Fichamento “A produção da crença” - Pierre Bourdieu
“O principio da efcacia de rodos os atos de consagracao não e outro senao 0 proprio campo, lugar da energia social a curnulada, reproduzido com a ajuda dos agente agentes e instituicces atravcs das lutas pelas quais eles tentam apropriarse dela dela,, empe empenh nhan ando do 0 que que havi haviam am adqu adquiri irido do de tal tal ener energi gia a nas nas luta lutas s anteriores. 0 valor da obra de arte como tal - undamento do valor de qualquer obra particular - e a crenca que the serve de undamento se engendram nas ince incessantes e inumeraveis lutas travadas com a fnalidade de undam entar 0 valor desta ou daquela obra particular !"#$ “a luta pela imposicao da defnicao dominante da arte, ou seja, pela irnposicao de urn estilo, encar ncarna nado do por por urn urn prod produt utor or part partic icul ular ar ou urn urn grup grupo o de produtores, az da obra de arte urn valor, transormando-a em uma aposta, no amago do campo da producao e ora dele. !"%$ “& posicao na estrutura das relacoes de orca, inseparavelmente econcmicas e simb'l sim b'lica icas, s, que def defnem nem a cam campo po da prod produc ucao ao,, ou seja seja,, na e strutur trutura a da distribuicao do capital espcdfco !e do capital economico correlato$ orienta, por intc intcrr rrned nedio io de uma uma avali avaliac acao ao prat pratic ica a ou cons consci cien ente te das das opor oportu tuni nida dade des s objetivas de lucro, as caracterlsticas dos agentes ou instituicoes, assim como as esrrategias que eles acionam na luta que as opce. (o lado dos dominantes, todas as estrategias, essencialmente deensivas, visam conservar a posicao ocup ocupad ada, a, port portan anto to,, perp perpet etua uarr 0 status quo, ao mante anterr e az azer dura durarr os prindpios que servem de undamento a dorninacao. dorninacao. 0 rnundo sendo 0 que deve ser, ja que os dominantes dominam e eles sac 0 que devem ser para dominar, au seja, 0 deverser realizado, a e)celencia consiste em ser 0 que se e, sem ostentacao nern empafa, alem de maniestar a imensidade de seus recursos pel a economia de meios, recusar as estrategias chamativas de distincao e a busc busca a do cei ceito to pcla pclas s quai quais s os pret preten ende dent ntes es trae traem m sua sua pret preten ensa sao o. Os domina dominante ntes s tern tern compr compror ornis nisso so com o.sil o.silenc encio, io, discri discricao cao,, scgre scgredo, do, reser reserva* va* quanta quanta ao discur discurso so ortodo ortodo)o )o,, sernpr sernpre e +)+orqu +)+orquido ido pel os questi questiona onamen mentos tos ios/O ios/O12l,r 12l,re.re e.rencient ncientes. es. 3imposto 3imposto pelas necessidad necessidades es da retifcac retifcacao, ao, nao passa nunca.da.a4rrnacao e)p5cita das evidencias primeiras que sao patentes e se portam melhor sem alar delas.Os problemas socius sac relacoes socials6 des des 1e defn defnem em no enr enren enta tame ment nto o entr entre e dois dois grup grupos os,, dois dois sist sistem emas as de interesses e de teses antagonistas* na relacao que os constitui, a iniciativa da luta, os proprios terrenos em que esta se trava, incumbe aos pretendentes a quebra da doxa, 0 rompimento do silencio e 0 qucsti qucstiona onarn rnent ento o !no verdad verdadeir eiro o sentid sentido$ o$ das evlden evldencia cias s da e)ist e)istenc encia ia sem problemas dos dorninantes. !7"$ “& logics das homologias az com que as praticas e as obras dos agentes de urn camp ca mpo o da pr prod oduc ucao ao,, es espe peci cial aliz izad ado o e rel elat ativ ivam amen ente te au auto tono nomo mo,, se seja jam m necessariamente sobredeterminedes; az com que as uncocs desempenhadas por elas nas elas nas lutas internas se dupliquem inevitavelmente de uncoes e)ternas, as que elas recebcm nas lutas simb'licas entre as racoes da classe dominante e - pelo men os, a prazo - entre as classes classes !#7$ !8esultado de uma correspond9ncia estrutural : ;ampos organizados na base da distribui<ão desigual de determinada esp=cie de capital$ !p.#/$
“>rinclpio da oposicao entre arte de vanguarda e arte burguess, entre ascese material, garantia da consagracao cspiritual.e 0 sucesso mundano, marcado, entre outros sinais, pelo reconhecimento das instituicoes !prernios, academias, etc.$ e pelo e)ito nanceiro, esta visao escatologica contribui para dissimular a verdade da relacao entre 0 campo da producao cultural e 0 campo do poder ao reproduzir, na logica especifca do campo intelcctual, ou seja, sob a orma transfgurada do con4ito entre duas esteticas, a oposicao !que nfo e)clui a complementaridade$ entre as racces dominadas e as racoes dorninantes da casse dominante, ou seja, entre 0 poder cultural !associ ado a menor riqueza economical e 0 poder econ'mico e politico !associado a menor riqueza cultural$. Os con4itos propriamenre esteticos sobre a visio legltime do inundo, ou seja, em ultima analise, sobrc 0 que mcrccc ser represcntado e sobre a rnaneira correta de azer tal representacao, sac con4itos politicos !supremamenre euemizados$ pela irnposicao da defnicaodominante da realidadc e, em particular, da realidade social. ;onstruida segundo os esquemas geradores da representacao rcta !e de direita$ da realidade - e, em particular, da realidade social, ou seja, em poucas palavras, da ortodoxia =, a stte da reproducid" !cuja orma, por e)celencia, e 0 teetro burgues) e apropriada para proporcionar, aqueles que a percebem segundo esses esquemas, a e)periencia tranquilizadora da evidencia imediata da representacao, ou seja, da necessidade do modo de representacao e do mundo representado. !'/$ - 5omologia entre o campo cultural e o campo de poder6 arte como con4ito pol?tico euemizado. !Oposi<@es intelectuais e padr@es da industria$