Manual do Professor
Geografia
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ensino fundamental • anos Iniciais geografia • 4o Ano
Organizadora Edições SM Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida por Edições SM.
Leda Leonardo da Silva
Bacharela e licenciada em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP). Professora de Geografia no Ensino Fundamental e Médio.
Editor responsável Fábio Bonna Moreirão
Bacharel em Geografia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP). Licenciado em Geografia pela Faculdade de Educação da USP. Editor de livros didáticos.
São Paulo, 4a edição 2014
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Aprender Juntos Geografia 4 © Edições SM Ltda. Todos os direitos reservados
Direção editorial
Juliane Matsubara Barroso
Gerência editorial
José Luiz Carvalho da Cruz
Gerência de processos editoriais
Rosimeire Tada da Cunha
Coordenação de área
Fábio Bonna Moreirão
Edição
Apoio editorial
Assistência de produção editorial
R obson Rocha, Diogo Gomes, Maria Izabel Simões Gonçalves, Denise Costa Felipe, Gisele Manoel Vinícius Rodrigues Alzira Aparecida Bertholim Meana, Flávia R. R. Chaluppe, Silvana Siqueira
Preparação e revisão Cláudia Rodrigues do Espírito Santo (Coord.), Ana Catarina Nogueira, Ana Paula Ribeiro Migiyama, Angélica Lau P. Soares, Eliana Vila Nova, Eliane Santoro, Fátima Valentina Cezare Pasculli, Fernanda Oliveira Souza, Izilda de Oliveira Pereira, Maíra de Freitas Cammarano, Renata Tavares, Rosinei Aparecida Rodrigues Araujo, Valéria Cristina Borsanelli, Marco Aurélio Feltran (apoio de equipe)
Coordenação de design
Coordenação de arte
Edição de arte
Angelice Taioque Moreira
Projeto gráfico
Erika Tiemi Yamauchi Asato, Adilson Casarotti
Capa
Iconografia
Erika Tiemi Yamauchi Asato Ulisses Pires
Erika Tiemi Yamauchi Asato, Adilson Casarotti sobre paper toy de Carlo Giovani Priscila Ferraz, Júlia Medina, Bianca Fanelli, Josiane Laurentino
Tratamento de imagem Marcelo Casaro, Robson Mereu Editoração eletrônica
Equipe SM
Fabricação Alexander Maeda
Impressão
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Aprender juntos : geografia, 4o ano : ensino fundamental : anos iniciais / Organizadora Edições SM ; editor responsável Fábio Bonna Moreirão ; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida por Edições SM. — 4. ed. — São Paulo : Edições SM, 2014. — (Aprender juntos) Bibliografia. ISBN 978-85-418-0444-8 (aluno) ISBN 978-85-418-0445-5 (professor) 1. Geografia (Ensino fundamental) I. Moreirão, Fábio Bonna. II. Série. 14-05381 CDD-372.891 Índices para catálogo sistemático: 1. Geografia : Ensino fundamental 372.891 4ª edição, 2014
Edições SM Ltda. Rua Tenente Lycurgo Lopes da Cruz, 55 Água Branca 05036-120 São Paulo SP Brasil Tel. 11 2111-7400
[email protected] www.edicoessm.com.br
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Apresentação
Caro aluno, Este livro foi cuidadosamente pensado para ajudá-lo a construir uma aprendizagem sólida e cheia de significados que lhe sejam úteis não somente hoje, mas também no futuro. Nele, você vai encontrar estímulos para criar, expressar ideias e pensamentos, refletir sobre o que aprende, trocar experiências e conhecimentos. Os temas, as imagens, as atividades e os textos propostos neste livro oferecem oportunidades para que você se desenvolva como estudante e como cidadão, cultivando valores universais como responsabilidade, respeito, solidariedade, liberdade e justiça. Acreditamos que é por meio de atitudes positivas e construtivas que se conquistam autonomia e capacidade para tomar decisões acertadas, resolver problemas e superar conflitos. Esperamos que este material didático contribua para o seu desenvolvimento e para a sua formação. Bons estudos!
Equipe editorial
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Conheça seu livro CUID
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Este volume contém quatro unidades, cada uma delas com três capítulos. Veja como cada unidade está organizada.
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Conhecer seu livro didático vai ajudar você a aproveitar melhor as oportunidades de aprendizagem que ele oferece.
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unidade
Grandes imagens iniciam as unidades. Aproveite para fazer os primeiros contatos com o tema a ser estudado.
O trabalho no município
AMj Studio/ID/BR
Abertura de unidade
No município, tanto no campo na cidade, homens e mulher como es trabalham em diferen tes atividades. Em todos os municípios há prestação de serviços, produção de alimentos e ainda a fabrica ção dos mais variados objetos . A ilustração ao lado representa diferentes locais de trabalh o de um município.
capítulo
O município está dentro do estado e do país
1
a) Entre esses locais, quais se encontram no campo e quais se encontram na cidade? b) Que atividades profissi onais podem ser realizadas em cada um desses locais de trabalho ? c) Quais ferramentas e máquinas mais usadas no campo você conhece? E na cidade?
e sua avó more em Maem Fortaleza, no Ceará, será feito Imagine que você more para visitá-la, o trajeto você for viajar de avião naus, no Amazonas. Se longe de Manaus. bem é za Fortale meia. do Sul: em 3 horas e Alegre, no Rio Grande Porto em more você É muito Imagine então que no mínimo, 6 horas. Manaus vai demorar, a viagem de avião até longe! mais extensos do países dos um É . io muito grande se O Brasil tem um territór partes, que são os estado ro é dividido em várias mundo. O território brasilei o Distrito Federal.
caderno.
Brasil e seus estados –
divisão atual
Que contatos entre moradores do campo e da cidade podem ocorrer por meio de atividades realizadas em locais como os da cena?
ID/BR
1 Observe o mapa do Brasil dividido em estados e faça o que se pede no
d) Quais são as diferen ças principais entre o ambien te de trabalho no campo e o ambiente de trabalho na cidade?
50ºO
70ºO GUIANA
VENEZUELA COLÔMBIA
Guiana Francesa (FRA)
SURINAME
AP
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0º
Equador
EQUADOR
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RN AJG4_LA_PNLD16_U02_C01
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GO
BRASÍLIA MG ES
20ºS
MS SP
RJ
Trópico de
PARAGUAI
Capricórn io
PR
CHILE
RS
O território brasileiro é dividido em 26 estados (além do Distrito Federal). Fonte de pesquisa: Atlas de geográfico escolar. Rio 90. Janeiro: IBGE, 2009. p.
URUGUAI
Legenda Limite entre países Limite entre estados Capital de país AM
450
0
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Esta página marca o início de um novo assunto. Osperguntas limites do território Textos, imagens e vão fazer você O território de cada município, estado ou país é demarcado pelos seus pensar e conversar sobre o tema. limites. Os limites separam territórios vizinhos e permitem a observação do
SC
ARGENTINA
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Início de capítulo
OCEANO ATLÂNTICO
DF
BOLÍVIA
OCEANO PACÍFICO
43
10ºS
BA
900 km
1 cm – 450 km
Sigla de estado
o. brasileiros de maior territóri sigla dos cinco estados a) Escreva o nome e a vive. sigla do estado onde você b) Escreva o nome e a
tamanho de cada território e do formato apresentado por seu contorno. Observe o exemplo a seguir.
10 6/18/14 8:17 AM
Irecê (BA) e municípios vizinhos – 2013
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42°O
Os limites do território
Desenvolvimento do assunto
Técnicas modernas de cultivo
Irecê (BA) e municípios vizinhos – 2013 Jussara 42°O
São Gabriel
Sento Sé
Central
11°S
Jussara São Gabriel
João Dourado
Central
Presidente Dutra
Irecê Presidente Dutra
Uibaí
João Dourado Irecê
Uibaí
Adubo: produto que melhora a fertilidade do solo. Agrotóxico: produto que combate pragas e doenças que atacam as lavouras.
AméricaAmérica Dourada Dourada 11°30'S
Lapão
Ibipeba
Ibititá
Lapão Ibititá 0
Limite de município
Canarana
Saiba mais Aqui você vai encontrar informações que se relacionam com os assuntos estudados no capítulo. Quanto mais mais avançadas são as técnicas empregadas na agricultura, maiormaior Quanto avançadas são as técnicas empregadas na agricultura,
Saiba Saiba mais mais
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Em pequenas propriedades de subsistência, é comum a policultura, ou ou Em pequenas propriedades de subsistência, é comum a policultura, seja, o cultivo de vários produtos diferentes, para atender às necessidades seja, o cultivo de vários produtos diferentes, para atender às necessidades dos agricultores. EntreEntre as grandes propriedades comerciais, no entanto, dos agricultores. as grandes propriedades comerciais, no entanto, predomina a monocultura, isto é,isto o cultivo de umdeúnico tipo de produto. predomina a monocultura, é, o cultivo um único tipo de produto.
17 km
2013.
Fonte de pesquisa: Prefeitura de Irecê. Disponível em:
no 8,5 caderno, 17 kmo que se pede.
a) Escreva o nome dos municípios que fazem 1 cm –limite 8,5 km com Irecê.
. Canarana Acesso em: 2 nov. 2013. b) Entre os municípios vizinhos, cite dois que apresentam o território maior que o de Irecê.
1 Com base na leitura do mapa acima, faça, no caderno, o que se pede. http://www.plenarinho.gov .br/
Nesse
site, você encontra inúmeras informações saúde, educaa) Escreva o nomeção,dos municípios que fazem limitesobre com Irecê. cidadania, entre outras, no Brasil e em seus estados. Além disso, você pode aprender variados assuntos e divertir-se com muitos jogos e brincadeiras. Acesso em: 23 abr. 2014.
b) Entre os municípios vizinhos, cite dois que apresentam o território maior que o de Irecê. 12
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http://www.plenarinho.gov.br/
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Nesse site, você encontra inúmeras informações sobre saúde, educação, cidadania, entre outras, no Brasil e em seus estados. Além disso, você pode aprender variados assuntos e divertir-se com muitos jogos e brincadeiras. Acesso em: 23 abr. 2014.
diferente seja, o cultivo de vários produtos is, no entanto, grandes propriedades comercia dos agricultores. Entre as tipo de produto. isto é, o cultivo de um único predomina a monocultura,
é suaéprodutividade. Porém, os investimentos para tipo de produção são são Conside o. sua produtividade. Porém, os investimentos para esse tipo de produção produçãesse é possível alcançar grande Na agricultura moderna, s. Escreva asa agricultura comerquestõe er àsque elevados. Por4 isso, no elabore Brasil, os agricultores praticam s para elevados. Por isso, isso, no hipótese Brasil, os respond agricultores que praticam a agricultura comerrando s no caderno. cial em grandes propriedades, obtendo melhores rendimentos, são os que têm resposta cial em grandes propriedades, obtendo melhores rendimentos, são os que têm ores? não requer muitos trabalhad essa atividade Por que a)de mais mais condições investir na melhoria da produção. Mesmo assim, a agricultucondições de investir naatividade melhoria daboaprodução. Mesmo assim, a agricultuqualificação? precisa ter Por que quem trabalha nessa ra moderna já éb)praticada em muitas propriedades menores. ra moderna já é praticada em muitas propriedades menores. 47
8,5 1 cm – 8,5 km
1 Com base na leitura do mapa acima, faça,
Limite de município
A produção moderna, A produção moderna, destinada a atender ao destinada a atender ao comércio e à indústria, comércio e à indústria, 2013. transforma intensamente transforma intensamente maior ra, agricultu na das as técnicas emprega as paisagens do campo. as paisagens do campo. Quanto mais avançadas são tipo de produção são os investimentos para esse sistema é sua produtividade. Porém, a agricultura comer-Na foto, Na foto, sistema os agricultores que praticam elevados. Por isso, no Brasil, de irrigação, ntos, são os que têmmoderno moderno de irrigação, obtendo melhores rendime agricultua cial em grandes propriedades, assim, Mesmo o. que torna plantação na melhoria da produçã quea torna a plantação mais condições de investir . muitas propriedades menores menos menos dependente das dependente das ra moderna já é praticada em condições da natureza. condições da natureza. Saiba mais Porto Nacional, TO, emTO, em ou Porto Nacional, a policultura, de subsistência, é comum ades propried s pequena ades 2013. Em 2013. s, para atender às necessid
Os limites, representados no mapa por meio de linhas, permitem distinguir o município de Fonte de Irecê, pesquisa: Prefeitura no estado da Bahia, de Irecê. Disponível em: . dos municípios vizinhos. Acesso em: 2 nov. Os limites, representados no mapa por meio de linhas, permitem distinguir o município de Irecê, no estado da Bahia, dos municípios vizinhos.
11°30'S
0
A produção moderna, destinada a atender ao comércio e à indústria, transforma intensamente as paisagens do campo. Na foto, sistema moderno de irrigação, que torna a plantação menos dependente das condições da natureza. Porto Nacional, TO, em
41°30'O
Morro do Chapéu
Itaguaçu da Bahia
Ibipeba
Cesar Diniz/Pulsar Imagens
Cesar Diniz/Pulsar Imagens
Cesar Diniz/Pulsar Imagens
ra por meio de técnicas O desenvolvimento da agricultu se de conhecimentos científico modernas envolve a utilização entos avançados e produtos o emprego de máquinas, equipam , agrotóxicos e sequímicos industrializados, como adubos ores trabalhad exige produção de mentes especiais. Esse tipo trabalho manual. qualificados e utiliza pouco
41°30'O
Sento Sé
O território de cada município, estado ou Morro do país é demarcado pelos seus limites. Os limites separam territórios vizinhos Chapéu e permitem a observação do tamanho de cada território e do formato apresentado por seu contorno. Observe o exemplo a seguir. 11°S
Itaguaçu da Bahia
Os textos, as imagens e as atividades dessas páginas permitirão que você compreenda o conteúdo que está sendo apresentado. Glossário Técnicas modernas de cultivo Técnicas modernas de cultivo O desenvolvimento da agricultura por meio de técnicas O desenvolvimento da agricultura por meio de técnicas Adubo:Adubo: produtoproduto que que Uma breve explicação modernas envolve a utilização de conhecimentos científicos e melhora a fertilidade modernas envolve a utilização de conhecimentos científicos e melhora a fertilidade do solo.do solo. o emprego de máquinas, equipamentos avançados e produtos de palavras e expressões o emprego de máquinas, equipamentos avançados e produtos Agrotóxico: produtoproduto Agrotóxico: industrializados, comocomo adubos químicos, agrotóxicos e se- e seindustrializados, adubos químicos, agrotóxicos que combate pragas pragas que combate que não são muito mentes especiais. Esse Esse tipo de produção exigeexige trabalhadores e doenças que mentes especiais. tipo de produção trabalhadores e doenças que atacam atacam as lavouras. qualificados e utiliza poucopouco trabalho manual. as lavouras. qualificados e utiliza trabalho manual. usadas no dia a dia.
ID/BR
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Sugestão de site Aqui você vai encontrar sugestões de sites relacionados ao assunto que está sendo estudado.
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4 Na4 agricultura moderna, é possível alcançar grande produção. ConsideNa agricultura moderna, é possível alcançar grande produção. Considerandorando isso, isso, elabore hipóteses para para responder às questões. Escreva as as elabore hipóteses responder às questões. Escreva respostas no caderno. respostas no caderno.
4
a) Pora)que não requer muitos trabalhadores? Poressa que atividade essa atividade não requer muitos trabalhadores? b) Porb)que trabalha nessanessa atividade precisa ter boa Porquem que quem trabalha atividade precisa terqualificação? boa qualificação? 47
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Finalizando o capítulo As atividades do Agora já sei são uma nova oportunidade para rever os conteúdos do capítulo.
Representações
Com os textos e as atividades da seção Representações você vai aprender a representar cartograficamente o mundo a sua volta.
Lendo mapas representado, os mapas podem Além das características do espaço das ci: limites entre territórios, localização apresentar diversas informações entre outras. dades, áreas ocupadas por florestas, começa pela leitura do título, na A compreensão dessas informações os, o território e o assunto representad parte superior do mapa. O título indica . informações as referem se e também o ano ou o período a que própria, que só pode ser entendida Os mapas possuem uma linguagem cores. E é para infore símbolos seus de significado quando descobrimos o os apresentam legenda. Ela reúne todos mar esse significado que os mapas cada um. mapa, indicando o significado de símbolos e cores empregados no questões com a turma. Analise o mapa e comente as 56°O
52°O
MT
Município de Elias Fausto (SP) – 2010
Diferentes modos de aprender Ao chegar à escola, no primeiro dia de aula do ano, conheci Álvaro, um aluno que não falava e não ouvia. Para se apresentar à turma, ele trouxe fotografias e mapas. Com os mapas, ele mostrou o estado e o município onde nasceu e a área do município em que fica a rua onde mora atualmente. Todos compreenderam. Mostrou fotografias de sua família e desenhos da linguagem de sinais usada por pessoas surdas, mudas ou com problemas auditivos. Foi uma aula diferente. Aprendemos muito naquele dia.
ID/BR
Mato Grosso do Sul – turismo – 2000
Agora já sei 1 Leia o texto e responda às questões no caderno.
ID/BR
Alfabetização cartográfica
GO
Monte Mor
Capivari
20°S
a) Quais foram as formas de comunicação que Álvaro utilizou para se apresentar?
Campo Grande SP
24°S
PR
Atividades rurais Diversificadas Praias de rios ou lagos
0
95
190 km
1 cm – 95 km
Fonte de pesquisa: IBGE. Disponível em: . Acesso em: 17 maio 2013.
Indaiatuba
50°O
45°O
MG
Porto Feliz 20°S
MS
Salto Legenda
Rio
Rio
Pa
mapa? Como você descobriu isso? Qual o assunto abordado nesse Com o auxílio da legenda, responda: Grosso do Sul? a) Qual o nome da capital do Mato do estado? Se a resposta for afirmatib) Há atrações turísticas na capital ? va, como elas estão classificadas
Limite entre municípios
Tiet
SÃO PAULO
1,7
3,4 km
1 cm – 1,7 km
Fonte de pesquisa: IBGE. Disponível em: . Acesso em: 14 nov. 2013.
panema
RJ
Escreva no caderno o nome dos municípios que fazem limite com Elias Fausto.
Trópico de Capricórnio
2 O lugar em que Álvaro mora foi destacado nos dois mapas.
OCEANO ATLÂNTICO
14 Município de Elias Fausto Limite de estado Limite de município
6/18/14 8:20 AM
0
município de Elias Fausto
Rio Parana
14
Itu
Área urbanizada do
ê
PR
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ID/BR
Trópico de Capricórnio
Rio Lago
Principais atrações turísticas
Elias Fausto
São Paulo e seus municípios – 2013
raná
Capital de estado Limite de país Limite de estado
b) Álvaro mora no município de Elias Fausto, no estado de São Paulo. Observe os mapas que ele mostrou aos colegas.
0
a) No mapa da página anterior, o que está destacado e como é feito esse destaque? b) No mapa desta página, o que está destacado e como é feito esse destaque?
25°S
70
140 km
1 cm – 70 km
Fonte de pesquisa: IBGE. Base cartográfica digital. Disponível em:
. Acesso em: 28 dez. 2013.
3 A presença de Álvaro estimulou a turma a valorizar as diferentes formas de linguagem. Você já conhecia a linguagem dos sinais? Converse com o professor e com os colegas sobre isso.
Escreva no caderno o nome dos estados que fazem limite com o estado de São Paulo, identificados no mapa pelas siglas: MS, MG, RJ e PR. 18
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Finalizando a unidade
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O que aprendi? responda às questõe
s no caderno.
O que vivenciei
grupo vai pesquiserá dividida em grupos. Cada Agora é a sua vez! A turma vocês moram a praticada no município onde sar sobre uma atividade econômic a realizam. e sobre os trabalhadores que , pecuária, extrativismo, artesaagricultura ser poderá O tema da pesquisa serviços. ou comércio nato, indústria, em sites da
1. Pesquisem a atividade escolhida s da região, em
A castanha em Oriximiná
as também informações obtidas. Vocês pesquisa podem complementar a ou entrevistando um trabalhador a letra de uma copiando um poema ou canção sobre o tema. 3. Façam desenhos ou colem imagens representem (fotos, mapas, gráficos) que a atividade pesquisada.
Antonio Silva/Ag. Pará
Paulo. Disponível em: Comissão Pró-Índio de São unidades/html/brasil/pa/ . pa_comunidades_amazonas_ Acesso em: 22 nov. 2013.
um painel e
4. Organizem as informações empara a classe. o
preparem uma apresentaçã
5. Na data combinada com o professor, e ouçam a
Locais onde foram obtidos
Mosca na sopa
– Garçom, tem uma mosca na minha sopa! – Não tem problema. Pode secar a coitadinha no pão. Desenho de Ziraldo.
5 Leia o texto e respond
a às questões no caderno
.
Naquela época, ainda não existiam calculado ras como as de hoje, muito menos computador. No canto do balcão, ficava uma máquina registrado ra, dessas que a gente ainda vê de vez em quando em lojinhas antigas. Tinha muitas teclas de números e uma manivela grande do lado, que fazia triiimm quando alguém acabava a conta.
A responsabilidade sobre eles é só de quem extrai diretame nte os recursos ou de toda a sociedade?
Arthur Nestrovski. Histórias de avô e avó. Companhia das Letrinhas, São Paulo: 2012. p. 22.
a) De que atividade econôm ica trata o texto? b) Você já viu alguma das máquinas mencion adas no texto?
Charge de Jean Galvão.
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quilombola de Paisagem da comunidade PA. Cachoeira Porteira, em Oriximiná, Foto de 2013.
ou comprados
a ilustração. a) Onde o Menino Maluquin ho está? Que tipo de atividade se exerce nesse estabelecimento? b) Levando em conside ração os direitos do consumidor, desenhe em uma folha avulsa um final para a tira do Menino Maluquinho.
Quais os problemas que a exploração excessiva da natureza pode gerar?
apresentem o que descobriram grupos. Se tiverem apresentação dos outros aos colegas. alguma dúvida, perguntem com 6. Depois das apresentações, guardem foram apresentados. cuidado os materiais que em outra atividade que s aproveitado serão Eles será proposta mais adiante.
Antonio Silva/Ag. Pará
no campo ou na cidade?
b) Quais são as atividade s econômicas mencion adas no texto? c) As crianças gostavam muito de brincar na olaria. Quais eram os materiais que elas usavam para brincar e quais eram os brinquedos preferidos delas? 2 A imagem do lenhado r triste após ter extraído todas as árvores simboliza a exploração excessiva da natureza pelos seres humanos. Converse sobre as questõe s a seguir com os colegas e com o professor.
2. Em uma folha avulsa, escrevam
Mário C. Pita/ID/BR
ID/BR
s de Localização de Oriximiná (PA) Desde o século XIX os quilombola 55ºO am a castaOriximiná coletam e comercializ OCEANO para eles uma imATLÂNTICO nha-do-pará, que representa 0º portante fonte de renda. elos que Equador dos um é castanha da A extração Belém Oriximiná aos seus ancess Ri na unem os atuais quilombolas o z o Ama tos sobre a trais. [...] Até hoje, os conhecimen são transmiPARÁ atividade de extração da castanha [...] geração. tidos de geração para s de OriximiÀ medida que os quilombola os seus direitos, Capital estadual ná foram conhecendo melhor Cidade o a titula490 km 245 0 Limite de país organizando a sua luta e conquistand Limite de estado que era pre1 cm – 245 km Rio ção de seus territórios, decidiram a extração para condições Base cartográfica dimelhores ciso buscar Fonte de pesquisa: IBGE. bge.gov.br>. gital. Disponível em:
Municípios de origem
4 Leia a história e observe
Abdalaziz de Moura. Disponível em: . Acesso zA2MGYxMTk3/ em: 25 nov. 2013.
a) O texto trata de um local
Alimentos
artista
prefeitura ou de organizaçõe o adultos, etc. jornais e revistas, entrevistand Procurem saber: é praticada; • o local do município onde • como é desenvolvida; que trabalham nessa • quem são as pessoas atividade e o que fazem; de trabalho (se • quais são as condições se usam técnicas ganham muito ou pouco, como os modernas ou tradicionais, , etc.). trabalhadores estão organizados
3 Faça uma pesquis a sobre alguns alimento s consumidos na sua registre no caderno as casa e informações coletada s. Siga o modelo abaixo.
Jean Galvão/Acervo do
Como fazer
Outro lugar gostoso era a olaria. Meu cunhado sempre [...]. Fazer boi de barro, fazia tijolo para vender tijolinho de caixa de fósforos, construir cercados de miniatura, com a casa do engenho, os tachos de mel, os carros de boi era sempre um lugar de criatividade e alegria. Mário C. Pita/ID/BR
Comunidade quilombola: povoado ou bairro formado por descendentes de africanos escravizados, que guardam tradições, memórias e modos de vida de seus antepassados.
Ilustra Cartoon/ID/BR
des econômicas
são desenvolEm todos os municípios . Vamos conhecer vidas diferentes atividades o vegetal em um pouco sobre o extrativism de renda de diferentes gruOriximiná, PA, que é fonte ade quilombola local. pos. Entre eles, a comunid
O cercado dos animais era outra distração da meninada de, havia uma ou duas . Além do cercado granáreas grandes, chamadas de “solta”, onde se pastoreav gado. Havia uma enorme ao plantação de capim. Ir para o corte de cana acompanh os carreiros [...] era uma ar satisfação. No final da manhã ou da tarde, os carros voltavam cheios de olho de cana [pontas da cana] para o gado. [...]
Ziraldo/Acervo do artista
1 Leia o texto abaixo e
Descobrir as principais ativida do município
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A seção O que aprendi? é o momento de verificar o que foi aprendido. Faça as atividades para, com seu professor, avaliar como está sua aprendizagem.
As atividades práticas propostas na seção Vamos fazer! vão ajudá-lo a entender melhor os assuntos. Vamos fazer!
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Ícones usados no livro Atividade em dupla
Atividade em grupo
Atividade oral
Atividade oral com toda a sala
Sinaliza momentos propícios para o professor refletir com os alunos sobre questões relacionadas a valores.
5
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Sumário unidade
capítulo
10
1
Técnicas Técnicas Técnicas Técnicas
Os limites do território, 12 Lima/ID/BR
Limites com diferentes demarcações, 13 Lendo mapas, 14
O extrativismo vegetal, 50 O extrativismo animal, 51 O extrativismo mineral, 51
A integração entre o campo e a cidade, 16
Agora já sei, 52
Agora já sei, 18 capítulo
2
capítulo
O governo do município
20
2
A organização política do município, 21
Mapa e planta do município, 23
Representações:
A influência das leis no município, 24 Mario C. Pita/ID/BR
Gráfico de pizza, 59
O artesanato, 60 Agora já sei, 62
capítulo
3
capítulo
Cidadania no município
30
3
A praça é de todos os cidadãos, 31
Participação política, 34 Agora já sei, 36
Os serviços, 67 Os direitos do consumidor, 68 O consumo e a propaganda, 69
Agora já sei, 70
Vamos fazer!
38
O que aprendi?
Vamos fazer!
72
Descobrir as principais atividades econômicas do município
O exercício da cidadania no município
64
Os estabelecimentos comerciais, 66 Ilustra Cartoon/ID/BR
Criança cidadã, 33
O trabalho na cidade
O comércio, 65
A praça é pública, 32
54
Tipos de indústria, 56 As técnicas de produção, 57 As indústrias e o meio ambiente, 58
Representações:
Agora já sei, 28
O trabalho na indústria e o trabalho artesanal
A indústria, 55
A participação popular, 22
Os impostos, 26
tradicionais de cultivo, 46 modernas de cultivo, 47 tradicionais de criação, 48 modernas de criação, 49
O extrativismo, 50
O território dos municípios, 15
44
A agricultura e a pecuária, 45
A divisão do território brasileiro, 11
Representações:
O trabalho no campo
r Paulo Cesa R Pereira/ID/B
1
O município está dentro do estado e do país
O trabalho no município
Ilustra Cartoon/ID/BR
capítulo
2
O município
Ziraldo/Acervo do artista
1
unidade
40
O que aprendi?
74
6
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unidade
4
Comunicação e transporte
capítulo
capítulo
1
78
Diferentes meios de se comunicar, 79
O espaço rural, 114
Representações:
Ilustra Cartoon/ID/BR
Mapa: um instrumento de comunicação da Geografia, 82
A comunicação nos municípios, 83 O jornal impresso e a televisão, 84 O telefone e a internet, 85
Orientação espacial, 115
A diversidade do mundo rural, 116 A produção de alimentos, 118
Agora já sei, 86
Agora já sei, 120
capítulo
2
capítulo
Meios de transporte
2
88
transporte transporte transporte transporte
aéreo, 89 aquático, 90 ferroviário, 90 rodoviário, 91
Agora já sei, 128 Ilustrações: Mario C. Pita/ID/BR
Ícones e linhas, 92
A construção das estruturas de transporte, 93 A influência dos meios de transporte no espaço, 94
Representações:
capítulo
3
Agora já sei, 96
3
Os problemas dos meios de transporte e de comunicação
Representações:
98
Redução de imagens, 133
Transformações, memória e tradições, 134 Preservando as tradições na cidade, 135
Os serviços de telecomunicações, 99 O transporte aéreo, 100 O transporte ferroviário, 100 O transporte rodoviário, 101
Ilustrações: Ilustra Cartoon/ID/BR
Agora já sei, 136
Comunicação, transporte e geração de poluentes, 102 Representações: A escala, 103
106
Os meios de transporte e de comunicação no município
O que aprendi?
Vamos fazer!
138
O livro do município
Agora já sei, 104
Vamos fazer!
130
Viagem no tempo, 132
Os problemas de infraestrutura, 99
As transformações no campo e na cidade
A modernização e as mudanças no modo de vida, 131
A planta da cidade, 95
122
Diversidade cultural, 124 Desigualdade social na cidade, 127
Representações:
capítulo
A vida na cidade
As cidades são diferentes, 123
Diferentes meios de transporte, 89 O O O O
112
A feira: entre o campo e a cidade, 113
Representações:
A vida no campo
Verena Glass/Acervo da fotógrafa
Meios de comunicação
o es Ardies, Sã Galeria Jacqu rafia: ID/BR Paulo. Fotog
1
A vida no município
Mario C. Pita/ID/BR
3
unidade
108
O que aprendi?
140
Sugestões de leitura
142
Bibliografia
144
7
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1 unidade
O município
Todos os brasileiros vivem em um município, seja no campo, seja na cidade. É no município que exercemos nossos direitos e cumprimos nossos deveres, convivendo com outras pessoas e realizando diferentes atividades. A ilustração ao lado representa o território de alguns municípios observados de cima. As linhas vermelhas indicam o limite entre eles. O território de cada município representado apresenta espaços diferentes ou é todo igual? Resposta pessoal.
Observe o município que tem todo o território representado na imagem. Identifique a parte dele em que provavelmente vive o maior número de moradores. Essa parte é formada pelo campo ou pela cidade? Justifique sua resposta. Resposta pessoal.
Que direitos você tem como morador de um município? Você desfruta desses direitos? Resposta pessoal.
E quais são os seus deveres? Você os cumpre sempre? Resposta pessoal.
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AMj Studio/ID/BR
9
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capítulo
1
O município está dentro do estado e do país
Imagine que você more em Fortaleza, no Ceará, e sua avó more em Manaus, no Amazonas. Se você for viajar de avião para visitá-la, o trajeto será feito em 3 horas e meia. Fortaleza é bem longe de Manaus. Imagine então que você more em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul: a viagem de avião até Manaus vai demorar, no mínimo, 6 horas. É muito longe! O Brasil tem um território muito grande. É um dos países mais extensos do mundo. O território brasileiro é dividido em várias partes, que são os estados e o Distrito Federal. Brasil e seus estados – divisão atual ID/BR
1 Observe o mapa do Brasil dividido em estados e faça o que se pede no caderno.
50ºO
70ºO VENEZUELA
GUIANA SURINAME
COLÔMBIA
Guiana Francesa (FRA)
RR
AP
Equador
0º
EQUADOR
AM
PA
MA
CE
RN
PI
PB PE
AC
AL SE
TO
RO
10ºS
BA PERU
MT
OCEANO ATLÂNTICO
DF GO BRASÍLIA
BOLÍVIA
MG ES
MS
OCEANO PACÍFICO
20ºS
SP
PARAGUAI CHILE
RJ
PR ARGENTINA
Trópico
de Cap ricórni
o
SC RS
O território brasileiro é dividido em 26 estados (além do Distrito Federal).
Legenda Limite entre países Limite entre estados
Fonte de pesquisa: Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2009. p. 90.
URUGUAI
Capital de país AM
Sigla de estado
0
450
900 km
1 cm – 450 km
a) Escreva o nome e a sigla dos cinco estados brasileiros de maior território. Amazonas (AM), Pará (PA), Mato Grosso (MT), Bahia (BA) e Minas Gerais (MG).
b) Escreva o nome e a sigla do estado onde você vive. Resposta pessoal. 10
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O território é o espaço ocupado por uma sociedade. Essa sociedade exerce domínio sobre seu território, geralmente por meio de representantes que formam um governo. O território tem limites bem definidos, que delimitam o poder do governo que o controla. A administração de todo o território brasileiro é responsabilidade do governo federal, que tem sede em Brasília, no Distrito Federal. Brasília é a capital do Brasil. O governo federal é chefiado pelo presidente da República. Cada um dos 26 es- Bahia e seus municípios – divisão atual tados brasileiros é admi45ºO 40ºO PE MA nistrado por um governo PI estadual, chefiado pelo AL governador do estado. 10ºS Cada estado está diTO vidido em diversos muniSE cípios. E cada município é administrado por um governo municipal, chefiaBAHIA do pelo prefeito. Este é o Salvador mapa do estado da Bahia dividido em municípios.
ID/BR
A divisão do território brasileiro
OCEANO ATLÂNTICO
GO
15ºS
MG 0
Legenda
O território baiano é dividido em 417 municípios.
BAHIA
Limite entre estados Nome de estado Capital de estado Limite entre municípios
99
198 km
1 cm – 99 km
ES
Fonte de pesquisa: Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2009. p. 170.
1 Converse com um colega e responda às questões a seguir. a) Qual é a capital do Brasil? Brasília. b) Qual é o nome da pessoa que ocupa o cargo de presidente da República? Nome do presidente ou da presidenta da República.
c) Quem é o governador ou a governadora do estado onde você vive? Nome do governador ou da governadora.
d) Qual é o nome do município onde você mora e quem é o prefeito ou a prefeita? Nome do município e do prefeito ou da prefeita. 11
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Os limites do território O território de cada município, estado ou país é demarcado pelos seus limites. Os limites separam territórios vizinhos e permitem a observação do tamanho de cada território e do formato apresentado por seu contorno. Observe o exemplo a seguir.
42°O
Sento Sé
ID/BR
Irecê (BA) e municípios vizinhos – 2013 41°30'O
Morro do Chapéu
Itaguaçu da Bahia
11°S
Jussara São Gabriel Central
João Dourado Presidente Dutra
Irecê
Uibaí América Dourada 11°30'S
Lapão Ibititá Ibipeba 0 Limite de município
Canarana
8,5 1 cm – 8,5 km
17 km
Os limites, representados no mapa por meio de linhas, permitem distinguir o município de Irecê, no estado da Bahia, dos municípios vizinhos. Fonte de pesquisa: Prefeitura de Irecê. Disponível em: . Acesso em: 2 nov. 2013.
1 Com base na leitura do mapa acima, faça, no caderno, o que se pede. a) Escreva o nome dos municípios que fazem limite com Irecê. Lapão, São Gabriel, Presidente Dutra, João Dourado e América Dourada.
b) Entre os municípios vizinhos, cite dois que apresentam o território maior que o de Irecê. O aluno pode citar São Gabriel, João Dourado e Lapão. http://www.plenarinho.gov.br/ Nesse site, você encontra inúmeras informações sobre saúde, educação, cidadania, entre outras, no Brasil e em seus estados. Além disso, você pode aprender variados assuntos e divertir-se com muitos jogos e brincadeiras. Acesso em: 23 abr. 2014. 12
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Limites com diferentes demarcações
Luciana Whitaker/Pulsar Imagens
2011 Google Earth/Map link/ID/BR
A demarcação de limites pode ser feita com base em referências naturais, como rios e montanhas, ou, ainda, com base em construções humanas, como rodovias. Os limites também podem seguir linhas imaginárias, visíveis apenas em mapas. Essas linhas são definidas por medições e cálculos.
Trecho da rodovia Régis Bittencourt que demarca o limite entre os municípios paranaenses de Campina Grande do Sul, à direita da rodovia, e Quatro Barras, à esquerda. Foto de 2013.
Rio Paraíba do Sul na região que marca os limites entre os estados do Rio de Janeiro (na parte de baixo da foto) e de Minas Gerais. Foto de 2014.
2 Observe os limites do mapa a seguir e responda no caderno. Cocal de Telha
Nossa Senhora de Nazaré
41°55'O
ID/BR
Jatobá do Piauí (PI) – limites municipais – 2010 Capitão de Campos
Milton Brandão
Jatobá do Piauí
4°50'S
Campo Maior
Sigefredo Pacheco Juazeiro do Piauí
0
7 1 cm – 7 km
14 km
Estrada Rio Linha imaginária Limite de município
Fonte de pesquisa: IBGE. Disponível em: . Acesso em: 31 out. 2013.
Que cor foi utilizada para os limites do município de Jatobá do Piauí determinados por linhas imaginárias? E o que as linhas pontilhadas representam no mapa? A cor verde. A linha pontilhada indica os limites do município. 13
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Representações Lendo mapas Além das características do espaço representado, os mapas podem apresentar diversas informações: limites entre territórios, localização das cidades, áreas ocupadas por florestas, entre outras. A compreensão dessas informações começa pela leitura do título, na parte superior do mapa. O título indica o território e o assunto representados, e também o ano ou o período a que se referem as informações. Os mapas possuem uma linguagem própria, que só pode ser entendida quando descobrimos o significado de seus símbolos e cores. E é para informar esse significado que os mapas apresentam legenda. Ela reúne todos os símbolos e cores empregados no mapa, indicando o significado de cada um. Analise o mapa e comente as questões com a turma. 56°O
MT
ID/BR
Mato Grosso do Sul – turismo – 2000 52°O
GO
20°S
Campo Grande SP
Capital de estado Limite de país Limite de estado Rio Lago
Trópico de Capricórnio 24°S
Principais atrações turísticas Atividades rurais Diversificadas Praias de rios ou lagos
PR 0
95 1 cm – 95 km
190 km
Fonte de pesquisa: IBGE. Disponível em: . Acesso em: 17 maio 2013.
Qual o assunto abordado nesse mapa? Como você descobriu isso?
O mapa apresenta as principais atrações turísticas em Mato Grosso do Sul em 2000. Isso foi descoberto pelo título do mapa e pela legenda. Com o auxílio da legenda, responda:
a) Qual o nome da capital do Mato Grosso do Sul? Campo Grande. b) Há atrações turísticas na capital do estado? Se a resposta for afirmativa, como elas estão classificadas? Sim. Elas estão classificadas em: diversificadas, praias de rios ou lagos e atividades rurais.
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O território dos municípios O território dos municípios é geralmente formado por dois tipos de espaço: o campo e a cidade. O campo é composto de matas e de propriedades rurais com plantações, criação de animais e até mesmo indústrias. Muitas pessoas estão presentes no campo: grandes proprietários de fazendas de gado e lavouras comerciais, como a de soja; pequenos proprietários dedicados à agricultura e à pecuária voltadas para o comércio ou para consumo próprio; grande número de trabalhadores, empregados nas mais diversas atividades. No campo, também existem muitas comunidades que tiram da natureza o seu sustento, como povos indígenas, ribeirinhos, quilombolas e caiçaras. A cidade é a parte urbanizada do município, caracterizada por construções próximas umas às outras. A sede do governo do município, a prefeitura, fica na cidade. E é na cidade que se concentram as lojas, os bancos, as escolas e outros serviços. 1 Observe a foto e resolva as atividades a seguir no caderno. 2
3
4
5 André Amaral/Hangar Ultraleves Imagens Aéreas
1
A
B
C
Trecho do município de Araraquara, SP. Foto de 2012.
a) Nas quadrículas 1A, 1B e 5C estão representadas áreas da cidade ou do campo? Nas quadrículas 1A e 1B estão representadas áreas da cidade. Na quadrícula 5C, área do campo.
b) Cite duas quadrículas em que estão representadas áreas da cidade e do campo ao mesmo tempo. 2B e 3A. 15
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A integração entre o campo e a cidade
Prefeitura Municipal de Veranópolis, PR/Secretaria de Comunicação
Antonio Cicero/Fotoarena
O campo e a cidade não estão isolados um do outro. Ao contrário, existe forte relação entre esses dois tipos de espaço do município. As fotos a seguir mostram exemplos da integração entre o campo e a cidade.
Muitas crianças moram no campo e estudam na cidade. A foto mostra um ônibus escolar em uma estrada rural no município de Marabá, PA, em 2012.
Raul Golinelli/Acervo do fotógrafo
Algumas indústrias, localizadas na cidade, produzem máquinas e equipamentos usados nas atividades do campo. Na foto, máquinas da prefeitura usadas em estrada rural do município de Veranópolis, RS, em 2013.
Boa parte do dinheiro recebida pela produção no campo é gasta no comércio da cidade, gerando empregos no espaço urbano. Na foto, centro comercial na cidade de Tucano, BA, em 2013.
16
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2 Leia o texto e responda às questões no caderno.
Moradores da capital paulista no meio do campo. Foi essa a sensação de alguns visitantes do Parque da Água Branca, em São Paulo, no […] dia 28 de julho [ de 2012], Dia do Agricultor. Para comemorar a data e apresentar suas ações e serviços, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA) organizou um fim de semana especial. Os institutos e coordenadorias ligadas ao órgão apresentaram aos visitantes produtos, projetos, pesquisas e curiosidades sobre o meio rural. […] Um dos objetivos do evento, além de homenagear os agricultores, foi aproximar a população urbana da rural. “De certa maneira, as pessoas [algumas] do meio urbano […] pensam que os alimentos chegam prontos aos supermercados […]. Para que a população possa valorizar, é preciso que ela conheça. Esse evento é uma forma de promover a interação entre quem produz e quem consome […]”, avalia a secretária de Agricultura Mônika Bergamaschi. […] Visitantes do parque aprovaram a iniciativa. “Como moramos na cidade, nem sempre lembramos de valorizar o homem do campo, que produz nossos alimentos. Portanto, esse evento é muito interessante porque nos alerta para o importante trabalho do agricultor”, diz o engenheiro químico Vicente Neto. […]
Lima/ID/BR
Do campo para a cidade: Dia do Agricultor foi comemorado na capital paulista
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Disponível em: . Acesso em: 2 nov. 2013.
a) Qual é o evento abordado no texto? Qual foi um dos principais objetivos dele? O evento é a comemoração do Dia do Agricultor. Um dos principais objetivos foi aproximar a população urbana da rural.
b) A quem se refere a expressão “homem do campo”, utilizada no terceiro parágrafo? Às pessoas que vivem no espaço rural e produzem alimentos e outros produtos para atender às necessidades da sociedade.
c) Converse com os colegas e com o professor sobre a frase: “Esse evento é uma forma de promover a interação entre quem produz e quem consome…”. Converse com os alunos sobre a oportunidade que os moradores da cidade tiveram de conhecer produtores do campo e seus produtos, e assim valorizar o trabalho do agricultor.
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Agora já sei 1 Leia o texto e responda às questões no caderno. Diferentes modos de aprender Ao chegar à escola, no primeiro dia de aula do ano, conheci Álvaro, um aluno que não falava e não ouvia. Para se apresentar à turma, ele trouxe fotografias e mapas. Com os mapas, ele mostrou o estado e o município onde nasceu e a área do município em que fica a rua onde mora atualmente. Todos compreenderam. Mostrou fotografias de sua família e desenhos da linguagem de sinais usada por pessoas surdas, mudas ou com problemas auditivos. Foi uma aula diferente. Aprendemos muito naquele dia.
a) Quais foram as formas de comunicação que Álvaro utilizou para se apresentar? Fotografias, mapas e desenhos. b) Álvaro mora no município de Elias Fausto, no estado de São Paulo. Observe os mapas que ele mostrou aos colegas.
50°O
ID/BR
São Paulo e seus municípios – 2013 45°O
MG 20°S
Pa ra
ná
MS
Rio
Rio
Tie
tê
SÃO PAULO
Rio Parana
panema
RJ
Trópico de Capricórnio
OCEANO ATLÂNTICO
PR
Município de Elias Fausto Limite de estado Limite de município
25°S
0
70
140 km
1 cm – 70 km
Fonte de pesquisa: IBGE. Base cartográfica digital. Disponível em: . Acesso em: 28 dez. 2013.
Escreva no caderno o nome dos estados que fazem limite com o estado de São Paulo, identificados no mapa pelas siglas: MS, MG, RJ e PR. Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná.
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ID/BR
Município de Elias Fausto (SP) – 2010
Monte Mor
Capivari
Elias Fausto
Indaiatuba
Porto Feliz Salto Legenda Limite entre municípios Área urbanizada do município de Elias Fausto
Itu
0
1,7
3,4 km
1 cm – 1,7 km
Fonte de pesquisa: IBGE. Disponível em: . Acesso em: 14 nov. 2013.
E screva no caderno o nome dos municípios que fazem limite com Elias Fausto. Indaiatuba, Capivari, Monte Mor, Salto, Itu e Porto Feliz. 2 O lugar em que Álvaro mora foi destacado nos dois mapas. a) No mapa da página anterior, o que está destacado e como é feito esse destaque? Está destacado o município de Elias Fausto, por meio de um círculo. b) No mapa desta página, o que está destacado e como é feito esse destaque? Está destacada a área urbanizada do município, por meio da cor rosa indicada na legenda. 3 A presença de Álvaro estimulou a turma a valorizar as diferentes formas de linguagem. Você já conhecia a linguagem dos sinais? Converse com o professor e com os colegas sobre isso. 19
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capítulo
2
O governo do município
Você sabe quais são as responsabilidades do governo municipal? Veja um exemplo nesta notícia de 22 de outubro de 2012. Passarelas garantem mais segurança para pedestres na Rio Branco As três passarelas construídas pela Prefeitura de Corumbá na avenida Barão do Rio Branco garantem maior segurança aos alunos das escolas Delcidio do Amaral, Castro Brasil e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul [...]. As faixas elevadas são dotadas de toda infraestrutura necessária também aos portadores de necessidades especiais. “[...] Agora temos mais segurança para transitar, atravessar a avenida de um lado para o outro” [...] Além das passarelas, a Prefeitura sinalizou toda a via, melhorando a orientação dos motoristas e pedestres. [...] Os serviços, executados com recursos próprios do Município, fazem parte de um amplo projeto de modernização da nova entrada de Corumbá, que prevê inclusive intervenções na [rodovia] BR-262 e no Portal de entrada da cidade. [...] Correio de Corumbá. Disponível em: . Acesso em: 5 nov. 2013.
1 Essa notícia informa sobre melhorias feitas e previstas pela prefeitura no município de Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Resolva as atividades abaixo com um colega. a) Quais foram as melhorias feitas na avenida Rio Branco? Foram construídas passarelas para travessia de pedestres.
b) Que benefícios essas melhorias vão trazer para a cidade? Vão trazer mais segurança para as pessoas atravessarem a avenida.
c) Essas melhorias ocorreram na área rural ou na área urbana do município? Como vocês chegaram a essa conclusão? Na área urbana, pois o texto menciona a realização de obras em uma avenida, que é uma via de circulação presente em cidades, e na entrada da cidade.
2 Converse sobre alguns problemas do seu município com o professor e com os colegas. a) Existe alguma avenida ou rua que você conheça em que a travessia seja difícil e perigosa? O que pode ser feito para solucionar esse problema? Resposta pessoal.
b) Que benefícios para a população, que melhorias a prefeitura poderia fazer em seu município? Resposta pessoal. 20
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A organização política do município Os principais cargos do governo de um município são ocupados por representantes eleitos a cada quatro anos pela população que tem direito a voto. São eleitos o prefeito e os vereadores. O número de vereadores varia de acordo com o número de habitantes do município. Veja a seguir a função deles. Prefeito
Vereadores
O prefeito é responsável por atender às necessidades da população em relação à saúde, à educação, ao transporte, à segurança, etc. Para isso, ele deve seguir as leis e empregar corretamente o dinheiro público, arrecadado com a cobrança de impostos.
Os vereadores são responsáveis por criar ou mudar as leis do município. As leis são regras que todos devem seguir. Todas as propostas são debatidas e votadas pelos vereadores antes de entrarem em vigor. Os vereadores também devem fiscalizar a administração do prefeito.
Imposto: valor que os cidadãos pagam aos governos municipal, estadual e federal. O dinheiro dos impostos é aplicado para pagar gastos públicos com educação, saúde, cultura, transporte, segurança, etc.
1 Responda às questões abaixo no caderno. a) Como são escolhidos o prefeito e os vereadores?
Eles são escolhidos pela população com direito a voto, em eleições realizadas de quatro em quatro anos.
b) No governo municipal, quem é o responsável por atender às necessidades da população quanto à saúde, à educação, à segurança e aos transportes? É o prefeito. c) Quem são os responsáveis por criar ou modificar as leis do município? São os vereadores.
d) Cite outra importante função dos vereadores.
Os vereadores fiscalizam se o prefeito está administrando corretamente o município.
2 Em que município você mora? Em que estado ele se localiza? Faça uma pesquisa sobre o governo do seu município. Indique o nome do prefeito e de alguns dos vereadores. Responda às questões no caderno. Resposta pessoal.
3 Converse com os colegas e com o professor sobre a importância de o prefeito usar o dinheiro público corretamente. Resposta pessoal.
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A participação popular
Tiago Mazza/Futura Press
Para que o município seja bem administrado, a população não pode simplesmente votar e esperar que os vereadores e o prefeito ajam com honestidade e competência. As pessoas precisam acompanhar o trabalho dos políticos eleitos, fiscalizar seus gastos e enviar críticas e propostas a eles. É possível assistir pessoalmente aos debates e às votações dos vereadores. Há também a possibilidade de acompanhar suas decisões pelos jornais, pelas revistas e pela internet. Usando a internet, as pessoas podem ainda fiscalizar os gastos da prefeitura e enviar mensagens aos vereadores e ao prefeito.
Sessão da Câmara Municipal de São Paulo, SP. Nas galerias, as pessoas podem acompanhar as atividades dos vereadores. Foto de 2013.
Saiba mais
No dia 16 de junho de 2012, entrou em vigor a Lei de Acesso à Informação, válida em todo o Brasil. A lei obriga todos os órgãos dos governos federal, estadual e municipal a divulgar como os recursos estão sendo gastos. Essa divulgação ocorre principalmente pela internet. 4 De que forma a população pode se comunicar com os governantes do município? Qual é a importância desse contato? 22
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Representações Mapa e planta do município Quanto maior a área representada em um mapa ou em uma planta, maior redução ela sofre. Os mapas representam áreas grandes, então a representação é muito reduzida. Por isso, muitos detalhes não podem ser visualizados. Já as plantas representam áreas menores e com mais detalhes. Observe.
38°32’O
Caucaia
OCEANO ATLÂNTICO
ID/BR
Fortaleza
ID/BR
Fortaleza (CE) e municípios vizinhos – 2013
Fortaleza 3°48’S
Eusébio Pacatuba
Limite de município
Itaitinga
0
3,6
Aquiraz 7,2 km
1 cm – 3,6 km
Praça Manuel Dias Branco e arredores – Fortaleza (CE) – 2013
Fonte de pesquisa: IBGE. Base cartográfica digital. Disponível em: . Acesso em: 28 dez. 2013.
Praça Manuel Dias Branco – Fortaleza (CE) – 2013
Praça Manuel Dias Branco
Mapas: 2010 Google/MapLink
Maracanaú
Praça Manuel Dias Branco
Legenda
Legenda rua avenida rodovia rio
Escala aproximada 0 200 400 m 1 cm – 200 m
rua avenida rodovia rio
Escala aproximada 0
40
80 m
1 cm – 40 m
Fonte de pesquisa disponível em: . Acesso em: 4 nov. 2013.
Qual dessas representações mostra uma área maior? E qual apresenta os detalhes mais aproximados? Área maior: mapa de Fortaleza e municípios vizinhos. Detalhes mais aproximados: planta da praça Manuel Dias Branco.
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A influência das leis no município
Sanepar/Agência de Notícias do Paraná
Tanto as leis que valem apenas no município quanto as que devem ser seguidas no estado ou em todo o país trazem consequências para o município. A ocupação do espaço urbano, por exemplo, é regulada por leis. Elas definem áreas que podem ser ocupadas por moradias, por estabelecimentos comerciais ou por indústrias. Determinam também as áreas que devem ser protegidas, como as áreas de Manancial: fonte; nascente de um rio ou lago. mananciais.
Nas áreas em que existem fontes e nascentes de cursos de água, a ocupação humana é regulamentada por lei. Na foto, placa indicativa no estado do Paraná, em 2012.
Essas leis visam evitar ocupações inadequadas, como a construção de moradias em áreas de risco. Além disso, têm como objetivo impedir que uma forma de ocupação prejudique as outras. É o caso, por exemplo, de indústrias, que podem poluir áreas próximas a residências. O cumprimento dessas leis contribui para a redução de problemas para o meio ambiente e para a população. 1 Se nos municípios não existissem leis regulando a ocupação do espaço urbano, as casas, os estabelecimentos comerciais e as indústrias poderiam ser construídos em qualquer parte da cidade. Reúna-se com dois colegas. Procurem descobrir um problema que pode ocorrer se essas leis não forem cumpridas. Contem a descoberta de vocês para a turma. Resposta pessoal.
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Edson Grandisoli/Pulsar Imagens
Antes de começar uma construção na cidade, é preciso ter a aprovação da prefeitura. Funcionários da prefeitura avaliam se a construção está dentro da lei e se será segura para os moradores ou usuários e para a vizinhança. Durante a construção, fiscais da prefeitura devem inspecionar a obra. Outra lei importante, que vale para todos os municípios, determina que parte dos alimentos da merenda escolar das escolas públicas deve ser comprada, sempre que possível, de pequenos produtores agrícolas do município onde se encontram as escolas. Têm preferência os produtores familiares e das comunidades tradicionais, como os indígenas e os quilombolas. Portanto, essa lei garante a geração de renda para muitas famílias e comunidades.
Colheita de brócolis em pequena propriedade em Araraquara, SP. Foto de 2013.
2 Converse com os colegas e com o professor sobre a merenda escolar. a) Na opinião de vocês, a merenda escolar é importante? Por quê? Resposta pessoal.
b) Quais são os benefícios da lei que determina que parte dos alimentos da merenda deve ser comprada preferencialmente de pequenos produtores do município onde se localiza a escola? Resposta pessoal. 25
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Os impostos
São descontados impostos dos salários dos trabalhadores e dos lucros das empresas.
Ilustrações: Lima/ID/BR
Para atender à população, os governos precisam de dinheiro. Por isso, as prefeituras e os governos dos estados e do país cobram impostos. O pagamento de impostos é feito por pessoas e por empresas. E a cobrança é realizada de diversas maneiras. Veja alguns exemplos.
Uma parte do preço pago pelo consumidor por um produto ou serviço é de impostos. Os comerciantes e os industriais também pagam impostos sobre as mercadorias que compram, vendem ou fabricam. Os brasileiros que possuem imóvel (terreno, casa, loja, galpão) ou veículo (automóvel, embarcação, aeronave, motocicleta) pagam impostos sobre esses bens.
1 De que maneira a prefeitura consegue dinheiro para atender às necessidades da população? Responda no caderno. Cobrando impostos das pessoas e das empresas.
2 Converse com os colegas e com o professor sobre as afirmações a seguir. A qualidade dos serviços públicos depende da utilização correta do dinheiro dos impostos. É muito importante que cada cidadão fique atento ao modo como o governo gasta esse dinheiro, pois ele é obtido dos impostos pagos por toda a sociedade. Resposta pessoal. 26
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Limpeza de uma ponte em Recife, PE. Foto de 2013. Rubens Chaves/Pulsar Imagens
Delfim Martins/Pulsar Imagens
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Construção de canal de água para o combate de secas. Foto da zona rural de Sertânia, PE, em 2012. Eduardo Zappia/Pulsar Imagens
Rubens Chaves/Pulsar Imagens
O dinheiro que o governo arrecada cobrando impostos deve ser usado em benefício da população. Deve servir para a realização de obras no município e para prestar serviços de qualidade. Entre as obras e os serviços importantes para o município estão a construção de escolas, postos de saúde e hospitais, a pavimentação de ruas, a manutenção de praças e parques, a coleta de lixo e sua correta destinação, a construção e manutenção de redes de água encanada e de coleta e tratamento de esgoto.
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Jardineiro cuidando do gramado do Congresso Nacional em Brasília, DF. Foto de 2013.
Escola municipal em Crateús, CE. Foto de 2013.
3 No caderno, copie e complete o quadro com base na observação das fotos acima. Foto Obras e serviços públicos Benefícios para a população
1
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Limpeza de uma Construção de via pública. Limpeza e
3 *
4 Escola.
um canal. Combate aos efeitos Limpeza e embele- Educação para as
higiene da cidade. da falta de água. zamento da cidade. crianças. * Manutenção de gramado em espaço público.
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Agora já sei 1 Leia o texto e faça as atividades no caderno.
A gente veio para a cidade e trouxe tudo que tinha [...]. Tinham contado lá na roça que a cidade tinha de tudo: trabalho, oficina, hospital, escola, ônibus. Lá onde a gente vivia não dava mais para ficar. Era só capinar, colher, trabalhar para os fazendeiros ganhando uma miséria. Então, resolvemos mudar. Aqui a vida não é fácil. [...] Ganho pouco e tenho de morar onde o aluguel é barato. A casa é bem simples [...]. O dinheiro não dá para comprar muita coisa [...]. Às vezes penso em voltar para a roça. Mas aqui meus filhos podem estudar [...]. Na roça a vida é sossegada, tem muita natureza, não tem perigo de assalto. Mas a vida só é boa para quem é dono de terra. Lá, a nossa vida não tem esperança nenhuma. Parece que ninguém liga para o povo da roça.
Mario C. Pita/ID/BR
A mudança
Rosicler Martins Rodrigues. Cidades brasileiras: o passado e o presente. São Paulo: Moderna, 1992. p. 77.
a) O texto fala de uma família que resolveu sair do campo para morar na cidaResposta pessoal. de. Por que a família tomou essa decisão? b) Essa família encontrou na cidade a vida que esperava? Copie um trecho do texto que justifique sua resposta. Resposta pessoal. c) A personagem que narra o texto revela que às vezes pensa em voltar para a roça. Converse com os colegas e com o professor sobre os motivos que mantêm a família morando na cidade, embora tenha grandes problemas. Na opinião de vocês, o que falta para que a família possa voltar a viver no campo? Resposta pessoal. d) Qual é o grande problema que está indicado nas seguintes frases do texto? “Era só capinar, colher, trabalhar para os fazendeiros ganhando uma miséria.” “Mas a vida só é boa para quem é dono de terra.” O problema é os trabalhadores rurais não serem donos da terra.
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Ilustrações: Ilustra Cartoon/ID/BR
2 No Brasil e em outras partes do mundo, muitas famílias mudaram e ainda mudam do campo para a cidade. Essa mudança provoca o crescimento das cidades, causando transformações também no espaço rural. Veja um exemplo.
Explique a transformação retratada nas imagens acima.
As imagens mostram o crescimento da cidade, que vai ocupando o espaço que correspondia a áreas rurais.
3 Pergunte a seus pais ou responsáveis quais impostos eles pagam. Depois, responda no caderno: Qual deve ser o destino desse dinheiro? Resposta pessoal.
Gerson Gerloff/Pulsar Imagens
4 Observe a foto.
Criciúma, SC. Foto de 2012.
a) Descreva os problemas visíveis na foto.
A foto mostra o asfalto deteriorado com acúmulo de água na pista.
b) Nesse caso, o dinheiro que a população paga de imposto está sendo corretamente empregado? Por quê? Não, porque a via pública não está sendo cuidada pelas autoridades. O dinheiro dos impostos deve ser empregado para resolver os problemas da população.
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capítulo
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Cidadania no município
A participação das pessoas é muito importante para a organização da cidade. E nos ensina a conviver em grupo, a respeitar as diferentes opiniões e a cooperar com os outros. Essas atitudes são necessárias para o desenvolvimento da cidadania e para a construção de uma sociedade mais justa. 1 Leia o texto e depois converse com os colegas e com o professor.
Dia da Árvore com atividades na praça Gilmar Marques/Ascom Cantagalo-RJ
Escolas representantes das três redes de ensino – municipal, estadual e particular – participaram, sexta-feira passada, 20 de setembro [de 2013], na Praça João XXIII, no Centro de Cantagalo [cidade do estado do Rio de Janeiro], da IX Exposição de Projetos Educacionais pela Conservação do Ambiente Natural (Epecan) […] […] A feira, na praça, de acordo com a Secretaria de Educação, mostra que Na praça houve também muita diversão para as a consciência ecológica chega aos crianças. Cantagalo, RJ. Foto de 2013. alunos em forma de atividades extracurriculares e de trabalhos desenvolvidos em sala de aula. Tanto que as unidades escolares participantes expuseram diversos trabalhos sobre preservação das matas, reciclagem de lixo, tratamento de esgoto, entre outros. Cada trabalho foi explicado com participação de alunos e professores. Durante todo o dia, as escolas também fizeram apresentações diversificadas, desde música até pequenas peças teatrais, sempre destacando questões ambientais. Também foi realizado um desfile com roupas confeccionadas com materiais recicláveis. Gilmar Marques. Disponível em: . Acesso em: 28 nov. de 2013.
a) Você frequenta praças da sua cidade ou de seu bairro? Resposta pessoal. b) Alguma praça da cidade onde você mora costuma ter atividades como essas mencionadas no texto? Resposta pessoal. c) Que eventos você gostaria que acontecessem na praça do lugar onde você mora? Resposta pessoal. 30
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A praça é de todos os cidadãos
Luciano Galvão/LugguiPhotos
A praça é um local, talvez o mais apropriado, para as pessoas exercitarem sua capacidade de se relacionar com o outro e desenvolver boas relações, necessárias ao convívio social. Pessoas de todas as idades e condições econômicas diversas transitam diariamente pelas praças. Algumas estão só de passagem, outras ficam mais tempo. É o caso de idosos, que costumam se reunir para conversar, recordar acontecimentos do passado e também falar sobre aspectos da vida no presente. Outro grupo que frequenta as praças é o das crianças. É comum vê-las brincando e correndo o tempo todo.
Idosos jogam xadrez em uma praça da cidade de São Paulo, SP. Foto de 2013.
1 Converse com os colegas e com o professor sobre como as praças de sua cidade poderiam se tornar um lugar mais agradável para: Resposta pessoal. as pessoas com deficiência física; as crianças; os idosos; as pessoas que passeiam com cachorros. 31
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A praça é pública
Rogerio Reis/Tyba
Vinicius Branca/Fotoarena
Em uma praça, há vários equipamentos públicos: bancos para sentar, lixeiras, postes de iluminação, telefones, etc. Em algumas, encontramos brinquedos para crianças e aparelhos para ginástica. Há também arbustos, árvores e canteiros de flores. Nesse ambiente, é comum a presença de pássaros e até mesmo de alguns pequenos animais, como os esquilos. Às vezes, como herança do passado, muitas cidades mantêm coretos nas praças, que vêm sendo utilizados por bandas de música e grupos de teatro. O ambiente da praça, por ser público, pertence a todos. As pessoas não devem estacionar automóveis em seu interior ou nas proximidades, com som em alto volume. É preciso também conservar os equipamentos públicos e não danificá-los, assim como não jogar lixo no chão, não pisar nos canteiros e nos gramados e não maltratar os animais.
Coreto preparado para o carnaval em São Luiz do Paraitinga, SP. Foto de 2012.
Equipamento para exercícios em uma praça do Rio de Janeiro, RJ. Foto de 2013.
2 Na sua cidade há praças como as mostradas nas fotos acima? No que elas são parecidas? No que elas são diferentes? Converse com os colegas e com o professor. Resposta pessoal. 3 Reúnam-se em grupos e façam plaquinhas para colocar em uma praça próxima da sua escola. De acordo com o lugar, pensem em mensagens como as seguintes. Resposta pessoal. CUIDE DOS BRINQUEDOS.
NÃO MALTRATE OS ANIMAIS.
JOGUE O LIXO NO LIXO.
NÃO PISE NA GRAMA.
NÃO SUJE O CORETO.
NÃO ESTACIONE NA CALÇADA.
A PRAÇA É DE TODOS! RESPEITE AS PESSOAS QUE AQUI CONVIVEM! 32
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Criança cidadã
Fernando Favoretto/Criar Imagem
Gerson Sobreira/Terrastock
As crianças são cidadãs, com direitos e deveres. Há várias maneiras de as crianças exercerem a cidadania. Além das relacionadas ao convívio com as pessoas, as crianças devem contribuir para a conservação dos espaços e dos materiais que utilizam na escola, em casa e nos locais que frequentam. Elas também podem ajudar a melhorar o lugar em que vivem, sendo solidárias e generosas. Veja o exemplo destas pessoas.
Fernando Favoretto/Criar Imagem
Cuidar do meio ambiente é cuidar de nossa casa, de nossa família e do mundo em que vivemos. Na foto, criança colocando lixo em recipientes de coleta seletiva em São Paulo, SP, em 2011.
Não maltratar os animais e cuidar deles são atos de cidadania. A foto mostra uma feira de adoção de cães realizada em Londrina, PR, em 2012.
Pequenos gestos fazem a diferença. Ajudar e respeitar os idosos deixa nossa vida melhor! São Paulo, SP. Foto de 2013.
1 Recorte de jornais e revistas ou imprima da internet cenas que mostrem situações de cidadania envolvendo crianças. Você pode selecionar, por exemplo, cenas relacionadas a direitos e deveres das crianças ou que mostrem crianças sendo participativas, companheiras, solidárias e respeitando as diferenças. Depois, cole os recortes em uma cartolina e exponha na classe para os colegas. 33
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Participação política
Maurício Simonetti/Pulsar Imagens
No Brasil, votar é um direito conquistado, pois em muitos períodos do passado o povo foi impedido de escolher seus governantes. Hoje, o voto é obrigatório para brasileiros alfabetizados entre 18 e 70 anos. Jovens de 16 e 17 anos, pessoas maiores de 70 anos e analfabetos também têm o direito de votar. Porém, para esses grupos, o voto não é obrigatório.
A participação do povo foi fundamental para a reconquista do direito de votar para presidente da República. Na foto, comício pelo voto direto (Movimento Diretas Já!) em São Paulo, SP, em 16 de abril de 1984.
Nas eleições, os cidadãos escolhem candidatos para ocupar cargos de vereadores e prefeitos, de deputados estaduais e governadores e de deputados federais, senadores e presidente da República. Assim, concedem aos eleitos o direito de discutir e tomar decisões em nome do povo. Porém, a participação política não acontece apenas nas eleições. No dia a dia, por meio do diálogo en- Comunidade: conjunto de pessoas que tre vizinhos e do envolvimento em atividades de suas compõem um grupo comunidades, os cidadãos trocam ideias, negociam social, que compartilham e tomam decisões conjuntas. É o que acontece, por um mesmo espaço ou que têm interesses exemplo, nas associações de bairros e nos condomí- comuns. nios residenciais. Todas essas ações também são práticas políticas. A mobilização política de grupos para cobrar governantes ou para atuar diretamente na solução de problemas também pode ser motivada por interesses comuns. 34
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1 Seus familiares costumam assistir aos programas eleitorais na TV ou ouvi-los no rádio? Converse com eles sobre o que pensam sobre esses programas. Depois, conte aos colegas e ao professor o que você descobriu. Resposta pessoal. 2 Leia as manchetes e procure no dicionário o significado do verbo reivindicar. Fazer uma reclamação, um pedido de providências para a realização de algo que é ne-
Moradores reivindicam pavimentação de rua no Jardim Petrópolis II
1
Ilustrações: ID/BR
cessário em determinado local ou para a garantia de um direito.
Disponível em: . Acesso em: 13 nov. 2013.
Rosário Oeste: moradores reivindicam transporte escolar na zona rural
2
Disponível em: . Acesso em: 13 nov. 2013.
Moradores reivindicam praça
3
Disponível em: . Acesso em: 13 nov. 2013.
Pais reivindicam transporte escolar para crianças com necessidades especiais
4
Disponível em: . Acesso em: 13 nov. 2013.
Agora, converse com os colegas e com o professor: Que reivindicações estão fazendo os grupos mencionados nas manchetes? Essas reivindicações podem ser consideradas participação política? 35
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Agora já sei 1 Leia o texto e depois resolva as atividades.
A quem pertence a cidade?
Ilustra Cartoon/ID/BR
A mulher fugia do tempo, puxando pela corda seu cãozinho peludo que não queria andar, que emperrou teimoso e fez cocô bem no meio da praça. Um guarda imediatamente se aproximou, pediu para a mulher recolher o cocô. Ela, indignada, reclamou e seguiu seu caminho sem olhar para trás. Um senhor que assistiu à cena, acostumado a dar palpites sem ser chamado, ergueu os braços e gritou: – Que desrespeito! A quem pertence a cidade, às pessoas ou aos cães? E, sem esperar a resposta, desapareceu no meio dos transeuntes. Liliana Iacocca. A quem pertence a cidade? São Paulo: Salamandra, 2004. p. 7-8.
a) Procure os significados destas palavras no dicionário e escreva-os no caParou, não querendo mais se mover. / Nesse caso, opiniões dadas sem serem pedidas. / Revoltada derno. por uma situação que considera inconveniente. / Pessoas que transitam a pé por um local. emperrou
palpites
indignada
transeuntes
b) Identifique no texto um conflito entre duas personagens. Qual é a sua opinião sobre essa situação? A mulher não recolheu o cocô de seu cachorro, mesmo depois de chamarem a sua atenção. Resposta pessoal.
c) Com os colegas e com o professor, responda: A quem pertence a cidade? E os animais? Eles também têm direito de desfrutá-la? Como isso deve ser feito? Pensem em exemplos relacionados ao município onde vocês moram. Resposta pessoal. 36
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2 Leia o texto e resolva as questões no caderno.
Eleições na escola Fazer a chamada, entregar material e pegar o giz para a professora. Essas são só algumas das atividades que os candidatos a chefes e vices de turma precisam cumprir para tornar as aulas mais organizadas e produtivas. Para isso, as escolas organizam uma grande campanha para convocar a criançada para formar suas chapas e eleger quem é que vai representar a turma. O colégio Gentil Bittencourt, em Belém [PA], vai realizar na próxima quarta-feira, dia 28, as eleições na escola. Até urna eletrônica vai ter. Sem falar na posse dos candidatos vitoriosos. [...] A Marcela Gomes, 10 anos, está ansiosa para o dia da votação. Ela espera que os eleitos cumpram com a promessa de campanha, e o principal é que façam um mandato com responsabilidade e respeito. “Às vezes, os chefes de turma ficam autoritários. Não podemos fazer nada que logo ameaçam chamar a coordenadora”, desabafa a menina. [...] O Liberal, Belém, 25 fev. 2007. Suplemento infantil Liberalzinho.
a) Em que município e estado se localiza a escola citada no texto? Localiza-se no município de Belém, no estado do Pará.
b) De acordo com o texto, qual é a função dos chefes e vices de turma nas escolas? Representar a turma, tornar as aulas mais organizadas e produtivas. c) Todos os eleitos cumprem bem sua função? Explique, mencionando um trecho do texto. Não. De acordo com uma das alunas: “Às vezes, os chefes de turma ficam autoritários...”.
d) Converse com um colega sobre eleições na escola. Vocês consideram importante haver representantes de turma na escola? Por quê? Na sua escola, há eleições para representante de turma? Se houver, contem como ocorrem. Se não, vocês gostariam que houvesse? Resposta pessoal.
3 Em todos os lugares do mundo podem ocorrer problemas. Conhecer os problemas que existem no lugar onde vivemos é o primeiro passo para tentar resolvê-los. Forme um grupo com três colegas e reflitam: O que vocês fazem para tornar melhor o lugar onde vivem? Anotem a conclusão do grupo no caderno. Resposta pessoal. 37
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Vamos fazer! O exercício da cidadania no município
Você e seus colegas vão pesquisar matérias jornalísticas sobre o exercício da cidadania em seu município.
Do que vocês vão precisar •• Fontes de pesquisa: jornais do bairro, do município, da região ou do estado, além de revistas e sites da internet.
•• folhas de papel avulsas •• tesoura com pontas arredondadas •• cola
Como fazer Ilustrações: Mário C. Pita/ID/BR
1. Separe as notícias e as informações coletadas nas diversas fontes de pesquisa. No dia combinado, mostre o material aos colegas do grupo. Selecionem, juntos, as matérias que tratem de temas ligados à cidadania. Elas podem abordar tanto os direitos quanto os deveres dos cidadãos e do governo.
2. Leiam as matérias e destaquem: o tema principal, quem são os envolvidos/responsáveis, os problemas ou soluções apontadas. Para isso, vocês podem sublinhar trechos dos textos usando, por exemplo, lápis de cores diferentes. No final, separem as matérias em dois blocos: um em que vocês observam a prática da cidadania, outro em que ela não acontece.
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Ilustrações: Mário C. Pita/ID/BR
3. Colem cada matéria em uma folha de papel avulsa. Na mesma folha ou em outra, anotem: a fonte de onde a matéria foi retirada (nome do jornal, da revista ou do endereço eletrônico), a data em que foi publicada, o título e o assunto de que ela trata (escrevam um pequeno resumo da matéria, citando os principais aspectos).
4. Na sala de aula, leiam para todos os colegas os dados que levantaram sobre as matérias pesquisadas. No final, juntem o seu material com o dos outros grupos. Lembrem-se de mantê-los separados em dois blocos (um em que se observa o exercício da cidadania e outro em que ele não ocorre).
Conclusão Com base nas matérias selecionadas, respondam às perguntas no caderno. Respostas pessoais.
1 Quais são os principais problemas apontados nas matérias? 2 Quem são os responsáveis por eles? Quem sofre as consequências desses problemas? 3 Há propostas para a solução desses problemas? Quais? 4 Quais são os grupos responsáveis por solucionar os problemas? Quais foram as providências tomadas? 5 Há outras maneiras de resolver esses problemas? Quais? 6 Quais são os exemplos de exercício da cidadania no município?
De acordo com as conclusões a que vocês chegaram, escrevam em uma folha avulsa um texto coletivo com o título O exercício da cidadania em nosso município. No final, ilustrem seu texto com fotos ou desenhos. Guardem todo o material produzido (as matérias jornalísticas e o texto que seu grupo escreveu). Ele fará parte de um projeto mais amplo, que vocês vão desenvolver ao longo deste ano. 39
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O que aprendi? 1 Analise o esquema abaixo e explique no caderno o que você entendeu.
Ilustra Cartoon/ID/BR
Resposta pessoal.
2 Forme dupla com um colega e façam uma pesquisa sobre o município onde moram. Copiem o quadro abaixo no caderno e preencham com os dados indicados, de acordo com sua pesquisa. Nome completo do município Data de fundação Número de habitantes Principal atividade econômica Outras atividades econômicas desenvolvidas no município
Dica: Para obter essas informações, entrevistem os professores da escola ou pesquisem em livros e jornais, na prefeitura ou no site oficial do município. Vocês podem também consultar o site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (disponível em: ; acesso em: 14 maio 2014). No menu superior, façam uma pesquisa pelo nome do município. 40
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Meu caro João, Um dia todos nós vamos receber uma carta. Ela chegará como um sonho,
ID/BR
3 Leia a carta que Sara escreveu para seu amigo João.
nos acordando para nossos Direitos e Deveres. Todas as palavras serão conhecidas. Será uma carta clara como os nossos desejos. Passaremos a morar em um país correspondido. Mando ainda três palavras para nossa correspondência: Eleitor, Expressão e Escola. Sua amiga, Sara Bartolomeu Campos de Queirós. Correspondência. Belo Horizonte: RHJ, 2004. s. p.
A gora é a sua vez! Escreva o rascunho de uma carta para um colega, utilizando as palavras direitos, deveres, eleitor, expressão e escola. Resposta pessoal.
Alexandre Tokitaka/Pulsar Imagens
4 Observe a foto, leia a legenda e responda às questões no caderno.
Criança recebendo vacina durante campanha de vacinação em uma Unidade Básica de Saúde em São Paulo, SP. Foto de 2012.
a) Que atividade está sendo realizada e em que local?
A vacinação de uma criança em uma Unidade Básica de Saúde (ou posto de saúde).
b) Em que município e estado está situado esse local? Na cidade de São Paulo, estado de São Paulo.
c) A criança que aparece na foto está tendo seus direitos atendidos? Explique. Sim, está sendo atendido o direito que todas as crianças têm de ter sua saúde protegida.
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2 unidade
O trabalho no município
No município, tanto no campo como na cidade, homens e mulheres trabalham em diferentes atividades. Em todos os municípios há prestação de serviços, produção de alimentos e ainda a fabricação dos mais variados objetos. A ilustração ao lado representa diferentes locais de trabalho de um município. a) Entre esses locais, quais se encontram no campo e quais se encontram na cidade? b) Que atividades profissionais podem ser realizadas em cada um desses locais de trabalho? c) Quais ferramentas e máquinas mais usadas no campo você conhece? E na cidade? d) Quais são as diferenças principais entre o ambiente de trabalho no campo e o ambiente de trabalho na cidade? Que contatos entre moradores do campo e da cidade podem ocorrer por meio de atividades realizadas em locais como os da cena? Resposta pessoal.
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AMj Studio/ID/BR
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capítulo
1
O trabalho no campo
Fabio Colombini/Acervo do fotógrafo
Colheita mecanizada de soja em Tangará da Serra, MT. Foto de 2012.
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Gerson Sobreira/Terrastock
Tratamento de couro em máquinas de uma indústria na área rural de Cabaceiras, PB. Foto de 2012.
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Ordenha mecanizada em Jandaia, GO. Foto de 2012.
Gerson Gerloff/Pulsar Imagens
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Peão recolhendo gado em pequena propriedade de São Martinho da Serra, RS. Foto de 2013.
4
Gerson Sobreira/Terrastock
1
Artesão trança folha de babaçu para fazer um telhado em José de Freitas, PI. Foto de 2012.
6
Fabio Colombini/Acervo do fotógrafo
Rodolfo Buhrer/La Imagem/Fotoarena
Os principais trabalhos realizados no campo consistem em cultivar a terra (agricultura), criar animais (pecuária) e extrair recursos naturais (extrativismo). Mas, como nas cidades, também há atividades de transformação de matérias-primas (indústria e artesanato). Veja alguns exemplos.
Pescadores em Raposa, MA. Foto de 2013.
1 Sobre as atividades realizadas predominantemente no campo, identifique nas imagens as relacionadas à agricultura, à pecuária, ao extrativismo, à indústria e ao artesanato. 44
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A agricultura e a pecuária
André Amaral/Hangar Ultraleves Imagens Aéreas
Delfim Martins/Pulsar Imagens
A agropecuária é o conjunto de atividades ligadas à agricultura e à pecuária. É o setor econômico que se destaca no campo, produzindo carne, couro, frutas, lã, leite, ovos, legumes, verduras, grãos, etc. No Brasil, parte da produção agropecuária abastece a população com alimentos e fornece matérias-primas para as indústrias. Outra parte é destinada à exportação.
A cana-de-açúcar é uma das principais matérias-primas de origem agrícola no Brasil. Na foto, indústria (usina) de produção de etanol e açúcar a partir da cana em Araraquara, SP. Foto de 2013.
Plantação de algodão em São Desidério, BA. Foto de 2013.
Essas atividades podem ser desenvol- Exportação: venda de produtos a outros vidas em propriedades de diferentes tama- países. procedimento empregado na nhos e apresentar variações nas condições Técnica: realização de uma atividade. de trabalho e nas técnicas utilizadas. A agropecuária também pode ser comercial, quando o objetivo é a venda da produção, ou de subsistência, quando a maior parte dos produtos é consumida pela própria família que realiza a produção. 1 Reúnam-se em grupos e resolvam as atividades abaixo no caderno. Sugestões de resposta:
a) Tentem descobrir um produto feito com cada matéria-prima de origem agropecuária citada a seguir. salsicha, presunto; suco, geleia; óleo; tecido, roupa; farinha, pão; sapato; roupa; iogurte, queijo.
carne
frutas
soja
algodão
trigo
couro
lã
leite
b) Quais dessas matérias-primas também são alimentos que podemos consumir sem precisar transformá-los em outros produtos? Carne, frutas, leite.
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Técnicas tradicionais de cultivo
Cesar Diniz/Pulsar Imagens
As técnicas tradicionais de cultivo reúnem conhecimentos passados de geração em geração (de pais para filhos) e compartilhados pelos agricultores ao longo do tempo. Arado: ferramenta agrícola Essas técnicas caracterizam-se pelo emprego do usada para remexer e afofar a terra, preparando-a para trabalho manual e pelo uso de instrumentos simples, receber as sementes. É como enxadas, foices, facões e arados puxados por anipuxado por animais. mais, como bois e cavalos. O uso de técnicas tradicionais é comum na agricultura de subsistência: em pequenas propriedades, os agricultores plantam para consumo da própria família e para vender pequenas quantidades dos produtos em cidades próximas. A agricultura com o uso apenas de técnicas tradicionais exige um trabalho árduo e lento e apresenta pouca produção.
Arado puxado por bois em Virgínia, MG. Foto de 2013.
2 Observe novamente as fotos da página 44. Alguma delas se refere à agricultura com técnicas tradicionais? Justifique no caderno. Não, pois há máquinas na imagem que mostra agricultura.
3 O que seria necessário para que os agricultores que usam técnicas tradicionais melhorassem sua produção e sua condição de vida? Converse com os colegas e com o professor. Resposta pessoal.
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Técnicas modernas de cultivo Adubo: produto que melhora a fertilidade do solo. Agrotóxico: produto que combate pragas e doenças que atacam as lavouras.
Cesar Diniz/Pulsar Imagens
O desenvolvimento da agricultura por meio de técnicas modernas envolve a utilização de conhecimentos científicos e o emprego de máquinas, equipamentos avançados e produtos industrializados, como adubos químicos, agrotóxicos e sementes especiais. Esse tipo de produção exige trabalhadores qualificados e utiliza pouco trabalho manual.
A produção moderna, destinada a atender ao comércio e à indústria, transforma intensamente as paisagens do campo. Na foto, sistema moderno de irrigação, que torna a plantação menos dependente das condições da natureza. Porto Nacional, TO, em 2013.
Quanto mais avançadas são as técnicas empregadas na agricultura, maior é sua produtividade. Porém, os investimentos para esse tipo de produção são elevados. Por isso, no Brasil, os agricultores que praticam a agricultura comercial em grandes propriedades, obtendo melhores rendimentos, são os que têm mais condições de investir na melhoria da produção. Mesmo assim, a agricultura moderna já é praticada em muitas propriedades menores. Saiba mais
Em pequenas propriedades de subsistência, é comum a policultura, ou seja, o cultivo de vários produtos diferentes, para atender às necessidades dos agricultores. Entre as grandes propriedades comerciais, no entanto, predomina a monocultura, isto é, o cultivo de um único tipo de produto. 4 Na agricultura moderna, é possível alcançar grande produção. Considerando isso, elabore hipóteses para responder às questões. Escreva as respostas no caderno. a) Por que essa atividade não requer muitos trabalhadores?
Isso acontece principalmente porque o uso de máquinas permite cultivar grandes áreas com menos trabalhadores.
b) Por que quem trabalha nessa atividade precisa ter boa qualificação?
Os trabalhadores precisam ser bem qualificados para operar as máquinas e outros materiais sofisticados.
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Técnicas tradicionais de criação
Gerson Gerloff/Pulsar Imagens
Na pecuária tradicional, ou pecuária extensiva, os animais são criados soltos no pasto, onde se alimentam de capim e têm espaço para se movimentar. São utilizadas técnicas simples na criação desses animais. Esse tipo de pecuária pode ser praticado em grandes fazendas, com objetivo comercial, ou por pequenos produtores, com o objetivo de complementar a agricultura de subsistência. Neste caso, o gado é criado não só como fonte de alimento, mas também para o trabalho agrícola.
Animais pastando em propriedade rural onde é praticada a pecuária extensiva, em São Martinho da Serra, RS. Foto de 2013.
5 Qual das frases a seguir caracteriza de forma incorreta a pecuária tradicional? Reescreva-a no caderno, corrigindo o erro. O gado é criado solto. O gado é alimentado apenas com ração. As técnicas empregadas são pouco avançadas. Pode ser uma fonte de alimento para os criadores. A segunda frase está incorreta. O gado também se alimenta de capim.
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Técnicas modernas de criação
Alexandre Tokitaka/Pulsar Imagens
João Prudente/Pulsar Imagem
Os animais criados por meio de técnicas modernas geralmente ficam presos em espaços fechados e cobertos. Eles recebem alimentação e medicamentos controlados e se movimentam pouco, possibilitando que cresçam e ganhem peso de forma mais rápida. No caso da pecuária, quando há o emprego de técnicas modernas, ela é conhecida como pecuária intensiva. A criação realizada em estábulos ou em viveiros permite melhor controle da higiene dos animais, reduzindo, assim, o risco de contraírem doenças e, consequentemente, de contaminarem os alimentos derivados, como o leite, a carne e os ovos. Contudo, para acelerar a engorda dos animais, há produtores que usam substâncias que podem ser prejudiciais à saúde humana. Parte dos pesquisadores da área de alimentação aponta que são necessários estudos mais detalhados sobre o efeito dessas substâncias no organismo de pessoas que costumam consumir com frequência alimentos derivados desses animais.
Vacinação de gado em Bom Jesus da Serra, BA. Foto de 2011.
Criação de galinhas em Holambra, SP. Foto de 2013.
6 Em comparação com o sistema tradicional, o emprego de técnicas modernas de criação possibilita produzir mais em menor tempo. De acordo com as características desse tipo de criação, explique, no caderno, por Por meio das técnicas modernas, os animais engordam mais rapidamenque isso acontece. te, pois pouco se movimentam, além de ingerirem alimentos e medicamentos desenvolvidos com esse objetivo.
7 Converse com os colegas e com o professor sobre a produção de alimentos de origem animal. Debatam sobre os cuidados necessários para evitar maus-tratos aos animais e sobre os riscos para a saúde das pessoas que consomem esses alimentos. 49
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O extrativismo O extrativismo é a atividade que retira recursos diretamente da natureza. Os recursos naturais podem ser de origem vegetal, animal ou mineral. No Brasil, muitas famílias sobrevivem retirando pequenas quantidades de recursos da natureza. Para essas famílias, o extrativismo é a única fonte de renda ou uma forma de complementar o sustento obtido com a agricultura e a pecuária. Também existem no país indústrias extrativistas que exploram recursos em grandes quantidades. Por meio do extrativismo vegetal, é possível obter vários produtos, como madeira, castanhas, látex e palmito. Esses produtos podem ser extraídos utilizando-se técnicas modernas ou técnicas tradicionais. Atualmente, a extração da madeira das florestas brasileiras é feita de forma intensa com o uso de máquinas, que aceleram o ritmo do desmatamento. Já a extração do látex é realizada por meio de técnicas tradicionais. Os seringueiros fazem pequenos sulcos no tronco das árvores, por onde escorre o látex. Área devastada da floresta Amazônica em Altamira, PA, para dar lugar às obras da usina de Belo Monte. Foto de 2012. Ricardo Oliveira/Tyba
Látex: líquido extraído do tronco de alguns tipos de árvore. O látex da seringueira é utilizado para a fabricação da borracha natural. Seringueiro: pessoa que trabalha na extração do látex da seringueira.
Juca Varella/Folhapress
O extrativismo vegetal
Para a extração do látex não é preciso derrubar as árvores. São feitos apenas sulcos pouco profundos no tronco das seringueiras. E esses sulcos não prejudicam as árvores. Amazonas. Foto de 2013.
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O extrativismo animal
sonar
Paulo Cesar Pereira/ID/BR
Renato Soares/Pulsar Imagens
Fazem parte do extrativismo animal atividades como caça, pesca e coleta de ovos, mel e outros produtos retirados diretamente do ambiente natural.
cardume
sinais sonoros
A pesca é uma atividade muito importante, especialmente para a população que vive no litoral ou perto de rios. A pesca artesanal, feita com equipamentos simples, destina-se a consumo próprio ou venda, em geral nos mercados locais. Pescadores no rio São Francisco, em Pirapora, MG. Foto de 2012.
Na pesca industrial, utilizam-se equipamentos modernos, como os sonares. Estes localizam os peixes no fundo do mar, por meio da emissão de sinais sonoros. Essa prática facilita a captura dos cardumes, mas também pode contribuir para a redução da quantidade de peixes ou mesmo para a extinção de espécies.
O extrativismo mineral João Prudente/Pulsar Imagens
Muitos produtos que usamos são feitos com recursos minerais, como o ferro, o alumínio, o carvão e o petróleo. Esse tipo de atividade econômica recebe o nome de extrativismo mineral. Área de extração de pedra para construção em Ribeirão Preto, SP. Foto de 2012.
1 Leia os versos a seguir e identifique no caderno o tipo de extrativismo a que se referem. Os versos referem-se à pesca artesanal, que é uma atividade de extrativismo animal.
Minha jangada de vela, que vento queres levar? tu queres vento da terra, ou queres vento do mar? Juvenal Galeno. Disponível em: . Acesso em: 17 nov. 2013.
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Agora já sei 1 Leia o texto e resolva as questões a seguir.
Boias-frias No dicionário, “boia-fria” é o “trabalhador agrícola que Empreitada: se desloca diariamente para propriedade rural, geralmenserviço informal te para executar tarefas sob empreitada”. Mas o dicionário cujo pagamento é feito por trabalho não menciona suas condições indignas e perigosas de trarealizado, sem levar balho. Sem direitos, sem educação, trabalhando nas terras em conta o tempo de outro por salários que não são suficientes nem para uma gasto. Marmita: vasilha em pessoa, que dirá para uma família. que se transporta a O termo boia-fria surgiu do costume destes trabalhadorefeição individual para res de levar uma marmita consigo logo cedo e, na hora do o local de trabalho ou de estudo. almoço, comê-la fria mesmo (boia, uma gíria para comida + fria). O grande problema dos boias-frias é que suas condições de trabalho são as piores possíveis, estando muitas vezes aliadas às condições de escravidão e trabalho infantil. Em Ribeirão Preto, em junho de 2007 foi feita uma denúncia da morte de quinze pessoas por causa de trabalho excessivo na colheita da cana-de-açúcar. Segundo a denúncia feita pelo “Relatório Nacional de Direitos Humanos, Econômicos, Sociais e Culturais” [...], a morte dos quinze trabalhadores teria ocorrido [...] pelo trabalho excessivo e pela falta de água potável, moradia apropriada, equipamentos de primeiros socorros e ambulância. [...] Caroline Faria. Disponível em: . Acesso em: 17 nov. 2013.
a) Considerando que os boias-frias fazem a colheita com as mãos ou usam ferramentas como facões e foices, classifique o trabalho deles segundo as técnicas utilizadas. Escreva no caderno. Os boias-frias utilizam técnicas tradicionais, sem os avanços tecnológicos mais recentes.
b) Releia este trecho do texto: “O grande problema dos boias-frias é que suas condições de trabalho são as piores possíveis, estando muitas vezes aliadas às condições de escravidão e trabalho infantil”.
Agora, converse com os colegas e com o professor. Como será o dia a dia de uma criança que trabalha na colheita da cana-de-açúcar? Como você se sentiria se estivesse no lugar dela? O direito dessa criança à educação e ao lazer é respeitado? Resposta pessoal.
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Edson Grandisoli/Pulsar Imagens
Ricardo Azoury/Pulsar Imagens
2 Observe as fotos e converse com os colegas e com o professor para responder às questões.
Criação de gado em Rio Branco, AC. Foto de 2012.
Estufa com plantação de ervas para temperos e verduras em Maringá, PR. Foto de 2013.
Mina de amianto em Minaçu, GO. Foto de 2012.
Ernesto Reghran/Pulsar Imagens
Christian Tragni/Folhapress
Pescadores em Camamu, BA. Foto de 2012.
a) Quais atividades estão representadas nas fotos? Pesca artesanal (extrativismo ani-
mal), criação extensiva de gado, agricultura com técnicas modernas, mineração (extrativismo mineral).
b) Em qual ou quais dessas atividades são usadas técnicas tradicionais? E em qual ou quais são usadas técnicas modernas? Técnicas tradicionais são usadas no tipo
de pesca representado e na criação de gado; técnicas modernas são usadas na propriedade agrícola mostrada e na mina.
c) Das atividades representadas, cite duas que causam grandes problemas ao ambiente. A criação de gado nas áreas antes cobertas por florestas (desmatamento para abrir espaço para pastagens) e a mineração, que causa enormes alterações na paisagem. d) Quais dessas atividades são praticadas no seu município? Resposta pessoal.
3 Em grupos de três ou quatro integrantes, recortem de jornais e de revistas fotos que mostrem produtos originados da pecuária, da agricultura e do extrativismo (vegetal, mineral ou animal). Colem essas fotos em uma cartolina, identificando, em cada uma, a atividade econômica da qual se obtém o produto representado. Com o auxílio do professor, organizem um mural na sala de aula. Resposta pessoal. 53
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capítulo
2
O trabalho na indústria e o trabalho artesanal
Ilustra Cartoon/ID/BR
Muitos materiais obtidos por meio da agricultura, da pecuária e do extrativismo são transformados de modo artesanal ou industrial. Dessa forma, são criados os mais variados produtos.
1 A imagem acima mostra alguns brinquedos feitos de modo artesanal e outros feitos de modo industrial. Responda no caderno. a) Quais brinquedos foram feitos de modo artesanal? Boneca de pano e telefone de lata.
b) Quais foram feitos de modo industrial? Video game e bola.
2 Converse com os colegas e com o professor sobre as questões abaixo. a) Será que todas as crianças possuem brinquedos? O que você pensa sobre isso? Resposta pessoal. b) Você já construiu algum brinquedo? Qual? Se não, conte qual gostaria de fazer. Depois, pesquise os materiais necessários para fazer esse brinquedo e as instruções de como construí-lo. Resposta pessoal.
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A indústria A principal característica da atividade industrial é a fabricação de produtos em grande quantidade. Isso é feito com o uso de máquinas, que possibilitam a produção de muitos artigos em um tempo menor do que se fossem feitos sem elas. Nas indústrias, as matérias-primas vindas da agricultura, da pecuária e do extrativismo são transformadas em outros produtos. No exemplo ilustrado abaixo, o couro, obtido na pecuária, é transformado em calçados. Observe. 1
2
3
5
Ilustrações: Ilustra Cartoon/ID/BR
4 6 7
Para funcionar, a indústria precisa de trabalhadores, de matéria-prima, de eletricidade, de meios de transporte (para deslocar pessoas, matérias-primas e mercadorias prontas), entre outros itens. 1 Relacione as cenas acima aos trabalhadores mencionados a seguir. Escreva no caderno uma frase para cada profissional. Resposta pessoal. vendedor 7
costureiro 5
vaqueiro 1
empacotador 6
operador de máquinas
projetista 3
4
motorista 2 55
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Tipos de indústria
Leo Drumond/Nitro
Fábrica de produtos têxteis em Pedro Leopoldo, MG. Foto de 2013.
Helia Scheppa/JC Imagem
Existem diferentes tipos de indústria: de alimentos, roupas, automóveis, brinquedos, eletrodomésticos, remédios, tratores e de muitos outros produtos, que são vendidos no comércio. Há também indústrias que fabricam materiais para outras indústrias ou para empresas de outros setores. A maior parte das indústrias localiza-se nas cidades. Mas também há indústrias no campo. Entre elas, destacam-se as agroindústrias, que transformam matérias-primas de origem agropecuária em produtos como açúcar, suco, queijo, linguiça, etc. Veja exemplos dessa diversidade de indústrias.
Leo Drumond/Nitro
Fábrica de eletrodomésticos em Varginha, MG. Foto de 2013.
Leo Drumond/Nitro
Fábrica de chocolates e sucos em pó, em Vitória de Santo Antão, PE. Foto de 2011.
Lucas Lacaz Ruiz/Folhapress
Linha de montagem de helicópteros em Itajubá, MG. Foto de 2012.
Leo Drumond/Nitro
Produção de carros em Betim, MG. Foto de 2013.
Fabricação de latas para tintas, vernizes e aerossóis em São Paulo, SP. Foto de 2013.
2 Escreva no caderno um exemplo de produto fabricado em cada uma das indústrias mencionadas abaixo. Sugestões de respostas. a) eletrônicas eletrodomésticos
c) automobilísticas carros
b) alimentícias chocolates e sucos
d) têxteis tecido
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As técnicas de produção Tecnologia: no texto, conjunto de técnicas, equipamentos e métodos próprios da atividade industrial.
Motoring Picture Library/Alamy/Glowimages
A atividade industrial, com o passar do tempo, vai incorporando novas tecnologias. Assim, o volume de artigos fabricados e a velocidade da produção aumentam, enquanto o número de empregados tende a diminuir. Na indústria automobilística, por exemplo, a modernização das máquinas reduz cada vez mais a necessidade de empregar trabalhadores. Observe.
Leo Drumond/Nitro
Operários na montagem de automóveis na cidade de Coventry, Inglaterra. Foto de 1923.
3 As fotos sugerem que, no passado, a indústria automobilística empregava mais trabalhadores na montagem dos veículos e que, atualmente, grande parte da produção emprega robôs, sendo menos dependente do trabalho humano.
Produção de automóveis com o uso de robôs em Betim, MG. Foto de 2013. Atualmente, produzem-se milhões de veículos por ano no Brasil.
3 Comparando as fotos, o que você observa em relação ao uso de máquinas e à quantidade de trabalhadores? Responda no caderno. 4 As transformações ocorridas na produção, tanto no campo como na cidade, exigem trabalhadores mais qualificados, que entendam o funcionamento de modernos equipamentos e saibam operá-los. Responda no caderno. É preciso que eles tenham acesso à educação. Para isso, as escolas técnicas e as universidades
a) Quais são as condições necessárias para os trabalhadores se qualificarem? são muito importantes.
b) Será que todas as pessoas conseguem obter qualificação profissional? Por que isso acontece? Resposta pessoal. Nem todos têm acesso à qualificação profissional, por falta de condições econômicas ou de oferta de educação de qualidade em escolas públicas.
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As indústrias e o meio ambiente Muitas indústrias emitem substâncias poluentes, que causam danos ao ambiente e aos seres vivos. Para evitar esses danos, é importante que elas tomem medidas como filtrar a fumaça que emitem, tratar a água utilizada antes de lançá-la nos rios e enviar os resíduos industriais para locais adequados. Quem adquire produtos industrializados também deve cuidar do ambiente. Uma das maneiras de fazer isso é evitar o consumo excessivo e o desperdício. Algumas indústrias transformam materiais já utilizados em produtos novos. Esse processo é a reciclagem, que auxilia no combate aos problemas ambientais, pois reduz a extração de matérias-primas e diminui o volume de resíduos.
5 Desembaralhe as letras ao lado e descubra três vantagens da reciclagem. Escreva-as no caderno.
Da esquerda para a direita: diminuir a extração de recursos da natureza; reduzir lixo; gerar empregos.
Ilustra Cartoon/ID/BR
Ilustrações: Ilustra Cartoon/ID/BR
Reciclagem do alumínio
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Representações Gráfico de pizza O gráfico de pizza ou gráfico circular representa, de modo simples, as partes que compõem a totalidade de algum item: população, mercadoria, construções, etc. No exemplo a seguir, o gráfico mostra como a totalidade de brasileiros estava dividida entre habitantes do campo e da cidade em 2010.
29830007
ID/BR
Brasil – população urbana e rural – 2010
160925792
População urbana População rural Fonte de pesquisa: IBGE. Censo 2010. Disponível em: . Acesso em: 16 maio 2014.
Note que os números são bastante grandes, afinal, são milhões de pessoas que compõem a população do Brasil. Isso dificulta a comparação, mas, quando vemos o círculo dividido em partes, fica mais fácil perceber onde morava a maior parte da população brasileira em 2010. Analise as informações do gráfico, incluindo o título e a legenda. Depois, responda às questões a seguir no caderno. a) O que a cor vermelha na legenda indica?
Ela indica que a parte vermelha no gráfico refere-se à população urbana.
b) O que a cor verde na legenda indica?
Ela indica que a parte verde no gráfico refere-se à população rural.
c) Onde morava a maior parte dos brasileiros em 2010? Na área urbana.
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O artesanato também é uma atividade econômica que transforma diferentes matérias-primas em produtos para o consumo. Essa transformação geralmente é feita de forma manual, com o uso de equipamentos simples. Em geral, o artesão realiza todas as etapas do processo, até chegar ao produto final, e a produção é bem menor e mais demorada que a industrial. As atividades artesanais podem ser realizadas na própria residência do artesão ou em oficinas. Esse tipo de atividade favore- Objetos artesanais feitos em Olinda, PE. Foto de 2013. ce a diversificação dos produtos por meio da criatividade do artesão. Em alguns casos, os produtos podem ser feitos de acordo com o gosto de cada cliente.
Carlos Ezequiel Vannoni/Agência JCM/Fotoarena
O artesanato
Ernesto Reghran/Pulsar Imagens
1 Observe a foto e responda às questões no caderno.
Artesã confecciona peça em Nísia Floresta, RN. Foto de 2012.
a) Que peça a artesã está confeccionando? Renda. b) Que material ela usa para fazer a peça?
Ela usa linha, almofada e bilros.
c) Cite duas características do trabalho dessa artesã que são muito diferentes da produção industrial. Resposta pessoal. 60
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Rogério Reis/Tyba
Muitos artesãos são verdadeiros artistas. Por meio de técnicas de escultura, pintura, cerâmica e outras, eles criam obras que representam aspectos da cultura e do lugar onde vivem. Recursos naturais como areia, argila, madeira, sementes e fibras, encontrados nas proximidades onde vivem os artesãos, podem servir de matéria-prima a esses trabalhadores. Para divulgar e vender as peças que produzem, vários artesãos organizam-se em cooperativas. Assim, eles conseguem participar de feiras para expor seus produtos e vendê-los diretamente ao consumidor por preços mais justos. Cooperativa: sociedade formada por pessoas que se organizam economicamente para atingir objetivos que beneficiem a todos. Em geral, o valor recebido pelos produtos ou serviços é distribuído entre os associados.
Artesãs confeccionando bijuterias com conchas no Centro Educacional de Artesanato Saber Viver, em Recife, PE. Foto de 2010.
2 Leia o texto abaixo, sobre uma cooperativa de artesãs de um bairro do município de Teresina, capital do Piauí, e responda às questões a seguir no caderno. A Cooperativa de Artesãs do Poti Velho – Cooperart – é uma cooperativa formada por 30 mulheres, que se juntaram desde 2003 para mostrar seu próprio trabalho. [...] As mulheres trabalham com bijuterias, cerâmicas, etc. A Cooperart foi uma forma de dar mais oportunidades para as mulheres da comunidade, que antes ficavam apenas em casa. Agora elas têm sua própria profissão, [...] podendo ajudar na renda de casa. Cooperart. Disponível em: . Acesso em: 9 maio 2014.
a) Qual é a profissão das mulheres associadas à Cooperart? Elas são artesãs. b) Que objetos elas produzem? Elas produzem bijuterias, objetos de cerâmica e outros. c) Onde se localiza a Cooperart? No bairro de Poti Velho, em Teresina, Piauí. d) A organização da cooperativa foi importante para as mulheres do bairro? Copie um trecho que justifique sua resposta. Resposta pessoal. 61
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Agora já sei
Ilustra Cartoon/ID/BR
1 Observe a imagem para resolver as questões a seguir no caderno.
a) Entre os objetos representados, cite quatro produzidos industrialmente. Sugestão: fogão, liquidificador, geladeira, forno de micro-ondas.
b) Na imagem, há objetos que podem ser produzidos artesanalmente? Se sim, quais? Sim. Sugestão: cadeira, mesa, colher de pau, cesto (com as maçãs). 2 Leia o texto abaixo e, em seguida, responda às questões.
Associar-se, a saída para catadores de lixo A jornada de trabalho de um catador de lixo reciclável não é fácil. Ele passa até 16 horas diárias revirando resíduos em busca de garrafas plásticas, latas de alumínio, papel e papelão, para, ao fim do dia, vender o material por um preço módico. Uma maneira de melhorar a renda [...] é a formação de grupos ou cooperativas. Com esse tipo de associação [...] é possível diminuir o tempo de coleta, aumentar o valor dos produtos e permitir mais segurança e higiene. [...] Talita Bedinelli. Disponível em: . Acesso em: 22 nov. 2013.
a) Escreva no caderno as palavras que você não sabe o que significam. Com um colega, procure-as no dicionário e registre o significado delas. Resposta pessoal. 62
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2b A rotina de um catador de material reciclável é bastante difícil. Ele trabalha até 16 horas diárias buscando materiais recicláveis, e é muito baixo o valor que consegue com a venda deles.
b) Como é a rotina de um catador de material reciclável? Ele é bem remune2c O texto aponta a organização de cooperativas rado pelo exercício dessa atividade? como uma alternativa para melhorar a situação
dos catadores. Em conjunto, eles têm maior po-
c) Que alternativa o texto aponta para melhorar a remuneração e as condições de trabalho dessas pessoas? Qual a justificativa apresentada pelo texto? der para negociar a remuneração e condições mais favoráveis de trabalho.
3 Além da reciclagem de materiais realizada em indústrias, é possível reutilizar determinados materiais ou ainda transformá-los manualmente em brinquedos, obras de arte ou objetos de uso cotidiano. a) Analise os exemplos de reaproveitamento de materiais citados abaixo. Quais desses reaproveitamentos são realizados em indústrias e quais são feitos manualmente? Processo artesanal: 2, 3 e 6. Processo industrial: 1, 4 e 5. 1. Transformação de latas de refrigerante em lâminas de alumínio. 2. Confecção de colares com lacres de latas de refrigerante. 3. Montagem de uma maquete com sucata. 4. Fabricação de roupas com fibras feitas de garrafas PET recicladas. 5. Transformação de sucata de ferro em novos produtos de ferro e aço. 6. Confecção de estantes com caixas de frutas e verduras. b) Converse com os colegas e com o professor sobre a importância do combate aos problemas ambientais com a reutilização e a reciclagem de materiais, com a redução do desperdício e do consumo de produtos desnecessários, etc. 4 Todas as frases abaixo contêm erros. Com um colega, descubra o que está errado e reescreva as frases no caderno, corrigindo as informações. A atividade industrial pouco interfere nas paisagens.
A atividade industrial provoca grandes mudanças/interfere bastante nas paisagens.
As indústrias fabricam produtos em pequenas quantidades. As indústrias fabricam produtos em grandes quantidades.
Na indústria, o trabalho humano foi totalmente substituído pelo uso de máquinas modernas. Apesar do uso de máquinas, as indústrias precisam do trabalho humano. As indústrias não causam problemas ambientais e não precisam tomar nenhuma medida para proteger o ambiente. As indústrias causam problemas ambien-
tais e precisam tomar medidas para proteger o ambiente.
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capítulo
3
O trabalho na cidade
Você já observou os detalhes dos locais próximos a sua casa ou no caminho para a escola? A rotina das pessoas que vivem ou trabalham nesses locais lhe é familiar? No texto que você vai ler a seguir, um menino imaginou um jeito interessante de ver o bairro onde mora.
Mundinho se imaginou vendo o bairro lá de cima. E se imaginou voando sobre o caminho que sempre fazia, quando voltava da escola para casa. Viu, direitinho, a escola, o pipoqueiro que fazia ponto em frente à escola, a esquina da farmácia, a loja de ferragens, o depósito de material de construção, o açougue; viu também a casa do Ronaldão, seu colega de turma. Viu até mesmo o Ronaldão entrando em casa, e viu também a mãe do Ronaldão, que sempre usava um lenço na cabeça.
Al Stefano/ID/BR
Vendo o bairro de um jeito diferente
Murilo Cesalpino. Tudo está sempre mudando. Belo Horizonte: Formato, 1998. p. 9.
1 De acordo com o que o menino viu, responda no caderno. a) Em que locais poderia haver pessoas trabalhando?
Na escola, na loja de ferragens, no depósito de material de construção, no açougue, na farmácia.
b) Que profissionais podem ser encontrados nesses locais? 64
Sugestões: escola: professor, diretor, secretário, faxineiro; loja de ferragens: vendedor, faxineiro, caixa; depósito: balconista, motorista, caixa; açougue: açougueiro, faxineiro; farmácia: caixa, farmacêutico.
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O comércio
Lucas Lacaz Ruiz/Folhapress
Thomaz Vita Neto/Pulsar Imagens
O comércio é a compra e a venda de produtos. Essa atividade pode ser feita em lojas, mercados, farmácias, barracas ou bancas na rua, pela internet, ou por meio de vendedores que oferecem seus produtos de casa em casa ou na rua. É por meio do comércio que os consumidores podem adquirir produtos vindos da agricultura, da pecuária, do extrativismo e da indústria. As atividades comerciais concentram-se nas cidades, onde há mais acesso a itens necessários para o seu funcionamento, como energia elétrica, telefonia, internet e meios de circulação. A proximidade com a maior parte dos consumidores também favorece a localização dos estabelecimentos comerciais nas cidades, pois nelas vive a maioria dos brasileiros. No campo também há muitas atividades comerciais. Lojas de roupas, de produtos agrícolas, de louças, mercearias, farmácias e feiras são muito importantes nas áreas rurais dos municípios.
Indústria farmacêutica em Belo Horizonte, MG. Foto de 2013.
Farmácia em São Paulo, SP. Foto de 2011.
Daniel Cymbalista/Pulsar Imagens
Barraca de feira em São José dos Campos, SP. Foto de 2013.
João Marcos Rosa/Nitro
Plantação de alface hidropônica em São José do Rio Preto, SP. Foto de 2013.
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Os estabelecimentos comerciais
Célio Messias/Acervo do fotógrafo
Gerson Sobreira/Terrastock
Os estabelecimentos comerciais variam muito. Nas cidades, há desde pequenas bancas de jornais até hi- Hipermercado: amplo supermercado onde é permercados. vendida grande variedade Em geral, o comércio se estende por toda a cidade. de produtos, desde até móveis e Mesmo nos bairros onde predominam moradias, costu- alimentos eletrodomésticos. ma haver padarias, farmácias, lojas variadas e até grandes mercados. Existem ruas em que predomina o comércio de um único tipo de produto, como roupas ou eletrônicos. Há também os shopping centers, que reúnem muitas lojas em um espaço fechado e atraem grande número de consumidores. Nas cidades brasileiras, é comum haver o comércio informal, improvisado em praças, calçadas e semáforos. Quem pratica esse comércio não tem acesso a direitos trabalhistas, como férias e seguro-desemprego, e não recolhe impostos. Grande parte dessas pessoas vai para a informalidade por falta de emprego ou de rendimento melhor em outra atividade.
Rua comercial em Tanabi, SP. Foto de 2014.
Comércio informal em Londrina, PR. Foto de 2011.
1 Indique no caderno o nome do estabelecimento ou do tipo de comércio: a) Reúne muitas lojas em ambiente fechado. Shopping center. b) Vende frutas e computadores no mesmo local. Hipermercado. c) Atividade improvisada que não paga imposto. Comércio informal. 66
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Os serviços
Célio Messias/Acervo do fotógrafo
Antonio Cicero/Fotoarena
A prestação de serviços refere-se a atividades desenvolvidas por profissionais de várias áreas. Por exemplo, professores, médicos, mecânicos, motoristas de ônibus, técnicos em computador, eletricistas e muitos outros profissionais são prestadores de serviços. Também prestam serviços os bancos, as empresas de telefone, as escolas, os hospitais, as empresas de internet, as emissoras de rádio e televisão, entre outras. Muitos serviços são prestados por pessoas ou por empresas particulares. Já os serviços públicos, como o fornecimento de água, energia elétrica, educação, saúde, segurança e transporte coletivo, considerados essenciais, são prestados diretamente pelo governo ou por empresas que devem seguir regras especiais e ser fiscalizadas pelo governo.
Unidade Básica de Saúde em Ribeirão Preto, SP. Foto de 2012.
Estação de metrô em São Paulo, SP. Foto de 2012.
Manutenção da rede elétrica em São Paulo, SP. Foto de 2012.
Fabio Colombini/Acervo do fotógrafo
Alf Ribeiro/Folhapress
Agência bancária em Parauapebas, PA. Foto de 2013.
1 Tanto na cidade como no campo são oferecidos serviços públicos. Em grupo, façam uma lista dos serviços públicos existentes no local onde fica a escola. Sugestões: água encanada, transporte coletivo, energia elétrica, telefone, internet, coleta de lixo, posto de saúde.
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Os direitos do consumidor
ID/BR
Quem compra produtos ou contrata serviços tem vários direitos. Por exemplo, quando compramos uma geladeira, ela deve funcionar bem; quando alguém conserta um vazamento no banheiro, o serviço tem de ser feito corretamente. Os direitos do consumidor são garantidos por um conjunto de leis que constitui o Código de Defesa do Consumidor. Para fazer valer seus direitos, o consumidor precisa ter a nota fiscal do produto adquirido ou do serviço prestado. No documento constam diversas informações, como o nome da loja ou do prestador de serviços, a identificação da mercadoria ou do serviço, o valor cobrado e os impostos retidos.
PAPEL ARIA
Avenida Amazonas, 77 Rio de Janeiro, RJ 98765-432
NOTA FISCAL
X Telefone: 2222-5555
NATUREZA DA OPERAÇÃO Venda de Mercadoria NOME / RAZÃO SOCIAL Valéria Aparecida Vaz
SAÍDA
ENTRADA
C.N.P.J.
INSCRIÇÃO ESTADUAL
00.111.222/3333-44
505.606.707.808
C.N.P.J. / C.P.F.
INSCRIÇÃO ESTADUAL
123.456.789-10
ENDEREÇO Rua dos Eucaliptos, 100 - Rio de Janeiro, RJ - 21234-567 DADOS DO PRODUTO CÓDIGO
DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS
UNID.
QUANT.
VALOR UNITÁRIO
VALOR TOTAL
10,00
987654
Lápis de cor
CX 1 UN
1
10,00
456789
Caneta esferográfica
UN 5 UN
5
1,00
5,00
896745
Mochila
UN 1 UN
1
58,21
58,21
BASE DE CÁLCULO DO ICMS 73,21 VALOR DO FRETE
VALOR DO ICMS
BASE CÁLCULO ICMS SUBST.
VALOR CÁLCULO ICMS SUBST.
VALOR TOTAL DOS PRODUTOS
13,18
0,00
0,00
73,21
VALOR DO SEGURO
OUTRAS DESPESAS
VALOR TOTAL DO IPI
VALOR TOTAL DA NOTA 73,21
Nota fiscal.
2 Imagine que você comprou uma camiseta. Quando chegou em casa, viu que a DE camiseta estavaINSCRIÇÃO um pouco que você PRESTAÇÃO SERVIÇOS MUNICIPALapertada. VALOR Qual DO ISS é o documento VALOR DOS SERVIÇOS 111.111.111-11 0,00 0,00 deve levar à loja para fazer a troca? Por quê? Responda no caderno.É a nota fiscal, pois ela indica as características da camiseta e quanto ela custou, além de outras informações.
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O consumo e a propaganda No dia a dia, precisamos de vários produtos e utilizamos vários serviços. Muitas vezes, no entanto, acabamos adquirindo muito mais do que necessitamos. A propaganda, que também é um tipo de serviço, não apenas informa as características dos produtos, mas também estimula a comprar cada vez mais, ou seja, a consumir. Os anúncios de produtos e serviços estão por toda a parte: nas ruas, em jornais e revistas, na internet, no cinema, na televisão, no rádio. Às vezes, influenciados pela propaganda, compramos produtos dos quais não precisamos. Usamos uma vez e deixamos o produto de lado. O consumo exagerado, chamado consumismo, leva ao desperdício e, consequentemente, ao acúmulo do lixo e à maior exploração de recursos da natureza. Por isso, todo consumidor deve ser consciente, pensando bem e cuidando para não fazer compras desnecessárias.
Ilustrações: Mário C. Pita/ID/BR
3 Acompanhe a sequência destas cenas.
a) Converse com os colegas e com o professor sobre as questões a seguir. O que a primeira cena mostra?
Um menino e seu pai assistem a um comercial de mochila na televisão.
Na segunda cena, o que o pai e o menino estão fazendo?
O menino e seu pai vão a uma loja que vende a mesma mochila do comercial.
O que a terceira cena mostra? Por que será que isso acontece?
O pai leva o menino para a escola com a mochila nova e outros alunos estão usando mochilas
b) Imagine outro final para essa história: o pai acha que não é necessário comnovas idênticas. Resposta pessoal. prar uma mochila nova para o filho.
Escreva no caderno um breve diálogo entre eles em que o pai explica por que, no momento, não há necessidade de comprar uma mochila nova, evitando, assim, o consumismo. Resposta pessoal. 69
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Agora já sei
Calma, Fabinho! Você tem seus direitos de consumidor!
Al Stefano/ID/BR
1 No seu aniversário, Fabinho ganhou um carrinho muito bacana. Ele tinha visto na televisão: tocava a buzina, piscava os faróis, fazia mais uma porção de coisas. Mas, quando Fabinho pôs o brinquedo para funcionar, que decepção!
Não funciona!
Já veio quebrado!
O que pode ser feito para que os direitos de Fabinho sejam respeipais ou responsáveis de Fabinho podem ir à loja onde o brinquedo foi tados? Os comprado e exigir a troca do produto, conforme assegura o Código de Defesa do Consumidor.
2 Em muitos estados e municípios, o governo faz campanhas para que as pessoas exijam nota fiscal quando fazem qualquer compra. Escreva no caderno por que isso acontece. A principal razão é que a nota fiscal garante o recolhi70
mento de impostos. Assim, ao pedir a nota, as pessoas asseguram que os governos estaduais e municipais obtenham recursos que poderão ser utilizados em benefício da população, em escolas, transporte coletivo, hospitais e outros serviços.
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3 O consumo impulsivo é aquele que nos leva a comprar sem pensar se realmente precisamos daquele produto. Responda às questões a seguir no caderno. .
Você já teve vontade de comprar um produto porque viu uma propaganda tentadora, mas, ao pensar melhor, você percebeu que ele não era necessário e não comprou? Resposta pessoal. Por que evitar esse tipo de consumo pode ser importante para a preservação da natureza? Resposta pessoal. 4 Observe a rotina da sua escola e faça no caderno uma lista dos serviços públicos essenciais para o funcionamento dela. No final, compare suas respostas com as dos colegas. Sugestão: fornecimento de água encanada, coleta de esgoto, recolhimento de lixo, fornecimento de energia elétrica, serviço de telefonia e acesso à internet.
5 Veja, no quadro abaixo, o nome de várias profissões. Depois, responda às questões a seguir no caderno. médico agricultor professor operário da indústria cabeleireiro pecuarista balconista eletricista
pedreiro
coletor de castanhas
feirante
a) Quais estão relacionadas à prestação de serviços? Médico, professor, cabeleireiro, pedreiro, eletricista.
b) Quais se relacionam ao comércio? Balconista, feirante. 6 Leia o texto a seguir.
Vamos tentar dar um final mais feliz para as embalagens? Quase tudo que compramos hoje vem dentro de uma embalagem, que pode ser caixa, garrafa, saquinho ou lata. E para onde vão todas essas caixas? Para o lixo! Agora, será que não podemos dar um destino mais feliz para elas? Claro! Uma ideia é separar as embalagens pelo seu material (plástico, vidro, papel e metal) antes de jogarmos no lixo, pois assim elas poderão ser recicladas e transformadas em coisas novas. [...] Crie, invente, use de novo! Ministério do Meio Ambiente. Disponível em: . Acesso em: 22 nov. 2013.
Converse com os colegas e com o professor sobre ideias para evitar que as embalagens sejam descartadas no lixo. Resposta pessoal.
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Vamos fazer! Descobrir as principais atividades econômicas do município Comunidade quilombola:
Em todos os municípios são desenvolvidas diferentes atividades. Vamos conhecer um pouco sobre o extrativismo vegetal em Oriximiná, PA, que é fonte de renda de diferentes grupos. Entre eles, a comunidade quilombola local.
povoado ou bairro formado por descendentes de africanos escravizados, que guardam tradições, memórias e modos de vida de seus antepassados.
A castanha em Oriximiná
Comissão Pró-Índio de São Paulo. Disponível em: . Acesso em: 22 nov. 2013.
ID/BR
Localização de Oriximiná (PA) 55ºO
OCEANO ATLÂNTICO 0º
Equador
Oriximiná
Ri
o A m a zo n
Belém
as
PA R Á
Capital estadual Cidade Limite de país Limite de estado Rio
0
245
490 km
1 cm – 245 km
Antonio Silva/Ag. Pará
Fonte de pesquisa: IBGE. Base cartográfica digital. Disponível em: . Acesso em: 23 abr. 2014.
Transporte de castanhas pelo rio Trombetas em Oriximiná, PA. Foto de 2013. Antonio Silva/Ag. Pará
Desde o século XIX os quilombolas de Oriximiná coletam e comercializam a castanha-do-pará, que representa para eles uma importante fonte de renda. A extração da castanha é um dos elos que unem os atuais quilombolas aos seus ancestrais. [...] Até hoje, os conhecimentos sobre a atividade de extração da castanha são transmitidos de geração para geração. [...] À medida que os quilombolas de Oriximiná foram conhecendo melhor os seus direitos, organizando a sua luta e conquistando a titulação de seus territórios, decidiram que era preciso buscar melhores condições para a extração da castanha. Os quilombolas sempre enfrentaram muitas dificuldades na atividade da castanha. Havia uma carência de meios de transporte e de condições para armazenar a produção. Acabavam dependendo de intermediários (conhecidos como regatões), que compravam a castanha por preços irrisórios e vendiam produtos a preços abusivos. [...] atualmente os quilombolas contam com uma estrutura de transporte, comunicação e armazenamento que tem possibilitado a venda de castanha diretamente para a usina de beneficiamento em Oriximiná, Óbidos e Belém.
Paisagem da comunidade quilombola de Cachoeira Porteira, em Oriximiná, PA. Foto de 2013.
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Agora é a sua vez! A turma será dividida em grupos. Cada grupo vai pesquisar sobre uma atividade econômica praticada no município onde vocês moram e sobre os trabalhadores que a realizam. O tema da pesquisa poderá ser agricultura, pecuária, extrativismo, artesanato, indústria, comércio ou serviços.
Como fazer
1. Pesquisem a atividade escolhida em sites da
Mário C. Pita/ID/BR
Mário C. Pita/ID/BR
prefeitura ou de organizações da região, em jornais e revistas, entrevistando adultos, etc. Procurem saber: • o local do município onde é praticada; • como é desenvolvida; • quem são as pessoas que trabalham nessa atividade e o que fazem; • quais são as condições de trabalho (se ganham muito ou pouco, se usam técnicas modernas ou tradicionais, como os trabalhadores estão organizados, etc.).
2. Em uma folha avulsa, escrevam as
4. Organizem as informações em um painel e preparem uma apresentação para a classe.
5. Na data combinada com o professor,
apresentem o que descobriram e ouçam a apresentação dos outros grupos. Se tiverem alguma dúvida, perguntem aos colegas. 6. Depois das apresentações, guardem com cuidado os materiais que foram apresentados. Eles serão aproveitados em outra atividade que será proposta mais adiante.
Ilustra Cartoon/ID/BR
informações obtidas. Vocês também podem complementar a pesquisa entrevistando um trabalhador ou copiando um poema ou a letra de uma canção sobre o tema. 3. Façam desenhos ou colem imagens (fotos, mapas, gráficos) que representem a atividade pesquisada.
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O que aprendi? 1 Leia o texto abaixo e responda às questões no caderno.
O que vivenciei O cercado dos animais era outra distração da meninada. Além do cercado grande, havia uma ou duas áreas grandes, chamadas de “solta”, onde se pastoreava o gado. Havia uma enorme plantação de capim. Ir para o corte de cana acompanhar os carreiros [...] era uma satisfação. No final da manhã ou da tarde, os carros voltavam cheios de olho de cana [pontas da cana] para o gado. [...] Outro lugar gostoso era a olaria. Meu cunhado sempre fazia tijolo para vender [...]. Fazer boi de barro, tijolinho de caixa de fósforos, construir cercados de miniatura, com a casa do engenho, os tachos de mel, os carros de boi era sempre um lugar de criatividade e alegria. Abdalaziz de Moura. Disponível em: . Acesso em: 25 nov. 2013.
a) O texto trata de um local no campo ou na cidade? No campo. b) Quais são as atividades econômicas mencionadas no texto? Pecuária, agricultura (cana-de-açúcar), artesanato ( fabricação artesanal de tijolos e telhas).
Usavam principalmente barro, com o qual faziam miniaturas das construções, dos equipamentos e dos animais do engenho. O texto menciona também caixa de fósforos.
2 A imagem do lenhador triste após ter extraído todas as árvores simboliza a exploração excessiva da natureza pelos seres humanos. Converse sobre as questões a seguir com os colegas e com o professor. Resposta pessoal.
Jean Galvão/Acervo do artista
c) As crianças gostavam muito de brincar na olaria. Quais eram os materiais que elas usavam para brincar e quais eram os brinquedos preferidos delas?
Quais os problemas que a exploração excessiva da natureza pode gerar? A responsabilidade sobre eles é só de quem extrai diretamente os recursos ou de toda a sociedade? Charge de Jean Galvão.
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3 Faça uma pesquisa sobre alguns alimentos consumidos na sua casa e registre no caderno as informações coletadas. Siga o modelo abaixo. Alimentos
Municípios de origem
Locais onde foram obtidos ou comprados
4 Leia a história e observe a ilustração. a) Onde o Menino Maluquinho está? Que tipo de atividade se exerce nesse estabelecimento? Restaurante. Prestação de serviços. b) Levando em consideração os direitos do consumidor, desenhe em uma folha avulsa um final para a tira do Menino Maluquinho.
Mosca na sopa
Ziraldo/Acervo do artista
– Garçom, tem uma mosca na minha sopa! – Não tem problema. Pode secar a coitadinha no pão. Desenho de Ziraldo.
5 Leia o texto e responda às questões no caderno. Naquela época, ainda não existiam calculadoras como as de hoje, muito menos computador. No canto do balcão, ficava uma máquina registradora, dessas que a gente ainda vê de vez em quando em lojinhas antigas. Tinha muitas teclas de números e uma manivela grande do lado, que fazia triiimm quando alguém acabava a conta. Arthur Nestrovski. Histórias de avô e avó. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2012. p. 22.
a) De que atividade econômica trata o texto? O texto fala do comércio. b) Você já viu alguma das máquinas mencionadas no texto?
Resposta pessoal.
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3 unidade
Comunicação e transporte
Os diferentes locais podem se conectar por meio da circulação de pessoas, que transportam produtos ou levam informações. Outro modo de integrar locais distantes e as pessoas que vivem neles é pelos meios de comunicação. Dos meios de transporte representados na ilustração, quais são mais usados para transportar pessoas e quais são mais usados para Pessoas: cartransportar mercadorias? ro, ônibus, bicicleta, avião; mercadorias: caminhão, navio.
Você vai à escola a pé ou utiliza algum veículo como meio de transporte? Resposta pessoal. Que meios de comunicação você utiliza no seu dia a dia? Resposta pessoal.
Quais dos equipamentos representados na imagem são utilizados para a comunicação entre locais distantes? Carta, aparelho de telefone celular.
O lugar onde você mora apresenta alguma característica que dificulta ou favorece o uso de algum meio de transporte ou de comunicação? Explique. Resposta pessoal.
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AMj Studio/ID/BR
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capítulo
1
Meios de comunicação
As lendas são histórias com elementos imaginários, baseados ou não em fatos reais. Geralmente são transmitidas de forma oral, de pessoa para pessoa, de geração em geração. Por isso, passam por modificações ao longo do tempo. Leia uma versão da lenda que fala da origem das maratonas, que são provas de corrida a pé de longo percurso.
Em 490 a.C., persas e gregos travaram uma batalha. Fidípedes, um soldado grego, correu cerca de 42 quilômetros, indo da cidade de Maratona até Atenas para pedir ajuda. Voltou então para Maratona com muitos soldados, e os gregos venceram os persas. Fidípedes correu novamente a Atenas para dar a notícia da vitória. Ao chegar ao local de destino, o soldado só conseguiu pronunciar a palavra “Vitória!” antes de cair morto, tal era o seu cansaço. A atual corrida de maratona, com 42 quilômetros e 192 metros, teria sido criada em homenagem a Fidípedes.
Ilustra Cartoon/ID/BR
A lenda da maratona
490 a.C.: de acordo com o calendário cristão, os anos atuais são contados a partir do nascimento de Jesus Cristo (ano 1). Fatos ocorridos antes desse evento são datados com a sigla a.C., ou seja, antes de Cristo. Persas: antigo povo que ocupava a região que hoje corresponde ao Irã, na Ásia. Gregos: no texto, povos da Grécia Antiga, que corresponde ao mesmo território da Grécia atual, na Europa.
1 Converse com os colegas e com o professor. a) Por que o soldado percorreu o trajeto entre Maratona e Atenas? Na primeira vez, para pedir ajuda; na segunda, para transmitir a notícia de vitória dos gregos na batalha.
b) Se fosse hoje, ele precisaria se deslocar entre as duas cidades? Resposta pessoal.
c) Quanto tempo você acredita ser necessário para percorrer a pé mais de 42 quilômetros? Atualmente, a transmissão de notícias entre locais distantes precisa levar todo esse tempo? Como as notícias podem ser transmitidas? Resposta pessoal.
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Diferentes meios de se comunicar
Fernando Favoretto/Criar Imagem
Desde que nascemos, nós já nos comunicamos. O choro é a primeira forma de comunicação do ser humano. À medida que crescemos, desenvolvemos a fala. A maioria das pessoas do mundo também se comunica por meio da escrita. Além disso, expressões faciais, gestos, sinais são muito importantes na transmissão de pensamentos, de sensações e de qualquer tipo de informação. A comunicação também nos ajuda a conhecer, a aprender, a criar ou a desenvolver novas técnicas e tecnologias. As pessoas conversam, trocam ideias, leem livros, revistas e jornais, fazem pesquisas na internet, assistem à televisão, ouvem rádio, veem filmes e peças de teatro. Tudo isso pode ampliar o conhecimento e aumentar a capacidade de refletir sobre diferentes assuntos. As pessoas se comunicam com quem está próximo a elas e também com quem está distante. Para isso, utilizam diferentes meios de comunicação.
Comunicar é uma necessidade humana. Pela comunicação as pessoas transmitem conhecimentos, ideias e sentimentos. Alunos de escola em Itaquera, na cidade de São Paulo, SP. Foto de 2013.
1 Tente comunicar-se com seus colegas sem usar a fala e a escrita, apenas com gestos e expressões faciais. Será que vocês vão conseguir se comunicar? 79
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Para receber e enviar notícias há vários meios de comunicação. As cartas, os telegramas e o telefone, por exemplo, são importantes meios de comunicação pessoal. Mas existem meios de comunicação, como o rádio, a televisão, a internet e os jornais, que permitem enviar mensagens para um grande número de pessoas ao mesmo tempo e sem distingui-las. Esses são os meios de comunicação de massa.
Ablestock/ID/BR Fernando Favoretto/ID/BR Fernando Favoretto/ID/BR
Ablestock/ID/BR Jean Chung/Bloomberg/Getty Images Fernando Favoretto/ID/BR
Fernando Favoretto/ID/BR
Fernando Favoretto/ID/BR
Carl de Souza/AFP
Fernando Favoretto/ID/BR
2 As fotos mostram exemplos de meios de comunicação. Observe-as e responda no caderno às questões a seguir.
a) Dos meios de comunicação mostrados, quais os que você mais usa? Resposta pessoal.
b) E quais fotos representam meios de comunicação de massa? Rádio, televisão, jornal, cartaz.
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3 Leia a notícia, observe a imagem, leia a legenda e responda no caderno às questões a seguir. Este fim de semana terá pancadas de chuva e muito calor em quase todo o país.
Inpe/CPTEC/DSA
Fonte de pesquisa: G1. Disponível em: . Acesso em: 28 nov. 2013.
As fotos de satélite permitem fazer a previsão do tempo. Imagem baseada em foto de satélite mostrando o Brasil em 2 de janeiro de 2014.
a) Como foi possível fazer essa foto? Com o uso de um satélite, que fotografou a superfície da Terra.
b) Na sua opinião, é importante saber a previsão do tempo?
Resposta pessoal.
Saiba mais
Mário C. Pita/ID/BR
Existem vários tipos de satélite artificial girando ao redor da Terra. Alguns captam e fornecem imagens e informações sobre a superfície da Terra, facilitando, por exemplo, a confecção de mapas e auxiliando na previsão do tempo. Há outros que possibilitam a transmissão de sinais de televisão, telefone e rádio. São os satélites de comunicação. Veja como eles funcionam. antena de recepção
antena de transmissão satélite de comunicação
Imagens sem anho proporção de tam si. e distância entre
Os sinais são enviados por uma antena de transmissão e captados pelo satélite. Este reenvia os sinais para antenas de recepção de celular, rádio e televisão.
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Mapa: um instrumento de comunicação da Geografia Os mapas surgiram da necessidade das pessoas de registrar e transmitir a outras a localização de diferentes locais. Neles eram registrados pontos de referência, como montanhas, rios, lagos, trilhas e moradias. Por volta do século XVI, os europeus aperfeiçoaram os mapas, feitos principalmente com base nos relatos de viajantes. As viagens permitiram a conquista de terras até então desconhecidas para eles e os mapas serviam para registrar caminhos e ajudavam a pensar na defesa e no uso das novas terras.
Museu Egípcio, Turim, Itália/akg-images/Latinstock
Representações
Mapa egípcio de aproximadamente 1300-1100 a.C. Museu Egípcio, Turim, Itália.
Ilha de Cocaia – mapa atual ID/BR
Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro. Fac-símile: ID/BR
Ilha de Cocaia – mapa histórico
35°O
Rio M ass
an
ga na
OCEANO ATLÂNTICO
8° S
Mapa de 1634. À direita, vê-se o cabo de Santo Agostinho. Ao centro, a ilha de Cocaia, em Pernambuco. Mapoteca Itamarati, Rio de Janeiro, RJ.
ca
Ilha de Cocaia o atu oT Ri
Legenda Ruínas do forte
0
Escala aproximada 475 950 km 1 cm – 475 m
Mapa atual do mesmo trecho representado ao lado. Fonte de pesquisa: Google Maps. Disponível em: . Acesso em: 15 maio 2014.
Atualmente, os mapas são feitos com o auxílio de recursos tecnológicos avançados, como satélites e computadores. Responda no caderno. Qual dos mapas traz maior número de detalhes? O mapa de 1634. Qual deles representa o espaço com maior precisão? Explique a origem da diferença de precisão entre eles. O mapa atual. A diferença de precisão entre os
mapas deve-se à existência hoje de tecnologias (satélites, computadores) indisponíveis em 1634.
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A comunicação nos municípios Os meios de comunicação estão presentes em todos os municípios. Eles são importantes para o contato entre moradores de diferentes locais e para integrar os municípios entre si e com o restante do país e do mundo.
São José dos Campos
Mapas: ID/BR
1 Estas fotos retratam locais de moradia com antenas parabólicas, que captam sinais de televisão enviados por satélite.
Bairro em São José dos Campos, SP. Foto de 2011.
João Prudente/Pulsar Imagens
Lucas Lacaz/Futura Press
Taquarana
Bairro em Taquarana, AL. Foto de 2012.
Sto. Amaro da Imperatriz
Aldeia Kuikuro no Alto Xingu, MT. Foto de 2012.
João Prudente/Pulsar Imagens
Rita Barreto/Acervo da fotógrafa
Alto Xingu
Propriedade rural em Santo Amaro da Imperatriz, SC. Foto de 2012.
a) De que modo a instalação de antenas parabólicas conecta pessoas de um lugar a outras pessoas de outras partes do mundo? Responda no caderno. b) Você conhece outros equipamentos ou materiais que são utilizados para o melhor funcionamento dos meios de comunicação? Conte aos colegas e ao professor. Resposta pessoal.
1a As antenas captam sinais de televisão e permitem às pessoas o acesso a informações a respeito do que acontece no mundo, mesmo que essas pessoas morem em locais distantes.
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O jornal impresso e a televisão
Lima/ID/BR
O jornal impresso é um meio de comunicação de massa em que se usam escrita e imagens. É publicado em intervalos regulares, podendo ser diário, semanal, quinzenal ou mensal. Há jornais que circulam em todo o Brasil. Outros circulam em vários municípios, outros apenas em um município ou mesmo só em alguns bairros. Os grandes jornais costumam ser divididos em várias partes ou cadernos. Cada caderno trata de um assunto: cultura, economia, Anúncio classificado: esportes, política, anúncios classificados, etc. Tam- divulgação de vagas de bém é comum trazerem páginas dedicadas a certo pú- emprego, produtos à venda blico ou assunto, como educação, saúde, crianças, etc. e serviços diversos.
Nos jornais, os cadernos que tratam das cidades trazem notícias sobre a segurança, o trânsito, as atrações culturais, etc. Já os cadernos que tratam do campo trazem notícias sobre máquinas agrícolas, criação de animais, cultivos e outras atividades rurais.
Fonte de pesquisa: IBGE. Disponível em: . Acesso em: 28 nov. 2013.
Brasil – uso de televisão nos domicílios (a cada 100) – 2011* ID/BR
A televisão é um importante meio de comunicação de massa no Brasil. Veja o gráfico, que apresenta o resultado de uma pesquisa feita em 2011. Essa pesquisa mostrou que, de cada cem residências no país, apenas três não tinham televisão. Há programas de televisão transmitidos praticamente para todos os municípios brasileiros. Outros são exibidos apenas em alguns locais. O fácil acesso à televisão possibilita a muitas pessoas obter informações sobre diferentes partes do Brasil e do mundo.
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Legenda Domicílios com televisão Domicílios sem televisão * valores arredondados
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Zanone Fraissat/Folhapress
O telefone foi inventado em 1876. Naquela época, somente um número muito pequeno de pessoas podia ter acesso a ele. Atualmente, no Brasil, esse meio de comunicação é acessível à maioria da população. Hoje, existem os telefones sem fio e os celulares. A quantidade de celulares em uso no país aumentou muito nos últimos anos, superando o número de habitantes. Mas isso não significa que todos os brasileiros tenham celular. Uma parte da população tem mais de um aparelho. A internet é uma rede de compu- Por meio do telefone também podem ser tadores ligados uns aos outros. Pessoas comercializados vários produtos e serviços. Na foto, central de atendimento telefônico de uma empresa de diferentes partes do mundo aces- em Campina Grande, PB, em 2012. sam essa rede. Por meio da internet é possível enviar e receber mensagens; ler notícias de diferentes jornais e revistas; fazer pesquisas; participar de jogos e de bate-papos com várias pessoas ao mesmo tempo, ainda que estejam distantes; comprar e vender produtos e serviços.
Diego Nóbrega/Folhapress
O telefone e a internet
Não é só quem tem computador em casa que pode usar a internet. Há locais que oferecem esse serviço. O acesso pode ser gratuito (oferecido por órgãos governamentais ou entidades assistenciais) ou pago, quando oferecido por empresas particulares, como mostrado na foto ao lado. São Paulo, SP. Foto de 2013.
2 Responda no caderno: Você já usou ou costuma usar o computador? Resposta pessoal.
Se sim, onde? E o que você costuma fazer? Resposta pessoal. Se não, quais meios de comunicação você costuma usar? Resposta pessoal. 85
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Agora já sei 1 As pessoas podem se comunicar de diversas formas utilizando apenas o próprio corpo. Responda no caderno. a) Cite as formas de se comunicar com o corpo que você conhece. Resposta pessoal. Sugestões: gestos, expressões faciais, linguagem de sinais.
b) Você costuma usar gestos e a expressão facial para se comunicar? Relate uma experiência em que você se expressou apenas fazendo gestos e alterando a feição do rosto. Resposta pessoal. 2 Aponte, no caderno, um meio de comunicação que você pode utilizar para realizar as atividades a seguir. a) Conversar com um primo ou amigo que mora longe. Telefone, internet. b) Convidar amigos para o seu aniversário. Internet, convite impresso, carta, telefone. c) Ler notícias atualizadas a respeito de seu país. Jornal impresso ou internet. d) Assistir a um filme. TV, cinema, computador, aparelhos de DVD ou blu-ray. e) Ouvir música. Rádio, computador, aparelhos digitais. 3 Pergunte a seus avós ou a outras pessoas mais velhas que meios de comunicação eles costumavam usar quando eram crianças, nas situações mencionadas na questão anterior. Compare as respostas deles com as respostas que você deu e depois anote suas conclusões no caderno. Resposta pessoal. 4 Quais destes meios de comunicação existem em seu município? a) jornal do município
d) biblioteca ou livraria pública
b) estação de rádio
e) acesso à internet Resposta pessoal.
c) agência de correio 5 Você costuma usar o telefone ou a internet para conversar com amigos? Conte aos colegas e ao professor. Depois, responda às questões a seguir. a) Compare o tempo que você gasta nas conversas pela internet com o tempo que você costuma passar brincando ou conversando pessoalmente com os amigos. b) Por fim, converse sobre a importância dos meios de comunicação a distância e sobre a importância de se relacionar com as outras pessoas diretamente. Resposta pessoal. 86
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6 Neste mapa, as cores representam uma variação de quantidade. Quanto mais escura é a tonalidade da cor, maior é a quantidade que ela representa. A tonalidade mais escura, por exemplo, indica que existem de 59 a 71 usuários de internet para cada 100 pessoas. Brasil – uso da internet – 2011 60ºO
40ºO
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b) Cite os dois estados que tinham menos usuários.
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GO OCEANO PACÍFICO Número de pessoas a cada grupo de 100 com acesso à internet (2011)* 24 31– 38 41– 43 48– 54 59– 71 * Os números foram arredondados.
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Fonte de pesquisa: IBGE/PNAD. Disponível em: . Acesso em: 28 dez. 2013.
ID/BR
a) Em 2011, qual estado tinha mais usuários de internet? São Paulo.
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7 Para estudar Geografia, um dos recursos usados pelas pessoas cegas ou com baixa visão são os mapas táteis. Neles, há diferentes texturas (pontinhos, ranhuras, superfícies ásperas e lisas) que cumprem a mesma função que as cores e os símbolos nos mapas convencionais. Crie uma hipótese para explicar como as pessoas que não enxergam conseguem ler os mapas. Conte aos colegas e ao professor. Resposta Fernando Favoretto/ID/BR
David Santos Jr./Fotoarena
pessoal.
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capítulo
2
Meios de transporte
Muitos produtos que consumimos são produzidos em diferentes municípios e estados, ou mesmo em outros países. Como eles chegam até nós? Todos nós também precisamos nos deslocar. Vamos à escola, os adultos vão trabalhar, saímos para passear, vamos visitar parentes e amigos. Às vezes viajamos para longe. 1 Observe as ilustrações, que mostram diferentes meios de transporte, e faça no caderno o que se pede. Ilustrações: Mário C. Pita/ID/BR
2
1
3
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6
5 4
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11 13
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Indique o número das fotos que melhor representam o transporte de: a) grandes cargas por terra; 2, 4, 6, 10
c) cargas pelo ar; 1, 5
b) pequenas cargas por terra; 3, 4, 7, 10, 11, 12 d) cargas pela água. 9, 13
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Professor, converse com os alunos sobre as respostas dadas nos itens a e b. Eles podem considerar, por exemplo, que em um ônibus ou em uma carroça sejam transportadas grandes ou pequenas cargas. Aceite outras respostas, desde que coerentes.
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Diferentes meios de transporte Os meios de transporte são utilizados para o deslocamento de produtos para os mais diversos locais – dentro do município e entre os municípios, estados e países. Além disso, eles são fundamentais para as pessoas irem de um local para outro: de casa para a escola, para o trabalho, para o mercado ou para outros locais, e desses locais de volta para casa. Há diferentes tipos de meios de transporte. Alguns cruzam os céus; outros navegam pelo mar ou pelos rios. E há os que circulam por terra, em ruas ou avenidas, em estradas ou sobre trilhos. Assim, os meios de transporte podem ser aéreos, aquáticos (marítimos e fluviais) e terrestres (ferroviários e rodoviários). Saiba mais
Os meios de transporte têm sido aperfeiçoados com o tempo. Caminhões, carros, navios, aviões, trens, motocicletas tornaram-se mais eficientes. O tempo das viagens foi reduzido e, em condições ideais de uso, houve avanço nos níveis de segurança e conforto.
Os veículos de transporte aéreo mais utilizados são os helicópteros e os aviões. A vantagem desse tipo de transporte é percorrer longas distâncias em pouco tempo. No Brasil, os aviões transportam muitas pessoas e produtos. Mas essa opção não está disponível para todos. Em muitos municípios não há aeroportos, e o custo das passagens ainda é alto.
Rogério Reis/Pulsar Imagens
O transporte aéreo
Aeroporto Internacional de Salvador, BA. Foto de 2012.
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O transporte aquático
Blenda Souto Maior/DP/D.A Press
Thomaz Vita Neto/Pulsar Imagens
Comparado com outros, o transporte aquático tem baixo custo. Apesar disso, considerando a grande quantidade de rios e o extenso litoral do país, ainda é um meio de transporte pouco usado entre os municípios brasileiros.
Transporte hidroviário de carga em canal artificial no município de Pereira Barreto, SP. Foto de 2012.
Petroleiro Zumbi dos Palmares no porto de Suape, em Ipojuca, PE. Foto de 2013.
O transporte ferroviário
Cesar Diniz/Pulsar Imagens
Atualmente, os trens ainda são pouco usados no Brasil. No entanto, eles ainda cortam trechos do país com cargas importantes e transportam muitos passageiros entre bairros de grandes cidades.
Trem de carga transportando minério de ferro em São Luís, MA. Foto de 2014.
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O transporte rodoviário abrange todos os veículos que se deslocam em ruas, estradas ou rodovias. Por causa do uso de veículos que consomem muito combustível e que requerem constante manutenção, esse tipo de transporte não é o mais econômico. Apesar disso, ele é o mais utilizado no Brasil. Para ser eficiente, o transporte rodoviário necessita de ruas e estradas em boas condições de uso – pavimentadas, sem buracos, com boa sinalização e acostamento (no caso das rodovias). Porém, não é essa a realidade em grande parte das vias brasileiras.
Guga Matos/JC Imagem
O transporte rodoviário
Estrada em mau estado de conservação em Recife, PE. Foto de 2013.
Saiba mais
O transporte coletivo O deslocamento de pessoas dentro de uma cidade, principalmente nas mais populosas, requer meios de transportes coletivos (ônibus, trem e metrô), que garantam viagens rápidas, confortáveis e seguras para um grande número de passageiros. 1 Leia o texto e responda no caderno.
Ribeirinhos do Amazonas descobrem prazer da leitura em barco-biblioteca Quando o barco-biblioteca [...] aporta em alguma comunidade do Amazonas, é sinal que mais crianças vão descobrir o prazer pela leitura. Criado em 2006, o projeto leva livros, teatro, arte e música até locais onde o acesso à cultura é restrito. Portal Amazônia. Disponível em: . Acesso em: 29 nov. 2013.
a) A que tipo de transporte se refere o texto? Transporte aquático fluvial. b) Onde vivem as crianças atendidas pelo barco-biblioteca?
No Amazonas, à beira dos rios.
2 Converse com os colegas e com o professor: Quais são os problemas causados pelo grande número de carros nas ruas? Resposta pessoal.
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Representações Ícones e linhas Nos mapas, os ícones são pequenas figuras que indicam a localização precisa de pontos no território representado. Por sua vez, os pontos determinam onde são encontrados elementos como fábricas, portos, cidades, etc. Além de observarmos a localização de cada ponto individualmente, precisamos fazer um reconhecimento dos ícones em seu conjunto no mapa. Assim, podemos analisar a distribuição dos elementos pelo território. As linhas, nos mapas, podem ser tracejadas ou contínuas e ter variadas cores e espessuras para diferenciar rios, limites territoriais, rodovias e outros elementos que se estendem de forma alongada pelo território. Analise o mapa abaixo e resolva no caderno as atividades a seguir. ID/BR
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Fonte de pesquisa: Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2009. p. 143.
Quais os meios de transporte representados por linhas no mapa? Descreva as características de cada uma dessas linhas. Rodovia (linha contí-
nua vermelha), hidrovia (linha azul, grossa e contínua), ferrovia (linha com aspecto de espinha de peixe).
No mapa, há ícones representando três tipos de elementos. Descreva cada um desses ícones. Aponte o elemento que cada ícone está de um navio (porto), desenho de um avião representando. Desenho (aeroporto) e círculo lilás (terminais hidroviários).
Analise a distribuição dos terminais hidroviários pelo território representado no mapa. Qual é o nome do rio com o maior número de terminais hidroviários? Rio Tietê. 92
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A construção das estruturas de transporte
Marcelo Poci Bandeira/Centro de Atendimento Departamento Hidroviário Secretaria de Logística e Transportes
O funcionamento dos meios de transporte geralmente exige obras para alterar certas características do espaço (cortar árvores, tornar o terreno plano, escavar túneis) e para instalar estruturas como rodovias, ferrovias, pontes e portos. As condições naturais do espaço podem favorecer ou dificultar a realização dessas obras. A construção de estradas em áreas montanhosas, por exemplo, é mais difícil do que no relevo plano. Eclusa: enorme tanque de A navegação em rios também depende das condi- concreto que funciona como um ções naturais ou de intervenções humanas. Os rios na- elevador para embarcações, que turalmente navegáveis têm águas calmas e profundas. passam para o nível de baixo do rio, quando a eclusa é esvaziada, Já os rios com quedas-d’água exigem a construção de ou para o nível de cima, quando ela se enche de água. eclusas para a passagem das embarcações.
A eclusa de Barra Bonita, SP, possibilita a passagem de embarcações por meio do desnível criado por uma usina hidrelétrica nesse trecho do rio Tietê, tornando-o navegável. Foto de 2013.
1 Escreva no caderno a palavra do quadro que completa cada frase. decolagem
túneis
trens
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ponte
pouso
a) A « faz a ligação de dois pontos separados por um rio. ponte
pouso
b) Nos aeroportos ocorrem a « e o « de aviões. decolagem
c) Os « circulam nas ferrovias, sobre trilhos. trens
d) Com a « as embarcações passam pelo desnível do rio. eclusa
e) Através dos « os veículos podem passar no interior de um morro ou de túneis uma montanha. 93
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A influência dos meios de transporte no espaço Além de facilitar o deslocamento de pessoas e de cargas, os meios de transporte são fundamentais para a realização de inúmeras atividades ligadas à agropecuária, ao comércio e à indústria. Dessa forma, acabam influenciando a transformação de espaços urbanos e rurais. Novas estradas e ferrovias facilitam o transporte dos produtos até os locais de venda. Assim, podem estimular a ampliação das áreas de plantio, contribuindo para a modificação das paisagens no campo. As cidades servidas de importantes meios de transporte favorecem as atividades que dependem da circulação de mercadorias, como a indústria e o comércio. Essas atividades geram empregos, atraindo novos moradores, e o espaço urbano tende a crescer. 2 Após ler o texto, converse com os colegas e com o professor sobre as questões a seguir.
Há pouco mais de um século, a ferrovia Madeira-Mamoré foi construída em plena floresta Amazônica para o transporte do látex extraído das seringueiras. Atravessando trechos de ferrovia e de rio, o látex chegava até o oceano Atlântico. Era transportado em navios para a Europa, onde abastecia as indústrias de borracha. O município de Porto Velho, capital do estado de Rondônia, surgiu com a construção dessa ferrovia, o que indica a importância que teve na época. Hoje, a ferrovia Madeira-Mamoré está praticamente inutilizada.
Autoria desconhecida/Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo
A ferrovia Madeira-Mamoré
Ponto inicial da ferrovia Madeira-Mamoré, em Porto Velho, RO. Foto de 1909.
a) Como era feito o transporte do látex entre a Amazônia e a Europa? b) De que modo a ferrovia Madeira-Mamoré favoreceu a formação de municípios? E que mudanças ela pode ter provocado na floresta em seu entorno? 94
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Representações A planta da cidade B C D Planejar o transporte rodoviário no espaço urbano exige não apenas a Rodoviária Instituto de FEducação G F Colégio Sto. G de Goiás verificação de distâncias a percorrer. Também é necessário traçar rotas, conAgostinho SETOR LESTE siderando os pontos de referência e as características das vias de circulação. V. NOVA Igreja Sagrado Coração de Maria SETORAssim, AEROPORTO é possívelEganhar tempo ao priorizar rotas mais curtas, por exemplo. E PRES.
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B a praça do Cruzeiro, no Setor C ALocalize na planta de Goiânia Sul, e a praça Antonio Lizita, no Setor Central. Pense em uma rota entre elas, procurando fazer o caminho mais curto e obedecendo à direção do trânsito (indicada com setas azuis). Descreva a rota no caderno indicando as ruas e avenidas.
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As plantas G são um instrumento de orientação espacial que pode auxiliar F Reservatório da E Saneago Inst. Nac. de Pesos e E SETOR na definição das rotas. Como têm escala Centro pouco reduzida, as plantas apresenMedidas de Apoio MARISTA Shopping E Op. da Telegoiás Bougainville tam muitos detalhes que facilitam essa tarefa. No exemplo acima, a planta Assoc. Médica R do Estado Clube Recr. E de Goiás da CELG em que é possível visualizar representa um trecho da cidade Ede (GO) E ClubeGoiânia de Engenharia S. Paulo, o traçado, o nome e a direção do trânsito de ruas e avenidas, além de vários BR-153 Sul Dep. Nac. de Obras Contra Secas pontos de referência. E R.
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7/7/14 3:39 PM
Agora já sei 1 Com base na figura abaixo, explique no caderno a importância dos meios de transporte para a produção e o comércio de mercadorias.
Ilustra Cartoon/ID/BR
Resposta pessoal.
2 Após analisar o mapa, resolva no caderno as questões a seguir.
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ID/BR
Paraná – redes de transporte
Fonte de pesquisa: Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2007. p. 175.
a) Indique os meios de transporte que estão representados no mapa. Transporte fluvial, rodoviário, ferroviário, marítimo e aéreo.
b) O Aeroporto Internacional de Curitiba localiza-se em São José dos Pinhais, município vizinho à capital paranaense. Em que municípios se encontram os demais aeroportos representados no mapa do Paraná? Foz do Iguaçu, Maringá e Londrina.
c) Para ir de Foz do Iguaçu a Curitiba, que meios de transporte podem ser utilizados? E de Cascavel a Guarapuava? Resposta pessoal. Sugestão: Foz do Iguaçu96
-Curitiba: rodoviário (carro, moto, ônibus, caminhão) e aéreo (avião, pois as duas cidades possuem aeroporto, e helicóptero). Cascavel–Guarapuava: rodoviário e ferroviário.
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. 3 Leia o texto e responda às questões no caderno. [...] Observe que a bicicleta só traz benefícios, tanto para as pessoas como para o meio ambiente: nos ajuda a manter a forma, é um excelente exercício para fortalecer as pernas, é muito mais rápida do que andar a pé, atravessa qualquer congestionamento, dá uma sensação incrível de liberdade, não usa nenhum tipo de combustível, não solta nenhum tipo de fumaça no meio ambiente e não faz nenhum tipo de ruído desagradável... Você consegue lembrar mais alguma vantagem que a bicicleta pode trazer??? [...] Com as grandes cidades cada vez mais abarrotadas de pessoas e de carros [...] e o grande problema da poluição, fica evidente a necessidade de se pensar em alternativas para os transportes; por isso, várias pessoas em diversas cidades do mundo aderiram à bicicleta como meio de transporte. [...] Aqui no Brasil, as bicicletas de uso cotidiano ainda são mais comuns nas cidades do interior, pois nenhuma capital tem o trânsito realmente preparado para dar segurança ao ciclista. Portal Smartkids. Disponível em: . Acesso em: 30 nov. 2013.
a) Entre os benefícios que as bicicletas trazem para as pessoas, segundo o texto, quais você considera mais importantes?Resposta pessoal. b) De que maneira a substituição do automóvel pela bicicleta como meio de transporte pode contribuir para o meio ambiente? c) Na sua cidade, a bicicleta é bastante usada no dia a dia? Resposta pessoal.
3b Com o uso de bicicletas e com menos carros nas ruas, há menos poluição atmosférica e menos poluição sonora; a economia de combustíveis reduz os impactos da exploração de recursos da natureza.
4 Bárbara e Pedro moram no mesmo prédio e estudam de manhã na mesma escola. Todos os dias, cada pai leva seu filho de carro à escola. As crianças, então, resolveram conversar com seus pais para sugerir um rodízio: a cada dia, um deles ficaria responsável por levar as duas crianças à escola. Com base nesse exemplo, converse com os colegas e com o professor:
a) Que argumentos Bárbara e Pedro devem ter usado para convencer seus pais a fazer um rodízio de carro para levá-los à escola? Resposta pessoal. b) Você considera importante conversar e sugerir mudanças? Que outras sugestões você daria para melhorar o trânsito da sua cidade? Resposta pessoal. 5 Descreva quais são os tipos de transporte coletivo existentes em seu município. Eles atendem com eficiência a população? Resposta pessoal. 97
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capítulo
3
Os problemas dos meios de transporte e de comunicação
1 A imagem ao lado retrata, de forma bem-humorada, um problema presente em muitas cidades brasileiras. Analise a situação e resolva as questões no caderno.
Caulos/Acervo do artista
Nas cidades brasileiras, são comuns os problemas que afetam os meios de transporte e de comunicação. Estradas ruins, transporte coletivo insuficiente, telefones que não funcionam direito são alguns desses problemas. Os próprios meios de transporte e de comunicação, em certas circunstâncias, também podem causar problemas. Um exemplo é a poluição do ar, causada pela fumaça dos veículos.
Caulos. Só dói quando eu respiro. Porto Alegre: L&PM, 1976. s. p.
a) Que meios de transporte e de comunicação aparecem na imagem? Avião e folhetos, respectivamente.
b) Qual é a mensagem transmitida nos folhetos? O que está acontecendo na realidade? Resposta pessoal. c) De que outras formas essa mensagem poderia ser dada às pessoas? Resposta pessoal. d) Você contribui para manter limpo o lugar onde mora? Como? Resposta pessoal.
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Os problemas de infraestrutura A infraestrutura é o conjunto de materiais, de equipamentos e de edificações que permite o funcionamento de diferentes atividades. No Brasil, a infraestrutura de comunicação e de transporte não é suficiente para atender toda a população. Verifica-se também a falta de qualidade e de manutenção dos materiais e ainda a falta de reposição de materiais envelhecidos ou ultrapassados.
Os serviços de telecomunicações A infraestrutura de telecomunicações Telecomunicação: termo que se refere no Brasil recebeu muitos investimentos nas às formas de comunicação a distância, últimas décadas. Com isso, ampliaram-se os como rádio, televisão, telefone e internet. serviços de telefone fixo e celular, de internet e de TV por assinatura. São Paulo: lista das quinze empresas com Em geral, a renda da população mais reclamações (2012) aumentou, fazendo crescer a busTipo de empresa ou Número de Posição ca por esses serviços. de serviço prestado reclamações a 1 Banco 1 108 Como resultado desse processo, a ampliação da infraestrutura 2a Telecomunicações 1 006 ainda se mostra insuficiente para 3a Banco 976 atender com qualidade ao cresci4a Telecomunicações 967 mento da procura. 5a Vendas pela internet 718 As empresas que prestam ser6a Banco 621 viços de telecomunicação estão entre as que têm o maior número 7a Supermercado 596 de reclamações registradas nos 8a Telecomunicações 586 órgãos de defesa do consumidor. 9a Energia elétrica 576 Veja na tabela as reclamações no 10a Banco 568 município de São Paulo em 2012.
Fonte de pesquisa: Procon-SP. Disponível em: . Acesso em: 2 dez. 2013.
11a
Telecomunicações
559
12a
Loja
475
13a
Escola de informática
469
14a
Banco
450
15a
Banco
438
1 Das quinze empresas com maior número de reclamações registradas no município de São Paulo em 2012, quantas eram de telecomunicações? Como consumidor desses serviços, que motivos fariam você reclamar? Comente com os colegas e com o professor. Resposta pessoal.
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O transporte aéreo
Eduardo Anizelli/Folhapress
Tem ocorrido no país um crescente aumento no número de passageiros de avião. Superlotação nos terminais de embarque, atrasos e cancelamentos de voos são comuns nos aeroportos. São necessários investimentos para a construção de novos aeroportos e para a ampliação e modernização dos aeroportos já existentes.
Aeroportos lotados e longas esperas são comuns nos aeroportos de grandes cidades brasileiras. Na foto, aeroporto de Congonhas, no município de São Paulo, SP, em 2012.
Durante muito tempo, o transporte ferroviário, para o deslocamento de cargas e de pessoas, foi o mais importante no Brasil. Porém, a partir da década de 1950, o transporte rodoviário começou a ganhar destaque com a chegada de indústrias estrangeiras de automóveis, passando a superar o transporte ferroviário. Muitos trechos de ferrovias foram abandonados ou encontram-se malconservados. O transporte ferroviário de passageiros entre municípios quase deixou de existir.
Franco Hoff/Photo Brazil
O transporte ferroviário
A estação de trem abandonada de Piquet Carneiro, CE, retrata a decadência do transporte ferroviário de passageiros no Brasil. Foto de 2012.
2 Relacione os problemas a seguir ao transporte correspondente: 1 – atrasos no embarque; 2 – infraestrutura abandonada; 3 – cancelamento de viagens; 4 – fim do transporte de passageiros. Responda no caderno. transporte aéreo. 1 e 3
transporte ferroviário. 2 e 4
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O transporte rodoviário 70ºO COLÔMBIA
50ºO
60ºO
VENEZUELA
RR
40ºO
Guiana Francesa SURINAME (FRA) GUIANA
AP
Equador
0º
PA
AM
MA
CE PI
AC RO MT
RN PB PE AL 10ºS SE
TO BA
PERU
DF BOLÍVIA
GO
MG
MS
OCEANO PACÍFICO
ES 20ºS
SP
PARAGUAI CHILE
Fonte de pesquisa: Ministério dos Transportes. Disponível em: . Acesso em: 2 dez. 2013.
ID/BR
Brasil – principais rodovias – 2010
RJ
PR
Rodovia Capital de país Capital de estado
RS
Capric órni
o
OCEANO ATLÂNTICO
SC
ARGENTINA
Trópico d e
0
500
1000 km
1 cm – 500 km URUGUAI
A falta de pavimentação é outro problema que afeta muitas estradas no Brasil. Trafegar por estradas de terra aumenta o risco de acidentes, torna o deslocamento mais lento e encarece o transporte. O problema é ainda mais grave em áreas sujeitas a períodos de chuvas intensas, como na região amazônica.
30ºS
Claudio Manculi/Frame
No Brasil, as rodovias são o meio de circulação por onde trafega a maior quantidade de cargas e de pessoas. Apesar de sua importância para integrar os diferentes pontos do país, o número de rodovias ainda é insuficiente. Além da falta de investimentos, a grande extensão do território brasileiro contribui para essa deficiência.
Estrada sem pavimentação em Autazes, AM. Foto de 2013.
3 Junto com os colegas e com o professor, criem uma hipótese explicando por que o tamanho do território dificulta a construção e a manutenção de rodovias que ligam pontos distantes do país. Resposta pessoal. 101
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Comunicação, transporte e geração de poluentes
Fernando Bueno/Pulsar Imagens
Ernesto Reghran/Pulsar Imagens
A utilização dos meios de transporte e de comunicação também pode gerar problemas. Um dos mais graves é a poluição. Veja alguns exemplos.
Os meios de transporte rodoviário são uma das principais fontes de poluição do ar nas grandes cidades. Priorizar o carro particular em vez dos transportes coletivos torna o problema ainda mais grave. Rio de Janeiro, RJ. Foto de 2012.
Nas grandes cidades também é comum a poluição sonora, gerada pelo excesso de ruído proveniente, por exemplo, da circulação de veículos e de anúncios feitos em alto-falantes, como esse na foto. Salvador, BA. Foto de 2012.
Raul Golinelli/Acervo do fotógrafo
O descarte incorreto do lixo eletrônico, com restos de equipamentos eletrônicos, como celulares e computadores, pode liberar substâncias que poluem o solo. Londrina, PR. Foto de 2012.
Fernando Bueno/Tyba
A publicidade por meio de cartazes, placas e letreiros luminosos pode gerar poluição visual, que é o desconforto causado pelo excesso de informações visuais. Porto Alegre, RS. Foto de 2012.
1 Na sua cidade ou no seu bairro existem na rua muitos cartazes de propaganda e grandes letreiros de lojas? O que você pensa sobre isso? Resposta pessoal.
2 Os resíduos eletrônicos (celulares, computadores, mouses e teclados usados, CDs, DVDs, entre outros) contêm substâncias prejudiciais ao meio ambiente e perigosas para a saúde das pessoas. Converse com os colegas e com o professor sobre a maneira de descartar esses produtos corretamente. Resposta pessoal. 102
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Representações A escala O transporte de pessoas e de produtos entre diferentes locais, em países grandes como o Brasil, exige não só a existência de infraestrutura adequada, mas também o conhecimento das distâncias para realizar o planejamento dos deslocamentos: definição de quais meios de transporte utilizar e do número de paradas, cálculo do gasto de combustível, etc. Uma das maneiras de se verificar a distância entre os lugares é feita por meio de mapas e da utilização da escala. A escala é a relação entre o tamanho do espaço real e o tamanho desse mesmo espaço representado no mapa. Desse modo, a escala indica quantas vezes o espaço real foi reduzido para ser representado em um mapa do tamanho de uma folha de papel, por exemplo. Assim, quanto maior o espaço considerado, maior deverá ser a redução para representá-lo na folha de papel. A escala pode aparecer representada no mapa do seguinte modo: 0
25
50 km
1 cm – 25 km
No exemplo, 1 centímetro (cm) no mapa equivale a 25 quilômetros (km) no espaço real; 2 cm equivalem a 50 km, e assim por diante. Para calcular a distância verdadeira com base no mapa, basta multiplicar o número de km que equivalem a 1 cm no mapa pelo número de centímetros da distância medida. Nesse exemplo, supondo que a distância entre duas cidades representadas no mapa é de 3 cm, temos de fazer o cálculo: 3 × 25 km = 75 km.
3 3 5 km = 15 km
Trecho do estado de Sergipe – 2009 37°20'O
Nossa Senhora das Dores
Ribeirópolis Frei Paulo Moita Bonita Santa Rosa de Lima
Macambira
Sede municipal Limite de município
10°40'S
Malhador
Itabaiana
Campo do Brito
Fonte de pesquisa: IBGE. Disponível em: . Acesso em: 15 maio 2014.
ID/BR
Agora é sua vez de usar a escala. Com uma régua, meça a distância no mapa entre os pontos que representam os municípios de Itabaiana e Areia Branca. Depois, localize a escala do mapa e calcule a distância real entre os municípios.
Riachuelo Areia Branca 0
5
10 km
Laranjeiras
1 cm – 5 km
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Agora já sei 2
São Paulo, SP. Foto de 2013. Cauê Marques/Folhapress
Sérgio Pedreira/Acervo do fotógrafo
1
3
Salvador, BA. Foto de 2013.
4
São Carlos, SP. Foto de 2013.
Isadora Brant/Folhapress
Nelson Antoine/Fotoarena
1 Observe as fotos a seguir e responda às questões no caderno.
São Paulo, SP. Foto de 2012.
1b Professor, a relação entre os meios de comunicação e o descarte de pilhas pode não ficar evidente para os alunos. Caso isso aconteça, comente com a turma que pilhas são usadas como suporte para o acesso a diferentes meios de comunicação (em rádios, controles remotos de TV, etc.).
a) Quais fotos mostram problemas relacionados aos meios de transporte? Explique. As fotos 1 (ônibus em número insuficiente) e 3 ( ferrovia desativada/abandono do transporte ferroviário).
b) Quais fotos mostram soluções encontradas para problemas relacionados aos meios de comunicação e ao transporte? Explique. 104
As fotos 2 (ciclovia; a bicicleta é um meio de transporte que faz bem para as pessoas e para a cidade) e 4 (é importante descartar as pilhas em local adequado).
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Blogs feitos por crianças se espalham pela web
Al Stefano/ID/BR
2 Leia o texto e responda às questões no caderno.
Blogs viraram coisa de criança. Além de usar a internet para fazer pesquisas escolares, bater papo em redes sociais e jogar com amigos, muitas já alimentam a web com posts de temas variados, que vão de cinema e futebol a culinária e maquiagem. [...] Vitória, por sua vez, tem blog sobre cupcakes [pequenos bolos feitos em caneca ou xícara]. Ela também cozinha. “Me divirto. A gente fez até um vídeo ensinando a fazer cupcakes, mas não deu para ‘subir’ porque ficou muito grande”, conta Vitória. “Gosto muito de escrever e até fiz outro blog, só sobre beleza. Esse até pessoas de outros países já visitaram”, diz Sofia. Blog: recurso da internet que permite a comunicação entre as pessoas por meio da publicação de textos, imagens e sons na rede. Web: sistema interligado de informações (textos, imagens, sons) que podem ser acessadas na internet. Post: publicação de um material nos blogs. Nataly Costa. O Estado de S. Paulo. Disponível em: . Acesso em: 4 dez. 2013.
a) A que meio de comunicação o texto se refere? À internet, a rede mundial de computadores.
b) Quais são os assuntos dos blogs das crianças citadas no texto? Culinária/cupcakes; beleza.
c) Os textos divulgados por elas podem ser lidos apenas no local onde moram? Não. Sofia conta que seu blog já foi visitado até por pessoas de outros países.
d) Sem o uso da internet, essas experiências seriam possíveis? Como? Resposta pessoal.
e) Você tem acesso à internet? Você usa ou já usou a internet para se comunicar com pessoas distantes? Se sim, conte sua experiência para os colegas. Resposta pessoal.
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Vamos fazer! Os meios de transporte e de comunicação no município
As pessoas idosas têm sempre muitas histórias para contar. Conversando com elas, podemos aprender muito. Por exemplo, podemos entender como era o lugar onde a gente mora e saber o jeito que as pessoas viviam há muitos e muitos anos. Como será que as pessoas iam de um município para outro quando aquele senhor ou aquela senhora idosa que você conhece era criança como você? Agora você vai ler um trecho de uma entrevista feita com o senhor Antônio Augusto Gomes dos Santos, que nasceu em 1941 em Sertãozinho, SP. Quando ele era criança, ia uma vez por ano a Campinas, SP. No trecho a seguir, ele conta como era a viagem.
Al Stefano/ID/BR
Eu me lembro de vir a Campinas uma vez por ano porque os meus tios – a irmã da minha mãe – moravam aqui. [...] Vinha até Campinas também de caminhão, embora existisse o trem. Poucas vezes eu viajei de trem para cá. De caminhão eu vim mais. Era estrada de terra, uma viagem longa, uma viagem que tinha que almoçar e talvez jantar no percurso. De trem era até mais rápida, que nós tínhamos que pegar o trem da Paulista que parava em Barrinha – que é uma cidade próxima. [...] O que chamava a atenção é que lá no trem se vendia sanduíche, refrigerante. Era gostoso viajar de trem porque ia parando em todas as cidades. O apito do chefe da estação, o apito do trem, aquilo pra nós era uma coisa que chamava a atenção, uma coisa diferenciada. Dentro do trem nós ficávamos até sentadinhos, comportados, vendo e o tempo passando. Passavam os vendedores de revista, de jornal e [...] no trem você podia deslocar o banco, ele virava, com frequência ficavam passageiros conversando um de fronte do outro para o tempo passar.
Museu da Pessoa. Disponível em: . Acesso em: 7 dez. 2013.
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Agora é a sua vez! Em grupos, você e os colegas vão entrevistar um antigo morador do lugar onde vivem, para conhecer os meios de transporte e de comunicação do passado. Para isso, sigam o roteiro abaixo. 1. Escolham uma ou mais pessoas para Ilustrações: Mário C. Pita/ID/BR
entrevistar. Pode ser um funcionário da escola, um morador do bairro, um parente. O importante é que ele more há muitos anos no lugar.
2. Façam um roteiro de entrevista. Escrevam as perguntas que gostariam de fazer ao entrevistado. Algumas devem referir-se aos dados pessoais: nome, idade, desde quando mora no lugar, que atividades exercia quando trabalhava ou qual é seu trabalho atual. Outras devem ser sobre o desenvolvimento dos meios de transporte e de comunicação, como: quais existiam quando ele era criança, quais surgiram depois, como fazia sem eles, que transformações promoveram na vida das pessoas, etc.
3. Combinem com antecedência quais alunos farão as perguntas e quais vão registrar as respostas. As anotações devem ser feitas por mais de um membro do grupo. Assim, vocês garantem que nada será perdido.
4. Marquem dia e horário para a entrevista. Peçam ao entrevistado que, se puder, traga fotos ou materiais antigos para ilustrar o seu relato. Não se esqueçam de levar papel e lápis para anotar as respostas. Se possível, levem também máquina fotográfica.
5. No dia da entrevista, façam as perguntas com clareza e aguardem a resposta do entrevistado. Se não entenderem algo ou precisarem que o entrevistado repita alguma informação, peçam a ele, com gentileza, que esclareça as dúvidas. Se quiserem, façam no final alguma pergunta que não estava no roteiro. Não terminem a entrevista com dúvidas ou curiosidades não satisfeitas. Agradeçam ao entrevistado por ter atendido vocês e respondido às perguntas.
6. Depois da entrevista, leiam seus registros e sublinhem as informações mais importantes. Finalizem o trabalho desenhando e escrevendo os trechos destacados em uma folha, que deverá ser colocada no mural da sala. Em outro momento, esse material será aproveitado para realizar a atividade proposta nas páginas 138 e 139.
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O que aprendi? 1 As frases a seguir descrevem as atividades que uma criança fez em um dia. Mas as frases estão incompletas. Escreva no caderno a palavra do quadro que completa cada frase. cartaz e-mail telefone internet TV bilhete celular bilhete
a) Antes de ir à escola, deixou um « na geladeira para a mãe. Na escola, uma das atividades foi escrever um « para alguém que morasse longe. e-mail
b) À tarde, ajudou uma amiga a fazer um « comunicando o desaparecimento cartaz de um gatinho. c) À noite, em casa, enquanto a mãe falava com a avó no telefone, o pai assistia a um jogo de futebol pela « e a irmã mandava um recado para uma internet / TV colega pelo «. celular
d) Depois, todos juntos, jantaram, conversaram, riram, arrumaram a cozinha e foram ver um pouco de « antes de dormir. TV
2 No esquema abaixo, as linhas unem palavras relacionadas entre si. Após analisá-lo, escreva no caderno as palavras a seguir, identificando corretamente cada tipo de transporte mostrado nas ilustrações: ferroviário, fluvial, marítimo e rodoviário. Meios de transporte
Aquático
Terrestre
1
2 fluvial ferroviário
3
Ilustrações: Ilustra Cartoon/ID/BR
Aéreo
4 marítimo rodoviário
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Ilustra Cartoon/ID/BR
3 Observe esta cena e responda às questões no caderno.
a) O que os símbolos ao lado significam?
Assento preferencial para pessoas com criança de colo, gestantes e idosos.
b) Na situação acima, os passageiros estão respeitando o uso dos assentos segundo a orientação expressa pelos símbolos? Justifique sua resposta.
Sim, pois os assentos reservados estão ocupados por pessoas que se enquadram no que os símbolos descrevem.
c) Em determinado momento, entrou no ônibus um rapaz com uma criança pequena no colo que não encontrou nenhum assento vago. O que você faria, se estivesse sentado nesse ônibus? Compare sua opinião com a dos colegas. Resposta pessoal.
Lalo de Almeida/Folhapress
Edno Luan/Futura Press
4 Em algumas cidades do Brasil foram criadas leis para diminuir a poluição visual. As fotos mostram uma paisagem de São Paulo (SP) antes e depois dessa legislação. Converse sobre elas com os colegas e com o professor.
Marginal Pinheiros, em São Paulo, SP. Foto de 2007.
Marginal Pinheiros, em São Paulo, SP. Foto de 2014.
a) Que mudanças podem ser vistas na paisagem? Resposta pessoal. b) Na opinião de vocês, essas mudanças foram boas ou ruins para a cidade? Resposta pessoal.
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4 unidade
A vida no município
Há muitas diferenças entre os municípios e até mesmos entre os lugares de um mesmo município. Uma das diferenças está no modo de vida dos habitantes. A imagem ao lado, por exemplo, representa alguns aspectos do dia a dia no centro de uma grande cidade. De acordo com o que você percebe nesta imagem, todos os habitantes da cidade têm o mesmo modo de vida? Resposta pessoal. O que as diferentes pessoas que vivem o dia a dia em lugares como o da imagem podem ter em comum? Resposta pessoal. A representação do relógio na cena ao lado indica a importância do controle do tempo para a vida das pessoas que moram em grandes cidades. Você sabe dizer qual é a importância do tempo na vida dessas pessoas? E para você? Resposta pessoal.
Pense em um lugar bem diferente desse que foi representado. Agora, descreva como seria seu modo de vida, se você morasse nesse lugar. Resposta pessoal.
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AMj Studio/ID/BR
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capítulo
1
A vida no campo
Ninguém vive sem comer. Grande parte das pessoas consome alimentos comprados em supermercados, mercados municipais, empórios e quitandas. Há, ainda, a possibilidade de comprar alimentos em feiras livres, que são os mais antigos pontos de venda, pois apareceram antes de qualquer outro estabelecimento comercial. Algumas cidades antigas surgiram e se desenvolveram em locais onde havia feiras, que, na época, eram realizadas em cruzamentos de estradas. 1 Leia as frases e observe a foto a seguir. VAMOS LÁ! PODE EXPERIMENTAR! HOJE O MAMÃO ESTÁ BONITO!
Julien Pereira/Fotoarena
PODE CHEGAR, MOÇA! LEVA LIMÃO, QUE ESTÁ EM PROMOÇÃO!
NÃO VOLTE PRA CASA DE MÃOS VAZIAS! ENCHa A BACIA, FREGUESIA!
UMA DÚZIA DE BANANA POR DOIS REAIS! SÓ DOIS REAIS A DÚZIA DE BANANA!
BOM DIA, AMIGA! CADA PACOTE, SÓ UM REAL!
QUATRO POR DOIS! TÁ BARATO O ABACATE! Além de alimentos, nas feiras livres há muitos outros produtos, como roupas e utilidades domésticas. Muitos feirantes anunciam suas mercadorias de forma criativa e divertida. Suzano, SP. Foto de 2012. OLHA O TOMATE MADURO! PODE ESCOLHER, QUE ESSE TEM FUTURO!
PEIXE, LINGUIÇA, TOUCINHO! TUDO NA PECHINcHA E FRESQUINHO!
Como são as feiras no lugar onde você vive? Onde elas costumam acontecer? No que elas se parecem com a feira dessa foto? No que elas são diferentes? Resposta pessoal.
2 Você já foi ou costuma ir à feira? Do que mais gosta nela? 3 112
Professor, é provável que muitos alunos frequentem a feira com seus pais ou responsáveis, principalmente se estudam em escola localizada em um município do interior. Caso alguns estudantes Como os feirantes fazem para atrair os fregueses? não conheçam a feira do bairro ou do município, estimule aqueles que a conhecem a contar como ela é. Peça que lembrem os pregões dos feirantes, Resposta pessoal. os produtos anunciados e como os feirantes os anunciam. Nas páginas seguintes, esse assunto será abordado, com o intuito de aproximá-los da diversidade de paisagens e das populações que vivem nas áreas rurais do Brasil.
Resposta pessoal.
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A feira: entre o campo e a cidade
The Bridgeman Art Library/Keystone Brasil
As feiras mudaram com o passar do tempo. Antigamente, além de serem pontos de venda de produtos diversos, as feiras eram importantes locais de diversão, com apresentações de teatro, música e dança. Nelas, eram realizados, ainda, jogos e disputas esportivas. Atualmente, as feiras livres são periódicas. Os vendedores montam suas barracas e expõem seus produtos, que continuam bastante diversos: além dos alimentos, é possível encontrar roupas, utensílios domésticos, ferramentas e vários outros objetos, incluindo artesanatos, produzidos no campo ou na cidade.
Honório Barbosa/Agência Diário
A pintura a óleo do século XIX, de Felix de Vigne, retrata uma feira na Bélgica. Já nessa época, as feiras eram um ponto de encontro e de comércio.
Nos dias de hoje, as feiras de algumas cidades mantêm antigas tradições: em Iguatu, CE, há apresentações de cordel, baião, repente, cantoria e embolada. Foto de 2010.
1 Em grupo, pesquisem uma feira do lugar onde vivem. Resposta pessoal.
Que tipos de barraca existem? O que é vendido nelas? Escolham algumas barracas de alimentos – frutas, verduras, legumes, entre outros. Perguntem a origem dos produtos ali comercializados. Quais Professor, organize a pesquisa com a turma. Você pode combinar com os são produzidos no seu município? alunos uma visita coletiva à feira de seu município. Os dados recolhidos podem ser dispostos em uma tabela: em uma coluna, escreva os alimentos e/ou artigos que são produzidos na sua cidade; na outra, os pro-
Escolham algumas barracas que não sejam de alimentos – roupas, utensílios domésticos, ferramentas. Perguntem qual é a origem desses objetos. dutos que vêm de fora. Você poderá incluir também os nomes do Quais são produzidos no seu município? produtor e do feirante (caso ele apenas venda o produto). Dependendo do local em que está sua escola, na turma pode haver filhos de produtores rurais. Estimule-os a contar como é o dia a dia deles, que tipo de agricultura e/ou pecuária praticam e qual o destino dado à produção.
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O espaço rural
Thomaz Vita Neto/Pulsar Imagens
Inacio Teixeira/ Pulsar Imagens
As áreas fora dos limites das cidades, dentre elas os campos, as matas, as montanhas e as praias, compõem o espaço rural. O campo é habitado por muitas pessoas que vivem em sítios, fazendas, vilas e aldeias. Entre as principais atividades praticadas pelas pessoas que vivem no campo está a produção de alimentos. No entanto, atividades como o turismo, o artesanato e a indústria, por exemplo, também são praticadas. Parte do que é produzido no campo se vende nas feiras livres, onde é possível encontrar produtos tanto do espaço rural quanto do urbano. Por isso, as feiras são lugares onde o campo e a cidade se encontram.
Gerson Sobreira/Terrastock
As comunidades de pescadores vivem dos recursos do mar e dos rios. Para a pesca, são utilizados barcos, canoas, jangadas e redes. Parte do pescado é vendida e outra parte é consumida. São Roque, SP. Foto de 2011.
Gerson Sobreira/Terrastock
O cultivo de hortas e pomares exige dedicação e experiência. É uma atividade típica de pequenos proprietários rurais. Ouroeste, SP. Foto de 2013.
A criação de gado bovino tem sido uma das principais atividades econômicas do Brasil. Normalmente é feita em grandes fazendas. Santo Antônio da Platina, PR. Foto de 2013.
Muitas pessoas vivem da produção de objetos artesanais, que costumam apresentar características próprias de cada região. Artesanato em folha de bananeira em Morretes, PR. Foto de 2013.
2 Alguma das atividades das fotos acima existe no local onde você vive? Que outras atividades rurais são encontradas? Façam um cartaz com fotos ou desenhos e escrevam um texto explicando como elas são. Depois, exponham o trabalho para a turma. Resposta pessoal.
3 No lugar em que você mora, há pessoas que fazem artesanato? O que elas criam? Onde vendem seus produtos? Resposta pessoal.
4 Se pudesse escolher, que produtos da feira você gostaria de comprar? Quais dos produtos são do campo e quais são da cidade? Resposta pessoal.
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Representações Orientação espacial Além de saber elaborar uma representação e de interpretar representações feitas por outras pessoas, é importante conseguir se orientar utilizando mapas, plantas e outras representações. Para isso, é necessário interpretar a legenda para identificar pontos de referência e usar noções de direita, esquerda, ao lado, em frente, etc. Coloque-se no lugar de João. Ele se mudou para uma nova propriedade rural, com criação de gado e horta.
Rua Xaréu
Rua Girafa
Rua Jabuti
Avenida Onça-pintada
Mário C. Pita/ID/BR
João precisa ir até a cidade mais próxima e encontrar comerciantes interessados em comprar suas hortaliças. Ele também precisa encontrar um veterinário para vacinar seu gado. Porém, como ele ainda está conhecendo a cidade, vai precisar usar esta representação.
Rua Sabiá
Legenda:
Escola
Açougue
Quitanda
Veterinário
Árvores
Moradias
Mercado
Lojas
Parque
Padaria
Posto de gasolina
Vias de circulação
Responda no caderno: Em quais estabelecimentos comerciais João poderia oferecer as suas hortaliças? Mercado e quitanda. Sabendo que João chega à cidade pela avenida Onça-pintada em direção à rua Sabiá, o que ele deveria fazer primeiro: procurar um veterinário ou tentar vender as hortaliças? Tentar vender as hortaliças, pois passaria primeiro pelo mercado.
Após falar com o veterinário, que caminho João poderia fazer até o estabelecimento comercial mais longe onde poderia oferecer as hortaliças? Sugestão: voltar para a avenida Onça-pintada, seguir em direção à rua Jabuti, virar à esquerda na rua Jabuti, seguir reto, virar à esquerda na rua Xaréu e seguir até a quitanda.
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A diversidade do mundo rural
Ricardo Azoury/Pulsar Imagens
O mundo rural é tão interessante e tão complexo quanto o mundo urbano. Porém, ao contrário das cidades, as paisagens não apresentam grandes aglomerados de construções e ruas movimentadas. No campo, as paisagens são compostas de distintos aspectos naturais, como a vegetação e o relevo, e de diferentes formas de ocupação humana, como a habitação e a agricultura. No Brasil, a realidade rural é bastante diversificada. As casas podem ser construídas de madeira, taipa, alvenaria ou em palafitas. Além dos diferentes tipos de moradia, cada região tem sua culinária típica, boa parte baseada nos produtos, ingredientes e temperos que ali são cultivados. Há, ainda, regiões onde vivem povos indígenas, quilombolas e descendentes de imigrantes. São populações que conseguem manter preservada boa parte de suas culturas e tradições. Essa diversidade é responsável pela grande variedade cultural do campo brasileiro.
Edson Grandisoli/Pulsar Imagens
Para vencer o alagamento às margens dos rios, as populações ribeirinhas da região amazônica constroem suas casas sobre estacas chamadas palafitas. Os ribeirinhos praticam a pesca e também cultivam o solo. Caracaraí, RR. Foto de 2012.
As comunidades quilombolas são formadas por pessoas descendentes de antigos escravizados. A maioria dessas comunidades é rural e vive do cultivo da terra e da criação de animais. Quilombo Pedro Cubas, em Eldorado, SP. Foto de 2013.
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Fabio Colombini/Acervo do fotógrafo
João Prudente/Pulsar Imagens
Em seus aldeamentos, os indígenas procuram manter suas tradições. Plantam e colhem alimentos como a mandioca e o milho, caçam, pescam e colhem frutos da floresta. Cananeia, SP. Foto de 2012.
Em Lençóis, na Bahia, uma antiga tradição africana de “contação” de histórias foi retomada. O contador caminha por várias comunidades rurais, integrando moradores do local, crianças e turistas. Foto de 2009.
No vale do São Francisco, os assentamentos rurais de trabalhadores sem-terra contam com sistema de irrigação e se organizam não apenas para produzir, mas também para levar os produtos aos mercados. Petrolina, PE. Foto de 2012.
Acervo Grãos de Luz e Griô/www.graosdeluzegrio.org.br
Verena Glass/Acervo da fotógrafa
A pesca é uma atividade muito praticada pelas comunidades ribeirinhas e caiçaras. O pescado é parte principal da alimentação dos moradores dessas regiões. Pescadores em Bragança, PA. Foto de 2013.
1 Na sua opinião, como é o dia a dia das pessoas que vivem nessas comunidades? Resposta pessoal. 2 Em grupo, escolham uma das comunidades rurais apresentadas nas fotos ou outra que conheçam. Em revistas, jornais e na internet pesquisem como é o dia a dia das pessoas que vivem nesses locais, que trabalho realizam, como se divertem, o que comem e como é a ocupação do solo. Resposta pessoal.
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A pesquisa deve ajudar os alunos a compreender a diversidade do campo e as diferentes formas de ocupação rural. Ao final, peça aos alunos que comparem o que pensavam sobre o campo na primeira questão com o que aprenderam ao realizarem a pesquisa.
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A produção de alimentos
Gerson Sobreira/Terrastock
Os produtores rurais fornecem a maior parte dos grãos, das hortaliças, das frutas, da carne e do leite consumidos mundialmente. A produção agrícola é feita de diferentes maneiras, pois cada tipo de alimento requer um tipo de cuidado. Algumas culturas, como a de grãos, podem ocorrer em larga escala e utilizar máquinas. Outras, como a de frutas, são mais sensíveis e, por isso, o trabalho manual pode ser necessário. Os alimentos produzidos no campo também podem ser transformados por indústrias, o que cria novos produtos. É o caso da laranja, que pode ser comercializada em estado natural ou chegar ao consumidor industrializada, na forma de suco. Essas indústrias estão localizadas tanto no campo como na cidade.
A laranja é uma das frutas em que o Brasil se destaca na produção. Há grandes pomares, principalmente no estado de São Paulo. A colheita emprega muitos trabalhadores, e o suco de laranja industrializado é consumido no país e no exterior. Colheita manual de laranja em Matão, SP. Foto de 2012.
Ricardo Teles/Pulsar Imagens
Atualmente, as principais culturas de grãos utilizam máquinas para plantar e colher grandes quantidades. Na foto, colheita de milho em Lebon Régis, SC, em 2012.
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Marlyana Tavares/EM/D.A Press
Nas videiras, a maior parte da colheita é feita manualmente, porque a uva é uma fruta muito sensível. Bento Gonçalves, RS. Foto de 2012.
3
No ambiente rural, as pessoas desfrutam o contato com a natureza. Isso tem feito aumentar a procura por pousadas, hotéis e fazendas no campo. Em alguns deles é possível colher alimentos que serão servidos. Lavras Novas, MG. Foto de 2012.
Roni Rigon/Ag. RBS/Folhapress
1
2
Enquanto parte das uvas é consumida como fruta, outra parte se destina à produção de sucos. Após o processamento da fruta, o suco é engarrafado e embalado até chegar ao mercado. Caxias do Sul, RS. Foto de 2010. Gerson Sobreira/Terrastock
G. Evangelista/Opção Brasil Imagens
1a A foto 1 mostra a uva sendo colhida manualmente; na foto 2, os trabalhadores embalam garrafas de suco de uva. Através do processamento da fruta, é possível criar novos produtos, como os sucos que estão sendo embalados pelos trabalhadores.
4
A produção rural é realizada com técnicas variadas. Alguns produtores de leite, por exemplo, empregam a ordenha manual. Mas há a possibilidade de usar equipamentos mecânicos para ordenhar as vacas. Inhumas, GO. Foto de 2012.
1b A foto 3 representa uma propriedade rural em que a atividade principal é o turismo rural. Nela, é colher alimentos 1 Converse com os colegas e com o professor. possível que serão servidos. A foto 4 representa a) Qual é a relação entre o que é produzido nas fotos 1 e 2? a produção de leite em fazenda b) Quais são as atividades rurais apresentadas nas fotos 3 e 4? que utiliza a técnica de ordenha mecanizada.
2 Você mora em uma área rural ou já visitou alguma? Em seu caderno, escreva o nome desse lugar. A seguir, descreva algumas de suas características tais como as atividades praticadas e os alimentos e produtos que são produzidos. Resposta pessoal.
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Agora já sei 1 Leia este trecho de uma entrevista. Depois, converse com os colegas e com o professor. Rita. […] Então ali o pessoal plantava milho, plantava mandioca, plantava trigo (eu adorava o trigo), eu me lembro das paisagens do trigo, e... e era assim... de pequenos proprietários […] […] Pesquisadora. E essa produção vocês não vendiam, Rita? Rita. Vendíamos... aí quando se colhia o trigo era uma grande festa, era um mutirão […] se cortava o trigo, se juntava, se amarrava, se botava numa carroça e se trazia para casa... tinha um paiol pra guardar... Aí vinha a máquina […] para separar o trigo […] era um grande acontecimento quando chegava a máquina... Depois as palhas eram guardadas, para depois no inverno tirar um pouco de cada vez para dar aos animais […] Viviane Vedana. Fazer a feira. 2004. 251 p. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
a) Essa propriedade de que Rita fala fica no campo ou na cidade? É uma propriedade pequena ou grande? Como você chegou a essas conclusões? Conforme o texto, a propriedade fica no campo e é pequena. Os alunos também devem observar que há plantações de algumas culturas e que os pequenos proprietários não dispõem de máquinas para limpar o trigo.
b) Na sua opinião, em que local os produtores vendiam o trigo e quem eram os compradores? Provavelmente vendiam o trigo nas feiras, para moradores de propriedades vizinhas e outras pessoas da cidade.
banana
manga
uva
melancia
abacaxi
laranja
maçã
abacate
Al Stefano/ID/BR
2 Observe a distribuição das frutas nesta barraca de feira. Depois, responda às questões no caderno.
a) Que fruta está entre a banana e a uva? Manga. b) Que frutas estão ao lado da laranja? Abacaxi e maçã. c) Se você estiver de frente para essa barraca, que fruta estará na ponta esquerda dela? E na ponta direita? Banana e abacate, respectivamente. 120
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3 Leia a letra da canção a seguir e responda às questões no caderno.
A festa do milho O sertanejo festeja A grande festa do milho […] Em março queima o roçado […] Ligeiro o milho levanta […] Em maio solta o pendão […] Prontinho para São João No dia de Santo Antônio
Já tem fogueira queimando O milho já está maduro Na palha vai se assando No São João e São Pedro A festa de maior brilho Porque pamonha e canjica Completam a festa do milho Rosil Cavalcanti. A festa do milho. Intérprete: Luiz Gonzaga. Em: Pisa no pilão (Festa do milho). São Paulo: RCA Victor, 1963. 1 CD. Faixa 1.
a) De acordo com a canção, em que mês foi plantado o roçado? Em março. b) Em que mês o milho ficou pronto para as festas de São João e Santo Antônio? Quanto tempo ele levou para ficar maduro? As festas de São João e Santo Antônio são realizadas no final de junho. O milho levou três meses para ficar pronto.
c) Na canção, são mencionados três jeitos de comer o milho. Quais são eles? Na palha, assado; como pamonha e como canjica.
d) Que outras comidas são feitas com milho? Sugestões de resposta: bolo, torta, pudim,
sorvete, suco, curau, mingau, cuscuz, angu, milho refogado, farofa, farinha de milho, pipoca, etc. Resposta pessoal. Gilmar Pintar/Arquivo da Prefeitura Municipal de Campo Novo do Parecis
4 Observe a imagem a seguir e responda às questões no caderno.
a) Que elementos você identifica no centro da imagem? E ao redor do centro? A cidade está no centro e o campo envolve a cidade.
b) As áreas verdes são usadas para quê? Para plantações.
Professor, são campos de soja.
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capítulo
2
A vida na cidade
Lunar A cidadezinha encostada no rio dorme devagar branca de frio e de luar.
Al Stefano/ID/BR
Muitas vezes, quando comparamos a vida na cidade com a no campo, não consideramos as diferenças entre cada forma de ocupar o campo nem as diferenças entre as cidades. Abaixo, o texto e a imagem ilustram determinada cidade.
Wilson Pereira. Disponível em: . Acesso em: 19 maio 2014.
1 Sobre a cidade a que se refere o poema, responda no caderno. a) O poema fala de uma cidade grande ou pequena? Tranquila ou agitada? De uma cidade pequena (“cidadezinha”) e tranquila (“dorme devagar”).
b) Indique os elementos da paisagem da cidade mostrados na ilustração.
Um rio, o luar. Baseando-se no conceito de paisagem, que já foi visto, os alunos poderão mencionar ainda a sensação de frio.
c) Como está o tempo na cidade descrita no poema? Está frio.
2 Converse com os colegas e com o professor: A cidade onde você mora se parece com a do poema? O que é igual? O que é diferente? Resposta pessoal.
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As cidades são diferentes
João Prudente/Pulsar Imagens
João Prudente/Pulsar Imagens
Não existem cidades iguais. Cada cidade tem características próprias, que podem ser percebidas nas paisagens. Uma das diferenças entre as cidades é o tamanho. Algumas delas são muito grandes, têm centenas de bairros e milhões de habitantes. Nessas cidades, as distâncias podem ser longas. Para se locomover, muitas pessoas usam meios de transporte como ônibus e automóveis. Há também cidades muito pequenas, onde é mais fácil ir a pé de um local para outro. De modo geral, nessas cidades a vida é mais calma, as pessoas se conhecem e têm mais tempo para conversar com vizinhos e amigos.
Com mais de um milhão e meio de habitantes em 2013, Recife, PE, é uma das maiores cidades do Brasil. Foto de 2012.
Pessoas caminham, brincam e andam de bicicleta na cidade de Tapiratiba, SP, que tem 13 mil habitantes. Foto de 2012.
1 A tabela a seguir mostra as cidades brasileiras com mais de 2 milhões de habitantes em 2013. Responda às questões no caderno. As seis cidades brasileiras com mais habitantes Cidade
Número de habitantes (2013)*
1
São Paulo (SP)
11 822 000
2
Rio de Janeiro (RJ)
6 430 000
3
Salvador (BA)
2 884 000
4
Brasília (DF)
2 790 000
5
Fortaleza (CE)
2 552 000
6
Belo Horizonte (MG)
2 479 000
Fonte de pesquisa: IBGE. Disponível em: . Acesso em: 9 dez. 2013. *Os números foram arredondados.
a) Quais são as duas cidades brasileiras com mais habitantes? São Paulo e Rio de Janeiro.
b) Qual é e quantos habitantes tem a sexta cidade mais populosa? Belo Horizonte (MG), com 2 479 000 habitantes.
c) Alguma dessas cidades não é capital? Todas são capitais. 123
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Diversidade cultural
Daniel Cymbalista/Pulsar Imagens
As cidades brasileiras são habitadas por pessoas de diversas origens. Elas podem ser de outros estados e até mesmo de outros países. Nesse deslocamento, levam para o novo local seus costumes, seu jeito de ser, suas festas típicas e, em alguns casos, o modo de construir suas casas. Por isso, em muitas cidades, a paisagem mostra a origem de seus habitantes.
João Prudente/Pulsar Imagens
Alexandre Tokitaka/Pulsar Imagens
O bairro da Liberdade, na cidade de São Paulo, SP, mostra em sua paisagem a presença de povos orientais, como os japoneses, os chineses e os coreanos. Foto de 2013.
Paisagem da cidade de Treze Tílias, SC, fundada por imigrantes austríacos. Foto de 2012.
Feira da Kantuta, realizada todos os domingos na cidade de São Paulo, SP, pelos imigrantes bolivianos. Foto de 2012.
2 As fotos desta página mostram paisagens nas quais é possível notar a influência de povos de vários países em cidades brasileiras. a) De que países vieram os imigrantes a que se referem as fotos? Japão, China, Coreia, Áustria, Bolívia.
b) Você conhece alguém que veio de outro país? De qual? Resposta pessoal.
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Leticia Moreira/Folhapress
❖❖ Brasileiros de outros lugares Uma parte da população das cidades, principalmente das capitais dos estados, veio de outros locais do Brasil. Alguns vieram do campo, outros de cidades menores. Esses migrantes influenciam as cidades que os recebem com seus costumes e seu modo de vida. Dessa forma, contribuem para a diversidade e a riqueza cultural dessas cidades.
Ana Larissa/D.A Press
Loja de produtos do Nordeste na cidade de São Paulo, SP. Foto de 2011.
Fachada do Centro de Tradições Gaúchas em Brasília, DF. Foto de 2014.
3 Na sua cidade existem festas ou manifestações culturais organizadas por pessoas vindas de outros locais do Brasil? Resposta pessoal. 125
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Érica Catarina Pontes/Futura Press
❖❖ Os indígenas nas cidades Uma parte dos indígenas brasileiros vive em cidades. Em geral, eles se vestem da mesma maneira que os não indígenas e convivem com os outros habitantes da cidade. Eles andam de ônibus, metrô e carro. As crianças e os jovens vão à escola do bairro, e os adultos trabalham na cidade. Eles frequentam as festas em que também estão presentes não indígenas. Os indígenas que vivem nas cidades não perdem sua identidade. Eles se sentem parte de seu povo e buscam manter vivas suas histórias e tradições. Eles procuram sempre entrar em contato com seus parentes e saber notícias de sua terra indígena. Quando é possível, vão visitá-la. Uma das maneiras que os indígenas que vivem na cidade têm de manter suas tradições é realizar suas festas. Nessas ocasiões, eles se vestem e se enfeitam de um jeito especial, fazem as comidas tradicionais e participam das danças e dos cantos de seu povo.
Os índios Pankararu que vivem na cidade de São Paulo participam do Toré, a dança tradicional desse povo. Foto de 2013. Esta atividade pode ser realizada em dupla. Os alunos podem também pesquisar palavras de origem indígena.
4 Muitos costumes indígenas fazem parte da cultura brasileira. Escreva no caderno alguns que você conhece. Resposta pessoal. Sugestões: uso de rede, consumo de alimentos como mandioca, batata-doce e milho, hábito de tomar banho todos os dias.
5 Quando moram, trabalham e estudam na cidade, se vestem como os não índios e falam português, os indígenas mantêm sua identidade? 126
Sim, porque ainda sentem que são parte de seu povo, procuram manter suas tradições e têm ligação com sua terra indígena.
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Uma cidade não é toda igual. Em nossa sociedade há grandes desigualdades sociais. Essas desigualdades são visíveis na paisagem das cidades. Alguns bairros costumam ter ruas bem cuidadas e arborizadas e neles estão presentes serviços como redes de água e esgoto, praças, escolas, hospitais, grandes centros comerciais, etc.
Ernesto Reghran/Pulsar Imagens
Desigualdade social na cidade
Bairro da cidade de Capitão Leônidas Marques, PR. Foto de 2012. Christian Tragni/Folhapress
Em outros bairros, é comum haver ruas sem asfalto e com serviços públicos precários. Há falta de praças e de locais de lazer e frequentemente o transporte público também é ruim: há poucos ônibus e eles circulam muito cheios. Muitas famílias são obrigadas a viver sob o risco de enchentes ou de desmoronamentos por não ter condições de adquirir uma moradia em um local seguro. Muitas casas de bairros populares são construídas pelos próprios moradores. Às vezes, a construção demora, e a casa vai crescendo aos poucos. Niterói, RJ. Foto de 2013.
6 Quais dos serviços citados no quadro existem no seu bairro? Escreva no caderno. Resposta pessoal. iluminação pública ônibus água encanada rede de esgoto escola pública Unidade Básica de Saúde 7 O que você gostaria que houvesse para que o bairro fosse melhor para as pessoas? Responda no caderno. Resposta pessoal. 127
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Agora já sei 1 No texto a seguir, uma moradora da Vila Maria, um bairro da cidade de São Paulo, fala do lugar onde vive. Responda às questões no caderno, de acordo com o texto. A Vila Maria é um bairro bem provinciano, com gente nem tão rica e nem tão pobre, com uma única avenida comercial [...]. É um bairro bom para morar, bastante arborizado, com mais casas do que prédios, embora as torres dos condomínios estejam começando a subir. É gostoso caminhar no bairro aos sábados, debaixo do solzinho, até o Parque do Trote. Na Vila, como a chamo carinhosamente, o trânsito ainda não é infernal, dá para entrar e sair do bairro numa boa, mesmo em dias mais caóticos. [...] Lá ainda tem leiteiro, o Zé, que há 30 anos deixa o leite na porta da minha casa. A Vila tem dessas coisas que a gente acha que não existem mais. Giu Correia. Disponível em: . Acesso em: 12 dez. 2013. Incentive os alunos a consultar o dicionário para descobrir o significado das palavras que não conhecem. É importante que se fami-
a) Procure no dicionário as palavras que você não conhece. liarizem com o uso do dicionário e desenvolvam o hábito de consultá-lo.
b) Existe no bairro uma forte desigualdade social? Não, pois ela diz que a Vila Maria é um bairro “com gente nem tão rica e nem tão pobre”.
c) Cite duas características da paisagem do bairro. Sugestão: O bairro é arborizado, com predomínio de casas, mas já há alguns prédios altos.
d) Cite uma característica bem atual e outra bem antiga presentes no bairro. Atual: os prédios altos que estão sendo construídos; antiga: o leiteiro.
Gabo Morales/Folhapress
2 Observe a paisagem representada na foto a seguir.
Vista de bairro na zona norte da cidade de São Paulo, SP. Foto de 2012.
Cite os elementos da paisagem que são semelhantes aos que foram destacados no texto acima. Resposta pessoal. Sugestões: ruas arborizadas, mais casas do que prédios.
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3 Descubra se na sua família ou entre seus vizinhos existe alguém que tenha vindo de outro local para viver no município em que você mora. Converse com essa pessoa e depois escreva um texto com as informações a seguir. Resposta pessoal. Onde morava antes de vir para cá? Em que estado ou país fica esse local? Em que ano chegou aqui? Por que se mudou? Prefere morar aqui ou no lugar de onde veio?
Galeria Jacques Ardies, São Paulo. Fotografia: ID/BR
4 Observe a imagem e responda às questões no caderno.
Zona Sul, óleo sobre tela de Cristiano Sidoti, 2012.
4b R esposta pessoal. Sugestão: por causa da grande quantidade a) O que essa imagem representa? de casas e de prédios, Representa uma cidade com casas, prédios, ruas e carros circulando. é possível comparar o b) Na sua opinião, como é a vida nessa cidade? modo de vida da recom o de c) O lugar onde você mora é parecido com esse? Por quê? presentação uma grande cidade. Resposta pessoal.
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capítulo
3 Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo
Niels Andreas/Folhapress
As transformações no campo e na cidade
Casarão na rua João Moura em São Paulo, SP. Foto de 2011.
Vista da área após a demolição do casarão. São Paulo, SP. Foto de 2012.
A memória arquitetônica da cidade de São Paulo e o bairro de Pinheiros sofreram um grande revés na madrugada de 27 para 28 de março [de 2012]. O belíssimo casarão que ficava localizado no número 740 da rua João Moura foi demolido impiedosamente para dar lugar a um novo empreendimento imobiliário. A ação, na calada da noite, deixou o local do antigo imóvel completamente arrasado [...]. O casarão que a cidade perdeu estava localizado em uma área de cerca de 2 mil metros quadrados, repleta de área verde e ainda estava absolutamente preservado. Com um grande jardim que sempre esteve impecavelmente cuidado a casa possuía cômodos amplos e bem iluminados, piscina, áreas de lazer e ostentava encantadores vitrais coloridos. Tudo isso virou pó. Douglas Nascimento. Disponível em: . Acesso em: 19 dez. 2013.
1 O que informa o texto? Informa a demolição de um casarão em São Paulo, para dar lugar a grandes edifícios.
2 Quais são as consequências desse fato para a paisagem do local?
Essa paisagem será modificada, pois a casa, os jardins e a área verde serão substituídos por prédios.
3 Pense nas pessoas que vivem no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Na sua opinião, essa transformação trará benefícios para elas? Resposta pessoal.
4 No lugar onde você vive também há casas sendo derrubadas para construir prédios? Resposta pessoal. 130
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3 Professor, os alunos devem expressar sua opinião livremente. Ajude-os a perceber que a transformação da paisagem reflete as mudanças dos costumes e do modo de vida ao longo do tempo. Por exemplo, a relação entre a construção de rodovias e o surgimento e aumento do uso dos veículos automotores; a relação entre o uso dos mais diversos tipos de antenas e a evolução tecnológica nos meios de comunicação; o surgimento de edifícios de apartamentos, etc.
A modernização e as mudanças no modo de vida
Coleção Dona Thereza Christina Maria, da Biblioteca Nacional/ID/BR
Bobby Fabisak/JCImagem
Por volta de 1950, o Brasil começou a mudar de forma extraordinária, devido a um processo acelerado de industrialização. Mudou tanto que seria irreconhecível para alguém que tivesse saído daqui naquela época e só voltasse agora. Havia, então, cerca de 50 milhões de brasileiros, e a maioria vivia no campo. Hoje existem mais de 200 milhões de pessoas e pouca gente está nas áreas rurais. A instalação de indústrias, inicialmente com mais intensidade no estado de São Paulo, atraiu para a região pessoas de todas as partes do país. Começava, assim, o esvaziamento do campo e o crescimento das cidades. Nas cidades surgiram novas profissões e oportunidades de trabalho. Ao mesmo tempo, houve o aumento da quantidade e da diversidade de produtos para o consumo e uso das pessoas. No entanto, embora diminuísse a população rural, a produção rural nunca parou de crescer por causa de novas técnicas de cultivo e de criação de animais. Esse processo de expansão das áreas de cultivo ainda continua neste início de milênio.
Vista da ponte da Boa Vista em Recife, PE. Foto de 1885.
Vista da ponte da Boa Vista em Recife, PE. Foto de 2013.
1 Em que ano foram feitas as fotos acima? Quantos anos se passaram entre a foto mais antiga e a atual? Em 1885 e 2013. Passaram-se 128 anos.
2 Que mudanças ocorreram na paisagem da foto mais atual em relação à paisagem da foto mais antiga? Existem mais prédios e também há o comércio ambulante.. 3 Na sua opinião, o que provocou essas mudanças? Resposta pessoal. 131
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Viagem no tempo
Delfim Martins/Pulsar Imagens
Gerson Gerloff/Pulsar Imagens
Antes de 1950, no Brasil não havia supermercados, televisão, etc. E só algumas pessoas possuíam carro! Os telefones eram poucos, não havia tantos edifícios nas cidades. A maioria das estradas de hoje ainda não existia. Enfim, o mundo era outro: a cidade de Brasília nem tinha sido construída: sua inauguração só se deu no começo de 1960.
A preparação da terra pode ser feita por tratores de tamanhos diversos. Além de substituir o uso de animais, os tratores reduzem a quantidade de pessoas necessárias para a tarefa. Candelária, RS. Foto de 2013.
Na primeira metade do século XX, a telefonia estava apenas começando. Ligações interurbanas eram difíceis e complicadas, e podiam levar um dia inteiro para serem concluídas. Foto de 1913.
Atualmente milhões de brasileiros usam o telefone celular. Além disso, por meio dos computadores e da internet, a comunicação com qualquer lugar do mundo é quase instantânea. São Paulo, SP. Foto de 2012.
Laeti Images/Luiz Alberto Jr.
Acervo Iconographia
Moacyr Lopes Junior/Folhapress
O arado é um instrumento que prepara a terra para o plantio e era comum sua utilização com a tração animal. Gramado, RS. Foto de 1989.
Algumas décadas atrás, os estudantes e professores dispunham de poucos recursos didáticos. Caxias do Sul, RS. Foto de 1938.
4 Observe a foto da escola de antigamente e converse com os colegas. a) Que diferenças existem entre essa sala de aula e a sua?
Resposta pessoal. Sugestão: antigamente, as carteiras eram compartilhadas e, hoje, são individuais.
b) Na sua opinião, quais objetos eram usados pelos alunos nessa época? Quais são usados até hoje? Resposta pessoal.
5 Converse com pessoas mais velhas e pergunte como eram as aulas em sua época. Escreva no caderno e depois compare suas respostas com as dos colegas. Resposta pessoal. 132
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Representações Redução de imagens Você viu que, para representar uma paisagem em uma folha de papel, é preciso reduzir a imagem observada, de forma que seu tamanho fique menor do que o real. Agora, você vai aprender a reproduzir uma paisagem de modo reduzido. Para isso, usaremos esta imagem com quadrículas de 2 centímetros em cada lado. 2
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C
Para fazer a redução, é necessário construir um quadro com a mesma quantidade de quadrículas da imagem original, mas com os lados menores. No quadro a seguir, os lados medem 1 centímetro, o que deixará o novo desenho com a metade do tamanho original. Antes de começar a desenhar, escolha uma quadrícula da imagem original: a quadrícula 1-C, por exemplo. Observe bem o traço do desenho e a sua posição dentro da quadrícula. Localize a quadrícula correspondente (1-C) no quadro reduzido e tente copiar o traço do desenho na mesma posição. Repita o procedimento com as demais quadrículas até finalizar o desenho. 1
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Transformações, memória e tradições
1 Observe a foto e converse com os colegas e com o professor sobre o acontecimento que ela mostra. .
Marcos Michael/Folhapress
A memória é muito importante para a vida de cada pessoa e para a sociedade. As lembranças formam a base da maneira de viver e da identidade. Os lugares que as pessoas frequentam – a casa, o bairro, a rua, as casas vizinhas, a escola, os caminhos percorridos no dia a dia – são parte da vida e também da memória. Principalmente nas grandes cidades, os lugares se modificam com muita rapidez. Às vezes, quarteirões inteiros são demolidos para dar lugar a prédios, a uma estação de metrô ou a um shopping center. Com essas mudanças, desaparecem os lugares a que as pessoas estavam acostumadas, como a escola onde estudaram, o comércio, o parque ou o cinema que frequentavam. Assim, as rápidas mudanças na paisagem urbana dificultam a constituição e a preservação da memória.
Demolição de moradias ao lado da estação Maracanã, no Rio de Janeiro, RJ. A desocupação dessa área ocorreu durante a construção de obras de infraestrutura para as Olimpíadas de 2016. Foto de 2012.
a) Cite um benefício que esse acontecimento poderá trazer para a cidade. Resposta pessoal.
b) Cite um aspecto negativo desse acontecimento. 2 No lugar onde você mora há alguma construção antiga? Resposta pessoal.
a) Conte aos seus colegas como ela é. b) Faça um desenho, em uma folha avulsa, representando essa construção e mostre-o aos colegas. Se possível, traga também uma foto para mostrar na classe. 134
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Preservando as tradições na cidade
Olympio Augusto Ribeiro/Acervo do fotógrafo
José Leomar/Agência Diário
Atualmente, muitas cidades em todo o mundo são semelhantes entre si. Existem, por exemplo, lojas ou lanchonetes que possuem pontos de venda iguais em diferentes localidades. Os produtos de uma mesma marca e características são vendidos em cidades ao redor do mundo. Apesar disso, nas cidades, ainda há espaço para tradições e manifestações próprias da população local. Nas cidades brasileiras há vários exemplos. Veja a seguir.
Rodrigo Gazzanel/Futura Press
Christian Tragni/Folhapress
O Pastoril é encenado por dois grupos de moças – o cordão azul e o cordão encarnado – que dançam e cantam. Maracanaú, CE. Foto de 2013.
O tacacá é uma comida tradicional da Amazônia. Ele é um caldo preparado com camarão, derivados de mandioca e uma verdura chamada jambu. É comum ser vendido em barraquinhas na rua. Manaus, AM. Foto de 2011.
Mesmo em uma cidade grande e moderna, como São Paulo, muitos bairros preservam suas construções antigas Na imagem, rua do Bixiga, tradicional bairro com forte presença dos imigrantes italianos. Foto de 2014.
Atividades tradicionais, como a pesca artesanal, são praticadas em todo o Brasil, mesmo em grandes cidades. Foto de barcos de pesca na baía de Guanabara, na cidade de Niterói, RJ, em 2013.
3 Imagine que você vai convidar um amigo de outra cidade para vir à sua casa por alguns dias. Você gostaria que essa pessoa fosse a alguma festa? Quando você diria para ela vir? Algo é comemorado nessa ocasião? Caso seja, como ocorre essa comemoração? Resposta pessoal. 135
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Agora já sei Bosco/Acervo UH/Folhapress
Arquivo/Folhapress
1 Observe as fotos e responda, no caderno, às questões a seguir.
Crianças brincando com bolinhas de gude em São Paulo, SP. Foto de 1952.
Crianças brincando em triciclos em parque de São Paulo, SP. Foto de 1957.
Arquivo/Folhapress
Crianças brincam em gira-gira. Foto de 1968.
Acervo UH/Folhapress
Brincadeira com carrinho de rolimã em São Paulo, SP. Foto de 1965.
a) Qual dessas brincadeiras e desses brinquedos você conhece? Você brinca assim com os colegas? Resposta pessoal. b) Quem você acha que fazia esses brinquedos? Na sua opinião, algum deles era produzido em indústrias? Resposta pessoal. c) As roupas que as crianças usavam nessa época são iguais às que você usa? No que elas são diferentes? Resposta pessoal. 2 Uma das transformações que ocorrem no campo, com o passar do tempo, é o uso de técnicas cada vez mais modernas para produzir. Que consequências essas transformações podem trazer? Converse com a turma. Resposta pessoal. 136
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3 Converse com uma pessoa mais velha, como seus avós (ou outra pessoa que tenha idade para ser seu avô), e peça a ele ou ela que lhe diga como era a cidade (ou o bairro) em que morava quando tinha a idade que você tem agora. Siga o roteiro abaixo e anote as respostas no caderno. Peça a seu entrevistado ou entrevistada que dê respostas curtas. Qual é seu nome? Qual é sua data de nascimento? Qual é sua idade? Qual é o nome do município e do estado em que a senhora (ou o senhor) morava quando tinha a minha idade? A cidade era grande? Sua rua era asfaltada? Iluminada? Limpa? Nessa época, os meninos e as meninas brincavam na rua mais do que atualmente? Quais eram as brincadeiras? O que faz a senhora (ou o senhor) se recordar da cidade como era naquela época? Agora, escreva um relatório sobre a entrevista. Siga o modelo abaixo. Copie-o no caderno, substituindo as estrelas presentes nas frases pelas informações obtidas na entrevista. Eu entrevistei a senhora (ou o senhor) Hoje ela (ou ele) tem anos.
, que nasceu em
(dia, mês, ano).
Quando tinha a minha idade, ela (ou ele) morava no município de de . Ela (ou ele) disse que a cidade era
e que sua rua era
, no estado
.
Nessa época, os meninos e as meninas brincavam na rua brincavam de .
do que hoje. Eles
Hoje ela (ou ele) se lembra de sua infância quando vê (ou participa de)
.
4 Você mora no campo ou na cidade? Pense nas coisas de que você mais gosta em seu lugar de moradia e siga os passos a seguir. a) Faça um desenho em uma folha avulsa representando esse lugar. b) Escreva uma legenda para o seu desenho, dizendo por que gosta desse lugar. c) Mostre seu desenho aos colegas e veja os desenhos deles. Converse com eles sobre os lugares representados e as maneiras de cuidar deles. 137
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Vamos fazer! O livro do município
Este ano você foi convidado a conhecer alguns aspectos do seu município e também a pensar em formas de melhorar as condições de vida nele. Nesse processo, você e seu grupo foram reunindo materiais e informações sobre o município onde vivem. Vamos juntar todo esse material para produzir um livro sobre o seu município. Ele poderá fazer parte da biblioteca da escola e ser utilizado por outros alunos nos anos seguintes. Antes de concluir o livro, porém, propomos a vocês que leiam o texto abaixo. Ele foi retirado de um livro em que uma criança fala de sua cidade. Em forma de versos, ela expõe alguns problemas que a deixam triste, mas não perde a esperança. Leiam o trecho em que ela conta o que espera para o lugar onde vive.
Ilustrações: Lima/ID/BR
Esperança
Mas se as coisas melhorarem e os políticos funcionarem, crianças de hoje serão verdadeiros cidadãos... tendo rios bem tratados, saúde, educação, trânsito desafogado. Justiça justa, é não? Que todas as nossas cidades acolham seus moradores, respirando em liberdade, para viver seus amores. Esperança. Em: Cláudia Pacce. Varre, vento! São Paulo: Quinteto Editorial, 1998. p. 18 e 20.
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Para finalizar o livro sobre o município em que moram, em grupo, sigam as etapas abaixo.
poema. Mas, antes, pensem no leitor a quem ele é dedicado: a crianças como vocês, que moram neste município, estudam nesta escola e fazem parte deste lugar. O poema deve falar dos aspectos positivos do município onde vocês moram, das dificuldades enfrentadas por seus moradores e de como melhorar as condições de vida. Coloquem também no poema outros aspectos do município que julgarem importantes.
4. Para a organização e montagem do livro, vocês devem reunir todo o material que cada integrante do grupo elaborou ao longo do ano na seção Vamos fazer! Também podem entrar outros trabalhos realizados no período.
Ilustrações: Mário C. Pita/ID/BR
1. Para compor o livro, vocês vão criar um
2. Além do conteúdo principal (aquilo do que trata), todo livro é formado por diversas outras partes. Capa, frontispício e sumário são algumas delas. Na capa, devem constar o título do livro e o nome do(s) autor(es). Se ainda não pensaram em um título, agora é a hora! Além disso, em geral há imagens nas capas. Podem ser fotos, desenhos, mapas, etc. Usem a criatividade para elaborar uma capa bem bonita.
5. Com o material em mãos, partam para a organização: coloquem a capa, o frontispício e os materiais produzidos, nessa ordem. Por último, entra o poema. Unam todas as páginas. Para isso, utilizem prendedores ou amarrem-nas com barbante.
3. No frontispício entram o título, o(s) autor(es), o local e o ano em que o livro foi escrito. Em uma folha separada, criem o frontispício.
Ao terminar, troquem de livro com os outros grupos. Observem a produção de cada um e vejam aquilo de que mais gostaram. Por fim, conversem sobre essa experiência! 139
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O que aprendi? Arquivo/Folhapress
1 Com o professor, observem a foto a seguir e leiam a opinião de uma jornalista na época em que Brasília, atual capital do Brasil, começou a ser construída. Início da construção da Esplanada dos Ministérios em Brasília, DF, no final dos anos 1950.
29 de janeiro de 1959 Aqui, nessas grandes extensões, até então intocadas pela civilização, o Brasil está construindo, desde a primeira pedra, a sua nova capital. Onde ontem não havia senão uma vista interminável de solitárias colinas verdes, encimadas por um céu de um azul ofuscante […], amanhã, ou depois, se erguerá uma capital […] Em abril de 1960, o Presidente Juscelino Kubitschek pretende mudar literalmente o Governo Federal brasileiro, de sua presente capital, Rio de Janeiro, para Brasília […]. Innez Robb. Brasília: céu de nuvens barrocas e capital de 500 mil burocratas.Última Hora, Rio de Janeiro, 29 jan. 1959. Em: Michelle dos Santos. A construção de Brasília nas tramas de imagens e memórias pela imprensa escrita (1956-1960). 2008. p. 141. Dissertação (Mestrado em História) – UnB, Brasília.
De acordo com o texto, como era a região onde foi construída Brasília? Responda no caderno. Era uma grande área intocada, na qual só se avistavam colinas. 2 Durante a construção de Brasília, foi criada a Vila Planalto, em 1957, para abrigar os operários – vindos de todo o Brasil – que trabalharam nas obras da capital.
Arquivo/Folhapress
Fernando Bizerra/BG Press
Compare as duas fotos e responda às questões no caderno.
Cidade Livre no Distrito Federal, no início da construção de Brasília. Foto de 1959.
Núcleo Bandeirante (antiga Cidade Livre), Brasília, DF. Foto de 2008. Professor, na foto mais antiga, a vila é cons-
a) Como as casas estão distribuídas no terreno? b) Qual é o padrão das construções? c) Como é o espaço ao redor da vila?
tituída por casas pequenas, todas térreas; a rua/avenida é de terra, há pouco movimento de pessoas e carros; não há nenhuma vegetação. Na foto recente, as construções são de alvenaria e constituídas por sobrados; há várias casas comerciais, a avenida é asfaltada e há algumas árvores. Aceite outras respostas, desde que coerentes.
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Rubens Cavallari/Folhapress
3 Observe a foto e converse com a turma sobre as questões a seguir.
Esgoto a céu aberto na rua Coroa Grande, em São Paulo, SP. Foto de 2014.
Quais são as prováveis dificuldades de se viver em um lugar como o retratado na foto? O que poderia ser mudado para melhorar a vida nesse lugar? Resposta pessoal.
4 Leia o texto a seguir, no qual um senhor de 90 anos conta como era um bairro da periferia da cidade de São Paulo, por volta de 1960. O comércio local era pouco desenvolvido, consistia em pequenas mercearias que vendiam de tudo um pouco: arroz, feijão, produtos de limpeza, querosene, entre outras coisas; esses produtos eram vendidos por quilo, unidade, litros. Normalmente os moradores compravam fiado, suas compras eram marcadas na caderneta e pagas no final do mês. O querosene era um produto muito importante porque nem todas as casas tinham energia elétrica. As mercadorias vinham do interior pela estrada de ferro até o bairro do Pari, de lá os carroceiros retiravam as mercadorias e entregavam nos estabelecimentos comerciais. Izidoro Basques Ramires. Disponível em: . Acesso em: 22 dez. 2013.
a) Pesquise em um dicionário as palavras do texto que você não conhece e anote o significado delas no caderno. Resposta pessoal. Havia pequenas mercearias, que
b) Que tipo de lojas havia no bairro descrito no texto? vendiam produtos variados.
c) De onde vinham os produtos vendidos nas lojas e como eram distribuídos para o comércio? Os produtos vinham do interior, de trem, e eram distribuídos por carroceiros. 141
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Unidade 1
uivo da editora
O mundo do meu amigo, de Ana Cecília Carvalho e Robinson D. dos Reis. Formato Editorial. Ao ler esse livro, você vai perceber quanto a cidade e o campo estão relacionados.
Formato Ediorial/Arquiv o da editora
Sugestões de leitura
FTD/Arqvuio da editora
Histórias da Terra, de Clara A. E. F. Nunes. Edições Loyola. Certo dia, um pequeno proprietário perde a terra da qual depende para viver. Como será o final dessa história? Leia e descubra!
Edições Loyola/Arquivo da editora
Unidade 2
Talismã do Tibet, de Anna Flora. Editora FTD. A garotada não resiste e compra tudo o que é moda na venda do seu Manoel. Até que dona Filoca resolve alertar as crianças do bairro, ensinando-as a consumir de modo consciente. Leia e aprenda!
A motorista de ônibus, de Vincent Cuvellier. Edições SM. No dia a dia, utilizamos vários serviços: compramos na padaria ou na vendinha, usamos transporte público, vamos à farmácia... Mas nem sempre prestamos atenção às pessoas que oferecem esses serviços. É disso que o livro trata.
Edições SM/Arquivo da editora
Formato Editorial/Arq
Se criança governasse o mundo..., de Marcelo Xavier. Formato Editorial. Já imaginou se o mundo fosse governado só por crianças? Leia esse livro e descubra como seria.
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editora Salamandra/Arquivo da
Unidade 3
Alberto: do sonho ao voo, de José Roberto Luchetti. Editora Scipione. Esse livro conta a história de Santos Dumont e de como um sonho de infância levou à invenção do avião.
Unidade 4 Amanhecer Esmeralda, de Ferréz. Editora Objetiva. Manhã é uma menina pobre e sem esperança: vive num lugar malcuidado, não gosta do seu cabelo nem de suas roupas. Mas um presente de seu professor transforma a vida da menina, que transforma a vida da família, que transforma a vida dos moradores do bairro...
Seis razões para diminuir o lixo no mundo, de Nilson José Machado e Silmara Rascalha Casadei. Escrituras Editora. Livro que conta a história do lixo desde os tempos mais antigos até os dias de hoje e que também nos ajuda a encontrar caminhos para produzir menos lixo.
da editora
Judy Moody salva o mundo!, de Megan McDonald. Editora Salamandra. Judy aprendeu, na escola, sobre meio ambiente e agora quer envolver os amigos e a família na grande aventura de salvar o mundo.
Escrituras Editora/Arquivo
Salamandra/Arquivo da
editora
A rua é livre, de Kurusa e Monika Doppert. Editora Callis. As crianças de uma favela não tinham onde brincar. Resolveram então exigir o direito de ter um parque. Será que elas conseguiram? Leia o livro para descobrir.
Callis/Arquivo da editora
Objetiva/Arquivo da editora
A caixa preta, de Tiago de Melo Andrade. Editora Vitória. O livro conta a história dos habitantes de um planeta que eram muito alegres, criativos e divertidos até que... passaram a ficar o tempo todo em frente da televisão. O que será que aconteceu?
Editora Vitória/Arquivo
da editora
Scipione/Arquivo da editora
De carta em carta, de Ana Maria Machado. Editora Salamandra. Apesar dos avanços tecnológicos, muitas pessoas ainda se comunicam por carta. E quem não sabe escrever pode mandar uma carta? Leia esse livro e descubra!
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Bibliografia Almanaque Abril 2010. São Paulo: Abril, 2010. Almeida, Rosangela Doin de. Do desenho ao mapa: iniciação cartográfica na escola. São Paulo: Contexto, 2001. ______; Passini, Elza Y. O espaço geográfico: ensino e representação. 12. ed. São Paulo: Contexto, 2002. Andrade, M. C. de. Caminhos e descaminhos da Geografia. 3. ed. Campinas: Papirus, 1989. associação dos Geógrafos Brasileiros. Projeto O Ensino da Cidade de São Paulo. São Paulo: AGB, 2000. Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais (1a a 4a séries). Brasília: MEC/SEF, 1997. v. 1, 5, 8 e 10.
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Manual do
Professor
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ensino fundamental anos Iniciais geografia • 4 Ano o
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Apresentação Prezado professor, Após ouvir, pesquisar e analisar opiniões e sugestões sobre educação escolar, apresentamos a você e a seus alunos esta coleção de Geografia. Nela, procuramos reunir elementos que lhe permitam desenvolver seu trabalho com segurança e eficiência. Acreditamos que educar é contribuir para o desenvolvimento intelectual e emocional dos alunos, assim como de sua autonomia na busca de informações. É cultivar neles a sensibilidade, a tolerância, o respeito, a conduta ética, a responsabilidade. Assim, esperamos contribuir para a formação de indivíduos capazes de tomar decisões, de se relacionar harmonicamente com os outros e com o meio, de superar dificuldades e de buscar soluções diante de conflitos. Procurando atender a alunos e a professores, apresentamos na coleção uma seleção de conteúdos com propostas e sugestões de atividades variadas, de modo que cada educador possa adaptá-la a sua realidade. Sugerimos que, durante o trabalho com seus alunos, você consulte o tópico Comentários e complementos das unidades didáticas deste Manual. Assim, poderá apreciar e selecionar as sugestões adequadas para o encaminhamento de suas aulas. Equipe editorial
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Sumário
149 Geografia no Ensino Fundamental 149 Objetivos gerais da coleção 150 Proposta pedagógica da coleção 154 Avaliação da aprendizagem 155 Organização e estrutura da coleção 156 Textos de apoio 166 Quadro de conteúdos da coleção e complementos das unidades didáticas Geografia 167 Comentários – 4 ano o
196 Sugestões de leitura e sites para o aluno 198 Sugestões de leitura e sites para o professor 199 Bibliografia
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Geografia no Ensino Fundamental Sobretudo nas décadas de 1970 e 1980, os estudos geográficos ganharam visibilidade no Brasil. Tanto nas universidades quanto nas escolas, questionava-se o caráter meramente descritivo dos fenômenos geográficos (físicos e humanos), até então muito frequentes no estudo e no ensino de Geografia. As novas correntes teóricas passaram então a objetivar a compreensão do espaço geográfico em suas múltiplas relações, visando compreender o papel da sociedade e sua relação com a natureza na produção e na organização do espaço a partir das dinâmicas do território, da paisagem e do lugar. Assim, a Geografia escolar, entendida numa perspectiva crítica, visa estimular a reflexão, a análise e o debate acerca da produção do espaço geográfico e sua articulação nas escalas local, regional e mundial. Dessa forma, passou a contribuir para um maior entendimento do mundo, permitindo a intervenção consciente do ser humano no meio em que vive – traço essencial da postura cidadã. O espaço geográfico deve ser entendido como historicamente produzido pelo ser humano à medida que se organiza socialmente e interage com o meio. Concebido esse espaço, ele nos leva a refletir sobre as motivações e as ações dos diferentes grupos humanos que o transformaram no que é hoje e o transformarão no que se tornará amanhã. Milton Santos (1997) refere-se ao espaço e ao tempo como categorias indissociáveis. Ao estabelecer o conceito de espaço-tempo, permite-nos uma reflexão sobre o espaço como coexistência de tempos diferentes. Assim, o espaço atual é o resultado de distintas ações passadas, que se manifestam desigualmente e que continuam a exercer suas forças nas configurações presentes. Ao conhecerem as diferentes realidades resultantes da ação humana no espaço e reconhecerem-se como parte da sociedade, os alunos poderão refletir sobre suas relações sociais e com o meio, ampliando suas possibilidades de participação social.
Objetivos gerais da coleção Considerando as características do mundo contemporâneo e a evolução do pensamento geográfico em torno delas, esta coleção tem como um de seus pressupostos proporcionar o reconhecimento da diversidade que se manifesta nas paisagens e na composição dos grupos sociais e entre os grupos sociais. O universo a ser reconhecido abrange contradições sociais, econômicas e ambientais que influenciam a produção do espaço geográfico, assim como são influenciadas por ela. Nessa direção, é possível levar os alunos a reconhecer que os fenômenos sociais, econômicos e ambientais decorrentes da espacialização da relação entre a sociedade e a natureza, seja no lugar onde eles vivem ou em
outros municípios, estados ou países, resultam da ação e do trabalho das pessoas ao longo do tempo. Assim, os alunos percebem-se inseridos em um processo de desenvolvimento do qual também fazem parte. Esse é o ponto de partida para a formação de um repertório que possibilite aos alunos a leitura da realidade com base na relação sociedade-espaço. Portanto, como complemento, a presente coleção se propõe a fornecer elementos para que os alunos se apropriem progressivamente das relações que se estabelecem em diferentes unidades do espaço geográfico, da escala local (incluindo a casa e a escola) até a global, passando pelas noções de país e região. Indo além da descrição de paisagens, os conhecimentos de Geografia trabalhados nesta coleção contribuem para o reconhecimento das relações socioespaciais em diferentes contextos. Esse reconhecimento é a base elementar a partir da qual é desenvolvida nos alunos a capacidade de refletir e de propor explicações para a ocorrência dos fenômenos que se desdobram dessas relações. Além disso, a presente proposta promove o desenvolvimento das capacidades de leitura cartográfica e de elaboração de formas de representar os conhecimentos geográficos ao longo do Ensino Fundamental I. Nesse sentido, a formação do aluno é colocada adiante do objetivo de compreender os conteúdos propostos nesta coleção. Esses conteúdos se apresentam, assim, como ferramentas que auxiliam os alunos na aquisição de um repertório de conhecimento e de competências que abra portas para uma compreensão autônoma do mundo a partir de informações obtidas de diferentes maneiras, inclusive in loco. Para que o professor encontre na Geografia escolar um instrumento para a formação de seres com capacidade de leitura e interpretação da realidade socioespacial, a presente coleção se propõe a construir uma abordagem calcada nos conceitos essenciais da Geografia, como lugar, paisagem, território e região. Tal como se desenvolve ao longo dos volumes, essa abordagem não objetiva a assimilação mecânica dos conceitos. O material proporciona a familiarização dos alunos com noções contextualizadas, necessárias para eles próprios realizarem um movimento contínuo de apropriação e, depois, aplicação desses conceitos em atividades que remetam à sua realidade imediata. Portanto, mesmo nos momentos em que o material oferece uma determinada definição conceitual, o desenvolvimento do conteúdo permite que a abordagem não se feche nos conceitos, mas que neles sejam encontrados caminhos para uma apropriação crítica e criativa da realidade do lugar de vivência do aluno e do mundo integrado a ele. Os objetivos que compõem a formação escolar e cidadã dos alunos na etapa do Ensino Fundamental I estão ajustados ao nível cognitivo da faixa etária e são consolidados com o auxílio da abordagem geográfica proposta nesta coleção. São eles:
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o reconhecimento do corpo e o desenvolvimento de noções ligadas à identidade como meios de levar os alunos a reconhecer o outro e a si mesmos como integrantes de grupos sociais; o reconhecimento dos diferentes lugares de vivência dos alunos; a compreensão de que os lugares, além de se caracterizarem pelas formas da paisagem, são carregados de conteúdos simbólicos e afetivos; a capacidade de refletir sobre as relações sociais que ocorrem no seio dos grupos dos quais os alunos são integrantes e nos lugares que abarcam e são produzidos por essas relações; a capacidade de relacionar o modo de vida predominante em diferentes lugares às características das paisagens que neles podem ser percebidas; a capacidade de reconhecer e analisar a paisagem, relacionando-a com os processos sociais (que resultam na produção do espaço geográfico); a aquisição de noções que permitem relacionar a diversidade de paisagens às desigualdades que caracterizam a distribuição dos fenômenos naturais pela superfície terrestre e às contradições que marcam as relações sociais; a aquisição de noções elementares sobre a organização sociopolítica do espaço, passo importante para a compreensão do conceito de território; a aquisição de noções de cidadania e a reflexão sobre as implicações de se viver em sociedade; a significação de noções e valores como bom-senso, respeito, gentileza, companheirismo, entre outros; a capacidade de perceber que a relação sociedade-espaço está presente da escala local, incluindo o plano da vivência pessoal, até a escala global; a capacidade de perceber influências de fenômenos abrangentes em seus lugares de vivência e de perceber como eles se relacionam com as especificidades locais; bem como a capacidade de relacionar experiências pessoais ao conteúdo didático; a compreensão elementar do conceito de região, compondo a escala intermediária entre o local e o global, e como possibilidade de reconhecimento e análise do espaço geográfico; a capacidade de interpretar e aplicar recursos cartográficos para ler e representar fenômenos socioespaciais.
Proposta pedagógica da coleção Esta coleção fundamentou-se em pressupostos teóricos que consideram relevantes os seguintes aspectos envolvidos no processo ensino-aprendizagem: aluno, professor e conhecimento. O aluno, visto como sujeito ativo de sua aprendizagem, necessita de estímulos, desafios e atividades que o levem a elaborar o conhecimento.
Como afirma Carvalho (1998, p. 35), “O princípio conforme o qual o aluno é o construtor do próprio conhecimento é, muitas vezes, erroneamente interpretado, atribuindo-se a ele a tarefa de descobrir ou de inventar conhecimentos. A interpretação que nos parece mais adequada consiste em pensar o aluno como sujeito que aprende sem que ninguém possa substituí-lo nessa tarefa. O ensino acontece através de atividade mental construtiva desse aluno, que manipula, explora, escuta, lê, faz perguntas e expõe ideias”. Considerando esse princípio, nesta coleção procuramos criar situações e atividades com potencial para mobilizar o aluno intelectualmente e levá-lo a interagir com o objeto do conhecimento, construindo assim representações interiores do mesmo. Essa prática pressupõe considerar as experiências e os repertórios que o aluno possui para que, estabelecendo relações entre o que já sabe e o novo conhecimento, ele aprenda de maneira significativa. De acordo com Coll (1996), “É importante que os professores percebam os conhecimentos prévios dos alunos e alunas sobre o tema a ser estudado, não apenas porque são os que eles utilizam para aprender, isto é, não podem prescindir deles na realização de novas aprendizagens, mas porque deles dependem as relações que é possível estabelecer para atribuir significado à nova informação proposta. Isto é, os conhecimentos do aluno sobre determinado tema possibilitam estabelecer relações substantivas, permitindo também, consequentemente, atribuir significado ao novo conteúdo”. Esta coleção possibilita que, à medida que os assuntos forem abordados, privilegie-se os espaços vividos pelos alunos e as paisagens locais como pontos de partida para os estudos. Os espaços vividos não são apenas aqueles com os quais o aluno tem contato direto, mas também aqueles que conhece por vias indiretas (televisão, fotografias, filmes) e nos quais consiga pensar e imaginar. Ao observar, comparar, relacionar fenômenos dos lugares e das paisagens próximos ou conhecidos, o aluno terá elementos para analisar e compreender fenômenos de outros lugares e paisagens, ou seja, transferir e aplicar os conhecimentos assimilados a situações semelhantes. Nesse processo, o professor assume o papel de articulador de situações e mobilizador de capacidades. Cabe a ele fazer a mediação entre o objeto do conhecimento e o aluno. É ele quem faz intervenções adequadas durante as exposições dos alunos, apresenta assuntos que possam interessá-los, organiza as investigações e sistematiza as descobertas. Caberá ao professor mostrar o quanto a realidade, a vivência e a experiência de cada criança são importantes para os estudos da Geografia. Problematizando o senso comum para dar lugar à construção do conhecimento científico, os conceitos e os temas geográficos vão ajudar os alunos a compreender as realidades vividas, pensar em soluções e superar desafios.
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A seguir destacamos alguns conteúdos desenvolvidos na coleção e os conceitos e os temas geográficos relacionados a eles. Ao abordar as relações que ocorrem em grupos e espaços frequentados pelo aluno – a casa, a família, a escola, a rua, os amigos e o bairro –, trabalham-se os conceitos e os temas: lugar; diferença sociocultural; ponto de referência; espaço público e espaço privado; serviços públicos.
apresentados em textos ou outras formas de representação. Em síntese, é um nível de competências indicadoras da habilidade de lembrar e reconhecer noções básicas e fenômenos. O nível operacional reúne as competências relativas ao estabelecimento de relações entre parte e todo de determinados fenômenos, ordenamento de sequências de eventos e outras relações entre fenômenos dados que permitem classificar, comparar, interpretar e justificar acontecimentos, resultados de experimentos ou proposições dadas. [...] O nível global de competências cognitivas põe em jogo as habilidades de extrapolar conhecimentos, inferir, aplicar conhecimentos, analisar e criticar situações dadas. É, portanto, um nível de maior complexidade de competências, em relação às anteriormente definidas.
Ao trabalhar orientação no espaço e leitura, comparação, compreensão e análise de paisagens com ênfase nas relações econômicas e sociais e na relação entre ser humano e natureza, desenvolvem-se os conceitos e os temas: pontos de referência; pontos cardeais; paisagem; elementos naturais e humanizados e suas dinâmicas básicas; elementos que caracterizam o tempo atmosférico; noções de relevo, vegetação e atividades econômicas; campo e cidade e suas relações.
Recursos didáticos
Ao desenvolver a compreensão das dinâmicas social e econômica que envolvem municípios e estados, exploram-se os conceitos e os temas: território; cidadania; desigualdade social; preservação da natureza; modernização da economia; meios de comunicação; meios de transporte.
Destacamos a seguir alguns recursos didáticos utilizados na coleção que contribuem para o processo de ensino-aprendizagem da Geografia. Com o objetivo de desenvolver e/ou aprimorar competências e habilidades, foram exploradas diferentes linguagens, textuais e visuais.
Ao tratar da localização geográfica do Brasil no mundo e da diversidade natural, econômica, social e cultural do país, desenvolvem-se os conceitos e os temas: continentes e oceanos; população; formação do povo brasileiro; regionalização do Brasil.
Trabalho com imagens
Além do conhecimento específico da Geografia, na coleção também se configuram como conteúdos importantes os procedimentos e as atitudes. Entendemos (Coll e outros, 1998) que a diversidade de conteúdos factuais (dados, fatos, nomenclaturas, classificações), conceituais (noções, conceitos, princípios), procedimentais (observação, comparação, análise, experimentação, representação, entrevista, pesquisa, debate, estudo do meio) e atitudinais (autonomia, organização, respeito, colaboração, diálogo), tratados integradamente, contribuirá para a aprendizagem. As propostas de atividades – individuais, em duplas, em grupos ou com a participação de toda a sala e mediação do professor – visam promover a aprendizagem, possibilitando a mobilização intelectual necessária para a elaboração do conhecimento. Para que cumpram essa função mobilizadora, procuramos elaborar atividades variadas e estimular o desenvolvimento de diferentes níveis de habilidades: básico, operacional e global, conforme consta no documento Matrizes curriculares de referência para o Saeb (1999):
O nível básico destaca as habilidades de identificação, localização, descrição e nomeação dos fenômenos do mundo natural ou transformado através do reconhecimento de representações dadas, sendo solicitado o exercício da memória ou a observação das regularidades entre os fenômenos
As imagens dos livros didáticos, como fotografias, ilustrações, esquemas e pinturas, são reproduções estáticas de paisagens ou processos. Para que funcionem como conteúdo em si, como complemento informativo do tema ou como motivação para o assunto em estudo, é preciso envolver os alunos na observação e na interpretação das mensagens visuais. Identificando as expectativas e valorizando as observações despertadas pela imagem, o professor pode realizar um levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre determinado assunto e assim organizar e complexificar esse conhecimento, possibilitando-lhes obter novas informações por meio da leitura das imagens. Inicialmente, o mais indicado é a observação dirigida, em que o professor, por meio de perguntas, chama a atenção para o aspecto geral da imagem. Em seguida, passa a explorar, também com perguntas e pequenos comentários, os detalhes e as informações não explicitadas. Se os alunos demonstrarem interesse por algum aspecto da imagem, é um bom momento para o professor aprofundar o assunto, propor uma pesquisa ou conectar outras disciplinas que ampliem aquele conteúdo. Imagens podem ser interpretadas por meio de textos escritos ou mesmo por figuras complementares. Textos escritos também podem ser interpretados ou explicados por imagens. Solicitar aos alunos que elaborem desenhos sobre um tema estimula o estudo. Os desenhos podem ser utilizados para investigar os conhecimentos prévios dos alunos, como forma de registro de observações e análises, além de
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ser um meio de aprimoramento da capacidade de sintetizar e representar o espaço físico e os fenômenos relacionados a ele.
Tabelas e gráficos Tabelas e gráficos comunicam por meio da linguagem gráfica e são formas de comunicação científica sobre dada realidade. Além de recursos visuais importantes na educação formal, são também cada vez mais comuns na mídia em geral. Assim, torna-se fundamental saber ler as informações apresentadas nessas formas de representação.
realidade vivida e observada pelos alunos, constituindo-se em recurso valioso para o trabalho cartográfico, preparando os alunos para a compreensão dos conceitos de escala e de representações mais elaboradas (bidimensionais), como plantas e mapas.
Ao longo da coleção são apresentados alguns gráficos e tabelas priorizando-se os mais simples, de mais fácil compreensão. Com complexidade adequada à faixa etária, trabalham-se tanto a leitura e a interpretação dos dados e das informações contidos nos mesmos como a relação do recurso gráfico com o texto escrito. Estimula-se também a observação de elementos importantes contituintes de gráficos e tabelas, como o título, a fonte e, no caso dos gráficos, a legenda.
Além de ser uma ferramenta importante para a aprendizagem da linguagem cartográfica, a construção de maquetes em geral desperta grande interesse nos alunos. A maquete pode ser construída com recursos simples, como sucatas, e depois de pronta proporciona rica oportunidade para análise e compreensão da organização espacial. Noções como tipos de visão (lateral, oblíqua, vertical), lateralidade, proporção, escala, orientação, limites podem ter sua compreensão facilitada com o uso de maquetes. Assim, é interessante viabilizar a construção das maquetes sugeridas ao longo da coleção e guardar alguns exemplares produzidos pelos alunos para que eles possam retomá-los sempre que necessário, percebendo diferentes espaços representados e suas características.
Leitura de textos
Estudo do meio
A leitura de textos, de forma autônoma ou com a mediação do professor, é um excelente recurso para introduzir ou complementar o estudo dos conteúdos. As características de cada tipo de texto – poesia, prosa, canção, depoimento, artigo – e de sua fonte – livro, jornal, revista, site –, assim como o vocabulário específico de cada um, são aspectos aos quais o professor deve estar atento. O planejamento de situações de uso desses materiais poderá garantir a superação das dificuldades em relação à leitura e à compreensão e assegurar a contribuição deles para o ensino de Geografia. Proporcionar a leitura de textos de fontes variadas permite trabalhar com os alunos a diversidade de abordagens e pontos de vista sobre um mesmo assunto. Essa experiência enriquece o aprendizado e pode desenvolver nos alunos o gosto pela busca de informações e pelo conhecimento de outras ideias. Em todos os volumes da coleção foi sugerida a leitura de alguns livros relacionados aos conteúdos desenvolvidos. A biblioteca ou a sala de leitura da escola, assim como o acervo de familiares ou conhecidos dos alunos, poderão facilitar o acesso a esses materiais. O professor também pode providenciar, ou solicitar aos alunos, jornais, revistas e outros suportes de texto para serem trabalhados em sala de aula. Visando aproveitar melhor esses recursos, é interessante o professor orientar sua leitura e elaborar um roteiro de atividades, que pode incluir a recontagem do texto, a explicação de temas centrais, a seleção de detalhes interessantes ou curiosos, a elaboração de desenhos ou histórias em quadrinhos ou a dramatização de um trecho do texto.
Construção de maquetes As maquetes são representações reduzidas de um espaço. Por serem tridimensionais, assemelham-se à
Recurso didático indispensável para o ensino de Geografia, o estudo do meio permite ao aluno verificar ou ampliar os conteúdos trabalhados em sala de aula, fazer outras descobertas, observar e explorar pessoalmente um espaço, e pode ser feito em visitas a museus, fábricas, parques, praças, trechos de bairros ou cidades e mesmo na própria escola. Antes de envolver os alunos na realização da atividade, o professor deve ter definido claramente quais conceitos são o objeto de ensino. É preciso também organizar a saída, verificando questões como: viabilidade de visitar o espaço pretendido, épocas e horários de funcionamento, necessidade ou não de fazer reservas ou comprar ingressos, de que maneira os alunos serão deslocados com segurança, como os professores das demais disciplinas podem se envolver, que atividades devem ser desenvolvidas antes, durante e depois da saída para melhor aproveitamento do estudo. Resolvidas essas questões e feito o planejamento com a direção da escola, é o momento de envolver os alunos, mencionando os objetivos visados e as estratégias utilizadas para que sejam alcançados. É muito importante que eles tenham clareza dos objetivos do estudo do meio e de qual o seu papel antes, durante e depois dele. Ou seja, como devem se preparar para a saída, o que deverão observar e realizar nos diferentes momentos da atividade e de que forma vão registrar e sistematizar as informações obtidas nesse processo. A organização necessária para a realização de um estudo do meio demanda tempo e dedicação, que são compensados pelas oportunidades de aprendizagem significativa e convivência diferenciada entre todos os envolvidos.
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Pesquisa A pesquisa, seja ela em instituições, livros, almanaques, jornais, revistas ou na internet, deve ser estimulada para aprofundar ou ampliar um tema. Nesta faixa etária, porém, é de fundamental importância que parte dessa pesquisa seja realizada na sala de aula para que o professor tenha oportunidade de organizar a atividade e orientar os alunos quanto à forma correta de realizá-la. Assim, partindo da orientação do professor, os alunos têm acesso a modelos de como pesquisar, fundamental para desenvolver em um segundo momento a capacidade de realizar pesquisas com autonomia. Uma das principais dificuldades dos alunos em qualquer faixa etária ao se deparar com a proposta de fazer uma pesquisa é identificar uma “questão-problema”, uma pergunta que deverá ser respondida, esclarecendo assim o objetivo da pesquisa. O professor deve organizar a atividade de modo que os alunos aprendam a selecionar as fontes de informação e a interpretar, registrar e apresentar as informações adequadamente. Organizar as atividades de pesquisa em pequenos grupos, orientando os alunos a dividir com equilíbrio as responsabilidades do trabalho, pode ser interessante e produtivo. A pesquisa contribui para a autonomia e a autoconfiança dos alunos na medida em que desenvolvem habilidades como selecionar informações e utilizar diferentes fontes de consulta. Uma pesquisa bem orientada precisa indicar as fontes que serão utilizadas para levantamento de dados e estabelecer as formas de coleta, registro, organização e apresentação das informações obtidas.
Integração com outras disciplinas A Geografia propicia o diálogo com outras áreas do conhecimento, em especial História e Ciências. Além dessas, é possível articular o ensino de Geografia com Educação Física, Matemática e Língua Portuguesa. Em Educação Física, podem ser desenvolvidas atividades lúdicas para auxiliar na construção e na consolidação das noções de lateralidade e reversibilidade (direita e esquerda dos alunos e direita e esquerda do objeto). Em Matemática as noções de distância e escala podem ser mais bem entendidas a partir de sua manipulação numérica, além do importante auxílio da disciplina na construção e na leitura de gráficos e tabelas. Já em Língua Portuguesa a articulação pode ocorrer a partir da leitura e da interpretação de diferentes tipos de textos. No sentido de orientar o professor na proposição de trabalhos interdisciplinares, ficando ao seu critério definir as ocasiões convenientes, damos algumas sugestões e orientações no tópico Comentários e complementos das unidades didáticas, deste manual. Na coleção de Geografia, privilegiamos dois pontos principais:
Alfabetização cartográfica. Por facilitar a observação, a comparação, a compreensão e a análise de fenômenos no espaço geográfico, bem como a reflexão e o debate sobre eles, a Cartografia é um instrumento de grande importância no estudo da Geografia. Assim, ao longo dos quatro volumes, a Cartografia, por ser uma linguagem fundamental na compreensão dos fenômenos geográficos, apresenta-se como um componente sempre presente na abordagem do conteúdo. Para esse trabalho, dois princípios foram norteadores: respeitar os aspectos cognitivos dos alunos e relacionar o trabalho cartográfico ao tema estudado no capítulo. Dessa forma, os conceitos básicos da Cartografia são paulatinamente apresentados na coleção, seguidos de atividades que visam a sua compreensão e/ou aplicação. Trabalho com valores. Entendendo que uma das principais funções da Geografia, assim como de outras áreas do conhecimento, é formar cidadãos capazes de elaborar projetos individuais coerentes com a vida em sociedade, privilegiamos momentos durante o estudo que visam proporcionar o trabalho com valores e atitudes fundamentais ao convívio social, como respeito, cooperação, solidariedade e diálogo. Esses momentos foram indicados na coleção por “selos”, a fim de facilitar o seu reconhecimento pelo professor. A escolha de textos, imagens, estratégias e atividades também foi feita com a intenção de contribuir para a formação de comportamentos coerentes com esses valores. Procuramos, dessa forma, contemplar temas abrangentes como ética, pluralidade cultural e meio ambiente, além de temas locais, de interesse específico da realidade dos alunos. Assim, consideramos fundamental a função do professor como agente capaz de identificar as questões sociais de destaque na realidade dos alunos, seja na escola, no bairro ou município em que vivem, propondo reflexões sobre os modos de vida e as relações sociais, promovendo assim a aplicação dos conhecimentos geográficos à transformação da realidade. Pelo que foi apresentado, o encaminhamento metodológico da coleção procura: propiciar a manifestação dos conhecimentos prévios dos alunos; incentivar a participação ativa dos alunos no processo de ensino-aprendizagem; contextualizar os temas; promover relações sociais que favoreçam a aproximação e o intercâmbio entre os estudantes e entre estes e o professor; estimular tanto a ação mental como a ação prática ou experimental; buscar o trabalho interdisciplinar, indicando ao professor algumas oportunidades de interface.
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Avaliação da aprendizagem Avaliar tendo como finalidade o desenvolvimento de competências e o trabalho com diferentes tipos de conteúdos requer do professor uma atitude constante de análise e interpretação dos aspectos quantitativos e qualitativos resultantes do processo de ensino-aprendizagem. Para Zabala (1998) destacam-se nesse processo os seguintes momentos para a prática avaliativa: o início, que permite conhecer o que o aluno sabe e identificar as possibilidades de aprendizagem, realizando-se a denominada avaliação inicial; o desenvolvimento, que permite observar como o aluno aprende, realizando-se a avaliação reguladora; o final, em que são analisados os conhecimentos
elaborados e os resultados obtidos, realizando-se a avaliação final. É importante que o aluno perceba a avaliação como uma oportunidade de revisão e aprofundamento do estudo. Isso eleva a autoestima e reforça o desejo de vencer desafios, além de favorecer a reflexão e a aceitação de críticas para alcançar o sucesso pessoal. Com as informações dos três momentos de avaliação, professor e aluno poderão encontrar meios para corrigir falhas, propor alternativas e investir nos aspectos positivos. O registro constante e sistemático dos resultados das avaliações é documento indispensável para garantir a eficácia dessa prática. Apresentamos a seguir um modelo de ficha que pode ser utilizado para a avaliação dos alunos durante as unidades e ao final de cada uma delas.
Legenda: S: sim N: não P: parcialmente
Unidade 1 – A GEOGRAFIA, AS PESSOAS E EU
Autoavaliação Refletir sobre os conhecimentos adquiridos e as estratégias de aprendizagem utilizadas ajuda os alunos a rever seu modo de estudar e de apropriar-se do conhecimento. A atitude crítica em relação ao próprio desempenho, identificando não só dificuldades, mas também talentos e potencialidades, precisa estar sempre presente na rotina escolar, tanto em momentos formais quanto informais. Para subsidiar esses momentos, sugerimos um modelo de ficha que poderá ser usado pelo aluno para o levantamento e o registro dessa autoavaliação. Se for utilizar o modelo, complemente-o com suas apreciações.
Consegue expor suas dúvidas.
Participa de conversas coletivas apresentando suas ideias e ouvindo os colegas.
Respeita os integrantes dos grupos sociais de que participa.
Reconhece-se como parte integrante de diferentes grupos sociais e colabora com eles.
Atitudes Dispõe de noções básicas para a representação gráfica de espaços e pessoas.
Utiliza corretamente legendas para identificação e compreensão de imagens.
Lê, compreende e identifica informações em textos escritos.
Levanta informações por meio da observação de imagens, descrevendo os elementos nelas presentes.
Entende o conceito de espaço de vivência.
Procedimentos
Compreende que os temas estudados pela Geografia envolvem relações entre grupos sociais e lugares.
Identifica a família como um grupo social do qual é integrante.
Compreende a importância da vida em grupo.
Consegue perceber suas semelhanças e diferenças em relação aos colegas, reconhecendo-se como indivíduo.
Nome do aluno
Reconhece o corpo e os traços comportamentais como fatores que diferenciam as pessoas.
Conceitos e fatos
Nome do aluno:
Autoavaliação sim
não
O que me proponho a fazer para melhorar?
Participo das atividades de aula ouvindo e dando opiniões. Quando tenho dificuldade, peço a ajuda do professor ou de colegas. Cuido do meu material e capricho ao realizar as atividades. Procuro me relacionar bem com colegas, professores e funcionários.
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Organização e estrutura da coleção Cada volume desta coleção de Geografia tem como norte um conceito-chave do conhecimento geográfico que será utilizado nas análises propostas durante o estudo. A intenção é possibilitar a diversidade da análise e de enfoques nos primeiros anos do Ensino Fundamental. Nesta faixa etária, os conceitos de lugar, paisagem, território e região são fundamentais para o ensino e a aprendizagem em Geografia. Por isso, eles são trabalhados de modo basal em cada um dos volumes, sucessivamente. No entanto, os conceitos já aprendidos são retomados nos volumes seguintes, articulando-se aos novos conteúdos. No desenvolvimento de sua aula, o professor precisa ter claro qual é o conceito básico que permite a análise do fenômeno geográfico em estudo e, com base nele, incentivar os alunos a elaborar esses conceitos de forma autônoma à medida que avançam em sua aprendizagem. O volume 2 traz o conceito de lugar como norteador. Com base em temas presentes no dia a dia dos alunos, como moradia, escola, ruas e bairro, a noção de lugar pode ser paulatinamente apropriada enquanto espaço de vivência e enquanto produto das relações sociais no âmbito de grupos aos quais os alunos se identificam. Sem se esquecer das escalas geográficas mais amplas, como a regional e a global, nesse volume optamos por trabalhar o universo que mais se aproxima dos alunos, composto dos lugares de sua vivência diária. Familiarizados a eles, não apenas os alunos se reconhecem nos processos estudados como podem acessar com mais facilidade a essência dos conceitos trabalhados e o próprio fundamento do conhecimento geográfico calcado na relação sociedade-espaço. Reconhecer as relações sociais no âmbito da família e a relação sociedade-espaço que se estabelece no vínculo família-moradia, por exemplo, representa um domínio elementar imprescindível para reconhecer e analisar em momentos posteriores manifestações socioespaciais em escalas mais abrangentes. No volume 3 o conceito fundamental de análise do espaço geográfico passa a ser o de paisagem. De caráter específico para a Geografia, distinto daquele utilizado no senso comum ou em outros campos do conhecimento, paisagem define-se como uma unidade significada pela percepção. Resultante de fatores gerais de ordem social, cultural e natural, manifestando a ação da natureza e o trabalho humano acumulados ao longo de tempos distintos, a paisagem é processada individualmente, não sendo percebida de maneira idêntica por cada observador. Assim, a paisagem pode ser lida e interpretada de modos diferentes como um meio de análise do espaço geográfico. Nesse sentido, cabe ao professor valorizar os diferentes olhares sobre a paisagem, o modo como cada aluno atribui destaque a determinados elementos de sua composição. Por outro lado,
também é papel do professor demonstrar a relevância de situações em que ocorrem interpretações recorrentes sobre determinada paisagem, em que certos elementos são lidos de modo semelhante pelo grupo em geral, o que pode indicar a ocorrência de um aspecto fundamental para caracterizar e compreender a realidade socioespacial da unidade do espaço geográfico em análise. No volume 4 enfatiza-se o conceito de território na sua concepção mais clássica, advinda dos estudos em Geografia política. Enquanto espaço político-administrativo, o território é um conceito que serve como ponto de partida para a reflexão sobre grande número de fenômenos relacionados à organização da sociedade, suas intervenções nas paisagens e na produção do espaço geográfico. No volume 5 retomam-se os conceitos de análise do espaço geográfico já estudados, embora o conceito de região apareça com maior ênfase. O conceito de região é empregado sobretudo na abordagem que contempla a proposta de regionalização do IBGE. Essas regiões (como todas as demais em quaisquer propostas de regionalização) são apresentadas como fruto da interpretação humana sobre as paisagens que caracterizam o espaço geográfico. Nesse volume, os alunos ainda têm a oportunidade de refletir sobre a função político-administrativa que as regiões assumem para as ações governamentais. As cinco regiões propostas pelo IBGE também são abordadas de modo que os alunos consigam perceber as peculiaridades que diferenciam uma da outra, sem deixar, no entanto, de contribuir para que percebam as relações entre as regiões e a diversidade que existe em cada uma delas. Cada volume da coleção tem quatro unidades, sendo cada uma composta de três capítulos. As atividades propostas apresentam diferentes níveis de complexidade, aparecendo em momentos distintos da obra: na abertura e no fechamento das unidades, na abertura e no final dos capítulos e após o estudo de cada tópico do conteúdo. No decorrer do estudo, em diversos momentos os alunos são solicitados a criar painéis, desenhar e elaborar textos. É importante que esse material sirva de recurso didático para a revisão de conteúdos, o aprofundamento da análise, a reavaliação de hipóteses, além de auxiliar no estudo de outras disciplinas. Sempre que possível, exponha os trabalhos coletivos na sala de aula ou em outro espaço da escola e, quando julgar necessário, faça uso desses materiais, retomando-os com os alunos e valorizando-os como instrumentos de autoria que podem ser ressignificados na aprendizagem de outros conteúdos. Cada unidade da coleção apresenta a seguinte estrutura: introdução da unidade, seguida de três capítulos, que apresentam a abertura do capítulo, desenvolvimento do conteúdo e fechamento do capítulo, e finalização da unidade. O quadro Saiba mais é
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um recurso utilizado no desenvolvimento do conteúdo para ampliar alguns assuntos. No Representações o aluno gradativamente desenvolve as habilidades específicas no campo da Cartografia por meio de atividades, muitas delas práticas, sempre atreladas ao conteúdo desenvolvido no capítulo. Abertura de unidade. Oferece aos alunos a oportunidade para expressar-se, exercitar a criatividade e a imaginação e, principalmente, expor os conhecimentos e as experiências que possuem sobre o assunto. As atividades devem ser realizadas prioritariamente de modo oral e com toda a classe. As hipóteses levantadas pelos alunos podem ser anotadas para posterior comprovação ou reformulação. Abertura de capítulo. Introduz o assunto e permite ao professor problematizá-lo. Procura despertar o interesse e a curiosidade dos alunos para, assim, envolvê-los com os conteúdos a serem trabalhados. Desenvolvimento do conteúdo. Sistematiza e teoriza o conteúdo, complementado por atividades que contribuem para sua compreensão. Expressões que possam apresentar alguma dificuldade de compreensão para os alunos, considerando sua faixa etária, são explicadas ao longo do texto ou segundo o contexto em glossários inseridos na mesma página do texto. Quando oportuno, há o quadro Saiba mais e o Representações. Fechamento do capítulo. A seção Agora já sei finaliza o capítulo com questões que retomam e aplicam os conteúdos trabalhados. Finalização da unidade. Caracteriza-se pela seção Vamos fazer!, que privilegia a ação organizada, o “fazer”, e orienta o trabalho com técnicas e procedimentos tanto da Geografia como de outras áreas, e pela seção O que aprendi?, que propõe atividades com diferentes graus de complexidade para revisão, aplicação e ampliação dos conteúdos da unidade e integração com conteúdos de outras disciplinas.
Textos de apoio Os textos a seguir foram selecionados para subsidiar teoricamente o trabalho do professor. É recomendável a leitura completa da obra da qual eles foram extraídos.
O processo de constituição do indivíduo: o recorte da infância O desenvolvimento e aprendizagem são [...] aspectos integrantes do mesmo processo de constituição do indivíduo. A aprendizagem da criança não pode ser entendida simplesmente como aprendizagem de conhecimento formal, pois, além de aprender as coisas que lhe são ensinadas na creche, na pré-escola e na
escola, aprende também a desempenhar papéis, a se relacionar afetivamente com as outras pessoas da família e da comunidade e a agir como elemento integrante do grupo. Dessa forma, o aspecto afetivo do desenvolvimento é tão importante quanto o cognitivo. Outra noção importante para compreendermos o processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança é a de ritmo: as crianças apresentam ritmos diferentes de desenvolvimento, por isso não se pode estabelecer idades cronológicas rígidas para cada aquisição que a criança deva fazer. Devemos, antes, pensar em termos de períodos de desenvolvimento que são épocas em que, com certa margem de variação de idades cronológicas, a criança deverá apresentar determinadas características. A criança desempenha um papel importante na formulação de seu próprio conhecimento, por isso dizemos que ela é agente de seu próprio conhecimento. Mas ela não o realiza sozinha: antropologicamente esse processo se faz, também, através da ação dos adultos que existem no grupo. O adulto detém um papel importante, culturalmente determinado, de transmissão do conhecimento. Qualquer cultura subsiste exatamente pela transmissão que seus membros mais velhos fazem aos recém-chegados (incluindo, portanto, os bebês e as crianças pequenas) dos conhecimentos e dos valores do grupo. Na escola, essa ação do adulto se revela como a função pedagógica que o professor tem. A ação da criança depende da maturação orgânica e das possibilidades que o meio lhe oferece: ela não poderá realizar uma ação para a qual não esteja fisicamente preparada, assim como não o fará, mesmo que organicamente madura, se a organização do meio físico e social não a ensinar e/ou propiciar sua realização. Na infância, a compreensão das coisas é construída a partir da ação concreta no real. A atividade da criança, dessa forma, é fundamental. Entendemos atividades como a ação da criança no meio, podendo esta ser caracterizada como jogos e brincadeiras, exploração do ambiente, modificação dos elementos que constituem esse meio, observação, etc. [...] A criança aprende a partir de seu próprio corpo, explorando os movimentos, as relações com os objetos e os elementos físicos, as posições e localizações possíveis, as relações com as outras pessoas, etc. A primeira forma de relação com o meio é através do movimento: são os primeiros gestos do bebê que provocarão respostas das pessoas, surgindo, assim, as primeiras interações da criança com o outro. A partir de sua ação e da interação com o outro, a criança constitui o que chamamos de função simbólica, ou seja, a possibilidade de representar mentalmente por símbolos o que ela experiencia
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sensivelmente no real. Surge, assim, a linguagem oral, que substituirá gradualmente a ação expressa através do movimento. A fala organiza o comportamento ao mesmo tempo em que produz novas relações com o meio. A linguagem não é, contudo, a única forma de representação de que a criança dispõe em seus primeiros anos de vida. A criança, antes da escrita, já representa graficamente a realidade através do desenho. O desenho é, pois, parte constitutiva do processo de desenvolvimento da criança e não deve ser entendido como uma atividade complementar, mas sim como uma atividade funcional. O desenho é representação do real. Ao desenhar, a criança organiza sua experiência, em seu esforço para compreendê-la. O ato de desenhar não é simplesmente uma atividade lúdica, ele é ação de conhecimento, daí sua importância não só para a criança pré-escolar, mas também para a criança nas séries iniciais do primeiro grau. No desenho está implícita uma ação, ou seja, há uma história para a criança no desenho que ela realizou. Ele inclui, portanto, a narrativa: mesmo que para o adulto ele pareça algo estático, unidimensional no papel, para a cri ança ele é ativo, dinâmico, tridimensional e sequencial. A atividade que se destaca na infância, por sua importância e frequência, é o jogo. Brincar é uma atividade séria para a criança na medida em que ela mobiliza possibilidades intelectuais e afetivas para sua realização. Na brincadeira, o motivo está no próprio processo, ou seja, o que motiva a criança é a atividade em si. Através dos jogos e brincadeiras, a criança aprende a conhecer a si própria, as pessoas que a cercam, as relações entre as pessoas e os papéis que elas assumem. Ela aprende sobre natureza, os eventos sociais, a estrutura e a dinâmica interna de seu grupo. É através deles, também, que ela explora as características dos objetos físicos que a rodeiam e chega a compreender seu funcionamento. Os jogos se classificam em jogos com predomínio da fantasia infantil e jogos com predomínio de regras. Os primeiros jogos da criança pertencem à primeira categoria e são estes que vamos encontrar com maior frequência no caso da criança pré-escolar. Os jogos com predominância de regras envolvem conteúdos e ações preestabelecidas que regularão a atividade da criança e são encontrados progressivamente à medida que a criança vai crescendo. As interações são fundamentais no processo de desenvolvimento e aprendizagem do ser humano. Para a criança, além da interação com o adulto, que é fundamental, como já vimos, as interações entre as crianças são igualmente importantes. As crianças aprendem muito umas com as outras. A interação com outra criança, em dupla, ou
mesmo em grupinhos de três ou quatro é importante, pois leva as crianças a confrontarem seus pontos de vista e suas informações, a argumentar e a negociar para chegarem a um acordo. Para explicitar ou defender seu ponto de vista, opinião ou informação, a criança é obrigada a organizar cognitivamente o conteúdo de forma que ele seja compreendido. [...] A criança na escola
Quando a criança entra na instituição educativa, sua experiência nela, o que lhe é ensinado, torna-se constitutivo de sua pessoa, modificando-a continuamente (e por isso sendo ele próprio, conteúdo, modificado). Isso significa que todo e qualquer processo de ensino e aprendizagem se insere em um contexto mais amplo da constituição do indivíduo, porque a aprendizagem na escola não se efetua como um processo paralelo e dissociado de outras instâncias de apreensão e compreensão da realidade. A vivência na escola e fora dela são constituídas por ações e interações que configuram, todas elas, o desenvolvimento da criança. Não cabe, assim, falar da experiência extraescolar e da experiência escolar como antagônicas. A questão relevante que se coloca é compreender como essas experiências se organizam cognitivamente na constituição do novo conhecimento. É equivocada, pois, a posição que pretende que o educando – que é aluno na instituição e criança fora dela (na casa, na turma da rua ou da igreja, etc.) – desenvolva processos independentes em cada uma das duas situações. O aluno apresenta um conhecimento que se constitui por estratégias específicas, que se modificam, inclusive, em função dos conteúdos aprendidos. Para que o conhecimento se construa, há duas condições necessárias. Primeiramente, que a nova informação seja passível de ser compreendida pela criança, ou seja, precisa haver uma ligação possível entre aquilo que a criança já sabe e o que ela vai aprender. Em segundo lugar, que se estabeleça uma relação ativa da criança com o conteúdo a ser aprendido. Do ponto de vista cognitivo, os conteúdos precisam ser organizados e integrados ao corpo de conhecimentos que ela possui. Somente as situações que problematizam o conhecimento levam à aprendizagem, portanto não é qualquer proposta ou qualquer interação que promove a aprendizagem. Toda atividade que se dê à criança na sala de aula precisa ter uma intenção clara, isto é, o objetivo precisa estar explicitado para o professor e para o aluno. A aprendizagem é um processo múltiplo, ou seja, a criança utiliza estratégias diversas para aprender,
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com variações de acordo com o período de desenvolvimento. Dessa forma, todas as estratégias são importantes, não são mutuamente exclusivas e vão encontrar a sua significância na própria relação dos indivíduos entre si e deles com o meio. Podemos dizer que existem algumas estratégias que são importantes durante toda a infância, como observar, levantar hipóteses sobre os fatos e as coisas e testá-las. Para que ocorra aprendizagem, é necessário retomar-se o conteúdo em momentos diferentes, pois o domínio de um conteúdo dá-se ao longo do tempo. Trabalhar muitas vezes o mesmo conteúdo, de formas diferentes, promove a ampliação progressiva dos conceitos. No período de desenvolvimento que coincide com a entrada da criança no primeiro grau, ocorrem algumas mudanças importantes para a atuação da criança na escola. À medida que a criança cresce, desenvolve a atenção voluntária que possibilita a ação prolongada segundo normas que são colocadas exteriormente. A atenção voluntária, ou seja, a possibilidade de organizar sua ação, seus comportamentos em função de ordens e regras ditadas por outras pessoas, como o adulto, por exemplo, é que possibilita à criança executar as tarefas que lhe são solicitadas em sala de aula. [...] A aprendizagem dos conceitos científicos
A ciência está no cotidiano do aluno de qualquer idade, criança ou adulto, de qualquer classe social, pois está na cultura, na tecnologia, nos modos de pensar da sociedade de nossos dias. Toda criança detém, então, um conhecimento que está contido na teoria científica e que deve ser necessariamente articulado com o conceito científico que se lhe pretende ensinar. Esse conhecimento é um conhecimento fragmentado e o aluno deverá ser levado, pela ação do professor, a superar essa visão fragmentada para chegar à compreensão do conhecimento formal. O ponto de partida é esse saber que o aluno constrói em seu cotidiano através da observação e das informações diversas. A criança lança hipóteses sobre o fato ou fenômeno e são essas hipóteses que deverão ser transformadas em conhecimento formal através da ação pedagógica. A relação educador-educando
A relação da criança com o adulto na escola é uma relação específica, porque o professor não é simplesmente mais um adulto com quem a criança interage – ele é um adulto com uma tarefa específica. A instituição escolar foi constituída na história da humanidade como espaço de transmissão do conhecimento formal historicamente construído.
Não se trata, portanto, da reprodução do cotidiano que o educando vive fora da instituição. O processo de educação formal propõe, na verdade, a transformação do conhecimento que a criança traz de sua experiência no dia a dia. A vinda da criança para a instituição tem um objetivo claro e determinado: aprender determinados conhecimentos e, para tanto, dominar instrumentos específicos que lhe possibilitem essa aprendizagem. A relação da criança com o adulto, na escola, é mediada, então, pelo conhecimento formal. O professor detém o conhecimento formal que o educando deverá adquirir e a interação entre ambos deve ser tal que permita e promova a aprendizagem desse conhecimento. Dessa forma, podemos dizer que a ação do professor é uma ação específica e apresenta, portanto, características que a distinguem da ação dos outros adultos com quem a criança convive. A ação pedagógica implica, portanto, numa relação especial em que o conhecimento é construído. Para tanto, exige do adulto uma ação adequada às possibilidades de desenvolvimento e aprendizagem de seus educandos. Essa relação não pode ser reduzida a uma atitude autoritária de quem detém o conhecimento e o transmite. Deve ser, antes, a atitude criativa de quem detém o conhecimento formal e possibilita a formulação desse conhecimento pelo aluno. A ação pedagógica para o educador e para o educando passa necessariamente pela relação que cada um estabelece com o próprio conhecimento. Sem dúvida, quando o professor ensina algo ele não está somente ensinando um conteúdo, mas ensina também a forma pela qual a criança entra em relação com esse conteúdo pela própria maneira como ensina, como avalia e o que considera como aprendizagem. Para o exercício dessa ação pedagógica, é importante que o educador domine não somente o conhecimento a ser ensinado, mas compreenda o processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança para poder adequar seu método às possibilidades reais de compreensão e construção de conhecimento que a criança apresenta a cada período desse processo. É igualmente importante que o professor não perca de vista o fato de que sua interação com a criança tem um objetivo específico, que é possibilitar-lhe a apropriação do conhecimento formal. E isso só pode ser realizado pela ampliação de conceitos e transformação de significados que a criança traz de suas experiências extra e intraescolares anteriores. É, portanto, nessa tríplice perspectiva que se dá a aquisição de conhecimento na escola: o indivíduo que ensina, o indivíduo que aprende e o conhecimento, sendo que as múltiplas possibilidades de interação entre eles serão sempre mediadas
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pelas normas institucionais, o que dá especificidade à ação pedagógica. É dentro desse contexto que se deve situar o aluno, procurando compreender a trajetória que ele realiza em seu processo de constituição como indivíduo. A vivência da criança na escola atende a objetivos específicos, mas as experiências aí acumuladas são parte integrante da vida do indivíduo. Lima, Elvira Cristina de Souza. Algumas questões sobre o desenvolvimento do ser humano e a aquisição de conhecimentos na escola. In: Currículo básico para a escola pública do estado do Paraná. 3. ed. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação, 2003. p. 19-21. Disponível em: . Acesso em: 14 jun. 2014.
O ensino de Geografia: recortes espaciais para análise As questões teóricas e a nossa prática cotidiana, como professores de Geografia, fazem parte das discussões que historicamente nos propomos e realizamos, tendo sempre a perspectiva do ensino que fazemos e do ensino que queremos. Como parte disso, dentre outras características da Ciência e da Geografia, está a questão regional ou, melhor dizendo, os recortes que a Geografia faz no espaço, especialmente para ensinar (mas não apenas) essa disciplina, tida por muitos como de simples descrições e de memorização, que serve mais para “ilustração” do que qualquer outra coisa. Em consequência, além da discussão metodológica, coloca-se constantemente a validade dessa disciplina no Ensino Fundamental e no Médio. Por que estudar Geografia?
Podemos colocar três razões para responder a essa pergunta. Primeira: para conhecer o mundo e obter informações, que há muito tempo é o motivo principal para estudar Geografia. Segunda: podemos acrescer que a Geografia é a ciência que estuda, analisa e tenta explicar (conhecer) o espaço produzido pelo homem. Ao estudar certos tipos de organização do espaço, procura-se compreender as causas que deram origem às formas resultantes das relações entre sociedade e natureza. Para entender estas, faz-se necessário compreender como os homens se relacionam entre si. Terceira razão: não é no conteúdo em si, mas num objetivo maior que dá conta de tudo o mais, qual seja a formação do cidadão. Instrumentalizar o aluno, fornecer-lhe as condições para que seja realmente construída a sua cidadania é objetivo da escola, mas à Geografia cabe um papel significativo nesse processo, pelos temas, pelos assuntos que trata. Que Geografia estudar?
A Geografia é uma ciência social. Ao ser estudada, tem que considerar o aluno e a sociedade em que vive.
Não pode ser uma coisa alheia, distante, desligada da realidade. Não pode ser um amontoado de assuntos, ou lugares (partes do espaço), onde os temas são soltos, sempre defasados ou de difícil (e muitas vezes inacessível) compreensão pelos alunos. Não pode ser feita apenas de descrições de lugares distantes ou de fragmentos do espaço. A Geografia que os alunos estudam deve permitir que eles se perceba como participante do espaço que estuda, onde os fenômenos que ali ocorrem são resultados da vida e do trabalho dos homens e estão inseridos num processo de desenvolvimento. Não é aquela Geografia que mostra um panorama da terra e do homem, fazendo uma catalogação enciclopédica e artificial, em que o espaço considerado e ensinado é fracionado e parcial, e onde o aluno é um ser neutro, sem vida, sem cultura e sem história. O aluno deve estar dentro daquilo que está estudando e não fora, deslocado e ausente daquele espaço, como é a Geografia que ainda é muito ensinada na escola: uma Geografia que trata o homem como um fato a mais na paisagem, e não como um ser social e histórico. Este é o desafio que temos: fazer da Geografia uma disciplina interessante, que tenha a ver com a vida e não apenas com dados e informações que pareçam distantes da realidade, e na qual se possa compreender o espaço construído pela sociedade, como resultado da interligação entre o espaço natural, com todas as suas regras e leis, com o espaço transformado constantemente pelo homem. Para ir além da aula descritiva e distante, exige-se um esforço do professor para trazer para a realidade do aluno aquilo que está sendo estudado; para ir adiante das descrições (sejam elas expositivas do professor, escritas no livro didático ou apresentadas nos mapas) quando procura estudar o porquê do espaço se apresentar de um ou de outro modo (Andrade, 1989, p. 32). Assim, há no estudo geográfico uma parte descritiva daquilo que está à mostra, inclusive nas transformações que se apresentam, como também aquela parte que foge à percepção visual e é representada pelas razões que deram origem à forma, que ditaram as suas transformações e as perspectivas de transformações futuras.
Essa dinamicidade do processo de construção do espaço tem que ser compreendida pelo aluno. O que vai sendo estudado não pode ser apresentado como pronto e acabado, como se no processo das relações da sociedade com a natureza o homem fosse produzindo o espaço, substituindo, dominando ou devastando a natureza e o espaço de forma linear, sem encontrar obstáculos pela frente, criando um espaço organizado no lugar do espaço natural. Deve ficar claro que essa produção do espaço nunca está pronta, encerrada: há uma dinamicidade constante. Como
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ensinar isso aos alunos do Ensino Fundamental (e mesmo do Ensino Médio), se as transformações são tantas; os lugares estudados muitas vezes tão distantes e estranhos? A escala de análise
Aí é que entra a questão da escala de análise. Qual o espaço a ser estudado? Que recortes fazer? Quais os critérios que estabelecem esses recortes? Como considerá-los? Ao estudar a Geografia do Brasil, por exemplo, temos uma realidade que é nacional, mas temos também uma diversidade muito grande, com áreas mais desenvolvidas e outras em processo de ocupação. Para que a análise seja capaz de dar conta das explicações de caráter nacional, há que se incorporar os outros níveis de análise: o local, o regional e o global. Além de buscar as explicações em diversos níveis de análise, pois as explicações do que acontece não estão em um lugar apenas, deve-se considerar como importante onde iniciar o estudo. Andrade (1989, p. 62), ao falar dos livros didáticos usados em Geografia, diz que: além de melhorados em seus níveis pedagógicos e científicos, devem ter uma orientação mais regional, a fim de que os estudantes comecem a aprendizagem a partir da paisagem com que convivem, que visualizam diretamente e daí possam partir para a análise de paisagens nacionais e internacionais. A Geografia não pode ser ensinada a partir de grandes concepções e generalizações. Ela deve dar maior atenção à produção do espaço, nos vários estados.
Os fenômenos acontecem no mundo, mas são localizados temporal e territorialmente em um determinado local. Isso quer dizer que fenômenos que acontecem em certos lugares e em determinados períodos têm influência noutros lugares e noutros períodos, inclusive. As explicações, sejam sociais, econômicas ou naturais (no sentido de espaço físico), podem ser buscadas no lugar em si, mas não se esgotam nele apenas. Outros níveis de análise devem ser considerados ou esgotados. Caso contrário, há o risco de explicações simplistas, que não abarcam toda a análise necessária e que justificariam, de forma natural, problemas que são essencialmente sociais ou que decorrem de situações sociais. Callai, Helena Copetti. O ensino de Geografia: recortes espaciais para análise. In: Castrogiovanni, Antonio Carlos et al (Org.). Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. Porto Alegre: AGB-Seção Porto Alegre, 1998. p. 55-57.
Piaget e as relações espaciais Para compreender como a criança constrói as noções de lateralidade e localização espacial, além das habilidades cognitivas que contribuem para sua aprendizagem, torna-se necessário conhecer os estudos realizados por Piaget (1993).
Segundo esse autor, a gênese do conhecimento em relação às noções de localização, direita e esquerda, tem como ponto de partida o próprio corpo da criança e vai se transformando durante os diferentes momentos do desenvolvimento cognitivo infantil. Ele demonstrou que a criança não nasce com as noções espaciais prontas e acabadas, pois em seus primeiros anos de vida reconhece apenas as noções espaciais fundamentais, as quais denominou de Relações Topológicas Elementares. [...] As poucas relações espaciais que a criança consegue estabelecer estão voltadas para seu espaço próximo – utilizando referenciais elementares como dentro, fora, ao lado, longe, perto, etc. –, não tendo condições de utilizar cognitivamente as noções de medidas, de ângulos, de distâncias, de volume, etc. [...] Nessa fase podem-se aplicar atividades que requeiram a utilização de diversas percepções sobre proximidade, distância, separação, conjunto. É possível pedir à criança que indique a posição de um objeto, se ele está próximo ou distante dela, próximo ou distante de uma outra criança, próximo ou distante de outros referenciais. Esse tipo de atividade concreta procura trabalhar com a percepção imediata da criança – que predomina até aproximadamente 7-8 anos – e contribui para que ela amplie suas relações com os objetos que a cercam, amplie a visão que possui sobre as posições que eles ocupam no espaço e caminhe para o processo de descentração espacial. Com o amadurecimento cognitivo, a relação que a criança vai construindo com o espaço se altera significativamente em decorrência da passagem de uma percepção centrada em si para outra cada vez mais complexa e abstrata, o que possibilita a ampliação do conhecimento e a forma de perceber as relações estabelecidas entre as pessoas e os objetos no espaço. Após os 7-8 anos, as Relações Topológicas tornam-se mais amplas e a criança passa então a estabelecer as relações Projetivas e Euclidianas, etapa na qual a pura percepção do espaço vai se transformando em um espaço representativo. Segundo Piaget (1993), o espaço projetivo inicia-se quando o objeto ou sua figura “cessam de ser considerados simplesmente em si mesmos para serem considerados relativamente a um ponto de vista seja do sujeito ou do ponto de vista de outros objetos sobre os quais se encontra projetado [...]. Uma coisa é perceber uma reta, outra é representá-la, isto é, construí-la, reconstruí-la” . A criança passa a agrupar os elementos percebidos em um determinado conjunto, a trabalhar com um ponto de referência fixo ao qual é possível ir e voltar e os objetos passam a ser observados a partir do ponto de vista de quem observa: é quando a criança adquire a representatividade, a descentraliza-
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ção e a reversibilidade do pensamento, aspectos inexistentes em períodos anteriores. As relações projetivas envolvem a noção de esquerda e direita, embaixo e em cima, e em frente e atrás. Com a tomada de consciência da perspectiva, a criança consegue perceber as mudanças que ocorreram nos objetos com relação ao espaço, isto é, que a posição dos objetos vai depender da posição do observador. Assim, percebe que os objetos estão no mesmo lugar (padaria, escola, casa), que são fixos, mas o que muda é a posição de quem observa. As atividades a ser aplicadas devem estimulá-la a descentralizar-se espacialmente, por exemplo: quem está atrás da carteira de um dos colegas, quem está na frente, o que está em cima do armário, etc., estimulando a criança a perceber as relações existentes entre os objetos, e que esse objeto pode estar à direita dela, mas também pode estar à esquerda do outro, ou que dois elementos podem estar ao mesmo tempo à direita ou à esquerda de um observador. As Relações Projetivas requerem da criança maior grau de elaboração do seu raciocínio, porque ela terá de coordenar os objetos uns em relação aos outros, assim como segundo o ponto de vista de quem observa. Além disso, essas relações vão exigindo um pensamento cada vez mais reversível, pois, ao tentar coordenar os diferentes pontos de vista, ela deverá se colocar a cada momento no lugar de um dos objetos e utilizá-lo para localizar outras pessoas, outros objetos ou outros fenômenos. Assim, quando a criança atinge aproximadamente os 10-11 anos de idade é capaz de coordenar medidas e utilizar referenciais de altura e comprimento, horizontalidade e verticalidade, que são importantes para a construção do sistema de coordenadas (paralelos e meridianos). Essa noção de coordenadas implica o desenvolvimento das noções de distância, conservação de comprimento, de superfície e de medidas. É importante perceber que, com a aquisição das Relações Euclidianas, as unidades métricas já podem ser trabalhadas, sempre partindo do próprio corpo da criança (palmos, pés, passos, régua, fitas métricas, etc.) para se chegar a unidades mais objetivas como a utilização da escala, que permitirá estabelecer relações de distâncias e reduções proporcionais. Após os 12 anos, quando a criança atinge o operatório formal, ela compreende o espaço geográfico e consegue estabelecer relações espaciais entre os diversos elementos por meio da sua representação. É também capaz de compreender as representações espaciais figuradas nos mapas sem o conhecimento real dos lugares e de situar os objetos independentemente da posição, demonstrando ter o domínio de coordenadas, medidas e distâncias. Esse domínio envolve relações de ordem, localização, distância e ângulos e exige que a criança organize todas essas informações ao mesmo tempo. Também pressupõe habilidades cognitivas cada vez
mais complexas e abstratas, que necessitam ser conhecidas pelo professor de Geografia para que a construção de localização/referenciais e orientação espacial aconteça em sala de aula. Silva, Luciana G. Jogos e situações-problema na construção das noções de lateralidade, referências e localização espacial. In: Castellar, Sonia (Org.). Educação geográfica: teorias e práticas docentes. São Paulo: Contexto, 2005. p. 140-142.
O estudo do município ou a Geografia nas séries iniciais Estudar Geografia (referida às ciências sociais) é basicamente ler o mundo e construir a cidadania. Uma criança [...] aprende, nos primeiros anos da escola, a ler e a escrever. Ao nos perguntarmos: Ler e escrever para quê?, consideramos que essas são atividades que vão instrumentalizar o aluno a viver no mundo, ou melhor, a reconhecer este mundo e situar-se nele como um cidadão. O conteúdo das ciências sociais pode ser considerado, nessa perspectiva, o pano de fundo que embasa todo esse processo de iniciação escolar, que tem como fundamental a alfabetização. O estudo de Geografia insere-se nesse âmbito, na perspectiva de dar conta de como fazer a leitura do mundo, incorporando o estudo do território como fundamental para que se possam entender as relações que ocorrem entre os homens, estruturadas em um determinado tempo e espaço. O período das séries iniciais é o de construir os conceitos básicos da área, e que são básicos para a vida. São os conceitos de grupo-espaço-tempo que permitem responder: Quem sou eu? Onde vivo? Como vivo? Com quem? Ao dar conta dessas perguntas, estamos definindo a nossa identidade, reconhecendo a nossa história, identificando o espaço e o pertencimento ao mundo. Isso pode ser feito através da realização de atividades que deem conta de exercitar os conceitos acima referidos. Essas atividades devem estar assentadas em uma realidade concreta para a vida das crianças e num tempo e espaço claramente definidos e próximos dele. É aí que o município passa a ser um conteúdo significativo para este período escolar. Estudar o município é importante e necessário para o aluno, à medida que ele está vivendo. Ali estão o espaço e o tempo delimitados, permitindo que se faça a análise de todos os aspectos da complexidade do lugar. [...] É uma escala de análise que permite que tenhamos próximos de nós todos aqueles elementos que expressam as condições sociais, econômicas, políticas do nosso mundo. É uma totalidade considerada no seu conjunto, de todos os elementos ali existentes, mas que, como tal, não pode perder de vista a dimensão de outras escalas de análise (Callai e Zarth, 1988, p. 11).
O lugar não se explica por si mesmo, ou melhor, os fenômenos que acontecem no município, as relações entre homens, o processo de orga-
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nização do espaço local não têm as explicações a partir do próprio local apenas. É importante e necessário estabelecer as ligações, buscar as explicações em nível regional, nacional e internacional, inclusive. O estudo do local, comumente chamado de estudo do meio, só será consistente se estabelecermos essas ligações com outros níveis. É o local onde vivemos que nos oportuniza as bases concretas para encaminharmos a compreensão das relações sociais, do acesso ao espaço para viver e das condições para tanto. Formar o cidadão significa dar condições ao aluno de reconhecer-se como um sujeito que tem uma história, que tem um conhecimento prévio do mundo e que é capaz de construir o seu conhecimento. Significa compreender a sociedade em que vive, a sua história e o espaço por ela produzido como resultados da vida dos homens. Isso tem que ser feito de modo que o aluno se sinta parte integrante daquilo que ele está estudando. Que o que ele está estudando é a sua realidade concreta, vivida cotidianamente, e não coisas distantes e abstratas. Ao estudar o município, faz-se o estudo do processo de construção da sociedade, isto é, como os homens se relacionam entre si e de que forma estão organizados para prover a sua subsistência, seja em nível de trabalho, saúde, cultura, lazer, como constroem a sua história e qual é o espaço que produzem nesse processo. O município é, como qualquer outro, um conteúdo que poderá ser relacionado para estudar, pois os conteúdos das diversas séries não estão prontos e adequados, a priori, às séries em que são trabalhados. Todo o conteúdo que é trabalhado nas diversas disciplinas representa uma opção, pois não se pode trabalhar tudo o que existe. Há sempre necessidade de seleção, escolha do que será considerado. Ao trabalhar o município, no ensino de Geografia, estamos fazendo uma opção política que quer fazer com que o aluno se situe no espaço em que vive e que o compreenda como um processo em que a sociedade (isto é, nós) o constrói. Um ensino que não é neutro (que é o que queremos) liga-se necessariamente a concepções de aprendizagem e à concepção que temos da própria ciência – no caso a Geografia. Ao querermos instrumentalizar o aluno para que tenha condições de compreender o mundo em que vive, devemos dar atenção ao conteúdo que é trabalhado e à forma como ele é desenvolvido. Assim, entendemos que o estudo do município em que vive o estudante (isto é, do lugar em que vive) deve ocorrer desde as séries iniciais, juntamente com o processo de alfabetização. Ao permitir e criar as condições para que ele trabalhe com a sua realidade próxima, o aluno estará conhecendo, de modo mais sistemático, o lugar em que vive e construindo os conceitos necessários tanto para aprendizagens futuras como para a sua vida.
Até a terceira série do ensino fundamental, para trabalhar os conceitos de grupo, espaço e tempo, o professor terá como conteúdos aspectos da própria comunidade, que podem ser lugares, fenômenos, fatos, situações diversas, enfim. Esses aspectos vão ser considerados à medida que servirem de subsídios para desenvolver os conceitos referidos. Não há um elenco de conteúdos específicos, mas sim objetivos a alcançar. Ao serem trabalhados os conceitos, vai-se tratar de determinados conteúdos que serão aprendidos pelas crianças, embora não sejam o objetivo principal. Esses conteúdos são a cidade em si, a zona urbana, a zona rural do município, o bairro, um determinado lugar, uma fábrica, um trajeto, e serão tirados do próprio meio em que o aluno vive. Podem ser instituições públicas e/ou privadas (prefeitura, câmara de vereadores, rádio, jornal, empresa de comércio, indústrias, escolas...). Para conhecer esse espaço, podem ser realizadas excursões, passeios, visitas, entrevistas, observação de paisagens, de fatos, de documentos. A partir daí, poderão ser feitas construções de trajetos, percursos, mapas, linhas de tempo, histórias de família, história de instituições, biografias, sempre na perspectiva da construção dos conceitos de grupo, espaço e tempo. Callai, Helena Capotti. O estudo do município ou a Geografia nas séries iniciais. In: Castrogiovanni, Antonio Carlos et al (Org.). Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. Porto Alegre: AGB-Seção Porto Alegre, 1998. p. 71-73.
Encontros e desencontros entre conceitos cotidianos e conceitos científicos na linguagem geográfica A referência inicial para a análise enunciada neste tópico é o entendimento de que o ensino visa à aprendizagem ativa dos alunos, atribuindo-se grande importância a saberes, experiências, significados que os alunos já trazem para a sala de aula incluindo, obviamente, os conceitos cotidianos. Para além dessa primeira consideração, o processo de ensino busca o desenvolvimento, por parte dos alunos, de determinadas capacidades cognitivas e operativas, através da formação de conceitos sobre a matéria estudada. Para tanto, requer-se o domínio de conceitos específicos dessa matéria e de sua linguagem própria. Seja como ciência, seja como matéria de ensino, a Geografia desenvolveu uma linguagem, um corpo conceitual que acabou por constituir-se numa linguagem geográfica. Essa linguagem está permeada por conceitos que são requisitos para a análise dos fenômenos do ponto de vista geográfico. Tomando a sociedade como objeto de estudo da Geografia, Corrêa aponta seus conceitos fundamentais: Como ciência social a Geografia tem como objeto de estudo a sociedade que, no entanto, é objetivada via cinco conceitos-chave que guardam entre si forte grau de parentesco, pois todos se referem à ação humana
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modelando a superfície terrestre: paisagem, região, espaço, lugar e território (1995, p. 16).
[...] Tais conceitos não são exclusivos da ciência geográfica, sendo utilizados, também, por outras ciências e pelo senso comum, de diferentes formas e com diversas acepções. Por essa razão, a Geografia precisa considerar seus diferentes significados, do mesmo modo que a análise das representações dos alunos e professores dos conceitos geográficos escolhidos deve ser enriquecida pelo estudo desses conceitos nas suas formulações científicas. Afinal, essas formulações científicas são referências básicas para a estruturação dos conteúdos da Geografia ensinada na escola. Nesse tópico, partindo da linguagem geográfica utilizada nas aulas de Geografia expressa nos conceitos tomados aqui como elementares, serão expostas algumas formulações de tais conceitos no campo científico, tendo como objetivo fazer o entrecruzamento entre as formulações científicas e o saber cotidiano, aqui captado pelas suas representações sociais. [...] farei a análise de cada conceito separadamente ressalvando, todavia, que tais conceitos compõem um sistema conceitual mais amplo na estruturação do raciocínio geográfico e que devem ser considerados em suas inter-relações. Lugar
[...] A discussão teórico-metodológica sobre lugar na ciência geográfica tem sido feita atualmente em três perspectivas, tendo em comum o objetivo de ultrapassar a ideia desse conceito como simples localização espacial absoluta. Tais perspectivas serão destacadas a seguir: Na Geografia Humanística, lugar é o espaço que se torna familiar ao indivíduo, é o espaço do vivido, do experienciado. Esse conceito está, na verdade, no cerne da problemática discutida nessa orientação teórica, como afirma Tuan: A Geografia Humanística procura um entendimento do mundo humano através do estudo das relações das pessoas com a natureza, do seu comportamento geográfico bem como dos seus sentimentos e ideias a respeito do espaço e do lugar (1982, p. 143).
[...] Na concepção histórico-dialética, lugar pode ser considerado no contexto do processo de globalização. A globalização indica uma tensão contraditória entre a homogeneização das várias esferas da vida social e fragmentação, diferenciação e antagonismos sociais. Por ser assim, a compreensão da globalização requer a análise das particularidades dos lugares, que permanecem, mas que não podem ser entendidas nelas mesmas. O que há de específico nas particularidades deve ser encarado na
mundialidade, ou seja, o problema local deve ser analisado como problema global, pois há na atualidade um “deslocamento” (no sentido de des-locar) das relações sociais. [...] A terceira perspectiva propõe a discussão da Geografia pela ótica do pensamento pós-moderno, colocando em questão a noção de totalidade para a explicação do lugar. Silveira (1993) busca entender esse conceito a partir de um confronto entre a concepção dialética e a concepção pós-moderna no que diz respeito à totalidade. A epistemologia pós-moderna propõe a desconstrução da totalidade e da razão como fundamento de explicação da realidade. Fazendo uma crítica à concepção de que lugar seria um fragmento, Silveira afirma que ele é a “própria totalidade em movimento que, através do evento, se afirma e se nega, modelando um subespaço do espaço global” (p. 205). [...] Paisagem
O conceito de paisagem, assim como os outros conceitos, não é exclusivo do quadro conceitual da Geografia, sendo bastante utilizado, por exemplo, por arquitetos e urbanistas. Na Geografia, esse conceito tem sido tradicionalmente destacado pelo fato de essa ciência procurar definir seu campo de estudo nos aspectos e fenômenos que concorrem para modelar, organizar e modificar materialmente o espaço. É geográfico, nesse sentido, aquilo que tem influência sobre a paisagem, como expressão e forma desse espaço. [...] Mais recentemente, paisagem reaparece como conceito importante no estudo da Geografia Física e da Geografia da Percepção. [...] Conforme interpretação de Mendonza e outros (1988), paisagem do ponto de vista da Geografia Física é: “Um sistema real cujos elementos e interações são o que são, com independência da percepção ou do significado que lhes deem as pessoas carentes do distanciamento e dos instrumentos teóricos adequados para um conhecimento objetivo” (1988, p. 132). De modo diferente, na visão da Geografia da Percepção há um conjunto de signos que estruturam a paisagem segundo o próprio sujeito. A paisagem, assim, seria: “Uma composição mental resultante de uma seleção e estruturação subjetiva a partir da informação emitida pelo entorno, mediante o qual este se torna compreensível ao homem e orienta suas decisões e comportamentos” (idem, ibidem, p. 132). Numa outra perspectiva da Geografia na atualidade, de cunho dialético, a paisagem tem sido tomada como um primeiro foco de análise, como ponto de partida para aproximação de seu objeto de estudo que é o espaço geográfico, contendo ao mesmo tempo uma dimensão objetiva e uma subje-
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tiva. Nessa linha, Santos define paisagem da seguinte forma: “Tudo aquilo que nós vemos, o que nossa visão alcança, é a paisagem. Esta pode ser definida como o domínio do visível, aquilo que a vista abarca. Não é formada apenas de volume, mas também de cores, movimentos, odores, sons, etc.” (1988, p. 61). Se é o domínio do visível, a paisagem está na dimensão da percepção e, como alerta Santos, a percepção é sempre um processo seletivo de apreensão. Por isso, pode ser mais enriquecida a análise que ultrapassa a paisagem como aspecto percebido, portanto, no âmbito do subjetivo, para atingir seu real significado, numa compreensão de seus determinantes mais objetivos. Para esse autor, paisagem é a materialização de um instante da sociedade, enquanto o espaço geográfico contém o movimento dessa sociedade, por isso paisagem e espaço constituem um par dialético. Para analisar a paisagem e atingir o significado do espaço, Santos aponta alguns elementos, como: cada tipo de paisagem é a reprodução de níveis diferentes de forças produtivas; a paisagem atende a funções sociais diferentes, por isso ela é sempre heterogênea; uma paisagem é uma escrita sobre a outra, é um conjunto de objetos que têm idades diferentes, é uma herança de muitos diferentes momentos; ela não é dada para sempre, é objeto de mudança, é um resultado de adições e subtrações sucessivas, é uma espécie de marca da história do trabalho, das técnicas; ela não mostra todos os dados, que nem sempre são visíveis; a paisagem é um palimpsesto, um mosaico, mas tem um funcionamento unitário e pode ter formas viúvas – à espera de reutilização – e formas virgens – criadas para novas funções. [...] Região
[...] a Nova Geografia, fundamentada no positivismo lógico, define região: como um conjunto de lugares onde as diferenças internas entre esses lugares são menores que as existentes entre eles e qualquer elemento de outro conjunto de lugares [...] As similaridades e diferenças entre lugares são definidas através de uma mensuração na qual se utilizam técnicas estatísticas descritivas [...] isso significa que não se atribui a elas nenhuma base empírica prévia (Corrêa, 1986, p. 32-33).
[...] ressaltando a complexificação da região e sua referência com a totalidade, Santos chama a atenção para a análise desse conceito no quadro da globalização da sociedade. Conforme afirma: “As regiões são subdivisões do espaço: do espaço total, do espaço nacional e mesmo do espaço local: são espaços de convivência, lugares funcionais do todo, um produto social” (1994b, p. 1).
Território
O conceito de território tem uma larga utilização na história da ciência geográfica, particularmente na área de Geografia Política e de Geopolítica. No ensino ele está presente em diversos conteúdos que compõem o programa curricular do Ensino Fundamental e Médio. Nas análises científicas atuais – por exemplo, Raffestin (1993), Souza (1995), Fighera (1994), Santos (1995), Sánchez (1992) –, um dos elementos que têm sido apontados com destaque na constituição desse conceito é o poder. Entre essas análises, a relação entre território e poder é destacada por Raffestin ao fazer uma crítica à Geografia política clássica, sobretudo nas formulações de Ratzel. Ele aponta limites dessas formulações no que diz respeito ao entendimento de poder. Segundo esse autor, Ratzel formulou sua teoria (sobre Estado, Território, Espaço Vital) como se o Estado fosse o único núcleo de poder e que, assim, concentrasse todo o poder. Essa é, na opinião do autor, uma concepção que limita a capacidade de análise geográfica, pois se baseia numa Geografia unidimensional, “o que não é aceitável na medida em que existem múltiplos poderes que se manifestam nas estratégias regionais ou locais” (1993, p. 17). Com essa crítica, Raffestin propõe novas formulações para uma Geografia Política atual, a partir de novos entendimentos de seus conceitos fundamentais, destacando-se os de território e de poder. Nessa linha, território deve ser entendido como produzido pelos homens ou, na expressão de Raffestin, por atores sociais nas relações de poder tecidas em sua existência; e poder, como uma força dirigida, orientada, canalizada por um saber, enraizada no trabalho e definida por duas dimensões: a informação e a energia. A problemática da Geografia Política, assim, não seria uma problemática das formas investidas de poder, mas antes uma problemática relacional, das relações que determinam as formas. Na análise de Raffestin, território é definido a partir de um sistema composto por tessitura, nós e redes. Desse sistema, o autor vai construindo uma estrutura conceitual, sugerindo alguns conceitos mais específicos, como limite (zonal e linear), fronteiras, vizinhança, acessos, convergências, territorialidade. [...] Cavalcanti, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimentos. Campinas: Papirus, 2005.
Interdisciplinaridade e espaço: fronteira entre campos diferentes do conhecimento Para alguns geógrafos franceses da corrente tradicional da Geografia, o conceito de espaço social, na década de 50 do século XX, foi o articu-
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lador de pesquisas interdisciplinares entre geógrafos e especialistas de outros campos do conhecimento. Max Sorre via o espaço social como um mosaico de áreas, cada qual homogênea em termos das percepções que os moradores tinham do espaço em que habitavam. No interior de cada área era identificada uma rede de pontos e linhas que se irradiavam a partir de alguns points privilegiés (teatros, escolas, igrejas e outros focos do movimento social). [...] Assim, voltando à análise histórica do princípio, percebemos que, desde a década de [19]50, a interdisciplinaridade já se encontrava em pauta. Na década de [19]80, foi publicado o livro Espaço interdisciplinar, coordenado por Milton Santos e Maria Adélia A. de Souza, congregando vários ensaios, traduções de pensadores franceses e textos de autores brasileiros que procuravam mostrar as visões do espaço de especialistas e enfatizavam que nenhuma ciência detém o monopólio de seu estudo. [...] Segundo esses artigos, o espaço só é inteligível por uma abordagem interdisciplinar, e não multidisciplinar. Tal afirmação implica, no mínimo, que cada disciplina interessada no espaço defina, de um lado, seu ponto de vista específico e, de outro, sua concepção do papel que deveriam desempenhar as demais disciplinas integrantes do estudo da compreensão e explicação do espaço (Bassard, 1986). [...] No interior de uma política de autonomia escolar, é desejável que cada escola configure seu próprio projeto pedagógico, especificamente, na interdisciplinaridade com a utilização da dialogicidade e com a interação entre as disciplinas por meio dos temas geradores, que pressupõem estreita vinculação entre o conhecimento cientificamente acumulado e a realidade vivida, experimentada pelos alunos, por seus pais e pelo conjunto social em que se acham inseridos. Essa relação estreita entre a escola e o conjunto social do que ela faz parte permite uma integração entre as condições concretas de existência dos alunos e a teoria ensinada pelas diferentes disciplinas, incluindo aquelas cujo objeto de preocupação fundamental é o tempo e o espaço, a sociedade e a natureza. O estudo da realidade local, em seus problemas mais significativos, quando inseridos em uma realidade mais ampla, é um dos caminhos para uma pesquisa científica ou um trabalho pedagógico. Se a escola estiver suficientemente sensibilizada para compreender os graves problemas e carências enfrentados pela sociedade brasileira e assumir atitudes ético-políticas e científico-críticas, trabalhando pedagogicamente de forma consciente a fim de não considerar os problemas da realidade local como destino ou como algo natural, pode chegar à transformação por meio da ação individual e coletiva dos diferentes grupos nela
existentes e da contribuição analítica das diferentes ciências e disciplinas. A Geografia pode embasar-se na experiência dos alunos no interior de seu grupo social e desenvolver uma prática pedagógica que, partindo da realidade local e levando a visão obtida para o interior da escola, estude os problemas e possibilidades dessa realidade à luz das várias disciplinas escolares, para entender a relação entre seus elementos e proporcionar o conhecimento sobre ela em perspectivas mais amplas e profundas. O conhecimento disciplinar da Geografia, pondo-se à disposição de um projeto de ensino ou de um objetivo maior, articulado interdisciplinarmente, chega a um entendimento enriquecido daquela realidade complexa e contraditória. É importante alertar os professores sobre a relação entre a Geografia e a interdisciplinaridade. A Geografia, por lidar com fenômenos físicos, biológicos e sociais, deve precaver-se contra o desejo de situar-se no centro das atenções, conquanto seja disciplina com grandes possibilidades de enriquecer-se dentro de uma proposta interdisciplinar de ensino. A divisão das tarefas na atividade pedagógico-interdisciplinar não pode desrespeitar, mesmo que de modo inconsciente, os conteúdos de nenhuma disciplina, pois não se pode, em um projeto de ensino dessa natureza, ignorar a importância do conhecimento específico de cada uma, ainda que seja necessário aos professores conhecer as fronteiras existentes entre elas. [...] A língua portuguesa, além de sua identidade específica, tem o papel essencial de mediar as demais disciplinas do currículo; é por seu intermédio que o aluno vai relacionar-se com as pessoas dentro e fora da escola: vai entrevistar pessoas, vai conhecer a visão de mundo delas e, no contato com os outros, vai descobrindo, vai-se formando e auxiliando-os em sua formação. [...] Embora um projeto de ensino interdisciplinar não seja garantia de realização de uma pedagogia voltada para o social, essa perspectiva oferece elementos concretos para uma análise das condições objetivas de existência de seres humanos específicos que vivem em lugares singulares e tempos distintos, possibilitando ao aluno entender sua posição social naquela realidade e encontrar soluções viáveis, sejam individuais ou coletivas, imediatas ou mediatas, para transformar sua realidade social, fazendo sua história e sua Geografia. Pontuschka, Nídia Nacib; Paganelli, Tomoko Iyda; Cacete, Núria Hanglei. Para ensinar e aprender Geografia. São Paulo: Cortez, 2007. p. 161-168.
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Quadro de conteúdos da coleção 4º ano
5º ano
Eixo temático: território
Eixo temático: região
Noção de território
Planeta Terra
Conceito de território Divisão do território brasileiro Os limites de um território Diferentes formas de demarcar um território O espaço rural e o espaço urbano de um município Relações entre campo e cidade
Movimentos da Terra (rotação e translação) Superfície terrestre Diferentes formas de representar o planeta Terra (globo terrestre, imagens de satélite e planisfério) Terras emersas e oceanos Divisão das terras emersas em continentes Apresentação da Europa, Ásia, África, Oceania e Antártida.
Organização política Organização política e governo de um município A atuação do governo na organização do território Cidadania Participação popular na política
Atividades econômicas O trabalho no campo e na cidade Técnicas tradicionais e uso de tecnologia no campo Artesanato e atividade industrial no campo e na cidade Comércio e prestação de serviços Direitos do consumidor Consumismo
Meios de comunicação e de transporte Diferentes meios de se comunicar Meios de comunicação de massa Diferentes meios de transporte A influência dos meios de transporte no espaço Problemas ambientais decorrentes de atividades ligadas aos meios de comunicação e transporte Meios de comunicação e de transporte e a integração do território
A vida no município A vida no campo Diversidade no campo Diferenças entre as cidades Diversidade cultural Comunidades indígenas nas cidades Desigualdade social nas cidades Transformações no campo e na cidade Memória e tradição
Alfabetização cartográfica Conceituação de mapa; leitura de mapas; os limites de um território no mapa; diferenças entre mapa e planta; uso de ícones e linhas nos mapas; leitura de mapa e importância da legenda e do título; o mapa como instrumento de comunicação; o aperfeiçoamento dos mapas ao longo do tempo; noções de escala; o guia de ruas e a planta da cidade; orientação espacial; redução de imagens usando quadrículas
O continente americano América do Norte, América Central e América do Sul A América do Sul O Brasil na América do Sul
Brasil O território brasileiro A população brasileira Formação do povo brasileiro
As regiões brasileiras Conceituação de região e regionalização Regionalização do território brasileiro Evolução histórica da divisão regional do IBGE Regiões brasileiras atuais Principais características das regiões Norte, Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul
Alfabetização cartográfica Reconhecimento da superfície terrestre por meio de planisférios físicos; pontos cardeais e colaterais; linhas imaginárias (paralelos e meridianos); reconhecimento dos limites territoriais por meio de mapas políticos; leitura de imagens de satélite; noções sobre convenções cartográficas; confronto de dados representados em tabelas, gráficos e mapas; elaboração de maquete representando diferentes níveis de relevo; análise de perfil de relevo; interpretação de mapas temáticos; compreensão de legendas mais complexas (por exemplo: combinação de pontos e cores – análise da distribuição e concentração de pontos com diferentes cores); a representação de altitude nos mapas; interpretação de níveis altimétricos do relevo por meio de mapas físicos
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Geografia • 4o ano Unidade 1 O município No 2o ano, os alunos estudaram ruas e bairros; no 3o, os espaços rural e urbano. Visando ampliar a compreensão deles sobre a organização de espaços maiores, neste volume trabalhamos o município. Iniciamos o estudo abordando, nesta unidade, os limites territoriais do município, sua constituição, sua organização política e administrativa e os direitos e deveres dos cidadãos. Destacamos a participação dos cidadãos no lugar onde vivem, incluindo nessa discussão a participação das crianças.
Introdução Explore a imagem de abertura da unidade com os alunos, verificando se já tinham visto esse tipo de representação e se a compreendem. Proponha questões como: A imagem foi feita com base em qual tipo de visão? (Vertical.) O que é possível identificar nela? (Um trecho de rio, as áreas construídas, o traçado das ruas, as plantações, etc.) A cidade se desenvolveu perto ou longe do rio? (Perto.) Por que você acha que isso aconteceu? (Porque a água é fundamental para a sobrevivência e para a realização das atividades humanas.) Considerando os conhecimentos prévios que os alunos têm sobre campo e cidade, pergunte ainda como cada um desses espaços está organizado. Comente com os alunos que muitos brasileiros trabalham em um município, mas têm domicílio em outro.
Atividade – Saber ser Nesta atividade, os alunos podem citar que, como moradores de um município, eles têm direito a moradia, assistência médica, educação, segurança, lazer, transporte público, água tratada, etc. O desrespeito a esses direitos fere o princípio de justiça. Em relação a seus deveres, eles podem mencionar: respeitar as pessoas, estudar e frequentar a escola, preservar os espaços públicos, manter a cidade limpa, obedecer à sinalização de trânsito, etc. Esta atividade possibilita estimular a reflexão e o pensamento crítico dos alunos. Você pode ampliá-la, discutindo com eles a diferença entre o direito estabelecido por lei e o seu cumprimento, levantando algumas hipóteses sobre os motivos de as leis nem sempre serem cumpridas. Para fundamentar sua discussão com os alunos, levantamos a seguir três possibilidades que poderiam ajudar a explicar essa situação.
A primeira seria o desconhecimento das leis, por parte da maioria das pessoas, e a consequente dificuldade em exigir o seu cumprimento. Isso pode estar ligado ao fato de que os cidadãos, em geral, pouco participam de mobilizações populares, associações (como as de moradores de bairro), reuniões e audiências públicas em que se tem a oportunidade de discutir e apresentar propostas, reivindicações e reclamações que poderão contribuir para a elaboração de leis. Nesse caso, o papel da escola é orientar os alunos para a importância de participar de movimentos populares, informar-se sobre as leis e respeitá-las, visando a uma convivência social saudável e à melhoria da qualidade de vida. A segunda seria a existência de leis ultrapassadas, que atendiam à sociedade no passado, mas não o fazem mais no presente. Nesse sentido, a escola pode atuar conscientizando os alunos da importância da revisão e da adequação das leis para garantir o bem-estar geral da sociedade no presente e no futuro. A terceira estaria relacionada a problemas estruturais na economia e à desigualdade na distribuição de renda. Isso faz com que uma pequena parcela da população, mais favorecida economicamente, se julgue acima da lei, enquanto uma grande parcela viva em péssimas condições de vida, à margem de seus direitos de cidadão. Nesse sentido, a escola deve valorizar uma educação que favoreça o pensamento crítico de seus alunos e a busca da solução de problemas que leve à construção de uma sociedade mais justa.
Capítulo 1 O município está dentro do estado e do país Neste capítulo, ao introduzirmos o conceito de área territorial, objetivamos levar os alunos a perceberem que um território inserido em outro faz parte desse outro território maior. Assim, com o auxílio de mapas, eles poderão compreender que, no Brasil, os municípios estão contidos em estados e, por sua vez, os estados estão contidos no país. PÁG.
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Atividade 1
A apresentação das siglas dos estados brasileiros neste mapa tem o objetivo de iniciar o contato formal dos alunos com esses elementos, que estão presentes cotidianamente na realidade: nas placas dos carros, na sinalização das estradas, nos mapas, nos jornais (em geral nos títulos, onde o espaço é insuficiente para o nome por extenso), nos endereços que aparecem nos materiais de propaganda, etc. Neste livro, as siglas dos estados aparecerão em mapas e nas legendas das fotos, depois do nome da cidade. Você pode explicar o significado das siglas, retomando esse conteúdo ao longo do livro, quando houver oportunidade.
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Informações sobre Siglas das unidades da federação e sobre os adjetivos gentílicos dos estados A seguir, apresentamos a relação das siglas: AC: Acre, AL: Alagoas, AM: Amazonas, AP: Amapá, BA: Bahia, CE: Ceará, DF: Distrito Federal, ES: Espírito Santo, GO: Goiás, MA: Maranhão, MG: Minas Gerais, MS: Mato Grosso do Sul, MT: Mato Grosso, PA: Pará, PB: Paraíba, PE: Pernambuco, PI: Piauí, PR: Paraná, RJ: Rio de Janeiro, RN: Rio Grande do Norte, RO: Rondônia, RR: Roraima, RS: Rio Grande do Sul, SC: Santa Catarina, SE: Sergipe, SP: São Paulo, TO: Tocantins. É importante também os alunos conhecerem os adjetivos gentílicos, ou pátrios (palavras que designam origens), dos estados do Brasil. A seguir, apresentamos a lista de gentílicos das unidades da federação na ordem alfabética: Acre: acriano; Alagoas: alagoano; Amazonas: amazonense; Amapá: ama paense; Bahia: baiano; Ceará: cearense; Distrito Federal: brasiliense; Espírito Santo: capixaba; Goiás: goiano; Maranhão: maranhense; Minas Gerais: mineiro; Mato Grosso do Sul: sul-matogrossense; Mato Grosso: matogrossense; Pará: paraense; Paraíba: paraibano; Pernambuco: pernambucano; Piauí: piauiense; Paraná: paranaense; Rio de Janeiro: fluminense; Rio Grande do Norte: potiguar ou norte-rio-grandense; Rondônia: rondoniense; Roraima: roraimense; Rio Grande do Sul: gaúcho ou sul-rio-grandense; Santa Catarina: catarinense; Sergipe: sergipano; São Paulo: paulista; Tocantins: tocantinense. Faça a leitura compartilhada do texto com os 11 alunos, verificando a compreensão que possuem de conceitos importantes para o estudo do tema: sociedade, domínio, controle, representantes, administração, limite e, sobretudo, território e governo. O mapa político da Bahia, nesta página, e o do Brasil, na página anterior, podem contribuir para aprofundar o debate sobre os conceitos de território e governo. Peça aos alunos que observem o mapa do Brasil, focalizando a atenção nos limites com outros países, que demarcam o território brasileiro em relação ao território de outros países. Em seguida, solicite aos alunos que observem os limites presentes no interior do mapa político do Brasil, correspondentes às divisões dos estados, que constituem subdivisões do território brasileiro em territórios menores; essa divisão visa a uma administração mais eficiente do território do país. Depois, solicite aos alunos que observem o mapa político do estado da Bahia, realizando o mesmo raciocínio anterior, mas agora trabalhando a divisão do estado em territórios menores, os municípios. Por fim, comente que, em tese, a divisão do território brasileiro em unidades menores torna a administração de todo o território mais eficiente, pois, dessa forma, pode-se observar mais de perto os problemas locais e, consequentemente, propor soluções mais adequadas às características de cada local. PÁG.
Atividade 1 O objetivo da atividade é trabalhar o conhecimento prévio dos alunos sobre o governo dos territórios em que está inserido seu espaço de vivência – o país, o estado, o município.
Atividade complementar Apresente um planisfério à turma, chamando a atenção para a área territorial do Brasil em comparação com a de outros países. Ressalte também que o Brasil faz limite com diversos países e, ainda, apresenta um enorme litoral. A última alteração territorial em termos nacionais ocorreu quando o estado do Acre foi anexado ao país, em 1903. Por meio de um acordo internacional entre Brasil e Bolívia, o território do Acre, que antes pertencia àquele país, passou a fazer parte do território brasileiro. No entanto, é preciso destacar que a definição das fronteiras nacionais é resultado de processos históricos, os quais nem sempre são pacíficos. PÁG.
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Atividade 1
Faça a leitura do mapa e da legenda com os alunos, apontando no mapa os limites dos municípios. Se julgar pertinente, você pode indicar a localização de Irecê no mapa da Bahia que consta na página 11. Nesse caso, verifique previamente com o auxílio de um Atlas a localização exata desse município.
Atividade complementar Observe com os alunos o mapa político do município onde vivem. Peça-lhes que mencionem as informações que podem ser obtidas com base em sua observação. Eles poderão citar: localização em relação a outros lugares, limites do município, localização da capital e de outras cidades, etc. Depois, oriente-os a comparar o mapa do município com a ilustração apresentada na abertura da unidade. Eles deverão perceber que ambas as imagens trazem informações sobre determinado lugar. PÁG.
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Representações – Lendo mapas
Seria interessante levar para eles mapas do município onde moram e também atlas regionais. Você pode, por exemplo, pedir ajuda ao responsável pela biblioteca e a outros professores da escola a fim de reunir diferentes atlas e fazer um trabalho integrado com esses profissionais. Outra possibilidade é entrar em contato com o departamento de Geografia de universidades da região ou com a prefeitura para obter mapas e fotografias aéreas do município. Uma vez reunido o material, explore-o com os alunos. Num primeiro momento, eles podem ser motivados a observar a diversidade de representações e as informações que cada uma apresenta. Utilize o material também em outras oportunidades durante o ano letivo.
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No diálogo com a classe, explore os conhecimentos prévios dos alunos sobre essas comunidades e esclareça o sentido dos termos:
Ribeirinhos: comunidades que vivem à beira dos rios. Em geral, dedicam-se à pesca, à agricultura de subsistência e à extração de recursos da floresta, como castanhas. Caiçaras: populações tradicionais que vivem no litoral do Paraná, de São Paulo e do Rio de Janeiro e se dedicam principalmente à pesca e à agricultura de subsistência. Quilombolas: populações descendentes de africanos escravizados e que guardam memórias, tradições, costumes e modos de espiritualidade de seus ancestrais. As comunidades quilombolas também são chamadas de “comunidades remanescentes de quilombos”.
Para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma das principais fontes de informações geográficas do país, é considerado urbano qualquer domicílio que pertença ao perímetro urbano, e o mesmo acontece com o rural. São os prefeitos e os vereadores que definem e alteram esses perímetros, muitas vezes, no entanto, sem critério definido. Existem, por exemplo, cidades brasileiras onde são desenvolvidas atividades rurais. Na maioria dos países, o critério que determina a área urbana é o de aglomeração, ou seja, são urbanas as áreas com grande densidade populacional. O importante é o aluno perceber que os limites entre urbano e rural são definidos segundo critérios estabelecidos pelo governo e que a organização desses espaços se dá em consequência de ações tomadas na sede do município. Na conversa com os alunos sobre a integração entre a cidade e o campo, você pode 16 acrescentar outros exemplos dessa integração, com a colaboração da turma. Sugestões de exemplos: As decisões tomadas pelo prefeito, pelos assessores e pelos vereadores são válidas tanto para os moradores do campo como para os da cidade. Ônibus transportam pessoas do campo para a cidade e vice-versa. A maior parte dos produtos do campo, como os da agricultura, da pecuária e do extrativismo, é transformada e consumida na cidade. O trator utilizado no campo, em geral, é fabricado em indústria localizada na cidade. Pessoas do campo normalmente procuram atendimento em hospitais e postos de saúde da cidade. Os shopping centers são centros de compra urbanos frequentados tanto por moradores da cidade como do campo, quando estes estão no espaço urbano. PÁG.
Atividade 1 Dando sequência ao estudo cartográfico, destacamos o uso das quadrículas, que vão preparar o aluno para o trabalho com coordenadas. Antes da realização da atividade, explore a fotografia de Araraquara (SP) com os alunos. Solicite-lhes que observem algumas quadrículas em separado e identifiquem o uso que o ser humano faz do espaço em cada uma delas. Com base nessa observação, é possível identificar diferentes tipos de organização espacial. Depois que todos tiverem compreendido a ideia de quadrícula, peça-lhes que resolvam a atividade individualmente. Por fim, amplie a atividade 1 perguntando aos alunos se eles já viram o uso de quadrículas em outras situações.
Atividade 1b A quadrícula 2C pode suscitar alguma dúvida, já que apresenta várias construções. No entanto, essas construções aparentam ser armazéns, podendo estar ligadas às atividades rurais e, portanto, integrarem o espaço do campo. Será uma oportunidade para iniciar o estudo da integração cidade-campo, abordada nas páginas seguintes. Pode-se esclarecer que o campo não tem apenas áreas de mata ou plantações, mas também abriga atividades industriais (fábricas de fertilizantes e equipamentos agrícolas, por exemplo), comerciais (como lojas de produtos e máquinas agrícolas) e de serviços (escolas, agências bancárias, médicos veterinários, instituições de suporte técnico à agricultura e à pecuária, etc.), entre outras.
Informações sobre limites entre espaço urbano e espaço rural No Brasil, a sede do município é considerada cidade ou espaço urbano conforme decreto de 1938, estabelecido pelo então presidente Getúlio Vargas.
PÁG.
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Atividade 2
Faça a leitura compartilhada do texto com os alunos observando a importância do campo para a cidade, mas também da cidade para o campo, já que muito do que é produzido na cidade, como vacinas e aparelhos elétricos (a geladeira, por exemplo), contribui para a melhoria da qualidade de vida no campo. PÁG.
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Atividade – Saber ser
O texto a que se refere esta atividade apresenta uma situação em que uma criança com deficiência utiliza diferentes meios para se comunicar com os colegas. Explore com os alunos a importância do respeito a pessoas com deficiência e de buscar soluções para situações antes não vivenciadas, o que exige uma nova postura do grupo todo. A presença de uma criança com deficiência na escola levou os colegas a descobrir novas formas de comunicação, entre elas mapas e a Linguagem Brasileira dos Sinais (Libras), revelando a preocupação deles em acolhê-la, numa demonstração de respeito e amizade. A revista Nova Escola publicou uma edição especial que pode
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ajudá-lo a abordar o assunto (Nova Escola, edição especial, São Paulo, Abril, n. 11, out. 2006). A seguir, reproduzimos os códigos de Libras.
Caso os alunos fiquem curiosos para saber quem, no Brasil, pode se candidatar a um cargo político, explique-lhes que isso é um direito de todo cidadão, desde que satisfaça às seguintes condições: a) tenha nacionalidade brasileira ou condição de português equiparado;
A
B
C
Ç
D
E
F
G
H
b) esteja com pleno exercício de seus direitos políticos; c) tenha sido alistado (no caso de pessoas do sexo masculino);
I
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P
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d) t enha domicílio eleitoral de pelo menos um ano na circunscrição da qual é candidato; e) seja filiado a um partido político há pelo menos um ano antes da eleição;
Z
f) p ossuir a idade mínima requerida para o cargo até a data da posse: Cargo
Capítulo 2 O governo do município Neste capítulo, pretendemos que o aluno adquira noções sobre a atuação do governo no município e sua interferência no modo como o espaço está organizado. Pergunte aos alunos como eles acreditam que 20 são administradas a manutenção das ruas, a coleta do lixo, a construção e a limpeza das praças, etc., e decidida a localização de um posto de saúde, por exemplo. Em seguida, inicie a leitura compartilhada do texto de abertura do capítulo, que é uma notícia do jornal. PÁG.
Atividade 1 Reforce com os alunos que é função do governo municipal cuidar não só dos problemas urbanos, mas também dos problemas da área rural.
Atividade 2 O objetivo desta atividade é aproximar o conteúdo estudado do espaço de vivência dos alunos, estimulando-os a refletir sobre o lugar onde vivem, as características e os problemas desse lugar e o que as crianças desejam para ele.
Atividade 2b Auxilie a turma a reconhecer questões referentes às atribuições da prefeitura. Os alunos podem mencionar providências como construção ou melhoria de parques infantis ou outros espaços para as crianças, criação ou melhoria de praças, melhoria da limpeza pública, etc. PÁG.
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Informações sobre poderes e legis lação eleitoral
No Brasil, há um Poder Legislativo e um Poder Executivo nas três esferas: federal, estadual e municipal. Quanto ao Poder Judiciário, só há nas esferas federal e estadual, não havendo na municipal.
Idade mínima
presidente, vice-presidente, senador
35 anos
governador e vice-governador
30 anos
deputado federal, deputado estadual, deputado distrital, prefeito e vice-prefeito
21 anos
vereador
18 anos
Atividade 3 O dinheiro público deve ser usado para prestar serviços de qualidade à população do município. Quando o dinheiro público não é bem gasto, todos os cidadãos são prejudicados. Você pode dar exemplos de dinheiro público aplicado corretamente (bons serviços públicos, como melhores escolas, iluminação pública, melhoria de parques e praças, etc.) e incorretamente (pagamento por serviços não executados para beneficiar amigos ou correligionários políticos, por exemplo).
Atividade 4 O contato pode ser feito pessoalmente ou enviando mensagens por carta ou pela internet. A importância desse contato se deve à possibilidade de levar ao conhecimento dos governantes as reais necessidades da população e de mostrar que a população fiscaliza o trabalho feito por eles. Comente com os alunos que, mais que um direito, é um dever da população cobrar de seus representantes lisura no trato com a coisa pública. A participação popular deve ir além da preocupação com os gastos públicos; pode se efetivar também na cobrança de mudanças na legislação ou na exigência de melhores serviços, etc., por meio de passeatas e outras manifestações pacíficas e organizadas. PÁG.
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Para exemplos de fiscalização dos gastos públicos, pode-se acessar o site (acesso em: 28 jun. 2014). Nesse endereço é possível acessar os gastos realizados pelo governo federal com os funcionários, com os repasses de dinheiro público para estados e municípios e com os
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investimentos em educação, saúde, transportes, segurança e muitos outros. Há sites semelhantes que detalham os gastos dos estados e dos municípios. PÁG.
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epresentações – Mapa e planta R do município
O trabalho com esta seção pode ser realizado oral e coletivamente com a turma. Verifique se os alunos leem corretamente as representações da página. Explore com eles o mapa do Brasil, localizado no canto superior direito do mapa de Fortaleza, e peça que comparem a forma como o município está representado nos dois mapas. Em seguida, dê prosseguimento à atividade. Após realizá-la, verifique se os alunos compreenderam que a primeira planta representa um espaço maior da cidade, em que aparece a rodovia BR-116 e outras informações sobre as ruas e as avenidas. E a segunda planta mostra um trecho menor de Fortaleza, destacando a mesma rodovia. Converse com os alunos sobre algumas das diferenças entre mapa e planta. Os mapas são feitos com base em um levantamento preciso e exato da superfície terrestre em escala menor que as plantas e apresentam menos detalhes. Já as plantas são representações em escala grande, visando fornecer informações detalhadas de determinada área. PÁG.
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Atividade prévia
Se possível, investigue a realidade de seu município, conhecendo, com antecedência, se existe um plano diretor e, em caso positivo, quais são suas principais determinações. É importante os alunos perceberem que o município é organizado de formas distintas, de acordo com leis e também refletindo a diversidade dos grupos sociais que nele vivem e a apropriação que fazem desse espaço.
Informações sobre plano diretor O Estatuto das Cidades, Lei federal n. 10 257, de 2001, estabelece os parâmetros e as diretrizes da política e da gestão urbana no Brasil. O plano diretor, definido nessa lei, é um instrumento básico para orientar a política de desenvolvimento e de ordenamento da expansão urbana do município. Procura nortear a atuação do poder público e da iniciativa privada na construção dos espaços urbano e rural, organizando o planejamento e o crescimento territorial do município e suas prioridades de investimentos. Obrigatório para municípios com mais de 20 mil habitantes, é elaborado pela prefeitura, com a participação de vereadores e da sociedade civil.
Atividade 1 Sem a regulação das leis, a prefeitura não poderia fiscalizar a construção de edificações em áreas de risco; locais sem estrutura necessária (rede de água e esgoto, energia elétrica, coleta de lixo, vias de circulação adequadas) poderiam ser ocupados indevida-
mente; poderia ocorrer a ocupação de uma mesma área por moradias e estabelecimentos comerciais, que pode gerar incômodo aos moradores por conta da agitação decorrente do fluxo de pessoas e veículos. Caso os alunos não deduzam situações como essas, podem mencionar os exemplos utilizados no texto: a construção de moradias em áreas de risco (morros sujeitos a desabamento, por exemplo) e o desconforto que as indústrias podem gerar aos moradores próximos devido a poluição e barulho. Por outro lado, é necessário fazer um contraponto, explicando que nem sempre a separação e a distância entre diferentes tipos de ocupação é a melhor alternativa para a organização da cidade. A própria regulamentação da forma de ocupar o solo urbano, em determinados casos, pode tornar viável a coexistência de formas diferentes de ocupar o espaço. Por meio de estudos, é possível determinar, por exemplo, a necessidade de inserir alguns estabelecimentos comerciais em áreas residenciais para abastecer as necessidades básicas dos moradores, ou a construção de moradias nas proximidades de indústrias não poluidoras, facilitando o deslocamento dos operários para o local de trabalho. PÁG.
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Atividade 2a
Ajude a compreensão dos alunos sobre a importância da boa alimentação para todas a crianças. A merenda escolar é garantia de que as crianças recebem alimentos variados e de boa qualidade, para terem um bom desenvolvimento. Leia um texto sobre o assunto elaborado na Universidade da Amazônia (Unama) disponível em: < h tt p : / / w w w. a g e n c i a . u n a m a . b r / i n d e x . php?option=com_content&view=article&id=302:osbeneficios-da-merenda-escolar&catid=44: cidadania&Itemid=278>. Acesso em: 28 jun. 2014. O texto completo, que você pode acessar no site citado acima, tem outras importantes informações sobre o assunto.
Atividade 2b Você pode explicar que o dinheiro recebido pela venda dos produtos permite a sobrevivência da família de agricultores ou da comunidade em condições dignas. Tendo a garantia de que seus produtos serão comprados por preços justos, o agricultor pode melhorar sua produção e progredir. Dessa forma, tem estímulo para se manter no campo, sem necessidade de migrar para a cidade.
Informações sobre agricultura familiar [...] a agricultura familiar é o público prioritário da Secretaria porque tem a sua importância consolidada na capacidade de absorção de mão de obra e geração de renda, além de ser um meio eficiente de reduzir a migração do campo para as cidades. Destaca que a agricultura familiar se preocupa com a preservação ambiental sempre
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buscando um desenvolvimento sustentável. Ao longo dos anos, a Secretaria e a Emater estão com uma constante preocupação em ampliar a participação da agricultura familiar no mercado institucional visando oferecer merenda escolar mais saudável. Disponível em: . Acesso em: 28 jun. 2014.
Atividade complementar Caso haja possibilidade, proponha aos alunos uma visita ao site da prefeitura do município onde vivem. Antes, porém, verifique se esse serviço está disponível e faça você também uma viagem virtual pelo site para conhecer cada uma de suas seções, assim ficará mais fácil orientar os alunos. Os impostos recolhidos em decorrência de atividades desenvolvidas nos municípios não 26 têm como fim apenas os cofres públicos municipais, mas também os estaduais e os federais. E o governo municipal não é o único responsável por realizar obras nos municípios. Os governos estaduais e o federal muitas vezes firmam parcerias com o governo dos municípios para a realização de obras municipais. Essas parcerias podem ocorrer, por exemplo, quando nos municípios surge algum tipo de dificuldade, como seca prolongada, graves enchentes, epidemias, entre outras. Podem, ainda, ocorrer para a realização de obras de grande porte, como investimentos em educação, saúde e transportes públicos. PÁG.
Atividade 2 A atividade se propõe a reforçar a necessidade de formar cidadãos atuantes politicamente, chamando atenção para o dever de cada um de contribuir para a fiscalização do emprego do dinheiro público como forma de melhorar os investimentos nas necessidades básicas e no bem-estar da população, de combater a corrupção e de reduzir a carga de impostos cobrados, já que a fiscalização contribui para melhorar a eficiência das ações governamentais, exigindo menos recursos para a realização das mesmas medidas. PÁG.
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Atividade complementar
Você pode trabalhar mais a questão da arrecadação de impostos. Para isso, pergunte aos alunos: Como o dinheiro arrecadado com os impostos poderia ser aplicado no município em que você mora? Peça-lhes que escrevam sugestões para as áreas de educação, de saúde e de moradia. Incentive os alunos a mostrar suas sugestões aos colegas e a conhecer o que cada um escreveu. As respostas vão variar de acordo com as necessidades identificadas por eles no município em que moram. A seguir apresentamos algumas sugestões que podem ser citadas. Educação: construção de novas escolas; reforma das existentes; compra de
equipamentos eletrônicos (televisão, DVD), de informática (computadores com acesso à internet banda larga), de laboratório (para pesquisa científica) e esportivos; investimento no transporte de crianças que moram longe da escola. Saúde: construção de novos hospitais e postos de saúde; reforma e ampliação dos já existentes; aumento da frota de ambulâncias; distribuição gratuita, ou a baixo custo, de remédios; compra de equipamentos modernos para diagnóstico e tratamento de doenças. Moradia: construção de conjuntos habitacionais com áreas verdes e de lazer; financiamento para a realização de mutirões; urbanização de favelas. A discussão pode ser ampliada propondo-se aos alunos que também pensem em soluções para as áreas de segurança, transporte e cultura. PÁG.
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Atividade 1
O texto proposto pode ser utilizado para discutir com os alunos aspectos positivos e negativos tanto da cidade como do campo, favorecendo a reflexão sobre as condições de vida e as dificuldades enfrentadas pela população nesses dois espaços. Dessa forma, eles vão perceber que muitas vezes a migração não é opção, mas necessidade para grande parte dos brasileiros. Aproveite o momento para investigar a realidade dos alunos. No entanto, cuide para que eles se sintam à vontade para falar de suas experiências e sejam ouvidos com respeito pelos colegas.
Atividade 1a Porque no campo a família não era dona da terra onde morava, o que resultava em trabalho árduo e pouco rendimento para garantir a sobrevivência. Além disso, a família ficou sabendo que na cidade poderia encontrar trabalho, hospital, escola, transporte.
Atividade 1b Espera-se que o aluno responda que não. Trecho sugerido: “Aqui a vida não é fácil. [...] Ganho pouco e tenho de morar onde o aluguel é barato. A casa é bem simples [...]. O dinheiro não dá para comprar muita coisa [...]”.
Atividade 1c Uma das possibilidades é conversar com as crianças sobre a importância da escola. A personagem cita o fato de que na cidade os filhos podem estudar, ou seja, no campo não teriam essa possibilidade. No final, diz que no campo não há esperança. Essas duas coisas estão relacionadas: a educação é um fator importante para que as pessoas alcancem uma vida melhor.
Atividade 1d Você pode conversar com a classe sobre as condições de vida do trabalhador rural que não é dono da própria terra, tendo de trabalhar para os
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grandes fazendeiros em condições muito difíceis. Se considerar adequado, retome o tema da agricultura familiar, abordado na página 25. As famílias de agricultores que cultivam sua própria terra e podem vender sua produção têm estímulo para continuar no campo. Além disso, é importante reafirmar a responsabilidade dos governantes de estenderem para o campo os serviços de educação, saúde, transporte adequado, etc. PÁG.
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Atividade 3
Além de conversar com os pais e outros adultos, os alunos podem pesquisar qual é a parcela destinada aos impostos em notas fiscais de compra de produtos, nas contas de água, luz e telefone, no IPTU. Com as informações trazidas por eles, monte um gráfico sobre os tipos de impostos recolhidos. Para isso, integre conhecimentos de Matemática. O objetivo é eles perceberem a quantidade de impostos pagos pelos cidadãos brasileiros, tanto direta (por meio dos salários e bens) como indiretamente (por meio da compra e da venda de produtos e serviços). Durante a conversa, é possível que os alunos mencionem a corrupção. Nesse caso, você pode propor uma discussão sobre o tema. Fique atento para que eles percebam que a corrupção ocorre não apenas nos grandes escândalos envolvendo ministros e deputados, mas também em atitudes do cotidiano, como subornar um guarda de trânsito ou um colega de trabalho.
Informações sobre alguns dos impostos cobrados no Brasil Impostos municipais IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano ISS ou ISQN – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza ITR – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural ITBI – Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis
Impostos estaduais ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores ITCMD – Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação
Impostos federais IR – Imposto de Renda IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido IE – Imposto de Exportação II – Imposto de Importação IOF – Imposto sobre Operações Financeiras
Atividade complementar Sugira aos alunos que observem o entorno da escola ou de sua moradia e verifiquem quais bens públicos existem e seu estado de conservação. Eles poderão citar, por exemplo, qual o estado em que se encontram os bancos das praças, os brinquedos e os jardins dos parques, os telefones públicos, os pontos de ônibus, os postes de iluminação elétrica. Com base nisso, pergunte-lhes o que poderiam fazer para cuidar ou até mesmo melhorar a situação desses bens e serviços. O importante é eles perceberem que também podem atuar de modo positivo, contribuindo para a conservação dos bens públicos.
Capítulo 3 Cidadania no município Neste capítulo, apresentamos aos alunos noções de cidadania. Comentamos a participação da comunidade no seu espaço de vivência, cumprindo seus deveres e reivindicando seus direitos e melhorias nesse espaço. O objetivo é aproximar o tema da realidade do aluno, visando fazê-lo se sentir sujeito do lugar onde vive. Verifique com os alunos o que eles entendem por cidadania. Deixe que se expressem livremente e anote seus comentários na lousa. Ao final, leia o texto com os alunos e relacione consciência ambiental com a cidadania. PÁG.
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Atividade 1b Pense junto com os alunos sobre os eventos e as atividades que acontecem com maior frequência nas praças do município onde vocês moram. Pergunte-lhes se achariam interessante apresentar os trabalhos que eles fazem na escola para as pessoas de sua comunidade em uma praça pública.
Atividade 1c Ajude os alunos a pensar quais eventos podem acontecer nas praças do município ou do bairro. Alguns exemplos de eventos em praças são: feira de artesanato, feira de alimentos, apresentações de teatro, campeonato de esportes, gincanas poliesportivas, shows, etc. PÁG.
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Atividade 1
Converse com os alunos sobre quais características as praças deveriam apresentar para ser um lugar agradável e agregar a maior diversidade de pessoas da cidade ou do bairro. Diga aos alunos que nos espaços públicos um aspecto positivo é a convivência entre pessoas com hábitos e necessidades diferentes. É importante que as praças sejam planejadas para a convivência de todos. É adequado que as praças tenham bebedouros, bancos para sentar e lixeiras. Deve haver rampas e
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corrimão para que as pessoas com deficiência tenham maior mobilidade. As crianças gostam muito de brinquedos, de árvores e de espaço para correr. Atente para o fato de que os brinquedos devem sempre passar por manutenção para garantir a segurança das crianças. Os idosos gostam de bancos para ler e mesas para jogos. Para as pessoas que passeiam com cachorros, é importante ter espaço para que os animais possam passear e brincar e é fundamental que existam lixeiras para que os donos possam jogar as fezes dos cachorros. Lembre-os que, ao sair de casa para passear com o cachorro, sempre devemos levar uma sacolinha descartável para recolher o cocô dele. PÁG.
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Atividade 2
Sobre as imagens, explique que os coretos eram construções muito comuns em antigas praças públicas e ainda existem em várias cidades. Neles se apresentavam músicos e outros artistas e eles também eram utilizados para acontecimentos políticos das cidades. Diga aos alunos que a atividade física é muito importante para a saúde de todos e que praças públicas com equipamentos próprios para isso estimulam as pessoas a fazer mais atividades físicas. Você pode dizer também que fazer exercícios em espaços ao ar livre é muito agradável.
Atividade 3 Escolha uma praça perto da escola e verifique a possibilidade de fazer a atividade nela. Observe cada espaço da praça e veja quais placas seriam adequadas para serem colocadas no local. Como alternativa, você pode escolher uma praça perto da escola e fazer uma atividade em classe sobre ela. Vá visitar a praça com a turma. Levem caderno e lápis de cor. Observem bem a praça e as características de cada espaço do local. Solicite aos alunos que desenhem a praça ou algum espaço dela no caderno e escrevam mensagens nos desenhos seguindo os exemplos do livro. PÁG.
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Atividade 1
Você pode solicitar aos alunos que peçam a seus pais ou responsáveis revistas ou jornais que possam ser recortados e os levem para a sala de aula, onde a atividade pode ser feita coletivamente. Ao final, você pode destacar algumas das situações selecionadas pelos alunos e fazer um debate sobre elas. Integre conhecimentos de História, reforçando 34 para os alunos que a reconquista do voto direto para presidente do Brasil foi um longo processo. Para isso, você pode, por exemplo, pedir-lhes que observem a data do comício retratado (1984) e contem quantos anos se passaram até a efetiva conquista desse direito (1989). É importante reforçar com os alunos que a participação política não se resume a eleger e acompanhar os representantes que assumem PÁG.
cargos políticos. A principal participação política é realizada por cada cidadão no dia a dia, nas relações comunitárias, nas organizações de bairro, na dinâmica escolar, etc. Dessa forma, cada cidadão pode confrontar suas ideias, podendo, assim, refletir melhor sobre o que está acontecendo ao seu redor, e organizar-se junto à comunidade para cobrar ações dos governantes e para realizar por conta própria intervenções que estiverem ao seu alcance no lugar em que vive.
Informações sobre voto direto no Brasil (breve histórico) Da primeira vez que os brasileiros foram às urnas eleger o presidente da República até os dias atuais foi um longo processo, com suas particularidades, seus avanços e seus retrocessos. Abaixo, há uma breve cronologia, com alguns fatos marcantes. 1891 – A Constituição decreta o voto direto para presidente e vice-presidente do Brasil. Até a Revolução de 1930, porém, só votavam os homens alfabetizados, e as eleições no país eram marcadas por fraudes e pelo voto de cabresto, que legitimavam as elites políticas. 1930 – Getúlio Vargas dá um golpe e tira o presidente Washington Luís do governo. 1932 – As mulheres alfabetizadas passam a ter o direito de voto, e é instituído o voto secreto no país. 1937 – Com a instauração do Estado Novo, os brasileiros ficam os oito anos seguintes sem ir às urnas. 1945 – Os brasileiros adquirem novamente o direito de eleger o presidente do país. 1964 – Com o golpe militar, proíbe-se o voto direto para presidente e para outros cargos majoritários, como governadores, prefeitos e senadores. 1972 – São restauradas as eleições diretas para senadores e prefeitos, exceto os das capitais. 1982 – São restauradas as eleições diretas para governadores. 1984 – Milhares de pessoas vão às ruas exigir a volta das eleições diretas para presidente, mas a proposta de emenda à Constituição que restituía o voto direto é rejeitada. 1988 – A nova Constituição, que passa a vigorar em outubro desse ano, restabeleceu a eleição direta para presidente da República e demais cargos legislativos e executivos. O voto torna-se obrigatório para os alfabetizados maiores de 18 e menores de 70 anos e facultativo para os analfabetos, para os maiores de 16 e menores de 18 anos e para os maiores de 70 anos. Qualquer cidadão – homem, mulher, alfabetizado ou não, rico ou pobre – com mais de 16 anos tem o direito de votar. 1989 – O povo brasileiro volta a eleger o presidente do Brasil. PÁG.
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Atividade 1 Embora em algumas famílias não se tenha o costume de assistir aos programas eleitorais
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ou ouvi-los, seus membros podem conhecer os candidatos de outras formas, como por meio de comentários de conhecidos, comícios, debates, etc. Muitos eleitores brasileiros, no entanto, deixam para escolher seus candidatos no último momento, não se envolvendo antecipadamente com as discussões sobre eleição. Durante a atividade, destaque a importância de os eleitores conhecerem as propostas dos candidatos, compararem e escolherem os que acreditam ser os melhores antes de decidir o seu voto. Ressalte que também é fundamental acompanhar a atuação dos políticos depois de eleitos.
Atividade 2 Os alunos devem observar que as manchetes mencionam reivindicações feitas por grupos de moradores de diversas localidades. Na manchete 1, eles reivindicam a pavimentação de uma rua; na 2, transporte escolar na zona rural; na 3, uma praça; na 4, transporte escolar para crianças com necessidades especiais. Espera-se que os alunos respondam que as reivindicações podem ser consideradas uma forma de participação política, pois moradores de determinados locais uniram-se para cobrar de seus governantes providências que tragam melhorias para a vida deles. PÁG.
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Atividades 1a
Oriente os alunos a procurar as palavras no dicionário sem variação de tempo (verbo no infinitivo), gênero (masculino) e número (singular).
Atividades 1b e 1c Deixe que as crianças expressem livremente sua opinião sobre o conflito entre a mulher cujo cão sujou a praça e o senhor que reclama. Na sequência, converse com os alunos sobre o fato de que tanto as pessoas como os animais têm o direito de utilizar os espaços da cidade e merecem respeito, mas que, no entanto, o uso feito por animais e pessoas não deve comprometer a conservação dos espaços públicos. Portanto, cabe às pessoas cuidar para que as suas próprias ações e as de seus animais não prejudiquem os outros frequentadores dos espaços públicos. Se as fezes do animal de estimação forem recolhidas e providências forem tomadas para que ele não coloque em risco a segurança dele e das pessoas, por exemplo, não há problema em levá-lo para passear. PÁG.
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Atividade 2
O objetivo da atividade é refletir com os alunos sobre suas atitudes e os efeitos que elas causam nos grupos de que fazem parte. À medida que eles vão crescendo, as abordagens e os encaminhamentos podem ser aprofundados, visando à construção de relações interpessoais mais democráticas na escola, utilizando o diálogo como prática na resolução de conflitos. Para complementar a discussão, pergunte aos alunos se eles acham que os representan-
tes de sala poderiam ter outras funções além das que são descritas no texto. Se sim, quais, por quê? Além disso, pergunte se eles concordam que estas devem ser as funções dos representantes. Se não, por quê?
Atividade – Saber ser Ressalte os comentários dos alunos que indiquem ações positivas para o bem comum. Além disso, aproveite a atividade para orientar os alunos a fazer um levantamento dos problemas existentes no lugar onde vivem. Em seguida, peça que discutam no grupo esses problemas e anotem quais ações poderiam realizar para ajudar a resolvê-los. PÁG.
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amos fazer! – O exercício V da cidadania no município
As atividades do Vamos fazer! deste volume visam à construção de um livro sobre o município onde os alunos vivem, com pesquisas, textos e figuras relacionados aos diversos temas propostos durante o estudo. Ao final de cada unidade, ou bimestre, os alunos serão solicitados a refletir mais profundamente sobre alguns temas do município e elaborar diferentes tipos de materiais sobre eles. Vale lembrar que você pode complementar e alterar as atividades apresentadas conforme a necessidade de sua turma. Nossa sugestão é que os grupos formados para a realização do primeiro Vamos fazer! sejam mantidos nos outros. Assim, os alunos poderão se valer do entrosamento criado, dando prosseguimento ao projeto. Ao final, os livros produzidos poderão ser doados à biblioteca da escola, compondo uma rica fonte de informação sobre o município. Para a organização final do material, é importante utilizar sempre folhas de papel sulfite de mesmo tamanho e dar um título para cada trabalho produzido. Numere as páginas apenas no fim do ano. Ao longo do processo de construção do livro, guarde as produções dos grupos em pastas separadas. O material deverá ficar disponível para ser retomado durante revisões de temas ou sempre que você julgar conveniente. PÁG.
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Atividade 1
Leia a imagem com os alunos, demonstrando que ela procura descrever o percurso trilhado pelos impostos, desde seu pagamento pelo contribuinte até o seu retorno, em forma de serviços, para os cidadãos.
Atividade 2 O objetivo da atividade é fazer uma síntese do estudo do município, objeto deste capítulo, contextualizando-o no município em que o aluno vive, o que torna esse conhecimento significativo para a criança. PÁG.
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Atividade – Saber ser O objetivo desta atividade é fazer com que os alunos percebam que participar de eleições é
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exercer o direito de liberdade de expressão. Em uma democracia, os cidadãos escolhem seus governantes por meio do voto secreto, o que lhes garante maior liberdade de escolha. Apesar de esses conceitos serem ainda um tanto abstratos para a faixa etária, é importante que esses cidadãos em formação tenham em mente a relação entre liberdade e cidadania. Se julgar pertinente, oriente os alunos a passar a carta a limpo e enviá-la ao endereço de um colega.
Unidade 2 O trabalho no município Por meio do trabalho o ser humano se apropria do espaço e estabelece relações sociais. As diversas formas de trabalho integram um sistema produtivo e social tanto no campo como na cidade, na medida em que envolvem trabalhadores e consumidores. Nesta unidade, que trata das atividades econômicas realizadas no município, destacaremos a agricultura, a pecuária e o extrativismo, desenvolvidos no campo, e as atividades industrial, comercial e de serviços, praticadas predominantemente na cidade.
Introdução As atividades propostas na abertura visam sensibilizar os alunos para o tema da unidade, estimulando a observação, a reflexão e a troca de ideias. Na primeira atividade, eles são levados a perceber que tanto no campo como na cidade é realizada uma grande variedade de atividades econômicas, que envolvem muitos trabalhadores. No item a, oriente-os a observar a ilustração em detalhe, identificando atividades agrícolas, pecuárias e industriais (usina), de comércio (armazém) e de serviços (escola), e também os trabalhadores envolvidos. No item b, entre os diversos trabalhos que podem ser realizados nesses locais, estão: montagem de peças na indústria da cidade, conserto de carros na oficina, reposição de produtos nas prateleiras e cobrança nos caixas do mercado, arrumação das vitrines e venda de roupas na loja, atendimento aos clientes no banco, abastecimento com matérias-primas e controle das máquinas na usina, aragem do solo com o trator e manejo do gado na área de produção agropecuária, atividades de ensino e aprendizagem nas escolas, organização dos produtos no armazém, transporte de trabalhadores entre a cidade e o campo para trabalhar na usina. Comente com os alunos que, apesar de as indústrias predominarem nas cidades, também estão situadas no campo. São as chamadas agroindústrias, como as usinas de produção de etanol e açúcar, as indústrias de laticínios e as indústrias de processamento de carnes. Na segunda atividade, comente com os alunos que, entre os contatos que podem ser estabelecidos entre os habitantes do campo e da cidade (em razão de atividades econômicas como as presentes na cena), podemos citar: o deslocamento de moradores da cidade para trabalhar na colheita ou em indústrias
no campo; e o deslocamento de moradores do campo para trabalhar em indústrias, no comércio ou em prestadoras de serviço na cidade. Além disso, há empresas localizadas na cidade que compram matérias-primas de produtores rurais, exigindo negociação entre pessoas do campo e da cidade. Muitos moradores do campo adquirem bens pessoais ou materiais de trabalho em lojas situadas nas cidades. Muitos agricultores também vendem sua produção diretamente para os consumidores nas cidades.
Atividade complementar Proponha aos alunos que criem um produto. Pode ser uma dobradura, algum brinquedo feito na aula de Arte com materiais reciclados ou outro objeto. O importante é eles produzirem algo coletivamente. Após a confecção do produto, pergunte-lhes que materiais foram necessários para fazê-lo, qual a origem desses materiais, qual a transformação sofrida por eles, quem foram as pessoas que trabalharam na confecção, o que cada uma fez, onde esse produto pode ser comercializado. Os questionamentos ajudam a compreender o processo de produção, que se inicia com materiais cuja origem está no campo e envolve trabalhadores, conhecimento e várias transformações. Além disso, os questionamentos possibilitam que os alunos percebam que as atividades econômicas estão ligadas por meio do processo de produção e distribuição de mercadorias.
Capítulo 1 O trabalho no campo Neste capítulo, retomamos e aprofundamos as principais atividades realizadas no campo, com o intuito de levar o aluno a perceber que elas podem ser desenvolvidas de diferentes maneiras, conforme os grupos envolvidos. Além disso, pretendemos que os alunos comecem a refletir sobre os impactos sociais, econômicos e ambientais no campo, decorrentes da introdução de novas técnicas de produção nas atividades econômicas.
Atividade prévia Leve para a sala de aula imagens que retratem a agricultura moderna e a agricultura tradicional. Essas imagens podem ser obtidas em sites, revistas e jornais. Sem mencionar cada tipo de agricultura, mostre as fotografias aos alunos e solicite-lhes que descrevam o que veem, indicando as diferenças e as semelhanças entre elas. Anote as observações deles em uma tabela, colocando, de um lado, as características próprias da agricultura moderna e, de outro, as da agricultura tradicional. Depois, peça-lhes que copiem a tabela no caderno. PÁG.
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Comente com os alunos que, apesar de hoje a maior parte da população brasileira viver em cidades, conforme o Censo 2010 do
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Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a atividade agrícola faz parte da formação histórica do Brasil e é fundamental para a economia nacional. Durante a leitura do texto desta página, os alunos deverão perceber a importância da agricultura comercial. Para esse tipo de agricultura, o desenvolvimento tecnológico é fundamental a fim de que melhores resultados sejam alcançados. Ressalte que, no entanto, o processo de incorporação de novas técnicas e tecnologias no campo pode ocorrer em ritmos diferentes. Em grande parte da Região Norte, por exemplo, esse processo ocorre lentamente; já na Região Centro-Oeste ele vem acontecendo num ritmo bastante acelerado nos últimos anos. Ao trabalhar esse assunto, utilize exemplos do município ou da região dos alunos, de modo que eles possam conhecer como isso se dá no lugar onde vivem. O maior ou menor uso de tecnologia no campo contribui de forma decisiva para intensificar as relações entre o espaço urbano e o rural e determinar mudanças no espaço geográfico. Alguns exemplos que podemos destacar, no caso da modernização do processo de produção no campo, são: a rapidez com que ocorrem as transformações espaciais, a menor dependência que o produtor tem das condições naturais, a menor necessidade de mão de obra. Pouco a pouco, esse processo de modernização contribui para a redução das diferenças entre campo e cidade.
Atividade 1 A resposta pode ser dada numa tabela como a sugerida a seguir. Você pode desenhá-la no quadro de giz e pedir aos alunos que a copiem, para depois completá-la com os números das fotos. Atividades
Fotos
Agricultura
1
Criação de animais
2e5
Extrativismo
6
Indústria e artesanato
3e4
Lembre-se de que o Brasil é um país que apre46 senta enorme diversidade de formas de cultivo e de criação de animais. Pode existir no país, por exemplo, cultivo tradicional com monocultura ou, ainda, outras situações que não se enquadram nas maneiras de classificar adotadas no livro. Muitas áreas do campo brasileiro estão em processo de modernização, porém, em ritmos e condições diferentes. PÁG.
Atividade complementar Pergunte aos alunos se eles conhecem pessoas que deixaram o campo em busca de melhores oportunidades de vida na cidade. Se conhecerem, peça-lhes que comentem os motivos que levaram essas pessoas a mudar e em que condições elas vivem na cidade.
Atividade 3 É importante sublinhar que os pequenos agricultores que usam técnicas tradicionais devem receber apoio do governo para poder melhorar suas condições de produção: comprar adubos, adquirir máquinas agrícolas, como tratores, receber assistência técnica e ter garantia de que vão vender seus produtos. Explique aos alunos que, para contornar a bardo alto custo para modernizar a produção 47 reira em suas propriedades, muitos agricultores e pecuaristas se reúnem em cooperativas. Para compreender a importância e o funcionamento de uma cooperativa, leia o texto a seguir. PÁG.
Informações sobre cooperativas Cooperativa é uma sociedade de pessoas com objetivos comuns e divisão igualitária dos benefícios e obrigações. Enquanto uma empresa visa [ao] lucro, tem número de sócios limitado e quem manda é quem tem maior controle acionário, na cooperativa, não há limite para sócios, as decisões são tomadas em assembleias e, apesar dos interesses econômicos, seu principal objetivo é ajudar seus associados. As cooperativas, que são regulamentadas pela lei federal 5 764, de dezembro de 1971, são definidas de acordo com os seus objetivos. Alguns exemplos de cooperativas: Cooperativas de trabalho – trabalhadores que se unem para ampliar seu acesso ao mercado, como cooperativas de doceiras, costureiras, marceneiros, de catadores, etc. Cooperativas de consumo – microempresas ou trabalhadores cujo objetivo é articular compra vantajosa de produtos, por exemplo, insumos para a própria produção. Cooperativas de crédito – pessoas ou microempresas que reúnem sua poupança, oferecendo crédito para os cooperados, de maneira sistemática, com regras próprias e encargos normalmente bem menores que os do mercado. Cooperativa habitacional – reúne pessoas precisando de moradia ou de melhorias na infraestrutura que se unem para adquirir terreno e construir residências. No Brasil, é comum essas cooperativas serem de determinada categoria profissional ou associação de classe. Cooperativa educacional – pais de alunos e professores que mantêm uma escola, cujos alunos são filhos de cooperados. Cooperativa agrícola – foi a primeira a existir no Brasil, funciona como as outras cooperativas de trabalho. [...] O principal porta-voz de uma cooperativa é o seu presidente, que é escolhido pelos sócios. Ele é
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ção é feita antes e após a morte do animal. “Primeiro examinamos os animais vivos, para averiguar se eles apresentam algum sintoma. Em uma segunda etapa, buscamos alguma lesão na carcaça que possa ser identificada como uma doença. A Higiene do ambiente e o controle de resíduos, como hormônios e medicamentos, também é fiscalizada”, diz. Sobre o frequente rumor de que a carne de frango comercializada no Brasil possui altas taxas de hormônios, [...] afirma ser um grande mito. “A avicultura trabalha com a genética e a alimentação. A verdade é que no Brasil não se usa o recurso de hormônios no frango”. A certificação de que a carne está isenta de hormônios, é, inclusive, uma das exigências determinantes para viabilizar a exportação [...]
o representante jurídico da entidade. No Brasil, por causa do baixo poder aquisitivo dos brasileiros, a cooperativa é um instrumento comum em bairros, associação de moradores, comunidades rurais, etc. Indriunas, Luís. Como funcionam as cooperativas no Brasil. Disponível em: . Acesso em: 30 jun. 2014.
Atividade 4a Na conversa com a turma, você pode explicar que a mecanização, por exigir menos trabalhadores nas fazendas, faz com que muitas pessoas passem a buscar emprego nas cidades, especialmente na construção civil.
Atividade 4b Entre os profissionais empregados nessas fazendas, podem-se mencionar engenheiros agrônomos, técnicos em agricultura, veterinários e operadores de máquinas, como tratoristas, entre outros.
Globo Ecologia. Disponível em: . Acesso em: 30 jun. 2014.
Atividade complementar Apesar da importância dos avanços tecnológicos, o uso de adubos, fertilizantes e agrotóxicos pode provocar danos ao ambiente e aos consumidores. Proponha um trabalho interdisciplinar com Ciências para avaliar os tipos de danos causados e o que pode ser feito para evitá-los. PÁG.
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Atividade 7
Converse com os alunos sobre a necessidade de que a carne passe por rigoroso controle, para garantir a segurança dos consumidores. Toda a carne comercializada deve receber a certificação do Ministério da Agricultura.
Informações sobre fiscalização da carne [...] Reconhecida como um produto de qualidade, a carne brasileira possui características positivas que vão além da maciez e do sabor, alcançando patamares significativos quanto à segurança sanitária e preservação do bem-estar animal. A certificação de qualidade das carnes no Brasil pode acontecer em três esferas: Municipal, Estadual e Federal. No entanto, apenas as carnes com o selo de segurança Federal podem ser comercializadas em todo o país e exportadas. O Ministério da Agricultura é o órgão responsável por realizar as certificações que dão a frigoríficos, e consequentemente a seus produtos, o selo de Serviço de Inspeção Federal (SIF). Este processo de controle e fiscalização garante ao consumidor que a carne comercializada esteja dentro das normas de segurança estipuladas pela legislação nacional. [...] Segundo o coordenador de inspeção de produtos de origem animal, uma rigorosa fiscaliza-
Atividade complementar Se possível, selecione e apresente aos alunos alguns trechos do desenho infantil Nem que a vaca tussa (Direção de Will Finn e John Sanford. EUA: Disney, 2004). Peça-lhes que mencionem quais animais aparecem no filme, dizendo que tipo de gado representam (bovino, suíno, etc.) e que tipo de técnicas de criação são utilizadas (tradicionais ou modernas). O extrativismo é uma atividade tradicional 50 muito importante em vários municípios do Brasil atual. Em alguns casos, é realizado por trabalhadores da floresta, ribeirinhos ou caiçaras; em outros envolve grandes empresas extrativistas. Comente algumas diferenças da atividade extrativista no que se refere aos impactos causados às espécies vegetais e animais. Algumas formas de extrativismo são consideradas predatórias, como é o caso da caça, da pesca industrial e da extração de árvores em ritmo acelerado, pois podem provocar a extinção de espécies. No entanto, há também formas de extrativismo que, além de não serem predatórias, dependem da conservação das espécies para que possam ser praticadas, por exemplo, a extração do látex. PÁG.
Em relação ao extrativismo animal comente que, para garantir a sobrevivência das espécies animais que têm valor econômico, alguns cuidados devem ser tomados, como não pescar nem caçar os animais na época da reprodução deles e controlar o número de indivíduos retirados da natureza. Se julgar conveniente, comente com os alunos que os sonares também ajudam a localizar outras embarcações, como os submarinos, e a conhecer o relevo do fundo do mar. PÁG.
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Tanto a exploração mineral industrial como o garimpo trazem impactos negativos ao meio ambiente. A exploração industrial provoca intervenções em
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grande escala, pois explora grandes áreas e retira quantidades enormes de materiais, gerando graves problemas como desmatamento, destruição de camadas de solo e rochas, destruição de lençóis freáticos, contaminação de rios e do solo, etc. Já o garimpo provoca principalmente a contaminação de rios. Para separar o ouro de outros minerais sem valor econômico, os garimpeiros utilizam o mercúrio, material que contamina a água e os peixes e causa graves problemas de saúde aos seres humanos. Apesar de a ação dos garimpeiros ser mais localizada, quando se espalha a notícia da descoberta de ouro em alguma localidade e muitos garimpeiros passam a explorá-la, os impactos tornam-se tão ou mais graves que os provocados pelas indústrias mineradoras. Finalmente, você pode comentar que atualmente as responsabilidades social e a ambiental, dois princípios que caminham juntos, se fazem cada vez mais presentes entre os empresários e governantes. Assim, algumas empresas de extração já começaram a se mobilizar pela recuperação de áreas degradadas. PÁG.
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Atividade 1
O objetivo da atividade é os alunos concluírem que, apesar de trabalhar várias horas por dia e de cortar enorme quantidade de cana, os trabalhadores boias-frias não ganham o suficiente para ter uma vida digna e saudável. Comente que a realidade retratada é a de muitos brasileiros e, se julgar conveniente, explore a realidade do lugar onde os alunos vivem.
Atividade – Saber Ser A violação dos direitos das crianças é uma realidade no Brasil. Lembramos que persistem no país as situações de trabalho infantil ou análogas à escravidão. A maioria das crianças e dos adolescentes que trabalham está na economia informal (sem vínculo empregatício) ou no trabalho doméstico. Uma das razões por que isso ocorre é que os locais desses setores estão um pouco fora da esfera de atuação dos fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego. Daí a importância de a sociedade ficar atenta, denunciando os casos de mão de obra infantil. Estimule os alunos a refletir sobre o exercício de cidadania e valorize suas respostas.
Capítulo 2 O trabalho na indústria e o trabalho artesanal Este capítulo mostra como a indústria transforma o espaço geográfico e intensifica as relações entre campo e cidade. Nele, também destacamos as diferenças entre o processo artesanal e o industrial como forma de facilitar a compreensão de ambos os processos e de levar o aluno a reconhecer o artesanato como manifestação cultural de determinado lugar e a indústria como uma unidade de produção em massa.
PÁG.
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Atividade – Saber ser
Proponha aos alunos uma pesquisa sobre brinquedos de crianças no mundo. Procure reforçar a diversidade cultural, destacando não apenas os brinquedos comuns na sociedade norte-americana e nas demais sociedades por ela influenciadas, mas também os brinquedos próprios dos grupos indígenas, aborígenes, ciganos, orientais, africanos, etc., de modo que os alunos possam ter uma ideia da diversidade existente. Para isso, consulte sites na internet e livros, como Crianças como você, de Anabel Kindersley e Barnabas Kindersley (São Paulo: Ática, 2000), e A história do brinquedo, de Cristina Von (São Paulo: Allegro, 2001).
Atividade complementar Proponha ao professor de Arte que faça uma oficina de brinquedos artesanais com os alunos. Depois, integrando conhecimentos de História, Língua Portuguesa, Educação Física e Ciências, explore os brinquedos construídos, comentando suas possibilidades, seu contexto social, sua importância para a movimentação, a concentração e o domínio espacial dos alunos. PÁG.
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Atividade prévia
Caso a oficina de Arte proposta na atividade complementar da lição anterior tenha sido realizada, escolha um dos brinquedos construídos pelos alunos para que eles identifiquem a origem dos materiais utilizados na sua confecção, como papel e plástico. Depois, solicite que comentem as etapas necessárias para produzir esses materiais.
Atividade 1 Inicialmente, você pode ajudar os alunos a identificar as cenas. Converse com toda a classe, comentando o processo de fabricação ilustrado e mencionando onde ocorrem as atividades (espaço urbano ou rural). O objetivo é eles perceberem que um único produto industrial envolve diversas pessoas, máquinas e processos. Além disso, eles também poderão ter noção de cadeia produtiva, ou seja, do ciclo que envolve desde a obtenção da matéria-prima até a venda do produto ao consumidor final. A seguir, peça que redijam as frases. Cada aluno poderá escolher uma ou duas cenas para escrever sua frase. A seguir, alguns exemplos de frases. O projetista cria os modelos dos sapatos que serão fabricados. O vendedor ajuda os clientes a escolher o sapato que querem comprar. O couro é cortado à máquina por um operador de máquinas. As partes do sapato são costuradas à máquina pelo costureiro. O vaqueiro cuida do gado, do qual vem o couro para a indústria de sapatos.
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Quando os sapatos ficam prontos, são colocados nas caixas pelo empacotador. O motorista conduz o caminhão até a indústria de couro. Ao apresentar exemplos de diferentes tipos de 56 indústria, priorizamos as de bens de consumo (duráveis e não duráveis) que fazem parte do dia a dia dos alunos (com exceção do helicóptero, que não está presente na realidade de muitas crianças). Caso considere interessante, comente que há também outros tipos de indústria, como as de bens de produção (ou de base), que transformam matérias-primas brutas (extraídas diretamente da natureza) em matérias-primas a serem utilizadas por outras indústrias, e as de bens intermediários, que produzem máquinas e equipamentos para outras indústrias. Existem ainda as indústrias extrativistas e as de construção. PÁG.
Explore com os alunos a ilustração que mostra o processo de reciclagem do alumínio. Saliente que reciclagem e cooperativismo são atividades que, em muitos casos, caminham juntas. A problemática dos resíduos nas grandes cidades é, por vezes, amenizada com a criação de cooperativas de catadores de material reciclável, que o vendem para as empresas que reciclam. Assim, parte dos resíduos produzidos é reaproveitada ou reciclada, gerando empregos para pessoas que, em geral, encontram grande dificuldade para se inserir no mercado de trabalho, especialmente por apresentarem baixa qualificação profissional. PÁG.
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Atividade complementar Proponha aos alunos uma pesquisa para saber se as indústrias do município onde moram têm projetos de responsabilidade social ligados à elevação da qualidade de vida. Caso o município tenha muitas indústrias, oriente os alunos a formarem duplas. Cada uma poderá escolher uma indústria diferente. São consideradas ações de responsabilidade social: alfabetização de adultos, atitudes de preservação ambiental, incentivo a práticas esportivas, entre outras. Oriente os alunos na realização da pesquisa. Você pode, por exemplo, fornecer-lhes previamente um roteiro. Uma vez definido o objetivo da pesquisa, vários elementos são fundamentais:
busca, digitando palavras relacionadas ao tema da pesquisa. Na hora de escolher os sites, oriente-os a dar preferência àqueles voltados para crianças ou aos sites de órgãos governamentais e de instituições renomadas. 3. Informar a fonte, com autoria, dados de publicação (local, editora) e a data, após selecionar os textos que interessam à pesquisa. PÁG.
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Representações – Gráfico de pizza
O gráfico de pizza, gráfico de setores ou gráfico circular é um recurso extremamente útil, pois permite uma grande clareza na visualização das partes de uma totalidade. Ajude os alunos a ler a legenda e assegure-se de que entenderam as informações dadas. Você pode aproveitar para retomar o conteúdo sobre espaço rural e espaço urbano. Destaque a importância do artesanato, men60 cionando que se trata de uma atividade muito antiga e que deve ser preservada. Atualmente, o artesanato vem conquistando maior espaço por promover a valorização da natureza, pois geralmente utiliza materiais não processados em indústria. PÁG.
Atividade 1b Você pode explicar que, para fazer a renda de bilros, a artesã movimenta os bilros sobre uma almofada na qual há um cartão em que estão presos vários alfinetes. Os padrões da renda são determinados pela posição dos alfinetes; essa posição está marcada no cartão. A renda de bilros é feita principalmente em vários estados do Nordeste e em Santa Catarina. No Nordeste ela também é conhecida como renda de almofada.
Atividade 1c Exemplos de resposta: o trabalho dessa artesã é feito à mão, sem o uso de máquinas; o trabalho é demorado; ela faz uma peça de cada vez; ela faz todo o trabalho necessário para a confecção da peça. A formação de cooperativas tem impulsionado atividade artesanal. Com o apoio de organiza61 ações não governamentais (ONG) e prefeituras, elas conseguem produzir em maior quantidade e obter uma remuneração mais justa para os cooperados. Algumas conseguem até mesmo exportar para outros países. PÁG.
Atividade 2d
1. Determinar quais fontes serão utilizadas: jornal, revista, internet, entrevista, etc. À medida que as crianças vão crescendo e ganhando autonomia, é importante que passem a usar variadas fontes. No momento, porém, peça que utilizem no máximo duas.
Espera-se que o aluno responda que sim, foi importante. Trecho sugerido: “Agora elas têm sua própria profissão, [...] podendo ajudar na renda de casa”.
2. Saber consultar essas fontes. As revistas e os livros sempre trazem índice, que facilita a localização dos assuntos neles abordados. Já os jornais estampam na primeira página as principais notícias, além de um índice listando os cadernos de cada edição. Para pesquisas na internet, ensine os alunos a usarem os sites de
Você pode ler a notícia com os alunos e anotar no quadro de giz algumas palavras que despertem dúvida da turma. Se for possível, este poderá ser um momento de treinar o uso do dicionário. Sobre o conteúdo do texto, comente com a turma que a importância das cooperativas vai além do aumento do ganho
PÁG.
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Atividade 2
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financeiro. Uma vez organizados em grupos, esses trabalhadores saem da condição de “anônimos” e passam a ser reconhecidos até pelo poder público. PÁG.
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Atividade – Saber ser
Espera-se que, ao realizar a atividade, fique claro para os alunos que a reciclagem deve ser uma preocupação de todos. Se achar oportuno, desenvolva o tema propondo uma pesquisa sobre a ação da prefeitura de seu município em relação à coleta e à reciclagem de lixo. No Brasil, prefeituras de vários municípios já implantaram a coleta seletiva de lixo. Além da iniciativa governamental, há também diversas associações que coletam esse tipo de material para vender às indústrias de reciclagem. Procure saber qual a realidade do lugar onde os alunos vivem e incentive-os a aderir à coleta seletiva. Uma possibilidade interessante é começar pela escola e estender a ideia para a casa deles. Ao trabalhar a maneira como a família do aluno trata a questão da reciclagem, o objetivo é focar nas atitudes individuais positivas que contribuem para a melhoria da qualidade de vida em geral (nesse caso, por meio da diminuição da quantidade de lixo produzida). No entanto, não se deve deixar que a questão se encaminhe para atitudes de julgamento, valorizando as famílias que fazem a coleta seletiva e menosprezando as que porventura não a façam.
Capítulo 3 O trabalho na cidade Nas cidades, existe grande diversidade de atividades, destacando-se, além da industrial, as de comércio e serviços, que serão tratadas neste capítulo. O predomínio dessas atividades no espaço urbano ocorre por causa da maior concentração de habitantes na cidade, que constituem a massa de trabalhadores e o mercado consumidor de produtos e serviços. Durante o capítulo, objetivamos despertar no aluno a necessidade de um consumo consciente, envolvendo noções de direito do consumidor e o papel das propagandas. Você pode fazer a leitura compartilhada do 64 texto, ressaltando a perspectiva de Mundinho em relação ao que ele está vendo. Ao enxergar do alto o bairro onde mora, Mundinho passa a ter uma visão de conjunto do lugar. PÁG.
Atividade 1a Os alunos podem mencionar também a casa do colega e a rua (onde trabalha o pipoqueiro).
Atividade complementar Após explorar o texto com os alunos, peça que respondam às seguintes perguntas: Se fosse possível Mundinho fazer o que imaginou, quais tipos de visão ele teria do bairro onde vive? (Espera-se que os alunos respondam visão do alto.)
Você acha que Mundinho mora no campo ou na cidade? Por quê? (Os alunos deverão deduzir que ele mora na cidade, considerando os tipos de comércio e serviços que existem no lugar.) E você, se pudesse sobrevoar o lugar onde vive, o que acha que veria? Imagine e escreva no caderno. Se preferir, faça um desenho. (Nesta atividade, os alunos irão trabalhar a memória visual, a organização e a representação espacial, seja por meio do texto, seja por meio do desenho. Guarde esse material para ser avaliado por eles em outro momento.) O estilo de vida desenvolvido pela sociedade 65 urbana, sobretudo nas grandes cidades, e por parte da população rural, praticamente inviabiliza que cada indivíduo produza sozinho todos os bens que precisa consumir em seu dia a dia. Em virtude disso, o comércio torna-se uma atividade central. É por meio dele que a grande maioria da população mundial obtém produtos. Comente com os alunos que, ainda que o comércio esteja mais presente na cidade, o campo também está integrado aos circuitos comerciais. Reforce essa ideia, por exemplo, lendo as imagens que mostram uma plantação de verduras e uma barraca de feira na cidade. PÁG.
Para problematizar os diferentes tipos de esta66 belecimentos comerciais, leia as fotos com os alunos. Pergunte-lhes, por exemplo, se acham que os produtos vendidos nos shopping centers são encontrados também no comércio informal, se o preço desses produtos são semelhantes, etc. Tal estratégia permite introduzir o debate sobre a informalidade. PÁG.
A questão do trabalho informal deve ser abordada com cuidado, para evitar atitudes de preconceito. No Brasil, ele é grande devido a fatores como a baixa qualificação profissional ou o histórico de empregos formais insuficientes. Esta segunda situação vem se alterando nos últimos anos, mas a baixa qualificação profissional ainda persiste – ainda que venham ocorrendo esforços governamentais para diminuí-la –, o que contribui para a manutenção da informalidade. A economia informal não se submete às regras fiscais do Estado. Portanto, ela é feita sem a emissão de nota fiscal. Assim, não são recolhidos impostos para o governo, o que diminui os recursos para melhoria dos serviços públicos. Além disso, quem trabalha no comércio informal não têm direitos trabalhistas.
Atividade 1 Comente com os alunos que há outras modalidades de comércio, além da praticada em estabelecimentos comerciais e em barracas nas ruas, como o comércio virtual, que ocorre na internet, ou as vendas feitas por catálogos, em geral em domicílio. Explique que as atividades comerciais nem sempre necessitam de um espaço físico para se realizar, o que é uma tendência cada vez mais forte nos dias atuais.
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Verifique se os alunos compreendem bem o 67 que é prestação de serviços. Saliente que, por meio dessa atividade, são fornecidos serviços que visam suprir necessidades básicas, como atendimento médico e abastecimento de água tratada, e serviços não essenciais, de natureza variada, como entretenimento e turismo. Ao estudar os serviços públicos, retome a importância dos impostos e sua finalidade: viabilizar que o governo proporcione bons serviços a todos os cidadãos. PÁG.
Atividade complementar Problematize a questão dos serviços públicos, indagando aos alunos quais desses serviços existem no município onde vivem e se acham que todos os moradores têm acesso a eles. Esta é mais uma oportunidade para perceberem as diferenças de investimento do poder público em um mesmo território. Após conceituar comércio e prestação de 68 serviços, os alunos vão refletir sobre os direitos do consumidor. No Brasil, o Código de Defesa do Consumidor, lei que regulamenta os direitos do consumidor e dispõe sobre sua proteção, entrou em vigor em 1991. Apesar de existir há mais de duas décadas, muitos consumidores ainda não o utilizam. Por isso, destacamos a importância de conhecer esse documento para a formação de cidadãos críticos. PÁG.
Você pode perguntar aos alunos se já ouviram falar desse código e se conhecem algum adulto que o consultou ou o usou para fazer valer seus direitos. Por isso, destacamos a importância de conhecer esse documento para a formação de cidadãos críticos. Se possível, mostre aos alunos um exemplar do Código. Além de publicações, ele pode ser obtido em sites, como o do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) (; acesso em: 1o jul. 2014) ou o do Procon de seu estado ou município. A nota fiscal do produto adquirido também é importante para garantir o recolhimento de impostos, que devem ser revertidos em obras e serviços públicos. Além de exigir a nota fiscal, o consumidor deve: realizar pesquisa de preços; verificar a data de validade dos produtos e as condições das embalagens; testar os produtos e seguir as orientações de uso.
Atividade complementar Peça aos alunos que solicitem aos pais notas fiscais e recibos que não utilizem mais e os levem para a sala de aula. Assim, eles terão a possibilidade de conhecer vários exemplos desses documentos, complementando o que foi explorado na ilustração da página, que é uma representação de nota fiscal de venda ao consumidor. PÁG.
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Atividade – Saber ser No item a, espera-se que os alunos observem: no primeiro quadrinho, a propaganda na TV
incentiva o menino a querer uma mochila nova, apesar de a dele ainda estar em boas condições de uso; no segundo, o menino e o pai vão a uma loja comprar a mochila anunciada na propaganda; no terceiro, várias crianças estão usando o mesmo produto, induzidas ao consumismo provavelmente pela propaganda. Comente também que a TV atinge grandes públicos. No item b, espera-se que os alunos explorem as consequências do consumismo, como gastos desnecessários, desperdício, maior exploração da natureza e produção de mais lixo. Também é importante explorar a ideia do consumo por impulso. O consumismo é uma prática inerente ao sistema capitalista e representa um conflito de valores. O consumo exagerado é estimulado principalmente pela mídia, que seduz as pessoas pela propaganda, levando-as a mudar hábitos, a valorizar a moda, etc. Assim, pouco a pouco, o “ter” assume importância significativa na vida das pessoas em detrimento do “ser”, isto é, a posse de bens e a aparência física às vezes são mais valorizadas que, por exemplo, o comportamento ético. O fato de a criança querer a mochila da moda, mesmo tendo outra em bom estado (como é possível observar no primeiro quadrinho), é um exemplo da influência da mídia, que instiga todos – em especial crianças e jovens – ao consumo. Crianças e jovens são alvo das empresas, que conseguem atrair grande número de consumidores dessa faixa etária. Para isso, elas investem em propagandas feitas especialmente para esse público. Assim, é importante informar os alunos e desenvolver neles o espírito crítico, de modo que consigam discernir entre aquilo de que precisam e o que a propaganda os induz a comprar, ainda que não precisem ou queiram num primeiro momento. Um material muito interessante sobre o consumismo é a cartilha Consumismo infantil: na contramão da sustentabilidade, do Ministério do Meio Ambiente, que está disponível em: . Acesso em: 1o jul. 2014. PÁG.
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Atividade 3
Ao comprar sem levar em consideração se precisamos mesmo do produto, aumentamos a chance de consumir exageradamente, de provocar desperdício e de deixarmos de usar produtos ainda próprios para o uso. Isso tudo está ligado ao aumento da produção de lixo e à intensa extração de recursos naturais para a fabricação de novos produtos, que atendam ao consumo exagerado.
Atividade 6 Converse com as crianças sobre a coleta seletiva. Embalagens, quer sejam de vidro, de plástico ou de papel, devem ser separadas dos demais resíduos e, sempre que possível, ser colocadas nos recipientes destinados a materiais recicláveis. Dessa forma,
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podem ser utilizadas para fabricar novos produtos. Em casa também é possível reaproveitar muitas embalagens. Caixas podem ser usadas novamente, é possível também utilizar várias vezes as sacolas de papel. Outros exemplos podem ser mencionados: brinquedos e objetos de decoração feitos com garrafas PET, cestos tecidos com tiras jornal, vasos confeccionados com latas de molho de tomate, potes de vidro decorados, etc. PÁG.
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amos Fazer! – Descobrir V principais atividades econômicas do município
Ao tratar dos remanescentes de quilombolas, explique que diferentes grupos étnicos africanos foram trazidos à força para o Brasil, entre os séculos XVI e XIX, para trabalhar de forma obrigatória em diferentes atividades econômicas, sem receber em troca nenhum tipo de salário e sem liberdade. Entre as várias formas de resistência desses africanos e de seus descendentes à escravidão a que foram submetidos, destacou-se a formação dos quilombos, cujos habitantes eram chamados quilombolas. Hoje, seus descendentes lutam pelo direito de continuar ocupando as terras de seus antepassados. O Programa Comunidades Quilombolas, da Comissão Pró-Índio de São Paulo, tem um site na internet que pode auxiliá-lo nesse trabalho: (acesso em: 1o jul. 2014). Em relação ao texto citado, explore-o ajudando os alunos a interpretá-lo por meio de questões como: Quem são os remanescentes de quilombolas? Como são transmitidos os conhecimentos sobre a extração de castanha em Oriximiná? Para os quilombolas, é importante preservar esses conhecimentos? Por quê? Se os quilombolas perderem o direito de explorar os territórios e a mata for destruída, o que acontecerá com eles? Quais as dificuldades enfrentadas pelos castanheiros de Oriximiná? Como foram resolvidas? Para a realização do trabalho, organize a turma em quatro, cinco ou seis grupos. Auxilie os alunos informando as principais atividades econômicas desenvolvidas no município. Informações sobre a economia do município podem ser obtidas na página Cidades@ do site do IBGE (disponível em: ; acesso em: 1o jul. 2014; clique no estado em que vive e depois no seu município, e encontrará diferentes informações a respeito dele), em publicações do próprio município ou da prefeitura. Você pode propor a cada grupo que pesquise uma atividade econômica diferente ou que todos os grupos pesquisem diferentes aspectos de uma mesma atividade (criação de aves, de gado
bovino, suíno, etc.). Ao final, peça que deem um título ao trabalho que fizeram. O trabalho em grupo possibilita que os alunos negociem com os colegas, questionem quais elementos serão destacados, discutam as imagens com todos os membros e descubram a importância de cada um para a composição final do trabalho. A pesquisa e a troca de conhecimento entre colegas enriquecem a atividade e despertam o interesse pelo estudo do município. O material produzido pode ficar disponível para a consulta dos alunos em outros momentos do curso ou, até, compor o acervo da biblioteca da escola. Providencie o mapa do município, pesquisando nos sites oficiais. Imprima-o e acrescente-o ao painel final. Faça o contorno ampliado do mapa do município. Você pode fixá-lo na sala de aula para que os alunos se familiarizem com ele e possam acrescentar informações sobre o município ao longo do ano.
Atividade complementar Caso julgue viável, proponha aos grupos a apresentação do trabalho para outras turmas e a exposição do painel final em uma área onde todos os alunos da escola tenham acesso, como o pátio ou algum corredor, estimulando o maior conhecimento do município. PÁG.
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Atividade 1
Esta atividade é uma boa oportunidade para abordar com as crianças o fato de que as atividades econômicas e também os lugares mudam com o passar do tempo. O texto se refere a cerca de sessenta anos atrás. Atualmente, boa parte dos engenhos foi substituída por grandes usinas, e o modo de vida nas áreas canavieiras também se alterou. Os carros de boi praticamente desapareceram, as pequenas olarias também.
Atividade – Saber ser Os problemas gerados pela exploração excessiva da natureza vão desde a escassez de determinados recursos naturais, passando pela poluição e alteração de ambientes fundamentais para a sobrevivência de espécies da fauna e da flora e de comunidades humanas. É importante levar o aluno a perceber que a exploração excessiva dos recursos naturais resulta da estrutura da sociedade (na qual o aluno também se insere), cujo sistema produtivo está voltado para a obtenção de lucros, o que exige uma produção crescente, aumentando também de modo contínuo a demanda por matérias-primas. Não podemos, assim, personificar as causas dos problemas relacionados ao desmatamento na figura do lenhador, que assumiria a culpa de uma estrutura que envolve toda a sociedade, principalmente as parcelas mais consumistas.
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Atividade 3
Se preferir, estabeleça com os alunos um número máximo de alimentos para pesquisar. Entre os alimentos mencionados, é possível que tenham dificuldade em identificar o município onde alguns deles foram produzidos, por exemplo, as verduras, os legumes, as frutas, os ovos e algumas carnes. Nesse caso, oriente-os a deixar a coluna correspondente em branco.
Atividade – Saber ser Esta atividade traz uma personagem conhecida das crianças, o Menino Maluquinho. O diálogo da charge trata, de forma divertida, de um problema que qualquer consumidor pode enfrentar: a falta de higiene em um restaurante ou em outro estabelecimento. Integre conhecimentos de Ciências para abordar a importância da higiene, especialmente no que se refere à alimentação. A atividade reforça ainda as noções de direito do consumidor.
Atividade 5 Como a questão 1 da página 74, esta também permite abordar as mudanças ocorridas nos lugares e nas atividades econômicas ao longo do tempo. O texto – que se refere à década de 1960 – trata de um equipamento que hoje está em desuso. Atualmente, grande parte das casas comerciais, até mesmo nas pequenas cidades, usa calculadoras e mesmo computadores em suas operações.
Unidade 3 Comunicação e transporte A comunicação e o transporte constituem os sistemas de circulação do espaço geográfico. Por esses sistemas circulam ideias, informações, pessoas e mercadorias. Eles são fundamentais para a organização e a dinâmica dos municípios, dos estados e dos países.
Introdução As atividades propostas na abertura da unidade visam trabalhar a leitura da imagem, tendo como tema os meios de transporte e de comunicação. Na primeira atividade, é interessante comentar que há certos navios e aviões projetados para transportar cargas e outros para tranportar passageiros. Espera-se também que os alunos concluam que todos os meios de transporte ilustrados podem transportar tanto pessoas como cargas. Na segunda atividade, sugira aos alunos que utilizam veículos particulares para ir e voltar da escola que conversem com seus pais ou responsáveis sobre a possibilidade de adotarem, em comum acordo com os responsáveis por outros alunos, um sistema de revezamento de carona. Por meio desse sistema, crianças que moram em uma mesma região ou ao longo de
determinado trajeto para a escola podem ser levadas de carro, juntas, por apenas um condutor, e a cada dia o responsável por uma das crianças assume a função de levar todas elas à escola. O objetivo da adoção desse sistema é, além de se estabelecer um vínculo de ajuda mútua entre os pais, economizar recursos naturais (utilizados na fabricação dos combustíveis, por exemplo), reduzir a emissão de poluentes e, no caso das grandes cidades, atenuar os congestionamentos. Na terceira atividade, espera-se que os alunos concluam que a comunicação direta (conversas presenciais), por meio da fala, dos gestos e das expressões faciais, é a principal forma de comunicação que utilizam no dia a dia. Nas conversações a distância, eles podem citar que utilizam telefone, carta ou correio eletrônico, e mencionar que também costumam usar diariamente meios de comunicação de massa (televisão, rádio, jornais impressos e digitais, etc.). Na quarta atividade, você pode valorizar a carta como forma de comunicação entre locais distantes, apesar de não ser tão utilizada nos tempos atuais. Comente que a carta, ao ser escrita de próprio punho pelo remetente, é uma forma de tornar a comunicação menos impessoal. Na última atividade, peça-lhes que pensem sobre as características do lugar onde moram que dificultam o uso dos meios de transporte e comunicação. Exemplos de dificuldades para o transporte: presença de relevo irregular ou de vegetação fechada, impossibilitando a construção de vias de circulação; excesso de chuvas, causando danos nas estradas; ocorrência de congestionamentos em razão do grande volume de veículos nas ruas e falta de transporte público adequado. Exemplo de dificuldade para a comunicação: ausência de antenas de telecomunicação, inviabilizando o uso de celulares. Características que favorecem os transportes e a comunicação: existência de muitos rios navegáveis, facilitando o transporte aquático, e de relevo formado por terras planas, favorecendo a abertura de estradas; disponibilidade de infraestruturas variadas de meios de comunicação.
Atividade complementar É possível que muitas crianças ainda não se deem conta da importância de alguns procedimentos de segurança durante o uso dos meios de transporte. Você pode finalizar as atividades introdutórias comentando algumas atitudes importantes que precisam tomar para não se machucarem, como esperar pelo transporte na calçada; sentar-se ou segurar-se firme durante o deslocamento; olhar para os dois lados antes de descer do transporte, evitando o choque, por exemplo, com pessoas, carrinhos, motos ou bicicletas. Já as crianças que andam de carro precisam obedecer a algumas regras: as menores de 10 anos devem, obrigatoriamente, sentar-se no banco traseiro, em cadeira apropriada à sua idade e com o cinto de segurança.
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Capítulo 1 Meios de comunicação No decorrer do capítulo, os alunos vão perceber a importância da comunicação para a sociedade e conhecer a diversidade das formas de comunicar e dos meios de comunicação. Além disso, o objetivo é que eles comecem a refletir sobre as dificuldades de acesso de parte da população a certos meios de comunicação, devido principalmente a questões econômicas. PÁG.
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Atividades 1b e 1c
Os alunos podem mencionar que atualmente o soldado não precisaria se deslocar. As notícias poderiam ser transmitidas por telefone (fixo ou celular), rádio, pela internet, etc. Com o desenvolvimento tecnológico nos meios de comunicação, assim como nos de transporte, hoje é possível obter informações de qualquer lugar do planeta em tempo real. Ao longo do estudo, no entanto, é preciso enfatizar que o acesso a informações não ocorre de forma igualitária para todas as pessoas. Parte da população não tem acesso a certos meios de comunicação, principalmente em função de sua condição econômica, que não lhe permite possuir determinados aparelhos ou equipamentos (rádio, telefone, computador, entre outros) ou pagar pelas informações (comprando jornais, revistas, livros, etc.). Além disso, há também o aspecto técnico (falta de estrutura para a instalação de alguns meios – linha telefônica ou provedor para acesso à internet, por exemplo – e de conhecimento especializado para saber operá-los) e cultural (como falta do hábito de ler).
convivência. Aproveite também o momento para conversar com eles sobre atitudes que podem facilitar a comunicação no dia a dia, como ouvir o outro antes de falar, expressar-se em tom de voz adequado (nem alto nem baixo), manifestar suas ideias e opiniões com clareza, respeitar a ideia ou a opinião do outro mesmo que não concorde com ela. PÁG.
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É muito provável que os alunos já tenham visto imagens de satélites meteorológicos na televisão, pois a previsão do tempo é comum nos telejornais diários. Converse sobre a importância da previsão do tempo na vida diária deles e para a economia. Na agricultura, por exemplo, é fundamental saber se vai chover ou não, se vai se formar geada, etc. PÁG.
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Informações sobre mapa antigo A palavra mapa, de origem cartaginesa, significa “toalha de mesa”. Os comerciantes e navegadores, ao discutirem rotas e caminhos em lugares públicos, estendiam uma toalha e rabiscavam sobre ela. Surgiu, assim, o documento gráfico chamado mapa. O mapa é um texto privilegiado para comunicar informações sobre o espaço geográfico. O primeiro mapa que se conhece é de origem babilônica e calcula-se que tenha sido feito por volta de 2400 a.C. Ele representava elevações cortadas por um rio.
Atividade 1
Diferentes sentimentos podem ser percebidos por meio da expressão do rosto e dos gestos. Se ficarmos atentos a essas manifestações, passaremos a conhecer melhor as pessoas. Amplie a atividade, propondo aos alunos que observem essas expressões nos colegas durante um tempo determinado, por um ou mais dias. Esta atividade visa desenvolver a sensibilidade deles, levando-os a perceber o outro por meio de diferentes formas de comunicação. Além disso, estimula o respeito e a maior integração no grupo. Outra possibilidade é retomarem o alfabeto da linguagem dos sinais, trabalhado no capítulo 1 da unidade 1, e se comunicarem com os colegas por meio dele.
Atividade complementar Sugira aos alunos uma discussão sobre as dificuldades que eles enfrentam para se comunicar com colegas, pais, professores e outras pessoas de sua
epresentações – Mapa: um R instrumento de comunicação da Geografia
Na comparação dos mapas que mostram parte do litoral de Pernambuco, seria interessante localizar, num mapa do Brasil ou do estado de Pernambuco, a região aqui representada. Integre conhecimentos de História ao explorar o mapa de 1634, chamando a atenção para as informações que constam dele: navios, forte, morros, etc. Comente ainda que a orientação é diferente nos dois mapas: o mapa atual está orientado no sentido norte-sul; no mapa antigo, é o leste que está na parte inferior do mapa.
A distância de 42 quilômetros pode ser percorrida, em passo normal, em cerca de 7 horas. No entanto, nas competições de maratona, esse tempo é de pouco mais de 2 horas. PÁG.
Atividade 3b
Schäffer, Neiva Otero et al. Um globo em suas mãos: práticas para a sala de aula. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 2005. p. 88.
Atividade complementar Se possível, leve para a sala de aula mapas do município e do estado onde os alunos vivem, de modo que possam compará-los. Peça que realizem a atividade proposta na página utilizando esses mapas. Dessa forma, o estudo fica mais significativo para as crianças. PÁG.
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Atividade 1
O objetivo da atividade é fazer os alunos perceberem que até as localidades mais afastadas podem receber as mesmas informações, transmitidas pela televisão, que circulam pelos grandes centros urbanos. Apesar dessa vantagem, ressalte que,
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muitas vezes, os meios de comunicação de massa ofuscam as culturas locais, não oferecendo espaço para a sua veiculação.
Atividade 1b Os alunos podem mencionar alguns equipamentos e materiais como: antenas comuns, postes, cabos telefônicos e de TV fechada, cabines telefônicas, torres de transmissão de ondas de telefonia, rádio e televisão, caixas de correio, outdoors, entre outros. Destacamos apenas alguns dos vários 84 85 meios de comunicação existentes. Você pode ampliar o trabalho fazendo uma pesquisa sobre os meios de comunicação mais utilizados pelos alunos e apresentar algumas informações sobre eles. PÁG.
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Antes de conversar sobre a televisão, seria conveniente selecionar um programa do qual os alunos gostem para analisá-lo com eles. Nesse caso, é preciso ver o programa antecipadamente, conhecer os horários em que é exibido e gravá-lo, se necessário, para discuti-lo em sala, de modo que os alunos façam uma avaliação crítica, refletindo sobre os tipos de programa que selecionam para assistir. Os gráficos são uma fonte de informação importante. Comente o gráfico da página 84 com os alunos e destaque a televisão como o primeiro e o principal meio de comunicação de massa com o qual a maioria das crianças tem contato. Certifique-se da compreensão da leitura desse gráfico. É importante ficar claro que a cada grupo de 100 domicílios brasileiros apenas 3 não têm televisão.
Atividade complementar O tema estudado – exemplos de meios de comunicação – possibilita realizar um trabalho de ampliação da leitura de jornais, revistas, livros e textos de internet. Os livros e sites voltados para os alunos indicados no volume e ao final do Manual do Professor oferecem uma gama de sugestões que podem ser aproveitadas conforme cada turma. Além de livros e sites, você também pode incentivar a leitura de jornais, apresentando aos alunos os suplementos infantis dos periódicos que circulam no município ou na região. Nesse caso, mostre a eles primeiramente todo o jornal para que conheçam as seções e explique-lhes que, em geral, as pessoas não o leem inteiro, mas apenas as matérias que mais lhes chamam a atenção. Na revista Guia Prático para Professores-Ensino Fundamental, ano 4, n. 41, jul. 2007, publicada pela Editora Lua, você encontra ideias e sugestões de trabalho sobre o tema “meios de comunicação”. Se possível, sugira aos alunos que consultem o site (acesso em: 1o jul. 2014), em que terão acesso a um breve histórico animado sobre a evolução dos meios de comunicação, integrando o estudo do tema com História.
PÁG.
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Atividade 3
O objetivo da conversa com uma pessoa mais velha é levar o aluno a reconhecer a evolução nos meios de comunicação, constatando que algumas tecnologias ainda não estavam disponíveis quando essas pessoas mais velhas eram crianças.
Atividade – Saber ser A atividade deve ser encaminhada de modo que os alunos percebam a importância de organizar sua rotina, dividindo o tempo despendido com a internet e a televisão, por exemplo, e o despendido com outras atividades, como estudar, fazer atividades físicas, colaborar nas tarefas domésticas, etc. Caso eles passem muito tempo na frente da televisão e do computador, converse sobre o valor gasto com contas de energia elétrica. Chame a atenção também para o valor gasto com contas de telefone, caso se verifique na turma exagero no uso desse meio de comunicação. Aproveite para valorizar outras atividades, como estudo, brincadeiras coletivas, tempo dedicado à família e à leitura de bons livros, etc. Aproveite para conhecer melhor quais são os usos mais comuns da internet entre os alunos. Se julgar conveniente, oriente-os sobre usos adequados da rede, tanto em relação ao conteúdo como em relação ao tempo diário gasto com essa atividade. É importante deixar claro que a comunicação por meio do telefone ou dos recursos que a internet oferece traz muitas vantagens, principalmente as ligadas à praticidade e à ampliação das possibilidades de contato. Porém, também é necessário que os alunos saibam reconhecer os problemas no uso excessivo desses recursos, entre eles os relacionados ao sedentarismo, e saibam valorizar as relações presenciais como forma de estreitar os laços de afetividade e de amadurecer como ser social.
Atividade complementar Escolha um programa de televisão educativo para assistir com os alunos. Para isso, informe-se sobre os horários em que é transmitido e verifique a possibilidade de a atividade ser realizada na escola. Depois da transmissão, que não deve exceder 30 minutos, faça perguntas como: O que vocês acharam do programa? Por quê? Do que mais gostaram? Do que menos gostaram? Ao final, pergunte-lhes se o programa é adequado ao público infantil e como seria um programa inadequado às crianças; peça-lhes que justifiquem suas respostas. Nessa investigação, eles devem enumerar aspectos que consideram importantes em um programa infantil. Isso poderá ajudá-los na hora de selecionar os programas a que assistem. PÁG.
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Atividade 7
Espera-se que os alunos concluam que a leitura de mapas táteis se faz com o uso do tato (como o próprio termo indica). Desse modo, os alunos que não enxergam usam geralmente a ponta do dedo para fazer o reconhecimento das informações
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em alto-relevo ou baixo-relevo, ou ainda com outro tipo de textura. A atividade possibilita abordar o tema da inclusão nas escolas, reforçando a importância de uma convivência diversa e respeitosa. Caso em sua turma ou escola haja alunos com deficiência, aproveite para conversar sobre as trocas e os aprendizados que ocorrem entre eles. O Braile é um sistema de leitura e escrita por meio do tato. São pontos em relevo cuja disposição indica a que letra ou número correspondem.
Capítulo 2 Meios de transporte Os meios de transportes interligam diversos lugares, levando pessoas e mercadorias de uma parte a outra. Assim, como o sistema de comunicações, são fundamentais para as relações econômicas e sociais entre os espaços urbano e rural e entre os diversos municípios, estados e países. Neste capítulo, os alunos vão conhecer a diversidade dos meios de transporte, perceber seu valor e refletir sobre a importância do transporte coletivo. PÁG.
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Atividade prévia
Solicite com antecedência aos alunos que tragam uma embalagem vazia de algum produto consumido em sua casa. Podem ser tanto produtos nacionais como estrangeiros. Oriente-os a identificar nas embalagens os locais de origem dos produtos e a informá-los à turma. Anote no quadro de giz todos os locais mencionados. Em seguida, classifique os locais por estados e países. Identifique esses locais em mapas e peça aos alunos que imaginem o trajeto percorrido pelos produtos até a casa de cada um deles, o meio de transporte que foi utilizado para o transporte, etc. PÁG.
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Atividade 1
Explore as ilustrações com os alunos e pergunte-lhes em quais desses meios de transporte eles já andaram. Deixe que contem quando e como foi, para onde foram, como foi o trajeto, se gostaram, etc. Você pode também questioná-los sobre quais são os meios de transportes mais utilizados por eles e quais eles nunca utilizaram. Pode ainda ser feita uma tabela no quadro de giz para verificar qual é o meio de transporte mais utilizado pela turma. Ao final, peça-lhes que classifiquem os meios de transporte em aéreos, aquáticos e terrestres. Nessa faixa etária, os alunos já têm um bom conhecimento sobre o assunto, considerando suas experiências de vida. A atividade pode ser interessante exatamente por proporcionar o compartilhamento dessas experiências, ampliando o repertório da turma em geral. Também possibilita verificar os conhecimentos prévios dos alunos quanto aos tipos de meios de transporte. PÁG.
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Ao apresentar os tipos de meios de transporte, explique que eles variam por causa de vários fatores: características físicas e ativida-
des econômicas dos locais, questões políticas e culturais, finalidade para que são utilizados, fontes de energia disponíveis, etc. Procure explorar bem a realidade do município onde moram quanto a isso. Ao abordar os meios de transporte ter90 91 restres, você pode integrar conhecimentos de História, mencionando a importância das primeiras estradas de ferro para a economia cafeeira no início do século XIX – por meio das quais a produção era transportada até o litoral, de onde seguia para outros países – e o grande desenvolvimento da indústria automobilística no Brasil em meados do século XX, que impulsionou o transporte rodoviário no país. O transporte rodoviário integra outros meios de transporte. Uma de suas vantagens é que, por ser realizado por veículos menores, consegue chegar a quase todos os cantos do país. PÁG.
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Atividade 2 Além dos congestionamentos, que trazem enormes prejuízos aos habitantes das grandes cidades (em especial a perda de muitas horas de descanso por dia), é importante lembrar os danos ambientais causados pelo grande número de veículos em circulação. Os gases provenientes da queima de combustíveis pelos motores dos veículos são os maiores responsáveis pela poluição do ar e contribuem enormemente para o aquecimento global. Na conversa com as crianças, é importante explorar os conhecimentos prévios delas – já que esses temas são tratados frequentemente na televisão – e valorizar suas contribuições para a discussão. Caso os alunos morem em uma cidade grande, onde vivenciam congestionamentos, explique-lhes que isso é resultado do excesso de veículos, da desorganização nas ruas da cidade e da falta de obediência às leis de trânsito por muitos motoristas. Para que possam experimentar de maneira lúdica a importância da organização no trânsito, você pode propor que observem os momentos e locais de grande fluxo de pessoas (alunos, funcionários, pais) na escola, como na hora de entrada/saída, no recreio, em festividades, etc. Peça que verifiquem como elas se comportam, se há tumultos e o que poderia ser feito para organizar o fluxo de pessoas e facilitar a vida de todos na escola. Espera-se que os alunos reflitam sobre a adesão ao transporte coletivo (que precisa oferecer qualidade e atender quantitativamente a procura), que contribui para reduzir o número de veículos particulares em circulação. A opção pelo metrô se mostra ainda mais interessante, principalmente quando percorre trechos subterrâneos, pois ele não compete por espaço com os outros veículos.
Informações sobre os portos brasileiros Os portos brasileiros desempenham papel fundamental no desenvolvimento do país. Estratégicos para a economia nacional, constituem uma das principais infraestruturas de apoio ao comércio exterior.
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A atividade portuária é um sistema complexo que envolve diversas atividades e muitos trabalhadores. A partir de 2005, o governo passou a investir na modernização dos principais portos do país, tornando-os mais eficientes, como é o caso de Suape, PE, que, por sua localização geográfica, tornou-se um polo concentrador e distribuidor de cargas. Veja os principais portos brasileiros. Principais portos brasileiros Angra dos Reis (RJ)
Niterói (RJ)
Antonina (PR)
Paranaguá (PR)
Aratu (BA)
Pelotas (RS)
Areia Branca (RN)
Porto Alegre (RS)
Belém (PA)
Porto Velho (RO)
Cabedelo (PB) Estrela (RS) Forno (RJ) Fortaleza (CE) Ilhéus (BA) Imbituba (SC) Itaquaí (RJ)
Recife (PE) Rio de Janeiro (RJ) Salvador (BA) Santana (AM) Santarém (PA) Santos (SP)
Itajaí (SC)
São Francisco do Sul (SC)
Itaqui (MA)
São Sebastião (SP)
Maceió (AL)
Suape (PE)
Manaus (AM)
Vila do Conde (PA)
Natal (RN)
Vitória (ES)
Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Disponível em: . Acesso em: 2 jul. 2014. PÁG.
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Representações – Ícones e linhas
Esta seção oferece mais uma oportunidade para os alunos aplicarem os conhecimentos cartográficos desenvolvidos ao longo dos volumes. Antes de realizar a atividade, explore o mapa com eles, perguntando-lhes o que é mostrado e pedindo que indiquem como as diferentes redes de transporte foram representadas. Caso os alunos ainda apresentem dificuldade, aproveite para retomar com eles alguns dos elementos do mapa, como legenda, título, orientação e escala, procurando sanar as dúvidas porventura existentes a respeito. Complementando, você pode ler com a turma outros mapas, com atenção aos ícones usados e aos tipos de linha. Se possível, utilize um mapa do município em que os alunos vivem. Se possível, apresente aos alunos um esquema 93 animado de eclusa. Existe um bem claro no site do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), disponível em: ; acesso em: 2 jul. 2014. PÁG.
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O texto aborda o desenvolvimento dos meios de transporte, que está intimamente associado ao desenvolvimento do espaço urbano e
também ao contexto econômico, político e cultural do município ou do país. O fluxo de produtos, possibilitado pelos meios de transporte, traz implicações para os lugares por onde passa.
Atividade 2a Espera-se que os alunos identifiquem os meios de transporte mais usados para levar o látex da Amazônia à Europa: ferrovias (trens) e embarcações nos rios e no oceano.
Atividade 2b Estimule os alunos a perceber que a ferrovia na Amazônia propiciou o desenvolvimento do extrativismo vegetal (látex), do comércio (comercialização do látex e de outros produtos para atender a população que se formava no entorno da ferrovia) e da indústria (fábricas de borrachas na Europa, que, por sua vez, atendiam as indústrias automobilísticas). Procure conversar com eles sobre a formação de novos municípios em torno da ferrovia e sobre as transformações ocorridas no local. A ferrovia atraiu pessoas para trabalhar na sua construção, na extração do látex (atividade favorecida pela ferrovia) e nas atividades que surgiram para atender as necessidades da própria população em crescimento (agricultura, comércio, serviços). E o relativo adensamento da população originou novos municípios. Como esses municípios surgiram em plena floresta Amazônica, depreende-se que as transformações estão ligadas ao desmatamento para dar lugar à criação de espaços urbanizados e à prática de atividades econômicas. PÁG.
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epresentações – A planta R da cidade
Nesta seção são retomados alguns elementos cartográficos vistos anteriormente, como localização e escala. Os alunos podem oferecer respostas diferentes da apresentada no percurso traçado no mapa (sai da pça. do Cruzeiro pela av. 84; vira à direita na r. Sen. Roberto Kennedy; à direita na av. Araguaia até a pça. Antonio Lizita), leve todas respostas em consideração, principalmente se o traçado e as direções indicadas estiverem corretos. Verifique se eles ainda têm alguma dúvida e, se necessário, aproveite o momento para saná-la. Você pode, por exemplo, utilizar a planta do município onde eles moram e escolher alguns pontos turísticos e lugares conhecidos para propor-lhes outras atividades. PÁG.
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Atividade 1
O objetivo é que os alunos percebam a importância dos meios de transporte tanto no deslocamento de matéria-prima para as indústrias como também para o transporte do produto final aos pontos de comércio e, deles, até a casa dos consumidores. Solicite a alguns alunos que leiam seu texto em voz alta, estimulando a oralidade.
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Atividade 2 A atividade alia o tema desenvolvido no capítulo à leitura do mapa das redes de transporte do Paraná. Para realizá-la, os alunos vão trabalhar alguns dos elementos de um mapa, como título e legenda, além de analisar as redes de transporte disponíveis no estado em questão. PÁG.
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Atividade – Saber ser (3)
Converse com os alunos sobre a importância de haver respeito entre todos os condutores de veículos, quer sejam ciclistas, quer sejam motoristas de outros veículos que circulam pelas vias, e também destes com os pedestres e vice-versa. O respeito de uns com os outros garante mais segurança e tranquilidade no trânsito das cidades. É importante explicar que, para proteger a vida dos ciclistas, é necessário que as ciclovias sejam bem demarcadas e sinalizadas. Nos locais onde não há ciclovias mas há trânsito de bicicletas, deve haver sinalização e fiscalização rigorosa, para evitar atropelamento de ciclistas. Aproveite para abordar o direito à cidade. A cidade é de todos os cidadãos, e todos devem desfrutar de seus benefícios. Assim, as ruas não podem ser adequadas apenas aos carros, mas devem propiciar o deslocamento de todas as pessoas. É importante, portanto, que os ciclistas possam circular de modo seguro e que os pedestres também tenham condições de se locomover com facilidade e segurança nas vias públicas.
Atividade – Saber ser (4) Embora a situação apresentada na atividade ocorra no âmbito pessoal, ela traz consequências de ordem social e ambiental que atingem um número muito grande de pessoas. Se esse sistema foi abordado na abertura desta unidade, com a sugestão de que eles conversassem com os pais ou responsáveis a respeito, retome essa questão. O objetivo é que no item a eles argumentem que é importante dar carona pois alivia o trânsito, aproxima as pessoas, diminui a poluição, pode significar economia de combustível e de tempo para os pais que se revezam. Eles poderão dramatizar as situações, valorizando a importância do diálogo. No item b, estimule-os a propor sugestões para melhorar o trânsito na cidade. Entre as diversas possibilidades de respostas, eles poderão mencionar: investir na melhoria dos transportes coletivos para incentivar as pessoas a deixar o carro em casa, percorrer pequenas distâncias a pé ou de bicicleta, preferir o transporte coletivo ao individual e oferecer carona sempre que for possível.
Atividade complementar Peça aos alunos que formem duplas para uma pesquisa em livros, revistas, jornais, na internet, etc. sobre meios de transporte diferentes dos estudados no capítulo. Diga-lhes que colem figuras ou que façam
desenhos numa folha avulsa, e que escrevam o nome do meio de transporte e onde ele é utilizado. No dia marcado por você, os alunos vão apresentar a pesquisa para a turma. Ajude-os a organizarem os trabalhos no mural da classe. Algumas sugestões de meios de transporte: canoa (rios e litoral), jangada (litoral das regiões Nordeste e Norte), voadeira (rios das regiões Norte e Centro-Oeste), bicicleta (em todo o país), cavalo (zona rural de todo o país, especialmente na Região Sul), etc.
Capítulo 3 Os problemas dos meios de transporte e de comunicação Um dos desafios dos governantes brasileiros é garantir que os meios de transporte e de comunicação promovam a integração social, econômica e cultural deste país de extenso território. Para isso, são necessários investimentos em infraestrutura e a criação de condições para que se reduzam as desigualdades sociais. Neste capítulo, objetivamos iniciar os alunos nessa reflexão. PÁG.
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Inicie o capítulo explorando a imagem com os alunos e garantindo que eles compreenderam o humor e a ironia apresentados.
Atividade 1b A mensagem transmitida nos folhetos é “Mantenha limpa sua cidade”. Essa mensagem que está sendo veiculada é completamente contraditória, já que, ao serem jogados inúmeros folhetos nas ruas da cidade, o que está sendo feito é exatamente o oposto do que está sendo transmitido nela.
Atividade 1c Ao transmitir uma mensagem à população para que ela mantenha limpa sua cidade, deve-se, primeiramente, dar o exemplo, por isso, essa mensagem poderia ser veiculada em meios de comunicação como rádio e televisão.
Atividade – Saber ser Embora o assunto já tenha sido abordado de diversas maneiras ao longo da coleção, é sempre importante retomar com os alunos a questão da responsabilidade com os lugares que frequentamos. Refletir sobre nossas atitudes ajuda a corrigir falhas e aperfeiçoar determinadas práticas. Muitas vezes, reproduzimos costumes pouco saudáveis simplesmente por não pensarmos em nossas atitudes. PÁG.
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Atividade 1
Analise com os alunos a tabela que informa quais empresas receberam mais reclamações no município de São Paulo no começo do ano de 2012. Das quinze empresas mencionadas, cinco eram de telecomunicações (incluindo a de vendas pela inter-
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net). Retome com eles que as infraestruturas de telecomunicações envolvem satélites, antenas de recepção e de transmissão de sinais, cabos, computadores e diversos equipamentos eletrônicos. Os serviços de telefonia e de internet no Brasil recebem muitas reclamações de consumidores, não somente por causa da deficiência na qualidade dos serviços, mas também por causa de cobranças abusivas, de falta de atendimento adequado ao consumidor e de propaganda enganosa. E também é importante destacar que, apesar da ampliação da oferta de serviços de telefonia e de internet e do aumento da renda do brasileiro em geral, parcelas significativas da população do país ainda não têm acesso a esses serviços, pois não dispõem de recursos para a contratação deles. A construção de estradas está intimamente PÁG. 101 relacionada ao crescimento das cidades. A partir de meados do século XX, a construção de grandes eixos de norte a sul do país, como a BR-101 e a BR-116, propiciou o crescimento de várias cidades, que se sobressaíram na economia nacional. Atualmente, se destacam as cidades que crescem à beira de alguns trechos de rodovias nas regiões Norte e Centro-Oeste, como a BR-163 e a BR-153. Esse crescimento, no entanto, pode causar danos à natureza e a alguns grupos, como os indígenas, que dependem da mata original para sobreviver. Caso os alunos morem em municípios localizados próximos a essas rodovias, explore o assunto, propondo-lhes que conheçam as posições dos diferentes grupos que vivem no lugar e reflitam sobre modos de possibilitar o desenvolvimento econômico sustentável.
Atividade 3 A grande extensão territorial do Brasil impõe dificuldades à ligação dos diferentes pontos do país por meio de rodovias. As grandes distâncias entre os pontos extremos do território brasileiro exigem enormes investimentos de recursos para a realização de obras capazes de estender a malha rodoviária por trechos muito longos (que abranjam milhares de quilômetros). PÁG.
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Atividade 1
Você pode comentar com os alunos que o excesso de elementos de comunicação visual causa desconforto às pessoas, podendo ser caracterizado como um tipo de poluição. A abundância de cartazes, anúncios, faixas, letreiros, placas, etc. causa grande prejuízo ao ambiente urbano, já que torna a paisagem visualmente confusa e esconde as características naturais e arquitetônicas. Em alguns casos, pode causar acidentes de trânsito, pois distrai a atenção de motoristas e pedestres.
Atividade 2 Explique aos alunos que o descarte de baterias, de pilhas e de aparelhos eletrônicos que já não funcionam deve ser feito em pontos de coletas nas
próprias lojas de revenda desses produtos ou em postos de coleta especializados em reciclagem de materiais eletrônicos. Também é importante incentivar a doação de equipamentos eletrônicos que estão sendo trocados por modelos mais modernos, mas que ainda funcionam, já que podem ser úteis para muitas pessoas e instituições (ONG, por exemplo). Também lembramos que um celular considerado velho para uma pessoa pode ainda servir para outrem. Antes de simplesmente ser mandado para a reciclagem, o aparelho poderá ser reaproveitado por outra pessoa. PÁG.
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Representações – A escala
A atividade possibilita aos alunos entrar em contato com noções de proporcionalidade. Se julgar conveniente, proponha-lhes que compartilhem os resultados da atividade e realizem as etapas coletivamente. Nesse caso, acompanhe os cálculos feitos pelos alunos e observe se todos compreenderam a representação em escala. Para isso, integre conhecimentos de Matemática. PÁG.
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Atividade 2
Para ampliar a reflexão sobre o texto reproduzido na atividade, converse com os alunos sobre as vantagens do uso de tecnologias como a internet. No item d, esclareça que a troca de informações entre pessoas de lugares distantes e realidades diferentes também pode acontecer por outros meios de comunicação, como as cartas, por exemplo. PÁG.
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amos fazer! – Os meios V de transporte e de comunicação no município
Na apresentação final da entrevista, peça aos alunos que deem um título ao trabalho realizado. Você pode propor algumas atividades aos alunos, integrando assuntos abordados durante o ano. Eles poderão, por exemplo, observar as mudanças na maneira de executar os trabalhos nas diversas atividades econômicas e o desenvolvimento tecnológico nos meios de comunicação. Além disso, as entrevistas favorecem o trabalho com o respeito e a valorização dos idosos.
Atividade complementar Dê continuidade ao trabalho, trocando ideias com os alunos sobre os registros que eles fizeram. Pergunte-lhes: O sistema de transportes do município mudou muito? Como? E o sistema de comunicações? O que poderia ser feito para melhorar os sistemas de transporte e comunicação de seu município? Peça aos alunos que registrem as suas conclusões no caderno. PÁG.
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Atividade 2 Os esquemas possibilitam a organização das informações e a relação de conceitos. No
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entanto, é preciso ensinar os alunos a compreendê-los. Num primeiro momento, eles precisam aprender a ler esquemas para depois ser capazes de construí-los. Com o tempo, eles passarão a adquirir autonomia nos estudos e poderão utilizar mapas conceituais (ou esquemas) como forma de organização do conhecimento e de estratégia de estudo. Realize a atividade com as crianças, auxiliando-as por meio de perguntas. PÁG.
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Atividade – Saber ser
A atividade apresenta um conflito e propõe aos alunos que deem soluções a ele. Embora, na situação proposta, não haja descumprimento da lei, o objetivo é sensibilizá-los para situações do dia a dia que extrapolem o cumprimento de normas. No item c, espera-se que os alunos respondam que algum dos jovens no ônibus deveria se levantar para dar lugar ao homem com a criança. O objetivo é que reflitam sobre o uso do bom-senso e da solidariedade em situações como essa, independentemente de regras ou leis. Ao finalizar a atividade, converse com eles sobre outras situações em que, independentemente das leis, ações solidárias podem tornar o lugar em que vivemos mais humano.
Informações sobre assentos preferenciais Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), os assentos preferenciais em ônibus são destinados a obesos, gestantes, pessoas com criança de colo, idosos e pessoas com deficiência física. Esses assentos devem ser identificados pela cor amarela, aplicada no apoio de braço, no encosto de cabeça e no pega-mão. Junto aos assentos preferenciais deve ser afixado um adesivo com símbolos específicos, indicando quais as pessoas que possuem o direito legal de uso desses assentos. Além disso, o ônibus deve ter 10% dos assentos disponíveis para uso das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, sendo garantido o mínimo de dois assentos, preferencialmente localizados próximos à porta de acesso. Veja abaixo os símbolos dos assentos preferenciais.
na unidade e verifique se conseguem estabelecer relações. A situação se passa no interior de um ônibus (meio de transporte de uso coletivo), nele há alguns símbolos utilizados para comunicar uma mensagem, que, por sua vez, precisa ser decodificada para que seja compreendida.
Atividade 4 Certifique-se de que os alunos percebem que as duas fotografias mostram a cidade de São Paulo em anos diferentes (a primeira é de 2007; a segunda, de 2014). Pergunte às crianças se elas concordam com a lei que proíbe a poluição visual, ou seja, a veiculação de propaganda em muros, fachadas e outdoors, no município de São Paulo. Chamada Cidade Limpa, a lei entrou em vigor em janeiro de 2007.
Unidade 4
A vida no município
Nesta unidade, procura-se traçar um panorama da diversidade de modos de vida presente nos municípios, tanto no campo como na cidade. Além de tratar dos aspectos econômicos, busca-se transmitir às crianças noções sobre a vida dos vários grupos humanos que vivem e trabalham no município, com especial ênfase nas transformações que o ser humano opera na paisagem, tanto rural como urbana.
Introdução Na primeira atividade espera-se que os alunos observem que na cena representada existem várias pessoas com modos de vida diferentes. Na segunda atividade eles devem refletir que, se por um lado, na cidade as pessoas possuem modos de vida diversos, existe também no espaço urbano uma grande concentração e o encontro de pessoas. Os espaços da cidade são compartilhados, formam uma rede de inter-relações e comunicações. Na terceira atividade estimule os alunos a pensar sobre o acelerado ritmo de vida das pessoas nas grandes cidades e como isso se reflete no seu cotidiano. Por fim, abra espaço para que as crianças imaginem um lugar onde gostariam de viver. Essas reflexões poderão despertar a curiosidade e o interesse dos alunos pelos temas que serão abordados na unidade.
Atividade complementar
Fonte de pesquisa: ABNT. Disponível em: . Acesso em: 2 jul. 2014.
Atividade complementar Pergunte aos alunos como a situação apresentada na atividade se relaciona aos temas estudados
Pergunte aos alunos o que, para eles, significa ter boas condições de vida. Além das ações de responsabilidade do governo, estimule-os a pensar em situações do cotidiano, pedindo que mencionem atitudes pessoais que interferem nas condições dos lugares que habitamos. Você pode sugerir que assistam ao filme A corrente do bem (Direção de Mimi Leder. EUA: Warner Bros, 2000). Ele conta a história de um professor que propõe uma ideia simples: um gesto de gentileza e bondade
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que deve ser reproduzido pelas pessoas, formando uma verdadeira rede. Um aluno resolve pôr em prática a ideia do professor, transformando o lugar onde vive.
Capítulo 1 A vida no campo Partindo da ideia da feira como um espaço onde o rural e o urbano se encontram, o capítulo apresenta a grande variedade de paisagens, grupos humanos, atividades e modos de vida do campo no Brasil.
mentos da legenda. Depois das atividades sugeridas, você pode explorar com a classe os demais elementos, fazendo perguntas como: Em que rua fica a padaria? E o açougue? Qual é o estabelecimento localizado em frente ao posto de gasolina? PÁG.
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O objetivo da atividade é verificar os conhecimentos prévios dos alunos, preparando-os para a pesquisa proposta na atividade 2. PÁG.
Você pode fazer a leitura compartilhada do texto e depois conversar com os alunos sobre a origem dos alimentos que se vendem na feira, resgatando os conhecimentos prévios deles sobre alguns aspectos do espaço rural. Você pode perguntar, por exemplo: As fazendas e os sítios de onde os alimentos provêm são próximos do local onde vocês vivem? Vocês conhecem alguma família que se dedica à agricultura? Que meios de transporte são usados para levar os produtos até a feira? Além de produção de gêneros agrícolas e pecuários, existem outras atividades no campo? PÁG.
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Você pode orientar a observação da imagem que mostra uma feira do século XIX e pedir aos alunos que a comparem com a foto da página anterior, de uma feira atual. Em que são parecidas? Em que são diferentes? Ao trabalhar o conteúdo desta página, retome a informação de que no campo também pode haver indústrias (usinas de açúcar, fábricas de laticiínios, etc), casas de comércio (mercados, lojas de produtos agrícolas, etc.), além de escolas, bancos e outras instituições de serviços. É interessante também lembrar que alguns aspectos do modo de vida normalmente atribuídos à população urbana também são comuns entre as pessoas que vivem no campo. A televisão, por exemplo, está presente em 97% das casas brasileiras; as roupas, os móveis e os eletrodomésticos das casas e também as músicas que as pessoas ouvem, os modos de se divertir podem ser muito semelhantes no campo e na cidade. PÁG.
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Atividade complementar Converse com os alunos sobre as possíveis relações entre o campo e a cidade em seu município. Explore e valorize as experiências pessoais dos alunos, confrontando-as com exemplos trazidos pelo livro didático. PÁG.
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Representações – Orientação espacial
Entre os elementos da alfabetização cartográfica neste nível de ensino, tem grande importância a interpretação de informações em uma representação de espaços como o quarteirão ou o bairro. Além desse objetivo, a atividade trabalha também a compreensão de instruções para a localização de lugares. Oriente os alunos a identificar na representação todos os ele-
Atividade 1
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Atividade 2
A atividade tem por objetivo trabalhar a interpretação de referências espaciais, abordada na seção Representações da página 115.
Capítulo 2 A vida na cidade O espaço urbano brasileiro, onde vivem 86% da população do país, apresenta uma enorme variedade de características, que se refletem na paisagem. Assim, nas paisagens das menores cidades e das grandes metrópoles se espelham a origem, a economia, a composição, os problemas sociais, a memória e as tradições que fazem diferentes umas das outras as 5 570 cidades do Brasil. O poema e a ilustração retratam uma paisa122 gem de uma pequenina cidade, um espaço urbano particular. A partir desses elementos, converse com os alunos, retomando seus conhecimentos prévios sobre o espaço urbano. Certifique-se de que eles percebem que as cidades são muito diferentes umas das outras e que essas diferenças podem ser percebidas na paisagem. PÁG.
PÁG.
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Atividade 1
O principal objetivo desta atividade é familiarizar o aluno com a leitura de tabelas, um instrumento muito importante no estudo de Geografia e na leitura do mundo em geral. Tabelas – sozinhas ou como base de gráficos – serão trabalhadas ao longo da vida escolar e estão presentes nos meios de comunicação e nas mais diversas situações do dia a dia (listas de compras, tabelas de preços, etc.). PÁG.
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Atividade 2
Ajude os alunos a localizar esses países em um mapa-múndi. Converse com eles sobre a imigração, especialmente sobre o fato de os imigrantes trazerem costumes diferentes e sobre a vontade deles de reproduzir na nova terra aspectos de sua cultura original. Você pode explorar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o assunto, especialmente as vivências pessoais de crianças filhas ou netas de imigrantes. Por exemplo, pergunte se existe alguma comida especial que é feita em sua casa, ou se na família algumas pessoas – os avós, por exemplo – falam outra língua,
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se participam de alguma comemoração junto com outras famílias da mesma origem, etc. PÁG.
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Atividade 3
Converse com as crianças sobre a diversidade cultural do Brasil e o modo como muitas pessoas que saem de seu estado ou de sua cidade procuram manter seus laços com o lugar de origem. As lojas que vendem produtos do Nordeste, por exemplo, são comuns fora daquela região. A atividade tem por objetivo aproximar o conteúdo do local de vivência das crianças. Se não for possível localizar na cidade manifestações culturais de outros lugares do Brasil, você pode conversar sobre festas ou tradições que as crianças conheçam pela televisão. PÁG.
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Atividade 5
Ainda persistem no Brasil, frequentemente reforçadas pelos meios de comunicação, ideias estereotipadas sobre os povos indígenas. É comum a visão de que o indígena é apenas o membro de um grupo que vive na floresta em casas de palha, anda nu, fala uma língua nativa e não compartilha do modo de vida dos brasileiros não indígenas. É importante desfazer esse estereótipo. Deve-se mostrar aos alunos a variedade de povos, línguas e costumes presentes entre as populações indígenas do Brasil (assunto presente nos conteúdos estudados em anos anteriores) e também dizer que atualmente grande parte dos indígenas partilha de muitos aspectos do modo de vida dos não indígenas. De todo modo, os indígenas mantêm seus direitos constitucionais e sua identidade, vinculada fundamentalmente à sua ligação de origem com as populações que habitavam o Brasil antes da chegada dos portugueses. Para outras informações a respeito desse tema, consulte o site da Fundação Nacional do Índio (Funai) ou o do Instituto Socioambiental (acessos em: 4 jul. 2014). PÁG.
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Atividade 7
A percepção sobre o lugar de vivência pode variar bastante de uma pessoa para outra e incluir elementos que não são visíveis por todos. Por exemplo, uma criança pode dar grande valor a um espaço onde brinca, ao campinho de futebol, à escola, a um lugar onde uma banda se reúne para tocar, à padaria onde vai comprar pães e doces, etc. A visão subjetiva, carregada de aspectos emocionais, faz parte do próprio conceito geográfico de lugar. PÁG.
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Atividade 1
O texto permite abordar a subjetividade presente na visão que as pessoas têm sobre os lugares. Nesse texto, a autora mostra uma visão afetuosa do bairro onde vive, destacando aspectos positivos, como calma, arborização, sensação de bem-estar ao percorrer o lugar, manutenção de características parecidas com as de cidades pequenas (“bairro bem
provinciano”, leiteiro). Se considerar adequado, você pode conversar com as crianças sobre esse aspecto subjetivo: outras pessoas podem ter outra opinião sobre o mesmo lugar e destacar outros aspectos do mesmo espaço. Por exemplo, seria possível abordar a presença de forte desigualdade social na Vila Maria, onde há várias favelas. Na área em que a autora do depoimento vive, porém, esse aspecto talvez não seja evidente.
Atividade 1c A autora também cita como característica trânsito não muito difícil e é possível imaginar que não há muita desigualdade social presente na paisagem. A autora percebe também características de tranquilidade na paisagem, pois classifica o bairro como “provinciano [...] com uma única avenida comercial”. PÁG.
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Atividade 3
A atividade permite que o aluno pratique o registro de informações transmitidas oralmente. O registro das respostas e a elaboração do texto são atividades muito ricas para o desenvolvimento da escrita. Oriente previamente os alunos sobre a escolha do entrevistado e o preparo das perguntas.
Capítulo 3 As transformações no campo e na cidade O foco deste capítulo são as mudanças pelas quais o espaço geográfico passa ao longo do tempo. Tanto as áreas rurais quanto as urbanas sofrem alterações que são percebidas nas paisagens e estão presentes nos registros históricos e na memória das pessoas. Para compreender um lugar faz-se necessário resgatar também a sua história. Você pode fazer uma leitura compartilhada do 130 texto com os alunos, resolvendo as dúvidas que aparecerem. A seguir, converse com eles sobre a notícia, desenvolvendo oralmente as atividades propostas. PÁG.
Atividade 3 As crianças poderão conversar sobre a questão tomando como base sua própria vivência. O mais provável é que as pessoas que residem no bairro não sejam beneficiadas, mas prejudicadas. Um dos maiores prejuízos será o de suas referências de memória, pois muitas pessoas viveram na vizinhança, passaram todos os dias pelo local, admiraram a bela casa, tomaram-na como ponto de referência. O trânsito da rua também vai piorar. Nesse caso, trata-se de uma rua de trânsito intenso.
Atividade 4 Os alunos poderão trazer à discussão sua própria experiência. Você pode pedir a eles que se lembrem de alguma casa que “desapareceu” em seu município. O que foi construído no local? O que eles sentiram? O que as pessoas mais velhas disseram?
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Atividade 4b
Entre os materiais usados nas décadas de 1930 e 1940, podem ser citados: cartilha e livros de leitura, lápis, pena, tinteiro, mata-borrão, cadernos pautados, cadernos de desenho (folhas sem pauta), cadernos de caligrafia (com pauta especial), lápis de cor, caneta-tinteiro. Você pode pedir às crianças que conversem com pessoas idosas para saber que materiais eram usados quando eles estavam na escola. Entre os materiais utilizados ainda hoje podem ser citados: lápis, caderno, compasso, entre outros. PÁG.
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epresentações – Redução R de imagens
A atividade retoma as primeiras noções de coordenadas para a localização de pontos em uma representação – que, por sua vez, pode ser utilizada para a orientação no espaço geográfico. Essas noções devem ter sido introduzidas nas séries anteriores. Especificamente, nesta atividade, além de servirem para a localização de elementos na imagem, facilitando a visualização da distribuição de cada elemento em relação ao conjunto, a rede de coordenadas devem ser utilizadas como referência para que os alunos reproduzam a imagem de modo reduzido em outra folha. Espera-se que, em geral, os alunos encontrem algum nível de dificuldade. Auxilie-os com suas dúvidas e deixe-os bem a vontade para errar e corrigir o quanto for necessário. O desenho não precisa ficar perfeito, pois o principal objetivo da atividade é o aprimoramento do domínio sobre o sistema de coordenadas e da capacidade de aplicar esse mecanismo, fazendo, neste caso, a projeção de uma imagem. A atividade também permite trabalhar a própria noção de redução e a noção de escala. Na internet pode ser encontrado bom material 134 para reflexão sobre a destruição da memória urbana e seus reflexos na vida das pessoas. Um artigo interessante é “Memória demolida”, de Luiz Antonio Simas, que aborda a demolição de uma escola pública no Rio de Janeiro para a ampliação do estádio do Maracanã. Disponível em: . Acesso em: 4 jul. 2014. Outros textos e imagens poderão ser acessados fazendo uma pesquisa com as palavras “memória urbana”. PÁG.
Atividade1 Entre os aspectos positivos (item a), pode ser citada a construção de obras, como novas ruas e avenidas que podem trazer benefícios para o bairro. Entre os aspectos negativos (item b), é possível citar: a construção exigiu a demolição das casas que havia em uma grande área; muitas pessoas tiveram de se mudar; o local perdeu suas características antigas e a cidade perdeu uma parte de sua memória; as pessoas perderam seus locais de referência.
Atividade 2 Para as crianças, pode não ser tão fácil identificar uma construção “antiga”. Nesse caso, você pode orientá-las a perguntar a algum adulto ou a uma pessoa idosa, que poderá também contar um acontecimento envolvendo a edificação. Peça aos alunos que contem aos colegas o que descobriram. PÁG.
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Atividade 3
É interessante conversar com as crianças sobre o que se comemora nas festas indicadas. Podem-se lembrar as origens das festas cívicas ou religiosas comemoradas na cidade e também mencionar a maneira como elas eram antes e as mudanças por que passaram. PÁG.
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Atividade 1 b
Uma parte dos brinquedos era feita pelos adultos e pelas próprias crianças. Para isso usavam-se sobras de madeira das marcenarias. Os rolimãs (rolamentos) eram encontrados nas oficinas mecânicas. Também era muito comum a improvisação: no meio rural, os sabugos de milho costumavam virar boizinhos, atados com barbante a pequenos carrinhos e assim por diante. Nas épocas a que se referem as fotos (décadas de 1950 e 1960) já havia muitos brinquedos fabricados em indústrias, como bolas, piões de madeira, bolinhas de gude, bonecas, carrinhos de metal e de plástico, etc. As cordas de pular eram de fibras naturais, como a juta e o algodão.
Atividade 1 c Deixe os alunos a vontade para fazerem comparações quanto aos estilos das roupas das fotos em relação às que eles usam. Aproveite para comentar que, no passado, a maioria dos tecidos era de algodão e que boa parte das roupas, era feita pelas donas de casa ou por costureiras e alfaiates. Hoje, além de existir maior diversidade de tecidos, as roupas são provenientes principalmente das indústrias. O mesmo ocorreu com os calçados: hoje, além do couro, diversos outros materiais são utilizados em sua fabricação, normalmente realizada em indústrias.
Atividade 2 Entre as alterações ocorridas no campo estão o aumento da produção agropecuária, a diminuição do emprego de mão de obra (já que o uso de máquinas modernas exige menos trabalhadores) e a ampliação das áreas ocupadas por grandes propriedades agrícolas e de criação de animais voltadas para a exportação (pois a intensa mecanização exige altos investimentos).
Atividade – Saber ser Ao refletir sobre um lugar querido da cidade e ao representá-lo, a criança trabalha os laços afetivos que unem as pessoas aos lugares de sua vivência. Essa reflexão, compartilhada com os colegas, contribuirá para desenvolver o senso de responsabilidade com relação à cidade e ampliar a responsabilidade cidadã. PÁG.
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amos fazer! – O livro do V município
Após a leitura do poema, oriente os alunos na confecção da capa, do frontispício e do sumário do livro. Em primeiro lugar, solicite que ordenem e numerem todas as páginas dos trabalhos produzidos ao longo do ano. No frontispício, peça que coloquem o nome dos autores (os membros do grupo), o ano que estão cursando e a data em que o livro está sendo feito. No sumário entram os títulos dados aos trabalhos realizados e o número da página em que cada um inicia. Por fim, auxilie os grupos na montagem do material e providencie seu encaminhamento para a biblioteca da escola. Ao final, avalie com os alunos o resultado do material produzido. Pergunte-lhes o que mais gostaram de fazer, do que não gostaram tanto e se mudariam algo no processo. PÁG.
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Atividade 2 Informações sobre Núcleo Bandeirante
O Núcleo Bandeirante ficou conhecido como Cidade Livre, já que isentava de impostos comerciantes que se instalassem no local durante o período da construção de Brasília (1956-1960). Ao longo desses anos, o loteamento estava destinado exclusivamente ao uso comercial. Os lotes foram cedidos em sistema de comodato, isto é, a escritura não era definitiva e deveriam ser devolvidos à Novacap [empresa que coordenava a construção de Brasília] no final de 1959. Para impedir o fim do Núcleo Bandeirante, em abril de 1960, foi iniciado o movimento PróFixação e Urbanização do Núcleo Bandeirante (MPFUNB), de residentes e usuários da cidade que reivindicavam a fixação no local. O movimento foi ganhando força e a vitória dos moradores ocorreu por meio da Lei no 4.020, de 20/6/61, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da República, João Goulart. Agência Brasília. Disponível em: . Acesso em: 4 jul. 2014. PÁG.
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Atividade 3
A principal dificuldade visível na foto para os moradores dessa rua é a falta de rede de esgoto. Os despejos das residências ocorrem na rua e oferecem sérios riscos para a saúde das pessoas, especialmente das crianças. As doenças são causadas especialmente por microrganismos presentes na água contaminada por dejetos. Para ser resolvido, esse problema exige a atuação do poder público, responsável pela construção de redes e pelo tratamento do esgoto das cidades.
Sugestões de leitura e sites para o aluno
Leitura Aragão, José Carlos. Trem chegou, trem já vai. São Paulo: Paulinas, 2003. Explorando sonoridade e ritmo, esse livro traz uma seleção de poemas cujo tema é o trem.
Ayres, Rosa. A piabinha do rio das Velhas. São Paulo: Paulinas, 2007 (Coleção Esconde-Esconde). Esse livro conta a história da revolta de alguns peixes contra o lançamento de lixo nas águas do rio onde eles vivem. Eles se organizam e criam uma maneira de devolver aos pescadores o lixo que está sendo jogado. O livro aborda a necessidade de conservação das fontes de água doce.
Branco, Samuel Murgel. O saci e a reciclagem. São Paulo: Moderna, 2002. O saci é uma simpática personagem do nosso folclore. Travesso, adora fazer brincadeiras e aprontar confusões. Nesse livro, a criança vai aprender com o saci a fazer reciclagem brincando.
Coelho, Maria de Lourdes. Pedro compra tudo (e Aninha dá recados). São Paulo: Cortez, 2004. O livro discute a questão do consumismo. Pedro é um menino de classe média que ganha mesada e compra por impulso tudo o que vê. Aninha, sua colega, dá dicas para o menino mudar esse comportamento. Aproveite para trabalhar com os alunos noções de consumo responsável, como: pensar se o produto à venda é realmente necessário, pesquisar preços antes de comprar, pedir nota fiscal e observar se o produto tem garantia.
Correia, Almir. Blog do sapo Frog. São Paulo: Formato, 2009. Narra a história de um sapo muito antenado no mundo globalizado, chegando a criar um blog. Um dos temas que despertam a atenção de Frog são os problemas ecológicos do planeta. Pelo blog, divulga notícias relacionadas à ecologia e troca e-mails com os de sua espécie, alertando-os para os riscos que correm e orientando-os a evitá-los. O projeto gráfico da obra remete à estética de um blog.
Difusão Cultural do Livro. Reciclagem. São Paulo: DCL, 2008 (Coleção Nosso Ambiente). O livro dá dicas de reutilização de embalagens, roupas e objetos. As crianças vão conhecer os três R – Reduzir (o consumo), Reutilizar (produtos) e Reciclar (materiais). Além disso, traz vários projetos de reciclagem no Brasil.
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José, Elias. A cidade salva pelos brinquedos. São Paulo: Cortez, 2007. O problema do desemprego é abordado nessa obra ao retratar as consequências do fechamento de uma fábrica de brinquedos.
Labbé, Brigitte. Natureza e poluição. São Paulo: Scipione, 2006. A exploração descontrolada de recursos naturais e o despejo de resíduos no ambiente têm constantemente degradado a natureza. O livro traz situações que visam auxiliar o leitor na reflexão sobre como se relacionar de maneira mais harmônica com o meio.
Lago, Ângela. João Felizardo, o rei dos negócios. São Paulo: Cosac Naify, 2007. Editado originalmente no México, o livro faz uma releitura de um conto clássico – entre as várias versões há uma dos irmãos Grimm. A obra mostra como é possível enriquecer sem acumular nenhum bem material e pode ser usada para trabalhar o consumismo.
Léourier, Charles. O segredo das pedras gravadas. São Paulo: Scipione, 2004 (Coleção Radar). O livro faz um panorama do desenvolvimento dos meios de comunicação, desde os desenhos em pedra feitos pelo homem primitivo até o computador.
Menezes, Silvana de. Árvores : um retrato da natureza muito viva. São Paulo: Cortez, 2005. Duas árvores testemunham a substituição da natureza pelo concreto. Dos operários que erguem as cidades às pessoas que as ocupam, nada lhes escapa. O livro possibilita um trabalho sobre as alterações no ambiente provocadas pelo ser humano no processo de construção das cidades.
Murray, Roseana. Artes e ofícios. São Paulo: FTD, 2007. A autora descreve com muita poesia algumas profissões bem conhecidas: a professora, o carteiro, a arquiteta, o catador de material reciclável, o guarda-noturno, o médico, a rendeira, a florista, etc., possibilitando ampliar os conhecimentos dos alunos sobre as profissões e o universo do trabalho.
Neves, André. A caligrafia da dona Sofia. São Paulo: Paulinas, 2007. Dona Sofia ama poesia. Por isso, ela decora as paredes de sua casa com elas. Quando não sobra mais espaço em suas paredes, dona Sofia decide distribuir poemas para todas as pessoas da cidadezinha onde mora. Para isso, usa a carta como meio de comunicação e o serviço dos Correios. A obra permite integrar conhecimentos de literatura, já que reproduz poemas de importantes escritores.
Porto, Cristina; Azevedo, Jô. Serafina e a criança que trabalha. São Paulo: Ática, 2003. O trabalho infantil é um problema socioeconômico ainda presente no campo e nas cidades do Brasil e do mundo. Esse livro, adaptado para o público infantil, mostra o cotidiano de crianças trabalhadoras, chamando atenção para o fato de que lugar de criança é na escola.
Rocha, Ruth. Davi ataca outra vez. São Paulo: Ática, 1999 (Coleção Procurando Firme). Diante da possibilidade de ver o único parque do bairro transformado em praça, um grupo de crianças decide lutar para evitar que isso aconteça. O texto mostra como a articulação de pessoas em prol de um interesse comum pode contribuir para o bem coletivo.
Tulchinski, Lúcia. Invenções geniais. São Paulo: Globo, 2004 (Coleção Almanaque do Sítio). Nesse almanaque estão classificadas importantes invenções. O texto consegue abordar temas complexos em linguagem acessível ao público infantil. Pode ser usado como fonte de pesquisa e como leitura complementar para os capítulos sobre meios de comunicação e transporte. Traz glossário e brinquedos que podem ser confeccionados pelas crianças.
Sites Acessos em: 4 jul. 2014. http://www.cambito.com.br – O site é um projeto da organização Viva Favela, com muitos jogos, arte, brincadeiras, ecologia e notícias. http://www.canalkids.com.br/cidadania/ autoban/zona.htm – Acessando esse link, os alunos poderão encontrar mais informações sobre as diferenças entre o espaço rural e o urbano. http://www.clubinhosabesp.com.br – Curiosidades, dicas de economia, jogos e notícias sobre a água. http://www.escolakids.com – Traz textos sobre matérias do Ensino Fundamental, histórias, jogos e atividades. http://7a12.ibge.gov.br/ – Traz muitas informações sobre o Brasil e o povo brasileiro, além de estatísticas, mapas, brincadeiras e curiosidades. http://www.klickeducacao.com.br/ – Material didático complementar, jogos, enciclopédia, biblioteca. Parte do conteúdo é gratuita. http://leaozinho.receita.fazenda.gov.br/ – Site em que a criança pode ampliar seu conhecimento sobre tributação e cidadania. Vale conferir as animações que podem ser vistas diretamente na página. http://www.plenarinho.gov.br/diversao/ reportagens-publicadas/jogo-do-orcamento – Site do governo voltado ao público infantil. O link leva ao “Jogo do Orçamento”, atividade em que a
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criança deverá suprir a cidade com equipamentos públicos. Para tanto, há uma verba, proveniente dos impostos pagos pelos contribuintes, que deverá ser administrada, a exemplo do trabalho realizado pelo prefeito. http://recreionline.abril.com.br/ – Site da revista Recreio, com pesquisas, jogos, atividades e vídeos. http://cmais.com.br/aloescola/infantis/chua chuagua/ – Para aprender tudo sobre a água, sua importância em nossa vida e o combate ao desperdício. O site traz ainda trabalhos de alunos de escolas de todo o Brasil e também de Portugal.
Sugestões de leitura e sites para o professor
Leitura Carmo, Paulo Sérgio. O trabalho na economia global. São Paulo: Moderna, 2004. Cavalcanti, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimentos. Campinas: Papirus, 2004. Chiavenato, Júlio José. Violência no campo: latifúndio e reforma agrária. São Paulo: Moderna, 2004. Correia, Roberto Lobato. O espaço urbano. São Paulo: Ática, 2004. Dimenstein, Gilberto. Aprendiz do futuro: cidadania hoje e amanhã. São Paulo: Ática, 2005. Giansanti, Roberto. O desafio do desenvolvimento sustentável. São Paulo: Atual, 1998. Lefebvre, Henri. A vida cotidiana no mundo moderno. São Paulo: Ática, 1991. Mattos, Neide Simões de; Granato, Susana Facchini. Lixo, problema nosso de cada dia: cidadania, reciclagem e uso sustentável. São Paulo: Saraiva, 2005. Rodrigues, Rosicler Martins. Cidades brasileiras : do passado ao presente. São Paulo: Moderna, 2003. Souza, Marcelo Lopes de; Glauco, Bruce. Planejamento urbano e ativismos sociais. São Paulo: Unesp, 2004. Tristão, Martha. Educação ambiental na formação de professores : rede de saberes. São Paulo: Annablume, 2004. Tunidisi, Helena da Silva Freire. Usos de energia. São Paulo: Atual, 1991.
Sites Acessos em: 3 jul. 2014. http://www.seer.ufu.br/index.php/campoterritorio – Campo-território é uma revista de geografia agrária, com diversos artigos sobre o tema. http://www.cdi.org.br – Site da ONG Comitê para Democratização da Informática, que tem por objetivo promover a inclusão social no acesso à informática e à internet. http://www.cempre.org.br/ – Endereço eletrônico da ONG Compromisso Empresarial para a Reciclagem, com informações e notícias sobre o tema. No site é possível fazer downloads de manuais sobre aspectos técnicos, econômicos e sociais do lixo, além de cartilhas voltadas ao público infantil. htt p://w w w.comcie ncia .br /re portagen s / cidades/cid08.htm – Revista on-line que traz textos e artigos sobre a questão das cidades e dos espaços rural e urbano. http://www.cptnacional.org.br/ – A Comissão Pastoral da Terra é um movimento social da Igreja católica que luta pela reforma agrária no país. O site traz informações sobre conflitos no campo e campanhas, além de artigos, publicações, acesso a filmes que podem ser assistidos pela internet, etc. http://www.espacoacademico.com.br/083/ 83andrioli.htm – O link direciona a um artigo sobre os impactos sociais do progresso tecnológico no campo, dentro de uma abordagem marxista. http://www.sosma.org.br/projeto/florestasfuturo/ – Site mantido pela Fundação SOS Mata Atlântica, apresenta notícias e novidades em geral relacionadas ao ambiente. http://futuro.usp.br/portal/website.ef – Site da Escola do Futuro da USP, que contém descrições e informações sobre os diversos projetos em andamento, bem como aqueles que já foram encerrados. http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/11/ cerca-de-30-milhoes-de-pessoas-vivem-nocampodesde-1940-diz-ibge.html – Link que divulga informações a respeito da população rural segundo dados do Censo 2010. http://www.geografia.fflch.usp.br/inferior/ laboratorios/lemadi/ – Site do Laboratório de Material Didático da Universidade de São Paulo (Lemadi). Criado pelo Departamento de Geografia, o Lemadi oferece cursos voltados para o ensino da disciplina para os diversos níveis do Ensino Fundamental.
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http://www.ibama.gov.br/ – Site do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, cujo objetivo é fornecer informações sobre ações na preservação do meio ambiente, além de trazer notícias relacionadas ao assunto. http://www.ige.unicamp.br/terraedidatica/ – Site da revista Terra e Didática, periódico do Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com artigos e relatos nas áreas de Geografia, Geologia e Meio Ambiente. http://www.incra.gov.br/ – Endereço eletrônico do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que tem por objetivo promover a inclusão social dos trabalhadores do campo e acelerar o processo da reforma agrária no país. h tt p : / / w w w. i n fo e s c o l a . c o m / p s i c o l o g i a / consumismo/ – O InfoEscola é um portal que disponibiliza textos de várias áreas do conhecimento. O link conduz a um texto sobre o consumismo e suas implicações psicológicas. http://www.institutocidadania.org.br/ – Site oficial da ONG Instituto da Cidadania, que tem por objetivo promover a cidadania em diversos segmentos da sociedade brasileira. O site traz informações sobre projetos, artigos, notícias, vídeos, etc. http://www.klepsidra.net/klepsidra9/territoria lizacao.html – Revista de História do Departamento de História da USP. O link conduz a um artigo que trata da questão dos movimentos sociais no campo brasileiro. http://www.lixo.com.br/ – Site que tem por objetivo discutir a questão do lixo, propor políticas públicas de sua gestão, incentivar a atividade dos catadores e informar os benefícios da reciclagem, da coleta seletiva e de outras ações. http://www2.mma.gov.br/sitio/ – O link dá acesso a um texto do Ministério do Meio Ambiente que pode ser usado para trabalhar com os alunos a questão do consumo sustentável. https://www.embrapa.br/ – Site da Empresa Brasileira da Pesquisa Agropecuária. Traz informações sobre o espaço rural e o agronegócio no Brasil, além de indicações de leitura, sites e glossário de termos geográficos. http://www.vivafavela.com.br/ – O Viva Favela é um projeto ligado à ONG Viva Rio. Tem por objetivo divulgar aspectos culturais, artísticos e históricos da vida nas comunidades, além de notícias e campanhas de conscientização.
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