Ano da Morte de Ricardo Reis Capítulo 1 (páginas 7—31) A narratv narratvaa inicia-se inicia-se com o vapor vapor inglês inglês Highland Highland Brigade Brigade a araca aracarr no cais de Alcânara. A bordo seguem passageiros de várias nacionalidades. Descem poucos no cais de Lisboa. Chove. s via!anes v"o passando pela al#ândega. al#ândega. $m homem % &icardo &eis-' acompanhado por um bagageiro' observa as nuvens bai(as. )osra ineresse pelos conraorpedeiros conraorpedeiros aracados. aracados. Apanha um á(i a* ao Hoel Bragan+a' Bragan+a' ,ue escolhe por esar mais pero do rio. á(i prossegue pelo labirino labirino de Lisboa. o hoel' regisa-se como m*dico' naural do oro' pede um ,uaro % o du/enos e um % por er visa para o rio. 0 um ,uaro duplo' ,ue agrada ao via!ane' segundo con1rma 2alvador' o gerene. cupá-lo por empo inde1nido. &icardo &eis arruma os seus perences perences'' enre enre eles os e(os e(os dos seus poemas' poemas' ,ue guarda numa gavea gavea da secreária. Descee pon Desc ponua ualm lmen ene e par para o !an !anar ar'' 3s oio oio.. bse bserv rvaa um casa casal' l' pai pai e 1lha' 1lha' apercebe apercebendo-s ndo-see ,ue a m"o es,uerda es,uerda dela * im4vel. im4vel. &egres &egressa sa ao ,uaro' ,uaro' onde se insala' con#oravelmene' como se estvesse no lar ,ue nunca eve.
Capítulo 2 (páginas 33 - 60) &icardo &icardo &eis vai cedo ao Banco Banco Comercial Comercial cambiar cambiar dinheir dinheiro o inglês inglês por escudos. ass assei eiaa-se se por por Lisb Lisboa oa e cons consul ula a os !orn !ornai ais' s' onde onde con1 con1rm rmaa a no5c no5cia ia da “morte inesperada de Fernando Pessoa, o poeta do Orfeu” . 2egue de el*crico ao cemi*rio dos ra/eres e visia o !a/igo onde o corpo de 6ernando essoa se enconra. Apanha um á(i para o &ossio e almo+a ardiamene nos 7rm"os $nidos. 2egues a p* por Lisboa8 ra+a da 6igueira' &ua dos Douradores' &ua da Concei+"o e encaminhase para o hoel. o ,uaro' abre uma !anela' sena-se na polrona e oma consciência de ,ue s4 na,uela alura a sua viagem erminara realmene. A chuva recome+a e a água alasra no ch"o encerado do ,uaro. &icardo &eis pede a!uda. A criada- L9dia % sobe e limpa a água do pavimeno. &icardo &eis escreve. Adormece no so#á. Acorda' abor aborre reci cido do por por se er er dei( dei(ad ado o ador adorme mece cerr vest vestdo do.. De Desc sce. e. Cons Consul ula a os !orn !ornai aiss novamene8 demiss"o do governo espanhol' aa,ue da 7ália 3 :t4pia. ;s oio' &icardo &eis !ana' conando volar a observar o casal ,ue vira na v*spera. 6ica pesaroso por n"o o ver e 1ca a saber pelo gerene ,ue s"o pai e 1lha' de Coimbra' indo a Lisboa mensalmene para ,ue )arcenda % * esse o nome da rapariga % possa ser observada
)6
por um m*dico' por causa da paralisia da m"o. &icardo &eis sobe ao ,uaro e relê os seus versos anes de se deiar.
Capítulo 3 (páginas 61 !2) L9dia chega com o pe,ueno-almo+o 3s nove e meia e #a/ alus"o 3 cheia no Cais do 2odr*. narrador re
es' sentndo-se num “labirinto ? ,ue o condu/ “sempre ao mesmo lugar”. Depois do almo+o' regressa ao hoel de á(i. @ana mais arde' so/inho' apenas com o criado' &am4n. 2obe ao ,uaro' mas arrepende-se' volando a sair. ai ao &ossio e as pessoas #eliciam-se com a chegada da meia-noie. &icardo &eis regressa ao hoel' pouco passava da meia-noie e meia hora?. Ao enrar no ,uaro' depara-se com Fernando Pessoa no so#á' senado. :n,uano moro' a sua imagem n"o se re
Capítulo " (páginas !3 110) narrador ra+a a siua+"o pol9tca de orugal sob um regiso ir4nico e sempre sob a perspectva dos !ornais' de cá? numa alus"o 3 manipula+"o da in#orma+"o por pare da diadura. &icardo &eis #a/ minuciosamene a sua leiura matnal das ga/eas? durane o pe,ueno-almo+o' deendo-se na observa+"o de um grande an=ncio % o 6reire ravador. &icardo &eis p>e a m"o no bra+o da L9dia pela primeira ve/ e ambos 1cam nervosos. 2ai para um passeio e sene ,ue esá numa eia' numa encru/ilhada por enre as ruas da cidade. &icardo &eis re
Capítulo # (páginas 111- 13") douor 2ampaio e a 1lha chegam ho!e?. L9dia enra no ,uaro de &icardo &eis e promee-lhe ,ue irá nessa noie' mas &icardo &eis dese!a ineriormene ,ue n"o o #a+a' depois de tr"s noites a#$as ?. ;s oio e meia desce para !anar. :nreano' em prolepse' L9dia' en,uano passa a #erro o #ao ,ue &icardo &eis levará ao earo' dese!ar ir com ele' embora saiba ,ue al nunca possa aconecer. Ao !anar' &icardo &eis mosra-se vivamene ineressado em )arcenda. o dia seguine desce ao Chiado para comprar o bilhee para o earo. assa a arde nos ca#*s. Depois de volar ao hoel para se vestr' !ana pelo &ossio e assise ao earo. o inervalo' procura “faer-se encontrado” do pai de )arcenda' o Douor 2ampaio. Apresena-se' conversam um pouco no ário. o segundo inervalo' enconram-se os rês. o 1nal' pai e 1lha seguem de á(i para o hoel e &icardo &eis decide observar o rio' no Ferreiro do a+o' reparando nos conraorpedeiros. &egressa ao hoel' o#erece uma noa de vine escudos ao imena' o empregado' receando ,ue ele saiba da sua rela+"o com L9dia. 6ernando essoa visia &icardo &eis' no ,uaro' nessa noie. Critca-o por se envolver com uma criada' sentndo-se “despeitado ?. )ais arde' nessa noie' L9dia visia &icardo &eis no ,uaro e “en%ou-se na cama” .
Capitulo 6 (páginas 13# 1#$) 2abendo ,ue )arcenda regressará ao hoel depois do almo+o' &icardo &eis dei(ou-se esar na sala de esar' a ler os !ornais. ; arde' conversa com a !ovem de 23 anos sobre a sua doen+a' o bra+o im4vel. 6icara assim desde a morte da mãe. :nreano L9dia' nervosa' serve-lhes ca#*. )arcenda con1dencia a &icardo &eis ,ue há dois anos ,ue vem a Lisboa com o seu pai para ser observada por um m*dico' mas' na verdade' o seu pai em uma amane' usando a sua doen+a como desculpa. &icardo &eis insise para ,ue ela contnue a ir a Lisboa. Ferminada a conversa' recolhem-se aos ,uaros. L9dia indigna-se com imena por causa das suas insinua+>es sobre pessoas ,ue “andam pelos corredores a altas horas” . ;s oio da noie' o douor 2ampaio convida &icardo &eis para o acompanhar ao !anar com )arcenda. 6elipe e &am4n' galegos' servem o grupo. A conversa * sobre a siua+"o pol9tca. douor 2ampaio' apoiane de 2ala/ar' sugere a &icardo &eis a leiura do livro &onspira'(o. 6indo o !anar' )arcenda recolhe-se por Lisboa e regressa de á(i ao hoel. o ,uaro' observa ,ue “a segunda almofada n(o sa)ra do arm*rio” .
)6
Capítulo 7 (páginas 1#! 1$$) &icardo &eis dedica-se 3 leiura da &onspira'(o. Lê o livro no ,uaro en,uano' no e(erior' chove. Carlos' um universiário' #oi preso no Al!ube por andar metdo em greves acad*micas' e )ar9lia' 1lha do senador' vai mover ines em :spanha e corre o boao de um golpe miliar. &icardo &eis e 6ernando essoa enconram-se num ca#* de bairro e conversam sobre pol9tca. Ao regressar ao hoel' &icardo &eis eme ,ue a sua rela+"o com L9dia enha sido descobera Kmal ele suspeia ,ue o imena a espalhara' murmurada enre risinhos. Chegam rês #am9lias de espanh4is ao hoel e douor 2ampaio ele#ona' enreano' a marcar nova esada. Carnaval' em Lisboa' * chuvoso' de um “entusiasmo triste?. &icardo &eis aborrece-se com a “farrapagem do corso” . 0 ,uase noie e' cansado do rise especáculo carnavalesco' regressa ao hoel' en,uano assise a uma par4dia de more. ensou raar-se de 6ernando essoa Kpois ele tnha sugerido ,ue ambos se mascarassem no Carnaval % ele de more e &icardo &eis de domador de le>es. ersegue a 1gura pela Bai(a de Lisboa. :sa con#rona &icardo &eis' insulando-o e desaparecendo na noie. &ecome+a a chover.
)6
Capítulo $ (páginas 1$! 21") &icardo &eis passa mal a noie. :sava #ebril. 2onha com plan9cies' barcos e ele multplicado em cada um deles. Fena ler mais um pouco do !he +od of !he abrinth. De manh"' L9dia oma cona do m*dico. )ima-o e dá-lhe aen+>es. “esse dia e no seguinte, /icardo /eis n(o saiu do 0uarto” . L9dia assume o papel de responsável pela sua convalescen+a. a manh" de ,uara-#eira' a mesma em ,ue )arcenda chega. &icardo &eis recebe uma conra#* da ol9cia de igilância e De#esa do :sado' pelas m"os de 2alvador. 0 intmado para se apresenar para presar declara+>es. “1* todo o pessoal do hotel sabe 0ue o hóspede do duentos e um 234 foi chamado 5 pol)cia” . Ao descer para o !anar' odos o raam com disanciameno. L9dia re#ere ,ue o seu meio-irm"o' Daniel )artns' marinheiro de A#onso de Albu,uer,ue' “é contra a situa'(o” ' iso *' * oposior ao regime diaorial de 2ala/ar e sabe ,ue os inerroga4rios podem incluir oruras e castgos. &icardo &eis regressa ao ,uaro e pede ,ue lhe se!a servido o !anar. "o se sene con#orável com os olhares incrimina4rios de odos. :screve uns versos no ,uaro' ,uando )arcenda lhe dei(a um bilhee por debai(o da pora. ele marca um enconro para o Alo de 2ana Caarina' na arde da manh" seguine. o dia seguine' &icardo &eis almo+a na Bai(a' oma um ca#* na Brasileira e dirige-se para o local combinado. 6ernando essoa surge subiamene e compara Ricardo Reis a D João V, por se tão mulherengo' revelando um inenso sarcasmo pelas suas op+>es amorosas. )arcenda surge ao enconro de &icardo &eis. 6ica combinado ,ue &icardo &eis se corresponderá com a !ovem' escrevendo para um aparado posal. Dois velhos comenam o enconro. &icardo &eis pare' depois de )arcenda' e observa uns escrios no segundo andar de uma casa.
Capítulo ! (páginas 21# 2"0) &icardo &eis vai 3 pol9cia. veno * muio #ore' como se re
)6
A chuva contnua. o 1nal da arde' &icardo &eis desce ao primeiro andar e cona a 2alvador as novidades do inerroga4rio. or indica+"o de icor a 2alvador' odos no hoel s"o alerados para vigiarem &icardo &eis. :se passa algum empo com L9dia' con#essando-lhe a admira+"o ,ue sene por ela. os dias seguines' &icardo &eis procura casa. L9dia promee-lhe ,ue n"o o abandonaria. o hoel' a vigilância apera. :nconra no !ornal o an=ncio do segundo andar na &ua de 2ana Caarina' o mesmo pr*dio ,ue vira ao Alo de 2ana Caarina' ,uando se enconrara com )arcenda. Lá chegando' es"o os mesmos dois velhos no banco a olhar para o rio. @á no aparameno' com a chave na m"o' observa o rio' os barcos' a esáua do Adamasor e os velhos no banco.
Capítulo 10 (páginas 2"1 26#) L9dia chora ao saber ,ue n"o mais verá &icardo &eis com a mesma #re,uência. 7rá a!udá-lo a cuidar a casa. o dia seguine' &icardo &eis compra as roupa de cama' maerial de co/inha e udo o ,ue * necessário para a casa nova. :screve a )arcenda' indicando-lhe a morada. o hoel' anuncia a 2alvador ,ue sairá do hoel no sábado seguine. :se insise em saber a morada da residência nova. Depois de acompanhar dois carregadores a* ao aparameno' &eis observa a casa com dealhe. Da !anela' vê as nuvens de chumbo' a esáua do Adamasor e os dois “arran6os domés#cos” . 2ene necessidade de organi/ar a sua vida. Deia-se pouco anes das de/. Baem 3 pora. 6ernando essoa chega da rua' sem esar molhado. 6alam sobre a solid"o. &icardo &eis adormece com 6ernando essoa senado' a observá-lo.
Capítulo 11 (páginas 267 2!1) &icardo &eis sai de manh"' vestdo 3 pressa e mal arran!ado' para comprar #4s#oros. o regresso' observa a esáua do Adamasor' dei(ando os velhos do banco in,uieos' desconcenrando-os na leiura do !ornal O Século. Depois de comer algo' decide n"o #a/er a cama. 2ai e passeia-se por Lisboa. Almo+a um bi#e no Chave de uro' vai ao cinema. &egressando a casa' recome+a a chover. L9dia visia-o. a se(a-#eira seguine regressará' na sua #olga' para #a/er a limpe/a da casa' ,ue bem necessiada esá. &icardo &eis bei!a L9dia ,ue' enreano' o in#orma da chegada de )arcenda no dia seguine. erguna-lhe se ,uer ,ue lhe dê a sua morada. &icardo &eis responde negatvamene' ciene de ,ue lhe escrevera dando-lhe essa indica+"o. ; sa9da' L9dia * observada pelas vi/inhas do pr*dio.
)6
&icardo &eis n"o saiu para !anar. &ecome+ou a leiura do !he +od of the abrinth, na primeira página. Adormece. a manh" seguine' o dia contnua carregado. A leieira e o padeiro visiam &icardo &eis para acerar as enregas. Depois o ardina. Lê os !ornais. )arcenda visia-o. &icardo &eis bei!a-a pela primeira ve/. )arcenda con#essa ,ue esperava ,ue ele a tvesse bei!ado. 6alam sobre os sentmenos m=uos e percebem ,ue n"o se amam. Apenas gosam um do ouro. 6alam sobre o bra+o de )arcenda. pai pensa ,ue seria bom )arcenda ir a 6átma. Depois de beberem o chá' )arcenda despede-se.
Capítulo 12 (páginas 2!3 31!) As vi/inhas do primeiro e erceiro andares comenam a enrada das mulheres no segundo andar8 “mudou-se fa amanh( oito dias e 6* l* entraram duas mulheres” . L9dia ra/ uma baa e #a/ grandes limpe/as no aparameno. :nreano' &icardo &eis vai almo+ar so/inho' pois n"o 1caria bem ser viso com uma criada. L9dia oma banho e &icardo &eis enra' observa-a. Deiam-se nus na cama. &icardo &eis escreve' na manh" de segunda-#eira' uma e(ensa cara a )arcenda. ; arde vai procurar um emprego como m*dico. :nconra uma substui+"o emporária de um especialisa de cora+"o e pulm>es. :nreano' como )arcenda n"o respondera' &icardo &eis escreve-lhe nova cara' relaando-lhe o seu rabalho na policl9nica' mesmo pero do seu aparameno' na ra+a Lu9s de Cam>es. “)dia $em 0uase todos os seus dias de folga”. Come+a a primavera e os dias 1cam
melhores. narrador re
Capítulo 13 (páginas 321 - 3"#)
)6
6ernando essoa apareceu duas noies depois?. :nconram-se !uno ao Adamasor. Conversam sobre os amores de &icardo &eis e sobre a more. Como habiualmene' 6ernando essoa * sarcástco. "o para o aparameno de &icardo &eis e pelo caminho enconram o agene icor. o aparameno' conversam sobre 2ala/ar' “o ditador portugu"s, o protector, o pai, o professor, o poder manso” . &icardo &eis vai buscar os !ornais para ,ue 6ernando essoa se acuali/e. Conversa-se sobre pol9tca. 6ernando essoa sai e &icardo &eis deia-se. L9dia vai ao aparameno de &icardo &eis8 “7om dia, senhor doutor” % nunca o raará por &icardo. Foma o pe,ueno-almo+o na cama e lê o !ornal8 elei+>es em 6ran+a' aa,ue a Addis-Abeba' o dirig9vel ra# Meppelin ,ue sobrevoara Lisboa' com a sua cru/ “gamada, uma su*s#ca” . &icardo &eis convida L9dia a deiar-se mas apercebe-se de uma inesperada e s=bia impoência da sua pare. :m pânico' decide omar banho. L9dia n"o se apercebe e culpabili/a-se. Frês dias depois' )arcenda aparece no consul4rio de &icardo &eis. Bei!am-se novamene. &icardo &eis' num 9mpeo' pede )arcenda em casameno' mas recebe uma negatva8 “(o, muito de$agar o disse 234 (o ser)amos felies” . )arcenda pare.
Capítulo 1" (páginas 3"7 37$) )arcenda envia nova cara a &icardo &eis8 #oi grande imprudência visiá-lo' n"o volará a aconecer' nunca mais nos ornaremos a ver?. 7rá a 6átma' para #a/er a vonade do pai. &icardo &eis relê a pare 1nal8 "o me escreva?. 6ese!a-se o in9cio da vida p=blica de 2ala/ar' há oio anos' e o seu aniversário % ,uarena e see. Fanos ,uano Hiler. Ferminou a guerra na :t4pia' anuncia )ussolini. &icardo &eis em uma vis"o de mulheres violadas' crian+as respassadas de lan+as e perurba-se' por n"o er lido eses horrores no 8i*rio de o9cias . ai buscar o !he +od of !he abrinth, ainda na primeira página. Depois' decide ler as suas odes. L9dia sene-se #eli/' a sua cabe+a repousando no bra+o direio de &icardo &eis' ambos nus e suados. As vi/inhas das varandas das raseiras comenam. &icardo &eis anuncia ,ue vai a 6átma' por curiosidade' e L9dia sugere ,ue poderá enconrar a menina )arcenda. Depois de L9dia se er levanado para passar a #erro' &icardo &eis vai er com ela e bei!a-a. o dia seguine' &icardo reis pare para 6átma. 2egue em primeira classe' de madrugada. a viagem adormece e sonha ,ue #a/ um milagre a )arcenda' recuperando-lhe a mobilidade do seu bra+o es,uerdo' e oda a multd"o rodeia &icardo &eis em ranse. :m 6átma' o#erecem-lhe comida e pare de camionea para a Cova da )6
7ria. percurso * “um formigueiro de gente” . uma curva da esrada' um peregrino morre. &icardo &eis procura' em v"o' )arcenda. !udo parece absurdo a /icardo /eis” . A meio da manh" do dia seguine' decide partr.
Capítulo 1# (páginas 37! "0#) Depois do regresso' dei(a-se 1car em casa por rês dias. Leva consigo o !ornal e sena-se 3 sombra do Adamasor. ; arde' no consul4rio' chega uma cara' mas n"o * de )arcenda. 0 do colega ,ue &icardo &eis esá a substuir. 7rá regressar ao rabalho. L9dia n"o em aparecido. “/icardo /eis anda a pensar em regressar ao 7rasil”. "o se revê no pa9s em ,ue orugal se ornou. L9dia chega' um pouco rera9da. &icardo &eis cona-lhe a ida a 6átma. "o houve milagre nem viu )arcenda. L9dia #a/ a lida da casa e depois &icardo &eis sedu-la. Alguns dias depois foi a $e de Fernando Pessoa $ir $isitar /icardo /eis ?. em com cuidados' depois de se aperceber ,ue algumas pessoas eram capa/es de o ver. &icardo &eis mosra uns versos a 6ernando essoa. 6ala-lhe de Carlos Gueir4s' vencedor do pr*mio lierário desse ano' de ,uem &icardo &eis lera O 8esaparecido. :ra sobrinho de #*lia' e(-namorada de 6ernando essoa. Conversam sobre os amores ,ue ambos êm ou tveram. governo decide #a/er um simulacro de bombardeameno e &icardo &eis resolve assistr. assados dias' cona odo o epis4dio a L9dia.
Capítulo 16 (páginas "07 "32) “:ntre os $elhos e /icardo /eis h* familiaridade”. Agora &icardo &eis levana-se
arde' 3 hora do almo+o. ive sem rabalho e cada ve/ mais desregrado. )dia aparece agora com menos fre0u"ncia” . &icardo &eis conversa amigavelmene com os velhos' ,ue se ineressam essencialmene pelas no9cias do 0uo#diano dram*#co e pitoresco?. o JI de !unho' &icardo &eis ouve uma salva de vine e um tros dos navios de guerra. os degraus da esáua de Cam>es há es' apercebe-se de ,ue n"o há nenhum poema na ;ensagem dedicado a Cam>es. Foi in$e6a, meu 0uerido Pessoa” . “/icardo /eis tenta escre$er um poema a ;arcenda”.
Dá-se um erramoo , “bre$e e brusco”. “/icardo /eis e )dia n(o se le$antaram. :sta$am nus”.
)6
L9dia in#orma &icardo reis de ,ue esá grávida. &icardo &eis mosra-se alheado' indi#erene. Pensas em dei
6ernando essoa visia &icardo &eis. erde-se cada ve/ mais #acilmene e orienase pela esáua de Cam>es. 6alam sobre esáuas retradas e 6ernando essoa relembra ,ue passaram !á see meses. &icardo &eis anuncia ,ue vai ser pai. Contnuam o diálogo repleo de sarcasmo. )as ele n"o esá melhor8 sem rabalho e sem vonade de o procurar' a sua vida passa-se entre a casa, o restaurante e um banco de 6ardim” . &icardo &eis re#ere os versos ,ue escrevera sobre )arcenda' mas 6ernando essoa !á os conhece8 &omo $", sabemos tudo um do outro” . Decrea-se a cria+"o da )ocidade oruguesa. 1lho de L9dia !á poderá “usar no cinto um S de ser$ir e de Salaar, ou ser$ir Salaar, portanto duplo S, SS”.
Capítulo 17 (páginas "33 "#7) Lopes &ibeiro' o reali/ador' 1lma uma cena de uma rusga da pol9cia. ela partcipam o icor e ouros agenes. 1lme chama-se A /e$olu'(o de ;aio. “/icardo /eis l" os 6ornais”. s velhos compram agora o !ornal alernadamene. @á
n"o precisam da caridade de &icardo &eis' ,ue contnua a er hábios de sono menos regrados. Dá-se o golpe miliar em :spanha. “/eceia-se em ;adrid um mo$imento re$olucion*rio fascista. 234 O le$antamento come'ou em ;arrocos espanhol, e, ao 0ue parece, é seu principal chefe o general Franco” .
&icardo &eis cona a L9dia o ,ue se passa em :spanha. 7ncapa/ de compreender' o m*dico e(plica-lhe as motva+>es para o golpe. is"o di#erene em Daniel' meio-irm"o de L9dia. Conversam novamene sobre a decis"o de “deies. Contnua o golpe em :spanha. :m orugal' aumenam os volunários da )ocidade oruguesa. )iguel de $namuno' reior da $niversidade de 2alamanca' declara o seu apoio ao golpe #ascisa em :spanha. calor assola Lisboa. &icardo &eis espera conversar com 6ernando essoa sobre a guerra civil espanhola' ,ue se apro(ima do 1m. ola ao Cemi*rio dos ra/eres' 3
)6
procura de 6ernando essoa. :se surge ao seu lado' invis9vel. Conversam sobre o golpe em :spanha.
Capítulo 1$ (páginas "#! "7$) &icardo &eis compra uma ele#onia' marca ilo. L9dia alegra-se' pois poderá ouvir m=sica. a verdade' L9dia esá muio preocupada com o deslei(o de &icardo &eis' no modo de vestr e nos cuidados pessoais. Cona-lhe ,ue os espanh4is dei(aram o hoel. a ele#onia' ouve as no5cias do bombardeameno de Bada!o/ e chora. L9dia di/ ,ue Daniel a avisara de ,ue n(o se de$e faer sempre fé no 0ue os 6ornais escre$em” . Conversam sobre a verdade das in#orma+>es veiculadas pelos !ornais. “Sempre me responde com as pala$ras do teu irm(o, : o senhor doutor fala-me sempre com as pala$ras dos 6ornais”.
&icardo &eis sene-se cada ve/ mais so/inho e pensa em L9dia. Bada!o/ rende-se. &icardo &eis sabe arav*s dos !ornais e con1rmou com L9dia' arav*s do seu irm"o' do #u/ilameno de milicianos presos' na pra+a de ouros de Bada!o/. “Foram mortos dois mil” . L9dia chora na co/inha' ,uestona-se sobre o ,ue vai #a/er a casa de &icardo &eis8 “ser a criada do senhor doutor, a mulher-a-dias, nem se0uer a amante por0ue h* igualdade nesta pala$ra 234 e ent(o 6* n(o sabe se chora pelos mortos de 7ada6o, se por esta morte sua 0ue é sen#r-se nada.”
&icardo &eis ena novamene reler o !he +od of the abrinth . Adormece com o livro #echado nos !oelhos' no escri4rio. L9dia olhou-o como se fosse um estranho, depois, sem rumor, saiu. =ai a pensar, (o $olto mais”.
s sindicaos nacionais anunciam a promo+"o de um com9cio conra o comunismo. &icardo &eis vai cedo para a pra+a de ouros do Campo e,ueno' de á(i' para garantr lugar. As bancadas est(o cheias” . ria-se por orugal e por 2ala/ar. &icardo &eis regressa a casa a p*. Decide n"o volar a com9cios. “)dia n(o tem aparecido, a roupa su6a acumula-se, o pó cai sobre os mó$eis.”
/icardo /eis nunca se sen#u t(o só. 8orme 0uase todo o dia”. :screve uma cara a )arcenda' mas rasga-a em pedacinhos pe,uenos ,ue lan+a por cima das grades do !ardim' a alas horas da noie. Copia para uma folha de papel o seu poema, Saudoso 6* deste $er(o 0ue $e6o” e envia os versos a )arcenda' sem remeene.
Capítulo 1! (páginas "7! "!") )6
L9dia regressa a casa de &icardo &eis' mas bae 3 pora' n"o #a/endo uso da chave. Desculpou-se por n"o er aparecido. bserva &icardo &eis e acha-o com um ar envelhecido. “)dia come'a a chorar baiero)smo, libertar os presos pol)#cos, tomar posse da ilha” e esperar levanamenos no contnene. o dia seguine' &icardo &eis vai observar os navios de guerra' a partr do !ardim em #rene do seu aparameno. Da ura Banda surge “um enorme dirig)$el, de$ia ser o +raf ?eppellin ou o >indemburgo”.
&icardo &eis desce para o Chiado para ver os barcos de pero. Aparece o icor e &icardo &eis 1ca sobressalado. &egressa a casa e !ana dois ovos rapidamene. De manh"' ouve o primeiro tro de pe+a. Chega ao !ardim e observa o #ore de Almada a disparar conra os navios de guerra. ;s nove horas udo ermina. :nra &icardo &eis em casa e atra-se para cima da cama des#eia e chora. ai ao Hoel Bragan+a' L9dia n"o se enconra lá. 2a9ra e ainda n"o volara. Assim #oi durane oda a arde. os !ornais da arde' &icardo &eis vê o nome do irm"o de L9dia na lisa de marinheiros moros. 6ernando essoa visia &icardo &eis. Anuncia ,ue n"o o ornará a ver' pois o seu empo chegara ao 1m. egando no !he +od of the abrinth” ' &eis decide acompanhar 6ernando essoa. "o poderá valer a L9dia. em poderá ler. “A leitura é a primeira $irtude 0ue se perde” . “:nt(o $amos, disse Fernando Pessoa, =amos, disse /icardo /eis”.
)6