Enfermagem UFMT/HUJM
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_____ _____ANFOTERICINA B CONDUTAS DE ENFERMAGEM EM PEDIATRIA Karen Araújo de Souza Acadêmica de Enfermagem UFMT, bloco VIII.
NOMES COMERCIAIS COMERCIAIS AMPHOCIL. FUNGIZON, TALSUTIN, TERCIN AT. DEFINIÇÃO Anfotericin Anfotericinaa B é um antibiótico antibiótico antifúngico antifúngico produzido produzido por cultura de bactérias Streptomyces nodosus. Atua como fungistático (inibe o crescimento dos fungos) embora, em concentrações próximas aos limites superiores de tolerância possa ser fungicida (mata o fungo). É usado para tratar as micoses há 50 anos, sendo um dos fármacos mais prescritos. (FILIPPIN; SOUZA, 2006) MECANISMO DE AÇÃO AÇÃO Seu mecanismo de ação esta relacionado a alterações específicamente os esterois da membrana celular das células do fungo (ergosterol ( ergosterol), ), que têm composição diferente do esterol das células humanas, que é o colesterol colesterol.. Sua ação é através da adesão a membrana celular fungica, o que acarreta a alteração da permeabilidade e permite o estravazamento dos componentes intracelulares fungicas (FILIPPIN; SOUZA, 2006). INDICAÇÃO Infecções fungicas sistêmicas, histoplasmose, coccidioidomicose, coccidioidomicose, blastomicose, criptomicose, moniliáse disseminada, aspergiliose, meningite (AME, 2005-2006). CONTRA-INDICAÇÃO Contra-indicado para pacientes hipersensíveis à droga. Atentar para pacientes com disfunção renal devido à nefrotoxidade da droga (AME, 2005-2006). VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E EXCREÇÃO Utilizar somente pela via intra-venosa, intra-venosa, em caso de infecções infecções sistêmicas, visto que a administração por via oral é mal absorvida. Somente é utilizada pó V.O. nas infecções fungicas do trato gastrointestinal. No caso de meningite, a administração é por via intratecal. Não atravessa a barreira hematoencefálica. hematoencefálica. Também pode ser administrada por via tópica (RANGE; DALE, 1993). É excretada muito lentamente pelos rins, podendo ser encontrada na urina durante dois meses ou mais após a interrupção da administração (RANGE; DALE, 1993).
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REAÇÕES ADVERSAS Segundo o Dicionário de Administração de Medicamentos na Enfermagem – AME (20072008) as reações adversas são: •
SISTEMA NERVOSO CENTRAL: Cefaléia, neuropatia periférica;
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SISTEMA CARDIOVASCULAR: Arritmia, assistolia, hipertensão/hipotensão;
SISTEMA GASTROINTESTINAL: Anorexia, perda de peso, náuseas, vômito, dispepsia, diarréia, cólica epigástrica. •
SISTEMA HEMATOLÓGICO: Anemia normocítica ( doença crônica causada pela falha em produzir quantidade suficiente de células vermelhas ); •
SISTEMA GENITOURINÁRIO: Disfunção renal, azotemia (elevação dos níveis de uréia plasmática e creatinina), hipomagnesemia, acidose tubular renal, insuficiência renal aguda e crônica, anúria, oligúria. •
OUTRAS REAÇÕES: Artralgia, queimação, pontada, irritação, edema, flebite, trombofleblite, mialgia, fraqueza muscular decorrente de baixa de potássio, febre, calafrio, dor no corpo. •
ATENÇÃO - As alterações de alta freqüência são: febre, calafrios, tremores, náusea, vômitos e dor de cabeça ocorrem principalmente devido a infusão rápida (Gerbaud et al ., apud 2003). - As de média freqüência: Alterações cardiovasculares como hipotensão, hipertensão e arritmia cardíaca (Gerbaud et al ., apud 2003). - As de baixa freqüência: Hipocalemia, hipernatremia, diurese aumentada, hipomagnesemia, disfunção renal e efeitos tóxicos sobre a medula óssea (anemia, leucopenia e trombocitopenia) estavam associados com administrações repetidas (Gerbaud et al ., apud 2003)
TOXIDADE DA ANFOTERICINA B NEFROTÓXIDADE é quase sempre presente em tratamentos com anfotericina B! Pode ocorrer apoptose (morte celular programada é um tipo de "auto-destruição celular") em células tubulares renais e em células intersticiais, bem como necrose, em taxa diretamente proporcional à concentração. (A concentração máxima utilizada é 5,0 mg/mL) NEUROTOXIDADE é rara, mas pode ocorrer. Os sintomas são hipertermia, confusão mental, depressão, delírio, comportamento psicótico, convulsão, tremores, perda de audição, opacidade da visão.
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CARDIOTOXIDADE pode ocorrer em menor freqüência que as outras toxidades. Devese principalmente arritmia ventricular, secundária a hipocalemia em pacientes com função renal diminuída, que são suscetíveis a essa alteração eletrolítica
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS - Incompatibilidade:
Medicações
Classificação
* Sulfato de Amicacina
Antibiótico
* Cloreto de Calcio
* Gluconato de Calcio
composto químico formado por cálcio e cloro.
Soluções para correção de distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos
* Cimetidina
Anti-histamínico
* Dopamina
Estimulante do SNC
Interação Sulfato de Amicacina é nefrotóxica, ototoxica, neurotóxica e bloqueadora muscular. O uso concomitante com Anfotericina B pode potencializar a toxidade dos efeitos adversos: disfunções renais e problemas a nível de SNC. Pode potencializar os efeitos adversos gastrointestinais da Anfotericina B como: mal-funcionamento gastrointestinal, vômito e dores abdominais. Pode provocar hipercalcemia que agudamente pode ser prejudicial ao miocárdio, posteriormente podendo originar a formação de cálculos renais. O cálcio intracelular desempenha um papel importante na morte celular o que aumenta a potencialidade Nefrotóxica. A cimetida é um importante inibidor enzimático. Quando administrado simultaneamente acarreta lentificação da biotransformação dos medicamentos. A conseqüência desse atraso é um maior tempo de ação farmacológica do (s) agente(s), situação às vezes indesejada, especialmente em doentes com distúrbio hepático ou renal. Provoca aumento da contratilidade do miocárdio e do volume de ejeção, aumentando então o gasto cardíaco. A pressão arterial sistólica e a pressão do pulso podem aumentar. Concomitante, o uso com Anfotericina B pode causar arritmias
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cardíacas e Hipertensão. Além de agir potencializando os efeitos a nível de SNC. Potencialidade de reações adversas. * Maleato Inalapril * Filgastrina * Foscarnet sódio * Sulfato de Gentamicina * Sulfato de Magnésio
* Penicilina G potássica
Anti-hipertensivo Antineurotropênico/Fator Toxidade Hematológica estimulante celular antiviral É altamente nefrotóxico, podendo em associação potencializar os efeitos adversos da Anfotericina B. Antibiótico bactericida É Nefrotóxico e Neurotóxico, podendo em associação potencializar os efeitos adversos da Anfotericina B. Anti-acido O sulfato de Magnésio altera o pH gástrico e podem aumentar ou diminuir a absorção da Anfotericina B. Antibiótico Não encontrada referencias a respeito.
* Ranitidina
Anti-acido
* Verapamil
Antiarritmicos
Altera o pH gástrico e podem aumentar ou diminuir a absorção da Anfotericina B. Quando associadas freqüentemente resultam em precipitação ou turvação da solução; mudança de coloração do medicamento ou inativação do princípio ativo.
ATENÇÃO • • • •
•
Corticósteroides: aumenta a perda de potássio; Digitálicos: aumenta o risco de intoxicação digitálica e baixa de potássio; Outras Drogas Nefrotóxicas: aumenta a possibilidade de IRA e IRC. Atenção para precipitação da ANFOTERICINA B quando colocada em solução fisiológica. O uso concomitante de aminoglicosídeos e furosemida, vancomicina e anfotericina B pode causar aumento do potencial para ototoxicidade,nefrotoxicidade e bloqueio neuromuscula.
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PLANO DE ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM
Diagnóstico de Enfermagem Risco para lesão relacionado a efeitos adversos da Anfotericina B (neuropatia periférica) sobre a mobilidade e sensibilidade. NANDA 2007-2008 (adaptado).
Metas de Enfermagem
Resultado esperado
Evitar lesões provocadas pela neuropatia O cliente identificará os fatores que aumentam periférica secundária a reações adversas de o risco para lesão e saberá tomar medidas Anfotericina B. preventivas para evitá-la.
Intervenções e Justificativas INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS 1. Investigar se o cliente com Diabetes A neuropatia periférica é comum em diabéticos Mellitus, Mal de Hansen, alcoolismo pelas alterações da elevação da glicose a nível e/ou infecção por HIV de SNC. Se o cliente já é diabético e tem maior risco para desenvolver lesão é necessário registrar e comunicar para possível mudança na terapêutica médica. As outras patologias também interferem no SNC e é importante a anamnese direcionada para aumento da possibilidade de riscos de lesão (CALIRI; PIEPER;BENFATI , 2002). 2. Verificar sinais de neuropatia periférica A neuropatia periférica (lesão de um nervo através de exame físico e de queixas da periférico) é uma disfunção dos nervos criança, utilizando como apoio a periféricos. A neuropatia periférica pode alterar família/acompanhante. a sensibilidade, a atividade muscular ou a função dos órgãos internos. Os sintomas podem Os sinais e sintomas são: ocorrer isoladamente ou em combinação. Por - dor exemplo, os músculos inervados por um nervo - fraqueza lesado podem enfraquecer e atrofiar. Pode - parestesia ocorrer dor, dormência, formigamento, edema e - atrofia hiperemia (rubor) em várias partes do corpo. Os - formigamento efeitos podem ocorrer após uma lesão de um - edema único nervo (mononeuropatia), de dois ou mais - hiperemia disseminada nervos (mononeuropatia múltipla) ou de muitos nervos por todo o corpo simultaneamente (polineuropatia) (CALIRI; PIEPER;BENFATI , 2002). 3. Orientar a família sobre métodos de evitar lesões: Uma boa educação em saúde pode prevenir - Devem ser orientados para verificarem a lesões através da consciência do cliente a
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presença de objetos estranhos antes de respeito dos cuidados necessários. calçarem os sapatos. - Sapatos novos podem machucar os pés, causando bolhas e úlceras. - Evitar auto-remoção de cutículas e calos tanto com produtos químicos quanto mecânico. - Cuidado ao cortar as unhas. - Evitar a utilização de bolsas quentes para aquecer os pés; caminhar na areia ou cimento quentes com os pés descalços. - Cuidar com hidratantes se houver rachaduras, fissuras ou ressecamento na pele. - Secar os pés, entre os dedos, sempre depois do banho. 4. Caso a criança esteja acamada, aliviar pressão sobre os pés deste com coxins e movimentações para alívio de pressão.
A não identificação da necessidade de movimentar o pé para aliviar a pressão causara a possibilidade de lesões do tipo ulceras de pressão. As úlceras de pressão se desenvolvem nos calcanhares e podem levar à amputação do pé. Os pés devem ser mantidos em posição elevada com travesseiros a fim de evitar a pressão (CALIRI; PIEPER;BENFATI , 2002).
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM Anotação de Controle: •
Sinais e sintomas de neuropatia periférica
•
Registrar se cliente com Diabetes Mellitus, Mal de Hansen, alcoolismo e/ou infecção por HIV
Anotação de Evolução: •
Registrar diariamente se paciente queixa e possui sinais sugestivos de neuropatia, melhora ou piora destes.
•
Registrar educação em saúde realizada, se há compreensão e coopera com o tratamento.
Critérios de Alta: •
A família sabe e verbaliza os sinais e sintomas de neuropatia periférica
•
A família compreende e verbaliza métodos de evitar lesões.
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A criança não possui sinais de neuropatia periférica ou apresenta melhora significativa dos sinais.
•
A família sabe a referencia se precisar de atendimento se surgir sinais de neuropatia periférica Diagnóstico de Enfermagem
Risco para desequilíbrio do volume de líquidos relacionado com reações adversas e toxidade renal da medicação. NANDA 2007-2008 (adaptado).
Metas de Enfermagem
Resultado esperado
Evitar possíveis danos renais irreversíveis O cliente não apresenta danos renais provocados pelo uso de Anfotericina B. secundários ao uso de Anfotericina B.
1.
2. 3.
4.
Intervenções e Justificativas INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS É através do BH que pode se ter controle da Instituir Balanço Hídrico ingesta e eliminação de líquidos, com intuito de verificar se o rim esta funcionado corretamente. Uma disfunção renal pode ser percebida claramente quando há oliguria ou anuria, o que significa que esta tendo uma retenção de liquidos (CARPENITO, 2002). Relate alterações (aspecto/quantidade/ As alterações de urina podem ser achados cheiro/coloração/densidade) da urina. clínicos que determinam a presença de possíveis patologias renais (CARPENITO, 2002).. Registre queixas como dor miccional e Alem de alterações da diurese, é importante dar dor lombar. enfoque as queixas da criança que indicam disfunções renais. A dor é um forte indicio disso (CARPENITO, 2002).. A Creatina é filtrada principalmente nos rins, embora uma pequena quantidade seja secretada Monitore o nível de creatinina sérica. ativamente. Existe uma reabsorção tubular da creatinina, mas ela é compensada pelo forte grau equivalente de secreção tubular. Se a filtração do rim está deficiente, os níveis sanguíneos de creatinina aumentam. Este efeito é usado como um indicador da função renal (GUYTON, 1988).
5. Atente para o surgimento de edema O edema é indicio de retenção de líquido, logo, (localização/cacifo). pode ser a conseqüência de alguma disfunção renal (CARPENITO, 2002).
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Observação : Distúrbios renais são reversíveis se a droga for suspensa nos primeiros sinais da disfunção. Comunique e registre sempre que houver alguma alteração!!! DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM Anotação de Controle: •
Sinais e sintomas de disfunção renal
Anotação de Evolução: •
Registrar diariamente se paciente queixa e possui sinais sugestivos de disfunção renal, melhora ou piora destes.
•
Registrar educação em saúde realizada se há compreensão e coopera com o tratamento.
Critérios de Alta: •
A família sabe e verbaliza os sinais e sintomas de disfunção renal;
•
A criança não possui sinais de disfunção renal ou apresenta melhora significativa dos sinais.
•
A família sabe a referencia se precisar de atendimento se surgir sinais de disfunção renal.
Diagnóstico de Enfermagem Risco para nutrição alterada: menos do que as necessidade corporais, relacionado com à absorção inadequada como efeito colateral da medicação Anfotericina B. NANDA 2007-2008 (adaptado).
Metas de Enfermagem
Resultado esperado
Controlar e minimizar as reações adversas A criança não apresentará reações adversas gastrointestinais da Anfotericina B. gastrintestinais secundários ao tratamento com Anfotericina B.
Intervenções e Justificativas INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS 1. Fazer relação peso/altura de acordo A investigação da relação peso/altura com o gráfico de crescimento e diagnostica se a criança está entre os percentis desenvolvimento do Ministério da nutricionais adequados. Saúde. 2. Investigar com os pais, como era a ingesta da criança (antes da administração de Anfotericina B), rememoração da dieta de no mínimo
Essa anamnese dirigida aos hábitos alimentares ajuda a identificar se houve e quais foram as alterações gastrintestinais devido reações adversas da medicação.
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24h, analisar se a ingesta suficiente dos cinco grupos de alimentos básicos, como está a ingesta de líquido. 3. Pesar em jejum sempre no mesmo horário, de preferência no inicio da manha, com bexiga vazia e sempre com mesma roupa.
O peso em jejum no mesmo horário com roupa leve e sempre a mesma, antes da alimentação, de bexiga e de intestinos livres proporcionará maior credibilidade ao valor mensurado diariamente. Os sintomas de reações adversas da medicação anorexia, náuseas, vômito, dispepsia, diarréia, cólica epigástrica – vão interferir no peso da criança (CARPENITO, 2002). 4. Investigar características definidoras de Sinais de deficiência nutricional devem ser deficiência nutricional: registrados e comunicados. Esses dados podem - aparência geral (massa muscular, ser indicativos de mudança ou alteração na distribuição de gordura) terapia medicamentosa. - Cabelo, pele e unhas - Edema - Intolerância a alimentação - Vômitos - Diarréia - Constipação 5. Orientar a mãe na alimentação da Alimentos leves, em substituição dos criança: reforçar com alimentos leves gordurosos, reduzem o mal estar gástrico. O ricos em vegetais, fracionar as fracionamento é um bom aliado pois evita o refeições em pequenas porções; evitar abuso de alimentos em apenas uma refeição. café, chá e alimentos gordurosos e Café, chá e alimentos gordurosos potencializam condimentados; evitar frutas cítricas e os efeitos nauseantes. A ingestão de liquidos e água ao levantar-se; ingerir líquidos e sólidos, separadamente, evitará o mal estar sólidos separadamente; ingerir gástrico, fazendo com que a absorção seja mais alimentos aquosos (melancia) na rápida. A ingestão de alimentos aquosos quando dificuldade de ingestão de líquidos; há dificuldade em ingerir liquidos puros também Não ingerir antipiréticos sem evita a perda de peso repentina. É importante orientação médica; que a mãe não ofereça medicação antipirética a criança principalmente pelo risco de interação medicamentosa com Anfotericina B.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM Anotação de Controle: •
Sinais de nutrição alterada
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Verificar curva de crescimento: peso/altura.
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Fazer relação entre o peso antes da administração da medicação e depois do inicio da terapia.
Anotação de Evolução:
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Registrar diariamente se paciente queixa de desconforto ou tem alguma alteração gástrica, a evolução diária de melhora ou piora destes.
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Alimentação da criança;
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Mensuração de peso
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Registrar educação em saúde realizada se há compreensão e coopera com o tratamento.
Critérios de Alta: •
A família sabe e verbaliza os sinais de alterações gastrintestinais;
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A criança não possui sinais de desequilíbrio nutricional ou apresenta melhora significativa dos sinais.
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A família sabe a referencia se precisar de atendimento se surgir alterações gastrintestinais. Diagnóstico de Enfermagem
Risco de função hepática prejudicada relacionada ao uso de medicamentos hepatotóxicos.
Metas de Enfermagem Controlar e minimizar as hepatotóxicas da Anfotericina B.
NANDA 2007-2008 Resultado esperado reações A criança não apresentará reações hepatotóxicas secundários ao tratamento com Anfotericina B.
Intervenções e Justificativas INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS 1. Monitore a função hepática A disfunção hepática pode ser dagnosticada semanalmente: clinicamente através desses sinais e sintomas. - anorexia, indigestão No caso da anorexia ou indigestão ocorre devido - Icterícia a efeitos gastrintestinais resultantes de toxinas - Petéquias, equimoses circulantes. Quanto a pele e esclerótica tornam- Fezes cor de argila se amareladas resultantes da produção excessiva de bilirrubina. Modificações da pele com petéquias e equimoses refletem a síntese prejudicada de fator de coagulação. A fezes de coloração argilosa resultam de diminuição de bile nas fezes (CARPENITO, 2002). 2. Monitore hemograma, atentando e Os valores elevados indicam dano extenso de Comunicando se a fosfatase fígado (CARPENITO, 2002). alcalina ou bilirrubina estiverem aumentadas. 3. Monitorize niveis de potássio, As perdas de potássio ocorrem através dos cálcio e magnésio vômitos e da aspiração nasogastrica, do uso de diuréticos ou das perdas renais excessivas. A
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perda de íons de potássio causa a perda proporcional de íons de magnésio (CARPENITO, 2002). 4. Monitore hemorragias. O fígado tem uma participação central na hemostasia. O sangramento incomum indica a diminuição do tempo de protrombina e dos fatores coagulatórios. As mucosas são propensas à lesão devido à sua alta vascularização superficial (CARPENITO, 2002). 5. Instruir o cliente e a família a A cintura abdominal aumentada pode indicar o comunicar os sinais e sintomas de agravamento de hipertensão portal; complicações, como: A rápida perda de peso aponta o equilíbrio - aumento da circunferência abdominal negativo do nitrogênio; o ganho de peso, para a - Rapido ganha ou perda de peso retençã de liquidos. - sangramento O sangramento indica problemas de coagulação - termores Os tremores podem resulta da neurotransmissão - confusão prejudicad devido ao fracasso do fígado em desintoxicar as enzimas que agem como neurotransmissores falsos (CARPENITO, 2002).
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM Anotação de Controle: •
Sinais de disfunção hepática
Anotação de Evolução: •
Registrar diariamente se sugiram sinais ou sintomas de disfunção hepática, a evolução diária de melhora ou piora destes;
•
Aparecimento de hemorragias;
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Mensuração de peso e circunferência abdominal;
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Registrar educação em saúde realizada se há compreensão e coopera com o tratamento.
Critérios de Alta: •
A família sabe e verbaliza os sinais de alterações hepáticas;
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A criança não possui sinais de disfunção hepática ou apresenta melhora significativa dos sinais.
•
A família sabe a referencia se precisar de atendimento se surgir alterações hepáticas.
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES Armazenamento
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- Armazenar em geladeira a temperatuda de 2º C a 8ºC; proteja da luz, dilua em 10ml de água destilada. Para evitar precipitação não diluir em NACL 0,9% (AME, 2006-2007) Reações adversas - Para reduzir reações adversas graves, solicite a o medico a administração de antipirético, antihistaminico, antiemetico, pequenas doses de corticosteróides, heparina em dias alternados. Se ocorrerem reações graves, suspenda a droga e comunique (AME, 2006-2007). Diluição - A solução diluída é estável por 1 semana em geladeira, 24h em temperatura ambiente; estável por 8h em local com luz. - IV: adicione 1mg em 50 ml a 250 ml de soro glicosado a 5% e infunda acima de 20 a 30 min; verificar SSVV durante a infusão. Obs.: Rapida infusão pode causar colapso cardiovascular e desconforto no local da infusão Se a veia se tornar trombosada, alterar o local (AME, 2006-2007).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AME – Dicionário de Administração de Medicamentos na Enfermagem: 2007/2008. 5ed. Rio de Janeiro: EPUB, 2006. CALIRI, M.H.L.; PIEPER, B.; BENFATI, F.B.S. Neuropatia periférica. Projetos on-line da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – EERP/USP. Acessado em 15 de novembro de 2007. Disponível em CARPENITO, L.J. Diagnóstico de enfermagem: aplicação à prática clinica. Trad. Ana Thorell. 8ed. Porto Alegre: Artmed,2002. FILIPPIN, Fabíola Branco; SOUZA, Liliete Canes. Therapeutic efficacy of amphotericin B lipid formulations. Eficiência terapêutica das formulações lipídicas de anfotericina B. Rev. Bras. Cienc. Farm. , São Paulo, v. 42, n. 2, 2006 . Disponível em: . Acesso em: 10 de novembro de 2007. doi: 10.1590/S1516-9332200600020000. NANDA- North Amercian Diangosis Association – Diagnóstico de Enfermagem da NANDA: Definições e classificações 2007-2008. Trad. Regina Machado Garcez – Porto Alegre: Artmed, 2008. RANG, H.P.; DALE, M.M. Farmacologia. 2ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1993.