor tinha uma compreendo total mente equivocada de Freud, de Cristo, ou de ambos. E necessáno rejeitar essa mania de batizar noções antropológicas seculares, uma prática característica de grande parte daquilo que tem recebido o título de aconselhamento cristlo. O que os cristios, por >eu tumo, devem fazer é perceber o que existe por detrás desses conceitos e
procurar compreend er que os seus p ressupostos sío fundam entalmente anticristaos. (1) As conclusões da presente obra nio se baseiam em descobertas cientificas. Meu método tem base em pressupostos. Aceito franca mente a Bíblia inerrante como o Padrão de toda fé e prática. Por tanto, as Escrituras constituem a base. e contém os critérios segundo os quais procurei emitir todo juízo. (2) É necessário sugerir que se tomem duas precauções. Primeira: Estou ciente de que minhas interpretações e aplicações da Kscritura nSo sío infalíveis. Segunda: NSo preten do desco nsiderar a ciência. Ao contrário, dou-lhe boa acolhida, recebendo-a como útil acessório para ilustração, para pre encher com dados específicos as generalizações, e para desafiar as erróneas interpretações da Escritura, forçando assim o estudioso a reestudar a Bíblia. Todavia, na área da psiquiatria, a ciência foi, em grande parte, substituída pela filosofia humanista e por grosseiras especulações. (3)
(1)
O dr. Cornelius Van Til, do Seminário Teológico de Westminster, denionvtrou i importância da anilise das pressuposições. Ele evidenciou que, no Mundo, todos os üiiicmas nio cristãos exigem autonomia paia o homem, «rgfurando. por ene modo, destroimr « Deus. — (2) 0 leitor notará que o material'empregado como estudo do caso nio é visado com o fim de sustentar ■ evidência - ou seja. não é usado como Argu mento propriamente dito mas, sim. como ilustração apenas. Não há P » r que pensai que esse ttpo de material te presta parn confirmar ou Comprovai as posições bíblicas (a Palavra de Deus não precisa de apoio -Wiumano); eu o emprego, porem, paia Ilustrai, concretizai e esclarecei o< conceitos. (3) Lewis Joseph Shenll, em GuHl and Redemption (Culpa e Redenção). Richmond, John Knox Press, escreveu; "Veremos que as várias psicologias são tio carregadas de dogmas como qualquer sistema teológico. Se o dog ma consiste de afirmações declaradas como verdadeiras sem o acompa nhamento de prova que qualquer outra pessoa competente possa veri ficai. . . a teologia e a psiquiatria não passam de coisas iotas e esfarrapadas, não podendo uma delas nr-se d» ou tra" (pág. 15). A ten a diferença, copquc_Qt_ieálotos cristãos nfoje têm negado a confessara •SUL%_9“e -éJSS* (iasjwas prcssupoíTçaes. ao passo que geralmente os psiquiatras não te mostram dispostos » tanto, krich Fromm é notável exceção. Ele observa, por exemplo, que Freud foi além da idéia de cura ao declarar que a psiquiatria i “o estudo da alma humana” para ensinar “a arte de viver” - Psychoanalysis and Religion I Psicanálise e Reiigião), Ne* Haven, Yale University Pres*. 1950. p«g. 7. Masm pode tei raziu em afuinar que "tpncanilise tomou-te uma das religiões substitutas para a_çl»»*e media desiludida'. Prossegue eíe: "À analise i acompanhada por cerimonia* e htuals que lembram um cuJto religioso. Seus conceitos que, na melhor da* hipóteses, a o discutíveis, são repetido* como artigos de li " Gerhard Masui, Prophets o f Yesterday (Profetas de Ontem), Nova
Capitulo I O CRISTIANISMO E A PSIQUIATRIA NA ATUALIDADE No primeiro dia de aula de um curso de psicologia dado na Universidade John Hopkíns uns vinte anos atrás, um professor sentou-se em sua mesa e ficou quieto, lendo o jorna] da manhi. 0 sinal tocou, mas ele nem pareceu notá-lo. Depois passou a ler audivelmente os cabeçalhos dos artigos da pnmeira página. Eles punham em poucas e grandes letras difíceis problemas mundiais, falavam de atos desumanos praticados por homens contra seus semelhantes, e de modo geral pintavam o típico quadro sensacional de primeira página que se pode ver diariamente. Em dado momento, ele ergueu o olhar e disse: “O mundo está em confusio”. O restante do período de aula de o passou explicando como a psicologia é a esperança do mundo para pôr-se em ordem. Mas as manchetes dos jornais nio melhoraram; o crime está aumentando; nossas ruas tornaram-se inseguras; há tumultos e excessos em nossas cidades, • oa sanatórios, a despeito dos tranqüilizantes, vio *n da um grande negócio. Como questão de fato, a psiquiatna^ esta filha flefítima da psicologia que historicamente fez as mais grandiosas autopromoções, está metida cm aérios. problemas A Psiquiatria Anda Aprobiemada Eminentes psiquiatras ficaram desiludidos. Em I9SS, a Assoei* açío Psiquiátrica Americana promoveu um simpósio sobre "O Pro gresso da Psiquiatria". Eis o tipo de afirmações que apareceram nos relatórios publicados: "A psicotc rapijUioR está quase ti o desnorteada como estava há 200 anos (I) Num discurso proferido perante a referida associação no ano seguinte, 1956, Percíval Balley disse: Po^fys foram os problemas reso}vidos pela grande revojuÇio na psiauHÍtna. . . A gente fica perguntando até quando ot encanecidos erros de Freud continuarSo empestando a psi quiatria. (2)' ' *>*>-***. -X ,. f ^ < ò Os pacientes que nflo obtiveram recuperaçSo, depois de anos de análises e de milhares de dólares patos, também andam fazendo (! )
(2)
ZUboorj G. em Mowret. Th* Crau m ftyehotogy miRehfton. Pnncrton,
V«n NotUand, 1961, ptf. 3.
íbitt. PH 132.
perguntas sobre o* arrogantes alardes da psiquiaina. Alguns que pio raram começam a suspeitai que muitos dc seus problemas sfo iatrogênma* (isto é, induzidos peio tratamento). H. I. Eyienck. diretor do Departamento de Psicologia da Universidade de Londres; escreveu há pouco: Q sucesso da revoluçfo freudianajpinicfoflcompleto Só uma coisa andava mal: Os pacientes, n ía . obtmhgm m elfeo m fnhuma (1) Bcrelson e Steiner, em seu livro Human Behavior. an Inventory of Scienrifk Ftndinp (Comportamento Humano. Inventário das Des cobertas Científicas), que é um apanhado do progresso das ciências do comportamento em nossa época, dizem: No tratamento quer da neurose quer da psicosf. nlo há provas de que a psicoterapia seja mais eficiente que o aconse lhamento médico geral. Geralmente, a terapia produz melhores resultados cm pessoas jovens, bem nascidas, bem instruídas e nlo gravemente enfermas. (2) Até mesmo jornalistas populares chegaram por fim a tomar ciência da recente desilusão com a psiquiatria. Em artigo publicado cm This Week Magazine, de 18 de setembro de 1966, sob o título dc "Adeus a Freud", Lislie Lieber conclui: Outrora refulgindo em promessa, a pstcanáliie hoje parece que mal chega a merecer o» milhóes que dissipamos anualmente com ela. Nos Estadas Unidos há aproximadamente I8.0CK) psiquiatras, contra cerca de 484 na França e 1.000 na Itália. E nove por cento dos que ocupam o* postos de escuta ao lado do famoso sofá de análise sio psicanalistas. . . Muitos desses médicos e clientes começaram a examinar os resultados: Será que os benefícios da psicanálise compensam as horas de tortu rante auto-exame, os anos de penou tnvestigaçáo, os vinte-e-cinco mil dólares, mais ou menos, gastos para o “tratamento” completo? Em suma, será que a psiquiatria e a psicanálise valem os biihóes que os americanos despendem com elas em um ano? . . . A verdade é que, nSo somente quase inexistera o dramático domínio da situaçlo e a cura, mas também milhares e milhares que gastaram milhões e milhfles nlo estáo nem um pouco seguros de que estejam um átomo sequer menos “neuróticos” do que estavam antes de começarem sua fatigosa marcha para (I)
Ibid., r é 133.
12»Amid Oma Mapiunt 14-2-1*64. r é 4J.
o sofá do psicanalista, cinco vezes por semana, pagando 25 dó lares por sessio. , , Contudo, muito mais significativa do que o gradativo desengano dos pacientes é a deserção por atacado do» própnos analistas, que fogem do redil freudiano. Muitos médicos estão agora levantando agudo desafio à tese de que sSo necessárias longas e profundas escavações do subconsciente. (1) Citando o dr. H. J. Hysenck, Ueber prossegue: Os estudos mostram que dos pacientes que gastam mais de 350 horas no divl do psicanalista em buscade melhora, dois em cada trés mostram algum progresso depois de certo número de anos.O que estraga essa aparen te vantagem, porém, é que a mesma porcentagem obtém melhona sem análise ou sob os cuidados de um médico comum. Como questSo de fato, essa mesma proporção - dois em cada trés - melhoraram em sana tórios cem anos atrás. . . Os pacientes melhoram independente mente daquilo que se lhes faz. Desafortunadamente, o analista muitas vezes interpreta a melhoria como resultante do tratamen to ministrado por ele. Nlo o molesta o fato de que outra gente utilize outros métodos com igual efeito hipnose, choque elétrico, banhos frios, imposição de mãos, extração de dentes para remover focos de infecção, sugestão, pílulas dc engodo, confissão e oração. Mas Lieber ainda não dá por acabada a coisa: Outro dissidente é o dr. Th ornas A. Szasz, professor dc psiquiatria na Universidade do estado dc Nova Iorque, no Centro Médico da Rcgiío Norte, e autor do livro, The Ethics of Psychoanalysis (Ética da Psicanálise). Para citar Szasz; "Os adeptos dessa fé exagerada. . , empregam-na como cobertura de ilusão para ocultar feias realidades. . Assim, quando lemos nos tomais que o alcoõltçfi j£_ o ur ad o sexual ou vândalo es tio recebendo, •‘cuidados psiquiátricos", ficamos certos dc que o problema está recebendo a atenção devida, e o despacKãmos de no«MSjnentes. Êu protesto que não temos direito de isentarnos tão facilmente assim da responsabilidade. (2) Parece pouco questionável, pois, que se requer muita reconsi deração. E os cristãos devem estar na -vanguarda entre o» que se engajam nessa tarefa de repensar. (1) (2)
Thit Week Magtzme, 18-9-1966. íbtd.. p*t S.
A Erica Freudiana
Uma realização que deveria »cr creditada ao freudismo é o seu papel de liderança que ele vem desempenhando no atual colapso da responsabilidade na sociedade americana modems. Outra consiste nas contribuições de Freud aos pressupostos fundamentais da nova mora lidade. Freud, tomando a acixi de Charcotj sob quem estudou em França, adofou e popularizou modds o* encarar as di^culdades fiumanas de acordo com um Modelo Médico. (1) Anteriormente a essa época, as pessoas "mentalmente enfermas” eram examinadas como pessoas que se fingiam doentes para evitarem deveres, e nío como pacientes. O tal Modelo Médico difundiu-se amplamente nos últimos tempos, graças, em grande parte, á propaganda que utiliza expressões típicas como ‘‘doença mental” e “saúde mental”. Esse modelo dis seminou-se com tanto éxito que, em grande maioria, nossa sociedade ingenuamente cré que as causas radicais das dificuldade» a que se aplicam os psiquiatras sâo, de fato, doenças e enfermidades. Harry Milt, diretor da InformaçSo Pública da AssociaçSo Naci onal pró Saúde Mental, num panfleto intitulado “Como Tratar os Problemas Mentais", dá um típico exemplo dessa espécie de propa ganda quando diz: "Compreensão e simpatia, daquela que vocé dá a uma pessoa quando esta padecendo moléstia física”, igualmente é o que o doente mental precisa receber. Prossegue ele: Você lhe faz, ’concessões porque sabe que ete está doente, que ele nio pode evitar sua doença, que precisa de sua simpatia e compreensão. A pessoa que sofre um problema mental também está enferma e, na maior parte dos casos, tampouco o pode evitar. (2) A idéia de Milt é que náo há maior razio paru sentir vergonha de uma doença mental do que de catapora ou sarampo, A extensio cm que a ética freudiana permeia o pensamento contemporâneo pode ver-se em sua influencia sobre a mentalidade relativa ao crime. Houve quem culpasse Palias, em vez de Oswald, pela morte de John F. Kennedy. Quando Charles Whitman, do alto de uma torre no Texas'éííminou com ura rifle inocentes transeuntes, muitos disseram que a sociedade devia ser considerada culpada desse ato. Quando um imigrante jordaniano assassinou o senador Robert F. Kennedy, a televisáo encheu-se de acusações dirigidas ao público americano. Já o assassino mesmo, nto é mais considerado responsável. (1) (2)
Tho ms Siaw, The Myth of Mental I linen (O Mito di Doença Mental), Nova Iorque, Deli, I960. 1960, pára. 2 e 3.
“Be nio podia evitá-lo”, é a frase que se tomou bem popular, desde Freud. Mas Richard T. LaPiere denuncia: Os psiquiatras vêm tentando. . . embotai, senáo extrair mesmo, os dentes da lei —e isto se apóia na presunçüo caracte risticamente freudiana de que é perfeitamente natural que o criminoso aja como age, e que é completamente insensato a sociedade levá-to a julgamento por manifestar personalidade anti-social. (1) A idéia de que é doença a causa dos problemas pessoais vicia todas as noções da responsabilidade humana. Este í o ponto crucial da questão. As pessoas já nfo se consideram responsáveis pelos erros que cometem. Dizem que seus problemas são alógenos (gerado s d ou trem) e nio autógenos (gerados em si mesmos). Em vez de assumirem responsabilidade pessoal por sua conduta, culpam a sociedade. (2) £ fácil lançar a culpa sobre a sociedade, porquanto o que é da responsabilidade de todo mundo nio é responsabilidade de ninguém. Mas, até a sociedade escapa da responsabilidade: Nossa sociedade "está doente", diz o povo. Outros culpam especificamente a avó, a mie, a igreja, o mestre-escola ou algum outro indivíduo especifico, por suas ações. A psicanálise freu diana acabou vira ndo um a cxp cdiç lo arqueológica rum o ao passjd o em qye se_U ifausca a ou tros sobre quem lançar a responsabilidade pdo comportamento do paciente. A i5éia básica consiste em descobrir como f~ que os ou tros o danificaram. Procurando desculpar e transferir a cülpa, a psicanálise é ujna cxtensSô do uroh^ma oue pretende resolver. Nâo deve ser difícil ver que o re mate dessa ênfase é a irresponsabilidade, e que muitos problemas domésticos e mundiais estfo diretamente relacionados com ela. A acu sação feiu pelo dr. Elton Tnicblood nSo parece suficientemente forte: "Fica minado todo o alicerce da responsabilidade”. (3) Como desenvolvimento natural dessa ênfase, a disciplina paterna desmoronou-se — isto, para citar apenas uma das conseqüências. Richard T. LaPiere escreveu que o conce ito de Karen H omey da necessidade de aegu rança tomou-se central no pensa mento dos psicólogos clínicos e pediatras. . . O indivíduo pos tulado por ela é um organismo por natureza excessivamente (1)
Ptychietry and R apo m ib üt ty (Puqutatna e Responsabüidade), Prinoeton,
(2)
Wayne Oate», por exemplo, afirma que a “doença mental” resulta da '“rejeição e exploração do Indivíduo peta comunidade", no Baker ^ Dtctionary o f Practical Theology (Dicionário de Teologia Prática, de Baker), Grand Rapidi, Baker'« Book Hotue, 1961, pág. 303. LaPiere, op. ctí., pág. 25.
í3)
Van Noitnnd Pneus, 1962, píg. 80.
delicado. . . A menos que a sociedade a que pertence o trate cora a máxima consideração, seu senso de segurança é posto em perigo. . . e ele se torn a neurótico. (1 ) Os pais temem que, se de fato os acontecimentos do passado de alg ué m po de m causar-lhe fa tu ras dificuldades psicológlcâsj jgl es correm o risco de prejudicar a vida de seus filhos por prováveis choques traumáticos sentidos durante a aplicação de métodos disciplinares? Desta mineira, foram abandonadas em grande medida as injunções bíb licas de Provérbios acerca do castigo corporal (1 9.18 ; 23.13; 22.15; 13.24; 22.6; 23.14; 29.15,1 7). (2) A ênfase permissiva dc Dewey, conforme a qual foi educada a presente geraçSo. cncaixa-*e lindamente no conjunto total freudiano. Há outro mal decorrente do Modelo Médico. Doenças c enfer midades sio freqüentemente misteriosas, principalmente para o leigo. As moléstias provém dc causas externas e as doenças graves têm que ser curada s de fora - por outra pessoa: o especialista. A pessoa enferm a se tente desamparada e, assim, volta-se para o médico. O médico, como a moléstia que invadiu o paciente, resolve de fora o problema. (3) Dessa maneira, o desamparo, o desespero e a irresponsabilidade pessoais sío os resultados naturais do Modelo Médico. Se o s problem as vividos por uma pessoa sSo basicamente problemas de enfermidade e doença, e nío dc comportamento, nSo há esperança para ela, a náo ser que haja remédio ou teiapia aplicável a seu caso. NSo havendo cura médica para gente que esteja sofrendo, essa gctite vai ficando cada vez mais desesperada. O caos ético e o desamparo resultantes se véem nas expressões da disposição de ânimo de nossos dias. A canção popular moderna que abaixo transcrevemos, de Anna Russell, por exemplo, caracteriza (D
(2)
(3)
Ibíd,. pau 77.
Ê interessante que Deus repetidamente asiepiru aos pais relutantes que o castigo corporal, ministrado de maneira apropriada, não prejudica a criança (Provérbio» 23.13). Como queitio de fato. bater e castigo mait humano do que muitos outro» casUgo* prolongado* que chegam a asseme lhar-se mait a torturas do que a castigos. Recente estudo, feito por Ailport e Pios, mostra que na linguagem da póq uiatna há man termos implicando a passividade e ação sofrida do que o s termo* que implicam ação exercida, sendo aqueles cinco vezes mais numerosos do que estes. Veja-se G. W. Ailport, "The Open System m Pervonality Theory*’ (O Sistema Aberto, na Tcona da ftrsonaiidade), no Journal o f Ab no mwl and Social Ptychology, novembro dc 1960, págs. 301-310. O desamparo passivo, característico da teoria e da prática psiqui átricas, em clara consonância com o Modelo Médico, leva à desesperança também.
jca em que vivemos.(Noiem -se especialmente os dois versos finais): Procurei meu psiquiatra para ser psicanalisada para ver porque matei uma gata e deixei meu pobre marido com seus dois olhos machucados. Num divã me fez reco star, para ver o que em mim achar. £ eis aqui o que. lentamente, extratu do meu subconsciente: Quafldo cu tinha só um ano, a minha mãe me agrediu porque escondeu num baú minha boneca de pano. Esta é a razão, com certeza, por que vivo em bebedeiras. Quando eu tinha só dois anos, vi meu pai beijar, um dia] a empregada. Então fiquei sofrendo de cleptomania. Qujuido cu estava com trés anos, os sentimentos que eu tinha para com os meus ir m ã« eram sempre ambivalentes. v Essa é a razáo suficiente pela qual, com min has mãos, envenenei os meus amantes. Mas agora sou feiiz ( embora ache muita graça), que a lição aprendi bem: Sempre existirá alguém culpado do mal que eu faça. (Ada ptado) ( I ) O tema de alguém sei urtu vítima c cumum Syiling escreveu recente mente "Na maior parle, as tnJcv wlieiriis são »lluflas dm problema» de sais p»t>". F.s» tupostvío estranha e urbttnna lcv»-t> a cõnciütr~qõc “o "envolvimento sexual ili moça é qume incidental” Ele acha que o verdadeiro problema dda nio i o pecado, ma». Mm. comu te de neces sidades c anseios que seus pau deixaram dr atendei de maneira mnts vau dível Veja-se o Baker i D kti on arv 0/ Pro rlica l Th rotog r , Grand Rapids, Baker Book Mouse. 1461. pág. 234
Thomas S. Szasz fax esta co ru n te observação Argumentai que todos os homens, mesmo os classificados como “paranóicos", ilevem ser tratados com seriedade, como setes humanos responsáveis, i como profanar a bandeira psiqui átrica Tal argumento i um desafio aberto a um dos maiores dogmas da psiquiatria como instituiçlo social, a saber, que as açôes das pessoas mentalmente enfermas, assim chamadas, não devem ser levadas muito a sério no sentido de serem elas consideradas responsáveis pdo que fazem. (1) Não é de admirar, pois. qu e a revista Look, numa reportagem que ocupa 21 páginas, dé o seguinte designativo è psiquiatria: “ciência transtornada''. (2) Não faz muitos anos (19 65). este autor assistiu a um institu to de saúde mental, para pastores. Entre os prcletorcs havia um capelão de um sanatório do governo. Dou aqui um lesumo de sua palestra: r“PrimcnamentéJé pouco o que vocês, como ministros, podem fazer pelas pessoas acolhidas num hospital para tratam ento mental Em »eIflln iio lugar Ao que vocês podem fazer ê dar apoio ao direito que o pacien te lcm dei sc n t 1r sê Tcsãão^por ou tros.VEai terce ira lugar, é importante compreender que numa instituição de saúde menta ssoas que estão f sob o peso (dc alguma culpa não estão mais ' ‘aliviada áiv uid ae, ao alcance das censuras do$ de fora; a pressão foi c, dessa maneira. elas tranquilamente perdem sua culpa e passam U ______ - U T d íH EI lugat. ternos que considerar as pessoas abrigadas cm sanatórios, não’ como violadores~da consciéncsa. e. sim, coino vitimas da sua própria cunWéncia -y ^n ata ^n te.h quando observamos seu comportamento irregular. temos^HmpnÍMao de uue é pecado, mas não ê . o paciente .não é realmente responsáveljk w suasãç&es. Klão pode evitar o que faz; esti doente ^ o m frequência d e se culpa por aquilo que não_pode evitar, por aquilo que não constituijJujpa sua, e esta é a causa de seus problem as. Consequ entemente, a má conduta como algo merecedor de condenação é tabu num sanalório_ psiquiáirico. A perspectiva religiosa comum, que focaliza a responsabilidade, a culpã. a confissão ( ll
(2)
Ptychiatrv ênd RtspotoihÜlty
Prmcelon, Vau Nostrand Pico, l%2. pág 3. A leona alogenica leva a uma dc pa diçio j rr al da pfrconalidade hjjmana. Ò ver humano e visto como uma irresponsável pedra de xadrex. Fcvidente que o | ta lamento psiquiátrico oferecido hasci»-«- nevw pre»supotiçiio. Sua «rienlação, que segue tnampulaçõc". mecânicas, reveio uma antropologia antibíbllca que nega a Imagem dc Deus no homem (torcida ma» inerente a eteK Revma Look. 2 dc fevereiro de I960, 1‘ The Troubkd Sctcnce").
f o perdão, nfo é válida cm Ul lugar A consctépcia dos pacientes ji t »uficien teme nte severa. Essas pessoas sáo moralm ente neutras Tu3o que_podemo^fazer t apr como ventiladores, paja ^eiãTâá”. (T) Este íurnTrio, que cila literalmente partes do discurso do ca pelío, cflpõe sucintamente como qualquer outro, o parecer institucio nalizado hodierno. Cada um dos pontos aludidos será posto em discussSo neste livro. A Teoria e a Terapia Freudianas Çomo i que tu do chegou u esse pon to? Qual a sua base? A ret posta está noa fundamentos da teoria e da terapia freudianas.iFrcúiTi via o ser hum ano como retalhado por dentro. O honjern^ duia ele, tem necessidades, ungulsos ou energias primitivas e básicas que ptocurarn expressar-se. A estaTTreu Tdava (Tnõfflé de ld (séxo e agressio). Mis há também noTioroem o Super-ego (mais ou menot o equivalente ao que mau frequentemente i chamado consciência). Os pais. < igreja, osp rofe sso res, etc'J Un eian t^ no indivíduo o_ Supej-cgo por meios sociais. NÍo sistema freudiano, o Supet-ego t oltévj De aconlo^ com Freud, o problema dos doentes me nta», consiste num a(excéssivã(im pfflifáo social Jõ Super-eno. Uma consciência supcr^sociaJizada i de masiado »v era demasiado rixorosa. (5s mentalmente enfermos sio vítimas dcTSup er-eto.lO fyo , ] terccir3 unidade do ser humano, i o árbitro, ou ser consciente. Aparece um conflito quando o Id deseja expressar-se, mas e frustrado pelo Super-ego. As necessidades primi tivas procuram expressáo. mas o Super-ego, estando no limtqr, bit* aueia o ld, impedindo sua expressão na vida consciente do indivíduo. Essa batalha, travada no nível do subconsciente, é a fonte das dificul dades do indivíd uo O nível em que opera o Ego é completamente diverso daquele em que operam o ld e o Super-ego. O Ego funciona no nível da responsabilidade, ao passo que o ld e o Super-ego funcio nam no nível da irresponsabilidade. Quando o ld ê reprimido pelo Super-ego, a pessoa em conflito experimenta o que Freud chama de (1)
Tranapaxece nitidamente o comumado determ intimo dewa maneira de ve», com lui inevitável conieqüéncia. deaculpando ■ conduta do cottsu»unte Lawtcncr LeShan i M n n que tm t filowfa tem inapuad» « tcnutWu feita» pelo» terapeuta* de en-utat a conduta negativa e índne jérel do paciente com lundamento na idéta de que aquele comportamento foi determinada pelo puudo. nio tendo de. portanto, rwio nenhuma pu a wntU-íe culpado duao”. Lawtcnec LcShan, • ChanginK Trcndi in ftychoiuialyucally On enud l^ycholherapy'• «tendências para Mudançai na Pscolerapia Orientada PucanalitiLvamente), Memal Hygírtu, julho de 1962, pí*» 454463.
“»entirncntos de culpa*'. Entretanto, os sentimento» de culpa nio ijto jenlim cn tus nascidos de uma culpa real. Desde que seu senti mento de culpa é falso, o indivíduo não tem por que confessai o seu pecado, conforme o indicou o capela«; antes, o de que necessita é livrar-se da falsidade. Assim sendo, de modo o mais natural possível, a terapêutica consiste em levar a pessoa a sentir-se bem pela eliminação da falsa culpa. O terapeuta consegue isso tomando posição junta do Id contra o Supcr-egn Procura enfraquecer, diluir e derro tar o Super-ego até que este pare de fazer suas exigências, que são causa doras de vítimas. A ventilação (arejamento dos sen timentos reprimidos) faz parte desse processo. E a re-socíalizaçío. de conformidade com padrões razoáveis e realistas, é a outra parte, que também se reveste de crucial importância. A terapia de Albert Ellis evidentemente representa uma aplicação modern a desses princípios. Na A. A. P. Tape Library, volume n° 1, intitulado "Loretta”, Ellis chega ao clímax de uma entrevista.com um forte ataque dingido á consciência de Loretta. Ele ameaça que ela jamais ficará livre do tratame nto, a menos que elimine seus valores morais. Vejam-se os seguintes excertos: 0 seu problema c oncreto é que você tem um monte de coisas que eu cham o de "obrigações” , ‘deveres’’ e “imposições” . . A questão principal - como já lhe disse é que, em minha opinião, você criou uma porção de "obrigações'’, “deveres", e ‘’imposições” que infelizmente lhe foram ensinados quando você era muito nova. Seu pai, sua mSe, sua igreja é que lhe ensi naram essas coisas. . . Mas se você nio tivesse acolhido esse conceito do dever que desgraçadamente está a ponto de acabar com você, entSo vocé não estaria crendo no que cré - e não sofreria perturbação alguma. Depois de uma objeção levantada por Loretta a esse ataque, Ellis fala com ela nestes termos: Bem, vocé tem todo o direito de pensar assim, mas infeliz mente, enquanto for esse o seu pensamento, vocé vai ficar neste sanatório agora, quando vocé mudar sua maneira de ver, poderá sair. Loretta. opondo-se ainda com firmeza, replica triunfante: ”Pois bem, enquanto houver ar con dicionado, não será tão ruim assim". Depois de ler este verdadeiro fogo de barragem lançado contra o sistema de valores de uma cliente, fica-se espantado ao ver a incrível
terapêutica, sem que entrem ambos cm conflito". (I) Esse tipo de delimitação de papéis n4o é um fenômeno isolado. C. Eliffor McLaughlan escreveu: Poder-se-ia dizer que a psiquiatria olha para o passado e tenta pesquisar e desfazer todos os erros e problemas do pas sado. A religião olha para o futuro, aponta para o que pode ser, após terem sido encontrados e anulados os erros e problemas do passado. (2) E. E. Mansell Pattison afirma confiante: . . as crenças religiosas do tarapeuta e do paciente não sío os fatores de importância crucial na psteoterapia; o importante é como o tarapeuta manuseia suas crenças e as do paciente. (3) No Baker's Dictionary o f Practical Theolngy, que contém as mais recentes compilações de ensaios conservadores, com frequência (posto que nio de maneira exclusiva) pode-se encontrar essa bifurcação. Considera-se o ministro limitado em seu treinamento, em suas capa cidades e nos instrumentos dc que dispõe, devendo conceder e ceder os casos ao psiquiatra F.m resumo , ele nio é cons iderado com peten te para dar aconselham ento. Parece que nunca foi levanta da esta questão : A psiquiatria é disciplina válida? (4)
(1)
(2) (3) (41
Wcilcy W Nelson , cm tiaktr\ Dicnonan o f Practical The ology. pug 300, Ver também Fríecla From m Rciehm ann; "Igualm ente pode o pon enlc usar, às vezes, o psicanalista corno sua nova consciência, enquanto procede a revisio de seu» padrões morais qui- o estorvara m". Patrick Mullohy, «!., Inicrpertonat Re iatia nt IRelações Interpessoais», Nova Iorque, Science Mouse. 1967, pág. 125. C. GitTord McLaughlan, The Pastora! Coumelor IO Conselheiro PastoniJ).
pr im av era dc 196 4. pág. 25.
E. M. Pattison, "Psychiatry". cm Chm ttonlty and lhe World o f Thoughl (O Cnstliinlsmo c o Mundo do Ponsumcnto), Hudson T, AtmcrUing, ed„ Chicago, Moody Press, 1968. pág. 343. Lm dos propósitos deste livro í mostrar que a pslqutaliia 1» psicologia não) é uma usurpação da obra 0« ministro do Ivanicclhu Os psiquiatras nio funcionam como médicos. Seujjvj^c ,i mudança do comportamento c 3ã pcrsõrulidade, ejeu metodg c j modiflcaçio dos válotè». F.sTi usur pação foi feita medtantc au ecía niç ío dc que numerosas pessoas nio doentes estavam doentes, colocando-as assim no tcintóno da medicina. O ptóp no Ftcud antecipou-se a esta usurpação da função pastoral. Be escreveu a Pfistet a respeito do “enorme número dc adultos que nio estio enfermos no sentido médico e que, contudo, estio extremamente neces sitados de analise'’. c predisse que "a cura dalmas" (expressão que se refe re to cuidado pastoral! “u ra um dia icconlteclda como urna vocação nio eclesiástica e »-religiosa", - Psychoanalysit and Tailh (Psicanálise e Fé), op. eit.. pág. 104. Foi assim que o Modelo Medico veio ■ ser o instru-
Se a idéia de Frcud fosse correta. a saber, a idéia de que pro blemas surgem sempre que o Id tenha sidojc primido por uma consci ência ou Supcr-cgo demasiado exigente, então nossa época deveria ser caracterizada por boa saúde mental, amplamente difundida, ao invés de s$r_o_flue é. uma época de pioblenus pessoais em númcro sêni paralelo. Deveria ser, poique os notsos dias sâo permissivos, e não repressivos. Se já houve algum tempo em que a tam pa da pressão 7oi retirada, em que se desenvolveu ampla e franca rebelião contra a auto ridade e a responsabilidade, esse tempo é o nosso. Contudo, muItidOes sem precedentes estão aproblemadas. Se o freudismo estivesse certo, o povo mais imoral, ou no melhor dos casos, o mau amoral deveria ser o mais sadio. Mas os fatos mostrain que o oposto é o que sucede. As pessoas que estão nos sanatórios psiquiátricos e as que buscam aconse lhamento, invariavelmente estão metidas em grandes dificuldades rela cionadas à moral. "Dificuldades morais” nem sempre tém a ver com violaçOcs sexuais; estas sSo apenas um aspecto. Imoralidade de toda espécie, irresponsabilidade para com Deus e os homens (isto é, a quebra dos mandamentos de Deus), acham-se predominantemente entre as pessoas que tém problemas pessoais. A Revolução na Psicologia Mas está fermentando uma revolução, mormente restrita ainda ao campo da psicologia. Há um número crescente de cidadãos jovens e vigorosos que começaram a pôr cm dúvida as idéias tradicionais de Freud e Rogers. Dentre os nomes alinhados dentro desse movi mento posso mencionar Steve Pratt. William Glasser, C. L. Hamngton. William Mainord, Perry London e 0 . Hobart Mowrer. ( 1 ) 0 último da lista é o chefe oficioso do movimento. A essência do ataque dirigido por esse movimento contra o sis tema institucionalizado pode ser resumido cm breves palavras: O nqvo mjmpiento é antiteticamcnte oposto à formulação freudiana dajrres-
(I )
mento da usurpação. Ver Koiuld Leifer. In the .Vante o f .Menial Health IEm Nome da Saúde Mental), Novi lorque, Science House, 1964, pág. 167: “O psiquiatra paganlzadot i, mum, um equivalente funcional e urn substituto da estrutura familial, tradicional e amplamente difundida, bem como do teólogo e do guia espiritual". Hi. por certo, multa* diferençai entre etex. Se ie quer examinai uma cunctu eiposlçio de algumas dai mais significativas «emelhançai e dife rençai que existem entre Mowrer, Qasset e Szasx, vcja-sc Glen A. Holland, "Three faychothcrapiei Compared and Evaluated” (Três Pütcoteripi« Comparadas e Avaliadas I. The DU Cttverrr, tirbana. volume 3, n° 3, maio de 1966.
ponsabilidade. Com efeito, Mowrer indaga se po demos substitu ir o Modelo Médico por um Modelo Moral. Thomas Szasz, cm seu Iívto, The M yth o f Mental lUness (O Mito da Doença Mental) responde que sim. Na tradição de Harry Stack Sullivan, Szasz intitula sua psiquiatria de “teoria da conduta pessoal”. Os advogados da revolução insistem neste pon to: Devemos continu ar falando do Id reprimido? Replicam que não. Em lugar disso, declaram eles, é tempo dc falar do Super-ego (consciência) suprimido. Dizem mais: Havemos de procurar remover os sentimentos de culpa (isto é, a falsa culpa)? Nunca; ao contrário, devemos reconhecer a culpa como algo real, e lidar diretamente com ela. A culpa psicológica é o medo de se r posto às claras. É o rec onhe cimento a que chega a pessoa de que violou os seus padrOes. É o pesar por n ío ter agido como sabe que deveria agir. (1 ) Além disso, eles insistem em que a ventilação dos sentimentos tem que ser substituída pela confissão do erro cometi do . Não estarão fala ndo mais de pro blemas emocionais, mas de problem as de co ndu ta. Afirmam que a expressão "doença mental” deve ser substituída por palavras que indiquem comportamento irresponsável. Gente antes vista como fugi tiva da realidade agora é considerada como procurando evitar ser des coberta. Os revolucionários, naturalmente, recusam-se a pór-se ac lado dos desejos, mas, antes, fazem todo o empenho para colocar-se ao lado dos deveres. 0 novo movimento não pode ser posto de lado levianamente. A "terapia” (a palavra é incoerentemente mantida pela maioria deles) aplicada por aqueles que esposam a nova idéia tem alcançado dramático SUCgjSo, em contraste com os fracassos freudianos. C. C. Harrington, por exem plo, num hospital de Los Angeles, tra balhou co m j3 ÍÒ |paci(1)
Oi “sentimentos dc culpa" sâo lido» por falsa culpa, pelo» freudianos. Isto é, culpa relacionada com o conflito ld versus Super-ego, e nlo a vio lação dos próprios padróes. Eis uma pergunta típica sobre este ponto •Torno í que Sue podia ser culpada por usar batom? ” Ela podia, te pro viesse de um lai onde se ensinasse que i pecado usar batom. Ora, se na escola ela começou a usar batom para nlo ficar diferente da> outras, e se fazer Isso contraria o» seus padrões, ela será culpada dc haver cometido peCado, c sua culpa seri real. Mesmo ní o sendo em si pecado usar batom, o ato de Sue é pecaminoso porque nío proveio “de fe" (Romano* 14. 21-23). Quando Sue usava batom, ela achava que seu alo et» (ou pode ria ter sido) um pecado contra Deus. A despeito disso, continuava fazendo Isso. É dessa rebelião contra Deus que ela é culpada, rrb cliio pela qual sua consciência retamente a condenava. Sue precisava confessar seu pecado para obter perdão e paz. NSo se lhe deveria dizer que sua culpa é falsa, Posteriormenle. contanto que seja importante fazé-lo. poder-se-á discutir te o padrio empregado por Sue é bíblico ou nío. Estas sío, entretanto, duas questfles inteiramente diferente». No entanto, elas têm sido con fundidas sem vacilação alguma.
ente* varões no Prédio 206. O Prédio 206 er» o ftm da picada. Toda a esperança para aqueles homens se esgotara. Muitos nem sequer podiam cuidar dis suas necessidades mais elementares. Anteriorm ente, a média de altas desse edifício era de apenas duas por ano. Depois de um ano de realização do programa baseado na responsabilidade, dirigido por Harrington, 75 homens puderam deixar o hospital. Para o ano seguinte, Harrington previu a alta de 200 — isto é, quase que o total esvaziamento do prédio. Glasser, na hscola Pública Feminina de Ventura, Califórnia, mostrou éxito i razão de 80 por cento, com difíceis sociopatas, num programa estruturado á base de responsabili dade total. Por "éxito", Glasser quer dizer nenhuma recaída e nenhuma futura violação da lei. ( 1 ) 0 presente escritor póde ver, de primeira mão. os rápidos e dramáticos resultados do programa de Mowrer no Illinois. Freud: Inimigo, não Amigo Freud abriu oficialmente seu consultório no Domingo da Páscoa. Para uma pessoa para quem toda ação tem significado, por mais oculta ou inconseqüentemente que seja, seguramente esse ato praticado aberta mente deve ser visto com o simbólico. Que Freud p ouco respeitava a re ligião em geral, e menos ainda o cristianismo em particular, é fato reci> nhecido historicamente EJe se dizia “judeu completam ente ím pio" e “irremediável pagão”. (2) Quando criança, alguns pseudo-cristão* fizeram cirandar seu pai, e enlamearam sua roupa. 0 ancião não reagiu. Freud ficou envergonhado, achando que seu pai deveria ter enfrentado os outros. Jurou que algum dia acertaria as contas. (3) Alguns acham que a psicanálise foi a arma que ele usou para isso. Nos seus livros, Afo j« and Monothenm , The hhture o f an /Uuslon e Totem and Taboo (Moisés e o Monoteísmo, O Futuro de uma Ilusão e Totem e Tabu), Freud dedica duro tratamento á religião. Para ele. o cristianismo era uma ilusão que deveria ser eliminada. Como todas as demais religióes, era um sinal de neurose. Ele ensinava que a religião nasceu do medo que o homem primitivo sentia do grande universo que o circundava e que ele não podia dominar. De início não havia algo assim como escrúpulos morais. Mas visto que cada um queria seguir seus próprios
(1) (2) (3)
Ver WUhun Glasser. Reality Therapy (Torapu da Realldade), op. cit Heinrich Men* e Ernst Freud, editor«, Piychomtalytlt m i F* th (Plic*nil iv e Fe), Novi lorqoc. Bole Books, Inc., 1963. p»*v 63 e 110. Wayne h. Oates, What Psychology Sayt About Religion (O Que Da a PsicologM Sobre a Religtio). No»» torque. Association Press, 1958, Pit- 31.
desejos (instintos), houve luta entre os homens que queriam fazer as mesmas coisas. A bem da sobrevivência, as homens viram que era necessário conviver c cooperar uns com os outros. Deste modo, a mora Udade resultou do crescimento da sociedade que só podia subsistir mediante i adoçlo de códigos de conduta. A consciência (Super-ego) foi construída porque as violações do código eram severamente punidas pelo povo. Eventualmente se disse que o código era sancio nado por um deus (ou deuses), ganhando assim o código mora) maior estatura. A rcligjffo pertence à infância da raça. Q homem precisa crescer e sair da ihfSncia. o que significa deixar'a religião. Ele chãma as narrativas bíblicas de "contos de fadas". Afirmava que a religião foi inventada paia atender ás necessidades humanas. Quando uma pessoa cresce, já nlo precisa mais da religiio. Antes de adotar os prin cípio» de Frcud. os cristáos devem conhecer estas pressuposições freudianas básicas, mbiacen tes a Ju d o quanto dcTescreveu. Üína possível objeçío é que os que se opõem a Freud criaram um novo Judas, a saber, o próprio Freud. Em lugar da sociedade, ou de membros específicos da sociedade, F reud veio a ser o menino mau que leva a surra. Neste caso. o cliente continua podendo transferir de si a sua responsabilidade. O ataque feito a Freud pode parecer transformá-lo na causa de todos os males da sociedade moderna. Entretanto, só parece. Ninguém está dizendo que Freud ou suas crenças produziram doença nos pacientes. Tujo que se pode dizer de Freud é uuc suas idéias encorajaram pessoas irresponsáveis a per sistirem cm sua irresponsabilidade e a aumentá-la. Ele deu sua aprovaçSo á conduta irresp onsável' e a fez respeitável. Suas Idéias sSo iatroaênicas (geradoras da necessidade de terapia) somente em que elas podem produzir complicações secundárias. (1) Freud náo fez que as pessoas se tomassem irresponsáveis; mas forneceu uma funda mentação racional, filosófica e pseudo-científíca para as pessoas usarem a fim de justificar-se. Freu d é uma causa dos males da sociedade moderna somente como um fator causante de complicações, nlo como causa básica daqueles males. A causa última é o pecado. (I)
Num interessante e utírico artigo intitulado "Parnassijin Fiychmtry” (Psiquiatria Parnasiana), J»y Silber divide os sistemas piiqutátricos cor rentes em tré» tipo*; lírico, épico e narrativo. A psiquiatria tínca, forma que ele apelida de mau "fértil", tem como iua grande tarei» a criação de ‘ proNcmai. conflito* e intensidade« que nunca ante» foram plena mente sentidos pelo paciente", tendo que e»te, doutro modo. podia achar necessário continuar indefinidamente numa existência rotineira e lediova. Esta é uma Interessante característica do Irma iatrogênico, que merece consideraçio «ria . Jay Silber, Medica! OpiHion and Rerírw, agosto de 1961, pig, 61.
Tudo isso é pertinente aos cristãos. Mowrer pergunta: "Terá a religião evangélica vendido seus direitos dc pnmogenitura por um prato de sopa psicológica?” (1) A indagação é deveras penetrante. Todo conselheiro conservador deve ver nessa questio levantada por Mowrer um desafio implídto. Quase iodos o» livros recentemente publicados para ministros, mesmo os lmJu_conservadora, foram escritos na perTpcctfvirfreudiana no sentido dê quê em grande patle repousam nas pressupor.. iu • >1.1 iri j - msabiMdad», Óiide~quer que sê- sigam essas pressuposições, o emprego que õs mi nistros fazem dos princípios freudiano» vêm-se prestando para per petuar hostilidades e ressentimentos existentes, e tendem a alargar as brechas nas comunicações, uma vez que encorajam os ccmsultantes a lançar a culpa sobre outros. O* institutos especializados em saúde mental sâo dirigido» de molde a persuadir os ministros de que não podem (a expressão mais freqüente é "que não ousem" 1 dar ajuda aos "doentes mentais". As grandes palavras dessas conferências sãu "refe rir” e “transferir" (2) Nas escolas, os professores sentenvse desaivoradw. lemendo disciplinar seus alunos^com risco de preju dicá-los £s|çplogicamente. Assim é que tendem a confiá-los a especia listas pertencentes o u í í o ao sistema, sem perceber que em suas salas de aulas eles têm uma das mais excelentes oportunidades para dar aconselhamento proveitoso - pois o contacto diário cria as condições ideais para mudanças e desenvolvimento. Este Uvro toca uma tecla Inteiramente nova, tecla que de há muito já devena ter sido tocada. TBm VéT\de ceder e transferir aos psiquiatras embebidos em seu dogma humanista, os ministros do Evangelho e outros obreiros cristãos voca cionados por Deus para socorrer pessoas em aflição, serão estimuladas a reassumir seus privilégios e responsabilidades. Cederão e transfe rirão? Só como exceção, jamais como regra, e ainda assim somen te para outros obreiro* cristáos mais competentes Sua tarefa é atender a consultas. A tese deste livro é que conselheiros cristáos qualificados, adequadamente treinados nas Escrituras, sáo competentes para acon selhar - mais com pctçjtç» do_que os_psqw atras e qualquer ou tra
P““» S t U3: 38 oc iOO (lj (2)
Crists, op. cit, pig- 60. Wicsbauer escreve' "A principal preocupação de qualquer rltrigo deve ter a de proridencíar para que o doente mental obtenha toenrra psiqui átrico tio depressa quanto ponfvel" - llenry H. Wiesbauct, Pastoral Help in Serious Mental Hlnets (Ajuda Pintor»! noi Case» de Grav« Doença Mental), Nova Iorque, The National Association fo» Mental Health. iuL. pág. J.
Leo Stemer, filando cm novembro de 1958, ein Harvsrd, fez este pronunciamento O ministério comete^ tremendo engano ao mudar as suas vestes pelas dã” psicanálise. . D aq ui a 25 anos, on3ê~ estará a psicanálise? . , . Predigo que to mará lugar ao lado da frenologia e do mesmerismo (1) O verdadeiro problema do ministro é a transferência. Ele não pode esquivar-se da questão nesse ponto. Deve perguntar-se a si próprio: Vou transferir o cre nte que está a meus cuidados pastorais a um psiquiatra ou sanatório, ou posso fazer algo por ele? (2) Em vista das mudanças recentes, deve submeter a nova apreciação a propaganda feita pela geração passada e perguntar de novo: “Quanto posso fazer? ” Mas. para responder a essa indagação, t preciso que ele chegue a algumas conclusâes acerca da natureza dos problemas do» “mentalmente enfermos”, assim chamados. A questão deve ser considerada a partir de uma perspectiva bíblica, começando com as pressuposições presentes nas Escrituras, negando-se a dar o selo do batísno cristão a Freud (ou, mutatiz mutandíi, a Mowrer). Proce dendo-se a esse exame, ver-se-á dele que o ponto central fica reduzido à discussão desta questão: O problema fundamental das pessoas que procuram aconselhamento pessoal i doença ou pecado? (3) O tercetro capítulo desta obra voa a esta questão. Mas é preciso considerar primeiro um assunto preliminar de crucial importância.
tl)
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“Are Ptychoanaly»! and Rctigiou» Coumeling Cotnpatible'’ " (São Caan patfvcts ■ PucinilHf e o Aconselhamento Religioso? ) Documento lido perante a Sociedade para o Eirado Científico da Religião, Univcnidade de Harvard Ou lqocr tipo de Uaniferéncta deveria ier considerado pelo minmro como último rceuno apenai. O falo de que um consulunte procure um conielhctro cristão deve iei considerado como tendo alguma »tgrufV cação. Fodc aer que o «colh a preciaamentc porque «t á ciente do seu pecado c da iua ncccaaidadc de PerdioT Começaram cedo ai concetsS« doa nuniatro. à pa«:análi«e UmamTjb che*ado de Freud, Oskar Pfiiter, ministro liberal, üptAce a capitulação que ir generalizou noa últimos cin qüenta anoa. Ver Heinrtch Mcnge c Emat L Freud (editores), Prvchoanalytú and Falth, Nova Iorque. Baaic Books, Inc.. 1963, O ponto aqui é se aa queixas e dores não medicinais dos consultantes alo t h t t n k m («eradai por outra) ou mtpfinkai (geradas por eles
Capítulo II O ESPllUTO SANTO E O ACONSELHAMENTO Aconselhar Faz Parte da Obra do Espírito O aconselhamento pertence ao ministério do Espírito Santo. Não te pode realizar aconselhamento eficaz i parte dEle. Ele é chamado Parácleto (1) (“Conselheiro”), que veio no lugar de Cristo para set outro Conselheiro (2) da mesma espécie que Cristo havia sido para os Seus 'discípulo s. (3) Os conselheiros não salvos não conhecem o Espírito Santo; por isso. ignoram Sua atividade aconselhadora e deixam de recorrer a Ele em busca de direção e poder. Para que o aconselhamento seja cristão é preciso ser levado a efeito em harmonia com a obra regeneradora e santificante do Espí rito. 0 Espírito Santo é chamado “Santo ” por causa de Sua natureza e de Sua obra. Toda santidade flui de Sua atividade nas vidas hu manas. Todos os traços da personalidade que poderiam ser exposto« diante dos consultantes como alvos fundamentais para o crescimento (amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio) Deus os apresenta como o “fru to” (isto é, o resultado da obra) do Espírito. Não sò é fútil tentar gerar estas quali dades independentemente dEle (como os conselheiros nSo cristãos e mesmo alguns enstãos tentam fazer), como também essa atitude <, no fundo, rebelião contra Deus, rebelião calcada nas pretensões humanísticas quanto ã autonomia do homem. Deixar de lado o Espírito equivale a negar a depravação humana e a afirmar a bondade inata do ser humano. Suprtme-«e a necessidade da graça e da obra expiatória de Cnsto. Em vez disto, deixa-se para o consultante nada mais do que uma casca de justiça legalista baseada nas obras, o que só pode levar, finalmente, ao desespero, visto que vem despida da vida e do poder do Espírito. Como Age o Espírito Santo no Aconselhamento? O Espírito Santo é a fonte de todas as mudanças genuínas de personalidade, mudanças essas que envolvem a santificação do (1) (2) O)
João 14.16,17. A palavra grega "alloi" «ignifica “outro da mtima espécie ”, Em Isaías 9.6. Cristo também é chamado “Conselheiro" Suas paiavr»», registrada* em Joio 14 (ver a nota anterior), raostnm que Be *e conudereva conselheiro de Seui discípulo*.
crente ( I ), tão certamen te com o é certo que só Ele é quem traz vida ao pecador esp iritualmente morto. É tem po de repetirem os min istros e outros conselheiros cristios a pergunta apostólica: "Quem vos fas cinou a vós outros. . . que, tendo começado no Espírito, estejais agora vos aperfeiçoando na carne? ” (2) Por que existem cristios sem paz, à procura de pessoas que nada sabem da “ paz de Deus que sobre puja todo o en tend im en to”? Como é cjue min istros en stão s remetem ggnle de suas igrejas, sofredora por falta cie domínio própno. a um psiquiatra que mmcja penie descobrir o segredo do Jotn?iuo próprio cm sua vida pessoaPT T x te riorme n t e. ele dá a ímpres sio de que é calmo T veguto, amadurecido, paciente e até suave. Poderá ser esta sua real condição intern a se ele náo conhece a Jesus Cristo? (3) Poderá ele ter esse fruto do Espirito sem contar com o Espírito? O Espírito Santo Emprega Meios Ordinariamente o Espírito Santo realiza Sua obra caracterológica na vida dos crentes através dos meios de graça. Ele emprega o minis tério da Palavra, os sacramentos, a oração e a comunhão do povo de Deus como os principais veículos pelos quais efetua essas mudanças. Como é que o aconselhamento isolado dos meios de graça pode esperar produzir as mudanças de efeito duradouro que só podem dax-se pelo crescimento na graça? Mais cedo ou mais tarde, quase todos os ministros conservadores sentem a inconsistência e a tensão desse problem a Mas o lemor e a in certeza (resultantes da propaganda relacionada com a saúde mental), a frustração (por não saber como lidar com problemas complexos), ou a simples aquiescência e transferência a outrem, como fácil expe diente, muitas vezes prevalecem. É (empo de reexaminar nossa posi ção de cristãos, sendo que o fator mais importante nesse reexame deve ser uma honesta consideração do lugar do Espírito Santo no aconse lhamento.
(I»
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Oe sctm en to ou c nos distancia do peca
e conclui: "pois isto vem do Senhor, que é o Espirito”. Gílau » 3.1,3. A_media de suicídio» ocorridos entre os poauytr aa e significativamente tttãi» altãHo que a de qualquer dc> outros Je ze w iCgrupoií'humanos especuilmcntc anol«deu peta Ajisociaçio_BfdTa TXrtvffncãru co m(Ttazc rTiío parle da profusão médita. Düïïêtin o f Sülcídotogy, dr/embro de I96ÏT Washington, Ü. S. CovemrjKrnt Printing llouie, pág. 5
A Ação do Espírito Santo é Soberana O Espírito Santo é uma Pessoa, c não mera força ou lei. Con quanto opere sempre de acordo e em completa harmonia com Sua vontade, como Ele no-la revelou na Escritura, Ele escolhe Seui tempos, meios e ocasiões para agir. Isso significa que o Espírito Santo age quando, onde e como quer. 0 Espírito Santo é Deus conosco. Tanto o» conselheiros como os consultantes devem respeitar a soberania do Espírito Santo. As expectativas dos consultantes e as promessas feitas pelos conselheiro» precisam, todas, ser cuidadosamente condicionadas po r essa importante dimensão da situação característica do aconselha mento. Esse fato não deve desencorajar o aconselhamento. Pelo con trário, deve animar o conselheiro, visto que ele sabe que sua obra, em liltima instância, não depende de sua própria capacidade. Mas a habilidade do conselheiro (decorrente de dons do Espí rito exercidos sob a vocação e a direção do Espírito), á semelhança do» dons do ministério para a pregação, deve ser matéria de zelo so cuidado para de. Ele nffo pode ser descuidado quanto ao modo como dá conselhos, na esperança de que o Espírito Santo faça Sua obra independentemente de como o conselheiro faz a sua. 0 Espírito Santo opera mormente em conexio com o exercido adequado dos dons por Ele dados (embora, naturalmente, não seja obrigado a agir assim). Isso é porque Ele preferiu operar por meio de agentes hu manos, fato que Ele demonstrou claramente ao dar os dons do minis tério i Sua igreja. ( I ) O _Espírito não distribui tolamente dons que não tenh a a intenção dc ut ilizar. Entlfo. ó~ uso da rnstrumentalidade humanã no aconselhamento não põe dc lado a obra do Espírito; ao contrário, constitui os meios principais e comuns pelos quais Ele age. Mas, como diz Paulo cm Gálatas 3, j atividade humana que não reco nhece e nem provenha do poder do Espírito Santo, é rebelde tentativa de lograr o Espírito e, portanto, é vazia de poder para efetuar aquilo que só pode ser produzido pelo Espírito. 0 Espírito Santo Age Mediante a Sua Palavra O Espirito Sanio requer que os conselheiros usem Sua Palavra, as Escrituras Sagradas. Veremos infra que Ele no-la deu para esse propósito (2 Timóteo 3.16). Sua obra de aconselhamento é realizada ordinariamente mediante o mimsténo da Palavra. Não é necessário reexaminar neste capitulo todo» os textos bíblicos pelos quais se verifica esta relação entre o Espírito e a Palavra, coisa que geralmente se pode ver nos manuais de teologia sistemática e em tratados especi ficamente vinculados ao ministério do Espirito Santo. Mas será neces-
«ário estudar as Escrituro para ver o que o Espirito Santo nos falou acerca do aconselhamento, pois este estudo nio tem sido feito de modo satisfatório. Contudo, ainda uma palavra deve ser dita sobre o uso que o Espi rito faz das Escrituras. Ser “guiados pelo Espirito” (Gálatas 5.18), por exemplo, deve-se entender nio como guiados â parte das Escrituras, mas. antes, por meio das Escrituras. (1) A palavra “guiados" nio te refere a sentimentos ou impulsos intemos, nem a visões ou reve lações extra-bíblicas. O ponto que é preciso estabelecer é que, uma vez que o Espírito Santo emprega Sua Polam como o meio principal pelo qual os cristfos podem crescer em santificação, o aconselhamento nio pode ser eficaz (no sentido bíblico do teimo) isolado das Escri turas. A realidade do Espírito Santo presente no aconselhamento im plica, po rtan to, na presença das Escrituras Sagradas tam bém . (2) Este relacionamento fundamental deveria ser, só por si, decisivo para qualquer cristio que medita na situaçio que caracteriza o aconselha mento. Aconselhamento feito sem as Escrituras só se pode esperar que será aconselhamento sem o Espírito Santo. Através deste livro serio feitas freqüentes referências específicas ao lugar do Espírito Santo no aconselhamento, mas onde quer que Sua obra nio seja mencionada pormenorizadamente ela é pressuposta. Desde que haverá, a cada passo, externa discussão da concreta metodo logia do aconselhamento, esta poderia talvez dominar certas partes do livro e dar a tmpressio de que o Espírito Santo foi suplantado pelas técnicas hum anas. Mas é precisam ente esta disjun cio que í falsa. Quando o E spírito Santo moveu-Se diretamente no coração dos crentes de Jerusalém, motivando-os, pelo amor. a reunirem os seus bens em benefício dos pobres, Sua aç io nio foi mais real do que quando Paulo organizou e dirigiu, com o mesmo fim, uma triunfante campanha de levantamento de fundo* em todo o mu ndo do Mediterrâneo A me to dologia e a técnica, a habilidade e o exercício dos dons sio conso antes com a obra do Espírito. O que faz a diferença é a atitud e e a (1)
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£ o Espírito Santo que ilumina oi crenlcj quando este» lêem a Bíblia. Em 1 Coríntioa 2, Paulo estabelece com ciareu que c m homens nio podem compreender » coisas de Deus, a nio icr mediante a açio do Espírito, Notenwe, por exemplo, os seguintes versículos: Romanos 15.13 e 15.«. "Esperança" e “consoiação“ sio mencionadas como igualmente provindas dai Escrituras e do Espírito Santo. (A palavra "consolação" - paradesu - pode tm traduzida por “conselho"). Ê óbvio que ambos o« ponto* lio verdadeiros, viato que o Espírito Santo ui> as Escriturai para comu nicar esperança.
motivação inte rior do indivíduo: age confiado a seus próprios esforços, na dependência de métodos e técnicas, ou reconhece sua incapacidade e roga ao E spírito q ue utilize os Seus dons e métod os? Os dons, a me todologia e a técnica podem, naturalmente, ser abusados; podem ser erguidos contra o Espírito e podem ser atados como substitutos de Sua obra. Mas também podem ser utilizadas em completa sujeição a Ele, para a glória de Deus c o benefício de Seus filhos. Davison aclara bem este ponto quando adverte contra a tentativa de atingir um alvo espiritual pela adoçáo dc híbitos, pela multiplicação de regras, e também pela observância de padrões externos, excelentes em si mes mos, mas úteis somente como meios subordinados ao Espírito. (1)
(!)
W. T. Davison, The Indwelling Spirit (O fcjpinto que Habits cm Nos), Nova lotquc, dod der and Stoughton. 1911, pigs. 16? e 16S.
Capítulo 111 QUE HÁ DE ERRADO COM OS DOENTES MENTAIS? O Caso de Leo Held O Time Magazine publicou, em narrativa a mais vívida, a estória da "Revolta de Leo Hd d” :( l) Não havia quase nada na vida de Leo Held que pudesse pressagiar seu fim. Held tinha 40 anos. Era calvo e corpulento: mèdía L83 m e pesava 91 kg. Trabalhava como técnico de labo ratório numa fábrica de celulose em Lockhaven, Pennsylvania. Fora membro de uma jun ta escolar, líder de escoteiros, secretário de uma brigada de bombeiros, freqüentador de igreja e pai amoroso. £ certo que ele. às vezes, discutia com seus vizinhos, dirigia o carro de forma demasiado agressiva na estrada cheia de aclives e declives, entre sua casa. em Loganton, e a fábrica, naquela regiSo de colinas, e is vezes se irritava com seu emprego, no qual estava havia 19 anos. Mas, para a maioria dos seus vi zinhos e colegas de serviço, ele era o tipo de cidadão responsável e respeitável. Essa imagem foi destroçada em uma hora de bem planejado derramamento de sangue na semana passada, quando Held resolveu armar a revolta de um homem contra o mundo que ele temia e contra o qual tinha rancor. Depois de despedir-se da sua esposa, que foi para o trabalho, e dos filhas, que foram para a escola, Held, perito atirador, armou-se com duas pistolas uma automática 45 e uma Smith and Wcston 38, e dirigiu sua caminhoneta até a fábrica. Estacionando cuidadosamente, tomou uma pistola em cada máo e avançou para dentro da indústria. E, com calculado frenesi, começou a nitrar, me tend o duas ou três balas emcada um dos seus companheiros, dando ao todo 30 tiro« ou mais. . , Uma força civil organizada is pressas encontrou-o barrando o caminho, armado e desafiador: “V enham1 Peguem-me! Nio quero mais saber de contas com eles!” . . . Os embaraçados oficiais perceberam uma tenue cadeia de lógica atras~3as ações 3cíê~ À senhora liam rompera o trato de pagar transpo rte a Held - o que fazia jun to com outros comp tnheiros quetxando-se do modo como ele díngja; muitas vítimas na fábrica de papel eram seus supenores (I)
3 dc novembro dc 1967.
ou tinham recebido promoção, enquanto que ele não. Held . . . já bngara por causa de fumaça proveniente de folhagem em chamas. A superfície apática de Held tinha encoberto tru culento ódio e ranco r. . . Outro viz inh o.. , íafou de uma briga por causa de uma árvore caída que o enraiveceu tanto qu e ele golpeou com um galho uma viúva de 71 anos de idade. Ela o levou às barras do tribunal, acusando-o de assalto e agressão, mas o magistrado rejeitou-lhe o caso e sustentou a contra-queixa feita por Held. Se o jurisconsulto “tivesse pensado com um po uco rruits de aten ção ", disse a sra. Km scly. e tivesse percebido que “ali estava um homem doente, e o tivesse mandado a um psiquiatra, esse acon tecimento poderia ter sido evitado” . A questão é: estava Held, dc fato, doe nte? Tinha razão a sra. Knisely? Qu erend o ou não, Time responde-nos essa questão. Sob a fotografia do assassino ferido e prostrado , vem es te /íibelõT ) “ Responsável, respeitável —c ressentido” . Time põe o dedo no ponto exato. Held não estava doente; estava ressentido. Contudo, é signifi cativo indício da quase total aceitação da propaganda da doença mental o fato de que o primeiro pensamento da sra. Knisely foi: “Ele estava doente e precisava de um psiquiatra". A verdadeira con dição de Held foi registrada há muito tempo, em Provérbios 26.23-25, passagem que descreve gente que "abriga cm seu coração invejas, res sentimentos e im ar jõ r. ro r bom tempoTlelcT pode encobrir o rancor com a brilhante capa da tranquilidade e da gentileza. Mas, finalmente, irrompeu o ressentimento. Considerem-se estas palavras: "Como o vaso de barro coberto dc escónas de prata, assim são os lábios amorosos e o coração maligno". Por fora, Held parecia respeitável; por fora, tinha a aparência de alguém responsável; mas, por dentro, seu coração fervia de ódio. Held falava “suavemente” à sua tropa de escoteiros. Na igreja, c como membro da brigada de bombeiros, ele desfilava com um halo dc respeitabilidade. Provérbios diz, porém: Aquele que aborrece \ dissimulaxcom os lábios, mas no íntimo encobre o engano; quando Te falar suavemente, não te fies nele, porque sete abominações há no seu coração. Essa passagem de Provérbios afirma que quando a ira, o ódio, o ressentimento e o amargor de espírito ficam retidos no íntimo, dão surgimento a meia dúzia doutros problemas: “Sete abominações há no seu coração”. Quando o ressentimento de Leo Held checou ao ponto de lfe rvutaT\cle tomou a decisão de matar todo aquele que, em seu juízo, o havia lesado. O citado texto de Provérbios conclui com a advertência de que, embora por certo tempo o ódio possa ser enco be rto, chegará o dia em que “se descobrirá na assembléia". Quer
dizer, todos os sentimentos e atitudes ocultos no interior virJo a ser revelados. Exatamente desse modo Held fez jorrar seu ódio para fora, numa dramática revelação pública daquilo que ele realmente era. 6 claro que nem todos manifestam precisamente do mesmo modo os seus ressentimentos íntimos. Doença Mental: Denominação Imprópria O caso de Leo Held ilustra por que em crescente núm ero as auto ridades começaram a opôr-se ao conceito de “doença mental" e à vigorosa campanha de promoção que tem sido levada a efeito sob esse nome enganoso. A verdade é que a expjc»3o "doença meaUl" é empregada de m aneira comp letamente [ambíg ua. Bockovcn. por exem plo, fyla do “ caráter Ind efin ível da doença men tal" (1) fiisfunçOcs orgânicas nocivas ao cérebro , causadas go r, lejôes cerebrais. tumores, herança genética, desordens glandulares t químicas, é válido que recebam o nome dê doenças mentais. Mas, ao mesmo tempo, numerosos outros problemas humanos tém sido classificados como doençai mentais, sendo que nada evidencia que tenham sido causados por qualq uer enfermidade ou doença. Como descrição de muitos desses problemas, a expressão “doenja menial" nfo passa de figura de linguagem, por sinal impró pria, na maioria dos casos. (2 ) ^ " para colocar a qúestSo em termos simples: lAs bs cn tu ra t falam claramente de problemas baseados em defeitos organícgs, bem como o» que brotam de condiria e atitudes' pecaminosas; mas onde, cm ioda a Palavra de Deus^ há sequet u m tr a jo dê alguma terceira fonte_de problemas auc pudesse aproximar-se 3o conceito mode m o de “doença mentaF17’ E evidente que a responsab ilidade de prova pesa sobre os que alto e bom som afirmam a existência de doença ou enfermidade mental, mas não logram demonstrá-la biblicamente. Enquanto não aparece essa demonstração, .o único curso seguro a seguir é declarar, seguindo a Bíblia, que a flénese desses problemas é dupla, n8o tríplice.
(1) (2)
J. S.inborn Bockoven, "Community hycln atr y, A Growing Source of Social Confusion" (Psiquiatria Comunitária, Fonte Crescente de Confusão Social). Psychiatry Digest, maço dc 1968, pág. 51. Verifique-« Thomas Stu z.T ht Myth o f Mental tllneu (O Mito da Doença Mental», Nova Iorque, Dell, 1960. Todavia, o pastor i convidado a tomar-« importante defensor da noção de saúde mental; é exortado a "ajudar tanto a família como a comunidade em geia! a aceitarem a- doença mental como doença mesmo, e nío como uma desonra". Archibald F. Ward e Granville L. Jones, Mmitterinx to Ftmü iet o f the Mentally 10 (Ministêno ài Famílias dos Mentalmente E.níem»o»), Nov* lorauc, The National Association for Mental Health, pág. 4.
Certa medida de confusão tem sido ocasionada pelo fato de que doenças físicas podem ter causas nio orgânicas. A ansiedade, por exemplo, pode provocar úlceras; o medo pode levar à paralisia. Estes males resultantes são comumeme chamados doenças psicossomáticas. As doenças psicossomáticas são problemas gcnuinamentefcsorftiticSr Í3S corpo) que constituem o resultado direto de alguma aifkuldàde psíq uica inte rna. Mas tem os que fazer distinção en tre doença causada pela tensão psicológica e doença como a causa da ten são psicológica. Gente com Problemas Pessoais Freqüentemente Usa Camuflagem Que há de errado, então , com os "me ntalm ente enfermos'"? Seu 2 £oblema_éfcjjtggfliijo: está neles mesmos. A inclinação fundamental da natu reza humana decaíd a ê a de manter-se longe de Deus. 0 homem nasce em pecado, desencaminha-se “ desde a sua concepção. . . profe rindo mentiras” (Salmo 583) e, naturalmente (por natureza), experi mentará vánas evasivas pecaminosas, tentando evitar encarar seu pe cado. Ele cairá em diversos tipos de pecado, segundo a duração dos sucessos ou fracassos das respostas pecaminosas específicas que ele dá aos problemas da vida. Exceto as dificuldades produzidas organica mente. os "mentalmente enfejTnós" são, na verdade, indivíduos"com problemas pessoais não resolvidos. fortalece-se cada vez mais aconvicçâo de que muita conduta excêntrica deve ser interp ietada como jcamuflagemj usada para distraii a atenção da conduta que dou tro m o d o scifa con£der»d ajn á. A ex plicaçâo de mu ita co ndut a usada como co be rtura ou camuflag em pode ser dada nestes termos: um compo rta men to excêntric o anterio r (quiçá num passado remoto) foi positivamente recompensado ao desviar a atenção para longe da má conduta de uma pessoa. (1) Por tanto, em sucessivas ocasiões o cliente voltou a tentar esconder-se atrás de ações excêntricas c viu que muitas vezes essa manha funcionava. Nos caso s em que isto aconteceu com suficien te frequênc ia, formou-se um padrão modelador desse tipo de ação. A conduta excêntrica tornou -se então o meto natural (habitual) ao qual o cliente recorre toda vez que peca. Contudo, embora esse comportamento muitas vezes alcance êxito no começo (freqüentemente o bastante para tomar-se um padrão modelador profundamente arraigado e, assim, o pnmeiro recurso quando o interessado age mal), não continua a funcionar bem como (1)
Comportamento extravagante dcvse tipo deve ter interpretado (como toda conduta pecamin ova) como produto de um coração enganou» (Jere mia. 17.9).
ao princípio. Quando sc pass# da Infância para a adolescência, por exemplo, é mais difícil ocultar-sc. Nessa altura, espera-se que a pessoa dê explicações racionais de sua conduta. Ao invés de mudai, o indi víduo dominado por esse hábito fará esforços para continuar recor rendo ao comportamento excêntrico como sua soluçío. Mas, fracassos repetidos em suas recentes tentativas o forçam a mudar cm alguma coisa. Todavia, mesmo entâo, o que ele modifica náo é a natureza dc sua reação, e. sim, a sua intensidade. Desse modo, a fim dc prosseguir acobertand o çoj duta suas ações vão-se"tor nan do cada vez mais exçjntrlcas. Se não se rompe o padrão, sua cond uta poderá- vir a to m a rí é ti o errada que a sociedade, afinal, o segregará, mantendo-o numa instituiçío. Dessa maneira, o comportamento pode tornar-se completamente inaceitável em brevíssimo (empo. Afinal de contas, o consultantc descobre que esse comporta mento, mesmo quando o ocul(a.Tivrando-se de ser desjjiascariJo, náo~ (cm verdadeir o, sucesso. Cresce nteme nte, conforme suas ações vão-se Tòmariilõ mais excêntricas, ele percebe que sua conduta tende a isolá-lo. Rompem-se os seus contactos sociais, e a sociedade da qual ele (anto necessita ífasta-se dele com o onde delãTTíle sabe que a sua vida é uma mentira. e ã sua consciência engatilha reações psicossomáticas dolorosas. Assim, por últim o, vem a ser uma pessoa deveras desgraçada, exter iormente isolada e jl ic ja di» das demais, c interiormente dividida cm pedaços. TEstêvioVera um rapaz que poderia estar na universidade - por sua idade — c que o presente escritor encontrou numa instituição dc saúde mental do Illinois. Os psiquiatras lhe haviam diagnosticado esquizofrenia catatõnica (esquizofrenia que evolui da melancolia à mania, e da mania à demência e ao depcrecimento físico.) Pratica mente náo falava; andava arrastando-se, como se estivesse sofrendo estupor. Ao sentar-se, ficava como que congelado em uma ou duas posições. De início, a comunicaçá o com Estêvão parecia impossível. Ele simplesmente se negava a responder a perguntas e a propostas verbais de qualquer natureza. Entretanto, os conselheiro» disseram a Estêvão que sabiam que ele compreendia muito bem o que sc pas sava, c que. embora de tiv es se feito outros,d c^bo b05 - aos psiquia tras, a seus pais e às auiondad£S_escoljwçs - a eles náo faria de bobos. Asseguraram-lhe que quanto mais depiessa começasse a comunicar-se, mais cedo poderia sair daquela instituição. EstévSo continuou calado, mas recebeu permissão para continuar fazendo parte do grupo, obser vando o aconselhamento ministrado a outras pessoas. Na semana se guinte, as armas foram voltadas para Estêvão, e por mais de uma hora os conselheiros trabalharam com ele. Estêvão começou a ceder. Suas réplicas hesitantes evidenciavam que ele compreendia tudo claramente.
Nio havia razão alguma paia pem at que ele se retirara da realidade. Assim que Estêvão sejpó sji responder. emergi ram osconto rnos jy ra it doãeu problema. Mas na terceira »emana ele se quebranlou intei ramente. Estêvão nio tinha nenhuma dcsorJcm mental. Nem qualquer problema emocional. Nada havia de defeito, nem na sua mente e nem nas suas emoções. Seu problema era auioitémco. O problema de Es têvão era difícil mas singelo, ou seja, nio era complexo. Ele nos contou que. porque estivera gastando todo o tempo como acessório de contraregra de uma peça teatral, em vez de dedicar-se aos estudas universi tários, estava a ponto de ser reprovado em todas as provas trimestrais. Isso significava que perderia o curso. Paiu não apresentar-se como fracassado diante dos pais e amigos, Estevão camuflou o problema verdadeiro. Começou a agir excentricamente e viu que isso despbtava todo mundo que era uma beleza. Pensaram que ele era vítima de estupor, estando fora de contacto com a realidade mentalmente enfermo. A verdade era que Estêvão estava-se escondendo detrás da más cara da doença de maneira muito parecida ao ginasi&no que se finge doente quando nio quer enfrentar um teste para o qual não está bem preparado. Estêvão já havia feito isso uma porção de vezes, mas nunca dc modo tão radical. Em certas ocaslóes ele se desligava de tudo, ficava tranqüilo e quieto, sendo cntfo difícil a comunicação com ele; outras vezes, saía pela rua e só voltava horas depois. Com o correr dos anos, Estêvão foi desenvolvendo um esquema de evasão ao qual recorria nas situações desagradáveis e de penosa tensão. Quando ocorreu a crise cm sua vida universitária ele recorreu naturalmente (habitualmente) àquele esquema. O problema de Estêvão não era mo léstia mental, e, sim, culpa, vergonha e medo. Falando com seus conselheiros, Estêvão percebeu que eles lhe pediam agora que tomasse a decisão básica que antes procurava evitar. Estêvão percebeu que havia soado a hora em que tinha que resolver se iria contar a verdade aos pais e amigos e deixar o sanatório, ou se iria continuar o blefe. Quando partimos, na quinta semana, Estêvão ainda estava lutando por essa decisão. Ele mesmo colocou a questão nestes termos: “Seria mdhor prosseguir deste modo pelo festo de minha vida, ou ir para casa e arcar com a responsabilidade? " Durante o processo de trabalhar com Estêvão, ficou patente que quanto mais os outros o tratavam como doente, mais culpado ele se sentia. E isso acontecia porque Estêvão sabia que estava mentindo. £ importante que os conselheiros tenham cm mente que sempre que oi clientes usam cãmuflagemTsempre que eles se ocultam para evitar que sejam descobertos, sempre que fingem estar enfermos quando nio estão, tratá-lo^ como a doentes s6 os torna piores. Agir como se
eles pudessem ier desculpados por sua condição é a coisa mais cruel que sc lhes pode fazer. Tal abordagem serve apenas para complicar o problema Quando Euéyáo (pi abordado por aqueles que o consideravam responsável, ele correspondeu. Pda primeira vez, desde seu Internamento, ele ganhou começou a Talar ac parte do pensamento contemporâneo, a atitude de não exercer julga mento nío é misericórdia. Considerar esses consultames como vitimas da sua consciência, em vez de seus violadores, considerar sua conduta como neutra ou como nio censurável, somente amplia sua mentira e aumenta sua carga de culpa Esse tipo de tratamento - expla nou Estevão - fora para ele uma consumada crueldade, porque gerou complexa angústia e afliçio mental. Nada o feria mais disse ele do que quando seus pais o visitavam e o tratavam bondosamente, como se ele fosse uma Inocente vitima das circunstâncias. ]~Mafia; (durante a primeira entrevista, te ntou camuflar-se para evitar que a apanhassem, exatamente como o fizera Estévio. Mas as técnicas desenvolvidas por ela através dos anos eram completamente diversas. 0 diagnóstico dado pelos psiquiatras era que Maria era maníaca-dcpressrvâ- Ao invés de emudecer. isgU üg j erguer u m ajupralha e desafiarão mundo i denubUa^ como o fizera EstivSo, aartimanfia 3c Mana era: ‘Tu inunctarei vocês còcn ljgrimas~ para quê vocês deixem de me aborrecer” . TIõ'logo*ós conselheiros começaram apór o dedo na verdadeira ferida da vida de Maria (que, como sc re velou, havia praticado adultério com o vizinho do lado), ela se pós a gemer, a pitar, a berrar com todos o* pulmões. Fora os soluços desarticulados, ela clamava: "Deixem-me sozinha: deixem-me!” Maria, no passado, se havia descartado com éxito de todas as tentativas feitas por seus pais e por outras pessoas para descobrirem as razões da sua angústia, mandando-os embora. Agora. Mana estava usando sua manha - provada e aprovada -.com qs copselhciryj. rnâiejtes nío sc deixaram confundir por essa reaçfo. &m vez disso, olharam diretamente nos olhos de_Maria e disseram; Ora, fique quieta! A menos que você pare com essa tolice e se dedique a cooperar, simplesmente nfo poderemos ajudá-la, Maria. Certamente uma moça como você nio há de querer passar o resto da vida neste sanatório. Sabemos que você tem problemas de verdade, c sabemos que há algo errado em sua vida. Agora, vamos tratar de falar sério.
de conselheiros passou a vassoura na camuflagem e seguiu um curso em linha reta e direta ao ^ccmc da qu çstío jC om isso, Maria desligou sua demonstração quase tâo automaticamente como se tivesse aper tado um intemiptor. fia contou a sua estória, estória tâo vergonhosa e tão difícil de contar que ela nio a contara a ninguém antes daquela oportunidade. Maria foi ajudada somente porque jc us conselheiros nla. fprajn abalados peíoj b etr o sj lágrimas dela Lidaram de modo próprio com o& sentimentos dela e exigiram mais tnformaçOes. Insistiram em tra balhar com dados. ( I >Para eles. pau era pau e pedra era pedra. Maria precisava aprender que seu habitual esquema de reaçSo era falaz e que teria dc abandoná-lo, se é que desejava ajuda. Concordando, Maria encontrou socorro na confissffo e na mudança. Com freqüência h i pessoas que vêm em busca ae acotueinamento pronta» para representar seus pequenos atos cênicos, para agir segundo o t »eus esquemas As mulheres trazem suas bolsas repleta* de lencinhos. Os homens vêm com os nervos por um fio, a ponto de eclodirem em cólera. Mas o conselheiro cristío considera esse modo de agir anômalo como uma oportunidade para prestar ajuda. Ele chama a atênçío" para o presente comportamento e defronta o consul tante, nio só acerca de seus outros problemas, como também sobre o próprio modo como ele está manejando a situaçSo do aconse lhamento. Quando levam um indivíduo a reconhecer esses esquemas de evasão, os conselheiros devem empenhar-se em corrigir tal conduta para o bem dele. Devem expor-lhe os princípios envolvidos, dar-lhe instrução sobre reaçGcs bíblicas, e ajudá-lo a entender como esses próprios esquemas de fuga desempenharam seu papel no processo em que ele se meteu em dificuldade. 0 conselheiro, entlo , nio está simplesmente cm busca de informação. Ê certo que ele requer infor mação. Mas nio é só a informação que ele avalia. Sua avaliaçio leva em conta as emoções e as açóes. A conduta global é do interesse do conselheiro. Chiando os sentimentos são usados como uma co bertura. o conselheiro tenta retificar essa conduta, bem como o com portamento problemático oculto sob a camuflagem. O homem integral, cm cada dimensão do seu problema, deve set auxiliado. A Homossexualidade Corresponde ao Padrão A homossexualidade constitui um exetnplo adicional que ie encaixa no quadro. Muitos casos de homossexualidade mostram seme( 1)
a icoria dc Rq*en i muitircimo Uetcuuoia ne»tc ponto, poli «c ocup» tnlemuncnlr do» lentunento». Vej» o cap. VI.
lhante esquema de desenvolvimento. O quadro é mais ou menos este: Cedo em sua vida (comumente durante o período da prc-adolescência), Francisco envolveu-se em atividades homossexuais. Antes dos treze anos, esse envolvimento ganhou alguma regularidade. O pecado sexual pode prim eiro haver começado por curiosidade, ou a fim de parecer “vivo”. No caso específico de Francisco, seu pecado tivera um prin cípio típico, quando um grupo de rapazelho* se reuniu num escon derijo ou num terreno baldio para formar um clube. Era tudo bas tante inocente, até que um deles deu a idéia de que só poderiam ser admitidos como sócios do clube os que estivessem disposto« a des pir-se. Qualquer que sc)a o rumo que os pormenores de uma estória específica possa Seguir, nlo há eyiáencta de que 5"pecado hom o sexual térifta resuItSHo d e Tátores genSficoa.f f y mas é, como no caso de Francisco, uma atividade aprenÜfi&T Muito antes de desenvolver-se um esquema fixo, c uma vez tomado um hábito, o homossexualismo toma-se um modo de vida. 0 hábito pode ficar tSo firmemente estabelecido que a homossexua lidade, a princípio, parece consistir num problema genético. Mas nio há razío para entender a homossexualidade como uma condiçSo genética, â luz das Escrituras, que dedaram que a prática homossexual é pecado. Isolados óbraU e Cristo era sua vfiJa pessoal, fòdõ Tõspecadorei torcem o sexo de um jeito ou de outro, este maravilhoso dom de Deus. Todavia, o estilo particular de pecado (quer homossexual, quer heterossexual em sua orientaçio). é um comportamento apren dido. 0 homossexualismo é a maneira pela qual alguns clientes ten taram resolver as dificuldades sexuais da adolescência e da vida pos terior. (2)
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Em Romano» 1.26, o apóstolo declara que o homossexualismo é pará pfiyiin ("oontn a natureza"), e no ven/culo 27 chama-lhc "erro”, Em toda a Escritura há somente uma solução dada por Deu» ao problema do desejo sexual: ”é melhor casar do que vim abrasado" (1 Corintio* 7.9). O casamento i i resposta de Deu» ã imoralidade; “por cauta da impurexa" (ou das imoralidades) “cada ura tenha a sua própria esposj e cada uma o seu próprio marido” (1 Corintios 7.2). O velho e peca minoso esquema tem que ser quehrado e substituído pelo novo e santa Oi alvo«, modos e meios fundamentais do aconselhamento a homos sexuais encontram-se em 1 Corintios 7. Vejam-se também Gênesis 19. 1-10; Levítico 18.22; J u í k s 19.22-26; 20,13; 1 Corintios 6.9; I Ti móteo 1.10. f. possível que em alguns caso« ai soluções homossexuais para os pro blemas ocasionados pelos impulsos sexuais na adolescência tenham sido procurados como soluções "seguras” que aliviam o» temores da gravidei presentes na atividade heterossexual ilícita.
Em geral, quem comete pecado homossexual desenvolve noção grosseiramente torcida do sexo e de outra* relações interpessoal*. Ele acha. por exemplo, que deve levar vida dupla. Desse modo, de carrega um pesado fardo de temor e culpa. A mentira faz parte do padrío homossexual. Quem quer que leve vida dupla geralmente vira um mentiroso astuto E dlficfliato acreditar no que diz, porquanto faz promessas que nfo cumpre. Para 01 conselheiros, isto t particular fonte de frustração, pois devem confrontá-lo também sobre padrOei de falsidade. As características dos homossexuais combinam-te plena mente com o que sabemos de outros comportamentos aprendido*. Mais adiante, quando discutirmos o* padrões da ira e do ressenti mento, então as mencionadas semelhanças poderio ier melhor obser vadas. Adrenocromo ou Esquizofrenia? E opinião esposada neste livro que a psiquiatria nfo posaui nenhum campo exclusivo que possi dizer que lhe pertença. (1) Phillips e Wiener têm razfo quando concluem: “O psiquiatra é apenaa um dentre os muitos modificadores de comportamento, e a pneoterapia é apenas um dentre os muitos métodos empregados para a mu dança do compoitamento". (2) O próprio Freud nfo se dispôs a afirmar que a psicanálise tem que ser efetuada por um médico. (3) Se o» cristãos que fazem aconselhamento como vocaçfo em regime de tempo integral preferem usar a palavra psiquiatra para descrever « a si mesmos, isto não é grande problema (embora talvez não seja atitude sábia), desde que não pretendam dominar um terreno que (1)
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Vide o artigo de John W. Werry. “Th* ftyc hutnjt and Society” (O Psiqui» I n c * Sociedade), em Dá-Corertr, vol. 5, n° 3, «g
pertence exclusivamente a pastores ou a médicos, (I) O pastor ou outro conselheiro cristão trabalha ornbro a ombro com o médico. Este dará imensa ajuda Aquele na triagem dos casos em que a deficiência tireóidea. o mixedema. ou algum o utro estado semelhante estejam na rei* da desordem. Há. por certo, unia faixa cinzenta por entremeio, onde nío se terá certeza sobre se o problema é oriundo de causas orgânicas ou inorgânicas. O material seguinte ilustra esse problema. £ possível que parte do comportamento excêntrico que se vê nas pessoas esquizofrênicas, assim chamadas, brote de razões orgânicas. Por exemplo. Osmond e Hoffer propuseram uma teona baseada na idéia de que cm certas pessoas a percepção sofre distorção causada por alguma disfunção química. (2) Quando se forma adrenocromo no corpo, imediatamente dá lugar a outros elementos químicos. Segundo Osmond e Offer, em algumas pessoas o adrenocromo conserva sua integridade muito tempo antes de dissolver-se. e isso ocasiona difi culdades na percepção Em outras, embora o adrenocro mo se desfaça em proporção normal, precipita formas químicas anômalas que também produzem dificuldades percepcionais. Por ambos os motivos, há quem experimente anormalidades químicas que resultam em distorções per cepcionais que, por seu turno, levam a um comportamento que os outros interpretam como excêntrico. De acordo com a teoria de Osmond-Hoffer, a raiz do problema nío esti na mente ou nas emoções das pessoas, nem o problema surge de co mportamento pecaminoso, mas envolve percepçio defeituosa (isto é, percepção quimicamente torcida) Muitos efeitos idênticos aos que marcam a experiência das vítimas de problemas com o adrenocromo são também relatados pelos que usam LSD, mescalina e outras drogas alucinógenas. SSo vários os modos de distorção percepcionai: As cores podem tornar-se demasiado brilha ntes ou demasiado opacas; as pa lavras de uma página podem começar a saltitar; livros deixados numa mesa podem parecer que voam; pode-se perder a noçío de profun didade; alimentos que normalmente não o têm. podem adquinr gosto excessivamente amargo, a audição pode aguçar-se tanto que os clientes (1)
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O pastor nio esti dirtiamentt interessado cm cákulot bdiirtc» ou cm apendicite. mas presta ajuda mesmo n tw i caios, poci ministra a Palavra de Dom aos que enfrentam operações, ao«
c tem que niporliir mo léstias prolongadas, etc. Vc)a-»c Abraham Hoffer e Humphrey Osmond, How to Uvr With Schizophrenia (Como Viver com a Esquizofrenia), Nora Iorque, Univer sity Books, 196A [^afortunadamente, Hoffer e Osmond miuiiém o nome de “esquizofrenia" para a sindiome do adrenocromo, o que «e presta piara aerar confusão.
chcgam a ouvir sons de duas ou três saias distantes. Assim i que. quando um cliente diz que anda ouvindo vozes, os psiquiatras dizem que se trata de alucinações. Contudo, riSo são alucinações coisa ne nhuma; são vozes reais. O único problema aí i que o cliente nio se dá conta de sua capacidade de ouvir vozes de tSo longe Quando livros parecem esvoaçar sobre a mesa. pode acontecer que ele faça rápidos movimentos defensivos com os braços. Se outros o vêem fazendo isso. acham excêntrico esse comportamento. Sc a teoria de Osmond-Hoffer merece algum crédito (o que amda nio foi demonstrado definitivamente), bom número dos que atualmente são chamados "esquizofrênicos" nio mau podem ser considerados "mentalmente enfermos" (como se estivessem fracos do juízo), mas devem ser redassificados como "percepcionalmcnie enfermos". (1) Se a percepção é que é o problema, nada há de errado com as reaçOes mentais àquilo que i percebido. Se um livro parece voar cm direção a você (como os seus sentidos erroneamente lhe fazem crer), o correto é que sua mente envie sinais aos braços para que lhe protejam a cabeça. Portanto, gestos à primeira vista excêntricos fazem sentido quando Interpretados como reação protetora. Se a defei tuosa noçáo de profundidade lhe diz erroneamente que alguém eslá prestes a colidir com você, entffo sua atitude certa será a de tirar repentinamente o corpo de lado. Em outras palavras, a mente do consultante não esti enferma; de está apenas vendo coisas erronea mente, e, portanto, reage do jeito menul certo iquüo que percebe erradamente. Em nossa opinião, a idêia de Osmond-Hoffer precisa de maior investigação, mas é excelente exemplo da espécie de expli cação que eventualmente poderá ser descoberta como aquilo que esti na raiz de alguns problemas. O H O. D. (Teste para Diagnóstico, elaborado por Hoffer•Osmond) é um tipo de ficha para teste - atualmente em forma de perguntas pela qual Hoffer e Osmond afirmam que podem dis tinguir entre os "esquizofrênicos", cujo problema é de base química, e os de outra natureza. Se se confirmar essa teoria. (2) o teste para
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Naturalmente, a percepçio envolve processe« montais e não há por que fazer moita distinção cn ttr aquela e cates Todavia, o Juízo n&i foi enfraquecido; o problema i que um bom juízo foi feito com base em diidoa faltos Não pretendo fazer aqui uma disjunção completa. Se padr&es de há bitos se desenvolveram medíanie uma percepção falha (canto a fuga do convívio social, a detcoRfUnça dos outro«, etc.). poderá haver grande necetaldade de aconselhamento, além do tratamento médico. Esae r um ponto que nio pode sei esquecido
diagnóstico terá útil instrumento que ajudará o conselheiro a deter minar quem precisa dos serviços médicos c quem precisa de aconselha mento. HofTer e Osmond elaboraram um teste de anütse urinária no qual. alegam eles, aparecem manchas malváceas na maioria dos casos em que há compitcaçOes do adrenocromo. HofTei e Osmond afirmam também que o tratamento com niacinamida em doses maciças apre senta bem alto índice de sucesso na cura de problemas de origem bioquímica do adrenocromo. Assim, seja o problema de natureza química ou moral, parece clara a resposta â pergunta que serve de título para este capítulo (Que hi de errado com os doentes mentais? ): Pode ser que haja várias coisas erradas com os “mentalmente enfermos'*, assim chamados, mas a causa que deve ser excluída, na maior parte dos casos, é doença mental. (1)
(1)
Isto é, com exceçio doa problemas com base orgânica, como in Icsôcs cerebrais, complicações tóxicas, obsiruçío arterial, e insanidade por Umnimiuão genética, que podem afetai o cérebro diretamente. Em cada caio. bem como nas deficiências relacionadas com o adrenocromo, o pa ciente é ainda responsável por lidar com seu obstáculo pessoal, em con formidade com a revelada vontade de Deus, na medida em que Isto lhe for possível.
Capítulo IV QUE £ ACONSELHAMENTO NOUTÊT1CO? Jesus Cristo esti no centro de todo genuíno aconselhamento cristão. Qualquer forma de aconselhamento que remova a Cristo dessa posição de centralidade deixa de ser cristã na proporção em que o faça. Obtemos conhecimento de Cristo e de Sua vontade em Sua Palavra. Portanto, voltemo-nos para a Escritura para descobnr as orientações que Cristo, o Rei e Cabeça da igreja, deu-nos, quanto ao aconselha mento dos que têm problemas pessoais. As Escrituras muito têm que diaer a respeito desse assunto. Talvez o melhor ponto de partida seja uma discussão em torno do que chamo “confrontação noutética”. As palavras nouthesia e nouthetéo são as formas nominal e verbal neotestamentárias das quais se origina o termo "noutético”. (No grego clássico ocorre nouthétesis). A consideraçffo da maior parte das passagens cm que ocorrem essas formas levará indutivamente à com preensão do significado de nouthétesis. Coafrontaçáo Noutética: Pda Igreja Toda Primeiramente, o que quer que seja a atividade noutética, é evi dente que o Novo Testamento presume que todos o« cristãos - e nio apenas o* ministro* do Evangelho - devem ocupar-se nela. Em Colo*senses 3.16, Paulo exorta: "Habite ricamente em vós a palavra de Cristo; instruí-vos" (por ora vamos simplesmente transliterar a palavra seguinte) "confrontando-vos uni aos outros nou tericamente", Segundo Paulo, todos os cristãos devem ensinar-se e confrontar-te mutuamente, de maneira noutética. Em apoio dessa proposiçio, Paulo escreveu também (em Romanos 15.14): "E certo estou, meus irmãos, sim, eu mesmo, a vosso res peito, dc que estais possuídos de bondade, cheios de todo o co nhecimento, aptos para ¥OS confrontardes uns aos outros nouteticamente". Tanto em Colossenses como em Romanos, pois, Paulo descreve o encontro dos cristãos em confrontação noutética como uma atividade normal da vida diária. Ele estava certo de que ot cristãos de Roma podiam agir assim, porque estavam cheio* de conhecimento e bondade. Essas qualidades aparelharam-nos para confrontar-se uns ao* outros nouteticamenie. Assim é que o primeiro fato fica patente: A atividade
noutética é uma obra da qual lodo o povo de Deus pode participar.
O sacerdócio de lodo* os crentes, doutrina bíblica tedescobcrta na Re forma, levou a chamar o ministro dc pastor poitorum (pastor dc pas tores). Todos os l rentes tem um nuntotétio paru todos os demais, o qual Paulo afirma que abrange aconselhamento, ou seja. confrontação noutéttaa.
E isso pelo espaço de três anos. Que fez ele durante esse período? Afirma ele: "Portanto, vigiai (a saber, como eu vigiei), lembrando-vos de que por três anos, noite e dta, não cessei dc confrontar noutettcamente, com lágrimas, a cada um” É importante notar primeiramente que a confrontação noutética tomou grande parte do tempo de Paulo, desde que ele a fez noite e dia por três anos. sem casar. Paulo de contínuo confrontava nouteticamentc as pessoas. Raramente imaginamos Paulo envolvido cm obra pastoral Sua imagem fundamental é a do missionário a cruzar vastos territórios e a singrar os mares. É comum pensar em seu notável ministério que espalhou a fé cristã por todo o oikoumine. (1) É claro que ele foi um missionário assim, mas onde quer que se demorasse durante certo período de tempo, Paulo se atirava à sólida obra pastoral necessária para a edificação das pessoas na fé. Diz ele que a atividade noutética era parte proeminente dessa obra. Essa é uma das razões por que suas cartas estffo salpicadas de nome de pessoas especificas, com as quais se envolvera mui tntimamente. Paulo nío se limitava a pregar nas praças, mas lidava com as pessoas como indivíduos, grupos e famílias; e as confrontava noutetkamente. Três Elementos da Confrontação Noutética £ Importante definir de modo preciso a confrontação noutética. Que significa a palavra nouthétesisl O termo contém mais dc um ele mento fundamental. Esta é uma das razões da dificuldade paia tradu zi-lo. As traduções tradicionais vacilam entre as palavras “adm oestar” , "exortar” e “ensinar". A. T. Robertson(em sua exposição da epístola ao« Colosscnses 1.28) verteu-o para “pór sen tido em". Existe a tra dução “aconselhar”. Não obstante, nenhum vocábulo em português comunica o pleno sentido da palavra nouthétnis Uma vez que se trata de um vocábulo nco de significação, sem equivalente exato em português, ele é transliterad o neste volume Provavelmente é impor tante continuar a translitcrá-lo. Visto que não existe equivalência em português, os conceitos Inerentes a essa paiavra talvez nao existam em nosso idioma. Talvez se devesse fazer uma tentativa para trans pla ntar o vocábulo grego para a língua portuguesa como um pnmelro passo no csfotço para estabelecer a noulhétesis como conceito e como prática.
(O
O mundo (la civilização Ercco-romanu. na área do mor Mrditrrrinco.
A confrontação noutética constste de pelo menos três elementos básicos. (1 ) A palavra é fre quen qu entem tem ente en te emprega emp regada da em con conjunç junçilo ilo com didásko (que significa •'ensinar”). Mas em Colossenses 3.16 e noutros trechos distingue-se daquela palavra. A confrontação noutética sempre envolve um problema c pressupõe um obstáculo, que tem que ser ven cido: algo vai mal na vida daquele que é confrontado. Qgmerjfiz: "Algum grau de oposição foi achado, e o aue se quer é subjugá-lo ou remq remqyiJ yiJ o . n io pela pela pu nid o. mas procurand procurandoo influenc influenciar iar o n o u s'1 s' 1. Í2) Didã Di dãiko iko nio envolve qualquer problema. Did D idài àiko ko simplesmente sugere sugere ■ comunicação comunicação de informe informess (ensino); tornar a informação conhe cida, clara, compreensívd c gravada na memória. A palavra didásko nio inclui coisa alguma que diga respeito ao ouvinte, mas se refere exclusivamente ás atividades do instrutor. A pessoa que está sendo ensinada pode estar ansiosa ou nio por receber a instrução. Pode gastar grandes somas de dinheiro ou percorrer longas distancias, com enorme sacrifício pessoal, a fim de poder receber a instrução; ou então pode po de reagir como co mo o típ ico ic o alu no recalc rec alcitra itrante nte.. Mas o vocá vo cábul buloo didásko nada diz a respeito disso (tanto num caso quanto no outro). Por outro lado, a palavra nouthélesis (que doravante aportuguesaremos para noutétese) focaliza aquele que faz a confrontação e aquele que a sofre. A noutétese pressupõe, especificamente, a necessidade de que se verifique mudança na pessoa confrontada, a qual pode opõr ou não alguma resistência. Num ou noutro caso, há algum problema em sua vida, problema esse que requer solução. Por conseguinte, a confrontação noutética sugere, necessariamente, antes de tudo, que hi algo de errado com o indivíduo que precisa ser nouteticamente confrontado. A idéia de alguma coisa errada, algum pecado, alguma obstrução, algum problema, alguma dificuldade, alguma necessidade que precise ser reconhecida e tratada, é uma idéia fundamental. Em sumo. a confrontação noutética póe ern relevo uma condição no coosultante que faz Deus querer que ele passe por uma transformação. Daí, o propósito básico da confrontação noutética, que é o de efetuar mudança de conduta e de personalidade
(ll
(2)
Para Para uma uma bo» divcuuio divc uuio »obre »obre o termo, vide Bchra, Bchra, no Kittel't Kitt el't Theo logica logicall Dictionary o f the New Testament, vol. IV, Grand Rapids, William B. Eerdma Eer dmanj, nj, 1967, págs. págs. 1019-1022, 1019-1 022, Também Hermann Cremer, Bibt Cremer, Bibtico ico-Theoiogtc Theoiogtcai ai Lexicon o f New Testament Test ament Creek . Edinburgh, T. and T. Clark, 1895, p«p.. 441, 442. Cremer, op. c it . pág pág.. 441 (nous quer dii*r “mente”),
O segundo elemento inerente ao conceito de confrontação noutética é que os problemas são resolvidos nouteticamenlc por meios verbais. Diz Trench: f. o treinamento mediante a palavra —mediante a palavra de encorajamento, quando isso basta, mas também pela palavra de admoestadto. de reprovação, de censura, quando estas se fazem necessárias; em contraste com o treinamento por meio de atos e de disciplina, que é paideia. . O traço diuiotivo da nouúieua é o treinamento via oral Para argumentar. Trench cita o uso que Plutarco faz de likoi lógoi (palavras noutéticas), e piossegue: “Nouthelein tinha, muitas vezes, senão todas, o sentido de admoestar com censura".
Finalmente, ele diz que a idéia de repreensão é afirmada pela derivação “de nous e tithemT, que indicara que "o que quet que seja necessário para garantir que a adver tência seja levada para casa, ou fique gravada gravada no coração, coração, está incluído na palavra”. (1) Assim, ao conceito de noutétese deve-se acrescentar a dimensão adicional da con confron frontaçã taçãoo verbal pessoa pessoa a pessoa A noutétese pres supõe uma confrontação do tipo de aconselhamento cujo objetivo é realizar mudança de comportamento e de caráter no cliente. Em si mesma, a palavra nem inclui nem exclui uma situação de aconselha mento formal. Ela é suficientemente ampla para abranger a confron tação formal e a informal. No seu uso bíblico, a confrontação noptélic* vis» vis» a pôr pô r cm o rdem o indivíduo indivíd uo median m ediante te a mudança mud ança de sem csqucmas de conduta, de^ modo que estes se enquadrem nospadrfles bíblicos. bíb licos. (2) (2 ) r — *—
(t ) (2)
R. C. Trench. Trench. Synnnymt of lhe New Tesiamenl, Grand Rapids, W. a Eerdmam, 1948. pags. 112-114. A mudança mudança da personalidade, wpinilo wpin ilo a hu hunt ntur ura, a, envo envolve lve confmão, confm ão, arrependimento e o desenvolvimento de nuvot padrões, bíblico«. Nada d mo e considerado c onsiderado em perspectiva perspectiva legalistalegalista- Ao contrário, contrári o, tudo deve sei entendido entend ido como obra do Esptnto Esptn to Santo A confrontação confrontaçã o rvnutética rvnutética abrange o ministério verbal da Palavra. Tudo o que constitui c«e minlv terio é tomado eficaz pelo Espirito Santo, e somente por Ele.
Exemplos bíblicos específicos dessa atividade noutéttca podem-se ver nas confrontações de Natã com Davi. depois do pecado que este com eteu qu quan an to a Urias e Bate-Seba (2 Samuel 11), e de de Jesus com Pedro, na restauração deste depois da ressurreição de Cristo (JoSo 21). Na censuráve censu rávell cond co nd uta ut a de Eli, registrad regis tradaa em I Sam uel 3.1 3, vemos um caso de fracasso, justamente pela negligência na confron tação noutética: “Tu lhe dirás que executarei justiça sobre a sua família para par a semp se mp re, porqu po rqu e ele sabia que seus filhos filh os estavam esta vam traze tra zend ndoo maldição sobre si mesmos e ele deixou de discipliná-los". (Berkeley Transi a tion). Na Setua Se tua gm ta (versão (ver são grega do Velho Ve lho T esta es tam m en to), to ), a palavra “disciplinar” , aqui, é a forma verbal emnitheteL Q pecado de_£li foi deixai de confrontar KttsJUhos nouteticamente. CJc_Jcixou dejjlju com a urgência suficiente, com o rigor suficiente, e com a seriedade suficiente, para produzir genuínas mudanças neles. Em I Samuel 2.52 e~ss., há, de fato, o registro de uma última tentativa, fraca e fútil, feita mui tardiamente: “Era, porém, Eli já muito velho, c ouvia tudo quanto seus fdhos faziam a todo o Israel, e de como se deitavam com as mulheres que serviam à porta da tenda da congregação. E dtsse-lhes: Por que fazeis tais cousas? pois tod o este povo ouve constantemente falar do vosso mau procedimento. Não, filhos meus, porque não é boa fama esta que ouço; estais fa zendo transgredir o povo do Senhor. Pecando o homem contra o próximo. Deus lhe será o árbitro; pecando, porém, contra o Senhor, quem Intercederá por ele? ele? En tretan to, não ouviram ouviram a voz de seu pai, porque o Senhor os queria matar" A palavra “ disciplinar” (I Samuel 3.13), na Tra duç dução ão de de Ber Ber-kclcy (a “Amplified” e a R. S. V. trazem “restrain", que quer dizer “re frear” ; a Edição Revista Revista e Atualizad a no Brasil Brasil usa a palavra “re pree pr ee nd er") er "),, não nã o é tão boa tra duçã du çãoo com co m o o seria, talvez, talve z, trans tra nslite literar rar o enoúrherei da Sctuaginta Sctuaginta por "confrontar nouteticame nte” ou “aconselhar nouteticamente”. Aplicando isso á Tradução de Berkeley, a frase final ficaria: "deixou de confrontá-los nouteticamente” ou “deixou de aconselhá-los nouteticamente”. A palavra hebraica significa "enfraquecer”, e parece conter a idéia de cominar as atividades peca minosas de outrem. Ê assaz interessante notar que em I Samuel 2.23 Eli diz: “ouço constantemente falar do vosso mau procedimento**. Ele descreve a conduta dos seus filhos como sendo “mau procedimento”, isto é,
literalmente, “coisas pecaminosas”
por po r ele - que qu e eram pecad pec adore ores. s. Sua tarefa tar efa cons co nsisti istiaa em detê-lo det ê-lo s. Tão grande ênfase dada ao “ por q ue’’ ue’’ ” po3c revelar revelar um esfo rço por encontrar razões exaustivas para excusar uma conduta que, doutra forma , seria desen ta com o pecaminosa. Eli Eli deixado de con frontar nouteticamente a seus filhos no passado porque estiverasempre empen hado cm achar desculpas para a mi co nd uta delesl delesl (1) Em vez vez disso.' Éli teria agTdo melhor se tivesse salientado a expressão “o que”. Se ele tivesse comparado o comportamento deles com os padrões de Deus, talvez pudesse ter prestado ajuda a seus rapazes. Os métodos comuns de aconselhamento recomendam longas e freqüentes excursões retrospectivas rumo às confusões dos porq po rquê uêss e pam-quês da conduta. Em vez disso, o aconselhamento noutético aplica-se intensamente .à discussão de o que. Ttxju
f. passível passível que i expressão "por qu e? " seja seja emptegada apenas apenas retóricaretóricamcnle nota passagem, como o i em outros lugares onde se vê que nio significa a procura de informação propriamente dita (vide Genes» 4,6). Mas, em lodo caso, o pomo em questão é que os cnitios não têm de estar fazendo perguntas; eles já vabcm porque a natureza humana decaída age pecaminosamente. Deus já revelou claramente por que acontecem os atos pecaminosos. Esse conhecimento justifica a confrontação nou-
télica.
Gasta-se muito tempo perguntando poi que. (1) A pergu per gunta nta:: “Por que? ” , pode levar levar especulação e à transfe rência da oensura; “O que? que? ” , le v aT so iü çi o dos problemas problemas “D que é quê quê voce voce~ã ~ãn3 n3
Lsta é um» razio por que se pode falar dc aconselhamento noutético cm termot de icmanas, c nâo dc metes ou anos (como na maior parle os psiquiatras li o compelido» compelido» a faiar).
à iri" . Mesmo nas mais graves circunstâncias, um c ristio desgo vernado deve ser "confrontado noutcticamente como irmão" (2 Tessalomcennej 3.15). _______ Assim, pois.V ' terceiro«elemento presente na confion tacão nou [ética implica cm muda; auuilo que, cm sua vida. fere o consultante A mela deve' set a dc~ênfrcntâr diretamente"os obstáculos e venceTos verbalmente, nio com o fim de puni-lo, ma», sim. de ajudá-lo. Cremer escreve: “ Sua idéia fundamental es ti na seriedade bem intencionada com que se trata de influenciar a mente e a disposição de outrem mediante advertência, admoestação, exortação, com vistas a seu rea justa men to conforme as circunstâncias” (1) A idéia de castigo, mesmo a de castigo disciplinar, não é contemplada no conceito de confron tação noutética. (2) A noutétese é motivada pelo amor e profundo interesse, sendo que os clientes são aconselhados e corrigidos por meios verbais, para seu bem. Naturalmente, o objetivo último é que Deus seja glorificado. (3) Como sc vé nas palavras de Paulo, registradas em Coiossenses 1.28. todo homem deve scr confrontado nouteticamente a fim de que todo homem seja apresentado a Cristo como completo e maduro. Aí estão, pois, os três conceitos básicos presentes na palavra noutétese. A Noutétese e o P ropósito da Escritura A noutétese harmonua-sc plenamente com o que Paulo diz em várias passagens sobre o propósito e o uso da Escritura. Em 2 Ti móteo 3.16, escreve ele: Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça. (1)
(2)
(3)
Op. cít-, pág. 442. í claro que i pumçio disciplinar i ensinada de começo i fim
tura; vide Trench, op. elt., vobrt paldeía. Dii de que os cristãos, havendo aprendido as lições do tivio de l*rovérb«os. acrescentaram uma Idéia à pa lavra pega paid?ta (‘‘educação"), de modo que no N. T. ela veio a signi ficar educação que "inclui e envolve castigo" (págs. I l l , 112). A disci pjina, na Encrilurm. tamhcm é vista como benéfica. Em Efeiios 6.4 oi pan «io concitados i não provocarem os sesis filho» à ira íparorgfzete, palavra que também ocorrr em 4.26), mas a criá-los na poldeia e nouthesfa pró prias do Senhor (amhat as palavras aparecem Junlas). Veja-se especialmente 1 Tcssalonicense» 2.7,8. para mais ampla expla nação da maneira como Paulo entende o amoroso envolvimento paterno. 0 amor materno, pelo qual a mãe se dá a seu filho, é proeminente
Paulo fala de confrontar todo homem nouteticamente para que todo homem seja apresentado perfeito em Cristo. Poder-se-ia dizer que as próprias Escrituras são nouteticamente orientadas. Em 2 Timóteo, Paulo mostra que as Escrituras são úteis para aperfeiçoar o homem de Deus, mediante o que se pode denominar meios noutétícos: ensino, reprovação, correção e treinamento (educação). Portanto, as Escrituras sío úteis para os propósitos noutétícos de reprovar, ensinar, corrigir e treinar o* homens na justiça. Porque esta é a passagem clássica concernente á inspiração das Escrituras, seu propósito primordial é freqüentemente deixado de lado. Paulo estava preocupado em discutir não só a inspiração, mas, principalmente, o propósito das Escrituras. Argumenta que, visto que as Escrituras foram inspiradas pot Deus (isto 6. resultaram do sopro de Deus), sio úteis para os fins noutétícos. No qu arto ca pítu lo Paulo co ntinua a disc ussã o Baseado em suas conclusões, registradas no terceiro capítulo, Paulo exorta a Timóteo a usar as Escrituras concretamente, de acordo com os propósitos noutcticos que elas tem. Escreve ele: Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, cor rige, repreende, exorta cont toda a longanimidade e doutrina (2 Timóteo 4.2). Timóteo só poderia cumprir aquele mandado empregando noute ticamente as Escrituras. Portanto, a confrontação noutética tem que set confrontação com os princípios e práticas das Escrituras. As palavras de Paulo em Colossenses e 2 Timóteo pertencem i mesma esfera. Em ambas as passagens Paulo pensa em antepor a Palavra de Deus á vida dos leitores, a fim de pôr às claras os padrfies pecaminosos, corrigir os erTos e estabelecer nova maneira de viver, aprovada po* Deus. Visto que o vocíbulo noutético abrange todas essas idéias, parece ser um elemento modific ador adequado para o "aconselh a mento". (1) Envolvimento Noutético Retornando ao capitulo 20 de Atos. notemos o comentário que Paulo faz do pastoreio noutético exercido "com lágrimas”. Hoje (1)
Não faço unta questão do rótulo "noutético" além de suas vantagem óbvias. Contudo, desde que toda escola de pensamento há de «er eventu almente identificada por um adjetivo, prefiro e*colhe-to eu mesmo. Todavia, a importância da palavra, em que descreve uma attvidade central e reguladora envolvida no ministério da Palavra, não deve ser esquecida. Em última analise, isso é que importa.
em dia raramente sucede que o» conselheiros chorem durante as sessões de aconselhamento, embora vez por outra os conselheiras achem impossível evitar as lágrimas. Mas provavelmente nlohá neces sidade de chorar como Paulo o fez. A moderna cultura americana é diferente. Paulo vivia numa sociedade que estimulava o povo a ex pressar livremente suas emoções. Até mui rec entemente, nossa cultura considerava tabu a livre expressão emocional. (I) Quando um hebreu ficava aborrecido, em geral rasgava sua túnica 10 meio e lançava cinzas sobre sua cabeça. (2) Para o americano moderno (e talvez para a maioria dos brasileiros) isso é "perder a calma". Na maior parte, os americanos "não choram nem gemem nem rangem os dente s", a des peito de quaisquer tribu laçõ es. Se esta suptessão das reações emo tivas é boa ou mi. é outra estória. Mas as lágrimas de Paulo revelam claram ente um fato ele se deixava envolvei profundamente nos problemas de «ua gente. O envolvimento pode diferir não só em inte n sidade. mas também cm qualidade. As lágrimas mostram que o envol vimento de Paulo era total, tanto cm intensidade como em qualidade. Aos Corintios Paulo escreve: Quem enfraquece, que também eu não enfraqueça? Quem se escandaliza (ou tropeç a), que eu não ine inflame? (2 Coríntios 11.29). Em sua terceira carta. João também dá evidência de envolvi mento noutético: Não ten ho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade (3 João 4). (3) Então, o aconselhamento noutético encarna, necessariamente, a mais profunda espécie de envolvimento. Há uma prevalecente idéia de aconselhamento que diz: “Não se envolva demais com o seu cliente”. Segundo essa opinião, a imagem do conselheiro ideal é a de um profissional estoicamente clínico que 11)
(2) (3)
A coisa esti mudando. A popularidade da palavra ‘‘demonstrar" (e as ati vidades para descrever as quais ela é empregada) aponta para o que parece ser uma radical mudança de ponlo-de^viita. £ provável que a próxima geração seja bem mal* "demomtratrva" do que o foram as gerações passadav Resta verificar se a demonstração externa é de fato expressão de profunda emoção interior (“alma", seria chamada no presente), ou se não passa de mero costumo fugai. Vide Lamentaçft» 2.10. Vide também I Tcssalomccnses 2.7,8, mpra; Gálatai 4.19; Filipenses 1.7,8.
adota atitude estéril e hospitalar. ( ' ) À semelhança da ética do mé dico i beira da cam a, pensa-se às vezes que o conselh eiro precisa assumir ares hospitalares á beira do sofá do cliente. Ainda quando possa estar sentindo forte em pa tia no fu nd o, idealmente não deve reagit de modo que se manifestem os seus verdadeiros sentimentos. Nunca deve parecer chocado . Deve man ter sempre um a po stu ra neutra e nío arbitrai, sem importar se o que o cliente revela for bom ou mau. Sua posição é neutra. Ele nunca deve expressar seus sentimentos nem seu ponto de vista pessoal sobre o assunto. Enquanto que o consul tante deve estar inteiramente aberto, o conselheiro jamais deve ser conhecido em sua personalidade total. Vé-se aí um pa drão d uplo. Qualquer idéia de que essa neutralidade é possível tem que ser descartada. Voltaremos a essa matéria mais tarde. Talvez baste anotar aqui que o aconselhamento bíblico freqüentemente é tão excitante que os conselheiros noutéticoa chegam a levantar-se. a andar à volta da sala, a gritar, a rir com espalhafato e, ocasionalmente, chegam até a derramar lágrimas Amor é o AJvo Quais as metas do aconselhamento noutético? Em 1 Timóteo l.S, Paulo coloca assim o tema: Ora, o intuito da presente admoestação visa o amor que pro cede de coraçlo puro e de consciência boa e de fé sem hipocrisia. A palavra “autorizada” poderia ser acrescentada a essa tradução: “Ora, o intuito da presente admoestaçio (ou instruçáo) autorizada visa o amor". A palavra original (parvngelia) inclui mais do que sim plesmente admo estação ou instr ução: é a instrução imposta com autoridade. Pressupõe-se a autoridade de Deus. O propósito da pre gação e do aconselhamento é alimentar o amor a Deus e o amor ao próximo, como Deus manda. Jesus resumiu em termos de amor a guarda de toda a lei. Qualquer noção de autoridade como aposta ao amor é contrária às Escrituras. (1)
Fneda From m-Rdchnunn escreve: “Freud ensinava que. idealmente, o analista, tanto quanto punível, deve »cr como papel cm branco para o paciente”. Vide “Àdvances in analytic-Therapy". Inlerptnonal Relatiam (“Avanço* na Terapêutica Analítica", Relações Interpessoais), Nova icrq w , Sckncc Houte, 1967, pág. 125. Laurence Le Shan concorda com Bio: “Uma pedra angular da terapta i que a personalidade do tera peuta deve aparecer no quadro tão pouco quanto for possível, Esta po sição sustenta que cie deve ser como um 'espelho nu', essencialmente "silencioso* quanto ã expressão do ser humano" (op. cit., págs. 434-463).
Contudo, saber amar é precisamente o problema humano. Com o é que o homem pecado r pode amar? Desde a queda, em que o pecado de Adio levou a uma consciência culposa, i hipocrisia e à dúvida, é impossível aos homens naturais man terem pur o o coraÇfo. boa a consciência e sincera a fé . Todos nascem com uma natureza pecaminosa e pervertida, que vicia qualquer possibilidade desse tipo. Não obsta nte, o amor depende precisamente dessas qualidades. Por isso é que Paulo condiciona o amor à soluçio desses problemas. (Nota•se esta expressSo: “o amor que procede de"). A instrução autorizada que Deus dá através do ministério de Sua Palavra, pronunciada publi camente (do púlpito) ou cm particular (no aconselhamento) é o meio pelo qual o Espírito Santo produz amor no coraçSo do crente. O supremo propósito da prédica e do aconselhamento é a glória de Deus. Mas o lado de baixo desse esplêndido arco-íris é o amor. Uma simples e bíblica definição do amor é: 0 cum primento dos man damentos de Deus. Amor é manter relações responsáveis com Deus e com o próximo. O amor é um relacionamento condicionado^gela responsabilidade, isto é, observância 'responsável aos mandam enfof 3e Deus. A obra de pregação e aconselhamento, quando abençoada pelo Espírito Santo, capacita os homens, mediante o Evangelho e a Palavra santifleanie de Deus. a se tomarem puros de coraçáo, a terem a consciência revestida de paz, c a confiarem sinceramente em Deus. Desta maneira, a meta do aconselhamento noutético é ex po sto com clareza nas Escritu rai: levar os homens a amorosa confor midade com a lei de Deus. Aconselhamento com Autoridade — Mas é bom observar que o aconselhamento cristio envolve o uso de instroçío autorizada. “A instruçJo autorizada" requer o emprego de técnicas diretivas, noutéticas. A técnica e toda metodologia devem desenvolver-se do propósito e do conteúdo, e *er-lhes apropriadas. O fim nSo justifica os meios; antes, iegula os meios. O amor brotará quando os conselheiros focalizarem sua atençSo cm purificar o coraçSo. em tomar transparente a consciência e em edificar a confiança ge nuína. O aconselhamento procurará inverter aqueles padrões pecami nosos que começaram no jardim do Éden Quan do o homem desobe deceu a Deus, sua consciência foi despertada, e, cheio de medo, Fugiu, cobriu-se e tentou esconder-se de Deus. Confrontado por Deus, percebendo que nio teria éx ito cm evitá-L o, lançou mão da tran sfe rência de culpa c de excusas. Em oposição a fugir e ocultar-se, o aconse lhamento noutético frisa o voltar-se para Deus com arrependimento. O aconselhamento noutético advoga que o homem, ao invés de descul par-se ou a pôr a culpa em outro*, assuma a responsabilidade e a culpa
que se declaic réu convicto, que confesse o pecado, e que procure o perdão em Cristo. Ao lidar com Adão e Eva, Deus literalmente não lhes permitiu que fugissem das conseqüências do que tinham feito. Adio tentou uma escapada para o meio do bosque. Deus, porém, confrontou-o noutéticamente, com a intenção de transformá-lo medi ante palavras. A* relações entre Deus e Adio havuun sido estabelecidas com base na Palavra de Deus, foram rompidas pelo desafio feito por Satanis àquela Palavra, e foram restabelecidas pela Palavra de Deus. Deus obteve dele uma confissão. Ele o interrogou até conseguir dele respostas satisfatórias. Deus deu-lhe esperança e lhe prometeu salvação em Cristo. Os mesmos métodos noutéticos foram usados quando Deus, por me io de Natã, co nfron tou a Davi. e qu ando Deus, em Cristo , confrontou a Pedro depois de sua negação. Cristo não Se escondeu no iatdim nem fugiu da cruz; pelo contrário, nuã c abertamente expôs-Se ao encontro ~3Írgto com o Deus d* ira. Nlfo cTiunõu por misencórdia naquela hora, nern Se pós a~ãpregentar excusas. São tentou çobrir-Se ou proteger-Se, mas antest suportou o golpe lotaJ da ira de Deu> em lugar dos pecadores culpados. O aconselhamento noutético apóia-sc na dinâmica da redenção, e a reflete em cada um dos seus itens. Portanto, seu poder (como também sua temível responsa bilidade) brota do fato de que a co nfrontaç ão no utética necessaria mente utiliza a plena autoridade de Deus. Fracasso na Confrontação Noutética Eis um a perg unta válida: "Vo cê já falhou alguma vez? ** Stm, os conselheiros noutéticos têm seus fracassos. Entretanto, desde o prin cípio do aconselhamento noutético, os fracassos têm sido relativamente infrequentes. O mau êxito é geralmente complexo e, portanto, difícil de analisar Qu ando um conselhe iro não consegue realizar bem a sua tarefa (como, por exemplo, quando deixa de trazer á luz algum dos fatores envolvidos no problema do consultante), outros elementos de falha também podem estar presentes, razão por que pode ser difícil saber com precisão de que mo do oco rreu o fracasso. Quando o aconselhamento não dá certo, os conselheiros devem primeiro perguntar: ‘’Quem falh ou? ” Houve falha, é evidente, mas quem falhou - o conselheiro ou o cliente? tj/n ^ucas IK IH-W |yi a narratiya de um aconselhamento frustrado, mas é claro que por culpa „do consultante. não do conselheiro,, porquanto o conselheiro era .Cristo. 0 jovem e rico aristocrata falhou . Falhou qua ndo Jesus o con frontou nouteticamente e pôs o dedo na dolorosa mancha de sua vida. Çristojmgenu-lhe acão oue daria evidência à sinceridade do seu desejo de servir e amar a Deus. Mas a reação do poderoso cidadão demonstrou
que seu decantado apego aos mandamento* era superficial. As Escri turas dizem que ele "se retirou triste" porque possuía muitos bens. O fracasso, nesse caso, com o no caso da multidão que seguta a Cristo e depois deixou de acompanhá-lxi, é fracasso da pessoa interessada. Os conselheiros noutéticos devem ter consciência de que o fracasso pode não ser por culpa deles. Haverá ocasiões em que os clientes interpretarão derrotas como vitórias. Às vezes, por exemplo, querem arranjar-se com alguma coisa menor do que a total reorientaçio de sua vida. Frequentemente se con tentam com soluções para problemas Imediatos. Desejam procurar auxílio para resolver um problema de falta de habilidade ou de reali zação, em vez de se aprofundarem para a erradicação do problema que os precondicionou, do qual o problema de realtzaçio não passa de mero exemplo isolado. (1) Esses encerramentos prematuros do aconselhamento devem ser considerados fracassos, ainda quando os clientes não pensem assim. Assim é que é difícil a questão do* fracassos. O fracasso deve ser visto de vários ângulos. Os conselheiros sabem que falham porque sfio pecadores e porque as pessoas com as quais eles trabalham sio pecadoras também. Se há uma parte segura do aconselhamento é o fra casso. e todo conaJhcírõ~que~Tf5tSafhe com outras pessoas esti^fadado j Ter fracassos. ContuSõj não há por que haja incidência cíê fracassos semelhantes à que ocorre no aconselhamento ou psicoterapta mantida por longos meses ou anos sem que se verifique mudança para melh or, ou com mudança para uma condição ptot. Em comparação com isso, o* conselheiros noutéticos se arrogam alto nível de sucesso. A questão do fracasso implica necessariamente na discussão do sucesso. Em que consiste o sucesso noutético? mais completo, ter sucesso é obter a mudança bíblica desejada,junta mente com a coin p n ^ n a n .^ a parte do consultante. oe como se efetuou essa mudança, como evitar futura recaída em padrões peca minosos semelhantes, e que deverá fazer caso isso lhe aconteça. A obtenção de apenas parte dessas metas deve ser considerada pelo conselheiro como sucesso parcial, somente. AJgumas Razões de Fracasso Quando falha o aconselhamento noutético, por quais razões terá acontecido isso? Primeiro, é bom considerai as falhas peculiares aos conselheiros. Provavelmente, s pnnctpal razão pela qual_folham
(II
tile» termo* « rio dttcultdos infra, págs 146 e ss.
üxn cliente conta ufnllifóriadigna dè HHT o conselheiro lofre a ten tação dc achar que, de falo, st (rata de um caso especial. Se o conse lheiro acaba concordando que sob aquelas circunstâncias o cliente não era responsável por suas ações, fica bem pouca coisa que o conse lheiro possa ainda fazer. O próprio conselheiro colocou-se numa posição impossível. Com efeito, o que fez foi negar as promessas e garantias feitas por Deus, conforme I Corintios 10.13, as quais serão discutidas amplamente mais adiante. (I) Há somente um ca minho a seguir, se o conselheiro cair em si a (empo: admitir seu erro ante o cunsultante ( 2) e prosseguir daí por diante do jeito certo. Os conselheiros erram quando se deixam levar por excessiva simpatia pelas excusas e nio responsabilizam os clientes por seu com porta mento, mas nunca pod er io errar quando se enchem de verda deira simpatia por eles. Talvez &primeira atitude se lhe possa chamar simpatia, e, á última, empana. (3) Quando os conselheiros apenas ficam_j)c_coração mole, a^eni sem regijnisencórdia para com os cónsultantesT^ atitude mais bondosa (empática) consiste em Falar a ver dade, ajudar o cliente a enfrentar o seu pecado pessoal, e encorajá-lo a fazer as mudanças necessárias para retificar a situação, Outro erro do» conselheiros é ttiar conclusões depressa demais Pode acontecer que ouçam rriuíto põiicõ de uma estória, dulipenãx um lado dela, saltando logo para as conclusões. Também falham os cotpelh eir g quando deixam de aprofundar-se em busca dos fwdrSes subjacentes, atenJo-se apenas a problemas de realização. Os conse lheiros podem errar por exagerado envolvimento emocional. Não são capazes de envolver-se no sentido pròpno, mas se envolvem demais no sentido de que permitem que suas emoções obscureçam a sua capa cidade de julgar. Quando isso acontece, os conselheiros estão na mesma armadilha em que caíram os seus clientes, tão emocionalmente envol vidos nos seus proKiemas que não pensam mais direito, permitindo que os sentimentos governem as suas ãçfies. Os conselheiros noutéticos sempre enfrentam a tentação de se tomarem prep otentes no uso da autoridade, empregando-a por gos tarem dela, ou deixando de distinguir entre a autoridade de Deus
ll ) (2) (3)
Infra, págv. 131 e aeguintex. Abordagem bíblica e. portanto, noutéuca, raramente encontrada em outro« tipos de aconselhamento. O» vocábulos nio ião importante«; ajudam ipena« a dutlnguir entre a falsa e a verdadeira simpatia.
e as opiniões pessoais deles. Quando isso se dá, desaparece o elemento noutético de interesse pelo bem estar do consultante. O conselheiro amador, que pode ler este livro de maneira casual, sem ter em mira o amor « glória de Deus, bem pode interpretar mal e empregar mal o sistema, para seu ptejuízo e em detrimento dos seus consultantes. Daí a Importância de considerar as qualificações do conselheiro capaz, o que será feito na próxima secção. Para abreviar o que aliás poderia ser uma longa lista de passíveis pon tos de fracasso, basta dizei que os conselheiros estão sujeitos a cair exatamente nos mesmos erros cometidos por seus clientes. Por conse qüência, é importante que os conselheiros examinem sua prôpna vida e suas práticas de aconselhamento, â luz de todo e qualquer erro que possam detectar em outros. Os consultantes se constituem em fortes lembretes de erros e pecados humanos, e, nesse sentido, estio entre os mais valiosos mestres do conselheiro. Qualificações para o Aconselhamento Quais os requisitos do aconselhamento? Procurando decidir a questão de competência, é importante qu e os cm tios determinem as qualificações bíblicas requeridas dos conselheiros. Em Romanos 15.14, Paulo escreve: E certo estoo, meus irmãos, sim, eu mesmo, a vosso res peito, de que estais possuídos de bondade, cheios de todo o conhecimento, aptos para vos admoestardes (confrontardes nouteticamente) uns aos outros. Paulo tinha a bondade e o conhecimento na conta de qualidades características dos bons conselheiros. Sâo qualificações essenciais: qualquer coisa menos que isso nio pode tomar alguém "competente para aconselhar" (Williams). Paulo reconhecia que tod o cristão pode engajar-se no aconselhamento noutético tio logo possua essas quali dades: bondade e conhecimento. Temos visto, contudo, que esta é, por excelência, a obra do ministro do Evangelho. E m Colossenses 3.16, passagem paralela, na qual Paulo também considera a confrontação noutética como parte da atividade normal dos membros de uma comu nidade cristã, ele condiciona a confrontação noutética a que se co nheça "ric amente'' a Palavra de Deus, conhecimento haMhnento aplicado com “sabedoria". Conhecimento e bondade, informação e atitude, verdade e desejo de ajudar a outros, são requisitos igualmente importantes. Paulo admi tia que em circunstâncias normais nio lhe teria sido necessáno escrever á igreja de Roma, pois estava convencido de que aqueles irmãos possu íam essas qualidades sendo, portanto, “competentes para aconselhar
(isto é, para confrontar nou tcticamente) um aos outr os” No entanto , declara ele: Entretanto, vos escrevi em parte mais ousadamente.como para vos traz er isto de novo à memória por causa da graça que me foi outorgada poi Deus, para que cu seja ministro de Cristo Jesus entre os gentios {Romanos 15.15,16a). Duas coisas sáo transparentes. A primeira é que como Paulo lhes estava ousadamente trazendo á lembiança alguma verdade, ele os es tava de fato confrontando nouteticamente pelo corttio. A carta a Roma (particularmente em sua segunda metade) é bom exemplo de confrontação noutética. Como questão de fato, na sua maior parte as cartas de Paulo tém tom noutético. Para compreender o que signi fica a confrontação noutética em situações concretas, basta ir is suas epistolas pois, nelas, vemos Paulo a lidar numerosas vezes com difi culdades surgidas nas igrejas locais. E é isso o que Paulo estivera fa zendo na epístola aos Romanos. Com coragem, ele os estivera fazendo lembrar alguns pontos, a despeito doTatcTde que eram capazes^TTe, por si mesmos, resolver noutetica mênte esses problemas. Entretanto, Paulo achava que. por causa~3à graça especial que lhe fora dada, por causa da maneira como Deus Se utilizara dele na pregação do Evan gelho com grande poder, existia algo que ele podia fazer a fim dc ajudá-lo*. Paulo também nota que a habilidade noutética envolve bondade e conhecimento em grande medida (plenitude: "cheios de todo o conhecimento"). Preeminentemente, um conselheiro noutético deve ser versado nas Escrituras. Esta é uma razío por que os ministros bem preparados podem tornar-se excelen tes conselheiros. Um bom curso de seminário, antes que numa escola de medicina ou do que um grau académico, obtido em psicologia clínica, é o mais adequado lastro para um conselh eiro . 0 verdadeiro aco nselhamento inclui a transm issão dc informação. Aconselhar significa, entre outras coisas, dar con selhos. O Espírito Santo emprega conselheiros pata endireitai coisas erradas pela aplicação da Palavra de Deus aos problemas humanos. Conhecer as Escrituras não é somente memorizar e catalogar fatos. Aquele cm quem "habita ricamente a palavra dc Cristo" (Colossenses 3.16) é aquele que conhecc o significado das Escrituras para sua vida pessoal Como ele é capaz de resolver biblica mente os seus próprios problemas, está qualificado para ajud ar ou tro s a fazé-lo. Conhecimento e bondade combinam-se para essa finalidade, porque é preciso desejar de coração o bem estar de outra pessoa para motivá-la a deixar transpa recer os cursos errôneos da conduta e empenhar-se em corrigi-los. A bondade abrange tanto o envolvimento como o interesse empático,
sobre o qual já se disse algo. (l) Também compreende o entusiasmo da vida que manifesta Cristo, pelo qual sc comunica esperança ao consultante As duas qualificações indispensáveis aos conselheiros nouléticos são bondade e conhecimento. Há, porém, uma terceira: sabedoria (vide Colossenses 3.16). O exame de Provérbio» 1.1-7 mostra que três espécies de palavras foram empregadas para explicai o que Deus quer dizer por sabedoria. Essas palavras envolvem; (a) aprendizagem e. j;un hcc iine nio; (b) habilidade p rática na apücaçSo dos princípios gerais e situações concretas; (ci conduta com orienuicãiipactual-moral. Em suma. sabeòona é o uso hábil da verdade divina para a gftgq de Deus. O conhecim ento e o Interesse precisam ser reforçados pela haüiüidade de tecer relações pessoais. Os conselheiros que pretendam aconselhar nouteticamente devem procurar de?envolver-$f mais plena mente nesses três elementos. Aplicações Pastora» A maioria da clientela com a qual este escritor trabalha vem por referência de co raultantes anterio res. Alguns vem como resulta do de alocuções feitas nas igTcjas e pelo rádio acerca do» princípios do aconselhamento noutético. Mas o fator principal é que as pessoas ajudadas peto aconselhamento contam-no aos patentes e amigos que iambém tém problemas “O freguês ! voie paru o aconselhamento noutético _ ganham êxito como conselheiros, e nacom unidade^ ftt o Ihitinwíá . val ter mais solicitações de aconselhamento dò que poderá atcndSéfT Afortunadamente, os princípios Jó aconselhamento nnoutético nâo só farão dele um conselheiro de sucesso como também o capacitarão a prestar ajuda a maior número de pessoas em prazos mais breves, resultando disso que ele poderá desempenhar um ministério que se expande e se amplia crescentemente. Os princípios do aconselhamento noutético atingem todos os aspectos do ministério. O pastor nouteticamente orientado tende a tomar-se carinhosamente franco para com o seu rebanho. Os prin cípios do aconselhamento penetram cada uma das áreas do ministério (li
Freud filhou iwfto ponto. Sua pnVprta abordagem é bom exemplo da utitude fria, indiferente ou até ncgntivu, antagônica ao amoroso inlereuc r boa vontade que *c requer do comeihetro. Fie «creveu a Pfmei "Achei
pouca COM3 'boa' «obre oa «mm humano* como um lodo. Km minha 1'xpenèncta, a malotia delei i refugo" Op cit. pág. 61.
pastoral. Um pagtor que x interessa noutcticarncnte pelas pessoas procura o benefício delas para a glória 3e T5eus D a í. e le h lo fi cãT com rodeios nem Já corda a discussOcs com a gente. Ao contrário, trata de ser específico quanto aos problemas pessoais e tenta corrigi-los honestamente. Sua gente se dará conta de que ele está preocupado com as questões que valem a pena, e não com pontos secundários. Será tido por ela como homem de coragem. Como ele nio se acomoda ao sta tus
Durante o» ultimai três »no», o autoi vem oferecendo treinamento em tessôes práticas de aeoniclhamento, tanto pun icminamtai como paia mmiitio» ordenado»
Capítulo V O PASTOR COMO CONSELHEIRO NOUTÊTICO Que i um Pastor? A Bíblia chama o ministro dc pastor. Ê uma palavra nca. nâo enco ntrad a em nen huma outra religião O Salmo 23 descreve vividamcnte a relação que existe entre o pastot e sub ovelha. O Salmo co meça; “ O Senhor é o meu pas tor” . 0 primeiro versículo do Salmo 23 ( um eniimema. ^tntimjrM é um silogismo em que lalta um termo O silogismo tripartí3õelamiliar a toda gente: "Todos os homens são mortais; Sócrates é um homem. logo. Sócrates è mortal'" No versículo citado há somente duas proposiçfies (ou termos): "O Senhor í o meu pasto r; nada me falta rá" Falta uin termo, o termo méd io, que se po deria ler “ No cuidado que tem por Unias as necessidades dc suas ovelhas, os pastores providenciam qu e nâo lhes tiilte nada Experi mentemos ler o versículo na forma de um mIqf.imiip coitipIcUí “O Senhor é a meu pastor, no cuidado que têm poi todas nv neces sidades dc suas ovelhas, os pastores providenciam que nâo lhes falte nada; (l) logo, a mim. uma de suas ovelhas, nada me faltara” Observe-se » descrição da obra pastoril no segundo c no terceiro versículos. As ovelhas são levadas a repousarem em pastos verdejantes (literalmente, pastos de capim veidc e tenro), e são conduzidas junto a águas de descanso. O pastor então as revigora. ("Refrigera-me a alma” “Alma”, na poesia hebraica, é palavra usada com frequência como sinônimo de “ mim" ou "ser" Aqui, serve dou tro modo de dizer: Refrigera^we") O pastor as guia nas veredas da justiça poi amor do nome de Deus, e mesmo quando andam através do vale da sombra da morte nSo tem em nenhum maJ. pois o pastor está com elas Ele tem nas mios uma vara e um caiadn Com o cajado impede que caiam da borda de algum precipício; com a vara (talvez tendo uma cxtremi(1)
P importante di«tln;ulr cnlre "ncceskldnik" e "ilcwrju" lou "impuU.i l, A palavra "ncccssitludc" tcfll iido uvadu com muita frix|ÜCfK‘i.i linctflMi
por crhtJm , vide Baker's Dictionary, op. vil., pip. como imònimu de "desejo” ou “ rnipul«)" Toda» a* nceessidade» devem ser 'alhtciu», m u muita* veie* i dever do eon«etheiro pastoral ajudar o tonsuIlanU1 ■ aprender a con trol« «eu* devejo* ou cmpulvj\ Não pouca* *rtv% *ua verdadeira necessidade não «14 na satisfação do impulso. ma', antes, comtate na necessidade dc aprender a ler damimo ptõprio l*u pucaêweia. Vide, por exemplo. Provérbio* 16.32; 15.18. cm co mwsk utm >i >np«Ma necessidade calar se.
dade eom uma bola chcia dc pontas, como o ounço de nozes, lembran do certo tipo de maça), ele golpeava os animais bravias que atacassem •caso o rebanho. A vara e o cajado consolavam as ovelhas, mesmo nos vales sombrios, onde as feras se ocultavam, prontas para atacar. O quadro abrange a idéia do pastor cuidando de ovelhas can sadas, entregues, exaustas. Pode ocorrer também que elas Piquem desanimadas Grande pa rte da obra pastoral consiste cm reanimar as ovelhas É preciso que os pastores saibam conduzir as ovelhas fati gadas r dominadas pelo desalento às águas de descanso e aos pastos verdejantes. Também é seu dever proteger dc perigo suas ovelhas. ( I ) O bom Pastor, o Senhor Jesus Cristo, demonstrou o que é ser pastor dc fato, no mais comp leto sentido da palavra. Ele nio é como o mercenário, que foge á aproximação do lobo. Em vez disso, dá Sua vida. se necessário, por Suas ovelhas. Ama Suas ovelhas; conhe ce-as tão bem que pode chamá-las pelo nome. elas conhecem Sua voz e n io seguirão a outro (Joã o 10). 0 quadro bíblico da intimidade c amor existentes entre o pastor e as ovelhas é-nos estranho. O pastor oneiital vivia com suas ovelhas. Dormia perto dflas i noiicf nas en costas das colinas, como certamente o taziu Davi. Saía em busca da 1 centésima ovelha, não satisfeito com as noventa e nove seguras no aprisco. Isso tudo retrata a responsabilidade que pesa sobre o pastor para com os que lhe foram confiados. O refrigério da alma, o repouso, a paz de coração e mente, continuam sendo necessidades básicas das ovelhas de Deus. e os ministros do Evangelho, como sub-pastores, não podem esquivar-se de sua responsabilidade de supnr a essas necessidades. Náo podem delegar essa responsabilidade a um psiquiatra. Po rtanto, um ministro tem de considerar a confrontação noutética conto parte indispensável da sua responsabilidade pastoral. Por definição, um pastor cuida das ovelhas cansadas, aborrecidas e desanimadas. Ele providencia para que elas achem descanso. Visto está, pois, que o pasto r tem que exercer seu ministério em favor dos homens engolfados pela miséria humana ^
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Evangelização e Aconselhamento Até aqui nossa discussão limitou-se ao aconselhamento de cristãos professos. Mas. que se pode dizer do aconse lhamento dirigido a des crentes? Qualquer aconsclhame pto que gretenda qualificar-se de cristão, terá certamente que je i jjvangelístico O aconselhamento
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Indusm os alaqurs cncobrrtm ou abertos, dirigido» por psiquiatras incré dulos conlra cm «aiores im tí m
é reden tor. Q_que Deus, em Cristo, fez pelo pecadorjcond ictonaiü jquc o conselheiro faz. 0 aconselhamen to deve seguir e refletir a ordem de Deus na redenção: graça, e entio fé; evangelho, e então santifi cação. O aconselhamento tem que w r redentor. 0 modo como Paulo procedeu no livro de Romanos, por exemplo, propicia-nos clara orien tação. Ele demonstrou a todos (gentios e judeus) que eles tinham caído em pecado. Depois refutou as idéias falsas de redenção pelo esforço em guardar a lei, e estabeleceu a verdade da justificação somente pela fé; finalm ente, fez exortaçOes à san tidade pessoal. 0 que Paulo fez é o que os conselheiro» devem fazer. A confron tação noutética exige o mais profundo envolvimento; profundo o bas tante para levar a sério as pessoas quando mencionam seu pecado, mesmo que não o identifiquem com o pecado N iy dgyemos apequenar o pecado, nem acobertá-lo com falso lustro. Deus levou o pecado a sério a tal ponto que enviou Seu fiího para morrer pelos pecadores. Na morte de Cristo está patente o grande envolvimento de Deus com o Seu povo. QuestOes tais como lei e amor, responsabilidade c irrespon sabilidade, relação e alienação, culpa e perdão, céu e inferno compõem o conteúdo do aconselhamento. É preciso que os conselheiros tenham o cuidado de nío representar Cristo como membro de uma equipe de pronto-socorro a oferecer bandagens curativas aos clientes. O acon•eJhamento remidor é cirurgia radical. Dado o problema radical da natureza humana, exigètn-se medidas radicais. A diagnose que leva ao proanòstica da cirurpa radical deve ser aberta, franca, honesta e certeira - o homem pecou e necessita dõ Salvador ( I ) Nad a m en ã que a"m orte para o passado e a ressurreição para um mod o de vida novo cm folha pode realmente resolver o problema humano (vide Romanos 6). Consequentemente, cm um correto conceito de aconse lhamento deve estai profundamente embutida a premissa de que o ho mem nío pode receber ajuda em qualquer sentido fundamental a não ser do Evangelho do Senhor Jesus Cristo. Falando em termos concretos, o aconselhamento sò é verdadei ramente noutético quando o consultante é cristão. Doutro modo, é sempre alguma coisa menor que o aconselhamento noutético. Quando o Espírito Santo efetua a regeneração numa alma. aquela pessoa torna-se "nova criatura: as cousas antigas ji passaram, eis que se fi-
(I)
Muitu converta contemporânea cm lom o tle franqueza, honestidade c aber tura, falha em que excluí o fslo ctwncial
«ra m novas" (2 Coríntios S.10). O Espírito Santo estabelece a Sua residência na vida, começa a mudar essa vida e capacita a pessoa a viver de acordo com as promessas e ordenanças da Escritura. (1) Os conse lheiros Inconversos nlo são capazes nem de compreender a vontade dc Deus revelada (vide 1 Coríntios 2), nem de cumpri-la (Romanos 8. 7.8 J. 0 Espirito Santo é o único que deve motivar conselheiro e cliente. A motivação nâo gerada pelo Espirito Santo é humanística e não pode honrar a Deus (vide as palavras de Paulo sobre o ministério do Espírito, em Romanos 8). Ignorar essa mudança transformadora no aconselhamento, tentar efetuar mudanças è parte do poder de Deus, é um colossal engano. Sem embargo, muito aconselhamento evita a questão da evange lização e ainda se arroga o título de cristSo. Alguns se opõem à evan gelização no aconselhamento, dizendo que os conselheiros não devem impor a outrem os seus padrões e valores. Mas o certo é que é precisa mente isso que interessa á evangelização, A evangelização impõe novos padrões e novos valores. Evangelizar é confruntar os homens com o Evangelho e ordenar-lhes que se arrependam e creiam. ArrependT mento e mudança mental que leva a um novo modo de ver no qual a fé em Cristo produz mudança de propósito e mudança de direção. A réplica Àobjeção a que se trate de evangelização no aconselhamento é simplesmente que o conselheiro não impõe os seus próprios padrões ao consuliante, mas, sim, procura impor-lhe os padrões de Deus. Naturalmente ele precisa tomar cuidado para não confundir ambos. Nenhum ser humano tem a liberdade de menosprezar os padrões de Deus. E ninguém tem o direito de escolher que não servirá a Deus, porquanto Deus fez o homem para servi-Lo e ordenou "que todos em toda parte se arrependam" (Atos I7J0). Ele os chama para se voltarem dos ídolos para Ele, que é o Deus vivo e verdadeiro, para servi-Lo e aguardar do céu a vinda do Seu Filho. Contudo, nem todos obedecem i ordem divina. O pecado tem dimensões cósmicas. O universo inteiro entrou num estado de de» yaca. Toda a enação geroe como uma mulher em trabalho de partQ. 5 fiomem esta incluído como parte dessa criação"'que geme. JUUU g an dê inlelicidade. que s e deve à existência do pecI3o, Taz parte do problema no aconselham ento. E preciso que os conselheiros ponham atenção nessa fundamental dimensão da culpa, pois o homem nasce culpado diante de Deus. Ele pecou em Adão. Pelo pecado de ^dln. todo homem alienou->ç de Deus e do próximo. O senso dc alienação (I)
Nio automàticamente perfeitamente, pott o» remido« ainda >io pecadores, não inteiramente submicto* à vontade do Etpirito (ver Calotas 5.17).
está sempre presente nesse nível. O homem náo é culpado só no sentido de que pecou etn Adio como seu cabeça representativo ou federal, mis também tem sua natureza corrupta por sua relação com Adâo. Acresce que a corrupção do sei humano leva cada indivíduo à trans gressão atual de fato Essas transgressões atuais trazem maio r infelici dade à sua alma. Portanto, há um duplo alicerce de miséria moral e culpa nos homens, antes de receberem perdáo em Cristo. (1) Mas o homem cujos pecados foram perdoados é feliz (Salmo 32.1.2). Para ser fiel à comissão divina, e assiin oferecer adequada solução á necessidade humana, é absolutamente indispensável que o aconselhamento inclua evangelização. Os conselheiros devem evitar conscientemente toda tentativa de antecipar-se á obta do Espírito Santo Devem reconhecer que a salvaçlo da alma é tarefa de Deus, nffo deles. A eles compete confrontar os nflo salvos com a oferta universal do Evangelho. Esse oferecimento é feito genuinamente a toda criatura, mas só Deus pode dar vida is almas mortas, e capacitá-las a crer. Ele o faz - quando, onde e como Lhe apraz - por Seu Espírito, que regenera ou dá vida conducente à fé. Mas os conselheiras, na qua lidade de cristãos, são obrigados a apresentar aos pecadores as reivin dicações de Cristo. Devem apregoar as boas novas de que Cristo Jesus morreu na cruz no lugar dos Seus, que assumiu a culpa e pagou a pena por seus pecados. Ele morreu para que tod o aquele que o Pai Lhe deu venha a Ele e tenha a vida eterna. Como cristão reformado, este escritor cré que os conselheiros nio tém a obrigação de dizer a qual quer consultante nio crente que Cristo morreu por ele, pois nâo o sabem. Ninpiém. exceto Cristo, sabe quem são os Seus eleitos pelos quats Ele morreu Mas a tareia do conselheiro consiste em explicar o Evangeíiio e dizer com muita claieza que Deus ordena que todos os homens se arrependam dos seus pecados e creiam em Jesus Cristo. Evangelização Noutetica Como se pode realizar a evangelização no aconselhamento? (2) Pode ser que existam muitas maneiras legítimas de responder a essa
(1) (2)
"Culpa" u nio pode significar culpabilidade perante Deu*, como o» icnttmenia« contidm por umu consciência mi (mivuu morai). John Betilet, meu cotcgn em aconselhamento no "Centro de Hatboro", fala da impossibilidade dr se fazer eringrlização num contexto consis tente com o mtenia de Rogeiv Mesmo qoe o ctienle teve o conselheiro ao assunto, ao conselheiro incumbe focalizar apenas o sentimento, e nâo o F.vangelho, Sobretudo, o conselheiro só pode comentar o Itvangetho depois que o cliente o tenha esboçado corretamente, caso contrário, seni “culpado" de impor as tuas crenças pessoats ao ctienle.
pergunta. Porém, um ponto de partida t o ministério evangelizantc dc Jesus Crtslo. Como conselheiro noutético que confrontava diaria mente os homens, Be nos mostra como é que a cura do corpo e a solução de dificuldades e problemas humanos podem combinar-se cora a evangelização. "Levanta-te, toma o teu leito e anda", e “teus pecados são-te perdoados” sâo dois conceitos que marcham lado a lado no registro dos evangelhos. Os conselheiros noutéticos empenham-se em reeditar isso no aconselhamento que ministram. Os conselheiros apresentam as respostas bíblicas is necessidades físicas, sociais, inte lectuais e psicológicas do homem. Mas ao mesmo tempo afirmam que s6 as pessoas redimidas podem vtver de maneira agradável a Deus. É verdade, por certo, que a primeira afirmação feita por um con selheiro a um incrédulo não será comumente esta; "Creia no Evan gelho". Muitos clientes não estio imediatamente prontas para ouvir o Evangelho. Quando uma pessoa estí correndo, primeiro é preciso que a parem, antes dc poderem falar-lhe. Os homens esiáo correndo de Deus. Além disso, a Adão o Evangelho nio foi pregado pnmeiramente cm termos de perdão. Deus salientou primeiro o pecado da quebra de Sua lei. Ressaltou o problema e a necessidade de Adão. Sua necessidade de um Salvador ficou em clara evidência quando Deus o confrontou, expôs seu pecado e lhe rcvdou a penalidade por seu pecado. Somente depois de haver proclamado as más novas da quebra da lei com sua pena e com suas sanções é que Deus lhe fez a gloriosa promessa de redenção em Cristo. É próprio que os conselheiros nouté ticos também falem das necessidades humanas. Eles falam do pecado e suas conseqüências. Explicam a alienação resultante da conduta peca minosa. Mostram como o erro de não seguir a Escritura, o desrespeito t Deus, e os modos pecaminosos de viver trouxeram desgraça ao homem. Depois, nesse contexto, apresentam o Evangelho Embora se possam tomar várias sessões até chegar ao ponto ade quado para a apresentação do Evangelho, todo o aconselhamento deverá desenrolar-se dentro da atmosfera cristã. Ji no inicio o consul tante deve ficar sabendo que a o rientação que se segue é bíblica. ( I) Deus é mencionado com frequência. Procura-se fazei com que os cli entes vejam que a totalidade da vida é religiosa (tsto é. relacionada com Deus). Elevam-se orações em conjunturas apropriadas. E as Escri turas são manuseadas como o padrão autorizado, dc capa a capa. Nor malmente. o* conselheiros não ficam lecendo argumentos em favor (1)
Obviamente, o» pu iorc t cvangciiccx lcv»m vantagem Jrwlc o principio. Um veí dc pomldetarcm mu cvteitti um ubiticulo (como âljiuni paircrm fazer), devem considerar a nua poniçio como um» vantagem toda etperial
da autoridade da* Escrituras. Simplesmente dizem ao» seus clientes que a Bíblia é a base sobre a qual se desenvolve o aconselhamento. As soluções Uo obtidas num contexto cristão. Desta maneira, os con selheiros envolvem tudo, desde o começo, na fé crista, mas deixam que a própria confrontação do Evangelho se desenvolva num ponto adequado. No capitulo XVI, secção VII, diz a Confissão de Fé de West minster (segundo a edição original de 1647): As obras feitas pelos não regenerados, embora sejam quan to â matéria, cousas que Deus ordena, c úteis tanto a si mesmos como aos outros, contudo, porque procedem dc corações não purificados pela fé, náo são feitas devidamente - segundo a Pa lavra; nem para um fim jus to - a glória de Deus; são pecaminosas e não podem agradar a Deus, nem preparar o homem para receber a graça de Deus; não obstante, o negligenciá-las é ainda mais pecaminoso e ofensivo a Deus. O trecho transcrito é uma declaração bem equilibrada, oriunda das Escrituras. Ajuda a explicar o ponto-de-vista do conselheiro. Primeiramente, diz com clareza que as obras feitas pelos não regene rados, mesmo que sejam atos ordenados por Deus, dc nada valem quanto a torná-los dignos de receberem a graça dc Deus, nem possuem mérito algum perante Deus. A Confissão afirma que essas obras pro cedem de corações não purificados pela fé, não são praticadas do modo certo nem para o fim certo (a glória de Deus). Portanto, essas obras são pecaminosas. Qualquer idéia dc salvação por mérito ou de preparação para a graça é excluíd a. Contudo, a Confissão afirma que tais obras são “úteis tanto a ti mesmos como aos outros” e que “o negligenciá-las é ainda mais pecaminoso e ofensivo a Deus". A impressão que se tem então é que, de acordo com a Confissão, está certo ajudar os homens a se amol darem (mesmo que não vão além de uma conformidade exterior) aos padrões escriturístícos. Uma vez que o náo regenerado faz boas obras por motivos errados, ele não pode agradar a Deus (Romanos 8.8). Não obstante, a Confissão retamente observa que negligenciar o incrédulo a prática da coisa certa é ainda mats ofensivo a Deus. Assim é que ajudar os descrentes a resolverem seus problemas, ajudá-los a mudarem seus padrões de hábitos menos corretos para mais cor retos. conseguir que eles atendam formalmente ÂquÜo que a Palavra de Deus diz acerca de determinados aspectos dc suas vidas, é honrar a Deui e praticar aquilo que é útil ta nto para as incrédulos como para os demais. Assim, é coisa correta, quanto à evangelização, ajudar os náo crentes (evangelizando o tempo todo), ainda que 8 evangeli-
zação, como tal, nio alcance éxito. Jesus curou dez leprosos, mas so mente um deles voltou pira dar-Lhe graças. Também os conselheiros podem is vezes perguntar: “Onde estio os nove? " fi preciso dizer, porém, que em nossas sessões de aconselhamento há normalmente grande porcentagem de cristio*. O nome que usamos, bem A maneira do pastor que aconselha nouteticamente, atrai mor mente os cristãos e tende a afastar os que nio o sio. Desse modo, uma grande proporção, talvez trés quartos, dos nossos clientes é de cristãos. Todavia, a quarta parte restante di-nos a oportunidade dc empregar uma abordagem do problema orientada com vistas i evan gelização. (I) que olha para u problema do consultante i luz da expli cação dada por Deus sobre por que existe o problema (rebelifo contra Sua santa lei), e encontra sua solução na fé em Cristo e na santificado» conformidade com a Palavra dc Deus. Esse é o esquema divino para a evangelização no aconselhamento. Santificação e Aconselhamento
No seu sentido mais completo , o aconselhamento noutético é, pois, simples aplicação dos meios de santificação. O requisito bisico da saniificaçio é a presença do Espírito Santo na vida da pessoa rege nerada. Em Colossenses 2 e Efésios 4, Paulo salientou isso em sua discussão sobre o novo homem e a renovação i imagem de Deus. Essa imagem foi arrumada na queda. A mela do aconselhamento é a restau ração dessa Imagem. Concretamente. isso significa semelhança com Cristo, que é a perfeita imagem humana de Deus. Essa meta é atingida quando o cliente deixa os padrões dc iua vida pecaminosa anterior e cresce rumo á estatura de Cristo (Efésios 4.13). Isso começa quando o Espírito Santo restabelece a comunicação com Deus ( I Corín tios 2 mostra que sein a regeneração não há nenhuma comunicação com Deus). Por Seu poder, o Espírito então capacita o cliente a começar a despir o velho homem de seus antigos padrões de vida « a vestir o novo homem com os sem novos padrões que são os da Escritura. Dia a dia o cristão deve crescer na graça “provando sempre o que é agradável ao Senhor” (Efésios 5.10). Santificação Significa Mudança Santificação é mais do aue aprender o que a Bíblia ensina. Envolve mudança pessoal. As vezes, quando o« clientes *e vêem (| )
Devo registrar uma palarra dc agradecimento a Alan Moaà pela termi nologia aqui empregad*. Um trabalho do tr. Moak. preparado para um cuno no «eminirio, era intitulado: ‘'Probiem-centercd Evangelism” . ou veja, **Evangelização Centralizada no Problema”.
encurralado« e sáo forçado» a reconhecer que seu comportamento é irresponsável, tentam evadir-se â questío, respondendo: "Bem. é isso que eu acho que sou'*. (I) Dizem-no resjgnadamente, esperando que o assunto fique por ali. Falam como se não houvesse possibilidade alguma de genuína mudança de personalidade. Tal maneira de ver o set humano é decididamente antibiblica. Em certo sentido, os seres humanos podenam ser mais bem descritos como desenvolvimentos humanos. A personalidade pode ser mudada. No decurso da história Deus tem mudado Jacós em Israéts, Stmôcs em Fedros e Saulos em Paulo» A personalidade de hoje baseia-se na de ontem. O que í hoje é apenas o composto do passado. Por ocasião do nascimento. Deus deu a cada um de nó» um depósito de substância herdada que a Escritura chama de p h ym (natureza). Esta é uma questJo de elaboraçSo gené tica. (2) Mas a personalidade nSo é isso. A maneira como se empregue a ph yü s ao reagir face aos problemas e desafios da vida determina a personalidade. Aqueles esquemas de reação podem ficar profunda mente gravados por algum período. Com o tempo podem assumir a aparência do que costumamos chamar de "segunda natureza", isto é, quase tâo “dado” como a p h vm original. Embora os estilos de hábitos sejam difíceis de mudar, sua mudança nio é impossível. Os conse lheiros noutético» regularmente vêem alterar-se os padrões de 30 a 40 a nos de duração. O que foi aprendido pode ser desaprendido. Um cachorro velho pode aprender a realizar novo» truques. (1)
(2)
Aqui temos que divergir rudienlmcnlc dm cristãos que acham que o obje tivo do pastor no aconselhamento “nio c . induzir qualquer mudança maior da personalidade", Por que deixar essa mudança maior na» mio-, do* psiquiatras cujos crenças e métodos ião contrário* ás Kscnturas? Ver o Baker! Dictionary, op. cit., pág. 209. A obra do F.ipínto Santo constste precisamente da operação de mudança da personalidade, e o conselheiro cristão deve estar envolvido nessa obra c o í b o um agente que o Espínto Santo pode usar. Dependendo ve a pessoa é cnacioniita (Urus cria cada nova alma piua cada novo nascimento) ou traducRmisto (a alma i transmitida da dos próprios paisl, quererá incluir ou excluir o espirito humano da phi’tis herdada. Não pretendo discutir este ponto aqui. mas é bom dizer que foi pressuposta uma posição mais ou menos Iraducionista. Peto mennv, o pensamento é de que a phytti inclui os elementos genéticos r outros elementos recebido* por ocasião do nascimento. Quando Cristo du que “do coração" procedem males de lodo llpo iMateut 15.19; Lucas 6.4J), Ele se refere àquilo que emana da natureza humana herdaüu [pfiytit), não ao que i adquirido. O homem não aprende suas reaçftcs como um set passivo, neutro Ao contrário, ele i um organismo ativo e com prometido, possuído de uma natureza inclinada ao pecado, porque está em inimizade com Deus. O modos pecaminosos de reação são inevi táveis. mas os modos particulares desenvolvidos, os estilos particulares dc expressão do pecado, não o são; tão adquiridos.
Há quem pense que as decisões passadas devem ser mantidas tio firmemente como as lets dos medos e dos persas. Gente assim deveria reler o relato bíWico que mostra as conseqüências daquelas leis es tultas Os clientes devem dar-se conta de que as decisões passadas estavam baseadas em dados e Juízos de ontem. Os primeiros podiam ter sido insuficientes e os últimos, pobres. Se nova« dados vêm à luz, se a pessoa acha sua capacidade de julgar mais clara hofe, deve esfor çar-se por corrigir as mis decisAes de ontem. A Palavra de Deus muda as pessoas, muda seu modo de pensar, muda suas decisões e muda sua conduta. A mudança é coisa importante paia os conselheiros noutéticos. As Escrituras em todo lugar prevêem mudança. 0 Espírito Santo é o Espírito de mudança. Sua atividade é em toda parte repre sentada como a dinâmica e o poder que estio atrás das mudanças de personalidade no povo de Deus. Onde quer que se manifeste a ati vidade do Espírito Santo, as pessoas sio transformadas Disse Deus: "Crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pedro 3.18). Vida estáUca, decisões estáticas, perso nalidade estática náo condizem com o quadro bíblico da nova vida. Onde há vida há crescimento (I), e crescimento significa mudança. Crescimento significa amadurecimento; significa o refinamento das idéias e modos de fazer as coisas. Dai, ao consultante cristão nfo se deve permitir que alegue que ele é o que é e nada se pode fazer a respeito. A mudança i difícil de ser aceita por certa gente. A mudança é difícil porque significa fazer algo novo. algo incomum, algo jamais feito antes. Comumente significa permutar velhos esquemas de hábitos por outros novos. Tal mudança i uma ameaça. As pessoas temem o des conhecido e, portanto, nfo se mostram dispostas a lançar-se a novas aventuras. Para um c ristio. porém, a mudança deve ser emocionante, ao tnvés de ameaçadora. A vida cristi é uma aventura na esfera da novidade de Deus. Não é preciso que a novidade leve o cristio a sentir-se inseguro, porquanto o futuro só é novo naquilo em que nio foi experimentado ainda; nio é desconhecido para Deus. Cristo é o pioneiro da fé característica do cristio. Ele é seu Autor e seu Consu mido r Ele sabe todas as coisas acerca de nossas vidas. Cristo provou o pior que esta vida tem para oferecer, tudo que a morte contém, e agora está vitorioso do outro lado da vida e da morte, na glória eterna. Para o cristio, pois. a providência de Deus é realidade vital. (i )
Todo ofgannmo vtvo cresce. O crescimento ú vezes dá-se • pandet Jorro*, e outras veres ocorre mus lentamente. Em todo» ou ehstiat o potencial para 0 crescimento í expressivo.
O SaJvador deixou diante do cristio o caminho já aberto. (1) Peca o crtstáo que permanece estático e sedentário, temeroso da mudança positiva e bíblica, freneticamente apegado ao pasBado, seja quanto ao crescimento dc sua personalidade, seja nas decisões de sua vida. seja em sua maneira dc viver. Resistir à mudança santifi cado™ é resistir ao Espirito Santo e entristecé-Lo. A doutrina escriturística da santificação envolve necessariamente crescimento em san tidade. Os cristãos têm que sofrer mudança para irem ficando mais parecidos com Cristo. Esse crescim ento significa mudança rum o à ple nitude da estatura de Cristo. Em principio 6 certo que os crentes foram declarados perfeitos em Cristo, mas agora devem crescer para, na prática, se tomarem mais semelhantes a Cristo. As novas verdades descobertas no estudo das Escrituras devem tornar-se novas práticas urdidas na estrutura da vida diária do cristio. Portanto, o aconselha mento pastoral ajuda fundamentalmente os cristáos a se sanuficarem. O aconselhamento envolve ajuda às pessoas para que sc dispam dos velhos padrões que provieram e se desenvolveram da rebeliSo contra Deus, ajudando-as também a adotarem as novas práticas que provém e sc desenvolvem da obediên cia a Deus. Eis aí o desafio, a oportunidade e o dever do pastor.
(I )
Gibson Wmtcr foi um do» primeiros 11 tocar n tecla de que a família mo derno nio tem raiz*«. Escreveu ele: "Some« como ciganos, nômades" (Love and Gardcn City, Doubleday and Company, 1958, pág. 16}. Granbcrg faz cco ao ciamor de que notsa sociedade perdeu as raízes e também vé i m u uma fonte de muUot problemas. Vtde Baker't Diclíonary, op. cit., pág. 194 É mister conceder que a falta de raízes devida á mobilidade moderna oferece muitas tentações, m u os cristãos não devera lançar a essa situação a culpa por seus problemas. Embora o problema tome dimensões modernas, não é novo. A vida dc Abraão, como a nossa, era a de um “peregrino e estrangeiro”. Cristo falou de deixar casas, irmicn, irmãs. pai. mãe. Olhos e bens por Sua causa (Mateus 19.291. Tal mobilidade e desenraizamento na verdade olercce grande oportunidade para demonstrar a outros que “o mundo não é nosso Ur” e que "procu ramos unu pátria celeste” (Vide Hebreus 1l.ft-10, 13-16; I Pedro 1.1; 111). O descnraizamento da sociedade moderna so serve para pôr em destaque a importância da família que pertence à aliança e da comunidade pactu ai mais ampla (a Igretai. Para quem vrve em Deus, as raizes arran cadas acham serva e vida por meio daquelas expressões comunitárias
cristãs
Capítulo V] 0 ACONSELHAMENTO NOUTÉTICO E O DE ROGERS É espantoso quão freqüentemente um pastor que se apresenta como fiel aos fundamentos da fé bíblica descaradamente nega sua teo logia pela maneira como pratica o aconselhamento. A Impressão que se tem é que os cristffos bíblico» raramente se dio ao trabalho de dis cutir as pressuposições do aconselhamento Resulta disso que o púlpito e o gabinete pastoral ficam separados um do outro por completo. Um pregador eloqüente (ou pelo menos credenciado) proclama do púlpito a mensagem de Deus com poder. En tre tanto, ao fechar-se no escritório, abruptamente põe outro chapéu e fecha a boca. Nervo samente desliza para o incômodo papel de um guia de consultantcs aos quais ouve passivo, sem orientar positivamente o aconselhamento. É papel molesto porque faz violência às suas convicções, á sua conscícéncia e i sua vocação. Age como se Deus nío tivesse nada que dizer ao consu ltante. O conselhe iro", escreveu o fundainentalista Stanley E. Anderson, "deve ouvtr, abstendo-se de mostrar autoridade, de qual quer conselho e de argumentar, falando unicamente para ajudar, aliviar, elogiar ou orientar o cliente, e para aclarar o problema" (1) Julian Hartt resume assim a coisa: Os que mais recentemente concluíram cursos em escolas teológicas relutam muito cm exercer de modo diretivo o ofício de conselheiro pastoral. O pastor eficiente nesse ofício é aquele que não julga nem dirige; e como vimos insistindo desde o co meço e até agora, não é moralista. Dessa maneira, quando alguém lhe faz esta espécie de pergunta: "Que devo fazer? ”, ele sabe que nio deve responder-lha. Pode fazer ou deixar de fazer qualquer coisa, menos responder assim. O que se lhe permite é que pergunte: "Bem, o que iw é acha que deve fazer? " (2) Rollo May segue a mesma luiha. Em seu livro: The Art of Counseling. um cliente diz a seu conselheiro: “Acho que o senhor tem razão. Agora, que passos devo dar para fazer isso? " Rollo May intervém: (D
(2)
Stanley li. Änderten, Every Pastar a Caumelor lTo
Este 6 um ponto crucial. O cônsultante pede conselho. Se o conselheiro sucumbe á tentação com sua Usonja implícita, e lhe dá conselho ou mesmo instruções específicas, ele causa uma espécie de curto-circuito no processo e estorva o reajusta mento da personalidade do cons ullan te.. . Ao contrário, ele deve lançar mio desse pedido de conselho, empregando-o como um meio de levar o consultante a aceitar mais responsabilidade pessoal” . (1) Eis como responde o conselheiro de May: Você quer regras sobre o assunto. Quer essas regras para que elas o impulsionem de fora, e então as seguirá com a mesma pressão e tensão que você manifesta agora. Isso vai piorar o seu problema. Seu desejo dc regras, veja lá, bro ta da mesma descon fiança básica da vida. (2) Há decerto russo uma negação da autoridade de Deus. dos manda mentos de Deus, e das Escrituras. RoUo May explica: “ Em primeiro lugar, o conselho não transforma a personalidade Este falso conceito devemos destruir de uma vez por todas; o verdadeiro aconselhamento e a ministração de conselhos são funções nitidamente diversas”. Ele prossegue, mo stra ndo o elo que liga Freud e Rogers: Os psiquiatras não poupam palavras em seu repúdio á po sição de ministradores de conselhos. Poder-se-iam fazer muitas citações do mesmo teor das seguintes afirmações de Freud: “Sobretudo, asseguro-lhe que você está mal informado se supõe que conselhos e orientações para os problemas da vida fazem parte integrante da influência analítica. Ao contrário, rejeitamos tanto quanto possível esse papel de mentor. Acima de tudo, queremos chegar a obter decisões independentes, da parte do paciente". (3) (1)
(2)
(3)
Rollo M*y, The Art of CoumtUng (A Arte do Aconselhamento), Nova Iorque, Abingdon Pres*. 1939, pág. 139. Nio ie pode menos que indagar porque é lisonja perguntai O cliente a um ministro do Evangelho como i que Deus quer que aja i fim de que n u srjd> seja transformada. May considera esae conselho uma lisonia porque presume que não há nenhuma revelação objetiva c esenu dc Deu», e que o conselheiro só deve responder ao pedido contando «pena» com aeus próprio» recursos Por que o* cristios que aceitam a revelação dc Deus iu Escritura haveriam de agir como Rollo May?
n>u.
Ibid., pág. 151. Salter cila o cano de Camey Landis, principal psicologo pesquisador do Instituto Psiquiátrico do Estado dc Nova Iorque, que em-
No parágrafo seguinte May contin ua: Dar conselhos não é adequada função de aconselhamento porque viola a autonomia da personalidade (a ênfase é minha). Há acordo em que a personalidade deve ser livre e autónoma; então, como é que uma pessoa pode justifkadamente passar a outras decisões pré-fabricadas? Eticamen te n io se pode fazer isso; e na prática, igualmente, nio se pode — pois conse lhos vindos dc cima nunca podem efetuai qualquer real mu dança na personalidade doutro ser humano. A idéia jamais se toma parte dele, e ele a jogará fora na primeira ocasiio em que for conveniente fazê-lo. (t) Adaptações do assim chamado (2) “aconselhamento centralizado no cliente", de Carl Rogers, dominam o campo do aconselhamento pastoral e formam a base da maio r parte do aconselhamento liberal e boa parte do aconselhamento conservador. Hulme descreveu: Alguns dos próceres do aconselhamento pastoral acham a terapêutica centralizada no cliente, de Rogers, extremista; e a modificaram para adequá-la a seu próprio conceito particular da função pastoral, ao passo que outros a tomam como ela é e lhe dSo ambiente religioso. (3)
Ill
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(3)
prccndeu "psicanálise completa”, patrocinada pela fundação Rocltcícller. Landis relatou que em 221 horas* de análise, isso tomou dois porcento do tempo iu discussão do material que produziu, o que firma a média de pouco meu de um minuto de discutido feita peto anetuia em caia hont de anilite. Andrew Salier, The Case A/tatmi Psychoanalysu (O Caso Contn a Psicanálise), Nova Iorque, The Qtadel Press, 1963, pá*. 140. Ibid. £ absurdo. Mu é mui importante o que Deu» diwe; "Ouve o conwlho c recebe a instrução, para que sejas sábio no» leus dia» por vir” (Provérbios 19.20). Quando se pensa no efeito do conwlho bftslieo, aliado ao podei iluminador, convincente e dinamizador do Espirito Santo, evidencia-se a lotai loucura desse conceito centralizado no homem, Essa ênfase sobre a autonomia í mui difundida entre os existencialistas à Roger». Vide Corroi Wne; “Na medida em que uma pessoa deixou dc desenvolver autonomia ou a perdeu, está doente”. The Meaning o f Reitoral Cart (O Sentido do Cüldado Pastoral). Nova Iorque, Harpei and Row, 19*6, pág. 51. Digo “assim chamado” porque o termo “cliente" indica etímologjcamente "alguém que depende de outro", e tem como raiz grega o verbo klfo, "es cutar". Quer dizer que um “cliente", na verdade. í quem depende da infor mação dada pelo conselheiro. Dificilmente Rogers poderu achar palavra com etimologia mais infeliz pan ku aconselhamento “centralizado no cliente", asaim chamado. Quando os conselheiros noutéticos aludem ao consultante como cliente, sempre a fazem no sentido etimológico. William E. Hulme. Counselinjt and Theotogy (Aconselhamento e Teolo gia). Filadélfia, Fortres* Preis. J956. pág. 4
Alterado ou intacto. Rogers é o fundamento de muito aconse lhamento pastoral, i. Lyn Elder assevera que os princípios iniciais de Rogers “ocupam ainda a posição central na maior parte do acon selhamento“. (1) Pressuposição Básica de Rogers A pressuposição fundamental dojistema de Rogcrsé perfeita mente coerente com o pensamento liberal e humanista, a saber, que soluc8ordm problcma
J. Lyn Elder, Pastoral Cart, an Introductory Outline (Cuidado Pastoral, Esboço Introdutório), mimcografudo. Mill Valley, 1968, ap, 2. Carl Rogers, Counseling and Ptychotherapy I Aconselhamento « Pstcotcr» pM). Boston. Houghton Mifflin Cb„ 1942, piíg. 127. Ess* perspectiva toda baaeia-sc teologicamente nu negação basilar dc Rogers de que a lutuieta humana é pecaminosa, EJe escreveu: “Um dos mau revolucionários con ceito« que surgiram em nossa experiência clínica i o crescente reconheci mento de que o mais íntimo cerne da natureza humana, os mais profundos nívets dc sua personalidade, a base de sua 'natureza animai' é dc caráter positivo - é basicamente lockallzoda, progressiva em seu» movimentos, ra ciona] c realista”, em l.cShan. op. cit., págs. 454-463 Quem saiba algo da Ciência Cruti pensaria que essa afirmativa antibíblica fosse uma citaçio da Science and Health, da autona de Mary Baker Eddy.
nessas questóes complexas, c ser-lhe uma espécie de concha acústica. (I) O sistema de Rogers confirma a pecaminosa CTença do homem, dc que ele é autônomo e nio precisa de Deus. E preciso que o* que pretendem defender uma posiçio bíblica rejeitem o aconselhamento i Rogers, simplesmente po r suas pressuposições humanistas - e basta. Começa e termina com o homem. Para esse tipo de aconselhamento, o homem mesmo é a solução para os seus próprios problemas. As técnicas recomendadas por Rogers, baseadas nessa pressupo«çio, sáo tJo insatisfatórias para muitos conservadores (2) porque colidem com os princípios escrituristicos. De acordo com Rogers, os homens em pecado devem ser não jjdpiõcstadflj: “O con selheiro aceita, reconhece e escm ecee sses” sentimentos negativos”. Em todo aconselhamento dessa espécie, (3) é notória • ausência do elemento noutético, uma vez que a idéia de aceitaçio mina a genuína responsabilidade Responsabilidade Exige Resposta Que é responsabilidade? Responsabilidade é a capacidade de res ponder como Deus manda que o homem responda ã cada situaçjfo da vida, a despeito 3ãs~dificuldades. E a capacidade^dc fazer o bem aos que o maltratam.’ £ a capacidade de alimentar o inimigo quando tem fome. É a capacidade de dar-lhe de beber, se tem sede. E a capa cidade de vencer o mal com o bem (vide Romanos 12.9-21 e Mateus 5.43-48). Responsabilidade é a capacidade de responder: a habilidade dada por Deus de responder a qualquer situaçjo da vida de acordo com os Seus mandamentos. £ a capacidade de responder biblicamente a tudo quanto Deus ou o homem faça ou diga. E, como diz Romanos 1S.I-3, a capacidade de suportar as debilidades dos fracos, sem pro curar agradar-nos a nós mesmos. E a capacidade de agradar o próximo para o bem dele, para sua edificação. E a capacidade de imitar a Cristo. (1)
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James Dttles, The Church fn the I*'ey
Houve tempo em que o presente esentor ocupava um cargoadministra tivo numa pequena dcnomlnaçio conservadora. Para cumpo-lo, era pre ciso VHitar quase Iodas as igrejas locais daquela denominação. Freqüente mente lhe era dada ocaiio dc palestrar longamente com oi pastores, listes quase sempre recebiam bem a oportunidaile de (Incutir sru trabalho com um fonstclro. Ele viu que multo» pastor** tinham interesse pelo aconselhamento. Drscobnu entre eles a existência de consciência» mtranqüil««. lfm após ouiró expressavam insatisTaçio. tanto com a teoria como com os resultados do aconselhamento em geral, recomendado nos livros. Cari Rogers, Caunsding m J Ptychathtrapy. pá# 37.
que não procurou agradar-Se a Si mesmo, “antes, como está escrito: As injúrias dos que te ultrajavam, caíram sobre mim’*. Responsabilidade é a capacidade de aceitar-nos uns aos outros, como Cristo nos aceitou para a glória de Deus (Romanos 15.7: “Por tanto, acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo nos acolheu para a glória de Deus” ). Nio significa que devemos aceitar os irmáos em Cristo porque são maravilhosos ou porque o conselheiro é neutro, mas, antes, significa aceitá-los em Cristo, que morreu pelos pecados deles. 0 sermos aceitos po r Ele custou-Lh e a vida. Os cristãos são aceitos por Deus "no Amado", o qual levou sobre Si a culpa deles e os aceita porque seus pecados estão perdoados. O próprio Deus não os aceita em seu pecado. Como cristãos, aceitamos uns aos outros somente porque somos irmffos em Cristo. Nesse tipo de aceitação os pecados sio subm etidos a julgamento. A 'ace itaç áo ' permissiva pro pugnada po r Kogers náo &e asseme lha em nada à aceitação cristã em Cristo. Portanto, é uma aceitação irresponsável. Nada de Neutralid ade Imagine a triste figura que faz o ministro evangélico apegado aos fundamentas da Palavra de Deus quando se assenta detrás de sua escri vaninha murmurando assentimentos, sem julgar. O pastor cristão é cha mado para ser parácleto. e nSo para set periquito. (1) Ele deve agir sempre como cristfo - mesmo quando está fazendo aconselhamento. Rollo May cré declaradamente na autonomia do homem. A neu tralidade moral brota dessa crença. May tenta justificar com a Bíblia o seu modo de ver: Isso nos conduz â questío dos juízos morais no aconselha mento. É claro, primeiramente do ponto-de-vista cristão, que ninguém tem o direito de julgar a outro homem; o mandamento que diz: Não julgueis é inques tionável, sob retu do p orqu e Uie foi
(I ) Purikletos significa "alguém que c ctu nu do par i estar ao lado de outrem, pura ajudá-l» com teu conselho” . A palavra vem a significar “ conselheiro”, com o sentido exato de conselheiro da lei. ou «efa, advogado (vide I Joio 2.1). t. possível que em todas as ocorrências da palivru nos escritos dc Joio, tenha ela o sentido dc advogado ou jurista. No emprego feito pelos inspirados escritores da Bíblia, ni o há um exemplo sequer em que a palavra traga a ideia de neutralidade ou dc aconselhamento nio diretivo; antes. Cristo e o Etpírlto Santo recebem o nome *Parácleto" em virtude do que fazem por nós Quando Paulo fula da parikltrii (ajuda ou con selho) que Deus dá mediante ts liscrituras (Romanos 15.4,5), i óbvio que ele fala de um Livro concebido como credenciado e diretivo auxilio i nossa perseverança e esperança.
dada uma dinâmica’ peta vida de Jesus. E psicotcrapeuticamente, em segundo lugar, o julgamento não é permissível; "e acima de tudo", como diz Adler, “jamais no» permitamos fazer quaisquer julgamentos morais, julgamentos concernentes i digni dade moral de um ser humano". (1) A interpretação de Mateus 7.1-5, feita por Rollo May, é falsa. Não só há situações de toda sorte em que o julgamento é indispensável como também as Escrituras especificamente ordenam que os crentes façam julgamentos (vide João 7.24). A passqgcm de Mateus condena soa n t e o julgamento ilegítimo. Criito sabia que o» cristãos lerúúií a necessidade dc julgar outros, e. portanto, em Mateus 7 Ele o« está orientando especificamente sobre como fazé-lo. A passagem em tela condena o julgamento apressado, sem evidências. Julgar os outros sem antes endireitar a própria vida, também não é permitido. É condenado o julgamento cuja intenção é condenar outro a fim de exaltar o próprio ego Mas julgamento de vaior moral no aconselham ento é precisamente o que as Escrituras recomendam em toda parte. (2) Não pode haver nenhuma posição moralmente neutra no aconselhamento. Como pode o pastor cristão "aceitar" um comportamento peca minoso? Ele está com prom etido com o dever de dar adequada res posta cristã a essa conduta. Como pode ele deixar de oferecer as conhe cidas soluções bíblicas dos problemas? Ele tem a vocação de declarar e minis trar a Palavra de Deus Irá ele sentar-se para observar sem com promisso a luta entre o clie nte e seu problem a diante do qual ele só pode dar sua reação desesperada e pecaminosa — quando na Bíblia fechada sobre a escrivaninha do pastor, como este bem sabe. estã a res posta dada por Deus ao problema? Em resumo, como pode ele es quecer que é cristão e tenta r ficar neutro ou não envolvido? Essa neutralidade é impossível O pastor não pode pôr de lado suas con vicções - nem mesmo temporariamente. Ainda que fosse capaz de fazer isso, estaria errando. Suas pressuposições cristãs tém que con trolar necessariamente a entrevista o tempo todo, “ Aceitar" a con duta pecaminosa à vista do cliente é indultá-la. Ao contrário, os conse
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Rollo May. op cit,. pág. 176. Carroll Wi«s concorda com May: "Podemos dírer com franqueza que no cuidado pastoral nío vemos lugar para a emtssio dc Juízo cm termo* dc condenação ou acusação, nem dc dis cursos moralistas". Op. c/r.. pág. 80 O julgamento moral é a essência do aconselhamento constante do livro de Provérbios. O elemento singular na sabedoria desse aconselhamento i sua orientação moral. São mandamentos dados ao povo da aliança, man damento« que o capacitam a viver em adequada relação pactuai com Deus. Vide retro, pãg 61.
lheiros cristios devem envolver-se nouteticamente na vida dos seus consultantes. (1) Devem reagir como pessoas totalmente engajadas, a exemplo de Paulo, que declarou: Porque no meio dc muitos sofrimentos e angustias de coraçio vos escrevi, com muitas lágrimas (2 Corfntios 2.4). Nessa passagem Paulo se refere a seu próprio aconselhamento, no quai havia respondido cristimente na primeira carta, oferecendo aos crente* de Corinto julgamento e conselho. (2) Como se Deve Escutar? É possível usar o método não diretivo de Rogers sem compro misso? N io nos terá dado Rogers ao menos alguma instrução sobre o escu tar? Devemos rejeitar tud o? Náo podem os ouvir as pessoas? Natu ralmente que devemos ouvi-las. A Bfblia ensin ou a importância de ouvir com atenção as pessoas muito antes de Rogers dizer qualquer coisa sobre isso. Na verdade, Provérbios 18.13 põe nesse ponto a nota decisiva. (3 ) Mas o ouvir, ti o freqüente e erroneam ente identificado com o método nio diretivo de Rogers, não é a metodologia dele. pois li )
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Hulmc escreveu: "A abordagem centralizada no cliente rompe com cv qiiemas de pensamento c prática Ela compele o pastar a pór dc lado. ao menos para o momento, seus próprios juízos dc valor quando ele adntlte o» sentimentos do comultante". Huimc tenta depois "sossegar" o leitor com uma asseveração ainda mais devastadora cm suas implicações "Náo há nenhuma tentativa de levar o pastor • despojar-se de suas convicções, mas somente de Impedir que essas convicções controlem a entrevista" Op. cit,, pág. 5. Jay Rochelle. numa reportagem sobre o recente livro de CarroJI Wise, The Meaning o] Pastoral Cart, descreve bem o sistema dc Wise dizendo que ele ensina que "O cuidado pastoral só pode dar-se em relacionamento total mente aberto, livre e sem ler de proferir juítos'*. The Piltsburg Penpecnre, junho de 1967, pág. 63. Mas esses lermos nio contraditórios. Um relacionamento isento de julgamento exigiria que o conselheiro fosse fechado, cm v « de aberto. Requereria dele rcstnçôe» rígidas ao invés do livre exercido dc sua personalidade integral. Destruiria a genuína empatia (ou pelo menos sua expressão) e, na melhor hipótese, podena desenvolver apenas um relacionamento superficial; o mais provável é que resultasse numa falta de relacionamento. Lowell G. Colston accrtadamcntc salienta a Inevitabilidade do julgamento c se opõe ao fals-o conceito dc Wise c ou tro», que ingenuamente procuram neutralidade. Mas como o sistema de Rogers forma a base do pensamento dc Colston, aquele sistema milita contra o seu clamor por julgamento, levando-o a redefinir o julgamento em termo» “reflexivo»'' que cm última instancia vem a equivaler a julga mento por conta própria antes que julgamento proferido por Deus, me diante Sua objettvs. Palavra esenta. Provérbios 18.13: "Respondei ante» dc ouvir é estultícia e vergonha”.
o« conselheiros de sua escola não ouvem. (1) É exatamente o que nlo fazem. Um l>om ouvinte interessa-se pelo que o outro tem a dizer. eles nlo acham que o conteúdo tenha qualquer importância. Sò cuidam das expressões emocionais e se recusam a ate ntar para os dados. Rogers escreveu: . 0 conselheiro. . . deve estar preparado para responder. n^j ao conteúdo inielectuai daquilo que a pessoa esti dizendo, jn js ao sen timento que lhe é subjace nte. (2) E esclarece: Os fatos objetivos são de importância mínima. Os únicos fatos que têm sentido para a terapêutica são os sentimentos que o cliente possa trazer á situação dada. (3) 0 próp no Rogers chama a atenção para as diferenças que exis tem entre o que ele chama de aconselhamento centralizado no cliente e aconselhamento centralizado no problema. Ele coloca sua perspectiva (supostamente a perspectiva centralizada no cliente) diretamente contra a abordagem centralizada no problema, no aconselhamento. Mas é válida essa antítese, estabelecida dessa maneira? Será que os conselheiros do tipo de Rogers estão interessados nas pessoas enquanto que os conselheiros nouté ticos estão interessados nos problemas? Não. 0 conselheiro noutétic o ocupa-se das pessoas que tétn problemas pessoais, isto é, os conselheiros noutético s não traçam aquelas dis tinções. Estão interessados nos problemas por amor das pessoas. Negam-se a reconhecer iqualquer antítese desse tipo. Em vez dc optar por uma alternativa rígida (o u isto ou aquilo), o conselheiro nouté tico tem a faca e o queijo na mão (e não apenas este ou aquela). Sua abor dagem é deveras centralizada no cliente, e dado o interesse que o conse lheiro tem pela pessoa do cliente, seus sentimentos e seus problemas são encarados com seriedade. Justamente porque o conselheiro quer (1)
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l!m exemplo típico desse entendimento errôneo ocorre em Shrader "Ei» começou: 'Todo dia eu vivo, eu vtvo ura* mentira. O senhor precisa dizer-me o que fazer'. Isso, naturalmente, á justo o que se »pera que um conselheiro não faça. Seu papel é o de ouvinte”. Weãiey Shradet, O f Men and Angeli (Dc Homens e Anjo»), Nova Iorque, Holi, Rinchar! and Winilon. 1957, pág. 64. Afortunadamente, Shrader mesmo viu-se compe lido a não dar atenção ao dito. Rogers, op. «#., pág. 37. Carrotl Wisc faz eco a es» opmiío quando diz que o pasloi “deve ouvir em nível mois profundo do que o manifesto conteúdo da fala”, op. ctt.. pág. 76. Ib id . pág. 244. É surpreendente verificar que G rounds aceita esae ponto -de-vista sem lhe fazer nenhuma observação critica,
ajudar o cliente é que te envolve totalmente nos problema» deste. D»í por que este livro fala consistentemente do aconselhamento minis trado a gente que tem problemas pessoais. No mesmo volume, Roger» estabelece contraste entre as técnicas do aconselhamento diretivo e as do nlo diretivo. (1) Eis aqui algumas das diferenças, do ponto-de-vista de Rogers: 1. O conselheiro diretivo faz perguntas altamente especificas', em contraste, õ1conselheiro nâo diretivo examina sentim entos ou atitudes. 2. O conselheiro diretivo explica, discute, dá informaçío; o conselheiro nlo diretivo Interpreta sentimentos ou atitudes. 3. p conselheiro diretivo dispõe as evidências e persuade o« clientes a empreenderem a açSo proposta; o conselheiro njo diretivo raramente explica, discute ou dá informação. 4. 0 cgnsetneuõ diretivo indica um problema ou condiçío que precisa dc corrêçiõ; o conselheiro nSo diretivo define a situaçío da entrevista em termos da responsabilidade do cliente quanto ao uso dela. (2) Em algum aspecto», essa análise é substancialmente correta. Rogers age bem. por certo, quando estabelece as limitações presentes em sua metodologia. Contudo, mesmo aí, ele deixa de reconhecer a sutil direçlo que até o seu método precisa empregar. Por outro lado, nenhum conselheiro noutético vai considerar sua atividade limitada aos itens que Rogers "descreve" como diretivos. O conselheiro nouté tico faz todas as coisas que Rogers chama de diretivas, mas também faz muitas coisas que Rogers chama de não diretivas. 0 fato é que toda a série de adequadas respostas cristls é útil ao conselheiro nou tético. Ele nío força cada caso a encaixar-se num molde limitado. Ao contrário, respondendo apropriadamente a cada cliente e a cada problema, toda a gama de possíveis respostas críst is pode ser utilizada no aconselhamento noutético. Seward Hiltner, que cerra as fileiras da tradiçáo de Rogers, escreve: Focalizai nossa atençfio em dados externos é o oposto do ato de concentrar-nos no fato básico — sentimento ou ati tude que o inteiessado está tentand o transmitir-nos. Poucos consultantes tentam fazer qualquer coisa dessa espécie.
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Rogers. op. ciL, pá*. 123. T il vez x possa ver » pobreza
pnru i p»m a uma iitü»£ âo co ncreta . U ni clie nte que
suicida cm potencial, Jo outro cxtttmò da linha telefàntca pede algum auxilio finai, dizendo “Você é a minha última enperança. Fitou com uma arma apontada para a têmpora" Que fará um comelheiro da escola
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Nfio estSo vitalmenle interessados em exprimir sen timento nenhum, apesar dc que falam um bocado dos seus sentimentos. NSo ver nada mais básico do que Isso é penetrar muito raso na situa çjo. 0 cliente fala bastante dos seus sentimentos porque quer impressionar o conse lheiro com a gravidade do seu problema. Sua preocupaçlo real é ver se consegue auxilio para a solução dos problemas que o petturbam. Hiltner cré que os conselheiros sc desviam do rumo certo e se envolvem nos dados porque algum interesse ou conhecimento deles é tocado por aquilo que o consultan te diz. “ Em vez de responder-lhe” , continua ele, “nós respondemos á idíia cuja tecla ele tocou em nó*. Isso distrai nossa atenção, de modo que já náo o ouvimos como uma pessoa que se está esforçando pata comunicar-nos algo". (I) Quem Coioca de Fato o Cliente no Centro? Note-se que, a despeito de todas as suas pretensões, o interesse do conselheiro do tipo de Rogcrs náo está posto teaimente no cliente. O cliente vem em busca da solução dc um problema. Sabe que se seu problema fosse lesolvido, sentir-se-ia melhor, mas o conselheiro que segue a Rogers terá interesse no cliente apenas como certa pessoa indefinida e unidimensional; como um portador de sentimentos, e nada mais. 0 que o clien te pensa náo é importa nte. O problema é incidental, e os dados devem ser repelidos porquanto desviam a atençlo do ponto certo. Mas o cliente está lutando com um problema, e quando o discí pulo de Rogers ignora os dados (com medo de responder porque al guma coisa pode “tocar a tecla" nele), é ele que se desvia do cliente considerado como pessoa pensante. O que fez foi reinterpretar a perso nalidade em termos de mero sentimento. Mas quando os conselheiros discutem nouteticamente as idéias bem como os sentimentos do cliente, demonstram genuíno interesse por ele como uma pessoa integral que lhes está “comunicando algo", a saber, o problema pessoal e a sua luta contra o mesmo.
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Seward Hiltner, The Counielor In Cowueting (O Conselheiro no Aconse lhamento), Nova loiquc, Abingdon Pttss, 1957, piy 27. Ai Idéia» fre quentemente despertam outras parecidai em n6s porque nossos problemas tio substancialmente os de nosso« clientes »1 Coríntio« 10.13a). Teclas tocadas podem servir de indicadores apontando para as soluções bíblicas que achamos aplicáveis a problemas semelhantes já ocorndos. Um bom conselheiro sabe como uiar nua experiência para ajudar outra petsoa (vide 2 Corinttos 1.4). F.irvolver-se de fato com alguém significa náo só permitirlhe tocar nossas ledas, nus também estar disposto« a compartilhar com ele material pertinente, para o bera dele.
Hiltncr reflete claramente a truncada noção que a escola de Rogers tem do homem conto sentimento, ao acusar um conselheiro de ficar preso i narrativa antes que ao caráter, aos fatos antes que aos sentimentos. Os atos de Chester antes que as opiniões e conflitos de Chester. (1) Rogers insiste em que é errado dar conselhos, mas a abordagem bíblica exige que se faça isso. Os conselheiros noutéticos ouvem a fim de reunirem dados acerca dos quais possam aconselhar as pessoas. De fato, Hulme concede que embora possa haver lugar para os conselhos no processo do aconselhamento, isso certamente é na periferia. (2) Rogers insiste em que os conselheiros nio devem dar conselhos. Rollo May coloca a questjo nestes termos: Os conselhos não transformam a personalidade Esse falso conceito precisa ser destruído de uma vez por todas; o verdadeiro aconselhamento e o oferecer conselhos sflo funções nitidamente diversas. (3) Os da corrente de Rogers não estão interessados em recolher dado«. 0 prõp río cliente deve fazer surgirem todas as respostas. (4) A imagem do muro nio é a única que se pode usar para descrever o aconselhamento do tipo de Rogers. O espelho pode ser igualmente descritivo. Todos conhecemos a cena típica. 0 cliente começa a entre vista: "Esto u realmente tran stornad o". 0 conselheiro focaliza aquela palavri e a faz retomar refletida em difere ntes vocábulos: "Vejo que você está arrasado mesmo”. "Certo", diz o cliente, “estou muito aflito”. “Eu vejo”, replica o conselheiro, “que vocé está completa mente perturbado”. “Minha dificuldade é que nSo sei que fazer quanto a certo problema”, diz o cliente. “Você está procurando achar
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íbUL, p ip 25 e 26. Hulme, op. cit.. pág. 23. May, The Art of Coumríing. op. cit., pág. ISO. Carroll Wiie du “ Nói ministrosnão resolvemos os problemas deninguém . , , Somo» apenas um meio pelo qual uma pessoa ficahabilitada a cons truir o ku destino". Be ie opõe tão fortemente ao recurso de dar conse lhos que chega a dizer: “A espécie de pregação que se constitui dc exor tação. . . pode causai grande dano” . Wi&e pretende que o método não diretivo seja levado par» o púlpito1A CHntcal Approoch to Ute Probteml o f Pastoral Cart (Abordagem Clínica dos Problemas do Cuidado Pastoral), Western Interstate Comnmon for Hlgher Education. Bouldcr, 1964 P<* 87.
uma joiuçâo”, diz o conselheiro. “Sim, tem razão. Tenho tido pro blemas com a homossexualidade. O senh or acha errado o hom os sexualismo? ", pergunta o cliente. Seu conselheiro responde: “Vejo que você me está perguntando se o homossexualismo é ética ou religiosa mente válido". Isso nío é escutar. Escutar significa ter interesse no que o outro diz, e responder-lhe apropriadamente. Ter interesse no conteúdo é um elemento essencial para que haja interesse no cliente. A posiçío de Rogen. pelo contrário, evita a ajuda, evita o conselho, evita os juízos de valor, evita aplicar as declarações divinas aos problemas pessoais. Os seguidpres de Rogers ^ubstUuem a aplicação dos principio* bíblicos jx k ,r c p c nçãi> das^perpiirias do cTicntc. tsâo é exageTo afirmar que as Escrituras nem mencionam esse modo dc tratar coo» as pessoas. Mas Hiltner prossegue: A açáo nio substitui o esclarecimento. Mesmo a mais superficial espccie de observação sugere-nos que na maioria das sttuaçAes de aconselhamento que começam com uma luta para tomar uma decisio de açío, nffo há multo progresso em ficar só nesse nível, sem se explorar os sentimentos subjacentes a cada ação possível. (1) Hiltner levantou um ponto fundamental da controvérsia. Preci samente aqui se traça a questão. O aconselhamento noutético presume que os sentimentos nío constituem o mais profundo nível das relaçóes humanas com as quais 4c pode estar ocupado no aconselhamento. Deus fala do amor em fS$na_ de atitude e conduta, quando define o amor como a gua73a dos_Scus tnandamentos. ÃJ?m disso, nío é pos sível alterar os sentimentos do modo como se pode mudar a conduta. Conseqüentemente, de acordo com as Escrituras, os conselheiros noutéticos passam menos tempo procurando saber o que é que as pessoas sentem. Esti o mais interessados ctq sajafct-como J jj u e ^ la s (1)
Hiltner, op. cit,, pág. IJ . Um dm melhore» modos pelos quais ot conse lheiros podem obter informação acurada c de primeira mío c observai ot paslrões que emergem i medida que o* cliente* respondem ■problema» concretos. Lutar com » decisões p u i açâo indica melhor a verdadeira rututeu do problema, do que a conversação pura e simples. £ aplicando pressão às válvulas que eUs tão Iestadas, para ver «e têm defeito. Ignorar i aç solução dc problemas, c violar o princípio bíblico de que devemos set ''praticantes da palavra, e não somente ouvintes" (Tiago 1.22), Vide a nota dc rodapé n° (I ) na página 194. O» conselhe iros noutéticos seguem fste prin cípio: Nio te iontte a talar de problemas; a conversa deve conduxu a so luções.
«e comportam. (1) Aprenderam, ademais, que essa abordagem jjjg ir u com muito maior éxito õ% ,rãrlíu^os 'cmõcioriai»~ltetcir?n ."p8 pata usar a expresslo de Titltntr. Sentimento e Comportamento
Desde que Rogers salientou a pnmazia do sentimento, parece prõpno discutir a relaçio que h i entre sentimentos e comportamento. Uma passagem deveras pertinente acha-se em Génesis 4.3-7. Quando Deus rejeitou a oferta de Caim (Abel, em contraste com a ati tude de Caim, "trouxe das primícias do seu rebanho, e da gordura", isto é, o melhor). Caim ficou zangado e transtornado, “e descaiu-lhe o semblante” (versículo 5). Entio Deu» retoncamente lhe perguntou: “Por que estás deprimido? ”, e lhe indicou a maneira de sobrepor-ãe à situaçio: "Se procederes bem, nio é certo que serás aceito? " Deus expõe aí o Importante princípio de que a c u j^ L jd ei e m u iia (>v senti mentos Às vexes, em vez dc w falar cm doença mental, fala-se em "pro blemas em ocionais" . Mas esse linguajar é tio bom para armar confusio
como aquele. Quando o cliente se sente deprimido ou agitado ou an sioso ou hostil, nfo hi realmente problema com sua» emoções. Sim plesmente suas emoções es tio funcionando muito bem. P verdade que suas emoções nio slo agradáveis, mas o verdadeiro problema nio i emocional, j ife^çomportamento. Soluções que visem a aliviai direta mente as emoções (como, por exemplo, métodos químicos na forma de pílulas de álcool), portanto, nio devem ser consideradas senáo como nada mais que alívio de sintomas. A m i conduta leva as pessoas a se sentirem mal; o« sentimentos fluem das ações. A Esentura expõe com muita clareza essa relaçSo entre sentimentos e conduta. Por exemplo, Pedro mostra que o bem viver produz bons sentimentos. Em sua primeira carta (3.10,11), cita o Salmo 34.12.13: Quem quer amar a vida e ver dias felizes, refreie a sua língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente; Iparte-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e empe nhe-se por alcançá-la. Assim, paia ter dias bons e sentir-se bem, é preciso praticar boas ações. Isso nio significa, é claro, que as boas obras salvem quem quer que seja, nem que as pretensas "boas obras” isoladas do poder dinami zador do Espírito Santo sejam boas aos olho» de Deus; mas as boas (1)
Ai mu dm ça voiunlim i na conduta dependera de decode« do muk cto e. em remitido, «iriam u emoçOes. abrangendo auun o homem ioda
obrai (no pleno sentido bíblico da exprcssio) levam a dias felizes, Todo legal»mo deve ter rejeitado como antibíblico. As boas obras resultam da obra de Deus em nós, como Paulo diz claramente em Efésios 2.10: “criados em Cristo Jesus para boas obras". Pedro fala da importância dc se manter boa consciência . , de modo que, naquilo cm que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedi mento em Cristo (1 Pedro 3,16). Segundo Pedro, a boa consciência depende da boa conduta. A consciência, que é acapacidadè que o homênTtem de avaliar as suas própnas ações, ativa desagradáveis e alertadores impulsos viscerais e de outras partes do corpo, quando ele peca. “Quando erra, ele o senle1' (1) Essas reações servem para adverti-lo da necessidade de corrigir o mau comportamento que a consciência nio tolera. As sensações ruins e ot sentimento» desagradáveis sâo a luz vermelha do painei a l a m pejar pari nô s~ ã sereia soando agudamente, a bandeira agitada em nossa frente. Õs incômodo« viscerais sío meios estabelêcidospõr Deus pelos quais os setes humanos tomam eténeia de que violaram os Seus padrões. Tem raz io Vernon Grounds quando d« que “o »f rim en to psíquico t infligido pelo Espínto Santo quando Ele produz a convic ção de pecado, convicçio que testifica que a lei de Deus foi que brgda” . (2) Que se hi de fazei para tranquilizar a consciência'’ A mesma coisa que se faz paru apagai a luz vermelha do painel. Nio se vai pegar um martelo c espatifar a luz vermelha. O que se faz ê descer do veículo e levantar a capota do motor para ver o que vai mal. O defeito nSo está na luz do painel. O motorista é-lhe grato; ela o adverte a lempo de fazer algo para resolver o verdadeuo problema. Semelhantemente, o problema de uma pessoa nio é com sua consciência, Ela é sua amiga, avisando-a que há algo emido em sua conduta. Nio é problema emocional. Daí, nio se vai -tentar esmagai a consciência Nio m vai querer p£la ado Kmr_ço mj>i1 uU i ou outros recursos que j» anestesianãmT Em I Tímoteo 4.2. ^aulo ”alude a quem “ tem cauterizada a própria consciência” como com um feno em brasa. A palavra “caute rizada” nio fala do ato de queimar, mas do seu resultado. Refere-se ã condição da came que. depois de cauterizada por um ferro em brasa, fica insensível á dor Em Efésios 4.19 parece que Paulo alude 0 I (2)
Ronald McKcnzic, numa «wâo
ao mesmo fenômeno ao falar do» que sc tomaram "insensíveis". Sc a luz vermelha nio fosse ativada, o motorista igualmente poderia ignorar o problema oculto sob a capota do motor, problema que nesse caso iru aumentando ate levar a máquina a um pane total. A mesma coisa sucede com a pessoa de consciência inativa. Essa cauterização da consciência vem quando a pessoa desrespeita sua mensagem ou a anestesia por certo período de tempo. O único modo satisfatório de lidar com a consciência é fazê-la repousar, levantando a capota que esconde o procedimento faltoso que ativou o impulso de alerta. A consciência é "boa” quando aprova o próprio comportamento. Quando a consciência de uma pessoa é tranqüilizada com respeito a problemas passados, mediante a busca de perdão, a restituição, a reconciliação afetiva, ou o que quer que seja que o caso exija, o nível da capacidade de vencer problema* eleva-se O movimento cíclico toma direção positiva. Inverte-se o mo vimento cíclico desccnsmnal e destrutivo, tspera-se agora que esse movimento tomará ritmo e crescerá à razão geométrica rumo a bons sentimento« e sensações. Mais adiante será preciso dizer alguma coisa mais sobre esses movimentos cíclicos (ou aumento â razão geométrica) positivos e negativos. Um novo senso de satisfação advém mediante esquemas responsáveis
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A propósito, a t i porque, tm vn iu * um* po w a idosa, é mau sábio nio pcrgunlar: "Como vai1 “ (nlo 6, turno sc icnic'1), mai, um “Oihí cUj fazendo. " Sc k Iornarem malivav, eomumrn tc *e wnte m inúteis. Mjnannc Lckardt. "Roundlable Fcnwle Orgmm”, Medicai A ip ecn o f
(Mesa Redonda: Orgaunn Feminmo, Mpecto« Médicot da Sexualidade Humana), abril dc 1968, voi 2. n° I. pág. 46
Hunuin StxuaRly
há que considerar dou lados, basicamente. Um lado é emocional e involuntário. O outro, associado ao processo dc resolução do pro blema e à ação voluntária, lem que ver com a conduta. A importância desse fato é que é na conduta dn cliente que as mudanças podem sei diretamente efetuadas, porque a conduta, contrariamente à emoção, e controlada pelo lado voluntário do homem, e não pelo involuntário, Os estados emocionais provém secundariamente do sistema voluntário ou da conduta O lado emocional abrange o controle involuntário das reações emocionais vasculares e viscerais, ao passo que o do com portamento envolve respostas de ação dadas pela estrutura muscular. A comunicação entre ambos os sistemas nervosos deve ser suprida por Ligações sensoriais do sistema central. Há estreita relação ou conexão entre os dois, de modo que de fato náo podem ter dividido» com a precisão com que os dividimos no papel Embora náo haja acesso voluntário e direto ás emoções, estas podem scr atingidos indireta mente por meio do sistema voluntário, porque as extensas partes cm que há coincidência entre as fibras do córtex permitem a correla ção unificada dos dois sistemas. Assim, us ações afetam as emoções. As alterações voluntárias do comportamento levam a mudanças emocio nais involuntárias. Eis porque é.importante compreendei que os senti mentos promanamjl as ações. V vn ^ C c/J Pixie-se ver isso tudo na pregação de boa qualidade. Urna das causas da pregação sem vitalidade está cm que o conteúdo náo apre senta a adequada contrapartida emocional do pregadoi Todavia, quando o pregadot '‘revive’* o acontecimento que está descrevendo, ao invés de “narrá-lo“ apenas, emocionalmente sente algo daquilo que Paulo ou Davi ou Abraão sentiram Os bons pregadores aprenderam a usar o conteú do intelectual pata despertar _e controlar o es tad o emo cio na nd o corpo 'Imaginam-se a jii propnos_coino paiticipantes, e a mente cstlmiilaas emoções apropriadas i sua experiência simulada. OTãto de que o pregador só revive o evento em sua mente rftmtra que as emoções são controladas não somente pela conduto, mas também pela conduta conscientemente observada e avaliada. Provérbios Manual de Aconselhamentos Diretivos Os conselheiras noutéticos frequentemente usam porções espe cificas do Livro de Provérbios Uma niSa pela qual eles acham Pro vérbios tão útil no aconselhamento é que ele consiste, essencialmente, de bons conselhos dados á juven tude pactuai. 0 Livro de Provérbios foi escrito primariamente para promovcT a sabedoria entre os cidadãos do povo da aliança dc Deus. Antecipa os deslizes e problemas da vida e leva o leitor u reagir biblicamente diante deles. Os Provétbios com primem. como que em cápsulas, os segmentos da vida que Deus espera
que w Se ui filho* levem neste mun do pecaminoso O livro contrasta o modo de comportar-se dos pecadores remidos com o dos pecadores inconverso*. Em essência, um provérbio (o vocábulo quer dizer comparação ou símile) é um princípio de vida agudamente declarado. O livro consiste de afirmações condensadas concernentes a esquemas pró solução de problemas em diversa« Arcas da vida c às conseqüências a que levam. Esses esquemas e consequências são expostos segundo a tendência poética hebraica para a comparação ou contraste (os pro vérbios que comparam termos normalmente contêm a conjunção "e", e os que estabelecem contraste freqüentemente contêm » adversativa "mas”). Alguns provérbios, porém, tomam a forma dc retratos mais extensos. Nos capítulos introdutórios há muitos paralelos interessantes entre as palavras usadas para descrever o propósito do livro. Por exemplo, as palavras "conselho” e “repreensão” ocorrem num parale lismo hebraico de comparação, e não de contraste, o que mostra que repreensão é semelhante ao conselho, ou seu sinônimo: “Antes rejei taste todo o meu conselho, e não quiseste a minha repreensão” (1.25). Note-se também o mesmo paralelismo no versículo 30: “Não quiseram o meu conselho e desprezaram toda minha repreensão". No capítulo 3, versículos II e 12, vêem-se com parações similares, acrescidas doutro termo: Füho meu, não rejeites a disciplina do SENHOR, nem te enfades da sua repreensão. Porque o SENHOR repreende a quem ama, assim como o pai ao filho a quem qu er bem. (. evidente que a repreensão aí referida é da espécie dc discipli na que um pai aplica a seu filho, em benefício deste. Assim é que as palavras “conselho", "repree nsão" e “disciplina" sáo empregadas em Provérbio» de maneira semelhante, ou talvez até como sinônimos. Observem-se igualmente os vocábulos empregados para ensino ou instrução. O pai exorta ao filho "Filho meu, não te esqueças dos meus ensinos, e o teu coração guarde os meus mandamentos” (3.1), e: “Porque vos dou boa doutrina; não deixeis o meu ensino" (4.2). As idéias de disciplina, advertência, repreensão, ensino, instrução, doutrina e mandamento são todas mutuamente convergentes, em Provérbios. Juntas , constituem a idéia do que seja um sábio conselho. A mesma ênfase repica em cada parte de Provérbios. Em seguida á exortação feita a um filho desobediente, este ouve: E gemas no fim de tua vida, quando sc consumirem a tua carne e o teu corpo, e digas: Como aborreci o ensino! e desprezou o meu coração a disciplina!
Quase me achci cm todo mal, que sucedeu no meio da assembléia e da congregação (5.11, 12 e 14). Em Provérbios o aconselhamento é ludo. menos não diretivo. No aconselham ento nouté tico, o livro de Provérbios desempenha uma parte significativa, porque esses provérbios dão instrução: eles oferecem conselhos e advertências diretivos. Esses conselhos incluem reprovação corretiva fTorqúFo mandamento é lâmpada e a instrução luz, e as repreensões da disciplina são o caminho da vida” - 6.23). Para os hebreus, "as repreensões da disciplina" são “repreensões cujo objetivo é corrigir" O sistema de aconselhamento advogado no livro _de Provérbios é indubitavelmente no utético . Esie livro inspirado pre sume que é necessário que a sabedoria divina seja transmitida (como x dá no aconselhamento nou tético) por meios verbais: instrução, repreensão, censura, correção e aplicação do« mandamentos de Deus, a fim de mudai a conduta para bem do interessado Transparece, através do livro ínteu^o^pensamentoconuáno â teoria dc Rogers. for exemplo, a saFedoria personificada diz: “Meu conselho e a verdadeira sabedoria" e "eu sou o entendimento, minha é a fortaleza" (8.14). A sabedoria (como o conselheiro ideal) dá conselho: diz às pessoas o que devem fazer. Como questão de fato, o livro de Provérbios exorta o jovem a dar ouvidos a outras pessoas, em vez de ficar dependendo de suas próprias idéias: “. . .não te es tribes no teu próprio entendimento" (3.5). Dificilmente se encontra riam palavras mais opostas i posição de Rogers. Assegura-se ao jovem: “Mas o que me der ouvidos habitará seguro, tranqüilo e sem temor do mal” (1.33), e se lhe promete: Filho meu, se aceitares as minhas palavras, e esconderes contigo os meus mandamentos, para fazeres atento à sabedoria o teu ouvido, e para inclinares o teu coração ao entendimento, e se clamares por inteligência, e por entendimento alçares a tua voz, se buscares a sabedoria como a prata, e como a tesouros escondidos a procurares, então entenderás o temor do SENHOR, e acharás o conhecimento de Deus Porque o SENHOR dá a sabedoria, da sua boca vem a inteligência e o entendimento (2.1-6). Fica claro, pois, que o que o jovem (ou qualquer cliente em busca de aconselhamento) necessita é uma fon te alheia, imposta de cima ao consultante com autoridade, mediante preceitos, manda mentos, instrução, palavras, repreensão, disciplina e correção. Ao Invés de animarem os clientes a monopolizarem a conversa só eles falando - os conselheiros deveriam com freqüência exo rtar os díen tes a ou virem palavras de conselho. 0 consultante precisa aprender a ouvir
ciliaçáo, antei que à aceitaçío d« sentimentos pecaminoso*. Mostra ao cliente que sua transferência negativa é evidência de que vem empre gando métodos errados na manipulação dos seus problemas. Sempre que um cliente transfere paru o seu conselheiro fortes sentimentos de antipatia, por exemplo, o conselheiro deve aproveitar-se dessa opor tunidade para observar que esse comportamento bem pode ser uma típica demonstração dos padrões subjacentes que no passado colocaram o cliente cm dificuldade. O conselheiro noutético poderia, talvez, dizer algo assim: Tiago, tanto quanto posso ver. essa atitude para comigo nSo sc justifica. Se eu errei com vocé, diga-me como foi isso, e eu tratarei de corrigir a situação; se nio, é melhor que tome nota desse modo de agir. Num ou noutro caso, você deixou de tratar do problema biblicamente, e é justamente esse tipo dc coisa que lhe vem dando problemas. Ao capitalizar elementos desse caso de comportamento pecami noso do cliente, o conselheiro já começou a ajudá-lo, nio permitindo que o pecado continuasse sem ser desafiado. Visto que lida com o pe cado nesse nível, ele é capaz de mostrar concretamente como a con duta pecaminosa produz dificuldade na vida do consultante em muitos outros níveis também. É impossível destruir o alicerce e preservar a estrutura. Porque os sistemas antibíblicos repousam em pressuposições antibíblicas. é impossível rejeitar as pressuposições e adotar as técnicas que lhes sJo adequadas e que evolvem delas. A técnica de “aceitação", dc Rogers, e a de “ transferência” , de Frcu d,*?alham devido às falácias
dc f*to presta alguma ajuda. A resposta é, de novo. nío. (I) Atitudes e conduta pecaminosas nunca são benéficas, pois violam a lei de Deus. E é fundamental questão firmada para o cristSo.que qualquer prática contrária á lei de Deus é nociva aos clientes. Assim, os cristãos devem considerar contraproducente o emprego da transferência c de todos os demais empréstimos eclético* dessa natureza Portanto, a escola dc Rogcn deve ser repudiada m tolo. Todo e qualquer remanescente desse sistema humanista que exalta o homem autônomo deve ser erradtcado. As premissas básicas levam à metodo logia. Rc}eitem-se aquelas, e se estará rejeitando esta. Para exemplificar, na prática, as diferenças entre os vários sis temas, considerc-sc a parábola seguinte: Imagine-se um pobre rapaz sentado numa tachinha, sentindo dor intensa Aproxima-se dele um conselheiro adepto da teoria somática ou quimica Ouvidas as queixas do cliente, ele imediatamente lhe prescreve calmantes ou lenitivos. A solução é anestesiá-lo. Ou quem sabe é um cliente do tipo “taça você mesmo”, que nlo tem nenhuma pílula no seu armário de remé dios Talvez recorra à sua própria soluçío química, anestesiando o cé rebro com álcool. Sc um cirurgião especializado nessa área estiver i mão, provavelmente sugerirá o corte dos nervos que estáo sendo ativados. Isso eliminará os sintomas e dará alivio ao cliente. Arrebente a luz vermelha do painel' Depois, é claro, aparecc o analista freudiano que examina a situação e diz: F-ssas dores estão localizadas perto da área sexual. Acho que o melhor que temos a fazer é pcrcoiter as experiências passadas do paciente até sua infância e examinar algumas de suas primeiras experiências sexuais. Depois, talvez, estejamos capaci tados a amenizar-lhe a dor, embora, naturalmente, não possamos dar-lhe nenhuma segurança disso. Vemos que ele foi socializado erroneamente e que seu superego é um tirano crud. Se ele puder ser re-sociaiizado, talvez melhore. (I )
Vide especialmente Phillips e Wiener. Short Term Ptycho-therapy and structured Behavu* Change iPsicolerapia a Curto Prazo e a Mudança de Conduti fcslraturada), Ni»v» lorque, McGtaw-HiU Book Company, 1966, pá ie «- 209-21Í. N c m c llvro. ot a u l u r e s tcuniriun espantosa quanti dade dc provas que contrariam as opiniões institucionalizadas. ^»de umbem S. I McMUlcn. None o f Thne Dtieasei (Nenhuma Desla» Doença*!, Westwood. Spire Booki, Fleming H Reveil Co., 1963, caps. 10 c 11. A tranifcréncia da hostilidade, no fun de cor lav pussa a »er nada mcnm que a repetição de uma reaçio pecaminosa precondlcionad* Ivlde cap Vlt. infra). Em dado caso dene padrio precondidonado, ete deve ser combatido, e j a m a i s aceito om estimulado.
Em seguida. surge um discípulo de Rogers. Quando o aflito lhe indaga o que deve fazer para obter alivio, o terapeuta replica: NSo lhe vou aconselhar coisa alguma. Estou certo de que você tem cm si mesmo todo* os recursos necessános para resolver ■ dificuldade. Vou refletir tuas questões fazendo-a» voltar a você, e vou ajudá-lo a ver com clareza e a ganhar compreensão. Agora, diga-me, você es ti transtornado? . . Finalmente, entra em cena um conselheiro noutêtKo. Dá uma olhada e vê que há uma tachinha sob o cliente. Dí/.-lhe: “Livre-se dessa tachinha. Agora que você saiu dessa, sente-se aí numa cadeira e lhe vou dizer conto você poderá, de agora em diante, evitar sentar-se em tachínhas".
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Capítulo VII CONFESSAI OS VOSSOS PECADOS A tese deste capítulo consta sucintamente em Provérbios 28.13. O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia. Essas palavras são simples e diretas. Nio há nada obtuso nelas; dizem exatamente o que querem dizer, e querem dizer precisamente o que dizem. O reroédio que Deus tem para os problemas do homem é a confissão. Ocultar as transgressões traz desgraça, derrota e ruína, mas a confissão e o abandono do pecado trarão o perdão misericor dioso e a paz. Tiago S.14 Ji nos referimos num capítulo anterior a Tiago. 5.14. Não se pode duvidar de que Tiago ensinou que há a possibilidade de uma doença provir do pecado. Tiago orientou os cristãos que ao adoecerem chamassem "os presbíteros da igreja" Esta provisão escrituristica lança rotundamente a Igreja de Jesus Cristo á tarefa dc trabalhar com os que ficam doentes por causa do pecado A obra dos oficiais da igreja não pode ser transferida aos psiquiatras com base em que aquelas pessoas são "doentes mentais". A psiquiatria não tem meios para curar enfermidades hamaritagênicas. (I) A Igreja nlo tem por que intimidar-se d unte das“ ameaças dos psiquiatras que lhe usurparam o território e que agora declaram que ela não pode retomá-lo. (2) Tiago disse que os presbíteros deveriam orar pelo paciente, ungindo-o com óleo Explicou que a oração da fé restabelece o membro doente e, se houver cometido algum pecado, ser-lhe-á per doado Tiago, além disso, exorto u os enfermos a confessarem uns ao* outros seus pecados para serem curados (versículo 16). O que
(2|
hnfcrmidade hamarliagtnic* é, literalmente, enfermidade urrada pelo pe cado". Conquanto ioda doem» rcmlic em Oltuna unálite, do pecado dc Adão, >en8S~ne»»ê senlidomdlretn XSmírturenKa, algumas doença* re sultam diretamente“3' | _ .:.»w < palavra i empregada aqui. Kreud foi além da cura. declarando que a psKanilise t "o estudo da ■Ima humaiu". c abrange instrução na “arte de vtver' Vide Hnch Frtunin, ftyehocnalym and Kelígion (Pxifanali* e Relipâol. Ne» Haven. Yale Univeriity Press. 1950. pág. 7,
Nestí uííimo sentliio i }ue
parecc é que Tiago viu forte conelaç lo enire doença e pecado. Ele presumia que muitàs doenças resultam de pecado A ciáuwla “se" do versículo 15 admite a possibilidade de qtie haia doenças proveni entes de disfunções, terimentos ou outras causas inocentes. É evi dente que Tiago reconhecia duas fontes de doenças: orgânica e inor gânica (vide retro, capítulo III, secção intitulada: Denominação Im própria). Mas se, por ou tro lado, a causa é desconhecida (e quiçá mesmo no caso de algumas causas conhecidas), Tiago dizia que quando o paciente debate a sua doença com o* anciãos e se faz oração, deve-se discutir a possibilidade de que a doença seja causada por algum pecado, e, se achar-se pecado por detrás do problema, deve ser confessado. Ao mencionar a confissão de pecado causador dc doença. Tlago referia-se primordialmente â confissão feita a Deus. Mas cie falou também de confessai os pecados "uns aos outros" A pessoa enfetma é orientada no sentido de que revele e confesse os seus pecados àqueles contta o» quais pecou. Se deva confessá-los aos presbíteros também, é problemático. Provavelmente são considerados como conse lheiros nessa questão, pois a passagem afirma que depou de orarem juntos , dá-sc a cura. Parece que o melhor modo dc entender essa porção bíblica é que o crente enfermo confessara os seus pecados aos presbíteros. Talvez seja esta a ênfase do oúrt (“pois”) com o qual começa o versículo 16, no texto grego. A generalização contida no versículo 16 (“confessai, pois, os vossos pecados uns aos outras, e orai uns pelos outros, paia serdes curados”) parecc evolver da experiência descrita nos versículos 14 e 15, que pressupõem que fora ferta con fissão aos presbíteros. A palavra exomotogéo (“confessar”) empregada em Tiago 5,16 significa literalmente: “declarar a mesma coisa“. A idéia nela contida é a de dizer publicamente (ou ao menos abettamente) a outra pessoa que vocé concorda com seu julgamento adverso acerca de sua conduta. Significa admitir a alguém mais que você pecou contra ele. A Confissão de Westminster coloca-o nestes termos: Como todo o homem é obrigado a fazer a Deus confissão particular das suas faltas, pedindo-lhe o perdão delas, fazendo o que, achará misericórdia, se deixar os seus pecados, assim também aquele que escandaliza a seu irmão ou a Igreja de Cristo, deve estai pronto, por uma confissão particular ou pública do seu pecado e do pesar que por ele sente, a declarar o seu arrependimento aos que estão ofendido*; isto feito, estes devem reconciliar-se com ele e recebê-lo cm amor. (X W l) . Que Dizer do óleo? Pode set que alguém deseje ter orientado a respeito da unção com óleo. £ incerta e provavelmente vem importância a questão se
Tiago pensava na unçlo como simultânea ou precedente ã oração. O òleo de oliva ere lido como remédio. De fato, nos tempos bíblico» o uso do óleo como medicamento era universal. Observem-sc. por exemplo. Marcos 6.13 e Lucas 10.34 (onde se vé que o bom samarilano tratou do homem que caíra em mios de salteadores, aplicando óleo em seus ferimentos). 1saias lamentava a condição do povo dc Deus que ele descreveu empregando a figura de uma pessoa machucada cujas feridas n ío foram ‘ amolecidas com óleo" (1.6). Portanto , Tiago n ío tinlia em mente mágica nenhuma, quando mencionou o uso do óleo Muito menos se estava referindo »o sacra mento católico romano da extrema unção. Como questío de fato, Tiago nío escreveu sobre nenhum tipo dc unçio cerimonial. A palavra grega •'ungir" (aleípho), empregada por Tiago, nío indica unção cerimonial. A palavra comumontc usada para unção cerimonial era chrío (cognata de ehristòt, “ungido" —Cristo, o “Ungido"). Em con traste com a palavra chrío (“ungir"), o vocábulo utilizado poi Tiago (aleípho) geralmente significa "friccionar" ou simplesmente "aplicar". A palavra aleípho era usada para descrever a aplicaçío pessoal d* unguentos, loções e perfumes que em geral tinha uma base de óleo o termo relaciona-se com lípos, "gordura”. Era empregado signifi cando a tí argamassa para paredes. O vocábulo cognato exaieipho inten sifica o conceito dc esfregar ou aplicar óleo, e dá a idéia de untar, apagar, enxugar, raspar, etc. Aleíp tet era o “ treinad or" que massageava os atletas numa escola de ginástica. Em português: alipta. O termo aleípho ocorria muitas vezes nos tratados de medicina (1) Assim é que vem á tona que o que Tiago pretendia com o uso do óleo era o emprego dos melhores recursos médicos daquele tempo Tiago sim plesm ente disse que se aplicasse óleo (frequentemente usado como base de misturas de várias ervas medicinais) no corpo c que se fizesse oração. O que Tiago defendia era o emprego da medicina aceita e consagrada. Nessa passagem ele apregoou que as doenças fossem tratadas com recursos médicos acompanhados de oração. Ambos os elementos devem ser usados junto«; nenhum deles deve excluir o outro. Po rtanto, *o invés de ensinar a cura pela fé, independente do uso dc medicamentos, a passagem ensina justamente o contráno. Mas quando se usam medicamentos, estes devem ser usados conjunta mente com a oração. Aí está a ntzío por que Tiago disse queaoraçío da fé cura o doente. Mas Tiago nio considera o emprego de remédios e da oraçAo (1)
Vide Trench. Synonym of tht New Tntumenl (Sinônimos do Novo Testamento), op. cil.
eficientes $6 nos casos em que o paciente haji cometido pecados. Nesses casos, a oraçio tem que incluii especificamente a confissão de pecados. 0 pecado está na raiz de algumas enfermidades e pode ao menos ser um fator corroboraüvo de certas complicações de al gumas outras doenças. E Tiago explicou ainda que a confissio de pe cados deve ser feita não só a Deus, mas também “uns aos outros“. Por certo a confissio nio é um fim em si mesmo. O arrependimento e a confissão são apenas meios para a reconciliação, sendo esta o objetivo último. (1) Nem Todas as Doenças têm Relação com Pecado« Especificas Ê evidente que as Escrituras nunca apresentam todas as doenças como decorrência de pecado imediato ou sequer de pecaminosos modos de viver. O livro de 16 protesta contra toda e qualquer noçlo dessa espécie. (2) Contudo, a Bíblia ensina que a existência de toda enfermidade liga-se ao pecado de Adio, e, nesse sentido, pode-se dizer que toda doença decorre do pecado; só nesse sentido, porém. Nio obstante, em muitos casos a Bíblia vé uma relaçio imediata entre pecado e doença. Em J oio S. 14, por exemplo, Jesus diz a um homem que havia sido curado por Ele; Olha que já estás curado; nio peques mais, para que nio te suceda cousa pior. 0 que parece estar envolvido aí é que sua doença proviera de algum pecado e que k ele continuasse vivendo naquele pecado, pode riam sobrevir-lhe ujízüs piores ainda. 1 Coríntios 11.30 é ainda mais explícito. Na ig rê f^ e L ’orinto estavam sendo praticados abusos com relaçio à Santa Ceia. Os cristãos estavam comendo e bebendo conde nação por nio discernirem o corpo do Senhor no pio e no vinho. Por essa razão, diz Paulo que muitos andavam fraco» e doentes, e nlk) poucos dormiam (isto é, haviam morrido). Assim Paulo, como Tiago, ensinava que Deus muitas vezes usa a doença como uma vara para castigar a Igreja a fim de pô-la em ordem e discipliná-la Portanto, Tiago concitou os cristios a formarem o hábito de orar uns pelos outros com relaçio a esse problema. Ele empregou, no versículo 16, o presente do imperativo, que significa “continuai orando uns pelos outros, para serdes curados".
(1) (2)
Vide Malmit 5.2« e 18.15 Vide também Joio 9.1-3.
Confrontação NoutétKa com os Enfermos O Novo Testamento ensina que doenças podem provir de pecados, e dal Tiago advertiu sobre a necessidade de confrontação noutética realizada pelos presbíteros da igreja. Os pastores devem estar sempre cientes do seu dever, nessa questão, quando visitam aos enfermos. Afigura-se-me que como prática normal os pastores deveriam inquirir sobre a possibilidade de õ pecado estar naTaíz da doença. À necessidade üedistingu fr enOe doença gerad a por algum pecado é doença gerada por disfunções tem sido salientada com tanta ênfase cm nossa época que os atuais pastores de linha conservadora raramente levantam a questão perante os enfermos. (I) Também é certo que se requer coragem para fazé-lo. Fica-se perguntando quantas doenças (ou pelo menos complicações de doenças) poderiam ter sido curadas mediante cuidadosa atenção ás palavras de Tiago e sua aplicação. Os conselheiros precisam aprender a levar Tiago a sério. Confessando a Outros Primeiro é preciso que o pccado seja confessado a Deus. Na lite ratura cristã muito se tem dito sobre isso. mas bem pouco sc disse da confissão a um irmão na fé. Como deve agir alguém que pretenda confessar algum pecado a outra pessoa? Um modo de responder a essa pergunta é dizer algo sobre o valor de se fazer ensaio antes de se fazer a confissão de pecados. Cristo retratou o filho pródigo empenhado em uma espécie de ensaio. Procurou imaginar o que aconteceria quando retomasse ao lar, e exercitou-sc no que diria ao seu pai. No pais dis tante. “caindo em si” durante o período de fome. ficou tão faminto que desejava comer as alfarrobas que os porcos comiam. E disse a si mesmo; Levantar-me-ei e irei ter com meu pai e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; j i não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores (Lucas 15.17-19). Toda gente sabe o que aconteceu depois. 0 pai o recebeu cheio de compaixão e amor. Coriru ao seu encontro, e o abraçou e beijou. E o filho se pós a fazer o seu discurso: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; ji não sou digno de ser chamado teu filho (I )
O falo de que u seitai que prefam • cura ibcm como a seita puquiá uica) florescem desde que a Iguja abdicou a teu legitimo papei na cura, sugere eloqüentemente uma relação causal
Antes ila hora do encontro ele havia treinado o que ia dizer. É evidente que ele nâo precisava fazer uso disso, pois o pai vinha elaborando planos mais grandiosos, em sua graça e misericórdia. Sem embargo, devemos considerar cuidadosamente o quadro que o Senhor Jesus descreveu acerca do filho pródigo, que se preparava para encon trar-se com o seu pai. "Caindo cm si'*, disse Crisu». Utna pessoa de bom siso la ti, nesse caso, diversas coisas. I. Tomará uma decisão sábia e acompanhará a mesma com ação apropriada; 2. reconhecerá o teu pecado contra Deus e contra seu semelhante; 3. procurará corrigir todos os seus erros, mesmo que isso muito lhe custe; 4. con frontará aquele contra quem agiu mal; S. preparar-se-á para essa confrontação, sendo que o meio de preparação bem poderia ser o seguinte: resolver-se e ensaiar com antecedência o que pretende dizer. É comum sucedet que quando as pessoas acham necessário confessar pecados a outrem, ou tratar dalgum problema de relações interpessoais, é-lhes muito difícil fazê-lo porque em geral se constitui numa experiência nova, com a qual nâo estio familiarizadas. O resul tado é que alguns podetáo cometer enganos que só servem para com plicar um relacionamento já periclltante. Mesmo a pressão e a tensáo próprias de casos dessa natureza, além da falta de familiaridade com tais sdtuaçóes, unem-se contra o cliente. Às vezes ajuda um ensaio daquilo que o cliente terá que fazer. Na sessão de aconselhamento anterior i situação decisiva, o cliente pode treinar o que dizer e fazer. Um dos conselheiros faz o papel da pessoa com quem o cliente deve falar. Se há outro conselheiro, este deve funcionar como diretor. Há, por certo, o perigo de que o cliente apenas papagueie o que foi sugerido pelo conselheiro. Assim, antes de pór em função qualquer ensaio, antes de enviar quem quer que seja a fazer confissão a outrem, o conselheiro trata de assegurar-se da genuinidade do desejo expresso pelo cliente dc buscar a reconciliação. Certamente, uma boa confissão a Deus é um dos indícios fundamentais. A questão toda deve set manipulada com espirito de arrependimento, dc sorte que se venha a produzir fruto apropriado ou digno dc arrependimento (Mateus 3.8). A menos que a cada passo a dar se peça a bênção do Espírito Santo, o resultado nâo passará de encenação. Em acréscimo i ajuda dada aos clientes para a confissão que devem fazer, a dramatização de ensaio mostra se o cliente está enten dendo o que vai fazer, Às vezes a representação cénica ajuda o conse lheiro a descobrir erros na compreensão que o cliente está lendo da situação que precisa ser cnmgida. Sobretudo, a encenação para treinamento pode revelar problemas que doutro modo poderiam passar despercebidos ou cuja gravidade o cliente nâo captara.
Nâo K P ermita Subestimai Durante o ensaio ou dramatização, é particularmente útil ante cipar algumas coisas que tenham a possibilidade de acontecer. A ma neira como um cliente aborda e demonstra a situação noutética é importante, mas como ele reage á reconstituição dos fatos é de igual valia. É comum suceder que quando um cliente pede perdão a outra pessoa, esta procura apequenar-lhe o problema Um marido, por exemplo, diz á esposa: “Meu bem, sinto muito pelo que fiz outro dia, saindo enraivecido de casa". Ela replica “Ora, João, não pense mais nisso; esqueça-o; isso não me molesta”. Quando se põe a subestimar o problema dessa forma, o cliente é fortemente tentado a permitir-lhe agir assim, e dar a questão por encerrada. Ao comrãrio, porém, deve ter o cuidado de dizer alguma coisa como esta: Não, estou falando sério Pequei contra Deus e ofendi a você. Não quero que você trate o que fiz como algo sem impor tância. Realmente quero o seu perdão e preciso que você me ajude a ser uma pessoa diferente no futuro. Desse modo ele consegue uma decisão genuína por pelo menos duas razâes importantes: Primeiro dc tudo, o pegado nunca deve apequenado. O pe cado rH fip oa è ser avaliado de modo superficial porque é con trino a Deus. Pecado é violação dos mandamentos de Deus. Com relação a Deus, (odos os pecados são igualmente horríveis, embora seus efeitos possam diferir amplamente. E assim, quando o cliente continua a in sistir com a outra pessoa, ele o faz pedindo uma dectsão real da parte dela. acerca de uma grave questão. Em subestimar o pecado pode ser um modo pelo qual a~õu?íãpe»o^procura cvTtar let que tomar uma JccisSu definida. A redução das proporções do pecado pode sei uma tentativa de fuga a ter que enfrentar a possibilidade de oferecer o perdão verdadeiro, rejeitando assim a reconciliação. Somente pressionando a pessoa a res ponder á pergunta: “Vocé quer perdoar-me’ " poderí o cliente estar seguro de que o problema foi bem posto e resolvido. Quando o cliente resolve uma questão com outra pessoa dessa maneira, pode ir-se com paz no coração, pois o restante serã bem resolvido, dc um jeito ou doutro. Só depois disso é que o cliente pfle a outra parte a par do motivo pelo qual a procurou, pedindo-lhe perdão, para que se chegue a uma plena decisão sobre o assunto, de modo que a questão fique encerrada. Esta é a razão pela qual muitos procuram fugir á situação em que tenham que dizer decisivamente “Sim, eu o perdôo” , ou então, “Não, eu não o perdôo”.
Quando Joana veio em busca de aconselhamento, esperava que os conselheiros iriam responder a suas lamúrias e lutocomiierações como outros o haviam feito. Seus amigos lhe havtam assegurado que seu ressentimento contra a própria mie era justificado, e que ela já havia feito tud o que podia qu an to às péssimas relações entre ambas. Restava-lhe aprender a conviver com seu problema. Todavia, seus con selheiras ressaltaram a importância de corrigir os seus erros, principi ando com a confissio do seu ressentimento e dos odiosos atos que isto a levara a praticar. Sugeriram-lhe entio que ela e sua mâe elaborassem um programa em que sua m ic pode na envolver-se positivamente com ela e com seus filhos. Quando Joana foi tratando de acerlar as coisas com a mie, esta suspirou de alivio, dizendo que ela também sabia que como cristis já deveriam ter-se reconciliado há muito tempo. Juntas, desenvolveram nova forma de relacionamento, porque Joana pedira i sua mâe n io só perd io, mas também ajuda. Pedir ajuda leva a outra parte a sab er ime diatam ente que as inte nçõ es sio sérias. Procurando Ajuda Na dram atizaçio ensina-se o clien te n io somente a pedir per dio mas também, sempre que possível, a pedir auxf.. v Ele precisa de ajuda para rom per os velhos costu mes e estabelecer novos, biblicos. Precisa de ajuda para desenvolver novas relações com seu trmio, agora que se fez a reconciliação. Doutro modo, ele e outros podem deslizar de volta aos velhos padrões pecaminosos isto n io só propicia auxílio ao cliente como também lhe dá, e ao seu amigo, a oportunidade de estabelecerem melhores relações daí por diante, incentivando-os a ponderarem nio só os problemas da situaçio imediata mas também os pontos subjacentes a seu relacionamento. Só nesse nível é que os debates e as ações que se façam produzi rio a relação desejada. Somente en tio pod erio de fato pedir a Deus que abençoe sua renovada amizade. Às vezes, em lugar de encenar o papel de subestimador do pe cado, o conselheiro pode reagir negativamente para ver como é que o cliente lida com a hostilidade. Estará interessado, por exempio, em descobrir se o cliente aprendeu a enfrentar a ira de modo cristio. Podem-se imaginar muitas outras possibilidades, variando de acordo com os casos individuais. Essas sio as maneiras pelas quais a drama tizaçio é útil, e é possível que existam outras modalidades em que também ela seja útil. Doença Psicossomática No que Paulo (1 Coríntio s 11) e Tiago disseram n io há nada que indique se as doenças relacionadas com pecad os - por eles men cionadas eram psicossomáticas, ou julgamen tos infligidos direta-
mcnic, ou julgamentos providenciais envolvendo o emprego de in fecções ou acidentes. En tretan to, há porçOcs da Escritura que discutem em pa rticular os efeitos psicossomáticos do pecado não confessado. No Salmo 32, Davi afirma que através da confissã o e do perdão vem a bem-aventurança. Nos versículos um e dois encontramos esta proposição: Bem-aventurado aquele cuja iniqüidade i perdoada, cujo pecad o é co be rto. Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR nâo atribui iniqüidade, e em cujo espírito não há dolo. Ainda na parte inicial do Salmo há uma descrição do estado de infelicidade característico do pecado mantido oculto, causando aflição de alma e corpo (versículos 3 e 4). Como argumento, ele comunica sua experiência pessoal “ Enqu anto calei os meus pecados" (isto é, antes dc eu confessar os meus pecados) •‘envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia”. As expressfles de Davi mostram quão duros podem >cr os efeitos psicossoináticos 'd q je c a d o A tormen ta dessa"condição fé-lu sentir-se como se os ossos dõ seu corpo estivessem ficando velhos e prestes a queFrar-s«. Tanto lhe padecia o corpo que ele soltava gemidos o diã~Tnteiro. O emprego da figura de ossos que sofrem, em outras partes, ajuda-nos a compreender aqui o seu sentido. Provérbios 14.30 diz: “O ânimo sereno é a vida do corpo, mas a Inveja é a podridão dos ossos’* (ou, acom panhando a “Tradução de B erkeley”, “A mente descontraída favorece a saúde física, mas a paixão é podridão para os ossos"). São evidentes os efeitos psicossomáticos da mente que está era pa 2 (descontraída), livre da pressão e tensão da culpa. Notem-«; os ele mento s an tít éticos nesse versículo: mente versus co rpo; descontração versus paixão; suudc física versus podridão dos os&os. A saúde física contrastada com a podridão dos ossos mostra que a última expressão se refere aos efeitos psicossomáticos de distúrbios internos sobre o corpo. A idéia de que há problemas psicossomáticos não é nova. A Bíblia muito tem a dizer sobre isso. O Salmo 3 8 J também é instrutivo: Não há parte sá na min ha carne, por causa da tua indig nação; não há saúde nos meus ossos, por causa do meu pecado. O paralelismo do versículo terceiro também nos ajuda a com preender o sign ificado das referências que Davi faz à dificuldade que tinha com os seus ossos. Na primeira metade do versículo, ele escreveu: “Não há parte sã na minha carne", o que explica o significado do para lelo sinonímico da segunda metade daquele versículo: "nâo há saúde
nos meus ossos"). O segundo termo paralelo do versículo também mostra a identidade de sentido: “por causa da tua indignação"; “por causa do meu pecado”. Davi menciona o resultado e sua causa, a ira de Deus face ao pecado de Davi. Os pares de palavras, “carne” e “ ossos” e “parte s f ’ e “ sailde” (ou “paz’*) indicam qu e os termos foram usados como sinônimos. Quando Davi falava de podridão nos ossos, de ossos desgastando-se, de ossos doentes, ou de ossos dando a sensação do que se haviam fraturado, parece que estava falando do corpo todo, de modo geral. Nada mais natural, visto que o corpo é estruturado sobre os ossos. Os ossos são o elemento estrutural mais básico do corpo. Mediante uma simples tinédoque (em que se toma uma parte para representar o todo), Davi retratou o corpo inteiro como estando doente, o corpo inteiro como havendo sido atingido pelo pecado. 0 paralelo exato que existe en tre “ca rne” (o u “c or po ”) e “ossos”, no versículo terceiro do Salmo 38, toma provável essa conclusão. ( I) 0 seguinte trecho do Salmo 38 deixa ver mais prontamente os efeitos psicossomáticos do pecado: Ardem-me os lombos, e nio há parte sf na minha carne. Estou aflito e mui quebrantado; dou gemidos por efeito do desas sossego do meu coração. Na tua presença, SENHOR, estão os meus desejos todos, e a minha ansiedade não te é oculta. Bate-me excitado o coração, faltam-me as forças, e a luz dos meus olhos, essa mesma já não está cocnigo" (versículos 7-10). Esses sintomas todos podem ser efeitos da angústia do corpo. O rápido bater do coração é uma reaçáo de medo. Ele está com de pressão geral. Sente-se como esmagado por um fardo e não acha paz em seu corpo; isto é, o corpo dá a sensação de que está em constante aflição. Depressão “Porque a tua mão pesava dia c noite sobre mim”, clamava Davi (Salmo 32.4). A mão de Deus o calcava firme. Ele se sentia literalmente deprimido (oprtmido). Era como se a mão de Deus o estivesse compri mindo. Ele cria que a depressão vinha da parte de Deus e a considerava (1)
Ver também J. A. Sanders, The Dead Seu Ptahru (Os Salmos do Mu Morto), (taca. Cometi Univerúty Preo. 1967, pág. 71: “Por meu« pe cados cu estava próximo à morte, e minhas iniqüidade; me venderam ao sepulcro'' . * . "oxalá Satanás não me domine, nem algum eipínto imundo; oxalá nem a dor nem a mcltnaçáo para o mal tomem pou* de
como o misericordioso castigo de Deus, exortando-o e levando-o to arrependimento. O sentimento de culpa o esmagava. O "meu vigor” (ou “a minha seiva e o meu humor”) “se tomou em sequidio de estio”. Eram evidentes o« efeitos que aquela ansiedade produzira no corpo. Secou-se a saliva de sua boca reaçfo natural num estado de ansiedade. Em muitos aspectos, o Salmo 51 é paralelo ao 32. £ bem pos sível que os dois Salmos se refiram ao mesmo evento. No Salmo 51 Davi escreveu sobre seu pecado contra Urias e Bate-Seba. 0 Salmo é o registro de seu arrependimento, depois que Nati o acusou dc adul tério c assassinato. No terceiro versículo ele descreveu o estado de ansiedade causado por sua consciência culpada, antes do seu arrepen dimento. Ele escreveu: “o meu pecado esti sempre diante de mim’'.(l) (1)
A experiência do aconselhamento uiblinha i idéia bíblica de qur, em tua maioria, u pe uo u itbcm por que estão perturbada», ainda quando o ne guem de início. Sempre que as conselheiros laboram na pressuposição de que a coisa é lUirri. as pessoas em geral despeiam tuas defesas e contam ludo. Os conselheiros que pressupõem que o» cliente» nâo conhecem os problemas dc sua rida. tendem a Ignorar ou a relnterpretar genuínas expressões de culpa, pelo que desanimam e confundem os clientes quanto is causas de suas difkuldadei Uma questão séria é «e um cnstSo cuja consciência o julga de acordo com os explícitos padrões das Escrituras pode alguma vez ficar deprimido pela culpa de um pecado cometido, sem que o pecado esteja "sempre diante dele". Veia também 16 6.30. Alguns que aliás poderiam estar ciente» do seu pecado, mas que foram ensinados por outros que o pecado não se relaciona com a depressão, precisam receber a demonstração dc que os sentimentos fluem das açõci. Natural mente, hi pessoas "insensíveis", cuja consciência foi "cauterizada com ferro em brasa". Quanto eu possa saber, nio parece que a Bíblia fale do assim chamado sociopata (psicopatai, que se supõe ter pouca ou ne nhuma consciência. Esse assunto requer maiores estudos. Provérbios 28.1 retrata vrvidamente os efeitos de uma consciência culposa e cheia de sombras. "Kogem os perversos, nem que ninguém os persiga; mas o justo é intrépido como o leio". A consciência culpada leva «o temor, e uma boa consciência leva à coragem. O» ímpios fogem dc muitas maneiras. A consciência de Henrique estava carregada dc culpa. Andando certo da pela rua, ele viu Ronaldo, que vinha pelo mesmo caminho. Henrique sabia que havia lesado a Ronaldo num negócio que unham feito «, ao vfto, Henrique foi subitamente tomado de medo. e achou que tinha que evitá-lo a todo custo. Vuou uma esquina tio velozmente quanto pôde c escapou. SenUa-se capaz de fazer qualquer coisa para evitar o encontro com Ronaldo. Henrique o havia prejudicado, e, por isso, Ronaldo passou a ier uma fonte de iensio para Henrique. não perdoadas são vulnerável». Muitai vezes acabam ficando
Sua consciência estava em açáo, acusando-o continuamente do seu pecado. Constantemente, dia e noite, ela o perturbava. E ele clamou: Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que exultem os osso« que esmagaste (versículo 8). Sua condição anterior era como se tivesse os ossos doloridos e envelhecidos (apodrecidos), fazendo-o gemer o dia inteiro; afinal, era tio agudamente penosa que se aproximava da dor que se sente quando se fraturam ossos. A mesma espécie de dissertação se pode ver no Salmo 38. No versículo primeiro, Davi torna a relatar sua experi ência. Descreve como Deus o repreendera em Sua ira e o castigara em Seu furor. Retrata-se a si próprio como um soldado ferido, prestes a cair, com as flechas de Deus nele profundamente fincadas. Repete a descrição da mio de Deus premindo-o pesadamente. Nos versículos três e quatro ele amplia o relato dos efeitos da culpa sobre o corpo. Com palavras que mostram nSu haver nenhuma dificuldade em rela cionar o pecado com os seus efeito* físicos adversos, Davi lamenta: Não há parte sã na minha carne, por causa da tua indig nação; não há saúde nos meus o«sos, por causa do meu pecado. Pois já se elevam acima de minha cabeça as minhas iniqúidades; como fardo* pesado« excedem as minhas forças. A pressão exercida pelo sentimento de culpa era insuportável. Davi relutava com sua condição. Era-lhe tão amarga que ele só podia exclamar: "Tornam-se infectas e purulentas as minhas chagas, por causa da minha loucura” (versículo 5). Ele lamentou: "Sinto-me encurvado o sobremodo abatido, ando de luto o dia lodo ” (versículo 6). Nenhuma figura de linguagem era apropriada para descrever sua desdita. Davi descreveu-se a si próprio como um soldado ferido jazendo desam parado no campo de batalha, cob erto de chagai purulentas. Tal agonia de alma era como se ele estivesse sendo esmagado sob um fardo mais pesado do que poderia agüentar. Era como se ele estivesse pranteando a morte de um ente querido. Diz ele: "Ardem-me os lombos, e não hã parte sã na minha carne (versículo 7) O sofrimento arminou-lhe o cor-
alo» que nio tttn retocão direta com elo . Unu p a to«. culpada gode rccUmai que um sermao foi f a lo viaájido < iiuc^-ia pta oalmcntt, ou, tc fhcfalta coragem jura afirmai mo, criticara algum atpecio Incwcntaldo sermío oualgum» supona Jnfcita dominiilro. Chamar uma pesaoa deuiu ác paiatíSic» ? interpretar íilunintlc a dinimics do seu problema. Poi outro lado, o bomem que está em pa/ com Deus e com o próximo é invul nerável pode ter intrépido como um leio. t
po. Ele declara: "Estou aflito e mui quebrantado; dou gemidos poi efeito do desassossego do meu coração” (versículo 8). E ora Na tua presença. SENHOR, estão os meus desejos iodos, e a minha ansiedade nio te é oculta (versículo 9). Davi esgotou os seus recursos; ficou cheio de angústia. Viu que nio podena mais suportai a dor Esteve prestes a fraquejar duma ve*. Nesse ponto , relembrou a causa desses sofrimentos e resolveu adotar a única solução para o problema: Pois estou prestes a tropeçar, a minha dor esti sempre pe rante mim Confesso a minha iniqüidade; suporto tristeza por causa do meu pecado (versículos 17 e 18). Esses trechos dos Salmos 51 e 38 tém paralelo no Salmo 32. Todos os trés Salmos falam da mesma espécie de ansiedade, da mesma sorte dc depressio, do mesmo tipo de sofrimento físico, da mesma classe dc reações emocionais nas entranhas. Todos o* trés descrevem a ansiedade do homem que sente a culpa de seu pecado e sc sente esmagado por essa ansiedade. Resumindo, pois, o primeiro argumento comprovado por Davi em seu conflito intimo foi este: esconder pecado produz sofrim ento de alma e de co rpo (Salm os 32.3,4). (1 ) Felicidade Mediante a Confissão O segundo fato a notar-se no Salmo 32 é que a confissão dc pe cados dá alívio e felicidade. Davi o expressa nos versículos 5 a 7: Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade nio mais ocultei. Disse: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniqüidade do meu pecado. Confissão t reconhecimento e admissão de que se cometeu pe cado. "Confessei-te meu pecado e a minha iniqüidade nio mais ocul tei”. A confissão inclui a rejeição do padrão inicialmente estabelecido no Jardim do Eden. Ali, Adio e Eva negaram-se a reconhecer o seu pecado, procurando.em vez disso, lançar a outrem a sua culpa. Mas Davi reconheceu que havia caído em pecado, que tinha violado a lei de Deus. Encheu-se de tristeza poi causa do seu pecado. Derramou o coração diante de Deus e Lhe rogou que o purificasse, que o perdoasse c que lhe restaurasse a alegria. A palavra neotestamentária para "confissio” (I>
A eupcnéncia ilutlra bem a dinâmica humana na depresuo cauuda peta culpa. Quiçá nio luja problema mau f requente do que ette, Jentre o» encara dm pelcMccmtelheiroi noutético«. Grande foi a bondade de Deu« ao diu exemptu li o claio como o que vemoj em D»vl para ajudar-noa no modo de lidar com a depressão.
significa "admitir" ou “reconhecer", ou, literalmente, “dizer a mesma coita". A confissão ganha realidade quando o penitente vê-se a ti pró prio como Deu> o vê. Confissão é dizer a mesma coisa que Deus diz acerca do pecado daquele que se confessa. £ declarar-se culpado das acusaçOes feitai p da própria consciência Este conceito de contissSo ê~de fundamental importância para o aconselhamento bíblico. Somen te mediante a confissão de pecados podetn os cristãos reabilitar-se diante de Deus. A confissão e o perdão mediante Cristo aliviam as pressões que fazem »urgir os efeitos psicossomáticos do pecado. Mas a confissão nio deve restringir-se ao papel de instrumento para a ob tenção de alívio do infortúnio; primeiramente e acima de tudo. deve ser o esforço dc proclamar que Deus está certo e que nós estamos errados. Portanto, a confissão é absolutamente indispensável ao acon selhamento. De acordo com Salmos 51.4,5, Davi confessou: Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal pe rante os teus olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar. Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe. É preciso que as palavras de Davi não sejam mal compreendidas. A Confissão de Fé, dc Westminster, está certa quando diz que, ao errar, o cristão “deve estar pronto, por uma confissão particular ou pública do seu pecado e do pesar que por ele sente, a declarar o seu arrependimento aos que foram ofendidos” (XV’.V1). Pois bem, quando Davi falou daquela maneira, não pretendia que seus erros contra Urias e Bate-Seba fossem confessados somente a Deus. Certamente Davi, i semelhança do filho pródigo, havena de estar pronto para confessar: "Pequei contra o céu e diante de ti” (Lucas 15.18). Suas palavras não contradizem as de Tiago 5.16. Sem dúvida, Davi reconhecia que havia feito um mal tenível contra Bate-Seba e Urias. A declaração de Davi não ignora os efeitos sociais ou horizontais do pecado. Mas, quando escreveu: Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos, de maneira que serás tido por ju sto no teu falar e puro no teu julgar (versículo 4) estava querendo dizer algo assim: Senhor, vejo e reconheço que violei Tua lei, e não apenas a lei do homem. Contra Ti - isto é, somen te por Teus padrões, ó Deus - hei de julgar-me a mim; pois pequei contra os Teus padrões. Transgredi Tua san ta lei. Confesso que verdadeiramente
sou utn vil pecador, pois meu pecado t uma afronta direta a Ti. 0 que fiz é horrível, porqu anto q uebrantei a lei divina, nio ape nas a humana. C assim, quando pronunciaste o vercdito contra mim, por intermédio de Natã, Teu profeta, reconheci que o Teu veredito era verdadeiro e concordei com ele. Eu te confesso o meu pecado A verdadeira confissio envolve arrependimento perante Deus. Jamais deverá ser apenas uma técnica pela qual se possa obter alívio da angústia ou se possa fazer as pazes com outrem. Entretanto, a confissio traz alegria pelo fato de saber-se per doado dos pecados confessados. Davi resumiu essa experiência em palavras memoráveis: Bem-aventurado aquele cuja iniqüidade é perdoada. Bemaventurado o homem a quem o SENHOR não atribui iniqüidade (Salmos 32.1,2). Dentre os elementos de tal perdão está a grandiosa alegria da sere nidade obtida, a bênção de ver a questão toda resolvida e posta em paz, uma vez por todas: "Tu mc cercas de alegres cantos de livramento” (Salmos 32.7). Davi conta que a alegria do perdão é como anéis forma dos pelo povo ao seu redor, elevando aclamações c cantando louvores a Deu s. Sente-se tSo jubiloso e tão feliz que é como se fizesse parte de uma multidão a cantar hinos ao Senhor. Em outro lugar, ele o coloca nestes termos: "Livra-me do» crimes de sangue. 6 Deus” (Salmos 51.14), a saber, das conseqüências de haver assassinado a Urias. Davi clamou: perdoa-me e alivia a minha alma da carga desta culpa. E a minha língua exaltará a tua justiça. Abre, SENHOR, os meus lábios, e a minha boca manifestará os teus louvores. (14,15). Vindo o perdão, Davi ficou tão contente que se pôs a cantar em altas vozes. Alegria assim - alegria que nos leva a cantar - é exata mente o que procuram as pessoas que vêm atrás de aconselhamento. Davi nos indicou o caminho. Podem-se citar muitos casos do mesmo tipo. Clientes que, por meio do aconselhamento noutético, confessaram pecados que manti nham ocultos, ( I ) entraram a desfrutar felicidade que de há muito dev (1)
A extraordinária mudança do sentimento de depressão c angústia para a alegria e o cântico pock dir-«e repentina c rapidamente. Num cetlo caso, uma mulher que estivera tentando fugir a sua respomobiluiad« durante o devenvolvet de um difícil problema, quando encarou e a a (atos, voltou atras dramaticamente cm nta atitude. E isso, depoti da segunda leuáo. Doas semanas antes, um psiquiatra the receitara trata mento com choque.
conheciam. Uma mulher declarou que uma amiga de ma filha lhe contara que tua filha havia dito: " M un ir e papai estão parecendo recém-casadoí" Outra diste: “ Em todo» os nossos treze anos de ca sados, nunca experimentamos tal felicidade".
Provérbio* As Escrituras, coerentemente, nlo deixam de notar o» benéficos efeitos da vida reta No livro de Provérbios tão abundantes as refe rências a isso. Provérbio» 3.1,2 afirma: Filho meu, nffo te esqueças dos meus ensino«, c o teu coração guarde os meus mandamento»; porque eles aumentarão os teus dias, e te acrescentarão anos de vida e paz. Esse provérbio afirma que vida longa e paz mental vém mediante a guarda dos mandamentos de Deus. Esse princípio é reiterado cons tantemente no livro todo. Provérbios diz, por exemplo, que deixar o mal e ter reverência para com Deus traz “saúde para o teu corpo, e refrigério para os teus ossos” (3.8). Provérbios 3.16 descreve a sabe doria dizendo que “o alongar-se da vida esti na sua mio direita, na sife esquerda riquezas e honra” . O escritor inspirado exorta: “Ouve, filho meu, e aceita as minhas palavras, e se te muitiplicarSo os anos de vida" (4.10). E explica: Filho meu, atenta para as minhas palavras; aos meus ensi namentos inclina o teu ouvido Nio os deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-os no mais intimo do teu coraçio. Porque sfk> vida para quem as acha, e saúde para o seu corpo (4.10-22). A Bíblia ensina que certa paz mental que leva a uma vida mais longa e mais feliz provém da guarda dos mandamentos de Deus. Uma consciência culposa é uma carga que arrebenta o corpo. Uma boa consciência é um fator significativo que leva à longevidade e i saúde físicas. Deste modo, em certa medida, o bem estar somático (do corpo) de uma pessoa provém do bem estai de sua alma A estreita conexão existente entre o comportamento de alguém diante dc Deus e suas condições físicas é um princípio bíblico firmado Acomelhando a Outros Finalmente, na úJtima parte do Salino 32, Davi dtz que era seu desejo compartilhar a experiência do gozo de tal perdlo e aspirava a usar a sua experiência para aconsalhar outros. Nos versículos 8 e 9, pois. ele explica o seu desejo: lnstruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e sob as minhas vistas te darei conselho.
E exorta ao leitor: Não sejais com o o cavalo ou a mula. $em enten dim ento, o» quais com freio e cabrestos são domin ados; de outra sorte não te obedecem Alguns acham que Deus (e náo Davi) é quem fala nos versículos 8 e 9, mas há boa evidência dc que nSo ê assim. Observe especialmente o paralelo exato que se encontra en> Salmos 51.13. Ali, depois de as segurado o perdão, igualmente diz Davi; “Então ensinarei ao* trans gressores os teus caminhos, e os pecadores se converterão a ti". A rea ção natural do perdoado é auxiliar outros, compartilhando com ele* a própria experiência e, especificamente, aconselhando outros que se achem em dificuldades. Pais Aconadhando a Sem filho» Eventualmente, uma das nroOes poi que os pais fracassam em suas tentativas de aconselhar os seus filhos, ê que laramente o» pais partilham seus fracassos com eles. Ao contrário, lêm a tendência de falar de como fotam bem sucedidos na escola, que filhos bonzinhos foram, e assim por diante. Agindo assim, criam ideais que em geral não correspondem ao* fatos como realmente ocorreram, mas somente como eles gostam dc lembrá-los. Não *6 isso; mesmo que essas estórias fossem verídicas, náo senam de grande ajuda. A criança que peca precisa aprender sobre as conseqüência» da sua queda por meios con cretos, sobre os problemas que a queda produz, sobre o que fazer para evitar a queda, e como lidar com a queda quando esta ocorre. Lendas míticas de êxitos paternos não ensinam esses princípios. Davi toca tecla inteiramente diversa, tecla de genuíno aconselhamento. Partindo da sua própria queda em pecado, Davi exorta os demais á obediência vitoriosa. Isso ê penoso, como prontamente se pode ver na poética nar rativa de Davi; não obstante, o interesse noutético moverá o conse lheiro a partilhar até as experiências pessoais dolorosas, sempre que essa participação ajude a outrem. Observe também a natureza diretiva do aconselhamento feito por Davi. Antes de tudo , os verbos “iru tniir" e "ensinar” são palavras diretivas. Significam “instruir" ou “Ireinar" ou "exercitar" alguém no caminho em que deve andar. Está plenamente clara a idéia de rees truturação da vida de outra pessoa. O* discípulos de Rogers só podem estremecer de horrot em face de tal pensamento. Mas Davi foi mais longe, dizendo; "Eu não só vou ensiná-lo e exercíti-lo, mas também vou guii-lo". 0 treinamen to e a instrução estarão sob a supervisão c orientação de Davi. Ele acompanhará o» resultados e se assegurará de que suas instruções estão sendo seguidas "Não tirarei os olho* de você”
Esses métodos de aconselhamento só são adequados is presunçóes noutéticas No curso desta obra se dirío mais coisas a respeito da reestru turação mediante o treinamento. O Salmo conclui (versículo 9) com uma forte exortaçio &con fissão: NSo sejais como o cavalo ou a mula, sem entendim ento, os quais com freios e cabrestos sSo dominados. Davi insiste: "NSo espereis que Deus ‘arranque’ de vós uma confissão, como o fez comigo”. Provavelmente o nono versfculo não indica que a mula tem que ser retida, de modo que não chegue perto, mas, antes, que tem que ser arrastada com freios e cabrestos. Em outras palavras; Não sejais como eu, sem enten dim ento, deix ando de con fessar a Deus o meu pecado. Ao invés disso, vinde voluntaria mente a Deus. Não espereis ser levados confissão pelo cabresto. Estultamente ocultei o meu pecado, e só o confessei depois que a mão de Deus fez pesada pressão sobre num, só depois que o meu corpo foi terrivelmente afetado por minha culpa, só depois que minha alma se afligiu, e só depois que fui confron tado por Natã naquele encontro vexatório. Em vez disso, vinde espontaneamente. EntSo vós também sereis como aqueles que encontraram a bênção do perdão dos pecados c alegram-se no Senhor, regozijam-se e exultam (versículo 11). Dessa maneira, os conselheiros noutéticos apegam-se firmemente ao princípio enunciado em Provérbios 28.13; O que encob re as suas transgressões, jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia. E confiantemente asseguram aos seus clientes que deste modo enco ntram misericórdia em Deus. Essa metodologia é bíblica; portan to, é certa e segura. Atende ao princípio noutético fundamental de que os problemas do homem brotam do pecado, e desse princípio decorre. Pessoas deprimidas, cujos sintomas deixam de mostrar qualquer sinal de raiz bioquímica, devem ser aconselhadas com base rui pressuposição de que alguma culpa é a causa da sua depressão. Às vezes se usa no aconselhamento o diagrama da página seguinte Pede-se aos clientes que considerem tudo que podem pensar que acaso os esteja sobrecarregando (tanto coisas grandes quanto pequenas). Nem sempre o diagrama é útil ou necessário. Muitos cliente» com nada mais que as perguntas iniciais e comuns vão direto oo cerne do seu problema. Todavia, ele fornece ao cliente uma estrutura básica
para uma importante tarefa de casa, se è que ele nâo produz pronta mente dado» adequados. (I) O formalo capacíta-o a refletir sobre a relaçío existente ventre a sua depressão e a causa desta. Às vezes acorrerá que os clientes voltaráo depots de marcado o trabalho com uma lista de pecados, alguns dos quais estio apagados ou nscados porque, revelam eles: “Como resultado da tarefa passada para casa. eu já liquidei essa questão".
ictiu qualquer pecadot não perdoado« cm «ia fsereva Junto vida, pccaitoi qur cucjam aumentando a caiga da culpa c. por iwo. o depnmcm. Cada ponio tratado alivia a c*rpj, fi-lo tentirte mais cli vado e o capacita a manejar outro« pioblema.« com maior prontidão
II)
A qucitão dc marcar larelai para cata icrj nccnHanamrntc discutida mfra (pás. 187 i
Capitulo VIII RESOLVENDO NOUTETICAMENTE OS PROBLEMAS O Problema Fundamentai do Homem Quando Deus criou o homem, deu-lhe a comissão de "sujeitar” 0 mundo c “dominá-lo” (Génesis 1.28). Somente o homem foi criado 1 imagem de Deus llm dos aspectos dessa imagem era. como a pas sagem o indica, autoridade e governo. Ao hoinent competia refletir o governo de Deus mediante um governo real exercido sobre a terra. Evidentemente, esse governo a ser exercido pelo homem em um go verno derivado; o de Deus é-Llie natural, como o Criador de todas as coisas. Quando Adão pecou, o homem perdeu esse domínio e até hoje não o recuperou plenamente. O autor inspirado da Epístola ao» Hebreus observa que todas as coisas não estio ainda sujeitas ao homem. So mente em Cristo esse governo humano foi verdadeiramente aperfei çoado (Hebreus 2.8.9). Cristo fez-Se homem, ressurgiu dos mortos e foi exaltado ao trono do reino celestial de Deus. Entretanto, mesmo o homem redimido está ainda sujeito ás dificuldades e aos efeitos do pecado. O pecado produziu inversão no governo do homem sobre a terra, de sorte que a terra ganhou domínio sobre o homem. A terra começou a op ôr resistência; produziu espinhos. 0 trabalho do homem já n io se restringia mais a lavrar e cultivar o jardim, mas. agora, com o suor do seu tosto, viu que tinha que lutar arduamente contra a terra para prolongai a existência Sempre que o homem deixa de agii assim, o impacto da inversão fica patente. Muitíssimo naturalmente, (1) o pro blema do aconselhamento é que, contra o mandado dc Deus, os clientes tém permitido que o ambiente os dirija. O cliente que resmunga: “Nio posso; sinto-me desamparado” , está simplesmente se rendendo ao do mínio do pecado num universo pervertido que se levanta contra ele. Nenhum cristão tem direito de agir dessa maneira. Ao cristão compete “sujeitar” seu ambiente. O mandamento de Deus ainda está vigente; o cristão é chamado para dominar seu meio ambiente. Pela graça de Deus ele pode fazé-lo. Desse modo, pode voltar a refletir a imagem de Deus. subjugando c governando o mundo ao seu redoi O retra to de um homem anulado pelo meio ambiente e por ele dominado, enco( 1)
"Muitíuiiroo naturalmente” , por causa da onentaçio pec am inou do homr.ni natu ral" (Vide I Corí ntlm 2),
Ihldo com medo. diante dele, e, premido por ele, clamando que se vé sem possibilidade de ução, é, decerto, uma lastimável distorção do retrato do governo exercido pelo Deus Todo-poderoso. Essa distorção da imagem de Deus é tão grosseira que vicia o próprio conceito do governo de Deus. Os enstíos cuja orientação básica foi de tal modo invertida que eles náo procuram glonfícar a Deus, precisam aprender à tomai a iniciativa, a subjugar c governar o que o cerca. N#o fazer nada é fa/cr algo Omitir a aplicação das soluções bíblicas aos proble mas é favorecer a continuidade das condiçóes pecaminosas. Aceitar esses problemas e acomodar-se a eles contraria a» ordens de Deus. 0 conceito de adaptação do pecado é antibíblico. Quatro métodos de se enfrentar os problemas sâo expostos no seguinte gráfico:
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A primeira figuia representa o homem indo em tomo. a segunda, o homem indo ao lado. a terceira, a homem regressando, e a quarta, atravessando. A primeira reação expressa-se com as palavras: "Não im porta; não tem importância; eu o evitarei pura r simplesmente". A se gunda pode ser verbalizada com palavras como esta»; “N ão é isso que eu quero mesmo; náo era esse o curso que eu queria seguir”; e assim o homem deixa que o problema o desvie da sua rota. Um falso pro blema (p ) pode ser formulado como camuflagem. “Olhe. eu estou lidando com o verdadeiro problema”, é a explicação comumente dada em tats casos. A terceira reação equivale a dizer “Simplesmente isso
não pode sei feito; é impossível, não há esperança; desistu". A quiuta reação é a cnstã "Isso pode ser resolvido mediante Cristo” . Observe que as três primeiras formas de reação deixam intacto o problema, resultando dai que a pessoa e o seu curso de atividade sofrem alteraçío. O homem ve adapta ao problema; o homem se deixa subjugar pelo problem a, ao passo que na quarta reação o problema recebe tra ta mento. O problema é cortado em dois pedaços. No aconselhamento noutéuco, os clientes sâo ensinados a lesolver os problemas, cm vez de se adaptare m a eles HA uma solução bíblica para cada problema. ( I ) Problemas deixados sem solução, pelo fato de haverem sido evi tados p or um jeito o u por outro, tendem a avolumar-se com o passar do tempo. Crescem de dois modos. Váo-se complicando, como um dente não extraído que produz abcesso, e a tensão exercida pelo pro blema faz que ele mesmo cresça na mente do cliente. Por estas razões, a questão que fica reaparecendo de uma forma ou doutra é a seguinte; “A solução prop osta vai resolver o problema? Ê solução de fato. ou vai só adiar o dia do acerto de contas final? ” Vocé Não Pode Dizer que Não Pode Uma das palavras que constituem tabu no aconselhamento noutétíco feito com clientes cristãos é "não posso”. Um lema do» conse lheiros n outéticos é: “V océ não pode dizer que não pode ” Em I Coríntio s 10.13, Paulo expOe esse ponto de maneira muito vívida. Diz ele que não há um teste (2) que lhe terilia sobrevindo que não seja comum aos demais. Nâo permita Deus que enstio algum clame que seu caso 111 Nem \l‘mpri‘ n circunstanciai qut das apresentam p o d e m u t
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podem ser alteradas. mus o« problemas resolvidos. A pessoa icin o controle da» circumláncias c. por i m o . resolve os teus problemas quando f»l o que Deus requer que faça quanto • elas. O cliente deve manciar a manivela dos probirmat em vci de deixar que ela vire torlnha. Toda c qualquet situação em que o geme se ache pode «et mudada porque um elemento presente â situação Co próprio cliente, o qual, pela graça de Deus, pode sei 1ranv formado De um modo ou doutro, ele sofrerá mudança; iiúmea questio c se ele irá deixai que o problema mude a ete, ou se ele prõpno vai transtormar-sc de acotdo com as Escritoras, pelo poder qoe o Espírito dá. capacilando-o a enfrentar diretamente o problema A palavra aqui empregada pode ser traduzida por "provação" ou "ten tação" 0 termo é indiferente em sl. e sua sijtnilkaçlo específica depende do conics io Em certo sentido, toda provação (ou testeI ç ^ b é m uma fenlatãi». !>■'■' iá opo ri unidade pau fracasso Visto dc determinada pers ps"ctiV‘i! um problema e um fesie que, se for resolvido biblicamente, luflalvtcrá c ajudará a pessoa a cresoct na itraça ivide Tiago 1.2-4). Obser vado de um ângulo diverso, o mesmo problema pode *er usado por Sa livro dc )ó moslnj o caráler unas ci.mo uma tentação para o pecado .luplo-laceudp dejoda tenla£Ío,
é único ou especial. £ certo que existem traços singulares de problemas comuns a toda gente. Nlo há dois casos exatamente idênticos. Mas os elementos fundamentais do problema nio apresentam diferença signifi cativa daqueles que outros já enfrentaram. Cristo defrontou-Se com os mesmos problemas de fome, falta de sono, incompreensão, ódio contra a Sua pessoa, desene^mjamento e dor que os cristãos atuais têm que experimentar. Incontáveis cristãos que 0 seguiram também enfrentaram vitoiioumente esses problemas. Saber desse fato dá-nos estímulo e esperança Se o médico afirma que uma operação é necessária, anima-nos so bremodo saber que outros se submeteram com sucesso a semelhante opcraçUo Os clientes precisam desse encorajamento na hora da provaçío. Por isso é que Paulo declara que nenhum teste é único. Mas ene encorajamento também remove qualquer possibilidade de a pessoa desculpar-se, baseada em que “o meu caso é uma exceçio à regra'*. O trecho de I Corintios 10.13 nio dá lugar a exceções que tais. Os cristlo« nio podem dizer que nlo podem, porque Deus sabe que eles po do u Podem reagir contra os mu s problemas como Cristo pôde, e como milhares de outros crtstios têm podido. Em segundo lugar, Paulo diz que os enstío* nSo podem dizer que nio podem porque, muito embora oa moldes básicos nio sejam únicos, as tentaçftes e testes slo feitos sob medida para cada indivíduo; e o Al faiate é Deus. (I) Be nlo permitirá que Satanás os tente além de sua capacidade de resistência. O livro de Jó dá vigoroso testemunho dessa promessa. Em dado período de sua vida, o que um cristlo é capaz de agüentar pode diferir de sua capacidade anterior, ou daquilo que Deus o capacite a suportar posteriormente. Mas qualquer que seja o teste num determinado momento, nio irá além da possibilidade de resistir-lhe em Cristo. Dada a graça (socorro) de Deus, dado o conheci mento que tem da Palavra de Deus, dado o estágio de santificaçio que tenha alcançado a essa altura, dados os recunos do Espfnto Santo, nenhum teste está fora da possibilidade de resistência do crtstio. Pode ser que a força venha somente quando se ponha a marchar rumo ao cumprimento da vontade de Deus. Deus nio promete graça própria para a hora da morte antes da hora. Durante o aconselhamento, fica evidente que é importante fazer referência a essa promessa. Em sua maioria, os crtstios que vêm em busca de aconselhamento empregam uma fala rotulada com a expressio “nio posso”. A linguagem do cliente nio só indica o que ele
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"Dei» é fiel, e nio permitira que ae>aa provuioi além dai voiu i forcas".
perua, (I) mas também influi no modo como ele age e reage Se o» cristios continuamente dizem, com efeito: “Eu nio posso fazer tudo que Cristo me pede que faça", ao invés de dizer: “Poiso fazer todas as coisas que Cristo requer que eu faça”, começam logo a acreditar em sua própria mentira rebelde. A mentira é assim tio flagrantemente rebelde por causa da natureza da promessa; esta te baseia na fidelidade de Deus. Paulo introduz a promessa com as palavras: “Deus é fiel. . A promessa de que Deus nio permitirá que os cristio« sejam testados além de suas forças é tio certa como a própria natureza de Deus. Negá-la é chamar Deus de infiel e mentíro*o. Assim, no aconselhamento noutético, o próprio emprego de certas palavras tem que ser impedido, porquanto as palavras n io somente demonstram pensamentos, atitudes c comportam ento, como também os influenciam. Com freqüência, 0« conselheiros dio duro contra a expressio “n io pau a" , quando vêem cristiot usando-a n u sessões de aconselha mento, e dizem: “Vocé nio pode dizer 'nio posso’." Pois, por tanto tempo alguns cnstSos se escusaram com a idéia de que o seu caso é úni co ou de que tém uma esmagadora “cru/, para levar" (falsa interpre tação da frase) (2) que quando alguém pela primeira vez os confronta com a ptomessa registrada cm I Coríntios 10.13, espantam-se. Às vezes eles protestam, dizendo: ‘‘Mas, veja você, no meu caso é diferente", Contudo. Paulo teve o cuidado de anotar que nio importa quio difícil seja, o problema deles nio apresenta diferença importante. Eventual mente, depois de uma ou duas tentativas de evasio, os cristios em geral admitem que tém estado vivendo segundo uma falsa noçio de responsabilidade, e relutantemente aceitam que a promessa de Paulo se refere a eles. Quando agem assim, obtém-se uma grande conquista; ocorre uma inverslo de atitude, e a promessa de Deus faz surgir uma crescente esperança. Joio era um cristio que estava tendo dificuldades com o pro bic ma^S êrn ajturbaçío e pensamentos impuros frequentes. Jo io estava transigindo cada vez mais com o problema por assistir a películas pornográficas. Quando ele apresentou o problem a, disse: “Sinto-me competido a ir a esses cinemas; nio posso resistir ao impulso. Nio compreendo como se dá: ando por perto e é como se um ími me atraísse para dentro". O conselheiro perguntou a Joio: “Você tem (1) (2)
Vide Lucas 6.45 sobre esse cmporunic ponto. A cruz era o instrumento da cniciflcaçio. O sentido de "levar a cm i" nio i o de carregar urna pesada carga (problema) mas, antes, crucificar o próprio ego. "Toma a cada dia a lua cruz” e "neg»-te a Umesmo” ugninifkam a craciftcaçio diária dos velhos desejos e práticas pecaminosas. (Vide Lucas 9.23).
que passar perto do cinema para ir ao trabalho? ” “Nio”, respondeu ele. “P m ir para casa? " “N io ". “ Bem. Jo io, po r que você vai justa mente á n u onde se exibem ‘películas realistas' assim chamadas? ” Joio ficou sem resposta. Esta, porém, i simples: Joio caminhava por aquela ma com o tim de ser atraído. Quando os clientes acham que nada podem fazer, que uma força misteriosa age dominadoramente sobre eles e dizem que I Co ríntiot 10.13 nio se aplica ao caso deles, a verdade talvez seja que eles nio estio querendo com seriedade fazer a vontade do Senhor. Talvez estejam com uma conversa dupla. Talvez enganem a outros e mesmo a si prôpnos, em parte, quanto á sinceridade do seu desejo de obedecer a Deus. Estio lutando com os mesmos pro blemas íntimos que Paulo encarou em Romanos 7.15-25 .(1 ) Os velhos desejos entram em conflito com os novos. É evidente que no caso de Joio a situaçio era precisamente essa. Por um lado, ele queria desfa zer-se do hibito de inflamar-se até A masturbaçio e de produzir um forte sentimento de culpa, mas. por outro lado, sua açio era contra producente porque ele trnha prazer no seu pecado. Para nío cair pre cipício abaixo é preciso ficar tio longe quanto possível da beira do precipício. Esse era o problema de Jo io . Como po nto de partida, ele devia parar de ir i rua em que estavam situados os tais cinemas. (2) Finalmente, Paulo afirma que juntamente com o teste Deus enviari um meio de livramento para ajudar-nos a suportá-lo. Júlia
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Em Rooiamn 7, algum erroneamente vêem Paulo negando-se a assumir responsabilidade por teu pecado (consideic especialmente oi versículos 17 e 20). Mas ele drvrrm aceita plena nupoasabllidadc. como se vê nm outroi versículo« da passagem ivenículos 15, 16, 19 e 25). A distinçio é entre m u mais íntimo (mais profundo) desejo como crislto (versículo 22), e os hibito» profundamente arraigado« do passado (programados no sistema nervoao e manifestos no corpo, versículos 23 e 24). Nio hi aqui nenhum dualismo de corpo e mente, mtt, tim, o« novo* impulsos do Espírito tio contrastados com ot velhos impulsos de um corpo modelado pdo passado. Algum clientes podem queixar-se dc falta de capacidade. Um cliente falava que tinha somente fwervat&no« de tncapocidades" Estava certo, porque vivia inadequadamente. Seu pastado fornecia pouco mais do que um registro de soluções inadequadas a recuar c a erraztar-sc. Mas, paia a solução do seu problema, ele devena começar buscando extrair graça dos reservatório» de Deu*. Somente assim ele poderia começar a enchei de forma adequada de viver os seus reservatórios. O acúmulo de espenéncias nio é essencial; pode-sc descansar nai promessas de Deus. Sua necessidade era de açio baaeada na fé. Quando ele começasse a viver ade quadamente (Isto é, de acordo com os mandamentos e promessas de Deus), começaria a encher de adequabdidade os teus reservatório* pessoais e começaria a desenvolver-se nele um sentimento de humilde confiança.
ilizia: "Não posso continuar; nâo posso agüentar mais isso — estou presa numa caixa e não posso sair”. £ certo que seus problemas eram difíceis. Júlia era esposa de um homem incapaz de assumir maiores responsabilidades, cujo trabalho rendia muito pouco dinheiro. Faltava ao casal muita coisa considerada essencial para um lax. Mas eles eram cristãos e ela sabia que não podia deíxí-lo. Júlia seguiu o único ca minho que conhecia para sair da encruzilhada tento u viver entre gando os pontos, desistindo. Mas negligenciar suas responsabilidades como esposa e mãe só serviu para complicar o problema e para mostrar que não era solução nenhuma. Júlia precisava compreender que Deus provê sempre um "escape” junto com toda a provação; os cristão» nunca ficam presos no fundo do poço de desânimo. Deus pode fazet ruir os lados do poço tio completamente como fez cair os muros de Jericó; Ele pode levantar a tampa, introduzir a Sua poderosa mío e sustentar-nos através da prova; como também pode fazer cair o fundo do poço. Qualquer que seja a forma de livramento que Deus provi dencie - até mesmo a melhor delas (levar-nos'para Si) - podemos estar certos de que o livramento virá tão certamente como o próprio pro blema Saber que haverá um livramento, um fim para o problema, é reanimador. Pode-se suportar qualquer coisa (até este livro) se se sabe que terminará Desta maneira, com uma corda tripla, difícil de partir. Deus nos assegura de que podem os enfrentar os problemas da vida. Não podemos dizer que não podemos quando Deus diz que podemos. Um fato importante deve ser ressaltado quanto ao emprego de 1 Coríntios 10.13 no aconselhamento. A passagem é particularmente útil para dar o tom do aconselhamento já desde o início. Há ocasiões em que estes princípios devem ser afirmados repetidamente nas pnmeiras sessões. Quando um cliente começa a resolver os seus problemas, quando vence o pior e começa a estabelecer novos padrões de vida à luz da Bíblia, e *e mostra disposto a desdobrar-se, também é bom fazê-lo recordar I Coríntios 10.13. Nesse ponto, sua relutância já se terá ido e ele coopera de boa vontade. Depois se lhe pode pedir que volte a 1 Coríntios 10.12, que dá a outra metade do quadro. Con quanto seja verdade que em Cristo ele pode resolver todos os pro blemas, deve ter a cautela de resolvé-los em Cristo Diz Paulo: “Tudo posso em Cristo que me fortalece ". Não diz: “Tudo posso com minhas próprias fotças” . Assim, na sessão de instruções de despedida, o cliente tecebc esta advertência: “Aquele que pensa estar em pé, veja que não caia " (1 Coríntios 10.12). Os clientes que começam a estabelecer pa drões cristãos de hábito e que se vêem vitoriosos na aplicação desses padrões cristãos ás suas dificuldades do momento, podem ficar precocemente eufóneos e confiados, elação que facilmente pode transfor mar-se em presunção, Isso deve ser combatido.
Marta foi um cato desses. Marta havia acabado de resolver alguns problemas mu ito difíceis. Imediatamente ofereceu-se para servir no Centro de Aconselhamento. Dizia estar disposta a fazer qualquer tipo de trabalho que se lhe solicitasse. Mas sugeriu especificamente que ela poderia ex cu nion ar para falar representando a organização perante grupos feminino». Seus conselheiros disseram: “Marta, agradecemos ao seu oferecimento, mas você acaba de passar por sérios problemas. Vocé nío está preparada". Ela ficou completamente transtornada com isso. Ficou deveras irritada. Mas o próprio fato de que ela se irritou quando foi rejeitado temporariamente o seu oferecimento salientou a verdade de que ela nXo havia solidificado ainda os progressos obtidos. Os seus conselheiros fizeram-na ver isso, aproveitando esse encontro como uma oportunidade noutética. Notaram que a reação dela dava clara evidência de que havia muita coisa paia ela aprender ainda sobre o domínio do seu temperamento. A experiência abalou-a. Ela com preendeu a situação e viu quão apropriad amente I Co rfntios 10.12 se aplicava ao seu caso. Essa lição a levou muitos passos avante. Ela foi tio auxiliada por essa experiência noutética que embora ninguém lhe dissesse isso, depois daquela sessão e da extraordinária transformação que esta lhe ocasionou, já teria sido possível utilizá-la de vários modos. Marta precisava, porém, de tempo paia consolidar as suas vitórias, po ndo em prática esses princípios por um prazo suficientem ente longo para a consolidação dos novos padrões. Visto que os conselheiros noutéticos sabem que os problemas não sío únicos, que não vão além da capacidade que o cliente possui de resolvê-los em Cristo, e visto contarem com a promessa de Deus de que os problemas não continuarão indefinidamente, abordam o aconselhamento com senso de esperança e segurança, antes que de dúvida e desespero. Uma vez que as atitudes do conselheiro sáo facil mente transmitidas aos clientes, isso é de grande significação no aconse lhamento. As animadoras palavras de Paulo ajudam o cliente tanto direta quanto indiretamente. Os clientes com freqüência tecem comen tários sobre as atitudes do conselheiro. Mui freqüentemente dizem algo como o que falou Tiago que, quando da conclusão das suas sessões, observou: “Eu não podia compreender porque vocé tinha tal esperança quando começamos, mas isso me ajudou realmente durante aqueles primeiros dias”. Também sucede muitas vezes que, com base na promessa de Pau lo, os conselheiros constroem a esperança fazendo saber a seus clientes que eles compreendem os scui problemas. Desde que os seus problemas não são únicos, seguem esquemas dos quais depressa os conselheiros tomam ciência. Sobretudo, 0 conselheiro sabe que no seu próprio co ração pecaminoso está presente a tendência de sucumbir face a cada
fr»casso, tendência que observa nos seus clientes. Os conselheiros podem pod em fazer que os cliente» saibam que eles os compre com preend endem, em, medi me di ante a narrativa de um incidente ou dando um exemplo que toque utna tecla responsiva no cliente. (1) Desse modo. eles também podem testar se as tuas conclusões a respeito de um esquema específico atin giram o alvo ouvindo o que o cliente diz ao reagjr ao estímulo suprido. Quase sempre, os clientes que vibram emocionalmente diante desses exemplos, correspondem abertamente, visto que recebem de boa von tade o conhecimento de que de fato nio estio só*, de que outras pessoas já enfren enf rentara tara m problema prob lemass idênticos idênt icos aos seus, c dc que o seu conselheiro os compreende. Tal compreensSo produz genuína espe rança, correspondendo exatamen te â tnten çio de 1 Corintios 10.13. 10.13. Esperança No aconse aco nselham lhamento ento , um dos fatores fato res imp ortan or tan tes é dar esperança, espera nça, como o dem onstrou a discus discussão são de 1 Corintios 10.13. 10.13. O homem em em angústia precisa de esperança. Deus deu esperança a Adio. Durante a confrontaçio noutética que foi feita depois que Adio pecou. Deus levantou todas as questões ligadas ao pecado de Adio, incluindo sua pu niçi ni çio, o, mas também tam bém revelou que enviaria o Senh Se nhor or Jesu s Cristo Cris to para destruir a Serpente e sua obra (Gênesis 3.15). O conselheiro noutético deve seguir o esquema de Deus. Cristo confrontou a Pedro, nio evi tando nem um só aspecto dc sua pecaminosa ne^ção, (2) mas também (1) (2)
As paribola pari bolass dc Cri»to eram lio devastadoramente devastador amente poderosas em seu» seu» efeito* «obte Seus inimigo» e, igualmente, sobre o« Seu» seguidores por essa mesma razão. Obterve a fogueira, reminiscência reminiscência do fogo Junto do qual Pedro Pedro negou ao Senhor, a reíerèncta ao vaidoso gabar-« (Joio 21.15; Marcos 14.29), e as três perguntas correspondentes à tríplice negação, fmbora «eja ver dade que Pedro recebeu poder para a sua obra pela vinda do Espírito Santo no dia de Pentecoite, também é certo que foi «obre um homem perdoado, transformado e restaurado que o Espírito Espírit o Santo veio. veio. Nio N io teria havido Pcntecoste para Pedro sc não foise a sua restauração. Oi sermões e as cartas de Pedro refletem €** encontro; note especialmente sua enfant ao legítimo pastoreio do rebanho de Cristo, e. e. g., 1 Pedro 2.25 e S.l-4. Fot ali que Simio tomou-se Pedro, a rocha. P. também importante notar que na própna consumação da reconstituição de todos os elemento* do pecaminoso pecaminoso fracasso fracasso dc Pedro há estes dois fatores: dor e misericór misericórdia. dia. A angustiosa tnstera de Pedro i mencionada por João. Mas a dor passou rapidamente, engolfada no Júbilo da restauração completa. Desde que todos os elementos do seu pecado unham recebido tratamento uma vex por todas, Pedro Pedro não tinha que preocupar-s preocupar-see mats com nenhum deles deles.. Po deria lançarlançar-se se i obra do Senhor com a consciência consciência tranqüila, nio preju preju dicada peta depressão que, doutro modo. poderia aflorar de tempo em tempo. O doloroso encontro foi o mais misericordioso.
indu induÉ Éu palavra* de restaur res tauração ação e uma comissão para par a serviço servi ço futuro fut uro.. O tema consatente de quase todo« os profetas era julgamento, mas eles também proclamaram uma mensagem de esperança. O Evangelho, as boas novas de que Cristo triunfou sobre o pe cado em todos os seus efeitos, é o solo no qual cresce a esperança; ocupa posição central para toda esperança. Colossenses 1, por exemplo, fala sobre a “esperança do evangelho". A esperança do cristão traz-lhe a segurança dc que, porque Cristo morreu por seus pecados, ele terá vida eterna, e, ao morrer, seu espírito será aperfeiçoado, Mas ele tem esperança também de que atualmente pode sobrepot-se a grande parte da alliçio e desgraça na qual o pecado o afundou; principalmente a aflição resultante de pecados pessoais. Cristo nSo somente oferece uma torta to rta além do véu, pôs morte m orte,, no Céu, mas Ele diz que os cristãos podem começar a cortar cor tar latias latia s da mesma nesta vida. 0 Modelo Médico destrôi a esperança. Desânimo e desespero permeiam o con concei ceito to de "do "doenç ençaa men tal" Predomina Predo mina o número de pessoas pessoas cientes ciente s dc que as institutçôe* paia tratam trat ament entoo das chamadas "doenças mentais" não estio ajudando a muita gente. Também sabem que o» o» psiquiatras caracteristicame caracteris ticamente nte dizem “ Vocè deve deve esperar que a terapêutica demorará multo tempo e, depois, nio podemos prome ter-lhe nada”. (I) Assim, informai a um diente cristão, numa das pri meiras entrevistas; “O seu problema parece que é basicamente o resul tado do pecado", nSo o desanima, mas antes, b«m ao contríno, di-lhe esperança. Os cristíos sabem que podemos lidar com o pecado e seus efeitos, porque Deus o diz nas Escrituras e Cristo morreu para vencer o pecado. Desse modo, quando se menciona o pecado, há real espe rança. Dizer que a hemossexualidade é doença, por exemplo, nio forta lece a esperança do cliente. Mas dizer que e pecado, como o raz a Bíblia, í oferecer esperança. (2) Provavelmente, não existe fator mais (1) 42)
> 'U uliliidc tranumlc desespero, desespero, que que
importante que esse, na tarefa de prestar ajuda aos pecadores homos sexuais. Eles tém aguda necessidade dc esperança, mau do que de qualquer outra coisa. É essencial neutralizar todos os aspectos dos modelos médico e/ou genético da homossexualidade, ambos os quais destroem a esperança. Uma das primeiras coisas dc que o cliente necessita é esperança. Desde que muito desespero brota do fracasso geral do aconselhamento, muitas pessoas vém com pouca esperança. Portanto, os conselheiros devem aprender a gerar esperança, levando a sério as pessoas com relação ao pecado delas. delas. Por exem plo, se um a cliente diz ( talvez quase pa re ntet nt etic icam am ente en te): ): “ Imag Im agino ino que qu e não nã o ten te n ho sido sid o grande gran de coisa com co m o esposa ou mâe”, talvez espere que o conselheiro abrande a avaliação que ela faz de sl própria. Anteriormente, as outras pessoas em geral ti nham deixado de levar a sério os comentários dela. Invariavelmente diziam algo parecido com isto: "NSo diga isso, Susana; vocé sabe que nio tem sido tio má assim”. Essa reação destrói a esperança, porque a cliente não foi considerada com seriedade. Suavizar as reações indica ao cliente que o conselheiro não vai tratar do problema ao nível em que o cliente cré que O problema está. Diminui assim a esperança de obter socorro dele. Sobretudo, abrandar a avaliação negativa que alguém faz de si é, na verdade, um elogio irônico porque, enquanto tende erroneamente a desculpar uma conduta má que o cliente ji reconhece que é má, e acerca da qual ele já se sente culpado, o abranda mento o degrada, porque lhe diz que ele nem sequer sabe do que está falando. Se alguém enfraquecer a apreciação que um homem faz de si mesmo, enfraquecerá a ele próprio. Os conselheiros noutéticus não tentam deixar que as avaliações adversas que o cliente faz dc si mesmo passem sem comentário, e nunca tentam reagir de modo que diminua a má opiniio que o cliente tem
alguém de homossexual (ê claro que k podem come tut pecado» pecado» homotthomottsexua» mentalmente, do mesmo modo como se pode cometer adultério mentalmente. Um homem pode ler cobiça no coraçfo por um homem, como outro a pode ter por uma mulher). Mas precisamente porque. como 0 adultério, a homossexualidade í comportamento aprendido ao qual 01 homens dc natureza pecaminosa são propensos a extravlai-se, a homos sexualidade pode ser perdoada em Cristo, o padrão pode ser abandonado, e em seu lugar padrões apropriados podem ser restabelecidos pelo Espirito Santo. Alguns homossexuais perderam a esperança devido ã relutância dos conselheiros cristios em apresentar a homossexualidade como pecado. Se se quer uma excelente e recente discussão da homossexualidade, veja-se Hcbden Tayior, The New t.egttfory (A Nova Legalidade), Filadélfia. The Presbytemn and Reformed Publishing Company, 1967, págs. >6-49.
de ti. (I) Km vez disso, qualquer declaração desse tipo teita por um diente é prontamente investigada. Se uma cliente diz: "Eu nSo tenho sido boa mã e", os conselheiros nou té ticos podem responder-lhe: "Isso é coisa séria. Fale-me Fale-me sobre isso. isso. Que tem feito a senhora? senhora? Em que a senhora tem falhado em seus deveres matemo s? " Se ela diz: "N ío tenho sido grande coisa como esposa”, eles podem dizer-lhe: "Pois bem, bem , esse assun ass unto to é grave dian di ante te de Deus; Deus ; com o é que qu e a senh se nhora ora tem falhado como esposa? ” Quando os conselheiros levam a séno as cliente», estes em geral correspondem rapidamente, externan do problemas, problemas, fracassos fracassos e pecados. pecados. Outros, que diluem esses comentários, freqüentemente conseguem apenas empurrar de novo o material para dentro do cliente, i. com preensível preen sível que os cliente clie ntess não nã o que queiram iram revelar-se a alguém alg uém que não os leva a sério. Muitos clientes recebem alguma ijuda quase imediata mente depois de alguém, afinal, os ter levado a séno. Levar a sério as pessoas qu an to aos seus pecad pe cad os é um im po rta nte nt e me io de lhes infundir esperança. A maneira pela qual Cristo abordava aqueles que O procuravam era levar cm conta os pecados deles. Esta era uma frase característica dEle. “Os teus pecados estão perdoados”. Longe de diminuir a gravi dade dos pecados, frequentemente Ele punha em tela a questão do pecad pe cadoo àquel àq ueles es que qu e deixavam deix avam de fazê-lo. Leia a estór es tória ia do jove m rico (ver Lucas 18.18-23). Mana cra uma pessoa desse tipo. Maria, uma cristã, tinha entrado e saído de instituições de saúde mental durante treze anos. Ninguém parecia pare cia cap az de ajudá-la. Ela ficava a ron dar da r pela casa. casa . meapaz meap az de fazer os serviços caseiros, e sem cuidar dos seus filhos. Seu mando estava em completo desespero, e ela estava totalmente depnmida. Amigos doutra região a trouxeram pata aconselhamento. A primeira visita de Maria produziu notável mudança em sua vida. Quando um conselheiro noutético fez-lhe. nesse primeiro dia, forte confrontação acerca do seu comportamento ocioso, indisciplinado e irresponsável, e lhe disse que procurasse de novo a igreja, retomasse o trabalho no lar, passasse roupa e fizesse o asseio da casa, toda gente ficou chocada. Isto é, toda gente menos Maria, que teagiu com espe(t)
No« a s m d c suicídio, quando um cliente tem lio bílM bíl M opinião de si mesmo que acha que o mundo ficaria melhor sem ele, ió prejudica negai que i válida ■ ju i baixa baix a auto-eiümaüva. Os conselheiro» devem reconhecer que provavelmente d e tem razão quanto ã presente Indignidade Indignidade da «ua
vida. e devem empenhar-»e na tentativa de descobrir a que ponto chega • «ua maldade. Contudo, devem contestar a «otuçio poi ele proposta e. em lugar dela, encaminhá-lo à solução de Deus, mediante o arrependimento e a vida de sanliftcacio.
rança. Seu marido ficou boquiaberto. Maria tinha sido tratada por um psiquiatra durante quase um ano. O psiquiatra a escutava com simpatia e lhe vendm tranqüilizantes; mas nada de melhora. Depois da prime pri meira ira semana sem ana de acon ac onse selha lha me nto nt o no ulét ul étic ico, o, ela pôs de lado lad o as pílula píl ulas, s, por po r sua cont co nta. a. ( I ) Ela fez limpez lim pezaa na casa, de po nta nt a a ponta po nta . Quando voltou na semana seguinte, veio dirigindo ela mesma o carro e era outra mulher. Tinha ido à igreja igreja pela pela pnm elra vez em em muitos anos, anos, para par a admi ad miraç ração ão do pa sto r e da con congreg gregação ação.. Em pouca po uca s semanas seman as Maria foi dispensada do aconselhamento. Vários outros problemas, notodamente um com um de seus filhos, também foram resolvidos durante o aconselhamento. O aconselhamento náo precisará ser muito demo rado , se_se se_se puder pôr, logo rio tnfc íb, o ded o nó cerne da da quêsquêstáo, e se houver adequada motivação da parte doThente. Levar a sério oi clientes, ncTque concerne a seus pecados,?*oprimeiro passo. Provérbios 25.20 é pertinente ao problema do subestimar da auto-avalittção: Como quem se despede num dia de frio, e como vinagre sobre feridas. assim é o que entoa canções junto ao coraçáo aflito. Essa subestimaçáo é justamente o que há de errado. Seu efeito é semelhante ao de se tirar o casaco num dia frio, ou é como o de aspergir vinagre numa ferida que já nos atormenta. Essa subestimaçáo incrementa os problemas, de fato. Uma só coisa levanta o espírito de pnm p nm ido. id o. esmagad esm agadoo por uma carga de pec ado ; a con confiss fissão ão e o perd pe rdáo áo do pecado. A terapia musical de Davi nSo foi de ajuda real para Saul; ela o acalmava temporariamente, mas nSo o transformou. As próprias atitu des e açôes de Saul Saul faziam piorar a sua condiç áo, pois dia a dia ele incubava inveja inveja e ressentim ento. O orgulho e o egocen trismo de Saul (1)
O emprego excessivo de pílulas entre m psiquiatra* e médico» médico» ó alarmante. Às vezos a personalidade sofre tal distorção causada pela« droga« que Influem no comportamento, que o conselheiro acha difícil sabei se está falando com a pessoa ou com a pílula. Sempre que possível, deve ser esta belecido con contact tactoo com o médtco que passou passou a receita, a fim de determi de terminar nar w deve ser cortado o uso das pílulas ou se u sua dose deve ser diminuída durante o aconselhamento. As pílula« podem retirar muita motivação e diminuir a dor e a depressão. Conquanto nem toda medicação seja desnecessária, evidentemente muita o e. Poderio dar-se casos em que o conselheiro terá que oegar-sc a trabalhar com o cliente enquanto não tenha sido reduzido ou eliminado o emprego de drogas. Nenhum conselheiro noutética dá conselhos aos clientes quanto ao uso de drogas, a menos que seja médico; mas sempre que possível deve famUianzar-sc com um médico cujo enténo e conselho podem ajudã-ta a formar o seu próprio Juízo sobre os casos particulares.
afetavam todo» os aspectos da sua vida. As Escrituras nio qualificam de enfermidade a loucura de Saul. Nem se “desculpa" o seu pecado por ser ele considerado doente. Antes, estabelece-se conexão direta entre a sua loucura e o seu pecado (1 Samuel 18.6-11). A idéia da futi lidade de cantar canções junto a um coração allito só deve ser um pouco reduzida na medida em que se note que tal tra tamen to poderá acalmar temporariamente o adito. A terM»eutica dos jogos e a tera pêutica do trabalho podem afastar tem porariam ente o pensamento do die nte do seu pec ado. 0 traba lho pesado às vezes remove a dor da culpa c traz alívio temporário, mas nSo pode efetuar cura permanente. Provérbios fala dos últimos, se nfo dos efeitos imediatos dessa espécie de tratamento. Na Esc ritura, a doença física é comparada e contrasta da com o espirito quebrantado sob o fardo de um coraçio culpado. A compa ração é deste modo : “0 espírito firme sustém o home m na sua doença, mas o espírito abatido quem o pode suportar? (Provérbios 18.14). O escritor está dizendo que o distúrbio emocional é nmilo njais sério do que a moléstia física. Emoções dolorosas sffo mais graves do que a dor de uma grave enfermid ade. 0 espirito reto em nosso interior capacita-nos a suportar a dor física, mas que pode oferecer sustento àquele que está com o seu esp írito aba tido e esmagado pela dor? Su bestimar o tumulto que alguém sofre no íntim o é cruel. O único meio de aliviar a dor é começar a levar a sério os cllentesPontos secundários às vezes pode ser que não sejam nada secun dários. Às vezes a depressão proveniente do fracasso de uma pessoa que se sente incapaz dc cum prir as suas obrigaçõ es não fazer a lim peza. n io passar a roupa. nSo assumir as responsabilidades que lhe cabem — não é na verdade um efeito secundário e, sim, a causa pri mária do problem a Existe gente preguiçosa. O livro de Provérbios freque ntem ente fala sobre o ocioso ou preguiçoso, 0 preguiçoso mete a mio no prato, e nio quer ter o trabalho de a levar à boca. (Pro vérbios 19.24). Eis como é pintado um quadro humorístico do ocioso; “Um pouco para dormir, um pouco paia toscanejar, um pouco para encruzar os braços em repouso. . (Provérbio» 24.30-34). Veja-o re costando-se na cadeira; veja-o com os braços cruzado* sobre o pe ito; veja-o a olhar para o ar, e suas pestanas lentame nte a fechar-se E hora de trabalhar, mas ele fica deitado a descontrair-se. no maior sossego, com os pés para cima. O preguiçoso faz o seu trabalho pela metade, ou nio faz nada. porque nio o começa cedo o bastante. E indulgente para com o seu corpo e faz todos os seus desejos ociosos Mas. final mente, a culpa de negligência, a culpa de restringir-se a trabalhar só de boca e com promessas, a culpa de encarar outros que dependiam dele - a cu lpa o pega pelos pés. Uma vez derribado pela culpa, e de
vido à depressão decorrente, ele acha que não pode mesmo fazer com eficiência o trabalho que lhe compete. Dessa maneira, ele fica cm maiores apuro« ainda. Assim, ele é apanhado por um redemoinho dc desespero que o faz girar cada vez mais para baixo. O que é verdade quanto ao preguiçoso í geralmente verdade quanto aos clientes presos no turbilhão do seu pecado e do subsequente fracasso em trati-lo ade quadamente. Movimento Cíclico Romanos 6.19 é pertinente ao problema focalizado. Paulo, apli cado a uma exposição da nova vida à qual foram chamados os cristãos, exorta-os a aba ndonarem os pecados do passado, pois. com Crist o, eles ‘'morreram" para a velha vida. Unidos a Ele. devem considerar-se (como Deus os considera) mortos para o passado e ressuscitados para uma vida nova. Para reforçar essa verdade, Paulo ilustra o ponto com a relação de um escravo com o seu senhor. No passado, diz Paulo, as cristãos estavam vendidos ao Pecado ( personificado aqui como um senhor de escravos). Eram escravos voluntários que dedicavam cada parte dos seus corpos A obediência »los desejos do Pecado. Como o Pecado usava os órgãos dos seus corpos, estes se tomaram ferra mentas (instrumentos) para obedecerem a desejos do Pecado (versículos 12 e 13). Sua disposição voluntária de se submeterem ao governo do Pecado é evidenciada pelo fato de que eles se “apresentaram" ou se “ofereceram” livremente ao Pecado com esse propósito (versículo 13a). 0 resultado inevitável dessa atividade orientada para o pecado foi “a impureza e a maldade” (versículo 19). Agora, com o mesmo entusiasmo e resolução, devem oferecer a totalidade das suas pessuas a Deus em obediência, com o propósito de produzirem justiça (versí culo 19). Enquanto viviam a velha vida de obediência ao Pecado, um ato pecaminoso levava a outro (versículo 19, “a impureza e a maldade" resultavam em mais “maldade“). Uma mentira tinha de ser coberta por uma dúzia de outras; lesar seus vizinho« transformava tod os os vizinhos em causadores de tensão (gente cuja simples presença produzia tensão em outrem), e os esforços para evitar esses causadores de tensão levava-os a praticarem mais atos irresponsáveis, e assim por diante. Agora que se tomaram cristãos, devem render-se de modo igualmente voluntário ao seu novo Senhor, para servir à justiça com todas as partes dos seus corpos. 0 cicio descendente do pecado vai de um problema a uma reação faltosa e pecaminosa, causando, por esse meio, um problema adicio nal cheio dc complicações, enfrentado por uma adicionai reação peca minosa, etc. Esse esquema precisa ser invertido, dando começo a um ciclo ascendente de justiça, resultando em mais justiça. Aqui se pode
ver o esquema invertido: um prohkmji enfrentado com uma reação bíblica leva a uma solução solucionar novos íSrobletna& ErrfTrové rbiu iTh áro tu n das exortações contra a escravidão dos hábitos pecaminosos: Porque os caminhos do homem estão perante os olhos do SENHOR, e ele considera todas as suas veredas. Quanto ao per verso, as suas iniqüidades o prenderão, e com as cordas do seu pecado será detido. Ele morrará pela falta de disc iplina (Pro vérbios 5.21 -23a). Os hábitos pecaminosos sáo duros dc tomper. mas se nlo são desfeitos, vão p renden do o cliente cada vez mais firmem ente. As cordas do seu próprio pecado o mantém seguro. Ele vé que o pecado vai espiralando em ciclo que o vai arrastando para baixo. Ele é capturado e enlaçado pelas cordas do pecado, que o vío apertando mais e mais. Pot fim, acaba sendo escravo do pecado. Paulo, já o vimos, emprega no livro dc Romanos a figura da escravidão (6.12-23). Ele retrata o pecado como o cruel senhor que exerce governo sobre o pecador. Aqui, diz Provérbios. “Ele morrerá”, destruído pelo seu pecado. “Ele morrerá pela falta de disciplina", porque náo tem a espécie de estru tura que somente os mandamentos de Deus podem provet. Anteriormente fizemos referência a Gênesis 4.3-7, a história dc Caim. (1) A dinâmica do ciclo descendente é mui claramente exposta pelo próp rio Deus naquela passagem. Caim começou mal, apresenta ndo pecaminosa oferenda diante de Deus. Abel deu a Deus o melho r (as ‘■primícias’’ e a "gordura”), ao passo que Caim trouxe uma oferta e só. (2) Ao rejeitar Deus sua oferenda. Caim complicou o problema reagindo erroneamente á rejeição (ficou zangado e deprimido: "des caiu-lhe o semblante”). A ira e a depressão foram notadas por Deus, que observou que essa reação era errônea. Ao invés dc ter feito isso. disse Deus: faze o bem e te sentirá s bem (versículos 6 e 7 o teu sem blante “ será levanta do"). (3 ) Depois (versíc ulo 7), Deus o advertiu
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bfti i a úmea distinção implícita no texto. Ver nessa passagem distinções entre um sacrifício cruento e um sacrifício incruento é ver demais. Con tudo, ■ ru ão pela qual Deu> rejeitou a oferta dc Caim nio tf Importante para o ponto focalizado em nossa discussão. A tradução do versículo 7, que aparece na Venio de Almeida: "Se proce deres bem, não i certo que serás aceito? ", obscurece a verdadeira in tenção da passagem, que diz literalmente: “Se procederes bem. não haverá um levantamento (isto t , do semblante descaído de Caiml? ”
profundamente no pecado, exatam ente como Deus predissera: o ciclo descendente levou-o ao assassinato de Abel. O fomento do seu rancor, a auto-comiseração e a ira foram os elementos da aparência deprimida do semblante de Caim a respeito do que Deus o exortara fortemente. O pecado conduz à culpa e á depressão; a maneira pecaminosa de enfrentar o pecado complica ainda mais as coisas, levando a maior culpa e a mais profunda depressão, aJ infinitum. No girar do ciclo descendente, a depressão certamente contribui para que haja mais quedas, pois freqüentemente ela vem a constituir a escusa para um fal toso tratamento do próprio pecado. Mas, em contraste com aquele* que gostam de falar de mudança dos sentimentos para a mudança da conduta. Deus inverte a ordem; Ele dedara: "faze o bem" e “dar-sc-á o soerguimento do teu semblante”. Três Dimensões do Problema No mo vim ento do pecado em espiral, os problemas ficam cada vez mais complexos. Além da natureza pecaminosa básica propria mente dita, podem-se distinguir três planos dc complexidade que, por conveniência, podem-se chamar: 1. Problemas de apresentação. Por exemplo, "Estou deprimido" (problema freqüentemente apresentado como causa, quando realmente i efeito). 2. Problemas de realização Por exemplo, "Nio tenho sido grande coisa como esposa” (problema freqüentemente apre sentado como efeito, quando realmente é causa). 3. Problemas de pre condicionamento. Por exemplo, "Fujo da responsabilidade toda vez que vejo que ela vai ser difícil” (problema freqüentemente apresentado como efeito, quando na verdade é a causa subjacente, o esquema habitual dc reação, do qual o problema de realização i apenas um exem plo; o problema de precondicion amento em geral não entra plenamente cm foco enqu an to sua relação com os dois pri meiros não tenha sido compreendida (1) No aconselhamento, deve-se fazer distinção en tre os três pro blemas, e muitas vezes eles devem ser considerados em sep arad o. Pri meiro, i sábio ouvir o problem a de apresentação - “Vivo cansado o tempo todo”. Contudo, não é sábio parar aí. O passo seguinte con siste em fazer um inventário da realização tão logo quanto possível 0 conselh eiro deve ser específico a fim de descobrir os problemas (D
Nio há grande vulor n o « ! termot cm particular Parecem próprtot para deterem o« vários nívcix dc urn problema que ainda podem ter debatida«.
de realização. Deve investigar especificamente, fazendo a subseqüente pergunta lógica (e.g.. “Qua nto tempo vocé dorm e? ") . Se a resposta for: “ Em média tive sei* horas de sono p or no ite durante as duas últimas semanas", ele provavelmente tentará em seguida descobrir um problem a de precondicion amento. Poderá perguntar: “Que ficou você fazendo nas horas cm que deveria estar dormindo? ” “Já faz vários meses que fico assistindo ao último programa de T. V. quase todas as noites”. Os típicos problemas de apresentaçío tomam essa forma, pouco mais ou menos: “Estou deprimido; não me dou com as outras pessoas; tenho medo de... dirigir o automóvel à noite, de atravessar pontes, etc.; há pessoas que querem acabar comigo". O importante quanto aos pro blemas de realização é o tip o específico de compo rta mento inferior em relação aos problemas da vida. Com freqüência se pode generalizar, a partir do problema de realização, algo sobre o de precondicionamento. Por meio do primeiro podc-sc ao menos percorrer o caminho de volta ao último. Embora o problema de realização, que debilita, possa ser manipulado em si e por ai, a falha da mera inte rvenção na crise está em que ela geralmente trata só desse problema, e não vai até às suas raízes subjacentes. Muitas vezes os clientes também estão por demais dispostos a aceitarem uma solução do problema de realização apenas. Se interrompem o aconselhamento assim que é removida a pressão imediata, talvez sejam forçados a retornar quando entrem cm nova dificuldade. Os padrões de hábito desenvolvidos cm muitos anos devem ser substituídos por novos padrões, bíblicos. Doutra ma neira, ao deixar o aconselhamento, o cliente ainda estará programado (precondicionado) para lidar do mesmo modo pecaminoso costumeiro com a primeira crise que surgir' O problema de realização ou debilitamento é apenas um exemplo da subjacente disposição para enfrentar desse modo o proWema. O problema do prccondicionamento é, na verdade, uma espécie de problema de comp utador. 0 cliente se pro gramou a si próprio mediante a sua atividade passada para agir de certas maneiras em resposta a dados estímulos. Se ele repetidamente reagiu ás dificuldades ficando irado e, se, como resultado disso, seus pais cap itularam ante os seu s desejos, a fim de 3 paziguá-lo, é provável que venha a fazer o mesmo com o seu chefe, nu trabalho, ou quando estabelecei o seu lai. com a esposa Precisa ele daquela mudança radical da personalidade que só o Espirito Santo pode produzir me diante a Sua Palavra. Tratar apenas do prublcniu debilitante nu de realização pode equivalei a produzir mudança na conduta sem uma profunda mudança da personalid ade E. por exemplo, cessar de ex pressar ira para Com os pais. sem adquirir o Iru to do b* pititn que inclui o "domínio próprio".
Embora as trés dimensões dos problemas possam aparecer no aconselhamen to o problema dc apresentação, o de realização e o de precon dicion am cnto às vezes o clic ntc pode ingenuamente expor o problema de realização, que constitui a causa imediata da dificul dade, como se fosse o problema dc apresentação. Ambos esses pro blemas são de grande importâ ncia e devem ser levados a sério. Também é essencial salientar a grande importância do terceiro problema, o de precon dicionamc nto . Esse é o esq uem a que geralm ente leva muito tempo para se estabelecer. É o esquema do qual o problema de realização é mero exemplo. Uma dificuldade já mencionada é que às vezes os clientes estão interessados em algo menos do que soluções completas. Uma vez modificada a realização imediata, produzindo por esse meio alívio da dificuldade e da tensão imediatas, alguns clientes querem pòr termo ao aconselhamento. O que querem é satisfação a curto prazo, em vez de lutarem por soluções de longo alcance e mais profu ndas. £ de importância no tar aqui tam bém o problem a de alcance eterno, da necessidade que o homem tem de redenção, problema sub jacente aos ou tro s trés, e acerca do qual discorremos mais ampla mente quan do tiatamo* da evangelização, no capitulo V. A fim de compensar essa tendência de aceitar depressa demais uma solução por demais limitada, os conselheiros acham necessário indicar as vártas faixas de problemas a cada cliente. Comumente é bom operar coordcnadamentc nos vários níveis, começando assim que se obtenha informação sobre cada um deles. Deve-se proceder a uma son dagem em todos os níveis, logo nas primeiras oportunidades. Como os clientes vão sendo instruídos, durante o transcurso, a respeito da existência de diferentes níveis de problemas, quando suficientes dados passados são desentemidos para demonstrar a existência de es quemas enrijecidos, pode-se mostrar ao cliente que o seu problema não é simples, mas complexo, e não pode ser resolvido com a mera elimi nação de um só sintoma problemático. É preciso mostrar-lhe a neces sidade de substituir os velhos padrões por novos, £. preciso mostrar-lhe que Deus fala de santificação náo sô em termos dc "separado de", mas também “separado para". O velho homem é parcialmente “eliminado" mediante o estabelecimento do "novo homem". Os novos padrões de hábito empurram pata fora os antigos O Passado Pode Ser o Presente Âs vezes não c preciso voltar ao passado. Con tudo, há pelo menos duas boas razões para fazê-lo na maioria dos casos. Primeira: é impor tante rever o passado dc modo suficientemente completo para estabeIccct o fato de que esquemas não bíblicos de reação estio na raiz dos pro blemas imediatos da pessoa. £ necessário tra çar um qu adro geral
da forma dos esquemas de reaçio que o cliente desenvolveu para enfrentar as dificuldades da vida. É preciso que se lhe mostre o pro blema de precondician amento na raiz do problem a específico que ele apresentou. As ervas daninhas tomario a crescer, a menos que sejam desarraigadas. O propósito para ir de volta ao passado é proceder ao levanta mento de uma históna do comportamento. A história do comporta mento visa a determinar o estilo da vida do cliente, o que em grande parte se pode ver nos seus esquemas habituais de reaç io. (I) Os con selheiros noutéticos estio atualmente trabalhando em um inventirio de reaçio habitual que pode ser usado em combinaçfó com outra atividade de aconselhamento, para ajudar a determinar e classificar oa esquemas de reaçio do comportamento que se desenvolveram em certo período de tem po. No mo mento está em uso uma form a preliminar desse teste. Estio na expectativa do seu futuro aperfeiçoamento e da sua possível validação. (2) Hi uma segunda razão para regressar ao passado. O cliente neces sita descobrir e confessar quaisquer pecados “do tempo pretérito pe rfeito". É aquilo qu e "ten ho feito ". 0 tem po perfeito no grego, por exemplo , indica um ato que, realizado no passado, influi no pre sente e o inclui. Distingue-se doutro tempo passado chamado "aoristo". Os pecados do tempo aoristo sio aqueles que receberam tratamento definitivo e foram deixados em paz. Mas os pecados do tempo perfeito, pecados cometido s no passado e que têm efeitos no presen te, sio os que nio foram resolvidos. Tais pecados, visto que jamais foram tratados apropriadamente, também sio na verdade pecados do tempo prese nte, po rquanto continuar a influ enciar a vida do cliente e a des^ truMo. Por causa de tais pecados, o passado pode ser verdadeiramente o presente. É preciso resolver esses pecados diante de Deus e diante do homem. O apóstolo Paulo fala em “chorar por muitos que outrora pecaram e nio se arrependeram ” (2 Coríntio s 12.21).
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f. certo que pais cruéis e destituídos de arntw podem ter sido os pnmcuo» instrutores com relação a eues modelo« de comportamento. Mu o ponto cruciai aqui nio é o que alguém mais lenha feito ao cliente (as pessoas continuarão a tntá-lo erroneamente ■vida intetra), e, sim, como aprendeu a reagir a tal tratamento. Se aprendeu esquemas nlo bíblico« (imitação de crueldade, revidar com agressão, etc.), só poderá receber ajuda « «e ar repender e deixar aqueles esquemas, adotando o« esquemas bíblicos. Alguns testes provavelmente sio mau valiosos do que outros. Nem sempre os cristãos se saem bem em lestes elaborados para avaliar a pessoas nlo cnstls. Portanto, admitimos a necessidade de bons testes, baseados em prcsnipo*tc6es enstâs.
Freqüentemente, os pecados do tempo perfeito nio se podem tomar pecados do aoristo enquanto não se tiver feito restituição. (1) Donaldo era um professor de curso superior, altamente respeitado entre os seus colegas, c estavã sol ren do de lo rte IrisSmSTTòiisc o quê fosse que ele"experimem^ise' não conseguia dormii. As doses das pílulas para dormir foram sendo aumentad as até atingir um nível peri goso. A conclusão do aconselhamento revelou que ele vinha defrau dando o imposto de renda. No fundo, o seu subterfúgio o amolava grandemente, poique temia que a fiscalização o apanhasse e ele fosse desmascarado como ladrão. À noite sua consciência não o deixava dormir Chegou o dia em que Donaldo enfrento u seu pecado e escreveu ao departamento responsável pelas rendas internas, propondo um plano dc pagame nto e prom eten do fazer plena restituiç ão. Mal acabara de escrever a carta, começou a dormir como um bebe, e não Jhe ocorreu mato o profiTcma. Ã restituição é bíblico. Provérbios 6.3 1 expòe a regra do Antigo Testamento acerca dos furtos: O ladrão, quando encontrado, pagará sete vezes tanto; entregará todos os bens de sua casa. . . (isto é, se for necessário pagar multa, ele deve estar disposto a fazer a restituição, mesmo que lhe custe perder tudo que possui). João Batista clamava por “fruto digno do arrependimento” (Mateus 3.8; vide também Atos 26.20), e Zaqueu deu metade dc suas posses aos pobres e devolveu dinheiro qu adruplica damentc aos que tinham sido defraudados por ele. (Ver Lucas 19.8). (2) Estruturação Total Muitos clientes náo têm pecados “como a escarlate" em seu pas-
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O Futuro também pode « r o prcicnlc. Alpiém pode «>frcr o» efeitos du culpa d* haver planejado um comportamento pecaminoso pura o futuro. Examine o exemplo de "Jové", na próxima secçío deste capítulo, intitu lada: ‘ Ijtrum ra çi o lo tai". Vide também O. H. Mowrer, "Note and Notions", Dis-Coverer, vol. ♦. n° 4. outubro dc 1967, pág. 8. Fm Levítieo 6.1-7 e Número« 5.5-8, o princípio da retribuição total e mu« um quinto i cxpovto. Também,
sjido (1) Com frequência ocorre que vida inteira do cliente é carac terizada pela irresponsabilidade O exemplo seguinte permite vislum brar esse tipo dc esquema. (2 ) O despertador toca is sete horas. José o pega, desliga-o, atira-o para o outro lado do quarto, cobre cabeça com as cobertas e toma dormir. Às dnco para oito José se er gue e percebe o que fez, vendo que nunca chegará ao trabalho is oito. Agora José tem que tomar uma decisáo Que há de fazer? Primeiro, ele pode fazer aquilo que revela senso de responsabilidade: pode tomar imediatamente o telefone, discar para seu chefe no emprego e dizer-lhe: Guilherme, fiz uma loucura esta manhi; desliguei o desper tador, alireí-o longe e tornei a dormir. Estou-lhe telefonando. Guilherme, para informá-lo de que vou chegar atrasado. Estarei aí assim que puser a camisa. Queria que vocé soubesse disso pa ra que encarregasse alguém de cuidar da minha máquina até eu chegar. É isso que José pode fazer. Nio lhe será agradável, mas a questio será levada a bom termo. Por outro lado, talvez José aja irresponsavelmente, como muitos fazem. Ao invés de telefonar para Guilherme, começa a agitar-se, a irritar-se e a pensar no que inventar para sair-se da enrascada. Na pressa e na perturbação, corta o rosto ao baibear-se. Isso piora a aua aflição. Enquanto se apronta, fica matutando com furiosa preocupaçio sobre o que irá fazer. A culpa já vai tomando conta dele, porque sabe que está prestes a fazer algo errado. De fato, já pecou no coraçio, porque resolveu mentir. E desse modo, com a consciência sob o peso da culpa, José engole a refeiçio matinal, resmungando porque a esposa deixou queimar a torrad a. O tempo tod o ele está a espumar por dentro, na furiosa busca de uma mentira que o ajude a safar-se do apuro. No percurso para o trabalho quase provoca duas batidas, e xinga os dois motoristas, sabendo muito bem que ele se/ia o culpado se os choques tivessem ocorrido, porque está dirigindo pessimamente. Ao chegai ao serviço, conta a Guilherme uma mentira na qual ele mesmo duvida que Guilherme acredite. O dia inteiro ele se fica per-
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tilo c, como ■ escarlate no sentido dc que o mundo dá es « qualificação am pecado« «candalotoa. Aos olhos dc Deu», todo pecado é igualmente perverso, vuio que é sempre uma riolaçio da lei dc Deus. Os pecados do coraçio, crismou Jcsui. ião tio iníquos ao» olhos de Deu» como ot pe cado« coruumjdoaL Contudo, camctcr homicídio somente de coraçio tem efeito* sociais menos devastadores, c psrccc menos maligno aos olhos dos homciu. A estória tipifica também o caráter destrutivo di espiral descendente.
guntando se te ri sido capaz ou não de persuadir Guilherme. Reclama dos colegas de trabalho, as coisas iiSo vío nada bem cm sua tarefa e, quando chega dc noite cm casa está uma fera. Começa a agredir verbal mente a família assim que passa da porta para dentro, e, durante o resto da noite, predomina a confusão. Multiplique isso por cem outros acontecimentos menores que sc avolumam partindo dc atitudes nervosas e tensas devido a alguma açio irresponsável, e depois multiplique um dia dessa espécie dc vida pnr semanas c anos. O resultado mostra por que muita gente, depois de continuar essa espécie de atos e de tensões dia após dia, acaba no gabi nete do conselheiro. Como quesUo de fato, bom número de pessoas que não podem especificar nenhum ato de irresponsabilidade, tem
f-STRUTURAÇÂO TOTAL tigniflea olhar o prohtemu cm relação para com todat a* área» linha* ponth lhada-1 tomam-sc Unhai continua», c o problema sc dtwolvr. O diagrama acima nio foi («rio para mi exaustivo, n u . um, lugotivo.
levado uma vida de permanente irresponsabilidade em grau tal que o seu problema consiste justamente disso. Tão numerosas pequeninas coisas em cada um dos aspectos da vida de tal cliente estilo erradas que nada menos do que a reestruturação total de sua vida Funcionará. Ele tem que aprender a aplicar os princípios bíblicos da honestidade e da responsabilidade totais diante de Deus e dos homens. Entretanto, não sio somente os que tém vivido uma vida de irres ponsabilid ade geral que precisam de estru turação. Sempre que o pro blema de um clie nte assume proporções de um grande e escandaloso pecado, como o da homosse xualidade, ele pode ser levado a acreditar que só tem um problema para solucionar. Talvez até se impaciente com o conselheiro que procura examinar outros aspectos de sua vida. "Por que o senhor não se fixa no problema? ", talvez indague. Mas em casos assim, o problema nfio pode deixar de afetar todos os demais aspectos da sua vida. Sem dúvida, os seus efeitos transbordaram, atin gindo questões ligadas i vida social, à vida conjugal, à profissão, i inte gridade física, ás finanças, etc. Vida estruturada, ou disciplinada, é vida ajustada aos mandamentos de Deus. Viver vida de amor é a meta. Tanto os clientes como os conselheiros não devem ficar satisfeitos com nada menos que a meta da estruturação total, de acordo com a lei dc Deus. Disciplina O livro de Hebreus foi escrito para estimular à perseverança a alguns que tinham pensado na possibilidade de renunciar ao cristia nismo sob as pressões da pen eguição . O escritor comparou c c ontrastou o cristianismo com aquilo que os seus leitores haviam deixado. Seu argumento, em essência, foi este: "Por que retomar àquilo que é infe rior? " Eis sua palavra chave: ‘^melhor l^o capítu lo l 5 ele se referiu as razões básicas que estavam por trás da pretendida deserção. Come çou afirmando: Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda nio tendes resis tido até ao sangue (Hebreus 12.4). Faz-lhes esta indagação: Estais esquecidos da exortação que, como a filhos, dis corre convosco? (Hebreus 12.5). Para o bem deles, fez citação de Provérbios 3.11,12: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Se nho r, nem dejm yç i quan do por ele és reprovado. E explicou:
Porque o Senhor corrigc a quem ama, e açoita todo füho a quem recebe (Hebreus 12.6). Depois, com base nessa evidência, firmou o seu ponto: £ para (I) disciplina que perseverais (Deus vos trata como a filhos); pois, que filho há a quem o pai não disciplina? Mas se estais sem disciplina, de que todos se têm tomado participantes (literalmente, “co-participantes”), logo sois bastardos, e não filhos. (2) Acrescentou ainda este argumento: Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos. Partindo desse fato, interrogou: Não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai dos espíritos, e então viveremos? Portanto, a extensa argumentação consiste em que, ao invés de desanimá-los, as durezas que os cristãos padecem devem animá-los. po rquan to o sofrimento nos disciplina e nos mostra que pertencem os á família de Deus. Depois o escritor traçou um contraste (versículo 10). Observou que nossos pais tertenos “nos disciplinavam por pouco tempo (ou melhor, “com o propósito de atingir metas a curto prazo”)." Os P»*s terrenos nos disciplinavam (ou nos treinavam) para fazermos o que em seu juízo parecia o m elhor plano p ara capacitar-nos a alcançar objetivos a curto prazo. (3) Mas Deus nos disciplina “para aproveitamento (para nossa vantagem), a fim de sermos feitos participantes da Sua santi dade*'. O escritor não estava falando de duração, mas de direção, quando contrastou os fins para os quais os pais terrenos e o Pai celcv
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A palavra grega elt significa "a“, “pura", "com o propósito de”. A disciplina c a sorte comum a todo* os enstios genuíno» e, portanto, c uma das marcas do* filhos de Deus. Provérbio» 22.6 é um» pastagem bem familiar: “Ensina a criança no co minho em que deve andar, e ainda quando for velho nio se desviará dele". Alguns intérpretes a entendem no sentido de que se os pais treinarem adequadamente o* filhos em sua juventude, estes não w desviarão daquele treinamento quando ficarem mais velhos. Todavia, nio i provável que o significado veja esse. Literalmente o texto d« : “Trema a criança segundo a maneira do teu próprio caminho", isto é. segundo o padrio ou modo como tia quer ser treinada. O versículo não fax uma promessa mas, sim, uma advertência aos pais, de que se eles permitirem que uma crtaitça faça
tial disciplinam o* seus filhos. Aqueles, disse ele, têm em mente coisas tais como vantagens sociais, financeiras c educacionais. Mas esses pro pósitos são de estreito alcance. Deus, por o utro lado, disciplina os Seus filhos para vantagem eterna deles. Seu propósito t levar os cristãos i plena participação de Sua santidade. Deus os disciplina a fim de a Seus filhos fazer santos (versículo 10), Ele quer que peneirem na quela santidade que reflete a Sua santidade, e que só Ele pode dar. Para descobrir o que significa “disciplina", basta rever os pri meiros dez versículos deste capítulo, para ver o que Deus disse sobre ela. Ali a disciplina t descrita como castigo corretivo chamado “repro vação" e "correção” (venículo S). Note-se no trecho em foco o para lelismo entre disciplina e reprovação, e disciplina e correção. 0 versí culo 6 fala de correção e açoite da parte do Senhor. Desde que a es pécie de disciplina que a igreja hebraica estava suportando era perse guição. (2) o escritor exortou os seus leitores a considerarem "atenta mente aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo", para que não se fatigassem nem desmaiassem em suas almas (venículo 3). Cristo não retrocedeu, nem mesmo quando pros seguir significava dar a Sua vida por nós. E no caso dEle, o que Ele sofreu não visava à obtenção de vantagem etcma para Si. mas, sim, para nós. A disciplina que suportamos tem em vista um fim eterno; é imposta aos filhos de Deus para produzir santidade etcma. Daí. os cristãos - que longe estão de serem perfeitos - não devem estranhar que "é para disciplina" ou “para treinamento” que são chamados a perseverar (versículo 7). A disciplina (o treinamento) na vida de santi dade decorre da perseverança no sofrimento. Deus disciplina com amor para corrigir, para purificar, para treinar, c para estruturar a vida dos Seus filhos, dc acordo com os Seus próprios desejos: Não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrigc a quem ama. e açoita a todo füho a quem recebe.
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treinamento de acordo com o» seut própnot detejo» ipcmiRMvamcníO. nio deverão esperai que ela queira mudai de padriu quando te torne pessoa adulta. As enançat nascem pecadoras e, quando k lhes permite seguirem m icus desejos, naturalmente desenvolvem reações habituais pe caminosas. O pensamento básico i que estes modelos de hábitos ficam profundamente alicerçado« quando semeados na criança desde os pnmeiroa duts. O corolário dessa pastagem acha-se em Provérbios 19.18, onde o escnior exorta o leitor "Disciplina a leu filho, enquanto há esperança; não disponhas o teu coração pua destrui-lo". Não se havia derramado sangue ainda, contudo. A perseguição mal co-
Finalmente, observe de novo que a disciplina prova que alguém é filho demonstrando o interesse que o Pai celeste tem por aqueles a quem Ele ama. Conquanto seja verdade que Deus disciplina os Seus filhos para fazé-los santos, hl outra dimensão que nio deve ser omitida: a disci plina também é para proveito deles. Sempre a santidade é eternamente vantajosa. As palavras empregadas no versículo 10 significam: "para nosso bem, para nossa vantagem”, indicando que quando Deus disci plina os Seus filhos Ele o faz para abençoá-los e ajudá-los (a tecla noutética ressoa fortemente aqui; considere a parte III da secçio inti tulada “Trés Elementos da Confrontação Noutética”, no capítulo IV). Às vezes as clientes contrastam a moralidade bíblica e a vida disciplinada com o prazer, c associam a estrutura integrada com o tédio. A verdade é que a moralidade nio é oposta ao prazer, mas ao abuso do prazer, A moralidade simplesmente requer que o prazer tenlia Tonga duraçSo (dentro das condições estabelecidas por Deusi, e nío siga cegamente os impulsos. A moralidade está interessada no prazer duradouro e genuíno. A estrutura é o meio pelo qual se pode ter vida moral. Vidas es truturadas de acordo com os Dez Mandamentos sáo, pela própria natu reza do caso, estruturadas de acordo com os princípios sobre os quais Deus construiu o mundo. Vidas biblicamente orientadas nSo colidem com a estrutura do mundo, mas. antes, harmonizam-se com ela. A es trutura bíblica tende a produzir maior prazer, profundamente alicer çado, e a favorecer vidas mais longas e mais sadias. Mas a estrutura n io é limitador»? Nio ; exata men te o oposto é que é verdade. O trem tem liberdade de correr com maior veloci; dade e mais suavêmenTc quanüõ^c^T^^c onlín a Jo " aos trilhos. O mú sico que sf d ei xs “confinar pelas regras da música c da harmonia toca o seu instrumento muito mais livremente do que aquele que, em nome da liberdade, nio as toma em consideraçio. Deus criou o homem para que este viva plena e abundantemente, e esboçou a estrutura que pode produzir vida abundante, median te o amor. Naturalm ente, é certo que os ímpios e rebeldes tornam difícil o caminho dos crentes com vários tipos de perscguiçio. Mas, no côm puto geral, finalmente todas as desigualdades se rio retificadas (2 Tessalonlcenses 1.4-12), N ío obstante, considerando a paz e o gozo aces síveis aos crentes obedientes (Ftlipenses 4.4-13), e as promessas do livro de Provérbios àqueles que buscam a sabedoria divina, mesmo a presente vida do cnstlo deve ser tida como bem supenor, a despeito das injustiças e perseguições. A santidade sempre dá bons resultados. Quando um pai terreno disciplina a seu filho nos pnmciros dias de sua vida. ele pensa no futuro 156
do filho e no papel que em disciplina inl desempenhar na preparação dele para que alcance os seus objetivos futuros. Semelhantemente, Deus pensa no futuro eterno dos Seus filhos quando lhes ministra a Sua disciplina. Ele os está preparando para um eterno futuro de santo viver junto d Ele En tretan to, eíes já esti o vivendo no m undo de Deus, e mesmo aqui auferem benefícios da santidade. A disciplina de estreito escopo que o pai terreno aplica apresenta cenas desvantagens em con traste com a santidade eterna visada pela disciplina do Pai celestial. O pai terreno disciplina com o bem lhe parece que é bom. Mas a disci plina humana, ministrada que é por pais pecadores, é sempre imperfeita. O que parece bom a um pai terreno pode »er que não seja bom de fato para o seu filho. Os país terrenos têm, às vezes, preconceito, ou são imprevidentes; estio sujeitos a cometer equívocos, sio freqüentemente egoístas, e não conseguem exercer a disciplina de maneira coerente. Mas quando Deus disciplina os Seus filhos, o que faz é sempre provei toso para eles, pois Ele exerce disciplina de maneira p erfeita. A vida que os discípulos disciplinados se esforçam para viver é a mesma vida de disciplina e treinamento para a santidade etcma que Cristo, o Filho, viveu com perfeição. Portanto, a vida disciplinada ( vida vivida de acordo com os mandamentos de Deus) resulta da mesma espécie de treinamento a que Cristo Se submeteu. Ele também "apren deu a obcdiencia" (Hebreus 5.7-10). Hebreus 5.8, até o fim do capitulo, fala do Filho dc Deus Isento de pecado, em relação com os filhos de Deus pecadores. A obediência ás vezes é vista somente em termos de restrição imposta a pecadores. Mas os atos de obediência específicos nio são intuitivos, mesmo a um filho que esteja sem pecado. Ele teve que "aprender" a obediência (Hebreus 5). O desejo de obedecer evi dentemente estava sempre presente em Cristo. Como Filho fiel do Pai celestial, Jesus, homem, queria obedecer a Deus. E, contudo, para obedecer-Lhe propriamente, tinha que aprender a vontade de Deus. Esse conhecimento não era intuitivo para a Sua natureza humana, mas tinha que ser aprendido (Lucas 2.40,46). A palavra empregada em Hebreus 5.8 é o termo grego comum para “aprender”. Embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas cousas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da sal vação eterna para todos os que lhe obedecem Jesus aprendeu a vontade de Deus na Palavra de Deus, que Ele apiicou á vida. ( I ) Ele teve que aprender a desenvolver padrões bíblico s, (! )
Aprender, neste contexto, vai além da compreenslo intelectual. O texto nío diz que Cristo aprendeu o* fatos acerca da obediência (o que Wa é. coroo praticá-la. etc.). mm. antes, diz: "aprendeu a obediência", isto i , aprendeu a obedecer.
pela prática l a tua! em relação aos problemas da vida. £ precisamente isso que os clientes devem fazer também. Visto que a obediência i a meta da vida cristl, o escritor de He breus repreendeu os seus leitores porque revelam que nio aprenderam 0 que deveriam ter aprendido: Já devíeis ser mestres - mas, cm vez disso, precisais de novo receber ensinamento quanto aos princípios elementares do cristianismo. Só podiam alimentar-se de leite, incapazes de receber alimento sólido, porque ficaram com os ouvidos embotados (versículos l i e 12). E ele explicou do que consistia esse embotamento: Ora. todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança. Mas o alimento sólido t para o* adultos, para aqueles que, pela prática, tém as suas faculdades exercitadas para discernir nâo somente o bem, mas também o mal. (1) Eram ‘‘inexperientes" (ou nio estavam acostumados) porque dei xaram de “ praticar" e de "ex ercitar-se" na santidade. EntSo, o viver santo inclui o hábito. Padrões de santidade só podem ser estabelecidos mediante prática tegulat e sistemática. Precisamente como Cristo apren deu a obediência, nós temos que aprendé-la mediante a prática real e concreta. Muitas vezes a vontade de Deus é difícil de cumpnr. mesmo para um filho isento de pecado (versículos 7 e 8b). Nos dias da Sua came, Ele orou com forte clamor e lágrimas. E embora tendo sido ouvido por causa da Sua piedade, sofreu e, por meio do Seu sofrimento, foi instruído para a obediência. A prática da obediência num mundo cheio de pecado era difícil. Havia outros meios aparentemente mais fáceis (isto é, mais fáceis só no momento), que insistiam em se Lhe apresentar. O exemplo clássico é o da tentaçío, registrada em Mateus 4. O diabo tentou a Cristo oferecendo-Lhe um meio mais fácil de ganhar todos os reinos do mundo. “ Basta que me adores" , disse ele Jesus. Este, porém, repeliu o meio fácil e pecaminoso. Igualmente, negou-Se a sucumbir à pressão exercida sobre Ele no jardim do Getsêmani. Obe dientem ente foi para a cruz , morreu e depots ressurgiu triunfante dentre os mortos.
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IHebreu» S. 13,14); o« itiliccn são do autot A» palavras impressas em tjpos itálicos mostram a importância de estabelecer padrões bíMicos de hábitos.
Os filhos pecadores devem, semelhantemente, aprender a obedi ência e isso é muitíssim o mais difícil para eles. Os versículos 11 e 14 indicam que os clientes devem aprender a obediência, perseverando em sua prática nas experiência* da vida, até que a obediência se tome o curso natural para os seus passos Devem receber treinamento com vistas i prática em discernir o bem e o mal. Outras traduçOes rezam: “mentes exercitadas pela prática” (Bíblia de Jerusalém), “faculdades exercitadas" (Williams), etc. (1) A pessoa precisa aprender a fazer a vontade de Deus que ela descobriu na Escritura. Deve praticar o bem com tanta fidelidade que toda vez que suija ocasião para pecar ela saiba, naturalmente e sem deliberação, o que fazer, e o faz com faci lidade e destreza. Atrás da disciplina de Deus há um propósito que Ele tem em mente todas as vezes; Deus disciplina para o bem, "a fim de que. . ." (12.10). Esse propósito, já o vimos, e capacitai os filhos de Deus a terem parte na eterna santidade de Deus. Neste ponto surge a inter rogação: que significa participar da santidade de Deus? Essa santidade 6 objetiva ou subjetiva? £ santidade que Deus
tl )
A palavra aiilhrlerion (“sentidos”) fala da capacidade dc julgar. Refere-se à discriminação no sentido de “bom paladar" na Setuaginta, como In dução de D
deve »ir o propósito destes para is suas vidas, igualmente. Por sua própria natureza, a disciplina é geralmente desagradável. Tirar as arestas de imperfeições é um processo penoso. Mas o fnito da disciplina é deveras agradável. Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacifico aos que têm »ido por ela exercitados (Hebreus 12.11). A palavra traduzida por “ exercitados vem da mesma raiz da qual deriva o termo “ginástica”. Tanto no grego como no português significa praticar alguma coisa até que ela se tome natural. Hebreus refere-sc aqui àquela espécie de prática regular, sistemática e habitual que faz com que a obra do Senh or seja feita com naturalidade Justa mente como o atleta pratica exercícios até que o seu treinamento faz dele um perito e as suas realizações atléticas passam a constituir sua “segunda natureza" (I). assim também, pela prática, o cristão deve tomar-se perito na santidade, táo ap to nisso que sua segunda natureza (produzida por obra do Espírito Santo) seja dominante, natural e fácil. À medida em que ele continua praticando, o modelo vai sendo deli neado mais permanentemente, a santidade vai ficando mais fácil e ele vai-se tom ando cristSo com mais naturalidade. Fida com o desagradável no mom ento, a disciplina tem em vista o jubiloso surgimento da prá tica habitual da santidade. Toda disciplina parece ser motivo de “ tnstez a (ou. parece entristecedora"; literalmente, a palavra é “dolorosa"), mas para os que foram "exercitados por ela", ao depois (isto é, depois de se terem realizado no treinamento), “produz fruto pacífico . . . fruto de jus tiça”. A palavra “fruto" quer dizer “resultado"; o resultado da disci plina, resulta do caracterizado pela paz, é a jus tiça. A jus tiça é cha mada resultado pacífico porque produz paz: Sendo o camin ho do» homens agradável ao SENHOR, e*1c reconcilia (ou faz ficarem em paz) com eles o* seus inimigos (Provérbios 16.7). (1)
Reta é udu exprrwão fetix. Muito» hábito» fkaun Uo fortemente adendo» à pervonalidade que muitu veie» e difíctl «cptn-lov doi impulso* mtutau (phyiá) ou instintivo». Sem dúvida, multo d» confusão e erro do» determirilstts freudiano* que dio ênfase ao inconsciente cumo »endo irracional e eticamente neutro (levando ã falta dc responsabilidade), btota do fato dc que a conduta aprendida pode tomar-se ti o "natural como o» Im pulso» imtmtivos (inerentes à phytUu
O resultado de um viver corretivo, disciplinado e biblicamente estruturado é a justiça. Saboreie o fruto da justiça. Ele tem gosto de paz. Aquele que prova os resultados da disciplina usufrui paz que excede todo o entendimento: paz de consciência, paz mental, paz de coraçSo, paz de alma paz pela qual os homens em toda parte lutam cm vio. A justiça tem o sabor da paz. Portanto, quando os cristãos semeiam disciplina, colhem justiça, a qual. por sua vez, resulta em paz. A primeira expressão do versículo 12, “Por Isso", mostra a relaçio lógica existente entre o anterior e o que vem a seguir. Baseado no que fora dito acerca da disciplina que leva á santificação, i justiça e â paz, o escritor nos exorta: Restabelecei as máos descaídas e os joelhos trôpegos; e fa zei caminhos retos para os vossos pós, para que nio se extravie (ou não se destronque) o que é manco, antes seja curado. 0 quadro descreve aqui um atleta que está fora de forma. A ana logia básica é com a ineficiência dos cristãos fracos c indisciplinados que, como um atleta enfraquecido, nio podem executar bem o seu papel. Precisam fortale cer as mios fracas e os joelhos desfalecentes, exercitando-se na piedade. (1) Os braços descaídos e os joelhos trô pegos retratados em Hebreus representam uma condição que toma impossível a participação nas competições desportivas. Um atleta nio se pode permitir ficar com as mios bambas e com os joelhos frouxos. Todo o seu corpo tem que estar em forma. As suas flexões musculares devem estar muito bem afiadas. Ampliando e modificando um pouco a figura, o escritor continua dizendo: Fazei caminhos retos para que o manco não continue fe rido para sempre, antes seja curado. Se alguém que está com o pê ferido ficar andando por caminhos esburacados, provavelmente vai ferir-se ainda mais. Andar num caminho plano e suave assegura que o tornozelo nio sofra torcedura, nem fique fora do lugar, passando a ser permanentemente destroncado. Deus estabeleceu o percurso e nas Escrituras indicou a rota, de modo que a pessoa n io precisa estar mapeand o sua própria estrada. 0 plano e reto caminho de' Deus esti claramente carto grafado nas Escrituras. Resumindo, como bons atletas na corrida da vida, os cristãos devem correr atrís da paz com todos os seus semelhantes. Nessa busca pela
(1)
Vide também i Timóteo 4.7,8. Paulo escreveu “ Exercita-te pessoalmente na (ou pari a) piedade".
santidade, eles devem caçá-la até consegui-la. Para isso, os cristãos devem estar vigilantes para que ninguém seja faltoso, separando-se da graça dc Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe e, por meio dela, muitos sejam contaminados (versículo 15). Essa “raiz de amargura”, aqui, era a raiz do problema deles, Na Igreja hebraica parece que se havia alojado a amargura. Em vez de aprenderem da perseguição a perseverança, os queixosos estavam di zendo (ou poderiam logo estar dizendo, se nio se acautelassem): Fizemos má escolha quando deixamos o judaísmo e pas samos para o cristianismo. Tudo o que temos tido dai por dtante é perseguição e ostracismo. £ como se tivéssemos pulado fora da frigideira e caído no meio do fogo. Será que fitemos bem cm sair de lá? Será que n io deveríamos retomar? A semente de amargura prendera raiz entre alguns que poderiam causar problema á igreja toda, pois muitos poderiam deixar-se conta minar pela amargura deles. Desde que a perda de grande número era uma possibilidade, o escritor fez admoestaçóes contra a amargura. Ele os fez ver que havia entre eles alguns que nio eram cristios genuínos. Exortou-oc: atentai “diligentemente por que ninguém seja faltoso, sepa rando-se da graça de Deus", isto é, vede se todos vós achastes verda deiramente a graça de Deus em Cristo Jesus; assegurai-vos de que estais na fé. Arrazoou: Certifkai-vos de que nem haja algum impuro, ou profano, como foi Esaú, o qual, por um repasto, vendeu o seu direito de primogenitura. Pois sabeis também que, posteriormente, querendo herdar a benção, foi rejeitado, pois nio achou lugar de arrependimento, embora com lágrimas o tivesse buscado (versículos 16 e 17). Esaú entristeceu-se, porém n io com o que fizera contra Deus. Entristeceu-se apenas com as conseqüências pessoais daquilo que havia feito, e com o fato de que nio havia jeito de alterar os resultados. Somente mediante a disciplina em santidade é que a amargura poderá ser desarraigada. Aí está a razão por que esta passagem salienta a importância da disciplina. £ claro que nem toda disciplina vem por meio dc perseguiçio. A Palavra de Deus ministra disciplina. São sábios aqueles crentes que sc exercitam no cumprimento da vontade dc Deus pela prática daquelas coisas que Deus expõe nas Escrituras. Deste modo, elas podem fortalecer as suas mãos e joelhos e fazer caminhos retos para os seus pés. Assim, a busca da paz ao longo desses caminhos pode ser rápida e eficiente. Ao invés de sofrer a imposição da disci
plina dc foni, é melh or palmilhar “o caminho «obrcmodo cxcclcrntc" da auto-disciplina. Deus ministra a Sua disciplina a todos os Seus filhos, seja através da disciplina da Palavra, aceita e aplicada por eles, seja através da disciplina dc pressões providenciais, como a pressão exercida pela perseguição ou pela doença. Ê frequente comentarem os clientes o importante papel que a insistência na disciplina desempenhou na soluçio dos seus problemas. No final do aconselhamento, quando s« faz o exame de revisão, após seis semanas, ou durante a sessáo de instruções de despedida que en cerra as sessões regulares de aconselhamento, freqüentemente dizem coisas como estas: “Apreciamos que o senhor tenha sido exigente co nosco. que tenha sido d um conosco, que nâo nos deixou calar-nos sem corrigir-nos os defeitos” . (1) As pessoas geralmente apreciam bem isso porque pela primara vez alguém as fez ater-se aos man damentos e is incumbências das Escrituras Pela pnmcira vez, suas vidas começaram a ser estruturadas biblicamente. Pela primeira vez, loiam percebidas as suas manias, farsas e manhas que desenvolveram para levar os outros a terem dó deles e mimá-los. Os clientes reconhecem que é por causa disso que foram ajudados; e dizem “obrigado” por isso, porquanto co meçaram a saborear o fruto da santidade Bárbara e Roberto nío estavam indo muito bem no aconselha mento. Tinham conseguido alguns progressos minúsculos. Seus proble mas financeiros tinham ido além dos limites. Os seus conselheiros os haviam posto num programa de austeridade, de modo que puderam economizar uma quantia razoável do seu diminuto salário, que antes vinha sendo consumido com desperdícios que lhes ocasionaram nâo pequena divida Compras de coisas desnecessárias, feitas segundo von tades momentâneas, foram limitadas, e eles começaram a pagai as suas dívidas. Outros problemas tinham sido resolvidos; mas era evidente que havia algum fator subjacente que nío tinha vindo à tona ainda. Seus conselheiros chegaram á conclusio dc que Báibara e Roberto estavam sendo bem lerdos; nío estavam pondo suficiente empenho na busca da soluçSo dos seus problemas. Por volta da sexta semana d e ses sões de aconselhamento, fez-se uma reavaliação. Assim, quando chegou a sexta semana, os conselheiros encararam diretamente Roberto e Bár bara. Estes foram interrogados sobre a nispeita de que estavam sendo lerdos para enfrentar o processo. Foi-lhes dito que não tinha sido al cançado progresso proporcional i extensão do tempo decorrido. Em outras palavras, os conselheiros lhes disseram:
(t )
Clu çio dc um n-jl caso mu dado.
Algo está errado c, no que concerne a nós, se voccs nio nos disserem qual é a verdadeira questão e je nâo puserem mãos á obra, paramos por aqui Nada mais podemos fazer em seu favor. Só podemos trabalhar com os dados que nos fornecerem. A sondagem feita em diversas áreas nâo produziu efeito algum; e um dos conselheiros perguntou frontalraente: “Vocés dois querem que o seu cas amento tenha êxito? ** Roberto respondeu sinceramente: "Sim, qu ero” . Bárbara, porém, disse: “ Bem. não estou com certeza” . Ali estava o problema. Bárbara nâo estava cooperando bem porque nio tinha certeza se valia a pena. Roberto e Bárbara eram cristãos, de modo que os conselheiros voltaram a discorrer sobre as ordens e promessas bíblicas relacionadas com o problema deles. Depois dis seram: Se vocés nio assumirem um compromisso sério para sal varem este casamento, nós nio poderemos ajudá-los. Vocês estio agindo em frontal desobediência á vontade de Deus e só podem esperar que a dificuldade aumente. Se vocés quiserem fazer a vontade de Deus. Ele os ajudará. Que acham? Bárbara anuiu. “Aceito o trato”, disse ela. “Vou fazer funcionar este casamento. Reconheço que minha atitude tem sido pecaminosa”. Pediu desculpas a Roberto; este pediu a Bárbara que desculpasse certas atitudes pecaminosas dele. “Agora vocés devem cumprir este compro misso”. disseram os conselheiros. Oraram sobre Isso. Na semana se guinte. Bárbara e Roberto voltaram; eram pessoas transformadas. (I) Durante a semana tinham feito todo o possível para melhorar seu casa mento. Tinham passado horas conversando a respeito de cada um dos aspectos dos seus problemas e tinham orado acerca deles. Quando vol(I )
Este cato demonstra igualmente a importância da motivação. Todavia, é significativo observar que, como no presente c o m i . muitas vezes onde falta motivação, o cliente pode aer motivado pela c o e u aplicação dos princípio* nou té ticos. O aconselhamento noutético - dentre todas as formas de abordagem - adapla-te melhor à necessidade dc produzir moti vação. F-specinlmcnie nas pnmeiras sessões, quando estio sendo reunidos os dados, devem-se notar os esquemas básico» passível* de motivação. Tente reunir dados que permitam responder à pergunta: 'Que motivou o cliente no passado? " E«a informação pode ser necessária à obra de es truturação posterior Contudo, toda e qualquer motivação empregada ■leve ser biblicamente justificável Toda emoção pode ser alivada de ma neira correta, sob condlçOes adequadas. Mas devem ser levadas em consi deração as nutôes c as circunstâncias, porquanto n tscritura assim regula menta o emprego da motivação, Lsse fator é auto-cvideute ali c não pode ser olvidado
taram, era evidente que ocorrera uma grande transformação. Tiveram alta duas sessões mais tarde, depois de terem feito avanços tremendo». Na sessio final, de recapitulação , Roberto disse ao» seus conselheiros: “O que os senhores nos disseram na sexta sessio era justamente o que necessitávamos. Não creio que tivéssemos conseguido alguma coisa se nâo tivessem sido ásperos conosco, forçando-nos a tomar juízo. Obrigado1” Quebrantam entos Quebram Problemas O aconselhamento em geral nio é um processo agradável para o cliente; é mister tomar decisões dificets e discutir assuntos penosos. A disciplina do Senhor tampouco nos agrada, mas por fim produz o delicioso fruto da justiça e da paz. Às vezes os conselheiros falam era desmontar uma pessoa c depots remontá-la Em certo sentido, é o que acontece. Contudo, alguns cliente» que vém à procura de aconse lhamento já vém com as suas vidas rachadas em pedaços. Kazimierz Dabrowski, professor da Academia Polonesa de Ciências e diretor do Instituto de Psiquiatria e Higiene Mental Pediátrica de Varsóvia, Polônia, propóe. em livro recente, (1) uma tese significativa. Ele sustenta que a depressão mental, como ás vezes é chamada, í de fato algo vantajoso. Acha ele que os clientes e ot conselheiros devem ver na depressão um quebrantamento construtivo, e nio uma destruiçSo. Diz ele que nessas ocasiões são quebrados (2) velhos esquemas, velhos modos, velhos hábitos que nio funcionavam. O cliente chega ao reco nhecimento de que nio vem enfrentando adequadamente os problemas da vida. Assim, nessa frustn içio , os velhos pedrOes sio abandonados e o cliente fica por algum tempo ao léu, em pieno mar. Para usar uma figura diferen te, ele fica aturd ido ante os seus padrões do passado des pedaçados ao« seus pés. Enquanto está no meio dos destroços, Deus lhe dá uma oportunidade sem precedenles. Agora pode juntar os pe daços e reestruturar sua vida de maneira muito mais completa do que lhe seria possível doutro modo. Para falar em linguagem bíblica, me diante o rompimento do passado. Deus lhe dá a oportunidade noutética de reunir sua vida de acordo com os princípios bíblicos, e de iniciar novos padrões, bíblicos. Todo ato ou fato de despedaçamento dá essa oportunidade. Pe ríodos de grave doença, pesar, prejuízo financeiro, ou quebra de laços profundos, sio exemplos da espécie de experiências que sacodem a vida
(1)
(2)
K j z i ra i c r a Dibrowtkt, PoMrive Deantegretion ( Dciiniejuçio Poiltrra), No va Iorque, Uttle, Brown anil Ca, 1964.
O fraseado é do autoi. nio de Dabiowiki.
e que geralmente quebrantam a pessoa. O pesar oferece ao pastor uma importante oportunidade para reorientar vida» segundo os padrões bíblico s. A morte exige mudanças: por que essas mu danças nfio hão de dar-se em direção a maior devoção a Cristo? Qu and o alguém perde o emprego, quando o divórcio dissolve um lar, quando um menor se mete em apuros sérios, quando, por algum motivo, alguém fica desa creditado, quando sua vida parece fragmentar-se,quando um cliente está tio profundamente deprimido que não sabe para onde voltar-se — o conselheiro noutético sente que há uma oportunidade para servir a Cristo. Vista positivamente, a desintegração do passado pode ser con siderada como uma vantagem. Se a situação for apropriadamente manejada, quando a vida de uma pessoa se desintegra, esta pode ser alterada muito mais prontamente, muito mais radicalmente, segundo as linhas exaradas na Bíblia, do que em qualquer outra ocasião. (1) (1)
llm «t ud o de caso» complet cm, feito num centro especializado, mostrou que quanto mais t^no for o problema, mah provávcU sento as esperanças de pleno sucesso, c não de mero êxito parcial. A motivação, bem como a compléta desintegração do» esquemas do passado, parecem constituir poderoso fator "Até que ponto vai o dano do cliente'’ " pode ser umo importante pergunta paru o conselheiro responder. Gente que está “dis posta" • fazer uma mudança radical está em condlçOcs de realizai giandcs progressos. Genl e Laérck» vieram cm busca de aconselhamento. Geni havia decidido divorciar-se de Laércio p. e., ela Jí havia resolvido fazer uma mudança radical em sua vida). Ele também estava "disposto a ex perimentar uma mudança radical em tua vida. O E spí nto Santo uttlizou-sc do aconselhamento para operar mudanças radicais de diferente» espécies na vida de ambos, dando-lhes um modo de relacionamento matrimonial Inteiramente novo. Ambos estavam prontos para uma mudança radical quando vieram. Mas o Senhor transformou a natureza da mudança. Um pocaminso eu no de ação foi substituído por outro, radicalmente reto.
iança Radical Mudança atual devido aconselhamento Mudança contemplada
Sem dúvida Deu», cm Sua providência, muitas vezes prepara os Seus filhos por semelhante* meios. Os conselheiros nio devem devesperar-se em situa ções como evus; quanto mus radical for u natureza do problema, mait profunda e completa poderá ser a mudança almejada.
Sempre que comparece um cliente com problemas de apresen tação, que também sffo problemas de realização, bem como problemas de precondicionamento, todos envolto« juntos, o» conselheiros sabem que provavelmente o cliente sofreu desintegraçSo e se encontra num estado de desespero. Uma pessoa em desespero é idealmente boa para o aconselhamento. (1) Pois pode ser que a metade do processo já foi completado. Os casos mais difíceis com freqüência oferecem as opor tunidades mais singulares. Se os conselheiros pastorais nio confron tarem nouteticamente essas pessoas, estarío perdendo as maiores opor tunidades do seu ministério. Se as pessoas nio receberem ajuda para a reintegração da sua vida de acordo com os princípios bíblicas e com a estrutura bíblica, estario sujeitas a partir para outros esquemas pecanunosos de reaçáo e a formar novos padrões tio antibíblicos e tio nocivos como os primeiros. Talvez a forma final resultante vá acabar sendo até pior e levar a desespero mais profundo e mais trevoso. Cristo reestruturou a vida de Pedro quando este se encontrava em completo desespero, quando a sua vida estava aos pedaços, em sua rebelilo e ne gação (Joio 21). Deu-se uma mudança radical na vida de Pedro, e daí em diante ele passou a viver á altura do seu novo nome; “rocha”. Por semelhante modo, foi uma hora de grande temor e angústia aquela em que Deus mudou Jacó em Israel (vide Gênesis 32.7-31). Muitos s5o os clientes que n io vêm ao aconselham ento cm estado de desespero. Com freqüência, os clientes estio desanimadas, mas também se mostram um tanto presunçosos quanto i maneira pela qual estio manobrando os problemas da vida. Nesses casos, pode ser que seja necessário precipitar uma espécie de crise de responsabilidade que já estava prestes a eclodir, mas que o clie nte até agora evitou. Por exemplo, se uma con fron taçio do tipo da que consta de Mateus 5.23,24 entre um diente e alguém que este ofendeu ficar pendente por muito tempo, a confrontaçio tem que ser levada a cabo. (2) Nio só o cliente (1)
(2)
O desespero propriamente dito ni o constitui necessariamente unu ajuda no aconselhamento. Entretanto, a "tristeza segundo Deus", que "produi arrependimento", mostra o lugar que cabe a « esforços próprios que a pessoa realiza na produção do arrependimento iver 2 Coríntios 7.9-11). Vide pap 14) e u. N io i preciso impor a tensão. Na situação do cliente, existe adequada tensão residual. O conselheiro capta, concentra e libera essa Icnsio. rapidamente e sob controle, empregando-a como força para mudar a vida dc acordo co m a Bíblia. Essa rápida liberação da tensão produz alívio rápido, como também motiva o cliente. Podc-ie comparar uso com o lancetamento de uma boilia. Talvel seja melhor a analogia do fogo (oxidação rápida), em contraste com o processo gradual de oxi dação, que leva muito tempo. A liberação gradual da tensão desgasta a pessoa e vai minando a personalidade, lista i a indesejável alternativa ao método bíblico de arrependimento e mudança.
é assim estimulado a consertar o erro, mas também desfaz um velho e p ecaminoso padrão de relacionamento e, em aeu lugar, começa a esta belecer outro, bíb lico. Muitas vezes o de que precisa o clie nte é a lei de Deus aplicada á sua vida com poder, a fim de explodir e desprender os velhos padrões. Os conselheiros nou tétícus n ão acham que os clientes devam ser conduzidos suavemente durante meses ou anos. Ao con trário, acham que ás vezes é mister usar a destroçadora verdade de Deus para mostrar á pessoa a inevitável desesperança do seu atual modo de viver. Pode ser que precisem exortá-la e mostrar-lhe como os seus presentes e pecaminosos cursos de ação a nada levam senão a maior desalento e ao fracasso final. Esse ponto dc vista tem recebido vigorosos ataque s: Há conselheiros que acham que um rápido e completo es vaziamento dos fatos pecaminosos ajuda o cliente a pô-los para fora abertamente, onde ele pode clamar por perdão. Mas a “ex tração" é perigosa e imprudente. Se você quiser fazer o melhor que puder no aconselhamento, deverá deixar que a informação e os pensamentos "fluam" para fora. Por que os conselheiros não devem a rrancar coisas das pessoas? Porq ue isso fere. Fere tanto a você como àquele a quem vocé está aconselhando. E o conselheiro profissional sempre é sensível á "prontidão" quando faz aconselhamento com outros. (!) Ninguém deve quere r ex tra ir dentes se não for necessário. Mas há casos em que a extração não só é essencial, é a única coisa que se pode fazer. Afinal de contas, qua nd o um dente tem estado ruim por muito tempo, acaba produzindo abcesso, e o veneno corre através do organismo. £ mais misericordioso extrair esse dente. Quem é que tira os dentes por etapas, levando longo tempo? É muito menos dolo roso sofrer um duro golpe para a extração. Depois, a dor passa e acura pode iniciar-se imediatam ente. (2 ) Co mo questão de fa to , a agonia de um longo arrastar-se de uma série de sessões é muito pior do que enfrentar abertamente o problema todo tão rapidamente quanto pos sível. Machuca menos amputar de um golpe o rabo do cachorro do que ir cortando fatias, devagar, da ponta ao toco.
(D (2)
Clyde Nutam ore (panfleto), TtehiUquet o f Counteling (Técnica» de AconvJhamcnto t. Puadena, n. d.. pai. 7. O incidente da muihei samantanu junt o ao poço (JoSo 4) claramente o demonstra. Cristo foi ao cerne da que»tio e, embora tenha feito ferida, a cura »eguiu-se rapidamente.
BOM SENTIMENTO
Deus mandou o profeta Natã arrancar uma confissão dc Davi. Narramoie protesta, porem: “extraçã o fere". É claro que a ex tra ção é dolorosa, ninguém o nega; nw o* dentes com abcesso doem também e, com o passar do tempo, causam maior dano. O ponto atacada nos Sal mos psicossomáticos (51, 32, 381, como Davi o indicou com clareza.é que Deus nos deixa angustiados quando nos mantemos na culpa do pecado não perdoado. Portanto, ele exortou os seus leitores a não serem co mo a mula teimosa, que tem de ser amis ta da à força para a confissão O que machuc a mais não c a extraçã o, mas o pecado que inicialmente produzira essa condição. Onde quer que exista o pecado, haverá dor. Confessar pecado fere o otgulho da pessoa. £ inútil tentar evitar esse fato, ou tentar inventar algum método indolor de extrair confissões. Sobretudo, o modo dc iratar com os problemas pessoais não consiste em determinar se uni método pode ser mais ou menos doloroso que o utro. Afinal, o método dc “extração ’* tem que ser adotado simplesmente porque Deus nos conclama á imediata confissão de pecado. F erróneo aconselhar alguém a adiar a confissão dc pecado. Em circunstância nenhuma esse conselho pode ser biblicamente justi ficado. O aconselhamento noutético também é preventivo. Nâo é só importante tratar do dente que está com abcesso e deve ser tirado, mas tambem é importante obturar os dentes e esforçar-se por preser vá-los. Tanto a extração como a broca são processos dolorosos, inas ambos são necessários. 0 aconselhamento nou tético está preparado para dar conta dc ambas essas situações. Questões Secundárias O aconselhamento noutético. já se fez notar, preocupa-se com a estruturação total. Estruturação total significa edificar uma vida de amor, isto é, vida estruturada em todos os aspectos pelos manda mentos dc Deus. Por causa dessa preocupação, pois, os conselheiros noutético* estão Interessados não só nas questões básicas, mas também
nos efeitos secundários dos problemas. Frequentemente, quando foi eliminado o problema dc apresentação, quando foi resolvido o pro blema debilitante imediato (ou de rcaltzaçSo), c quando novos pa drões, bíblicos, substituíram o problema de prccondicionamento, res tam alguns efeitos secundários e colaterais que poderiam ser apenas uma parte Incidental do problema de apresentação. Os tiques são um bom exemplo. Jaci procurou-no* com um tique facial, embora sem mencionar o seu tique como pane do pro blema de apresentação. Cada vez que ela ficava mais tensa, contiaia a face e um dos olhos. Era um cacoete muito visível que distraia a atenção do* outros e não era nada lisonjeiro para ela. Durante as sessões de aconselhamento, que giraram cm lomo dc graves dificul dades conjugais, os seus conselheiros fizeram aquilo que geralmente se supflc revelar falta de tato: chamaram a atençío para o tique. Ela ficou contente com a menção disso, porque precisava de alguém que fosse bastante franco para levantar a questão. Estava ciente do tique e queria livrar-se dele. Ela disse que orava e que havia feito muitas tentativas. Finalmente, quando chegou o momento oportuno para isso (quando ela havia dado início a um ciclo ascendente), foi elaborado um programa para eliminar o cacoete. Cumpri-lo exigiu disciplina, além de oração. Pnmelro, todos o* membros da família de Jaci foram concla mados para orar com ela e para colaborar no problema com ela. Em segundo lugar, foi traçado um programa de prémios e castigos para ajudai a motivá-la Orientou-se a família a chamar a atenção dela para o seu tique sempre que ocorresse. Chamar constantemente a atençío dda para o tique serviria para manté-la consciente dele. Em terceiro lugar, foi-lhe dado um incentivo para dominá-lo. Os conselheiros per guntaram a Jaci o que ela gostaria de ter mais que qualquer outra coisa. Dc modo bastante aprop riado ela respondeu: “ Uma penteadeira completa com espelho”. Esse foi o tipo de pedido ideal, nío só porque o seu marido concordou cm comprá-la, como também porque toda vez que ela se olhasse no espelho se lembraria da vitória sobre o pro blema. O programa era simples: se durante uma semana inteira sua família não lhe visse um linico tique, seu mando lhe compraria a pente adeira. Na pnmeira semana ela a ganhou. Solução dc Problemas pelo Ifco de Modelos Em 2 Tcssalomcenses 3, Paulo levantou a questão da disciplina. Em Tessalónica havia cnstüos que, por terem ouvido dizer (erronea mente) que a segunda vinda de Cristo era iminente, achavam que podiam abandonar o seu trab alho. Dai, passaram a viver co mo intru sos e parasitas, comendo á custa dos outros. Paulo qualificou de "desor
denada” a conduta deles (literalmente, '‘indisciplinada"). Disse, pois, Paulo: Nós vos ordenamos, irmáos, em nom e do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande desordenada mente. A palavra “desordenadamente” é boa tradução, pois o termo grego significa uma espécie de vida desordenada, vida sem ordem, mal arranjada. Ineren tes i palavra eitâ o as idéias de ‘Tora da fila", “fora do lugar” ou "fora de ordem". A igrejn deles era como uma coluna de soldados com alguns detes a marchar fora do passo. Paulo atacou diretamente o problema, declarando que todo irmio que leva vida desordenada, que nio vive “segundo a tradiçSo que de nós rece bestes", deve ser evitado. É evidente que mesmo naquela curta visita feita a Tessalônica, Paulo havia discutido completamente a impor tância de se levar uma vida ordenada e disciplinada. Quando disse: “Vós mesmos estais cientes”, Paulo quis dizer: “Nós vos ensinamos isto; vós o recebestes com o tradiçSo (algo que é transmitido) de nós” . Mas Paulo disse igualmente: Vós mesmos estais cientes do modo por que vos convém imitar-nos, visto que nunca no» portamos desordenadamente entre vós. Neste versículo, Paulo empregou o mesmo vocábulo. Disse ele: “Nós nSo levamos vida desordenada entre vó». Portanto, vós deveis seguir o nosso exemplo”. Paulo freqüentemente salientava a impor tância do modelo, ou seja, de um bom exemplo, na aprendizagem de como estruturar o viver. A importância de mostrar aos outros como obedecer aos mandamentos de Deus mediante o exemplo não pode ser ressaltada em demasia. A dramatização também pode ser meio vá lido de estender o princípio de que a disciplina bíblica pode ser ensi nada pelo exemp lo. (Já foi discutida neste livro a drama tização com o ensaio teatral). Assim foi que Paulo conclamou os seus leitores nâo só a lembrarem as palavras que dissera, como também a recordarem a ev pécie de vida que ele e seus companheiros viviam entre eles. Muitas vezes é por meio do exemplo que os princípios podem ficar mais perm an ente e vividam ente impressos nos ou tros. A referência ao exem plo não era algo incomum para Paulo. Paulo c om freqüência usava a sua próp ria co nd uta como exem plo para os ou tro s. Isso está pa tente em passagens como o ca pitulo qu atro de Filipenses. Ali Paulo dirigiu-se a seus leitores não somente incentivando-os a orar e concentrar-se nas coisas respeitáveis, justas, puras, amáveis e de boa reputação, mas continuou:
O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistei em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco (Filipenscs 4.9). No cap itu lo an terio r da mesma carta ele já dissera: Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós (Fflipenses 3.17). Paulo considerava a sua vida como um modelo para os cristãos neófitos. Esta ênfase nío se limita a Filipenses e i passagem de 2 Tessalonicenses; Paulo expressou o mesmo pensamento em vários outros lugares. Por exemplo, em I Coríntios 4.16 ele escreveu: “Admoesto-vos, portan to , a que sejais meus im ita dores ''. Paulo também mencionou a figura do modelo, quando disse. “Cora efeito vos tornastes imitado res" (1 Tessalonicenses 1.6). 0 termo grego “imitador" é a mesma palavra da qual se deriva a palavra portu guesa “mímica”. Ele escreveu: “Com efeito vos tomastes imitadores nossos e do Senhor”. Eles aprenderam, parece, a imitar o Senhor imi tando o que Paulo fazia em sua imitação do Senhor. Então Paulo recomendou-lhes que se tomassem modelos. Depois que aprenderam a imitar Paulo em sua imitaçXo do Senhor, des mesmos sc tomaram exemplos para os outros. “De sorte que vos tomastes o modelo para todos os crentes na Macedônta e na A ca ia" (l Tessalonicenses 1.7). Semelhantemente, Pedro aconselhou os presbíteros da igreja à qual estava escrevendo não só a “pastorearem o rebanho de Deus . mas que o fizessem sem agirem como dominadores sobre os que lhes foram confiados, tomando-se “moddos do rebanho" (1 Pedro 5.3). A palavra empregada por Pedro é typos (“tipos”). Os presbíteros devem ser tipos ou moldes para os seus rebanhos. A idéia de modelo perpassa o Novo Testamen to inteiro. (1) Esta idéia de modelo também ocorre nos escritos de João, bem como nos de Pedro e Paulo. Em 3 João 11, as palavras de João mostram que ele sabia que não deixaria de haver imitação. Diz ele: “Amado, não Imites o que é mau, senão o que é bom". Em outras palavras, ele disse: Você vai imitar. Não poderá deixar de imitar. Quando criança, você aprendeu a imitar, e durante sua vida inteira você continuará a imitar outros. Assim, faça a sua imitação de ma
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Vide t Tessalonicenses 1.6; Kilipensei 4.9; 3.17; I Coríntios 4.16; 2 Ti móteo 3.10; 2 Tessalonlceroe* 3.9; l Timóteo 4.12; Tito 2.7; Hebreus 13.7; I TessuJonlcente» 1.7; 3 Joio 11; etc.
neira conscienciosamente planejada e certifique-se de que estará imitando o que é bom. A influência dos filhos mais velhos em um lar demonstra com clareza a importância do exemplo. Os mais novos pegam o seu jeito de falar, o seu vocabulário, as suas ações e as suas atitudes. A influência dos pais é mais contundente ainda. E a influência que um conselheiro exerce no aconselhamento também é coisa importante. Em tudo que fazem, os conselheiros servem de modelo, implicitamente. Às vezes também o fazem explicitamente. (1) Daí a idéia de empregar modelos, como meio de encaminhar a disciplina, uma coisa que deve receber atençáo adequada da parte dos conselheiros. Mowrcr estivera envolvido em problemas pessoais muito pro fundos e chegou às suas teorias de confíasio e responsabilidade pelo ensaio e eno. Durante o processo, tropeçou na idéia de modelo. Desse modo, ele dá forte ênfase áquüo que acredita scr a necessidade de tomar a confissáo uma experiência profundamente compartilhada. Ele acha que esse emprego dos modelos ajuda a levar os clientes a for necer dados. Ele trata de começar o aconselhamento colocando-se um tanto "abaixo” (em vez de acima) da situação do cliente, confes sando ele primeiro alguma falha sua. Mesmo que n5o seja necessário "contar sua própria história”, como Mowrer define o uso do modelo, para ex tra ir uma confissáo de ou tre m, Mowrcr insiste em que o co nse lheiro deve cuidar de fazé-lo. Foi acidentalmente que Mowrer ficou ciente das possibilidades do uso de modelos. John W. Drakeford explicou que enquanto falava com outros "acerca de uma briga pessoal, Mowret descobriu que a sua próp ria estória pôde evo car uma resposta me diante a qual o cliente contribuía com uma experiência dele mesmo. Muito impressionado, Mowrer desenvolveu cuidadosamente a técnica e a achou iáo eficaz que agora ele se refere a ela, dizendo: “Desempenhar o papel de modelo é a alma da Terapêutica e da Integridade”. (2) Mas a forte ênfase dada (I I
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Vide especialmente iu palavras de Crnio em Lucm 6.40b: "iodo aquele que 1'or bem Instruído será como mu mestre”. A idéia de modelo ressalta a importância do pnncípto do discipulado expresso pelas palavras “com cie" (Marcos 3.14) para o qual o rev Kcnncth Smith. de Pittsburgh, Pennsylvama, despertou vigorosamente a minha atenção Suas impllcaçòcs, tanto para o ensino como para o aconselhamento, sio arrebatadoras. A Escritura reúne ensino e aconselhamento na mesma pessoa, como na verdade deve ser. Ob*erve a estreita relaçio retratada em Colossenses 3.16 e 1.28. The Dit-Covtrtr, volume 4, n° 4, outubro de 1967, pág. 5. O que foi dito noutro trecho deste livro sobre o poder de um exemplo ou de um mcH
por Mowrer ao emprego de modelo s é dem asiado forte . Os que tra ba lham junto com ele, usando pouco ou nenhum modelo consciente mente, obtiveram multas vezes os mesmos resultados. O que a gente suspeita quanto ao uso de modelos é que se tomou a "alma" da teoria de Mowrer, nâo principalmente por causa da sua utilidade cm auxiliar os consuitantes a fazerem confissão, mas antes por causa dos benéfi cos (embora passageiros) efeitos que produz nele em sua qualidade de conselheiro. 0 emprego do modelo, como se demonstrou , não é nada novo. É um útil princípio bíblico que. em determinados pontos, os conse lheiros quererão aplicar. A experiência no aconselhamento já mostrou conclusivamente, contudo, que o uso explicito de modelo de modo nenhum constitui elemento essencial do aconselhamento. De fato, tal uso, se feito como prática regular, pode correr graves riscos. Pode acontecer que o conselheiro se force a si próprio e aos seus problemas pessoais a tom arem a dia nte ira dc maneira an tm atural. Alguns dos que observaram Mowrer e aqueles que com ele acharam que era sempre necessário contar a sua estória pessoal, concluíram que para alguns conselheiros (não para o própno Mowrer). o fazer-se de modelo fre qüentemente se degenerava, transformando-se cm mera permuta de estórias. (1) Mas de muito maior importância t a razão pela qual Mowrer
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dente que loca unu corda simpática (no sentido etimológico da palavra) no cliente. igualmente explica o podei do modelo como o vê Mowrer Mowret salienta o uso do modelo como técnica para obter confissões, ao pano que na Escritura a ênfase recai tvo modelo como meio de eiainat a outros a viverem de acordo com a Palavra dc Deus Q ie nüo é sempre necessário "coniar a própria estória” é evidenciado pelo uvo eficiente que Cristo fazia de parábolas (»cerca de outro«) que repercutiam nos Seus ouvintes. Quanto a outras precauções com o uso de modelos, vide Edwin Hallstein, “Integrity Training and the Opening Interview" (O Treinamento da Integri dade e a Entrevista Aberta), em The On Carerer, vol 4, n° 2. abril de 1967, pá*. 3. Com referência a confissão promíscua. Richard Parlour, et. al.." Rediscovered Dimensions o f the Psychotherapist's Responsibility (Dimensões Redescobertus da Responsabilidade do Psiquiatra) - material inédito - sugerem algumas precauções importantes, pág. 15. A» «essõea de terapêutica de grupo, em que a confissão diante de pessoas não envol vido» na transgressão é estimulada, para dilcr o máximo que se pode em teu favor, têm apoio bíblico duvidoso. P questionável que a confissão deva ser estimulada fora do contexto da reconciliação (exceto, é claro, como exemplo voluntário para fins de instrução; vide Davi nos Salmos anteriorm ente citados) Vide especialmente a introdução ao Salmo 32: "De Davi, Salmo Didático". Ou: ‘Salmo dc Davi, para instrução” (Bmketey)-
sente de modo tão intenso a necessidade do emprego de modelo: rejeitando a expiação dos pecados, feita por Cristo. Mowrer nunca expe rimentou a alegria d o per di o dos pecados, dado uma vez por todas (Hebreus 9.28 — 10.18) e se esforça para, por meio de boas obras, efetuar uma “expiação pessoal” pelo pecado (ele emprega precisa mente estas palavras). Mas a expiação pessoal de Mowrer é como a do sacerdote que “se apresenta dia após dia a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca jamais podem remover pecado s" (Hebreu s 10.11). A dolorosa experiên cia de revelar os pecados de alguém (para Mowrer é isso; para ele nunca poderia existir um intercâm bio de estórias pessoais do tipo “vocé po de contar uma melh or? ") i oportunidade para Mowrer pagar dc novo o preço de suas iniqüidades. Mowrer sente grande necessidade de punir-se a si mesmo de algum modo, e isso vezes após vezes, para dar paz à sua consciência. Observando essa vá tentativa dc resolver o problema do pecado, os cristãos não podem deixar de ser agrade cidos porque, “tendo sido purificados uma vez por todas”, não mais têm “consciência de pecados" (Hebreus 10,2). Estudos recentes ilustram a impossibilidade de evitar a mecânica do modelo implícito e o lugai que o modelo ocupa no aconselha mento: Há boa razão para acreditar que o mais poderoso ambiente para a indução de certas espécies de co mpo rtam en to é conseguir que outros exibam esse comportamento. As experiências de Schachtcr mostram com inteira clareza que as pessoas tendem a ficar eufóricas na presença do que representa papel eufórico, e que ficam zangadas na presença do que representa papel de zangado. Experiências recentes feitas por Nowlis sobre o tempe ramento demonstram a conclusão geral de que o temperamento representado pela maiona dc um grupo social influencia o tem pe ramento dc todos os seus membros. (1 ) Esses estudos ilustram a extensão a que chega o principio básico do poder do exemplo. Dizem muita coisa acerca do fato de que as emoções veiculadas por gestos e por outros estados c ações corporais desenvolvendo-se de atitudes e temperamentos, pegam em outras
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George Mandler cm New Direction* in Psychology (Nov*» Orientals« na Psicologia), Nova lorque, Holt, Rmchart and Winston* Company 1962, pa*. 312.
pessoas. A própria atitude do conselheiro no aconselhamento é, pois, importante. Se ele tem esperança, transmitirá esperança; se ele está confuso, é isso que transmitirá. (1) A crença de alguém sobre as pos sibilidades de resolver problemas sem dúvida acaba se revelando. Sobre tudo, é importante que os conselheiros mostrem atitudes apropriadas, o que significa que o conselheiro deve estar com o melhor estado mental possível quan do estiver aconselhan do outros. Suas próprias atitudes, brotando de questões pessoais, podem contradizer suas crenças e contrapor-se a seus esforços para ajudar o cliente. 2 Tessalonicenses 3 expõe mais um princípio da vida discipli nada: Porque, quando ainda convosco, vos ordenamos isto: Se alguém nâo quer trabalhar, não coma também. É preciso viver uma vida ordenada, uma vida disciplinada, na qual se trabalhe por aquilo que se quer ter. Paulo prosseguiu: Pois, de fato, estamos informados de que entre vós há pessoas que andam de sordenadamente". ou “que levam uma vida indisciplinada“ (versículo U). Como já foi observado, a palavra “indisciplinada” indica uma vida sem ordem e sem estrutura. Ele condenou aqueles que levavam uma vida indisciplinada ou sem estrutura, sem fazer nenhum trabalho e agindo como intrometidos. Ele prosseguiu: “A elas, porém, deter minamos e exortamos’’. Clientes desse tipo deveriam receber a ordem e exortaçio de que “trabalhando tranquilamente, comam o seu próprio pã o." Alguns psiquiatras prefeririam mimá-los indefinidamente . Cos tumam pôr essas pessoas em instituições para doentes mentais, onde tudo o que tem que fazer é deitar-se aqui c ali no« verdes gramados dos seus jardins encantadores. Gente já ociosa fica desse modo mais ociosa ainda; essas pessoas ie tomam institucionalizadas e aprendem a viver a vida institucionalizada onde outros tomam conta delas, onde outros lutam pelo seu pão de cada dia. Em vez disso. Paulo afirma (I )
As tentativa» dc tomar uma posição neutra freqüentemente »6 servem par» confundir o cliente, pois falte um iua verdadeira atitude. Tran imitem desin teresse ou uprovação quando nío pretendem nem * uma nem i outra corsa. De uma coisa o conselheiro pode estar certo: alguma coisa será transmitida; a neutralidade i impossível Sobretudo, o* clientes precisam de reaçAes verdadeira» para poderem fazer julgamento certo por meio dela». Hm cliente expressou assim • sua reação: “ Eu preciso saber qual a impressão que isto cauta a alguém que tem a cabeça no lugar". A ver dadeira reação noutéticá i reação bíblica e, portanto, i indicativa da von tade dc Deus no assunto em foco. Por certo que Deus não é neutro para com a conduta pecaminosa. Portanto, tentar manter neutralidade i re presentar falsamente a Deus.
que elas devem ser mandadas e exortadas no Senhor a trabalhar. “Determinar” e “exortar”, verbos usados na passagem, sáo palavras fortes. O apóstolo continuou: E vós, írmSos, nio vos canseis de fazer o bem. Caso alguém nio preste obediência á nossa palavra dada por esta epístola, notai-o; nem vos associeis com ele, para que fique envergonhado. A disciplina da igreja deve ser exercida quando os cnstáos re jeitam o exemplo, a ex ortação e os mandamentos. "Todavia, não o considereis por inimigo, mas adverti-o como irmão” (aqui o verbo “advertir'' é literalmente "confrontai nouteticamcnte”, ou melhor, “confrontai-o noutetkamente” (como a forma verba] o indica) como a um irmão. Treinamento das Crianças Que tém para dizer os conselheiros noutéticos acerca da edu cação dc crianças? Antes de tud o, eles acham norma l que a criança aja pecaminosamente. A Escritura indica que “A estultícia está ligada ao coração da criança” (Provérbios 22.15). De acordo com os Salmos, logo que a enança nasce já se desencaminha, “proferindo mentiras" (Salmo 58.3) porque em pecado a concebeu sua mãe (Salmo 51.5). Em Efésios 2.3, Paulo afirmou claramente que “por natureza'*, isto é, por nascimento, (1 ) todo nené 6 filho da “ira”. Nasce pecador e me rece a condenação etcma. Visto que as crianças nascem pecadoras, ma nifestarão sua natureza pela conduta pecaminosa desde suas primeiras oportunidades. Os pecados cometidos pelos adultos nio diferem gran demente em espécie dos pecados cometidos pelas crianças. Conse qüentemente. com as crianças, como com os adultos, a disciplina toma a forma de uma batalha contra padrões antkristãos de reação. Contudo, a disciplina das crianças tem grande vantagem. Se alguém tem ciência da espécie de padrões que seu filho pode desenvolver mais tarde na vida, então, como pai, pode fazer tudo que está ao seu alcance para embutir e estruturar em seu filho padrões consoantes com o modo bíblico de viver. Onde quer que veja o joio da irresponsabi lidade começando a florescer na vida do seu filho, procurará arrancá-lo e, em seu lugar, lançará as sementes da responsabilidade. Os pais (ou os mestres) devem reagir ao comportamento das
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Phytil ugmlica natureza jiencticu herdada do» pais e. asum, vem ii signi ficar “por nascimento” Vide Orationt (Di*curso*l, dc Lysiaa, "Philo", hotm dt phytei men polilai eisi, “todo» quantos por nascimento são cidadãos".
crianças de maneira honesta e própria. Somente mediante reações dessa qualidade poderio prover um padrio pelo qual a criança descubra as conseqüências sociais da sua conduta. Esse tipo de reação nio agride a criança, como alguns pensam. Ao contrário, reações neutras (isto é, distorcidas) e reaçfles evasivas confundem a criança e tendem a estimulá-la a adotar atitudes sociopatológicas. Uma criança nio pode evitar que lhe façam dano. Embora o pai nio deva tratar mal o seu filho de propósito (ele nio se esforça por agir assim, mas o faz sem «jierer), tal erro nio será tio prejudicial como alguns acham. Du rante a vida inteira haverá gente que o tratará mal É bom, en tio , que os primeiros maus tratos que venha a experimentar partam daqueles que lhe têm mais amor porque, se co m am or eles admitirem o erro cometido, pedirem desculpas e corrigirem o que fizeram de errado, estario ensinando muita coisa com o seu exemplo. Mas também, se eles lhe ensinarem a reagir ocertadamente aos maus tratamentos que receber, ensinar-lhe-io com Isao a liçio mais importante de todas. A chave da disciplina patema ê ensinar ao« filhos as reações bíblicas aos maus tratos. O problema da criança nio é a insegurança (como tantas vezes se tem pretendido), mas a incapacidade de solucionar acertadamente os problemas. Quando a criança chega á adolescência, o problema toma-se menos uma questio de o pai estruturar responsabilidade e disciplina na vida do filho, e mais uma questio de ajudar o filho a assumir a res ponsa bilidade de es tru tural sua própria vida. Certamen te, contud o, essa transferência de responsabilidade deve dar-se por um processo gradual, iniciado muitos anos antes. Agora, porém, a disciplina passa a ser quase da inteira responsabilidade do adole scente mesmo. Este deve tomar-se um indivíduo auto-estruturado, auto-disciplinado, antes de sair de casa. Já nio pode alegar que nio é responsável por seus atos. Conforme o adolescente vai começando a afastar-se do lar e a tomar decisões próp rias, com eça a assumir responsabilidade pessoal Já nio lhe é possível agir de acordo com decisões tomadas para ele por seus progenitores . Cumpre-lhe rec onhecer as suas obrigações pessoais para com Deus. Deve-se-lhe ensinar a seguinte injunção: “Se me amais, guardai os meus mandamentos”, como uma determinaçio a ele diri gida. Importa-lhe edificar um relacionamento responsável para com Deus e para com os seus semelhantes, mediante a observância dos mandamentos de Deus. É necessário que aprenda que Deus exige que ele ame a Deus e ao próximo. A adolescência é a fase do desen volvimento. É a época na vida em que o indivíduo precisa despir-se das maneiras infantis a fim de reve»nr-*e de um amor amadurecido. Essa é a época em que os filhos que pertencem a um lar cristio devem ser ensinados a assumir as obrigaçfles da auto-disciplina, um
Ao ajudarem os adolescentes a desenvolverem a auto-disciplina, os pais devem agir com muita prudência. Quando vem alguma coisa á mente e se faz necessário decidir quanto a um curso de açio proje tado e desejado pelo adolescente, mas nio desejado por seu pai. pode apresentar-se a oportunidade para um saJto no crescimento. Se a ma téria em qu estio é do tipo em que conseqüências graves podem so brevir i açSo do jovem, e ele tivera até enlio poucas oportunidades para tomar decisões dessa natureza, provavelmente n lo é esta a ocasifo para perm itir-lhe que com ece . Se a matéria nio corre o risco de pro vocar sérias cons eqüências (e. g . as roupas que ele ou ela quer usar talvez causem embaraço aos pais, e só), então talvez seja esse o ponto prop icio para a introd ução da auto-responsabdid ade. A auto-estruturaçSo deve ser cuidadosamente ensinada. Pode ser que o pai ache útil dizer alguma coisa assim: Joio. vou confiar a você a tomada da decisio sobre esta questão, diante de Deus. Mas quero que o faça de modo bem responsável. Primeiro, quero que você se sente e ouça o meu po nto de vista, como eu entendo a aplicação das Escrituras i questão, e quero explicar-lhe as consequências dessa açio pla nejada como eu as vejo. Depois, quero que você dedique uma semana a pensar e orar sobre esse assunto , antes de chegar i de cisão final (numa questão muito importante, ou na primeira fase do estabelecimento da auto-discipiina, o pai poderá querer tam bém pedir po r escrito razõ es para a sua decísfio). Entio, depois que você tiver feito isso, eu nfo lhe direi mais nada —mas você deve estar preparado para enfrentar as conseqüências. Durante a adolescência do filho, os pais devem estimulá-lo a re avaliar a sua vida. Deve reavaliar os seus padrões e as suas realizações em termos das Escrituras. Ele bem poderia ser ajudado a idealizar um program a próprio para adolesce ntes com vistas á elim inação do velh o homem nele e o seu revestimento do novo homem. 0 período da ado lescência é necessariamente uma época de ajustamento. É época de ajustamento físico e dc ajustamento moral. E a época em que o ado lescente assume novas responsabilidades e em que se ajusta a um novo modo dc vida. É a época em que tem que aprender a agir “nio so mente por causa do temor da puruçio, mas também por dever de cons ciência’’ (Romanos 13.5; vide também I Pedro 2.19). É em grande escala uma época própria para a avaliação pessoal. (1)
Enkrnttfa, “domínio próprio”; ride Atos 24.Z5; GaUtai S.23 e 2 Pedro
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Conforme se desenvolva, diminuindo a sua fraqueza e depen dência. a criança deve aprender a assumir responsabilidade pessoal por sua vida, O adolescente é com« um gmno já dotado de perna*. Vive no m undo A formação da maturidade física e moral, nesse período deveras crucial, deve levar particularmente o jovenzlnho a reconhecer a necessidade dc fugir “das paixões da mocidade” e de seguir “a jus tiça" (2 Timóteo 2.22). Os rapazes e as mocinhas que nâo possuem a fé salvadora em Cristo d uran te a adolescência e a juventude, ni o podem detxar de continua r nos velhos padrões, ou. co mo resultado da reavaliação feita, estabelecer novos padrões erróneos. (I) Fora do padrão bíblico (Escrituras) nio há alternativa. O adolescente cristão deve reter os velhos padrões que foram corretamente estabelecido» para ele. cm conformidade com a Palavra de Deus. (2 ) Náo deve precipitar-se a abandonar os velhos cam inhos Mas agora deve tam bém assumir j responsabilidade de submeter ao seu juízo cada um dos padrões da sua vida. verificando se está de acordo com a Palavra dc Deus. Ele não deve apenas supor que Iodos os padrões que os seus pais o ajudaram a desenvolver são híhlicos, mesmo que sejam cristãos 0 adolescente cristão não deve repe tir os erros da sua meninice, mas deve aprender deles. Comparando os padrões da sua vida com a Palavra dc Deus. o adolescente cristáo deve resolver-se a viver melhor do que seus pais, c m elhor do que vivera com seus pais Mas que ele esteja certo de que o padrão pelo qual ele define como melhor qualquer ação seja a Palavra dc Deus. Cada geração de jovens cristãos deve apoiat-sc nos ombros da imedíalamente anterior. Os filhos de um lar cristio Iniciam a vida com uma herança. Não lêm necessidade dc co meçar tudo do nada. inas de muitos modos devem começar do ponto em que os deixaram os seus pais. Esla é uma das grandes vantagens da relação pactuai da família cristã com Deus. Código de Conduta Em sua maior parte, os casos de disciplina infantil podem ser re solvidos mediante o estabelecimento de uma estrutura que leve ao reforço dos princípios bíblicos estabelecidos para o lar. Para fazê-lo, as regras do lar devem ser expostas com clareza. Deus deu aos pais plena II )
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\ rebeldia. Ião característica do adoJcsccnle, não é bem uma "fase" pela qual Iodai as criança* tem de passar, pois c pecado. Desde que esse é um período cm que ele está aprendendo a agir com independência e com auto-rcsponsabilidadc, é difícil para o jovem resistir à tendência para j rebeldia, nus. com o auxílio dc Deus, a resistência i postivcL Niio c possível considerar aqui o questão da conversão no seio do« lares
CTÍSlãOS.
autoridade para ser exercida sob a direçáo normativa das Escrituras. 0 marido deve ser o chefe do lar, a esposa deve ser sua auxiliadora sub missa, e os filhos devem amar a seus pais, honrando-os e prestando-lhes obediência. Mas esses são princípios gerais que devem sei desenvolvidos em termos dos problemas concretos levantados pelos filhos. Que se deve fazei quando uma criança mente, retruca, chega em casa fora de hora9 Uma boa maneira de determina r respostas apropriadas e coerentes a essas perguntas é traçar um c6dtgo de conduta. Numa folha de papel em que estio assinaladas quatro colunas, cada coluna « encimada pelas palavras " Transgressão", “Castigo", “Por Quem’’ e “Q uando"
CÓDIGO DE CONDUTA Crime
Castigo
Por Quem
Quando
Cada quadro do gráfico do código de conduta pode ser preen chido de acordo com os problemas específicos dc situações individuais. Por exemplo, mentir é uma transgressão que pode ser punida lavando a boca com sabâo, pedindo desculpas e retificando a situação com 0 relato da veidade. (1) A intensidade do castigo deve ser proporcional 1 falta cometida e, quando for possível, também deve havei eqüiva li )
Ounndu se usar O sabão. se o menino tiver idade para Isto, primeiro te requer dele que façn pesquisa «obre sabiV» escrevendo a uma tábneu desse produto paru assegurar-se dc que o uso do subio escolhido não e prejudicial
léncia em espécie. Quando sc estiver ponderando sobre como punir a transgressão, é útil distinguir entre defeito na realização dc pequenas tarefas (retirar o lixo. arrumar a cama) e desobediência franca ou re belde (re sposta malcriada, recusa a obedecer). De modo geral, os cas tigos produtivos (trabalhos definidos acima e além das tarefas insigni ficantemente comuns) são os melhores castigos, sempre que possam ser idealizados. Os servicinhos comuns não devem ser usados como castigos, visto que os pais devem esforçar-se para conseguir que os seus filhos sintam prazer em prestar ajuda à família. As pequenas tarefas podem ser sorteadas uma vez por sem ana, evitando as brigas por causa das preferências dc cada membro da família. Tirar privilégios ou man ter os filhos sem atividade saudável (e. g.. "Você náo poderá brincar fora de casa durante uma semana") estão entre os mais pobres recursos disciplinares. Com frequência, esses castigos acabam virando castigas para os pais, em vez dc para os filhos. Geralmente o castigo é dad o por um dos pais na hora cm que ocorre a ofensa. Todavia, há casos em que os castigos podem ser protelados até à chegada do pai, para salientar a gravidade da transgressão. A reflexão deve patentear a importância do esforço para aplicar bem todo s esses qu atro itens a qualq uer situação disciplinar. Se um deles for negligenciado, poderá resultar em conf usão e dificuldade. Os fatores importantes da disciplina sâo a clareza, a cocréncia, a regu laridade, a exigibilidade e a imparcialidade. Para a adoção de um có digo, primeiro os pais concordam em seus termos. Depois, o código é apresentado aos filhos. Ê-lhcs dada a oportunidade de proporem quaisquer mudanças que eles creiam que possam melhorar o código. Entre os filhos menores, essas negociações em grande parte se referem á determinação dos castigos Com freqüência, mesmo crianças bem pequenas sug erirão castigos mais duros e mais adequados. Os pais sâo a autoridade final sob Deus e podem vetar quaisquer propostas. O con selheiro, entío, examina o código e ajuda com sugestões que achar necessárias. Usando o formulário providenciado, o código é colocado em algum lugar da casa onde todos o vejam e, dessa hora em diante, deverá ser cumprido sem vacilações nem contradições pelos lillios e pelos pais. Quando a disciplina é posta sobre tal base. os pais, bem como os filhos, devem ater-se a da. (1) Sc os pais violarem o código, devem pedir desculpas e corrigir a situação. Um código de conduta não é obra resultante de nenhuma inspiração; mas este é um modo útil
(1)
O código estrutura a conduta do« pais, ulém da dos filhos. Por exemplo, não M lugar no código para gntot. Se > mie gnta quando una a n n (como i permitido pelo código), ela violou o código c deve pedir dcuulpus.
de assessorar o mandamento inspirado que o cristão “administre” ou “governe" bem a sua comunidade familiar, “criando os filhos sob disciplina, com todo respeito ” (1 T imóteo 3.4). (1) 0 governo do lar deve ser ordenado e respeitado. Para assegurar isso, devem-se plane jar medidas práticas . Quand o pais e filhos começam a aderir a um código, logo a família toda entra nos eixos, geralmente den tro do espaço de poucas semanas. Mesmo quando os filhos nâo gostam da severidade de alguns dos castigos programados, ao menos sabem quais sáo os limites; sabem exatamente o que lhes acontecerá se violarem o código. Os filhos gostam de saber onde estio traçadas as linhas de demarcação. £ fre qüente expressarem seu entusiasmo pelo código, para surpresa dos seus pais. O princípio de um código dessa natureza é bíblico . Deus revelou Sua vontade a Adão e lhe disse precisamente o que lhe sucederia se ele deixasse dc obedecer-Lhe. Quando AdSo pecou, Deus coerentemente levou adiante o que fora programado. "No dia em que dela comeres, certamente morrerás”, foi a sanção ou penalidade ligada à proibição. Quando os israelitas entraram cm Canaí, Deus expôs a Sua vontade, juntam en te com as bênçãos e maldições que se seguiriam co mo conse qüência da obediência ou desobediência a da. Depois, seguiu avante exatamente como dissera que faria. (2) Penalidades elaboradas du rante fria reflexão antes da execução do crime são normalmente mais sábias e mais justas do que as que nascem do calor gerado pela in fração. Quando os filhos sabem de antemão qual será a penalidade por determinada transgressão, e vêem que os pais se atém a ela estrita mente, aprendem a viver dentro de limites definidos com clareza. Se as puniç ões fica rem mud an do de acordo com o tempe ramen to c os c apri chos dos pais, na hora da sua aplicação, o filho ficará logo desapontade e confuso, porque igjiora os limites c as conseqüências do seu compor tamento. Não há estrutura em sua disciplina. Se hoje a criança pode cometer uma falta grave impunemente e amanhã é jogada aos bofetóes de um lado a outro por causa dc alguma infração relativamente insigni ficante, logo chegará i conclusão de que não há nem coesão nem coe rência no seu lar. Desde que a severidade de tal castigo raramente cor responde &gravidade da transgressão, e desde que os castigos são im previsíveis. ela conclui que pode muito bem faz er o que quiser. Num código hu mano há muitos ele mentos im po rta ntes a consi derar que não podem ser discutidos aquL E ntre tan to, talvez seja im (1) (2)
Podem ier feitas novas discussões cora vistas a ultcntvOcs do código, tão logo sc dê notícia disso à família toda. Deve-ie distinguir entre os manda mentos dc Deus c o« elementos específicos de um código familiar, Vide Dcuteronõmio, capítulas 27 e 28,
portante salientar um último fator, Em bora o código deva ser imposto pelos pais, estes devem deixar cla ro que o impõem somente porque estão exercendo a autoridade que lhes foi dada por Deus. Uma vez que, na qualidade de pais, eles tém direitos e a autoridade que lhes foram delegados por Deus, os filhos devem chegar a reconhecer que ao desobedecerem aos códigos paternos estáo, de fato, violando o» mandamentos de Deus por rebelarem-se contra a autoridade de Deus. Quando eles transgridem as normas em casa, quando mostram desres peito para com os seus pais, qu an do desob edecem ás regras e regula mentos da sua família, sua revolta nâo é apenas contra os pais mas, de modo mais fundamental, é revolta contra Deus. que ordena: “Filhos, obedecei a vossos pais no Se nho r’* (Efésios 6.1). E im portan te, pois, que os pais digam aos seus filhos que embora as normas de conduta da família tenham sido idealizadas por seus pais e, portanto, não sejam infalíveis, nio obstante, como pais. receberam autorizaçfo e manda mento de Deus para exercer a disciplina em casa. Quando os filhos obedecem a seus pais, glorificam a Deus e trazem paz e ordem á sua família.
Capitulo IX
ALGUNS PRINCÍPIOS DAS TÉCNICAS NOUTÊTICAS Conduzindo o Cliente à Auto-discipiína Será que o aconselhamento diretivo, com sua forte açio estniturad ora. conduz i dependência-’ Sem dúvida, o perigo existe. Mas, visto que a meta do Aconselhamento Noutético é levar o cliente á auto-disciplina, ( I) os conselheiros nouté ticos desenvolveram método s para desestimular a dependência do cliente. Antes de voltar-nos para estes, é bom refletir por um momento no uso bem sucedido de forte estTutura em um contexto diretivo, uso feito por instrutores de todas as artes e desportos. O professor de música e o técnico de futebol usam métodos parecidos, e seu objetivo é também a produção auto-disciplinada à qual a estrutura leva. Os conselheiros (que se fazem na verdade professores e técn icos) náo encontram maior dificuldade em fazer a transição do que aqueles. A passagem de Hebreus 12, disc utida no capítulo anterior, mostra a estreita relação que existe entre o treino atlético e o treino em santidade. Outro método, usado com freqüência, emprega medidas de tran sição calculadas para romper a dependência do cliente, por meio da rampa de vôo. Nas primeiras sessóes. os conselheiros com freqüência ajudam os clientes a resolver os seus problemas, tomando a liderança na penetração de alguns dos seus problemas junto com eles. Isso faz pelo menos duas coisas: Em primeiro lugar, capacita os clien tes a ob terem pronto ou imediato alfvio e os leva depressa a inverter o ciclo descendente da derrota. Em segundo lugar, dá aos clientes a oportu nidade de verem como os problemas podem ser solucionados com re cursos bíblicos, pois o conselheiro, empregando as Escrituras, serve de modelo disso para eles. Mas aí, em razfio do alivio recebido e da instrução dada, chega a hora em que pode ser feita a transição da lide rança do conselheiro para a do cliente na solução dos problemas. Nesse po nto de transição, a resolução do problema é iniciada no gabinete, como sempre, mas de propósito nio é solucionado ali. Em vez disso, os clientes sfo enviados para casa para continuarem investigando até que cheguem a uma solução bíblica. Isso significa que deverão aprender a manusear pessoalmente as Escrituras para a busca
(1)
Vldc filcinom 14 e ou tnu patugem »cmclha"ntei para observai a deseja bilidadc da transição para a auto-diacipiina.
da soluçio de problemas. (1) Esse procedimento em geral anda do se guinte modo: durante várias sessões o conselheiro ajuda os clientes a resolverem dois ou três problemas representativos de uma lista pre parada pelos próprios clientes. É da maior utilidade conseg uir que os clientes componham essa lista de áreas de conflito ju nto s, em casa, se nâo por nenhuma outra razão. por esta: que por tal projeto, pessoas que nio se comunicam iniciem o processo regular e diário de comuni cação que resolve problemas. (2) No próprio processo dc acordo sobre as áreas de conflito, ambas as partes começam a trabalhar juntas. Esse esforço cooperativo talvez constitua a primeira vez em que as partes fizeram um genuíno esforço combinado com vistas a solucionar os seus problemas. Só isso já é um significativo passo para a frente. Quando trazem a lista pronta, elabora-se uma agenda baseada nela, pondo em destaque as prioridades. As prioridades podem ser de terminadas: 1. pelo caráter urgente do problema; 2. pela habilidade com que os clientes manejam os problemas na ocasião. Vários proble mas são depois tratados de modo definitivo nas sessões de aconselha mento, numa tentativa de chegar a soluções bíblicas. Durante o pro cesso, os princípios da Investigação e verificação crista sâo ensinados pelo exem plo c por prece ito. O estím ulo de co rre nte do éx ito ob tid o na solução de alguns problemas ajuda os clientes a verem que toda vez que trabalharem biblicamente em seus problemas, poderão encontrar as respostas que Deus tem para eles. Freqüentemente, a esperança au menta com rapidez. As soluções sâo alcançadas no gabinete, onde os clientes são incentivados a participar cada vez mais no desenvolvi mento das soluções. Depois, quando os clientes já começaram a comu nicar-se no gabinete e parecem estar pegando o jeito de resolver pro blemas biblicam ente, o conselh eiro os solta na primeira ram pa de vôo. Estes fazem o seu primeiro vôo em “solo”. Portanto, raramente os con selheiros esgotam a lista nas sessões de aconselhamento. Em geral nfo é desejável fazé-lo. Quando o casal é mandado para casa para com pletar a so lu çio dc um pro blem a que parece estar marchando rumo a uma solução satisfatória, pede-se-lhe que traga os resultados (geral mente escritos) na sessão seguinte. Em alguns casos (e.g., questões de grande urgência) o conselheiro pode pedir que seja feita uma comu nicação telefônica dentro de uma ou duas horas depois de terminada (1)
(2)
Conquanto seja Impossível ministrar um curso dc interpretação bíblica durante as sessftes dc aconselhamento, i preciso que o conselheiro se mostre habilidoso interprete da Palavra. E. vanando, é claro, conforme i base que o cliente possua, o conselheiro deve estar preparado pan dar-lhe pelo menos noçfles elementares sobre o» métodos de estudo da Bíblia. Mais adiante se dirá alguma coisa mais nobre isso.
ã verificação cm c m . Este é um meio de exer cer a necessária necessária pressão sobre algum que, doutra maneira, talvez não completassem a incum bência bên cia passada passa da para casa. Em cada sessáo o conselheiro marca problemas específicos da agenda (ou de qualquer outra parte) como tarefa de casa. Ele anota sugestões concretas ao caderno dc tarefas do cliente, sempre que pos sível (e.g., "Traga a lista de compra s que você usou com o nome e o preço de cada artigo que você adquiriu nesta »emana”). Pode-se usar para anot an otar ar as tarefas tare fas uma um a cade ca dern rnet etaa ou blo co de cerc c ercaa de 10 x 15 cm, cm , levando o titulo de Progresso tia Soluç Sol ução ão d e Proble Pro blemas mas,, com pá ginas cinza e amarelas. As primeiras seis páginas cinzentas representam a primeira metade do período de aconselhamento, antes de o cliente vencer o pior. As seis páginas amarelas que se seguem representam o per p er íodo ío do dev otado ota do ao tra balh ba lhoo mais positi po sitivo vo de estab es tabele elece cerr pad padrões rões bíb licos. lic os. Páginas amarelas ama relas pode po derão rão ser acres ac resce centa nta das ante» da sex ta semana, ou mais páginas cinzentas poderão ser usadas depois da sexta semana, para indicar progresso acelerado ou o oposto. A estrutura, com flexibilidade, capacita os clientes a olharem os marcos quilomé tricos. O caderno de tarefas de casa tem sido um dos mais úteis re cursos para a produção de esperança e para provocar motivação entre os clientes. Marcam Marcam-se -se tarefas dc casa casa toda sem ana. O progresso e a motivação podem ser aferidos pelos resultados. (1) A sessão seguinte geralmente se abre com urna discussão da tarefa dc casa. Clientes confusos, emocionalmente perturbados, precisa pre cisa m dc tarefas escritas ou irão esquecer as orientações dadas no aconselhamento. O caderno também vai-se tomando um manual personalizado ao qual o cliente pode po de rec orrer orr er n o futu fu turo ro para pa ra socorrersoco rrer-se. se. As sessões sessõe s d e acon ac onse selha lha me nto não vão perder o impacto no meio da semana que as separa, visto que o caderno de tarefas passa a ser um “conselheiro" diário que o cliente leva consigo para casa. Os cliente» podem usar também um formulário de solução de pro blema ble mas, s, que qu e consi co nsiste ste de qu atro at ro colun co lun as (ver o diag rama). ram a). Esse formulário cor-de-rosa deve ser ajustável ao caderno de tarefas de casa (este deverá ter capa de acetato e um dispositivo de encadernação removível, geralmente de plástico, facilitando o manuseio do conse lheiro c do cliente), juntamente com outras folhas, que a cada passo deverão ser inseridas. O formulário pode ser usado para registrar como foram enfrentados os problemas, velhos ou novos, surgidos durante a semana. A folha capacita o conselheiro a estru tura r a informação que
(1)
Neste pon ponto to pode-se permitir permi tir que o cliente mesmo marque a» tarefai para casa. casa.
QUAC)RO DK AVALIA Ç Ã O DE PROBL EMAS 0 Oue l*u l*u Deveria Ter Feito
Que Devo Kazei Agora
Our Sucedeu
Que l-iz
PioMema
Minliu Reação (descrevai
Reação Bibtica (cile e explique referencia)
Descr Descrcv cv»» os p u w t a serem dados pura corrigir a» coisas
Pt obtem» obtem » 1descrevi)
Minha Rcacão (descreva t
Reavão Bibltca (cite e explique referência)
Descreva os passo« a serem dados pari corrigir «s coisa».
Problema IdeKKVII
Minha Rciifão (descreva)
Reatfo Biblua (Cite e explique referencia»)
Dcsctev» os passi»' serem dados para corrigir as coisas.
(descreva)
AVALIAÇÃO E COMENTÁRIOS:
a
receber, concernente à tarefa de casa. e também serve de lembrete para ele, capacitando-o a medir o crescimento e o progresso Em geral, geral, os conselheiros tabem que os clientes estio prontos para receber alta quando percebem que estâo começando a resolver, por conta própria, problemas prob lemas que não haviam sido dado dadoss com o tarefa tare fa Freqüe Fre qüente nteme mente, nte, o formulário capta esta ou aquela informação que, doutro modo, poderia pode ria passar despercebida. desperce bida. Comumente os conselheiros acham necessário explicar aos cli entes tim-tim por tim-tim os métodos para fazer as coisas. Ensinam-lhes primeiro prim eiro a planejar suas metas de longo alcance. Mostram-lhes depois como planejar alvos de menor alcance que tém que tr sendo atingidos durante o percurso seguido para alcançar os objetivos de longo alcance. Em tercem) lugar lugar,, todos os objetivos são programados programados t io meticulo samente quanto possível. Em quarto lugar, o planejamento deve ser seguido pela prática. As metas programadas tomam-se tomam -se 1. incentivos: é mais fácil atirar em alvos mais próximos; 2. marcos para medir dis tâncias: a consecução dos objetivos pode ser conferida. Quando as metas próximas são alcançadas segundo o previsto no programa, ou antes, o cliente ganha esperança; se ele se atrasa em relaçio ao pro grama, pode ser estimulado a lazer renovados esforços antes que fique muito mu ito tarde para parar A dupla questão é: Os objetivas objetiva s sí o atingidos de acordo acor do com o programa feito? Os conselheiro» são cuidadoso» quanto a ajudar o* clientes a julgarem *e as metas são realistas? 0 cliente esta esta atirando muito alto ou m uito baixo? baixo? Muitas vezes é preciso ser específico acerca de multas coisas que (erroneamente) costumam ser dada* por concedidas. Por exemplo, ao ensinar enanças a obedecer aos pais (fazendo um serviço), os conse lheiros podem suge nn I que ouçam cuidadosamen cuidad osamente te todas as instru instr u ções (preste atenção); 2. que peçam explicaçóes ou demonstrações sempre que necessário (assegure-sc (assegure-sc de que enten ent ende deu); u); 3 que façam a tarefa na primeira oportunidade (não deixe para depois). E a isto se aduz a advertência: “Nio se deixe distrair por outras coisas". Bom conselho que se ajusta ao quadro é: "Sempre que vocé tomar a dectsio de fazer alguma coisa, planeje-a (i. e., planeje ao menos o primeiro passo c uma data exp experim erimenta entall de conclusã conc lusão). o). 0 exemp exe mplo lo dá obed ob edi i ência de Abraio a Deus salienta vividamente o ponto trés. Quando Deu.v o chamou e lhe mandou executar o mai» desagradável dever da sua vida, o sacrifício sacrifíc io dc dc 11saque, saque, “ Levantou-se Abraão de madrugada . Ele não protelou. Registrando o Progresso Quando os clientes resolvem problemas, é boa idéia fazé-los re gistrar os resultados do seu trabalho. Colocar alguém cm forma csenta
o» seus pensamentos mais provavelmente o leva a expressar suas idéias com maior clareza. Pelo menos, haverá mais motivo para que o faça. A pessoa terá que estar mais segura de suas idéias se tiver que expres sá-las por escrito. Visto que devem concordar sobre a redação final do registro dos resultados do seu trabalho, é menos provável que os clientes pensem que chegaram a acordos mútuos sc isso não se deu. Assim, as soluções propostas, quando escritas, sáo animadoras evi dências de comunicação, e quando as soluções sâo expostas em forma esenta, o nsco de compreensões errôneas posteriores é menor. Sobre tudo, nenhuma das partes pode alegar ignorância de um acordo es crito (1 ) As partes podem s er levadas mais facilmente a manter os seus compromissos. Além disso, os resultados concretos do esforço sendo preserv pre servado adoss em form a tangív tan gível, el, pode po dem m ser relidos relid os e recon rec onsid sidera erado doss mais tarde. Se devem ser feitos acréscimos ou alterações mediante novas negociações, as partes envolvidas tém algo com que começar, em vez de partirem dc novo da estaca zero. Referencias remissivas a registros feitos são um modo de acionar a bomba para que jorrem novas idéias. Escrever e registrar é especialmente importante para os clientes cujas vidas não estão estruturadas, porquanto o próprio meio tende a pro mover a estruturação. Estas sâo apenas algumas das razões por que se devem solicitar com frequência dos clientes registros esentos de vánas espécies. O caderno dc tarefas de casa, no qual podem ser inse ridas as contribuições do cliente, como também as incumbências dadas pelo conselheiro, vem a ser um documento conveniente e utü no qual o cliente pode conservar um registro tangível das suas sessões de aconselhamento. Generalizando Há o perigo de que o aconselhamento diretivo sc torne mera generalização, uma coisa jamais encontrada na Escritura. (2) Tem-se visto que a generalização é contraproducente. No aconselhamento, a generalização deve desenvolver-se indutivamente de aplicações espe cíficas. Quando os clientes deixam de tratar de problemas especí
(1) (2) "
estrutura pactuai da» relações dc Deu» tnclui isto. \ i tábua« escrita» da lei atenderam u esse propósito . . . Através de todo o reflJtro bíblico, usar do* fato* maw adrmruveis que sc pa te nt ei am c a maneira concreta pela qual incsmo a doutrina mais profund prof undaa i dada. A gramliou passagem cristológica (Filipcnses 2) foi dada para ressaltar a unidade de uma igreja, moslrando a "mente" ou a titude de Cristo, que põe o Interesse do Seu povo antes do Seu bem estar pessoal. pessoal. Paulo conclama os crente» filipcnses a imitarem a C ruto, rut o, interes intere s sando-se uns pelos outros. Seguramente
a
ficos. raramente os resolvem. Uma pessoa que estava em treinamento apontou o fato de que a grande vitória na instrução que vinha rece bend be ndoo no aconse aco nselham lham ento foi ganha quand qu andoo ele se deu conta co nta de quão importante é resolver pnmeiro problemas específicos, e depois usar as soluções como elementos ilustrativos dos principiou gerais que ele precisava apre nde nderr para o futur fu turo. o. Manejai ques q ues tões específic espe cíficas as também tamb ém traz esperança. Os clientes vêem que pelo menos em um caso lhes foi possível chegar a uma um a so luçí lu çíoo bíblica bíbli ca de um problema prob lema.. Cresce, então en tão , a esperança de que outros problemas poderão ser solucionados de ma neira semelhante. A solução bíblica dos problemas logo cresce positi vamente, qual bola de neve. Acima de tudo, a soluçSo de uns poucos problem pro blemas as específicos específ icos põe os o s clientes clien tes cm melhor mel hor posição posiç ão para par a luta lu tarr com co m outros problemas, desde que o peso da culpa e da tensão causada por alguns problemas já foi aliviado. Mediante a solução de problemas específicos existentes, os clientes aprendem melhor os princípios neces sários paia a solução de novos problemas, Uma Coita por Vez Às vezes, os conselheiros devem seguir o método do icebergue no começo das sessõ sessões es de aconselhamento. (1) Inicialmente, Inicialmente, os clientes clientes podem po dem manter ma nter sob a ton a da água quatro qu atro quin qu intas tas dos seus problemas prob lemas (ás vezes os mais profundos ou os mau difíceis). Geralmente, contudo, os conselheiros noutétteos conseguem ter ampla visão do problema inteiro na primeira ou na segunda entrevista (possivelmente em parte graças ao nosso Invent Inv entário ário de Dados Pessoais (2) elaborado com com o pro pósit pó sitoo de se chegar ch egar até ás raízes raíz es dos problema prob lemas). s). Mas Mas se o con conselhe selheiro iro quiser chegar rapidamente ao problema que apresenta dificuldades mais profundas, deve aprender a levar a sério os problemas que os pro blema ma de apresenta apres entação ção pode ser clientes apresentam no início. 0 proble apenas um problema que tende a complicar-se e que se desenvolve pro blema ma de realização e do pro prec ondiciona iona- parti pa rtind nd o do proble do pro ble ma de precondic mento. (3) Todavia, o problema de apresentação não deve ser menos
Haverá londap-m geral da estrutura total d* vid« do cliente, rui normal mente é prudente deixá-lo focalizar de início as árcas cm que ele acho que se encontram o» problemas moi> sérios. Vide apcndice A. O I. D. D. P é ordinariament ordina riamentee feito feit o durante dura nte ou antes da entrevista inicial. Já fizemos distinção dc três espécies de problemas. problema s. mas mas talvez seja útil fazer um resumo aqui: I. O problema O problema de apresentaçã apresentaçãoo í o primeiro pro blema blema apresentado ao conselheiro. Ele Ele responde ã pergunta: "p orqu or qu e vocé «tá aqui? ", e geralmente comiite de um recital de sintomas do tipo: realização ão é a causa ou as causas Kitou deprimido . 2. O problema de realizaç especificas especific as da debilitação debilit ação imediata. Não í infreqflcnte infreqfl cnte revelarem os clicli-
prezado, co mo parece que alguns opinam . Os que seguem essa prática, normalmente presumem que o cliente tem escassa noção daquilo em que consiste o seu problema real. Daí, o conselheiro deve passar por alto o problema de apresentação e fazer sondagens profundas para desencavar o verdadeiro problema. Sua tarefa, entío, consiste em mostrar ao cliente que o que este pensa que é »eu problema nlo é, na verdade, o problema. Embora seja certo que em alguns casos as pes soas nío sJo capazes dc aprofundar-se além dos seus sintomas, mais freqüentemente, na sessão de abertura de uma entrevista noutética, o cliente apresenta um problema genuíno (com maior freqüência atnda, vários). Em grande parte, isso é porque os clientes são estimulados a focalizar não o que sentem (sintomas) mas o comportamento. Tal problema pode ou não ser o mais grave. O problem a de apresen taç ão pode ser apenas um problem a de complicação (o u secundário), mas mesmo este é geralmente um problema genuíno que, por isso, deve ser encarado com seriedade. Quando o conselheiro dedica tempo a ajudar o cliente a resolver este problema, ainda que ele nio seja o mais pro fundo e o mais difícil, não se deixou desviai do assunto principal, se sabe o que está fazendo. Ao contrário, ele assegurará ao cliente que pretende considerar outros pontos oportunamente, acrescentando, porém , que só lhe é possível manusea r os dados que lhe s2o forne cidos, e que sua intenção é tratar com seriedade tudo quanto lhe for apresentado. 0 conselheiro pode encarar seriamente tudo que lhe for apresentado e. ao mesmo tempo, orientar a apresentação de dados com vistas i conduta e á soluçio do problema, dizendo algo como: “Chico, quando você traçar todos os fatos, poderei ajudá-lo a traçar um curso bíblico dc ação". Soluções bem sucedidas de problemas dc aprcsentaçSo têm o condio de dar animo e esperança aos clientes, os quais, então, em geral descerram rapidamente novos fatos de maior
ente» o problema dc realização logo no começo do aconselhamento. A« vezes, o problema dc realização I ’Tenho uutdo drogas e estou baqueç enunciado como problema dc apr cvnt açso . Quando isso t#e dá, o cliente em geral fica era desespero; ficn "na lona '. Sua* defesas eslio nulas. 3. O problema de precondtcionamenlo < o já velho e subjacente pndrio de reações antibfblica» que cora freqüência lera iuas raízes na in fância. Ê deste modelo geral que o problema dc realização c mero exem plo específico. Naturalmente, no fundo, sob o* três. está a disposição pe caminosa com a qual o homem nasce, o “âraago' do qual tudo maii procede. O bom aconselhamento procura resolver não »ó o problema de apresentação e o dc realização, mas também « e»força para romper todos os esquemas antibíblicos de precondicionamcnto e substituí-los por um comportamento bíblico. A santificação é o processo pelo qual o enstio se vai despojando do velho homctn e *e revestindo do novo.
importância. Às vezes o cliente quei “testar” o interesse do conse lheiro, a habilidade com que lida com as necessidades, ou os seus métodos, e o fazem mediante a apresentação de problemas secundários. Levar a sério os clientes capacita o conselheiro a fazé-los aceitar mais aconselhamento acerca de necessidades mais cruciais. Na verdade, os problem as secun dários (ou de complicaç ío) sio geralmente menores e mais simples e, dai, de manejo mais fácil e melhor, no início. Trata-se de problemas como o de sentimentos de depres&ão que levam a pessoa a falhar no cumprimento de obri gações como passar roupa e fazer a faxina da casa. Resolver rapida mente problemas de natureza mais simples, graças ao fato de se lhes dar pronta atençio (sem excluir o trabalho relacionado com outros dados mais complexos), produz esperança. Sobretudo, a soluçio dc qualquer prohlema (nio importa quão pequeno seja) pode ser usada para dar início á inversáo do ciclo descendente que resultou nesses problemas secundários ou de complicaçSo. Os problem as de apresentaçáo, envolvem necessariamente a discussfo dc problemas de realiiaçSo, visto que os primeiros surgem destes últimos; assim, a discussSo de um problema de apresentaçáo pode ser apenas o primeiro passo de uma escavaçáo mais funda. (I) Eni acréscimo, a remoçáo dos problem as secu ndários fre quentemente alivia o cliente o basta nte para capacitá-lo a lutar com maior eficiência com problemas que apre sentem mais dificuldade. E finalmente, a simplicidade dos problemas menores c a consequente simplicidade das respectivas soluções também (1)
Problemas de maior amplitude (mormente 01 esquema» que cstabclccoen preeondicionamento) podem em erp i ou icr esclarecidos mediante o tra tamento de problcm« de menor calado. Nio é prudente que o« conse lheira* aguardem até que se lenha desenterrado toda a informaçiu rele vante, ante» de começar a trabalhar com afã em qualquer problema. Afinal de contai, quem jamais pouui Ioda a informação, »enio Deus? Mju quando se marcam larefa* baseadas cm informações adequada» e accettíveta, da primeira sessio cm diante, padrões e problema» de caráter m»i> profundo tendem a «ubir rapidamente à «uperfície, pois eles até se apresentam da maneira peta qual as tarefa» são levadas a efeito. A aná lise desses padrões é geralmente mais útil que a análise do cliente, uma vez que o conselheiro pode examinar dc primeira mio o modo como o elMMitc reage a incumbências que requerem soluçio bíblica de pro blemas. Tomar medidas concernentes a casos concretos, ni o só revela outros problemas como também, ao mesmo tempo, monta mecanismos para a soluçio deles Os cliente» podem ter dificuldade na auto-anilue e na comunicaçio de dados, e por várias razões pode ocorrer que nio façam julgamento criterioso e isento de preconceitos. Iniciar com ns ptoblemaa pequenos nio é uma injustificada extensão do princípio regis trado em Lucas 16.10, desde que, ao ensinai fidelidade a Deus, preci samos aprender primeiro a ser fiéis nas coitas mínimas
permitem ainda ma ior clareza no ensino desses princ ípios. Desse modo, nem tudo precisa ser descerrado antes de come çarem os clientes a achar alívio. Os problemas podem ser tomados um de cada vez. Mas em geral, vários surgem concomitantemente. O mé todo do icebergue significa que seja o que for que aponte acima da su perfíc ie, ain da qu ando se tra te de um pedacin ho do icebergue, c on stitu i material para o aconselhamento. Conforme o conselheiro vai aparando a extremidade supenor, mais e mais partes do icebergue aparecem, até que chega a hora em que a massa inteira fica i vista. Como questSo de fato, dirigir primeiro a atenção aos problemas diminutos (embora assegurando ao cliente que continuarão a investigar cada ponto relevan te surgido) capacitou os conselheiros noutétkos a chegarem aos pro blemas principais muito mais depressa do que por ou tros mé todos, (1) Quando os conselheiros oferecem ajuda desde o começo (embora a ajuda se relacione com questões secundárias), os clientes nio tém que ficar esperando desalentadoramente por semanas, ou meses, ou anos, até que tudo tenha sido manifestado e antes de serem feitas quaisquer tentativas para chegar-se às soluções. Tal desânimo é contraproducente e vem a tomar-se uma nova dimensáo do problema do cliente. Períodos contraproducentes de espera tendem a estabelecer padrões de ausência de ajuda no aconselhamento que se tornam difíceis de inverter, en quanto que as soluções buscadas logo no início, mesmo de problemas secundários, estabelecem padrões de sucesso que tendem a persistir e a avolumar-se. DSo-se efeitos iniciais crescentes que culminam em prem atura libera ção do aconselham ento (vide Provérbios 13.12). Não há nada na Bíblia que indique que é preciso esperar por mudança. Em toda parte retrata-se nda a mudança imediata, se não completa, como algo exeqüível. Em cada uma das sessões o conselheiro pode dizer ao seu cliente; "Hoje mesmo Deus pode fazer que as coisas fiquem dife rentes". Focalizar as soluções bíblicas desde o início é um meio de demonstrar essa verdade. Aconselhamen to eaa Equipe O emprego do aconselhamento feito em equipe é pressuposto através deste livro todo, como talvez tenha ficado patente para o leitor. Os conselheiros consideram o aconselhamento em equipe como uma das opções. Desde que é um método amplamente usado por eles com éxlto, deve-se dizer uma palavra acerca do aconselhamento feito com equipes. Por que fazer aconselham ento com equipes? Primeiro, porque
(!)
Paia r-roprepr outra figura, continuamo« furando a parede até acertarmos o cano fundo
na Escritura o princípio do esforço em equipe é consistentemente exposto como uma prática eficiente. Cristo trabalhava com os discí pulos. Paulo trabalhava e viajava com uma equ ipe. Jesus enviou em missão os setenta, de dois cm dois. (1) Edesiastes afirma que melhor é serem dois do que um, porque se um deles cair, o outro levanta o seu companheiro; e que o cordão de trés dobras nSo *e rebenta com faci lidade (Eclesiastes 4.9-12). Essa idéia de auxílio mútuo é fundamental no aconselhamento em equipe. 0 aconselhamento em equipe provê ajuda de vánas espécies. Enquanto um membro da equipe está falando, outro pode dedicai tempo a pensar e a observar. Outro pode fazei anotações mais numerosas. (2) Pode ir procurando passagens da Es critura ou pensai nas maneiras possíveis de estruturar o restante da en trevista de aconselhamento. Pode procurar folhetos para distribuir, sem interromper a sessio, e pode anotar deveres no caderno de tarefas de casa. do cliente. A presença de uma equipe de conselheiros capacita os conselheiros a participarem em revisões mais significativas do caso depois da sessio de aconselhamento. Relatórios alegadamente verbais ou simples notas feitas depois, nSo sio de modo algum suficientes pera esse fim Quase sem pre as verificações feitas em seguida ao acon selhamento padecem do fato de que a Informação vem através do crivo exclusivo da personalidade de um indivíduo que está muito envolvido subjetivamente. Quando os demais reunem fatos através dele c exa minam o caso através dos olhos dele, se ele se desviou para problemas fora do assunto, se ele omitir fatos importantes, se ele conduzir a sessio em direção errada, n io h i como sabé-lo. (3) Toda e qualquer
II )
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O número exato de conselheiros num» sessão pode variar. A experiência tem mmtrado que mau de quatro é molesto Do» ou três parece ser o melhor número para um» equipe de aconselhamento. Chamar os “pres bítero*" (Tiago 5.14) também sugere esforço em equipe. Alguns conselheiros acham errado tomar notas durante as sessões. Mas os conselheiros noutéticos mostram o valor das anotações relendo cilaçòe», anotando prioridades, arrolando iteni para uma agenda, etc. Os clientes aprendem a dai valor a tal diligência na reunião de dados. Registro« '‘Laterais'' feito» depois das sessões de aconselhamento são demasiado subjetivos e omitem muitíssimas informações vitais. O tomar notas, longe de estorvar o aconselhamento, é um instrumento útil, quando usado apropriadamente. A gravação em fitas é, por certo, uma opção, mas estudos tem mostradu que a gravação em fitas provou-se enorme empecilho para muitos conse lheiros que tendem a fazer exibição quando sabem que as suas palavras verão preservadas pata a posteridade. Além disso, a gravação omite os cambiantes das expressões faciais, dm festos e de outros movimento« corporais, de lio essencial importância para a boa comunicação e, princi palmente. para o aconselhamento.
discussão que se faça fica em complela dependência de uma fonte, c de uma somente. Podem-se manter discussões pós-aconselhamento significativas e deveras proveitosas, onde dois ou mais conselheiros podem comparar suas notas. Isso constitui um grande recurso para os conselheiros. Podem preencher lacunas com as observações uns dos outros, e avaliar -se mutuam ente. 0 problema com as anotações literau e outras notas é que os conselheiros deixam de observar em »1 mesmos muitas falhas. Visto que essas falhas nunca slo registradas nem discutidas, elas se re petem com freqüência e acabam fica ndo habituais. Pre cisamente o que os conselheiros precisam aprender, a fim de evoluírem, é que cometem erros. Os conselheiros necessitam ver o seu trabalho de aconselhamento como outiot o vêem. Naturalmente, para o valor máximo da avaliação recíproca, uma relação noutética franca deve existir entre os próprios conselheiros. Há outros valores do aconselhamento em equipe. Os conselheiros podem aprender dos exemplo s uns dos outro s Segurança é dada pelo fato de haver uma testemunha piesente ao que foi dito, especialmente quando se levantam questões sexuais. 0 aconselhamen to em equipe, como o aconselhamento múltiplo, impede quase toda a conversação e ação provocante que constitui a especialidade de certas clientes femi ninas. O aconselhamento é um trabalho duro e tedioso, e pode “enve lhecer” velozmente. As diferentes formas de estímulo que o aconse lhamento em equipe propicia ajudam cada um a prosseguir em meio a circunstâncias difíceis, O aconselhamento em equipe também per mite que outras pessoas recebam treinamento em situações concretas de aconselhamento. (1) Há desvantagens Acon selham ento em equip e significa amarrar duas ou mais pessoas por hora de aconselhamento. Todavia, o aconse lhamento dá rápidos resultados, pois possibilita maior número de pessoas o recebim ento de ajuda. Nem lodo conselh eiro abord a os clientes precisamente da mesma maneira, c isto bem pode ser que seja bom. A individualid ade tem 0 seu lugar próprio no aconselhamento, como acontece em todas as outras esferas. Contudo, se os conselheiros nio aprenderem trabalhar juntos em harmonia, como uma verdadeira equipe, o resultado será confusão Os conselheiros nou tétko s em
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Pintores e seminarista* « tã o sendo agora treinados eíki enlem ente por eite método, como observadores participante! O método, que espero podei discutir alguma outra ver. aproxima-se do método de aprendizagem ou de fazer discípulos, empregado por Cristo. Bastaria esse fato pari que lhe déssemos nossa aprovação.
equipe consideram como requisito a capacidade de neutralizar as suas diferenças. Logo aprendem a trabalhar alternadamente de modo que as sequências de pensamento iniciadas por um conselheiro não sejam interrompidas por outro. A Hm de evitar que haja linhas cruzadas, um conselheiro pode indjear a outro, por um gesto ou aceno, que concluiu uma linha dc pensamento e quer deixar o terreno ao outro. Outro conselheiro pode dizer mais diretamen te a seu colega "Marcos, o que você acha da resposta que Maria acaba de dar’? ” £ importante que um dos conselheiros se encarregue de cada caso. Tanto os conselheiros con«o o cliente devem saber quem ê essa pessoa Dessa maneira, a responsabilidade é posta sobre um só indi víduo. Entretanto, se, por doença ou algum outro motivo, o conse lheiro encarregado nâo puder atender a uma dada sessão, algum outro que esteve participando com ele do caso pode prontamente fazer as vezes dele. Assim é que os clientes não se vêem na contingência de perderem sessões em pontos importantes. Poderá haver ocasiões em que os casos deverão ser transferidos de um conselheiro para outro. Se um conselheiro sente que nSo está conseguindo piogresso, deve ser basta nte franco para adm iti-lo e para passar o caso para alguém que esteja em condições de realizar um trabalho mais adequado. 0 Pastor Como Conselheiro de Equipe (1) O aconselhamento também pode chegar a um ponto em que talvez seja recomendável que um conselheiro estranho chame o pastor do cliente. (2) Quando se vai chegando ao fim do aconselhamento, ê necessário fazer uma transfe rência. Então , cm vez de uma sessão de instruções de despedida, faz-se uma sessão de transferência. O pró prio clie nte resume o que acontec eu até en tão: em que consistia o seu problem a no início do aconselhamento , que soluções foram alcançadas, que compromissos foram assumidos, o que foi aprendido, e que resta ser feito. Isso tudo i realizado sob a direção do conselheiro, que vai completando detalhes quando necessário for. O pastor deve compreen (I )
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A pastores dc duas ou matt igrejas sediadas cm lugares adjacentes. é pos sivel reunir-se cm cqutpe c, devia forma, colher os benefícios que esse procedimento propicio Is ve é talvez um dm melhor» meios de começar um aconselhamento noutético. Seria desejável, quem sabe, inclutr vários presbíteros regentes nas sessões dc aconselhamento como conselheiros cm equipe lambem (vide Tiago 5.14 ss.). Os presbitérios poderiam lam bem providenciai um ccnlro de aconselhamento, atendido pelos mi nistros da sua lurKdição eclesiástica. Ksvu espécie dc flexibilidade, bem como o aconselhamento em equipe em geral, e impossível onde sc emprega a transferência como Instrumento O próprio aconselhamento cm equipe e um antídoto contra os males da transferência
der precisamente em que ponto está o cliente no momento, como chegou até ah e de que situação ele veio. £ desejável que outros conselheiros procedam a uma transfe rência para o pastor quando problemas teológicos precisos requeiram respostas, e nas situações cm que outras questões tenham surgido, questões que poderiam ser discutidas com maior proveito pelo pastor do que por outro conselheiro. Alguns problemas pertencentes à igreja local tornam desejável a transferência, Isso é especialmente válido sempre que possa ser necessária alguma açâo disciplinar. Quando o cli ente que foi confrontado nouteticamcnte quanto ao seu pecado reco nhece a sua necessidade dc confessar o pecado c demonstrar arrepen dimento diante de outras pessoas, ou diante dos presbíteros, ou diante da igreja, quase sempre é necessário fazer uma translerênci3 para a esfera pastoral Se por alguma razão foi impossível convocar o pastor para a co nsulta, o cliente po de ser enviado ao pasto r para Informá-lo pessoa lme nte. To da vez que isso se dê, o clien te, orientad o, deverá fazei um sumário de tudo quanto irá dizer, de modo que não omita nenhum ponto de Importância vital. A transferência geralmenlc 6 mais desejável desde que ela propicie uma po nte que ligue o aconselh amen to feito num centro especializado a um aconselhamento ou ação disci plinar fu tura que terá pro sse guimento na igreja. Também é útil o co n selheiro interpretar fatos para o pastor, do ponto de vista do conse lheiro. A sessão de transferência p ermite ao cons elheira e ao cliente fazerem uma reavaliação sobre o caso. e isso de ambos os pontos-dc-vista. Ê muito indesejável que os conselheiros deem informação sobre o cliente ao pastor em particular. É muito melhor fazê-lo na presença do cliente. O aconselhamento estimula os clientes a serem abertos, francos e sinceros para com as pessoas que tém o direito dc participar de suas vidas. Os conselheiros devem dai bom exemplo aos clientes negando-se a ocultar informação ou a falar secretamente acerca dos seus clientes, por trás. Se há algo que precisa ser dito. que o seja na frente do cliente. Depois, não pode haver nenhuma suspeita, nem qualquer questão, nem dificuldades posteriores, provenientes de ati tudes tomadas secretamente. Tudo que o conselheiro vai dizer, seja coisa boa ou ruim, seja lá o que for. deve ser dito na presença do cliente. Entretanto, dcve-sc obter do diente permissão para a entre vista de transferência. Comunicação Não Verbal É importante que os conselheiros aprendam a lei rostos, ações e gestos, como fez Paulo. Nota-se a habilidade com que ele interpre tava as reações não verbais. Por exemplo, em Atos 14.8-10:
Hm Listra costumava estar assentado certo homem aleijado, paralítico desde o seu nascimento, o qual jam ais pudera and ar. Esse homem ouviu falar Paulo, que, fixando nele os olhos e vendo que possuía fé para ser curado, disse-lhe em alta voz: Apruma-te direito sobre os pés. Paulo era agudo observador. Em plena multidão, enquanto pre gava, Paulo pôde distinguir um único homem que tinha fé para ser curado, e o fez “fixando nele os olhos". (1) Vendo que possuia fé, Paulo disse: “ Apruma-te dire ito sobre os pés". Chega o momento cm que o bom conselheiro pode ver que o cliente esti pronto para tomar uma decisão ou para lançar-se i ação. Às vezes, todo o procedi mento do cliente indica isso. Geralmente, algum elemento específico desse procedimento dá a chave (e. g., semblante sisudo ou atitude hesitante, indicando tomada de decisão). Nesse ponto o conselheiro, á semelhança de Paulo, deve desafiar o cliente a dar o passo seguinte, po r meio da fé. Às vezes é justo quando o diente faz os maiores protestos que ele está quase pronto para começar a aquiescer à Palavra de Deus. No aconselhamento , as pessoas freqü entemen te se conduzem como quando estão prestes a comprar um automóvel. O bom vendedor sabe quando o freguês está pronto para fazer a compra. O freguês começa a bater com os pés nos pneus, ou a praticar algum outro ato sem razáo de ser. Começa a fazer perguntas que pouco interessam ao negócio em vista. Talvez até faça forte oposição. Sentin do fraquezas nas suas defesas, acha que deve promover uma espécie de resistência final, antes de render-se. Às vezes, quando as pessoas se tomam mais veementes em sua insistência em que não haverão de fazer o que Deus exige que façam, na verdade estão prontos para fazé-lo. Evelina teimava que não queria, em hipótese alguma, fazer as pazes cora sua sogra, posto que admi tisse que precisava confessar ressentimentos de hi muito arraigados, e que deveria procurar a reconciliação. Era cristã e concordava em que isso era o que Deus requeria dela; apesar disso, recusava-se categorica mente a fazé-lo. Sua derradeira expressão ao sair para casa foi: “Não irei nunca!" No dia seguinte, à noite, Evclina telefonou ao seu conse lheiro e lhe disse, triunfante: “Eu fui!" Sueli, outra cliente recalcitrante, insistia em afirmar que jamais voltaria à sua igreja, que o aconselhamento a que se submetera tinha sido inútil, e que ela nâo chegara a parte alguma O conse lheiro
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Hi uigumiu quMlõei textuais cora relação a cssai palavras.
percebeu que as suas palavras e ações lembravam o« pontapés no» pneus. E disse-lhe, pois: Sueli, para mim Isso soa como se vocé nau tivesse mais argumentos pata resistir i Palavra de Deus. Nio é verdade que vocé está a ponto de resolver-se a lazer a vontade de Deus? Por que vocé nio volta àquela igreja, enfrenta aquela gente e acerta as coisas? Sueli replicou: MEsti bem; vou fazer Isso". E o fez. (I ) Poder-se-iam mencionar outras técnicas, mas estas indicam clara mente a direção que as técnicas noutéticas seguirão, apropriando-se das pressuposições bíblicas c se desenvolvendo delas. O método nio é mais neutro do que o princípio, uma vez que os dois estio tio estrei tamente entrelaçados que nio se podem separar. Como questfo de fato. conflitos de toda espécie ocorrem mais frequentemente quanto ao como do que quanto a o que. Em geral nio é difícil chegar a um acordo sobre objetivos nobres; a dificuldade entra nos pontos acessórios. Daí porque é continuamente necessário desenvolver novo* modos e meios, partindo dos princípios noutéticos, e ai es ti porque estes oferecem uma das mais frutíferas áreas para estudos adicionais.
Ill
A« ve»« a pergunta diicta: “Onde i que o «eu atual comportamento pecammCKO (ou atitu de pecaminosa) pegou você? " exerce for tf impacto cm cliente« que se encontram ncuc estn*K>.
Capitulo X
COMUNICAÇÃO E ACONSELHAMENTO GRUPAL O Prohiema Atual Sociólogos, estadistas, conselheiro* matrimoniais - toda sorte de gente - parecem estar de acord o em que uma das maiores neces sidades hoje era dia é a de comunicação genuína Satélites de comuni cação circulara ao redor do globo, teletipos repicam para todo lado, e ainda os lares mais pobres ficam em sintonia com o mundo por meio da televisão e dos transmissores de rádio transistorizados. Atualmente *e publicam em cada setor do saber humano mais livros do que os que os especialistas conseguem ler, e os pentos em comunicações come çaram a discutir o problema da saturação no campo da comunicação. Contudo, a comunicação (1) ao nível mais importante de todos — na direta confrontaç ão de urna pessoa cora ou tra - talvez nunca tenha sido tão superficial, inau têntica e insatisfatória Em meio da plena abun dância, a impressão que se tem é que existe uma fome de genuína co municação. Por que há tanta água, água para todos os lados, e nem uma só gota para beber'' A que se pode atribuir o fato de que as pes soas não se comunicam? Uma resposta é que não está havendo comunicação da verdade entre as pessoas. Há um a lacuna q uanto à credibilidade, e não só na po lítica, na propaganda, nos negócios e nas relações interpessoais; essa lacuna também se faz sen tir na Igreja de Jesus Cristo. 0 problema não é novo, embora possa ter assumido proporções exageradas nesta época. Todos os problemas de comunicação estendem-se retroativamente até o Jardim do Eden. Deus resolveu relacionar-Se com o homem do modo mais íntimo por meio da Sua Palavra, e assim fez o homem i Sua imagem, com o um ser que se comunica Todo dia. no frescor do fim da tarde, Deus vinha conversar com Adão. A linguagem foi um dos grandes dons que Deus deu ao homem A própria Pessoa comunlcante de Deus refletiu-se nesse dom inapreciável. Sabemos das capacidades linguísticas de Adão não somente porque lemos que ele falou com Deus, mas também porque o livro de Génesis narra que ele deu nome aos animais e à sua esposa. O dom da língua envolvi* o dever da comu nicação. Deus e Adão coinunicavam-sc pessoalmente mediante o em prego da linguagem 11)
Outro dia cu vi numa estante da biblioteca do no uo Seminário uma bibtioItrafta de bibliografia« sobre um campo bem particularizado
Naquela situação idílica. Satanás introduziu o primeiro problema de comunicação, lançando dúvidas sobre a PaJavra dc Deus. O Pai da Mentira (a saber, o pai de todas as dificuldades de comunicação) questionou a Palavra de Deus. "Ê assim que Deus di&se? ' - fez a pri meira pergunta da história. O homem deu ouvidos e questionou também. Satanás nio só lançou dúvida, mas também torceu e negou a palavra que Deus dissera. Quando Adáo e F.va caíram, rompeu-se a comunicação com Deus e entre n. O homem, ser social e comunicativo que tem necessidade dos outros, começou a experimentar a agonia de sofrer divisões na» relações da vida que realmente valem. Devido ao fato de que foram arruinadas as suas relações sociais, o homem começou a sofrer a des graça da alienação, e também começou a mostrá4a. (1) Quando Deus veio passear pelo jardim, na viração do dia, e Adáo ouviu a voz de Deus que andava no jardim, escondeu-sc. Já náo podiam andar ambos em doce comunhão. Sua relação estava em frangalhos, desde que o pecado se metera entre eles. O homem deveria ter-se voltado para Deus em atitude de confissão e arrependimento por seu pecado. Sc ele se tivesse lançado á misericórdia de Deus, teria achado peidâo e ter-se-ta dado o restabelecimento da comunicação Em vez disso, porém, o homem nio soube lidar dc maneira própria com o seu pecado e, por isso, foi causando maiores complicações ao problema da comunicação. Ao invés de ingressar no caminho dado por Deus para a salvação me diante o arrependimento e a confiança, o homem reagiu apresentando meias verdades, procurando transferir sua culpa para outrem, escon dendo-se, e tentando encobrir sua vergonha e sua culpa, fazendo assim complicar-sc mats ainda as dificuldades dc comunicação que Unham surgido. Agora, deve constituir mais do que passageiro interesse observar que cada um dos principais problemas que hoje se encontram no acon selhamento estavam presentes, pelo menos em germe, no Jardim do Éden. Na verdade, nenhuma situação é piopriamente única. Muitos daqueles problemas são expressos em termos dc comunicação. Por exemplo, a deprimente vergonha da culpa de uma consciência pesada, que todo conselheiro encontra hoje com tanta frequência, foi sentida por Adão A capacidade de auto-avaliaçio posta por Deus no homem eslava ativando agora dolorosas sensações internas. O homem tinha vindo a conhecer o bem e o mal por sua experiência pessoal, e a luz (D
llrrm an Riddcrbo» Icm algum penetrante» comentirlo* vobrr • relaçlo que existe entre a culpa e a desgraça, em ieu livro, TJir Comtnt o f lhe Kmgdom IA Vinda do Reino), Filadélfia, The Prcsbylrrtan and Reformed Puhllshlng Co.. 1962. págs. 211. 213. 214 e ss,
vermelha do painel acendeu-se. A consciência do homem acusou-o de pecado, seguiram-se penosas reações em suas entranhas, c Ad io correu. Mas, em vez de correr para Deus. correu para longe dEle, e se escondeu. Quando afinal Deus o fez sair dentre as árvores. Adio apareceu coberto de folha* de figueira. Ele havia complicado mais as coisas ten tando solucionar a dificuldade à sua maneira, cm vez dc volver-se para Deus em busca da soluçio certa. Adão tinha cometido uma transgressio. tinha tentado um meio d< fuga. e agora estava tentando en cobrir tudo. Mas Deus apontou diretamente para ele o dedo acu sador. A despeito das tentativas que Adio fez para evitar os problemas decorrentes do seu pecado. Deus fez pressão sobre o ponto em questio. Deus o confrontou nouteticamenie, forçando-o a tratar do problema. Mesmo sob a pressio daquela confrontação, Adão mentiu e empurrou sua culpa para outrem. Com efeito, disse ele: "A mulher que tu me deste. Senhor, foi ela que me fez comer do fruto". Deus voltou-sc para a mulher Ela também passou para outrem a sua responsabilidade. *’A serpente” , disse ela. "é a culpada do meu p ecado”. (1) Nem AdSo nem Eva estavam querendo assumir a responsabilidade pessoal por sua rebdüo. Em lugai disso, cada qual procurou justiflear-se lançando sobre ombros alheios a sua culpa (2) Essas reações pecaminosas tor naram-se fatores adicionais da crescente complicação do problema de comunicação. ( I)
A Escntun lança luz «obre essa lendcncia pccaminin» Observe Provérbio»
19.3: "A estultícia do homem perverte o seu caminho, mu é contra o Senhor que o seu coração se Ir»'', ou, segundo a tradução dc R B, V Scotl: ”Ê a própria estultícia do homem que arruina a uia vida, ve bem que ele te trrita contra o Senhor”. An ch or Hihlt. Nova Iorque, Douhlcday. 1965). Ê importante entender que a desdita, a «fliçíu, o deuipontaraento. a dor dc cabeça e o aledumc, provem da própria estultícia da pessoa. Não sio o» outros que noi tornam umarçtm ou miseravelmente infelizes, não Importa o que nos façam. O problema i nosso. Com nossas reaçdet errôneas. nó» noi ferimos a nó» mesmo» E apesar dtsso o homem,
em sua rebeliio e pecado, nio só se enraivece contra o* outros, jogando•Ihe» a sua culpo c ie escusando, mos. desde « Jardim do Éden, «eu cor açi o irou-se contr a u Senhor At palavras ile A dio si o bem claras; elas envolvem a Deus no problema que Adio mesmo criou. Pois ele disse "Senhor, a mulher que ru inc deite t que mc deu o fruto para comer, e en tio me fez peca r" Ele vê a mulher como causa secundária, e Deu» como a causa primária do peoMema. O ponto dc vista freudiano a c a h a caindo nisso: que Deus ^ o culpado da desdita e do niíiu do homem, A transferência de culpa da metodologia freudiana leva à idéia de que o homem náa é responsável pelo que é nem pelo que faz; outros, consti tuindo causas secundárias, são os culpado» Isso significa que, em última análise. Deus i responsável, desde que o home m ni o tem pod er de escol lu nessas questões. Os cristãos devem rejeitar esse p ont o de vt»u Ireudiano,
Assim, o rcstabclecimendo da comunicação (entre o homem e Deus, e entre homem c homem) abrange não somente o pecado que rompeu a comunicação, mas também a continuada e perniciosa influência dos padrões pecaminosos de reaçio, incluindo espirais des cendentes que complicam tudo. Considere, por exemplo, o caso de uma família cuja comunicação se desfez. O marido e a mulhei desde algum tempo estavam sempre brigando, e se desenvolveu uma situação em que mesmo as tentativas que faziam para restaurar a comunicação só complicaram mais as coisas. Jorge acabou ficando completamente quebrantado com o fato de que ele. enstio que é, não vinha conse guindo acertar as coisas entre eles. O dia todo, no irabalho, orou e pensou no assunto. Decidiu-se: “ Esta noite vou tentar fazer alguma coisa sobre isso". Quando cruza a porta de casa essa noite, ele diz à esposa: "Janete, sobre esses problemas que temos tido ultimamen te. ." Antes que ele possa dizer outra palavra, ela replica, ferina: “Certo! Deixe-me dizer a voei algo sobre o» problemas que temos tido ultimamente! Se você continuar agindo como tem agido, aqueles problemas nio são nada, comparados com o* problemas que vamos ter!"Murmurando consigo mesmo, ele vai como uma fera para a sala deestar, enterra-se numa poltrona estofada, põe o jornal sobre a ca beça, e liga o volume do televisor. A si própno ele diz: “Que adi antou? 1 Aqui estou eu me esforçando para restabelecer a comuni cação, e ela age daquele jeito” . Enquanto isso. na cozinha, Janete, que (2)
Que outroi muno luzem pura fomuçio dc nossas vidas, ninguém pode negar. Porém, cada quai deve awumir responsabilidade pessoal pelo modo como permite que outros Influam sobre sua conduta. Ninguém pode acusar outro* pela sua própria mi conduta, mesmo quando tenha apren dido essa conduta desde a meninice. O que aprendeu pode ter desapren dido. Uma »et que podemos remodelar-nos. somos responsíveis pela forma que tomamos. Mesmo nob as mau fortes pretiie». Cristo ensinou que e nossa responsabilidade reagir devidamente ás ofensas c ã pessoa que no-las tenha imposto. "Afinal de contas", dizem os conselheiro» noutétieos »o cliente, ''você vive num mundo ebeio de pecado, nu qual a» pei tais continuarão a faier-lhe ofensa a vida toda. O quv importa é como vocé enfrenta cwas ofensas” Oi homens nio úo caixas dc fósforos agi tadas no maj pot vemos c correntes. Se uma cliente se queixa de que seu mando é culpado dos problemas e da conduta dela, o conselheiro pode diier; “Tudo que você diise dele pode «et verdade Deve »et muno difícd conviver com alguém assim, ma» isso nio a justifica da maneira como vocc reagiu ao mau tratamento que ele lhe deu. De fato. admitamo» que ele seja muito pior. Suponhamos. Depois de pintar um quadru muito psor do que o descrito peta cliente, ele podetta continuar; "Mesmo que ele fosse um homcin assim, Deus ainda a tena responiivel pelo modo como reagiu a ele. Se Cnsto nio tivesse orado em favor daquele* que O crucificaram, teria cometido um pecado".
estã mexendo alguma coisa no fogão, sente remexer * consciência também. Fica pensando no modo como respondera a Jorge quando este chegou em casa. Sentindo remorso por haver sido tSo grosseira, ela põe de lado a colher e vai até a sala de estar para pedir desculpas. "Jorge”, começa ela. "quando vocé entrou em casa esta noite. . .** Jorge atira o jornal, olha-a enraivecido e diz: "Sim, eu set o que houve quando entrei em casa esta noite! E seri melhor que eu nunca mais tenha que chegar aqui e ser tratado nssim, ou talvez eu não volte mais para casal” Com isso, Janete gira sobre os calcanhares, volta aos trancos paira a cozinha, mexe furiosamente na panela, resmungando para si mesma: "Bem, que adiantou? I Em tais ctrcunstãnciaB. até a tentativa de restabelecer a comuntcaçlo pode alargar a lacuna da comunicação. Génesis 3 exibe o pri meiro exempio desse fator, que serve para compbcar o problema. Por causa do pecado, os homens nio »6 rompem a comunicação já de início, mas também coin freqüência até estragam os esforços feitos para restaurar a comunicação. Sendo assim, há a necessidade de tra balhar nesse grave problema, pelo menos nesses dois níveis. O rompimento da comunicação é um problema sério. A natureza básica de sua ação divisora é evidenciada pela torre de Babel, onde o que ocorTeu foi o puro e nmplcs fracasso da comunicação pela alte ração da língua. A comunicação estabelece ligação entre as pessoas. Sobretudo, os problemas surgidos entre as pessoas só podem «cr solu cionados mediante a comunicação. Por isso é que em qualquer dificul dade havida entre indivíduos, a comunicação sofre. Portanto, a comu nicação é o ponto no qual os conselheiros devem começar o esforço para restaurar as relaçOe* entre os indivíduos. Não obstante, é só por meio da comunicação que se pode conseguir essa restauração. Esse é o dilema da comunicação; os que se acham incapazes de comumcur-se precisam comunicar-se a fim de resolverem o seu problema de comu nicação. Normalmente, a única solução para essa dificuldade é que alguma pessoa não envolvida de assistência às partes interessadas, pro curando restabelecer a comunicação A base do restabelecimento da comunicação é reconciliar-se com Deus. A restauração principia com a graça salvadora dc Jesus Cristo. Pois toda comunicação significativa de qualquer profundidade tem que ser comunicação nEle. A comunicação deve basear-se, como diz João, cm sua terceira carta, dirigida a Gaio, no amor “na verdade" (versículo I ). Esse amor só existe na esfera da verdade de Deus. A ver dade sustentada em comum, compartilhada e crida por todos os que constituem as partes interessadas, que se intercomunicam, é 0 funda mento de toda comunicação que tenha algum significado. Todas as de finições e regras da comunicação devem promanar dc Deus. nas Escri-
(u m . Ou ando se preenche a lacuna da credibilidade entre Deus e o homem, deve fcchat-se também a lacuna existente entre homem e homem. Assim foi que, enviando Jesus Cristo para restabelecer a co municação, Deus tomou a iniciativa dc estender uma ponte sobre a lacuna. Graças i morte e ressurreição dc Cnsto, pode-se resolver o problema da comunicaçSo. Nâo existe nenhuma outra solução ade quada. A Solução dc Deus para a Sua Igreja É exatamente dessa comunicação que o capítulo quatro dc Eféstos trata, de começo a fim. Paulo começa o capítulo dizendo Rogo-vos, pois, eu, prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados. A figura do andar perpassa o capitulo inteiro. No versículo 17, por exemplo, declara ele: Isto, portanto, digo, e no Senhor testifico, que nüo mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos. Chamados pot Cristo, os cristãos devem andar coin Ele Adio ou t ror a andava com Deus em Ininterrupta comunhão, pela obediência. O novo andar com Cristo é possível pot meio da obediência restaurada Os cristãos nf o devem andat mais com o andavam antes de haver sido estabelecida a comunicação com Cristo. Paulo fala daquele andat como um andar “na vaidade dos pensamentos", no qual o entendimento da pessoii está “obscurecido” (versíc ulo 18) e ela está excluída da vida de Deus por causa da “ignorância’’ Os quais acrescenta o apóstolo —tendo-se tornado insen síveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza (versículo 19). \ descrição feita por Paulo é a descrição da vida do incrédulo que, continuando em seu pecado, fica endurecido até aos estertores da sua consciência. Paulo prossegue: Mas nâo foi assim que aprendestes a Cristo, se é que de fato o tendes ouvido, e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus ( versículos 20 e 21). Essa antiga maneira de viver deve ser mudada: No sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscèncias
do engano, e vo* renoveis no espírito do vosso entendimento (versículos 22-24). A imagem divina no homem foi deform ada na queda 0 homem , como ser comunicativo, santo, reto, passível de conhecimento e que re fleti* a Deus, seu Criador, tomou-se deveras reflexo do Pai da mentira. Cristo restaura a imagem de Deus para os cristãos. Estes estão sendo renovados no espírito d o seu entendim ento. ( I) Devido ao pecado, a merite se tomara fútil, o entendimento se obscurecera, o coração se endurecera e insensibilizara. Todas essas condiçóes estio, agora, em transformação, operada pelo Espírito de Deus. Ele renova o entendi mento do crente de modo que a antiga maneira de viver, com todos os seus hábitos corruptos, padrOes e modos de vida, chamados “o velho eu” ou “o velho homem”, pode comparar-se a uma peça de roupa esfar rapada, gasta e suja, que se joga fora. Antes, os cristãos são chamados a “vestir" novas padrões, bíblicos, que refletem deveras a Deus, que os criou. Esse novo ser interior deve ser formado à imagem e semelhança de Deus, criado em justiça e retidão procedentes da verdade Quando Paulo faia sobre o “novo eu" (vss. 25 a 32, e no capítulo seguinte), significativamente, a primeira coisa por ele mencionada t a restauração da comunicação por meio da verdade: Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros. A comunicação rompeu-se no jardim, quando a verdade de Deus foi posta em dúvida e negada, e o homem se põs a dizer mentiras. Todo homem desde Adio (exceto Cristo) nasceu na condição de rebeldia contra a palavra da verdade de Deus. Daí, fala a mentira, e nio a ver dade. Má uma lacuna na credibilidade. Por sua natureza pecaminosa, o homem não ama a verdade. Antes, sc pressionado, pensa primeiro cm mentir, em lugar de dizer a verdade. Tal como o pecaminoso Adão pensou primeiro em mentir para fugir da dificuldade, os homens de hoje falseiam seu caminho vida fora. E natural para o "homem natural” desenvolver padrfles de falsidade. Os novos caminhos e meios, apro priados à nova criação, devem tomar-te naturais para ele. Na comunidade da fé, diz Paulo: "Fale cada um a verdade com o seu próximo”. A razío que ele aduz é: “porque somos membros uns dos outras”. Paulo emprega aqui a figura familiar do corpo. Se 11)
O conceito da renovação da imagem de Deu* acha-se não só rm Kfeíios 4.23,24, mas também cm Colossentcs 3.10. tu a renovação resulta neco» uriamente cm nova maneira dc viver que, cm amhus oa contextos, é evi denciada pela mtauraçio d» comunhão com Deiu. A referida renovação lambem propicia oportunidade pua comunicação genuína entre m crente*.
é insuficiente a comurucaçáo entre o cérebro e demais partes do corpo, o resultado t caos e confusão. Imagine-se o cérebro a enviar mensagens coordenadoras aos pés e braços, e os braços resolvem fazer algo inteira mente diverso daquilo que foi determin ado pelo cérebro As ações dos braços, pois, nau estario coordenadas is dos pés. O resu ltado é desas troso Assim na Igreja Há caos e confusão onde nio há coord enaç lo mediante a comunicação A comunicação vinda de Cristo, a cabeça, deve ser ouvida e obedecida por todo membro de Seu corpo. Entfo é possível a coordenaçío obtida pela comunicação sdgnificante entre eles A comunicação tem que basear-se na vetdade de Deus Do utro modo, ninguém pode dizer a verdade. Os que falam a verdade, falam rigorosamente segundo o padrSo da Escritura. Falam a verdade com o próximo e para o bem deste. O» cristSos devem descerrar deliberadamente o seu coração e compar tilhar com outros os assuntos reciprocamente importan tes, sabendo que os outros precisam de informação. estímulo, contestação, correçfo, etc. Precisam uns dos outros tffo certamente como os partes do corpo precisam umas das outras. Justamente como num organismo bem coli gado todas as partes do corpo obedecem à cabeça, a obra da Igreja deve ser coordenada mediante a obediência a Jesus Cristo. Cada parte neces sita dB e e das dcmaH partes d o corpo O meio pelo qual ficamos unidos uns aos outros, pdo qual tTabalhamos junto» e servimos junto» a Cristo i este: comunicando a Sua verdade. ira e Ressentimento Paulo sabia que há problemas que bloqueiam a comunicação. No vs. 26, citando o Salmo 4 . escreveu: “ Irai-vos. e não pequeis; nSo se ponha o sol sobre a vossa ira” . Toda sorte de problemas surge na vida cristã capazes de provocar ira. }á que o corpo »e compõe de membro» pecaminosos Ma» isso pode ser resolvido. Não í mister que persista a ira. criando novos cismas entre os cnstjos ou ampliando os antigos. Antes, há um modo de resolver a Ira. Paulo diz que isso deve ser tratado diariamente: “Não se ponha o sol sobre a vossa ira". Ira não é ressentimento Marcos 3.5 deixa isso claro. Ali «e nos diz que Cn sto ficou irado As palavras ali usadas falam de indignação emocional, (1) E mbora emocionalmente indignado com o que sucedera. Cristo nio permiuu que Sua ira virasse ressentimento. Dai, Ele irou-se. e nffo pecou Noutro lugar, cita-se a Bíblia em alusffo a Cristo: “ O zelo da tua casa me consumirá" (Jo io 2.17) No Salmo 7.11, léem-se esta» palavras: “Deus é justo juiz; Deus que sente indignação todo» os dias", ou. conforme outra traduçío: “Ira-se Deus com os ímpios todo dia”.
Orgr O termo seguinte, tullupeo. «licnt» o fator emocional. indk:»ndo que Crttlo eitav» “profundamente condoído, i>u indignado".
A ira na administração dos códigos disciplinares deve ser enten dida no» termos do respectivo código O conselho moderno de que os pais nunca devem aplicar a disciplina quando zangados não c bíblico. É poique a ira não é errada em si. que a pessoa pede desculpas, nlo pela ira, mas somente, por exemplo, por haver perdido o equilíbrio ao disciplinar os (Uhos. Isto é, ela pede desculpas peta ira que escapou ao seu controle - ira durante a qual a pessoa faz ou diz coisas que violam o código disciplinar. Passagens como as de Provérbios 14.29 e 29.11 referem-se i ira injustificável e descontrolada: O longSmmo é grande em entendimento, mas o de ànímo precipitado exalta a loucura. Ou, como diz outra traduçio, a expressão correspondente a "longânimo” é “lento para irar-se” (Berkeley). 0 insensato expande toda a sua ira. mas 0 sábio afina] lha reprime. Diz Berkeley “O insensato di plena vazjo i sua ira; mas o sábio, reprtmindo-a, faz que ela se acalme”. A idéia de permitir que a ira chegue a explodir de modo indisci plinado. vindo a pessoa a dizer e fazer o que lhe dá na cabeça sem medir a$ consequências, sem contar até dez. sem repnmi-la e aquietá-la, sem procurar ouvir a estória inteira, é totalmente errada. A terapêutica de grupo que se firma no princípio de que se devem abrir todas as ja nelas para a ira para que a pessoa desabafe o que lhe oprime o peito, está em pleno desacordo com os versículos acima citados. Dat ocasião ao desabafo de sentimentos pecaminw» é simplesmente antibíblico. As palavras traduzidas por "expande” (ou “dá plena vazão”), em Provérbios 29.11, significam, literalmente, “pôr para fora tudo quanto está no espírito de alguém” O sábio, conforme Provérbios, sabe pôr um paradeiro em seus sentimentos. Não são os sentimentos que devem governar e ditar o curso da vida de ninguém. Podem ser sustados e aquietados. Os clientes devem exercitar-se na arte de restringir e acalmar ■ raiva, em vez de dar-lhe vazão. Reprimir a Ira não é nem nocivo nem impossível, uma vez que a Bíblia no4o ordena. (1) Nos versículos supra-cltado» podem-se acrescentar os seguintes trechos (I )
S. I. McMiHcn, dc fito. mo itri medonlu« conseqUênctai di atitude dc dar piem v«ão • 1«, cm um obre Nenhuma Deiiat Enfermidades. Editora Fiel. 1977, capítulas 10 e II
Tens visto um homem precipitado nas suas palavras? Maior esperança há para o insensato do que para de (Provérbios 29.20). O iracundo levanta contendas, e o furioso multiplica as suas transgressões (versículo 22). Um importante princípio que devemos lembrar no domínio exer cido sobre a ira (princípio que incidcntalmentc se estende a outras maus hábitos também) é: Não te associes com o iracundo, nem andes com o homem colérico, para que nio aprendas as suas veredas, c assim enlaces a tua alma (Provérbios 22.24,25). 0 princípio que se deve seguir é associai-se estreitamente com amigos cujas vidas se harmonizam com os mais elevados princípios bíblicos. A importância do emprego de modelos exemplares já foi discutido nesta obra. Cliente após cliente que vem em busca de aconselhamento, logo revela que permitiu que não só o sol nro também muitas luas se pu sessem sobre a sua ira, O incidente ligado a Leo Ileld, citado no início do capítulo 111, ilustra vmdamente a importância de dar um jeito na ira antes que vtre ressentimento. O problema de Held foi que ele tinha ressentimento íntimo contra seus semelhantes e, finalmente, aquilo que estava no íntimo dele veio para fora. Hcrodias, dc acordo com Marcos 6.19, também tinha ódio de Joio Batista (literalmente, “tinha algo por dentro por” JoSo Batista), Afinal, ela despejou seu ressentimento e conseguiu que JoSo fosse executado. (1) Às vezes vém clientes que há trinta anos carregam sentimentos amargos contra algu ma outra pessoa. A própria pessoa por quem um cliente desses sente (anta antipatia é quem ele está permitindo que, esttanhissimamente, dirija sua vida por controle remoto. Em reação à pessoa odiada, ele vem fazendo tudo que faz pensando naquela pessoa. Ele nio é livre; está preso á própria pessoa dc quem nio gosta e, todavia, sua raiva arde tio intensamente que fica cego, nio vendo a loucura dc sua reação ao extremo oposto ao da pessoa odiada A instrução dc Paulo atinge fundo tudo isso. Diz ele que os cm tios nio devem deixar passar um só dia com ira nio resolvida (1)
t. tmlniuvo que a própria palavra empregada nai Escrituras para ler "ódio" ugmflcí “té-lo cm" por alguém (tnecho, utada aqui, WUliim» traduz por “té-lo em por“). No grego modemo, a palavra significa "conter", uio que retém a idéia de refrear ou reler, contendo reiscntjmento no íntimo contra outrem. (NoU do Tradutor Entre oi sentido* que. J. H- Thayer registra para enecho, inclui « te “ter queixa contr»
e armazenada no seu coraçio. O princípio foi exposto claramente. “Não se ponha o sol sobre a vossa ira”. Em outras palavras, todo dia os cnstios devem tratar de resolver os problemas que tenham surgido. NSo quer dizer que as outras pessoas devam ser confrontadas acerca de cada pecado que tenham cometido. Há muitas coisas que podem ser cobertas pelo amor. Como diz Pedro, citando Provérbios: “O amoi cobre multidão de pecados“ (1 Pedro 4.8). Mas, h i algumas cotsasque não podem ser deixadas em paz simplesmente as encobrindo com o amor. Elas continuam a matraquear por dentro; vio corroendo como úlcera Tais problemas precisam ser resolvidos diariamente mediante confrontaçio pessoal. Nio devem ser transportados para o dia seguinte. 0 que n io pode ser coberto pelo amor. nio pode ser coberto pelos cobertores; só o tempo, nio cura. É mais provável que o tempo faça infeccionar a ferida. Nota-se nas palavras dc Paulo o mesmo espírito com que nosso Senhor disse que os cristios nio devem preocupar-se com os pro blemas de amanhi, pois “basta ao dia o seu próprio mal" (Mateus 6.34). Ninguém tem ombros suficientemente largos para agüentar o peso dos problemas de amanhi, como tio pouco podem levar os res sentimentos de ontem. Deus quer que os problemas sejam enfrentados no mesmo dia; e cada problema deve ser tratado em sua hora. As desa venças devem ser cobertas pelo amor ou tratadas diretamente, de modo que os membros do corpo funcionem juntos e apropriadamente. Aquele que abriga ressentimentos no íntimo, mas age como se nada estivesse errado, mente e nio fala “a verdade com o seu pró ximo". A comunicação significativa rompe-se porque ele odeia ao seu próximo. (1 ) Fica impossibilitada a com unicaçio que coordena os esforços por Cristo, e a Igreja funciona em um nível superficial mínimo. Os olhos não podem zangar-se com o ouvido e a mio nio pode zangar -se com os pés sem empobrecer a coordenação, dando ao diabo a opor tunidade de causar confusão no corpo de Cristo. Os velhos padrões de vida devem dar lugar aos novos padróes,
(I)
alguém" Citt como texto em que esse verbo deve ser entendido nevte sentido a passagem de Marco* 6.19. Quer dizer que, apude Thaycr, a ideia de queixa, descontentamento, inveja ou ódio Igrudge) está presente no própno verbo. Joscph Hcnry Tahyei. Greek tngliih Lexkon o j lhe New Tesiameni, American Book Company, in loc.). Conforme Levítico 19.17,18, é da essência do amor de alguém to *ru pró ximo evitar cie aborrecimento, tratando imediatamente de resolver as questôe* surgidas entre eles. Reuentunenlo e ódio não ae distinguem facil mente nas Eicnturas.
biWicos. Paulo dá um exemplo da sorte de mudança que Deus espera, quando alguém despe o velho homem e veste o novo: Aquele que furtava, nSo furte mais; antes trabalhe, fa zendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com 0 que acudir ao necessitado (Efésios 4.28), Deui exige uma exata inversão do estilo de vida do ladrão. Antes ele roubava; agora deve trabalhar (nio simplesmente trabalhar, ma* “laborar", ‘labutar", suar de tanto trabalhar), com suas próprias mios tio diligentemente que seus ganhos excedam às suas necessidades e, em vez de roubar os outros, pode dar ajuda aoe que tém necessidade. A condamaçâo feita por Paulo a que a pessoa inverta o “trato pas sado". a "antiga forma de vrver" aplica-se lambém ao» que acumulam ressentimentos. Agora, em vez de fazerem isso, devem falar a verdade acerca dos seus sentimentos e diariamente devem ajeitar as coisas com os outros, antes que as questões que tendem a separá-los tenham tempo de iivotumar-se. Em Mateus 5, Jesus fala sobre a ira. Diz Ele: Ouvistes que foi dito aos antigas: Nio matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento. Eu, porém, vos digo que todo aquele que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem profenr um insulto a seu irmão estará sujeito a julga mento do Iribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo (versículos 21 c 22). Esta passagem contém problemas difíceis a respeito dos julga mentos mencionadas, as quais nio podem ser considerados aqui. Cristo prossegue logo em seguida (versículos 23 e 24): "Se, pois. . Esta continuação mostra que a discussão sabre a iri não se conclui no versículo 22. Ilá, contudo, uma progressão no pensamento, par tindo da grave natureza da ira contra o irmão, para orientações concer nentes ao métod o de lidar com ela e â urgência de fazé-lo. Disse Jesus. Sc. pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares dc que teu irmão tem alguma cousa contra ti. . . Jesus retrata dois crentes que ficaram alienados um do outro pela ira. Nfo tendo ocorrido a reconciliação subseqüente, quando um deles vai prestar um ato de culto, lembra que seu irmfo tem algo contra ele. Cristo lhe diz. Deixa perante o altar a lua oferta, vai primeiro reconci liar-te com leu irmão, e, então, voltando, faze a tua oferta (versículu 24)
Parece-nos evidente que Cristo considerava a condição dc dois irmãos ficarem assim sem reconciliação,um obstáculo ao adequado exercício do culto. Por essa razão, Ele deu ênfase á prioridade da recon ciliação acima do culto. A pnoridade é expressa em lermos de urgên cia. A mesma urgéncui para a qual Paulo chama a atenção em hlésios está patente nestas orientaçSes. É importante notar quem vai a quem. Cristo disse que quando alguém estiver levando sua oferta ao altar, e se lembrar de que um irmão tem alguma coisa contra ele (talvez seja durante o culto a oca sião mais favorável para que isso aconteça), ele deverá rr em busca do outro. Quem quer que recorde haver ofendido a outro (ou que seu irmão alegue Isto) eitá, por isso, obrigado a tomar a iniciativa de pro curar a reconciliação. Mateus S apresenta apenas pane do quadro. Mateus 18 o com pleta. Em Mateus 18.15, Cristo instrui: “Sc teu irmão pecar, vai argüi-lo entre ti e ele *ó”. Em contraste com Mateus 5, Cristo trata aqui de uma situação em que outra pessoa fez a ofensa mas deixou de observar as injunçfles de Mateus S. Nesse caso, a peisoa ofendida deve tomar a iniciativa. Reunindo ambas as pessoas, chega-se á seguinte conclusão: toda vez que se produz um afastamento, separando cremes, não importa quem seja o culpado, ambas as partes são obrigadas a tomar a iniciativa na busca da reconcdiação. Se um irmão ofende outro, ele deve ir à procura da parte ofendida, mas se foi seu irmão que o ofendeu, ainda fica no dever de ir. Num e noutro ca*o, aquele que ficar preocupado deverá ir. Desta forma. Cristo assegurou a certeza dc uma confrontação noutética. (I) Cristo continua: Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Sc, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou trés testemunhas, toda palavra se esta beleça. Em outras palavras, o alvo é manter tão pequenas quanto pos sível as dimensões do problema. A confrontação inicial é totalmente noutética quanto ao seu caráter; não é disciplinar (no sentido oficial estrito); o objetivo é a reconciliação, é ganhar dc novo o irmão. Mas <11
Henry Brandt fax esta colocação: “Quer ie)a vocé que Unha sofrido a ofcih Ü, quer seja você que a lenha causado ao seu companheiro, cabe a vocé tomar a iniciativa de pôr em andamento o procciao de reconciliação''. Dit ele: "Você tem sempre o dever de tomar a iniciativa" Htppy Famtty Life (Feliz Vida em Família), Lincoln, Neb., Back to lhe BiMe Broadcait, pác. 16.
te ele n io quiser ou rir, en tio deve ser feita uma segunda tentativa, fazendo-se o interessado acompanhar doutras pessoas. Tem-se em vista a possível necessidade de testemunhas para um julgamento posterior: levar duas ou tré* pessoas, i. e., número suficiente para testemunhar dos esforço« feitos em prol da reconciliação. 0 versículo 17a parece indicar que essas testemunhas também devem desempenhar o papel de árbitros. Primeiro, elas funcionam como equipe de conselheiros nou té ticos. Se há uma recusa em ouvi-las a matéria deve ser levada à igreja. Se até A igreja ele se nega a ouvir, se ele nSo quiser aceita; a mediaçio da igreja, ficará sujeito aos resultados da disciplina eclesi ástica, Que ele seja julgado, e, se persistir no erro, que seja eliminado da comunhfo (seja tratado como gentio e publicano, isto é, como alguém que está fora da igreja). Assim, pois, num ou noutro caso, quer o problema se deva mormente a uma falta dele, quer seja um problema de que alguma outra pessoa é culpada, aquele que se sente despertado para o problema deve iniciar o processo de reconciliação. (jeralmente as pessoas entendem de modo diverso a reconciliacio. Raramente pensam: "Jo io ofendeu-me, será bom eu procurá-lo". E mais provável que digam: "Joio agiu mal para comigo; ele que me procure'*. Mas Cristo nio dá nenhum ponto de apoio para tal atitude. Uma vez que é possível, por certo, que Joio nio perceba que ofendeu alguém, se for seguida a habitual reaçio antibíblica, nio haverá proba bilidade de realizar-se a reconciliaçio. Jo io nio acha que fez alguma coisa errada, e talvez nio tenha feito mesmo. Possivelmente só parece a Tomás que ele fez. Mas, cm qualquer caso nio poderá haver mal-en tendido te, em quaisquer circunstâncias, teguii-se o procedimento bíblico. Quem quei que tinta o problema, deverá tomar a iniciativa com entusiasmo. Idealmente, ambos deveriam encontrar-te a meio caminho, procurando ambos um ao outro. Agoia, que é que a pessoa faz quando se aproxima de outra, depois de ter-se aberto um abismo entre ambas’’ Uma das primeiras coisas que deve fazer, segundo Mateus 5.23,24, é confrontar a outra parte envolvida e confessar qualquer pecado. l>eve reconhecer que ofendeu a seu irmio. Deve reconhecer que pecou contra Deus, e deve pedir p e rd in a teu irmio. Um dos problemas já mencionado em outro contexto é que as pessoas is vezes supõem que podem contar com o perdio sem que o peçam especificamente. Os conselheiros noutéticos salientam a importância de dizer especificamente: "Você ine perdoa? " Quando se esti ten tando obter reconciliaçio, nio só é im portante pedir perdio especificamente, mas também é útil ver se se consegue tuna nítida declaraçio de perdio como: “Sim, eu o perdôo". A meta é a reconciliaçio edificada sobre o perdio. Se o perdio ficar incerto, incerta será a reconciliaçio.
Se nio se pode obter o pcrdáo. aquele que tomou a iniciativa fez tudo o que podia fazer em tais circunstâncias. Sua tarefa consistia em seguir a regra de Romanos 12.18: "Se possível, quanto depender dc vós, tende paz com todos os homens". O escritor de Hebreus di-lo em termos fortes: "Segui a paz com todos" (Hebreus 12.14a). N» medida em que diga respeito à sua parte, a pessoa é obrigada a fazer tudo que pode para produzir a reconciliação Contudo, ela nio pode predizer como a outra pessoa vai reagir às propostas de reconciliação Tudo o que ela pode fazer, tudo o que Deus exige que faça, é con fessar qualquei pecado conhecido, pedir perdão, e procurar zelosa mente fazer restituição onde quer que for necessário e possível —tudo a fim de se chegar à reconciliação. ( I ) Como saber quando convém fazer a abordagem ao próximo nouteticamente? Um impo rtante princípio orientado r nessa maténa acha -se cm Provérbios 17.9: 0 que encobre a transgressão adquire amor, mas o que traz o assunto i baila, separa os maiores amigos. Berkeley: Aquele que encobre uma ofensa procura amor; mas aquele que toma a levantar uina questão, afasta um amigo íntimo. A idéia de amot cobrindo uma multidão de pecados significa que, sempre que possível, o amor deixa passar as ofensas. Toda vez que o amor puder cobrir os pecados, não haverá necessidade de confron tação noutética. Se fosse necessário confrontar um ao outro acerca de cada problema ocorrido (especialmente no lar), dificilmente sobraria tempo para outra coisa. Quando aprendemos a amar, também apren demos a cobrir, esquecer e passar por alto muitas falhas alheias. Mas sempre que uma coisa não puder ser deixada de lado. sempre que uma coisa ficar queimando por dentro e for óbvio que isso vai continuar até o dia seguinte, dever-se-á procurar resolver o problema cm vez de encobri-lo. Somente o amor cobre verdadeiramente as faltas; qual quer outra coisa é cobertura superficial e enganosa. Mas aquele que aprende a cobrir uma ofensa, procura amor. £ importante lembrar que o amor dá perdão do tipo que esquece a ofensa perdoada (quando os pecados sáo coberto s pelo amor, n io são trazidos ‘*à baila" de novo). Pode-se perdoar e esquecei se se tein amor no coração. A confrontação noutética em amor também procura cobrir pecados.
(I )
Pode mi que ene impnw eventualmente requeira que ie vã outra vez com outro«, como obtervainot na dúcuuío de Mateus 18, poli agora ■ outra parte cometeu ofensa contra a pnrneim, recusando-lhe o pe rd ia A meta é a reconciliação, c o processo vai em direção a esse fim.
Atacando <» ProMeina.%. c Não as Pessoas
Paulo continua a discussão começada em Efésios 4.25 »obre a comunicação feita pelo homem novo entre os homens novos. O exem plo do ladrão (versículo 28) foi dado justam ente para isso, serve para ilustrar a necessidade de radical inversão dos padròes de comunicação, Diz ele-. Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe (no gjego é. literalmente, “palavra corrupta ou pii dtt ") (versículo 29). Paulo esti fazendo alusáo a palavras que separam as pessoas. Esse modo de falai consiste dc palavras indelicadas, palavras que criam e complicam os pioblemas. cm vez de resolvê-los, Sâo palavias que cortam c picam, a espécie dc palavras que etatn naturais para a antiga maneira de vivei. Mas agora o crente é uma nova criatura, empenhada em pôr de lado o* velhos padrões. Ele deve inverter seu estilo de vida. Como no caso do ladrão mencionado, ele deve comportar-se dc ma neira inteiramente contrária. Em circunstâncias nas quats ele costu mava usar palavras cortantes e duras contra outras pessoas, agora deve começar a empregai ''unicamente a que for boa para edificação, con forme a necessidade, e assim transmita graça aos que ouvein" Esies versículos pintam o retrato de uma espécie diíetente de homem, daquele que confessa o seu pecado, não lhe dando abrigo Os cristãos devem ir diretamente àqueles que cies ofendeiam, falar-Ihes a verdade e pedir-lhes perdão e ajuda. Se o cristão acredita que o ofendeu, n le leve permitir que o sol se ponha sobre os seus senti mentos de ira. £ preciso que ele náo guarde ressentimentos no íntimo e, sim. com amor. deve e*te mar sua preocupação diretam ente ao In divíduo envolvido. Se o amargor o invade porque ele nio fez nenhuma tentativa de solucionar o problema, deve pedir pcidío por ter ficado com ániino amargo e com ressentimento. Deve fazet com que a ques tão fique em paz diante de Deus e do homem. Depois, tendo pedido perdão, tendo dado o devido tratamento à sua Ira e aos seus ressenti mentos, pode ajudai o irmão a restaurar-se Mas o modo como o cristão deve abordar outta pessoa que tenfui feito ofensa é começar com o cuidado de confessar seus próprio» problemas e receber perdão poi eles Ele tem que tirar a trave do seu olho antes de tentat extrair o atgueito do olho de outrem. tm lugar de empregar palavras rudes, corru ptas e cortantes, o cristão deve falar palavtas que "edificam" (constrocm). Devem ser palavras construtivas, e não destrutivas, devem construir, e não destruii Esta obra de edificação só pode set realizada por palavras "con forme a necessidade” e que transmitem "graça aos que ouvem'
Numa tradução livre, “boa” palavta é a que se dirige ao problema surgido (literalmente, “i presente necessidade”), com o propósito de ajudar os que ouvem. Se um irmão está agindo mal, de algum modo. ele precisa de auxílio. Nío é de destruição que ele precisa; precisa de edificação. Assim, em vez de canalizar palavras dc ira e acusação para a pessoa, deve canalizai suas energias e palavras para o problema. Falar sobre o probletua e ajudar os que ouvem a resolver os problemas, põe a gente na senda certa. Então as palavras edificam c ajudam. Os cristãos devem aprendei a atacar os problemas que os cercam, e não atacar-se uns aos outros. Isso é verdadeira comunicação. Paulo deu ênfase a importância de se manter comunicação apro priada. O Espírito Santo habita no interior de todos os crentes como o selo de identidade e penhor de Deus. assinalando-os para o dia da redenção. Ele é a prova de que Deus o» adquiriu. Ele é uma espécie de comprovante de pagamento d vista, o selo de garantia de que os crentes pertencem a Deus e de que um dia serão redimidos por Ele Os crentes devem dar graças a Deus pelo Espirito e considerã-Lo como o maior dom de Deus na era presente. Mas Paulo adverte que os cristãos entristecem o Espírito San lo toda vez que deixam de comunicai-se como devem. Mentira, ressentimentos, brigas e palavras ferinas levam tristeza (“ dor") ao Espirito Santo. 0 Espírito foi-nos dado por amor e misericórdia paia trazer-nos segurança e consolo. É uma tragédia, que os cristão* entristeçam Àquele que procura dar-lhes consolação e alegria. Por isso, Paulo insiste: Longe dc vós toda a amargura (o ressentimento, a Ira pro fundamente arraigada que cresce dia após dia), e cólera, e ira, e gritaria, e blasfémias (calúnias, vozerio, vociferaçóes, alterca ções, contendas), e bem assim toda a malícia (versículo 31). Depois dá um esboço mais amplo dos ingredientes do bom falar; Antes sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vas uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou. Pot certo, hi diferença entre o perdão que se pode obter entre os que estão fora da família da fé. e o perdão de que Paulo está fa lando. Este é perdão remidor. Este é perdão que reflete o perdão de Deus. Este é perdão que brota e floresce do perdão de Cristo. Não se trata de amor votado somente a Deus, mas o amor cristão é sempre reciproco. "Nós amamos (1) porque cie nos amou primeiro" (1 João (I )
O pronome oblíquo “o ”, incluído cm «Iguraat vendei, nío comia do» melhorei textos.
4.19). Nós ninamos "na (“na esfera da” ou "deniro do contexto da”) verdade” (3 jo io l). O perdão devido a um irmSo não depende da bon dade desse irmão mas. aiites, repousa na misericórdia e benignidade do cristão que oferece o perdão. Porque Cristo deu-Se pelos cristãos, perdoando-os por Sua graça e bondade, eles devem perdoai os seus írmáos e as suas irmãs cm Cristo do mesmo modo. Nenhum cristio tem o direito de negar perdão ao seu irmão quando este lho procura anependido (Mateus 18.22). A Mesa de Conferência Um método prático de ajudar o» clientes a atingirem as metas de Efésios 4 é estimulá-los a formatem uma mesa de conferência. As famílias são orientadas a sc sentarem à mesa preferivelmente uma que nio seja usada com freqüência para outros fins (1 ) - todas as noites, e conferenciam acerca dos seus problemas. A mesa é impor tante por viinas ra/.Oes. As mesas favorecem a aproximação e reunião das pessoas. É fácil escrever sobre uma mesa. O tempo que sc gasta para chegar á mesa é im portante para esfriar os ânimo» (vide Provérbios 15.28; 14.17,29), e é mais difícil tetirar-se da discussão quando as partes envolvidas es tio sentadas A mesa logo vem a ser um símbolo da esperança, o lugar onde vários problemas anteriores foram resolvidos com sucesso. Das pessoas que vem em busca de aconselhamento, poucas têm o hábito de resolver diariamente os problemas interpessoais. (2) Esse é um motivo pelo qual estão tendo dificuldade Ciente que vem nutrindo rancores e edificando ressentimentos por longo tempo, acha que uma estrutura concreta é útil para a mudança de velhos padróes e o estabelecimento de outro s, novos Os compromissos assumidos com o» padrões bíblicos de reação recebem auxilio da estrutura erigida para assegurar a disciplina requerida para consolidá-los. Separar um período defin ido de tempo ao fim de cada dia para os membro» da família sc reunirem e conversarem sobre os problemas do dia parece que é um dos mais realistas meios dc resolver as dificuldades surgidas. Instituindo-se a mesa de conferência, a regularidade é da máxima importância, como no estabelecimento de qualquer hábito novo De preferência, use-*e a mesma mesa todo dia. O estudante que estuda regularmente na mesma escrivaninha ve. depois de curto lapso de tempo, que o ato de sentar-se ali tende a colocá-lo na disposição
t l)
(2)
Aipim«! família« desunam toda s os noites uma raesa dc jogos para aqurie propósito
Cristo retratou o ereicuncnto cristão no» termo« dc um empreendimento diário: "dia a du tome a sua cml“ (L.uc» 9.13).
própria pura o estudo. O» estudantes que ora estudam sentados i escri vaninha. ora o fazem deitados no leito, dificultam sem necessidade a sua tarefa. Nio só deixam dc associar um certo lugar com a afio de estudar (c perdem, com isso, os benefícios do preparado da dispoikçáo mediante associação adequada), ma», ao contrário, aplicam-se a uma atividade contraproducente, uma vez que as camas estio as sociadas com a idéia de dormtr. Deitar-se no leito, tende automatica mente a produzir atitudes de »ono, por certo nâo conducentes ao es tudo. O estudante que se recusa a fazer qualquer coisa que não seja estudar em sua escrivaninha, pode reforçar a associação que fomenta a disposição para estudar-se, quando sente sua mente vagar ou vê que começa a cochilar, ele se levanta imediatamente, de modo que nenhuma dessas coisas fique associada com aquela escrivaninha. Semelhante mente. a mesa de conferência deve tornar-se o lugar em que a família se encontra para resolver os problem as, mediante a comunicação cristã Nunca deverão permitir outras coisas á mesa (em particular, contendas e palavras ferinas). Depois de um certo período dc tempo (geralmente três semanas ou mai»), verío que o simples sentar-se ali ajuda automaticamente a produs.it uma disposição mental favorivel i discussão Devem-se manter regra» simples para a mesa de conferência. O | m i a convoca e. em geral, na qualidade de chefe da casa, tem a reu nião i seu cargo (I ) A máe frequentemente age como relatora ou secretária, e faz toda a escrita que for necessária A conferência é aberta e encerrada com oração Estuda-se a Bíblia durante a conferência com vistas a descobrir-se a vontade de Deus concernente is questões que se lhes anteponham. Nessa mesa. cada um começa a discutir os pro blemas do dia em termos das suas pióprias reações a eles (pnmctro tratando de endireitar os próprios erros, antecipando, com isso, o esva ziamento de possíveis acusações que seriam feitas por outros partici pantes da mesa) Começa contando aos outros como ele reagiu erronea mente com inveja, ou com espírito amargo, ou com despeito, etc. Pode mencionar também ofensas feitas a outras pessoas, de fora do lar, e pode pedir conselho e ajuda sobre como tratá-las melhor. Primeiro admite o» seus pecados, e depois pede petdáo e auxilio. O pedido de auxílio é importante para evitar o surgimento cie problemas similares no futuro. A família deve discutir o problema e fazer sugestões quanto
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Um tio» pr.ih l.mj- coti|ugalv preponderantes i » invenio
a impedir que semelhantes tentações paia pecar reapareçam no futuro. É freqüente acontecer que sejam aventados meios para ajuda direta e diária, e que se designem pessoas específicas para o desempenho dc certos encargos Quando alguém se põe a falar de si próprio e chama a atenção para os seus erros, os seus temores e os seus pecados, abre-se a comunicaçfio. Se ele tivesse principiado confrontando outra pessoa, das presentes i mesa, acerca de alguma coisa que ela tivesse feito de errado, o resultado poderia ser um choque, bloqueando a comuni cação de real significado. Mas quando alguém começa a falar dc si mesmo (a mesma pessoa dc quem a outra já está ansiosa para falar), ele abte comunicação da mesma amplitude dc onda. ( I ) Nesse caso, ambas as partes estão olhando na mesma direção e focalizam as faltas da mesma pessoa. Quando alguém começa discutindo os seus próprios problemas, os outros geralmente correspondem fazendo a mesma coisa. As condições ficam estruturadas dc molde a lornai mais fácil a cada um falar de si. Quando os membros de uma família se põem a confessar os seus pecados uns aos outros, igualmente vêem que podem pedii e receber o auxílio que necessitam. Sem essa comunicação, podc-sc dar pouca ajuda. Descobrem que a confissio e o perdão lhes permitem desviar a focagem das pessoas para os problemas. Desfazer-se do aspecto do problema ligado A personalidade permite A família mover-se no plano da discussão das soluções do problema propriamente dito. Se, durante a conferência, alguém esquecer as regras, os senti mentos começam a esquentar-se demais e ele se põe a altercar, é pre ciso fazer algo. A comunicação corre o risco de perder-sc e até de pòi a perder a mesa dc conferência. Um modo simples de resolver esse pro blema é adotar um sinal previamente combinado. No minuto em que alguni participante da mesa perceber que alguma coisa vai indo mal, ele se põe de pé. Não diz uma palavra; simplesmente se levanta calado em seu lugai. Este ê o sinal combinado para notificar a cada um que está á mesa de que, na opinião daquele membro, alguém interrompeu a conferência; alguém retomou às atitudes e padrões pré-cristJo*. Sempre que se levantar alguém, os demais participantes dão-se conta de que um ddes talvez tenha transgredido as normas da conduta crista que se acham em Efêsios 4. Se um dos que permaneceram sentados reconhecer que labora em erro, ou vtr quiçá que foi mal interpretado como havendo violado as regras da mesa de conferência (não importa
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Como John Bctllct. coiwdhciro noulêttco em Hatboro, Pemiivánu, fre qüentemente du: "Quando você «|uer tem alguém que e*ti dtaporto * rcconhcccr o wu pccjdo. é como toca» um travesseiro"
qual delas), imediatamente deverá ilizcr algo como «to. "Muito bem, entendo o que vocé está dizendo. Sente-se, por favor Vamos conversar sobre o problema, em vez de brigarmos e ficarmos transtornados" Se ele achar que transgrediu as regras, pedirá desculpas. A mesa dc conferência não existe com o fim de que se digam duas palavras e pronto. Cadauin. depois de haver tratado dc suas próprias falhas, levanta outras questões surgidas durante o dia Fala a verdade, mas sempre com amor (versículo 15). e sempre com a in tenção de ajudar. Isso tudo pode parecer antmatural c muito difícil, no início. De fato, pode parecer tolice levar adiante tais procedimentos. Nio obstante, em sua maior parte, as atividades que agora parecem perfeitamente naturais eram inicialmente molestas. Os clientes sio levados a lembrar-se de quão bobos sesentiram na pnnieira vez em que tentaram patinar no gelo. andar dc bicicleta oudirigir um carro. Náo havia nada "natural" nisso. Nio demora muitn tempo a formação de um hábito (e logo sc desvanece a sensação de algo antinatural), mediante rcpctiçio diária, sistemática e bem concatenada Toda vez que alguém procura aprender a dirigir automóvel, a princípio se sente desajeitado c tolo, e fica a perguntar como poderá alguma vez aprender a coordenar as olhos, as mios e 0« pés. Contudo, pouco* meses depois de ter estado dirigindo, pode deslizar para O assento cm plena escu ridão, enquanto debate algum abstruso ponto dc teologia e, sem pensar conscientemente nisso, põe a chave na igníçáo sem fazer nem um ar ranhão no painel. Trés semanas ou pouco mais de esforço regular à mesa de conferência deverão tomar bem natural o aconselhamento mútuo que ali se faz. A estrutura precisa ficar na forma somente até que o concreto se solidifique. (1) Esposos e esposos que têm tido dificuldade no conúbio sexual frequentemente descobrem que muitos dos seus problemas á noite no leito brotam dc dificuldades ocorridas durante o dia e que nunca foram resolvidas. A mesa dc conferência levada a efeito todas as noites, ocasiões em que eles equacionam os problemas que os aborrecem de dia, com freqüência faz uma grande diferença cm suas relações sexuais. (2) lim jovem casal que tivera sérios problemas em suas relações maritais, escreveu ( 1)
(2)
O princ ípio aplica-u: a multas árcau Um pr ofe tt or dc curto uípcrtor muttínim o bem luccdtdo (e nio os hi muitos por aí) faz a veguintc colocação 'Dou duro durante a primeira parle do ano, até que 0» padrSe» K tenham firmado, Depot» pouo deixar que a coha vj mal« llvrt a metma ctpécie de presula nio icri neceuâna o tempo todo"
Nio podem oi tratar aqui das inuila» dificuldade* sexual» que ie aprrsrntam no aconselhamento, nas dat relação financeira», tocum ir inierpewoait da vida em família Alimentamos a etpc nni;« de que uin futuro volume
Aprendemos um novo hibito. Nunca deixamos o sol sc pòr sobre a ira. A mesa de conferência fot uma chaveta que des trancou a discussão e nos foi aproximando cada vez mais. Grada tivamcntc a nossa vida sexual foi melhorando até atingir o ponto de quase incrível sucesso 6 comum o aconselhamento revelar a existência de uma queda de comunicação. 0 aconselhamento noutêtico. no qual todas as partes envolvidas sâo em gerai aconselhadas juntas, capacita os clientes a res tabelecerem a comunicação (ou a estabelecerem comunicação pela primeira vez) na própria sessão de aconselhamento. Pode-se mencionar um caso memorável A família consistia de três adolescentes, dois rapazes c uma mentna, e naturalm ente, os pais Quando vieram pela ptimetra vez, os pais trouxeram o filho mais velho, com quem eles disseram que tinham perdido toda u comunicação Os conselheirus descobriram que nunca tinha existido qualquer comunicação de real significado nas relaçfies patemo-filiais. Fizeram uma explanação sobre os princípios da mesa de conferência Mas os pais duvidaram de que fosse possível realizar qualquer conferência desse tipo, e contestaram o seu valor. Para demonstrarem o valor e a excquibiiidade da mesa de conferência, os conselheiros imediatamente começaram a abrir uma discussão entre os pais e seu filho, agindo como moderadores. A in teração que ocorreu foi tâo significativa que um dos pais, espantado, disse: “Nunca pensei que tneu filho acreditasse nisso", e o outro acres centou: “Bem, eu também estou admirado ouvindo o que ele tem para dizer“. A discussão prosseguiu tio bem que os conselheiros logo se assentaram a um lado. limitando-se a ouvi-los. Pouco depois, eles mandaram a família para casa, para continuarem U o aconselhamento mútuo. Cerca de uma hora mais tarde. o telefone tocou; a mãe estava na linha. Disse ela Nós ainda estamos sentados â mesa de conferência, man tendo excelente discussão. O único problema ê que riossa filha agora quer entrar nesta discussão e ela ignora as regras. Por favor, quer dat-lhe as explicações? A filha foi instruída por telefone, e daí em diante toda a família vem manten do a conversação. trate melhor de quenflc» con|ugjh c domnlin». Aqui ló te tocu no rompo do aeomclharoento do ângulo do que lhe citá kubjuccnlc. figurando de modo concreto para dar idéia de »ua» teemeas c procewo*. Há ponto« ob«r curo«. e nem sempre «ua dl«trtbui«io e equilibrada; ma« ente livro t *ó um começo Oxalá te posva dizei iiigo de matt especifico, com maiot escopo.
Aconselhamento Grupai Este é um lugar tio bom como qualquer outro para dizermos algo sobre o tipo dc aconselhamento que tem sido descrito através deste livro inteiro. O aconselhamento individual tem um lugar e, decerto, em muitas situações, nem todo aquele que for envolvido em um problema poderá ser trazido para aconselhamento. Todavia, o acon selhamento giupal deve ser preferido como regra, nío como exceção. Uma vez que. na maioria dos casos, as pessoas que tém problemas pessoais entram em dificuldade devido a comportamento pecaminoso para com Deus e para com o homem, a estrutura do aconselhamento deve reconhecer esta dimensão interpessoal básica. Deve-se estabele cer relação entre Deus e cada um dos aspectos do aconselhamento e, na medida do possível, todos os demais indivíduos envolvidos. O que parece é que o número de participantes que devem ser incluídos deve equivaler ao número dc indivíduos que estão intimamente envolvidos no problema. ( I) O aconselhamento grupai tem muitas implicações. Para as difi culdades obtêm-se soluções muito mais eficientemente, muito mais permanentemente e muito mais depressa quando todas as partes envol vidas na pendência são incluídas no aconselhamento. Se, por exemplo, é a mulher que vem com o problema de apresentação, os conselheiros nouléticos procuram incluir o marido também. Por que? Por uma das razões, quando cai a comunicação, como é freqüente acontecer, inde pendentemente do que possa ser o problema subjacente, o aconselha mento grupai propicia as melhores condições para o restabelecimento da comunicação. A comunicação é um instrumento essencial para a solução de outros problemas. Quando se estabelece a comunicação, os membros do grupo de aconselhamento podem conversar uns com os outros a respeito de problemas que não puderam esclarecer antes. Quando se põe em funcionamento a mesa dc conferência, por exemplo, 11)
hirecc evidente que nuso está a importância da palavra "i ó" cm Mateus 18.15. Aqui, a enftse recai em manter o problema dentro de um círculo tão estreito como o daqueles que estão envolvidos nele A ênfase dada por Cri*to parece elrminor o aconselhamento grupai da espécie daquele que estimula elementos nio envolvido« a participarem. Muito dano pode tei feito na> teuniSes do tipo dc Grupo tk Oxford, not grupos de treina mento a sensibilidade, etc., onde 04 pecados são livremente confessado» o audltános mistos e onde a presença de parte» nio envolvidas i incen tivada. Cristo Intereua-Se peta confusão que leva a reconciliação; portanto, a confissão feita a pessoa.« não envolvidas e confusão usada para fins não autorizados. A cosifissão sempre «leve ser feiti dentro dc um con texto de reconciliação, L e.. àqueles que eatio afastados, com o propó sito de recomeçá-lo« (vide Mateus 5 18)
com freqüência sucede que as famílias se sentem habilitadas a lograr muitas soluções por seu esforço própno. Em segundo lugar, quando o marido vem ao aconselhamento acompanhado da esposa, a família nSo está dividida. O aconselhamen to individual, pessoa a pessoa, em contraste, pode favorecer demais a divisão. 0 aconselham ento pessoa a pessoa costum a levantar sus peitas da parte de outros mem bros da família. Só i e stim ular um a parte a falar da outra ás suas costas. Os conselheiros noutéticos escrupulo samente procuram impedir que os clientes façam isso. Ignorando o que está acontecendo no aconselhamento, o marido desconfia que o con selheiro se pós ao lado de sua esposa contra ele, e que estão sendo dadas falsas informações e estáo sendo tomadas decisões nela basea das, sem o seu conhecimento. Km outras palavras, porque ele não está prese nte no ac on se lham en to, ele po de suspeitar (e muitas vezes está certo nisso) que o aconselhamento é adverso aos seus mais lídimos interesses. Ele com razão entende que, visto que não tem estado ali para co m pletar a descriç ão , o ac on se lham en to é unila teral, Ele sabe que o conselheiro não está captando uma visão completa do que su cedeu e, daí, scertadamente fica a duvidar desse aconselhamento. Quan do as pessoas já estão separadas e a com unicação já se foi, o acon selhamento dado a uma só pessoa geralmente se presta para aumentar o abismo que fende a comunicação. Introduzir, porem, ambas as parte s no ac on se lham en to pe rm ite que sejam ap rese ntad os os dois lados da questão. Quando ambas ou todas as partes (se houver outros indivíduos envolvidos, tais como filhos, pais ou avós) podem ter a palavra, os conselheiros obtêm um quadro mais completo e mais preciso . A pre sença doutras pessoas interessadas impede qu e cada um a das partes faça grosseira e falsa representação dos fatos. E mais que costumeiro uma pessoa apresentar o que tem a aparência de uma es tória persuasiva, bem feita e incontestável. Apesar disso, noventa por cento da estória tem de ser rejeitada, depois de ouvida a refutação ou explicação feita por outras pessoas envolvidas. Um cliente pode parecer m uito co nv ince nte qua ndo não está prese nte ne nhum a outra pessoa qu e su plem en te as inform ações. Ê provável que pareça men os convincente depois. Violeta falou cheia de emoção c derramando lá grimas contra seu marido, dizendo que ele lhe recusara sustento durante cinco anos. Mas uma ampla discussão com o marido ali presente esclareceu que ele somente parara de pagar a cabeleireira e outras coisas insignificantes e, afinal de contas, fora ela, e não ele, a primeira a fazer mudança na combinação dos gastos. Os conselheiros devem saber de cor e salteado Provérbios 18.17 e 14.15: “O que começa o pleito parece justo, até que vem o outro e o examina” e “O simples dá crédito a toda palavra, mas o prudente
atenta para os seu* passos". Manter conversação entre os membros de um aconselhamento grupai ajuda a preservar os dados fieis i ver dade perante o conselheiro. Fazer um triângulo com o conselheiro e os clientes di oportunidade para uma verificação que nio somente permite um quadro descritivo mais Del da situação, mas também ga rante um quadro mais completo. Os detalhes podem ser preenchidos, bem como podem ser desafiados. Desde que nenhum aconselhamento é um fim em si mesmo, a metodologia deve adaptai-se ao fim cm vista e deve procurar íealizi-lo, A meta bíblica è o amor á glória dc Deus (vide supra, no capitulo IV, sccçio intitulada Amor é o Alvo, pig -68 ). O amor flui nio da confissão apenas, mas da confissão que leva à reconciliaçio (vide Mateus 5 e 18), Fazer confissio sem buscai reconciliaçio é antibíblico. porque uma confissio desse tipo nio passa de uma catarse pela qual a pessoa desabafa c obtém alivio para seu próprio benefício. O acon selhamento grupai leva mais prontamente â reconciliaçio. enquanto que o aconselhamento feito a uma pessoa por vez leva mais pronta mente à cataree. O interesse bíblico pelo amor através da recimciliaçio deve levar a busca das melhores coadiçOes para a reconciliaçio. efe tuando o aconselhamento em um contexto de reconciliaçio. Ê comum acontecer que os clientes fiquem espantados face á in formação que emerge quando se realiza a comunicação durante uma sessão dc aconselhamento grupai. Geni acusou Frederico, dizendo que ele era um ladrio. Ela disse que de vinha retendo dinheiro do salário, e que cia podia provar isso. O conselheiro disse: “Que é que vocé diz, Frederico? O meio de ficar por cima de um problema é pnme iro ii ao fundo dele. Vocé ficou cora o dinheiro’ ” Frederico confessou que sim. tirou a carteira do boJso, mostrou o dinheiro, c explicou que o estivera economizando (nio roubando) para comprar para a esposa um excelente presente pdo décimo aniversário de casamento. Um casal cristio estivera consultando por mais de um ano um psiquiatra da escola de Rogers (também en stio). O psiquiatra entre vistava o mando e a mulher separadamente. O marido ficou profunda mente deprimido e viu que era preciso descontinuai o seu trabalho. Uma vez que nio houve progresso nenhum esse tempo todo, e como questáo de fato a situação havia piorado, os dois procuraram um centro de aconselhamento noutético onde. pela primeira vez. receberam juntos o aconselhamento. No começo da entrevista Inicial, um dele* disse: "Ouvimos dizer que neste lugar vocês conseguem fazer depressa as coisas; por isso viemos; precisamos de ajuda agora" Durante a entrevista, o conselheiro os levou a sério sempre que faziam comentários do seu pecado, averiguando toda sugestão oriunda deles, com evidente interesse e reagindo enstim ente a cada uma. 0 ma-
ndi) ficou visivelmente surpreso e animado com isso e, quando ficou certo de que se encontrava em uin ambiente dc aconselhamento genui namente cristão. voltou-se de súbito para sua esposa, di/.cndo: “Quem dizer-lhe algo que nunca contei a nttiguém: Cíntia. eu não i amo. O talo é que nio set se a amei nestes doze anos de casados”, É indubitável que muitos elementos corroboraram para a decisão que João tomou de, logo na primeira entrevista, expor a Cíntia o seu velho e culposo segredo, de hi muito sepultado. Mas um dos ptincipais fatores foi a presença dela. Pela primeira vez, em mais de um ano de aconselhamento, ele teve a oportunidade de descarregar o cotação na frente dela e na presença de alguém que podia ajudá-los a resolver o problema. João vinha sofrendo por muttos anos o pesar causado por seu intolerável segredo; jnos que foram continuados sem necev sidade por um aconselhamento que facilitou » Joio continuar man tendo a sua pecaminosa atitude fechada. Mas o aconselhamento gmpal, nio do ttpo do aconselhamento de Rogers, por sua própria natureza1 animou-o 3 abrir o coração a Cíntia. Subsequentemente, as incom preensões do amor foram esclarecidas, muitos problemas foram resol vidos, e a família passou « viver unida num relacionamento dc amor inteiramente novo. A abordagem grupai é mais uma razão pela qual o aconselhamento noutético consegue "fazer depressa as coisas”, Clientes Como Conselheiro» 0 aconselhamento grupai também tem a vantagem de pemiitit que os conselheiros convoquem outras partes como assistentes. Fre quentemente fazem valiosas contribuições. O utra razío pela qual o aconselhamento noutético anda tão rapidamente, pela qual as pessoas são transformados tão depressa, e pela qual as suas vtdas são afetadas tão radicalmente, é o aconselhamento feito por assistentes. O aconse lhamento grupai possibilita isso, Quando as outras partes sabem o que está em processo 110 aconselhamento, tornam-se potencialmente conse lheiros assistentes que, dia a dia, podem ajudai a levar adiante o acon selhamento pelo icsto da semana. O aconselhamento nio tem por que enfraquecer-se no intervalo entre sessão e sessão. O consultaiitc não tem que voltar ao aconselhamento para receber novo impulso. Fez-se por diminuir sua dependência do conselheiro. No lugar dele h i outra pessoa que esti presente todos os dias para faze-io lembrar os com promissos assumidos na sessão dc aconselhamento c ajudá-lo a cum pri-los. Além de manter a outra parte ligada aos seus compromissos, o “conselheiro assistente" diánn pode ajudar a manter uma atmosfera conducente á realização adequada das tarefas passadas para casa. Saber o que se espera alcançar também o ajuda a livrar-se de tiabalhar incons cientemente em prol dc propósitos contraditórios. Como Alcoólatras
Anónimos, o» Vigilantes do Peto, e bom número de outros grupo« já demonstraram, è mats fácil aderir a novos programai quando a pessoa pode realizá-los juntamente com outras pessoas. Em acréscimo a isso tudo, í provável que mais de uma das partes tenham problemas, muito embora, ao começar o aconselhamento, os clientes suponham que apenas uma das partes precise de aconselhamento. Este i freqüentemen te o caso. Raramente o aconselhamento permanece unilateral. Quando é possível alistar outras pessoas como ajudantes do aconselhamento, todas as partes interessadas se desenvolvem e, ao ie desenvolverem é juntas que se desenvolvem. Aprendem juntas a fazer os coisas e trabalham juntas, de modo que todo o ambiente sofre mudança. O aconselhamento grupai também propicia oportunidades para decisões cruciais tomadas em conjunto. A vida que Tomás e Marilu levavam era nada menos que desprezível. Ambos se haviam lançado a práticas sexuais extra-conjugais. Quando se casaram, nio eram cristios; até muito recentemente nada sabiam do cristianismo. Mas agora, dezoito anos depois do seu casamento, tomaram-se cristios. Durante o ano anterior, Tomás mantivera encontros com outra mulher. Ele nio queria deixá-la. Marilu veio a sabé-lo e fê-lo prometer que rompena aquela relaçáo. Ele prometeu, mas nio cumpriu. Durante quase um ano. a promessa quebrada por Tomás e sua vida dupla o tinham carcomido, e quanto mais sua fé enstí se tomava uma rea lidade premente, mais a culpa de suas ações pesava sobre ele. Que podia ele fazer? Ele veio em busca de aconselhamento. Veio disfar çando que queria falar sobre o seu filho, mas na prtmeiia entrevista pouco tempo levou para a discuasio dirigir-se para o problema real. Seu conselheiro lhe disse Tomás, vocé tem que deixá-la. Se vocé quer endireitar o seu casamento, vocé terá que pôr sua mulher a par disso. Vocé tem que contar-lhe que lhe vem mentindo, que vocé, de fato, tem-se encontrado com aquela mulher, Vocé terá que pedir-Ihc perdio, afirmar-lhe que desta vez vocé fará o que deve, e pedir-lhe que o ajude a cumprir a sua promessa. Tomás disse: “Nio posso fazer isso” . “Tomás, nio podemos ajudá-lo se nio o fizer". Depois de algum debate sobre aa manda mentos de Deus e Sua graça. Tomás concordou: “ Está bem; eu o farei". Tomás pediu a Deus per dio e auxílio. 0 conselheiro orou pelo teu êxito. Tomás marcou outra visita para a tarde do mesmo dia, e trouxe Marilu em sua companhia. Durante essa sessáo de aconselhamento. Tomás contou a verdade a Marilu. Confessou-lhe que tinha mentido, e que nesse exato mo mento estava com as chaves do apartamento da outra mulher no bolso.
Marilu sentiu-sc destroçada, mas agradecida que ele lho uveue contado, e reagiu bera (provavelmente ma reação foi das melhorei porque tudo se deu na presença de um conselheiro capaz de ajudá-los a darem o pas so seguinte). Disse ela: “Que podemos fazer’ " Tomás disse: “Quero que você me perdoe e me ajude a ser a espécie de marido cristão que devo ser" Marilu respondeu: “Pois bem, eu o perdôo, se você es ti bem intencio nado, se de fato quer salvar o nosso casamento”. Ao que lhe disse Tomás: “Sim. quero" (soou quase como se estivessem fazendo de novo os votos do seu casamento). Assim, Marilu perdoou a Tomás. Cora efeito, antes de acabar a sessão, Manlu também pediu perdão por algunus escapadas que ela mesma tinha dado anterio rmente, e re cebeu o perdão. "Que devemos fazer agora? " inquiriu Tomás. Todo* opinaram »obre o assunto. Decidiu-se que Tomás deveria telefonar à outra mulher, dizendo-lhe que náo mais tomaria a vé-ía. Na semana seguinte, Tomás e Marilu voltaram para aconselhar-se mais. Durante a semana surgira uma questão entre eles por causa das chaves do apartamento da outra mulher. Ambos concordavam em que deveriam dispor delas - mas como? Deveriam devolvê-las à outra mulher? Deveriam jogá-las fora? Que deveriam fazer com elas? Todos achavam que era importante fazer alguma coisa de imediato. Essa questão estava perturbando Marilu de modo considerável. Disse o con selheiro: “Tomás, pegue as chaves agora mesmo”. Ele o fez. Dramati camente foi pondo uma por uma na mesa, numa atitude de compro misso solene que ajudou Marilu a convencer-te da séria intenção dele, Ele se renovou depois dtsao. Esse simples ato, essa queima daqueles meios de ligação, teve enorme significação para ela. Aquelas chaves estio hoje guardadas no centro de aconselhamento como prova dc que Tomás cumpriu a palavra. Alguma vez em anos vindouros, se for neces sário, aquelas chaves poderão ser mostradas a Tomás ou ã sua esposa como lembrança do compromisso feito por ele naquele dia. Talvez não seja preciso fazê-lo. As chaves são como um marco em suas vidas; são como a pilha de pedras que os antigos patriarcas erigiam para as sinalar as distâncias a serem vencidas na estrada da santificação. ( I ) Os arquivos do aconselhamento noutético contêm muitos sím bolo» interessantes, de várias espécies. Numa parte pode-se ver o envó(l)
Vide o emprego feito pot Deus de "lembranças" em Números 15.37-41. O Seu povo devia uur borla« em uus vestes como um meio mnemónico par* lembrar-se da obediência âa leis drrmai. Um cliente recebeu ajuda fixando um grande "F" (feito de fila isolante) à poria da frente da tua caaa pan lembrá-lo de des/azei-se de todo fuipnento quando saía. Fitai uoLafitcs constituem ajuda usada quase universalmente no acon selhamento.’
lucro de um maço dr cigarro* que foru de alguém que, havendo lutado conlra o hábito, jognu fora o* cigarro* na noite em que se resolveu a acabai com o vicio. Outra contém o retrato de uma mulher casada, retrato do qual a pessoa teve que se desfazer quando aquela mulher sc casou com outro homem. Entregar o retrato foi um modo de dizer que foi feito o compromisso de abandonar a prática de alimentar pen samentos pecaminosos sobre aquela senhora. Noutra há uma navalha que um ministro tirara da sua pasta por ocasião da sua primeira visita, dizendo: ,*Sc cu não tivesse recebido ajuda aqui hoje, usaria isto em mim mesmo”. Assim, alguma prova concreta da mudança operada numa pessoa é geralmente um útil complemento das decisões quanto ■ romper com o passado E em cada um d«s casos mencionados, o objeto entregue era. cm si mesmo, uma tentação par* pecar O conceito de aconselhamento grupai não é novo, Os valores e a significação de aconselhamento familial nio deveriam deixai sur presas os leitores da Escritura, utna vez que a Bíblia revela claramente o propósito e a determinação que Deus tem dc operar com as familias com base em Sua aliança. O aconselhamento grupai é de tal interesse dos conselheiros noutétkos que estes alimentam a esperança de po derem, algum dia. dirigir acampamentos familiares de veráo fundados no princípio de que famílias completas podem ser radicalmente trans formadas para Cristo e podem ser enviadas de volta para casa como unidades com novo tipo de funcionamento. Um dos problemas carac terísticos de acampamentos realizados para membros individuais das famílias é que. cm geial. ao voltarem para casa. os outros membros da família que não galgaram a montanha e não participaram d3 experi ência tida no cume da montanha tendem a jogar água fria no seu entu siasmo O aconselhamento de famílias inteiras durante uma semana, em um contexto dc vida familial (possivelmente cm barracas), parece mos que oferece uma da* maiores oportunidades para a utilização das vantagens do aconselhamento grupai *o máxtmo. (1)
Se Somente Uma dm Partes Comparecer Ãs vezes só uma das partes envolvidas num problema está dis posta a vir cm busca de aconselhamento Foi o que aconteceu no caso de Pedro e Jane, Pedro veio dizendo que Jane lhe havia proposto di vórcio pela segunda vez, e agora ela estava de fato pressionando para que fizessem isso. Estavam casados havia mais de vinte anos, os filhos estavam crescidos c começando a deixar o lar. procurando formai III
Queni quucr financiar n * lipo ik enforço poderá etitru em eontotiu
u suas próprias famílias. Então Jan e disse a Pedro: “ Eu vivi com vocé enquanto os filhos estavam em casa. e agoia quero divorciar-me; não posso continuar vivendo com vocé. Vocé nio me ama. e eu não o amo”. Pedro não queria que o casamento fosse destruído. Ele amava Jane c posteriormente ficou provado que Jane o amava. Mas ela havia desistido; havia desistido de tentar comunicar-se com Pedro, de tentar aproximar-se dele, dc tentar conversar com ele sobre as coisas que lhe ingressavam. Assim foi que Pedro veio sozinho ã primeira sessão. Disse quffiqueria salvar o seu casamento, mas não sabia como. Os conse lheiros pediram que Pedro trouxesse Jane da próxima vez, visto que o casamento é uma proposta cm duas vidas. Disse Pedro: “Ela nunca vira Eu lhe pedi uue viesse, mus ela se tecusou a vir e insistiu: Não; quero o divórcio. E tarde demais, não há esperança” Como se pode salvar um casamento estando presente só uma das partes? Oj conselheiros disseram a Pedro: "Não podemos garantir nada, mas por que vocé não vai para casa e não fala com sua mulher doutro modo, do modo como você falava com cia no passado? ” Fi zeram juntos um inventário da vida de Pedro e viram que ele tinha ressentimentos e irritação para com a sua esposa, e que havia algumas questões que o aborreciam particularmente. Eles lhe denionstraiam que ressentimento é pecado, devendo scr confessado,qucr a sua mulher reagisse positivamente, quer não Fie tinha que acertar essas coisas perante Deus e perante a sua esposa. Depois de lima oração em que Pedro fez a Deus uma confissão completa do seu rancor, ele foi para casa, a Hm de resolver u> coisas com sua mulher Foi-lhe d ílo: Pedro, não lhe podemos garantir como ela reagirá. Jamais nos encontramos com ela Uma coisa sabemos, porém Vocé vai sentir-se melhor porque terá feito o que Deus lhe ordena que faça; vocé mostrará que procura a paz: ficará evidente que vocé está tratando de fazer tudo o que pode para endireitar as coisas e para promover a reconciliação, O provável é que. quando você começar a falar com sua esposa sobre as faltas, erros c pecados que vocé tem cometido, ela mostre interesse, porque vocé, coni Isso, estará começando a comunicar-se. Quando as pessoas co meçam a falar dos seus próprios pecados, ficam voltadas para a mesma direção, tomam a frente no mesmo rumo seguido pela outra pessoa. Faz tempo que ela tem focalizado as faltas que vocé tem cometido, Agora vocés dois vão falar a mesma lin guagem. Em vez de afastá-la com o acontece quando vocé comoça a falar dela. c não dc vocé. e quase certo que sua mulher se aproximará de vocé, Bem. Pedro foi para casa. Tinha dúvidas quanto á questão toda.
Mas uma hora mais tarde ele nos telefonou e disse, com exuberante alegria: Minha mulher vai receber o aconselhamento! Sabe, vocés não disseram que se eu falasse com ela dos meus problemas e desse modo abrisse a comunicação, e confessasse os meus pe cados e lhe pedisse perdão, que ela se chegana a mim? " O conselheiro respondeu: “Sim, nós nos lembramos disso, Pedro”. Pois bem, ela o fez, e literalmente! Entrei em casa. e ela estava junto da máquina de lavar roupa. Adiantei-me e lhe disse: "Doçura, sinto muito que tenho sido um péssimo esposo. Tenho falhado de muitas maneiras". Depois falei detalhadamente de muitas dessas coisas, e disse: "A culpa é minha. Quero que você me perdoe. Vocé me perdoa e me ajuda a tornar-me um marido melhor? " Acrescentou ele: “Ela se virou e literalmente se arremessou sobre mim. Tive que firmar 05 pés para nfo ser derrubado por ela". Subse quentemente, Pedro e Jane nio só consertaram o seu casamento, mas começaram vida nova; muitas questões foram aclaradas e eles come çaram a olhar para a frente, para os dias por vir em que os filhos se iriam e os dois poderiam desfrutar juntos a vida. Outro marido, que nos disse que comparecera á reunião de acon selhamento só porque sua esposa tinha-se desculpado e pedira perdão, disse: “Eu vim porque nunca pensei que algum dia fosse ouvi-la pedir desculpa s” . Estes e mu itos o utro s exemplos parecidos são meras ilus trações das palavras de Pedro, em I Pedro 3.1,2, onde ele dá ênfase à necessidade de exercer influência pela “conduta” quando o outro não quer dar ouvidos ás palavras. Nâo é incomum fazerem os conselheiros n ou té ticos várias te nta tivas de convocar outras partes envolvidas, quando necessário, uma vez que eles consideram tio importante o aconselhamento grupai. Seu sucesso em fazer essas convocações alcançou alto n/vel.
Devoções Diárias Tem-se tentado estabelecer como prática regular o estudo da Bíblia e a oração, no lar de cada cliente. Resolver dificuldades é um meio de crescer no amor pera co m Deus; o uso da Escritura, da oração, etc., não deve ser visto apenas como meio de vencer dificuldades e de tomar a vida mais agradável para o interessado. Se ele não mantém vital contacto com Deus, não pode desenvolver-se apropriadamente se gundo a imagem e semelhança de Cristo, porquanto nlo lhe é possível
solucionar os problemas interpostos entre ele e uma jubilosa comunhSo com Deus. A» devoções diárias ajudam u manter contacto com Deus mediante Sua Palavra e a oração. Unta das melhores horas para as devoções é de manhã. Em geral toda a família pode reunir-se nessa hora. E claro que os membros da família tém que sc disciplinar para pularem cedo da cama com tempo de fazer cada um o que tem que ser feito, e também reservar tempo para o culto dom éstico. Breve leitura da Bíblia, focalizada em pequena po rçío da Escritu ra, que contenha algum princíp io claro, é, provavel mente, a mais benéfica prática que sc pode estabelecer onde quet que a leitura da Bíblia for novidade. É melhor ler e compreender um versí culo do que ler um capitulo ou um livro sem compreendé-lo. Aquele que estiver empenhado cm iniciar a formaçáo do hábito de estudar a Bíblia e orar, deverá fazer leituras curtas se quiser entender o que vai ler. Quando surgir um ponto claro, poderá parar e meditar no prin cípio particular ali exarado. Poderá perguntar: “Este princípio encarna uma promessa, uma ordem, um dever, uma advertência, ou o quê? ” Poderí entfo orar pelo dia que começa cm termos daquele princípio, pedindo a Deus que o ajude a viver de acordo com o princíp io em apreço. Deverá pensar nesse princípio o dia todo e deixar que ele se filtre em seu viver. Se ele leu o versículo que diz: "Fazei o bem aos que vos odeiam” (Lucas 6.27), poderá pensar em como isso se aplica a Joio, na prática. Deverá ser bondoso para com sua esposa, que lhe fez rusgas quando ele voltou do serviço. Deverá ser bondoso para com o seu vizinho de potfa, mesmo quando se lembrar de quantas vezes lhe reclamou que os filhos dele puseram pedras dentro do tanque de gasolina do seu automóvel, e ele n ío os repreendeu Qualquer que seja o problema, o princípio deverá ser aplicado tanto quanto possível. Talvez uma das razões pelas quais a leitura da Bíblia, para alguns, se tomou tio académica e irrelevante, com táo pouca influência sobre a vida, é que geralmente a lêem como um livro desligado do viver diário. As Escrituras esláo repletas de princípios (em geral ligados a situações concretas ou delas embebidos) que realmente podem ser postos em prática. O» versículos ganham vida quando sc tomam parte do nosso viver. no
Neste capítulo dissemos algo sobre o cas amento e sobre proble mas do casamento Uma ou duas palavTas finais devem ser apensas. Somente o adultério e a desençio podem romper o casamento. Fora dessas exceções, o matrimônio é para a vida toda. A incompati bilidade, base frequentem ente alegada para o drvórcto nos Estados Unidos, hoje em dia, nío tem condiçSo legítima diante de Deus. Con
tudo. tem-« atribuído tanta significação â questio da compatibilidade que bem se pode perguntar: Que é compatibilidade no casamento? E de fato importante? Como pode ser determinada? £ congelada e imutável? Que pode fazer o cristão para ser compatível'’ A sociedade edificada sobre o amor romântico é relativamente nova Desde o* tempos bíblicos até mui recenteme nte, os casamentos eram, em sua maior parte, combinados pelos pais. Dessa maneiro, é relativamente pouco o que a Bíblia diz sobie romance. Contudo, há diversas indicações, mesmo no Velho Testamento, de que havia amor romântico entre indivíduos, o que em geral chegava ao casamento (vide a narrativa sobre Jacó, em Génesis 29 e Cantares de Salomão). Entre tanto , permanece a questão: £ importante a compatibilidade? Decerto que é importante para o matrimônio. Mas a compatibilidade nio é algo inato em duas pessoas específicas. Embora todos os estudos feitos mostrem que pessoas pertencentes ao mesmo nível econômico, social e educacional parecem dar-se melhor, essa compatibilidade exterior nio é absolutamente essencial para que um casamento seja feliz, porque ela não é básica. Os estudos mencionam também a religião como um fator importante. A crença de uma pessoa é um elemento essencial absoluto da compatibilidade. Os enstãos devem casar-se “somente no Senhor”. Os crentes nâo podem desobedecer a Deus casando-se com incrédulos e esperar que o seu casamento vá bem. Nio há outro fator de compatibilidade que seja realmente essencial. Raça, idade, posição social e tudo mais sio secundários, conquanto possa haver qualidades desejáveis dentro de um requisito único e fundamental estabelecido pela Escritura. Todavia, a Escritura mesma nio faz essas distinções. Os antecedentes que acompanham as pessoas ao matrimônio podem ser totalmente diversos. Esses antecedentes contribuem para a for mação da personalidade que cada indivíduo participante do casa mento desenvolveu mediante a memória, os laços associativos e os padrões de rea çio por ele desenvolvidos. Se tanto o homem como a mulher desenvolveram hábitos bíblicos de resposta aos problemas da vida, independentemente de quais tenham sido os seus antecedentes, eles possuem mais compatibilidade básica do que duas pessoas de lastro cultural quase idêntico, mas não cristãs. Justamente porque saberão sentar-se e ajustar suas diferenças, aprenderão com o tempo a empregar a diversidade dos seus antecedentes para enriquecer o seu casamento. Isso significa que os conselheiros noutéticos jamais dizem 41|
Vide John Murray, Diron e (Divórcio 1. Filadélfia, Prcsbytcnan and Refotmcd Puhlhhing Coinpany, 1961, para « i o fundamenio cxegétjco dc&u afirmação O trabalho dc Mumy com relação a 1 Coríntio« 7 i ex cepcionalmente viliow.
aos clientes: “Vocês não o conseguirão porque são incompatíveis; vocês estarão melhor separados do que juntos”. Se ambas as partes são cristãs, ou se tornam cristãs, poderão tomar o seu casamento bem sucedido se estiverem dispostos a dar duro para isso, de acordo com os princípios bíblicos, fazendo uso dos meios de graça. Disse uma mulher: “O meu marido conhece e compreende as pessoas co m que ele trab alha melho r do qu e a mim mes ma - a mim, sua esposa - apesar dc estarmos casados há 14 anos!" 0 aconselha mento trouxe á luz o fato de que a diferença estava cm que ele se es forçava mais para conhecer as pessoas do escritório do que para o êxito do seu casamento. Sentar-se diariamente a uma mesa de conferência durante uma semana seria a primeira vez, para muitos casais, que teriam passado cin co a se te dias fa ze ndo um es fo rço conju nto pa ra resolver os problemas do seu casamento. 0 fato mais impo rtante para recordar ao pensarmos na questão da compatibilidade, é que a personalidade é mutável. A personalidade é a soma total daquilo que somos em dado momento. A partir da cons tituição genética de uma pessoa, humanamente falando, surge um nú mero quase infinito de possibilidades para a utilização da própria constituição genética. As pessoas são uma combinação de physi s (natureza) determinada geneticamente, e aquilo que fizeram com aquela phys is . 0 não salvo, por natureza, responderá pecaminosamente. Mas o cristão sabe que um terceiro fator, a Pessoa do Espírito Santo, entra no quadro para capacitar com Seu poder os cristãos a corres ponder em em co nfo rm id ad e com os m andam en to s de Deus. A pe rson a lidade é, então, natureza e nutrição. Mas, pelo Espírito, os cristãos vieram a ser mais que homens “ naturais” (vide 1 Co ríntios 2). Foram transformados e podem continuar a transformar as suas personalidades graças á obra do Espírito. Os maus hábitos desenvolvem aquilo que vem a constituir uma “segunda natureza". Os clientes faltos de consideração ou de interesse pelos outr os desenvolv eram mau s háb itos qu e se rão fa to re s dc pertur bação do matrim ônio . É ev id en te qu e to dos os hábitos são lev ados pela pe ssoa qu e se casa para o seu no vo es tado . Mas os háb itos são fatores transformáveis. Aprende-se uma língua em casa, mas é possível mudar para outro país e aprender outro idioma. Assim também uma pessoa pode deixar para trás os seu s primeiros háb itos, se é qu e está disposta a esforçar-se bastante, e pode adotar no lugar deles hábitos de cortesia, intimidade e consideração. Se dois cristãos conversam de ma neira própria sobre todas as coisas que os pertu rba m , procu ram i fazer a vontade de Deus com relação a eles, e trabalham juntos, com oração , pod em resolver aqueles problemas. 1 Qu ando Filipe vai ao banheiro, deixa a porta aberta (hábito | 234
I I
que não cstav» em voga na vida antenor de Matilda, e que lhe é ofen sivo). Se houver real comunicação no lar, poder-se-4 estabelecer amoro sa consideração cristã. Matilda mencionará o fato dc que o costume dele a ofende. Filipe lhe 3grad«ceri por haver-lhe dito isso e, com amor, procurarão uma soluçjo satisfatória para ambos. Em outras palavras, quando duas pessoas criam uma nova unidade para as de cisões a tomar, nio poderio conservar intactos Iodos os costumes e modos de vida habituais que cada uma delas conhecia anteriormente. Nenhuma delas devera pretender que a outra fuça iodas as mudanças, mas as duas partes deverão arrazoar juntas sobre como haverão de produzir uma nova unidade capa/, de tomar as decisões. (1) Ao fazê-lo, deverão tomar conscienciosamente os melhores elementos (isto é, os elementos cristãos) dos antecedentes dc ambas. Dessa maneira, pois, o seu casamento virá a ser uma terceira c peculiar entidade, melhor do que o lar do qual cada uma delas veio. Os problemas de comunicação, uma vez que têm suas raizes no Jardim do Cden, jamais poderio ser solucionados pelo« métodos behavioristas, ou freudianos, ou de Rogers.
(I )
ê csseivcial que o homem "deixe" pai e mie e "se una" á tua mulher (Gênesis 2.24), ou jatnait se farí chefe de uma nova unidade capaz de toma» m decisões como é retiaiada tanto em Géneri» como em F.fésios 5, Há muita coisa que e preciso dizer acerca do relacionamento entre còrv iuget. e que nio pode ter mencionada aqui. Mal-entendido» quanto á amo rosa chefia do mando têm levado com freqüência Vfliõft crltiit» a exer cerem um governo tirânico e acaçapante «obre •« «uat espoias, atitude que esti inteiramente fora do espirito de Kféiios 5 c Prnvérbioi 31 fp*»«agem etta em que os dons da mulher sâo expostm no sentido de que «ejam exercido» ptenamente paro o bem da família inteirai.
Capítulo XI
PROFESSORES CRISTÃOS COMO CONSELHEIROS NOUT ÉTICOS Tudo o que foi dito até aqui concernente ao aconselhamento cru tio é aplicável a quaje toda forma de relaçio em que o» cristios te unem. Esta é. depois de tudo. a tecla tocada em Colossenses 3.16, onde Paulo exorta todo» o» cristios a procederem ao aconselhamento noutético. (1) Mas se é certo que em toda e qualquer situaçio os cnstio» podem usar com éxito os princípios noutéticos, isto é especial mente certo quanto á relaçío entre professor e aluno numa escola cristi. Esse relacionamento contém , embutido nele, todos os elementos essenciais do aconselhamento noutético bem feito. A única diferença que existe entre a sala de aulas e a sala de aconselhamento é que o con texto da sala de aulas cristí propicia muito mais oportunidad e. Ai está a razão por que é importante dedicar um capitu lo à constderaçio de como aproveitar este recurso até chegar quase ao potencial veladamente oculto. 0 mestre cris tío (ni o um especialista em aconselhamento) é a chave do aconselhamento na escol». Se o professor está qualificado para ser professor de uma escola cristi, dadas a» sua» convicçOes e um mínimo do tipo certo de treinamento e experiência, esse professor pode fazer aconselhamento mais eficiente do que os que se consideram peritos. O aconselhamento primordiaimente descrilo neste livro n io só é inteiramente aplicável à escola, mas também pode ser desempenhado de maneira mais completa e pode obter resultados mais sólidos e mais depressa do que nos gabinetes de aconselhamento. Tentem os com preender a razâo disto. Como se dá com os demais cristios, o mestre cristío pode apelar a todos os recursos de Deus: a Escritura, a oraçio e a igreja, no con texto do Espírito Santo. Além disso, porém, considere-se o fato de que os estudantes com quem o professor trabalha sSo mais jovens do que as pessoas que ordinariamente procuram aconselhamento. Os padróes ainda nio se firmaram solidamente; muitos deles estio sendo apren didos pela primeira vez. A flexibilidade da infância e da juventude i evidentemente um fator favorável 0 con tex to da sala de aulas é idealmente apropriado para as con dições do aconselhamento. Adapta-se perfeitamente ao estabelecimen to e à m udança do« padrfles que regem o viver Primeiro, constitui um meio ambiente de alcance tota l, coroo o descrito em Deuteronómio (! )
Ver também Hebrcui 3.13; 10.24.25 e Gétau» 6.1,2 »obre o ponto
6.7 e 11.19. Segundo, hú um* influência diária e coniinua precisa mente da espécie requerida para estabelecer ou modificar padrões. Tetceiro, o sistema de castigo e recompensa inerente á minutração do ensino, desde que empregado sob a autoridade dc Deus, supre a maioria dos estudantes de ampla motivação Finalmente, a escola alcança o estudante durante as horas mais produtivas do dia, quanda podem ser utilizados os teus maiotes recursos e energias, e quando se lhe pode exigir e obter deie o impeto máximo. Estes fatores constituem apenas algumas das muitas razões pelas quais nio é exagero dizer que poucas se e que hí alguma - situações são mais próprias pota o aconselha mento do que a sala de auJas enstã. O impacto em potencial do professor de uma escola erntã é imen so. Há pouca dúvida de que ele pode. na maior parte dos casos, fazer provavelmente muito mais e por muiio mais amplos meios c modos do que pensa, para ajudar os estudantes que estão a seu cargo. 0 enca minhamento a outrem certamente i uma grave questão para o mestre-escota, bern como para o pastor Por que o professor haverá de remeter o aluno para fora do ambiente mais idealmente propício para ajudá-lo7 A única resposta plausível a essa pergunta é que raramente se tem ensi nado aos professores cristãos como percebetem esse potencial e, em conseqüência, não acreditam que possam dat ajuda. Lstanu» esperan çosos de que este livro os informará e os estimulara • que comecem a dar-se conta desse potencial. Começar com SupoedçAes Apropriadas Por onde há de começar o professor? Talvez seja melhor reafir mar duas das suposições já sugeridas neste livro em função da relação mestre-aluno. 1. Toda criança (como lodo professor) tem problemas que não foram resolvidos, peca todo dia. precisa du graça dc Deus para salvá-lo e ajudá-lo a desenvolver-se com vistas aos métodos próprios do Espirito Santo para a solução dc problemas. Esta pressuposição funda-se noutra mais fundamental,que a doutrina bíblica do pecado original é verda deira. Não cabe neste capitulo uma exposição completa dessa doutrina, a qual será aqui considerada como verdade axiomática, para o presente propósito. O alvo para o qual apontam essas pressuposições é que o mestre cristão se esforce para ver o estudante transformado para a glória de Deus pelo desenvolvimento de padrões bíblico« de solução de problemas, mediante suas experiências na sala dc aulai. 2. Os problemas dos estudantes "problemas" não diferem essen cialmente dm de outros estudantes, ou, realmente, dos problemas de seu» professores. Nem todos os problemas sio exatamente iguais cm todos os aspectos, é claro. Nas características, os problemas diferem
nos pormenores uni dos outros. A idade e a experiência estruturam tanto o nível como a complexidade da forma em que o problema emerge e se modela. Mas no fundo, nenhum caso é único; os problemas nio diferem em espécie. O apoio para esta asserção já foi dado na dis cussão de 1 Co ríntio s 10.13. (1 ) As implicações desta pressuposição são claras. Primeiramente, deve existir esperança verdadeira: se é que Deus nío permite que Seus filhos enfrentem provas maiores do que as que eles podem vencer, (2) há genuína esperança de que o mestre pode fazer algo para ajudar cada um dos seus alunos a resolver seus problemas por meios bíblicos. Isto deve h abilitá-lo u pôr mãos à obra com humilde confiança. Se os problemas do professor não diferem essencialmente dos de seus alunos, e sc ele está deveras qualificado para trabalhar como professor cristão (sendo elemento essencial desta qualificaçJo o fato de que ele se sai bem na solução dos seus próprios problemas), então ele já está familiarizado com os princípios e métodos cristãos básicos para a solução de problemas. Ele é capaz de ajudar os estudantes a usarem o« recursos de Deus pelos mesmos meios pelos quats ele aprendeu a usá-los cm sua vida pessoal. Ele já sabe o que fazer; não há nenhum corpo dc conhecimento esotérico que deva adquirir. Entretanto, sc ele possui os recursos, é então devedor, é seu dever utilizá-los. Todo privilégio leva consigo a responsabilidade cortespon dente. Ele é obrigado a ajudar os seus alunos e não pode evitar essa responsabilidade nem passá-la para outrem. Com estas duas suposições sobre as quais edificar, abalancemo-nos a firmar uma definição opera cional experimental de aconselhamento.
Definição de Aconselhamento Como Auxílio na Solução de Problemas O aconselhamento no contexto da escola cristã interessa-se em ajudar os estudantes (3) a resolverem problemas segundo o método de Deus. Isto inclui: 1. problemas que eles trazem para dentro do am-
(1) (2> (3)
Vide retro, capítulo VI, secções intituladas. Nada ik Neutralidade, Que diier do ouvir? e Quem, «1« ralo, age cllentocentncumente? Naturalmente, quando elas lidam biblicamente com cUs. ^ Todos o» »tud antes, nío apena» os irritante» e»tudantes "problema!.'. Estudantes tranqüilos. íuhmiwo» c dóceis p
biente escolar; 2. problem as qur brotam e crcsccm no ambiente es colar e de modo esperançoso, pois aprendem a pôr cm funcionamento padrões bíblicos por exten são; 3. problemas que surgem depois de saírem do ambiente escolar. Os estudantes terão a tendência de resolver problemas novos de acordo com velhos padrões. Quando encontram novas situaçfcs-problemas que surgem dentro do ambiente escolar (e a escola é um dos principais lugares em que aparecem novos problemas pata as cri anças). o estudante agirá naturalmente face a tais problemas pelos meio» e modos aos quais se habituara fora do meio escolar. Pode ser e pode não ser que esses padrões de solução de problemas sejam bíblicos, mas o mestre pode estar certo de que muitos deles senão a maioria não são. O mestre-eseola cristão não pode evitar as relações inter pessoais que evolvem desses padrões, pois os padrões do estudante afetarão não só a relação dele cotn os seus companheiros de estudos, mas também a dele c
Padriío divino de «»luçito dc problema* mudança dc pa dr ão
Padrão errado dr Q «olução dr
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Professor
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MEIO AMBII NTI ESCOLAR Explicação do diagrama: Padrão errado de solução de pro blemas desenvolvido fora do meio escolar na confrontação de problemas
e fora do ambiente escolar, os padrões errados que ele traz de fora exercerão nociva influência dentro da sala de aulas. Não hã fugir, a co locação do mestre deve ser: ataque ou será atacado. Portanto, o propó sito noutétlco do mcstre-escola cristão deve ser o de voltar a dinâmica do hábito para os valotes visados por Deus. em vez de deixar que há bitos bi tos mal quali qu alific ficad ados os ven venham ham a con constitu stitu ir-se ir-s e cm prop pr op ensã en sãoo para par a pecar. pec ar. Tarefa da maior importância que cabe a todo mestre-escola cristão realizar, é ajudar seus alunos a estabelecerem métodos apropri ados de solução de problemas e a mudarem os impróprios. Isso é sim plesme ples mente nte assumir assu mir seu papel com co m o agente age nte do E sp írito íri to de Deus De us em Sua obra de santificação quando Ele ajuda o estudante cristão a despir-se do homem velho e a vestir o novo. Mas será que essa atividade se pode atribuir legitimamente a um mestre-escola cristão? Da maneira mais mais decidida dizemos : Sim Todos os mandamentos aos pais para que ensinem seus filhos a andarem nas veredas de Deus (e. g.. Deuteronòmio 6) são diretamente pertinentes, pots o me stre str e crist cr istão ão é comi co missio ssio nado na do para ens inar ina r m loco parentis. Se ele ocupa verdadeiramente o lugar do pat que por aquelas horas delegou ao professor os seus direitos e obrigações, este concordou em assumir ■ obngaçáo de instruir a criança n» vereda da vida estabelecida por po r Deus Deus dura du rant ntee as situaçfles situa çfles deveras deve ras reais da ru/u vividas pela criança na escola (vide Deuteronòmio 6.6,7; consulte principalmente a Versão de Berkeiey) Esse Esse interesse pelo bem estar do estu dan te não é so mente legítimo; na verdade, é obrigatório. Isso tudo aponta pata a necessidade de ensinar o meio cristão de resolver problemas como constituindo parte da educação do mestre. E é importante observar que Deuteronòmio lança sobre os pais (e. por extensão, aos professores) o duplo dever de ministrar o ensino formal (diditico) e informal (vida situacional) dos mandamentos de Deus Isto parece parec e ind icar ica r que as esco las cristã cri stã s bem be m poder po deriam iam quere qu ere r incluir incl uir no currículo alguma instrução formal sobre o tema da solução bíblica dos pro blema ble mas. s. Onde haverá melhor oportunidade para demonstrar tanto o pro pósito pó sito com co m o o signific sign ificado ado das verdad ver dades es en stás st ás para par a as criança» cria nça» que per pe r tencem á aliança divina, do que n a escola escola cristã? cristã? Pois é ali ali que a inte gração da informação e dos problemas vitais ( alguns dos maiores pro blemas blem as do jov em envo envolvem lvem a escola esc ola e as pessoas p essoas ligadas ligad as a ela) e la) pod podee ocor oc or rer de maneira muito dramática.
Integração Primeiro Primeiro na Vida do Professor O aconselhamento deve mover-se —como freqüentemente nío o faz - do princípio para a prática, primeiro primeiro na vida vida do próprio mestre. Os princípios válidos podem ser veiculados mais vigorosamente quando sáo ensinados na forma de vívida demonstração dia após dia na vida do mestre cristão. Wiimcr R. Witte está certo quando escreve: "As crianças são excelentes imitadoras. Grande parte de sua educação é obtida mediante a imitação. (1) O mestre não pode evitar tornar-se modelo (para bem ou para mal). Ele deve, portanto, fazer conscien ciosamente todo o emp enho para para encarnar encarnar o modo de viver viver que preten de inculcar (incluindo, e bem significativamente, a maneira pela qual ele ele lida com os seus pecados e com os seus fracassos). Em segundo lugar, novos estilos bíblicos de vida podem ser desenvolvidos pela própria relação mestre-aluno Isso pode suceder tanto informal como formal mente em seu relacionamento um com o outro como cristãos e em sua relação dentro da estrutura de autoridade e de aprendizagem como profes pro fessor sor e estud es tud ante. an te. Fina Fi nalm lmen ente, te, os pad padrõe rõess de solução solu ção cristã cri stã dos pro blema ble mass pod podem em ser estabe est abe lecido lec ido s e con conso solida lida dos do s pela es tru tu ra da sala de aulas erigida para esse fim. A palavra nouthetesix é de importância para o professor, como alguém que está in loco parentis, não só devido à sua natureza famdial peculia pec ulia r, mas também tam bém porq po rque ue o term te rmoo está mui estre es treita itame me nte ligado a dtdaiko (“ensinar"). Cada qual ocupa verso e reverso da m o e d a (vide outra vez Colossenses 1.28 e 3.16). Os dois vocábulos andam junt ju ntos os.. É que question stionáve ávell se pod podee haver have r en sino bem suc edido edi do sem co nfro nf ron n tação noutética. Decerto o mínimo que se pode dizer é que em Ro manos 15.14, como também em Colossenses Colossenses 3 16, Paulo considera o contacto noutético como parte intrínseca da relação comum que deve existir entre os crentes em Cristo. Asstm, pois, mesmo nesse nível, que é o nível primário, pode-se dizer que as relações chegadas entre estudante e professor, professor e professor, e estudante e estudante, que se desenvolvem no meio escolar cristão exigem o referido con tacto noutético. Método de Preparo de Aprendizes O que já dissemos sobre o método de preparo de discípulos (sendo exercida pelo mestre a função de modelo) deve seguramente imprimir forte impacto sobre todo mestre-escola. pois os estudantes são de fato seus discípulos (alunos). Conquanto a sala de aulas e todo 11 1111
Wllmei R Wittc, Wit tc, ” 111111 11111101 0100 00 and l-xample*" (Imiudorn c t\einp»Oi), The Uenner, 3 dc ou outu tubr broo de 1969. piiji piiji 10 10..
o meio escolar sejam ideais para o ensino dos princípios e da prática da soluçio cristf de problemas, desafortunadamente esse potencial muitas vezes nio é nem tocado. Muitos professores recém-formados ficam a perguntar como poderio achegar-se a seus alunos, como po derio estabelecer um estreito relacionamento pessoal com eles. Uma das respostas mais importantes repousa no conceito de modelo. (1) Cristo usou para o ensino o método de fazer discípulos ou preparar aprendizes. Em Marcos 3.14, Jesus expõe esta intençio pela escolha dos doze para "estarem com ele", i e., para para se se toma rem Seus discípulos. discípulos. Em Lucas 6.40 ele expõe com clare 2a os Seus conceitos sobre o ensino ministrado com este método: “todo aquele que for bem instruído será como o seu mestre". (2) Observe que Ele não diz: “crerá no que seu mestre cré”, mas Suas palavras vío mais longe: "serd como o seu mestre". Cristo mostrava que o ensino inclui muito mais do que a mera transmissio de conhecimento. E é evidente que o Seu método obteve éxito, pois em Atos 4.13 os inimigos dos discípulos de Cristo registram o fato de que o conhecimento e a conduta deles indicam claramente que eles tinham estado “com Jesus". Deve estar patente que isso é pertinente ao mestre-escola cristão. Mas, em termos concretos, como funciona isso no contexto da escola moderna'’ Na verdade, verdade, literalmente. literalmente. Estudantes e mestres compartilham grande parte dc suas vidas. Nio sio apenas professores e alunos no sentido estrito, mas sio seres humanos cristios lidando com os pro blemas blema s da vida uns un s na presenç pres ençaa dos outro ou tro s. Os es tuda tu dant ntes es,, realme rea lmente nte,, vivem com co m o seu professor, e é certo que de maneiras mais numerosas e freqüentemente mais sutis do que nem um nem outro poderiam reconhecé-lo, o mestre funciona qual modelo e o aluno o imita e se toma “como o seu mestre”. Essa funçio de modelo nem sempre é exercida conscientemente, é claro. Mas nem por isso é menos efici ente. O professor e o aluno si o levados levados a trabalhar jun tos com vist vistas as a um propósito mais amplo do que a pura e simples preleçio. Tanto o professor como o aluno necessitam um do outro para a vida. Ambos se suprem mutuamente do conteúdo da vida de cada um deles durante as horas, dias e anos de convivência. As relações existem, crescem, transformam-se, evoluem, rompem-se. Os padrões pelos quais elas se formam e se reformam, ou sio bíblicos ou nio. Ou elas demonstram ou nio a amorosa (i. e., a responsável) relaçio que Deus mantém com
(! ) (2)
Talve Talvezz o leitor que in rr poru r-sc ao capítulo VII, VII, secç secçfle fle»» intituladas, intituladas, Doença Psicossomática e Depressão. Note a mesma ênfase em Matem 10.24,25.
Seus filhos e que Deus os condam* a manterem com Ele e uns com os outras pela guarda da Sua lei. O mestre nio pode dar-se ao luxo de deixa deixarr de lado lado m e rnu nto . Nio N io h i dicotomia entre en tre ensinar (visto como com o teoria) e fazer (pr ( prá á tica). Nio se trata de tentar integrar as duas coisas. Gostemos ou nio. a teoria e a prática, pela própria natureza da vida humana, já estio integradas na pessoa do professot. Um professor ensina teoria (talvez nio a teoria que conscientemente quer ensinar) o tempo todo por sua prática, prátic a, e nisto ele inevitavelmente se comunica com unica bem O que o mestre (ou a mestra) faz e diz, o que sâo as suas atitudes, os seus modos, etc. - tudo é parte do do ensino ministrado mtdiante modelot. 0 mestre constitui a integraçSo de principio e prática. Para ser bem objetivo, como é que o mestre maneja as suas rela ções interpessoais com os seus colegas de magistério e com os seus alunos? Como é que ele lida lida com os seus próprios próp rios pecados? Tem ele ensinado os seus alunos a mascarar os seu* pecados e a desculpá-los fazendo fazend o ele mesmo isso? Ou, tém eles eles aprendido apre ndido os princípios princ ípios bíblicos do arrependimento e da reconciliaçio vendo o seu mestre pedir-lhes desculpa quando percebe que errou? Tém eles sido instruídos quanto i urgência da reconciliaçio por um mestre que prontamente resolve as coisas antes de tocar o sinal (vide Efésios 4.26)? 4.26 )? Ou os seus seus peca minosos padrões de ressentimento foram reforçados ao descobrirem os estudantes que o seu professor vem durante anos nutrindo rancor contra outro docente, ali mesmo mesmo no saguio saguio do educandáno? A ques tio pura e simples é: O estudan estu dante te aprende do seu mestre me stre os meto* meto* próprios de Deus para a soluçio soluç io dos problemas da vida? O professor pode de senvolver, em seminários, discussões em tomo de questões ocasional mente surgidas no meio ambiente. De maneira avessa ao moralismo, ou seja, de maneira que sempre aponta para Cristo e Seu perdio, o mestre, como o Senhor Jesus, pode assim instruir mais formalmente com elementos retirados dp próprio meio ambiente (vide Marcos 9. 28,29). Cristo treinou Seus discípulos efetuando seminários elucida tivos subseqüentes a trabalhos de campo e a preleções. Isso parece fazer parte do impulso dado em Deuteronômio 6. Estudantes, individualmente, ou classes, em geral, podem ser levados a seguir cursos de açio com o auxílio do mestre e/ou do* estudantes, seus colegas. (1) Esse tipo de estrutura, favorecendo a prá tica diária na sala de aulas sob a supervisão e com incentivo e ajuda.
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Vide Vide Marc Marcos os 6.7-1J.30; 6.7-1 J.30; Lucai 9.10 para para examinar exemplo» exemplo» da metodo metod o logia de Cristo, que enitnavx nlo somente por meto de exemplos e semi nários, nu> também por meio de dncussio, prática e crítica.
pode exerce exe rcerr pode p oderos rosaa influencia influe ncia Fssa influên infl uência cia pode po de ser tão tã o forte fo rte que é importante saücntar uma vez mais as advertências que se eneonirum em Tiago 3.1: "Meus Irmãos, nio vos torneis muitos de vós. mestres, sabendo que havemos de receber maior juízo" (ou. noutra versão: “ . pois vós sabeis que nós, que ensinamos, seremos julgados julgad os com maior rigor”). Contudo, o mestre deve sempre ter o cuidado de limitai o número de pessoas ao das que de fato estão envolvidas no problema As salas de aula não devem transformar-se cm Reuniões do Grupo de Oxford, nem em Sessões de Treinamento da .Sensibilidade A menção dessa poderosa influência exercida pelo professor lc vanta, naturalm na turalm ente, ente , a questão ques tão da qualificação dos professores Esse Esse poder pod er deve ser delegado delega do cuida cu idado dosam sam ente ent e pelos país. Já se descobriu descobr iu que três elementos —bondade, conhecimento e sabedoria são os re re quisitos quisitos bíblicos primordiais primordiais do aconselhamento cristão eficiente (vide (vide retro. Capitulo IV, secção intitulada: Qualificações para o aconse lhamento). Na escolha dos mestres, as juntas escolares cristãs não podem pode m satisfazer-se com menos meno s - a despeit des peitoo das muitas mu itas pressões pressõe s que costumam ser feitas sobre elas para que "consigam urn professor antes do início do ano letivo", Esses requisitos, somados às qualificações académicas e doutrinárias já então determinadas pelas escolas cristãs, sempre devem ser levados cm consideração. Como Deu* Pode Usar o Professor Muito já foi dito sobre os meios pelos quais Deus pode usar o mestre cristão como modelo para o* seus alunos. Agora, todavia, talvez seja útil anotar mais alguns meios objetivos pelos quais o acon selhamento pode ser levado a efeito pelo mestre cristão na sala dc aulas Disciplina Através da Estrutura Na escola, escol a, a disciplina está estrei est reitam tam ente en te relaciona relac ionada da com a c on on frontação noutética. Já foi dito o suficiente sobre a disciplina paterna, dispensando repetição aqui. Entretanto, o princípio que se deve res saltar é que a estrutura conducente à conduta desejada deve ser introdu zida logo Deus introduziu as regras do Reino no Início formal das fases do Antigo e do Novo Testamentos. Antes da entrada do Seu povo na terra, deu-lhe os Dez Mandamentos, os quais Ele ditou pormenori zadamente. E juntamente com eles, Deus também deixou claras as res pectivas sanções sanç ões e as recompens recom pensas as ( maldições mald ições e bênçã b ênçãos, os, Deute De uteton tonôm ômlo lo 11.26-32; 11.26-32; 26.16 28.68). Qua Quando ndo da fundação da Igreja Igreja do Nov Novoo Testamento, Jesus expôs com clareza as normas do Reino no Serinio da Montanha, Mo ntanha, assim assim chamado cham ado Em ambos ambo s os casos, seguiuseguiu-vc vc Imediata Imediata aplicação: vide Números 15.32 em diante, c Atos S. passagens que narram que Deus tirou a vida de um homem que quebrantara o sábado.
e a Ananlas e Safira pur suas infrações. A severa e rápida ação divina foi planejada para mostrai que Ele quis dizei mesmo o que disse. Também creio que é evidente a importância de tirar vantagem da novidade da situação no começo dc um semestre letivo. As crianças gostam de mudança. Que ouua ocasião é melhor para introduzir mu dança? Elas testarão a sinceridade do mestre e os limites das normas. A classe se ajustará ao padrão do professor tio logo os estudantes o compreendam bem e. pelas atitudes do professor, estejam seguro# de que a intenção dele é pôr cm execução cada uma das normas que cstabcleceuPouca» Regras São Necessária» Isso leva, naturalmente, â discussão de quantas devem ser as nor mas. Com freqüência, a disciplina se dilui porque o mestre, bem inten cionado, impõe tantas regras (muitas vezes também nada realistas) que não tem possibilidade dc fazê-las cumprir. O resultado é a anarquia, porque a execução feita pelo professoi torna-se necessariamente irregu lar e arbitrária. Deus resumiu tudo o que requet do homem em apenas dez mandamentos. 0 ponto cm foco é que não se deve estabelecer nenhuma regra que não se tenha toda a intenção dc fazei cumprir. Toda regra deve ser fiscalizada e aplicada. Se não é passível de ser ave riguada, é má regra. Se não puder sei exigido o seu cumprimento, é regra pobre. Regras não fiscalizadas e não aplicadas com seriedade tendem a manter as classes confusas, promovendo confusão. Lima vez que o professoi não é capataz dc reformatório, nem oficial da polícia cm regime de tempo integral, é desejável aparar o nú mero de regras, reduzindo-as ao mínimo possível. Um colcga meu, dr. John Miller, disse: “Se você agir como guarda, os estudantes que estão a seu cargo se conduzirão como prisioneiros". (I) A imposição de umas poucas regras, rigidamente aplicadas, afasta a necessidade de policiar os estudantes minu to a min uto, e elimina a imagem do guarda. A estrita aplicação de regias tão escassas quanto possível leva com a máxima eficiência á lição básica que o mestre pretende ensinar: obedi ência e respeito i autoridade de Deus. (2) Melhor do que a proliferação de regras, é mais aconselhável ela borar um sistema de medidas reguladoras que possa set distinguido das regras pelo fato dc que nenhuma penalidade está ligada àquelas. (1) (2)
Lm um diiru no fcilo pen nte a Convcntion of lhe National Union of Chrittian Schools (Convenção da Umio Nacional dc F.scolas Cmtãt), de 1969. lealitada cru Amblei. Pensflvânia. Vide -'clro. a última secção (intitulada, Código de Conduta) do capítulo VIU.
Em vez disto, logo no início do semestre letivo, o mestre pode explicar aquelas medidas — isolando-as das poucas regras abs oluta mente neces sárias - e esforçar-se para conseguir que os estudantes se comprom etam com o sistema de medidas reguladoras, em benefício da classe. A pre sença de medidas n ío impositivas (ou melhor, au to im positivas), bem como dc regras (impostas á risca por outros) habilita o mestre a de monstrar o interesse que ele tem em que a classe aprenda a assumir responsabilidade pessoal mediante auto-disciplina. A aceitação das medidas reguladoras por parte dos alunos deixa, evidentemente, uma carga mais leve da função disciplinar nos ombros do mestre, e uma carga mais pesada nos ombros do estudante. Obviamente, as regras devem ser mais numerosas para as crianças dos primeiros graus, do que para as que cursam graus mais altos. (1) Mesmo aí, é sábio fazer apenas algumas novas regras dc cada vez, esta belecendo-as firmemente antes de intro duzir outras. É im po rta nte que os alunos assumam cargas de responsabilidade cada vez mais pesadas, de modo que quando concluem o primeiro grau nâo caia sobre eles, de repente, um violento fardo de responsabilidade que nío estáo prepa rados para carregar. Fundamentalmente, o processo de aprendizagem da auto-disciplina e do desempenho da responsabilidade, é o da ma turação. Contudo, quando as responsabilidades sáo deslocadas do mestre para o estuda nte, este deve - ju nto com a tom ada da responsabilidade ser instruído (formalmente e por meio de treinamento prático) sobre como desincumbir-se biblicamente das novas responsabilidades. As in junções das Escrituras, a explicação das conseq uências do s diversos cursos de açã o. conselhos, etc. - tudo isso é necessário nesses pontos de transição. Em alguns casos, particularmente nos primeiros graus, talvez seja prudente estender a transferência por certo período de tempo, quem sabe, ás vezes pedindo até um ensaio escrito ao estu dante, no qual ele deverá dar sua meditada opinião bíblica sobre como poderá cumprir seu novo dever de maneira agradável a Deus. RelaçAes Interpes soais na Sala dc Aulas Embora este capítulo não possa delinear pormenorizadamente o que fazer em todas as situações, podem-se mencionar certos princí pios importa ntes. Estes podem ser aplicados a vários tipos dc casos concretos.
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Um sc harmoniza com oi tratamento« dado« por Deu» à Sua Igreja quando ela estava na Infância (Velho Testamento* e na maturidade (Novo Testa mento).
Já foi dita muita coita neste livro a respeito da necessidade de evitar ressentimento e rancor, tratando todo dia dos problemas inter pessoais Os mestres devem aproveitar a folha das técnicas da “mesa de conferência" sugeridas anteriormente. Desta ou daquela maneira, vari ando o curso segundo as idades e as preferências pessoais, o mestre pode marcar uma hora (formai ou informalmente) para tratar de re solver as questões diárias que tenham surgido. Para que se realize isso da melhor maneira, faz-se mister o engenho c arte de cada pro fessor. Mas é importante que estudantes e mestres nio levem da escola para casa problemas sem resolver, nem vio zangados para casa. Ao es truturar isso, o mestre não pode resolver os mil e um problemas que se levantam entre os estudantes. Provavelmente é melhor lidar com dificuldades de duas espécies, na esperança de que os princípios envol vidos levem a bom termo os muitos outros problemas que cada estu dante tem com os seus colegas. Primeiramente, quaisquer problemas surgidos entre o professor e a classe em conjunto (ou qualquer seg mento dela), que se tenham tomado questio notória pela natureza da circunstância, sempre deverio ser tratados antes que a classe seja dispensada por aquele dia. Segundo, qualquer problema que haja entre o professor e uma criança (ou crianças), se é uma questio particular, deve ser resolvida privadamente antes de terminar o dia. Nesta cate goria também podem ser classificadas aquelas questões particulares havidas entre estudantes, sigilosamente levadas ao conhecimento do mestre, e. g.: “Professor, Joio roubou minha bola”. Repetimos que. visto que essas questões nio envolvem a classe toda, nio devem ser tratadas em público, mas privativamente, limitando o número de partes is que de fato estio envolvidas. Os princípios já expostos em outras secções deste livro slo apli cáveis a todas essas relações interpessoais. O mestre deve ter o cuidado de salientar a urgência da reconciliação, a necessidade de perdio e ajuda, a importância de tirar primeiro a trave do próprio olho, e a necessidade de mover o ataque contra os problemas e nio contra as pessoas. Comunicação Nio é só entre cônjuges que existem problemas de comunicação. 0 mestre deve ter ciência dos padrões de má com unicaçio (e doutras fórmulas insuficientes de soluçio de problemas), que os seus alunos estio começando a adotar, e deve aprender a ajudá-los a “falar a ver dade com amor". A explanaçío de Gênesis 3 demonstrou que as re lações de amor dependem de uma adequada comunicaçio. Uma criança, em particular, deve ser notada pelo mestre. Jamais se deve definir a "criança problema" como a criança turbulenta e rui
dosa. que é um problema para o mestre. É claro que tal criança está querendo resolver as questões da vida
( I)
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Vide tetro , cap itula 3, pnraciras páginas.
txuminc at rcsotuvAe% relativas a « la qucitio, adotadas pela Convenção da União Nacional dc Ktcolas Cristãs, cm 1969.
CONCLUSÃO Neste volume tentei mostra r que o ministro , os obreiros cristãos e, na verdade, todo cristío, podem considerar-se, ao menos potencial mente. conselheiros capazes. Francamente reconheço que uns conse lheiros são mais eficientes que outros, (1) e sei muito bem que muitos ministros não foram treinados para fazer aconselham ento biblicamente. Mas concordar que por uma ou outra razão (treinamento mal orien tado, falta dc treinamento, etc.) os obreiros cristãos geralmente não são agora conselheiros competentes não é o mesmo que dizer que não po derão tomar-se tais. Dadas as qualidades mencionadas em Romanos 15.14 e Colossenses 3.16, (2) acrescidas das convicções certas sobre o aconselhamento, qualquer obreiro cristío pode vir a ser uni conselheiro capaz de prestar grande ajuda onde quer que Deus o tenha chamado para servir. Não tenh o dúvida qu an to ao fato de que a ob ra do aconse lhamento deve ser realizada eminentemente por ministros e outros cristãos cujos dons, treinamento e vocação de modo especial os quali ficam e os solicitam a que se dêem a essa obra. Além disso, no transcur so do aconselhamento, todo conselheiro encontrará casos difíceis e pro blemas especiais que transcendem a sua capacidade naquele dado momento e que. portanto, indicam a necessidade de transferi-los para algum outro conselheiro cristío. (3) Os problemas médicos requerem estreita cooperaçío com um médico (preferivelmente cristão). (4) NSo obstante, dizer isso de modo nenhum equivale a negar ou desacreditar a competência do conselheiro cristão para fazer o aconselhamento, na medida em que a sua capacidade e o seu treinamento lho permitam legitimamente. Dai, ele não tem por que ceder à casta dc homens cha mados psiquiatras, que se arrogam o direito dc pontificar com todas
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O aconselhamento c uma arte que requer habilidade. Daí. xerapre haverá conselheiros mais habilitados do que outros. Com o nm de ensinar a arte. o nono centro (rema conwlheiros mediante observação partici pante feita em sessões reais de aconselhamento, sob supervisão e critica. Vide a respectiva discussão no capitulo IV, secção intitulada. Qualifi cações para o aconselhamento. Os conselheiros peritos cm elaboração c aplicação de testes, por exemplo, nio constituem maioria; alguns problemas do casamento c da família podem exigir informação especializada; professores quererão a colabo ração de mmulros, etc. Os conselheiros revelarão sábia precaução ao insistirem na exigência da maior parte dos clientes exames médicos completos antes de empreende rem o aconselhamento.
as letras que a esfera de ação destes estende-se além da do conselheiro cristão. (1) Citou ciente das assoladoras implicações das mudanças que ad vogo. Estou disposto a ajustar a minha posição, se fui longe demais. Quero mesmo alterar em parte ou no todo o que escrevi, desde que se me demonstre que estou biblicamente errado. Nâo estou interessado em nenhum debate que parta de suposições nâo cristãs, nem em de bates baseados em dados prete nsam ente neutros, em píric os ou obje tivos. Toda essa prova nio passa, afinal, de prova interpretada, Isso de fato bruto e isento de interpretação, inexiste. Os dados são coligidos, concatenados e apresentados por homens, todos eles pecadores e su jeitos aos efeitos intele ctu ais do pecado deles. No mun do de Deus. todos os homens estão relacionados com Ele como quebrantadores ou cumpridores da aliança (em Cristo). Os julgamentos emitidos pelo* incrédulos são, portanto, alcançados e apresentados poi eles de um po nto de vista que prete nde divorciar-se dc Deus. À luz disto é que tais julgamento s devem ser compreendidos, sopesa dos e exam inados. O que tentei fazer foi reexaminar o aconselhamento (sugestiva, não exausti vamente) à maneira bíblica e, portanto, peço que minha obra seja criticada de modo semelhante. Jesus Cristo ocupa o centro de todo aconselhamento genuina mente cristão. Embora o aconselhamento descrito neste livro tente reconhecé-Lo e honrá-Lo nesse certíssimo lugar central que Lhe per tence. certamente há muitos defeitos e impropriedades maculando aquele esforço. Acolherei com entusiasmo aquela espécie de critica que mostrar como o aconselhamento noutético poderá tornar-se mais bíb lic o, ta nto na teo ria co mo na técnica. Será que os cristãos são conselheiro s capazes? E claro que são nâo há suficiente número deles, porém, como também há alguns que não são tão competentes como poderiam ser. Estes dias de incerteza, confusão e transição entre muitos psicólogos e conselheiros, oferecem oportunidade sem precedentes aos cristãos, para tomarem a vanguarda em vez de ficarem na retaguarda nesta área vital da vida. Não se deve perder a op ortunida de . Mas apioveitá-la exige coragem e franqueza. Portanto, que os conselheiros cristãos, movidos pela graça de Deus, re solvam esforçar-se para tornar-se os conselheiro» mais completamente capazes que se possam achar. (I )
Caso conselheiro» cm tío s de tempo intcgnl queiram chamar-w piiquiaitbs, nio di»L-utirei com des. desde que nio sc a/iofcuem direitos encluvvo' de aconselhamento cm detrimento dc outros que tenham reccbido treinamento diferente do deles. Todavia, acho que essa designação prest»-sc para caasar confusão c que, po rtanto, i infeliz..
INVENTARIO DE DADOS PESSOAIS PARA USO EXCLUSIVO DO ARQUIVO DO CENTRO DE ACONSELHAMENTO Instruções ao Coordenador: Explique, por favor, ao cliente que este formulário de informações confidenciais é para uso do conselheiro. Peça-lhe que o ajude a preenchê-lo com todo o cuidado possível. Se é um casal que está procurando aconselhamento, cada cônjuge deve preenchei um formulário. Se se trata de um menor, os pais terfo que fornecer a maior parte das respostas. DADOS QUANTOS À IDENTIDADE Nom e _____________________________ _ Endereço, __________________ Cidade Estado _________CEP Tel __ Profissio Telefone do trabalho Sexo— Data do nascimento Idade _Altura Nacionalidade ou ascendência (ftn ica _________ _ Estado civil: Solteiro,a . Noivo,a __________ Casado,a Instrução (marque com um círculo a última série que completou): Io Grau - 1 2 3 4 5 6 7 8 2o Grau - 1 2 3 Faculdade ou equivalente — I 2 3 4 5 Outros cursos (enumere os anos ou séries cursados e indique a natureza doteunoa) _____________ _________________ _ Recomendado para vii por
___ Endereço
INFORMAÇÕES SOBRE A SAÚDE Avalie sua saúde física (assinale): Excelente ___ B oa ___ Regular Decaindo _________ O utros ______________________________________ Peso aproximado -------- kg. Alterações recentes no peso:___________ Enumere doenças, ferimentos e defeitos importantes, presentes e paisados: _______________________________________________________ Data d o último exame médico _________ Resultado: Médico--------------------------------- Endereço _______________ Já usou drogas nJk) receitadas para tratamen to médico ? Sim __ Nlo Quais? _______________ __________________
Atualm ente vocé e$tá toman do medicame nto? Sim -------- - Nâo Qual? Receitado poi Endereço Já sofreu algum grave dese quilíb rio emocional'’ Sim Nâo Você já recebeu algum tratamento psiquiátrico ou algum aconselha mento? Sim ______ Nío Se recebeu, anote o conselheiro ou o terapeuta, bem como as datas. Você está disposto,« a liberar o uso do formulário de informações de modo que o seu conselheiro possa escrever solicitando relatórios sociais, psiquiátricos ou médicos? Sim — Nâo ------- Vocé esteve preso alguma vez? Sim N ío --------ANTECEDENTES RELIGIOSOS Qual sua ígjeja ou denominação preferida? Freqüência à igreja, por mês (assinale com um circulo): 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Igreja freqüentada na infância --------------- ------------- ----------------------Batizado? Sim ---------- Não -------É membro comungante de alguma igreja? Sim — N io ------tm caso afirmativo, qual? Sc i casado, quais os ante ceden tes religiosos do cônjuge. -
Vocé se julga pessoa religiosa? S im ------- N ío ---------- Em dúvida ------- Em dúvida Você crê em Deus? S im ---------------- NSo Você Nunca Vez outra — Sempre v u w uora i a aau Deus? v iw ------rpor • Explique as recentes mudanças ocorndas em sua vida religiosa, se as houve INFORMAÇÕES SOBRE A PERSONALIDADE Das palavras seguintes, marque com um círculo as que dão melhor des crição da sua personalidade como ela é agora: ativo, ambicioso, auto confiante, persistente, nervoso, resistente para o trabalho, impaciente, impulsivo, melancólico, geralmente desanimado, excitável, imaginativo, calmo, séno, fácil de assustar-se. de boa índole, introvertido, extrover tido, amável, líder, calado, impassível, submisso, tiinido. misantropo, sensível, outros qualificativos _ Alguma vez você te sentiu como se estivesse sendo vigiado pelas pessoas? Sim ------- Não —
Os rostos das pessoas sempre lhe parecem distorcidos? Sim __ Não As cores lhe parecem demasiado bn lhan tcs ’ Muito opacas? Você é capaz de calcular distâncias? Sim ______ N ío ______ Alguma vez sofreu de alucinações? Sim ______ N io ______ Tem medo de ficar num veiculo? Sim NSo ______ Quais são suas dificuldades auditivas'' (se as tem )
___
INFORMAÇÕES SOBRE O CASAMENTO (Se nunca sc casou, anote-o aqut e omita esta secção. Nome do cônjuge ______________________ Endereço _______________ Telefone Profissão __________ Telefone do trabalho Seu cônjuge está disposto a vir ao aconselhamento? Sim ____ Não ____ Em dúvida _____ Voçé já esteve separado,a? Sim Não __ Algum dos cônjuges j í esteve fichado com vistas ao divórcio? Sim N io _______ Quando?____________________________ Data do Casamento ____________________ Que idade tinham quando se casaram? M arid o _______ Mulher Quan to tempo antes do casamen to conheceu seu cônjuge?____________ Quanto tempo durou o noivado? _________________________________ Dê resumida informação sobre casamentos anteriores, se os houve: Causa do rompimento; Anulação ______ Morte ______ Outras Informações sobre os filhos; CA (♦ ) Nome____________________________Idade _____ Sexo _____ Vive? _____ I nstrução _________ Estado Civil ___ Idade do cônjuge Instrução (an os) ________ Religião *
Anote aqui sc o filho pertence a casamento anterior
HISTÓRICO DA F AM(LIA DOS PAIS Se vocé foi criado,a por pessoa outra que seus pais, dé breve expli cação: ___________________ ____________________________________ Responda a esta secção descrevendo seus pais ou substitutas: Estio vivos? _____ (sim, nâo): Pai ___________ Máe _______ Freqüência à igreja, por mês: Pai 1 2 3 4 Mãe 1 2 3 4 Profissão: Pai _______________________ Máe __________________
Seus pais vivera juntos? Sim ----------- - Não Se não, qual a causa da separação? ------------------Quando se separaram? Avalie o casamento dc seus pais: Infeliz ----- ------ Regular Feliz _______ Muito infeliz ______________ Quando criança, você se sentia mais apegado,a a seu p ai -------- m ie ------outra pessoa ----------Avalie sua infância: Muito Feliz ---------------------- feliz -------------------Regular------------Infeliz -----------------Quantos irmãos e irmãs você tem ? -------------Quantos são os seus irmãos mais velho s?---------------------------e ,uas irmãs mais velhas? ------------------------------ -
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RESPONDER RESUMIDAMENTE ÀS SEGUINTES QUESTÕES: 1. Em sua opinião, qual é o principal problema? (Po r que você veio aqui? ) 2. Que fez você sobre isso? 3. Que podemos nós fazer? 4. Descreva a personalidade do seu cônjuge, em poucas palavras, s* é casado.a (egoísta, amoroso.a, etc.) 5. Em seu próprio juízo , que espécie de pessoa você é? Descreva-se a si mesmo: 6. Há qualquer outra informação que devamos conhecer?
INDICE g e r a l Abel. 99 Acampamento, 229 AçSo. 4 9 ,% , 99-101. 106, 134, 192, 198, 199, 208 Acomodação, 14,16 Aconselhamento centralizado no cliente, 89, 90 Aconselhamento diretivo, 11, 67, 90,96.12 6. 171.219 Aconselhamento em equipe, 194-197, 223-235 Aconselhamento grupa); veja Terapia de grupo Aconselhamento pastoral, 10, 11, 30. 56. 57, 73-86 Adio, 67,68, 79.80,81,110, 113. 122. 129 ,137, 183, 201-203, 206, 207 Adolescência, 178-180, 222 Adrenocromo, 51-54 Adultírio, 48. 138, 139, 232 Agenda. 186, 187, 195 Agressáo, 28 Alcoólicos Anónimos, 226, 227 Alcoolismo, 12, 22. 100, 103 Aliança; veja Pacto Alienação, 46. 78. 202, 212-216 Alma. 18, 65, 76-78, 80,84. 110. 118,161 Alogenica, 24. 27,36 Alucinações, 53 Amadurecimento; veja Maturação Amargura; veja Ressentimento Ambiente, 129.237,239.243 Amoi, 66-68, 71,78. 153, 155, 156, 169,178, 181,205,211,
216,2l7,22I.225.233-235 Ananias. 245 Angústia. 16. 17,45. 100, 119. 122
Anos de Aconselhamento, 9.15. 21,62,69, 138, 225 Anotaçóes, 195 Ansiedade; veja Angústia Antropologia, 27 Arrependimento, 11, 62,67, 79, 80, 106, 111, 115, 120, 123, 124, 140, 145, 149, 150,162, 167, 198 ,202,218,24 3 Associaçfio Psicológica Ameri cana, 13 Associação Psiquiátrica Ameri cana, 20 Atividade aprendida. 50, 51, 138, 157-159 Atmosfera cristã. 8 1, 226 Ato de despedaçamento, 165, 166 Audiçfo, 52, 53 Autogénica, 24,36, 45-47 Autonomia. 18.37,89-91, 107, 108 Autoridade. 66 ,67 ,68 . 70. 82, 88. 182,237.241.245 Bate-Seba, 60. 120, 123 Batom, 32 Bíblia; veja Escrituras Bondade, 55,71,72, 73,244 Caim, 100, 145, 146 Camuflagem, 45-49 Casamento, 50. 164, 170, 201-235 Castigo; veja Puniçío Catarse, 76, 225
Catatònica, 46 Choque elétrico. 22, 124 Ciência, 18 Código de conduta. IRO-184 Compatibilidade, 232-235 Comunicação, 83, 97, 186, 190. 193.201-235,247.248 Condoído; veja Pesar Conduta excêntrica, 45 ,46 ,47 , 52,53 Confissão, 11, 13. 14, 22, 27, 32. 49.68. 110-128, 141, 169, 174, 175, 197, 199. 202-206. 215 Conflito, 17,186 Confrontação, 11. 55-77, 79, 167, 177, 201-235 Consciência, 13. 14, 27, 29, 30. 32. 34,4 6.66 ,67, 75.80. 87, 91,101, 102, 120,121, 123, 125,137.150,151, 161, 175, 179, 202, 203. 205 Convenção da Uniío Nacional de Escolas Cristãs, 248 Conversões, 16 Coração, 84. 142, 151,207.208 Crianças; veja Filhos Criminosos, 23 Cristo, 17, 50, 55, 60. 64, 66-69, 72. 77-79,81.83-86,91-93. 114, 115, 131, 135. 137. 138, 140. 143. 155. 157,158, 166, 168,171,173-175,190, 195, 196, 201,204-208 ,211-214, 217.218,229.231,241. 242.243.250 Culpa, 11, 14, 18. 23, 27, 28, 29, 32,35.47.48.51,58-61.67, 68, 78.7 9.8 0. 92,118-122,
127, 134, 139, 141. 142.146, 150.151,191,202,203.204. 214.231 Cura, 18,81.161 Cura de almas, 30 Dados. 49,53, 58, 85,95.97. 98. 164, 173, 192, 193. 195. 225,2S0 Davi, 60.68, 77,118-127.141 Decisão. 85, 89, 99. 100. 116. 178, 179. 188. 199.224.229. 235 Demonstração. 65, 116, 188, 194,222 Dependência, 182, 226 Depravação, 12,37 Depressão, 12, 100, 119-122, 124.127. 137, 140-146. 165-169, 191,193, 22S Desconfiança, 248 Deserção, 232 Desespero, 136.138. 139, 167. 168,192 ücsintepação, 164-169 Discernimento. 10 Disciplina, 25, 35. 59-63, 140-146, 153-165. 170-185. 198. 209,213,214.218, 232, 244-246 Discípulo. 15, 196.241-243 Divófcio, 166, 230, 232, 233 Doença. 9, 11, 12. 21. 23,24, 25 ,30.3 4, 36,43, 44, 4S.47, 110-128. 138. 142. 163 Doença mental, 11, 12, 14, 15, 23,24,27. 32.35.36,42-54. 110, 138 Doença psicossomática. 12.46, 117.118.119,123
Dogmas. 18 Dominar. 129, 130, 145, 209, 235 Domínio própno, 76, 147, 163, 178, 179, 185-188, 208, 209 Dons. 39 -41 ,201.23 5,249 Dramatização, 114, 115, 171 Drogas, 52-54, 192 Dúvida, 136,202, 207 Ecletismo, 16, 106 Êleso, 56 Ego. 28, 93 Eli. 60-62 Eli Lilly Fellowship, 12 Embriaguez; veja Alcoolismo EmoçAes, 14,49, 65. 70, 95, 100, 103. 122. 142. 164, 175,208, 224 Encaminha mento; veja T ransferéneia Enfermidade; veja Doença Enfermidades hamaitiagémcas. 110, III Ensaio; veja Dramatização Ensinando, 56, 57. 58. 126, 171. 173.185, 188, 189.193.204. 236-248 Entrevistas grupais de pai, mestre e aluno, 248 Envolvimento, 63,6 4, 6 5.6 6, 70. 74. 78, 97 Erros; veja Falhas Escala Feminina de Ventura, 15,33 Escravo, 143, 144 Escrituras, 9, 11, 12, 15. 16, 18, 34, 35, 39, 40, 44. 50. 52. 55, 59.63.64,66,69,72,79, 81-94, 99. 113, 118-120, 125.
138, 142, 159, 161-175, 179, 180, 185, 190,193, 194,195, 199,202, 203,205,206.208 , 211,219,229, 231-233.236. 246. 249, 250 Escutando, 94-99, 105 Esperança. 40, 73,92, 137, 145, 176, 186, 188, 190, 192 ,193 , 210,218,230,238 Espírito Santo, 15,37-41, 59, 67. 72. 78-80. 84-90. 92. 100, 115, 131-134, 137, 139, 147, 160. 166, 207,217.234,237 Esposa. 140, 147, 204.219. 223 235 Esquema de conduta; veja Hábito Esquema de evasão, 49 Esquema fixo; veja Hábito Esquema de fuga, 203 Esquema de reaçáo; veja Hábito Esquizofrenia. 46. 51-54 Estruturação total. 33. 126, 127, 150-153, 156, 164. 165, 169, 178, 179, 180, 182,185,187, 190. 191, 195,218-221,223 244. 245 Estudar. 219, 248 Ética. 22. 23. 25 Eva, 122, 201-203 Evangelho. 67. 72. 77-83.88. 138 Evangelização, 16. 56, 77-83. 148 Existencialismo, 17 Extração, 168, 169 Falhas. 68-71, 107, 126, 137. 140-146, 173. 180. 193, 205. 219,220.231
Falta de raizes, 86 Família, 57, 152,170,180,182. 183,218,219, 220. 222, 229 Fatores genético«, 50, 84. 139 Filhos. 62, 63, 154-159,173, 177-184, 188.209.229. 236-248 Fingimento, 23 , 228 Flexibilidade, 187,197 Fracassos; veja Falhas Franqueza, 78 Frenoiogia, 36 Frustraçio, 38, 51, 165 Fugiu, 67 Generalização, 9.18, 147,190, 191 Gestos, 53, 175, 195,197,198 Governar; veja Dominar Gravaçfo, 195 Hábito, 47-53, 58 -61,64 , 82-86, 104, 107. 112-113. 117, 134. 137, 144, 147, 151. 154-155. 158.165,169,177,187,191, 207-235, 236, 240 Herodias, 210 Hipnose, 22 Homossexualidade, 12,49, 50, 99,138.139,153 Humanismo, 13, 14, 15,35,79, 108 ld. 28,29,31 ,32 Igreja, 24. 28, 29. 55, 73-75, 86, 110,114, 141, 162,177, 190, 195.199. 201,206, 208,236 Imagem de Deus, 27, 83, 129, 13 0,1S9, 201,207,231 Imagem de guarda, 245 ImdraJidade, 15, 50 Impulsos, 28, 50, 76, 132,156, 25 8
160 Indignação; veja Ira Instituições para doenles mentais, 9, 12-14, 20, 22,27, 29. 36,4648, 138, 140, 175. 176 Integraçáo, 240, 241 Interpretaçfo, 9, 186, 250 lntervençio na crise, 147 Inventário de Dados Pessoais, 191,251-254 Ira, 51, 117, 119, 121, 144-147. 175,208-215,247 Jardim do Éden, 67, 122, 201-203, 235 João Batista, 210 Johns Hopkins University. 20 Jovem rico, 68, 140 Judeu, 33,78 Julgamento. 48. 70, 92-94, 117, 2S0 Lacuna quanto i credibilidade, 201-208 Lágrimas, 48, 57. 64. 66. 94. 162,224 Lei de Deus; veja Mandamentos de Deus Lesões cerebrais, 13, 44 Limites, 183 Linguagem, 201-219 Listas, 186 Loucura, 11 Mfie, 140,219 Males físicos; veja Doença Mandamentos de Deus, 31,66. 67. 79.81,82,88.91 ,93, 104, 105, 108. 116, 123,124. 153, 156. 157, 160, 163,164, 167, 169, 171, 176, 177,178,
183, 227. 228. 230. 240, 244. 245 Maníaca-depressiva, 48 Masturbação, 133,134 Maturação, 246 Medicina, 112. 141.249 Médico. 51,52,66, 102.131, 141,249 Medidas reguladoras, 245, 246 Medo. 47,51,67, 119. 167,220 Mentiras. 47 .48 . 5 1,9 5, 133, 143, 151.181,203, 207,210, 217, 227 Mesa de conferência, 21 8-222, 234. 247 Mesmerismo, 36 Método de aicebergue, 191-193 Metodologia, 106-109 Ministro. 2 7.30 .35-3 8,44 .52, 55. S7, 72-86,93, 121, 141, 166, 167, 196, 197,237, 249 Mixedema, 52 Modelo Médico, 14, 23, 25. 30. 32, 51.138, 139 Modelo moral. 14, 32 Modelos. 170-175, 241-244 Moralidade, 28. 29, 54, 73. 93. 156, 179 Morte, 85. 121, 138, 143. 166, 183, 206 Motivação, 79. 121, 138. 143, 166, 183,206 Movimento cíclico, 102, 143-146, 151, 170, 185, 193, 204 Mudança na pessoa, 37. 38. 51, 58. 59.68. 69. 70. 79. 83-86, 102, 140, 141, 147, 148. 149, 166,167,194, 206,212,227, 229, 234, 235
Mulher; veja Esposa Música, 141 Nati, 60 Natureza, 12,6 1,6 7, 84-86.90, 129, 157, 160. 177. 207. 234 Necessidade. 24, 58, 76, 77. 81 Neuroses. 12, 13,2 1,2 5 Neutralid ade, 28. 48, 66, 84, 92-94, 176.200.250 Niactnamida, 54 Obediência. 157-159, 188, 206, Obstácu lo pessoa], 54 Oikouméne, 57 óleo, 111-113 O que, 61, 62. 200 Oraçío, 22,81, 110-113, 170, 171, 204, 219,230-234, 236 Ordenanças da Escrituras; veja Mandamentos de Deus Pacto, 73,86 . 93.103 , 180,190, 229, 240, 250 PadrOes pecaminosos; veja Hábito Pais, 25, 26 ,46 ,47 ,62 , 63,84 , 126, 147. 149. 173, 177-184, 188, 209, 240. 244. 248 Parácleto, 3 7,9 2 Paralisia, 45 Paranóicos. 27, 121 Passado, 148-150 Pastor. 11, 76, 77; veja Ministro Pecado, 9.11-14, 16 .34 .36.4 5. 50. 60-64, 69. 70. 78-82, 84, 86.90-94, 101. 106-129,134. 137-147, 149,155, 164, 169, 177. 180, 183, 192,198,202, 203,208-235, 243,250 Pedir desculpas, 164, 182, 205,
209. 221.24 3 Pedro, 60, 68 Peoménica, 11 Percepção, 52-54, 159 Perdío. 36.68.78.80.81,92, 102. 110, 116-118. 122-126, 137-141, 168.202.214,215, 243, 247 Pemüssível. 25, 155 Personalidade, 37. 58, 59,84-90, 94.97. 141, 147, 167,220. 233, 234 Pesar. 65, 165, 166,208 Pílulas, 20, 22. 100. 108, 141, 150 Por qué? 61 Pregaçío, 39,67,72, 103. 199 Preguiça, 140, 142, 143, 176 Presbitério, 197 Presbíteros, 56. 110-114, 172 Pressão, 207 Pressuposiçfles. 15, 18,35,36, 87. 90.91.93, 106-109, 149. 200
Prevenção. 169 Prioridades. 186. 195, 213 Problema de apresentação, 146-148, 167, 170, 191-194. 223 Problemas emocionais, 32 .47 , 95,102 Problemas iatrogémeos, 21, 34 Problemas orgânicos, 13,44.45, 52. 111 Problemas de precondicionamento. 108, 146-148, 167, 170, 191-194 Problemas de realização, 69,70. 146-148, 167, 170, 191-194
Professores, 35, 177, 185, 236-248 Propaganda, 9, 23, 36.43, 44 Provocação, 131. 132 Prudência; veja Sabedoria Psicanálise. 18, 21, 24, 26, 28. 30, 33 .36. 110 Psicologia. 12. 13. 18-21,24,30. 31,33.72. 102, 250 Psicólogo: veja Psicologia Psiconeuroses, 13 Psicopata; veja So ciopata Psicoses, 12, 13. 21 Psícotcrapia, 15,21,28,30,31, 51.69 ,89,93. 174 Psiquiatra; veja Psiquiatria Psiquiatria, 10, 12, 13, 14. 17-23, 25-27, 29-32.34-36, 38. 43. 46,48.51,53,62.77.84, 101, 110. 114, 124. 138.141, 176,225,250 Punição, 25,58.63, 137, 155. 170, 175. 180-184 Qualificações, 71-73, 236, 238, 244 Qu ebrantam ento; veja Depressão Questões, 202 Realidade, 47 Reconciliação, 102, 106, 107, 113, 115, 116, 117, 174.199, 212-235,243.247 Re-estruturação; veja Estruturação Total Regeneração, 15, 37, 80. 83 Registros, 188, 189 Regras. 205. 219, 220, 223, 245. 246 Relacionamento, 17, 51 ,67 ,73 . 75.78,80.94,99. 103. 115,
117. 128, 146, 152, 166. 16«. 177. 178, 196. 20 1.2 02 .22 2. 227. 236. 242, 246. 247 Reparação; veja Restituição Repressão, 3 1 Re-socialização, 29 Responsabilidade, 11, 13-16, 22-24, 27, 28. 31. 33 ,34 , 43, 48. 54. 67,68. 70. 77. 78, 84, 88,91,92.96. 102. 107. 124, 140, 142, 143, 146, 151. 152, 160, 167, 173, 177-180, 197. 201-235, 238. 242,246 Ressentimento, 43, 44, 51, 106, 117, 141, 146,203,208-235. 247. 248 Restituição, 13, 102, 150, 215 Revisões, 195,196 Reuniões do Grupo de Oxford, 223, 244 Ruma, 55 Sabedoria. 73, 105, 156, 186, 244 Sacerdócio de tod os os crentes, 56 Sala de aula, 236-250 Salvação, 80. 157, 202 Sanatório; veja Instituições para doentes mentais Santidade. 36, 78.86, 152-165, 207 Santificação. 15,37, 40. 83-86, 132,161, 192, 228,240 Satanás. 68. 131, 132,202,211 Saúde mental, 9, 12, 13. 23, 27, 31.35.38,44 Segredo. 198. 224. 226, 248 Segurança. 24, 85. 178, 196
Selo dc Identidade, 217 Seminário, 9, 72 Semináno Teológico de Westminster, 11,18 Seminarista, 196 Sentimento», 29. 32 ,40 , 4 9.66. 80,95-103, 106. 107. 118, 146. 169, 192, 193, 208,209, 214, 220. 230 Setuaginta, 60,62 Sexo. 12. 28,31,50. 10«, 196, 221. 222. 227 Sistema nervoso, 102, 103, 134 Socialização, 14 Sociologia, 201 Sociopata, 33, 120, 178 Sofrimento. 154. 155, 158, 168 Solucionando problemas, 72, 81, 82,83,91,93,95, 103, 122, 129, 191, 203-206 Subconsciente. 28 Subestimação, 78, 139, 141, 142 Subjetivismo, 16 Subjugar. 129. 130, 131 Sucesso, 69, 194 Suicídio, 38, 96, 140 Super-ego, 28.29,31. 32,34 Suspeito, 224 Tarefa de Casa, 128, 187 Tídio, 156 Temor; veja Medo Tensão, 167 Teoria da Aprendizagem, 13 Tentação. 131, 132, 158,220, 229 Terapia de grupo, 12, 174, 209, 237 Terapia da integridade, 173 Testemunhar, 213, 214, 215
Tiques, 170 Tireóide», 52 Torre de Babel, 205 Tranqüilizantes; veja Pílulas Transferência, 30,35, 36, 38, 73, 101, 102, 197, 237, 249 Trauma, 25 Trave. 216, 247 Treinamento da sensibilidade, 78. 223-244 Triângulo, 225 Tribulação; veja Pesar
262
Úlceras, 45 Unção. Ill, 112 Universidade de Londres, 21 Urgência. 212,213,243,247 Unas, 60, 120, 123 Valores, 10, 29. 79,93,94,99 Ventilação, 28, 29, 209 Vergonha, 47, 202 Vigilantes do Peso, 227 Vítima tema, 14, 27, 29,48 Zanga; veja Ira
INDICE DAS ESCRITURAS VELHO TESTAMENTO Gênesis p. 201 1.28 p. 129 2.24 - p. 235 3 - p. 205, 247 3. 15 - p. 137 4.3-7-p. 100, 144, 145 4.6 -p . 61 19.1-10 - p. 50 29 • p. 223 32.7-31 - p. 167 Levítico 6.1-7 -p . 150 18.22-p. 50 19.17,18 - p. 211 Números 5.5-8-p. 150 15.32-41 - p. 228.244
Deutervnômio 6 - p. 243 6.7 -p. 237.240.243 11.19 -p . 237 11.26-32-p. 244 26.16-28.68 p. 244 27.28-p. 183
Juizes 19.22-26 • p. 50 20.13-p. 50
I Samuel 2.22-25 - p. 60,61 3.13 -p. 60
18.6-11 - p. 142 II Samu el 11 - p 6 0 Jô
-p. 113.132 6 J 0 - p. 120 Salmos
1 - p. 10 4.26 • p. 208 7.11 - p. 208 23 - p. 76 31 - p. 11 32 p. 118,119,120.12 2,125 169.174 32.1.2 -p. 80.124 32.3.4 -p. 118.119,122 32.5-7 -p. 122.124 32.8,9 -p. 125,126 34.12.13 p. 100 37.30-31 - p. 10 38 - p. 11,119,122,169 38.3 -p. 118,119 38.7-10 - p. 119 51 -p. 11. 120-128 51.4.5 -p. 123,169 51.5 -p. 177 51.13 - p. 126 51.14,15 p. 124 58.3 -p. 45,177 119.66 -p. 159 Provérbios -p. 93.103-106,125
1.1-7-p . 73 1.25,30-p. 104 1J3-P- 105 2.1-6-p. 105 3.1.2-p. 104.125 3.5-p. 105 3.8-p. 125 3.11,12- p. 104,153 3.16-p. 125 4.2-p. 104 4.10-22 - p. 125 5.11.12.14-p. 105 5.21,22-p. 143 6.23-p. 105 6.31 -p 150 8.14-p. 105 13.12 - p. 194 13.24-p. 25 14.15-p. 224 14.17 - p. 218 14.29-p. 209,218 14.30-p. 118 15.28 - p. 75,218 16.7-p. 160 16.32 -p. 75 17.9 - p. 21S 18.13 -p. 94.128 18.14 - p. 141 18.17-p. 224 I 9 J • p. 203 19.18 - p. 25,155 19.20-p. 89 19.24 -p . 141 22.6 -p. 25.154 22.15-p 25.177 22 24.25 -p . 210 23.13,14-p. 25 24.30-34 - p. 141 25.20-p. 141 26.23-26 • p 43
28.1 - p. 120 28.13-p. 110,128 29.11 - p. 209 29.15,17 -p. 25 29.20,22-p. 210 31 - p. 235 Edesiaste s 4.9-12-p. 195 Cemlares d e Salomão -p. 223 Isaias 1.6-p. 112 9.6 - p. 37 40.13,14-p. 106 Jeremias 17.9 p. 45 lamentações 2.10 -p. 65 NOVO TESTAMENTO Mateus 3.8 -p 115.150 4 - p. 158 5. -p. 213,225 5.18-p. 223 5.21,22-p. 212 5.23,24 -p. 11,113,167,212 214 5.43-48-p. 91 6.34 7.1-5 - p. 93 9.2.6-p. 81 102 4,25 p. 242 15.19-p 84
18.15 -p 213,223 18.15-18 - p. 11,113 18.22 - p. 214.225 19.29 p. 86 Marcos 2.5.11 - p. 81 3.5 - p. 208 3.14-p. 173,242 6.7-13 - p. 243 6.13 • p. 112 6.19. p. 210,211 6 JO - p. 243 9.28.29 ■p. 243 14.29-p. 137 Lucas 2.40.46 -p. 157 5.2 0,24 -p. 81 6.27-p. 232 6.40-p. 173.242 6.45-p. 84.133 9.10-p. 243 9.2 3p. 133,218 10.34- p. 112 15.17-19 -p. 114.123 16.10-p. 193 18.18-30 p. 68,14 0 19.8-p. 150 João 2.17-p. 208 4 -p. 168 5.14 p. 113 7.24 - p. 93 9.1-3 - p. 113 10 • p. 77 14.16 ,17-p. 37 21 - p. 60,167 21.15 - p. 137
A t os 4.1 3-p. 242 5 - p . 244 14.8-10 -p. 198 17.3 0-p . 79 20 -p. 64 20.31 - p. 56.57,64 24.25-p. 179 26.20 - p. 150 Rom anos 1.26,27- p. 50 1.26-28,32 -p. 138 6 • p. 78 6.12-23 -p. 143,144 7.15-25 p. 134 8.7 ,8 • p. 79 12.9-21 - p. 91 12.18 - p. 215 13.5 -p. 179 14.21-23. p. 32 15.1-3 p. 91 15.4.5 • p. 40,92 15 .7- p. 92 15.13-p.40 15.14-p. 55.71.241.249 15.15,16 - p. 72 / Corintios 2 -p. 40.79,83.129,234 4.1 4- p. 62 4.16-p. 172 6.9 - p. 50 7 - p. 50,223 7.2 - p. 50 7.9 - p. 50 10.12- p 135,136 10.13 -p . 70.97.131-1 35,137 238 II -p . 117
11.30-p. 113
II Corintio s 1.4 p. 97 2.4 - p. 94 3.18 -p. 38 5.10-p. 79 7.9-11 - p. 167 11.29-p. 65 12.21 - p. 149 Gaiatas 3 • p. 39 3.1-3 -p. 38 4.19-p. 65 5.17-p. 79 5.18-p. 40 5.23-p. 179 6.1,2-p . 236 Efésioí 2.3 -p. 177 2.10- p. 101 4 -p .83,206,218,220 4.7-13-p. 39 4.13-p. 83 4.15-p. 221 4.19 • p. 101 4.23.24-p. 159.207 4.25-32 p. 207,216-218 4.26 - p. 63 , 243 4.28-p. 212 5 - p. 235 5.10 -p. 83 6.1 - p. 184 6.4 - p. 62,63 Filipenses 1.7,8-p. 65
4 -p. 171 4.4-13-p. 156 4.9-p. 172 Colossenses 1 - p. 138 1.28 - p. 56,57,63,17 3,241 2 - p. 83 3.10,11 - p. 159,207 3.16-p. 55,58,71,72,73,173 236,241,249 3.21 - p. 62 I Tessalonicenses 1.6,7-p. 172 2.7.8 • p. 63,65 II Tessalonicenses 1.4-12-p. 156,172 3 -p. 170,171,176,177 3.6 .7 p. 171 3.9 -p. 172 3.15 -p. 63 / Timóteo 1.5 - p. 66 ,67 1.10-p. 50 3.4-p. 183 4.2-p. 101 4.7.8 p. 161 4.12-p. 172 11 Timóteo - p. 64 2.22-p. 180 3.10 -p. 172 3.16,17 p. 39,63 4.2 • p. 64