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PREFEITURA MUNICIPAL DE
VALPARAÍSO DE GOIÁS - GO
- Agente Agente Comunitário de Saúde - Agente de Combate a Endemias EDI TAL Nº 001/2016 DE 04 DE MA MARÇO RÇO DE 2016
ARTIG ART IGO O DO WI WILLI LLIAM AM DOU DOUGL GLAS AS LÍNGUA PORTUGUESA Interpretação de texto ........................................................................................... ..........................................................................................................................................................01 ...............................................................01 Ortograa ocial ................................................................................................... ..................................................................................................................................................................06 ...............................................................06 ...............................................................................................................................................................09 ................................................................09 Acentuação gráca ............................................................................................... ..............................................................................................................................................................................12 .................................................................................12 Pontuação ............................................................................................. Emprego das classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem. Vozes Vozes verbais: ativa e passiva. Colocação pronominal .16 Concordância verbal e nominal ..........................................................................................................................................51 Regência verbal e nominal...................................................................................................................................................56 ......................................................................................................................................................................................62 .................................................................................62 Crase ..................................................................................................... Sinônimos, antônimos e parônimos. Sentido próprio e gurado das palavras ..............................................................67 CONHECIMENTOS CONHECIMEN TOS ESPECÍFICOS - AGENTE DE CO MBATE A ENDEMIAS Prevenção e Controle de Saúde Pública .............................................................................................................................01 Enfermidades transmitidas entre animais e o homem. .....................................................................................................06 Agravos ao homem pela ação de animais peçonhentos .....................................................................................................07 ..............................................................................................................................................................................14 .................................................................................14 Vacinação .............................................................................................
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Índice CONHECIMENTOS CONHECIMEN TOS ESPECÍFICOS - AGENTE COMUNITÁRIO COMUNITÁR IO DE SAÚDE Assistência Básica de Saúde à Comunidade ......................................................................................................................01 Conceito de Saúde e Prevenção de Doenças; Material e Ambiente; Higiene ..................................................................06 ...............................................................................................................................................................20 ...............................................................20 Saneamento Básico ................................................................................................ Portaria 2488/1 ..................................................................................... .....................................................................................................................................................................20 ................................................................................20 SUS: princípios e diretrizes ................................................................................................... ................................................................................................................................................. ..............................................38 Vacinação: calendário do programa nacional de imunização ..........................................................................................42 Doença endêmicas ( dengue, febre f ebre amarela, leishmaniose, raiva humana) ....................................................................59 Diretrizes nacionais para prevenção e controle da epidemia de dengue; .......................................................................66
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Artigo O conteúdo do artigo abaixo é de responsabilidade do autor William Douglas, autorizado gentilmente e sem cláusula de exclusividade, para uso do Grupo Nova. O conteúdo das demais informações desta apostila é de total responsabilidade da equipe do Grupo Nova.
A ETERNA COMPETIÇÃO ENTRE O LAZER E O ESTUDO
Por William Douglas, professor, escritor e juiz federal. Todo mundo já se pegou estudando sem a menor concentração, pensando nos momentos de lazer, como também já deixou de aproveitar as horas de descanso por causa de um sentimento de culpa ou mesmo remorso, porque deveria estar estudando. Fazer uma coisa e pensar em outra causa desconcentração, estresse e perda de rendimento no estudo ou trabalho. Além da perda de prazer nas horas de descanso. Em diversas pesquisas que realizei durante palestras e seminários pelo país, constatei que os três problemas mais comuns de quem quer vencer na vida são:
• medo do insucesso (gerando ansiedade, insegurança), • falta de tempo e • “competição” entre o estudo ou trabalho e o lazer. E então, você já teve estes problemas?
Todo mundo sabe que para vencer e estar preparado para o dia-a-dia é preciso muito conhecimento, estudo e dedicação, mas como conciliar o tempo com as preciosas horas de lazer ou descanso? Este e outros problemas atormentavam-me quando era estudante de Direito e depois, quando passei à preparação para concursos públicos. Não é à toa que fui reprovado em 5 concursos diferentes!
Outros problemas? Falta de dinheiro, diculdade dos concursos (que pagam salários de até R$ 6.000,00/mês, com status e
estabilidade, gerando enorme concorrência), problemas de cobrança dos familiares, memória, concentração etc. Contudo, depois de aprender a estudar, acabei sendo 1º colocado em outros 7 concursos, entre os quais os de Juiz de Direito, Defensor Público e Delegado de Polícia. Isso prova que passar em concurso não é impossível e que quem é reprovado pode “dar a volta por cima”.
É possível, com organização, disciplina e força de vontade, conciliar um estudo eciente com uma vida onde haja espaço para
lazer, diversão e pouco ou nenhum estresse. A qualidade de vida associada às técnicas de estudo são muito mais produtivas do que a
tradicional imagem da pessoa trancaada, estudando 14 horas por dia. O sucesso no estudo e em provas (escritas, concursos, entrevistas etc.) depende basicamente de três aspectos, em geral, desprezados por quem está querendo passar numa prova ou conseguir um emprego:
1º) clara denição dos objetivos e técnicas de planejamento e organização; 2º) técnicas para aumentar o rendimento do estudo, do cérebro e da memória; 3º) técnicas especícas sobre como fazer provas e entrevistas, abordando dicas e macetes que a experiência fornece, mas que
podem ser aprendidos.
O conjunto destas técnicas resulta em um aprendizado melhor e em mais sucesso nas provas escritas e orais (inclusive entrevistas).
Aos poucos, pretendemos ir abordando estes assuntos, mas já podemos anotar aqui alguns cuidados e providências que irão aumentar seu desempenho. Para melhorar a “briga” entre estudo e lazer, sugiro que você aprenda a administrar seu tempo. Para isto, como já disse, basta um pouco de disciplina e organização. O primeiro passo é fazer o tradicional quadro horário, colocando nele todas as tarefas a serem realizadas. Ao invés de servir como uma “prisão”, este procedimento facilitará as coisas para você. Pra começar, porque vai levá-lo a escolher as coisas que não são imediatas e a estabelecer suas prioridades. Experimente. Em pouco tempo, você vai ver que isto funciona.
Também é recomendável que você separe tempo suciente para dormir, fazer algum exercício físico e dar atenção à família ou
ao namoro. Sem isso, o estresse será uma mera questão de tempo. Por incrível que pareça, o fato é que com uma vida equilibrada o
seu rendimento nal no estudo aumenta.
Outra dica simples é a seguinte: depois de escolher quantas horas você vai gastar com cada tarefa ou atividade, evite pensar em uma enquanto está realizando a outra. Quando o cérebro mandar “mensagens” sobre outras tarefas, é só lembrar que cada uma tem
seu tempo denido. Isto aumentará a concentração no estudo, o rendimento e o prazer e relaxamento das horas de lazer.
Aprender a separar o tempo é um excelente meio de diminuir o estresse e aumentar o rendimento, não só no estudo, como em tudo que fazemos.
*William Douglas é juiz federal, professor universitário, palestrante e autor de mais de 30 obras, dentre elas o best-seller “Como passar em provas e concursos” . Passou em 9 concursos, sendo 5 em 1º Lugar www.williamdouglas.com.br Conteúdo cedido gratuitamente, pelo autor, com nalidade de auxiliar os candidatos.
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LÍNGUA PORTUGUESA
LÍNGUA PORTUGUESA Interpretar X compreender
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO.
Interpretar signica - Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. - Através do texto, infere-se que... - É possível deduzir que... - O autor permite concluir que...
É muito comum, entre os candidatos a um cargo público, a preocupação com a interpretação de textos. Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de responder às questões relacionadas a textos.
- Qual é a intenção do autor ao armar que...
Compreender signica - intelecção, entendimento, atenção ao que realmente está escrito. - o texto diz que... - é sugerido pelo autor que...
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo signicativo capaz de produzir interação comunicativa (capacidade de codicar e decodicar ). Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um signicado diferente daquele inicial.
- de acordo com o texto, é correta ou errada a armação... - o narrador arma...
Erros de interpretação É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais frequentes são: - Extrapolação (viagem): Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.
Intertexto - comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto.
- Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o que pode ser insuciente para o total do entendimento do tema desenvolvido.
Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identicação de sua ideia principal. A par tir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova.
- Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, consequentemente, errando a questão.
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:
Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de concurso, o que deve ser levado em consideração é o que o autor diz e nada mais.
- Identicar – é reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais denem o tempo). - Comparar – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto. - Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito. - Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só parágrafo. - Parafrasear – é reescrever o texto com outras palavras.
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito. OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente. Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber: - que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas depende das condições da frase. - qual (neutro) idem ao anterior. - quem (pessoa)
Condições básicas para interpretar Fazem-se necessários: - Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática; - Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico; Observação – na semântica (signicado das palavras) incluem--se: homônimos e parônimos, denotação e conotação, sinonímia e antonímia, polissemia, guras de linguagem, entre outros. - Capacidade de observação e de síntese e - Capacidade de raciocínio. Didatismo e Conhecimento
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LÍNGUA PORTUGUESA - cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o ob jeto possuído. - como (modo) - onde (lugar) quando (tempo) quanto (montante)
2-) (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) De acordo com o poema, é correto armar que (A) não se deve ter amigos, pois criar laços de amizade é algo ruim. (B) amigo que não guarda segredos não merece respeito. (C) o melhor amigo é aquele que não possui outros amigos. (D) revelar segredos para o amigo pode ser arriscado. (E) entre amigos, não devem existir segredos.
Exemplo: Falou tudo QUANTO queria (correto) Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O ).
3-) (GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO – SECRETARIA DE ESTADO DA JUSTIÇA – AGENTE PENITENCIÁRIO – VUNESP/2013) Leia o poema para responder à questão.
Dicas para melhorar a interpretação de textos - Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto; - Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura; - Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos duas vezes; - Inferir; - Voltar ao texto quantas vezes precisar; - Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor; - Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor com preensão; - Vericar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão; - O autor defende ideias e você deve percebê-las.
Casamento Há mulheres que dizem: Meu marido, se quiser pescar, pesque, mas que limpe os peixes. Eu não. A qualquer hora da noite me levanto, ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar. É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha, de vez em quando os cotovelos se esbarram, ele fala coisas como “este foi difícil” “prateou no ar dando rabanadas” e faz o gesto com a mão. O silêncio de quando nos vimos a primeira vez atravessa a cozinha como um rio profundo.
Fonte: http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portugues/como-interpretar-textos
Por m, os peixes na travessa,
vamos dormir. Coisas prateadas espocam: somos noivo e noiva. (Adélia Prado, Poesia Reunida)
QUESTÕES 1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) O contexto em que se encontra a passagem – Se deixou de bajular os príncipes e princesas do século 19, passou a servir reis e rainhas do 20 (2.º parágrafo) – leva a concluir, corretamente, que a menção a (A) príncipes e princesas constitui uma referência em sentido não literal. (B) reis e rainhas constitui uma referência em sentido não literal. (C) príncipes, princesas, reis e rainhas constitui uma referência em sentido não literal. (D) príncipes, princesas, reis e rainhas constitui uma referência em sentido literal. (E) reis e rainhas constitui uma referência em sentido literal.
A ideia central do poema de Adélia Prado é mostrar que (A) as mulheres que amam valorizam o cotidiano e não gostam que os maridos frequentem pescarias, pois acham difícil lim par os peixes. (B) o eu lírico do poema pertence ao grupo de mulheres que não gostam de limpar os peixes, embora valorizem os esbarrões de cotovelos na cozinha. (C) há mulheres casadas que não gostam de car sozinhas com seus maridos na cozinha, enquanto limpam os peixes. (D) as mulheres que amam valorizam os momentos mais sim ples do cotidiano vividos com a pessoa amada. (E) o casamento exige levantar a qualquer hora da noite, para limpar, abrir e salgar o peixe. 4-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – FCC/2014 - ADAPTADA) Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. A marca da solidão Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra na tarde quente. Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, dentro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com pedrinhas e
Texto para a questão 2: DA DISCRIÇÃO Mário Quintana Não te abras com teu amigo Que ele um outro amigo tem. E o amigo do teu amigo Possui amigos também... (http://pensador.uol.com.br/poemas_de_amizade) Didatismo e Conhecimento
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LÍNGUA PORTUGUESA Pela leitura do fragmento acima, é correto armar que, em sua estrutura sintática, houve supressão da expressão a) vigilantes. b) carga. c) viatura. d) foi. e) desviada.
tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plantas, ínmos
bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta. (SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47) No texto, o substantivo usado para ressaltar o universo reduzido no qual o menino detém sua atenção é (A) fresta. (B) marca. (C) alma. (D) solidão. (E) penumbra.
8-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011) Um carteiro chega ao portão do hospício e grita: — Carta para o 9.326!!! Um louco pega o envelope, abre-o e vê que a carta está em branco, e um outro pergunta: — Quem te mandou essa carta? — Minha irmã. — Mas por que não está escrito nada? — Ah, porque nós brigamos e não estamos nos falando! Internet:
(com adaptações). O efeito surpresa e de humor que se extrai do texto acima decorre A) da identicação numérica atribuída ao louco. B) da expressão utilizada pelo carteiro ao entregar a carta no hospício. C) do fato de outro louco querer saber quem enviou a carta. D) da explicação dada pelo louco para a carta em branco. E) do fato de a irmã do louco ter brigado com ele.
5-) (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2012) O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a totalidade do universo, toda a sociedade, a história, a concepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mundo, que se estende a todas as coisas e à qual nada escapa. É, de alguma maneira, o aspecto festivo do mundo inteiro, em todos os seus níveis, uma espécie de segunda revelação do mundo. Mikhail Bakhtin. A cultura popular na Idade Média e o Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 1987, p. 73 (com adaptações). Na linha 1, o elemento “ele” tem como referente textual “O riso”. (...) CERTO ( ) ERRADO
9-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011) Um homem se dirige à recepcionista de uma clínica: — Por favor, quero falar com o dr. Pedro. — O senhor tem hora? O sujeito olha para o relógio e diz: — Sim. São duas e meia. — Não, não... Eu quero saber se o senhor é paciente. — O que a senhora acha? Faz seis meses que ele não me paga o aluguel do consultório... Internet: (com adaptações).
6-) (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2010) Só agora, quase cinco meses depois do apagão que atingiu pelo menos 1.800 cidades em 18 estados do país, surge uma explicação ocial satisfatória para o corte abrupto e generalizado de energia no nal de 2009.
Segundo relatório da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a responsabilidade recai sobre a empresa estatal Furnas, cujas linhas de transmissão cruzam os mais de 900 km que separam Itaipu de São Paulo. Equipamentos obsoletos, falta de manutenção e de investimentos e também erros operacionais conspiraram para produzir a mais séria falha do sistema de geração e distribuição de energia do país desde o traumático racionamento de 2001. Folha de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adaptações).
No texto acima, a recepcionista dirige-se duas vezes ao homem para saber se ele A) vericou o horário de chegada e está sob os cuidados do dr. Pedro. B) pode indicar-lhe as horas e decidiu esperar o pagamento do aluguel. C) tem relógio e sabe esperar. D) marcou consulta e está calmo. E) marcou consulta para aquele dia e está sob os cuidados do dr. Pedro.
Considerando os sentidos e as estruturas linguísticas do texto acima apresentado, julgue os próximos itens. A oração “que atingiu pelo menos 1.800 cidades em 18 estados do país” tem, nesse contexto, valor restritivo. (...) CERTO ( ) ERRADO
(GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNICO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010 - ADAPTADA) Atenção: As questões de números 10 a 13 referem-se ao texto abaix o. Liderança é uma palavra frequentemente associada a feitos e realizações de grandes personagens da história e da vida social ou, então, a uma dimensão mágica, em que algumas poucas
7-) (COLÉGIO PEDRO II/RJ – ASSISTENTE EM ADMI NISTRAÇÃO – AOCP/2010) “ A carga foi desviada e a viatura, com os vigilantes, abandonada em Pirituba, na zona norte de São Paulo.” Didatismo e Conhecimento
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LÍNGUA PORTUGUESA 12-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉC NICO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) O fenômeno da liderança só ocorre na inter-relação ... (4º parágrafo) No contexto, inter-relação signica (A) o respeito que os membros de uma equipe devem demonstrar ao acatar as decisões tomadas pelo líder, por resultarem em benefício de todo o grupo. (B) a igualdade entre os valores dos integrantes de um grupo devidamente orientado pelo líder e aqueles propostos pela organização a que prestam serviço. (C) o trabalho que deverá sempre ser realizado em equipe, de modo que os mais capacitados colaborem com os de menor capacidade. (D) a criação de interesses mútuos entre membros de uma equipe e de respeito às metas que devem ser alcançadas por todos.
pessoas teriam habilidades inatas ou o dom de transformar-se em grandes líderes, capazes de inuenciar outras e, assim, obter e
manter o poder. Os estudos sobre o tema, no entanto, mostram que a maioria das pessoas pode tornar-se líder, ou pelo menos desenvolver consideravelmente as suas capacidades de liderança. Paulo Roberto Motta diz: “líderes são pessoas comuns que aprendem habilidades comuns, mas que, no seu conjunto, formam uma pessoa incomum”. De fato, são necessárias algumas habilidades, mas elas podem ser aprendidas tanto através das experiências da vida, quanto da formação voltada para essa nalidade.
O fenômeno da liderança só ocorre na inter-relação; envolve duas ou mais pessoas e a existência de necessidades para serem atendidas ou objetivos para serem alcançados, que requerem a interação cooperativa dos membros envolvidos. Não pressupõe proximidade física ou temporal: pode-se ter a mente e/ou o com-
13-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉC NICO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) Não pressupõe proximidade física ou temporal ... (4º parágrafo) A armativa acima quer dizer, com outras palavras, que (A) a presença física de um líder natural é fundamental para que seus ensinamentos possam ser divulgados e aceitos. (B) um líder verdadeiramente capaz é aquele que sempre se atualiza, adquirindo conhecimentos de fontes e de autores diversos. (C) o aprendizado da liderança pode ser produtivo, mesmo se houver distância no tempo e no espaço entre aquele que inuencia e aquele que é inuenciado. (D) as inuências recebidas devem ser bem analisadas e postas em prática em seu devido tempo e na ocasião mais propícia.
portamento inuenciado por um escritor ou por um líder religioso
que nunca se viu ou que viveu noutra época. [...] Se a legitimidade da liderança se baseia na aceitação do poder de inuência do líder, implica dizer que parte desse poder encontra-se no próprio grupo. É nessa premissa que se fundamenta a maioria das teorias contemporâneas sobre liderança. Daí denirem liderança como a arte de usar o poder que existe nas pessoas ou a arte de liderar as pessoas para fazerem o que se requer delas, da maneira mais efetiva e humana possível. [...] (Augusta E.E.H. Barbosa do Amaral e Sandra Souza Pinto. Gestão de pessoas, in Desenvolvimento gerencial na Administração pública do Estado de São Paulo, org. Lais Macedo de Oliveira e Maria Cristina Pinto Galvão, Secretaria de Gestão pública, São Paulo: Fundap, 2. ed., 2009, p. 290 e 292, com adaptações)
14-) (DETRAN/RN – VISTORIADOR/EMPLACADOR – FGV PROJETOS/2010)
10-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNICO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) De acordo com o texto, liderança (A) é a habilidade de chear outras pessoas que não pode ser desenvolvida por aqueles que somente executam tarefas em seu ambiente de trabalho. (B) é típica de épocas passadas, como qualidades de heróis da história da humanidade, que realizaram grandes feitos e se tornaram poderosos através deles. (C) vem a ser a capacidade, que pode ser inata ou até mesmo adquirida, de conseguir resultados desejáveis daqueles que constituem a equipe de trabalho. (D) torna-se legítima se houver consenso em todos os grupos quanto à escolha do líder e ao modo como ele irá mobilizar esses grupos em torno de seus objetivos pessoais.
Painel do leitor (Carta do leitor) Resgate no Chile Assisti ao maior espetáculo da Terra numa operação de salvamento de vidas, após 69 dias de permanência no fundo de uma mina de cobre e ouro no Chile. Um a um os mineiros soterrados foram içados com sucesso, mostrando muita calma, saúde, sorrindo e cumprimentando seus companheiros de trabalho. Não se pode esquecer a ajuda técnica e material que os Estados Unidos, Canadá e China ofereceram à equipe chilena de salvamento, num gesto humanitário que só enobrece esses países. E, também, dos dois médicos e dois “socorristas” que, demonstrando coragem e desprendimento, desceram na mina para ajudar no salvamento. (Douglas Jorge; São Paulo, SP; www.folha.com.br – painel do leitor – 17/10/2010)
11-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉC NICO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) O texto deixa claro que (A) a importância do líder baseia-se na valorização de todo o grupo em torno da realização de um objetivo comum. (B) o líder é o elemento essencial dentro de uma organização, pois sem ele não se poderá atingir qualquer meta ou objetivo. (C) pode não haver condições de liderança em algumas equi pes, caso não se estabeleçam atividades especícas para cada um de seus membros. (D) a liderança é um dom que independe da participação dos componentes de uma equipe em um ambiente de trabalho.
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Considerando o tipo textual apresentado, algumas expressões demonstram o posicionamento pessoal do leitor diante do fato por ele narrado. Tais marcas textuais podem ser encontradas nos trechos a seguir, EXCETO: A) “Assisti ao maior espetáculo da Terra...” B) “... após 69 dias de permanência no fundo de uma mina de cobre e ouro no Chile.” C) “Não se pode esquecer a ajuda técnica e material...” D) “... gesto humanitário que só enobrece esses países.” E) “... demonstrando coragem e desprendimento, desceram na mina...”
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LÍNGUA PORTUGUESA 18-) (POLÍCIA MILITAR/TO – SOLDADO – CONSULPLAN/2013 - ADAPTADA) Texto para responder à questão.
(DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO – VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para responder às questões de números 15 a 17. Férias na Ilha do Nanja Meus amigos estão fazendo as malas, arrumando as malas nos seus carros, olhando o céu para verem que tempo faz, pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas, ssuras* – sem falar em bandidos, milhões de bandidos entre as ssuras, as pedras soltas e as barreiras... Meus amigos partem para as suas férias, cansados de tanto tra balho; de tanta luta com os motoristas da contramão; enm, cansados, cansados de serem obrigados a viver numa grande cidade, isto que já está sendo a negação da própria vida. E eu vou para a Ilha do Nanja. Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui. Passarei as férias lá, onde, à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio cresce como um bosque. Nem preciso fechar os olhos: já estou vendo os pescadores com suas barcas de sardinha, e a moça à janela a namorar um moço na outra janela de outra ilha. (Cecília Meireles, O que se diz e o que se entende. Adaptado)
(Adail et al II. Antologia brasileira de humor. Volume 1. Porto Alegre: L&PM, 1976. p. 95.) A charge anterior é de Luiz Carlos Coutinho, cartunista mineiro mais conhecido como Caulos. É correto armar que o tema apresentado é (A) a oposição entre o modo de pensar e agir. (B) a rapidez da comunicação na Era da Informática. (C) a comunicação e sua importância na vida das pessoas. (D) a massicação do pensamento na sociedade moderna .
*ssuras: fendas, rachaduras 15-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO – VUNESP/2013) No primeiro parágrafo, ao descrever a maneira como se preparam para suas férias, a autora mostra que seus amigos estão (A) serenos. (B) descuidados. (C) apreensivos. (D) indiferentes. (E) relaxados.
Resolução 1-) Pela leitura do texto infere-se que os “reis e rainhas” do século 20 são as personalidades da mídia, os “famosos” e “famosas”. Quanto a príncipes e princesas do século 19, esses eram da corte, literalmente. RESPOSTA: “B”.
16-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO – VUNESP/2013) De acordo com o texto, pode-se armar que, assim como seus amigos, a autora viaja para (A) visitar um lugar totalmente desconhecido. (B) escapar do lugar em que está. (C) reencontrar familiares queridos. (D) praticar esportes radicais. (E) dedicar-se ao trabalho.
2-) Pela leitura do poema identica-se, apenas, a informação contida na alternativa: revelar segredos para o amigo pode ser arriscado. RESPOSTA: “D”. 3-) Pela leitura do texto percebe-se, claramente, que a autora narra um momento simples, mas que é prazeroso ao casal.
17-) Ao descrever a Ilha do Nanja como um lugar onde, “à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio cresce como um bosque” (último parágrafo), a autora sugere que viajará para um lugar (A) repulsivo e populoso. (B) sombrio e desabitado. (C) comercial e movimentado. (D) bucólico e sossegado. (E) opressivo e agitado.
RESPOSTA: “D”. 4-) Com palavras do próprio texto responderemos: o mundo cabe numa fresta. RESPOSTA: “A”. 5-) Vamos ao texto: O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a totalidade do universo (...). Os termos relacionam-se. O pronome “ele” retoma o sujeito “riso”. RESPOSTA: “CERTO”.
Didatismo e Conhecimento
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LÍNGUA PORTUGUESA 6-) Voltemos ao texto: “depois do apagão que atingiu pelo menos 1.800 cidades”. O “que” pode ser substituído por “o qual”, portanto, trata-se de um pronome relativo (oração subordinada adjetiva). Quando há presença de vírgula, temos uma adjetiva explicativa (generaliza a informação da oração principal. A construção seria: “do apagão, que atingiu pelo menos 1800 cidades em 18 estados do país”); quando não há, temos uma adjetiva restritiva (restringe, delimita a informação – como no caso do exercício).
13-) Não pressupõe proximidade física ou temporal = o aprendizado da liderança pode ser produtivo, mesmo se houver distância no tempo e no espaço entre aquele que inuencia e aquele que é inuenciado. RESPOSTA: “C”. 14-) Em todas as alternativas há expressões que representam a opinião do autor: Assisti ao maior espetáculo da Terra / Não se pode esquecer / gesto humanitário que só enobrece / demonstrando coragem e desprendimento.
RESPOSTA: “CERTO’. 7-) “A carga foi desviada e a viatura, com os vigilantes, abandonada em Pirituba, na zona norte de São Paulo.” Trata-se da gura de linguagem (de construção ou sintaxe) “zeugma”, que consiste na omissão de um termo já citado anteriormente (diferente da elipse, que o termo não é citado, mas facilmente identicado). No enunciado temos a narração de que a carga foi desviada e de que a viatura foi abandonada.
RESPOSTA: “B”. 15-) “pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas, ssuras – sem falar em bandidos, milhões de bandidos entre as ssuras, as pedras soltas e as barreiras...” = pensar nessas coisas, certamente, deixa-os apreensivos.
RESPOSTA: “D”. 8-) Geralmente o efeito de humor desses gêneros textuais aparece no desfecho da história, ao nal, como nesse: “Ah, porque nós brigamos e não estamos nos falando”.
RESPOSTA: “C”. 16-) Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui = resposta da própria autora!
RESPOSTA: “D”.
RESPOSTA: “B”.
9-) “O senhor tem hora? (...) Não, não... Eu quero saber se o senhor é paciente” = a recepcionista quer saber se ele marcou horário e se é paciente do Dr. Pedro.
17-) Pela descrição realizada, o lugar não tem nada de ruim. RESPOSTA: “D”.
RESPOSTA: “E”.
18-) Questão que envolve interpretação “visual”! Fácil. Basta observar o que as personagens “dizem” e o que “pensam”.
10-) Utilizando trechos do próprio texto, podemos chegar à conclusão: O fenômeno da liderança só ocorre na inter-relação; envolve duas ou mais pessoas e a existência de necessidades para serem atendidas ou objetivos para serem alcançados, que requerem a interação cooperativa dos membros envolvidos = equipe
RESPOSTA: “A”.
ORTOGRAFIA OFICIAL.
RESPOSTA: “C”. 11-) O texto deixa claro que a importância do líder baseia-se na valorização de todo o grupo em torno da realização de um objetivo comum.
A ortograa é a parte da língua responsável pela graa correta das palavras. Essa graa baseia-se no padrão culto da língua. As palavras podem apresentar igualdade total ou parcial no que se refere a sua graa e pronúncia, mesmo tendo signicados diferentes. Essas palavras são chamadas de homônimas (canto, do grego, signica ângulo / canto, do latim, signica música vocal). As palavras homônimas dividem-se em homógrafas, quando têm a mesma graa (gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular do verbo gostar) e homófonas, quando têm o mesmo som ( paço, palácio ou passo, movimento durante o andar). Quanto à graa correta em língua portuguesa, devem-se observar as seguintes regras:
RESPOSTA: “A”. 12-) Pela leitura do texto, dentre as alternativas apresentadas, a que está coerente com o sentido dado à palavra “inter-relação” é: “a criação de interesses mútuos entre membros de uma equipe e de respeito às metas que devem ser alcançadas por todos”. RESPOSTA: “D”. Didatismo e Conhecimento
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LÍNGUA PORTUGUESA O fonema s:
*como consoante de ligação se o radical não terminar com s: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis + inho - lapisinho
Escreve-se com S e não com C/Ç as palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent: pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inversão / aspergir aspersão / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir - consensual
O fonema j: Escreve-se com G e não com J: *as palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, gesso. *estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim. *as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge.
Escreve-se com SS e não com C e Ç os nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com verbos terminados por tir ou meter: agredir - agressivo / imprimir - im pressão / admitir - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer - compromisso / submeter - submissão *quando o prexo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assimétrico / re + surgir - ressurgir *no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exemplos: casse, falasse
Observação: Exceção: pajem *as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, litígio, relógio, refúgio. *os verbos terminados em ger e gir: eleger, mugir . *depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, surgir . *depois da letra “a”, desde que não seja radical terminado com j: ágil, agente. Escreve-se com J e não com G: *as palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje. *as palavras de origem árabe, africana ou exótica: jiboia, manjerona. *as palavras terminada com aje: aje, ultraje.
Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS os vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar *os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, Juçara, caçula, cachaça, cacique *os suxos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu, uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, esperança, carapuça, dentuço *nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / deter detenção / ater - atenção / reter - retenção *após ditongos: foice, coice, traição *palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r): marte marciano / infrator - infração / absorto - absorção
O fonema ch: Escreve-se com X e não com CH: *as palavras de origem tupi, africana ou exótica: abacaxi, mu xoxo, xucro. *as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J): xampu, lagartixa. *depois de ditongo: frouxo, feixe. *depois de “en”: enxurrada, enxoval. Observação: Exceção: quando a palavra de origem não derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)
O fonema z: Escreve-se com S e não com Z: *os suxos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc. *os suxos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, metamor fose. *as formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis, quiseste. *nomes derivados de verbos com radicais terminados em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - empresa / difundir - difusão *os diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho *após ditongos: coisa, pausa, pouso *em verbos derivados de nomes cujo radical termina com “s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar
Escreve-se com CH e não com X: *as palavras de origem estrangeira: chave, chumbo, chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha. As letras e e i: *os ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. Com “i”, só o ditongo interno cãibra. *os verbos que apresentam innitivo em -oar, -uar são escritos com “e”: caçoe, tumultue. Escrevemos com “i”, os verbos com innitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui. - atenção para as palavras que mudam de sentido quando substituímos a graa “e” pela graa “i”: área (superfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estância, que anda a pé), pião (brinquedo). Fonte: http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/ortograa
Escreve-se com Z e não com S: *os suxos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adjetivo: macio - maciez / rico - riqueza *os suxos “izar” (desde que o radical da palavra de origem não termine com s): nal - nalizar / concreto - concretizar Didatismo e Conhecimento
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LÍNGUA PORTUGUESA 06.(IAMSPE/SP – ATENDENTE – [PAJEM] - CCI) – VU NESP/2011) Assinale a alternativa em que o trecho – Mas ela cresceu ... – está corretamente reescrito no plural, com o verbo no tempo futuro. (A) Mas elas cresceram... (B) Mas elas cresciam... (C) Mas elas cresçam... (D) Mas elas crescem... (E) Mas elas crescerão...
QUESTÕES SOBRE ORTOGRAFIA 01. (TRE/AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011) Entre as frases que seguem, a única correta é: a) Ele se esqueceu de que? b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para distribui-lo entre os presentes. c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas críticas. d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindicações dos funcionários. e) Não sei por que ele mereceria minha consideração.
07. (IAMSPE/SP – ATENDENTE – [PAJEM – CCI] – VU NESP/2011 - ADAPTADA) Assinale a alternativa em que o trecho – O teste decisivo e derradeiro para ele, cidadão ansioso e sofredor...– está escrito corretamente no plural. (A) Os testes decisivo e derradeiros para eles, cidadãos ansioso e sofredores... (B) Os testes decisivos e derradeiros para eles, cidadães ansioso e sofredores... (C) Os testes decisivos e derradeiros para eles, cidadãos ansiosos e sofredores... (D) Os testes decisivo e derradeiros para eles, cidadões ansioso e sofredores... (E) Os testes decisivos e derradeiros para eles, cidadães ansiosos e sofredores... 08. (MPE/RJ – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FUJB/2011) Assinale a alternativa em que a frase NÃO contraria a norma culta: A) Entre eu e a vida sempre houve muitos infortúnios, por isso posso me queixar com razão. B) Sempre houveram várias formas ecazes para ultrapassarmos os infortúnios da vida. C) Devemos controlar nossas emoções todas as vezes que ver mos a pobreza e a miséria fazerem parte de nossa vida. D) É difícil entender o por quê de tanto sofrimento, principalmente daqueles que procuram viver com dignidade e simplicidade. E) As diculdades por que passamos certamente nos fazem mais fortes e preparados para os infortúnios da vida.
02. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2013). Assinale a alternativa cujas palavras se apresentam exionadas de acordo com a norma-padrão. (A) Os tabeliãos devem preparar o documento. (B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. (C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local. (D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos. (E) Cuidado com os degrais, que são perigosos! 03. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013). Suponha-se que o cartaz a seguir seja utilizado para informar os usuários sobre o festival Sounderground. Prezado Usuário ________ de oferecer lazer e cultura aos passageiros do metrô, ________ desta segunda-feira (25/02), ________ 17h30, começa o Sounderground, festival internacional que prestigia os músicos que tocam em estações do metrô. Conra o dia e a estação em que os artistas se apresentarão e divirta-se! Para que o texto atenda à norma-padrão, devem-se preencher as lacunas, correta e respectivamente, com as expressões A) A m ...a partir ... as B) A m ...à partir ... às C) A m ...a partir ... às D) Am ...a partir ... às E) Am ...à partir ... as
09.Assinale a alternativa cuja frase esteja incorreta: A) Porque essa cara? B) Não vou porque não quero. C) Mas por quê? D) Você saiu por quê?
04. (TRF - 1ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO FCC/2011) As palavras estão corretamente grafadas na seguinte frase: (A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de passageiros nos aero portos. (B) Comete muitos deslises, talvez por sua espontaneidade, mas nada que ponha em cheque sua reputação de pessoa cortês. (C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do sócio de descançar após o almoço sob a frondoza árvore do pátio. (D) Não sei se isso inue, mas a persistência dessa mágoa pode estar sendo o grande impecilho na superação dessa sua crise. (E) O diretor exitou ao aprovar a retenção dessa alta quantia, mas não quiz ser taxado de conivente na concessão de privilégios ilegítimos.
10-) (GOVERNO DO ESTADO DE ALAGOAS – TÉCNICO FORENSE - CESPE/2013 - adaptada) Uma variante igualmente correta do termo “autópsia” é autopsia. ( ) Certo ( ) Errado
GABARITO 01.E 02. D 03. C 04. A 05. B 06. E 07. C 08. E 09. A 10. C RESOLUÇÃO 1-) (A) Ele se esqueceu de que? = quê? (B) Era tão ruím (ruim) aquele texto, que não deu para distri bui-lo (distribuí-lo) entre os presentes. (C) Embora devêssemos (devêssemos) , não fomos excessivos nas críticas.
05.Em qual das alternativas a frase está corretamente escrita? A) O mindingo não depositou na cardeneta de poupansa. B) O mendigo não depositou na caderneta de poupança. C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupanssa. D) O mendingo não depozitou na carderneta de poupansa.
Didatismo e Conhecimento
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LÍNGUA PORTUGUESA (D) O juíz (juiz) nunca (se) negou a atender às reivindicações dos funcionários. (E) Não sei por que ele mereceria minha consideração.
D) É difícil entender o por quê (o porquê) de tanto sofrimento, principalmente daqueles que procuram viver com dignidade e simplicidade. E) As diculdades por que (= pelas quais; correto) passamos certamente nos fazem mais fortes e preparados para os infortúnios da vida.
2-) (A) Os tabeliãos devem preparar o documento. = tabeliães (B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. = cidadãos (C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local. = certidões (E) Cuidado com os degrais, que são perigosos = degraus
9-) Por que essa cara? = é uma pergunta e o pronome está longe do ponto de interrogação. 10-) autopsia s.f., autópsia s.f.; cf. autopsia (fonte: http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/ start.htm?sid=23) RESPOSTA: “CERTO”.
3-) Prezado Usuário A m de oferecer lazer e cultura aos passageiros do metrô, a
partir desta segunda-feira (25/02), às 17h30, começa o Sounderground, festival internacional que prestigia os músicos que tocam em estações do metrô.
ACENTUAÇÃO GRÁFICA.
Conra o dia e a estação em que os artistas se apresentarão
e divirta-se! A m = indica nalidade; a partir: sempre separado; antes de horas: há crase
A acentuação é um dos requisitos que perfazem as regras estabelecidas pela Gramática Normativa. Esta se compõe de algumas particularidades, às quais devemos estar atentos, procurando esta belecer uma relação de familiaridade e, consequentemente, colocando-as em prática na linguagem escrita. À medida que desenvolvemos o hábito da leitura e a prática de redigir, automaticamente aprimoramos essas competências, e logo nos adequamos à forma padrão.
4-) Fiz a correção entre parênteses: (A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de passageiros nos aero portos. (B) Comete muitos deslises (deslizes), talvez por sua espontaneidade, mas nada que ponha em cheque (xeque) sua reputação de pessoa cortês. (C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do sócio de descançar (descansar) após o almoço sob a frondoza (frondosa) árvore do pátio. (D) Não sei se isso inue (inui), mas a persistência dessa mágoa pode estar sendo o grande impecilho (empecilho) na superação dessa sua crise. (E) O diretor exitou (hesitou) ao aprovar a retenção dessa alta quantia, mas não quiz (quis) ser taxado de conivente na concessão de privilégios ilegítimos.
Regras básicas – Acentuação tônica
A acentuação tônica implica na intensidade com que são pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá de forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As demais, como são pronunciadas com menos intensidade, são denominadas de átonas. De acordo com a tonicidade, as palavras são classicadas como:
5-) A) O mindingo não depositou na cardeneta de poupansa. = mendigo/caderneta/poupança C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupanssa. = mendigo/caderneta/poupança D) O mendingo não depozitou na carderneta de poupansa. =mendigo/depositou/caderneta/poupança
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a última sílaba. Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica recai na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato – passível Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica está na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus
6-) Futuro do verbo “crescer”: crescerão. Teremos: mas elas crescerão...
Como podemos observar, os vocábulos possuem mais de uma sílaba, mas em nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente: são os chamados monossílabos que, quando pronunciados, apresentam certa diferenciação quanto à intensidade. Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos em uma dada sequência de palavras. Assim como podemos observar no exemplo a seguir:
7-) Como os itens apresentam o mesmo texto, a alternativa correta já indica onde estão as inadequações nos demais itens. 8-) Fiz as correções entre parênteses: A) Entre eu (mim) e a vida sempre houve muitos infortúnios, por isso posso me queixar com razão. B) Sempre houveram (houve) várias formas ecazes para ultrapassarmos os infortúnios da vida. C) Devemos controlar nossas emoções todas as vezes que ver mos (virmos) a pobreza e a miséria fazerem parte de nossa vida.
Didatismo e Conhecimento
“Sei que não vai dar em nada, Seus segredos sei de cor”.
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LÍNGUA PORTUGUESA Antes assembléia idéia geléia jibóia apóia (verbo apoiar) paranóico
Os monossílabos classicam-se como tônicos; os demais, como átonos (que, em, de).
Os acentos acento agudo (´) – Colocado sobre as letras «a», «i», «u» e sobre o «e» do grupo “em” - indica que estas letras representam as vogais tônicas de palavras como Amapá, caí, público, parabéns. Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre aberto. Ex.: herói – médico – céu (ditongos abertos)
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acompanhados ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca – baú – país – Luís
acento circunexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado: Ex.: tâmara – Atlântico – pêssego – supôs acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com artigos e pronomes. Ex.: à – às – àquelas – àqueles trema ( ¨ ) – De acordo com a nova regra, foi totalmente abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros. Ex.: mülleriano (de Müller)
Observação importante: Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando hiato quando vierem depois de ditongo: Ex.
Antes
bocaiúva feiúra Sauípe
til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais nasais. Ex.: coração – melão – órgão – ímã
Agora bocaiuva feiura Sauipe
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi abolido. Ex.:
Regras fundamentais: Palavras oxítonas: Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, “o”, “em”, seguidas ou não do plural(s): Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s) Essa regra também é aplicada aos seguintes casos: Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, seguidos ou não de “s”. Ex.: pá – pé – dó – há Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, seguidas de lo, la, los, las. Ex. respeitá-lo – percebê-lo – compô-lo
Antes crêem lêem vôo enjôo
Agora creem leem voo enjoo
- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais acento como antes: CRER, DAR, LER e VER. Repare: 1-) O menino crê em você Os meninos creem em você. 2-) Elza lê bem! Todas leem bem! 3-) Espero que ele dê o recado à sala. Esperamos que os garotos deem o recado! 4-) Rubens vê tudo! Eles veem tudo!
Paroxítonas: Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: - i, is : táxi – lápis – júri - us, um, uns : vírus – álbuns – fórum - l, n, r, x, ps : automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps - ã, ãs, ão, ãos : ímã – ímãs – órfão – órgãos -- Dica da Zê!: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Repare que essa palavra apresenta as terminações das paroxítonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM = fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim cará mais fácil a memorização!
* Cuidado! Há o verbo vir: Ele vem à tarde! Eles vêm à tarde!
-ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de “s”: água – pônei – mágoa – jóquei
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z. Ra-ul, ru-im, con-tri-bu -in-te, sa-ir, ju-iz
Regras especiais:
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem seguidas do dígrafo nh. Ex: ra-i-nha, ven-to-i-nha.
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em palavras paroxítonas.
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba
* Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são acentuados. Ex.: herói, céu, dói, escarcéu.
Didatismo e Conhecimento
Agora assembleia ideia geleia jiboia apoia paranoico
As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i” não serão mais acentuadas. Ex.: 10
LÍNGUA PORTUGUESA Antes apazigúe (apaziguar) averigúe (averiguar) argúi (arguir)
Depois apazigue averigue argui
04. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS – OFICIAL JUDICIÁRIO – FUNDEP/2010) Assinale a armativa em que se aplica a mesma regra de acentuação. A) tevê – pôde – vê B) únicas – histórias – saudáveis C) indivíduo – séria – noticiários D) diário – máximo – satélite
Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do plural de: ele tem – eles têm / ele vem – eles vêm (verbo vir) A regra prevalece também para os verbos conter, obter, reter, deter, abster. ele contém – eles contêm ele obtém – eles obtêm ele retém – eles retêm ele convém – eles convêm
05. (ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESCESPE/2012) Nas palavras “análise” e “mínimos”, o emprego do acenacen to gráco tem justicativas gramaticais diferentes. (...) CERT CERTO O ( ) ERRADO 06. (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESCESPE/2012) Os vocábulos “indivíduo”, “diária” e “paciência” recerece bem acento gráco com base na mesma regra de acentuação grá grá-ca. (...) CERT CERTO O ( ) ERRADO
Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes eram acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes (regra do acento diferencial). Apenas em algumas exceções, como: A forma verbal pôde verbal pôde (terceira (terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua sendo acentuada para diferenciar-se de pode de pode (terceira pessoa do singular do presente do indicativo). Ex: Ela pode fazer isso agora. Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou. ..
07. (BACEN – TÉCNICO DO BANCO CENTRAL – CESCESGRANRIO/2010) As palavras que se acentuam pelas mesmas rere gras de “conferência”, “razoável”, “países” e “será”, respectivamente, são a) trajetória, inútil, café e baú. b) exercício, balaústre, níveis e sofá. c) necessário, túnel, inndáveis e só. d) médio, nível, raízes e você. e) éter, hífen, propôs e saída.
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para para diferenciar da pre posição por . posição por - Quando, na frase, der para substituir o “por” por “colocar”, estaremos trabalhando com um verbo, portanto: “pôr”; nos outros casos, “por” preposição. Ex: Faço isso por você. Posso pôr (colocar) meus livros aqui?
08. (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011) São acenacen tuados gracamente de acordo com a mesma regra de acentuação gráca os vocábulos A) também e coincidência. B) quilômetros e tivéssemos. C) jogá-la e incrível. D) Escócia e nós. E) correspondência e três. 09. (IBAMA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESCESPE/2012) As palavras “pó”, “só” e “céu” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação gráca. (...) CERT CERTO O ( ) ERRADO
QUESTÕES SOBRE ACENTUAÇÃO GRÁFICA 01. (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁRIA – VUNESP/2010) Assinale a alternativa em que as palavras são acentuadas gracamente pelos mesmos motivos que justicam, respectivamente, as acentuações de: década, relógios, suíços. (A) exíveis, cartório, tênis. (B) inferência, provável, saída. (C) óbvio, após, países. (D) islâmico, cenário, propôs. (E) república, empresária, graúda.
GABARITO 01. E 02. D 03. E 04. C 06. C 07. D 08. B 09. E
02. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUVU NESP/2013) Assinale a alternativa com as palavras acentuadas segundo as regras de acentuação, respectivamente, de intercâmbio e antropológico. (A) Distúrbio e acórdão. (B) Máquina e jiló. (C) Alvará e Vândalo. (D) Consciência e características. (E) Órgão e órfãs.
RESOLUÇÃO 1-) Década = proparoxítona / relógios = paroxítona terminada em ditongo / suíços = regra do hiato (A) exíveis e cartório = paroxítonas terminadas em ditongo / tênis = paroxítona terminada em “i” (seguida de “s”) (B) inferência = paroxítona terminada em ditongo / provável = paroxítona terminada em “l” / saída = regra do hiato (C) óbvio = paroxítona terminada em ditongo / após = oxítona terminada em “o” + “s” / países = regra do hiato (D) islâmico = proparoxítona / cenário = paroxítona terminaterminada em ditongo / propôs = oxítona terminada em “o” + “s” (E) república = proparoxítona / empresária = paroxítona ter minada em ditongo / graúda = regra do hiato
03. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO ESTADO DO ACRE – TÉCNICO EM MICROINFORMÁTICA - CESPE/2012) As papalavras “conteúdo”, “calúnia” e “injúria” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação gráca. ( ) CERT CERTO O ( ) ERRADO
Didatismo e Conhecimento
05. E
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LÍNGUA PORTUGUESA 2-) Para que saibamos qual alternativa assinalar, primeiro tete mos que classicar as palavras do enunciado quanto à posição de sua sílaba tônica: Intercâmbio = paroxítona terminada em ditongo; AntropológiAntropológico = proparoxítona (todas são acentuadas). Agora, vamos à análise dos itens apresentados: (A) Distúrbio = paroxítona terminada em ditongo; acórdão = paroxítona terminada em “ão” (B) Máquina = proparoxítona; jiló = oxítona terminada em “o” (C) Alvará = oxítona terminada em “a”; Vândalo = proparoproparoxítona (D) Consciência = paroxítona terminada em ditongo; caractecaracterísticas = proparoxítona (E) Órgão e órfãs = ambas: paroxítona terminada em “ão” e “ã”, respectivamente.
Exercício = paroxítona terminada em ditongo; balaústre = regra do hiato; níveis = paroxítona terminada em “i + s”; sofá = oxítona terminada em “a”. c) necessário, túnel, inndáveis e só. Necessário = paroxítona terminada em ditongo; túnel = paroparoxítona terminada em “l’; inndáveis = paroxítona terminada em “i + s”; só = monossílaba terminada em “o”. d) médio, nível, raízes e você. Médio = paroxítona terminada em ditongo; nível = paroxítona terminada em “l’; raízes = regra do hiato; será = oxítona terminada em “a”. e) éter, hífen, propôs e saída. Éter = paroxítona terminada em “r”; hífen = paroxítona ter minada em “n”; propôs = oxítona terminada em “o + s”; saída = regra do hiato. 8-) A) também e coincidência. Também = oxítona terminada em “e + m”; coincidência = paparoxítona terminada em ditongo B) quilômetros e tivéssemos. Quilômetros = proparoxítona; tivéssemos = proparoxítona C) jogá-la e incrível. Oxítona terminada em “a”; incrível = paroxítona terminada em “l’ D) Escócia e nós. Escócia = paroxítona terminada em ditongo; nós = monossíla monossíla- ba terminada em “o + s” E) correspondência e três. Correspondência = paroxítona terminada em ditongo; três = monossílaba terminada em “e + s”
3-) “Conteúdo” é acentuada seguindo a regra do hiato; calúnia = paroxítona terminada em ditongo; injúria = paroxítona terminaterminada em ditongo. RESPOSTA: RESPOST A: “ERRADO”. 4-) A) tevê – pôde – vê Tevê = oxítona terminada em “e”; pôde (pretérito perfeito do Indicativo) = acento diferencial (que ainda prevalece após o Novo Acordo Ortográco) para diferenciar de “pode” – presente do InIndicativo; vê = monossílaba terminada em “e” B) únicas – histórias – saudáveis Únicas = proparoxítona; história = paroxítona terminada em ditongo; saudáveis = paroxítona terminada em ditongo. C) indivíduo – séria – noticiários Indivíduo = paroxítona terminada em ditongo; séria = paroparo xítona terminada em ditongo; noticiários = paroxítona terminada em ditongo. D) diário – máximo – satélite Diário = paroxítona terminada em ditongo; máximo = propapropa roxítona; satélite = proparoxítona. 5-) Análise = proparoxítona / mínimos = proparoxítona. Am Am- bas são acentuadas pela mesma regra (antepenúltima sílaba é tônica, “mais forte”). RESPOSTA: RESPOST A: “ERRADO”.
9-) Pó = monossílaba terminada em “o”; só = monossílaba terminada em “o”; céu = monossílaba terminada em ditongo aber to “éu”. RESPOSTA: RESPOST A: “ERRADO”.
PONTUAÇÃO Os sinais de pontuação são marcações grácas que servem para compor a coesão e a coerência textual, além de ressaltar es pecicidades semânticas e pragmáticas. Vejamos as principais funções dos sinais de pontuação conhecidos pelo uso da língua portuguesa.
6-) Indivíduo = paroxítona terminada em ditongo; diária = paparoxítona terminada em ditongo; paciência = paroxítona terminada em ditongo. Os três três vocábulos são acentuados devido à mesma regra. RESPOSTA: “CERTO”.
Ponto 1- Indica o término do discurso ou de parte dele. - Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em que se encontra. - Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite. - Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.
7-) Vamos Vamos classicar as palavras do enunciado: 1-) Conferência = paroxítona terminada em ditongo 2-) razoável = paroxítona terminada em “l’ 3-) países = regra do hiato 4-) será = oxítona terminada em “a”
2- Usa-se nas abreviações - V. V. Exª. - Sr. Sr. a) trajetória, inútil, café e baú. Trajetória = paroxítona terminada em ditongo; inútil = paroxíparoxítona terminada em “l’; café = oxítona terminada em “e” b) exercício, balaústre, níveis e sofá. Didatismo e Conhecimento
Ponto e Vírgula ( ; ) 1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma importância. 12
LÍNGUA PORTUGUESA - “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; os de nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA) alma...” (VIEIRA)
- entre sujeito e predicado. Todos os alunos da sala Sujeito
2- Separa partes de frases que já estão separadas por vírgulas. - Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, montanhas, frio e cobertor .
- entre o verbo e seus objetos. O trabalho custou sacrifício V.T.D.I. O.D.
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos, decreto de lei, etc. - Ir ao supermercado; - Pegar as crianças na escola; - Caminhada na praia; - Reunião com amigos.
aos realizador realizadores. es. O.I.
Usa-se a vírgula: - Para marcar intercalação: a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância, vem caindo de preço. b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão produ zindo, todavia, altas quantidades de alimentos. c) das expressões explicativas ou corretivas: As corretivas: As indústrias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir mão dos lucros altos.
Dois pontos 1- Antes de uma citação - Vejamos Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:
- Para marcar inversão: a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): Depois oração): Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas. b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: verbo: Aos Aos pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma. c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio de 1982.
2- Antes de um aposto - Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde e calor à noite. 3- Antes de uma explicação ou esclarecimento - Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a rotina de sempre.
- Para separar entre si elementos coordenados (dispostos em enumeração): Era um garoto de 15 anos, alto, magro. A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.
4- Em frases de estilo direto Maria perguntou: - Por que você não toma uma decisão?
Ponto de Exclamação 1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto, súplica, etc. - Sim! Claro que eu quero me casar com você! 2- Depois de interjeições ou vocativos - Ai! Que susto! - João! Há quanto tempo! Ponto de Interrogação Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres. “- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur ambos?” (Artur Azevedo)
- Para marcar elipse (omissão) do verbo: Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco. churrasco. - Para isolar: - o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um trânsito caótico. - o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem. Fontes: http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/ http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-virgula.htm
Reticências 1- Indica que palavras foram suprimidas. - Comprei lápis, canetas, cadernos... cadernos. ..
QUESTÕES SOBRE PONTUAÇÃO 01. (Agente Policial – Vunesp – 2013). Assinale a alternativa em que a pontuação está corretamente empregada, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. (A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora, experimentasse, a sensação de violar uma intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. (B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e, embora experimentasse a sensação, de violar uma intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. (C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
2- Indica interrupção violenta da frase. “- Não... “ Não... quero dizer... dizer... é verdad... Ah!” Ah!” 3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida - Este mal... pega doutor? 4- Indica que o sentido vai além do que foi dito - Deixa, depois, o coração falar... falar...
Vírgula Não se usa vírgula *separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se diretamente entre si: Didatismo e Conhecimento
foram advertidos. predicado
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LÍNGUA PORTUGUESA 06. (DNIT – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF/2013) Para que o fragmento abaixo seja coerente e gramaticalmente correto, é necessário inserir sinais de pontuação. Assinale a posição em que não deve ser usado o sinal de ponto, e sim a vírgula, para que sejam respeitadas as regras gramaticais. Desconsidere os ajustes nas letras iniciais minúsculas. O projeto Escola de Bicicleta está distribuindo bicicletas de bambu para 4600 alunos da rede pública de São Paulo(A) o pro grama desenvolve ainda ocinas e cursos para as crianças utili zarem a bicicleta de forma segura e correta(B) os alunos ajudam a traçar ciclorrotas e participam de atividades sobre cidadania e reciclagem(C) as escolas participantes se tornam também centros de descarte de garrafas PET(D) destinadas depois para reciclagem(E) o programa possibilitará o retorno das bicicletas pela saúde das crianças e transformação das comunidades em lugares melhores para se viver. (Adaptado de Vida Simples, abril de 2012, edição 117) a) A b) B c) C d) D e) E
(D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e, embora experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. (E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora, experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. 02. (CNJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE/2013 - ADAPTADA) Jogadores de futebol de diversos times entraram em cam po em prol do programa “Pai Presente”, nos jogos do Campeonato Nacional em apoio à campanha que visa 4 reduzir o número de pessoas que não possuem o nome do pai em sua certidão de nascimento. (...) A oração subordinada “que não possuem o nome do pai em sua certidão de nascimento” não é antecedida por vírgula porque tem natureza restritiva. ( ) Certo ( ) Errado 03.(BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – BNDES/2012) Em que período a vírgula pode ser retirada, mantendose o sentido e a obediência à norma-padrão? (A) Quando o técnico chegou, a equipe começou o treino. (B) Antônio, quer saber as últimas novidades dos esportes? (C) As Olimpíadas de 2016 ocorrerão no Rio, que se prepara para o evento. (D) Atualmente, várias áreas contribuem para o aprimoramento do desportista. (E) Eis alguns esportes que a Ciência do Esporte ajuda: judô, natação e canoagem.
07. (DETRAN - OFICIAL ESTADUAL DE TRÂNSITO – VUNESP/2013) Assinale a alternativa correta quanto ao uso da pontuação. (A) Segundo alguns psicólogos, é possível, em certas circunstâncias, ceder à frustração para que a raiva seja aliviada. (B) Dirigir pode aumentar, nosso nível de estresse, porque você está junto; com os outros motoristas cujos comportamentos, são desconhecidos. (C) Os motoristas, devem saber, que os carros podem ser uma extensão de nossa personalidade. (D) A ira de trânsito pode ocasionar, acidentes e; aumentar os níveis de estresse em alguns motoristas. (E) Os congestionamentos e o número de motoristas na rua, são as principais causas da ira de trânsito.
04. (BANPARÁ/PA – TÉCNICO BANCÁRIO – ESPP/2012) Assinale a alternativa em que a pontuação está correta. a) Meu grande amigo Pedro, esteve aqui ontem! b) Foi solicitado, pelo diretor o comprovante da transação. c) Maria, você trouxe os documentos? d) O garoto de óculos leu, em voz alta o poema. e) Na noite de ontem o vigia percebeu, uma movimentação estranha.
08. (ACADEMIA DE POLÍCIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS – TÉCNICO ASSISTENTE DA POLÍCIA CIVIL - FUMARC/2013) “Paciência, minha lha, este é apenas um ciclo econômico e a nossa geração foi escolhida para este vexame, você aí desse tamanho pedindo esmola e eu aqui sem nada para te dizer, agora afasta que abriu o sinal.” No período acima, as vírgulas foram empregadas em “Paciência, minha lha , este é [...]”, para separar (A) aposto. (B) vocativo. (C) adjunto adverbial. (D) expressão explicativa.
05. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013 – adap.). Assinale a alternativa em que a frase mantém-se correta após o acréscimo das vírgulas. (A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na pulseira instruções para que envie, uma mensagem eletrônica ao grupo ou acione o código na internet. (B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de onde o código foi acionado. (C) Assim que o código é digitado, familiares cadastrados, recebem automaticamente, uma mensagem dizendo que a criança foi encontrada. (D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega primeiro às, areias do Guarujá. (E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o telefone de quem a encontrou e informar um ponto de referência
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09. (INFRAERO – CADASTRO RESERVA OPERACIO NAL PROFISSIONAL DE TRÁFEGO AÉREO – FCC/2011) O período corretamente pontuado é: (A) Os lmes que, mostram a luta pela sobrevivência em condições hostis nem sempre conseguem agradar, aos espectadores. (B) Várias experiências de prisioneiros, semelhantes entre si, podem ser reunidas e fazer parte de uma mesma história ccional. (C) A história de heroísmo e de determinação que nem sem pre, é convincente, se passa em um cenário marcado, pelo frio. 14
LÍNGUA PORTUGUESA (D) Caminhar por um extenso território gelado, é correr riscos iminentes que comprometem, a sobrevivência. (E) Para os fugitivos que se propunham, a alcançar a liberdade, nada poderia parecer, realmente intransponível.
GABARITO 01. C 02. C 03. D 04. C 06. D 07. A 08. B 09.B
5-) Assinalei com (X) onde estão as pontuações inadequadas (A) Se a criança se perder, quem encontrá-la , (X) verá na pulseira instruções para que envie , (X) uma mensagem eletrônica ao grupo ou acione o código na internet. (B) Um geolocalizador também , (X) avisará , (X) os pais de onde o código foi acionado. (C) Assim que o código é digitado, familiares cadastrados , (X) recebem ( , ) automaticamente, uma mensagem dizendo que a criança foi encontrada. (D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha , (X) chega primeiro às , (X) areias do Guarujá.
05. E
RESOLUÇÃO 1- Assinalei com um (X) as pontuações inadequadas (A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora, (X) experimentasse , (X) a sensação de violar uma intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. (B) Diante , (X) da testemunha o homem abriu a bolsa e, em bora experimentasse a sensação , (X) de violar uma intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. (D) Diante da testemunha, o homem , (X) abriu a bolsa e, embora experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando , (X) encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. (E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora , (X) experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando , (X) encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
6-) O projeto Escola de Bicicleta está distribuindo bicicletas de bambu para 4600 alunos da rede pública de São Paulo(A). O pro grama desenvolve ainda ocinas e cursos para as crianças utili zarem a bicicleta de forma segura e correta(B). Os alunos ajudam a traçar ciclorrotas e participam de atividades sobre cidadania e reciclagem(C). As escolas participantes se tornam também centros de descarte de garrafas PET(D), destinadas depois para reciclagem(E). O programa possibilitará o retorno das bicicletas pela saúde das crianças e transformação das comunidades em lugares melhores para se viver. A vírgula deve ser colocada após a palavra “PET”, posição (D), pois antecipa um termo explicativo. 7-) Fiz as indicações (X) das pontuações inadequadas: (A) Segundo alguns psicólogos, é possível, em certas circunstâncias, ceder à frustração para que a raiva seja aliviada. (B) Dirigir pode aumentar, (X) nosso nível de estresse, porque você está junto; (X) com os outros motoristas cujos comportamentos, (X) são desconhecidos. (C) Os motoristas, (X) devem saber, (X) que os carros podem ser uma extensão de nossa personalidade. (D) A ira de trânsito pode ocasionar, (X) acidentes e; (X) aumentar os níveis de estresse em alguns motoristas. (E) Os congestionamentos e o número de motoristas na rua, (X) são as principais causas da ira de trânsito.
2-) A oração restringe o grupo que participará da campanha (apenas os que não têm o nome do pai na certidão de nascimento). Se colocarmos uma vírgula, a oração tornar-se-á “explicativa”, generalizando a informação, o que dará a entender que TODAS as pessoa não têm o nome do pai na certidão. RESPOSTA: “CERTO”. 3-) (A) Quando o técnico chegou, a equipe começou o treino. = mantê-la (termo deslocado) (B) Antônio, quer saber as últimas novidades dos esportes? = mantê-la (vocativo) (C) As Olimpíadas de 2016 ocorrerão no Rio, que se prepara para o evento. = mantê-la (explicação) (D) Atualmente, várias áreas contribuem para o aprimoramento do desportista. = pode retirá-la (advérbio de tempo) (E) Eis alguns esportes que a Ciência do Esporte ajuda: judô, natação e canoagem. = mantê-la (enumeração) 4-) Assinalei com (X) a pontuação inadequada ou faltante: a) Meu grande amigo Pedro, (X) esteve aqui ontem! b) Foi solicitado, (X) pelo diretor o comprovante da transação. c) Maria, você trouxe os documentos? d) O garoto de óculos leu, em voz alta (X) o poema. e) Na noite de ontem (X) o vigia percebeu, (X) uma movimentação estranha.
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8-) Paciência, minha lha, este é... = é o termo usado para se dirigir ao interlocutor, ou seja, é um vocativo. 9-) Fiz as marcações (X) onde as pontuações estão inadequadas ou faltantes: (A) Os lmes que,(X) mostram a luta pela sobrevivência em condições hostis nem sempre conseguem agradar, (X) aos espectadores. (B) Várias experiências de prisioneiros, semelhantes entre si, podem ser reunidas e fazer parte de uma mesma história ccional. (C) A história de heroísmo e de determinação (X) que nem sempre, (X) é convincente, se passa em um cenário marcado, (X) pelo frio. (D) Caminhar por um extenso território gelado, (X) é correr riscos iminentes (X) que comprometem, (X) a sobrevivência. (E) Para os fugitivos que se propunham, (X) a alcançar a liber dade, nada poderia parecer, (X) realmente intransponível.
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LÍNGUA PORTUGUESA Grécia Inglaterra Itália Japão Portugal
EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO, ADJETIVO, NUMERAL, PRONOME, VERBO, ADVÉRBIO, PREPOSIÇÃO E CONJUNÇÃO: EMPREGO E SENTIDO QUE IMPRIMEM ÀS RELAÇÕES QUE ESTABELECEM. VOZES VERBAIS: ATIVA E PASSIVA. COLOCAÇÃO PRONOMINAL.
greco- / Filmes greco-romanos anglo- / Letras anglo-portuguesas ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa nipo- / Associações nipo-brasileiras luso- / Acordos luso-brasileiros
Flexão dos adjetivos O adjetivo varia em gênero, número e grau.
Gênero dos Adjetivos Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos substantivos, classicam-se em:
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se relaciona com o substantivo. Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos que, além de expressar uma qualidade, ela pode ser colocada ao lado de um substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa bondosa. Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo.
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino. Por exemplo: ativo e ativa, mau e má, judeu e judia. Se o adjetivo é composto e biforme, ele exiona no feminino somente o último elemento. Por exemplo: o moço norte-americano, a moça norte-americana. Exceção: surdo-mudo e surda-muda. Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher feliz. Se o adjetivo é composto e uniforme, ca invariável no feminino. Por exemplo: conito político-social e desavença políticosocial.
Morfossintaxe do Adjetivo: O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).
Número dos Adjetivos
Adjetivo Pátrio (ou gentílico)
Plural dos adjetivos simples Os adjetivos simples exionam-se no plural de acordo com as regras estabelecidas para a exão numérica dos substantivos simples. Por exemplo: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins boa e boas
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe alguns deles: Estados e cidades brasileiros: Alagoas alagoano Amapá amapaense Aracaju aracajuano ou aracajuense Amazonas amazonense ou baré Belo Horizonte belo-horizontino Brasília brasiliense Cabo Frio cabo-friense Campinas campineiro ou campinense
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, cará invariável, ou seja, se a palavra que estiver qualicando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra cinza é originalmente um substantivo; porém, se estiver qualicando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, então, invariável. Logo: camisas cinza, ternos cinza. Veja outros exemplos: Motos vinho (mas: motos verdes) Paredes musgo (mas: paredes brancas). Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).
Adjetivo Pátrio Composto Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita. Observe alguns exemplos:
Adjetivo Composto África Alemanha América Bélgica China Espanha Europa França
afro- / Cultura afro-americana germano- ou teuto-/Competições teuto-inglesas américo- / Companhia américo-africana belgo- / Acampamentos belgo-franceses sino- / Acordos sino-japoneses hispano- / Mercado hispano-português euro- / Negociações euro-americanas franco- ou galo- / Reuniões franco-italianas
Didatismo e Conhecimento
É aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas o último elemento concorda com o substantivo a que se refere; os demais cam na forma masculina, singular. Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo o ad jetivo composto cará invariável. Por exemplo: a palavra rosa é originalmente um substantivo, porém, se estiver qualicando um 16
LÍNGUA PORTUGUESA Superlativo
elemento, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro cará invariável. Por exemplo: Camisas rosa-claro. Ternos rosa-claro. Olhos verde-claros. Calças azul-escuras e camisas verde-mar. Telhados marrom-café e paredes verde-claras. Obs.: - Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer ad jetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre invariáveis. - Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm os dois elementos exionados.
O superlativo expressa qualidades num grau muito elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades: Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um ser é intensicada, sem relação com outros seres. Apresenta-se nas formas: Analítica: a intensicação se faz com o auxílio de palavras que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo: O secretário é muito inteligente. Sintética: a intensicação se faz por meio do acréscimo de suxos. Por exemplo: O secretário é inteligentíssimo. Observe alguns superlativos sintéticos: benéco benecentíssimo bom boníssimo ou ótimo comum comuníssimo cruel crudelíssimo difícil dicílimo doce dulcíssimo fácil facílimo el delíssimo
Grau do Adjetivo Os adjetivos exionam-se em grau para indicar a intensidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: o comparativo e o superlativo.
Comparativo Nesse grau, comparam-se a mesma característica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais características atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade, de superioridade ou de inferioridade. Observe os exemplos abaixo: Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade No comparativo de igualdade, o segundo termo da comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou quão.
Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser é intensicada em relação a um conjunto de seres. Essa relação pode ser: De Superioridade: Clara é a mais bela da sala. De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala. Note bem: 1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, etc., antepostos ao adjetivo. 2) O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob duas formas : uma erudita, de origem latina, outra popular, de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo radical do adjetivo latino + um dos suxos -íssimo, -imo ou érrimo. Por exemplo: delíssimo, facílimo, paupérrimo. A forma popular é constituída do radical do adjetivo português + o suxo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo. 3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, precariíssimo, necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual, as formas seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o desagradável hiato i-í.
Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Superioridade Analítico No comparativo de superioridade analítico, entre os dois substantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a “mais...do que” ou “mais...que”. O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de Superioridade Sintético Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles: bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/superior, grande/maior, baixo/ inferior. Observe que: a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, respectivamente. b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar as formas analíticas mais bom, mais mau,mais grande e mais pequeno. Por exemplo: Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois elementos. Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas qualidades de um mesmo elemento.
O advérbio, assim como muitas outras palavras existentes na Língua Portuguesa, advém de outras línguas. Assim sendo, tal qual o adjetivo, o prexo “ad-” indica a ideia de proximidade, contiguidade. Essa proximidade faz referência ao processo verbal, no sentido de caracterizá-lo, ou seja, indicando as circunstâncias em que esse processo se desenvolve. O advérbio relaciona-se aos verbos da língua, no sentido de caracterizar os processos expressos por ele. Contudo, ele não é modicador exclusivo desta classe (verbos), pois também modica o adjetivo e até outro advérbio. Seguem alguns exemplos: Para quem se diz distantemente alheio a esse assunto, você está até bem informado. Temos o advérbio “distantemente” que modica o adjetivo alheio, representando uma qualidade, característica.
Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de Inferioridade Sou menos passivo (do) que tolerante. Didatismo e Conhecimento
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LÍNGUA PORTUGUESA Locução adverbial É reunião de duas ou mais palavras com valor de advérbio. Exemplo: Carlos saiu às pressas. (indicando modo) Maria saiu à tarde. (indicando tempo)
O artista canta muito mal. Nesse caso, o advérbio de intensidade “muito” modica outro advérbio de modo – “mal”. Em ambos os exemplos pudemos vericar que se tratava de somente uma palavra funcionando como advérbio. No entanto, ele pode estar demarcado por mais de uma palavra, que mesmo assim não deixará de ocupar tal função. Temos aí o que chamamos de locução adverbial, representada por algumas expressões, tais como: às vezes, sem dúvida, frente a frente, de modo algum, entre outras. Dependendo das circunstâncias expressas pelos advérbios, eles se classicam em distintas categorias, uma vez expressas por: de modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão, e a maior parte dos que terminam em -”mente”: calmamente, tristemente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente, bondosamente, generosamente de intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em excesso, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto, que(equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de muito, por completo.
Há locuções adverbiais que possuem advérbios correspondentes. Exemplo: Carlos saiu às pressas. = Carlos saiu apressadamente. Apenas os advérbios de intensidade, de lugar e de modo são exionados, sendo que os demais são todos invariáveis. A única exão propriamente dita que existe na categoria dos advérbios é a de grau: Superlativo: aumenta a intensidade. Exemplos: longe - longíssimo, pouco - pouquíssimo, inconstitucionalmente - inconstitucionalissimamente, etc.; Diminutivo: diminui a intensidade. Exemplos: perto - pertinho, pouco - pouquinho, devagar - devagarinho. Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de maneira denida ou indenida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o número dos substantivos.
de tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora, amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, doravante,
Classicação dos Artigos
nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enm, anal, breve, Artigos Denidos:
determinam os substantivos de maneira precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal. Artigos Indenidos: determinam os substantivos de maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu matei um animal.
constantemente, entrementes, imediatamente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia
Combinação dos Artigos
de lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora, alhures, nenhures, aquém, embaixo, externamente, a distância, à distancia de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta de negação : Não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum
É muito presente a combinação dos artigos denidos e indenidos com preposições. Veja a forma assumida por essas combinações:
Preposições Artigos o, os a ao, aos de do, dos em no, nos por (per) pelo, pelos a, as um, uns à, às da, das dum, duns na, nas num, nuns pela, pelas -
de dúvida: Acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe de armação: Sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente, realmente, deveras, indubitavelmente (=sem dúvida). de exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, simplesmente, só, unicamente
duma, dumas numa, numas
- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o artigo denido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida por crase.
de inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, também de ordem: Depois, primeiramente, ultimamente
Constatemos as circunstâncias em que os artigos se mani festam:
de designação: Eis de interrogação: onde? (lugar), como? (modo), quando? (tempo), por quê? (causa), quanto? (preço e intensidade), para
- Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do numeral “ambos”: Ambos os garotos decidiram participar das olimpíadas.
quê? (nalidade)
Didatismo e Conhecimento
uma, umas
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LÍNGUA PORTUGUESA Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. Por exemplo: A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as amiguinhas.
- Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso do artigo, outros não: São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bahia... - Quando indicado no singular, o artigo denido pode indicar toda uma espécie: O trabalho dignica o homem.
Deste exemplo podem ser retiradas três informações: 1-) segurou a boneca 2-) a menina mostrou 3-) viu as amiguinhas
- No caso de nomes próprios personativos, denotando a ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso do artigo: O Pedro é o xodó da família.
Cada informação está estruturada em torno de um verbo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações: 1ª oração: A menina segurou a boneca 2ª oração: e mostrou 3ª oração: quando viu as amiguinhas. A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e”, e a terceira oração liga-se à segunda por meio do “quando”. As palavras “e” e “quando” ligam, portanto, orações.
- No caso de os nomes próprios personativos estarem no plural, são determinados pelo uso do artigo: Os Maias, os Incas, Os Astecas... - Usa-se o artigo depois do pronome indenido todo(a) para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (o artigo), o pronome assume a noção de qualquer. Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda) Toda classe possui alunos interessados e desinteressados. (qualquer classe)
Observe: Gosto de natação e de futebol. Nessa frase as expressões de natação, de futebol são partes ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra “e” está ligando termos de uma mesma oração.
- Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo: Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo.
Morfossintaxe da Conjunção
- A utilização do artigo indenido pode indicar uma ideia de aproximação numérica: O máximo que ele deve ter é uns vinte anos. - O artigo também é usado para substantivar palavras oriundas de outras classes gramaticais: Não sei o porquê de tudo isso.
As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem pro priamente uma função sintática: são conectivos. Classicação - Conjunções Coordenativas - Conjunções Subordinativas
- Nunca deve ser usado artigo depois do pronome relativo cujo (e exões). Este é o homem cujo amigo desapareceu. Este é o autor cuja obra conheço.
Conjunções coordenativas
Dividem-se em: - ADITIVAS: expressam a ideia de adição, soma. Ex. Gosto de cantar e de dançar. Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas também, não só...como também.
- Não se deve usar artigo antes das palavras casa ( no sentido de lar, moradia) e terra ( no sentido de chão rme), a menos que venham especicadas.
- ADVERSATIVAS: Expressam ideias contrárias, de oposição, de compensação. Ex. Estudei, mas não entendi nada. Principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto.
Eles estavam em casa. Eles estavam na casa dos amigos. Os marinheiros permaneceram em terra. Os marinheiros permanecem na terra dos anões.
- ALTERNATIVAS: Expressam ideia de alternância. Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho. Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora, quer... quer, já...já. - CONCLUSIVAS: Servem para dar conclusões às orações. Ex. Estudei muito, por isso mereço passar. Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois (de pois do verbo), portanto, por conseguinte, assim.
- Não se emprega artigo antes dos pronomes de tratamento, com exceção de senhor(a), senhorita e dona: Vossa excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria. - Não se une com preposição o artigo que faz parte do nome de revistas, jornais, obras literárias: Li a notícia em O Estado de S. Paulo.
Morfossintaxe
- EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão. Ex. É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora. Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.
Para denir o que é artigo é preciso mencionar suas relações com o substantivo. Assim, nas orações da língua portuguesa, o artigo exerce a função de adjunto adnominal do substantivo a que se refere. Tal função independe da função exercida pelo substantivo: A existência é uma poesia. Uma existência é a poesia. Didatismo e Conhecimento
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LÍNGUA PORTUGUESA b) As orações são coordenadas e, por isso, independentes uma da outra. Neste caso, há uma pausa entre as orações que vêm marcadas por vírgula. Não atravesse a rua. Você pode ser atropelado. Outra dica é, quando a oração que antecede a OC (Oração Coordenada) vier com verbo no modo imperativo, ela será explicativa. Façam silêncio, que estou falando. (façam= verbo imperativo)
Conjunções subordinativas
- CAUSAIS Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como (= porque). Ele não fez o trabalho porque não tem livro. - COMPARATIVAS Principais conjunções comparativas: que, do que, tão...como, mais...do que, menos...do que. Ela fala mais que um papagaio.
2º) Na frase “Precisavam enterrar os mortos em outra cidade porque não havia cemitério no local.” a) Temos uma OSA Causal, já que a oração subordinada (parte destacada) mostra a causa da ação expressa pelo verbo da oração principal. Outra forma de reconhecê-la é colocá-la no início do período, introduzida pela conjunção como - o que não ocorre com a CS Explicativa. Como não havia cemitério no local, precisavam enterrar os mortos em outra cidade. b) As orações são subordinadas e, por isso, totalmente dependentes uma da outra.
- CONCESSIVAS Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, mesmo que, apesar de, se bem que. Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um fato inesperado. Traz em si uma ideia de “apesar de”. Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de estar cansada) Apesar de ter chovido fui ao cinema. - CONFORMATIVAS Principais conjunções conformativas: como, segundo, conforme, consoante Cada um colhe conforme semeia. Expressam uma ideia de acordo, concordância, conformidade.
Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas linguísticas mais elaboradas. Observe o exemplo: Droga! Preste atenção quando eu estou falando!
- CONSECUTIVAS Expressam uma ideia de consequência. Principais conjunções consecutivas: que (após “tal”, “tanto”, “tão”, “tamanho”).
No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Toda sua raiva se traduz numa palavra: Droga! Ele poderia ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou simplesmente uma palavra. Ele empregou a interjeição Droga! As sentenças da língua costumam se organizar de forma lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e os distribui em posições adequadas a cada um deles. As interjeições, por outro lado, são uma espécie de “palavra-frase”, ou seja, há uma ideia expressa por uma palavra (ou um conjunto de palavras - locução interjetiva) que poderia ser colocada em termos de uma sentença. Veja os exemplos: Bravo! Bis! bravo e bis: interjeição = sentença (sugestão): “Foi muito bom! Repitam!” Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé... ai: interjeição = sentença (sugestão): “Isso está doendo!” ou “Estou com dor!”
Falou tanto que cou rouco.
- FINAIS Expressam ideia de nalidade, objetivo. Todos trabalham para que possam sobreviver. Principais conjunções nais: para que, a m de que, porque (=para que), - PROPORCIONAIS Principais conjunções proporcionais: à medida que, quanto mais, ao passo que, à proporção que. À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha. - TEMPORAIS
A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas sim a manifestação de um suspiro, um estado da alma decorrente de uma situação particular, um momento ou um contexto especíco. Exemplos: Ah, como eu queria voltar a ser criança! ah: expressão de um estado emotivo = interjeição Hum! Esse pudim estava maravilhoso! hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição
Principais conjunções temporais: quando, enquanto, logo que. Quando eu sair, vou passar na locadora. Diferença entre orações causais e explicativas
Quando estudamos Orações Subordinadas Adverbiais (OSA) e Coordenadas Sindéticas (CS), geralmente nos deparamos com a dúvida de como distinguir uma oração causal de uma explicativa. Veja os exemplos: 1º) Na frase “ Não atravesse a rua, porque você pode ser atro pelado”: a) Temos uma CS Explicativa, que indica uma justicativa ou uma explicação do fato expresso na oração anterior. Didatismo e Conhecimento
O signicado das interjeições está vinculado à maneira como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto de enunciação. Exemplos: 20
LÍNGUA PORTUGUESA Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expressão na rua; signicado da interjeição (sugestão): “Estou te chamando! Ei, espere!” Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expressão em um hospital; signicado da interjeição (sugestão): “Por favor, faça silêncio!” Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio! puxa: interjeição; tom da fala: euforia Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte! puxa: interjeição; tom da fala: decepção
- Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio! - Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh! Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, isto é, não sofrem variação em gênero, número e grau como os nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz como os verbos. No entanto, em uso especíco, algumas interjeições sofrem variação em grau. Deve-se ter claro, neste caso, que não se trata de um processo natural dessa classe de palavra, mas tão só uma variação que a linguagem afetiva permite. Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinho.
As interjeições cumprem, normalmente, duas funções: 1) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria, tristeza, dor, etc. Você faz o que no Brasil? Eu? Eu negocio com madeiras. Ah, deve ser muito interessante.
Locução Interjetiva Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma expressão com sentido de interjeição. Por exemplo : Ora bolas! Quem me dera! Virgem Maria! Meu Deus! Ó de casa! Ai de mim! Valha-me Deus! Graças a Deus! Alto lá! Muito bem! Observações: - As interjeições são como frases resumidas, sintéticas. Por exemplo: Ué! = Eu não esperava por essa!, Perdão! = Peço-lhe que me desculpe.
2) Sintetizar uma frase apelativa Cuidado! Saia da minha frente. As interjeições podem ser formadas por: - simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô. - palavras: Oba!, Olá!, Claro! - grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!, Ora bolas!
- Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes gramaticais podem aparecer como interjeições. Viva! Basta! (Verbos) Fora! Francamente! (Advérbios)
A ideia expressa pela interjeição depende muitas vezes da entonação com que é pronunciada; por isso, pode ocorrer que uma interjeição tenha mais de um sentido. Por exemplo: Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contrariedade) Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria)
- A interjeição pode ser considerada uma “palavra-frase” porque sozinha pode constituir uma mensagem. Ex.: Socorro!, Ajudem-me!, Silêncio!, Fique quieto! - Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imitativas, que exprimem ruídos e vozes. Ex.: Pum! Miau! Bumba! Zás! Pla ft! Pof! Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-quá!, etc. - Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com a sua homônima “oh!”, que exprime admiração, alegria, tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do” oh!” exclamativo e não a fazemos depois do “ó” vocativo. “Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!” (Olavo Bilac) Oh! a jornada negra!” (Olavo Bilac)
Classicação das Interjeições
Comumente, as interjeições expressam sentido de: - Advertência: Cuidado!, Devagar!, Calma!, Sentido!, Atenção!, Olha!, Alerta! - Afugentamento: Fora!, Passa!, Rua!, Xô! - Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!,Eh!, Oba!, Viva! - Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah! - Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!, Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca! - Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!, Boa! - Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã! - Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!, Safa!, Fora!, Abaixo!, Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora! - Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá! - Desculpa: Perdão! - Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!, Oh!, Eh! - Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o quê!, Hum!, Epa!, Ora! - Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!, Quê!, Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?, Cruz!, Putz! - Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!, Raios!, Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora! - Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!, Piedade! - Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!, Adeus!, Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha-me, Deus!
Didatismo e Conhecimento
- Na linguagem afetiva, certas interjeições, originadas de palavras de outras classes, podem aparecer exionadas no diminutivo ou no superlativo: Calminha! Adeusinho! Obrigadinho!
Interjeições, leitura e produção de textos Usadas com muita frequência na língua falada informal, quando empregadas na língua escrita, as interjeições costumam conferir-lhe certo tom inconfundível de coloquialidade. Além disso, elas podem muitas vezes indicar traços pessoais do falante - como a escassez de vocabulário, o temperamento agressivo ou dócil, até mesmo a origem geográca. É nos textos narrativos - particular mente nos diálogos - que comumente se faz uso das interjeições com o objetivo de caracterizar personagens e, também, graças à sua natureza sintética, agilizar as falas. Natureza sintética e conteúdo mais emocional do que racional fazem das interjeições presença constante nos textos publicitários. Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf89. php 21
LÍNGUA PORTUGUESA Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa em determinada sequência. Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco. [quatro: numeral = atributo numérico de “ingresso”] Eu quero café duplo, e você? ...[duplo: numeral = atributo numérico de “café”]
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais exionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses triplas do medicamento. Os numerais fracionários exionam-se em gênero e número. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/duas terças partes Os numerais coletivos exionam-se em número: uma dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros. É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de sentido. É o que ocorre em frases como: “Me empresta duzentinho...” É artigo de primeiríssima qualidade! O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda divisão de futebol)
A primeira pessoa da la pode entrar, por favor!
...[primeira: numeral = situa o ser “pessoa” na sequência de “la”] Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim de algarismos. Além dos numerais mais conhecidos, já que reetem a ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par, ambos(as), novena.
Emprego dos Numerais *Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo:
Classicação dos Numerais
Ordinais João Paulo II (segundo) D. Pedro II (segundo) Ato II (segundo) Século VIII (oitavo) Canto IX (nono)
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico: um, dois, cem mil, etc. Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada: primeiro, segundo, centésimo, etc. Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão dos seres: meio, terço, dois quintos, etc. Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada: dobro, tri plo, quíntuplo, etc.
*Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante: Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez) Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
Leitura dos Numerais Separando os números em centenas, de trás para frente, obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas e, no início, também de dezenas ou unidades. Entre esses conjuntos usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela conjunção “e”. 1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos e vinte e seis. 45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte.
*Ambos/ambas são considerados numerais. Signicam “um e outro”, “os dois” (ou “uma e outra”, “as duas”) e são largamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência. Pedro e João parecem ter nalmente percebido a importância
da solidariedade. Ambos agora participam das atividades comunitárias de seu bairro. Obs.: a forma “ambos os dois” é considerada enfática. Atualmente, seu uso indica afetação, articialismo.
Flexão dos numerais
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam em número: milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais são invariáveis. Os numerais ordinais variam em gênero e número: primeiro segundo milésimo primeira segunda milésima primeiros segundos milésimos primeiras segundas milésimas Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de produção. Didatismo e Conhecimento
Cardinais Tomo XV (quinze) Luís XVI (dezesseis) Capítulo XX (vinte) Século XX (vinte) João XXIII ( vinte e três)
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LÍNGUA PORTUGUESA Cardinais um dois três quatro cinco seis sete oito nove dez onze doze treze catorze quinze dezesseis dezessete dezoito dezenove vinte trinta quarenta cinqüenta sessenta setenta oitenta noventa cem duzentos trezentos quatrocentos
Ordinais primeiro segundo terceiro quarto quinto sexto sétimo oitavo nono décimo décimo primeiro décimo segundo décimo terceiro décimo quarto décimo quinto décimo sexto décimo sétimo décimo oitavo décimo nono vigésimo trigésimo quadragésimo quinquagésimo sexagésimo septuagésimo octogésimo nonagésimo centésimo ducentésimo trecentésimo quadringentésimo
Multiplicativos dobro, duplo triplo, tríplice quádruplo quíntuplo sêxtuplo sétuplo óctuplo nônuplo décuplo cêntuplo -
Cardinais quinhentos seiscentos setecentos oitocentos novecentos mil milhão bilhão
Ordinais Multiplicativos quingentésimo sexcentésimo septingentésimo octingentésimo nongentésimo ou noningentésimo milésimo milionésimo bilionésimo -
Fracionários meio terço quarto quinto sexto sétimo oitavo nono décimo onze avos doze avos treze avos catorze avos quinze avos dezesseis avos dezessete avos dezoito avos dezenove avos vinte avos trinta avos quarenta avos cinquenta avos sessenta avos setenta avos oitenta avos noventa avos centésimo ducentésimo trecentésimo quadringentésimo Fracionários quingentésimo sexcentésimo septingentésimo octingentésimo nongentésimo milésimo milionésimo bilionésimo
Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece, normalmente há uma subordinação do segundo termo em relação ao primeiro. As preposições são muito importantes na estrutura da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores semânticos indispensáveis para a compreensão do texto. Tipos de Preposição 1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente como preposições: a, ante, perante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com. 2. Preposições acidentais: palavras de outras classes gramaticais que podem atuar como preposições: como, durante, exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto. 3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo como uma preposição, sendo que a última palavra é uma delas: abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de, graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por cima de, por trás de. A preposição, como já foi dito, é invariável. No entanto pode unir-se a outras palavras e assim estabelecer concordância em gênero ou em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela. Vale ressaltar que essa concordância não é característica da preposição, mas das palavras às quais ela se une. Esse processo de junção de uma preposição com outra palavra pode se dar a partir de dois processos: Didatismo e Conhecimento
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LÍNGUA PORTUGUESA 1. Combinação: A preposição não sofre alteração. preposição a + artigos denidos o, os a + o = ao preposição a + advérbio onde a + onde = aonde 2. Contração: Quando a preposição sofre alteração.
- Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois termos e estabelece relação de subordinação entre eles. Cheguei a sua casa ontem pela manhã. Não queria, mas vou ter que ir à outra cidade para procurar um tratamento adequado. - Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o lugar e/ou a função de um substantivo. Temos Maria como parte da família. / Nós a temos como parte da família Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. / Creio que a conhecemos melhor que ninguém.
Preposição + Artigos De + o(s) = do(s) De + a(s) = da(s) De + um = dum De + uns = duns De + uma = duma De + umas = dumas Em + o(s) = no(s) Em + a(s) = na(s) Em + um = num Em + uma = numa Em + uns = nuns Em + umas = numas A + à(s) = à(s) Por + o = pelo(s) Por + a = pela(s)
2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio das preposições: Destino = Irei para casa. Modo = Chegou em casa aos gritos. Lugar = Vou car em casa; Assunto = Escrevi um artigo sobre adolescência. Tempo = A prova vai começar em dois minutos. Causa = Ela faleceu de derrame cerebral. Fim ou nalidade = Vou ao médico para começar o tratamento. Instrumento = Escreveu a lápis. Posse = Não posso doar as roupas da mamãe. Autoria = Esse livro de Machado de Assis é muito bom. Companhia = Estarei com ele amanhã. Matéria = Farei um cartão de papel reciclado. Meio = Nós vamos fazer um passeio de barco. Origem = Nós somos do Nordeste, e você? Conteúdo = Quebrei dois frascos de perfume. Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso. Preço = Essa roupa sai por R$ 50 à vista.
Preposição + Pronomes De + ele(s) = dele(s) De + ela(s) = dela(s) De + este(s) = deste(s) De + esta(s) = desta(s) De + esse(s) = desse(s) De + essa(s) = dessa(s) De + aquele(s) = daquele(s) De + aquela(s) = daquela(s) De + isto = disto De + isso = disso De + aquilo = daquilo De + aqui = daqui De + aí = daí De + ali = dali De + outro = doutro(s) De + outra = doutra(s) Em + este(s) = neste(s) Em + esta(s) = nesta(s) Em + esse(s) = nesse(s) Em + aquele(s) = naquele(s) Em + aquela(s) = naquela(s) Em + isto = nisto Em + isso = nisso Em + aquilo = naquilo A + aquele(s) = àquele(s) A + aquela(s) = àquela(s) A + aquilo = àquilo Dicas sobre preposição
Fonte: http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele se refere, ou que acompanha o nome, qualicando-o de alguma forma. A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos! [substituição do nome] A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita! [referência ao nome] Essa moça morava nos meus sonhos! [qualicação do nome] Grande parte dos pronomes não possuem signicados xos, isto é, essas palavras só adquirem signicação dentro de um contexto, o qual nos permite recuperar a referência exata daquilo que está sendo colocado por meio dos pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos pronomes interrogativos e indenidos, os demais pronomes têm por função principal apontar para as pessoas do discurso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, os pronomes apresentam uma forma especíca para cada pessoa do discurso.
1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-los? Caso o “a” seja um artigo, virá precedendo um substantivo. Ele servirá para determiná-lo como um substantivo singular e feminino. A dona da casa não quis nos atender. Como posso fazer a Joana concordar comigo?
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LÍNGUA PORTUGUESA Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada. [minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala] Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada? [tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala] A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada. [dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala]
Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias formas verbais marcam, através de suas desinências, as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto: Fizemos boa viagem. (Nós)
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em número (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência através do pronome seja coerente em termos de gênero e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto, mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado.
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença, exerce a função de complemento verbal (objeto direto ou indireto) ou complemento nominal. Ofertaram-nos ores. (objeto indireto)
Pronome Oblíquo
Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação indica a função diversa que eles desempenham na oração: pronome reto marca o su jeito da oração; pronome oblíquo marca o complemento da oração. Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou tônicos.
Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desle da nossa
escola neste ano. [nossa: pronome que qualica “escola” = concordância adequada] [neste: pronome que determina “ano” = concordância adequada] [ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concordância inadequada] Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, indenidos, relativos e interrogativos.
Pronome Oblíquo Átono São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica fraca: Ele me deu um presente. O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim congurado: - 1ª pessoa do singular (eu): me - 2ª pessoa do singular (tu): te - 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe - 1ª pessoa do plural (nós): nos - 2ª pessoa do plural (vós): vos - 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
Pronomes Pessoais São aqueles que substituem os substantivos, indicando diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve assume os pronomes “eu” ou “nós”, usa os pronomes “tu”, “vós”, “você” ou “vocês” para designar a quem se dirige e “ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer referência à pessoa ou às pessoas de quem fala. Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso oblíquo.
Observações: O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já se apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união entre o pronome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”. Por acompanhar diretamente uma preposição, o pronome “lhe” exerce sempre a função de objeto indireto na oração. Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos diretos como objetos indiretos. Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como objetos diretos. Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas como mo, mos , ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. Observe o uso dessas formas nos exemplos que seguem: - Trouxeste o pacote? - Sim, entreguei-to ainda há pouco. - Não contaram a novidade a vocês? - Não, no-la contaram. No português do Brasil, essas combinações não são usadas; até mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito raro.
Pronome Reto Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito. Nós lhe ofertamos ores.
Os pronomes retos apresentam exão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal exão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim congurado: - 1ª pessoa do singular: eu - 2ª pessoa do singular: tu - 3ª pessoa do singular: ele, ela - 1ª pessoa do plural: nós - 2ª pessoa do plural: vós - 3ª pessoa do plural: eles, elas
Atenção: Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais depois de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal é suprimida. Por exemplo:
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como complementos verbais na língua-padrão. Frases como “Vi ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram eu até aqui”, comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a na praça”, “Trouxeram-me até aqui”.
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z + o = -lo
fazeis + o = fazei-lo dizer + a = dizê-la 25
LÍNGUA PORTUGUESA Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no, nos, na, nas. nas. Por exemplo: viram + o: viram-no repõe + os = repõe-nos retém + a: retém-na tem + as = tem-nas
- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim. Eu não me vanglorio disso. Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi. - 2ª pessoa do singular (tu): te, ti. Assim tu te prejudicas. Conhece a ti mesmo.
Pronome Oblíquo Tônico
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo. Guilherme já se prepar preparou. ou. Ela deu a si um presente. Antônio conversou consigo mesmo.
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos por preposições, em geral as preposições a, para, de e com com.. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte. O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim congurado: - 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo - 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo - 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela - 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco - 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco - 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas
- 1ª pessoa do plural (nós): nos. Lavamo-nos no rio. rio. - 2ª pessoa do plural (vós): vos. Vós vos beneciastes com a esta conquista.
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo. Eles se conheceram. Elas deram a si um dia de folga.
Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto. - As preposições essenciais introduzem sempre pronomes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal, os pronomes costumam ser usados desta forma: Não há mais nada entre mim e ti. Não se comprovou qualquer ligação entre entre ti e ela. Não há nenhuma acusação contra mim. Não vá sem mim.
A Segunda Pessoa Indireta A chamada segunda pessoa indireta manifesta-se quando utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso interlocutor (portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento, que podem ser observados no quadro seguinte:
Atenção: Há construções em que a preposição, apesar de sur gir anteposta a um pronome, serve para introduzir uma oração cujo verbo está no innitivo. Nesses casos, o verbo pode ter sujeito exex presso; se esse sujeito for um pronome, deverá ser do caso reto. Trouxeram Tr ouxeram vários vestidos para eu experimentar. Não vá sem eu mandar. mandar.
- A combinação da preposição “com” e alguns pronomes originou as formas especiais comigo, contigo, consigo, conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos frequentemente exer convosco. cem a função de adjunto adverbial de companhia. Ele carregava o documento consigo. - As formas “conosco” e “convosco” são substituídas por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais são reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou algum numeral. Você terá de viajar com nós todos. Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias. Ele disse que iria com nós três. Pronome Reexivo
São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo verbo. O quadro dos pronomes reexivos é assim congurado: Didatismo e Conhecimento
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LÍNGUA PORTUGUESA Pronomes de Tratamento Vossa Alteza Vossa Eminên Eminência cia Vossa Reverendíssima Vossa Excelência Vossa Magnicência Vossa Majest Majestade ade Vossa Majestade Imperial Vossa Santid Santidade ade Vossa Senhoria Vossa Onipot Onipotência ência
V. A. V. Ema.(s Ema.(s)) V. Revma.(s) V. Ex.ª (s) V. Mag.ª (s) V. M. V. M. I. V. S. V. S.ª (s) V. O.
prínci pes, duques príncipes, cardeais cardea is acerdotes e bispos altas autoridades e ociais-generais reitores de universidades reis e rainhas Imperadores Papa tratamento cerimonioso Deus
Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e senhora e você, vocês. vocês. “O senhor” e “a senhora” são empregados no tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tratamento familiar. Você Você e vocês são largamente empregados no português do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou literária. Observações: a) Vossa Vossa Excelência X Sua Excelência : os pronomes de tratamento que possuem “Vossa “Vossa (s)” são empregados em relação à pessoa com quem falamos: Espero que V. V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro.
*Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da pessoa. Todos os membros da C.P C.P.I. .I. armaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com propriedade.
- Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao tratarmos um deputado por Vossa Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos endereçando à excelência que esse deputado supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa. - 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento dirijam-se à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem car na 3ª pessoa. Basta que V. V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, para que seus eleitores eleitores lhe quem reconhecidos.
- Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de “você”, não poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa. Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos . (errado) Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus cabelos . (correto) Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. cabelos . (correto)
Pronomes Possessivos São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída). Este caderno é meu. (meu meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)
NÚMERO singular singular singular plural plural plural
PESSOA
PRONOME
primeira segunda terceira primeira segunda terceira
meu(s), minha(s) teu(s), tua(s) seu(s), sua(s) nosso(s), nossa(s) vosso(s), vossa(s) seu(s), sua(s)
Note que: A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam com o objeto possuído: Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento difícil .
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LÍNGUA PORTUGUESA - Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou invariáveis, observe: Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s).. la(s) Invariáveis: isto, isso, aquilo. - Também aparecem como pronomes demonstrativos: - o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo. Não ouvi o que disseste. disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.) Essa rua não é a que te indiquei. indiquei . (Esta rua não é aquela que te indiquei.)
Observações:
1 - A forma “seu” não é um possessivo quando resultar da alteração fonética da palavra senhor: Muito senhor: Muito obrigado, seu José . 2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. PoPo dem ter outros empregos, como: a) indicar afetividade: Não faça isso, minha lha. b) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40 anos. anos . c) atribuir valor indenido ao substantivo: Marisa substantivo: Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
- mesmo(s), mesma(s): Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o propro nome possessivo ca na 3ª pessoa: Vossa Excelência trouxe sua mensagem?
- próprio(s), própria(s): Os próprios alunos resolveram o propro blema.
4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo concorda com o mais próximo: Tr Trouxe-me ouxe-me seus livros e anotações. anotações .
- semelhante(s): Não semelhante(s): Não compre semelhante livro livro. - tal, tais: Tal era a solução para o problema.
5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos átonos assumem valor de possessivo: Vou seguir-lhe os passos passos.. (= Vou seguir seus passos.)
Note que: - Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em construções redundantes, com nalidade expressiva, para salientar algum termo anterior. Por exemplo: Manuela, exemplo: Manuela, essa é que dera em cheio casando com o José Afonso. Desfrutar das belezas brasileiras, isso é que é sorte!
Pronomes Demonstrativos Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, no tempo ou discurso.
- O pronome demonstrativo neutro ou pode representar um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso em que aparece, geralmente, como objeto direto, predicativo ou aposto: O casamento seria um desastre. Todos Todos o pressentiam.
No espaço: Compro este carro (aqui). carro (aqui). O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala. Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que fala. Compro aquele carro (lá). carro (lá). O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo.
- Para evitar a repetição de um verbo anteriormente expresso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbo fazer, chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que faz as vezes de): Ninguém de): Ninguém teve coragem de falar antes que ela o zesse.
- Em frases como a seguinte, este este se se refere à pessoa mencionada em último lugar; aquele aquele,, à mencionada em primeiro lugar: O referido deputado e o Dr Dr.. Alcides eram amigos íntimos; íntimos; aquele casado, solteiro este. [ou então: este solteiro, aquele casado]
Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto por meio de correspondência, que é uma modalidade escrita de fala), são particularmente importantes o este este e e o esse esse - o primeiro localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação ao destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade. Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar in formações sobre o concurso vestibular . (trata-se da universidade destinatária).
- O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irônica: A irônica: A menina foi a tal que ameaçou o professor? - Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com em com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, disso, nisso, no, etc: Não etc: Não acreditei no que estava vendo. vendo. (no = naquilo)
Rearmamos a disposição desta universidade em participar
no próximo Encontro de Jovens. Jovens . (trata-se da universidade que envia a mensagem).
Pronomes Indenidos
No tempo: Este ano está sendo bom para nós. nós. O pronome este se refere ao ano presente. Esse ano que passou foi razoável. razoável. O pronome esse se refere a um passado próximo. Aquele ano foi terrível para todos. todos . O pronome aquele está se referindo a um passado distante. Didatismo e Conhecimento
São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quantidade indeterminada. Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-plantadas.
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LÍNGUA PORTUGUESA Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser humano que seguramente existe, mas cuja identidade é desconhecida ou não se quer revelar. Classicam-se em:
Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado prático. Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são pessoas quaisquer.
Pronomes Relativos
- Pronomes Indenidos Substantivos: assumem o lugar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase. São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém, outrem, quem, tudo. Algo o incomoda? Quem avisa amigo é.
São aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem as orações subordinadas adjetivas. O racismo é um sistema que arma a superioridade de um
grupo racial sobre outros. (arma a superioridade de um grupo racial sobre outros = oração subordinada adjetiva). O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema” e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra “sistema” é antecedente do pronome relativo que. O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome demonstrativo o, a, os, as. Não sei o que você está querendo dizer. Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem expresso. Quem casa, quer casa.
- Pronomes Indenidos Adjetivos: qualicam um ser ex presso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s). Cada povo tem seus costumes. Certas pessoas exercem várias prossões.
Note que: Ora são pronomes indenidos substantivos, ora pronomes indenidos adjetivos: algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer, quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias. Menos palavras e mais ações. Alguns se contentam pouco. Os pronomes indenidos podem ser divididos em variáveis e invariáveis. Observe: Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário, tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca, vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer, alguns, nenhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos, algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas, outras, quantas. Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, algo, cada.
Observe: Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os quais, cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas, quantas. Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde. Note que: - O pronome “que” é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser substituído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for um substantivo. O trabalho que eu z refere-se à corrupção. (= o qual) A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual) Os trabalhos que eu z referem-se à corrupção. (= os quais) As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais)
São locuções pronominais indenidas:
- O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente pronomes relativos: por isso, são utilizados didaticamente para vericar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que podem ter várias classicações) são pronomes relativos. Todos eles são usados com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de determinadas preposições: Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado. (O uso de “que”, neste caso, geraria ambiguidade.) Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (Não se poderia usar “que” depois de sobre.)
cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que), seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou outra, etc. Cada um escolheu o vinho desejado. Indenidos Sistemáticos
Ao observar atentamente os pronomes indenidos, percebemos que existem alguns grupos que criam oposição de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm sentido armativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm sentido negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade armativa, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade negativa; alguém/ninguém, que se referem à pessoa, e algo/nada, que se referem à coisa; certo, que particulariza, e qualquer , que generaliza. Essas oposições de sentido são muito importantes na construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas vezes dependem a solidez e a consistência dos argumentos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os pronomes indenidos destacados imprimem às armações de que fazem parte:
Didatismo e Conhecimento
- O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e se refere a uma oração: Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a sua vocação natural. - O pronome “cujo” não concorda com o seu antecedente, mas com o consequente. Equivale a do qual, da qual, dos quais, das quais. Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas. (antecedente) (consequente)
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LÍNGUA PORTUGUESA - “Quanto” é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome indenido: tanto (ou variações) e tudo: Emprestei tantos quantos foram necessários. (antecedente) Ele fez tudo quanto havia falado. (antecedente)
Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele” exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso reto. Já na segunda oração, observamos o pronome “lhe” exercendo função de complemento, e, consequentemente, é do caso oblíquo. Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso, o pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se devia ajudar.... Ajudar quem? Você (lhe).
- O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sempre precedido de preposição. É um professor a quem muito devemos. (preposição)
Importante: Em observação à segunda oração, o emprego do pronome oblíquo “lhe” é justicado antes do verbo intransitivo “ajudar” porque o pronome oblíquo pode estar antes, depois ou entre locução verbal, caso o verbo principal (no caso “ajudar”) esteja no innitivo ou gerúndio. Eu desejo lhe perguntar algo. Eu estou perguntando-lhe algo.
- “Onde”, como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar: A casa onde morava foi assaltada. - Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em que. Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no exterior.
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição, diferentemente dos segundos que são sempre precedidos de preposição. - Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que eu estava fazendo. - Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim o que eu estava fazendo.
- Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras: - como (= pelo qual): Não me parece correto o modo como você agiu semana passada. - quando (= em que): Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame.
A colocação pronominal é a posição que os pronomes pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se referem. São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos. O pronome oblíquo átono pode assumir três posições na oração em relação ao verbo: 1. próclise: pronome antes do verbo 2. ênclise: pronome depois do verbo 3. mesóclise: pronome no meio do verbo
- Os pronomes relativos permitem reunir duas orações numa só frase. O futebol é um esporte. O povo gosta muito deste esporte. O futebol é um esporte de que o povo gosta muito. - Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode ocorrer a elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de gente que conversava, (que) ria, (que) fumava.
Próclise Pronomes Interrogativos A próclise é aplicada antes do verbo quando temos: - Palavras com sentido negativo: Nada me faz querer sair dessa cama. Não se trata de nenhuma novidade.
São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas ou indiretas. Assim como os pronomes indenidos, referem-se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso. São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e variações), quanto (e variações). Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço. Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas pre feres. Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quantos passageiros desembarcaram.
- Advérbios: Nesta casa se fala alemão. Naquele dia me falaram que a professora não veio. - Pronomes relativos: A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje. Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram.
Sobre os pronomes: O pronome pessoal é do caso reto quando tem função de sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo quando desem penha função de complemento. Vamos entender, primeiramente, como o pronome pessoal surge na frase e que função exerce. Observe as orações: 1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar. 2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia lhe ajudar.
- Pronomes indenidos: Quem me disse isso? Todos se comoveram durante o discurso de despedida. - Pronomes demonstrativos: Isso me deixa muito feliz! Aquilo me incentivou a mudar de atitude! - Preposição seguida de gerúndio:
Didatismo e Conhecimento
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LÍNGUA PORTUGUESA (A) dúvidas e preços. (B) dúvidas e insumos básicos. (C) companhias e insumos básicos. (D) companhias e preços do carbono e da água. (E) políticas de crescimento e preços adequados.
Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais indicado à pesquisa escolar. - Conjunção subordinativa: Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram.
Ênclise
02. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013- adap.). Fazendo-se as alterações necessárias, o trecho grifado está corretamente substituído por um pronome em: A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-lo B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo-lhes desalentado C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem de conhecê-lo? D) ...não parecia ser um importante industrial... − não parecia ser-lhe E) incomodaram o general... − incomodaram-no
A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta não aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos átonos. A ênclise vai acontecer quando: - O verbo estiver no imperativo armativo: Amem-se uns aos outros. Sigam-me e não terão derrotas. - O verbo iniciar a oração: Diga-lhe que está tudo bem. Chamaram-me para ser sócio.
03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.). A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes, foi realizada de modo INCORRETO em: A) mostrando o rio= mostrando-o. B) como escolher sítio= como escolhê-lo. C) transpor [...] as matas espessas= transpor-lhes. D) Às estreitas veredas[...] nada acrescentariam = nada lhes acrescentariam. E) viu uma dessas marcas= viu uma delas. 04. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013). Assinale a alternativa em que o pronome destacado está posicionado de acordo com a norma-padrão da língua. (A) Ela não lembrava- se do caminho de volta. (B) A menina tinha distanciado- se muito da família. (C) A garota disse que perdeu- se dos pais. (D) O pai alegrou- se ao encontrar a lha. (E) Ninguém comprometeu- se a ajudar a criança.
- O verbo estiver no innitivo impessoal regido da preposição “a”: Naquele instante os dois passaram a odiar-se. Passaram a cumprimentar-se mutuamente. - O verbo estiver no gerúndio: Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de despreocu pada. Despediu-se, beijando-me a face. - Houver vírgula ou pausa antes do verbo: Se passar no concurso em outra cidade, mudo-me no mesmo instante. Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.
Mesóclise A mesóclise acontece quando o verbo está exionado no futuro do presente ou no futuro do pretérito: A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= ela se realizará) Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma proposta a você)
05. (Escrevente TJ SP – Vunesp 2011). Assinale a alternativa cujo emprego do pronome está em conformidade com a norma padrão da língua. (A) Não autorizam-nos a ler os comentários sigilosos. (B) Nos falaram que a diplomacia americana está abalada. (C) Ninguém o informou sobre o caso WikiLeaks. (D) Conformado, se rendeu às punições. (E) Todos querem que combata-se a corrupção.
Questões sobre Pronome
01. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012). Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não está claro até onde pode realmente chegar uma política baseada
06. (Papiloscopista Policial = Vunesp - 2013). Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. (A) Para que se evite perder objetos, recomenda-se que eles sejam sempre trazidos junto ao corpo. (B) O passageiro ao lado jamais imaginou-se na situação de ter de procurar a dona de uma bolsa perdida. (C) Nos sentimos impotentes quando não conseguimos restituir um objeto à pessoa que o perdeu. (D) O homem se indignou quando propuseram-lhe que abrisse a bolsa que encontrara. (E) Em tratando-se de objetos encontrados, há uma tendência natural das pessoas em devolvê-los a seus donos.
em melhorar a eciência sem preços adequados para o carbono,
a água e (na maioria dos países pobres) a terra. É verdade que mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água faça em si diferença, as companhias não podem suportar ter de pagar, de repente, digamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer preparação. Portanto, elas começam a usar preços-sombra. Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma maneira de quanticar adequadamente os insumos básicos. E sem eles a maioria das políticas de crescimento verde sempre será a segunda opção. (Carta Capital, 27.06.2012. Adaptado) Os pronomes “elas” e “eles”, em destaque no texto, referem-se, respectivamente, a Didatismo e Conhecimento
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LÍNGUA PORTUGUESA 07. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013). Há pessoas que, mesmo sem condições, compram produtos______ não necessitam e______ tendo de pagar tudo______ prazo. Assinale a alternativa que preenche as lacunas, correta e res pectivamente, considerando a norma culta da língua. A) a que … acaba … à B) com que … acabam … à C) de que … acabam … a D) em que … acaba … a E) dos quais … acaba … à
2-) A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-los B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo-os desalentado C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem de conhecê-las ? D) ...não parecia ser um importante industrial... − não parecia sê-lo 3-) transpor [...] as matas espessas= transpô-las
08. (Agente de Apoio Socioeducativo – VUNESP – 2013adap.). Assinale a alternativa que substitui, correta e respectivamente, as lacunas do trecho. ______alguns anos, num programa de televisão, uma jovem fazia referência______ violência______ o brasileiro estava sujeito de forma cômica. A) Fazem... a ... de que B) Faz ...a ... que C) Fazem ...à ... com que D) Faz ...à ... que E) Faz ...à ... a que
4-) (A) Ela não se lembrava do caminho de volta. (B) A menina tinha se distanciado muito da família. (C) A garota disse que se perdeu dos pais. (E) Ninguém se comprometeu a ajudar a criança 5-) (A) Não nos autorizam a ler os comentários sigilosos. (B) Falaram-nos que a diplomacia americana está abalada. (D) Conformado, rendeu-se às punições. (E) Todos querem que se combata a corrupção.
09. (TRF 3ª região- Técnico Judiciário - /2014) As sereias então devoravam impiedosamente os tripulantes. ... ele conseguiu impedir a tripulação de perder a cabeça... ... e fez de tudo para convencer os tripulantes... Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos grifados acima foram corretamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em: (A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los (B) devoravam-lhe − impedi-las − convencer-lhes (C) devoravam-no − impedi-las − convencer-lhes (D) devoravam-nos − impedir-lhe − convencê-los (E) devoravam-lhes − impedi-la − convencê-los 10. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013adap.). No trecho, – Em ambos os casos, as câmeras dos estabelecimentos felizmente comprovam os acontecimentos , e testemunhas vão ajudar a polícia na investigação. – de acordo com a norma-padrão, os pronomes que substituem, corretamente, os termos em destaque são: A) os comprovam … ajudá-la. B) os comprovam …ajudar-la. C) os comprovam … ajudar-lhe. D) lhes comprovam … ajudar-lhe. E) lhes comprovam … ajudá-la.
GABARITO 01. C 02. E 03. C 04. D 05. C 06. A 07. C 08. E 09. A
6-) (B) O passageiro ao lado jamais se imaginou na situação de ter de procurar a dona de uma bolsa perdida. (C) Sentimo-nos impotentes quando não conseguimos restituir um objeto à pessoa que o perdeu. (D) O homem indignou-se quando lhe propuseram que abrisse a bolsa que encontrara. (E) Em se tratando de objetos encontrados, há uma tendência natural das pessoas em devolvê-los a seus donos. 7-) Há pessoas que, mesmo sem condições, compram produtos de que não necessitam e acabam tendo de pagar tudo a prazo. 8-) Faz alguns anos, num programa de televisão, uma jovem fazia referência à violência a que o brasileiro estava sujeito de forma cômica. Faz, no sentido de tempo passado = sempre no singular 9-) devoravam - verbo terminado em “m” = pronome oblíquo no/ na (zeram-na, colocaram-no) impedir - verbo transitivo direto = pede objeto direto; “lhe” é para objeto indireto convencer - verbo transitivo direto = pede objeto direto; “lhe” é para objeto indireto (A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los
10. A
RESOLUÇÃO 1-) Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não está claro até onde pode realmente chegar uma política baseada em melhorar a eciência sem preços adequados para o carbono, a água e (na maioria dos países pobres) a terra. É verdade que mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água faça em si diferença, as companhias não podem suportar ter de pagar, de re pente, digamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer preparação. Portanto, elas começam a usar preços-sombra. Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma maneira de quanticar adequadamente os insumos básicos . E sem eles a maioria das políticas de crescimento verde sempre será a segunda opção.
Didatismo e Conhecimento
10-) – Em ambos os casos, as câmeras dos estabelecimentos felizmente comprovam os acontecimentos, e testemunhas vão ajudar a polícia na investigação. felizmente os comprovam ... ajudá-la (advérbio) Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos também nomeiam: 32
LÍNGUA PORTUGUESA -lugares: Alemanha, Porto Alegre... -sentimentos: raiva, amor... -estados: alegria, tristeza... -qualidades: honestidade, sinceridade... -ações: corrida, pescaria...
O substantivo beleza designa uma qualidade.
Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que dependem de outros para se manifestar ou existir. Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar. Portanto, a palavra beleza é um substantivo abstrato. Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraídos, e sem os quais não podem existir: vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento).
Morfossintaxe do substantivo Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua como núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda funcionar como núcleo do complemento nominal ou do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito, do objeto ou como núcleo do vocativo. Também encontramos substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e de adjuntos adverbiais - quando essas funções são desempenhadas por grupos de palavras.
3 - Substantivos Coletivos
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra abelha, mais outra abelha. Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame .
Classicação dos Substantivos
1- Substantivos Comuns e Próprios Observe a denição: s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, toda a sede de município é cidade). 2. O centro de uma cidade (em oposição aos bairros).
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, mais outra abelha... No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural. No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular (enxame) para designar um conjunto de seres da mesma espécie (abelhas).
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada cidade. Isso signica que a palavra cidade é um substantivo comum. Substantivo Comum é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma genérica: cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro. Estamos voando para Barcelona.
O substantivo enxame é um substantivo coletivo. Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres da mesma espécie.
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie cidade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Próprio: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma particular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
Substantivo coletivo assembleia alcateia acervo antologia arquipélago banda bando banca batalhão cardume caravana cacho
2 - Substantivos Concretos e Abstratos LÂMPADA MALA Os substantivos lâmpada e mala designam seres com existência própria, que são independentes de outros seres. São substantivos concretos.
Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que existe, independentemente de outros seres. Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo real e do mundo imaginário. Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, etc. Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantasma, etc. Observe agora: Beleza exposta Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual.
Didatismo e Conhecimento
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Conjunto de: pessoas reunidas lobos livros trechos literários selecionados ilhas músicos desordeiros ou malfeitores examinadores soldados peixes viajantes peregrinos frutas
cála
camelos
cancioneiro colmeia chusma concílio congresso
canções, poesias líricas abelhas gente, pessoas bispos parlamentares, cientistas.
elenco
atores de uma peça ou lme
esquadra enxoval falange fauna
navios de guerra roupas soldados, anjos animais de uma região
LÍNGUA PORTUGUESA feixe
Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra palavra.
lenha, capim
ora
vegetais de uma região
frota girândola horda junta dores júri legião leva malta manada matilha molho multidão ninhada nuvem penca pinacoteca quadrilha
navios mercantes, ônibus fogos de artifício bandidos, invasores médicos, bois, credores, examina-
Flexão dos substantivos O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável quando sofre exão (variação). A palavra menino, por exemplo, pode sofrer variações para indicar: Plural: meninos Feminino: menina Aumentativo: meninão Diminutivo: menininho
jurados soldados, anjos, demônios presos, recrutas malfeitores ou desordeiros búfalos, bois, elefantes, cães de raça chaves, verduras pessoas em geral pintos insetos (gafanhotos, mosquitos, etc.) bananas, chaves pinturas, quadros ladrões, bandidos
ramalhete
ores
rebanho récua repertório réstia romanceiro revoada sínodo talha tropa turma vara
ovelhas bestas de carga, cavalgadura peças teatrais, obras musicais alhos ou cebolas poesias narrativas pássaros párocos lenha muares, soldados estudantes, trabalhadores porcos
Flexão de Gênero Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar sexo real ou ctício dos seres. Na língua portuguesa, há dois gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao gênero masculino os substantivos que podem vir precedidos dos artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de lmes: O velho e o mar Um Natal inesquecível Os reis da praia Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas: A história sem m
Uma cidade sem passado As tartarugas ninjas Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar nomes de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para o masculino e outra para o feminino. Observe: gato – gata, homem – mulher, poeta – poetisa, prefeito - prefeita
Formação dos Substantivos Substantivos Simples e Compostos Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra. O substantivo chuva é formado por um único elemento ou radical. É um substantivo simples.
Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam uma única forma, que serve tanto para o masculino quanto para o feminino. Classicam-se em: - Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos: a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea. - Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas: a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o indivíduo. - Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por meio do artigo: o colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista.
Substantivo Simples: é aquele formado por um único elemento. Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja agora: O substantivo guarda-chuva é formado por dois elementos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto.
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou mais elementos. Outros exemplos: beija-or, passatempo .
Saiba que: Substantivos de origem grega terminados em ema ou oma, são masculinos: o fonema, o poema, o sistema, o sintoma, o teorema. - Existem certos substantivos que, variando de gênero, variam em seu signicado: o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora) o capital (dinheiro) e a capital (cidade)
Substantivos Primitivos e Derivados Meu limão meu limoeiro, meu pé de jacarandá... O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de nenhum outro dentro de língua portuguesa.
Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma outra palavra da própria língua portuguesa. O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir da palavra limão. Didatismo e Conhecimento
- Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno - aluna. - Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao masculino: freguês - freguesa 34
LÍNGUA PORTUGUESA - Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de três formas: - troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa - troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã -troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona Exceções: barão – baronesa
ladrão- ladra
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme. A distinção de gênero pode ser feita através da análise do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substantivo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante; um jovem - uma jovem; artista famoso - artista famosa; repórter francês - repórter francesa
sultão - sul-
tana - A palavra personagem é usada indistintamente nos dois gêneros. a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada preferência pelo masculino: O menino descobriu nas nuvens os personagens dos contos de carochinha. b) Com referência a mulher, deve-se preferir o feminino: O problema está nas mulheres de mais idade, que não aceitam a personagem. - Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo foto-
- Substantivos terminados em -or: - acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora - troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz - Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: cônsul - consulesa / abade - abadessa / poeta - poetisa / duque - duquesa / conde - condessa / profeta - profetisa - Substantivos que formam o feminino trocando o -e nal por -a: elefante - elefanta
gráco Ana Belmonte.
- Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e no feminino: bode – cabra / boi - vaca
Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó (pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o maracajá, o clã, o hosana, o herpes, o pijama, o suéter, o soprano, o proclama, o pernoite, o púbis.
Observe o gênero dos substantivos seguintes:
- Substantivos que formam o feminino de maneira especial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores: czar – czarina réu - ré
Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, a cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido, a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes Epicenos: Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
- São geralmente masculinos os substantivos de origem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilograma, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, o eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o tracoma, o hematoma.
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma para indicar o masculino e o feminino. Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para designar os dois sexos. Esses substantivos são chamados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver a necessidade de especicar o sexo, utilizam-se palavras macho e fêmea. A cobra macho picou o marinheiro. A cobra fêmea escondeu-se na bananeira. Sobrecomuns: Entregue as crianças à natureza.
Exceções: a cataplasma, a celeuma, a euma, etc.
Gênero dos Nomes de Cidades : Com raras exceções, nomes de cidades são femininos. A histórica Ouro Preto. A dinâmica São Paulo. A acolhedora Porto Alegre. Uma Londres imensa e triste. Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo masculino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem o artigo nem um possível adjetivo permitem identicar o sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja: A criança chorona chamava-se João. A criança chorona chamava-se Maria.
Gênero e Signicação:
Muitos substantivos têm uma signicação no masculino e outra no feminino. Observe: o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à frente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão), a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou proibição de trânsito), o cabeça (chefe), a cabeça (parte do corpo), o cisma (separação religiosa, dissidência), a cisma (ato de cismar, descon-
Outros substantivos sobrecomuns: a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa criatura. o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de Marcela faleceu
Comuns de Dois Gêneros: Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.
Didatismo e Conhecimento
ança), o cinza (a cor cinzenta), a cinza (resíduos de combustão),
o capital (dinheiro), a capital (cidade), o coma (perda dos sentidos), a coma (cabeleira), o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em 35
LÍNGUA PORTUGUESA Plural dos Substantivos Compostos
coro), a coral (cobra venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado na administração da crisma e de outros sacramentos), a crisma (sa-
-A formação do plural dos substantivos compostos depende da forma como são grafados, do tipo de palavras que formam o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se como os substantivos simples: aguardente/aguardentes, girassol/girassóis, pontapé/pontapés, malmequer/malmequeres. O plural dos substantivos compostos cujos elementos são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e discussões. Algumas orientações são dadas a seguir:
cramento da conrmação), o cura (pároco), a cura (ato de curar),
o estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície de vegetação), o guia (pessoa que guia outras), a guia (documento, pena grande das asas das aves), o grama (unidade de peso), a grama (relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa (recipiente, setor de pagamentos), o lente (professor), a lente (vidro de aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade, bons costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a nascente (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala (poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe, anteparo), o rádio (aparelho receptor), a rádio (estação emissora), o voga (remador), a voga (moda, popularidade).
- Flexionam-se os dois elementos, quando formados de: substantivo + substantivo = couve-or e couves-ores substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras
Flexão de Número do Substantivo Em português, há dois números gramaticais: o singular, que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres. A característica do plural é o “s” nal.
- Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados de: verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-falantes palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos
Plural dos Substantivos Simples - Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e “n” fazem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã – ímãs; hífen - hifens (sem acento, no plural). Exceção: cânon - cânones.
- Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando formados de: substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-colônia e águas-de-colônia substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-vapor e cavalos-vapor substantivo + substantivo que funciona como determinante do primeiro, ou seja, especica a função ou o tipo do termo anterior: palavra-chave - palavras-chave, bomba-relógio - bombas-relógio, notícia-bomba - notícias-bomba, homem-rã - homens-rã, peixe- -espada - peixes-espada.
- Os substantivos terminados em “m” fazem o plural em “ns”: homem - homens. - Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plural pelo acréscimo de “es”: revólver – revólveres; raiz - raízes. Atenção: O plural de caráter é caracteres.
- Os substantivos terminados em al, el, ol, ul exionam-se no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais; caracol – caracóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males, cônsul e cônsules.
- Permanecem invariáveis, quando formados de: verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas - Casos Especiais o louva-a-deus e os louva-a-deus o bem-te-vi e os bem-te-vis o bem-me-quer e os bem-me-queres o joão-ninguém e os joões-ninguém.
- Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de duas maneiras: - Quando oxítonos, em “is”: canil - canis - Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis. Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas maneiras: répteis ou reptis (pouco usada). - Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de duas maneiras: - Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses - Quando paroxítonos ou proparoxítonos, cam invariáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus.
Plural das Palavras Substantivadas As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras classes gramaticais usadas como substantivo, apresentam, no plural, as exões próprias dos substantivos. Pese bem os prós e os contras. O aluno errou na prova dos noves. Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.
- Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural de três maneiras. - substituindo o -ão por -ões: ação - ações - substituindo o -ão por -ães: cão - cães - substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos
Obs.: numerais substantivados terminados em “s” ou “z” não variam no plural: Nas provas mensais consegui muitos seis e alguns dez.
- Os substantivos terminados em “x” cam invariáveis: o látex - os látex.
Didatismo e Conhecimento
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LÍNGUA PORTUGUESA Plural dos Diminutivos
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bolsos, es posos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc. Obs.: distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), de molho (ó) = feixe (molho de lenha).
Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” nal e acrescenta-se o suxo diminutivo. pãe(s) + zinhos = pãezinhos animai(s) + zinhos = animaizinhos botõe(s) + zinhos = botõezinhos chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos farói(s) + zinhos = faroizinhos tren(s) + zinhos = trenzinhos colhere(s) + zinhas = colherezinhas
Particularidades sobre o Número dos Substantivos - Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o norte, o leste, o oeste, a fé, etc. - Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsames, as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes . - Outros, enm, têm, no plural, sentido diferente do singular: bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probidade, bom nome) e honras (homenagem, títulos). - Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas com sentido de plural: Aqui morreu muito negro. Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas im provisadas.
ore(s) + zinhas = orezinhas
mão(s) + zinhas = mãozinhas papéi(s) + zinhos = papeizinhos nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas funi(s) + zinhos = funizinhos túnei(s) + zinhos = tuneizinhos pai(s) + zinhos = paizinhos pé(s) + zinhos = pezinhos pé(s) + zitos = pezitos
Flexão de Grau do Substantivo
Plural dos Nomes Próprios Personativos
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as variações de tamanho dos seres. Classica-se em: - Grau Normal - Indica um ser de tamanho considerado normal. Por exemplo: casa
Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas sempre que a terminação preste-se à exão. Os Napoleões também são derrotados. As Raquéis e Esteres.
Plural dos Substantivos Estrangeiros
- Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho do ser. Classica-se em: Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjetivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande. Sintético = é acrescido ao substantivo um suxo indicador de aumento. Por exemplo: casarão.
Substantivos ainda não aportuguesados devem ser escritos como na língua original, acrescentando-se “s” (exceto quando terminam em “s” ou “z”): os shows, os shorts, os jazz. Substantivos já aportuguesados exionam-se de acordo com as regras de nossa língua: os clubes, os chopes, os jipes, os esportes, as toaletes, os bibelôs, os garçons, os réquiens. Observe o exemplo: Este jogador faz gols toda vez que joga. O plural correto seria gois (ô), mas não se usa. Plural com Mudança de Timbre
- Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho do ser. Pode ser: Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena. Sintético = é acrescido ao substantivo um suxo indicador de diminuição. Por exemplo: casinha.
Certos substantivos formam o plural com mudança de timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato fonético chamado metafonia (plural metafônico). Singular corpo (ô) esforço fogo forno fosso imposto olho osso (ô) ovo poço porto posto tijolo
Verbo é a classe de palavras que se exiona em pessoa, número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros processos: ação (correr); estado (car); fenômeno (chover); ocorrência (nascer); desejo (querer). O que caracteriza o verbo são as suas exões, e não os seus possíveis signicados. Observe que palavras como corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns verbos mencionados acima; não apresentam, porém, todas as possibilidades de exão que esses verbos possuem.
Plural corpos (ó) esforços fogos fornos fossos impostos olhos ossos (ó) ovos poços portos postos tijolos
Didatismo e Conhecimento
Estrutura das Formas Verbais Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode apresentar os seguintes elementos: - Radical : é a parte invariável, que expressa o signicado essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-) - Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo: fala-r 37
LÍNGUA PORTUGUESA São três as conjugações: 1ª - Vogal Temática - A - (falar), 2ª - Vogal Temática - E - (vender), 3ª - Vogal Temática - I - (partir). - Desinência modo-temporal : é o elemento que designa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo: falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.) falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.) - Desinência número-pessoal : é o elemento que designa a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou plural): falamos (indica a 1ª pessoa do plural.) falavam (indica a 3ª pessoa do plural.)
** São impessoais, ainda: 1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo: Já passa das seis. 2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de, indicando suciência: Basta de tolices. Chega de blasfêmias. 3. os verbos estar e car em orações tais como Está bem, Está muito bem assim, Não ca bem, Fica mal, sem referência a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso, classicar o sujeito como hipotético, tornando-se, tais verbos, então, pessoais. 4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de “ser possível”. Por exemplo: Não deu para chegar mais cedo. Dá para me arrumar uns trocados?
Observação: o verbo pôr , assim como seus derivados (com por, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, pois a forma arcaica do verbo pôr era poer . A vogal “e”, apesar de haver desa parecido do innitivo, revela-se em algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc.
* Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural. A fruta amadureceu. As frutas amadureceram. Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem gurada: Teu irmão amadureceu bastante.
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos ver bos com o conceito de acentuação tônica, percebemos com facilidade que nas formas rizotônicas o acento tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai no radical, mas sim na terminação verbal: opinei, aprenderão, nutriríamos.
Entre os unipessoais estão os verbos que signicam vozes de animais; eis alguns: bramar: tigre, bramir: crocodilo, cacarejar: galinha, coaxar: sapo, cricrilar: grilo Os principais verbos unipessoais são: 1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser (preciso, necessário, etc.): Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos bastante.) Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.) É preciso que chova. (Sujeito: que chova.)
Classicação dos Verbos
Classicam-se em: - Regulares: são aqueles que possuem as desinências normais de sua conjugação e cuja exão não provoca alterações no radical: canto cantei cantarei cantava cantasse. - Irregulares: são aqueles cuja exão provoca alterações no radical ou nas desinências: faço z farei zesse. - Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação completa. Classicam-se em impessoais, unipessoais e pessoais: * Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Normalmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os principais verbos impessoais são: ** haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se ou fazer (em orações temporais). Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam) Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram) Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão) Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)
2. fazer e ir , em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que. Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de fumar.) Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo Cláudia. (Sujeito: que não vejo Cláudia) Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais. * Pessoais: não apresentam algumas exões por motivos mor fológicos ou eufônicos. Por exemplo: - verbo falir. Este verbo teria como formas do presente do indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o que provavelmente causaria problemas de interpretação em certos contextos.
** fazer, ser e estar (quando indicam tempo) Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil. Era primavera quando a conheci. Estava frio naquele dia.
- verbo computar. Este verbo teria como formas do presente do indicativo computo, computas, computa - formas de sonoridade considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de formas verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento e a popularização da informática, tem sido conjugado em todos os tempos, modos e pessoas.
** Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “ Amanheci mal-humorado”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido gurado. Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido gurado, deixa de ser im pessoal para ser pessoal. Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu) Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos) Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
Didatismo e Conhecimento
- Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular). Observe: 38
LÍNGUA PORTUGUESA INFINITIVO
PARTICÍPIO REGULAR
PARTICÍPIO IRREGULAR
Anexar Dispersar Eleger Envolver
Anexado Dispersado Elegido Envolvido
Anexo Disperso Eleito Envolto
INFINITIVO
PARTICÍPIO REGULAR
PARTICÍPIO IRREGULAR
Imprimir Matar Morrer Pegar Soltar
Imprimido Matado Morrido Pegado Soltado
Impresso Morto Morto Pego Solto
- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Por exemplo: Ir, Pôr, Ser, Saber (vou, vais, ides, fui, foste, pus, pôs, punha, sou, és, fui, foste, seja). - Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal, quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: innitivo, gerúndio ou particípio. Vou (verbo auxiliar)
espantar as (verbo principal no innitivo)
Está (verbo auxiliar) Os
noivos
moscas.
chegando a (verbo principal no gerúndio)
hora
foram cumprimentados por (verbo auxiliar) (verbo principal no particípio)
do debate. todos
os
presentes.
Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver. Conjugação dos Verbos Auxiliares SER - Modo Indicativo Presente Pret.Perfeito sou fui és foste é foi somos fomos sois fostes são foram
Pretérito Imp. era eras era éramos éreis eram
Pret.Mais-Que-Perf. fora foras fora fôramos fôreis foram
Fut.do Pres. serei serás será seremos sereis serão
SER - Modo Subjuntivo Presente que eu seja que tu sejas que ele seja que nós sejamos que vós sejais que eles sejam
Pretérito Imperfeito se eu fosse se tu fosses se ele fosse se nós fôssemos se vós fôsseis se eles fossem
Didatismo e Conhecimento
Futuro quando eu for quando tu fores quando ele for quando nós formos quando vós fordes quando eles forem
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Fut. Do Pretérito seria serias seria seríamos seríeis seriam
LÍNGUA PORTUGUESA SER - Modo Imperativo Armativo sê tu seja você sejamos nós sede vós sejam vocês
Negativo não sejas tu não seja você não sejamos nós não sejais vós não sejam vocês
SER - Formas Nominais Innitivo Impessoal ser
Innitivo Pessoal ser eu seres tu
Gerúndio sendo
Particípio sido
Innitivo Impessoal
Innitivo Pessoal ser ele sermos nós serdes vós serem eles
Gerúndio
Particípio
ESTAR - Modo Indicativo Presente Pret. perf. estou estive estás estiveste está esteve estamos estivemos estais estivestes estão estiveram
Pret. Imperf. estava estavas estava estávamos estáveis estavam
Pret.Mais-Que-Perf. estivera estiveras estivera estivéramos estivéreis estiveram
ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo Presente Pretérito Imperfeito Futuro esteja estivesse estiver estejas estivesses estiveres esteja estivesse estiver estejamos estivéssemos estivermos estejais estivésseis estiverdes estejam estivessem estiverem ESTAR - Formas Nominais Innitivo Impessoal Innitivo Pessoal estar estar estares estar estarmos estardes estarem HAVER - Modo Indicativo Presente Pret. Perf. hei houve hás houveste há houve havemos houvemos haveis houvestes hão houveram
Pret. Imper. havia havias havia havíamos havíeis haviam
Didatismo e Conhecimento
Fut.doPres. estarei estarás estará estaremos estareis estarão
Armativo
Negativo
está esteja estejamos estai estejam
estejas esteja estejamos estejais estejam
Gerúndio estando
Particípio estado
Pret.Mais-Que-Perf. houvera houveras houvera houvéramos houvéreis houveram
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Fut.do Preté. estaria estarias estaria estaríamos estaríeis estariam
Fut. Do Pres. haverei haverás haverá haveremos havereis haverão
Fut. Do Preté. haveria haverias haveria haveríamos haveríeis haveriam
LÍNGUA PORTUGUESA HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo Presente Pretérito Imperfeito haja houvesse hajas houvesses haja houvesse hajamos houvéssemos hajais houvésseis hajam houvessem HAVER - Formas Nominais Innitivo Impessoal Innitivo Pessoal haver haver haveres haver havermos haverdes haverem TER - Modo Indicativo Presente Pret. Perf. Tenho tive tens tiveste tem teve temos tivemos tendes tivestes têm tiveram
Pret. Imper. tinha tinhas tinha tínhamos tínheis tinham
TER - Modo Subjuntivo e Imperativo Presente Pretérito Imperfeito Tenha tivesse tenhas tivesses tenha tivesse tenhamos tivéssemos tenhais tivésseis tenham tivessem
Futuro tiver tiveres tiver tivermos tiverdes tiverem
Futuro houver houveres houver houvermos houverdes houverem
Armativo
Negativo
há haja hajamos havei hajam
hajas haja hajamos hajais hajam
Gerúndio havendo
Particípio havido
Preté.Mais-Que-Perf. tivera tiveras tivera tivéramos tivéreis tiveram
Fut. Do Pres. terei terás terá teremos tereis terão
Armativo
Negativo
tem tenha tenhamos tende tenham
tenhas tenha tenhamos tenhais tenham
Fut. Do Preté. teria terias teria teríamos teríeis teriam
- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na mesma pessoa do su jeito, expressando reexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no próprio sentido do verbo (reexivos essenciais). Veja: - 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos: abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reexibilidade já está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá. A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mesma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia reexiva expressa pelo radical do próprio verbo. Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes): Eu me arrependo Tu te arrependes Ele se arrepende Nós nos arrependemos Vós vos arrependeis Eles se arrependem - 2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto representado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados, formando o que se chama voz reexiva. Por exemplo: Maria se penteava. A reexibilidade é acidental, pois a ação reexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: Maria penteou-me. Didatismo e Conhecimento
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LÍNGUA PORTUGUESA Observações: - Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função sintática. - Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente pronominais, são os verbos reexivos. Nos verbos reexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito, exercem funções sintáticas. Por exemplo: Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me (objeto direto) - 1ª pessoa do singular
- Particípio: quando não é empregado na formação dos tem pos compostos, o particípio indica geralmente o resultado de uma ação terminada, exionando-se em gênero, número e grau. Por exemplo: Terminados os exames, os candidatos saíram. Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a aluna escolhida para re presentar a escola.
Modos Verbais
Tempos Verbais
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato. Em Português, existem três modos: Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu sempre estudo. Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade: Talvez eu estude amanhã. Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estuda agora, menino.
Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos. Veja: 1. Tempos do Indicativo - Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste colégio. - Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente terminado: Ele estudava as lições quando foi interrompido. - Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado: Ele estudou as lições ontem à noite. - Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já tinha estudado as lições quando os amigos chegaram. (forma composta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. (forma simples). - Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual: Ele estudará as lições amanhã. - Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado: Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.
Formas Nominais Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo, advér bio), sendo por isso denominadas formas nominais. Observe: - Innitivo Impessoal: exprime a signicação do verbo de modo vago e indenido, podendo ter valor e função de substantivo. Por exemplo: Viver é lutar. (= vida é luta) É indispensável combater a corrupção. (= combate à) O innitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo: É preciso ler este livro. Era preciso ter lido este livro.
2. Tempos do Subjuntivo - Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual: É conveniente que estudes para o exame. - Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele vencesse o jogo.
- Innitivo Pessoal: é o innitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, exiona-se da seguinte maneira: 2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu) 1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós) 2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós) 3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles) Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.
Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato. - Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier à loja, levará as encomendas.
Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à loja, levará as encomendas.
- Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Por exemplo: Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio) Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função de adjetivo) Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta, uma ação concluída. Por exemplo: Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro. Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro. Didatismo e Conhecimento
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LÍNGUA PORTUGUESA Presente do Indicativo
1ª conjugação CANTAR cantO cantaS canta cantaMOS cantaIS cantaM
2ª conjugação VENDER vendO vendeS vende vendeMOS vendeIS vendeM
3ª conjugação PARTIR partO parteS parte partiMOS partIS parteM
Pretérito Perfeito do Indicativo 1ª conjugação 2ª conjugação CANTAR VENDER canteI vendI cantaSTE vendeSTE cantoU vendeU cantaMOS vendeMOS cantaSTES vendeSTES cantaRAM vendeRAM
3ª conjugação PARTIR partI partISTE partiU partiMOS partISTES partiRAM
Pretérito mais-que-perfeito 1ª conjugação 2ª conjugação CANTAR VENDER cantaRA vendeRA cantaRAS vendeRAS cantaRA vendeRA cantáRAMOS vendêRAMOS cantáREIS vendêREIS cantaRAM vendeRAM
3ª conjugação PARTIR partiRA partiRAS partiRA partíRAMOS partíREIS partiRAM
Pretérito Imperfeito do Indicativo 1ª conjugação 2ª conjugação CANTAR VENDER cantAVA vendIA cantAVAS vendIAS CantAVA vendIA cantÁVAMOS vendÍAMOS cantÁVEIS vendÍEIS cantAVAM vendIAM
O S MOS IS M Desinência pessoal I STE U MOS STES RAM Des. temporal (1ª/2ª e 3ª conj.)
Desinência pessoal
RA RA RA RA RE RA
Ø S Ø MOS IS M
3ª conjugação PARTIR partIA partAS partIA partÍAMOS partÍEIS partIAM
Futuro do Presente do Indicativo 1ª conjugação 2ª conjugação CANTAR VENDER cantar ei vender ei cantar ás vender ás cantar á vender á cantar emos vender emos cantar eis vender eis cantar ão vender ão
3ª conjugação PARTIR partir ei partir ás partir á partir emos partir eis partir ão
Futuro do Pretérito do Indicativo 1ª conjugação 2ª conjugação CANTAR VENDER cantarIA venderIA cantarIAS venderIAS cantarIA venderIA cantarÍAMOS venderÍAMOS cantarÍEIS venderÍEIS cantarIAM venderIAM
3ª conjugação PARTIR partirIA partirIAS partirIA partirÍAMOS partirÍEIS partirIAM
Didatismo e Conhecimento
Desinência pessoal
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LÍNGUA PORTUGUESA Presente do Subjuntivo Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).
1ª conjug.
2ª conjug.
3ª conju.
CANTAR cantE cantES cantE cantEMOS cantEIS cantEM
VENDER vendA vendAS vendA vendAMOS vendAIS vendAM
PARTIR partA partAS partA partAMOS partAIS partAM
Des. temporal 1ª conj.
Des.temporal 2ª/3ª conj.
Desinên. pessoal
E E E E E E
A A A A A A
Ø S Ø MOS IS M
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número e pessoa correspondente. 1ª conjugação
2ª conjugação
3ª conjugação
CANTAR cantaSSE cantaSSES cantaSSE cantáSSEMOS cantáSSEIS cantaSSEM
VENDER vendeSSE vendeSSES vendeSSE vendêSSEMOS vendêSSEIS vendeSSEM
PARTIR partiSSE partiSSES partiSSE partíSSEMOS partíSSEIS partiSSEM
Des. temporal 1ª /2ª e 3ª conj.
Desinência pessoal
SSE SSE SSE SSE SSE SSE
Ø S Ø MOS IS M
Futuro do Subjuntivo
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoa correspondente. 1ª conjugação
2ª conjugação
3ª conjugação
CANTAR cantaR cantaRES cantaR cantaRMOS cantaRDES cantaREM
VENDER vendeR vendeRES vendeR vendeRMOS vendeRDES vendeREM
PARTIR partiR partiRES partiR partiRMOS partiRDES PartiREM
Didatismo e Conhecimento
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Des. temporal 1ª /2ª e 3ª conj. Ø R R R R R
Desinência pessoal
ES Ø MOS DES EM
LÍNGUA PORTUGUESA Modo Imperativo Imperativo Armativo
Para se formar o imperativo armativo, toma-se do presente do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” nal. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja: Presente do Indicativo
Imperativo Armativo
Presente do Subjuntivo
Eu canto Tu cantas Ele canta Nós cantamos Vós cantais Eles cantam
--CantA tu Cante você Cantemos nós CantAI vós Cantem vocês
Que eu cante Que tu cantes Que ele cante Que nós cantemos Que vós canteis Que eles cantem
Imperativo Negativo Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo. Presente do Subjuntivo
Imperativo Negativo
Que eu cante Que tu cantes Que ele cante Que nós cantemos Que vós canteis Que eles cantem
--Não cantes tu Não cante você Não cantemos nós Não canteis vós Não cantem eles
Observações:
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês. - O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós). Innitivo Pessoal 1ª conjugação CANTAR cantar cantarES cantar cantarMOS cantarDES cantarEM
2ª conjugação VENDER vender venderES vender venderMOS venderDES venderEM
3ª conjugação PARTIR partir partirES partir partirMOS partirDES partirEM
Questões sobre Verbo
01. (Agente Polícia Vunesp 2013) Considere o trecho a seguir. É comum que objetos ___________ esquecidos em locais públicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados se as pessoas _____________ a atenção voltada para seus pertences, conservando-os junto ao corpo. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto. (A) sejam … mantesse (B) sejam … mantivessem (C) sejam … mantém (D) seja … mantivessem (E) seja … mantêm 02. (Escrevente TJ SP Vunesp 2012-adap.) Na frase –… os níveis de pessoas sem emprego estão apresentando quedas sucessivas de 2005 para cá. –, a locução verbal em destaque expressa ação (A) concluída. (B) atemporal. (C) contínua. (D) hipotética. (E) futura.
Didatismo e Conhecimento
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LÍNGUA PORTUGUESA 03. (Escrevente TJ SP Vunesp 2013-adap.) Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: trata-se de um ser cujas interações sociais terminam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”. Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de (A) considerar ao acaso, sem premeditação. (B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido dela. (C) adotar como referência de qualidade. (D) julgar de acordo com normas legais. (E) classicar segundo ideias preconcebidas.
08. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013-adap.). Assinale a alternativa em que o verbo destacado está no tempo futuro. A) Os consumidores são assediados pelo marketing … B) … somente eles podem decidir se irão ou não comprar. C) É como se abrissem em nós uma “caixa de necessidades”… D) … de onde vem o produto…? E) Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas… 09. (Papiloscopista Policial – VUNESP – 2013). Assinale a alternativa em que a concordância das formas verbais destacadas se dá em conformidade com a norma-padrão da língua. (A) Chegou , para ajudar a família, vários amigos e vizinhos. (B) Haviam várias hipóteses acerca do que poderia ter acontecido com a criança. (C) Fazia horas que a criança tinha saído e os pais já estavam preocupados. (D) Era duas horas da tarde, quando a criança foi encontrada. (E) Existia várias maneiras de voltar para casa, mas a criança se perdeu mesmo assim.
04. (Escrevente TJ SP Vunesp 2013) Assinale a alternativa contendo a frase do texto na qual a expressão verbal destacada exprime possibilidade. (A) ... o cientista Theodor Nelson sonhava com um sistema capaz de disponibilizar um grande número de obras literárias... (B) Funcionando como um imenso sistema de informação e arquivamento, o hipertexto deveria ser um enorme arquivo virtual. (C) Isso acarreta uma textualidade que funciona por associação, e não mais por sequências xas previamente estabelecidas. (D) Desde o surgimento da ideia de hipertexto, esse conceito está ligado a uma nova concepção de textualidade... (E) Criou, então, o “Xanadu”, um projeto para disponibilizar toda a literatura do mundo...
10. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VUNESP – 2013-adap.). Leia as frases a seguir. I. Havia onze pessoas jogando pedras e pedaços de madeira no animal. II. Existiam muitos ferimentos no boi. III. Havia muita gente assustando o boi numa avenida movimentada. Substituindo-se o verbo Haver pelo verbo Existir e este pelo verbo Haver, nas frases, têm-se, respectivamente: A) Existia – Haviam – Existiam B) Existiam – Havia – Existiam C) Existiam – Haviam – Existiam D) Existiam – Havia – Existia E) Existia – Havia – Existia
05.(POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALUNO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) No trecho: “O crescimento econômico, se associado à ampliação do emprego, PODE melhorar o quadro aqui sumariamente descrito.”, se passarmos o verbo destacado para o futuro do pretérito do indicativo, teremos a forma: A) puder. B) poderia. C) pôde. D) poderá. E) pudesse.
GABARITO 01. B 02. C 03. E 04. B 06. A 07. C 08. B 09. C
06. (Escrevente TJ SP Vunesp 2013) Assinale a alternativa em que todos os verbos estão empregados de acordo com a norma-padrão. (A) Enviaram o texto, para que o revíssemos antes da impressão denitiva. (B) Não haverá prova do crime se o réu se manter em silêncio. (C) Vão pagar horas-extras aos que se disporem a trabalhar no feriado. (D) Ficarão surpresos quando o verem com a toga... (E) Se você quer a promoção, é necessário que a requera a seu superior.
RESOLUÇÃO 1-) É comum que objetos sejam esquecidos em locais pú blicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados se as pessoas mantivessem a atenção voltada para seus pertences, conservando -os junto ao corpo. 2-) os níveis de pessoas sem emprego estão apresentando quedas sucessivas de 2005 para cá. –, a locução verbal em destaque expressa ação contínua (= não concluída)
07. (Papiloscopista Policial Vunesp 2013-adap.) Assinale a alternativa que substitui, corretamente e sem alterar o sentido da frase, a expressão destacada em – Se a criança se perder, quem encontrá-la verá na pulseira instruções para que envie uma mensagem eletrônica ao grupo ou acione o código na internet. (A) Caso a criança se havia perdido… (B) Caso a criança perdeu… (C) Caso a criança se perca… (D) Caso a criança estivera perdida… (E) Caso a criança se perda… Didatismo e Conhecimento
05. B 10. D
3-) Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: trata-se de um ser cujas interações sociais terminam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”. Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de classicar segundo ideias preconcebidas. 4-) (B) Funcionando como um imenso sistema de informação e arquivamento, o hipertexto deveria ser um enorme arquivo virtual. = verbo no futuro do pretérito 46
LÍNGUA PORTUGUESA Exemplo de conjugação do verbo “dar” no presente do indicativo: Eu dou Tu dás Ele dá Nós damos Vós dais Eles dão
5-) Conjugando o verbo “poder” no futuro do pretérito do Indicativo: eu poderia, tu poderias, ele poderia, nós poderíamos, vós poderíeis, eles poderiam. O sujeito da oração é crescimento econômico (singular), portanto, terceira pessoa do singular (ele) = poderia. 6-) (B) Não haverá prova do crime se o réu se mantiver em silêncio. (C) Vão pagar horas-extras aos que se dispuserem a trabalhar no feriado. (D) Ficarão surpresos quando o virem com a toga... (E) Se você quiser a promoção, é necessário que a requeira a seu superior.
Percebe-se que há alteração do radical, afastando-se do original “dar” durante a conjugação, sendo considerado verbo irregular. Exemplo: Conjugação do verbo valer: Modo Indicativo Presente eu valho tu vales ele vale nós valemos vós valeis eles valem
7-) Caso a criança se perca…( perda = substantivo: Houve uma grande perda salarial...) 8-) A) Os consumidores são assediados pelo marketing = presente C) É como se abrissem em nós uma “caixa de necessidades”… = pretérito do Subjuntivo D) … de onde vem o produto…? = presente E) Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas… = pretérito perfeito
Pretérito Perfeito do Indicativo eu vali tu valeste ele valeu nós valemos vós valestes eles valeram
9-) (A) Chegaram, para ajudar a família, vários amigos e vizinhos. (B) Havia várias hipóteses acerca do que poderia ter acontecido com a criança. (D) Eram duas horas da tarde, quando a criança foi encontrada. (E) Existiam várias maneiras de voltar para casa, mas a criança se perdeu mesmo assim.
Pretérito Imperfeito do Indicativo eu valia tu valias ele valia nós valíamos vós valíeis eles valiam Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo eu valera tu valeras ele valera nós valêramos vós valêreis eles valeram
10-) I. Havia onze pessoas jogando pedras e pedaços de madeira no animal. II. Existiam muitos ferimentos no boi. III. Havia muita gente assustando o boi numa avenida movimentada. Haver – sentido de existir= invariável, impessoal; existir = variável. Portanto, temos: I – Existiam onze pessoas... II – Havia muitos ferimentos... III – Existia muita gente...
Futuro do Presente do Indicativo eu valerei tu valerás ele valerá nós valeremos vós valereis eles valerão
Verbos irregulares são verbos que sofrem alterações em seu radical ou em suas desinências, afastando-se do modelo a que pertencem. No português, para vericar se um verbo sofre alterações, basta conjugá-lo no presente e no pretérito perfeito do indicativo. Ex: faço – z, trago – trouxe, posso - pude. Não é considerada irregularidade a alteração gráca do radical de certos verbos para conservação da regularidade fônica. Ex: embarcar – embarco, ngir – njo.
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Futuro do Pretérito do Indicativo eu valeria tu valerias ele valeria nós valeríamos vós valeríeis eles valeriam 47
LÍNGUA PORTUGUESA Innitivo Impessoal = valer Particípio = Valido
Mais-que-perfeito Composto do Indicativo eu tinha valido tu tinhas valido ele tinha valido nós tínhamos valido vós tínheis valido eles tinham valido
Acompanhe abaixo uma lista com os principais verbos irregulares: Dizer Presente do indicativo: Digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, di zem.
Gerúndio do verbo valer = valendo
Pretérito perfeito do indicativo: Disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram.
Modo Subjuntivo Presente que eu valha que tu valhas que ele valha que nós valhamos que vós valhais que eles valham
Futuro do presente do indicativo: Direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão.
Fazer Presente do indicativo: Faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fa zem.
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo se eu valesse se tu valesses se ele valesse se nós valêssemos se vós valêsseis se eles valessem
Pretérito perfeito do indicativo: Fiz, zeste, fez, zemos, zestes, zeram.
Futuro do presente do indicativo: Farei, farás, fará, faremos, fareis, farão.
Ir Presente do indicativo: Vou, vais, vai, vamos, ides, vão.
Futuro do Subjuntivo quando eu valer quando tu valeres quando ele valer quando nós valermos quando vós valerdes quando eles valerem
Pretérito perfeito do indicativo: Fui, foste, foi, fomos, fostes, foram. Futuro do presente do indicativo: Irei, irás, irá, iremos, ireis, irão. Futuro do subjuntivo: For, fores, for, formos, fordes, forem.
Imperativo Imperativo Armativo
-vale tu valha ele valhamos nós valei vós valham eles
Querer Presente do indicativo: Quero, queres, quer, queremos, quereis, querem.
Imperativo Negativo
Presente do subjuntivo: Queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram.
Pretérito perfeito do indicativo: Quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram.
-não valhas tu não valha ele não valhamos nós não valhais vós não valham eles
Ver Presente do indicativo: Vejo, vês, vê, vemos, vedes, veem. Pretérito perfeito do indicativo: Vi, viste, viu, vimos, vistes, viram.
Innitivo Innitivo Pessoal por valer eu por valeres tu por valer ele por valermos nós por valerdes vós por valerem eles
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Futuro do presente do indicativo:Verei, verás, verá, veremos, vereis, verão. Futuro do subjuntivo: Vir, vires, vir, virmos, virdes, virem.
Vir Presente do indicativo: Venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm. 48
LÍNGUA PORTUGUESA - Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. Observe a transformação da frase seguinte: O vento ia levando as folhas. (gerúndio) As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)
Pretérito perfeito do indicativo: Vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram. Futuro do presente do indicativo: Virei, virás, virá, viremos, vireis, virão.
Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva analítica com outros verbos que podem eventualmente funcionar como auxiliares. Por exemplo: A moça cou marcada pela doença.
Futuro do subjuntivo: Vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem.
Vozes do Verbo 2- Voz Passiva Sintética A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE. Por exemplo: Abriram-se as inscrições para o concurso. Destruiu-se o velho prédio da escola. Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva sintética.
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação. São três as vozes verbais: - Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação ex pressa pelo verbo. Por exemplo: Ele fez o trabalho. sujeito agente ação objeto (paciente)
Curiosidade: A palavra passivo possui a mesma raiz latina de paixão (latim passio, passionis) e ambas se relacionam com o signicado sofrimento, padecimento. Daí vem o signicado de voz passiva como sendo a voz que expressa a ação sofrida pelo sujeito. Na voz passiva temos dois elementos que nem sempre aparecem: SUJEITO PACIENTE e AGENTE DA PASSIVA. Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva
- Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação ex pressa pelo verbo. Por exemplo: O trabalho foi feito por ele. sujeito paciente ação agente da passiva - Reexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação. Por exemplo: O menino feriu-se.
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da frase. Gutenberg inventou a imprensa (Voz Ativa) Sujeito da Ativa objeto Direto
Obs.: não confundir o emprego reexivo do verbo com a noção de reciprocidade: Os lutadores feriram-se. (um ao outro) Formação da Voz Passiva
A imprensa foi inventada por Gutenberg (Voz Passiva) Sujeito da Passiva Agente da Passiva
A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético.
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo. Observe mais exem plos: - Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos. Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos mestres. - Eu o acompanharei. Ele será acompanhado por mim.
1- Voz Passiva Analítica Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo: A escola será pintada. O trabalho é feito por ele.
Obs.: o agente da passiva geralmente é acompanhado da pre posição por , mas pode ocorrer a construção com a preposição de. Por exemplo: A casa cou cercada de soldados. - Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja ex plícito na frase: A exposição será aberta amanhã. - A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o particípio é invariável. Observe a transformação das frases seguintes: a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo) O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indicativo)
Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não haverá complemento agente na passiva. Por exemplo: Prejudicaram-me. / Fui prejudicado. Saiba que: - Aos verbos que não são ativos nem passivos ou reexivos, são chamados neutros. O vinho é bom. Aqui chove muito.
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)
- Há formas passivas com sentido ativo: É chegada a hora. (= Chegou a hora.) Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nascido.) És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou)
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente) O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)
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LÍNGUA PORTUGUESA - Inversamente, usamos formas ativas com sentido passivo: Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas) Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado)
05. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO FCC/2012) A frase que NÃO admite transposição para a voz passiva está em: (A) Quando Rodolfo surgiu... (B) ... adquiriu as impressoras... (C) ... e sustentar, às vezes, família numerosa. (D) ... acolheu-o como patrono. (E) ... que montou [...] a primeira grande folhetaria do Recife
- Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, logo o sujeito é paciente. Chamo-me Luís. Batizei-me na Igreja do Carmo. Operou-se de hérnia. Vacinaram-se contra a gripe.
06. (TRF - 4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) O engajamento moral e político não chegou a constituir um deslocamento da atenção intelectual de Said ... Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma ver bal resultante é: a) se constituiu. b) chegou a ser constituído. c) teria chegado a constituir. d) chega a se constituir. e) chegaria a ser constituído.
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54. php QUESTÕES SOBRE VOZES DOS VERBOS
01. (COLÉGIO PEDRO II/RJ – ASSISTENTE EM ADMI NISTRAÇÃO – AOCP/2010) Em “Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Sou da Paz.”, a expressão destacada é (A) adjunto adnominal. (B) sujeito paciente. (C) objeto indireto. (D) complemento nominal. (E) agente da passiva. 02. (FCC-COPERGÁS – Auxiliar Técnico Administrativo 2011) Um dia um tufão furibundo abateu-o pela raiz. Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será: (A) era abatido. (B) fora abatido. (C) abatera-se. (D) foi abatido. (E) tinha abatido
07. (METRÔ/SP – TÉCNICO SISTEMAS METROVIÁRIOS CIVIL – FCC/2014 - ADAPTADA) ...’sertanejo’ indicava indistintamente as músicas produzidas no interior do país... Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma ver bal resultante será: (A) vinham indicadas. (B) era indicado. (C) eram indicadas. (D) tinha indicado. (E) foi indicada. 08. (GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – PROCON – AGENTE ADMINISTRATIVO – CEPERJ/2012 adaptada) Um exemplo de construção na voz passiva está em: (A) “A Gulliver recolherá 6 mil brinquedos” (B) “o consumidor pode solicitar a devolução do dinheiro” (C) “enviar o brinquedo por sedex” (D) “A empresa também é obrigada pelo Código de Defesa do Consumidor” (E) “A empresa fez campanha para recolher”
03. (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) ... valores e princípios que sejam percebidos pela sociedade como tais. Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo passará a ser, corretamente, (A) perceba. (B) foi percebido. (C) tenham percebido. (D) devam perceber. (E) estava percebendo.
09. (METRÔ/SP –SECRETÁRIA PLENO – FCC/2010) Transpondo-se para a voz passiva a construção Mais tarde vim a entender a tradução completa, a forma verbal resultante será: (A) veio a ser entendida. (B) teria entendido. (C) fora entendida. (D) terá sido entendida. (E) tê-la-ia entendido.
04. (TJ/RJ – TÉCNICO DE ATIVIDADE JUDICIÁRIA SEM ESPECIALIDADE – FCC/2012) As ruas estavam ocupadas pela multidão... A forma verbal resultante da transposição da frase acima para a voz ativa é: (A) ocupava-se. (B) ocupavam. (C) ocupou. (D) ocupa. (E) ocupava.
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10. (INFRAERO – CADASTRO RESERVA OPERACIO NAL PROFISSIONAL DE TRÁFEGO AÉREO – FCC/2011 ADAPTADA) ... ele empreende, de maneira quase clandestina, a série Mulheres. Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma ver bal resultante será: (A) foi empreendida. (B) são empreendidos. (C) foi empreendido. (D) é empreendida. (E) são empreendidas. 50
LÍNGUA PORTUGUESA GABARITO 01. E 02. D 03. A 04. E 05. A 06. B 07. C 08. D 09. A 10. D
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL.
RESOLUÇÃO
Ao falarmos sobre a concordância verbal , estamos nos referindo à relação de dependência estabelecida entre um termo e outro mediante um contexto oracional. Desta feita, os agentes principais desse processo são representados pelo sujeito, que no caso funciona como subordinante; e o verbo, o qual desempenha a função de subordinado. Dessa forma, temos que a concordância verbal caracteriza-se pela adaptação do verbo, tendo em vista os quesitos “número e pessoa” em relação ao sujeito. Exemplicando, temos: O aluno chegou atrasado. Temos que o verbo apresenta-se na terceira pessoa do singular, pois faz referência a um sujeito, assim também expresso (ele). Como poderíamos também dizer: os alunos chegaram atrasados.
1-) No enunciado temos uma oração com a voz passiva do verbo. Transformando-a em ativa, teremos: “O Instituto Sou da Paz divulgou dados”. Nessa, “Instituto Sou da Paz” funciona como sujeito da oração, ou seja, na passiva sua função é a de agente da passiva. O sujeito paciente é “os dados”. 2-) Um dia um tufão furibundo abateu-o pela raiz. = Ele foi abatido... 3-) ... valores e princípios que sejam percebidos pela sociedade como tais = dois verbos na voz passiva, então teremos um na ativa: que a sociedade perceba os valores e princípios...
Casos referentes a sujeito simples
4-) As ruas estavam ocupadas pela multidão = dois verbos na passiva, um verbo na ativa: A multidão ocupava as ruas.
1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com o núcleo em número e pessoa: O aluno chegou atrasado.
5-) B = as impressoras foram adquiridas... C = família numerosa é sustentada... D – foi acolhido como patrono... E – a primeira grande folhetaria do Recife foi montada... 6-) O engajamento moral e político não chegou a constituir um deslocamento da atenção intelectual de Said = dois verbos na voz ativa, mas com presença de preposição e, um deles, no innitivo, então o verbo auxiliar “ser” cará no innitivo (na voz passiva) e o verbo principal (constituir) cará no particípio: Um deslocamento da atenção intelectual de Said não chegou a ser constituído pelo engajamento...
2) Nos casos referentes a sujeito representado por substantivo coletivo, o verbo permanece na terceira pessoa do singular: A multidão, apavorada, saiu aos gritos. Observação: - No caso de o coletivo aparecer seguido de adjunto adnominal no plural, o verbo permanecerá no singular ou poderá ir para o plural: Uma multidão de pessoas saiu aos gritos. Uma multidão de pessoas saíram aos gritos. 3) Quando o sujeito é representado por expressões partitivas, representadas por “a maioria de, a maior parte de, a metade de, uma porção de” entre outras, o verbo tanto pode concordar com o núcleo dessas expressões quanto com o substantivo que a segue: A maioria dos alunos resolveu car. A maioria dos alunos resol -
7-)’sertanejo’ indicava indistintamente as músicas produzidas no interior do país. As músicas produzidas no país eram indicadas pelo sertanejo, indistintamente.
veram car.
4) No caso de o sujeito ser representado por expressões aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”, o verbo concorda com o substantivo determinado por elas: Cerca de mil candidatos se inscreveram no concurso.
8-) (A) “A Gulliver recolherá 6 mil brinquedos” = voz ativa (B) “o consumidor pode solicitar a devolução do dinheiro” = voz ativa (C) “enviar o brinquedo por sedex” = voz ativa (D) “A empresa também é obrigada pelo Código de Defesa do Consumidor” = voz passiva (E) “A empresa fez campanha para recolher” = voz ativa
5) Em casos em que o sujeito é representado pela expressão “mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais de um candidato se inscreveu no concurso de piadas. Observação: - No caso da referida expressão aparecer repetida ou associada a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo, necessariamente, deverá permanecer no plural: Mais de um aluno, mais de um professor contribuíram na campanha de doação de alimentos. Mais de um formando se abraçaram durante as solenidades de formatura.
9-)Mais tarde vim a entender a tradução completa... A tradução completa veio a ser entendida por mim. 10-) ele empreende, de maneira quase clandestina, a série Mulheres. A série de mulheres é empreendida por ele, de maneira quase clandestina.
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LÍNGUA PORTUGUESA Casos referentes a sujeito composto
6) Quando o sujeito for composto da expressão “um dos que”, o verbo permanecerá no plural: Esse jogador foi um dos que atuaram na Copa América.
1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, estando relacionado a dois pressupostos básicos: - Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio. - Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá exionar na 2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos. Tu e ele são primos.
7) Em casos relativos à concordância com locuções pronominais, representadas por “algum de nós, qual de vós, quais de vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário nos atermos a duas questões básicas: - No caso de o primeiro pronome estar expresso no plural, o verbo poderá com ele concordar, como poderá também concordar com o pronome pessoal: Alguns de nós o receberemos. / Alguns de nós o receberão. - Quando o primeiro pronome da locução estiver expresso no singular, o verbo permanecerá, também, no singular: Algum de nós o receberá.
2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer anteposto ao verbo, este permanecerá no plural: O pai e seus dois lhos compareceram ao evento. 3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao verbo, este poderá concordar com o núcleo mais próximo ou permanecer no plural: Compareceram ao evento o pai e seus dois lhos. Compa-
8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo pronome “quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa do singular ou poderá concordar com o antecedente desse pronome: Fomos nós quem contou toda a verdade para ela. / Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela.
receu ao evento o pai e seus dois lhos.
4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no singular: Meu esposo e grande companheiro merece toda a felicidade do mundo.
9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela palavra “que”, o verbo deverá concordar com o termo que antecede essa palavra: Nesta empresa somos nós que tomamos as decisões. / Em casa sou eu que decido tudo.
5) Casos relativos a sujeito composto de palavras sinônimas ou ordenado por elementos em gradação, o verbo poderá permanecer no singular ou ir para o plural: Minha vitória, minha conquista, minha premiação são frutos de meu esforço. / Minha vitória, minha conquista, minha premiação é fruto de meu esforço.
10) No caso de o sujeito aparecer representado por expressões que indicam porcentagens, o verbo concordará com o numeral ou com o substantivo a que se refere essa porcentagem: 50% dos funcionários aprovaram a decisão da diretoria. / 50% do eleitorado apoiou a decisão.
Concordância nominal é o ajuste que fazemos aos demais termos da oração para que concordem em gênero e número com o substantivo. Teremos que alterar, portanto, o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. Além disso, temos também o verbo, que se exionará à sua maneira. Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome concordam em gênero e número com o substantivo. - A pequena criança é uma gracinha. - O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.
Observações: - Caso o verbo apareça anteposto à expressão de porcentagem, esse deverá concordar com o numeral: Aprovaram a decisão da diretoria 50% dos funcionários. - Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no singular: 1% dos funcionários não aprovou a decisão da diretoria. - Em casos em que o numeral estiver acompanhado de determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural: Os 50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria.
Casos especiais: Veremos alguns casos que fogem à regra geral mostrada acima. a) Um adjetivo após vários substantivos - Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o plural ou concorda com o substantivo mais próximo. - Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui. - Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.
11) Nos casos em que o sujeito estiver representado por pronomes de tratamento, o verbo deverá ser empregado na terceira pessoa do singular ou do plural: Vossas Majestades gostaram das homenagens. Vossa Majestade agradeceu o convite.
- Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural masculino ou concorda com o substantivo mais próximo. - Ela tem pai e mãe louros. - Ela tem pai e mãe loura. - Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoriamente para o plural. - O homem e o menino estavam perdidos. - O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.
12) Casos relativos a sujeito representado por substantivo pró prio no plural se encontram relacionados a alguns aspectos que os determinam: - Diante de nomes de obras no plural, seguidos do verbo ser, este permanece no singular, contanto que o predicativo também esteja no singular: Memórias póstumas de Brás Cubas é uma criação de Machado de Assis. - Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo também permanece no plural: Os Estados Unidos são uma potência mundial. - Casos em que o artigo gura no singular ou em que ele nem aparece, o verbo permanece no singular: Estados Unidos é uma potência mundial.
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b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos - Adjetivo anteposto normalmente concorda com o mais próximo. 52
LÍNGUA PORTUGUESA j) Menos, alerta - Em todas as ocasiões são invariáveis. Preciso de menos comida para perder peso. Estamos alerta para com suas chamadas.
Comi delicioso almoço e sobremesa. Provei deliciosa fruta e suco. - Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: concorda com o mais próximo ou vai para o plural.
k) Tal Qual - “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o consequente. As garotas são vaidosas tais qual a tia.
Estavam feridos o pai e os lhos. Estava ferido o pai e os lhos.
c) Um substantivo e mais de um adjetivo - antecede todos os adjetivos com um artigo.
Os pais vieram fantasiados tais quais os lhos.
Falava uentemente a língua inglesa e a espanhola.
l) Possível - Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” ou “pior”, acompanha o artigo que precede as expressões. A mais possível das alternativas é a que você expôs. Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa. As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da cidade.
- coloca o substantivo no plural. Falava uentemente as línguas inglesa e espanhola.
d) Pronomes de tratamento - sempre concordam com a 3ª pessoa. Vossa Santidade esteve no Brasil. e) Anexo, incluso, próprio, obrigado - Concordam com o substantivo a que se referem. As cartas estão anexas. A bebida está inclusa. Precisamos de nomes próprios. Obrigado, disse o rapaz.
m) Meio - Como advérbio: invariável. Estou meio (um pouco) insegura. - Como numeral: segue a regra geral. Comi meia (metade) laranja pela manhã.
f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a) - Após essas expressões o substantivo ca sempre no singular e o adjetivo no plural. Renato advogou um e outro caso fáceis. Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.
n) Só - apenas, somente (advérbio): invariável. Só consegui comprar uma passagem. - sozinho (adjetivo): variável. Estiveram sós durante horas.
g) É bom, é necessário, é proibido - Essas expressões não variam se o sujeito não vier precedido de artigo ou outro determinante. Canja é bom. / A canja é boa. É necessário sua presença. / É necessária a sua presença. É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada é proibida.
Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/concordancia-verbal. htm
QUESTÕES SOBRE CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
h) Muito, pouco, caro - Como adjetivos: seguem a regra geral. Comi muitas frutas durante a viagem.
01.(TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A concordância verbal e nominal está inteiramente correta na frase: (A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores que determinam as escolhas dos governantes, para conferir legitimidade a suas decisões. (B) A conança dos cidadãos em seus dirigentes devem ser embasados na percepção dos valores e princípios que regem a prática política. (C) Eleições livres e diretas é garantia de um verdadeiro regime democrático, em que se respeita tanto as liberdades individuais quanto as coletivas. (D) As instituições fundamentais de um regime democrático não pode estar subordinado às ordens indiscriminadas de um único poder central. (E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados para o momento eleitoral, que expõem as diferentes opiniões existentes na sociedade.
Pouco arroz é suciente para mim.
Os sapatos estavam caros. - Como advérbios: são invariáveis. Comi muito durante a viagem. Pouco lutei, por isso perdi a batalha. Comprei caro os sapatos. i) Mesmo, bastante - Como advérbios: invariáveis Preciso mesmo da sua ajuda. Fiquei bastante contente com a proposta de emprego. - Como pronomes: seguem a regra geral. Seus argumentos foram bastantes para me convencer. Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.
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LÍNGUA PORTUGUESA 02. (Agente Técnico – FCC – 2013). As normas de concordância verbal e nominal estão inteiramente respeitadas em: A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa leitura, que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimoramento intelectual, estão na capacidade de criação do autor, mediante palavras, sua matéria-prima. B) Obras que se considera clássicas na literatura sempre delineia novos caminhos, pois é capaz de encantar o leitor ao ultra passar os limites da época em que vivem seus autores, gênios no domínio das palavras, sua matéria-prima. C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas, lhe permitem criar todo um mundo de cção, em que personagens se transformam em seres vivos a acompanhar os leitores, numa verdadeira interação com a realidade. D) As possibilidades de comunicação entre autor e leitor somente se realiza plenamente caso haja anidade de ideias entre ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o crescimento intelectual deste último e o prazer da leitura. E) Consta, na literatura mundial, obras-primas que constitui leitura obrigatória e se tornam referências por seu conteúdo que ultrapassa os limites de tempo e de época.
(D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até agora uma maneira adequada para que os insumos básicos seja quanticado. (E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até agora uma maneira adequada de se quanticarem os insumos básicos. 05. (FUNDAÇÃO CASA/SP - AGENTE ADMINISTRATIVO - VUNESP/2011 - ADAPTADA) Observe as frases do texto: I. Cerca de 75 por cento dos países obtêm nota negativa... II. ... à Venezuela, de Chávez, que obtém a pior classicação do continente americano (2,0)... Assim como ocorre com o verbo “obter” nas frases I e II, a concordância segue as mesmas regras, na ordem dos exemplos, em: (A) Todas as pessoas têm boas perspectivas para o próximo ano. Será que alguém tem opinião diferente da maioria? (B) Vem muita gente prestigiar as nossas festas juninas. Vêm pessoas de muito longe para brincar de quadrilha. (C) Pouca gente quis voltar mais cedo para casa. Quase todos quiseram car até o nascer do sol na praia. (D) Existem pessoas bem intencionadas por aqui, mas tam bém existem umas que não merecem nossa atenção. (E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam.
03. (Escrevente TJ-SP – Vunesp/2012) Leia o texto para res ponder à questão. _________ dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não está claro até onde pode realmente chegar uma política baseada em melhorar a eciência sem preços adequados para o carbono, a água e (na maioria dos países pobres) a terra. É verdade que mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água em si ___________diferença, as companhias não podem suportar ter de pagar, de repente, digamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer preparação. Portanto, elas começam a usar preços-sombra. Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma maneira
06. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO FCC/2012) Os folheteiros vivem em feiras, mercados, praças e locais de peregrinação. O verbo da frase acima NÃO pode ser mantido no plural caso o segmento grifado seja substituído por: (A) Há folheteiros que (B) A maior parte dos folheteiros (C) O folheteiro e sua família (D) O grosso dos folheteiros (E) Cada um dos folheteiros
de quanticar adequadamente os insumos básicos. E sem eles a
maioria das políticas de crescimento verde sempre ___________ a segunda opção. (Carta Capital, 27.06.2012. Adaptado)
07. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO FCC/2012) Todas as formas verbais estão corretamente exionadas em: (A) Enquanto não se disporem a considerar o cordel sem preconceitos, as pessoas não serão capazes de fruir dessas criações poéticas tão originais. (B) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status atribuído à arte erudita, o cordel vem sendo estudado hoje nas melhores universidades do país. (C) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que a situação dos cordelistas não mudaria a não ser que eles mesmos requizessem o respeito que faziam por merecer. (D) Se não proveem do preconceito, a desvalorização e a pouca visibilidade dessa arte popular tão rica só pode ser resultado do puro e simples desconhecimento. (E) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu que os problemas dos cordelistas estavam diretamente ligados à falta de representatividade.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com: (A) Restam… faça… será (B) Resta… faz… será (C) Restam… faz... serão (D) Restam… façam… serão (E) Resta… fazem… será 04 (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) Assinale a alternativa em que o trecho – Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma maneira de quanticar adequadamente os insumos básicos.– está corretamente reescrito, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. (A) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou até agora uma maneira adequada de se quanticar os insumos básicos. (B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até agora uma maneira adequada de os insumos básicos ser quanticados. (C) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou até agora uma maneira adequada para que os insumos básicos sejam quanticado. Didatismo e Conhecimento
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LÍNGUA PORTUGUESA 08. (TRF - 4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) Observam-se corretamente as regras de concordância verbal e nominal em: a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como entre os mais diversos tipos de pessoas, das mais sosticadas às mais humildes, são cada vez mais comuns nos dias de hoje. b) A importância de intelectuais como Edward Said e Tony Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões polêmicas de seu tempo, não estão apenas nos livros que escreveram. c) Nada indica que o conito no Oriente Médio entre árabes e judeus, responsável por tantas mortes e tanto sofrimento, este jam próximos de serem resolvidos ou pelo menos de terem alguma trégua. d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a verdade, ainda que conscientes de que esta é até certo ponto relativa, costumam encontrar muito mais detratores que admiradores. e) No nal do século XX já não se via muitos intelectuais e escritores como Edward Said, que não apenas era notícia pelos livros que publicavam como pelas posições que corajosamente assumiam.
(C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um verdadeiro regime democrático, em que se respeita (respeitam) tanto as liber dades individuais quanto as coletivas. (D) As instituições fundamentais de um regime democrático não pode (podem) estar subordinado (subordinadas) às ordens indiscriminadas de um único poder central. (E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) voltados (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (expõe) as diferentes opiniões existentes na sociedade. 2-) A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa leitura, que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimoramento intelectual, estão na capacidade de criação do autor, mediante palavras, sua matéria-prima. = correta B) Obras que se consideram clássicas na literatura sempre delineiam novos caminhos, pois são capazes de encantar o leitor ao ultrapassarem os limites da época em que vivem seus autores, gênios no domínio das palavras, sua matéria-prima. C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas, lhes per mite criar todo um mundo de cção, em que personagens se transformam em seres vivos a acompanhar os leitores, numa verdadeira interação com a realidade. D) As possibilidades de comunicação entre autor e leitor somente se realizam plenamente caso haja anidade de ideias entre ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o crescimento intelectual deste último e o prazer da leitura. E) Constam, na literatura mundial, obras-primas que constituem leitura obrigatória e se tornam referências por seu conteúdo que ultrapassa os limites de tempo e de época.
09. (TRF - 2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) O verbo que, dadas as alterações entre parênteses propostas para o segmento grifado, deverá ser colocado no plural, está em: (A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas) (B) O que não se sabe... (ninguém nas regiões do planeta) (C) O consumo mundial não dá sinal de trégua... (O consumo mundial de barris de petróleo) (D) Um aumento elevado no preço do óleo reete-se no custo da matéria-prima... (Constantes aumentos) (E) o tema das mudanças climáticas pressiona os esforços mundiais... (a preocupação em torno das mudanças climáticas)
3-) _Restam___dúvidas mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água em si __faça __diferença a maioria das políticas de crescimento verde sempre ____ será_____ a segunda opção. Em “a maioria de”, a concordância pode ser dupla: tanto no plural quanto no singular. Nas alternativas não há “restam/faça/ serão”, portanto a A é que apresenta as opções adequadas.
10. (CETESB/SP – ESCRITURÁRIO - VUNESP/2013) Assinale a alternativa em que a concordância das formas verbais destacadas está de acordo com a norma-padrão da língua. (A) Fazem dez anos que deixei de trabalhar em higienização subterrânea. (B) Ainda existe muitas pessoas que discriminam os trabalhadores da área de limpeza. (C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos riscos de se contrair alguma doença. (D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era sete da manhã, eu já estava fazendo meu serviço. (E) As companhias de limpeza, apenas recentemente, come çou a adotar medidas mais rigorosas para a proteção de seus funcionários.
4-) (A) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até agora uma maneira adequada de se quanticar os insumos básicos. (B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até agora uma maneira adequada de os insumos básicos serem quanticados. (C) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até agora uma maneira adequada para que os insumos básicos sejam quanticados. (D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até agora uma maneira adequada para que os insumos básicos sejam quanticados. (E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até agora uma maneira adequada de se quanticarem os insumos básicos. = correta
GABARITO 01. A 02. A 03. A 04. E 05. A 06. E 07. |B 08. D 09. D 10. C RESOLUÇÃO 1-) Fiz os acertos entre parênteses: (A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores que determinam as escolhas dos governantes, para conferir legitimidade a suas decisões. (B) A conança dos cidadãos em seus dirigentes devem (deve) ser embasados (embasada) na percepção dos valores e princípios que regem a prática política.
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LÍNGUA PORTUGUESA 5-) Em I, obtêm está no plural; em II, no singular. Vamos aos itens: (A) Todas as pessoas têm (plural) ... Será que alguém tem (singular) (B) Vem (singular) muita gente... Vêm pessoas (plural) (C) Pouca gente quis (singular)... Quase todos quiseram (plural) (D) Existem (plural) pessoas ... mas também existem umas (plural) (E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam (ambas as for mas estão no plural)
(C) O consumo mundial não dá sinal de trégua ... (O consumo mundial de barris de petróleo) = “dá” permaneceria no singular (D) Um aumento elevado no preço do óleo reete-se no custo da matéria-prima... Constantes aumentos) = “reete” passaria para “reetem-se” (E) o tema das mudanças climáticas pressiona os esforços mundiais... (a preocupação em torno das mudanças climáticas) = “pressiona” permaneceria no singular 10-) Fiz as correções: (A) Fazem dez anos = faz (sentido de tempo = singular) (B) Ainda existe muitas pessoas = existem (C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos riscos (D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era sete da manhã = eram (E) As companhias de limpeza, apenas recentemente, começou = começaram
6-) A - Há folheteiros que vivem (concorda com o objeto “folheterios”) B – A maior parte dos folheteiros vivem/vive (opcional) C – O folheteiro e sua família vivem (sujeito composto) D – O grosso dos folheteiros vive/vivem (opcional) E – Cada um dos folheteiros vive = somente no singular 7-) Coloquei entre parênteses a forma verbal correta: (A) Enquanto não se disporem (dispuserem) a considerar o cordel sem preconceitos, as pessoas não serão capazes de fruir dessas criações poéticas tão originais. (B) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status atribuído à arte erudita, o cordel vem sendo estudado hoje nas melhores universidades do país. (C) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que a situação dos cordelistas não mudaria a não ser que eles mesmos requizessem (requeressem) o respeito que faziam por merecer. (D) Se não proveem (provêm) do preconceito, a desvalorização e a pouca visibilidade dessa arte popular tão rica só pode (podem) ser resultado do puro e simples desconhecimento. (E) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu (entreviu) que os problemas dos cordelistas estavam diretamente ligados à falta de representatividade.
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL. Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus complementos. Ocu pa-se em estabelecer relações entre as palavras, criando frases não ambíguas, que expressem efetivamente o sentido desejado, que sejam corretas e claras.
Regência Verbal Termo Regente: VERBO A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais). O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de conhecermos as diversas signicações que um verbo pode assumir com a simples mudança ou retirada de uma preposição. Observe: A mãe agrada o lho. -> agradar signica acariciar, contentar. A mãe agrada ao lho. -> agradar signica “causar agrado ou prazer”, satisfazer. Logo, conclui-se que “agradar alguém” é diferente de “agradar a alguém”.
8-) Fiz as correções entre parênteses: a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como entre os mais diversos tipos de pessoas, das mais sosticadas às mais humildes, são (é) cada vez mais comuns (comum) nos dias de hoje. b) A importância de intelectuais como Edward Said e Tony Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões polêmicas de seu tempo, não estão (está) apenas nos livros que escreveram. c) Nada indica que o conito no Oriente Médio entre árabes e judeus, responsável por tantas mortes e tanto sofrimento, estejam (esteja) próximos (próximo) de serem (ser) resolvidos (resolvido) ou pelo menos de terem (ter) alguma trégua. d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a verdade, ainda que conscientes de que esta é até certo ponto relativa, costumam encontrar muito mais detratores que admiradores. e) No nal do século XX já não se via (viam) muitos intelectuais e escritores como Edward Said, que não apenas era (eram) notícia pelos livros que publicavam como pelas posições que corajosamente assumiam.
Saiba que: O conhecimento do uso adequado das preposições é um dos aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e também nominal). As preposições são capazes de modicar completamente o sentido do que se está sendo dito. Veja os exemplos:
Cheguei ao metrô. Cheguei no metrô. No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A oração “Cheguei no metrô”, popularmente usada a m de indicar o lugar a que se vai, possui, no padrão culto da língua, sentido diferente. Aliás, é muito comum existirem divergências entre a regência coloquial, cotidiana de alguns verbos, e a regência culta.
9-) (A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas) = “há” permaneceria no singular (B) O que não se sabe ... (ninguém nas regiões do planeta) = “sabe” permaneceria no singular
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LÍNGUA PORTUGUESA Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de acordo com sua transitividade. A transitividade, porém, não é um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes formas em frases distintas.
pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são o “lhe”, o “lhes”, para substituir pessoas. Não se utilizam os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não representam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos lhe, lhes. Os verbos transitivos indiretos são os seguintes: - Consistir - Tem complemento introduzido pela preposição “em”: A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para todos.
Verbos Intransitivos Os verbos intransitivos não possuem complemento. É importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los. - Chegar, Ir Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para indicar destino ou direção são: a, para. Fui ao teatro. Adjunto Adverbial de Lugar
- Obedecer e Desobedecer - Possuem seus complementos introduzidos pela preposição “a”: Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. Eles desobedeceram às leis do trânsito. - Responder - Tem complemento introduzido pela preposição “a”. Esse verbo pede objeto indireto para indicar “a quem” ou “ao que” se responde. Respondi ao meu patrão. Respondemos às perguntas. Respondeu-lhe à altura.
Ricardo foi para a Espanha. Adjunto Adverbial de Lugar - Comparecer O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por em ou a. Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último jogo.
Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto quando exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva analítica. Veja: O questionário foi respondido corretamente. Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente.
Verbos Transitivos Diretos Os verbos transitivos diretos são complementados por objetos diretos. Isso signica que não exigem preposição para o estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses verbos, devemos lembrar que os pronomes oblíquos o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses pronomes podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas verbais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e lhes são, quando complementos verbais, objetos indiretos. São verbos transitivos diretos, dentre outros: abandonar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, condenar, conhecer, conservar,convidar, defender, eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar. Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como o verbo amar: Amo aquele rapaz. / Amo-o. Amo aquela moça. / Amo-a. Amam aquele rapaz. / Amam-no. Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la.
- Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complementos introduzidos pela preposição “com”. Antipatizo com aquela apresentadora. Simpatizo com os que condenam os políticos que governam para uma minoria privilegiada.
Verbos Transitivos Diretos e Indiretos Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanhados de um objeto direto e um indireto. Merecem destaque, nesse grupo: Agradecer, Perdoar e Pagar. São verbos que apresentam objeto direto relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas. Veja os exemplos: Agradeço aos ouvintes a audiência. Objeto Indireto Objeto Direto Paguei
ao cobrador. Objeto Indireto
- O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com particular cuidado. Observe: Agradeci o presente. / Agradeci-o. Agradeço a você. / Agradeço-lhe. Perdoei a ofensa. / Perdoei-a. Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe. Paguei minhas contas. / Paguei-as. Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.
Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos adnominais). Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto) Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira) Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor) Verbos Transitivos Indiretos Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos. Isso signica que esses verbos exigem uma preposição para o estabelecimento da relação de regência. Os pronomes Didatismo e Conhecimento
o débito Objeto Direto
Informar - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa. 57
LÍNGUA PORTUGUESA Informe os novos preços aos clientes. Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos preços)
AGRADAR - Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos, acariciar.
- Na utilização de pronomes como complementos, veja as construções: Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços. Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou sobre eles)
quando o revê. Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. / Cláudia não perde oportunidade de agradá-lo.
Sempre agrada o lho quando o revê. / Sempre o agrada
- Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento introduzido pela preposição “a”. O cantor não agradou aos presentes. O cantor não lhes agradou.
Obs.: a mesma regência do verbo informar é usada para os seguintes: avisar, certicar, noticar, cienticar, prevenir . Comparar Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as preposições “a” ou “com” para introduzir o complemento indireto. Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma criança . Pedir Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na forma de oração subordinada substantiva) e indireto de pessoa. Pedi-lhe favores. Objeto Indireto Objeto Direto
Pedi-lhe Objeto Indireto
ASPIRAR - Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar (o ar), inalar: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o) - Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter como ambição: Aspirávamos a melhores condições de vida. (Aspirávamos a elas)
Obs.: como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pessoa, mas coisa, não se usam as formas pronominais átonas “lhe” e “lhes” e sim as formas tônicas “a ele (s)”, “ a ela (s)”. Veja o exem plo: Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam a ela)
que se mantivesse em silêncio. Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta
ASSISTIR - Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar assistência a, auxiliar. Por exemplo: As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos. As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
Saiba que: - A construção “pedir para”, muito comum na linguagem cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua culta. No entanto, é considerada correta quando a palavra licença estiver su bentendida. Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa. Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz uma oração subordinada adverbial nal reduzida de innitivo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa).
- Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presenciar, estar presente, caber, pertencer. Exemplos: Assistimos ao documentário. Não assisti às últimas sessões. Essa lei assiste ao inquilino.
- A construção “dizer para”, também muito usada popularmente, é igualmente considerada incorreta.
Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa conturbada cidade.
Preferir Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto indireto introduzido pela preposição “a”. Por Exemplo:
CHAMAR - Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, solicitar a atenção ou a presença de. Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá chamá-la. Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.
Prero qualquer coisa a abrir mão de meus ideais. Prero trem a ônibus.
Obs.: na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado sem termos intensicadores, tais como: muito, antes, mil vezes, um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prexo existente no próprio verbo (pre).
- Chamar no sentido de denominar, apelidar pode apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predicativo preposicionado ou não. A torcida chamou o jogador mercenário. A torcida chamou ao jogador mercenário. A torcida chamou o jogador de mercenário. A torcida chamou ao jogador de mercenário.
Mudança de Transitividade X Mudança de Signicado
Há verbos que, de acordo com a mudança de transitividade, apresentam mudança de signicado. O conhecimento das diferentes regências desses verbos é um recurso linguístico muito importante, pois além de permitir a correta interpretação de passagens escritas, oferece possibilidades expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os principais, estão:
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CUSTAR - Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial: Frutas e verduras não deveriam custar muito. 58
LÍNGUA PORTUGUESA VISAR - Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar. O homem visou o alvo. O gerente não quis visar o cheque.
- No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo ou transitivo indireto. Muito custa Verbo Intransitivo
viver tão longe da família. Oração Subordinada Substantiva Subjetiva Reduzida de Innitivo
Custa-me (a mim) atitude. Objeto jetiva Indireto
- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição “a”. O ensino deve sempre visar ao progresso social. Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar público.
crer que tomou realmente aquela Oração Subordinada Substantiva SubReduzida de Innitivo
ESQUECER – LEMBRAR - Lembrar algo – esquecer algo - Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronominal)
Obs.: a Gramática Normativa condena as construções que atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por pessoa. Observe: Custei para entender o problema. Forma correta: Custou-me entender o problema. IMPLICAR - Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos: a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes impli-
No 1º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja, exigem complemento sem preposição: Ele esqueceu o livro. No 2º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e exigem complemento com a preposição “de”. São, portanto, transitivos indiretos: - Ele se esqueceu do caderno. - Eu me esqueci da chave. - Eles se esqueceram da prova. - Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.
cavam um rme propósito.
b) Ter como consequência, trazer como consequência, acar retar, provocar: Liberdade de escolha implica amadurecimento político de um povo. - Como transitivo direto e indireto, signica comprometer, envolver: Implicaram aquele jornalista em questões econômicas.
Há uma construção em que a coisa esquecida ou lembrada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve alteração de sentido. É uma construção muito rara na língua contemporânea, porém, é fácil encontrá-la em textos clássicos tanto brasileiros como portugueses. Machado de Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes. - Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento) - Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)
Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo indireto e rege com preposição “com”: Implicava com quem não trabalhasse arduamente. PROCEDER - Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter ca bimento, ter fundamento ou portar-se, comportar-se, agir. Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado de adjunto adverbial de modo. As armações da testemunha procediam, não havia como re futá-las. Você procede muito mal.
O verbo lembrar também pode ser transitivo direto e indireto (lembrar alguma coisa a alguém ou alguém de alguma coisa).
SIMPATIZAR Transitivo indireto e exige a preposição “com”: Não simpati zei com os jurados.
- Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a preposição” de”) e fazer, executar (rege complemento introduzido pela preposição “a”) é transitivo indireto. O avião procede de Maceió. Procedeu-se aos exames. O delegado procederá ao inquérito.
NAMORAR É transitivo direto, ou seja, não admite preposição: Maria namora João.
Obs: Não é correto dizer: “Maria namora com João”. OBEDECER É transitivo indireto, ou seja, exige complemento com a pre posição “a” (obedecer a): Devemos obedecer aos pais.
QUERER - Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter vontade de, cobiçar. Querem melhor atendimento. Queremos um país melhor.
Obs: embora seja transitivo indireto, esse verbo pode ser usado na voz passiva: A la não foi obedecida.
- Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, estimar, amar. Quero muito aos meus amigos. Ele quer bem à linda menina.
VER É transitivo direto, ou seja, não exige preposição: Ele viu o lme.
Despede-se o lho que muito lhe quer.
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LÍNGUA PORTUGUESA Regência Nominal É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação é sem pre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo signica, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição a. Veja: Obedecer a algo/ a alguém. Obediente a algo/ a alguém. Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem. Observe-os atentamente e procure, sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece. Substantivos Admiração a, por Aversão a, para, por Atentado a, contra Bacharel em Capacidade de, para
Devoção a, para, com, por Doutor em Dúvida acerca de, em, sobre Horror a Impaciência com
Medo a, de Obediência a Ojeriza a, por Proeminência sobre Respeito a, com, para com, por
Adjetivos Acessível a Acostumado a, com Afável com, para com Agradável a Alheio a, de Análogo a Ansioso de, para, por Apto a, para Ávido de
Diferente de Entendido em Equivalente a Escasso de Essencial a, para Fácil de Fanático por Favorável a Generoso com
Necessário a Nocivo a Paralelo a Parco em, de Passível de Preferível a Prejudicial a Prestes a Propício a
Benéco a
Grato a, por
Próximo a
Capaz de, para Compatível com Contemporâneo a, de Contíguo a Contrário a Curioso de, por Descontente com Desejoso de
Hábil em Habituado a Idêntico a Impróprio para Indeciso em Insensível a Liberal com Natural de
Relacionado com Relativo a Satisfeito com, de, em, por Semelhante a Sensível a Sito em Suspeito de Vazio de
Advérbios Longe de
Perto de
Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a. Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php Questões sobre Regência Nominal e Verbal
01. (Administrador – FCC – 2013-adap.). ... a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras ciências ... O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em: A) ...astros que cam tão distantes ... B) ...que a astronomia é uma das ciências ... C) ...que nos proporcionou um espírito ... D) ...cuja importância ninguém ignora ... E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro ... 02.(Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013-adap.). Didatismo e Conhecimento
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LÍNGUA PORTUGUESA ... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito nos lhos do sueco. O verbo que exige, no contexto, o mesmo tipo de complementos que o grifado acima está empregado em: A) ...que existe uma coisa chamada exército... B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra? C) ...compareceu em companhia da mulher à delegacia... D) Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro... E) O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevimento. 03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.). ... constava simplesmente de uma vareta quebrada em partes desiguais... O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em: A) Em campos extensos, chegavam em alguns casos a extremos de sutileza. B) ...eram comumente assinalados a golpes de machado nos troncos mais robustos. C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados desorientam, não raro, quem... D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho na ser ra de Tunuí... E) ...em que tão bem se revelam suas anidades com o gentio, mestre e colaborador...
06. (Papiloscopista Policial – VUNESP – 2013). Assinale a alternativa correta quanto à regência dos termos em destaque. (A) Ele tentava convencer duas senhoras a assumir a respon sabilidade pelo problema. (B) A menina tinha o receio a levar uma bronca por ter se perdido. (C) A garota tinha apenas a lembrança pelo desenho de um índio na porta do prédio. (D) A menina não tinha orgulho sob o fato de ter se perdido de sua família. (E) A família toda se organizou para realizar a procura à garotinha.
04. (Agente Técnico – FCC – 2013-adap.). ... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça... O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o da frase acima se encontra em: A) A palavra direito, em português, vem de directum, do ver bo latino dirigere... B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das sociedades... C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado pela justiça. D) Essa problematicidade não afasta a força das aspirações da justiça... E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o sentimento de justiça.
08. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas – VUNESP – 2013). Considerando a norma-padrão da língua, assinale a alternativa em que os trechos destacados estão corretos quanto à regência, verbal ou nominal. A) O prédio que o taxista mostrou dispunha de mais de dez mil tomadas. B) O autor fez conjecturas sob a possibilidade de haver um homem que estaria ouvindo as notas de um oboé. C) Centenas de trabalhadores estão empenhados de criar logotipos e negociar. D) O taxista levou o autor a indagar no número de tomadas do edifício. E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor reparasse a um prédio na marginal.
07. (Analista de Sistemas – VUNESP – 2013). Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto, de acordo com as regras de regência. Os estudos _______ quais a pesquisadora se reportou já assinalavam uma relação entre os distúrbios da imagem corporal e a exposição a imagens idealizadas pela mídia. A pesquisa faz um alerta ______ inuência negativa que a
mídia pode exercer sobre os jovens. A) dos … na B) nos … entre a C) aos … para a D) sobre os … pela E) pelos … sob a
05. (Escrevente TJ SP – Vunesp 2012) Assinale a alternativa em que o período, adaptado da revista Pesquisa Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à regência nominal e à pontuação. (A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente, seu espaço na carreira cientíca ainda que o avanço seja mais notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em outros. (B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam rapidamente seu espaço na carreira cientíca; ainda que o avanço seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um exemplo!, do que em outros. (C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam rapidamente seu espaço, na carreira cientíca, ainda que o avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um exemplo, do que em outros. (D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamente seu espaço na carreira cientíca, ainda que o avanço seja mais notável em alguns países – o Brasil é um exemplo – do que em outros. (E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente, seu espaço na carreira cientíca, ainda que, o avanço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em outros. Didatismo e Conhecimento
09. (Assistente de Informática II – VUNESP – 2013). Assinale a alternativa que substitui a expressão destacada na frase, conforme as regras de regência da norma-padrão da língua e sem alteração de sentido. Muitas organizações lutaram a favor da igualdade de direitos dos trabalhadores domésticos. A) da B) na C) pela D) sob a E) sobre a
GABARITO 01. D 02. D 03. A 04. A 05. D 06. A 07. C 08. A 09. C
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LÍNGUA PORTUGUESA 6-) (B) A menina tinha o receio de levar uma bronca por ter se perdido. (C) A garota tinha apenas a lembrança do desenho de um índio na porta do prédio. (D) A menina não tinha orgulho do fato de ter se perdido de sua família. (E) A família toda se organizou para realizar a procura pela garotinha.
RESOLUÇÃO 1-) ... a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras ciências ... Facilitar – verbo transitivo direto A) ...astros que cam tão distantes ... = verbo de ligação B) ...que a astronomia é uma das ciências ... = verbo de ligação C) ...que nos proporcionou um espírito ... = verbo transitivo direto e indireto E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro = verbo transitivo indireto
7-) Os estudos aos quais a pesquisadora se reportou já assinalavam uma relação entre os distúrbios da imagem corporal e a exposição a imagens idealizadas pela mídia. A pesquisa faz um alerta para a inuência negativa que a mídia pode exercer sobre os jovens.
2-) ... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito nos lhos do sueco. Pedir = verbo transitivo direto e indireto A) ...que existe uma coisa chamada EXÉRCITO... = transitivo direto B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra? =verbo de ligação C) ...compareceu em companhia da mulher à delegacia... =verbo intransitivo E) O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevimento. =transitivo direto
8-) B) O autor fez conjecturas sobre a possibilidade de haver um homem que estaria ouvindo as notas de um oboé. C) Centenas de trabalhadores estão empenhados em criar logotipos e negociar. D) O taxista levou o autor a indagar sobre o número de tomadas do edifício. E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor reparasse em um prédio na marginal.
3-) ... constava simplesmente de uma vareta quebrada em par tes desiguais... Constar = verbo intransitivo B) ...eram comumente assinalados a golpes de machado nos troncos mais robustos. =ligação C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados desorientam, não raro, quem... =transitivo direto D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho na ser ra de Tunuí... = transitivo direto E) ...em que tão bem se revelam suas anidades com o gentio, mestre e colaborador...=transitivo direto
9-) Muitas organizações lutaram pela dos trabalhadores domésticos.
CRASE. A palavra crase é de origem grega e signica “fusão”, “mistura”. Na língua portuguesa, é o nome que se dá à “junção” de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da preposição “a” com o artigo feminino “a” (s), com o “a” inicial dos pronomes aquele(s), aquela (s), aquilo e com o “a” do relativo a qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase. O uso apropriado do acento grave depende da compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental também, para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e nomes que exigem a preposição “a”. Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a vericar a ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome. Observe: Vou a + a igreja. Vou à igreja.
4-) ... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça... Lidar = transitivo indireto B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das sociedades... =transitivo direto C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado pela justiça. =ligação D) Essa problematicidade não afasta a força das aspirações da justiça... =transitivo direto e indireto E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o sentimento de justiça. =transitivo direto 5-) A correção do item deve respeitar as regras de pontuação também. Assinalei apenas os desvios quanto à regência (pontua-
No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição “a”, exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência do artigo “a” que está determinando o substantivo feminino igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave. Observe os outros exemplos: Conheço a aluna.
ção encontra-se em tópico especíco)
(A) Não há dúvida de que as mulheres ampliam, (B) Não há dúvida de que (erros quanto à pontuação) (C) Não há dúvida de que as mulheres, (erros quanto à pontuação) (E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamente, seu espaço na carreira cientíca, ainda que, o avanço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em outros.
Didatismo e Conhecimento
igualdade de direitos
Rero-me à aluna.
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto (referir62
LÍNGUA PORTUGUESA -se a algo ou a alguém) e exige a preposição “a”. Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja feminino e admita o artigo feminino “a” ou um dos pronomes já especicados.
- na indicação de horas: Acordei às sete horas da manhã. Elas chegaram às dez horas. Foram dormir à meia-noite. - em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas. Por exemplo: à tarde às ocultas às pressas à medida que à noite às claras às escondidas à força à vontade à beça à larga à escuta às avessas à revelia à exceção de à imitação de à esquerda às turras às vezes à chave à direita à procura à deriva à toa à luz à sombra de à frente de à proporção que à semelhança de às ordens à beira de
Casos em que a crase NÃO ocorre: - diante de substantivos masculinos: Andamos a cavalo. Fomos a pé. Passou a camisa a ferro. Fazer o exercício a lápis. Compramos os móveis a prazo. - diante de verbos no innitivo: A criança começou a falar. Ela não tem nada a dizer.
Crase diante de Nomes de Lugar Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do artigo “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo que diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a preposição “a”. Para saber se um nome de lugar admite ou não a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se substituir o termo regente por um ver bo que peça a preposição “de” ou “em”. A ocorrência da contração “da” ou “na” prova que esse nome de lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Por exemplo:
Obs.: como os verbos não admitem artigos, o “a” dos exem plos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase. - diante da maioria dos pronomes e das expressões de tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita e dona: Diga a ela que não estarei em casa amanhã. Entreguei a todos os documentos necessários. Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem. Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos.
Vou à França. (Vim da [de+a] França. Estou na [em+a] França.)
Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes podem ser identicados pelo método: troque a palavra feminina por uma masculina, caso na nova construção surgir a forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo: Rero-me à mesma pessoa. (Rero-me ao mesmo indivíduo.) Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.) Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.)
Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.) Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália) Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto Alegre.) *- Dica da Zê!: use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou A volto DE, crase PRA QUÊ?” Ex: Vou a Campinas. = Volto de Campinas. Vou à praia. = Volto da praia.
- diante de numerais cardinais: Chegou a duzentos o número de feridos. Daqui a uma semana começa o campeonato.
- ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especicado, ocorrerá crase. Veja: Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE” Irei à Salvador de Jorge Amado.
Casos em que a crase SEMPRE ocorre: - diante de palavras femininas: Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega. Sempre vamos à praia no verão. Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores. Sou grata à população. Fumar é prejudicial à saúde. Este aparelho é posterior à invenção do telefone.
Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s), Aquela (s), Aquilo Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo regente exigir a preposição “a”. Por exemplo: Rero-me
Didatismo e Conhecimento
a
+
Preposição
- diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de” (mesmo que a expressão moda de que subentendida): O jogador fez um gol à (moda de) Pelé. Usava sapatos à (moda de) Luís XV. Estava com vontade de comer frango à (moda de) passarinho. O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.
aquele
atentado.
Pronome
Rero-me àquele atentado.
O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige preposição, portanto, ocorre a crase. Observe este outro exemplo: Aluguei aquela casa.
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LÍNGUA PORTUGUESA O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso. Veja outros exemplos: Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho. Quero agradecer àqueles que me socorreram.
Observação: por motivo de clareza, para evitar ambiguidade, pode-se usar a crase. Veja: Gostava de fotografar à distância. Ensinou à distância. Dizem que aquele médico cura à distância.
Rero-me àquilo que aconteceu com seu pai.
Não obedecerei àquele sujeito.
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA - diante de nomes próprios femininos: Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes pró prios femininos porque é facultativo o uso do artigo. Observe: Paula é muito bonita. Laura é minha amiga. A Paula é muito bonita. A Laura é minha amiga.
Assisti àquele lme três vezes.
Espero aquele rapaz. Fiz aquilo que você disse. Comprei aquela caneta.
Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais
Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo feminino diante de nomes próprios femininos, então podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas: Entreguei o cartão a Paula. Entreguei o cartão a Roberto. Entreguei o cartão à Paula. Entreguei o cartão ao Roberto.
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as quais depende do verbo. Se o verbo que rege esses pronomes exigir a preposição “a”, haverá crase. É possível detectar a ocorrência da crase nesses casos utilizando a substituição do termo regido feminino por um termo regido masculino. Por exemplo:
- diante de pronome possessivo feminino: Observação: é facultativo o uso da crase diante de pronomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do artigo. Observe: Minha avó tem setenta anos. Minha irmã está esperando por você. A minha avó tem setenta anos. A minha irmã está esperando por você. Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de pronomes possessivos femininos, então podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas: Cedi o lugar a minha avó. Cedi o lugar a meu avô. Cedi o lugar à minha avó. Cedi o lugar ao meu avô.
A igreja à qual me rero ca no centro da cidade. O monumento ao qual me rero ca no centro da cidade.
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a crase. Veja outros exemplos: São normas às quais todos os alunos devem obedecer. Esta foi a conclusão à qual ele chegou. Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam res ponder nenhuma das questões. A sessão à qual assisti estava vazia.
Crase com o Pronome Demonstrativo “a” A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo “a” tam bém pode ser detectada através da substituição do termo regente feminino por um termo regido masculino. Veja: Minha revolta é ligada à do meu país. Meu luto é ligado ao do meu país. As orações são semelhantes às de antes. Os exemplos são semelhantes aos de antes. Suas perguntas são superiores às dele. Seus argumentos são superiores aos dele. Sua blusa é idêntica à de minha colega. Seu casaco é idêntico ao de minha colega.
- depois da preposição até: Fui até a praia. ou Fui até à praia. Acompanhe-o até a porta. ou Acompanhe-o até à porta. A palestra vai até as cinco horas da tarde. ou A palestra vai até às cinco horas da tarde.
QUESTÕES SOBRE CRASE 01.( Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) No Brasil, as discussões sobre drogas parecem limitar-se ______aspectos jurídicos ou policiais. É como se suas únicas consequências estivessem em legalismos, tecnicalidades e estatísticas criminais. Raro ler ____ respeito envolvendo questões de saúde pública como programas de esclarecimento e prevenção, de tratamento para dependentes e de reintegração desses____ vida. Quantos de nós sabemos o nome de um médico ou clínica ____quem tentar encaminhar um drogado da nossa própria família? (Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Paulo, 17.09.2012. Adaptado) As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com: (A) aos … à … a … a (B) aos … a … à … a (C) a … a … à … à (D) à … à … à … à (E) a … a … a … a
A Palavra Distância Se a palavra distância estiver especicada, determinada, a crase deve ocorrer. Por exemplo: Sua casa ca à distância de 100km daqui. (A palavra está determinada) Todos devem car à distância de 50 metros do palco. (A palavra está especicada.) Se a palavra distância não estiver especicada, a crase não pode ocorrer. Por exemplo: Os militares caram a distância.
Gostava de fotografar a distância. Ensinou a distância. Dizem que aquele médico cura a distância. Reconheci o menino a distância.
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LÍNGUA PORTUGUESA Não nos sujeitamos ____ corrupção; tampouco cederemos es paço ____ nenhuma ação que se proponha ____ prejudicar nossas instituições. (A) à … à … à (B) a … à … à (C) à … a … a (D) à … à … a (E) a … a … à
02. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013).Leia o texto a seguir. Foi por esse tempo que Rita, desconada e medrosa, correu
______ cartomante para consultá-la sobre a verdadeira causa do procedimento de Camilo. Vimos que ______ cartomante restituiu-lhe ______ conança, e que o rapaz repreendeu-a por ter feito o
que fez. (Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias. Rio de Janeiro: Globo, 1997, p. 6) Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: A) à – a – a B) a – a – à C) à – a – à D) à – à – a E) a – à – à 03 (POLÍCIA CIVIL/SP – AGENTE POLICIAL - VU NESP/2013) De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o acento indicativo de crase está corretamente empregado em: (A) A população, de um modo geral, está à espera de que, com o novo texto, a lei seca possa coibir os acidentes. (B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à repensarem a sua postura. (C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à punições muito mais severas. (D) À ninguém é dado o direito de colocar em risco a vida dos demais motoristas e de pedestres. (E) Cabe à todos na sociedade zelar pelo cumprimento da nova lei para que ela possa funcionar.
07. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VUNESP – 2013-adap) O acento indicativo de crase está corretamente em pregado em: A) Tendências agressivas começam à ser relacionadas com as diculdades para lidar com as frustrações de seus desejos. B) A agressividade impulsiva deve-se à perturbações nos mecanismos biológicos de controle emocional. C) A violência urbana é comparada à uma enfermidade. D) Condições de risco aliadas à exemplo de impunidade alimentam a violência crescente nas cidades. E) Um ambiente desfavorável à formação da personalidade atinge os mais vulneráveis. 08. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013). O sinal indicativo de crase está correto em: A) Este cientista tem se dedicado à uma pesquisa na área de biotecnologia. B) Os pais não podem ser omissos e devem se dedicar à educação dos lhos. C) Nossa síndica dedica-se integralmente à conservar as instalações do prédio. D) O bombeiro deve dedicar sua atenção à qualquer detalhe que envolva a segurança das pessoas. E) É função da política é dedicar-se à todo problema que com prometa o bem-estar do cidadão.
04. (Agente Técnico – FCC – 2013-adap.) Claro que não me estou referindo a essa vulgar comunicação festiva e efervescente. O vocábulo a deverá receber o sinal indicativo de crase se o segmento grifado for substituído por: A) leitura apressada e sem profundidade. B) cada um de nós neste formigueiro. C) exemplo de obras publicadas recentemente. D) uma comunicação festiva e virtual. E) respeito de autores reconhecidos pelo público.
09. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO FCC/2012) O detetive Gervase Fen, que apareceu em 1944, é um homem de face corada, muito afeito ...... frases inteligentes e citações dos clássicos; sua esposa, Dolly, uma dama meiga e
05. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VUNESP – 2013). O Instituto Nacional de Administração Prisional (INAP) também desenvolve atividades lúdicas de apoio______ ressocialização do indivíduo preso, com o objetivo de prepará--lo para o retorno______ sociedade. Dessa forma, quando em liberdade,
sossegada, ca sentada tricotando tranquilamente, impassível ......
propensão de seu marido ...... investigar assassinatos. (Adaptado de P.D.James, op.cit.) Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: (A) à - à - a (B) a - à - a (C) à - a - à (D) a - à - à (E) à - a – a
ele estará capacitado______ ter uma prossão e uma vida digna.
(Disponível em: www.metropolitana.com.br/blog/qual_e_a_ importancia_da_ressocializacao_de_presos. Acesso em: 18.08.2012. Adaptado) Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. A) à … à … à B) a … a … à C) a … à … à D) à … à ... a E) a … à … a
10. (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALU NO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) Em qual das opções abaixo o acento indicativo de crase foi corretamente indicado? A) O dia fora quente, mas à noite estava fria e escura. B) Ninguém se referira à essa ideia antes. C) Esta era à medida certa do quarto. D) Ela fechou a porta e saiu às pressas. E) Os rapazes sempre gostaram de andar à cavalo.
06. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) Assinale a alternativa que completa as lacunas do trecho a seguir, empregando o sinal indicativo de crase de acordo com a norma -padrão. Didatismo e Conhecimento
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LÍNGUA PORTUGUESA GABARITO 01. B 02. A 03. A 04. A 06.C 07. E 08. B 09.B
* que se proponha A prejudicar (objeto indireto, no caso, oração subordinada com função de objeto indireto. Não há acento indicativo de crase porque temos um verbo no innitivo – “pre judicar”).
05. D 10. D
RESOLUÇÃO 7-) A) Tendências agressivas começam à ser relacionadas com as diculdades para lidar com as frustrações de seus desejos. (antes de verbo no innitivo não há crase) B) A agressividade impulsiva deve-se à perturbações nos mecanismos biológicos de controle emocional. (se o “a” está no singular e antecede palavra no plural, não há crase) C) A violência urbana é comparada à uma enfermidade. (ar tigo indenido) D) Condições de risco aliadas à exemplo de impunidade alimentam a violência crescente nas cidades. (palavra masculina) E) Um ambiente desfavorável à formação da personalidade atinge os mais vulneráveis. = correta (regência nominal: desfavorável a?)
1-) limitar-se _aos _aspectos jurídicos ou policiais. Raro ler __a__respeito (antes de palavra masculina não há crase) de reintegração desses_à_ vida. (reintegrar a + a vida = à) o nome de um médico ou clínica __a_quem tentar encaminhar um drogado da nossa própria família? (antes de pronome indenido/relativo) 2-) correu _à (= para a ) cartomante para consultá-la sobre a verdadeira causa do procedimento de Camilo. Vimos que _a__cartomante (objeto direto)restituiu-lhe ___a___ conança (objeto direto), e que o rapaz repreendeu-a por ter feito o que fez. 3-) (A) A população, de um modo geral, está à espera (dá para substituir por “esperando”) de que (B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à repensarem (antes de verbo) (C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à punições (generalizando, palavra no plural) (D) À ninguém (pronome indenido) (E) Cabe à todos (pronome indenido) 4-) Claro que não me estou referindo à leitura apressada e sem profundidade. a cada um de nós neste formigueiro. (antes de pronome indenido) a exemplo de obras publicadas recentemente. (palavra masculina) a uma comunicação festiva e virtual. (artigo indenido) a respeito de autores reconhecidos pelo público. (palavra masculina)
8-) A) Este cientista tem se dedicado à uma pesquisa na área de biotecnologia. (artigo indenido) B) Os pais não podem ser omissos e devem se dedicar à educação dos lhos. = correta (regência verbal: dedicar a ) C) Nossa síndica dedica-se integralmente à conservar as instalações do prédio. (verbo no innitivo) D) O bombeiro deve dedicar sua atenção à qualquer detalhe que envolva a segurança das pessoas. (pronome indenido) E) É função da política é dedicar-se à todo problema que com prometa o bem-estar do cidadão. (pronome indenido) 9-) Afeito a frases (generalizando, já que o “a” está no singular e “frases”, no plural) Impassível à propensão (regência nominal: pede preposição) A investigar (antes de verbo no innitivo não há acento indicativo de crase) Sequência: a / à / a.
5-) O Instituto Nacional de Administração Prisional (INAP) também desenvolve atividades lúdicas de apoio___à__ ressocialização do indivíduo preso, com o objetivo de prepará--lo para o retorno___à__ sociedade. Dessa forma, quando em liberdade,
10-) A) O dia fora quente, mas à noite = mas a noite (artigo e substantivo. Diferente de: Estudo à noite = período do dia) B) Ninguém se referira à essa ideia antes.= a essa (antes de pronome demonstrativo) C) Esta era à medida certa do quarto. = a medida (artigo e substantivo, no caso. Diferente da conjunção proporcional: À medida que lia, mais aprendia) D) Ela fechou a porta e saiu às pressas. = correta (advérbio de modo = apressadamente) E) Os rapazes sempre gostaram de andar à cavalo. = palavra masculina
ele estará capacitado__a___ ter uma prossão e uma vida digna.
- Apoio a ? Regência nominal pede preposição; - retorno a? regência nominal pede preposição; - antes de verbo no innitivo não há crase. 6-) Vamos por partes! - Quem se sujeita, sujeita-se A algo ou A alguém, portanto: pede preposição; - quem cede, cede algo A alguém, então teremos objeto direto e indireto; - quem se propõe, propõe-se A alguma coisa. Vejamos: Não nos sujeitamos À corrupção; tampouco cederemos espaço A nenhuma ação que se proponha A prejudicar nossas instituições. * Sujeitar A + A corrupção; * ceder espaço (objeto direto) A nenhuma ação (objeto indireto. Não há acento indicativo de crase, pois “nenhuma” é pronome indenido); Didatismo e Conhecimento
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LÍNGUA PORTUGUESA Só o contexto é que determina a signicação dos homônimos. A homonímia pode ser causa de ambiguidade, por isso é considerada uma deciência dos idiomas. O que chama a atenção nos homônimos é o seu aspecto fônico (som) e o gráco (graa). Daí serem divididos em:
SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS E PARÔNIMOS. SENTIDO PRÓPRIO E FIGURADO DAS PALAVRAS.
Homógrafos Heterofônicos: iguais na escrita e diferentes no timbre ou na intensidade das vogais. - Rego (substantivo) e rego (verbo). - Colher (verbo) e colher (substantivo). - Jogo (substantivo) e jogo (verbo). - Apoio (verbo) e apoio (substantivo). - Para (verbo parar) e para (preposição). - Providência (substantivo) e providencia (verbo). - Às (substantivo), às (contração) e as (artigo). - Pelo (substantivo), pelo (verbo) e pelo (contração de per+o).
Signicação das Palavras
Quanto à signicação, as palavras são divididas nas seguin-
tes categorias:
Sinônimos: são palavras de sentido igual ou aproximado. Exemplo: - Alfabeto, abecedário. - Brado, grito, clamor. - Extinguir, apagar, abolir, suprimir. - Justo, certo, exato, reto, íntegro, imparcial. Na maioria das vezes não é indiferente usar um sinônimo pelo outro. Embora irmanados pelo sentido comum, os sinônimos diferenciam-se, entretanto, uns dos outros, por matizes de signicação e certas propriedades que o escritor não pode desconhecer. Com efeito, estes têm sentido mais amplo, aqueles, mais restrito (animal e quadrúpede); uns são próprios da fala corrente, desataviada, vulgar, outros, ao invés, pertencem à esfera da linguagem culta, literária, cientíca ou poética (orador e tribuno, oculista e oftalmologista, cinzento e cinéreo). A contribuição Greco-latina é responsável pela existência, em nossa língua, de numerosos pares de sinônimos. Exemplos: - Adversário e antagonista. - Translúcido e diáfano. - Semicírculo e hemiciclo. - Contraveneno e antídoto. - Moral e ética. - Colóquio e diálogo. - Transformação e metamorfose. - Oposição e antítese.
Homófonos Heterográcos: iguais na pronúncia e diferentes
na escrita. - Acender (atear, pôr fogo) e ascender (subir). - Concertar (harmonizar) e consertar (reparar, emendar). - Concerto (harmonia, sessão musical) e conserto (ato de consertar). - Cegar (tornar cego) e segar (cortar, ceifar). - Apreçar (determinar o preço, avaliar) e apressar (acelerar). - Cela (pequeno quarto), sela (arreio) e sela (verbo selar). - Censo (recenseamento) e senso (juízo). - Cerrar (fechar) e serrar (cortar). - Paço (palácio) e passo (andar). - Hera (trepadeira) e era (época), era (verbo). - Caça (ato de caçar), cassa (tecido) e cassa (verbo cassar = anular). - Cessão (ato de ceder), seção (divisão, repartição) e sessão (tempo de uma reunião ou espetáculo). Homófonos Homográcos: iguais na escrita e na pronúncia.
- Caminhada (substantivo), caminhada (verbo). - Cedo (verbo), cedo (advérbio). - Somem (verbo somar), somem (verbo sumir). - Livre (adjetivo), livre (verbo livrar). - Pomos (substantivo), pomos (verbo pôr). - Alude (avalancha), alude (verbo aludir).
O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se sinonímia, palavra que também designa o emprego de sinônimos.
Antônimos: são palavras de signicação oposta. Exemplos: - Ordem e anarquia. - Soberba e humildade. - Louvar e censurar. - Mal e bem.
Parônimos: são palavras parecidas na escrita e na pronúncia: Coro e couro, cesta e sesta, eminente e iminente, tetânico e titânico, atoar e atuar, degradar e degredar, cético e séptico, prescrever e proscrever, descrição e discrição, inigir (aplicar) e infringir (transgredir), osso e ouço, sede (vontade de beber) e cede (verbo ceder), comprimento e cumprimento, deferir (conceder, dar deferimento) e diferir (ser diferente, divergir, adiar), raticar (conr mar) e reticar (tornar reto, corrigir), vultoso (volumoso, muito grande: soma vultosa) e vultuoso (congestionado: rosto vultuoso).
A antonímia pode originar-se de um prexo de sentido oposto ou negativo. Exemplos: Bendizer/maldizer, simpático/antipático, progredir/regredir, concórdia/discórdia, explícito/implícito, ativo/ inativo, esperar/desesperar, comunista/anticomunista, simétrico/ assimétrico, pré-nupcial/pós-nupcial.
Polissemia: Uma palavra pode ter mais de uma signicação. A esse fato linguístico dá-se o nome de polissemia. Exemplos: - Mangueira: tubo de borracha ou plástico para regar as plantas ou apagar incêndios; árvore frutífera; grande curral de gado. - Pena: pluma, peça de metal para escrever; punição; dó.
Homônimos: são palavras que têm a mesma pronúncia, e às vezes a mesma graa, mas signicação diferente. Exemplos: - São (sadio), são (forma do verbo ser ) e são (santo). - Aço (substantivo) e asso (verbo).
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LÍNGUA PORTUGUESA - Velar: cobrir com véu, ocultar, vigiar, cuidar, relativo ao véu do palato. Podemos citar ainda, como exemplos de palavras polissêmicas, o verbo dar e os substantivos linha e ponto, que têm dezenas de acepções.
05. Há uma alternativa errada. Assinale-a: a) cozer = cozinhar; coser = costurar b) imigrar = sair do país; emigrar = entrar no país c) comprimento = medida; cumprimento = saudação d) consertar = arrumar; concertar = harmonizar e) chácara = sítio; xácara = verso
Sentido Próprio e Sentido Figurado: as palavras podem ser empregadas no sentido próprio ou no sentido gurado. Exemplos: - Construí um muro de pedra. (sentido próprio). - Ênio tem um coração de pedra. (sentido gurado). - As águas pingavam da torneira, (sentido próprio). - As horas iam pingando lentamente, (sentido gurado).
06. Assinale o item em que a palavra destacada está incorretamente aplicada: a) Trouxeram-me um ramalhete de ores fragrantes. b) A justiça inigiu a pena merecida aos desordeiros. c) Promoveram uma festa beneciente para a creche. d) Devemos ser éis ao cumprimento do dever. e) A cessão de terras compete ao Estado.
Denotação e Conotação: Observe as palavras em destaque nos seguintes exemplos: - Comprei uma correntinha de ouro. - Fulano nadava em ouro. No primeiro exemplo, a palavra ouro denota ou designa sim plesmente o conhecido metal precioso, tem sentido próprio, real, denotativo. No segundo exemplo, ouro sugere ou evoca riquezas, poder, glória, luxo, ostentação; tem o sentido conotativo, possui várias conotações (ideias associadas, sentimentos, evocações que irradiam da palavra).
07. O ...... do prefeito foi ..... ontem. a) mandado - caçado b) mandato - cassado c) mandato - caçado d) mandado - casçado e) mandado - cassado 08. Marque a alternativa cujas palavras preenchem corretamente as respectivas lacunas, na frase seguinte: “Necessitando ...... o número do cartão do PIS, ...... a data de meu nascimento.” a) raticar, proscrevi b) prescrever, discriminei c) descriminar, retiquei d) proscrever, prescrevi e) reticar, ratiquei
Exercícios 01. Estava ....... a ....... da guerra, pois os homens ....... nos erros do passado. a) eminente, deagração, incidiram b) iminente, deagração, reincidiram c) eminente, conagração, reincidiram d) preste, conaglação, incidiram e) prestes, agração, recindiram
09. “A ......... cientíca do povo levou-o a .... de feiticeiros os ..... em astronomia.” a) insipiência tachar expertos b) insipiência taxar expertos c) incipiência taxar espertos d) incipiência tachar espertos e) insipiência taxar espertos
02. “Durante a ........ solene era ........ o desinteresse do mestre diante da ....... demonstrada pelo político”. a) seção - fragrante - incipiência b) sessão - agrante - insipiência c) sessão - fragrante - incipiência d) cessão - agrante - incipiência e) seção - agrante - insipiência
10. Na oração: Em sua vida, nunca teve muito ......, apresentava-se sempre ...... no ..... de tarefas ...... . As palavras adequadas para preenchimento das lacunas são: a) censo - lasso - cumprimento - eminentes b) senso - lasso - cumprimento - iminentes c) senso - laço - comprimento - iminentes d) senso - laço - cumprimento - eminentes e) censo - lasso - comprimento - iminentes
03. Na ..... plenária estudou-se a ..... de direitos territoriais a ..... . a) sessão - cessão - estrangeiros b) seção - cessão - estrangeiros c) secção - sessão - extrangeiros d) sessão - seção - estrangeiros e) seção - sessão - estrangeiros
RESPOSTAS: (01.B)(02.B)(03.A)(04.D)(05.B)(06.C)(07.B) (08.E)(09.A)(10.B)
04. Há uma alternativa errada. Assinale-a: a) A eminente autoridade acaba de concluir uma viagem política. b) A catástrofe torna-se iminente. c) Sua ascensão foi rápida. d) Ascenderam o fogo rapidamente. e) Reacendeu o fogo do entusiasmo.
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CONHECIM ENTOS ESPECÍFICO S
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias Pílula Anticoncepcional: As pílulas anticoncepcionais são comprimidos feitos com substâncias químicas semelhantes aos hormônios da mulher, que impedem a ovulação, evitando a gravidez. Deve-se tomar um comprimido por dia, na mesma hora, durante um período de 21 dias. A pílula só deve ser tomada com prescrição médica. Só o médico pode avaliar qual o tipo adequado. Uma marca pode servir para uma mulher e não servir para a outra. A pílula não deve ser tomada por mulheres: grávidas ou com suspeita de gravidez; fumantes; com menos de 16 e mais de 35 anos; que estejam amamentando (pode secar o leite). Também não deve ser usada por mulheres com pressão alta e outras doenças do coração; que tenham sangramento fora do período menstrual; que possuam varizes; que tenham fortes enxaquecas; convulsões; diabetes; glaucoma; que estão operadas ou vão se operar. Deve-se evitar tomá-la por mais de 5 anos (mesmo não contínuos). Vantagens: Segurança, quando tomada corretamente. Desvantagens: Como é um produto químico, só funciona se a mulher seguir exatamente as instruções do médico, isto é, não pode esquecer de tomá-la durante o período prescrito, caso contrário, corre-se o risco de engravidar. Também, nem todas as mulheres sentem-se bem com o seu uso.
PREVE NÇÃO E CONTR OLE DE SAÚDE PÚBLICA;
Planejamento Familiar: É uma forma que o casal encontra para organizar o crescimento da sua família. Fazendo isto o casal terá condições de ter apenas o número de lhos que poderá criar, sendo possível dar a eles melhores condições de vida. A responsa bilidade do planejamento familiar é do casal, para isto ele precisa conhecer os vários métodos que podem ser utilizados para evitar a gravidez indesejada. Existem vários métodos de evitar a gravidez, todos eles voltados para o planejamento familiar, de maneira que o casal possa ter seus lhos no período que desejar. Cada método de contracepção (evitar a gravidez) tem suas vantagens e desvantagens. Um método é mais seguro quando usado corretamente; em caso de dúvidas, procure o posto de saúde de seu município. Os M étodos Anticoncepitivos
Laqu eadura: A laqueadura é uma operação de esterelização que se realiza na mulher, com a nalidade de evitar denitivamente a pos-sibilidade da gravidez. A laqueadura é a amarração ou ligadura de trompas. Essa operação é irreversível e só deve ser feita em casos de indicação médica, em que haja risco de vida para a mãe ou para a criança.
Relacionamos a seguir os métodos mais utilizados, com suas propriedades, vantagens e desvantagens. Métodos considerados muito seguros são: Camisinha do Homem; Dispositivo Intra-ute-rino(Diu); Pílula Anticoncepcional; Pílula do dia seguinte; Anticoncepcional injetável; Camisinha da mulher; Vasectomia; Ligadura de Trompas.
Recom endações Im portantes: A esterilização deve ser indicada pelo médico para mulheres que tiveram grandes riscos na gravidez e nas seguintes condições: - que zeram mais de três cesarianas; - com doenças graves no coração; - com diabetes grave; - com problema de RH negativo e gestações anteriores sem os devidos cuidados; - com pressão muito alta; - com problemas renais; - com problemas pulmonares.
Métodos considerados pouco seguros: Tabelinha; Diafragma; Geléias Espermecidas. A Camisinh a Mascu lina: A camisinha é um método para ser utilizado pelo homem no momento da relação sexual. É uma capinha de borracha na, porém resistente, que se coloca sobre o pênis. Ela evita a gravidez, impedindo que os esperma-tozóides penetrem na vagina da mulher. Use a camisinha apenas uma vez. Jogue fora depois de usada. Vantagens: não faz mal a saúde; oferece segurança quando usada corretamente e, principalmente, quando combinada com o uso de espermicida; protege contra as doenças venéreas; faz com que o homem divida com a mulher a responsabilidade com o planejamento familiar; contribui para a prevenção de doenças venéreas, tais como a AIDS. Desvantagem: alguns homens reclamam de desconforto na relação sexual.
Em qualquer destes casos, a decisão nal caberá sempre a mulher. O médico deve ajudar dando informações sobre os riscos e as consequências, discutindo a possibilidade de usar outros métodos. Vasectomia: A vasectomia é uma operação que se realiza no homem com a nalidade de evitar a gravidez. É uma operação feita nos órgãos genitais do homem que fecha a passagem da saída dos espermatozóides. Fechando a sua saída, o homem continua expelindo um líquido, o sémem, que não conterá os espermatozóides e, portanto, não fecundará a mulher. Após a vasectomia o homem continua, normalmente, a ter desejo sexual, ereção e ejaculação.
Dispositivo In tra-Uterino (DIU): É uma pequena peça de plástico exível com cobre que, colocada por um médico, dentro do útero, impede a gravidez. Vantagens: é um método seguro que, com acompanhamento médico, pode ser usado até oito anos. Não interfere no ato sexual, é um método reversível, isto é, pode ser retirado a qualquer momento. É um método altamente ecaz. Desvantagens: é raro, mas pode haver rejeição por parte do organismo, pode ocasionar efeitos secundários como: maior sangramento e cólicas.
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Recom endações Importan tes: Deve-se pensar muito antes de realizar a operação de vasectomia, pois a mesma é irreversível. Após a operação é recomendável o uso da camisinha por 2 meses, pois leva algum tempo para que os espermatozóides que estão no canal do pênis sejam eliminados. 1
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias An ticoncepcion al I njetável: É considerado um método sim ples e seguro. Consiste em uma injeção de hormônios, aplicada na mulher que pode ser tomada uma vez por mês ou de três em três meses, a mulher escolhendo com o seu médico o que achar melhor. Esse é um método que pode ser usado por mulheres que não se dão bem com o uso da pílula. Alguns médicos não gostam de recomendar este método porque há suspeitas de que ele diminui o desejo sexual nas mulheres.
Vantagens: É um método simples e pode ser associado a outros métodos. Desvantagens: É considerado pouco seguro. Gravidez: Ao descobrir que está grávida a mulher tem que tomar certos cuidados com sua saúde e com o bem estar do bebê. A primeira coisa a fazer é procurar um posto de saúde ou hospital para começar a fazer o pré-natal. A maioria dos municípios da região do Pró-Gavião tem programas de atendimentos a gestante. O pré-natal é muito importante para a saúde da mulher e do seu lho, pois é através do acompanhamento médico que ela poderá evitar qualquer tipo de complicação. Outro cuidado é com a alimentação. Se possível coma muitas frutas, verduras (em especial as de folhas verdes), leite, queijo, carnes (em especial fígado), peixes, ovos, cereais (aveia, germe de trigo, levedura de cerveja, milho) e muita água. Beba de 6 a 8 copos de água diariamente. Evite doces e massas (pão, macarrão e produtos feitos com farinha) para não engordar muito. Nunca tome qualquer tipo de remédio sem recomendação médica pois é muito perigoso para você e seu bebê.
Pílula do dia seguinte: Esse é considerado um método para casos de emergência. É indicado para mulheres que foram vítimas de estupro ou zeram sexo sem usar nenhum tipo de método anticoncepcional. A pílula do dia seguinte deve ser usada até 72 horas após o ato sexual. Procure o médico no posto de saúde o mais rápido possível. Se a mulher não tiver acesso a esta pílula, ela pode tomar dois comprimidos de qualquer anticoncepcional nas primeiras 24 horas após o ato sexual e depois tomar mais dois comprimidos com intervalos de 12 horas entre cada um, que faz o mesmo efeito. Diafragm a: O diafragma é uma capinha de borracha bem na, que a mulher coloca, ela mesma, no fundo da vagina, antes da relação sexual, tapando assim o colo do útero. Ele impede que os es permatozóides do homem penetrem no útero da mulher. Deve ser usado junto com um espermicida, para garantir maior segurança. É recomendável que o início do uso do diafragma seja orientado por “um prossional da saúde”. Após o uso, o diafragma deve ser lavado com água fria e sa bão neutro, secado com um pano macio, polvilhado com maizena, em seguida, deve ser guardado na caixinha longe do calor e da luz. Nos casos da borracha enrugar ou quando estiver fora do prazo recomendado, o mesmo deve ser trocado imediatamente. Vantagens: Não faz mal a saúde e ajuda a mulher a conhecer melhor o seu próprio corpo. Desvantagens: Não é totalmente seguro e exige disciplina.
Gravidez na Adolescência: Todos sabemos que cada vez mais, cresce o número de meninas que cam grávidas muito cedo, mas poucos sabem as consequências dessa gravidez para as mulheres com menos de 19 anos. No Brasil, milhares de meninas adolescentes morrem em consequência de aborto, gravidez, parto e pós-parto. Isso acontece, em grande parte, porque elas demoram para começar o pré-natal e porque esse atendimento é muito ruim nos postos de saúde e hospitais da rede publica. A gravidez prejudica o corpo imaturo das meninas e ainda atrapalha seu crescimento. Isso tudo sem contar que muitas são obrigadas a deixar a escola ou o trabalho para cuidar do lho. O que fazer para evitar a gravidez na adolescencia : - orientar os jovens sobre os riscos da gravidez; - alertar, esclarecer, orientar sobre a educação sexual; - entender o direito dos jovens a uma vida sexual ativa e orientá-los a exercer esse direito com responsabilidade; - assegurar aos jovens (mulheres e homens) informações e acesso aos métodos anticoncepcionais; - conversar sempre sobre os prejuízos de uma gravidez na vida dos jovens. - Informar sobre a necessidade do uso da camisinha nas relações sexuais.
Tabelinha: É um método que exige que a mulher conheça seu ciclo menstrual. Só assim ela terá condições de saber o período fértil ou seja, aquele em que poderá car grávida. Tabelas prontas não são seguras. A tabela de uma mulher não serve para outra, pois cada uma tem o seu ciclo menstrual. Como proceder: Utilize um calendário para marcar todo o mês o início do seu ciclo menstrual. Não confunda o dia do ciclo menstrual com o dia do mês. Para melhor esclarecimento, marque no calendário o primeiro dia da sua menstruação durante seis meses e depois mostre ao seu médico. Vantagens: Não prejudica a saúde, ensina a mulher a conhecer o comportamento do corpo. Desvantagens: Requer um período longo para começar a ser usado; exige disciplina e responsabilidade da mulher e do homem; não serve para as mulheres com ciclo menstrual irregular. Não é um método seguro.
O que fazer em caso de gravidez na adolescência : - Oferecer todo o apoio necessário para que a jovem não abandone os estudos; - Procurar imediatamente um médico; - Garantir o acesso ao pré-natal; - Ficar atento para qualquer sintomas de doença (inchaço, pressão alta, mudanças de cor e quantidade na urina); - Garantir uma alimentação com carnes, ovos, fígado e beter raba para evitar a anemia;
Geléias Espermicidas: É um produto para ser usado na vagina antes da relação sexual. As geléias espermicidas contém produtos que matam os espermatozóides, evitando assim a gravidez. Os espermicídas podem ser usados sozinhos, mas são mais seguros quando usados com outros métodos (camisinha, diafragma, tabela). Ao utilizar o espermicida, não se deve fazer lavagem vaginal pelo menos até 8 horas após a relação sexual. Didatismo e Conhecimento
O Parto: é um fato natural para a maioria das mulheres. É um processo de saúde. Não deve ser tratado como doença, nem como uma cirurgia, ou internação. Alguns dias antes do parto, o bebê desce na barriga. Você percebe que a barriga ca mais baixa, você respira melhor, sente vontade de urinar com mais frequência e pode sentir um certo peso na região baixa do ventre. Com maior 2
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias frequência, sua barriga ca mais tensa e endurecida. São as contrações que, com a aproximação do parto, vão cando mais fortes, mais duradouras, mais frequentes e regulares. Você está entrando em trabalho de parto.
a atende coloque a mão em sua barriga e sinta. Você pode errar, pois não é sua obrigação saber o que está acontecendo. Quem deve fazer o possível para não errar e agir corretamente são os prossionais que a atendem. Não tenha vergonha de manifestar suas sensações, seus receios, dúvidas e, principalmente, as certezas.
O problema das vagas em Maternidades: Durante o pré-natal é bom conversar sobre este assunto com o pessoal do serviço de saúde. É importante saber qual a maternidade ou maternidades a que você tem direito, onde cam, se existe algum tipo de acerto entre o serviço de pré-natal e o hospital para que você seja encaminhada, qual a qualidade do atendimento etc. Se puder faça uma visita para conhecer o local, informar-se sobre as exigências, as vagas, como chegar lá, etc. Quando ir ao Hospital (ou Maternidade)? - Se durante 12 horas seguidas você não sentir a criança se mexer. - Se tiver sangramentos. - Se tiver perda de líquido pela vagina, que pode ser devido ao rompimento da bolsa das águas. - Quando as contrações se repetirem com a mesma frequência (o mesmo intervalo de tempo), no mínimo a cada dez minutos. - Se for seu primeiro parto, você terá bastante tempo até que as contrações aumentem e ocorra a dilatação (abertura) do colo do útero. Não sendo o primeiro parto, a dilatação ocorre mais rapidamente e o parto, provavelmente, acontecerá em algumas horas. - Para evitar pressa e nervosismo nesta hora, é importante ter suas coisas preparadas para levar à maternidade. Evite levar coisas inúteis. - Não esqueça de levar seus documentos para internação, car teira de gestante e todos os documentos que possam ser importantes para o atendimento no hospital, como exames e encaminhamento do pré-natal.
A chegada do m omen to do parto: O momento do parto deve ser tranquilo, aconchegante, cercado das pessoas queridas, mas infelizmente, a parturiente (a mulher que está dando luz) é muitas vezes tratada como doente, sem direito a acompanhantes, à liber dade, à sua privacidade. Enquanto essa maneira de organizar as maternidades não mudar, você terá de se submeter aos procedimentos de uma rotina que são: No pré parto: - Tricotomia (depilação da região genital) para facilitar a higiene; - Enema, ou “lavagem intestinal”: esvaziamento do intestino para evitar contaminação no momento do parto. - Retirar suas roupas e acessórios e colocar a camisola do hos pital. - Jejuar (não se alimentar) para evitar náuseas e vômitos. - Administração de soro por veia, para o caso de ser necessária alguma medicação endovenosa. - Repouso no leito, na enfermaria de pré-natal. Até que o tra balho de parto evolua para a fase nal, (para a maioria das mulheres, quando se iniciam as contrações mais fortes e a “vontade de fazer força”). - Exames de toque para acompanhar a evolução do parto. No m omen to do parto: - Ficar deitada na mesa ginecológica com as pernas e braços semi imobilizados. - Anestesia - nem todos os serviços contam com anestesia para parto normal. As formas existentes são: anestesia local, no caso de ser feito um pequeno corte na vulva para facilitar a saída do bebê, raqui ou peridural, que são anestesias dadas na medula (nas costas), que “adormecem” o corpo da cintura para baixo; usadas no caso de cesárea e em partos normais muito dolorosos. Submeter-se à rotina do hospital, embora nem sempre seja confortável, pode signicar segurança e melhor atendimento a você e ao bebê, mas não deve signicar submissão e maus tratos, muito menos descaso com sua saúde. Não se entregue passivamente. O parto é um momento ativo e participante em que você deve ajudar, manifestar-se, ser tratada com cuidado e carinho, ser informada, receber atenção. Não é você que serve aos prossionais, mas eles a você, embora sua colaboração, calma e compreensão sejam fundamentais para o trabalho deles.
A Intern ação: No hospital (ou maternidade), a decisão sobre se é ou não a hora de internar, se você está em trabalho de parto avançado ou não, é um dos problemas mais frequentes e responsável por grande parte das complicações para a gestante e o bebê. Se a data prevista para o nascimento estiver certa, se você estiver com contrações fortes e frequentes (menos de 10 minutos entre uma e outra), ou se você estiver com algum problema, não saia do hospital. Mesmo que seu parto não aconteça dentro da próximas horas, voltar para casa e vir novamente ao hospital no dia seguinte, ou até no meio da noite, às pressas, pode ser impossível ou até arriscado. Os serviços de saúde nem sempre se preocupam com isto. O período de trabalho de parto é um período delicado que se complica facilmente em situações de nervosismo, grande agitação, correria. Estando no hospital e atendida a tempo, esses problemas não terão maiores consequências. Sem assistência adequada, eles podem se tornar graves ou mesmo fatais.
Men opausa: Menopausa não é doença. É uma situação nor mal na vida da mulher, que se caracteriza pelo término da menstruação, ocorrendo, normalmente, por volta dos 50 anos. Nesse momento aparecem, na maioria das mulheres, alguns incômodos passageiros ou mais fortes, tais como: ondas de calor, nervosismo
Im portante: Não coma nesse período, apenas tome líquidos, se for necessário. Com o problema da falta de vagas, as maternidades não aceitam mulheres que podem permanecer até um dia inteiro ocupando um leito, esperando os bebês nascerem e só aceitam interná-las em casos extremos, além de muitas vezes não fazerem uma avaliação adequada sobre suas condições e a dos bebês. Exija atenção, um exame minucioso, explique exaustivamente os sinais que você está notando sobre a chegada do momento do parto, avise quando vier uma contração para que a parteira ou prossional que Didatismo e Conhecimento
e pele seca.
Ondas de calor: É o sintoma mais frequente. Quase todas as mulheres, nesse período, sentem ondas de calor, porém, em pro porção diferente. Variam de pessoa para pessoa e até de época para época. Pode-se ter mais calor em um período e menos em outros. Ele começa de uma hora para a outra, iniciando pelo rosto e pesco3
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias ço, espalhando-se para cima e para baixo. Muitas vezes, provoca bastante suor, no rosto, no pescoço, na cabeça e no peito. Dura de dois a três minutos e vai embora de repente, assim como chegou, embora algumas situações e hábitos alimentares podem contribuir para o seu surgimento. Entre elas, uso de alimentos quentes, de bebidas, de café, assim como lugares quentes e abafados. Também situações emocionais como a raiva e a vergonha fazem aparecer as ondas de calor. Quando ocorrem à noite, e por várias vezes, prejudicam o sono e fazem com que a mulher acorde cansada e impaciente.
As Principais Doenças Femin inas O câncer de útero: O câncer de útero atinge milhares de mulheres. É uma doença que se desenvolve devagar e silenciosamente. O período de desenvolvimento pode ir de 10 a 20 anos. Começa com pequenas lesões que vão aumentando e se aprofundando quando não são tratadas. Fatores que favorecem o câncer de ú tero: - Início da atividade sexual muito cedo; - Ter tido muitas infecções sexualmente transmissíveis; - Falta de higiene - Ser fumante - Desnutrição - Falta de vitamina A (encontrada em requeijão, leite, manteiga, peixe, ovos, fígado, cenoura, batata doce, espinafre, couve, alface, salsa)
Para diminuir seus efeitos: - A mulher deve tomar bastante água (no mínimo oito copos por dia); - usar roupas de algodão ( elas são menos quentes); - evitar café, chá preto, bebidas quentes, comidas picantes e diminuir o consumo do sal e do açúcar; - evitar car debaixo do sol ou sair nos horários mais quentes do dia. - Também é importante o consumo de frutas ricas em vitamina C, tais como laranjas, tangerina, limão, goiaba e acerola, carambola, abacaxi, mamão, manga, assim como o consumo de salsinha, pimentão verde, couve, agrião e outras folhas verdes.
O câncer do colo do útero é fácil prevenir: Nenhuma mulher deveria morrer de câncer do colo do útero, porque esse é um câncer fácil de prevenir e de curar. Se o câncer for percebido bem no começo, a mulher tem 100% de chance de cura. Muito antes dele aparecer, o exame Papanicolaou (ou ‘preventivo’) revela se o colo da mulher tem certas condições que podem levar ao câncer. Se essas condições precancerígenas forem tratadas, a doença pode ser evitada. O câncer do colo do útero é um tumor que cresce devagar e pode ser percebido bem no comecinho, muito antes de aparecerem sinais ou sintomas. Da ferida ou inamação inicial até o câncer localizado, podem decorrer de dois a dez anos. Enquanto está somente no colo o câncer é curável em 85% dos casos. Esse é o tipo de câncer que mais aparece no aparelho genital das mulheres. Os canceres de ovário, trompas, endométrio (parede interna do útero) e vagina são mais raros.
Exercícios Físicos: São de grande ajuda nessa fase da vida da mulher. Como se sabe, eles são importantes para qualquer ser humano, em qualquer época, pois, ajudam a controlar o colesterol, fortalecem os músculos e o coração e deixam as articulações mais ágeis. Na menopausa a mulher deve fazer exercícios regularmente, principalmente caminhadas. Caminhar é o melhor exercício para essa fase da vida, mas são também recomendados outros exercícios leves, como os de alongamento(esticar o corpo, se “espreguiçar”) e todo tipo de massagem, inclusive nas mãos, dedos, juntas, pescoço, entre outros. Também é preciso manter uma alimentação saudável e regular ( na hora certa). Tomar um bom café da manhã, almoçar bem, porém, sem excessos e à noite evitar alimentos pesados e encher muito o estômago. (contentese com uma sopa ou outros alimentos leves). A mulher deve se cuidar, gostar de si, e procurar ser feliz, isto ajudará bastante.
Como prevenir o câncer do colo do útero: - Fazer todo ano uma consulta ginecológica e o exame Papanicolaou (o ‘preventivo’). Esses exames descobrem cedo qualquer problema; - Tratar feridas e infecções do colo produzidas por situações de aborto, parto e doenças sexualmente transmissíveis; - Fazer consulta se perceber qualquer problema ginecológico; - Usar camisinha para se proteger de doenças sexualmente transmissíveis; - Sinais do câncer de colo do útero; - Corrimento parecido com água de lavagem de carne; - Sangramento fora do normal, principalmente depois da menopausa; - Dor e sangramento nas relações sexuais; - Dor na parte mais baixa da barriga; - Mau cheiro.
Longe está o tempo em que a menopausa era tratada como o m da vida sexual da mulher, ou prossional. Como velhice. Hoje, quando as pessoas vivem bem mais tempo e com mais condições, ela representa apenas mais uma fase, que deve ser encarada como outra qualquer, mas que pode representar mudanças para melhor. Ela acontece, de forma normal, por volta dos 45 aos 50 anos, quando a mulher, quase sempre já está com os lhos maiores, às vezes até independentes e por isso, a mulher pode ter uma vida mais calma e feliz. Para isto, ela precisa, como vimos anterior mente, querer mudar. Seguindo uma vida saudável, procurando se irritar menos, usar alimentos mais naturais (frutas, verduras, pouco sal, pouco açúcar), evitando álcool, cigarros, tomando bastante água e fazendo exercícios. Ela não precisa, certamente, deixar de trabalhar, apenas evitar trabalhos em locais quentes, muito ensolarado, pouco ventilados e que a deixe nervosa e irritada. Eis algumas “dicas” preciosas, para uma vida melhor nessa fase da vida da mulher.
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O Câncer de Mama: O câncer de mama tem matado e continua matando muitas mulheres no Brasil. A maioria dessas mortes poderia e pode ser evitada se a doença for descoberta no início, quando o tratamento tem mais chances de cura. É uma doença que aparece nos seios, como um caroço, em alguns casos, cresce rapidamente e precisa ser retirado o mais rápido possível. As formas de descobrir a doença são: 4
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias Sílis: Esta doença apresenta três fases:
- Através do exame dos seios feito em uma consulta ginecológica, no mínimo uma vez por ano; - através do “auto exame”; ou seja, o exame feito pelas pró prias mulheres.
1º fase. Surge nas primeiras semanas após o contágio. Aparece uma ferida vermelha, brilhante, dura, sem dor, com mais ou menos 1 cm de tamanho no local onde o agente causador entrou. Geralmente, aparece perto dos órgãos genitais da mulher e do homem, na boca ou nos seios. Nesta fase é muito fácil passar a doença de uma pessoa para outra. 2º fase. Situa-se entre os 45 e 180 dias após o contágio. Nesta fase o corpo todo está afetado. Os sinais da infecção são diversos. Os mais comuns são: feridas na pele que variam de local, número e tamanho. Podem aparecer manchas esbranquiçadas na boca e na garganta e queda de cabelos. Muitas vezes também surgem febres, ínguas e dores nas juntas. Nesta fase a doença continua sendo contagiosa. 3º fase. Mesmo sem tratar, as feridas desaparecem e a doença entra para a fase silenciosa (latente). Os sintomas nais desta doença se apresentam somente entre dez e trinta anos após o contágio. Eles são: doenças cardíacas, doenças cerebrais que levam à paralisia, cegueira e morte. Pelas consequências graves, a sílis deve ser tratada logo no início da doença com muita seriedade. Para descobrir se a pessoa foi contagiada é preciso fazer exame de sangue. A mulher grávida que tiver sílis, transmite ao bebê e ele nasce com malformações causadas pela doença.
As Doenças Sex ualm ente Transm issíveis: São chamadas doenças sexualmente transmissíveis aquelas que geralmente são transmitidas pelo ato sexual. No caso do seu aparecimento é o casal que deve ser tratado. Durante o tratamento deve-se evitar a relação sexual ou fazê-la com o uso de preservativo. As infecções mais comuns são: - Candidíase - Tricomoníase - Gonorréia - Sílis - A mais perigosa é a AIDS Candidíase: É causada por um fungo que está presente nas pessoas, animais domésticos, água, ar e solo. A mulher sente coceira na vagina e irritação, sente ardência ao urinar e dor nas relações sexuais. O corrimento é branco ou amarelado, tem cheiro azedo e aparência de leite talhado, podendo aparecer inchação e vermelhidão. O homem não sente nenhum sintoma. O aparecimento da candidíase é favorecido por uso de muito antibiótico, corticóides, alergias, gravidez, obesidade e falta de higiene. Para prevenir a Candidíase, é importante evitar o uso de anti biótico sem receita médica, fazer higiene da vagina antes e depois da relação sexual, lavando da frente para trás, usar calcinha de algodão. O tratamento é simples e ecaz. O medicamento receitado por um médico, é tomado por via oral em dose única.
Corrimento: O corrimento vaginal pode ser caracterizado como a presença de muco de cor clara ou esbranquiçada na vagina, acima da quantidade habitual. O aumento do corrimento vaginal isolado ou associado com a mudança na cor ou no cheiro do corrimento ou com coceira vaginal pode, por outro lado, ser o primeiro sinal de uma doença especíca. Estas doenças, além de causarem problemas e complicações para as próprias mulheres, são usualmente transmissíveis sexualmente, podendo ser transmitidas para seus companheiros. É importante consultar um médico.
Tricomoníase: A mulher sente muita coceira, apresenta corrimento no, cinzento amarelado e com mau cheiro, diculdade de urinar, dor na relação, menstruação muito forte. No homem os sintomas quase não aparecem, quando aparecem são: ligeira coceira no pênis, secreção clara no pênis, diculdade de urinar.
Cistites: A cistite é um tipo de infecção urinária na bexiga. Embora, em alguns casos, a cistite pode desaparecer em alguns dias, é recomendado procurar um médico para o tratamento com remédios antimicrobianos em períodos de 3 a 14 dias, dependendo do grau da infecção e da medicação usada. A falta de tratamento pode levar a repetições da enfermidade. Prevenção da cistite: - Urinar frequentemente; - Beber muito líquido, o ideal são 2 litros de água por dia - Higiene pessoal constante, com cuidado especial nas partes íntimas - Evitar o uso de roupas justas por longos períodos, de calcinhas de nylon ou material sintético. Usar de preferência calcinhas de algodão.
Gonorreia: Também chamada de pingadeira ou escorrimento. É uma doença que muitas vezes não tem sintomas no seu início. Na mulher os sintomas podem ser: - Corrimento amarelado com cheiro fétido; - Dor ao urinar; - Desconforto retal. Muitas vezes esta infecção está localizada no colo do útero, nas trompas e no ânus. No homem o primeiro sintoma é a diculdade de urinar pela ardência e coceira. Do pênis sai secreção amarelada (pus) com mau cheiro. A ereção do pênis ca dolorida. A infecção pode ir para a próstata, para a vesícula, causando ínguas na virilha e febre. Tanto na mulher quanto no homem, a gonorréia pode levar à esterilidade (não ter mais lhos). As bactérias da gonorreia podem entrar no sangue e causar doenças nas juntas e no coração. Podem também causar conjuntivite nos recém nascidos. Não se deve esperar para tratar a doença. É preciso procurar o médico. Durante o tratamento até a cura da doença não se deve manter relação sexual.
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Medidas de H igiene e Preven ção - A prevenção através da correta higiene das partes íntimas é muito importante para a mulher. - No banho procure usar sabonete neutro na região da vagina e evite esfregar forte, pois pode provocar irritações; - Use sempre papel higiênico macio para retirar secreções na vagina; - Evite o uso de roupas justas ou de tecidos sintéticos; - Dê preferência a dormir sem calcinhas; - Fique atenta para os corrimentos; - Use sempre camisinha em suas relações sexuais. Não tenha vergonha de procurar um médico para tratar estas doenças. 5
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias AI DS: a doença mais perigosa: É uma doença provocada por um vírus, o HIV, que ataca a defesa do corpo contra as doenças. Por isso a pessoa que tem AIDS chega a morte por doenças comuns. A transmissão do vírus se dá por meio de líquidos corporais como secreção vaginal, sêmen e sangue. Fora dos líquidos corporais o vírus não dura mais do que dois minutos.
continuam estáveis nos últimos dez anos. Nos anos de 2002-2003 foi realizado pelo Ministério da Saúde o Inquérito Domiciliar que mostrou que a cobertura estimada do Papanicolau variou de 74% a 93%. Entretanto, o percentual da realização desse exame pelo SUS variou de 33% a 64%. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Saúde 2003, divulgados pelo IBGE /2005, mostraram que nos últimos três anos, a cobertura do exame citológico do colo do útero foi de 68,7% em mulheres acima de 24 anos de idade, sendo que 20,8% das mulheres nesta faixa etária nunca tinham sido submetidas ao exame preventivo.
A transmissão se dá por: Relação sexual, anal ou oral se houver ferida na boca; Uso comum de agulhas contaminadas; Transfusão de sangue contaminado; De mãe para lho durante a gestação. Sintomas: - Cansaço persistente com duração de mais de três meses; - Grande perda de peso sem motivo aparente; - Febres persistentes, acompanhadas por calafrios e suores noturnos; - Diarreia frequente; - Ínguas por todo o corpo; - Tosse seca, com longa duração; - Manchas (lesões) esbranquiçadas na boca, em grande quantidade; - Diminuição do fôlego durante o esforço físico; - Facilidade de sangramento em qualquer ferimento; - Dores de cabeça, fortes e persistentes, acompanhadas de pro blemas de visão.
ENFERMIDADES TRANSMITIDAS ENTRE ANIMAIS E O HOMEM;
Alguns tipos de microrganismos (vírus, bactérias, fungos, protozoários) são capazes de acometer tanto células animais quanto células do corpo humano, de maneira que uma pessoa pode ser contaminada pelo contato com animais hospedeiros do micror ganismo. As doenças transmitidas aos seres humanos através de animais são chamadas de zoonoses (do grego, zoo, animal e noso, doença). Os animais portadores do microrganismo causador da zoonose recebem o nome de reservatórios naturais. Cães, gatos e mor cegos, por exemplo, são reservatórios naturais do vírus Lyssavirus, causador da zoonose conhecida como raiva. Assim, quando um animal infectado ataca uma pessoa, o vírus presente em sua saliva é transmitido e a doença pode atingir o sistema nervoso central. Existem muitas doenças que originalmente foram contraídas pelos seres humanos através de reservatórios animais, porém, hoje, são transmitidas de pessoa para pessoa. Há vestígios de que os vírus do sarampo e da rubéola, por exemplo, sejam originários de bovinos, tendo sido transmitidos à espécie humana quando as populações deixaram de ser nômades e começaram a domesticar animais. Veja alguns exemplos de zoonoses comuns e suas principais características.
Estes sintomas aparecem quando a doença encontra-se em estágio avançado. O vírus pode permanecer durante muito tempo de forma latente. Como prevenir: Use sempre camisinha em suas relações sexuais; Faça o teste de HIV sempre que você esteve exposta a uma situação de risco; Esteja atento para as formas de contágio. No ano de 2004 a Secretaria Municipal de Saúde deniu como uma de suas prioridades a política de atenção à saúde da mulher. Como parte desta proposta, foi elaborado o Protocolo de Detecção Precoce e Prevenção ao Câncer de Colo do Útero, com seu respectivo algoritmo. Este documento foi elaborado por um grupo de especialistas da rede que, através de discussões clínicas baseadas em evidências, buscou aperfeiçoar as rotinas já existentes de assistência à saúde da mulher em Porto Alegre. No ano de 2007 o Protocolo foi revisado pela equipe técnica da Saúde da Mulher baseando-se na atualização da Nomenclatura Brasileira para Laudos cervicais e Condutas preconizadas pelo INCA / Ministério da Saúde (2006). Os protocolos são recomendações desenvolvidas sistematicamente, dentro de uma circunstância clínica especíca, baseados na melhor informação cientíca. Eles servem como instrumento de auxílio, nunca de obrigatoriedade, e devem ser periodicamente revisados segundo as novas evidências médicas. Dentre todos os tipos, o câncer do colo do útero é o que apresenta um dos mais altos potenciais de prevenção e cura, chegando perto de 100%, quando diagnosticado precocemente. Seu pico de incidência situase entre 40 e 60 anos de idade, e apenas uma pequena porcentagem ocorre antes dos 30 anos. Embora o Brasil tenha sido um dos primeiros países do mundo a introduzir o exame de Papanicolau para rastreamento do câncer do colo do útero, a doença continua a ser entre nós um grave problema de saúde pública, sendo que os índices de mortalidade Didatismo e Conhecimento
Dengue A dengue é causada pelo Flavivirus, um vírus envelopado com RNA de cadeia simples. Essa doença é transmitida aos seres humanos através da picada do mosquito Aedes aegypti (Brasil) ou o Aedes albopictus (Ásia e EUA), reservatórios naturais do vírus. Febre alta, dor de cabeça, dores musculares intensas, manchas vermelhas pelo corpo e dores atrás dos olhos são os principais sintomas da dengue clássica , forma mais branda da doença. A forma mais severa, denominada dengue hemorr ágica , apresenta inicialmente os mesmos sintomas da dengue clássica, porém, dentro de 3 a 4 dias, começam a ocorrer sangramentos internos, queda de pressão sanguínea e dores abdominais. Como o mosquito vetor do vírus se reproduz em depósitos de água parada, é importante cobrir caixas d’agua e eliminar qualquer recipiente onde a água da chuva possa se acumular e servir de criadouro para o inseto.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias Doença de Chagas Também conhecida como tripanossomíase americana, a doença de Chagas é causada pelo protozoário agelado Trypanosoma cruzi, transmitido por insetos popularmente conhecidos como bar beiros (Triatoma infestans). O barbeiro é contaminado quando suga o sangue de pessoas portadoras da doença de Chagas ou de animais infectados pelo protozoário, como cães, gatos, roedores e muitos animais silvestres, que são reservatórios naturais do parasita. Ao picar uma pessoa, o inseto defeca e, se estiver contaminado, os tripanossomos presentes em suas fezes atingem a corrente sanguínea através do ferimento da picada ou se a pessoa coçar o local. Os protozoários se alojam, de preferência, no músculo cardíaco e provocam lesões que podem interferir no funcionamento do coração, podendo levar até à insuciência cardíaca crônica.
Agentes Causais No Brasil, são quatro os gêneros de serpentes de interesse médico: Bothrops (jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca), Crotalus (cascavel), Lachesis (surucucu, pico-de-jaca) e Micrurus (coral verdadeira). Bothrops e Micrurus são encontrados em todo o país, enquanto que Crotalus é mais frequentemente encontrado em campos, áreas abertas e secas. Lachesis habita somente as orestas da Amazônia e da Mata Atlântica. Diversos gêneros de serpentes considerados não-peçonhentas ou de menor importância médica, também, são encontrados em todo o país, sendo causa comum de acidentes: Phylodrias (cobra-verde, cobra-cipó), Oxyrhopus (falsa-coral), Waglerophis (boipeva), Helicops (cobra d’água), Eunectes (sucuri) e Boa (jibóia), dentre outras. Diversos gêneros de serpentes consideradas não-peçonhentas são encontrados em todo o país, sendo também causa comum de acidentes: Phylodrias (co bra-verde, cobra-cipó), Oxyrhopus (falsa-coral), Waglerophis (boi peva), Helicops (cobra d’água), Eunectes (sucuri) e Boa (jibóia), dentre outras.
Leptospirose A leptospirose é causada por uma bactéria do gênero Leptospira, que é adquirida por seres humanos através de roedores, suínos, bovinos, entre outras espécies animais. O contágio ocorre através do contato direto com a urina desses animais ou por meio do contato com a água contaminada pela bactéria. Os principais sintomas da doença são febre alta, dor torácica e muscular, mal estar, cansaço, diarreia, olhos vermelhos e manchas vermelhas na pele. O tratamento é feito com o uso de antibióticos e outros medicamentos que aliviem os sintomas, basicamente.
Manifestações Clínicas Como consequência da absorção do veneno na circulação sanguínea, os mecanismos de ação especícos determinam manifestações clínicas diferenciadas para cada gênero de serpente. Acidente botrópico – Causado por serpentes do gênero Boprocesso inamatório no local da picada, com edema tenso, equimose, dor e adenomegalia regional, que progridem ao longo do membro acometido. Podem ocorrer bolhas com conteúdo seroso ou sero-hemorrágico e, eventualmente, necrose cutânea. Manifestações sistêmicas podem estar presentes com alteração da coagulação sanguínea e sangramentos espontâneos (gengivorragia, equimoses e hematomas pós-trauma, hematúria). Com base no quadro clínico, pode ser classicado em: leve, moderado e grave. Acidente laquético – Causado por serpentes do gênero Lachesis. Apresenta quadro clínico semelhante ao botrópico, acrescido de manifestações decorrentes de estimulação vagal (náuseas, vômitos, diarreia, bradicardia, hipotensão e choque). Acidente crotálico – Causado por serpentes do gênero Crotalus. Não leva a alterações locais proeminentes, apenas edema discreto e parestesia; por outro lado, as manifestações sistêmicas são consequentes à paralisia neuromuscular (ptose palpebral, distúrbios de acomodação visual, de olfato e paladar, sialorreia, ptose mandibular), rabdomiólise (dores musculares generalizadas, urina escura) e incoagulabilidade sanguínea. Acidente elapídico – Causado por serpentes do gênero Micrurus. Leva a quadro neuroparalítico semelhante ao do acidente crotálico, sem outros sinais e sintomas concomitantes. Acidente por serpentes não-peçonhentas – Sem gravidade, porém frequente, podendo, em algumas circunstâncias, causar edema, dor e equimose na região da picada. throps. Determina
Fonte: http://www.infoescola.com/doencas/zoonoses/
AGR AVOS AO HOMEM PE LA AÇÃ O DE ANIMAIS PE ÇON HENTOS;
Apesar de não se tratar de doença infecciosa ou parasitária, a inclusão neste Guia de Bolso do capítulo Acidentes por Animais Peçonhentos contribui para a difusão de conhecimentos acerca de um agravo usualmente pouco conhecido do prossional de saúde, mas que, invariavelmente, se defronta com um paciente acidentado. Estima-se que ocorrem, anualmente, no Brasil cerca de 20.000 casos de acidentes com serpentes, 5.000 com aranhas e 8.000 com escorpiões, podendo estar relacionados à ocorrência de óbitos ou produção de sequelas. Por questões operacionais, optou-se por abordar os envenenamentos para os quais existem soros especícos, ainda que o tema abranja outros grupos de animais peçonhentos bastante frequentes, porém pouco estudados, como alguns animais aquáticos e os himenópteros (abelhas, vespas, formigas) OFIDISMO Aspectos Clínicos e Epidemiológicos Descrição Envenenamento provocado pela ação de toxinas, através de aparelho inoculador (presas) de serpentes, podendo determinar alterações locais (na região da picada) e sistêmicas. Acidentes por serpentes não peçonhentas são relativamente frequentes, porém não determinam acidentes graves, na maioria dos casos, e, por isso, são considerados de menor importância médica. Didatismo e Conhecimento
Complicações Acidente botrópico e laquético – Celulite, abscesso, síndrome compartimental (compressão do feixe nervoso secundário ao edema), necrose com amputação e/ou sequela funcional, sangramento maçico, choque e insuciência renal aguda. Acidente crotálico – Insuciência renal aguda e insuciência respiratória. Acidente elapídico – Insuciência respiratória aguda. 7
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias Diagnóstico Clínico Na maioria dos casos, o diagnóstico é clínico, baseado nas manifestações apresentadas pelo paciente; o diagnóstico etiológico, quando há identicação do animal, é pouco frequente. Na ausência de alterações clínicas, o paciente deve ser mantido em observação por 6 a 12 horas seguintes ao acidente, após o que, mantendo-se o quadro inalterado, deve ser considerada a possibilidade de acidente por serpente não-peçonhenta ou acidente por serpente peçonhenta sem envenenamento. Diagnóstico Laboratorial Não há exame laboratorial para diagnosticar o tipo de acidente. O tempo de coagulação (TC) constitui ferramenta útil para a conrmação dos acidentes botrópico e laquético, quando o quadro local não é muito evidente, e nos acidentes por serpente não peçonhenta ou sem envenenamento. No acidente botrópico, o hemograma pode auxiliar o diagnóstico através de achado de leucocitose, neutrolia com desvio para a esquerda e plaquetopenia. O sumário de urina pode apresentar hematúria, leucocitúria e proteinúria. Tratamento O soro ou antiveneno deve ser especíco para cada tipo de acidente. A soroterapia deve ser realizada o mais rapidamente possível e o número de ampolas depende do tipo e da gravidade do acidente (Quadro 2). A via de administração é a endovenosa, devendo-se prestar atenção para a ocorrência de manifestações alérgicas durante e logo após a infusão do antiveneno (urticária, estridor laríngeo, angioedema, náuseas e vômitos, bronco espasmo, hipotensão e choque). Na vigência de reações imediatas, a soroterapia deve ser interrompida e posteriormente reinstituída após o tratamento da analaxia. Hidratação endovenosa deve ser iniciada precocemente para prevenir a insuciência renal aguda. Não há evidências de que fármacos (antiinamatórios, heparina) neutralizem os efeitos dos venenos. O único tratamento medicamentoso efetivo pode ser realizado no acidente elapídico, utilizando-se anticolinesterásico (neostigmina ataque: 0,25 mg, adultos, ou 0,05 mg/kg, crianças, IV; manutenção: 0,05 a 1 mg/kg, IV, a cada 4 horas), precedido de atropina IV (0,5 mg/kg, adultos, 0,05 mg/kg, crianças). Reações tardias (doença do soro) podem ocorrer 1 a 4 semanas após a soroterapia, com urticária, febre baixa, artralgia e adenomegalia. Quadro 2. Número de ampolas de soro antiofídico indicado para cada tipo e gravidade do acidente Acidentes
Soros Antibotrópico (SAB)
Botrópico
Laquético
Crotálico
Elapídico
Antibotrópico-laquético (SABL)
Antibotrópico-laquético (SABL)
Anticrotálico (SAC)
Antielapídico (SAE)
Gravidade Leve: quadro local discreto, sangramento em pele ou mucosas; pode haver apenas distúrbio na coagulação Moderado: edema e equimose evidentes, sangramento sem comprometimento do estado geral; pode haver distúrbio da coagulação Grave: alterações locais intensas, hemorragia grave, hipotensão, anúria Moderado: quadro local presente, pode haver sangramentos, sem manifestações vagais Grave: quadro local intenso, hemorragia intensa, com manifestações vagais Leve: alterações neuroparalíticas discretas; sem mialgia, escurecimento da urina ou oligúria Moderado: alterações neuroparalíticas evidentes, mialgia e mioglobinúria (urina escura) discretas Grave: Moderado: alterações neuroparalíticas evidentes, mialgia e mioglobinúria (urina escura) intensas, oligúria Considerar todos os caos potencialmente graves pelo risco de insuciência respiratória
Nº de ampolas 2a4 5a8 12 10 20 5 10 20 10
Características Epidemiológicas O odismo constitui, dentre os Acidentes por Animais Peçonhentos, o de maior interesse médico, pela frequência e gravidade. Os acidentes ocorrem em todo o país, porém verica-se variação signicativa por região, com os coecientes mais elevados no Norte e Centro-oeste. A distribuição por gênero de serpente peçonhenta, entre os casos noticados, indica predomínio do acidente botrópico (73,5%), seguido do crotálico (7,5%), laquético (3,0%), elapídico (0,7%) e por serpentes não-peçonhentas (3,0%). A sazonalidade é característica marcante, relacionada a fatores climáticos e da atividade humana no campo, que determina ainda um predomínio de incidência nos meses quentes e chuvosos, em indivíduos adultos jovens, do sexo masculino durante o trabalho na zona rural.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias A letalidade geral é baixa (0,4%). O tempo decorrido entre o acidente e o atendimento e o tipo de envenenamento podem elevar a letalidade em até oito vezes essa taxa, como no envenenamento crotálico, quando o atendimento é realizado mais de 6 a 12 horas após o acidente (4,7%). Por outro lado, a frequência de sequelas, relacionada a complicações locais, é bem mais elevada, situada em 10% nos acidentes botrópicos, associada a fatores de risco, como o uso de torniquete, picada em extremidades (dedos de mãos e pés) e retardo na administração da soroterapia. ESCORPIONISMO Aspectos Clínicos e Epidemiológicos Descrição O envenenamento ocorre pela inoculação de veneno pelo ferrão ou aguilhão, localizado na cauda de escorpiões. A estimulação de terminações nervosas sensitivas determina o aparecimento do quadro local, de instalação imediata e caracterizada por dor intensa, edema e eritema discretos, sudorese localizada em torno do ponto de picada e piloereção. Eventualmente, mioclonias e fasciculações podem ocorrer. A atividade sobre o sistema nervoso autônomo é responsável pelo quadro sistêmico, observado em crianças, nas quais, após intervalo de minutos até poucas horas (de 2 a 3), podem surgir manifestações sistêmicas como sudorese profusa, agitação psicomotora, tremores, náu seas, vômitos, sialorreia, hipertensão ou hipotensão arterial, arritmia cardíaca, insuciência cardíaca congestiva, edema pulmonar agudo e choque. A presença dessas manifestações impõe a suspeita do diagnóstico de escorpionismo, mesmo na ausência de história de picada ou identicação do animal. Agente Causal Os escorpiões de importância médica para o Brasil pertencem ao gênero Tityus, com várias espécies descritas: Tityus serrulatus (escor pião-amarelo), com ampla distribuição desde o Paraná até o norte da Bahia, com alguns relatos para Sergipe e Alagoas, além da região central do país. Representa a espécie de maior interesse pela facilidade de proliferação, pois essa espécie só possui fêmeas e realiza reprodução por partenogênese, pela alta adaptação ao meio urbano e pelo grande potencial de gravidade do envenenamento; Tityus bahiensis (escorpião marrom), encontrado em todo o país, com exceção da região Norte; Tityus stigmurus, espécie mais comum no Nordeste; Tityus paraensis(escorpião-preto) e Tityus metuendus, encontrados na Amazônia. Diagnóstico Eminentemente clínico-epidemiológico. São de grande utilidade na detecção e acompanhamento das complicações a radiograa de tórax, que evidencia aumento de área cardíaca e velamento pulmonar difuso (eventualmente unilateral), e o eletrocardiograma, que mostra padrão semelhante ao observado no infarto agudo do miocárdio, além de taqui ou bradicardia sinusal, extra-sístoles, bloqueios de condução e distúrbios de repolarização. A ecocardiograa evidencia, nas formas graves, hipocinesia do septo interventricular e de parede, às vezes associada à regurgitação mitral. Na bioquímica encontra-se creatinofosfoquinase e sua fração MB elevadas, hiperglicemia, hiperamilasemia, hipopotassemia e hiponatremia. Diagnóstico Diferencial Acidentes por aranhas do gênero Phoneutria (aranha-armadeira). Complicações Decorrentes do envenenamento sistêmico: arritmia cardíaca, insuciência cardíaca congestiva, choque e edema agudo pulmonar. Não há complicações locais. Tratamento Nos casos leves, onde estão presentes somente as manifestações locais, o tratamento é sintomático com medidas que visem o alívio da dor: inltração com anestésico sem vasoconstritor (Lidocaína a 2%), ou analgésicos sistêmicos, como Dipirona. O soro antiescorpiônico ou antiaracnídico é indicado nos acidentes mo derados e graves. Nesses casos, o paciente deve ser mantido em unidade de terapia intensiva para monitoramento das funções vitais A aplicação dos soros deve ser feita, como os soros antiofídicos, pela via intravenosa, bem como os cuidados na administração perante a possibilidade de reações alérgicas (Quadro 3).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias Quadro 3. Número de ampolas de soro antiescorpiônico ou antiaracnídico de acordo com a gravidade do envenenamento Acidente
Escorpiônico
Soro
Antiescorpiônico (SAEsc) ou Antiaracnídico (SAA)
Gravidade Leve: dor e parestesia local
Nº de ampolas -
Moderado: dor local intensa associada a uma mais manifestações, náuseas, vômitos, sudorese e sialorreia discretos, agitação, taquipneia e taquicardia
2a3
Grave: além das citadas na forma moderada, presença de uma ou mais das seguintes manifestações: vômitos profusos e incoercíveis, sudorese profusa, sialorreia intensa, prostração, convulsão, coma, bradicardia, insuciência cardíaca, edema pulmonar agudo e choque
4a6
Características Epidemiológicas A sazonalidade tem se mostrado semelhante à dos acidentes ofídicos, ocorrendo predominantemente nos meses quentes e chuvosos. A maioria dos casos tem evolução benigna (letalidade 0,6%); os casos graves e óbitos têm sido associados a acidentes por T. serrulatus em crianças menores de 14 anos. No caso do escorpionismo, o tempo entre acidente e o início de manifestações sistêmicas graves é bem mais curto do que para os acidentes ofídicos. Desse modo, crianças picadas por T. serrulatus, ao apresentar os primeiros sinais e sintomas de envenenamento sistêmico, devem receber o soro especíco o mais rapidamente possível, bem como cuidados para manutenção das funções vitais. ARANEÍSMO Aspectos Clínicos e Epidemiológicos Descrição Envenenamento causado pela inoculação de toxinas através de ferrões localizados no aparelho inoculador (quelíceras) de aranhas pe çonhentas. Agentes Causais As aranhas peçonhentas de interesse médico no Brasil são representadas pelos gêneros Loxosceles (aranha-marrom), Phoneutria (armadeira) e Latrodectus (viúva-negra), que apresentam aspectos biológicos e distribuição geográca bastante distintos. Loxosceles (aranha-marrom) - De pequeno porte (3-4 cm), constrói teia irregular em fendas, telhas e tijolos e, dentro das casas, atrás de quadros e móveis, sempre ao abrigo da luz; não é agressiva e só causa acidentes quando comprimida contra o corpo. Phoneutria (aranha-armadeira, aranha-macaca) - Pode atingir até 15cm, não constrói teia geométrica e tem hábito agressivo, podendo saltar a uma distância de 40 cm. Latrodectus (viúva-negra) - Aranha pequena, constrói teia irregular e vive em vegetações arbustivas e gramíneas, podendo apresentar hábitos domiciliares e peridomiciliares. Outras aranhas - A família Lycosidae (aranha-de-jardim, tarântula) e a subordem Mygalomorphae (caranguejeiras) apresentam grande variedade de espécies, encontradas em todo o país, mas são consideradas de menor importância médica.
Manifestações Clínicas Loxoscelismo – Causado pela picada de aranhas do gênero Loxosceles. Tem duas formas clínicas descritas: cutânea e cutâneo-visceral. A picada é pouco dolorosa e as manifestações locais têm início insidioso, com equimose, palidez, enduração, edema e eritema, bolhas e necrose. Frequentemente, cefaleia, náuseas, mal-estar, febre baixa e exantema generalizado estão associados. Menos comum, a forma sistêmica (cutâneo-visceral) caracteriza-se pela presença de hemólise intravascular. Foneutrismo – O gênero Phoneutria é responsável por quadro bastante semelhante ao do escorpionismo, com dor local, acompanhada de edema e eritema discretos e sudorese na região da picada. Manifestações sistêmicas são descritas raramente, em crianças, que podem apresentar agitação psicomotora, náuseas, vômitos, sialorreia, hipertensão ou hipotensão, bradicardia, choque e edema agudo pulmonar,em consequência da atividade sobre o sistema nervoso autônomo.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias Latrodectismo – Secundário à picada de aranhas do gênero Latrodectus, manifesta-se com dor local e pápula eritematosa no local da picada, acompanhados de hiperreexia, tremores e contrações musculares espasmódicas. Acidentes por outras aranhas – Podem provocar dor discreta e transitória no local da picada; quadros dermatológicos irritativos ou alérgicos podem ser causados por aranhas caranguejeiras, que liberam pelos que se depositam sobre pele e mucosas. Complicações Loxoscelismo – Úlcera necrótica, infecção cutânea, insuciência renal aguda. Foneutrismo – Choque e edema agudo pulmonar. Latrodectismo – Não há complicações descritas. Diagnóstico - Clínico-epidemiológico Exames laboratoriais auxiliam no diagnóstico do loxoscelismo cutâneo-visceral (hiperbilirrubinemia indireta, anemia aguda e elevação de ureia e creatinina, nos casos com insuciência renal). Da mesma forma, as alterações laboratoriais no latrodectismo são inespecícas, sendo descritos distúrbios hematológicos (leucocitose, linfopenia), bioquímicos (hiperglicemia, hiperfosfatemia), do sedimento urinário (albuminúria, hematúria, leucocitúria) e eletrocardiográcas (brilação atrial, bloqueios, diminuição de amplitude do QRS e da onda T, inversão da onda T, alterações do segmento ST e prolongamento do intervalo QT). As alterações laboratoriais do foneutrismo são semelhantes ao do escorpionismo, notadamente aquelas decorrentes de comprometimento cardiovascular. Tratamento Loxoscelismo – O soro antiaracnídico ou antiloxoscélico (Quadro 4) é indicado a partir do momento em que a hemólise é detectada e, no quadro cutâneo, quando o diagnóstico é feito nas primeiras 72 horas; a limitação ao uso de antiveneno se deve ao diagnóstico tardio, muitas vezes realizado já com a necrose cutânea delimitada. Nesse caso, medidas de suporte, como uso de antissépticos, lavagem com permangato de potássio (KMnO4) 1:40.000 e curativos locais são recomendados até ser realizada a remoção da escara e acompanhamento cirúrgico para o manejo da úlcera e correção da cicatriz. Foneutrismo – Tratamento sintomático para a dor com calor local e analgésico sistêmico. Pode-se usar também inltração anestésica local ou troncular com lidocaína 2% ou similar, sem vasoconstritor (3-4 ml em adultos e 1-2 ml em crianças). Havendo recorrência da dor, pode ser necessária nova inltração, em geral em intervalos de 60 minutos. Caso não haja resposta satisfatória ao anestésico, recomenda-se o uso de meperidina 50-100 mg (crianças 1 mg/kg) IM. O soro antiaracnídico somente é preconizado nos casos moderados e graves, onde há manifestações sistêmicas. Latrodectismo – O soro antilatrodéctico encontra-se em fase experimental, não sendo disponível para uso de rotina. Assim sendo, o tratamento medicamentoso inclui, além de analgésicos sistêmicos,benzodiazepínicos do tipo diazepam – 5-10 mg (crianças, 1-2 mg) IV, a cada 4 horas, se necessário,gluconato de cálcio 10% – 10-20 ml (crianças, 1 mg/kg) IV, a cada 4 horas, se necessário eclorpromazina – 25-50 mg (crianças, 0,55 mg/kg/dose) IM, a cada 8 horas, se necessário. Quadro 4. Número de ampolas de soros antiaracnídico e antiloxoscélico indicado para cada tipo e gravidade do acidente Acidentes
Foneutrismo
Loxoscelismo
Soros
Gravidade
Leve: dor local, edema, eritema, sudorese, piloereção Moderado: dor local intensa, sudorese, vômitos ocasionais, agitação psicoAntiaracnídico motora, hipertensão arterial (SAA) Grave: sudorese profusa, sialorreia, vômitos profusos, priapismo, choque, edema pulmonar agudo Leve aranha identicada, lesão incaracterística, ausência de comprometimento sistêmico Antiloxoscélico Moderado: independentemente da identicação do agente, lesão sugestiva (SALox) ou Antia- ou característica, manifestações sistêmicas inespecícas (exantema, febre), racnídico (SAA) ausência de hemólise Grave: lesão característica, manifestações clínicas e/ou evidências laboratoriais de hemólise intravascular
Nº de ampolas – 2a4 5 a 10 – 5 10
Características Epidemiológicas Loxoscelismo – São várias as espécies de Loxosceles encontradas no país, porém a maioria dos acidentes é descrita nas regiões Sul e Sudeste, particularmente no Paraná, e nos meses do verão; é bastante frequente o acidente ocorrer enquanto o paciente está dormindo ou vestindo-se, fazendo com que as porções proximais do corpo (tronco, abdome, coxa) sejam as mais acometidas.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias Foneutrismo – Mais frequentemente descrito nas regiões Sul e Sudeste, com incremento no número de acidentes nos meses de março a maio, sendo 79% dos casos considerados acidentes leves. Latrodectismo – Os dados epidemiológicos do latrodectismo são escassos, por serem acidentes de baixa incidência no país. Os acidentes são descritos na faixa litorânea do Rio de Janeiro até o Nordeste, com maior ocorrência nos meses de março a maio. ACIDENTES POR LONOMIA E OUTRAS LAGARTAS (ERUCISMO) Aspectos Clínicos e Epidemiológicos Descrição Acidente causado pelo contato de cerdas de lagartas com a pele (erucismo, de origem latina eruca = lagarta). O quadro de dermatite ur ticante, comum a todas as lagartas, é caracterizado por dor em queimação, eritema, edema, prurido e adenomegalia regional. Podem ocorrer formação de vesículas, bolhas e erosões. Síndrome hemorrágica, com coagulopatia de consumo e sangramentos sistêmicos (gengivorragia, equimoses, hematúria, epistaxe), é descrita no envenenamento por lagartas do gênero Lonomia, encontradas com maior frequência em seringueiras (Amapá e Ilha de Marajó) e árvores frutíferas (região Sul). As manifestações hemorrágicas são precedidas do quadro local e de sintomas inespecícos, como cefaleia, náuseas, vômitos, dor abdominal. Agentes Causais São considerados de importância médica os acidentes causados por insetos pertencentes à ordem Lepidoptera na sua forma larvária. As principais famílias de lepidópteros causadoras de acidentes são Megalopygidae e Saturniidae. A família Megalopygidae (lagarta-de-fogo, chapéu-armado, taturana-gatinho) é composta por insetos que apresentam dois tipos de cerdas: as verdadeiras, pontiagudas e que contêm as glândulas de veneno, e outras mais longas, coloridas e inofensivas. As lagartas da família Saturnidae (taturana, oruga, tapuru-de seringueira) têm espinhos ramicados de aspecto arbóreo e apresentam tonalidades esverdeadas, exibindo manchas e listras no dorso e laterais, muitas vezes mimetizando as plantas onde vivem; nessa família se inclui o gênero Lonomia. Complicações Acidentes por Lonomia: sangramentos maciços ou em órgão vital, insuciência renal aguda; óbitos têm sido associados à hemorragia intracraniana e ao choque hipovolêmico. Diagnóstico Independentemente do gênero ou família do lepidóptero causador do acidente, o quadro local é indistinguível e se caracteriza por dor imediata em queimação, irradiada para o membro, com área de eritema e edema na região do contato; eventualmente, podem-se evidenciar lesões puntiformes eritematosas nos pontos de inoculação das cerdas. Adenomegalia regional dolorosa é comumente referida. Embora rara, pode haver evolução com bolhas e necrose cutânea supercial. Os sintomas normalmente regridem em 24 horas, sem maiores complicações. O diagnóstico de envenenamento por Lonomia é feito através da identicação do agente ou pela presença de quadro hemorrágico e/ ou alteração da coagulação sanguínea, em paciente com história prévia de contato com lagartas. Na ausência de síndrome hemorrágica, a observação médica deve ser mantida por 24 horas, para o diagnóstico nal, considerando a possibilidade de tratar-se de contato com outro lepidóptero ou acidente com Lonomia sem repercussão sistêmica. Diagnóstico Laboratorial Cerca de 50% dos pacientes acidentados por Lonomia apresentam distúrbio na coagulação sanguínea, com ou sem sangramentos. O tempo de coagulação auxilia no diagnóstico de acidente por Lonomia e deve ser realizado para orientar a soroterapia nos casos em que não há manifestações hemorrágicas evidentes. Tratamento Para o quadro local, o tratamento é sintomático com compressas frias ou geladas, analgésicos e inltração local com anestésico do tipo lidocaína 2%. Na presença de sangramentos e/ou distúrbio na coagulação, o soro antilonômico deve ser administrado de acordo com a intensidade e gravidade das manifestações hemorrágicas (Quadro 5).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias Quadro 5. Número de ampolas de soro antilonômico de acordo com a gravidade do acidente Acidente
Soro
Gravidade
Lonômico
Antilonômico (SALon)
Leve: quadro local apenas, sem sangramento ou distúrbio na coagulação Moderado: quadro local presente ou não, presença de distúrbio na coagulação, sangramento em pele e/ou mucosas Grave: independente do quadro local, presença de sangramento em vísceras ou complicações com risco de morte ao paciente
Nº de am polas – 5 10
Características Epidemiológicas Os acidentes são mais comuns nos meses quentes e chuvosos, que coincidem com o desenvolvimento da fase larvária das mariposas. Os acidentes por Lonomia são descritos predominantemente na região Sul, menos frequentemente, no Pará e Amapá; casos isolados em outros estados têm sido registrados (São Paulo, Minas Gerais, Maranhão, Amazonas, Goiás). Os trabalhadores rurais são os principais atingidos. O grupo etário pediátrico é o mais acometido, com ligeiro predomínio do sexo masculino. Já os casos graves e óbitos têm sido registrados em idosos com patologias prévias. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Objetivos Diminuir a frequência, sequelas e a letalidade dos Acidentes por Animais Peçonhentos através do uso adequado da soroterapia e da educação em saúde. Noticação Agravo de interesse nacional. Todo acidente por animal peçonhento atendido na unidade de saúde deve ser noticado, independentemente do paciente ter sido ou não submetido à soro terapia. Existe uma cha especíca no Sinan que se constitui em instrumento fundamental para se estabelecer normas de atenção adequadas à realidade local. Denição de caso Suspeito – Paciente com história de acidente por animal peçonhento. Conrmado – Paciente com evidências clínicas de envenenamento, podendo ou não ter trazido o animal causador do acidente. O diagnóstico etiológico se faz quando, além das alterações decorrentes do envenenamento, o animal causador do acidente é identicado. Entretanto, para efeito de tratamento e de vigilância epidemiológica, são considerados conrmados todos os casos que se enquadrem nas denições acima referidas. Encerramento do Caso Odismo – Na maioria dos casos não complicados, a alta ocorre, em média, de 4 a 7 dias após o acidente e respectivo tratamento. Nos casos complicados, a evolução clínica indica o momento da alta denitiva. O paciente deve ser orientado quanto à possibilidade de ocor rência da “doença do soro”, de curso geralmente benigno, cujos sintomas aparecem de 7 a 28 dias após a administração do soro antiveneno. Escorpionismo e araneísmo – A alta denitiva pode ser dada após a remissão do quadro local ou sistêmico, exceto nos acidentes necrotizantes pela aranha Loxosceles, nos quais a evolução clínica da lesão é lenta, podendo haver necessidade de procedimentos cirúrgicos reparadores. Erucismo – A alta pode ser dada após a remissão do quadro local, com exceção dos acidentes por Lonomia, nos quais o paciente deve ser hospitalizado até a normalização dos parâmetros clínicos e laboratoriais. MEDIDAS DE CONTROLE Odismo – O uso de botas de cano alto, perneiras e luvas constituem medidas fundamentais para a prevenção dos acidentes; a utilização desses equipamentos de proteção individual para os trabalhadores é inclusive regulamentada por lei. Dentre as medidas de prevenção coletiva, o peridomicílio e as áreas de estocagem de grãos devem ser mantidos limpos, pois, havendo facilidade para a proliferação de roedores, atraem serpentes, que os utilizam como alimentos. Escorpionismo e araneísmo – Limpeza periódica do peridomicílio, evitando-se acúmulo de materiais como lenha, tijolos, pedras e lixo; cuidado ao manusear tijolos, blocos e outros materiais de construção; tapar buracos e frestas de paredes, janelas, portas e rodapés; sacudir roupas, sapatos e toalhas antes de usar; e inspecionar a roupa de cama antes de deitar são medidas auxiliares importantes na prevenção de acidentes. Erucismo – Cuidado ao manusear folhagens e ao colocar as mãos nos caules de árvores. Fonte: http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1709/acidentes_por_animais_peconhentos.htm
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias Antes, no Brasil, as ações de imunização se voltavam ao controle de doenças especícas. Com o PNI, passou a existir uma atuação abrangente e de rotina: todo dia é dia de estar atento à erradicação e ao controle de doenças que sejam possíveis de controlar e erradicar por meio de vacina, e nas campanhas nacionais de vacinação essa mentalidade é intensicada e dirigida à doença em foco. O objetivo prioritário do PNI, ao nascer, era promover o controle da poliomielite, do sarampo, da tuberculose, da difteria, do tétano, da coqueluche e manter erradicada a varíola. Hoje, o PNI tem objetivo mais abrangente. Para os próximos cinco anos, estão xadas as seguintes metas: - ampliação da auto-suciência nacional dos produtos adquiridos e utilizados pela população brasileira; - produção da vacina contra Haemophilus infuenzae b, da vacina combinada tetravalente (DTP + Hib), da dupla viral (contra sarampo e rubéola) e tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba), da vacina contra pneumococos e da vacina contra inuenza e da vacina anti-rábica em cultivo celular.
VACINAÇÃO.
Conceito e Tipo de Imunidade Programa de Imunização
Programa de imunização e rede de frios, conservação de vacinas PNI: essas três letras inspiram respeito internacional entre es pecialistas de saúde pública, pois sabem que se trata do Programa Nacional de Imunizações, do Brasil, um dos países mais populosos e de território mais extenso no mundo e onde nos últimos 30 anos foram eliminadas ou são mantidas sob controle as doenças preveníveis por meio da vacinação. Na Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), braço da Organização Mundial de Saúde (OMS), o PNI brasileiro é citado como referência mundial. Por sua excelência comprovada, o nosso PNI organizou duas campanhas de vacinação no Timor Leste, ajudou nos programas de imunizações na Palestina, na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Nós, os brasileiros do PNI, fomos solicitados a dar cursos no Suriname, recebemos técnicos de Angola para serem capacitados aqui. Estabelecemos cooperação técnica com Estados Unidos, México, Guiana Francesa, Argentina, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Bolívia, Colômbia, Peru, Israel, Angola, Filipinas. Fizemos doações para Uruguai, Paraguai, República Dominicana, Bolívia e Argentina. A razão desse destaque internacional é o Programa Nacional de Imunizações, nascido em 18 de setembro de 1973, chega aos 30 anos em condições de mostrar resultados e avanços notáveis. O que foi alcançado pelo Brasil, em imunizações, está muito além do que foi conseguido por qualquer outro país de dimensões continentais e de tão grande diversidade socioeconômica. No campo das imunizações, somos vistos com respeito e admiração até por países dotados de condições mais propícias para esse trabalho, por terem população menor e ou disporem de es pectro social e econômico diferenciado. Desde as primeiras vacinações, em 1804, o Brasil acumulou quase 200 anos de imunizações, sendo que nos últimos 30 anos, com a criação do PNI, desenvolveu ações planejadas e sistematizadas. Estratégias diversas, campanhas, varreduras, rotina e bloqueios erradicaram a febre amarela urbana em 1942, a varíola em 1973 e a poliomielite em 1989, controlaram o sarampo, o tétano neonatal, as formas graves da tuberculose, a difteria, o tétano acidental, a coqueluche. Mais recentemente, implementaram medidas para o controle das infecções pelo Haemophilus infuenzae tipo b, da rubéola e da síndrome da rubéola congênita, da hepatite B, da inuenza e suas complicações nos idosos, também das infecções pneumocócicas. Hoje, os quase 180 milhões de cidadãos brasileiros convivem num panorama de saúde pública de reduzida ocorrência de óbitos por doenças imunopreveníveis. O País investiu recursos vultosos na adequação de sua Rede de Frio, na vigilância de eventos adversos pós-vacinais, na universalidade de atendimento, nos seus sistemas de informação, descentralizou as ações e garantiu capacitação e atualização técnico-gerencial para seus gestores em todos os âmbitos. As campanhas nacionais de vacinação, voltadas em cada ocasião para diferentes faixas etárias, proporcionaram o crescimento da conscientização social a respeito da cultura em saúde. Didatismo e Conhecimento
As competências do Programa, estabelecidas no Decreto nº 78.231, de 12 de agosto de 1976 (o mesmo que o institucionalizou), são ainda válidas até hoje: - implantar e implementar as ações relacionadas com as vacinações de caráter obrigatório; - estabelecer critérios e prestar apoio técnico a elaboração, im plantação e implementação dos programas de vacinação a cargo das secretarias de saúde das unidades federadas; - estabelecer normas básicas para a execução das vacinações; - supervisionar, controlar e avaliar a execução das vacinações no território nacional, principalmente o desempenho dos órgãos das secretarias de saúde, encarregados dos programas de vacinação; - centralizar, analisar e divulgar as informações referentes ao PNI. A institucionalização do Programa se deu sob inuência de vários fatores nacionais e internacionais, entre os quais se destacam os seguintes: - m da Campanha da Erradicação da Varíola (CEV) no Brasil, com a certicação de desaparecimento da doença por comissão da OMS; - a atuação da Ceme, criada em 1971, voltada para a organização de um sistema de produção nacional e suprimentos de medicamentos essenciais à rede de serviços públicos de saúde; - recomendações do Plano Decenal de Saúde para as Américas, aprovado na III Reunião de Ministros da Saúde (Chile, 1972), com ênfase na necessidade de coordenar esforços para controlar, no continente, as doenças evitáveis por imunização. Torna-se cada vez mais evidente, no Brasil, que a vacina é o único meio para interromper a cadeia de transmissão de algumas doenças imunopreveníveis. O controle das doenças só será obtido se as coberturas alcançarem índices homogêneos para todos os subgrupos da população e em níveis considerados sucientes para reduzir a morbimortalidade por essas doenças. Essa é a síntese do Programa Nacional de Imunizações, que na realidade não pertence a nenhum governo, federal, estadual ou municipal. É da sociedade brasileira. Novos desaos foram sucessivamente lançados nestes 30 anos, o maior deles sendo a difícil tarefa de manejar um programa que trabalha articulado com os 26 estados, o Distrito Federal 14
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias e os 5.560 municípios, numa vasta extensão territorial, cobrindo uma população de 174 milhões de habitantes, entre crianças, adolescentes, mulheres, adultos, idosos, indígenas e populações es peciais. Enquanto diversidades culturais, demográcas, sociais e am bientais são suplantadas para a realização de atividades de vacinação de campanha e rotina, novas iniciativas e desaos vão sendo lançados. Desses, vale a pena citar alguns: Programas regionais do continente americano – Os programas de erradicação da poliomielite, eliminação do sarampo, controle da rubéola e prevenção da síndrome da rubéola congênita e a prevenção do tétano neonatal são programas regionais que requerem esforços conjuntos dos países da região, com denição de metas, estratégias e indicadores, envolvendo troca contínua e oportuna de informações e realização periódica de avaliações das atividades em âmbito regional. O PNI tem desempenhado papel de destaque, sendo pioneiro na implementação de estratégias como a vacinação de mulheres em idade fértil contra a rubéola e o novo plano de controle do tétano neonatal. Além disso, em 2003 foi iniciada a estratégia de multivacinação conjunta por todos os países da América do Sul, durante a Semana Sul-Americana de Vacinação. Atividades de busca ativa de casos, vigilância epidemiológica e vacinação nas fronteiras de todo o Brasil foram executadas com sucesso. Essa iniciativa se repetirá nos próximos anos, contando já com a participação de um número ainda maior de países da América Central, América do Norte e Espanha.
Sendo assim, um dos programas de imunizações mais ativos na região das Américas, o PNI brasileiro tem exportado iniciativas, histórias de sucesso e experiência para diversos países do mundo. É, portanto, um exemplo a ser seguido, de ousadia, de determinação e de sucesso.” Rede de F rio A Rede de Frio ou Cadeia de Frio é o processo de recebimento, armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e trans porte dos imunobiológicos do Programa Nacional de Imunizações e devem ser mantidos em condições adequadas de refrigeração, desde o laboratório produtor até o momento de sua utilização. O objetivo da Rede de Frio é assegurar que todos os imuno biológicos mantenham suas características iniciais, para conferir imunidade. Imunobiológicos são produtos termolábeis, isto é, se deterioram depois de determinado tempo quando expostos a temperaturas inadequadas (inativação dos componentes imunogênicos). O manuseio inadequado, equipamentos com defeito ou falta de energia elétrica podem interromper o processo de refrigeração, comprometendo a potência e ecácia dos imunobiológicos. São componentes da Rede de Frio: equipe qualicada e equi pamentos adequados.
Quantidades de imunobiológicos: A cada ano são incorporados novos imunobiológicos ao calendário do PNI, que são oferecidos gratuitamente à população, durante campanhas ou na rotina do programa, prezando pelos princípios do SUS de universalidade, equidade e integralidade. Campanhas de vacinação: São extremamente complexas a coordenação e a logística das campanhas de vacinação. As campanhas anuais contra a poliomielite conseguem o feito de vacinar 15 milhões de crianças em um único dia. A campanha de vacinação de mulheres em idade fértil conseguiu vacinar mais de 29 milhões de mulheres em idade fértil em todo o País, objetivando o controle da rubéola e a prevenção da síndrome da rubéola congênita. Rede de Frio: A rede de frio do Brasil interliga os municípios brasileiros em uma complexa rede de armazenamento, distribuição e manutenção de vacinas em temperaturas adequadas nos níveis nacional, estadual e municipal e local. Autossuciência na produção de imunobiológicos: O PNI produz grande parte das vacinas utilizadas no País e ainda fornece vacinas com qualidade reconhecida e certicada internacionalmente pela Organização Mundial da Saúde, com grande potencial de exportação de um número maior de vacinas produzidas no País. O Brasil tem a meta ousada de ter auto-suciência na produção de imunobiológicos para uso na população brasileira.
Sistema de Refrigeração: é composto por um conjunto de componentes unidos entre si, cuja nalidade é transferir calor de um espaço, ou corpo, para outro. Esse espaço pode ser o interior de uma câmara frigoríca de um refrigerador, ou qualquer outro espaço fechado onde haja a necessidade de se manter uma temperatura mais baixa que a do ambiente que o cerca.
Cooperação internacional: O PNI provê assistência técnica com envio de prossionais para apoiar atividades de imunizações e vigilância epidemiológica em outros países das Américas. Ainda, por meio da OPAS, são inúmeros os termos de cooperação entre países do qual o Brasil participa, rmados com o intuito de transferir experiências e conhecimentos entre os países.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias O primeiro povo a utilizar a refrigeração foi o chinês, muitos anos antes de Cristo. Os chineses colhiam o gelo nos rios e lagos durante a estação fria e o conservavam em poços cobertos de palha durante as estações quentes. Este primitivo sistema de refrigeração foi também utilizado de forma semelhante por outros povos da antiguidade. Servia basicamente para deixar as bebidas mais saborosas. Até pelo menos o m do século XVII, esta seria a única aplicação do gelo para a humanidade. Em 1683, Anton Van Leeuwenhoek, um comerciante de tecidos e cientista de Delft, nos Países Baixos, que muito contribuiu para o melhoramento do microscópio e para o progresso da biologia celular, detectou microorganismos em cristais de gelo e a par tir dessa observação constatou-se que, em temperaturas abaixo de +10ºC, estes microorganismos não se multiplicavam, ou o faziam mais vagarosamente, ocorrendo o contrário acima dessa temperatura. A observação de Leeuwenhoek continuou sendo alvo de pesquisa no meio cientíco e no século 18, descobertas cientícas relacionaram o frio à inibição do processo dos alimentos. Além da neve e do gelo, os recursos eram a salmoura e o ato de curar os alimentos. Também havia as loucas de barro que mantinham a frescura dos alimentos e da água, fato este já observado pelos egípcios antes de Cristo. Mas as diculdades para obtenção de gelo na natureza criava a necessidade do desenvolvimento de técnicas capazes de produzi-lo articialmente. Apenas em 1824, o físico e químico Michael Faraday desco briu a indução eletromagnética – o princípio da refrigeração. Esse princípio seria utilizado dez anos depois, nos Estados Unidos, para fabricar gelo articialmente e, na Alemanha em 1855. Mesmo com o sucesso desses modelos experimentais, a possibilidade de produção do gelo para uso doméstico ainda era um sonho distante. Enquanto isso não ocorria, a única possibilidade de utilização do frio era tentando ampliar ao máximo a durabilidade do gelo natural. No início do século XIX, surgiram, assim, as primeiras “geladeiras” – apenas um recipiente isolado por meio de placas de cortiça, onde eram colocadas pedras de gelo. Essa geladeira ganhou ares domésticos em 1913. Em 1918, após a invenção da eletricidade, a Kelvinator Co. introduziu no mercado o primeiro refrigerador elétrico com o nome de Frigidaire. Esses primeiros produtos foram vendidos como aparelhos para serem colocados dentro das “caixas de gelo”. Uma das vantagens era não precisar tirar o gelo derretido. O slogan do refrigerador era “mais frio que o gelo”. Na conservação dos alimentos, a utilização da refrigeração destina-se a impedir a multiplicação de microorganismos e sua atividade metabólica, reduzindo, consequentemente, à taxa de produção de toxinas e enzimas que poderiam deteriorar os alimentos, mantendo, assim, à qualidade dos mesmos. Com a criação do Programa Nacional de Imunizações no Brasil surge a necessidade de equipamento de refrigeração para a conservação dos imunobiológicos e inicia-se o uso do refrigerador doméstico para este m, adotando-se algumas adaptações e/ ou modicações que serão demonstradas no capítulo referente aos equipamentos da rede de frio. Para os imunobiológicos, a refrigeração destina-se exclusivamente à conservação do seu poder imunogênico, pois são produtos termolábeis, isto é, que se deterioram sob a inuência do calor. Didatismo e Conhecimento
Princípios Básicos de R efrigeração Calor: é uma forma de energia que pode ser transmitida de um corpo a outro em virtude da diferença de temperatura existente entre eles. A transmissão da energia se dá a partir do corpo com maior temperatura para o de menor temperatura. Um corpo, ao receber ou ceder calor, pode sofrer dois efeitos diferentes: variação de temperatura ou mudança de estado físico (fase). A quantidade de calor recebida ou cedida por um corpo que sofre uma variação de temperatura é denominada calor sensível. E, se ocorrer uma mudança de fase, o calor é chamado latente (palavra derivada do latim que signica escondido). Diz-se que um corpo é mais frio que o outro quando possui menor quantidade de energia térmica ou, temperatura inferior ao outro. Com base nesses princípios são, a seguir, apresentadas algumas experiências onde os mesmos são aplicados à conservação de imunobiológicos. Transferência de Calor: É a denominação dada à passagem da energia térmica (que durante a transferência recebe o nome de calor) de um corpo com temperatura mais alta para outro ou de uma parte para outra de um mesmo corpo com temperatura mais baixa. Essa transmissão pode se processar de três maneiras diferentes: condução, convecção e radiação. Condução: É o processo de transmissão de calor em que a energia térmica passa de um local para outro através das partículas do meio que os separa. Na condução a passagem da energia de uma local para outro se faz da seguinte maneira: no local mais quente, as partículas têm mais energia, vibrando com mais intensidade; com esta vibração cada partícula transmite energia para a partícula vizinha, que passa a vibrar mais intensamente; esta transmite ener gia para a seguinte e assim sucessivamente. Convecção: Consideremos uma sala na qual se liga um aquecedor elétrico em sua parte inferior. O ar em torno do aquecedor é aquecido, tornando-se menos denso. Com isso, o ar aquecido sobe e o ar frio que ocupa a parte superior da sala, e portanto, mais distante do aquecedor, desce. A esse movimento de massas de uido chamamos convecção e as correntes de ar formadas são correntes de convecção. Portanto, convecção é um movimento de massas de uido, trocando de posição entre si. Notemos que não tem signicado falar em convecção no vácuo ou em um sólido, isto é, convecção só ocorre nos uidos. Exemplos ilustrativos: - Os aparelhos condicionadores de ar devem sempre ser instalados na parte superior do recinto a ser resfriado, para que o ar frio refrigerado, sendo mais denso, desça e force o ar quente, menos denso, para cima, tornando o ar de todo o ambiente mais frio e mais uniforme. - Os aparelhos condicionadores de ar modernos possuem refrigeração e aquecimento, mas também devem ser instalados na parte superior da sala, pois o período de tempo de maior uso será no modo ‘refrigeração’, ou seja, no período de verão. Contudo, quando o equipamento for utilizado no modo ‘aquecimento’, durante o inverno, as aletas do equipamento deverão estar direcionadas para baixo, forçando o ar quente em direção ao solo. - Os aquecedores de ar, por sua vez, deverão ser sempre instalados na parte inferior do recinto a ser aquecido, pois o ar quente, por ser menos denso, subirá e o ar que está mais frio na parte superior desce e sofre aquecimento por convecção. 16
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias Temperatura: O calor é uma forma de energia que não pode ser medida diretamente. Porém, por meio de termômetro, é possível medir sua intensidade. A temperatura de uma substância ou de um corpo é a medida de intensidade do calor ou grau de calor existente em sua massa. Existem diversos tipos e marcas de indicadores de temperatura. Para seu funcionamento, aproveita-se a propriedade que alguns corpos têm para dilatar-se ou contrairse conforme ocorra aumento ou diminuição da temperatura. Para esse funcionamento utilizam-se, também, as variações de pressão que alguns uidos apresentam quando submetidos a variações de temperatura. Os líquidos mais comumente utilizados são o álcool e o mercúrio, principalmente por não se congelarem a baixas tem peraturas. Existem várias escalas para medição de temperatura, sendo que as mais comuns são a Fahrenheit (ºF), em uso nos países de língua inglesa, e a Celsius (ºC), utilizada no Brasil. Nos termômetros em escala Celsius (ºC) ou Centígrados, o ponto de congelamento da água é 0ºC e o seu ponto de ebulição é de 100ºC, ambos medidos ao nível do mar e à pressão atmosférica. Fatores que interferem na manutenção da temperatura no interior das caixas térmicas: - Temperatura ambiente: Quanto maior for a temperatura am biente, mais rapidamente a temperatura do interior da caixa térmica se elevará, em virtude da entrada de ar quente pelas paredes da caixa. - Material isolante: O tipo, a qualidade e a espessura do material isolante utilizado na fabricação da caixa térmica interferem na penetração do calor. Com paredes mais grossas, o calor terá maior diculdade para atravessá-las. Com paredes mais nas, o calor passará mais facilmente. Com material de baixa condutividade tér mica (exemplo: poliuretano ao invés de poliestireno expandido), o calor não penetrará na caixa com facilidade. - Bobinas de Gelo Reutilizável – Quantidade e Temperatura: A quantidade de bobinas de gelo reutilizável colocada no interior da caixa é importante para a correta conservação. A transferência do calor recebido dos imunobiológicos, do ar dentro da caixa e através das paredes fará com que o gelo derreta (temperatura próxima de 0ºC, no caso de as bobinas de gelo serem constituídas de água pura). Otimizar o espaço interno da caixa para a acomodação de maior quantidade de bobinas de gelo fará com que a temperatura interna do sistema permaneça baixa por mais tempo. Dispor as bo binas de gelo reutilizável nos espaços vazios no interior da caixa, de modo que circundem os imunobiológicos serve ao propósito mencionado acima. Ao dispor de certa quantidade de bobinas de gelo reutilizável nas paredes laterais da caixa térmica, formamos uma barreira para diminuir a velocidade de entrada de calor, por um período de tempo. O calor vai continuar atravessando as paredes, e isso ocorre porque não existe material perfeitamente isolante. Contudo, o calor que adentra a caixa atinge primeiro as bobinas de gelo reutilizável, aumentando inicialmente sua temperatura, e, somente depois, altera a temperatura do interior da caixa. A temperatura das bobinas de gelo reutilizável também deve ser rigorosamente observada. Caso sejam utilizadas bobinas de gelo reutilizável, em temperaturas muito baixas (-20ºC) e em grande quantidade, há o risco de, em determinado momento, que a temperatura dos imunobiológicos esteja próxima à dessas bobinas. Por consequência, os imunobiológicos serão congelados, o que para alguns tipos, pode comprometer a qualidade, por exemplo: a vacina contra DTP.
Radiação: É o processo de transmissão de calor através de ondas eletromagnéticas ondas de calor). A energia emitida por um corpo (energia radiante) se propaga até o outro, através do espaço que os separa. Raios infravermelhos; Sol; Terra; O Sol aquece a Terra através dos raios infravermelhos. Sendo uma transmissão de calor através de ondas eletromagnéticas, a radiação não exige a presença do meio material para ocorrer, isto é, a radiação ocorre no vácuo e também em meios materiais. Nem todos os materiais permitem a propagação das ondas de calor através dele com a mesma velocidade. A caixa térmica, por exemplo, por ser feita de material isolante, diculta a entrada do calor e o frio em seu interior, originário das bobinas de gelo reutilizável, é conservado por mais tempo. Toda energia radiante, trans portada por onda de rádio, infravermelha, ultravioleta, luz visível, raios-X, raio gama, etc, pode converter-se em energia térmica por absorção. Porém, só as radiações infravermelhas são chamadas de ondas de calor. Um corpo bom absorvente de calor é um mal reetor. Um corpo bom reetor de calor é um mal absorvente. Exem plo: Corpos de cor negra são bons absorventes e corpos de cores claras são bons reetores de calor. Relação entre temperatu ra e movim ento molecu lar: Inde pendentemente do seu estado, as moléculas de um corpo encontram-se em movimento contínuo. Na gura a seguir, verica-se o comportamento das moléculas da água nos estados sólido, líquido e gasoso. À medida que sofrem incremento de temperatura, essas moléculas movimentam-se com maior intensidade. A liberdade para se movimentarem aumenta conforme se passa do estado sólido para o líquido; e deste, para o gasoso Convecção Natural – Densidade: Uma mesma substância, em diferentes temperaturas, pode car mais ou menos densa. O ar quente é menos denso que o ar frio. Assim, num espaço deter minado e limitado, ocorre sempre uma elevação do ar quente e uma queda (precipitação) do ar frio. Sob tal princípio, uma caixa térmica horizontal aberta, contendo bobinas de gelo reutilizável ou outro produto em baixa temperatura, só estará recebendo calor do ambiente através da radiação e não pela saída do ar frio existente, uma vez que este, sendo mais denso, permanece no fundo da caixa. Ao se abrir a porta de uma geladeira vertical ocorrerá a saída de parte do volume de ar frio contido dentro da mesma, com sua consequente substituição por parte do ar quente situado no am biente mais próximo do refrigerador. O ar frio, por ser mais denso, sai por baixo, permitindo a penetração do ar ambiente (com calor e umidade). Os equipamentos utilizados para a conservação de sorvetes e similares são predominantemente freezers horizontais, com várias aberturas pequenas na parte superior, visando a maior eciência na conservação de baixas temperaturas. Um exemplo do princípio da densidade é observado quando os evaporadores ou congeladores dos refrigeradores, os aparelhos de ar-condicionado e centrais de refrigeração são instalados na parte superior do local a ser refrigerado Assim o ar frio desce e refrigera todo o ambiente mais rapidamente. Já os aquecedores devem ser instalados na parte inferior. Desta forma, o ar quente sobe e aquece o local de forma mais rápida. Agindo destas formas, garantimos o desempenho cor reto dos aparelhos e economizamos energia através da utilização da convecção natural
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias Além desses fatores, as experiências citadas permitem lem brar alguns pontos importantes: - o calor, decorrido algum tempo, passará através das paredes da caixa com maior ou menor facilidade, em função das características do material utilizado e da espessura das mesmas; - a temperatura no interior da caixa nem sempre é uniforme. Num determinado momento podemos encontrar temperaturas diferentes em vários pontos (a, b e c). O procedimento de envolver os imunobiológicos com bobinas de gelo reutilizável é entendido como uma proteção ao avanço do calor, que parte sempre do mais quente para o mais frio, mas que afeta a temperatura dos corpos pelos quais se propaga; - no acondicionamento de imunobiológicos em caixas térmicas é possível manter ou reduzir a temperatura das mesmas durante um tempo determinado utilizando-se, para tal, bobinas de gelo reutilizável em diferentes temperaturas e quantidade.
sendo dissipado para esse mesmo ambiente. Assim, na medida em que o uido refrigerante perde calor ao circular pelo condensador, ele se converte em líquido. Nos refrigeradores tipo doméstico e freezers utilizados pelo PNI, são predominantemente utilizados os condensadores estáticos, nos quais o ar e a temperatura ambiente são os únicos fatores de interferência. As placas, ranhuras e pequenos tubos incorporados aos condensadores, visam exclusivamente facilitar a dissipação do calor, aumentando a superfície de resfriamento. Olhando-se lateralmente um refrigerador tipo doméstico verica-se que o condensador está localizado na parte posterior, afastado do corpo do refrigerador. O calor é dissipado para o ar circulante que sobe em corrente, dos lados do evaporador. Para que este ciclo seja completado com maior facilidade e sem interferências desfavoráveis, o equipamento com sistema de refrigeração por compressão (geladeira, freezers, etc.) deve car afastado da parede, instalado em lugar ventilado, na sombra e longe de qualquer fonte de calor, para que o condensador possa ter um rendimento elevado. Não colocar objetos sobre o condensador. Periodicamente, limpar o mesmo para evitar acúmulo de pó ou outro produto que funcione como isolante. Alguns equipamentos (geladeiras comerciais, câmaras frigorícas, etc.) utilizam o conjunto de motor, compressor e condensador, instalado externamente.
Tipos de Sistema Compressão: São sistemas que utilizam a compressão e a ex pansão de uma substância, denominada uido refrigerante, como meio para a retirada de energia térmica de um corpo ou ambiente. Esses sistemas são normalmente alimentados por energia elétrica proveniente de centrais hidrelétricas ou térmicas. Alternativamente, em regiões remotas, tem-se usado o sistema fotovoltaico como fonte geradora de energia elétrica.
Filtro desidratador: Está localizado logo após o condensador. Consiste em um ltro dotado de uma substância desidratadora que retém as impurezas ou substâncias estranhas e absorve a umidade residual que possa existir no sistema.
Componentes e elementos do sistema de refrigeração por compressão: Componentes: compressor, condensador e controle do líquido refrigerante. Elementos: evaporador, ltro desidratador, gás refrigerante e termostato. Os componentes acima descritos estão unidos entre si por meio de tubulações, dentro das quais circula um uido refrigerante ecológico (R-134a - tetrauoretano, é o mais comum). A compressão e a expansão desse uido refrigerante, dentro de um circuito fechado, o torna capaz de retirar calor de um ambiente. Esse circuito deve estar hermeticamente selado, não permitindo a fuga do refrigerante. Nos refrigeradores e freezers, o compressor e o motor estão hermeticamente fechados em uma mesma carcaça
Controle de expansão do uido refrigerante: A seguir está localizado o controlador de expansão do uido refrigerante. Sua nalidade é controlar a passagem e promover a expansão (redução da pressão e temperatura) do uido refrigerante para o evaporador. Este dispositivo, em geral, pode ser um tubo capilar usado em pequenos sistemas de refrigeração ou uma válvula de expansão, usual em sistemas comerciais e industriais.
Evaporador: É a parte do sistema de refrigeração no qual o uido refrigerante, após expandir-se no tubo capilar ou na válvula de expansão, evapora-se a baixa pressão e temperatura, absorvendo calor do meio. Em um sistema de refrigeração, a nalidade do evaporador é absorver calor do ar, da água ou de qualquer outra substância que se deseje baixar a temperatura. Essa retirada de calor ou esfriamento ocorre em virtude de o líquido refrigerante, a baixa pressão, se evaporar, absorvendo calor do conteúdo e do ambiente interno do refrigerador. À medida que o líquido vai se evaporando, deslocando-se pelas tubulações, este se converte em vapor, que será aspirado pelo compressor através da linha de baixa pressão (sucção). Posteriormente, será comprimido e enviado pelo compressor ao condensador fechando o ciclo.
Compressor: É um conjunto mecânico constituído de um motor elétrico e pistão no interior de um cilindro. Sua função é fazer o uido refrigerante circular dentro do sistema de refrigeração.. Durante o processo de compressão, a pressão e a temperatura do uido refrigerante se elevam rapidamente Condensador: É o elemento do sistema de refrigeração que se encontra instalado e conectado imediatamente após o ponto de descarga do compressor. Sua função é transformar o uido refrigerante em líquido. Devido à redução de sua temperatura, ocorre mudança de estado físico, passando de vapor superaquecido para líquido saturado. São constituídos por tubos metálicos (cobre, alumínio ou ferro) dispostos sobre chapas ou xos por aletas (arame de aço ou lâminas de alumínio), tomando a forma de serpentina. A circulação do ar através do condensador pode se dar de duas maneiras: a) Por circulação natural (sistemas domésticos) b) Por circulação forçada (sistemas comerciais de grande capacidade). Como o condensador está exposto ao ambiente, cuja temperatura é inferior à temperatura do refrigerante em circulação, o calor vai Didatismo e Conhecimento
Alim entação elétrica dos sistem as de ref rigeração por com pressão: Pode ser convencional, quando é proveniente de centrais hidrelétricas ou térmicas, ou fotovoltaica, quando utiliza a energia solar. A alimentação elétrica convencional dispensa maiores comentários, pois é de uso muito comum e conhecida por todos. 18
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias Atualmente, muitos países em desenvolvimento estão usando o sistema fotovoltaico na rede de frio para conservação de imuno biológicos. É, algumas vezes, a única alternativa em áreas onde não existe disponibilidade de energia elétrica convencional conável. A geração de energia elétrica provém de células fotoelétricas ou fotovoltaicas, instaladas em painéis que recebem luz solar direta, armazenando-a em baterias próprias através do controlador de carga para a manutenção do funcionamento do sistema, inclusive no período sem sol. O sistema utilizado em refrigeradores para conservação de imunobiológicos é dimensionado para operação contínua do equi pamento (carregado e incluindo as bobinas de gelo reutilizável) durante os períodos de menor insolação no ano. Se outras cargas, como iluminação, forem incluídas no sistema, elas devem operar através de um banco de baterias separado, independente do que fornece energia ao refrigerador. O projeto do sistema deve permitir uma autonomia de, no mínimo, sete dias de operação contínua. Em ambientes com temperaturas médias entre +32ºC e +43ºC, a temperatura interna do refrigerador, devidamente carregado, quando estabilizada, não deve exceder a faixa de +2ºC a +8ºC. A carga recomendada de bobinas de gelo reutilizável contendo água a temperatura ambiente deve ser aquela que o equipamento é capaz congelar em um período de 24 horas. Em virtude de seu alto custo e necessidade de treinamento especializado dos responsáveis pela manutenção, alguns critérios são observados para a escolha das localidades para instalação desse tipo de equipamento: - remotas e de difícil acesso, isoladas com inexistência de fonte de energia convencional; - que por razões logísticas se necessite dispor de um refrigerador para armazenamento; - que, segundo o Ministério de Minas e Energia, não serão alcançadas pela rede elétrica convencional em, pelo menos, 5 anos;
O esfriamento interno do equipamento ocorre pela perda de calor para a amônia, que sofre uma mudança de fase da amônia, passando do estado líquido para o gasoso. A presença do hidrogênio mantém uma pressão elevada e uniforme no sistema. A mistura amônia-hidrogênio varia de densidade ao passar de uma parte do sistema para outra, o que resulta em um desequilíbrio que provoca a movimentação da amônia até o componente absorvente (água). Ao sair do evaporador, a mistura amônia-hidrogênio passa ao absorvedor, onde somente a amônia é retida. Nesse ponto, o calor aplicado permitirá novamente a liberação da amônia até o condensador, fechando o ciclo continuamente. Os sistemas de absorção apresentam algumas desvantagens: - os equipamentos que utilizam combustível líquido na alimentação apresentam irregularidade da chama e acúmulo de car vão ou fuligem, necessitando regulagem sistemática e limpeza periódica dos queimadores; - a manutenção do equipamento em operação satisfatória apresenta maior grau de complexidade em relação aos sistemas de compressão; - a qualidade e o abastecimento constante dos combustíveis diculta o uso de tal equipamento. Controle de temperatura conform e o tipo de sistema, proceder das seguintes maneiras: a) aqueles que funcionam com com bustíveis líquidos. O controle é efetuado através da diminuição ou aumento da chama utilizada no aquecimento do sistema, por meio de um controle que movimenta o pavio do queimador; b) aqueles que funcionam com combustíveis gasosos. Nestes sistemas, o controle é feito por um elemento termostático que permite aumentar ou diminuir a vazão do gás que alimentará a chama do queimador, provocando as alterações de temperatura desejadas; c) aqueles que funcionam com eletricidade. O controle é feito através de um ter mostato para refrigeração simples, que conecta ou desconecta a alimentação da resistência elétrica, do mesmo tipo utilizado nos refrigeradores à compressão.
Absorção: Funciona alimentado por uma fonte de calor que pode ser uma resistência elétrica, gás ou querosene. Em operação com gás ou eletricidade, a temperatura interna é controlada automaticamente por um termostato. Nos equipamentos a gás, o termostato dispõe de um dispositivo de segurança que fecha a passagem deste quando a chama se apaga; com querosene, a temperatura é controlada manualmente através do ajuste da chama do querosene. O sistema por absorção não é tão eciente e difere da conguração do sistema por compressão. Seu funcionamento de pende de uma mistura de água e amoníaco, em presença de um gás inerte (hidrogênio). Requer atenção constante para garantir o desempenho adequado.
Temperatura: controle e monitoramento O controle diário de temperatura dos equipamentos da Rede de Frio é imprescindível em todas as instâncias de armazenamento para assegurar a qualidade dos imunobiológicos. Para isso, utilizam-se termômetros digitais ou analógicos, de cabo extensor ou não. Quando for utilizado o termômetro analógico de momento, máxima e mínima, a leitura deve ser rápida, a m de evitar variação de temperatura no equipamento. O termômetro de cabo extensor é de fácil leitura e não contribui para essa alteração porque o visor permanece fora do equipamento. Termômetro digital de momento, máxima e mínima: É um equipamento eletrônico de precisão constituído de um visor de cristal líquido, com cabo extensor, que mensura as temperaturas (do momento, a máxima e a mínima), através de seu bulbo instalado no interior do equipamento, em um período de tempo. Também existe disponível um modelo deste equipamento que permite a leitura das temperaturas de momento, máxima, mínima e do am biente externo, com dispositivo de alarme que é acionado quando a variação de temperatura ultrapassa os limites congurados, ou seja, +2º e + 8º C (set point) ou sem alarme. Constituído por dois visores de cristal líquido, um para temperatura do equipamento e outro para a temperatura do ambiente
Funcionamen to do sistema por absorção: A água tem a pro priedade de absorver amônia (NH3) com muita facilidade e através desta, é possível reduzir e manter baixa a temperatura nos sistemas de absorção. A aplicação de calor ao sistema faz com que a solubilidade da amônia na água, libere o gás da solução. Assim, a amônia puricada, em forma gasosa, se desloca do separador até o condensador, que é uma serpentina de tubulações com um dispositivo de aletas situado na parte superior do circuito. Nesse elemento, a amônia se condensa e, em forma líquida, desce por gravidade até o evaporador, localizado abaixo do condensador e dentro do gabinete. Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias Termômetro analógico de momento, máx ima e mínima (Ca pela): Este termômetro apresenta duas colunas verticais de mer cúrio com escalas inversas e é utilizado para vericar as variações de temperatura ocorridas em determinado ambiente, num período de tempo, fornecendo três tipos de informação: a mais fria; a mais quente e a do momento. Termômetro linear: Esse tipo de termômetro só nos dá a tem peratura do momento, por isso seu uso deve ser restrito às caixas térmicas de uso diário. Colocá-lo no centro da caixa, próximo às vacinas e tampá-la; aguardar meia hora para fazer a leitura da temperatura, vericando a extremidade superior da coluna. - Na caixa térmica da sala de vacina ou para o trabalho extramuro, a temperatura deverá ser controlada com frequência, substituindo-se as bobinas de gelo reutilizável quando a temperatura atingir +8ºC. - O PNI não recomenda a compra deste modelo de termômetro, porém onde - O PNI espera cada vez mais que todas as instâncias invistam na aquisição de termômetros mais precisos e de melhor qualidade (digital de momento, máxima e mínima).
gramadas no fornecimento. Nas situações de emergência é necessário que a unidade comunique a ocorrência à instância superior imediata para as devidas providências. Observação: Recomenda-se a orientação dos agentes responsáveis pela vigilância e segurança das centrais de rede de frio na identicação de problemas que possam comprometer a qualidade dos imunobiológicos, comunicando imediatamente o técnico res ponsável, principalmente durante nais de semana e feriados. Equipamentos da Rede de Frio O PNI utiliza equipamentos que garantem a qualidade dos imunobiológicos: câmara frigoríca, freezers ou congeladores, refrigeradores tipo doméstico ou comercial, caminhão frigoríco entre outros. Considerando as atividades executadas no âmbito da cadeia de frio de imunobiológicos, algumas delas podem apresentar um potencial de risco à saúde do trabalhador. Neste sentido, a legislação trabalhista vigente determina o uso de Equipamentos de Protecão Individual (EPI), conforme estabelece a Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego n. 3.214, de 08/06/1978 que aprovou, dentre outras normas, a Norma Regulamentadora nº 06 - Equipamento de Proteção Individual - EPI. Segundo esta norma, considera-se EPI, “todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado á proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho”.
Termômetro analógico de cabo extensor: Este tipo de termômetro é utilizado para vericar a temperatura do momento, no trans porte, no uso diário da sala de vacina ou no trabalho extramuro. Termômetro a laser: É um equipamento de alta tecnologia, utilizado principalmente para a vericação de temperatura dos imunobiológicos nos volumes (caixas térmicas), recebidos ou ex pedidos em grandes quantidades. Tem a forma de uma pistola, com um gatilho que ao ser pressionado aciona um feixe de raio laser que ao atingir a superfície das bobinas de gelo, registra no visor digital do aparelho a temperatura real do momento. Para que seja obtido um registro de temperatura conável é necessário que se jam observados os procedimentos descritos pelo fabricante quanto à distância e ao tempo de pressão no gatilho do termômetro
Câmaras Frigorícas: Também denominadas câmaras frias. São ambientes especialmente construídos para armazenar produtos em baixas temperaturas, tanto positivas quanto negativas e em grandes volumes. Para conservação dos imunobiológicos essas câmaras funcionam em temperaturas entre +2ºC e +8ºC e -20°C, de acordo com a especicação dos produtos. Na elaboração de projetos para construção, ampliação ou reforma, é necessário solicitar assessoria do PNI considerando a complexidade, especicidade e custo deste equipamento. O seu funcionamento de uma maneira geral obedece aos princípios básicos de refrigeração, além de princípios especícos, tais como: - paredes, piso e teto montados com painéis em poliuretano injetado de alta densidade revestido nas duas faces em aço inox/ alumínio; - sistema de ventilação no interior da câmara, para facilitar a distribuição do ar frio pelo evaporador; - compressor e condensador dispostos na área externa à câmara, com boa circulação de ar; - antecâmara (para câmaras negativas), com temperatura de +4°C, objetivando auxiliar o isolamento do ambiente e prevenir a ocorrência de choque térmico aos imunobiológicos; - alarmes audiovisual de baixa e alta temperaturas para alertar da ocorrência de oscilação na corrente elétrica ou de defeito no equipamento de refrigeração; - alarme audiovisual indicador de abertura de porta; - dois sistemas independentes de refrigeração instalados: um em uso e outro em reserva, para eventual defeito do outro; - sistema eletrônico de registro de temperatura (data loggers); - Lâmpada de cor amarela externamente à câmara, com acionamento interligado à iluminação interna, para alerta da presença de pessoal no seu interior e evitar que as luzes internas sejam deixadas acesas desnecessariamente.
Situações de Emergência Os equipamentos de refrigeração podem deixar de funcionar por vários motivos. Assim, para evitar a perda dos imunobiológicos, precisamos adotar algumas providencias. Quando ocorrer interrupção no fornecimento de energia elétrica, manter o equi pamento fechado e monitorar, rigorosamente, a temperatura interna com termômetro de cabo extensor. Se não houver o resta belecimento da energia, no prazo máximo de 2 horas ou quando a temperatura estiver próxima a + 8 C proceder imediatamente a transferência dos imunobiológicos para outro equipamento com temperatura recomendada (refrigerador ou caixa térmica). O mesmo procedimento deve ser adotado em situação de falha no equipamento. O serviço de saúde deverá dispor de bobinas de gelo reutilizável congeladas para serem usadas no acondicionamento dos imunobiológicos em caixas térmicas. No quadro de distribuição de energia elétrica da Instituição, é importante identicar a chave especica do circuito da Rede de Frio e/ou sala de vacinação e colocar um aviso em destaque - “Não Desligar”. Estabelecer uma parceria com a empresa local de ener gia elétrica, a m de ter informação prévia sobre interrupções proDidatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias Algumas câmaras, devido ao seu nível de complexidade e dimensões utilizam sistema de automação para controle de temperatura, umidade e funcionamento.
Freezers ou Congeladores: São equipamentos destinados, preferencialmente, a estocagem de imunobiológicos em temperaturas negativas (aproximadamente a -20ºC), mais ecientes e conáveis, principalmente aquele dotado de tampas na parte superior. Estes equipamentos devem ser do tipo horizontal, com isolamento de suas paredes em poliuretano, evaporadores nas paredes (contato interno) e condensador/compressor em áreas projetadas no corpo, abaixo do gabinete. São também utilizados para congelar as bobinas de gelo reutilizável e nesse caso, a sua capacidade de armazenamento é de até 80%. Não utilizar o mesmo equipamento para o armazenamento concomitante de imunobiológicos e bobinas de gelo reutilizável. Instalar em local bem arejado, sem incidência da luz solar direta e distante, no mínimo, 40cm de outros equipamentos e 20cm de paredes, uma vez que o condensador necessita dissipar calor para o ambiente. Colocar o equipamento sobre suporte com rodinhas para evitar a oxidação das chapas da caixa em contato direto com o piso úmido e facilitar sua limpeza e movimentação.
Organização Interna: As câmaras são dotadas de prateleiras vazadas, preferencialmente metálicas, em aço inox, nas quais os imunobiológicos são acondicionados de forma a permitir a circulação de ar entre as mesma e organizados de acordo com a especicação do produto laboratório produtor, número do lote, prazo de validade e apresentação. As prateleiras metálicas podem ser substituídas por estrados de plástico resistente (paletes), em função do volume a ser armazenado. Os lotes com menor prazo de validade devem ter prioridade na distribuição, Cuidados básicos para evitar perda de imunobiológicos: - na ausência de controle automatizado de temperatura, recomenda-se fazer a leitura diariamente, no início da jornada de trabalho, no início da tarde e no nal do dia, com equipamento disponível e anotar em formulário próprio; - testar os alarmes antes de sair, ao nal da jornada de trabalho; - usar equipamento de proteção individual; - não deixar a porta aberta por mais de um minuto ao colocar ou retirar imunobiológico e somente abrir a câmara depois de fechada a antecâmara; - somente entrar na câmara positiva se a temperatura interna registrada no visor externo estiver ≤+5ºC. Essa conduta impede que a temperatura interna da câmara ultrapasse +8ºC com a entrada de ar quente durante a abertura da porta; - vericar, uma vez ao mês, se a vedação da porta da câmara está em boas condições, isto é, se a borracha (gaxeta) não apresenta ressecamento, não tem qualquer reentrância, abaulamento em suas bordas e se a trava de segurança está em perfeito funcionamento. O formulário para registro da revisão mensal encontra-se em manual especíco de manutenção de equipamentos; - observar para que a luz interna da câmara não permaneça acesa quando não houver pessoas trabalhando em seu interior. A luz é grande fonte de calor; - ao nal do dia de trabalho, certicar-se de que a luz interna foi apagada; de que todas as pessoas saíram e de que a porta da câmara foi fechada corretamente; - a limpeza interna das câmaras e prateleiras é feita sempre com pano úmido, e se necessário, utilizar sabão. Adotar o mesmo procedimento nas paredes e teto e nalmente secá-los. Remover as estruturas desmontáveis do piso para fora da câmara, lavar com água e sabão, enxaguar, secar e recolocar. Limpar o piso com pano úmido (pano exclusivo) e sabão, se necessário e secar. Limpar as luminárias com pano seco e usando luvas de borracha para prevenção de choques elétricos. Recomenda-se a limpeza antes da reposição de estoque. - recomenda-se, a cada 6 (seis) meses, proceder a desinfecção geral das paredes e teto das câmaras frias; - semanalmente a Coordenação Estadual receberá do responsável pela Rede de Frio o gráco de temperatura das câmaras e dará o visto, após análise dos mesmos.
Calendários de Vacinação O Calendário de vacinação brasileiro é aquele denido pelo Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (PNI/ MS) e corresponde ao conjunto de vacinas consideradas de interesse prioritário à saúde pública do país. Atualmente é constituído por 12 produtos recomendados à população, desde o nascimento até a terceira idade e distribuídos gratuitamente nos postos de vacinação da rede pública. Lembramos que estes calendários de vacina são do Ministério da Saúde e corresponde a todo o Território Nacional. Mas deter minados Estados do Brasil, acrescentam outras vacinas e outras doses, devido a necessidade local.
A manutenção preventiva e corretiva é indispensável para a garantia do bom funcionamento da câmara. Manter o contrato atualizado e renovar com antecedência prevenindo períodos sem cobertura. As orientações técnicas e formulários estão descritos no manual especíco de manutenção de equipamentos. Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias Calendário Básico de Vacinação da Criança
Campanhas N acionais para a Criança
Nas campanhas a VOP (Sabin) continuará a ser utilizada (idade menor que cinco anos) e a vacina contra gripe estará disponível para crianças de seis meses a menos de dois anos. Observações - A BCG-ID (intradérmica) deve ser administrada ao nascimento ou o mais precocemente possível. Nos prematuros com menos de 36 semanas, administrar a vacina após 1 mês de vida e 2 kg de peso. Administrar uma dose em crianças menores de cinco anos de idade sem cicatriz vacinal. Contactantes intradomiciliares de portadores de hanseníase, menores de 1 ano de idade, comprovadamente vacinados (presença de cicatriz), não necessitam de dose adicional. Administrar 1 dose em contactantes menores de 1 ano de idade sem cicatriz vacinal (ou se não existir certeza da presença da cicatriz). Administrar 1 dose em contactantes com mais de 1 ano de idade, com ou sem sem cicatriz vacinal. O intervalo mínimo entre as doses da vacina é de seis meses. Não administrar dose adicional em contactantes que tenham comprovadamente (presença de cicatrizes) recebido duas doses. A vacina é contraindicada em gestantes, portadores de HIV, neoplasias malígnas e imunodeciências congênitas ou adquiridas. - O esquema básico de vacinação contra a hepatite B é feito com 3 doses. A primeira dose será feita com a vacina isolada e deve ser administrada nas primeiras 12 horas de vida do recém nascido. A segunda e a terceira doses serão feitas com a vacina pentavalente (DPT + Hib + HB) e devem ser aplicadas, respectivamente, 30 e 180 dias após a primeira. Em prematuros ou em recém-nascidos à termo de baixo peso (menor de 2 Kg), utilizar esquema de quatro doses (0, 1, 2 e 6 meses de vida). Nos recém-nascidos de mães portadoras da hepatite B administrar a vacina e a imunoglobulina humana contra hepatite B (HBIG - disponível nos CRIE) nas primeiras 12 horas ou no máximo até sete dias após o nascimento, em locais anatômicos diferentes. A amamentação não traz riscos adicionais ao recém-nascido que tenha recebido a primeira dose da vacina e a HBIG. - A vacina pentavalente (DTP+Hib+HB) protege contra Difteria, Tétano, Pertussis (coqueluche), infecções graves pelo Haemophilus inuenzae tipo b (inclusive meningite) e hepatite B. Os reforços, o primeiro aos 15 meses e o segundo entre 4 e 6 anos (idade máxima), são feitos com a DTP. Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias - A vacina inativada contra a poliomielite (Salk) é injetável e será utilizada para as duas primeiras doses, quando os riscos de eventos adversos da Sabin (vírus atenuado) é maior. As doses subsequentes serão feitas com a vacina oral (Sabin), que também continuará a ser utilizada em campanhas. Tanto para a inativada (Salk), quanto para a atenuada (Sabin), o intervalo entre as doses é de no mínimo 30 dias. Considerar o intervalo mínimo de 6 meses após a última dose para o reforço que é feito aos 15 meses. - A primeira dose da VORH deve ser administrada entre 1 mês e 15 dias e 3 meses e 7 dias de vida e a segunda entre 3 meses e 7 dias e 5 meses e 15 dias. Os limites de faixa etária devem ser estritamente observados. O intervalo mínimo recomendado entre a primeira e a segunda dose é de 30 dias. Não repetir a dose se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a vacinação. - O intervalo mínimo entre as doses da vacina antipneumocócica (conjugada) é de 30 dias. O esquema de vacinação para crianças de 7-11 meses de idade é feito com duas doses. - O intervalo mínimo entre as doses da vacina antimeningocócica C (conjugada) é de 30 dias. Crianças a partir dos 9 meses de idade, que residam ou que irão viajar para áreas de risco de febre amarela, no Brasil e no exterior. Para não vacinados, em caso de viagem para áreas de risco, inclusive no exterior, a vacina deve ser feita 10 dias antes da partida. Os reforços devem ser administrados a cada dez anos. - A vacina contra sarampo, caxumba e rubéola deve ser administrada em duas doses. A primeira dose aos 12 meses de idade e a segunda aos 4 (quatro) anos de idade. Em situação de circulação viral, antecipar a administração da vacina para os 6 (seis) meses de idade, porém deverá ser mantido o esquema vacinal de duas doses e a idade preconizada no calendário. Considerar o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses Calendário de Vacinação do Adolescente
Nota: Mantida a nomenclatura do Programa Nacional de Imunização e inserida a nomenclatura segundo a Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 61 de 25 de agosto de 2008 – Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA Orientações importantes para a vacinação do adolescente
vacina hepat ite B (recombinant e): Administrar em adolescentes não vacinados ou sem comprovante de vacinação anterior, seguindo o esquema de três doses (0, 1 e 6) com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose. Aqueles com esquema incompleto, completar o esquema. A vacina é indicada para gestantes não vacinadas e que apresentem sorologia negativa para o vírus da hepatite B a após o primeiro trimestre de gestação. (1)
(2) vacina adsorvida difteria e tétano - dT (Dupla tipo adu lto): Adolescente sem vacinação anteriormente ou sem comprovação de três doses da vacina, seguir o esquema de três doses. O intervalo entre as doses é de 60 dias e no mínimo de 30 (trinta) dias. Os vacinados anteriormente com 3 (três) doses das vacinas DTP, DT ou dT, administrar reforço, a cada dez anos após a data da última dose. Em caso de gravidez e ferimentos graves antecipar a dose de reforço sendo a última dose administrada há mais de 5 (cinco) anos. A mesma deve ser administrada pelo menos 20 dias antes da data provável do parto. Diante de um caso suspeito de difteria, avaliar a situação vacinal dos comunicantes. Para os não vacinados, iniciar esquema de três doses. Nos comunicantes com esquema de vacinação incompleto, este dever completado. Nos comunicantes vacinados que receberam a última dose há mais de 5 (cinco) anos, deve-se antecipar o reforço. (3) vacina febre amar ela (atenuada): Indicada 1 (uma) dose aos residentes ou viajantes para as seguintes áreas com recomendação da vacina: estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais e alguns municípios dos estados do Piauí, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para informações sobre os municípios destes estados, buscar as Unidades de Saúde dos mesmos. No momento da vacinação considerar a situação epidemiológica da doença. Para os viajantes que se deslocarem para os países em situação epidemiológica de risco, buscar infor -
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias mações sobre administração da vacina nas embaixadas dos respectivos países a que se destinam ou na Secretaria de Vigilância em Saúde do Estado. Administrar a vacina 10 (dez) dias antes da data da viagem. Administrar dose de reforço, a cada dez anos após a data da última dose. Precaução: A vacina é contra indicada para gestante e mulheres que estejam amamentando. Nestes casos buscar orientação médica do risco epidemiológico e da indicação da vacina. (4) vacina sara mpo, caxumba e rub éola – SCR: considerar vacinado o adolescente que comprovar o esquema de duas doses. Em caso de apresentar comprovação de apenas uma dose, administrar a segunda dose. O intervalo entre as doses é de 30 dias.
Calendário de Vacinação do Adulto e do Idoso
Nota: Mantida a nomenclatura do Programa Nacional de Imunização e inserida a nomenclatura segundo a Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 61 de 25 de agosto de 2008 – Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA Orientações importantes para a vacinação do adulto e idoso (1) vacina hepat ite B (recombinant e): oferecer aos grupos vulneráveis não vacinados ou sem comprovação de vacinação anterior, a saber: Gestantes, após o primeiro trimestre de gestação; trabalhadores da saúde; bombeiros, policiais militares, civis e rodoviários; caminhoneiros, carcereiros de delegacia e de penitenciarias; coletores de lixo hospitalar e domiciliar; agentes funerários, comunicantes sexuais de pessoas portadoras de VHB; doadores de sangue; homens e mulheres que mantêm relações sexuais com pessoas do mesmo sexo (HSH e MSM); lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, (LGBT); pessoas reclusas (presídios, hospitais psiquiátricos, instituições de menores, forças armadas, dentre outras); manicures, pedicures e podólogos; populações de assentamentos e acampamentos; potenciais re ceptores de múltiplas transfusões de sangue ou politransfundido; prossionais do sexo/prostitutas; usuários de drogas injetáveis, inaláveis e pipadas; portadores de DST. A vacina esta disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) para as pessoas imunodeprimidas e portadores de deciência imunogênica ou adquirida, conforme indicação médica. (2) vacina adsorvida difteria e tétano - dT (Dupla tipo adu lto): Adultos e idosos não vacinados ou sem comprovação de três doses da vacina, seguir o esquema de três doses. O intervalo entre as doses é de 60 (sessenta) dias e no mínimo de 30 (trinta) dias. Os vacinados anteriormente com 3 (três) doses das vacinas DTP, DT ou dT, administrar reforço, dez anos após a data da última dose. Em caso de gravidez e ferimentos graves antecipar a dose de reforço sendo a última dose administrada a mais de cinco (5) anos. A mesma deve ser administrada no mínimo 20 dias antes da data provável do parto. Diante de um acaso suspeito de difteria, avaliar a situação vacinal dos comunicantes. Para os não vacinados, iniciar esquema com três doses. Nos comunicantes com esquema incompleto de vacinação, este deve ser completado. Nos comunicantes vacinados que receberam a última dose há mais de 5 anos, deve-se antecipar o reforço.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias estavacina febre amarela (atenuada): vacina (atenuada): Indicada aos residentes ou viajantes para as seguintes áreas com recomendação da vacina: estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais e alguns municípios dos estados do Piauí, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para informações sobre os municípios destes estados, buscar as Unidades de Saúde dos mesmos. No momento da vacinação considerar a situação epidemiolóepidemiológica da doença. Para os viajantes que se deslocarem para os países em situação epidemiológica de risco, buscar informações sobre adminisadministração da vacina nas embaixadas dos respectivos países a que se destinam ou na Secretaria de Vigilância em Saúde do Estado. Administrar a vacina 10 (dez) dias antes da data da viagem. Administrar dose de reforço, a cada dez anos após a data da última dose. Precaução: A vacina é contra indicada para gestantes e mulheres que estejam amamentando, nos casos de risco de contrair o vírus buscar orientação médica. A aplicação da vacina para pessoas a partir de 60 anos depende da avaliação do risco da doença e benefício da vacina. (3)
vacina sara mpo, caxumba vacina caxumba e rub éo éola la – SCR: SCR: Administrar 1 (uma) dose em mulheres de 20 (vinte) a 49 (quarenta e nove) anos de idade e em homens de 20 (vinte) a 39 (trinta e nove) anos de idade que não apresentarem comprovação vacinal. (4)
(5) vacina inuenza inuenza sazonal (fracionada, inativada): Oferecida anualmente durante
a Campanha Nacional de Vacinação Vacinação do Idoso.
(6) vacina
Vacinação do pneum ocó ocócic cicaa 2323-valente valente (polissacar (polissacar ídica): Administrar 1 (uma) dose durante a Campanha Nacional de Vacinação Idoso, nos indivíduos de 60 anos e mais que vivem em instituições fechadas como: casas geriátricas, hospitais, asilos, casas de repouso, com apenas 1 (um) reforço 5 (cinco) anos após a dose inicial. Esquemaa preconizado para Esquem para indígenas de zero a 6 anos Idade Ao Nascer
Vacinas BCG-ID (1)- vacina BCG Hepatite B (2) – vacina hepatite B (recombinante)
Doses Dose Única 1ª Dose
Pentavalente (3) – vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilus infuenzae b (conjugada)
1ª Dose
VOP (vacina oral contra pólio) (4) vacina 1ª Dose
poliomielite 1,2 e 3 (atenuada)
Pneumocócica 10-valente (5)* - vacina 1ª Dose
2 Meses pneumocócica 10-valente (conjugada) VORH (6) – vacina contra rotavírus humano G1P1
1ª Dose
[8] (atenuada)
Meningocócica C (7)* - vacina meningocócica C 3 Meses
1ª Dose
(conjugada)
Pentavalente – vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilus infuenzae b (conjugada)
2ª Dose
VOP – vacina poliomielite 1, 2 e 3 (atenuada)
2ª Dose
Pneumocócica 10-valente – vacina pneumocócica 2ª Dose
10-valente (conjugada)
4 Meses
VORH – vacina contra rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada)
2ª Dose
Meningocócica C – vacina meningocócica C 5 Meses
2ª Dose
(conjugada)
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Doenças E vitadas Formas graves de tuberculose Hepatite B Difteria, tétano, coqueluche, hepatite B; além de meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus inuenzae tipo b Poliomielite (paralisia infantil) Pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo pneumococo Diarréia por rotavírus Doença invasiva causada por Neisseria meningitidis do sorogrupo C Difteria, tétano, coqueluche, hepatite B; além de meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus inuenzae tipo b Poliomielite (paralisia infantil) Pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo pneumococo Diarréia por rotavírus Doença invasiva causada por Neisseria meningitidis do sorogrupo C
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias Pentavalente – vacina adsorvida difteria,tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilus infuenzae b (conjugada)
3ª Dose
Pneumocócica 10-valente – vacina vacina pneumocócica
6 Meses
3ª Dose
10-valente (conjugada)
Inuenza Sazonal (8) – vacina infuenza
Duas Dose
(fracionada, inativada)
VOP – vacina poliomielite 1, 2 e 3 (atenuada) Febre Amarela (9) – vacina febre amarela
9 Meses
3ª Dose Dose Inicial
(atenuada)
SCR (tríplice viral) (10) – vacina sarampo, 1ª Dose Dose Única
caxumba e rubéola- SCR
12 Meses
Varicela (11) – vacina varicela (atenuada) Meningocócica C – vacina meningocócica C
Reforço
(conjugada)
VOP – vacina poliomielite 1,2 e 3
Reforço
(atenuada)
DTP (tríplice bacteriana) – vacina adsorvida 15 Meses difteria, tétano e pertussis-DTP
1º Reforço
DTP – vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis4-6 Anos
DTP
SCR – vacina sarampo, caxumba e rubéola – SCR
Poliomielite (paralisia infantil) Febre amarela Sarampo, caxumba e rubéola Varicela (catapora) Doença invasiva causada por Neisseria meningitidis do sorogrupo C Poliomielite (paralisia infantil) Difteria, tétano e coqueluche
Dose Única 2º Reforço
Difteria, tétano e coqueluche
2ª Dose
Sarampo, caxumba e rubéola
Reforço
Pneumocócica 23-valente (12) – vacina pneumocócica 23-valente (polissacarídica)
2 Anos
Inuenza sazonal ou gripe
Pneumonia, otite, meningite e outras doenças pelo pneumococo Pneumonia e outras infecções causadas pelo pneumococo
Pneumocócica 10-valente – vacina pneumocócica 10-valente (conjugada)
Difteria, tétano, coqueluche, hepatite B; além de meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus inuenzae tipo b Pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo pneumococo
Nova nomenclatura das vacinas em itálico, segundo Resolução de Diretoria Colegiada - RDC Nº 61 de 25 de agosto de 2008 - Agencia Nacional de Vigilância Vigilância Sanitária – ANVISA *Ano de introdução 2010. (1) BCG: deve ser administrada o mais precocemente possível, preferencialmente logo após o nascimento. Nos prematuros com menos de 36 semanas, administrar a vacina após a criança atingir 2 Kg e ao completar 1 mês de vida. Administrar uma dose em crianças menores de cinco anos de idade (4 anos 11 meses e 29 dias) sem cicatriz vacinal. Contatos íntimos de portadores de hanseníase, contatos menores de 1 ano de idade, comprovadamente vacinados, não necessitam da administração de outra dose de BCG. Contatos a partir de 1 ano de idade: sem cicatriz, administrar uma dose; os comprovadamente vacinados com a primeira dose, administrar outra dose de BCG, mantendo o inter valo mínimo de 6 meses entre a cicatriz e a dose; e os vacinados com duas doses não administrar nenhuma dose adicional. Na incerteza da existência de cicatriz vacinal nos contatos íntimos de portadores de hanseníase, aplicar uma dose, independentemente da idade. Portadores de HIV - em crianças HIV positivo deve ser administrada ao nascimento ou mais precocemente possível; a vacina está contraindicada na existência de sinais ou sintomas de imunodeciência; não se indica a revacinação de rotina. Para adulto HIV positivo a vacina está contrain contrain-dicada em qualquer situação. (2) vacina Hepatite B (recombinante): deve ser aplicada preferencialmente nas primeiras 12 horas, ou no primeiro contato com o serviço de saúde. Esta primeira dose deve ser feita com a vacina monovalente. Nas doses subsequentes, deverá ser utilizada a vacina Pentavalente, até 6 anos, 11 meses e 29 dias. Nos prematuros, menores de 36 semanas de gestação ou de baixo peso (< 2Kg) ao nascer, seguir esquema de quatro doses: 0, 1, 2 e 6 meses de vida. Na prevenção da transmissão vertical em recém-nascido (RN) de mães portadoras de hepatite B administrar a vacina e a imunoglobulina humana anti-hepatite B (HBIG) nas primeiras 12 horas ou no máximo até 7 dias após o nascimento. A vacina e a HBIG devem ser administradas em locais anatômicos diferentes. A amamentação não traz riscos adicionais aos RN que tenham recebido a primeira dose da vacina e a imunoblobulina.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias (3) vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilus inuenzae b (conjugada): o esquema de vacinação primária é feito aos 2, 4 e 6 meses de idade. O intervalo entre as doses é de 60 dias, podendo ser de 30 dias, se necessário. São realizados dois reforços com vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP). O primeiro reforço é dado a partir de 12 meses de idade (6 a 12 meses após a terceira dose da pentavalente) e o segundo reforço entre 4 e 6 anos. A idade máxima para aplicação desta vacina é de 6 anos 11meses e 29 dias. (4) vacina poliomielite 1, 2 e 3 (atenuada): O intervalo entre as doses é de 60 dias sendo o mínimo de 30 dias. O reforço pode ser feito a partir de 12 meses de idade (6 a 12 meses após a terceira dose). Manter o intervalo mínimo de 6 meses a partir da última dose. (5) vacina pneumocócica 10-valente (conjugada): Crianças de 6 semanas a 6 meses de vida, administrar 3 doses, aos 2, 4 e 6 meses de idade. O intervalo entre as doses é de 60 dias, sendo o mínimo de 30 dias. Recomenda-se o reforço, preferencialmente, aos 12 meses de idade, podendo administrar até 15 meses. Crianças de 7-11 meses de idade: o esquema de vacinação consiste em duas doses com intervalo de pelo menos 1 mês entre as doses. O reforço é recomendado preferencialmente entre 12 e 15 meses, com intervalo de pelo menos 2 meses. Crianças de 12-23 meses de idade: uma dose, com intervalo de pelo menos 2 meses entre as doses, sem a necessidade de reforço. (6) vacina rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada): observar rigorosamente os seguintes limites de faixa etária: primeira dose: 1 mês e 15 dias a 3 meses e 7 dias; segunda dose: 3 meses e 7 dias a 5 meses e 15 dias. - O intervalo mínimo preconizado entre a primeira e a segunda dose é de 4 semanas. - Nenhuma criança poderá receber a segunda dose sem ter recebido a primeira. - Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a vacinação não repetir a dose. (7) vacina meningocócica C (conjugada): administrar a partir dos 2 meses de vida. O reforço é recomendado entre 12 e 15 meses, prepreferencialmente aos 12 meses. Crianças a partir de 12 meses administrar dose única. (8) vacina inuenza (fracionada e inativada): está recomendada para toda a população a partir dos seis meses de idade. A primovacinaprimovacinação de crianças com idade inferior a 9 anos (8 anos 11 meses e 29 dias) deve ser feita com duas doses com intervalo mínimo de 1 mês entre as doses, mantendo a dose de início de esquema, mesmo que mude a faixa etária: crianças com idade entre 6 e 35 meses (2a 11m e 29d) a dose é de 0,25ml; e crianças com idade entre 3 a 8a 11m e 29d a dose é de 0,5 ml. A partir dos 9 anos de idade deverá ser administrada apenas uma dose (0,5 ml) anualmente. (9) vacina febre amarela (atenuada): está recomendada para toda a população, a partir dos 9 meses de idade. Em caso de surtos, antecianteci par a administração da dose para 6 meses. (10) vacina sarampo, caxumba e rubéola: está recomendada a partir dos 12 meses de idade. Todas as crianças devem receber ou ter recebido duas doses de SCR, com intervalo mínimo de 1 mês. Não é necessário aplicar mais de duas doses. (11) vacina varicela (atenuada): está recomendada uma dose a partir dos 12 meses de idade. (12) vacina pneumocócica 23-valente (polissacarídica): está recomendada uma dose a partir dos 24 meses de idade para aquelas crian ças sem histórico vacinal de pneumocócica 10-valente (conjugada).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias Calendário de Vacinação da Mulher Recomendações da Associação Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2011 Vacinas
HPV (3)
Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) (1)
Esquemas A vacina HPV deve ser indicada para a prevenção de infecções por papilomavírus. Duas vacinas estão disponíveis no Brasil: uma contendo os tipos 6, 11, 16, 18 de HPV com esquemas de intervalos de 0-2-6 meses, indicada para meninas e mulheres de nove a 26 anos de idade; outra, contendo os tipos 16 e 18 de HPV com esquemas de intervalos de 0-1-6 meses, indicada para meninas e mulheres de dez a 25 anos de idade. Uma ou duas doses (com intervalo mínimo de 30 dias) para mulheres com até 49 anos de idade, de acordo com histórico vacinal, de forma que todas recebam no mínimo duas doses na vida. Dose única para mulheres com mais de 49 anos de idade. Hepatite A: duas doses, no esquema 0-6 meses.
Hepatites A, B ou A e B (2)
Vacinas contra difteria, tétano e coqueluche (4)
Varicela (catapora) (1) Inuenza (gripe) (5)
Hepatite B: três doses, no esquema 0-1-6 meses. Hepatite A e B: três doses, no esquema 0-1-6 meses. A vacinação combinada contra as hepatites A e B é uma opção e pode substituir a vacinação isolada contras as hepatites A e B. Com esquema de vacinação básica completo: reforço com dTpa (tríplice bacteriana acelular do tipo adulto) ou dT (dupla do tipo adulto). Com esquema de vacinação básica incompleto (que tenha recebido menos de três doses do componente tetânico durante a vida): uma dose de dTpa, seguida por uma ou duas doses de dT para completar o esquema 0-2-6 meses. Durante a gestação(4): para a gestante, mesmo que esteja com o esquema de vacinação contra o tétano em dia, mas que tenha recebido a última dose há mais de cinco anos: uma dose de dT (dupla bacteriana do tipo adulto). Duas doses com intervalo de dois meses entre elas. Dose única anual.
Não-Gestante
Meningocócica conjugada (7)
Contraindicada
Sim
Sim
Contraindicada
Sim
Sim
Sim
Sim
A ser considerada em situações de risco especiais Recomendada
Sim
A ser considerada em situações de risco especiais
Didatismo e Conhecimento
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Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim dT ou dTpa
Sim Sim Sim
Sim Uma dose, mesmo para aquelas vacinadas na infância ou há mais de cinco anos.
Puérpera
Sim
Uma dose (que deverá ser repetida de dez em dez anos), para quem vive ou vai se deslocar para áreas endêmicas. Febre amarela (1, 6)
Gestante
Sim
Sim Contraindicada Recomendada Em geral contraindicada. Deve ser considerada em situações em que o risco da doença supere o risco da vacina A ser considerada em situações de risco especiais
Sim Sim
Sim, contraindicada na lactação6
Sim
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias Sempre que possível, evitar a aplicação de vacinas no primeiro trimestre de gravidez. Vacinas de vírus vivos (tríplice viral, varicela e febre amarela), se possível e de preferência, devem ser aplicadas pelo menos um mês antes do início da gravidez. Comentários - Vacina de vírus atenuados de risco teórico para o feto, portanto, contraindicada em gestantes. - A vacina contra hepatite A é vacina inativada, portanto, sem evidências de riscos teóricos para a gestante e o feto. Deve ser preferencialmente aplicada fora do período da gestação, mas em situações de risco a exposição ao vírus não está contraindicada em gestantes. - A vacinação de mulheres com mais de 26 anos é considerada segura e e caz por órgãos regulatórios de alguns países do mundo. A melhor época para vacinar é a adolescência, mas, a critério médico, mulheres com mais de 25 ou 26 anos, mesmo que previamente infecta das, podem ser vacinadas. - A vacina dTpa (tríplice bacteriana acelular do tipo adulto) é vacina inativada, portanto, sem evidências de riscos teóricos para a gestante e o feto e não contraindicada nessa fase. O uso de dTpa em gestantes é recomendado após a 20ª semana de gestação. No entanto, devemos ressaltar que não há dados que descartem a possibilidade de interferência na resposta imune à vacina tríplice bacteriana aplicada na criança. Recomenda-se: Histórico Vacinal Previamente vacinada, com pelo menos três doses de vacina contendo o toxoide tendo recebido a última dose há menos de cinco anos. Previamente vacinadas, com pelo menos três doses de vacina contendo o toxoide tendo recebido a última dose há mais de cinco anos. Em gestantes que receberam vacinação incompleta contra tétano, tendo recebido apenas uma dose na vida. Em gestantes que receberam vacinação incompleta contra tétano, tendo recebido apenas duas doses na vida. Em gestantes com vacinação desconhecida
Condu ta na Gravidez Nada ou dTpa.
Uma dose de dT ou dTpa. Aplicar uma dose de dT e uma dose de dTpa ou dT com intervalo de 2 meses. Uma dose de dT ou dTpa. Aplicar uma dose de dT e uma dose de dTpa ou dT com intervalo de 2 meses.
Condu ta após a Gravidez Fazer dTpa no puerpério se optou por não vacinar durante a gestação. Fazer dTpa no puerpéro, se optou por vacinar com dT durante a gestação. Fazer dTpa no puerpéro, se optou por não vacinar com dTpa durante a gestação. Fazer dTpa no puerpéro, se optou por não vacinar com dTpa durante a gestação. Fazer dTpa no puerpéro, se optou por não vacinar com dTpa durante a gestação.
- A gestante inclui-se no grupo de risco para as complicações da infecção pelo vírus da in. uenza. A vacina de in. uenza está indicada nos meses da sazonalidade do vírus, mesmo no primeiro trimestre de gestação. - A vacina contra a febre amarela, apesar de vacina de vírus atenuado de risco teórico para o feto (e por isso contraindicada para ges tantes), nos locais em que a doença seja altamente endêmica e os riscos de adquirir febre amarela superem os riscos de eventos adversos graves pela vacina antiamarílica, esta deve ser aplicada mesmo durante a gravidez. Essa vacina está contraindicada durante a lactação até que o bebê complete seis meses de idade. - As vacinas meningocócicas conjugadas são inativadas, portanto sem evidências de riscos teóricos para a gestante e o feto. No entanto, na gestação está indicada apenas nas situações de surtos da doença. A vacina meningocócica conjugada quadrivalente (tipos A.C,W135 e Y) deve ser considerada opção para a imunização das adolescentes e mulheres adultas. NOTA T ÉCN ICA N º 05/2010/CGPNI/DEV EP/S VS /MS Assunto: Recomendação da Vacina Febre Amarela VFA (atenuada) em mulheres que estão amamentando A Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações – CGPNI e o Comitê Técnico Assessor em Imunização – CTAI, em virtude da possível transmissão do vírus vacinal pelo leite materno registrada no Rio Grande do Sul, fazem as seguintes considerações e recomendações: 1. A Vacina Febre Amarela - VFA (atenuada) é uma das mais antigas utilizadas no mundo. A vacinação é seguida de viremia com início em torno de 3 a 6 dias e duração de 1 a 5 dias na maioria dos indivíduos vacinados após a primeira dose da vacina. 2. A vacina é bem tolerada, mas podem ocorrer eventos adversos associados à sua aplicação. Entre 2 e 7 dias após a vacinação cerca de 2% a 5% das pessoas podem apresentar sintomatologia leve, como mialgia, mal-estar, dor de cabeça e febre, com duração de 1 a 3 dias. 3. Apesar de serem raros, eventos adversos graves (EAG) e até mesmo fatais, têm sido observados e a sua causa ainda não está esclarecida. Entretanto, admite-se que fatores de predisposição individual, embora desconhecidos, estejam relacionados, pois não se encontraram mutações no vírus vacinal ou problemas ligados à qualidade das vacinas.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias 4. Com o aumento do uso da vacina na re-emergência do vírus da febre amarela em 2007, o Sistema de Informações de Vigilância de Eventos Adversos Pós-vacinais (SI-EAPV), registrou um aumento de EAG associados à VFA. Diante deste fato, a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) reuniu o grupo assessor para eventos adversos pós-vacinais (EAPV) para analisar os casos registrados. Essa análise resultou no estudo e classicação de 112 casos compatíveis com as seguintes síndromes clínicas: 94 com doença viscerotrópica aguda (DVA) e 18 como doença neurotrópica aguda (DNA) e doença neurológica auto-imune (DAA). Dentre os casos neurológicos conrmados, dois foram classicados como provável transmissão do vírus vacinal pelo aleitamento materno em recém nascidos de amamentação exclusiva, após a administração da VFA (atenuada) em suas mães.
9. Adicionalmente, a Secretaria de Vigilância em Saúde ressalta que são necessários estudos que expliquem a capacidade da veiculação do vírus vacinal através do aleitamento materno em mulheres que estão amamentando recém vacinadas para orientar futuras estratégias de vacinação contra febre amarela nas áreas afetadas pelo vírus. In form e Técn ico da Vacina Pn eum ocócica 10-valente (con jugada) Composição - é constituída de 10 sorotipos: 1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23 F. Em relação a vacina 7-valente, há o acréscimos dos sorotipos 1, 5 e 7F. - é conjugada com a proteína D do H. inuenza não tipável (8 sorotipos), toxóide diftérico (1 sorotipo) e toxóide tetânico (1 sorotipo). - a vacina contém excipiente de cloreto de sódio, fosfato de alumínio e água para injeção. Não contém conservantes. - já vem pronta para o uso
5. Visando o esclarecimento deste fato epidemiológico novo e desconhecido nos meios cientícos, o Ministério da Saúde através da CGPNI juntamente com a Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul, investigou, criteriosamente, os 2 (dois) casos noticados e constatou a associação entre o quadro clínico apresentado pelos recém nascidos e o vírus vacinal. 6. A presença do vírus vacinal de febre amarela em leite materno durante o período virêmico após a vacinação de mulheres que estão amamentando é desconhecida e relatos de risco teórico de transmissão do vírus vacinal para os recém nascidos em amamentação são baseados na possibilidade de transmissão pelo leite materno para o vírus da Febre do Nilo Ocidental e por outros Flavivirus transmitidos pelo leite de vaca.
Via de aplicação e dose: A via de aplicação é intra-muscular na dose de 0,5 ml, no vasto lateral. Obs: com a introdução da vacina conjugada contra o pneumococo 10-valente na rotina e a aplicação da vacina contra Inuenza A(H1N1), poderá ocorrer a seguinte situação: - criança com 6 meses de idade que vai à sala de vacinas para receber a 3ª dose da vacina contra hepatite B e Tetravalente. Neste momento deverão receber também as vacinas contra Inuenza A(H1N1) e Pneumo 10. Recomendamos as seguintes alternativas:
7. Deve-se considerar ainda que o aleitamento materno nas suas diferentes interfaces, tanto do ponto de vista nutricional, contendo os componentes adequados com biodisponibilidade ideal para o desenvolvimento do lactente, como do ponto de vista da proteção que a especicidade do leite humano confere, é de suma importância.
Aplicar as vacinas da rotina (Hepatite B a Tetra) no terço médio do vasto lateral D, observando-se a distância de aproximadamente 2,5 cm (equivalente a 2 dedos) entre as aplicações e as outras (Inuenza A(H1N1) e Pneumo-10 no terço médio do vasto lateral E, o que torna possível uma melhor avaliação de possíveis eventos adverso locais. Ou aplicar as vacinas contra Inuenza A(H1N1) no terço médio do vasto lateral D e a vacina Pneumo-10 no terço médio do vasto lateral E, e agendar as da rotina (Hepatite B e Tetra) para 30 dias após, juntamente com a 2ª dose da inuenza.
8. Diante do exposto e considerando as evidências cientícas que demonstram as vantagens e importância do aleitamento materno (AM), a CGPNI e o CTAI vêm advertir que, diante da possibilidade de transmissão do vírus vacinal pelo leite materno, sejam adotadas as seguintes medidas de precaução: - O adiamento da vacinação de mulheres que estão amamentando até a criança completar seis meses de idade, ou - Na impossibilidade de adiar a vacinação, durante o aconselhamento deve-se apresentar à mãe opções para evitar o risco de transmissão do vírus vacinal pelo aleitamento materno, tais como: a) Previamente à vacinação praticar a ordenha do leite, de preferência manualmente, e mantê-lo congelado por 15 dias em freezer ou congelador (seguir as técnicas de ordenha descrita no Caderno de Atenção Básica nº 23 – Aleitamento Materno e Alimentação Complementar do Ministério da Saúde) para planejamento de uso durante o período da viremia, ou seja, por 14 dias após a vacinação, ou b) Encaminhar a mãe à rede de banco de leite humano, que são centros especializados, obrigatoriamente vinculados a um hospital materno e/ou infantil, responsável pela promoção do aleitamento materno e atividades de coleta, processamento e controle de qualidade de colostro, leite de transição e leite humano maduro.
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Esquema de aplicação Idade 2-4- 6 ou 3-5-7 ou 4-6-8 ou 5-7-9 ou 6-8-10 7-9 ou 8-10 ou 9-11
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Nú mero de doses
Ref orço
3 doses com intervalo de 2 meses
1 dose aos 15 meses de idade
2 doses com intervalo de 2 meses
1 dose de reforço aos 15 meses de idade
10-12 ou 11-13
2 doses com intervalo de 2 meses
12-23 meses
1 dose
nesta faixa etária não será necessário a dose de reforço -
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente de Combate a Endemias - a idade mínima para aplicação é de 6 semanas; - o intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias; - a dose de reforço para as crianças que iniciaram o esquema vacinal com menos de 6 meses de idade é de pelo menos 6 meses após a última dose; - a dose de reforço para as crianças que iniciaram o esquema vacinal entre 7 e 9 meses de idade é no segundo ano de vida, com intervalo de pelo menos 2 meses; - as crianças que já receberam alguma dose da vacina contra o Pneumococo 7-valente (Prevenar®), poderá completar o esquema vacinal com a vacina 10-valente. Conservação: a vacina deverá ser conservada entre +20C e +80C. Não deve ser congelada. Contra Indicações: antecedente de reação analática aos componentes da vacina; reação analática em dose anterior. Situações de adiamento para aplicação: durante a evolução de doenças agudas febris graves Uso simultâneo com outras vacinas: poderá ser aplicada simultâneamente com qualquer vacina do Programa Nacional de Imunizações. Eventos adversos: é uma vacina bem tolerada; manifestações locais como dor, edema e eritema em cerca de 40% das crianças vacinadas. Na dose de reforço essas manifestações ocorreram em cerca de 50% dos vacinados, em intensidade leve a moderada; manifestações sistêmicas como febre ≥ 38oC em cerca de 80% das crianças vacinadas e 14,7% ≥ a 39oC. E mais raramente convulsão febril. observou-se em um estudo realizado que o paracetamol quando aplicado de modo prolático pode reduzir a resposta vacinal, no entanto, ainda há a manutenção de níveis protetores; recomenda-se que o paracetamol não seja aplicado de modo prolático; o uso de antitérmico prolático está indicado para as pessoas com história pessoal ou familiar de convulsão febril. Uso de antitérmico prolático:
Or ientações para o registro d as doses aplicadas: a informação oportuna e de qualidade permitirá traçar ajustes e correções nas estratégias utilizadas; a caderneta de vacinação e a cha de Registro não apresentam ainda o campo especíco para o registro da vacina Pneumo-10. Para a anotação da aplicação dessa vacina recomenda-se que seja utilizado o espaço destinado como “Outras Vacinas” escrevendo “Pneumo-10” e fazendo as anotações pertinentes.
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CONHECIM ENTOS ESPECÍFICO S
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde Pílula Anticoncepcional: As pílulas anticoncepcionais são comprimidos feitos com substâncias químicas semelhantes aos hormônios da mulher, que impedem a ovulação, evitando a gravidez. Deve-se tomar um comprimido por dia, na mesma hora, durante um período de 21 dias. A pílula só deve ser tomada com prescrição médica. Só o médico pode avaliar qual o tipo adequado. Uma marca pode servir para uma mulher e não servir para a outra. A pílula não deve ser tomada por mulheres: grávidas ou com suspeita de gravidez; fumantes; com menos de 16 e mais de 35 anos; que estejam amamentando (pode secar o leite). Também não deve ser usada por mulheres com pressão alta e outras doenças do coração; que tenham sangramento fora do período menstrual; que possuam varizes; que tenham fortes enxaquecas; convulsões; diabetes; glaucoma; que estão operadas ou vão se operar. Deve-se evitar tomá-la por mais de 5 anos (mesmo não contínuos). Vantagens: Segurança, quando tomada corretamente. Desvantagens: Como é um produto químico, só funciona se a mulher seguir exatamente as instruções do médico, isto é, não pode esquecer de tomá-la durante o período prescrito, caso contrário, corre-se o risco de engravidar. Também, nem todas as mulheres sentem-se bem com o seu uso.
ASSISTÊNCI A B ÁSICA DE SAÚDE À COMUNIDADE:
Planejamento Familiar: É uma forma que o casal encontra para organizar o crescimento da sua família. Fazendo isto o casal terá condições de ter apenas o número de lhos que poderá criar, sendo possível dar a eles melhores condições de vida. A responsa bilidade do planejamento familiar é do casal, para isto ele precisa conhecer os vários métodos que podem ser utilizados para evitar a gravidez indesejada. Existem vários métodos de evitar a gravidez, todos eles voltados para o planejamento familiar, de maneira que o casal possa ter seus lhos no período que desejar. Cada método de contracepção (evitar a gravidez) tem suas vantagens e desvantagens. Um método é mais seguro quando usado corretamente; em caso de dúvidas, procure o posto de saúde de seu município. Os M étodos Anticoncepitivos
Laqu eadura: A laqueadura é uma operação de esterelização que se realiza na mulher, com a nalidade de evitar denitivamente a pos-sibilidade da gravidez. A laqueadura é a amarração ou ligadura de trompas. Essa operação é irreversível e só deve ser feita em casos de indicação médica, em que haja risco de vida para a mãe ou para a criança.
Relacionamos a seguir os métodos mais utilizados, com suas propriedades, vantagens e desvantagens. Métodos considerados muito seguros são: Camisinha do Homem; Dispositivo Intra-ute-rino(Diu); Pílula Anticoncepcional; Pílula do dia seguinte; Anticoncepcional injetável; Camisinha da mulher; Vasectomia; Ligadura de Trompas.
Recom endações Im portantes: A esterilização deve ser indicada pelo médico para mulheres que tiveram grandes riscos na gravidez e nas seguintes condições: - que zeram mais de três cesarianas; - com doenças graves no coração; - com diabetes grave; - com problema de RH negativo e gestações anteriores sem os devidos cuidados; - com pressão muito alta; - com problemas renais; - com problemas pulmonares.
Métodos considerados pouco seguros: Tabelinha; Diafragma; Geléias Espermecidas. A Camisinh a Mascu lina: A camisinha é um método para ser utilizado pelo homem no momento da relação sexual. É uma capinha de borracha na, porém resistente, que se coloca sobre o pênis. Ela evita a gravidez, impedindo que os esperma-tozóides penetrem na vagina da mulher. Use a camisinha apenas uma vez. Jogue fora depois de usada. Vantagens: não faz mal a saúde; oferece segurança quando usada corretamente e, principalmente, quando combinada com o uso de espermicida; protege contra as doenças venéreas; faz com que o homem divida com a mulher a responsabilidade com o planejamento familiar; contribui para a prevenção de doenças venéreas, tais como a AIDS. Desvantagem: alguns homens reclamam de desconforto na relação sexual.
Em qualquer destes casos, a decisão nal caberá sempre a mulher. O médico deve ajudar dando informações sobre os riscos e as consequências, discutindo a possibilidade de usar outros métodos. Vasectomia: A vasectomia é uma operação que se realiza no homem com a nalidade de evitar a gravidez. É uma operação feita nos órgãos genitais do homem que fecha a passagem da saída dos espermatozóides. Fechando a sua saída, o homem continua expelindo um líquido, o sémem, que não conterá os espermatozóides e, portanto, não fecundará a mulher. Após a vasectomia o homem continua, normalmente, a ter desejo sexual, ereção e ejaculação.
Dispositivo In tra-Uterino (DIU): É uma pequena peça de plástico exível com cobre que, colocada por um médico, dentro do útero, impede a gravidez. Vantagens: é um método seguro que, com acompanhamento médico, pode ser usado até oito anos. Não interfere no ato sexual, é um método reversível, isto é, pode ser retirado a qualquer momento. É um método altamente ecaz. Desvantagens: é raro, mas pode haver rejeição por parte do organismo, pode ocasionar efeitos secundários como: maior sangramento e cólicas.
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Recom endações Importan tes: Deve-se pensar muito antes de realizar a operação de vasectomia, pois a mesma é irreversível. Após a operação é recomendável o uso da camisinha por 2 meses, pois leva algum tempo para que os espermatozóides que estão no canal do pênis sejam eliminados. 1
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde An ticoncepcion al I njetável: É considerado um método sim ples e seguro. Consiste em uma injeção de hormônios, aplicada na mulher que pode ser tomada uma vez por mês ou de três em três meses, a mulher escolhendo com o seu médico o que achar melhor. Esse é um método que pode ser usado por mulheres que não se dão bem com o uso da pílula. Alguns médicos não gostam de recomendar este método porque há suspeitas de que ele diminui o desejo sexual nas mulheres.
Vantagens: É um método simples e pode ser associado a outros métodos. Desvantagens: É considerado pouco seguro. Gravidez: Ao descobrir que está grávida a mulher tem que tomar certos cuidados com sua saúde e com o bem estar do bebê. A primeira coisa a fazer é procurar um posto de saúde ou hospital para começar a fazer o pré-natal. A maioria dos municípios da região do Pró-Gavião tem programas de atendimentos a gestante. O pré-natal é muito importante para a saúde da mulher e do seu lho, pois é através do acompanhamento médico que ela poderá evitar qualquer tipo de complicação. Outro cuidado é com a alimentação. Se possível coma muitas frutas, verduras (em especial as de folhas verdes), leite, queijo, carnes (em especial fígado), peixes, ovos, cereais (aveia, germe de trigo, levedura de cerveja, milho) e muita água. Beba de 6 a 8 copos de água diariamente. Evite doces e massas (pão, macarrão e produtos feitos com farinha) para não engordar muito. Nunca tome qualquer tipo de remédio sem recomendação médica pois é muito perigoso para você e seu bebê.
Pílula do dia seguinte: Esse é considerado um método para casos de emergência. É indicado para mulheres que foram vítimas de estupro ou zeram sexo sem usar nenhum tipo de método anticoncepcional. A pílula do dia seguinte deve ser usada até 72 horas após o ato sexual. Procure o médico no posto de saúde o mais rápido possível. Se a mulher não tiver acesso a esta pílula, ela pode tomar dois comprimidos de qualquer anticoncepcional nas primeiras 24 horas após o ato sexual e depois tomar mais dois comprimidos com intervalos de 12 horas entre cada um, que faz o mesmo efeito. Diafragm a: O diafragma é uma capinha de borracha bem na, que a mulher coloca, ela mesma, no fundo da vagina, antes da relação sexual, tapando assim o colo do útero. Ele impede que os es permatozóides do homem penetrem no útero da mulher. Deve ser usado junto com um espermicida, para garantir maior segurança. É recomendável que o início do uso do diafragma seja orientado por “um prossional da saúde”. Após o uso, o diafragma deve ser lavado com água fria e sa bão neutro, secado com um pano macio, polvilhado com maizena, em seguida, deve ser guardado na caixinha longe do calor e da luz. Nos casos da borracha enrugar ou quando estiver fora do prazo recomendado, o mesmo deve ser trocado imediatamente. Vantagens: Não faz mal a saúde e ajuda a mulher a conhecer melhor o seu próprio corpo. Desvantagens: Não é totalmente seguro e exige disciplina.
Gravidez na Adolescência: Todos sabemos que cada vez mais, cresce o número de meninas que cam grávidas muito cedo, mas poucos sabem as consequências dessa gravidez para as mulheres com menos de 19 anos. No Brasil, milhares de meninas adolescentes morrem em consequência de aborto, gravidez, parto e pós-parto. Isso acontece, em grande parte, porque elas demoram para começar o pré-natal e porque esse atendimento é muito ruim nos postos de saúde e hospitais da rede publica. A gravidez prejudica o corpo imaturo das meninas e ainda atrapalha seu crescimento. Isso tudo sem contar que muitas são obrigadas a deixar a escola ou o trabalho para cuidar do lho. O que fazer para evitar a gravidez na adolescencia : - orientar os jovens sobre os riscos da gravidez; - alertar, esclarecer, orientar sobre a educação sexual; - entender o direito dos jovens a uma vida sexual ativa e orientá-los a exercer esse direito com responsabilidade; - assegurar aos jovens (mulheres e homens) informações e acesso aos métodos anticoncepcionais; - conversar sempre sobre os prejuízos de uma gravidez na vida dos jovens. - Informar sobre a necessidade do uso da camisinha nas relações sexuais.
Tabelinha: É um método que exige que a mulher conheça seu ciclo menstrual. Só assim ela terá condições de saber o período fértil ou seja, aquele em que poderá car grávida. Tabelas prontas não são seguras. A tabela de uma mulher não serve para outra, pois cada uma tem o seu ciclo menstrual. Como proceder: Utilize um calendário para marcar todo o mês o início do seu ciclo menstrual. Não confunda o dia do ciclo menstrual com o dia do mês. Para melhor esclarecimento, marque no calendário o primeiro dia da sua menstruação durante seis meses e depois mostre ao seu médico. Vantagens: Não prejudica a saúde, ensina a mulher a conhecer o comportamento do corpo. Desvantagens: Requer um período longo para começar a ser usado; exige disciplina e responsabilidade da mulher e do homem; não serve para as mulheres com ciclo menstrual irregular. Não é um método seguro.
O que fazer em caso de gravidez na adolescência : - Oferecer todo o apoio necessário para que a jovem não abandone os estudos; - Procurar imediatamente um médico; - Garantir o acesso ao pré-natal; - Ficar atento para qualquer sintomas de doença (inchaço, pressão alta, mudanças de cor e quantidade na urina); - Garantir uma alimentação com carnes, ovos, fígado e beter raba para evitar a anemia;
Geléias Espermicidas: É um produto para ser usado na vagina antes da relação sexual. As geléias espermicidas contém produtos que matam os espermatozóides, evitando assim a gravidez. Os espermicídas podem ser usados sozinhos, mas são mais seguros quando usados com outros métodos (camisinha, diafragma, tabela). Ao utilizar o espermicida, não se deve fazer lavagem vaginal pelo menos até 8 horas após a relação sexual. Didatismo e Conhecimento
O Parto: é um fato natural para a maioria das mulheres. É um processo de saúde. Não deve ser tratado como doença, nem como uma cirurgia, ou internação. Alguns dias antes do parto, o bebê desce na barriga. Você percebe que a barriga ca mais baixa, você respira melhor, sente vontade de urinar com mais frequência e pode sentir um certo peso na região baixa do ventre. Com maior 2
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde frequência, sua barriga ca mais tensa e endurecida. São as contrações que, com a aproximação do parto, vão cando mais fortes, mais duradouras, mais frequentes e regulares. Você está entrando em trabalho de parto.
a atende coloque a mão em sua barriga e sinta. Você pode errar, pois não é sua obrigação saber o que está acontecendo. Quem deve fazer o possível para não errar e agir corretamente são os prossionais que a atendem. Não tenha vergonha de manifestar suas sensações, seus receios, dúvidas e, principalmente, as certezas.
O problema das vagas em Maternidades: Durante o pré-natal é bom conversar sobre este assunto com o pessoal do serviço de saúde. É importante saber qual a maternidade ou maternidades a que você tem direito, onde cam, se existe algum tipo de acerto entre o serviço de pré-natal e o hospital para que você seja encaminhada, qual a qualidade do atendimento etc. Se puder faça uma visita para conhecer o local, informar-se sobre as exigências, as vagas, como chegar lá, etc. Quando ir ao Hospital (ou Maternidade)? - Se durante 12 horas seguidas você não sentir a criança se mexer. - Se tiver sangramentos. - Se tiver perda de líquido pela vagina, que pode ser devido ao rompimento da bolsa das águas. - Quando as contrações se repetirem com a mesma frequência (o mesmo intervalo de tempo), no mínimo a cada dez minutos. - Se for seu primeiro parto, você terá bastante tempo até que as contrações aumentem e ocorra a dilatação (abertura) do colo do útero. Não sendo o primeiro parto, a dilatação ocorre mais rapidamente e o parto, provavelmente, acontecerá em algumas horas. - Para evitar pressa e nervosismo nesta hora, é importante ter suas coisas preparadas para levar à maternidade. Evite levar coisas inúteis. - Não esqueça de levar seus documentos para internação, car teira de gestante e todos os documentos que possam ser importantes para o atendimento no hospital, como exames e encaminhamento do pré-natal.
A chegada do m omen to do parto: O momento do parto deve ser tranquilo, aconchegante, cercado das pessoas queridas, mas infelizmente, a parturiente (a mulher que está dando luz) é muitas vezes tratada como doente, sem direito a acompanhantes, à liber dade, à sua privacidade. Enquanto essa maneira de organizar as maternidades não mudar, você terá de se submeter aos procedimentos de uma rotina que são: No pré parto: - Tricotomia (depilação da região genital) para facilitar a higiene; - Enema, ou “lavagem intestinal”: esvaziamento do intestino para evitar contaminação no momento do parto. - Retirar suas roupas e acessórios e colocar a camisola do hos pital. - Jejuar (não se alimentar) para evitar náuseas e vômitos. - Administração de soro por veia, para o caso de ser necessária alguma medicação endovenosa. - Repouso no leito, na enfermaria de pré-natal. Até que o tra balho de parto evolua para a fase nal, (para a maioria das mulheres, quando se iniciam as contrações mais fortes e a “vontade de fazer força”). - Exames de toque para acompanhar a evolução do parto. No m omen to do parto: - Ficar deitada na mesa ginecológica com as pernas e braços semi imobilizados. - Anestesia - nem todos os serviços contam com anestesia para parto normal. As formas existentes são: anestesia local, no caso de ser feito um pequeno corte na vulva para facilitar a saída do bebê, raqui ou peridural, que são anestesias dadas na medula (nas costas), que “adormecem” o corpo da cintura para baixo; usadas no caso de cesárea e em partos normais muito dolorosos. Submeter-se à rotina do hospital, embora nem sempre seja confortável, pode signicar segurança e melhor atendimento a você e ao bebê, mas não deve signicar submissão e maus tratos, muito menos descaso com sua saúde. Não se entregue passivamente. O parto é um momento ativo e participante em que você deve ajudar, manifestar-se, ser tratada com cuidado e carinho, ser informada, receber atenção. Não é você que serve aos prossionais, mas eles a você, embora sua colaboração, calma e compreensão sejam fundamentais para o trabalho deles.
A Intern ação: No hospital (ou maternidade), a decisão sobre se é ou não a hora de internar, se você está em trabalho de parto avançado ou não, é um dos problemas mais frequentes e responsável por grande parte das complicações para a gestante e o bebê. Se a data prevista para o nascimento estiver certa, se você estiver com contrações fortes e frequentes (menos de 10 minutos entre uma e outra), ou se você estiver com algum problema, não saia do hospital. Mesmo que seu parto não aconteça dentro da próximas horas, voltar para casa e vir novamente ao hospital no dia seguinte, ou até no meio da noite, às pressas, pode ser impossível ou até arriscado. Os serviços de saúde nem sempre se preocupam com isto. O período de trabalho de parto é um período delicado que se complica facilmente em situações de nervosismo, grande agitação, correria. Estando no hospital e atendida a tempo, esses problemas não terão maiores consequências. Sem assistência adequada, eles podem se tornar graves ou mesmo fatais.
Men opausa: Menopausa não é doença. É uma situação nor mal na vida da mulher, que se caracteriza pelo término da menstruação, ocorrendo, normalmente, por volta dos 50 anos. Nesse momento aparecem, na maioria das mulheres, alguns incômodos passageiros ou mais fortes, tais como: ondas de calor, nervosismo
Im portante: Não coma nesse período, apenas tome líquidos, se for necessário. Com o problema da falta de vagas, as maternidades não aceitam mulheres que podem permanecer até um dia inteiro ocupando um leito, esperando os bebês nascerem e só aceitam interná-las em casos extremos, além de muitas vezes não fazerem uma avaliação adequada sobre suas condições e a dos bebês. Exija atenção, um exame minucioso, explique exaustivamente os sinais que você está notando sobre a chegada do momento do parto, avise quando vier uma contração para que a parteira ou prossional que Didatismo e Conhecimento
e pele seca.
Ondas de calor: É o sintoma mais frequente. Quase todas as mulheres, nesse período, sentem ondas de calor, porém, em pro porção diferente. Variam de pessoa para pessoa e até de época para época. Pode-se ter mais calor em um período e menos em outros. Ele começa de uma hora para a outra, iniciando pelo rosto e pesco3
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde ço, espalhando-se para cima e para baixo. Muitas vezes, provoca bastante suor, no rosto, no pescoço, na cabeça e no peito. Dura de dois a três minutos e vai embora de repente, assim como chegou, embora algumas situações e hábitos alimentares podem contribuir para o seu surgimento. Entre elas, uso de alimentos quentes, de bebidas, de café, assim como lugares quentes e abafados. Também situações emocionais como a raiva e a vergonha fafa zem aparecer as ondas de calor. Quando ocorrem à noite, e por várias vezes, prejudicam o sono e fazem com que a mulher acorde cansada e impaciente.
As Princip Pr incipais ais Doenças Doen ças Femin F emin inas O câncer de útero: O câncer de útero atinge milhares de mumu lheres. É uma doença que se desenvolve devagar e silenciosamensilenciosamen te. O período de desenvolvimento pode ir de 10 a 20 anos. ComeCome ça com pequenas lesões que vão aumentando e se aprofundando quando não são tratadas. Fatores que favorecem o câncer de ú tero: - Início da atividade sexual muito cedo; - Ter tido muitas infecções sexualmente transmissíveis; - Falta de higiene - Ser fumante - Desnutrição - Falta de vitamina A (encontrada em requeijão, leite, manmanteiga, peixe, ovos, fígado, cenoura, batata doce, espinafre, couve, alface, salsa)
Para diminuir seus efeitos: - A mulher deve tomar bastante água (no mínimo oito copos por dia); - usar roupas de algodão ( elas são menos quentes); - evitar café, chá preto, bebidas quentes, comidas picantes e diminuir o consumo do sal e do açúcar; - evitar car debaixo do sol ou sair nos horários mais quentes do dia. - Também é importante o consumo de frutas ricas em vitavitamina C, tais como laranjas, tangerina, limão, goiaba e acerola, carambola, abacaxi, mamão, manga, assim como o consumo de salsinha, pimentão verde, couve, agrião e outras folhas verdes.
O câncer do colo do útero é fácil prevenir: Nenhuma mumulher deveria morrer de câncer do colo do útero, porque esse é um câncer fácil de prevenir e de curar. Se o câncer for percebido bem no começo, a mulher tem 100% de chance de cura. Muito antes dele aparecer, o exame Papanicolaou (ou ‘preventivo’) revela se o colo da mulher tem certas condições que podem levar ao câncân cer. Se essas condições precancerígenas forem tratadas, a doença pode ser evitada. O câncer do colo do útero é um tumor que cresce devagar e pode ser percebido bem no comecinho, muito antes de aparecerem sinais ou sintomas. Da ferida ou inamação inicial até o câncer localizado, podem decorrer de dois a dez anos. Enquanto está somente no colo o câncer é curável em 85% dos casos. Esse é o tipo de câncer que mais aparece no aparelho genital das mulheres. Os canceres de ovário, trompas, endométrio (parede interna do útero) e vagina são mais raros.
Exercícios Físicos: São de grande ajuda nessa fase da vida da mulher. Como se sabe, eles são importantes para qualquer ser humano, em qualquer época, pois, ajudam a controlar o colescoles terol, fortalecem os músculos e o coração e deixam as articulaarticulações mais ágeis. Na menopausa a mulher deve fazer exercícios regularmente, principalmente caminhadas. Caminhar é o melhor exercício para essa fase da vida, mas são também recomendados outros exercícios leves, como os de alongamento(esticar o corpo, se “espreguiçar”) e todo tipo de massagem, inclusive nas mãos, dedos, juntas, pescoço, entre outros. Também é preciso manter uma alimentação saudável e regular ( na hora certa). Tomar um bom café da manhã, almoçar bem, porém, sem excessos e à noite evitar alimentos pesados e encher muito o estômago. (contentese com uma sopa ou outros alimentos leves). A mulher deve se cuicuidar, gostar de si, e procurar ser feliz, isto ajudará bastante.
Como prevenir o câncer do colo do útero: - Fazer todo ano uma consulta ginecológica e o exame PapaPapanicolaou (o ‘preventivo’). Esses exames descobrem cedo qualquer problema; - Tratar feridas e infecções do colo produzidas por situações de aborto, parto e doenças sexualmente transmissíveis; - Fazer consulta se perceber qualquer problema ginecológico; - Usar camisinha para se proteger de doenças sexualmente transmissíveis; - Sinais do câncer de colo do útero; - Corrimento parecido com água de lavagem de carne; - Sangramento fora do normal, principalmente depois da meme nopausa; - Dor e sangramento nas relações sexuais; - Dor na parte mais baixa da barriga; - Mau cheiro.
Longe está o tempo em que a menopausa era tratada como o m da vida sexual da mulher, ou prossional. Como velhice. Hoje, quando as pessoas vivem bem mais tempo e com mais concondições, ela representa apenas mais uma fase, que deve ser encaenca rada como outra qualquer, mas que pode representar mudanças para melhor. Ela acontece, de forma normal, por volta dos 45 aos 50 anos, quando a mulher, quase sempre já está com os lhos maiores, às vezes até independentes e por isso, a mulher pode ter uma vida mais calma e feliz. Para isto, ela precisa, como vimos anterior mente, querer mudar. Seguindo uma vida saudável, procurando se irritar menos, usar alimentos mais naturais (frutas, verduras, pouco sal, pouco açúcar), evitando evit ando álcool, cigarros, tomando toma ndo basbastante água e fazendo exercícios. Ela não precisa, certamente, deidei xar de trabalhar, apenas evitar trabalhos em locais quentes, muito ensolarado, pouco ventilados e que a deixe nervosa e irritada. Eis algumas “dicas” preciosas, para uma vida melhor nessa fase da vida da mulher.
Didatismo e Conhecimento
O Câncer de Mama: O câncer de mama tem matado e conticonti nua matando muitas mulheres no Brasil. A maioria dessas mortes poderia e pode ser evitada se a doença for descoberta no início, quando o tratamento tem mais chances de cura. É uma doença que aparece nos seios, como um caroço, em alguns casos, cresce rapirapidamente e precisa ser retirado o mais rápido possível. As formas de descobrir a doença são: 4
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde Sílis: Esta doença apresenta três fases:
- Através do exame dos seios feito em uma consulta ginecológinecológica, no mínimo uma vez por ano; - através do “auto exame”; ou seja, o exame feito pelas própró prias mulheres.
1º fase. Surge nas primeiras semanas após o contágio. Aparece uma ferida vermelha, brilhante, dura, sem dor, com mais ou menos 1 cm de tamanho no local onde o agente causador entrou. GeralGeralmente, aparece perto dos órgãos genitais da mulher e do homem, na boca ou nos seios. Nesta fase é muito fácil passar a doença de uma pessoa para outra. 2º fase. Situa-se entre os 45 e 180 dias após o contágio. Nesta fase o corpo todo está afetado. Os sinais da infecção são diversos. Os mais comuns são: feridas na pele que variam de local, número e tamanho. Podem aparecer manchas esbranquiçadas na boca e na garganta e queda de cabelos. Muitas vezes também surgem febres, ínguas e dores nas juntas. Nesta fase a doença continua sendo concontagiosa. doen3º fase. Mesmo sem tratar, as feridas desaparecem e a doença entra para a fase silenciosa (latente). Os sintomas nais desta doença se apresentam somente entre dez e trinta anos após o concontágio. Eles são: doenças cardíacas, doenças cerebrais que levam à paralisia, cegueira e morte. Pelas consequências graves, a sílis deve ser tratada logo no início da doença com muita seriedade. Para descobrir se a pessoa foi contagiada é preciso fazer exame de sangue. A mulher grávida que tiver sílis, transmite ao bebê e ele nasce com malformações causadas pela doença.
As Doenças Sex ualm ente Transm issíveis: São chamadas doenças sexualmente transmissíveis aquelas que geralmente são transmitidas pelo ato sexual. No caso do seu aparecimento é o casal que deve ser tratado. Durante o tratamento deve-se evitar a relação sexual ou fazê-la com o uso de preservativo. As infecções mais comuns são: - Candidíase - Tricomoníase - Gonorréia - Sílis - A mais perigosa é a AIDS Candidíase: É causada por um fungo que está presente nas pessoas, animais domésticos, água, ar e solo. A mulher sente coceicoceira na vagina e irritação, sente ardência ao urinar e dor nas relações sexuais. O corrimento é branco ou amarelado, tem cheiro azedo e aparência de leite talhado, podendo aparecer inchação e vermevermelhidão. O homem não sente nenhum sintoma. O aparecimento da candidíase é favorecido por uso de muito antibiótico, corticóides, alergias, gravidez, obesidade e falta de higiene. Para prevenir a Candidíase, é importante evitar o uso de antianti biótico sem receita médica, fazer higiene da vagina antes e depois da relação sexual, lavando da frente para trás, usar calcinha de alalgodão. O tratamento é simples e ecaz. O medicamento receitado por um médico, é tomado por via oral em dose única.
Corrimento: O corrimento vaginal pode ser caracterizado como a presença de muco de cor clara ou esbranquiçada na vagina, acima da quantidade habitual. O aumento do corrimento vaginal isolado ou associado com a mudança na cor ou no cheiro do corricorrimento ou com coceira vaginal pode, por outro lado, ser o primeiro sinal de uma doença especíca. Estas doenças, além de causarem problemas e complicações para as próprias mulheres, são usualusualmente transmissíveis sexualmente, podendo ser transmitidas para seus companheiros. É importante consultar um médico.
Tricomoníase: A mulher sente muita coceira, apresenta corricorrimento no, cinzento amarelado e com mau cheiro, diculdade de urinar, dor na relação, menstruação muito forte. No homem os sinsintomas quase não aparecem, quando aparecem são: ligeira coceira no pênis, secreção clara no pênis, diculdade de urinar.
Cistites: A cistite é um tipo de infecção urinária na bexiga. Embora, em alguns casos, a cistite pode desaparecer em alguns dias, é recomendado procurar um médico para o tratamento com remédios antimicrobianos em períodos de 3 a 14 dias, dependendo do grau da infecção e da medicação usada. A falta de tratamento pode levar a repetições da enfermidade. Prevenção da cistite: - Urinar frequentemente; - Beber muito líquido, o ideal são 2 litros de água por dia - HiHigiene pessoal constante, com cuidado especial nas partes íntimas - Evitar o uso de roupas justas por longos períodos, de calcicalci nhas de nylon ou material sintético. Usar de preferência calcinhas de algodão.
Gonorreia: Também chamada de pingadeira ou escorrimento. É uma doença que muitas vezes não tem sintomas no seu início. Na mulher os sintomas podem ser: - Corrimento amarelado com cheiro fétido; - Dor ao urinar; - Desconforto retal. Muitas vezes esta infecção está localizada no colo do útero, nas trompas e no ânus. No homem o primeiro sintoma é a diculdiculdade de urinar pela ardência e coceira. Do pênis sai secreção amaama relada (pus) com mau cheiro. A ereção do pênis ca dolorida. A infecção pode ir para a próstata, para a vesícula, causando ínguas na virilha e febre. Tanto na mulher quanto no homem, a gonorréia pode levar à esterilidade (não ter mais lhos). As bactérias da gogonorreia podem entrar no sangue e causar doenças nas juntas e no coração. Podem também causar conjuntivite nos recém nascidos. Não se deve esperar para tratar a doença. É preciso procurar o médico. Durante o tratamento até a cura da doença não se deve manter relação sexual.
Didatismo e Conhecimento
Medidas de H igiene e Preven ção - A prevenção através da correta higiene das partes íntimas é muito importante para a mulher. - No banho procure usar sabonete neutro na região da vagina e evite esfregar forte, pois pode provocar irritações; - Use sempre papel higiênico macio para retirar secreções na vagina; - Evite o uso de roupas justas ou de tecidos sintéticos; - Dê preferência a dormir sem calcinhas; - Fique atenta para os corrimentos; - Use sempre camisinha em suas relações sexuais. Não tenha vergonha de procurar um médico para tratar estas doenças. 5
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde AI DS: a doença mais m ais perigosa: É uma doença provocada por um vírus, o HIV, que ataca a defesa do corpo contra as doenças. Por isso a pessoa que tem AIDS chega a morte por doenças coco muns. A transmissão do vírus se dá por meio de líquidos corporais como secreção vaginal, sêmen e sangue. Fora dos líquidos corpocorpo rais o vírus não dura mais do que dois minutos.
continuam estáveis nos últimos dez anos. Nos anos de 2002-2003 foi realizado pelo Ministério da Saúde o Inquérito Domiciliar que mostrou que a cobertura estimada do Papanicolau variou de 74% a 93%. Entretanto, o percentual da realização desse exame pelo SUS variou de 33% a 64%. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Saúde 2003, divulgados pelo IBGE /2005, mostraram que nos últimos três anos, a cobertura do exame citolócitológico do colo do útero foi de 68,7% em mulheres acima de 24 anos de idade, sendo que 20,8% das mulheres nesta faixa etária nunca tinham sido submetidas ao exame preventivo.
A transmissão transm issão se dá por: Relação sexual, anal ou oral se houhou ver ferida na boca; Uso comum de agulhas contaminadas; TransfuTransfusão de sangue contaminado; De mãe para lho durante a gestação. Sintomas: - Cansaço persistente com duração de mais de três meses; - Grande perda de peso sem motivo aparente; - Febres persistentes, acompanhadas por calafrios e suores noturnos; - Diarreia frequente; - Ínguas por todo o corpo; - Tosse seca, com longa duração; - Manchas (lesões) esbranquiçadas na boca, em grande quanquantidade; - Diminuição do fôlego durante o esforço físico; - Facilidade de sangramento em qualquer ferimento; - Dores de cabeça, fortes e persistentes, acompanhadas de propro blemas de visão.
CONCEITO DE DE SA ÚDE E PREV PREV ENÇÃO DE DO DOE E N ÇA S ; MAT M AT E R I A L E A M B I E N T E ; HII GI E N E ; H
im Assepsia: é o conjunto de medidas que utilizamos para im pedir a penetração de microorganismos num ambiente que logicamente não os tem, logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção. Antissepsia : é o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de microorganismos ou removê-los de um determideterminado ambiente, podendo ou não destruí-los e para tal m utilizautilizamos antissépticos ou desinfetantes. A descontaminação de tecidos vivos depende da coordenação de dois processos: degermação e antissepsia. É a destruição de micro-organismos existentes nas camadas superciais ou profundas da pele, mediante a aplicação de um agente germicida de baixa causticidade, hipoalergenico e paspassível de ser aplicado em tecido vivo. Os detergentes sintéticos não -iônicos praticamente são destituídos de ação germicida. Sabões e detergentes sintéticos aniônicos exercem ação bactericida contra microorganismos muito frágeis como o Pneumococo, porém, são inativos para Stalococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e ououtras bactérias Gram negativas. Consequentemente, sabões e deter gentes sintéticos (não iônicos e aniônicos) devem ser classicados como degermantes, e não como antissépticos.
Estes sintomas aparecem quando a doença encontra-se em estágio avançado. O vírus pode permanecer durante muito tempo de forma latente. Como prevenir: Use sempre camisinha em suas relações sesexuais; Faça o teste de HIV sempre que você esteve exposta a uma situação de risco; Esteja atento para as formas de contágio. No ano de 2004 a Secretaria Municipal de Saúde deniu como uma de suas prioridades a política de atenção à saúde da mulher. Como parte desta proposta, foi elaborado o Protocolo de DetecDetecção Precoce e Prevenção ao Câncer de Colo do Útero, com seu respectivo algoritmo. Este documento foi elaborado por um grupo de especialistas da rede que, através de discussões clínicas baseabasea das em evidências, buscou aperfeiçoar as rotinas já existentes de assistência à saúde da mulher em Porto Alegre. No ano de 2007 o Protocolo foi revisado pela equipe técnica da Saúde da Mulher baseando-se na atualização da Nomenclatura Brasileira para LauLaudos cervicais e Condutas preconizadas pelo INCA / Ministério da Saúde (2006). Os protocolos são recomendações desenvolvidas sistematicasistematicamente, dentro de uma circunstância clínica especíca, baseados na melhor informação cientíca. Eles servem como instrumento de auxílio, nunca de obrigatoriedade, e devem ser periodicamente revisados segundo as novas evidências médicas. Dentre todos os tipos, o câncer do colo do útero é o que apresenta um dos mais altos potenciais de prevenção e cura, chegando perto de 100%, quando diagnosticado precocemente. Seu pico de incidência situase entre 40 e 60 anos de idade, e apenas uma pequena porcentagem ocorre antes dos 30 anos. Embora o Brasil tenha sido um dos primeiros países do mundo a introduzir o exame de Papanicolau para rastreamento do câncer do colo do útero, a doença continua a ser entre nós um grave problema de saúde pública, sendo que os índices de mortalidade Didatismo e Conhecimento
Vem do inglês degermation, ou desinquimação, Degermação: Vem e signica a diminuição do número de microorganismos patogêpatogênicos ou não, após a escovação da pele com água e sabão. É a remoção de detritos e impurezas depositados sobre a pele. Sabões e detergentes sintéticos, graças a sua propriedade de umidicação, penetração, emulsicação e dispersão, removem mecanicamente a maior parte da ora microbiana existente nas camadas superciais da pele, também chamada ora transitória, mas não conseguem remover aquela que coloniza as camadas mais profundas ou ora residente.
Fumigação: é a dispersão sob forma de partículas, de agentes desinfectantes como gases, líquidos ou sólidos. Desinfecção: é o processo pelo qual se destroem particular mente os germes patogênicos e/ou se inativa sua toxina ou se inibe o seu desenvolvimento. Os esporos não são necessariamente desdes truídos. 6
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde Esterilização: é processo de destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos e ou químicos. Toda esterilização deve ser precedida de lavagem e enxaguadura do artigo para remoção de detritos.
Ester ilização pelo calor: A susceptibilidade dos organismos ao calor é muito variável e dependem de alguns fatores, e dentre eles citamos: - Variação individual de resistência, - Capacidade de formação de esporos, - Quantidade de água do meio, - ph do meio, - Composição do meio.
Esterilizantes: são meios físicos (calor, ltração, radiações, etc) capazes de matar os esporos e a forma vegetativa, isto é, destruir todas as formas microscópicas de vida.
Esterilização pelo calor seco: A incineração afeta aos microorganismos de forma muito parecida a como afeta as demais proteínas. Os microorganismos são carbonizados ou consumidos pelo calor (oxidação), assim, podemos usar a chama para esterilizar (ambagem) e a eletricidade (fulguração). O aparelho mais comum para a esterilização pelo calor seco é a estufa, que consiste em uma caixa com paredes duplas, entre as quais circula ar quente, proveniente de uma chama de gás ou de uma resistência elétrica. A temperatura interior é controlada por um termostato. As estufas são usadas para esterilizar materiais ¨secos¨, como vidraria, principalmente as de precisão, seringas, agulhas, pós, instrumentos cortantes, gases vaselinadas, gases furacinadas, óleos, vaselina, etc. A esterilização acontece quando a temperatura no interior da estufa atinge de 160 oC a 170oC, durante 2 horas, ocor rendo destruição de microorganismos, inclusive os esporos. Devese salientar que a temperatura precisa permanecer constante por todo esse tempo, evitando-se abrir a porta da estufa antes de vencer o tempo.
Esterilização: o conceito de esterilização é absoluto. O material é esterilizado ou é contaminado, não existe meio termo. Germicidas: são meios químicos utilizados para destruir todas as formas microscópicas de vida e são designados pelos suxos “cida” ou “lise”, como por exemplo, bactericida, fungicida, virucida, bacteriólise etc. Na rotina, os termos antissépticos, desinfetantes e germicidas são empregados como sinônimos, fazendo que não haja diferenças absolutas entre desinfetantes e antissépticos. Entretanto, caracterizamos como antisséptico quando a empregamos em tecidos vivo e desinfetante quando a utilizamos em objetos inanimados. Sanitização, neologismo do inglês sanitization, em que emprega sanitizer, tipo particular de desinfetante que reduz o número de bactérias contaminantes a níveis julgados seguros para as exigências de saúde pública. Antissépticos: Um antisséptico adequado deve exercer a atividade gemicida sobre a ora cutâneo-mucosa em presença de sangue, soro, muco ou pus, sem irritar a pele ou as mucosas. Muitos testes in vitro foram propostos para avaliar a ação de antissepticos, mas a avaliação denitiva desses germicidas só pode feita mediante testes in vivo. Os agentes que melhor satisfazem as exigências para aplicação em tecidos vivos são os iodos, a cloro-hexidina, o álcool e o hexaclorofeno.
Esterilização pelo calor úmido: Podemos usar o calor das seguintes formas: Fervura: Foi um método correntemente usado na prática diária, mas não oferece uma esterilização completa, pois a temperatura máxima que pode atingir é 100°C ao nível do mar, e sabemos que os esporos, e alguns vírus, como o da hepatite, resistem a essa temperatura, alguns até por 45 h. Por outro lado, a temperatura de ebulição varia com a altitude do lugar.
Par a a d esinfecção das mã os temos: - Soluções antissépticas com detergentes (degermantes) e se destinam à degermação da pele, removendo detritos e impurezas e realizando anti-sepsia parcial. Como exemplos citam: Solução detergente de PVPI a 10% (1% de iodo ativo); Solução detergente de clorhexidina a 4 %, com 4% de álcool etílico. - Solução alcoólica para anti-sepsia das mãos: Solução de álcool iodado a 0,5 ou 1 % (álcool etílico a 70%, com ou sem 2 % de glicerina); Álcool etílico a 70%, com ou sem 2% de glicerina.
Cuidados na esterilização pela fervura: Devem-se eliminar as bolhas, pois estas protegem as bactérias - no interior da bolha impera o calor seco, e a temperatura de fervura (100°C), este calor é insuciente para a esterilização; Devem-se eliminar as substâncias gordurosas e protéicas dos instrumentos, pois estas impedem o contacto direto do calor úmido com as bactérias.
Técnicas de Ester ilização
Ester ilização pelo vapor sob p ressão (autoclave): Age através da difusão do vapor d’água para dentro da membrana celular (osmose), hidratando o protoplasma celular, produzindo alterações químicas (hidrólise) e coagulando mais facilmente o protoplasma, sob ação do calor. O autoclave é uma caixa metálica de paredes duplas, delimitando assim duas câmaras; uma mais externa que é a câmara de vapor, e uma interna, que é a câmara de esterilização ou de pressão de vapor. A entrada de vapor na câmara de esterilização se faz por uma abertura posterior e superior, e a saída de vapor se fazem por uma abertura anterior e inferior, devido ao fato de ser o ar mais pesado que o vapor. O vapor é admitido primeiramente na câmara externa com o objetivo de aquecer a câmara de esterilização, evitando assim a condensação de vapor em suas paredes internas. Sabe-se que 1 grama de vapor saturado sob pressão, libera 524 calorias ao se
Esterilização é a destruição de todos os organismos vivos, mesmo os esporos bacterianos, de um objeto. Para isso dispomos de agentes físicos e químicos.
Meios de esterilização: Físico: Calor seco (Estufa, Flambagem e Fulguração); Calor úmido (Fervura e Autoclave); Radiações (Raios alfa, Raios gama e Raios x). Químico: Desinfetantes - Para conseguir-se a esterilização, há vários fatores importantes: Das características dos microorganismos, o grau de resistência das formas vegetativas; a resistência das bactérias produtoras de esporos e o número de microorganismos e da característica do agente empregado para a esterilização. Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde condensar. Ao entrar em contacto com as superfícies frias o vapor saturado se condensa imediatamente, molhando e aquecendo o ob jeto, fornecendo assim dois fatores importantes para a destruição dos micro-organismos. O vapor d’água, ao ser admitido na câmara de esterilização é menos denso que o ar, e portanto empurra este para baixo, até que sai da câmara, e através de correntes de convecção, retira todo o ar dos interstícios dos materiais colocados na câmara. Ao condensar-se, reduz de volume, surgindo assim áreas de pressão negativa, que atraem novas quantidades de vapor. Desse modo, as disposições dos materiais a serem esterilizados dentro da autoclave devem obedecer a certas regras, formando espaços entre eles e facilitando o escoamento do ar e vapor, tendo-se em mente a analogia com o escoamento de água de um reservatório, evitando assim a formação de “bolsões” de ar seco (onde agiria apenas o calor seco, insuciente para esterilizar nas temperaturas atingidas habitualmente pelo autoclave. A quantidade efetiva de água sob a forma de vapor dentro da câmara de pressão pode ser reduzida, de modo que, ao retirar-se os objetos esterilizados, estes estejam quase secos. A ação combinada de temperatura, pressão e da umidade são sucientes para uma esterilização rápida, de modo que vapor saturado a 750 mmHg e temperatura de 121ºC são sucientes para destruir os esporos mais resistentes, em 30 minutos. Essa é a combinação mais usada, ser vindo para todos os objetos que não estragam com a umidade e temperatura alta como panos meios bacteriológicos, soluções salinas, instrumentais (não os de corte), agulhas, seringas, vidraria (não as de precisão ) etc. Usando-se vapor saturado a 1150 mmHg e 128º C, o tempo cai para 6 minutos, podendo se assim evitar a ação destruidora do calor sobre panos e borracha. Em casos de emergência, usamos durante 2 minutos a temperatura de 132ºC e 1400 mmHg. Para testar a eciência da esterilização em autoclave lançamos mão de indicadores, que pode ser tintas que mudam de cor quando submetidas a determinada temperatura durante certo tempo, ou tiras de papel com esporos bacterianos, que são cultivados em caldos após serem retirados do autoclave. Como exemplo citamos tubinho contendo ácido benzóico mais eosina, que tem ponto de fusão de 121ºC. Anidrido ftalico mais verde metila tem ponto de fusão de 132ºC. Ácido salicilico mais violeta de genciana tem ponto de fusão de 156ºC.
Ester ilização pelo óxido de etileno: Autorizado pelo Ministério da Saúde como agente químico para esterilização, portaria 930/1992. Necessita de três unidades: aparelho de autoclave com binado, gás e vapor; aparelho de comando que vai misturar o gás, e o freon na concentração pré-estabelecida e o aparelho aerador. Existem quatro condições que são primordiais e que guardam relação entre si para que o óxido de etileno se torne um agente esterilizante: - Tempo - o tempo de exposição ao gás varia de acordo com a temperatura do aparelho, - Temperatura - Geralmente utiliza a temperatura de 55oC e a exposição em 2 horas. Em temperaturas mais baixas necessitamos de exposições maiores e vice-versa. - Umidade relativa - usa de 20 a 40%, - Concentração do gás - usa a concentração de 450 mg/L de espaço da câmara esterilizadora. Por ser altamente inamável quando puro, usamos misturar com dióxido de carbono (90%) ou freon (80%). Técnica - Preparo do material - deverão estar completamente limpos e secos. O material que os empacota deve ser permeável, exível e forte para aguentar a manipulação normal do processo de esterilização. Usar tas adesivas para identicação e indicadores de óxido de etileno dentro dos pacotes. - Não sobrecarregar o esterilizador para evitar bolsões isoladores e também o rompimento e abertura dos pacotes durante o aumento de pressão da câmara. - Aeração - o objetivo é ventilar para remover o gás contido no material esterilizado e sendo executado a 50ºC, o tempo varia de acordo com o tipo de material, assim: Borracha e material plástico no = 6 horas; Borracha e material plástico grosso = 24 horas; Marca passos internos = 4 dias; Luvas, cateteres e outros materiais em invólucros de plásticos = 7 dias; Qualquer tubo de cirurgia car díaca = 7 dias.
Vantagens - É bactericida, esporocida e virucida; - Agente esterilizante em temperatura relativamente baixa; - Facilmente removível; - Fácil de obter, armazenar e manusear; - Penetra em qualquer material permeável e poroso; - Esteriliza uma grande variedade de instrumentos e equipamentos sem danicar a maioria; - É método simples, ecaz econômico e seguro; - O material esterilizado pode ser estocado por período prolongado.
Bioindicadores: Podemos usar ampolas contendo 2 ml de caldo de cultura com açúcares mais um indicador de pH e esporos de bacilo Stearo thermophilus (espécie não patogênica), esporo estes que morrem quando submetidos a 121ºC por 15 minutos. Incubase por 24 a 48 horas a 55ºC, e se a esterilização foi suciente a cor violeta não se altera. Podemos também usar cadarços embebidos com suspensão salina de cultura de Bacilo subtilis (em esporulação acentuada) colocados no interior de um campo cirúrgico dobrado, que será colocado no centro dos pacotes, caixas ou tambores. Findo o prazo de esterilização, o cadarço é enviado para cultura no laboratório. (o Bacilo subtilis não é patogênico e é um dos mais resistentes ao calor)
Desvantagens - Necessita de controle cuidadoso da concentração de gás, temperatura e umidade. - A aparelhagem é cara e requer supervisão técnica especializada. - O gás etileno possui efeito tóxico. - O processo é demorado. - A utilização do aparelho é limitada a estabelecimentos grandes.
Éter cíclico - Óxido de etileno: É um gás incolor, inamável, tóxico, altamente reativo, é completamente solúvel em água, álcool, éter e muitos solventes orgânicos, borracha, couro e plásticos. É bactericida esporicida e virucida. Ecaz em temperatura relativamente baixa, penetra em substâncias porosas, não corroe ou danica materiais, age rapidamente, removível rapidamente.
Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde Flambagem: O Ministério da Saúde, através da portaria 930 de 27 de agosto de 1992, relaciona a ambagem como meio possível de esterilização nas laboratórios de microbiologia para a mani pulação de material biológico ou transferencia de massa bacteriana pela alça bacteriológica e para a esterilização de agulhas, na vacina de BCG intradérmico.
por processo mecânico, utilizando-se máquina termodesinfectadora ou similar; ou por processo físico, indicando-se a imersão do artigo em água fervente durante 30 minutos, método não indicado por Padoveze, pois, segundo ele, há impregnação de matéria orgânica quando aplicado a artigos sujos. A limpeza é o ato de remover a sujidade por meio de fricção e uso de água e sabão ou soluções detergentes. Há várias fórmulas de detergentes disponíveis no mercado, variando do neutro à especícos para lavadoras. Ainda nesta classicação, podemos apontar os enzimáticos utilizados para limpeza de artigos por imersão, bastante recomendados, atualmente, por sua ecácia na limpeza, são capazes de remover a matéria orgânica da superfície do material em tempo inferior a 15 minutos (em média, 3 minutos), não danicam os artigos e são atóxicos e biodegradáveis. Limpar é procedimento que deve sempre preceder a desinfecção e a esterilização; quanto mais limpo estiver o material, menor a chance de falhas no processo. A matéria orgânica, intimamente aderida ao material, como no caso de crostas de sangue e secreções, atua como escudo de proteção para os microrganismos, im pedindo que o agente desinfetante/esterilizante entre em contato com a superfície do artigo, tornando o procedimento inecaz. Para a realização da descontaminação e limpeza dos materiais, recomenda-se adotar as seguintes medidas:
Radiação: A radiação é uma alternativa na esterilização de artigos termossensíveis, (seringa de plástico, agulha hipodérmicas, luvas, os cirúrgicos), por atuar em baixas temperaturas, é um método disponível em escala industrial devido aos elevados custos de implantação e controle. Rad iações ionizantes: (raios beta, gama, (cobalto), X, alfa ). Tem boa penetrabilidade nos materiais mesmos já empacotados o que justica a sal comodidade. Radiações não ionizantes: (raios ultravioleta, ondas curtas e raios infravermelhos) devido a sua baixa eciência está vetado o seu uso pelo Ministério da Saúde desde 1992. Filtração é usada como controle ambiental, criando áreas limpas e áreas estéreis, podendo inclusive lançar utilizar se do uxo laminar. Aldeído: Agente químico autorizado pelo Ministério da Saúde, (portaria 930/1992). Glutaraldeido a 2%, associada a um antioxidante, por 8 a 12 horas, é usado para esterilizar material de acrílica, cateteres, drenos, nylon, silicone, teon, pvc, laringoscópicos e outros); Formaldeído, usado tanto na forma líquida ou gasosa por 18 horas. Paraformaldeído, as pastilhas tem ação esterilizante na concentração de 3 gramas por 100 centímetros cúbico de volume do recipiente onde o material é esterilizado por um período de 4 horas a 50°C.
- os procedimentos só devem ser feitos por prossionais devidamente capacitados e em local apropriado (expurgo); - sempre utilizar sapatos fechados, para prevenir a contaminação por respingos; - quando do manuseio de artigos sujos, estar devidamente paramentado com equipamentos de proteção: avental impermeável, luvas de borracha antiderrapantes e de cano longo, óculos de proteção e máscara ou protetor facial; - utilizar escovas de cerdas macias, evitando a aplicação de materiais abrasivos, como palhas de aço e sapólio; - as pinças devem estar abertas quando de sua imersão na solução; - desconectar os componentes acoplados, para uma efetiva limpeza; - enxaguar os materiais em água corrente potável; - secar os materiais com tecido absorvente limpo, atentando para o resultado da limpeza, principalmente nas ranhuras das pinças; - armazenar o material ou encaminhá-lo para desinfecção ou esterilização.
Fonte de infecção relacionada a artigos hospitalares Denominam-se artigos hospitalares os materiais empregados com o objetivo de prevenir danos à saúde das pessoas ou de resta belecê-la, necessários aos cuidados dispensados. Eles têm grande variedade e as mais diversas nalidades, podendo ser descartáveis ou permanentes, e esterilizáveis ou não. A equipe de enfermagem tem importante papel na manutenção dos artigos hospitalares de sua unidade de trabalho, seja em ambulatórios, unidades básicas ou outros setores em que esteja atuando. Para sua previsão e provisão, deve-se levar em consideração as necessidades de consumo, as condições de armazenamento, a validade dos produtos e o prazo de esterilização. Os artigos per manentes devem ter seu uso assegurado pela limpeza, desinfecção, descontaminação e esterilização.
Desinfecção é o processo de destruição de microrganismos em estado vegetativo (com exceção das formas esporuladas, resistentes ao processo) utilizando-se agentes físicos ou químicos. O termo desinfecção é aplicado tanto no caso de artigos quanto de superfícies ambientais. A desinfecção pode ser de:
Classicação de artigos hospitalares: Os artigos utilizados nos serviços de saúde são classicados em três categorias, propostas pela primeira vez por Spaulding, conforme o grau de risco de provocar infecção nos pacientes.
- alto nível: quando há eliminação de todos os microrganismos e de alguns esporos bacterianos; - nível intermediário ou médio: quando há eliminação de micobactérias (bacilo da tuberculose), bactérias na forma vegetativa, muitos vírus e fungos, porém não de esporos; - baixo nível: quando há eliminação de bactérias e alguns fungos e vírus, porém sem destruição de microbactérias nem de esporos.
Processamento de artigos hospitalares: Descontaminação, segundo Rutala, é o processo que visa destruir microrganismos patogênicos, utilizado em artigos contaminados ou em superfície ambiental, tornando-os, consequentemente, seguros ao manuseio. Pode ser realizada por processo químico, no qual os artigos são imersos em solução desinfetante antes de se proceder a limpeza; Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde Os processos físicos de desinfecção são a pasteurização e a água em ebulição ou fervura. A pasteurização é uma desinfecção realizada em lavadoras automáticas, com exposição do artigo em água a temperaturas de aproximadamente 60 a 90 graus centígrados por 10 a 30 minutos, conforme a instrução do fabricante. É indicada para a desinfecção de circuitos de respiradores. A água em ebulição ou fervura é utilizada para desinfecção de alto nível em artigos termorresistentes. Consiste em imergir totalmente o material em água fervente, com tempo de exposição de 30 minutos, após o que o material é retirado com o auxílio de pinça desinfetada e luvas de amianto de cano longo. Em seguida, deve ser seco e guardado em recipiente limpo ou desinfetado . ressalvese que esse procedimento é indicado apenas nas situações em que não se disponha de outros métodos físicos ou químicos. A desinfecção de artigos hospitalares por processo químico é feita por meio de imersão em soluções germicidas. Para garantir a ecácia da ação faz-se necessário: que o artigo esteja bem lim po, pois a presença de matéria orgânica reduz ou inativa a ação do desinfetante; que esteja seco, para não alterar a concentração do desinfetante; que esteja totalmente imerso na solução, sem a presença de bolhas de ar; que o tempo de exposição recomendado seja respeitado; que durante o processo o recipiente seja mantido tampado e o produto esteja dentro do prazo de validade. Esterilização é o processo utilizado para destruir todas as formas de vida microbiana, por meio do uso de agentes físicos (vapor saturado sobre pressão, autoclave e vapor seco, estufa) e químicos (óxido de etileno, plasma de peróxido de hidrogênio, formaldeído, glutaraldeído e ácido peracético). A esterilização pelo vapor saturado sob pressão é realizada em autoclave, que conjuga calor, umidade, tempo e pressão para destruir os microrganismos. Nela podem ser esterilizados artigos de superfície como instrumentais, baldes e bacias e artigos de espessura como campos cirúrgicos, aventais e compressas, e artigos críticos e semicríticos termorresistentes e líquidos. Na estufa, o calor é produzido por resistências elétricas e pro paga-se lentamente, de maneira que o processo é moroso e exige altas temperaturas, vários autores indicam a esterilização por esse método apenas quando haja impossibilidade de submeter o material à autoclavação, como no caso de pós e óleos. O material a ser processado em estufa deve ser acondicionado em caixas metálicas e recipientes de vidro refratário. Frise-se que a relação tempo-temperatura para a esterilização de materiais por esse método é bastante controvertida e as opiniões muito divergentes entre os diversos autores.
Classicação das áreas hospitalares: A frequência da limpeza varia de acordo com as áreas do hospital. Da mesma maneira que os artigos, as áreas hospitalares também foram classicadas de acordo com os riscos de infecção que possam oferecer aos pacientes:
Métodos e frequência d a limpeza, desinfecção e desconta minação De maneira geral, a limpeza é suciente para reduzir os microrganismos existentes nas superfícies hospitalares, reservandose os processos de desinfecção e descontaminação para as áreas onde há deposição de matéria orgânica. Para a descontaminação, indica-se a aplicação de desinfetante sobre a matéria orgânica; em seguida, aguardar o tempo de ação, remover o conteúdo descontaminado com papel absorvente ou tecidos e realizar a limpeza com água e solução detergente. Na desinfecção, remover a matéria orgânica com papel absorvente ou tecidos, aplicar o desinfetante sobre a área atingida, aguardar o tempo de ação, remover o desinfetante com papel absorvente ou pano e realizar a limpeza com água e solução detergente. O desinfetante habitualmente utilizado para a descontaminação e desinfecção de superfícies é o cloro orgânico (clorocide) ou inorgânico (hipoclorito de sódio a 1%), com tempo de exposição de 10 minutos. A limpeza das áreas hospitalares é um procedimento que visa remover a sujidade e detritos orgânicos de superfícies inanimadas, que constituem ótimo habitat para a sobrevivência de microrganismos no âmbito hospitalar. O agente químico utilizado na limpeza é o detergente, composto de substância tensoativa que facilita a remoção da sujeira. A limpeza pode ser do tipo concorrente e terminal. O primeiro tipo é feito diariamente e consiste na limpeza do piso, remoção de poeira do mobiliário, limpeza completa do sanitário, reposição de material de higiene e recolhimento do lixo, repetido conforme a necessidade; o segundo, é realizado periodicamente, de acordo com a área de risco do hospital, e consiste na limpeza de paredes, pisos, tetos, janelas, portas e sanitários. Os métodos de limpeza podem ser classicados em varredura úmida, que visa a remoção da sujeira do chão, sem que ocorra sus pensão de partículas no ar, realizada com o MOP ou pano úmido envolto no rodo, e lavagem, que visa remover a sujidade pelo uso de água e detergente neutro, feita manual ou mecanicamente, utilizando-se máquinas lavadoras. É atribuição do Serviço de Higiene realizar a limpeza do piso, paredes, teto e mobiliário da unidade, como mesas, telefones, extintores de incêndio. Ao Serviço de Enfermagem cabem as tarefas de limpeza e desinfecção de equipamentos e artigos relacionados à assistência do paciente, como bombas de infusão, monitores, aspiradores, comadre, bacias.
Fonte de infecção relacionada a o ambiente O ar, a água e as superfícies inanimadas verticais e horizontais fazem parte do meio ambiente de uma instituição de saúde. Particularmente no hospital, o ambiente pode tornar-se foco de infecção hospitalar, embora estudos tenham demonstrado não ser esse o principal meio de transmissão. Os cuidados com o ambiente estão centrados principalmente nas ações de limpeza realizadas pelo Serviço de Higiene Hospitalar. Há uma estreita relação deste com o Serviço de Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar, cabendo-lhe as seguintes incumbências: padronizar produtos a serem utilizados na limpeza; normatizar ou indicar o uso de germicidas para as áreas críticas ou para as demais, quando necessário; participar de treinamentos e dar orientação técnica à equipe de limpeza; participar da elaboração ou atualização de manuais a respeito do assunto.
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Fonte de infecção relacionad a à equipe de saúde: A equipe de saúde tem importante papel na cadeia de transmissão da infecção hospitalar ou domiciliar. As práticas adotadas para sua prevenção visam controlar a propagação de microrganismos que habitam o ambiente hospitalar e diminuir os riscos do paciente vir a adquirir uma infecção. Por outro lado, tanto as medidas gerais como as especícas de prevenção e controle de infecção implantadas na instituição também direcionam-se para proteger o próprio traba10
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde lhador que ali desempenha sua função, quer seja prestando assistência direta ao paciente, como no caso do auxiliar de enfermagem ou do enfermeiro, quer seja indiretamente, como o funcionário da higiene hospitalar, da lavanderia ou da nutrição e dietética. Toda a equipe de saúde tem responsabilidade com relação à prevenção da infecção hospitalar, devendo fazer correto uso das técnicas assépticas, dos equipamentos de proteção individual (EPI) e ou coletivo (EPC), quando necessário. Por sua vez, o em pregador tem a responsabilidade de disponibilizar os recursos necessários à efetivação desses cuidados. A prevenção e o controle da infecção fundamentam-se nos princípios de assepsia, mediante a utilização de medidas para impedir a penetração de microrganismos (contaminação) em local onde não estejam presentes. As técnicas de assepsia devem ser utilizadas por todos os prossionais de saúde em todos os procedimentos, e são agrupadas sob a denominação de assepsia médica e cirúrgica. A primeira, refere-se às medidas adotadas para reduzir o número de microrganismos e evitar sua disseminação; a segunda, para impedir a contaminação de uma área ou objeto estéril. As medidas que visam reduzir e prevenir o crescimento de microrganismos em tecidos vivos são denominadas antissepsia. A adesão da equipe às medidas gerais de prevenção e controle de infecção ainda dependem da conscientização e mudança de hábitos dos prossionais. Entretanto, sua adoção implica a realização de atos simples e de fácil execução, tais como: - lavar sempre as mãos antes de realizar qualquer procedimento - um dos mais importantes meios para prevenir a infecção cruzada; - manter os cabelos longos presos durante o trabalho, pois quando soltos acumulam sujidades, poeira e microrganismos, favorecendo a contaminação do paciente e do próprio prossional; - manter as unhas curtas e aparadas, pois as longas facilitam o acúmulo de sujidades e microrganismos; - evitar o uso de jóias e bijuterias, como anéis, pulseiras e demais adornos, que podem constituir-se em possíveis fontes de infecção pela facilidade de albergarem microrganismos em seus sulcos e reentrâncias, bem como na pele subjacente; - não encostar ou sentar-se em superfícies com potencial de contamina ção, como macas e camas de pacientes, pois isto favorece a disseminação de microrganismos.
Luvas esterilizadas e de procedimento: Outra barreira utilizada para o controle da disseminação de microrganismos no am biente hospitalar são as luvas, esterilizadas ou não, indicadas para proteger o paciente e o prossional de contaminação. As luvas esterilizadas, denominadas luvas cirúrgicas, são indicadas para a realização de procedimentos invasivos ou manipulação de material estéril, impedindo a deposição de microrganismos no local. Exemplos: cirurgias, suturas, curativos, cateterismo vesical, dentre outros. As luvas de procedimento são limpas, porém não esterilizadas, e seu uso é indicado para proteger o prossional durante a manipulação de material, quando do contato com superfícies contaminadas ou durante a execução de procedimentos com risco de exposição a sangue, uidos corpóreos e secreções. Não há nenhum cuidado especial para calçá-las, porém devem ser removidas da mesma maneira que a luva estéril, para evitar que o prossional se contamine. Fonte de infecção relacionad a ao p aciente: Na maioria das vezes, a pessoa hospitalizada tem seus mecanismos de defesa com prometidos pela própria doença, tornando-se mais susceptível às infecções. Além disso, a infecção hospitalar pode ser predisposta por fatores tais como: - idade - os idosos são mais susceptíveis às infecções porque apresentam maior incidência de doenças básicas que acabam debilitando e afetando seu sistema imunológico, e pelas alterações de estrutura e funcionamento do organismo; - condições de higiene - a integridade da pele e da mucosa funciona como barreira mecânica aos microrganismos. A camada externa da pele é constituída por células que se renovam e descamam continuamente; como consequência, diversos tipos de sujidades a ela aderem com facilidade e microrganismos multiplicam-se intensamente em toda a sua superfície; - movimentação - a imobilidade no leito, causada por distúr bios neurológicos ou fraqueza, torna o paciente mais susceptível às infecções. Nessas condições, apresenta maiores chances de desenvolver úlceras de pressão, que causam ruptura na pele e facilitam a penetração de microrganismos; - certas enfermidades - como a Aids, em consequência da diminui ção da defesa orgânica causada pela própria doença; - estado de nutrição - a carência de proteínas e de outros nutrientes prejudica a formação e renovação das células do nosso corpo, causando diminuição da resistência e retardamento do processo de cicatrização de feridas.
Lavando as mã os: No dia-a-dia de nosso trabalho executamos grande variedade de procedimentos, muitos deles repetidas vezes. Em geral, a importância que lhes é conferida associa-se ao grau de complexidade, à tecnologia envolvida, à capacidade de provocar danos ou complicações ao paciente e à frequência de realização. A pouca adesão dos prossionais da área de saúde à prática de lavagem das mãos reete em parte essa situação, pois é procedimento simples, comum na esfera social como hábito de higiene, o que certamente não lhe confere o valor e o status de alta tecnologia. E muitas são as justicativas usadas pela equipe para não fazê-lo, como, dentre outras: falta de pias e degermantes adequados, sobrecarga de serviço, situações de emergência. Em contrapartida, os especialistas são unânimes em armar que este é um dos procedimentos mais signicativos para a prevenção e o controle da infecção hospitalar, sendo-lhe atribuída a possibilidade de redução acentuada da carga microbiana quando as mãos são lavadas com água e sabão e com degermantes como povidine ou clorhexidine.
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Ao prestar qualquer cuidado ou execução de uma técnica, é fundamental que o prossional de enfermagem contemple o paciente em sua dimensão biopsicossocial. Assim, é importante que os cuidados não sejam realizados de maneira automatizada e im pessoal, como se o paciente fosse uma máquina a ser analisada e manipulada nas suas diferentes peças. Apesar de estar doente, ele não perde a condição de sujeito e cidadão. Sua autonomia deve ser resguardada. Ele tem total direito de ser esclarecido sobre os objetivos e natureza dos procedimentos de enfermagem, sua invasibilidade, duração dos tratamentos, benefícios, prováveis desconfortos, inconvenientes e possíveis riscos físicos, psíquicos, econômicos e sociais, ou seja, sobre tudo o que possa fundamentar suas decisões. É muito comum o prossional de saúde argumentar que boa parte dos pacientes não compreende as informações prestadas. Esquecem que, na maioria das vezes, isto é causado pela inadequação de como são passadas, e não na pretensa incapacidade de compreensão do paciente. 11
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde Higiene Oral (em pacientes impossibilitados de cuidar de si): Material: Solução anti-séptica, solução bicarbonatada (para cada 1 colher de chá, 500 ml de água); Espátula envoltas em gazes; Lubricante (vaselina líquida); Toalha; Copo para colocar solução anti-séptica; Luvas; Cuba-rim.
O natural pudor e intimidade dos pacientes devem ser sempre respeitados, pois espera-se que os prossionais de enfermagem lhes assegurem ao máximo a privacidade. A intimidade deve ser preservada mesmo quando são feitas perguntas pessoais, por ocasião do exame físico e do tratamento, lembrando que o conceito de intimidade tem diferentes signicados para cada pessoa e fatores como idade, sexo, educação, condições socioeconômica e culturais têm inuência no mesmo. Os pacientes sempre esperam que o enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem que lhe presta cuidados seja um prossional competente, com habilidade e segurança. Para que isto seja uma realidade e os resultados ecazes, todos os cuidados devem ser previamente planejados e organizados. Os materiais necessários à execução dos procedimentos devem ser reunidos e levados numa bandeja para junto do paciente, e o ambiente devidamente preparado para evitar idas e vindas desnecessárias e a impressão de desleixo. Para a segurança do paciente, do próprio prossional e das pessoas que com ele trabalham, indica-se, mais uma vez, lavar sempre as mãos antes e logo após os cuidados dispensados. Para diminuir os riscos de o paciente vir a desenvolver infecção durante sua internação, a enfermagem implementa cuidados bastante diversicados, de acordo com as condições e necessidades que cada um apresenta. Dentre eles, os que visam à manutenção da integridade cutâneomucosa, através de cuidados de higiene, mobilização e alimentação adequada, são os que causam grande impacto nos resultados do tratamento.
Técnica: - Lavar as mãos; - Explicar ao paciente o que ser feito; - Calçar luvas; - Reunir o material na mesa de cabeceira; - Colocar o paciente em posição confortável, com a cabeceira elevada. Em pacientes inconscientes, colocá-los em decúbito lateral; - Colocar a toalha na parte superior do torax e pescoco do paciente, com forro plástico, se necessário; - Proceder a limpeza de toda a boca do paciente usando as espátula envoltas em gazes, embebidas em solução anti-séptica diluído em água; - Utilizar cuba-rim para o paciente “bochechar”; - Limpar a língua, para evitar que que seborreica; - Enxugar os lábios com a toalha; - Lubricar os lábios com vaselina líquida, para evitar rachaduras; - Retirar luvas; - Lavar as mãos; - Recompor a unidade; - Anotar no prontuário o que foi feito e anormalidades detectadas.
Higiene do P aciente
Obs: Em pacientes neurológicos com lesão cervical, usar a espátula com gaze, para retirar o excesso de líquido da solução anti-séptica, sem mobilizar a cabeça; Em pacientes conscientes, ele próprio deve escovar os dentes.
Normas - A higiene do paciente ca a cargo da Equipe de Enfermagem; - Explicar sempre ao paciente o que vai ser feito; - Preferencialmente realizar a higiene oral do paciente, antes do banho e apos as refeicoes, com solucao de Bicarbonato de Sodio, e quando se zer necessario; - Ao lidar com o paciente, de maneira direta, e imprescindivel o uso de luvas para procedimentos; - Cuidar durante o banho, para nao expor, desnecessariamente, o paciente. A privacidade contribui muito para o conforto mental do paciente; - Secar bem toda a supercie do corpo do paciente, principalmente as dobras; - As portas do banheiro nao devem ser trancadas, durante o banho; - Deve-se testar a temperatura da agua, antes do banho do paciente. Geralmente se usa agua morna.
Higiene Oral (em paciente entubado): Material: Solução anti-séptica, solução bicarbonatada; Espátula envoltas em gazes; Lubricante (vaselina líquida); Copo para colocar solução antiséptica; Seringa de 20 ml; Aspirador montado; Cânula de guedel (estéril), se necessário; Toalha; Luvas. Técnica - Lavar as mãos; - Explicar ao paciente o que ser feito; - Calçar luvas; - Reunir o material na mesa de cabeceira; - Colocar o paciente em posição confortável, com a cabeceira elevada ou em decúbito lateral se estiver inconsciente. Caso o paciente esteja com sonda nasogástrica, abri-la, para evitar náuseas e reuxo do conteúdo gástrico para a boca; - Colocar a toalha na parte superior do tórax e pescoço do paciente, com forro plástico, se necessário; - Vericar se o cu da cânula endo-traqueal está insuado, para evitar que a solução anti-séptica ou salivação penetre na traqueia, durante a higienizacao; - Instilar água com auxílio da seringa, pelo orifício da cânula de guedel, e fazer aspiração ao mesmo tempo; - Retirar a cânula de guedel e lavá-la em água corrente na pia do quarto e recolocá-la, ou proceder a sua troca por outra estéril, caso, seja necessário ou que conforme rotina, já tenha dado 24 horas após a sua colocação;
Higiene Oral: Consiste na limpeza dos dentes, gengivas, bochechas, língua e lábios. Condições patológicas que predispõem a irritação e a lesão da mucosa oral: (estado de coma, hipertemia). Finalidades: - Promover conforto ao paciente; - Evitar halitose; - Prevenir carie dentaria; - Conservar a boca livre de residuos alimentares.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde Banho n o Leito (Paciente com Dependência Total)
- Proceder a limpeza de toda a boca do paciente, usando as espátula envoltas em gazes embebidas em solução anti-séptica. Limpar o palato superior e toda a arcada dentária; - Limpar também a lingua; - Enxugar os lábios com a toalha e lubricá-los com vaselina; - Retirar luvas; - Lavar as mãos; - Recompor a unidade; - Anotar no prontuário o que foi feito e anormalidades detectadas.
Normas - Trocar a água do banho sempre que necessário; - Quando houver colostomia e/ou drenos, esvaziar as bolsas coletoras antes do banho ou trocá-la, depois trocar as luvas e iniciar o banho; - Quando o banho for dado em apenas uma pessoa, levando-se em consideração que o paciente ajuda, seguir a mesma técnica, porém, sem esquecer de lavar as mãos enluvadas, antes de manipular a roupa limpa; - O uso de máscara para banho é opcional como rotina. Levar em consideração os pacientes altamente infectados.
Obs: A troca do cadarco da cânula endotraqueal, deve ser feita pelo Técnico/Auxiliar a cada 12 horas, ou quando se zer necessário, acompanhada do reposicionamento da cânula endotraqueal, que deve ser feito pela Enfermeira da unidade; A higiene oral do paciente entubado deve ser feita 01 vez a cada plantão.
Material Carro de banho ou mesa de cabeceira; Luva de banho; Toalha de banho (lencol protetor); Material para higiene oral; Material para higiene íntima, Pente, Sabonete individualizado, Comadre e/ ou papagaio do próprio paciente, Roupa para o paciente (pijama ou camisola), Roupa de cama (02 lençóis, 01 cobertor S/N, 01 toalha de banho, 01 para fralda S/N, 01 forro S/N, Luvas de procedimento, Luvas de banho, Hamper, 01 bacia, 01 balde, Fita adesiva, Biombos.
Higiene das Próteses Dentárias: Material: Copo com solução anti-séptica bucal; Escova de dentes; Pasta dental ou sabão líquido; Cuba-rim; 01 par de luvas; Toalhas de papel; Toalhas de Banho; Biombos. Técnica - Lavar as mãos; - Explicar ao paciente o que vai fazer; - Reunir o material na bandeja e colocar sobre a mesa de ca beceira do paciente; - Proteger o leito com biombo; - Colocar toalha sobre o tórax do paciente; - Colocar o paciente em Fowler ou sentado quando for per mitido; - Calçar as luvas; - Pedir ao paciente que remova a prótese com o uso da toalha de papel. Se o paciente não puder remover as próteses sozinho, a enfermagem deve fazê-lo em seu lugar, lenta e cuidadosamente; - Colocar as próteses na cuba-rim, forrada com toalha de pa pel. Levar ao banheiro; - Colocar a pasta dental ou sabão líquido sobre a escova; - Segurar as próteses na palma da mão e escová-la com movimentos rmes da base dos dentes para as pontas; - Escovar a área de acrílico em toda sua extensão; - Lavá-la sob jato de água fria; - Desprezar o papel toalha da cuba-rim e colocar outro; - Colocar a prótese limpa na cuba-rim; - Lavar a escova com água corrente e colocá-los na cuba-rim; - Lavar as mãos enluvadas; - Oferecer copo com solução anti-séptica bucal, para que o paciente enxague a boca; - Entregar a prótese ao paciente ou coloque-a por ele, no caso de impossibilidade do mesmo; - Colocar o paciente em posição confortável; - Desprezar as luvas; - Limpar e guardar todo o material; - Lavar as mãos; - Anotar no prontuário.
Técnica - Lavar as mãos e calcar as luvas de procedimentos; - Explicar ao paciente o que vai ser feito; - Trazer o carro de banho e o hamper próximo ao leito; - Fechar as portas e janelas; - Proteger a unidade do paciente com biombos; - Oferecer comadre ou papagaio ao paciente e procurar saber se tem clister prescrito. Se houver, fazê-lo em primeiro lugar; - Desprender a roupa de cama, iniciando do lado oposto onde permanecer; - Fazer higiene oral do paciente e lavar a cabeça, se necessário; - Trocar a água do banho, obrigatoriamente, após a lavagem da cabeça; - Lavar os olhos, limpando o canto interno para o externo, usando gaze; - Lavar, enxaguar e enxugar o rosto, orelhas e pescoço; - Remover a camisola ou camisa do pijama, mantendo o tórax protegido com o lencol, descansando os braços sobre o mesmo; - Lavar e enxugar os braços e mãos do lado oposto ao que se está trabalhando, depois o mais próximo, com movimentos longos e rmes, do punho a axila; - Trocar a água; - Lavar e enxugar o tórax e abdome, com movimentos circulares, ativando a circulação, observando as condições da pele e mamas; - Cobrir o tórax com lençol limpo, abaixando o lençol em uso, até a região genital; - Lavar, enxaguar e enxugar as pernas e coxas, do tornozelo até a raiz da coxa, do lado oposto ao que se está trabalhando, de pois o mais próximo; - Colocar bacia sob os pés e lavá-la, principalmente nos interdígitos, observando as condições dos mesmos e enxugar bem; - Trocar a água da bacia e a luva de pano, obrigatoriamente; - Encaixar a comadre no paciente; - Fazer higiene íntima do paciente, de acordo com a técnica;
Obs: Quando o paciente retirar a prótese ou recolocá-la, a Enfermagem deve observar se há a alguma anormalidade em cavidade bucal. Se houver, relatá-la no prontuário.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde nor probabilidade de escorregarem; Durante o banho deve-se assegurar a privacidade ao paciente, mas pedir-lhe para não trancar a porta e chamar se precisar de assistência. Manter-se perto do local.
- Trocar, obrigatoriamente, a água da bacia e a luva de banho, retirando a comadre, deixando-a ao lado do leito; - Virar o paciente em decúbito lateral, colocando a toalha sob às costas e nádegas, mantendo esta posição com o auxílio de outra pessoa; - Lavar e enxugar as costas, massageando-as, incluindo nádegas e cóccix do paciente; - Deixar o paciente em decúbito lateral, empurrando a roupa úmida para o meio do leito, enxugando o colchão; - Trocar de luvas ou lavar as mãos enluvadas, para não contaminar a roupa limpa; - Proceder a arrumação do leito, com o paciente em decúbito lateral; - Virar o paciente sobre o lado pronto do leito; - Retirar a roupa suja e desprezá-la no hamper; - Calçar outras luvas ou lavar as mãos enluvadas e terminar a arrumação do leito; - Fazer os cantos da cama: cabeceira e pés; - Vestir o paciente; - Pentear os cabelos do paciente; - Trocar a fronha; - Utilizar travesseiros para ajeitar o paciente no decúbito mais adequado; - Limpar balde, bacia, comadre com água e sabão; - Recompor a unidade do paciente, colocando tudo no lugar; - Retirar as luvas e lavar as mãos; - Anotar no prontuário o que foi feito e as anormalidades detectadas, se houver.
Higiene Íntima Feminina: Material: 01 balde; 01 jarra; Pacote de gazes; Comadre; Toalha de banho; Sabão líquido o P.V.P.I. degermante; Luvas para procedimento; Hamper; Pinça auxiliar (Cheron); Biombo; Forro e saco plástico. Técnica - Lavar as mãos; - Explicar o procedimento ao paciente; - Reunir o material e colocá-los sobre a mesa de cabeceira; - Calçar às luvas; - Trazer o hamper próximo ao leito; - Proteger a unidade com biombos; - Colocar o paciente em posição ginecológica, procurando ex pô-la o mínimo possível; - Colocar o forro sobre o saco plástico, colocando-os sobre a região glútea; - Colocar a comadre sob a região glútea da paciente, com ajuda da mesma; - Irrigar monte pubiano e vulva com água, despejando-a suavemente com o auxílio da jarra; - Despejar pequena porção de sabão líquido ou P.V.P.I. deger mante sobre o monte pubiano; - Ensaboar a região pubiana com a pinça montada em gaze, de cima para baixo sem atingir o ânus, desprezando a gaze, após cada movimento vulva - ânus; - Afastar os grandes lábios e lavá-la no sentido ântero-posterior, primeiro de um lado, desprezando a gaze e depois do outro lado; - Lavar por último a região anal; - Despejar a água da jarra, sobre as regiões ensaboadas; - Retirar a comadre; - Enxugar a região lavada com a toalha de banho ou com o forro que está sob a região glútea do paciente; - Colocar a paciente em posição de conforto; - Desprezar as roupas (toalha, forro) no hamper; - Lavar a comadre no banheiro, juntamente com o balde e jarra e guardá-los; - Retirar a luva; - Lavar as mãos; - Anotar no prontuário.
Banho de Aspersão (chuveiro): Material: Roupa pessoal (pijama, camisola, shorts - fornecidos pelo Hospital); Toalha de banho; Sabonete (individual); Pente; Luva de banho (opcional). Técnica - Lavar as mãos; - Explicar ao paciente o que vai ser feito; - Reunir o material e levar ao banheiro; - Encaminhar o paciente ao banheiro (portas e janelas fechadas); - Abrir o chuveiro e regular a temperatura da água e orientar o paciente sobre o manuseio da torneira; - Ajudar o paciente a se despir, caso não consiga fazer sozinho; - Iniciar o banho se a situação permitir, deixando o paciente sozinho; - Enxugar ou ajudar o paciente a fazê-lo, observando as condições da pele e a reação do banho; - Vestir e pentear o paciente caso não consiga fazê-lo sozinho; - Conduzir o paciente a sua unidade, colocando-o em posição confortável na cadeira; - Arrumar o leito e deixar a unidade em ordem; - Colocar tudo no lugar e chamar o pessoal da limpeza para proceder a limpeza do banheiro; - Lavar as mãos; - Anotar no prontuário.
Obs: Se houver presença de secreção uretral e/ou vaginal, utilizar gazes montadas na pinça auxiliar para retirar o excesso, antes de iniciar a limpeza com água e sabão líquido ou P.V.P.I. degermante.
Higiene Íntima Masculina: Material: 01 balde; 01 jarra; Pacote de gazes; Comadre; Toalha de banho; Sabão líquido o P.V.P.I. degermante; Luvas para procedimento; Hamper; Pinça auxiliar (Cheron); Biombo; Forro e saco plástico. Técnica - Lavar as mãos; - Explicar o procedimento ao paciente; - Reunir o material e levá-lo a unidade do paciente;
Obs: Sentar na cadeira embaixo do chuveiro é muito mais seguro para os pacientes idosos ou para os pacientes que ainda estão muito fracos, facilitando para que lavem as pernas e pés, com me Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde - Proteger a unidade com biombos; - Trazer o hamper próximo ao leito; - Calçar as luvas de procedimentos; - Posicionar o paciente expondo somente a área genital; - Colocar o forro com plástico sob a região glútea do paciente; - Colocar a comadre sob a região glútea em cima do forro com a ajuda do paciente; - Irrigar com a jarra com água, a região genital; - Dobrar e pinçar gaze com a pinça auxiliar; - Despejar pequena porção de sabão líquido ou P.V.P.I. deger mante, sobre os genitais; - Ensaboar os genitais com a pinça montada em gaze, desprezando a gaze, a cada etapa; - Tracionar o prepúcio para trás, lavando-o em seguida, com movimentos únicos e circulares; - Iniciar a higiene íntima pelo meato urinário, prepúcio, glande, corpo do pênis, depois região escrotal e por último a região anal; - Despejar o conteúdo da jarra sobre a região pubiana, pregas inguinais, pênis e bolsa escrotal; - Tracionar o escroto, enxaguando a face inferior no sentido escroto perineal; - Retirar todo o sabão líquido ou P.V.P.I. degermante; - Retirar a comadre; - Enxugar a região lavada com a toalha de banho ou com o forro que está sob a região glútea do paciente; - Posicionar o prepúcio; - Colocar o paciente em posição de conforto; - Desprezar as roupas no hamper (toalha, forro); - Lavar a comadre no banheiro, juntamente com o balde e jarra e guardá-los; - Retirar a luva; - Lavar as mãos; - Anotar no prontuário.
- Sustentar a cabeça do paciente com uma das mãos, sobre a bacia com água; - Pentear os cabelos, inspecionando o couro cabeludo, cabelos e observando condições de anormalidade; - Umedecer os cabelos com um pouco de água, aplicando o shampoo evitando que o líquido escorra nos olhos; - Massagear o couro cabeludo com as pontas dos dedos; - Lavar os cabelos; - Enxaguar os cabelos do paciente até sair toda espuma, com o auxílio de uma jarra; - Despejar a água da bacia, quantas vezes forem necessário; - Elevar a cabeça do paciente e espremer os cabelos com cuidado, fazendo escorrer água; - Retirar a bacia que está sob a cabeça do paciente; - Descansar e envolver a cabeça do paciente na toalha; - Secar os cabelos com toalha de banho ou forro; - Pentear os cabelos do paciente; - Recolocar o travesseiro e voltar o paciente a posição inicial; - Retirar a toalha, recompor o material no carro de banho, deixando paciente em posição confortável; - Lavar as mãos; - Anotar na prescrição do paciente.
Tratamento de Pediculose e Remoção de Lendeas: Material: Solução indicada para pediculose; Luvas para procedimento; Atadura de crepe; Esparadrapo; Forro e saco plástico; Pente no; Biombo; Vaselina Líquida. Técnica - Lavar as mãos; - Trazer a bandeja com o material e colocá-los na mesa de cabeceira ou carro de banho; - Explicar o procedimento ao paciente; - Colocar biombo; - Colocar o forro protegido com plástico sobre o travesseiro; - Aplicar vaselina nas bordas do couro cabeludo, para evitar que a solução queime o rosto; - Dividir os cabelos em partes, aplicando a solução com gaze, fazendo fricção no couro cabeludo e no nal embeber os cabelos; - Prender o cabelo e colocar a faixa de crepe ao redor da cabeca, formando um gorro e xando com esparadrapo no nal; - Conservar o travesseiro com forro; - Retirar as luvas; - Lavar as mãos; - Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem; - Levar a bandeja com o material para o local de origem; - Fazer anotações no prontuário do paciente.
Obs: Se houver presença de secreção purulenta na região uretral, limpá-la com gaze, antes de proceder a limpeza com água e sabão.
Lavagem dos Cabelos: Material: Shampoo; Balde; Bacia; Toalha de banho; Luvas para procedimento; Forro e saco plástico; Pente; Algodão em bola (02 unidades). Técnica - Explicar ao paciente o que ser feito; - Reunir o material no carro de banho e levá-lo próximo a cama do paciente; - Lavar as mãos; - Fechar portas e janelas; - Abaixar a cabeceira do leito do paciente; - Retirar o travesseiro; - Colocar toalha de banho na cabeceira da cama, sob o forro com o plástico; - Colocar sobre o forro com plástico, a bacia com água morna; - Colocar o paciente em posição diagonal, com a cabeça próxima ao funcionário; - Proteger os ouvidos do paciente com algodão; - Colocar outra toalha ao redor do pescoço do paciente, afrouxando a camisola, no caso de mulher, ou retirando a camisa no caso de homem, cobrindo-o com o lençol; Didatismo e Conhecimento
Obs: Deixar a solução no cabelo por 03 a 06 horas pela manhã e lavá-la à tarde, passando vinagre após e penteando; Repetir o procedimento durante 03 dias ou mais, se necessário.
Como colocar e retirar comadre do paciente acamado: Material: Comadre; Papel higiênico; Biombos; Bacia com água morna; Toalha de banho; Sabonete. Técnica - Lavar as mãos; - Identicar o paciente; 15
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde - Cercar a cama com biombos; - Explicar ao paciente o que vai ser feito; - Reunir o material necessário junto a unidade; - Colocar as luvas de pr ocedimento; - Aquecer a comadre (fazendo movimentos de fricção em sua superfície, com a extremidade sobre o lençol ou colocando-a em contato com água quente; - Pedir ao paciente para levantar os quadris e se ele estiver impossibilitado, levantar por ele, com a ajuda de outro funcionário da Enfermagem; - Colocar a comadre sob os quadris; - Deixar o paciente sozinho, sempre que possível; - Ficar por perto e voltar tão logo ele o chame; - Entregar papel higiênico ao paciente, orientando-o sobre a higiene íntima e se necessário, faça por ele; - Pedir novamente ao paciente que levante o quadril ou, se necessário, levante por ele; - Retirar a comadre; - Fornecer bacia com água para que o paciente lave as mãos; - Fornecer toalha para que ele enxugue as mãos; - Lavar o material; - Colocar o material restante no lugar; - Deixar o paciente em posição confortável; - Desprezar as luvas e lavar as mãos; - Anotar no prontuário. Obs: Não deixar um paciente esperando pela comadre, por se tra tar de um ato siológico e a espera pode levar a angústia física e emocional, podendo ocorrer diminuição do tônus dos esfíncteres. Por se tratar de um momento íntimo, muitos pacientes tem que car sozinhos, pois sentem-se inibidos, não conseguindo evacuar perto de outras pessoas.
Medidas de conforto e segurança do paciente: O conforto e a segurança tem uma concepção ampla e abrangem aspectos físicos, psicossociais e espirituais, constituindo necessidade básica do ser humano. Na admissão, se suas condições físicas permitirem, deve-se apresentar o paciente para os companheiros da enfermaria e a equipe de saúde. Mostrar as dependências e orientá-lo quanto a equipe de saúde. Mostar as dependências e orientá-lo quanto a rotina da unidade. Todas as condutas terapêuticas e assistência de enfermagem devem ser precedidas de orientação, esclarecimento de dúvidas e encorajamento. Medidas importantes para proporcionar conforto ao paciente: - Ambiente limpo, arejado, em ordem, com temperatura adequada e leito confortavel; - Boa postura, movimentação ativa ou passiva; - Mudança de decúbito; - Respeito quanto a individualidade do paciente; - Inspiração de sentimento de conança, segurança e otimismo; - Recreação através de TV, grupos de conversação, trabalhos manuais, leituras. Pr evenção de Escar as e Deform ações: Pacientes que permanecem muito tempo acamados requerem uma atenção especial; os inconscientes geralmente apresentam reexos alterados, com diminuição ou abolição de movimentos voluntários. A imobilização pode facilitar complicações traqueobronquicas; a circulação pode-se tornar deciente em determinados pontos da área corporea, onde sofrem maior pressão, provocando ulcerações (escaras de decúbito); o relaxamento muscular e a posição incorreta dos vários segmentos do corpo pode provocar deformidades. A mudança de decúbito, exercícios passivos e massagem de conforto, são medidas utilizadas para prevenir deformidades e escaras de decúbito.
Massagem de Conforto É a massagem corporal realizada durante o banho de leito, e aconselhável ainda, após o uso de comadre e durante a mudança de decúbito. Estimula a circulação local; Preveni escaras de decúbito; Proporciona conforto e bem estar; Possibilita relaxamento muscular. Material: Álcool 70%, ou creme ou ainda talco.
Posição para Exames Fowler: Paciente ca semi sentado. Usado para descanso, conforto, alimentação e patologias respiratórias. SIMs: Lado direito: deitar o paciente sobre o lado direito exionando-lhe as pernas, cando a direita semi exionada e a esquerda mais exionada, chegando próxima ao abdômen. Para o lado esquerdo, basta inverter o lado e a posição das pernas. Posição usada para lavagem intestinal, exames e toque.
Técnica - Aproximar o paciente na lateral do leito, onde se encontra a pessoa que irá fazer a massagem; - Virar o paciente em decúbito ventral ou lateral; - Após lavar às costas, despejar na palma da mão pequena quantidade de álcool, creme ou talco; - Aplicar nas costas do paciente massageando com movimentos suaves e rmes, seguindo a seguinte orientacao: a) Deslizar as mãos suavemente, começando pela base da es pinha e massageando em direção ao centro, em volta dos ombros e dos lados das costas por quatro vezes; b) Realizar movimentos longos e suaves pelo centro e para cima da espinha, voltando para baixo com movimentos circulares por quatro vezes; c) Realizar movimentos longos e suaves pelo centro da espinha e para cima, retornando para baixo massageando com a palma da mão, executando círculos pequenos; d) Repatir os movimentos longos e suaves que deram início a massagem por três a cinco minutos e continuar com o banho ou mudança de decúbito.
Didatismo e Conhecimento
Genu-Peitoral: Paciente se mantém ajoelhado e com o peito descansando na cama, os joelhos devem car ligeiramente afastados. Posição usada para exames vaginais, retais e cirurgias. Ginecológica: A paciente ca deitada de costas, com as per nas exionadas sobre as coxas, a planta dos pés sobre o colchão e os joelhos afastados um do outro. É usado para sondagem vesical, exames vaginais e retal. Litotomia: A paciente é colocada em decúbito dorsal, as coxas são bem afastadas uma das outras e exionadas sobre o abdôme; para manter as pernas nesta posição usam-se suportes para as pernas (perneiras). Posição usada para parto, toque, curetagem.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde Tredelemburg: O paciente ca em decúbito dorsal, com as pernas e pé acima do nível da cabeça, posição usada para retorno venoso, cirurgia de varizes, edema.
Duas Pessoas com Lençol - Dobrar em leque a colcha e o sobre lençol; - Ficar uma pessoa de cada lado do paciente; - Soltar o lençol móvel; - Enrolar as extremidades laterais do lençol bem próximo do paciente; - Executar a técnica da seguinte maneira: ambos seguram o lençol na altura do ombro e do terço superior da coxa; - Colocar o paciente para o lado esquerdo com movimentos sincronizados; - Colocar o braço esquerdo do paciente sobre o tórax, deixando o outro semiexionado e abduzido sobre o leito e exionar o joelho esquerdo; - Colocar uma das mãos sobre o ombro e a outra sobre o quadril do paciente e virá-lo delicadamente para o lado direito; - Colocar um travesseiro apoiando a cabeça, pescoço e ombro, outro amparando as costas e outro entre os membros inferiores; - Colocar o braço esquerdo de modo que não pressione o tórax; - Prender o lençol; - Cobrir o paciente.
Ereta ou Or tostática: O paciente permanece em pé com chinelos ou com o chão forrado com um lençol. Posição usada para exames neurológicos e certas anormalidades ortopédicas. Movimentação e Transporte de Paciente É mover, e levantar ou transportar o paciente para um determinado local através da utilização de movimentos planejados. Objetivos: - Proporcionar conforto e segurança ao paciente; - Evitar esforços desnecessários e lesões corporais; - Aliviar a pressão de determinada área (evitar escaras). O primeiro fator importante ao se mover ou levantar o paciente, é o emprego de uma boa mecânica corporal por parte da enfermagem e de outra pessoa que ajude. Devem-se evitar esforços desnecessários, prevenindo danos para si e para o paciente. Os movimentos devem ser planejados. É bom fazer uma pequena contagem para todos agirem juntos, somando forças, empregando princípios de ergonomia. Por exemplo, contar 1 – 2 – 3 – já! Procedimentos comuns: - Lavar as mãos antes e após qualquer procedimento; - Calçar luvas de procedimentos; - Orientar o paciente sobre o procedimento; - Registrar no prontuário todos os procedimentos realizados com o paciente; - Deixar a unidade em ordem;
OBS: Para movimentar o paciente do decúbito dorsal para a lateral esquerda, seguir as mesmas regras, mudando o posicionamento do paciente;
Movimentação do Paciente para a Cabeceira Qua ndo o paciente auxilia - Dobrar em leque a colcha e sobre lençol até altura dos pés; - Proteger as grades de cabeceira com travesseiros; - Solicitar ao paciente, que exione os joelhos, apoiando r memente as pernas e pés no colchão; - Apoiar o ombro e a coxa do paciente com as mãos; - Orientar o paciente solicitando-o para dar um impulso com os pés no sentido da cabeceira; - Colocar o travesseiro e arrumar a cama; - Cobrir o paciente.
Decúbito Dorsal par a La teral Direito ou Esquer do Duas P essoas - Dobrar em leque o sobrelençol até a altura dos pés; - As duas pessoas executantes devem colocar-se à esquerda do paciente; - 1ª pessoa: colocar o braço direito sob o ombro do paciente, apoiando a cabeça. Em seguida colocar o braço esquerdo sob a região lombar; - 2ª pessoa: colocar o braço direito sob a região lombar e o esquerdo sob o terço superior da coxa; - Colocar o braço esquerdo do paciente sobre o tórax, o direito semiexionado e abduzido sobre o leito e exionar o joelho esquerdo; - Colocar uma das mãos sobre o quadril do paciente e virá-lo delicadamente para o lado direito; - Colocar um travesseiro apoiando a cabeça, pescoço e om bro, outro amparando as costas e um terceiro entre os membros inferiores; - Colocar o braço esquerdo do paciente de modo que não pressione o tórax; - Cobrir o paciente; - Deixar a unidade em ordem.
Quando o paciente não auxilia (duas pessoas com lençol móvel ou lençol) - Dobrar em leque o sobrençol até a altura dos pés; - Proteger as grades da cabeceira com o travesseiro; - Ficar uma pessoa de cada lado do paciente; - Soltar o lençol móvel ou lençol; - Enrolar as extremidades laterais do lençol bem próximos do paciente; - Ambas as pessoas devem segurar o lençol na altura do ombro e na região coxofemoral; - Deslocar o paciente para a cabeceira da cama com movimentos sincronizados; - Colocar o travesseiro e arrumar a cama; - Cobrir o paciente e deixar a unidade em ordem. Transporte do paciente da cama par a a maca (quatr o pessoas com lençol) - Antes do procedimento, fechar infusões venosas, e SNG, SNE ou SVD; - No caso SVD, exames demorados abrir sonda enquanto aguarda;
Obs: Para as mudanças de decúbito inverso seguir os mesmos passos, mudando o posicionamento dos executantes e do paciente. Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde - Desprender as roupas de cama; - Dobrar em leque o lençol e o cobertor até os pés; - Em quatro pessoas, devem portar-se duas pessoas á direita e duas pessoas á esquerda do paciente; - Enrolar as extremidades laterais do lençol bem próximas ao paciente; - Passar o paciente para a beira da cama com movimentos simultâneos; - Colocar a maca paralela ao leito, próxima do pacientes; - Transportar o paciente da cama para a maca num só movimento; - Afastar a maca da cama, arrumar as roupas e levantar as grades laterais; - Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem;
o paciente pode ser o fundamento para a pouca frequência na utilização do diagnóstico “paciente terminal”. Realmente, o mesmo parece ser substituído por uma forma mais informal de denominação que não aparece nos prontuários dos doentes. Refere-se aqui às expressões SPP – se parar, parou – ou SIR – sem indicação para reanimação – ambos indicadores para não mais investir nesse paciente. A resistência em diagnosticar um paciente como terminal concerne também ao fato de se tratar de um diagnóstico denitivo que, no entanto, pode não se conrmar com a evolução do caso. Assim, acredita-se que, após considerar um paciente como terminal, o prossional de saúde que em uma situação paradoxal, em que a sua melhora assinalaria a falha do prossional na realização do prognóstico. Com efeito, ser o diagnóstico de paciente terminal sem volta é o que o torna angustiante para o prossional de saúde. A falta de exatidão frente ao prognóstico de morte foi assinalada por Pitta, que arma que os progressos da terapêutica e da cirurgia tornam difícil saber quando uma doença grave será mortal ou não. Evidenciou-se a quase inexistência de pacientes identicados como terminais. O que se encontrou, mais frequentemente, foram registros informais em que não mais se pretende investir em determinados doentes, sendo eles identicados como SPP (se parar, parou) ou SIR (sem indicação de reanimação). Vericou-se ainda, nas observações e nos depoimentos, que a decisão de não mais investir no paciente nunca é tomada por um prossional isolado; ela sempre é feita pela equipe de saúde, incluindo também o posicionamento da família.
Da cama pa ra a cadeir a de roda s (duas pessoas com lençol) - Colocar a cadeira de rodas próximas aos pés da cama. Deixar travada. - Colocar o lençol sobre o paciente; - Levantar a cabeceira e sentar o paciente na borda da cama observando sinais de vertigem, palidez, etc. - Enrolar as bordas laterais do lençol próximos do paciente; - Transportar com movimentos sincronizados para a cadeira de rodas. - Deixar a unidade em ordem. Cuidados Important es: -Fazer a desinfecção concorrente da maca e da cadeira de rodas após cada transporte; -Utilizar corretamente a mecânica corporal a m de evitar lesões corporais e desgastes desnecessários; -Puxar a cadeira de rodas pelas costas ao descer a rampa; -Agasalhar o paciente nos dias frios; -Cuidados com infusões, sondas, dietas, drenos, etc.
O signicado do paciente terminal
Ao acompanhar o paciente hospitalizado, a equipe de saúde se empenha em lutar contra a doença. Dessa forma, pode-se perceber que esse seria denido como um fator marcante que eleva a diculdade de lidar com os terminais, pois a impossibilidade de cura passa a ser sentida como sinal de fracasso. Assim, atuar junto ao paciente terminal é estar no centro de uma batalha. A literatura a respeito, tanto da formação médica, quanto da enfermagem revela que desde cedo o estudante é “moldado” para considerar a morte como “o maior dos adversários”. Ela deverá ser sempre combatida e, se possível, vencida graças à melhor ciência, ou competência disponível. Contudo, a equipe de saúde já entra na luta com o ônus da derrota, pois esquece que a morte é maior e mais evidente do que todo o tecnicismo do saber médico. Estar na condição de lutar é uma tarefa exaustiva, em que as derrotas acontecem. No entanto, parece que admitir que não se tenha nada mais para fazer pelo paciente daria uma imagem negativa do prossional, mostrando que ele não se preocupa com o paciente, que o abandonou. De acordo com Torres e Gurgel, a instituição hos pitalar é vista como “lugar para a cura”; portanto, a morte é como fracasso da instituição, e também dos prossionais que ali atuam. Então, percebe-se que o procedimento supracitado é utilizado como um mecanismo de “formação reativa” frente ao desejo de se afastar e de ignorar o paciente – fonte geradora de ansiedade. Mediante isso, a equipe de saúde esconde seu desejo de que esse sujeito desapareça o mais rápido possível através de uma luta para mantê-lo vivo, o que, por sua vez, o coloca também numa prisão, amarrando-o a uma situação de desnecessário sofrimento.
A denição de paciente terminal
Kipper deniu o paciente terminal de acordo com uma condição de irreversibilidade apresentando uma alta probabilidade de morrer num período relativamente curto de tempo que oscilaria entre três a seis meses. Numa aproximação inicial do que seria um terminal para a equipe de saúde, tem-se uma denição muito próxima à dada por Kipper. De fato, observa-se certo consenso em relação à denição quando isto é discutido de forma abstrata, desvinculado de um caso especíco. Esse aspecto técnico do qual se reveste inicialmente o diagnóstico de terminalidade desaparece quando a discussão é levada a um plano mais concreto (o de um paciente especíco) aparecendo, nesse momento, as questões subjetivas. Na prática, a identicação do paciente terminal, sem esperança de vida ou com morte inevitável, é complexa e não envolve unicamente um raciocínio lógico. Ainda que se tente chegar a identicar esse diagnóstico através de uma avaliação crítica, neutra e isenta de preconceitos, a falta de parâmetros denidos sobre o assunto leva a equipe a apresentar receio de considerar um paciente como terminal. Isso se deve ao fato de que o limite entre o terminal e o com perspectivas de cura é sempre arbitrário no sentido de não existir uma linha divisória clara entre ambos. Essa falta de um protocolo que permita tirar o diagnóstico da indenição em que se encontra Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde Considera-se, então, que o paciente terminal signica a marca da perda da onipotência da equipe de saúde, principalmente do médico, uma vez que as angústias suscitadas frente a ele e à morte se relacionam com a ‘exposição’ de uma ferida narcísica na pre potência médica. Ainda que o mal-estar gerado frente ao paciente terminal se apresente tanto em médicos como em enfermeiros, nos primeiros ele aparece com mais intensidade. Compreende-se que a justicativa para tanto se deve, em parte, ao fato de que a expectativa do médico se concentra em conseguir salvar o paciente grave enquanto a do enfermeiro está focalizada no cuidado do doente. Assim sendo, esse posicionamento do prossional de medicina tem repercussões problemáticas: se por um lado, quanto maior a gravidade do paciente, maior é a sensação de poder ao salvá-lo; por outro lado, quando não atinge esse objetivo, também é grande a sensação de fracasso.
Na literatura, a aliança com a família é apontada como o primeiro passo no trabalho com o paciente. De fato, ela é de grande relevância para o tratamento ao permitir que equipe e familiares trabalhem juntos objetivando, cada um de seu lugar, o melhor para o enfermo. No entanto, vericou-se nesse estudo que essa aliança adquiriu um viés em que o paciente ca excluído das decisões. A equipe de saúde e o familiar tornam-se cúmplices de um mesmo segredo em relação a ele. É nesse sentido que se crê que a escolha de se comunicar com o familiar seja motivada pela diculdade da equipe em lidar com a morte e, portanto, com o paciente terminal. Ficou evidente que o paciente não deve ter as mesmas informações que a equipe, pois ele faria mal uso delas e as interpretaria de forma inadequada. Assim, é passada uma informação ltrada através da qual se espera que ele pense aquilo que a equipe avalia como benéco. A equipe parece cega a suas resistências em se comunicar abertamente com o paciente e mesmo nos casos em que a comunicação é valorizada, sua ausência nunca é atribuída às diculdades dos prossionais, mas projetada na família ou no próprio doente. Assim, esse deslocamento da problemática faz com que o prossional sinta-se liberado de sua responsabilidade de contar. Não obstante, Klafke arma que aqueles pacientes de médicos que não querem falar tendem a não perguntar, ou seja, os que os médicos têm mais resistência em abordar o diagnóstico de uma doença ter minal, têm a tendência a também não questionar sobre o seu estado. Como se armou anteriormente, frente à morte de um paciente, o prossional de saúde não consegue car incólume, carregando sempre um “resto”, um mal-estar do qual não pode se livrar. Quando o prossional se defronta com um paciente terminal, o mesmo passa a ser visto como aquele que vem anunciar o desfecho inevitável; assim, ele põe o prossional de saúde antecipadamente frente a esse mal-estar, sendo portanto alguém que incomoda, pela consciência de nitude suscitada em tal relação, demonstrando que a equipe de saúde não possui um suporte adequado para lidar com o m da vida, uma das tarefas do seu dia-a-dia. A inexistência de um protocolo claro que dena de maneira objetiva a partir de que momento um paciente passa a ser considerado “terminal” é um fator que incentiva a equipe de saúde a que, quando assim identica um paciente, somente o faça num caráter informal, levando a tomar uma atitude ambivalente para com o paciente, dicultando ainda mais o relacionamento com ele No que tange à situação de terminalidade, esta é, de fato, muito difícil para a equipe de saúde. Crê-se que o pouco espaço dado à expressão de sentimentos frente à morte e a escassez de recursos que a mesma sente possuir para enfrentar a problemática do m da vida sejam alguns dos fatores que se apresentam como fundamentais para a existência do mal-estar que o paciente terminal gera na equipe. Assim, o paciente terminal deixa marcas no prossional que dele se ocupa. Contudo, segundo as características pessoais desse prossional, surgem distintas possibilidades de lidar com tais problemáticas. A primeira consiste em ele se utilizar de mecanismos de defesa contra a dor e o sofrimento, protegendo-se da aição que nele é gerada. Uma segunda opção referir-se-ia àqueles que convivem com a dor e com uma ferida sempre aberta. Se a primeira forma de abordagem impede um relacionamento com o paciente e, muitas vezes, produz manifestações somáticas ou psicológicas no prossional, a segunda, em função de gerar uma angústia constante, im possibilitaria a ele de realizar a sua tarefa. Entretanto, existe uma
A comun icação do d iagnóstico No que se refere à comunicação do diagnóstico ao paciente verica-se que na Infectologia ela não parece tão conitante como na Hemato-Oncologia. De fato, o médico infectologista sente-se mais à vontade na hora de dar o diagnóstico. Isso estaria relacionado a duas situações: a primeira é que em se tratando de doenças contagiosas, como é o caso do HIV/AIDS, a obrigação do prossional de comunicar o diagnóstico ao paciente se torna imperativa. A segunda situação que pode inuenciar na maior facilidade de dar o diagnóstico por parte da equipe de saúde do setor de Infectologia é que atualmente o HIV/AIDS, em função do aperfeiçoamento dos tratamentos e, por conseguinte, a melhora dos resultados, não é mais vista como sinônimo de morte. Outra diferença notada é que a comunicação do HIV/AIDS segue um processo inverso à do câncer. Enquanto esta doença é falada primeiro aos familiares, que decidem se a passam ou não ao paciente, no caso do HIV/AIDS geralmente é o contrário: a comunicação se faz primeiramente ao paciente que por sua vez, decide se transmite ou não a informação à família. Não obstante existam essas diferenças entre os dois setores, as mesmas desaparecem quando o paciente do setor de infectologia é identicado como sendo terminal. Ainda que, anteriormente, o diagnóstico do HIV/AIDS fosse primeiramente informado ao paciente, agora a falta de possibilidades de cura será noticada à família, que decidirá se dá ou não a notícia ao doente. Esse procedimento evidencia que não se considera o paciente um sujeito responsável ainda que o mesmo seja maior de idade. De certa forma, a condição do terminal parece implicar na perda dos seus direitos, passando este a depender da família para saber de sua condição, já que a equipe de saúde delega a esta a responsabilidade de contar ou ocultar essa informação.
O que não deve ser nomeado Nos casos com prognóstico desfavorável se estabelece uma aliança entre a família e o prossional de saúde no que se refere à restrição da informação ao paciente. Sendo que o compromisso de comunicar o diagnóstico cabe ao prossional, a negativa da família de repassar essa noticia ao doente se constitui num alívio para aquele que passa a ser dispensado de uma tarefa para a qual não se sente capacitado. Esses procedimentos quanto à informação que deve ou não ser transmitida ao paciente não constam dos registros ociais, sendo a passagem de plantão o momento em que são re passadas entre a equipe. Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde Sua importân cia Ter saneamento básico é um fator essencial para um país poder ser chamado de país desenvolvido. Os serviços de água tratada, coleta e tratamento dos esgotos levam à melhoria da qualidade de vidas das pessoas, sobretudo na Saúde Infantil com redução da mortalidade infantil, melhorias na Educação, na expansão do Turismo, na valorização dos Imóveis, na Renda do trabalhador, na Despoluição dos rios e Preservação dos recursos hídricos, etc. Estudo do Instituto Trata Brasil, por exemplo, mostrou que o Brasil convive com centenas de milhares de casos de internação por diarreias todos os ano (400 mil casos em 2011, sendo 53% de crianças de 0 a 5 anos), muito disso devido à falta de saneamento. Estudo do BNDES estima que 65% das internações em hospitais de crianças com menos de 10 anos sejam provocadas por males oriundos da deciência ou inexistência de esgoto e água limpa, que também surte efeito no desempenho escolar, pois crianças que vivem em áreas sem saneamento básico apresentam 18% a menos no rendimento escolar. Fonte: http://www.tratabrasil.org.br/o-que-e-saneamento
terceira possibilidade que é a do prossional ter espaços em que essa angústia e dor sejam elaboradas e, assim, construir técnicas que lhe ofereçam uma forma de trabalho com esses pacientes. O despreparo da equipe de saúde para lidar com situações de terminalidade tem duas consequências para os prossionais. A primeira representa a sensação de fracasso do que seria a sua missão: curar o doente, do qual decorre o abandono do paciente a seu pró prio destino. A segunda consequência se manifesta no afastamento que impede o prossional de conhecer o universo desse paciente, suas queixas, suas esperanças e desesperanças, em suma, tudo o que ele sente e pensa nesse período de sua vida e cujo conhecimento o ajudaria a se aproximar do terminal. Grande parte das diculdades de lidar com o paciente terminal está relacionada à da equipe de saúde de se confrontar com a morte, que se recomenda um preparo das mesmas através de grupos de discussão baseados na metodologia de Balint como estratégia para diminuir a ansiedade da equipe. Diversos estudos já apontaram a importância de incluir nos currículos dos cursos da saúde discussões a respeito desses processos promovendo maior humanização da saúde. Kovács faz referência a existência de várias iniciativas nesse sentido. Recomenda-se, assim, que o preparo para trabalhar com pacientes terminais se inicie nos próprios cursos de graduação, uma vez que isto faz parte das habilidades que os prossionais da saúde deveriam ter; e possibilitaria deixar de ver o paciente terminal como uma derrota, um caso perdido para enxergá-lo como um ser humano que pode e necessita ser ajudado nessa etapa de sua vida. Uma melhora na forma como a equipe de saúde lida com o m da vida possibilitaria não somente diminuição de estresse, como também melhor desempenho no seu trabalho ao deixar de ser necessária a utilização de medidas defensivas como as apresentadas nas diculdades de comunicação do diagnóstico. Nota-se, assim, a necessidade de criar espaços que deem sustentação ao lado afetivo dos prossionais que lidam com a morte e com o paciente terminal no seu cotidiano. Para tanto, sugere-se que sejam propiciados momentos para discutir as questões da morte e do morrer, tanto no meio acadêmico quanto hospitalar, proporcionando a elaboração dos medos e fantasias da equipe de saúde frente ao desconhecido que essa questão envolve.
PORTA RI A 2488/1;
PO RTARI A Nº 2.488, DE 21 DE OUT UBRO DE 2011 Aprova a Política Nacion al de Aten ção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Aten ção B ásica, para a E stratégia Saúde da F amília (ES F) e o Programa de Agentes Comu nitários de Saúde (PACS). O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e Considerando a Lei nº 8.080, de 19 de setembro 1990, que dis põe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços corres pondentes, e dá outras providências; Considerando a Lei nº 11.350, de outubro de 2006, que regulamenta o § 5º do Art. 198 da Constituição, dispõe sobre oaproveitamento de pessoal amparado pelo Parágrafo Único do Art. 2º da Emenda Constitucional nº 51, de 14 de fevereiro de 2006; Considerando o Decreto Presidencial nº 6.286 de 5 de dezem bro de 2007, que institui o Programa Saúde na Escola (PSE), no âmbito dos Ministérios da Saúde e da Educação, com nalidade de contribuir para a formação integral dos estudantes da rede básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde; Considerando o Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, que regulamenta a Lei nº 8.080/90; Considerando a Portaria nº 204, de 29 de janeiro de 2007, que regulamenta o nanciamento e a transferência de recursos federais para as ações e serviços de saúde, na forma de blocos de nanciamento, com respectivo monitoramento e controle; Considerando a Portaria nº 687, de 30 de março de 2006, que aprova a Política de Promoção da Saúde;
SANEA MENTO BÁSICO;
Saneamento é o conjunto de medidas que visa preservar ou modicar as condições do meio ambiente com a nalidade de prevenir doenças e promover a saúde, melhorar a qualidade de vida da população e à produtividade do indivíduo e facilitar a atividade econômica. No Brasil, o saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição e denido pela Lei nº. 11.445/2007 como o conjunto dos serviços, infraestrutura e Instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana, manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais. Embora atualmente se use no Brasil o conceito de Saneamento Ambiental como sendo os 4 serviços citados acima, o mais comum é o saneamento seja visto como sendo os serviços de acesso à água potável, à coleta e ao tratamento dos esgotos. Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde Considerando a Portaria nº 3.252/GM/MS, de 22 de dezembro de 2009, que trata do processo de integração das ações de vigilância em saúde e atenção básica; Considerando a Portaria nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010, que estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS); Considerando as Portarias nº 822/GM/MS, de 17 de abril de 2006, nº 90/GM, de 17 de janeiro de 2008 e nº 2.920/GM/MS, de 03 de dezembro de 2008, que estabelecem os municípios que poderão receber recursos diferenciados da ESF; Considerando Portaria nº 2.143/GM/MS, de 9 de outubro de 2008 - Cria o incentivo nanceiro referente à inclusão do microscopista na atenção básica para realizar, prioritariamente, ações de controle da malária junto às Equipes de Agentes Comunitários de Saúde - EACS e/ou às Equipes de Saúde da Família (ESF); Considerando Portaria nº 2.372/GM/MS, de 7 de outubro de 2009, que cria o plano de fornecimento de equipamentos odontológicos para as Equipes de Saúde Bucal na Estratégia Saúde da Família; Considerando Portaria nº 2.371/GM/MS, de 07 de outubro de 2009 que institui, no âmbito da Política Nacional de Atenção Básica, o Componente Móvel da Atenção à Saúde Bucal -Unidade Odontológica Móvel (UOM); Considerando a Portaria nº 750/SAS/MS, de 10 de outubro de 2006, que instituiu a cha complementar de cadastro das ESF, ESF com ESB - Modalidades I e II e de ACS no SCNES; Considerando a necessidade de revisar e adequar as normas nacionais ao atual momento do desenvolvimento da atenção básica no Brasil; Considerando a consolidação da estratégia saúde da família como forma prioritária para reorganização da atenção básica no Brasil e que a experiência acumulada em todos os entes federados demonstra a necessidade de adequação de suas normas. Considerando a pactuação na Reunião da Comissão Intergestores Tripartite do dia 29, de setembro de 2011, resolve:
Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º Fica revogada as Portarias nº 648/GM/MS, de 28 de março de 2006, publicada no Diário Ocial da União nº 61, de 29 de março de 2006, Seção 1, pg. 71, nº 154/GM/MS, de 24 de janeiro de 2008, publicada no Diário Ocial da União nº 18, de 25 de janeiro de 2008, Seção 1, pg. 47/49, nº 2.281/GM/MS, de 1º de outubro de 2009, publicada no Diário Ocial da União nº 189, de 2 de outubro de 2009, Seção 1, pg. 34, nº 2.843/GM/MS, de 20 de setembro de 2010, publicada no Diário Ocial da União nº 181, de 21 de setembro de 2010, Seção 1, pg. 44, nº 3.839/GM/MS, de 7 de dezembro de 2010, publicada no Diário Ocial da União nº 237, de 8 de dezembro de 2010, Seção 1, pg. 44/45, nº 4.299/GM/MS, de 30 de dezembro de 2010, publicada no Diário Ocial da União nº 251, 31 de dezembro de 2010, Seção 1, pg. 97, nº 2.191/GM/ MS, de 3 de agosto de 2010, publicada no Diário Ocial da União nº 148, de 4 de agosto de 2010, Seção 1, pg. 51, nº 302/GM/MS, de 3 de fevereiro de 2009, publicada no Diário Ocial da União nº 28, de 10 de fevereiro de 2009, Seção 1, pg. 36, nº 2.027/GM/MS, de 25 de agosto de 2011, publicada no Diário Ocial da União nº 164, Seção 1, pg.90.
ALEXANDRE ROC HA SANTOS PADILHA ANEXO I DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE A ATENÇÃO BÁSICA DOS PRINCÍPIOS E DIRETRIZES GERAIS DA ATENÇÃO BÁSICA A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes econdicionantes de saúde das coletividades. É desenvolvida por meio do exercício de práticas de cuidado e gestão, democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios denidos, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. Utiliza tecnologias de cuidado complexas e variadas que devem auxiliar no manejo das demandas e necessidades de saúde de maior frequência e relevância em seu território, observando critérios de risco, vulnerabilidade, resiliência e o imperativo ético de que toda demanda, necessidade de saúde ou sofrimento devem ser acolhidos. É desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e ca pilaridade, próxima da vida das pessoas. Deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e centro de comunicação da Rede de Atenção à Saúde. Orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da continuidade do cuidado, da integralidade da atenção, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social. A Atenção Básica considera o sujeito em sua singularidade e inserção sócio-cultural, buscando produzir a atenção integral.
Art. 1º Aprovar a Política Nacional de Atenção Básica, com vistas à revisão da regulamentação de implantação e operacionalização vigentes, nos termos constantes dos Anexos a esta Portaria. Parágrafo único. A Secretaria de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde (SAS/MS) publicará manuais e guias com detalhamento operacional e orientações especícas desta Política. Art. 2º Denir que os recursos orçamentários de que trata a presente Portaria corram por conta do orçamento do Ministério da Saúde, devendo onerar os seguintes Programas de Trabalho: I -10.301.1214.20AD - Piso de Atenção Básica Variável -Saúde da Família; II - 10.301.1214.8577 - Piso de Atenção Básica Fixo; III - 10.301.1214.8581 - Estruturação da Rede de Serviços de Atenção Básica de Saúde; IV- 10.301.1214.8730.0001 - Atenção à Saúde Bucal; e V - 10.301.1214.12L5.0001 -Construção de Unidades Básicas de Saúde - UBS.
A Atenção Básica tem como fundamentos e diretrizes: I - ter território adstrito sobre o mesmo, de forma a permitir o planejamento, a programação descentralizada e o desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais com impacto na situação, nos condicionantes e determinantes da saúde das coletividades que constituem aquele território sempre em consonância com o princípio da equidade;
Art. 3º Permanecem em vigor as normas expedidas por este Ministério com amparo na Portaria nº 648/GM/MS, de 28 de mar ço de 2006, desde que não conitem com as disposições constantes desta Portaria. Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde II -possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos, caracterizados como a porta de entrada aberta e preferencial da rede de atenção, acolhendo os usuários e promovendo a vinculação e corresponsabilização pela atenção às suas necessidades de saúde; o estabelecimento de mecanismos que assegurem acessibilidade e acolhimento pressupõe uma lógica de organização e funcionamento do serviço de saúde, que parte do princípio de que a unidade de saúde deva receber e ouvir todas as pessoas que procuram os seus serviços, de modo universal e sem diferenciações excludentes. O serviço de saúde deve se organizar para assumir sua função central de acolher, escutar e oferecer uma resposta positiva, capaz de resolver a grande maioria dos problemas de saúde da população e/ou de minorar danos e sofrimentos desta, ou ainda se responsabilizar pela resposta, ainda que esta seja ofertada em outros pontos de atenção da rede. A proximidade e a capacidade de acolhimento, vinculação, responsabilização e resolutividade são fundamentais para a efetivação da atenção básica como contato e porta de entrada preferencial da rede de atenção; III - adscrever os usuários e desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população adscrita garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado. A adscrição dos usuários é um processo de vinculação de pessoas e/ou famílias e grupos a prossionais/equipes, com o ob jetivo de ser referência para o seu cuidado. O vínculo, por sua vez, consiste na construção de relações de afetividade e conança entre o usuário e o trabalhador da saúde, permitindo o aprofundamento do processo de corresponsabilização pela saúde, construído ao longo do tempo, além de carregar, em si, um potencial terapêutico. A longitudinalidade do cuidado pressupõe a continuidade da relação clínica, com construção de vínculo e responsabilização entre prossionais e usuários ao longo do tempo e de modo permanente, acompanhando os efeitos das intervenções em saúde e de outros elementos na vida dos usuários, ajustando condutas quando necessário, evitando a perda de referências e diminuindo os riscos de iatrogenia decorrentes do desconhecimento das histórias de vida e da coordenação do cuidado; IV -Coordenar a integralidade em seus vários aspectos, a sa ber: integração de ações programáticas e demanda espontânea; ar ticulação das ações de promoção à saúde, prevenção de agravos, vigilância à saúde, tratamento e reabilitação e manejo das diversas tecnologias de cuidado e de gestão necessárias a estes ns e à am pliação da autonomia dos usuários e coletividades; trabalhando de forma multiprossional, interdisciplinar e em equipe; realizando a gestão do cuidado integral do usuário e coordenando-o no conjunto da rede de atenção. A presença de diferentes formações prossionais assim como um alto grau de articulação entre os prossionais é essencial, de forma que não só as ações sejam compartilhadas, mas também tenha lugar um processo interdisciplinar no qual progressivamente os núcleos de competência prossionais especícos vão enriquecendo o campo comum de competências ampliando assim a capacidade de cuidado de toda a equipe. Essa organização pressupõe o deslocamento do processo de trabalho centrado em procedimentos, prossionais para um processo centrado no usuário, onde o cuidado do usuário é o imperativo ético-político que organiza a intervenção técnico-cientíca; e V -estimular a participação dos usuários como forma de am pliar sua autonomia e capacidade na construção do cuidado à sua saúde e das pessoas e coletividades do território, no enfrentamento dos determinantes e condicionantes de saúde, na organização e orientação dos serviços de saúde a partir de lógicas mais centradas no usuário e no exercício do controle social.
Didatismo e Conhecimento
A Política Nacional de Atenção Básica considera os termos Atenção Básica e Atenção Primária a Saúde, nas atuais concepções, como termos equivalentes. Associa a ambos os termos: os princípios e as diretrizes denidos neste documento. A Política Nacional de Atenção Básica tem na Saúde da Família sua estratégia prioritária para expansão e consolidação da atenção básica. A qualicação da Estratégia de Saúde da Família e de outras estratégias de organização da atenção básica deverão seguir as diretrizes da atenção básica e do SUS congurando um processo progressivo e singular que considera e inclui as especicidades locoregionais. DAS FUNÇÕES NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE Esta Portaria conforme normatização vigente do SUS, dene a organização de Redes de Atenção à Saúde (RAS) como estratégia para um cuidado integral e direcionado as necessidades de saúde da população. As RAS constituem-se em arranjos organizativos forma-dos por ações e serviços de saúde com diferentes congurações tecnológicas e missões assistenciais, articulados de forma complementar e com base territorial, e têm diversos atributos, entre eles destaca-se: a atenção básica estruturada como primeiro ponto de atenção e principal porta de entrada do sistema, constituída de equipe multidisciplinar que cobre toda a população, integrando, coordenando o cui-dado, e atendendo as suas necessidades de saúde. O Decreto nº 7.508, de 28 de julho de 2011, que regulamenta a Lei nº 8.080/90, dene que “o acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de saúde se inicia pelas portas de entrada do SUS e se completa na rede regionalizada e hierarquizada”. Neste sentido, atenção básica deve cumprir algumas funções para contribuir com o funcionamento das Redes de Atenção à Saúde, são elas: I -Ser base: ser a modalidade de atenção e de serviço de saúde com o mais elevado grau de descentralização e capilaridade, cuja participação no cuidado se faz sempre necessária; II - Ser resolutiva: identicar riscos, necessidades e demandas de saúde, utilizando e articulando diferentes tecnologias de cui-dado individual e coletivo, por meio de uma clínica ampliada capaz de construir vínculos positivos e intervenções clínica e sanitariamente efetivas, na perspectiva de ampliação dos graus de autonomia dos indivíduos e grupos sociais; III - Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e gerir pro jetos terapêuticos singulares, bem como acompanhar e organizar o uxo dos usuários entre os pontos de atenção das RAS. Atuando como o centro de comunicação entre os diversos pontos de atenção responsabilizando-se pelo cuidado dos usuários em qualquer destes pontos através de uma relação horizontal, contínua e integrada com o objetivo de produzir a gestão compartilhada da atenção integral. Articulando também as outras estruturas das redes de saúde e intersetoriais, públicas, comunitárias e sociais. Para isso, é necessário incorporar ferramentas e dispositivos de gestão do cuidado, tais como: gestão das listas de espera (encaminhamentos para consultas especializadas, procedimentos e exames), prontuário eletrônico em rede, protocolos de atenção organizados sob a lógica de linhas de cuidado, discussão e análise de casos traçadores, eventos-sentinela e incidentes críticos, dentre outros. As práticas de regulação realizadas na atenção básica devem ser articuladas com os processos regulatórios realizados em outros es paços da rede, de modo a permitir, ao mesmo tempo, a qualidade 22
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde IV - denir, de forma tripartite, estratégias de articulação com as gestões estaduais e municipais do SUS com vistas à institucionalização da avaliação e qualicação da Atenção Básica; V - estabelecer, de forma tripartite, diretrizes nacionais e dis ponibilizar instrumentos técnicos e pedagógicos que facilitem o processo de gestão, de formação e educação permanente dos gestores e prossionais da Atenção Básica; VI -articular com o Ministério da Educação estratégias de indução às mudanças curriculares nos cursos de graduação e pósgraduação na área da saúde visando à formação de prossionais e gestores com perl adequado à Atenção Básica; e VII - apoiar a articulação de instituições, em parceria com as Secretarias de Saúde Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, para formação e garantia de educação permanente para os prossionais de saúde da Atenção Básica. Compete às Secretarias Estaduais de Saúde e ao Distrito Federal: I - pactuar, com a Comissão Intergestores Bipartite, estratégias, diretrizes e normas de implementação da Atenção Básica no Estado, de forma complementar às estratégias, diretrizes e normas existentes, desde que não haja restrições destas e que sejam res peitados as diretrizes e os princípios gerais regulamentados nesta Portaria; II - destinar recursos estaduais para compor o nanciamento tripartite da Atenção Básica prevendo, entre outras, formas de re passe fundo a fundo para custeio e investimento das ações e serviços; III - ser co-responsável, pelo monitoramento da utilização dos recursos federais da Atenção Básica transferidos aos municípios; IV - submeter à CIB, para resolução acerca das irregularidades constatadas na execução dos recursos do Bloco de Atenção Básica, conforme regulamentação nacional, visando: a) aprazamento para que o gestor municipal corrija as irregularidades; b) comunicação ao Ministério da Saúde; c) bloqueio do repasse de recursos ou demais providências, conforme regulamentação nacional, consideradas necessárias e devidamente ocializadas pela CIB; V -analisar os dados de interesse estadual, gerados pelos sistemas de informação, utilizá-los no planejamento e divulgar os resultados obtidos; VI -vericar a qualidade e a consistência dos dados enviados pelos municípios por meio dos sistemas informatizados, retornando informações aos gestores municipais; VII - consolidar, analisar e transferir para o Ministério da Saúde os arquivos dos sistemas de informação enviados pelos municípios de acordo com os uxos e prazos estabelecidos para cada sistema; VIII - prestar apoio institucional aos municípios no processo de implantação, acompanhamento, e qualicação da Atenção Básica e de ampliação e consolidação da estratégia Saúde da Família; IX - denir estratégias de articulação com as gestões municipais do SUS com vistas à institucionalização da avaliação da Atenção Básica; X - disponibilizar aos municípios instrumentos técnicos e pedagógicos que facilitem o processo de formação e educação per manente dos membros das equipes de gestão e de atenção à saúde; XI - articular instituições, em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde, para formação e garantia de educação permanente aos prossionais de saúde das equipes de Atenção Básica e das equipes de saúde da família; e
da micro-regulação realizada pelos prossionais da atenção básica e o acesso a outros pontos de atenção nas condições e no tempo adequado, com equidade; e IV - Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de saúde da população sob sua responsabilidade, organizando as necessidades desta população em relação aos outros pontos de atenção à saúde, contribuindo para que a programação dos serviços de saúde parta das necessidades de saúde dos usuários. DAS RESPONSABILIDADES São responsabilidades comuns a todas as esferas de governo: I - contribuir para a reorientação do modelo de atenção e de gestão com base nos fundamentos e diretrizes assinalados; II - apoiar e estimular a adoção da estratégia Saúde da Família pelos serviços municipais de saúde como estratégia prioritária de expansão, consolidação e qualicação da atenção básica à saúde; III -garantir a infraestrutura necessária ao funcionamento das Unidades Básicas de Saúde, de acordo com suas responsabilidades; IV - contribuir com o nanciamento tripartite da Atenção Básica; V - estabelecer, nos respectivos Planos de Saúde, prioridades, estratégias e metas para a organização da Atenção Básica; VI -desenvolver mecanismos técnicos e estratégias organizacionais de qualicação da força de trabalho para gestão e atenção à saúde, valorizar os prossionais de saúde estimulando e viabilizando a formação e educação permanente dos prossionais das equipes, a garantia de direitos trabalhistas e previdenciários, a qualicação dos vínculos de trabalho e a implantação de carreiras que associem desenvolvimento do trabalhador com qualicação dos serviços ofertados aos usuários; VII - desenvolver, disponibilizar e implantar os sistemas de informações da Atenção Básica de acordo com suas responsabilidades; VIII - planejar, apoiar, monitorar e avaliar a Atenção Básica; IX - estabelecer mecanismos de controle, regulação e acom panhamento sistemático dos resultados alcançados pelas ações da Atenção Básica, como parte do processo de planejamento e programação; X - divulgar as informações e os resultados alcançados pela atenção básica; XI - promover o intercâmbio de experiências e estimular o desenvolvimento de estudos e pesquisas que busquem o aperfeiçoamento e a disseminação de tecnologias e conhecimentos voltados à Atenção Básica; XII -viabilizar parcerias com organismos internacionais, com organizações governamentais, não governamentais e do setor privado, para fortalecimento da Atenção Básica e da estratégia de saúde da família no País; e XIII - estimular a participação popular e o controle social. Compete ao Ministério da Saúde: I -denir e rever periodicamente, de forma pactuada, na Comissão Intergestores Tripartite, as diretrizes da Política Nacional de Atenção Básica; II - garantir fontes de recursos federais para compor o nanciamento da Atenção Básica; III -prestar apoio institucional aos gestores dos estados, ao Distrito Federal e aos municípios no processo de qualicação e de consolidação da Atenção Básica; Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde XII -promover o intercâmbio de experiências entre os diver sos municípios, para disseminar tecnologias e conhecimentos voltados à melhoria dos serviços da Atenção Básica.
Da infraestrutura e funcionamento da Atenção Básica São necessárias à realização das ações de Atenção Básica nos municípios e Distrito Federal: I - Unidades Básicas de Saúde (UBS) construídas de acordo com as normas sanitárias e tendo como referência o manual de infra estrutura do Departamento de Atenção Básica/SAS/ MS; II - as Unidades Básicas de Saúde: a) devem estar cadastradas no sistema de Cadastro Nacional vigente de acordo com as normas vigentes; b) Recomenda-se que disponibilizem, conforme orientações e especicações do manual de infra estrutura do Departamento de Atenção Básica/SAS/ MS: 1. consultório médico/enfermagem, consultório odontológico e consultório com sanitário, sala multiprossional de acolhimento à demanda espontânea, sala de administração e gerência e sala de atividades coletivas para os prossionais da Atenção Básica; 2. área de recepção, local para arquivos e registros, sala de procedimentos, sala de vacinas, área de dispensação de medicamentos e sala de armazenagem de medicamentos (quando há dispensação na UBS), sala de inalação coletiva, sala de procedimentos, sala de coleta, sala de curativos, sala de observação, entre outros: 2.1. as Unidades Básicas de Saúde Fluviais deverão cumprir os seguintes requisitos especícos: 2.1.1. quanto à estrutura física mínima, devem dispor de: consultório médico; consultório de enfermagem; ambiente para armazenamento e dispensação de medicamentos; laboratório; sala de vacina; banheiro público; banheiro exclusivo para os funcionários; expurgo; cabines com leitos em número suciente para toda a equipe; cozinha; sala de procedimentos; e, se forem compostas por prossionais de saúde bucal, será necessário consultório odontológico com equipo odontológico completo; c) devem possuir identicação segundo padrões visuais do SUS e da Atenção Básica pactuados nacionalmente; d) recomenda-se que estas possuam conselhos/colegiados, constituídos de gestores locais, prossionais de saúde e usuários, viabilizando a participação social na gestão da Unidade Básica de Saúde; III - manutenção regular da infraestrutura e dos equipamentos das Unidades Básicas de Saúde; IV - existência e manutenção regular de estoque dos insumos necessários para o funcionamento das unidades básicas de saúde, incluindo dispensação de medicamentos pactuados nacionalmente quando esta dispensação está prevista para serem realizadas naquela UBS; V - equipes multiprossionais compostas, conforme modalidade das equipes, por médicos, enfermeiros, cirurgiões-dentistas, auxiliar em saúde bucal ou técnico em saúde bucal, auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem e Agentes Comunitários da Saúde, dentre outros prossionais em função da realidade epidemiológica, institucional e das necessidades de saúde da população; VI - cadastro atualizado dos prossionais que compõe a equi pe de atenção básica no sistema de Cadastro Nacional vigente de acordo com as normas vigentes e com as cargas horárias de trabalho informadas e exigidas para cada modalidade; VII -garantia pela gestão municipal, de acesso ao apoio diagnóstico e laboratorial necessário ao cuidado resolutivo da população; e
Compete às Secretarias Municipais de Saúde e ao Distrito Federal: I - pactuar, com a Comissão Intergestores Bipartite, através do COSEMS, estratégias, diretrizes e normas de implementação da Atenção Básica no Estado, mantidos as diretrizes e os princípios gerais regulamentados nesta Portaria; II - destinar recursos municipais para compor o nanciamento tripartite da Atenção Básica; III - ser co-responsável, junto ao Ministério da Saúde, e Secretaria Estadual de Saúde pelo monitoramento da utilização dos recursos da Atenção Básica transferidos aos município; IV - inserir a estratégia de Saúde da Família em sua rede de serviços como estratégia prioritária de organização da atenção básica; V - organizar, executar e gerenciar os serviços e ações de Atenção Básica, de forma universal, dentro do seu território, incluindo as unidades próprias e as cedidas pelo estado e pela União; VI -prestar apoio institucional às equipes e serviços no processo de implantação, acompanhamento, e qualicação da Atenção Básica e de ampliação e consolidação da estratégia Saúde da Família; VII -Denir estratégias de institucionalização da avaliação da Atenção Básica; VIII - Desenvolver ações e articular instituições para formação e garantia de educação permanente aos prossionais de saúde das equipes de Atenção Básica e das equipes de saúde da família; IX - selecionar, contratar e remunerar os prossionais que compõem as equipes multiprossionais de Atenção Básica, em conformidade com a legislação vigente; X - garantir a estrutura física necessária para o funcionamento das Unidades Básicas de Saúde e para a execução do conjunto de ações propostas, podendo contar com apoio técnico e/ou nanceiro das Secretarias de Estado da Saúde e do Ministério da Saúde; XI -garantir recursos materiais, equipamentos e insumos sucientes para o funcionamento das Unidades Básicas de Saúde e para a execução do conjunto de ações propostas; XII - rogramar as ações da Atenção Básica a partir de sua base territorial e de acordo com as necessidades de saúde das pessoas, utilizando instrumento de programação nacional ou correspondente local; XIII -Alimentar, analisar e vericar a qualidade e a consistência dos dados alimentados nos sistemas nacionais de informação a serem enviados às outras esferas de gestão, utilizá-los no planejamento e divulgar os resultados obtidos; XIV - Organizar o uxo de usuários, visando à garantia das referências a serviços e ações de saúde fora do âmbito da Atenção Básica e de acordo com as necessidades de saúde dos usuários; XV - manter atualizado o cadastro no sistema de Cadastro Nacional vigente , dos prossionais, de serviços e de estabelecimentos ambulatoriais, públicos e privados, sob sua gestão; e XVI - assegurar o cumprimento da carga horária integral de todos os prossionais que compõe as equipes de atenção básica, de acordo com as jornadas de trabalho especicadas no SCNES e a modalidade de atenção.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde VIII - garantia pela gestão municipal, dos uxos denidos na Rede de Atenção à Saúde entre os diversos pontos de atenção de diferentes congurações tecnológicas, integrados por serviços de apoio logístico, técnico e de gestão, para garantir a integralidade do cuidado. Com o intuito de facilitar os princípios do acesso, do vínculo, da continuidade do cuidado e da responsabilidade sanitária e reconhecendo que existem diversas realidades sócio epidemiológicas, diferentes necessidades de saúde e distintas maneiras de organização das UBS, recomenda-se: I - para Unidade Básica de Saúde (UBS) sem Saúde da Família em grandes centros urbanos, o parâmetro de uma UBS para no máximo 18 mil habitantes, localizada dentro do território, garantindo os princípios e diretrizes da Atenção Básica; e II - para UBS com Saúde da Família em grandes centros ur banos, recomenda-se o parâmetro de uma UBS para no máximo 12 mil habitantes, localizada dentro do território, garantindo os princípios e diretrizes da Atenção Básica.
o enfrentamento das diculdades vivenciadas pelos trabalhadores em seu cotidiano. Nessa mesma linha é importante diversicar este repertório de ações incorporando dispositivos de apoio e cooperação horizontal, tais como trocas de experiências e discussão de situações entre trabalhadores, comunidades de práticas, grupos de estudos, momentos de apoio matricial, visitas e estudos sistemáticos de experiências inovadoras, etc. Por m, reconhecendo o caráter e iniciativa ascendente da educação permanente, é central que cada equipe, cada unidade de saúde e cada município demandem, proponha e desenvolva ações de educação permanente tentando combinar necessidades e possi bilidades singulares com ofertas e processos mais gerais de uma políticaproposta para todas as equipes e para todo o município. É importante sintonizar e mediar as ofertas de educação permanente pré-formatadas (cursos, por exemplo) com o momento e contexto das equipes, para que façam mais sentido e tenham, por isso, maior valor de uso e efetividade. De modo análogo é importante a articulação e apoio dos governos estaduais e federal aos municípios buscando responder suas necessidades e fortalecer suas iniciativas. A referência é mais de apoio, cooperação, qualicação e oferta de diversas iniciativas para diferentes contextos que a tentativa de regular, formatar e simplicar a diversidade de iniciativas.
Educação permanente das equipes de Atenção Básica A consolidação e o aprimoramento da Atenção Básica como importante reorientadora do modelo de atenção à saúde no Brasil requer um saber e um fazer em educação permanente que sejam encarnados na prática concreta dos serviços de saúde. A educação permanente deve ser constitutiva, portanto, da qualicação das práticas de cuidado, gestão e participação popular. O redirecionamento do modelo de atenção impõe claramente a necessidade de transformação permanente do funcionamento dos serviços e do processo de trabalho das equipes exigindo de seus atores (trabalhadores, gestores e usuários) maior capacidade de análise, intervenção e autonomia para o estabelecimento de práticas transformadoras, a gestão das mudanças e o estreitamento dos elos entre concepção e execução do trabalho. Nesse sentido, a educação permanente, além da sua evidente dimensão pedagógica, deve ser encarada também como uma im portante “estratégia de gestão”, com grande potencial provocador de mudanças no cotidiano dos serviços, em sua micropolitica, bastante próximo dos efeitos concretos das práticas de saúde na vida dos usuários, e como um processo que se dá “no trabalho, pelo trabalho e para o trabalho”. A Educação Permanente deve embasar-se num processo pedagógico que contemple desde a aquisição/atualização de conhecimentos e habilidades até o aprendizado que parte dos problemas e desaos enfrentados no processo de trabalho, envolvendo práticas que possam ser denidas por múltiplos fatores (conhecimento, valores, relações de poder, planejamento e organização do trabalho, etc.) e que considerem elementos que façam sentido para os atores envolvidos (aprendizagem signicativa). Outro pressuposto importante da educação permanente é o planejamento/programação educativa ascendente, em que, a par tir da análise coletiva dos processos de trabalho, identicam-se os nós críticos (de natureza diversa) a serem enfrentados na atenção e/ou na gestão, possibilitando a construção de estratégias contextualizadas que promovam o diálogo entre as políticas gerais e a singularidade dos lugares e das pessoas, estimulando experiências inovadoras na gestão do cuidado e dos serviços de saúde. A vinculação dos processos de educação permanente a estratégia de apoio institucional pode potencializar enormemente o desenvolvimento de competências de gestão e de cuidado na Atenção Básica, na medida em que aumenta as alternativas para Didatismo e Conhecimento
Do Processo de trabalho das equipes de Atenção Básica São características do processo de trabalho das equipes de Atenção Básica: I -denição do território de atuação e de população sob res ponsabilidade das UBS e das equipes; II - programação e implementação das atividades de atenção à saúde de acordo com as necessidades de saúde da população, com a priorização de intervenções clínicas e sanitárias nos problemas de saúde segundo critérios de frequência, risco, vulnerabilidade e resiliência. Inclui-se aqui o planejamento e organização da agenda de trabalho compartilhado de todos os prossionais e recomendase evitar a divisão de agenda segundo critérios de problemas de saúde, ciclos de vida, sexo e patologias dicultando o acesso dos usuários; III - desenvolver ações que priorizem os grupos de risco e os fatores de risco clínico-comportamentais, alimentares e/ou am bientais, com a nalidade de prevenir o aparecimento ou a persistência de doenças e danos evitáveis; IV - realizar o acolhimento com escuta qualicada, classicação de risco, avaliação de necessidade de saúde e análise de vulnerabilidade tendo em vista a responsabilidade da assistência resolutiva à demanda espontânea e o primeiro atendimento às urgências; V - prover atenção integral, contínua e organizada à população adscrita; VI -realizar atenção à saúde na Unidade Básica de Saúde, no domicílio, em locais do território (salões comunitários, escolas, creches, praças, etc.) e outros espaços que comportem a ação planejada; VII - desenvolver ações educativas que possam interferir no processo de saúde-doença da população, no desenvolvimento de autonomia, individual e coletiva, e na busca por qualidade de vida pelos usuários; 25
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde VIII - implementar diretrizes de qualicação dos modelos de atenção e gestão tais como a participação coletiva nos processos de gestão, a valorização, fomento a autonomia e protagonismo dos diferentes sujeitos implicados na produção de saúde, o compromisso com a ambiência e com as condições de trabalho e cuidado, a constituição de vínculos solidários, a identicação das necessidades sociais e organização do serviço em função delas, entre outras; IX - participar do planejamento local de saúde assim como do monitoramento e a avaliação das ações na sua equipe, unidade e município; visando à readequação do processo de trabalho e do planejamento frente às necessidades, realidade, diculdades e possibilidades analisadas; X - desenvolver ações intersetoriais, integrando projetos e redes de apoio social, voltados para o desenvolvimento de uma atenção integral; XI - apoiar as estratégias de fortalecimento da gestão local e do controle social; e XII - realizar atenção domiciliar destinada a usuários que possuam problemas de saúde controlados/compensados e com diculdade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde, que necessitam de cuidados com menor frequência e menor necessidade de recursos de saúde e realizar o cuidado compartilhado com as equipes de atenção domiciliar nos demais casos. Das Atribuições dos membros das equipes de Atenção Básica As atribuições de cada um dos prossionais das equipes de atenção básica devem seguir as referidas disposições legais que regulamentam o exercício de cada uma das prossões.
VIII - responsabilizar-se pela população adscrita, mantendo a coordenação do cuidado mesmo quando esta necessita de atenção em outros pontos de atenção do sistema de saúde; IX - praticar cuidado familiar e dirigido a coletividades e gru pos sociais que visa propor intervenções que inuenciem os processos de saúde doença dos indivíduos, das famílias, coletividades e da própria comunidade; X - realizar reuniões de equipes a m de discutir em conjunto o planejamento e avaliação das ações da equipe, a partir da utilização dos dados disponíveis; XI - acompanhar e avaliar sistematicamente as ações implementadas, visando à readequação do processo de trabalho; XII - garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas de informação na Atenção Básica; XIII - realizar trabalho interdisciplinar e em equipe, integrando áreas técnicas e prossionais de diferentes formações; XIV - realizar ações de educação em saúde a população adstrita, conforme planejamento da equipe; XV - participar das atividades de educação permanente; XVI - promover a mobilização e a participação da comunidade, buscando efetivar o controle social; XVII - identicar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações intersetoriais; e XVIII - realizar outras ações e atividades a serem denidas de acordo com as prioridades locais. Outras atribuições especícas dos prossionais da Atenção Básica poderão constar de normatização do município e do Distrito Federal, de acordo com as prioridades denidas pela respectiva gestão e as prioridades nacionais e estaduais pactuadas.
São atribuições comuns a todos os prossionais: I - participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, identicando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e vulnerabilidades; II - manter atualizado o cadastramento das famílias e dos indivíduos no sistema de informação indicado pelo gestor municipal e utilizar, de forma sistemática, os dados para a análise da situação de saúde considerando as características sociais, econômicas, culturais, demográcas e epidemiológicas do território, priorizando as situações a serem acompanhadas no planejamento local; III - realizar o cuidado da saúde da população adscrita, prioritariamente no âmbito da unidade de saúde, e quando necessário no domicílio e nos demais espaços comunitários (escolas, associações, entre outros); IV - realizar ações de atenção a saúde conforme a necessidade de saúde da população local, bem como as previstas nas prioridades e protocolos da gestão local; V - garantir da atenção a saúde buscando a integralidade por meio da realização de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde e prevenção de agravos; e da garantia de atendimento da demanda espontânea, da realização das ações programáticas, coletivas e de vigilância à saúde; VI - participar do acolhimento dos usuários realizando a escuta qualicada das necessidades de saúde, procedendo a primeira avaliação (classicação de risco, avaliação de vulnerabilidade, coleta de informações e sinais clínicos) e identicação das necessidades de intervenções de cuidado, proporcionando atendimento humanizado, se responsabilizando pela continuidade da atenção e viabilizando o estabelecimento do vínculo; VII - realizar busca ativa e noticar doenças e agravos de noticação compulsória e de outros agravos e situações de importância local; Didatismo e Conhecimento
Das atribuições especícas Do enfermeiro: I -realizar atenção a saúde aos indivíduos e famílias cadastradas nas equipes e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc), em todas as fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade; II - realizar consulta de enfermagem, procedimentos, atividades em grupo e conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da prossão, solicitar exames complementares, prescrever medicações e encaminhar, quando necessário, usuários a outros serviços; III - realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; IV - planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS em conjunto com os outros membros da equipe; V - contribuir, participar, e realizar atividades de educação permanente da equipe de enfermagem e outros membros da equi pe; e VI -participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS. Do Auxiliar e do Técnico de Enfermagem: I - participar das atividades de atenção realizando procedimentos regulamentados no exercício de sua prossão na UBS e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais es paços comunitários (escolas, associações etc); II - realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; 26
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde III - realizar ações de educação em saúde a população adstrita, conforme planejamento da equipe; IV -participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS; e V - contribuir, participar e realizar atividades de educação per manente.
É permitido ao ACS desenvolver outras atividades nas unidades básicas de saúde, desde que vinculadas às atribuições acima. Do Cirurgião-Dentista: I -realizar diagnóstico com a nalidade de obter o perl epidemiológico para o planejamento e a programação em saúde bucal; II -realizar a atenção a saúde em saúde bucal (promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, acompanhamento, reabilitação e manutenção da saúde) individual e coletiva a todas as famílias, a indivíduos e a grupos especícos, de acordo com planejamento da equipe, com resolubilidade; III - realizar os procedimentos clínicos da Atenção Básica em saúde bucal, incluindo atendimento das urgências, pequenas cirur gias ambulatoriais e procedimentos relacionados com a fase clínica da instalação de próteses dentárias elementares; IV - realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; V -coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da saúde e à prevenção de doenças bucais; VI - acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da equipe, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar; VII - realizar supervisão técnica do Técnico em Saúde Bucal (TSB) e Auxiliar em Saúde Bucal (ASB); e VIII -participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS.
Do Médico: I - realizar atenção a saúde aos indivíduos sob sua responsa bilidade; II -realizar consultas clínicas, pequenos procedimentos cirúr gicos, atividades em grupo na UBS e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc); III - realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; IV - encaminhar, quando necessário, usuários a outros pontos de atenção, respeitando uxos locais, mantendo sua responsabilidade pelo acompanhamento do plano terapêutico do usuário; V - indicar, de forma compartilhada com outros pontos de atenção, a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, man-tendo a responsabilização pelo acompanhamento do usuário; VI -contribuir, realizar e participar das atividades de Educação Permanente de todos os membros da equipe; e VII -participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USB. Do Agente Comunitário de Saúde: I - trabalhar com adscrição de famílias em base geográca denida, a microárea; II - cadastrar todas as pessoas de sua microárea e manter os cadastros atualizados; III - orientar as famílias quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis; IV - realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; V - acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as famílias e indivíduos sob sua responsabilidade. As visitas deverão ser programadas em conjunto com a equipe, considerando os critérios de risco e vulnerabilidade de modo que famílias com maior necessidade sejam visitadas mais vezes, mantendo como referência a média de 1 (uma) visita/família/mês; VI -desenvolver ações que busquem a integração entre a equi pe de saúde e a população adscrita à UBS, considerando as características e as nalidades do trabalho de acompanhamento de indivíduos e grupos sociais ou coletividade; VII - desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção das doenças e agravos e de vigilância à saúde, por meio de visitas domiciliares e de ações educativas individuais e coletivas nos domicílios e na comunidade, como por exemplo, combate à Dengue, malária, leishmaniose, entre outras, mantendo a equipe informada, principalmente a respeito das situações de risco; e VIII - estar em contato permanente com as famílias, desenvolvendo ações educativas, visando à promoção da saúde, à prevenção das doenças, e ao acompanhamento das pessoas com problemas de saúde, bem como ao acompanhamento das condicionalidades do Programa Bolsa Família ou de qualquer outro programa similar de transferência de renda e enfrentamento de vulnerabilidades im plantado pelo Governo Federal, estadual e municipal de acordo com o planejamento da equipe. Didatismo e Conhecimento
Do Técnico em Saúde Bucal (TSB): I - realizar a atenção em saúde bucal individual e coletiva a todas as famílias, a indivíduos e a grupos especícos, segundo programação e de acordo com suas competências técnicas e legais; II -coordenar a manutenção e a conservação dos equipamentos odontológicos; III - acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da equipe, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar; IV - apoiar as atividades dos ASB e dos ACS nas ações de prevenção e promoção da saúde bucal; V - participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS; VI - participar do treinamento e capacitação de Auxiliar em Saúde Bucal e de agentes multiplicadores das ações de promoção à saúde; VII - participar das ações educativas atuando na promoção da saúde e na prevenção das doenças bucais; VIII - participar na realização de levantamentos e estudos epidemiológicos, exceto na categoria de examinador; IX - realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; X - realizar o acolhimento do paciente nos serviços de saúde bucal; XI - fazer a remoção do biolme, de acordo com a indicação técnica denida pelo cirurgião-dentista; XII - realizar fotograas e tomadas de uso odontológicos exclusivamente em consultórios ou clínicas odontológicas; XIII - inserir e distribuir no preparo cavitário materiais odontológicos na restauração dentária direta, vedado o uso de materiais e instrumentos não indicados pelo cirurgião-dentista; 27
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde XIV - proceder à limpeza e à anti-sepsia do campo operatório, antes e após atos cirúrgicos, inclusive em ambientes hospitalares; e XV -aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, manuseio e descarte de produtos e resíduos odontológicos.
III - cada equipe de saúde da família deve ser responsável por, no máximo, 4.000 pessoas, sendo a média recomendada de 3.000 pessoas, respeitando critérios de equidade para esta denição. Recomenda-se que o número de pessoas por equipe considere o grau de vulnerabilidade das famílias daquele território, sendo que quanto maior o grau de vulnerabilidade menor deverá ser a quantidade de pessoas por equipe; IV - cadastramento de cada prossional de saúde em apenas 01 (uma) ESF, exceção feita somente ao prossional médico que poderá atuar em no máximo 02 (duas) ESF e com carga horária total de 40 (quarenta) horas semanais; e V - carga horária de 40 (quarenta) horas semanais para todos os prossionais de saúde membros da equipe de saúde da família, à exceção dos prossionais médicos, cuja jornada é descrita no próximo inciso. A jornada de 40 (quarenta) horas deve observar a necessidade de dedicação mínima de 32 (trinta e duas) horas da carga horária para atividades na equipe de saúde da família podendo, conforme decisão e prévia autorização do gestor, dedicar até 08 (oito) horas do total da carga horária para prestação de serviços na rede de urgência do município ou para atividades de especialização em saúde da família, residência multiprossional e/ou de medicina de família e de comunidade, bem como atividades de educação permanente e apoio matricial. Serão admitidas também, além da inserção integral (40h), as seguintes modalidades de inserção dos prossionais médicos generalistas ou especialistas em saúde da família ou médicos de família e comunidade nas Equipes de Saúde da Família, com as respectivas equivalências de incentivo federal: I - 2 (dois) médicos integrados a uma única equipe em uma mesma UBS, cumprindo individualmente carga horária semanal de 30 horas (equivalente a 01 (um) médico com jornada de 40 horas semanais), com repasse integral do incentivo nanceiro referente a uma equipe de saúde da família; II - 3 (três) médicos integrados a uma equipe em uma mesma UBS, cumprindo individualmente carga horária semanal de 30 horas (equivalente a 02 (dois) médicos com jornada de 40 horas, de duas equipes), com repasse integral do incentivo nanceiro referente a duas equipes de saúde da família; III - 4 (quatro) médicos integrados a uma equipe em uma mesma UBS, com carga horária semanal de 30 horas (equivalente a 03 (três) médicos com jornada de 40 horas semanais, de três equipes), com repasse integral do incentivo nanceiro referente a três equi pes de saúde da família; IV -2 (dois) médicos integrados a uma equipe, cumprindo individualmente jornada de 20 horas semanais, e demais prossionais com jornada de 40 horas semanais, com repasse mensal equivalente a 85% do incentivo nanceiro referente a uma equipe de saúde da família; e V - 1 (um) médico cumprindo jornada de 20 horas semanais e demais prossionais com jornada de 40 horas semanais, com re passe mensal equivalente a 60% do incentivo nanceiro referente a uma equipe de saúde da família. Tendo em vista a presença do médico em horário parcial, o gestor municipal deve organizar os protocolos de atuação da equipe, os uxos e a retaguarda assistencial, para atender a esta especicidade. Além disso, é recomendável que o número de usuários por equipe seja próximo de 2.500 pessoas. As equipes com esta conguração são denominadas Equi pes Transitórias, pois, ainda que não tenham tempo mínimo esta belecido de permanência neste formato, é desejável que o gestor,
Do Auxiliar em Saúde Bucal (ASB): I - realizar ações de promoção e prevenção em saúde bucal para as famílias, grupos e indivíduos, mediante planejamento local e protocolos de atenção à saúde; II - realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; III - executar limpeza, assepsia, desinfecção e esterilização do instrumental, equipamentos odontológicos e do ambiente de trabalho; IV - auxiliar e instrumentar os prossionais nas intervenções clínicas; V - realizar o acolhimento do paciente nos serviços de saúde bucal; VI - acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da equipe de saúde da família, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar; VII -aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, transporte, manuseio e descarte de produtos e resíduos odontológicos; VIII - processar lme radiográco; IX - selecionar moldeiras; X - preparar modelos em gesso; XI - manipular materiais de uso odontológico; e X - participar na realização de levantamentos e estudos epidemiológicos, exceto na categoria de examinador. Especicidades da Estratégia de Saúde da Família. A estratégia de Saúde da Família visa à reorganização da Atenção Básica no País, de acordo com os preceitos do SistemaÚnico de Saúde, e é tida pelo Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais, representados respectivamente pelo CONASS e CO NASEMS, como estratégia de expansão, qualicação e consolidação da Atenção Básica por favorecer uma re-orientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade. Especicidades da equipe de saúde da família São itens necessários à estratégia Saúde da Família: I - existência de equipe multiprossional (equipe saúde da família) composta por, no mínimo, médico generalista ou especialista em saúde da família ou médico de família e comunidade, enfer meiro generalista ou especialista em saúde da família, auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde, podendo acrescentar a esta composição, como parte da equipe multiprossional, os prossionais de saúde bucal: cirurgião dentista generalista ou especialista em saúde da família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal; II - o número de ACS deve ser suciente para cobrir 100% da população cadastrada, com um máximo de 750 pessoas por ACS e de 12 ACS por equipe de Saúde da Família, não ultrapassando o limite máximo recomendado de pessoas por equipe; Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde tão logo tenha condições, transite para um dos formatos anteriores que prevêem horas de médico disponíveis durante todo o tempo de funcionamento da equipe.
Independente da modalidade adotado, recomenda-se que os prossionais de Saúde Bucal, estejam vinculados a uma ESF e compartilhem a gestão e o processo de trabalho da equipe tendo responsabilidade sanitária pela mesma população e território que a ESF à qual integra, e com jornada de trabalho de 40 horas semanais para todos os seus componentes. Cada Equipe de Saúde de Família que for implantada com os prossionais de saúde bucal ou quando se introduzir pela primeira vez os prossionais de saúde bucal numa equipe já implantada, modalidade I ou II, o gestor receberá do Ministério da Saúde os equipamentos odontológicos, através de doação direta ou o repasse de recursos necessários para adquiri-los (equipo odontológico completo). Especicidades da Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde É prevista a implantação da estratégia de Agentes Comunitários de Saúde nas Unidades Básicas de Saúde como uma possibilidade para a reorganização inicial da Atenção Básica com vistas à implantação gradual da estratégia de saúde da família ou como uma forma de agregar os agentes comunitários a outras maneiras de organização da atenção básica. São itens necessários à implantação desta estratégia: I - a existência de uma Unidade Básica de Saúde, inscrita no sistema de Cadastro Nacional vigente que passa a ser a UBS de referência para a equipe de agentes comunitários de saúde; II -a existência de um enfermeiro para até no máximo 12 ACS e no mínimo 04, constituindo assim uma equipe de Agentes Comunitários de Saúde; e III - o cumprimento da carga horária integral de 40 horas semanais por toda a equipe de agentes comunitários, composta por ACS e enfermeiro supervisor. Fica garantido o nanciamento das equipes de agentes comunitários de saúde já credenciadas em data anterior a esta portaria que não estão adequadas ao parâmetro de 01 enfermeiro para no máximo 12 ACS, porém extinta a possibilidade de implantação de novas equipes com esta conguração a partir da publicação desta Portaria. Cada ACS deve realizar as ações previstas nesta portaria e ter uma microárea sob sua responsabilidade, cuja população não ultrapasse 750 pessoas. O enfermeiro da Estratégia Agentes Comunitários de Saúde, além das atribuições de atenção à saúde e de gestão, comuns a qualquer enfermeiro da atenção básica descritas nesta portaria, a atribuição de planejar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS, comum aos enfermeiros da estratégia de saúde da família, e deve ainda facilitar a relação entre os prossionais da Unidade Básica de Saúde e os ACS contribuindo para a organização da atenção à saúde, qualicação do acesso, acolhimento, vínculo, longitudinalidade do cuidado e orientação da atuação da equipe da UBS em função das prioridades denidas equanimemente confor me critérios de necessidade de saúde, vulnerabilidade, risco, entre outros.
A quantidade de Equipes de Saúde da Família na modalidade transitória cará condicionada aos seguintes critérios: I - Município com até 20 mil habitantes e contando com 01 (uma) a 03 (duas) equipes de Saúde da Família, poderá ter até 2 (duas) equipes na modalidade transitória; II - Município com até 20 mil habitantes e com mais de 03 (três) equipes poderá ter até 50% das equipes de Saúde da Família na modalidade transitória; III - Municípios com população entre 20 e 50 mil habitantes poderá ter até 30% (trinta por cento) das equipes de Saúde da Família na modalidade transitória; IV - Município com população entre 50 e 100 mil habitantes poderá ter até 20% (vinte por cento) das equipes de Saúde da Família na modalidade transitória; e V -Município com população acima de 100 mil habitantes poderá ter até 10% (dez por cento) das equipes de Saúde da Família na modalidade transitória. Em todas as possibilidades de inserção do prossional médico descritas acima, considerando a importância de manutenção do vínculo e da longitudinalidade do cuidado, este prossional deverá ter usuários adscritos de modo que cada usuário seja obrigatoriamente acompanhando por 1 (um) ACS (Agente Comunitário de Saúde), 1 (um) auxiliar ou técnico de enfermagem, 01 (um) enfer meiro e 01 (um) médico e preferencialmente por 1 (um) cirurgiãodentista, 1 (um) auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal, sem que a carga horária diferente de trabalho comprometa o cuidado e/ou processo de trabalho da equipe. Todas as equipes deverão ter responsabilidade sanitária por um território de referência, sendo que nos casos previstos nos itens b e c, poderão ser constituídas equipes com número de prossionais e população adscrita equivalentes a 2 (duas) e 3 (três) equipes de saúde da família, respectivamente. As equipes de saúde da família devem estar devidamente cadastradas no sistema de cadastro nacional vigente de acordo com conformação e modalidade de inserção do prossional médico. O processo de trabalho, a combinação das jornadas de trabalho dos prossionais das equipes e os horários e dias de funcionamento das UBS devem ser organizados de modo que garantam o maior acesso possível, o vínculo entre usuários e prossionais, a continuidade, coordenação e longitudinalidade do cuidado. Especicidades dos prossionais de Saúde Bucal das equipes de saúde da família Os prossionais de saúde bucal que compõem as equipes de saúde da família podem se organizar nas seguintes modalidades: I - Cirurgião dentista generalista ou especialista em saúde da família e auxiliar em saúde bucal (ASB) ou técnico em saúde bucal (TSB); e (Redação dada pela PRT GM/MS nº 3.012 de 26.12.2012). II - Cirurgião dentista generalista ou especialista em saúde da família, técnico em saúde bucal (TSB) e auxiliar em saúde bucal (ASB) ou outro técnico em saúde bucal (TSB). (Redação dada pela PRT GM/MS nº 3.012 de 26.12.2012). Os prossionais das modalidades I ou II podem desenvolver parte de suas atividades em Unidade Odontológica Móvel (UOM). (Redação dada pela PRT GM/MS nº 3.012 de 26.12.2012). Didatismo e Conhecimento
Equipes de atenção básica para populações especícas 1. Equipes do consultório na rua A responsabilidade pela atenção à saúde da população de rua, como de qualquer outro cidadão, é de todo e qualquer prossional do Sistema Único de Saúde com destaque especial para a atenção básica. Em situações especícas, com o objetivo de ampliar 29
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde o acesso destes usuários à rede de atenção e ofertar de maneira mais oportuna a atenção integral à saúde, pode-se lançar mão das equipes dos consultórios na rua que são equipes da atenção básica, compostas por prossionais de saúde com responsabilidade exclusiva de articular e prestar atenção integral à saúde das pessoas em situação de rua. As equipes deverão realizar suas atividades, de forma itinerante desenvolvendo ações na rua, em instalações especícas, na unidade móvel e também nas instalações de Unidades Básicas de Saúde do território onde está atuando, sempre articuladas e desenvolvendo ações em parceria com as demais equipes de atenção básica do território (UBS e NASF), e dos Centros de Atenção Psicossocial, da Rede de Urgência e dos serviços e instituições componentes doSistema Único de Assistência Social entre outras instituições públicas e da sociedade civil. As equipes dos Consultórios na Rua deverão cumprir a carga horária mínima semanal de 30 horas. Porém seu horário de funcionamento deverá ser adequado às demandas das pessoas em situação de rua, podendo ocorrer em período diurno e/ou noturno em todos os dias da semana. As equipes dos Consultórios na Rua podem estar vinculadas aos Núcleos de Apoio à Saúde da Família e, respeitando os limites para vinculação, cada equipe será considerada como uma equipe de saúde da família para vinculação ao NASF. Em Municípios ou áreas que não tenham consultórios na rua, o cuidado integral das pessoas em situação de rua deve seguir sendo de responsabilidade das equipes de atenção básica, incluindo os prossionais de saúde bucal e os núcleos de apoio a saúde da família (NASF) do território onde estas pessoas estão concentradas. Para cálculo do teto das equipes dos consultórios na rua de cada município, serão tomados como base os dados dos censos populacionais relacionados à população em situação de rua realizados por órgãos ociais e reconhecidos pelo Ministério da Saúde. Caso seja necessário o transporte da equipe para a realização do cuidado in loco, nos sítios de atenção da população sem domicílio, o gestor poderá fazer a opção de agregar ao incentivo nanceiro mensal o componente de custeio da Unidade Móvel. O gestor local que zer esta opção deverá viabilizar veículo de transporte com capacidade de transportar os prossionais da equipe, equi pamentos, materiais e insumos necessários para a realização das atividades propostas, além de permitir que alguns procedimentos possam ser realizados no seu interior. Esta Unidade Móvel deverá estar adequada aos requisitos pactuados e denidos nacionalmente, incluindo o padrão de identicação visual. O Ministério da Saúde publicará Portaria Especíca e Manual Técnico disciplinando composição das equipes, valor do incentivo nanceiro, diretrizes de funcionamento, monitoramento e acom panhamento das equipes de consultório na rua entre outras disposições. 2. Equipes de saúde da família para o atendimento da População Ribeirinha da Amazônia Legal e Pantanal Sul Matogrossense. Considerando as especicidades locais, os municípios da Amazônia Legal e Mato Grosso do Sul podem optar entre dois arranjos organizacionais para equipes Saúde da Família, além dos existentes para o restante do país: I - Equipe de Saúde da Família Ribeirinhas (ESFR): equipes que desempenham a maior parte de suas funções em unidades básicas de saúde construídas/localizadas nas comunidades pertencentes à área adscrita e cujo acesso se dá por meio uvial; e Didatismo e Conhecimento
II -Equipes de Saúde da Família Fluviais (ESFF): equipes que desem penham suas funções em Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF). As Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas e Fluviais deverão ser compostas, durante todo o período de atendimento à população por, no mínimo: um (01) Médico generalista ou especialista em saúde da família, ou medico de família e comunidade, um (01) Enfermeiro generalista ou especialista em saúde da família; um (1) Técnico ou Auxiliar de Enfermagem e de Seis (06) a doze (12) Agentes Comunitários de Saúde. As equipes de Saúde da Família Ribeirinhas devem contar ainda com um (01) microscopista, nas regiões endêmicas. As equipes de Saúde da Família Fluviais devem contar ainda com um (01) técnico de laboratório e/ou bioquímico.Estas equipes poderão incluir na composição mínima os prossionais de saúde bucal, um (1) cirurgião dentista generalista ou especialista em saúde da família, e um (01) Técnico ou Auxiliar em Saúde Bucal, conforme modalidades I e II descritas anteriormente. As Equipes de Saúde da Família Ribeirinha deverão prestar atendimento à população por, no mínimo, 14 dias mensais (carga horária equivalente à 8h/dia) e dois dias para atividades de educação permanente, registro da produção e planejamento das ações. Os Agentes Comunitários de Saúde deverão cumprir 40h/semanais de trabalhoe residir na área de atuação. É recomendável as mesmas condições para os auxiliares e técnicos de enfermagem e saúde bucal. As Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF) devem: I - funcionar, no mínimo, 20 dias/mês, com pelo menos uma equipe de saúde da família uvial. O tempo de funcionamento destas unidades deve compreender o deslocamento uvial até as comunidades e o atendimento direto à população ribeirinha. Em uma UBSF pode atuar mais de uma ESFF a m de compartilhar o atendimento da população e dividir e reduzir o tempo de navegação de cada equipe. O gestor municipal deve prever tempo em solo, na sede do município, para que as equipes possam fazer atividades de planejamento e educação permanente junto com outros prossionais e equipes. Os Agentes Comunitários de Saúde deverão cumprir 40h/semanais e residir na área de atuação. São recomendáveis as mesmas condições para os auxiliares e técnicos de enfermagem e saúde bucal; II -nas situações nas quais for demonstrada a impossibilidade de funcionamento da Unidade Básica de Saúde Fluvial pelo mínimo de 20 dias devido às características e dimensões do território, deverá ser construída justicativa e proposição alternativa de funcionamento, aprovada na Comissão Intergestores Regional - CIR e na Comissão Intergestores Bipartite e encaminhada ao Ministério da Saúde para avaliação e parecer redenindo tempo mínimo de funcionamento e adequação do nanciamento, se for o caso; III -adotar circuito de deslocamento que garanta o atendimento a todas as comunidades assistidas, ao menos até 60 (sessenta) dias, para assegurar a execução das ações de Atenção Básica pelas equipes visando minimamente a continuidade de pré-natal, puericultura e cuidado continuado de usuários com condições crônicas dentro dos padrões mínimos recomendados; IV - delimitar área de atuação com população adscrita, acom panhada por Agentes Comunitários de Saúde, compatível com sua capacidade de atuação e considerando a alínea II; 30
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde V - as equipes que trabalharão nas UBSF deverão garantir as informações refer entes à sua área de abrangência. No caso de prestar serviços em mais de um município, cada município deverá garantir a alimentação das informações de suas respectivas áreas de abrangência.
As Unidades Básicas de Saúde Fluviais e as Equipes de Saúde da Família para Populações Ribeirinhas poderão prestar serviços a populações de mais de um Município, desde que celebrado instrumento jurídico que formalize a relação entre os municípios, devidamente aprovado na respectiva Comissão Intergestores Regional - CIR e Comissão Intergestores Bipartite - CIB. Para implantação de Equipes de Saúde da Família Fluviais e Equipes de Saúde da Família para Populações Ribeirinhas, os Municípios deverão seguir o uxo previsto para a implantação de Equipes de Saúde da Família.
As Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF) deverão cum prir, cumulativamente, os seguintes requisitos: I - quanto à estrutura física mínima, devem dispor de: Consultório médico; Consultório de enfermagem; Consultório Odontológico; Ambiente para armazenamento e dispensação de medicamentos; Laboratório; Sala de vacina; Banheiros; Expurgo; Cabines com leitos em número suciente para toda a equipe; Cozinha; Sala de procedimentos; Identicação segundo padrões visuais da Saúde da Família, estabelecidos nacionalmente; e II - quanto aos equipamentos, devem dispor, no mínimo, de: Maca ginecológica; Balança Adulto; Balança Pediátrica; Geladeira para vacinas; Instrumentos básicos para o laboratório: macro e microcentrífuga e microscópio binocular, contador de células, espectrofotômetro e agitador de Kline, autoclave e instrumentais; Equipamentos diversos: sonar, esgnomanômetros, estetoscópios, termômetros, medidor de glicemia capilar, Equipo odontológico completo e instrumentais. O valor do repasse mensal dos recursos para o custeio das Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas será publicado em portaria especíca e poderá ser agregado de um valor caso esta equipe necessite de transporte uvial para a execução de suas atividades. O valor do o valor do incentivo mensal para custeio das Unidades Básicas de Saúde Fluviais será publicado em portaria especíca, com uma modalidade sem prossionais de saúde bucal e outra com estes prossionais. Devido à grande dispersão populacional, os municípios poderão solicitar ampliação da composição mínima das equipes de saúde da família uviais e equipes de saúde da família ribeirinhas con-forme o quadro abaixo, fazendo jus a um incentivo para cada agregação a ser denido em portaria especíca: Prossionais A g e n t e Comu nitá rio deSaúde Aux. ou Técnico de Enfermagem Técnico em Saúde Bucal Enfermeiro
Núcleos de Apoio à Saúde da Família Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF foram criados com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade. Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF são constituídos por equipes compostas por prossionais de diferentes áreas de conhecimento, que devem atuar de maneira integrada e apoiando os prossionais das Equipes Saúde da Família, das Equipes de Atenção Básica para populações especícas (consultórios na rua, equipes ribeirinhas e uviais, etc.) e academia da saúde, compar tilhando as práticas e saberes em saúde nos territórios sob responsabilidade destas equipes, atuando diretamente no apoio matricial às equipes da(s) unidade(s) na(s) qual(is) o NASF está vinculado e no território destas equipes. Os NASF fazem parte da atenção básica, mas não se constituem como serviços com unidades físicas independentes ou es peciais, e não são de livre acesso para atendimento individual ou coletivo (estes, quando necessários, devem ser regulados pelas equipes de atenção básica). Devem, a partir das demandas identicadas no trabalho conjunto com as equipes e/ou Academia da saúde, atuar de forma integrada à Rede de Atenção à Saúde e seus serviços (ex.: CAPS, CEREST, Ambulatórios Especializados etc.) além de outras redes como SUAS, redes sociais e comunitárias. A responsabilização compartilhada entre a equipe do NASF e as equipes de saúde da família/equipes de atenção básica para populações especícas prevê a revisão da prática do encaminhamento com base nos processos de referência e contra-referência, ampliandoa para um processo de compartilhamento de casos e acompanhamento longitudinal de responsabilidade das equipes de atenção básica, atuando no fortalecimento de seus princípios e no papel de coordenação do cuidado nas redes de atenção à saúde. Os NASF devem buscar contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários do SUS principalmente por intermédio da ampliação da clínica, auxiliando no aumento da capacidade de análise e de intervenção sobre problemas e necessidades de saúde, tanto em termos clínicos quanto sanitários. São exemplos de ações de apoio desenvolvidas pelos prossionais dos NASF: discussão de casos, atendimento conjunto ou não, interconsulta, construção conjunta de projetos terapêuticos, educação permanente, intervenções no território e na saúde de grupos populacionais e da coletividade, ações intersetoriais, ações de prevenção e promoção da saúde, discussão do processo de trabalho das equipes e etc. Todas as atividades podem se desenvolvidas nas unidades básicas de saúde, academias da saúde ou em outros pontos do território. Os NASF devem utilizar as Academias da Saúde como espaços que ampliam a capacidade de intervenção coletiva das equipes de atenção básica para as ações de promoção de saúde, buscando fortalecer o protagonismo de grupos sociais em condições de vulnerabilidade na superação de sua condição.
Critério para solicitação de Máximo ampliação da equipe trabalhador vinculado a no 12 (doze) mínimo 100 pessoas trabalhador vinculado a no mínimo 500 pessoas trabalhador vinculado a no mínimo 500 pessoas trabalhador vinculado a no mínimo 1.000 pessoas
0 4 (quatro) 01 (um) 02 (dois)
Para implantar Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas nos Municípios onde o teto de cobertura de Equipes de Saúde da Família já tenha sido atingido, estas devem ser substituídas pela nova modalidade de equipe mediante aprovação pelo Conselho Municipal de Saúde (CMS), Comissão Intergestores Regional (CIR) e Comissão Intergestores Bipartite (CIB).
Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde Quando presente no NASF, o prossional sanitarista pode reforçar as ações de apoio institucional e/ou matricial, ainda que as mesmas não sejam exclusivas dele, tais como: análise e intervenção conjunta sobre riscos coletivos e vulnerabilidades, apoio à discussão de informações e indicadores e saúde (bem como de eventos-sentinela e casos-traçadores e analisadores), suporte à organização do processo de trabalho (acolhimento, cuidado continuado/ programado, ações coletivas, gestão das agendas, articulação com outros pontos de atenção da rede, identicação de necessidades de educação permanente, utilização de dispositivos de gestão do cuidado etc). Os NASF podem ser organizados em duas modalidades, NASF 1 e NASF 2. A implantação de mais de uma modalidade de forma concomitante nos municípios e no Distrito Federal não receberá incentivo nanceiro federal. O NASF 1 deverá ter uma equipe formada por uma composição de prossionais de nível superior escolhidos dentre as ocupações listadas abaixo que reúnam as seguintes condições: I -a soma das cargas horárias semanais dos membros da equi pe deve acumular no mínimo 200 horas semanais; II - nenhum prossional poderá ter carga horária semanal menor que 20 horas; e III - cada ocupação, considerada isoladamente, deve ter no mínimo 20 horas e no máximo 80 horas de carga horária semanal. O NASF 2 deverá ter uma equipe formada por uma composição de prossionais de nível superior escolhidos dentre as ocupações listadas abaixo que reúnam as seguintes condições: I -a soma das cargas horárias semanais dos membros da equi pe deve acumular no mínimo 120 horas semanais; II - nenhum prossional poderá ter carga horária semanal menor que 20 horas; e III - cada ocupação, considerada isoladamente, deve ter no mínimo 20 horas e no máximo 40 horas de carga horária semanal. Poderão compor os NASF 1 e 2 as seguintes ocupações do Código Brasileiro de Ocupações - CBO: Médico Acupunturista; Assistente Social; Prossional/Professor de Educação Física; Far macêutico; Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Médico Ginecologista/Obstetra; Médico Homeopata; Nutricionista; Médico Pediatra; Psicólogo; Médico Psiquiatra; Terapeuta Ocupacional; Médico Geriatra; Médico Internista (clinica médica), Médico do Trabalho, Médico Veterinário, prossional com formação em arte e educação (arte educador) e prossional de saúde sanitarista, ou seja, prossional graduado na área de saúde com pós-graduação em saúde pública ou coletiva ou graduado diretamente em uma dessas áreas. A composição de cada um dos NASF será denida pelos gestores municipais, seguindo os critérios de prioridade identicados a partir dos dados epidemiológicos e das necessidades locais e das equipes de saúde que serão apoiadas. Os NASF1e2 devem funcionar em horário de trabalho coincidente com o das equipes de Saúde da Família e/ou equipes de atenção básica para populações especícas que apóiam. Os prossionais do NASF devem ser cadastrados em uma única unidade de saúde, localizada preferencialmente dentro do território de atuação das equipes de Saúde da Família e/ou equipes de atenção básica para populações especícas, às quais estão vinculados, não recomendado a existência de uma Unidade de Saúde ou serviço de saúde especícos para a equipe de NASF. Didatismo e Conhecimento
A organização do trabalho do NASF deve seguir as normas publicadas pelo Ministério da Saúde destacando os Cadernos de Atenção Básica/Primária que tratam do tema, descrevendo as diretrizes, o processo de trabalho, as principais ferramentas e as ações de responsabilidade de todos os prossionais dos NASF a serem desenvolvidas em conjunto com as equipes de Saúde da Família, equipes de atenção básica para populações especícas e/ou academia da saúde. Dene-se que cada NASF 1 realize suas atividades vinculado a, no mínimo, 8 (oito) Equipes de Saúde da Família e no máximo 15 (quinze) equipes de Saúde da Família e/ou equipes de atenção básica para populações especícas. Excepcionalmente, nos Municípios com menos de 100.000 habitantes dos Estados da Amazônia Legal e Pantanal Sul Matogrossense, cada NASF 1 poderá realizar suas atividades vinculado a, no mínimo, 5 (cinco) e no máximo 9 (nove) equipes. Dene-se que cada NASF 2 realize suas atividades vinculado a, no mínimo, 3 (três) equipes de Saúde da Família e no máximo 7 (sete) equipes de saúde da família. OS NASF 3, que são suprimidos por essa portaria, se tornarão automaticamente NASF 2, para isso os municípios com projetos de NASF 3 anteriormente enviados ao Ministério da Saúde deverão enviar para CIB documento que informa as alterações ocor ridas. Fica garantido o nanciamento dos NASF intermunicipais já habilitados em data anterior, porém extinta a possibilidade de implantação de novos a partir da publicação desta portaria. Cada NASF poderá ser vinculado a no máximo 03 (três) pólos do Programa Academia da Saúde em seu território de abrangência, independente do tipo de NASF e da modalidade do polo implantado. Para cada pólo vinculado à equipe do NASF deverá existir pelo menos 1 (um) prossional de saúde de nível superior com carga horária de 40 horas semanais ou 2 (dois) prossionais de saúde de nível superior com carga horária mínima de 20 horas semanais cada, que será(ao) responsável(is) pelas atividades do Programa Academia da Saúde. Este(s) prossional(is) deve(m) ter formação compatível e exercer função relacionada às atividades da academia da saúde. Quanto ao NASF, compete as Secretarias de Saúde dos Municípios e do Distrito Federal: I -denir o território de atuação de cada NASF de acordo com as equipes de Saúde da Família e/ou equipes de atenção básica para populações especícas às quais estes NASF estiverem vinculados; propiciar o planejamento das ações que serão realizadas pelos NASF, de forma compartilhada entre os prossionais (Equipe NASF e Equipe SF e Equipes de atenção básica para populações especícas); II - selecionar, contratar e remunerar os prossionais dos NASF, em conformidade com a legislação vigente nos municípios e Distrito Federal; e III - disponibilizar espaço físico adequado nas UBS, e garantir os recursos de custeio necessários ao desenvolvimento das atividades mínimas descritas no escopo de ações dos diferentes prossionais que comporão os NASF, não sendo recomendada estrutura física especíca para a equipe de NASF. Programa Saúde na Escola O Programa Saúde na Escola - PSE, instituído pelo Decreto Presidencial nº 6.286 de 5 de dezembro de 2007, surgiu como uma política intersetorial entre os Ministérios da Saúde e da Educação, na perspectiva da atenção integral (promoção, prevenção, diagnós32
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde tico e recuperação da saúde e formação) à saúde de crianças, adolescentes e jovens do ensino público básico, no âmbito das escolas e unidades básicas de saúde, realizada pelas equipes de saúde da atenção básica e educação de forma integrada, por meio de ações de: I - avaliação clínica e psicossocial que objetivam identicar necessidades de saúde e garantir a atenção integral às mesmas na rede de atenção à saúde; II - promoção e prevenção que articulem práticas de formação, educativas e de saúde visando a promoção da alimentação saudável, a promoção de práticas corporais e atividades físicas nas escolas, a educação para a saúde sexual e reprodutiva, a prevenção ao uso de álcool, tabaco e outras drogas, a promoção da cultura de paz e prevenção das violências, a promoção da saúde ambiental e desenvolvimento sustentável; e III - educação permanente para qualicação da atuação dos prossionais da educação e da saúde e formação de jovens. A Gestão do PSE é centrada em ações compartilhadas e cores ponsáveis. A articulação intersetorial das redes públicas de saúde, de educação e das demais redes sociais se dá por meio dos Grupos de Trabalho Intersetoriais (GTI) (Federal, Estadual e Municipal) que são responsáveis pela gestão do incentivo nanceiro e material, pelo apoio institucional às equipes de saúde e educação na implementação das ações, pelo planejamento, monitoramento e avaliação do Programa. Sobre o processo de implantação, credenciamento, cálculo dos tetos das equipes de atenção básica, e do nanciamento do bloco de atenção básica:
II - após aprovação na CIB, cabe à Secretaria de Saúde dos Estados e do Distrito Federal informar ao Ministério da Saúde, até o dia 15 de cada mês, o número de equipes, suas diferentes modalidades e composições de prossionais com as respectivas cargas horárias, que farão jus ao recebimento de incentivos nanceiros da atenção básica; III - submeter à CIB, para resolução, o uxo de acompanhamento do cadastramento dos prossionais das equipes nos sistemas de informação nacionais, denidos para esse m; IV -submeter à CIB, para resolução, o uxo de descredenciamento e/ou o bloqueio de recursos diante de irregularidades constatadas na implantação e no funcionamento das equipes a ser publicado como portaria de resolução da CIB, visando à regularização das equipes que atuam de forma inadequada; e V - responsabilizar-se perante o Ministério da Saúde pelo monitoramento, o controle e a avaliação da utilização dos recursos de incentivo destas equipes. 2. Cálculo do Teto das equipes de atenção básica Para o cálculo do teto máximo de equipes de saúde da família, de agentes comunitários de saúde, de equipes de saúde bucal e dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família a fonte de dados populacionais utilizada será a mesma vigente para cálculo do recurso per capita denida pelo IBGE e publicada pelo Ministério da Saúde. A) Saúde da Família com ou sem os prossionais de saúde bucal: o número máximo de ESF com ou sem os prossionais de saúde bucal pelas quais o município e o Distrito Federal podem fazer jus ao recebimento de recursos nanceiros especícos será calculado pela fórmula: população/2400. B) Agentes Comunitários de Saúde: o número máximo de ACS pelos quais o município e o Distrito Federal podem fazer jus ao recebimento de recursos nanceiros especícos será calculado pela fórmula: população /400. Para municípios dos estados da Região Norte, Maranhão e Mato Grosso, a fórmula será: população da área urbana/400 + população da área rural/280. C) NASF - Núcleo de Apoio de Saúde da Família: o número máximo de NASF 1 aos quais os municípios e o Distrito Federal podem fazer jus para recebimento de recursos nanceiros especícos será calculado pelas fórmulas: I - para Municípios com menos de 100.000 habitantes de Estados da Amazônia Legal = número de ESF do Município/5; e II - para Municípios com 100.000 habitantes ou mais da Amazônia Legal e para Municípios das demais unidades da Federação = número de ESF do Município/8. O número máximo de NASF 2 aos quais o município pode fazer jus para recebimento de recursos nanceiros especícos será de 1 (um) NASF 2. D) O teto máximo de Equipes Saúde da Família Ribeirinha e Fluvial e equipes de consultório na rua será avaliado posteriormente, de acordo com cada projeto.
1. Implantação e Credenciamento Para implantação e credenciamento das equipes de atenção básica, descritas neste anexo, os municípios e o Distrito Federal deverão: I - realizar projeto(s) de implantação das equipes de saúde da Família, com ou sem os prossionais de saúde bucal, equipe de agentes comunitários de saúde, das equipes de atenção básica para populações especícas e do NASF. Os itens que devem minimamente constar do projeto estão descritos no anexo III desta portaria; II - aprovar o projeto elaborado nos Conselhos de Saúde dos Municípios e encaminhá-lo à Secretaria Estadual de Saúde ou sua instância regional para análise. O Distrito Federal, após a aprovação por seu Conselho de Saúde, deverá encaminhar sua proposta para o Ministério da Saúde; III - cadastrar os prossionais das equipes, previamente credenciadas pelo estado conforme decisão da CIB, no SCNES e alimentar os dados no sistema de informação que comprove o início de suas atividades; para passar a receber o incentivo correspondente às equipes efetivamente implantadas; e IV - solicitar substituição, no SCNES, de categorias de prossionais colocados no projeto inicial caso exista a necessidade de mudança, sendo necessário o envio de um ocio comunicando sobre a necessidade desta alteração ao Estado. Para Implantação e Credenciamento das referidas equipes as secretarias estaduais de saúde e o Distrito Federal deverão: I - analisar e encaminhar as propostas de implantação das equipes elaboradas pelos municípios e aprovadas pelos Conselhos Municipais de à Comissão Intergestores Bipartite (CIB) no prazo máximo de 30 dias, após a data do protocolo de entrada do processo na Secretaria Estadual de Saúde ou na instância regional; Didatismo e Conhecimento
3. Do Financiamento da Atenção Básica O nanciamento da Atenção Básica deve ser tripartite. No âmbito federal o montante de recursos nanceiros destinados à viabilização de ações de Atenção Básica à saúde compõe o Bloco de nanciamento de Atenção Básica (Bloco AB) e parte do Bloco de nanciamento de investimento. Seus recursos deverão ser utilizados para nanciamento das ações de Atenção Básica descritas na RENASES e nos Planos de Saúde do município e do Distrito Federal. 33
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde Os repasses dos recursos do Bloco AB aos municípios são efetuados em conta aberta especicamente para este m, de acordo com a normatização geral de transferências de recursos fundo a fundo do Ministério da Saúde, com o objetivo de facilitar o acom panhamento pelos Conselhos de Saúde no âmbito dos municípios, dos estados e do Distrito Federal. O Ministério da Saúde denirá os códigos de lançamentos, assim como seus identicadores literais, que constarão nos respectivos avisos de crédito, para tornar claro o objeto de cada lançamento em conta. O aviso de crédito deverá ser enviado ao Secretário de Saúde, ao Fundo de Saúde, ao Conselho de Saúde, ao Poder Legislativo e ao Ministério Público dos respectivos níveis de governo. Os registros contábeis e os demonstrativos gerenciais mensais devidamente atualizados relativos aos recursos repassados a essas contas carão, permanentemente, à disposição dos Conselhos responsáveis pelo acompanhamento, e a scalização, no âmbito dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e dos órgãos de scalização federais, estaduais e municipais, de controle interno e externo. Os municípios deverão remeter por via eletrônica o processamento da produção de serviços referentes ao Bloco AB ao Ministério da Saúde ou à Secretaria Estadual de Saúde, de acordo com cronograma pactuado. As Secretarias de Saúde dos Estados e do Distrito Federal devem enviar as informações ao DATASUS, observando cronograma estabelecido pelo Ministério da Saúde. De acordo com o artigo 6º, do Decreto nº 1.651/95, a comprovação da aplicação dos recursos transferidos do Fundo Nacional de Saúde para os Fundos Estaduais e Municipais de Saúde, na forma do Decreto nº 1.232/94, que trata das transferências, fundo a fundo, deve ser apresentada ao Ministério da Saúde e ao Estado, por meio de relatório de gestão, aprovado pelo respectivo Conselho de Saúde. Da mesma forma, a prestação de contas dos valores recebidos e aplicados no período deve ser aprovada no Conselho Municipal de Saúde e encaminhada ao Tribunal de Contas do Estado ou Município e à Câmara Municipal. A demonstração da movimentação dos recursos de cada conta deverá ser efetuada, seja na Prestação de Contas, seja quando solicitada pelos órgãos de controle, mediante a apresentação de: I -relatórios mensais da origem e da aplicação dos recursos; II - demonstrativo sintético de execução orçamentária; III - demonstrativo detalhado das principais despesas; e IV - relatório de gestão. O Relatório de Gestão deverá demonstrar como a aplicação dos recursos nanceiros resultou em ações de saúde para a po pulação, incluindo quantitativos mensais e anuais de produção de serviços de Atenção Básica.
mília, as Equipes de Saúde Bucal, de Agentes Comunitários de Saúde, dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, dos Consultórios na Rua, de Saúde da Família Fluviais e Ribeirinhas, de Atenção Domiciliar, Programa Saúde na Escola (PSE), microscopistas e a Academia da Saúde; E) Recursos condicionados a resultados e avaliação do acesso e da qualidade, tal como o do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ); A) Recurso per capita O recurso per capita será transferido mensalmente, de forma regular e automática, do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos Municipais de Saúde e do Distrito Federal com base num valor multiplicado pela população do Município. O recurso será calculado pela multiplicação da população de cada município e do Distrito Federal por um valor, fruto de pactuação tripartite e devidamente publicado em portaria especíca, levando em conta critérios de equidade. A população de cada município e do Distrito Federal será a população denida pelo IBGE e publicada em portaria especíca pelo Ministério da Saúde. B) Recursos para Projetos especícos, que inclui os recursos da Compensação das Especicidades Regionais (CER), o Programa de Requalicação das Unidades Básica de Saúde e Recurso de Estruturação. Parte dos recursos do Bloco AB poderá ser repassado para im plantação e execução de ações e programas especícos denidos de maneira tripartite, entre eles: Compensação de Especicidades Regionais: trata-se de recur sos transferidos com o objetivo de responder a especicidades de municípios, populações ou situações que exigem maior aporte de recursos, mas que não são devidamente contempladas nos demais componentes do Bloco AB. Os critérios de distribuição dos recur sos e valores para cada Estado e para o Distrito Federal pactuados são denidos em Portaria Ministerial especica para este m. A utilização dos recursos de Compensação de Especicidades Regionais é denida por cada CIB levando em conta os objetivos deste componente e pactuando projeto com nalidade, critérios, distribuição e utilização dos recursos, monitoramento e avaliação dos resultados. O projeto, os critérios bem como a lista de municí pios contemplados com seus respectivos valores deverão ser informados ao plenário da CIT. No caso do Distrito Federal, a proposta de aplicação deste recurso deverá ser submetida à aprovação pelo Colegiado Gestor do Distrito Federal. Assim os municípios podem receber um recurso complementar aos demais componentes do Bloco de AB relacionados ao enfrentamento de especicidades geradoras de iniquidade tais como: municípios mais pobres, com piores indicadores e maiores necessidades; municípios com maiores diculdades de atração e xação de prossionais e municípios isolados ou com diculdade de acesso; qualicação da atenção a populações sazonais, rurais, quilombolas, tradicionais, assentadas, isoladas; projetos cuja im plantação se dá mediante adesão e estão ligados ao enfrentamento da iniquidade através de ações de educação permanente, fortalecimento, modernização e qualicação da gestão, implantação de ações e alternativas que enfrentem iniquidades entre os municípios ligadas a qualquer um dos temas citados ou outros. Programa de Requalicação das Unidades Básica de Saúde: Recursos destinados à estruturação da rede de serviços da atenção básica publicados em portaria especíca com o montante disponi-
O nanciamento federal desta política é composto por: A) Recursos per capita; B) Recursos para projetos especícos, tais como os recursos da compensação das especicidades regionais (CER), do Programa de Requalicação das Unidades Básica de Saúde, Recurso de Investimento/ Estruturação e Recursos de Estruturação na Implantação; C) Recursos de investimento; D) Recursos que estão condicionados à implantação de estratégias e programas prioritários, tais como os recursos especícos para os municípios que implantarem as Equipes de Saúde da FaDidatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde bilizado por Unidade da Federação e cuja aplicação dos critérios de decisão é objeto de pactuação na CIT e nas CIB. Esses recursos serão transferidos fundo a fundo aos municípios que se adequarem a esses critérios, e depositados em conta especíca. Recursos de Investimento/Estruturação: São recursos destinados a estruturação dos serviços e ações da atenção básica, que podem ser repassados aos municípios/ estados fundo a fundo ou através de convênio. Recursos de Implantação: Na implantação das equipes de saúde da família, saúde bucal e dos NASF os municípios e/ou o Dis trito Federal receberão recursos especícos para estruturação das Unidades Básicas de Saúde, visando à melhoria da infra-estrutura física e de equipamentos para o trabalho das equipes. Esses recur sos serão repassados na competência nanceira do mês posterior à implantação das equipes. Em caso de redução do número de equipes, o município ou o Distrito Federal não farão jus a novos recursos de implantação até que seja alcançado o número de equipes já implantado anteriormente. D) Os recursos que estão condicionados à implantação de estratégias e programas prioritários, tais como os recursos especícos para os municípios que implantarem as equipes de Saúde da Família, equipes de Saúde Bucal, de Agentes Comunitários de Saúde, dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, dos Consultórios na Rua, de Saúde da Família Fluviais e Ribeirinhas, de Atenção Domiciliar, Programa Saúde na Escola (PSE), microscopistas e a Academia da Saúde 1. Equipes de Saúde da Família (SF): os valores dos incentivos nanceiros para as Equipes de Saúde da Família implantadas serão transferidos a cada mês, tendo como base o número de Equi pe de Saúde da Família (ESF) registrados no sistema de Cadastro Nacional vigente no mês anterior ao da respectiva competência nanceira. São estabelecidas duas modalidades de nanciamento para as ESF: 1.1. - Equipes de Saúde da família Modalidade 1: são as ESF que atendem aos seguintes critérios: I - estiverem implantadas em municípios com população de até 50 mil habitantes nos Estados da Amazônia Legal e até 30 mil habitantes nos demais Estados do País; e II - estiverem implantadas em municípios não incluídos no estabelecido na alínea I e atendam a população remanescente de quilombos ou residente em assentamentos de no mínimo 70 (setenta) pessoas, respeitado o número máximo de equipes por município, publicado em portaria especíca. As equipes que na data de publicação desta Portaria recebem como modalidade 1 de nanciamento, por qualquer um dos motivos listados abaixo não terão decréscimo do recurso repassado atualmente, ainda que não enquadradas nos critérios acima descritos: I - pertencerem a municípios que integraram o Programa de Interiorização do Trabalho em Saúde (PITS); II -pertencerem a municípios que têm índice de Desenvolvimento Humano (IDH) igual ou inferior a 0,7; e III - estiverem nas áreas do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania - Pronasci. 1.2. Equipes de Saúde da família Modalidade 2: são as ESF implantadas em todo o território nacional que não se enquadram nos critérios da Modalidade 1. Didatismo e Conhecimento
Quando um município, por aumento da população, deixar de ter direito ao valor da modalidade 1, deverá ser realizada etapa de transição durante o ano da mudança que busque evitar a perda nominal acentuada de recursos do Bloco de Atenção Básica. 1.3. As equipes de Saúde da Família com diferentes inserções do prossional médico receberão recursos de acordo com sua modalidade e segundo a descrição abaixo: 1.3.1 2 (dois) médicos integrados a uma única equipe, cum prindo individualmente carga horária semanal de 30 horas (equivalente a 01 (um) médico com jornada de 40 horas semanais), com repasse integral do nanciamento para uma equipe de saúde da família modalidade I ou II. 1.3.2. 3 (três) médicos cumprindo individualmente carga horária semanal de 30 horas (equivalente a 02 (dois) médicos com jornada de 40 horas, de duas equipes), com repasse integral do nanciamento para duas equipes de saúde da família modalidade I ou II. 1.3.3. 4 (quatro) médicos com carga horária semanal de 30 horas (equivalente a 03 (três) médicos com jornada de 40 horas semanais, de 03 equipes), com repasse integral do nanciamento para três equipes de saúde da família modalidade I ou II. 1.3.4. 2 (dois) médicos integrados a uma equipe, cumprindo individualmente jornada de 20 horas semanais, e demais prossionais com jornada de 40 horas semanais, com repasse de 85% do nanciamento para uma equipe de saúde da família modalidade I ou II. 1.3.5. As equipes de Saúde da família na modalidade transitória: 01 (um) médico cumprindo jornada de 20 horas semanais e demais prossionais com jornada de 40 horas semanais, o município receberá repasse mensal equivalente a 60% do valor do incentivo nanceiro para uma equipe, sendo vedada sua participação no Programa de melhoria de acesso e da qualidade. Quando as Equipes de Saúde da Família forem compostas também por prossionais de Saúde Bucal, o incentivo nanceiro será transferido a cada mês, tendo como base: I - a modalidade especíca dos prossionais de Saúde Bucal (ESB) que compõem a equipe de saúde da família e estão registrados no cadastro do SCNES no mês anterior ao da respectiva competência nanceira; e II -a modalidade de toda a equipe de saúde da família, confor me descrito acima e relacionado às características dos municípios e da população atendida. Assim, se ela faz parte de uma equipe de saúde da família modalidade I tem 50% de acréscimo no incentivo nanceiro especíco. 2. Equipes Saúde da Família comunidades Ribeirinhas e Fluviais 2.1 Equipes Saúde da Família Ribeirinhas; os valores dos incentivos nanceiros para as Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas implantadas serão transferidos a cada mês, tendo como base o número de Equipe de Saúde da Família Ribeirinhas (ESFR) registrados no sistema de Cadastro Nacional vigente no mês anterior ao da respectiva competência nanceira. O valor do repasse mensal dos recursos para o custeio das Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas será publicado em portaria especíca e poderá ser agregado um valor nos casos em que a equipe necessite de transporte uvial para acessar as comunidades ribeirinhas adscritas para execução de suas atividades. 35
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde 2.2. Equipes de Saúde da Família Fluviais: os valores dos incentivos nanceiros para as Equipes de Saúde da Família Fluviais implantadas serão transferidos a cada mês, tendo como base o número de Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF) registrados no sistema de Cadastro Nacional vigente no mês anterior ao da respectiva competência nanceira. O valor do repasse mensal dos recursos para o custeio das Unidades Básicas de Saúde Fluviais será publicado em portaria especíca, com uma modalidade sem prossionais de saúde bucal e outra com estes prossionais. Os critérios mínimos para o custeio das Unidades preexistentes ao Programa de Construção de Unidades Básicas de Saúde Fluviais também serão publicados em portaria especíca.
A efetivação da transferência dos recursos nanceiros descritos no item D tem por base os dados de alimentação obrigatória do Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, cuja responsabilidade de manutenção e atualização é dos gestores dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, estes devem : I - transferir os dados mensalmente, para o Departamento de Informática do SUS - DATASUS, por via magnética, de acordo com o cronograma denido anualmente pelo SCNES; e II -a transferência dos dados para a Base Nacional do sistema de Cadastro Nacional vigente se dará após geração do arquivo pelo sistema de informação denido pelo Ministério da Saúde para à Atenção Básica. Os valores dos componentes descritos acima serão denidos em portarias especícas pelo Ministério da Saúde. Sobre a suspensão do repasse dos recursos referentes ao item D O Ministério da Saúde suspenderá os repasses dos incentivos referentes às equipes e aos serviços citados acima, nos casos em que forem constatadas, por meio do monitoramento e/ou da super visão direta do Ministério da Saúde ou da Secretaria Estadual de Saúde ou por auditoria do DENASUS ou dos órgãos de controle competentes, qualquer uma das seguintes situações: I - inexistência de unidade básica de saúde cadastrada para o trabalho das equipes e/ou; II - ausência, por um período superior a 60 dias, de qualquer um dos prossionais que compõem as equipes descritas no item D, com exceção dos períodos em que a contratação de prossionais esteja impedida por legislação especíca, e/ou; III - descumprimento da carga horária mínima prevista para os prossionais das equipes; e IV - ausência de alimentação de dados no Sistema de Infor mação denidos pelo Ministério da saúde que comprovem o início de suas atividades. Especicamente para as equipes de saúde da família com os prossionais de saúde bucal: As equipes de Saúde da Família que sofrerem suspensão de recurso, por falta de prossional médico, enfermeiro ou técnico/ auxiliar de enfermagem conforme previsto acima, poderão manter os incentivos nanceiros especícos para saúde bucal, conforme modalidade de implantação, contanto que adotem procedimento do SCNES preconizados pelo Ministério da Saúde. Especicamente para o NASF: I - inexistência de no mínimo 02 (duas) Equipes de Saúde da Família/Equipes de Atenção Básica para populações especícas, vinculadas ao NASF 1 para municípios com menos de 100.000 hab. da Amazônia Legal ou; II - inexistência de no mínimo 04 (quatro) Equipes de Saúde da Família/Equipes de Atenção Básica para populações especícas, vinculadas ao NASF 1 no restante do País ou; e III - inexistência de no mínimo 01 (uma) Equipes de Saúde da Família/Equipes de Atenção Básica para populações especícas, vinculadas ao NASF 2. Sendo consideradas para esse m as Equipes completas de Saúde da Família/Equipes de Atenção Básica para populações es pecícas, ou equipes incompletas por período de até 60 (sessenta) dias.
3. - Equipes Consultório na Rua Os valores do incentivo nanceiro para as equipes dos Consultórios na Rua implantadas serão transferidos a cada mês, tendo como base a modalidade e o número de equipes cadastradas no sistema de Cadastro Nacional vigente no mês anterior ao da res pectiva competência nanceira. Os valores do repasse mensal que as equipes dos Consultórios na Rua farão jus será denido em portaria especíca, conforme sua modalidade e a necessidade de custeio para transporte da equipe de consultório de rua. O início do repasse mensal do incentivo ocorrerá após a pu blicação de portaria de habilitação ao custeio que será emitida pelo Ministério da Saúde após a demonstração, pelo Município, do cadastramento da equipe consultório de rua no sistema de Cadastro Nacional vigente e da alimentação de dados no Sistema de Infor mação indicado pelo Ministério da saúde que comprovem o início de suas atividades. 4. Núcleo de Apoio de Saúde da Família (NASF) O valor do incentivo federal para o custeio de cada NASF, dependerá da sua categoria (1 ou 2) e será determinado em portaria especíca. Os valores dos incentivos nanceiros para os NASF implantados serão transferidos a cada mês, tendo como base o número de NASF cadastrados no SCNES. O registro de procedimentos referentes à produção de serviços realizada pelos prossionais cadastrados nos NASF deverá ser realizado no sistema indicado pelo Ministério da Saúde, mas não gerarão créditos nanceiros. 5. Agentes Comunitários de Saúde (ACS) Os valores dos incentivos nanceiros para as equipes de ACS implantadas são transferidos a cada mês, tendo como base o número de Agentes Comunitários de Saúde (ACS), registrados no sistema de Cadastro Nacional vigente no mês anterior ao da res pectiva competência nanceira. Será repassada uma parcela extra, no último trimestre de cada ano, cujo valor será calculado com base no número de Agentes Comunitários de Saúde, registrados no cadastro de equipes e prossionais do SCNES, no mês de agosto do ano vigente. 6. Microscopistas, Programa Saúde na Escola (PSE), Academia da Saúde e Atenção domiciliar O repasse do recurso para Microscopistas, Programa Saúde na Escola (PSE), Academia da Saúde e Atenção domiciliar, assim como seus respectivos valores serão denidos em portarias especícas. Sobre a efetivação do repasse dos recursos referentes ao item D Didatismo e Conhecimento
Especicamente para os Consultórios na Rua: Ausência de vinculação a Equipe de Saúde Bucal cadastrada para o trabalho das equipes; 36
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde Da solicitação de crédito retroativo dos recursos referentes ao item D Considerando a ocorrência de problemas na alimentação do SCNES, por parte dos estados, Distrito Federal e dos municípios na transferência dos arquivos, realizada pelos municípios, o Distrito Federal e os estados, o Fundo Nacional de Saúde - FNS/SE/ MS poderá efetuar crédito retroativo dos incentivos nanceiros deste recurso variável (C), com base em solicitação da Secretaria de Atenção à Saúde - SAS/MS. Esta retroatividade se limitará aos seis meses anteriores ao mês em curso. Para solicitar os créditos retroativos, os municípios e o Distrito Federal deverão: I -preencher a planilha constante do Anexo III a esta Portaria, para informar o tipo de incentivo nanceiro que não foi creditado no Fundo Municipal de Saúde ou do Distrito Federal, discriminando a competência nanceira correspondente e identicando a equipe, com os respectivos prossionais que a compõem; II - imprimir o relatório de produção das equipes de atenção básica, referente à equipe e ao mês trabalhado que não geraram a transferência dos recursos; e III - enviar ofício à Secretaria de Saúde de seu estado, pleiteando a complementação de crédito, acompanhado da planilha referida no item I e do relatório de produção correspondente. No caso do Distrito Federal, o ofício deverá ser encaminhado ao De partamento de Atenção Básica da SAS/MS. As Secretarias Estaduais de Saúde, após analisarem a documentação recebida dos municípios, deverão encaminhar ao De partamento de Atenção Básica da SAS/MS solicitação de complementação de crédito dos incentivos tratados nesta Portaria, acom panhada dos documentos referidos nos itens I e II. A Secretaria de Atenção à Saúde - SAS/MS, por meio do De partamento de Atenção Básica, procederá à análise das solicitações recebidas, vericando a adequação da documentação enviada, se houve suspensão do crédito em virtude da constatação de irregularidade no funcionamento das equipes e se a situação de qualicação do município ou do Distrito Federal, na competência reclamada, permite o repasse dos recursos pleiteados. E) Recursos condicionados a resultados e avaliação do acesso e da qualidade, tal como o do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ) Há um esforço do Ministério da Saúde em fazer com que parte dos recursos induzam a ampliação do acesso, a qualicação do serviço e a melhoria da atenção à saúde da população. Estes recur sos devem ser repassados em função de programas que avaliem a implantação de processos e a melhoria de resultados como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ). O PMAQ tem como objetivo ampliar o acesso e a qualidade do cuidado na atenção básica. Ele se dará através de monitoramento e avaliação da atenção básica, e está atrelado a um incentivo nanceiro para as gestões municipais que aderirem ao programa. O incentivo de qualidade é variável e dependente dos resultados alcançados pelas equipes e pela gestão municipal. Este incentivo será transferido a cada mês, tendo como base o número de equipes cadastradas no programa e os critérios denidos em portaria especíca do PMAQ. Requisitos mínimos para manutenção da transferência dos recursos do Bloco da Atenção Básica. Os requisitos mínimos para a manutenção da transferência do Bloco da Atenção Básica são aqueles denidos pela legislação federal do SUS. Didatismo e Conhecimento
O Plano de Saúde municipal ou do Distrito Federal, e a programação anual de saúde aprovado pelo respectivo Conselho de Saúde, deve especicar a proposta de organização da Atenção Básica e explicitar como serão utilizados os recursos do Bloco da Atenção Básica. O Relatório de Gestão deverá demonstrar como a aplicação dos recursos nanceiros resultou em ações de saúde para a po pulação, incluindo quantitativos mensais e anuais de produção de serviços de Atenção Básica. Da suspensão do repasse de recursos do Bloco da Atenção Básica O Ministério da Saúde suspenderá o repasse de recursos do Bloco da Atenção Básica aos municípios e ao Distrito Federal, quando: I - Não houver alimentação regular, por parte dos municípios e do Distrito Federal, dos bancos de dados nacionais de informação, relacionados na portaria no. 3462 de 11 de novembro de 2010; e II-Forem detectados, por meio de auditoria federal ou estadual, malversação ou desvio de nalidade na utilização dos recur sos. A suspensão será mantida até a adequação das irregularidades identicadas. ANEXO II O projeto de implantação das equipes de Saúde da Família e/ ou equipes de saúde bucal, equipes de agentes comunitários, das Equipes de atenção básica para populações especícas e dos Núcleos de apoio a saúde da família deve conter: I - O território a ser coberto, com estimativa da população residente, denição do número de equipes que deverão atuar e com o mapeamento das áreas; II - Infraestrutura incluindo área física, equipamentos e materiais disponíveis nas UBS onde atuarão as equipes, explicitando o número e o local das unidades onde irão atuar cada uma das equipes; III - O uxo dos usuários para garantia da referência e contra-referência e cuidado em outros pontos de atenção, incluindo apoio diagnóstico laboratorial e de imagem, levando em conta os padrões mínimos de oferta de serviços de acordo com RENASES e protocolos estabelecidos pelos municípios, estados e pelo Ministério da Saúde; IV - A proposta para garantia da assistência farmacêutica básica; V - Descrição das principais ações a serem desenvolvidas pelas equipes no âmbito da Atenção Básica, especialmente nas áreas prioritárias denidas no âmbito nacional; VI - Processo de gerenciamento e apoio institucional ao tra balho das equipes; VII -A forma de recrutamento, seleção e contratação dos prossionais das equipes, contemplando o cumprimento da carga horária denida para cada prossional das equipes; VIII - Implantação do sistema de Informação para atenção básica vigente no momento da implantação da equipe da Atenção Básica, incluindo recursos humanos e materiais para operá-lo; IX - Processo de avaliação do trabalho das equipes e a forma de acompanhamento dos indicadores da Atenção Básica; X - A contrapartida de recursos dos municípios e do Distrito Federal; e 37
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde XI - No caso das equipes do NASF: os prossionais que vão compor os NASF, incluindo as justicativas da escolha, as identicação das Equipes que cada núcleo vai apoiar, o planejamento e/ou a previsão de agenda compartilhada entre as diferentes equipes e a equipe dos NASF, que incluam ações individuais e coletivas, de assistência, de apoio pedagógico tanto das equipes quanto da comunidade e as ações de visita domiciliar, em qual(ais) UBS. O NASF será cadastrado SCNES de acordo com o número de equipes que a ele está vinculado. ANEXO III SOLICITAÇÃO RETROATIVA DE COMPLEMENTAÇÃO DO REPASSE DOS INCENTIVOS FINANCEIROS UF: __________MUNICÍPIO:__________________ CÓDIGO IBGE: _________________COMPETÊNCIA(S):____________ TIPO DE INCENTIVO:_______ESF ( )__________ACS ( )_____________ESB mod.___________I ( ) ___________II ( )____________ UOM ( )____________ESFPR ( )____________ESFPRSB ( )____________ESFF ( )__________ESFFSB ( )__________NASF ti po___________I ()_____________ II ( ) CÓDIGO DO CNES:____________________ IDENTIFICAÇÃO DA EQUIPE:________________________ MOTIVO DO NÃO CADASTRAMENTO NO SISTEMA:_______________________ NOME DOS PROFISSIONAIS
CATEGORIA PROFISSIONAL
CPF
IDENTIFICAÇÃO DA EQUIPE: Identicação da equipe através do nome por ela utilizado. TIPO DE INCENTIVO: Marcar se é relativo à equipe de Saúde da Família, Agentes Comunitários de Saúde, equipe de Saúde Bucal modalidade I ou II, Unidade Odontológica Móvel, equipe de Saúde da Familia População Ribeirinha, equipe de Saúde da Família População Ribeirinha com Saúde Bucal, equipe de Saúde da Família Fluvial, equipe de Saúde da Família Fluvial com Saúde Bucal ou Núcleo de Apoio à Saúde da Família tipo I ou II. RELAÇÃO DE PROFISSIONAIS: Nome completo de cada prossional integrante da equipe, que não gerou incentivo. CATEGORIA PROFISSIONAL: Identicar a categoria de cada prossional listado na coluna anterior. CPF: Informar o CPF dos prossionais das Equipes que foram suspensas. DATA: ___/___/__________________________________________________________ SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE:____________________ SECRETÁRIO DE SAÚDE DO ESTADO:
SUS: PRINCÍPIOS E DIRE TRIZE S;
Princípios do SUS: São conceitos que orientam o SUS, previstos no artigo 198 da Constituição Federal de 1988 e no artigo 7º do Ca pítulo II da Lei n.º 8.080/1990. Os principais são: Universalidade: signica que o SUS deve atender a todos, sem distinções ou restrições, oferecendo toda a atenção necessária, sem qualquer custo; In tegralidade: o SUS deve oferecer a atenção necessária à saúde da população, promovendo ações contínuas de prevenção e tratamento aos indivíduos e às comunidades, em quaisquer níveis de complexidade; Equidade: o SUS deve disponibilizar recursos e serviços com justiça, de acordo com as necessidades de cada um, canalizando maior atenção aos que mais necessitam; Participação social: é um direito e um dever da sociedade participar das gestões públicas em geral e da saúde pública em particular; é dever do Poder Público garantir as condições para essa participação, assegurando a gestão comunitária do SUS; e Descentralização: é o processo de transferência de responsabilidades de gestão para os municípios, atendendo às determinações constitucionais e legais que embasam o SUS, denidor de atribuições comuns e competências especícas à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios. Principais leis Constituição Federal de 1988: Estabelece que “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. Determina ao Poder Público sua “regulamentação, scalização e controle”, que as ações e os serviços da saúde “integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único”; dene suas diretrizes, atribuições, fontes de nanciamento e, ainda, como deve se dar a participação da iniciativa privada.
Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde Lei Orgânica da S aúde (LOS ), L ei n .º 8.080/1990: Regulamenta, em todo o território nacional, as ações do SUS, estabelece as diretrizes para seu gerenciamento e descentralização e detalha as competências de cada esfera governamental. Enfatiza a descentralização político-administrativa, por meio da municipalização dos serviços e das ações de saúde, com redistribuição de poder, competências e recursos, em direção aos municípios. Determina como competência do SUS a denição de critérios, valores e qualidade dos serviços. Trata da gestão nanceira; dene o Plano Municipal de Saúde como base das atividades e da programação de cada nível de direção do SUS e garante a gratuidade das ações e dos serviços nos atendimentos públicos e privados contratados e conveniados.
necessários à recuperação de cada pessoa. A alta só deve ocorrer quando da transferência do paciente a outra equipe (da rede básica ou de outra área especializada) e o tempo de espera para essa transferência não pode representar uma interrupção do atendimento: a equipe de referência deve prosseguir com o projeto terapêutico, interferindo, inclusive, nos critérios de acesso. In stâncias de Pactu ação São espaços intergovernamentais, políticos e técnicos onde ocorrem o planejamento, a negociação e a implementação das políticas de saúde pública. As decisões se dão por consenso (e não por votação), estimulando o debate e a negociação entre as partes.
Lei n .º 8.142/1990: Dispõe sobre o papel e a participação das comunidades na gestão do SUS, sobre as transferências de recur sos nanceiros entre União, estados, Distrito Federal e municípios na área da saúde e dá outras providências. Institui as instâncias colegiadas e os instrumentos de participação social em cada esfera de governo.
Comissão In tergestores Tripartite (CIT ): Atua na direção nacional do SUS, formada por composição paritária de 15 membros, sendo cinco indicados pelo Ministério da Saúde, cinco pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e cinco pelo Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems). A representação de estados e municípios nessa Comissão é, portanto regional: um representante para cada uma das cinco regiões existentes no País.
Respon sabilização San itária Desenvolver responsabilização sanitária é estabelecer claramente as atribuições de cada uma das esferas de gestão da saúde pública, assim como dos serviços e das equipes que compõem o SUS, possibilitando melhor planejamento, acompanhamento e complementaridade das ações e dos serviços. Os prefeitos, ao assumir suas responsabilidades, devem estimular a responsabilização junto aos gerentes e equipes, no âmbito municipal, e participar do processo de pactuação, no âmbito regional.
Comissões Intergestores Bipartites (CIB): São constituídas paritariamente por representantes do governo estadual, indicados pelo Secretário de Estado da Saúde, e dos secretários municipais de saúde, indicados pelo órgão de representação do conjunto dos municípios do Estado, em geral denominado Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems). Os secretários municipais de Saúde costumam debater entre si os temas estratégicos antes de apresentarem suas posições na CIB. Os Cosems são também instâncias de articulação política entre gestores municipais de saúde, sendo de extrema importância a participação dos gestores locais nesse espaço.
Respon sabilização Macrossan itária O gestor municipal, para assegurar o direito à saúde de seus munícipes, deve assumir a responsabilidade pelos resultados, buscando reduzir os riscos, a mortalidade e as doenças evitáveis, a exemplo da mortalidade materna e infantil, da hanseníase e da tu berculose. Para isso, tem de se responsabilizar pela oferta de ações e serviços que promovam e protejam a saúde das pessoas, previnam as doenças e os agravos e recuperem os doentes. A atenção básica à saúde, por reunir esses três componentes, coloca-se como responsabilidade primeira e intransferível a todos os gestores. O cumprimento dessas responsabilidades exige que assumam as atri buições de gestão, incluindo: - execução dos serviços públicos de responsabilidade municipal; - destinação de recursos do orçamento municipal e utilização do conjunto de recursos da saúde, com base em prioridades denidas no Plano Municipal de Saúde; - planejamento, organização, coordenação, controle e avaliação das ações e dos serviços de saúde sob gestão municipal; e - participação no processo de integração ao SUS, em âmbito regional e estadual, para assegurar a seus cidadãos o acesso a ser viços de maior complexidade, não disponíveis no município.
Espaços regionais: A implementação de espaços regionais de pactuação, envolvendo os gestores municipais e estaduais, é uma necessidade para o aperfeiçoamento do SUS. Os espaços regionais devem-se organizar a partir das necessidades e das anidades es pecícas em saúde existentes nas regiões. Descentralização O princípio de descentralização que norteia o SUS se dá, es pecialmente, pela transferência de responsabilidades e recursos para a esfera municipal, estimulando novas competências e capacidades político-institucionais dos gestores locais, além de meios adequados à gestão de redes assistenciais de caráter regional e macrorregional, permitindo o acesso, a integralidade da atenção e a racionalização de recursos. Os estados e a União devem contribuir para a descentralização do SUS, fornecendo cooperação técnica e nanceira para o processo de municipalização.
Respon sabilização Microssan itária Region alização: consensos e estratégias - As ações e os ser viços de saúde não podem ser estruturados apenas na escala dos municípios. Existem no Brasil milhares de pequenas municipalidades que não possuem em seus territórios condições de oferecer serviços de alta e média complexidade; por outro lado, existem municípios que apresentam serviços de referência, tornando-se polos regionais que garantem o atendimento da sua população e de
É determinante que cada serviço de saúde conheça o território sob sua responsabilidade. Para isso, as unidades da rede básica devem estabelecer uma relação de compromisso com a população a ela adstrita e cada equipe de ref erência deve ter sólidos vínculos terapêuticos com os pacientes e seus familiares, proporcionando-lhes abordagem integral e mobilização dos recursos e apoios
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde municípios vizinhos. Em áreas de divisas interestaduais, são frequentes os intercâmbios de serviços entre cidades próximas, mas de estados diferentes. Por isso mesmo, a construção de consensos e estratégias regionais é uma solução fundamental, que permitirá ao SUS superar as restrições de acesso, ampliando a capacidade de atendimento e o processo de descentralização.
A atenção básica em saúde constitui o primeiro nível de atenção à saúde adotada pelo SUS. É um conjunto de ações que englo ba promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação. Desenvolve-se por meio de práticas gerenciais e sanitárias, democráticas e participativas, sob a forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios delimitados, pelos quais assumem responsabilidade. Utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade, objetivando solucionar os problemas de saúde de maior frequência e relevância das populações. É o contato preferencial dos usuários com o sistema de saúde. Deve considerar o sujeito em sua singularidade, complexidade, inteireza e inserção sociocultural, além de buscar a promoção de sua saúde, a prevenção e tratamento de doenças e a redução de danos ou de sofrimentos que possam comprometer suas possibilidades de viver de modo saudável. As Unidades Básicas são prioridades porque, quando as Unidades Básicas de Saúde funcionam adequadamente, a comunidade consegue resolver com qualidade a maioria dos seus problemas de saúde. É comum que a primeira preocupação de muitos prefeitos se volte para a reforma ou mesmo a construção de hospitais. Para o SUS, todos os níveis de atenção são igualmente importantes, mas a prática comprova que a atenção básica deve ser sempre prioritária, porque possibilita melhor organização e funcionamento também dos serviços de média e alta complexidade. Estando bem estruturada, ela reduzirá as las nos prontos socorros e hospitais, o consumo abusivo de medicamentos e o uso indiscriminado de equipamentos de alta tecnologia. Isso porque os problemas de saúde mais comuns passam a ser resolvidos nas Unidades Básicas de Saúde, deixando os ambulatórios de especialidades e hospitais cumprirem seus verdadeiros papéis, o que resulta em maior satisfação dos usuários e utilização mais racional dos recursos existentes.
O Sistema Hierarquizado e Descentralizado: As ações e serviços de saúde de menor grau de complexidade são colocadas à disposição do usuário em unidades de saúde localizadas próximas de seu domicílio. As ações especializadas ou de maior grau de complexidade são alcançadas por meio de mecanismos de referência, organizados pelos gestores nas três esferas de governo. Por exemplo: O usuário é atendido de forma descentralizada, no âmbito do município ou bairro em que reside. Na hipótese de precisar ser atendido com um problema de saúde mais complexo, ele é referenciado, isto é, encaminhado para o atendimento em uma instância do SUS mais elevada, especializada. Quando o problema é mais simples, o cidadão pode ser contrarreferenciado, isto é, conduzido para um atendimento em um nível mais primário. Plano de saúde xa diretriz e metas à saúde municipal
É responsabilidade do gestor municipal desenvolver o processo de planejamento, programação e avaliação da saúde local, de modo a atender as necessidades da população de seu município com eciência e efetividade. O Plano Municipal de Saúde (PMS) deve orientar as ações na área, incluindo o orçamento para a sua execução. Um instrumento fundamental para nortear a elaboração do PMS é o Plano Nacional de Saúde. Cabe ao Conselho Munici pal de Saúde estabelecer as diretrizes para a formulação do PMS, em função da análise da realidade e dos problemas de saúde locais, assim como dos recursos disponíveis. No PMS, devem ser descritos os principais problemas da saúde pública local, suas causas, consequências e pontos críticos. Além disso, devem ser denidos os objetivos e metas a serem atingidos, as atividades a serem executadas, os cronogramas, as sistemáticas de acompanhamento e de avaliação dos resultados.
Saúde da Família: é a saúde mais perto do cidadão. É parte da estratégia de estruturação eleita pelo Ministério da Saúde para reorganização da atenção básica no País, com recursos nanceiros especícos para o seu custeio. Cada equipe é composta por um conjunto de prossionais (médico, enfermeiro, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde, podendo agora contar com prossional de saúde bucal) que se responsabiliza pela situação de saúde de determinada área, cuja população deve ser de no mínimo 2.400 e no máximo 4.500 pessoas. Essa população deve ser cadastrada e acompanhada, tornando-se responsabilidade das equipes atendê-la, entendendo suas necessidades de saúde como resultado também das condições sociais, ambientais e econômicas em que vive. Os prossionais é que devem ir até suas casas, porque o objetivo principal da Saúde da Família é justamente aproximar as equipes das comunidades e estabelecer entre elas vínculos sólidos.
Sistemas de inf ormações ajudam a planejar a saúde: O SUS opera e/ou disponibiliza um conjunto de sistemas de informações estratégicas para que os gestores avaliem e fundamentem o plane jamento e a tomada de decisões, abrangendo: indicadores de saúde; informações de assistência à saúde no SUS (internações hos pitalares, produção ambulatorial, imunização e atenção básica); rede assistencial (hospitalar e ambulatorial); morbidade por local de internação e residência dos atendidos pelo SUS; estatísticas vitais (mortalidade e nascidos vivos); recursos nanceiros, infor mações demográcas, epidemiológicas e socioeconômicas. Caminha-se rumo à integração dos diversos sistemas informatizados de base nacional, que podem ser acessados no site do Datasus. Nesse processo, a implantação do Cartão Nacional de Saúde tem papel central. Cabe aos prefeitos conhecer e monitorar esse conjunto de informações essenciais à gestão da saúde do seu município.
A saúde municipal precisa ser integral. O município é responsável pela saúde de sua população integralmente, ou seja, deve garantir que ela tenha acessos à atenção básica e aos serviços especializados (de média e alta complexidade), mesmo quando localizados fora de seu território, controlando, racionalizando e avaliando os resultados obtidos. Só assim estará promovendo saúde integral, como determina a legislação. É preciso que isso que claro, porque muitas vezes o gestor municipal entende que sua responsabilidade acaba na atenção básica em saúde e que as ações e os serviços de maior com plexidade são responsabilidade do Estado ou da União – o que não é verdade.
Níveis de atenção à saúde: O
SUS ordena o cuidado com a saúde em níveis de atenção, que são de básica, média e alta com plexidade. Essa estruturação visa à melhor programação e planejamento das ações e dos serviços do sistema de saúde. Não se deve, porém, desconsiderar algum desses níveis de atenção, porque a atenção à saúde deve ser integral.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde A promoção da saúde é uma estratégia por meio da qual os desaos colocados para a saúde e as ações sanitárias são pensados em articulação com as demais políticas e práticas sanitárias e com as políticas e práticas dos outr os setores, ampliando as possibilidades de comunicação e intervenção entre os atores sociais envolvidos (sujeitos, instituições e movimentos sociais). A promoção da saúde deve considerar as diferenças culturais e regionais, entendendo os sujeitos e as comunidades na singularidade de suas histórias, necessidades, desejos, formas de pertencer e se relacionar com o espaço em que vivem. Signica comprometer-se com os sujeitos e as coletividades para que possuam, cada vez mais, autonomia e capacidade para manejar os limites e riscos impostos pela doença, pela constituição genética e por seu contexto social, político, econômico e cultural. A promoção da saúde coloca, ainda, o desao da intersetorialidade, com a convocação de outros setores sociais e governamentais para que considerem parâmetros sanitários, ao construir suas políticas públicas especícas, possibilitando a realização de ações conjuntas.
mas e necessárias ao cumprimento das responsabilidades sanitárias e garantir transparência na utilização dos recursos disponíveis. A responsabilização scal e sanitária de cada gestor e servidor público deve ser compartilhada por todos os entes e esferas governamentais, resguardando suas características, atribuições e competências. O desao primordial dos governos, sobretudo na esfera municipal, é avançar na transformação dos preceitos constitucionais e legais que constituem o SUS em serviços e ações que assegurem o direito à saúde, como uma conquista que se realiza cotidianamente em cada estabelecimento, equipe e prática sanitária. É preciso inovar e buscar, coletiva e criativamente, soluções novas para os velhos problemas do nosso sistema de saúde. A construção de espaços de gestão que permitam a discussão e a crítica, em ambiente democrático e plural, é condição essencial para que o SUS seja, cada vez mais, um projeto que defenda e promova a vida. Muitos municípios operam suas ações e serviços de saúde em condições desfavoráveis, dispondo de recursos nanceiros e equi pes insucientes para atender às demandas dos usuários, seja em volume, seja em complexidade – resultado de uma conjuntura social de extrema desigualdade. Nessas situações, a gestão pública em saúde deve adotar condução técnica e administrativa compatível com os recursos existentes e criativa em sua utilização. Deve estabelecer critérios para a priorização dos gastos, orientados por análises sistemáticas das necessidades em saúde, vericadas junto à população. É um desao que exige vontade política, propostas inventivas e capacidade de governo. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios com partilham as responsabilidades de promover a articulação e a interação dentro do Sistema Único de Saúde – SUS, assegurando o acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde. O SUS é um sistema de saúde, regionalizado e hierarquizado, que integra o conjunto das ações de saúde da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, onde cada parte cumpre funções e com petências especícas, porém articuladas entre si, o que caracteriza os níveis de gestão do SUS nas três esferas governamentais. Criado pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela Lei nº 8.080/90, conhecida como a Lei Orgânica da Saúde, e pela Lei nº 8.142/90, que trata da participação da comunidade na gestão do Sistema e das transferências intergovernamentais de recursos nanceiros, o SUS tem normas e regulamentos que disci plinam as políticas e ações em cada Subsistema. A Sociedade, nos termos da Legislação, participa do planejamento e controle da execução das ações e serviços de saúde. Essa participação se dá por intermédio dos Conselhos de Saúde, presentes na União, nos Estados e Municípios.
Vigilância em saúde: expande seus objetivos. Em um país com as dimensões do Brasil, com realidades regionais bastante diversicadas, a vigilância em saúde é um grande desao. Apesar dos avanços obtidos, como a erradicação da poliomielite, desde 1989, e com a interrupção da transmissão de sarampo, desde 2000, convivemos com doenças transmissíveis que persistem ou apresentam incremento na incidência, como a AIDS, as hepatites virais, as meningites, a malária na região amazônica, a dengue, a tuberculose e a hanseníase. Observamos, ainda, aumento da mor talidade por causas externas, como acidentes de trânsito, conitos, homicídios e suicídios, atingindo, principalmente, jovens e população em idade produtiva. Nesse contexto, o Ministério da Saúde com o objetivo de integração, fortalecimento da capacidade de gestão e redução da morbimortalidade, bem como dos fatores de risco associados à saúde, expande o objeto da vigilância em saúde pública, abrangendo as áreas de vigilância das doenças transmissíveis, agravos e doenças não transmissíveis e seus fatores de riscos; a vigilância ambiental em saúde e a análise de situação de saúde. Competências municipais na vigilância em saúde Compete aos gestores municipais, entre outras atribuições, as atividades de noticação e busca ativa de doenças compulsórias, surtos e agravos inusitados; investigação de casos noticados em seu território; busca ativa de declaração de óbitos e de nascidos vivos; garantia a exames laboratoriais para o diagnóstico de doenças de noticação compulsória; monitoramento da qualidade da água para o consumo humano; coordenação e execução das ações de vacinação de rotina e especiais (campanhas e vacinações de bloqueio); vigilância epidemiológica; monitoramento da mortalidade infantil e materna; execução das ações básicas de vigilância sanitária; gestão e/ou gerência dos sistemas de informação epidemiológica, no âmbito municipal; coordenação, execução e divulgação das atividades de informação, educação e comunicação de abrangência municipal; participação no nanciamento das ações de vigilância em saúde e capacitação de recursos.
Níveis de Gestão do SUS Esfera F ederal - Gestor: Ministério da Saúde - Formulação da política estadual de saúde, coordenação e planejamento do SUS em nível Estadual. Financiamento das ações e serviços de saúde por meio da aplicação/distribuição de recursos públicos arrecadados. Esfera Estadual - Gestor: Secretaria Estadual de Saúde - For mulação da política municipal de saúde e a provisão das ações e serviços de saúde, nanciados com recursos próprios ou transferidos pelo gestor federal e/ou estadual do SUS.
Desaos públicos, responsabilidades compartilhadas: A legislação brasileira – Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e legislação sanitária, incluindo as Leis n.º 8.080/1990 e 8.142/1990 – estabelece prerrogativas, deveres e obrigações a todos os gover nantes. A Constituição Federal dene os gastos mínimos em saúde, por esfera de governo, e a legislação sanitária, os critérios para as transferências intergovernamentais e alocação de recursos nanceiros. Essa vinculação das receitas objetiva preservar condições míni-
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Esfera Municipal - Gestor: Secretaria Municipal de Saúde - Formulação de políticas nacionais de saúde, planejamento, normalização, avaliação e controle do SUS em nível nacional. Financiamento das ações e serviços de saúde por meio da aplicação/ distribuição de recursos públicos arrecadados. 41
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde Antes, no Brasil, as ações de imunização se voltavam ao controle de doenças especícas. Com o PNI, passou a existir uma atuação abrangente e de rotina: todo dia é dia de estar atento à erradicação e ao controle de doenças que sejam possíveis de controlar e erradicar por meio de vacina, e nas campanhas nacionais de vacinação essa mentalidade é intensicada e dirigida à doença em foco. O objetivo prioritário do PNI, ao nascer, era promover o controle da poliomielite, do sarampo, da tuberculose, da difteria, do tétano, da coqueluche e manter erradicada a varíola. Hoje, o PNI tem objetivo mais abrangente. Para os próximos cinco anos, estão xadas as seguintes metas: - ampliação da auto-suciência nacional dos produtos adquiridos e utilizados pela população brasileira; - produção da vacina contra Haemophilus inuenzae b, da vacina combinada tetravalente (DTP + Hib), da dupla viral (contra sarampo e rubéola) e tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba), da vacina contra pneumococos e da vacina contra inuenza e da vacina anti-rábica em cultivo celular.
VACINAÇÃO: CALEN DÁRIO DO PROGRAM A NACIONA L DE IMUNIZ AÇÃO; Conceito e Tipo de Imunidade Programa de Imunização
Programa de imunização e rede de frios, conservação de vacinas PNI: essas três letras inspiram respeito internacional entre es pecialistas de saúde pública, pois sabem que se trata do Programa Nacional de Imunizações, do Brasil, um dos países mais populosos e de território mais extenso no mundo e onde nos últimos 30 anos foram eliminadas ou são mantidas sob controle as doenças preveníveis por meio da vacinação. Na Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), braço da Organização Mundial de Saúde (OMS), o PNI brasileiro é citado como referência mundial. Por sua excelência comprovada, o nosso PNI organizou duas campanhas de vacinação no Timor Leste, ajudou nos programas de imunizações na Palestina, na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Nós, os brasileiros do PNI, fomos solicitados a dar cursos no Suriname, recebemos técnicos de Angola para serem capacitados aqui. Estabelecemos cooperação técnica com Estados Unidos, México, Guiana Francesa, Argentina, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Bolívia, Colômbia, Peru, Israel, Angola, Filipinas. Fizemos doações para Uruguai, Paraguai, República Dominicana, Bolívia e Argentina. A razão desse destaque internacional é o Programa Nacional de Imunizações, nascido em 18 de setembro de 1973, chega aos 30 anos em condições de mostrar resultados e avanços notáveis. O que foi alcançado pelo Brasil, em imunizações, está muito além do que foi conseguido por qualquer outro país de dimensões continentais e de tão grande diversidade socioeconômica. No campo das imunizações, somos vistos com respeito e admiração até por países dotados de condições mais propícias para esse trabalho, por terem população menor e ou disporem de es pectro social e econômico diferenciado. Desde as primeiras vacinações, em 1804, o Brasil acumulou quase 200 anos de imunizações, sendo que nos últimos 30 anos, com a criação do PNI, desenvolveu ações planejadas e sistematizadas. Estratégias diversas, campanhas, varreduras, rotina e bloqueios erradicaram a febre amarela urbana em 1942, a varíola em 1973 e a poliomielite em 1989, controlaram o sarampo, o tétano neonatal, as formas graves da tuberculose, a difteria, o tétano acidental, a coqueluche. Mais recentemente, implementaram medidas para o controle das infecções pelo Haemophilus inuenzae tipo b, da rubéola e da síndrome da rubéola congênita, da hepatite B, da inuenza e suas complicações nos idosos, também das infecções pneumocócicas. Hoje, os quase 180 milhões de cidadãos brasileiros convivem num panorama de saúde pública de reduzida ocorrência de óbitos por doenças imunopreveníveis. O País investiu recursos vultosos na adequação de sua Rede de Frio, na vigilância de eventos adversos pós-vacinais, na universalidade de atendimento, nos seus sistemas de informação, descentralizou as ações e garantiu capacitação e atualização técnico-gerencial para seus gestores em todos os âmbitos. As campanhas nacionais de vacinação, voltadas em cada ocasião para diferentes faixas etárias, proporcionaram o crescimento da conscientização social a respeito da cultura em saúde. Didatismo e Conhecimento
As competências do Programa, estabelecidas no Decreto nº 78.231, de 12 de agosto de 1976 (o mesmo que o institucionalizou), são ainda válidas até hoje: - implantar e implementar as ações relacionadas com as vacinações de caráter obrigatório; - estabelecer critérios e prestar apoio técnico a elaboração, im plantação e implementação dos programas de vacinação a cargo das secretarias de saúde das unidades federadas; - estabelecer normas básicas para a execução das vacinações; - supervisionar, controlar e avaliar a execução das vacinações no território nacional, principalmente o desempenho dos órgãos das secretarias de saúde, encarregados dos programas de vacinação; - centralizar, analisar e divulgar as informações referentes ao PNI. A institucionalização do Programa se deu sob inuência de vários fatores nacionais e internacionais, entre os quais se destacam os seguintes: - m da Campanha da Erradicação da Varíola (CEV) no Brasil, com a certicação de desaparecimento da doença por comissão da OMS; - a atuação da Ceme, criada em 1971, voltada para a organização de um sistema de produção nacional e suprimentos de medicamentos essenciais à rede de serviços públicos de saúde; - recomendações do Plano Decenal de Saúde para as Américas, aprovado na III Reunião de Ministros da Saúde (Chile, 1972), com ênfase na necessidade de coordenar esforços para controlar, no continente, as doenças evitáveis por imunização. Torna-se cada vez mais evidente, no Brasil, que a vacina é o único meio para interromper a cadeia de transmissão de algumas doenças imunopreveníveis. O controle das doenças só será obtido se as coberturas alcançarem índices homogêneos para todos os subgrupos da população e em níveis considerados sucientes para reduzir a morbimortalidade por essas doenças. Essa é a síntese do Programa Nacional de Imunizações, que na realidade não pertence a nenhum governo, federal, estadual ou municipal. É da sociedade brasileira. Novos desaos foram sucessivamente lançados nestes 30 anos, o maior deles sendo a difícil tarefa de manejar um programa que trabalha articulado com os 26 estados, o Distrito Federal 42
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde e os 5.560 municípios, numa vasta extensão territorial, cobrindo uma população de 174 milhões de habitantes, entre crianças, adolescentes, mulheres, adultos, idosos, indígenas e populações es peciais. Enquanto diversidades culturais, demográcas, sociais e am bientais são suplantadas para a realização de atividades de vacinação de campanha e rotina, novas iniciativas e desaos vão sendo lançados. Desses, vale a pena citar alguns: Programas regionais do continente americano – Os programas de erradicação da poliomielite, eliminação do sarampo, controle da rubéola e prevenção da síndrome da rubéola congênita e a prevenção do tétano neonatal são programas regionais que requerem esforços conjuntos dos países da região, com denição de metas, estratégias e indicadores, envolvendo troca contínua e oportuna de informações e realização periódica de avaliações das atividades em âmbito regional. O PNI tem desempenhado papel de destaque, sendo pioneiro na implementação de estratégias como a vacinação de mulheres em idade fértil contra a rubéola e o novo plano de controle do tétano neonatal. Além disso, em 2003 foi iniciada a estratégia de multivacinação conjunta por todos os países da América do Sul, durante a Semana Sul-Americana de Vacinação. Atividades de busca ativa de casos, vigilância epidemiológica e vacinação nas fronteiras de todo o Brasil foram executadas com sucesso. Essa iniciativa se repetirá nos próximos anos, contando já com a participação de um número ainda maior de países da América Central, América do Norte e Espanha.
Sendo assim, um dos programas de imunizações mais ativos na região das Américas, o PNI brasileiro tem exportado iniciativas, histórias de sucesso e experiência para diversos países do mundo. É, portanto, um exemplo a ser seguido, de ousadia, de determinação e de sucesso.” Rede de F rio A Rede de Frio ou Cadeia de Frio é o processo de recebimento, armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e trans porte dos imunobiológicos do Programa Nacional de Imunizações e devem ser mantidos em condições adequadas de refrigeração, desde o laboratório produtor até o momento de sua utilização. O objetivo da Rede de Frio é assegurar que todos os imuno biológicos mantenham suas características iniciais, para conferir imunidade. Imunobiológicos são produtos termolábeis, isto é, se deterioram depois de determinado tempo quando expostos a temperaturas inadequadas (inativação dos componentes imunogênicos). O manuseio inadequado, equipamentos com defeito ou falta de energia elétrica podem interromper o processo de refrigeração, comprometendo a potência e ecácia dos imunobiológicos. São componentes da Rede de Frio: equipe qualicada e equi pamentos adequados.
Quantidades de imunobiológicos: A cada ano são incorporados novos imunobiológicos ao calendário do PNI, que são oferecidos gratuitamente à população, durante campanhas ou na rotina do programa, prezando pelos princípios do SUS de universalidade, equidade e integralidade. Campanhas de vacinação: São extremamente complexas a coordenação e a logística das campanhas de vacinação. As campanhas anuais contra a poliomielite conseguem o feito de vacinar 15 milhões de crianças em um único dia. A campanha de vacinação de mulheres em idade fértil conseguiu vacinar mais de 29 milhões de mulheres em idade fértil em todo o País, objetivando o controle da rubéola e a prevenção da síndrome da rubéola congênita. Rede de Frio: A rede de frio do Brasil interliga os municípios brasileiros em uma complexa rede de armazenamento, distribuição e manutenção de vacinas em temperaturas adequadas nos níveis nacional, estadual e municipal e local. Autossuciência na produção de imunobiológicos: O PNI produz grande parte das vacinas utilizadas no País e ainda fornece vacinas com qualidade reconhecida e certicada internacionalmente pela Organização Mundial da Saúde, com grande potencial de exportação de um número maior de vacinas produzidas no País. O Brasil tem a meta ousada de ter auto-suciência na produção de imunobiológicos para uso na população brasileira.
Sistema de Refrigeração: é composto por um conjunto de componentes unidos entre si, cuja nalidade é transferir calor de um espaço, ou corpo, para outro. Esse espaço pode ser o interior de uma câmara frigoríca de um refrigerador, ou qualquer outro espaço fechado onde haja a necessidade de se manter uma temperatura mais baixa que a do ambiente que o cerca.
Cooperação internacional: O PNI provê assistência técnica com envio de prossionais para apoiar atividades de imunizações e vigilância epidemiológica em outros países das Américas. Ainda, por meio da OPAS, são inúmeros os termos de cooperação entre países do qual o Brasil participa, rmados com o intuito de transferir experiências e conhecimentos entre os países.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde O primeiro povo a utilizar a refrigeração foi o chinês, muitos anos antes de Cristo. Os chineses colhiam o gelo nos rios e lagos durante a estação fria e o conservavam em poços cobertos de palha durante as estações quentes. Este primitivo sistema de refrigeração foi também utilizado de forma semelhante por outros povos da antiguidade. Servia basicamente para deixar as bebidas mais saborosas. Até pelo menos o m do século XVII, esta seria a única aplicação do gelo para a humanidade. Em 1683, Anton Van Leeuwenhoek, um comerciante de tecidos e cientista de Delft, nos Países Baixos, que muito contribuiu para o melhoramento do microscópio e para o progresso da biologia celular, detectou microorganismos em cristais de gelo e a par tir dessa observação constatou-se que, em temperaturas abaixo de +10ºC, estes microorganismos não se multiplicavam, ou o faziam mais vagarosamente, ocorrendo o contrário acima dessa temperatura. A observação de Leeuwenhoek continuou sendo alvo de pesquisa no meio cientíco e no século 18, descobertas cientícas relacionaram o frio à inibição do processo dos alimentos. Além da neve e do gelo, os recursos eram a salmoura e o ato de curar os alimentos. Também havia as loucas de barro que mantinham a frescura dos alimentos e da água, fato este já observado pelos egípcios antes de Cristo. Mas as diculdades para obtenção de gelo na natureza criava a necessidade do desenvolvimento de técnicas capazes de produzi-lo articialmente. Apenas em 1824, o físico e químico Michael Faraday desco briu a indução eletromagnética – o princípio da refrigeração. Esse princípio seria utilizado dez anos depois, nos Estados Unidos, para fabricar gelo articialmente e, na Alemanha em 1855. Mesmo com o sucesso desses modelos experimentais, a possibilidade de produção do gelo para uso doméstico ainda era um sonho distante. Enquanto isso não ocorria, a única possibilidade de utilização do frio era tentando ampliar ao máximo a durabilidade do gelo natural. No início do século XIX, surgiram, assim, as primeiras “geladeiras” – apenas um recipiente isolado por meio de placas de cortiça, onde eram colocadas pedras de gelo. Essa geladeira ganhou ares domésticos em 1913. Em 1918, após a invenção da eletricidade, a Kelvinator Co. introduziu no mercado o primeiro refrigerador elétrico com o nome de Frigidaire. Esses primeiros produtos foram vendidos como aparelhos para serem colocados dentro das “caixas de gelo”. Uma das vantagens era não precisar tirar o gelo derretido. O slogan do refrigerador era “mais frio que o gelo”. Na conservação dos alimentos, a utilização da refrigeração destina-se a impedir a multiplicação de microorganismos e sua atividade metabólica, reduzindo, consequentemente, à taxa de produção de toxinas e enzimas que poderiam deteriorar os alimentos, mantendo, assim, à qualidade dos mesmos. Com a criação do Programa Nacional de Imunizações no Brasil surge a necessidade de equipamento de refrigeração para a conservação dos imunobiológicos e inicia-se o uso do refrigerador doméstico para este m, adotando-se algumas adaptações e/ ou modicações que serão demonstradas no capítulo referente aos equipamentos da rede de frio. Para os imunobiológicos, a refrigeração destina-se exclusivamente à conservação do seu poder imunogênico, pois são produtos termolábeis, isto é, que se deterioram sob a inuência do calor. Didatismo e Conhecimento
Princípios Básicos de R efrigeração Calor: é uma forma de energia que pode ser transmitida de um corpo a outro em virtude da diferença de temperatura existente entre eles. A transmissão da energia se dá a partir do corpo com maior temperatura para o de menor temperatura. Um corpo, ao receber ou ceder calor, pode sofrer dois efeitos diferentes: variação de temperatura ou mudança de estado físico (fase). A quantidade de calor recebida ou cedida por um corpo que sofre uma variação de temperatura é denominada calor sensível. E, se ocorrer uma mudança de fase, o calor é chamado latente (palavra derivada do latim que signica escondido). Diz-se que um corpo é mais frio que o outro quando possui menor quantidade de energia térmica ou, temperatura inferior ao outro. Com base nesses princípios são, a seguir, apresentadas algumas experiências onde os mesmos são aplicados à conservação de imunobiológicos. Transferência de Calor: É a denominação dada à passagem da energia térmica (que durante a transferência recebe o nome de calor) de um corpo com temperatura mais alta para outro ou de uma parte para outra de um mesmo corpo com temperatura mais baixa. Essa transmissão pode se processar de três maneiras diferentes: condução, convecção e radiação. Condução: É o processo de transmissão de calor em que a energia térmica passa de um local para outro através das partículas do meio que os separa. Na condução a passagem da energia de uma local para outro se faz da seguinte maneira: no local mais quente, as partículas têm mais energia, vibrando com mais intensidade; com esta vibração cada partícula transmite energia para a partícula vizinha, que passa a vibrar mais intensamente; esta transmite ener gia para a seguinte e assim sucessivamente. Convecção: Consideremos uma sala na qual se liga um aquecedor elétrico em sua parte inferior. O ar em torno do aquecedor é aquecido, tornando-se menos denso. Com isso, o ar aquecido sobe e o ar frio que ocupa a parte superior da sala, e portanto, mais distante do aquecedor, desce. A esse movimento de massas de uido chamamos convecção e as correntes de ar formadas são correntes de convecção. Portanto, convecção é um movimento de massas de uido, trocando de posição entre si. Notemos que não tem signicado falar em convecção no vácuo ou em um sólido, isto é, convecção só ocorre nos uidos. Exemplos ilustrativos: - Os aparelhos condicionadores de ar devem sempre ser instalados na parte superior do recinto a ser resfriado, para que o ar frio refrigerado, sendo mais denso, desça e force o ar quente, menos denso, para cima, tornando o ar de todo o ambiente mais frio e mais uniforme. - Os aparelhos condicionadores de ar modernos possuem refrigeração e aquecimento, mas também devem ser instalados na parte superior da sala, pois o período de tempo de maior uso será no modo ‘refrigeração’, ou seja, no período de verão. Contudo, quando o equipamento for utilizado no modo ‘aquecimento’, durante o inverno, as aletas do equipamento deverão estar direcionadas para baixo, forçando o ar quente em direção ao solo. - Os aquecedores de ar, por sua vez, deverão ser sempre instalados na parte inferior do recinto a ser aquecido, pois o ar quente, por ser menos denso, subirá e o ar que está mais frio na parte superior desce e sofre aquecimento por convecção. 44
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde Radiação: É o processo de transmissão de calor através de ondas eletromagnéticas ondas de calor). A energia emitida por um corpo (energia radiante) se propaga até o outro, através do espaço que os separa. Raios infravermelhos; Sol; Terra; O Sol aquece a Terra através dos raios infravermelhos. Sendo uma transmissão de calor através de ondas eletromagnéticas, a radiação não exige a presença do meio material para ocorrer, isto é, a radiação ocorre no vácuo e também em meios materiais. Nem todos os materiais permitem a propagação das ondas de calor através dele com a mesma velocidade. A caixa térmica, por exemplo, por ser feita de material isolante, diculta a entrada do calor e o frio em seu interior, originário das bobinas de gelo reutilizável, é conservado por mais tempo. Toda energia radiante, trans portada por onda de rádio, infravermelha, ultravioleta, luz visível, raios-X, raio gama, etc, pode converter-se em energia térmica por absorção. Porém, só as radiações infravermelhas são chamadas de ondas de calor. Um corpo bom absorvente de calor é um mal reetor. Um corpo bom reetor de calor é um mal absorvente. Exem plo: Corpos de cor negra são bons absorventes e corpos de cores claras são bons reetores de calor.
Temperatura: O calor é uma forma de energia que não pode ser medida diretamente. Porém, por meio de termômetro, é possível medir sua intensidade. A temperatura de uma substância ou de um corpo é a medida de intensidade do calor ou grau de calor existente em sua massa. Existem diversos tipos e marcas de indicadores de temperatura. Para seu funcionamento, aproveita-se a propriedade que alguns corpos têm para dilatar-se ou contrairse conforme ocorra aumento ou diminuição da temperatura. Para esse funcionamento utilizam-se, também, as variações de pressão que alguns uidos apresentam quando submetidos a variações de temperatura. Os líquidos mais comumente utilizados são o álcool e o mercúrio, principalmente por não se congelarem a baixas tem peraturas. Existem várias escalas para medição de temperatura, sendo que as mais comuns são a Fahrenheit (ºF), em uso nos países de língua inglesa, e a Celsius (ºC), utilizada no Brasil. Nos termômetros em escala Celsius (ºC) ou Centígrados, o ponto de congelamento da água é 0ºC e o seu ponto de ebulição é de 100ºC, ambos medidos ao nível do mar e à pressão atmosférica. Fatores que interferem na manutenção da temperatura no interior das caixas térmicas: - Temperatura ambiente: Quanto maior for a temperatura am biente, mais rapidamente a temperatura do interior da caixa térmica se elevará, em virtude da entrada de ar quente pelas paredes da caixa. - Material isolante: O tipo, a qualidade e a espessura do material isolante utilizado na fabricação da caixa térmica interferem na penetração do calor. Com paredes mais grossas, o calor terá maior diculdade para atravessá-las. Com paredes mais nas, o calor passará mais facilmente. Com material de baixa condutividade tér mica (exemplo: poliuretano ao invés de poliestireno expandido), o calor não penetrará na caixa com facilidade. - Bobinas de Gelo Reutilizável – Quantidade e Temperatura: A quantidade de bobinas de gelo reutilizável colocada no interior da caixa é importante para a correta conservação. A transferência do calor recebido dos imunobiológicos, do ar dentro da caixa e através das paredes fará com que o gelo derreta (temperatura próxima de 0ºC, no caso de as bobinas de gelo serem constituídas de água pura). Otimizar o espaço interno da caixa para a acomodação de maior quantidade de bobinas de gelo fará com que a temperatura interna do sistema permaneça baixa por mais tempo. Dispor as bo binas de gelo reutilizável nos espaços vazios no interior da caixa, de modo que circundem os imunobiológicos serve ao propósito mencionado acima. Ao dispor de certa quantidade de bobinas de gelo reutilizável nas paredes laterais da caixa térmica, formamos uma barreira para diminuir a velocidade de entrada de calor, por um período de tempo. O calor vai continuar atravessando as paredes, e isso ocorre porque não existe material perfeitamente isolante. Contudo, o calor que adentra a caixa atinge primeiro as bobinas de gelo reutilizável, aumentando inicialmente sua temperatura, e, somente depois, altera a temperatura do interior da caixa. A temperatura das bobinas de gelo reutilizável também deve ser rigorosamente observada. Caso sejam utilizadas bobinas de gelo reutilizável, em temperaturas muito baixas (-20ºC) e em grande quantidade, há o risco de, em determinado momento, que a temperatura dos imunobiológicos esteja próxima à dessas bobinas. Por consequência, os imunobiológicos serão congelados, o que para alguns tipos, pode comprometer a qualidade, por exemplo: a vacina contra DTP.
Relação entre temperatu ra e movim ento molecu lar: Inde pendentemente do seu estado, as moléculas de um corpo encontram-se em movimento contínuo. Na gura a seguir, verica-se o comportamento das moléculas da água nos estados sólido, líquido e gasoso. À medida que sofrem incremento de temperatura, essas moléculas movimentam-se com maior intensidade. A liberdade para se movimentarem aumenta conforme se passa do estado sólido para o líquido; e deste, para o gasoso Convecção Natural – Densidade: Uma mesma substância, em diferentes temperaturas, pode car mais ou menos densa. O ar quente é menos denso que o ar frio. Assim, num espaço deter minado e limitado, ocorre sempre uma elevação do ar quente e uma queda (precipitação) do ar frio. Sob tal princípio, uma caixa térmica horizontal aberta, contendo bobinas de gelo reutilizável ou outro produto em baixa temperatura, só estará recebendo calor do ambiente através da radiação e não pela saída do ar frio existente, uma vez que este, sendo mais denso, permanece no fundo da caixa. Ao se abrir a porta de uma geladeira vertical ocorrerá a saída de parte do volume de ar frio contido dentro da mesma, com sua consequente substituição por parte do ar quente situado no am biente mais próximo do refrigerador. O ar frio, por ser mais denso, sai por baixo, permitindo a penetração do ar ambiente (com calor e umidade). Os equipamentos utilizados para a conservação de sorvetes e similares são predominantemente freezers horizontais, com várias aberturas pequenas na parte superior, visando a maior eciência na conservação de baixas temperaturas. Um exemplo do princípio da densidade é observado quando os evaporadores ou congeladores dos refrigeradores, os aparelhos de ar-condicionado e centrais de refrigeração são instalados na parte superior do local a ser refrigerado Assim o ar frio desce e refrigera todo o ambiente mais rapidamente. Já os aquecedores devem ser instalados na parte inferior. Desta forma, o ar quente sobe e aquece o local de forma mais rápida. Agindo destas formas, garantimos o desempenho cor reto dos aparelhos e economizamos energia através da utilização da convecção natural
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde Além desses fatores, as experiências citadas permitem lem brar alguns pontos importantes: - o calor, decorrido algum tempo, passará através das paredes da caixa com maior ou menor facilidade, em função das características do material utilizado e da espessura das mesmas; - a temperatura no interior da caixa nem sempre é uniforme. Num determinado momento podemos encontrar temperaturas diferentes em vários pontos (a, b e c). O procedimento de envolver os imunobiológicos com bobinas de gelo reutilizável é entendido como uma proteção ao avanço do calor, que parte sempre do mais quente para o mais frio, mas que afeta a temperatura dos corpos pelos quais se propaga; - no acondicionamento de imunobiológicos em caixas térmicas é possível manter ou reduzir a temperatura das mesmas durante um tempo determinado utilizando-se, para tal, bobinas de gelo reutilizável em diferentes temperaturas e quantidade.
sendo dissipado para esse mesmo ambiente. Assim, na medida em que o uido refrigerante perde calor ao circular pelo condensador, ele se converte em líquido. Nos refrigeradores tipo doméstico e freezers utilizados pelo PNI, são predominantemente utilizados os condensadores estáticos, nos quais o ar e a temperatura ambiente são os únicos fatores de interferência. As placas, ranhuras e pequenos tubos incorporados aos condensadores, visam exclusivamente facilitar a dissipação do calor, aumentando a superfície de resfriamento. Olhando-se lateralmente um refrigerador tipo doméstico verica-se que o condensador está localizado na parte posterior, afastado do corpo do refrigerador. O calor é dissipado para o ar circulante que sobe em corrente, dos lados do evaporador. Para que este ciclo seja completado com maior facilidade e sem interferências desfavoráveis, o equipamento com sistema de refrigeração por compressão (geladeira, freezers, etc.) deve car afastado da parede, instalado em lugar ventilado, na sombra e longe de qualquer fonte de calor, para que o condensador possa ter um rendimento elevado. Não colocar objetos sobre o condensador. Periodicamente, limpar o mesmo para evitar acúmulo de pó ou outro produto que funcione como isolante. Alguns equipamentos (geladeiras comerciais, câmaras frigorícas, etc.) utilizam o conjunto de motor, compressor e condensador, instalado externamente.
Tipos de Sistema Compressão: São sistemas que utilizam a compressão e a ex pansão de uma substância, denominada uido refrigerante, como meio para a retirada de energia térmica de um corpo ou ambiente. Esses sistemas são normalmente alimentados por energia elétrica proveniente de centrais hidrelétricas ou térmicas. Alternativamente, em regiões remotas, tem-se usado o sistema fotovoltaico como fonte geradora de energia elétrica.
Filtro desidratador: Está localizado logo após o condensador. Consiste em um ltro dotado de uma substância desidratadora que retém as impurezas ou substâncias estranhas e absorve a umidade residual que possa existir no sistema.
Componentes e elementos do sistema de refrigeração por compressão: Componentes: compressor, condensador e controle do líquido refrigerante. Elementos: evaporador, ltro desidratador, gás refrigerante e termostato. Os componentes acima descritos estão unidos entre si por meio de tubulações, dentro das quais circula um uido refrigerante ecológico (R-134a - tetrauoretano, é o mais comum). A compressão e a expansão desse uido refrigerante, dentro de um circuito fechado, o torna capaz de retirar calor de um ambiente. Esse circuito deve estar hermeticamente selado, não permitindo a fuga do refrigerante. Nos refrigeradores e freezers, o compressor e o motor estão hermeticamente fechados em uma mesma carcaça
Controle de expansão do uido refrigerante: A seguir está localizado o controlador de expansão do uido refrigerante. Sua nalidade é controlar a passagem e promover a expansão (redução da pressão e temperatura) do uido refrigerante para o evaporador. Este dispositivo, em geral, pode ser um tubo capilar usado em pequenos sistemas de refrigeração ou uma válvula de expansão, usual em sistemas comerciais e industriais.
Evaporador: É a parte do sistema de refrigeração no qual o uido refrigerante, após expandir-se no tubo capilar ou na válvula de expansão, evapora-se a baixa pressão e temperatura, absorvendo calor do meio. Em um sistema de refrigeração, a nalidade do evaporador é absorver calor do ar, da água ou de qualquer outra substância que se deseje baixar a temperatura. Essa retirada de calor ou esfriamento ocorre em virtude de o líquido refrigerante, a baixa pressão, se evaporar, absorvendo calor do conteúdo e do ambiente interno do refrigerador. À medida que o líquido vai se evaporando, deslocando-se pelas tubulações, este se converte em vapor, que será aspirado pelo compressor através da linha de baixa pressão (sucção). Posteriormente, será comprimido e enviado pelo compressor ao condensador fechando o ciclo.
Compressor: É um conjunto mecânico constituído de um motor elétrico e pistão no interior de um cilindro. Sua função é fazer o uido refrigerante circular dentro do sistema de refrigeração.. Durante o processo de compressão, a pressão e a temperatura do uido refrigerante se elevam rapidamente Condensador: É o elemento do sistema de refrigeração que se encontra instalado e conectado imediatamente após o ponto de descarga do compressor. Sua função é transformar o uido refrigerante em líquido. Devido à redução de sua temperatura, ocorre mudança de estado físico, passando de vapor superaquecido para líquido saturado. São constituídos por tubos metálicos (cobre, alumínio ou ferro) dispostos sobre chapas ou xos por aletas (arame de aço ou lâminas de alumínio), tomando a forma de serpentina. A circulação do ar através do condensador pode se dar de duas maneiras: a) Por circulação natural (sistemas domésticos) b) Por circulação forçada (sistemas comerciais de grande capacidade). Como o condensador está exposto ao ambiente, cuja temperatura é inferior à temperatura do refrigerante em circulação, o calor vai Didatismo e Conhecimento
Alim entação elétrica dos sistem as de ref rigeração por com pressão: Pode ser convencional, quando é proveniente de centrais hidrelétricas ou térmicas, ou fotovoltaica, quando utiliza a energia solar. A alimentação elétrica convencional dispensa maiores comentários, pois é de uso muito comum e conhecida por todos. 46
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde Atualmente, muitos países em desenvolvimento estão usando o sistema fotovoltaico na rede de frio para conservação de imuno biológicos. É, algumas vezes, a única alternativa em áreas onde não existe disponibilidade de energia elétrica convencional conável. A geração de energia elétrica provém de células fotoelétricas ou fotovoltaicas, instaladas em painéis que recebem luz solar direta, armazenando-a em baterias próprias através do controlador de carga para a manutenção do funcionamento do sistema, inclusive no período sem sol. O sistema utilizado em refrigeradores para conservação de imunobiológicos é dimensionado para operação contínua do equi pamento (carregado e incluindo as bobinas de gelo reutilizável) durante os períodos de menor insolação no ano. Se outras cargas, como iluminação, forem incluídas no sistema, elas devem operar através de um banco de baterias separado, independente do que fornece energia ao refrigerador. O projeto do sistema deve permitir uma autonomia de, no mínimo, sete dias de operação contínua. Em ambientes com temperaturas médias entre +32ºC e +43ºC, a temperatura interna do refrigerador, devidamente carregado, quando estabilizada, não deve exceder a faixa de +2ºC a +8ºC. A carga recomendada de bobinas de gelo reutilizável contendo água a temperatura ambiente deve ser aquela que o equipamento é capaz congelar em um período de 24 horas. Em virtude de seu alto custo e necessidade de treinamento especializado dos responsáveis pela manutenção, alguns critérios são observados para a escolha das localidades para instalação desse tipo de equipamento: - remotas e de difícil acesso, isoladas com inexistência de fonte de energia convencional; - que por razões logísticas se necessite dispor de um refrigerador para armazenamento; - que, segundo o Ministério de Minas e Energia, não serão alcançadas pela rede elétrica convencional em, pelo menos, 5 anos;
O esfriamento interno do equipamento ocorre pela perda de calor para a amônia, que sofre uma mudança de fase da amônia, passando do estado líquido para o gasoso. A presença do hidrogênio mantém uma pressão elevada e uniforme no sistema. A mistura amônia-hidrogênio varia de densidade ao passar de uma parte do sistema para outra, o que resulta em um desequilíbrio que provoca a movimentação da amônia até o componente absorvente (água). Ao sair do evaporador, a mistura amônia-hidrogênio passa ao absorvedor, onde somente a amônia é retida. Nesse ponto, o calor aplicado permitirá novamente a liberação da amônia até o condensador, fechando o ciclo continuamente. Os sistemas de absorção apresentam algumas desvantagens: - os equipamentos que utilizam combustível líquido na alimentação apresentam irregularidade da chama e acúmulo de car vão ou fuligem, necessitando regulagem sistemática e limpeza periódica dos queimadores; - a manutenção do equipamento em operação satisfatória apresenta maior grau de complexidade em relação aos sistemas de compressão; - a qualidade e o abastecimento constante dos combustíveis diculta o uso de tal equipamento. Controle de temperatura conform e o tipo de sistema, proceder das seguintes maneiras: a) aqueles que funcionam com com bustíveis líquidos. O controle é efetuado através da diminuição ou aumento da chama utilizada no aquecimento do sistema, por meio de um controle que movimenta o pavio do queimador; b) aqueles que funcionam com combustíveis gasosos. Nestes sistemas, o controle é feito por um elemento termostático que permite aumentar ou diminuir a vazão do gás que alimentará a chama do queimador, provocando as alterações de temperatura desejadas; c) aqueles que funcionam com eletricidade. O controle é feito através de um ter mostato para refrigeração simples, que conecta ou desconecta a alimentação da resistência elétrica, do mesmo tipo utilizado nos refrigeradores à compressão.
Absorção: Funciona alimentado por uma fonte de calor que pode ser uma resistência elétrica, gás ou querosene. Em operação com gás ou eletricidade, a temperatura interna é controlada automaticamente por um termostato. Nos equipamentos a gás, o termostato dispõe de um dispositivo de segurança que fecha a passagem deste quando a chama se apaga; com querosene, a temperatura é controlada manualmente através do ajuste da chama do querosene. O sistema por absorção não é tão eciente e difere da conguração do sistema por compressão. Seu funcionamento de pende de uma mistura de água e amoníaco, em presença de um gás inerte (hidrogênio). Requer atenção constante para garantir o desempenho adequado.
Temperatura: controle e monitoramento O controle diário de temperatura dos equipamentos da Rede de Frio é imprescindível em todas as instâncias de armazenamento para assegurar a qualidade dos imunobiológicos. Para isso, utilizam-se termômetros digitais ou analógicos, de cabo extensor ou não. Quando for utilizado o termômetro analógico de momento, máxima e mínima, a leitura deve ser rápida, a m de evitar variação de temperatura no equipamento. O termômetro de cabo extensor é de fácil leitura e não contribui para essa alteração porque o visor permanece fora do equipamento. Termômetro digital de momento, máxima e mínima: É um equipamento eletrônico de precisão constituído de um visor de cristal líquido, com cabo extensor, que mensura as temperaturas (do momento, a máxima e a mínima), através de seu bulbo instalado no interior do equipamento, em um período de tempo. Também existe disponível um modelo deste equipamento que permite a leitura das temperaturas de momento, máxima, mínima e do am biente externo, com dispositivo de alarme que é acionado quando a variação de temperatura ultrapassa os limites congurados, ou seja, +2º e + 8º C (set point) ou sem alarme. Constituído por dois visores de cristal líquido, um para temperatura do equipamento e outro para a temperatura do ambiente
Funcionamen to do sistema por absorção: A água tem a pro priedade de absorver amônia (NH3) com muita facilidade e através desta, é possível reduzir e manter baixa a temperatura nos sistemas de absorção. A aplicação de calor ao sistema faz com que a solubilidade da amônia na água, libere o gás da solução. Assim, a amônia puricada, em forma gasosa, se desloca do separador até o condensador, que é uma serpentina de tubulações com um dispositivo de aletas situado na parte superior do circuito. Nesse elemento, a amônia se condensa e, em forma líquida, desce por gravidade até o evaporador, localizado abaixo do condensador e dentro do gabinete. Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde Termômetro analógico de momento, máx ima e mínima (Ca pela): Este termômetro apresenta duas colunas verticais de mer cúrio com escalas inversas e é utilizado para vericar as variações de temperatura ocorridas em determinado ambiente, num período de tempo, fornecendo três tipos de informação: a mais fria; a mais quente e a do momento. Termômetro linear: Esse tipo de termômetro só nos dá a tem peratura do momento, por isso seu uso deve ser restrito às caixas térmicas de uso diário. Colocá-lo no centro da caixa, próximo às vacinas e tampá-la; aguardar meia hora para fazer a leitura da temperatura, vericando a extremidade superior da coluna. - Na caixa térmica da sala de vacina ou para o trabalho extramuro, a temperatura deverá ser controlada com frequência, substituindo-se as bobinas de gelo reutilizável quando a temperatura atingir +8ºC. - O PNI não recomenda a compra deste modelo de termômetro, porém onde - O PNI espera cada vez mais que todas as instâncias invistam na aquisição de termômetros mais precisos e de melhor qualidade (digital de momento, máxima e mínima).
gramadas no fornecimento. Nas situações de emergência é necessário que a unidade comunique a ocorrência à instância superior imediata para as devidas providências. Observação: Recomenda-se a orientação dos agentes responsáveis pela vigilância e segurança das centrais de rede de frio na identicação de problemas que possam comprometer a qualidade dos imunobiológicos, comunicando imediatamente o técnico res ponsável, principalmente durante nais de semana e feriados. Equipamentos da Rede de Frio O PNI utiliza equipamentos que garantem a qualidade dos imunobiológicos: câmara frigoríca, freezers ou congeladores, refrigeradores tipo doméstico ou comercial, caminhão frigoríco entre outros. Considerando as atividades executadas no âmbito da cadeia de frio de imunobiológicos, algumas delas podem apresentar um potencial de risco à saúde do trabalhador. Neste sentido, a legislação trabalhista vigente determina o uso de Equipamentos de Protecão Individual (EPI), conforme estabelece a Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego n. 3.214, de 08/06/1978 que aprovou, dentre outras normas, a Norma Regulamentadora nº 06 - Equipamento de Proteção Individual - EPI. Segundo esta norma, considera-se EPI, “todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado á proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho”.
Termômetro analógico de cabo extensor: Este tipo de termômetro é utilizado para vericar a temperatura do momento, no trans porte, no uso diário da sala de vacina ou no trabalho extramuro. Termômetro a laser: É um equipamento de alta tecnologia, utilizado principalmente para a vericação de temperatura dos imunobiológicos nos volumes (caixas térmicas), recebidos ou ex pedidos em grandes quantidades. Tem a forma de uma pistola, com um gatilho que ao ser pressionado aciona um feixe de raio laser que ao atingir a superfície das bobinas de gelo, registra no visor digital do aparelho a temperatura real do momento. Para que seja obtido um registro de temperatura conável é necessário que se jam observados os procedimentos descritos pelo fabricante quanto à distância e ao tempo de pressão no gatilho do termômetro
Câmaras Frigorícas: Também denominadas câmaras frias. São ambientes especialmente construídos para armazenar produtos em baixas temperaturas, tanto positivas quanto negativas e em grandes volumes. Para conservação dos imunobiológicos essas câmaras funcionam em temperaturas entre +2ºC e +8ºC e -20°C, de acordo com a especicação dos produtos. Na elaboração de projetos para construção, ampliação ou reforma, é necessário solicitar assessoria do PNI considerando a complexidade, especicidade e custo deste equipamento. O seu funcionamento de uma maneira geral obedece aos princípios básicos de refrigeração, além de princípios especícos, tais como: - paredes, piso e teto montados com painéis em poliuretano injetado de alta densidade revestido nas duas faces em aço inox/ alumínio; - sistema de ventilação no interior da câmara, para facilitar a distribuição do ar frio pelo evaporador; - compressor e condensador dispostos na área externa à câmara, com boa circulação de ar; - antecâmara (para câmaras negativas), com temperatura de +4°C, objetivando auxiliar o isolamento do ambiente e prevenir a ocorrência de choque térmico aos imunobiológicos; - alarmes audiovisual de baixa e alta temperaturas para alertar da ocorrência de oscilação na corrente elétrica ou de defeito no equipamento de refrigeração; - alarme audiovisual indicador de abertura de porta; - dois sistemas independentes de refrigeração instalados: um em uso e outro em reserva, para eventual defeito do outro; - sistema eletrônico de registro de temperatura (data loggers); - Lâmpada de cor amarela externamente à câmara, com acionamento interligado à iluminação interna, para alerta da presença de pessoal no seu interior e evitar que as luzes internas sejam deixadas acesas desnecessariamente.
Situações de Emergência Os equipamentos de refrigeração podem deixar de funcionar por vários motivos. Assim, para evitar a perda dos imunobiológicos, precisamos adotar algumas providencias. Quando ocorrer interrupção no fornecimento de energia elétrica, manter o equi pamento fechado e monitorar, rigorosamente, a temperatura interna com termômetro de cabo extensor. Se não houver o resta belecimento da energia, no prazo máximo de 2 horas ou quando a temperatura estiver próxima a + 8 C proceder imediatamente a transferência dos imunobiológicos para outro equipamento com temperatura recomendada (refrigerador ou caixa térmica). O mesmo procedimento deve ser adotado em situação de falha no equipamento. O serviço de saúde deverá dispor de bobinas de gelo reutilizável congeladas para serem usadas no acondicionamento dos imunobiológicos em caixas térmicas. No quadro de distribuição de energia elétrica da Instituição, é importante identicar a chave especica do circuito da Rede de Frio e/ou sala de vacinação e colocar um aviso em destaque - “Não Desligar”. Estabelecer uma parceria com a empresa local de ener gia elétrica, a m de ter informação prévia sobre interrupções proDidatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde Algumas câmaras, devido ao seu nível de complexidade e dimensões utilizam sistema de automação para controle de temperatura, umidade e funcionamento. Organização Interna: As câmaras são dotadas de prateleiras vazadas, preferencialmente metálicas, em aço inox, nas quais os imunobiológicos são acondicionados de forma a permitir a circulação de ar entre as mesma e organizados de acordo com a especicação do produto laboratório produtor, número do lote, prazo de validade e apresentação. As prateleiras metálicas podem ser substituídas por estrados de plástico resistente (paletes), em função do volume a ser armazenado. Os lotes com menor prazo de validade devem ter prioridade na distribuição, Cuidados básicos para evitar perda de imunobiológicos: - na ausência de controle automatizado de temperatura, recomenda-se fazer a leitura diariamente, no início da jornada de trabalho, no início da tarde e no nal do dia, com equipamento disponível e anotar em formulário próprio; - testar os alarmes antes de sair, ao nal da jornada de trabalho; - usar equipamento de proteção individual; - não deixar a porta aberta por mais de um minuto ao colocar ou retirar imunobiológico e somente abrir a câmara depois de fechada a antecâmara; - somente entrar na câmara positiva se a temperatura interna registrada no visor externo estiver ≤+5ºC. Essa conduta impede que a temperatura interna da câmara ultrapasse +8ºC com a entrada de ar quente durante a abertura da porta; - vericar, uma vez ao mês, se a vedação da porta da câmara está em boas condições, isto é, se a borracha (gaxeta) não apresenta ressecamento, não tem qualquer reentrância, abaulamento em suas bordas e se a trava de segurança está em perfeito funcionamento. O formulário para registro da revisão mensal encontra-se em manual especíco de manutenção de equipamentos; - observar para que a luz interna da câmara não permaneça acesa quando não houver pessoas trabalhando em seu interior. A luz é grande fonte de calor; - ao nal do dia de trabalho, certicar-se de que a luz interna foi apagada; de que todas as pessoas saíram e de que a porta da câmara foi fechada corretamente; - a limpeza interna das câmaras e prateleiras é feita sempre com pano úmido, e se necessário, utilizar sabão. Adotar o mesmo procedimento nas paredes e teto e nalmente secá-los. Remover as estruturas desmontáveis do piso para fora da câmara, lavar com água e sabão, enxaguar, secar e recolocar. Limpar o piso com pano úmido (pano exclusivo) e sabão, se necessário e secar. Limpar as luminárias com pano seco e usando luvas de borracha para prevenção de choques elétricos. Recomenda-se a limpeza antes da reposição de estoque. - recomenda-se, a cada 6 (seis) meses, proceder a desinfecção geral das paredes e teto das câmaras frias; - semanalmente a Coordenação Estadual receberá do responsável pela Rede de Frio o gráco de temperatura das câmaras e dará o visto, após análise dos mesmos. A manutenção preventiva e corretiva é indispensável para a garantia do bom funcionamento da câmara. Manter o contrato atualizado e renovar com antecedência prevenindo períodos sem cobertura. As orientações técnicas e formulários estão descritos no manual especíco de manutenção de equipamentos. Freezers ou Congeladores: São equipamentos destinados, preferencialmente, a estocagem de imunobiológicos em temperaturas negativas (aproximadamente a -20ºC), mais ecientes e conáveis, principalmente aquele dotado de tampas na parte superior. Estes equipamentos devem ser do tipo horizontal, com isolamento de suas paredes em poliuretano, evaporadores nas paredes (contato interno) e condensador/ compressor em áreas projetadas no corpo, abaixo do gabinete. São também utilizados para congelar as bobinas de gelo reutilizável e nesse caso, a sua capacidade de armazenamento é de até 80%. Não utilizar o mesmo equipamento para o armazenamento concomitante de imunobiológicos e bobinas de gelo reutilizável. Instalar em local bem arejado, sem incidência da luz solar direta e distante, no mínimo, 40cm de outros equipamentos e 20cm de paredes, uma vez que o condensador necessita dissipar calor para o ambiente. Colocar o equipamento sobre suporte com rodinhas para evitar a oxidação das chapas da caixa em contato direto com o piso úmido e facilitar sua limpeza e movimentação. Calendários de Vacinação O Calendário de vacinação brasileiro é aquele denido pelo Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (PNI/MS) e corresponde ao conjunto de vacinas consideradas de interesse prioritário à saúde pública do país. Atualmente é constituído por 12 produtos recomendados à população, desde o nascimento até a terceira idade e distribuídos gratuitamente nos postos de vacinação da rede pública. Lembramos que estes calendários de vacina são do Ministério da Saúde e corresponde a todo o Território Nacional. Mas determinados Estados do Brasil, acrescentam outras vacinas e outras doses, devido a necessidade local.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde Calendário Básico de Vacinação da Criança
Campanhas N acionais para a Criança
Nas campanhas a VOP (Sabin) continuará a ser utilizada (idade menor que cinco anos) e a vacina contra gripe estará disponível para crianças de seis meses a menos de dois anos. Observações - A BCG-ID (intradérmica) deve ser administrada ao nascimento ou o mais precocemente possível. Nos prematuros com menos de 36 semanas, administrar a vacina após 1 mês de vida e 2 kg de peso. Administrar uma dose em crianças menores de cinco anos de idade sem cicatriz vacinal. Contactantes intradomiciliares de portadores de hanseníase, menores de 1 ano de idade, comprovadamente vacinados (presença de cicatriz), não necessitam de dose adicional. Administrar 1 dose em contactantes menores de 1 ano de idade sem cicatriz vacinal (ou se não existir certeza da presença da cicatriz). Administrar 1 dose em contactantes com mais de 1 ano de idade, com ou sem sem cicatriz vacinal. O intervalo mínimo entre as doses da vacina é de seis meses. Não administrar dose adicional em contactantes que tenham comprovadamente (presença de cicatrizes) recebido duas doses. A vacina é contraindicada em gestantes, portadores de HIV, neoplasias malígnas e imunodeciências congênitas ou adquiridas. - O esquema básico de vacinação contra a hepatite B é feito com 3 doses. A primeira dose será feita com a vacina isolada e deve ser administrada nas primeiras 12 horas de vida do recém nascido. A segunda e a terceira doses serão feitas com a vacina pentavalente (DPT + Hib + HB) e devem ser aplicadas, respectivamente, 30 e 180 dias após a primeira. Em prematuros ou em recém-nascidos à termo de baixo peso (menor de 2 Kg), utilizar esquema de quatro doses (0, 1, 2 e 6 meses de vida). Nos recém-nascidos de mães portadoras da hepatite B administrar a vacina e a imunoglobulina humana contra hepatite B (HBIG - disponível nos CRIE) nas primeiras 12 horas ou no máximo até sete dias após o nascimento, em locais anatômicos diferentes. A amamentação não traz riscos adicionais ao recém-nascido que tenha recebido a primeira dose da vacina e a HBIG. - A vacina pentavalente (DTP+Hib+HB) protege contra Difteria, Tétano, Pertussis (coqueluche), infecções graves pelo Haemophilus inuenzae tipo b (inclusive meningite) e hepatite B. Os reforços, o primeiro aos 15 meses e o segundo entre 4 e 6 anos (idade máxima), são feitos com a DTP. Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde - A vacina inativada contra a poliomielite (Salk) é injetável e será utilizada para as duas primeiras doses, quando os riscos de eventos adversos da Sabin (vírus atenuado) é maior. As doses subsequentes serão feitas com a vacina oral (Sabin), que também continuará a ser utilizada em campanhas. Tanto para a inativada (Salk), quanto para a atenuada (Sabin), o intervalo entre as doses é de no mínimo 30 dias. Considerar o intervalo mínimo de 6 meses após a última dose para o reforço que é feito aos 15 meses. - A primeira dose da VORH deve ser administrada entre 1 mês e 15 dias e 3 meses e 7 dias de vida e a segunda entre 3 meses e 7 dias e 5 meses e 15 dias. Os limites de faixa etária devem ser estritamente observados. O intervalo mínimo recomendado entre a primeira e a segunda dose é de 30 dias. Não repetir a dose se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a vacinação. - O intervalo mínimo entre as doses da vacina antipneumocócica (conjugada) é de 30 dias. O esquema de vacinação para crianças de 7-11 meses de idade é feito com duas doses. - O intervalo mínimo entre as doses da vacina antimeningocócica C (conjugada) é de 30 dias. Crianças a partir dos 9 meses de idade, que residam ou que irão viajar para áreas de risco de febre amarela, no Brasil e no exterior. Para não vacinados, em caso de viagem para áreas de risco, inclusive no exterior, a vacina deve ser feita 10 dias antes da partida. Os reforços devem ser administrados a cada dez anos. - A vacina contra sarampo, caxumba e rubéola deve ser administrada em duas doses. A primeira dose aos 12 meses de idade e a segunda aos 4 (quatro) anos de idade. Em situação de circulação viral, antecipar a administração da vacina para os 6 (seis) meses de idade, porém deverá ser mantido o esquema vacinal de duas doses e a idade preconizada no calendário. Considerar o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses Calendário de Vacinação do Adolescente
Nota: Mantida a nomenclatura do Programa Nacional de Imunização e inserida a nomenclatura segundo a Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 61 de 25 de agosto de 2008 – Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA Orientações importantes para a vacinação do adolescente
vacina hepat ite B (recombinant e): Administrar em adolescentes não vacinados ou sem comprovante de vacinação anterior, seguindo o esquema de três doses (0, 1 e 6) com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose. Aqueles com esquema incompleto, completar o esquema. A vacina é indicada para gestantes não vacinadas e que apresentem sorologia negativa para o vírus da hepatite B a após o primeiro trimestre de gestação. (1)
(2) vacina adsorvida difteria e tétano - dT (Dupla tipo adu lto): Adolescente sem vacinação anteriormente ou sem comprovação de três doses da vacina, seguir o esquema de três doses. O intervalo entre as doses é de 60 dias e no mínimo de 30 (trinta) dias. Os vacinados anteriormente com 3 (três) doses das vacinas DTP, DT ou dT, administrar reforço, a cada dez anos após a data da última dose. Em caso de gravidez e ferimentos graves antecipar a dose de reforço sendo a última dose administrada há mais de 5 (cinco) anos. A mesma deve ser administrada pelo menos 20 dias antes da data provável do parto. Diante de um caso suspeito de difteria, avaliar a situação vacinal dos comunicantes. Para os não vacinados, iniciar esquema de três doses. Nos comunicantes com esquema de vacinação incompleto, este dever completado. Nos comunicantes vacinados que receberam a última dose há mais de 5 (cinco) anos, deve-se antecipar o reforço. (3) vacina febre amar ela (atenuada): Indicada 1 (uma) dose aos residentes ou viajantes para as seguintes áreas com recomendação da vacina: estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais e alguns municípios dos estados do Piauí, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para informações sobre os municípios destes estados, buscar as Unidades de Saúde dos mesmos. No momento da vacinação considerar a situação epidemiológica da doença. Para os viajantes que se deslocarem para os países em situação epidemiológica de risco, buscar infor -
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde mações sobre administração da vacina nas embaixadas dos respectivos países a que se destinam ou na Secretaria de Vigilância em Saúde do Estado. Administrar a vacina 10 (dez) dias antes da data da viagem. Administrar dose de reforço, a cada dez anos após a data da última dose. Precaução: A vacina é contra indicada para gestante e mulheres que estejam amamentando. Nestes casos buscar orientação médica do risco epidemiológico e da indicação da vacina. (4) vacina sar ampo, caxumba e ru béola – SCR: considerar vacinado o adolescente que comprovar o esquema de duas doses. Em caso de apresentar comprovação de apenas uma dose, administrar a segunda dose. O intervalo entre as doses é de 30 dias.
Calendário de Vacinação do Adulto e do Idoso
Nota: Mantida a nomenclatura do Programa Nacional de Imunização e inserida a nomenclatura segundo a Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 61 de 25 de agosto de 2008 – Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA Orientações importantes para a vacinação do adulto e idoso (1) vacina hepatite B (recombinant e): oferecer aos grupos vulneráveis não vacinados ou sem comprovação de vacinação anterior, a saber: Gestantes, após o primeiro trimestre de gestação; trabalhadores da saúde; bombeiros, policiais militares, civis e rodoviários; caminhoneiros, carcereiros de delegacia e de penitenciarias; coletores de lixo hospitalar e domiciliar; agentes funerários, comunicantes sexuais de pessoas portadoras de VHB; doadores de sangue; homens e mulheres que mantêm relações sexuais com pessoas do mesmo sexo (HSH e MSM); lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, (LGBT); pessoas reclusas (presídios, hospitais psiquiátricos, instituições de menores, forças armadas, dentre outras); manicures, pedicures e podólogos; populações de assentamentos e acampamentos; potenciais receptores de múltiplas transfusões de sangue ou politransfundido; prossionais do sexo/prostitutas; usuários de drogas injetáveis, inaláveis e pipadas; portadores de DST. A vacina esta disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) para as pessoas imunode primidas e portadores de deciência imunogênica ou adquirida, conforme indicação médica. (2) vacina adsorvida difteria e tétano - dT (Dupla tipo adulto): Adultos e idosos não vacinados ou sem comprovação de três doses da vacina, seguir o esquema de três doses. O intervalo entre as doses é de 60 (sessenta) dias e no mínimo de 30 (trinta) dias. Os vacinados anteriormente com 3 (três) doses das vacinas DTP, DT ou dT, administrar reforço, dez anos após a data da última dose. Em caso de gravidez e ferimentos graves antecipar a dose de reforço sendo a última dose administrada a mais de cinco (5) anos. A mesma deve ser administrada no mínimo 20 dias antes da data provável do parto. Diante de um acaso suspeito de difteria, avaliar a situação vacinal dos comunicantes. Para os não vacinados, iniciar esquema com três doses. Nos comunicantes com esquema incompleto de vacinação, este deve ser completado. Nos comunicantes vacinados que receberam a última dose há mais de 5 anos, deve-se antecipar o reforço.
Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde vacina febre amar ela (atenuada): Indicada aos residentes ou viajantes para as seguintes áreas com recomendação da vacina: estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais e alguns municípios dos estados do Piauí, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para informações sobre os municípios destes estados, buscar as Unidades de Saúde dos mesmos. No momento da vacinação considerar a situação epidemiológica da doença. Para os viajantes que se deslocarem para os países em situação epidemiológica de risco, buscar informações sobre administração da vacina nas embaixadas dos respectivos países a que se destinam ou na Secretaria de Vigilância em Saúde do Estado. Administrar a vacina 10 (dez) dias antes da data da viagem. Administrar dose de reforço, a cada dez anos após a data da última dose. Precaução: A vacina é contra indicada para gestantes e mulheres que estejam amamentando, nos casos de risco de contrair o vírus buscar orientação médica. A aplicação da vacina para pessoas a partir de 60 anos depende da avaliação do risco da doença e benefício da vacina. (3)
vacina sara mpo, caxumba e rub éola – SCR: Administrar 1 (uma) dose em mulheres de 20 (vinte) a 49 (quarenta e nove) anos de idade e em homens de 20 (vinte) a 39 (trinta e nove) anos de idade que não apresentarem comprovação vacinal. (4)
(5) vacina inuenza sazonal (fracionada, inativada): Oferecida anualmente durante a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso. (6) vacina
pneum ocócica 23-valente (polissacar ídica): Administrar 1 (uma) dose durante a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso, nos indivíduos de 60 anos e mais que vivem em instituições fechadas como: casas geriátricas, hospitais, asilos, casas de repouso, com apenas 1 (um) reforço 5 (cinco) anos após a dose inicial. Esquema preconizado para indígenas de zero a 6 anos Idade Ao Nascer
Vacinas BCG-ID (1)- vacina BCG Hepatite B (2) – vacina hepatite B (recombinante)
Doses Dose Única 1ª Dose
Pentavalente (3) – vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilus inuenzae b (conjugada)
1ª Dose
VOP (vacina oral contra pólio) (4) vacina 1ª Dose
poliomielite 1,2 e 3 (atenuada)
Pneumocócica 10-valente (5)* - vacina pneumocócica 10-valente (conjugada) 2 Meses
1ª Dose
VORH (6) – vacina contra rotavírus humano G1P1 1ª Dose
[8] (atenuada)
3 Meses
4 Meses
Meningocócica C (7)* - vacina meningocócica C (conjugada)
1ª Dose
Pentavalente – vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilus inuenzae b (conjugada)
2ª Dose
VOP – vacina poliomielite 1, 2 e 3 (atenuada)
2ª Dose
Pneumocócica 10-valente – vacina pneumocócica 10-valente (conjugada)
2ª Dose
VORH – vacina contra rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada)
5 Meses
Meningocócica C – vacina meningocócica C (conjugada)
Didatismo e Conhecimento
2ª Dose 2ª Dose
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Doenças E vitadas Formas graves de tuberculose Hepatite B Difteria, tétano, coqueluche, hepatite B; além de meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus inuenzae tipo b Poliomielite (paralisia infantil) Pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo pneumococo Diarréia por rotavírus Doença invasiva causada por Neisseria meningitidis do sorogrupo C Difteria, tétano, coqueluche, hepatite B; além de meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus inuenzae tipo b Poliomielite (paralisia infantil) Pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo pneumococo Diarréia por rotavírus Doença invasiva causada por Neisseria meningitidis do sorogrupo C
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde Pentavalente – vacina adsorvida difteria,tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilus inuenzae b (conjugada) Pneumocócica 10-valente – vacina pneumocócica 10-valente (conjugada)
6 Meses
3ª Dose
Inuenza Sazonal (8) – vacina inuenza
Duas Dose
(fracionada, inativada)
VOP – vacina poliomielite 1, 2 e 3 (atenuada) Febre Amarela (9) – vacina febre amarela
9 Meses
3ª Dose Dose Inicial
(atenuada)
12 Meses
3ª Dose
SCR (tríplice viral) (10) – vacina sarampo, caxumba e rubéola- SCR Varicela (11) – vacina varicela (atenuada)
1ª Dose Dose Única
Meningocócica C – vacina meningocócica C (conjugada)
Reforço
VOP – vacina poliomielite 1,2 e 3
Reforço
(atenuada)
DTP (tríplice bacteriana) – vacina adsorvida 15 Meses difteria, tétano e pertussis-DTP
1º Reforço
Pneumocócica 10-valente – vacina pneumocócica 10-valente (conjugada) 2 Anos
DTP – vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis4-6 Anos DTP SCR – vacina sarampo, caxumba e rubéola – SCR
Inuenza sazonal ou gripe Poliomielite (paralisia infantil) Febre amarela Sarampo, caxumba e rubéola Varicela (catapora) Doença invasiva causada por Neisseria meningitidis do sorogrupo C Poliomielite (paralisia infantil) Difteria, tétano e coqueluche
Dose Única
Pneumonia, otite, meningite e outras doenças pelo pneumococo Pneumonia e outras infecções causadas pelo pneumococo
2º Reforço
Difteria, tétano e coqueluche
2ª Dose
Sarampo, caxumba e rubéola
Reforço
Pneumocócica 23-valente (12) – vacina pneumocócica 23-valente (polissacarídica)
Difteria, tétano, coqueluche, hepatite B; além de meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus inuenzae tipo b Pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo pneumococo
Nova nomenclatura das vacinas em itálico, segundo Resolução de Diretoria Colegiada - RDC Nº 61 de 25 de agosto de 2008 - Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA *Ano de introdução 2010. (1) BCG: deve ser administrada o mais precocemente possível, preferencialmente logo após o nascimento. Nos prematuros com menos de 36 semanas, administrar a vacina após a criança atingir 2 Kg e ao completar 1 mês de vida. Administrar uma dose em crianças menores de cinco anos de idade (4 anos 11 meses e 29 dias) sem cicatriz vacinal. Contatos íntimos de portadores de hanseníase, contatos menores de 1 ano de idade, comprovadamente vacinados, não necessitam da administração de outra dose de BCG. Contatos a partir de 1 ano de idade: sem cicatriz, administrar uma dose; os comprovadamente vacinados com a primeira dose, administrar outra dose de BCG, mantendo o inter valo mínimo de 6 meses entre a cicatriz e a dose; e os vacinados com duas doses não administrar nenhuma dose adicional. Na incerteza da existência de cicatriz vacinal nos contatos íntimos de portadores de hanseníase, aplicar uma dose, independentemente da idade. Portadores de HIV - em crianças HIV positivo deve ser administrada ao nascimento ou mais precocemente possível; a vacina está contraindicada na existência de sinais ou sintomas de imunodeciência; não se indica a revacinação de rotina. Para adulto HIV positivo a vacina está contraindicada em qualquer situação. (2) vacina Hepatite B (recombinante): deve ser aplicada preferencialmente nas primeiras 12 horas, ou no primeiro contato com o serviço de saúde. Esta primeira dose deve ser feita com a vacina monovalente. Nas doses subsequentes, deverá ser utilizada a vacina Pentavalente, até 6 anos, 11 meses e 29 dias. Nos prematuros, menores de 36 semanas de gestação ou de baixo peso (< 2Kg) ao nascer, seguir esquema de quatro doses: 0, 1, 2 e 6 meses de vida. Na prevenção da transmissão vertical em recém-nascido (RN) de mães portadoras de hepatite B administrar a vacina e a imunoglobulina humana anti-hepatite B (HBIG) nas primeiras 12 horas ou no máximo até 7 dias após o nascimento. A vacina e a HBIG devem ser administradas em locais anatômicos diferentes. A amamentação não traz riscos adicionais aos RN que tenham recebido a primeira dose da vacina e a imunoblobulina.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde (3) vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilus inuenzae b (conjugada): o esquema de vacinação primária é feito aos 2, 4 e 6 meses de idade. O intervalo entre as doses é de 60 dias, podendo ser de 30 dias, se necessário. São realizados dois reforços com vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP). O primeiro reforço é dado a partir de 12 meses de idade (6 a 12 meses após a terceira dose da pentavalente) e o segundo reforço entre 4 e 6 anos. A idade máxima para aplicação desta vacina é de 6 anos 11meses e 29 dias. (4) vacina poliomielite 1, 2 e 3 (atenuada): O intervalo entre as doses é de 60 dias sendo o mínimo de 30 dias. O reforço pode ser feito a partir de 12 meses de idade (6 a 12 meses após a terceira dose). Manter o intervalo mínimo de 6 meses a partir da última dose. (5) vacina pneumocócica 10-valente (conjugada): Crianças de 6 semanas a 6 meses de vida, administrar 3 doses, aos 2, 4 e 6 meses de idade. O intervalo entre as doses é de 60 dias, sendo o mínimo de 30 dias. Recomenda-se o reforço, preferencialmente, aos 12 meses de idade, podendo administrar até 15 meses. Crianças de 7-11 meses de idade: o esquema de vacinação consiste em duas doses com intervalo de pelo menos 1 mês entre as doses. O reforço é recomendado preferencialmente entre 12 e 15 meses, com intervalo de pelo menos 2 meses. Crianças de 12-23 meses de idade: uma dose, com intervalo de pelo menos 2 meses entre as doses, sem a necessidade de reforço. (6) vacina rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada): observar rigorosamente os seguintes limites de faixa etária: primeira dose: 1 mês e 15 dias a 3 meses e 7 dias; segunda dose: 3 meses e 7 dias a 5 meses e 15 dias. - O intervalo mínimo preconizado entre a primeira e a segunda dose é de 4 semanas. - Nenhuma criança poderá receber a segunda dose sem ter recebido a primeira. - Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a vacinação não repetir a dose. (7) vacina meningocócica C (conjugada): administrar a partir dos 2 meses de vida. O reforço é recomendado entre 12 e 15 meses, preferencialmente aos 12 meses. Crianças a partir de 12 meses administrar dose única. (8) vacina inuenza (fracionada e inativada): está recomendada para toda a população a partir dos seis meses de idade. A primovacinação de crianças com idade inferior a 9 anos (8 anos 11 meses e 29 dias) deve ser feita com duas doses com intervalo mínimo de 1 mês entre as doses, mantendo a dose de início de esquema, mesmo que mude a faixa etária: crianças com idade entre 6 e 35 meses (2a 11m e 29d) a dose é de 0,25ml; e crianças com idade entre 3 a 8a 11m e 29d a dose é de 0,5 ml. A partir dos 9 anos de idade deverá ser administrada apenas uma dose (0,5 ml) anualmente. (9) vacina febre amarela (atenuada): está recomendada para toda a população, a partir dos 9 meses de idade. Em caso de surtos, antecipar a administração da dose para 6 meses. (10) vacina sarampo, caxumba e rubéola: está recomendada a partir dos 12 meses de idade. Todas as crianças devem receber ou ter recebido duas doses de SCR, com intervalo mínimo de 1 mês. Não é necessário aplicar mais de duas doses. (11) vacina varicela (atenuada): está recomendada uma dose a partir dos 12 meses de idade. (12) vacina pneumocócica 23-valente (polissacarídica): está recomendada uma dose a partir dos 24 meses de idade para aquelas crianças sem histórico vacinal de pneumocócica 10-valente (conjugada).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde Calendário de Vacinação da Mulher Recomendações da Associação Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2011 Vacinas
HPV (3)
Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) (1)
Esquemas A vacina HPV deve ser indicada para a prevenção de infecções por papilomavírus. Duas vacinas estão disponíveis no Brasil: uma contendo os tipos 6, 11, 16, 18 de HPV com esquemas de intervalos de 0-2-6 meses, indicada para meninas e mulheres de nove a 26 anos de idade; outra, contendo os tipos 16 e 18 de HPV com esquemas de intervalos de 0-1-6 meses, indicada para meninas e mulheres de dez a 25 anos de idade. Uma ou duas doses (com intervalo mínimo de 30 dias) para mulheres com até 49 anos de idade, de acordo com histórico vacinal, de forma que todas recebam no mínimo duas doses na vida. Dose única para mulheres com mais de 49 anos de idade. Hepatite A: duas doses, no esquema 0-6 meses.
Hepatites A, B ou A e B (2)
Vacinas contra difteria, tétano e coqueluche (4)
Varicela (catapora) (1) Inuenza (gripe) (5)
Hepatite B: três doses, no esquema 0-1-6 meses. Hepatite A e B: três doses, no esquema 0-1-6 meses. A vacinação combinada contra as hepatites A e B é uma opção e pode substituir a vacinação isolada contras as hepatites A e B. Com esquema de vacinação básica completo: reforço com dTpa (tríplice bacteriana acelular do tipo adulto) ou dT (dupla do tipo adulto). Com esquema de vacinação básica incompleto (que tenha recebido menos de três doses do componente tetânico durante a vida): uma dose de dTpa, seguida por uma ou duas doses de dT para completar o esquema 0-2-6 meses. Durante a gestação(4): para a gestante, mesmo que esteja com o esquema de vacinação contra o tétano em dia, mas que tenha recebido a última dose há mais de cinco anos: uma dose de dT (dupla bacteriana do tipo adulto). Duas doses com intervalo de dois meses entre elas. Dose única anual.
Não-Gestante
Meningocócica conjugada (7)
Contraindicada
Sim
Sim
Contraindicada
Sim
Sim
Sim
Sim
A ser considerada em situações de risco especiais Recomendada
Sim
A ser considerada em situações de risco especiais
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Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim dT ou dTpa
Sim Sim Sim
Sim Uma dose, mesmo para aquelas vacinadas na infância ou há mais de cinco anos.
Puérpera
Sim
Uma dose (que deverá ser repetida de dez em dez anos), para quem vive ou vai se deslocar para áreas endêmicas. Febre amarela (1, 6)
Gestante
Sim
Sim Contraindicada Recomendada Em geral contraindicada. Deve ser considerada em situações em que o risco da doença supere o risco da vacina A ser considerada em situações de risco especiais
Sim Sim
Sim, contraindicada na lactação6
Sim
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde Sempre que possível, evitar a aplicação de vacinas no primeiro trimestre de gravidez. Vacinas de vírus vivos (tríplice viral, varicela e febre amarela), se possível e de preferência, devem ser aplicadas pelo menos um mês antes do início da gravidez. Comentários - Vacina de vírus atenuados de risco teórico para o feto, portanto, contraindicada em gestantes. - A vacina contra hepatite A é vacina inativada, portanto, sem evidências de riscos teóricos para a gestante e o feto. Deve ser preferencialmente aplicada fora do período da gestação, mas em situações de risco a exposição ao vírus não está contraindicada em gestantes. - A vacinação de mulheres com mais de 26 anos é considerada segura e e caz por órgãos regulatórios de alguns países do mundo. A melhor época para vacinar é a adolescência, mas, a critério médico, mulheres com mais de 25 ou 26 anos, mesmo que previamente infecta das, podem ser vacinadas. - A vacina dTpa (tríplice bacteriana acelular do tipo adulto) é vacina inativada, portanto, sem evidências de riscos teóricos para a gestante e o feto e não contraindicada nessa fase. O uso de dTpa em gestantes é recomendado após a 20ª semana de gestação. No entanto, devemos ressaltar que não há dados que descartem a possibilidade de interferência na resposta imune à vacina tríplice bacteriana aplicada na criança. Recomenda-se: Histórico Vacinal Previamente vacinada, com pelo menos três doses de vacina contendo o toxoide tendo recebido a última dose há menos de cinco anos. Previamente vacinadas, com pelo menos três doses de vacina contendo o toxoide tendo recebido a última dose há mais de cinco anos. Em gestantes que receberam vacinação incompleta contra tétano, tendo recebido apenas uma dose na vida. Em gestantes que receberam vacinação incompleta contra tétano, tendo recebido apenas duas doses na vida. Em gestantes com vacinação desconhecida
Condu ta na Gravidez Nada ou dTpa.
Uma dose de dT ou dTpa. Aplicar uma dose de dT e uma dose de dTpa ou dT com intervalo de 2 meses. Uma dose de dT ou dTpa. Aplicar uma dose de dT e uma dose de dTpa ou dT com intervalo de 2 meses.
Condu ta após a Gravidez Fazer dTpa no puerpério se optou por não vacinar durante a gestação. Fazer dTpa no puerpéro, se optou por vacinar com dT durante a gestação. Fazer dTpa no puerpéro, se optou por não vacinar com dTpa durante a gestação. Fazer dTpa no puerpéro, se optou por não vacinar com dTpa durante a gestação. Fazer dTpa no puerpéro, se optou por não vacinar com dTpa durante a gestação.
- A gestante inclui-se no grupo de risco para as complicações da infecção pelo vírus da in. uenza. A vacina de in. uenza está indicada nos meses da sazonalidade do vírus, mesmo no primeiro trimestre de gestação. - A vacina contra a febre amarela, apesar de vacina de vírus atenuado de risco teórico para o feto (e por isso contraindicada para ges tantes), nos locais em que a doença seja altamente endêmica e os riscos de adquirir febre amarela superem os riscos de eventos adversos graves pela vacina antiamarílica, esta deve ser aplicada mesmo durante a gravidez. Essa vacina está contraindicada durante a lactação até que o bebê complete seis meses de idade. - As vacinas meningocócicas conjugadas são inativadas, portanto sem evidências de riscos teóricos para a gestante e o feto. No entanto, na gestação está indicada apenas nas situações de surtos da doença. A vacina meningocócica conjugada quadrivalente (tipos A.C,W135 e Y) deve ser considerada opção para a imunização das adolescentes e mulheres adultas. NOTA T ÉCN ICA N º 05/2010/CGPNI/DEV EP/S VS /MS Assunto: Recomendação da Vacina Febre Amarela VFA (atenuada) em mulheres que estão amamentando A Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações – CGPNI e o Comitê Técnico Assessor em Imunização – CTAI, em virtude da possível transmissão do vírus vacinal pelo leite materno registrada no Rio Grande do Sul, fazem as seguintes considerações e recomendações: 1. A Vacina Febre Amarela - VFA (atenuada) é uma das mais antigas utilizadas no mundo. A vacinação é seguida de viremia com início em torno de 3 a 6 dias e duração de 1 a 5 dias na maioria dos indivíduos vacinados após a primeira dose da vacina. 2. A vacina é bem tolerada, mas podem ocorrer eventos adversos associados à sua aplicação. Entre 2 e 7 dias após a vacinação cerca de 2% a 5% das pessoas podem apresentar sintomatologia leve, como mialgia, mal-estar, dor de cabeça e febre, com duração de 1 a 3 dias. 3. Apesar de serem raros, eventos adversos graves (EAG) e até mesmo fatais, têm sido observados e a sua causa ainda não está esclarecida. Entretanto, admite-se que fatores de predisposição individual, embora desconhecidos, estejam relacionados, pois não se encontraram mutações no vírus vacinal ou problemas ligados à qualidade das vacinas.
Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde 4. Com o aumento do uso da vacina na re-emergência do vírus da febre amarela em 2007, o Sistema de Informações de Vigilância de Eventos Adversos Pós-vacinais (SI-EAPV), registrou um aumento de EAG associados à VFA. Diante deste fato, a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) reuniu o grupo assessor para eventos adversos pós-vacinais (EAPV) para analisar os casos registrados. Essa análise resultou no estudo e classicação de 112 casos compatíveis com as seguintes síndromes clínicas: 94 com doença viscerotrópica aguda (DVA) e 18 como doença neurotrópica aguda (DNA) e doença neurológica auto-imune (DAA). Dentre os casos neurológicos conrmados, dois foram classicados como provável transmissão do vírus vacinal pelo aleitamento materno em recém nascidos de amamentação exclusiva, após a administração da VFA (atenuada) em suas mães.
9. Adicionalmente, a Secretaria de Vigilância em Saúde ressalta que são necessários estudos que expliquem a capacidade da veiculação do vírus vacinal através do aleitamento materno em mulheres que estão amamentando recém vacinadas para orientar futuras estratégias de vacinação contra febre amarela nas áreas afetadas pelo vírus. In form e Técn ico da Vacina Pn eum ocócica 10-valente (con jugada) Composição - é constituída de 10 sorotipos: 1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23 F. Em relação a vacina 7-valente, há o acréscimos dos sorotipos 1, 5 e 7F. - é conjugada com a proteína D do H. inuenza não tipável (8 sorotipos), toxóide diftérico (1 sorotipo) e toxóide tetânico (1 sorotipo). - a vacina contém excipiente de cloreto de sódio, fosfato de alumínio e água para injeção. Não contém conservantes. - já vem pronta para o uso
5. Visando o esclarecimento deste fato epidemiológico novo e desconhecido nos meios cientícos, o Ministério da Saúde através da CGPNI juntamente com a Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul, investigou, criteriosamente, os 2 (dois) casos noticados e constatou a associação entre o quadro clínico apresentado pelos recém nascidos e o vírus vacinal. 6. A presença do vírus vacinal de febre amarela em leite materno durante o período virêmico após a vacinação de mulheres que estão amamentando é desconhecida e relatos de risco teórico de transmissão do vírus vacinal para os recém nascidos em amamentação são baseados na possibilidade de transmissão pelo leite materno para o vírus da Febre do Nilo Ocidental e por outros Flavivirus transmitidos pelo leite de vaca.
Via de aplicação e dose: A via de aplicação é intra-muscular na dose de 0,5 ml, no vasto lateral. Obs: com a introdução da vacina conjugada contra o pneumococo 10-valente na rotina e a aplicação da vacina contra Inuenza A(H1N1), poderá ocorrer a seguinte situação: - criança com 6 meses de idade que vai à sala de vacinas para receber a 3ª dose da vacina contra hepatite B e Tetravalente. Neste momento deverão receber também as vacinas contra Inuenza A(H1N1) e Pneumo 10. Recomendamos as seguintes alternativas:
7. Deve-se considerar ainda que o aleitamento materno nas suas diferentes interfaces, tanto do ponto de vista nutricional, contendo os componentes adequados com biodisponibilidade ideal para o desenvolvimento do lactente, como do ponto de vista da proteção que a especicidade do leite humano confere, é de suma importância.
Aplicar as vacinas da rotina (Hepatite B a Tetra) no terço médio do vasto lateral D, observando-se a distância de aproximadamente 2,5 cm (equivalente a 2 dedos) entre as aplicações e as outras (Inuenza A(H1N1) e Pneumo-10 no terço médio do vasto lateral E, o que torna possível uma melhor avaliação de possíveis eventos adverso locais. Ou aplicar as vacinas contra Inuenza A(H1N1) no terço médio do vasto lateral D e a vacina Pneumo-10 no terço médio do vasto lateral E, e agendar as da rotina (Hepatite B e Tetra) para 30 dias após, juntamente com a 2ª dose da inuenza.
8. Diante do exposto e considerando as evidências cientícas que demonstram as vantagens e importância do aleitamento materno (AM), a CGPNI e o CTAI vêm advertir que, diante da possibilidade de transmissão do vírus vacinal pelo leite materno, sejam adotadas as seguintes medidas de precaução: - O adiamento da vacinação de mulheres que estão amamentando até a criança completar seis meses de idade, ou - Na impossibilidade de adiar a vacinação, durante o aconselhamento deve-se apresentar à mãe opções para evitar o risco de transmissão do vírus vacinal pelo aleitamento materno, tais como: a) Previamente à vacinação praticar a ordenha do leite, de preferência manualmente, e mantê-lo congelado por 15 dias em freezer ou congelador (seguir as técnicas de ordenha descrita no Caderno de Atenção Básica nº 23 – Aleitamento Materno e Alimentação Complementar do Ministério da Saúde) para planejamento de uso durante o período da viremia, ou seja, por 14 dias após a vacinação, ou b) Encaminhar a mãe à rede de banco de leite humano, que são centros especializados, obrigatoriamente vinculados a um hospital materno e/ou infantil, responsável pela promoção do aleitamento materno e atividades de coleta, processamento e controle de qualidade de colostro, leite de transição e leite humano maduro.
Didatismo e Conhecimento
Esquema de aplicação Idade 2-4- 6 ou 3-5-7 ou 4-6-8 ou 5-7-9 ou 6-8-10 7-9 ou 8-10 ou 9-11
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Nú mero de doses
Ref orço
3 doses com intervalo de 2 meses
1 dose aos 15 meses de idade
2 doses com intervalo de 2 meses
1 dose de reforço aos 15 meses de idade
10-12 ou 11-13
2 doses com intervalo de 2 meses
12-23 meses
1 dose
nesta faixa etária não será necessário a dose de reforço -
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde - a idade mínima para aplicação é de 6 semanas; - o intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias; - a dose de reforço para as crianças que iniciaram o esquema vacinal com menos de 6 meses de idade é de pelo menos 6 meses após a última dose; - a dose de reforço para as crianças que iniciaram o esquema vacinal entre 7 e 9 meses de idade é no segundo ano de vida, com intervalo de pelo menos 2 meses; - as crianças que já receberam alguma dose da vacina contra o Pneumococo 7-valente (Prevenar®), poderá completar o esquema vacinal com a vacina 10-valente.
DOENÇA ENDÊ MICA S ( DE NGUE, FEBRE AMARELA, LEISHMANIOSE, RAI VA HUMA NA);
Endemia é uma doença infecciosa que ocorre em um dado território, e que permanece provocando novos casos frequentemente. Já epidemia é o grande número de casos de uma doença num curto espaço de tempo. As endemias tem causado grandes problemas as populações ao longo da história, com grandes perdas sociais, principalmente nas populações menos favorecidas, devido à condições precárias de vida, como a falta de saneamento básico e de moradias mais dignas. As doenças endêmicas preocupam a saúde pública há mais de um século, graças ao avanço das investigações cientícas e da medicina, muitas dessas endemias puderam ser controladas. Dentre as principais endemias que desaam a saúde pública brasileira hoje são: Malária; Leishmaniose; Esquistossomose; Fe bre Amarela; dengue; Tracoma; Doença de Chagas; Hanseníase, Tuberculose ; Cólera e Gripe A.
Conservação: a vacina deverá ser conservada entre +20C e +80C. Não deve ser congelada. Contra Indicações: antecedente de reação analática aos componentes da vacina; reação analática em dose anterior. Situações de adiamento para aplicação: durante a evolução de doenças agudas febris graves Uso simultâneo com outras vacinas: poderá ser aplicada simultâneamente com qualquer vacina do Programa Nacional de Imunizações.
DOENÇAS ENDÊMICAS NO BRASIL
Eventos adversos: é uma vacina bem tolerada; manifestações locais como dor, edema e eritema em cerca de 40% das crianças vacinadas. Na dose de reforço essas manifestações ocorreram em cerca de 50% dos vacinados, em intensidade leve a moderada; manifestações sistêmicas como febre ≥ 38oC em cerca de 80% das crianças vacinadas e 14,7% ≥ a 39oC. E mais raramente convulsão febril.
As doenças endêmicas preocupa, a saúde pública há quase um século, graças ao avanço das investigações cientícas e da medicina, essas doenças puderam ser controladas. Por denição, Endemia é uma enfermidade, geralmente infecciosa que reina constantemente um certo país ou região por inuência de causa local. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001, p.06). As principais doenças endêmicas do Brasil são: a malária; a leishmaniose; a esquistossomose; a febre amarela; a dengue; o tracoma; a doença de Chagas; a Hanseníase; a tuberculose; a cólera e a gripe A. No nal do século XIX e início do século XX, a saúde pública, visando encontrar soluções para o controle dessas endemias, utilizou o conceito dessas doenças infecciosas o que resultou em uma nova disciplina cientíca, a microbiologia, que descobriu uma signicativa quantidade de vetores que causavam as doenças endêmicas. Nessa época a saúde pública brasileira costumava tomar medidas quanto ao meio ambiente em que as pessoas viviam, preocupavam-se muito com a localização dos cemitérios e hospitais, com a drenagem de terrenos e até com pessoas que apresentassem distúrbios mentais ou leprosos. A partir do início do século XX ocorreram vários estudos sobre as doenças endêmicas, nesse período foi descoberto pelo cientista brasileiro Carlos Chagas o vetor Trypanossoma cruzi causador da doença de chagas. Nesse período também houve o controle do vetor Aedes aegypti, o que diminuiu os casos de febre amarela. Na década de 30, a erradicação do vetor Aedes aegypti aliada com a vacina fez com que a febre amarela desaparecesse, voltando novamente na década de 80. A peste bubônica chegou ao Brasil no ano de 1899 e foi mais preocupante do que a febre amarela, o que fez com que encontrassem rapidamente formas de controlar a doença. O vetor da peste bubônica é uma espécie de pulga chamada Xenopsylla cheopis, graças ao empenho de investigação cientíca foi possível controlar a doença.
observou-se em um estudo realizado que o paracetamol quando aplicado de modo prolático pode reduzir a resposta vacinal, no entanto, ainda há a manutenção de níveis protetores; recomenda-se que o paracetamol não seja aplicado de modo prolático; o uso de antitérmico prolático está indicado para as pessoas com história pessoal ou familiar de convulsão febril. Uso de antitérmico prolático:
Or ientações para o registro d as doses aplicadas: a informação oportuna e de qualidade permitirá traçar ajustes e correções nas estratégias utilizadas; a caderneta de vacinação e a cha de Registro não apresentam ainda o campo especíco para o registro da vacina Pneumo-10. Para a anotação da aplicação dessa vacina recomenda-se que seja utilizado o espaço destinado como “Outras Vacinas” escrevendo “Pneumo-10” e fazendo as anotações pertinentes.
Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde Em 1950 e 1960 a fundação Rockefeller teve uma grande par ticipação na formação do pensamento sanitário brasileiro. Os três primeiros médicos a receberem bolsa de estudos foram: Carlos Chagas, Geraldo H de Paula Souza e Francisco Borges Vieira. Segundo Silva (2003)
vir a prevalecer através de lobbies e pressões. Escalonando as ati vidades e racionalizando recursos, a incidência da malária tem se reduzido lenta e gradualmente nos últimos anos no Brasil, mercê também de mobilização humana, como, por exemplo, a desativa ção recente de garim pos em Mato Grosso. Além da redução global da incidência, hoje no Brasil se nota melhora do quadro epidemio lógico, pela redução da proporção majoritária da malária falciparum, de 54,2% em 1986, para 28,5% em 1996. No ano de 2000, surgiu o Plano de Intensicação das Ações de Controle da Malária na Região Amazônica em consequência disso houve uma reduçãi de 40% dos casos de malária, diminuição em 70% do número de internbações e 36,5% no número de óbitos pela doença.
Esse foi um período de intensa atividade e de grandes avan-
ços. A parceria com a fundação Rockefeller foi reforçada devido a duas importantes circunstâncias: o retorno das epidemias de febre amarela urbana, com a epidemia de 1928 – 29 no Rio de Janeiro e a detecção do Anopheles gambiae no Rio Grande do Norte. Nos anos 501 e 60 as agências de controle de endemias foram fortemente apoiadas pelo governo norte-americano com o objetivo de controlar as epidemias. As ações de controle de endemias foram perdendo sua im portância na lógica ocial, ainda que fossem mantidas, não mais com a prioridade dada no início da década de 1950. Tanto foi que o Aedes aegypti , erradicado em 1955, voltou ao país por diversas vezes, mas sempre eliminado, até que em 1973 se constata a reinfestação do país, não mais sendo alcançada a erradicação. (SILVA, 2003)
LEISHMANIOSE CUTÂNEA A leishmaniose é uma doença causada por parasita do gênero leishmania, os quais se espalham através da picada de mosquitos ebotomíneos, mais conhecido no Brasil como mosquito palha. Existem dois três de básicos de leishmaniose: a cutânea, a visceral e a mucocutânea. Quanto ao tratamento da leishmaniose, Dias (1998) arma:
As doenças endêmicas são assim chamadas quando atingem
uma determinada área geográca e apresenta um padrão de ocor -
O diagnóstico e o tratamento são relativamente simples, sen-
rência relativamente estável com elevada incidência ou prevalência.
do exequíveis na maior parte do país, já a prevenção é complexa, principalmente quando residências e campos de trabalho (situações de vida e de trabalho) se alocam em encostas de morros e matas que são habitats prediletos do ebotomíneo. A leishmaniose cutânea (LTA) é uma doença infecciosa, não contagiosa de evolução crônica que acomete as estruturas da pele e cartilaginosas da nasofaringe de forma localizada e difusa, é considerada um grave problema de saúde pública. Segundo Basano e Camargo (2004) (…) No Brasil, Cerqueira em 1885. Observava a existência da moléstia da pele, identicando-a clinicamente como botão de Biskra. Em 1895, na Itália, Breda, descreveu a moléstia em italianos provenientes de São Paulo. Entretanto no Brasil, a natureza leishmaniótica das lesões cutâneas e nasofarígeas só foi conr mada, pela primeira vez, em 1909, por Lindenberg, que encontrou
As grandes endemias constituem hoje um dos maiores desaos à saúde pública, uma vez que atingem principalmente pessoas menos favorecidas, entre as doenças endêmicas citadas a maioria delas são oriundas da pobreza, isto é, de condições precárias de vida, a falta de saneamento básico é um dos principais fatores que contribuem para o aparecimento de algumas doenças, tais como: a malária, a cólera, a hanseníase , etc.
HISTÓRICO DAS DOENÇAS ENDÊMICAS MALÁRIA A malária é também conhecida como paludismo, é uma doença potencialmente grave, ocasionada por parasitas do gênero Plasmodium, é transmitida pela picada do vetor Anopheles darlingi. A malária em nível mundial é a mais séria e impactante das doenças transmissíveis, colocando em risco 40% da população dos trópicos, já no Brasil, Marques e Cardenas apud Dias (1998) ar mam que: “Com mais de 450 mil casos anuais em 1996, deve-se considerar distintamente as áreas amazônicas (mais de 99% dos casos) e não amazônica.” Quanto ao controle da doença no Brasil, pode-se armar que nos anos 50 houve a erradicação das transmissões dos casos infectantes graças á modelos de campanhas curtas e perfeitas. Na atualidade Marques e Cardenas, apud Dias (1998) ar mam: Hoje a complexidade ecológica e social do paludismo amazônico desaa técnicos e governos. Pequena e dispersa população, falta de saneamento, de paredes a borrifar, de pessoal capacita-
formas de leishmania trópica da leishmaniose do Velho Mundo,
em lesões cutâneas de indivíduos que trabalhavam nas matas do interior do Estado de São Paulo. No Brasil, a leishmaniose cutânea é uma das afecções dermatológicas que precisa de muita atenção devido á sua magnitude, assim como pelo risco de ocorrência de deformidades que pode causar no ser humano. A doença ocorre em ambos os sexos e todas as faixas etárias, entretanto na média do país, predomina os maiores de 10 anos, representando 9% dos casos e o sexo masculino 74%. A úlcera (ferida) típica de leishmaniose cutânea costuma localizar-se em áreas expostas da pele, tem formato arredondado ou ovalado com fundo avermelhado e com granulações grosseiras.
LEISHMANIOSE MOCO CUTÂNEA A leishmaniose mococutânea é uma variante da doença tegumentar e é causada pelo protozoário Leishmaniose brasiliensis. Gontijo e Carvalho apud Gomes et al (2004) “A incidência no Brasil tem aumentado nos últimos 20 anos. Surtos epidêmicos tem ocorrido nas regiões Sudeste, Centro-oeste, Nordeste e mais recentemente na Amazônia.”
do e disponível de continuidade operacional, de transporte ágil e, muitas vezes, de insumos básicos, dicultam o tradicional pro grama, lado a lado com a escassez de pessoal técnico e a disper -
são político-administrativa. Numa outra escala, as prioridades de controle tem que seguir os critérios epidemiológicos e sociais, o
que é grande problema quando pela extensão da endemia e dos recursos envolvidos – interesses particulares pesadíssimos podem Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde A doença manifesta-se com o aparecimento de úlcera na mucosa nasal, com ou sem perfuração, perda de septo nasal, podendo atingir lábios, palato e nasofaringe. Para evitar a transmissão é preciso algumas medidas preventivas. Segundo a Secretaria de Vigilância em saúde (2007) Uso de repelentes quando expostos a ambientes onde os ve tores habitualmente possam ser encontrados. Evitar a exposição nos horários de atividades do vetor (crepúsculo e noite) em áreas de ocorrência de L. umbratilis e evitar a exposição durante o dia e a noite. Uso de mosquiteiros de malha na (tamanho da malha 1.2 a 1.5 e denier 40 a 100), bem como a telagem de portas e jane las. Manejo ambiental por meio de limpeza de quintais e terrenos, a m de alterar as condições do meio que propiciem o estabele-
brasileiro, avançou para outras regiões alcançando inclusive a periferia de grandes centros urbanos. Em 19 dos 27 estados bra sileiros já foram registrados casos autóctones de LV. Nos últimos cinco anos ocorreram em média 3.500 casos humanos novos, sen-
do a maioria na região nordeste do país. A partir dos anos 90, os estados do Pará e Tocantins (região norte), Mato Grosso do Sul (região Centro oeste) , Minas gerais e São Paulo (região Sudeste) passaram a inuir de maneira signicativa nas estatísticas da LV no Brasil.
A leishmaniose visceral ocorre em todas as idades, mas na maior parte das aeras endêmicas 80% dos casos registrados ocor rem em crianças com menos de 10 anos. Em alguns focos urbanos a doença teve alta taxa de crescimento em jovens adultos. A doença atinge principalmente as populações mais pobres dos países. Os países que apresentam 90% dos casos são: Índia, Bangladesh, Nepal, Sudão e Brasil. No Brasil o maior número de casos aprecem no Norte e Nordeste, onde a precariedade das condições sanitárias favorecem a propagação da doença. Na década de 50 foi criado um programa de controle no Brasil com o objetivo de evitar a transmissão da doença na áreas de risco e colocar prossionais capacitados para diagnóstico e tratamento para controle da doença, visando assim diminuir a expansão da doença e mortalidade. A prevenção para a doença pode ser feita com o uso de repelentes de insetos, e construção de moradias humanas a pelo menos 500 metros da mata silvestre.O tratamento é feito com o uso de compostos antimoniais, pentamidina, anfotericina ou miltefosina.
cimento de criadouros para formas imaturas do vetor. Poda de árvores, de modo a aumentar a insolação, a m de diminuir o som -
breamento do solo e evitar as condições favoráveis (temperatura e umidade) ao desenvolvimento de larvas de ebotomíneos. Des tino adequado do lixo orgânico, a m de impedir a aproximação de mamíferos comensais, como marsupiaise roedores, prováveis
fontes de infecção para os ebotomíneos. Limpeza periódica dos abrigos de animais domésticos. Manutenção de animais domésti cos distantes do intradomicilio durante a noite, de modo a reduzir a atração dos ebotomíneos para este ambiente. Em áreas potenciais de transmissão, sugere-se uma faixa de segurança de 400 a 500 metros entre as residências e a mata. Entretanto, uma faixa
dessa natureza terá que ser planejada para evitar erosão e outros problemas ambientais.
LEISHMANIOSE VISCERAL
ESQUISTOSSOMOSE É uma doença causada por um verme parasita da classe trematoda o Schitossoma Mansoni, essa doença é também conhecida como “barriga d’água”, “doença do caramujo” ou “xistose”.Essa doença ocorre em diversas partes do mundo de forma não controlada, por isso é considerada uma doença endêmica. Segundo Cardoso e Oliveira (2007) A esquistossomose é uma doença endêmica crônica que afeta mais de 200 milhões de pessoas e 600 milhões vivem em risco de infecção em 76 países no mundo. A esquistossomose mansônica ou intestinal, causada pelo Schitossoma mansoni , infecta cerca de 70 milhões de pessoas. No Brasil, é calculada a existência de apro ximadamente 12 milhões de infectados. O Schitossoma mansoni
A leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, esplenomegalia tropical, é uma doença causada pelo protozoário Tripanossomatídeo Leishmania chagasi é uma doença crônica sistêmica, caracterizada por febre de longa duração e outras manifestações e quando não tratada pode levar ao óbito. Carvalho (2007) apud Luppi, Simeoni e Piccinin armam que: A lesihmaniose visceral é, primariamente, uma zoonose que afeta outros animais além do homem. Sua transmissão, inicial mente silvestre ou concentrada em pequenas localidades rurais,
já está ocorrendo em centros urbanos, em área domiciliar ou prédomiciliar, É um crescente problema de saúde pública no país e em outras áreas do continente americano, sendo em endemia em
franca expansão geográca, é também conhecida como Calazar, Esplenomegalia tropical, febre dundun, dentre outras denominações menos conhecidas. É uma doença crônica sistêmica, ca racterizada por febre de longa duração e outras manifestações e quando não tratada evolui para o óbito, em 1 ou 2 anos após o
é transmitido para o homem em águas nas quais se encontram
aparecimento dasintomatologia.
e diarréia são os sintomas da esquistossomose em sua fase aguda. O fígado e o baço também aumentam de volume, devido às ina -
caramujos do gênero Biomphalaria contaminados. No momento da transmissão, pode ocorrer uma reação do tipo alérgica na pele
desencadeada pela penetração do parasita. Febre, dor de cabeça, calafrios, sudorese, fraqueza, falta de apetite, dor muscular, tosse
No Brasil o principal vetor da leishmaniose visceral é o Lut zomya longipalpis, sendo o cão doméstico o reservatório mais im portante e o homem o hospedeiro nal. Segundo Gontijo e Melo (2004) O primeiro relato de LV no Brasil foi feito em 1934, quando
mações causadas pela presença do verme e de seus ovos. A esquistossomose é uma doença que ataca o fígado e o baço e que se não tratada a tempo pode levar ao óbito.
foram encontrados amastigotas de leishmania em cortes histoló-
No Brasil ainda não existe nenhuma vacina contra a doença, o tratamento é feito com antiparasitários dose única. A prevenção ainda é o melhor remédio, e deve ser feita através de medidas de saneamento básico e alguns cuidados como:
gicos de fígado de pessoas que morreram com suspeita de febre amarela. Somente 20 anos depois é que se registrou o primeiro surto da doença em Sobral, no Ceará.Em meados dos anos 80, constatou-se um transformação frástica na distribuição geográ ca da LV. A doença antes restrita ás áreas rurais do nordeste Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde - Evitar nadar em lagos, canis e rios em regiões onde a esquistossomose ocorre; - Certique-se que a água que bebe é tratada. Caso tenha dúvidas, ferva a água por 1 minuto ou a ltre. - Em regiões com esquistossomose a água de banho deve ser aquecida por 5 minutos a 65ºC. - Se houver exposição acidental rápida a água potencialmente contaminada, secar-se vigorosamente com toalha pode ajudar a prevenir que o parasita penetre na pele. O diagnóstico da doença é feito através de exames de fezes, urina e sangue.
A população também pode ajudar a prevenir esta doença através de medidas como: - Virar as garrafas vazias e recipientes de boca para baixo para não acumular água. - Manter os pneus em locais cobertos, onde não tomem chuva nem acumulem água. - Não deixar ao ar livre nenhum objeto que possa acumular água. - Colocar areia em todos os vasos ou plantas como xaxins e plantas aquáticas. - Manter as caixas d’água sempre bem tampadas. - Latas, vidros, plásticos até pequenas tampinhas devem ser jogadas no lixo. - Se você cria algum animal, troque com frequência a água do bebedouro.
FEBRE AMARELA A febre amarela é uma doença causada por um vírus chamado avivírus, encontrado em primatas não-humanos que habitam regiões de orestas. Em áreas urbanas, o vetor da doença é o mosquito Aedes aegypti que também transmite a dengue. Segundo o manual de vigilância epidemiológica de febre amarela (1999), a febre amarela foi o principal problema de saúde pú blica já enfrentado pelo Brasil, tanto pelo alto índice de letalidade da própria doença, como pelo desconhecimento da sua prolaxia e tratamento, na segunda metade do século passado, quando ela se instalou no litoral brasileiro e depois se alastrou pelo interior do país. Segundo Vasconcelos (2003) A febre amarela é uma doença infecciosa não contagiosa que se mantém endêmica ou enzoótica nas orestas tropicais da Amé-
DENGUE A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus da família aviridae e é transmitido ao homem através do mosquito Aedes aegypti, também infectado pelo vírus. Atualmente a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública de todo o mundo. Existem quatro tipos de dengue em todo o mundo, pois o vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Segundo Penna e Temporão (2008) A dengue apresenta uma das grandes preocupações do Ministério da saúde, devido à quantidade de casos noticados todos os anos. Por abranger quase a totalidade do território nacional, há risco potencial de ocorrer novas epidemias associadas à circula ção do sorotipo DEN-3 e a possibilidade da entrada do DEN-4, único sorotipo que ainda não tem disseminação no país. A dengue é hoje uma das doenças com maior incidência no Brasil, atingindo a população de todos os estados, independentemente da classe social. A primeira manifestação é a febre, geralmente alta(39ºC a 40ºC) de ínicio abrupto, associada à cafaléia, adinamia, mialgias, artralgias, dor retro-orbitária, com presença ou não de exantema ou prurido. Do segundo ao sexto dia da infecção podem ser observados anorexia, náuseas, vômitos e diarréia. Segundo Tauil (2002) O dengue é hoje a arbovirose mais importante do mundo. Cer ca de 2,5 bilhões de pessoas encontram-se sob risco de se infectarem, particularmente em países tropicais onde a temperatura e a umidade favorecem a proliferação do mosquito vetor.Entre as doenças reemergentes é a que se constitui em problema mais grave de saúde pública. São bem conhecidas sua etilogia e seus mecanismos de transmissão. O seu espectro clínico é muito amplo, variando de formas assintomáticas ou oligosintomáticas até formas graves e letais. A dengue pode se apresentar clinicamente em quatro formas diferentes são elas: infecção inaperente, Dengue clássica, Febre hemorrágica da dengue e Síndrome de choque da dengue. Os tipos de dengue que mais se destacam é a Dengue Clássica e a Hemor rágica. A dengue clássica é semelhante a gripe, é uma das formas mais leve da doença. A pessoa quando infectada tem febre alta entre 39ºC e 40ºC, forte dor de cabeça dor atrás do olhos, que piora com o movimento dos mesmos, perda do paladar e apetite,
rica e áfrica causando periodicamente surtos isolados ou epidemias de maior ou menor impacto em saúde pública, sendo trans mitida ao homem mediante a picada de insetos hematófagos da família Culicidae em especial dos gêneros Aedes e Haemagogus.
Os maiores casos de transmissão da febre amarela no Brasil, ocorre em regiões de cerrado, mas nos últimos anos a doença vem se alastrando também para o sul do país. Segundo Pinto (2009) Em 2008, o Brasil registrou 46 casos de febre amarela, com provável contaminação ocorrida nas áreas silvestres de Goiás, Mato grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Pará e Distrito Fede -
ral. Entretanto, a doença tem avançado para a região Sul do país, onde, até abril deste ano, foram feitas mais de 30 noticações de casos suspeitos de febre amarela silvestre. Existem dois tipos de febre amarela: a urbana e a silvestre. A febre amarela urbana é quando o homem é o reservatório do vírus e fonte para a infecção do mosquito antropofólico mantendo o ciclo da virose. No Brasil, a febre amarela urbana estava erradicada desde 1942, quando foi registrado o último caso no Acre. Atualmente, surgiram casos em Minas Gerais. Na febre amarela silvestre, o vírus se mantém na natureza cir culando AM ambiente selvagem, transmitindo-se entre os macacos pela picada do mosquito zoólos. Se uma pessoa penetra nesse ecossistema e é picado pelos mosquitos, ocorre a doença da forma selvagem. Não existem medicamentos especícos para combater a doença o tratamento geralmente é feito com hidratação e o uso de antitérmicos que nção contenham ácido acetilsalicílico.Os casos mais graves dessa doença exigem transfusão de sangue. Existe uma vacina para prevenir a febre amarela denominada 17DD. Para a prevenção da doença a vacina deve ser renovada a cada 10 anos. Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores, náuseas e vômitos, tonturas, extremo cansaço, moleza , dor no corpo e muitas dores nos ossos e articulações. A dengue hemorrágica é uma forma grave da doença, quando a pessoa é infectada pela segunda vez. No início os sintomas são iguais ao dengue clássico, mas após o 5º dia da doença, alguns pacientes começam a apresentar sangramento e choque. Os sangramentos ocorrem em vários órgãos. Alguns doentes apresentam choque circulatório. Esse tipo de dengue pode levar a pessoa ao óbito.
Segundo Lucena, Cruz e Cavalcanti (2004) O tracoma é uma ceratoconjuntivite bacteriana crônica e recidivante causada pela Chlamydia trachomatis (sorotipos A, B, Ba e C) que costuma afetar crianças desde os primeiros meses de
vida; acarreta de forma lenta: cicatrização conjuntival, entrópio, triquíase, opacidade corneana, olho seco e cegueira no adulto. Geralmente sua transmissão ocorre dentro do ambiente doméstico, de forma direta (olho para olho ou mãos contaminadas) ou indireta (vestuários e proliferação de moscas). A ocorrência do tracoma no mundo atualmente restringe-se quase que exclusiva-
mente às populações dos países subdesenvolvidos e dentro deles, as populações rurais e às pobres, marginalizadas dos benefícios do desenvolvimento socioeconômico. O tracoma endêmico ocorre em várias regiões do Brasil, principalmente no estado de São Paulo e no Nordeste. Para o controle dessa endemia foi criada a campanha federal do tracoma no Brasil. Segundo Lucena, Cruz e Cavalcanti (2004)
Os principais sintomas da dengue hemorrágica são: - Dores abdominais fortes e contínuas; - Pele pálida, fria e úmida; - Vômitos persistentes; - Sangramento pelo nariz, boca e gengivas; - Manchas vermelhas na pele; - Sonolência, agitação e confusão mental; - Sede excessiva e boca seca; - Pulso rápido e fraco; - Diculdade respiratória; - Perda de consciência;
A campanha federal do tracoma no Brasil foi estruturada em
1943, havendo melhora na sua evolução em 1996, deixando de representar grande problema de saúde pública. Com a descoberta de novos casos de tracoma inamatório em bebedouro – SP (1982) e em outras localidades do Brasil, estudos de prevalência foram realizados na Bahia, Ceará, Pernambuco, Santa Catarina, Ama -
zonas e Paraná. A bactéria que causa o tracoma possui um período de incu bação de 5 a 12 dias, depois dos quais os indivíduos apresentam sintomas de conjuntivite ou irritação ocular, além de outros sintomas como: Corrimento ocular; Pálpebras inchadas; Triquíase, e inchaço nos nódulos linfáticos junto aos ouvidos. Para o tratamento da doença Meldau (2010) arma: No tratamento os medicamentos utilizados são a tetraciclina
Não existe tratamento especíco para a dengue. Para os casos da dengue clássica, segundo o Ministério da Saúde (2002) Não há tratamento especíco. A medicação é apenas sintomática com analgésicos e antitérmicos (paracetamol e dipirona).
Devem ser evitados os salicilatos e os antiinamatórios não hor monais, já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas e acidose. O paciente deve ser orientado a permanecer em repouso e iniciar hidratação oral.
e sulfas, durante um período de 3 semanas e tetraciclina oftálmica é aplicada nos olhos 4 vezes ao dia, durante 6 semanas. O trata -
Já para os casos da dengue hemorrágica, o Ministério da Saúde (2002) recomenda: Os pacientes devem ser observados cuidadosamente para a identicação dos primeiros sinais de choque. O período crítico será durante a transição da fase febril para a afebril, que geral -
mento deve ser realizado adequadamente para que seja prevenida a cegueira.
A prevenção do tracoma é feito através de hábitos de higiene, pois a doença se dissemina por contato direto entre as pessoas. As regiões do mundo com superpopulações e condições sanitárias insatisfatórias apresentam maior incidência da doença. Através do aprimoramento das condições sanitárias e a educação sobre a doença é possível diminuir a disseminação e a incidência.
mente ocorre após o terceiro dia da doença. Em casos menos graves, quando os vômitos ameaçarem causar desidratação ou acido se, ou houver sinais de hemoconcentração, reidratação pode ser
feita em nível ambulatorial. Para a prevenção da dengue é necessário a eliminação do criadouro de larvas do Aedes Aegypti, para isso podemos tomar medidas como: - Substituir a água dos vasos de plantas por terra e manter seco o prato coletor de água. - Desobstruir as calhas do telhado, para não haver acúmulo de água. - Não deixar pneus ou qualquer recipiente que possa acumular água expostos à chuva. - Manter sempre tampadas as caixas d’água, cisternas, barris e ltros. - Acondicionar o lixo em saco plásticos fechados ou latões com tampa.
DOENÇA DE CHAGAS É uma doença causada pelo protozoário parasita Trypanos soma cruzi que é transmitido pela fezes de um inseto conhecido como barbeiro. O nome da doença foi dado por seu descobridor , o cientista brasileiro Carlos Chagas, em homenagem também ao cientista Oswaldo Cruz. A doença encontra-se distribuída pelo continente americano, desde o sul dos Estados Unidos até o Sul da argentina e Chile. De acordo com Torelly (2005) A doença possui uma fase aguda e outra crônica. No local da picada pelo “vetor” (agente que transmita a doença, no caso,
o barbeiro), a área torna-se vermelha e endurecida, constituindo o chamado chagoma, nome dado à lesão causada pela entrada
TRACOMA Tracoma é uma doença bacteriana contagiosa da conjuntiva, pálpebras e córnea dos olhos, resulta em inamação crônica que pode eventualmente levar a uma escoriação da córnea e cegueira. Didatismo e Conhecimento
do Trypanosoma. Quando esta lesão ocorre próxima aos olhos,
leva o nome de sinal de Romaña. O chagoma acompanha-se em geral de íngua próxima à região. Após um período de incubação (período sem sintomas) variável, mas de não menos que uma se63
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde mana, ocorre febre, íngua s por todo o corpo, inchaço do fígado e do baço e um vermelhidão no corpo semelhante a uma alergia e que dura pouco tempo. Nesta fase, nos casos mais graves, pode ocorrer inamação do coração com alterações do eletrocardio grama e número de batimentos por minuto aumentado. Ainda nos casos mais graves, pode ocorrer sintomas de inamação das ca madas de proteção do cérebro (meningite) e inamação do cérebro (encefalite). Os casos fatais são raros, mas, quando ocorrem, são nesta fase em decorrência da inamação do coração ou do cérebro. Mesmo sem tratamento, a doença ca mais branda e os
u Edema ou inchaço de mãos e pés. u Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos. u Úlceras de pernas e pés. u Nódulo (caroços) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos. Hanseníase tem cura, por isso é fundamental seguir o tratamento. Segundo Araújo (2003)
sintomas desaparecem após algumas semanas ou meses. A pessoa contaminada pode permanecer muitos anos ou mesmo o resto da vida sem sintomas, aparecendo que está contaminada apenas em testes de laboratório. A detecção do parasita no sangue, ao con -
pecíca, supressão dos surtos reacionais, prevenção de incapacidades físicas, reabilitação física e psicossocial. Este conjunto de medidas deve ser desenvolvido em serviços de saúde da rede pública ou particular, mediante noticação de casos à autoridade sanitária competente. As ações de controle são realizadas em
O tratamento da hanseníase compreende quimioterapia es-
trário da fase aguda, torna-se agora bem mais difícil, embora a
presença de anticorpos contra o parasita ainda continue elevada, denotando infecção em atividade.
níveis progressivos de complexidade, dispondo-se centros de refe-
rência locais, regionais e nacionais para o apoio da rede básica. Uma importante medida de prevenção é a informação sobre os sinais e sintomas da doença, pois, quanto mais cedo for identicada, mais fácil e rápida será a cura. Uma outra medida preventiva é a realização do exame dermato-neurológico e aplicação da vacina BCG nas pessoas vivem com os portadores dessa doença.
Não existe vacina contra a doença de Chagas, e a melhor maneira de enfrentá-la ainda se dá por meio da prevenção e do controle, combatendo sistematicamente os vetores, mediante o emprego de inseticidas ecazes, construção ou melhoria das habitações para evitar a proliferação dos barbeiros, eliminação dos animais domésticos infectados, uso de cortinados nas casas infestadas pelos vetores, controle e descarte do sangue contaminado pelo parasita e seus derivados.
TUBERCULOSE A tuberculose é uma doença infecciosa causada pelo mycobacterium tuberculosisou bacilo de Koch em homenagem ao seu descobridor, o bacteriologista alemão Robert Koch em 1882. Essa doença pode atingir todos os órgão do corpo, em especial os pulmões. Segundo Souza (2008) A Tuberculose é uma doença crônica, infecto-contagiosa, produzida pelo Mycobacterium tuberculosis e que se caracteriza
HANSENÍASE A hanseníase é uma doença causada por um micróbio chamado de Hansen (mycobacterium leprae), que ataca normalmente a pele, os olhos e os nervos. É também conhecida como Lepra, mor féia, mal de Lázaro, mal-da-pele ou mal-do-sangue. Segundo Araújo (2003) A hanseníse é doença infecciosa crônica causada pelo M. le-
anátomo-patológicamente pela presença de granulomas e de ne-
prae. A predileção pela pele e nervos periféricos confere características peculiares a esta moléstia, tornando o seu diagnóstico simples na maioria dos casos. Em contrapartida, o dano neurológico responsabiliza-se pelas sequelas que podem surgir. Cons -
crose caseosa central, ainda representando um grande problema em Saúde Pública. Pode atingir todos os grupos etários, embora cerca de 85% dos casos ocorram em adultos e 90% em sua for ma pulmonar. De cada 100 pessoas que se infectam com o bacilo,
titui importante problema de saúde pública no Brasil e em vários países do mundo e persiste como endemia em 15 países ao nal de 2000 (prevalência acima de 1,0/ 10.000 habitantes). Apesar de
cerca de 10 a 20% adoecerão. Dados recentes do Ministério da
Saúde indicam um aumento de sua incidência em todo o território nacional.
todo o empenho em sua eliminação, o Brasil continua sendo o
O Brasil integra o grupo dos 22 países que concetram 80% dos casos de Tuberculose registrados no mundo. Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde, cerca de 6 mil pessoas morrem todos os anos no país em decorrência da tuberculose. Nos últimos anos, a média de detecção foi de 85 mil novos casos. Atualmente o Brasil apresenta 73% de índice de cura dos casos tratados e cerca de 12% de abandono do tratamento. A transmissão da tuberculose é quase que exclusivamente por vias aéreas. Através da tosse de uma pessoa com tuberculose pulmonar são eliminadas gotículas contendo o microorganismo e podem infectar uma pessoas em contato íntimo e prolongado. A ocorrência ou não da infecção dependerá também do estado imunológico da pessoa.
segundo país em número de casos no mundo. Os sinais e sintomas da hanseníase estão localizados princi palmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, nas costas, nas nádegas e nas pernas. Os principais sintomas são: u Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo. u Área de pele seca e com falta de suor. u Área da pele com queda de pêlos, mais especialmente nas sobrancelhas. u Área da pele com perda ou ausência de sensibilidade (dor mências, diminuição da sensibilidade ao toque, calor ou dor). Neste caso, pode ocorrer de uma pessoa se queimar no fogão e nem perceber, indo vericar a lesão avermelhada da queimadura na pele mais tarde. u Parestesias (sensação de formigamento na pele, principalmente das mãos e dos pés). u Dor e sensação de choque, sgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas. Didatismo e Conhecimento
Os sintomas da tuberculose incluem: - Tosse seca e contínua; - Tosse com catarro quando a doença evolui. Podendo surgir pus ou sangue no catarro; 64
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Comunitário de Saúde - Febre baixa, geralmente no nal da tarde; - Suores noturnos; - Perda de apetite; - Fraqueza, cansaço e prostração; - Perda de peso.
- Lavar as frutas e verduras em água corrente e deixá-las de molho em água com limão (1 limão para cada litro) ou cloro (10 gotas para 1 litro de água).Ingerir somente água ltrada ou fervida. - Evitar contato direto com água de enchentes e alagamentos, uma vez que, esta, pode trazer, além da cólera, outras enfermidades como a leptospirose, hepatite, etc.
Em casos mais graves, a pessoa doente pode apresentar diculdade para respirar, dor no peito e tosse com eliminação de sangue. É importante também destacar que alguns pacientes não apresentam nenhum indício da doença e outros apresentam sintomas aparentemente simples que são ignorados durante meses ou anos. Segundo Souza (2008) O tratamento é feito através de drogas, e é ecaz. Hoje em dia são usadas arifampicina, isoniazida, pirazinamida, estreptomicina, etambutol, etionamida e outras. Estas drogas produzem diver -
GRIPE A É uma doença respiratória aguda causada pelo vírus A H1N1. É altamente contagiosa e ocorre mais no nal do outono, inverno e início da primavera, de abril a setembro, que são os meses mais frios no hemisfério sul. A doença é transmitida de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e nas articulações, irritação dos olhos e uxo nasal.
sos efeitos colaterais e desta forma o acompanhamento médico é imperativo. O esquema atualmente mais utilizado é o RIP (rifam -
Os sintomas da gripe A incluem: - Febre súbita, acima de 38ºC; - Calafrios; - Dores musculares; - Diculdade respiratória; - Tosse; - Dor de garganta; - Desconforto geral e fraqueza; - Náuseas vômito e diarréia (em alguns casos)
picina, isoniazida e pirazinamida) num esquema de seis meses de terapia, dito tríplice para diminuir a possibilidade de resistência das drogas e de diminuir a população bacteriana a curto prazo. A prevenção da tuberculose é feita coma aplicação da vacina BCG em crianças, que geralmente é aplicada nos primeiros meses de vida.
CÓLERA A cólera é uma doença infecciosa que ataca o intestino dos seres humanos, é causada pela bactéria Vibrio Cholerae. Segundo Passos (1999) No decorrer da sétima pandemia universal, iniciada em 1961, a cólera acabou por atingir o Brasil em abril de 1991, cerca de três meses após invadir a América do Sul através do peru. Disse minando-se rapidamente pelas regiões Norte e Nordeste, a doença parece ter se estabelecido de maneira permanente em extensas áreas do território brasileiro, alternando períodos de transmissão endêmica e epidemias de dimensões variáveis. A transmissão da cólera se dá através de água e alimentos contaminados. Em 90% dos casos de cólera , a infecção é assintomática, e nos 10% que são os casos mais graves apresentam diarréias intensas, a perda de água pode chegar a 20 litros por dia, o que causa desequilíbrio hidroeletrolítico e metabólico. Nessa fase, os sintomas podem ser: sede; rápida perda de peso; taquicardia; pulso rápido e fraco, pressão baixa, fadiga, prostração, etc. De acordo com Pedro, Marta e Martins (2008) O tratamento da cólera consiste basicamente em reidratação.
Segundo Oliveira e Hueb (2009) Na maioria dos casos a cura é espontânea. A maioria dos sintomas da gripe regride após cerca de uma semana. No entanto, tosse, fadiga e mal estar podem persistir por mais semanas. No Brasil o Ministério da Saúde está disponibilizando o medicamento antiviral Tamiu®, cujo principio ativo, é o Oseltamivir, que está recomendado em pacientes com fortes suspeitas de estarem com a Gripe A e que apresentem sinais de desconforto respiratório. Pode ser indicado, a critério médico, para pacientes que se enquadrem em um dos grupos de risco de complicações como: · Crianças até 5 anos de idade e adultos acima de 65; Gestantes; Imunodepri midos; Indivíduos com doenças crônicas pulmonares, cardiovas culares (exceto hipertensão), renais, hepáticas, hematológicas,
neurológicas, musculares e metabólicas (inclusive diabete melito). Para a prevenção da doença aconselha-se: - Lavar sempre as mãos com sabonete e água corrente; - Utilizar máscaras em caso de contato com muitas pessoas; - Evitar car em locais fechados com grande aglomeração de pessoas; - Procurar sempre locais bem ventilados.
A desidratação pode ser danosa em qualquer idade, mas é parti-
cularmente perigosa em crianças pequenas e idosos. Nos casos
leves e moderados, o médico pode recomendar que o tratamento
seja feito em casa, com a solução de reidratação oral. Os viajantes
devem evitar a desidratação decorrente da diarréia (de qualquer
A gripe A H1N1 é uma mutação do vírus inuenza, é uma das doenças endêmicas mais recentes.
causa) ingerindo bastante líquidos, preferentemente uma solução
reidratatante contendo eletrólitos (sais) e glicose, em concentra-
ções adequadas.
A prevenção pode ser feita através de algumas medidas, tais como: - Procurar adotar medidas que melhorem as condições de higiene dentro de casa e também no ambiente de trabalho. - Não se esquecer de cuidados básicos da higiene pessoal como lavar as mãos após utilizar o banheiro.
Didatismo e Conhecimento
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