CULTURA DO ALGODÃO NO CERRADO IMPORTÂNCIA ECONÔMICA A evolução da cultura do algodoeiro no cerrado brasileiro Até o início da década de 90, a produção de algodão no Brasil concentrava-se nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Após esse período, aumentou significativamente a participação do algodão produzido nas áreas de cerrado, basicamente da região Centro-Oeste. Esta região, que em 1990 cultivava apenas 123.000 ha (8,8% da área de algodão do país) passou para 479.000 ha em 2002, correspondendo a 63,0% do total da área (Tabela 1). Os estados do Centro-Oeste, reconhecidamente produtores de algodão herbáceo, são Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul. Outros estados brasileiros que também estão produzindo algodão no Cerrado são a Bahia e o Maranhão na região Nordeste, cujos sistemas de produção apresentam características semelhantes às do Centro-Oeste. Tabela 1. Área colhida e produtividade do algodão herbáceo, por regiões geográficas do Brasil, no período de 1980 a 2002.
CentroSul Sudeste Nordeste Oeste Áre Áre Áre Produt Áre Produt Área Produt i i Ano a a a a (mil i vidade (mil (mil (mil vidade (mil vidade ha) (kg/ha) ha) ha) ha) (kg/ha) ha) (kg/ha) 198 81 81 336 1.671 373 1.580 559 264 0 198 148 148 540 1.918 547 1.695 1.01 453 5 3 199 123 123 490 1.740 431 1.334 330 458 0 199 199 199 283 1.874 241 1.497 360 477 5 200 414 414 54 2.313 115 2.110 225 1.113 0 200 479 479 35 2.388 102 2.448 149 1.675 2 Fonte: Anuário... (1983, 1988, 1993, 1997); IBGE (2002)
Brasil Área Produt (mil i vidade ha) (kg/ha) 1.35 3
1.063
2.25 3
1.184
1.39 2
1.281
1.10 4
1.306
809
2.361
765
2.984
Atualmente, a região Centro-Oeste responde por 74,47% do algodão produzido no Brasil. Somando-se a produção do Centro-Oeste com a da Bahia e do Maranhão, o algodão do cerrado representa mais de 80,0% da produção nacional (Tabela 2).
O deslocamento da produção de algodão para a região dos cerrados, principalmente do Centro-Oeste, foi resultante das condições favoráveis para o desenvolvimento da cultura e da utilização de variedades adaptadas às condições locais, tolerantes a doenças e com maior potencial produtivo, aliadas às modernas técnicas de cultivo. Soma-se a isso, a expres expressi siva va eleva elevação ção dos dos preços preços inter internos nos no primei primeiro ro semest semestre re de 1997, 1997, o estrei estreito to suprimento do produto no mercado interno e o estímulo dos governos estaduais, estaduais, através de programas especiais de incentivo a essa cultura.
Tabela 2. Área colhida, produção e rendimento médio de algodão herbáceo em caroço, segundo as regiões e estados do Brasil, 2002.
Brasil
Área colhida Produção (ha) (t) 764.974 2.282.949
Produtividade (kg/ha) 2.984
Participação na produção (%) 100,00
Norte Rondônia
65 65
41 41
631 631
0,00 0,00
Nordeste Maranhão Piauí Ceará Rio Rio Grand randee do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Bahia
148.941 3.134 7.792 15.995 18.075
249.448 9.799 2.494 16.524 12.206
1.675 3.127 320 1.033 675
10,92 0,43 0,11 0,72 0,53
8.117 5.000 16.750 74.078
9.394 2.750 9.161 187.120
1.157 550 547 2.526
0,41 0,12 0,40 8,20
Sudeste Minas Gerais São Paulo
102.221 38.871 63.350
250.196 91.146 159.050
2.448 2.345 2.511
10,96 3,99 6,97
Su l Paraná
34.889 34.889
83.300 83.300
2.388 2.388
3,65 3,65
1.699.964 158.373
3.550 3.517
74,47 6,94
1.240.911 300.680
3.712 3.022
54,36 13,17
Região/Estado
Centro-Oeste 478.858 Mato Grosso do 45.035 Sul Mato Grosso 334.318 Goiás 99.505 Fonte: IBGE (2002)
Outr Outroo fato fatorr dete determ rmin inan ante te da evol evoluç ução ão da cult cultur uraa do algo algodã dãoo no Cent Centro ro-Oe -Oest stee é a produtividade. Enquanto no Sul, representado pelo estado do Paraná, a produtividade em 2002 foi de 2.388 kg/ha e no Sudeste, de 2.448 kg/ha de algodão em caroço, a média do Centro-Oeste foi de 3.550 kg/ha, aproximadamente 47% maior.
PANORAMA EM MATO GROSSO
Mato Mato Grosso Grosso ocupa ocupa,, atual atualme mente nte,, a primei primeira ra posiçã posiçãoo em área área culti cultiva vada, da, produç produção ão e produtividade. O estado contribui com 54,36% da produção nacional. Mato Grosso é uma das mais importantes áreas de expansão da cultura do algodão herbáceo no Brasil. De 4.480 hectares e uma produção de 4.914 toneladas em 1980, passou a cultivar 334.318 hectares, com uma produção de 1.240.911 toneladas em 2002. A produtividade cresceu 238,7% no período, passando de 1.097 kg/ha em 1980 para 3.712 kg/ha na safra 2002 (Tabela 3).
Tabela 3. Área colhida, produção e produtividade de algodão herbáceo no Mato Grosso de 1980 a 2002.
Ano
Área colhida Produção (ha) (ton.) 1980 4.480 4.914 1985 16.945 21.837 1990 43.422 57.634 1995 69.390 87.458 1998 106.483 283.812 1999 200.182 566.802 2000 257.762 908.854 2001 412.315 1.525.376 2002 334.318 1.240.911 Fonte: Anuário... (1983, 1988, 1993, 1997); IBGE (2002).
Produtividade (kg/ha) 1.097 1.289 1.327 1.260 2.665 2.831 3.526 3.700 3.712
PANORAMA EM GOIÁS Goiás ocupa, atualmente, a segunda posição em área cultivada e produção (Tabela 2), atingindo atingindo mais de 300 mil toneladas de algodão em caroço na safra 2001/02 (Tabela 4). Apesar das oscilações da área cultivada, a produtividade aumentou de ano para ano. De 31.450 hectares e uma produção de 62.960 toneladas em 1980, passou a cultivar 99.505 hectares, com uma produção de 300.680 toneladas em 2002. A produtividade cresceu 50,95% no período, passando de 2.002 kg/ha para 3.022 kg/ha (Tabela 4).
Tabela 4. Área colhida, produção e produtividade de algodão herbáceo em Goiás 1980 a 2002. Ano
Área colhida Produção (ha) (ton.) 1980 31.450 62.960 1985 64.060 116.030 1990 35.459 59.754 1995 69.533 157.031 1998 186.661 260.062 1999 117.056 278.363 2000 96.718 254.476 2001 106.539 326.150 2002 99.505 300.680 Fonte: Anuário (1983, 1988, 1993, 1997); IBGE (2002).
Produtividade (kg/ha) 2.002 1.811 1.685 2.258 1.393 2.378 2.631 3.061 3.022
PANORAMA EM MATO GROSSO DO SUL Em Mato Grosso do Sul, o algodão teve expansão acentuada em meados da década de 1990. De uma área igual a 44.615 hectares e produção de 69.346 toneladas em 1980, passou a cultivar 60.011 mil hectares, com uma produção de 105.791 toneladas em 1995. Entretanto, a partir de 1995, a área cultivada decresceu, atingindo pouco mais de 45.035 hectares em 2002. Mas, a produtividade aumentou, passando de 1.554 kg/ha em 1980, para 3.517 kg/ha em 2002, um crescimento de 126,3% (Tabela 5). O Estado ocupa o quinto lugar em produção, contribuindo contribuindo com 6,94% do total nacional e o segundo em produtividade, perdendo apenas para Mato Grosso (Tabela ( Tabela 2).
Tabela 5. Área colhida, produção e produtividade de algodão herbáceo no Mato Grosso do Sul de 1980 a 2002.
Ano
Área colhida Produção (ha) (ton.) 1980 44.615 69.346 1985 66.619 106.317 1990 44.570 73.559 1995 60.011 105.791 1998 49.151 93.229 1999 46.231 114.521 2000 48.450 127.839 2001 50.058 169.425 2002 45.035 158.373 Fonte: Anuário... (1983, 1988, 1993, 1997); IBGE (2002). PANORAMA NA BAHIA
Produtividade (kg/ha) 1.554 1.596 1.650 1.763 1.897 2.477 2.639 3.385 3.517
A Bahia é o único estado brasileiro produtor de algodão que apresentou aumento de área dessa cultura na safra 2001/02 em relação à 2000/01. A produção concentra-se na região de Barreiras, que engloba também os municípios municípios de Luís Eduardo Magalhães, São Desidério e Ronda Velha. O algodão teve expansão acentuada no início da década de 1990, atingindo 186.447 hectares, mas partir de então, a área decresceu sensivelmente, atingindo 74.078 hectares em 2002. Em compensação, a produtividade aumentou significativamente, pois de apenas 880 kg/ha em 1980, passou para 2.526 kg/ha em 2002, um crescimento de 187,04% (Tabela 6).
Tabela 6. Área colhida, produção e produtividade de algodão herbáceo na Bahia 1980 a 2002.
Ano
Área colhida (ha)
Produção (ton.)
1980 74.870 65.886 1985 129.161 161.193 1990 186.447 109.361 1995 156.557 76.090 1998 109.164 41.532 1999 42.381 50.085 2000 55.952 132.679 2001 56.607 170.092 2002 74.078 187.120 Fonte: Anuário... (1983, 1988, 1993, 1997); IBGE (2002).
Produtividade (kg/ha) 880 1.248 587 486 380 1.182 2.371 3.005 2.526
PANORAMA NO MARANHÃO No estado do Maranhão, o algodão é produzido principalmente na região de Balsas e é cultivado, cultivado, predominantemente, predominantemente, por grandes empresários rurais. A cult cultura ura foi int introd roduzi uzida da recent recenteme emente nte e as tecno tecnolog logia iass ainda ainda não estão estão tot total almen mente te definidas. A produção ainda é pequena, mas o Estado apresenta grande potencial para expansão da cultura, tendo em vista a estrutura ferroviária e rodoviária existente e por estar próximo do pólo têxtil do Ceará.
CLIMA
O algodoeiro é muito sensível à temperatura. Noites frias ou temperaturas diurnas baixas restringem o crescimento das plantas levando-as à emissão de poucos ramos frutíferos. Por isso isso,, a seme semead adur uraa é acon aconse selh lháv ável el em regi regiõe õess ou époc épocas as em que que as temp temper erat atur uras as permaneçam entre 18º 18º e 30ºC, nunca ultrapassando ultrapassando o limite limite inferior de 14ºC e superior superior a 40ºC (Doorenbos at al., 1979). Os parâmetros térmicos que limitam o desenvolvimento do algodoeiro ao longo do seu ciclo podem ser observados na Tabela 7.
algodoeiro. Tabela 7. Parâmetros térmicos para o desenvolvimento da cultura do algodoeiro. Etapas de crescimento
Limite mínimo
Limite ideal
Limite máximo
(o C)
(o C)
(o C)
Germinação
14
18 a 30
40
Desenvolvimento vegetativo
20
30
40
Formação de gemas e floração
dia: 20
30
dia: 40
noite: 12 Maturação de frutos
20
noite: 27 27 a 32
38
A temperatura tem importância também como indutora do crescimento das plantas, tendo sido determinada a exigência em unidades de calor para cada fase do crescimento do algodoei algodoeiro. ro. Assim, Assim, é necessári necessárioo um determina determinado do acúmulo acúmulo térmico, térmico, represent representado ado pelo somatório da diferença entre as temperaturas médias e a temperatura mínima basal diária, para que o algodoeiro expresse todo seu potencial de crescimento a cada fase de seu desenvolvimento. Essas necessidades térmicas, denominadas de Unidades de Calor (UC) ou Graus Dia (GD) é característica de cada variedade, influenciando fortemente fortemente a época de cultivo, em função da latitude e altitude de cada localidade. Na Tabela 8 encontram-se essas temperaturas determinadas para variedades cultivadas nos Estados Unidos e no Brasil (ROSOLEM, 2001).
Tabela 8. Número médio de dias e unidades de calos (UC) que o algodão necessita durante seu crescimento, em vários estádios. Dados médios obtidos com as cultivares ITA 90 e Antares, na safra 98/99, na região de Rondonópolis, MT.
Estádio de Crescimento
Número de dias MT Literatura Semeadura à emergência 4-9 Emergência ao primeiro botão 33 27-38 Primeiro botão à primeira flor 21 20-25 Emergência à primeira flor 54 47-63 Primeira flor ao primeiro 54 45-66 capulho Emergência ao primeiro capulho 109 125-161
Unidades de Calor (1) MT Literatura 50-60 358 425-475 271 300-350 629 725-825 658 850 1.287
1.575-1.675
Entrenós Na haste principal 2-3 40-60 Nos ramos 5-6 80-120 (1) UC – Unidades de Calor acumuladas, calculadas por: UC= [(T + t)/2 – 15], onde T = temperatura máxima diária; t = temperatura mínima diária; 15 = temperatura base (ºC) Fonte: Rosolem, 2001.
Dependendo do clima e da duração do ciclo, o algodoeiro necessita de 700 a 1.300mm de chuva para atender suas necessidades de água; 50 a 60% dessa água é necessária durante o per perío íodo do de flor floraç ação ão (50 (50 a 70 dias dias), ), quan quando do a mass massaa foli foliar ar está está comp comple leta tame ment ntee desenvolvida. A necessidade de água do algodoeiro, representada pela evapotranspiração máxima (Etm) em relaç relação ão à evapo evapotra transp nspira iraçã çãoo de referê referênci nciaa (Eto), (Eto), é esti estimad madaa para para cada cada etapa etapa do desenvolvimento das plantas utilizando-se o respectivo coeficiente de cultivo (kc), através da equação: ETm = kc x ETo. Na Tabela 9 são apresentados os valores de kc nas diversas fases de desenvolvimento do algodoeiro.
Tabela 9. Coeficiente de cultivo para cada fase de desenvolvimento do algodoeiro.
Período inicial Des. vegetativo (15 a 25 dias) 0,4 0,7 Fonte: Doorenbos et al., (1979)
Gemas Floração 1,05
e Matu Matura raçã çãoo de Final de ciclo e Frutos colheita 0,8 0,65
A partir de 1997/98, para efeito de crédito e seguro agrícola, foi introduzido o zoneamento agrícola agrícola,, o qual é baseado baseado na definição definição das regiões e épocas de semeadura semeadura com menor menor risco de perdas por adversidades climáticas.
Nas Tabelas 10 e 11 podem ser encontradas as épocas de semeadura, por município, para os Estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Tabela 10. Épocas de semeadura e zoneamento para a cultura do algodoeiro no estado de Mato Grosso do Sul.
Municípios Água Clara Alcinópolis Amambai Anastácio Anaurilândia Antônio João Aparecida do Taboado Aquidauana Aral Moreira Bandeirantes Bataguassu Bataiporã Bela Vista Bodoquena Bonito Brasilândia Caarapó Camapuã Campo Grande Caracol Cassilândia Chapadão do Sul Corguinho Coronel Sapucaia Corumbá Costa Rica Coxim Deodápolis Dois Irmãos do Buriti Douradina Dourados Eldorado Fátima do Sul Glória de Dourados Guia Lopes da Laguna Iguatemi Inocência Itaporã Itaquiraí
Época de semeadura Todos os tipos de solo 1/10 a 20/11 21/11 a 20/01 21/10 a 30/11 01/10 a 30/11 01/10 a 20/11 21/10 a 30/11 01/10 a 20/11 01/10 a 30/11 21/10 a 30/11 01/12 a 10/01 01/10 a 20/11 01/10 a 20/11 01/10 a 30/11 01/10 a 30/11 01/10 a 30/11 01/10 a 20/11 01/10 a 20/11 01/10 a 20/11 01/10 a 20/11 01/10 a 30/11 01/10 a 20/11 21/11 a 20/01 01/10 a 30/11 21/10 a 30/11 01/10 a 30/11 21/11 a 20/01 21/11 a 20/01 01/10 a 20/11 01/10 a 20/11 01/10 a 20/11 01/10 a 20/11 21/10 a 30/11 01/10 a 20/11 01/10 a 20/11 01/10 a 30/11 21/10 a 30/11 01/10 a 20/11 01/10 a 20/11 01/10 a 20/11
Ivinhema Japorã Jaraguari Jardim Jateí Jutí Laguna Carapã Maracajú Miranda Mundo Novo Naviraí Nioaque Nova Alvorada do Sul Nova Andradina Novo Horizonte do Sul Paranaíba Paranhos Pedro Gomes Ponta Porã Porto Mutinho Ribas do Rio Pardo Rio Brilhante Rio Negro Rio Verde de Mato Grosso Rochedo Santa Rita do Pardo São Gabriel do Oeste Selvíria Sete Quedas Sidrolândia Sonora Tacuru Taquarussu Terenos Três Lagoas Vicentina
01/10 a 20/11 21/10 a 20/11 01/12 a 10/01 01/10 a 30/11 01/10 a 20/11 01/10 a 20/11 01/10 a 20/11 01/10 a 20/11 01/10 a 30/11 21/10 a 30/11 01/10 a 20/11 01/10 a 30/11 01/10 a 20/11 01/10 a 20/11 01/10 a 20/11 01/10 a 20/11 21/10 a 10/12 21/11 a 20/01 21/10 a 30/11 01/10 a 30/11 01/10 a 20/11 01/10 a 20/11 01/10 a 30/11 21/11 a 20/01 01/10 a 30/11 01/10 a 20/11 01/12 a 10/01 01/10 a 20/11 21/10 a 30/11 01/10 a 20/11 21/11 a 20/01 21/10 a 30/11 01/10 a 20/11 01/10 a 20/11 01/10 a 20/11 01/10 a 20/11
Tabela 11. Épocas de semeadura e zoneamento para a cultura do algodoeiro no estado de Mato Grosso.
Municípios Acorizal Água Boa Alta Floresta Alto Araguaia Alto Boa Vista Alto Garças
Solo tipo 1 01/12 a 10/01 01/12 a 10/01 01/01 a 10/01 01/12 a 10/01 01/01 a 10/02 01/12 a 10/01
Épocas de semeadura Solo tipo 2 01/12 a 31/01 01/12 a 31/01 01/01 a 28/02 01/12 a 31/01 01/01 a 28/02 01/12 a 31/01
Solo tipo 3 01/12 a 31/01 01/12 a 31/01 01/01 a 28/02 01/12 a 31/01 01/01 a 28/02 01/12 a 31/01
Alto Paraguai Alto Taquari Apiacás Araguaiana Araguainha Araputanga Arenápolis Aripuanã Barão de Melgaço Barra do Bugres Barra do Garças B.Jesus do Araguaia Brasnorte Cáceres Campinápolis C. Novo do Parecis Campo Verde Campos de Júlio Cana Brava do Norte Canarana Carlinda Castanheira C. dos Guimarães Cláudia Cocalinho Colíder Colniza Comodoro Confresa Cotriguassu Cuiabá Curvelândia Denise Diamantino Dom Aquino Feliz Natal Figueirópolis do Oeste Gaúcha do Norte General Carneiro Glória do Oeste Guarantã do Norte Guiratinga Indiavaí Itaúba Itiquira Jaciara Jangada
01/12 a 10/01 01/12 a 10/01 01/12 a 10/02 01/12 a 10/01 01/12 a 10/01 01/01 a 31/01 01/12 a 10/01 01/01 a 10/02 01/01 a 31/01 01/01 a 31/01 01/12 a 10/01 01/01 a 10/02 01/12 a 10/01 01/01 a 31/01 01/12 a 10/01 01/12 a 31/12 01/12 a 10/01 01/12 a 31/12 01/01 a 10/02 01/12 a 10/01 01/01/ a 10/02 01/01 a 10/02 01/12 a 10/01 01/01 a 10/02 01/12 a 10/01 01/01 a 10/02 01/01 a 10/02 01/12 a 31/12 01/01 a 10/02 01/01 a 10/02 01/12 a 10/01 01/01 a 31/01 01/12 a 10/01 01/12 a 10/01 01/12/ a 10/01 01/01 a 10/02 01/01 a 31/01
01/12 a 31/01 01/12 a 31/01 01/01 a 28/02 01/12 a 31/01 01/12 a 31/01 01/01 a 20/02 01/12 a 31/01 01/01 a 28/02 01/01 a 20/02 01/01 a 20/02 01/12 a 31/01 01/01 a 20/02 01/01 a 20/02 01/01 a 20/02 01/12 a 31/01 01/12 a 20/02 01/12 a 10/02 01/12 a 20/02 01/01 a 28/02 01/12 a 31/01 01/01 a 28/02 01/01 a 28/02 01/12 a 31/01 01/01 a 28/02 01/12 a 31/01 01/01 a 28/02 01/01 a 28/02 01/12 a 20/02 01/01 a 20/02 01/01 a 28/02 01/12 a 31/01 01/01 a 20/02 01/12 a 31/01 01/12 a 31/01 01/12 a 31/12 01/01 a 28/02 01/01 a 20/02
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Jauru 01/01 a 31/01 Juara 01/01 a 10/02 Juína 01/01 a 20/02 Juruena 01/01 a 10/02 Juscimeira 01/12 a 10/01 Lambari do Oeste 01/01 a 31/01 Lucas do Rio Verde 01/12 a 10/01 Luciara 01/01 a 10/02 Marcelândia 01/01 a10/02 Matupá 01/01 a 28/02 Mirassol do Oeste 01/01 a 31/01 Nobres 01/12 a 10/01 Nortelândia 01/12 1 10/01 N. Sra. do 01/01 a 31/01 Livramento Nova Bandeirante 01/01 a 31/01 Nova Brasilândia 01/12 a 10/01 Nova Canaã do 01/01 a 10/02 Norte Nova Guaritá 01/01 a 10/02 Nova Lacerda 01/01 a 31/01 Nova Marilândia 01/12 a 10/01 Nova Maringá 01/12 a 10/01 Nova Monte Verde 01/01 a 10/02 Nova Mutum 01/12 a 10/01 Nova Nazaré 01/12 a 10/01 Nova Olímpia 01/12 a 10/01 Nova Santa Helena 01/01 a 10/02 Nova Ubiratã 01/01 a 10/02 Nova Xavantina 01/12 a 10/01 Novo Novo Horiz Horizont ontee do 01/01 a 10/02 Norte Novo Mundo 01/01 a 10/02 Novo São Joaquim 01/12 a 10/01 Novo Santo Antonio 01/01 a 10/02 Paranaíta 01/01 a 10/02 Paranatinga 01/12 a 10/01 Pedra Preta 20/11 a 21/01 Peixoto de Azevedo 01/01 a 31/01 Planalto da Serra 01/12 a 10/01 Poconé 01/01 a 31/01 Pontal do Araguaia 01/12 a 10/01 Ponte Branca 01/12 a 10/01 Pontes e Lacerda 01/01 a 31/01 Porto Alegre do 01/01 a 10/02 Norte Porto dos Gaúchos 01/01 a 10/02 Porto Esperidião 01/01 a 31/01 Porto Estrela 01/01 a 31/01
01/01 a 20/02 01/01 a 28/02 01/01 a 28/02 01/01 a 28/02 01/12 a 31/01 01/01 a 20/02 01/12 a 31/01 01/01 a 28/02 01/01 a 28/02 01/01 a28/02 01/01 a 20/02 01/12 a 31/01 01/12 a 31/01 01/01 a 20/02
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Poxoréo Primavera do Leste Querência Reserva do Cabaçal Ribeirão Cascalheira Ribeirãozinho Rio Branco Rondolândia Rondonópolis Rosário do Oeste Salto do Céu Santa Cruz do Xingu Santa Carmen Santa Rita do Trivelato Santa Terezinha Santo Afonso S. Antonio do Leste S.Antonio do Leverger S. Felix do Araguaia S. José do Povo S. José do R. Claro S. José do Xingu S. José José dos dos Quat Quatro ro Marcos São Pedro da Cipa Sapezal Serra Nova Dourada Sinop Sorriso Tabaporã Tangará da Serra Tapurah Terra Nova do Norte Tesouro Torixoréu União do Sul Vale de S. Domingos Várzea Grande Vera Vila Bela da SS. Trindade Vila Rica
MANEJO DE SOLOS
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Por se tratar de uma planta oleaginosa, o algodoeiro herbáceo ( Gossypium hirsutun L. r latifolium Hutch), afirma-se, teoricamente, como exigente, no que se referem ao solo, preferindo aqueles de textura média, profundos, ricos em matéria orgânica, permeáveis, bem drenados e de boa fertilidade. No entanto, trata-se de uma cultura de larga adaptação, no que se refere às condições edáficas, podendo ser cultivada em diversos tipos de solo de características físicas adversas e menos férteis, desde que sejam efetuadas as devidas correções, de forma que passem a apresentar características suficientes para atender às nece necess ssid idad ades es bási básica cass ao seu seu plen plenoo dese desenv nvol olvi vime ment ntoo por por outr outroo lado lado,, solo soloss raso rasos, s, excessivamente arenosos e/ou pedregosos, demasiadamente argilosos e/ou siltosos e de baixa permeabilidade, devem ser evitados por suas características de difícil correção. Áreas sujeitas a encharcamento também são desfavoráveis ao cultivo do algodoeiro por não suportarem baixa oxigenação no ambiente radicular. Os solos de cerrado, em geral, por serem profundos, apresentam características de valor elevado em capacidade de infiltração de água, em acidez hidrolítica, com toxidez de alumínio, na capacidade de fixação de fósforo e baixos níveis de potássio, cálcio e magnésio trocáveis, entre outras, a capacidade produtiva é baixa em condições naturais. Contudo, o potencial para uso com o algodoeiro é alto, uma vez corrigidas as deficiências nutricionais.
MANEJO DO SOLO O mane manejjo do solo se con consti stitui de prá práticas cas sim simple ples e indis dispen pensáve sáveiis ao bom bom desenvol desenvolvime vimento nto das cultura culturass e compreen compreende de um conjunto conjunto de técnica técnicass que, uti utiliz lizadas adas racionalmente, proporcionam alta produtividade, mas se mal utilizadas, podem levar à destruição dos solos a curto prazo (Figura 1), podendo chegar à desertificação de áreas extensas.
Figura 1. Erosão laminar severa
De maneira geral, pode-se considerar, os seguintes tipos de manejo do solo:
Preparo convencional - provoca inversão da camada arável do solo, mediante o uso de arado; a esta operação seguem outras, secundárias, com grade ou cultivador, cultivador, para triturar os torrões; 100% da superfície são removidos por implementos. Este tipo de preparo só deve ser utilizado quando da correção de algumas características características na subs subsup uper erfí fíci ciee do solo solo,, onde onde nece necess ssit itee de inco incorp rpor oraç ação ão de corre correti tivo voss ou rompimento de camadas compactadas (Figura 2).
Figura 2. Preparo do solo com grade pesada em sistema convencional.
Preparo mínimo - intermediário, que consiste no uso de implementos sobre os resíduos da cultura anterior, com o revolvimento mínimo necessário para o cultivo seguinte. Geralmente é utilizado um escarificador a 15 cm suficiente para romper crostas e pé de grade niveladora (Figura 3).
Figura 3. Preparo mínimo com arado escarificador.
Plantio direto - aqui, as sementes são semeadas através de semeadora especial sobre a palhada de culturas do cultivo anterior ou de culturas de cobertura palha produzidas no local para este fim (Figura 4).
Figura 4. Semeadura direta em palha de soja.
Plantio semi direto - semelhante ao Plantio Direto; semeadura direta sobre a superfíc superfície, ie, com semeadora semeadora especial especial,, diferind diferindoo deste deste sistema sistema apenas apenas por haver haver poucos resíduos na superfície do solo.
Os mane manejo joss refe referi rido doss nos nos it iten enss 2, 3 e 4, são são conh conhec ecid idos os como como cons conser erva vaci cion onis ista tass considerando-se uma das melhores formas, até o momento, estabelecidas na conservação de
água água e do solo. solo. As técnicas técnicas de manejo manejo do solo a serem serem aplicada aplicadass em determin determinada ada área dependem de vários fatores. Cada área rural tem suas peculiaridades e requer decisão própria. Para cada caso, definir-se-ão as técnicas, de acordo com: a textura do solo, o grau de infestação de invasoras, os resíduos vegetais que se encontram na superfície, superfície, a umidade do solo, a existência de camadas compactadas, pedregosidade e os riscos de erosão e máquinas; para isto, o estudo do perfil do solo torna-se primordial; contudo, vale a pena lembrar que sempre, que possível, deve-se decidir pelos manejos conservacionistas e mesmo mesmo quando quando da imp imposs ossibi ibili lida dade, de, elegem elegem-se -se os prepar preparos os que provoq provoque uem m o menor menor revolvimento do solo.
ESTUDO DO PERFIL DO SOLO Através de uma trincheira, pode-se estudar o perfil do solo em que se observa a existência de diferentes camadas que se diferenciam, seja na cor, na dureza, no desenvolvimento de raízes ou na textura (Figura 5).
Figura 5. Perfil de solos destacando desenvolvimento de raízes. A cama camada da agrí agríco cola la ou aráv arável el é a part partee supe superi rior or,, rica rica em maté matéri riaa orgâ orgâni nica ca e em microrganismos, onde a maior parte das raízes se desenvolve. As características dessa camada fazem parte dos principais fatores que servem de base para a decisão do tipo de preparo de solo a ser usado. No Cerrado brasileiro o uso de máquinas e implementos cada vez mais pesados vem acel aceler eraando ndo o proc proceesso sso de empo empobr breecime ciment ntoo da maté matéri riaa orgâ orgâni nica ca e a form formaç ação ão de encrostamento superficial e de camadas adensadas na subsuperfície do solo, comumente chamad chamadaa “camad “camadaa compa compact ctada ada”; ”; que reduz reduz a taxa taxa de infi infilt ltraç ração ão,, aume aumenta nta a erosã erosão, o, a
lixiviação de cátions, incidindo no incremento de perdas de nutrientes do solo, que é a causa mais grave da degradação do meio físico. A matéria orgânica é o componente de maior importância no desenvolvimento da estrutura e na manu manute tenç nção ão de sua sua esta estabi bili lida dade de,, inci incidi dind ndoo dire direta tame ment ntee sobr sobree a maio maiorr ou meno menor r susceptibilida susceptibilidade de do solo a formação de crostas superficiais superficiais (Figura (F igura 6). O impacto impacto das gotas de chuva chuva diret diretam ament entee sobre sobre a supe superfí rfíci ciee desnu desnuda da desse dessess solo soloss arran arranca ca as partí partícu cula lass fina finass arrastadas pela água em sua descida, até a referida camada, onde exercem efeito prejudicial sobre a infiltração de água. Neste processo é determinante a desnudez do solo e a camada compactada se torna desfavorável ao desenvolvimento dos cultivos, pois além de pouco permeável à água e ao ar, dificulta a penetração das raízes, o que repercute negativamente sobre a produtividade do solo, principalmente quando se trata de uma cultura como o algodão, que exige ambiente edáfico com equilíbrio entre a quantidade de macro e microporos, ou seja, favorável tanto à retenção de umidade quanto à aeração.
Figura 6. Crosta superficial superficial em solo degradado. A existência de camada compactada é facilmente identificada através do exame do sistema radicular das plantas em pleno desenvolvimento vegetativo, observando-se a morfologia das raízes raízes (Figura 7). Sint Sintoma omass como como desvio desvio lateral lateral da raiz principal principal,, tortuosi tortuosidade dade anormal, anormal, deformações da forma cilíndrica, acúmulo de raízes secundárias próximo a superfície, são características que indicam a existência de compactação ou toxidez, havendo necessidade de correção.
Figura 7. Perfil de solos destacando sistema radicular em situação normal. A descompactação deve ser efetuada com um implemento, geralmente de hastes rígidas capazes de romper a dita camada de forma que a ponta da haste opere a, pelo menos, 5 cm abaixo abaixo do li limit mitee infer inferior ior da compac compactaç tação. ão. Para Para romper romper adensa adensamen mentos tos superf superfic iciai iais, s, geralmente, escarificadores (Figura 8), promovem bom trabalho, enquanto camadas mais profundas e expessas necessitam necessitam de subsoladores subsoladores de alta resistência. resistência. Áreas de solos de textura média ou arenosa com mais de quatro anos de pousio dificilmente necessitam de descompactação pois, as raízes das plantas ali existentes já se encarregaram de realizá-la biologicamente.
Figura 8. Descompactação Descompactação com escarificador. escarificador.
MANEJO CONSERVACIONISTA CONSERVACIONISTA Os objetivos de uma agricultura sustentável sustentável são o desenvolvimento desenvolvimento de sistemas sistemas agrícolas agrícolas que sejam produtivos, conservem os recursos naturais, protejam o ambiente e melhorem as condições de saúde e segurança em longo prazo. Neste sentido, as práticas culturais e de manejo, como a rotação de culturas, o plantio direto, e o manejo do solo conservacionista, são muito aceitáveis, pois além de controlarem a erosão do solo e as perdas de nutrientes, mantêm e/ou melhoram a produtividade do solo. Nos melhores solos do cerrado, que em geral são profundos, bem estruturados possuem textura média, com uma boa drenagem ao longo do perfil, e de suaves pendentes, pode-se mante manterr um alto alto nível nível de produt produtiv ivid idade ade medi median ante te a apli aplicaç cação ão de esca escassa ssas, s, mas bem estruturadas práticas de conservação de solos; então, um verdadeiro sistema de agricultura sustentável é aquele em que os efeitos benéficos das diferentes práticas de conservação são iguais ou ultrapassam os efeitos adversos dos processos depredativos. O componente vital
deste equilíbrio equilíbrio dinâmico é a matéria orgânica, orgânica, a qual tem que ser mantida através através de adições adições regulares de materiais orgânicos. Uma das características do solo que mais sofre influência do manejo é a estrutura que pode ser ser cons consid ider erad adaa o comp compon onen ente te bási básico co de sua sua fert fertil ilid idad adee físi física ca,, ao cond condic icio iona narr o desenvolvimento da porosidade intra e interagregados, como a principal via de circulação da água e do ar no solo. A estrutura que envolve uma série de interrelações muito sutis, estabelecidas entre os componentes minerais e orgânicos do solo e que resulta de uma série de processos físicos, químicos e biológicos, pode facilmente se deteriorar pela ação das forças de compressão derivadas do uso incorreto de máquinas e implementos agrícolas. Os restos vegetais vegetais deixados na superfície superfície do solo nos sistemas de manejo conservacionistas conservacionistas (Figura ( Figura 9). repercutem muito no aumento e na conservação da estabilidade de agregados na superfície e na redução da compactação das camadas subsuperficiais.
Figura 9. Algodão em plantio direto com destaque a cobertura do solo. Todos estes fatores incidem também sobre a capacidade de infiltração de água no solo que é resultante do balanço entre a quantidade de água que chega e a que sai. Neste balanço influi a taxa de infiltração, o escorrimento escorrimento superficial, a ascensão ascensão capilar, a drenagem drenagem e a evaporação. Do volume de água que cai na superfície, parte se infiltra no solo e atinge o lençol freático, garantindo a perenização dos cursos d'água, enquanto a parte infiltrada é retida pelo solo constituindo-se em água disponível para as plantas, o que é de grande importância, pois o processo de nutrição de plantas depende da água disponível para a formação da solução do solo, as plantas podem absorver os nutrientes necessários ao seu pleno desenvolvimento. Parte da água retida no solo é perdida por evaporação e/ou evapotranspiração evapotranspiração e, em função da capacidade de infiltração e retenção de água do solo e da intensidade das chuvas, parte pode exceder e ser perdida por escoamento superficial; dependendo do volume e da velocidade deste escoamento, pode ocorrer o arraste de partículas de solo e dos insumos nele aplicados,
sedim sedimen enta tando ndo-se -se em baixa baixadas das,, lagos lagos e rios, rios, o que afet afetaa gradat gradativ ivam ament entee a capac capacid idade ade produtiva do solo, reduzindo entre outros fatores, a sua fertilidade, a capacidade de infiltração e a retenção de água. Além disso, eleva a acidez e provoca irregularidade superficial, o que vem a dificultar dificultar seu uso agrícola, agrícola, exigindo mais energia e insumos para a manutenção de sua produtividade. Em todos esses fatores citados, a matéria orgânica tem paticipação paticipação direta ou indireta, indireta, estando presente na atividade agrícola agrícola desde a sua origem e até a sua utilização, utilização, de maneira histórica, diretamente à fertilidade e à produtividade dos solos cultivados. Em muitos solos, a matéria orgânica humificada humificada do horizonte horizonte superficial é o principal fator responsável responsável pela "capaci " capacidade dade de troca de cátions" (CTC) verdadeira dispensa dos nutrientes, que podem ser liberados progressivamente à disposição dos cultivos; logo, pode-se deduzir que é um componente do solo que tem papel fundamental nas perdas de nutrientes por lixiviação. A parte desta relação direta há outras, indiretas: o húmus, como visto anteriormente, é um dos principais condicionantes do desenvolvimento da estrutura do solo e de sua estabilidade; a degradação degradação da estrutura incide sobre a distribuição do tamanho dos poros e da erodibilidade erodibilidade e perdas de solo da zona, que costuma ser a mais rica em húmus e nutrientes; por outro lado, os resíduos dos cultivos deixados na superfície pelos sistemas de preparo conservacionistas protegem a ação direta do impacto impacto das gotas de chuva (responsáveis (responsáveis pelo selamento de poros e pela formação de crostas superficiais), incidem sobre o regime de temperatura e umidade do solo e, também, reduzem o escoamento superficial. Assim, pode-se dizer que a proteção da superfície do solo nos sistemas de manejo evita perdas de umidade por evaporação, o que, unido ao desenvolvimento de uma quantidade maior de macroporos aptos para a transmissão de água e de microporos para sua retenção, proporcionam incremento significativo na capacidade de armazenamento de água e nutrientes e melhor disponibilidade destes para os cultivos.
ADUBAÇÃO E CORREÇÃO
Considerando que a quantidade de nutrientes exportados da lavoura pela fibra e semente é relat relativa ivamen mente te pequen pequena, a, compa comparad radaa a out outras ras cultu culturas ras de im impor portân tânci ciaa econô econômi mica, ca, o algodoeiro não seria considerado uma planta esgotante do solo. Contudo, nos casos em que é adotada a prática de arrancar e queimar a soqueira, como medida de controle de doenças e pragas, em cultivo convencional, ocorre perda de parte dos nutrientes que poderiam retornar ao solo. Este método de destruição destruição dos restos culturais associado ao revolvimento intensivo do solo durante seu preparo faz com que as recomendações de adubação sejam superiores ao que é retirado pela fibra e semente para compensar as perdas e evitar o empobrecimento empobrecimento gradual do solo. Uma maneira de minimizar estas perdas seria através da implantação de sistemas agrícolas sustentáveis que sejam produtivos, conservem os recursos naturais, protejam o ambiente e melhorem as condições de saúde e segurança em longo prazo. Neste sentido, as práticas
culturais e de manejo, como a rotação de culturas, a reciclagem de nutrientes e o preparo conservacionist conservacionistaa do solo são muito aceitáveis, pois além de controlarem a erosão do solo e as perdas de nutrientes, mantêm e/ou melhoram a produtividade do solo. Em muitos solos, a matéria orgânica humificada do horizonte superficial é o principal fator responsável pela "capacidade de troca de cátions" (CTC), verdadeira despensa de nutrientes, que podem ser liberados progressivamente à disposição dos cultivos; logo, pode-se deduzir que a matéria orgânica tem papel fundamental na ciclagem e manutenção dos nutrientes, evitando as perdas por lixiviação. Os resíduos dos cultivos deixados na superfície pelos sistemas de plantio direto (Figura 10) e/ou semi direto oferecem a melhor forma de se restaurar a produtividade dos solos agrícolas degradados.
Figura 10. Cobertura do solo (palhada de milho e soja). O planejamento de um sistema sustentável, como o citado anteriormente, requer uma série de etapas preliminares como histórico da área, complexo florístico de ervas daninhas, pesquisa de mercado, estudo do perfil do solo e etc.
ANÁLISES DO SOLO
Entre Entre os proce procedim diment entos os imp import ortant antes es estão estão as amostr amostrage agens ns de solos solos para para análi análise sess de fertilidade que servirão como base para recomendação de calagem e adubação. Por essa razão as amostras coletadas devem ser representativas da área a ser cultivada. Para isso, a área a ser amostrada deve ser dividida em talhões de até 20 ha, homogêneos quanto à topografia, cor e textura do solo, cobertura vegetal anterior, histórico de uso e drenagem. Em cada talhão, toda a área deve ser percorrida em zigue-zague, retirando-se 15 a 20 subamostras simples, de mesmo volume. As subamostras simples deverão ser misturadas em um recipiente limpo para formar uma única amostra composta, da qual são retirados cerca de 500 a 600 g de terra, identificados e enviados ao laboratório.
Em áreas sob cultivo convencional as amostras de solo devem ser coletadas nas camadas 020 e 20-40 cm. No sistema de Plantio Direto nos três primeiros anos segue-se o mesmo procedimento do convencional, sendo que a partir do quarto ano é recomendável retirar amostras nas camadas 0-10, 10-20 e 20-40 cm de profundidade. Quanto à época de amostragem, amostragem, é conveniente retirar amostras com bastante bastante antecedência antecedência do plantio, uma vez que a recomendação recomendação de adubação e calagem depende dos resultados resultados da análise do solo. No caso do manejo convencional, convém coletar as amostras antes da aração para permitir a aplicação de calcário antes dessa operação. O ideal seria repetir a amostragem e análise de solo anualmente, visando assegurar o acompanhamento das condições de fertilidade do solo e recomendação de adubação adequada. Que pode ser complementada pela análise foliar.
ANÁLISES FOLIARES
A análise foliar é uma ferramenta essencial para a avaliação do estado nutricional do algodoeiro que deve ser considerada como complementar à análise do solo e nunca como substituta. substituta. Quando usada em conjunto com os resultados de análise do solo e o histórico de uso da área, área, permi permite te acompa acompanha nharr o equil equilíb íbrio rio nut nutric ricio ional nal das cultu culturas ras,, tendo tendo-se -se a recomendação de adubação mais consistente. A época correta de amostragem é no período do florescimento, 80 a 90 dias após a emergência. Deve-se coletar a 5ª folha totalmente formada a partir do ápice da haste principal, num total de 30 folhas por área homogênea. Recomenda-se evitar folhas que apresentem danos causados por pragas e doenças sintomas de doenças. Após a coleta, as folhas devem ser colocadas em sacos de papel, identificadas e enviadas ao laboratório, se possível no mesmo dia.
CALAGEM
Por ser o algodoeiro pouco tolerante à acidez e à presença de alumínio trocável e ser exigente em cálcio, elemento importante na germinação e desenvolvimento inicial das raízes, a correção da acidez é essencial essencial para a obtenção de boa produtividade. produtividade. A calagem é a aplicação de corretivo da acidez (geralmente calcário) no solo e tem o objetivo de corrigir a acidez, neutralizar o alumínio trocável, elevar a saturação de bases e fornecer cálcio e magnésio para as plantas. Além desses efeitos diretos, com a calagem a cultura é beneficiada indiretamente pelo aumento da capacidade de troca de cátions (CTC) e da disponibilidade disponibilidade de N, S, P, B e Mo, melhoria do desenvolvimento desenvolvimento do sistema radicular, que permite exploração de maior volume de solo e conseqüentemente maior eficiência na absorção de nutrientes do solo pela planta.
RECOMENDAÇÃO DE CALAGEM
São vários os métodos usados para cálculos da necessidade de calcário, sendo o mais usado para a cultura do algodão, aquele baseado na CTC e SATURAÇÃO DE BASES, o qual aplica as seguintes fórmulas:
NC
(V 2
V1)xT
PRNT
V1
S T
x100
S = Ca2+ + Mg2+ + K +
T = S + (H +
Al)
sendo: NC = necessidade de calcário em t/ha PRNT 100% incorporado na profundidade de 0-20 cm. T = CTC (mmolc/dm3) = capacidade de troca cátions do solo a pH 7,0 (Ca 2+ + Mg2+ + K + + H+ +Al3+) V2 = porcentagem de saturação por bases recomendada para a cultura (60-70%) V1 = porcentagem de saturação por bases atual do solo; SB = soma de bases trocáveis trocáveis (Ca 2++Mg2++ K +, em cmolc/dm3). A quantidade de calcário recomendada é para aplicação do produto em uma superfície (S) de um hectare (10.000 m 2), a uma profundidade de incorporação (PI) de 20 cm e usando calcário com PRNT igual a 100 %. Caso haja diferença em qualquer desses critérios é necessário fazer uma correção na quantidade aplicada:
Quantidade de calcário (t/ha) = NC x S/10.000 x PI/20 x 100/PRNT onde: PRNT = Poder Relativo de Neutralização Total do calcário utilizado. A calagem deve ser feita a pelo menos dois meses do plantio e em área total com posterior incorporação com aração e gradagem. Caso seja usado o plantio direto, deve ser aplicado na superfície ½ da dosagem recomendada até o limite de 2,5 t/ha em solos argilosos e 2,0 t/ha em solos arenosos. A correção da acidez e dos teores tóxicos de Al na subsuperfície pode ser feita com gesso agrícola. O seu uso é recomendado quando na camada subsuperficial (20-40) a saturação
por alumínio for superior a 20% e/ou a saturação de cálcio for menor que 60% da CTC efetiva. De modo geral, a quantidade de gesso (QG) a ser aplicada no solo pode ser calculada pela fórmula:
QG (kg/ha) = 50 x %argila Ou ainda: Solos arenosos (< 15% de argila) Solo So loss de text textur uraa médi médiaa (15 (15 – 35% 35% de de arg argil ila) a) Solos argilosos (35 – 60% argila) Solos muito argilosos (> 60% argila)
Até 700 kg/ha Até Até 1.2 1.200 00 kg/h kg/haa Até 2.200 kg/ha Até 3.200 kg/ha
Para o algodoeiro, sugere-se a observação das seguintes condições (MEDEIROS et al. 2002): I) Em solos argilosos, porém com baixos teores de potássio, a gessagem pode ser efetuada desde que seja feita adubação com potássio. II) Em solos argilosos com teores médios ou altos de potássio, o gesso pode ser usado sem restrições. III) A quantidade quantidade de gesso a ser aplicada não deve ultrapassar 1.500 kg/ha. IV) O gesso pode ser usado como fonte de enxofre e nesse caso a quantidade deve ser calculada para fornecer 20 a 30 kg/ha desse nutriente. Vale salientar que o solo corrigido pode voltar a ficar ácido porque os fatores que causam a acidez continuam atuando ao longo do tempo, t empo, por exemplo:
Perdas de bases (Ca, Mg e K) por lixiviação, que é aumentada na presença dos ânions ânions sulfa sulfato, to, clore cloreto to e nitra nitrato to fornec fornecido idoss nas nas adubaç adubações ões,, com conseq conseqüe üente nte redução do pH. Utilização Utilização de adubos nitrogenados, nitrogenados, como sulfato de amônio e uréia, que acidificam acidificam o solo.
Processo de nitrificação (transformação de amônio em nitrato) que ocorre após a mineralização mineralização do nitrogênio da matéria orgânica, orgânica, cuja reação provoca acidificação acidificação do solo.
Extração de cátions (Ca, Mg, K) pelas culturas.
Por isso, é conveniente monitorar, anualmente, a fertilidade do solo através de análises laboratoriais para que se identifiquem alterações na reação do solo e a necessidade de sua correção.
ADUBAÇÃO
Para se fazer uma adubação equilibrada, equilibrada, é muito importante conhecer a quantidade total de nutrientes extraídos, exportados (fibra e sementes) e quanto retornou ao solo através dos restos culturais. Porém, além das exigências nutricionais, vários fatores determinam a resposta das culturas à adubação, tais como: a dinâmica dos nutrientes no solo, o histórico de uso da área (principalmente, cultura anterior, correções e adubações aplicadas) e, a disp dispon onib ibil ilid idad adee de água água,, dent dentre re outr outros os.. O fósf fósfor oro, o, por por exem exempl plo, o, embo embora ra seja seja o macron macronutr utrie iente nte menos menos absor absorvi vido do pelo pelo algod algodoe oeiro iro,, é usado usado em maior maior propor proporção ção nas nas formulações de adubação devido à sua fixação no solo, especialmente nas regiões de cerrado. De qualquer forma os teores de nutrientes no solo devem ser manejados de modo a se construir sua fertilidade até os níveis considerados altos ou adequados. Desse ponto em diante, a adubação deve objetivar manter a fertilidade e o nível da produtividade alcançada. •
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O fósf fósfor oroo e o potá potáss ssio io são são reco recome mend ndad ados os em funç função ão da anál anális isee do solo solo,, considerando as tabelas de recomendação de adubação de cada estado ou região. A recomendação de nitrogênio é baseada na produtividade esperada e no potencial de resposta da cultura associado ao histórico de uso da área. Não se espera resposta à adubação potássica quando o teor de potássio no solo for superior a 2,5 mmolc/dm3 ou quando a relação (Ca + Mg)/K < 20. O enxofre, assim como o nitrogênio, não é recomendado pela análise do solo. Nos casos em que se espera resposta a esse nutriente, a aplicação de 25 a 30 kg/ha usando gesso tem sido suficientes para o algodoeiro. É recomendável o uso de fontes solúveis de fósforo e de formulações NPK que contenham sulfatos, seja como sulfato de amônio e/ou superfosfato simples, que além de N e P também fornecem enxofre.
A adubação de plantio deve ser feita no sulco de semeadura, ao lado e abaixo da semente, com pequena proporção de nitrogênio (10-15 kg/ha), fósforo em dose total, metade ou um terço da dose recomendada de potássio e micronutrientes. A adubação de cobertura pode ser única ou parcelada, se necessário. A primeira cobertura deve ser feita entre 30 a 35 dias após a emergência, com N, K, S e B (1/2 da dose), caso esses dois últimos não tenham sido aplicados na semeadura. A segunda cobertura com N e K (se necessário) deve ser feita cerca de 20-30 dias após a primeira. Este parcelamento aumenta a eficiência da adubação, pois assegura o fornecimento desses nutrientes na fase de maior absorção pelas plantas e evita perdas por lixiviação, sobretudo em solos arenosos. Além disso, a aplicação de quantidades elevadas de adubo potássico na semeadura pode prejudicar a emergência das plantas devido ao aumento da pressão osmótica no meio, uma vez que o cloreto de potássio tem elevado índice salino. Resultados de pesquisas recentes têm indicado que:
A aplicação de nitrogênio em cobertura em doses acima de 120 kg/ha não é econômica.
As aplicações tardias de nitrogênio (após 80 dias de emergência) promovem o crescimento vegetativo, prolongamento do ciclo da cultura, aumento da queda de
botões florais e aumento da intensidade de ataques de pragas e doenças, sem que ocorra aumento da produtividade. Respostas a doses elevadas de nitrogênio em cobertura (acima de 140 kg/ha) estão associadas à compactação do solo e/ou à presença de nematóides. Quanto aos micronutrientes, a adubação via solo tem se mostrado mais eficiente do que a adubação foliar. Em áreas com histórico favorável para a deficiência desse micronutriente, micronutriente, recomenda-se a aplicação de até 1,2 kg/ha na semeadura, ou em cobertura junto com N e K. Como o limite entre a deficiência e a toxicidade de boro é muito estreito, aplicações acima de 2 kg/ha podem causar prejuízo na produção. Em solos de cerrado, na fase de correção, recomenda-se aplicar 3 kg/ha de Zn se o teor no solo for inferior a 0,6 mg/dm 3, para prevenir deficiências. Os resultados de pesquisa mostram que a adubação foliar é menos eficiente do que a adubação tradicional via solo. Por isso, a pulverização foliar é recomendada apenas para corrigir deficiências detectadas durante o desenvolvimento da cultura. Entretanto, quando essas deficiências ocorrem parte da produção potencial da planta já está comprometida e a correção apenas diminui a intensidade das perdas. No caso de solos corrigidos e com uso de elevadas adubações com NPK, visando altas pro produ duti tivi vida dade des, s, é conv conven enie ient ntee o uso uso de form formul ulaç açõe õess NP NPK K de plan planti tioo cont conten endo do micronutrientes, para prevenir possíveis deficiências. Nessas formulações é comum o uso de fritas como fonte de todos os micronutrientes. As fritas são relativamente baratas e de lenta solubilização no solo, assegurando liberação gradual dos micronutrientes sem causar toxicidade.
SINTOMAS DE DEFICIÊNCIAS Nitrogênio – Redução do crescimento vegetativo e amarelecimento uniforme da planta. Os sintom sintomas as são são mais mais acent acentuad uados os nas folha folhass mais mais velha velhas, s, nas quais quais surge surgem m mancha manchass avermelhadas ou pardas que secam e provocam a queda prematura das folhas. As plantas apresentam-se pouco desenvolvidas, com número reduzido de ramos vegetativos e botões florais. Fósforo – Ocorre atraso no desenvolvimento e as folhas apresentam coloração verde escuro intensa e manchas ferruginosas no limbo. Esses sintomas são difíceis de serem detectados no campo. Potássio – Amarelecimento das margens das folhas mais velhas, que avança entre as nervuras. Com o agravamento da deficiência, as superfícies das folhas passam para uma coloração bronzeada. A clorose se desloca gradualmente para as folhas mais novas e as mais velhas morrem e caem, provocando a maturação prematura dos frutos e causando prejuízo na produtividade e na qualidade do produto. Cálcio – Sintomas de deficiência de cálcio são difíceis de serem encontrados no campo. Sob condições severas de deficiência o sistema radicular é prejudicado, o crescimento é paralisado e ocorre murchamento e queda das folhas. As folhas que não caem tornam-se avermelhadas.
Magnésio – O sintoma bem característico é a clorose internerval das folhas mais velhas, que evolui para a coloração vermelho-púrpura, formando um contraste nítido com o verde das nervuras. As folhas deficientes e as maçãs se desprendem com facilidade. caracterizado pela coloração verde-limão típica que atinge Enxofre – Clorose do ponteiro, caracterizado as folhas mais velhas, causando sua queda prematura. principais sintomas de Boro – O algodoeiro é uma das plantas mais exigentes em Boro. Os principais deficiências são:
Folhas novas amareladas e enrugadas, contrastando com o verde normal das folhas mais velhas.
Flores defeituosas e aumento da queda de botões florais e dos frutos, os quais apresentam escurecimento interno na sua base.
Aparecimento de anéis verde-escuros nos pecíolos.
Superbrotamento Superbrotamento e morte dos ponteiros, quando a deficiência deficiência é muito severa. Zinco – Clorose internerval nas folhas novas, que se apresentam com as bordas voltadas para cima e lóbulos alongados alongados no formato de “dedos”. contrastando com o verde Manganês – Clorose internerval das folhas novas dos ponteiros, contrastando das nervuras. Cobre – as folhas novas apresentam nervuras tortas e salientes. São sintomas de difícil ocorrência no campo. Ferro – Sintomas semelhantes aos da deficiência do manganês. Não se espera deficiência de ferro no Brasil, a não ser em condições de elevada disponibilidade disponibilidade de manganês, devido ao antagonismo entre eles, ou em solos alcalinos.
CULTIVARES Programa de melhoramento no cerrado O programa de melhoramento do algodoeiro nas condições do cerrado foi iniciado em 1989, nas condições do Chapadão dos Parecis em Mato Grosso. Posteriormente este programa foi expandido para os cerrados dos Estados de Goiás e Bahia, resultando em uma série de cultivares desenvolvidas especificamente para essas condições. As principais características exigidas pelos produtores de algodoeiro, para uma cultivar a ser utilizada utilizada nos cerrados são: produtividade elevada (200 a 300 arrobas/ha); alto rendimento de fibras (38 a 41%); ciclo normal a longo (150 a 180 dias de ciclo); carac caracter teríst ística icass tecnol tecnológi ógicas cas modern modernas as medida medidass em HVI (high (high vol volume ume instr instrume ument) nt) incluindo: finura de 3,9 a 4,2 I. M; resistência acima de 28 gf/tex; maturidade acima de 82%; teor de fibras curtas inferior a 7% ; comprimento de fibras acima de 28,5 mm ; número de neps na fibra inferior a 250 ; fiabilidade fiabilidade acima de 2.200 ; alongamento alongamento em torno de 7% . As características extrínsecas devem ser correspondentes aos tipos 4,5 a 6,0 com
refletância refletância (Rd) acima de 70% e grau de amarelecimento amarelecimento (+b) menor que 10,0 e com índice de caramelização ou açúcar inferior a 0,40%. São exigidas exigidas também também resistên resistência ciass múlt múltipla iplass às principa principais is doenças doenças causadas causadas por vírus (doença azul, vermelhão e mosaico comum), bactérias (bacteriose ou mancha angular), fungos (ramulose, mancha branca, causada por ramulária areola, pintas pretas causadas por Alternaria ou stemphylium , fusariose, verticilose, cercosporiose, antracnose, tombamento, podridão das maçãs) e nematóides das galhas e reniforme. A resistência a pragas sugadoras e transmissoras de viroses como pulgões e mosca branca é altamente desejável. As cultivares devem apresentar boas respostas a aplicação de insumos modernos, incluindo fertilizantes químicos, inseticidas, herbicidas, fungicidas, reguladores de crescimento e desfo desfolha lhante ntess É exigi exigida da boa adapta adaptaçã çãoo a colhe colheita ita mecani mecanizad zada, a, deven devendo do as plant plantas as apresentarem a inserção do primeiro ramo frutífero acima de 20 cm do solo; porte ereto, mesmo quando fixarem todo seu potencial potencial produtivo; capulhos bem aderidos as cápsulas e que não caiam mesmo após fortes chuvas e ventos. Devem ser tolerantes aos veranicos prolongados, que ocorrem normalmente nos cerrados de Goiás, Bahia, Maranhão e Piauí; devendo apresentar sistema radicular vigoroso e profundo; possuírem alta capacidade de fixação de capulhos nas plantas, inclusive até nos ponteiros; e suportarem espaçamentos estreitos e altas densidades de plantas/metro linear de sulco. Como Como resul resulta tados dos da conti continui nuidad dadee de seu progra programa ma de melhor melhorame amento nto a Embrap Embrapaa já desenvolveu onze cultivares de algodoeiro para as condições do cerrado, incluindo-se a CNPA ITA 90, CNPA ITA 92, BRS ITA 96, CNPA ITA 97, BRS ANTARES, BRS FACUAL, BRS AROEIRA, BRS IPÊ, BRS SUCUPIRA, BRS ITAUBA e BRS CEDRO, além de estarem em fase final de avaliação e aumento de sementes mais seis novas cultivares. As cultivares BRS ITA 96 , BRS FACUAL , BRS ANTARES e BRS ITAUBA são indicadas para os produtores familiares pela sua alta resistência múltipla a doenças, rusticidade e poderem ser trabalhadas com baixos custos de produtividade, além de serem bem adaptadas para colheita manual. As cultivares indicadas para a safra 2002/2003 para plantio no cerrado são a CNPA ITA 90, BRS IPÊ, BRS AROEIRA, BRS SUCUPIRA e BRS CEDRO. Para obter as melhores respostas e custos mais baixos todas as cultivares devem ser exploradas em esquema de rotação de culturas, onde após a abertura do cerrado se faria uma safra com arroz , três safras com soja, seguido-as de duas safras com algodão e depois uma de milho. Usando-se a rotação do algodão em ciclos tri anuais com soja e milho evita-se o agravamento dos problemas com doenças e pragas, além de serem obtidas produ produti tivi vidad dades es mais mais eleva elevadas das e custo custoss mais mais baixo baixoss com as três três lavou lavouras ras e melhor melhor aproveitamento da mão de obra e das maquinas na propriedade.
CNPA ITA 90 Cultivar mais plantada no cerrado brasileiro, com mais de 50% da área cultivada. Em alguns Estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul chega a ocupar mais de 85% da área. Com essa cultivar os produtores do cerrado tem obtido as mais altas produtividades,
com rendimentos médios de 300 @/ha, podendo chegar, em algumas lavouras, a até 400 @/ha. O seu rendimento de fibras está em torno de 30 a 39%, além de apresentar excelent excelentes es caracte característi rísticas cas tecnoló tecnológic gicas as de fibras, fibras, com resistê resistência ncia forte forte (30,0 gf/tex), gf/tex), comprimento no HVI-SL 2,5% de 30,2 mm, finura de 4,2 a 4,5 mm, refletância de 72%, grau de amarelecimento de 7,9 e fiabilidade (CSP) entre 2.200 a 2.500. Possui resistência moderada a ramulose, mancha de ramulária e pinta preta. É medianamente susceptível a bacteriose e altamente altamente susceptível susceptível a viroses (doença azul, vermelhão vermelhão e mosaico comum), devendo-se usar o MIP, considerando o pulgão como vetor de viroses, ou seja, nunca permitir que a população de pulgões passe de 10% de plantas infestadas, infestadas, até os 130 dias do ciclo ciclo,, após após o qual qual será será permi permiti tida da a elev elevaçã açãoo dessa dessa popul populaçã açãoo para para 30% de plant plantas as infestadas por pequenas colônias. Possui ciclo longo (170 a 180 dias), devendo ser plantada cedo outubro a novembro no Estado de Mato Grosso do Sul, novembro nos Estados da Bahia, Goiás e Maranhão e 20 de novembro a 30 de dezembro no Estado de Mato Grosso. Exige a regulação do porte com reguladores de crescimento, que devem ser aplicados a partir dos 25 a 30 dias, além de adubação elevada. Essa cultivar é a mais indicada para produtores altamente tecnificados, inclusive dos chapadões de maior altitude dos Estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, resultando em excelentes rendimentos para chapadões de até 1.100m de altitude. As sementes originais originais dessa cultivar começaram a ser distribuídas em 1992, encontrando-se atualmente em franca degeneração. Atualmente a Embrapa e seus licenciados estão distribuindo uma nova semente genética, denominada CNPA ITA 90 II, que preserva todas as características da cultivar original, além de ser mais uniforme e apresentar produtividade 25 @/ha superior a cultivar original.
BRS IPÊ Esta cultivar apresenta em media produtividade equivalente ou até 10% superior a CNPA ITA 90 e ciclo igual (170 a 180 dias), obtendo melhor desempenho nas regiões de chapadões de altitude (até 1.100 m). Apresenta rendimento de fibras de 38%, resistência de fibras forte (28,8 gf.tex), finura media (IM de 4,2) e comprimento de fibras no HVI–SL 2,5% de 29,7 mm. Apresenta tolerância a ramulose, bacteriose, mancha de Alternaria e Ramulária e viroses. Deve ser manejada como uma cultivar sensível a viroses, porém utilizando MIP com 20% de plantas infestadas com pulgões até os 110 dias, após os quais se toleraria 40% de plantas com colônias pequenas de pulgões. Deve-se controlar o porte das plantas e a mancha de Ramulária cedo, iniciando as aplicações de fungicidas e reguladores aos 40 dias da emergência.
BRS AROEIRA
Possui produtividade de algodão em caroço em torno de 10% acima da CNPA ITA 90, porém possui rendimento de fibras 1% inferior (media de 37%). Apresenta ciclo normal (160 a 170 dias), sendo em média 10 dias mais precoce que a CNPA ITA 90. Possui boas características de fibras com comprimento no HVI-SL 2,5% de 29,4; resistência de 28 gf/tex e finura (IM) de 4,1. Sua grande vantagem está na resistência múltipla a doenças, por apresentar resistência a ramulose, viroses, mancha de stemphylium , além de tolerância a bacteriose, manchas de ramulária, alternária e ao complexo fusarium-nematóide. Com essas características pode ser indicada com vantagens para o cerrado de Goiás e Mato Grosso do Sul, inclusive nas áreas com infestação de fusarium -nematóide. Na sincronia de plantio nas fazendas, essa cultivar deve ser plantada mais cedo (outubro a novembro na maioria das regiões), para se obter vantagens de sua resistência a doenças. Deve-s Deve-see contr controla olarr o porte porte das das plant plantas as e a manch manchaa de ramul ramulári áriaa cedo cedo (inic (inicia iando ndo as aplicações aplicações de fungicidas fungicidas e reguladores aos 40 dias da emergência). emergência). É uma cultivar para uso em sistema de produção de baixo custo, devendo para isto ser usada adubação média, menos aplicação de N na fundação e apenas duas coberturas; usar MIP com controle de pulgões apenas quando se detectar 60% de plantas com colônias e programar apenas uma aplicação de fungicida para a mancha de ramulária aos 30-40 dias da emergência, quando aparecerem os primeiros sintomas nas folhas do terço inferior.
BRS SUCUPIRA Cultivar de algodoeiro indicada para os cerrados de Mato Grosso e Bahia, por apresentar resistência múltipla a doenças e alta resistência a veranicos e solos de baixa fertilidade, inclusive arenosos. Apresenta em média, produtividade de algodão em caroço e de fibras 5% e 2% acima da CNPA ITA 90, respectivamente. Possui ciclo longo (170 a 180 dias), rendimento de fibras de 37 a 38%, resistência de fibras de 30,0 gf/tex e finura (I. M.) de 3,9. Apresenta resistência resistência múltipla a doenças, incluindo incluindo viroses, ramulose r amulose e bacteriose, além de tolerância as manchas de ramulária, alternária e a seca. Na sincronia de plantio nas fazendas, essa cultivar deve ser plantada mais cedo (outubro a novembro na maioria das regiões), para se obter vantagens de sua resistência a doenças. Deve-se controlar o porte das plantas e a mancha de Ramulária cedo (iniciando as aplicações de fungicidas e reguladores aos 40 dias da emergência). É uma cultivar para uso em sistema de produção de baixo custo, devendo para isto ser usada adubação média, menos aplicação de N na fundação e apenas duas coberturas; usar MIP com controle de pulgões apenas quando se detectar 60% de plantas com colônias de pulgões e programar apenas uma aplicação de fungicida para ramulária aos 30-40 dias da emergência, quando aparecerem os primeiros sintomas nas folhas do terço inferior.
BRS CEDRO Cultivar de alta produtividade (até 310 @/ha) e alto rendimento de fibras (40 a 41%). Apresenta, também, resistência a viroses e tolerância a ramulose, ramularia e bacteriose. Possui ciclo longo, porte alto e alta resistênc r esistência ia de fibras (acima de 28 gf/tex), comprimento HVI-SL 2,5% de 30 mm e finura (I.M) de 4,3. O plantio dessa cultivar deve ser efetuado em novembro no Mato Grosso do Sul e em dezembro no Mato Grosso. Por ser resistente a viroses pode-se trabalhar com MIP normal, utilizando-se o nível de controle de pulgão de 60% de plantas infestadas. Por ser de porte alto recomenda-se iniciar as aplicações de reguladores aos 25 a 30 dias, programando-se 2,0 l de regul regulado ador/h r/ha. a. Culti Cultivar var adequ adequad adaa para para produt produtore oress altam altament entee tecn tecnifi ifica cados dos.. Recomenda-se prever a possibilidade de controle de ramulária e ramulose iniciando-se as aplicações aos 30-40 dias no início do aparecimento dos sintomas.
Tabela 1. Características Características médias das cultivares cultivares de algodoeiro indicadas para os chapadões de altitude do Centro-Oeste. Características
BRS IPÊ
BRS CEDRO
Produtividade (@/ha) Até 300 Rendimento de fibras 38 - 39 (%) Comprimento de 30,2 fibras (HVI - mm)
Até 330 38 - 39
Até 330 39 - 40-
29,7
30,0
Resistê Resistência ncia de fibras fibras 30,0 (gf/tex)
28,8
29,2
Finura (Í.Micronaire)
4,4
4,2
4,4
Resistência a viroses
Susceptível
Medianamente Resistente
Resistente
a Medianamente Resistente
Medianamente Resistente
Medianamente Resistente
170 - 180
170 - 180
Resistência ramulose Ciclo (dias)
CNPA ITA 90
170 - 180
Características médias das cultivares de algodoeiro indicadas para os cerrados de Tabela 2. Características baixa altitude do Centro-Oeste e Nordeste do Brasil.
Características
BRS AROEIRA
BRS SUCUPIRA
CNPA ITA 90
Produtividade (@/ha) Até 330 Rendimento de fibras (%) 37 - 38 Comp Compri rime ment ntoo de fibr fibras as (HVI (HVI - 29,4 mm)
Até 315 37 - 38 30,8
Até 300 38 - 39 30,2
Resistência de fibras (gf/tex)
28,0
30,0
30,0
Finura (Índice Micronaire)
4,1
3,9
4,4
Resistência a viroses
Resistente
Resistente
Susceptível
Resistência a ramulose
Resistente
Resistente
Medianamente Resistente
Ciclo (dias)
150 -160
170 - 180
170 - 180
SEMENTES
A seme sement ntee cons consti titu tuii um dos dos insu insumo moss de meno menorr cust custoo no sist sistem emaa de prod produç ução ão do algodoeiro, algodoeiro, correspondendo, em média a 2,3 a 3,0 % do custo total da lavoura (Freire et al. 1999). As sementes são produzidas por produtores e empresas especializadas. A semente é um pacote cujo conteúdo são todos os genes que caracterizam a espécie e a cultivar. Se uma determinada cultivar é eleita pela pesquisa e pelo consenso entre produtores, é porque o seu comportamento é o melhor possível para as condições de clima, solo e de tecnologia agrí agríco cola la da regi região ão,, e as cara caract cter erís ísti tica cass de seus seus prod produt utos os,, são são as mais mais acei aceita tas. s. Conseqüentemente, o patrimônio genético desta cultivar, que basicamente diferencia seu comportamento, comportamento, tem que ser protegido. (CARVALHO & NAKAGAWA, 1980). O produtor que adquire uma semente de qualidade, deve esperar que o seu plantio resulte na reprodução das características especificadas pela descrição da cultivar, com o máximo de uniformidade. O controle de qualidade das sementes é regulamentada pelo Governo Federal em legislação específica que trata do comércio e fiscalização de sementes e mudas. A legislação brasileira recente, permitiu a implantação, em todo o país, de sementes certificadas. A produção de sementes envolve diferentes entidades, responsáveis pelas sucessivas etapas que resultam na disponibilização das sementes aos produtores.
Carvalho & Nakagawa (1980), definem o papel das diferentes entidades envolvidas na produção de sementes como segue:
ENTIDADE CERTIFICADORA:
Desempenha diferentes papéis no processo de produção de sementes certificadas. É responsável pelo programa de melhoramento melhoramento genético, do qual resultam novas cultivares as quais são registradas, registradas, protegidas e recomendadas recomendadas aos produtores; Multiplica as sementes das cultivares geradas, resultando no que se denomina de semente básica; Exerce papel fiscalizador das etapas do processo produtivo, podendo aprovar ou rejeitar o trabalho de produção da semente; Pode produzir a semente certificada. Entretanto esse papel vem sendo desempenhado pelo setor privado, por meio de contratos estabelecidos entre o obtentor da cultivar e uma entidade produtora.
ENTIDADE PRODUTORA Pode ser do setor público ou privado. Caracteriza-se por ser responsável pelo nível de qualidade constante do certificado. Quem emite o certificado, de acordo com as análises realizadas, é a entidade certificadora, porém quem se responsabiliza perante o cliente consumidor pelo que consta no certificado, é a entidade produtora.
COOPERANTE É o indivíduo em cuja área agrícola serão produzidas as sementes. Quando a entidade produtora não dispõe de área suficiente para produzir toda a semente a que se propõe, faz contratos específicos específicos com outros produtores para este fim. No cerrado brasileiro, para a produção de sementes de algodão, normalmente a entidade produtora é, também, cooperante, uma vez que produz as sementes em sua própria área agrícola.
CLASSES DE SEMENTES
A semente certificada é o resultado de um material vegetal, de cujas caracterísiticas genéticas, genéticas, os atores envolvidos no processo produtivo, produtivo, têm pleno conhecimento. conhecimento. Para que se produza a semente certificada, o ponto de partida é uma pequena quantidade de sementes de determinada cultivar, obtidas pelo melhoramento genético ou da multiplicação das sementes sementes de uma cultiva cultivarr já existen existente, te, sob condiçõ condições es rigorosam rigorosament entee controla controladas das (Carvalho & Nakagawa, 1980). Essa pequena quantidade de sementes, ao ser multiplicada, resulta no aparecimento de algumas classes intermediárias, até se alcançar o nível de semente certificada. I) Semente genética: é produzida sob responsabilidade do melhorista e mantida dentro de suas características de pureza genética. A partir desta é produzida a semente básica. II) Semente básica: é aquela que resulta da multiplicação da semente genética, produzida sob a responsabilidade do obtentor ou de uma instituição por ele autorizada. Em geral é a partir desta classe que se produz a certificada, dependendo da quantidade produzida. Se esta não for suficiente, exige uma nova multiplicação, da qual resulta a semente registrada. III) Semente Fiscalizada: resulta da multiplicação da semente básica, Certificada ou da própria Fiscalizada, categorias A e B mantendo sua pureza varietal e identidade genética e produzidas sob controle da entidade certificadora. IV) Semente certificada: resulta da multiplicação da semente básica, da registrada ou da própr própria ia certi certific ficada ada cate categor goria ia A. É produz produzid idaa pela pela entid entidade ade produ produtor toraa de acord acordoo com norma normass estab estabel eleci ecida dass pela pela enti entidad dadee certi certifi ficad cadora ora.. É a class classee de sement sementes es que será será disponibilizada aos produtores. No Estado de Mato Grosso, de acordo com a portaria 93, de 1-9-1998, existem duas classes de sementes certificadas (A e B) e três classes de sementes Fiscalizadas (A, B e C), sendo o produto derivado da Semente Fiscalizada C, destinado a indústria de óleo e torta.
ESTABELECIMENTO DE CAMPO PARA PRODUÇÃO DE SEMENTES
O estabelecimento de um campo de produção de sementes requer uma série de medidas, cujo objetivo principal é evitar que as sementes sofram contaminação genética ou varietal durante qualquer uma das fases do processo produtivo. As principais medidas a serem tomadas visando a produção de sementes são: a) Definição da cultivar; b) Registro do produtor ou contrato firmado com o obtentor da cultivar; c) Escolha da área; d) Isolamento dos campos de produção e
e) Purificação ou "roguing"
CUIDADOS A SEREM TOMADOS NO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE SEMENTES DE ALGODOEIRO
Taxa de cruzamento natural: também conhecida como taxa de alogamia. É considerada bastante baixa no cerrado, em função da baixa população de abelhas silvestres, grande extensão de lavouras comerciais e alta frequência de aplicação aplicação de inseticidas inseticidas qua provocam a morte de insetos polinizadores. Esta taxa varia de 0 a 15% no Mato Grosso. Mist Mistur uras as mecâ mecâni nica cas: s: pode podem m ocor ocorre rerr dura durant ntee as oper operaç açõe õess de plan planti tio, o, colh colhei eita ta e armazena armazenament mento, o, benefici beneficiamen amento, to, ensacame ensacamento nto e deslinta deslintament mento. o. Devem Devem ser tomadas tomadas medidas preventivas visando evitar as misturas, destacando-se: evitar o plantio de algodão em área previamente plantada com algodão; passar corrente de ar com uso de compressor pel pelos os fuso fusoss da colh colhei eita tade deir iraa e duto dutoss da algo algodo doei eira ra;; li limp mpar ar as máqu máquin inas as entr entree o ben benef efic icia iame ment ntoo de um umaa cult cultiv ivar ar e outr outra; a; elim elimin inar ar um umaa pequ pequen enaa part partee do mate materi rial al beneficiado após a mudança de cultivar. Degeneração genética natural: fenômeno que ocorre de forma natural, principalmente quando a cultivar é derivada de hibridação interespecífica. Para minimizar tal problema deve-se evitar o plantio sucessivo de algodão em uma mesma área e isolar os campos de produção de sementes. Segundo Freire et al. (1999), o isolamento isolamento de um campo de produção de sementes básica e certificada de algodão deve levar em consideração as seguintes distâncias entre campos cultivados com diferentes variedades: 50 metros quando houver barreira vegetal; 800 metros quando não houver barreira vegetal; Isolamento de campos para produção de semente fiscalizada: 30 metros quando houver barreira vegetal; 500 metros quando não houver barreira vegetal.
INSPEÇÕES NO CAMPO O objetivo das inspeções nos campos de produção de sementes é comparar a qualidade dos mesmos, com os padrões de lavoura recomendados oficialmente. Estas inspeções visam assegurar que as sementes não estejam contaminadas, física ou geneticamente geneticamente além dos limites tolerados (VIEIRA & BELTRÃO, 1999) Os campos de produção de algodoeiro devem ser inspecionados pelo menos três vezes visando confirmar os padrões de isolamento, presença e incidência de plantas fora do
padrão, de plantas de outras espécies, raças e cultivares, ervas daninhas proibidas e doenças, entre outros.
OS ESTÁDIOS FENOLÓGICOS ONDE AS INSPEÇÕES DEVEM OCORRER SÃO OS SEGUINTES PréPré-fl flor oraç ação ão:: comp compre reen endi dido do o perí períod odoo de cres cresci cime ment ntoo vege vegeta tati tivo vo que que prec preced edee o florescimento; Floração: período em que as flores estão abertas, o estigma receptivo e a antera liberando pólen. Para fins de inspeção, 5% ou mais de plantas florescidas, caracteriza o período de floração; Pré-colheita: quando 50% das maçãs encontram-se abertas, as sementes se aproximam da matura maturaçã çãoo fisio fisiológ lógic icaa e estão estão comple completa tamen mente te formad formadas. as. É possív possível el que, que, inspe inspeçõe çõess posteriores, sejam necessárias. (Vieira & Beltrão, 1999) –Padrões de campos de produção de sementes exigidos no estado de Mato Grosso: –presença de outras espécies de algodão: zero Tabela 12.
Tabela 12. Padrões oficiais mínimos de sementes utilizadas no Mato Grosso. Fatores de Qualidade
Níveis de tolerância Básica
Certificada
Fiscalizada
Germinação
60%
60 60%
70%
Pureza
98%
98%
98%
Outras espécies cultivadas/350g
zero
zero
01
Outras espécies de algodão
zero
zero
zero
Sementes silvestres
01
01
01
Sementes nocivas proibidas/1000g
zero
zero
zero
Umidade
12%
12%
12%
Fonte: DFA/MT
–presença de outras cultivares: 1:12.000; 1:8.000 1:4.000 para as classes básica, certificada e fiscalizada, respectivamente
–presença de plantas silvestres comuns e nocivas toleradas: o mínimo possível, com atenção especial para carrapicho e picão preto; –presença de plantas nocivas proibidas: zero para Oryza sativa - arroz preto, Vigna spp (feijáo de corda), Cyperus rotundus (tiririca), Sorghum halepense (capim maçambaia), Rottboellia exaltata (capim camalote). bicudo do algodoeiro ( Anthonomus grandis): caso o ataque seja generalizado, com mais de 40% de maçãs atacadas, deve-se eliminar o campo; –Murcha de Fusarium: ( Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum) : eliminar o campo quando a incidência for generalizada. generalizada. Caso a doença ocorra em reboleira r eboleiras, s, a área deve ser isolada e as plantas eliminadas até em torno de 10 metros em volta da reboleira, programando-se uma nova inspeção para acompanhar a evolução da doença. É recomendável eliminar o campo quando a incidência for acima de 1%, tal como ocorre em São Paulo. –Ramulose (Colletotrichum Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides ): tolerar até, no máximo, 5% de plantas infectadas. Estas devem ser arrancadas e incineradas Existe Existem, m, també também, m, padrõe padrõess de sanid sanidade ade de sement sementes es de algod algodão ão defini definidos dos por uma comissão que trata desse assunto a nível nacional (Tabela 13)
Tabela 13. Proposta de padrões de tolerância de patógenos em sementes de algodoeiro.
Classes de sementes Básica Certificada
Fiscalizada
5
10
15
Botryodiplodia theobromae
15
20
25
Colletotrichum gossypii
20
25
30
0
1
2
15
20
25
0
0
10
15
pv. 0
1
2
0
0
0
Patógenos
Altenaria macrospora
C. gossypii
var . cephalosporioides
Fusarium sp. Fus Fusar ariu ium m vasinfectum
oxys oxyspo poru rum m
f.
Macrophomina phaseolina Xan Xanth thom omon onas as malvacearum
axon axonop opod odis is
Verticilium albo-atrum
sp 0 5
Fonte: Menten (1997).
A Embrapa Algodão possui vários parceiros licenciados para produção de sementes de algodoeiro em diferentes regiões do Brasil, os quais produzem as sementes de cultivares
lançadas pelo melhoramento genético, a partir dos programas de pesquisa existentes nos diferentes estados produtores.
PLANTIO
A resposta do algodoeiro em relação à população de plantas é complexa e envolve aspectos ecofisiológicos. Vários fatores influenciam na definição do melhor espaçamento entre fileiras podendo-se destacar: cultivar, clima, fertilidade do solo e sistema de cultivo e colheita (Righi et al., 1965; Laca Buendia & Faria, 1982). O espaçamento adequado é aquele em que as folhas das plantas devem cobrir toda a superfície entre fileira na época do máximo florescimento, sem haver entrelaçamentos entre elas. Como regra prática, com base em resultados de pesquisas, sugere-se como espaçamento ideal, aquele correspondente a 2/3 da altura das plantas (Gridi-Papp et al., 1992). Alterações no espaçamento e na densidade de plantio induzem a uma série de modificações no crescimento e desenvolvimento desenvolvimento do algodoeiro. A altura das plantas, o diâmetro da haste principal, principal, a altura de inserção do primeiro ramo frutífero, o número de ramos vegetativos vegetativos e rep reprodu roduttivos vos são são algum umaas das das carac racteríst rístiicas morf orfoló ológic gicas do algodo godoeeiro significativamente influenciado pela população de plantas (STAUT & LAMAS, 1999: JOST & COTHREN, 2000). Essas características se correlacionam negativamente com o aumento da população, exceto a altura de inserção do primeiro ramo frutífero, que é maior em condições de altas populações Os componentes de produção como número de capulhos por planta, peso de capulho e peso de 100 sementes, têm os seus valores reduzidos com o aumento da população de plantas (LAMAS et al., 1989; SOUZA, 1996) A produção de algodão em caroço é mais influenciada influenciada pelo espaçamento entre fileiras e as cara caract cter erís ísti tica cass tecn tecnol ológ ógic icas as da fibr fibra, a, pela pela dens densid idad adee (JON (JONES ES & WELL WELLS, S, 1997 1997). ). Geralmente, tem-se verificado uma tendência de redução do espaçamento entre fileiras e aumento da densidade de plantas. Entretanto, os resultados já obtidos permitem inferir que, nem sempre a produtividade é maior numa condição de alta população (LAMAS ET AL., 1989; JOST & COTHREN, 2000). A relação entre a produção de algodão e a população de plantas depende das condições edaf edafoc ocli limá máti tica cass nas nas quai quaiss a cult cultur uraa se dese desenv nvol olve ve.. Assi Assim, m, embo embora ra a redu reduçã çãoo do espa espaça çame ment ntoo entr entree file fileir iras as poss possaa redu reduzi zirr os cust custos os de prod produç ução ão sem sem alte altera rar r signif signific icati ativam vamen ente te a produç produção ão de fibra fibra,, a quali qualida dade de desta desta pode pode ser ser sensiv sensivelm elment entee deteriorada. Para as condições do cerrado de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, considerando-se as cultivares atualmente em uso, a população de plantas deve estar entre 80.000 a 120.000 plantas/ha. O espaçamento entre fileiras deve ser de 0,80 a 0,90, com 8 a 12 plantas/m. 2
TRATOS CULTURAIS
Entende-se por tratos culturais, o conjunto de práticas que permitem que uma lavoura expresse ao máximo sua potencialidade produtiva. Entre as práticas culturais empregadas na cultura do algodoeiro durante o seu ciclo produtivo destacam-se: direção e profundidade de semea semeadur dura, a, desba desbaste ste,, espaça espaçamen mento, to, densid densidad ade, e, arranj arranjos, os, uso de regul regulado adores res de crescimento e desfolhantes. A semeadura do algodoeiro no cerrado é feita mecanicamente com semeadeira tratorizado (Figura 11).
Figura 11. Semeadeira Semeadeira tratorizado. tratorizado.
A seme semead adur uraa deve deverá rá ser ser efet efetua uada da em curv curvaa de níve nívell ou, ou, pelo pelo meno menos, s, em sent sentid idoo perpendicular perpendicular ao escorrimento das águas (Figura 12). A profundidade de semeadura deverá fixar-se entre 3 e 5cm, conforme a textura e a capacidade de armazenamento de água do solo. De maneira geral, quanto maior a capacidade de retenção de água do solo, menor a profundidade de plantio. Solos de textura arenosa e baixa capacidade de armazenamento de água, requerem maior profundidade que os solos de textura pesada. Para os primeiros, recomenda-se o plantio a uma profundidade de 5 cm e, para os outros, a uma profundidade de 3cm.
Figura 12. Plantio direto sobre palha de mileto em nível.
Na semeadura mecanizada, sugere-se de 5 a 12 plantas por metro linear, em função da fertilidade e da disponibilidade de água no solo. Em condições de cerrado, e em grandes plantios, indica-se usar semente deslintada, grafitada, tratada e calibrar a semeadeira, para deixar cair aproximadamente 13 sementes/m. A prática do desbaste, recomendada para pequenos produtores não se aplica às condições do cerrado. A calibração da semeadeira deverá ser feita levando-se em consideração, também, o teor de germinação e vigor da semente. A época de plantio do algodoeiro no cerrado está relacionada ao grau de incidência de pragas, doenças e a possibilidade de colheita em período seco. Geralmente, as melhores épocas de plantio coincidem com o início do período chuvoso. Do plantio ao início da floração, a lavoura necessita de água, mas em menor quantidade que nas outras fases do seu ciclo. O déficit hídrico e o excesso de umidade no período compreendido entre 60 e 100 dias após a emergência (DAE) podem induzir a queda das estruturas frutíferas e comprometer a produção, pois aproximadamente, 80% das estruturas responsáveis pela produção do algodoeiro são emitidas neste período. Para qualquer cultivar de algodoeiro, cultivado cultivado em regime de sequeiro, recomenda-se que a época de plantio não se prolongue além de um mês. A falta de uniformidade poderá acarretar problemas com pragas, particularmente com lagarta rosada, bicudo e percevejos, com reflexos no rendimento. Para a região de cerrado, abrangendo os Estados da Bahia, Goiás e Minas Gerais, o plantio no mês de novembro tem dado melhores resultados. Sendo que nos chapadões de Goiás esta época pode ser ampliada até final de Dezembro, a exemplo do vizinho Estado do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul onde a melhor época de semeadura tem sido durante o mês de dezembro.
Entende-se por espaçamento o intervalo entre duas fileiras, e, densidade de plantio, o espaç espaçoo deixa deixado do entre entre planta plantass dentr dentroo da filei fileira ra de uma lavou lavoura. ra. O espaç espaçame amento nto e a densidade de plantio são aspectos tecnológicos, que definem a população e o arranjo de plantas, podendo interferir no rendimento e nas operações a serem realizadas em uma lavoura. O espaçamento e densidade de plantio baseiam-se em três fatores: a) disponibilidade de água no solo; b) fertilidade do solo; c) a presença da praga do bicudo. Para o algodoeiro no cerrado, quando houver condições de elevada disponibilidade disponibilidade de água e solos férteis, recomendam-se o uso de populações mais elevadas dentro da faixa ótima de 50mil a 100mil plantas/ha. A população de plantas sugerida para o algodoeiro nessas condições situa-se em torno de 80.000 plantas/ha. Variações de 25% para mais ou para meno menos, s, não não alte altera ram m sign signif ific icat ativ ivam amen ente te o rend rendim imen ento to de algo algodã dãoo em plum pluma. a. A recomendação para espaçamento é de 0,76m a 0,90m entre fileiras e o número de plantas por metro linear, dependerá da fertilidade do solo, da disponibilidade de água e do hábito de crescimento da cultivar. De maneira geral, em terras férteis este número deverá ser maior, como já foi discutido. A mesma recomendação deve ser feita quando do uso de cultivares de maior porte e no caso de pouca disponibilidade de água no solo.
REGULADOR DE CRESCIMENTO A manipulação da arquitetura da planta do algodoeiro através de biorreguladores de crescimento é uma estratégia agronômica que visa o incremento da produção e maior eficiência no uso de defensivos e na colheita. O ideal é que a planta do algodoeiro fique com uma altura máxima de 1,5 m. Reguladores de crescimento são compostos sintéticos que atuam no metabolismo metabolismo da planta inibindo a síntese dos hormônios de crescimento (auxinas, giberelinas, citocininas, etileno e ácido abscísico). Os principais produtos usados como reguladores de crescimento em algodão são:
Cloreto de mepiquat (pix) – 1,0 litro ha -1. aplicar parcelado em quatro aplicações, aplicações, a primeira (10% da dose recomendada) quando as plantas do algodoeiro alcançarem 40-50 cm de altura, a segunda (20%da dose), a terceira (30%da dose) e a quarta, 40% da dose a ser testada, serão aplicadas quando da retomada do crescimento das plantas;
Cloreto de clormequat (tuval) – 50 g ha -1. Em condições semelhantes ao produto anterior;
Cloreto de clorocolina (CCC) – 0,50 L ha -1. Aplicar entre 35-50 dias após a germinação ou quando as plantas atingirem 1,0 m de altura.
Recomenda-se fazer aplicação dos produtos parceladamente. No caso do pix, por exemplo, 1 litro do produto comercial seria aplicado: 100 mL ha -1 aos 35-40 dias após a germinação; germinação; -1 -1 -1 200 mL ha 7 a 14 dias após; 300 mL ha 7 a 14 dias após; 400 mL ha 7 a 14 dias após. Os efeitos esperados destes produtos na planta do algodoeiro são: plantas mais compactas, compactas, maior penetração de luz no dossel da planta, frutificação frutificação mais precoce, maior produção por planta, maior número de capulhos por plantas, menor incidência de pragas e maior eficiência na colheita. produtos os quí quími micos cos uti utili liza zados dos com o propós propósit itoo de Desfolhant Desfolhantes es e maturador maturadores es são produt otimizar o desempenho da colheita do algodoeiro. Dentre os efeitos atribuídos a estes insu insumo moss dest destac acam am-s -se: e: redu reduçã çãoo dos dos prob proble lema mass ocas ocasio iona nado doss com com o exce excess ssoo de sombreamento como apodrecimento das maçãs no baixeiro da planta, redução da umidade das fibras e das sementes, obtenção de um produto mais limpo, redução dos custos de beneficiamento, precocidade e uniformidade de abertura dos frutos, além de facilitar a colheita. Estes produtos também reduzem a frutificação tardia e a incidência de pragas como a do bicudo e a lagarta rosada.
Dentre os fatores ambientais, a temperatura é o que mais influencia a ação destes produtos. Os produtos mais usados em algodoeiro são:
Thidiazuron – 0,075 a 0,150 kg ha -1 com 60% de frutos abertos
Bromoxinil - 1,0 kg ha -1 com 60% de frutos abertos
Dimethipin Dimethipin - 1,5 a 2,0 kg ha -1 com 60 % de frutos abertos
Ethefon+cyclanilide – 0,72+1,20 ha -1 com 90 % de frutos abertos
Recomendaçõe Recomendaçõess técnicas para o uso de herbicidas herbicidas no controle controle de plantas plantas daninhas na cultura do algodoeiro no cerrado
1. Plantas Daninhas 1.1. Conceituação Planta daninha pode ser definida como toda planta cujas vantagens não têm sido ainda descobertas ou como a planta que interfere com os objetivos do homem (Fisher, 1973). Ashton & Mônaco (1991) definem planta daninha
como sendo a planta que cresce onde não é desejada. Assim, uma planta de algodão, por exemplo, é considerada planta daninha num plantio de mamona.
1.2. Características das Plantas Daninhas As espécies daninhas podem germinar, crescer, desenvolver-se e reproduzir em condi condiçõ ções es ambi ambien enta tais is po pouc ucoo favo favorá ráve veis is,, como como em estr estres esse se hídr hídric ico, o, umidade excessiva, temperaturas pouco propícias, fertilidade desfavorável, elevada salinidade, acidez ou alcalinidade. As plantas daninhas constituem-se, também, num problema sério para a agricultur agriculturaa porque porque se desenvolvem desenvolvem em condições condições semelhantes semelhantes às das plantas cultivadas cultivadas.. Se as condições condições edafoclimáticas edafoclimáticas são propícias propícias à lavoura, lavoura, o são também para as espécies daninhas, mas, se as condições ambientais são antagônicas às espécies cultivadas, as espécies daninhas, por apresentarem elevado grau de adaptação, podem aí sobreviver e se perpetuar muito mais facilmente.
1.3. Impacto das Plantas Daninhas As plantas daninhas reduzem a produção das lavouras e aumentam seus custos custos de produção, produção, mas podem, também, também, causar causar problemas problemas de ordem social afetando a saúde, as residências, as áreas de recreação e a manutenção de áreas não cultivadas. Além desses aspectos, as plantas daninhas podem afetar a eficiência da terra, o controle de pragas e doenças, produtos agrícolas, o manejo da água na irrigação e a eficiência humana (ASHTON & MÔNACO, 1991).
2. Competição Plantas Daninhas/Plantas Cultivadas O algodoeiro, como qualquer planta cultivada, não se desenvolve de maneira isol isolad ada, a, mas mas com com plan planta tass de sua sua espé espéci ciee e de espé espéci cies es dife difere rent ntes es,, em populações estreitamente espaçadas e intimamente relacionadas. Na fase de plântula, um espécime não altera o estabelecimento de outro da mesma ou de espécie diferente. A interferência de uma planta sobre outra se inicia quando a demanda, por um ou mais fatores de crescimento, é maior que o suprimento.
Período Crítico de Competição
Denomina-se período crítico de competição o período no qual a presença de plantas daninhas reduz expressivamente o rendimento das plantas cultivadas. Laca-Buendi Laca-Buendiaa et al. (1979) (1979) trabalhando trabalhando com algodão em regime de sequeiro, sequeiro, definiram o período crítico de competição entre as plantas daninhas e o algodoeiro no Estado de Minas Gerais. Para o cerrado do Triângulo Mineiro, o período crítico de competição foi entre o plantio e a sexta semana após a emergê emergênci nciaa (Figu (Figura ra 13). 13). As espéci espécies es daninh daninhas as aí predom predomina inante ntess foram: foram: Scop., Althernanthera Commelina Commelina nudiflora nudiflora L., Digitari Digitaria a sanguinali sanguinaliss L. Scop., ficoidea L.r. Br. e Sida rhombifolia L. No Norte de Minas, este período se configurou entre as quarta e oitava semanas após emergência (Figura 2) e as espécies daninhas predominates foram: Sida cordifollia L., Sida rhombifolia L., Merremia aegyptia L. Urban e Ipomoea aristolochiaefolia aristolochiaefolia HBK Don.
Figura 2. Período crítico de competição entre as plantas daninhas e o algodoeiro. Fonte: Laca-Buendia (1979).
3. Métodos de Controle de Plantas Daninhas 3.1. Prevenção Este método consiste em impedir ou evitar que as plantas daninhas sejam transportadas para áreas agrícolas onde elas ainda não existem. É, em geral, o meio mais prático de combate às plantas daninhas.
3.2. Erradicação A erradicação consiste na eliminação de todas as plantas e seus órgãos, incl inclus usiv ivee das das seme sement ntes es.. Este Este méto método do é difí difíci cill de ser ser real realiz izad ado, o, e só é economicamente viável em pequenas hortas e jardins, onde toda massa do solo (1,2 m a 2 m de profundidade) é removida ou peneirada; no caso de plantio extensivo de culturas é quase impossível o uso da erradicação, pois os custos seriam bastante elevados.
3.3. Controle Este é o método mais utilizado de combate de plantas daninhas na agricultura e consiste em interromper temporariamente o crescimento e o des desenvo envollvim viment ento das das ref referid eridas as plan planttas du durrant ante o cicl cicloo da cult cultur ura, a, especialmente no período crítico de competição.
3.3.1. Controle Mecânico Este tipo de controle pode ser manual, através de cultivo a tração animal ou tratorizado.
PREPARO DO SOLO O preparo do solo pode se mostrar um eficiente meio de controle de plantas daninhas, podendo ser realizado com o solo seco ou úmido. O aspecto mais importante neste método é o uso correto do implemento a ser utilizado. Controle à enxada A enxada é um dos implementos mais utilizados no controle de plantas daninhas na cultura do algodoeiro, especialmente nos países e regiões pobres onde a mão-de-obra é abundante e os custos, baixos. No uso da enxada, os aspectos mais importantes a serem considerados são a profundidade do corte e a época da capina. A profundidade da capina deve ser o mais superficial possível, 3 cm no máximo, para não danificar as raízes do algodoeiro. A limpa superficial deverá ser iniciada logo que as plantas daninhas germinem, poi poiss ness nessee está estági gioo elas elas são são mais mais susc suscep eptí tíve veis is ao cont contro role le,, não não sendo endo necessário aprofundar a operação. Controle a Cultivador
O uso de cultivador ainda é o método mais utilizado na cotonicultura. Neste método, recomenda-se levar em consideração, também, a profundidade e a época de operação. Os cultivos devem ser concentrados no período crítico de competição e a operação deve ser iniciada após plantio, dependendo do grau de incidência cia e se pro prolongar até os sessenta dias da emergência. Semelhantemente ao processo manual, o agricultor cultivará superficialmente, não excedendo 3 cm de profundidade. Há evidências, na literatura, de que quanto mais amplo o espaçamento espaçamento,, menor a concentraçã concentraçãoo de raízes em torno das plantas e maior o entrelaçamento de raízes nas entrelinhas (FREIRE & ALVES, 1976). Espaçamentos mais largos cultivos mais rasos, portanto.
Controle Químico Este tipo de controle é realizado através do uso de herbicidas que são produtos químicos que, aplicados em concentrações convenientes às plantas daninhas, matam ou retardam o seu crescimento em benefício das plantas cultivadas. É o método mais empregado na cotonicultura do cerrado. Os herbicidas podem constituir-se num insumo de grande eficiência no controle de plantas daninhas (Figura 13).
Figura 13. Algodo Figura Algodoal al no cerra cerrado do Goiano Goiano com com efici eficient entee contro controle le quí quími mico co de plant plantas as daninhas. Foto: Medeiros, 2000.
A Figura 14 ilustra o efeito de herbicida na dessecação da cultura de cobertura no plantio direto em algodoeiro no cerrado goiano.
Figura 14. Herbicida no plantio direto do algodoeiro no cerrado goiano. Foto Medeiros, 2000.
4. Herbicidas Registrados para a Cultura do Algodão Alachlor, Alachlor+Trifluralin, Alachlor+Trifluralin, Amônio – Glufosinato, Clethodim, Clomazone, Clomazone, Cyanazine, Cyanazine, Diuron, Diuron + MSMA, Diuron + Paraquat, Fluazifop – P - Butil, Linuron, MSMA, Norfl Norflura urazo zon, n, Oxadi Oxadiazo azon, n, Oxyflu Oxyfluorf orfen, en, Paraqu Paraquat at,, Pendim Pendimeth ethali alin, n, Propa Propaqui quizaf zafop, op, Pyrithiiobac Pyrithiiobac – Sodium, Sethoxidin e Trifluralin (Rodrigues & Almeida, 1998).
DOENÇAS
O cerrado brasileiro apresenta amplas condições de clima favoráveis ao desenvolvimento de doenças que afetam a cultura do algodoeiro. Algumas doenças consideradas pouco expressiv expressivas as nas regiões regiões tradici tradicional onalment mentee produtora produtorass desponta despontam m no cerrado, cerrado, podendo podendo ocasionar perdas consideráveis à produção, caso não sejam tomadas as medidas de controle necessárias em tempo hábil.
PRINCIPAIS DOENÇAS DO ALGODOEIRO NO CERRADO
Tombamento É uma doença bastante comum e de ocorrência generalizada em todas as áreas produtoras de algo algodã dãoo do cerra cerrado do,, sobr sobret etud udoo aque aquela lass onde onde são são veri verifi fica cado doss maio maiore ress índi índice cess pluviométricos, pluviométricos, podendo causar sérios prejuízos ao estabelecimento da cultura, em função, principalmente, principalmente, dos efeitos sobre a redução do estande. Os sintomas de tombamento podem ser observados logo após a emergência das plântulas, nas folhas cotiledonares e primárias, as quais apresentam lesões irregulares de coloração pardo-escura. Estas lesões também podem ser observadas no caule da plântula, na mesma face de inserção da folha e imediatamente abaixo do coleto. Essas lesões, ao circundarem todo o caule, induzem o tombamento e morte da plântula. Entre os patógenos causadores de tom tombam bament entoo podempodem-se se desta destaca carr os fungos fungos dos gênero gêneross Colletotrichum , Fusarium, Pythium e Rhizoctonia , sendo este último o mais importante. O controle da doença é feito por meio do tratamento de sementes conforme a Tabela 13.
Tabela 13. Fungicidas empregados no tratamento de sementes de algodoeiro.
Nome técnico
Produto Comercial
Dose para 100 kg de semente
Captan Thiran
Captan 750 TS Rhodiaurum 500 SC
Ingrediente ativo 120g 280ml
Produto comercial 160g 560ml
Difenoconazole
Spectro
5ml
33,4ml
Tolylfluanid
Euparen 50WS
75g
150g
Pencycuron
Monceren 50PM
150g
300g
Quintozene Quintozene (PCNB)
Kobuto/Brassicol Kobuto/Brassicol
300g
400g
Carboxin + Thiran
Vitavax-Thiran Vitavax-Thiran 200 SC
100 + 100ml
500ml
Benomyl
Benlate 500
100g
200g
Thiadimenol
Baytan FS
30ml
200ml
Carbendazin Carbendazin
Derosal 500 SC
40ml
80ml
Fonte: Goulart (1998).
Ramulose Doença causada pelo fungo Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides é caracterizada por ocasionar encurtamento dos internódios e superbrotamento da região apical, dando aspec aspecto to de vasso vassoura ura aos ramos ramos termi terminai nais. s. É uma das mais mais imp import ortant antes es doenç doenças as do algo algodo doei eiro ro,, part partic icul ular arme ment ntee no cerra cerrado do.. Alta Alta pluv pluvio iosi sida dade de e fert fertil ilid idad adee do solo solo,, temperaturas temperaturas entre 25º e 30ºC e umidade relativa do ar acima de 80% favorecem a ação do fungo. fungo. O contr controle ole é reali realizad zadoo atrav através és do uso de culti cultiva vares res resist resisten ente: te: as princi principai paiss recomendadas pela Embrapa são: BRS Aroeira e BRS Sucupira. O controle químico pode ser realizado conforme a Tabela 14. Tabela 14. Fungicidas para controle da ramulose do algodoeiro.
Nome Técnico
Nome comercial
comercial (kg/ha)
Carb Carben enda dazi zinn + Trif Trifen enil il Derosal + Brestanid Hidróxido de Estanho Trifenil Estanho Metílico
Acetato de Hokko Suzu + Tiofanato Cercobin
Azoxystrobin
Dosagem do produto
Priori
0,5 + 0,4 + 1,0 + 0,7
0,2 a 0,3
Tebuconazole + Tiofanato Folicur + Support Metílico
0,6 + 0,75
Clorothalonil + Tiofanato Cerconil Metílico
1,5
Mancha angular A mancha angular é causada pela bactéria Xanthomonas axonopodis axonopodis pv. malvacearum e caracteriza-se por apresentar manchas foliares de formato anguloso, delimitadas pelas nervuras. As manchas, de início oleoso adquirem posteriormente, aspecto necrótico e apresentam coloração marrom ou parda-escura. As lesões também podem se localizar ao longo das nervuras principais, formando uma zona necrótica adjacente adjacente a estas; nos caules e ramos podem ser observadas lesões deprimidas, escuras e alongadas, podendo atingir vários centímetros de comprimento no sentido longitudinal, enquanto nas maçãs, lesões circulares inicialmente encharcadas de coloração verde escuro, são formadas na parede do carpelo e posteriormente se tornam escuras e causam a podridão das maçãs. O controle desta doença é feito unicamente com o uso de cultivares resistentes. O controle químico com o uso de antibióticos é de elevado custo e de eficiência duvidosa. As principais cultivares cultivares recomendadas para controle são: BRS Aroeira, BRS Ipê e BRS Sucupira.
Mancha branca ou mancha de ramulária Caus Causad adaa pelo pelo fung fungoo Ramul caract cter eriz iza-s a-see por por apre aprese sent ntar ar manc mancha hass Ramulari aria a areol areola a, cara esbranquiçadas, de formato anguloso em ambas as superfícies foliares; sob condições de alta umidade e ambientes sombreados, sobretudo no terço inferior da planta pode afetar o algo algodo doei eiro ro aind aindaa prec precoc ocee e ocas ocasio iona narr qued quedaa de folh folhas as.. Lesõ Lesões es com com as mesm mesmas as características daquelas ocasionadas nas folhas, podem ocorrer nas brácteas; não é comum sobre plântulas, em especial nos cotilédones, porém quando ocorrem, os cotilédones se tornam cloróticos e avermelhados e há queda de folhas. Não existem cultivares resistentes, porém existem algumas tolerantes tais como a BRS Sucupira, BRS Ipê e BRS Aroeira. A Cultivar BRS Antares é altamente altamente suscetível. O controle químico em cultivares suscetíveis deve se iniciar a partir dos 40 dias após a emergência utilizando-se os fungicidas descritos na Tabela 15. Tabela 15. Fungicidas para controle da mancha de ramulária do algodoeiro. Nome Técnico Azoxystrobin Trifenil Estanho Metílico
Nome Comercial
Dosagem do produto comercial (kg/ha)
Priori
Acetato de Hokko Suzu + Tiofanato Cercobin
0,2 + 1,0 + 0,7
Carbendazin
Derosal
0,5
Epoxiconazole
Opus
0,15
Obs. Os dados acima constituem resultados de pesquisa. Embora esses produtos sejam aplicados regularmente pelos produtores de algodão do cerrado, apenas o Carbendazin (Derosal), possui registro no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, para pulverização em algodoeiro.
Manchas de alternária e Stenfilium Causadas pelos fungos Alternaria sp e Stemphylium apresentar Stemphylium solani. Caracterizam-se por apresentar manchas necróticas circulares no início, evoluindo para manchas irregulares no caso de S solani e circulares com anéis concêntricos quando ocasionadas por Alternaria sp. São cíclicas, não obedecendo um padrão lógico de ocorrência a cada ano. As cultivares da Embrapa recomendadas para o cerrado apresentam resistência a estas doenças. O controle químico pode ser feito utilizando-se fungicidas estanhados conforme a Tabela 15.
Murcha de fusarium
Doença Doença causa causada da pelo pelo fungo fungo Fusariu sp. Vasinfectum. Os sintomas sintomas Fusarium m oxysporu oxysporum m f. sp. caracterizam-se pela murcha das folhas e ramos. Muitas plantas jovens podem morrer em poucos dias após os primeiros sintomas externos serem observados, comuns quando as plantas encontram-se com aproximadamente seis semanas de idade. Algumas plantas afetadas podem sobreviver à doença emitindo novas brotações próximas ao solo, mas em geral, os ramos originados a partir desses novos brotos não são produtivos. As plantas mortas perdem todas as suas folhas e as pequenas brotações brotações caem, permanecendo permanecendo apenas o caule enegrecido. A maioria das plantas que não morrem, sofrem severa redução de crescimento. crescimento. Os sintomas internos caracterizam-se caracterizam-se pela descoloração descoloração dos feixes vasculares os quais sofrem bloqueio impedindo a livre circulação de água e seiva bruta para a parte aérea, induzindo a murcha. A murcha de fusarium é ainda mais severa quando ocorre associad associadaa com nematóid nematóides, es, especial especialment mentee os do gênero gênero Meloidogyne, Meloidogyne, Rotylenchus Rotylenchus e Pratylenchus formando o que se convencionou chamar de complexo fusarium-nematóide. O controle desta doença é feito somente através de cultivares resistentes. A Embrapa recomenda o plantio da BRS Aroeira nas áreas de cerrado, sobretudo de Goiás, onde a murcha de fusarium tem ocorrido.
Doença Azul É uma doença de natureza virótica cujo agente causal ainda não foi descrito, caracteriza-se por induzir o encurtamento dos entrenós, o que acarreta redução do porte das plantas. As folhas apresentam palidez das nervuras, curvatura das bordas para baixo e rugosidade. A doença tem como vetor o pulgão Aphis gossypii . Os sintomas desenvolvem-se ente nove e 28 dias após a inoculação. O controle da doença é feito com cultivares resistentes e com o contro controle le do vetor vetor atrav através és da pul pulver veriz izaçã açãoo com inset insetic icida idas. s. As princi principa pais is cult cultiva ivares res resistentes são: BRS Aroeira e BRS Sucupira. As cultivares BRS Ipê e CNPA Ita 90 apresentam suscetibilidade a esta virose.
PRAGAS
A cultura do algodão é de grande expressão socioeconômica para os setores primário e secundário do Brasil. Todavia, as pragas constituem-se um dos fatores limitantes para sua exploração, caso não sejam tomadas medidas eficientes de controle. Dentre as pragas que atacam o algodão cultivado no cerrado, destacam-se: as brocas ( Eutinobothrus brasiliensis e Conotrachellus denieri ), a lagarta rosca ( Agrotis spp.), os pulgões ( Aphis gossypii e Myzus persicae), o tripes ( Frankliniella Frankliniella spp. ), o percevejo de renda ( Gargaphia torresi ), o curuquerê ( Alabama argillacea argillacea), o bicudo ( Anthonomus grandis), a lagarta-das-maçãs ( Heliothis Heliothis virescens), as lagartas do gênero Spodoptera (S.frugiperda e S. eridania ), a lagarta rosada ( Pectino ), os ácaros (Tetran Pectinophor phora a gossypie gossypiella lla Tetranyc ychus hus urtic urticae ae, Polyphagotarsonemus latus), os percevejos ( Horcias nobilellus nobilellus e Dysdercus spp.) e a mosca branca ( Bemisia tabaci). Para o controle de pragas a Embrapa preconiza o uso do sistema de manejo integrado de pragas – MIP, o qual é constituído de várias estratégias de controle. Todavia o sucesso no emprego dessas estratégias dependem da utilização de métodos de amostragens, para
determinação dos níveis de controle das pragas e da ação dos inimigos naturais, visando otimizar o emprego de inseticidas.
AMOSTRAGEM DE PRAGAS
Tomadas de decisões que visem aumentar e preservar as populações de inimigos naturais dentro do agro ecossistema algodoeiro, são ações promissoras, técnica e ecologicamente viáveis, que poderão resultar em grande economia para os cotonicultores, na melhoria da qualidade do meio ambiente e na redução dos problemas de saúde pública decorrentes do uso indiscriminado de produtos químicos. Portanto, é necessário que o cotonicultor esteja apto em reconhecer as pragas e seus inimigos naturais que, porventura, venham a ocorrer durante o ciclo da cultura, realizando amostragens periódicas na lavoura para uma tomada de decisão inteligente e que seja econômica social e ecologicamente indicada para as condições de sua empresa. Geralmente, as amostragens deverão ser feitas em intervalo de cinco dias, tomando-se aleatoriamente 100 plantas em talhões com até 100 ha, área homogênea, através do caminhamento em ziguezague, dentro da cultura de tal maneira que se observem plantas que estejam bem distribuídas na cultura. Para amostrar o curuquerê em cada planta deve-se examinar a terceira folha, contada a partir do ápice para a base. No caso do bicudo, deve-se observar um botão floral de tamanho médio, tomado aleatoriamente, na metade superior da planta, a fim de se verificar a presença ou não de orifícios de oviposição oviposição e\ou alimentação. As amostragens visando o bicudo, deverão ser feitas a partir do surgimento dos primeiros botões florais até o aparecimento do primeiro capulho na cultura.
ESTRATÉGIAS DE CONTROLE
O manej manejoo int integ egrad radoo de praga pragass tem tem como como base base fundam fundamen ental tal a inte integra gração ção de vária váriass estratégias de controle de pragas, tais como: manipulação de cultivar, controle cultural (plantio, conservação conservação do solo e adubação, densidade de plantio, catação de botões florais e maçãs caídas no solo, destruição dos restos de cultura e rotação de cultura), controle climático, climático, controle biológico e controle químico. A seguir, serão apresentadas apresentadas as principais principais estratégias estratégias para o controle das pragas do algodoeiro.
Manipulação de cultivar e plantio Sugere-se Sugere-se a util utilizaç ização ão de cultiva cultivares res produtivas produtivas de algodão algodão de ciclo ciclo curto curto resisten resistentes tes a virose e uniformidade da época de plantio, sempre que possível, em áreas e períodos comprovadamente com menor incidência de pragas, visando quebrar a sincronia entre a fonte alimentar da praga e sua ocorrência, além de possibilitar a antecipação da colheita e, conseqüentemente, a destruição precoce dos restos de cultura.
Conservação Conservação do solo e adubação A utilização correta do solo, baseada em recomendações técnicas de preparo e adubação, constitui-se em ferramenta indispensável para manutenção da sua fertilidade e estrutura, contri contribui buindo ndo diret diretam ament entee para para a forma formação ção de plant plantas as vig vigoro orosa sass e, porta portant nto, o, menos menos vulneráveis ao ataque de pragas.
DENSIDADE DE PLANTIO A densidade de plantio deverá ser constituída de tal maneira que se evite o adensamento excessivo da cultura, facilitando a penetração dos raios solares e o deslocamento de gotas da calda do inseticida até o alvo biológico.
Controle climático Nas regiões brasileiras cujas condições edafoclimáticas são caracterizadas por insolação excessiva, tem exercido um papel preponderante na redução populacional de pragas. A inso insola laçã çãoo aume aument ntaa a taxa taxa de evap evapor oraç ação ão da água água pres presen ente te no solo solo e nos nos inse inseto tos, s, funcionando como fator limitante para a sua sobrevivência, principalmente da broca e do bicudo.
Controle Biológico Sugere Suge re-s -see efet efetua uar, r, um umaa vez vez por por sema semana na,, li libe bera raçõ ções es inun inunda dati tiva vass de 100. 100.00 0000 ovos ovos parasitados/ha, pela vespinha Trichogramma pretiosum no momento do aparecimento na lavoura lavoura de lepidóp lepidóptero teros-prag s-praga, a, como: como: curuquerê curuquerê,, lagartas lagartas do gênero gênero Spodoptera spp., lagarta rosada e lagarta-das-maçãs. A liberação deverá ser feita com 15 cartões de 2 pol 2 contendo ovos parasitados distribuídos em 15 pontos equidistantes entre si por ha. Outra alternativa é efetuar pulverizações com o inseticida microbiológico a base de Bacillus thuringiensis , na dosagem comercial de 8-16 e 16-32 g.i.a./ha, respectivamente, quando o curuquerê e a lagarta-das-maçãs atingirem o nível de controle. Deve-se ter bastante atenção para a presença de predadores (joaninhas, sirfídeos, bicho-lixeiro e aranhas) e parasitóides (vespinha: Lysiphlebus testaceipes ) do pulgão na lavoura, obedecendo ao nível de ação desses desses ini inimi migos gos natur naturai aiss (Tabe (Tabela la 16). 16). A tecnol tecnologi ogiaa da produç produção ão de Trichogramma pretiosum encontra-se à disposição de cotonicultores, na Embrapa Algodão.
CONTROLE QUÍMICO O controle químico das principais pragas do algodoeiro somente deverá ser efetuado quando necessário, ou seja, quando a praga atingir o nível de controle. Até o aparecimento das primeiras maçãs firmes (cerca de 70 dias), não devem ser utilizados inseticidas piretróides. piretróides. A escolha dos inseticidas químicos deverá contar com a participação efetiva de
um agronômo, sendo então, levada em consideração a eficácia, a seletividade, a toxicidade, o poder residual, o período de carência, o método de aplicação, aplicação, a formulação e o preço.
Tabela 16. Pragas e inimigos naturais, naturais, nível de controle, ingrediente ingrediente ativo, dosagem e nível de ação sugerida para o controle das principais pragas do algodoeiro.
Pragas inimigos naturais Brocas
e Níve Nívell de de con contr trol olee
-
Ingr Ingred edie ient ntee ativo
Nível de ação
(g.i.a.\ha)
Carbofuran
3.000,0 a 4.000,0
Dissulfanl
16.600,0
Carbaril
960,0
-
175,0
-
Lagarta rosca
-
Tripes
70% de plantas Tiometon atacadas Dimetoato Monocrotofos
Pulgão
Dosagem
10% ou ou 70 70% de de Pirimicarb plan plantas tas ataca atacadas das com colônia, Tiometon respectivamente, Monocrotofos suscetíveis ou tolerantes a virose
-
126,0 250,0 37,5 a 50,0
-
65,5 120,0
Percevejo de 53% 53% das das plan planta tass Tiometon renda com colônia
125,0
-
Curuquerê
12,5
-
Bicudo
22% ou ou 53 53% da das Diflubenzuron plan plantas tas ataca atacadas das por lagartas > ou Clofluazuron < 15mm, Tefluazuron respectivamente Tefubenozide
25,0 a 37,5 7,5 300,0
Endosulfan
350,0
10% das plantas Endosulfan com botões florais Phosmet danificados Carbaryl
525,0
Laga Lagart rtaa das das 13% 13% de pla planta ntas Endosulfan maçãs com lagartas Carbaryl
-
750,0 1.400,0 525,0 a 700,0 1.200,0
-
Spodoptera spp.
13% 13% de pla planta ntas Endosulfan com lagartas Carbaryl
525,0 a 700,0
Lagarta rosada
11% 11% das das plan planta tass Carbaryl com macas danificadas
1.200,0
-
Ácaros
40% de plantas Abamectin com colônia Propargite
7,2
-
Percevejos
Mosca branca
1/
1.200,0
681,0
20% de plantas Endosulfan atacadas Dimetoato
525,0
-
Endosulfan
525,0 a 700,0
Dimetoato
126,0
-
-
Predadores e parasitóides
-
-
126,0 -
71% de plantas c/ pred predad ador ores es e/ou múmias
Fonte: Silva & Almeida (1998).
DESTRUIÇÃO DE SOQUEIRA Imediatamente após a colheita, deve-se proceder à destruição dos restos de cultura, tais como: raízes, caules, botões florais, flores, maçãs, carimãs e capulhos não colhidos, respectivamente, através do arranquio e/ou coleta, para destruição e incorporação no solo. A destruição dos restos de cultura no final da safra visa quebrar o ciclo biológico das pragas, através da eliminação dos sítios de proteção, alimentação e reprodução.
ROTAÇÃO DE CULTURA O cultivo alternado do algodoeiro com outras culturas, em sucessões repetidas, adotandose uma seqüência definida, além de contribuir para a redução de pragas específicas associadas a uma delas, concorre favoravelmente para a melhoria das condições físicas e químicas do solo.
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
O MIP baseia-se em amostragens periódicas na cultura. Assim, o cotonicultor poderá decidir qual a estratégia correta que deverá ser aplicada para o controle de determinada
praga. O cotonicultor deve aprender a tolerar a presença de insetos na sua lavoura, enquanto esses não atingirem o nível de controle. Lavo Lavour uras as de algo algodã dãoo de dife difere rent ntes es idad idades es,, em um umaa mesm mesmaa regi região ão,, favo favore rece cem m a sobrevivência e o surgimento precoce de pragas, aumentando o custo de produção. A destruição de restos de cultura na lavoura algodoeira é obrigatória por lei e seu descumprimento descumprimento é crime. A adoçã adoçãoo desses desses crité critério rioss de seleç seleção ão conduz conduzirá irá a diver diversos sos benefí benefíci cios, os, tant tantoo para para o agricultor, como para a sociedade. Para o agricultor, a utilização do MIP resultará em economia nos custos de produção, melhoria na sua qualidade de vida, garantia de que esta atividade agrícola permanecerá viável economicamente por muito tempo, enquanto para a sociedade a garantia de preservação da biodiversidade, dos mananciais hídricos (lençóis, poços, açudes e rios) e à certeza da redução de resíduos nos subprodutos do algodão.
AGROTÓXICOS
A produção, utilização, comercialização, exportação e importação de produtos conhecidos como agrotóxicos ou biocidas, e seus afins, são regulamentados regulamentados pela Lei nº7.802, de 11 de julho de 1989, que foi regulamentada pelo Decreto nº 98.816, de 11 de janeiro de 1990. Esta Lei entrou em vigor na data de sua publicação, tendo sido revogadas as disposições em contrário, segundo o disposto em seu artigo 23, revogando, portanto, a legislação anterior que disciplinava a matéria, por força do disposto no parágrafo 1º do art. 2º do Decreto-Lei 4.657, de 4 de setembro de 1942, a Lei de Introdução ao Código Civil. A lei lei dispõ dispõee sobre sobre a pesqu pesquisa isa,, exper experime imenta ntaçã ção, o, produç produção ão,, embal embalage agens, ns, rotul rotulage agem, m, tran transp spor orte te,, arma armaze zena name ment nto, o, come comerc rcia iali liza zaçã ção, o, prop propag agan anda da come comerc rcia ial, l, util utiliz izaç ação ão,, importação, exportação, destino final dos resíduos e embalagens, seus componentes e afins, além de outras providências. Esta Lei, também definiu a classificação dos produtos agrotóxicos. São elas:
Classe I - extremamente tóxico ( TARJA VERMELHA)
Classe II - altamente tóxico ( TARJA AMARELA)
Classe III - medianamente tóxico ( AZUL)
Classe IV - pouco tóxico( TARJA VERDE).
Os agro agrotó tóxi xico coss deve devem m ser ser manu manuse sead ados os com com cuid cuidad ados os espe especi ciai ais. s. Em funç função ão da suscetibilidade a um grande número de pragas, o sistema de produção da cultura do algodoeiro, especialmente na região do cerrado brasileiro, exige a aplicação de um grande volume de agrotóxicos. Além disso, o próprio sistema de produção, baseado em alta quantidade de insumos, requer a aplicação de variados produtos enquadrados na categoria dos agrotóxicos.
São, principa principalmen lmente, te, insetic inseticidas idas,, herbicid herbicidas, as, fungici fungicidas, das, regulado reguladores res de crescime crescimento, nto, desfolhantes, dessecantes, adjuvantes. Cuidados especiais devem ser tomados antes da aplicação dos produtos. A leitura atenta dos rótulos das embalagens e a bula dos produtos deve preceder qualquer aplicação. Para a aplicação deve-se, obrigatoriamente, utilizar um equipamento de proteção individual (EPI). Este deve constar de um macacão de mangas compridas, chapéu de aba larga, luvas impermeáveis, impermeáveis, botas, avental impermeável e máscara apropriada. Deve-se, ainda, tomar as seguintes seguintes precauções gerais:
não usar o produto para outra finalidade que não seja agrícola
manter o produto afastado de crianças, alimentos ou de rações animais
não comer, beber ou fumar durante o manuseio do produto
não utilizar equipamentos de aplicação com vazamento
não desentupir bicos, orifícios, válvulas, tubulações ou similares, com a boca
não lavar as embalagens ou equipamentos de aplicação em lagos, fontes, rios ou qualquer outro reservatório ou curso d'água;
mante manterr sempre sempre dispon disponíve íveis is sacos sacos plásti plástico cos, s, para para envol envolver ver adequ adequad adame amente nte as embalagens embalagens rompidas ou para o recolhime r ecolhimento nto dos produtos vazados
não permitir que menores de idade trabalhem na aplicação dos agrotóxicos
manter afastadas das áreas de aplicação, crianças, animais domésticos e pessoas desprotegidas.
Ao manusear os produtos as seguintes precauções devem ser tomadas pelo aplicador:
evitar contato com nariz e boca;
usar EPI;
não desentupir bicos, orifícios e válvulas com a boca;
não utilizar equipamentos de aplicação com vazamentos;
evitar o contato com os olhos. Caso ocorra, lavar imediatamente imediatamente com água corrente durante quinze minutos e se houver irritação, procurar um médico levando a embalagem, bula ou rótulo do produto;
evitar contato com a pele. Caso isso ocorra, lavar as partes atingidas imediatamente imediatamente com com água água e sabã sabãoo em abun abundâ dânc ncia ia e, have havend ndoo sina sinais is de irri irrita taçã ção, o, proc procur urar ar assistência médica, levando a bula, rótulo ou embalagem do produto;
em caso de inalação, inalação, procurar um local arejado;
evitar respingos ao abrir a embalagem; embalagem;
aplicar somente as doses recomendadas.
Durante a aplicação, tomar as seguintes medidas de precaução: •
não aplicar contra o vento;
•
usar EPI
•
•
•
não distribuir o produto com as mãos desprotegidas, optando por usar luvas impermeáveis; evitar ao máximo, contato com a área de aplicação se a pulverização produzir neblina, não descuidar do uso de avental impermeável e protetor cobrindo o nariz e a boca.
Após a aplicação, observar as seguintes medidas de precaução: •
lavar as mãos com água e sabão após a aplicação;
•
não reutilizar a embalagem vazia;
•
•
manter as sobras de produtos adequadamente fechadas em local trancado, longe do alcance de crianças e animais; tomar banho, trocar e lavar as roupas utilizadas utilizadas durante a aplicação. aplicação.
Em relação aos cuidados com o meio ambiente, algumas medidas devem ser adotadas visando sua proteção. Entre outras podem ser destacadas as seguintes: o
observar a legislação estadual e municipal relativas às atividades agrícolas;
o
aplicar somente as doses recomendadas;
o
não aplicar o produto em horas quentes do dia ou quando houver rajadas de vento;
o
não lavar as embalagens dos produtos em reservatórios ou cursos d'água;
o
descartar corretamente as embalagens e restos de produtos, na região do cerrado, existem programas específicos de descarte de embalagens.
Em relação ao armazenamento, há uma série de medidas de precaução a serem tomadas. Entre estas, podemos destacar como principais, as seguintes: •
•
•
•
armaz armazena enarr separa separado do de out outras ras merca mercador doria iass e separa separar, r, també também, m, por class classes es de agrotóxicos: fungicidas, inseticidas, etc; manter afastadas dos alimentos, iscas raticidas ou sementes tratadas para evitar o consumo acidental; O local de armazenamento deve ser exclusivo para produtos tóxicos, ser ventilado, coberto e ter piso impermeável; manter os produtos em embalagem original e fechada;
•
manter o local trancado;
•
colocar placa de advertência: Cuidado, Veneno ;
•
manter sempre embalagens adequadas disponíveis para envolver adequadamente embalagens embalagens rompidas. Não deixar produtos expostos.
Na cultura do algodoeiro, os principais produtos utilizados são os seguintes:
INSETICIDAS PARA TRATAMENTO DE SEMENTES OU SOLO: Disulfo Disulfoton, ton, Carbofura Carbofuran, n, Acephate Acephate,, Carbosulf Carbosulfan, an, Imidacl Imidacloprid oprid,, Thametho Thamethoxan, xan, Aldicarb Aldicarb,, Profenofós, Metomil, Endosulfan, Triazofós, Diflubenzuron, Cipermetrina, Clorfuazuron, Deltametrina, Deltametrina, Lambdacyhalotrin, Lambdacyhalotrin, Cyflutrin, Alfacipermetrina, Alfacipermetrina, Triflumuron, Lufenuron, Teflubenzuron, Tebufenozide, Spinosad.
INSETICIDAS PARA PULVERIZAÇÕES: Monoc Monocrot rotofó ofós, s, Carbos Carbosulf ulfan, an, Diafe Diafentu nturio rion, n, Metami Metamidof dofós, ós, Endosu Endosulf lfan, an, Dimet Dimetoa oato, to, Triazofós, Paratiom Metil, Acefate, Acefate, Acetamiprid, Thiamethoxan, Thiamethoxan, Abamectin, Triazofós, Triazofós, Prof Profen enof ofós ós,, Prop Propar argi gite te,, Mono Monocr crot otof ofós ós,, Dime Dimeto toat ato, o, Cipe Ciperm rmet etri rina na,, Delt Deltam amet etri rina na,, Endosu Endosulf lfan, an, Metida Metidath thion ion,, Parat Paratio ionn Metil Metil,, Pho Phosme smet,t, Delt Deltame ametri trina, na, Betac Betacyfl yflutr utrin in,, Zetacypermetrina, Zetacypermetrina, Diafentiuron, Diafentiuron, Alfacipermetrina, Alfacipermetrina, Fipronil
FUNGICIDAS PARA TRATAMENTO DE SEMENTES capta captan, n, carben carbendaz dazin in,, carbo carboxin xin + thira thiran, n, difen difenoco oconaz nazole ole,, pencyc pencycuro uron, n, qui quint ntoze ozene, ne, tolylfluanid, triadimenol, thiran.
FUNGICIDAS PARA PULVERIZAÇÃO oxiclore oxicloreto to de cobre*, cobre*, azoxyst azoxystrobi robin*, n*, carbenda carbendazin, zin, trifenil trifenil acetato acetato de estanho, estanho, trifenil trifenil hidróxido de estanho, tebuconazole, tiofanato metílico, mancozeb, clorothalonil. *Este Estess prod produt utos os são são os ún únic icos os com com regi regist stro ro no MAPA MAPA para para pu pulv lver eriz izaç ação ão em algodoeiro
HERBICIDAS Alachlor Alachlor,, Triflura Trifluralin, lin, Amônio-gl Amônio-glufos ufosinat inato, o, Clethod Clethodin, in, Clomazon Clomazone, e, Cynazin Cynazine, e, Diuron, Diuron, MSMA, Paraquat, Pendimethalin, Propaquizafop, Pyrithiobae-sodiu, Sethoxidin.
REGULADORES DE CRESCIMENTO Cloreto de Mepiquat
Cloreto de Cloromequat Cloreto de Clorocolina
ADJUVANTES Etilenoxi Ésteres de Ácidos Graxos com glicerol
DESFOLHANTES DEF 6 Bramoxinil Thidiazuron Glufosinato Glufosinato de Amônio Etephon + Cyclanilide Harvade 600
DESSECANTES Diquat Harvade 600 Paraquat Glyphosate
COLHEITA Colheita e Beneficiamento A modernização da lavoura do algodão com grandes plantios comerciais e a escassez de mão-de-obra no meio rural contribuiu para a utilização, em larga escala, da mecanização do cultivo, sendo a colheita através de colheitadeiras automotrizes, um dos principais segmentos necessários necessários para viabilizar a exploração da cultura em grandes áreas. A colheita mecanizada é extremamente vantajosa em relação à manual, pois os custos operacionais são reduzidos, há melhoria na qualidade do produto colhido, a colheita é feita com maior rapide rapidez, z, o teor teor de imp impure ureza zass é menor, menor, evita evita a presen presença ça de conta contamin minant antes es,, além além de
economia de mão-de-obra nas operações de recepção do produto colhido, pesagem e utilização de sacarias, o que inviabilizaria grandes extensões de cultivo. No Brasil existem duas marcas de colheitadeira colheitadeira de algodão do tipo picker constituídas, em sua maioria, de 5 unidades colhedoras que, em condições normais, colhem entre 15 a 17 hectares equivalendo equivalendo a uma produção produção de 4500@ a 5100@ de algodão em caroço, caroço, em uma jornada diária de trabalho.
DESEMPENHO DA COLHEITADEIRA Pontos fundamentais sobre a implantação e o manejo da cultura, para se obter o máximo desempenho de uma colheitadeira associado à alta qualidade do produto colhido:
Preparar e nivelar bem o terreno, que deve ser, de preferência, plano não exceder a 8% de declividade, isento de pedras, tocos e sulcos de erosão
Realizar a semeadura, de preferência em fileiras retas, proporcionando densidade uniforme entre 10 a 12 plantas por metro linear, e a semeadora adubadeira a ser utilizada deverá ter o mesmo número de unidades colhedoras da máquina, ou número múltiplo.
A variedade deve ser de estrutura compacta, com tamanho homogêneo de plantas e de ciclo relativamente precoce, para proporcionar madurez uniforme na ocasião da colheita.
A adubação deve ser, equilibrada, de acordo com as necessidades do solo e da planta, com vistas a se obter um ótimo desenvolvimento, maturação do cultivo e produtividade.
O controle de ervas daninhas deverá ser cuidadoso e eficiente, em função das dificuldades que elas impõem ao bom desempenho das colheitadeiras, além de depreciar a qualidade da fibra.
Reguladores de crescimento – a altura ideal das plantas para o bom desempenho das colheitadeiras, pode variar entre 1,0m a 1,30m; entretanto, para o algodão, como tem hábito de crescimento indeterminado, deve haver equilíbrio entre o crescimento (vegetativo e reprodutivo) e o desenvolvimento, que é de natureza seqüencial. Os reguladores de crescimento atuam sobre o metabolismo da planta reduzindo o tamanho dos internódios, do número de nós, do comprimento dos ramos vegetativos e produtivos e da altura das plantas.
Desfolhantes: a colheita do algodão na presença de folhas verdes provocará a contaminação com restos foliares, que aumentará a umidade e produzirá manchas de clorofila na fibra, afetando a qualidade do produto; portanto, recomenda-se a aplicação de desfolhantes quando 60 a 70% dos frutos ou capulhos estiverem abertos e a desfolha ocorre entre 7 a 15 dias após a aplicação do produto. No caso
de grandes áreas recomenda-se fazer a desfolha de forma escalonada, compatível com a capacidade de colheitas das máquinas. Umidade da fibra: a umidade ideal para se proceder à colheita é de 12% com 95% dos capulhos abertos. Em áreas onde cai orvalho, recomenda-se que a colheita recomece pela manhã, quando o mesmo já tenha secado, ou seja, entre 08h30min e 09h00min horas e não se deve prolongar até altas horas da noite quando o orvalho já tenha começado a cair, pois é difícil de colher algodão úmido.
Pontos importantes que devem ser levados em consideração para se obter o máximo desempenho de uma colheitadeira, associado à alta qualidade do produto colhido:
Operador da Máquina: a colheitadeira de algodão é uma máquina de funcionamento complexo e delicado, de grande tamanho e alto investimento, razão pela qual deve ser operada por pessoa capacitada e responsável. Manual Técnico: o operador deve conhecer a máquina, através da leitura e entendimento do manual de operação e manutenção, que revelam e especificam peculiaridades, como lubrif lub rific icant antes es a serem serem usados usados,, ajust ajustes es,, regul regulage agens, ns, li limpe mpeza za corret correta, a, conhec conhecim iment entoo e manutenção da eletrônica embarcada, periodicidade de manutenção e reabastecimento de graxas, água/detergente do sistema de umidificação e o correto armazenamento após a safra, com vistas a preservar suas características características originais.
A COLHEITADEIRA DE ALGODÃO A)
colhei eita tade deir iras as de algo algodã dãoo são são equi equipa pada dass com com cabi cabine ness que que A Máquin Máquinaa: as colh proporcionam ao operador alto conforto operativo permitindo, através da eletrônica eletrônica embarcad embarcada, a, o monitora monitorament mentoo complet completoo da máquina em operação, operação, inclusive inclusive da colheita de cada linha e desempenho de cada unidade colhedora, além de total concentração do operador para manter a máquina em velocidade adequada de trabalho, e do manejo dos comandos, com eficiência e rapidez.
Compreendendo Compreendendo o seu funcionamento : Com o deslocamento da máquina, os elevadores de talo elevam, reúnem e conduzem as plantas para os tambores colhedores (Figura 15).
Figura 15. Máquina colheitadeira.
B)
A extraç extração ão da fibra fibra dos dos capul capulhos hos abert abertos os é feita feita atrav através és de fusos fusos girat giratóri órios os previamente umedecidos por meio das escovas umidificadoras, que estão ligados a barras apanhadoras, as quais, por sua vez, formam os tambores apanhadores (Figura 16).
Figura 16. Esquema da unidade colhedora da colheitadeira de algodão. C) A retira retirada da do algod algodão ão em rama rama dos fusos fusos ocorre ocorre media mediant ntee disco discoss desfi desfibra brador dores es giratórios, de uretano. D) Uma vez separado o algodão, um sistema de transporte pneumático acionado por turbinas envia o ar aos condutos de elevação originando, assim, uma sucção, que absorve o algodão das unidades colhedoras conduzindo-o conduzindo-o até o cesto. Neste processo ocorre uma pré-
limpeza do algodão, de maneira que a corrente de ar, juntamente com o pó e resto de folhas, saem ao exterior enquanto o algodão se dirige ao cesto. E) O algod algodão ão é descar descarreg regado ado later lateralm alment entee em cesto cesto bascu basculan lante te,, media mediante nte cilin cilindro dross hidráulicos e esteiras de dosificadoras, ou em cesto com levantamento vertical e descarga horizontal controlada controlada por meio de esteiras dosificadoras. A capacidade de carga do cesto é 3 de 32,5m , o que corresponde a aproximadamente (172@). Apresenta compactadores do tipo caracol para otimizar a densidade de carga.
REGULAGENS BÁSICAS DE UMA COLHEITADEIRA DE ALGODÃO Inspeção para o funcionamento da máquina – Inicialmente, deve-se fazer uma revisão em todo todoss os meca mecani nism smos os da máqu máquin inaa para para se ter ter cert certez ezaa de que que o conj conjun unto to func funcio iona na perfeitamente. Neste aspecto, os pontos que se seguem são de fundamental importância para o seu bom desempenho: desempenho:
Unidade de Colheita : os guias das plantas devem estar perfeitamente regulados assim e também os sensores que ajustam a altura de colheita, ajustar de acordo com os primeiros capulhos da planta. As placas de compressão das plantas sobre os tambores de colheita devem ser verificadas de forma que os fusos colham o máximo de algodão, sem injuriar mecanicamente a planta. As colheitadeiras possuem dois tambores: um dianteiro e outro traseiro, em que no primeiro são colhidos em média 75% do algodão e o restante no traseiro, motivo por que a placa deste tambor deverá ser mais apertada. Deve-se, também, observar a folga dos desfibradores em relação aos fusos e às escovas umedificadoras, que devem limpar e umedecer os fusos em quantidade correta; já os fusos deverão estar com suas ranhuras bem profundas e bordas afiadas para apanhar com eficiência o algodão das pla plant ntas as.. As jane janela lass de saíd saídaa das das im impu pure reza zass loca locali liza zada dass nos nos tamb tambor ores es deve devem m ser ser regularmente regularmente limpas, bem como os dutos condutores do algodão aos cestos desobstruídos e bem fixos para evitar embuchamento e perda de carga na sucção. Turbinas de ar : são responsáveis pela sucção e impulsão do algodão no cesto; por isso, trabalham em alta velocidade, necessitando de cuidados de limpeza e lubrificação. Pentes de limpeza : quando o algodão em rama está sendo conduzido para o cesto da máquina, passa por um processo de limpeza proporcionado pelos pentes, que devem estar bem regulados. telas que devem estar estar sempre limpas, Cesto para o depósito de algodão : composto de telas para assegurar um fluxo de ar de dentro para fora; eliminando parte das impurezas do algodão. Aconselha-se realizar a cada dois descarregamentos, a limpeza externa das telas e, internamente, meio de vassouras, a do cesto. unçãoo da eletri etrici ciddade ade estáti ática e de pos possív síveis eis Protet Protetor or contra contra incênd incêndio io : em funçã embuchamentos embuchamentos e atrito com peças móveis da máquina o algodão poderá facilmente entrar em combustão; Normalmente, as colheitadeiras dispõem de dispositivos contra incêndios, que devem ser revisados diariamente; diariamente; no entanto, aconselha-se aconselha-se que o produtor disponha de um trator com um tanque de água dotado de uma bomba hidráulica para que durante a operação das máquinas, se localize em local estratégico para atender possíveis casos de incêndio de maior monta.
Transporte e armazenamento do algodão colhido
Bass Boy Quando a colheitadeira está com o cesto cheio de algodão, com aproximadamente 180@, ele deverá ser esvaziado em um reboque especial tipo basculante, denominado Bass Boy, no mesmo local em que se está colhendo, além de evitar que a máquina tenha que sair da sua rota de trabalho, otimizando o tempo de serviço. O Bass Boy é constituído de um chassi, dotado de uma rodagem dupla e cesto confeccionado em tela e chapa metálica tracionado por um trator de média potência (80 cv) (Figura 17). O serviço de Bass Boy consiste em receber o algodão da colheitadeira, carga leve, porém de grande volume e transportá-lo até uma prensa compactadora e abastecê-la. A capacidade do Bass Boy é de pouco mais de 1 cesto da colhedeira, aproximadamente 200@. Para descarregar o algodão na prensa, basta o operador acionar o hidráulico do trator e o cesto se elevará até a altura da prensa prensa,, por inter interméd médio io de doi doiss pistõe pistõess hidrá hidráuli ulicos cos;; em segui seguida, da, aciona aciona-se -se outro outro comando para que um motor hidráulico movimente a esteira dosadora, que descarregará o algodão dentro da prensa, de forma uniforme e controlada. A área de algodão atendida por um Bass Boy é de 500 a 700 ha.
Figura 3. Bass Boy.
Prensa Compactadora A prensa compactadora do algodão colhido apresenta configuração similar a um caixão metálico reforçado, sem fundo, montado sobre pneus; suas laterais são reforçadas e, sobre elas e na parte superior, está vinculada uma estrutura que se desloca longitudinalmente e que agrega um pistão com macieira, para apressionar massa de algodão em todo o compartimento. O acionamento da prensa ocorre através da tomada de força do trator, que aciona hidraulicamente o pistão, e um motor hidráulico que comanda, por meio de correntes de roletes, o deslocamento da estrutura com a prensa (Figura 18). O operador da
pre prens nsaa se situ situaa em um umaa plat plataf afor orma ma exte extern rnaa na part partee dian diante teir iraa da máqu máquin inaa e o funcionamento funcionamento ocorre a cada descarregamento descarregamento do Bass Boy; normalmente, são necessários quatro cestos cheios da colheitadeira para formar um módulo ou fardão cujo peso médio é de 10 toneladas, podendo alcançar densidade de até 200 kg/m 3.
Figura 18. Prensa de algodão.
Formação dos Fardões Através de fardões é a forma de se armazenar a produção na própria lavoura, situando-se, de preferência, nas cabeceiras dos talhões, em local estratégico e de fácil acesso. Na confecção do fardão recomenda-se, antes de se limpar a área retirando os talos de plantas de algodão, colocar uma camada de 5 cm de brácteas secas (casquilhas de algodão) fornecidas pelas algodoeiras, para evitar que o fundo fique em contato com a terra e, consequentemente, sua contaminação. O fardão deve apresentar bom acabamento para evitar quebras nas extremidades quando da retirada da prensa e no transporte. A cobertura do fardão deve ser com lona plástica nova, envolvendo todo o volume, sem perfurações, para evitar entrada de água da chuva e a amarração deve ser realizada com fios de algodão (Figura 19). Uma vez terminada esta operação, a prensa é deslocada a uma distância distância média de 20m, onde começará a feitura de um novo fardão. A área de algodão atendida por uma prensa é de 500 a 700 ha.
Figura 19. Armazenamento do fardão.
Transporte da produção Caso o beneficiamento se realize na própria fazenda produtora de algodão, os fardões ou módul módulos os serão serão,, movim moviment entad ados os e transp transport ortad ados os por um caminh caminhão ão espec especia ial,l, chamad chamadoo transmódulo (Figura 20) e se for realizado por uma algodoeira prestadora de serviço distante da fazenda produtora, a movimentação dos fardos na lavoura ficará por conta do transmódulo e o transporte, caberá a uma carreta tipo prancha; portanto, a função do tran transm smód ódul uloo é agil agiliz izar ar o proc proces esso so de tran transp spor orte te dos dos fard fardõe õess até até a algo algodo doei eira ra.. O funcionamento do transmódulo consiste em autocarregar a sua plataforma com o fardão, por intermédio de 11 correntes paralelas e roletes de apoio, transportá-lo a determinado lugar e descarregá-lo na prancha, no pátio da algodoeira ou na área de atuação da piranha. Para a carreta-prancha transportar o fardão (Figura 21), é necessário a interferência do transmódulo para o seu carregamento, e para o seu descarregamento na algodoeira. O tran transm smód ódul uloo é um cami caminh nhão ão adap adapta tado do que que cont contém ém um umaa plat plataf afor orma ma de 11,3 11,3m m de comprimento, com capacidade de transporte de 10 toneladas. A área de algodão atendida por um caminhão transmódulo é de 2000 a 2500 ha.
Figura 20. Transmódulo. Transmódulo.
Figura 21. Carreta tipo prancha. Beneficiamento do algodão O benefi beneficia ciamen mento to do algod algodão ão é feit feitoo nas Algodoe Algodoeira iras, s, é a etap etapaa prévia prévia para a sua sua industrialização e consiste na separação da fibra das sementes por processos mecânicos, com mínima depreciação das qualidades intrínsecas da fibra e a obtenção de um bom tipo de algodão, de maneira a atender às exigências da indústria têxtil e de fiação. O proces processo so se ini inici ciaa com a pesag pesagem em do fardã fardãoo que, que, poste posterio riorme rmente nte,, passa passa por um equipamento denominado vulgarmente de Piranha ou Ricardão (Figura 22), que tem a função de desmanchá-lo através de eixos batedores de pinos que abrem, desempelotam e limpam parte do algodão, conduzindo-o a uma esteira que o levará à sucção de alimentação da usina. Em outras algodoeiras que não dispõe de desmanchadores, o processo de
alimentação é realizado por meio de tubos telescópio que atuam sobre os fardões ou gaiolas promovendo alimentação da usina de beneficiamento via sucção.
Figura 22. Piranha ou Ricardão. Em algodoeiras equipadas com aferidores eletrônicos é possível determinar a umidade do algodã algodãoo e proce proceder der a secage secagem m ou umi umidi dific ficaçã açãoo confo conforme rme o caso, caso, para para melhor melhorar ar as operações de limpeza e descaroçamento, garantindo melhor qualidade final da fibra. O processo de separação da fibra da semente é realizado por descaroçadores de serras circulares que são apresentados em diferentes modelos, número de serras, capacidade de trabalho e fabricantes. Através de processos eletrônicos é possível regular o peso médio dos fardos a serem compactados e amarrados ao final do processo além da retirada automática de amostras para analise no HVI (high volume instruments).
COEFICIENTES TÉCNICOS
A cultura do algodoeiro algodoeiro exige uma série de práticas que demandam custos. Apresentam-se a seguir, as estimativas dos custos de produção fixo, variável e total da cultura do algodão no Mato Grosso, na safra 2001/2002.
O Custo fixo remunera os fatores de produção cujas quantidades não variam no curto prazo, mesmo que o mercado indique que se deve alterar a escala de produção. São custos fixos: depreciação e juros sobre o valor de máquinas, equipamentos e benfeitorias e juros sobre o capital empregado em terra (estimado como valor de arrendamento). arrendamento). O custo variável refere-se às despesas que variam de acordo com a escala de produção. São custos variáveis: sementes fertilizantes, calcário, defensivos, combustíveis lubrificantes, reparos de máquinas e equipamentos e outros. O custo total é a soma dos custos fixos e variáveis. Nas tabelas tabelas 17 e 18 são apresentados os dados obtidos em levantamento de campo no município de Sorriso – MT.
Tabela 17 . Custos fixo, variável e total da cultura do algodão semi - direto, por hectare, em Sorriso, MT, em agosto de 2001. Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados, MS, 2002.
Componentes do custo
Unidad e
Quanti Preço Valor dade unitário (R$) (R$)
(US$)
Partici pação (%)
A - Custos fixos
255,47
102,19
10,05
Deprec Depreciaç iação ão e juros juros sobre sobre R$/ha capital fixo
75,47
30,19
2,97
Remuneração da terra
180,00
72,00
7,08
B - Custo variável
2.135,6 3
854,24
84,03
B.1 - Insumos
1.511,4 0
604,55
59,49
R$/ha
Calcário
t
1,00
24,00
24,00
9,60
0,94
Semente de milheto
kg
20,00
0,12
2,40
0,96
0,09
Semente de algodão
kg
13,00
2,40
31,20
12,48
1,23
Fungici Fungi cida da (trata (tratamen mento to de L sementes) 1
0,04
61,55
2,46
0,98
0,10
Fungici Fungi cida da (trata (tratamen mento to de L sementes) 2
0,03
62,55
1,63
0,65
0,06
Fungici Fungi cida da (trata (tratamen mento to de L sementes) 3
0,03
63,55
1,65
0,66
0,07
Inseti Insetici cida da (trat (tratame amento nto de L sementes)
0,08
696,50
54,33
21,73
2,14
Fertilizante (manutenção)
kg
550,00
0,55
302,50
121,00
11,90
Fertilizante (cobertura)
kg
500,00
0,50
250,00
100,00
9,84
Herbicida dessecante 1
L
0,60
9,30
5,58
2,23
0,22
Herbicida dessecante 2
L
2,50
11,20
28,00
11,20
1,10
Herbicida pré-emergente 1
L
2,00
12,60
25,20
10,08
0,99
Herbicida pré-emergente 2
L
1,00
9,30
9,30
3,72
0,37
Herbicida pós-emergente 1
L
2,00
12,60
25,20
10,08
0,99
Herbicida pós-emergente 2
L
3,00
9,50
28,50
11,40
1,12
Herbicida pós-emergente 3
L
0,35
89,00
31,15
12,46
1,23
Inseticidas (13 produtos)
L
11,03
45,66
503,40
201,36
19,81
Fungicidas
L
1,45
62,83
91,10
36,44
3,59
Regulador de crescimento
L
1,00
38,00
38,00
15,20
1,50
Desfolhante
L
0,40
110,00
44,00
17,60
1,73
Espalhante adesivo
L
2,00
4,30
8,60
3,44
0,34
Formicida
kg
0,50
6,40
3,20
1,28
0,13
405,00
162,00
15,92
B.2 - Operações agrícolas Distribuição calcário
hm
0,25
19,50
4,88
1,95
0,19
Subsolagem
hm
0,60
23,33
14,00
5,60
0,55
Gradagem aradora
hm
0,62
20,99
13,01
5,20
0,51
Gradagem niveladora
hm
0,39
18,98
7,40
2,96
0,29
(a hm
0,25
22,52
5,63
2,25
0,22
Incorporação milheto
hm
0,39
22,94
8,95
3,58
0,35
Semeadura/adubação
hm
0,40
34,00
13,60
5,44
0,54
Adubação cobertura
hm
1,40
17,01
23,81
9,52
0,94
herb herbic icid idas as (3 hm
0,45
18,98
8,54
3,42
0,34
Aplicaçã Aplicaçãoo herbicid herbicidas as (jato (jato hm dirigido)
0,70
18,98
13,29
5,32
0,52
Aplicação inseticidas (5 hm
0,75
18,98
14,24
5,70
0,56
Semeadura lanço)
Apli Aplica caçã çãoo aplic)
milheto
aplic) Aplicação fungicidas
hm
0,15
18,98
2,85
1,14
0,11
Aplicação aérea inseticidas ha (4 aplic)
4,00
10,00
40,00
16,00
1,57
Aplicação aérea fungicidas
ha
1,00
10,00
10,00
4,00
0,39
aérea ha
1,00
10,00
10,00
4,00
0,39
Colheita (máquina alugada) ha
7,00
30,00
210,00
84,00
8,26
Destruição soqueira
0,30
15,99
4,80
1,92
0,19
219,23
87,69
8,62
Aplicação desfolhante
hm
B.3 - Outros Transporte externo
@
1,00
30,00
30,00
12,00
1,18
Aplicação de formicida
dh
0,04
15,00
0,60
0,24
0,02
Assistência técnica
ha
1,00
17,00
6,80
0,67
capital %
6,00
119,93
47,97
4,72
rura rurall %
2,20
51,70
20,68
2,03
2.391,1 0
956,43
94,08
150,00
60,00
5,90
2.541,1 0
1.016,4 3
100,00
2.850,0 0
1.140,0 0
308,90
123,56
Juros sobre circulante Segu Seguri rida dade de (CESSR)
soci social al
C - Custo de produção (A + B) D - Beneficiamento
@
5,00
30,00
E - Custo total (C + D) F - Receita (pluma)
@
95,00
G - Margem líquida (F E)
30,00
Tabela 18. Custos fixo, variável e total da cultura do algodão semi-direto, por hectare, em Sorriso, MT, em agosto de 2001. Embrapa Agropecuaria Oeste, Dourados, MS, 2002.
Componentes do custo
Uni dade
Quanti Preço Valor dade unitário
Partici pação
(R$)
(R$)
(US$)
(%)
A - Custos fixos
255,47
102,19
10,05
Depr Deprec ecia iaçã çãoo e juro juross sobr sobree R$/ha capital fixo
75,47
30,19
2,97
Remuneração da terra
180,00
72,00
7,08
B - Custo variável
2.135,6 3
854,24
84,04
B.1 - Insumos
1.511,4 0
604,55
59,49
R$/ha
Calcário
t
1,00
24,00
24,00
9,60
0,94
Semente de milheto
kg
20,00
0,12
2,40
0,96
0,09
Semente de algodão
kg
13,00
2,40
31,20
12,48
1,23
Trat ratamento (fungicidas)
de
sementes L
0,09
27,33
5,74
2,29
0,23
Trat ratamento (inseticida)
de
sementes L
0,08
696,50
54,33
21,73
2,14
Fertilizantes
t
1,05
526,19
552,50
221,00
21,74
Herbicidas
L
11,45
13,35
152,93
61,17
6,02
Inseticidas
L
11,03
45,66
503,40
201,36
19,81
Fungicidas
L
1,45
62,83
91,10
36,44
3,59
Regulador de crescimento
L
1,00
38,00
38,00
15,20
1,50
Desfolhante
L
0,40
110,00
44,00
17,60
1,73
Espalhante adesivo
L
2,00
4,30
8,60
3,44
0,34
Formicida
kg
0,50
6,40
3,20
1,28
0,13
405,00
162,00
15,93
B.2 - Operações agrícolas Distribuição calcário
hm
0,25
19,50
4,88
1,95
0,19
Preparo do solo
hm
1,61
21,37
34,41
13,76
1,35
Semeadura milheto (a lanço)
hm
0,25
22,52
5,63
2,25
0,22
Incorporação milheto
hm
0,39
22,94
8,95
3,58
0,35
Semeadura/adubação
hm
0,40
34,00
13,60
5,44
0,54
Adubação cobertura
hm
1,40
17,01
23,81
9,52
0,94
Aplicação de defensivos
hm
2,05
18,98
38,92
15,58
1,53
Aplicação aérea de defensivos
ha
6,00
10,00
60,00
24,00
2,36
Colheita (máquina alugada)
ha
7,00
30,00
210,00
84,00
8,26
Destruição soqueira
hm
0,30
15,99
4,80
1,92
0,19
219,23
87,69
8,62
B.3 - Outros Transporte externo
@
1,00
30,00
30,00
12,00
1,18
Aplicação de formicida
dh
0,04
15,00
0,60
0,24
0,02
Assistência técnica
ha
1,00
17,00
6,80
0,67
Juros sobre capital circulante
%
6,00
119,93
47,97
4,72
rural %
2,20
51,70
20,68
2,03
2.391,1 0
956,43
94,09
150,00
60,00
5,90
2.541,1 0
1.016,4 3
100,00
2.850,0 0
1.140,0 0
308,90
123,57
Seguridade (CESSR)
social
C - Custo de produção (A + B) D - Beneficiamento
5,00
30,00
E - Custo total (C + D) F - Receita (pluma)
95,00
G - Margem líquida (F - E)
30,00
REFERÊNCIAS BILBLIOGRÁFICAS BILBLIOGRÁFICAS ADDISCOTT, T.M. ; DEXTER, A.R. Tillage and crop residue management effects on loss losses es of chem chemic ical alss from from soil soils. s. Soil v.30,, p. 125125-16 168, 8, 1994 1994.. Soil Tillag Tillagee Resear Research ch, v.30 ANUÁRIO ANUÁRIO ESTATÍSTICO ESTATÍSTICO DO BRASIL. Rio de Janeiro: Janeiro: IBGE, v.44, 1983; v.48, v.48, 1988; v.53, 1993; v.57, 1997.
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