Na biografia de Eleanor Marx (Lawrence and Wishar, Londres, 1972), escrita pela historiadora Yvone Kapp, esta transcreve uma carta de Karl Marx dirigida a seu futuro cunhado, Paul Lafargue, que casou com sua segunda filha Laura. Carta. Londres, 13. Agosto. 1866. Estimado Lafargue, Permita-lhe fazer as seguintes observações: 1. Se você você dese deseja ja cont contin inua uarr as suas suas rela relaçõ ções es com com minha inha filh filha, a, tem tem que abandonar o seu modo de lhe fazer a corte. Você sabe muito bem que ainda não se combinou nenhum noivado. que até agora tudo é provisório. E, mesmo que ela fosse formalmente sua prometida, você não poderia esquecer que isto significa uma relação a longo termo. Um comportamento demasiado íntimo é mais impróprio quando os dois prometidos têm que viver num mesmo local por um período necessariamente prolongado de purgatório e severos testes. Tenho observado com consternação a muda mudanç nça a diár diária ia de sua sua cond condut uta a no espa espaço ço geol geológ ógic ico o de apen apenas as uma uma semana. A meu ver o verdadeiro amor se exprime exatamente pela continência, comportamento recatado, até mesmo acanhamento em relação à amada e decidida idamente não em demonstração de paixã ixão descontrolad lada e manifestações de prematura familiaridade. Se você quiser apresentar, em sua defesa, o seu temperamento crioulo, é meu dever interpor o meu bom senso entre esse temperamento e minha filha. 2) Ante Antes s de acer acerta tarr defi defini niti tiva vame ment nte e suas suas rela relaçõ ções es com com Laur Laura a exij exijo o uma uma explicaçã explicação o clara sobre sua situação econômica. econômica. Não toquei toquei nesse assunto assunto porq porque ue ‘que ‘querr me pare parece cer’, r’, cabi cabia a a você você toma tomarr a inic inicia iati tiva va.. No que que está está ao meu alcance pretendo livrar minha filha dos escolhos em que a vida da mãe dela dela foi foi sacrif sacrifica icada. da. Sua situaç situação, ão, segund segundo o inform informaçõ ações es que soube soube – sem procurar saber – não é em absoluto tranqüilizadora. Suas possibilidades são, no mínimo, problemáticas. Minhas observações convenceram-me de que, por natureza, você não é diligente, apesar de surtos de atividade febril e boas intenções. Quanto à sua família, nada sei. Não sei mesmo como é que eles encaram seus planos de casamento. Espero sua resposta. Sempre seu, Karl Marx.