ARAQUARI UM POUCO DE SUA HISTÓRIA
PROJETO
Viajando pelo conhecimento ROSE CLEIA FARIAS VIGOLO Secretária Municipal de Educação ALCEMIRA AMARA DA CUNHA Coordenadora Geral Organizadora da edição LUCIA STEINHEUSEN MARLI DE VICENTE PEREIRA PRAVATO Coordenadoras dos Anos Iniciais
Araquari, Dezembro/2017 1
ARAQUARI UM POUCO SUA DE HISTÓRIA Prefeito: Clenilton Carlos Pereira Vice-prefeito: Ludjero Jasper Junior Secretária Municipal de Educação: Rose Cléia Farias Vigolo Secretária Adjunta de Educação: Liliane Panho Debacker Coordenadora Geral: Alcemira Amara da Cunha Coordenadoras dos anos iniciais: Lúcia Steinheusen e Marli de Vicente Pereira Pravato
Projeto: Viajando pelo Conhecimento ALAIDE HONORATO DA SILVA ALCEMIRA AMARA DA CUNHA ALINE DA SILVA PEREIRA ANA PAULA SALFER ANA RUTE IVOSEK CARLA CRISTINA XAVIER CARLA MEIRE SILVA DAIANE KELY PELLIZZARI DANIELA DOS ANJOS DIONE CORRÊA DE MIRANDA POCERA EDILENE REGINA BARBOSA ELIZANDRA MARIA RAUBER ELIZANDRA ZAMARCHI ALVARISTO ISMARINA SILVANO IVONE DE OLIVEIRA SILVA KUBIACK JÓICE BOSS JOICELEIDE DE OLIVEIRA JOSEDI FERREIRA BEZERRA SILVA JOSIANE FORTUNATO JULIANA SANTANA LÚCIA STEINHEUSEN MARCIA REGINA DE CRISTO CLARO MARCIANA DA MAIA VICENTE MARIA APARECIDA DE JESUS MARIZETE DE OLIVEIRA CALEGARI MARLI DE VICENTE PEREIRA PRAVATO MIDIAN SOUSA ESPÍNDOLA MOURA ROSÂNGELA APARECIDA ALVES SIMONE SCHLICHTING FIAMONCINI SUÉLLEN C. L. ARAÚJO TÂNIA MARIA TOMAZ HOEGEN
MIRIAN TANTCH BALLOCK Revisão 2
ARAQUARI UM POUCO SUA DE HISTÓRIA Prefeito: Clenilton Carlos Pereira Vice-prefeito: Ludjero Jasper Junior Secretária Municipal de Educação: Rose Cléia Farias Vigolo Secretária Adjunta de Educação: Liliane Panho Debacker Coordenadora Geral: Alcemira Amara da Cunha Coordenadoras dos anos iniciais: Lúcia Steinheusen e Marli de Vicente Pereira Pravato
Projeto: Viajando pelo Conhecimento ALAIDE HONORATO DA SILVA ALCEMIRA AMARA DA CUNHA ALINE DA SILVA PEREIRA ANA PAULA SALFER ANA RUTE IVOSEK CARLA CRISTINA XAVIER CARLA MEIRE SILVA DAIANE KELY PELLIZZARI DANIELA DOS ANJOS DIONE CORRÊA DE MIRANDA POCERA EDILENE REGINA BARBOSA ELIZANDRA MARIA RAUBER ELIZANDRA ZAMARCHI ALVARISTO ISMARINA SILVANO IVONE DE OLIVEIRA SILVA KUBIACK JÓICE BOSS JOICELEIDE DE OLIVEIRA JOSEDI FERREIRA BEZERRA SILVA JOSIANE FORTUNATO JULIANA SANTANA LÚCIA STEINHEUSEN MARCIA REGINA DE CRISTO CLARO MARCIANA DA MAIA VICENTE MARIA APARECIDA DE JESUS MARIZETE DE OLIVEIRA CALEGARI MARLI DE VICENTE PEREIRA PRAVATO MIDIAN SOUSA ESPÍNDOLA MOURA ROSÂNGELA APARECIDA ALVES SIMONE SCHLICHTING FIAMONCINI SUÉLLEN C. L. ARAÚJO TÂNIA MARIA TOMAZ HOEGEN
MIRIAN TANTCH BALLOCK Revisão 2
SUMÁRIO
PREFÁCIO
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APRESENTAÇÃO
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ARAQUARI - UM POUCO DE SUA HISTÓRIA
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ARAQUARI EM NÚMEROS
8
CARACTERÍSTICAS GEOGRÁFICAS
8
HINO E SÍMBOLOS
8
HINO MUNICIPAL DE ARAQUARI
8
BRASÃO DE ARAQUARI
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BANDEIRA DE ARAQUARI
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ESCOLAS E CENTROS DE EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO
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CENTRO
11
CÂMARA DE VEREADORES DE ARAQUARI
13
CULTURA EM ARAQUARI
17
ALGUNS PONTOS TURÍSTICOS
18
BAIRRO AREIAS PEQUENAS
19
BAIRRO BARRA DO ITAPOCU
22
BAIRRO MORRO GRANDE
24
BAIRRO ITINGA
29
LOTEAMENTO SÃO BENEDITO
36
BAIRRO PONTO ALTO
37
BAIRRO PORTO GRANDE
39
BAIRRO COLÉGIO AGRÍCOLA
41
BAIRRO RIO DO MORRO
43
BAIRRO CORVETA
43
BAIRRO GUAMIRANGA
45
BAIRRO RAINHA
47
BAIRRO ITAPOCU
50
COMUNIDADE DO JACU
53
ASSENTAMENTO JUSTINO DRASZERSKI
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HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA – O NEGRO EM ARAQUARI
54
POVOS INDÍGENAS DE ARAQUARI
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REFERÊNCIAS
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PREFÁCIO
Enfatizando e concordando que “Um povo sem o conhecimento de sua história, origem e cultura é como uma árvore sem raízes.” Ressalto, dessa forma, a importância dessa obra,
produzida com o principal intuito de subsidiar os professores da Rede Municipal de Ensino, mas que traz em suas linhas o desejo de ser utilizado como fonte de pesquisa a qualquer pessoa que queira conhecer um pouco sobre a história de Araquari. Há que se destacar o trabalho de pesquisa realizado pelos professores, especialistas e coordenadores da Rede Municipal de Ensino de Araquari, sabemos que ainda temos muito a avançar, porém este foi um passo importantíssimo para a realização de um livro que contemple fatos relevantes pertinentes ao povo e a história de cada cidadão que contribui de forma direta ou indireta para o pleno desenvolvimento dessa cidade.
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No céu da minha terra As estrelas parecem cristal As flores são mais perfumadas Beleza assim não há igual. Amo Araquari Terra querida Amo Araquari Terra da minha vida! Minha terra tão amada Que a minha vida conduz Minha terra abençoada E protegida por Bom Jesus A natureza de beleza rara Tem somente aqui Cidade com essa cara Só mesmo Araquari!
Autor: Eduardo Maia Pereira de Souza Ex-aluno da EM João Agnelo Vieira
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APRESENTAÇÃO
Como já enfatizou o escritor Nildo Lage : “A cultura de um povo é o seu maior patrimônio. Preservá-la é resgatar a história, perpetuar valores, é permitir que as novas gerações não vivam sob o anonimato.” É assim que este material revela sua importância à medida
que traz um pouco da história de Araquari. Organizado com muito cuidado e carinho a partir do Projeto Viajando pelo Conhecimento com o intuito subsidiar os professores, principalmente, dos 3º Anos do Ensino Fundamental, que trabalham mais profundamente, a história e aspectos gerais do município de Araquari com seus alunos. Apesar de ser um assunto de extrema relevância, nos últimos anos, percebemos que muitos professores da nossa Rede Municipal de Ensino, trabalhavam o tema sem ter maior aprofundamento de informações, muitos não conheciam in loco as diversas comunidades que compõem o município. Muitas vezes recebiam as informações sobre determinadas localidades no momento da viagem de estudo realizada junto com seus alunos. Dessa maneira e com o principal objetivo de capacitar os Professores dos Terceiros Anos do Ensino Fundamental para desenvolver a temática sobre o Município de Araquari com propriedade, construímos o projeto a partir de uma Viagem de Estudos, para que inicialmente os professores fossem oportunizados a conhecer as diversas comunidades que compõem nossa cidade. Após pudemos discutir sobre alguns pontos importantes e durante o processo de formação, proposta pelo projeto, puderam realizar em cada uma de suas comunidades o levantamento de informações relevantes que hoje enriquece este material produzido por todos os envolvidos.
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ARAQUARI - UM POUCO DE SUA HISTÓRIA O município de Araquari foi colonizado basicamente por imigrantes açorianos, que chegaram ao litoral catarinense entre os anos 1748 a 1756, e desde então, a cultura açoriana enraizou-se e caminhou de mãos dadas com as mais diversas culturas, como no caso a indígena e a africana, ambas importantes nesta região criando assim, um mosaico cultural e religioso. Como muitas cidades litorâneas do Estado de Santa Catarina, Araquari tem seu mito fundador vinculado ao processo de ocupação européia na América, já na primeira fase das grandes navegações. Segundo informações obtidas nos documentos disponibilizados pela Secretaria de Cultura do município, sobre o surgimento da cidade, convencionou-se que a fundação européia de Araquari situa-se 40 anos depois do descobrimento do Brasil. O navegador espanhol Álvaro Nunes Cabeza de Vaca aportou onde hoje é Barra Velha e incentivou a exploração da região norte, até então habitada por indígenas. A expedição reuniu 250 homens da confiança de Cabeza de Vaca, 40 cavalos, alguns escravos e um grupo de índios catequizados pelos jesuítas. Um mês depois, chegavam a Araquari. A primeira denominação do local foi Paranaguá-Mirim, que significa “boca de barra” (em tupi guarani), dada por Manoel Vieira, e depois Paraty. Em 1658, os primeiros bandeirantes portugueses fixaram-se na região, habitada por índios carijós, mas a fundação efetiva da vila só aconteceu em 1848, quando uma nau portuguesa aportou em Paraty sob o comando de Manoel Vieira, que ali fundou uma pequena colônia. A ele teria se juntado outro pioneiro, de nome Joaquim da Rocha Coutinho. Os dois decidiram fundar uma vila, mas não conseguiram chegar a um acordo quanto ao local. O Juiz da Comarca de São Francisco decidiu em favor de Rocha Coutinho que mandou construir casas às margens do rio Parati, cercando pastagens e plantações. Sendo ambos considerados os fundadores da freguesia de Senhor Bom Jesus do Paraty em 1854, mas ainda fazendo parte do município de São Francisco do Sul. O arraial do Parati, como era chamada a localidade, pertencia a então vila de Nossa Senhora das Graças do Rio São Francisco e foi elevada à categoria de freguesia (ou distrito) pela Lei Provincial Número 375, de 8 de junho de 1854. O território compreendido entre os rios Cubatão e Itapocú no município de São Francisco foi desmembrado da Paróquia de Nossa Senhora da Graça, para formar a Freguesia Senhor Bom Jesus do Parati. A Matriz da freguesia foi construída em terras doadas por Manoel Pereira Lima e sua mulher. A emancipação política aconteceu no dia 05 de abril de 1876 e o primeiro prefeito, Francisco José Dias de Almeida foi empossado somente em 1887. Em 1923, após muitos anos de vida autônoma, Paraty perdeu a condição de município e voltou a fazer parte de São Francisco do Sul. Durante este período Parati era administrada por um Conselho Municipal (espécie de Câmara de Vereadores), composto por cinco membros: Crispim Henrique Ferreira (presidente), Jovenal Pereira Walter, Hercílio Rosa, Onofre José Bernardes e Emílio Manoel Junior. E somente em 1925, o distrito voltou à categoria de Cidade. De acordo com o Decreto Lei Nº. 941, de 31 de dezembro de 1943, passou a chamar-se Araquari (rio de refúgio dos pássaros, em tupi-guarani), o nome foi dado em função do canal que serve de divisa entre os municípios de Araquari e São Francisco do Sul, onde em seus banhados habitavam expressiva quantidade de aves aquáticas como biguás, garças, socós, gaivotas e outros tipicamente terrestres como a araquã. Em mapas antigos, o nome é grafado como Lecori, Ancori, Lencori, Aracoary e Araquari, a grafia exata provavelmente provém de “ará” (papagaio grande); “quara” ou “cuara” (buraco, garganta, refúgio) e “y” (água).
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ARAQUARI EM NÚMEROS: Localização no Brasil: 26° 22′ 12″ S 48° 43′ 19″ O Unidade Federativa: Santa Catarina Mesorregião: Norte Catarinense IBGE/2008[1] Microrregião: Joinville IBGE/2008[1] Municípios Limítrofes: Balneário Barra do Sul, Barra Velha, Guaramirim, Joinville, Massaranduba, São Francisco do Sul, São João do Itaperiú. Distância até a capital: 169 km CARACTERÍSTICAS GEOGRÁFICAS: Área da unidade territorial (km²): 383,993 População: 29.593 hab. Censo IBGE/2013 Densidade: 64,61 hab./km² Altitude: 9 m Clima: Mesotérmico úmido, com verão quente HINO E SÍMBOLOS A Lei Ordinária nº 1318/1996 aprova o Hino Municipal de Araquari de autoria de Letra: Dauro Stazak; Música: Jairo Basílio Espindula e Rui José Gaspareto após a participação em um Concurso para a escolha da letra do Hino Oficial de Araquari. Dauro Stazak - nasceu em São Francisco do Sul em 09/10/1934, filho de Francisco Stazak e Maria Ramos Stazak. Jairo Basílio Espíndula – natural de São Francisco do Sul, nasceu dia 14/06/1954, casado com Noemi Maria Espíndula com quem teve dois filhos. Dauro Stazak e Jairo Basílio Espíndula, amigos de longa data, sendo o primeiro um poeta e o segundo um músico, sendo esta, à combinação perfeita para a criação do Hino deste Município, para tanto, contaram com o auxílio do Mestre da Banda do 62º Batalhão de Infantaria Joinville, Capitão Rui José Gaspareto para fazer os arranjos musicais.
HINO MUNICIPAL DE ARAQUARI Letra: Dauro Stazak Música: Jairo Basílio Espindula e Rui José Gaspareto Araquari, minha terra querida Junto às margens do Rio Parati És tesouro, orgulho e guarida Desta gente que vive por ti. Desde o arrojo dos teus fundadores Ao trabalho de lusos e escravos, Braços fortes de teus pescadores Nos legaram este povo tão bravo. Terra virgem, campos e montes, Primavera, feliz floração… És tão pura qual água das fontes A regar o meu coração. E na praça central da cidade Sob o teto da Igreja Matriz, Bom Jesus abençoa a igualdade De teu povo altivo e feliz.
E nas campinas de chão verdejantes, Os colonos plantando ali Com amor e as mãos calejadas, Todos frutos sagrados pra ti. A alegria estampada na fronte Deste povo garboso e aguerrido; São prenúncios de um novo horizonte Do meu berço tão belo e querido.
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BRASÃO DE ARAQUARI
Um Brasão é um conjunto de sinais, insígnias e ornamentos do escudo que representa aspectos econômicos, físicos e culturais de um município, estado ou país. O Brasão de Araquari foi instituído pela Lei nº 1245 de 23/11/1994, alterando a Lei nº 473/1975, que traz em seu Artigo 1º o seguinte texto: “Fica instituído o novo Brasão das Armas do Município, ou seja, as Armas Municipais, criadas pela Lei nº 473 de 01 de Agosto de 1975, devendo o Brasão conter as seguintes medidas: O cantão superior direito terá o tamanho de 3,5 (três e meio) módulo de largura, por 3 (três) módulos de altura, tendo ao centro o sol nascendo no horizonte do oceano, representa o Balneário de Barra do Itapocu, ocupando por inteiro este módulo. O cantão superior esquerdo terá as mesmas medidas do direito, tendo ao centro a figura de um Bandeirante Português, proporcionalmente distribuído. Ao centro do Brasão estará contido o Rio Paraty, dividindo os campos superiores do campo inferior, com a largura de 1 (um) módulo. A parte inferior do Brasão estará representando os produtos que fazem a economia do Município. Estarão representadas as lavouras de Banana, Maracujá e a Pecuária através da pastagem representada pelo campo verde, bem como os reflorestamentos de Pinus Heliótis. Contornado a parte inferior do Brasão estarão contidas espigas de arroz, representando a maior fonte de economia do Município. Sobre o Brasão das Armas teremos uma torre representando a soberania do Município.”
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BANDEIRA
A Lei Ordinária nº 471 de 01/08/1975 instituiu a Bandeira Municipal de Araquari, que diz em seu artigo 1º “Fica instituída a Bandeira Municipal, que tem a seguinte descrição heráldica: dividida em dois campos iguais, no sentido horizontal, sendo o campo superior na cor vermelha e o campo inferior na cor azul, tendo brocante sobre o ponto de honra o Brasão das armas do Município, no centro da Bandeira.”
ESCOLAS E CENTROS DE EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO
CEI ANTENOR SPROTTE CEI BRUNO MAGALHÃES CEI CRIANÇA BELA CEI JOÃO GERALDO CORRÊA CEI JOÃO IGNÁCIO FILHO CEI JOÃO LUIZ DO ROSÁRIO CEI LINDOLPHO JOSÉ DA SILVA CEI MARIA DE LURDES MAX CEI PEQUENO ANJO CEI PEQUENO PRÍNCIPE CEI PROFESSORA JANAINA ESTELA DE OLIVEIRA CEI PROFESSORA MARIZE TRAVASSO CEI SANTO ANTÔNIO CEI VOVÓ BRANDINA CEI VOVÓ CANTINHO DA JUSTINA ESCOLA MUNICIPAL AMARO COELHO ESCOLA MUNICIPAL ANTENOR SPROTTE ESCOLA MUNICIPAL CRISTINA MARLI ZIPF RIBEIRO ESCOLA MUNICIPAL E CEI JOÃO SERAFIM TIMÓTEO ESCOLA MUNICIPAL FRANCISCO JABLOSKY ESCOLA MUNICIPAL JOÃO AGNELO VIEIRA ESCOLA MUNICIPAL PONTO ALTO ESCOLA MUNICIPAL ROSALVO FERNANDES ESCOLA MUNICIPAL SÃO BENEDITO 10
CENTRO No centro da cidade encontramos basicamente tudo que precisamos de fácil acesso e locomoção. Prefeitura, Lojas e Comércios, Bancos, Posto de Saúde e Pronto Atendimento, Delegacia, Fórum, Santuário Senhor Bom Jesus, Largo da Carioca entre outros. Encontramos ainda dois Centros de Educação Infantil e uma Escola de Educação Básica.
Prefeitura Municipal de Araquari e Secretaria Municipal de Educação Fonte: http://catarinas.info
Pronto Atendimento – Prefeito Aci Ferreira de Oliveira Fonte: http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2014/02/prefeitura-de-araquari-cancelafesta-de-aniversario-e-carnaval-na-cidade.html
ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA ALMIRANTE BOITEUX
Fonte: http://www.sicop.sc.gov.br/mapavivo/relatorioAction.do?nuTitulo=1028974 11
Fórum Comarca de Araquari https://portal.tjsc.jus.br/web/sala-de-imprensa/-/tribunal-de-justica-instala-nova-unidade-do-cejuscna-comarca-de-araquari
Câmara de Vereadores de Araquari Fonte: http://polopoly10.suitasistemas.com/preview/www/
Santuário Senhor Bom Jesus de Araquari - Centro Fotografado por Carla - Abril/2017 12
Rio Parati - Centro Fotografado por Carla - Abril/2017
Largo da Carioca - Centro Fotografado por Carla - Abril/2017
CÂMARA DE VEREADORES DE ARAQUARI A Câmara Municipal de Araquari, também conhecida como Poder Legislativo, é uma instituição pública político-administrativa do Município, sendo composta por representantes do povo, eleitos pelo sistema proporcional. Dentro de sua área de atuação, a Câmara Municipal propõe, delibera e vota Projetos de Leis, Projetos de Decretos Legislativos, Projetos de Resoluções e demais matérias, garantindo qualidade de vida da comunidade. A Câmara Municipal tem função legislativa, de fiscalização financeira, orçamentária e patrimonial, de controle externo do Executivo, de julgamento político-administrativo, este de acordo com a legislação pertinente, de organização e administração dos seus assuntos internos e de gestão dos assuntos de sua economia interna. É constituída por 13 vereadores eleitos pelo voto popular. 13
Vereadores eleitos - 2017/2020:
Adelir Antônio Ramos Altair Aparecido Tobias Celio Gomes Cristiano Bertelli Emerson Cezar Vieira Jeferson Dias da Silva João Sebastião da Silva Liniquer Paulini Márcio Corrêa Osmar Della Justina Sanderlei de Jesus Duarte Sidnei Xavier (Presidente da Câmara de Vereadores) Silvio Umbelino
ESPAÇO DA MEMÓRIA PADRE ANÍBAL CÍRICO - O Espaço da Memória de Araquari está localizado na Avenida Nereu Ramos, nº 101, no Centro da cidade. No local é possível verificar fotos e documentos antigos da cidade, assim como ferramentas, utensílios domésticos, entre outros objetos que fazem parte da história de Araquari.
ESTAÇÃO FERROVIÁRIA - A Estação Ferroviária de Araquari foi inaugurada em 1910 e era utilizada como parada por um trem turístico à vapor que passava pelo trecho de Rio Negrinho.
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MACUQUINHA - A locomotiva alemã foi trazida para Araquari em 1905 com o objetivo de transportar lenha, contudo, nunca foi utilizada. A locomotiva agora faz parte da história da cidade e fica exposta ao lado da igreja Matriz de Araquari.
Fonte: http://www.turismo.araquari.sc.gov.br/c/museus
Biblioteca Municipal Victor Antônio de Oliveira Fonte: http://www.araquari.sc.gov.br/noticia/2058/biblioteca-municipal-infantojunvenil-tem-contacaode-historia-na-programacao-especial-para-criancas
Casa de Cultura Theodoro Martins Xavier Fonte: http://www.folhadearaquari.com.br/araquari/alunos-da-funda%C3%A7%C3%A3o-de-culturade-araquari-apresentam-espet%C3%A1culo-madagascar-no-pr%C3%B3ximo-s%C3%A1bado1.1947086 15
CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL ANTENOR SPROTTE Fundado em 01 de março de 1987 o CEI Antenor Sprotte conta hoje com 26 funcionários e atende aproximadamente 83 crianças de quatro meses a dois anos e onze meses de idade. Ele surgiu a partir da necessidade apresentada pela comunidade em ter um lugar adequado para deixar os filhos enquanto as mães partiam para mais uma jornada de trabalho.
Centro de Educação Infantil Antenor Sprotte – Centro Foto Tirada por Carla Meire - Maio 2017
CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL VOVÓ BRANDINA O Centro de Educação Infantil Vovó Brandina foi inaugurado na Rua Bom Jesus no Centro de nosso município no dia 27 de março de 2010, com o intuito de melhor atender crianças com idade de três a quatro anos. Para melhor atender nossas crianças o CEI foi reinaugurado em maio de 2013, localizando-se atualmente na Rua Coronel Almeida no mesmo bairro. O CEI recebeu este nome em homenagem a Senhora Brandina Almeida na qual era conhecida na época como a Vovó do picolé. Era uma senhora simpática, alegre e carinhosa. Pois fazia seus picolés com amor e dedicação. Esta Instituição conta hoje com 17 funcionários que juntos formam uma equipe responsável pelo atendimento de aproximadamente 110 crianças.
Centro de Educação Infantil Vovó Brandina– Centro Foto Carla Meire- Maio 2017 16
CULTURA EM ARAQUARI FESTAS - Araquari se orgulha em promover as festas mais conhecidas da região norte de Santa Catarina. Além das Festas mais conhecidas há também as festas religiosas dos padroeiros das comunidades católicas e outras organizadas por igrejas evangélicas, e vangélicas, associações e prefeitura. Festa do Senhor Bom Jesus de Araquari – Padroeiro amado do município e de muitos romeiros que anualmente se deslocam para Araquari, em busca de milagres e proteção, ou mesmo para agradecer uma graça recebida. Foi pela força da fé que nossa cidade se tornou conhecida por celebrar a Festa do Senhor Bom Jesus de Araquari. Durante as celebrações, centenas de fieis pagam suas promessas e seguem em procissão. A festa tem início no dia 28 de julho e segue até o dia 6 de agosto, recebendo pessoas de diversas cidades. Além das novenas, missas e procissões, o evento que é uma data especial para a cidade, uma data histórica e de representação de fé, também conta com feiras de artesanato e comidas típicas.
Festa do Senhor Bom Jesus – Centro
A Festa do Maracujá – A primeira Festa ocorreu em abril de 1995, o evento marca a cidade de Araquari que é conhecida pela produção do fruto em grande escala e chegou a se tornar a “Capital Catarinense do Maracujá”. O evento dura em média cinco dias e conta com shows nacionais, shows regionais, apresentações culturais e muita comida típica. A festa atrai milhares de visitantes e em sua última edição, alcançou aproximadamente 250 mil pessoas. Oferece, além de doces, crepes e bebidas a base de maracujá, uma culinária com diversos pratos. Os visitantes do evento encontraram um comércio diversificado com roupas, acessórios e utilitários, plantas e também muitas atrações como parque de diversões e shows com artistas regionais e nacionais.
Festa do Maracujá
Stammtisch – Na cultura alemã e austríaca é um local de encontro reservado para reunir pessoas para conversar, comer, beber e até fechar negócios. Dessa forma no ano de 2013, Araquari deu início também a sua primeira Stammtisch, a conhecida festa dos amigos que vai acontecer anualmente. Em sua primeira edição, a festa recebeu mais de 3 mil pessoas. Organizada em tendas, na Praça do Centro da Cidade obteve a característica de uma festa 17
informal, criada para a confraternização entre seus visitantes visitante s e garantiu boas conversas, risos ris os e diversão. A festa é organizada com o apoio da Prefeitura, Secretaria de Turismo, Lazer e Esportes, Associação de Micro e Pequenas Empresas de Araquari e Balneário Barra do Sul (AMPE) e da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Araquari (ACIAA).
Fonte: https://ndonline.com.br/files/images/2016/06/06-06-2016-14-58-16-s ht tps://ndonline.com.br/files/images/2016/06/06-06-2016-14-58-16-stam-araq.jpg tam-araq.jpg 4ª Edição da Stammtisch de Araquari -2016
Festa do Caranguejo – Como uma cidade de colonização açoriana e tendo em sua história e cultura a pesca e a extração de caranguejos, em 2014, a cidade ci dade realizou por meio da Secretaria de Turismo, Lazer e Esportes, a sua primeira edição da “Festa do Caranguejo”. O evento recebeu mais de duas mil pessoas e aconteceu às margens do Rio Parati. Apresentou diversos pratos preparados com o crustáceo e também algumas variedades com camarão ou marisco. Enquanto o visitante saboreava a culinária, também se divertia com as atrações musicais.
Festa do Caranguejo
Alguns dos Pontos Turísticos de Araquari Araquari possui uma grande variedade de opções para o visitante conhecer e apreciar. Entre os mais conhecidos e tradicionais, está o Santuário Senhor Bom Jesus, no centro da cidade, que é um local de turismo religioso. Além deste, há inúmeros outros, como o Rio Parati, o Largo da Carioca e a Estação Ferroviária, também no centro. O Canal do Linguado, às margens da BR-280, a réplica da Nau do Descobrimento do Brasil, às margens da BR-101, no bairro Rainha. As quedas d’água e a lindíssima igreja do Guamiranga também são pontos do município que merecem uma parada para apreciar, assim como, a Praia da Barra do Itapocu. Em nossa cidade, cada cantinho tem o seu valor.
Santuário Senhor Bom Jesus de Araquari 18
Salto do Guamiranga
Rio Parati
Ponte Pênsil da Barra do Itapocu
BAIRRO AREIAS PEQUENAS HISTÓRICO O Bairro Areias Pequenas está situado às margens da BR 280, com uma população aproximada de 85 famílias. A origem do nome do bairro deve-se ao pequeno porto de pescadores e pequenas dunas de areias. A comunidade tem uma ligação forte com os moradores do Linguado, por ter muitos amigos e parentes. Os moradores deram um apelido ao bairro e muitos chamam carinhosamente de “Zareias”. As primeiras famílias que fizeram parte da história do bairro foram: Fernandes, Budal, Gomes, Costa Costa e Mendes. No bairro encontramos Pesque Pague, Restaurante, Centro de Educação Infantil, Escola, Igrejas, Mercearia e Empresas.
ECONOMIA - Com o desenvolvimento do município de Araquari o bairro cresceu e também evoluiu. Hoje a principal atividade econômica é o trabalho em empresas locais e fora do município. 19
As indústrias e comércios que se destacam são:
Empresa Q’Limpa Indústria e Comércio de Produtos de Limpeza Foi fundada em 2006, mas a marca Lírio do Campo já existe há dezessete anos no mercado. A empresa surgiu com o objetivo de industrializar e comercializar produtos de limpeza de excelência no mercado, priorizando sempre o custo-benefício ao cliente.
Empresa Q Limpa– Areias Pequenas
Restaurante Don Vígolo- Areias Pequenas
ANJUU Importação, Exportação e Comércio de Confecções LTDA. Cocada Domingos - Pequeno comércio local onde se encontra produtos de primeira necessidade.
Mercearia Domingues-Areias Pequenas Foto tirada pela moradora Delir da Costa
Pesque e Pague do Sinuelo - O local proporciona atividade ao ar livre, recreação e fitness. Ambiente agradável para trazer a família.
Pesque Pague Sinuelo Areias Pequenas 20
ETNIA - Predominante nessa região a etnia negra. RELIGIÃO - Na comunidade de Areias Pequenas existem três igrejas: Comunidade Santa Efigênia (Católica), Assembleia de Deus e Nascer em Cristo. Porém, a religião predominante é a Católica. CULTURA - No mês de setembro acontece a festa da padroeira, Santa Efigênia, que é homenageada pela Igreja Católica. Conforme relato de moradores antigamente grupos de roda de samba, de pau-de-fitas e terno de reis animavam a festa. Esses grupos se extinguiram e hoje a festa é celebrada no salão da igreja, com novenas, cortejos e missas.
ESCOLA MUNICIPAL ROSALVO FERNANDES A Escola Municipal Rosalvo Fernandes está situada na Rua Antônio Miguel Budal no Bairro de Areias Pequenas, número 480. Criada pela Lei nº 983/90 de 22 de novembro de 1990. Recebeu o nome em homenagem a um morador da comunidade, senhor Rosalvo Fernandes, conhecido por todos como Seu Teté. Pescador, advindo das primeiras famílias residentes no bairro, fez uma doação para a construção da primeira escola, que teve o número de crianças aumentando sendo necessária a mudança para um espaço maior. Hoje a escola atende aproximadamente 510 alunos, procedentes das comunidades de Barrancos, Linguado, Areias Pequenas, Volta Redonda e Centro. Os alunos destas localidades utilizam-se do transporte escolar oferecido pela prefeitura do município. O resultado da pesquisa realizada entre os 135 alunos dos 3º Anos quanto ao atendimento às comunidades ficaram assim distribuídas: Areias Pequenas Barrancos Linguado Volta Redonda Centro
15 alunos 5 alunos 3 alunos 35 alunos 77 alunos
Podemos observar que a metade dos alunos que foi realizada a pesquisa são do Centro e que a maioria desses, não são famílias de Araquari. Com o grande número de empresas que vieram se instalar no município, muitas pessoas estão vindo de vários lugares do estado e até mesmo do país com o sonho de conseguir um emprego.
Escola Municipal Rosalvo Fernandes - Bairro Areias Pequenas Fotografada por Carla - Abril 2017 21
CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL PEQUENO PRÍNCIPE O Centro de Educação Infantil foi criado em 2012, possui três salas e atende 54 crianças na faixa etária dos quatro meses a cinco anos de idade, das comunidades de Areias Pequenas, Entrada da Barra, Barrancos, Volta Redonda e Rua João Luiz Filho (Inferninho).
Centro de Educação Infantil Pequeno Príncipe – Areias Pequenas Foto Tirada por Carla Meire - Maio 2017
BAIRRO BARRA DO ITAPOCU HISTÓRICO Este bairro está localizado na Estrada Geral da Barra do Itapocu, situado às margens do Rio Itapocu e a Lagoa da Cruz. O bairro Barra do Itapocu tem este nome, porque nele está situada a foz do Rio Itapocu, também chamada Boca da Barra. Para ter acesso ao bairro de Barra do Itapocu, segue-se pelo Viaduto do Itapocu, nas margens da BR 101, seguindo pela Estrada Geral e tomando como rumo à esquerda na bifurcação (divisa da Barra do Itapocu/Morro Grande). Acesso que também se dá ao município vizinho de Balneário de Barra do Sul. Como opção, os moradores desta localidade locomovem-se através de ônibus do transporte urbano - intermunicipal, com saída do bairro Itinga, passando pelo município de Balneário de Barra do Sul, e posteriormente, encerrando seu trajeto no município de Barra Velha.
ECONOMIA - Tem como principal atividade econômica e fonte de renda, a pesca artesanal. A agricultura também faz parte da economia local. Mas hoje, muitos moradores trabalham em grandes empresas localizadas dentro e fora do município. Na localidade, há poucos comércios: mercearia, agropecuária, material de construção, panificadora, lanchonete, mercado, sorveteria, restaurante e comércio de pescados. TURISMO - Este bairro tem o privilégio de ser o único do município a ser banhado pelo Oceano Atlântico. Sua praia é um dos pontos turísticos deste bairro, tendo como principal acesso, a Ponte Pênsil. Ponte esta, que também é um dos cartões postais desta localidade.
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A praia da Barra do Itapocu está localizada na lateral da Estrada Geral da Barra do Itapocu. Por estar num local privilegiado, a praia da Barra do Itapocu ainda é um lugar tranquilo e de imensa beleza.
ETNIA - Predomina a etnia açoriana. RELIGIÃO - A população desta localidade é predominantemente Católica Apostólica Romana, seguida de outras religiões. CULTURA - Entre as características culturais deste bairro que são significativas destaca-se a Festa da Sagrada Família (Padroeiro da Comunidade Católica). Geralmente é realizada no 1º domingo de Janeiro. O Grupo da “Melhor Idade” (3ª Idade) - realiza algumas atividades com a comunidade, promovendo cafés com sorteio de brindes, tarde dançante e outras manifestações culturais.
ESCOLA JOÃO SERAFIM TIMÓTEO A Escola Municipal João Serafim Timóteo está situada na Estrada Geral da Barra do Itapocu, número 8005. Esta escola primeiramente chamava-se Escola Isolada Máquina, assim denominado, por funcionar neste local, uma máquina de bater arroz, utilizada como ponto de referência. Em 22 de março de 2001, pela Lei Municipal 1571/2001, a Escola Isolada Máquina passou a denominar-se Escola Municipal João Serafim Timóteo. Uma homenagem póstuma ao ilustre Cidadão Araquariense, que sempre viveu nesta localidade, desde o nascimento em 08/01/1919, até o seu falecimento em 20/07/1997.
CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL JOÃO SERAFIM TIMÓTEO Estando nosso município em pleno desenvolvimento e após um estudo realizado na comunidade, viu-se a necessidade e o desejo da instalação de um espaço destinado às crianças. Desta forma, as mães poderiam deixar seus filhos na creche, aumentando assim a renda familiar. Depois de algumas adaptações foram iniciadas as atividades no dia 09 de abril de 2012 e pela Lei Ordinária 2675/2012, fica denominado Centro de Educação Infantil João Serafim Timóteo. O Centro de Educação Infantil João Serafim Timóteo, funciona junto às dependências da Escola Municipal João Serafim Timóteo. Esta organização é possível porque na Escola Municipal João Serafim Timóteo o atendimento era realizado apenas para as turmas de Pré II e o 1º Ano. Então, surgiu espaço para as turmas do Centro de Educação Infantil João Serafim Timóteo.
Escola e Centro de Educação Infantil João Serafim Timóteo - Barra do Itapocu Foto cedida: Simone Amábile Fiamoncine de Souza 23
BAIRRO MORRO GRANDE HISTÓRICO Este bairro está localizado na Estrada Geral do Morro Grande, situado às margens do Rio Itapocu, fazendo divisa com a Rodovia BR 101. Segundo pesquisa realizada com os pais da comunidade, não há registros oficiais sobre o nome que deu origem ao bairro. As informações dos moradores locais atribuem o nome, ao fato de existir no local um grande morro. A população da localidade é composta de aproximadamente 185 famílias.
ECONOMIA A principal atividade econômica é a pesca artesanal, seguida da agricultura: com plantações de hortaliças. As indústrias que se destacam são: Fibratec: Fábrica de piscinas em fibra; Pedras Morro Grande: Que trabalha com extração de pedras; GS Extração e Mineração de Areia: Extração de areias; Cubatão Dragagem Ltda: Dragagem do rio; Porto de Areia Santa Maria: extração de areia. No comércio local, destaque para: mercados, loja de roupas, bares e venda de pescados.
TURISMO - Este bairro conta com o Hotel Fazenda Morro Grande. Aberto para eventos particulares da região. ETNIA - Predomina a etnia açoriana. RELIGIÃO - A população desta localidade é predominantemente Evangélica, seguida dos Católicos Apostólicos Romanos. CULTURA - A Festa de São Sebastião (Padroeiro da Comunidade Católica). Geralmente é realizada no mês de Janeiro. Algumas atividades culturais também são realizadas pela Associação de Moradores do bairro.
ESCOLA MUNICIPAL ANTENOR SPROTTE A primeira escola do Morro Grande estava situada no terreno do Senhor José de Olinda. Era de madeira, possuía um formato bangalô e seu teto era de palha. Segundo registros antigos, a escola começou suas atividades no ano de 1949. Por volta de 1965, foi construída pelo governo estadual uma nova escola: sem cozinha, com banheiro de madeira, também conhecida como “patente”. Os alunos que frequentavam a escola, naquela época, ainda tinham que enfrentar caminhadas a pé, por vezes, descalços, andando por picadas feitas para passagem de carroças, até chegarem à escola. O terreno onde se localiza a atual escola foi doado pelo Senhor Sabino Vicente da Silva e Senhora Candinha da Silva. A escola foi construída com paredes de alvenaria, mas não tinha cozinha, nem banheiros instalados. Depois de algum tempo, foi reformada e ampliada. No ano de 1989, iniciou o convênio da municipalização entre os governos estadual e municipal, fato que favoreceu a administração mais direta. Este convênio durou dez anos, sendo que em seu término a escola passou a ser municipal. 24
É importante ressaltar que esta escola já teve nomes diferentes; Escola Mista de Morro Grande; Escola Isolada Estadual de Morro Grande; Escola Reunida Antenor Sprotte; Escola Isolada Antenor Sprotte; E nos dias atuais: Escola Municipal Antenor Sprotte. As professoras que lecionaram na primeira escola foram a Professora Emília Borba Carvalho e a Professora Maria do Carmo Magalhães. No ano de 2000, a Escola Municipal Antenor Sprotte deixou de ser multisseriada, pois foi feita uma nucleação com a Escola João Serafim Timóteo (Barra do Itapocu), na qual os alunos do Morro Grande e da Barra do Itapocu formariam turmas únicas em cada unidade escolar.
RELATO DE MEMÓRIA - Cemitério Comunitário do Morro Grande Ricardo da Costa (Professor e Morador a 38 anos do Bairro da Barra do Itpocu)
No início da colonização do nosso município, na comunidade do Morro Grande e arredores da região não havia cemitério. O único cemitério da região ficava situado às margens da Lagoa da Cruz, lagoa esta, que faz divisa entre a comunidade da Barra do Itapocu, Araquari e a Lagoa da Coroa Grande em Barra Velha. Como o cemitério ficava às margens da lagoa, era preciso descer o Rio Itapocu para realizar os enterros dos mortos na região. Os corpos eram transportados em canoas até o local do sepultamento, que na maioria das vezes era tarefa difícil. A influência das marés e dos ventos tornava o cortejo arriscado e perigoso, pois havia grande possibilidade das canoas afundarem antes de chegar ao local dos sepultamentos. Na maioria das vezes, os corpos eram levados apenas por duas pessoas, pescadores da comunidade. Essa condição de sepultamento ocorreu por muitos e muitos anos. Diante das dificuldades que os moradores encontravam para enterrarem seus entes queridos, começou-se a pensar na alternativa de construir um cemitério na comunidade do Morro Grande, onde pudesse atender a população do Morro Grande e da Barra do Itapocu. Então, alguns moradores do Morro Grande foram até a Prefeitura Municipal de Araquari pedir autorização ao Prefeito da época Senhor Higino Aguiar, o mesmo concordou com a hipótese, desde que houvesse um local apropriado para a construção do cemitério. Após acordo firmado com o prefeito e os moradores da comunidade do Morro Grande, o Senhor Sabino Vicente da Silva, prontificou-se a doar as terras para a instalação do cemitério. Nas terras doadas por esse importante morador, foi construído o cemitério e a atual escola da comunidade, ficando a Escola Municipal Antenor Sprotte, localizada nos dias atuais, na frente do terreno doado pelo Senhor Sabino Vicente da Silva. Aos fundos, está localizado o Cemitério Comunitário do Morro Grande, fundado no dia 10/02/1959, pelo Senhor Joaquim Batista. ( ✮14/10/1900 †23/12/1981). O primeiro sepultamento feito neste cemitério foi o corpo de uma menina de dois anos e nove meses de idade, no ano de 1959. Nos dias atuais a comunidade do Morro Grande possui o cemitério em regime comunitário. Administrado por uma comissão própria e mantida com recursos arrecadados dos associados. Por ser comunitário atende as comunidades da Barra do Itapocu e do Morro Grande.
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FOTOS - BARRA DO ITAPOCU
Praia da Barra do Itapocu – Surfistas / Fotografada por Gilberto Menegazzo - Abril/2017
Lagoa da Cruz – Barra do Itapocu Fonte: Google
Barco de Pesca – Praia da Barra do Itapocu / Fotografado por Gilberto Menegazzo - Abril/2017
Praia da Barra do Itapocu Fotografada por Gilberto Menegazzo - Abril/2017
Lagoa da Cruz / Fotografada por Gilberto Menegazzo - Abril/2017
Ponte Pênsil Fonte: Instituto de Previdência Social dos Servidores Públicos de Araquari – IPREMAR
Lagoa da Cruz / Fotografada por Gilberto Menegazzo - Abril/2017
Ponte Pênsil Fonte: Instituto de Previdência Social dos Servidores Públicos de Araquari – IPREMAR 26
Vista da Praia para o Continente Barra do Itapocu
Lagoa da Cruz - Barra do Itapocu - Foto cedida: Josilene Maria Ramos Nunes
Foto da Lagoa da Cruz (ao fundo a Ponte Pênsil)
Canoas – Margem da Lagoa da Cruz - Barra do Itapocu - Foto cedida: Josilene M. Ramos Nunes
Surfista no Molhe de Pedras Praia Barra do Itapocu - Foto cedida por Silvana Margaret Amândio
Ponte Pênsil Barra do Itapocu - Foto: Gilberto Menegazzo
Surfista - Praia da Barra do Itapocu Foto cedida por Silvana Margaret Amandio.
Molhe de Pedras Barra do Itapocu - Foto cedida por Silvana Margaret Amandio 27
FOTOS: MORRO GRANDE
Escola Municipal Antenor Sprotte - Acervo da Escola
Escola Municipal Antenor Sprotte - Acervo da Escola
Pescador Lagoa da Cruz (Morro Grande)
Fabricação de Esteiras Morro Grande - Fonte: Facebook 28
BAIRRO ITINGA
Professores EM Francisco Jablonsky
Itinga é um termo de origem Tupi que significa “água branca”, através da junção dos termos y =água e Ting = branca. Nos anos 60 existiam poucos moradores no bairro que tinham na lavoura sua subsistência. Plantavam milho, mandioca, feijão e principalmente arroz. Uma vez por semana, às sextas-feiras, esses colonos, em comboio, faziam percurso de 12 km até Joinville para então venderem seus produtos, como batata, laranja, banana, milho verde, palmito, lenha em feixe e carvão. Na volta traziam bucho de boi, cabeça, mocotó, fígado, fazendo uma parada na venda do João Raulino, considerada parada obrigatória e um local onde os colonos confraternizavam e aproveitavam para contar vantagem e negociar cavalos. A madeira era retirada com a força das juntas de bois, que apesar de mais lentos tinham mais resistência que os cavalos. A lenha era retirada da mata nativa e vendida em metros para as indústrias de Joinville. Engenho de farinha e cana também existia no bairro e era local dos jovens se reunirem para em ritmo de mutirão raspar mandioca para fabricação de farinha. Na época, o Senhor Virgílio da Maia era o inspetor do quarteirão, responsável por garantir a segurança e combater pequenos delitos. A Senhora Helena Soares, era benzedeira e parteira do bairro. No esporte, o Olaria Futebol Clube era a diversão aos domingos. O rio Taquarimbo era o marco divisório entre Araquari e Joinville. Atualmente o limite avança em 1 km em direção a Joinville. Somente em 1972 que viria a luz elétrica e com ela os primeiros televisores. E em 1976 surgiram os primeiros loteamentos: São José, Santo Antônio, Santa Maria, São Benedito, Parati, fato que possibilitou o desenvolvimento do bairro. O Itinga tem uma população estimada em 15.363 habitantes tornando-o o bairro com o maior número de pessoas. Localizado na SC 301, limita-se com o município de Joinville. Atualmente algumas empresas se destacam no bairro: CliniLaves, Fundição Icaro Ltda, Durín Indústria de Plásticos Ltda. No comércio temos o Supermercado Albino, Miquelute e Xavier Material de Construção, Centro Comercial, Alan Churrascaria e Pizzaria, Restaurante do Gil, Farmácia Joinvillense, Farmácia do Gilson, A sociedade Esportiva de Lazer Lickfett foi fundada por Eduardo Lickfett e teve seu primeiro jogo em 1950, possuindo 22 troféus no total. Futebol de campo, vôlei e society são as modalidades esportivas desenvolvidas. Atualmente o campo é frequentado pelos veteranos aos sábados e os mais novos aos domingos. No sítio Coradelli há 17 lagos para pesque-pague, além de lanchonete e churrasqueira. O Parque Aquático Vanuza é considerado um dos pontos turísticos do bairro. Recebem, nos meses de verão, visitantes de segunda a segunda, sendo a maioria de Joinville e do Paraná. O Parque está de acordo com as normas de segurança, com grades que separam as piscinas e os salvavidas. No Parque Aquático Vanuza, encontra-se áreas de lazer com piscinas, toboáguas, campo de futebol e restaurante.
Parque Aquático Vanuza 29
O bairro Itinga possui 2 postos de saúde, Unidade de Saúde Nicanor Corrente localizado no loteamento São José e Unidade de Saúde Geny Westrupp Kunhen localizado no loteamento Jardim Gustavo.
ESCOLA MUNICIPAL FRANCISCO JABLONSKY A Escola Municipal Francisco Jablonsky foi inaugurada no dia 20 de abril de 2007. Contava com 6 salas de aula, secretaria, direção, sala de professores, depósito, cozinha e banheiros. No ano de 2011 foi ampliada com mais 8 salas de aula. Atualmente conta com 15 salas de aula, 1 sala de aula adaptada com divisória, sala de direção, sala de especialistas, sala dos professores, secretaria, biblioteca, cozinha, depósito e banheiros. Somos no total de 49 funcionários e atendemos 871 crianças.
Francisco Jablonsky nasceu dia 11 de outubro na cidade de Anápolis no ano de 1928. Veio para Araquari em 1953, estabelecendo-se no bairro Itinga onde trabalhou por seis anos como lavrador em suas próprias terras. Após algum tempo conheceu uma jovem descendente de alemães chamada Hilmgarth Beier, com quem casou em 1956. Participou durante muito tempo da comunidade São José organizando mutirões para a limpeza da Escola Estadual São José do Itinga, atualmente E.E.B. Prefeito Higino Aguiar, onde seus filhos e netos estudaram. Conhecido como seu Chico era uma pessoa especial de grande educação, coração e muita honestidade. Era amado por todos os seus amigos. Sua morte em 12/08/2000 foi motivo de grande tristeza para os que o cercavam. 30
Foto do Senhor Francisco Jablonsky e família.
Centro de Educação Infantil Criança Bela O Centro de Educação Infantil Criança Bela, foi fundado em 20 de novembro de 1987 e surgiu da necessidade apresentada pela comunidade do bairro Itinga em ter um lugar adequado para deixar seus filhos enquanto suas mães partiam para a sua jornada diária de trabalho, a fim de garantir o sustento de suas famílias, tendo assim a quem confiar a educação e o cuidado de seus filhos, outro fator importante foi o grande crescimento populacional. Há muitos anos atrás no bairro Itinga só havia um CEI que atendia a demanda de crianças da região, conforme os anos foram se passando, este já não tinha mais capacidade de atender a procura e a necessidade dos pais. Então, com a preocupação de oferecer novas vagas, infra-instrutora adequada e educação de qualidade a primeira infância a Secretaria Municipal de Educação juntamente com o governo do município resolveram no dia 6 de abril de 2009 dar início a uma nova etapa e assumir um compromisso com a comunidade local visando o bem estar e a formação do cidadão. Para que isso fosse possível, foi necessário o engajamento de toda uma equipe (Diretora e demais funcionárias) bem como a comunidade (Pais) que aguardavam ansiosos o início das atividades, para dar a sua contribuição a fim de que a estrutura do local estivesse adequada a nova situação. O Centro de Educação Infantil recebeu este nome como forma de homenagem as crianças que em sua inocência são belas. Atualmente, o Centro de Educação Infantil Criança Bela é uma instituição na qual170 crianças recebem alimentação, cuidados e toda parte pedagógica. Estas crianças que tem entre 3 meses e 4 anos, são atendidas por 38 funcionários, e são divididas por idade em turmas (berçário I, berçário II, Maternal e Jardim) com no máximo 20 a 25 alunos.
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Centro de Educação Infantil Professora Janaina Estela de Oliveira Centro de Educação Infantil Professora Janaina Estela de Oliveira situada a Rua Olaria n°102, Bairro Itinga, Araquari atende 123 crianças, todos Pré I. Conta com 12 funcionários sendo uma Diretora Daiane Cristina, uma professora auxiliar, três serventes e sete professores. O CEI foi inaugurado em março de 2010 pelo Ex-Prefeito João Pedro Woitexem, vice Paulino Sérgio Travasso, e secretaria da educação Rose Cléia Farias Vigolo.
Centro de Educação Infantil Cantinho da Vovó Justina O Centro de Educação Infantil Cantinho da Vovó Justina, localiza-se a Rua Rui Carlos dos Santos nº. 367, loteamento Elizabete. Iniciou suas atividades no ano de 2.009, sendo inaugurado pela Gestão 2009/2012 para atender a demanda da comunidade do bairro Itinga. Atualmente a Diretora Amanda dos Santos, conta com uma equipe de 13 profissionais engajados com uma educação de qualidade, entre eles 09 são professores. Tem como fundamento o respeito aos direitos da criança. Essa instituição atende atualmente 83 crianças, com faixa etária de dois a quatro anos. E para melhor atender a comunidade abriremos mais 3 salas de aula neste ano de 2017.
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Centro de Educação Infantil Professora Marise Travasso O Centro de Educação Infantil Professora Marise Travasso, foi fundado em vinte e cinco de fevereiro de 2015. Atualmente o CEI atende 196 crianças e 40 funcionários de padrão geral.
Escola Básica Prefeito Higino Aguiar A Escola Isolada São José do Itinga, iniciou suas atividades no ano de 1946 quando funcionava em uma única sala de aula anexa à Igreja Católica da Comunidade. Depois de construídas mais 04 salas de aula, já no atual local de funcionamento, sendo vinculada ao Estado, passou então a denominar-se Escola Básica Prefeito Higino Aguiar, e também autorizado o funcionamento de 5ª a 8ª série do Ensino de 1° Grau. Atualmente, denomina-se "Escola de Educação Fundamental Prefeito Higino Aguiar pela portaria 017/28/03/2000. A escola possui 13 salas de aula, 01 sala para DA, sala dos professores, sala de laboratório de informática, secretaria, depósito de merenda, lavanderia, 05 banheiros, sala de educação física, quadra de esportes coberta e um pequeno refeitório.
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Escola de Ensino Médio Senador Luiz Henrique da Silveira A Escola de Ensino Médio Senador Luiz Henrique da Silveira entrou em funcionamento em 09/08/2017 com o intuito de atender alunos do Ensino Médio. A unidade tem capacidade para receber 1,4 mil alunos.
Escola de Ensino Médio Senador Luiz Henrique da Silveira Fonte: http://www.89fmjoinville.com/2017/08/09/nova-escola-em-araquari
Atividade econômica: No bairro Itinga a atividade econômica predominante é o comércio, onde encontramos o Centro Comercial Itinga com muitas lojas, restaurantes e serviços.
Durín Acessórios e Conexões Durín Acessórios e Conexões
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Com sede própria desde fevereiro de 2010 em Araquari/SC, a Durín possui uma linha completa com mais de 1.000 produtos que vão desde Construção, Acabamento, Acessórios, Casa Jardim, Elétrica, Irrigação e Decoração, um mix completo dividido em famílias que atendem às exigências dos mais variados gostos, estilos e necessidades. Uma marca que vem conquistando a preferência do consumidor e tem como missão criar soluções inovadoras para o mundo da construção. Você pode encontrar a Durín em pontos de venda de todo o Brasil, através de nossos representantes, canais de vendas 0800-602-1100 e também com atuação na América Latina e Central.
Conservas Rio do Morro Ltda. Localizada no município de Araquari, estado de Santa Catarina. A organização encontra-se na Estr. Rio Do Morro. Esta empresa de capital privado foi fundada no ano de 1996.
Paróquia São Luiz Gonzaga No dia 01 de outubro de 1999 foi celebrada a primeira missa quando ainda chamava-se Setor Pastoral São Luiz Gonzaga pelo Pe. Luiz Fachini e Pe. Gilberto Kraisch. A Comunidade São Luiz Gonzaga foi elevada Paróquia no dia 08 de dezembro 2013, sendo seu primeiro Pároco Pe. Dalcio Bonomini. Paróquia São Luiz Gonzaga - Diocese de Joinville – SC Congregação dos Pequenos Irmãos do Santíssimo Sacramento Pároco eleito: Pe. Jone do Dileto Amor
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LOTEAMENTO SÃO BENEDITO Professores EM São Benedito Segundo o Projeto Político Pedagógico, (PPP) (2016, p.9) da escola, que contém o diagnóstico da Realidade Global e Local, o loteamento São Benedito é uma comunidade carente, em que estão inseridas pessoas de várias regiões do país e de diferentes culturas. No entanto, essas famílias as compõem a comunidade sofrem com as mudanças, pois se mudam com freqüência por diversas razões, por isso, existe a falta de caracterização ou de não possuir uma identidade no município por conviverem pouco tempo no local. No entanto, esse trabalho tem como objetivo entender as características e o povo que compõe essa comunidade, por esse motivo, essa pesquisa esta baseada nas turmas do terceiro ano do ensino fundamental, as quais são compostas por cinco turmas na Escola Municipal São Benedito, que, para entender o social da escola, foi feito um questionário com instrumento, em que foram obtidas informações descritas no trabalho. Esse questionário foi enviado para 143 famílias, mas apenas 117 responderam a pesquisa. No entanto, com esse resultado e de forma explicita sobre os conhecimentos, deu para concretizar, que muitos pais vieram de fora, de São Paulo, Rio grande do Sul, um de Pernambuco, muitos do Paraná, outros de diversas regiões de Santa Catarina como: (Pouso Redondo, Joinville, São Francisco do Sul, e poucos de Araquari). Mesmo mudando-se com freqüência são poucos os que moram em casa de aluguel, pois deu para observar, que a maioria mora em residência própria. Entretanto, essa pesquisa trouxe também os resultados de que hoje existe um índice de poucos pais desempregados, sendo, que alguns trabalham nas empresas na região de Araquari como (BMW, Durin, Clinilaves, etc...), e também nas empresas de Joinville como (Tupy, Ceasa, Whirpool, Transtusa, etc...). Dessa forma e, com o bom desenvolvimento das empresas e o mercado de trabalho aquecido, a cidade de Araquari e região oferece para as famílias uma construção de vida promissora, os quais podem seguir a própria cultura, como também a religiosidade de cada um, sendo que a religião, predominante é a católica, a qual traz um número bem considerado, que é de 3 igrejas católicas na região, com uma no loteamento São Benedito, porém nem todos freqüentam assiduamente essa igreja. No loteamento também possui outras igrejas evangélicas, como Assembléia de Deus, Adventista e outras denominações. Outro fator relevante, que foi observado esta em relação ao nível de escolaridade dos adultos, pois, apenas um possui ensino superior, um cursando e poucos possuem o ensino médio completo, sendo, que os demais apenas possuem o ensino fundamental completo e incompleto. Portanto, esse resultado leva a entender que a falta de informação faz com que esses pais sintam-se desmotivados pelas atividades físicas que a comunidade oferece, sejam eles nas praças, ginásios, campos e até mesmo em academias. Deu para saber também que nas folgas e horas de lazer, apenas visitam familiares, freqüentam as igrejas, ou assistem televisão, com exceção nos dias de campeonato de futebol que acontecem no campo do Lickfett, situado no loteamento, o qual é visto como ponto de referência e traz um histórico de mais de cinquenta anos, esse campo sempre existiu, porém, teve uma época em que era o pasto para vacas e cavalos, etc... E junto com os amigos jogadores, jogavam futebóis descalços e os mesmos roçavam o mato quando ele estava alto. Com o passar dos anos e com o aumento da população Nilton Lickefett resolveu investir nesse campo, pois ele era um amante do futebol, por isso manteve a grama baixa e sempre roçada, fez um bar, um parquinho para crianças, cercou-o em volta e começou a fazer campeonatos entre os times da comunidade o qual leva o nome de “ Campo do Perna”. Sob tal enfoque, faz-se interessante saber que a família Lickefett doou o terreno para ser construída a Escola Municipal São Benedito a qual hoje temos 717 alunos que estudam na mesma, da pré-escola ao 5º ano do ensino fundamental. Neste ano de 2017, funcionam cinco turmas de pré-escola da Educação Infantil, cinco turmas de 1º ano, cinco turmas de 2º ano, cinco turmas de 3º ano, cinco turmas de 4º ano, cinco turmas de 5º ano. 36
Assim, a escola está sob a direção geral de Sione Régis de Carvalho e Tânia Terezinha Ferreira Maia, juntamente com duas orientadoras e uma supervisora, a qual conta também com trinta e nove professores e oito serventes. Estes servidores que constituem a instituição atual formam uma equipe e todos têm um papel importante na história de educação dessa comunidade escolar. Porém os alunos que residem no loteamento São Benedito e necessitam estudar no Ensino Fundamental Dois e Ensino Médio, frequentam a Escola Estadual Higino Aguiar. Vale ressaltar que a Escola Municipal São Benedito iniciou no ano de 1992 e o seu nome foi escolhido em homenagem ao Santo Protetor das Cozinheiras. A escola está situada no Município de Araquari no bairro Itinga, loteamento São Benedito. A escola cresceu muito nos últimos anos necessitando de reformas. Ainda no loteamento São Benedito está localizada a Fundição Ícaro LTDA, fundada em 1994, 3.500 m² de área construída. Fabrica uma linha própria de peças agrícolas e também peças para outras empresas conforme o molde. Trabalha com fusão por indução eletromagnética. Objetivo: Otimizar o tempo de produção, maior mobilidade, controle total sobre a qualidade final do produto. A Clinilaves, uma lavanderia industrial especializada em processamento de roupa hospitalar, é uma empresa genuinamente catarinense e está situada no loteamento São Benedito. Originalmente, a empresa iniciou suas atividades na cidade de Brusque, em 1999, e é mais uma empresa que decidiu transferir para Araquari em 06/06/2011. Atende a mais de 60 hospitais e clínicas médicas de Joinville, Jaraguá do Sul, Blumenau, Balneário Camboriú e outras cidades. Na área social, a empresa desempenha um papel importante, já que emprega 250 funcionários diretos sendo 98% deles moradores do próprio bairro. A MAB Confecção, outra empresa do loteamento São Benedito, é genuinamente local e foi criada em 2013, para atender uma demanda de serviços voltada exclusivamente para a produção de roupas hospitalares e para hotelaria. Está localizada na rua Itália e hoje emprega 30 funcionários, sendo 100% da própria região. O Parque Aquático Vanuza, oferece a seus usuários e visitantes uma belíssima área. A estrutura é formada por um amplo estacionamento gratuito para usuários e visitantes do parque, quatro piscinas cristalinas (3 adultos e 1 infantil), dois toboáguas (1 adulto e 1 infantil), campo de futebol de areia, cancha de bocha, mesas de sinuca e pimbolim, lanchonete, churrasqueira e guarda-volumes. Disponibiliza a estrutura para eventos.
BAIRRO PONTO ALTO
E M Ponto Alto
O bairro Ponto Alto está situado na zona rural do município de Araquari SC a aproximadamente 10 km do cento da cidade até o bairro. Entre os primeiros moradores do Bairro Ponto Alto estavam José Júlio Moreira, Fabrício Moreira (este veio a ser prefeito do município de Araquari), Carlota Mafra da Maia, José Fagundes, José Bento Gonçalves, Manoel Bento Gonçalves, família Correia, Cabral e Borba. Vieram para esta comunidade aproximadamente nos anos de 1930 a 1940. O bairro antigamente chamava-se Ponte Alta, passou a ser chamado Ponto Alto mais tarde, pelo motivo de ser um bairro com muitas subidas, ou seja, um dos pontos mais altos do município de Araquari. A estrada antigamente passava pela Rua Guarajuba e continuava com sentido a Joinville, passando pela comunidade que fica localizada hoje atrás do Posto Maiochi. A segunda rua que hoje é a principal, foi aberta mais tarde. A igreja da comunidade nasceu aproximadamente no ano de 1970 a 1976, o nome era pra ser Santo Antônio e sua instalação era pra ser no terreno do Sr. Augusto dos Santos. A comunidade começou a construção, mas por fim as obras não continuaram, a mesma ficou parada por alguns 37
anos e somente após uns 5 anos foi decidido que a igreja não seria mais ali. Como no bairro ainda não havia uma igreja, a família Borba resolveu fazer uma doação. Doaram parte de seu terreno para a construção da igreja e da escola e assim começaram as obras. Algumas pessoas que ficaram responsáveis pelo andamento da construção da igreja foram: Agnor Bicalho, Maria de Oliveira Melo, João de Borba, Garcia e Lulu Cabral. Depois de pronta o Sr. João de Borba doa a imagem de Nossa Senhora Aparecida para igreja, tornando-se assim a padroeira da comunidade. Na comunidade também não tinha escola fixa. As aulas eram dadas nas residências dos moradores. Uns dos moradores que cederam parte de sua residência, que viraria uma escola foram o Sr. Augusto dos Santos e Paulino Correia. Mais tarde por volta do ano de 1970, com a doação do terreno do Sr. João de Borba o exército constrói a escola, que na época era feita de madeira. A primeira escola do bairro como era pequena e de madeira, tinha uma sala só. A sala era para todas as séries, era multisseriada, estudavam alunos de 1ª, 2ª, 3ª, 4ª séries juntos. A professora era a responsável por todas as matérias que existiam. Tinha uma cozinha bem pequena, somente uma pessoa era professora, merendeira, diretora e secretária. Possuía apenas um banheiro de madeira fora e era para todos. No ano de 1988 foi demolida a construção de madeira e construído a escola de alvenaria com verba estadual e ajuda da comunidade. A escola já existia há mais de 50 anos e teve início na residência do Sr Augusto dos Santos. Então houve a doação de terreno para construção do educandário, pelo senhor Vicente de Borba. A escola foi construída pela comunidade e foi inaugurada no dia 14 de junho de 1964, vindo ser constantemente reformada pelo exército. Seu primeiro nome era “Escola Isolada Estadual Ponto Alto”. No ano de 1992 a escola é municipalizada, passando a chamar-se Escola Municipal Ponto Alto. No ano de 2005 houve um reforma geral em suas dependências, solicitação da comunidade para suas melhorias. A Escola Municipal de Ponto Alto, está localizada na Rua José Júlio Moreira, 2271 na comunidade Ponto Alto é mantida atualmente pela prefeitura de Araquari. Transporte público na época não tinha. O meio de locomoção era a carroça, puxadas por cavalos, bicicletas ou a pé. Atualmente no bairro temos ônibus escolar e o coletivo que sai do Cento da cidade/via Ponto Alto e ponto final do Itinga. Hoje a comunidade possui duas festas das quais muitas pessoas participam. A primeira religiosa, em comemoração a Nossa Senhora Aparecida e a segunda, dos veteranos, ao qual se reúnem as pessoas das antigas. A economia do bairro baseia-se principalmente na agricultura (plantação de bananas, aipim, alface, feijão e na produção de ovos). Quem passa pelo Ponto Alto, aqui em Araquari, olha para cima, tem diante dos olhos uma beleza natural em folhas verdes que cobrem 25 hectares de terra, são bananeiras de seu Nílton Garcia. Ele é natural de Morro do Jacú e veio para a localidade do Ponto Alto, em 1961 quando seu pai resolveu mudar-se com a família. Com muito verde, muitas plantas e apenas um corredor de terra entre elas. O caminho parece uma alameda de bananeiras. Um lugar calmo, singelo e em constante contato com a natureza. O silêncio revela ali, apenas o cantar dos pássaros e o assovio do vento que ora e outra, entoa seu grito nos dias mais frios. Hoje no bairro possui aproximadamente quinze empresas e micro – empresas, que oferecem empregos diretos e indiretamente aos moradores locais e região. A comunidade é composta por 113 residências familiares e aproximadamente 680 habitantes. Na área de lazer temos a associação dos moradores, onde promove encontros da terceira idade uma vez por semana e o campo de futebol society. O bairro possui três ruas e seus nomes foram em homenagem aos primeiros moradores, Rua José Júlio Moreira, Rua Jú Viniano da Maia e a Rua Guarajuba.
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HISTÓRICO DO BAIRRO PORTO GRANDE Segundo relatos de moradores mais antigos do bairro, as estradas eram apenas caminhos por onde os moradores das localidades vizinhas como: Ponto Alto, Corveta e Rainha, utilizavam para trazer os produtos do seu cultivo próprio, vindo de carros de bois e carroças para o Porto com um único objetivo, a troca de produtos agrícolas e peixes, que chegavam em grandes quantidades por meio de rebocadores, vindos das localidades portuárias. A comunidade do Porto Grande inicia sua história por volta de 1750. Os primeiros habitantes, chegaram margeando o Rio Paraty, que na época possuía um expressivo volume de água e que se caracterizava como único acesso para a localidade. Todos os habitantes da época possuíam como meio de transporte a “canoa,”, logo o local denominado Porto (próximo a escola Amaro Coelho) começou a obter uma grande quantidade de canoas, que constituía o meio de locomoção viável para as principais e progressivas atividades. Com a canoa vinham para a “sede”onde faziam suas compras, trocas, tinham acesso ao Porto de São Francisco do Sul, e as grandes atividades pesqueiras em Balneário de Barra do Sul. O Porto era de grande utilidade para a comunidade, tanto no aspecto social como econômico, e por este motivo a comunidade passou a se chamar Porto Grande. Algumas famílias colonizadoras do bairro: Amaro Coelho, Cláudio de França, Francisco Cabral, José da Silva, João Serafim Cabral, Salvador de França, Isaltina Laura Pereira de Oliveira, Ermínio de Mira, Maria Borges, José Garcia, Pedro Rosa de Oliveira, Minigildo Maia ,entre outras mais.
Localização do bairro Porto Grande Inicia-se no ponto de cruzamento da linha de alta tensão sobre o Rio Icaraí, seguindo por esta, no sentido sudoeste, até 100 metros antes da Estrada Geral da Corveta, e seguindo no sentido sul extensão de 1000 metros por uma linha paralela distante 100 metros do eixo no sentido noroeste, por uma linha seca, paralela e distante 100 metros da Rua 086 do loteamento Parque Residencial Cerro Azul, até um ponto distante 500 metros do eixo da BR280, e seguindo no sentido oeste por uma linha paralela à BR280, distante 500 metros até, uma extensão de 1800 metros, no sentido noroeste, passando sobre o trevo de cruzamento da BR 280 com a SC 301, até o encontro com o Rio Itinga, descendo a SC pelo mesmo, no sentido nordeste até a foz do Rio Icaraí, subindo por este, no mesmo sudeste, até o ponto de origem, no cruzamento com a linha de alta tensão.
Curiosidades Para festejar a colheita, os habitantes da época tinham hábitos de dançar o “Fandango”, para bater o arroz com os pés. 39
Para raspar a mandioca na época da farinha os casais usavam uma técnica denominada “capote”, onde o moço raspava a raiz da mandioca até a metade e passava para a moça que ele mais apreciava para ela terminar a raspagem, dessa maneira iniciavam os namoros. Também dançavam a “Chamarrita e a Dança de São Gonçalo”, ouviam Ternos de Reis e brincavam de “Boi de Mamão e Boi na Mangueira”. Benzimentos e rezas faziam parte desses hábitos bem peculiar.
Curiosidades culturais O “terno de reis” é um dos costumes ainda resistente ao tempo, na comunidade do bairro Porto Grande, já que as demais danças hoje estão esquecidas. O terno de reis é uma cantoria muito comum no litoral catarinense nas épocas de Natal e Ano Novo, vozes que ao som de sanfonas, violões, pandeiros e tambores, saem nas noites à visitar as famílias cantando versos em louvor ao nascimento do Menino Jesus, à chegada do Ano Novo e o dia de Santos e Reis. Eventos realizados na escola do bairro, Amaro Coelho, também proporcionam o resgate da cultura da comunidade como: danças, festas e dramatizações. O vocabulário e as falas são bem diversificados, porém falas como: Pirralho, Pode crê! Chega aí! Falô! Mas credo! (são bem utilizadas)
Atualidades do Bairro Porto Grande Economia Nosso bairro está em constante transformação e desenvolvimento, a cada dia, novas empresas e novos moradores, principalmente os estrangeiros haitianos, começam a criar vínculos com a comunidade. Percebe-se o grande crescimento de novas instalações de empresas de pequeno e médio porte, em especial, em uma área específica da localidade, o Parque Industrial do Porto Grande, são vários galpões, que abrigam diversas empresas, depósitos e armazéns nos mais variados ramos. As atividades econômicas do bairro são bem diversificadas: verdureiras, bares, materiais de construção, lojas de móveis, padarias, locadoras, farmácia, agropecuárias, lanchonetes, borracharias, mecânicas, restaurantes, materiais elétricos, floricultura, mercados e mercearias, empresas plásticas, de moldagem, alimentícias, escola técnica (SENAI), prestadoras de serviços entre outras. O bairro conta também com um Centro Comercial. As atividades agrícolas também se fazem presente, porém não tão evidentes quanto ao pólo industrial predominante atualmente.
Algumas empresas do bairro: Belosch Motormac Tecno Jato/ Febratec Walbert Fonte Mercantil Tirol Sigmacrom AZB Vicobrás Plasforma Fulllog Hd florestal Biomás Quântica
Arafibras Laffin Best Way Transformação De Polimeros Dunnas Terraplanagem Realfort Lumix Plasnorthon Premix Açocorte Montserrat Distribuidora Mundial Flex Borrachas e Pláticos Ltda Grupo Armenio Ribeiro Plásticos Unifortte 40
Turismo Com tanto desenvolvimento e progresso é uma pena que nosso bairro não tenha um ponto turístico como referência ainda. Esperamos ansiosos por mais essa conquista, algo que beneficie a comunidade e a todos que a visitam. Seria muito interessante se o berço da colonização da comunidade fosse um desses pontos.
HISTÓRICO DA ESCOLA MUNICIPAL AMARO COELHO Nossa escola, foi fundada em 17/03/1966, temos como patrono o senhor Amaro Coelho, homem forte e defensor dessa comunidade, gostava de ajudar as pessoas. Antigamente as pessoas da nossa comunidade buscavam o saber, eram obrigadas a se reunir cada dia na casa de uma pessoa para garantir seus estudos. Com o passar do tempo, o número de pessoas que queriam estudar aumentava, pois a comunidade estava crescendo. Até que Dona Libânia, esposa do senhor Amaro Coelho, assina a doação de um terreno, atendendo a um pedido de seu esposo que sonhava em ter uma ESCOLA na comunidade. A escolha do nome da nossa escola é uma homenagem ao seu esposo, Amaro Coelho, que na época, já era falecido. Muitos professores por aqui passaram e cada um deixou sua marca na história dessa escola. Tivemos como primeira diretora a senhora Norma Scheurmann, hoje já falecida. Atualmente nossa escola está sob a direção da senhora Andréa Tonet, tem aproximadamente 400 alunos, nos períodos: matutino e vespertino. Compõem o quadro de funcionários: 2 especialistas, 1 Adm. Escolar, 22 professores e 5 serventes, atende os alunos da pré-escola até o 5º ano, vindo das regiões do Porto Grande, Colégio Agrícola,Corveta, alguns do Rio do Morro e Itinga. Na escola Amaro Coelho é muito bom de aprender!
Música da Escola Municipal Amaro Coelho Eu estudo em uma escola maravilhosa, Eu estudo em uma escola sensacional, No futuro não muito distante daqui Alcançarei meu ideal O sonho de uma vida bem melhor começa aqui Junto com os meus amigos e professores eu aprendi
Refrão Ei,ei, como é bom estudar Ei,ei, um dia eu vou me formar Minha família vai se orgulhar Pois vou trabalhar Nela eu me espelho Amaro Coelho
Saudades eu sei que vou sentir Quando não mais estiver aqui Pois uma profissão terei Dela não me esquecerei O sonho de uma vida bem melhor começa aqui Junto com os professores eu aprendi... Letra e música da professora: Angelita Leandra Estevão
BAIRRO COLÉGIO AGRÍCOLA Serviços prestados na Comunidade: Situado as margens da BR 280, entre os quilômetros 26 à 30. Conta com algumas empresas, mercados, lojas, restaurantes, padarias, bares, lanchonetes, igrejas, transportadoras, Centro de recuperação para dependentes químicos, Corpo de Bombeiros 41
Militar, Centro de educação infantil, prestadoras de serviços variados. As festas mais comuns nessa localidade, são as festas religiosas e juninas. Nesta localidade está situado o Instituto Catarinense de Ensino/Campus Araquari.
IFC/Campus Araquari Uma das instituições pioneiras no ensino agrícola em Santa Catarina, localiza-se na cidade de Araquari, às margens da BR 280, rodovia que liga Joinville, Araquari e São Francisco do Sul. Sua história tem início através de um acordo entre o estado de Santa Catarina e o Governo Federal, com sua publicação no Diário Oficial da União nº 63, em 18 de março de 1954. Este acordo criou a “Escola de Iniciação Agrícola de Araquari”. Até 1959 a escola esteve em construção. Este ano de 1959 marcou o começo das atividades do curso de Iniciação Agrícola, que contou em sua primeira turma com 20 alunos e passou a ser denominada “Escola de Iniciação Agrícola Senador Gomes de Oliveira”. No ano de 1968 a escola passou a ser vinculada a Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Desse modo, integrou-se ao sistema federal de ensino, oferecendo a formação para técnicos agrícolas e estudantes que ingressavam no Segundo Grau. Depois do ano de 1975 o curso oferecido pela instituição recebeu a nova nomenclatura de Técnico em Agropecuária, similar ao que existe ainda hoje. Uma grande mudança ocorreu no ano de 2008, através da Lei 11.892, que cria os Institutos Federais. A partir deste momento, tem origem o Instituto Federal Catarinense(IFC)com a integração das escolas agrotécnicas de Concórdia, Rio do Sul e Sombrio e dos colégios agrícolas de Araquari e Camboriú. O antigo colégio se torna o Instituto Federal Catarinense/Campus Araquari e passa a integrar a Rede Federal de Educação Profissional Científica e Tecnológica. Hoje, são oferecidos os Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio em Agropecuária, Informática, Química. Na modalidade Subsequente ao Ensino Médio é ofertado o curso Técnico em Agrimensura. Também estão disponíveis os Cursos Superiores em Ciências Agrícolas, Medicina Veterinária, Química, Sistemas de Informação e Tecnologia em Redes de Computadores. Além de uma especialização em Aquicultura e um mestrado em Produção e Sanidade Animal.
Ponto turístico A ponte de ferro, localizada aos fundos do IFC, é um dos atrativos dessa região. Principal elo de ligação férrea entre os municípios vizinhos de Araquari, Joinville e São Francisco do Sul.
Algumas empresas do bairro: Varp Transporte e Logística Heismann Do Brasil Sampaio Distribuidora de Aço Metalgalvano Perfilville
Recicle Catarinense de Resíduos Scheneider Arabras Aliança Serralheria Galvanoplastia e Pintura a Pó
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BAIRRO RIO DO MORRO A estrada geral do Rio do Morro liga os municípios de Araquari e Joinville, cercada de muita vegetação, possui áreas ainda com vegetações nativas, fazendas, sítios e chácaras. Possui algumas lagoas de pesque pague, bar, igrejas, pequenos comércios. A população é pequena naquela região e algumas famílias vivem da agricultura e da pecuária. As festas tradicionais dessa comunidade são as religiosas e juninas. Sua extensão é cortada pela linha férrea. Atualmente a sua estrada principal está sendo preparada para receber uma nova pavimentação, pois isso, facilitará muito o acesso entre as duas cidades vizinhas.
Algumas empresas do bairro: Ciser Locação Mini Escavadeiras Joinlaca Pinturas Conservas Rio do Morro
Turismo
A região é muito procurada para fazer trilhas de motos, carros e bicicletas, pois as paisagens como muitas árvores de várias espécies e ruínas de casarões naquela área, são de uma beleza ímpar.
BAIRRO CORVETA O bairro Corveta é cortado por uma das maiores rodovias deste país, a BR101. O bairro também é ligado por um acesso secundário à BR280, através da Estrada Geral do Porto Grande. Desta forma, nos últimos anos, grandes empresas vêm se instalando neste local, tornando o bairro, o maior pólo industrial do município. Dentre outras, encontra-se no bairro Corveta empresas multinacionais e de grande porte, como a Hyosung e o Grupo BMW. Contribuem também para a economia do município as empresas, Fibratec, Fortelev, Mineração Nilson, Mineração Veiga e muitas outras. O bairro ainda contribui para a economia do município, através da agricultura, pois possui a agricultura familiar, com plantações de maracujá, aipim, dentre outros. Recentemente uma cervejaria se instalou nessa região e está se destacando significativamente na cidade. O bairro conta com um Centro de Educação Infantil, que atende crianças da própria localidade e de bairros vizinhos. Podemos destacar os estudos que vem sendo realizados pela Universidade do Estado de Santa Catarina e da Fundação Palmares, de que nessas terras havia um pequeno quilombo.
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POEMAS E ACRÓSTICOS TRABALHADOS PELOS 3º ANO SOBRE O MUNICÍPIO Araquari, minha cidade Eu moro em Araquari, E faço tudo aqui! Vejo o Rio Paraty, E me orgulho daqui! Cultura e religiosidade, Festas e tradições. Tem popularidade, E muitas emoções. Escrito por 3º ano I (professoras Aline e Simone)
Amamos nossa cidade, R espeitamos e Acreditamos Que através da União, do trabalho e da educação Alcançaremos o sucesso, a vitória e R ealizaremos o sonho da Igualdade e da justiça! Escrito por 3ºano II (professora Joiceleide) Cidade especial A nossa cidade é especial Porque nela podemos estudar, Morar, brincar e trabalhar. Tudo nela é sensacional! Morando em Araquari, Podemos nos divertir. Criar coisas novas, E viver a sorrir! Escrito por 3º ano III (professora Aline e Simone)
Adorável é a minha cidade, R uas tranquilas ainda existem A belhas, pássaros, árvores e mais... Queimadas não precisamos jamais Unidos protegeremos A nossa natureza, os R ios não poluiremos e uma Incrível cidade teremos! Escrito por 3º ano IV (professora Joiceleide) 44
GUAMIRANGA O bairro Guamiranga situa-se na Estrada Geral Guamiranga, Zona Rural do Município de Araquari. De acordo com o lingüista Silveira Bueno o Termo Guamiranga vem do Tupi Guarani cujo significado seria Enseada ou Baia Vermelha. Já outros registros de Teodoro Sampaio traduzem como Folha Vermelha ou Lobo vermelho. Pois parece que primeiro chamava-se Guaramiranga e mais tarde passou para Guamiranga. Guará = lobo e Miranga = vermelho. Guaramirim adota como significado “lobo vermelho”, conforme registros de relatos pelo Frei Aurélio, Devido a Estrada Geral Guamiranga fazer divisa com o município de Guaramirim. Os fundadores do Bairro foram João Valentim dos Santos, Antonio Francisco Elias, José Julião da Rosa, Otaviano Rosa e Outros. No ano de 1914 desceram pelo Rio Itapocu, aportaram onde hoje é a ponte Pênsil, desbravaram com picadas, roçadas, enfrentaram os perigos da mata e até índios. Estes fundadores casaram-se e constituíram suas famílias. No passado existia no bairro armazém, farmácia, celaria, sapataria, tafona (fabriqueta de farinha de mandioca), Sub Sede dos Sindicatos dos trabalhadores Rurais onde havia atendimento odontológico, médico, posto de enfermagem e houve um tempo que teve até uma Unidade de Atendimento do Banco do Brasil para atender os agricultores da localidade. As diversões da época eram o futebol de fim de semana, os bailes e as famosas domingueiras. A primeira Capela foi construída por um homem chamado Miguel por isso deulhe o nome de Capela São Miguel. A Segunda Capela foi construída onde está a atual Capela São Miguel hoje, ela foi dedicada a Imaculada Conceição e à Santo Antônio, só mais tarde entre os anos de 1955 à 1960 é que foi construída a atual Capela São Miguel Arcanjo com ajuda dos moradores e o Padre Mathias.
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A primeira escola do bairro foi construída em madeira onde hoje é o bananal do Sr. José Stoinski, o primeiro Professor foi o Sr. Antônio Angelim. A Escola Municipal Cristina Marli Zipf Ribeiro, única escola do bairro hoje, foi inaugurada em 1960 com o nome de “Escola Estadual Prefeito Emílio Manke Junior.
A economia do bairro baseia-se principalmente na agricultura (plantação de arroz e banana) e alguns na pecuária. Os pequenos proprietários trabalham no sistema de agricultura familiar. Apesar de haver muitas plantações, no bairro pode-se observar muitas vegetações naturais, que embelezam ainda mais o local. A localidade possui três empresas: a Fábrica de musse Tia Nica e as Marmorarias São Miguel e MD.
O bairro possui dois pontos turísticos: a Ponte Pênsil e o Salto do Guamiranga.
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O Rio Itapocu margeia todo o bairro, ele é utilizado para captação de água para o plantio de arroz irrigado, na pesca e na extração de minério.
As comunidades São Miguel, Lagoa Nova e Lagoa do Itaum destacam-se em sua religiosidade com a Festa em Honra a São Miguel Arcanjo realizada anualmente na comunidade São Miguel no mês de setembro. Como tradição em maio, a Capela São Miguel realiza a Novena diária e no final do mês a Coroação de Nossa Senhora desde o ano de 1960. O bairro possui comércio local, Centro Esportivo, Associação de Moradores (JOVASSA), duas Igrejas Católicas, dois Cemitérios, uma Escola Pública Municipal, Posto de Saúde. A Prefeitura Municipal atende o bairro com uma Secretaria Administrativa. Os moradores do bairro podem fazer uso da Balsa no Rio Itapocú (sendo esta uma via de acesso entre os municípios de Araquari à São João do Itaperiú, Guaramirim, Barra Velha e Massaranduba). Na área de lazer o Centro Esportivo do Bairro é promovido competições e torneios de Futebol de Campo, Futebol Society e Bocha, aumentando assim a visitação ao bairro. O Salto do Guamiranga é utilizado na prática de esportes aquáticos (como descida de caiaque). Por ser um bairro rural recebe inúmeras visitas de ciclistas que vem apreciar a tranqüilidade e belezas existentes. Atualmente residem no Guamiranga 135 famílias.
REGISTROS DA HISTÓRIA DOS BAIRROS E DAS COMUNIDADES ATENDIDAS PELA ESCOLA MUNICIPAL JOÃO AGNELO VIEIRA.
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Acertado o noivado da princesa D. Francisca de Bragança (filha do imperador D. Pedro I e irmã de D. Pedro II), com o Príncipe de Joinville (filho de Luís Filipe I, rei dos franceses), o Governo Imperial Brasileiro, nesse tempo chefiado por D. Pedro II, tratou logo de sancionar uma lei (n° 166 de 29 de setembro de 1840) que garantia o dote que caberia à princesa. Após estudo e consultas, foi decretado mais tarde que este patrimônio em terras pertencentes à Nação deveria ser de 25 léguas quadradas e localizado na Província de Santa Catarina, entre os rios Pirabeiraba e Itapocú, nas proximidades da baía de São Francisco. Esse patrimônio transferido para o domínio particular da Princesa Dona Francisca, passou a ser conhecido por "Domínio Dona Francisca" e aí a origem do seu nome. Para proceder a medição das terras dotais da Princesa Dona Francisca foi designado Jerônimo Francisco Coelho, Tenente Coronel do Corpo Imperial de Engenheiros. As terras assim demarcadas abrangiam a área de 155.812 hectares. Por volta de 1843, esta região era quase inteiramente virgem, apenas encontrando alguns moradores da orla marítima e no Planalto de Campo Alegre. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%B4nia_Dona_Francisca Redescobrindo Itapocu vídeo que fala sobre os sambaquis https://valeitapocu.blogspot.com.br/2017/03/arquivo-historico-eugenio-victor.htm Era 30 de agosto de 2010, na gestão da prefeita Cecília Ayroso Konell, quando o Arquivo Histórico Eugênio Victor Schmöckel foi instalado num prédio alugado, no bairro Barra do Ribeirão Molha - próximo ao Ribeirão Kramer e o antigo Curtume Schmidt . Antigamente, a instituição funcionou no antigo prédio da Prefeitura - atual sede do Museu Histórico Emílio da Silva - no prédio da Estação Ferroviária, espaço da instalação atual da Biblioteca Pública Rui Barbosa - Avenida Getúlio Vargas - e na Rua ida Bona, centro, lateral do logradouro da Barrão do Rio Branco. Ademir Pfiffer – Historiador "Informou o conferencista não ter encontrado sambaquis além de 10 quilômetros no vale do Itapocu". O que podemos tirar de conclusão sobre o parágrafo descrito acima por Beneval de Oliveira em 1944? Coincidência ou não, o sambaqui costeiro mais longínquo conhecido atualmente e que pertence a bacia hidrográfica no vale do rio Itapocu, se encontra justamente a 10 quilômetros de sua foz com o mar perto na região do rio Piraí (afluente do rio Itapocu na sua margem esquerda) e foi catalogado aproximadamente 15 anos atrás com o nome de "Rainha 1" que fica na localidade de Corveta em Araquari. Esta informação confirma que desde aquela época existe pouca incidência de sambaquis costeiros no vale do rio Itapocu. Portanto, a importância de preservar os poucos sambaquis costeiros ainda existentes nas imediações na região da foz do rio Itapocu (sambaquis costeiros Faisqueira 1 e 2, Itapocu, Rainha 1 e 2) entre as cidades de Barra Velha e Araquari. Projeto dos pesquisadores José Carlos Fagundes de Barra Velha e Fabio Krawulski Nunes de Jaraguá do Sul sobre a história que cerca o rio Itapocu e que está sendo redescoberta neste documentário. Este vídeo (preview), mostra a primeira fase do projeto sobre a história do Peabiru em torno do rio Itapocu e os desbravadores da coroa espanhola que utilizaram a partir de sua foz para irem em direção ao interior do Paraná e ao Paraguai no século XVI.Mais adiante, este projeto irá abordar entre outras questões relacionadas direta ou indiretamente sobre o rio Itapocu a sua historiografia dos séculos XIX e XX."A conquista do novo mundo também começou por Sambaqui costeiro Itapocu na localidade de Escalvado em Barra Velha - SC.
Datação do local: Inconclusivo (entre 5.000 a 2.000 anos A.P.) 48
TRADIÇÃO: HOMEM DO SAMBAQUI Este sambaqui costeiro foi estudado desde a década de 80 do século passado e catalogado com o nome de "Itapocu", estando cerca de 200 metros da margem direita do rio Itapocu. (próximo da ponte da BR 101 no quilômetro 80). Durante a construção de uma piscina no local, foi encontrado um esqueleto humano e uma machadinha de pedra. O mesmo fica cerca de 2 quilômetros de distância (no mesmo lado do rio) dos sambaquis costeiros Faisqueira 1 e 2. Fonte: https://tecnaly.blogspot.com.br/2016/03/informacao-publica-n-128-barra-velha-21.html Mão de obra escrava era usada na Joinville do século 19
CASA DE ESCRAVO Ao completar 125 anos da assinatura da Lei Áurea, o marco da abolição da escravatura no país, o tema ainda continua sendo um tabu na história. Mas havia negros escravizados, sim, como em todo o país. E não eram poucos. Embora não fosse permitido ao colono, a prática era comum nas famílias de origem lusa que já habitavam estas terras, muito antes da Sociedade Colonizadora Dona Francisca começar a trazer para cá os primeiros imigrantes. No final da década de 40 do século 19, quando iniciaram os preparativos para o estabelecimento da Colônia Dona Francisca nas terrais dotais da princesa de Joinville, já havia inúmeras famílias brasileiras, estabelecidas há várias gerações. A Colônia, um empreendimento privado da Sociedade Colonizadora de Hamburgo, ocupava uma área de oito léguas quadradas, que era apenas uma parte do dote da princesa (25 léguas quadradas, no total). Outra parte era o Domaine Dona Francisca, que englobava o restante das terras dotais que ainda pertenciam ao príncipe – essas não haviam sido cedidas para a Sociedade Colonizadora. Havia ainda, o Domaine D’Aumale, que pertencia ao duque de Aumale, irmão do príncipe de Joinville, e que ficava em parte do que é hoje Pirabeiraba. E no entorno dessas áreas havia sesmarias, fazendas e sítios pertencentes a famílias brasileiras de origem lusa – algumas bem próximas do centro da nova colônia germânica. No livro de Carlos Ficker, “História de Joinville – Crônicas da Colônia Dona Francisca”, constam algumas dessas famílias. Na região onde hoje é o Bairro Boa Vista, do outro lado do rio Cachoeira, havia a propriedade de Agostinho Budal. Entre o Bucarein e o atual Itaum, havia a propriedade de Antônio Vieira e mais adiante a sesmaria de Salvador Gomes e Afonso Miranda. Para o Norte, na região onde hoje fica o aeroporto, as terras eram de João Cercal, Luiz Dias do Rosário, Vicente Afonso do Rosário e outros – uma área que se encostava ao rio Cubatão. Na região ao lado da “Rainha”, em Araquari, havia as terras do Coronel Camacho. Para o Sul, nomes como Antônio da Veiga, João da Veiga, Manoel Gomes e Francisco da Maia já estavam radicados, entre muitas outras famílias. No livro de Carlos Ficker consta que o Coronel Vieira, por exemplo, se estabeleceu em 1826. “Com grande fazenda e muitos escravos.” Nos registros dos cemitérios e igrejas eles apareciam, com a identificação de seus donos. Na Coletoria Estadual havia ainda o registro do recolhimento de impostos sobre a circulação de escravos (como uma mercadoria, um bem) e no livro de venda dos escravos, constava o imposto sobre transferência. Quando eles iam ao Planalto Norte, por exemplo, mudavam de Estado, e era preciso pagar o imposto. As famílias vinham de lá para comprar escravos aqui. Isso era registrado no tabelionato, explica a pesquisadora Brigitte Brandenburg, comentando que nesse comércio muitas vezes as famílias de negros eram separadas. “Às vezes, as crianças não iam juntas”, comenta. Nessa época, segunda metade do século 19, a maior parte dos cativos já era nascida no país – anteriormente, até por volta de 1860, os registros indicavam a procedência, como “Benguela” (uma das denominações dada aos bantus, que viviam em vários locais da costa africana) e “Mina” (vindos da Costa da Mina, na África), por exemplo. Em seu livro, “Suedbrasilien”, publicado em 1850, o doutor Hemann Blumenau revelava que nas províncias do Norte o número de escravos era elevado e a proporção em alguns casos chegava a um branco para dez negros. “No Sul, a porcentagem é menor, como na Província de Santa Catarina, onde, numa população de cerca de 90 mil almas, há apenas 14 mil escravos”, disse. João Vieira Sênior, da região que 49
hoje é o Itinga, por exemplo, tinha 32 escravos. Já Salvador Gomes, quando morreu, tinha 40 cativos, comenta Brigitte. Ainda hoje, quem passa pela antiga Estrada da Serra, atual SC-40, em Pirabeiraba, pode observar uma casa cuja construção é atribuída a João Gomes de Oliveira, descendente de Salvador Gomes. O imóvel erguido na década de 60 do século 19 hoje pertence ao casal Wigando e Alzira Fleith, e tem suas características preservadas. A casa foi comprada pelo pai de Alzira em junho de 1935. Ela lembra que ao lado da casa, à direita, ainda era possível ver vários ranchos de madeira usados para abrigar os escravos na roça de mandioca e Cana. Os escravos trabalhavam nos engenhos de farinha e na roça, cultivando mandioca e cana. Também podiam ser encontrados em plantações de arroz. “Em São Francisco do Sul tinha muito arroz”, comenta Brigitte Brandenburg. Paraty, onde hoje é Araquari, era uma área grande, com uma parte cultivável e muitos banhados, o que demandava maior mão de obra. Os imigrantes que eram trazidos da Europa para povoar a Colônia Dona Francisca não podiam ter escravos. No livro “Era uma vez um simples Caminho”, a pesquisadora Elly Herkenhoff afirma que a iniciativa de coibir o uso dessa mão de obra partiu da própria Sociedade Colonizadora de Hamburgo, em 1849, que solicitou a medida ao imperador Dom Pedro 2º. Isso não quer dizer que, em determinadas situações, eles não tivessem. Um caso típico era quando um colono casava com uma moça de origem lusa, que podia levar seu escravo – e algumas vezes levavam, já que não estavam habituadas ao trabalho doméstico. “Os escravos eram herdados. Eles tinham filhos, que iam crescendo junto com as famílias. Não precisavam comprar, vinham de herança”, explica Brigitte Brandenburg, citando o exemplo de um senhor Seiler, que era casado com uma moça de uma família lusa abastada de Morretes (PR). Construtor de moinhos, ele veio fazer trabalhos na colônia no final dos anos 70 e trouxe a família, com escravos. A prática, porém, não era comum, já que a escravidão não era vista com bons olhos pelos moradores da Colônia. “Não se podia impedir que o francisquense tivesse escravos. Mas quando João Gomes veio para cá, ele consultou Frederic Brüstlein sobre a vinda de escravos”, recorda a pesquisadora, referindo-se a um proprietário que adquiriu terras em Pirabeiraba, fora da colônia, mas ainda dentro do domínio do príncipe. A carta consta da correspondência de Brüstlein, preservada no Arquivo Histórico de Joinville. Foto: Arquivo Histórico de Joinville http://desacato.info/mao-de-obra-escrava-era-usada-na-joinville-do-seculo-19/
BAIRRO ITAPOCU Localizado no município de Araquari, o distrito de Itapocu está margeado ao norte pela BR-101 e ao sul pelo rio Itapocu, um dos principais afluentes da região. Conhecido até o fim do século XIX como Porto do Sertão, é uma região que se formou a partir da migração da região litorânea do sul de Santa Catarina, especialmente de descendentes de portugueses açorianos e também migrantes da região norte, sobretudo de São Paulo, onde aí se incluem os negros que migraram para formar a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, por volta de 1854 (ALVES; LIMA e ALBUQUERQUE, 1990). Itapocu, consequentemente, passou a ser um território de encontro dos antigos moradores (negros) e seus amigos, conquistados nos novos territórios de moradia dos migrantes (SANTOS e SILVEIRA, 2001). Itapocu tornou-se local de resistência, pois na década de 1960 ocorreu um rompimento com a Igreja Católica Romana que marcou definitivamente a comunidade negra do Distrito. Até a década de 1960 havia em Itapocu a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e a Igreja do Sagrado Coração de Jesus, semelhante ao que ocorre hoje, porém naquele período houve uma movimentação da Igreja Católica Romana iniciada pelo então vigário de Araquari, Padre Aníbal Círico, com o aval do então Bispo Dom Gregório Warmeling, para fazer uma junção das duas igrejas em uma única. Todavia a proposta era de que, tão logo a junção das duas igrejas se efetivasse, seria desmanchado o prédio de uma delas. Após conversar com membros da comunidade, incluindo o padre, o bispo e também alguns negros, não necessariamente representantes da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, ficou decidido que a igreja a ser desmanchada seria a de Nossa Senhora do Rosário. Porém, com a derrubada da igreja na década de 1960, não foi possível conciliar celebrações que até a ocasião eram realizadas em igrejas separadas, até mesmo com rituais diferentes. Após um período que não se conseguiu precisar, houve uma nova separação, mais conflituosa e que revelou o distanciamento religioso 50
e cultural, que não se percebia ou não se queria perceber até então. Porém há lembranças até hoje do lugar de os negros sentarem na igreja dos brancos; os negros deveriam sentar-se no lado direito, enquanto os brancos do lado esquerdo, não há uma explicação lógica para isso, apenas separação (FINDLAY, 2005). Embora todo rompimento seja conflituoso, para os negros de Itapocu o que houve foi mais do que se pressupõe, pois está presente na memória e consequentemente na fala dessa comunidade negra a lembrança da igreja demolida, como “espaço” sagrado violado, pela própria igreja que mantinha. Essa passagem configura-se como um dos elementos comprobatórios de que, mesmo com o “espaço físico”, nesse caso a igreja, tendo sido violado, a comunidade consegue manter o “espaço simbólico” em sua memória social e não deixa de preservar suas identidades. O Grupo Catumbi de Itapocu é composto por homens, de quantidade indefinida, podendo ser a partir de dez e chegando a 30, e por duas mulheres, que apenas têm a função de levarem as bandeiras, enquanto os homens, em suas manifestações, cantam, dançam e tocam tambores, em honra a Nossa Senhora do Rosário, e são uma espécie de guardiões da Santa e mantenedores da igreja. As bandeiras, uma azul e a outra branca, acompanham o cortejo sempre quando o Grupo Catumbi se apresenta, de forma muito semelhante à utilizada pela cantoria do Divino Espírito Santo. O culto ao Divino Espírito Santo, de origem portuguesa, veio para o litoral catarinense do Arquipélago dos Açores (FARIAS, 1998). Em ambas as manifestações, no cortejo, as bandeiras vão à frente, mais no caso da Nossa Senhora do Rosário a elas seguem o Capitão, os Tambolireiros e os Dançantes. Essa sequência ocorre em ensaios normais4, em dias festivos aparecem as figuras do Capelão, do Rei e da Rainha. Desde 2004 aparecem crianças (meninos) que foram inseridos no Grupo Catumbi, geralmente são filhos, sobrinhos ou netos dos dançantes adultos, chamados de Catumbi Mirim. Além da manifestação artística e cultural encenada pelo Grupo Catumbi, outras tarefas são atribuídas ao Grupo, como organizar a festa e acompanhar as bandeiras. Mesmo havendo um momento específico de visita das bandeiras às casas da comunidade de Itapocu, são elas um dos elementos simbólicos que estão sempre acompanhando o Grupo Catumbi, devidamente carregadas por duas mulheres da comunidade. Também durante a Festa de Nossa Senhora do Rosário o grupo acompanha o translado da Imagem de Nossa Senhora do Rosário e das Coroas com seus respectivos rei e rainha. Durante a festa há a escolha de um casal que será o rei e a rainha da festa do ano seguinte, cujo reinado durará um ano. Os membros reais, geralmente, representam duas famílias, em razão de que é por conta deles que correm os gastos com o banquete a ser oferecido no dia da festa, após a coroação. Esse ritual é acompanhado pelos juízes da festa, que são as testemunhas da coroação.
EXPEDIÇÃO DE JOURDAN Na expedição que o engenheiro Emilio Carlos Jourdan engenheiro designado a demarcar as terras das margens do Rio Itapocu. Começando desde o rio Itapocu, rio Jaraguá na vila em Joinville com intuito de arrendar as terras demarcadas na margem direita do rio Itapocu pertencente ao Conde d’Eu e a Princesa Isabel. Isso aconteceu no ano 1876. Quando Jourdan arrastou a primeira viagem embarcando no porto do então “Sertão” (hoje Itapocu), havia entrado em entendimento com os senhores Onofre Rosa e Carl Walter, pessoas relacionadas na época. Este era alemão e migrava solteiro. Viria ser posteriormente comprade de Jourdan por lhe batizar o Emilio Charles. Ali Jourdan conseguiu 05 homens conhecedores de longo percurso no volumoso Itapocu, pelo qual nos anos de 1878, entraram veleiros de bom Caldo Calado para transportar produtos agrícolas das regiões de Corveta, Ribeirão da Corda, Morro Grande do Ai. Daquele porto, a 13 de abril de 1877, partia pela madrugada de quinta-feira santa, grande canoa remada por Calixto Domingos Borges Trajano Polfino Nascimento de Oliveira, João Pães e Alexandre Padillha (Branco) Jourdan acompanhado. O roteiro durou até sexta-feira santa quando chegaram e aportavam numa ilha, em Jaraguá, defronte da atual FAMAC. Sábado de aleluia (15 de abril), pelo clarear do dia passou-se a canoa a margem direita do rio entrando por um forte ribeirão, onde ficavam escondidos aos botocudos, senhores absolutos da região. Foi 51
ali que Jourdan pronunciou, com sotaque estrangeiro – “Rapazes aqui eu quero fundar a grande usina de açúcar. Esta terra será de grande futuro para o Brasil.” No Sertão (Itapocu) era plantada cana de açúcar, solo arenoso próprio para esse plantio. Pés de café, pés de rícino, feijão, milho, fumo e legumes.
BAIRRO RAINHA - Relatos da história do bairro Entrevistado: Maria Borges Ferreira (Dona Quininha). Entrevistador: Mariselma Justina de Borba. Eu, Maria Borges Ferreira (Dona Quininha), nasci em uma comunidade chamada Ribeirão da Corda próxima do Rainha. Estudei na Escola Estadual Isolada Mista do Bairro Rainha a 1ª série e a 2ª série por dois anos, entre 1943 e 1945, que ficava localizada onde o Sr. João Ignácio (João Tianga) morava, casa que na época era do professor João Agnelo Vieira, que foi o primeiro professor e depois outros. Conheci a capela do bairro e fiz a catequese com os professores e com o Padre José Augusto do Sagrado Coração de Jesus de Joinville. Fiz a primeira comunhão com o Padre José nesta capela, posteriormente, esta capela se tornou o segundo local onde funcionou a escola no bairro. Em 1946 fui estudar na Escola Estadual do Coqueiro, fiz a terceira série, terminei e então fui para Jaraguá do Sul estudar de 1947 a 1953. Depois de 07 anos terminando o normal regional, voltei para minha comunidade e fui nomeada professora desta escola no dia 16 de março de 1954, onde eu servia a capela como catequista, preparava as crianças para a primeira comunhão. Os Padres foram: Pe Ambrósio e Pe Henrique e também o Pe José do Sagrado Coração de Jesus de Joinville. Lembro-me que chamavam de capela da Rainha. Sei que tinha a imagem de Nossa Senhora do Bom Parto e a Santa Cruz. Tinha outra capela perto da Santa Cruz, que todo ano dia 03 de maio comemoravam o Dia da Santa Cruz. No dia 21 de novembro de 1959 me casei com Crispim em Araquari, quatorze anos dei aula na Escola Estadual de Rainha, povo da roça tinha engenho de farinha, minha família também era da roça. Entrevistada: Ivone Nascimento Alexandre Entrevistador: Mariselma Justina de Borba. Em 1960 eu cheguei pra morar no Bairro Rainha, tinha 10 anos de idade. Ainda nos anos 60 entrei para estudar nesta escola, conhecida por Escola Estadual de Rainha, era uma casa de madeira, tinha uma porta e três janelas, o trinco de madeira para fechá-la. A professora chamava-se Maria Borges Ferreira. Havia 45 alunos, todos numa só sala, nas carteiras cabiam 05 crianças cada uma. Mais tarde foi desdobrada para 02 turnos e a escola passou a se chamar de Escola Estadual Desdobrada de Rainha, depois Escola Isolada Rainha, atualmente chamada de Escola Municipal João Agnelo Vieira, este o fundador da escola da época. Quando ele dava aulas os alunos escreviam em lousas e apagavam com saliva, minha mãe estudou com esse professor, era família do bairro Corveta. Vocês gostariam de saber por que esta localidade se chama Rainha? Ouvi dizer que a Rainha D. Francisca tinha o domínio desta região, de Joinville até aqui, por isso o nome desta localidade, hoje esta localidade é conhecida como Zé do Brejo, mas na época era chamada de Rainha de dentro e dava saída para Barra do Sul pelo estivado e onde ficava a escola e a igreja era chamada de Rainha de fora. Mais tarde, em 1966 eu estava com 16 anos, comecei a dar aula no bairro Rainha II (Rainha de dentro) e continuei por 14 anos. Na localidade Rainha de fora foi construído a nova escola (terceiro prédio) onde várias professoras trabalhavam entre elas Maria Borges Ferreira (Dona Quininha), a Maria Amélia Duarte e Maria da Conceição que vinham de Araquari, onde hoje funciona o Centro de Educação Infantil João Ignácio Filho. O preparo da merenda era executado por dois alunos que eram escalados para esta tarefa em forma de rodízio, era somente leite em pó que se não soubesse preparar ficava embolado, o fogo era feito no chão em cima de alguns tijolos e a lenha eram os meninos que buscavam nas capoeiras. A água para beber era buscada no ribeirão que ficava nas terras do Sr. João Ignácio (João Tianga). As brincadeiras de meninas eram brincadeiras de roda como a ratoeira e a do limão e passa anel, já os meninos brincavam de esconde-esconde e bolinha de gude. 52
PÉROLAS DO BAIRRO RAINHA Termos utilizados pelos moradores da região do Bairro Rainha cotidianamente: Acrocado - sentado no chão ou no calcanhar Abobado - metido Aguaceiro - chuva forte Amuado - mal humorado Antionti - antes de ontem Apurado-ir no banheiro Ariar - dar brilho Arrancar - sair Arretar - alisar alguém Assuntado - cabeça no lugar, prestar atenção Atazanar - incomodar Atorar - cortar pelo meio Aturar - suportar Alvoroçado - agitado Avoado - aéreo Bacio-vaso sanitário Bafafá-falatório Baiacu - pessoa barrigudo nome de um peixe que incha quando se sente ameaçado Baitaca - pessoa que fala muito Balela - conversa mole Barbaridade-espanto surpresa Bardoso - que tem barda (mimado) Béco - bezerro Bica - queda d’água natural Bico - chupeta Biju - massa feita de farinha de mandioca Birrento-teimoso Biruta-louca Bizolhar - dar uma olhadinha Bobiça - coisa sem importância, besteira, palhaçada. Boca de coivara – quem tem os dentes muito estragados Bonéu - boné Brecar - frear Bufar - reclamar Butuca - mosca que pica
Bochicho - cochichar Cabeu - coube Cacalhada - sem moral Bateu a cassuleta - morrer Cafundó - lugar longe Camaçada - surra Cambacica - pessoa pequena Cambito - perna fina Canga - peça de madeira para prender os bois Capenga - torto Capilé - suco Capotar - dormir Carcar - escapar, cair fora Cardeneta - mesmo que caderneta (usava para anotar as compras) Carrada - muito; porção de barro. Cartapaço - bolsa de pano Catatumba - túmulo Cepo - tronco de madeira Chapado - bêbado Chimia - mistura de ovo e açúcar bem batido (com ovo cozido ou cru) para passar no pão Chineca - pão doce Chispar - sumir Chuchar - empurrar Chulapa - tapa Chupim - pessoa folgada (gosta de se aproveitar dos outros) Cocho - tanque de lavar Constipação - gripe Corrido - aquele que corre do jogo (medroso) Croque - tapa na cabeça Cuia - espécie de concha Curisco - pessoa pequena e rápida Desvaziar - esvaziar Dijaojinha - a bem pouco tempo Égua – expressão de espanto Embasado - sufocado
COMUNIDADE DO JACU
Sonia Eronides da Cunha Moradora do Jacu
Nasci em Joinville, no dia 29 de abril de 1967. Quando vim morar no Morro do Jacu eu era bem pequena, praticamente me criei ali. Estudei na Escola Isolada Estadual do Jacu, onde conclui as séries iniciais do Ensino Fundamental. A professora chamava-se Maria Salete da Cunha. Casei com 15 anos de idade e tive três lindos filhos. Hoje estão todos casados e tenho 05 maravilhosos 53
netos. Comecei a trabalhar com 28 anos na escola como merendeira, concursada pela Prefeitura. Na escola no Jacu trabalhei nos anos de 1996 até 2003. Neste ano de 2003 a escola foi desativada e centraram todos os alunos na escola do bairro Rainha. Todos tiveram que ir para lá, os alunos e eu. Foi então que estou até hoje trabalhando como merendeira na Escola Municipal João Agnelo Vieira. Perguntaram-me se eu conhecia a história que dá origem do nome Jacu, onde moro. Pois então, vocês devem estar curiosos para saber como surgiu o nome Morro do Jacu, não é? Dizem os moradores mais antigos da comunidade (inclusive meu avô), que nesse morro havia muitos passarinhos que se chamava Jacu. Daí vem o nome do morro, Morro do Jacu. Como moradora, tenho muito orgulho em morar nessa comunidade. Atualmente ainda existem muitos agricultores que cultivam banana, arroz, maracujá e outros. Sou casada e muito feliz junto ao meu Altair da Cunha. Hoje já não tem tantos pássaros Jacu (nem sei se existe mais). Só o que guardo são lembranças e saudades das pessoas que se foram e de um tempo que não volta mais.
ASSENTAMENTO JUSTINO DRASZERSKI
Sidiane A. Vieira Moradora do Assentamento
Tudo começou no dia 16 de julho de 1994. Eram 03 famílias que vieram morar no bairro de Itapocu no municipio de Araquari. Não era uma ocupação, pois era de comum acordo com o dono da fazenda (Walfrido da Silva Lima). Ele iria negociar as terras com o INCRA para que pudesse fazer um assentamento onde daria o direito e para dignidade 10 famílias poderem morar. No início morávamos em barracas. Foram anos de negociação até sair o tão sonhado assentamento. Enfrentamos muitos obstáculos até se formar o grupo de pessoas que temos hoje aqui no assentamento. As casas foram construídas anos depois. Tudo levou muito tempo para ser construído, mas neste assentamento hoje vive um povo muito feliz.
EEB TITOLIVIO VENANCIO ROSA
EEB TITOLIVIO VENANCIO ROSA Endereço: Rua: ONOFRE ROSA, 96 - ITAPOCU
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HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA O NEGRO EM ARAQUARI
Alaide Honorato da Silva
A Constituição da República Federativa do Brasil, lei maior de nossa nação, possui enquanto pressuposto. (...) assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça, como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social (...). (BRASIL, 1988, p. 1) Seus princípios, baseados na prevalência dos Direitos Humanos, na tolerância às diferenças e repúdio a quaisquer formas de discriminação tiveram, no campo educacional, sua transposição na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Nº 9394/96, que confere ao contexto educacional a especificidade de articular com a diversidade, por meio do respeito às manifestações culturais, bem como um currículo que atenda às necessidades de todas as partes envolvidas na relação ensino – aprendizagem. Em diversos estudos realizados em nosso país, descobriu-se que grande parte dos alunos negros possui dificuldade, ou mesmo total impedimento em afirmar sua origem étnica. Uma das causas para este mal é a ausência de referências positivas na narrativa da história dos negros tanto no Brasil, quanto de sua história ainda em continente africano. Sendo assim, configura-se uma lacuna no autoconceito do negro em nosso país. Com o intuito de sanar, amenizar esta situação de ausência da historicidade da cultura negra encontra-se nichos para construir, na dimensão do senso comum: um particular mítico, dotado de histórias preconceituosas, piadas depreciativas e explicações sem nenhuma base científica sem a ausência de dados históricos e culturais que construiu uma nação sem referências acerca do negro propriamente dito, assim como do continente africano. A luta então se fortaleceu no resgate dessa identidade fragilizada, sob a égide do Movimento Negro Unificado que, por meio da fomentação da lei 10.639/03 no Senado Federal, aprovou a obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana e afro-brasileira. Chega então no cotidiano escolar, a oportunidade de desvendar o outro lado da história, seus motivos, costumes, tradições, tão silenciados ao longo de séculos de eurocentrismo na educação brasileira. Segundo o documento oficial, a lei 10.639/ 03 (...) “altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro brasileirae dá outras providências”. (BRASIL, 2006). Dentre suas providencias, o documento ratifica mudanças na LDB, que passa a vigorar acrescida dos artigos 26-A, 79-A e 79-B; visa também abranger estabelecimentos de ensino fundamental, médio, oficiais e particulares, a fim de implantar, no currículo dessas instituições, conteúdos sobre o estudo da História da África e dos africanos, da luta dos negros em terras brasileiras, da cultura negra brasileira, e do negro na formação da sociedade nacional. Além disso, insere, no calendário letivo, o dia 20 de novembro como “Dia Nacional da Consciência Negra”. Emana da sanção dessa lei, a importância de uma ação pedagógica na inserção dos valores referentes à História da África, da cultura afro-brasileira tanto na dimensão ontológica quanto epistemológica da formação do educando, pois “com a aprovação da Lei 10.639, é obrigatório o ensino de história da África e da cultura afro-brasileira em todas as escolas de ensino fundamental, médio e superior”. (BENCINI, 2004, p. 48). Desta forma o Projeto Conhecendo Nosso Povo tem como proposta trazer subsídios teóricos, que operam como fundamentos para os professores conhecerem o município e reconhecerem as contribuições dos diferentes povos que aqui habitam e a diversidade étnico cultural que interferem constantemente no seu cotidiano.
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A TRAJETÓRIA DO NEGRO Mesmo com um precedente histórico de sofrimento e humilhações a trajetória do negro em terras brasileiras também foi marcada por uma série de lutas e combates às formas de exploração as quais eram submetidos os seus. Aos poucos vamos desvencilhando este passado que clamava por justiça de diversas formas. Fosse pela diplomacia, como na ocasião do comando de Ganga Zumba em Palmares, ou das sangrentas batalhas pela liberdade, deflagradas por seu sobrinho e sucessor Zumbi. Em 1540, apenas 40 anos após a chegada de Cabral à costa brasileira, o navegador espanhol Álvaro Nunes Cabeza de Vaca aportou onde hoje é o município de Barra Velha. O explorador incentivou a colonização da região norte do estado, até então habitada por indígenas da etnia Carijós. A expedição composta por europeus, escravos africanos e índios catequizados pelos jesuítas, levou cerca de um mês para chegar ao local onde seria fixado o povoado. A primeira denominação dada ao local foi Paranaguá Mirim ou Enseada Pequena, em Tupi Guarani. O nome Paraty (Tainha Pequena) veio mais tarde. E somente a partir de 1943 a cidade ganhou a denominação de Araquari, ou rio de refúgio dos pássaros, em Tupi-Guarani. Em 1658, os primeiros bandeirantes portugueses fixaram-se na região. Mas o município de Araquari foi colonizado basicamente por imigrantes açorianos, que chegaram ao litoral catarinense entre os anos 1748 a 1756. Entretanto, a fundação efetiva da vila só aconteceu em 1848, com a chegada de Joaquim da Rocha Coutinho. Ao chegar, o senhor de escravos, já encontrou estabelecido à margem esquerda do rio Parati, o português Manoel Viera. Os dois decidiram fundar uma vila. Joaquim da Rocha Coutinho e Manoel Viera são considerados os fundadores da freguesia de Senhor Bom Jesus do Paraty, parte do município de São Francisco do Sul. As casas eram construídas às margens do rio Parati e Cubatão, local onde ainda hoje existem ruínas de casarios antigos. O arraial do Parati, como era chamado à localidade, pertencia a então vila de Nossa Senhora das Graças do Rio São Francisco e foi elevada à categoria de freguesia (ou distrito) pela Lei Provincial Número 375, de 8 de junho de 1854. A emancipação política aconteceu por meio da Lei Provincial Nº 797, de 5 de abril de 1876. A instalação oficial se deu em janeiro de 1877 e o primeiro prefeito, Francisco José Dias de Almeida tomou posse somente em 1887. Em 1923, o município perdeu a autonomia e voltou a pertencer a São Francisco do Sul por dois anos, quando foi administrado por um Conselho Municipal, composto por cinco membros. A cultura açoriana enraizou-se e caminhou de mãos dadas com as mais diversas culturas, entre elas a indígena e a africana. Todas importantes na construção das povoações desta região, criando um mosaico cultural e o sincretismo religioso esta pluralidade cultural é representada no hino de Araquari.
RELIGIOSIDADE Araquari é uma cidade impregnada de religiosidade e misticismo. Seus pontos turísticos e patrimônio histórico são cercados por lendas e histórias de devoção. A Matriz da Freguesia Senhor Bom Jesus do Parati foi construída por determinação da Coroa Portuguesa e concluída em 1858 com o esforço dos devotos, em terras doadas por Manoel Pereira Lima e sua mulher. Entre as atrações da nova igreja, reconstruída no mesmo lugar um século mais tarde, está a “sala dos milagres”. A Igreja recebe milhares de romeiros e turistas, principalmente para a festa religiosa do Senhor Bom Jesus de Araquari. A festa realizada anualmente entre os dias 28 de julho a 06 de agosto há mais de 150 anos é uma das principais atrações turísticas do município. Após as novenas, os festejos culminam com a procissão do Senhor Bom Jesus, no dia 6 de agosto, pelas ruas da cidade. 56
Outras comunidades da cidade realizam suas festas de padroeira, mas a mais tradicional é a da comunidade de Nossa Senhora do Rosário, de Itapocu, que realiza, desde o ano de 1854, na semana do Natal, o Catumbi, folguedo de origem africana. A localidade de Itapocu era conhecida como Porto do Sertão, um reduto de negros escravos e libertos oriundos das regiões vizinhas e de outras do país, que mantinham o Catumbi como uma de suas manifestações culturais. Em 1854, os negros criaram a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e incluíram a festa no calendário religioso. Apesar de ter sofrido algumas intervenções da Igreja Católica Romana pela posse das terras da igreja usada pelos negros da comunidade, e migrado para a Igreja Católica Brasileira, o grupo sobrevive ao longo desses 157 de história, como um marco de resistência, organização cultural e como referencial de vida para os negros da região.
Dança masculina, um dos símbolos do Catumbi do Itapocu, reverencia Nossa Senhora do R osário
Fonte: https://ndonline.com.br/joinville/noticias/sincretismo-no-catumbi-de-itapocu
COMUNIDADES QUILOMBOLAS Desde o início da chegada do negro no Brasil, aproximadamente 1530, os documentos oficiais apontam fugas de escravos e formação de agrupamentos como forma de resistência à escravidão. A definição de comunidades quilombolas pelo Decreto 4.887 é a seguinte: Art. 2º Consideram-se remanescentes das comunidades dos quilombos, para fins deste Decreto, os grupos étnico-raciais, segundo critérios de autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida. § 1º Para fins desse Decreto, a caracterização dos remanescentes das comunidades dos quilombos será atestada mediante autodefinição da própria comunidade. Em Santa Catarina estima-se em 200 comunidades de quilombo (segundo o INCRA). Desta apenas sete estão certificadas, enquanto outras se encontram em processo de autodefinição. Em Araquari temos duas comunidades identificadas pelo INCRA: Areias Pequenas e Itapocu. Os territórios quilombolas são considerados patrimônio cultural brasileiro. Nesse contexto, os processos de regularização das terras quilombolas representam a possibilidade de se conhecer e de acessar a história daqueles que foram silenciados e desconsiderados na historiografia oficial, nos mapas geográficos e nos censos demográficos. Por 57
meio de saberes, tecnologias, formas específicas de manejar, lidar e cuidar da natureza passam a ser conhecidos e assumidos como parte do acervo cultural do Brasil.
CONSIDERAÇOES FINAIS Felizmente outra história está sendo escrita por meio de novas pesquisas que tem incorporado em seus temas a presença e a cultura negra, colaborando dessa forma para desconstruir o imaginário de que Santa Catarina é uma terra de “tradições européias” e de um estado próspero graças exclusivamente aos descendentes de europeus. A tendência é que a força das culturas consideradas negadas e silenciadas nos currículos escolares cresça ainda mais. Os ditos excluídos começam a agir e a exigirem mudanças ainda mais significativas no campo curricular e na prática docente, mudanças essas que valorizem as diversas culturas formadoras da história nacional, de tal modo que a cultura africana e a indígena sejam vistas de outro viés e não apenas pelo viés eurocêntrico colonizador. Sobre culturas silenciadas, um ponto interessante levantando por Gomes (2012, p.8) é que não se pode confundir esse silenciamento com o desconhecimento sobre o tema. Para ela, “é preciso colocá-lo no contexto do racismo ambíguo brasileiro e do mito da democracia racial e sua expressão na realidade social e escolar, ou seja, o silêncio parte-se de algo que se sabe, mas não se quer falar ou é impedido de falar.” (GOMES, 2012, p.8). Dessa forma a discriminação racial se faz presente na instituição escolar a partir do silenciamento ritualístico do professor. A lei 10.639/03 vem para romper com esse silencio e apresenta rupturas no campo curricular e epistemológico de ensino, tornando possível a “fala” daqueles considerados minorias, um diálogo intercultural emancipador, considerando a existência de um “outro” enquanto sujeito ativo. Tendo em vista que para Alberti a história e cultura afro-brasileira e indígena encaixam-se no que ela chama de “temas sensíveis”, (ALBERTI, 2013, p.36). É nesta perspectiva que se insere o Projeto “Conhecendo Nosso Povo”a ideia da polarização que existe em torno da nossa história de uma sociedade mista com as suas diferenças e que somos de fato uma sociedade multicultural.
Referências AFRICANIDADE BRASILEIRA - TV escola MEC 2013 GOMES, Nilma Lino. Educação cidadã, etnia e raça: o trato pedagógico da diversidade. MUNANGA, Kabengele org. Estratégias políticas de combate à discriminação racial. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Estação Ciência, 1996. ROMÃO, Jeruse Maria. A África Está em Nós: história e cultura afro-brasileira: africanidade Catarinense livro 5/ José Bento da Rosa da Silva. - João Pessoa Pernambuco: Editora Grafse 2009.
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POVOS INDÍGENAS DE ARAQUARI . Tribo indígena é uma forma de organização social e cultural. Os índios brasileiros se organizam em tribos, sendo que cada índio possui uma função dentro desta organização. Homens são responsáveis pela caça e guerra, mulheres pela comida e agricultura e as crianças brincam e aprendem.
Lideranças da tribo - Cada tribo possui um cacique (espécie de chefe) e um pajé (espécie de sacerdote conhecedor de ervas, rituais e aspectos culturais da tribo). Diferenças entre as tribos - Cada tribo possui aspectos culturais (danças, jogos, crenças, rituais) que a diferencia de outras.
Em Araquari atualmente há aproximadamente 348 membros da etnia Guarani M'bya. E 04 Escolas bilíngue. Aldeias: 1- Ywapuru - 07 famílias 2- Jaboticabeira- 15 famílias 3- Pindoty- 07 famílias 4- Tarumã Mirim- 04 famílias
Cacique Ronaldo mostra os artesanatos produzidos na Aldeia Tiaraju
5- Tarumã - 08 famílias 6- Piraí - 22 famílias
Marta, de 49 anos, é a moradora mais velha da tribo Tiaraju Foto: Pena Filho / Agencia RBS
Fontes: Dados repassados pela FUNAI - Joinville 59