Fichamento: MATÉRIA E MEMÓRIA Ensaio sobre a relação do corpo com c om o espírito Henri Bergson
Referência: BERGSON, enri! "at#ria e "em$ria: ensaio sobre a relação do corpo com o espírito! % ed! & São 'a(lo: "artins Fontes, )*** +oleção -$picos. )o! apít(lo / 0a Seleção das 1ma2ens 1ma2em (ni3ersal 0(alidade interna e e4terna / afecção e percepção 5 ima2em do corpo entros de ação entro de indeterminação Realista / con6(nto de ima2ens 2o3ernadas por em relaç7es m8t(as por leis im(t93eis +iência. 1dealista & --- Page 11 --No entanto há uma que prevalece sobre as demais na medida em que a conheço não apenas de fora, mediante percepções, mas também de dentro, mediante afecções é meu corpo! --- Page 1" --#nterro-go enfim minha consci$ncia sobre o papel que ela se atri-bui na afecção ela responde que assiste, com efeito, sob forma de sentimento ou de sensação, a todas as iniciati-vas que %ulgo tomar, que ela se eclipsa e desaparece, ao contrário, a partir do momento em que minha atividade, tornando-se automática, declara não ter mais necessida-de dela! Portanto, ou todas as apar$ncias são enganosas, ou o ato em que resulta o estado afetivo não é daqueles que poderiam rigorosamente ser dedu&idos dos fen'me-nos anteriores como um movimento de um movimento, e com isso ele acrescenta verdadeiramente algo de novo ao universo e ( sua hist)ria! --- Page 1* --'ercebo bem de (e maneira as ima2ens e4teriores in&fl(em sobre a ima2em (e chamo me( corpo: elas lhe transmitem mo3imento! E 3e6o tamb#m de (e maneira este corpo infl(i sobre as ima2ens e4teriores: ele lhes restit(i mo3imento! "e( corpo # portanto, no con6(nto do m(ndo material, (ma (e at(a como as o(tras ima2ens, recebendo e de3ol3endo mo3imento, com a 8nica diferença, tal3e;, de (e me( corpo parece escolher, em (ma certa medida, medida, a maneira de de3ol3er o (e recebe! +!!!. "e( corpo, ob6eto destinado a mo3er ob6etos, # portanto (m centro de ação< ele não poderia fa;er nascer (ma representação!
--- Page 1+ --as supus que o papel da imagem que chamo meu corpo era eercer sobre outras imagens uma influ$ncia real, e conseq.entemente decidir-se entre vários procedimentos materialmente poss/veis! 0, %á que esses procedimentos lhe são sugeridos certamente pela maior ou menor vantagem que pode obter das imagens circundantes, é preciso que essas imagens indiquem de algum modo, em sua face voltada para o meu corpo, a vantagem que meu corpo poderia delas obter! e fato, observo que a dimensão, a forma, a pr)pria cor dos ob%etos eteriores se modificam conforme meu corpo se aproima ou se afasta deles, que a força dos odores, a intensidade dos sons aumentam e diminuem com a dist2ncia, enfim, que essa pr)pria dist2ncia representa sobretudo a medida na qual os corpos circundantes são assegurados, de algum modo, contra a ação imediata de meu corpo!
--- Page 13 --colocar meu corpo na impossibilidade de obter, em meio (s coisas que o cercam, a qualidade e a quantidade de movimento necessárias para agir sobre elas!
--- Page 14 --udem-se os ob%e-tos, modifique-se sua relação com meu corpo, e tudo se altera nos movimentos interiores de meus centros percep-tivos! 5hamo de matéria o con-%unto das imagens, e de percepção da matéria essas mes-mas imagens relacionadas ( ação poss/vel de uma certa imagem determinada, meu corpo!
--- Page 16 -- 7 matéria torna-se assim algo radicalmente diferente da representação, e dela não temos conseq.entemente nenhuma imagem8 diante dela coloca-se uma consci$ncia va&ia de imagens, da qual não podemos fa&er nenhuma idéia8 enfim, para preencher a consci$ncia, inventa-se uma ação incompreens/vel dessa matéria sem forma sobre esse pensamento sem matéria! as a verdade é que os movimentos da matéria são muito claros enquanto imagens, e que não há como bus-car no movimento outra coisa além daquilo que se v$! --- Page "9 --:á um sistema de imagens que chamo minha percepção do universo, e que se conturba de alto a baio por leves variações de uma certa imagem privilegiada, meu corpo! 0sta imagem ocupa o centro8 sobre ela regulam-se todas as outras8 a cada um de seus movimentos tudo muda, como se girássemos um caleidosc)pio! :á, por outro lado, as mesmas imagens, mas relacionadas cada uma a si mesma, umas certamente influindo sobre as outras, mas de maneira que o efeito permanece sempre proporcional ( causa é o que chamo de universo! 5omo eplicar que esses dois sistemas coeistam, e que as mesmas imagens se%am relativamente invariáveis no universo, infinitamente variáveis na percepção; --- Page "1 --Perguntar se o universo eiste apenas em nosso pensamento ou fora dele é, portanto, enunciar o problema em termos insol
--- Page "" --realista idealista = primeiro sistema s) é dado ( eperi$ncia presente8 mas acreditamos no segundo pelo simples fato de que afirmamos a continuidade do passado, do presente e do futuro! 7ssim, tanto no idealismo como no realismo coloca-se um dos dois sistemas, e dele procura-se dedu&ir o outro! além desse sistema eistem percepções 7ssim, tanto no idealismo como no realismo coloca-se um dos dois siste-mas, e dele procura-se dedu&ir o outro Realismo - universal - absoluto Idealismo - individual - variável
--- Page "> --?odo realismo fará portanto da percepção um acidente, e por isso mesmo um mistério! as, inversamente, se voc$ propuser um sistema de imagens instáveis dispostas em torno de um centro privilegiado e modificando-se profundamente por deslocamentos insens/veis deste centro, estará ecluindo em primeiro lugar a ordem da nature&a, essa ordem indiferente ao ponto onde se está e ao termo por onde se começa!
--- Page "* --a percepção tem um interesse inteiramente es-peculativo8 ela é conhecimento puro Perceber significa antes de tudo conhecer. --- Page 27 -- 7ssim, o papel do cérebro é ora de condu&ir o movimento recolhido a um )rgão de reação escolhido, ora de abrir a esse movimento a totalidade das vias motoras para que a/ desenhe todas as reações que ele pode gerar e para que analise a si mes-mo ao se dispersar! 0m outras palavras, o cérebro nos pa-rece um instrumento de análise com relação ao movimen-to recolhido e um instrumento de seleção com relação ao movimento eecutado!
0le tem por função receber ecitações, montar aparelhos motores e apresentar o maior n
a riqueza crescente dessa percepção não deveria simbolizar simplesmente a parte crescente de indeterminação deixada a escolha do ser vivo em face das coisas? Partamos pois dessa indeterminação como sendo princpio verdadeiro. Procuremos! uma vez colocada essa indeterminação! se não seria possvel deduzir da a possibilidade e mesmo a necessidade da percepção consciente. preciso que ao redor de cada um desses centros se%am dispostas imagens subordinadas ( sua posição e variáveis com ela8 afirmo conseq.entemente que a percepção consciente deve se produ&ir, e que, além disso, é poss/vel compreender como essa percepção surge!
5ssinalemos de início (e (ma lei ri2orosa 3inc(la a e4tensão da percepção consciente = intensidade da ação (e o ser 3i3o disp7e! Disposição de explorar a proposta vem da conscientização desta percepção.
--- Page "A --processo completo de percepção e de reação mal se distingue então do impulso mec2nico seguido de um movimento necessário! as, ( medida que a reação torna-se mais incerta, que dá mais lugar ( hesitação, aumenta tam-bém a dist2ncia na qual se fa& sentir sobre o animal a ação do ob%eto que o interessa! 7 parte de independ$ncia de que um ser vivo dispõe, ou, como diremos, a &ona de indeterminação que cerca sua atividade, permite portanto avaliar a priori a quantidade e a dist2ncia das coisas com as quais ele está em relação! @ualquer que se%a essa relação, qualquer que se%a portanto a nature&a /ntima da percepção, pode-se afirmar que a amplitude da percepção mede eatamente a indeterminação da ação consecutiva, e consequentemente enunciar esta lei a percepção dispõe do espaço na eata proporção em que a ação dispõe do tempo! --- Page >9 --essa indeterminação, aceita como um fato, pudemos con-cluir a necessidade de uma percepção, isto é, de uma relação variável entre o ser vivo e as influ$ncias mais ou menos distantes dos ob%etos que o interessam! consci$ncia nascesse dos mo-vimentos interiores não há percepção que não este%a impregnada de lembranças Nada impede que se substitua es-sa percepção, inteiramente penetrada de nosso passado, pela percepção que teria uma consci$ncia adulta e forma-da, mas encerrada no presente, e absorvida, ( eclusão de qualquer outra atividade, na tarefa de se amoldar ao ob%e-to eterior! --- Page >1 --é por hav$-la desconhe-cido, por não a ter distinguido daquilo que a mem)ria acres-centa ou suprime nela, que se fe& da percepção inteira uma espécie de visão interior e sub%etiva, que s) se dife-renciaria da lembrança por sua maior intensidade :á controvérsias sobre intensidade d lembranças percepção pura - uma percepção que eiste mais de direito do que de fato, --- Page >" B
" verdade que uma imagem pode ser sem ser percebida# pode estar presente sem estar representada# e a dist$ncia entre estes dois termos! presença e representação! parece %ustamente medir o intervalo entre a pr&pria mat'ria e a percepção consciente que temos dela. para passar da presença ( repre-sentação, fosse preciso acrescentar alguma coisa, a dis-t2ncia seria intranspon/vel,
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= que a distingue, enquanto imagem presente, enquanto realidade ob%etiva, de uma imagem representada é a necessidade em que se encontra de agir por cada um de seus pontos sobre todos os pontos das outras imagens, de transmitir a totalidade daquilo que recebe, de opor a cada ação uma reação igual e contrária, de não ser, enfim, mais do que um caminho por onde passam em todos os sentidos as modificações que se propagam na imensidão do universo!
--- Page >* --=ra, se os seres vivos constituem no universo Ccentros de indeterminaçãoC, e se o grau dessa indeterminação é medido pelo n
--- Page >+ -- 7 percepção assemelha-se portanto aos fen'menos de refleão que v$m de uma refração impedida8 é como um efeito de miragem! Num certo sentido, poder/amos di&er que a percepção de um ponto material inconsciente qualquer, em sua instantaneidade, é infinitamente mais vasta e mais completa que a nossa, %á que esse ponto recolhe e transmite as ações de todos os pontos do mundo material, enquanto nossa consci$ncia s) atinge algumas partes por alguns lados! 7 consci$ncia - no caso da percepção eterior - consiste precisamente nessa escolha! as, nessa pobre&a necessária de nossa percepção consciente, há algo de positivo e que %á anuncia o esp/rito é, no sentido etimol)gico da palavra, o discernimento! --- Page >6 --0ssas qualidades que foram separadas de seu suporte material, será preciso agora eplicar de que modo elas tornam a %untar-se a ele! 5ada atributo de que a matéria é privada fa& crescer o intervalo entre a representação e seu ob%eto! De voc$ fa& a matéria inetensa, como ela irá receber a etensão; De voc$ a redu& ao movimento homog$neo, de onde surgirá a qualidade;
--- Page >A --não é como a percepção nasce, mas como ela se limita, %á que ela seria, de direito, a imagem do todo, e ela se redu&, de fato, (quilo que interessa a voc$! EFG indefinida de direito, ela se restringe de fato a desenhar a parte de indeterminação deiada aos procedimentos desta imagem especial que voc$ chama seu corpo! 0 por conseq.$ncia, inversamente, a indeterminação dos movimentos do corpo E!!!G, dá a medida eata da percepção que voc$ tem! as, como a estrutura do cérebro oferece o plano minucioso dos movimentos en-tre os quais voc$ tem a escolha8 como, por outro lado, a porção das imagens eteriores que parece concentrar-se para constituir a percepção desenha %ustamente todos os pontos do universo sobre os quais esses movimentos teriam influ$ncia, percepção consciente e modificação cerebral correspondem-se rigorosamente! 7 depend$ncia rec/pro-ca desses dois termos deve-se portanto simplesmente ao fato de eles serem, um e outro, função de um terceiro, que é a indeterminação do querer.
--- Page *1 --0 mais se essa indeterminação é algo que escapa ( eperi-mentação e ao cálculo, o mesmo não se dá com os elementos nervosos nos quais a impressão é recolhida e transmitida!
--- Page ** --= que geralmente causa ilusão sobre esse ponto é a aparente indiferença de nossos movimentos ( ecitação que os ocasiona! Parece que o movimento de meu corpo para atingir e modificar um ob%eto permanece o mesmo, quer eu tenha sido advertido de sua eist$ncia pela audição, quer ele me tenha sido revelado pela visão ou pelo tato! inha atividade motora torna-se então uma entidade ( parte, uma espécie de reservat)rio de onde o movimento sai ( vontade, sempre o mesmo para uma mesma ação, qualquer que se%a o tipo de imagem que fe& com que ele se produ&isse!
--- Page *3 --=s psic)logos que estudaram a inf2ncia sabem bem que nossa representação começa sendo impessoal! D) pou-co a pouco, e ( força de induções, ela adota nosso corpo por centro e torna-se nossa representação!E!!!G H medida que meu corpo se desloca no espaço, todas as outras imagens variam8 a de meu corpo, ao contrário, permanece invariá-vel! evo portanto fa&er dela um centro, ao qual relacio-narei todas as outras imagens! 0 compreendo também de que modo surge então a noção de interior e de eterior, que no in/cio não é mais que a distinção de meu corpo e dos outros corpos!
--- Page *4 -- 7 distinção do interior e do eterior se redu&irá assim ( da parte e do todo! :á inicialmente o con%unto das imagens8 há, nesse con%unto, Ccentros de açãoC contra os quais as imagens interessantes parecem se refletir8 é deste modo que as percepções nascem e as ações se preparam! Por que se pretende, contrariando todas as apar$ncias, que eu vá de meu eu consciente a meu corpo, e depois de meu corpo aos outros corpos, quando na verdade eu me coloco de sa/da no mundo material em geral, para progressivamente limitar este centro de ação que se chamará meu corpo e distingui-lo assim de todos os outros;
--- Page *6 &&& por trás dessas ilusões, a confusão metaf/sica da etensão indivisa e do espaço homog$neo, a confusão psicol)gica da Cpercepção puraC e da mem)ria!
,ssim como h* para meu corpo tipos de ação possvel! tamb'm haver*! para os outros corpos! sistemas de reflexão diferentes! e cada um desses sistemas corresponder* a um de meus sentidos. eu corpo se conduz portanto como uma imagem que refletiria outras imagens! analisando-as do ponto de vista das diversas açes a exercer sobre elas. --- Page *A -- 7s percepções diversas do mesmo ob%eto que oferecem meus diversos sentidos não reconstituirão portanto, ao se reunirem, a imagem completa do ob%eto8 permanecerão separadas uma das outras por intervalos que medem, de certo modo, muitos va&ios em minhas necessidades é para preencher tais intervalos que uma educação dos sen-tidos é necessária! 0ssa educação tem por finalidade har-moni&ar meus sentidos entre si, restabelecer entre seus dados uma continuidade que foi rompida pela pr)pria descontinuidade das necessidades de meu corpo, enfim reconstruir aproimadamente a totalidade do ob%eto ma-terial!
--- Page +9 --os Cdados de nossos diferentes sentidosC são qualidades das coisas, percebidas inicial-mente mais nelas do que em n)s é espantoso que elas se %untem, quando apenas a abstração as separou; Nossa percepção da matéria então %á não é re-lativa nem sub%etiva, pelo menos em princ/pio e não se levando em conta, como veremos em seguida, a afecção e sobretudo a mem)ria8 ela é simplesmente cindida pela multiplicidade de nossas necessidades
--- Page +1 --a idéia de cindir nossa percepção em duas partes distintas, doravante incapa&es de se %unta-rem de um lado os movimentos homog$neos no espaço, de outro as sensações inetensivas na consci$ncia
--- Page +" --Iimitemo-nos a assinalar que as sensa-ções de que se fala aqui não são imagens percebidas por n)s fora de nosso corpo, mas antes afecções locali&adas
--- Page +> --em nosso pr)prio corpo! =ra, resulta da nature&a e da des-tinação de nosso corpo, como iremos ver, que cada um de
seus elementos ditos sensitivos tenha sua ação real pr)-pria, que deve ser do mesmo tipo que sua ação virtual, sobre os ob%etos eteriores que ele percebe ordinariamente, de sorte que se compreenderia assim por que cada um dos nervos sensitivos parece vibrar segundo um modo deter-minado de sensação!
--- Page +* --as essa estranha suposição seria imposs/vel se não houvesse precisamente entre as imagens e as idéias, estas inetensas e aquelas etensas, uma série de estados intermediários, mais ou menos con-fusamente locali&ados, que são os estados afetivos! Parece portanto que há efetivamente uma diferença de grau, e não de natu-re&a, entre a afecção e a percepção! =ra, a primeira está intimamente ligada ( minha eist$ncia pessoal o que seria, com efeito, uma dor separada do su%eito que a sente; J preciso portanto, pensa-se, que se%a assim também com a segunda, e que a percepção eterior se constitua pela pro%eção, no espaço, da afecção tornada inofensiva!
--- Page +4 --#sto posto, hav/amos considerado o corpo vivo como uma espécie de centro de onde se reflete, sobre os ob%etos circundantes, a ação que esses ob%etos eercem sobre ele nessa refleão consiste a percepção eterior
--- Page +6 --0, por conseq.$ncia, nossa percepção de um ob%eto distinto de nosso corpo, separa-do de nosso corpo por um intervalo, nunca eprime mais do que uma ação virtual! Porém, quanto mais diminui a dis-t2ncia entre esse ob%eto e nosso corpo, tanto mais o perigo torna-se urgente ou a promessa imediata, tanto mais a ação virtual tende a se transformar em ação real! Poder/amos portanto di&er, por metáfora, que, se a percepção mede o poder refletor do corpo, a afecção mede seu poder absorvente!
--- Page +A --5onsidere-se o sistema de imagens que chamamos mundo material! eu corpo é uma delas! 0m torno dessa imagem dispõe-se a representação, ou se%a, sua influ$ncia eventual sobre as outras! Nela se produ& a afecção, ou se%a, seu esforço atual sobre si mesma! ?al é, no fundo, a diferença que cada um de n)s estabelece naturalmente, espontaneamente, entre uma imagem e uma sensação.
--- Page 39 --as é preciso levar em conta que nosso corpo não é um ponto matemático no espaço, que suas ações virtuais se complicam e se impregnam de ações reais, ou, em outras palavras, que não há percepção sem afecção! 7 afecção é portanto o que misturamos, do interior de nosso corpo, ( imagem dos corpos eteriores8 é aquilo que devemos etrair inicialmente da percepção para reencontrar a pure&a da imagem