CESP UHE Ilha Solteira
Operação de Pórticos e Pontes Rolantes
2009
Operação de Pontes Rolantes e Pórticos – CESP UHE Ilha Solteira
Índice 1. Responsabilidades
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2. Funcionamento básico dos principais sistemas
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2.1 Estrutura 2.2 Alimentação 2.3 Freios 2.4 Tambores enroladores 2.5 Cabos de aço 2.6 Caixa de guincho 2.7 Acionamento 2.8 Proteções elétricas
5 6 7 10 11 12 13 14
3. Técnicas de transporte amarração de carga
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3.1 Dispositivos de fixação 3.2 Amarração de carga 3.3 Inspeção 3.4 Cabos de aço 3.5 Laços
16 18 20 21 24
4. Elementos de fixação
25
4.1 Olhais 4.2 Porca Olhal 4.3 Manilhas 4.4 Manilha Reta Pesada 4.5 Manilha Curva 4.6 Gancho Olhal 4.7 Anéis de Carga
25 26 27 28 29 30 31
5. Boas práticas de operação
32
5.1 Parada e partida progressivas
32
6. Limites e peculiaridades dos equipamentos
33
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1. Responsabilidades A operação de Pórticos e Pontes Rolantes só pode ser realizada por funcionário devidamente treinado e credenciado pela empresa. Neste manual iremos nos referir a este pessoal como “operadores”. Tanto o operador quanto a pessoa que realiza a amarração da carga são responsáveis pela escolha dos equipamentos utilizados para o içamento da carga. Para esta escolha, deve-se levar em consideração o peso da carga, os recursos existentes para amarração e o percurso a ser realizado durante o transporte da carga.
É expressamente PROIBIDO: •
Improvisar material de amarração
•
Transportar
peças
que
tenham
componentes soltos e possam se soltar •
Transportar pessoas sobre a carga
As regras contidas na instrução IO/OP/03 devem ser respeitadas durante todas as operações de manutenção nas instalações CESP. Para os operadores de Pórticos e Pontes Rolantes é importante destacar algumas alg umas em especial:
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Operação de Pontes Rolantes e Pórticos – CESP UHE Ilha Solteira 1. OBJETIVO Estabelecer normas e procedimentos com vistas a garantir a segurança do pessoal e dos equipamentos na operação e manutenção do sistema eletro energético da Cesp.
3. DIRETRIZES e) Não são permitidas improvisações de qualquer natureza em máquinas, ferramentas, equipamentos de proteção individual e coletiva, dispositivos de manutenção, etc; h) Todo serviço executado, acima de 2 metros do nível do solo deverá ter seu risco de queda sob controle através da utilização de equipamento adequado;
5.2. DO RESPONSÁVEL PELA EQUIPE c) Certificar-se de que os empregados estão devidamente instruídos com relação aos itens das normas de segurança aplicáveis aos serviços que serão executados; d) Advertir pronta e adequadamente os empregados sob sua responsabilidade, quando deixarem de cumprir as normas de segurança do trabalho; f) Proibir que os integrantes de sua equipe utilizem ferramentas e equipamentos inadequados ou defeituosos;
5.4. DO EMPREGADO a) Interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outra pessoa, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis. b) Zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho; c) Responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos de segurança e saúde; f) Alertar os companheiros de trabalho quando estes executarem os serviços de maneira incorreta ou atos que possam gerar acidentes; g) Comunicar imediatamente ao seu superior e aos companheiros de trabalho, qualquer acidente ou incidente, por mais insignificante que seja, ocorrido consigo próprio ou terceiros, para que sejam tomadas as providências cabíveis;
9. SEGURANÇA DURANTE MANOBRAS b) O empregado que manda executar determinada manobra ou trabalho torna-se automaticamente responsável pela ordem dada, devendo tomar as precauções necessárias para eliminar ou reduzir ao mínimo a possibilidade de risco de acidentes, o que não exclui a necessidade de uma execução consciente por parte de quem efetua a manobra ou trabalho; d) Manobra não deve ser feita precipitadamente, mesmo em caso de emergência;
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2. Funcionamento básico dos principais sistemas 2.1 Estrutura Uma ponte rolante é composta basicamente pelos seguintes sistemas:
Fonte: Manual Villares P&H
Translação é o nome dado ao eixo imaginário paralelo ao caminho de
rolamento. Direção é o nome do eixo imaginário perpendicular ao caminho de rolamento. Suspensão é o nome dado ao eixo de deslocamento da caixa de gancho,
também conhecida por moitão. Para os pórticos adota-se a mesma nomenclatura, visto que seus sistemas são praticamente idênticos aos das pontes rolantes. Página 5
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2.2 Alimentação O sistema de alimentação elétrica constitui uma das grandes diferenças entre pontes e pórticos. Devido à altura do caminho de rolagem, a maioria das pontes rolantes permite a instalação de barramentos de alimentação, como vemos na figura ao lado. l ado. Barramento 440V – Ponte rolante 10T – Galeria de filtros
Já os pórticos, cujos caminhos de rolamento estão no mesmo nível por onde transitam pessoas e veículos, precisam de um sistema de alimentação mais seguro. Na figura ao lado vemos o mecanismo enrolador de cabos do pórtico 160T.
No detalhe, vemos o dispositivo responsável pela alternância do sentido de giro gir o do enrolador
O cabo de alimentação, também chamado de jibóia, é ancorado no centro do caminho de rolamento do pórtico. Assim, o enrolador precisa alternar o sentido de giro, para enrolar ou desenrolar o cabo corretamente. Note também que a jibóia fica alojada em uma canaleta de proteção, de maneira a diminuir o risco de ruptura do cabo caso algum veículo cruze o caminho de rolamento.
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2.3 Freios Os sistemas de frenagem de pontes e pórticos são considerados vitais para a garantia de segurança das manobras. O mecanismo de suspensão conta com acionamento automático do freio, cuja atracação ocorre quando o manete é colocado na posição central (zero). Freio de serviço da Suspensão – Ponte 35T
Além do sistema de freio convencional, o mecanismo de suspensão conta com um dispositivo conhecido por Magnetorque ou freio eletrodinâmico de correntes de Foucault, que tem a função de controlar a velocidade máxima de descida da carga, evitando que o mecanismo de descida dispare e atinja velocidades maiores do que a de projeto. No entanto, o operador deve estar atento ao tempo de resposta do freio, principalmente quando estiver baixando carga. O tempo de parada é maior quanto maior for o peso da carga . Por isso, recomenda-se uma desaceleração gradativa do sistema, de modo a realizar uma aproximação suave e controlada da carga.
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Operação de Pontes Rolantes e Pórticos – CESP UHE Ilha Solteira Já para a translação, podemos encontrar equipamentos com frenagem automática temporizada e frenagem a pedal, ou mesmo uma combinação destes dois sistemas. Na figura ao lado vemos o sistema de frenagem da translação da ponte de 35T. Note a tubulação que leva o óleo de freio até os atuadores, que por sua vez deslocam o disco de freio responsável pela parada do motor. Este tipo de freio só é destravado quando energizado. Por isso este freio assume também a função de freio estacionário, bastando que a chave geral de alimentação do equipamento seja desligada. Por isso não se deve tentar empurrar uma ponte desenergizada. Em algumas pontes, como por exemplo as de 350 kN localizadas na sala de máquinas da UHE Três Irmãos, o sistema de frenagem da translação é uma conjugação de pedal e freio elétrico temporizado. Quando o manete é colocado na posição zero, um relé temporizado começa a contar o tempo antes de atracar o freio estacionário. Enquanto isso, o operador pode adiantar a parada da ponte, acionando o pedal do freio, ou aguardar que o freio elétrico atraque (cerca de 5 segundos após o posicionamento do manete em zero). Caso o operador queira realizar uma aproximação mais suave, basta acionar brevemente o manete de translação no sentido do movimento, zerando assim o relé temporizado, que recomeçará a contagem do tempo. Uma prática que deve ser evitada é a de aplicar o pedal de freio com o manete de translação acionado. O simples fato de descansar o pé sobre o pedal de freio pode ser suficiente para provocar atrito entre os componentes do freio, podendo até ocorrer a atuação do relé térmico de pr oteção da translação. Página 8
Operação de Pontes Rolantes e Pórticos – CESP UHE Ilha Solteira Os pórticos contam com um sistema extra de frenagem da translação. São sistemas mecânicos bem simples, mas de alta confiabilidade. Na figura ao lado vemos o freio estacionário dos pórticos 280T. Note que há uma chave micro que só é acionada quando o freio é liberado É importante que o operador acione os freios estacionários assim que terminar de executar a manobra. Por estarem instalados ao ar livre e devido ao seu tamanho, os pórticos estão sujeitos às forças do vento, que podem movimentá-los caso não esteja devidamente travado. Em alguns casos é necessário um sistema de ancoragem mais robusto, tanto na translação quando na direção. É o que acontece com o pórtico de 750 kN instalado na crista da barragem da UHE Três Irmãos.
Ancoragem da translação
Ancoragem do carro
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2.4 Tambores enroladores
Os cabos de aço do sistema de suspensão ficam acomodados no tambor, cujas ranhuras facilitam a distribuição uniforme do cabo.
Na figura ao lado, vemos a chave limite do tipo engrenagem, instalada nas pontes de 35T, responsável pela proteção dos limites de curso superior e inferior. A chave é sincronizada com o tambor por meio de corrente, sendo que o limite inferior é acionado quando restarem apenas duas voltas de cabo no tambor. O limite superior é acionado quando quand o o moitão atinge 150mm do batente. O operador deve redobrar a atenção toda vez que efetuar manobras perto de tais limites. O ideal é que as chaves de proteção não sejam solicitadas durante a operação normal do equipamento, ficando apenas como proteção caso algo saia do controle.
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2.5 Cabos de aço Os cabos de aço estão entre os componentes mais solicitados e, por isso, suscetíveis ao desgaste durante a operação normal dos pórticos e pontes rolantes, por isso, o operador deve estar atento a qualquer sinal de anormalidade que possa aparecer. Na figura ao lado, vemos um caso em que uma das voltas do cabo de aço não se acomodou de maneira correta no tambor. Isso pode acontecer quando o cabo é desenrolado até ficar frouxo ou quando há grande balanço do moitão durante a suspensão. Alguns defeitos podem comprometer o cabo de aço, sendo necessária sua substituição. Basicamente, um cabo de aço é formado por um conjunto de pernas torcidas ao redor de um outro cabo de aço ou cânhamo, denominado “alma”. As pernas são formadas por arames especiais. Os cabos usados em pontes e pórticos possuem alma de fibra, o que garante maior flexibilidade lubrificação entre seus arames
e
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Ao perceber qualquer anormalidade nos cabos de aço, o operador deve interromper a manobra e solicitar a equipe de manutenção para que avalie a situação. Algumas vezes a ocorrência de alguns desses defeitos não compromete imediatamente a operacionalidade do equipamento, podendo programar a troca dos cabos em um período de maior disponibilidade. disponibili dade.
2.6 Caixa de guincho Moitão ou caixa do guincho são os nomes dados ao mecanismo de acoplamento da carga ao equipamento de elevação. Uma estrutura de aço liga o gancho a um arranjo de polias por onde correm os cabos. O gancho possui ainda um mancal que permite seu giro, de maneira a facilitar o posicionamento da carga durante seu carregamento e descarregamento.
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2.7 Acionamento Na figura ao lado, temos a vista da cabine de operação de uma das pontes de 35T. Pelos manetes, também chamados de chaves combinadoras, o operador pode realizar movimentos simultâneos de suspensão, direção e translação, com diferentes possibilidades de velocidade em cada estágio. Não há movimento enquanto os manetes permanecem na posição central, também chamada de posição zero. Quando a chave geral de alimentação da ponte estiver desligada, o religamento somente acontecerá se os três manetes estiverem na posição zero. Algumas pontes de nossa instalação podem ser comandadas por meio de botoeiras, permitindo que um único operador possa amarrar e conduzir a carga. A ponte de 20T, localizada no HM (Hall de Montagem), conta com botoeira rádio-controlada. As botoeiras não permitem muitas opções de velocidade para cada eixo, portanto alguns cuidados devem ser tomados na aproximação da carga, visando principalmente a diminuição do balanço da carga no momento da parada. O ideal é que o operador, antes de colocar a carga, simule os movimentos e observe o comportamento do equipamento e os tempos de resposta do comando em cada eixo. Somente a prática garantirá a segurança durante as manobras.
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2.8 Proteções elétricas Nesta figura vemos o dispositivo aterramento de uma ponte rolante.
de
O correto aterramento elimina os riscos de choque elétrico caso ocorra falha na isolação de motores e demais equipamentos energizados.
Ao lado vemos uma outra proteção importante, a proteção contra descarrilamento . Consiste em uma chave micro cuja atuação ocorre quando alguma das rodas afasta-se do trilho de rolamento. Isso pode acontecer quando existem esforços laterais atuando no pórtico, seja por desbalanceamento da carga, vento ou outro fator externo.Esta proteção desliga todo o comando do pórtico e faz com que os freios estacionários atraquem. O equipamento só será energizado novamente se os micros voltarem para a posição original.
Proteção de descarrilamento da translação do pórtico 160T
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Operação de Pontes Rolantes e Pórticos – CESP UHE Ilha Solteira Aqui vemos o detalhe dos micros de proteção de cabo frouxo , dispositivo essencial para equipamentos que trabalham com viga pescadora. Esta proteção desliga o comando do sistema de suspensão, permitindo apenas o funcionamento do comando de subida. subid a.
2.9 Chave geral A figura abaixo mostra o painel com o disjuntor geral da ponte 35T. Note o cartão vermelho (CIO – Cartão de Impedimento Operativo) colocado no painel. Isso indica que a ponte está temporariamente impedida de operar. O operador deve estar atento à esse tipo de impedimento, pois equipamentos que compartilham o barramento de alimentação não podem se desenergizados totalmente, com a retirada da gaveta. São desligados localmente, na chave geral, pois se a gaveta for extraída, as outras pontes alimentadas pelo barramento também ficarão fora de operação.
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3. Técnicas de transporte e amarração de carga 3.1 Dispositivos de fixação A segurança de qualquer manobra de transporte de carga com pórticos e pontes rolantes depende diretamente da adequação dos equipamentos utilizados para a amarração da carga. Os bons projetos contemplam o dimensionamento dos pontos de amarração de modo a facilitar o transporte adequado dos equipamentos.
Olhais para encaixe das manilhas
Furos para encaixe das manilhas
Furo com rosca para Parafuso Olhal
Olhais fixos
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Operação de Pontes Rolantes e Pórticos – CESP UHE Ilha Solteira A pessoa responsável pela amarração deve, primeiramente, conhecer o peso da carga, pois só assim conseguirá escolher o material adequado. Deve-se optar sempre pelo material mais robusto possível, adequado com os pontos de fixação existentes na peça a ser transportada. tra nsportada.
Olhais e manilhas disponíveis na ferramentaria da UHE Ilha Solteira
Alguns equipamentos não podem ser içados para transporte, como é o caso do compressor mostrado na foto abaixo. Note que existem duas aberturas inferiores para o encaixe do garfo de uma empilhadeira. Uma amarração tradicional fatalmente danificaria as chapas se proteção do container.
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3.2 Amarração de carga Uma carga amarrada em mais de um ponto tem seu peso distribuído de acordo com as forças resultantes que interagem no conjunto. conju nto. Observe a tabela abaixo:
Fonte: SIVA Indústria e Comércio de Artefatos de Arame e Aço Ltda
Repare que para uma mesma carga, temos uma distribuição diferente do peso em cada perna dos cabos, dependendo exclusivamente do ângulo formado entre a carga e a perna do cabo. As cintas, correias e eslingas costumam possuir um selo indicando a variação de sua capacidade em função do tipo de amarração
Fator de trabalho conforme amarração
Etiqueta com especificações
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Operação de Pontes Rolantes e Pórticos – CESP UHE Ilha Solteira Vantagens do Trabalho com Cintas e Eslingas de Poliéster Poliés ter Fatores
Cintas / Eslingas de Poliéster
Eslingas de Cabo de Aço
Peso
Aproximandamente 1/3 do peso do laço de cabo de aço com a mesma carga de ruptura. Menor peso proporciona facilidade no manuseio e na preparação do material a ser içado. Resultado: Maior rapidez e produtividade nas operações de içamento.
Devido ao maior peso, dificulta a instalação e manuseio das eslingas. Cabos de bitolas maiores podem causar problemas ergonômicos. (ex.: dores nas costas)
Estabilidade
Não danifica a superficie do material a ser içado. O posicionamento das eslingas é fácil e rápido. Pode ainda ajudar na conformação do material durante o içamento devido à maior área de contato. Resultado: Içamento mais prático e seguro.
Pode danificar o material a ser içado. Posicionamento lento e complicado. Exige o uso de luvas para manuseio seguro.
Durabilidade
Facilmente oxidável em exposição a Durável contra ataques químicos. àcidos, alcalinos e até umidade Menor raio de dobramento devido à excessiva. Devido à baixa maior flexibilidade. Resultado: maior flexibilidade, pode ocorrer fadiga e durabilidade. consequente consequente ruptura.
Armazenagem
Pequeno espaço necessário para armazenagem devido à alta É necessário grande espaço para flexibilidade e baixo peso específico. armazenagem, totalmente livre de Resultado: menor custo de umidade. armazenagem.
Segurança
Inspeção fácil e simples, podendo ser realizada pelo próprio usuário ao içar Inspeção difícil e complexa. Exige o material. Devido à elasticidade, o técnico altamente especializado. Em poliéster estica antes de romper caso de sobrecarga, pode romper quando sobrecarregado. Resultado: bruscamente. Içamento mais seguro em todos os aspectos. Fonte: http://www.hipertek.com.br http://www.hipertek.com.br
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3.3 Inspeção
•
Inspecionar as cintas antes de cada uso (observando se há danos) e
assegurar que a identificação e especificação estão corretas (etiqueta do produto). •
Caso haja dúvida quanto a adequação para o uso, ou se quaisquer
marcações forem perdidas ou se tornarem ilegíveis, deve-se retirar a cinta de serviço e enviá-la à uma pessoa treinada para análise. •
Proteger as cintas de bordas cortantes , fricção e abrasão, utilizando-se
reforços e proteções complementares, de modo a garantir a segurança e vida útil da cinta. •
Verificar a existência de cantos vivos e preparar proteções para evitar danos à cinta. Não utilizar em arestas sem as devidas proteções ou arrastar a carga com a cinta. cint a.
•
Nunca utilizar cintas danificadas (gastas por abrasão, cortes no sentido
transversal ou longitudinal, rachaduras na superfície, ataque químico ou danos por aquecimento ou fricção).
Fita de Inspeção Alguns fabricantes instalam uma fita extra no corpo da cinta, o que garante a correta inspeção de cortes laterais. O aparecimento da fita de inspeção indica que o corte lateral foi superior ao permitido por norma e a cinta deve ser retirada de uso. Fonte: http://www.hipertek.com.br http://www.hipertek.com.br
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3.4 Cabos de aço Apesar da grande difusão das cintas de fibra de poliéster, os cabos de aço ainda são bastante utilizados para a suspensão de carga. Sua robustez o torna ideal para aplicações em ambientes agressivos e sujeito a qualquer tipo de intempérie. Torção
Torção regular à direita
Torção regular à esquerda
Torção lang à direita
Torção lang à esquerda
Fonte: http://www.krk.com.br
Alma dos cabos de aço
Alma de Aço
Alma de Fibra AF (Alma de Fibra Natural – Ex. Sisal) AFA (Alma de Fibra Artificial – Ex. Polietileno)
AA (Alma constituída por uma perna) AACI (Alma constituída por um cabo independente)
Maior Flexibilidade e Menor Resistência à Tração
Menor Flexibilidade e Maior Resitência à Tração
Fonte: SIVA Indústria e Comércio de Artefatos de Arame e Aço Ltda
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Operação de Pontes Rolantes e Pórticos – CESP UHE Ilha Solteira Para o dimensionamento do cabo a ser utilizado, deve-se levar em conta, entre outros fatores, o fator de segurança exigido para a aplicação, a flexibilidade exigida, o atrito a que o cabo é submetido, ao sentido de torção, ambiente de trabalho e a carga máxima de trabalho. tr abalho. TABELA DE FORMAÇÃO X CARGA DE RUPTURA Carga de ruptura mínima efetiva a 180/200 Kgf/mm² Diâmetro
mm
polegadas
1,60 2,00 2,40 3,20 4,00 4,80 6,40 8,00 9,50 11,50 13,00 14,50 16,00 19,00 22,00 26,00 29,00 32,00 38,00 45,00 52,00
1/16" 5/64" 3/32" 1/8" 5/32" 3/16" 1/4" 5/16" 3/8" 7/16" 1/2" 9/16" 5/8" 3/4" 7/8" 1" 1.1/8" 1.1/4" 1.1/2" 1.3/4" 2"
Peso aprox. Kg/m linear
0,012 0,015 0,021 0,037 0,061 0,086 0,154 0,244 0,341 0,473 0,627 0,781 0,968 1,380 1,880 2,450 3,170 3,910 5,630 7,660 10,000
6x19
6x7
alma de fibra 176 240 340 600 950 1.340 2.380 3.830 5.320 7.200 9.350 11.800 14.400 20.600 27.900 36.000 45.200 55.300 78.200 78.200
alma de aço 260 360 640 1.040 1.450 2.570 4.150 5.710 7.730 10.000 12.700 15.500 22.100 29.900 38.600 55.900 68.500 96.400
6x25
alma de fibra
alma de aço
alma de fibra
alma de aço
620
660
620
660
1.400 2.500 3.900 5.500 7.500 9.700 12.200 15.100 21.600 29.200 37.900 47.700 58.500 112.000 124.000 146.000
1.500 2.700 4.100 5.900 8.000 10.400 13.200 16.200 23.200 31.400 40.700 51.300 63.000 89.700 139.000 156.000
1.400 2.480 3.860 5.530 7.500 9.710 12.200 15.100 21.600 29.200 37.900 47.700 58.500 83.500
1.500 2.660 4.150 5.940 8.060 10.410 13.110 16.230 23.220 31.400 46.900 59.000 72.500 103.150
146.000
180.000
Fonte: OKUBO Mercantil
Na tabela acima, o fabricante informa a carga de ruptura para cada configuração de cabo.
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Operação de Pontes Rolantes e Pórticos – CESP UHE Ilha Solteira Abaixo, uma tabela com os fatores de segurança para cada aplicação: Aplicação x Fator de Segurança Aplicação Fator de Segurança Cabos guia estático 3a4 Esteios 4a5 Guinchos 5 Máquinas de terraplanagem 5 Levantamento de carga 5a6 "Slings" (laços) 5a6 Planos inclinados (sobre trilhos) 6 Pontos rolantes 6a8 Guindates / torres de perfuração 6a8 Talhas elétricas e pneumáticas 7 Pontes rolantes de fornos siderúrgicos 8 Elevadores de baixa velocidade 7a8 Elevadores de alta velocidade 9 a 11
Vamos tomar como exemplo o procedimento para escolher um cabo para içar uma carga de 1.000, usando o laço na vertical. Fazemos o seguinte cálculo: • • •
Carga à ser transportada = 1.000 Kg Tipo de Serviço = Içamento com laço (Eslinga) Fator de segurança = 5 (Em função do tipo tip o de serviço)
Carga Real = Carga * Fator de Segurança = 1.000Kg * 5 = 5.000Kg De acordo com a tabela de carga de ruptura, podemos utilizar o cabo de 3/8" 6x25+AF, cuja carga de ruptura é de 5.530Kg Utilizamos o cabo de aço na construção 6x25 por ser mais flexível que o 6x7, porém a carga de ruptura da construção 6x7 (5.320Kg) já atenderia a necessidade.
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3.5 Laços Os laços são cabos de aço com alças especialmente trançadas para facilitar a amarração. As alças podem ser atadas com presilhas prensadas de aço ou alumínio.
Método de formação do laço
Inspeção de cabos
Ao fazer uso de laços de cabos de aço, é importante verificar suas condições antes de colocá-lo em serviço. Observe as seguintes seg uintes características: Perda do diâmetro máximo admissível para cabos com 6 pernas de 6 a 8%; •
Verificação do número de fios partidos. O tolerado para cabos com 6 pernas, por exemplo, é no máximo 6 arames partidos em um comprimento de 6 vezes o diâmetro do cabo (não mais que 3 arames partidos na mesma perna);
•
•
Verificação do desgaste por abrasão nos arames externos;
•
Danos no trancamento, nas presilhas ou acessórios;
•
Verificação de corrosão;
•
Verificação de deformação ou amassamentos ao longo do cabo.
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4. Elementos de fixação 4.1 Olhais
Fonte: SIVA Indústria e Comércio de Artefatos de Arame e Aço Ltda
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4.2 Porca olhal
Fonte: SIVA Indústria e Comércio de Artefatos de Arame e Aço Ltda
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4.3 Manilhas
Fonte: SIVA Indústria e Comércio de Artefatos de Arame e Aço Ltda
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4.4 Manilha reta pesada
Fonte: SIVA Indústria e Comércio de Artefatos de Arame e Aço Ltda
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4.5 Manilha curva, também chamada de manilha em lira
Fonte: SIVA Indústria e Comércio de Artefatos de Arame e Aço Ltda
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4.6 Gancho Olhal
Fonte: SIVA Indústria e Comércio de Artefatos de Arame e Aço Ltda
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4.7 Anéis de Carga
Fonte: SIVA Indústria e Comércio de Artefatos de Arame e Aço Ltda
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5. Boas práticas de operação 5.1 Parada e partida progressivas Todos os sistemas de freio de um pórtico ou ponte rolante são projetados para atuarem sob qualquer condição de marcha. Porém, a prática nos mostra que alguns cuidados tomados na operação cotidiana dos equipamentos podem prolongar significativamente a vida útil das lonas de freio, dos tambores e discos. Tomemos como exemplo as movimentações de suspensão e direção, cuja frenagem acontece automaticamente quando o manete é colocado na posição central (zero). Se o operador diminui progressivamente a posição do manete durante a aproximação, isso faz com que o freio atraque numa condição bem mais suave do que quando passamos diretamente do 3º ou 4º ponto ao zero do manete. Com o conjunto girando em baixa rotação, o atrito dos elementos do freio na hora da frenagem gera menos calor, o que aumenta a vida útil das lonas. Para as aproximações de translação esta prática também ajuda na durabilidade dos sistemas, porém devemos lembrar que alguns equipamentos possuem frenagem automática na translação, comandada alguns segundos após a colocação do manete na posição zero. Na UHE Ilha Solteira, por exemplo, as pontes de 280 T trabalham assim. O mesmo acontece nas pontes de 350 kN da UHE TRI. Neste caso, quando o operador deseja realizar uma aproximação suave na translação, deve diminuir gradativamente o ponto do manete até a posição zero, voltando a colocá-la na posição 1 antes da atracação do freio e voltá-la à zero, fazendo isso repetidamente até que a velocidade permita o acionamento do pedal de freio e a parada completa do equipamento. equi pamento. Portanto, o operador deve estar atento para estes detalhes e fazer alguns testes antes de amarrar a carga, com o objetivo de se familiarizar com o equipamento e assim descobrir os melhores meios para realizar uma aproximação suave quando estiver com carga.
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Operação de Pontes Rolantes e Pórticos – CESP UHE Ilha Solteira
6. Limites e peculiaridades peculiaridades dos equipamentos equipamentos Como já foi dito anteriormente, os sistemas eletromecânicos dos pórticos e pontes rolantes são projetados para funcionar sob qualquer condição de operação. Portanto, contam com vários dispositivos de proteção que garantem que os limites não sejam ultrapassados. O operador deve ter consciência de que tais dispositivos não devem ser acionados desnecessariamente. Durante a operação, os limites do equipamento devem ser respeitados com uma certa margem de segurança, não devendo o operador deixar para os dispositivos de fim-de-curso a responsabilidade da parada dos movimentos.
Elaboração: Seção de Manutenção Mecânica Complementar – OOIIMC CESP - UHE Ilha Solteira 1ª edição, fevereiro 2009
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