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PROCSSOS D ELTRIZAÇÃO Vamos iniciar nossa aula chamando a atenção para um assunto muito importante: a sua segurança. Nunca esqueça, precisamos sempre estar em nosso melhor estado, preparados e atentos, pois somente assim trabalharemos com segurança. Nesta aula veremos os processos de eletrização e as diferenças entre materiais isolantes e condutores. Isso nos fará entender um pouco mais o contexto da eletricidade e, assim, saber mais acerca de como trabalhar de modo seguro.
Na aula passada vimos que um átomo tem carga elétrica positiva quando tem mais prótons que elétrons. Além disso, vimos também que tudo que existe é formado por um número muito grande de átomos, que trabalham sozinhos ou se combinam. Aquela apostila tem tudo a ver com o que veremos a seguir. Vamos iniciar novamente com uma pergunta: você sabe o que é eletrização? Você usou o que sabe sobre os átomos e pensou que para eletrizar um corpo o que temos que fazer é tornar diferente o número de prótons e de elétrons deste corpo.
Isso parece óbvio, né. Se um corpo é formado de átomos, se estes átomos estão eletrizados com carga elétrica negativa, o corpo também estará carregado negativamente.
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Você já sabe que para um átomo estar em equilíbrio, em paz, a soma dos prótons desse átomo deve ser igual à soma dos elétrons. Quando isso ocorre com um corpo, dizemos que o corpo está neutro. O corpo estará eletrizado quando esta igualdade não existir. Enfim, se um corpo está eletrizado, significa que pró tons e elétrons estão em números diferentes. A questão é, o que devemos fazer para que isso aconteça? Se lhe fosse dado, por exemplo, uma barra de metal que estivesse em equilíbrio, o que você faria para deixá-la eletrizada? Vejamos a seguir, as três maneiras que temos para fazer isso.
ELTRZÇÃO POR ATRTO Podemos eletrizar um corpo por atrito. Isto ocorre quando friccionamos dois corpos, que inicialmente eram neutros.
Neste caso, haverá transferência de elétrons de um corpo para o outro, de tal forma que um corpo fique eletrizado positivamente (pois cedeu elétrons) e outro corpo fique eletrizado negativamente (pois ganhou elétrons). Por exemplo, se esfregarmos uma barra de plástico num pano de lã teremos eletrização por atrito, pois estes dois materiais são diferentes, a lã gosta mais de elétrons do que o plástico. Nesse caso, elétrons passam do plástico para a lã. Em consequência, a barra de plástico adquire carga elétrica positiva (pois cedeu elétrons) e o pano de lã adquire carga elétrica negativa (pois ganhou elétrons).
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Quer ver outro exemplo de eletrização por atrito em nosso cotidiano? A eletrização de um carro durante uma viagem em um dia muito seco. As várias partículas de poeira, sujeira e os gases que formam o ar entram em atrito com a lataria do carro, fazendo com que aconteça uma transferência de elétrons de um corpo para o outro, no caso, de todos estes elementos para o carro.
O carro fica eletrizado e quem tocar a lataria poderá levar um choque. Já aconteceu isso com você?
ELTRZÇÃO POR CONTTO O segundo tipo de eletrização é chamado eletrização por contato. Neste caso, um corpo carregado negativamente é encostado em um corpo neutro. Como consequência deste contato, parte dos elétrons do primeiro corpo se deslocam para o outro. Os dois corpos ficarão eletrizados com a mesma carga elétrica do corpo que estava eletrizado antes do contato. Se o corpo eletrizado estava originalmente com carga elétrica negativa, com mais elétrons que prótons, os dois ficarão com carga elétrica negativa, pois o primeiro perderá alguns dos elétrons que estão sobrando e o segundo ganhará estes elétrons. Ao final, os dois terão mais elétrons que prótons. Se o corpo eletrizado estava originalmente com carga elétrica positiva ou seja, com menos elétrons que prótons, então os dois ficarão com carga elétrica positiva, pois o primeiro ganhará alguns elétrons e o segundo os perderá. Neste caso, os dois corpos ficarão com menos elétrons que prótons.
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A eletrização por contato acontece com frequência em nosso cotidiano. Por exemplo, quando tomamos choque ao encostar em um objeto que não tem ligação nenhuma com energia elétrica. Lembra do carro que foi eletrizado por atrito durante uma viagem longa em dia muito seco? Pois bem, quando tocamos neste carro e levamos um choque, neste momento houve uma eletrização por contato. O carro estava carregado eletricamente e nosso corpo estava neutro. Quando colocamos os dedos na tomada, como costumeiramente acontece com as crianças, o choque é o sinal de que ocorreu uma eletrização por contato.
ELTRZÇÃO POR INDUÇÃO A eletrização por indução ocorre quando algo que esteja eletrizado facilita a eletrização de outra coisa que a princípio estava neutra. Ao serem colocados próximos um do outro, as cargas positivas atraem as cargas negativas. Com o aterramento, cargas elétricas negativas da terra vão se deslocar. Retirando o aterramento, temos como resultado a eletrização do que estava inicialmente neutro. Com o corpo indutor de carga elétrica positiva, o corpo induzido resultará com carga elétrica negativa. Por outro lado, se o corpo indutor tem carga elétrica negativa, o corpo induzido resultará com carga elétrica positiva. Um exemplo de eletrização por indução são os raios. Quando uma nuvem está carregada eletricamente, ela induz na superfície terrestre cargas de sinais contrários, criando um campo elétrico entre a nuvem e a superfície. Se o campo elétrico for muito intenso, o ar pode funcionar como condutor de eletricidade, acarretando uma descarga elétrica.
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Encerramos aqui essa apostila sobre os processos de eletrização. Ela foi importante para entendermos os riscos que corremos ao trabalhar com eletricidade. Mas isso não é tudo! Ainda temos muito a aprender.
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