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TEMPLO TEM PLOS S À VIRTUDE, VIRT UDE, ALGEMAS AO VÍCIO E MASMORR MASM ORRAS AS AO CRIM CRIME E Ely Venancio Venancio - M.'. M.'. Hypólito José da Costa
Quando iniciamos iniciamos nossos trabalhos em loja, e m uma das primeiras frases frases do interrogatório, o Venerável Mestre pergunta ao 1° Vigilante: _ Am.'.Irm.'., Dig.'.1° Vig.'., para que nos reunimos ? _Para _Para levantar levantar ttempl.'. ttempl.'. à virtud virtude, e, forjar forjar algemas algemas ao vicio vicio e cavar cavar masmorras ao crime. Acontece porem, que muitas vezes devido ao ritmo de abertura dos trabalhos, não damos a devida atenção à beleza dessa frase e seu profundo profundo significado. Em nossa cerimônia de iniciação, ainda como recepiendários recepiendários e com os olhos vendados, foi-nos perguntado o que entendíamos por virtude e vício. Naquele momento, desprovidos desprovidos do nosso mais precioso sentido e com todos os outros aguçados tentamos, apesar da emoção do momento, raciocinar e responder a questão da melhor forma. A resposta, de acordo com o ritua l, é que virtude é toda força que impulsiona o homem para a prática do bem, e vicio o contrario, ou seja, afasta o homem do caminho correto e salutar para o seu desenvolvimento. O termo “virtude” encontra respaldo no etimológico latino virtus e e no grego Arete e hoje prati camente se confunde com o adjetivo adjeti vo “bom”. Na verdad verdade e o latim latim "Virt "Virtus us"" signific significa a forç força, a, virilidad virilidade, e, excelênc excelência ia moral, moral, bondade, mas também coragem e bravura, enquanto “Arete”, de acordo com o pensamento grego, significa o ponto máximo de aperfeiçoamento aperfeiçoamento que um
determinado ser pode alcançar, sendo um dos principais elementos para o conceito de educação integral para a formação de um cidadão virtuoso e capaz de desempenhar qualquer função na sociedade. Maço Maçonic nicame ament nte e falan falando do,, tanto tanto a form forma a latina latina quant quanto o a grega grega cabem cabem perfeit perfeitament amente e em nossos nossos ideais, ou seja, as palavras palavras “Virtus ” e “ Arete Arete ” ” sintetizadas em “Virtude” representam tudo que o maçom almeja para uma ascensão no caminho da perfeição. Muitas itas veze vezess ouv ouvi que que temo temoss que apli apliccar tud tudo o que apr aprende endemo moss
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simbolicamente em loja para melhorar o nosso convívio externo e consequentemente o mundo profano. Mas aí vem a pergunta; Como fazer isso de maneira eficaz? Podemos começar pela primeira parte da frase (Para levantar templos à virtude...), onde cada templo é a representação de nós mesmos. Em João cap.2, vers.19 a 21 Jesus Cristo fez essa analogia quando disse que reconstruiria o templo em três dias, ficando claro que ele se referia à ressurreição de seu corpo. Bem irmãos, nossos templos estão em permanente construção. As pedras estão sendo aparadas e polidas a cada dia, mas diante do mundo em que vivemos parece que é pouco, ou melhor dizendo, que o processo é lento demais. Recentemente, em uma conversa com um Irmão da Loja Eterno Segredo e decano em nossos augustos mistérios, quis saber se era natural o “adormecimento” de muitos irmãos. Ele me disse que é natural que um irmão ingresse na ordem ansioso e querendo mudar o mundo rápido, seja através de ações de beneficência ou qualquer outra opção que possa existir. Acontece que muitos não têm paciência necessária para aprender primeiro, através dos estudos, que começamos a mudança por nós mesmos. Essa mudança é lenta e gradual, pois é assim que tem que ser. Só o tempo pode separar os ansiosos dos que tem a vocação para o estudo, que é a forma pela qual aprendemos e evoluímos. Para os sofistas “ Arete ” podia ser ensinada e praticada. Tal pensamento nos leva a refletir se esse processo depois de iniciado não seria como uma reação em cadeia, onde o exercício do sublime impulso para a prática do bem, começando por nós e transmitido as pessoas de nosso convívio e sucessivamente aos que deles são próximos, estaria ampliando o circulo de atuação e realmente transformando para melhor o nosso mundo. Comecemos então analisando atentamente o painel alegórico do nosso ritual do grau de aprendiz*, onde encontraremos uma complexa simbologia da qual destaco três objetos dispostos sobre a escada de Jacó. São eles: uma cruz, uma âncora e um cálice que representam respectivamente, fé, esperança e caridade, as três virtudes teologais da igreja cristã. A cruz é um dos símbolos humanos mais antigos e é usada por diversas religiões, principalmente a cristã, embora nem todos os cristãos a usem como símbolo. Ela normalmente representa uma divisão do mundo em quatro elementos (ou pontos cardeais), ou então a união dos conceitos de divino na linha vertical, e mundano, na linha horizontal. Na Maçonaria e no Painel, representa o símbolo da fé. A fé renovadora que é o alimento do espírito, sem a qual o homem não levará nada até o fim. Raul Silva, autor de Maçonaria Simbólica, cita a fé como sendo “O traço de união que liga a criação ao criador; a base da eterna justiça e principal sustentáculo da sociedade humana”. A âncora representa a esperança inabalável que devemos ter. A Esperança nos ensina a perseverar perante as adversidades e a nos mantermos firmes em nossos ideais. Pensemos o que realmente conseguiríamos fazer sem fé e esperança. O cálice tem aí um significado especial, a caridade, que junto com a cruz da fé, e âncora da esperança, nos levam a plenitude maçônica pautando nossas ações no amor, pois a caridade nada mais é do que o amor ao nosso próximo. Fé, esperança e caridade, as virtudes teologais, aliadas as chamadas virtudes cardeais, que são prudência, justiça, fortaleza e temperança, formam a base das ações para executar a segunda parte da frase do interrogatório (...forjar algemas ao vicio e cavar masmorras ao crime). Notem irmãos que estou falando de um raio de atuação bem pequeno, (nosso templo) mas nem por isso simples de realizar.
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Entendo que o caminho por vezes é árduo mas tem que ser trilhado. Façamos, por exemplo, um profundo exame de consciência para dizer se é fácil, agir com temperança e atingir o perfeito equilíbrio entre nossas vontades e os prazeres que nos são oferecidos. Sei que não é, afinal, somos seres humanos, mas penso também que somos diferenciados, pois, como homens livres e de bons costumes, podemos ser o esteio da sociedade em que sonhamos viver um dia. Pra finalizar coloco dois pensamentos para reflexão: A ignorância e o egoísmo são o princípio de todos os vícios, da mesma forma que o amor é o pai de todas as virtudes. As ações para subjugar um e desenvolver o outro é a missão de vida de todos os obreiros da paz. “Quem é bom, é livre, ainda que seja escravo. Quem é mau, é escravo, ainda que livre”. Santo Agostinho
Bibliografia
- Maçonaria Adonhiramita – Apontamentos – José Martins Jurado – Ed. Madras 2004. - Maçonaria 100 instruções de aprendiz – Raymundo D’Elia Jr. – Ed. Madras 2008 - Ritual do 1º Grau Aprendiz Maçom Adonhiramita – edição de 2005 - Maçonaria Simbólica – Raul Dias – Editora Pensamento (1999) - O Aprendiz Maçom – Henrique Valadares (Cayru) edição 1997 - Artigos e Pranchas disponíveis em http://www.maçonaria.net e www.lojasmaconicas.com.br - A Bíblia e suas origens – http://www1.uol.com.br/biblia
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