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Núcleo de Educação a Distância - NEAD
Sumário Unidade 02 Saúde do idoso 1. Processo saúde/doença no idoso 1.1. Doenças crônico-degenerativas 2. Demência no idoso 2.1. Doença de Alzheimer 2.2. Demência vascular 2.3. Demência fronto-temporal 2.4. Demência com corpos de Lewy 3. Atividade física e a pessoa idosa 3.1. Aptidão física, atividade física e exercício físico 3.2. Avaliação Avaliação física da pessoa idosa 3.3. A prática esportiva e a prescrição de exercícios 4. Funcionalidade do idoso 4.1. Epidemiologia da funcionalidade f uncionalidade 4.2. Avaliando a capacidade funcional Referências da unidade 02
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Unidade 02 - Saúde do Idoso
Objetivo A unidade 02 tem o objetivo de apresentar a você as patologias que mais acometem o idoso no Brasil e discutir sobre os processos de demência que ocorrem durante o envelhecimento. Além disso, você irá avaliar a funcionalidade da pessoa idosa, bem como conhecerá os benefícios e limitações da prática da atividade física por eles, identicando o que é relevante em sua alimentação. Acompanhe e entenda melhor sobre todos os elementos que compõem, no âmbito da saúde, a vida do idoso. Bom aprendizado!
1. Processo Saúde/Doença no Idoso O conceito de saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS) como sendo o estado de completo bem-estar físico, psíquico e social, e não somente a ausência de doenças ainda persiste, contudo, para que se mantenham níveis ótimos de saúde é necessário que sejam levados em consideração recursos de diversos setores como educação, alimentação, infraestrutura sanitária e habitacional, incentivos ao trabalho, promoções ao estilo de vida saudável com atividades de lazer e cuidados com o meio ambiente. Quando pensamos em saúde do idoso, devemos pensar em estratégias para mantêlo com um estilo de vida ativo, por isso é importante que os prossionais de saúde que lidam com pacientes idosos consigam fazer a distinção entre as alterações siológicas relacionadas ao processo do envelhecimento – conhecida como senescência – das alterações patológicas do envelhecimento ou senilidade, embora fazer essa distinção seja uma tarefa difícil para muitos.
Lembrando Anteriormente estudamos as mudanças siológicas que ocorrem durante o envelhecimento, as transformações epidemiológicas nas principais patologias que causam mortalidade no idoso nas últimas décadas e como, no Brasil, a saúde do idoso está tendo respaldo legal quando, através do Estatuto do Idoso, foi dada atenção integral a isso pelo Sistema Único de Saúde (SUS), assim como a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. Além da caderneta do idoso, criada pelo governo federal, onde são registradas informações sobre as condições de sua saúde com acompanhamento de sua evolução, diversas cartilhas de orientações para o idoso têm sido confeccionadas por governos municipais e estaduais bem como ações de promoção e prevenção à saúde.
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Não é novidade para ninguém que o idoso é quem mais consome os serviços de saúde. Portador de doenças crônicas, geralmente múltiplas, que duram vários anos, gerando um quadro de morbimortalidade e que exigem tratamento multidisciplinar, o idoso ainda é o detentor da maioria das internações hospitalares e do maior tempo de ocupação em leitos do que o de outras faixas etárias, sem que isto se reverta em seu benefício. Todos esses fatores geram um alto custo direto – como: honorários médicos, exames complementares, diárias hospitalares, medicamentos –, alto custo indireto como, por exemplo, o impedimento temporário do trabalho por parte de um acompanhante ou um alto custo chamado de intangível como a alta carga psicológica e o prejuízo gerado em seu bemestar que, no caso do idoso, é elevado e, muitas vezes, irreversível. (ARAÚJO, 2006).
Importante A maior vulnerabilidade ao aparecimento de doenças em um corpo que envelhece não faz com que velhice seja sinônimo de doença. O próprio fato da maioria das patologias que acometem o idoso terem um caráter crônico pode fazer com que alternativas que gerem a independência e a autonomia sejam implementadas.
1.1. Doenças crônico-degenerativas As doenças crônico-degenerativas que acometem o idoso, no Brasil, têm como principais representantes: • Doenças isquêmicas do coração; • Câncer; • Acidente vascular encefálico; • Diabetesmellitus; • Doença pulmonar obstrutiva crônica e pneumonia; • Mal de Alzheimer e outras demências; • Perda de audição; • Hipertensão arterial; • Osteoartrose; • Catarata.
Doenças isquêmicas do coração
Observação As doenças isquêmicas do coração fazem parte do grupo de patologias cardiovasculares que mais causam óbitos, juntamente com o Acidente Vascular Encefálico (AVE) Isquêmico, chegando a 75% das mortes por doenças cardiovasculares. As principais doenças isquêmicas do coração são o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e a Angina Pectoris. Tais alterações são causadas por um processo aterosclerótico constituindose em uma importante causa de morte nos países desenvolvidos e também naqueles em desenvolvimento. (SANTOS et al.,2008). Universidade de Fortaleza - Unifor
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A aterosclerose humana é um processo crônico e sistêmico, caracterizado pelo estreitamento do lúmen arterial, pela deposição de gorduras e formação de placas lipobróticas. (SASAKI; SANTOS, 2006). Quando o uxo sanguíneo arterial é totalmente impedido, os tecidos que são servidos pela artéria se tornam suscetíveis, pela ausência de oxigênio, a danos isquêmicos, os quais podem ser irreversíveis. O desenvolvimento e a progressão da aterosclerose são complexos, pois as lesões ateroscleróticas resultam de interações tempo – que são dependentes de produtos genéticos de múltiplos caminhos biológicos. Tudo isso se torna mais complicado pela modulação da expressão da doença por numerosos fatores de risco. (HEGELE, 1996). Segundo Luz e Favarato (1999), dentre os numerosos fatores de risco para a aterosclerose podem ser citados: hipertensão arterial, idade avançada, história familiar , gênero masculino, Diabetes mellitus , dislipidemia, tabagismo, obesidade, sedentarismo e alguns agentes infecciosos. Segundo eles, uma observação signicativa tem sido a do agrupamento dos fatores clínicos.
Importante O consagrado estudo de Framingham veio como uma das primeiras coortes onde foi demonstrada a importância de alguns fatores de risco para o desenvolvimento de doença cardíaca e cerebrovascular. (POLANCZYK, 2005).
Câncer Um dos fatores de risco mais importante para o aparecimento de neoplasias é o envelhecimento, visto que 2/3 destas são diagnosticadas após os 65 anos de idade com mortalidade superior a 80%, tornado-se um problema de Saúde Pública, pois é uma das doenças crônicas que continuam a crescer no mundo e o seu diagnóstico é, quase sempre, tardio. (VERAS; LOURENÇO, 2010).
Atenção No Brasil, de 2000 a 2005, 507.174 óbitos de idosos ocorreram tendo as neoplasias como causas. A mortalidade e a morbidade hospitalar relacionadas ao câncer são extremamente elevadas, gerando altos custos para o sistema de saúde. Nos homens ocorreu uma prevalência de câncer de próstata, seguido de traqueia, brônquios e pulmão, depois estômago, e na quarta posição de cólon, reto e ânus. Nas mulheres, a prevalência foi de câncer de mama, seguido de traqueia, brônquios e pulmão, depois cólon, reto e ânus e, na quarta posição, estômago. (FÊDE et al. 2009).
Acidente vascular encefálico (AVE) A segunda patologia responsável não somente pela mortalidade entre idosos, mas por uma grande morbidade, são os acidentes vasculares encefálicos (AVEs).
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A maioria dos AVEs são isquêmicos, cuja causa é a mesma do Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), a formação de uma placa ateromatosa, com consequente rompimento e bloqueio de uma artéria, o que impede a corrente sanguínea de atingir partes do cérebro.
Os AVEs hemorrágicos são menos comuns e são provocados pela ruptura de um vaso sanguíneo, que leva ao derrame de sangue para dentro do cérebro ou para a área que o rodeia. Diabetes mellitus
pode ser denida como um grupo de doenças metabólicas caracterizadas pelo acúmulo da taxa de glicose no sangue, chamada de hiperglicemia. Quem controla a utilização de glicose por nossas células é um hormônio chamado de insulina, produzido pelo pâncreas . Diabetes mellitus
Nos diabéticos tipo 1, cuja doença aparece precocemente, ocorre uma ausência de produção de insulina pelo pâncreas, o que o torna insulino-dependente, e é de origem autoimune ou desconhecida. Já no caso do diabetes tipo 2, que aparece geralmente em obesos e em idosos, a patologia surge de forma mais tardia e estes podem ser ou não dependentes de insulina. Vários estudos têm demonstrado que o envelhecimento leva a uma resistência à ação da insulina, o que aumenta a glicemia no sangue, levando ao diabetes. Dentre as consequências sistêmicas do diabetes estão a nefropatia, retinopatia, cardiopatia, neuropatia, dentre outras. Em diabéticos, o risco relativo de morte por doença cardiovascular (DCV), quando ajustado por idade, supera três vezes o mesmo para a população em geral. Também cou demonstrado que o risco de mortalidade por DCV de pacientes portadores de Diabetes Mellitus tipo 2 e os indivíduos nãodiabéticos já infartados são similares. (SILVA; SIMÕES; LEITE, 2007).
Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e Pneumonia A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é denida como uma doença caracterizada pela redução do uxo expiratório que ocorre de forma lenta, progressiva e irreversível como uma resposta inamatória anormal dos tecidos pulmonares a uma exposição crônica a partículas e gases nocivos, notadamente o fumo (FAROL; JARDIM, 1997). As principais DPOCs são o ensema pulmonar e a bronquite crônica. A pneumonia é uma inamação aguda no parênquima pulmonar causada por agentes bacterianos, viróticos, fúngicos, químicos ou físicos. Elas podem ser adquiridas na comunidade, em ambientes hospitalares e em instituições asilares. Estados gripais elevam a prevalência de pneumonia em idosos e está associada a diversas outras patologias típicas da pessoa idosa. (COSTA; TEIXEIRA, 2006).
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A imunossenescência, diminuição da imunidade devido ao envelhecimento, predispõe ao aparecimento de doenças pulmonares agudas como a pneumonia.
Atenção A morbidade causada por tais doenças no idoso merece destaque, pois é uma das principais causas de faltas no trabalho, além de exercer enorme pressão sobre os serviços de saúde. No Brasil, as doenças respiratórias agudas e crônicas constam entre as principais causas de internação no Sistema Único de Saúde (SUS), ocupando o segundo lugar em frequência, sendo responsáveis por cerca de 16% de todas as internações do sistema. (TOYOSHIMA; ITO; GOUVEIA, 2005).
Doença de Alzheimer e outras demências
A Doença de Alzheimer é uma alteração neurodegenerativaprogressiva e irreversível que acarreta perda da memória e diversos distúrbios cognitivos. (SMITH, 1999).
Indivíduos após os 60 anos são os mais afetados não somente por esta patologia, como também por outras demências que serão abordadas posteriormente.(SMITH, 1999).
Perda de audição
Curiosidade A perda auditiva na população idosa varia de 5 a 20% nos indivíduos com 60 anos de idade, aumentando para 60% a partir dos 65 anos. (SOUSA; RUSSO, 2009).
A deciência auditiva no idoso, denominada de presbiacusia, gera efeitos negativos emocionais, sociais e na qualidade de vida, porque impede o idoso de desempenhar o seu pleno papel na sociedade, pois além de provocar uma privação sensorial, acarreta uma diculdade de compreensão, afetando a comunicação. (SOUSA; RUSSO, 2009).
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Hipertensão arterial Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) hipertensão arterial é uma doença caracterizada por uma elevação crônica da pressão arterial sistólica e/ou pressão arterial diastólica. Essa alteração é responsável por 80% dos casos de AVE e 60% dos casos de IAM, constituindo, atualmente, um dos problemas de saúde de maior prevalência. (ZAITUNE et al. 2006). Além da hipertensão arterial ser considerada uma patologia importante para o idoso, ela é um dos principais fatores de risco para várias outras doenças causadoras de morbidade e mortalidade em indivíduos acima de 60 anos de idade.
Osteoartrose
Conceituando A osteoartrose, osteoartrite ou artrose é a forma mais comum de reumatismo. É uma enfermidade inamatória e degenerativa (desgaste) da cartilagem articular. (SAFONS; PEREIRA, 2007).
70% das pessoas idosas apresentam testes radiológicos positivos para a doença e, destes, pelo menos 50% desenvolverão os sinais e sintomas clínicos característicos, como dor, rigidez articular e incapacidades funcional em diversos níveis. (SAFONS; PEREIRA, 2007).
Catarata
Atenção A catarata é a denominação dada a qualquer opacidade do cristalino, sendo a maior causa de cegueira tratável nos países em desenvolvimento. Segundo a OMS, 40% das 45 milhões de pessoas cegas no mundo perderam a visão devido à catarata. Epidemiologicamente, a catarata está associada à i dade, com a prevalência aumentando para 50% no grupo etário de 65 a 74 anos e para 75% em pessoas acima de 75 anos. (CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA, 2003).
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O grande desao atual está em fazer com que o idoso, mesmo portador de patologias crônicodegenerativas, mantenha-se independente fazendo com que as grandes Síndromes Geriátricas, ou Gigantes da Geriatria, se tornem um desao superável. Conhecido como os “IS”, a Imobilidade, a Instabilidade, a Incontinência, a Insuciência cerebral e Iatrogenia, embora não constituam um risco de vida iminente, comprometem severamente a qualidade de vida dos portadores e, muitas vezes, afetam os familiares. Apresentando-se de forma isolada ou associada, tais síndromes geram um considerável dano funcional para o indivíduo, impedindo a realização das atividades da vida diária (AVDs).
Conversando Você sabia que uma das principais síndromes ocasionadas pelas demências é a Insuciência Cerebral? Na próxima aula você entenderá como essas demências ocorrem no corpo dos idosos e como afetam a qualidade de vida dos mesmos. Até lá!
2. Demência no Idoso Atenção A demência não é apenas um tipo de doença, é uma síndrome clínica caracterizada por déficits cognitivos múltiplos, adquiridos e persistentes, que interferem nas atividades da vida diária (AVDs) do indivíduo de forma relevante. (TAVARES; AZEREDO, 2003).
Em países desenvolvidos, as Demências variam de 3% aos 70 anos até 20% a 30% aos 85 anos, dobrando a cada cinco anos com o aumento de idade . Os dados entre idosos no Brasil são escassos, podendo variar de 1,6%, entre as pessoas com idade de 65 a 69 anos, a 38,9%, naqueles com mais de 84 anos, em estudo realizado em uma população do interior paulista. (SCHLINDWEIN-ZANINI, 2010). Segundo o estudo Framingham, em 1993, a demência atingia 0,7% dos idosos entre 65-69 anos, 2,7% entre os de 70-74 anos, 5,2% entre 75-79 anos e 8,1% entre 80-84 anos. A Alzheimer’s Disease International (ADI), em 2010, estimou que 35,6 milhões de pessoas são afetadas pelos diferentes tipos de demências pelo mundo, com 4,6 milhões de casos anuais e um caso a cada 7 segundos. O número de pessoas afetadas alcançará 65,7 milhões em 2030 e, aproximadamente, 115,4 milhões em 2050.
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Para um correto diagnóstico clínico da demência deve-se considerar o décit progressivo de memória e de, pelo menos, uma outra função cortical superior conrmando com uma avaliação neuropsicológica detalhada, principalmente nas fases iniciais, um prejuízo cognitivo (PENA; VALE, 2010). As funções corticais incluem afasia ou perturbação da linguagem, apraxia ou capacidade prejudicada de executar atividades motoras (apesar de um funcionamento motor intacto), agnosia ou incapacidade de reconhecer ou identicar objetos (apesar de um funcionamento sensorial intacto), e perturbação do funcionamento executivo, que inclui planejamento, organização, sequenciamento e abstração. A avaliação da realização das AVDs é, também, de extrema importância.
Importante Os sintomas comportamentais e psicológicos das demências (SCPD), considerados não-cognitivos, afetam 60% dos pacientes demenciados e aparecem no decorrer da doença. Tais sintomas incluem delírios, alucinações, agitação, agressão, depressão, mania, ansiedade, apatia, desinibição, irritação, comportamento motor aberrante, alterações do sono, alterações alimentares, alterações da personalidade, sintomas obsessivo-compulsivos, entre outros. (PENA; VALE, 2010). Todos esses sintomas reunidos, o que confere às demências a classicação de síndrome, levam a um comprometimento social e/ou ocupacional do indivíduo. Além disso, a sobrecarga física, emocional e socioeconômica da família e do cuidador é imensa. (PESTANA; CALDAS, 2009) Alguns exames laboratoriais tornam-se obrigatórios na investigação etiológica de uma síndrome demencial, visto que muitas patologias estão associadas às demências, como doenças vasculares e degenerativas do sistema nervoso central (SNC), doenças infecciosas, hipotireoidismo, deciência de vitamina B12, consumo excessivo de álcool, sílis e AIDS. Os exames imprescindíveis para um correto diagnóstico são o hemograma, as provas de função tireoidiana, hepática e renal, as transaminases hepáticas, as reações sorológicas para sílis e o nível sérico de vitamina B12. Além destes, exames de neuroimagem como a tomograa computadorizada ou a ressonância magnética de crânio são bastante utilizados, pois podem fazer a diferenciação entre achados comuns em estados de demência, como a atroa cortical ou subcortical, de outras condições, como tumores, hidrocefalia ou hematoma subdural crônico. (CARAMELLI; BARBOSA, 2002). Apesar da importância de tais exames, é fundamental uma detalhada história clínica do paciente, que deve ser conrmada por algum parente, amigo ou cuidador. As demências têm diversas causas, sendo as principais: a Doença de Alzheimer , a Demência vascular , a Demência fronto-temporal e a Demência dos corpos de Lewy. Segundo Teixeira (2009), a Doença de Alzheimer é a mais prevalente de todas, seguida da Demência vascular, Demência fronto-temporal e Demência dos corpos de Lewy, respectivamente (Tabela 1).
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Tipos de Demência Doença de Alzheimer Demência Vascular Demência Fronto-Temporal Demência Corpos de Lewy Outros
<65 anos 34% 18% 12% 7% 29%
>65anos 55% 20% ----20% 5%
Tabela. 1 - Frequência dos tipos de demência.
2.1. Doença de Alzheimer
Conceituando A Doença de Alzheimer (DA) foi descrita pela primeira vez pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer no ano de 1907. Pode ser considerada como uma afecção neurodegenerativa progressiva e irreversível que aparece de forma insidiosa, acarretando, além da perda da memória, diversos distúrbios cognitivos. Pode ocorrer de forma precoce ou tardia, estando a primeira ligada à tendência familiar e com aparecimento por volta dos 40 anos, enquanto a segunda ocorre por volta dos 60 anos. Contudo, ambas possuem características clínicas idênticas. (SMITH, 1999). A Doença de Alzheimer (DA) é a demência que ocorre com maior frequência, atingindo cerca de 5-10% da população com 65 anos ou mais e sendo responsável por, aproximadamente, 50% das demências que ocorrem nesta faixa etária. O processo degenerativo que ocorre na doença atinge, inicialmente, a formação hipocampal seguido de comprometimento de áreas corticais associativas e relativa preservação dos córtices primários. Isso faz com que o quadro clínico da DA seja caracterizado por alterações cognitivas e comportamentais, com preservação do funcionamento motor e sensorial até as fases mais evoluídas da doença. (SCHLINDWEIN-ZANINI, 2010). Devido à grande incidência de Doença de Alzheimer , ocorreu, nos últimos anos, um elevado interesse, não somente em um diagnóstico precoce, como também em uma terapêutica mais completa. Em termos diagnósticos, além do detalhado exame clínico em que se leva em consideração sintomas, como comprometimento da memória e uma ou mais perturbações cognitivas (afasia, apraxia, agnosia ou perturbação do funcionamento executivo), pode-se recorrer a exames de imagens através de Tomograa Computadorizada e/ou Ressonância Magnética Funcional, visto que ocorre uma atroa da formação hipocampal e do córtex cerebral. (CARAMELLI; BARBOSA, 2002). Todos esses exames podem melhorar a exatidão diagnóstica, embora ainda não sejam especícos para DA e nem tenham validade absoluta.
Observação Quando presente o perl clínico característico e resultados de exames complementares compatíveis com provável presença de DA, a acurácia diagnóstica chega a 81% . (KNOPMAN et al. 2001).
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O tratamento da patologia é complexo e não deve estar centrado apenas na terapêutica farmacológica, mas sim de um acompanhamento multiprossional que prestará, de forma integral, uma assistência ao portador da Doença de Alzheimer e, consequentemente, aos seus cuidadores. (DOMINGUES; SANTOS; QUINTANS, 2009). 2.2. Demência Vascular A Demência Vascular é a segunda causa mais comum de demência (cerca de 10% dos casos) e seu início ocorre de forma mais precoce que a Doença de Alzheimer, afetando mais os homens que as mulheres. Está presente entre 1,2% e 4,2% dos indivíduos acima de 60 anos e está associada aos distúrbios cerebrovasculares ateroscleróticos , com semelhantes fatores de risco como a idade, hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia, e tabagismo. (CARAMELLI; BARBOSA, 2002).
Dica Essa demência tem um início tipicamente súbito, em que a ocorrência de sinais e/ou sintomas neurológicos focais é essencial para um correto diagnóstico e dif erenciação da Doença de Alzheimer. Os sinais neurológicos focais incluem resposta extensora plantar, paralisia pseudobulbar, anormalidades da marcha, exagero dos reexos tendinosos profundos ou fraqueza de uma das extremidades. (BALLONE; MOURA, 2008).
A Demência Vascular compreende uma variedade de síndromes demenciais secundárias a um comprometimento vascular do Sistema Nervoso Central. Além do quadro clínico relacionado com as doenças cerebrovasculares , o diagnóstico pode ser dado com o auxílio de exames complementares de neuroimagem que evidenciam múltiplas lesões vasculares do córtex cerebral e estruturas subcorticais. (SMID et al. 2001). A coexistência da Demência Vascular com a Doença de Alzheimer está cada vez mais evidente. Tal fato leva a uma confusão diagnóstica e diculta a diferenciação entre as duas patologias. Nesse caso, as lesões vasculares contribuiriam para a gravidade da Doença de Alzheimer. Estando presentes os décits cognitivos típicos do Alzheimer, são os sinais neurológicos focais que irão fazer a diferença. (BALLONE; MOURA, 2008). 2.3. Demência Fronto-Temporal
Conceituando A terceira das demências mais prevalentes é Demência Fronto-Temporal (DFT). Ela está associada à atroa temporal esquerda, ou fronto-temporal, com quadro clínico de deterioração mental progressiva com afasia grave e distúrbios comportamentais associados à degeneração das regiões cerebrais afetadas, onde destacam-se o isolamento social, a apatia, a desinibição, a impulsividade, a irritabilidade, a inexibilidade mental, os sinais de hiperoralidade e o descuido da higiene pessoal, o embotamento afetivo precoce e a perda precoce da crítica. (TEIXEIRA JR; SALGADO, 2006).
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Atenção Possui evolução rápida e várias patologias de base podem estar associadas, como a degeneração dos lobos frontais, a Doença de Pick e a demência associada à doença do neurônio motor (esclerose lateral amiotróca – ELA). Das quatro demências mais prevalentes, a DFT é a que afeta, predominantemente, pessoas mais jovens (médias de 10 anos a menos), além de possuir alta incidência familiar, onde cerca de 20% dos casos mostram um padrão de herança autossômica dominante. (MAMFRIM; SCHMIDT, 2006). Uma atroa focal das áreas frontais e/ou temporais, frequentemente assimétricas, é encontrada em exames de imagem. Nunca deve ser descartada uma entrevista com familiares sobre alterações de personalidade, embora possam ser necessários testes neuropsicológicos mais complexos para um correto diagnóstico da DFT. (BALLONE; MOURA, 2008). 2.4. Demência com Corpos de Lewy A Demência com Corpos de Lewy (DCL) ou doença difusa com corpos de Lewy, é cada vez mais reconhecida como uma das quatro causas mais frequentes de demência no idoso. Facilmente confundida com a Doença de Alzheimer , sua principal causa está no acúmulo de grande quantidade de substâncias conhecidas como corpos de Lewy, achados histológicos fundamentais para o diagnóstico da doença. (TAVARES; AZEREDO, 2003).
Importante Declínio nas funções cognitivas, alucinações visuais recorrentes, décit de atenção, das funções executivas e das capacidades visuoespaciais, além de quedas frequentes, são sintomas típicos da DCL. Outro aspecto importante é a presença de sintomas parkinsonianos, que são agravados pela hipersensibilidade ao uso de neurolépticos. (CARAMELLI; BARBOSA, 2002). Além da possibilidade de ocorrência de demências múltiplas, como a associação de DA e DV, outras demências também podem afetar o indivíduo idoso como a Doença de Pick, Doença de Huntington e Doença de Parkinson.
Conversando O importante, contudo, é a prevenção ao aparecimento de estados demenciais e sendo a realização de atividade física um importante elemento preventivo. Veja na aula 03 como a atividade física pode ajudar na melhoria de qualidade de vida dos idosos. Vamos lá?
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3. Atividade Física e a Pessoa Idosa 3.1. Aptidão física, atividade física e exercício físico
Conceituando A prevenção de doenças crônico-degenerativas – principais causas de morte em idosos – o bem-estar e a qualidade de vida estão diretamente ligados à aptidão física. Através dos tempos, a aptidão física pode ser denida de diversas formas. Atualmente, o conceito de aptidão física que mais se aplica é aquele que se dene como um estado geral de prontidão motora orientado para o bem-estar físico, psíquico, social e para a performance. Contudo, os conceitos mais cabíveis ao idoso consideram-na como a capacidade siológica e/ou física para executar as atividades da vida diária (AVDs) de forma segura e autônoma, sem revelar fadiga. (LEITE, 2009). Os componentes da aptidão física englobam diversas variáveis corporais como potência aeróbica máxima, força e resistência muscular, exibilidade e composição corporal, mais voltados para a saúde, agilidade, equilíbrio, coordenação motora, potência muscular, velocidade de reação e velocidade, objetivando o desempenho desportivo. (ARAÚJO; ARAÚJO, 2000; BOTELHO, 2002) (Tabela 1). Componentes Relacionados à Saúde Potência aeróbica máxima (aptidão cardiorrespiratória) Força muscular Resistência muscular Flexibilidade Composição corporal
Componentes Relacionados à Performance Agilidade Equilíbrio Coordenação motora Potência muscular Velocidade de reação Velocidade
Tabela 1- Componentes da aptidão física.
Os componentes neuromusculares ainda podem ser divididos, segundo Matsudo (2005), em aptidão músculo-esquelética e aptidão motora. Fazem parte da aptidão músculo-esquelética a força, a resistência muscular e a exibilidade, ou seja, componentes relacionados à saúde. Aaptidão motora é formada por agilidade, equilíbrio, coordenação, potência muscular e velocidade, os componentes relacionados com a performance. Segundo Matsudo, Matsudo e Barros Neto (2000), dentre os principais efeitos do envelhecimento nos componentes da aptidão física, em relação à composição corporal, estão: •
aumento do peso corporal;
•
diminuição da massa corporal gradativa, pela perda de massa óssea, com consequente diminuição da massa livre de gordura;
•
diminuição da taxa metabólica basal, massa muscular esquelética e óssea;
•
aumento da gordura corporal. Universidade de Fortaleza - Unifor
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A perda na musculatura esquelética pela diminuição do número e tamanho das bras musculares e a perda da força muscular afetam o desempenho neuromotor . Nas variáveis metabólicas, a diminuição da potência aeróbia (consumo máximo de oxigênio) ocorre em torno de 1% ao ano, mesmo em indivíduos ativos. No entanto, apesar dos indivíduos ativos apresentarem perdas na aptidão física com o processo do envelhecimento, essas perdas parecem ser menores em relação aos indivíduos sedentários. Todos os componentes da aptidão física, que são diretamente afetados pelo processo do envelhecimento, vão ter seu grau de severidade denido pela postura do idoso em enfrentar essas limitações corporais. O sedentarismo vem ser um dos grandes aliados da baixa aptidão física presente nos idosos e um dos principais fatores de risco para as doenças que os acometem. Para combater o sedentarismo, a realização de atividades físicas e/ou exercícios físicos faz-se extremamente necessária.
Conceituando Entende-se por atividade física qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resultem em gasto energético, não se preocupando com a magnitude desse gasto de energia. Quando tais atividades são planejadas, estruturadas, sistematizadas e efetuadas através de movimentos corporais repetitivos, dá-se o nome de exercício físico. (MAZO; LOPES; BENEDETTI, 2001).
A realização de atividades e exercícios físicos ajuda a promover um envelhecimento ativo, termo utilizado pela OMS para expressar a conquista de uma vida mais longa que deve ser acompanhada de oportunidades contínuas de saúde, participação e segurança. Contudo, atividades e exercícios físicos devem ser acompanhados à participação contínua nas questões sociais, econômicas, culturais, espirituais e civis para que o envelhecimento ativo ocorra de forma efetiva. (OMS, 2002).
Para o início de qualquer programa de exercícios físicos, o idoso deve ser submetido a uma avaliação física minuciosa, pois faz parte de um grupo de requer atenção especial quando se propõe a realização de exercícios físicos. A avaliação física é formada por testes que medem os diversos componentes da aptidão física e podemos encontrar na literatura variados instrumentos que podem ser utilizados com a nalidade de avaliar a pessoa idosa. (RIKLI; JONES, 1999; MATSUDO, 2004). Como veremos a seguir:
3.2. Avaliação física da pessoa idosa Para que um idoso possa participar de um programa de exercícios e, antes de qualquer utilização de testes, deve-se fazer uma correta anamnese, com o intuito de vericar se suas condições de saúde são compatíveis com os testes que serão aplicados. Como qualquer indivíduo, o idoso deve manter sua composição corporal em níveis satisfatórios de saúde.
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Atenção A perda de massa muscular e o acúmulo localizado de gordura que ocorrem com o envelhecimento geram modificações na composição corporal. A má nutrição ou a ingestão de alimentos calóricos são causadores tanto de obesidade como de magreza extrema em idosos. O Índice de Massa Corporal (IMC), calculado através da massa corporal em kilogramas, dividida pela altura em metros elevada ao quadrado (kg/m²), é um índice bastante utilizado para idosos e sedentários e estima a presença de obesidade, sobrepeso e magreza. As medidas de circunferências ou de dobras cutâneas utilizando protocolos de três dobras também são bastante utilizadas. (MATSUDO, 2005). Para a avaliação dos demais componentes como exibilidade, força, resistência e equilíbrio vários autores propuseram variados tipos de testes, contudo o Teste de Aptidão Física para Idosos (TAFI), proposto por Rikli e Jones (1999), tem se tornado o preferido pela maioria dos avaliadores. O TAFI é composto por 6 testes:
1. Teste de levantar e sentar da cadeira - Para avaliação da força de membros inferiores. 2. Teste de exão de braço - Para medir força de membros superiores. 3. Teste de caminhada de 6 minutos - Para avaliar a resistência aeróbia. Pode-se fazer o Teste de Marcha Estacionária de 2 minutos como alternativa. 4. Teste de sentar e alcançar os pés - Para avaliar a exibilidade de membros inferiores. 5. Teste de alcançar as costas - Para avaliar a exibilidade de membros superiores. 6. Teste de levantar e caminhar - Para avaliar a agilidade e o equilíbrio dinâmico. Existem também testes adaptados para o idoso como o teste de impulsão vertical, sem auxílio dos braços para a avaliação da força muscular dos membros inferiores, testes de 1 repetição máxima (1 RM), com suas variações (de 2 a 20 RM) para avaliar força, teste de sentar e alcançar no chão, para vericar a exibilidade de membros inferiores e teste de Shutle Run, para avaliar a agilidade. (MATSUDO, 2005). Uma vez avaliado e estando apto à prática de exercícios físicos mais intensos, o idoso tem a opção de diversos tipos de práticas esportivas, devendo procurar um prossional, no caso de Educação Física, que prescreverá o treino, seguindo as normas cientícas para trabalhos com idosos, considerado um grupo especial. 3.3. A prática esportiva e a prescrição de exercícios A prescrição de exercícios físicos para idosos obedece aos princípios gerais do treinamento esportivo e fundamentam-se na(s) modalidade(s): apropriada, intensidade, duração, frequência e progressão da atividade física.
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Observação Não existe esporte que não possa ser praticado pelo idoso, o que vai denir são suas condições físicas e de saúde.
Esportes aquáticos como natação e hidroginástica, esportes de contato como os coletivos e as lutas, exercícios resistidos como musculação, Pilates e treinamento funcional, além das caminhadas, podem ser realizados sem causar nenhum dano desde que sejam respeitadas as corretas prescrições. Um programa de treinamento que vai de moderado a vigoroso pode ser prescrito para o idoso. Em uma escala de 0 a 10, onde 0 é considerado um esforço equivalente a car sentado e 10 um esforço de explosão. Considera-se uma intensidade moderada aquela equivalente a 5 ou 6, enquanto a intensidade vigorosa equivale a 7 ou 8 . Ambas podem ser distinguidas pelo aumento da frequência cardíaca ou pela própria respiração. Na atividade moderada é produzida uma elevação perceptível e na vigorosa um grande aumento desses dois parâmetros. (ACSM, 2010). Para a melhora do componente cardiorrespiratório, o prossional deve seguir as recomendações que sejam baseadas em estudos cientícos. Para cada componente da aptidão física recomenda-se o exercício baseado na frequência, duração e intensidade. (ACSM, 2010). Para Okuma (2003) a duração inicial deve estar entre 12-20 min, passando para uma fase de incremento de 21-30 minutos, atingindo de 45-60 min como fase de manutenção, respeitando uma intensidade de 60-70% da frequência cardíaca de reserva no início da atividade, atingindo entre 7080% nas fases de incremento e manutenção. Já segundo o American College of Sports Medicine ( ACSM), a prescrição de exercícios acontece da seguinte forma: Componentes
Capacidade Aeróbica
Frequência
Intencidade
Moderadas – 5x por semana;
5 a 6 para intensidade moderada
Vigorosas – 3x por semana; Combinadas – 3 a 5x por semana
7 a 8 para intensidade vigorosa
Duração Moderada 30 a 60 min/dia (150 a 300 min/semana); Sessões separadas de 10min/dia Vigorosas 20 a 30 min/dia (75/100 min/semana)
Exercícios
Não devem ser realizados exercícios que possam gerar estresse ortopédico
Observações
Com intensidade Moderada podese fazer sessões separadas de 10 min, no mínimo, 5 dias por semana
Pode ser feita combinação
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Força
Flexibilidade
Pelo menos 2x por semana
Entre a intensidade moderada (5-6) e vigorosa (7-8)
Pelo menos 2x por semana
Intensidade moderada (5-6) em uma escala de 0-10
30-60 min
15-30 min
8 a 10 exercícios entre 10 e 15 repetições. Alongamento de 10 min. Utilizar pesos ou calistenia com apoio do peso corporal. Alongamento Estático – de10 a 30 segundos
Repouso de 48h entre as sessões. Sessões curtas.
Exercícios com movimentos lentos e sem desconforto.
Para a perda e manutenção do peso corporal, a ACSM faz recomendações para a pessoa adulta, o que não exclui o idoso. Para prevenir o aumento de peso ou proporcionar uma modesta perda de peso deve-se realizar de 150 a 250 minutos de atividades físicas moderadas por semana. A realização de, no mínimo, 150 minutos de atividades físicas semanais, o equivalente a 30 minutos durante 5 dias, previne também os fatores de risco cardiovasculares associados ao sedentarismo. Mais do que 250 minutos/semana proporcionam uma perda de peso signicativa, que pode ser aumentada pela adoção de uma dieta hipocalórica. Atividades resistidas como musculação e treinamento funcional evitam a perda de massa muscular . Quando realizar atividades vigorosas, o idoso deverá mudar o tempo, que será de até 3 vezes por semana, e a duração, que passa a ser de 20 minutos. (ACSM, 2010). Todas as vezes que o idoso for realizar treinamento aeróbio ou de força, deve executar alongamentos por um período de 10 minutos. Para trabalhar o equilíbrio, os exercícios (ex.: permanecer em pé com um pé à frente, pegar objeto no chão, andar sob calcanhares, andar sob os dedos dos pés, andar de costas) devem ser executados no início para que as pessoas possam estar descansadas, propiciando uma melhor performance na atividade. Estes devem acontecer, no mínimo, 3 vezes por semana, durar de 10 a 30 segundos com 2 a 3 repetições para cada posição ou exercício, perfazendo um total de 10-15 minutos. (TRIBESS; VIRTUOSO, 2005; ACSM, 2010). Assim, a prática de exercícios físicos sob orientação de um prossional qualicado gera inquestionáveis benefícios a todos os componentes da aptidão física, melhorando a qualidade de vida e o bem-estar, auxiliando na prevenção e no tratamento de doenças crônico-degenerativas, protegendo o idoso das quedas que levam às fraturas que tanto o debilitam.
Conversando O que se pretende com o exercício físico não é a formação de idosos atletas, e sim que a funcionalidade não tenha tantas perdas com o avançar dos anos e que a independência e a autonomia não se percam com a chegada da velhice. Na próxima aula, você irá vericar como a atividade física é benéca no que diz respeito à funcionalidade do idoso. Bons estudos!
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4. Funcionalidade do Idoso Conceituando Funcionalidade é um termo que engloba todas as funções do corpo, além da realização de atividades e tarefas da vida diária e da participação na sociedade. Quando ocorrem prejuízos nas funções corporais, diculdades para desempenhar as atividades da vida diária (AVDs) e desvantagens na interação entre o indivíduo e seu meio social, estamos diante de uma incapacidade. (SAMPAIO et al. 2005). Daí, capacidade funcional refere-se à habilidade que um indivíduo tem de realizar de forma autônoma e independente as atividades consideradas fundamentais à sua sobrevivência, bem como a manutenção das suas relações sociais. (MACIEL; GUERRA, 2008). Capacidade funcional/funcionalidade são termos utilizados no aspecto positivo, o aspecto negativo corresponde à incapacidade. (FARIAS; BUCHALLA, 2005). As atividades conhecidas como AVDs podem ser subdivididas em: Atividades Básicas da Vida Diária (ABVDs), que englobam as tarefas relacionadas aos autocuidados, como tomar banho, vestir-se, ir ao banheiro, andar, comer, passar da cama para a cadeira e ter controle sobre suas eliminações, e as Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVDs), que indicam a capacidade de independência e autonomia do indivíduo para administrar o ambiente em que vive, incluindo ações como preparar refeições, fazer tarefas domésticas, lavar roupas, manusear dinheiro, usar o telefone, tomar medicações, fazer compras e utilizar os meios de transporte. (COSTA; NAKATANI; BACHION, 2006; DUARTE ; ANDRADE; LEBRÃO, 2007).
Autores como Reuben e Solomon (1989) utilizam o termo Atividades Avançadas da Vida Diária (AAVDs) para funções executadas por uma menor parcela de idosos e estas requerem capacidades que ultrapassam as AIVDs como participações em grupos sociais, práticas esportivas, hobbies, viagens e emprego.
A presença de uma deciência, limitação da atividade ou restrição na participação gera a incapacidade funcional e consequente restrição social. Deciência pode ser considerada como anormalidades ou defeitos nas funções ou nas estruturas do corpo originadas por um desvio importante ou uma perda. Ela pode ser temporária ou permanente, progressiva, regressiva ou estável, intermitente ou contínua. Atividade é conceituada como a execução de uma tarefa ou ação por um indivíduo e Participação é o envolvimento do indivíduo em situações reais da vida. A Classicação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) propõe um modelo de incapacidade no qual ocorre uma relação mútua entre esses componentes (Quadro 1) rompendo com um modelo linear (Quadro 2). No modelo da CIF, condições de saúde, um termo genérico que denomina doença, distúrbio, lesão ou trauma e inclui também circunstâncias como estresse, envelhecimento, anomalia congênita ou predisposição genética, podem tanto afetar como serem afetados pelas deciências e restrições nas funções e estruturas do corpo, atividade e/ou participação. (OMS/OPAS, 2003; SAMPAIO et al. 2005).
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Condição de Saúde (Distúrbio ou Doença)
Estrutura e Função do Corpo
Atividade
Participação
Quadro 1- Modelo proposto pela CIF.
Doença
Deciência
Incapacidade
Desvantagem
Quadro 2- Modelo linear.
4.1. Epidemiologia da funcionalidade Com o avanço da idade, há um aumento progressivo da necessidade de assistência para que um indivíduo possa realizar as AVDs.
Exemplo Dados dos Estados Unidos mostram que, entre pessoas com idades variando entre 65 e 69 anos, 9,3% necessita de algum tipo de assistência para a realização de tais atividades. Com o passar dos anos, há um considerável incremento desse percentual, chegando a 18,9% nos indivíduos entre 75 e 79 anos e 45,5% naqueles com mais de 85 anos (45,4%). (ANDREOTTI; OKUMA, 1999). Isso demonstra que o envelhecimento do organismo por si só já diminui a capacidade funcional do ser humano que pode ter esse processo acelerado pelo aparecimento de doenças crônicas, pela falta de acompanhamento médico e pela falta de movimento. Comparação entre idosos brasileiros entre 2003 e 2008 demonstrou um aumento de 1,4% na diculdade de realizar uma caminhada de 100 metros, passando de 12,2% dos indivíduos avaliados para 13,6%, conrmando a tendência de aumento da incapacidade funcional na população idosa com o passar dos anos. No mesmo estudo, a maior fr equência de declaração de incapacidade funcional foi observada entre idosos de 75 anos ou mais de idade (27,2%). A incapacidade funcional também é inuenciada pelo gênero, onde 15,9% das mulheres, segundos dados do IBGE, tinham diculdade de caminhar 100 metros, contra 10,9% dos homens. Contudo, deve ser levado em consideração que a expectativa de vida entre mulheres é superior à masculina, o que as torna mais vulneráveis a esse tipo de diculdade. (IBGE, 2010).
Curiosidade No Brasil, as diferenças regionais são marcantes, e o aspecto socioeconômico também inuencia a capacidade funcional do idoso . Aqueles moradores da Região Nordeste do país, considerada a mais pobre, encontram-se em séria desvantagem quando comparados com os demais. Também foi observado que os idosos habitantes de áreas rurais estão em menor risco de incapacidade funcional quando comparados àqueles que vivem em regiões urbanas. (IBGE, 2009).
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... Outros dados interessantes também demonstram que idosos mais pobres (até 1 salário-mínimo per capita) possuem capacidade funcional menor do que as dos idosos com maior rendimento (mais de 5 salários mínimos percapita). Não podemos esquecer de considerar a expectativa de vida da população, visto que uma população mais envelhecida possui mais probabilidades de ter incapacidades funcionais. Da mesma forma, as mulheres vivem mais que os homens e isto também deve ser considerado na hora de armar que o gênero masculino é mais capaz funcionalmente. (IBGE, 2009). Quando avaliadas as capitais brasileiras, observou-se uma taxa de prevalência de incapacidade funcional mais baixa no município de São Paulo por gênero (20,1% para mulheres e 15,8% para os homens) e por grupos etários (12,3% para os idosos de 60 a 69 anos, 21,5% para os de 70 a 79 anos e 38,4% para os de 80 anos ou mais). Entre as mulheres, Palmas, com 38,5% e entre os homens, Maceió, com 28,2%, são as capitais brasileiras que apresentam as mais altas taxas de incapacidade funcional. Em contra partida, as capitais das Regiões Sul e Sudeste apresentam uma melhor condição funcional. Mesmo em idosos com faixa etária mais avançada (70 a 79 anos), a situação é semelhante, com as capitais nordestinas apresentando as mais altas taxas de incapacidade funcional enquanto as situadas nas regiões Sul e Sudeste detêm as mais baixas. (IBGE, 2009). 4.2. Avaliando a capacidade funcional A capacidade funcional dos indivíduos idosos é medida e quanticada desde meados do século passado e tantos foram os instrumentos de avaliação utilizados quanto foram os pesquisadores que estudaram o processo de envelhecimento. Antes de detalharmos qualquer índice, é interessante que o funcionamento físico do idoso, dividido em cinco categorias hierárquicas que detectam os diferentes níveis de capacidade funcional, proposto por Spirduso, seja detalhado. (SPIRDUSO, 2005):
1. Fisicamente dependentes: pessoas que não podem executar atividades básicas da vida diária (caminhar, vestir-se, tomar banho, alimentar-se e transferir-se) e precisam de cuidados em casa ou institucionais. 2. Fisicamente frágeis: indivíduos que conseguem executar atividades básicas da vida diária, mas não todas as atividades instrumentais da vida diária. 3. Fisicamente independentes: podem realizar todas as atividades básicas e instrumentais da vida diária e podem realizar trabalho físico muito leve como caminhada, dança de salão, viagens ou dirigir automóveis. 4. Fisicamente ativos: podem realizar trabalho físico moderado e podem praticar todos os jogos e esportes de resistência, incluindo todos os hobbies. 5. Elite física (atletas): correspondem à pequena porcentagem da população, pessoas engajadas em atividades competitivas e esportes de alto risco e potência.
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Dentre os instrumentos temos 2 testes propostos nos anos 1960 para mensurar as ABVDs . Um deles é o Índice de AVD de Katz et al. (1963), que parte da premissa de que a perda da funcionalidade em idosos segue um mesmo padrão de evolução, onde primeiro perde-se a capacidade para banhar-se e, em seguida, vestir-se, transferir-se da cadeira para a cama e vice-versa e alimentar-se. A recuperação dá-se na ordem inversa. Já o Índice de Barthel (MAHONEY; BARTHEL, 1965) foi descrito como um índice de independência para pontuar a habilidade músculo-esquelética e neurológica do paciente em relação aos autocuidados, e é composto por 10 itens cuja pontuação varia de 0 a 100, indo da máxima dependência (0 pontos) até a máxima independência (100 pontos). Os pacientes com pontuação abaixo de 70 necessitam de supervisão ou assistência para a maioria das atividades. Pontuações abaixo de 50 pontos indicam dependência em atividades de vida diária.
Testes para avaliação das AIVDs começaram a ser publicados na literatura desde os anos 1970. O Índice de autocuidado de Kenny é composto de 17 tarefas subdivididas em um total de 85 itens. Tais tarefas são divididas em 6 diferentes categorias: • Locomoção; • Transferências; • Atividades Básicas; • Vestuário; • Higiene pessoal; • Alimentação. As notas atribuídas a cada item variam de 0 a 4, onde zero é dado quando considerado completamente dependente, 1 com necessidade de assistência intensiva, 2 com necessidade de assistência moderada, 3 necessitando de assistência mínima e 4 quando não necessitar de assistência. O Índice de Lawton e Brody, destinado à avaliação das AIVDs, contém 8 itens, que variam de zero pontos (máxima dependência) a 8 pontos (independência total). Contudo, tem sido utilizado de forma modicada por Freitas e Miranda (2011), contendo 9 itens, onde cada item é pontuado com 3 pontos se não necessitar de auxílio, 2 pontos se necessitar de auxílio parcial e 1 ponto se não conseguir realizar a atividade. O resultado nal varia de 9 pontos (máxima dependência) a 27 pontos (independência total). Veja na tabela abaixo como é determinado os itens de avaliação, segundo os autores acima. Índice de Lawton e Brody Capacidade de usar o telefone Fazer compras Preparar refeição Realizar limpeza doméstica Lavar a roupa Usar meios de transporte Ter responsabilidade a respeito de sua medicação Manejar seus assuntos econômicos
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Modicado por Freitas e Miranda
Capacidade de usar o telefone Fazer compras Fazer trabalhos manuais Preparar refeição Realizar limpeza doméstica Lavar e passar a roupa Usar meios de transporte Ter responsabilidade a respeito de sua medicação Manejar seus assuntos econômico
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Alguns testes se propõem a vericar aspectos motores como equilíbrio e marcha. É o caso do Performance-Oriented Mobility Assessment (POMA), que tem como objetivo detectar os fatores de risco de quedas em idosos, tendo como parâmetro o número de incapacidades crônicas. Outro teste que visa mensurar o equilíbrio funcional de idosos é a escala de equilíbrio de Berg. Ela é constituída por 14 tarefas comuns que envolvem o equilíbrio estático e dinâmico. A avaliação é realizada por observação, possuindo uma escala ordinal de cinco alternativas (de zero a quatro), com um escore máximo de 56 pontos. Pode ocorrer uma diminuição dos pontos se o tempo ou a distância não forem atingidos ou o indivíduo necessite de supervisão para execução da tarefa ou de algum suporte. Em 2004, a escala de Berg foi adaptada culturalmente para o Brasil. (ABREU; CALDAS, 2008). No Brasil, a Bateria de Testes de Atividades da Vida Diária de Andreotti e Okuma (1999) e a Avaliação da Capacidade Funcional do CELAFISCS são bastante utilizados. (MATSUDO, 2005).
Testes de auto-avaliação da capacidade funcional também são encontrados. O Índice de Funcionalidade MPAV (LIMA, 2009) avalia a funcionalidade do idoso através de uma auto-avaliação ou através de respostas dos cuidadores. As 25 questões são baseadas na Classicação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Este índice leva em consideração as AVDs na perspectiva do movimento, autocuidados, vida doméstica, comunitária e social, considerando aspectos do envelhecimento ativo. A quantidade de testes existentes demonstra a grande necessidade de vericar modicações na capacidade funcional do idoso, levando em consideração que a incapacidade funcional gera impactos não somente sociais, mas de gastos públicos. Envelhecer com funcionalidade é o grande desao.
Conversando Bom, aluno, aqui termina a unidade 2, e você pôde observar as patologias que mais acometem o idoso, bem como ajudá-lo a manter sua capacidade funcional. As relações do idoso com a sociedade, com ele próprio e com as novas tecnologias, além do seu cuidado com a alimentação e com a saúde bucal, serão os temas nais. Aprofunde seus conhecimentos através do Material Didático disponível na página da disciplina, no Unifor On-line. No encontramos na unidade 03, até lá!
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Referências Bibliográcas ABREU, S.S.E.; CALDAS, C.P. Velocidade de marcha, equilíbrio e idade: Um estudo correlacional entre idosas praticantes e idosas não praticantes de um programa de exercícios terapêuticos. Rev. Bras. Fisioter, v.12, n.4, p.324-30, 2008. ANDREOTTI, R.A.; OKUMA, S.S. Validação de uma bateria de testes de atividades da vida diária para idosos sicamente independentes. Rev. Paul. Educ. Fís. v.13, p.46-66, 1999. ALZHEIMER´S DISEASE INTERNATIONAL. World Alzheimer Report 2010: The Global Economic Impact of Dementia. Disponível em: < www.alz.co.uk/.../les/ WorldAlzheimerReport2010ExecutiveSummary.pdf>. Acesso em: 15 set. 2011. ARAÚJO, D.S.M.S.; ARAÚJO, C.G.S. Aptidão física, saúde e qualidade de vida relacionada à saúde em adultos. Rev. Bras. Med. Esporte. v.6, n.5, p.194-203, 2000. ARAUJO, D. V. Tópicos em Economia e Saúde. In: RENATO VERAS; ROBERTO LOURENÇO. (Org.). Formação humana em geriatria e gerontologia: Uma perspectiva interdisciplinar. 01 ed. Rio de Janeiro: UNATI - UERJ, 2006, v. 01, p. 151-163. BALLONE, G.J.; MOURA, E.C. Demências. In: PsiqWeb, Internet. Disponível em: < www.psiqweb.med.br> revisto em 2008. Acesso em: 21 set. 2011. CARAMELLI, P.; BARBOSA, M.T. Como diagnosticar as quatro causas mais frequentes de demência? Rev. Bras. Psiquiatr, v.24(Supl I), p.7-10, 2002. CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA (2003). Catarata: Diagnóstico e tratamento. Disponpivel em: < www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/031.pdf>. Acesso em: 14 set. 2011. COSTA, E. F. A.; TEIXEIRA, I. C. A. Pneumonias. In: FREITAS, E. V. et al. Tratado de geriatria e gerontologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 610-620. COSTA, E.C.; NAKATANI, A.Y.K.; BACHION, M.M. Capacidade de idosos da comunidade para desenvolver atividades de vida diária e atividades instrumentais de vida diária. Acta Paul Enferm, v.19, n.1, p.43-35, 2006. DOMINGUES, M.A.R.C.; SANTOS, C.F.; QUINTANS, J.R. Doença de Alzheimer : O perl dos cuidadores que utilizam o serviço de apoio telefônico da ABRAz – Associação Brasileira de Alzheimer. O Mundo da Saúde. v.33, n.1, p.161-169, 2009. DUARTE, Y.A.O.; ANDRADE, C.L.; LEBRÃO, M.M. O Índex de Katz na avaliação da funcionalidade dos idosos. Rev Esc Enferm USP, v.41, n.2, p.317-25, 2007.
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Créditos UNIVERSIDADE DE FORTALEZA Núcleo de Educação a Distância Coordenação Geral Carlos Alberto Batista
Supervisão Administrativa Graziella Batista de Moura Produção de Conteúdo Didático Danilo Lopes Ferreira Lima
Projeto Instrucional Bárbara Mota Barros
Roteiro de Áudio e Vídeo José Moreira
Produção de Áudio e Vídeo Natália Magalhães
Identidade Visual Natália Soares
Arte Francisco Cristiano Lopes de Sousa
Programação Antônia Suyanne Lopes Alves Raimundo Bezerra Lima Júnior
Diagramação de Material Didático Régis da Silva Pereira
Revisão Gramatical Luís Carlos de Oliveira Sousa Universidade de Fortaleza - Unifor
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