As origens de Ifá na geomância - Luiz L. Marins
AS ORIGENS DE IFÁ NA GEOMÂNCIA
Luiz L. Marins www.luizlmarins.com.br http://culturaoruba.wordpress.com !!/"#/!"
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'ste artigo estuda a hip+tese da geomancia ser uma das bases para a forma,o do oráculo de Ifá e fornece eid0ncias de 1ue o culto do ori2á 3á e2istia e possu4a seu pr+prio oráculo antes da introdu,o da geomancia entre nag5s da 6frica *cidental. * artigo 7 bree indo direto ao ponto com embasamento de imagens.
8ALA9&A( ;A9'(: Ifá *ri2á *ráculos africanos
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=o se sabe as origens da geomância se africana se asiática se árabe. (e3a como for difundiu-se em ariantes na 6frica e na 'uropa. ;á ários liros sobre o tema sendo um deles este 1ue aparece nesta imagem:
=a 6frica a geomancia está presente em in>meras etnias. 'm cada uma a nomenclatura e a forma mudam mantendo-se por7m os mesmos sinais diinat+rios. )ma fonte muito rica de informa,?es de como ela se desenoleu em diersas etnias africanas 7 o te2to @Analse structurale des g7omancies comoriennes malgaches et africaines de B. ;ebert publicado no Journal de La Societe des Africaniste $C#$ tomo #$ fasc. ! p. $$D-!"E. * artigo está dispon4el a1ui Fcopie e coleG: https://docs.google.com/file/d/"HDs1o=nIJiKc)hn*la2N!c/edit 9e3a tamb7m esta interessante comunidade no OacebooJ: https://www.facebooJ.com/groups/$$$EP!DDDPC$D%D/ A
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Atualmente usam-se marca,?es com caneta e papel como pode ser isto na imagem acima. =o há mitologia ligada aos signos geomânticos limitando-se o atic4nio ao significado geral do signo diinat+rio. Oorneceremos agora algumas imagens de outras obras 1ue mostram os sinais geomânticos como signos diinat+rios para melhor entendimento de nosso prop+sito:
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J.
Hebert, Analyse Structurale des Geomancies Comoriennes, malgaches et Africaines, in, Journal de La Societe
des Africaniste, 1961, 31, , 11!"#$
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As origens de Ifá na geomância - Luiz L. Marins
%a di&ination Ches %e 'oirs de l(Afri)ue *ccidentale +ranaise, Charles -onteil, in, Bulletin du
Comité d'Etudes Historiques et Scientiques de l'Afrique Occidentale Française , 1931, . $#
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As origens de Ifá na geomância - Luiz L. Marins
J. Hebert, Analyse Structurale des Geomancies Comoriennes, malgaches et Africaines, in, Journal de La Societe des Africaniste, 1961, 31, , 11!"#$
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Comité d'Etudes Historiques et Scientiques de l'Afrique Occidentale Française , 1931, . $/
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'ntre os antigos nag5s a geomancia recebeu o nome de Ifá tornando-se um culto fitolátrico cu3o s4mbolo e instrumento diinat+rios so as sementes de palmeira e o opel0 ifa mantendo por7m o costume de marcar os riscos sagrados em um tabuleiro de madeira onde se coloca um p+ sagrado.
*ponifá
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IJin Ifa
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*pel0-ifá
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*s $P signos geomânticos chamados em Ifá de *du.
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Ao contrário do 1ue se pensa o oráculo de Ifá enfrentou dificuldades para ser aceito na Iorubalandia. *s Iorubás a princ4pio recusaram-se a dei2ar de cultuar seus *ri2ás locais para cultuar sementes talez por causa de suas origens na geomancia. onforme (amuel Bohnson te2to publicado no liro The History of the Yorubas p. $DE emos 1ue o culto de Ifá foi re3eitado em *i+ durante o reinado do rei *nigbogi aceito somente tempos depois.
“ONIGBOGI”
Onigbogi era um dos flhos de Oluaso com Aruigba-ia, uma mulher de Ota. Ela havia deiado O!o durante o reinado anterior voltando "ara sua "r#"ria cidade, mas $uando ela ouviu $ue seu flho ascendeu ao trono, ela retornou "ara O!o "ara assisti-lo em seu governo com seus conselhos. Ela era uma mulher muito su"ersticiosa. %ese&ando $ue seu flho tivesse um reinado longo e "r#s"ero, ela o aconselhou "ara introdu'ir o culto de I() em O!o como uma divindade nacional. Os cidad*os de O!o "erguntaram ao rei e sua m*e $ue o(erendas eram necess)rias "ara cultuar I(). Ela disse o $ue era necess)rio +. As "essoas de O!o disseram $ue "oderiam dar as o(erendas, mas $ue eles n*o "oderiam cultuar sementes de "almeira. Ent*o, o conselho da m*e do rei (oi re&eitado, e o culto de I(), cancelado.
'ste te2to mostra claramente 1ue Ifá no pertencia R cultura tradicional dos nag5s. igo nag5s por1ue nesta 7poca no se conhecia o nome Iorubá 1ue 7 recente F9erger *ri2asG.
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A se proar 1ue a geomancia 7 uma das origens de Ifá como ela no possui poemas oraculares era necessário 1ue ou fossem criados ou fossem importados. Isto significa 1ue o culto de *ri2á 3á e2istia antes da introdu,o de Ifá e a l+gica nos faz pensar 1ue se 3á e2istia *ri2á 3á e2istia oráculo pr+prio e tamb7m 3á e2istia mitologia de *ri2á antes 1ue o Ifá fosse aceito como oráculo.
'm nossa hip+tese foram os nomes dos signos diinatorios do culto de *ri2á e sua mitologia agregados ao *du orpus de Ifá ento em forma,o. (abemos 1ue isto contraria o conceito atual de 1ue os b>zios teriam nascido de Ifá mas 7 3ustamente para isto 1ue dese3amos chamar a aten,o da sociedade religiosa afro-descente. eologicamente falando odu Ifá 7 um liro oral de registro da oralitura e no
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uma diindade 1ue faz @nascer outra no sentido e2ato da palara. Mois7s e Maom7 no nasceram da H4blia e Alcoro respectiamente mas estes liros sagrados registram o nascimentos deles e se no e2istissem Mois7s e Maom7 tamb7m no e2istiriam. As frases: @tal odu deu nascimento a tal ori2á ou @tal ori2a nasce em tal odu so e2press?es idiomáticas 1ue significam: @está registrado em tal odu 1ue tal ori2a... ou @tal ori2á está registrado em tal odu 1ue ... 'ste conceito mal e2plicado tem confundido muito a diáspora passando a impresso 1ue o babala5 7 superior ao babalori2á pois segundo tal conceito mal e2plicado o *ri2á do babalori2á @nasceria no erdadeiro sentido do termo do odu-ifa do babala5. 'm nosso entendimento 7 importante 1ue odu Ifá registre a cultura iorubá pois sem eles tudo se perde no há *ri2á náo há nem mesmo a ultura Iorubá. Mas Ifá tem 1ue ser o 1ue ele 7: um oráculo para orientar e a3udar a todos no fazer dele uma diindade criadora. Ifá 7 a 3un,o dos sinais diinat+rios da geomancia 1ue no possuem mitologia pr+pria com o oráculo e mitologia dos *ri2as 1ue 3á e2istiam al7m de mitologia pr+pria 1ue foi e ainda 7 criada conforme a eolu,o e transforma,o da sociedade iorubá segundo nossa hip+tese de trabalho. (e a geomancia forneceu ao Ifá os sinais diinat+rios entretanto perdeu a nomenclatura original e a l+gica nos diz 1ue foi o culto dos *ri2as 3á e2istente 1ue contribuiu no apenas com a mitologia mas tamb7m com os nomes dos odus. 'ntretanto atualmente na contra-mo do nosso pensamento Ifá 7 confundido com a pr+pria religio iorubá arrogando para si a origem do oráculo méréèrìndínlógn 1ue teria sido dado aos babalori2ás pelos babala5s numa inerso da ordem hist+rica segundo acreditamos embasada na mitologia de Ifá atualizada para corroborar tal afirma,o. 8or7m no 7 o 1ue mostra a dire,o dos estudos e as pes1uisas conforam
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mostram as imagens. orroborando tamb7m com nosso pensamento a omunidade 8ortuguesa de andombl7 publica 1ue @a tradi,o religiosa conhecida como Ifá erradamente concebida como a religio iorubá 7 herdeira da geomancia dos poos islamizados do norte da =ig7ria. )m e2trato da mitologia oracular do oráculo dos b>zios coletado por illiam Hascom do babalori2á (alaJo em *i+ publicado no liro Si!teen "o#ries p. $E informa sobre a e2ist0ncia do oráculo anterior ao Ifá.
omo imos ainda 1ue alguns possam rotular esta linha de pes1uisa como @especula,o há eid0ncias e possibilidades nas hip+teses a1ui leantadas. )m trabalho mais profundo nesta dire,o seria importante para resgatar o conceito de uma forma oracular dos *ri2ás anterior ao Ifá.
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8ara 1ue a1ueles 1ue 3ulgaro absurdo o prop+sito deste te2to apenas por1ue fere-lhes a aidade da supremacia 1uero lembrar-lhes os nomes de
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