CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE MARABÁ Curso: Contabilidade Turma: CON51/61 Disciplina: Análise de Custos Professora: Pollyanna Souto Semestre: 2014/02
4 - CUSTOS PARA TOMADA DE DECISÃO 4.1 - MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Margem de Contribuição (MC) representa a diferença entre o Preço de Venda, deduzido do Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) + as despesas variáveis. É o excesso do preço de venda em relação aos custos e despesas variáveis; destina-se a amortizar os custos e despesas fixos e a formar o lucro da empresa. É o valor que cada unidade efetivamente traz à empresa de sobra entre sua receita e o custo que de fato provocou e lhe pode ser imputado sem erro, ou seja, é o valor, ou percentual, que sobra das vendas, menos o custo direto variável e as despesas variáveis. A margem de contribuição representa o quanto a empresa tem para pagar as despesas fixas e gerar o lucro líquido. A finalidade da Margem de Contribuição é cobrir as despesas fixas e formar o lucro da empresa. MC= PREÇO DE VENDA - CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA - DESPESAS VARIÁVEIS
Exemplo: Preço de Venda = R$ 20,00 (100%) - Custo das Mercadorias Vendidas = R$ 12,00 (60%) - Despesas Variáveis = R$ 2,00 (10%) = Margem de Contribuição = R$ 6,00 (30%).
As vantagens de conhecer as margens de contribuição de cada produto ou linha de produtos podem ser resumidas em: A margem de contribuição ajuda a empresa a decidir que mercadorias merecem maior esforço de vendas e qual será o preço mínimo para promoções. As margens de contribuição são essenciais para auxiliar a administração da empresa a decidir pela manutenção ou não de determinados produtos; pela manutenção ou não de determinada filial. As margens de contribuição podem ser usadas também para avaliar alternativas de reduzir preços e aumentar o volume de vendas. A margem de contribuição é utilizada também para determinar o ponto de equilíbrio da empresa. A margem de contribuição ajuda os gerentes das empresas de quatro diferentes formas. Ajuda o gerente a decidir sobre se deve diminuir ou expandir uma linha de produção. Ajuda a avaliar alternativas provenientes da produção, de propagandas especiais etc. Ajuda a decidir sobre estratégias de preço, serviços ou produtos. Ajuda a avaliar o desempenho da produção. Página 48
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Através da margem de contribuição pode-se avaliar o potencial de cada produto e o volume adequado da produção a fim de se amortizarem os custos fixos e as despesas fixas e ainda gerar o lucro desejado.
RAZÃO DE CONTRIBUIÇÃO É a margem de contribuição dividida pelas vendas, ou a margem de contribuição unitária dividida pelo preço de venda. Representa igualmente a parte das vendas que cobrirá os custos fixos e originará o lucro, porém em termos percentuais. RAZÃO DE CONTRIBUIÇÃO = MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO / PREÇO
EXEMPLO 1 Comparação de dois produtos pela margem de contribuição PROD A
PROD B
P ($ / UN.)
10,
20,
CV ($)
6,
10,
MC ($ / UN.)
4,
10,
40%
50%
Razão de Contrib
EXEMPLO 2 Produto X Preço de Venda = $ 20,00/unid. Custos Fixos = $ 130.000,00/ano Custo Variável = $ 3,00/unidade Fabricação com venda integral = 30.000 unid./ano, com capacidade para aumentar a produção para 40.000 unid./ano Unidades
Vendidas
30.0000 unidades Total ($)
Unid $
40.000 unidades Total ($)
Unid $
Receita Total Custo Variável Margem de Contribuição Custo Fixo Lucro Líquido Página 49
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EXEMPLO: Um comerciante de calçados compra cada par em média por $80,00 Incorre em fretes e seguros no valor de $18,00 por par Vende cada par por $180,00 Paga comissões iguais a 5% do preço Recolhe impostos iguais a 20% do preço Qual a sua margem de contribuição?
Calculando a contribuição Preço: (-) Custo ................................................ (-) Frete e seguro .................................. (-) Comissões (5%) ............................. (-) Impostos (20%) ............................... (=) Margem contrib. ......................... 4.1.2- LIMITAÇÕES NA CAPACIDADE PRODUTIVA A preocupação principal do empresário é, quase sempre, maximizar o lucro da empresa. Nas indústrias que fabricam simultaneamente diversos produtos, uma das formas de maximizar o resultado é encontrar o melhor mix de produção, ou seja, determinar o conjunto de produção e venda que permitira a obtenção do lucro máximo. Esta tarefa poder ser simplesmente efetuada com base na analise das diversas margens de contribuição de cada produto. Por exemplo, o produto com a melhor margem de contribuição, no caso de haver maior procura pelos clientes, a venda deste deve ser incentivada, se não houver restrições para a produção. No entanto, se houver restrições nos processos de produção, ou qualquer fator limitativo da produção, o analista de custos e demais responsáveis por estabelecer o mix de produção deve analisar com cuidado uma possível nova composição dos produtos fabricados e vendidos. Em outras palavras, não será mais suficiente a analise pura e simples da margem de contribuição de todo o produto, da maneira que foi efetuada anteriormente. Há necessidade de analisar a chamada margem de contribuição por fator limitativo da produção, quando houver qualquer restrição uso dos fatores produtivos MC/u __ ___________ Fator Limitante da capacidade, por unidade Página 50
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EXERCICIOS: 1- Uma loja de artesanatos compra um vaso de cerâmica por $16,00 e o vende por $30,00. Sabendo que sobre o preço de venda incidem impostos no valor de 10% e que a empresa paga uma comissão aos seus funcionários de 5%, calcule a margem de contribuição registrada para o vaso de cerâmica. Resolução:.................................................................................................................................................. ..................................................................................................................................................................... ..................................................................................................................................................................... .....................................................................................................................................................................
2- Fábrica Divina Delícia produz o sorvete em compota e cascão. Baseado nos dados abaixo calcule a margem de contribuição dos produtos. Descrição do Gasto Valor Mão-de-obra direta alocada ao produto Compota (variável) Preço por Kg do produto Compota Materiais diretos consumidos (Compota =70% e Cascão= 30%) Outros custos indiretos (todos fixos) Depreciação das maquinas e equipamentos fabris Produção e vendas mensais do produto Cascão Preço por Kg do produto Cascão Mão-de-obra direta alocada ao produto Cascão (variável) Produção e vendas mensais do produto Compota Aluguel do galpão da fábrica
$80.000,00 $4,50 $300.000,00 $50.000,00 $60.000,00 150.000,00 Kg $1,50 $120.000,00 100.000 Kg $40.000,00
Solução: Descrição
Compota
10.000
Cascão
15.000
Total
Unitário
Total
Unitário
Soma
Receita MD MOD Rateio % CIF (R$) Custo Total Resultado Margem de Contribuição Página 51
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3- A empresa Clean produz apenas dois produtos – enceradeiras e aspiradores de pó – cujos preços de venda, líquidos dos tributos, são $120 e $80, respectivamente, e sobre esses preços ela paga comissões de 5% (cinco por cento) aos vendedores. Os custos variáveis são os seguintes: Enceraderias
Aspiradores
Matéria-prima
2 kg/um a $8/kg
1 kg/um a $8/kg
Mão-de-obra direta
2,5 kg/um a $20/kg
1,5 kg/um a $20/kg
Segundo o diretor de marketing, o mercado consome, no máximo, 100 unidades de cada produto da empresa por período. Pede-se para calcular: a) a margem de contribuição unitária (MC/un.) de cada produto b) a margem de contribuição total (MCT) de cada produto, considerando o volume máximo de vendas; c) a combinação ótima (melhor mix de produção) no caso de haver, em determinado período, apenas 200 kg de matéria-prima disponíveis para utilização. CALCULOS: a) a margem de contribuição unitária (MC/un.) de cada produto ENCERRADEIRAS
ASPIRADORES
b) a margem de contribuição total (MCT) de cada produto, considerando o volume máximo de vendas ENCERADEIRAS
ASPIRADORES
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c) a combinação ótima (melhor mix de produção) no caso de haver, em determinado período, apenas 200 kg de matéria-prima disponíveis para utilização. Produtos
MC/un
Matéria-prima
MC/un (fator
(fator limitante)
limitante)
A fabricar
Matéria-prima disponível
Enceradeiras Aspiradores
4- A Cia. Volksford produz apenas dois modelos de automóveis, sendo um com duas portas e outro com quatro, e em ambos utiliza o mesmo tipo de maçaneta. O mercado adquire no máximo 100 veículos de cada modelo por período, e o valor total dos custos e despesas fixos é de $ 1.460.000. As despesas variáveis são de 5% (cinco por cento) do preço de venda (PV), para qualquer modelo.
Outros dados: Produtos
Preço de venda
Custos variáveis
Carro 2 portas
$ 20.000/un.
$ 11.000/un.
Carro 4 portas$
22.000/un.
$ 11.700/un.
Considerando-se: a) que a empresa utiliza o Custeio Variável em suas decisões; b) que o único objetivo da empresa é maximizar o resultado econômico de curto prazo; e c) que todas as demais variáveis são irrelevantes,
Pede-se para calcular: a) a Margem de Contribuição unitária (MC/un.) de cada modelo; b) a Margem de Contribuição Total (MCT) de cada modelo, considerando o volume máximo de venda; c) o resultado (o lucro ou prejuízo) da empresa com os volumes máximos;
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d) a quantidade de cada modelo que deve ser produzida e vendida para que a Volksford maximize seu resultado no caso de haver, em determinado período, apenas 400 maçanetas disponíveis; e e) o resultado (lucro ou prejuízo) da empresa com o mix de produção indicado no item anterior (alínea d). SOLUÇÃO DO EXERCÍCIO EXTRA a) Margem de contribuição unitária (em $/un.): Carro 2 portas
Carro 4 portas
b) Margem de contribuição total (em $): Carro 2 portas
Carro 4 portas
c) Lucro da empresa (em $): Carro 2 portas
Carro 4 portas
TOTAL
A fabricar
Maçanetas disponíveis
d) Melhor mix de produção:
Produtos
MC/un
Maçanetas (fator limitante)
MC/um (fator limitante)
2 portas 4 portas
e) Resultado máximo da empresa: Página 54
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4.2 - PONTO DE EQUILÍBRIO. Ponto de equilíbrio é o valor ou a quantidade que a empresa precisa vender para cobrir o custo das mercadorias vendidas, as despesas variáveis e as despesas fixas. No Ponto de Equilíbrio os Custos Totais e as Receitas Totais se igualam, logo, a empresa não terá lucro nem prejuízo. A partir deste ponto a empresa entra na área da lucratividade. Podemos então afirmar que é o processo de se calcular as vendas necessárias para cobrir os custos, de forma que os lucros e os prejuízos sejam iguais a zero. Essa análise é importante para o processo de planejamento do lucro da empresa, permitindo manter e melhorar os seus resultados operacionais. Para alcançar o equilíbrio nas linhas de produção e/ou no serviço do departamento, deverá ser calculado: o volume de vendas necessário para cobrir os custos; saber como usar corretamente esta informação; entender como os custos reagem com as mudanças de volume. A análise do Ponto de Equilíbrio é fundamental nas decisões referente a investimentos, nos planejamento de controle do lucro, no lançamento ou corte de produtos e para análises das alterações do Preço de Venda conforme comportamento do mercado. Além disso, a análise do equilíbrio também pode ser usada quando se introduz um novo produto ou serviço, quando se moderniza um dispositivo, no início de um novo negócio ou como primeira tentativa para determinar a viabilidade econômica de uma proposta de investimento.
Ponto de Equilíbrio Custos e Variáveis Despesas Totais
Receitas Totais
Fixos
Volume
IMPORTANTE! O cálculo do Ponto de Equilíbrio pode ser feito antes, durante e após as atividades operacionais da empresa. Quando o cálculo do Ponto de Equilíbrio é feito antes tem a finalidade de prever o volume necessário de vendas para que a empresa não tenha prejuízo e, nesse caso, trata-se de uma ferramenta que auxilia no planejamento das vendas.
Quando o cálculo for realizado durante as atividades operacionais da empresa tem como objetivo acompanhar a evolução das vendas e dos custos e despesas do período. E feito após serve para comparar o volume de vendas planejado com o realizado e tomar as decisões necessárias caso haja algum tipo de distorção.
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PONTO DE EQUILIBRIO CONTÁBIL, ECONÔMICO E FINANCEIRO
A diferença fundamental entre os três pontos de equilíbrio são os custos e despesas fixos a serem considerados em cada caso. O objetivo é fornecer importantes subsídios para um bom gerenciamento da empresa. Ponto de Equilíbrio Contábil - PEC
No ponto de equilíbrio contábil são levados em conta todos os custos e despesas contábeis relacionados com funcionamento da empresa. Estabelece o nível de atividades necessárias para recuperar todas as despesas e custos de uma empresa. O lucro líquido contábil é igual a zero. A análise do ponto de equilíbrio do PEC poder ser utilizado para: Determinar o nível de atividades necessárias para cobrir todas as despesas e custos, tanto fixos quanto variáveis. Avaliar a lucratividade associada aos diversos níveis possíveis de vendas, ou seja, aos vários níveis possíveis de atividades. Facilitar a analise dos efeitos sobre a lucratividade decorrente de alterações nas despesas e custo fixos e variáveis, no volume de vendas, no preço de vendas e na distribuição relativa de linhas de produtos vendidos. QPEC = DESPESAS FIXAS + CUSTOS FIXOS MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITARIA
Ponto de Equilíbrio Financeiro - PEF
No ponto de equilíbrio financeiro os custos considerados são apenas os custos desembolsados que realmente oneram financeiramente a empresa. Informa o quanto a empresa terá de vender para não ficar sem dinheiro e, conseqüentemente, ter de fazer empréstimos, prejudicando ainda mais os lucros. Se a empresa estiver operando abaixo do ponto de equilíbrio financeiro, ela poderá até cogitar uma parada temporária nas atividades. Na maioria das empresas existem parcelas de despesas e custos que não representam desembolsos de numerários no período. Como por exemplo, as despesas e os custos com a depreciação dos bens do ativo imobilizado da empresa (prédios, máquinas, equipamentos, ferramentas, etc.) Para a obtenção do ponto de equilíbrio financeiro (PEF), tais despesas e custos devem ser excluídos do total.
O nível de produção e vendas em que o saldo de caixa é igual a zero. Representa a quantidade de vendas necessárias para cobrir os gastos desembolsáveis tanto operacionais quanto não operacionais. No PEF, a empresa apresenta prejuízo contábil e saldo de caixa zero. QPF = (Despesas Fixas + Custos Fixos) – (Despesas e Custos Fixos que não representam desembolsos financeiros) Margem de Contribuição Unitária Página 56
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Ponto de Equilíbrio Econômico - PEE
O ponto de equilíbrio econômico mostra a rentabilidade real que a atividade escolhida traz, confrontando-a com outras opções de investimento. São também incluídos nos custos e despesas fixos todos os custos de oportunidade referentes ao capital próprio. QPEE = DESPESAS FIXAS + CUSTOS FIXOS + CUSTO DE OPORTUNIDADE MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITARIA
EXEMPLO:
Uma empresa produz um produto com preço de venda de $ 8, por unidade. Os custos variáveis são de $ 6, por unidade e os custos fixos totalizam $ 4.000, por ano, dos quais $ 800, são relativos à depreciação. O patrimônio líquido da empresa é de $ 10.000, e sua taxa mínima de atratividade é de 10% ao ano. Calcule os pontos de equilíbrio: a) contábil, b) econômico e c) financeiro.
SOLUÇÃO
a) CONTÁBIL A margem de contribuição unitária é de $ 2, por unidade ($ 8 – $ 6) e os custos de oportunidade são de $ 1.000, por ano ($ 10.000, x 0,10). O ponto de equilíbrio contábil da empresa é 2.000 unidades ($ 4.000 / $ 2).
b) ECONÔMICO A margem de contribuição unitária é de $ 2, por unidade ($ 8 – $ 6) e os custos de oportunidade são de $ 1.000, por ano ($ 10.000, x 0,10). O ponto de equilíbrio econômico da empresa é 2.500 unidades ($ 4.000 + $ 1.000) / $ 2).
c) FINANCEIRO A margem de contribuição unitária é de $ 2, por unidade ($ 8 – $ 6) e os custos de oportunidade são de $ 1.000, por ano ($ 10.000, x 0,10). O ponto de equilíbrio financeiro da empresa é 1.600 unidades ($ 4.000 - $ 800) / $ 2).
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APLICAÇÃO PARA MÚLTIPLOS PRODUTOS A aplicação do ponto de equilíbrio é mais facilmente entendida quando se tratar de: único produto; mais de um produto desde que todos tenham a mesma margem de contribuição; uma linha de produção em que se possa estabelecer o ponto de equilíbrio por unidade de produção (horas, toneladas etc.)
EXEMPLO – MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO IGUAIS Dados: Supondo-se custos e despesas fixos mensais de $ 30.000,00.
PRODUTOS
A B
Preços Unitários $ 800,00 1.200,00
Custos + Despesas Variáveis Unitárias ($) 400,00 800,00
Margens de Contribuição Unitárias ($) 400,00 400,00
SOLUÇÃO PE = Custos + Despesas Fixos = PE = $ 30.000,00 =$ 400,00 Margem Contribuição Unitária 75 unidades
Essa quantidade corresponde a 75 margens de contribuição de $ 400,00 o que equivale a 75 unidades de produtos A ou B, quaisquer que sejam as quantidades de cada um.
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EXEMPLO – MARGENS DE CONTRIBUIÇÃO DIFERENTES Dados: Supondo-se custos de despesas fixos mensais de $ 45.300,00. Quantidades Vendidas PRODUTOS (Unidades) A B C
50 30 120
Preços Unitários ($)
Custos + Desp Variáveis Unitários ($)
Margens de Contrib. Unitária ($)
655,00 800,00 1.100,00
495,00 550,00 600,00
160,00 250,00 500,00
SOLUÇÃO 1 – Mix de produtos Participação nas vendas, ou análise vertical da quantidade vendida. Produtos A B C
Quantidade AV% 50 25% 30 15% 120 60% 200 100% Margem de Contribuição Média Ponderada: Produtos
MC Unit.
AV%
MC (Média Ponderada)
A B C
$ 160,00
25%
$ 40,00
$250,00
15%
$37,5
$500,00
60%
$300 $377,5
PE= Custos + Despesas Fixos Marg. Contrib. Unit. Média Ponderada
PE = $ 45.300,00 = 120 unidades $ 377,50
Mix de produtos em que ocorrem o Ponto de Equilíbrio: Produto A: 120 u x 25% = 30 u Produto B: 120 u x 15% = 18 u Produto C: 120 u x 60% = 72 u 120 u
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COMO CALCULAR O PONTO DE EQUILÍBRIO? O Ponto de equilíbrio é calculado das seguintes formas:
A- Ponto de Equilíbrio em Valores: Valor total das despesas fixas, dividido pela % da margem de contribuição. Exemplo: - Valor total das despesas fixas = R$ 5.000,00; - % margem de contribuição = 30%; - Ponto de Equilíbrio: R$ 5.000,00 / 30% = "R$" 16.666,67.
B- Ponto de Equilíbrio em Quantidades: Valor total das despesas fixas, dividido pelo valor da margem de contribuição. Exemplo: - Valor das despesas fixas = R$ 5.000,00; - Valor da margem de contribuição = R$ 6,00; - Ponto de Equilíbrio em Qtde: R$ 5.000,00 / R$ 6,00 = 833 unidades.
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EXERCÍCIOS 1- Colégio Prático Monte Negro Trinta jovens amigos recém-formados estão interessados em aplicar suas economias na compra de um colégio em um bairro de classe média de uma grande cidade. Tomaram conhecimento que o Colégio Prático Monte Negro está a venda, por $ 1.600.000. Esse colégio dispõe atualmente de 3.500 alunos de diversos cursos e horários, que pagam uma mensalidade média mensal de $ 300. O colégio tem os seguintes custos e despesas por mês: Custos e despesas Custos variáveis, para cada aluno Custos fixos, total mensal Despesas variáveis, para cada aluno Despesas fixas, total mensal
$ 120 300.000 20 100.000
Com base nas informações disponíveis: a) Calcule o ponto de equilíbrio contábil. b) Calcule o ponto de equilíbrio financeiro, supondo que os custos e despesas fixas mensais incluem $ 20.000 de depreciação. c) Imaginando que os futuros sócios precisem obter um empréstimo bancário de $ 1.000.000, à taxa de 6% ao mês de encargos financeiros, qual será o ponto de equilíbrio financeiro no primeiro mês, supondo o pagamento da primeira parcela de $ 50.000 do empréstimo mais os juros de $ 60.000? Solução:
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2-Indústria de Bebidas KaiKai S.A. A Indústria de Bebidas KaiKai produziu e vendeu em abril o total de 100.000 litros de vinho, ao preço unitário de vendas de $ 5,20, líquido dos tributos sobre as vendas.
Durante o mês, os custos de produção e as despesas foram: Custos variáveis, por unidade fabricada
$
Diretos – matérias-primas
1,20
Diretos – mão-de-obra direta
0,80
Outros custos variáveis indiretos
0,30
Custos fixos, total no mês Mão-de-obra indireta
19.600
Depreciação
70.400
Outros custos fixos
30.000
Despesas variáveis de vendas, por unidade vendida Despesas fixas, total no mês (inclui $ 9.900 de depreciação)
0,70 29.600
Com base nas informações disponíveis, calcule: a) a margem de contribuição unitária do produto; b) o ponto de equilíbrio contábil; c) o ponto de equilíbrio financeiro.
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4.3 – MARGEM DE SEGURANÇA Margem de Segurança A margem de segurança consiste na quantia ou índice das vendas que excedem o ponto de equilíbrio da empresa. Representa o quanto as vendas podem cair sem que a empresa incorra em prejuízo, podendo ser expressa em quantidade, valor ou percentual. Pode ser calculada em quantidade (MSQ), em unidades monetárias (MS$) ou em percentual (MS%). Margem de Segurança em Quantidade (MS Q ) Vendas Atuais - Ponto de Equilíbrio em Quantidade
A margem de segurança em unidades monetárias (MS$) é igual à margem de segurança em quantidades (MSQ), multiplicada pelo preço de vendas. Expressando algebricamente:
Margem de Segurança em $ (MS$ ) MSQ Preço de Venda A margem de segurança percentual (MS%) é igual à margem de segurança em quantidade (MSQ), dividida pela quantidade de vendas: Margem de SegurançaPercentual (MS% )
MS Q Vendas Atuais
Um exemplo de uso das margens de segurança pode ser visto no exemplo das indústrias Confiança Ltda. Segundo os dados da contabilidade da empresa, seus principais gastos fixos somados alcançavam $ 54.000,00. Seu custo variável unitário era estimado em $ 4,50, seu preço de venda era estimado em $ 7,50 e seu volume de vendas era igual a 25.000 unidades. Com base nos dados fornecidos, para achar a margem de segurança seria preciso, inicialmente, calcular o ponto de equilíbrio em quantidade. Aplicando a fórmula, é possível determinar que o ponto de equilíbrio em quantidade seria igual a 18.000 unidades.
PEC Q
PEC Q
Gastos Fixos Preços - Gastos Variáveis Unitários
54.000 18.000 unidades 7,50 - 4,50
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Como a empresa possui vendas iguais a 25.000 unidades, as margens de segurança em quantidade, unidades monetárias e percentual seriam respectivamente iguais a:
Margem de Segurança (MS Q ) Vendas Atuais - Ponto de Equilíbrio em Quantidade MSQ = 25.000 - 18.000 = 7.000 unidades
Margem de Segurança em $ (MS $ ) MS Q Preço de Venda MS$ = 7.000 x $ 7,50 = $ 52.500,00
Margem de SegurançaPercentual (MS% )
MS Q Vendas Atuais
MS% = 7.000/25.000 = 28% As margens obtidas indicam que para a empresa entrar na região de prejuízo, exibida no gráfico de ponto de equilíbrio, precisaria perder vendas no valor de 7.000 unidades, que representam $ 52.500,00 ou aproximadamente 28% das vendas atuais. 4.4 - RELAÇÃO CUSTO/VOLUME/LUCRO Uma das principais funções da contabilidade de custos consiste em fornecer subsídios para a tomada de decisões. Nesse sentido, a identificação e distinção de gastos conforme sua variabilidade em variáveis e fixos torna-se muito mais importante do que a mera separação entre custos e despesas, por exemplo. A relação entre custos fixos e variáveis consiste em importante etapa na análise de formação de preços e projeção de lucros obtidos a diversos níveis possíveis de produção e vendas. Para ilustrar o efeito da relação conjunta entre custos, volumes e lucros, veja o exemplo da Sorveteria Lambe Lambe Ltda., empresa que comercializa sorvetes a quilo em um grande shopping da cidade. Alguns dados mensais da empresa estão apresentados na tabela a seguir. O sorvete costuma ser comercializado a $ 16,00 por kg. A empresa gostaria de analisar o comportamento de seus custos e lucros para diferentes volumes mensais de vendas, predeterminados em 1.000 e 2.000 kg. Descrição Energia elétrica Aluguel Sorvete (por kg) Salários e encargos Condomínio Telefone Embalagens para sorvete (por kg de sorvete)
Valor ($) 200,00 2.400,00 8,00 1.600,00 700,00 100,00 2,00
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Para poder analisar o comportamento dos custos, seria necessário, em um primeiro momento, separar os gastos fixos e variáveis. Veja as tabelas a seguir.
Gastos Fixos Energia elétrica Aluguel Salários e encargos Condomínio Telefone Soma
Valor ($) 200,00 2.400,00 1.600,00 700,00 100,00 5.000,00
Gastos Variáveis Sorvete (por kg) Embalagens para sorvete (por kg de sorvete)
Soma
Valor ($) 8,00 2,00
10,00
Da análise de gastos fixos e variáveis, pode ser feita a seguinte análise entre custos, volumes e lucros: Situação Receita Gastos variáveis Gastos fixos Gastos totais Lucro
Vendas = 1.000 unidades Total Unitário 16.000,00 16,00 10.000,00 10,00 5,00 5.000,00 15.000,00 15,00 1.000,00
1,00
Vendas = 2.000 unidades Total Unitário 32.000,00 16,00 20.000,00 10,00 2,50 5.000,00 25.000,00 12,50 7.000,00
3,50
Em relação à tabela anterior, algumas conclusões podem ser extraídas: a) os gastos variáveis unitários não se alteram; b) os gastos fixos totais não se alteram; c) os gastos fixos unitários são reduzidos; como consequência, o gasto unitário total é reduzido e o lucro unitário aumenta de $ 1,00 para $ 3,50, um aumento de 250%. É interessante notar que, por sua própria natureza, os gastos fixos totais são variáveis unitariamente e os gastos variáveis totais são fixos unitariamente. Assim, em função da existência de gastos fixos, a empresa apresentaria significativa elevação de seus lucros. Análise mais cuidadosa dos custos em função de diversos volumes de vendas pode ser vista na tabela a seguir. Volume
Gasto Fixo
Gasto Variável
1
Total 5.000,00
Unitário 5.000,00
Total 10,00
Unitário 10,00
10
5.000,00
500,00
100,00
10,00
100
5.000,00
50,00
1.000,00
10,00
1.000
5.000,00
5,00
10.000,00
10,00
2.000
5.000,00
2,50
20.000,00
10,00 Página 65
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A representação da tabela pode ser verificada na Figura 5.1. Enquanto os gastos fixos totais (5.000,00) e gastos variáveis unitários mantêm-se inalterados (10,00), os gastos variáveis totais aumentam proporcionalmente ao aumento do volume de vendas. O gasto fixo unitário cai exponencialmente, em função da economia de escala. G a s t o F ixo T o t a l
Gasto Variável Total
6.000,00 5.000,00 4.000,00 3.000,00 2.000,00 1.000,00 0,00
25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 -
1
10
100
1.000
1
2.000
10
100
1.000
2.000
3000
Volum e
V o lum e
G a s t o V a riá v e l Unit á rio
G a s t o F ixo Unit á rio 12,00 10,00 8,00 6,00 4,00 2,00 0,00
6.000,00 5.000,00 4.000,00 3.000,00 2.000,00 1.000,00 0,00 1
10
100
1.000
2.000
3000
V o lum e
1
10
100
1.000
2.000
Vo l u m e
Figura 5.1. Gastos fixos e variáveis, totais e unitários, da Sorveteria Lambe Lambe Ltda.
IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE CUSTO-VOLUME-LUCRO
Apóia a Tomada de Decisões relativamente a: Fabricar ou comprar Introdução de linhas de produto Determinação de preços de venda Dimensionamento da empresa
Planejamento Facilita a elaboração de orçamentos Permite a projeção de lucros Induz à redução de gastos Página 66
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Controle Facilita o controle orçamentário Permite a realização de orçamentos flexíveis
A análise responde o seguinte: O empreendimento é viável? Qual o produto mais rentável? Qual o produto mais lucrativo? Quais as consequências da retirada de determinado produto de fabricação? Variando um tipo de custo, quais as consequências nos resultados da empresa? Reduzindo a produção, quais as consequências nos resultados? Quais as consequências das variações de custos nos resultados? Produzindo vários produtos, em proporções diferentes, quais as consequências no ponto de equilíbrio?
Exercício 01 A agrícola Arco-íris projeta vendas futuras iguais a $ 600.000,00. Quais os custos totais da empresa previstos para esse volume de vendas, sabendo que para um total de vendas líquidas de $ 400.000,00, os custos totais foram iguais a $ 280.000,00, incluindo $ 30.000,00 de custos fixos? Gasto Fixo Volume Total
Unitário
Gasto Variável Total
Custos Totais
Unitário
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Exercício 02 Os produtos da Alfabeto Ltda. costumam ser comercializados por $ 20,00 a unidade. O volume mensal de produção e vendas da empresa é de aproximadamente 80.000 unidades, o que representa 65% de sua capacidade instalada. Sabe-se que seus custos fixos mensais são iguais a $ 300.000,00 e o custo variável unitário é igual a $ 8,00. Supondo que a empresa eleve sua produção e vendas para 100.000, calcule: (a) qual será o impacto nos custos totais unitários em decorrência do aumento de produção?
(b) qual será o reflexo no lucro total e unitário?
(c) qual o comportamento dos custos variáveis e custos fixos, em função do aumento de vendas mencionado?
Análise da relação custo, volume e lucro.
DRE Simplificado
Quantidade
80.000
Quantidade
100.000
Total
Unitário
Total
Unitário
Receita (-) Custos totais (-) Custos fixos (-) Custos variáveis (=) Lucro bruto
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Análise das variações em unidades monetárias e percentuais (de 80.000 para 100.000). Variação em $ DRE Simplificado
Total
Unitário
Variação em % Total
Unitário
Receita (-) Custos totais (-) Custos fixos (-) Custos variáveis (=) Lucro bruto
Exercício 03 A Fábrica de guarda-chuva Chuvisco Ltda. está trabalhando com capacidade ociosa de 40%. Portanto, o volume mensal de produção e vendas da empresa atualmente é de 16.900 unidades. Seus produtos têm custo variável igual a $ 3,00 por unidade, preço de venda igual a $ 6,50 cada, o que gera um custo variável total igual a $ 50.700,00. Os custos fixos da empresa são estimados em $ 19.000,00. Após contratar uma empresa de pesquisa mercadológica, a empresa verificou que, caso reduzisse seus preços em apenas 15%, aumentaria suas vendas em 35%. Valeria a pena reduzir o preço?
Quantidade DRE Simplificado
Total
Quantidade Unitário
Total
Unitário
Receita (-) Custos totais (-) Custos fixos (-) Custos variáveis (=) Lucro bruto
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Análise das variações em unidades monetárias e percentuais. Variação em $ DRE Simplificado
Total
Variação em %
Unitário
Total
Unitário
Receita (-) Custos totais (-) Custos fixos (-) Custos variáveis (=) Lucro bruto
Exercício 04 Um importante grupo empresarial estuda soluções viáveis que resultem no aumento de lucratividade de duas empresas: indústria de sabonetes Cheiro Bom Ltda.: apresenta lucratividade nula - fabrica e vende 15.000 unidades por mês, a $ 0,32 a unidade. O custo variável unitário é igual a $ 0,13 e o custo fixo mensal é de aproximadamente $ 2.850,00. indústria de xampus Espuma Cremosa Ltda.: também apresenta lucratividade nula - fabrica e vende 23.200 unidades por mês, a $ 3,68 a unidade. O custo variável unitário é igual a $ 3,02 e o custo fixo mensal é de aproximadamente $ 15.312,00. Pesquisa mercadológica conduzida recentemente revelou que com um desconto de 10% no preço de venda, as vendas se elevariam em 22%. Por outro lado, uma elevação de 8% nos preços resultaria em redução de vendas de 13%. Que sugestões você daria para ambas as empresas? Indústria de Sabonetes Cheiro Bom Quantidade =
Cheiro Bom DRE Simplificado
Total
Quantidade = Unitário
Total
Unitário
Receita (-) Custos totais (-) Custos fixos (-) Custos variáveis (=) Lucro bruto
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Indústria de Xampus Espuma Cremosa Ltda. Quantidade = Espuma Cremosa DRE Simplificado
Total
Quantidade = Unitário
Total
Unitário
Receita (-) Custos totais (-) Custos fixos (-) Custos variáveis (=) Lucro bruto
Exercício 05 A Companhia Indústrias do Sol Poente produz um artigo que vende por $ 18,00 a unidade. Os custos fixos de produção são iguais a $ 100.000,00 por mês, e o custo variável, $ 8,00 por unidade. O volume mensal de produção e vendas é de 20.000 unidades. Com o aumento da demanda por seus produtos, a empresa espera aumentar sua produção e vendas para 30.000 unidades/mês. Pedese: (a) Qual será o impacto nos custos totais unitários em decorrência do aumento de produção e vendas de 20.000 para 30.000 unidades?
(b) Qual será o reflexo no lucro?
(c) Comente também o comportamento dos custos variáveis e dos custos fixos x unitários, em função do aumento de vendas mencionado. Original 20.000 unidades
Nova 30.000 unidades
DRE Simplificado Total
Unitário
Total
Unitário
Receita (-) Custos variáveis (-) Custos fixos (-) Custos totais (=) Lucro bruto Página 71
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5 - CUSTOS E GESTÃO DE PREÇO
5.1- INTRODUÇÃO A formação do preço de venda de produtos é um trabalho técnico e também um fator determinante de sobrevivência da exploração da atividade. Alguns especialistas afirmam que ter os preços definidos exclusivamente pelo mercado é um risco, ou seja, o mercado não é nem deve ser o único caminho para a definição de preços, mas é importante ter os preços compatíveis com o mercado. Existem diferentes critérios para a definição do preço de venda dos produtos, entre eles as despesas com vendas, impostos etc. Nas vendas a prazo, deve-se tomar o máximo cuidado os prazos concedidos e com a taxa de juros praticada no mercado. Cabe ao produto a decisão de formar seus preços de venda. No entanto, se errar para maior, perde o mercado; se errar pra menor, compromete o negocio. Portanto, o produtor deve aprender a calcular os custos reais de sua atividade, fazer a gestão estratégica dos custos e trabalhar identificando oportunidades de mercado e ganho. A empresa precisa aprender a gerenciar, com competência a contabilidade de custos de sua unidade e dominar sua demonstração financeira, pois é tendo o domínio dessas ferramentas que ele melhora a qualidade de suas decisões e torna sua atividade mais competitiva. Os números são meros detalhes, são sinais de vida da atividade. É importante acompanhá-los diária, semanal e mensalmente. O fruto desse trabalho será o domínio do negocio e confiança nas decisões a serem tomadas. A gestão estratégica dos custos é um procedimento gerencial muito importante para os produtores atentos com o melhor desempenho financeiro de seu negocio. Para esses produtores, é imprescindível ter boas ferramentas que lhes permitam chegar a uma “contabilidade de custos estrategicamente útil”. Na pratica, é preciso entender bem sua cadeia de valores, procurando ao máximo compreender os custos de seu principal concorrente ou do líder de mercado e, em seguida, partir para o benchmarking. Os custos devem ser baseados no valor, ou seja, no quanto o cliente está disposto a pagar pelo produto. Alguns autores definem que calcular o custo de um produto para depois definir o preço é, muitas vezes, um erro. Para eles, não se deve mais determinar o valor partindo do custo, mas partir do preço para se chegar ao custo. Página 72
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Em alguns casos, a saída não é reduzir os custos, e sim aumentá-los, se for preciso, para agregar valor ao produto, ter produtos melhores, mais evoluídos, concorrer com qualidade. A gestão estratégica de custos é apenas uma resposta à ameaça representada pela economia globalizada, e a ideia principal é começar a entender a que o cliente dá valor e partir daí para trás. O que a gestão estratégica de custos quer mesmo saber é o que tem e o que não tem valor para o cliente. Ou seja, ver a empresa em sua totalidade, focando clientes, produtos, processos de fabricação e comercialização, seus sistemas, as pessoas, suas relações e capacidade de agir e reagir.
GESTÃO DOS PREÇOS Independentemente da condição específica de um produto, mercadoria ou serviço, em determinado momento de tempo, quatro objetivos básicos estarão, de alguma forma, sempre presentes com relação à gestão dos preços. São eles: um adequado retorno sobre o investimento; uma determinada participação no mercado; uma capacidade de enfrentar a concorrência; a obtenção de uma lucratividade global compatível.
5.2- CONCEITOS E ELEMENTOS BÁSICOS PARA FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA FIXAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Analisar e projetar os preços de venda dos produtos é vital para sobrevivência da empresa no mercado. O preço de venda é um assunto muito difícil de ser resolvido nas empresas, pois em muitas vendas o preço ideal para cobrir os custos e despesas é incompatível com o aplicado pelos concorrentes. Quando se verifica casos como o acima mencionado, a empresa tem que passar por corte de despesas e buscar diminuir as despesas variáveis por meio de produtos alternativos, revisão da carga tributária, etc. A análise do preço de venda é o meio que a empresa dispõe de verificar se o preço praticado suporta pagar as despesas fixas, pois quando se calcula o preço de um produto, leva-se em consideração o custo e a despesa variável como: o custo do produto, comissões, impostos, etc. e, em
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muitas vezes depois de feita a análise do preço de venda, é verificado que precisaria praticar por um valor maior, pois está com seus custos fixos altos. Além do cálculo do preço de venda dos produtos, é importante que a empresa também efetue a análise de lucro por cliente. O preço pode estar compatível com o mercado e com suas despesas fixas, mas, por exemplo, o cliente pode estar em outra localidade e o custo de entrega (frete) pode inviabilizar a venda. Outro fator importantíssimo que deve ser levado em consideração são as condições financeiras da venda, não basta o preço estar correto, se as vendas forem feitas com prazos de recebimentos maiores que os prazos de pagamentos, isto poderá levar a empresa a ter que descontar seus recebíveis em banco ou factoring. Portando, é importante o controle de custos, pois muitas empresas somente percebem que as coisas vão mal quando lhes falta dinheiro em caixa. A empresa que não possuir um rigoroso controle de custos e uma análise do preço de venda, com certeza, terá dificuldades para evidenciar onde está o problema, se está em seu financeiro (descasamento do fluxo de caixa) ou na incompatibilidade entre os prazos do “a receber” e do “a pagar”, ou ainda nos custos e despesas elevados e não-controlados. Para administrar preços de venda, sem duvida é necessário conhecer o custo do produto; porem essa informação, por si só, embora seja necessária, não é suficiente. Alem do custo, é preciso saber o grau de elasticidade da demanda, os preços de produtos dos concorrentes, os preços de produtos substitutos, a estratégia de marketing da empresa etc.; e tudo isso depende também do tipo de mercado em que a empresa atua. O importante é que o sistema de custos produzira informações úteis e consistentes com a filosofia da empresa, particularmente com sua política de preços. O sucesso empresarial pode não ser conseqüência da DECISÃO DE PREÇO. Contudo, o preço equivocado de um produto certamente o levará ao insucesso. É importante de ter os preços compatíveis com o mercado, além de aprender a calcular os custos reais da sua atividade, fazer a gestão estratégica da empresa e trabalhar na identificação de novas oportunidades de mercado e, conseqüentemente, aumentar a lucratividade. O mercado pode reduzir ou elevar o preço de um determinado produto mediante ao seu excesso ou escassez. Se houver escassez, a lucratividade unitária poderá aumentar, pois seus gastos de produção serão os mesmos. Por outro lado, com o excesso de oferta do produto, seu preço é forçado a ser reduzido. Para não reduzir a margem de lucro é preciso reduzir os gastos de produção (fig. 1).
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Gastos para Fabricar e Vender
Custos de Fabricação Despesas
PREÇOS
LUCROS (Figura 1)
Como uma empresa nem sempre pode controlar o mercado diretamente, é conveniente que seja possível conhecer e controlar os gastos para fabricar e vender os produtos. Daí a importância de tratar os custos de maneira responsável e criteriosa.
COMPONENTES DO PREÇO Lucro
Impostos Preço Despesas Gastos Custos
O preço pode ser apresentado em função de seus quatro componentes: os custos - que correspondem aos gastos produtivos ou incorporados no produto), as despesas - que correspondem aos gastos não incorporados ao estoque dos produtos, representando gastos comerciais ou de vendas, administrativos ou financeiros), Página 75
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os impostos - diversos são os tributos incidentes sobre o preço, como Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICM´S), o Programa de Integração Social (PIS), e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e o lucro (que representa a remuneração do empresário).
Em relação aos componentes dos preços praticados em operações comerciais alguns comentários são importantes. Os custos são formados essencialmente por parte do valor pago ao fornecedor, mais despesas com logísticas, como fretes ou seguros. Porem é importante destacar que do valor pago ao fornecedor, alguns gastos, como o associado aos impostos recuperáveis como o ICMS, poderão ser compensados no futuro. O valor pago a título de ICMS ao fornecedor pode tornar-se um credito fiscal, que pode ser compensado posteriormente. Assim, neste caso, não deve ser incorporado no custo. As despesas correspondem aos demais gastos com o negocio, não associados aos produtos. Dentre as principais despesas destacam-se as associadas à manutenção do ponto-de-venda ou do empreendimento, como gastos com alugueis, condomínios, água, energia elétrica, telefone, salários, comissões e encargos, contador e outros. Custos e despesas são denominados genericamente de gastos. Os impostos devem ser vistos com cuidado. Conforme mencionado, impostos pagos em notas fiscais de produtos adquiridos de fornecedores e que podem gerar credito fiscal, como ICMS, o PIS e a Cofins, não devem ser incorporados nos custos. São registrados como valores a recuperar. Em cada operação de venda feita pela empresa, outros débitos fiscais referentes ao ICMS, ao PIS e a Cofins surgirão. No momento de pagar os seus impostos devidos em decorrências das vendas feitas, a empresa deve compensá-los com os créditos adquiridos nas operações junto aos fornecedores. Tecnicamente, esses impostos que apresentam mecânicas especificas de debito e credito recebem o nome de impostos não cumulativos.
5.3- FATORES QUE INTERFEREM NO PREÇO DE VENDA Os principais fatores influenciadores da formação do preço de venda: a) metas mercadológicas (crescimento, penetração, imagem); Página 76
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b) situação macroeconômica (recessão, excesso de oferta, excesso de demanda etc.); c) estrutura de custos da empresa; d) características do produto (aspectos de elasticidade, sazonalidade, moda, ciclo de vida); e) situação econômico-financeira da empresa (nível de estoque, grau de endividamento etc.); f) qualidade do produto diante das necessidades do mercado consumidor; g) existência de produtos similares a preços menores; h) demanda estimada do produto; i) controle de preço por órgãos reguladores; j) níveis de produção e de vendas que se pretende ou que se pode operar; k) custos e despesas de fabricar, administrar e comercializar o produto; l) níveis de produção e vendas desejados etc. Estes diversos fatores devem ser levados em conta na fixação do preço de venda. Embora os fatores considerados tenham em muitos aspectos, características semelhantes, como os já mencionados, outros são acrescidos. São fatores importantes: as necessidades do comprador; sua disposição para pagar; as reações da concorrência e a possibilidade do aparecimento de novos competidores; as expectativas de preços dos insumos e as restrições de fornecimento; o grau de utilização da capacidade instalada; a situação financeira da empresa; as restrições governamentais, etc.
Igualmente importante, e diretamente ligada à sobrevivência da empresa no longo prazo, é a remuneração e conservação do capital empatado em giro e em imobilizações. Sabemos que soa inúmeras as variáveis que afetam os preços e sabemos também da dificuldade que temos de quantificar a influencia de cada uma dessas variáveis.
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5.4- FORMAÇÃO MARK-UP INTRODUÇÃO A taxa de marcação ou Mark-up é um índice aplicado sobre o custo de um bem ou serviço para formação do preço de venda. Tem por finalidade cobrir os fatores, como tributação sobre vendas (ICMS, IPI, PIS Cofins ou Simples), percentuais incidentes sobre o preço de venda (comissões sobre vendas, franquias, comissão da administradora do cartão de credito etc.), despesas administrativas fixas, despesas de vendas fixas, custos indiretos de produção fixos e margem de lucro.
Um dos pontos mais polêmicos é a margem de lucro que deve ser utilizada no Mark-up. O percentual de margem de lucro a incluir no Mark-up depende de inúmeros fatores e difere de empresa para empresa, mesmo se atuantes no mesmo segmento mercadológico.
Além disso, no comércio (principalmente) é comum a utilização de margens de lucro baixas em determinados produtos que servem como “atração” aos consumidores. Por exemplo: os supermercados anunciam determinado produto (carne) por um preço baixo. Tem intenção de que os clientes venham comprar o produto e levem junto outras mercadorias (cerveja, condimentos, legumes, arroz, etc.) comercializadas com margem de lucro maior. Assim, compensam a pequena margem numa mercadoria com margens maiores em outras.
Quanto à elaboração existe duas formas de utilização do Mark-up: divisor ou multiplicador. Independente de qual modo é utilizado, o valor do preço de venda será igual.
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Lucro
Impostos
Despesas
Custos indiretos
Custos Diretos
Base
X
Taxa de Marcação
=
Preço
Mark-up
Mark-up divisor
Preço = Custo (1- Soma %) ou
Mark-up Multiplicador
Preço = Custo x (1 ÷ 1- Soma%)
A FUNÇÃO DE CUSTOS A forma mais tradicional de apuração de custos consiste na agregação de todos os seus fatores com vista à obtenção de um custo total do produto, mercadoria ou serviço.
PREÇO = CUSTO TOTAL + RESULTADO
O estabelecimento do preço de venda, nesse caso, consiste na simples adição de um markup ao custo apropriado. Markup é o valor acrescentado ao custo de um produto para determinar o preço de venda final. Em valores percentuais, é a seguinte a forma de cálculo do markup: Página 79
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Percentual de Markup = ( 1 - Custo ) x 100% Preço de Venda
ou, calculando o preço de venda:
Preço =
( Custo ) x 100 100 % - Percentual de Markup
Exemplo: Considere que você tem um custo de $ 12 para produzir um produto X e deseja um markup de 50 %. Preço = (
12 ) x 100 100 % - 50 %
Preço = $ 24,00
Essa postura unilateral de preço, como função direta do custo, merece contestações. Adicionalmente ao motivo do lucro, dentro da política de preços, deve ser considerado também o comportamento do mercado. O sistema que está voltado para a gestão de preços deve estar calcado em princípios de agilidade (importante para área mercadológica) e confiabilidade (importante para a área econômico-financeira).
Obtenção do Mark-up divisor Para obtenção do Mark-up, é necessário que sejam observadas as fases a seguir relacionadas: a) listar todas as despesas variáveis de venda (DVVs) ICMS s/ vendas 17% Comissões s/ vendas 3% Lucro desejado 5% b) somar as DVVs = (17% + 3% + 5% = 25%) c) dividir a soma das DVVs por 100 (para achar a forma unitária) = (25% ÷ 100 = 0,25) d) o quociente da divisão deve ser subtraído de “1” = (1-0,25 = 0,75) e) dividir o custo de compra pelo Mark-up divisor. Exemplo: se o custo unitário da mercadoria é de $500, o preço de venda a vista seria então de $666,67, pois $500÷0,75= $666,67). A exatidão do cálculo pode ser verificada pela demonstração a seguir: (+) preço de venda orientativo ($) ..........................................................
= 666,67
(-) percentuais utilizados (17%+5%+3%=25%) .....................................
= (166,67)
(=) custo da mercadoria ($) .....................................................................
= 500,00 Página 80
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Obtenção do Mark-up multiplicador
a) listar todas as despesas variáveis de venda (DVVs) ICMS s/ vendas 17% Comissões s/ vendas 3% Lucro desejado 5% b) somar as DVVs = (17% + 3% + 5% = 25%) c) partindo de 100% e subtrair a soma das DVVs) = (100% - 25% = 75%) d) o Mark-up multiplicador é obtido dividindo 100 pelo resultado da fase anterior = (100÷75=1,333) e) o preço de venda a vista é obtido multiplicando o custo unitário da mercadoria pelo Mark-up multiplicador.
Exemplo: se o custo unitário da mercadoria é de $500 x 1,333, o preço de venda é $666,67. A mesma comprovação utilizada no Mark-up divisor pode ser utilizada no caso do Mark-up multiplicador. Nesta forma de calcular preços – preços de dentro para fora -, o ponto de partida é o custo do bem ou serviço apurado, segundo o critério do Custeio por Absorção e Custeio Variável etc. Sobre esse custo agrega-se uma margem, denominada MARKUP, que deve ser estimada para cobrir os gastos não incluídos no custo, os tributos, e comissões incidentes sobre o preço e o lucro desejado pelos administradores.
Suponha uma situação bastante simples que apresente os seguintes dados (Custeio por Absorção): Custo unitário: $8 Despesas Gerais e Administrativas (DGA): 10% da receita bruta (despesas operacionais fixas; o percentual é uma estimativa). Comissões dos Vendedores (COM): 5% do preço de venda bruto. Tributos (IMP) incidentes sobre o preço de venda: 20% bruto Margem de Lucro desejada (MLD): 5% sobre a receita bruta
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O markup seria, então, calculado da seguinte forma: DGA = 10% COM = 5% IMP = 20% MLD = 5% TOTAL = 40% sobre o preço de venda bruto = markup O preço de venda (PV) será o custo acrescido de 40% do PV: PV = $8 + 0,4 PV PV – 0,4PV = $8 0,6 PV = $8 PV = $8 0,6 PV= $13,33 Por esse método o preço de venda seria fixado em $13,33. Esse preço de $13,33 seria, então, uma referencia, sujeita a ajustes – para mais ou para menos – de acordo com as condições de mercado e com negociações especificas com cada cliente, talvez transação a transação. FORMULAS CALCULAR O PREÇO DE VENDA:
Obtenção do Mark-up divisor Preço = Custo (1- Soma %) Obtenção do Mark-up Multiplicador Preço = Custo x (1 ÷ 1-Soma%) O Mark-up divisor é calculado da seguinte forma: 100% ( - )% despesas variáveis ( - )% despesas fixas (-) % lucro líquido. Exemplo: Pelo Custeio Variável Custo Direto Variável: R$ 20,00; Despesas Variáveis: 7%; Despesas Fixas: 30%; Lucro Líquido: 8%; Preço de Venda = Custos variáveis =
R$ 20,00 = R$ 20,00 Markup (100% - 7% - 30% - 8%)
55%
Preço de venda = R$ 36,36 Página 82
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Demonstrativo do Resultado: Preço de Venda: R$ 36,36 (100%); (- )Custo Direto Variável: R$ 20,00 (55%); (- )Despesas Variáveis: R$ 2,54 (7%); (- )Despesas Fixas: R$ 10,91 (30%); = Lucro Líquido: R$ 2,91 (8%). Entretanto, deve-se comparar com o preço praticado pelo mercado. Caso o preço de mercado seja menor do que o preço calculado, a empresa deverá desenvolver alguma ação para diminuir os seus custos, ou despesas, ou então, aceitar um lucro líquido menor.
5.5- Cálculo do preço de venda Na formação do preço de venda devem ser observadas algumas condições. Inicialmente, calcula-se um preço orientativo fazendo uso extremamente de dados internos da empresa. Critica-se tal preço orientativo em relação às características existentes no mercado de atuação como preço dos concorrentes, volume de vendas, prazo, condições de entrega, qualidade, aspectos promocionais etc. Posteriormente testa-se o preço orientativo nas condições do mercado, considerando a relação custo/volume/lucro e demais aspectos econômicos e financeiros da empresa. Estudam-se alternativas, pesquisando a relação mais apropriada, considerando-se condições diferenciadas para atender: volumes distintos, prazos diferentes de financiamento de vendas, descontos para prazos mais curtos e comissões sobre vendas para cada condição.
CÁLCULO DO CUSTO DE COMPRA Todo o esforço despendido para a aquisição das mercadorias, materiais ou serviços até o momento de sua utilização participam do custo da compra. Assim, compõem os custos de compra os seguintes fatores: (+) custo da fatura (valor constante na nota fiscal) (-) descontos dados na fatura (incondicionais mencionados no corpo da nota fiscal. Não são descontos recebidos por pagamento no vencimento ou antecipado da duplicata) (+) despesas acessórias (fretes, seguros, outros) (+) impostos não recuperáveis fiscalmente (IPI no comercio) (-) impostos recuperáveis fiscalmente (IPI e ICMS na indústria e ICMS no comércio) (=) custo de aquisição das mercadorias, materiais ou serviços. Página 83
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Exemplos: Cálculo do custo de compra de mercadorias no comercio Custo de compra da mercadoria
$
(+) custo unitário na fatura
300
(-) descontos na fatura (incondicionais)
(5)
(+) fretes/seguros/outros
10
(-) impostos recuperáveis (ICMS)
(36)
(+) impostos não recuperáveis (IPI)
22
(+/-) outros
-
(=) custo de compra da mercadoria
291
Cálculo do custo de compra de matéria-prima para a indústria Custo de compra matéria-prima
$
(+) custo unitário na fatura
300
(-) descontos na fatura (incondicionais)
(5)
(+) fretes/seguros/outros
10
(-) impostos recuperáveis (ICMS e IPI)
(36+22)
(+) impostos não recuperáveis (IPI)
-
(+/-) outros
-
(=) custo de compra da mercadoria
247
Diferença básica entre os dois cálculos de custo de compra para comercio e indústria esta na recuperação de tributos. O ICMS e IPI são recuperáveis fiscalmente no caso industrial, enquanto somente O ICMS é recuperável quando se trata de comércio. Quando da análise de custos, é recomendável a consulta ao contador da empresa para verificar aspectos da legislação tributária, em virtude das inúmeras peculiaridades jurídica existentes.
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A FUNÇÃO DO MERCADO O comportamento do mercado com relação ao preço passa a ser cada vez mais importante dentro de um cenário competitivo. Nessa circunstância, a margem de contribuição passa a ser o instrumento mais adequado de mensuração de desempenho.
A fórmula tradicional de custo e preço deve ser invertida para: Preço de venda (ajustado ao mercado para ser competitivo) (-) Custo (a ser administrado e minimizado)=Margem de Contribuição (suficiente para remunerar o custo fixo e propiciar um retorno adequado).
Fixação de margem A margem de lucro é a diferença entre o preço de venda e o custo por unidade. Ela traduz o quanto a empresa gera de receita adicional aos custos para fazer face às suas necessidades de distribuição de resultados, cobrir despesas e se capitalizar. A partir da unidade vendida, é aplicada a margem desejada. Preço = (1 + Margem) x (Custo)
Exemplo: Considere que você tem um custo de $ 12 para produzir o produto X e deseja uma margem de 50 %. Preço = (1 + 50 %) x 12 Preço = (1,50) x 12 Preço = $ 18,00
Formação de preços de produtos padrões A formação de preços dos produtos padrões requer considerações de longo prazo. A ideia é reconhecer que o preço de venda estabelecido deve ser suficiente para que a longo prazo cubra os custos de administração, produção e venda, tanto os custos fixos como os custos variáveis, bem como possibilite um retorno adequado para futuras expansões. Há duas maneiras principais de se formar os preços dos produtos que são vendidos comumente no mercado e ambas usam algum tipo de fórmula baseada nos custos. Página 85
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1. A que aborda o custo total define o custo básico como sendo o custo total da unidade produtiva. Os custos administrativos e de venda são adicionados ao custo básico. 2. A que aborda a contribuição define o custo unitário variável como custo básico. Os custos fixos são somados a esta base. EXEMPLO: Você colhe os seguintes dados sobre o custo do produto regular da sua empresa: Por unidade Total Matéria-prima 6 Mão-de-obra direta 4 Despesas gerais variáveis 4 Despesas gerais fixas (com base em 20.000 unidades) 6 120.000 Despesas variáveis administrativas e de vendas 1 Despesas fixas administrativas e de vendas (com base em 20.000 unidades) 2 40.000 Suponha que para obter o preço de venda desejado a firma tem a política geral de acrescentar 50% ao custo total por unidade ou 100% ao custo unitário variável. Pela abordagem do custo total, o preço de venda será: Matéria-prima Mão-de-obra direta Despesas gerais de produção (fixas e variáveis) Custo Total por unidade
6 4 10 20
Acréscimo para cobrir despesas administrativas e de vendas e o lucro desejado (50% do custo total da unidade) 10 Preço de Venda desejado 30
Pela abordagem da contribuição, o preço de venda é determinado assim: Matéria-prima 6 Mão-de-obra direta 4 Custos variáveis (despesas gerais, despesas administrativas e de vendas) 5 Custo variável por unidade 15 Acréscimo para cobrir os custos fixos e o lucro desejado 100% do custo variável da unidade Preço de venda desejado
15 30
Ao determinar o acréscimo, as companhias usam a taxa de retorno desejado como base. Página 86
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FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA A VISTA NA INDÚSTRIA Para uma decisão acertada quanto ao preço de venda, você tem que considerar vários fatores, e os principais são os custos que incorrem sobre a fabricação e venda dos produtos e uma analise apurada dos preços praticados pelos seus concorrentes. Quanto ao primeiro fator a ser considerado, toda e qualquer empresa incorre em um conjunto de custos, que são os valores monetários por ela despendidos, para utilização dos elementos indispensáveis as atividades de produção e venda de seus produtos. Para uma correta apuração e apropriação dos custos é necessário saber identificá-los e classificá-los. Para tanto, explicaremos algumas definições com relação à classificação dos custos. Custos Variáveis de Produção (CVP) são todos aqueles que estão diretamente ligados à produção. Variam proporcionalmente à quantidade produzida e podem ser chamados também de custos com material direto (CMD). Custos Fixos (CF) são todos aqueles que independem, ate certo limite, do volume de produção e venda dos produtos. Melhor dizendo, são os custos despendidos pela empresa para manutenção de sua estrutura operacional. Custos Variáveis de Venda (CVV) são todos aqueles que incidem sobre o preço de venda dos produtos. Variam de acordo com a quantidade vendida e são representados em % (percentual) sobre as vendas. Outro componente do preço de venda é a margem de lucro que toda empresa almeja, pois é ela que remunera o capital investido (aplicado).
Para facilitar seu entendimento, ordenamos os seguintes passos: 1˚ passo: Verificar os preços nas notas fiscais de compras de materiais diretos e embalagens, retirando o ICMS que vem embutido, somar os valores correspondentes a embalagem, seguro e frete. Quanto ao IPI, quando houver incidência dele na aquisição do material direto e não incidência na venda, ele deverá ser somado ao preço de aquisição; caso contrário, deverá ser retirado. 2˚ passo: Levantar as quantidades gastas com materiais diretos e embalagens para fabricação dos produtos. 3˚ passo: Estimar a quantidade d peças a serem produzidas no mês. Página 87
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4˚ passo: Levantar todos os custos fixos que a empresa teve no mês da apuração e dividir pela quantidade total de peças produzidas neste mesmo mês. A resultante é o Custo Fixo Unitário (CFU) que deverá ser somado ao custo unitário de material direto. Existem várias formas de rateio dos custos fixos e essa uma delas. 5˚ passo: Levantar todos os Custos Variáveis de Vendas (CVV). 6˚ passo: Verificar a margem de lucro pretendida.
EXEMPLO: Uma indústria de Confecções de Roupas de Cama, que fabrica basicamente lençóis de solteiro, acompanhado de fronha e lençóis de casal, com duas fronhas. Cálculo do preço de custo e preço de venda Levantamento dos custos: Materiais Diretos Tecido Discriminação
Lençõis Solteiro
Lençõis Casal
Unidade
Preço Unit.
Quant.
Valor
Quant.
Valor
Poliester
M
5,30
1,90
10,07
2,50
13,25
Linha
0
0
0
0,07
0
0,10
Etiqueta
un.
0,15
1,00
0,15
1,00
0,15
Embalagem
un.
0,18
1,00
0,18
1,00
0,18
Total (CVP)
Custos Fixos: Item Discriminação 1 Salários + Encargos Sociais 2 Pró-Labore + Encargos Sociais 3 Honorários Contábeis 4 Água e Energia 5 Combustível e Lubrificantes 6 Lanche Materiais de Limpeza e 7 Escritório 8 Telefone 9 Depreciações Total
10,47
13,68
Valores 940,00 1.500,00 200,00 40,00 100,00 70,00 40,00 50,00 45,00 2.985,00 Página 88
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Considerando que esta empresa fabricará 2.000 peças por mês, temos: Custo Fixo (CF) = $2.985 = CFU = $1,49 Qtde. Peças/mês 2.000 peças/mês
Custo da Produção de cada produto: lençol de solteiro e lençol de casal: Custo de Produção (CP) = Custo com Material Direto (CMD) + Custo Fixo Unitário (CFU) a) Lençol de Solteiro CP = $10,70 + $1,49 = $11,95 b) Lençol de Casal CP = $13,68 + $1,49 = $15,17
CUSTOS VARIAVEIS DE VENDAS (CVV) Custos Variáveis de Vendas (Cvv) ICMS
17% (alíquota hipotética)
PIS
0,65%
COFINS
3%
CSLL
1,08%
Imposto de Renda Comissão sobre Vendas
1,2%
TOTAL
5% (critério de cada empresa)
27,93% de incidência sobre o preço de venda
Lucro desejado por esta empresa: 10%
Observação: a) a alíquota de ICMS é variável de acordo com o produto e a região; b) para as empresas optantes pelo SIMPLES, deve-se observar as regras a elas aplicadas; c) os valores utilizados são fictícios, não correspondendo a nenhuma moeda específica.
FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDAS Fórmula básica: Preço de venda (PV) = Custo de Produção (CP) = Custo o 100% - (% CVV + % Lucro) Mark-up divisor
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a) Lençol de solteiro: PV =
b) a) Lençol de casal: PV =
APURAÇÃO DO PREÇO TOTAL DE VENDA a) Lençol de Solteiro DESCRIÇÃO
VALO R
(%)
Preço de Venda (PV) (-) Custo de Material (-) CVV x PV (-) Custo Fixo Unitário (CFU) (=) Lucro Unitário
b) Lençol de casal DESCRIÇÃO
VALOR
(%)
Preço de Venda (PV) (-) Custo de Material (-) CVV x PV (27,93% x $24,44) (-) Custo Fixo Unitário (CFU) (=) Lucro Unitário
A par dos preços de venda dos produtos, deve-se analisar o segundo fator que é de suma importância para a tomada de decisão quanto ao preço de venda ideal do produto. Analise os preços praticados por seus concorrentes e compare-os com os seus. Caso eles estejam abaixo dos seus, a melhor política é baixar o lucro, pois mais vale um produto girando que um produto parado.
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5.6 - ANÁLISE DO CÁLCULO DO PREÇO DE VENDA Na situação em que a concorrência tornou-se extremamente acirrada, ocasionando queda real nas margens de lucros, ganha importância atenção que deve ser dada a uma das estratégicas comerciais mais cruciais: a fixação de preços. A correta formação de preços de venda é questão fundamental para sobrevivência e crescimento das empresas, independentemente do porte e de área de atuação. É comum observar companhias que não tem a menor noção da lucratividade proporcionada por seus produtos e serviços, bem como das necessidades para atingir os respectivos equilíbrios operacionais. Atualmente, a determinação do preço de venda esta sendo cada vez mais influenciada por fatores de mercado e menos por fatores internos. Entretanto, toda empresa deve saber o preço de venda orientativo, ou seja, o preço mínimo pelo qual deve vender seus produtos/mercadorias/serviços.
ALGUMAS OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: O custo deve ser o de reposição, a vista, e em moeda corrente. Assim, o preço calculado também é para venda a vista; Para calcular preços de venda a prazo, é necessário embutir os encargos financeiros correspondentes; Se o critério de custeio for o Custeio Variável (somente os custos variáveis), então o markup terá que ser acrescido de um percentual estimado para cobrir os custos fixos de produção, não incluídos no custo do produto; Se os vendedores tiverem vinculo empregatício com a empresa, então o percentual de comissão deve incluir os encargos sociais; Os tributos a considerar são os incidentes direta e proporcionalmente sobre a receita, como ICMS, PIS, COFINS, ISS, ETC.; O lucro desejado pode ser expresso de várias outras formas, inclusive em valor absoluto, tomandose por base o capital investido, o custo de oportunidade etc. Esse método de calcular preços com base em custos é muito utilizado pelas empresas, porém apresenta algumas deficiências, como: não considerar, pelo menos inicialmente, as condições de mercado, fixar o percentual de cobertura das despesas fixas de forma arbitraria etc.
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OBJETIVOS DOS PREÇOS.
Preço é a expressão do valor de troca que se oferece por alguma coisa que satisfaça um a necessidade ou desejo. No calculo do preço de venda, as empresas devem procurar valores que: a) Maximizem os lucros; b) Possibilitem alcançar as metas de vendas com tal preço; c) Permitam otimização do capital investido; e d) Proporcionem a utilização eficaz da capacidade de produção instalada. Proporcionar, a longo prazo, o maior lucro possível
Empresas buscam a perpetuidade. Cuidados com preços de curto prazo para maximizar lucros. Permitir a maximização lucrativa da participação de mercado
Faturamento e lucros devem ser aumentados. Efeitos negativos sobre os lucros: excesso de estoques, fluxo de caixa negativo, concorrência agressiva, sazonalidade, etc.; Maximizar a capacidade produtiva reduzir ociosidade e desperdícios operacionais. preços devem considerar a capacidade de atendimento aos clientes. preços baixos podem ocasionar elevação de vendas e a não capacidade da manutenção de qualidade do atendimento ou dos prazos de entrega. preços elevados reduzem vendas, podendo ocasionar ociosidade da estrutura de produção o de pessoal. Maximizar o capital empregado para perpetuar os negócios de modo auto-sustentado
o retorno do capital se dá através lucros auferidos ao longo do tempo. Assim, somente através da correta fixação e mensuração dos preços de venda é possível assegurar o correto retorno do investimento efetuado.
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EXERCICIOS: 01) A empresa Cofag realizou uma compra de mercadoria para venda cuja nota fiscal de compra apresentou os registros seguintes: 1. Na nota fiscal de compra estão registrados os seguintes dados: Quantidade Descrição Valor $ IPI $ ICMS $ 50
Aço
250,00
22,00
24,00
20
Ferro
960,00
45,00
108,00
10
Papel
110,00
-
12,00
30
Fita
670,00
48,00
72,00
1.990,00
115,00
216,00
Totais Valor total da nota fiscal
$2.105
a) Sabendo-se que o ICMS esta incluso no valor total da mercadoria e que para esta nota fiscal a empresa pagou R$210,00 de frete, sendo rateado o valor entre os produtos de forma que ficou sendo os valores do frete de acordo com cada produto da seguinte forma: Aço=R$27,14; Ferro=R$100,26; Papel=R$10,97; Fita=R$71,63.
Calcule o custo comercial de compra de cada produto:
Custo Comercial de compra de cada produto Produtos
Aço
Ferro
Papel
Fita
50kg
20kg
10kg
30mt
(+) Custo na fatura $ (–) Descontos NF $ (+) Impostos não recuperáveis $ (–) Impostos recuperáveis $ (+) Fretes/seguros/outros $ (=) Custo total $ (÷) Quantidade comprada (=)Custo unitario $ Página 93
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b) Considerando-se os considerando-se os seguintes fatores: ICMS (vendas) 12%; PIS/COFINS (vendas) 2,65%; Comissões sobre vendas 5%; Lucro desejado 6%; Descontos para negociar 10%; Frete sobre as vendas 3%. Determine o Mark-up de cada produto para o comércio:
MARK-UP
Alíquotas ( %)
Fórmula: Preço = Custo ........ (1- Mark-up)
ICMS vendas IPI vendas PIS/cofins Comissões Lucro desejado Desconto neg. Fretes TOTAL MARK-UP
c) Determine o preço de venda de cada produto para o comércio:
Fatores/Produtos Custo de compra unitário $ Preço venda orientativo $
Aço
Ferro
Papel
Fita
d) Supondo que a empresa esteja dispensada de recolher os tributos sobre vendas, calcule os novos Mark-ups para comércio e os respectivos preços de venda nesta situação: MARK-UP Alíquotas ( %) Fórmula: Preço = Custo ........ (1- Mark-up) ICMS vendas IPI vendas PIS/cofins Comissões Lucro desejado Desconto neg. Fretes TOTAL MARK-UP Página 94
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Fatores/Produtos Custo de compra unitário $ Preço venda orientativo $
Aço
Ferro
Papel
Fita
e) Incluindo o fator financeiro de 5% no Mark-up (da situação inicial) em quantos por cento aumentará o preço de venda comercial dos produtos: MARK-UP Alíquotas ( %) Fórmula: Preço = Custo ........ (1- Mark-up) ICMS vendas IPI vendas PIS/cofins Comissões Lucro desejado Desconto neg. Fretes TOTAL MARK-UP
Fatores/Produtos Custo de compra unitário $ Preço venda orientativo $
Aço
Ferro
Papel
Fita
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EXERCÍCIO EXTRA A Panificadora Industrial Luanda, acompanhando e registrando o movimento de vendas, verificou que, quando cobra $ 3,00/kg por determinado produto, vende um total de 2.400 kg por mês, e quando cobra $ 3,20, vende 2.100 kg. Cada quilo produzido lhe causa um acréscimo imediato de custo variável de $ 1,60/kg (dos quais 50% é farinha de trigo); além disso há, também, $ 1.200 mensais de custos fixos diretos (identificados). Desconsiderando a incidência de tributos sobre a receita, PEDE-SE PARA CALCULAR: a) O valor do lucro mensal, quando pratica o preço de $ 3,00. b) Idem, cobrando $ 3,20. c) O lucro mensal caso a farinha de trigo tenha aumento de 30% e o preço de venda seja $ 3,00. d) Idem, ao preço de $ 3,20.
CALCULOS:
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6.0 - SISTEMA DE CUSTEIO ABC - Activity Based Costing
Introdução O Custeio Baseado em Atividades, conhecido como ABC (Activity-Based Costing), é uma metodologia de custeio que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos e está baseado nas atividades que a empresa efetua no processo de fabricação de seus produtos. É geralmente aplicado tanto em empresas de grande porte quanto em Pequenas Empresas. O sistema de custeio ABC procura, igualmente, amenizar as distorções provocadas pelo uso do rateio, necessários aos sistemas tratados anteriormente, principalmente no que tange ao sistema de custeio por absorção. Poderia ser tratado como uma evolução dos sistemas já discutidos, mas sua relação direta com as atividades envolvidas no processo configura mero aprofundamento do sistema de custeio por absorção. O ABC pode ser aplicado, também, aos custos diretos, principalmente à mão-de-obra direta, e é recomendável que o seja; mas não haverá, neste caso, diferenças significativas em relação dos chamados “sistemas tradicionais”. A diferença fundamental está no tratamento dado aos custos indiretos. Este sistema tem como fundamento básico a busca do princípio da causa, ou seja, procura identificar de forma clara, por meio de rastreamento, o agente causador do custo, para lhe imputar o valor. A idéia básica é atribuir primeiramente os custos às atividades e posteriormente atribuir custos das atividades aos produtos. Sendo assim, primeiramente faz-se o rastreamento dos custos que cada atividade causou, atribuindo-lhes estes custos, e posteriormente verificam-se como os portadores finais de custos consumiram serviços das atividades, atribuindo-lhes os custos definidos. “O Custeio Baseado em Atividades parte da premissa de que as diversas atividades desenvolvidas geram custos e que os produtos consomem essas atividades” Conforme Eller (2000, p.82). Segundo Martins (2003, p.96) para atribuir custos às atividades e aos produtos utiliza-se de direcionadores. Martins ensina ainda que “há que se distinguirem dois tipos de direcionador: ... direcionador de custos de recursos, e os direcionadores de custos de atividades”. O citado autor continua afirmando que “o primeiro identifica a maneira como as Atividades consomem recursos e serve para custear as atividades”. Afirma ainda que “o segundo identifica a maneira como os produtos consomem atividades e serve para custear produtos”. Nakagawa (2001, p.42), conceitua atividade “como um processo que combina, de forma adequada, pessoas, tecnologias, materiais, métodos e seu ambiente, tendo como objetivo a produção de produtos”. Assim para o estudo do método ABC deve-se ponderar sobre as atividades envolvidas em cada processo de produção, seja de uma mercadoria ou um serviço. Página 97
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A gestão por atividade tem sido uma das contribuições mais significativas para o campo da gerencia da produção, advinda da implantação de tecnologias avançadas de produção. A possibilidade de combinar custos com medidas de desempenho abre novas perspectivas, tanto para engenheiros como contabilistas, interessados em medidas acuradas do uso e da eficiência no consumo de recursos. O ABC vem despertando recentemente inusitado interesse junto às empresas brasileiras devido, especialmente Método de Custeio por Atividades, ABC, um elemento-chave na gestão por atividade, tem chamado a atenção de profissionais nos Estados Unidos e na Europa e, de forma mais intensa, agora no Brasil, por sua capacidade de medir o consumo de atividades por produtos em nível de unidades, lotes grandes ou pequenos, projeto do produto e utilização dos recursos gerais da fábrica. O conceito de atividades consumindo recursos e de produtos consumindo atividades é fundamental para uma visualização de como o sistema de operações se desenvolve e o que e como adiciona valor no sistema produtivo, o que acaba por tornar as operações mais eficientes e a empresa mais competitiva a longo prazo. Outra contribuição relevante do custeio por atividade foi à extensão de sua aplicação para outras funções além da produção, como nas atividades comerciais e nos sistemas de serviços. O ABC vem sendo reconhecido como elemento indispensável à implementação com sucesso da Reengenharia de Processos, Gestão de Processo da Qualidade Total, decisões de investimentos em Tecnologias Avançadas de Produção. Embora conhecido e praticado há muitos anos, o ABC tem se tornado apenas mais recentemente, graças aos seguintes principais fatores: a) como consequência de novos conceitos e estilos de vida, hábitos, lazer etc.; as inovações tecnológicas nas áreas de informática e de comunicações permitiram rápida e extraordinária mudança no perfil da demanda e oferta de bens e serviços em nível global; b) adicionalmente às estratégias de negócios fundamentadas nos princípios da economia de escala, as empresas defrontam agora, inseridas que estão em um cenário de mercado global, com a necessidade de enfrentar seus concorrentes com base também nos princípios da economia de escopo; c) para sobreviver neste cenário, em que a diversidade e volatilidade de produtos associados à complexidade de processos constituem as características das empresas de sucesso em nível global, tem-se constado a necessidade de uma nova forma de analise de custos. Atualmente em quase todos os setores industriais, comerciais e de serviços a margem de lucro está direcionando-se rapidamente, principalmente devido às seguintes causas: Redução do ciclo de vida dos produtos; Proliferação de linhas de produtos e serviços; Competição entre as empresas em nível global; Explosão tecnológica.
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Neste contexto, o que se observa é que cada vez mais ganha importância a economia de escala (Economia de escala é aquela que organiza o processo produtivo de maneira que se alcance a máxima utilização dos fatores produtivos envolvidos no processo, buscando como resultado baixos custos de produção e o incremento de bens e serviços. Ela ocorre quando a expansão da capacidade de produção de uma empresa ou indústria provoca um aumento na quantidade total produzida sem um aumento proporcional no custo de produção. Como resultado, o custo médio do produto tende a ser menor com o aumento da produção), fato este que implica uma complexidade jamais imaginada para as empresas que pretendem continuar sobrevivendo com sucesso neste cenário de competitividade global.
A resposta das empresas diante deste quadro tem sido: Compressão do tempo (projeto, produção e entrega de produtos e serviços); Redução de custos (uso eficiente e eficaz de recursos, através da eliminação de desperdícios); Contínuo aperfeiçoamento da qualidade de produtos e serviços (kaizen); Melhoria no atendimento aos clientes (internos e externos); Mudança na cultura organizacional e fomento às inovações.
ABC: SISTEMAS DE CUSTEIO BASEADOS EM ATIVIDADES (Custeio por atividades ) Evitam alocações arbitrárias e distorções subsequentes nos custos por atribuir primeiro os custos dos recursos às atividades que os utilizam. Os custos das atividades são atribuídos aos produtos, serviços e clientes que criaram demanda pelas atividades executadas ou foram por estas beneficiadas. O custo das compras é atribuído aos itens comprados. Os custos de projetar produtos são atribuídos aos novos produtos projetados. O custo do atendimento ao cliente é atribuído a cada um deles. Definição do ABC O ABC é uma metodologia desenvolvida para facilitar a análise estratégica de custos relacionados com as atividades que mais impactam o consumo de recursos de uma empresa. Trata-se de um sistema de custo baseado na análise das atividades que são significativas para a empresa. Além disso, iremos determinar e justificar os direcionadores e atividades do sistema, bem como mostrar um comparativo entre o método de custeio tradicional e o ABC. Conceito de apropriação de custos baseado na premissa que os produtos ou serviços elaborados por uma organização requerem a realização de atividades; e que estas, por sua vez, requerem o consumo de recursos (custos). Página 99
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Abordagem Multifuncional Visão Econômica e de Custeio
Visão de Aperfeiçoamento do processo
Recursos
Fatores Determinantes de Custo
Mensuração de Desempenho
Atividades
Objetos de custeio
Método do ABC Método que mede o custo e o desempenho de processos e produtos. Mais especificamente, que: - atribui custos às atividades com base no consumo de recursos; - Atribui custos a produtos/serviços com base no consumo de atividades; - Reconhece os fatores que determinam (explicam) os custos das atividades, e o consumo destas pelos produtos ou outras atividades.
Relação conceitual que fundamenta CLIENTES demandam
PRODUTOS demandam
ATIVIDADES demandam
RECURSOS demandam
GASTOS significam
CUSTOS
Quem necessita do ABC O ABC é necessário em qualquer meio competitivo, aonde os custos são muitos altos (margens pequenas de lucros) e o mercado determina os preços. A maioria das organizações necessita do ABC. Contudo, somente uma parte está apta a implementá-lo. Uma empresa candidata é aquela que: Página 100
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Quer e necessita diminuir o desperdício e aumentar a produtividade; Quer se tornar mais organizada; Não consegue reduzir seus custos com a queda da produção; Deseja implementar um sistema de pagamento por desempenho; e Tem a intenção de elaborar um orçamento baseado no desempenho. ABC - ETAPAS Necessidade de medir o Desempenho Organizacional Linhas de Produtos e Serviços
Análise ABC
Clientes e Mercado
Processos Estratégicos do Negócio Organizacional
Informa os custos reais Permite determinar a rentabilidade Identifica os fatores geradores de custo.
Informa os custos de pedidos customizados Informa os custos dos clientes Permite determinar o impacto de pedidos customizados Permite definir políticas de comercialização
Possibilita melhorar o desempenho dos processos, atividades, tarefas e operações. Possibilita a reengenharia
Informa os custos de maneira funcional Identifica os fatores geradores de custos Permite a redução/melhoria de custos Aumenta a capacidade de criar e agregar valor
Campos de Aplicação do ABC Montante das despesas e dos custos indiretos passa a ser substancial, aumentando em relevância com relação aos custos diretos Investimentos em equipamentos fabris são altos, resultando em mudanças significativas no processo e fazendo com que os custos e despesas indiretos se tornem quase fixos Fábrica produz grande quantidade de produtos diferentes que atendem múltiplas necessidades de uma grande quantidade de seus diferentes clientes Operações (fabris, principalmente) podem ser analisadas com facilidade, favorecendo a implantação das técnicas do método, em busca da relação custo- benefício Empresas dispõem de sistemas de informações automatizados que não só controlam os processos produtivos, como o consumo de recursos.
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Como funciona o ABC: Mapeamento das atividades. Alocação dos custos às atividades. Redistribuição dos custos das atividades indiretas às diretas. Cálculo dos custos dos produtos.
Analisar Atividades
Coletar Custos
Rastrear Custos para as Atividades Estabelecer Medidas de Saída
Analisar Custos
Importância e utilização do ABC A importância que se dá à utilização do sistema de custeio ABC é em virtude do mesmo não ser apenas um sistema que dá valor aos estoques, mas também proporciona informações gerenciais que auxiliam os tomadores de decisão, como por exemplo, os custos das atividades, que proporcionam aos gestores atribuírem responsabilidades aos responsáveis pelas mesmas. Um diferencial do sistema de custeio ABC, é que a sua utilização, por exigir controles pormenorizados, proporciona o acompanhamento e correções devidas nos processos internos da empresa, ao mesmo tempo em que possibilita a implantação e/ou aperfeiçoamento dos controles internos da entidade. Implantação do ABC A implantação do ABC requer uma cuidadosa análise do sistema de controle interno da entidade. Sem este procedimento que contemple funções bem definidas e fluxo dos processos, torna-se inviável a aplicação do ABC de forma eficiente e eficaz. O ABC, por ser também um sistema de gestão de custos, pode ser implantado com maior ou menor grau de detalhamento, dependendo das necessidades de informações gerenciais para o gestor, o que está intimamente ligado ao ramo de atividade e porte da empresa. Página 102
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Desafio da implantação do ABC: – Mudança é sinônimo de ameaça – Resistência Cultural Objetivos do ABC O objetivo do ABC é o de “rastrear” as atividades mais relevantes, identificando-se as mais diversas rotas de consumo dos recursos da empresa. Técnica de contabilidade que permite a uma organização determinar os custos associados a cada produto ou serviço elaborado, sem considerar a estrutura organizacional. Processo de gerenciamento que atribui custos aos serviços ou produtos com base no consumo de recursos pelas atividades realizadas para elaborá-los.
Classificação das atividades do ABC
Relações entre Processo, Atividade, Tarefa e Operações Elaboração de um PRODUTO demanda: PROCESSO
ATIVIDADE
TAREFAS
=
=
=
Soma de Atividades
Soma de Tarefas
Soma de Operações
ANÁLISE DAS ATIVIDADES Análise de valor deve ser feito sob a ótica dos clientes internos e externos. Atividades que Não Agregam Valor: são as atividades que não contribuem para atender às necessidades dos clientes. Exemplo: Correções, inspeções, estocagem, solução de problemas, retrabalho.
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Análise de Valor do Processo: é a técnica que focaliza determinado nível de tarefas a fim de determinar se cada tarefa ou atividade agrega valor ao consumidor, e se essa pode ser realizada com menor custo. As atividades podem ainda ser classificadas como primárias, quando dão suporte à missão da organização; ou secundárias, quando dão suporte às atividades primárias.
A Figura seguinte vai mostrar a relação existente entre estes critérios. Critérios de classificação das atividades
A. V.
N. A. V.
Atividades que agregam valor para a satisfação do cliente.
Atividades que não agregam valor para a satisfação do cliente e são passiveis de serem eliminadas. Não necessárias
Atividades que não agregam valor para a satisfação do cliente mas, são necessárias para possibilitar as atividades AV a serem realizadas. Necessárias
DIRECIONADORES DE CUSTOS Direcionadores de custos: são os fatores que fazem com que as atividades sejam realizadas. É utilizado para custear as atividades que compõem os processos. Fatores para escolhermos um Direcionador de Custos: - a facilidade na obtenção dos dados necessários para o direcionador de custos escolhidos; - a correlação entre o consumo da atividade e o consumo real; - a influência que um determinado direcionador terá no comportamento das pessoas (efeito comportamental). Quantidade de Direcionadores de Custos: - O desejado nível de exatidão nos custos dos produtos - Grau de diversificação de produtos - Custo relativos de atividades diferentes Página 104
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- Grau de diversificação de volumes - Uso de direcionadores de custos correlacionados imperfeitamente Direcionadores de Custos – Exemplos Direcionador
Atividade
Venda de Produtos
Faturas Emitidas
Venda de Sistemas
Faturas emitidas
Venda por Representantes
Pedidos
Atendimento a Clientes
Número de Atendimentos
Reparo de Produtos
Tempo de Reparo
Cursos para Clientes
Tempo de Curso
Diferenças entre rateio e rastreamento Recentemente, têm surgido inúmeras criticas em relação ao chamado “rateio” de custos, que é uma forma tradicionalmente utilizada para se fazer à alocação dos custos indiretos de fabricação (CIF) aos produtos (conforme a figura). CUSTOS
INDIRETOS
R
DIRETOS Alocáveis Diretamente aos Departamentos
COMUNS
DEPARTAMENTO Serviço A
R DEPARTAMENTO Serviço B
ESTOQUE
R DEPARTAMENTO Produção C
Demonstração de Resultados
PRODUTO X
R DEPARTAMENTO Produção D
R
PRODUTO Y
RECEITA CPV LUCRO BRUTO DESPESAS LUCRO OPERACIONAL
Alega-se que os “rateios” são as principais causas das distorções nos custos dos produtos, e que estas têm provocado inúmeros erros de decisões. Os críticos do chamado “rateio”, amplamente utilizado nas aplicações usuais do método tradicional de custeio (por absorção e variável), apontam as seguintes razoes para as distorções que ocorrem na apuração de custos de produtos e serviços: Página 105
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a) assume-se que os custos variam basicamente em função do volume de produção; b) os custos indiretos de fabricação (CIF) têm crescido mais do que proporcionalmente em relação aos custos de mão-de-obra direta; c) os “rateios” são praticados com grande dose de arbitrariedade pessoal de quem os utiliza, prejudicando a exatidão dos números relacionados com os custos finais dos produtos. Embora compreensíveis tais críticas contem um grau de contundência não justificáveis, por diversas razões: 1- para a alocação de balanços e outros relatórios financeiros, a contabilidade de custos utiliza-se de um esquema, como já foi mostrado, no qual os CIF são “rateados” aos departamentos e destes aos produtos, para apurar os custos de produtos e serviços vendidos e dos que serão mantidos em estoque, esquema este que é imposto pela legislação fiscal e societária; 2- a não ser o mau uso representado pelas arbitrariedades e inconsistências de critérios e procedimentos de quem faz o “rateio”, este é absolutamente necessário em alguns casos, como o mencionado e, ademais, não há nada de errado com o “rateio” em si, do ponto de vista conceitual; 3- nos casos de uso de informações de custos para fins de decisão e controle, já há muito tempo se utiliza o método de custeio variável (ou direto), segundo o qual não faz o “rateio” dos CIF aos departamentos e produtos, a não ser os “diretamente identificáveis” com os mesmos. Por outras razoes, eventualmente até mesmo o ABC também pode fazer uso de “rateio”, mas o que ele faz essencialmente é o rastreamento do consumo de recursos, porque: a) o ABC não é mais um sistema de acumulação de custos para fins contábeis, ou seja, não apura o custo de produtos e serviços para a elaboração de balanços e demonstração de resultados; b) o ABC é um novo método de analise de custos, que busca “rastrear” os gastos de uma empresa para analisar e monitorar as diversas rotas de consumo dos recursos “diretamente identificáveis” com suas atividades mais relevantes, e destas para os produtos e serviços; c) o ABC tem como objetivo facilitar a mudança de atitudes dos gestores de uma empresa, a fim de que estes, paralelamente à otimização de lucros para os investidores, busquem também a otimização do valor dos produtos para os clientes (internos e externos). Idealmente, todos os custos deveriam ser diretamente apropriados às atividades e aos produtos, mas, à medida que as tecnologias evoluem, cada vez mais os custos vão tornando-se indiretos. Nesse contexto, o ABC é um facilitador para a apropriação direta dos custos indiretos e o “rateio” deve ser usado só em ultima instancia. Portanto, podemos concluir, neste ponto, que conceitualmente, não há nada de errado com o “rateio” que faz dos CIF para os produtos e serviços, quando se usa o método tradicional de custos (absorção e variável) para fins de elaboração de balanços e demonstrativos complementares, ou até mesmo, o ABC em determinadas circunstancias, desde que mantida a transparência e a consistência dos critérios e procedimentos utilizados. As críticas, entretanto, ao “rateio” são perfeitamente validas e aceitáveis, nos casos em que os custos de produtos e serviços apurados para fins de balanço e outros relatórios financeiros são usados Página 106
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para decisões e controle gerenciais, porque para esta finalidade, no atual cenário de competitividade global, o desenho de um sistema de informações, além de fundamentar-se nos princípios da responsabilidade e controlabilidade, deveria considerar também a necessidade de sua interação com os demais sistemas da empresa. Provavelmente, entre todos os outros, de igual importância, destaca-se o de recursos humanos. As razoes para esta preocupação são muitas, mas destacamos alguns que estão ocorrendo com intensidade cada vez maior: a compressão do tempo (no lançamento e manutenção de novos produtos no mercado); a complexidade do processo de produção (com produtos cada vez mais diferenciados e lotes de produção cada vez menores); a crescente taxa de inovações tecnológicas e metodológicas (novas gerações de materiais, computadores e softwares, tecnológicas de informação etc.). Evidentemente, tudo isto tem preocupado muito as empresas, porque o rápido crescimento dos gastos indiretos, decorrente do uso destas inovações, além de impactar diretamente seus lucros, tem demonstrado a necessidade de uma nova visão e forma de gestão de negócios. É neste contexto que se justifica a importância do “rastreamento” que o ABC faz das atividades mais relevantes de uma empresa, supostamente as que consomem a maior parte dos recursos da empresa e que são, geralmente, aquelas que se localizam nas áreas de engenharia, logísticas de armazenamento, movimentação, transporte e distribuição de materiais e produtos, inspeções, etc. O “rastreamento” feito pelo ABC tem o significado de identificar, classificar e mensurar, numa primeira etapa, a maneira como as atividades consomem recursos e, numa segunda etapa, como os produtos consomem as atividades de uma empresa.
Entretanto, a informação gerada pelo “rastreamento” é ainda apenas um meio para se chegar a um fim, que é a identificação das ações necessárias à sobrevivência e competição com sucesso da empresa no cenário descrito, e isto só se conseguirá efetivamente se ocorrerem mudanças significativas e permanentes de atitudes dos recursos humanos. É para isso que, fundamentalmente, o ABC se propõe contribuir, através do “rastreamento”. BENEFÍCIOS E AS RESTRIÇÕES DO ABC Benefícios: ♦Permite uma melhoria nas decisões gerenciais, pois deixa de ter produtos “subcusteados” ou “supercusteados”. ♦Permite a determinação dos custos das atividades que incidem nos produtos, traz pois as condições de se permitir a análise desses custos indiretos. ♦Facilita a determinação dos custos relevantes. Página 107
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Produtos do ABC e seu potencial de uso ABC possibilita
ABC informa sobre
Custo das Atividades
Identificar oportunidades de aprimoramento. Reduzir custos e tempos e melhorar acuracidade. Reduzir/eliminar atividades que não agregam valor.
Determinar a necessidade de recursos. Elaborar orçamentos. Estabelecer medidas de desempenho. Direcionar melhoramentos contínuos.
Rentabilidade de Produtos/Serviços
Redefinir responsabilidades e organização. Analisar o custo da qualidade. Investir em novos produtos/serviços. Abandonar produtos/serviços. Aumentar a escala de produção.
Rentabilidade por Cliente/Mercado
Determinar custos para atendimento. Rever a formação de preços. Determinar prioridades.
Direcionadores de Custos/Atividades e Consumo de Recursos
Como toda ferramenta gerencial, o ABC possui algumas limitações. As mais importantes são as citadas: 1-A utilização de direcionadores de recursos não elimina totalmente a arbitrariedade atribuída aos rateios efetuados no Custeio por Absorção. 2) Os custos indiretos, em sua maioria, são de natureza fixa. Ao apurar o custo por unidade, o ABC modifica o comportamento do elemento de custo. 3) Dificuldade na implementação de forma detalhada ou quando a empresa utilizar muitas atividades ou processos, ou seja, detalhamento e ao volume de dados que esse método requer. Com relação ao primeiro ponto desfavorável ao ABC, convém esclarecer que alguns autores consideram essa forma de custeamento não imune à arbitrariedade que costuma ser atribuída exclusivamente ao custeio por Absorção. Entendem que, se o seu maior problema é a subjetividade inerente à escolha do critério de rateio, a utilização de vários critérios (ou direcionadores) como preceituado no ABC apenas aumentaria a possibilidade de erros; isto é, a restrição acontece pelo rateio dos custos indiretos aos produtos e não pelo maior ou menor número de critérios utilizados. A terceira desvantagem atribuída ao ABC diz respeito ao detalhamento e ao volume de dados que esse método requer. Em empresas que possuem operações complexas, que exigem diversas etapas de produção, o número de processos, de atividades e os respectivos dados (direcionadores, recursos etc.) para Página 108
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alimentar o sistema de custeio baseado em atividades pode ser tão alto que complicaria (ou inviabilizaria) um detalhamento maior. Em sua forma mais detalhada pode não ser aplicável na prática, em virtude de exigir um número excessivo de informações gerenciais que podem inviabilizar sua aplicação. VANTAGENS E DESVANTAGENS DA APLICAÇÃO DO CUSTEIO ABC As principais vantagens do ABC: Através dos atributos revelados pela análise das atividades, permite a identificação de detalhes importantes que antes não eram percebidos pelo sistema tradicional; Mostra uma visão de negócios, processos e atividades, que são fundamental interesse para a competitividade das empresas; Permite a tomada de ações para o melhoramento contínuo de tarefas de redução de custos; Facilita a determinação dos custos relevantes na composição dos custos de produtos ou serviços; Pode ser implementado sem interferir no sistema contábil vigente, podendo ser um sistema paralelo ou periódico; Pode incorporar conceitos utilizados na gestão econômica, como custo de oportunidade, de reposição; Informações gerenciais relativamente mais fidedignas por meio da redução do rateio; Adequar-se mais facilmente às empresas de serviços, pela dificuldade de definição do que sejam custos, gastos e despesas nessas entidades; Menor necessidade de rateios arbitrários; Obriga a implantação, permanência e revisão de controles internos; Proporciona melhor visualização dos fluxos dos processos; Identifica, de forma mais transparente, onde os itens em estudo estão consumindo mais recursos; Identifica o custo de cada atividade em relação aos custos totais da entidade; Pode ser empregado em diversos tipos de empresas (industriais, comerciais, e serviços, com ou sem fins lucrativos); Pode, ou não, ser um sistema paralelo ao sistema de contabilidade; Pode fornecer subsídios para gestão econômica, custo de oportunidade e custo de reposição; Possibilita a eliminação ou redução das atividades que não agregam valor ao produto.
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As principais desvantagens do ABC: Gerações de informações confiáveis a longo prazo; Controle dificultado em empresas com grande número de atividades; Análise comparativa restrita; Os limites das áreas de responsabilidade; Pode não ser aplicável na prática; É dispendioso e com gastos elevados para implantação; Alto nível de controles internos a serem implantados e avaliados; Necessidade de revisão constante; Levam em consideração muitos dados e as informações são de difícil extração; Dificuldade de envolvimento e comprometimento dos empregados da empresa; Necessidade de reorganização da empresa antes de sua implantação; Dificuldade na integração das informações entre departamentos; Falta de pessoal competente, qualificado e experiente para implantação e acompanhamento; Necessidade de formulação de procedimentos padrões; Maior preocupação em gerar informações estratégicas do que em usá-las.
Questões que ABC possibilita responder: Quais atividades são executadas em cada um dos processos da empresa? Quanto custa executar cada atividade? Qual o real motivo que leva a empresa a executar tais atividades? A quantidade de atividades consumidas por determinado produto, cliente ou fornecedor da empresa é adequada? As atividades executadas agregam valor (ou não) à empresa, do ponto de vista dos clientes?
Cabe averiguar se o tipo de gasto é condizente com a estratégia da organização, agregando ou não valor da ótica dos clientes. Se a empresa optar por competir com a estratégia de diferenciação, assegurando um padrão rigoroso de qualidade para seus produtos, o gasto é plenamente justificável. Entretanto, caso a opção estratégica seja a competição com custos (preços) baixos, talvez fosse interessante verificar a possibilidade de reduzir esses gastos ou até eliminá-los. O valor total de cada atividade seria alocado aos produtos com base na quantidade de atividades que eles requerem para serem elaborados ou fornecidos aos clientes, isto é, a concepção teórica do ABC é a de que os produtos consomem atividades para serem elaborados e são essas atividades que geram custos à empresa, pelo consumo necessário de recursos para serem executadas.
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Concepção Teórica do ABC ABC – Concepção Atividades/Processos
CONSOMEM Produtos/Serviços GERAM
Custos
Exemplo: PRODUTOS (camisas e calças) consomem
ATIVIDADES (corte, costura, inspeção, expedição) que geram
CUSTOS (de fabricação) pelo consumo de
RECURSOS (como salários, energia elétrica, depreciação). ABC – Alocação Custos DIRECIONADORES DE CUSTOS PRIMÁRIOS
Atividades/Processos DIRECIONADORES DE CUSTOS SECUNDÁRIOS Produtos/Serviços
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Assim, se um produto não consumir determinada atividade, não receberá os custos associados a essa atividade. Se o produto exigir a execução da atividade, lhe será atribuído valor de custos proporcionalmente a sua utilização no período. No ABC os custos são atribuídos aos produtos com base na proporção do consumo médio das atividades requeridas para fabricar cada produto. Com isso, os custos são associados às atividades e, em seguida, repassados aos produtos por intermédio dos direcionadores de custos. Já no Custeio por Absorção os custos são acumulados por departamentos ou centros de custos e posteriormente rateados pelos produtos, em geral por um fator volumétrico de medição (como número de unidades produzidas ou número de horas trabalhadas). Enquanto no Custeio Absorção emprega-se um ou poucos critérios de rateio (com base em volumes), no ABC utilizam-se diversos critérios de direcionamento conforme o tipo de atividade a ser considerada.
Outra distinção importante entre os dois métodos é que dentro de um departamento ou centro de custos pode haver várias atividades. No centro de custos “Corte”, por exemplo, podem existir as atividades de: “(1) Ajuste da Máquina de Corte”, “(2) Processamento na Máquina de Corte” e “(3) Transferência para o setor de montagem”. O Custeio por Absorção consideraria apenas o total do centro de custos, enquanto no ABC seriam priorizadas as atividades executadas em tal centro de custos, que podem ou não ser consumidas por determinado produto ou cliente. Por exemplo, se no custeio por Absorção foi utilizado apenas um critério de rateio (volume de unidades fabricadas) para alocar os custos indiretos aos produtos. Enquanto no ABC seria usados três direcionadores de custos indiretos para atribuir valor às atividades (“número de horas consumidas” para salários, “consumo de kw/h” para energia elétrica e “metragem quadrada ocupada” para aluguel). Os critérios de rateio (ou direcionadores de custos) adotados no ABC proporcionam uma alocação mais confiável (ou lógica) dos custos indiretos aos produtos, uma vez que eles têm uma ligação mais estreita com os fatores de custos. Por outro lado, o custeio por Absorção empregou apenas um critério “volumétrico” (número de produtos fabricados), sem relação “lógica” com todos os fatores de custos considerados.
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ABC – Visão Geral da Técnica
Recursos CUSTEIO DE PROCESSOS
Atividades/Processos CUSTEIO DE PRODUTOS Produtos/Serviços
“os recursos da empresa são consumidos e utilizados na condução de um conjunto de atividades, as quais são executadas para permitir a produção dos produtos entregues aos clientes.”
PENSAMENTO TRADICIONAL
PENSAMENTO MODERNO
Orientação por função
Orientação por processo de negócio
Redução de custos
Prevenção de custos
Informação precisa, estática
Informação relevante, oportuna
Busca do culpado
Participação proativa
Hierarquia/departamento
Equipe/células de processo
Desempenho individual
Desempenho por processo (coletivo)
Voltado para a organização interna
Voltado para o cliente
(Olhar o próprio umbigo)
(Olhar o umbigo do cliente)
O Sistema ABC em Serviços O custeio baseado em atividades também pode ser aplicado nas organizações prestadoras de Serviços produto: pode representar um bem ou um serviço. Exemplo de serviço: Serviço de "interface" com o cliente. Exemplo de organizações de serviços que utilizam custeio baseado em atividade: Bancos e Hospitais. Despesas de vendas, gerais e administrativas: São despesas não fabris: - Em algumas empresas, essas despesas correspondem a mais de 50% das despesas fabris; assim, essas despesas, muitas vezes, são rateadas também. - Quando o rateio é feito utilizando métodos simplistas, como a da percentagem sobre as vendas, pode conduzir a distorções nos custos finais. Página 113
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Problema
Causa
Solução
Manutenção de estoques elevados
Obter planejamento de compras de Falta de adequado clientes e planejar as compras e a planejamento da produção produção de acordo com esse planejamento
Gastos com o controle da qualidade Falta de confiança no Exigir do fornecedor garantia da dos materiais entregues pelos controle de qualidade do qualidade de seus produtos fornecedores fornecedor Gastos elevados de esquematização da fábrica cada vez que muda o tipo Chão de fábrica tradicional de produto a ser fabricado
Transformar o processo produtivo em células de produção
EXERCÍCIOS TEÓRICOS: CUSTEIO ABC. 1) No ABC, o objetivo principal é: a) Gestão de custos b) Custeio de produtos c) Rateio dos custos fixos d) Avaliação de rateio e) Valoração de estoques. 2) O ABC que apropria custos aos produtos no sentido vertical, mediante atividades realizadas em cada departamento, é uma visão: a) Econômica de custeio b) Meramente tributária c) Tradicionalista apenas d) De custeio de produto e) Meramente financeira 3) No ABC a visão horizontal, no sentido de captar os custos dos processos por meio das atividades realizadas no vários departamentos funcionais, busca: a) Avaliação física dos estoques b) Aperfeiçoamento dos processos c) Elaboração de custos com rateios d) Levantamento físico de material
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4) O ABC deve ser implantado mediante análise de: a) Processos b) Orçamento c) Fornecedor d) Lucratividade e) Manutenção 5) O ABC propõe que os custos sejam reportados por: a) Produção b) Orçamento c) Mercado d) Atividades e) Fornecedor 6) A análise do valor proporcionada pelo ABC e pelo ABM deve ser realizada pela óptica dos: a) Clientes b) Preços c) Custos d) Canais e) Lucros 7) Com relação à gestão de atividades e processos para obter vantagens competitivas, a gestão Baseada em Atividades (ABM) é focada em: a) Planejamento, execução e mensuração b) Economias de escala, custos e preços c) Lucratividade, planejamento e despesas d) Orçamento, execução e cadeia de valor e) Estudo, análise de gestão dos custos indiretos de produção (Overhead). 8) É exemplo de Gestão de Custos: a) b) c) d) e)
Levantamento de balanços Uso de custeio por absorção Utilização do custo histórico Contagem física dos estoques Eliminação dos desperdícios.
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EXERCÍCIO PRÁTICO: CUSTEIO ABC. 1) A vice presidente de operações do Home Bank estava interessada em investigar a eficiência das operações. Saber quais os custos de abertura de conta, de processamento de depósitos e saques e do processamento de outras transações dos clientes? Uma das agências apresentou os seguintes dados de custo no último ano:
Salário dos caixas Salário do subgerente da agência Salário do gerente da agência TOTAL
160.000 75.000 80.000 315.000
Distribuição de consumo de recurso por atividades:
Salário dos caixas Salário do subgerente da agência Salário do gerente da agência
Abertura de contas
Processament o de depósitos e saques
Outras atividade s
Total
65% 5%
Processament o de outras transações do cliente 20% 30%
5% 15%
10% 50%
100% 100%
5%
-
10%
85%
100%
Pede-se: Efetue o primeiro estágio de alocação segundo o estudo pelo custeio por atividades.
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1.2)
Continuação do exercício 1:
Dados relativos às operações da agência no ultimo ano: Atividade Atividade total da agência Abertura de contas 500 novas contas Processamento de depósitos e saques 100.000 depósitos e saques processados Processamento de outras transações do cliente 5.000 outras transações dos clientes processados
Os custos mais baixos dessas atividades divulgados por outras agências são os seguintes: Atividade Abertura de contas Processamento de depósitos e saques Processamento de outras transações do cliente
Custos mais baixos entre as demais agências do Home Bank $ 26,75 Novas contas abertas $1,24 Depósitos e saques processados $ 11,86 Outras transações dos clientes processados
Pede-se: Determine, utilizando o primeiro estágio de alocação (exercício 01) e os dados mostrados anteriormente, as taxas da atividade no sistema de custeio por atividades. O que estes resultados sugerem a você?
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2) Você foi chamado por seu amigo, que é Administrador da Indústria W. Luxemburgo, para ajudálo na melhor maneira de custear os seus dois produtos: Chuteiras e Tênis. Os dados que você conseguiu são os seguintes:
Unidades Produzidas Horas de MOD por unidade Número de ordem de produção
Chuteiras 200 2 10
Tênis 600 3 5
Custos relacionados à atividade de preparação de ordens de produção= $ 36.000,00. O Administrador informou que estava fazendo a atribuição dos custos aos produtos na base de horas de MOD totais. Você que está estudando na Faculdade os procedimentos da técnica ABC, resolveu apropriar os custos com base no direcionador não relacionado aos volumes dos produtos. Preferiu usar como direcionador dos custos a quantidade de ordens de produção. Pede-se: a) Calcule os custos dos dois produtos com base no procedimento adotado pelo Administrador. b) Calcule os custos dos dois produtos com base nos procedimentos da técnica ABC.
3) A Sociedade Industrial Abelhas Rainhas Ltda. resolveu implantar em sua contabilidade de custos, como forma de exercer melhor controle sobre as despesas indiretas de fabricação, a técnica chamada ABC. Pelo critério que usava, as despesas indiretas de fabricação eram alocadas aos produtos com base nas horas máquinas empregadas. Uma das primeiras revelações feitas pela equipe de consultores foi a de que a contabilidade de custos poderia identificar os custos das atividades de preparação de máquinas e de preparação de ordens de produção e que seria fácil acumular, por produto, a quantidade de preparações de máquinas e de ordens de produção. A sistemática ABC indica que esses dois direcionadores de custos estão mais de acordo com a realidade, do que o direcionador de custos que estava sendo usado antes: a quantidade de horas máquina. Página 118
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Abaixo você vai encontrar os dados operacionais pertinentes às linhas de produtos, do mês de maio. Custos indiretos- análise por atividades Preparação de máquinas Preparação de ordens de serviços Total Outros dados operacionais Materiais diretos consumidos MOD Quantidade de horas máquinas Quantidade de preparação de máquinas Quantidade de ordens de serviços
Valores 24.000,00 12.000,00 36.000,00 Colméia $20.000 $9.000 1.000 20 500
Cera $72.000 $ 60.000 2.000 20 100
Pede-se: a) Calcular os custos das duas linhas de produtos com base no critério adotado antes da implantação do critério ABC. b) Calcular os custos das suas linhas de produtos com base na técnica ABC.
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