CADERNO DE EXERCÍCIOS – 30 QUESTÕES ELAINE TEIXEIRA FERNANDES
1) Qual Qual a sua opini opinio o p!ssoa p!ssoall so"#! so"#! os $A $ACs Cs %$&'o(os %$&'o(os A(! A(!ua( ua(os os (! Solu*o (! Con+li'os), Os meios alternativos de solução de conflitos estão sendo cada vez mais procurados e utilizados, seja pela informalidade, rapidez ou sigilo que oferecem e na minha opinião os MACs tem amplo espaço para amenizar litígios, sob a tica da ação volunt!ria, da autocomposição, autotu totute tela la,, e at" at" mes mesmo direc ireciiona onando para ara a arbit rbitra rage gem, m, que desempenhar! a solução adequada ao caso, de forma a atender ambos os conflitantes# Os meios de solução de conflitos, principalmente os alternativos, como a mediação, a arbitragem e a conciliação, dep$e a favor da celeridade processual, bem como da proposta de, amigavelmente, na maioria das vezes, tornar mais f!cil um acordo entre as partes litigantes# O que de certa forma entende%se priorizar a vertigem dos interesses em comum dos conflitantes, e atrav"s dele, propor uma solução que atenda ambas as partes#
-) Qu!. (!/! (!/! pa#'iipa# pa#'iipa# (a .!(ia* .!(ia*o, o, U. pa#!n'! pa#!n'! (! u.a u.a (as pa#'!s pa#'!s po(!(!/! 2assis'i# .!(ia*o pa#a on4!!# .!l4o# o p#o!sso, &uem deve participar de uma sessão de mediação são as partes em conf conflilito to## 'e estiv estiver erem em envo envolv lvid idos os uma uma ou mais mais pess pessoa oass coletivas, as mesmas devem fazer%se representar por quem tenha poderes para o efeito de modo a que possa intervir num acordo que obrigue a sua representada# 'omente as partes, mediador, advogado se for o caso e o observador# (ão serão permitido outras pessoas estranhas, mesmo que parentes#
3) Qu!. po(!(!/ (!/!! o"s!#/a #/a# a .!(ia*o 5u(iial, Co.o o o"s!#/a(o# (!/! s! po#'a# (u#an'! a .!(ia*o, Qu!. no (!/! s!# au'o#i6a(o a o"s!#/a# u.a .!(ia*o 5u(iial, 7o# u!,
)ma pessoa adulta que não possui interesse nas partes e que seja apresentadas as partes no início da sessão# *urante as sess$es de mediação os observadores devem evitar toda e qualquer comunicação com as partes, advogados e mediadores# Os observadores devem anotar as d+vidas e informaç$es que poderão ser tratadas como os mediadores ao final da sessão de mediação# solicitado que os observadores evitem todo e qualquer movimento que possa causar interrupç$es dos trabalhos# Menor de idade " proibido por lei de participar
8) 7o# u! a on+ia"ili(a(! .os'#a9s! +un(a.!n'al ao a(!ua(o an(a.!n'o (a .!(ia*o, In(iu! 'a."&. uan(o s! (!/! o.!n'a# p!la p#i.!i#a /!6 so"#! a on+i(!niali(a(!: A mediação e a conciliação são amparado pelo o princípio da confidencialidade# A e-ig.ncia da confidencialidade " essencial para a garantia de que as sess$es de mediação e conciliação possam ter maior chance de sucesso# /sso porque garantindo que as informaç$es utilizadas nessas sess$es não possam ser utilizadas no referido processo judicial e em outros, isso permite que as partes se sintam mais 0 vontade para estabelecer um di!logo aberto# A principal função da confidencialidade " a de proteger os seus participantes no caso de aus.ncia de acordo, impedindo que possam ser utilizados em seu desfavor do processo judicial# A regra acerca da confidencialidade " dada no início da primeira reunião de mediação, e nos demais momentos em que julgue necess!rio, e tem como objetivo informar 0s partes que as informaç$es produzidas não podem ser divulgadas, tentando promover o di!logo aberto#
;) No u! onsis'! o !.po(!#a.!n'o na .!(ia*o, 7o# u! !s'! on!i'o .os'#a9s! i.po#'an'! n!ss! p#o!sso (! #!solu*o (! (ispu'as,
1mpoderamento " uma tradução do ingl.s 2empo3ermente4 e significa a busca pela saturação do senso de valor e poder da parte para que esteja apta a melhor dirimir futuros conflitos# 1mpoderar " fazer com que uma parte adquira consci.ncia das suas prprias capacidades e qualidades# /sso " +til dentro do prprio processo e ais final# O empoderamento tornar%se importante porque consiste em fazer com que uma das partes descubra a partir das t"cnicas de mediação aplicada no processo, que ela tem a capacidade ou poder de administrar seus prprios conflitos#
<) D!s#!/a #!su.i(a.!n'! as +as!s (a .!(ia*o, O processo de mediação " formado por 5 6nove7 fases8 9# I(!n'i+ia*o (o p#o"l!.a8 incialmente as partes devem reconhecer que h! um conflito e que se desejam resolv.%lo# :# Esol4a (o .&'o(o8 as pessoas necessitam decidir sobre o m"todo mais adequado para o resolver o problema# ;# S!l!*o (o .!(ia(o# 8 a seleção " baseada na reputação e na e-peri.ncia do mediador# <# R!unio (! (a(os8 O 6a7 mediador 6a7 coleta informaç$es sobre a natureza da disputa, a percepção dos envolvidos no conflito e qualquer outro dado importante# =# D!+ini*o (o p#o"l!.a8 a partir da informação compartilhada o mediador ajuda as partes a definirem o problema, de forma m+tua, não beneficiando uma pessoa em detrimento da outra# ># D!s!n/ol/i.!n'o (! op*=!s8 aps definido mutuamente o problema, o mediador au-ilia as pessoas a elaborarem opç$es para resolv.%lo# As opç$es individuais devem ser descartados favorecendo%se as opç$es m+tuas que podem ser criadas atrav"s de t"cnicas de brainstorming# 'e o processo de gerar ideias não resultar em uma variedade de opç$es, o mediador pode au-iliar as partes, sugerindo opç$es, o mediador pode au-iliar as partes, sugerindo opç$es provenientes de casos similares#
?# R!(!+ini*o (as posi*=!s 8 o mediador ignora as posiç$es iniciais cristalizadas, au-iliando as pessoas a identificarem seus reais interesses que embasarão as negociaç$es# @# >a#?an4a.!n'o8 nessa fase h! uma negociação sobre a escolha de soluç$es para que o acordo seja aceit!vel por todos os envolvidos# 5# R!(i?i# o ao#(o@ o mediador redige um termo de entendimento com linguagem clara e compreensível no qual detalha o acordo realizado, distribuindo uma cpia para cada participante#
) Qual a i.po#'Bnia (a (!la#a*o (! a"!#'u#a, Ap#oi.a(a.!n'! uan'o '!.po (!/! (!.o#a# !ssa +as!, Quais as ons!unias (! s! +a6!# u.a (!la#a*o (! a"!#'u#a s!. a lis'a (! /!#i+ia*o, A Mediação " uma forma de solução de conflitos na qual uma terceira pessoa, neutra e imparcial, facilita o di!logo entre as partes, para que elas construam, com autonomia e solidariedade, a melhor solução para o problema# 1m regra, " utilizada em conflitos multidimensionais, ou comple-os# A Mediação " um procedimento estruturado, não tem um prazo definido, e pode terminar ou não em acordo, pois as partes t.m autonomia para buscar
soluç$es
que
compatibilizem
seus
interesses
e
necessidades# Antes de iniciarmos uma sessão de mediação " importante que se realize uma declaração de abertura, pois " atrav"s dela que as partes compreendem e percebam no que consiste a sessão e qual ser! o papel do mediador, evitando assim possíveis imprecis$es e d+vidas sobre a atuação e conduta do mediador na sessão a ser realizada# A declaração de abertura deve ser breve, clara e demonstrar segurança# 'e a declaração for longa pode demonstrar insegurança do mediador e refletir negativamente as partes#
) Co.o s! a(.inis'#a. as in'!##up*=!s !n'#! as pa#'!s na +as! (a #!unio (! in+o#.a*=!s, O .!(ia(o# (!/! p!#.i'i# u! a pa#'! u! !s'i/!# in'!##o.p!n(o a ou'#a onlua sua i(!ia, 7o# u!, O mediador deve de imediato mesmo que seja por gesto pedir para que a outra parte não interrompa a parte que est! falando, por que atrapalha o raciocínio da outra fazendo com se perca em suas e-planaç$es# (ão, pois ela est! descumprindo o acordo feito no início da declaração de abertura, e essa interrupção prejudicar! a outra parte pois a mesma se perder! em suas palavras e no foco#
) Ao +inal (! a(a ap#!s!n'a*o (as pa#'!s o .!(ia(o# (!/! p!#?un'a# s! !l! %a) ain(a ?os'a#ia (! a#!s!n'a# al?o: 7o# u!, Qual a i.p#!sso a pa#'! po(! '!# (o .!(ia(o# s! assi. p#o!(!#, E s! no p#o!(!# (!ssa +o#.a, ara que o mediador não corra o risco de reprimir algo e para com isso evitar intepretaç$es erradas# Com essa conduta os mediados entendem que o mediador entendeu o que foi e-planado para ele e que foi compreendido# Caso isso não ocorra gerar! desconfia e incredibilidade entre as partes na mediação#
10) 7o# u! o #!su.o (!/! s!# +!i'o o. u.a p!#sp!'i/a ons'#u'i/a (o on+li'o, 7o# u! s! in(ia 4a/!# o !##o (! on(u*o uan(o o .!(ia(o# usa as .!s.as pala/#as (as pa#'!s pa#a +a6!# o #!su.o, O resumo deve ser feito no momento da sessão com a participação das partes, pois o objetivo dos processos construtivistas " estimularem as partes a desenvolverem soluç$es criativas que permitam a compatibilização dos interesses aparentemente contrapostos, permitindo com isso a resolução das quest$es# 'e o processo for conduzido construtivamente, o
conflito pode proporcionar crescimento pessoal, profissional e organizacional# orque isso gerar! a perda de percepção de imparcialidade que o mediador começou a adquirir com a declaração de abertura#
11) 7o# u! o .!(ia(o# (!/! on+i#.a# s! o s!u #!su.o !s'G o##!'o, ara que seja redigido o termo de acordo celebrado sem erro#
1-) Qual o p#opHsi'o (! s! in(ia#!. as u!s'=!s ao +inal (! u. #!su.o, *e esclarecer e facilitar a elaboração do te-to do acordo# O resumo " de e-trema importBncia pois dar! um norte ao processo de mediação, estabelecendo um versão imparcial, neutra e prospectiva dos fatos identificando quais as quest$es a serem debatidas na mediação e quais os reais interesses e necessidades que as partes possuem# O resumo faz com que as partes percebam o modo e o interesse com que o mediador tem focalizado a controv"rsia, como tamb"m possibilita ao mediador testar sua compreensão sobre o que foi indicado# O mediador, no entanto, dever! ter a cautela ao relatar 0s partes o resumo, uma vez que qualquer incoer.ncia ou e-posição que não seja neutra poder! gerar a perda de percepção de imparcialidade que o mediador começou a adquirir com a declaração de abertura# *esse modo, recomenda%se que mediadores anotem os principais aspectos que cada uma das partes e-pressou
–
identificando quest$es, interesses, necessidades e sentimentos – e, ao relatar
sumariamente
tais
aspectos,
busquem
apresentar
organizadamente e de modo neutro e imparcial tais i nformaç$es 0s partes
13) Quan(o s! (!/! #!ali6a# s!ss=!s in(i/i(uais,
As sess$es individuais são um recurso que o mediador deve empregar, sobretudo, quando as partes não estiverem se comunicando de modo eficiente#
As sess$es individuais são utilizadas em diversas
hipteses, tais como um elevado grau de animosidade entre as partes, uma dificuldade de uma ou outra parte de se comunicar ou e-pressar adequadamente seus interesses e as quest$es presentes no conflito, a percepção de que e-istem particularidades importantes do conflito que somente serão obtidas por meio de uma comunicação reservada, a necessidade de uma conversa com as partes acerca das suas e-pectativas quanto ao resultado de uma sentença judicial# 1nfim, h! diversas causas nas quais as sess$es individuais se fazem recomend!veis
18) 7o# u! an'!s (! iniia# a s!sso p#i/a(a o. ualu!# (as pa#'!s o .!(ia(o# (!/! in(ia# u! 'u(o o u! !la (!s!5a# u! s!5a .an'i(o on+i(!nial #!!"!#G !ss! '#a'a.!n'o, 7o# u! (!/!9s! onsul'a# a pa#'! ao +inal (a s!sso uais so os pon'os u! no po(!#o s!# o.pa#'il4a(os o. os ou'#os in'!#!ssa(os, ara atender o princípio da confidencialidade# 'egundo esse princípio tudo o que for dito nas sess$es individuais ser! mantido em segredo não ser! revelado posteriormente a ningu"m, salvo aquilo que a parte permitir que seja discutido# ara ficar ciente do que deve ou não ser falado, pois a confidencialidade e-istir! sempre que a parte a desejar#
1;) O u! & u.a u!s'o, Co.o o .!(ia(o# po(! !sol4!# po# ual u!s'o iniia#G a +as! (! #!solu*o (! u!s'=!s, )ma questão " um tpico para discussão passível de ser resolvida na mediação# 1m outras palavras, a questão " um ponto controvertido# Assim, quest$es não se relacionam com a personalidade,
valores e crenças religiosas das partes, tem portanto, cunho objetivo# As quest$es devem ser passíveis de serem resolvidas na mediação# O papel do mediador est! em enquadrar uma questão, no intuito de confirmar com as partes a sua compreensão daquilo que deseja discutir# O mediador deve seguir determinados crit"rios que definirão qual ordem de quest$es e interesses que dever! ser trabalhada em conjunto com as partes# 1m regra, a definição da ordem das quest$es a serem abordadas na mediação fazem parte da orientação individual de cada mediador e sua estrat"gia de resolução de disputas# requentemente opta%se por se iniciar por uma questão que seja de f!cil solução para estimular as partes a perceberem o conflito como 2solucion!vel4# Outra opção comum consiste na escolha de quest$es que au-iliarão a resolver outras quest$es 6e.g. iniciar%se pela questão de comunicação para que as partes estejam mais aptas a dirimir outros temas controvertidos7
1<) 7o# u! s! .os'#a 'o i.po#'an'! a i(!n'i+ia*o (! u!s'=!s, E (os in'!#!ss!s, Com o resumo o mediador apresenta a forma com que identificou as quest$es, os interesses e os sentimentos comuns a todos os envolvidos# O esclarecimento de interesses, quest$es e sentimentos consiste em uma etapa essencial e preliminar que au-iliar! as parte a avançar no processo de mediação em direção a um eventual entendimento recíproco, uma vez que, ao menos tacitarmente, as partes começam a perceber as perspectivas e necessidade da outra parte# Drata%se de uma fase em que as partes terão a oportunidade, portanto, para falar abertamente naturalmente, fazendo uso de linguagem apropriada e e-pressar seus sentimentos crenças, como tamb"m fazer perguntas# ara o mediador, " uma fase rica na captação de informaç$es sensíveis para as partes e fundamentais para a mediação# Com base em tais constataç$es, as partes são capazes, portanto, de tentar solucionar quest$es particulares quando da elaboração do acordo#
1) O u! & /ali(a*o (! s!n'i.!n'os, Qual o s!u p#opHsi'o na .!(ia*o, Qual o p#!5uJ6o (! s! (!s/ali(a#!. s!n'i.!n'os, Ain(a ual o p#!5uJ6o (! i?no#a#!. os s!n'i.!n'os (as pa#'!s,
A validação de sentimentos consiste inicialmente aceitar que algu"m tenha determinado sentimento# 1m seguida, busca%se compreender a causa do sentimento, em regra, os interesses reais# Ealidar significa reconhecer a individualidade das partes e indicar que estas são apreciadas na mediação# or outro lado, a invalidação consiste na rejeição ou desprezo dos sentimentos da parte ou daqueles com quem se interage# Eale destacar que a invalidação em regra decorre da falta de t"cnica autocompositiva do conciliador ou at" do mediador# 1ssa orientação provoca na parte invalidada a necessidade de justificar quanto 0 legitimidade de seus sentimentos, o que naturalmente apenas tende a prejudicar o rapport e a prpria legitimidade da mediação#
1) O u! & !su'a a'i/a, Quan(o !la & .ais u'ili6a(a na .!(ia*o,
O escuta ativa significa escutar e entender o que est! sendo dito se dei-ar influenciar por pensamentos judicantes ou que contenham juízos de valor# O ouvinte tamb"m deve demonstrar atrav"s de linguagem corporal que est! prestando atenção ao que est! sendo dito# O mediador deve apenas dei-ar claro que a mensagem que foi passada foi compreendida# O escuta ativa
serve para o mediador compreender as duas pessoas envolvidas no conflito# ode e deve ser praticada ao longo de todo o processo de mediação, embora seja na fase n+mero dois que ela se pode usar de forma mais ativa# Al"m disso, ao escut!%las, ajudamos as partes a aprender a escutar%se mutuamente #
1) O u! & o on'G?io !.oional, Co.o & possJ/!l .!l4o#a# o a."i!n'! !.oional na .!(ia*o, O cont!gio emocional ocorre quando o mediador consegue contagiar o usu!rio com emoç$es que promovam entendimento recíproco ou " contagiado por emoç$es do prprio usu!rio# *eve o mediador a todo momento ajustar a forma como as partes se envolvem no processo atrav"s de suas prprias atitudes# O mediador deve se preocupar não apenas com a forma como ele fala mas tamb"m com os outros elementos da comunicação que podem infundir nas partes sentimentos que alterarão seu comportamento# O modo como o mediador se apresenta, o ambiente propiciado por sua atuação, sua linguagem corporal, os gestos, se bem utilizados, podem evitar situaç$es desagrad!veis ou repetiç$es desnecess!rias# *evem ser evitados gestos bruscos, hostis ou e-cessivamente en"rgicos# O mediador deve ter uma linguagem neutra, e ao utiliz!%la, entretanto, não se pode perder a informação que se pretende transmitir# importante que o mediador não dei-e de abordar nenhum aspecto importante da controv"rsia, deve apenas apresentar a mesma informação de modo mais ameno e eficiente# *eve sempre manter a calma, interrompendo e fazendo pausas nas participaç$es das partes, quando necess!rio# )ma boa solução " fazer uma breve pausa e resumir o que estava sendo dito, reforçando o que j! foi conseguido na mediação com o objetivo de tranquilizar as partes e de oferecer uma perspectiva positiva do processo#
-0) D !!.plos (! a'i'u(!s on#!'as u! au.!n'a. a p!#!p*o (a pa#'! (! u! o .!(ia(o# s!. s!n(o a'!nioso ! !(ua(o:
9# O mediador deve sempre buscar ser atencioso com as partes# :# Oferecendo%lhes cafezinho ou !gua ou elogiando a participação produtiva das partes no processo de mediação# ;# importante que, ao demonstrar atenção as partes, o mediador não dei-e ser abalada a visão de imparcialidade que eles t.m sobre ele# <# As partes devem se sentir 0 vontade, pois " comum as partes se sentirem intimadas perante o oder Fudici!rio e este não deve ser o caso da mediação# =# O uso de um tom de conversa informal estima o di!logo entre as partes e o mediador, facilitando a identificação de quest$es, interesses e sentimentos ># (a mediação, ter empatia significa colocar%se no lugar do outro, sem, contudo, tomar partido# ?# O mediador deve ser sensível aos sentimentos e 0s reaç$es pessoais das partes a cada momento do processo de mediação# @# Ao desenvolver a empatia, o mediador compreende melhor as quest$es, os interesses e os sentimentos das partes, aumentando as chances da obtenção de um acordo satisfatrio a ambas as partes, aumentando a chances da obtenção do acordo satisfatrio a ambas as partes ao final do processo#
-1) O u! & #!on'!'uali6a*o, D u. !!.plo:
A reconte-tualização consiste em uma t"cnica segundo a qual o mediador estimula as partes a perceberem determinado conte-to f!tico por outra perspectiva# *essa maneira, estimula%se a parte a considerar ou entender uma questão, um interesse, um
comportamento ou uma situação de forma mais positiva G para que assim as partes possam e-trair soluç$es tamb"m positivas# Assim, em vez de perceber que o Hrasil perdeu a copa do mundo de vIlei na final para a /t!lia, as partes podem perceber tamb"m que o Hrasil foi vice%campeão aps e-celente campanha na copa do mundo de vIlei# 1m uma mediação comunit!ria, pode%se citar o seguinte e-emplo8 Mãe para filha8 2Minha filha, voc. ainda " uma criança# Dem s 9< anos de idade# 1m hiptese alguma vou permitir que voc. permaneça na festa at" as tr.s horas da manhã# 1u j! havia estabelecido que o hor!rio limite " at" a uma hora da manhãG pode não parecer, mas nossa cidade fica muito perigosa depois de meia%noite# 1u j! estou te dando uma colher de ch! de uma horaJ4 Mediador para ambas8 2*# Clarisse, a senhora est! indicando então que se preocupa com o bem%estar da sua filha e que, como mãe zelosa, tem o interesse que sua filha se divirta e gostaria de garantir que ela esteja em segurança ao sair 0 noite#
--) O u! & au(i*o (! p#opos'a i.plJi'as, D u. !!.plo#
A audição de propostas implícitas " o resultado de uma comunicação ineficiente# /sso ocorre quando as partes de uma disputa muitas vezes em razão de se encontrarem em um estado de Bnimos alterados t.m dificuldades de se comunicar em uma linguagem neutra e eficiente, levando a uma comunicação
ineficiente, onde as partes prop$em soluç$es sem perceber que, de fato, estão fazendo isso# 1-emplo8 Foana e AntInio se separaram aps um relacionamento de sete anos# 1les conseguiram realizar a partilha de todo o seu patrimInio, com e-ceção de uma coleção de discos de pera e memorabilia# Foana diz8 1u deveria ficar com a coleção, pois, afinal fui ei quem pagou por ela quase toda# AntInio, por sua vez diz8 A coleção " minha# ui eu que comprei muitos discos e garimpei em lojas de discos usados toda vez que eu estava em uma das minhas viagens de negcios# 1u tenho uma pretensão igualmente legítima de ficar com a coleção# roposta /mplícita8 cada um deve ficar com os discos e a memorabilia que pagou#
-3) 7o# u! o a+a?o s! .os'#a u.a i.po#'an'! '&nia pa#a a on(u*o (a .!(ia*o, D u. !!.plo:
O afago consiste em uma resposta positiva do mediador a um comportamento produtivo, eficiente ou positivo da parte ou do prprio advogado# or interm"dio do afago busca%se estimular a parte ou o advogado a continuar com o comportamento ou postura positiva para a mediação# O afago quanto ao advogado tamb"m mostra%se muito +til na mediação, pois configura as e-pectativas não apenas do advogado mas tamb"m do prprio cliente quanto 0 conduta que se espera de um advogado em uma mediação# Eale destacar que muitas vezes um mediador mais e-periente far! um afago simplesmente por meio de uma e-pressão facial ou com linguagem corporal# Outro aspecto que merece :;K registro consiste na forma com que se e-ercita o afago8 o mediador deve identificar um comportamento eficiente e
apresentar a resposta positiva 6afago7 especificamente quanto a tal comportamento#
-8) O u! & a in/!#so (! pap&is, Quais as p#!au*=!s #!o.!n(a(as pa#a a aplia*o (!ssa '&nia,
A inversão de pap"is consiste em t"cnica voltada a estimular a empatia entre as partes por interm"dio de orientação para que cada uma perceba o conte-to tamb"m sob a tica da outra parte# recomendado que esta t"cnica seja usada prioritariamente em sess$es privadas e que ao se aplicar a t"cnica o mediador indique8 i7 que se trata de uma t"cnica de mediação e ii7 que esta t"cnica tamb"m ser! utilizada com a outra parte# Assim, o mediador ter! mais facilidade para manter sua imparcialidade e, sobretudo, as partes tamb"m o verão como um autocompositor imparcial#
-;) O u! & ?!#a*o (! op*=!s, D !!.plos (! (isu#sos u! ?!#a. op*=!s,
A geração de opç$es consiste em estimular as partes a pensarem em novas opç$es para a composição da disputa# 1ssa " uma das ferramentas mais eficientes para superação de eventuais impasses# ara a geração de novas ideias e opç$es de solução " necess!rio o estímulo 0 elaboração de sugest$es# A ideia " que as partes ofereçam o maior n+mero de sugest$es possíveis, não se discutindo, em um primeiro momento, o m"rito das sugest$es# Ainda que uma grande ideia j! tenha sido lançada, " importante pedir mais sugest$es, fazendo com que todas sejam ouvidas# A pr!tica da mediação tem demonstrado que a primeira solução apresentada nem sempre " a melhor# O mediador deve tamb"m
estimular o maior detalhamento possível das informaç$es acerca do problema# erguntas sobre as particularidades da situação podem fazer o problema parecer menos complicado e levar as pessoas a pensar as soluç$es de maneira específica e pr!tica# de suma importBncia que o mediador estimule a criatividade das partes# A imaginação dos participantes deve ser incentivada, e eles devem ser estimulados a tentar algo novo, tornando%se menos presos a perspectivas preestabelecidas# 1-emplos de perguntas voltadas para soluç$es8 2(a sua opinião, o que poderia funcionarL4 2O que voc. pode fazer para ajudar a resolver esta questãoL4 2&ue outras coisas voc. poderia tentarL4 2ara voc., o que faria com que esta ideia lhe parecesse mais razo!velL4
-<) O u! & no#.ali6a*o, Da p!#sp!'i/a (a '!o#ia (o on+li'o po# u! !s'a '&nia s! .os'#a i.po#'an'! pa#a a .!(ia*o,
A normalização " o meio utilizado pelo mediador para demonstrar 0s partes que o fato de estar em juízo " normal e não h! culpado ou perdedor# Dendo em vista que os conflitos sociais são fenImenos naturais da sociedade, o di!logo entre as partes " interessante por ser um meio das prprias partes buscarem soluç$es positivas sobre os fatos# Assim, recomenda%se ao mediador um discurso voltado a normalizar o conflito e estimular as partes a entenderem o conflito como uma melhoria da relação entre elas e tamb"m com terceiros# 'egundo a Deoria do Conflito e-istem dois tipos de lide, a lide processual e a lide sociolgica, esta envolve os aspectos psicolgicos, os interesses subjacentes das partes e " o que torna
os conflitos mais comple-os# (a maioria dos processos judicial o juiz tentar resolver a lide processual, mas na quase totalidade dos casos não resolve a lide sociolgica, ou seja, os pedidos são julgados mas as suas m!goas, suas d+vidas, suas pend.ncias emocionais, não# Como a normalização tem como espoco demonstrar as partes o que " realmente o conflito e, que não h! culpado ou um perdedor, e nesse fundamento da normalização que se encai-a a teoria do conflito#
-) O u! & o !n+ou! p#osp!'i/o, 7o# u! !s'a '&nia aplia9s! .ais !. p#o!ssos au'oo.posi'i/os (o u! !. p#o!ssos 4!'!#oo.posi'i/os, O enfoque prospectivo " uma perspectiva na qual o mediador deve ouvir para identificar quais são os interesses das partes, quais são as quest$es a serem dirimidas e como estimular as partes a encontrar tais soluç$es# ara tanto, enfaticamente se recomenda que se adote um enfoque voltado ao futuro# 1sse enfoque prospectivo permite que o mediador estabeleça não mais um discurso de 2de quem " a culpa4 mas de 2diante desse conte-to concreto em que nos encontramos quais são as soluç$es que melhor atendam 0s suas necessidades e interesses reais# 1-emplificativamente, em vez de um mediador perguntar para a parte 2o que o senhor acredita ter feito equivocadamente nessa situaçãoL4 ou 2o senhor acha correto proceder a consertos sem apresentar orçamento pr"vioL4 recomenda%se que se faça a mesma pergunta de forma prospectiva8 2caso essa situação volte a se repetir no futuro com outro cliente, que procedimento o senhor alteraria para que essa situação não venha a se repetirL (o entanto, são nos processos autocompositivos que melhor se encai-e o enfoque prospectivo, pois " na mediação que as soluç$es se voltam plenamente aos interesses das partes#
-) 7o# u! o '!s'! (! #!ali(a(! & .ui'as /!6!s on+un(i(o o. +al'a (! i.pa#iali(a(! (o .!(ia(o#, O u! po(! s!# +!i'o pa#a !/i'a# u! o '!s'! (! #!ali(a(! a+!'! o #appo#' !n'#! o .!(ia(o# ! as pa#'!s,
-) O u! so p!#?un'as a"!#'as +!4a(as ! #!s'#i'as, D !!.plos, A"!#'as8 " ampla permite amplas possibilidades# •
ara conhecer os mediadores e as suas realidades
•
ara investigar o conflito e a inter%relação
•
ara conhecer os interesses, motivaç$es e necessidades
•
ara descobrir as emoç$es#
1-8 ale dessa situação Eoc.s j! conversaram sobre esse assunto antesL ara voc.s, qual seria uma boa solução para este assuntoL
F!4a(as@ " restrita, permite a resposta em uma +nica palavras# 1N8 &ual " a marca do seu carroL Eoc. falou com o HobL
30) Co. "as! na lis'a (! /!#i+ia*o on'i(a no $anual (! $!(ia*o Ku(iial !s#!/a a"aio u.a (!la#a*o (! a"!#'u#a o. suas p#Hp#ias pala/#as#
1-emplo de declaração de abertura Hom dia Meu nome " 1laine Dei-eira ernandes ### e aqui ao meu lado est! o meu colega Aloísio rancisco do rado# (s somos mediadores judiciais e fomos designados para esta sessão de mediação em função de uma parceria institucional entre o DPD e a instituição 0 qual somos vinculados# O nosso objetivo nesta sessão de mediação " colaborar para que se encontre uma solução de consenso para o processo# 1-istem duas formas de resolver esta ou qualquer outra ação# ela forma tradicional são apresentadas as alegaç$es de cada parte, produzidas as provas e o juiz analisa estas alegaç$es e as provas, para, a partir desta an!lise, impor uma decisão# Assim, neste caso prevalece a opinião do juiz, a qual " impostas# F! pela segunda forma de solução o que importa não " a vontade do juiz, mas a vontade das partes, ou seja, do 'r# e da 'ra# 1-istem duas grandes vantagens nesta segunda forma de solução# A primeira consiste no tempo, pois neste caso o pro cesso pode ser resolvido agora# 'eguindo o primeiro caminho ser! marcada uma nova audi.ncia para a produção das provas orais, num prazo não inferior a > meses, para que depois o juiz julgue o processo, podendo haver v!rios recursos, o que pode fazer o processo se arrastar por anos# Caso se chegue a um consenso, os senhores6as7 saem hoje e agora desta sala com a situação resolvida definitivamente# ortanto, esta forma de resolver pela mediação poupa tempo e evita desgastes# Outra vantagem " que não h! riscos# Ou seja, na forma tradicional nunca se sabe o resultado do processo, nunca se sabe o que o juiz vai decidir# 1 com isto temos o risco de que o que esperamos não seja alcançado# F! na mediação o que for ajustado " o decidido, resolvido e ser! cumprido, de modo que não h! riscos# *evo ainda destacar que o papel da Fustiça " buscar a paz na sociedade e decis$es impostas nem sempre conseguem chegar neste objetivo# Mas para isto " muito importante que haja boa vontade, esforço e colaboração, tanto das partes, como os advogados# Como estão acompanhados de advogados, o papel deles " de au-iliar nestas refle-$es, de modo que " muito importante a participação e a opinião
dos seus advogados# 1u gostaria de dizer que todos terão oportunidade de se manifestar e colaborar com esta audi.ncia# Mas gostaria de pedir que enquanto uma pessoa falar a outra preste atenção e aguarde a sua vez de se manifestar, para que possamos desenvolver esta audi.ncia de forma produtiva e respeitosa# Caso não seja alcançada a solução de consenso ser! marcada uma nova audi.ncia# Dudo compreendidoL Alguma d+vida sobre como vamos procederL OQ, agradeço a atenção e vamos começarJ