Coleção Fábulas Bíblicas Volume 11
A FARSA DO INFERNO
E DO DIABO Mitologia e Superstição Judaico-cristã
JL
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Assim o homem se deita, e não se levanta: Enquanto existirem os céus, não acordará, Nem será despertado do seu sono. “Oxalá me encobrisses na sepultura e me ocultasse até que a tua ira se fosse, e me pusesses um prazo e depois te lembrasse de mim! Morrendo o homem, porventura tornará a viver?” Jó 14:12-14. Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a sua memória ficou entregue ao esquecimento. Tanto o seu amor como o seu ódio e a sua inveja já pereceram; NEM TÊM ELES DAÍ EM DIANTE PARTE PARA SEMPRE EM COISA ALGUMA DO QUE SE FAZ DEBAIXO DO SOL. Eclesiastes 9:12.
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Sumário Introdução >>> ...................................................................................... 9 1 - Trollando idiotas há milênios com: >>> ...............................................11 2 - Biografia e personalidade de Satanás >>> ...........................................13 1 2 3 4 5 6 7 8 9
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É filho direto de Deus: ................................................................. 16 Incita a desobedecer: .................................................................. 16 É um acusador: .......................................................................... 16 É perseguidor: ........................................................................... 16 É um forte adversário: ................................................................ 16 É um tentador: ........................................................................... 17 É enganador: ............................................................................. 17 É homicida: ............................................................................... 17 É pecador: ................................................................................. 17
3 - O Diabo na história >>> ....................................................................20 1 - Egito, Mesopotâmia e Pérsia. >>> ................................................ 20 2 - Significado do termo Satã no Antigo testamento ............................. 26 3 - Satã e Lúcifer ............................................................................. 29 4 - A invenção cristã do diabo >>> ..........................................................33 1 - A criação judaico-cristã do diabo .................................................. 34 2 - Satanás ou Satã ......................................................................... 34 3 - Belial (Belhor, Baalial, Beliar, Beliall, Beliel). .................................. 36 4 - Diabo ........................................................................................ 37 5 - Demônio.................................................................................... 38 6 - Mamom ..................................................................................... 38 7 - Azazel ....................................................................................... 39 8 - Belzebú ..................................................................................... 40 9 - Lúcifer ou Luzbel ........................................................................ 41 10 - Concluindo ............................................................................... 43 11 - Nota ........................................................................................ 44 12 – Conclusão................................................................................ 44 5 - Como é o inferno imaginário dos crentes? >>> .....................................46 1 2 3 4 5 6
- O que é o Inferno? ...................................................................... 47 - Onde está o Inferno? .................................................................. 47 - Quem criou o Inferno?................................................................. 48 - Quem estará no Inferno? ............................................................. 49 - Como receberemos o castigo, corpo espiritual ou físico? .................. 50 – Seremos todos castigados por igual? ............................................ 53
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7 - Demônios bons ou maus? ............................................................ 54 8 - E Deus? Onde está? .................................................................... 55 9 - O Inferno é tão mau? .................................................................. 56 6 - Os Infernos das Religiões >>>............................................................59 1 2 3 4 5 6 7 8
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Dizei-me que Deus adora e te direi como te queimarás ................... 59 O Inferno do Islã ........................................................................ 60 O Inferno do Hinduísmo............................................................... 70 O Inferno do Budismo. ................................................................ 75 O Inferno do Taoísmo e religiões tradicionais Chinesas .................... 79 O Inferno do Xintoísmo. .............................................................. 81 O Inferno do Zoroastrismo ........................................................... 83 Infernos de Religiões Ancestrais ................................................... 84
7 - Para qual inferno irei? >>> ................................................................91 1 - Lugares prévios ao Inferno de sofrimento eterno. ........................... 92 2 - Sinonímias e paralelismos com o “Inferno” .................................... 93 3 - Vejamos algo muito interessante. ................................................. 97 8 - Os Infernos do Cristianismo >>> ...................................................... 104 1 - Inferno Católico ........................................................................ 105 2 - Inferno Ortodoxo. ..................................................................... 108 3 - O Inferno Protestante. ............................................................... 111 9 - Jesus no Inferno? >>> .................................................................... 119 1 - Entre o absurdo e as desculpas descabeladas ............................... 119 2 - Desculpas idiotas ...................................................................... 125 3 - Conclusão ................................................................................ 126 10 - A Farsa do Purgatório Católico >>> ................................................. 129 1 2 3 4 5 6
- Entre pecados capitais e castigos inventados................................ 129 - O que é o Purgatorio? ............................................................... 129 – A desculpa dos que apoiam a existência do Purgatório .................. 132 - Quem vai direto ao céu sem passar pelo Purgatório? ..................... 134 - Como será o sofrimento no Purgatório? ....................................... 135 - A farsa do Purgatório ................................................................ 140
11 - A Farsa das Almas do Purgatório >>> .............................................. 142 1 2 3 4
- Rezar às almas do Purgatório? ................................................... 142 - Podemos pedir coisas às almas do Purgatório? ............................. 146 - Pode me aparecer alguma alma do Purgatório? ............................ 149 – A Farsa das almas do Purgatório ................................................ 150
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12 - A Farsa do seio de Abraão >>> ....................................................... 152 1 - A Farsa do seio de Abraão ......................................................... 157 13 - A Farsa do Limbo >>> ................................................................... 159 1 2 3 4
- Como faltar com o respeito aos fiéis............................................ 159 - Como começou a loucura do Limbo? ........................................... 161 - O absurdo do Limbo .................................................................. 162 – Sem mais Limbo para ti! ........................................................... 164
14 – Como é o Paraíso imaginário dos crentes? >>> ................................ 169 1 2 3 4
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Fisiologia Orgânica Celestial ....................................................... 174 Animais no Paraíso. .................................................................. 178 Eternidade Divina. .................................................................... 179 Seu futuro no Céu .................................................................... 182
15 - A Farsa do Paraíso Imaginário na Bíblia >>> .................................... 184 1 2 3 4 5
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Entre o Absurdo e o Irracional .................................................... 184 O que é o Céu / Paraíso? ........................................................... 185 Onde está o Céu / Paraíso? ........................................................ 186 O que faremos lá? .................................................................... 188 Características do Céu / Paraíso ................................................. 190
16 - Mais bobagens do Cristianismo >>> ................................................ 198 Mais conteúdo recomendado ........................................................... 199 Livros recomendados ..................................................................... 200 Fontes: ........................................................................................ 209
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Introdução >>>
Deus + Céu + Diabo + Inferno = Trollagem lucrativa.
A fórmula mágica para manipular crentes ingênuos, para não dizer babacas. Durante milênios a classe dos parasitas religiosos espertalhões tem conquistado poder e riquezas inimagináveis simplesmente “trollando” massas de ignorantes com essas baboseiras.
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Em pleno século 21 ainda conseguem arrecadar fortunas da noite para o dia, apenas trollando multidões de idiotas com essas sandices da imaginação de trogloditas da idade da pedra lascada. Até quando?
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1 - Trollando idiotas há milênios com: >>>
O DIABO
O INFERNO
O PURGATÓRIO
O LIMBO
AS ALMAS DO PURGATÓRIO
O SEIO DE ABRAÃO 11
O paraíso ou céu, o sonho dos idiotas infantilizados pela “fé”. 12
2 - Biografia e personalidade de Satanás >>>
Deus e o Diabo são personagens irreais que foram inventados pela imaginação do humano primitivo para dar uma personificação ao que entendiam e ainda entendemos por bem e mal. Obviamente que todos os que dizem crer em Deus automaticamente creem em seu opositor maligno, portanto este ser merece sua análise e devemos conhecer sua origem e características. Apresentamos aqui uma breve Biografia de um dos seres fictícios que mais tem influenciado a vida dos seres humanos nos últimos dois milênios e que por sua influência é indispensável conhecê-lo a fundo. A única fonte (nada confiável) que temos da origem e características de Satanás é a Bíblia. Também existem muitas lendas e mitologias que deram a Satanás uma série de particularidades que o fazem “aparecer” como a clássica representação que todos conhecemos.
A Bíblia define Satanás como um ser angélico caído de sua alta posição no céu por pecar e que está diametralmente oposto a Deus, fazendo tudo o que está em seu poder para desbaratar os propósitos de Deus* para a humanidade. Satanás foi criado como um anjo santo. Isaías 14:12** dá a Satanás o nome de Luzeiro (estrela da manhã), possivelmente antes de sua queda. 13
Ezequiel 28:12-14 descreve Satanás originalmente criado como um querubim e aparentemente como o mais alto dos anjos criados. Mas que diante de sua posição e beleza se tornou arrogante e desejou sentar-se em um trono e ser semelhante a Deus (Isaías 14:13-14; Ezequiel 28:15; 1 Timóteo 3:6). O orgulho de Satanás o conduziu à sua queda. Notem-se suas expressões: “subirei; levantarei; me sentarei; subirei e serei...” em Isaías 14:13-14. Por seu pecado, Deus expulsou Satanás do Céu. Satanás se converteu no governante deste mundo (que funciona separado de Deus***), como o príncipe da potestade do ar (João 12:31; 2 Coríntios 4:4; Efésios 2:2). Ele é o acusador (Apocalipse 12:10), o tentador (Mateus 4:3; 1 Tessalonicenses 3:5), e um embusteiro (Gênesis 3; 2 Coríntios 4:4; Apocalipse 20:3) Seu próprio nome significa “adversário” ou “o que se opõe”. Outro nome para Satanás, o Diabo, significa “caluniador”. Mesmo após ser expulso do céu, ele ainda tenta elevar seu trono sobre o de Deus. Ele falsifica tudo o que Deus faz, esperando ganhar a adoração do mundo e fomentando a oposição ao reino de Deus. Satanás é a origem primitiva atrás de cada culto falso ou religião do mundo ****. Satanás fará qualquer coisa e tudo o que esteja ao seu alcance para se opor a Deus e a aqueles que seguem a Deus. Entretanto, o destino de Satanás está selado com uma eternidade no lago de fogo (Apocalipse 20:10).
Fonte: http://www.gotquestions.org/espanol/quien-Satanas.html
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* - O que torna a onipotência de Deus bastante suspeita, já que ele teria conseguido melar o projeto de Deus no Paraíso sem muita dificuldade. ** - Esta é uma interpretação cristã forçada, já que Isaías se refere simplesmente à derrota de um rei, basta ver o contexto. Até Jesus cita erradamente este versículo. *** - Aqui seria interessante perguntar como é possível o mundo existir separado da Onipresença de Deus. **** - Se cada crente considera a sua religião como verdadeira, é impossível saber qual é a verdadeira, já que TODAS AS OUTRAS são falsas para todos os crentes.
Esta é uma biografia mais ou menos oficial (fonte cristã) que é normalmente conhecida por todos que cresceram sob a nefasta influência cristã.
Quase todos os crentes religiosos concordam em afirmar que Satanás é o causador de todo o mal neste Universo, das enfermidades e da morte; se deduz que Satanás é um ser maléfico, assassino, terrifico e responsável por todos os crimes e por toda a dor no universo. Mas Satanás é assim? Qual é a personalidade de Satanás? Como já dissemos, a única fonte disponível (mas nem por isso confiável) é Bíblia; então vejamos o que nos diz a Santa Bíblia sobre a personalidade e características de Satanás: 15
1 - É filho direto de Deus: Jó 1:6 E num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles.
2 - Incita a desobedecer: Efésios 2:2 Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência.
3 - É um acusador: Apocalipse 12:10 E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite.
4 - É perseguidor: Efésios 6:11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.
5 - É um forte adversário: 16
1 Pedro 5:8 Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;
6 - É um tentador: Mateus 4:3 E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. 1 Tessalonicenses 3:5 Portanto, não podendo eu também esperar mais, mandei-o saber da vossa fé, temendo que o tentador vos tentasse, e o nosso trabalho viesse a ser inútil.
7 - É enganador: Apocalipse 20:3 E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo.
8 - É homicida: João 8:44 Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.
9 - É pecador: 17
1 João 3:8 Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.
Como podemos notar a Bíblia nos expõe de maneira clara a personalidade e os defeitos de Satanás. Mas onde a Bíblia diz que Satanás é tão mau quanto os crentes normalmente pensam? As santas escrituras acusam Satanás de mentiroso, de opositor, de enganador, etc.; mas não lemos algo que nos indique que por suas ações é o ser mais maligno e desprezível que já existiu desde sempre. Onde estão todos os seus atos maléficos? Existem apenas uns poucos versículos onde lhe acusam de ser homicida. Analisemos se é certo acusar Satanás de Homicida:
O que é “homicida” segundo o dicionário:
homicida ho.mi.ci.da adj (lat homicida) 1 Relativo a homicídio. 2 Que pratica homicídios. 3 Que causa a morte de uma pessoa: Arma homicida. s m+f Pessoa que pratica homicídio.
Correto. Para ser homicida há que causar a morte de alguma pessoa. Portanto para corroborar que Satanás é um homicida devemos verificar as mortes que cometeu segundo a Bíblia. 18
Como vimos em Deus é a fonte do mal, podemos corroborar que Satanás não tem, segundo a Bíblia, nenhum assassinato que lhe possa ser atribuído. Em todo caso, se compararmos os crimes homicidas de ambos os seres, Deus leva uma larga vantagem sobre satanás (Ver: Os crimes de Deus). Para Satanás ser o príncipe e líder do mal no Universo, deveria ser um consumado assassino de massas, mas ao que parece esse papel é representado por Deus. Além disso, qualquer um pode confirmar que do ponto de vista Bíblico, Deus é o criador confesso do mal e de todas as suas consequências. Podemos concluir que segundo o que nos diz a Bíblia, Satanás tem muitas características indesejáveis que fariam dele uma “persona non grata” e altamente sem credibilidade, mas daí que por essas características possa ser considerado o mais maligno de todos, não tem sentido e nem apoio bíblico. Desta forma o crente pode perceber por si mesmo o quão distorcido pode ser o conceito de “bondade de Deus” e de “maldade de satanás”. Fica bastante óbvio que estes dois seres fantasiosos e mitológicos são simplesmente a representação visual e conceitual dos crentes primitivos sobre o que chamamos de bem e mal.
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3 - O Diabo na história >>>
1 - Egito, Mesopotâmia e Pérsia. >>> Egito, vizinho da Palestina, terra de deuses, não parece ter exercido muita influência nas ideias sobre o Diabo na Palestina, já que a religião egípcia não tem propriamente uma concepção clara do demônio. Mesmo que no Egito exista uma Enéada (nove) de deuses primordiais (Re/Atum –> Shu/Tefnet –> Geb/Nut –> Osiris-Isis/Seth-Nephtys), devemos levar em conta que a Enéada é mais como uma sequência lógica do que uma narração mitológica. Por isso se pode dizer com propriedade, que na religião antiga do Egito, todos os deuses são manifestações ou versões de uma única divindade suprema: Re/Atum. O universo é um ser vivente que vive ordenadamente conforme o impulso desta divindade primordial. O Demônio ou o Mal não 20
existe como algo personificado. É simplesmente a ruptura da ordem, algo concebível tanto no âmbito dos deuses inferiores como entre os humanos. Os deuses podem ser ambivalentes: algumas vezes se apresentam aos homens como bons, outras como perversos e maléficos. Talvez a personificação do mal, o deus mais “diabólico” de todos, seja o antagonista de Osiris-IsisHórus, Seth, divindade do deserto, da seca, do calor abrasador e tórrido, da angústia e da febre. Os próprios homens atuam como demônios ao romper por sua perversa vontade a ordem do universo. Ao morrer, os seres humanos malvados são lançados a um reino de sombras, subterrâneo, onde são atormentados e consumidos pelas mandíbulas de certos demônios, na realidade deuses de uma escala ainda mais inferior, ou pelo fogo do deus Re, o Sol. O mundo mesopotâmico sumério, acádio e assírio-babilônico constitui um “continuum” religioso dentro do âmbito semita. Os povos acádios e assírios se sobrepuseram sobre os sumérios na Mesopotâmia já desde o terceiro milênio AEC e aceitaram muitas de suas noções religiosas. O pensamento religioso mesopotâmico é muito diferente do egípcio: a ordem não reina por si só no universo, por disposição divina. Pelo contrário, o mundo se acha de modo espontâneo em meio de uma constante desordem; o cosmos está sempre agitado e desequilibrado por contínuas desgraças, e são os deuses, com suas intervenções, que devem restaurar perenemente uma ordem sempre violada. Embora na Mesopotâmia não exista ainda uma figura do Diabo como tal, encontramos a concepção de um mundo aéreo bem povoado de demônios e seres malignos. A origem destes demônios está ligada à origem dos deuses e do mundo, à cosmogonia, que foi assim: O casal primordial de deuses, que existia desde sempre, Apsu e Tiamat o abismo, a água (doce, Apsu e salgada, Tiamat) ou o caos 21
primitivo, viviam felizes durante infinitos séculos absortos na paz de um nada abismal. Passado o tempo sentiram a necessidade de engendrar diversos deuses. Estes não foram tão pacíficos como seus progenitores e começaram as disputas entre eles e seus pais. Apsu decide acabar com sua progênie, posto que lhe fosse extremamente aborrecido. Para isso conta com a ajuda de um de seus próprios filhos, Mummu. Mas os deuses mais jovens ficam sabendo do plano e se trava uma dura batalha, em que as novas divindades vencem a Apsu e Tiamat e se separam deles construindo para si uma “casa pacífica” (o universo), onde reinam por sua conta. Nela a divindade Ea engendra a Marduk, o deus supremo da Babilônia. Mas Tiamat planeja vingar-se de sua progênie e engendra outros filhos diferentes dos deuses unindose ao deus Anu: estes são um tipo de seres gigantescos parecidos aos Titãs gregos, que haviam de oporem-se a seus irmãos de criação, os deuses da primeira geração. Entre esses gigantes o principal é Kingu, e Tiamat, para ajudarlhe nessa tarefa de vingança, volta a engendrar uma série de seres horrendos, demônios de horrível aparência, escorpiões, centauros e outros seres espantosos. Mas o eleito novo chefe dos deuses (filhos de Apsu e Tiamat), Marduk, deus da Babilônia, dá conta sem problemas de Kingu e de sua mãe. Após derrotá-los de novo, divide Tiamat em dois usando seu corpo (a água primordial) para criar um cosmos diferenciado: o céu acima; a terra, abaixo. Os deuses morarão na parte superior.
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O mais terrível de todos é Lilitu, deusa sem progênie, noturna, rodeada de chacais e corujas, que vagueia a noite pelo mundo atacando os homens, matando crianças e bebendo seu sangue.
Os demônios, como deuses inferiores, não são destruídos; continuam existindo e terão diversos papéis: os annunaki (filhos de Anu) são os carcereiros no inferno, dos malvados já falecidos; os utukku vivem nos desertos e causam danos aos que passam por ali; outros demônios se especializaram em pragas, enfermidades ou em provocar catástrofes, como terríveis tormentas. Labartu, que carrega uma serpente em cada mão, ataca crianças, suas mães e provoca abortos. Alguns deuses, também de natureza negativa, se encarregam da “vida” e dos poderes subterrâneos com seu cortejo de males. Estes deuses infernais também podem ser considerados “demônios” ou seres maléficos. O mais importante é Ereshkigal, a rainha das trevas, a deusa da destruição, das pragas e da morte. Como se fosse pouco, os espíritos dos mortos também podiam exercer o papel de demônios. Os defuntos levam no interior da terra uma vida de sombras, quase sem necessidades; mas se aparecem algumas: podiam aparecer aos vivos e perturbá-los com diversos danos, caso não lhes ofereçam sacrifícios dos alimentos necessários para continuar sua débil existência.
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Pelo menos desde a reforma de Zaratustra (talvez entre os séculos VI ao IV AEC), a religiosidade indo-iraniana logo se tornou uma religião com características muito definidas, que exerceu também um atrativo notável para além de suas fronteiras. Especificamente as concepções iranianas sobre o Espírito do Mal e seus assistentes, haveriam de influenciar notavelmente o judaísmo. Segundo os iranianos, existe desde o princípio uma divindade suprema chamada Ahura Mazda (também denominada Zurván nas regiões ocidentais); mas não está sozinha; engendrou a dois Espíritos, iguais e contraditórios: Spenta Mainyu (posteriormente chamado Ohrmudz), o espírito do Bem, e Angra Mainyu (depois denominado Ahrimán), o do mal, o espírito da mentira, pois esta é a essência do mal para os iranianos. Cada um destes dois espíritos concentra sua energia divina em criar diversos seres e entidades. Enquanto o “bom espírito” só engendra coisas boas, o mau, Ahrimán, se dedica a criar unicamente coisas más, incluindo as paixões e desejos, luxúria, a desordem, os animais nocivos como escorpiões e répteis, as forças destrutivas como tormenta, seca, doenças e morte. Tudo o que existe, o universo e a existência humana, se acha influenciado e determinado de algum modo pela luta constante destes dois poderes iguais e antagônicos: o bem e o mal; a vida e a morte; a luz e as trevas. Mas esta batalha terá um final feliz, pois o reino do bem acabará se impondo: o do mal restará destruído; os justos serão separados dos maus e a ordem do universo definitivamente restaurada. A própria concepção do Universo material está dominada também por este dualismo e pela astrologia: o cosmos é concebido como dividido em mundo de cima e mundo de baixo, ambos em oposição. Igualmente, o influxo dos astros concebidos talvez 24
também como espíritos sobre o homem, pode ser saudável ou maléfico. No âmbito moral aparece do mesmo modo este antagonismo refletido na oposição no homem do impulso para as ações boas ou para as más. O “mau espírito”, Ahrimán, tem uma multidão de ajudantes que cooperam com ele em suas perversas tarefas de luta contra o Bem. Seus “satélites” foram criados justamente para ajudá-lo em sua luta contra o bem. De fato, quando os homens maus morrem se convertem também em demônios. Angra Mainyu, ou Ahrimán, tem um conselho de sete diabos principais que são como o estado maior que planeja o mal em geral, guiado por um oitavo, a Ira. O outros sete são: Perversidade, Apostasia, Anarquia, Discórdia, Presunção, Fome e Sede. Existem também uns cinquenta demônios subalternos que personificam as forças maléficas que reinam no universo, assim como os impulsos aos vícios. Um muito importante era Zahhak (Azhi Dahaka), um dragão com três cabeças e um corpo como de serpente e escorpiões. O resto dos demônios, igualmente, a tropa maléfica de a pé, se acha pronta a instigar sempre os humanos para o mal. Os demônios podem mudar de figura, e Ahrimán, o Príncipe das Trevas, adota a forma de leão, serpente ou qualquer outra. Este poder de metamorfose forma parte de seu potencial de engano, correspondente à sua natureza de Mentiroso. Antonio Piñero
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2 - Significado do termo Satã no Antigo testamento Seguindo o texto acima de Antonio Piñero sobre os antecedentes do “diabo” no judaísmo, agora analisemos outro texto do mesmo autor sobre as verdadeiras origens deste personagem e como era considerado até que o judeu-cristianismo (e sua literatura neotestamentária) lhe outorgou personalidade própria. Como podemos deduzir da breve panorâmica esboçada em texto anteriores, os judeus estavam rodeados por religiões que acreditavam em demônios ou seres maléficos, embora ainda não o tivessem desenvolvido (salvo talvez o caso de Ahrimán no mundo iraniano) a concepção do Diabo tal como a entendemos hoje. Os israelitas compartilhavam também dessas crenças que podemos considerar mais ou menos comuns, mas a eles pertence à honra de ter dado forma ao longo dos séculos à figura do Diabo, comum hoje no mundo de influência cristã. Por esta razão, após termos considerado estes antecedentes e o pano de fundo, devemos agora concentrar nossa atenção nas noções mais específicas que a literatura judaica anterior ao cristianismo - a Bíblia e os escritos apócrifos do Antigo Testamento - albergava sobre o Espírito Maligno e os demônios. Estas noções serão o antecedente imediato das ideias cristãs. Em primeiro lugar, em todo o Antigo Testamento mal aparece Satanás ou Satã e a figura de um espírito maligno como a encarnação do mal, está muito desfocada. Dificilmente chegam a uma dúzia os textos em que encontramos a palavra "satã". Este vocábulo na Bíblia hebraica não é, normalmente, um nome próprio, a denominação de algum espírito particular, mas uma palavra comum, que significa o “adversário” ou o “inimigo”, seja no sentido mais trivial do termo ou com um significado jurídico (talvez se ache neste âmbito a origem do vocábulo), ou político militar. Como nome 26
comum, a designação de “satã” pode ser aplicada tanto aos homens como aos espíritos. Assim ocorre, por exemplo, na conhecida história do profeta mago Balaão, contratado pelo rei de Moabe, Balaque, para amaldiçoar Israel. Porém, quando Balaão ia a caminho para cumprir esta tarefa, “E a ira de Deus acendeu-se, porque ele se ia; e o anjo do SENHOR pôs-se-lhe no caminho por adversário;” (literalmente, fazendo papel de “satã”): Números 22:22. Da mesma forma, Davi Chama de "satã" a seus acompanhantes, Abisai, que sugeria ao rei que devia liquidar Simei tê-lo amaldiçoado. Mas Davi lhe respondeu: “Que tenho eu convosco, filhos de Zeruia, para que hoje me sejais adversários?”: 2 Samuel 19:22 23.
Satã = adversário. Não é um nome próprio, significa qualquer adversário em qualquer situação.
O oponente no campo de batalha é também um “satã”. Assim, em 1 Samuel 29:4, os chefes dos filisteus que vão à guerra contra Israel despedem previamente a Davi (mercenário seu até o momento) com o seguinte argumento: “Faze voltar este homem, para que torne ao lugar em que tu o puseste, e não desça conosco à batalha, para que não se torne nosso adversário na batalha;”. No prólogo do livro de Jó a figura de Satã nada tem a ver com um ser demoníaco e essencialmente perverso, mas aparece como o fiscal do tribunal celeste. É, portanto, um agente divino, encarregado de tarefas encomendadas por Deus. Sua missão é acusar os homens diante do trono celestial quando fazem alguma coisa má. Este Satã, fiscal ou acusador, também pode ter como tarefa a serviço de Deus, provar os homens mediante a dor ou a desgraça, ou seja, testar até que grau chega sua virtude ou sua fidelidade à divindade. Mais que “tentador”, nesta função teria que ser designado como “fiscal”. O texto diz assim: 27
Jó 1:6-12 6 - E num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles. 7 - Então o SENHOR disse a Satanás: Donde vens? E Satanás respondeu ao SENHOR, e disse: De rodear a terra, e passear por ela. 8 - E disse o SENHOR a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal. 9 - Então respondeu Satanás ao SENHOR, e disse: Porventura teme Jó a Deus debalde? 10 - Porventura tu não cercaste de sebe, a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste e o seu gado se tem aumentado na terra. 11 - Mas estende a tua mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face. 12 - E disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão. E Satanás saiu da presença do SENHOR.
Imediatamente Satã/Satanás se encarrega de que Jó vá perdendo uma a uma todas as suas posses. Mas o desditado se mantém fiel a Yahvé: não peca, nem profere nenhuma insensatez contra a divindade. A leitura deste texto capital nos indica que no momento de sua composição (provavelmente no século V AEC, logo depois da volta do exílio babilônico) Satã não é o Príncipe do Mal, nem tampouco a origem deste, que se atribui a Deus, mas apenas mais um servidor da corte celestial. Certamente mostra um pouco de más ideias e se encarrega de convencer Deus para que cause dano a Jó. Yahvé aceita um tanto a contragosto, mas depois reprova Satã por tê-lo incitado a causar dano ao pobre Jó. Neste texto, pois, Satã é em todo caso o aspecto relativamente negativo de uma divindade ambivalente, o lado sombrio desta, o poder destrutivo de Yahvé, que delega a seu anjo. Antonio Piñero
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3 - Satã e Lúcifer Vamos ver como essa figura de Satanás, mais ou menos inócua e que não é mau por natureza, sofre uma mudança, e pior: Satanás é apresentado como autenticamente mau. Mas na Bíblia não encontramos textos que indiquem claramente os passos desta mutação. Só em dois textos do Antigo Testamento e bastante tardios, do século IV AEC, o livro 1 de Crônicas 21:1 (Então Satanás se levantou contra Israel, e incitou Davi a numerar a Israel.), e em Eclesiástico 21:27 (do século III AEC), "Satã" passa a ser sinônimo de instigador do pecado ou causante de uma tentação, ou seja, "tentador" de verdade. 1. O primeiro diz assim: "Então Satanás se levantou contra Israel, e incitou Davi a numerar a Israel.…" Logo, pela continuação do texto constatamos que fazer o censo vai contra a vontade de Deus, é, portanto, um pecado. 2. No segundo lemos: "Quando o ímpio amaldiçoa a Satã, à sua própria alma amaldiçoa". Nestas duas passagens se alude claramente a uma força maléfica, mas não fica nada claro se este tentador executa ordens de Deus ou se atua por sua própria conta como adversário e antagonista ou adversário autônomo da divindade. O mais provável é a primeira hipótese, mas o leitor fica com a ideia de que além de Deus – seja sob suas ordens ou um pouco às suas costas - existe no universo um poder maléfico. Como vemos, o Satã ou Satanás destes primeiros momentos - tal como se reflete nos extratos muito antigos do Antigo Testamento - nada ou pouco tem a ver com o Diabo tal como o imaginamos hoje, nem com anjos caídos, nem com os demônios “correntes”, nem nada do tipo. Satã é um anjo, um espírito da corte celestial, às ordens de Yahvé, 29
encarregado de certas tarefas desagradáveis. Não é o Príncipe do Mal, nem tampouco a origem do mal, que como tudo o criado procede também de Yahvé. Por outro lado, entretanto, o leitor do Antigo Testamento sente que este texto vai apresentando a seus olhos em diversas narrações - incluídas algumas nas que aparece Satã - certo poder sinistro, um gênio maléfico e invejoso, que se encarrega de fazer o maior dano possível ao ser humano. Assim ocorre, por exemplo, nos primeiros capítulos da Bíblia com o conhecido relato da queda de Adão e Eva (Gênesis 3). Encarnado na serpente intervém de modo decisivo e negativo um gênio maligno e sedutor ao qual não se chama Satã nem Diabo. Este maléfico poder engana Eva e Adão; faz com que desobedeçam ao Criador e rompam as boas relações com ele; consegue que sejam lançados para fora do paraíso e que comece para todos os descendentes desta dupla uma vida que é mais um “vale de lágrimas” que um Éden ou paraíso. No relato do livro de Jó que citamos anteriormente, o denominado Satã, o fiscal de Deus, aparece, para o leitor apressado, como uma figura desagradável que traz desgraças e enfermidades ao sofrido Jó. Embora faça tudo fiscalizando ou testando a Jó, na realidade o está instigando a amaldiçoar e separar-se de Deus. Em Zacarias 3:1 se encontra também uma passagem em que se contrapõe o "anjo de Yahvé" a Satã com tons negativos para este. O primeiro defende o sumo sacerdote Josué das acusações sinistras do segundo, tanto que o anjo lhe chega a dizer: “O SENHOR te repreenda, ó Satanás, sim, o SENHOR, que escolheu Jerusalém, te repreenda;". Esta passagem tardia - Zacarias é um dos profetas posteriores ao exílio da Babilônia – apresenta uma precisão e desenvolvimento nas concepções do Antigo Testamento sobre Satã. Embora o texto hebreu apresente o artigo determinado 30
antes de Satã, com o que se indica que o vocábulo certamente é uma palavra comum e não um nome próprio (“o satã”), o leitor obtém da passagem à sensação de que esta palavra conota um ser com uma forte individualidade: Satã é um ser sobrenatural e concreto que se opõe ferozmente não só a Yahvé, mas a um ser humano específico, ao sumo sacerdote Josué. Começa, pois, a perfilar-se a ideia de um adversário maléfico com fortes traços pessoais. Portanto, nestes textos veterotestamentários que já citamos e nos que aparece o vocábulo “satã”, este personagem se acha sempre subordinado a Deus e é seu ministro. Não é o conhecido Diabo. Porém, por sUa vez, os escritores bíblicos, sobretudo no Gênesis deixam transparecer a existência no universo de um anti-poder: frente ao Deus criador ou reitor do povo existe um anti-Deus que se opõe aos bons desígnios daquele. Este anti-poder pode facilmente associar-se com Satã, já que este personagem exerce funções muito desagradáveis. E precisamente isto é o que fará o povo hebreu com o correr do tempo. Antes de seguir com os detalhes desta evolução, desejo tratar de uma questão de menor importância, mas não carente de significado para alguns: esclarecer que no Antigo Testamento o apelativo "Lúcifer" não aparece nunca como denominação de Satã. Designar Satã/Demônio deste modo é uma invenção cristã, e provém de uma exegese particular por parte dos Pais da Igreja da seguinte passagem de Isaías: 1 Isaías 14:12-15 12 - Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! 13 - E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. 14 - Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao
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Altíssimo. 15 - E contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo.
Este belo poema de tonalidade fortemente irônica, foi composto por Isaías para celebrar a morte do rei assírio Sargão II, ou mais diretamente contra a arrogância, vencida por Yahvé, do monarca babilônio Nabucodonosor. Mas os Pais da igreja cristã relacionaram este texto profético com a conhecida passagem de Lucas (10:18): "E disse-lhes: Eu via Satanás, como raio, cair do céu.", frase com a que Jesus expressa sua alegria diante do êxito da missão dos setenta e dos discípulos que havia enviado a pregar na vila de Israel. A visão da queda de Satã significava para Jesus o fracasso da oposição do Diabo à vinda do Reino de Deus. Os Pais interpretaram que Isaías havia previsto profeticamente o que logo haveria contemplado Jesus. Daí que esse "Luzeiro, filho da Aurora", Lúcifer, símbolo na realidade da grandeza caída de um rei mesopotâmico, passara a ser a denominação do Diabo. Desta interpretação aventureira, que não tem nada a ver com o sentido original do texto de Isaías, procede também a ideia de alguns de que Satã é dotado de grande formosura, equiparável ao luzeiro da manhã. Antonio Piñero
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4 - A invenção cristã do diabo >>>
A manipulação das traduções bíblicas Apesar da crença judaico-cristã-muçulmana, a figura literária do diabo é tão só um erro de tradução proposital com a intenção de desassociar o deus bíblico dos atos criminosos que comete nas narrações do velho Testamento ou na Bíblia judaica, Tanak. O cristianismo usou dita figura como adversário de Cristo e como uma figura maligna a quem culpar por todos os males, os quais ele não consegue resolver porque, obviamente, é outra figura imaginária. Seguindo uma evolução literária sobre tal personagem, o cristianismo adaptou-o a todos os deuses “pagãos” contra os quais combatia durante os primeiros séculos, utilizando para eles a mesma denominação. Graças ao poder conseguido e a séculos de conquistas, o judeu-cristianismo fez crer que existe e está presente em tudo, o que contraria frontalmente seus dogmas e fábulas.
No Antigo Testamento, não existe a figura do demônio, Satã é tão só outra palavra hebraica que define um anjo enviado por Deus com o qual mantém conversações (veja no livro de Jó) e o envia para provar a fé dos personagens bíblicos (esquecendo a sua onisciência). No Novo Testamento, os autores utilizaram essa palavra para desviar a atenção do leitor crente e assim criar um 33
inimigo e causador de todo mal, quando em realidade, se lermos com atenção a bíblia, o culpado é o próprio Yahvé (Jeová/Deus).
1 - A criação judaico-cristã do diabo O cristianismo transformou palavras mal traduzidas do Antigo Testamento (Tanak) intencionalmente, como se fossem nomes, para criar a figura que apareceria no Novo Testamento como um ser independente e maligno contrário a Deus. 2 - Satanás ou Satã O nome “Satanás” na realidade provém da palavra aramaica shatán ( )אנטשque significa acusador, inimigo, adversário. É apenas a latinização dessa palavra que NUNCA FOI NOME DE NINGUÉM. Nos textos do Tanak (Antigo Testamento) se emprega com essa intenção. Os gregos a traduziram do hebreu ha-shatán, mencionada no Tanak como um espião errante do deus hebreu, que rondava sobre a terra para mostrar a deus tudo o que a humanidade fazia, para que depois pudesse julgá-la por seus atos. (Como se ele não soubesse com a sua onisciência e já não tivesse planejado tudo o que ela faria até o fim dos tempos!). No Livro de Jó (Iyov), ha-satan é um título, não um nome próprio, de um anjo governado por Deus; ele é o chefe perseguidor da corte divina. No judaísmo ha-satan não faz mal, ele indica a Deus as más inclinações e ações da humanidade. Em essência, ha-satan não tem poder até que os humanos façam coisas más. Depois que Deus ressalta a bondade de Jó, ha-satan pede autorização para 34
prová-la (Deus não é onisciente?). O homem justo é afligido com a perda de sua família, propriedades e mais tarde, de sua saúde, mas ele continua fiel a Deus. Como conclusão deste livro insano, Deus aparece como um torvelinho, explicando aos presentes que a justiça divina é inescrutável (ele pode fazer o mal que desejar sem razão alguma, mas devemos chamar isso de justiça divina!). No final, as posses de Jó são restauradas e ele recebe uma segunda família para “substituir” a que morreu e que ele amava tanto. (Deus deve ter apagado de sua memória, o amor por sua família anterior, caso contrário estaria condenado – POR DEUS – a sofrer por sua perda a vida toda). Ao traduzirem a bíblia ao grego (versão dos LXX) e ao latim e usá-la no Novo Testamento, os escribas e sacerdotes decidiram não traduzir tal palavra, mas emprega-la como se o “anjo acusador” fosse um diabo inimigo do deus hebreu (tudo ao contrário do significado real e da descrição dada pelos autores do Antigo Testamento hebreu).
Em diversos versículos se usou o termo satã para designar adversários humanos, por exemplo, Davi (1 Sm 29:4); enquanto no âmbito celestial o conceito foi usado como um anjo de Deus enviado para obstruir o caminho do profeta Balaão, contratado por Moabe para lançar uma maldição sobre Israel, sendo, pois, um mero “adversário” (Nm 22:22), não um “demônio”. O termo satã, em histórias como a de Zorobabel, desempenhou um papel de acusador em julgamentos diante de Deus (Zac 3:1), um papel que igualmente desempenha o anjo-satã que aparece na história de Jó, atuando como um simples fiscal que acusa e pede provas (castigos)... E também incita Deus a provar seus fiéis (o que é muito suspeito). No livro de Números se chama shatán (no sentido de “adversário”, “oponente”), ao anjo-mensageiro que Yahveh envia para impedir que Balaão amaldiçoe o povo de Israel. (Num 35
22:22-32). O termo shatán também entra na vida jurídica israelita, onde alcança o sentido de “acusador diante do tribunal” (Salmos 109:6) (Zacarias 3:1) e o termo shitna, derivado da mesma raiz, é a “acusação”. Somente no Novo Testamento, os autores decidem lhe outorgar o papel de inimigo de Deus, numa tentativa de confundir o leitor fazendo-o pensar que é um anjo inimigo desse Deus/Cristo e que este decide tentar-lhe e provocar-lhe (Marcos 1:12-13) (Mateus 4:1-11) (Lucas 4:1-13) ou um anjo que possui corpos que mais tarde Jesus espanta realizando exorcismos (Marcos 3:22-27) (Mateus 12:22-30) (Lucas 11:14-23). O Diabo é um erro proposital de tradução para inventar um personagem, logo todos os exorcismos de Jesus e dos religiosos SÃO 100% FALSOS. Não passam de fraudes descaradas. Jesus acaba fazendo coisas sem sentido, baseadas em erros de tradução.
Na língua árabe se chama shaytán, que também significa serpente (de esta forma conseguiram associá-lo à serpente do Gênesis que tenta Adão e Eva com o fruto proibido. Algo que não figura no livro do Gênesis, onde a serpente é denominada apenas como a “a criatura mais astuta e inteligente da criação”).
3 - Belial (Belhor, Baalial, Beliar, Beliall, Beliel). Esta é outra má tradução planejada para desviar a atenção do crente. O nome Belial é derivado do hebraico bliya’al (bel-e-yahal), que se compõe de bliy (bel-ee’), que significa “corrupção” (Isaías 38:17) e da palavra ya`al (yaw-al’) que significa “proveito” (beneficio, ganho, vantagem, lucro, etc.) (Isaias 30:5; Jó 21:15; Jer 7:8…). 36
Esta figura literária foi utilizada para definir um personagem com o qual confrontar nas narrações. Os estudiosos o traduzem como “senhor da arrogância” ou “senhor do orgulho” (Baal ial) o “o de lucros corruptos”. No judaísmo os homens “ímpios” são considerados os filhos de Belial. Nos primeiros séculos do cristianismo e durante a Idade Média, o termo Belial foi empregado erroneamente como sinônimo de Satã/Diabo.
4 - Diabo Este nome se origina também da interpretação que se deu em grego aos textos bíblicos. Nestes textos se escreveu a palavra diabos, que significa o mesmo que a palavra shatán em hebraico: “adversário” e “inimigo” (Macabeus 1:36 - (36) Serviram de cilada para o templo, e um inimigo constantemente incitado contra o povo de Israel,) ou “acusador”, “caluniador” (Jó 1:8-12). Nos textos gregos “diabo” provém do verbo grego διαβάλλωηΞ (diabál•ló) que significa, como shatán (hebraico), “caluniar, falsear, mentir”, etc. Nas traduções do Antigo Testamento do século III (Época do imperador Constantino, quem legalizou o cristianismo, fato que facilitou a sua oficialização como principal religião do império romano em 380), os escribas judaicocristãos mudaram a palavra hebreia shatán por diabos. O cristianismo (seus sacerdotes e escribas) transformou tanto shatán como diabos (simples palavras com um mesmo significado) para criar a figura do demônio. Assim desviaram a culpa de seu deus bíblico para uma figura totalmente nova: um anjo que, em vez de ser enviado diretamente por seu deus para testar a fidelidade (Deus não é onisciente?) de seus personagens literários, causando-lhes dano e tentações sem necessidade alguma (como o próprio Deus confessa em Jó), é considerado 37
como um anjo independente de seu criador (Yahvé) e que atua por vontade própria e contrária ao próprio Deus.
5 - Demônio “Demônio” é tão só um sinônimo judaico-cristão para referir-se ao “Diabo”. Já que em muitas culturas anteriores à judaico-cristã se criaram inumeráveis mitos sobre demônios. Segundo a mitologia grega, os demônios eram seres humanos utilizados pelos deuses gregos para levar as más notícias ao povo. Daí vem à associação de “mensageiros do mal”. Os cristãos latinizaram a palavra “diabo” para dar como resultado a criação de “demônio”. Mesclando a concepção grega dos demônios, o judaico-cristianismo criou a ideia de seres malignos que ajudavam seu chefe principal, que era, obviamente, Satã; um suposto anjo caído que desafiou Deus para converter-se em seu rival. (Totalmente ao contrário da realidade bíblica, de um personagem enviado realmente pelo Deus literário hebreu).
6 - Mamom Na idade média se atribuiu a palavra Mamom a um dos nomes adotados por Satã. Mamom vem na realidade da palavra hebraica Matmon (ןוממ. Dinheiro ou tesouro). Também provém do aramaico mammon (verbo “confiar” ou um significado da palavra “confiado”) e do fenício mommon (“beneficio” ou “utilidade”). No Novo Testamento, escrito em grego, a palavra que a igreja utilizou para Mamom, é μαμωνας (mamonas), que pode ser vista no Sermão da montanha (durante o discurso sobre a ostentação) 38
e na parábola do administrador injusto (Lucas 16:9-16) com o mesmo significado que em hebraico. Os cristãos desviaram o significado, como fizeram com shatán e diabo, usando-a como nome próprio. Dessa forma criaram outro dos nomes atribuídos a Satã devido ao fato de que as riquezas, os benefícios e as abundâncias eram considerados por Jesus como algo desonesto e causador de um dos males; a avareza (Lucas 16:13, e Mateus 6:24). Mamom passou a ser mais um nome próprio do diabo em vez do que realmente é; apenas outra palavra não traduzida corretamente pelos escribas gregos e latinos. Mateus 6:24 Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.
7 - Azazel Esta é outra das transliterações que fizeram de palavras hebraicas convertidas em nomes próprios. Sua origem é hebraica e significa “bode emissário”, ou “bode expiatório”, aparece em Levítico 16:810, e que não volta a ser mencionada em nenhuma outra parte da Bíblia hebraica. “Azazel” é uma transliteração direta do hebraico. Desse contexto literário surgiu a imagem popular do demônio com forma de cabra. O cristianismo converteu esta palavra hebraica durante a tradução ao grego da Septuaginta, convertendo a ideia real (anjos enviados por deus) na imagem cristã de anjos caídos ou independentes do “reino celestial”. Mais uma farsa cristã.
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O judaico-cristianismo também usou deuses “pagãos” para apoiar a criação do demônio no Novo Testamento.
8 - Belzebú Esta palavra deriva de Baal Zebub (“El Señor de las Moscas”) ou mais propriamente Ba‘al Z’vûv, (en hebreo בובז לעב, com muitas pequenas variações), que era o nome de uma divindade filisteia, Baal Sebaoth (Deus dos exércitos) em hebraico. O ódio do povo hebraico (Yahvista e Elohista) contra os filisteus era notável. Na Bíblia os Baales são descritos como inimigos do povo hebreu por “fazer mal diante dos olhos de Yahvé” (Jehova/Deus). Algo ridículo, já que isso de “fazer mal” para o deus literário hebreu, tratava-se simplesmente dos sacrifícios para o deus filisteu Ba´al, em vez de fazerem para ele. Apenas intolerância religiosa dos hebreus. Ba´al ( )לעבera um deus procedente dos povos mesopotâmicos (Ásia menor). Proveniente do significado semítico cananeu Baʕal [baʕal], que significa “senhor”. Os hebreus compuseram um insulto mesclando esse significado com o desprezo contra seus rituais.
O nome Beelzebub foi usado pelos hebreus como uma forma de zombaria contra os adoradores de Baal, devido ao fato de que em seus templos, a carne dos sacrifícios era deixada para apodrecer, razão pela qual esses lugares estavam sempre infestados de moscas.
Como tudo no judaico-cristianismo, se adaptou esta palavra para usá-la no Novo Testamento como nome próprio. Neste caso, um dos nomes que o cristianismo atribui ao Satã inventado. 40
9 - Lúcifer ou Luzbel
Este nome provém do latim, lux (luz) e ferre (levar): “portador de luz”. É uma adaptação de outro deus da mitologia romana, o equivalente grego de Fósforo ou Eósforo (Έωσφόρος) “o portador da Aurora”.
Assim como Belzebú, o cristianismo transformou outro deus pagão (Eósforo) em outro nome para denominar o diabo/demônio/Satã: Eósforo era associado à Vênus ou à estrela Sirius (mitologia Egípcia) conhecida também como “a estrela da manhã”. Nos textos bíblicos Lúcifer ainda tem como significado esta frase (2 Pedro 1:19) e não o Lúcifer demoníaco que mais tarde criariam. 2 Pedro 1:19 Assim demos ainda maior crédito à palavra dos profetas, à qual fazeis bem em atender, como a uma lâmpada que brilha em um lugar tenebroso até que desponte o dia e a estrela da manhã se levante em vossos corações.
Os primeiros cristãos denominavam inclusive o próprio Jesus como “o portador da luz” (Rito Romano liturgia Exultet, cântico de louvor ao círio pascal). Flammas eius lúcifer matutínus invéniat: ille, inquam, lúcifer, qui nescit occásum. Christus Fílius tuus,
Que a Estrela da Manhã que nunca se põe encontrar essa chama ainda queimando: Cristo, que Estrela da Manhã,
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qui, regréssus ab ínferis, humáno géneri serénus illúxit, et vivit et regnat in sæcula sæculórum.
que voltou dos mortos, e derramou a sua luz pacífica em toda a humanidade, vosso Filho, que vive e reina pelos séculos dos séculos.
Na tradução para o latim (Vulgata) da Bíblia grega (Septuaginta), Eusébio Hierônimo de Estridão ou Jerônimo de Estridão (Estridão, Dalmácia, c. 340 – Belém, 30 de Setembro de 420), mais conhecido pelos cristãos como “São Jerônimo”, o traduziu como “lúcifer” se referindo a um Salmo que diz como o rei da Babilônia retém o povo israelita dentro da cidade (Isaías 14:12), o qual é representado como a “estrela da manhã” e que está associado com o destino a cair do céu.
A divindade suprema babilônica era representada como um símbolo brilhante com asas de bronze (Emblema do Anzu, Imdugud - acima) que refletia a luz e por isso era considerado como “O portador da luz”. Na vulgata Jerônimo traduziu do hebraico “( ”רחׁש – ןב לליהestrela da manhã, filho da manhã) como “lucifer qui mane oriebaris”:
“Quomodo cecidisti de coelo, Lucifer qui mane oriebaris…?”
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Como caíste do céu, portador da luz, tu que nascias pela manhã…?
No século VII, não era considerado ainda como um ente independente (Satã), e mais, nos textos desse século se pode ver como a palavra “lucifer” se refere na realidade ao brilhante Vênus (como sexto dia da semana, dedicado a: Vênus=Sexta).
“… Sextum (diem) a veneris stella, quae Luciferum appellaverumt, quae inter omnes stellas plurimum lucis habet” Isidoro de Sevilla (Orígenes 5)
Teve que chegar o século VIII para que o cristianismo decidisse interpretar erroneamente (devido à sua superstição e à criação da demonologia cristã, durante a perseguição aos “pagãos” e “hereges”) esses textos, mesclando-os com a ideia de que o deus babilônico e muitos textos de inimigos dos personagens bíblicos eram na realidade “o demônio/diabo”.
10 - Concluindo O demônio/diabo é pura invenção cristã devido a uma má tradução da escritura hebraica. 1. Os principais nomes dos textos bíblicos atribuídos ao Diabo, NÃO SÃO NOMES PRÓPRIOS, mas simples palavras (adjetivos). 2. O judaísmo não tinha ideia ou conceito de diabo no Tanak (Antigo Testamento). 43
3. O cristianismo adaptou a ideia e o conceito grego dos anjos e demônios, como seus, ao interpretar a Bíblia de uma forma totalmente diferente do contexto. 4. Todos os nomes do demônio/diabo provêm tanto de palavras hebraicas mal interpretadas como de nomes de deuses “pagãos” aos quais o cristianismo demonizou, convertendo-os assim em inimigos do cristianismo. (Outro exemplo seria a imagem e associação do diabo com o tridente, extraída do deus grego Poseidon e este do deus hindu Shiva – plágio de plágio de plágio). 5. Não existe o demônio/diabo, é tão absurdo crer nele, como no Deus/Yahvé.
11 - Nota Existem muitos outros nomes além destes, mas estes são os principais e dos quais se origina o conceito de diabo ou demônio judaico-cristão. Se desejar conhecer o resto dos nomes que se atribuíram a essa invenção chamada “diabo”:
http://es.wikipedia.org/wiki/Categoría:Demonios
Se desejar conhecer de onde vem o conceito e a origem de qualquer desses nomes só precisas de um “dicionário etimológico”.
12 – Conclusão
O que sobra de real na religião dos judeus, cristãos e muçulmanos? 44
NADA! Tanto a ideia do deus hebreu como a do diabo, são composições literárias, fábulas e nada mais. É ridícula tanto uma como a outra, o crente é simplesmente trollado.
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5 - Como é o inferno imaginário dos crentes? >>> O crente cristão tem enormes possibilidades de ir ao inferno; quase tão altas como as de qualquer ateu. Todo crente sabe que só “crer que Deus existe” não é suficiente mérito para evitar o castigo infernal. Deus exige algo mais: uma salada de fé e obras, que segundo a Bíblia é muito difícil de conseguir. De fato, a própria Bíblia diz que poucos serão os escolhidos e que “estreita é a porta que conduz ao céu”, então é bom ir se preparando psicologicamente para passar uma boa temporada no inferno. Como as possibilidades de ser condenado ao Inferno são muito grandes para o crente cristão, seria conveniente pensar e meditar como será esse inferno onde poderá passar o resto de sua existência post mortem. É impressionante o quão pouco o crente cristão pensa ou raciocina sobre o inferno e como será o castigo ali. Ele alega passar toda a vida evitando entrar no inferno, mas ao ser interrogado nos damos conta de que não sabe praticamente nada sobre o inferno nem sobre o tipo de castigo que receberá. E isto deveria ser um assunto primordial para quem busca a todo custo não ir para lá. O inferno é tão ruim quanto dizem? Os castigos que se sofrerá ali são mesmo horríveis? Como será esse castigo? Isso é precisamente o que tentaremos refletir aqui; e veremos porque os que não creem na existência destes lugares de castigo mitológico, pensam que podem ser tão absurdos e incoerentes como qualquer outra fantasia religiosa.
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1 - O que é o Inferno? O Inferno é o método de castigo que o deus judaico-cristão escolheu para quem ousa desobedecer a suas leis e estatutos ambiguamente escritos em livro velho chamado Bíblia. É muito simples: se você não obedece a Bíblia, simplesmente vai ao Inferno. Nada mais fácil. O Inferno ou o que imaginamos dele, vem a ser uma espécie de combinação de lendas e mitos culturais e populares somados ao pouco que nos diz a Bíblia sobre ele.
2 - Onde está o Inferno? Evidentemente que para a grande maioria dos cristãos, o Inferno é um lugar físico e real. Segundo a Bíblia e as crenças populares o inferno se encontra embaixo da terra (possivelmente no centro da mesma), onde há um centro de magma liquido a uma enorme temperatura. Alguns versículos Bíblicos confirmam a localização geográfica do Inferno embaixo da terra; um dos principais é que supostamente o próprio Jesus “baixou ao inferno” durante os três dias que esteve “morto”, como diz no Credo católico. E se Jesus o disse, certamente que o inferno está sob nossos pés. Obviamente isto é uma vulgar mentira. Nunca se comprovou a existência de um lugar sequer parecido a isso debaixo da terra. A evidência anedótica de alguns ingênuos cristãos sobre gravações de vozes e de pessoas que regressam do inferno são obviamente todas falsas e manipuladas para trollar os pobres crentes. Claro, nunca falta um atrevido cristão que diga: “Não se sabe o que há no centro da terra, bem que o inferno poderia estar ali”. Claro, 47
como não sabemos o que há no centro da terra, também pode ter ali um campo de golfe, como ninguém sabe, não pode negar. Em todo caso, se existisse um suposto lugar no centro da terra chamado Inferno, este deveria ser imensamente grande para abrigar a enorme quantidade de pessoas que estarão ali sendo castigadas. Recordemos que a maioria dos bilhões de pessoas de hoje irá para lá e, se somarmos com as que já morreram, este lugar teria que ser muito maior que o próprio planeta. Recordemos também que ao ser um espaço físico deve ter algum tipo de paredes ou estrutura física que o sustente. Sendo o centro da terra completamente líquido e a temperaturas altíssimas, não existe um tipo de material que possa resistir a esse calor. Com que tipo de material diabólico estaria construído? Por que os pecadores e os castigadores não derretem?
3 - Quem criou o Inferno? Sendo o Inferno um lugar físico para a imensa maioria dos crentes cristãos, projetado para uma atividade bem definida nas santas escrituras (e partindo da concorrida premissa crente de que “tudo deve ter um criador”), então o Inferno deve ter sido criado por alguém. Então quem criou o inferno? Há duas opções lógicas: Deus ou Satanás. Mas como “Deus é o criador de todas as coisas” e o Inferno é um lugar de castigo desenhado e divulgado por Deus na Bíblia, podemos concluir que Deus foi quem criou o Inferno. Imagine Deus em um escritório e com muitos papéis e lápis de cor desenhando os horríveis métodos de tortura e dor para os não lhe obedeçam. Certamente precisaria de muitos lápis de cor 48
vermelho-sangue. Talvez os católicos e protestantes tenham se inspirado nisso para desenhar os criativos instrumentos de tortura da inquisição.
4 - Quem estará no Inferno? Pelo menos dois tipos de seres terão presença obrigatória: os castigados e os castigadores.
Os castigados: todos nós humanos que decidimos não seguir as ordens que Deus carinhosamente nos mandou. Os castigadores: os demônios e espíritos malignos encarregados de aplicar os castigos e torturas aos pecadores.
Imaginemos que por razões de falta de pessoal o inferno tenha apenas um demônio por pecador para aplicar-lhe a tortura; isto significa que o inferno tem a mesma quantidade de demônios que de pecadores. Deve ser um lugar imensamente grande! De onde saíram estes demônios? Anjos caídos? Espíritos celestiais seguidores de Satanás? Ou por acaso alguns pecadores piores são premiados com o título de demônio castigador? À medida que o tempo passa, nascem mais pessoas que se convertem em pecadores, obviamente também devem aparecer do nada, mais e mais demônios castigadores. Não lhe parece só um pouco absurdo? Mas vejamos algo mais absurdo e incoerente ainda: se supõe que Satanás e os demônios, embora sendo seres espirituais, são pecadores e maus; e a Bíblia deixa bem claro que também serão castigados no inferno. (Apocalipse 20,10) Então quem aplicará o 49
castigo a eles? Se os pecadores humanos estarão sendo castigados eternamente, quem castiga os demônios? Por acaso fazem turnos entre eles? Imagine um demônio com seu tridente espetando seu colega pelas costas e depois de certo tempo trocam de lugar entre si! E tudo isso observado pelo olhar atônito do pecador dentro de sua panela fervente! Isto é totalmente absurdo e irracional. Evidentemente há sérios problemas de pessoal no inferno que a lógica básica não pode resolver. Algum crente poderia esclarecer isto?
5 - Como receberemos o castigo, corpo espiritual ou físico? Este é outro aspecto que sempre traz discussões intermináveis entre os próprios cristãos. Nosso corpo no Inferno será um espírito ou será de carne e osso? Vejamos as opções. Corpo Espiritual Alguns pensam que no inferno seremos apenas espírito e que não teremos um corpo físico. Portanto nosso castigo será algo de tipo psicológico: angústia, temores, medo, ansiedade, intranquilidade, tristeza, desassossego, desolação, etc., nada de castigos físicos e dolorosos. Só mentais. Já que sem “corpo” não teríamos sistema nervoso nem enervação e sem isso não podemos sentir dor. Este tipo de castigo pode ser bastante ruim para alguns, mas francamente parece uma grande idiotice. Que tipo de castigo é “a angústia de estar separado de Deus”? Os ateus e incrédulos passam a vida toda “separados de Deus” e não sentem nenhuma angústia. Pelo contrário, sentem um grande alívio e tranquilidade. Parece mais que em vez de castigo, seria uma grande vantagem 50
estar em um lugar rodeado de pessoas sem a mínima presença de Deus e seus estranhos mandamentos e desejos.
Além disso... Estou no inferno! Como pretendem assustarme? Com filmes de Burton ou sermões de Pat Robertson?
Outros dizem que o castigo será simplesmente saber que estamos perdendo as delícias e bondades do Paraíso. Isto é uma verdadeira bobagem; a maioria de nós vive agora mesmo totalmente consciente de que perdemos muitas coisas, vida de milionário, mulheres, dinheiro, viagens, casas, carros, lugares bonitos, etc. e a muitos de nós não causa nenhuma angústia. Precisaria ser muito invejoso e materialista para sofrer por não ter essas coisas. Se não sofremos por isso em vida, por que sofreríamos depois de morrer? Sou um espírito! Não necessito de nada, nem dinheiro, nem comida nem casa, nem nada. Como pretendem me fazer sofrer? É mais que óbvio que para termos algum tipo de “tortura psicológica”, devemos ter um sistema nervoso orgânico; um cérebro que possa interpretar e desenvolver esse tipo de angústia, mas se somos só espírito, como caralho sofreremos angústia psicológica? 51
Corpo Físico A grande maioria dos crentes (quase sempre baseados na Bíblia) afirma que logo depois do Juízo Final, Deus nos dará um corpo novo, seja para desfrutar do paraíso ou para ser castigado no inferno. Alguém consegue perceber o tamanho desta bobagem? Depois da morte, Deus em sua infinita misericórdia e fazendo usos de seus poderes divinos e celestiais, nos proporciona de novo um novo corpo para: SER CASTIGADO E TORTURADO ETERNAMENTE! Isto inevitavelmente constrangedoras:
traz
consigo
muitíssimas
perguntas
1. Se o castigo é eterno, como pretendem castigar-nos com um corpo por toda a eternidade? Somos seres biológicos e com vida; e uma das características da “vida” é precisamente morrer. 2. Que tipo de corpo teremos, que poderá ser queimado e queimado indefinidamente sem virar cinzas? 3. O sistema nervoso central tem um limite de dor. Quando um organismo chega a um ponto máximo de dor física, o organismo costuma desmaiar ou bloquear a dor. Como pretendem nos castigar eternamente se logo no início das torturas não sentiremos mais nada? 4. Para que possamos ser castigados “eternamente” devemos estar vivos e isso exige uma série de processos fisiológicos naturais como alimentar-se. Nos darão comida no inferno? Pois deveriam se desejam nos manter com vida para os castigos. Necessitamos dormir, respirar, tomar banho, ou irremediavelmente morreríamos. Como será isso? Claro que o cristão crente dessas sandices costuma responder a essa torrente de incoerências da seguinte maneira: “Não, não, 52
não, o que acontece é que o novo corpo que Deus te dará não és igual ao que temos atualmente, será um corpo que permitirá esse tipo de castigo”. Pois muito pior! Já que demonstra que Deus nos dá um corpo novinho em folha, mas especialmente projetado para sofrer e sofrer. Deus planejou um novo organismo humano biologicamente desenhado para não queimar-se, não morrer, para sentir fome, mas sem que seja necessário comer, enfim, um organismo perfeito, para ser castigado e torturado. Em vez de ter nos dado um corpo assim agora... O “sábio” Deus, nos dá esse corpo tão perfeito apenas para que seja maculado e humilhado… Gênio! Grande Deus de amor! ... Não pode curar crianças com câncer, mas desenha corpos especiais para sofrer por toda a eternidade.
6 – Seremos todos castigados por igual? Seria ilógico que o castigo seja o mesmo para todos. Haverá pessoas que estarão no inferno apenas por romper algum pequeno estatuto Bíblico ou menos que isso, como catar gravetos no sábado ou por apenas tocar na arca da aliança para evitar que caísse no chão. Por exemplo, uma pessoa boa que seu único pecado foi blasfemar contra o espírito santo, seria irremediavelmente condenada ao Inferno. Também haverá, evidentemente, assassinos em série, sádicos, violadores, canibais que irão também ali. Receberão o mesmo castigo? Ou por acaso haverá vários “níveis de castigo”? A uns lhe fazem cócegas com penas de avestruz e a outros fazem beber chumbo derretido, como na santa inquisição?
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Porque se é o mesmo castigo para todos, Deus estaria projetando sua injustiça divina inclusive além da própria morte, até as próprias entranhas do inferno!
7 - Demônios bons ou maus? Veremos agora um interessante paradoxo que deixa muito mal o plano de castigo de Deus. Neste ponto devemos repassar um pouco o que sabemos sobre Satanás. (Que já vimos em “Biografia e personalidade de Satanás”). Ele tem certas características, dentre as quais se destaca ser o “Antagonista por excelência de Deus”, ou seja, que Satanás é tudo ao contrário de Deus. Se Deus é bom, Satã é mau; se Deus é Amor, Satã é ódio e assim por diante...
Uma das características mais importantes de Satanás é a “Desobediência”. Satanás desobedece a Deus. De fato, esta foi uma das razões porque perdeu a simpatia de Deus: Não fez o que Deus queria. Desobedeceu-lhe. Portanto, se supõe que Satanás não cumpre o que Deus ordena.
Pois isto traz consigo uma contradição descomunal. O plano divino de Deus para com os humanos é que se pecamos, seremos castigados por Satanás e seus demônios no inferno. Ou seja, que Deus tem um plano para Satanás. Um projeto que Satanás deve cumprir: Castigar o pecador.
Bem, mas por que Satanás cumpriria? Por acaso sua natureza não é precisamente desobedecer a Deus?
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Se Satanás e sua horda infernal se dedicam a torturar e castigar os pecadores, estaria cumprindo com o plano divino de Deus e acatando seu santo desejo; o que é incongruente e um paradoxo, já que Satanás NÂO obedece a Deus, já que obedecer aos mandatos divinos é ser BOM e a essência de Satanás é o MAL, cada vez que Satanás castiga um pecador, está cumprindo a vontade de Deus e isso vai contra os atributos fundamentais de Satanás. Isso também pode significar que os crentes mandados ao inferno por Deus, serão muito bem tratados por Satanás, já que são seus parceiros e apoiadores nas desobediências a Deus, provavelmente irão se divertir juntos e planejar alguma coisa contra esse Deus burro. Como sair dessa?
8 - E Deus? Onde está? Esta é outra incoerência absurda. Como já vimos, um dos supostos “castigos” do Inferno é estar “separado da presença de Deus”, portanto, se assume que Deus NÃO está no Inferno. E é lógico, o inferno está habitado só por pecadores e demônios; enquanto Deus certamente está no Paraíso desfrutando da adoração dos que conseguem chegar lá. Mas… Por acaso Deus não é onipresente? Recordemos que uma das características que definem a Deus é a Onipresença, ou seja, que “Deus está em todos os lugares”. Então Deus como pode NÃO 55
estar no inferno se uma de suas qualidades fundamentais é que DEVE estar ali? Duas possíveis respostas: A primeira é que Deus MENTIU ao nos dizer que era onipresente, já que é impossível que esteja no Inferno; o que faria de Deus um mentiroso. A segunda é que existe uma contradição e um paradoxo, já que Deus deve estar em todas as partes e por sua vez não estar em alguma parte. Com isto anulam-se suas características e Deus não existe.
E a resposta mais óbvia é: >>>>
9 - O Inferno é tão mau? Pensemos um pouco… Existem dois seres antagônicos, Deus e o Diabo, onde cada um busca por sua conta, súditos e discípulos entre nós os humanos. De Deus sabemos que oferece um prêmio que é o Paraíso e um castigo que é o Inferno, mas de Satanás não sabemos nada. Qual o objetivo de Satanás ao ganhar pessoas para sua causa? Evidentemente a Bíblia não esclarece, pois não diz praticamente 56
nada sobre este misterioso ser. Só sabemos que, segundo a Bíblia, Satanás oferece um horroroso castigo aos que desejam segui-lo, só que aqui caímos em outra incoerência: se o que Satanás busca é ganhar adeptos para sua causa, não deveria estar oferecendo infernos nem castigos eternos; mas exatamente o contrário, deveria nos oferecer coisas ainda melhores do que Deus oferece. Desta maneira escolheríamos o caminho mais conveniente (livre arbítrio). Por quê? Quem, em seu juízo perfeito, escolheria ser torturado por toda a eternidade?
O apressado crente cristão dirá: “A Bíblia é muito clara, o Inferno é um lugar de castigo onde Satanás e seus demônios o aplicarão”. Acredita só porque a Bíblia diz? Um livro onde as burras falam, os pinguins se tele transportam, o Sol para (e gira em torno da Terra), os profetas voam em carros de fogo, os mares e rios se abrem, os mortos caminham e os peixes carregam pessoas na barriga? Se a Bíblia é imprecisa e comprovadamente errada em muitas coisas, também pode ser no caso do Inferno.
Talvez o inferno não seja como a Bíblia descreve. Talvez seja só uma mentira de deus para vencer Satanás. E como Satanás não tem um “Livro sagrado”, Deus pode difamá-lo e mentir à vontade como já fez tantas vezes. Talvez o Inferno seja ainda melhor que o Paraíso oferecido por Deus! Satanás busca gente que o siga, portanto deve lhes oferecer um lugar melhor do que Deus oferece. É uma questão de concorrência. Então o inferno deve ser bem menos aborrecido que o Paraíso. Haverá música, Strippers, muitos livros que não agradam a deus, comida, bebida, diversão, os 7 pecados capitais (inclusive praticados por Deus) em sua máxima expressão. E 57
tantas pessoas interessantes, Nietzsche, Sagan, Saramago, Galileu, Darwin, Sartre, atrizes pornô, aventureiros, cientistas, filósofos e tantos mais… É uma pena os ateus não crerem nessas idiotices, pois seria uma honra ir para um Inferno assim!
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6 - Os Infernos das Religiões >>>
1 - Dizei-me que Deus adora e te direi como te queimarás
O cristianismo não é a única religião que utiliza essa história de “Inferno-Castigo” para os que desobedecem a suas normas. Quase todas as demais religiões existentes e que já existiram também possuem seu particular modo de penalizar quem ousa desobedecer a suas sagradas normas. Vejamos brevemente um pouco destes “Infernos” dos outros deuses e nos daremos conta 59
de que são opções muito similares e com as probabilidades que as do deus literário judaico-cristão.
mesmas
2 - O Inferno do Islã O Islã ensina que o Inferno é um lugar real preparado por Deus para aqueles que não creem Nele, se rebelam contra Suas leis e rejeitam Seus mensageiros. O Inferno é um lugar real, não um mero estado mental ou entidade espiritual. Os horrores, dor, angústia e punição são todos reais, mas diferentes em natureza dos seus equivalentes terrenos. O Inferno é a humilhação e perda supremas, e nada é pior que ele:
“Senhor nosso! Por certo, aquele que Tu fazes entrar no Fogo, Tu, com efeito, o desgraça. E não há socorredores para os malfeitores.” (Alcorão 3:192) “Não sabem eles que quem se opõe a Deus e Seu Mensageiro (Muhammad) certamente terá o Fogo para morar eternamente? Essa é a extrema desgraça.” (Alcorão 9:63)
O Inferno tem nomes diferentes nos textos islâmicos. Cada nome dá uma descrição separada. Alguns de seus nomes são:
Jaheem – fogo - porque é um fogo incandescente. Jahannam – Inferno – por causa da profundeza de seu poço. Ladthaa – fogo incandescente – por causa de suas chamas. Sa’eer – chama incandescente – porque sua chama é mantida acesa. Saqar – por causa da intensidade de seu calor. 60
Hatamah – escombros – porque quebra e tritura tudo que é jogado nele. Haawiyah – abismo – porque aquele que é jogado nele é jogado do topo.
Paraíso e Inferno Existem no Presente e são Eternos. O Inferno existe no presente momento e continuará a existir para sempre. Ele nunca acabará e seus habitantes permanecerão nele para sempre. A crença islâmica tradicional é de que ninguém sairá do Inferno, exceto os crentes pecadores que acreditaram na Unicidade de Deus nessa vida e acreditaram no profeta específico enviado para eles. Os politeístas e descrentes morarão nele para sempre. Essa crença tem sido mantida desde tempos clássicos e é baseada em versículos claros do Alcorão e relatos confirmados do Profeta do Islã. O Alcorão fala do Inferno no tempo passado e afirma que ele já foi criado: “E guardai-vos do Fogo, que é preparado para os descrentes.” (Alcorão 3:131) O Profeta do Islã disse:
“Quando qualquer um de vocês morre, é mostrada sua posição (na Outra Vida) de manhã e à noite. Se ele é uma das pessoas do Paraíso, é mostrado o lugar das pessoas do Paraíso. Se ele é uma das pessoas do Inferno, é mostrado o lugar das pessoas do Inferno. É dito, ‘essa é a sua posição, até Deus o ressuscitar no Dia do Juízo.’” (Saheeh Al-Bukhari, Saheeh Muslim)
Em outro relato, o Profeta disse: 61
“Por certo, a alma de um crente é um pássaro nas árvores do Paraíso, até que Deus a retorna ao seu corpo no Dia do Juízo.” (Muwatta de Malik)
Esses textos deixam claro que o Inferno e o Paraíso existem, e que as almas podem entrar neles antes do Dia do Juízo. Falando da eternidade do Inferno, Deus diz:
“Eles desejarão sair do Fogo, e dele não sairão. E terão permanente castigo.” (Alcorão 5:37) “...E eles nunca deixarão o Fogo.” (Alcorão 2:167) “Por certo, aqueles que renegam a Fé e são injustos, não é admissível que Deus os perdoe nem os guie a caminho algum. Exceto ao caminho do Inferno, onde morarão eternamente.” (Alcorão 4:168-169) “Por certo, Deus amaldiçoou os que renegam a Fé, e preparou—lhes um Fogo ardente, onde morarão eternamente.” (Alcorão 33:64) “E quem desobedece a Deus e Seu Mensageiro, por certo, para ele é o fogo do Inferno, onde morará eternamente.” (Alcorão 72:23)
Os Guardiões do Inferno Anjos poderosos e severos que nunca desobedecem a Deus guardam o Inferno. Eles fazem precisamente o que lhes é ordenado. Deus diz:
“Ó vós que credes, guardai-vos a vós mesmos e vossas famílias de um Fogo cujo combustível são homens e pedras; sobre ele haverá anjos irredutíveis e severos que não desobedecem as ordens que recebem de Deus e fazem exatamente como ordenados.” (Alcorão 66:6) 62
São dezenove guardiões do Inferno, como Deus diz:
“Breve fá-lo-ei queimar no Inferno. E o que te fará entender o que é o Inferno? Ele nada mantém e nada deixa. Carbonizador da pele. Sobre ele, há dezenove guardiões.” (Alcorão 74:26:30)
Não se deve pensar que os habitantes do Inferno serão capazes de superar os guardiões do Inferno porque são apenas dezenove deles. Cada um deles tem força para subjugar toda a humanidade sozinho. Esses anjos são chamados os Guardiões do Inferno por Deus no Alcorão:
“E os que estiverem no Fogo dirão aos Guardiões do Inferno, ‘Suplicai a vosso Senhor para nos aliviar o tormento por um dia!” (Alcorão 40:49)
O nome do líder dos anjos que guardam o Inferno é Malik, como mencionado no Alcorão:
“Certamente, os descrentes ficarão no tormento do Inferno para sempre. (O tormento) não será aliviado, e eles ficarão mergulhados na destruição com arrependimentos profundos, tristezas e desespero. Nós não fomos injustos com eles, mas eles foram malfeitores. E eles clamarão: ‘Ó Malik! Deixe teu Senhor acabar conosco’. Ele dirá: ‘Por certo, aí morarás eternamente.’ Com efeito Nós trouxemos a verdade para vós, mas a maioria de vós odiou a Verdade.” (Alcorão 43:74-78)
Sua Localização 63
Não existe menção exata do Alcorão ou dos ditos do Profeta Muhammad que informem a localização do Inferno. Ninguém sabe o seu local exato, exceto Deus. Devido a algumas evidências linguísticas e contexto de certos hadiths, alguns eruditos declararam que o Inferno está nos céus, e outros ainda dizem que está na parte mais profunda da terra. Seu Tamanho O Inferno é enorme e imensamente profundo. Nós sabemos disso de várias formas. Primeiro, um número incontável de pessoas entrará no Inferno, cada uma, como descrito em um hadith, com o dente molar tão grande quanto uma pequena montanha. [1] A distância entre os ombros de seus habitantes também foi descrita como sendo equivalente a três dias de caminhada. [2] O Inferno abrigará todos os descrentes e pecadores desde o começo dos tempos e haverá espaço para mais. Deus diz:
“No Dia diremos ao Inferno: ‘Já estás repleto?’ E ele dirá, ‘Há mais ainda?’” (Alcorão 50:30)
O Fogo do Inferno é semelhante à uma usina que tritura milhares e milhares de toneladas de grãos e então espera que venha mais. Segundo, uma pedra jogada do topo do Inferno levará um longo tempo para atingir o fundo. Um dos companheiros do Profeta, que Deus o exalte, descreve como eles estavam sentados com o Profeta e ouviram o som de algo caindo. O Profeta perguntou se eles sabiam o que era. Quando eles expressaram seu desconhecimento, ele disse: 64
“Aquela foi uma pedra jogada no Inferno setenta anos atrás e ainda está a caminho (do outro lado) do Inferno até agora.” [3]
Outro relato afirma:
“Se uma pedra tão grande quanto sete camelas grávidas fosse jogada da borda do Inferno, ela voaria através dele por setenta anos, e ainda assim não alcançaria o fundo.” [4]
Terceiro, um grande número de anjos trarão o Inferno no Dia da Ressurreição. Deus fala disso:
“E o Inferno será trazido nesse Dia...” (Alcorão 89:23)
O Profeta disse:
“O Inferno será trazido naquele Dia através de setenta mil cordas, cada uma sendo sustentada por setenta mil anjos.” [5]
Quarto, outro relato que indica o tamanho vasto do Inferno é que o sol e a lua serão envolvidos no Inferno no Dia da Ressurreição. [6] Seus Níveis O Inferno tem vários níveis de calor e punição, cada qual reservado de acordo com a extensão da descrença e pecados daqueles que estão sendo punidos. Deus diz:
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“Por certo, os hipócritas estarão nas camadas mais profundas do Fogo.” (Alcorão 4:145)
Quanto mais baixo for o nível do Inferno, maior é a intensidade do calor. Uma vez que os hipócritas sofrerão a pior punição, eles estarão na parte mais profunda do Inferno. Deus se refere aos níveis do Inferno no Alcorão:
“Para cada um deles há escalões, de acordo com o que fizeram.” (Alcorão 6:132) “Será que quem segue o agrado de Deus é como quem incorre na ira de Deus? Sua morada é o Inferno – e que execrável destino! Eles estão em escalões junto com Deus, e Deus é Onividente de tudo que fazem.” (Alcorão 3:162163)
Os Portões do Inferno Deus fala dos sete Portões do Inferno no Alcorão:
“E, certamente, o Inferno é o lugar prometido para todos eles. Ele tem sete portões. Cada um terá deles uma parte determinada.” (Alcorão 15:43-44)
Cada portão tem uma cota determinada dos amaldiçoados que entrarão por ele. Cada um entrará de acordo com seus atos e terá um nível do Inferno determinado de acordo. Quando os descrentes forem levados ao Inferno, seus portões se abrirão, eles entrarão e ficarão nele para sempre:
“E os que descreram serão conduzidos ao Inferno em grupos, até que, quando o alcançarem, seus portões 66
abrirão e seus guardiões lhes dirão: ‘Não vos chegaram Mensageiros vindos de vós, os quais recitaram, para vós, os versículos de vosso Senhor e vos admoestaram do encontro deste vosso Dia?’ Eles dirão: “Sim, mas a palavra (do castigo) cumpriu-se contra os descrentes.’” (Alcorão 39:71) Será dito a eles, após terem entrado:
“Entrai pelos portões do Inferno para morar eternamente, e que execrável é a morada dos arrogantes.” (Alcorão 39:72).
Os portões serão fechados e não haverá esperança de fuga, como Deus diz: “Mas aqueles que renegam Nossos sinais são os companheiros da mão esquerda. Sobre eles haverá um Fogo cerrado. [7]” (Alcorão 90:19-20) Além disso, Deus diz no Alcorão:
“Ai de todo difamador, caluniador, que junta riquezas e com deleite as conta. Ele pensa que sua riqueza o fará imortal. Não! Ele certamente será jogado no Triturador. E o que te faz entender o que são os Trituradores? É o fogo de Deus, eternamente aceso, que sobe até os corações. Por certo, será cerrado sobre eles, em colunas extensas.” (Alcorão 104:1-9)
Os portões do Inferno também são fechados antes do Dia do Juízo. O Profeta do Islã falou que eles fecham no mês de Ramadã.[8] Seu Combustível 67
Pedras e descrentes obstinados são o combustível do Inferno, como Deus diz:
“Ó vos que credes! Guardai-vos a vós mesmos e a vossas famílias de um Fogo cujo combustível são os homens e as pedras...” (Alcorão 66:6) “...então temai o Fogo, cujo combustível é homens e pedras, preparado para os descrentes.” (Alcorão 2:24)
Outra fonte de combustível do Inferno serão os deuses pagãos que foram adorados junto com Deus:
“Por certo, vós e o que adorais, além de Deus, sereis o combustível do Inferno. Nele ingressareis. Se estas (falsas) deidades fossem deuses, elas não ingressariam, mas nele serão eternos.” (Alcorão 21:98-99)
A Vestimenta de seus Habitantes Deus nos diz que a vestimenta das pessoas do Inferno serão roupas de fogo feitas para elas:
“...Mas aqueles que descreram cortar-se-lhes-ão trajes de fogo. Sobre suas cabeças, entornar-se-á água escaldante.” (Alcorão 22:19) “E verás os criminosos nesse Dia atados a grilhões. Seus trajes serão de alcatrão e o Fogo lhes cobrirá as faces.” (Alcorão 14:49-50)
Fonte: http://islam-maranhao.blogspot.com.br/2009/12/umadescricao-do-inferno.html 68
Você sabia que atualmente há no mundo mais de 1.200.000.000 de muçulmanos que creem em tudo o que acabou de ler? (É quase a mesma quantidade de católicos no mundo). Como você tem certeza de que seu “Inferno” é o verdadeiro e não o dos Muçulmanos? Já imaginou por um segundo que você possa estar errado e que Alá seja o verdadeiro deus? Se você escolheu a religião errada – o cristianismo – irá direto ao inferno muçulmano e sofrerá tudo o que acima foi relatado. Pense bem, pois os muçulmanos garantem que você escolheu a religião errada. Precisamos admitir que seria divertido ver Jesus assando no mesmo caldeirão que um devoto cristão seu, junto com o resto dos deuses falsos. Já pensou nisso? Então pense, pois você precisa encarar a realidade: existem exatamente as mesmas possibilidades e evidências da existência do Inferno cristão como do Muçulmano ou de qualquer outra religião.
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3 - O Inferno do Hinduísmo.
Os Hindus são politeístas, ou seja, creem na existência de vários deuses (mais de 300 milhões de Deuses) e também creem na reencarnação através de um processo chamado Samsara; mas também creem na existência de um “inferno” ou lugar de tormento onde expiar as culpas e preparar-se para reencarnar como um ser superior. No Bhagavad Gita diz: 70
“Quando se destroem as leis da família, Janardana, então certamente começa para os homens o morar no inferno”. (I.44, Harvard Oriental Series, tomo 38, 1952.)
Um comentário hindu diz: “Os que são muito pecaminosos em sua vida terrestre têm que experimentar diferentes classes de castigo em planetas infernais”. Como podemos notar, este inferno difere do tormento eterno no fogo infernal da cristandade: Este castigo não é eterno. O Markandeya Purana descreve o destino de um pecador: Então os emissários de Yama [deus dos mortos] o amarram rapidamente com terríveis laços e o arrastram para o sul, enquanto ele treme pelo açoite da vara. Então é arrastado pelos emissários de Yama, enquanto dá terríveis gritos de dor ao passar sobre o terreno ao qual fazem escabroso a [a planta] kusa, espinhos, formigueiros, espinhos e pedras, que arde em chamas em alguns lugares, que está cheio de buracos, que arde com o calor e com os raios do Sol. A pessoa pecaminosa, arrastrada pelos terríveis emissários e comida por centenas de chacais, vai à casa de Yama através de um caminho espantoso. [...]
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Quando lhe queimam o corpo experimenta uma grande sensação de queima; e quando lhe golpeiam ou cortam o corpo, sente grande dor. A criatura cujo corpo é destruído assim, embora entre em outro corpo, sofre dor eterna por suas próprias más ações. [...]. Então, para lavar-lhe os pecados é levado a outro inferno desse tipo. Depois de ter passado por todos os infernos, o pecador passa a uma vida bestial. Então, passando pela vida de vermes, insetos e moscas, bestas de rapina, mosquitos, elefantes, árvores, cavalos, vacas e por diversas vidas pecaminosas e miseráveis, chega à raça dos homens e nasce como corcunda, pessoa feia, anão ou um chandala pukkasa (castas inferiores). Hinduísmo apresenta um método para escapar dessa cadeia interminável de reencarnações. No entanto, alguns ramos do hinduísmo têm a noção de inferno, um lugar onde terminam as pessoas excepcionalmente pecadoras para serem punidas. O Hinduísmo acredita em 21 infernos em que podem reencarnar aqueles que tenham cometido falhas mortais. O Bhagavad Gita (incluído no épico sânscrito Mahabharata), diz: "O inferno tem três 72
portas: Luxúria, ira e cobiça". E neles caem os "homens de natureza demoníaca" até serem aniquilado. Alguns hindus creem nas chamadas Patalas, que são as regiões subterrâneas e infernais e também se chama particularmente Patala a última e mais profunda destas sete regiões. As patalas vêm a ser como os purgatórios e neles reina Yama, divindade a quem servem muitos seres que se ocupam de distintos ofícios, entre os quais está o de seguir o curso das enfermidades e apoderar-se das almas que pereceram nos combates e acidentes, apresentando-as ao tribunal de Yama. Nas Patalas há um registro onde se anotam todas as ações dos homens, o qual se leva em conta para que as almas sejam levadas a uma ou outra dos Patalas, segundo suas culpas. (Alguém lembrou do livro da vida dos cristãos e dos círculos infernais de Dante? Quem plagiou quem?) Os castigos que os condenados recebem são terríveis, como os de fazer o condenado passar pelo buraco de uma agulha, andar sobre o fio de uma espada e com as mãos amarradas, expor o condenado aos bicos dos abutres e de outras aves de rapina, suportar grandes pesos, nadar em charcos de líquidos asquerosos, etc. Passado o tempo de purgação, ou ao fim de um yuga (era), quando mudam as coisas, a alma passa a habitar o corpo de um animal, depois de outro e, por fim, o de um homem. Depois de uma série de metempsicoses, se une ao grande ser que é a alma universal do mundo. De novo:
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Como você tem certeza de que o seu “Inferno” é o verdadeiro e não os dos hindus? Já imaginou por um segundo que você possa estar errado e ser o produto de múltiplas reencarnações anteriores? Em que se baseia para afirmar o contrário? Você, obviamente, dirá que é descabelado isso de reencarnar em seres superiores e inferiores de acordo com o comportamento em vida. Para qualquer pessoa sensata parece tão idiota como pretender, sem nenhuma evidência confiável, que se aceitamos o que nos diz um livro anacrônico de mais de dois mil anos iremos para um lugar mágico e celestial onde viveremos para sempre ao lado de um papai do céu invisível, mas se não cumpre o que esse deus invisível deseja, ele também te castiga para sempre com dores e sofrimentos indescritíveis. Não lhe parece que ambas as opções são absurdas, idiotas e engraçadas?
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4 - O Inferno do Budismo.
A maioria das pessoas pensam que o Budismo não tem infernos, já que a vida, morte e reencarnação se encontram ciclicamente envoltas no chamado “Samsara” ou roda da vida. Entretanto, (e dependendo do tipo de Budismo) há locais de expiação e limpeza onde as almas se purificam para ascender a planos e reencarnações superiores. A felicidade entre os Budistas é um nível superior de ser ao qual hoje em dia se conhece como o NIRVANA e significa “estado de desconexão”. A doutrina Budista ensina que a raiz de nosso próprio sofrimento se encontra no desejo, por consequência, aqueles que conseguem romper com as cadeias do desejo serão 75
compensados com o Nirvana, um estado de completa extinção do “si mesmo”, de felicidade suprema que se encontra mais além da morte. Entretanto, aqueles que não rompam com as cadeias do desejo continuarão então atrelados ao movimento contínuo da Roda do Samsara; vivendo a vida em sofrimento com momentos esporádicos de alegria e regressando vida após vida a reviver as mesmas cenas e dramas junto com suas consequências boas e más. E enquanto estiverem presos à Roda do Samsara, cada nova vida será adaptada às novas circunstâncias, boas e más, segundo o que determine para eles a Lei do Karma, chamada também Lei da retribuição ou de causa e efeito. O colar de Buda tem 108 contas, símbolo da quantidade de vidas que se entrega a cada ser para que trabalhando de forma sucessiva, alcance a felicidade da liberação: o Nirvana. Aqueles que não consigam tal trabalho em 108 vidas ingressam lamentavelmente no NARAKA, (o mundo dos infernos) onde seria seu próximo nascimento; nascem nos mundos infernais para pagar as dívidas que tenham pendentes com os Grandes Mestres do Karma. Naraka é o vocábulo sânscrito correspondente ao inframundo e é lugar de tormentos. É um dos seis reinos de existência de maior sofrimento em toda a cosmologia budista. Segundo o budismo, um ser nasce num Naraka como resultado direto de seu karma prévio (consequência de seus pensamentos, suas palavras e suas ações), e reside nele por um período determinado, até que seu karma tenha se esgotado. Depois poderá renascer em algum dos mundos superiores, como resultado de um karma anterior. A mentalidade de um ser no inferno corresponderia a um estado de extremo terror, desamparo e angústia.
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Fisicamente, o reino dos Narakas se encontra ao longo de uma série de redes de cavernas que se estendem por baixo do Yambu Dwipa (o mundo humano normal), no interior da Terra. Existem diferentes maneiras de classificar os distintos Narakas e descrever seus tormentos. Uma das mais comuns é a dos Oito Narakas gelados e dos Oito Narakas ardentes. Depois passam pelo AVITCHI (a esfera do sofrimento ininterrupto) e culminando com o MAHAPADMA, o mundo frio onde os defeitos de tipo psicológico se rompem em pedaços expondo seus órgãos e estes últimos, ao congelar-se também se fragmentam indicando a dissolução total. Algumas pinturas do inferno na tradição budista mostram certas semelhanças com as do inferno cristão da Idade Media e com os mundos dolorosos de muitas outras culturas. É mostrado como um lugar de dor e tormento intensos, onde se submete suas 77
vítimas às torturas mais cruéis, as quais são infligidas e dirigidas por demônios. Todo este mundo está em chamas, é insuportavelmente quente, embora abaixo existam regiões com um frio intenso que produz os piores sofrimentos. O inferno consiste de subplanos, cada um se especializa em um tipo particular de sofrimento equivalente ao tipo de ação inadequada (similar os círculos infernais de Dante). No budismo popular, estes subplanos são frequentemente descritos com riqueza de detalhes. Há, por exemplo, o inferno da imundície, onde se revolvem no lodo os corruptores de inocentes, enquanto são devorados por vermes gigantes. Os torturadores e assassinos são atravessados com uma vara para serem assados, e seus intestinos são destruídos por pássaros com bicos de aço. A morada no Naraka não é eterna. Não existe algo como a condenação eterna ao mundo infernal.
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5 - O Inferno do Taoísmo e religiões tradicionais Chinesas
O Taoísmo antigo não tinha o conceito de inferno, já que a moral era vista como uma definição feita pelo homem, também não existia o conceito de uma alma imaterial. Depois o taoísmo adotou os princípios de outras religiões, originando a crença popular do “Inferno” taoísta, dotado de muitas divindades e espíritos para castigar o pecado em uma variedade de maneiras horríveis. Isto também se considera Karma para o taoísmo. Creem no chamado Diyu, que é um purgatório que serve para castigar e para a renovação dos espíritos na preparação da reencarnação em sua próxima vida. Muitas divindades, cujos nomes e propósitos são muito contraditórios, são associadas com o Diyu. O Diyu se baseia em uma combinação do conceito budista 79
do Naraka, nas crenças tradicionais chinesas sobre a vida futura e numa variedade de crenças populares e na reinterpretação destas tradições. O Diyu é tipicamente representado como um labirinto subterrâneo com vários níveis e câmaras aonde as almas vão depois da morte para expiar os pecados que cometeram quando estavam vivos. O número exato dos níveis de Diyu e suas divindades associadas diferem muito entre as interpretações budistas e taoístas. Alguns falam de três ou quatro "tribunais", enquanto outros mencionam "Dez tribunais do Inferno", cada um deles dirigido por um juiz (coletivamente conhecidos como os Dez Reis Yama); outras lendas chinesas falam de dezoito níveis de inferno. Cada corte judicial se ocupa de um aspecto diferente da expiação e de castigos diferentes. A maioria das lendas diz que os pecadores são submetidos a horríveis torturas até sua "morte", após o que é restaurado a seu estado original e se repete a tortura.
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6 - O Inferno do Xintoísmo.
O Xintoísmo é o nome da religião original, nativa do Japão. Inclui a adoração dos kami, os espíritos da natureza. O xintoísta entende o nascimento como a aparição do mundo invisível no mundo visível pelo poder místico da vida. E se refere à morte como o desaparecimento ou ocultamento do mundo visível no mundo invisível. O nascimento e este mundo visível são realidades positivas, enquanto que a morte e o outro mundo são simplesmente aspectos negativos do primeiro. O xintoísmo não tem uma definição precisa do que acontece após a morte. (Não há um equivalente cristão como "céu" e "inferno".). 81
Embora a morte seja considerada "uma maldição, uma tragédia, uma desgraça", a ideia predominante é que o morto se converte em um espírito que pode conceder bendições a uma família. (Semelhante à idolatria dos católicos aos mortos, sejam santos ou pessoas comuns) Se diz que "os homens deste mundo continuam vivendo depois da morte e continuam recebendo as bênçãos dos deuses, ou seja, dos espíritos do céu e da terra. Também, com nossas almas incorpóreas, vivem juntos esta vida como homens". São importantes os mitos do Kojiki e o Nihonshoki (kiki Shinwa). Estes mitos falam de uma alta planície celestial (Takama-nohara), onde residem os diferentes kami, mas não existe nenhuma relação entre este reino e os mortos. Nas antigas lendas japonesas, frequentemente se afirma que os mortos vão a um lugar chamado Yomi (黄泉), um reino subterrâneo sombrio com um rio que divide os vivos dos mortos, que é mencionado na lenda de Izanami e Izanagi. Este Yomi está muito perto do Hades dos gregos (plagiado pelos cristãos), no entanto mais adiante incluem mitos sobre o conceito da ressurreição como na lenda de Okuninushi y Susanoo. Ao Yomi é para onde vão os mortos para aparentemente apodrecer indefinidamente. Uma vez que alguém tenha comido no lugar do Yomi é impossível voltar à terra dos viventes. Este reino dos mortos parece ter continuidade geográfica com este mundo e certamente não pode ser considerado como um paraíso ao qual alguém aspira, nem pode ser descrito como um inferno onde se sofre castigo pelas ações passadas, mas onde todos os defuntos levam a cabo uma existência triste e sombria perpetuamente, independentemente de seu comportamento na vida. Muitos estudiosos creem que a imagem do Yomi é derivada das antigas tumbas japonesas onde os cadáveres eram deixados para se decompor-se por algum tempo. 82
O xintoísta tende a manter pontos de vista negativos sobre a morte e veem os cadáveres como uma fonte de contaminação chamada "kegare". Entretanto a morte é também vista como um caminho para a apoteose, o que pode ser evidenciado em indivíduos legendários que foram consagrados depois da morte. Talvez o mais famoso seja o imperador Ojin, que foi consagrado como deus da guerra depois de sua morte.
7 - O Inferno do Zoroastrismo O Zoroastrismo é a religião e filosofia baseada nos ensinamentos do profeta e reformador iraniano Zoroastro (Zaratustra), que reconhece como divindade a Ahura Mazda, considerado por Zoroastro como o único criador incriado de tudo. Seus textos sagrados são o Zend Avesta. O Zoroastrismo já se praticava por tribos da língua iraniana que se instalaram no Turquestão ocidental entre o II e o I milênio AEC. E possui atualmente mais de 2,6 milhões de seguidores no mundo. O Zoroastrismo historicamente tem sugerido vários possíveis destinos para os maus, incluindo a aniquilação, a purificação em metal fundido e o castigo eterno; todos os quais se encontram nos escritos de Zoroastro. A escatologia do Zoroastrismo inclui a crença de que as almas más permanecerão no inferno até após a chegada de três salvadores com mil anos de intervalo entre cada um, quando Ahura Mazda reconcilia o mundo, destruindo o mal e trazendo a ressurreição das almas atormentadas à perfeição. Os sagrados Gathas (cantos) mencionam uma "Casa da Mentira" para aqueles "que são de domínio do mal, de más ações, más palavras, maus pensamentos, mentirosos". No entanto o texto de Zoroastro que descreve o inferno em detalhes é o Livro de Arda 83
Viraf; onde descreve castigos para determinados pecados particulares; por exemplo: ser pisoteado pelo gado, como castigo por deixar de lado as necessidades dos animais de trabalho. Outras descrições podem ser encontradas no livro das Escrituras (Hadhokht Nask), dos juízos religiosos (Dadestan-i Denig) e no Livro das Sentenças do Espírito da Sabedoria (Mainyo-I-Khard). Todos disponíveis na internet. Veja mais: http://www.avesta.org/avesta.html
8 - Infernos de Religiões Ancestrais
1 - O Inferno Egípcio. Os egípcios tinham crenças muito elaboradas sobre a morte e o além-túmulo. Eles acreditavam que os humanos possuíam um ka ou força vital, que abandona o corpo no momento da morte. Durante a vida, o ka recebe seu sustento dos alimentos e bebidas, razão pela qual se acreditava que para se manter depois da morte, o “ka” devia continuar recebendo as oferendas de alimentos, já que a essência espiritual as poderia consumir. Além disso, cada pessoa tinha um “ba” (figura ao lado), o conjunto de características espirituais únicas para cada indivíduo. Sendo o “akh”, o deus interior ou potencial divino. Se o ka não for conservado corretamente (que era o dever dos sacerdotes de Anubis, deus da transição), então não é possível chegar à transição no reino de Osiris, e o espírito vagará como um dejeto. Anubis colocará o ba ou o coração em uma balança 84
contrapesada por uma pluma de ave, que representa o conceito de Maat. Se o coração não estivesse carregado de conflitos e com a culpa de ter uma vida de desordem e desorganização; então é suficientemente puro para entrar no reino Aru governado por Osiris e estará em paz. Se não, então Osiris o entrega ao demônio Amit; e sem seu ba, é condenado a não conhecer a paz de Aru e estará sujeito aos tormentos dos filhos de Apep (Apophis), a serpente original do caos e a fonte da obscuridade espiritual. Um inferno na terra.
O simbolismo da serpente na Bíblia é com certeza de origem egípcia, assim como o conceito dos demônios que estão no lago
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de fogo, assim como ao devorador Amit, que se dizia ser o guardião de um lago de fogo. Na religião egípcia, o inframundo não era considerado o mal em si mesmo. Eles o consideravam tanto como um lugar de morte ou renascimento. Morre-se aqui para talvez renascer em Aru. Viam o lugar da morte como a fonte da vida.
2 - O Inferno Grego.
O Hades é na realidade o nome do deus dos mortos e governante do inframundo, mas o nome acabou tão associado ao lugar que Hades é também o lugar para onde vão os mortos. Hades governa este mundo com Perséfone (a quem sequestrou de sua mãe, a deusa Deméter) e uma série de outras figuras como Thanatos, 86
Hypnos, Caronte y Cérbero (cão de três cabeças que custodia o Hades). Hades representa o lugar de castigo eterno para os maus, onde os pecadores são postos em situações horríveis. Exemplo disso é ser submetido por Tício, enquanto um abutre come seu fígado, sedento e faminto, mas não pode comer a fruta que está acima de sua cabeça ou beber a água a seus pés, e Síssifo o obriga a empurrar uma rocha morro acima só para que ela regresse de novo mais uma vez e por toda a eternidade. Os antigos Gregos também acreditavam na existência do “Tártaro”. Era um lugar profundo, sombrio, um poço ou um abismo utilizado como calabouço de castigo e do sofrimento que vive por debaixo do mundo. Platão (c. 400 AEC) escreveu que as almas foram julgadas depois da morte e os que receberam o castigo foram enviados ao Tártaro. Assim como outras entidades (como a terra e o tempo), o Tártaro é uma força primordial ou divindade. O Tártaro foi utilizado como prisão para o pior dos vilãos, incluindo Cronos e os outros Titãs, que foram lançados por Zeus. Gea e Urano também lançaram seus próprios filhos no Tártaro, porque eram muito feios. Originalmente, o Tártaro era utilizado unicamente para confinar nele os perigos que ameaçavam os deuses do Olimpo. Em mitologias posteriores, o Tártaro se converteu no lugar onde se castigava o penitente de acordo com o delito cometido, semelhante ao inferno da mitologia cristã.
3 - O Inferno Romano Na mitologia Romana, a entrada ao Inframundo está localizada no Averno, uma cratera próxima a Cumas, foi a rota usada por Eneias 87
para descer ao reino dos mortos. “Averno” pode ser usado como referência a todo o inframundo. Os Inferi Dii eram os deuses romanos do inframundo. Virgílio o descreve na Eneida como um lugar gigantesco, rodeado pelo rio Flegetonte que estava sempre em chamas e com muralhas triplas para evitar que os pecadores escapassem dele. Está custodiado por uma hidra com cinquenta enormes faces negras, que se encontra em uma porta rangente protegida por colunas de diamantina sólida (uma sustância similar ao diamante) tão forte que nada o pode cortar ou atravessar. No interior há um castelo com muros largos e uma alta torre de ferro. Tisífone, uma das Erinias, que representa a vingança, fica de guarda na parte superior desta torre com um látego. Há um poço dentro do qual se diz que se estende terra adentro duas vezes mais longe que a distância até o Olimpo. Na parte inferior desta fossa se encontram os Titãs, os filhos gêmeos de Aloeus e muitos outros pecadores. Ainda mais pecadores estão contidos dentro do Tártaro, com penas similares às da mitologia grega.
4 - O Inferno do Oriente Próximo Antigo As culturas da Mesopotâmia (incluindo Suméria, o Império Acádio, Babilônia e Assíria), os hititas e os Cananeus revelam algumas das primeiras provas da noção de um mundo inferior ou inframundo. Dentre os poucos textos que sobreviveram destas civilizações, esta evidência aparece na “Epopeia de Gilgamesh”, e "Descida de Inanna ao inframundo", "Baal e o Inframundo", a "Descida de Ishtar" e a "Visão de Kumma”.
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5 - Infernos das tribos Africanas Os Infernos da África incluem a mitologia dos Haida ou "Hetgwauge" e o inferno da mitologia swahili (kuzimu). A religião Serer rejeita a noção geral de céus e inferno; mas aceitam que os antepassados que morreram há tempos estão em um lugar muito próximo do céu. A rejeição e tornar-se uma alma errante é o mais parecido ao inferno após deixar este mundo. As almas dos defuntos devem fazer seu caminho a Jaaniw (a morada sagrada da alma). Só aquelas que viveram suas vidas na terra de acordo com as doutrinas Serer serão capazes de fazer esta viagem necessária e, portanto serem aceitas pelos antepassados. Aqueles que não possam fazer a viagem se perdem e se convertem em almas errantes, mas não se queimam em um "inferno de fogo". ___________________________________________________ Como não é difícil de notar, praticamente todas as religiões inventaram uma espécie de “lugar especial de castigo” para onde irão as almas depois da morte do corpo. Isto é perfeitamente compreensível, já que a injustiça da vida sempre tem estado presente e crer que depois de morrer os maus serão castigados de alguma maneira, é uma forma de paliar um pouco esse sentimento de impotência diante da injustiça e do mal que nos rodeia a todos. Então caro crente cristão, a ideia de um “Inferno” de castigo onde há diabinhos atormentando e queimando os pecadores, não é exclusiva de sua religião ou de seu deus; mas poderíamos dizer que é a expressão de todas as culturas da história da humanidade diante dos males que ocorrem durante a vida. Então não se sinta muito especial. 89
Fontes: http://mitologiayleyendas.ning.com/profiles/blogs/el-naraka-losmundos-infiernos?xg_source=activity http://en.wikipedia.org/ http://death.findyourfate.com/life-after-death/shinto.html http://dragonintuitive.com/egyptian-soul-and-hell/ http://www.neatorama.com/2007/03/23/heaven-and-hell-accordingto-various-religions/ 'La rueda, el espiral y la mándala', Subhuti http://www.islamreligion.com/es/articles/344/ http://es.wikipedia.org/wiki/Patala http://es.wikipedia.org/wiki/Samsara#El_sa.E1.B9.83s.C4.81ra_en_el_ hinduismo http://enbuscadedios1969.blogspot.gr/2012/01/la-ensenanza-hindusobre-el-infiernocap.html
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7 - Para qual inferno irei? >>>
Ser condenado ao castigo infernal do Deus de amor não é algo exclusivo dos ateus, muitos crente, possivelmente a maioria deles, seguramente fará companhia aos ateus no tormento eterno, pois sabemos que só o fato de “crer que Deus existe” não é nenhuma garantia de salvação. Do ponto de vista cristão, para qual inferno irão os ateus e os não salvos? Porque, se o crente não sabe, há muitos “infernos” ou pelo menos várias versões dele segundo a Bíblia, assunto que complica e confunde qualquer um, o que pode ser um sério problema para a salvação do crente.
Desde pequeno os cristãos são bitolados de que existem apenas duas opções simples e radicais: se é bom será premiado com o céu, mas se é mau vai para o inferno sofrer por toda a eternidade. Simples… Não? 91
Não. Não é tão simples.
O que a Bíblia nos diz e o que circula entre as crenças populares é que há vários locais parecidos com o inferno ou parte prévia para chegar ao verdadeiro lugar de castigo. Confuso? Pois então vamos repassar rapidamente um pouco sobre este assunto estranho e ambíguo dos diferentes “infernos”.
1 - Lugares prévios ao Inferno de sofrimento eterno. O Purgatório. É um lugar totalmente inventado pelos Católicos, onde absolutamente todos os seres humanos, após a morte, irão expiar ou “purificar” seus pecados banais, que mesmo não merecendo a condenação eterna, é necessário limpá-los para entrar no céu. O Limbo. Outro lugar inventado, para onde supostamente irão as crianças que morrem sem serem batizadas e não receberam a bênção ou palavra de Jesus. Alguns inventam também que é para onde vão também as pessoas que, por razões de cultura diferente ou época, nunca receberam “a palavra de Deus”; entre estes estão os dementes e loucos, os aborígenes e indígenas, os que nasceram em uma zona aonde nunca chegou a “fé cristã”, etc. Um dia o Vaticano se deu conta do incrivelmente absurdo que era crer na existência de um lugar assim e decidiram simplesmente eliminálo, ou seja, na realidade nunca existiu, deixando os fiéis iludidos e muito decepcionados. O Seio de Abraão ou Limbo dos Profetas 92
Outro desses estranhos lugares prévios ao céu/inferno aonde vão todas as pessoas boas que viveram antes da chegada de Jesus e sua “nova” doutrina montada com diversos plágios. Neste caso não seria um tipo de inferno, mas uma espécie de pré-céu. Entre os que se encontram neste lugar estão Abraão, Noé, Moisés, o rei Davi e todos os juízes e profetas do Antigo Testamento. Só há uma referência do “Seio de Abraão” na Bíblia e é em uma suposta parábola!
2 - Sinonímias e paralelismos com o “Inferno” Há uma série de lugares e termos que a Bíblia nos mostra e que fazem recordar o inferno. Sempre há muitas discussões entre os próprios crentes para definir se estes lugares são “infernos” como tal. Ao que parece nem mesmo entre eles conseguem se colocar de acordo sobre o lugar para onde vamos nós, os pecadores, após a morte. Vejamos alguns deles:
Hades
Hades
Este termo provém do Deus grego “Hades” (ᾍδης) cujo domínio e reino era o inframundo, também chamado Tártaro; lugar de tormento e sofrimento eterno para onde iam as almas pecadoras após a morte. Os primeiros cristãos utilizaram a palavra grega “Hades” para traduzir a palavra hebraica “Sheol”.
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Por isso vemos como em Atos se copia ao pé da letra um versículo de Salmos apenas trocando a tradução de “Seol” ao Grego. Atos 2:27 Porque não deixarás a minha alma no Hades, Nem permitirás que o teu Santo veja a corrupção. Salmos 16:10 Pois não abandonarás a minha alma ao Cheol, Nem permitirás que o teu santo veja a corrupção.
A palavra "Hades" se encontra 11 vezes no Novo Testamento e se entende normalmente como "a morada dos espíritos mortos", onde não há sofrimento (ou seja, é só uma espécie de sepultura de inconsciência total), exceto em um versículo, que se encontra na absurda história do “Rico e Lázaro”, onde o Hades parece ser um lugar de desespero e sofrimento bastante profundo. No apocalipse o Hades é lançado no “lago de fogo” (¡!?? Seria o deus Hades ou o monstro de 3Baruc?) Isto parece indicar definitivamente que o Hades NÃO é um inferno de sofrimento como tal, mas uma simples “vasilha” ou lugar onde os mortos estão sem fazer nada até a hora do Juízo final. Apocalipse 20:13-14 13 - O mar entregou os mortos que nele havia; a morte e o Hades entregaram os mortos que neles havia; e cada um foi julgado segundo as suas obras. 14 - A morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo.
Algumas traduções de 1Coríntios 15:55 mudaram a palavra “Morte” por “Hades”: Isto é interessante porque há livro apócrifo que descreve como é esse “Hades”; o livro é “3 Baruc”, também chamado “O apocalipse 94
grego de Baruc”, que se acredita ter sido escrito depois do ano 130 ou talvez tão tarde como a princípios do terceiro século ou ainda além. É atribuído a Baruch ben Neriah. Este livro descreve o estado de Jerusalém depois do saque por Nabucodonosor em 587 AEC e explica como pôde sobreviver o judaísmo, quando o templo já não existia. Aqui o Hades é descrito como um obscuro monstro-serpente ou dragão que bebe um codo de água do mar por dia e possui 200 pletros de comprimento. (Um “Pletro” é uma “milha Grega” e mede aproximadamente 32 metros).
Na América, depois do ano 1200, o Hades é às vezes traduzido como Purgatório. A igreja Ortodoxa Oriental afirma que, "depois que a alma abandona o corpo, viaja à morada dos mortos (Hades)”. Há exceções, como a Mãe de Deus, que foi levada pelos anjos diretamente ao céu, mas todos os demais devemos permanecer neste estado de espera. A igreja Católica Romana apresenta a palavra latina “infernus” ou "Infernum" (subterrâneo) que indica a morada dos mortos e, portanto, utiliza como equivalente da palavra grega "ᾅδης" (Hades). As opiniões dos luteranos e anglicanos variam. Martinho Lutero considera o Hades como um lugar de sonho: "É suficiente para nós saber que as almas não deixam que seus corpos sejam ameaçados pelos tormentos e peas penas do inferno, mas entrar em um dormitório preparado onde dormem em paz".
É difícil dizer com precisão, mas o Hades parece ser a antítese do “seio dos profetas”, no Hades vão parar as almas dos pecadores e no seio de Abraão as dos justos, enquanto esperam o juízo final. Cabe destacar que para muitos cristãos o Hades é um simples 95
sinônimo de “inferno” e em quase todas as Bíblias a palavra já foi substituída por “inferno”.
Distorcer a “palavra” para camuflar mitos e lendas através de tradução após tradução é a regra cristã padrão.
Seol O Seol é uma palavra hebraica ֹוראְׁלque se traduz como "tumba", "poço", ou "morada dos mortos". Segundo o Antigo Testamento é um lugar de obscuridade para onde vão todos os mortos, tanto os justos como os injustos e que, apesar do comportamento em vida, é um lugar de quietude e obscuridade separado de Deus. Aparece 65 vezes nas Escrituras Hebraicas. Os habitantes do Seol eram as "sombras" (Segundo algumas crenças, estes são os refaitas ou os gigantes de Nefilim), entidades sem personalidade ou força. E que em algumas circunstâncias poderiam colocar-se em contato com os vivos, como a pitonisa de Endor, que contatava com a sombra de Samuel. Durante o período do Segundo Templo (aproximadamente 500-70 AEC) estas ideias sobre o Seol se ampliaram, já que em alguns textos o Seol é o lugar dos justos e dos injustos, mas separados em compartimentos respectivos. Para outros, se tratava de um lugar de castigo, destinado somente para os ímpios que morriam. Quando as escrituras hebraicas foram traduzidas ao grego, a palavra "Hades" substituiu o Seol Hebreu. Bem, parece bastante claro: os Israelitas acreditavam que ao morrer as almas iam para um lugar similar a uma tumba, onde 96
não havia castigos nem penas. Ou seja, NÃO acreditavam no inferno ou em um lugar de sofrimento eterno.
Geena Geena (em Grego: γέεννα e em hebraico: )םנהגé um termo que se utiliza para descrever um lugar fora da antiga Jerusalém conhecido como vale de Hinom, que é um dos vales principais que rodeavam a cidade velha. Segundo a Bíblia, este foi o lugar para onde iam inicialmente os israelitas apóstatas e os seguidores de diferentes deuses como Baal ou Moloque para sacrificar seus filhos com fogo (2 Crônicas 28:3: 33:6; Jeremias 7:31; 19:2-6). Também era o lugar onde a cidade queimava seu lixo, então sempre havia chamas e fogo ali. O Vale de Hinom é também o lugar tradicional do campo do alfarero comprado pelos sacerdotes depois do suicídio de Judas, com o "dinheiro de sangue" com que Judas foi pago por trair Jesus. Nas escrituras judaicas, cristãs e islâmicas, Geena é o destino dos ímpios.
3 - Vejamos algo muito interessante. Notamos que na versão da Bíblia Reina Valera 1960 (em espanhol) se traduz a palavra grega “Gehena” (γέενναν) como “inferno”, deixando notar que se refere ao inferno que todos nós imaginamos. NUNCA utilizam a palavra Geena. O mesmo ocorre com o resto das versões. Seria para não relacionar com o Vale de Hinom real? 97
Vale de Hinom atual. Mateus 5:22 Mas eu vos digo que todo aquele que se ira contra seu irmão, estará sujeito a julgamento; e quem chamar a seu irmão: Raca, estará sujeito ao julgamento do sinédrio; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito à geena de fogo. Mateus 5:29 Se o teu olho direito te serve de pedra de tropeço, arranca-o e lançao de ti; pois te convém mais que se perca um dos teus membros, do que todo o teu corpo seja lançado na geena. Mateus 5:30 Se a tua mão direita te serve de pedra de tropeço, corta-a e lança-a de ti; pois te convém mais que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo vá para a geena. Mateus 10:28 Não temais aos que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer na geena tanto a alma como o corpo. Mateus 18:9 Se o teu olho te serve de pedra de tropeço, arranca-o e lança-o de ti; melhor é entrares na vida com um só dos teus olhos, do que, tendo dois, seres lançado na geena de fogo.
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Mateus 23:15 Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! porque rodeais o mar e a terra para fazerdes um prosélito; e depois de feito, o tornais em dobro mais filho da geena do que vós. Mateus 23:33 Serpentes, raça de víboras! como escapareis da condenação da geena? Marcos 9:43 Se a tua mão te servir de pedra de tropeço, corta-a; melhor é entrares na vida manco, do que, tendo duas mãos, ires para a geena, para o fogo inextinguível. Marcos 9:45 Se o teu pé te servir de pedra de tropeço, corta-o; melhor é entrares na vida aleijado, do que, tendo dois pés, seres lançado na geena. Marcos 9:47 Se o teu olho te servir de pedra de tropeço, arranca-o; melhor é entrares no reino de Deus com um só de teus olhos, do que, tendo dois, seres lançado na geena, Lucas 12:5 Mas eu vos mostrarei a quem haveis de temer: Temei aquele que, depois de matar, tem poder de lançar-vos na geena. Sim, digo-vos: Temei a este. Tiago 3:6. E a língua é um fogo. Como um mundo de iniqüidade está colocada entre os nossos membros a língua que contamina o corpo todo, e incendeia o curso da vida, e é incendiada pelo fogo da geena.
Só em 2 Pedro 2:4 da versão Grega, utilizam a palavra “Tártaro” (ταρταρώσας), que é traduzida sem trocas na Reina Valera como “Inferno”. A versão King James em inglês utiliza como única tradução para Seol, Hades e Gehenna, a palavra inferno. O mesmo vale para quase todas as Bíblias em português atuais. 99
É bastante óbvio que para o Novo Testamento o Geena é sinônimo de Inferno, desse inferno onde iremos sofrer eternamente.
Geena atual. Há religiões, como as Testemunhas de Jeová, que NÃO creem em um inferno literal e que o Geena é só uma referência direta ao Vale de Hinom, sem que tenha relação com um lugar de sofrimento post mortem. Simplesmente é o lugar onde as almas são destruídas sem esperanças de ressurreição. Entretanto, para os judeus a imagem de inferno como lugar de castigo ou destruição dos ímpios se produz com frequência na Mishná. O Geena é considerado um lugar como o purgatório onde os maus vão sofrer até que tenha expiado seus pecados. Afirmase ainda que a quantidade máxima de tempo que um pecador pode passar neste lugar é de um ano, com a exceção de cinco pessoas que estão ali por toda a eternidade. Finalmente, o termo hebraico Gehena se converteu em um nome figurado para o lugar de purificação espiritual para os ímpios mortos do judaísmo. A maioria dos judeus crê que o período de purificação ou castigo se limita a só 12 meses e cada dia de sábado está excluído do 100
castigo. Depois disso a alma ascenderá a Olam Ha-Ba, o mundo por vir, ou são destruídos se em vida foram muito maus. O nome dado ao inferno no Islamismo, Jahannam, deriva diretamente de Geena. O Corão contém 77 referências a Gehena ()جه نم, mas não há nenhuma referência a Hades ()ه يدز.
Inferno Este é o mais conhecido por todos. É o célebre e mítico “Inferno de castigo Eterno”, o lugar para onde irão os pecadores. O “Lago de fogo e enxofre”. O lugar “onde o verme não morre e o fogo não se apaga” (Marcos 9:47-48), onde é “pranto e ranger de dentes” e imperam as trevas e o silêncio da ausência do Deus “onipresente”. (Mateus 13:4950) É comparado a uma espécie de prisão onde há angústia e tormento; e se exclui da presença de Deus (mesmo ele sendo onipresente). O fogo do inferno é a retribuição do pecado e o castigo por rejeitar voluntariamente a Deus; ali não é possível o arrependimento e não há esperança alguma. Como já vimos, nas atuais Bíblias se toma o termo “Geena” como sinônimo de “Inferno”. Segundo a enciclopédia Católica há muitas definições para o que entendemos normalmente como inferno. Além Geena e Hades, encontramos no Novo Testamento muitos outros nomes para o sofrimento dos condenados. É chamado de “inferno menor” (2 Pedro 2:4) “abismo” (Lucas 8:31) “lugar dos tormentos” (Lucas 16:28) “lago de fogo” (Apocalipse 19:20 e outros) “fornalha de fogo” (Mateus 13:42; 50) “fogo inextinguível” (Mateus 3:12 e outros) “Fogo eterno” (Mateus 18:8; 25:41; Judas 7) “trevas exteriores” (Mateus 22:13; 25:30) “nevoeiro” ou “escuridão das trevas” (2Pedro 2:17; Judas 1:13). O estado dos 101
condenados é chamado “destruição” (ἀπώλεια, Filipenses 3:19 e outros) “perdição” (ὄλεθρον, 1 Timóteo 6:9), “destruição eterna” (ὄλεθρον αἰώνιον, 2 Tessalonicenses 1:9) “corrupção” (φθοράν, Gálatas 6:8), “morte” (Romanos 6:21), “segunda morte” (Apocalipse 2:11 e outros). Todas estas diferentes definições resumem o verdadeiro significado: os pecadores sofrerão grandes horrores e angústias no inferno.
Até aqui já conseguimos nos dar conta que esse negócio que ocorre depois da morte, não é tão simples como “Vamos ao Céu ou ao Inferno”, é muito mais complexo e obscuro. As religiões e as próprias divisões dentro de uma religião lutam entre elas para 102
definir este conceito abstrato de castigo ultraterreno. Tudo isso baseado nas absurdas palavras escritas em um livro muito velho e caduco que pretende dizer a seus leitores o que ocorrerá após a morte se não fazem o que esse mesmo livro lhes ordena.
A Bíblia não é clara expondo ao leitor qual e como será seu lugar de castigo.
Por isso, se já parecia absurdo o fato da existência de um “Inferno”, depois de tudo isso nos damos conta de que é muito pior, mas pode piorar ainda mais...
Fontes: http://en.wikipedia.org/wiki/3_Baruch http://en.wikipedia.org/wiki/Hades_in_Christianity http://en.wikipedia.org/wiki/Sheol http://en.wikipedia.org/wiki/Gehenna
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8 - Os Infernos do Cristianismo >>>
Senhor Jesus, posso escolher meu castigo? Como já estamos cansados de saber, a Bíblia não nos oferece uma definição decente e concisa do que é o inferno e de suas 104
características. Tudo é uma salada de termos ambíguos e quase sempre contraditórios, que a única coisa que conseguem fazer é confundir o crente. Lugares como o Seol, o Geenna ou o Hades costumam ser resumidos todos na palavra “inferno”, embora não pareçam significar a mesma coisa. E é precisamente pela confusão existente entre os próprios cristãos sobre a interpretação destes termos Bíblicos, que praticamente cada divisão do cristianismo (e são muitas) possui seu inferno particular com suas características específicas. Pelo que parece, o castigo que o crente cristão condenado receberá, dependerá do ramo cristão a que se ligou.
1 - Inferno Católico Os Católicos se diferenciam do resto das divisões do cristianismo porque eles creem na existência de uma espécie de Pré-Inferno ao qual eles chamam de Purgatório. E este “Purgatório” é algo totalmente inventado por eles, já que não aparece na Bíblia. Ao que parece, para os Católicos o Inferno é tal como o imaginário popular tem acreditado desde sempre: um lugar cheio de fogo e demônios por todos os lados atormentando e queimando os pecadores o tempo todo. As vítimas deste castigo terão angústia e dor eternos. Apesar disto, sempre há opiniões discordantes entre os próprios Católicos e alguns não creem em um “Fogo literal”, mas a Enciclopédia Católica deixa muito claro:
O poena sensus, ou dor de sentido, consiste no tormento do fogo, tão frequentemente mencionado na Sagrada Bíblia. De acordo com a grande maioria dos teólogos, o termo fogo, denota um fogo material, e, portanto, fogo real. Sustentamos estes ensinamentos como 105
absolutamente verdadeiros e corretas. Entretanto, não devemos esquecer duas coisas: De Catarinus (m. 1553) até nossos dias não existiram teólogos que interpretem o termo fogo das Escrituras de forma metafórica, como denotando um fogo incorpóreo; e em segundo lugar, até agora a Igreja não censurou sua opinião. Alguns dos Pais também pensaram em uma explicação metafórica. Entretanto, as Escrituras e a tradição falam repetidamente do fogo do inferno e não há suficientes razões para considerar o termo como uma mera metáfora. O fogo do inferno é chamado repetidamente de eterno e inextinguível. Os condenados padecem a cólera de Deus. As penas do inferno são essencialmente imutáveis; não há intervalos temporais ou alívios passageiros. Alguns Pais e teólogos, em particular o poeta Prudêncio, expressou a opinião de que em alguns determinados dias Deus outorgava aos condenados certa trégua e que, além disso, a oração dos crentes permitia aos condenados outros intervalos de descansos ocasionais. A Igreja nunca condenou esta opinião em termos expressos. Mas agora os teólogos estão unanimemente rejeitando-a. Santo Tomás a condena severamente São Atanásio disse: “Aqueles que têm feito o bem terão a vida eterna e aqueles que têm feito o mal, fogo eterno”. Desta forma, para os Católicos o Inferno é um lugar de sofrimento real onde seremos queimados permanentemente e a dor será insuportável.
Outras páginas católicas dizem: O Inferno é uma crença obrigatória para os Católicos, e é o dos dogmas de nossa fé que apresenta maior número de textos da Sagrada Escritura que o sustentam, nos quais certamente aparece 106
com diferentes nomes (abismo, forno de fogo, fogo eterno, lugar de tormentos, lugar de trevas, geena, segunda morte, fogo inextinguível, etc.). No final das contas, o Inferno forma parte, junto com o Céu e o Purgatório, das opções que nos esperam para a outra vida. Entre os segredos que revelou a Santíssima Virgem Maria aos pastores de Fátima, está uma visão do Inferno, que lhes deu em uma de suas aparições. Dizia Lucia, a vidente de Fátima que morreu já anciã em 2005: "Algumas pessoas, também piedosas, não querem falar às crianças pequenas sobre o Inferno, para não assustá-los. Entretanto, Deus não excitou em mostrar o Inferno a três menores e uma delas contando com apenas seis anos". Por mais que Lucia descreva o que ela e os outros dois videntes viram, não é possível imaginar como é o inferno. O Inferno é um lugar de dor e horror – mais do que podemos pensar e supor – onde são jogadas as almas que na terra desperdiçam as graças de salvação que Deus em Sua infinita Bondade, nos outorga a todos. http://www.homilia.org/inmortalidad/5infierno5.htm O ensinamento da Igreja afirma a existência do inferno e a sua eternidade. As almas dos que morrem em estado de pecado mortal descem aos infernos imediatamente após a morte e ali sofrem as penas do inferno, ''o fogo eterno''. A pena principal do inferno consiste na separação eterna de Deus, em quem unicamente pode o homem ter a vida e a felicidade para as quais foi criado e às que aspira. http://www.teologoresponde.com.ar/respuesta.asp?id=51
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Embora claro, isto parece tão horrível que até mesmo alguns Papas mostram seu desagrado contradizendo-se escandalosamente entre si:
“As imagens com que a Sagrada Escritura nos apresenta o inferno devem ser corretamente interpretadas. Elas indicam a completa frustração e vacuidade de uma vida sem Deus. O inferno indica mais que um lugar, a situação em que chega a encontrar-se quem livremente e definitivamente se afasta de Deus, fonte de vida e de alegria”. João Paulo II
2 - Inferno Ortodoxo. O conceito teológico do inferno ou a condenação eterna, se expressa de maneira diferente no cristianismo oriental e ocidental. A igreja ortodoxa ensina que no céu e no inferno se está na presença de Deus e que não há lugar onde Deus não esteja. No Oriente o inferno não é ensinado como a separação de Deus. Uma expressão do ensinamento oriental é que tanto no inferno como no céu se está na presença de Deus, já que sua presença é um castigo. Para uma pessoa que odeia Deus, estar na presença de Deus eternamente seria o mais grave sofrimento.
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"Os símbolos teológicos do céu e do inferno, não estão toscamente entendidos como destinos espaciais, mas se referem à experiência da presença de Deus de acordo com dois modos diferentes". [36] Alguns ortodoxos orientais expressam opiniões pessoais que parecem ir contra as 109
declarações oficiais da Igreja, o ensino de que o inferno é a separação de Deus. Papanikolaou; Prodromou
A igreja ortodoxa rejeita o ensinamento do purgatório. A doutrina ortodoxa oriental do inferno deriva das palavras universais e dos ensinamentos dos santos e Pais da Igreja. Estes ensinamentos não estão de acordo em todos os pontos e nenhum Conselho Ecumênico aceito pela igreja ortodoxa oriental formulou uma doutrina do inferno, por isso não há nenhum ensinamento oficial. De acordo com Theodore Stylianopoulos, "muitos santos e escritores ortodoxos assumem o ponto de vista padrão sobre o inferno como um lugar de castigo, inclusive por meio de instrumentos materiais, tais como incêndios, seja da alma depois da morte ou da alma e do corpo depois da ressurreição". São João Crisóstomo, descreveu o inferno associado a um fogo que "que nunca se apagará" e "diversos tipos de tormentos e fontes de castigo". Existe muita iconografia ortodoxa que mostra monges subindo por uma escada de 30 degraus até o céu representado por Cristo, ou caindo da escada ao inferno, geralmente representado por um dragão com a boca aberta.
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3 - O Inferno Protestante.
Logo após a separação da igreja Católica durante o renascimento, os Protestantes se dividiram em incontáveis grupos ou seitas e cada uma delas com sua particular maneira de ver a morte e o castigo divino para os pecadores. A grande maioria deles crê em um inferno LITERAL, um lugar horrível e cheio de fogo e demônios que se encarregam de castigar aos pecadores eternamente. Cristãos Evangélicos Cristãos Evangélicos como a maioria dos Protestantes creem:
- Que após a morte, a alma de quem se salvou vai para o céu e a dos que não se salvaram vai ao inferno (com a peculiaridade que o protestantismo nega o purgatório). 111
- Que após a ressurreição da carne, alma e corpo voltarão a juntar-se tanto para quem está nos céus como para quem está nos infernos. - Que o castigo do inferno é eterno e consciente. - Que os que não foram redimidos irão para o inferno e se condenam eternamente sem qualquer chance de resgate. - Que Deus não condena o homem, mas que tal coisa é consequência justa de seu pecado.
Entretanto existem algumas pequenas variações e desacordos entre eles; Por exemplo, João Calvino acreditava na existência consciente depois da morte e tinha um conceito muito diferente sobre o inferno (Hades e Gehenna) comparado com Martinho Lutero que sustentava que a morte era o sonho. Para a maioria das tradições protestantes, o inferno é o lugar criado por Deus para o castigo do Diabo e dos anjos caídos (Mateus 25:41), e daqueles cujos nomes não estão escritos no livro da vida (Apocalipse 20:15). É o destino final de toda pessoa que não recebe a salvação, onde serão castigados por seus pecados. As pessoas serão enviadas ao inferno depois do juízo final.
"Mas os ímpios, que não conheceram Deus, nem obedecem ao evangelho de Jesus Cristo, serão lançados no tormento eterno, e à pena de eterna perdição peça presença do Senhor, e da glória de seu poder." (Confissão de Westminster; do Juízo Final. 1646).
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De fato, a crença em um “inferno literal de fogo e enxofre” tem sido desde sempre uma potente arma para manipular e submeter fiéis por parte de muitos grupos protestantes. Os Adventistas do Sétimo Dia Os Adventistas do Sétimo Dia creem na “Imortalidade condicional”. Os maus não vão sofrer o tormento eterno no inferno, mas serão destruídos de forma permanente. Porém – sadicamente – os maus serão castigados por seus pecados no lago de fogo antes de serem aniquilados. O ponto de vista dos Adventistas é que esses textos bíblicos se referem às forças destrutivas que se empregam e os resultados deste castigo como eterno, e não que os maus especificamente experimentarão um tormento consciente por toda a eternidade. Para os adventistas os mortos permanecerão em um estado inconsciente até a segunda vinda de Cristo, momento em que serão ressuscitados. Testemunhas de Jeová As TJs creem que a Bíblia mostra "O inferno", como a tradução de "Seol" e "Hades", para ser a fossa comum da humanidade, tanto 113
para os bons como para os maus. (Eclesiastes 9:10), enquanto que "Gehena" significa a destruição eterna ou a aniquilação (Mateus 10:28), e que a ideia de um lugar de tormento eterno é algo detestável a Deus, incompatível com seu amor. (1 João 4:8; Jeremias 32:35). Leia mais sobre o imenso amor de Deus.
TJs rejeitam o conceito tradicional de "fogo do inferno". Consideram que os que morrem serão julgados durante o que a Bíblia chama "o Dia do Juízo", em referência à regra dos 1.000 anos de Cristo. Eles entendem Apocalipse 20:13 "e a morte e o inferno (Hades) deram os mortos que neles havia;” - no sentido de que os que estão no inferno não permanecem ali indefinidamente. O Hades se esvazia durante o juízo do Apocalipse. Uma diferença particular que afeta a sua crença sobre o inferno é sua crença sobre a alma. Diferente das religiões que creem que a 114
alma é algo imortal (ou "condicionalmente imortal") que vive depois da morte, as TJs creem que a alma é a própria ou a vida da pessoa, em referência à tradução literal dos termos em: Ezequiel 18:4 Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá. Comparados com: Gênesis 2:7 E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente. E: Gênesis 3:19 No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes a terra; porque dela foste tomado; porquanto é pó e em pó te tornarás.
As TJs creem que a morte é um estado de não-existência e sem consciência. Não há inferno de tormento de fogo. Hades e Seol se entendem como se referindo à condição da morte, a denominada fossa comum. Para eles o inferno é uma doutrina falsa de origem pagã. Mórmons (Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ou SUD)
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A igreja Mórmon ensina que a palavra inferno é usada ao menos em dois sentidos. O primeiro é um lugar normalmente chamado “a prisão do Espírito”, que é um estado de castigo para aqueles que rejeitam a Cristo e sua expiação. Isto se entende como um estado temporal onde os espíritos de pessoas mortas receberão o ensino do evangelho e terão a oportunidade de arrepender-se e aceitar as ordenanças da salvação. A igreja SUD explica as descrições bíblicas do inferno como "eterno" ou o castigo "sem fim" como uma forma de imposição de Deus em lugar de um período temporal interminável. Os SUDs também creem em um conceito mais permanente do Inferno, conhecido normalmente como “as trevas exteriores” . Diz-se que muito poucas pessoas que viveram na terra serão enviadas e esse inferno, mas os Mórmons sugerem que pelo menos Caim estará presente. Outros 116
mortais que durante sua vida se converteram em filhos da perdição e os que cometem pecado imperdoável, serão enviados ás “trevas exteriores”. Ensina-se que o pecado imperdoável é cometido por aqueles que "Negam o Filho depois que Pai o há revelado". Entretanto, a grande maioria dos residentes das trevas exteriores será o “Diabo e seus anjos e a terceira parte das hostes do céu”, que na pré-existência nunca receberam um corpo mortal. Os habitantes das “trevas exteriores” são os únicos filhos de Deus, que não receberão um dos três reinos de glória no Juízo Final.
Leia mais sobre os Mórmons >>>>
Caro crente cristão, é necessário admitir algo: mesmo que você creia na existência de Deus, que Jesus é o salvador da humanidade e blá blá blá; isto não lhe garante que sairá numa boa no Juízo Final e irá tão fácil ao Paraíso; todos sabem que só o fato de “crer” não é suficiente para garantir a salvação. Portanto, há uma boa possibilidade de que você, mesmo sendo cristão, vá para o inferno. Mas anime-se, pois tem algo a seu favor! Caso se veja no Inferno, dependendo do tipo de cristianismo que escolheu seguir em sua vida (católico, ortodoxo, protestante, TJ, Mórmon, etc.), assim será o tipo de Inferno/castigo que padecerá. Então não seja ingênuo, pelo menos se assegure de que se não vai para o Paraíso, pelo menos vá para um Inferno onde não sofrerá muito, escolhendo a divisão cristã cujo castigo não seja tão doloroso. Desta maneira terá coberto todos os lados: Crê em Deus, Crê em 117
Jesus, está em uma religião cristã, se for salvo vai ao paraíso e se for condenado pelo menos seu castigo não será intenso. As probabilidades de que exista um inferno ou um céu; ou ao menos um Deus castigador são mínimas, insignificantes demais para perder tempo com elas. No final das contas os incrédulos não terão perdido um tempo valioso da única vida que possuem adorando um ser invisível que nos dará um castigo inexistente. Fontes: http://en.wikipedia.org/wiki/Christian_views_on_Hell http://en.wikipedia.org/wiki/Christian_conditionalism
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9 - Jesus no Inferno? >>>
1 - Entre o absurdo e as desculpas descabeladas Até Jesus trollando com a farsa do Inferno! Vamos dar uma olhada em uma das mais doidas e irracionais invenções do alucinante mundo cristão que, como sempre, tem provocado enfrentamentos entre eles mesmos, além de especial diversão aos ateus: a estranha crença de que Jesus baixou ao inferno durante os três dias que esteve morto antes de ressuscitar. Alguns cristãos (principalmente os católicos e suas esquisitices) creem que depois de morrer, Jesus esteve três dias no inferno ou em algum lugar semelhante. Inclusive esta crença se encontra 119
claramente descrita na oração católica chamada «O Credo»: (... foi crucificado, morto e sepultado, desceu aos infernos, ao terceiro dia ressuscitou dentre os mortos...).
De onde vem esta ideia? Da Bíblia!
Como já estamos cansados de saber, a Bíblia é muito pouco clara e precisa em coisas que deveria ser; enquanto que em outras bobagens sem importância se estende em explicações desnecessárias. Se Jesus é a base e a essência do cristianismo, é de capital importância saber o que aconteceu nesses três dias (na realidade nem dois) de ausência. Pois para variar a Bíblia não diz nada claro e permite que seus fiéis briguem e arranquem os cabelos entre si sobre essa questão. Vejamos os versículos da Bíblia que sugerem que Jesus baixou ao inferno. 1 Pedro 3:19 No qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão;
Jesus, ao pregar a estes “espíritos encarcerados”, muitos alegam que são espíritos de pessoas que nunca escutaram a doutrina de Jesus antes de morrer; ou seja, todos os seres humanos mortos antes que Jesus saísse às suas pregações e todos aqueles que já habitaram a terra e que por razões geográficas ou culturais, nunca ouviram falar deste Jesus. O versículo leva a crer que todas estas almas vão a um lugar e que ao morrer Jesus tirou umas férias de três dias por ali pregando suas ideias plagiadas. 1 Pedro 4:6
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Porque por isto foi pregado o evangelho também aos mortos, para que, na verdade, fossem julgados segundo os homens na carne, mas vivessem segundo Deus em espírito;
Este versículo parece justificar o anterior: que Jesus pregou aos mortos em algum lugar. Atos 2:23-24; 27 23 - A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos; 24 - Ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela; 27 - Pois não deixarás a minha alma no inferno (Hades), Nem permitirás que o teu Santo veja a corrupção;
Aqui se diz claramente que foi liberado da morte porque não podia ser retido nela e sugere que esse lugar é o Inferno (Hades). Atos 2:31-32 31 - Nesta previsão, disse da ressurreição de Cristo, que a sua alma não foi deixada no inferno, nem a sua carne viu a corrupção. 32 - Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas.
Confirmado! Jesus esteve no Inferno (Hades). Efésios 4:9-10 9 - Ora, isto-ele subiu-que é, senão que também antes tinha descido às partes mais baixas da terra? 10 - Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas.
Este é talvez o mais claro de todos os versículos. Jesus desceu ao mais baixo da terra. Isto sem dúvida aponta à crença que a maioria das pessoas possui sobre o que é esse tal inferno, que 121
está embaixo, nas profundas da terra. E este versículo parece corroborá-lo. Ao menos descobrimos algo claro: há um lugar nas “partes mais baixas da terra” onde Jesus foi passar uns dias evangelizando. Romanos 10:6-7 6 - Mas a justiça que é pela fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? (Isto é, a trazer do alto a Cristo.) 7 - Ou: Quem descerá ao abismo? (Isto é, a tornar a trazer dentre os mortos a Cristo.).
Aqui também se insinua (especialmente no versículo 7) que Jesus esteve no lugar onde estão os mortos e que este “lugar” se encontra “debaixo”, já que Jesus tem que “subir”. Outra “teoria” que circula por ai é que na realidade Jesus baixou ao inferno para buscar “as chaves do Inferno (Hades)”, ou seja, que estas “chaves” estavam lá e ninguém tinha conseguido buscalas, então Jesus teve que ir. Apesar de seu pai ser todo-poderoso, era necessário esperar que Jesus morresse (ou fingisse, já que “não podia ser retido pela morte”) para buscar as benditas chaves, algo compreensível, já que chaves são coisas que vivemos perdendo. Apocalipse 1:18 E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.
No fim das contas tudo isso de que Jesus baixou e subiu parece ser outra invenção desesperada para “cumprir” alguma profecia ambígua do Antigo Testamento: Isaías 53:9
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E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca.
Segundo este versículo, o Messias deveria ir à sepultura embora fosse puro; certamente muitos pensaram que este devia ser Jesus e, portanto, inventou-se esta estranha história de Jesus no inferno. E esta intenção de cumprir (esquentar) profecias se confirma com Salmos: Salmos 16:10 Pois não deixarás a minha alma no inferno (Seol), nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.
A qual é praticamente copiada ao pé da letra em Atos: Atos 2:31 Nesta previsão, disse da ressurreição de Cristo, que a sua alma não foi deixada no inferno (Hades), nem a sua carne viu a corrupção.
Ao que parece é muito fácil cumprir profecias no Novo Testamento, é só copiar e colar uns fragmentos e pronto! Profecia cumprida! Vejamos algo interessante que diz o evangelho de João. João 20:17 Disse-lhe Jesus: Não me toques; porque ainda não subi ao Pai, ...
Alguns utilizam este versículo para supor que: como “não havia subido ao céu” nesses três dias, deve ter baixado ao inferno. E ao pedir que não “o toquem” parecer ser porque ressuscitou em estado de pureza total e se rebaixaria se um vulgar humano o tocasse (o que é contraditório já que pouco depois Tomás lhe faz 123
praticamente uma laparoscopia introduzindo sua mão na ferida da lança).
Mas apesar de tudo isso, vamos supor que Jesus tenha feito uma escala técnica no Inferno. Isto gera algumas contradições e perguntas óbvias que deveriam ser esclarecidas.
- Se esteve no inferno e não viu seu papai, significa que Deus não está no inferno? Onde está a condição de onipresente que supostamente está em todos os lugares? - Mas… Jesus não é o próprio Deus? Por que ele disse que ainda não subi ao Pai, se ele mesmo é seu pai? 124
Se Deus está só no céu, mas não no inferno, também não é onipresente?
Mas nem todos os católicos pensam (seria espantoso se concordassem entre si sobre algum de seus dogmas infantis) que Jesus “baixou ao inferno” que normalmente conhecemos e que eles chamam de “o inferno dos condenados” (o inferno de caldeirões de óleo fervente); mas dizem que Jesus baixou a um lugar, que segundo eles é "o lugar de espera das almas dos justos da era pré-cristã". Jesus foi a esse lugar para “liberar” os justos que existiram antes dele e que nunca escutaram sua “filosofia”. Entre a multidão de justos ali esperando a salvação, estavam Moisés, Abraão, Noé, José (seu pai adotivo (e corno)), e todos os demais patriarcas e profetas, como também todos aqueles que morreram em paz com Deus. Porque (segundo os católicos) todos necessitam da salvação (até os ETs segundo a igreja) de Cristo para poder ir ao céu. Muitos pais da Igreja ensinaram esta doutrina; entre eles: São Justino, São Irineu, São Inácio de Antióquia, Tertuliano, São Hipólito, Santo Agostinho. Inclusive São Tomás Aquino ensina que o propósito de Cristo em descer aos infernos foi liberar aos justos aplicando-lhes os frutos da Redenção. Cabe destacar que a frase “desceu aos infernos”, usada no Credo católico, não se encontra na Bíblia como tal. 2 - Desculpas idiotas É muito divertido ler o que os cristãos escrevem ao ouvirem a pergunta: É verdade que Jesus desceu ao inferno por algum 125
tempo? As respostas costumam ser sumamente divertidas e absurdas, pergunte no meio cristão e divirta-se: 3 - Conclusão É muito engraçado. Engraçadíssimo como todas as fábulas cristãs! É cada vez maior o número de historiadores modernos que afirma que Jesus Cristo é um mito, pois a igreja não assusta mais como antigamente, onde isso levou muitos à fogueira. Não existem evidências confiáveis de sua existência, seus milagres não estão registrados historicamente e nenhum dos fatos que supostamente ocorreram ao seu redor possui o menor registro histórico. Acreditar que um tipo nasceu da relação sexual de um deus com uma mortal, que esteve flutuando pelo mundo por 40 dias passeando com Satanás, sem comer nem beber, que levantou mortos, curou cegos cuspindo neles, que matou porcos endemoniados e árvores que se recusaram a dar frutos fora de época; e que para o cúmulo do absurdo morreu e três dias depois se levantou da tumba e subiu literalmente ao céu como bolhas de sabão... Tudo isso é muito difícil de crer para quem não é extremamente ignorante. Mas o mais irracional e absurdo é que esses mesmos ignorantes digam que não só ressuscitou ao terceiro dia, mas que durante esses três dias que esteve morto baixou ao inferno “literalmente” e ali se pôs a pregar e a conversar com seus colegas mortos, que apesar de serem bons e santos, estão lá embaixo! E para o cúmulo dos absurdos, apesar de serem seres celestiais e divinos, nenhum deles (Moisés, Abraão, Elias, que subiu ao céu num redemoinho, etc.) sabe nada de Jesus e de seus ensinamentos (apesar de que se transfigurou e conversou com dois deles) … a verdade é que 126
estas crenças e lendas são uma total sandice e raiam ao absurdo absoluto.
Para os crentes mais ignorantes e infantilizados pelo cristianismo com essas sandices, Jesus é como um super-herói qualquer que, não apenas pode voa pelos céus como Superman, mas também é capaz de perfurar o solo e chegar até o centro da Terra onde muitos creem que está o Inferno, Hades, Seol ou como o chamem. É uma pena que Jesus não possa entrar na agua e mergulhar (recordemos que Jesus “caminha ou flutua sobre as águas”, mas por alguma razão mágica não pode submergir-se), se pudesse fazer isto, seria praticamente indestrutível e dominaria todos os elementos. Todas essas andanças e viagens a lugares de ultra-tumba estão baseadas em uns poucos escritos em um livro velho, do qual não 127
restam originais, que tem sido copiado e modificado em centenas de idiomas. Como pode o crente crer nestes disparates baseados neste livro, que nem é mais livro, mas conta com milhares de versões modificadas? Precisa ser extremamente ignorante e estar completamente à margem de todo o conhecimento existente. É compreensível e inevitável que diante de tanta especulação fantasiosa e interpretações bíblicas, os próprios crentes cristãos se ataquem e se agridam entre eles defendendo cada lado a sua própria infalibilidade e crença como a única verdadeira. Isso é mais ou menos como se o crente cristão lesse os debates polêmicos entre os muçulmanos sobre a veracidade das “72 virgens” que lhes darão se irem ao céu de Maomé. Serão belas essas virgens? De que idade? Se pode escolhê-las? Certamente que ao crente cristão isso parecerá uma estupidez e uma fantasia, apesar de Jesus ter dito que o céu se parece com dez virgens (Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo. Mateus 25:1). Então, como estupidez e fantasias de mentes loucas é como os ateus e os outros crentes com suas próprias fantasias veem essas sandices discutidas entre cristãos. Seria desonesto não admitir que é muito divertido ver os crentes cristãos discutindo sobre essas fantasias e os debates absurdos sobre interpretações bíblicas, é como vê-los discutindo sobre a intensidade da cor rosada de um unicórnio. Unicórnios, que por sinal, foram banidos das traduções bíblicas.
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10 - A Farsa do Purgatório Católico >>>
Catolicismo: sempre inventando lugares para enviar sua alma! 1 - Entre pecados capitais e castigos inventados
Falar deste assunto do "Purgatório" deveria ser em teoria também muito divertido; mas é tanto o dano e a manipulação que o catolicismo tem feito com isso, que engraçado seria pouco. 2 - O que é o Purgatorio?
Segundo os Católicos: O Purgatório é um estado no qual se encontra a pessoa que morreu na graça de Deus, mas que não está plenamente; e onde se é purificado para desfrutar plenamente da presença de Deus. Trata-se de uma pessoa salva que vive no amor de Deus e na salvação, mas não de uma maneira plena, já que precisa esperar esse encontro até que esteja preparada, ou seja, até quando tenha sido perfeitamente purificada. Entre esses "pecadinhos" que não são castigados diretamente por Deus e pela Bíblia (só pela igreja) se encontram os célebres "Sete Pecados Capitais", que foram citados desta maneira por não serem pecados mortais, mas que, embora a Bíblia não os mencione, deveriam ser castigados de alguma maneira. Como? Fácil, inventando um lugar de sofrimento momentâneo e de tempo limitado chamado "Purgatório". 129
Em poucas palavras, o Purgatório é uma invenção católica para castigar o iludido crente, pelos pecados e faltas cometidas que não se encontram na Bíblia.
Ou seja: o purgatório é uma espécie de "sistema de correção da Bíblia". Por que a Bíblia não castiga o soberbo? Ou o egoísta? Ou o luxurioso? Por que não dá um justo castigo aos que se arrependeram tarde e fizeram muito mal? Por que inventar esta bobagem de “Pecados Capitais”?
É muito simples de entender: o "Purgatório" é o reflexo dos evidentes erros e injustiças que a Bíblia possui e um desastrado modo de resolver isso.
Mas o curioso e patético de tudo isso de Purgatório é que, segundo os que apoiam esta sandice, os que entram no Purgatório jáestão salvos e só estão nesse lugar para purificar-se e pagar suas faltas até obter um estado de pureza suficiente para subir ao céu e ficar ao lado de Deus. Será que o crente não percebe a injustiça e o horroroso disso? Ou seja: você morre en paz com Deus e sendo salvo, inequívocamente irá ao Paraíso, mas NÃO... Deus deseja que, mesmo sendo merecedor do céu, sofra um pouco mais por aquelas coisas que foram injustas em sua vida e por uns “pecadinhos não castigados” que tenha feito. É como alguém declarado inocente em um julgamento, mas de qualquer forma é torturado mais um pouco para “se por acaso” se esqueceu de algo. Isto é realmente repugnante. Sejamos honestos, a palavra ou a ideia do purgatório NÃO aparece na Bíblia. Apenas algumas forçadas e convenientes interpretações bíblicas de uns poucos versículos, foram suficientes para formar a detalhada ideia de um lugar de expiação pré-paraíso. Apocalipse 21:27
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Nela não entrará coisa alguma impura, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os que estão escritos no livro da vida do Cordeiro. Lucas 12:58-59 58 - Quando, pois, vais com o teu adversário ao magistrado, faze o possível para te livrar dele no caminho; para que não suceda que ele te arraste ao juiz. O juiz te entregará ao meirinho, e o meirinho te lançará na prisão. 59 - Digo-te que não sairás dali, até pagares o último centavo. 1 Coríntios 3:13-15 13 - manifesta se tornará a obra de cada um; pois o dia a demonstrará, porque ele é revelado em fogo; e qual seja a obra de cada um, o próprio fogo o provará. 14 - Se permanecer a obra do que a sobreedificou, esse receberá recompensa; 15 - se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas o tal será salvo, todavia como através do fogo.
E claro, não podia faltar a maior prova da existência do Purgatório, tomada de um livro apócrifo que “casualmente” só os Católicos possuem: 2 Macabeus 12:38-45 (esp) 2 Macabeus 12:38-45 (port) 38. Quando havia reunido seu exército, Judas alcançou a cidade de Odolão e, chegando o sétimo dia da semana, purificaram-se segundo o costume e celebraram ali o sábado. 39. No dia seguinte, Judas e seus companheiros foram tirar os corpos dos mortos, como era necessário, para depô-los na sepultura ao lado de seus pais. 40. Ora, sob a túnica de cada um encontraram objetos consagrados aos ídolos de Jânia, proibidos aos judeus pela lei: todos, pois, reconheceram que fora esta a causa de sua morte.
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41. Bendisseram, pois, a mão do justo juiz, o Senhor, que faz aparecer as coisas ocultas, 42. e puseram-se em oração, para implorar-lhe o perdão completo do pecado cometido. O nobre Judas falou à multidão, exortando-a a evitar qualquer transgressão, ao ver diante dos olhos o mal que havia sucedido aos que foram mortos por causa dos pecados. 43. Em seguida, fez uma coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas, para que se oferecesse um sacrifício pelos pecados: belo e santo modo de agir, decorrente de sua crença na ressurreição, 44. porque, se ele não julgasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles. 45. Mas, se ele acreditava que uma bela recompensa aguarda os que morrem piedosamente, 46. era esse um bom e religioso pensamento; eis por que ele pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas. Leia mais em: http://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/iimacabeus/12/#ixzz2SGeAnDKO
3 – A desculpa dos que apoiam a existência do Purgatório "Não se pode descartar a existência do Purgatório porque essa palavra não apareçe na Bíblia. A palavra “Trindade” tampouco aparece e cristãos, tanto católicos como não católicos, cremos no mistério da Santísima Trindade”. Isto é aplicável a Gnomos, Dementores, Smurfs e ao Monstro Espaguete Voador; nenhum aparece na Bíblia, mas isso não significa que não existem. Certo?
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Gnomos
Dementores
Smurfs
Monstro espaguete voador
É tão absurdo isso que a única coisa que podemos perceber claramente é que: Deus deseja que nos humilhemos mais e mais lhe pedindo perdão infinitamente.
Onde fica nesta história o papel da confissão que o crente faz ao sacerdote? Por acaso não vale? Quando o padre diz: "Teus pecados te são perdoados", é só um jogo da mentira, os pecados não são perdoados? Que sentido tem a confissão e fazer comunhões se de qualquer jeito o crente vai ter que passar umas férias grátis no Purgatório?
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E as petições de misericórdia de nossos seres queridos durante os funerais? Tampouco valem nada? É uma perda de tempo? (Ver: A Farsa da oração). Inclusive a Extrema Unção não vale de nada e pedir perdão no leito de morte também não te garante passagem direta ao paraíso. Onde fica a conversa de que "até o maior dos pecados será perdoado por Deus"? Alguns dirão: "Tens que te confessar antes de morrer, assim ficarás menos tempo no purgatorio e sofrerá menos". Que consolo! Um pouco menos de tortura!
4 - Quem vai direto ao céu sem passar pelo Purgatório?
Somente os “Santos” reconhecidos pela Igreja como tais e os santos desconhecidos que tiveram que ter essa purificação durante sua vida na terra.
Ou seja: se você não é um “santo”, te sobra o Purgatório. Entretanto, recordemos que "Santo não há nenhum, só Deus”. Então se prepare para sofrer, mesmo que tenha sido muito bom em vida.
Outra crença bizarra é que alguns pagarão o equivalente do Purgatório em vida, que são aqueles que tiveram milhares de sofrimentos. Ou seja, se você sofreu muito em vida, passará direto para o céu.
De tanta sandice, duas coisas ficam bem claras: 1. Deus definitivamente deseja que nós, suas criações, soframos, seja depois da morte no Purgatório ou em vida, 134
antes de morrer. Isto significa que se você teve uma vida privilegiada e não sofreu durante sua vida terrena, por muito bom que tenha sido, lhe toca sua ração de sofrimento no Purgatório. 2. Sofrer em vida não garante o céu. Por exemplo: muitos habitantes de zonas de fome e epidemias têm sofrido graves padecimentos toda a vida, mas ao não crer no catolicismo ou simplesmente não arrepender-se antes de morrer; nem mesmo irão ao purgatório, mas direto ao inferno onde sofrerão ainda mais. Salve Deus de amor e justiça!
5 - Como será o sofrimento no Purgatório? Evidentemente que ninguém tem as mesmas ideias sobre como será a hospedagem nesse “Purgatório”, já que NEM MESMO ESTÁ NA BÍBLIA. Por isso tudo que se diga sobre o Purgatório serão apenas fantasias de católicos iludidos ou manipuladores. Vejamos o que dizem alguns:
Os teólogos concordam em indicar que talvez a punição mais dolorosa da etapa do purgatório seja a demora em poder desfrutar da glória de Deus. No momento em que a alma se separa do corpo e se desprende dos laços da terra se sente irresistivelmente atraída pelo amor infinito de Deus. Portanto, o atraso em gozar da "visão beatífica" causar uma dor incomparável a qualquer dor na terra. Chegou a hora de ver a Deus, mas ao não estar suficientemente purificada, a alma não pode vê-lo.
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Fonte: http://www.homilia.org/inmortalidad/4purgatorio4.htm
Que estupidez é esta? O castigo será só esperar? Que tipo de sofrimento é esse? Imaginemos uma pessoa que durante sua vida foi um pecador "Light", que cometeu muitos dos pecados capitais e outros mais sérios ainda, mas que se arrependeu a tempo. Ok! Irá a expiar suas faltas no purgatório ESPERANDO. Que tipo de purificação é essa? Onde está a justiça divina? Outra visão de como funciona o castigo no purgatório:
Basicamente se trata de ver várias vezes, como se fosse um filme, certos pecados que cometemos (erros ou omissões) durante nossa vida. A dor e a humilhação de vêlos repetidamente nos provocarão sofrimentos.
Fonte: http://webcatolicodejavier.org/purgatorio.html
Que tipo de castigo é esse? De onde tiram essas ideias engraçadas?
Além disso, é bom mencionar os demais sofrimentos do Purgatório, como um fogo purificador que há nele, esse fogo que é puramente espiritual e que queimará a alma causando uma dor enorme, não só estará fora dela, mas que irá penetrar como um câncer doloroso que se espalha por todo o corpo, sem deixá-la um só segundo, a amargura de se sentir esquecida e embora haja mais almas à sua volta não haveá nem tempo de sequer olhar os demais, e uma alma sem Deus se sentirá na pior solidão de todas, na angústia, no choro em todos os demais sentimentos de culpa por não ter sido capaz de se livrar deste tormento com nossas boas ações na terra. 136
Fonte: http://www.aprendiendodelafe.zoomshare.com/16.html
Mas quando lemos um dos supostos versículos usados para esquentar essa invenção do “Purgatório” (1 Coríntios 3:13-15), podemos corroborar que Paulo (o falso apóstolo) fala de um fogo real, que esquenta, queima e faz sofrer. 1 Coríntios 3:13-15 13 - manifesta se tornará a obra de cada um; pois o dia a demonstrará, porque ele é revelado em fogo; e qual seja a obra de cada um, o próprio fogo o provará. 14 - Se permanecer a obra do que a sobreedificou, esse receberá recompensa; 15 - se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas o tal será salvo, todavia como através do fogo.
Crer que o fogo do Purgatório é só simbólico e representa a “angústia de esperar até estar diante de Deus”, equivaleria a dizer que o fogo do inferno é igual; que não é um fogo real, o inferno então seria simplesmente “a angústia de não estar ao lado de Deus”. Ora, isso não é nenhum, em todo caso seria uma vantagem adicional estar longe dos caprichos desse senhor demente. Entretanto, há outros católicos que creem que o fogo e o sofrimento no Purgatório são reais e quase equivalentes ao do inferno.
“É uma prisão de fogo na qual quase todas as almas salvas são submersas depois da morte e na qual sofrem as mais intensas penas”.
O que nos dizem os maiores doutores da igreja sobre o Purgatório? 137
Tomás de Aquino, o príncipe dos teólogos, disse que o fogo do Purgatório é igual em intensidade ao fogo do inferno e que o mínimo contato com ele é mais aterrador que todos os sofrimentos possíveis desta terra! “Tão lamentável é o sofrimento delas que um minuto deste fogo terrível parece um século”. Santo Agostinho, o maior de todos os santos doutores, ensina que para serem purificadas de suas faltas antes de serem aceitas no Céu, as almas depois de mortas, são sujeitas a um fogo mais penetrante e mais terrível que alguém possa ver, sentir ou imaginar nesta vida. Embora esse fogo esteja destinado a limpar e purificar a alma, disse o Santo Doutor, ainda é mais agudo que qualquer coisa que possamos resistir na Terra. São Cirilo de Alexandria não duvida em dizer que "seria preferível sofrer todos os possíveis tormentos na Terra até o dia final do que passar um só dia no Purgatório”. Outro grande Santo disse: “Nosso fogo, em comparação com o fogo do Purgatório, é uma brisa fresca". Vários outros santos escritores falam em termos idênticos sobre esse horrível fogo. Fonte: http://www.marialuzdivina.com/paginas/purgatorio/libro1 /cap01.php
Então o católico deve ficar alerta, se você teve só um pequeno pecado capital (como um pouco de Gula), não importa, terá que passar pelo fogo do Purgatório e sofrer pelos bocados que comeu a mais. Parece que crer nessa história do Purgatório não é um bom negócio. Mas outro assunto, contraditório e absurdo, que o descuidado crente cristão católico deveria refletir é: 138
Quando ocorrerá este Purgatório? Antes ou depois do Juízo Final?
1 - Purgatório depois do juízo final
Se sou salvo: Se saio favorecido no Juízo Final e ganho o paraíso; de qualquer maneira devo ter uma parada técnica no Purgatório para expiar essas coisinhas que fiz em vida e que Deus não gosta, mas se esqueceu de mencionar na Bíblia. Se sou condenado: Se falho no Juízo Final e me vou ao inferno, imagino que passo diretamente a fritar-me comodamente sem passar pelo purgatório, o contrário seria muito cruel... Não?
2 - Purgatório antes do juízo final
Se sou salvo: Vou direto ao Purgatório. Ou seja, recémmorto abrirei os olhos e de repente já estarei sofrendo no Purgatório por um tempo que desconheço e depois irei ao Juízo Final. Se sou condenado: Pior! Consegue imaginar? Morre, vai ao purgatório sofrer um pouquinho, depois de "limpar" esses pecadinhos vai ao Juízo Final por seus pecados grandes; e se for condenado irá sofrer uma eternidade no inferno... mais injusto e cruel impossível. É bom se comportar bem! __________________ 139
É bom lembrar que a crença no Purgatório é um dogma de fé, ou seja: de crença obrigatória pata todo católico. Também é bom não esquecer que o Purgatório só é aceito pela Igreja Católica e pela Igreja Copta. Os cristãos Ortodoxos NÃO creem na existência do purgatório e menos ainda os Protestantes.
Estas diferenças entre as diferentes facções cristãs os tem dividido de forma vergonhosa e definitiva causando, não poucas vezes, enfrentamentos severos entre eles.
6 - A farsa do Purgatório
Por que é uma farsa isso da existência do Purgatório? Ora, pelo mesmo motivo que o resto das crenças post-mortem… Não há nenhuma evidência! E OS PARASITAS RELIGIOSOS QUE PREGAM ESSAS SANDICES TIVERAM TODO O TEMPO DO MUNDO PARA APRESENTAR ALGUMA COISA. MAS NADA DE NADA! Para piorar, nesta história de “Purgatório” é pior ainda, pois nem sequer aprece na Bíblia. Pelo menos o “Juízo Final”, o “Arrebatamento”, “Céu e Inferno” são citados de forma direta na Bíblia, mas o Purgatório NÃO. Só uns versículos isolados aqui e ali e pronto, montamos a pantomima de um mini inferno para os pecados pequenos e os crentes sem noção. Nota-se que é só mais um mecanismo de enganação e manipulação por parte de uma religião que está acostumada a fazer isso: Os Católicos.
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Só em saber que por melhor que tenha sido em vida, igualmente irei padecer profundas dores e sofrimentos, é brutalmente asqueroso. Como pode o crente católico, sabendo que seus seres queridos que já morreram e foram bons durante toda a vida, estão sofrendo enormemente no Purgatório? Como pode conciliar o sono sabendo disso? Sem falar que os infelizes católicos precisam conviver com as indecisões e contradições entre os papas, como por exemplo: JP2 disse que o inferno e purgatório não existem e são apenas estados mentais, já B16 disse que Inferno existe e é eterno. O Purgatório só acrescenta mais medo, mais temor, mais infernos, mais sofrimentos e principalmente mais poder aos que ensinam esta obscena doutrina aos bem intencionados, bobos e ingênuos crentes. Alguém pode imaginar que alívio e paz mental podem ser maiores do que não crer nessas imundícies todas e nos mentirosos que as inventam? 141
11 - A Farsa das Almas do Purgatório >>> Do ponto de vista do imaginário popular católico, as “almas benditas do Purgatório” são precisamente isso: as almas dos que já morreram e estão no Purgatório expiando seus “pecados não mortais” para subir à glória de deus. O mais estranho é que muitos dos fiéis católicos estão muito confusos com isso das “Almas do Purgatório” e parece que não sabem o que são e o quão idiota é rezar para elas ou pedir-lhes algo. Obviamente que esta crença das “Almas do Purgatório” e rezar-lhes é só mais um mecanismo da Igreja Católica para manipular e atemorizar os crentes (além de tirar-lhes dinheiro). 1 - Rezar às almas do Purgatório?
Obviamente nada disso é real; não existem “almas”, “purgatórios”, “infernos nem paraísos”; Porém, supondo que estas absurdas coisas existam, é uma completa idiotice rezar e pedir a salvação destas almas. A doutrina Católica diz:
“Nós só ajudamos com nossas orações e penitências a aplicar os méritos de Jesus para apressar sua entrada no céu”.
Vejamos uns fragmentos de uma conhecida pagina Católica dedicada ao Purgatório, onde destacaremos as absurdas e complicadas instruções que nos dão para rezar às almas do Purgatório:
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Como podemos ajudar as Benditas Almas do Purgatório? Capitulo Cinco
A primeira medida é unir-se à Associação das Santas Almas. As condições são simples. Ter teu nome registrado no Livro da Associação. Ouvir Missa uma vez por semana (basta a Missa de domingo) pelas Santas Almas. Rezar e promover a devoção às Almas Benditas. Contribuir uma vez ao ano com um donativo à Associação, o que permite a Associação ter Missas perpétuas todo mês. (Se desejam Missas regulares pelas Almas Benditas, é importante mencionar quantas Missas se quer). A segunda medida para ajudar as Almas Benditas, é pedindo Missas oferecidas para elas. Esta é certamente a mais eficaz das medidas para liberá-las. Aqueles que não possam oferecer Missas deveriam assistir tantas Missas quanto seja possível por sua intenção. Um homem joven que ganhava um salário muito modesto contou ao autor deste libro: “Minha esposa morreu há alguns anos. Tenho 10 missas oferecidas por ela. Não posso 143
fazer mais por ela, mas ouvi 1000 missas por sua querida alma”. A recitação do Santo Rosário (com suas grandes indulgências) e fazer a Via Crucis (o que é ricamente doador de indulgências), são excelentes vias de ajuda às almas. São João Macias, como vimos, liberou do Purgatório mais de um milhão de almas, principalmente recitando o Santo Rosario e oferecendo suas indulgências por elas. Outra fácil e eficaz forma de ajuda é a recitação constante de orações breves que contenham indulgências (aplicando essas indulgências em favor das almas do Purgatório). Muita gente tem o costume de dizer 500 ou 1000 vezes por dia a pequena jaculatória "Sagrado Coração de Jesus, em Vós confio", ou só a palavra "Jesus". Estas são as mais consoladoras devoções; elas trazem oceanos de graças a quem as pratica e dão imenso alívio às Santas Almas. Aqueles que digam as jaculatórias 500 ou 1000 vezes, ganham 300.000 dias de indulgências (oitocentos e vinte e um anos de indulgências) !!! Que multidão de almas podemos liberar! Qual não será a quantidade de almas liberadas ao final de um mês, de um ano, de cinquenta anos? E aos que não dizem as jaculatórias... que imenso número de graças e favores terão perdido! É bastante possível, embora não muito fácil dizer essas jaculatórias 1000 vezes ao dia. Mas se não podes dizer mil 1000, pelo menos diga 500 ou 200 vezes diárias. No entanto, outra poderosa oração é: "Pai Eterno, te ofereço o Preciosíssimo Sangue de Jesus, com todas as Missas ditas no mundo neste dia, pelas Almas do Purgatório". Nosso Senhor mostrou à Santa Gertrudis um vasto número de almas deixando o Purgatório (cerca de 1000 cada vez que se a recitava!) e indo ao Céu como 144
resultado desta oração, a qual a Santa costumava dizer frequentemente durante o dia. O ato heroico: consiste em oferecer a Deus em favor das Almas do Purgatório todos os trabalhos de satisfação que praticamos em nossa vida e todos os sufrágios que serão oferecidos para nós depois de nossa morte. Se Deus premia tão abundantemente a mais insignificante esmola dada por um pobre homem em Seu nome, que imensa recompensa Ele não dará à aqueles que ofereçam seus trabalhos de satisfação em vida e morte pelas Almas que Ele ama tanto. Este ato não evita que os sacerdotes ofereçam Missas pelas intenções que eles desejem ou que os leigos não rezem por algumas pessoas ou outras intenções. Aconselhamos a todos realizar este ato.
As Esmolas Ajudam As Santas Almas
Todos damos esmolas a Cristo.
Conclusão
Dar todas as esmolas que possamos. Pedir todas as Missas que estejam em nosso poder. Escutar todas as Missas, quanto mais, melhor. Oferecer todas as nossas penas e sofrimentos pela liberação das Almas do Purgatório. Liberaremos incontável quantidade de Almas do Purgatório, as quais nos pagarão 10000 vezes mais.
Fonte: http://www.marialuzdivina.com/paginas/purgatorio/libro1/cap05 .php Tudo isso significa que você pode rezar para que a alma de un defunto determinado sofra menos e permaneça o menor tempo 145
possível no Purgatório. De sobra, diga-se que isso é uma magistral estupidez e uma tremenda injustiça:
Isto significa que quanto mais gente o defunto tiver rezando por si, menos sofrerá no Purgatório? E os pobres e solitários que não possuem família ou amigos que lhes rezem? Ou seja: se um assassino em série, violador, canibal e pervertido tem muitas pessoas que roguem por sua alma, ele irá melhor do que uma boa pessoa solitária?
Para piorar, ter mais dinheiro para oferecer missas, rezas, petições, atos litúrgicos, doações e oferendas garante uma breve passagem pelo purgatório. Sem dúvida que possuir dinheiro é uma grande vantagem. Os pobres possuem mais limitações, então devem sofrer mais pré-cozinhando no Purgatório. Onde fica aquela história de que a riqueza é má e do camelo pelo buraco da agulha? Segundo esta maravilhosa doutrina, você poder ser muito mau e ruim, mas se tiver dinheiro e amigos não deverá ter problemas para chegar rapidamente ao lado de Deus. Assumindo que Deus é “infinitamente justo” e que cada um assume a responsabilidade de seus atos, então toda essa parafernália de rezas, petições, missas e dinheiro é um vil desperdício, já que não tem efeito algum. Quanto tempo, esforço e dinheiro desperdiçado... ou melhor, direto para as arcas da igreja!
2 - Podemos pedir coisas às almas do Purgatório? Por que os crentes pedem coisas aos Santos, almas, virgens, anjos, etc. quando podem pedir diretamente a Deus? Por acaso ele não concederia bem mais rápido? 146
Por que não peço direto a Deus? “O que acontece é que eles são intermediários com Deus e levam tua mensagem mais rápido”.
Isto é uma completa idiotice! Se Deus existisse não necessitaria de uma “audiência prévia”; principalmente porque Deus é onipresente e está em todos os lugares! Que sentido tem pedir a umas almas ou a um santo se, em teoria, Deus está ao meu lado escutando até meus pensamentos? O mais surpreendente é que o crente que faz essas petições absolutamente idiotas e inúteis parece ignorar algo: a alma no purgatório deve estar bastante ocupada em seus próprios problemas para ter tempo de “estar escutando e concedendo pedidos”. Imagino que evitar fritar-se é uma prioridade premente para essa alma. Não creio que a alma penando tenha tempo e paciência para escutar as rezas das pessoas. Claro que o crente dirá: “Não se reza às almas do purgatório, mas a Deus para que acelere a passagem das almas no purgatório”. Se for assim então o termo “rezar às almas do purgatório” é falso. Além disso, lembre-se que Deus sabe tudo porque é Onisciente, Deus já sabe tudo o que acontecerá com essa alma e seu destino, de forma que todas as suas rezas, palavrarias, oferendas e dinheiro é totalmente perdido. Segundo os que creem nisto, o assunto das almas deveria ser assim: Depois de muitos anos expiando os pecados no purgatório, a alma do defunto chega ao céu para falar com Deus.
“Obrigado Deus por permitir-me sair do purgatório… Ahh, a propósito, a minha neta me pediu para lhe dizer que quer um iPad.
É tanta a desinformação dos devotos crentes católicos trolados pela igreja, que às vezes é difícil crer nas coisas que chegam a dizer. Vejamos uma pergunta no Yahoo Answers: 147
Crente pergunta:
Olá. Tenho ouvido que as almas benditas te concedem favores, mas não sei muito bem como rezar para elas... Por exemplo: lhes diz o que desejas e lhe prometes que si te cumprem lhes rezarás durante certo tempo...? Alguém sabe algo sobre este tema? Também li que mesmo que se cumpra o que pediu e tenha rezado o que prometeu, elas te perturbam¿? Isto não creio que seja verdade, não? Em todo caso te perturbariam se não cumpres com tuas orações prometidas, não?
A melhor resposta:
“As almas do purgatório nada podem fazer, em vez disso você pode fazer muito por elas, rezando para que elas possam alcançar a glória de Deus e compartilhar sua felicidade. Certamente que quando estejam lá no Céu, te retribuirão intersedendo diante de Deus, já que essas almas são santas. Qualquer um que esteja com Deus é santo e pode interseder a nosso favor”.
“SÓ DEUS É O QUE TE CONCEDE OS FAVORES NÃO os santos ou as almas do purgatório, eles intercedem diante de Deus, para que ele intervenha”. “O melhor que podes fazer aos irmãos que já faleceram é fazerlhe uma Missa a maior oração de Todas. Nela mesmo que tu não os vejas as almas do purgatório contemplam este grande sacrifício para a expiação de seus pecados. Tal como o diz a bíblia 2 Macabeus 12,39. Na missa acontecem muitas coisas, mas não as verás até o dia de tua morte”.
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Fonte: http://es.answers.yahoo.com/question/index?qid=20090901075 941AAAf0WQ Depois de ler essas asneiras a única reação possível é um “facepalm” (tanto pelo escrito como pelos erros ortográficos) e fica fácil perceber porque o mundo está como está. Se a grande maioria das pessoas que povoam este planeta possui crenças como estas, o fato da raça humana ter sobrevivido é um verdadeiro milagre. E não é só isso, vejamos outra das respostas:
Eu tenho toda minha família morta e desde menina falo mentalmente com eles, antes de ser crente lhes pedfi 4 desejos em sua tumba. À minha avó pedi-lhe que intercedesse por mim com Deus para ter paz, a meu pai pedi um carro do ano e a uma amiga um Cristo com corrente (bonito, claro). E a um Sacerdote lhe pedi fé, As 4 coisas me foram concedidas. O da cruz foi no mesmo mês, o resto no transcurso de 20 anos. Meu pai entendeu menos o pedido porque me deram três carros, mas não eram do ano, mas até junho caiu o do ano pelo sorteio tec. Hoje que sou um crente já não peço coisas materiais, eu prefiro orar pelos outros do que por mim.
Como se pode construir um mundo melhor com crenças como estas? E como respeitar instituições cuja única função no mundo é encher a cabeça das pessoas com essas idiotices?
3 - Pode me aparecer alguma alma do Purgatório?
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Apesar de tudo isso há uma crença mais absurda ainda (estúpida na realidade). A de que as “almas do Purgatório” podem aparecer aos vivos e interagir com eles. É realmente inconcebível que alguém creia que uma alma do purgatório (onde em teoria está pagando por seus pecados) possa sair e regressar ao “mundo dos vivos” e aconselhar ou simplesmente conversar com sua família e amigos. Ou por acaso o “Purgatório” é só uma espécie de “centro de reabilitação” de almas que entram por vontade própria e podem sair e entrar quando queiram? Que tremenda falta de seriedade de Deus, se permite isso! Apesar do desatinado e incoerente disto, há milhões de pessoas que afirmam que foram “visitadas” por almas penadas provenientes do purgatório. Talvez por isso os extraterrestres estejam evitando contato com nossa humanidade!
4 – A Farsa das almas do Purgatório
Por que essa bobagem de “Almas do Purgatório” é uma Farsa? Porque não existe a mais insignificante evidência de nada dessas besteiras! Todo esse monte de crenças e ritos está baseado na premissa da existência de um lugar chamado Purgatório do qual não há nenhuma prova de que exista. Inclusive muitos cristãos NÃO creem que este “Purgatório” seja um lugar real já que nem mesmo aparece na Bíblia. (Papas JP2 e B16 dizem que não existe, mas sua igreja arrecadou fortunas imensas durante séculos, das pessoas tentando salvar seus parentes mortos com ricas doações e compras de missas... E o fazem até hoje!). Vejamos:
- Deus não existe. - A Bíblia é falsa (está baseada em Deus). 150
- O Purgatório não existe (nem sequer aparece na Bíblia). - As almas do purgatório não existem (já que não existe purgatório, nem almas, nem espíritos). - As orações às Almas do purgatório não funcionam (já que não existem almas, nem purgatório, nem aparece na Bíblia, que é falsa porque Deus não existe).
Para que isso das “orações às Almas do Purgatório” seja verdadeiro, as premissas anteriores precisam ser verdadeiras. Na verdade isso parece uma péssima versão do filme “Inception” de Nolan. A lógica, a razão e o sentido comum nos gritam que tudo isso não é mais que uma manipulação maquiavélica da igreja, sobre desespero das pessoas diante da perda de seus entes queridos e da angústia e do medo de seu sofrimento depois da morte, sofrimento também espertamente inventado pela igreja. A Igreja Católica vem semeando o medo e a ignorância entre seus fiéis, tudo isto baseado na obscura intenção de atemorizá-los e assim poder controlá-los (além de encher suas arcas de dinheiro). A filosofia do Catolicismo é: Enquanto mais assustados estejam os fiéis, melhor poderemos controlá-los; o que equivale a ter mais poder, controle e dinheiro. O aberrante e assustador é que está funcionando desde o século quatro exatamente da mesma forma!
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12 - A Farsa do seio de Abraão >>>
É preciso admitir, esses Teólogos cristãos são incríveis. Não duvidam em inventar lugares celestiais sem nenhuma compaixão e às vezes apenas com a leitura de um par de palavras na Bíblia. Que iluminados! E o típico exemplo disso é "O Seio de Abraão”, outro desses tantos lugares onde (segundo eles) vão algumas pessoas após a morte. Pois bem, estes "Gênios" teológicos leem um par de palavras e a Bíblia e, se não as entendem, simplesmente criam do nada um lugar no além. (Creio que os verdadeiros todo-poderosos e criadores de todas as coisas são eles). Vejamos: Lucas 16:22
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Morreu o mendigo, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico, e foi sepultado.
Este versículo é o único em toda a Bíblia que cita este "Seio de Abraão". Pode ler a Bíblia de capa a capa, não há outra referência a ele! E baseados só neste versículo, estes "espertos" decidiram criar um lugar no além para justificar a citação de Lucas em seu Evangelho. Mas o mais absurdo e incoerente de tudo isso é que o versículo onde é citado o "Seio de Abraão" pertence à famosa história do "Rico e Lázaro", história que para a grande maioria dos cristãos é uma parábola; ou seja, que é simbólica e nunca ocorreu de maneira real e literal como diz o evangelho. Assim que o maravilhosamente ridículo disto é que a partir de um versículo citado em uma parábola que nunca foi literal, inventaram um lugar mágico no qual milhões de fiéis creem e colocam sua fé. Repito: Tudo isto de uma suposta PARÁBOLA! Bem, temos a outra opção, a de que esta história do Rico e Lázaro NÃO seja uma parábola e que estes “fatos” ocorreram de verdade. Na realidade seria muito pior! Porque haveria que admitir-se que existe um lugar parecido com Céu/Paraíso muito, mas muito perto do inferno, tão peto que os habitantes dos dois lugares pudessem falar entre eles como uns vizinhos fofoqueiros. Ou que se possa acalmar seu sofrimento com uma gota de água na ponta da língua e tantas besteiras mais que diz esta história maluca. Como sempre, esquecendo e pulando por cima de toda lógica e sensatez, simplesmente inventaram do nada este estranho lugar. O "Seio de Abraão” também é chamado de “O Limbo dos profetas" ou o “Limbo dos Patriarcas”; diferenciando-se do "Limbo" tradicional onde antes iam as crianças não batizadas e os dementes e indígenas que nunca ouviram falar de Jesus e de sua doutrina. Lembremos também que este "Limbo" foi eliminado com 153
um canetaço pelos líderes do Vaticano, deixando as pobres crianças mortas dançando no nada e os crentes que investiram sua fé, crenças e dinheiro... com a boca aberta. É irônico e divertido que tenham eliminado o "Limbo" original e deixado este "Limbo dos patriarcas" baseado neste versículo solitário de uma parábola Bíblica. Incrível como jogam com a fé dos crentes! Claro, que os apoiadores da existência desse lugar mágico dizem que há outros versículos que, se não expressam textualmente "Seio de Abraão”, indicam sua inequívoca existência. Vejamos: Jeremias 29:14 Eu serei achado de vós, diz Jeová, e farei voltar os vossos cativos, e ajuntar-vos-ei de todas as nações e todos os lugares, para onde vos tenho lançado, diz Jeová; e far-vos-ei voltar para o lugar donde vos fiz ir para o exílio. Jeremias 30:10 Portanto não temas, servo meu Jacó, nem te espantes, Israel. Pois eis que da terra longínqua te salvarei, e da terra do seu cativeiro os teus descendentes; Jacó voltará, e ficará tranquilo e sossegado, e ninguém o atemorizará. Jeremias 31:23 Assim diz Jeová dos exércitos, Deus de Israel: Ainda proferirão este dito na terra de Judá, e nas suas cidades, quando eu fizer voltar o seu cativeiro: Jeová te abençoe, ó morada da justiça, ó monte da santidade!
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Jeremias 33:7 Farei voltar o cativeiro de Judá e o cativeiro de Israel, e os edificarei como no princípio. Jeremias 33:11 A voz de gozo e a voz de alegria, a voz de noivo e a voz de noiva, a voz dos que dizem: Dai graças a Jeová dos exércitos, porque Jeová é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre; e também se ouvirá a voz dos que trazem à casa de Jeová sacrifícios de ação de graças. Pois farei voltar o cativeiro da terra como no princípio, diz Jeová. Jeremias 33:26 Também rejeitarei a linhagem de Jacó, e de Davi, meu servo, de sorte que não tomarei da sua linhagem os que dominem sobre a linhagem de Abraão, Isaque e Jacó. Pois farei voltar o cativeiro deles, e me compadecerei deles. Salmos 85:1 Mostraste favor, Jeová, à tua terra; Restauraste a prosperidade de Jacó. Salmos 53:6 Oxalá que a salvação de Israel tivesse já vindo de Sião! Quando Deus puser termo ao cativeiro do seu povo, Regozije-se Jacó e alegre-se Israel. zifitas vieram dizer a Saul: Porventura não se esconde Davi entre nós?
Estes versículos falam de uma espécie de "cativeiro"; em nenhum momento dizem ou fazem parecer que se refere a um lugar parecido a algum Céu ou Paraíso. Também se apoiam em citações do “seio de Abraão” em: “O Apocalipse de Sofonias 9:2” e em “4 Macabeus 13:17”, mas ambos são considerados apócrifos. Inclusive “4 Macabeus” é apócrifo para a própria Igreja Católica, enquanto que 1 e 2 Macabeus são canônicos. Para algumas igrejas ortodoxas e orientais “4 Macabeus” é canônico. Coisas da confusa “inspiração divina”! 155
E claro, não podia faltar o apoio de um emblemático católico, Tomás de Aquino, que disse: “Os justos do Antigo Testamento entravam no limbo dos patriarcas, onde tiveram que permanecer até que Cristo redimisse o mundo pagando com seu sangue o resgate da humanidade pecadora”.
Por que, baseados nisto, concluem que o "Seio de Abraão" é o lugar para onde foram os profetas e os bons judeus que morreram antes de escutar os ensinamentos de Jesus?
Como todo cristão sabe, não se pode subir ao paraíso sem conhecer a doutrina e a bênção Jesus. Então, segundo esta “teoria", todos os judeus que morreram antes de Jesus e que foram boas pessoas, ao morrerem, foram para esse estranho lugar... esperar. O que esperaram? Esperaram que ocorresse outra absurda crença cristã: Jesus ao morrer crucificado, durante os 3 dias que esteve na tumba, deu um passeio por este "Seio de Abraão" e ensinou a todos estes judeus a filosofia do cristianismo.
Ou seja: JESUS CONVERTEU TODOS OS JUDEUS MORTOS >>> AO CRISTIANISMO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Consegue imaginar? Abraão, Moisés, Jacó... Cristãos? Imagino que a comunidade judaica pode não estar muito de acordo com esta ideia! Evidentemente também é sumamente ingênuo pretender que estes grandes profetas como Moisés, que falava cara a cara com o próprio Deus, não soubesse que havia um Jesus, filho de Deus por ai. Imagine Moisés neste lugar esperando tranquilamente não sabe o que, quando de repente aparece Jesus... 156
Moisés: - Quem és tu? Jesus: - Sou Jesus o filho de Deus. Moisés: - O Filho de Deus? Eu falei horas e horas com Deus e ele nunca me disse que tinha um filho... Jesus: - Pois sou seu filho; e, além disso, venho dizer-te que tudo o que meu pai te disse já não vale mais, está tudo anulado e venho te ensinar o novo que ele quer. Chama-se cristianismo e se não o escutas, não irás ao Paraíso. Moisés: O que! ... Quer dizer que tudo aquilo que Ele me disse foi tempo perdido? Não seja mentiroso! Que me apareça teu pai aqui para que ele mesmo me diga. Jesus: - Ok, como queira. (Pausa) Já falas com meu pai. Moisés: Tá doido muleque? Jesus: - Sim. Porque Deus, meu pai, na realidade sou eu mesmo. Moisés: - VTF!!
Soubemos através de uma “alma bendita do purgatório”, que numa visita ao “seio de Abraão”, ouviu falar de um tipo que se dizia “filho de Deus” e invadiu o lugar para pregar uma nova religião e foi morto a pedradas. Bem, talvez isto explique o fracasso do retorno de Jesus, cometeu duas vezes o mesmo erro fatal!
1 - A Farsa do seio de Abraão
Por que essa bobagem do “seio de Abraão” é uma farsa? É mais que óbvio: os grandes estudiosos Bíblicos encontraram uma estranha história no evangelho de Lucas, que narra a história de um rico e um pobre e que após a morte de ambos, o rico vai para o inferno e o pobre vai para “seio de Abraão”. Evidentemente eles se perguntaram: “Que negócio é esse de “seio de Abraão”, onde 157
os que ali estão podem falar com os que estão no Inferno? Isso é uma loucura! Verdade”? Então simplesmente disseram que era uma “parábola” (mesmo que Lucas nunca o declare). Então “por acaso” inventaram um lugar paralelo ao inferno que acolhe todas as almas das pessoas boas que morreram antes da chegada de Jesus; (e de quebra resolveram essa incógnita). Pronto! Solucionaram o que era “o seio de Abraão” e colocaram as almas dos judeus bons neste lugar. Nada como ser eficiente! É mais do que óbvio que tudo isso é uma vulgar farsa e uma manipulação dos que pretendem guiar espiritualmente os crentes ingênuos. Não deveriam ficar inventando lugares celestiais nem colocando almas de defuntos em lugares estranhos e de pouca credibilidade. Se algo tão importante como um lugar assim existisse, a Bíblia deveria ser clara e dar mais informações sobre sua existência. Ou por acaso o trabalho dos líderes cristãos é corrigir e completar a Bíblia? Parece que sim! É incrível até onde chega a imaginação de alguns! Como é possível que o crente “sensato” chegue a sequer considerar tantos disparates? A Igreja tem um botão que desliga seu cérebro? Quer crer, creia, mas pelo amor de sua própria reputação como ser humano pensante, procure não ter crenças tão absurdas e desatinadas. Ou vai apenas divertir os ateus e céticos. Fontes: http://foro.univision.com/t5/Cat%C3%B3licos/El-seno-de-Abrahamsiempre-ha-sido-Biblico/td-p/386424710#axzz1ygsrcrTO http://es.wikipedia.org/wiki/Limbo_de_los_patriarcas
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13 - A Farsa do Limbo >>>
1 - Como faltar com o respeito aos fiéis
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O que acontece com as crianças que morrem sem serem batizadas e que não são nem mesmo cristãos? Esta é uma pergunta que certamente já passou pela mente de todos os crentes. Supõe-se que as crianças não aceitaram Jesus como seu salvador por não terem sido batizadas, então ainda levam o pecado original que herdaram de seus pais. O que ocorre com eles? Vão ao céu ou ao Inferno? Esta incógnita também é aplicável a todos os fetos mortos não nascidos que, segundo a igreja, desde a concepção são já pessoas plenas com seus direitos totais como seres humanos.
Pois bem. Vamos buscar as respostas para isso nesse livro infalível que serve de guia de vida para mais de dois bilhões de pessoas, chamado Bíblia sagrada. Certamente que ali deve dizer muito 160
claramente o que acontece com essas crianças que morrem prematuramente. Algo tão importante como isto deve estar na Bíblia. Pois não, NÃO ESTÁ! A Bíblia não diz nada sobre o destino das crianças após a morte. Parece que a Deus lhe importa um pepino o que ocorre aos infantes quando se vão deste mundo. Custa-me crer que um assunto tão importante para o crente, como o destino postmortem de nossas crianças, não seja nem mesmo tratado pela Bíblia. Pois esta pergunta também foi feita pelos primeiros teólogos e pais da igreja. E como sempre, buscando oferecer as respostas que a Bíblia não tem, eles simplesmente concluíram que devia existir uma espécie de lugar mágico para onde as crianças vão ao morrer. Então inventaram logo um lugar chamado "Limbo", que ninguém sabe o que é e nem onde está, mas para onde vão as almas destas desafortunadas crianças. De acordo com seu nome, “Limbo”, significa “borda” ou “Limite” e, portanto, deve ser um lugar muito distante e isolado.
2 - Como começou a loucura do Limbo? Vejamos mais ou menos como começou esse negócio de Limbo. - Lá pelo século V existia uma doutrina Teológica chamada “Pelagianismo” (que vem das ideias de “Pelágio”, um monge asceta do século IV), que afirmava que o pecado original só estava limitado a Adão e Eva e que nós os humanos não devíamos padecê-lo (soa relativamente sensato) … desta maneira as criancinhas iriam ao paraíso já que não possuem pecado original. 161
- Mas o amável Santo Agostinho disse que isso não podia ser certo… então no concílio de Cartago em 418, esta doutrina foi declarada herética. Mas então o que acontecia com as crianças? Agostinho dizia que, neste caso, as crianças iriam ao inferno “sofrer um pouquinho”! Que tipo imprestável este! - Até que São Alberto Magno (um dos poucos teólogos que admita a redondeza da terra) propôs a existência de um lugar chamado “limbo”, aonde iriam essas crianças. -A ideia do Limbo nunca foi declarada “Dogma de fé”, mas foi aceita logo como uma crença comum nos ensinamentos da Igreja, sendo incorporada em muitos Catecismos. - Tudo isso gerou enfrentamentos já que muitos teólogos e “santos” diziam que as crianças deviam sofrer algum castigo por terem o pecado original e não podiam sair ilesas disso. (Como são amorosos!). O principal enfrentamento foi entre os agostinos e os jansenistas. - Desde então a santa Igreja Católica deixou que os fiéis cressem abertamente no Limbo, sem se pronunciar diretamente a respeito. - O Papa Pio X (1905), autor do catecismo do século XX o expressa claramente: “As crianças mortas sem batismo vão ao limbo, onde não gozam de Deus, mas não sofrem, porque tendo o pecado original, e só esse, não merecem o céu, mas tampouco o inferno ou o purgatório”.
3 - O absurdo do Limbo
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Como o Limbo é uma especulação total dos Católicos, podemos também especular um pouco sobre isto. Imagine como seria este lugar para onde vão as crianças após a morte: Por acaso vão os embriões? Já pensou nisso? Onde quer que vá encontrará flutuando ou movendo-se pelo solo embriões, mórulas, gástrulas e fetos. Se cada aborto que houve no mundo vai ao limbo, já imaginou? Seria como una espécie de “Museu embriológico vivente” e verdadeiramente asqueroso.
- Nunca se esclarece se este Limbo é um lugar permanente ou se é só uma espécie de mini purgatório de onde as crianças irão logo ao paraíso com seus pais. 163
- Porque se o paraíso é um lugar de "felicidade permanente", como podem estar felizes ali os pais que perderam seus filhos? Para que o Paraíso seja perfeito os pais deveriam ter seus filhos ao seu lado e não em um lugar chamado Limbo, que nem se sabe onde fica. Também se diz que no Limbo se encontram aquelas pessoas adultas que, não tendo cometido pecados, nunca receberam a doutrina de Jesus e de Deus. Aqui estariam todos os indígenas e pessoas que nunca escutaram esse negócio chamado cristianismo, Jesus ou Deus; inclusive também estarão aqui os dementes e mentalmente incapazes. Consegue imaginar? Um lugar cheio de fetos, indígenas, loucos e integrantes de outras religiões que existiram desde o início da humanidade, deve ser o lugar com a maior densidade populacional de todos os tempos! - Em todo caso, o que é na realidade esse “Limbo”? Um préinferno? Ou por acaso só um céu pequeno cheio de gente? O certo é que é verdadeiramente engraçado imaginar isso. Devemos ser gratos à Igreja Católica por nos proporcionar tanta diversão com suas sandices teológicas.
4 – Sem mais Limbo para ti! Ok, perfeito. A Santa Igreja Católica tem uma resposta a este assunto das "almas de crianças mortas". Mesmo que absolutamente inventada, havia dado consolo aos pais crentes que lamentavelmente sofreram a pena e a dor de perder um filho. Os fiéis dedicaram horas de orações a Deus rogando para que seus filhos tivessem um bom destino no Limbo. Dinheiro e esforços, fé e devoção para este importante lugar de descanso/expiação para os nenês. 164
Até que... Um belo dia o ex-papa Benedito XVI se levantou de manhã de mau humor e disse que "o Limbo na realidade não existia"... E que deixava a alma das crianças entregues à "Vontade de Deus". Portanto, já não sabemos mais aonde vão as crianças após a morte. E as horas e horas de oração, de fé e dinheiro investidos no "Limbo", foram totalmente perdidas. Em 19 de abril de 2007, a Comissão Teológica Internacional presidida por Joseph Ratzinger publicou um documento teológico afirmando que a existência do limbo das crianças, não é uma verdade dogmática, mas somente uma “hipótese teológica” entre outras. O documento considera, como outros tantos na história da Igreja Católica, um mistério o destino preciso das crianças sem batismo, expressando a esperança de encontrar no futuro uma solução teológica que permita crer em sua salvação:
“Todos os fatores que temos considerado dão sérias bases teológicas e litúrgicas à esperança de que as crianças mortas sem batismo estejam salvas e gozem da visão beatífica”.
A falta de respeito com os fiéis católicos é realmente ofensiva. Como sempre, aos líderes Católicos, vale ZERO o que fazem ou creem seus devotos, até o ponto em que inventam e destroem lugares celestiais à vontade. Agora vejamos o que diz uma conhecida página Católica oficial: 165
O Magistério nunca emitiu nada sobre esta questão, embora tenhamos um par de informações dos ensinamentos de João Paulo II:
O primeiro se refere aos que morrem em razão do aborto; deles, disse o Papa escrevendo às mães que realizaram o aborto: “Se ainda não o haveis feito, abri-vos com humildade e confiança ao arrependimento: o Pai de toda misericórdia os espera para oferecer o seu perdão e a sua paz no sacramento da Reconciliação. Vos dareis conta de que nada está perdido e podereis pedir perdão também a vosso filho que agora vive no Senhor.” (Evangelium Vitae, n° 99);
O segundo está no Catecismo: “Quanto às crianças mortas sem Batismo, a Igreja só pode confiá-las à misericórdia divina, como faz no rito das exéquias por eles. Em verdade, a grande misericórdia de Deus, que quer que todos os homens se salvem e a ternura de Jesus com as crianças, que lhe fez dizer: “Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus” (Mc 10:14), nos permite confiar em que haja um caminho de salvação para as crianças que morrem sem o Batismo. Por isto é mais urgente ainda o apelo da Igreja de não impedir que as crianças pequenas venham a Cristo pelo dom do santo Batismo” (Catecismo da Igreja Católica, nº 1261).
A Igreja não conhece outro meio além do Batismo para garantir a entrada no céu. Mas também reconhece que a maneira que Deus intervém para a salvação das almas não fica reduzida aos sacramentos. Assim, por exemplo, se aplica o Batismo de sangue ou o de desejo.
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Cristo morreu por todos e a vocação de todo homem é chegar a Deus. Assim que a Igreja confia em que o Espírito Santo ofereça a todos a possibilidade de que, de um modo conhecido só por Deus, se salvem. E confia também na misericórdia divina, que quer que todos se salvem (1 Tm 2:4) pensando que deve haver um caminho de salvação para as crianças que morrem sem Batismo.
Com respeito à teoria de um estado intermediário entre o céu e o inferno, onde as almas destas crianças não sofrem, mas não gozam da visão de Deus, o Concílio de Cartago no ano 418, a declarou como falsa.
Assim que do limbo não podemos dizer que existe. Primeiro por falta de fundamentos nas Sagradas Escrituras e segundo porque a felicidade a que todos estamos chamados por natureza, deve se estender a todos os homens.
O que custa entender é por que eliminam um lugar como o "limbo", mas mantém o "Purgatório"? Ambos são totalmente inventados a partir das mentes malucas dos líderes Católicos; e nenhum dos dois está claramente expresso na Bíblia. Por que dizer que o Purgatório é um "Dogma de fé", enquanto que as almas que antes iam ao Limbo, agora estão "À vontade de Deus"? Qual a diferença? Esta decisão da alta hierarquia católica soa assim:
- "Como não sabemos o que acontece com as crianças após a morte, simplesmente diremos que é um mistério e fica na vontade de Deus o que ocorrerá com eles. Assim nos livramos do problema”.
E é claro… Quem pensaria em colocar as crianças para sofrer em um lugar isolado e distante chamado “Limbo”? Isto seria uma 167
crueldade! Se bem que o amoroso Santo Agostinho gostaria de mandá-las ao inferno, entretanto as doutrinas do Inferno e do Purgatório são bondade pura… Necessita-se de uma enorme dose de burrice para crer e confiar nessa gente. A forma como manipulam os que ingenuamente os tomam como guias espirituais, é simplesmente repugnante. Se aproveitam e faltam com respeito aos que confiam neles. E, além disso, inventam e destroem lugares mágicos à sua vontade, sem importar-lhe tudo o que os fiéis já investiram neles. Pode existir maior felicidade do que estar afastado desse tipo de gente? Quer seguir crendo em Deus? Excelente! ... Faça-o! ... Mas não ponha sua fé, seu tempo e seu dinheiro nessas aves de rapina... Você merece algo infinitamente melhor.
Fontes: http://es.wikipedia.org/wiki/Limbo_(teolog%C3%ADa) http://es.catholic.net/temacontrovertido/602/1558/articulo.php?id=179 http://www.azcentral.com/lavoz/cultura/articles/122005limbo-CR.html
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14 – Como é o Paraíso imaginário dos crentes? >>>
Pergunte a dez crentes cristãos sobre como será a eternidade no Paraíso e terá dez respostas inventadas na hora. Inventar respostas para “explicar” as sandices cristãs é o comportamento padrão de todo crente cristão. Deus os deixou completamente desamparados de respostas sobre as coisas mais importantes de seu plano para eles. Além disso, por simples sentido comum é irracional uma “vida eterna” em um lugar mágico imaginário chamado paraíso. Há muitas coisas que precisam responder. Com base no que nos diz a Bíblia sobre o Paraíso e o que normalmente creem os crentes, esta “recompensa divina” parece bastante absurda quando a analisamos com cuidado e fazemos algumas perguntas importantes. 169
Felicidade total? Os que tentam vender o produto chamado Paraíso baseiam sua publicidade no “fato” que ali teremos uma felicidade total e plena. Imagine os escassos momentos de felicidade plena que se tem nesta vida, amplificados para a eternidade! Até os ateus ficariam encantados se tivesse o mínimo fundo de verdade.
Mas isso é real e possível? A única “evidência” ou “prova” que os pobres crentes conseguem apresentar é a Bíblia; livro que como sabemos está assolado de erros, contradições, absurdos, imoralidade, maus conselhos, 170
mortes, guerras e muito sangre. Como crer e confiar em tal livro? Se a Bíblia tem uma imensidão de erros, por que deveríamos confiar nela sobre essa bobagem de Paraíso? Mas supomos que seja assim. Existe um Paraíso e que tenham a oportunidade de estar lá serão eternamente felizes. Se pensarmos um pouquinho sobre isto veremos que não só é absurdo e irracional, mas impossível de conseguir na prática.
Como é possível ser feliz no Paraíso se os familiares próximos e pessoas amadas durante a vida estarão sofrendo no inferno?
Evidentemente nem todos irão ao Paraíso. Apenas uns poucos eleitos irão e a grande maioria irá direto para o Inferno, lugar especialmente projetado pelo amoroso Deus para castigar os que o desobedeceram e não estejam no céu. Como ser feliz enquanto outros sofrem? Imagine sua esposa e seu filho sofrendo eternamente no inferno por terem escolhido o budismo, implorando piedade e consolo em meio as chamas e você indiferente e feliz no paraíso. A resposta mais engraçada dos crentes cristãos costuma ser: “O que acontece é que Deus não deixará que tu penses nisso”. Ou seja, que Deus fará uma lavagem cerebral (como as igrejas já fazem) eliminando as memórias ruins e gravando nela apenas recordações de coisas felizes. Estranhamente isto tem apoio Bíblico. A Bíblia deixa muito claro que “não haverá memória” (Isaías 65:17 - Pois eis que crio uns céus novos e uma terra nova; e não persistirão na memória as coisas passadas, nem serão elas lembradas).
Bem. Deus simplesmente alterará a memória e a mente para que pensemos só o que ele quer. Você é o que é por 171
seus pensamentos, por sua personalidade, a qual está baseada nas experiências que viveu e no que aprendeu. Se chegasse a manipular ou apagar sua memória se perderia a essência do que você é. Simplesmente NÃO SERIA MAIS VOCÊ, convertendo-se em alguém completamente diferente, mas com o mesmo corpo. Sem suas memórias você estaria literalmente morto. Outra pessoa fabricada por Deus estaria usando seu corpo. Que sentido tem estar no Paraíso e não ser mais você mesmo? Felicidade e gostos pessoais Durante nossa vida fazemos inumeráveis coisas que nos fazem felizes, pelo menos durante alguns instantes. A felicidade é relativa, já que depende de cada pessoa e de seus gostos pessoais. Para uns um momento de felicidade é estar sentado lendo um bom livro de frente para o mar; para outros a felicidade será estar em uma discoteca dançando sob a canção de seu grupo favorito. Esses pequenos momentos que coincidem com nossos gostos nos proporcionam felicidade. No Paraíso deveria ser igual, ter esses instantes de felicidade relacionados à nossa personalidade, não algo fabricado e padronizado para todos como Deus quer. Profissões Para uma infinidade de pessoas a felicidade está na satisfação com que se entregam ao seu trabalho. No paraíso todas as profissões serão extintas e junto com elas a felicidade dessas pessoas. Imagine todas as profissões relacionadas à medicina, já que não existirão mais doenças. Certamente os médicos são felizes e sentem uma grande satisfação em curar pessoas enferma. Isto não poderá acontecer no paraíso, já que não há enfermidade nem
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morte. Os médicos serão uns desempregados e terão que se dedicar a outra coisa e não ao que os deixa feliz. E os policiais? ... Não haverá crimes. Analise as diferentes profissões e verá que muitas, senão todas, não estarão presentes no Paraíso, o que entristecerá as pessoas cuja profissão sempre foi sua vida e sua felicidade. Claro, se Deus faz uma “lavagem cerebral”, certamente nos esqueceremos do que fazíamos na vida e passaremos uma eternidade podando roseiras, já que jardineiro parece ser a única profissão possível no Paraíso. Viagens Quem não gosta de viajar, conhecer diferentes lugares, culturas, costumes, gastronomia, arte, idiomas, etc.? Lamentavelmente uma vez no Paraíso não poderemos fazer isso, já que só existirá uma cidade e cheia de judeus: a Nova Jerusalém! Recordemos que a Bíblia é ambígua e contraditória sobre onde pode estar este Paraíso. Alguns versículos dizem que é no céu e muitos outros dizem que é na terra. Portanto, se você é um amante das viagens, esqueça, não poderá sair da cidade. Sexo Bem, sejamos francos. Uma das coisas neste universo que nos proporciona mais felicidade é o sexo. É pura felicidade! O sexo é uma função fisiológica básica nos seres vivos. A primitiva necessidade de reprodução está nos genes. Porém lamentavelmente no Paraíso não haverá reprodução nem nascerão crianças. E como o sexo é tão pecaminoso e aberrante para Deus, é improvável que admitisse o sexo por prazer! Talvez por isso Jesus tenha dito que é melhor ser eunuco se quiser ir para o Céu. 173
Só em insinuar que não haverá sexo no Paraíso, já é uma ótima razão para evitar ir para lá.
Além disso, se Deus permitisse as relações sexuais, o que aconteceria se tua esposa em vida se foi ao inferno? Com quem teria sexo? Por acaso conhecerias pessoas novas dispostas a fazêlo? Ou Deus teria uma espécie de “Bordel celestial” para nos proporcionar essa felicidade? E as pessoas que tiveram vários parceiros em vida, estariam sexualmente ligadas com todas ao estilo “Big Love”?
1 - Fisiologia Orgânica Celestial
Corpo físico ou corpo espiritual? Esta é outra pergunta muito importante cuja resposta continua dividindo os crentes há milênios.
Teremos um corpo físico como tal ou seremos espíritos no Paraíso?
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Muitos crentes afirmam que não teremos um corpo físico, mas uma espécie de “corpo espiritual”, que Deus nos dará para desfrutar das delícias do paraíso. Se for assim, isto levanta várias questões óbvias: Como pensaremos se não teremos corpo, nem cérebro, nem neurônios? Como desfrutaremos se não teremos sentidos, pois não teremos olhos, pele e ouvidos para perceber os estímulos externos? Afortunadamente a Bíblia deixa muito claro que SIM, teremos um corpo físico parecido ao que possuímos atualmente. Com que idade chegaremos ao Paraíso? Esta é uma das perguntas mais importantes. Que idade teremos no céu? Porque se morremos aos 100 anos velhos e decrépitos, como poderíamos desfrutar do que o Paraíso nos brinda? E se morremos de uma longa e penosa enfermidade, teremos um corpo correspondente a ela? E as crianças? Haverá crianças de peito no Paraíso? Suponho que sim, embora Deus não queira crianças sem batismo no céu, as crianças recém-batizadas e ainda de peito, em teoria, deveria entrar no Paraíso. Como poderão desfrutar do Paraíso se são crianças? Quem cuidará delas enquanto seus pais ardem no Inferno? Haverá creches celestiais? Anjos canguru? Muitos crentes pensam que estarão no Paraíso com uma idade adequada para desfrutar do que Deus oferece e na plenitude da vida… uns 25 ou 30 anos. Mas e as crianças? As de 2 anos passarão a ter imediatamente 25? Crescerão ou Deus os muda magicamente? E seu processo de aprendizagem, tão importante para criar uma personalidade? Ou serão uns robôs desenhados por Deus e sem consciência própria? E os velhos? Os avós e pessoas idosas com quem compartilharam a vida, também terão uns 25 anos, convertendo-se em pessoas totalmente 175
desconhecidas para seus entes queridos mais jovens? Por acaso tudo isso não é uma doidisse completa? Alimentação Poderemos comer e beber (Isaías 55:1), comeremos uvas das vinhas (Isaías 65:21), mas não teremos fome (Apocalipse 7:16). Alguém mais achou um absurdo isso? Fisiologicamente nossas células necessitam alimentos em forma de aminoácidos, gorduras, vitaminas, hidratos de carbono, etc. E a forma de manifestar essa necessidade é com a sensação de fome. Então não teremos mais necessidade de comer e só o faremos por diversão; ou haverá tanta comida que nunca teremos fome e seremos uns obesos celestiais? E a função fisiológica normal de eliminar a urina e as fezes? Haverá banheiros celestiais e papel higiênico marca “God” ou “Jesus”? Para não ter fome e não ter funções gástricas normais mesmo comendo à vontade, Deus deve modificar nosso corpo, transformando a fisiologia que conhecemos em algo bizarro. Crescimento. Se tivermos uma idade fixa e só comermos pelo prazer de fazê-lo (gula no Paraíso???), se assume que não cresceremos. (¡!????) Deus modificaria nossas células, eliminando a mitose e a oxidação celular. Logo também imagina-se que não respiraremos e nem o coração baterá, já que a função do sangue é levar oxigênio e nutrientes às células para que estas cresçam e de dividam, dando como resultado o crescimento. Vejamos: não respiraremos, nosso coração não baterá, não teremos sangue, não cresceremos… Que diferença haverá entre nós e um zumbi? Seremos cadáveres (gordos) ambulantes! E a isso somamos que não teremos memória nem recordações próprias (o “eu” não existirá), exceto as que Deus nos proporcione! Seremos mais uma espécie de robôs celestiais? 176
Reprodução Ao não existir sexo e o Paraíso possuir um número finito de população; obviamente não haverá reprodução. As mulheres não terão mais crianças já que estes não passaram por uma vida terrestre nem foram julgados. Além disso, o nascimento de uma pessoa implica implicitamente na necessidade de crescer e ter funções fisiológicas normais. Também supõe-se que nossos órgãos sexuais não teriam utilidade orgânica: as mulheres não ovulariam nem os homens produziriam espermatozoides. Ao não existirem hormônios tampouco haveria desejo sexual, o que é óbvio já que não haverá sexo. Tudo isso parece indicar que seremos assexuados! Se só vamos ter nossos genitais como enfeites, talvez Deus tenha a maravilhosa ideia de tirá-los. Quem seria feliz ao acordar no Paraíso, olhar para baixo e não encontrar suas bolas? Isso sim seria uma tragédia!
Seriamos apenas a Barbie e o Ken de Deus?
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2 - Animais no Paraíso.
Sempre foi muito discutido esse negócio de animais no Paraíso. Vejamos um fragmento Bíblico que o esclarece:
Isaías 11:6 E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão e o animal cevado andarão juntos, e um menino pequeno os guiará. Isaías 65:25 O lobo e o cordeiro se apascentarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; e pó será a comida da serpente. Não farão mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o SENHOR.
Podemos concluir várias coisas: Sem dúvida haverá animais no Paraíso. Mas estes serão mansos e perderão seus instintos naturais convertendo-se em animais decorativos vivos. Mesma coisa que fez com os crentes “salvos”! Segundo a Bíblia, comeremos apenas por diversão. Não comeremos estes animais? Ou só comeremos vegetais? (Que também são seres vivos). Será muito divertido ver a serpente comendo pó. O que é estranho é conservar as serpentes no Paraíso, já que ela é a representação típica da antítese de Deus: Satanás. Em todo caso será lindo ver 178
o céu infestado de serpentes e as crianças pulando cordas com elas. Mas o mais impressionante de tudo será ver os leões e feras que antes eram carnívoros... Comer pasto!!!! Deus lhes dará um estômago semelhante aos do boi, ou seja, um estômago verdadeiro e três pré-estômagos. Desta maneira veremos uns alegres leões com a boca cheia de grama, ruminado e com um abdome muito grande para acomodar seu novo sistema digestivo. Também terão novos dentes adaptados à vida herbívora e sem presas obviamente. Que estranhos serão esses leões com cara e barriga de vaca! Também está mais do que claro que nem cachorros ou porcos estarão no Paraíso. Então quanto ao seu fiel companheiro, esqueça-o, pois Deus os odeia.
Deus odeia cães e porcos!
3 - Eternidade Divina.
Se vamos estar uma eternidade com Deus, o que faremos para não nos aborrecermos? Imagino que poderemos fazer todas as coisas que desejarmos e que não estejam em conflito com os desejos de Deus, afinal ele já nos expulsou antes de lá, melhor não abusar. 179
Podemos ler livros; mas infelizmente haverá censura literária severa e só estarão disponíveis as publicações aprovadas por Deus. E em poucas centenas de anos já teríamos lido todos. Viajar? Nem pensar, não há nenhum lugar para ir, já que estaremos encerrados em um lugar com limites definidos e em pouco tempo já conheceremos cada centímetro. Conversar? Haverá algumas pessoas para conversar. Bem, não muitas, já que a maioria terá ido para o Inferno e só estão aqui uns fanáticos religiosos completamente desconhecidos. Para piorar, as conversas no Paraíso devem ser bem aborrecidas já que o tema principal será Deus e como adorá-lo e esse tipo de coisas. As pessoas interessantes com as quais valeria a pena dialogar e discutir certamente estarão levando bomba no Inferno. Mas em um ou dois milhões de anos já conheceria bem os companheiros de paraíso.
Imagine ter milhões e milhões de anos em um só lugar, rodeado com as mesmas pessoas e sem ter corpo, nem pensamento próprio e sem poder escapar. Isso parece mais um castigo eterno do que uma recompensa.
Mas nem tudo está perdido, parece que Deus também pensou nisso e nos mantermos ocupados por milhões e milhões de anos, seja na terra ou no céu: Isaías 60:21 E todos os do teu povo serão justos, para sempre herdarão a terra; serão renovos por mim plantados, obra das minhas mãos, para que eu seja glorificado. Apocalipse 7:15
180
Por isso estão diante do trono de Deus, e o adoram dia e noite no seu santuário; e o que está sentado sobre o trono estenderá o seu tabernáculo sobre eles.
Tranquilo! O crente não se aborrecerá no Paraíso. Já que seu principal (senão único) trabalho dia e noite pelo resto da eternidade será louvar e glorificar a Deus. Não lhe parece este um excelente uso de seu tempo celestial eterno?
Quase igual a entrar na sua igreja e nunca mais sair de lá, só que com Deus lá no lugar do pastor! Isso é muito suspeito, pois se Deus é perfeito e não precisa de nada, por que necessitaria que milhões e milhões de pessoas estivessem dia e noite ao seu redor louvando-o e dizendo que ele é o melhor? Por acaso isso não é vaidade extrema, egocentrismo, complexo de superioridade e megalomania?
Podemos dizer que, independente de como será lá, Deus nos modificará genética e mentalmente e seremos felizes, mesmo que uma felicidade fabricada por Deus e não cultivada por nós. Parece que a chave é a felicidade. Mas falta o amor. Não o “amor de Deus” ou o “amor ao próximo”, mas o amor romântico entre parceiros; esse amor que tanto nos faz suspirar e apreciar a vida. Teremos um par no paraíso? Se seremos felizes, teremos alguém ao nosso lado, mas quem? Haverá pessoas que tiveram muitos amores na vida. Pessoas divorciadas, companhias eventuais ou de toda a vida. Basicamente todos tiveram em sua vida vários “amores verdadeiros”. Com qual destes amores se estará no Paraíso? E é muito provável que a pessoa que mais amamos na vida esteja no inferno. Como alguém srá feliz com seu 181
grande amor fritando no Inferno? Além disso, convém recordar as palavras do próprio Jesus, que nos garante que não teremos parceiros e nem estaremos casados no paraíso. Lucas 20:34-36 34 - E, respondendo Jesus, disse-lhes: Os filhos deste mundo casamse, e dão-se em casamento; 35 - Mas os que forem havidos por dignos de alcançar o mundo vindouro, e a ressurreição dentre os mortos, nem hão de casar, nem ser dados em casamento; 36 - Porque já não podem mais morrer; pois são iguais aos anjos, e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição.
Talvez por isso: Mateus 19:12 Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos, por causa do reino dos céus. Quem pode receber isto, receba-o.
4 - Seu futuro no Céu
Iguais aos anjos? Castrados para entrar no reino dos céus??? Você ainda quer ir para o Paraíso, castrado e como um anjo?
Péssimas notícias para os crentes salvos: se esteve casado durante muitos anos ou simplesmente teve um matrimônio feliz... 182
ESQUECA-O!!! No Paraíso não estará casado e nem nada de relações românticas com ninguém. Sua parceira será para você apenas como mais um amigo; ou pior ainda, como simples companheiro de trabalho (escravo) na eterna labuta de “louvar e amar” a Deus. Você desejará que Deus apague sua memória para não ver dia após dia o amor de sua vida e não sentir o desejo, o amor e a paixão que sentiu por essa pessoa durante sua vida? Pois é isso que ele fará. Esse é um assunto importante, já que Deus simplesmente manipula nossas mentes para que esqueçamos nossos amores terrestres, o que deixa sem sentido a palavra “amor” no Paraíso. Só haverá o “amor” que Deus quer que tenhamos e todo direcionado só para ele. Mas não pode ser tão ruim assim.... Ou pode?
183
15 - A Farsa do Paraíso Imaginário na Bíblia >>>
1 - Entre o Absurdo e o Irracional
E finalmente! ... A recompensa! Depois de anos e anos de dedicação a Deus, “cumprindo” seus estatutos, “acatando” suas ordens, sendo bons (só por medo do inferno e da ira de Deus) e “seguindo ao pé da letra” sua palavra… e depois de morrer, finalmente seremos recompensados com o que sempre esperamos: “O Paraíso”. Será que o crente cristão é tão ingênuo para dedicar toda sua vida, esforços e dinheiro a um Deus (entre milhares), sem saber exatamente qual é a recompensa por obedecer a esse Deus mercenário e chantagista? Curiosamente quando se pergunta ao crente cristão como será esse Céu ou Paraíso, quase nunca sabem. Por quê? Porque a Bíblia, que é a palavra que Deus supostamente nos deixou para entendê-lo, não esclarece praticamente nada. Só nos diz algumas 184
frases repetitivas e surrealistas de como será esse Paraíso que tanto deseja o esperançado e trollado cristão. E o pouco que a Bíblia nos diz sobre o paraíso é francamente coisa de loucos. 2 - O que é o Céu / Paraíso?
É a recompensa de Deus oferece aos homens por acatar seus mandamentos e estatutos estabelecidos na Bíblia. Mais ou menos o mesmo tipo de chantagem suja que fazemos com nossos filhos para que se comportem. Também podemos dizer que o Paraíso é a volta ao “Jardim do Éden” hebraico original expresso no Gênesis, de onde Adão e Eva foram expulsos por desobedecer a Deus (mesmo sem terem consciência do bem e do mal). Em outras palavras, ganhar o paraíso seria como estar no Éden antes de Adão e Eva meterem a pata. Devemos recordar que para chegar a este Paraíso devemos superar o “Juízo Final”, no qual seremos julgados por nossas obras e por nossa fé depois da morte quando Jesus regressar pela segunda vez. Se nos saímos mal nesse julgamento, nos espera o castigo, que será aplicado (apenas por sadismo, já que não há chance de arrependimento) em um lugar horrível chamado “Inferno”. Além disso, o termo “paraíso” só aparece três vezes no Novo Testamento: Lucas 23:43 E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso. 2 Coríntios 12:4 Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar. Apocalipse 2:7
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Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus.
Lucas também fala de algo parecido com céu, chamado “O seio de Abraão”.
3 - Onde está o Céu / Paraíso? É uma crença popular supor que o Céu está localizado acima de nossas cabeças, no céu; por isso vemos os crentes olhando ou apontando para cima quando se referem ao Paraíso, lugar mítico aonde irão os bons depois da morte. Esta crença se baseia em alguns versículos Bíblicos que parecem insinuar isso: 2 Coríntios 12:2-4 2 - Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro céu. 3 - E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) 4 - Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar.
Paulo nos fala de um suposto “terceiro céu”. Segundo as crenças que tinham os iluminados judeus da época (incluindo Paulo), o primeiro céu é o que vemos normalmente acima, o firmamento celeste; o segundo céu é onde se encontra o Sol, a lua e o resto das estrelas (astrônomos corrijam seus livros); e o terceiro céu é onde habita Deus e onde os “salvos” passarão toda a eternidade. Deste modo Paulo deixa muito claro que o Céu/Paraíso se encontra acima (após as estelas, o que deve ser bem longe). Mateus 6:10
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Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
Mateus volta a nos esclarecer que o reino de Deus estará no céu. Entretanto, nem todos creem que o Céu se encontra acima, no firmamento; alguns versículos parecem insinuar que o Céu será aqui mesmo, na terra. Mateus 5:5 Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Salmos 37:29 Os justos herdarão a terra, E nela habitarão para sempre. Salmos 37:11 Mas os mansos herdarão a terra, e se deleitarão na abundância de paz. Salmos 37:9 Porque os malfeitores serão desarraigados; mas aqueles que esperam no SENHOR herdarão a terra.
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Provérbios 2:21 Pois os retos habitarão na terra, E nela permanecerão os perfeitos. Provérbios 11:31 Eis que o justo será castigado na terra, Quanto mais o perverso e o pecador! 2 Crônicas 6:18 Mas, na verdade, habitará Deus com os homens na terra? Eis que o céu e o céu dos céus te não podem conter, quanto menos esta casa que edifiquei?
Estes versículos parecem dizer que, sem dúvida, o Paraíso estará na terra. Apocalipse 21:2 Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, descendo do céu da parte de Deus, preparada como uma noiva adornada para seu noivo.
O Apocalipse deixa claro que esse lugar se chamará “Nova Jerusalém”. É bastante curioso que o Paraíso leve o nome da cidade sagrada dos judeus; isto poderia indicar qual é a religião verdadeira. Será que todos os cristãos estão enganados? Em todo caso a grande pergunta aqui é: Onde estará o Paraíso? Se a própria Bíblia se contradiz ou diz coisas ambíguas sobre isto, como confiar que o resto do que nos diga sobre o Paraíso está certo?
4 - O que faremos lá? Uma vez chegados ao Paraíso, inevitavelmente surgirá a pergunta: Se estaremos ali por toda a eternidade, o que faremos 188
para passar o tempo que nunca passa? Neste caso a Bíblia responde claramente: Daniel 7:9-10 9 - Eu estava olhando até que foram postos uns tronos, e um que era antigo de dias se assentou; o seu vestido era branco como a neve, e os cabelos da sua cabeça como pura lã; o seu trono era chamas de fogo, e as rodas do mesmo fogo ardente. 10 - De diante dele manava e saía um rio de fogo; milhares de milhares o serviam, e miríades de miríades assistiam diante dele; assentou-se o juízo, e abriram-se os livros.
Obviamente compartiremos o céu com o próprio Deus, que parece ser o famoso velho de barba e roupa brancas que todos os crentes imaginam. Mas segundo isto parece que nosso principal passatempo nas eternidades do Paraíso será “servir” a Deus; o que é irônico já que Deus é perfeito é não precisa de nada e de ninguém para coisa nenhuma. Esse deus mais parece um tirano terrestre típico, com seus escravos e bajuladores. Isaías 60:21 O teu povo também, todos serão justos, eles herdarão a terra para sempre-renovos da minha plantação, obras das minhas mãos, para que eu seja glorificado.
Parece que está muito claro: Deus deseja que nos salvemos só para que estejamos eternamente louvando-o, glorificando-o e dizendo-lhe “sim tu, tu… eres o melhor”. Por que um Deus que é perfeito e que sabe que é o máximo, quereria que nós lhe louvássemos e adulássemos por toda a eternidade? Que megalomania e complexo de superioridade é este? Mas a verdadeira pergunta que devemos responder é: 189
Por que uma pessoa desejaria passar uma eternidade adorando e servindo um Deus que é todo-poderoso e que em teoria não necessita de nada? Para isso nos esforçamos tanto durante toda a vida? Para louvar e coçar as costas de um Deus que deseja adoração a todo custo?
5 - Características do Céu / Paraíso Vejamos o que mais a Bíblia nos diz sobre como serão as coisas e como estaremos por lá.
Apocalipse 21:3-5 3 - E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu
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povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. 4 - E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. 5 - E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.
Parece que Deus estará ao nosso lado o tempo todo; coisa que não é de estranhar e nem deveria surpreender-nos, já que Deus é em teoria Onipresente, ou seja, que sempre tem estado ao nosso lado, só que nunca se faz evidente.
Mas eis aqui o mais importante de tudo: “Não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor”. Em outras palavras: Seremos felizes! Todos nossos desejos e necessidades estarão resolvidos.
É esta característica do Paraíso que faz com que as pessoas se unam às religiões e encham os bolsos dos líderes religiosos de dinheiro: A promessa de que não haverá mais dor nem sofrimento no mais além. As pessoas não querem ir para o céu para louvar a Deus, ou conviver com os anjos, as pessoas anseiam pelo Paraíso para não sofrerem, para serem felizes, só desejam que tudo de ruim que passam na terra não exista mais. Este tem sido o grande mecanismo de manipulação das religiões: a promessa (FALSA) de felicidade. Apocalipse 21:23 E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada.
Ao que parece essas pinturas onde Deus, Jesus e os anjos possuem uma espécie de halo luminoso (de LED?) sobre suas 191
cabeças, são completamente certas. Segundo este versículo Deus irradia luz própria que serviria para iluminar o universo. Também, ao que parece, não existirão nem o Sol e nem a Lua. A “luz de Deus bastará”. Aqui devemos esclarecer um erro evidente do versículo em questão. Nele se diz que a Lua “Brilha”. Isto é uma grande mentira. A Lua NÃO brilha. A Lua é um corpo opaco que não emite luz (visível) própria; simplesmente atua como um espelho para a luz do Sol e é essa a luz que vemos ao olhar para a Lua, a luz do Sol. Parece que o escritor, “João” ou o Deus que o inspirou, não sabia nada de astronomia básica. João 14:2-3 2 - Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. 3 - E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.
Jesus também andará entre nós. Isto será interessante: se Jesus e Deus são a mesma pessoa, que é que estará caminhando por ali? O velho de barba branca ou o judeu magricelo coberto de sangue? Ou enquanto caminha vai se transformando em um ou outro, conforme seu estado de ânimo? Ou eventualmente sai voando como uma pomba? Que maluquice essas crenças! Isaías 55:12-13 12 - Porque com alegria saireis, e em paz sereis guiados; os montes e os outeiros romperão em cântico diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas. 13 - Em lugar do espinheiro crescerá a faia, e em lugar da sarça crescerá a murta; o que será para o SENHOR por nome, e por sinal eterno, que nunca se apagará.
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Vejamos agora um pouco de Botânica celestial: segundo estes versículos as árvores aplaudirão e os montes cantarão. Muitos dirão que é uma parábola ou que está em sentido figurado; mas recordemos de que se trata do Paraíso, o domínio de Deus, onde pode fazer o que quiser; então ver uma árvore aplaudindo um concerto da grana dos montes deve ser coisa comum por lá. Já imaginou passar a eternidade ouvindo canções vegetais e árvores aplaudindo? Isaías 11:6 E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão e o animal cevado andarão juntos, e um menino pequeno os guiará.
Também haverá animais no Paraíso. Imagina-se que esses animais não tenham passado pelo juízo final nem tiveram julgamento sobre seu comportamento. Supõe-se que estarão ali por… humm Decoração? Curiosidade? Ou talvez Deus queira montar uma espécie de zoológico ou circo celestial?
Segundo seu histórico bíblico, Deus não deve ter boa coisa em mente para esses animais >>>.
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Apocalipse 7:15-17 15 - Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra. 16 - Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles. 17 - Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima.
Voltamos a confirmar que estaremos lá para "servir" a Deus. Seremos seus "criados" ou servidão pessoal. Pelo menos não haverá fome, nem sede e nem insolação, já que não haverá sol, mas se alguém estava pensando em bronzear-se na praia, esqueça. Isaías 55:1 O vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.
O sistema monetário está obsoleto no Paraíso. Mas o comércio, a compra e venda ainda funcionam... E O VINHO TÁ LIBERADO... DE GRAÇA!!!! Menos mal. Isaías 65:17-25 17 - Porque, eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá mais lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão. 18 Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém uma alegria, e para o seu povo gozo. 19 E exultarei em Jerusalém, e me alegrarei no meu povo; e nunca mais se ouvirá nela voz de choro nem voz de clamor. 20 - Não haverá mais nela criança de poucos dias, nem velho que não cumpra os seus dias;
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porque o menino morrerá de cem anos; porém o pecador de cem anos será amaldiçoado. 21 - E edificarão casas, e as habitarão; e plantarão vinhas, e comerão o seu fruto. 22 - Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam; porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore, e os meus eleitos gozarão das obras das suas mãos. 23 - Não trabalharão debalde, nem terão filhos para a perturbação; porque são a posteridade bendita do SENHOR, e os seus descendentes estarão com eles. 24 - E será que antes que clamem eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei. 25 - O lobo e o cordeiro se apascentarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; e pó será a comida da serpente. Não farão mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o SENHOR.
Isto é importantíssimo! Não haverá memória! Ou seja, uma vez chegados ao Paraíso Deus nos formata o cérebro e nossa memória é completamente apagada (e toda a saga vivida na terra desde a criação do mundo vira uma inutilidade completa). Portanto seremos eternamente felizes sem memória. Isto nos confirma que a felicidade está na ignorância. A Bíblia volta a repetir que não haverá choro e tudo será alegria e felicidade. Uma verdadeira festa! Mas o versículo 20 diz algo interessante: O menino morrerá de cem anos… (¡!??) No Paraíso as crianças morrerão? Que história é essa? Bem, já sabemos Deus não gosta muito das crianças, mas pelo que lemos aqui, os único que morrerão no Paraíso serão justamente as pobres crianças. Que perseguição é essa de Deus com as crianças, que as persegue até no Paraíso? O resto dos versículos nos diz coisas que revela muito sobre como será o Paraíso:
- Viveremos em casas. - Trabalharemos. 195
- Comeremos. - Não amaldiçoaremos. - Deus continuará nos ouvindo e espionando como sempre. - O Leão come palha e as serpentes comem pó… ehh serpentes no paraíso? - Os pecadores estarão lá, serão apenas amaldiçoados por 100 anos. - O Paraíso continua a se chamar Jerusalém, logo a religião judaica é a verdadeira.
Que coisa! 1 Coríntios 2:9 Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam.
No Paraíso veremos coisas que nunca vimos (entre elas o próprio Deus imagina-se). O Paraíso será um “paraíso” de imagens surrealistas e coisas estranhas. Uma espécie de viagem de LSD. Isaías 33:24 E morador nenhum dirá: Enfermo estou; porque o povo que habitar nela será absolvido da iniquidade.
Não haverá enfermidade e todos os que estejam no Céu estão perdoados (óbvio, pois saíram vitoriosos do Juízo Final). Ezequiel 34:25 E farei com elas uma aliança de paz, e acabarei com as feras da terra, e habitarão em segurança no deserto, e dormirão nos bosques.
Todo será paz e não haverá feras, talvez leões comedores de palha! Os leões que gostam de caçar umas ovelhas perderam seu 196
instinto caçador; Deus deve ter lavado o cérebro deles também. Também haverá desertos e bosques. Levítico 26:11-12 11 - E porei o meu tabernáculo no meio de vós, e a minha alma de vós não se enfadará. 12 - E andarei no meio de vós, e eu vos serei por Deus, e vós me sereis por povo.
Deus será a atração principal (imagino que ele estará permanentemente iluminado com refletores, qual obra de teatro). E estará no meio de tudo metendo seus narizes nos assuntos de todo mundo como sempre. Lógico, pois todos serão propriedades de Deus. Quem quiser acreditar nessas idiotices, que acredite, é um direito inatacável, mas lembre-se de que cada “bruxa” queimada, cada criança batizada, cada pessoa que recusa tratamento médico, cada guerra santa, cada dor ocasionada pela religião tem por trás uma pessoa como você, que busca desesperadamente ganhar esse prêmio imaginário a todo custo. Inclusive ao custo da felicidade dos demais.
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Originally published as a pamphlet in 1853, and expanded to book length in 1858, The Two Babylons seeks to demonstrate a connection between the ancient Babylonian mystery religions and practices of the Roman Catholic Church. Often controversial, yet always engaging, The Two Babylons comes from an era when disciplines such as archeology and anthropology were in their infancy, and represents an early attempt to synthesize many of the findings of these areas and Biblical truth.
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600 páginas
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“Dois informadíssimos volumes de Karlheinz Deschner sobre a política dos Papas no século XX, uma obra surpreendentemente silenciada peols mesmos meios de comunicação que tanta atenção dedicaram ao livro de João Paulo II sobre como cruzar o umbral da esperança a força de fé e obediência. Eu sei que não está na moda julgar a religião por seus efeitos históricos recentes, exceto no caso do fundamentalismo islâmico, mas alguns exercícios de memória a este respeito são essenciais para a compreensão do surgimento de algumas monstruosidades políticas ocorridas no século XX e outras tão atuais como as que ocorrem na ex-Jugoslávia ou no País Basco”. Fernando Savater. El País, 17 de junho de 1995. “Este segundo volume, como o primeiro, nos oferece uma ampla e sólida informação sobre esse período da história da Igreja na sua transição de uma marcada atitude de condescendência com regimes totalitários conservadores até uma postura de necessária acomodação aos sistemas democráticos dos vencedores ocidentais na Segunda Guerra Mundial”.
312 páginas "Su visión de la historia de la Iglesia no sólo no es reverencial, sino que, por usar una expresión familiar, ‘no deja títere con cabeza’. Su sarcasmo y su mordaz ironía serían gratuitos si no fuese porque van de la mano del dato elocuente y del argumento racional. La chispa de su estilo se nutre, por lo demás, de la mejor tradición volteriana." Fernando Savater. El País, 20 de mayo de 1990
Gonzalo Puente Ojea. El Mundo, 22 de outubro de 1995. Ler online volume 1 e volume 2 (espanhol). Para comprar (Amazon) clique nas imagens.
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136 páginas
480 páginas
304 páginas
De una manera didáctica, el profesor Karl Deschner nos ofrece una visión crítica de la doctrina de la Iglesia católica y de sus trasfondos históricos. Desde la misma existencia de Jesús, hasta la polémica transmisión de los Evangelios, la instauración y significación de los sacramentos o la supuesta infalibilidad del Papa. Todos estos asuntos son estudiados, puestos en duda y expuestas las conclusiones en una obra de rigor que, traducida a numerosos idiomas, ha venido a cuestionar los orígenes, métodos y razones de una de las instituciones más poderosas del mundo: la Iglesia católica.
“Se bem que o cristianismo esteja hoje à beira da bancarrota espiritual, segue impregnando ainda decisivamente nossa moral sexual, e as limitações formais de nossa vida erótica continuam sendo basicamente as mesmas que nos séculos XV ou V, na época de Lutero ou de Santo Agostinho. E isso nos afeta a todos no mundo ocidental, inclusive aos não cristãos ou aos anticristãos. Pois o que alguns pastores nômadas de cabras pensaram há dois mil e quinhentos anos, continua determinando os códigos oficiais desde a Europa até a América; subsiste uma conexão tangível entre as ideas sobre a sexualidade dos profetas veterotestamentarios ou de Paulo e os processos penais por conduta desonesta em Roma, Paris ou Nova York.” Karlheinz Deschner.
"En temas candentes como los del control demográfico, el uso de anticonceptivos, la ordenación sacerdotal de las mujeres y el celibato de los sacerdotes, la iglesia sigue anclada en el pasado y bloqueada en su rigidez dogmática. ¿Por qué esa obstinación que atenta contra la dignidad y la libertad de millones de personas? El Anticatecismo ayuda eficazmente a hallar respuesta a esa pregunta. Confluyen en esta obra dos personalidades de vocación ilustradora y del máximo relieve en lo que, desde Voltaire, casi constituye un Género literario propio: la crítica de la iglesia y de todo dogmatismo obsesivamente
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1 – (365 pg) Los orígenes, desde el paleocristianismo hasta el final de la era constantiniana
2 - (294 pg) La época patrística y la consolidación del primado de Roma
3 - (297 pg) De la querella de Oriente hasta el final del periodo justiniano
4 - (263 pg) La Iglesia antigua: Falsificaciones y engaños
5 - (250 pg) La Iglesia antigua: Lucha contra los paganos y ocupaciones del poder
6 - (263 pg) Alta Edad Media: El siglo de los merovingios
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7 - (201 pg) Alta Edad Media: El auge de la dinastía carolingia
8 - (282 pg) Siglo IX: Desde Luis el Piadoso hasta las primeras luchas contra los sarracenos
9 - (282 pg) Siglo X: Desde las invasiones normandas hasta la muerte de Otón III
Sua obra mais ambiciosa, a “História Criminal do Cristianismo”, projetada em princípio a dez volumes, dos quais se publicaram nove até o presente e não se descarta que se amplie o projeto. Tratase da mais rigorosa e implacável exposição jamais escrita contra as formas empregadas pelos cristãos, ao largo dos séculos, para a conquista e conservação do poder. Em 1971 Deschner foi convocado por uma corte em Nuremberg acusado de difamar a Igreja. Ganhou o processo com uma sólida argumentação, mas aquela instituição reagiu rodeando suas obras com um muro de silêncio que não se rompeu definitivamente até os anos oitenta, quando as obras de Deschner começaram a ser publicadas fora da Alemanha (Polônia, Suíça, Itália e Espanha, principalmente).
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414 páginas LA BIBLIA DESENTERRADA Israel Finkelstein es un arqueólogo y académico israelita, director del instituto de arqueología de la Universidad de Tel Aviv y coresponsable de las excavaciones en Mejido (25 estratos arqueológicos, 7000 años de historia) al norte de Israel. Se le debe igualmente importantes contribuciones a los recientes datos arqueológicos sobre los primeros israelitas en tierra de Palestina (excavaciones de 1990) utilizando un método que utiliza la estadística ( exploración de toda la superficie a gran escala de la cual se extraen todas las signos de vida, luego se data y se cartografía por fecha) que permitió el descubrimiento de la sedentarización de los primeros israelitas sobre las altas tierras de Cisjordania. Es un libro que es necesario conocer.
639 páginas EL PAPA DE HITLER: LA VERDADERA HISTORIA DE PIO XII ¿Fue Pío XII indiferente al sufrimiento del pueblo judío? ¿Tuvo alguna responsabilidad en el ascenso del nazismo? ¿Cómo explicar que firmara un Concordato con Hitler? Preguntas como éstas comenzaron a formularse al finalizar la Segunda Guerra Mundial, tiñendo con la sospecha al Sumo Pontífice. A fin de responder a estos interrogantes, y con el deseo de limpiar la imagen de Eugenio Pacelli, el historiador católico John Cornwell decidió investigar a fondo su figura. El profesor Cornwell plantea unas acusaciones acerca del papel de la Iglesia en los acontecimientos más terribles del siglo, incluso de la historia humana, extremadamente difíciles de refutar.
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513 páginas
326 páginas
480 páginas
En esta obra se describe a algunos de los hombres que ocuparon el cargo de papa. Entre los papas hubo un gran número de hombres casados, algunos de los cuales renunciaron a sus esposas e hijos a cambio del cargo papal. Muchos eran hijos de sacerdotes, obispos y papas. Algunos eran bastardos, uno era viudo, otro un ex esclavo, varios eran asesinos, otros incrédulos, algunos eran ermitaños, algunos herejes, sadistas y sodomitas; muchos se convirtieron en papas comprando el papado (simonía), y continuaron durante sus días vendiendo objetos sagrados para forrarse con el dinero, al menos uno era adorador de Satanás, algunos fueron padres de hijos ilegítimos, algunos eran fornicarios y adúlteros en gran escala...
Santos e pecadores: história dos papas é um livro que em nenhum momento soa pretensioso. O subtítulo é explicado pelo autor no prefácio, que afirma não ter tido a intenção de soar absoluto. Não é a história dos papas, mas sim, uma de suas histórias. Vale dizer que o livro originou-se de uma série para a televisão, mas em nenhum momento soa incompleto ou deixa lacunas.
Jesús de Nazaret, su posible descendencia y el papel de sus discípulos están de plena actualidad. Llega así la publicación de El puzzle de Jesús, que aporta un punto de vista diferente y polémico sobre su figura. Earl Doherty, el autor, es un estudioso que se ha dedicado durante décadas a investigar los testimonios acerca de la vida de Jesús, profundizando hasta las últimas consecuencias... que a mucha gente le gustaría no tener que leer. Kevin Quinter es un escritor de ficción histórica al que proponen escribir un bestseller sobre la vida de Jesús de Nazaret.
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576 páginas
380 páginas
38 páginas
First published in 1976, Paul Johnson's exceptional study of Christianity has been loved and widely hailed for its intensive research, writing, and magnitude. In a highly readable companion to books on faith and history, the scholar and author Johnson has illuminated the Christian world and its fascinating history in a way that no other has.
La Biblia con fuentes reveladas (2003) es un libro del erudito bíblico Richard Elliott Friedman que se ocupa del proceso por el cual los cinco libros de la Torá (Pentateuco) llegaron a ser escritos. Friedman sigue las cuatro fuentes del modelo de la hipótesis documentaria pero se diferencia significativamente del modelo S de Julius Wellhausen en varios aspectos.
An Atheist Classic! This masterpiece, by the brilliant atheist Marshall Gauvin is full of direct 'counterdictions', historical evidence and testimony that, not only casts doubt, but shatters the myth that there was, indeed, a 'Jesus Christ', as Christians assert.
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391 páginas PEDERASTIA EM LA IGLESIA CATÓLICA En este libro, los abusos sexuales a menores, cometidos por el clero o por cualquier otro, son tratados como "delitos", no como "pecados", ya que en todos los ordenamientos jurídicos democráticos del mundo se tipifican como un delito penal las conductas sexuales con menores a las que nos vamos a referir. Y comete también un delito todo aquel que, de forma consciente y activa, encubre u ordena encubrir esos comportamientos deplorables. Usar como objeto sexual a un menor, ya sea mediante la violencia, el engaño, la astucia o la seducción, supone, ante todo y por encima de cualquier otra opinión, un delito. Y si bien es cierto que, además, el hecho puede verse como un "pecado" -según el término católico-, jamás puede ser lícito, ni honesto, ni admisible abordarlo sólo como un "pecado" al tiempo que se ignora conscientemente su naturaleza básica de delito, tal como hace la Iglesia católica, tanto desde el ordenamiento jurídico interno que le es propio, como desde la praxis cotidiana de sus prelados.
Robert Ambelain, aunque defensor de la historicidad de un Jesús de carne y hueso, amplia en estas líneas la descripción que hace en anteriores entregas de esta trilogía ( Jesús o El Secreto Mortal de los Templarios y Los Secretos del Gólgota) de un Jesús para nada acorde con la descripción oficial de la iglesia sino a uno rebelde: un zelote con aspiraciones a monarca que fue mitificado e inventado, tal y como se conoce actualmente, por Paulo, quién, según Ambelain, desconocía las leyes judaicas y dicha religión, y quien además usó todos los arquetipos de las religiones que sí conocía y en las que alguna vez creyó (las griegas, romanas y persas) arropándose en los conocimientos sobre judaísmo de personas como Filón para crear a ese personaje. Este extrajo de cada religión aquello que atraería a las masas para así poder centralizar su nueva religión en sí mismo como cabeza visible de una jerarquía eclesiástica totalmente nueva que no hacía frente directo al imperio pero si a quienes oprimían al pueblo valiéndose de la posición que les había concedido dicho imperio (el consejo judío).
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