MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO DECEx DFA ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO EXÉRCITO
COLETÂNEA DE INSTRUÇÃO MILITAR
1ª Edição 2010
MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO DECEx DFA ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO EXÉRCITO
COLETÂNEA DE INSTRUÇÃO MILITAR
1ª Edição 2010
COLETÂNEA DE INSTRUÇÃO MILITAR ÍNDICE Unidade Didática II – Instrução Geral A Missão do Exército Brasileiro..................................................................... 05 A Evolução Organizacional do Exército Brasileiro........................................ 07 O Sistema de Ensino do Exército Brasileiro................................................... 12 Formas de Ingresso nas Forças Armadas........................................................ 13 Regulamento da EsPCEx (R-114).................................................................. 15 Pátria e Símbolos Nacionais........................................................................... 20 Patronos do Exército Brasileiro...................................................................... 24 Postos e Graduações....................................................................................... 32 Uniformes....................................................................................................... 35 Conduta do Aluno........................................................................................... 41 Boas Maneiras................................................................................................ 45 Serviços Externos à EsPCEx.......................................................................... 48 Polícia do Exército – PE................................................................................. 54 Unidade Didática III – Armamento, Munição e Tiro Fundamentos do Tiro de Fuzil 7,62 M964 ..................................................... 56 Pistola 9mm M975 Bereta.............................................................................. 62 Pistola 9mm M973 IMBEL............................................................................ 76 Fundamentos do Tiro de Pistola..................................................................... 92 .
Unidade Didática IV – Higiene Higiene em Acampamentos............................................................................ 99 Unidade Didática V – Primeiros Socorros Primeiros Socorros – Transporte de Feridos .................................................. 104 .
Unidade Didática VI – Defesa das Instalações Prevenção e Combate à Incêndio.................................................................... 107 Plano de Defesa do Aquartelamento – PDA................................................... 112 Unidade Didática VII – Instrução Individual para o Combate Aprestamento Individual................................................................................ 114 Abrigos Improvisados .................................................................................... 124 Marchas e Estacionamentos – Marchas a Pé.................................................. 128 Nós e Amarrações........................................................................................... 134 .
Transposição de Obstáculos – Pista de Cordas.............................................. 139 Transposição de Curso D´Água...................................................................... 144 Unidade Didática VIII – INTELIGÊNCIA MILITAR Inteligência..................................................................................................... 147 Segurança Orgânica........................................................................................149 Anexos Anexo A - Tempos para a Execução de Nós e Amarrações............................ 154 Anexo B - Exercício - Comportamento Militar..............................................155 Anexo C - Exercício - Carta Topográfica.......................................................156 Anexo D - Croqui da Escola........................................................................... 157
A MISSÃO DO EXÉRCITO BRASILEIRO 1) Citar as missões do Exército Brasileiro. 2) Descrever a visão de futuro do Exército Brasileiro. 3) Descrever os Deveres, Valores e a Ética do Exército Brasileiro. 4) Citar as características da profissão militar.
MISSÃO DO EXÉRCITO Portaria N º 657, de 4 de Novembro de 2003. 1. A fim de assegurar a defesa da Pátria: - contribuir para a dissuasão de ameaças aos interesses nacionais; e - realizar a campanha militar terrestre para derrotar o inimigo que agredir ou ameaçar a soberania, a integridade territorial, o patrimônio e os interesses vitais do Brasil. 2. A fim de garantir os Poderes Constitucionais, a Lei e a Ordem: - manter-se em condições de ser empregado em qualquer ponto do território nacional, por determinação do Presidente da República, de forma emergencial e temporária, após esgotados os instrumentos destinados à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, relacionados no art. 144 da Constituição. 3. Participar de operações internacionais, de acordo com os interesses do País. 4. Como ação subsidiária, participar do desenvolvimento nacional e da defesa civil, na forma da Lei.
VISÃO DE FUTURO DO EXÉRCITO -Ser uma Instituição compromissada, de forma exclusiva e perene, com o Brasil, o Estado, a Constituição e a sociedade nacional, de modo a continuar merecendo confiança e apreço. -Ser um Exército reconhecido internacionalmente por seu profissionalismo, competência institucional e capacidade de dissuasão; Respeitado na comunidade global como poder militar terrestre apto a respaldar as decisões do Estado, que coopera para a paz mundial e fomenta a integração regional. -Ser constituído por pessoal altamente qualificado, motivado e coeso, que professa valores morais e éticos, que identificam, historicamente, o soldado brasileiro, e tem orgulho de servir com dignidade à Instituição e ao Brasil.
SÍNTESE DOS DEVERES, VALORES E DA ÉTICA DO EXÉRCITO Patriotismo - amar à Pátria, História, Símbolos, Tradições e Nação - sublimando a determinação de defender seus interesses vitais com o sacrifício da própria vida. Dever - cumprir a legislação e a regulamentação, a que estiver submetido, com autoridade, determinação, dignidade e dedicação além do dever, assumindo a responsabilidade pelas decisões que tomar. Lealdade - cultuar a verdade, sinceridade e sadia camaradagem, mantendo-se fiel aos compromissos assumidos. Probidade - pautar a vida, como soldado e cidadão, pela honradez, honestidade e pelo senso de justiça. Coragem - ter a capacidade de decidir e a iniciativa de implementar a decisão, mesmo com o risco de vida ou de interesses pessoais, no intuito de cumprir o dever, assumindo a responsabilidade por sua atitude. 05
FATORES CRÍTICOS PARA O ÊXITO DA MISSÃO DO EXÉRCITO 1. Comprometimento com a Missão, a Visão de Futuro e os Valores, Deveres e a Ética do Exército. 2. Coesão, alicerçada na camaradagem e no espírito-de-corpo, capaz de gerar sinergia para motivar e movimentar a Força na consecução de seus objetivos. 3. Liderança que motive direta ou indiretamente, particularmente pelo exemplo, o homem e as organizações militares para o cumprimento, com determinação, da Missão do Exército. 4. Qualificação profissional e moral, que desenvolva a autoconfiança, autoestima e motivação dos componentes da Instituição, reforce o poder de dissuasão do Exército e, ainda, contribua para a formação de cidadãos-soldados úteis à sociedade. 5. Tecnologia moderna e desenvolvida, buscando reduzir o hiato em relação aos exércitos mais adiantados e a dependência bélica do exterior. 6. Equipamento adequado em qualidade e quantidade para conferir, no campo material, o desejado poder de dissuasão à Força Terrestre. 7. Adestramento capaz de transformar homem, tropa e comando - desde os escalões elementares - num conjunto harmônico, operativo e determinado no cumprimento de qualquer missão. 8. Integração Interforças nas operações combinadas e atividades de cunho administrativo em tempo de paz, compartilhando e otimizando recursos. 9. Excelência Gerencial, caracterizada pela contínua avaliação, inovação e melhoria da gestão, que resulte na otimização de resultados, seja do emprego de recursos, seja dos processos, produtos e serviços a cargo da Força. 10. Integração à Nação, identificando suas necessidades, interpretando seus anseios, comungando de seus ideais e participando de suas realizações, conforme nossa Missão Constitucional ou por meio de Ações Subsidiárias.
CARACTERÍSTICAS DA PROFISSÃO MILITAR a. Risco de vida b. Sujeição a preceitos rígidos de disciplina e hierarquia c. Dedicação exclusiva d. Disponibilidade permanente e. Mobilidade geográfica f. Vigor físico g. Formação específica e aperfeiçoamento constante h. Proibição de participar de atividades políticas i. Proibição de sindicalizar-se e de participar de greves ou de qualquer movimento reivindicatório. j. Restrições a direitos trabalhistas k. Vínculo com a profissão l. Consequências para a família A Carreira Militar - O processo de ascensão funcional na carreira militar difere das práticas existentes nas demais instituições. - Os postos e as graduações dos militares são indispensáveis, não só na guerra, mas também em tempo de paz, pois traduzem, dentro de uma faixa etária específica, responsabilidades e a habilitação necessária para o exercício dos cargos e das atribuições que lhes são correspondentes. - O militar exerce, ao longo de sua carreira, cargos e funções em graus de complexidade crescente, o que faz da liderança fator imprescindível à instituição. Esses aspectos determinam a existência de um fluxo de carreira planejado, obediente a critérios definidos, que incluem a higidez, a capacitação profissional e os limites de idade, tudo isto influindo nas promoções aos postos e graduações subsequentes. 06
A EVOLUÇÃO ORGANIZACIONAL DO EXÉRCITO BRASILEIRO 1. Descrever a evolução organizacional do Exército Brasileiro; 2. Citar as premissas básicas e prioridades do Exército Brasileiro; 3. Descrever a divisão do Brasil em Comandos e Regiões Militares, citando os Estados, as sedes e as Regiões Militares que compõem cada Comando de Área.
EXÉRCITO NO IMPÉRIO Na segunda metade do século XIX, no Brasil Império, ocorreram profundas modificações na estrutura do Exército, coerentes com os progressos da arte militar mundial. Coube ao Marechal Luis Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, figura ímpar nas lutas internas do Império pela preservação da unidade nacional, executar relevantes alterações na estrutura organizacional do Exército Brasileiro. Quando ministro da Guerra, lançou pela primeira vez, em nosso Exército, em 1855, as bases da chamada Nova Escola, visando a renovar a doutrina vigente e enquadrá-la às exigências da época. Propôs a adaptação da tática elementar das três Armas (Infantaria, Cavalaria e Artilharia), contida nas ordenanças portuguesas, então em vigor no Exército, dando-lhe fisionomia e personalidade tipicamente brasileiras. Declarada a Guerra da Tríplice Aliança (1865-1870), o Exército foi reorganizado durante as primeiras operações de combate. A Força só alcançou seu pleno desenvolvimento depois de Caxias assumir o comando em 1867. Sofreu muitas modificações no decorrer do conflito e chegou à forma de três corpos-de-exército, que integravam divisões de Infantaria, Cavalaria, brigadas de Artilharia, batalhões de Engenharia, esquadrões de Transporte, repartições de Saúde, polícias de Acampamentos e órgãos de Serviços. Cumpre destacar, na constituição desse Exército, a presença de 60 batalhões de voluntários e de numerosa guarda nacional. Nova estrutura organizacional do Exército ocorreu em 1887, sob a direção do Marechal Manuel Luís Osório, quando Ministro da Guerra. A Força foi constituída de unidades de Infantaria, Cavalaria, Artilharia, Engenharia e Transporte.
EXÉRCITO REPUBLICANO Não houve grandes alterações no efetivo da Força: foram ampliados o número de unidades e os quadros (oficiais e sargentos). A Guarda Nacional foi reformada pelo governo provisório, para ajustá-la à nova organização política do Brasil. Por decreto de 5 de dezembro de 1890, ela tomou o caráter de milícia federal e reserva do Exército, subordinada ao Ministério da Justiça e, em cada estado, seu comando passou a ser exercido por um oficial reformado do Exército. A promulgação da Constituição de 1891 gerou a primeira reforma relevante do Exército, na República, com a extinção, no mesmo ano, dos antigos Comandos das Armas e a criação dos Distritos Militares, não como divisão territorial de inspeção, mas como comandos de tropa, que acumularam os Comandos de Guarnição e Comandos de Fronteira. Em 1898, o Exército encontrava-se organizado da seguinte maneira: - Ministério da Guerra, cujo órgão central era a Secretaria da Guerra, dirigida pelo próprio ministro; Estado-Maior do Exército; Intendência-Geral da Guerra; Direção-Geral de Engenharia; Diretoria de Saúde; Contadoria Geral da Guerra; e sete distritos militares: 1º - Amazonas ao Piauí, com sede em Manaus; 2º - Ceará a Pernambuco, com sede em Recife; 3º - Alagoas à Bahia, com sede em Salvador; 4º - Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Goiás, com sede no Rio de Janeiro; 5º - Paraná e Santa Catarina, com sede em Curitiba; 6º - Rio Grande do Sul, com sede em Porto Alegre e 7º - Mato Grosso, com sede em Corumbá. 07
As colônias militares surgiram nesse período com a tarefa de facilitar a colonização do interior e guarnecer as longínquas fronteiras. Perduraram até 1913, recebendo foros de cidades. Ressurgiram com a criação das unidades de fronteira em 1930, que receberam a mesma missão das antigas colônias. O ensino militar foi reorganizado. Os estabelecimentos de ensino instituídos foram os seguintes: as escolas regimentais; o Colégio Militar; as escolas preparatórias e de tática de Realengo e Rio Pardo e a Escola Militar do Brasil. Merece destaque, ainda nessa reorganização promovida pelo ministro Mallet, a criação, em 1899, do Tiro Nacional, mais tarde transformado em Tiro-de-Guerra. Os tiros-deguerra estão até hoje em funcionamento em todo o País, como instituições auxiliares da preparação das reservas do Exército. A tropa foi organizada por Armas, cujas diferentes unidades se agrupavam em cinco brigadas estratégicas: três de Cavalaria, uma mista e unidades independentes ou isoladas.
EXÉRCITO PÓS - I GUERRA MUNDIAL Por efeito da Primeira Guerra Mundial, em 1918 procederam-se novas e importantes modificações na estrutura do Exército. Extinguiu-se a Guarda Nacional, que passou a constituir o Exército de 2ª Linha, cuja subordinação passou do Ministério da Justiça para o da Guerra. Os efeitos dessa reforma duraram pouco. As brigadas estratégicas foram transformadas em divisões de Infantaria, de organização quaternária. As Inspeções Permanentes transformaram-se em Regiões Militares. Pouco depois, com a Missão Militar Francesa, contratada em 1919, processaram-se grandes transformações, que se fizeram sentir a partir de 1921. Entraram em atividade novos estabelecimentos de ensino sob a ação direta de instrutores franceses: a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais e a Escola de Estado-Maior, onde foi criado um curso de revisão para os oficiais anteriormente diplomados.
EXÉRCITO PÓS - II GUERRA MUNDIAL Constituiu-se, em 1941, uma comissão mista Brasil-Estados Unidos da América (EUA), de cujos trabalhos resultou a Força Expedicionária Brasileira (FEB). Também no ano de 1946 ressurgiu a Lei de Organização do Exército, criada em 1935. Nos seis anos seguintes processou-se o reajuste do Ministério da Guerra. Em 1952 este passou a ser constituído pelos seguintes órgãos: o Alto Comando, a Inspetoria Geral do Exército, o Estado-Maior do Exército, o Departamento Geral de Administração, o Departamento Técnico e de Produção e os Comandos das Armas. Estes corresponderam a quatro zonas militares, os presumíveis teatros de operações, e a Secretaria-Geral do Ministério da Guerra. Junto ao ministro acomodaram-se, além de órgãos eventuais, os permanentes: a Comissão de Economia da Guerra, a Consultoria Jurídica do Ministério da Guerra e a Comissão de Orçamento. Existia ainda um Conselho Superior do Comando e Administração, que se constituiu com o inspetorgeral, os chefes do Estado-Maior do Exército, do Departamento-Geral de Administração, do Departamento Técnico e de Produção e os comandantes das Armas. No ano de 1956, foram criados os Exércitos (I , II, III e IV) e o Comando Militar da Amazônia, com sede em Belém do Pará. A articulação da Força no território nacional era semelhante à dos dias atuais.
GUERRA MODERNA Nas décadas de 1960 e 1970, foram lançadas as bases para a reformulação da Doutrina Militar Brasileira, sendo introduzida nova metodologia de planejamento, e criadas as divisões de Exército, constituídas por um número variável de brigadas em substituição às antigas divisões de Infantaria. 08
Também foram criados diferentes tipos de brigadas e batalhões, com destaque para as brigadas blindadas e os batalhões logísticos. Foi implementada nova estrutura para as regiões militares (RM), através do Projeto RM, dando-lhes maior flexibilidade organizacional e melhor desempenho das atividades logísticas. Foram criados os parques regionais de manutenção, subordinados às RM, organizações fundamentais para a permanente manutenção dos equipamentos e materiais da Força Terrestre. Em 1985, foram extintos os I, II, III e IV Exércitos, e criados os comandos militares de área, cuja organização perdura até os dias atuais.
FORÇA TERRESTRE 2000 O ano de 1990 significou o fim da etapa de curto prazo do planejamento que teve por objetivo modernizar a Força. O reaparelhamento efetivado logrou importantes realizações, principalmente quanto ao completamento das organizações militares, no desenvolvimento da “Aviação do Exército”, na informatização, na ampliação de campos de instrução e no Sistema de Comando e Controle. A estrutura organizacional do Exército Brasileiro encontra-se, atualmente, integrada à estrutura de comando no âmbito do Ministério da Defesa e com as demais Forças Singulares perfeitamente ajustadas às metas estratégicas estabelecidas no SIPLEx. A Força Terrestre está organizada e articulada em Força de Segurança Estratégica e reservas Local, Estratégica e Geral, localizadas em áreas estratégicas, desde o tempo de paz, com o objetivo de manter a integridade da fronteira terrestre e atuar eficazmente no cumprimento da missão constitucional. Ao final de 2000, foram extintos o Departamento de Material Bélico e o Departamento-Geral de Serviços, que deram lugar ao Departamento Logístico. No dia 03 de fevereiro de 2000, o comandante do Exército, após meditar sobre os destinos da Força Terrestre e avaliar em profundidade as conjunturas que a afetam, expediu as "Orientações Gerais ao Exército". As premissas básicas consideradas pela Força Terrestre no processo de sua reestruturação foram as seguintes: - transição da Estrutura Militar de Paz para a Estrutura Militar de Guerra; - priorização das áreas estratégicas; - implantação gradual; e - restrições orçamentárias. No decorrer dos longos estudos efetuados pelo Comando da Força Terrestre e escalões subordinados, foram definidos aspectos que materializam as prioridades do Exército Brasileiro e a necessidade de racionalização dos meios disponíveis. São os seguintes: - a conveniência de reunir atividades afins em um mesmo órgão de Direção Setorial; - a otimização do Sistema de Comando e Controle; - a Logística operacionalizada por atividades funcionais em detrimento dos serviços técnicos; - a existência das seguintes áreas estratégicas prioritárias: Amazônia, Centro-Oeste e Bacia do Prata; - a necessidade de adequada capacitação para resposta efetiva e compatível com situações de crise e guerra; e - o exercício, de forma seletiva, da Estratégia da Presença em todo o território nacional.
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ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO EXÉRCITO BRASILEIRO
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O SISTEMA DE ENSINO DO EXÉRCITO 1) Citar as escolas de formação e enquadrar a EsPCEx dentro do sistema de ensino do Exército.
A ESTRUTURA DE ENSINO NO EXÉRCITO BRASILEIRO O DECEx - Departamento de Educação e Cultura do Exército tem por objetivo conduzir, no âmbito do Exército, as atividades relativas ao ensino, educação física, desporto, pesquisa e desenvolvimento nas áreas de doutrina e pessoal. A Diretoria de Formação e Aperfeiçoamento (DFA) é o órgão de apoio técnico-normativo do DECEx, que tem como missão-síntese: formar, aperfeiçoar e proporcionar altos estudos militares. A EsPCEx é subordinada a esta Diretoria.
ESCOLAS DE FORMAÇÃO ECEME - Escola de Comando e Estado-Maior do Exército ESAO - Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais AMAN - Academia Militar das Agulhas Negras EsSA - Escola de Sargentos das Armas EASA - Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos das Armas EsPCEx - Escola Preparatória de Cadetes do Exército CPOR - Centro de Preparação de Oficiais da Reserva NPOR - Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva
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INGRESSO NAS FORÇAS ARMADAS E NO EXÉRCITO BRASILEIRO 1) Citar as formas de ingresso nas FA e no Exército, nos diferentes postos, graduações e em escolas de formação nos diferentes níveis de ensino Estatuto dos Militares O ingresso nas Forças Armadas é facultado, mediante incorporação, matrícula ou nomeação, a todos os brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei e nos regulamentos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Quando houver conveniência para o serviço de qualquer das Forças Armadas, o brasileiro possuidor de reconhecida competência técnico-profissional ou de notória cultura científica poderá, mediante sua aquiescência e proposta do Ministro da Força interessada, ser incluído nos Quadros ou Corpos da Reserva e convocado para o serviço na ativa em caráter transitório. Formas de ingresso nas Forças Armadas:
MARINHA Cargos de nível superior (oficiais) Corpo de Saúde da Marinha (ambos os sexos e menos de 35 anos). Corpo de Engenheiros da Marinha (ambos os sexos e menos de 32 anos). Quadro Complementar (ambos os sexos e menos de 29 anos). Quadro Técnico de Oficiais da Marinha (ambos os sexos e menos de 32 anos). Cargos de nível médio (praças) Escola Naval (sexo masculino e idades entre 14 e 22 anos). Cargos de nível técnico (praças) Corpo Auxiliar de Praças (ambos os sexos e menos de 25 anos). Cargos de nível fundamental (praças) Colégio Naval (sexo masculino e idades entre 14 e 22 anos). Escolas de Aprendizes-Marinheiros (sexo masculino e idades entre 17 e 21 anos).
AERONÁUTICA Cargos de nível superior Estágio de Adaptação de Oficiais Temporários (ambos os sexos e idade até 42 anos). Estágio de Instrução e Adaptação de Capelães (sexo masculino e idade entre 30 e 40 anos). Curso de Adaptação de Dentistas, Farmacêuticos e Médicos (ambos os sexos e idade até 34 anos). Estágio de Adaptação de Oficiais Engenheiros da Aeronáutica (ambos os sexos e idade até 30 anos). Cargos de nível médio Curso de Formação de Oficiais Aviadores, Intendentes e de Infantaria (ambos os sexos somente masculino para infantaria - e idade até 20 anos). Curso de Formação de Sargentos (ambos os sexos e idade entre 17 e 23 anos). Curso de Engenharia Aeronáutica, Eletrônica, de Infra-Estrutura Aeronáutica (Civil), Mecânica Aeronáutica e de Computação (ambos os sexos e idade até 23 anos). Cargos de nível técnico Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento (ambos os sexos e idade entre 17 e 23anos). 13
Curso de Formação de Taifeiros (masculino - entre 18 e 23 anos). Cargos de nível fundamental Curso Preparatório de Cadetes do Ar (masculino - entre 14 e 18 anos). EXÉRCITO Cargos de nível superior Escola de Administração do Exército (ambos os sexos, menor que 37 anos). Escola de Saúde do Exército (ambos os sexos, idade menor que 37 anos). Cargos de nível médio Escola Preparatória de Cadetes do Exército ( masculino e idade entre 16 e 21 anos). Academia Militar das Agulhas Negras (jovem tem que estar cursando o 3º ano do Ensino Médio na Escola Preparatória de Cadetes do Exército). Instituto Militar de Engenharia (ambos os sexos, idade entre 16 e 22 anos). Escolas de Sargentos (sexo masculino e idade entre 18 e 24 anos, ou até 28 anos para área de músicos) – o candidato será formado na Escola de Sargentos das Armas, Escola de Instrução Especializada, Escola de Material Bélico, Centro de Aviação do Exército e Escola de Comunicações. 1. Ingresso no Exército Brasileiro na condição de Oficial Técnico Temporário (OTT) ou Sargento Técnico Temporário ( STT). É importante ressaltar que o ingresso na condição de OTT e STT está condicionado às necessidades das Regiões Militares, de profissionais das áreas específicas. 2. Idade mínima para ingresso no Exército Brasileiro. A carreira poderá começar a partir dos 15 (quinze) anos de idade, que é o limite mínimo de idade para a inscrição no concurso da EsPCEx. 3. Oficial ou Sargento do Exército Brasileiro. De acordo com idade e nível de escolaridade, existem várias opções para homens e mulheres ingressarem no Exército, seja como militar de carreira ou temporário. a) Militar de carreira (Oficial ou Sargento), o ingresso só é possível mediante a aprovação em concurso público, de âmbito nacional, para uma das Escolas de Formação. O militar, dessa forma, cria um vínculo com a Instituição, podendo deixá-la ao pedir transferência para a reserva remunerada, após o término do seu tempo de serviço. b) Militar temporário (Oficial ou Sargento) permanece no Exército por um período de tempo delimitado, previamente informado. Findo o limite do tempo de serviço, o militar passa para a reserva não remunerada. O ingresso é por meio de uma seleção conduzida pelas Regiões Militares, que estabelece o período e as vagas para cada área de interesse necessária. 4. Ingresso em uma Escola Militar do Exército Brasileiro. O ingresso é realizado mediante concurso público que consta de prova intelectual, teste físico e exame médico. 5. Estágio de Serviço Técnico O EST destina-se aos Oficiais da reserva (R/2), Aspirantes-a-Oficial R/2, aos reservistas de 1ª ou 2ª Categorias, aos dispensados de incorporação e às mulheres - que tenham menos de 38 anos de idade em 31 de dezembro do ano da incorporação - integrantes de categorias profissionais de nível superior de áreas de interesse do Exército, que irão preencher claros em cargos nas OM. Após a convocação por um período de doze meses, aos Oficiais Temporários do EST poderão ser concedidas, sucessivamente, prorrogações de doze meses cada uma. O tempo de serviço não poderá exceder 7 anos. 14
REGULAMENTO DA EsPCEx (R-114) - EXTRATO 1) Descrever a organização da Escola em Divisões e Seções. 2) Citar a finalidade da EsPCEx, de acordo com o R-114. 3) Identificar a sistemática do controle de frequência, da habilitação e classificação dos Alunos, conforme prevê o R-114. 4) Identificar as situações de exclusão, desligamento e segunda matricula a que está sujeito o Aluno, conforme prevê o R-114. 17) Citar os direitos e deveres a que está sujeito o aluno da Escola, conforme prevê o R-114.
TÍTULO I - DAS FINALIDADES Art. 1º - Este regulamento tem por finalidade estabelecer os preceitos aplicáveis à Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx). Art. 2º - A EsPCEx é o estabelecimento de ensino preparatório, de grau médio, destinado a selecionar candidatos, preparar os alunos destinados à Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e completar o 3º ano do nível médio da educação básica. Art. 3º - A EsPCEx é diretamente subordinada à Diretoria de Formação e Aperfeiçoamento (DFA), que orienta e fiscaliza as atividades que nela se realizam, em conformidade com as diretrizes emanadas do Departamento de Ensino e Cultura (DECEx). Art. 4º - O curso da EsPCEx tem os seguintes objetivos: I - assegurar ao aluno preparo intelectual, físico, psicológico e moral, orientando seu procedimento escolar e militar e visando ao seu ingresso na AMAN; II - desenvolver e fortalecer no aluno sua personalidade, sua formação patriótica e humanística, uma sadia mentalidade de disciplina consciente e a vocação para a carreira militar; III - iniciar o enquadramento militar e disciplinar do aluno; IV - desenvolver no aluno habilidades técnicas, padrões de comportamento e de aptidão física que o tornem apto ao ingresso na AMAN; e V - habilitar o aluno a ingressar na reserva do Exército.
TÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO CAPÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO GERAL Art. 5º - A estrutura da EsPCEx compreende:
I - Comando: II - Divisão de Ensino; III - Corpo de Alunos; IV - Divisão de Pessoal; V - Divisão Administrativa;
VI - Divisão de Planejamento e Coordenação; VII - Divisão de Tecnologia da Informação; VIII - Seção de Concurso; IX - Seção de Comunicação Social; e X - Companhia de Comando e Serviços.
O Comandante (Diretor de Ensino) dispõe de um órgão de assessoramento - Conselho de Ensino (CE/EsPCEx) - de caráter exclusivamente técnico-consultivo para assuntos pertinentes ao ensino, por ele presidido e assim constituído: I - Subcomandante e Subdiretor de Ensino; II - Chefe da Divisão de Ensino; III - Comandante do Corpo de Alunos; IV - Chefe da Divisão de Planejamento e Coordenação; e V - Outros, a critério do Diretor de Ensino. 15
ORGANOGRAMA DA EsPCEx COMANDANTE
CONSELHO DE ENSINO
ASSESSORIA JURÍDICA
SUBCOMANDANTE
DIVISÃO DE ENSINO
DIVISÃO DE PESSOAL
DIVISÃO ADMINISTRATIVA
DIVISÃO DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO
CORPO DE ALUNOS
COMPANHIA DE COMANDO E SERVIÇOS
DIVISÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
SEÇÃO DE CONCURSO
SEÇÃO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
CAPÍTULO II - DA FREQUÊNCIA Art. 41. A frequência do aluno aos trabalhos escolares é obrigatória, sendo considerada ato de serviço. Art. 42. O aluno perde 1 (um) ponto por tempo de aula, de instrução ou de atividades escolares, a que deixar de comparecer ou a que não assistir integralmente, se sua falta for justificada e 3 (três) pontos, se não for justificada, independente das sanções disciplinares cabíveis. § 1º - O aluno perde um máximo de 10 (dez) pontos se deixar de comparecer ou se assistir parcialmente a uma atividade escolar de duração superior a 8 (oito) horas, quando sua falta for justificada, e o triplo de pontos, se não justificada. § 2º - O limite máximo de pontos perdidos, para efeito de exclusão, é fixado anualmente pela EsPCEx e não poderá exceder a 25% do número total de tempos de aula, instruções ou trabalhos escolares previstos. § 3º - O número total de pontos perdidos pelo aluno é publicado, mensalmente, no boletim interno. Art. 43. As condições, as responsabilidades e os procedimentos relativos à apuração da frequência às atividades de ensino são as seguintes: I - salvo motivo imperioso, justificado por escrito, nenhum aluno poderá ser dispensado das atividades de ensino; II - o aluno que chegar atrasado ingressará na atividade (aula ou instrução) e, neste caso, será considerado faltoso, perdendo pontos ou não, de acordo com o estabelecido neste capítulo; III - a responsabilidade pela classificação das faltas justificadas (J), não justificadas (NJ) ou que não acarretem perda de pontos, será do comandante de subunidade, de acordo com a relação de motivos abaixo: a) perderá 1 (um) ponto por tempo de atividade, o aluno que: 1) comparecer à visita médica em caso de urgência ou autorizado; 2) estiver com dispensa por prescrição médica; 16
3) retirar-se da aula, instrução ou formatura, por motivo de doença; 4) comparecer ao Gabinete Odontológico em caso de urgência ou autorizado; 5) comparecer à organização de saúde civil, por prescrição médica ou em caso de urgência; 6) encontrar-se baixado a hospital; 7) encontrar-se doente em casa, fato comprovado por médico; 8) encontrar-se cumprindo punição de prisão fora da Escola; 9) não regressar de licenciamento por motivo justificado pelo Cmt CA; 10) serviço urgente, previsto nas agremiações dos alunos; e 11) outros motivos, a juízo do Cmt CA, considerados como de força maior. b) perderá 3 (três) pontos por cada tempo de atividade, o aluno que se ausentar das atividades sem justo motivo. c) não perderá pontos, o aluno enquadrado nas seguintes atividades: 1) serviço ordinário; 2) serviço extraordinário, escalado ou não em boletim interno, inclusive em repartição da Escola; 3) à disposição da Justiça; 4) dispensado para doação de sangue, por solicitação do médico da Escola e aprovada pelo Cmt CA; 5) dispensado por motivo de luto; 6) em realização de verificação de aprendizagem em 2ª chamada; 7) entrevista na Seção Psicopedagógica; 8) à disposição da Escola, realizando treinamento ou participando de competições; e 9) amparado por motivo de força maior, decidido pelo Comandante da EsPCEx mediante proposta do Cmt CA.
CAPÍTULO III DA HABILITAÇÃO E DA CLASSIFICAÇÃO DOS ALUNOS Art. 44. A habilitação escolar do aluno da EsPCEx é reconhecida levando-se em consideração seu rendimento escolar integral: cognitivo, afetivo, psicomotor e sua aptidão moral. Parágrafo único. O aluno é considerado habilitado ao término de curso quando, além de aprovado no rendimento escolar com nota igual ou superior a 5,0 (cinco vírgula zero) em todas as disciplinas curriculares, for considerado apto moralmente pelo Diretor de Ensino. Art. 45. Ao término do curso há uma classificação geral dos alunos em ordem decrescente do resultado final do rendimento escolar, expresso em nota e menção. § 1º - A classificação geral servirá para destacar os alunos com os melhores resultados em cada disciplina e atividade escolar. § 2º - Não há duplicidade na classificação geral. Em caso de igualdade nos resultados finais, os cálculos serão refeitos, sem arredondamento, adotando-se as decimais necessárias à obtenção da desigualdade. Persistindo, ainda, a coincidência nos resultados finais, a classificação geral obedece à ordem de precedência prescrita no Estatuto dos Militares. § 3º - Ao final do curso, será publicada no BI da Escola a relação dos alunos, em ordem alfabética, constando todos os resultados necessários para fins de confecção do histórico escolar. Art. 46. O aluno é considerado aprovado no terceiro ano do Ensino Médio se obtiver nota de ano (NA) igual ou superior a 5,0 (cinco vírgula zero) em cada uma das disciplinas do Ensino Médio. Parágrafo único. Para fins de ingresso na AMAN, é considerado aprovado o aluno que obtiver NA igual ou superior a 5,0 (cinco vírgula zero) em cada uma das disciplinas da grade curricular. Art. 47. O aluno concludente do curso da EsPCEx estará habilitado ao ingresso na AMAN 17
quando, atendendo o artigo anterior, satisfizer às demais condições estabelecidas na legislação em vigor. Parágrafo único. O concludente do curso, com aproveitamento, habilitado ou não à matrícula na AMAN, fará jus ao Certificado de Conclusão do Ensino Médio e ao Certificado de Reservista de 2ª Categoria. Art. 48. A avaliação da aprendizagem está regulada em normas e instruções setoriais, organizadas de acordo com as condições estabelecidas pelo DEP.
TÍTULO V - DA INCLUSÃO E DA EXCLUSÃO CAPÍTULO II - DO TRANCAMENTO E DO ADIAMENTO DE MATRÍCULA Art. 58. O trancamento de matrícula será concedido ao aluno a pedido, ou ex-officio, somente uma vez e para o ano subsequente, pelo Comandante da EsPCEx, nos termos da legislação específica. Parágrafo único. São motivos para concessão de trancamento de matrícula: I - necessidade do serviço; II - necessidade de tratamento de saúde própria, desde que devidamente comprovada; e III - necessidade particular do aluno, considerada justa pelo Comandante da EsPCEx. Art. 59. O adiamento de matrícula será concedido ao candidato aprovado e classificado no concurso de admissão, a pedido ou ex-officio, uma única vez e para o ano subsequente. § 1º - São motivos para a concessão de adiamento de matrícula: I - necessidade do serviço; e II - necessidade de tratamento de saúde própria, desde que comprovada em Ata de Inspeção de Saúde, se militar, ou por Junta de Inspeção de Saúde, no caso de civil; § 2º - O candidato que obtiver adiamento de matrícula terá a validade do seu concurso prorrogada e será matriculado, independentemente do número de vagas, no início do ano letivo seguinte ao adiamento, desde que satisfaça às demais condições estabelecidas neste Regulamento. § 3º - Os pedidos de adiamento de matrícula deverão ser feitos por meio de requerimento circunstanciado ao Comandante da EsPCEx, acompanhado de documentação comprobatória, se for o caso. O candidato militar deverá remetê-lo por meio de ofício de seu Comandante, Chefe ou Diretor.
CAPÍTULO III - DA EXCLUSÃO, DO DESLIGAMENTO E DA SEGUNDA MATRÍCULA Art. 60. A exclusão do aluno será feita por meio de ato do Comandante da Escola. Art. 61. Será excluído da Escola o aluno que: I - concluir o curso com aproveitamento e for matriculado na AMAN; II - concluir o curso com aproveitamento e requerer seu licenciamento do serviço ativo; III - concluir o curso com aproveitamento e estar inabilitado para o ingresso na AMAN, por encontrar-se no "comportamento insuficiente"; IV - tiver deferido, pelo Comandante, em qualquer época, o seu requerimento de trancamento de matrícula ou de licenciamento do serviço ativo do Exército; V - for reprovado em uma das disciplinas constante da grade curricular; VI - ultrapassar o limite máximo de pontos perdidos previstos neste Regulamento; VII - ingressar no comportamento "mau" ou for licenciado a bem da disciplina; VIII - for considerado, em inspeção de saúde, incapaz para o serviço ativo do Exército ou para o prosseguimento do curso; IX - revelar conduta moral que o incompatibilize com o serviço do Exército ou o prosseguimento do curso, conforme o caso, após julgamento feito na forma prevista na legislação vigente; X - utilizar-se de meios ilícitos na realização de qualquer trabalho escolar; XI - não concluir o curso no ano da matrícula; XII - vier a contrair matrimônio ou a possuir dependentes; ou XIII - falecer. 18
Parágrafo único. As hipóteses previstas nos incisos III, VII, IX e X deste artigo serão apoiadas por meio de sindicância, a fim de assegurar a ampla defesa e o princípio do contraditório. Art. 62. O desligamento do aluno é ato do Comandante da Escola e ocorrerá nos casos de exclusão, quando o aluno não necessitar permanecer adido à Escola. Art. 63. Após excluído, o aluno permanecerá adido nos seguintes casos: I - necessidade do serviço; e II - necessidade de tratamento de saúde própria. TÍTULO VII CAPÍTULO II - DOS DEVERES E DIREITOS Art. 77. São deveres do aluno, além de outros expressos no Estatuto dos Militares: I - assistir, integralmente, a todas as atividades escolares previstas para seu curso; II - dedicar-se ao seu próprio aperfeiçoamento intelectual, técnico, físico e moral; III - contribuir para o prestígio que a EsPCEx desfruta no âmbito do Exército e fora dele; IV - conduzir-se com probidade em todas as atividades desenvolvidas dentro ou fora da Escola; V - empenhar-se em práticas sadias de higiene individual e coletiva; VI - cooperar para a conservação do material e das instalações; VII - empenhar-se com devotamento e zelo na execução de todas as atividades escolares; e VIII - cultivar os preceitos de sã camaradagem e disciplina consciente. Art. 78. São direitos do aluno, além de outros expressos no Estatuto dos Militares: I - solicitar revisão de prova, de acordo com o estabelecido no Regimento Interno; II - recorrer, quando se julgar prejudicado nos trabalhos escolares, à autoridade competente, conforme estabelecido no Regimento Interno; III - reunir-se com outros alunos para organizar, nas instalações da EsPCEx, agremiações de cunho cultural, cívico, recreativo ou desportivo, nas condições estabelecidas ou aprovadas pelo Comandante; IV- receber, gratuitamente, alimentação, alojamento, fardamento, assistência médicoodontológica, ensino e instrução, além da remuneração mensal fixada por lei; V - receber certificado de conclusão do Ensino Médio ao encerrar, com aproveitamento, o curso da Escola, sem considerar o treinamento físico militar e a instrução militar, desde que excluído e desligado; IVI - receber seu histórico escolar, na forma preconizada pelo Ministério da Educação, se excluído e desligado antes do encerramento do curso; VII - após concluir, com aproveitamento, o curso da Escola, ter matrícula assegurada na AMAN, desde que atendidas as prescrições reguladoras da inspeção de saúde e do treinamento físico militar, bem como preencher as demais condições estipuladas no Regulamento da AMAN; VIII - ter o seu tempo de serviço computado, na forma da legislação em vigor; IX - receber, ao ser licenciado das fileiras do Exército, o certificado de reservista de 2ª categoria, desde que cumpra os requisitos previstos em legislação pertinente; X - ser submetido à recuperação de aprendizagem, caso não esteja alcançando o rendimento mínimo previsto; e XI - ser submetido à recuperação de aprendizagem, desde que não atinja o grau mínimo de aprovação, conforme previsto neste Regulamento.
CAPÍTULO III - DO REGIME DISCIPLINAR Art. 79. O aluno da EsPCEx está sujeito ao Código Penal Militar e ao RDE, consideradas as limitações impostas pelas peculiaridades da vida escolar, no que se refere às transgressões disciplinares. § 1º O Regimento Interno da EsPCEx estabelece as regras e normas de aplicação de punições e discrimina as transgressões disciplinares que são peculiares à vida escolar, sem prejuízo do estabelecido nos regulamentos militares. § 2º O Comandante pode, a seu critério, estabelecer que determinadas punições, classificadas como educativas, não influam na classificação do comportamento e nem sejam incluídas nas alterações do aluno. 19
PÁTRIA E SÍMBOLOS NACIONAIS 1) Conceituar Pátria e identificar a importância do amor à Pátria. 2) Identificar e descrever os Símbolos Nacionais. A Pátria é o lugar onde nascemos. A nossa Pátria é o Brasil. Os elementos constitutivos de uma Pátria, são: Território, povo e história. O sentimento de patriotismo é uma virtude que inspira amor à pátria, para honrá-la e servi-la sem medir sacrifícios. Patriota é o que ama com dedicação o país de nascimento e tudo faz para torná-lo forte, respeitado, feliz, próspero, mesmo que para tanto tenha que sacrificar legítimos interesses ou a própria vida na guerra para defendê-lo. A Pátria tem como unidade a família. É pois, a Pátria, a sociedade na qual os indivíduos estão ligados pela raça, língua, religião, tradição, costumes, deveres e direitos.
CONHECENDO OS SÍMBOLOS NACIONAIS Todas as comunidades possuem símbolos que as representam e não poderia ser diferente no Brasil. No dia 18 de setembro, comemoramos o Dia dos Símbolos Nacionais. Mas quais seriam exatamente esses símbolos? A resposta é simples: a Bandeira Nacional, o Hino Nacional, as Armas Nacionais e o Selo Nacional, que são regulamentados pela LEI Nº 5.700, de 1 de Setembro de 1971, que dispõe sobre a forma e a apresentação dos Símbolos Nacionais, e dá outras providências.
BANDEIRA NACIONAL Nossa bandeira foi criada em 19 de novembro de 1889, quatro dias depois da proclamação da República. Ela foi projetada por Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos. O desenho foi feito por Décio Vilares e a inspiração veio da bandeira do Império, desenhada pelo pintor francês Jean-Baptiste Debret, com o círculo azul com a frase positivista "Ordem e Progresso" no lugar da coroa imperial. Cada uma das quatro cores da Bandeira Nacional tem um significado simbólico: o verde simboliza nossas matas, o amarelo é o ouro (representando as riquezas nacionais) e o branco é a paz. O círculo azul representa o céu do Rio de Janeiro com a constelação do Cruzeiro do Sul, às 8h30 de 15 de novembro de 1889, data da Proclamação da República. A única alteração na Bandeira Nacional desde então foi em 1992, quando a Lei No 8.421, de 11 de Maio de 1992, fez com que todos todos os novos estados brasileiros, bem como o Distrito Federal, sejam representados pelas estrelas, bem como estados extintos sejam suprimidos de sua representação.
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HINO NACIONAL Art. 6º O Hino Nacional é composto da música de Francisco Manoel da Silva e do poema de Joaquim Osório Duque Estrada, de acordo com o que dispõem os Decretos nº 171, de 20 de janeiro de 1890, e nº 15.671, de 6 de setembro de 1922, conforme consta dos Anexos nos. 3, 4, 5, 6 e 7.
ARMAS NACIONAIS As Armas Nacionais (ou Brasão Nacional) representam a glória, a honra e a nobreza do Brasil e foram criadas na mesma data que a Bandeira Nacional. As armas são formadas por um escudo redondo sobre uma estrela de cinco pontas e uma espada. Também há, no centro, o Cruzeiro do Sul. Há um ramo de café à esquerda e um de fumo à direita. A data que aparece nas armas é a proclamação da República.
SELO NACIONAL O Selo Nacional será constituído por um círculo representando uma esfera celeste, igual ao que se acha no centro da Bandeira Nacional, tendo em volta as palavras República Federativa do Brasil
APRESENTAÇÃO DOS SÍMBOLOS NACIONAIS Bandeira Nacional Art. 10. A Bandeira Nacional pode ser usada em todas as manifestações do sentimento patriótico dos brasileiros, de caráter oficial ou particular. Art. 11. A Bandeira Nacional pode ser apresentada: I - Hasteada em mastro ou adriças, nos edifícios públicos ou particulares, templos, campos de esporte, escritórios, salas de aula, auditórios, embarcações, ruas e praças, e em qualquer lugar em que lhe seja assegurado o devido respeito. II - Distendida e sem mastro, conduzida por aeronaves ou balões, aplicada sobre a parede ou presa a um cabo horizontal ligando edifícios, árvores, etc. III - Reproduzida sobre paredes, tetos, vidraças, veículos e aeronaves. IV - Compondo, com outras bandeiras, panóplias, escudos ou peças semelhantes. V - Conduzida em formaturas, desfiles, ou mesmo individualmente. VI - Distendida sobre ataúdes até a ocasião do sepultamento. Art. 14. Hasteia-se, obrigatoriamente, a Bandeira Nacional, nos dias de festa ou de luto nacional, em todas as repartições públicas, nos estabelecimentos de ensino e sindicatos. Parágrafo único. Nas escolas Públicas ou particulares é obrigatório o hasteamento solene da Bandeira Nacional, durante o ano letivo, pelo menos uma vez por semana. Art. 15. A Bandeira Nacional pode ser hasteada e arriada a qualquer hora do dia ou da noite. Parágrafo Primeiro - Normalmente faz-se o hasteamento às 8 horas e o arriamento às 18 horas. Parágrafo Segundo - No dia 19 de novembro, Dia da Bandeira, o hasteamento é realizado às 12 horas, com solenidades especiais. Parágrafo Terceiro - Durante a noite a Bandeira deve estar devidamente iluminada. Art. 16. Quando várias bandeiras são hasteadas ou arriadas simultaneamente, a Bandeira Nacional é a primeira a atingir o topo e a última a dele descer. Art. 17. Quando em funeral, a Bandeira fica a meio-mastro ou a meia-adriça. Nesse caso, no hasteamento ou arriamento, deve ser levada inicialmente até o topo e depois arriada até a metade do mastro. 21
Art. 19. A Bandeira Nacional, em todas as apresentações no território nacional, ocupa lugar de honra, compreendido como uma posição: I - Central ou a mais próxima do centro e à direita deste, quando com outras bandeiras, pavilhões ou estandartes, em linha de mastros, panóplias, escudos ou peças semelhantes. II - Destacada à frente de outras bandeiras, quando conduzida em formaturas ou desfiles. III - À direita de tribunas, púlpitos, mesas de reunião ou de trabalho. Parágrafo único. Considera-se direita de um dispositivo de bandeiras a direita de uma pessoa colocada junto a ele e voltada para a rua, para a platéia ou, de modo geral, para o público que observa o dispositivo. Art. 23. A Bandeira Nacional nunca se abate em continência. Hino Nacional Art. 25. Será o Hino Nacional executado: I - Em continência à Bandeira Nacional e ao Presidente da República, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal, quando incorporados; e nos demais casos expressamente determinados pelos regulamentos de continência ou cerimônias de cortesia internacional. II - Na ocasião do hasteamento da Bandeira Nacional. Armas Nacionais Art. 26. É obrigatório o uso das Armas Nacionais: I - No Palácio da Presidência da República e na residência do Presidente da República. II - Nos edifícios-sede dos Ministérios. III - Nas Casas do Congresso Nacional. IV - No Supremo Tribunal Federal, nos Tribunais Superiores e nos Tribunais Federais de Recursos. V - Nos edifícios-sede dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário dos Estados, Territórios e Distrito Federal. VI - Nas Prefeituras e Câmaras Municipais. VII - Na frontaria dos edifícios das repartições públicas federais. VIII -- Nos quartéis das forças federais de terra, mar e ar e das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros. X - Nos papéis de expediente, nos convites e nas publicações oficiais de nível federal. Selo Nacional Art. 27. O Selo Nacional será usado para autenticar os atos de governo e bem assim os diplomas e certificados expedidos pelos estabelecimentos de ensino oficiais ou reconhecidos.
RESPEITO DEVIDO À BANDEIRA NACIONAL E AO HINO NACIONAL Art. 30. Nas cerimônias de hasteamento ou arriamento, nas ocasiões em que a Bandeira se apresentar em marcha ou cortejo, assim como durante a execução do Hino Nacional, todos devem tomar atitude de respeito, de pé e em silêncio, os civis do sexo masculino com a cabeça descoberta e os militares em continência, segundo os regulamentos das respectivas corporações. Art. 31. São consideradas manifestações de desrespeito à Bandeira Nacional, e portanto proibidas: I - Apresentá-la em mau estado de conservação. II - Mudar-lhe a forma, as cores, as proporções, o dístico ou acrescentar-lhe outras inscrições. III - Usá-la como roupagem, reposteiro, pano de boca, guarnição de mesa, revestimento de tribuna, ou como cobertura de placas, retratos, painéis ou monumentos a inaugurar. IV - Reproduzi-la em rótulos ou invólucros de produtos expostos à venda. Art. 32. As Bandeiras em mau estado de conservação devem ser entregues a qualquer Unidade Militar, para que sejam incineradas no Dia da Bandeira, segundo o cerimonial peculiar. Art. 33. Nenhuma bandeira de outra nação pode ser usada no País sem que esteja ao seu lado 22
direito, de igual tamanho e em posição de realce, a Bandeira Nacional, salvo nas sedes das representações diplomáticas ou consulares.
No centro, número igual para cada lado.
a)em mastro, à direita da mesa; b) desfraldadas sobre a cabeça do presidente da mesa.
a direção do centro do dispositivo, esquerda do observador; o lado direito tem sempre uma bandeira a menos.
a) entre edifícios; b) em aeronaves.
a) abater espadas; b) continência individual; c) apresentar armas.
a) no mastro, a meio pau; b) colocada sobre esquifes.
a) posição de descansar; b) ombro armas; c) em continência.
Sempre à frente das demais destacada dois metros adiante; desfraldada, sem mastro; em mastro.
De pé, descoberto, em silêncio, com respeito.
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Em flâmulas, escudos, desenhos e panóplias. Não pode ser menor que as demais, nem ficar encoberta por elas, mesmo parcialmente.
PATRONOS DO EXÉRCITO BRASILEIRO 1) Identificar os patronos das diversas Armas, Quadros e Serviços do Exército. "O termo Patrono, tomado do latim, expressa, no entendimento castrense, a figura do chefe notório, cujo nome, só de ser lembrado, fortalece os espíritos, redobra a coragem, inspira o heroísmo, elimina o abatimento e clareia o mundo".
PATRONO DO EXÉRCITO BRASILEIRO Luís Alves de Lima e Silva - Duque de Caxias (25 Ago 1803 - 07 Mai 1880) Nasceu na Fazenda de São Paulo, Vila de Porto de Estrela, na Baixada Fluminense, RJ. Em 22 de novembro de 1808, assentou praça como cadete no 1º Regimento de Infantaria, ingressando, posteriormente, na Academia Real Militar. Tenente, integrou o recém-criado Batalhão do Imperador e como Ajudante, em 03 Mai 1823 recebeu o batismo de fogo nas lutas pela independência na Bahia, quando pôde revelar qualidades de iniciativa, comando, inteligência e bravura. Participou como Capitão pelo Batalhão do Imperador da Campanha da Cisplatina. Em 02 Dez 1839, já Coronel, passou a encarnar a auréola de Pacificador e Símbolo da Nacionalidade, ao ser nomeado Presidente da Província do Maranhão e Comandante-Geral das Forças em Operações, para debelar a "Balaiada", recebendo após o conflito o título de Barão de Caxias e a promoção a Brigadeiro. Também pacificou São Paulo e Minas Gerais, em 1842, razão por que foi promovido a Marechal-de-Campo graduado. Em fins de 1842, foi nomeado Presidente e Comandante-em-Chefe do Exército em operações no Rio Grande do Sul, para combater a Revolução Farroupilha, e, ao término, foi efetivado como Marechal-de-Campo, eleito Senador pelo Rio Grande do Sul e distinguido com o título de Conde. Em 1851, é novamente nomeado Presidente e Comandante-em-Chefe do Exército do Sul para lutar contra Oribe, no Uruguai, e, logo a seguir, contra Rosas, na Argentina. Vitorioso mais uma vez, foi promovido a Tenente-General e elevado à dignidade de Marquês. Em 16 Jun 1855, foi Ministro da Guerra e, em 1856, Presidente do Conselho de Ministros, ambos pela primeira vez. Em 10 Out 1866, foi nomeado Comandante-em-Chefe das Forças do Império em operações contra as tropas do ditador Lopez, do Paraguai, sendo efetivado no posto de Marechalde-Exército, assumindo, em 10 Fev 1867, o Comando-Geral das forças em operações, em substituição ao General Mitre, da Argentina. Segue-se uma série de retumbantes vitórias, em Itororó, Avaí e Lomas Valentinas, a rendição de Angustura e a entrada em Assunção, quando considerou encerrada a gloriosa Campanha por ele comandada. "Pelos relevantes serviços na Guerra do Paraguai", o Imperador lhe concedeu o título de Duque, em 23 Mar 1869. Caxias foi Ministro da Guerra e Presidente do Conselho de Ministros por mais duas vezes, a última de 1875 a 1878. Faleceu na Fazenda Santa Mônica, nas proximidades do Município de Vassouras - RJ, sendo o seu corpo conduzido para o Rio e enterrado no Cemitério do Catumbi. Hoje, os restos mortais do Patrono do Exército e os de sua esposa jazem no mausoléu defronte do Palácio Duque de Caxias, no Centro do Rio de Janeiro". O inesquecível sociólogo Gilberto Freyre, no reconhecimento das excelsas virtudes do Duque de Caxias, assim se expressou: "Caxiismo não é conjunto de virtudes apenas militares, mas de virtudes cívicas, comuns a militares e civis. Os "caxias" devem ser tanto paisanos como militares. O caxiismo deveria ser aprendido tanto nas escolas civis quanto nas militares. É o Brasil inteiro que precisa dele"... 24
PATRONOS DAS ARMAS BASE DO EXÉRCITO PATRONO DA ARMA DE INFANTARIA Brigadeiro Antônio de Sampaio (24 Mai 1810 - 06 Jul 1866) Nasceu em Tamboril, no sertão do Ceará. Aos vinte anos, alistou-se no 22º Batalhão de Caçadores, na capital da Província, hoje Fortaleza. Recebeu o batismo de fogo em 1832, já furriel (3º sargento), em Icó e São Miguel, contra tropa rebeldes à abdicação de D. Pedro I. Em 1835, combateu no Pará a “Cabanagem” e de 1839/41, já tenente e sob as ordens de Caxias, a “Balaiada”, no Maranhão, quando participou de 50 combates, dos quais comandou 46, proeza que lhe valeu a promoção a capitão. Em 1848, teve ação decisiva no extermínio da Revolução Praieira, em Pernambuco, participando, a seguir, da memorável Batalha de Monte Caseros, em 1852, que marcou o fim de Rosas, o algoz dos argentinos. Em 1864, já coronel, na guerra contra Aguirre, no Uruguai, comandou uma das brigadas que fizeram capitular Paissandú. No início de 1865, após o sítio e redenção de Montevidéu, foi o primeiro a pisar o seu solo, à testa dos seus comandados e já Brigadeiro, promovido que fora dias antes. Seguir-se-iam os feitos gloriosos contra o ditador Lopes, do Paraguai, à frente da sua 3ª Divisão, a célebre “Encouraçada “, entre eles a transposição do Rio Paraná e as Batalhas da Confluência e do Estero Bellaco, culminando na de Tuiuti, a maior batalha campal da América do Sul, no dia do seu aniversário, e onde, ferido já duas vezes, prosseguiu pelejando com habitual desassombro até que, ao receber o terceiro balaço, não mais resistiu. Faleceu 43 dias depois e foi sepultado em Buenos Aires com todas as honras, lá permanecendo seu corpo até 1869, quando foi repatriado para o Rio de Janeiro e, depois, para a capital cearense. Recentemente, em 24 de Maio de 1996, seu restos mortais passaram a repousar em mausoléu erigido defronte da sede da 10ª Região Militar.
O PATRONO DA CAVALARIA Marechal de Exército Manuel Luís Osório (10 Mai 1808 - 04 Out 1879) Gaúcho, nascido na vila que hoje é o Município de Osório. Com apenas 15 anos, recebia o batismo de fogo, no arroio Miguelete, diante de tropas portuguesas. Aos 17 anos, já alferes, destaca-se em combate junto ao arroio Sarandi contra tropa de Lavalleja. Aos 19 anos, já como 1º Tenente, possuia quatro anos em campanha, com lutas em vários combates e duras batalhas. Participou praticamente de toda a Guerra dos Farrapos (1835/45), onde chegou a tenente-coronel, promoção esta recomendada por Caxias. Voltou à Bagé no comando do regimento em que servira como subalterno. Na luta contra o ditador Rosas, seus feitos à frente do regimento, na batalha de Monte Caseros, levaram Caxias, de novo, a solicitar a sua promoção a coronel, em 1852. Comandou durante três anos a Fronteira de São Borja (Missões), quando foi promovido a brigadeiro. Em 1º de Março de 1865, assumiu o comando do 1º Corpo do Exército Brasileiro na guerra com o Paraguai e, logo depois, promovido a Marechalde-Campo. Em 16 de Abril de 1866,à frente de 10.000 homens, bate as tropas paraguaias no Passo da Pátria, em Estero Bellaco e, finalmente, em Tuiuti. A nomeação de Caxias como comandante único das forças brasileiras, em 1866, marcou a volta de Osório à guerra, desta feita a testa do recém-criado 3º Corpo e com o qual penetra na fortaleza de Humaitá para depois, na batalha de Avaí, vir a ser ferido gravemente e ser obrigado a retirar-se da luta. No entanto ainda enfermo, e a instâncias do Conde d'Eu, voltou ao comando do 1º Corpo, participando, em 1869, do assalto e captura da praça forte de Peribebuí. Foi elevado à dignidade de Marquês do Herval pouco antes do fim da Guerra do Paraguai, escolhido senador pelo seu Estado e Ministro da Guerra em 1878. Seus restos mortais repousam hoje no magnífico Parque Histórico criado para homenageá-lo, exatamente no local onde nasceu. 25
PATRONOS DAS ARMAS DE APOIO DO EXÉRCITO PATRONO DA ARMA DE ARTILHARIA Marechal de Exército Emílio Luís Mallet (10 Jun 1801 - 02 Jan 1866) Emílio Luís Mallet nasceu a 10 de junho de 1801, em Dunquerque, França. Veio para o Brasil em 1818, fixando-se no Rio de Janeiro. Alistou-se a 13 de novembro de 1822, assentando praça como 1o cadete. Iniciou, assim, uma vida militar dedicada inteiramente ao Exército e ao Brasil. Em 1823 matriculou-se na Academia Militar do Império. Como já possuía os cursos de Humanidade e Matemática, foilhe dado acesso ao de Artilharia. Nesse mesmo ano, jurou a Constituição do Império, adquirindo nacionalidade brasileira. Comandava Mallet a 1a Bateria do 1o Corpo de Artilharia Montada quando seguiu para a Campanha Cisplatina. Recebeu seu batismo de fogo e assumiu o comando de quatro baterias. Revelou-se soldado de sangue frio, valente, astuto. Fez-se respeitado por sua tropa, pelos aliados e pelos inimigos. Combateu ainda na Guerra dos Farrapos, como comandante de uma bateria a cavalo; e como comandante do 1o Regimento de Artilharia a Cavalo, em operações na Campanha do Uruguai e na Campanha da Tríplice Aliança. A artilharia de Mallet, em Passo da Pátria, Lomas Valentinas, Peribebuí, Itororó, Avaí, Campo Grande, Tuiuti e no cerco à fortaleza de Humaitá, fez o inimigo sentir o valor do soldado brasileiro. Na Campanha das Cordilheiras, fase final da Guerra da Tríplice Aliança, foi Mallet o comandante-chefe do Comando Geral de Artilharia do Exército. Finda a campanha, já tendo ascendido ao posto de brigadeiro, retornou ao Rio Grande do Sul. A 18 de janeiro de 1879 foi promovido a marechal-de-campo e a 11 de outubro de 1884 a tenentegeneral. Recebeu, ainda, a 28 de dezembro de 1878, o título de Barão de Itapevi. Paradigma de chefe idôneo, espírito reto e ordeiro, caráter impoluto e dinâmico, Mallet tornou-se o Patrono da Arma dos tiros densos, longos e profundos.
PATRONO DA ARMA DE ENGENHARIA Tenente Coronel João Carlos de Vilagran Cabrita (30 Dez 1820 - 10 Abr 1866) Embora nascido em Montevidéu, é considerado brasileiro, porquanto, na época, a então Província Cisplatina integrava o nosso território. Ingressou no Exército em 13 Jan 1840, reconhecido Cadete de 1ª classe logo depois. Bacharel em Matemática e Ciências Físicas, esteve no Paraguai como 1º Tenente, para instruir oficiais do exército daquele país, além de projetar e construir a Fortaleza de Humaitá, aquela que, mais tarde, tantos transtornos viria causar às nossas tropas. Regressou ao Brasil em 1852, sendo promovido a capitão. Passou, depois, a participar da criação do nosso 1º Batalhão de Engenharia, necessidade sentida desde a guerra contra Oribe e Rosas. Eclodida a guerra com o Paraguai, o Batalhão recebeu ordem de seguir para o teatro de operações e, em Ago 1865, então o Major Cabrita assumiu o comando do Batalhão e, em Mar 1866, era promovido a Tenente-Coronel, permanecendo à testa da sua unidade até a morte. Para as tropas aliadas, a travessia do rio Paraná impunha-se com urgência e coube ao Batalhão de Cabrita, com os seus 900 bravos, desembarcar na linha de Redenção, situada a meio do rio, defronte do Forte de Itaperu. Na manhã de 06 Abr 1866, estava a ilha ocupada e pronta para a defesa, à espera do revide inimigo, naquele que seria o primeiro confronto do Exército de Osório com as forças de Lopes. A grande vitória brasileira, custou, contudo, a vida do herói, vitimado por uma bala de canhão inimigo quando, a bordo de um lanchão ancorado na ilha, redigia a parte do combate. Morreu com apenas 46 anos de idade, 26 dos quais dedicados exclusivamente ao Exército. A Arma de Engenharia comemora anualmente o dia 10 de abril, não a data de nascimento do seu ilustre Patrono, mas aquela em que ele nasceu para ingressar na História. 26
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PATRONO DO QUADRO DE MATERIAL BÉLICO Tenente-General Carlos Antônio Napion (30 Out 1757 - 27 Jun 1814) Nasceu em Turim, na Itália. Aos 15 anos era cadete do Corpo Real de Artilharia, iniciando notável carreira de militar e engenheiro em sua terra, com dedicação especial à Química e à Metalurgia, assuntos nos quais se projetou com a publicação de diversas obras didáticas e livros técnicos. Em 1800, mediante contrato, passou a servir ao Exército de Portugal, onde, em 1807, ostentava as insígnias de brigadeiro, nomeado Inspetor do Arsenal Real do Exército e Diretor do Laboratório de Instrumentos de Lisboa. Pelas virtudes de administrador, pesquisador, mestre e escritor, foi escolhido pelo Príncipe Regente para integrar a sua comitiva quando da transmigração da família real para o Brasil, em 1808. Foi logo promovido a marechalde-campo graduado, nomeado Inspetor Geral de Artilharia e incumbido de criar e inspecionar a Fábrica Real de Pólvora, às margens da lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, a qual, posteriormente, seria transferida para Raiz da Serra, como a Fábrica Estrela atual. Como Inspetor, ampliou a Fábrica de Armas do morro da Conceição e melhorou todas as fortificações então existentes. Em 13 de Maio de 1810, foi efetivado no posto de tenente-general. Foi vogal e conselheiro de guerra do Conselho Supremo Militar, criado por D. João em 1º de Abril de 1808. Em 1811, foi Inspetor Geral da Real Junta da Fazenda dos Arsenais, Fábricas e Fundições e, em 1812, Inspetor e Fiscal de Real Fábrica de Ferro São João de Ipanema, em São Paulo. Reorganizou a antiga Casa do Trem, transformando-a no Arsenal Real do Exército, futuro Arsenal de Guerra do Rio. E assim, por ter planejado, organizado e dirigido as primeiras fábricas de Material Bélico no Brasil, implantando a Indústria Militar em nosso País, foi instituído Patrono do nosso Quadro de Material Bélico. Seus restos mortais estão sepultados no Convento de Santo Antônio, no Rio de Janeiro.
PATRONO DO QUADRO DE ENGENHEIROS MILITARES Coronel Ricardo Franco de Almeida Serra (1748 - 21 Jan 1809) Nascido em Portugal, ingressou na Academia Militar da Corte em 1762, concluindo os cursos de Infantaria e Engenharia em 1766. À disposição do Quadro-Mestre-General, trabalhou ininterruptamente, por mais de dez anos, no levantamento de rios, cidades, povoados, campos, minas de carvão, etc. Veio para o Brasil em 1780, chefiando a terceira partida de Demarcação dos Limites na América, representando o Reino de Portugal. Iniciou então as ações que viriam a consagrá-lo como soldado e engenheiro e que contribuíram decisivamente para a consolidação do espaço territorial brasileiro. Dentre as suas principais realizações pode-se citar o mapeamento das Capitanias do Grão-Pará, de São José do Rio Negro e de Mato Grosso, além de inúmeros rios na Região Norte e Centro-Oeste. Em 1787, projetou e construiu o quartel dos Dragões de Vila Bela, no atual Estado de Mato Grosso, e, como tenente-coronel, concluiu as obras do Forte Príncipe da Beira e promoveu a construção do Forte Coimbra, obras magníficas que reafirmam, ainda hoje, o valor técnico e profissional do grande soldado. Em 1801, no comando do Forte Coimbra, à frente de reduzido efetivo, conduziu heróica resistência contra o ataque de forças espanholas, muito superiores em número de homens, que ainda alimentavam sonhos de expansão territorial. Em 1804, chegou a Mato Grosso a notícia de sua promoção a coronel, decretada em Lisboa em 11 de julho de 1803. Em 28 de março de 1808, em virtude da vinda da família real para o Brasil, foi designado, pela segunda vez, para o comando da Fronteira Sul e do Forte Coimbra. Veio a falecer, aos 61 anos, precisamente no comando do Forte que havia construído e que ajudara a defender e que permaneceria como paradigma de sua competência, dedicação, bravura e amor ao Brasil. 28
PATRONO DO SERVIÇO DE SAÚDE General de Brigada Médico João Severiano da Fonseca (27 Mai 1836 - 07 Nov 1897) Eram dez irmãos, duas mulheres e oito homens, todos eles militares de escol, três deles tendo morte gloriosa na Guerra do Paraguai. Nasceu João Severiano na velha cidade de Alagoas, hoje Marechal Deodoro, homenagem ao irmão, o Proclamador da República e seu 1º Presidente. Concluiu o Curso Médico na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1858, e ingressou no Exército Imperial em 29 de janeiro de 1862, como 2º Cirurgião Tenente. De 1864 a 1870, participou da Campanha do Uruguai e esteve presente em toda a campanha da Tríplice Aliança, prestando sempre inestimáveis serviços médicos. Foi alvo de repetidos elogios, pelo zelo, competência profissional e senso humanitário, razão por que, merecidamente, foi promovido a Capitão. De volta à Pátria , foi designado para servir no Hospital Militar da Guarnição da Corte. Em 1875, integrou, como médico, a Comissão de Limites com a Bolívia, rumando para Corumbá e regressando três anos depois, para ser reintegrado no mesmo Hospital, ao qual serviria por mais de 14 anos e que, hoje, é o Hospital Central do Exército. Serviu também no Hospital Militar do Andaraí. Foi o primeiro médico militar a ser membro efetivo da Academia Imperial de Medicina. A República vai encontrá-lo na direção interina do Hospital Militar da Corte e como professor da cadeira de Ciências Físicas e Naturais do Imperial Colégio Militar, recém-instalado. Como Coronel, exerceu as funções de Inspetor do Pessoal do Serviço Sanitário e, em 04 de Outubro de 1890, efetivado no posto de General-de-Brigada, assumiu a Inspetoria Geral do Serviço Sanitário, atual Diretoria de Saúde. Tomou assento, em 1890, no Conselho Supremo Militar de Justiça e, no ano seguinte, foi eleito Senador. Foi Membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e de diversas associações culturais do Brasil e do exterior, distinguindo-se como poeta, escritor, historiador e naturalista. Faleceu na Capital da República.
PATRONO DO SERVIÇO DE VETERINÁRIA Tenente-Coronel Médico João Muniz Barreto de Aragão (17 Jun 1874 - 16 Jan 1922) Nasceu em Santo Amaro, na Bahia. Prestes a diplomar-se na Faculdade de Medicina do Estado, interrompeu o curso para prestar serviços em Canudos, onde a escassez de médicos era sensível. Regressou do sertão baiano em fins de 1897 e prosseguiu os estudos diplomando-se a seguir. Em 07 de dezembro de 1900 foi nomeado médico adjunto do Exército, indo exercer suas funções em Florianópolis, SC, lá permanecendo até 1901. Ingressou, mediante concurso, no quadro médico do Corpo de Saúde do Exército em 23 de abril de 1901, sendo nomeado 1º Tenente. Exerceu comissões no Hospital Central do Exército, em Nioaque, na Fortaleza de Santa Cruz, no Forte de Imbuí e na Escola Militar e, em 1904, foi designado para o Laboratório de Microscopia Clínica e Bacteriológica, hoje Instituto de Biologia do Exército. Lá, sentiu ele a necessidade de uma escola na qual o Exército pudesse formar veterinários capazes de debelar os males que vinham assolando os seu rebanhos. A criação da Escola de Veterinários do Exército tornou-se então uma idéia fixa, que somente veio a se concretizar em 17 Julho de 1914, depois de longo tempo de estudos e lutas, com a vinda, inclusive, de profissionais franceses, contratados para reforçar o incipiente corpo docente. Pouco depois, já Major, fundou a Sociedade Médico-Cirúrgica Militar, da qual foi presidente. No final de 1917, teve o prazer de assistir à formatura da primeira turma de veterinários do Brasil. Tenente-Coronel promovido em 1919, foi nomeado diretor da escola que idealizara e criara, dedicando-se desde logo à construção do novo edifício em que seria instalada. Já em 1906, fora empossado membro titular da Academia Nacional de Medicina. No Ministério da Agricultura, organizou e criou, em 1910, o Serviço de Defesa Sanitária Animal e foi o seu primeiro dirigente. Era Inspetor do Serviço Veterinário do Exército quando veio a falecer, vítima de fulminante síncope cardíaca, com apenas 48 anos de idade. 29
PATRONO DO MAGISTÉRIO MILITAR Marechal Roberto Trompovski Leitão de Almeida (08 Fev 1853 - 02 Ago 1926) Nasceu em Desterro, Santa Catarina. Assentou praça em 29 de dezembro de 1869, com destino à Escola Militar. Em 1876, 1º tenente recebeu o grau de Doutor em Ciências Físicas e Matemáticas, sendo nomeado repetidor da 1ª cadeira do 1º ano da Escola Militar; como capitão, foi repetidor e assistente da cadeira de Analítica e Cálculo do mestre Benjamim Constant e, em 1889, catedrático da 1ª cadeira do 1º ano de Infantaria e Cavalaria. Exerceu, em 1894, o comando interino do Colégio Militar e, em 1897, o da Escola Militar. De 1905 a 1907, designado pelo Barão de Rio Branco, foi adido militar junto as legações brasileiras na Grã-Bretanha, Suíça e Itália, bem como Delegado Técnico na Conferência Internacional de Paz, em Haia, em 1906, assessorando Rui Barbosa. Em 1915, foi nomeado Inspetor do Ensino Militar, quando foi promovido a generalde-divisão. Em 08 de fevereiro de 1919, ao completar 66 anos, foi reformado no posto de Marechal.
PATRONO DO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS 1º Tenente Antônio João Ribeiro (24 Nov 1823 - 29 Dez 1864) Nasceu na vila de Poconé, em Mato Grosso. Assentou praça, como voluntário, em 06 de março de 1841 e foi promovido, sucessivamente, a cabo, 2º sargento, 1º sargento, sargento-ajudante, alferes e tenente, esta última promoção em 1860, às vésperas de completar 20 anos de serviço. Permaneceu durante quase todo esse tempo, em Mato Grosso, no comando de diversos destacamentos e no desempenho continuado de missões de campo, diligências, batidas a índios e tarefas similares, quase sempre ao longo da fronteira, conhecida por ele como a palma de sua mão. Sua última comissão, de 17 de fevereiro de 1862 a 29 de dezembro de 1864, foi a de Comandante da Colônia Militar de Dourados, onde veio a morrer heroicamente, à frente de apenas 14 homens, ao se negar a rendição diante do ataque de mais de 200 paraguaios. É dele a frase que o imortalizou: “Sei que morro, mas o meu sangue e o de meus companheiros servirá de protesto solene contra a invasão do solo da minha Pátria”.
PATRONO DO SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA RELIGIOSA Capitão Capelão Antônio Alvares da Silva - Frei Orlando (13 Fev 1913 - 20 Fev 1945) Natural de Morada Nova, município de Abaeté, em Minas Gerais, iniciou os estudos humanísticos no Colégio dos Fransciscanos, em Divinópolis, concluindo-os na Holanda. Regressou à Pátria em 1935 e ordenou-se em 24 de outubro 1937, sendo destacado para o Colégio Santo Antônio, em São João del Rei. Apresentou-se como voluntário para seguir com a Força Expedicionária Brasileira para a Itália e, em 13 de julho de 1944, foi nomeado capitão capelão com exercício no II Batalhão do 11º Regimento de Infantaria. Integrando o 2º escalão da FEB, aportou em Nápoles em 06 de outubro de 1944. Os inestimáveis serviços prestados às tropas do Regimento Tiradentes, duraram apenas sete meses e uma semana, porquanto veio a falecer na linha de frente em acidente na rodovia de Bombiana. Seu corpo foi inumado no cemitério de Pistóia e, em fins de 1960, junto ao de centenas de outros heróis, transladado para o Monumento Nacional dos Mortos da 2ª Guerra Mundial, no Rio de Janeiro. 30
PATRONO DO QUADRO COMPLEMENTAR DE OFICIAIS
Maria Quitéria de Jesus, a mulher-soldado, nasceu em São José de Itapororocas, no ano de 1797, na antiga Província da Bahia. Em 1822, o Recôncavo Baiano lutava contra o dominador português. A necessidade de efetivos fez com que a Junta Conciliadora de Defesa, sediada em Cachoeira-BA, conclamasse os habitantes da região a se alistarem para combater os portugueses. Maria Quitéria, uma humilde sertaneja baiana, atendeu ao chamado, motivada pelos ideais de liberdade que envolviam seus conterrâneos. Com o uniforme de um cunhado, incorporou-se inicialmente ao Corpo de Artilharia. O seu batismo de fogo ocorreu em combate na foz do Rio Paraguaçu, ocasião em que ficou evidenciado seu heroísmo invulgar e sua real identidade. Depois de encerrada a guerra, a heroína recolheu-se ao silêncio do lar, falecendo no dia 21 de agosto de 1853, num "doloroso anonimato". Finalmente, em 28 de junho de 1996, Maria Quitéria de Jesus passou a ser reconhecida como Patrono do Quadro Complementar de Oficiais.
PATRONO DO SERVIÇO MILITAR
ESCUDO DO EXÉRCITO BRASILEIRO 31
POSTOS E GRADUAÇÕES 1) Identificar os postos e graduações do Exército, da Marinha, da Aeronáutica e das Polícias Militares e sua correspondência. 2) Identificar os distintivos dos postos e graduações em diferentes uniformes. 3) Descrever a situação hierárquica do Aluno.
ESCALA HIERÁRQUICA NAS FORÇAS ARMADAS OFICIAIS Hierarquização
Exército
Marinha
Oficiais Generais
General-de-Exército General-de-Divisão General-de-Brigada
Almirante-de-Esquadra Vice-Almirante
Oficiais Superiores
Coronel Tenente-Coronel Major
Oficiais Subalternos
Contra-Almirante Capitão-de-Mar-e-Guerra Capitão-de-Fragata Capitão-de-Corveta
Capitão
Oficiais Intermediários
Aeronáutica
Primeiro-Tenente Segundo-Tenente
Tenente-Brigadeiro-do-Ar Major-Brigadeiro-do-Ar Brigadeiro Coronel Tenente-Coronel Major
Capitão-Tenente
Capitão
Primeiro-Tenente Segundo-Tenente
Primeiro-Tenente Segundo-Tenente
PRAÇAS ESPECIAIS Exército
Marinha
Aeronáutica
Aspirante-a-Oficial Cadete (Aluno da AMAN) Aluno (Aluno da EsPCEx)
Guarda-Marinha Aspirante da EN
Aspirante-a-Oficial Cadete da AFA Aluno da EPCAr
Aluno do CN
Aluno do Centro de Alunos dos Orgãos de Instrução de Oficiais da Aluno do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva da Marinha Preparação de Oficiais Reserva (NPOR, CPOR) da Reserva (CIORM)
Observação: Para efeitos hierárquicos, os alunos da EsPCEx, EPCAr e Colégio Naval são equiparados a 3º Sargento, sobre o qual tem precedência. PRAÇAS Hierarquização Suboficiais, Subtenentes e Sargentos
Cabos e Soldados
Exército
Marinha
Aeronáutica
Subtenente Primeiro-Sargento
Suboficial Primeiro-Sargento
Suboficial Primeiro-Sargento
Segundo-Sargento
Segundo-Sargento
Segundo-Sargento
Terceiro-Sargento
Terceiro-Sargento
Terceiro-Sargento
Cabo e Taifeiro-mor
Cabo
Soldado e Taifeirode-primeira-classe Soldado-recruta e Taifeirode-segunda-classe
Marinheiro-especializado
Cabo e Taifeiro-mor Soldado-primeira-classe e Taifeiro-primeira-classe Soldado-segunda-classe e Taifeiro-segunda-classe
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Marinheiro Marinheiro-recruta
DISTINTIVOS DOS POSTOS E GRADUAÇÕES DISTINTIVOS DOS POSTOS E GRADUAÇÕES
Posição das insígnias metálicas
Posição das insígnias plastificadas 33
Capitão
1º Ten
Asp Of
Subtenente
Major
2º Ten
1º Sgt
Cb 3º Sgt 2º Sgt Postos e graduações da PM - CBM
comprimento
Ten Cel
4/5 do comprimento
Coronel
Posição das insígnias na japona
INSÍGNIAS DE ARMAS, QUADROS E SERVIÇOS DO EXÉRCITO BRASILEIRO
INFANTARIA
CAVALARIA
QUADRO QUADRO AUXILIAR DE COMPLEMENTAR DE OFICIAIS (QCO) OFICIAIS (QAO)
MÉDICO
ARTILHARIA
ASSISTÊNCIA RELIGIOSA
MÚSICO
FARMACÊUTICO
ENGENHARIA COMUNICAÇÕES
DENTISTA
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INTENDÊNCIA
VETERINÁRIA
MATERIAL BÉLICO
ENGENHEIRO MILITAR
ENFERMAGEM
UNIFORMES 1)Citar as condições de uso dos uniformes. 2)Descrever as peças componentes dos diferentes uniformes em uso no Exército e as condições de uso previstas no RUE. 3)Descrever os uniformes previstos para a EsPCEx e sua utilização. 4)Identificar os diferentes tipos de uniformes em uso no Exército Brasileiro.
UNIFORMES DO EXÉRCITO O REGULAMENTO DE UNIFORMES DO EXÉRCITO (RUE) contém as prescrições sobre os uniformes do Exército Brasileiro, peças complementares, insígnias, distintivos e condecorações, regulando sua posse, composição, uso e descrição geral. Art. 2º O uso correto dos uniformes é fator primordial na boa apresentação individual e coletiva do pessoal do Exército, contribuindo para o fortalecimento da disciplina e do bom conceito da Instituição perante a opinião pública. Art. 3º Constitui obrigação de todo militar zelar por seus uniformes, pela correta apresentação de seus subordinados e dos que lhe são de menor hierarquia. Art. 4º Os uniformes de que trata o presente Regulamento constituem privilégio absoluto do Exército, sendo privativos da Força na cor cinza, nas tonalidades clara e escura, na cor verdeoliva e na padronagem camuflada em suas específicas tonalidade e saturação. § 1º É expressamente proibido o uso de uniformes e peças complementares por pessoas não autorizadas. § 3º É expressamente proibido o uso, por qualquer pessoa, de peças de uniformes junto com trajes civis. Art. 5º É proibido alterar as características dos uniformes, bem como sobrepor, aos mesmos, peças, insígnias ou distintivos, não previstos neste Regulamento. É admitido o uso de: I - crachá de identificação, quando exigido pela segurança orgânica, no âmbito do órgão considerado; e II - telefone celular com capa preta, preso ao cinto, no lado esquerdo, exceto nos uniformes 1º, 2º e 3º A, pelo militar isolado. Art. 6º É vedado ao militar brasileiro o uso de peças ou uniformes de forças armadas estrangeiras, exceção feita para as condecorações e distintivos devidamente autorizados. § 6º DO Art. 8º o Chefe do Departamento-Geral do Pessoal pode autorizar, em caráter excepcional, o uso de uniformes pelos militares da reserva remunerada, quando estiverem nomeados Prestadores de Tarefa por Tempo Certo (PTTC). Art. 11. Os uniformes dos Cadetes, Alunos dos Centros e Núcleos de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR e NPOR), do Instituto Militar de Engenharia (IME), da Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), Alunos de Escolas de Formação de Sargentos, Cabos, Taifeiros, Soldados, Atiradores de Tiros-de-Guerra (TG) e Alunos gratuitos órfãos dos Colégios Militares são fornecidos pelo Exército.
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UNIFORMES BÁSICOS DO ALUNO Uniforme 1º EsPCEx a) posse obrigatória para Aluno da EsPCEx b) composição: 1. quepe azul-ferrete 2. túnica branca 3. colarinho simples branco 4. camisa branca de colarinho simples 5. calça azul-ferrete 6. cinto azul-turquesa sem talim 7. cinto de náilon verde-oliva corri fivela dourada 8. meia de náilon preta e sapato preto 9. insígnias correspondentes aos postos ou graduações c) uso em atos sociais e solenidades
Uniforme 2º EsPCEx a) posse obrigatória para Oficial do Corpo de Alunos, Aluno e integrante da banda de música da EsPCEx. b) composição: 1. quepe azul-ferrete 2. túnica branca 3. colarinho simples branco 4. camisa branca de colarinho simples 5. calça azu1-ferrete 6. cinto azul-turquesa sem talim 7. porta-sabre azul-turquesa 8. cinto de náilon verde-oliva com fivela dourada 9. luva branca de suedine 10. meia de náilon preta, sapato preto e polaina branca 11. insígnias correspondentes aos postos ou graduações c) uso em guardas de honra, paradas, desfiles, formaturas e solenidades.
Uniforme 3º A a) posse obrigatória para Oficial, Cadete, Aluno da EsPCEx, Subtenente e Sargento; b) composição: 1. boina ou quepe determinado; 2. túnica verde-oliva; 3. camisa bege manga comprida; 4. gravata bege; 5. calça verde-oliva; 6. cinto de náilon verde-oliva com fivela dourada; 7. meia de náilon preta e sapato preto; c) uso em trânsito, apresentações individuais ou coletivas e, em cerimônias, reuniões e atos sociais em que seja exigido traje passeio completo aos civis; 36
Uniforme 3º B1 a) posse obrigatória para Oficial, Praça e Aluno; b) composição: 1. boina; 2. blusão verde-oliva; 3. camisa bege manga comprida para Oficial, Aluno; 4. gravata bege; 5. calça verde-oliva; 6. cinto de náilon verde-oliva com fivela dourada; 7. coturno e, excepcionalmente, sapato preto; c) uso: 1. principalmente em formaturas e desfiles; 2. em trânsito e apresentações individuais e coletivas; 3. em solenidades e atos sociais quando determinado;
Uniforme 3º C1 a) posse obrigatória para Oficial, Praça e Aluno; b) composição: 1. boina ou quepe verde-oliva conforme seja determinado; 2. camisa bege manga comprida; 3. gravata bege; 4. calça verde-oliva; 5. cinto de náilon verde-oliva com fivela dourada; 6. meia de náilon preta e sapato preto; c) uso: 1. em atividades internas das OM, exceto em solenidades oficiais; 2. com suéter de lã verde-oliva em atividades internas das OM e, em trânsito, no deslocamento do quartel para residência ou viceversa; 3. com japona de passeio ou jaqueta verde-oliva quando em trânsito ou atividades externas; Uniforme 3º C2 a) posse obrigatória para Oficial, Praça e Aluno; b) composição: 1. boina; 2. camisa bege manga comprida; 3. gravata bege; 4. calça verde-oliva; 5. cinto de náilon verde-oliva com fivela dourada; 6. coturno; c) uso: idem ao 3º C1.
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Uniforme 3º D1 a) posse: 1.posse obrigatória para Oficial, Praça e Aluno; b) composição: 1. boina; 2. camisa bege meia-manga; 3. camiseta meia-manga bege (opcional); 4. calça verde-oliva; 5. cinto de náilon verde-oliva com fivela dourada; 6. meia de náilon preta e sapato preto; c) uso em trânsito, atividades internas das OM, atividades externas, apresentações individuais ou coletivas e, quando determinado, em solenidades e atos sociais em que seja permitido traje esporte aos civis;
Uniforme 3º D2 a) posse obrigatória para Oficial, Praça e Aluno; b) composição: 1. boina; 2. camisa bege meia-manga; 3. camiseta meia-manga bege (opcional); 4. calça verde-oliva; 5. cinto de náilon verde-oliva com fivela dourada; 6. coturno; c) uso: 1. em trânsito, atividades internas das organizações militares, atividades externas, apresentações individuais ou coletivas e, quando deter-minado, em solenidades e atos sociais em que seja permitido traje esporte aos civis;
Uniforme 4º A1 a) posse obrigatória para Oficial, Praça e Aluno; b) composição: 1. boina, gorro com pala camuflado, gorro com pala colorido, gorro de selva ou chapéu tropical camuflado conforme seja determinado; 2. blusa de combate camuflada; 3. camiseta meia-manga camuflada; 4. calça camuflada; 5. cinto de náilon verde-oliva com fivela preta; 6. coturno; c) uso em instrução, serviço em campanha, serviço interno, atividades diárias, formaturas e combate;
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Uniforme 4º B1 a) posse obrigatória para Oficial e Praça. b) composição: 1. boina, gorro com pala camuflado, gorro com pala colorido, gorro de selva ou chapéu tropical camuflado conforme seja determinado; 2. camiseta meia-manga camuflada; 3. calça camuflada; 4. cinto de náilon verde-oliva com fivela preta; 5. coturno. c) uso em instrução, serviço em campanha, serviço interno e atividades diárias.
Uniforme 5º A a) posse obrigatória para Oficial e Praça. b) composição: 1. camiseta sem manga branca; 2. calção para treinamento físico; 3. meia branca; 4. sapato tipo tênis preto; 5. uso facultativo com o gorro com pala verde-oliva no uniforme 5º A para Oficial e Praça. c) uso: 1. treinamento físico militar; 2. atividades internas das organizações militares; 3. atividades individuais; e 4. atividades esportivas onde os militares estejam cumprindo a rotina diária da OM. Uniforme 5º B a) posse obrigatória para Oficial e Praça. b) composição: 1. blusa de combate camuflada ou blusa de serviço camuflada conforme seja determinado; 2. calça camuflada; 3. cinto de náilon verde-oliva com fivela preta; 4. meia branca; 5. sapato tipo tênis preto; c) uso em pista de aplicações militares.
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Uniforme 5º C a) posse obrigatória para Oficial e Praça. b) composição: 1. calção de banho preto; 2. sandália de borracha preta; 3. roupão de banho branco (opcional). c) uso em natação.
Uniforme 5º D a) posse obrigatória para Oficial e Praça. b) composição: 1. camisa meia-manga camuflada; 2. calção para treinamento físico; 3. meias verdes; e 4. sapato tipo tênis preto. c) uso facultativo, em atividades internas de faxina e de serviços gerais, nas Organizações Militares.
Outras Peças I - agasalho verde-oliva para treinamento físico a) posse obrigatória nas regiões de clima frio e facultativa nas demais. b) usado com os uniformes 5ºA e 5ºC. II - capuz de lã verde-oliva. a) posse obrigatória para regiões de clima frio. b) usado com os 4º uniformes básicos masculinos e femininos. III - ceroula. a) a posse da ceroula obedece às seguintes prescrições: 1. facultativa para Oficiais, Subtenentes, Sargentos e Alunos; 2. obrigatória para Cabo e Soldado em região de clima frio. b) usada como roupa de baixo.
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CONDUTA DO ALUNO 1) Identificar a conduta do Aluno da EsPCEx no meio civil, em locais públicos, em outras OM.
MEIO CIVIL 1. Não procure apertar a mão de todas as pessoas presentes. Se os donos da casa oferecerem a mão, dê a sua e faça uma cortesia às outras pessoas. 2. Não ofereça, em caso algum, a mão a senhoras, porque a iniciativa deve partir delas. Pelo mesmo princípio, não ofereça a mão a pessoas de mais idade ou de posição superior à sua. 3. Não seja reservado, frio ou distraído. Por outro lado, não se mostre muito expansivo. As maneiras afáveis e calmas são sempre as melhores. 4. Não olhe, admirando, para as pinturas, mobília ou pessoas presentes. 5. Não deixe de levantar-se quando uma senhora entrar na sala ou dela sair. 6. Não se estire, ou se recline no sofá ou na cadeira. 7. Não brinque com as bordas das cortinas ou de outros objetos que lhe ficarem próximos. 8. Não apresente senhoras a cavalheiros. Estes, qualquer que seja a sua posição, devem ser apresentados àquelas. Os moços devem ser apresentados aos homens e as moças, as senhoras. 9. Não toque na pessoa com quem estiver conversando, não fale muito próximo ao rosto da mesma, não gesticule e nem se exalte, converse calmamente. 10. Não fale muito alto, lembre-se de que em uma sala ninguém tem o direito de monopolizar a conversa. 11. Não converse com uma pessoa, havendo outra entre ambos. 12. Não cochiche; se o que tiver de dizer não puder ser ouvido por todos, reserve o assunto para outra ocasião. 13. Não fale sobre a sua saúde ou dos outros. Pessoas que se lamentam constantemente são consideradas maçantes. 14. Não pergunte a ninguém, especialmente às senhoras, quais os seus sofrimentos. 15. Não fale sobre pessoas que não sejam conhecidas dos presentes. 16. Não ridicularize ninguém; não viole de nenhum modo a harmonia que deve reinar em todo círculo social. 17. Não fale em assuntos tristes em ocasião de prazer e vice-versa. 18. Não cheire o vinho nem beba aos goles como se estivesse provando. 19. Não devore a última colher de sopa, o último fragmento de pão, o último pedaço de comida. 20. Não ponha o pão na sopa nem o embeba no molho, no ovo, no creme ou em qualquer bebida. 21. Não mastigue abrindo a boca e não fale com a boca cheia. 22. Não se debruce à frente de seu vizinho, a fim de alcançar qualquer objeto. 23. Não peça que lhe passem alguma coisa, se houver criado ou garçom. 24. Não limpe o rosto com o guardanapo. Este deve ser usado somente para limpar os lábios. 25.Não volte as costas para um dos convidados, a fim de conversar com outra pessoa. 26. Não se esqueça de que a pessoa a seu lado, mesmo que não lhe tenha sido apresentada, tem direito à sua atenção. 27. Não ponha ou deixe os talheres no prato em forma de cruz, ou em ângulo; coloque o garfo e a faca unidos com os cabos voltados para a direita. 28. Não se mostre embaraçado; esforce-se para estar à vontade, sem exagero. 29. Não deixe cair a faca, garfo ou colher; se isso acontecer, não preste a menor atenção ao acidente; não apanhe o objeto, peça outro ao criado ou garçom. 30. Não faça esforço visível para mostrar-se irrepreensível nas maneiras: é melhor cometer um erro do que lutar para evitá-lo.
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31. Não beba muito vinho; a sobriedade nas bebidas é uma virtude. 32. Não agradeça em demasia aos donos da casa o jantar ou convite ao despedir-se; expresse a satisfação pelo prazer do divertimento e nada mais. 33. Não venha para mesa de pijama, de chinelo ou sem camisa. 34. Não tome chá, café etc. no pires, nem conserve a colher na xícara. 35. Não ponha manteiga em pão inteiro; deve pô-la aos poucos, nos pedaços que for tirando. 36. Não se recoste na cadeira nem se incline, ou ponha os cotovelos sobre a mesa. 37. Não use palitos de dentes. 38. Não ofereça comidas repetidas vezes ao seus hóspedes; uma só vez é suficiente. 39. Não dobre o guardanapo quando acabar de comer; ponha-o sobre a mesa como ele estiver. 40. Não deixe de se levantar quando as senhoras o fizerem. Fique em pé enquanto assim estiverem. 41. Não se levante enquanto a refeição esteja concluída. 42. Não seja triste nem de mau-humor à mesa, ainda que entre pessoas da família. A ocasião exige expressão de prazer na fisionomia e conversações amenas. 43. Não ralhe com as pessoas durante as refeições. 44. Não passe a outrem o prato que lhe for oferecido nem recuse a honra de se servir em primeiro lugar. 45. Não repita escândalos e rumores maliciosos; lembre-se de que não é correto. 46. Não faça alusões equivocadas; não discuta pessoa de moral duvidosa nem suscite assunto inconveniente. 47. Não trate de belezas de mulheres ausentes, do esplendor da casa de outrem, do brilho de outras festas nem da superioridade de ninguém. Excessivo elogio a pessoas ausentes implica depreciação das presentes. 48. Não traga para a conversação assuntos políticos ou religiosos. 49. Não dê cores falsas e exageradas aos fatos. A veracidade é um hábito que devemos cultivar. 50. Não interrompa ninguém na conversação. 51. Não contradiga. É admissível a diferença de opiniões, mas a contradição absoluta e obstinada é violação de um dos preceitos de convivência. 52. Não discuta. Um argumento que passa ligeiramente de uma pessoa a outra pode ser tolerado; mas quando duas pessoas caem em polêmica irritante, os donos da casa devem intervir e pôr termo ao incidente, introduzindo novo assunto. 53. Não se alongue na narração. Quando tiver de contar uma estória, de se referir a um fato, vá diretamente ao ponto. 54. Não repita casos antigos nem abuse de trocadilhos, anedotas e gracejos. 55. Não responda com simples monossílabos às observações que lhe forem feitas. Isso é irritante, se não insultante. Diga o que tem de dizer com cortesia e amabilidade. 56. Não se mostre distraído, indiferente ou impaciente quando outra pessoa estiver conversando. 57. Não seja vaidoso, não fale sobre seus predicados e feitos nem sobre o seu talento superior. 58. Não se faça de herói de suas próprias estórias. 59. Não ache defeito em tudo. Louvor indiscriminado é abjeto, assim como condenação indiscriminada é irritante. Um homem bem educado deve saber apreciar as coisas, isto é, conhecer-lhe os méritos e deméritos. 60. Não se mostre triste e descontente. Trate de ser agradável e confie que por fim se achará satisfeito. 61. Não deixe de prestar atenção às pessoas de idade. 62. Não passe adiante de uma senhora quando entrar numa sala ou dela sair, exceto se for abrir a porta. 63. Não mostre com facilidade seu talento imitativo se o tiver; poucos gostam de ver expostas suas peculiaridades. É quase certo que as pessoas farão logo saber a B que A fez dele uma admirável imitação junto de C.
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64. Não olhe para seu relógio nem para o da sala, mostrando que está impaciente para que o tempo passe. 65. Não estrague a sua visita demorando-se longo tempo nem interrompa abruptamente.
CONDUTA DO ALUNO EM LOCAIS PÚBLICOS 1. Não deixe de tirar a cobertura ao cumprimentar uma senhora. 2. Não coma fruta ou qualquer outra coisa na rua. 3. Não obstrua a entrada de igreja, teatro, hotel etc. 4. Não se apresse em se apresentar a alguém; aguarde ocasião oportuna. 5. Não se dirija a estranhos nem lhes peça informações quando puder evitá-lo. 6. Não seja polido em excesso; não apanhe o chapéu, embrulho etc, que um companheiro ou estranho deixar cair, exceto se, para isso, houver motivo especial. Esteja, porém, pronto para apanhar qualquer coisa que uma senhora deixar cair e estenda essa polidez aos homens de idade, aos superiores e inválidos. 7. Não corra para entrar em carro, teatro, ônibus, cinema etc, empurrando as outras pessoas, especialmente quando entre elas houver senhoras, homens mais velhos ou doentes. 8. Não ocupe espaço maior do que o razoável em conduções coletivas. 9. Não entre tarde em casas de espetáculo, igreja, reunião pública etc. 10. Não converse na igreja ou templo nem olhe para ninguém; conserve-se com a maior reverência. 11. Não converse, não cantarole ou assobie em teatro ou concerto, nem procure entrar ou sair naquela situação, principalmente durante a representação. 12. Não afete gosto artístico ou conhecimentos técnicos quando em visita a uma galeria de arte. Se os possuir, não precisa impô-los aos outros. 13. Não fale nem ria alto demais. 14. Não ande com as mãos nos bolsos. 15. Não chame a atenção sobre si. 16. Caminhe à esquerda ou do lado externo da calçada ao acompanhar senhoras e superiores. 17. Não passe em primeiro lugar em porta, quando acompanhado de senhoras ou superiores. 18. Não responda com observações impacientes ou pouco caridosas, quando não quiser dar esmola pedida por um pobre. 19. Não deixe de responder com polidez a pedido de informações de um estranho. 20. Não deixe de oferecer seu lugar no veículo às senhoras, aos superiores e aos enfermos. 21. Não conserve a cobertura em elevador no qual estiver uma senhora. 22. Não entre nos elevadores nem saia deles antes das senhoras e superiores. 23. Não deixe de oferecer o apoio de sua mão a uma senhora que desce.
EM OUTRAS ORGANIZAÇÕES MILITARES 1. O Aluno, na sua condição de Praça Especial, deverá, quando adentrar em outra OM, apresentar-se ao Oficial-de-Dia ou a seu substituto legal. 2. Manter uma conduta militar irrepreensível. 3. Zelar para que sua apresentação individual seja a melhor possível. 4. Atentar para o cumprimento rigoroso das continências previstas no R-2. 5. Não discutir, em hipótese alguma, com qualquer que seja o militar pertencente à OM.
EM SITUAÇÕES DIVERSAS 1. A correção absoluta do uniforme e a perfeita apresentação individual constituem fatores decisivos para uma apreciação favorável do público e para o conceito da classe. 2. Não negligencie os pequenos cabelos que saem do nariz e dos ouvidos, os dentes, as unhas e a barba. 43
3. Não limpe as unhas, os ouvidos ou nariz na presença de alguém. 4. Não ponha a cobertura sobre os olhos nem atirada para trás. 5. Não use pijama ou robe de chambre, senão no quarto de dormir. Apresentar-se a qualquer pessoa vestido desse modo é uma indelicadeza. 6. Não caminhe bambaleando. Ande direito e firme, mas não teso. Não curve os joelho em excesso, não ande na ponta dos pés; enfim, caminhe com dignidade e sem afetação. 7. Não traga as mãos no bolso, principalmente quando fardado. 8. Não escarre. Quando estiver sofrendo dos brônquios, proveja-se de lenços de tecido ou de papel, a fim de não expectorar em público. 9. Não cuspa em qualquer circunstância. Cuspir é mau hábito; procure evitá-lo. 10. Não dê gargalhadas. Ria com gosto quando se oferecer ocasião; mas não é preciso ter convulsões para mostrar alegria. 11. Não se assoe em presença de outrem, se isto puder ser evitado. Do contrário, faça sem ruído. 12. Não boceje, não soluce nem espirre em público. 13. Não entre no quarto de dormir de ninguém, mesmo que no do amigo mais íntimo, sem se anunciar ou pedir licença. 14. Não compareça a casa alheia, mesmo na do amigo ou parente, à hora do jantar ou almoço e muitos menos se faça convidado para qualquer dessas refeições. 15. Não pegue em papel que esteja sobre a mesa de alguém nem procure ler o que outra pessoa estiver lendo ou escrevendo. 16. Não bata com os pés no assoalho, com os dedos na cadeira, mesa ou outro móvel. 17. Não seja servil diante dos superiores, nem arrogante para com os subordinados. 18. Mantenha dignidade e respeito no primeiro caso e preste atenção aos sentimentos dos outros, qualquer que seja a sua posição, no segundo. 19. Não esqueça que o militar fardado ou identificado é sempre alvo de olhares de todos; mantenha, portanto, em qualquer situação, atitude correta, sem afetação. 20. Não repreenda seus filhos ou pessoa da família diante de estranhos. 21. Não importune ninguém com relação a seus problemas. 22. Não se dirija a alguém na conversação com muita familiaridade. Mantenha um certo grau de cortesia, ainda que nas relações mais íntimas, porque isso será garantia mútua de cordialidade. 23. Não pergunte a ninguém, por mera curiosidade, quanto paga de aluguel de casa, de criados, qual o custo da roupa etc. 24. Não use frases vulgares, incoerentes e insensatas; por exemplo, que é infeliz, que a sorte o persegue, semelhantes expressões nada significam e revelam espírito acanhado e supersticioso. 25. Não atormente ninguém nem os animais. 26. Não deprecie os atos dos outros nem exalte os seus. Se tem consciência de haver procedido bem, não precisa proclamar seus feitos. 27. Não seja egoísta nem exigente; não se irrite com facilidade. 28. Não se faça aborrecido dos seus vizinhos nem se intrometa com eles indiscretamente. Sobretudo, não se relacione com os criados alheios no intuito de procurar saber o que se passa na casa. 29. Não seja exagerado em elogios nem veemente nas censuras. 30. Não propague notícias dúbias que prejudiquem o caráter de alguém. 31. Não deixe de retribuir uma visita. 32. Não prolongue a sua estada em casa de amigos além do tempo previamente concordado, exceto se for sincero e vivamente convidado a permanecer. 33. Não visite, quando estiver passando dias em casa de amigo, pessoa que se seja inimigo, ainda que se trate de amigo íntimo seu. 34. Não molhe o dedo na boca para separar as folhas do livro ou revista.
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BOAS MANEIRAS 1) Identificar o procedimento correto à mesa do refeitório, segundo as normas de boas maneiras. 2) Identificar o tratamento devido aos superiores e camaradas, conforme a precedência militar.
COMPORTAMENTO ADEQUADO NAS REUNIÕES SOCIAIS À MESA 1. Não chegue atrasado às refeições para as quais tiver sido convidado. 2. Não se faça esperado à mesa em sua casa, principalmente quando houver convidados. 3. Não se sente à mesa nem dela se retire antes da dona da casa ou do seu comandante ou oficial mais antigo. 4. Não chegue depois de estarem sentados os convidados. 5. Não se sente muito afastado nem muito chegado à mesa. 6. Nunca amarre o guardanapo no pescoço nem com ele cubra a abertura da camisa; deixe cair meio desdobrado sobre os joelhos. 7. Não se sirva, mesmo à mesa de sua casa, antes de presentes todas as senhoras. 8. Não tome sopa pela extremidade ou ponta da colher, mas pelo lado. 9. Não sopre a sopa e não tome fazendo barulho, seja sorvendo, seja engolindo. 10. Não recuse sopa numa casa de cerimônia nem peça para ser servido pela segunda vez. 11. Não se incline sobre o prato nem abaixe a cabeça para comer. Conserve, tanto quanto possível, posição perpendicular, sem afetação. 12. Parta o pão ao meio com as mãos e vá tirando os pedaços de que for precisando. 13. Não leve jamais a faca à boca: use o garfo, auxiliado pela faca. Não amasse os alimentos com o garfo. 14. Não encha em demasia o garfo. 15 .Não corte com a faca sempre que o puder fazer com o garfo. A carne come-se com o garfo na mão esquerda e a faca na mão direita, a fim de só ir cortando, à medida que se leva o pedaço à boca. 16. Não pegue desajeitadamente no garfo e na faca. As extremidades dos cabos de ambos, quando cortando, devem ficar no centro das palmas das mãos, de modo que não sejam vistas exteriormente. Nunca pegue a faca, a não ser pelo cabo. 17. Não use a faca de carne para cortar peixe, legumes e massas. 18. Não limpe os talheres e os pratos com o guardanapo. 19. Não brinque com os objetos que estiverem diante de si; mantenha sempre as duas mãos sobre a mesa, numa atitude de naturalidade. 20. Não coma depressa nem faça ruído com a boca. 21. Não abra os cotovelos quando estiver cortando a comida ou comendo. Tenha-os unidos ao corpo, tanto quanto possível. 22. Não atire a cabeça para trás quando estiver bebendo nem vire o copo como se quisesse colocálo invertidamente sobre o nariz. Também não pegue no copo do cálice, segure-o pela haste que liga aquela parte ao pé. 23. Não deixe de enxugar os lábios antes de tocar com eles num copo. 24. Não dê atenção especial à pessoa alguma à mesa, exceto às que lhe estiverem próximas. 25. Não cochile nem dê gargalhadas. 26. Não dê como razão, ao recusar algum prato, que a comida não convém ao seu estômago. É suficiente uma recusa simples. 27. Não aceite um convite, quando estiver doente. 28. Não adorne a camisa com pingos de café, vinho ou manchas de gordura. 29. Não deixe de corresponder a todos os brindes; se o vinho o prejudica, beba muito pouco de cada vez. 30. Não proponha brindes, se não tiver certo grau de autoridade na família, adquirido por longa convivência, por posição ou outras circunstâncias pessoais. 45
TIPOS DE RECEPÇÃO * Formais (serviço à francesa, serviço à inglesa) * Informais (serviço à americana, à brasileira) TIPOS DE SERVIÇOS Serviço à francesa - o mais requintado, deve ser realizado somente em ocasiões especiais (casamentos, bodas, noivados, como ambiente de trabalho – comandante). São situações protocolares. Neste serviço devemos tomar precauções dobradas, nada pode dar errado... O garçom deve estar impecável. Ele começa servindo a mulher, sentada ao lado direito do anfitrião (a convidada de honra), em seguida todas as mulheres, por último o anfitrião. Deve trazer a bandeja à esquerda do convidado, para que ele mesmo se sirva. Os lugares à mesa são marcados com porta cartões onde consta o nome de cada um à frente do local onde deve se sentar. 1 - Prato de pão e faca 2 - Garfo para entrada ou salada. 3 - Garfo de peixe. 4 - Garfo de carne. 5 - Souplast (apoio para o prato principal ) 6 - Prato principal 7 - Prato para a entrada.
8 - Guardanapo. 9 - Faca de carne. 10 - Faca de peixe. 11 - Faca para entrada ou salada. 12 - Taça de vinho branco. 13 - Taça de champanhe. 14 - Taça de vinho tinto. 15 - Copo de água.
Serviço à inglesa - também é um serviço requintado, porém o que o diferencia é que neste serviço o convidado não precisa pegar os talheres da bandeja para se servir, pois é o garçom que o fará. É um serviço muito usado nos restaurantes. Somente o prato principal é passado entre os convidados, os demais são servidos pelos próprios convidados. Serviço à americana - usado quando se recebe grande número de convidados e é impossível sentá-los à mesa, ou mesmo para garantir a informalidade do evento. No entanto é de bom tom providenciar cadeiras ou poltronas para acomodar senhoras e pessoas idosas. A mesa deve ser arrumada com as travessas de iguarias antes que os convidados a ela se dirijam. Numa ponta da mesa posicionam-se os pratos empilhados, com o cuidado que cada pilha contenha, no máximo dez pratos. Os talheres também devem ser arrumados.
Mesa montada para serviço à americana.
Serviço à brasileira - tradicional serviço familiar que realizamos em nossas casas. A mesa deve ser arrumada com toda a elegância, pois mesmo sendo pessoas mais íntimas, deve–se ter o capricho de distribuir tudo da melhor forma possível. Nesse serviço não utilizamos garçom, pois as travessas podem estar à mesa. 46
TRATAMENTO ENTRE MILITARES 1. Para falar a um superior, o militar emprega sempre o tratamento “Senhor”. 2. Para falar, formalmente, a um Oficial-General, o tratamento é “Vossa Excelência”, “Senhor Almirante”, “Senhor General” ou “Senhor Brigadeiro”, conforme o caso. Nas relações correntes de serviço, no entanto é admitido o tratamento de “ Senhor”. 3. Para falar, formalmente, ao Comandante, Diretor ou Chefe de Organização Militar, o tratamento é “Senhor Comandante”, “Senhor Diretor”, “Senhor Chefe”, conforme o caso; nas relações correntes de serviço é admitido o tratamento de “Comandante”, “Diretor”, “Chefe”. 4. Para falar a um subordinado, o superior emprega o tratamento de “você”. 5. Todo militar, quando for chamado por um superior, deve atendê-lo o mais depressa possível, apressando o passo quando em deslocamento.
TRATAMENTO COM O PÚBLICO - CONVERSAÇÃO 1. Não fale violando as regras de gramática; estude e leia bons autores. 2. Não abuse da gíria. 3. Não pronuncie incorretamente as palavras. Seja claro e preciso. 4. Não fale em voz aguda e estridente; fale em tom suficiente para ser ouvido pelas pessoas com quem estiver conversando. 5. Não gesticule em demasia na conversação nem faça caretas, quando estiver falando. 6. Não use ditados como hábito; demonstrará pouca imaginação. 7. Não use linguagem sacrilégica; não jure, não fortaleça a sua proposição com invocações aos céus e a divindades. 8. Não multiplique os adjetivos nem empregue muitos superlativos. Modere as sua palavras. 9. Não use exclamações desnecessárias. 10. Não adquira o hábito de repetir provérbios gastos, situações comuns e piadas de TV. 11. Não note, em outros, erros de gramática ou de pronúncia. Se tiver franqueza bastante para semelhantes correções, faça-as cortesmente de maneira que não seja percebido por outras pessoas. 12. Não fale de coisas tristes quando a companhia é alegre, ou de coisas que provoquem riso quando a ocasião é de dor e tristeza. 13. Não fale mal de alguém nem se refira a seus companheiros depreciando-os. 14. Não consinta que se fale mal de seus superiores e companheiros em sua presença. 15. Não deixe de expor as suas opiniões sem, todavia, deixar de respeitar as alheias. 16. Não se dirija a um superior sem antes se apresentar. 17. Não interrogue nem peça informações a superiores, quando puder utilizar outro meio. 18. Não deixe, porém, de tirar todas as dúvidas quando lhe derem uma ordem ou missão. 19. Não pergunte a idade a uma senhora. 20. Não mande alguém chamar ao telefone um superior a não ser que tenha certeza de atender antes da pessoa chamada se aproximar do aparelho. 21. Não demore em conversação ao telefone.
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SERVIÇOS EXTERNOS À ESPCEX 1) Citar as atribuições do Aluno como Auxiliar do Oficial-de-Dia, dos Adjuntos e do Auxiliar do Comandante da Guarda.
NORMAS PARA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS INTERNOS DA EsPCEX MISSÕES DO AUXILIAR DO OFICIAL-DE-DIA 1. Receber, do Aux Of Dia que sai de Sv, os 05 (cinco) mementos, os 05 (cinco) braçais e distribui-los aos adjuntos (durante o café). 2. Deslocar os Adjuntos, em forma, até o local da Parada Diária e apresentar ao Al Bda ou Adj Of Dia. 3. Apresentar-se ao Of Dia para recebimento de ordens, após a parada diária e ao término do expediente. 4. Apresentar-se ao S1/CA para a passagem do Serviço, nos dias com expediente, no intervalo grande da manhã ou na primeira oportunidade, com o livro do Of Dia ao CA. Caso o S1 não esteja na sala, deixar o livro sobre a mesa dele. 5. Acompanhar o Of Dia em todas as revistas e visitas às dependências do quartel, salvo quando dispensado pelo mesmo. 6. Acompanhar o Of Dia na apresentação da chegada e saída do Cmt EsPCEx. 7. Auxiliar o Of Dia no controle das refeições dos Alunos, inclusive durante a ceia, postando-se no interior do refeitório. 8. Apresentar ao Of Dia a relação dos alunos atrasados para o rancho. 9. Nos horários de refeições, apresentar o CA à mais alta autoridade, solicitando permissão para comandar “Corpo de Alunos, à Vontade”. Ex: Apresentação: “Al 1833 Costa, Aux Of Dia. Apresento o Corpo de Al pronto e solicito permissão para comandar Corpo de Al, à vontade”. Após concedida a permissão, o Al faz meia volta e comanda Descansar, executa o brado: “Brasil! Acima de Tudo!” e à “vontade!”. 10. Coordenar a revista do recolher e outras revistas determinadas pelo Of Dia, apresentando ao Of Dia, o grupamento de alunos. 11. Realizar suas refeições no refeitório de Oficiais (dirigir-se à frente do mais antigo e solicitar permissão para avançar ao rancho, sem a apresentação individual. Ex: Permissão para avançar Coronel! Após aceito, executa-se a meia-volta-volver, avançando ao rancho. 12. Participar da ronda durante a noite. 13. Participar ao Of Dia todas as ocorrências que verificar e as providencias tomadas. 14. Percorrer as dependências das Cias Al e salas de aula, anotando os faltosos às formaturas, bem como exigir que os alunos permaneçam nas salas de aula, após os respectivos toques. 15. Manter o controle dos alunos punidos. 16. Receber a apresentação dos Sgt Dia Cia Al, ao término do expediente, no impedimento do Of Dia. 17. Sair 5 (cinco) minutos antes do final da última aula e entrar 5(cinco) minutos após o inicio da primeira aula para controlar os demais alunos. 18. Supervisionar e coordenar o serviço dos Al Adj e dos demais Al de serviço. 19. Apresentar-se ao Of Dia e Adj Of Dia na primeira oportunidade após a alvorada, antes do fechamento do livro de partes. 20. Preencher o livro de partes, de acordo com o modelo. Solicitar o visto do Oficial de Dia no livro e nos pernoites. 21. Controlar o silêncio após às 22:00h. 22. Participar da ronda interna durante a noite. O Aux Of Dia deverá realizar a ronda juntamente com o Adj RP. Esta deverá ter duração de 0100h. Após a ronda, dirigir-se até o Hotel de Transito para verificar com o permanência ao Hotel se tudo está em ordem. 23. Providenciar para que, durante as refeições do Corpo de Alunos, os Cb Dia da 1ª e 3ª Cia Al fechem o trânsito de veículos no Pátio Miguel Roque. 48
24. Entregar as fichas de avaliação ao Oficial de Dia para o preenchimento, devolvendo-as ao S1do CA juntamente com o livro. 25. Não lançar, no livro de ocorrências, alterações que não dizem respeito ao corpo de alunos, devendo estas serem lançadas no livro do Oficial de Dia. 26. Recolher todos os Braçais e os mementos entregando-os ao Aux Of Dia que entrará de Sv.
MISSÕES DO ADJUNTO 1 1. Receber do Aux Of Dia o Braçal. 2. Apresentar-se ao Of Dia para recebimento de ordens, após a Parada e ao término do expediente; 3. Responder pelo Aux Of Dia nos seus impedimentos eventuais. 4. Ficar dispensado da formatura matinal e permanecer no 2º piso da Ala Trompowisk (corredor da biblioteca), a fim de fiscalizar a conduta das turmas até o primeiro tempo de aula, exigindo que os alunos permaneçam nas suas respectivas salas, imediatamente após o toque. 5. Supervisionar e coordenar o serviço do Sgt Dia da 1ª Cia e dos demais Al de Sv dessa SU. 6. Sair 5 (cinco) minutos antes do último tempo de aula e entrar 5(cinco) minutos após o início da primeira aula, a fim de fiscalizar a conduta e os deslocamentos das turmas, acionando os Ch Tu. 7. Receber a apresentação da 1ª Cia Al por ocasião das refeições, nos dias em que o arranchamento for facultativo, e apresentá-la ao Aux Of com as faltas tiradas. 8. Auxiliar o Of Dia durante as refeições no controle dos Alunos, inclusive na ceia, postando-se no interior do refeitório. 9. Coordenar as revistas determinadas pelo Of Dia para a 1ª Cia Al. Caso o Of Dia seja do segmento feminino, o Adj deverá ordenar, 5 (cinco) minutos antes da revista à Cia, que todos os Al estejam devidamente trajados (calção/ camiseta). 10. Realizar suas refeições no refeitório de Oficiais (dirigir-se à frente do mais antigo e solicitar permissão para avançar ao rancho, sem a apresentação individual). Ex: “Permissão para avançar Coronel!” Após aceito, executa-se o meia-volta, e avança ao rancho. 11. Receber do Sgt Dia 1ª Cia Al a relação dos Alunos punidos e entregá-la ao Of Dia ao término do expediente (logo após a Parada nos dias sem expediente). 12. Participar ao Of Dia todas as ocorrências que verificar e as providências tomadas. 13. Percorrer as dependências da 1ª Cia Al e salas de aula, anotando os faltosos às formaturas e exigindo que os alunos permaneçam em sala, após os respectivos toques. 14. Manter o controle dos alunos punidos. 15. No horário do TFM, posicionar-se na área das piscinas, a fim de controlar o procedimento dos alunos. 16. Controlar o silêncio após às 22:00h. 17. Participar da ronda interna durante a noite. O Adj 1 deverá realizar a ronda que terá duração de uma hora juntamente com o Sgt de Dia à 1ª Cia. Após a ronda, o Adj 1 permanecerá por mais 01(uma) hora no corpo da Guarda, auxiliando o permanência. 18. Apresentar-se ao Of Dia na pré-alvorada. 19. Durante o pernoite, receber a apresentação do Sgt Dia 1ª Cia, verificando o efetivo e as alterações. 20. Responder pelo Auxiliar do Oficial de Dia nos impedimentos eventuais. 21. Entregar o Braçal ao Aux Of ao término do serviço.
MISSÕES DO ADJUNTO 2 1. Receber do Aux Of Dia o Braçal. 2. Apresentar-se ao Of Dia para recebimento de ordens, após a Parada e ao término do expediente. 3. Ficar dispensado da formatura matinal e permanecer no 1º piso da Ala Trompowisk (corredor do Ponto de Encontro), a fim de fiscalizar a conduta das turmas até o primeiro tempo de aula, exigindo que os alunos permaneçam nas suas respectivas salas, imediatamente após o toque. Esse procedimento ocorrerá sempre 5 min antes do último tempo e 5 min após o 1º tempo. 4. Supervisionar e coordenar o serviço do Sgt Dia à 2ª Cia e dos demais Al de Sv dessa SU. 5. Participar ao Of Dia todas as ocorrências que verificar e as providências tomadas. 49
6. Orientar e fiscalizar, junto às Cia, o controle do consumo da água e energia elétrica, verificando se está havendo desperdício. 7. Sair 5(cinco) minutos antes do último tempo de aula e entrar 5(cinco) minutos após o início da primeira aula, a fim de fiscalizar a conduta e os deslocamentos das turmas, acionando os Ch Tu. 8. Auxiliar o Of Dia durante as refeições, no controle dos Al, inclusive na ceia, postando-se no interior do refeitório (durante a formatura de avançar, posicionar-se na Pérg Tiradentes). 9. Coordenar as revistas determinadas pelo Of Dia para a 2ª Cia Al. Caso o Of Dia seja do Seg Fem, o Adj deverá ordenar, 5 (cinco) minutos antes da revista à Cia, que todos os Al estejam devidamente trajados (calção / camiseta). 10. Realizar suas refeições no refeitório de Oficiais (dirigir-se à frente do mais antigo e solicitar permissão para avançar ao rancho, sem a apresentação individual. Ex: Permissão para avançar Coronel! Após aceito, executa-se a meia volta-volver, avançando ao rancho. 11. Controlar o silêncio após às 22:00h. 12. Receber do Sgt Dia 2ª Cia Al a relação dos Alunos punidos e entregá-la ao Of Dia ao término do expediente (logo após a Parada nos dias sem expediente). 13. Controlar e participar ao Of Dia todas as ocorrências referentes aos punidos das Cia. 14. Percorrer as dependências da 2ª Cia Al e salas de aula, anotando os faltosos às formaturas, exigindo que os alunos permaneçam em sala, após os respectivos toques. 15. Fiscalizar a freqüência e conduta dos alunos à cantina, a fim de controlar o procedimento dos alunos (o Al está autorizado a ir à cantina apenas no intervalo grande das Aulas matinais e fora do expediente). 16. Manter o controle dos alunos punidos. 17. No horário do TFM, posicionar-se na área de cantina e barbearia, a fim de controlar o procedimento dos alunos. 18. Receber a apresentação da 2ª Cia Al por ocasião das refeições, nos dias em que o arranchamento for facultativo, e apresentá-la ao Aux Of com as faltas tiradas. 19. Acender, ao escurecer. as luzes do 1º piso da Pérgula Tiradentes, da Ala Mal Bittencourt, da Ala Independência (corredor da Poupex) e da Praça Cidade de Campinas. 20. Participar da ronda interna durante a noite. O Adj 2 deverá realizar a ronda que terá duração de uma hora juntamente com o Sgt de Dia à 2ª Cia. Após a ronda, o Adj 2 permanecerá por mais 1 (uma) hora no corpo da Guarda, auxiliando o permanência. 21. Apresentar-se ao Of Dia na pré-alvorada. 22. Durante o pernoite, receber a apresentação do Sgt Dia 2ª Cia, verificando o efetivo e as alterações. 23. Responder pelo Adj 1 e Aux Of Dia nos impedimentos eventuais. 24. Entregar o Braçal ao Aux Of ao término do serviço.
MISSÕES DO ADJUNTO 3 1. Receber do Aux Of Dia o Braçal. 2. Apresentar-se ao Of Dia para recebimento de ordens, após a Parada e ao término do expediente. 3. Ficar dispensado da formatura matinal e permanecer no 2º piso da Ala Rondon (corredor Clube de Idiomas), a fim de fiscalizar a conduta das turmas, até o primeiro tempo de aula, exigindo que os alunos permaneçam nas suas respectivas salas, imediatamente após o toque. 4. Acompanhar o Of Dia em todas as revistas e visitas às dependências da 3ª Cia Al, salvo quando dispensado pelo mesmo. 5. Sair 5(cinco) minutos antes do último tempo de aula e entrar 5 (cinco) minutos após o início da primeira aula, a fim de fiscalizar a conduta e os deslocamentos das turmas, acionando os Ch Tu. 6. Auxiliar o Oficial Dia no controle, durante as refeições dos alunos, inclusive na ceia, postandose no interior do refeitório ( durante a formatura de avançar ao rancho, posicionar-se no Pátio Miguel Roque, fiscalizando a conduta das Cia ). 7. Substituir o Adj 2 e o Adj RP em seus impedimentos. 8. Coordenar as revistas determinadas pelo Of Dia para a 2ª Cia Al. Caso o Of Dia seja do Seg 50
Fem, o Adj deverá ordenar, 5 (cinco) minutos antes da revista à Cia, que todos os Al estejam devidamente trajados (calção / camiseta). 9. Realizar suas refeições no refeitório de Oficiais (dirigir-se à frente do mais antigo e solicitar permissão para avançar ao rancho, sem a apresentação individual. Ex: Permissão para avançar Coronel! Após aceito, executa-se a meia volta volver, avançando ao rancho. 10. Coordenar as revistas determinadas pelo Of Dia para a 3ª Cia de Al, apresentando, ao Aux Of Dia o grupamento de alunos. 11. Receber do Sgt Dia 3ª Cia Al a relação dos Alunos punidos e entregá-la ao Of Dia, ao término do expediente (logo após a Parada nos dias sem expediente). 12. Participar ao Of Dia todas as ocorrências que verificar e as providências tomadas. 13. Percorrer as dependências da 3ª Cia Al e salas de aula, anotando os faltosos às formaturas, bem como exigir que os alunos permaneçam nas salas de aula, após os respectivos toques. 14. No horário do TFM, posicionar-se na Ala “Mal Bittencourt”, a fim de controlar o procedimento dos Al, verificando se estão com o uniforme condizente. É vedado ao Al passar pela Ala “Mal Bittencourt” sem camiseta e entrar na Alfaiataria/fotógrafo com o uniforme 5ºA. 15. Fiscalizar a presença e conduta dos Alunos junto aos veículos das lavadeiras, estacionados nas entre-alas das SU. 16. Conduzir os alunos presos para as atividades a que devam comparecer. 17. Supervisionar e coordenar o serviço do Sgt Dia 3ª Cia e dos demais Al de serviço dessa SU. 18. Durante o pernoite, receber a apresentação do Sgt Dia 3ª Cia, verificando o efetivo e as alterações.
MISSÕES DO ADJUNTO RELAÇÕES PÚBLICAS 1. Receber do Aux Of Dia o Braçal. 2. Apresentar-se ao Of Dia para recebimento de ordens, após a Parada Diária e ao término do expediente. 3. Apresentar-se ao Of Comunicação Social, na Seção de Comunicação Social, na primeira oportunidade. 4. Quando não houver atividade na Cia, deve auxiliar o Of Com Social e o Of Dia, no que se referir às atividades de relações públicas, devendo, ainda, encarregar-se da coordenação das visitas aos alunos e à Escola, que devem ser feitas na sala da Seção de Comunicação Social. 5. Ficar dispensado da formatura matinal e permanecer na Seção de Comunicação Social sempre que não estiver em aula ou estudo. 6. Participar ao Of Dia todas as ocorrências que verificar e as providências tomadas. 7. Realizar suas refeições no refeitório de Oficiais (dirigir-se ao mais antigo e solicitar permissão para avançar ao rancho, sem a apresentação individual. Ex: Permissão para avançar Coronel! Após aceito, executa-se a meia volta volver, avançando ao rancho. 8. Posicionar-se junto ao Corpo da Gda, durante o horário do TFM, a fim de controlar o procedimento dos alunos e auxiliar nas visitas. 9. Fiscalizar e fazer cumprir as normas de segurança nos ônibus especiais, por ocasião da saída dos mesmos, nos dias de licenciamento. 10. Auxiliar o Aux Of nas missões de fiscalização da saída dos Alunos. 11. Fiscalizar a presença e conduta dos Alunos nos Bancos e telefones públicos (vedada a entrada de Al com uniforme 5º A nos bancos). 12. Participar da ronda interna durante a noite. O Adj RP fará sua ronda que terá duração de uma hora juntamente com o Aux Of Dia. Após a ronda, o Adj RP permanecerá por mais uma hora no corpo da Guarda, auxiliando o permanência. 13. Verificar as condições gerais dos Alunos baixados (se a alimentação é a mesma dos Alunos do refeitório, se recebeu material de roupa de cama completa, estado da higiene pessoal etc). 14. Nos dias com expediente, apanhar as chaves com o Sgt Adj do Of Dia, abrir as porta de acesso à PCC (dias com formatura) e portas de acesso ao 1º e 2º pisos da Torre, às 06:00h, devolver as chaves e dar o pronto da missão ao Sgt Adj Of Dia, devolvendo as chaves em mãos. Fechar a porta de acesso à PCC quinze minutos após o término da formatura e a porta de acesso 51
ao 1º e 2º pisos da Torre, às 1800h. 15. Nos dias sem expediente, se necessário, escalar um Al de serviço às Cias (plantões) para auxiliar na visitação à escola. 16. Verificar se todos os Al que irão sair a cidade de Campinas estão utilizando o acesso do Corpo da Guarda e se estão com a devida identificação civil e militar. 17. Apresentar-se ao Of Dia na pré-alvorada. 18. Entregar o Braçal ao Aux Of Dia ao término do serviço.
MISSÕES DO AUXILIAR DO COMANDANTE DA GUARDA À ESPCEX 1. Ao tomar conhecimento da Escala de Serviço, montar o roteiro da Guarda, designando os postos com antecedência. 2. Passar na Sargenteação e verificar o arranchamento de todos os Alunos da Guarda. 3. Logo após a Alvorada do dia de serviço, conferir se todos os Alunos escalados já estão acordados. 4. Conferir se todos estão portando a documentação e verificar a apresentação dos uniformes exigidos para o serviço. 5. Apanhar o armamento e deixar as bolsas arrumadas no local determinado. 6. Conduzir toda a Guarda ao refeitório em forma, nos horários previstos. 7. Após o café da manhã, reunir os Alunos novamente com suas respectivas bolsas e conduzir em forma até a Pérgula do Banco do Brasil, onde deverão deixar as bolsas de forma organizada. 8. Conduzir a Guarda em forma até o local da Parada Diária e apresentá-la ao Sgt Adj do Of Dia. 9. Após o desfile da Parada, reunir-se com o Of Dia para a apresentação e recebimento das ordens. 10. Concomitantemente à reunião com Of Dia, o Cabo da Guarrda conduz a Guarnição para a Pérgula do Banco do Brasil, para apanhar as bolsas, colocá-las dentro do corpo da Guarda (as bolsas do pessoal que sai de Sv já devem ter sido tiradas) e entrar novamente em forma em frente a sala do Corpo da Guarda. 11. Ao término da reunião com o Of Dia, o Cmt Guarda assume o comando da Guarda (que entra) e realiza a substituição das Guardas. 12. Apanhar, com o armeiro da Cia, os carregadores e designar dois Alunos para municiá-los. 13. Conferir o material carga do Corpo da Gda, enquanto um dos Cb Gd confere a limpeza das instalações; entregar os cunhetes de munição ao outro Cb Gd para que seja distribuída a munição entre os Alunos de serviço (20 cartuchos para os postos que permanecem armados). 14. Dar as recomendações para o pessoal de serviço e as recomendações particulares de cada posto, plano de defesa, inclusive quanto à continência da sentinela, antes dos mesmos serem levados para a substituição das sentinelas. 15. Recomendar aos Cb Guarda os procedimentos quando da rendição dos quartos de hora. Devem seguir a comando do Cb Guarda por patrulhas (ocupando o terreno). 16. Recomendar aos Cb Guarda sobre o silêncio durante o deslocamento para os postos. 17. Ministrar instruções para toda a Guarda e Motorista de Dia sobre procedimentos durante o serviço normal e para o caso do acionamento do plano de defesa. 18. Quando da entrada de transporte de valores (carro forte), posicionar os guardas conforme o previsto. 19. Estar sempre atento à conduta das sentinelas, estado das guaritas, preenchimento correto da documentação dos postos e também a conferência dos cartões de acesso de visitantes. 20. Deve haver permanentemente um Aluno de telefonista no Corpo Guarda. O mesmo deve operar o telefone e o rádio entre os postos, deve preencher a folha do telefonista, não receber ligações telefônicas a cobrar e respeitar as normas de exploração de rádio e telefone. 21. Atentar para que não permaneçam Alunos desatentos (cochilando) nos bancos existentes no “hall” de entrada da Escola e recomendar a continência correta a todos os superiores que passarem pelo local. 22. Manter o alojamento da Guarda organizado (limpo e com as camas arrumadas), manter o 52
primeiro beliche para o Motorista de Dia e Cb Guarda, designando as demais beliches às sentinelas dos postos. 23. Recomendar e anotar veículos no interior da Escola sem o Cartão de Identificação ou sem o Cartão de entrada de visitantes (todos os veículos civis no interior da Escola devem ter o respectivo cartão). 24. Colocar a Guarda em forma para o pernoite, passar as recomendações e apresentar ao Sgt Adj do Of Dia. 25. O outro Cb Guarda deve, após as 22:00 h, deslocar as sentinelas dos postos desarmados para pernoitar na SU, conforme determinado. 26. Acender e apagar as luzes (quadro de luz dentro do Corpo Guarda) da Alameda Duque de Caxias, conforme necessário. 27. Responder pela limpeza e manutenção das instalações do Corpo de Guarda. Os Cb Guarda devem distribuir as respectivas missões com antecedência, para que possam cobrar do responsável pela limpeza mal realizada. 28. A área de manutenção da Guarda compreende o Portão das Armas e adjacências, Alameda Duque de Caxias, Hall de entrada da Guarda, Pérgulas dos Bancos e Corpo da Guarda. 29. Cobrar dos Cb Gd para que terminem a manutenção das instalações antes da chegada da próxima Guarda. 30. Terminar a confecção do Livro de Partes e entregar juntamente com toda a documentação, preenchida de maneira legível, ao Sgt Adj do Of Dia, antes das 07:00 horas (folhas de ronda e permanência, folha de entrada após às 22:00 horas, folhas de controle de entrada do PA, PL e VS, folha do telefonista, folha de controle de saída de viaturas e as fichas de viaturas devidamente fechadas). 13
3ª CIA AL
ESCADA
ALFAIATARIA CENTRO DE TRADIÇÕES
PISO INFERIOR
FISIOTERAPIA
SEÇÃO DE SAÚDE
PÁTIO AGULHAS NEGRAS
7
ALA MAL BITENCOURT
AMB
ESCADA
ESCADA
ESCADA
WC
12 AUDITÓRIO CASTEL BRANCO
WC
PÉRGULA TIRADENTES
ALA MAL TROMPOWISK
PONTO DE ENCONTRO
WC
2ª CIA AL
8 9 STFM 10 1ª CIA AL
GAB ODONTOLÓGICO ESCADA
11
Roteiro de Ronda
ESCADA
ALA INDEPENDÊNCIA
1
RELAÇÕES PÚBLICAS
WC BANCOS BRASIL E REAL
5
WC
SALA 15
CORPO DA GUARDA / ENTRADA
WC
ALA MAL RONDON
WC
AUDITÓRIO CASTELO BRANCO
4
ALA MAL TROMPOWISK
WC
BIBLIOTECA
6
PISO SUPERIOR
EMCA
ALA MAL BITENCOURT
ALOJ 3ª CIA AL
ALOJ 2ª CIA AL
SALÃO OSÓRIO
Cmt CA
ALOJ 1ª CIA AL ALA INDEPENDÊNCIA WC
3
2
COMANDO
WC
SALÃO CARLOS GOMES
53
1. Início: Corpo da Guarda 2. Corredor do Pavilhão do Comando 3.Torre (verificar luzes e portas fechadas) 4. Ala Mal Trompovski 2º Piso (verificar luzes, salas de aula, banheiros e alunos) 5. Ala Mal Rondon (verificar luzes, salas de aula, banheiros e alunos) 6. Ala Mal Bittencourt 2º Piso (verificar luzes, salas de informática, portas, banheiros e alunos) 7. Ala Mal Bittencourt 1º Piso (verificar luzes e portas) 8. Companhias de Alunos (verificar luzes, barulho, pessoal de Sv e alunos) 9. STFM (verificar luzes, portas e banheiros) 10. Reservas de Armamento (verificar alarme e lacres) 11. Pavilhão de Comando 1º Piso (verificar luzes e portas) 12. Ala Mal Trompovski 1º Piso (verificar luzes, portas e banheiros) 13. Pérgula Tiradentes (verificar luzes)
POLÍCIA DO EXÉRCITO - PE 1) Citar a importância da PE, suas atribuições, forma de atuação e acatamento à sua ação. No Exército Brasileiro, a Polícia do Exército é uma especialidade da Infantaria. Como unidades operacionais de PE, existem vários Batalhões e Companhias independentes. Os membros da PE Brasileira identificam-se pelo uso de Capacete e Braçal pretos, com as letras "PE" em branco ou capacete e braçal brancos com letras vermelhas.
HISTÓRIA A Polícia do Exército teve início a 06 de dezembro de 1943, com a criação do Pelotão de Polícia Militar da 1ª Divisão de Infantaria, que seguiu para a Europa integrando o 1° Escalão Expedicionário Brasileiro, escrevendo, na guerra, páginas heróicas. Como atuação do pelotão em campanha, pode-se citar o restabelecimento das comunicações da ponte da Silla, a despeito do intenso e continuado bombardeio sobre aquele local, bem como a 18 de dezembro de 1944, o comportamento heróico e exemplar, durante o bombardeio aéreo sobre a localidade de “Porreta Therme”. A 10 de maio de 1945, em face dos pesados encargos atribuídos ao pelotão, foi o mesmo transformado em companhia de polícia. Ampliou-se a atuação da unidade, culminando com o brilhantismo e eficiência com que todo o efetivo se empenhou, tanto na captura dos prisioneiros, quanto na evacuação da 148ª Divisão Alemã, nas regiões de Fornovo de Tara, Collechio e Parma. A 06 de agosto, a Cia de Polícia Militar passou a denominar-se de Polícia do Exército, a qual atingiu alto grau de prestígio e eficiência, projetando-se no seio do Exército, da população e das autoridades civis. Em conseqüência do aumento considerável de encargos, tornou-se necessária uma nova alteração de efetivo, sendo então criado, a 04 de abril de 1951, o 1° Batalhão de Polícia do Exército, que a partir de 19 de fevereiro de 64, passou a denominar-se “Batalhão Marechal Zenóbio da Costa”, numa homenagem àquele grande chefe militar. Em face dos relevantes serviços prestados por esta unidade e como decorrência da necessidade dos chefes militares de unidades de elite para o policiamento militar, foram se organizando outras unidades de Polícia do Exército (Batalhões, Companhias e Pelotões), que através de todo o território nacional, asseguram a manutenção da ordem e o cumprimento das leis e regulamentos militares.
A PE A Polícia do Exército é um serviço administrativo do Exército Brasileiro, porém seus integrantes devem estar preparados para combater como infantes, quando a situação o exigir.
FINALIDADE A PE tem a função precípua de apoiar operações de combate, assegurando a manutenção da disciplina e o cumprimento das leis, ordens e regulamentos disciplinares até mesmo fora do âmbito do Exército, quando se tornar necessário.
MISSÕES - Assegurar o respeito à lei, às ordens e aos regulamentos militares. - Prevenir o crime e efetuar investigações normais no âmbito do Exército. - Efetuar o Policiamento de Trânsito e de Pessoal nas Guarnições militares. 54
- Controlar o trânsito nas áreas militares. - Realizar a segurança de instalações. - Escoltar altas autoridades e comboios militares. - Fazer a segurança e proteção pessoal de autoridades civis e militares. - Efetuar a guarda de presos à disposição da justiça militar e prisioneiros de guerra. - Participar de Operações de Garantia da Lei e da Ordem no âmbito dos Comandos de Área. - Realizar investigações criminais. - Realizar perícias criminais diversas.
FORMA DE ATUAÇÃO A autoridade da Polícia do Exército para fazer cumprir as leis, ordens e regulamentos militares emana basicamente da delegação de poderes do comandante militar, em cuja área de jurisdição ela opera.
AUTORIDADE DA PE SOBRE PESSOA E ÁREA -Cumprimento das leis, regulamentos e ordens em vigor em áreas sob jurisdição militar permanente ou temporária. -Autoridade para prender. -Detenção feita apenas por outro militar de posto ou graduação igual ou maior. Caso o transgressor seja superior, solicita-se a identificação pelo militar da PE. -Não é permitido recusar identificar-se, sob risco de o militar da PE ignorar a antigüidade do infrator. -Se o transgressor for um oficial e as condições exigirem a sua detenção, deverá ser requisitada a presença de outro oficial mais antigo. - Se for praça de graduação superior ao militar da PE, este solicita o acompanhamento ao oficial de serviço.
PATRULHAMENTO - A PE realiza a patrulha com a finalidade de assegurar o respeito a leis, ordens e regulamentos militares. - As patrulhas podem ser a pé ou motorizadas.
PROCEDIMENTO DO ALUNO AO SER ABORDADO POR UM PE Aluno fardado - Ao ser abordado por um PE de menor graduação, caso o mesmo não o convide a comparecer à presença do oficial de serviço e desde que as circunstâncias o exigirem, o aluno deverá solicitar que seja conduzido à presença daquele.
Uniformes Especiais da PE
Aluno com traje civil - Identificar-se no momento oportuno e seguir o procedimento do item anterior.
Braçal da PE 55
FUNDAMENTOS DO TIRO DE FUZIL 1) Descrever os Fundamentos do Tiro. O ato integrado de atirar é uma aplicação correta e oportuna dos fundamentos do tiro, que são: 1. Posição Estável 2. Pontaria 3. Controle da respiração 4. Acionamento do gatilho
1 - POSIÇÃO ESTÁVEL Quanto mais estável a posição de tiro, menor a área tremida. Em consequência, se um atirador tem oportunidade para escolher posições, deve selecionar a mais estável e que ofereça observação sobre o alvo e proteção. Considerando as muitas variações do terreno, vegetação e situação tática, há inúmeras posições que podem ser usadas. Entretanto, na maioria das vezes, serão variações das posições de tiro existentes. A posição estável compreende: empunhadura + posição de tiro. a. EMPUNHADURA Empunhar uma arma é segurá-la firmemente de modo a minimizar os efeitos que possam ser causados por um movimento indesejado, realizando, ao mesmo tempo, a pontaria correta e o disparo. Tipos de apoio - Apoio externo - obstáculos do terreno. Apoio interno - apoio ósseo. Colocação da mão e braço que não atira - A arma deve ser apoiada pelo "V" da mão que não atira, repousando sobre a palma da mão. Não pode haver contração muscular. O apoio será fornecido à altura do guarda-mão ou do carregador, dependendo da posição. O pulso será mantido tão reto quanto possível. O apoio deve ser ósseo (interno) e não muscular, e para tanto, é imprescindível que o cotovelo fique embaixo da arma. Quanto mais afastado o cotovelo da posição preconizada, maior será o esforço. Chapa da soleira no cavado do ombro - A chapa da soleira precisa ser colocada no cavado do ombro. A posição certa diminui o efeito do recuo e auxilia a firmar o fuzil. Empunhadura pela mão que atira - A mão que atira segura a arma pelo punho, firme, mas sem rigidez, exercendo pressão para a retaguarda, a fim de manter a chapa da soleira no cavado do ombro. O dedo indicador é colocado sobre o gatilho, sem que haja contato com o lado da tecla, o guarda-mato ou o lado do punho. Tal posição permite uma pressão da tecla diretamente para retaguarda, sem prejudicar a pontaria pela existência de trações laterais sobre a arma. Permite, ainda, uma independência do movimento do dedo indicador, que desse modo não atuará sobre outra parte da arma que não a tecla do gatilho. É também a posição em que melhor atuação têm os músculos do dedo, evitando demasiado esforço no ato de comprimir o gatilho. O dedo deve tocar a parte ântero-posterior da tecla, com o espaço compreendido entre a ponta e a primeira articulação, sendo o meio termo a parte mais conveniente. Posição do cotovelo da mão que atira - A atuação do cotovelo da mão que atira fornece equilíbrio à posição de tiro. Quando corretamente colocado, ajuda a acentuar o cavado do ombro, onde adaptar-se-á a chapa da soleira. Sua colocação exata varia nas posições de tiro e, por isso, será explicada em detalhes quando da explanação sobre elas. Descontração - O atirador precisa ter condições que lhe permitam executar a descontração dos músculos não empenhados na tomada da posição de tiro. Contração indevida produz fadiga muscular e o consequente tremor que fará movimentar a arma no momento do tiro. Chegando à conclusão que determinados detalhes de uma posição causam tensão muscular excessiva, o atirador deve modificá-los ligeiramente até estar apto a realizar uma descontração de todos os músculos não empenhados. Essa adaptação não pode, entretanto, violar quaisquer dos outros fatores que contribuem para a firmeza da empunhadura. Um indicativo seguro de que não há contração indevida é a possibilidade de relaxar os músculos sem perder a "fotografia". 56
Stock Weld Significa o estabelecimento de firme contato entre o maxilar do atirador e a coronha. É obtido quando o atirador, tendo deixado a carne da bochecha entre o molar e a coronha (à guisa de almofada), comprime o maxilar contra a arma. Obtido o "stock weld", a arma e a cabeça do atirador recuarão como bloco único, permitindo a manutenção da pontaria. Esse firme contato permitirá, ainda, a manutenção da distância constante entre o olho e a alça de mira.
2 - POSIÇÕES DE TIRO a) POSIÇÃO DEITADO É relativamente firme e fácil de tomar. Apresenta uma silhueta baixa e adapta-se, facilmente, à utilização de abrigo e apoio. Seu emprego é limitado em combate, em virtude das servidões impostas pela vegetação e pelo terreno. Deitado (D) - O atirador fica de frente para o alvo, afasta confortavelmente as pernas e cai sobre os dois joelhos. Empunhando o fuzil pelo guarda-mão, apoia-o no solo pela chapa da soleira e sobre uma linha imaginária que vai do joelho da mão que atira ao alvo. Deita e coloca o cotovelo da mão que não atira o mais embaixo da arma que lhe seja possível (uma boa referência é o antebraço tocar o carregador). Com a mão que atira segura o punho, ajeita a chapa da soleira no cavado do ombro e exerce uma firme pressão para a retaguarda. O cotovelo da mão que atira fica afastado do corpo, permitindo que os ombros se coloquem, aproximadamente, no mesmo nível. Para completar a posição, acomoda convenientemente a cabeça e descontrai os músculos não empenhados. A coluna vertebral deve estar reta, as pernas confortavelmente separadas e o eixo, que contém a arma, formando um ângulo de aproximadamente 30º com a linha do corpo. Tal posição tem a finalidade de colocar peso suficiente do atirador atrás do fuzil, para absorver o recuo, sem alterar a pontaria.
Deitado Apoiado (DA) - Inicialmente é tomada asuporte, colocando-o sob a mão e antebraço que não pois reduziria o controle da arma pelo atirador, impe- posição deitado. Em seguida, é feita a adaptação do atira. Nenhuma parte do fuzil deve tocar o suporte, dindo uma rápida mudança de direção de tiro.
deitado apoiado
B) POSIÇÃO DE JOELHO É adequada para emprego em terreno plano ou aclives suaves, ajustando-se em alcance e permitindo a utilização de suportes como árvores, quinas de construções e viaturas. Ajoelhado (J) - O atirador posta-se de frente para o alvo e executa direita volver. Ajoelha-se sobre o joelho da mão que atira e gira o pé da mão que não atira para o alvo, fazendo com que a coxa da mão que não atira forme 90º com a que atira. Senta-se sobre o calcanhar, procurando obter a maior comodidade possível. A perna da mão que não atira deve estar na vertical, propiciando um apoio ósseo. Apóia a parte chata do braço da mão que não atira e, com a mão que atira, executa a empunhadura correta. Coloca a chapa da soleira no cavado do ombro. O cotovelo da mão que atira deve estar na horizontal ou pouco acima dela, auxiliando a formação do cavado, dando equilibrio à posição e liberando mais a musculatura do braço. A arma é apoiada na altura do guarda-mão, sobre o "V" formado pelo polegar e demais dedos da mão que não atira. 57
Para completar a posição, desloca-se o centro da gravidade do corpo para a frente e acomoda-se convenientemente a cabeça. A posição comporta três variações de colocação do pé da mão que atira, de acordo com a conformação física do atirador. Ajoelhado Apoiado (JA) - O atirador assume a posição ajoelhado, inclina o corpo para frente, permitindo que o seu ombro, braço e perna da mão que não atira entrem em contato com o apoio. O fuzil não pode tocar ou apoiar-se no suporte, uma vez que tal contato limita o transporte rápido do tiro.
Ajoelhado
Ajoelhado com apoio
C) POSIÇÃO EM PÉ É usada no assalto, para abater alvos inopinados, no combate em localidade, ou quando nenhuma das outras posições pode ser empregada. Pé (P) Oferece menos apoio e estabilidade ao atirador. Esta posição facilita o engajamento de alvos em movimento e em várias direções. Apesar de ser menos estável (por depender da sustentação muscular), a posição permite tiros precisos com boa cadência. Os fundamentos da posição de tiro em pé são: 1.Dar um passo à frente com a perna do lado da mão auxiliar e flexioná-la ligeiramente. 2.A perna do lado da mão que atira permanece estendida. 3.O tronco inclina-se para frente, no prolongamento da perna estendida. 4.A mão que atira empunha o fuzil, puxando-o, firmemente, ao encontro do cavado do ombro. 5.A cabeça deve estar na vertical, apoiando o seio da face sobre a coronha e relaxando a musculatura do pescoço. 6.A chapa da soleira fica pouco acima do cavado do ombro em relação à posição deitada e ajoelhada.
Pé apoiado
Pé Apoiado (PA) - O atirador assume a posição em pé, chega-se ao suporte, permitindo que ombro, braço e perna da mão que não atira entrem em contato com o apoio. O fuzil não pode tocar ou apoiar-se no suporte, uma vez que tal contato limita o transporte rápido do tiro. 58
PONTARIA Ao apontar, o atirador deve posicionar sua arma de tal maneira que o projétil, orientado pelo cano, no início de sua trajetória, atinja o alvo. Para obter um resultado positivo, ele precisa ter alça de mira, maça de mira e alvo numa relatividade de posição conhecida como "fotografia". A "fotografia" estará corrreta quando, tomada a linha de mira, o topo da maça apareça no centro da silhueta. A obtenção da fotografia implica em dois atos distintos: tomar a linha de mira e tomar a linha de visada. Tomar a linha de mira Consiste no alinhamento adequado da alça e da maça de mira. Observar a posição do topo da maça, exatamente no centro da alça de mira. Imaginando-se duas linhas, uma horizontal e outra vertical, e a maça apareçerá dividida horizontalmente, em duas partes iguais pela linha vertical.
Tomar a linha de visada Consiste no prolongamento da linha de mira até o alvo, de modo que o topo da maça de mira pareça estar exatamente sobre o centro da silhueta, dividida pelo diâmetro longitudinal da alça de mira em duas partes iguais.
Importância da tomada da linha de mira Uma razão frequente para os erros de pontaria reside na possibilidade de o olho humano focalizar objetos diferentes ao mesmo tempo e situados a diferentes distâncias. Se a vista for focada sobre o alvo, a maça apareçerá enevoada, o mesmo acontecendo com o alvo, quando focada a maça de mira. O problema é selecionar o ato mais importante, tomar a linha de mira ou tomar a linha de visada e, como resultado dessa seleção, focar, respectivamente, a maça de mira ou o alvo. Erro em qualquer das duas operações é prejudicial, contudo, enquanto o erro da linha de mira aumenta proporcionalmente à distância (letra C da Fig 4), o erro da linha de visada permanece constante (Letra B da Fig 4). No campo de batalha, um pequeno erro, resultante de linha de visada incorreta, poderá ser tão valioso como um tiro na mosca, ao passo que um tiro realizado com uma tomada de linha de mira com pequeno erro, na maioria das vezes, nem ao menos incomodará o inimigo. 59
Olho Diretor Ou Dominante - Olho diretor ou dominante é o olho com o papel de fixar a visão. - Um teste fácil para descobrir qual é o olho dominante é fechar um dos olhos (o que fica aberto é, via de regra o dominante). Outra, formar um "túnel" feito com o auxílio dos dois polegares e os dois indicadores com os braços o mais esticados que for possível. Tendo fixado um objeto ao longe e sem sair da posição, fechar um e outro olho. Ver-se-á o objeto através do "túnel" pelo dominante o que não ocorrerá com o outro. - Para realizar a pontaria com o olho diretor (tiro noturno e tiro sem visada pelo aparelho de pontaria) deve-se colocar o queixo ao lado da coronha, levantar e girar um pouco a cabeça para que se faça a visada por sobre o cano.
Olho diretor direito
Olho diretor esquerdo
ACIONAMENTO DO GATILHO ESSE FATOR É O MAIS IMPORTANTE DE TODOS OS QUE AFETAM A FIRMEZA DA EMPENHADURA, MERECENDO O MÁXIMO DE ATENÇÃO POR PARTE DOS ATIRADORES. SUA APLICAÇÃO INCORRETA TORNA PRATICAMENTE INEFICAZ TODOS OS FUNDAMENTOS DO TIRO. É a ação independente do dedo indicador sobre a tecla do gatilho, pressionando-o diretamente para retaguarda com aumento gradativo da pressão até o desengatilhamento. Conforme o prescrito anteriormente, o dedo toma contato com a tecla em qualquer ponto entre a ponta e a primeira articulação sendo o meio termo a parte mais conveniente. Não deve tocar o guardamato ou o lado do punho, para evitar a formação de uma lateral, por mais leve que seja, tendendo a alterar a posição correta dos elementos de pontaria em relação ao alvo.
O acionamento do gatilho é o fundamento que apresenta maior dificuldade de assimilação pelo atirador iniciante, sua má execução acarreta, direta ou indiretamente, a maioria dos erros no tiro. Durante o acionamento do gatilho, é frequente o atirador agir de maneira a apresentar uma ou mais das seguintes incorreções: 60
Esquiva - reação antecipada ao recuo da arma, procurando furtar o corpo à sua ação. É denunciado pelo movimento brusco da cabeça e dos ombros para a retaguarda, fechar os olhos, contrair o braço da mão que não atira, ou uma combinação de todos ou alguns desses movimentos. Antecipação - tentativa de amortecer os efeitos do recuo, retesando os músculos do peito e dos ombros e movendo-os para frente. Gatilhada - tentativa de fazer com que a arma dispare num instante determinado, aplicando uma pressão abrupta à tecla do gatilho. Pode ocorrer no momento em que o atirador julga ter uma boa visada, ou, estando a respiração suspensa por muito tempo, quando o atirador resolve disparar antes de retomá-la. O atirador deve surpreender-se com o disparo, e não "surpreender a arma" com o mesmo.
CARTÃO PARA ANÁLISE DO GRUPAMENTO DE TIRO
SE O GRUPAMENTO TIVER ESTA FORMA:
A
A CAUSA PROVÁVEL É ESTA:: A
B
GRANDE DISPERSÃO VERTICAL A
B
ERRO NA TOMADA DA LINHA DE MIRA
B A
B
GRANDE DISPERSÃO HORIZONTAL
A A B
B
ERRO NA TOMADA DA LINHA DE VISADA
PEQUENA DISPERSÃO VERTICAL
A
B
PEQUENA DISPERSÃO HORIZONTAL
RESPIRAÇÃO INADEQUADA
FALTA DE CONTROLE DE GATILHO OU COTOVELO ESQUERDO NÃO ESTAVA SOB A ARMA
GRANDE DISPERSÃO VERTICAL
TODA INSTRUÇÃO DO ATIRADOR DEVE SER REVISTA
BAIXO,À DIREITA
GRANDE DISPERSÃO VERTICAL E HORIZONTAL
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PISTOLA 9mm M975 - BERETTA 1) Citar as características das Pst, bem como a identificação dos diferentes tipos de munição. 2) Praticar a desmontagem, montagem e a manutenção das Pst 9 mm em 1º escalão, seguindo as normas previstas. 3) Identificar pelo nome as partes e peças principais do armamento. 4) Descrever o funcionamento das Pst 9mm. 5) Identificar a maneira correta para sanar incidente de tiro da Pst 9mm. 6) Praticar as oficinas da IPT. 7) Realizar os exercícios de tiro do TIB de pistola, previstos na IGTAEx (101 a 106), demonstrando empenho e entusiasmo (DEDICAÇÃO). 8) Cumprir, rigorosamente, as normas de segurança antes, durante e depois da execução do tiro
HISTÓRICO Pistola é uma arma de fogo portátil, leve, de cano curto, elaborada para ser manejada com uma só mão. Uma pistola geralmente é uma arma pequena de boa empunhadura e rápido manuseio, feita originalmente para uso pessoal (uso por uma pessoa), em ações de pequenoalcance. Durante a II Guerra Mundial, os Serviços Estratégicos distribuiram aos movimentos subterrâneos da Europa e Ásia uma pistola de um tiro calibre .45 que se mostrou muito eficiente. Dentro do conceito atual de pistola semiautomática, a primeira arma de sucesso foi a Borchart 7,63 mm de origem americana. Redesenhada por George Luger, foi adotada pelo exército alemão, tornando-se famosa com o nome Luger. Em 1911, Jjohn M. Browing projetou a pistola Colt .45 M911, que com pequenas modificações, foi a arma utilizada pelo Exército Brasileiro até o ano de 1977. Como decorrência da fixação do calibre em 9 mm para armas de porte, as antigas pistolas Colt .45 e os revólveres foram recolhidos das nossas Unidades. Foram feitas experiências com adaptação de canos calibre 9 mm nas pistolas Colt, ou mesmo, a fabricação de novas pistolas como a Pistola Colt M973 de 9 mm pela Fábrica de Itajubá. A idéia não vingou, pois o peso ainda era condicionante para a adoção de um novo tipo de arma curta. O desejo de se dotar nossas Unidades com uma arma de porte mais leve, que substituísse o Revólver .45 e a Pistola Colt .45, viu-se concretizado com a adoção da Pistola 9 mm M975 BERETTA, a qual passou a ser adotada pelo Exército Brasileiro.
APRESENTAÇÃO A Pistola 9 mm M975 BERETTA é uma arma individual, construída com a utilização de aços e ligas especiais, possui peso limitado e foi projetada para empregar o cartucho 9 mm x 19 mm “Parabellum” (também conhecido por 9 mm Para, 9 mm Luger, 9 mm NATO ou 9 x 19 mm), o mesmo empregado pela metralhadora de mão M972 Beretta. Ressalta-se, ainda, que adotando o sistema de DUPLA AÇÃO pelo simples acionamento do dedo na tecla do gatilho possibilita uma maior rapidez no manuseio, com o cão não engatilhado. Cartuchos 9 mm Parabelum
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CARACTERÍSTICAS DESIGNAÇÃO Indicativo Militar: Nomenclatura:
Pst 9M975 Pistola 9M975 Beretta CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao Tipo: Quanto ao emprego: Quanto ao funcionamento: Quanto ao princípio motor: Quanto à refrigeração:
De porte Individual Semiautomático Utilização direta dos gases A ar
IMPORTANTE !!
ALIMENTAÇÃO Carregador: Capacidade: Carregamento: Munição:
Tipo cofre metálico bifilar 15 (quinze) cartuchos Retrocarga Cartucho 9 mm x 19 mm “Parabellum” RAIAMENTO
Número de raias: Sentido:
6(seis) Da esquerda para a direita (à direita) APARELHO DE PONTARIA
Alça de mira: Maça de mira:
Tipo entalhe, retangular Seção retangular DADOS NUMÉRICOS
Calibre: Peso: com carregador cheio: Comprimento da arma: Velocidade inicial: Velocidade teórica de tiro: Velocidade prática de tiro: Alcance de utilização:
9 mm sem carregador: 850g com carregador: 950g 1.140g 217 mm 400 m/s 275 tiros por minuto (tpm) 15 a 20 tpm 50 m ACESSÓRIOS
De manutenção:
Verificadores de usura, verificadores de câmara, diâmetro interno do cano, afloramento do percussor. Escova de limpeza - 01 (uma)
De transporte: Presilha para cordão de segurança Carregador Reserva:
02 (dois) 63
DESMONTAGEM PST 9mm M975 - BERETTA EM 1º ESCALÃO MEDIDAS PRELIMINARES 1ª) RETIRAR O CARREGADOR - Comprimir o retém do carregador, localizado na parte inferior esquerda do punho da arma. - Realizando-se esta operação, o carregador abandonará o seu alojamento no punho, devido à distensão da sua mola. Retém do carregador
2ª) DESTRAVAR A ARMA - Agir no registro de segurança, girando-o para baixo.
Registro de segurança
3ª) EXECUTAR DOIS GOLPES DE SEGURANÇA - Executar dois golpes de segurança, trazendo o ferrolho totalmente à retaguarda e soltando-o em seguida. - Segurar a arma pela mão direita com o cano voltado para cima. - Não colocar o dedo no gatilho. 4ª) INSPECIONAR A CÂMARA - Consiste em verificar se existe cartucho ou estojo na câmara.
DESMONTAGEM EM 1º ESCALÃO 1ª) SEPARAR O CONJUNTO CANO-FERROLHO DA ARMAÇÃO - Com a mão esquerda, segurar a parte superior do ferrolho e comprimir o retém da alavanca de desmontagem. Com a mão direita empunhar a arma . - Simultaneamente, girar a (a) alavanca de desmontagem de 90° , no sentido (b) horário.
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Com a mão esquerda, separa-se o conjunto cano-ferrolho da armação.
Retirada do conjunto canoferrolho da armação
2ª) RETIRAR O GUIA E MOLA RECUPERADORA - Segurando o ferrolho pela mão esquerda, pressionar com o polegar da mão direita a parte posterior do guia da mola recuperadora e, em seguida, aliviar a pressão exercida, com cuidado de não deixar a peça saltar. - Retirar o conjunto de seu alojamento no ferrolho. - Separar a mola recuperadora do guia da mola recuperadora.
3ª) SEPARAR O CANO DO FERROLHO - Comprimir o mergulhador do bloco de trancamento para frente até que as asas do bloco de trancamento sejam retiradas dos seus alojamentos existentes no ferrolho. - Retirar do interior do ferrolho, o conjunto cano-bloco de trancamento, levantando a parte posterior do ferrolho.
4ª) RETIRAR O BLOCO DE TRANCAMENTO - Segurar o cano com uma das mãos e com a outra levantar a parte posterior do bloco de trancamento, retirando-o lateralmente.
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5ª) DESMONTAGEM DO CARREGADOR - Com auxílio de um toca-pino, comprimir o ressalto da chapa retém do fundo do carregador, em seguida deslocar para fora o fundo do carregador. Com o polegar, amparar a chapa-retém do fundo do carregador, a fim de evitar uma descompressão violenta da mola. Sairão do interior do carregador: a) Chapa-retém do fundo do carregador. b) Mola do carregador e transportador.
ORDEM DAS PEÇAS - Terminada a DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO da Pst 9M975, você deve ter colocado sobre a mesa, na ordem de desmontagem, da esquerda para direita, as seguintes peças ou partes da arma: 1. ARMAÇÃO 2. MOLA RECUPERADORA 3. GUIA DA MOLA RECUPERADORA 4. FERROLHO 5. BLOCO DE TRANCAMENTO 6. CANO 7. FUNDO DO CARREGADOR 8. CORPO DO CARREGADOR 9. CHAPA-RETÉM DO FUNDO DO CARREGADOR 10. MOLA DO CARREGADOR 11. TRANSPORTADOR
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IMPORTANTE !!
MONTAGEM EM 1º ESCALÃO A montagem da arma é realizada na ordem inversa da desmontagem, razão pela qual é importante ordenar as peças ou partes, procurando memorizar suas corretas posições de montagem. Segue a seguinte ordem: 1º) MONTAGEM DO CARREGADOR; 2º) MONTAGEM DO BLOCO DE TRANCAMENTO; 3º) COLOCAÇÃO DO CANO NO FERROLHO; 4º) COLOCAÇÃO DO GUIA E MOLA RECUPERADORA; 5º) COLOCAÇÃO DO FERROLHO NA ARMAÇÃO. MEDIDAS COMPLEMENTARES 1º) ENGATILHAR A ARMA Empunhar a arma, cano para cima, e agir na parte serrilhada do ferrolho, trazendo-o para retaguarda e largando em seguida. 2º) DESENGATILHAR A ARMA Conservando a mesma posição anterior, pressionar a tecla do gatilho. 3º) TRAVAR A ARMA Agindo no registro de segurança, travar a arma. 4º) COLOCAR O CARREGADOR Introduzir o carregador em seu alojamento, no punho, verificando o seu aprisionamento pelo retém do carregador.
NOMENCLATURA APLICADA AO FUNCIONAMENTO Para efeito de estudo, dividimos a Pst 9M975 Beretta em quatro partes principais que são: - CARREGADOR - CANO - BLOCO DE TRANCAMENTO
- ARMAÇÃO - FERROLHO
1. CARREGADOR É do tipo cofre metálico bifilar, característica que aumenta a sua capacidade; é feito de uma chapa de aço soldada e tratada termicamente. Apresenta como partes principais as seguintes: - TRANSPORTADOR - MOLA DO CARREGADOR - CHAPA-RETÉM DO FUNDO DO CARREGADOR - FUNDO DO CARREGADOR - CORPO DO CARREGADO - ABAS DO CARREGADOR
ABAS DO CARREGADOR
2. ARMACÃO É construída de uma só peça, de liga de metal especial leve, servindo de base ao ferrolho, ao mecanismo de disparo e à empunhadura. Na armação estão montadas as peças essenciais ao funcionamento da arma como o mecanismo de disparo e algumas partes e peças, responsáveis pelo restante do funcionamento. Peças responsáveis pelo desengatilhamento montadas na armação: - Gatilho, eixo de gatilho, mola do gatilho, mola do tirante, guia do tirante do gatilho. 67
No tirante do gatilho temos: - Guia do tirante do gatilho -Dente do tirante do gatilho Para o desengatilhamento, encontramos as seguinte peças, montadas na armação: - Armadilha - Mola da armadilha -Eixo da armadilha Peças responsáveis pelo disparo e percussão, montadas na armação: - Cão - Bucha do cão - Guia da mola do cão - Pino de apoio da mola do cão No cão encontramos: - Dente de segurança - Dente de disparo - Dente da ação dupla Peças acionadas durante a desmontagem, na armação: - Alavanca de desmontagem - Retém da alavanca de desmontagem - Mola do retém da alavanca de desmontagem - Retém do carregador - Mola do retém do carregador - Registro de segurança. Parte responsável pela empunhadura: - Placas e parafusos do punho 3. CANO-BLOCO DE TRANCAMENTO Do cano salientamos as seguintes partes principais:
- BOCA
- CÂMARA
- ALMA - RAMPA DE ACESSO
- RAIAS
O cano apresenta dois ressaltos: anterior e posterior. No anterior, encontramos o alojamento cilíndrico para o bloco de trancamento enquanto que, no posterior, existe o alojamento do mergulhador do bloco de trancamento; o mergulhador do bloco de trancamento é retido pelo pino do mergulhador. O bloco apresenta, como parte principal, as ASAS do bloco de trancamento, partes responsáveis pelo trancamento da arma. 4. FERROLHO É obtido através da usinagem de uma única peça forjada em aço-cromo-níquel submetido a determinados tratamentos térmicos. Apresenta internamente, em sua parte inferior, as GUIAS DE DESLOCAMENTO e os ALOJAMENTOS DAS ASAS DO BLOCO DE TRANCAMENTO. Estão colocados internamente: - percussor e mola do percussor; - extrator com pino do extrator e mola do extrator. Na sua parte ântero-inferior, encontramos o alojamento do guia da mola e da mola recuperadora. O aparelho de pontaria consta de bloco com entalhe de mira e maça de mira. Apresenta ainda, quando o ferrolho está recuperando, a janela de ejeção. Na parte póstero-inferior direita temos a ranhura do guia do tirante.
guia do tirante
alojamento do culote do cartucho
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alojamentos das asas do bloco de trancamento
FUNCIONAMENTO PST 9mm M975 - BERETTA FASES DO FUNCIONAMENTO Para fins de estudo de seu funcionamento, é considerado em uma posição definida pela seguinte situação; - Posição Inicial - Um Cartucho na Câmara - Arma trancada - Dá-se a Percussão
1ª FASE – RECUO DO SISTEMA 1 - Destrancamento É a saída das Asas do Bloco de Trancamento de seus alojamentos no Ferrolho. A pressão dos gases exercida sobre o alojamento do culote do Cartucho no Ferrolho fazem com que este, juntamente com o Cano, retrocedam. Esse fato ocorre porque o Cano está preso ao Ferrolho, através do Bloco de Trancamento. 2 - Abertura Início da Compressão da Mola Recuperadora. A mola recuperadora, apoiada na parte posterior da guia da mola recuperadora, que firmada no bloco de trancamento, e pela parte anterior no seu alojamento no ferrolho, é obrigada a comprimir-se.
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3 - Extração 2ª fase Extração 2ª fase é a retirada do estojo da câmara. A garra do extrator, recuando solidária com o ferrolho, retira o estojo da câmara. Observe como a garra do extrator empolga o estojo pelo seu culote.
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4 - Ejeção Ejeção é quando o estojo é lançado fora pela janela de ejeção. O estojo, retirado da câmara pelo extrator, que o empolga pela direita, recebe uma pancada do dente do ejetor, por baixo e pela esquerda, sendo lançado pela janela de ejeção. 69
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5 - Transporte É o movimento de ascensão do cartucho. Observe a linha a direita da figura, ela simboliza a parte inferior do ferrolho. Ao recuar o ferrolho deixa de exercer pressão sobre o primeiro cartucho do carregador, este se eleva por força da distensão da mola do carregador.
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6 6 - Apresentação O cartucho sobe e fica no caminho do ferrolho.
7 - Engatilhamento 1ª fase É o contato da armadilha com o dente de disparo do cão. Ao recuar, o ferrolho abriga o cão a girar para trás, permitindo que o dente do disparo se agarre à armadilha, comprimindo sua mola. Simultaneamente o ferrolho baixa o tirante, através de sua guia, evitando que o dente do tirante aja sobre o dente da armadilha, não ocorrendo o disparo continuo (tiro de rajada), ao pressionarmos a tecla do gatilho.
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8 - Compressão da mola recuperadora No fim do recuo do ferrolho, com a compressão da mola recuperadora, haverá a energia potencial que possibilitará a fase seguinte do funcionamento, que é o avanço do sistema.
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9 - Limite do recuo O choque da parte posterior do alojamento da guia da mola recuperadora (no ferrolho) com o ressalto anterior (na armação) delimita o limite do recuo. 70
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2ª FASE – AVANÇO DO SISTEMA 1 - Introdução O avanço do sistema é determinado pela distensão da mola recuperadora. Introdução é a entrada parcial do Cartucho na Câmara. O ferrolho empurra o cartucho apresentado em direção à câmara, retirando-o das abas do carregador e fazendo-o subir a rampa de acesso.
1
2 - Carregamento Quando o cartucho é introduzido totalmente na Câmara. Levado pelo ferrolho, o cartucho é completamente introduzido na Câmara. 2
3 - Fechamento Quando o ferrolho entra em contato com a câmara, em seu movimento à frente. Ferrolho encontra a parte posterior da câmara. 3
4 - Trancamento Bloco de trancamento, neste avanço de 7mm, galga a Rampa de trancamento (na armação), fazendo com que as asas do bloco de trancamento subam. 4 5
5 - Extração 1°Fase Quando a garra do extrator empolga o culote do cartucho. A garra do extrator, que é solidária ao ferrolho, é forçada ligeiramente para o lado pelo culote do cartucho, passando a empolgálo.
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6 - Engatilhamento 2°Fase É a coincidência do guia do tirante com sua ranhura do ferrolho. Com o avanço do ferrolho, juntamente com o movimento do guia do tirante na ranhura no ferrolho, possibilita a elevação do tirante, impulsionado por sua mola. Esta ação faz com que o tirante fique em condições de agir sobre armadilha. 71
AÇÃO DO ATIRADOR Após o atirador ter acionado a Tecla do Gatilho, ocorrem mais 3 (três) operações de funcionamento:
1 - DESENGATILHAMENTO O semiautomatismo da arma é decorrente do trabalho do tirante. A arma somente é desengatilhada quando o tirante desempenha o seu papel de transmissor de movimento do gatilho à armadilha. Armadilha
Cão Tirante
2 - DISPARO O cão liberado pela armadilha e impulsionado por sua mola, lança-se em direção à cauda do percussor.
3 - PERCUSSÃO A pancada do cão sobre o percussor faz com que sua ponta fira a cápsula do cartucho, ocasionando a percussão. Percussor
4 - MECANISMO DE AÇÃO DUPLA Este mecanismo deverá ser utilizado em caso de nega (falha) ou quando a arma estiver com um cartucho na câmara e o cão em sua posição de repouso. Neste caso, ao ser comprimida a tecla do catilho, o ressalto (dente de ação dupla) entra em contato com seu apoio existente no cão, obrigando-o a girar para trás. Durante este giro, através de seus dentes, o cão afasta de si a armadilha, e comprime sua mola através da guia da mola do cão. No limite máximo do seu giro, o cão estará livre da armadilha e avançará violentamente por descompressão de sua mola, indo chocar-se na cauda do percussor. Após a execução do primeiro disparo, a sequência do funcionamento será idêntica à executada na ação simples ( Avanço e Recuo).
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PISTOLA 9mm M973 - IMBEL APRESENTAÇÃO Esta excelente pistola militar é derivada da famosa Pst. 45 M911 A1, fabricada e aperfeiçoada ao longo de 70 anos pela Colt, a partir do projeto de John A. Browning, e transformada para o calibre 9mm pela IMBEL. Pela sensatez do seu desenho, segurança e robustez, os peritos militares a consideram a melhor arma de defesa aproximada já construída. Por este motivo, sobreviveu a duas guerras mundiais, continuando a prestar excelentes serviços até hoje. A sua confiabilidade para o combate e precisão de tiro permanecem inalterados. A IMBEL, depois de fabricá-la por muitos anos no calibre. 45, estudou e projetou sua fabricação ou transformação para calibre 9mm “Para bellum”. Suas peças componentes receberam tratamento superficial para climas e condições tropicais e o seu carregador passou a ter capacidade para 08 cartuchos que, com mais um na câmara, perfaz um carregamento total de 09 cartuchos, suficiente para utilização em combate, com rápida troca de carregador, se necessário, mantendo o equilíbrio da arma sem lhe alterar a empunhadura anatômica. Apesar de criticada por alguns, os laboratórios militares até hoje não conseguiram criar outro tipo de arma de porte que conseguisse reunir, com acentuada vantagem, as características da Pst ou a suplantassem nos aspectos considerados negativos. CARACTERÍSTICAS DESIGNAÇÃO Indicativo Militar Nomenclatura
Pst 9M973 Pistola 9M973 IMBEL CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao Tipo Quanto ao emprego Quanto ao funcionamento Quanto ao princípio motor Quanto à refrigeração
De porte Individual Semiautomático Utilização direta dos gases A ar ALIMENTAÇÃO
Carregador Capacidade Carregamento Munição
Tipo cofre metálico bifilar 08 (oito) cartuchos Retrocarga Cartucho 9 mm x 19 mm “Parabellum” RAIAMENTO
Número de raias Sentido
04 (quatro) ou 06 (seis) Da esquerda pra a direita (à direita) DADOS NUMÉRICOS
Calibre Peso
9 mm 1.01 kg 1.10 kg 1.20 kg 218 mm 349m/s ainda não foi determinada
sem carregador: com carregador: com carregador cheio: Comprimento da arma Velocidade do projétil a 25m da arma Velocidade teórica de tiro 76
Velocidade prática de tiro Alcance de utilização Penetração em tabatinga a 50m Penetração em bloco de pinho a 50m
ainda não foi determinada 50 m 40 cm 10 cm ACESSÓRIOS
De manutenção: - Escova de limpeza
De transporte: -Presilha para cordão de segurança
DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO MEDIDAS PRELIMINARES 1ª Medida: Retirar o carregador Comprimir a cabeça serrilhada da retém do carregador que liberará o carregador de seu alojamento no punho, impulsionado por sua mola.
2ª Medida: Executar dois golpes de segurança Traga o ferrolho à retaguarda e solte-o por duas vezes.
3ª Medida: Inspecionar a câmara Certifique-se de que não há cartucho ou estojo na câmara.
4ª Medida: Desengatilhar a arma Com o polegar, leve o cão para a retaguarda, comprima a tecla do gatilho e controle o movimento para frente do cão, sem deixar haver o choque no percussor.
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DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO É realizada pelo detentor e tem por finalidade executar a manutenção de 1º escalão. Tem 6 operações. 1ª Operação: Retirar o estojo da mola recuperadora. -Puxar o cão para a retaguarda e gire o Dispositivo de Segurança do cão para cima. -Apoiar a arma com o cano voltado para cima e o punho para o operador. -Comprimir a cabeça serrilhada do estojo da mola recuperadora e gire a manga do cano para a esquerda (sentido horário). -Afrouxar gradativamente a pressão sobre o referido estojo até que ele saia do seu alojamento forçado pela mola recuperadora, tendo o cuidado para não soltar de vez o estojo.
2ª Operação: Retirar a manga do cano. Girar a manga do cano para a direita para retirá-la. Destravar a arma. Girar o Dispositivo de Segurança do cão para baixo.
3º Operação: Retirar a chaveta de fixação do cano. Recuar o ferrolho até que a extremidade do ressalto serrilhado da chaveta coincida com o entalhe médio existente no ferrolho, empurrar o eixo da chaveta que aflora do lado direito da armação, retirando em seguida. 78
4ª Operação: Separar o ferrolho da armação. Tendo o cuidado de manter o punho voltado para cima, puxar o ferrolho para a retaguarda, mantendo-o na mão.
5ª Operação: Retirar o tubo-guia da mola recuperadora e a mola recuperadora. Retirar o tubo-guia pela retaguarda puxandoo. A mola recuperadora é retirada pela frente do ferrolho.
6ª Operação: Retirar o cano. Ainda com o ferrolho na posição anterior, virase o elo de prisão do cano em direção à boca deste. Em seguida, levanta-se sua posterior, fazendo com que se desengrazem do ferrolho os ressaltos engrazadores do cano e leva-se o cano para a frente até que abandone totalmente o ferrolho.
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Terminada a desmontagem de 1º escalão, teremos as seguintes peças da esquerda para a direita: 1- Carregador 2- Estojo da mola recuperadora 3- Manga do cano 4- Chaveta de fixação do cano 5- Armação 6- Mola recuperadora 7- Tubo-guia da mola recuperadora 8- Cano 9- Ferrolho MONTAGEM DE 1º ESCALÃO A montagem da arma é realizada na ordem inversa da desmontagem. Razão pela qual é importante ordenar as peças ou partes, procurando memorizar suas corretas posições de montagem. 1ª Operação: Colocar o cano. Com o ferrolho na palma da mão, coloque o cano no seu alojamento, tendo o cuidado para que o elo de prisão do cano fique virado na direção da boca do cano. Observe se os ressaltos engrazadores do cano encaixaram no ferrolho. 2ª Operação: Colocar tubo-guia da mola recuperadora e a mola recuperadora. Ainda com o ferrolho na mão, coloque a mola recuperadora pela parte anterior do ferrolho. O tubo-guia da mola entrará na mola e ficará junto ao elo de prisão do cano, sobre o cano. O elo de prisão do cano ficará para cima. 3ª Operação: Colocar a armação no ferrolho. Com o ferrolho na mão, encaixe a armação com o punho para cima. 4ª Operação: Colocar a chaveta de fixação do cano. Ficando com o punho para baixo, leve o ferrolho até a posição em que coincida o olhal do elo de prisão com o olhal da armação.
Colocar a chaveta de fixação do cano pela esquerda; depois recuar o ferrolho até que a extremidade do ressalto serrilhado da chaveta coincida com o entalhe médio. Para a chaveta ficar na sua posição correta, basta empurrá-la contra a arma.Travar a arma.
5ª Operação: Colocar a manga do cano. Apoiar a arma com o cano voltado para cima e o punho para o operador. Colocar a manga do cano na mesma posição em que saiu com o ressalto de fixação na direção da mola. Girar a manga para a esquerda.
6ª Operação: Colocar o estojo da mola recuperadora. Comprimir o estojo da mola até entrar totalmente no seu alojamento; girar a manga do cano para a direita, até ficar na sua posição correta. Destravar e desengatilhar a arma; girar o dispositivo de segurança do cão para baixo; puxar o cão para trás, comprimindo a tecla do gatilho. 80
MEDIDAS COMPLEMENTARES 1ª Medida Complementar: Engatilhar a arma. Empunhar a arma, cano para cima e agir na parte serrilhada do ferrolho, trazendo-o para a retaguarda e largando-o. 2ª Medida Complementar: Desengatilhar a arma. Conservando-a posição, pressionar a tecla do gatilho.
3ª Medida Complementar: Colocar o carregador. Introduzir o carregador em seu alojamento no punho, verificando o seu aprisionamento pelo retém do carregador.
NOMENCLATURA APLICADA AO FUNCIONAMENTO Para efeito de estudo, dividiremos a Pst 9M973 em quatro partes: 1 - Ferrolho 2 - Cano 3 - Armação 4 - Carregador 1. Ferrolho Massa de mira, janela de ejeção e bloco de mira com entalhe de mira; alojamento do percussor, alojamento do extrator e passagem do ejetor; alojamento do retém do percussor e extrator e encaixe para a cabeça da alavanca de disparo; alojamento do cano, alojamento da mola recuperadora, alojamentos dos ressaltos engrazadores do cano e orifício de passagem da ponta do percussor; entalhe anterior, entalhe médio, entalhe posterior e superfícies entalhadas; alojamento da manga do cano e alojamento do estojo da mola recuperadora; extrator; percussor (ponta, cauda e corpo) e mola; placa-retém do percussor e extrator; mola recuperadora, tubo-guia, e estojo da mola recuperadora. 2. Cano Manga do cano, chaveta de fixação do cano, elo de prisão do cano; boca e alma; ressaltos engrazadores; rampa de acesso.
Manga do cano
elo de prisão do cano
3. Armação Noz de armar, alavanca de disparo; Cão e alavanca de armar; Dispositivo de segurança do gatilho; Retém do carregador; 4. Carregador Corpo; Fundo;
cano
-mola tríplice, gatilho; -bloco- alojamento da mola do cão; -dispositivo de segurança do cão; -punho, placas do punho, ejetor.
-Mola; -Chapa-retém do fundo do carregador. 81
FUNCIONAMENTO PST 9mm M973 - IMBEL Para estudarmos o funcionamento dividiremos o ciclo de funcionamento em duas fases: Recuo do Sistema e Avanço do Sistema. Partiremos da POSIÇÃO INICIAL: - Um cartucho na câmara ; - arma trancada; e - ocorre a percussão.
RECUO DO SISTEMA 1. DESTRANCAMENTO Os gases, agindo sobre o fundo do culote do cartucho, farão com que o ferrolho recue. O ferrolho em seu recuo tráz consigo o cano. O elo da posição do cano inclina-se para a posição traseira, fazendo com que o cano se desengraze do ferrolho. Ocorre então a perda de contato dos ressaltos engrazadores do cano com seu alojamento do ferrolho, caracterizando o destrancamento .
Elo da posição do cano 2. ABERTURA Ao desengrazar-se do ferrolho, o cano completou o movimento chamado “curto recuo”. O ferrolho, porém, continua recuando, havendo a perda do contato do ferrolho com câmara, o que caracteriza a abertura. Início da compressão da mola recuperadora do ferrolho, recuando, começa a comprimir a mola recuperadora.
3. EXTRAÇÃO SEGUNDA FASE Em seu movimento para trás, o ferrolho, ao deixar de ter contato com o cano, começa a tirar da câmara o estojo, por intermédio da garra do extrator, que estará prendendo o culote do estojo.
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4. EJEÇÃO O ferrolho, em seu recuo, faz com que o estojo do cartucho bata no ejetor, forçando o mesmo para fora, pela janela de injeção.
5. TRANSPORTE O ferrolho, ao recuar, deixa de exercer pressão sobre o carregador. A mola do carregador realiza um movimento de baixo para cima, elevando um novo cartucho, o que caracteriza o transporte. mola do carregador abas do carregador 6. APRESENTAÇÃO O movimento de subida do cartucho é limitado pelas abas do carregador, caracterizando a apresentação.
7. ENGATILHAMENTO 1ª FASE ALAVANCA DE DISPARO A parte ínfero-posterior do ferrolho possui um entalhe no qual está alojada a cabeça da alavanca de disparo. Quando o ferrolho recua, a alavanca de disparo é forçada para baixo. Isso faz com que a alavanca de disparo e a noz de armar fiquem desengrazadas.
noz de armar
alavanca de disparo 83
4. FECHAMENTO O ferrolho empurra o cano para frente, havendo o contato da câmara com a parte anterior do alojamento do percussor.
ressaltos engrazadores
5. TRANCAMENTO O cano e o ferrolho continuam seu movimento para frente até o momento em que os ressaltos engrazadores do cano entram em seus alojamentos no ferrolho, caracterizando o trancamento. O elo de prisão do cano fica na posição vertical.
elo de prisão do cano
6. EXTRAÇÃO 1º FASE O ferrolho, quando fica trancado, força a garra do extrator a empolgar o culote do cartucho, ficando este solidário ao ferrolho.
7. ENGATILHAMENTO 2º FASE GIRO DO CÃO Quando a parte ínfero-posterior do ferrolho deixa de fazer pressão sobre o cão, este gira para frente, impulsionado por sua mola. Em seu giro, o cão engraza seu dente de engatilhamento no apoio dos dentes do cão da noz da armar.
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dente de engatilhamento
ALAVANCA DE DISPARO Quando o atirador relaxa a pressa sobre a tecla do gatilho, o ramo central da mola tríplice impele para frente e para cima a alavanca de disparo. Com isso a alavanca de disparo alojará sua cabeça no cavado existente na parte ínferoposterior do ferrolho. A alavanca de disparo entrará em contato com a noz de armar (ficaram engrazadas).
NOZ DE ARMAR A noz de arma, quando fica engrazada com a alavanca de disparo, já está retendo o cão à retaguarda.
AÇÃO DO ATIRADOR 1. DESENGATILHAMENTO Quando se comprime simultaneamente a tecla do gatilho e o dispositivo de segurança do gatilho, a alavanca de disparo é forçada para trás pela calda do gatilho. Como a alavanca de disparo esta engrazada com a noz de armar, obriga-a a girar em torno de seu eixo, libertando assim o cão.
2. DISPARO O cão está livre para girar. A mola do cão, por meio da alavanca de armar do cão, faz com que este gire violentamente para frente. No seu giro, o cão choca-se com a cauda do percussor, que avança no interior do seu alojamento.
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3. PERCUSSÃO O percussor, comprimindo sua mola, faz com que sua ponta atinja a cápsula do cartucho. Em seguida, o percussor retrai-se por ação da sua mola.
SEGURANÇAS 1. DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO CÃO Situado ao lado do ferrolho, trava a arma imobilizando o cão da arma. Este dispositivo garante o travamento e o destravamento da arma durante o manejo, para execução do tiro. a) atuando-se no dispositivo de segurança para cima, até que penetre no entalhe existente a retaguarda e à esquerda do ferrolho, trava-se a arma. Estando a arma engatilhada o dispositivo pode movimentar-se, indo o dente de segurança colocar-se apoiado a retaguarda da noz de arma, imobilizando-a. Atuando-se no dispositivo de segurança do cão para baixo, em sentido inverso ao da operação anterior, destrava-se a arma.
2. DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO GATILHO Alojado na parte posterior, impede a retração da arma, quando comprimido isoladamente por tensão muscular ou esbarro casual. a) Quando a arma é empunhada, a própria mão do atirador agirá naturalmente sobre o dispositivo de segurança do gatilho, permitindo que o gatilho tenha seu movimento livre. Isto porque o dispositivo em questão, uma vez comprimido, gira em torno de seu eixo, subindo e deixando de barrar o gatilho, o qual terá livre caminho no seu alojamento, toda vez que se fizer sentir sobre a tecla a ação do dedo do atirador. b) Quando o dispositivo de segurança do gatilho está em repouso, seu dente de segurança permanece por trás da cauda do gatilho, barrando-o. Desta forma o gatilho não terá livre caminho no seu alojamento toda vez que for comprimido isoladamente por ação do dedo do atirador ou por esbarro casual.
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3. DENTE DE SEGURANÇA DO CÃO Fica situado na parte anterior e superior do cão, sendo mais profundo que o dente de engatilhamento. Imobiliza a nóz de armar mesmo que haja pressão simultânea da tecla do gatilho e do dispositivo de segurança do gatilho. Para utilizarmos essa segurança da arma, basta trazer o cão para retaguarda cerca de1/3 do seu recuo.
INCIDENTES DE TIRO Interrupção do tiro por motivo independente da vontade do atirador e que não causa danos para o material e/ou pessoal. A causa do incidente é, normalmente, eliminada por um conjunto de operações chamado AÇÕES IMEDIATAS. 1-Retirar o carregador 2- Dois golpes de seguranças 3-Examinar a câmara 4-Tipo de incidente
QUADRO DE INCIDENTES DE TIRO
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PEÇAS QUE COMPÕEM A Pistola 9mm M973 - IMBEL
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1. ARMAÇÃO a) punho b) breço
29. NOZ DE ARMAR a) ressalto-apoio da mola tríplice b) apoio dos dentes do cão c) olhal eixo 2. CANO d) encaixe da alavanca de disparo e) câmara a) alma f) rampa de acesso b) boca 30. MOLA TRÍPLICE g) rassaltos engrazaodores c) raias a) mola da noz de armar h) encaixe do elo de prisão do d) cheios ( ramo esquerdo ) cano olhal b) mola alavanca de disparo 3. FERROLHO ( ramo central ) a) janela de ejeção e) traço de referência do entalhe de c) mola do dispositivo de segurança b) superfícies entamira do gatilho f) alojamento do bloco de mira lhada ( ramo direito ) g) alojamento da manga do cano e do c) incrições estojo da mola recuperadora d) massa de mira 31. EIXO DA NOZ DE ARMAR c) guarda-mato d) alojamento, encaixes, orifícios, entalhes e corrediças
4. ALOJAMENTO DA MOLA COMUM À CHAVETA DE FIXAÇÃO DO CANO E AO DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO CÃO 5. PINO-APOIO DA CHAVETA DE FIXAÇÃO DO CANO 6. PINO-APOIO DO DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO CÃO 7. MOLA COMUM À CHAVETA DE FIXAÇÃO DO CANO E AO DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO CÃO 8. CHAVETA DE FIXAÇÃO DO CANO c) ressalto serrilhado a) eixo b) dente-retém 9. BLOCO DE MIRA 10. ELO DE PRISÃO DO CANO 11. EIXO DO ELO DE PRISÃO DO CANO 12. MANGA DO CANO c) virola a) ressalto de fixação b) alojamento do cano 13. MOLA RECUPERADORA 14. TUBO-GUIA DA MOLA RECUPERADORA a) corpo b) virola
32. ALAVANCA DE DISPARO a) cabeça b) orifício para a articulação com a noz c) cauda 33. GATILHO a) tecla b) corpo c) cauda 34. DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO GATILHO a) cabeça d) olhal do eixo b) corpo e) engrazadores c) dente de segurança 35. DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO CÃO a) corpo c) dente de segurança b) ressalto d) olhal do eixo e) eixo 36. BLOCO-ALOJAMENTO DA MOLA DO CÃO a) olhal do pino-retém do bloco b) olhal do pino-retém da mola do cão c) superfície serrilhada d) ressaltos engrazadores e) presilha para cordão de segurança f) pino da presilha para cordão de segurança
37. PINO-RETÉM DO BLOCO-ALOJAMENTO DA MOLA DO CÃO 38. CABEÇA-APOIO DA MOLA DO CÃO SUPERIOR 39. CORPO DO CARREGADOR 15. ESTOJO DA MOLA RECUPERADORA a) alojamentos dos pinos de fixação do fundo a) corpo b) cabeça serrilhada b) entalhe p/ o dente do retém 16. EXTRATOR c) orifícios p/ a contagem dos cartuchos a) corpo c) cauda c/ alojamento da placa-retém d) abas b) garra do percussor e do extrator 40. FUNDO DO CARREGADOR 17. EJETOR a) alojamento dos pinos de fixação c) pinos a) corpo d) alojamento do pino de fixação b) dente 41. PINOS DE FIXAÇÃO DO FUNDO DO CARREGADOR
18. PINO DE FIXAÇÃO DO EJETOR 19. PERCUSSOR b) corpo a) cauda
c) ponta
42. TRANSPORTADOR a) rampa-comando do dente da chaveta de fixação do cano b) chapa-guia
20. MOLA DO PERCUSSOR 21. PLACA-RETÉM DO PERCUSSOR E DO EXTRATOR 22. CÃO a) testa b) cabeça serrilhada c) dentes
43. RETÉM DO CARREAGADOR a) cabeça serrilhada c) alojamento do pino de fixação b) dente
d) olhal do eixo 44. MOLA DO RETÉM DO CARREGADOR e) orifício para a articulação com a alavanca de armar 45. PINO DE FIXAÇÃO DO RETÉM DO CARREGADOR
23. EIXO 24. ALAVANCA DE ARMAR b) ponta a) olhal p/ a articulação com o cão 25. EIXO DA ARTICULAÇÃO DA ALAVANCA DE ARMAR COM O CÃO 26. MOLA DO CÃO
27. CABEÇA-APOIO DA MOLA DO CÃO INFERIOR 28.PINO-RETÉM DA MOLA DO CÃO
46. MOLA DO CARREGADOR 47. PLACAS DO PUNHO 48. PARAFUSOS DAS PLACAS DO PUNHO 49. PORCAS DOS PARAFUSOS DAS PLACAS DO PUNHO
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FUNDAMENTOS DO TIRO DE PISTOLA A compreensão dos fundamentos do tiro e o tiro de instrução ensinam ao combatente as regras de tiro justo (preciso e regulado) e o preparam para os exercícios de combate. Para execução do tiro, o atirador deve ter em mente os seguintes fundamentos: 1. Posição Estável 2. Pontaria 3. Controle da respiração 4. Acionamento do gatilho POSIÇÃO ESTÁVEL EMPUNHADURA É o ajuste da(s) mão(s) do atirador à arma, proporcionando firmeza ao conjunto, facilitando a realização da pontaria e o correto acionamento do gatilho. Colocar a arma na mão que atira com auxílio da outra. A mão que não atira coloca a arma no “V” da mão que atira.
Empunhadura com uma das mãos (básica) auxílio da mão que não atira - a arma é segura por esta, envolvendo o ferrolho à frente do guarda-mato, deixando o punho voltado para o atirador, em condição de ser empunhado. empunhadura alta - leva-se a mão que atira ao punho da arma, buscando colocar o “V” da mão, formado pelo polegar e indicador, o mais acima possível no mesmo. arma no prolongamento do antebraço - o ferrolho deve ficar o mais alinhado possível com o antebraço (visa aumentar a firmeza da empunhadura e o controle do recuo da arma). dedos médio, anelar e mínimo - fecham-se sobre a parte anterior do punho. intensidade da pressão da mão sobre o punho - pode ser comparada com a de um aperto de mão normal. dedo polegar - colocado de maneira natural e relaxada sobre o registro de segurança ou tocando levemente a armação, sem exercer pressão lateral sobre ela ou tocar-lhe o ferrolho. dedo indicador - toca a tecla do gatilho com a parte média da falange distal e sua interseção com a medial. pulso - firme para melhor controle do recuo da arma.
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Posição do Dedo Indicador
Empunhadura com duas mãos Deve ser usada sempre que possível, pois permite maior firmeza e melhor controle, facilitando o reenquadramento do controle do recuo das miras. empunhadura - primeiramente com uma das mãos conforme descrito anteriormente; colocação da mão auxiliar - dedos unidos, com exceção do polegar, envolvem os três dedos da mão que atira, à frente do punho e pressionando a parte inferior do guarda-mato, através da falange proximal do dedo indicador. pulso da mão auxiliar - é levado ao encontro do outro, fazendo com que esta mão ocupe o espaço vazio sobre a placa do punho. Os polegares ficam distendidos, sem tocar no ferrolho. pressão da mão auxiliar - deve apertar os dedos da outra, no sentido perpendicular à direção de tiro, com a mesma intensidade da mão que atira. trancamento da empunhadura - pressão da mão auxiliar sobre a que atira, com o forçamento de um pulso contra o outro e o dos cotovelos para dentro. O pulso da mão que atira deve permanecer trancado, opondo-se à força para cima aplicada pelo dedo indicador da mão auxiliar ao guarda-mato. O trancamento é indispensável para o controle da arma durante sequências de tiro rápido. pressão constante - a força ao empunhar pode ser menor nos disparos simples (precisão), ou máxima, sem causar o tremor da arma, nos tiros rápidos, mas sempre constante.
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POSIÇÕES DE TIRO A melhor posição é aquela em que o atirador sente-se estável e confortável, permitindo uma correta empunhadura e uma boa visada, contribuindo, assim para um bom disparo. Posições básicas: EM PÉ, AJOELHADO e DEITADO. Adaptações de acordo com o combate (inimigo, terreno ou abrigo utilizado). Ajustes de acordo com as características individuais do atirador. 1. Posiçãoede Pé Características: -boa flexibilidade; -apresenta maior silhueta ao inimigo; -pode ser com uma ou duas mãos.
Com uma das mãos: Adotada na impossibilidade de ser empregada a empunhadura com duas mãos e em algumas modalidades esportivas. Tomada da posição: -corpo ereto; -abertura dos pés da mesma largura que a dos ombros; -pés formam um ângulo de aproximadamente 45 graus com a linha atirador-alvo; -cabeça ereta, gira na direção do ombro do braço que sustenta a arma de maneira a permitir a visada das miras; - corpo relaxado, mantendo as pernas distendidas sem enrijecê-las; -cotovelo do braço armado é mantido reto e não flexionado (transmitir o recuo ao ombro do atirador); -outra mão, relaxada, no cinto à frente. Posição de Pé Apoiado
A mão do atirador é apoiada sobre um suporte. O punho da pistola não deverá estar encostado no suporte.
Posição de pé com as duas mãos 94
2. Posição Ajoelhado Características: -apresenta menor silhueta; -melhor apoio para a arma (joelho); -utilização mais adequada do abrigo. Tomada da posição: -atirador de frente para o alvo; -ajoelhado sobre o joelho da mão que atira (perna 45 graus com a direção de tiro); -sentado sobre o calcanhar, ponta do pé apoiada no chão (facilitar mudança de direção); -outra perna na direção do alvo, pé chapado ao solo, tornozelo abaixo e à frente do joelho e ponta do pé voltado para dentro e paralelo à outra perna; -braço da mão auxiliar apoiado sobre o joelho correspondente, cotovelo mais à frente; -empunhadura com duas mãos;cotovelos forçados para dentro. 3. Posição Deitado Características -posição mais estável; Posição Ajoelhado com apoio -ideal para tiros a longa distância; -deve ser adotado para adaptação aos abrigos existentes ou para reduzir ao máximo a silhueta do atirador. Processos para deitar (a partir da posição de pé): -flexiona os joelhos; -ao tocar o solo, o tronco é inclinado para frente; -a mão auxiliar apoia-se o mais à frente possível; -braço da mão que atira é distendido paralelo ao solo e voltado para o alvo; -tronco continua o movimento para baixo, até que o lado do braço armado e o tronco toquem o solo; -mão auxiliar levada ao encontro da outra, formando a empunhadura com ambas. 2º PROCESSO tomada da posição DEITADO
1º PROCESSO tomada da posição DEITADO
-Flexionar o joelho e o tronco; -tocando o solo com a mão auxiliar logo à frente dos pés e com o braço entre os joelhos; -braço armado flexionado à frente e a arma apontada para frente; -ao tocar o solo, as pernas são lançadas distendidas para trás; -mão armada levada à frente; -corpo toca o solo inicialmente com o lado do braço armado; -braço armado totalmente distendido; -libera a mão auxiliar para formar a empunhadura. 95
Posição deitado frontal
Posição deitado com apoio
Empregadas em áreas sem abrigos, visando diminuir ao máximo a parte exposta.
Tomada da posição: -corpo na mesma direção da arma; -pernas distendidas; -pés tocando o solo com afastamento não superior à largura dos ombros; -dois cotovelos apoiados no solo; -as mãos apoiados no solo ou uma posição mais elevada, dependendo da altura do alvo; -cabeça permanece na vertical ou inclinada para o lado do braço armado.
PONTARIA Ao apontar, verificar se a arma foi orientada de forma que o projétil, orientado pelo cano, atinja o alvo. Para obter um resultado positivo ele precisa ter o entalhe da mira e o alvo numa posição conhecida como “FOTOGRAFIA”. A fotografia estará correta quando tomada a LINHA DE MIRA, o topo da maça apareça sobre o centro da silhueta. A obtenção da fotografia implica em dois atos distintos: Tomar a LINHA DE MIRA e Tomar a LINHA DE VISADA.
Figura 1. Fotografia
Tomar a LINHA DE MIRA Consiste no alinhamento adequado do entalhe de mira e da maça de mira. Observar a posição do topo da maça, exatamente no centro de entalhe de mira. Imaginando-se duas linhas, uma horizontal e outra vertical, passando pelo centro de entalhe, o topo de maça parecerá tocar a linha horizontal, e a mesma parecerá dividida, longitudinalmente, em duas partes iguais pela linha vertical. 96
Figura 2. Linha de mira
Tomar a LINHA DE VISADA Consiste no prolongamento da linha de mira até o alvo, de modo que o topo da maça de mira pareça estar exatamente sobre o centro da silhueta, dividindo-a em duas partes iguais.
Importância da tomada da LINHA DE MIRA Idem ao que acontece com o Fuzil 7,62 M964, convém lembrar que tomar a linha de mira é mais importante do que tomar a linha de visada.
Figura 3. Linha de visada
Colocação do olho em relação ao entalhe de mira O atirador deve acostumar-se a colocar o olho sempre à mesma distância do entalhe de mira. Sendo que esta distância variará para cada posição de tiro, mas não deverá variar dentro de uma mesma posição, caso contrário haverá variação no grupamento do tiro. Acompanhamento Manter a pontaria após o disparo, sem fechar os olhos (FOLLOW THROUGH).
CONTROLE DA RESPIRAÇÃO Uma respiração correta é importante no ato de atirar Fisiologia da respiração e o ato de atirar: O ciclo respiratório é acompanhado pelo movimento rítmico do tórax, abdômen e ombros, causando oscilação do armamento e dificultando a precisão. Durante a inspiração há um esforço muscular para sugar o ar para o interior dos pulmões e a consequente contração de músculos. A expiração não exige esforço muscular. Basta liberar o ar e ele é expulso dos pulmões, ocorrendo o relaxamento muscular. Entre a expiração e a próxima inspiração existe uma pausa respiratória natural de normalmente 2 a 3 segundos, na qual permanece uma certa quantidade de ar remanescente nos pulmões e a musculatura continua relaxada. Esta pausa pode ser prolongada, criando um espaço de tempo ideal para a execução de um ou mais disparos, não devendo exceder a 12 segundos, pois pode turvar a visão e causar no atirador a ansiedade por respirar. Na realização de tiro(s) rápido(s), não há como coincidir a pausa com a aparição do alvo, sendo o ciclo interrompido onde estiver.
ACIONAMENTO DO GATILHO
É o principal fundamento do tiro. Uma boa posição, uma pontaria correta e um bom controle da respiração podem ser desperdiçados com o mau acionamento. 97
POSIÇÃO DO DEDO INDICADOR A falange distal do dedo indicador pressiona a tecla do gatilho exatamente para a retaguarda, na direção do pulso e paralelamente ao cano. A área de contato do dedo com a tecla do gatilho varia da região central até a articulação da falange distal. Não deve tocar a armação. O movimento do dedo para trás deve ser realizado somente a partir da segunda articulação, entre as falanges proximal e medial. EXECUÇÃO DA PRESSÃO Deve ser exercida de forma progressiva, com o atirador realizando a fotografia correta. Aumentar a pressão até ocorrer o disparo. É importante não alterar a pressão da empunhadura durante a compressão do gatilho, ou seja, o movimento do indicador deve ser totalmente independente.
ERROS MAIS COMUNS Gatilhada - é o acionamento brusco do gatilho devido à ansiedade do atirador em acertar, com isso poderá errar o alvo. Antecipação - é outra conseqüência de comandar o tiro. Adiantando-se às reações do disparo, o atirador aumenta a pressão da empunhadura e torce o punho para baixo, como para compensar o recuo da arma. Esquiva - é quando o atirador puxa os ombros para trás, procurando fugir do recuo da arma. Obs.: há também o caso em que os olhos são fechados antes do disparo, perdendo-se a fotografia.
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HIGIENE EM ACAMPAMENTOS 1) Reconhecer a importância e a necessidade de limpeza . 2) Citar a responsabilidade individual e do pessoal de serviço na higiene das instalações coletivas. 3) Descrever a utilização correta das instalações sanitárias. 4) Citar as medidas de higiene nos acampamentos. 5) Descrever os cuidados na seleção de fontes de suprimento de água e o processo de purificação com o comprimido da ração operacional. 6) Citar os cuidados higiênicos na alimentação. 7) Descrever a utilização correta de latrinas e fossas de detritos.
MEDIDAS DE HIGIENE NOS ACAMPAMENTOS Significado do termo higiene individual Higiene Individual é a prática de normas sanitárias e de higiene pelo próprio indivíduo, a fim de proteger sua saúde e a de seus semelhantes. Ainda que a higiene individual seja importante, ela se constitui apenas em um dos elementos essenciais para a preservação da saúde. Importância da higiene individual Uma unidade militar eficiente constitui-se em uma equipe cuidadosamente organizada e instruída para o combate. Quando um elemento fica doente prejudica todo o trabalho da equipe. O elemento que não observa nem pratica as normas de higiene individual, compromete a eficiência da unidade como um todo, uma vez que o trabalho se desenvolve em nível de equipe. A higiene individual contribui para a saúde de diversas maneiras: a. Protege o indivíduo dos agentes de doenças infecciosas, presentes no meio ambiente. b. Protege a unidade, reduzindo a disseminação das doenças transmissíveis. c. Promove a saúde - como estado de máximo bem-estar físico, mental e social. d. Eleva o moral. Responsabilidade na manutenção da higiene individual Responsabilidade Individual O dever do militar consiste em fazer o melhor, qualquer que seja a missão a ele atribuída. Isto exige, entre outras coisas, que ele mantenha sua saúde e aptidão física no mais elevado nível e faça o possível para proteger e promover a saúde dos outros elementos de sua organização. Requer, ainda, entendimento claro e aplicação de medidas de higiene individual. Impõe que, sem demora, se procurem cuidados médicos, a fim de impedir que uma doença se torne mais grave, a sua disseminação seja evitada e/ou a sua recuperação seja mais breve. O Exército proporciona aos seus elementos uma assistência médica do mais alto padrão. Consequentemente o homem não tem razão alguma quando adia a procura de recursos médicos, quando faz medicação por conta própria, ou quando busca tratamento de fontes não autorizadas. Todas essas medidas podem ser perigosas.
HIGIENE COLETIVA Responsabilidade do comandante 1. Proporcionar e manter meios, equipamentos e suprimentos necessários para a higiene pessoal de seus comandados. 2. Assegurar aos elementos de seu comando instrução a respeito dos princípios básicos da higiene individual. 3. Assegurar que se cumpram as medidas de higiene individual. O comandante deve obter a cooperação de cada indivíduo quanto à manutenção de todo o pessoal em boas condições de saúde e à aptidão física para o cumprimento de sua missão. 99
Do oficial médico O médico da unidade é o assessor técnico para a higiene e saneamento. Como tal, ele deve: 1. Conduzir a instrução de higiene individual. 2. Executar inspeções periódicas e observações do pessoal e instalações. 3. Propor medidas visando ao aperfeiçoamento do serviço. 4. Proporcionar tratamento médico. Do oficial dentista O dentista é o conselheiro técnico do comandante quanto à aptidão, sob o ponto de vista odontológico, dos seus homens. Na odontologia preventiva, o oficial Dentista realiza a prevenção de doenças e lesões orais e ainda: 1. Conduz os programas de educação e instrução sobre higiene dentária. 2. Executa medidas de prevenção e tratamento.
HIGIENE EM CAMPANHA Importância da higiene em campanha O potencial humano é o mais valioso recurso de que o Exército dispõe e tudo deve ser feito para preservá-lo. Nas guerras recentes, tem havido maior número de mortes devido à ação do inimigo do que por doenças, entretanto estas ainda são o maior fator de redução do potencial humano, por causa das baixas e das incapacidades que determinam. O êxito em combate, objetivo final de qualquer força militar, exige que a tropa esteja em permanente estado de aptidão para o combate. A higiene e o saneamento em campanha contribuem para este objetivo com meios destinados a proteger a saúde do pessoal militar.
SUPRIMENTO DE ÁGUA EM CAMPANHA LOCAIS PARA OBTENÇÃO DA ÁGUA: Nos rios, estes locais são designados em sequência, no sentido da corrente (ver fig. 1). Esses locais deverão ser assinalados com clareza e guardados por sentinelas que verifiquem se são usados de acordo com o seu destino. A tropa deverá ser informada dos locais onde poderá obter água. A água para beber e para cozinhar deverá ser tratada antes de ser usada. 1. A água para beber e para cozinhar 2. Água para os animais 3. Água para banhos 4. Água para lavagem de roupa 5. Água para lavagem de viaturas
OUTRAS INFORMAÇÕES: A quantidade de água necessária para o abastecimento da tropa vai depender de: Clima. Espécie de trabalho. Condições de estacionamento Quantidade de água para um homem no estacionamento - 4 litros diários. Quantidade de água para um homem em marcha - 10 litros diários. Água poluída - quando as substâncias que possui a água prejudicam a sua qualidade física (cheiro, gosto, aspecto). Água contaminada - quando são encontradas restos de alimentos ou detritos humanos que possam tornar a água imprópria para o consumo. 100
TRATAMENTO INDIVIDUAL DA ÁGUA Generalidades Quando não houver disponibilidade de água potável, cada soldado tem o dever de estar capacitado a proceder à desinfecção da água para consumo próprio. Para esse fim, dissolver em seu cantil comprimidos de iodo ou hipoclorito de cálcio. Uso de comprimidos de iodo para purificar a Água do Cantil - Verificar se o iodo apresenta modificações no seu estado físico, antes de ser utilizado para a purificação da água do cantil, pois perde sua capacidade desinfetante com o tempo. Os comprimidos que não tiverem a cor cinzenta, ou que se apresentarem grupados ou friáveis (quebradiços) não devem ser usados. Usa-se o método a seguir no tratamento da água do cantil com os comprimidos de iodo: 1. Encher o cantil com água límpida e clara. 2. Adicionar comprimidos de iodo na seguinte dosagem: Água Límpida - 1 comprimido para quantidade de água correspondente à capacidade do cantil. Água Turva - dobrar a dose acima. 3. Colocar a tampa do cantil frouxamente; aguardar 5 minutos, depois agitá-lo bem, permitindo vazamento, a fim de enxaguar as roscas do gargalo da tampa do cantil; 4. Apertar a tampa e aguardar por mais 20 minutos, antes de fazer uso da água para qualquer fim. Uso de Hipoclorito de cálcio para purificar a água do cantil - O processo seguinte destina-se a purificar a água de ¼ de cantil com 1 ampola de hipoclorito de cálcio. 1. Encher o cantil com água bem límpida e clara, até 2,5 cm abaixo do gargalo. 2. Encher de água o caneco do cantil até o meio e adicionar uma ampola de hipoclorito de cálcio e agitar até que o pó se dissolva completamente; 3. Encher a tampa do cantil, até o meio com a solução do caneco e adicioná-la à água do cantil. Depois de colocada a tampa do cantil, agitá-la bem. Nos cantis de alumínio, a tampa é menor, sendo, consequentemente, necessárias 3 tampas cheias da solução de hipoclorito de cálcio; 4. Afrouxar ligeiramente a tampa, permitindo que o líquido flua em direção à rosca do gargalo do cantil. 5. Atarrachar a tampa do cantil e aguardar por cerca de 30 minutos antes de fazer uso da água. Fervura - Este processo é usado quando não se dispõe de compostos desinfetantes. É um método para destruir os organismo produtores de doenças. - A água deve ser mantida em fervura, durante, no mínimo, 15 segundos, a fim de torná-la em condições de segurança para o consumo. - Se houver evidência de que 15 segundos foi um período curto de fervura para assegurar a potabilidade à água, o médico poderá recomendar um período mais longo. Entretanto, este método apresenta vários inconvenientes: 1. Necessita-se de combustível. 2. Gasta-se muito tempo para a fervura e o resfriamento da água. 3. Não oferece proteção residual contra a recontaminação. CUIDADOS NO USO DA ÁGUA A água impura pode servir de veículo na transmissão de várias doenças, incluindo as desinterias, a esquistossomose, febre tifóide e paratifóide. As águas dos córregos, lagos, lagoas e poços podem dar origem as essas doenças. A conveniência de uma fonte de abastecimento de água depende de: - Quantidade disponível. - Acessibilidade à fonte. - Tipo (superfície ou subsolo). Todas as fontes de abastecimento de água em campanha devem ser considerados impróprias para beber, antes do tratamento. 101
HIGIENE NA ALIMENTAÇÃO HIGIENE NO RANCHO Não há parte mais importante na vida do soldado que a boa alimentação, pois influência na eficiência moral da tropa. A comida contaminada pode causar inúmeras doenças intestinais. A higiene do rancho compreende uma vigilância constante sobre abastecimento de gêneros, limpeza durante a preparação, modo de preparar e refrigeração. Dependerá, também, de uma infinidade de pormenores. As construções devem ser teladas, assim como as janelas. Todos os recipientes devem ser a prova de insetos. Os refrigeradores e geladeira devem ser colocados de modo que possam ser limpos na sua parte de baixo. Lavagem e esterilização - Os utensílios usados devem ser recolhidos e guardados em vasilhames à prova de contaminação, lavados, enxugados e desinfetados logo após as refeições. A lavagem será com água quente. Após cada refeição, os restos devem ser raspados, por meio de colheres, e jogados na fossa de lixo ou uma lata apropriada. O processo para enxugar e desinfectar é feito numa série de três latões: 1. Latão com água quente e sabão. 2. Latão com água para enxaguar. 3. Latão com água quente para desinfetar.
DESTINO DOS RESTOS DE ALIMENTOS LINHA DE LIMPEZA Constituída de fossa de cozinha, vala de detritos, coletor de restos, lavagem de marmitas. Fossa de cozinha Destina-se à absorção de restos líquidos de cozinha. Sua localização deve ser distante da cozinha de 25 a 30 metros. Vala de detritos Tem por finalidade receber sólidos da cozinha e da linha de servir. É localizada a 30 m da cozinha. Coletor de restos Como o próprio nome diz, serve para coletar os restos de refeição dos soldados. Localizado próximo à área de refeição, podendo, também, ser substituído por uma fossa ou vala. Lavagem de marmita Destinado a lavagem e esterilização das marmitas após o uso. Compõem-se de um conjunto de três vasilhames (camburões) de ferro galvanizado com água pura e água saponificada (água com sabão). 102
DESTINO DOS EXCREMENTOS HUMANOS LATRINA Localizadas em um dos extremos do estacionamento, na direção oposta dos ventos predominantes, pelo menos a 100 m das cozinhas e a 30 m da barraca mais próxima, colocadas de maneira tal que a infiltração pelo solo não vá poluir as fontes de suprimento de água. Construir 6(seis) metros de latrina de vala, em sessões de 1,5 m, ou então duas latrinas padrão, de caixão, com fossa profunda para 100 homens. As latrinas deverão ter capacidade para acomodar, a um só tempo, 8% do efetivo da unidade. Construir dispositivos para lavagem das mãos na vizinhança das latrinas.
MICTÓRIOS Deve haver um mictório para cada 200 homens: não despejar urina na fossa das latrinas. Construir dispositivos para lavagem das mãos na vizinhança das latrinas. LAVATÓRIOS E CHUVEIROS Localizados entre a rua das subunidades e as latrinas. Construir lavatórios para os homens à razão de 4 para cada 100 homens ( 1 para cada 25 homens). Construir um chuveiro para cada 100 homens (dois, se possível, para o mesmo número de homens).
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PRIMEIROS SOCORROS - TRANSPORTE DE FERIDOS 1) Descrever os diversos processos de transporte de feridos e doentes. 2) Aplicar os processos de transporte de doentes e feridos, superando as dificuldades e o desgaste com afinco (persistência). TRANSPORTE DE FERIDOS Uma das mais importantes partes dos primeiros socorros é saber como transportar pessoas feridas. O descuido e a falta de habilidade podem aumentar a gravidade de uma lesão ou causar a morte do acidentado. O ideal é transportar o ferido em uma padiola ou em uma ambulância. No entanto, em situações de emergência, o ferido terá que ser transportado sem que se tenha esses meios e, por esse motivo, é imprescindível que todos conheçam os vários métodos de transporte de feridos. Não se esqueça de aplicar os primeiros socorros necessários antes de mover o ferido, e se houver suspeita de fratura não tente movê-lo sem antes imobilizá-lo.
PROCESSOS DE TRANSPORTE DE FERIDOS PADIOLAS IMPROVISADAS O uso de uma padiola facilita o transporte para casos de fraturas de perna, coxa, coluna, pescoço ou crânio. As varas podem ser de galhos de árvore, paus de barracas, fuzis etc. Antes de usar os fuzis, verificar se estão descarregados. (1) Padiola de vara e cobertor
(3) Padiola de vara e saco Corte o fundo dos sacos ou as suas quinas e passe duas varas através deles.
(4) Padiola de cobertores enrolados Enrole parcialmente as extremidades de um cobertor e utilize-as como agarradores. (2) Padiola de vara e túnica Abotoe as túnicas (gandolas), vire-as do avesso e passe uma vara através de cada manga.
(5) Padiola de porta ou de tábua Usar qualquer objeto de superfície plana e rígida. 104
TRANSPORTE A BRAÇO Não utilize esses processos para transportar um acidentado que tiver fratura da coluna ou pescoço. (1) Transporte de bombeiro Eleve o ferido do chão e de frente, com a mão esquerda passe o braço do acidentado por trás do seu pescoço, agache-se levante-o nas costas, segurando com a mão direita uma das pernas.
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(2)Transporte com apoio Agarre o ferido pelo punho sem ferimento e passe o seu braço pelo seu pescoço. É útil em caso de acidente nos pés ou tornozelo.
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(3) Transporte nos braços Bom para distâncias curtas. Carregue o paciente a boa altura, para reduzir a fadiga. Nunca usar este modo de transporte quando o homem tem a espinha ou perna quebrada.
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(4) Transporte nas costas Após levantar o acidentado, vire-se de costas para ele mantendo um dos braços em torno de seu corpo para sustê-lo. Passe os braços do acidentado em torno do seu pescoço, incline um pouco para frente e levante-o, conduzindo-o em suas costas.
(5) Transporte tipo mochila Depois de levantar o homem, passe para frente dele. Agarre-lhe os punhos e suspenda-o, de modo que as axilas dele estejam sobre seus ombros. Este é um bom meio de carregar um homem inconsciente. Não o empregue, se o homem tiver quaisquer ossos quebrados.
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(6) Erga nas costas e transporte Para este tipo de transporte, o ferido deve estar consciente e ser capaz de manter-se sobre uma das pernas. Após erguê-lo para uma posição de pé, coloque suas costas de encontro às dele. Mantenha-o bem estendido, os braços para os lados. Incline-se para trás, passe suas mãos sob os seus braços e agarre seus ombros. Incline-se para frente, puxando-o de encontro para as suas costas.
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(7) Transporte de cinto de equipamento Una dois cintos e os coloque embaixo do ferido, deite-se entre as pernas dele e enfie seus braços pelas alças dos cintos, faça um rolamento de maneira que o ferido fique sobre suas costas, em seguida, fique de joelhos e depois levante-se.
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(8) Arrasto pelo pescoço Amarre as mãos do acidentado uma a outra e passe-as atrás do seu pescoço. Isto lhe permitirá arrastar o acidentado consigo. A vantagem deste método é que você e o acidentado podem permanecer abaixados, assim você estando protegidos. Nunca tente arrastar um acidentado com fratura de coluna ou de pescoço.
(9) Arrasto pelo cinto do equipamento Una dois cintos de equipamento fazendo uma longa tira única. Após colocar o ferido de costas, passe uma volta da tira sobre a sua cabeça e coloque-a em posição através do seu peito e por baixo das axilas. Cruze então as extremidades da tira sobre o ombro do ferido, formando uma volta. Deite-se de barriga ao seu lado, um pouco a frente. Passe o segundo laço de tira sobre o seu próprio ombro. Coloque o seu braço mais próximo ao ferido, sob a sua cabeça, para protegê-la. Então avance, rastejando, arrastando consigo o ferido. Este transporte permite a você e ao ferido conservaram-se junto ao solo, mais protegidos do 9 fogo inimigo. 106
PREVENÇÃO E COMBATE À INCÊNDIO 1) Descrever as medidas preventivas de combate a incêndio. 2) Descrever os procedimentos a serem seguidos em caso de incêndio. 3) Descrever os processos de combate ao fogo e o uso dos diversos tipos de extintores. 4) Descrever os procedimentos a serem adotados pelos alunos em caso de incêndio na Escola. 5) Identificar as classes de incêndio. 6) Relacionar as classes de incêndios aos tipos de extintores. 7) Praticar o combate a uma simulação de incêndio empregando os extintores da Escola.
FOGO OU INCÊNDIO •Conhecido desde a pré-história •Inúmeros benefícios ao homem, como aquecer e servir para preparar alimentos. • Quando o fogo foge do controle do homem, recebe o nome de Incêndio e causa inúmeros danos para as pessoas. •O incêndio exige pessoal e material especializado para extingui-los, simultaneamente às primeiras medidas de combate e salvamento. •Chame os bombeiros com rapidez.
TETRAEDRO DO FOGO - O Calor: é o elemento que serve para dar início a um incêndio, mantém e aumenta a propagação. - O oxigênio: é necessário para a combustão e está presente no ar que nos envolve. - O combustível: é o elemento que serve de propagação do fogo, pode ser sólido, líquido ou gasoso. - Reação em cadeia: A reação em cadeia torna a queima autossustentável.
A falta de qualquer um destes 4 elementos fará com que o fogo não possa ser gerado e nisto se baseia o conceito de prevenção do fogo.
TRANSMISSÃO DO CALOR Existem 3 formas para a transmissão do calor: Condução: pelo contato direto de molécula a molécula. Por ex: uma barra de ferro levada ao fogo. Convecção: é a transmissão do calor por ondas caloríficas. Irradiação: é a transmissão do calor por raios caloríficos.
Condução
Convecção 107
Irradiação
MÉTODOS DE EXTINÇÃO -Isolamento: retirada do combustível do contato com a fonte de calor. -Abafamento: o abafamento ocorre com a retirada do oxigênio, é o mais difícil, a não ser em pequenos incêndios. -Resfriamento: o resfriamento é o método de extinção mais usado, consiste em retirar o calor do material incendiado. - Interrupção da Reação Química em Cadeia: é caracterizada pela ação do pó químico seco que interrompe a reação da combustão.
Isolamento
Resfriamento
Abafamento
CLASSIFICAÇÃO DAS CAUSAS DE INCÊNDIO São três as classificações das causas de incêndio: 1ª) Causas Naturais: são aquelas que provocam incêndios sem a intervenção do homem. Exemplo: terremotos, raios etc. 2ª) Causas Acidentais: são inúmeras. Exemplo: eletricidade, chama exposta etc. 3ª) Causas Criminosas: são os incêndios propositais ou criminosos, são inúmeros e variáveis. Exemplo: vingança, receber seguros etc.
CAUSAS MAIS COMUNS DE INCÊNDIOS - Sobrecarga nas instalações elétricas. - Vazamento de gás. - Crianças brincando com fogo. - Fósforos e pontas de cigarros atirados a esmo. - Falta de conservação dos motores elétricos. - Estopas ou trapos envolvidos em óleo ou graxa abandonados em local inadequado.
CLASSES DE FOGO Classe A: fogo em combustíveis comuns que deixam resíduos, o resfriamento é o melhor método de extinção. Exemplo: Fogo em papel, madeira, tecidos etc.
Classe C: fogo em equipamentos elétricos energizados, agente extintor ideal é o pó químico e o gás carbônico. Exemplo: Fogo em motores, geradores etc.
Classe B: fogo em líquidos inflamáveis, o abafamento é o melhor método de extinção. Exemplo: Fogo em gasolina, óleo e querosene etc.
Classe D: fogo em metais combustíveis, agente extintor ideal é o pó químico especial. Exemplo: Fogo em zinco, alumínio, magnésio etc.
EXTINTORES DE INCÊNDIO São aparelhos portáteis ou carroçáveis que servem para extinguir princípios de incêndio. Os extintores devem estar em local bem visível e de fácil acesso. O treinamento sobre o emprego correto do extintor é parte eficaz contra incêndio. Os extintores não são automáticos ou auto ativados, se o incêndio começa eles continuam pendurados, inertes no lugar e nada acontece, 108
pois são as mãos humanas que precisam levá-los ao lugar necessário, apontá-los corretamente, ativá-los de modo a extinguir as chamas. Seu emprego para debelar princípios de incêndio não deverá protelar o acionamento de recursos de maior vulto para combatê-lo. CO2 (GÁS CARBÔNICO) Emprego: classes B, C e A ( pequenos). Em recinto fechado deve ser utilizado com cuidado, pois reduz a porcentagem de oxigênio do meio ambiente. A baixa temperatura do jato poderá causar lesões na pele ou nos olhos (não empunhá-lo pelo difusor). Alcance do jato: 1,5 a 2,5 metros. Utilização: retirando-se o grampo de segurança, pressiona-se a alavanca que comandará a válvula de descarga. O jato CO2 deve ser dirigido para a base das chamas. O agente será expelido quando houver a pressão sobre a alavanca. Após a extinção do fogo, manter, ainda por algum tempo, o jato contínuo, para prevenir possível reavivamento das chamas. Quando usado em equipamento elétrico, o jato deverá ser dirigido para a origem das chamas. Quando usado em recipientes abertos de líquidos inflamáveis, dirigir-se o jato para as paredes do recipiente. Quando usado em líquidos inflamáveis, varrer com o jato as chamas próximas da superfície incendiada e dirigi-lo em torno do fogo. ESPUMA QUÍMICA Emprego: somente para incêndios classes A e B. É adequado para os incêndios em gasolina, óleos, tintas e graxas, especialmente quando acondicionados em recipientes abertos; não deve ser utilizado em eletricidade. Alcance do jato: de 9 a 12 metros. Utilização: ao inverter-se a posição do extintor, as soluções químicas entram em contato, resultando o CO2 que atua como propelente. Quando usado em incêndio classe A, deve ser dirigido para a base das chamas. Quando usado em classe B, líquidos derramados, devem ser utilizados em jatos curvos para evitar o espalhamento do líquido. Quando usado em incêndios classe B, em recipientes abertos, deve ser dirigido para as paredes do recipiente, a fim de cobrir a superfície líquida inflamada. ÁGUA PRESSURIZADA Emprego: somente em incêndios classe A. Não deve ser utilizado em eletricidade! Alcance do jato: de 9 a 12 metros. Utilização: nos extintores com válvula de descarga, abre-se, inicialmente, a válvula da mola de CO2 e depois dirige-se o jato para a base das chamas, pressionando-se a descarga. Não possuindo válvula de descarga, orientar o mangote para a base das chamas, abrindo-se, depois, a válvula da ampola de Co2. PÓ QUÍMICO Emprego: em incêndios de classes A, B e C. Os extintores de pó químico não devem ser usados em centrais telefônicas ou computadores, porque deixam resíduos que podem ser danosos aos equipamentos. Não têm boa atuação nos incêndios da classe A e é preciso completar a extinção jogando água. quando empregados em áreas não ventiladas, reduz a visibilidade. Alcance do jato: 1,5 a 6 metros. Utilização: retirando-se o grampo de segurança, pressiona-se a alavanca de descarga e dirige-se o jato para a base das chamas. 109
Em líquidos inflamáveis manter uma distância de 2 a 2,5 metros do fogo, para evitar a projeção sobre o operador e manter o jato contínuo por alguns instantes após a extinção, para impedir o reaparecimento de novas chamas.
QUADRO RESUMO DOS AGENTES EXTINTORES
MEIOS DE FORTUNA São materiais improvisados que podem auxiliar no combate a incêndios. Quando bem empregados são eficientes; • Cobertor umedecido • Terra ou areia • Gandola de Combate • Pedaços de galhos de árvores com folhas verdes
FORMAS DE PREVENÇÃO
LIXO - Deverão existir calotas coletoras de lixo e pontas de cigarro. SOBRECARGAS - Não sobrecarregue as tomadas, pois poderá provocar incêndios. MATERIAL ELÉTRICO - Não deixar material elétrico, principalmente ferro de passar roupa, ligados desnecessariamente. CHEIRO DE GÁS - Ao chegar em casa e sentir cheiro de gás, abra imediatamente as janelas para ventilar o ambiente e não acenda luzes ou acione interruptores. Procure fechar todos os registros de gás. AQUECEDORES DE ÁGUA E GÁS - Deve estar em local bem ventilado e possuir chaminé para saída de gases ao exterior. FUMO - Não fumar em locais indevidos: camas, depósitos, reservas, bomba de gasolina etc. MUNIÇÃO - Não armazenar munição sem obedecer aos preceitos de segurança, principalmente as fumígenas e as incendiárias. ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA - Ligam-se automaticamente na falta de energia elétrica. Mantenha sempre em condições de uso, testando periodicamente. 110
AQUECEDORES DE ÁGUA E GÁS - Deve estar em local bem ventilado, e possuir chaminé para saída de gases ao exterior. FUMO - Não fumar em locais indevidos: camas, depósitos, reservas, bomba de gasolina etc. MUNIÇÃO - Não armazenar munição sem obedecer aos preceitos de segurança, principalmente as fumígenas e as incendiárias. ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA - Ligam-se automaticamente na falta de energia elétrica. Mantenha sempre em condições de uso, testando periodicamente.
PROCEDIMENTOS A SEREM SEGUIDOS EM CASO DE INCÊNDIO 1 - Ao perceber indícios de incêndio (fumaça, cheiro de queimado, estalidos etc), aproxime-se a uma distância segura para ver o que está queimando e principalmente a extensão do fogo. 2 - Dê o alarme através de algum meio disponível aos responsáveis pela administração do prédio, a seguranças e/ou telefone para o Corpo de Bombeiros através do telefone 193. 3 - Caso não saiba combater o fogo, ou não consiga dominá-lo, saia imediatamente do local, fechando todas as portas e janelas atrás de si, sem trancá-las, desligando a eletricidade e alertando os demais ocupantes do andar. 4 - Não perca tempo tentando salvar objetos, sua vida é muito mais importante. 5 - Mantenha-se vestido, pois a roupa protege o corpo contra o calor e a desidratação. 6 - Procure chegar ao térreo usando sempre a escada, sem correr. Jamais use o elevador, pois a energia é normalmente cortada, você poderá ficar preso, sem contar que existe o risco de ele abrir justamente no andar em chamas.
PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS PELOS ALUNOS EM CASO DE INCÊNDIO NA ESCOLA 1 - Em aula: Todos os alunos deverão, a comando do mais antigo, se for o caso, evacuar as salas e entrar em forma no Pátio Miguel Roque. 2 - Em instrução: Os alunos deverão, a comando do mais antigo, se for o caso, entrar em forma nas entre-alas das companhias, aguardando ordens subsequentes. Nas demais atividades durante o expediente, os alunos deverão entrar em forma na entre-ala, caso não recebam ordem específica. 3 - Fora do Expediente: Os alunos deverão entrar em forma nas na entre-alas, a comando do Sgtde-Dia, Aux Of Dia etc.
MEDIDAS ATIVAS DE COMBATE À INCÊNDIO O Sgt-de-Dia deverá manter a Cia em forma e caso o incêndio seja na Cia, a Gda Su deverá, a comando do Cabo de Dia, apanhar os extintores localizados no alojamento, no saguão de entrada da Cia, na reserva de material e demais extintores existentes nos corredores, utilizando-os, conforme o previsto. A guarnição de serviço deverá atentar para os seguintes aspectos: - desligar a energia elétrica no quadro de distribuição; - atentar para o tipo de incêndio que está ocorrendo; - retirar do local do incêndio materiais sensíveis (computadores, documentos importantes, materiais inflamáveis); - de imediato utilizar extintores ou meios de fortuna para extinguir o incêndio.
O incêndio ocorre onde a prevenção falha ...
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PLANO DE DEFESA DO AQUARTELAMENTO 1) Citar as missões do Plano de Defesa do Aquartelamento. 2) Descrever a execução do Plano de Defesa do Aquartelamento. 3) Citar os sinais de alarme constantes do Plano de Defesa. 4) Identificar os pontos sensíveis da Escola constantes do Plano de Defesa. 5) Descrever a missão da SU, da guarnição de serviço e o procedimento do aluno em caso de alarme. 5)Atuar com interesse e eficiência em exercício prático de defesa do aquartelamento, de acordo com o Plano de Defesa da EsPCEx (DEDICAÇÃO).
CONCEITO DE PLANO DE DEFESA É um documento sigiloso que visa à execução das seguintes missões: defender as instalações da unidade militar, empregando os meios disponíveis, e/ou capturar ou destruir a força adversa que penetrar na área do aquartelamento.
EXECUÇÃO DO PLANO a) Estabelecimento de uma Defesa Mínima: - A Defesa Mínima (DM), prevista no Plano de Defesa do Aquartelamento, é a ocupação dos postos de reforço da guarda, que tem como objetivo principal melhorar a segurança das instalações, quando do acionamento do Plano de Defesa do Aquartelamento. - Essa Defesa Mínima varia de acordo com o Plano de Defesa do Aquartelamento de cada unidade, atendendo às particularidades que essas organizações militares possuem. Ex: O Batalhão XXX precisa reforçar sua guarda com mais três postos, quando é acionado o Plano de Defesa do Aquartelamento, para estabelecer a sua defesa mínima. b) Constituição de uma Força de Reação: - A Força de Reação(FR)é composta pelos elementos da Guarda que são os primeiros a serem empregados no posto ou setor onde ocorreu o incidente que ocasionou o acionamento do Plano de Defesa do Aquartelamento durante o serviço. - A (FR) deve ser empregada para reforçar os postos sensíveis, defender instalações, vasculhar áreas de perigo iminente, atacar e capturar a força adversa que ameaça a unidade. c) Constituição de uma Reserva de Defesa: - A Reserva de Defesa (RD) é organizada para servir de peça de manobra a fim de garantir a segurança das instalações ou, ainda, auxiliar a Força de Reação, quando preciso. - O efetivo da Força de Reação e da Reserva de Defesa varia de acordo com o Plano de Defesa do Aquartelamento da unidade. Obs: As ações a serem realizadas pelos militares da unidade estão reguladas no Plano de Defesa do Aquartelamento, servindo como orientação constante de conduta para solucionar prováveis incidentes que possam ocorrer, durante e fora do expediente.
SINAIS DE ALARME Para o acionamento do Plano de Defesa do Aquartelamento podem ser utilizados os seguintes sinais de alarme: a) Toques curtos e sucessivos de Sirene. b) Disparos de arma de fogo. c) Brado de voz, partindo do setor onde ocorreu o incidente. d) Telefone ou rádio. 112
Medidas de Coordenação e Controle a) O Chefe da Seção de Intligência (S/2) estabelecerá a senha e a contra-senha que serão utilizados no período noturno, facilitando o controle da tropa por parte do pessoal de serviço. b) O Chefe da Seção de Intligência (S/2) poderá fazer algumas alterações no Plano de Defesa do Aquartelamento, visando uma melhor segurança para a tropa e instalações da unidade.
PONTOS SENSÍVEIS Ponto sensível é qualquer instalação/construção pública, privada ou de organizações militares que, ao ser atacada, sabotada ou conquistada por forças adversas, causará enorme prejuízo à sociedade, ao governo, à segurança pública. Os pontos sensíveis podem ser divididos em: - Macroestratégicos, pontos que ao serem atacados podem causar grandes prejuízos à sociedade (estações de tratamento de água, hidrelétricas, fábricas, etc) e; - Microestratégicos, pontos sensíveis dentro de instalações militares, repartições públicas etc (setor de computação de empresas, reservas de armamentos, bancos etc). Por questões de segurança orgânica das instalações da EsPCEx, os pontos sensíveis serão abordados verbalmente durante a instrução.
MISSÃO DA SU, DA GUARNIÇÃO DE SERVIÇO E O PROCEDIMENTO DO ALUNO EM CASO DE ALARME PROCEDIMENTO DO ALUNO Ações a realizar durante o horário de expediente -Durante as aulas, os alunos deverão permanecer no interior das salas, aguardando ordens para deslocamento. -Fora dos horários de aula e nos intervalos, os alunos devem se deslocar para as suas SU, reunindo-se com o Cmt Pel/Cia. Fora horário de expediente - Desloca-se para as suas SU, aguardando ordens do Oficial de Dia. MISSÃO DA SU E DA GUARNIÇÃO DE SERVIÇO -Por questões de segurança orgânica das instalações da EsPCEx, os procedimentos e missões da guarnição de serviço e da SU serão abordados verbalmente durante a instrução.
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APRESTAMENTO INDIVIDUAL 1) Identificar os procedimentos e técnicas de preparação de aprestamento individual. 2) Praticar o aprestamento individual, demonstrando estar em condições de executá-lo, independentemente de ordem (Responsabilidade).
GENERALIDADES Os oficiais e praças são responsáveis pelo fardamento e equipamentos individuais que lhes forem distribuídos, incluindo nisto os cuidados convenientes e a manutenção adequada. A responsabilidade é imposta para se obter economia. Se, por falta de cuidado, oficiais ou praças vierem a perder ou danificar fardamento e equipamento de sua responsabilidade, sofrerão desconto do custo da substituição ou preparação dos artigos respectivos. Na zona de combate, a disponibilidade de suprimentos é de capital importância para todo o combatente. É dever de todo soldado conservar o seu fardamento e equipamento de modo que estejam disponíveis, quando necessário. Se o fardamento não for convenientemente conservado, o soldado pode sofrer as conseqüências de sua falta de cuidado.
EQUIPAMENTO Dá-se o nome de equipamento a certas peças de lona ou nylon, usadas pelo combatente com a finalidade de permitir ou facilitar o porte e o transporte de armas, munições e artigos de uso pessoal necessário à vida, à instrução ou ao serviço.
Peças componentes: Equipamento para o aluno (armado de FAL): -Cinto de guarnição (com suspensório, portacurativo, porta-cantil, cantil-caneco, portacarregador de FAL e baioneta). - Mochila. -Saco verde-oliva (VO). Montagem: O equipamento deverá ser cuidadosamente ajustado ao homem que vai usá-lo, de modo a permitir a máxima eficiência e conforto. O equipamento mal ajustado trará em conseqüência, desconforto e muitas vezes hematomas ou compressões que irão, com a continuação do exercício, reduzir a eficiência e a resistência do homem. Montagem do cinto/Suspensório (fardo aberto) Deverá ser montado da seguinte maneira: - Afixar a Baioneta do lado esquerdo do cinto, na altura da costura da calça. - Porta cantil, à esquerda e à retaguarda do cinto. - Porta-carregador à direita e à frente. - Suspensório. Na frente, colocar os ganchos nos segundos ilhoses de cada lado; na retaguarda do cinto, nos ilhoses centrais. 114
APRESTAMENTO INDIVIDUAL 1. FINALIDADE Orientar quanto às composições do material comum e dos kits a serem preparados, conduzidos em seu equipamento, apresentados no cerimonial e utilizados no exercício.
2. MATERIAL COMUM (obrigatório a todos os alunos) a. Fardo Aberto - cinto NA com suspensório; - faca de combate fosfatizada (opcional), manutenida e afiada (sendo proibida bainha de lona, para Seg do Al); - porta-cantil com cantil / caneco (limpo), à retaguarda e à esquerda do corpo; e um portaCarregador de fuzil, à frente e à direta do corpo. Poderá ser levado outro na mochila ou colocado a frente e à esquerda do cinto( Colocar Liga de Borracha); - apito (opcional), ancorado por cadarço de velame; - bússola (opcional) colocada no suspensório, ancorada por cadarço de velame ou cordel ou no kit de anotações; - cópia da Identidade, que deverá estar guardado no bolso superior direito da gandola; - lanterna velada (pelo menos resistente à água, pode estar no fardo de combate); - relógio de pulso (da cor preta ou que não afete a disciplina da camuflagem).
b. Fardo de Combate - Mochila, com barrigueira e com a tampa fechada por seus tirantes e presilhas originais, com todo o material no seu interior, exceto o capacete, poncho e lona preta. (a presilha da barrigueira deverá estar protegida com fita isolante). - Agasalhos (de uso militar), malvinão ou suéter de lã. - Borrachas reservas para o fechamento da impermeabilização dos kits e ajustagem do fardo aberto. - Cadarços reservas para a ancoragem de equipamento e/ou fechamento da impermeabilização dos kits. - 02 Cabos solteiros – presos à direita da mochila. - Capacete balístico, com coifa camuflada e identificação à frente e à retaguarda, preso com rede de motoqueiro na mochila (não poderá ser pendurado pela jugular). 115
- Kits de:
- Anotações. - Costura. - Camuflagem. - Higiene Pessoal. - Manutenção do Armamento / Faca de Combate. - Manutenção do Coturno. - Primeiros Socorros.
- Marmita (com tampa e limpa) e talher. - Pilhas alcalinas reservas para a lanterna (desejável). - Manta Leve – Impermeabilizada. - Poncho. Pode ser colocado no suporte da mochila, preso com liga de borracha ou dentro da mochila. - Lona plástica preta (opcional). No tamanho de 2,5 metros por 2,5 metros. - Rede preta de motociclista (aranha), para fixação do capacete balístico sobre a tampa da mochila (quando o capacete estiver na cabeça, a rede deverá estar dentro da mochila). - Sacos plásticos resistentes para o material e sobressalentes (para impermeabilização do material e substituição de sacos danificados). - Sunga preta de banho. - Uniformes de muda (farda de combate – 4º A1, meias, cuecas e camisetas camufladas); - Gorro reserva na mochila. - Toalha para banho (preferência para as pequenas e de alta absorção). - Short TFM e chinelo para banho. - Cantil reserva ou garrafa pet. - opcional. - Isolante térmico, dentro do invólucro do saco de dormir, preso na parte superior da mochila. - Saco de dormir, dentro da mochila. - Cordel para pelota – mínimo de 10 metros. - Facão ou pá (opcional), dentro ou preso à esquerda da mochila. Deverá ter sua bainha na cor preta, verde ou camuflada.
Marmita e talher
Agasalho
Roupa de Banho
Lona Plástica e Cabo Solteiro 116
Isolante Térmico
Capacete
c. Armamento 1) FAL 7,62 M 964, manutenido e em condições de realizar tiro de festim e / ou real, com a bandoleira estrangulada. Será utilizado nas instruções.
Estrangulamento da Bandoleira 3. COMPOSIÇÃO DOS KITS PARA O APRESTAMENTO INDIVIDUAL a) Kit de Manutenção do Armamento / Faca de Combate - chave de clicar e/ou chave de fenda; - cordel para limpeza do cano (com tecido ou escova na extremidade); - escova para limpeza externa do armamento; - estopa ou panos limpos (existência de no mínimo 2 unidades); - lenço tático (saco de entulho transparente, que terá tamanho suficiente para comportar as peças do fuzil desmontado e deverá possibilitar o transporte das peças no seu interior ( dimensões de 30 x 40 cm); - óleo (existência de no mínimo 50 ml), em tubo plástico; - pedra de amolar (opcional); - querosene (existência de no mínimo 30 ml); - protetor auricular.
Kit Mnt Armto
b) Kit de costura - agulhas, botões; - linha Costura Preta/Verde; - cadarço e bombacha; - alfinetes de pressão.
Kit Costura 117
c) Kit de Anotações - bloco de papel para anotações; - bússola (poderá estar no suspensório); - calculadora, miniaturizada - opcional; - canetas de retroprojetor (existência de no mínimo duas cores); - canetas esferográficas azuis e/ou pretas (necessárias para as avaliações); - lápis e borracha; - prancheta de pequeno porte no tamanho A5 (meia folha A4) - opcional; - régua; - escalímetro - opcional; - vasilhame com álcool e pano para limpeza das anotações; - mementos diversos ( Bizus de apostilas IM) - opcional. Obs: O Aluno deverá possuir um Kit de Anotação colocado no bolso da farda do militar. Será constituído por um bloco de plástico, uma caneta retroprojetor e uma caneta azul ou preta.
Kit de bolso Kit Anotação d) Kit de Higiene Pessoal - aparelho de barbear, gel ou creme e pincel (se necessário para utilizar o creme); - escova, pasta de dentes e fio dental; - espelho portátil; - loção após barba (opcional); - sabonete, desodorante, toalha (na mochila); - papel higiênico (na mochila), levar o suficiente para a semana. Retirar o cano de papelão para diminuir o tamanho; - pente ou escova. - Material para banho a seco - tubo de álcool e pano ou lenços umedecidos (utilizado para limpar áreas críticas do corpo, como virilha e axilas, colocado na mochila). Obs: para a verificação do aprestamento, o papel higiênico e o material para banho a seco deverão ser colocados juntos ao kit de higiene pessoal. 118
Kit Higiene
Kit Coturno
e) Kit de Manutenção do Coturno - escova para graxa de sapato; - escova pequena com cerdas duras de nylon (adequada para lavagem do coturno e equipamento) - graxa de sapato (existência de no mínimo uma lata); - pano. f) Kit de camuflagem - camuflagem preta e verde; - espelho. Obs: Não é necessário o pote para este kit.
Kit Camuflagem g) Kit de Primeiros Socorros - protetor labial; - água oxigenada (existência de no mínimo 30 ml); - álcool iodado ou similar (existência de no mínimo 30 ml); - atadura para imobilização (existência de no mínimo 1 rolo de 15 cm de largura); - antisséptico de uso tópico - Ex: Andolba, Rifocina, Merthiolate ou similar (preferencialmente spray); - antitérmico / analgésico - podem compor um único medicamento (existência de no mínimo 05 comprimidos ou um frasco com 10 ml - Exemplo: alivium, paracetamol ou dipirona); - pedaço pequeno de uma barra de sabão de coco; - cotonete (05 bastões no mínimo); - curativo pronto (Ex: Band-aid - existência de no mínimo 03 unidades); - esparadrapo impermeável (existência de no mínimo 01 rolo pequeno); - gase (existência de no mínimo 03 ataduras estéreis); - hipoglós ou similar (existência de, no mínimo, ½ bisnaga); - isotônico em pó (Ex: Rehidrat - existência de no mínimo 03 envelopes); - 01 (um) Par de luvas cirúrgicas; - pinça pequena; - outros medicamentos de uso habitual do militar, conforme prescrição médica (SFC). Obs: Não utilizar ou substituir frascos de vidro. 119
* Memento sobre os medicamentos. Deverá estar afixado na sua tampa, na parte externa ou em outro local de fácil leitura pelo militar ou por outros, contendo todo o material (medicamentos / instrumentos) existente, bem como as indicações para o uso, posologia e validade.
Nr
Nome
Finalidade
Posologia
Validade
1
ASS
Analgésico
06/06h
Dez 2015
2
Alcool iodado
Antisséptico
06/06h
Fev 2020
3
Tesoura
Pinça
-------------
-------------
Exemplo de memento para o Kit 1º SOS
Kit 1º SOS 4. OBSERVAÇÕES a. Todos os kits são importantes para a manutenção do estado sanitário do combatente individual (higiene corporal e saúde), para a manutenção do seu material individual e coletivo, além do material da fazenda nacional, assim como para o seu melhor desempenho cognitivo. b. O material deverá estar organizado para o cerimonial e ser conduzido durante o exercício conforme a apresentação abaixo. 14
11
13 12
Cerimonial de verificação do Aprestamento Individual.
10
1
2
FAL desmontado na posição de inspeção em cima do ombro esquerdo.
9
8
7
3
4
5
ALUNO Aluno sem o gorro
120
6
Peças do FAL (ferrolho, tampa da caixa da culatra, carregador).
Poncho dobrado ao meio
c. O kit de primeiros socorros não possui indicação de nenhum medicamento que não possa ser comprado ou ingerido sem prescrição médica. Além disso, o aluno deverá ter conhecimento e seguir a indicação para o uso, a posologia e a validade, assim como deverá conduzir outros medicamentos, conforme prescrição médica, informando tal fato à equipe de instrução ao início do exercício. d. É PROIBIDA A AUTO-MEDICAÇÃO. IMEDIATAMENTE ANTES OU APÓS O USO DO KIT PRIMEIROS- SOCORROS, O MÉDICO DEVERÁ SER INFORMADO. d. Todos os kits são obrigatórios, pois serão objeto de avaliação do aluno durante a verificação do aprestamento no cerimonial e no decorrer do exercício. e. Antes do início do cerimonial de aprestamento e durante todo o exercício, todos os kits deverão estar acondicionados em recipiente de plástico resistente (Ex: Tupperware) e envolvidos externamente por uma liga de borracha (Ex: pedaço de câmara de ar) ou acondicionados dentro de um saco plástico, a fim de proporcionar a correta e eficiente impermeabilização do material. Para a inspeção do aprestamento, esse plástico será aberto, mediante ordem. g. A amarração do cadarço do coturno deverá ser a de soltura rápida. h. Os kits, o uniforme de muda, coturno de muda, toalha, agasalhos e outros materiais isolados, além de impermeabilizados, deverão ser identificados com o nome do kit, ou material, o número do aluno, como n a formatação abaixo, caso contrário, não serão avaliados. - Fonte: ARIAL Tamanho: 14
Estilo: Negrito
Cor: Preta.
TOALHA
MANTA LEVE
Aluno 025
Aluno 025
i. Os kits deverão ser miniaturizados ao máximo, com o objetivo de aumentar o espaço na mochila e diminuir o peso desnecessário. j. Qualquer outro material que não possa ser molhado, deverá estar impermeabilizado. k. Cantil, a marmita e o talher deverão estar no bolso do meio da mochila. (Agiliza o avançar para o rancho). l. O Al não deverá conduzir telefone celular, máquina fotográfica ou outro objeto de valor. Tal medida objetiva evitar danos ou extravios desses materiais. m. O equipamento é de posse obrigatória do ALUNO durante todo o exercício. n. O Al poderá levar material além daquele previsto neste documento, desde que acondicionado na mochila. o. Convém que seja conduzido um recipiente com água dentro da mochila (por exemplo: cantil reserva 1 ou 2 Litros). p. O Al não deverá conduzir COMIDA OU ALIMENTOS. q. Especificações da Numeração do Fuzil, da Mochila, do Capacete e do Gorro. - O número a ser utilizado é o próprio número do Aluno. - A numeração deverá ser em tinta preta (marcador permanente), confeccionada com normógrafo de tamanho 45 mm; - Cada número com 04 (quatro) algarismos. - A colocação da numeração no fuzil será do lado direito da coronha, tangenciando a chapa da soleira. - A colocação da numeração na mochila será no centro da tampa, voltado para frente da mochila; - Colocar um esparadrapo no gorro e dois no capacete: todos na frente e centralizados. - Levar identificações reservas. 121
Especificação da Numeração
CUIDADOS E CONSERVAÇÃO -Um equipamento que se suja e assim permanece estraga-se rapidamente, porque a sujeira corta as fibras, absorve e conserva umidade. - É impossível impedir que o equipamento se suje, porém é preciso que não permaneça assim. - Todo militar deve manter seu equipamento seco e limpo. Peças de Lona -Os equipamentos de lona devem ser limpos somente por meios de escovadas a seco; se necessário, esfregá-lo com uma escova molhada em água limpa. Quando for necessário usar sabão, empregar somente o sabão de coco, secando o equipamento à sombra. - É proibido o uso do sabão amarelo, tinturas ou outros preparos. Enquanto as correias de lona estiverem molhadas, devem ser esticadas até o seu comprimento original. - As costuras e as casas dos botões devem ser completamente limpas. Peças metálicas - Ferragens do equipamento. - Para a limpeza dos metais é aconselhável o emprego de flanela ou camurça. - É proibida a utilização do “KAOL” ou outro qualquer polidor que possa prejudicar o fosco dos metais. Cantil Ao retornar de uma atividade militar no terreno, o militar deverá conservá-lo vazio e seco, quando não estiver em uso. Mantê-lo sempre fechado, com a tampa atarraxada. Marmita e talher de aço inoxidável - Partículas de gorduras ou comida deixadas no material, podem ser causadoras de doenças; a sujeira torna-os mais facilmente sujeitos à corrosão. - Para mantê-los limpos, deve-se mergulhá-los em água com sabão e, se possível, utilizar uma escova. - Para retirar as partículas de comida e soltar a gordura, deve-se enxaguá-los em água fervente e limpa, finalmente, sacudi-los no ar até que fiquem totalmente secos. - Periodicamente, usar lã de aço ou bombril, empregando-a suavemente, não fechando-a sem que esteja completamente seca. - Sempre que usá-la utilizar um saco plástico envolvendo-a, este procedimento facilitará a limpeza. 122
VISTA AMPLIADA DA MOCHILA DESMONTADA E ACESSÓRIOS 123
ABRIGOS IMPROVISADOS 1) Identificar as características a serem observadas na seleção e construção de um abrigo improvisado. 2) Construir os principais abrigos individuais improvisados.
GENERALIDADES Um homem na selva, no campo ou qualquer local que não disponha de um teto sobre sua cabeça, necessita de algum conforto, de condições psicológicas as mais favoráveis possíveis e de proteção contra o meio adverso. Ele necessita de um abrigo eficiente, limpo e de bom aspecto. O combate, então, exige homens com ótimas condições físicas e psicológicas, de sorte a poderem suportar, com o mínimo desgaste, as influências ecológicas e assim, apresentar o rendimento máximo nas ações. Um dos meios de conseguir isto é construir um bom abrigo, sempre que possível.
DEFINIÇÃO Abrigos são construções preparadas pelo combatente, com os meios que a selva e o próprio equipamento lhe oferecem, para a proteção contra as intempéries e os animais selvagens.
CLASSIFICAÇÃO Abrigos Permanentes - São aqueles construídos com ou sem material da região e destinados à permanência continuada e por tempo indeterminado do combatente no local. Abrigos Semipermanentes - São aqueles construídos com material da região e destinados a dar condições à permanência na selva por um longo período de tempo. Em função do número de indivíduos a abrigar ou de sua utilização, apresentam os seguintes tipos: - Tapiri simples. - Rabo de Mutum. - Tapiri duas águas. - Cabloco da Amazônia. -Tapiri uma água. Abrigos Temporários - São aqueles com material da região, utilizando, também, se necessário, partes do próprio equipamento, destinados a permitir a permanência do combatente no local por curtos períodos de tempo. Os mais comuns são: - Rabo-de-jacu - o mais simples de todos. - Improvisado com poncho. - Poncho com saco de dormir. - Poncho suspenso do solo e preso nas extremidades. - Poncho suspenso do solo por uma corda ou cordão central e preso por estacas. - Dois ponchos juntos e suspensos do solo, presos por estacas.
MATERIAL NATIVO PARA CONSTRUÇÃO O material a ser obtido na própria região inclui: - Madeira (troncos finos e grossos) para a estrutura. - Cipós (ambé, titica, timbó-açu) ou cascas de certas árvores (enviras preta e branca) para todas as amarrações. - Palhas (branca, braba, ubim em “V”, Inajá) ou folhas de palmeiras (açaí, buriti, bacaba, patauá) ou sororoca (semelhante à folha de bananeira) ou caranaí para as coberturas. 124
LOCAL DE CONSTRUÇÃO Para a construção do abrigo, deverá ser selecionado um lugar alto, em terreno ligeiramente inclinado e relativamente limpo, afastado de chavascais e, se possível, próximo de água potável. Ao iniciar a construção do abrigo, deve-se verificar se as árvores onde serão feitas as amarrações estão firmes e não possuem galhos secos, pois, caso contrário, poderão cair provocando acidentes. O abrigo não deve estar próximo ou embaixo de árvores secas.
Tapiri simples (para moradia de 1 homem)
Tapiri duas águas (com duas camas de galhos)
Rabo-de-jacu
Tapiri uma água (2 a 10 homens)
Rabo de Mutum
Caboclo da Amazônia
125
CONSTRUÇÃO DO ABRIGO Na construção do abrigo, devem ser observadas as seguintes características: - Amarração firme; - Possibilidade de confecção de melhorias; - Fixação dos esteios; - Bom aspecto: não deixar pontas irregulares de madeira e palhas, criando boas condições psicológicas para os ocupantes; - É conveniente "passar no fogo" as palhas que serão utilizadas para forrar o local de repouso, a fim de eliminar carrapatos; - Limpeza do solo: não deixar galhos, folhas e palhas secas dentro do abrigo ou nas imediações do mesmo. Este procedimento evita a presença de escorpiões, aranhas, cobras e outros animais que tenham como habitat o solo coberto por esses materiais em decomposição.
OUTRAS PROVIDÊNCIAS É necessário construir um abrigo (rabo-de-jacu, por exemplo) para a fogueira, para a lenha, para alimentos etc., pois as chuvas são fortes e quase sempre inesperadas. O fogo não deve ser aceso debaixo do abrigo por motivos óbvios e ainda porque o calor atrai serpentes e outros animais perigosos. É imprescindível que todos os detritos sejam enterrados numa fossa, o que evita companhias indesejáveis (roedores, serpentes, formigas etc.). Esta observação inclui a utilização de latrinas. Um terçado (facão) é o equipamento suficiente para a construção de um abrigo. Não devem ser dados nós em cipós (exceção feita ao nó de porco ou de barqueiro), suas pontas devem ser enroladas nas voltas dadas nas vigas. Têm ainda grande utilidade na confecção de abrigos: - Uma rede de "nylon", tipo "malha de camarão" é leve, resistente, não encharca e é pouco volumosa para transporte, embora não ofereça proteção contra os mosquitos. - Vinte metros de corda de "nylon" de um centímetro de espessura ou de "perlon", para amarrar as duas alças da rede, ao mesmo tempo que, esticada entre essas duas, servirá para suportar o plástico. - Um plástico de 3 a 4 metros de comprimento, para ser usado como cobertura da rede, apoiado na corda de "nylon"; o plástico servirá também de cobertor ou forro para o solo. - Todo esse equipamento representará um volume pequeno e leve. A chamada rede de selva engloba todo esse conjunto.
Abrigo temporário com poncho suspenso por uma corda
Abrigo para um homem, usando um poncho e uma corda central
126
Abrigo para dois homens, com dois ponchos
Abrigo temporário com poncho e estacas
Abrigo improvisado para um homem utilizando uma rede e um poncho
Rede de selva
Abrigo improvisado utilizando dois ponchos presos em estacas e suspensos do solo
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Saco de dormir improvisado com poncho
MARCHAS E ESTACIONAMENTOS 1) Descrever os procedimentos e as técnicas da marcha a pé (Formação, Velocidades, Cadências, Distância entre os homens, Altos, Disciplina de marcha, Sinalização, Comandos, Cuidado com os pés) . 2) Identificar os procedimentos e técnicas de preparação do aprestamento individual. 3) Praticar o aprestamento individual, demonstrando estar em condições de executá-lo independentemente de ordem (Responsabilidade). 4) Descrever as formas de estacionamento. 5) Descrever as missões de um Destacamento Precursor. 6) Identificar as medidas de segurança a serem adotadas por ocasião da realização de uma marcha a pé. 7) Praticar as marchas a pé de 8 e 12 Km, chegando em boas condições físicas, superando o cansaço, dentro do dispositivo de marcha e com todo o seu aprestamento individual (Responsabilidade).
MARCHAS Uma tropa marcha a pé quando: - a situação tática ou o terreno o exigirem; - não há transporte motorizado disponível; - o Comando visa exercitá-la (marcha de instrução); - o deslocamento é curto. Tipos de Marcha a Pé Tática - executada sob condições de combate, quando há possibilidade de contato com o inimigo. As medidas de segurança predominam sobre as de conforto da tropa. Administrativa ou preparatória - quando a possibilidade de contato com o inimigo é remota. O principal objetivo é realizar um deslocamento sem desgastar a tropa. Rendimento da marcha Diz-se que uma tropa executou a marcha com bom rendimento, quando chega ao seu destino no tempo previsto e em condições de cumprir a missão recebida. Para tal, concorrem, além de uma cuidadosa preparação: grau de instrução, o moral e o vigor físico dos executantes; a disposição da tropa; a observância da disciplina de marcha; o estado dos itinerários; a confiança no comando; o espírito de corpo; as condições fisiográficas locais.
FATORES QUE INFLUENCIAM NAS MARCHAS São fatores que influenciam na execução das marchas : - O terreno. - As condições meteorológicas. - Os de natureza fisiológica. - Os de natureza psicológica. Terreno O terreno plano ou levemente acidentado é o mais favorável à realização das marchas, por não apresentar obstáculos que interfiram no seu rendimento. Ao contrário, a ausência de estradas, as regiões áridas, os aclives e os declives das regiões montanhosas, o terreno coberto das selvas e os terrenos alagadiços e pantanosos prejudicam grandemente as marchas, não só porque apresentam dificuldades de apoio a quem marche como também porque impõem grande variação da cadência. Quando, porém, nessas regiões existem estradas ou vicinais em condições de utilização, o rendimento obtido nas marchas é bastante razoável. Condições meteorológicas O clima: o clima frio e seco é ideal para a execução das marchas. A temperatura demasiadamente 128
baixa reduz o rendimento, pois a necessidade de utilização de agasalhos mais pesados sobrecarrega o homem, diminuindo-lhe a capacidade física. Da mesma forma, diminuindo-lhe o rendimento com o calor e umidade excessivos, acarreta o cansaço prematuro. Tempo: o tempo bom não apresenta dificuldades à execução das marchas, enquanto o mau tempo diminui o rendimento delas. O vento forte, além da poeira que levanta, prejudica o equilíbrio do homem. A chuva torna mais pesado o equipamento e as estradas, por vezes, até intransitáveis. Fatores fisiológicos: O estado sanitário da tropa tem influência decisiva no rendimento da marcha. Deve ser dada especial atenção à alimentação, ao uniforme e ao equipamento. - Alimentação: Antes de iniciar a marcha, a tropa deve receber uma refeição quente, porém leve. A fim de evitar náuseas, cãibras e insolação, a água só deve ser bebida mediante determinadas prescrições. Não é aconselhável beber água de uma só vez e em grande quantidade. A transpiração abundante elimina uma quantidade de sal maior que a ingerida com os alimentos. Compensa-se esta perda dissolvendo na água repositores hidro-eletrolíticos (Reidrat, por exemplo) presentes no kit individual de primeiros-socorros ou na ração operacional. É proibido o consumo de água cuja pureza não tenha sido verificada pelo Cmt da fração. Quando, porém, isso não for possível, dissolver na água pastilhas purificadoras, tipo Clorin, existentes nas rações operacionais R2. - Uniforme e equipamento: O uniforme inadequado ao clima da região onde marcha a tropa altera as funções fisiológicas, podendo levar o homem, ao congelamento ou à insolação. O homem não deve, em princípio, conduzir carga superior a 1/3 do seu próprio peso. A carga total aconselhada é de 18 quilos, não devendo exceder a 22 quilos. Fatores psicológicos - Confiança; - Moral: o rendimento de uma marcha diminui, sensivelmente, se ela sofre qualquer abatimento moral, o que pode ser evitado tomando-se as seguintes medidas: a) entrar em forma somente nos últimos momentos que antecederem ao início da marcha; b) eliminar as demoras desnecessárias; c) fiscalizar minuciosamente a ajustagem do equipamento e do uniforme; d) utilizar as melhores estradas, salvo quando se objetiva exercitar a tropa nas marchas em condições difíceis; e) exigir o cumprimento das medidas de disciplina da marcha; f) regular o trânsito de viaturas ao lado das colunas; g) estimular o bom-humor dos homens pela utilização de todos os meios disponíveis, no sentido de despreocupá-los do esforço da marcha; h) estimular pelo exemplo, como chefe, marchando com a tropa, sem demonstrar fadiga e bem humorado.
ORDEM DE MARCHA Ordem de marcha indica o itinerário a seguir, o ponto de destino, horários diversos, a formação a adotar, a velocidade e os intervalos de tempo a serem mantidos, o comando de determinados elementos da coluna e outros pormenores não previstos. Deve-se fazer intensivo emprego de calcos, cartas, esboços e quadros, tudo tendo em vista simplificar a ordem de marcha. A ordem de marcha é uma combinação de ordens verbais, com calcos e quadros de movimento.
DESTACAMENTO PRECURSOR A missão do destacamento precursor é: 1. Balizar os pontos críticos do itinerário. 2. Executar, ao longo do mesmo, os trabalhos de engenharia necessários à sua desobstrução. 3. Facilitar o trânsito. 4. Preparar o novo estacionamento, repartir sua área pelos elementos subordinados e guiar a tropa na sua chegada ao local. 5. Realizar outros serviços previstos na ordem de marcha. 129
FORMAÇÃO A formação normal de marcha das unidades é a coluna por dois (uma coluna de cada lado da estrada). Quando, porém, as circunstâncias e a própria estrada permitem, o comandante pode determinar outra formação (coluna por um, por dois, ou por três), fixando, então, o lado da estrada a ser palmilhado. É aconselhável, quando não for empregada a formação normal (coluna por dois, uma coluna de cada lado da estrada), determinar que a tropa marche na contra mão (lado esquerdo da estrada), face ao respectivo trânsito, a fim de diminuir o risco para a mesma. ORGANIZAÇÃO As unidades devem marchar conservando a sua organização tática. Em princípio, o Batalhão de Infantaria constitui um grupamento de marcha e as suas companhias, as unidades de marcha. Quando o terreno não permitir que o comandante de companhia controle com eficiência a sua subunidade, o que ocorre geralmente nos terrenos montanhosos e nas selvas, o pelotão pode constituir uma unidade de marcha. - A coluna de marcha é organizada pela passagem sucessiva de seus elementos orgânicos por um ponto prédeterminado, facilmente identificável, no início do itinerário. Este ponto, chamado Ponto Inicial (PI), deve ficar num local amplo e desembaraçado. - A coluna é desfeita num outro ponto de características semelhantes às do PI, chamado Ponto de Liberação (P LIB), escolhido o mais perto possível das zonas previstas para o estacionamento dos diferentes elementos da coluna.
VELOCIDADE DE MARCHA Velocidade de marcha é a distância, em quilômetros, que uma tropa percorre em 50 minutos ou em uma hora, incluindo-se o respectivo alto. Pode ser especificada na ordem de marcha ou nas NGA. Para manter-se na mesma velocidade, emprega-se o regulador de marcha. Os Reguladores de Marcha deslocam-se de 5 a 10 passos à frente da unidade de marcha, a fim de darlhe o ritmo uniforme e a velocidade prescrita. Se, para manter a velocidade prevista em certos trechos, é necessário fazer a marcha em acelerado, a tropa deve fazê-la por pelotão, tão logo atinja tais trechos, os quais devem ser firmes, planos ou em declive. A velocidade normal nas marchas diurnas é de: Diurna: 4 km por hora em estradas; 2,5 km por hora através do campo. Noturna: 3 km por hora em estradas; 1,5 km por hora através do campo. No entanto em boas estradas e à luz do luar, uma coluna mantém a velocidade prevista para as marchas diurnas. Pequenas frações, marchando isoladamente, podem deslocar-se com velocidade maior que as previstas acima.
MUDANÇA DE VELOCIDADE A irregularidade na velocidade de marcha se faz sentir, com maior intensidade, à retaguarda da coluna. A velocidade moderada ou excessiva do regulador de marcha faz com que a coluna se emasse, ou se alongue. Para sanar esses inconvenientes, o comando determina a mudança de velocidade de marcha, aumentando-a ou diminuindo-a, mas somente após ter avisado às frações da coluna de marcha. Logo que isto tenha sido feito, passa o regulador de marcha a andar na velocidade determinada e a coluna, já devidamente prevenida, vai aos poucos passando à nova velocidade, sem atropelo. Quando, porém, os motivos do alongamento ou do emassamento forem outros e, desde que seja possível, deve ser a tropa prevenida na ocasião do primeiro alto. Flutuações - As flutuações a que está sujeita uma coluna em marcha podem ser limitadas pela manutenção de uma velocidade constante, pela conservação das distâncias entre as suas frações, pela utilização de boas estradas e pela observância da disciplina de marcha. É de interesse, pois, modificar periodicamente a ordem em que marcham as frações, tendo em vista evitar que os 130
mesmos homens fiquem sempre na cauda e, portanto, sujeitos permanentemente a flutuações. CADÊNCIA - Denomina-se cadência o número de passos que um homem dá por minuto. O passo normal é de 75 cm para a velocidade também normal de 4 km por 50 minutos. A constância da velocidade faz com que cada homem tenha uma cadência própria, com a qual se habitua a marchar. DISTÂNCIA ENTRE OS HOMENS - A distância entre os homens é de um metro. O Comandante pode, considerando a visibilidade, o piso da estrada e as etapas a cobrir, determinar uma distância maior, cujo limite não deve ultrapassar de 4,5m, a fim de não prejudicar o controle. DISTÂNCIA ENTRE AS FRAÇÕES - A distância entre os diferentes elementos da coluna nas marchas preparatórias é, quando não determinados em contrário pelo comando, de: - 100 metros entre as Unidades; - 50 metros entre as Subunidades; - 20 metros entre os Pelotões; - 1 metro entre os Homens. Estas distâncias servem para reduzir as flutuações, evitar os emassamentos e permitir que as viaturas ultrapassem as colunas. Para as marchas noturnas, as distâncias aconselháveis são : - entre as companhias: 20 metros; - entre os pelotões: 10 metros; - entre os homens: reduzida ao mínimo.
ALTOS-HORÁRIOS A fim de proporcionar à tropa descanso, tempo para reajustar o equipamento e satisfação das necessidades fisiológicas, são feitos altos periodicamente e a intervalos regulares. Em condições normais, o primeiro alto é feito 45 minutos após o início da marcha e tem a duração de 15 minutos. Outros se sucedem após cada 50 minutos de marcha, com duração de 10 minutos. Estes autos denominam-se “Altos horários”. Os altos devem ser feitos em locais que oferecem abrigos ou cobertas. Para atender tais condições, pode ser alterada a hora prevista para o alto horário. As zonas de população densa e os terrenos sujeitos à observação e aos tiros do inimigo devem ser evitados. As frações de uma mesma unidade de marcha, iniciam a marcha e fazem alto ao mesmo tempo. Ao comando de “Alto”, os homens saem de forma para o lado da estrada pela qual vêm marchando nas proximidades, desequipando em descanso. É aconselhável que se deitem apoiando os pés sobre as pedras, troncos ou saliências do terreno, para mantê-los elevados e, assim, descongestioná-los. Durante os altos, os comandantes inteiram-se pessoalmente do estado de seus homens e o pessoal de saúde socorre os estropiados. DURAÇÃO DAS MARCHAS - As unidades e subunidades, em condições normais, marcham até 24 Km por dia, podendo a velocidade, em distâncias inferiores a 8 km, atingir até 6 Km por hora. As marchas forçadas reduzem de muito a eficiência do combatente e, por isso, somente deverão ser realizadas excepcionalmente. São elas caracterizadas por uma duração além do normal e não pela velocidade, que não deve aumentada. Em marcha forçada, a tropa, no máximo, percorre 56 Km em 24 horas, 100 km em 48 horas e 130 km em 72 horas. DOENTES E FERIDOS - Os homens só podem sair de forma, ou afastarem-se do local dos altos, mediante autorização. No caso de o afastamento se dar por motivo de saúde que requeira cuidados médicos, deve o homem ser munido de uma permissão, que o autoriza a aguardar o médico fora de seu lugar na coluna. O médico, que normalmente se desloca na cauda, determina, conforme o caso, o seu recolhimento pela ambulância ou apenas que seja aliviado, total ou parcialmente, das armas e do equipamento que serão recolhidos pela viatura destinada a tal fim. 131
GUIAS, BALIZADORES E GUARDAS DE TRÂNSITO Os Guias são empregados na orientação e condução da coluna por itinerários ou zonas cujo reconhecimento não foi possível executar. Devem ser munidos de cartas e instruídos a cerca de certos dados da marcha. A condução dos diferentes elementos da coluna do P Lib às respectivas zonas de estacionamento é feita mediante a utilização de guias. Os Balizadores são colocados ao longo do itinerário de marcha, com o propósito de balizar o mesmo, evitando que a coluna dele se desvie em determinados pontos críticos. Devem receber uma instrução adequada à sua finalidade e precedem a coluna de marcha, ou se deslocam na testa da coluna. À medida que forem ultrapassados pela coluna, recolhem-se à retaguarda desta, caso não sejam recolhidos por viaturas. Os Guardas de trânsito são colocados em pontos perigosos do itinerário, para controlar o trânsito, evitar acidentes, ou facilitar o movimento da coluna de marcha.
CONTROLE DE MARCHA Para o controle de marcha, utiliza-se a voz, os gestos, os mensageiros e se a situação permitir, os sinais óticos, acústicos e o rádio. A coluna pouco profunda e compacta é mais vulnerável ao fogo inimigo, mas facilita o controle, ao contrário, se diluída e alongada, dificulta. Por isso os fatores antagônicos - dispersão e controle - devem ser bem pesados ao se decidir sobre a formação da coluna, tendo-se em consideração, também, que a companhia, como unidade de marcha, se desloca sempre como um todo, mesmo frente aos maiores obstáculos. O controle da marcha é facilitado pela referência a certos acidentes do terreno e às horas previstas dos altos constantes na ordem de marcha. No caso de um alto imprevisto, o comandante se desloca sem demora para a testa e, vencido o obstáculo causador do alto, reinicia imediatamente a marcha. A fim de marchar com segurança e não impedir o fluxo de trânsito, deve a tropa marchar o mais possível, pelos lados da estrada. Os comandantes de pelotão e de grupos, comandam à voz e por gestos. O comandante de pelotão e dos demais escalões superiores devem marchar munidos de cartas que dêem o itinerário, as quais auxiliam a orientação e a regulação da velocidade. DISCIPLINA DE MARCHA - Disciplina de marcha é o conjunto de prescrições, regras e disposições regulamentares que regem as marchas. Ela se inicia antes das marchas e sua atuação contínua se faz até depois da execução delas.
ESTACIONAMENTOS Em campanha é indispensável que se proporcione à tropa, frequentemente, condições de repouso, higiene, conforto e possibilidade de manutenção de seu material. A área onde a tropa descansa ou se reúne é chamada de ZONA DE ESTACIONAMENTO.
FORMAS DE ESTACIONAMENTO Acampamento: quando se armam barracas. Acantonamento: quando se aproveitam as construções existentes, fazendo aí a instalação da tropa. Bivaque: quando a tropa permanece ao relento, protegendo-se com a cobertura das árvores, e com seus abrigos ( capote, pano de barraca, manta etc).
ESCOLHA DOS LOCAIS DE ESTACIONAMENTO Os locais de estacionamento são escolhidos de acordo com as regras militares e sanitárias bem definidas. A zona de estacionamento de uma unidade é designada pelo escalão superior. São fatores determinantes na escolha dos locais de estacionamento: -Segurança, cobertura e disfarce. -Espaço suficiente para permitir a dispersão do pessoal e viaturas (Aproximadamente uma área de 300 m por SU). -Proximidade de suprimento de água. -Rede de estradas ou caminhos que permitam o funcionamento do transporte. 132
O PÉ E SUA PROTEÇÃO Deve-se dispensar aos pés todos os cuidados possíveis. A limpeza permanente, o corte correto das unhas, o uso de meias em perfeitas condições e de calçados de boa qualidade e o pronto curativo dos ferimentos são medidas que, assegurando o bom estado dos pés, influem decisivamente no rendimento das marchas. Higiene e tratamento dos pés (a) Antes e depois das marchas deve-se ter o cuidado de lavar os pés, enxugá-los cuidadosamente, dedo a dedo, e pulverizá-los com pó adequado. Antes da marcha, verificar o tratamento das unhas e, se for o caso, cortá-las sem aparar os cantos, usando uma tesoura ou outro instrumento próprio; o corte correto evita as dolorosas unhas encravadas. (b) Caso não disponha de água, antes de usar o pó, friccionar vigorosamente os pés com pano seco. As medidas preventivas constituem a melhor proteção contra os ferimentos. Por este motivo deve o homem precaver-se contra as bolhas d' água, os calos, as frieiras e outras doenças que atacam os pés. As bolhas d'água são causadas, geralmente, por meias e calçados mal ajustados ou estragados. Uma vez que as bolhas d´águas são proteções de um local lesionado, como tratamento deve-se apenas lavá-las e cobri-las com gases e esparadrapo. c) Os calos são causados por calçados mal ajustados ou por má conformação do pé. Para alívio temporário, colocar em volta do calo um anel de feltro ou coisa semelhante. Para prevenção e correção, usar calçados sempre bem ajustados. O “pé de atleta” é uma infecção provocada por cogumelos, que se pode evitar mantendo os pés, as meias e o calçado sempre limpos e secos. Obtém-se rápido alívio pela secagem da parte irritada, na qual se aplica o pó especial. O tratamento depende de cuidados médicos. As meias - Para serem consideradas em boas condições de uso, as meias, quando calçadas, devem ajustar-se bem, sem comprimir os pés. Meias folgadas molestam o pé e, quando muito justas, dificultam a circulação do sangue. Quando se usam dois pares de meias, a que ficar por fora deverá ser ½ maior que a outra. As meias devem ser mudadas diariamente, pois estando limpas, aquecem mais. No frio, usar mais de um par de meias completamente secas e, se possível, previamente aquecidas. O calor do próprio corpo pode servir para aquecê-las. O calçado - O comandante deve verificar se os homens estão com os calçados bem ajustados. Para isso determina que fiquem em pé e com o peso do corpo distribuído em ambos os pés, depois de corretamente calçados. São aconselháveis, como prevenção a machucados e ferimentos nos pés, as seguintes medidas: - Manter os pés tão secos quanto possível. - Secar as meias e o calçado. - Transportar o fardamento junto ao corpo, de modo a mantê-lo aquecido. - Evitar, sempre que possível, pisar em água e lama. - Manter o fardamento folgado nas pernas e tornozelos. - Não usar meias e calçados mal ajustados. -Exercitar os pés e massageá-los, quando parado.
Verificar o ajustamento sob o arco do pé; não deve estar enrugado
A articulação entre o torso e os dedos deve assentar na parte mais larga da sola
Verificar se o calçado está folgado ou apertado; o couro do coturno não deve apertar o pé nem ficar folgado
Verificar o tamanho do coturno; deve haver uma folga de 1cm entre a ponta do dedo maior e a extremidade do coturno
Adversidade de clima requer, como é natural, diversos tipos de calçados, os quais chegam a caracterizar os trajes de determinadas regiões. No nosso clima, entre quente e temperado, os coturnos são os mais indicados. O calçado deve ser conservado limpo e engraxado e só deve ser usado para marchas. 133
NÓS E AMARRAÇÕES 1) Identificar os nós e amarrações mais utilizados em operações militares. 2) Praticar os diversos tipos de nós e amarrações.
CONCEITO Nó é um entrelaçamento feito a mão da(s) ponta(s) ou seio de um cabo ou mais, seguindo uma ação criteriosa, formando uma massa uniforme. Um bom nó tem três características: fácil confecção, eficiência em sua utilização e fácil soltura (mesmo depois de submetido a grandes tensões ou molhado).
FINALIDADE Nós e amarrações são empregados nas mais diversas atividades do ser humano, particularmente nas realizadas ao ar livre (Camping). São empregados no montanhismo, sendo obrigatórios para quem deseja praticar a escalada, saber confeccionar um nó ou uma amarração. Têm maior importância ainda no montanhismo militar, no qual são usados em tarefas fundamentais, como equipagem de vias e sistemas de resgate e de evacuação de feridos e material.
NOMENCLATURA APLICADA ÀS CORDAS ALÇA - É uma corda ou curva em forma de “U” feita com uma corda. ANEL - É uma volta em que as partes de uma corda se cruzam. CHICOTE - São os extremos livres de uma corda. COCAS - São as voltas ocasionais que aparecem em uma corda. FIRME - É a parte que fica entre o chicote e a extremidade fixa da corda. SEIO - É a parte central de uma corda. CABO SOLTEIRO - É uma corda de 4 a 5 m de comprimento, geralmente de 6 a 8 mm de diâmetro, usada para assentos de escalada, segurança individual, tracionamento de cordas, condução de material de escalada etc. COÇAR - É gastar a corda pelo atrito com uma superfície áspera. FALCAÇA - É a união dos cordões dos chicotes de uma corda por meio de barbante ou fogo. No caso das cordas de fibra sintética, impede que os chicotes se desmanchem e facilita o manejo das cordas. MORDER - Prender uma corda por pressão, seja com outra corda ou com qualquer superfície. PERMEAR - Dobrar a corda ao meio; RETINIDAS - Cordas de 5 a 6 mm de diâmetro, usadas para trabalhos auxiliares. SAFAR UMA CORDA - Liberar uma corda quando enrolada; AJUSTAR UM NÓ - Apertar o nó; BATER A CORDA - Ato de desencocar uma corda. ACOCHAR O NÓ - Deixá-lo apertado rente ao corpo ou com seus arremates rente ao nó principal.
CLASSIFICAÇÃO DOS NÓS No montanhismo militar, os nós são classificados em: - NÓS ELEMENTARES - NÓS DE EMENDA - NÓS ALCEADOS - NÓS DE AMARRACÃO 134
NÓS ELEMENTARES 1 - NÓ SIMPLES OU LAÇADA - Faz-se primeiro uma meia-volta e passa-se o chicote pelo meio. - Serve para fazer um caroço no cabo, aumentando o seu diâmetro. - Serve para impedir que um cabo corra. 2 - NÓ EM OITO (ALEMÃO) - Primeiro faz-se uma meia-volta e o chicote passa por baixo do seio. Depois passa por dentro da meia-volta pelo lado inverso da passagem pelo seio. - Usado para evitar que o cabo desfie ou para criar um pequeno caroço no cabo. É um nó pouco conhecido, mas com a mesma função do nó simples (tendo mais uma laçada), no entanto é de mais confiança.
3 - NÓ DE FRADE - Faz-se meia-volta, passa-se o chicote 2 pela meia-volta e puxa-se o chicote para fechar a laçada. - Impedir um cabo de correr ou para rematar o chicote de um cabo. - É usado para evitar que o cabo desfie ou para criar um pequeno caroço no cabo.
NÓS DE EMENDA 1 - NÓ DIREITO - laço direito sobre esquerdo, passando por baixo; - laço esquerdo sobre direito, passando por baixo; - os chicotes ficam do mesmo lado. - Serve para unir dois cabos de diâmetros iguais. - Arremate: Pescador duplo.
2 - NÓ PESCADOR SIMPLES - Um cabo passa por dentro da laçada do outro e faz uma laçada em torno daquele. Posteriormente puxam-se ambas as laçadas até se unirem. - Utilizado para unir dois cabos bem lisos, pode ser usado até em fio de nylon. Tem a desvantagem de ser difícil de desatá-lo, o que é também, sua qualidade.
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3 - NÓ DE PESCADOR DUPLO - Idem ao simples, aumentando-se a segurança;
4 - NÓ DE ESCOTA OU SINGELO - Passa-se o chicote de um cabo por dentro da meia-volta do outro e depois por fora da volta. - Dobra-se o chicote e passa-se a dobra pelo próprio cabo. - Serve para unir dois cabos de diâmetros diferentes. Como está no desenho, pode ser usado para colocar a bandeira no mastro.
5 - NÓ DE ESCOTA DUPLO - Passa-se o chicote de um cabo por dentro da meia-volta do outro e de novo por fora da volta. - Faz-se uma meia-volta em torno do outro e finalmente o chicote sob o próprio e fora da meia-volta do outro. - Utilizado como o nó de Escota, com melhores condições de segurança. É muito recomendado para cabos de diâmetros muito diferentes.
NÓS ALCEADOS 3 - AZELHA EM OITO
1 - AZELHA SIMPLES
-Serve para ancorar o cabo em um ponto de -Idem a simples, com a vantagem de tesar amarração, podendo ser induzida. Para não menos; tesar demais o nó e perder a corda, deve-se -Arremate: Pescador Duplo. introduzir um toco de madeira no meio do nó; -Arremate: Pescador Duplo. 1
2 4 - AZELHA EM OITO DUPLA 2 - AZELHA DUPLA - À semelhança da azelha, serve para -Idem a simples, porém não podendo ser ancoragem da corda em um ponto de amarração, aumentando-se a segurança, muito induzida, o que aumenta a segurança; utilizada em operações com helicópteros; -Arremate: Pescador Duplo. - Arremate: Pescador Duplo.
1
3 1
2
2 4
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NÓS DE AMARRAÇÃO 1 - NÓ-DE-PORCO OU BARQUEIRO
2 - NÓ BOCA-DE-LOBO
- Serve para fixar uma corda em um ponto de - Também é usado como nó de ancoragem; - Arremate: Pescador Duplo. amarração. - Arremate: Pescador Duplo.
3 - NÓ PRÚSSICO - Usado como nó para ancoragem, tem a característica de ser auto-bloqueante. - Arremate: Pescador Duplo. 4 - NÓ PRÚSSICO A SEIS VOLTAS - Proporciona maior segurança aos escaladores. - Arremate: Pescador Duplo.
5 - NÓ MOLA -Empregado nas ancoragens que necessitam ser rapidamente equipadas e desequipadas. - Arremate: Nó de Porco e Pescador Duplo.
2 - NÓ MEIO-PORCO OU UIAA¹ - Nó descensor feito com o uso de um mosquetão, utilizado nas técnicas verticais em substituição aos aparelhos de descida, como o oito. 1- União Internacional das Associações de Alpinismo - UIAA
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SEGURANÇAS 1 - LAIS DE GUIA - Serve, dentre outras aplicações, para segurança individual do escalador. - Arremate: Pescador Duplo.
2 - ATADURA DE PEITO - Utilizada exclusivamente para a segurança do escalador; .- Arremate: Pescador Duplo - A azelha simples do pescoço deverá estar com as duas voltas paralelas, para baixo e para a frente. - O chicote menor da azellha deverá estar para a esquerda (destros) ou para a direita (canhotos). - O nó direito deverá estar arrematado. - A atadura deverá estar acochada. 3 - ASSENTO AMERICANO - Utilizado para a segurança do escalador e como ponto de ancoragem para equipamentos de desescalada. Ex.: mosquetão e freio para rappel. .- Arremate: Pescador Duplo. - O nó direito deverá estar arrematado e sua confecção será no lado oposto do braço principal. - O assento americano deverá estar acochado.
CONSIDERAÇÕES SOBRE A CONFECÇÃO DOS NÓS 1. Na confecção de um nó deve-se ter o cuidado de evitar trançar ou torcer as voltas da corda, para não deformar sua aparência ou “fotografia”. Um nó mal confeccionado poderá afrouxar e desatar quando não estiver sendo exigido e, quando estiver com as voltas superpostas, será mais difícil de desatar após tensionado; 2.Todo nó deve ser bem acochado e arrematado com um nó de pescador ou um nó de pescador duplo. Este arremate visa aumentar a segurança do nó; 3. O arremate deve ser confeccionado bem junto do nó; 4. Os seguintes nós não devem ser arrematados: simples, alemão, frade, fita e meio porco; 5. Além das características já citadas, os nós devem ser de fácil confecção, fácil soltura e proporcionar a devida segurança. 138
TRANSPOSIÇÃO DE OBSTÁCULOS (PISTA DE CORDAS) 1) Identificar as técnicas de transposição de obstáculos em uma pista de cordas. 2) Praticar a transposição de obstáculos de uma pista de cordas (Comando Crawl simples e duplo, Preguiça, Falsa baiana, Cabo aéreo, Rappel em “S” e com freio em 8, Leppar, Ponte de 3 cordas, Corda vertical, Passeio do Tarzan, Passeio do jacaré) empregando as técnicas adequadas com força de vontade (persistência).
PASSADEIRAS PINGUELA Quando o curso d'água tiver pequenas proporções, com largura de até 10 m e não for vadeável, pode ser usado um tronco de árvore de comprimento suficiente para cruzá-lo de uma margem à outra. Na selva, pode-se abater uma árvore em uma das margens, fazendo com que, ao cair, cruze o rio na sua largura. Para que a travessia seja feita em segurança, é necessário fazer um corrimão. É um processo simples, no qual a perda de tempo no abate da árvore é plenamente compensada pela segurança e pela rapidez na transposição.
Fig 1 - Travessia da pinguela PASSADEIRA PENSIL A passadeira pensil é um trabalho semipermanente, normalmente realizado por elementos de Engenharia. É empregada, em princípio, em vãos de até 30 m. A travessia deve ser feita em passo vivo pelo centro da passadeira, procurando pisar firme, a fim de neutralizar o movimento ondulatório (fig 2). Para maior segurança, pode-se instalar corrimão. Os elementos de Engenharia têm condições de construir diversos tipos de passadeiras pênseis, de acordo com o material e o tempo disponíveis.
Fig.2 - Travessia da passadeira
PONTES DE CORDAS As pontes de cordas são meios improvisados e temporários para cruzar obstáculos, tais como cursos d'água, canais, desfiladeiros etc. Este método só é usado quando resulta em economia de tempo. PONTE DE UMA CORDA È constituída de uma corda tencionada e ancorada nas duas extremidades do vão a ser ultrapassado.
Fig 3 - Travessia pela ponte de uma corda pelo processo do comando “craw” 139
PROCESSOS DE TRAVESSIA 1 - Comando “Craw” O combatente deita-se na corda, colocando sobre ela o peito de um dos pés, mantendo esta perna flexionada; a outra deve pender, naturalmente, para manter o equilíbrio do corpo (fig 3) . A tração do corpo é feita pelas mãos, ajudada pelo pé que está sobre a corda. Se o equilíbrio for perdido e o corpo ficar dependurado, pode-se retornar à posição original; no entanto, é aconselhável prosseguir no processo da preguiça, mostrado a seguir. 2 - Preguiça - Agarra-se a corda com as mãos, cruzando sobre ela os pés. Para a transposição, devese puxar o corpo, alternadamente com as mãos, auxiliando com as pernas, ou então caminhar como uma preguiça (fig 4).
Fig 4. Travessia pelo processo da preguiça
3 - Assento - Confecciona-se um assento de um nó e engancha-se o mosquetão de escalada na corda da ponte. Para a transposição, procedese como no item anterior. É o processo mais seguro (fig 5).
Fig 5. Travessia pelo processo do assento
PONTE DE DUAS CORDAS 1 - Falsa Baiana - Esta ponte é construída da mesma maneira que a de uma corda, só que se instalam duas cordas, uma acima da outra, separadas de 1,2m a 1,8m nos pontos de amarração. Processo de travessia: Colocar os pés sobre a corda de baixo, apoiando-se na junção do salto com a sola do coturno; as mãos empunham, inversamente, a corda superior. Basta deslizar as mãos e os pés ao mesmo tempo, na direção do deslocamento (fig 6). É importante manter permanente contato dos pés e das mãos com as cordas. É aconselhável não juntar os Fig 6. Travessia pela falsa baiana pés e mãos ao mesmo tempo. 2 - Comando Duplo
Fig 7. Travessia pelo comando duplo
É construído com duas cordas de sisal ancoradas no mesmo plano horizontal e afastadas entre si de 0,5 metro. Não deve ultrapassar a 15 metros. Processo de travessia: - posicionar o corpo sobre as cordas, apoiando as mãos e as partes anteriores dos pés sobre as mesmas, de tal modo que as pontas dos pés fiquem para o interior das cordas e os joelhos para fora. Para a transposição, tracionar o corpo através dos braços e, simultaneamente, executar um jogo de cintura, aproximando os joelhos das mãos (fig 7). 140
Técnica de descida: Para a descida, caminhar lateralmente sobre o declive. Quando necessário frear, levar a mão de frenagem à frente do corpo e, simultaneamente, voltar-se na direção do firme da corda. Emprego: Este processo só deverá ser empregado por tropa adestrada e em declives moderados. É conveniente o uso de luvas. Apresenta como vantagem a simplicidade. 2. Rappel em “S” ou de Corpo Tomada de posição: Com a frente voltada para o ponto de amarração, passar a corda por entre as pernas envolvendo uma das coxas; levá-la ao ombro oposto. Passando à frente do peito; empunhar o chicote da corda com a mão de frenagem, que é a do mesmo lado da perna envolvida; por exemplo: perna direita, ombro esquerdo e mão direita. A outra mão segura o firme da corda e proporciona direção e equilíbrio durante a descida. Técnica de descida: Para a descida, a frente deve estar ligeiramente voltada para um lado, com a mão de frenagem sempre abaixo; os pés devem manter, entre si, um ângulo de 90º; as pernas devem ser ligeiramente flexionadas e separadas para lograr estabilidade lateral, sendo que a envolvida pela corda deve, sempre, estar abaixo da outra; as costas devem permanecer retas, a fim de reduzir a fricção desnecessária. A descida será executa por saltos ou caminhada. Emprego: É empregado em pequenas descidas e no adestramento da tropa, por não necessitar de material especial e possibilitar alto grau de segurança. RAPPEL COM MOSQUETÃO DE ESCALADA
1. Rappel de Ombro Tomada de posição: Confeccionar o assento americano; passar a corda pelo interior do mosquetão, levando-a ao ombro oposto à mão da frenagem; empunhar a corda pela mão de frenagem; a outra mão segura o firme da corda, proporcionando equilíbrio e direção durante a descida . Descida e emprego: A descida e o emprego são como no rappel em “S”. 2. Rappel de Cintura Tomada de posição: Preparar o assento americano; colocar o mosquetão de escalada no assento; posicionar-se do lado da corda oposto à mão de frenagem empunha o chicote e a outra o firme. 142
Técnica de descida Para a descida, a mão de frenagem deve permanecer lateralmente à coxa, e o corpo ligeiramente inclinado para trás e para o lado; os pés, afastados e formando um angulo reto; as pernas , ligeiramente flexionadas, para dar maior estabilidade. A descida poderá ser realizada por saltos ou por pequenos lanços; para frear, pode-se levar a mão de frenagem à retaguarda do corpo ou para cima, sem largar o chicote, no primeiro caso, o freio será proveniente do atrito feito sobre a mão e o corpo e, no segundo, pela mascada da corda no mosquetão de escala, o que é mais aconselhável. No caso de ângulos negativos, o procedimento será o mesmo. Até que os pés percam o contato com o paredão; a partir dai, o combatente ficará preso apenas pela corda e o assento, descendo pelo efeito da gravidade, controlando a velocidade com a mão frenadora. Emprego Possibilita maior rapidez, segurança na execução e atenua a fricção da corda no mosquetão de escalada. Este tipo de rappel só deve ser empregado por tropa adestrada e os combatentes devem usar luvas. O rappel de cintura com assento americano é empregado em declives acentuados.
3. Rappel de Frente Tomada de posição: Confeccionar o assento americano e colocar o mosquetão lateralmente, envolvendo a laçada da cintura e a alça de uma das pernas. De costas para o ponto de amarração, dar apenas uma volta com a corda no mosquetão e empunhar o chicote à frente do corpo. Técnica de descida: A descida é realizada em corrida sobre o talude, com as mãos sempre à frente do corpo; para frear, basta apertar a corda com as mãos, aumentando o atrito. Emprego: É empregado por tropa especializada em missões que exijam rapidez na transposição do obstáculo. O combatente tem que utilizar luvas. RAPPEL COM FREIO Tomada de posição: - confeccionar um assento americano; - fixar um mosquetão na parte central do assento; - fixar o freio em oito no mosquetão; - passar a corda pelo freio preso no mosquetão; - a mão frenadora empunha a corda na lateral do corpo e a outra fica livre. Técnica de descida A técnica de descida é semelhante à do Rappel de cintura, porém naquele, para frear, o homem eleva a mão de frenagem na direção do firme da corda, enquanto neste a mão de frenagem deve tracionar o chicote para trás do corpo. Emprego: O emprego é semelhante ao do Rappel de cintura. Apresenta, como vantagem, maior segurança na frenagem e menor desgaste da corda de descida. O combatente deve usar luvas. 143
TRANSPOSIÇÃO DE CURSO D´ÁGUA 1) Identificar os meios de flutuação improvisados para realização de transposição de curso de água. 2) Praticar a transposição de cursos de água com meios de flutuação improvisados com o próprio fardamento e equipamento ou material da região (pelota, cantil, bambus, calça, gandola, saco VO etc), ajustando-se ao ambiente aquático (adaptabilidade).
CABO SUBMERSO O cabo submerso consta de uma corda, ancorada em ambas as margens do curso d'água. Processo de Travessia: 1 - O militar deverá prender o fuzil na parte superior da mochila, ancorando-o com um cordel. A barrigueira da mochila deverá ser presa em uma das pernas, passando pela virilha. 2 - Empunhar a corda com ambas as mãos, mantendo as pernas abertas; ao realizar o deslocamento, manter a cabeça dentro d´água e, só levantá-la para respirar ou observar à frente. 3 - Caso haja correnteza, empunhar o cabo submerso, com as costas voltadas para o sentido da correnteza do rio; tracionar o corpo lateralmente, através de movimentos sucessivos dos braços, até atingir a margem oposta. Emprego: É utilizado para transposição de cursos d'água de margens baixas, apresentando a vantagem de rapidez no lançamento e na ultrapassagem.
BOIAS IMPROVISADAS BOIAS DE CANTIS
BOIA DE TALO DE BURITI (BAMBU)
Prender ao cinto de guarnição cerca de oito Unir talos secos de buriti ou outro tipo de cantis vazios e fechados, fixando-o à cintura ou madeira de fácil flutuação, como um colete, de ao tórax do combatente. modo que envolvam o tórax do combatente.
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BOIA DE CAMISA Abotoar todos os botões da camisa, colocando a gola para dentro; Passar barro na parte interna da gandola a fim de aumentar a impermeabilização e molhá-la; Para inflar, mantendo aberta a camisa na sua parte inferior, sentar ou saltar sobre a água e em seguida, fechar, com uma das mãos, a mesma parte inferior acima citada, à altura da cintura. Isto irá formar um bolsão de ar no interior da camisa, na região das espáduas, o que auxiliará a flutuação. Caso haja esvaziamento do bolsão de ar, o combatente deverá expirar entre o 2º e 3º botões da camisa, a fim de recuperá-lo. BOIA DE CALÇA Amarrar as pernas da calça, abotoar a bragilha e virá-la do avesso; molhar a calça, para inflar, levá-la pelo cós para trás da cabeça, procurando manter a cintura aberta, de modo a permitir a entrada de ar nas pernas e, num movimento rápido, batê-la contra a água; em seguida, fechar a boca da calça com uma das mãos. A bóia está pronta para ser utilizada, constituindo-se em excelente auxílio à flutuação. Para a transposição, apoiar o corpo pelo abdômen ou por uma das axilas entre as pernas infladas da calça, mantendo fechada a cintura com uma das mãos. Para reinflar as pernas da calça, expirar através da cintura.
BOIA COM MOCHILA A mochila do militar pode ser utilizada de duas formas para a transposição de cursos d´água: 1- Militar equipado com a mochila: prende-se a barrigueira da mochila na virilha e deixa as alças frouxas para facilitar o deslocamento. 2- Mochila como boia de apoio: o militar desloca-se nadando ao lado da mochila e a utiliza para descansar.
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BALSAS IMPROVISADAS BALSA DE EQUIPAMENTO E PONCHO (PELOTA) Construção: 1. fechar o capuz do poncho; 2. colocá-lo sobre o solo, mantendo o capuz para baixo; 3. dispor o armamento diagonalmente sobre o poncho, formando uma armação em "X"; 4. colocar o equipamento individual simetricamente, conforme indicado na figura abaixo; 5. com os coturnos, proteger o poncho das arestas vivas do armamento e fechar o poncho; 6. envolver o conjunto com um segundo poncho, inversamente à posição do primeiro; 7. prender um cantil vazio à balsa, com um cordel de cerca de 10 metros, afim de facilitar seu resgate, caso ela afunde. Transposição: - para a transposição, os combatentes nadam empurrando a balsa, evitando apoiar o corpo sobre ela. Emprego: - emprego idêntico ao da mochila como apoio, com a vantagem de não molhar o equipamento e o armamento, caso vire.
JANGADA Empregada normalmente para efetuar longos percursos, uma vez que a sua construção é trabalhosa e demorada. Transposição: Os combatentes preparam com o seu equipamento uma balsa improvisada (pelota), amarrando-a sobre a jangada e, com remos improvisados ou varas auxiliam a transposição. O número de homens e quantidade de material depende do tamanho da jangada.
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INTELIGÊNCIA E CONTRAINTELIGÊNCIA 1) Identificar a evolução histórica da atividade de Inteligência Militar. 2) Identificar os conceitos básicos da atividade de Inteligência Militar. 3) Identificar os princípios básicos da atividade de Inteligência Militar. 4) Identificar as medidas ativas e passivas de ContraInteligência. 5) Identificar os graus de sigilo dos assuntos militares, particularmente os que dizem respeito ao aluno da EsPCEx.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA INTELIGÊNCIA MILITAR A necessidade de conhecimentos para a sobrevivência do homem é tão antiga quanto ele próprio. SUN-TZU, 500 anos a.C., em seu livro “Tratado sobre a Arte da Guerra”, enfatizava: “Se conheceis o inimigo e a vós mesmos, não deveis temer o resultado de cem batalhas. Se vos conheceis mas não ao inimigo, para cada vitória alcançada sofrereis uma derrota. Se não conheceis nem a um nem a outro, sereis sempre derrotados”.
Na idade Média, verifica-se que GENGIS KHAN, servindo-se de mercadores, viajantes, enfim, de toda a sorte de informantes, procurava saber que espécie de defesa possuíam as cidades que pretendia atacar. A História registra que sempre que esteve em combate, levava de roldão seus adversários. Na República de Veneza, são famosos os relatórios que diplomatas e enviados a outros países apresentavam quando de término de suas missões. Na Idade Moderna, com o advento dos Exércitos e dos Estados Modernos, a Atividade de Inteligência passou a ser desenvolvida de modo generalizado. Estabeleceu-se o hábito de troca de embaixadores entre os principais estados da Europa, prática essa de interesse das maiores potências, visando à obtenção de conhecimento sobre seus prováveis inimigos. O trabalho dos ingleses foi repetido por RICHELIEU na França, a serviço de Luís XIII, em sua luta contra os Protestantes, a Nobreza e a Casa d'Áustria. Ao eclodir a I Guerra Mundial, somente a Inglaterra possuía um Serviço de Inteligência organizado e dele tirou grande proveito, haja vista a descoberta dos códigos navais alemães, o sucesso do Cel Lawrence, o maior agitador do mundo árabe registrado pela História Contemporânea – no Oriente Médio e a manutenção da neutralidade de países estrategicamente localizados, como a Suécia, a Noruega, a Holanda e a Suíça. Durante a II Guerra Mundial, os Serviços de Inteligência adversários travaram verdadeira luta paralela e complementar das operações militares. Justo é assinalar as atividades da espionagem russa no Extremo Oriente, a cargo de RICHARD SORGE, apelidado o “espião do século”. Ele informou aos russos, com absoluta precisão e seis semanas de antecedência, a invasão do país pelos alemães. Mais tarde, informando que a entrada do Japão na guerra não implicaria em um ataque direto à Rússia, permitiu a STALIN transferir cerca de 2 milhões de homens da Sibéria para a frente leste e empregá-los na contraofensiva. Terminada a II Guerra Mundial, surgiram outras formas irregulares de conflitos, como a “guerra fria”, “guerra psicológica”, “guerra revolucionária” e movimentos insurrecionais. Neste período, consolidou a Atividade de Inteligência sua posição atual, revelando-se vital à segurança de qualquer Estado.
CONCEITOS BÁSICOS a. ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA MILITAR É a atividade técnico-militar especializada, permanentemente exercida, com o objetivo de produzir conhecimentos de interesse do comandante de qualquer nível hierárquico e proteger conhecimentos sensíveis, instalações e pessoal do Exército Brasileiro contra ações patrocinadas pelos serviços de Inteligência oponentes ou adversos. Em razão de sua Conceituação, a Atividade de Inteligência Militar desdobra-se em dois ramos: Inteligência e Contrainteligência. 147
b. RAMO INTELIGÊNCIA São ações especializadas, permanentemente executadas, com o objetivo de produzir conhecimentos de interesse do Comandante, de qualquer nível hierárquico, sobre as expressões do poder nacional do Brasil e de países estrangeiros e, quando definida uma hipótese de conflito, sobre forças oponentes ou adversas, terreno e condições meteorológicas, visando ao cumprimento da missão constitucional do Exército Brasileiro. c. RAMO CONTRAINTELIGÊNCIA São ações especializadas, permanentemente executadas, com o objetivo de proteger conhecimentos sensíveis, instalações e pessoal do Exército Brasileiro contra ações de espionagem, sabotagem, terrorismo e outras desenvolvidas por serviços de Inteligência oponentes ou adversos. d. OPERAÇÕES DE INTELIGÊNCIA É o conjunto de ações de busca, com o emprego de técnicas operacionais e meios especializados, planejado e executado para a obtenção de dados de interesse dos trabalhos desenvolvidos pela Atividade de Inteligência, visando ao atendimento de seus usuários. e. DADO É toda e qualquer representação de fato ou situação por meio de documento, fotografia, gravação, relato, carta topográfica e outros meios. f. CONHECIMENTO É o resultado do processamento de dados ou conhecimentos anteriores, utilizando metodologia específica da Atividade de Inteligência Militar, visando à avaliação ou ao estabelecimento de conclusões sobre fatos ou situações. g. INFORME É o conhecimento resultante de avaliação de fato ou situação passados ou presentes quanto à idoneidade de suas fonte, bem como à sua veracidade. h. INFORMAÇÃO É o conhecimento resultante de raciocínio elaborado e que expressa a certeza do analista quanto ao significado de fato ou situação passados ou presentes. i. APRECIAÇÃO É o conhecimento resultante de raciocínio elaborado e que expressa a opinião do analista quanto ao significado de fato ou situação passados ou presentes. j. ESTIMATIVA É o conhecimento resultante de raciocínio elaborado, projetado adiante no tempo, preditivo em sua natureza e que expressa a opinião do analista sobre a evolução de um fato.
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA MILITAR a. SEGURANÇA - Em todas as fases de sua produção, o conhecimento deve ser protegido de forma que o seu acesso seja limitado apenas às pessoas credenciadas. b. CLAREZA - Os conhecimentos produzidos devem ser expressos de forma a receberem imediata e completa compreensão por parte do usuário. c. AMPLITUDE - O conhecimento produzido sobre o fato, assunto ou situação deve ser o mais completo possível. d. IMPARCIALIDADE - A produção de conhecimento deve estar isenta de idéias preconcebidas, subjetivismo e outras influências que originem distorções. e. OBJETIVIDADE - A produção do conhecimento deve ser orientada para objetivos definidos, a fim de minimizar custos e riscos desnecessários. f. OPORTUNIDADE - O Conhecimento deve ser produzido em prazo que assegure sua utilização completa e adequada. g. CONTROLE - A produção do conhecimento deve obedecer a um planejamento que permita adequado controle de cada uma das fases. h. INTEGRAÇÃO - Todos os dados e conhecimentos obtidos devem ser processados a fim de que o produto resultante seja um conhecimento integrado. 148
SEGURANÇA ORGÂNICA 1) Conceituar segurança orgânica. 2) Identificar as medidas de segurança do pessoal referentes ao aluno da EsPCEx. 3) Identificar as medidas de segurança da documentação e do material referentes ao aluno da EsPCEx. 4) Identificar as medidas de segurança das comunicações referentes ao aluno da EsPCEx. 5) Identificar as medidas de segurança das áreas e instalações referentes ao aluno da EsPCEx. 6) Identificar as medidas de segurança da informática referentes ao aluno da EsPCEx.
SEGURANÇA ORGÂNICA Segurança Orgânica é um segmento da Contrainteligência. a. SEGURANÇA DE PESSOAL Baseada em três princípios: 1. Segurança no Processo Seletivo # Avaliação da sensibilidade das funções # Investigação de Segurança # Controle da Segurança na consulta ao candidato 2. Segurança no desempenho da função : # Credenciamento para a função # Educação de Segurança # Controle na Segurança no desempenho da função 3. Segurança no Desligamento Exemplos de ações a serem implementadas nos setores: 1) Cadastramento e Acompanhamento de Armeiros/Funções sensíveis 2) Medidas para o Desligamento (Banco de Dados) 3) Proposta de Concessão Credencial Segurança 4) Aprofundamento de Indícios (Esclarecer a suspeita) 5) Controle do tráfego de civis e de ex-militares 6) Educação de Segurança Orgânica 7) Detecção de comportamento incompatível ao desempenho da função 8) Atenção na frequência à Sgte, Enc Mat, Furriel e Reserva de Armamento b. SEGURANÇA DO MATERIAL A Documentação e o Material são os suportes mais comuns do conhecimento e, portanto, mais visados pela espionagem e sabotagem sendo, assim, suscetíveis de vazamentos. Exemplos de ações a serem implementadas nos setores: 1) Verificar as condições de Armazenamento dos Documentos e Materiais sigilosos e sensíveis (Arquivos) 2) Fiscalizar a consulta/cópia motivada 3) Verificar as condições de destruição dos Documentos 4) Cuidado com Banco de Dados relativos a pessoas 5) Autenticação só na Secretaria, após despacho com o S1 6) Verificar protocolo/ cautela, custódia e controle de saída (transporte por “estafeta”) 7) Xerox -- Comprometimento -- Vazamento 8) Lixo: CUIDADO !!! O lixo é uma fonte de informações excelente para os “bisbilhoteiros”. 149
Devemos destruir todo rascunho de trabalho, recorte ou texto já utilizado, usando o triturador ou o incinerador. c. SEGURANÇA NAS COMUNICAÇÕES Exemplos de ações a serem implementadas nos setores: 1) Verificar as condições de utilização dos telefones públicos e ramais 2) Fiscalizar a proibição da utilização de celulares 3) Verificar as condições de funcionamento dos interfones da Guarda ao Quartel 4) Preparar as normas de utilização adequadas quando da instalação do PABX 5) Investir na educação de segurança d. SEGURANÇA DAS INSTALAÇÕES Exemplos de ações a serem implementadas nos setores: 1) Verificar o Plano de Combate a Incêndio do Setor 2) Demarcar Áreas (Sigilosas e Restritas) 3) Implantar Barreiras 4) Estabelecer controles de acesso 5) Planejar sistemas de detecção de intrusão e de alarme 6) Assessorar o Cmt SU no estabelecimento de um sistema de defesa 7) Planejar e ENSAIAR a evacuação do setor e. SEGURANÇA DA INFORMÁTICA É o conjunto de medidas destinadas a preservar o sigilo das atividades de processamento, de transmissão de dados e a integridade dos sistemas materiais e programas de informática do Sistema Exército. Exemplos de ações a serem implementadas nos setores: 1) Verificar as principais causas da paralisação do sistema de informática do setor 2) Fiscalizar a segurança dos dados sensíveis e sigilosos do setor (cuidado com a rede) 3) Estabelecer uma disciplina de senhas 4) Verificar a segurança física dos locais onde existam computadores 5) Verificar a existência da disciplina de back up 6) Fiscalizar o acesso à internet 7) Questionar sempre o transporte de computadores para a residência (autorização escrita) 8) Verificar a utilização de senhas para protetores de tela quando for o caso f. CLASSIFICAÇÃO DOS ASSUNTOS SIGILOSOS Para a classificação dos assuntos sigilosos, deve-se considerar o seguinte: I - a natureza do seu conteúdo; II - a necessidade de segurança; III - a necessidade de conhecer; e Os assuntos sigilosos classificam-se em quatro graus de sigilo: I - ultra-secretos: os que requeiram excepcionais medidas de segurança e cujo teor só deva ser do conhecimento de agentes públicos ligados ao seu estudo e manuseio; II - secretos: os que requeiram rigorosas medidas de segurança e cujo teor ou característica possam ser do conhecimento de agentes públicos que, embora sem ligação íntima com seu estudo ou manuseio, sejam autorizados a delas tomarem conhecimento em razão de sua responsabilidade funcional; III - confidenciais: aqueles cujo conhecimento e divulgação possam ser prejudiciais ao interesse do País; e IV - reservados: aqueles que não devam, imediatamente, ser do conhecimento do público em geral. 150
V - ostensivo: aqueles que são acessíveis ao público em geral; São assuntos passíveis de classificação como ultra-secretos aqueles referentes à soberania e à integridade territorial nacionais, planos de guerra e relações internacionais do País, cuja divulgação ponha em risco a segurança da sociedade e do Estado. A classificação de assunto no grau de sigilo ultra-secreto somente poderá ser feita pelos chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário Federais. São assuntos passíveis de classificação como secretos aqueles referentes a planos ou detalhes de operações militares, os que indiquem instalações estratégicas e os assuntos diplomáticos que requeiram rigorosas medidas de segurança, cuja divulgação ponha em risco a segurança da sociedade e do Estado. A classificação de assunto no grau de sigilo secreto somente poderá ser feita pelas autoridades indicadas no parágrafo único do artigo anterior, por Governadores e Ministros de Estado, pelo Comandante do Exército, pelos Oficiais-Generais, pelos Adidos Militares ou pelo Comandante, Chefe ou Diretor de OM, nos termos da delegação ou subdelegação de competência concedida. São assuntos passíveis de classificação como confidenciais aqueles em que o sigilo devam ser mantidos por interesse do governo e das partes e cuja divulgação prévia possa vir a
WC
SALA 15
VO
ANEXO D - MAPA DA ESCOLA WC
ALA MAL RONDON
PISO SUPERIOR EMCA
ALA MAL BITENCOURT
WC
ALA MAL TROMPOWISK
AUDITÓRIO CASTELO BRANCO
VILA RAPOSO TAVARES
WC
VILA BARTOLOMEU BUENO
VS
ALOJ 3ª CIA AL BIBLIOTECA
ALOJ 2ª CIA AL
SALÃO OSÓRIO
Cmt CA
ALOJ 1ª CIA AL ALA INDEPENDÊNCIA
COMANDO
WC
A ST VI
WC
O DI TÁ ES OD
OP ICA
E SD
RA AD IS QU TÊN
PA
2 IDA EN AV
DA IO D TÁ ES
C PT E QU DU AL
Piscina
DE
AS XI CA
WC
SD HA EN AR
N SA
PÉRGULA TIRADENTES 3ª CIA AL
ALFAIATARIA CENTRO DE TRADIÇÕES
PISO INFERIOR
FISIOTERAPIA
SEÇÃO DE SAÚDE
PÁTIO AGULHAS NEGRAS ESCADA
WC
AUDITÓRIO M BARRETO
AUDITÓRIO CAST BRANCO
AL
N GE
EM
SÉ JO
PE
OA SS
S AE OR
IN LA AQU PE CA Á Z DE M TO TO
PONTO DE ENCONTRO
ALA MAL TROMPOWISK
ESCADA
ESCADA
ALA MAL BITENCOURT
C AS
XII PIO
WC
ESCADA
P ÇA E QU D U DE S XIA CA
/ SIP
O SI NÁ GI
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Posto Médico Bda / 28º BIL
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GAB ODONTOLÓGICO ESCADA
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ALA INDEPENDÊNCIA WC BANCOS BRASIL E REAL
RELAÇÕES PÚBLICAS CORPO DA GUARDA / ENTRADA
157
2ª CIA AL
STFM
1ª CIA AL
Edição: Cap Inf Rodrigo Abrahão Cassini Revisão: Seção de Comunicação e Expressão 1ª edição impressa em 2009 Gráfica da EsPCEx