Faculdades Integradas de Aracruz Curso: Arquitetura e Urbanismo
Disciplina: História das Cidades Professora: Márcia Machado
Alunas: Carla, Graziela, Geisa, Ivânia e Paula
4 CAU °
O Extremo Oriente é uma sub-região da Ásia essencialmente coincidente com área geográfica de Leste da Ásia, conhecido como Ásia Oriental. Com uma área de aproximadamente 6 640 000 km², ocupa perto de 15% do continente.
Tradicionalmente, o Extremo Oriente é composto pelos seguintes países:
China;
Índia;
Indochina;
As ilhas próximas.
Trata-se de territórios tropicais, mais quentes do que os procedentes, isolados do resto da Ásia, por meio do grande sistema montanhoso do Himalaia. Os rios impetuosos e inconstantes devido ao clima das montanhas foram canalizados, e permitindo irrigar as planícies.
Na alimentação, tinha como exclusividade o arroz, que cresce na água e não requer rotação com outras culturas, mas somente um controle dos reabastecimentos hídricos. Os montes circundantes permanecem incultos e habitados por nômades não civilizados.
A Economia era local, o que favorecia a formação de grandes Estados unitários como no Egito, pois concentrava-se nas mãos dos soberanos e da classe dirigente. A relação entre poder, prosperidade e virtude, domina assim a cultura oriental desde o inicio.
O frio e o calor, a sombra e a luz, o descanso e a atividade é a medição entre os princípios opostos do yin e o yang .
Neste sistema, a cidade ocupa um posto dominante e carregando-se de grande quantidade de significados utilitários e simbólicos. É a sede do poder, sendo, pois, o órgão onde se dá a mediação entre os opostos, que regula e representa todo o território. A ordem latente no universo torna-se aqui uma ordem visível, geométrica e arquitetônica.
Esta tradição cultural, que se forma no I milênio, é codificada na China após a unificação do império no Séc. III a. C. e permanece substancialmente a mesma em toda a história posterior. Por isso, as cidades orientais poderão ser apresentadas sumariamente num capítulo unitário, desde a pré-história até o encontro com a colonização européia.
As regras urbanísticas e de construção como muitos outros elementos da civilização chinesa formamse na era Chu (1050-250 a.C), são codificadas no final deste período, quando nasce o império unitário, e são transmitidas com continuidade por todo o período sucessivo, até a época moderna.
A obsessão pela segurança é evidente no macrocosmo e no microcosmo. A nação é cercada pela muralha de 3.813 km, construída em 210 a.C. de proteção contra os mongóis. Única obra humana visível do espaço. As cidades são cercadas por muralhas e ás vezes dentro delas, como em Pequim, partes são muradas, como a Cidade Proibida (1406-1420) que abrigava a família real. Casas possuem jardins também cercados por muros.
Deve ter por tanto dois cinturões de muros: um interno, que encerra a cidade habitada verdadeira e própria, e um externo, que cinge um espaço vazio de hortas e de pomares. Estas cidades se distinguem segundo sua grandeza, em três categorias, denominadas com três nomes diferentes: Tscheng, ji e tu.
Planta da cidade de Hang-chu, capital dos Sung, reconstruída segundo a descrição de Marco Pólo (1282-87). O perímetro externo mede 100 li, e o interno 40 li.
Planta da cidade de Pequim, capital dos Yuan. Em tracejado, o perfil da cidade precedente e a da nova capital
REGRAS DE CONSTRUÇÃO
Todos os ambientes se abrem sobre um ou mais pátios internos, quadrados ou retangulares, de modo a realizar a desejada alternância de sombra e de sol.
Pátio interno de uma casa Chinesa (Pequim)
Os elementos construtivos principais e fixos são: a plataforma de base, os muros externos e a cobertura de madeira. As divisórias internas de tijolos não tem função sustentatória e são, portanto, móveis, para acompanhar as mudanças das funções domésticas.
As casas se desenvolvem a partir de ruas de largura moderada, sobre as quais se abrem somente as portas de entrada e as altas janelas de alguns ambientes.
A CIDADE PROIBIDA A Cidade Proibida foi o palácio imperial da China. Fica localizada no centro da antiga cidade de Pequim, acolhendo atualmente o "Palácio Museu". O título de Cidade Proibida surgiu pelo fato de somente o imperador, sua família e empregados especiais tinham a permissão para entrar no conjunto de prédios do palácio. Qualquer outra pessoa que ousasse atravessar seus portões sem a devida autorização, era sujeita a uma execução sumária e dolorosa.
A Cidade Proibida foi declarada Patrimônio Mundial da Humanidade em 1987, estando listado pela UNESCO como a maior coleção de antigas estruturas de madeira preservadas no mundo.
Galeria da Suprema Harmonia, um dos pavilhões da Cidade Proibida
O palácio foi aberto como museu em 1925, mas sofreu com a ofensiva japonesa em 1931, quando cerca de 19 mil caixas contendo artefatos foram retiradas da Cidade Proibida. Os objetos voltaram a Pequim após a Segunda Guerra Mundial, mas o palácio estava totalmente degradado. O trabalho de recuperação começou em 1950. Notáveis e inesperadas descobertas ainda estão sendo feitas à medida que técnicas antigas são combinadas com a tecnologia moderna para restaurar um dos palácios mais magníficos da Terra.
Fora da cidade, a casa chinesa pode interpenetrar-se com a natureza. Os ambientes individuais ou grupos de ambientes conservam uma forma regular e simétrica, mas o conjunto se torna irregular, para aderir às características do local, e recria com os meios da arquitetura a complicação do cenário natural. A jardinagem converte-se no quadro vinculador das obras arquitetônicas.
A – porta de entrada B – quartos externos para os hospedes C – Segunda porta D – quartos internos para os hospedes E – Ambientes laterais F – corpo de estrutura principal G - serviços Planta e seções de uma casa chinesa com pátio. Trata-se de uma casa burguesa do sec. XVII em Pequim.
O quadro geográfico do Japão - com a falta de grandes espaços planos e os rios navegáveis – exclui nos primeiros tempos a presença de grandes cidades. Mas depois da unificação do pais, no final do sec. VI, a. C., nasce a exigência de uma cidade capital, que projetada conforme as regras chinesas.
Horiu-ji . Nara - Japão; 670 - 714
Mapa de Nara, capital fundada em 710 d.C.
Planta da Vila Imperial de Katsura, nos arredores de Kyoto.
Nas residências e nos templos suburbanos, imersos na natureza, a arquitetura japonesa alcança os resultados mais novos e requintados. Constância da esquadria nos edíficios, baseados no módulo planimétrico e altimétrico dos tatami(de cerca 0,90 x 1.80m)
Um mandala indiano que combina em única desenho o quadrado( o “palácio”) e o círculo( o ambiente cósmico). O palácio tem quatro portas que olham para os quatro pontos cardeais