Controlo de Qualidade dos Medicamentos Cápsulas; Comprimidos; Comprimidos; Gomas para mascar medicamentosas; Granulados
Cápsulas • cá cáps psul ulas as dura duras, s, • cá cápsu psula lass mole oles, s, • cá cápsul psulas as gastrorr gastrorresi esiste stente ntes, s, • cápsu cápsulas las de liber libertaçã taçãoo modific modificada ada
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Cápsulas-Controlo Salvo indicação em contrário ou excepção justificada e autorizada, as cápsulas cujo teor em substância activa é inferior a 2 mg ou representa menos de 2 por cento da massa total satisfazem ao ensaio B de uniformidade de teor das preparações apresentadas em formas unitárias. Se a preparação contiver várias substâncias activas, o ensaio só se aplica às que se encontram nas condições indicadas. Uniformidade de teor (2.9.6).
Cápsulas-Controlo As cápsulas satisfazem ao ensaio de uniformidade de massa das preparações apresentadas em formas unitárias. Quando o ensaio de uniformidade de teor é exigido para todas as substâncias activas, não se exige o ensaio de uniformidade de massa. Uniformidade de massa (2.9.5).
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Cápsulas-Controlo Pode realizar-se um ensaio apropriado para demonstrar que a libertação da ou das substâncias activas é satisfatória como, por exemplo, um dos ensaios descritos no texto «Ensaio de dissolução das formas sólidas» (2.9.3). Quando se exige o ensaio de dissolução, pode não
Dissolução.
se exigir o ensaio de desagregação.
Cápsulas-Controlo Pode realizar-se um ensaio apropriado para demonstrar que a libertação da ou das substâncias activas é satisfatória como, por exemplo, um dos ensaios descritos no texto «Ensaio de dissolução das formas sólidas» (2.9.3). Quando se exige o ensaio de dissolução, pode não
Dissolução.
se exigir o ensaio de desagregação.
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Cápsulas-Desagregação Cápsulas
Desagregação
cápsulas duras
Água R (< 30 min.) e se justificado HCl 0,1 M (< 30 min.)
cápsulas moles
Água R (< 30 min.) e se justificado HCl 0,1 M (< 30 min.)
cápsulas gastrorresistentes
Ácido clorídrico 0,1 M (não antes de 2 h) Tampão fosfato pH 6,8 R (< 60 min.)
cápsulas de libertação modificada
Ensaio de uniformidade de massa F.P. VIII Pese individualmente 20 unidades retiradas ao acaso do mesmo lote e determine a massa média. Não mais do que 2 das 20 unidades poderão diferir da massa média encontrada em percentagem superior à da tabela (FPVIII). E em nenhum caso poderá a diferença exceder o dobro dessa percentagem.
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Ensaio de uniformidade de massa F.P. VIII Forma farmacêutica
Massa média
Desvios limite em percentagem de massa média
Comprimidos não Até 80 mg revestidos e comprimidos 80 mg <☻< 250 mg peliculados 250 mg≤☻
10 7,5
Cápsulas, granulados não revestidos e pós (em formas unitárias)
☻<
300 mg 300 mg≤☻
10 7.5
Pós para uso parentérico
40 mg < ☻
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Supositórios e óvulos
Sem distinção de massa
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Ensaio de desagregação F.P. VIII Em cada um dos 6 tubos, introduza um comprimido e, seguidamente, um disco, quando prescrito; coloque o conjunto no vaso cilíndrico que contém o meio líquido indicado e faça funcionar o aparelho durante o tempo prescrito. Decorrido este tempo, retire o conjunto e examine o estado dos comprimidos. O ensaio é considerado satisfatório se todas as amostras estiverem desagregadas.
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Ensaio de uniformidade de massa F.P. VIII • Ensaio da desagregação – Água, < 15 min. – Excepção comprimidos – →
mastigados
a
serem
• Comprimidos efervescentes
Ensaio de dissolução F.P. VIII Ensaio de dissolução de comprimidos de paracetamol • Utilize o aparelho com pá agitadora e como líquido de dissolução 900 ml de solução tampão de fosfato de pH 5.8 preparada misturando 250 ml de solução de fosfato monopotássico 0.2 M e 18.0 ml de solução de hidróxido de sódio 0.2 M e completando 1000 ml com água. Mantenha agitação constante a 50 rpm (rotações por minuto), durante 30 min. Filtre uma fracção, tome um volume correspondente a cerca de 0.5 mg de paracetamol, dilua com o líquido de dissolução até 100 ml e determine a absorvência a 249 nm. Calcule a quantidade de paracetamol dissolvida por comparação com a absorvência, determinada no mesmo comprimento de onda, de uma solução padrão de paracetamol SQR a 0.005 g/L, preparada com o mesmo solvente. • A quantidade de paracetamol dissolvida deve ser, no mínimo, 80 por cento do teor indicado no rótulo da embalagem.
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Dureza-Resistência dos comprimidos à ruptura •
Avaliação pela força do esmagamento
Dureza-Resistência dos comprimidos à ruptura Coloque o comprimido entre as maxilas atendendo, se for esse o caso, à forma, à ranhura e à gravação; em cada determinação, oriente os comprimidos sempre do mesmo modo relativamente à direcção de aplicação da força. Efectue a medição em 10 comprimidos, eliminando todos os resíduos antes de cada determinação. • Exprima os resultados indicando o valor médio e os valores máximo e mínimo das forças avaliadas, exprimindo sempre em newton. • Indique o tipo de aparelho e, se necessário, a orientação dos comprimidos. •
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Friabilidade F.P. VIII •
• •
No caso de comprimidos de massa unitária inferior ou igual a 0.65 g, utilize uma amostra de 20 comprimidos; no caso de comprimidos de massa unitária superior a 0.65 g, utilize 10 comprimidos. Coloque os comprimidos num tamis nº 1000 e elimine o pó com ar comprimido ou recorrendo a uma escova macia. Pese os comprimidos e coloque-os no tambor. Submeta-os a 100 rotações e retire os comprimidos do tambor. Elimine o pó como se descreveu anteriormente. Se nenhum dos comprimidos estiver partido ou rachado, determine a massa total em miligramas. A friabilidade exprime-se em perda de massa e é calculada em percentagem de massa inicial. Se os resultados forem ambíguos ou se a perda de massa for superior a 1 por cento, repita o ensaio mais duas vezes e calcule a média dos 3 resultados. A perda máxima de massa que é considerada aceitável, para a maior parte dos produtos, é de 1 por cento da massa total dos comprimidos submetidos ao ensaio.
Friabilidade F.P. VIII •
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No caso de comprimidos de massa unitária inferior ou igual a 0.65 g, utilize uma amostra de 20 comprimidos; no caso de comprimidos de massa unitária superior a 0.65 g, utilize 10 comprimidos. Coloque os comprimidos num tamis nº 1000 e elimine o pó com ar comprimido ou recorrendo a uma escova macia. Pese os comprimidos e coloque-os no tambor. Submeta-os a 100 rotações e retire os comprimidos do tambor. Elimine o pó como se descreveu anteriormente. Se nenhum dos comprimidos estiver partido ou rachado, determine a massa total em miligramas. A friabilidade exprime-se em perda de massa e é calculada em percentagem de massa inicial. Se os resultados forem ambíguos ou se a perda de massa for superior a 1 por cento, repita o ensaio mais duas vezes e calcule a média dos 3 resultados. A perda máxima de massa que é considerada aceitável, para a maior parte dos produtos, é de 1 por cento da massa total dos comprimidos submetidos ao ensaio.
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Friabilidade • •
Comprimidos não revestidos Fenómeno pelo qual a superfície dos comprimidos é danificada ou apresenta sinais de abrasão ou de ruptura resultantes de choques mecânicos ou de atrito
Comprimidos para administração oral – comprimidos
não revestidos, – comprimidos revestidos, – comprimidos efervescentes, • – comprimidos solúveis (são dissolvidos em água antes da administração)
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Comprimidos para administração oral – comprimidos dispersíveis (são dispersos em água antes da administração), – comprimidos orodispersíveis (são comprimidos não revestidos que são colocados na boca, onde se dispersam rapidamente antes da deglutição), – comprimidos gastrorresistentes, – comprimidos de libertação modificada
Comprimidos para administração oral Comprimidos
Desagregação
comprimidos não revestidos comprimidos revestidos(não película) comprimidos revestidos com película
água R (<15 min.)
Água R (<60 min.) HCl 0,1 M (<60 min.) Água R (<30 min.)
2x6+2x6 sem discos
comprimidos efervescentes
vaso de precipitação- 200 ml de água R (1525°C) < 5 min.
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Comprimidos para administração oral Comprimidos
Desagregação
comprimidos solúveis comprimidos dispersíveis comprimidos orodispersíveis
água R a 15-25°C ( < 3 min.) água R a 15-25°C ( < 3 min.)
Comprimidos gastroresistentes
ensaio de desagregação dos comprimidos e das cápsulas (2.9.1) (< 15 min.) ácido clorídrico 0,1 M (não antes de 2 h) Tampão fosfato pH 6,8 R (< 60 min.)
Comprimidos para administração oral -comprimidos de libertação modificada (Os comprimidos de libertação modificada incluem os comprimidos de libertação prolongada, os comprimidos de libertação retardada e os comprimidos de libertação sequencial).
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Bibliografia •
Comissão da Farmacopeia Portuguesa, Farmacopeia Portuguesa VIII. Lisboa: Infarmed; 2008.
•
Lachman LL, HA;Kanig,JA. Teoria e Prática na Indústria Farmacêutica, Vol. I e II, 1ª ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian; 2001.
Controlo de Qualidade dos Medicamentos • • • •
GOMAS PARA MASCAR MEDICAMENTOSAS GRANULADOS PÓS CUTÂNEOS PÓS ORAIS
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GOMAS PARA MASCAR MEDICAMENTOSAS • As gomas para mascar medicamentosas são preparações unitárias sólidas cujo excipiente principal é uma goma. Destinam-se a serem mastigadas sem serem deglutidas.
GOMAS PARA MASCAR MEDICAMENTOSAS ENSAIOS • Uniformidade de teor (2.9.6) • Uniformidade de massa (2.9.5) Quando o ensaio de uniformidade de teor é exigido, ou é justificado e autorizado, para todas as substâncias activas, não se exige o ensaio de uniformidade de massa .
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GOMAS PARA MASCAR MEDICAMENTOSAS Após dissolução ou dispersão da(s) substância(s) activa(s) na saliva, as gomas para mascar medicamentosas destinam-se: – quer ao tratamento local de afecções da boca, – quer à acção sistémica, após absorção através da mucosa bucal ou gastrointestinal.
GRANULADOS Granulados são preparações constituídas por grânulos sólidos secos, formando cada um deles um aglomerado de partículas de pó de resistência suficiente para permitir as diversas manipulações. Destinam-se à administração por via oral. Alguns são deglutidos directamente, outros são mastigados e outros, ainda, são dissolvidos ou desagregados em água ou noutros líquidos apropriados antes da administração.
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GRANULADOS – granulados efervescentes, – granulados revestidos, – granulados gastrorresistentes, – granulados de libertação modificada.
GRANULADOS • Uniformidade de teor (2.9.6). • Uniformidade de massa (2.9.5). • Uniformidade de massa da dose dispensada pelos recipientes multidose (2.9.27).
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GRANULADOS EFERVESCENTES Os granulados efervescentes são granulados não revestidos que contêm geralmente ácidos e carbonatos ou bicarbonatos susceptíveis de reagirem rapidamente em presença da água, libertando dióxido de carbono. Destinam-se a serem dissolvidos ou dispersos em água antes da administração.
GRANULADOS EFERVESCENTES Desagregação. Introduza uma dose de granulado efervescente num vaso de precipitação contendo 200 ml de água R a 15-25°C; libertam-se numerosas bolhas de gás. Quando o desprendimento gasoso em torno dos grânulos terminar, os grânulos estão desagregados; encontram-se então dissolvidos ou dispersos na água. Repita o ensaio com outras 5 doses. A preparação satisfaz ao ensaio se cada uma das 6 doses se desagregar em menos de 5 min.
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GRANULADOS REVESTIDOS Os granulados revestidos são geralmente preparações multidose constituídas por grânulos recobertos por uma ou mais camadas constituídas por misturas de excipientes diversos.
GRANULADOS REVESTIDOS Dissolução. Pode realizar-se um ensaio apropriado para demonstrar que a libertação da ou das substâncias activas é satisfatória como, por exemplo, um dos ensaios descritos no texto «Ensaio de dissolução das formas sólidas» (2.9.3).
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GRANULADOS DE LIBERTAÇÃO MODIFICADA Os granulados de libertação modificada são granulados, revestidos ou não, que são preparados com excipientes especiais ou por processos específicos que visam, separadamente ou em conjunto, modificar a velocidade, o local ou o momento da libertação da ou das substâncias activas. Os granulados de libertação modificada incluem os granulados de libertação prolongada e os granulados de libertação retardada.
GRANULADOS DE LIBERTAÇÃO MODIFICADA Dissolução. Pode realizar-se um ensaio apropriado para demonstrar que a libertação da ou das substâncias activas é satisfatória como, por exemplo, um dos ensaios descritos no texto «Ensaio de dissolução das formas sólidas» (2.9.3).
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GRANULADOS GASTRORESISTENTES Os granulados gastrorresistentes são granulados de libertação retardada destinados a resistir ao suco gástrico e a libertar a ou as substâncias activas no suco entérico. Esta característica é conferida revestindo o granulado com um revestimento gastrorresistente (granulados entéricos) ou por outro processo apropriado.
GRANULADOS GASTRORESISTENTES Dissolução. Pode realizar-se um ensaio apropriado para demonstrar que a libertação da ou das substâncias activas é satisfatória como, por exemplo, um dos ensaios descritos no texto «Ensaio de dissolução das formas sólidas» (2.9.3).
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Bibliografia •
Comissão da Farmacopeia Portuguesa, Farmacopeia Portuguesa VIII. Lisboa: Infarmed; 2008.
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Lachman LL, HA;Kanig,JA. Teoria e Prática na Indústria Farmacêutica, Vol. I e II, 1ª ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian; 2001.
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