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DECLÍNIO DA UTRA O
AL IDEN T AL OCIDE DA CRISE DA ERSIDADE CRISE DA SCDADE dç d }Ã
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EDITRA BES SELLR
tulo original: n / h n Mn Copyright© Allan Bloom, Copyright do prefácio© prefácio© Saul Bellow, Publicado sob liceça de Simon & Schuster, New York. Tdos os diios reseos Poibida a reprdução no todo ou em ae, por quaquer meio, sem auorização do Editor Não permitida a venda em Pougal
Direitos exclusivos da edição em lgua no Brasil adquiridos por EDITORA NOVA LTDA, que s seva a rieade esta tção
EDORA BEST ELLER uma divisão da dito Nova Cultura Ltda Av Brig Faria Lima, CEP 5 Caixa Posal São Pao SP
ISN 535 Dados de Ctalogção na Publicção (CIP) Intencional Câm Bsilei do Livo, SP, Bsil Bloom Alln David, 1930 declínio d cultu ocidetl / Alln Bloom; tdução João Alves Alves dos Snto Sntos. s. - S Paulo Paulo : Best Seller 1989 1 Ensino Ensino superi superior or Estados Estados Uidos Uidos Filosofi Filosofi
Estdos Unidos • Vida intelectul Filosofi Ttulo CDD79 979
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O declnio da cultu ocidentl
5 Fotos a Eio ova Cultul da Impss e aaba a Gráfica do Círculo do Livro S
A mes alnos
umáro Preâmbulo, por Saul Bello Prefácio Introdução: A Grande Virtude de Nossa Época
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PARTE UM: OS ESTUDATES 1
Os Caouros Europeus e Americanos Um Retorno à Geração dos Anos 0 A Educação Francesa e Americana A Reliião e a Família
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Os Liros
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A Música A Era do Rock O Espírito da Música O Apelo Sexual O Reinado de Mick J agger
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As Relações O Eocentriso A Iuadade A Raça A Liberação Sexua O Isoaento O Dircio O Aor Eros
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PARTE DOIS: O NIHILISMO 1 2 3 4 5 7 8
A Conexão Aeã Duas Reoluções e Dois Estados da Natureza O Eo A Criatiidade A Cutura Os Valores A Nietzscheização da Esquerda ou ViceVersa Nossa Inorância
1 75 195 21 225 21 2 273 28
PATE TRÊS: A UNIERSIDADE Os Anos 0 O Estudate e a Uniersidade A Educação Libera A Decomposição da Uniersidade 3 As Disciplinas A Diisão Entre as tras e as Ciências Humaas A Natureza da Econoia e da Antropooia Ciência Poíica e Fiosofia Poítica O ecínio das Ciências Huaas Destino das Hu idades Fiaene a Fiosofia Conclusão
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Peâmbulo por ! O professor Boom tem um modo prprio de air. Ao escreer sobre o ensino superior nos Estados Unidos, não obsera as rmas, costumes e praxes da chamada por si mesma, em era) comunidade acadêmica. Suas credenciais, no etto, são irrepreensíeis. É autor de um ceente iro sobre a poítica em Shakespeare e traduziu a Repúbl de Patão, e o Emo, de Rousseau. Aos coeas mais sperados será dici menosprezáo, coisa que muitos ostariam de fazer, pois ee é contundente, corajoso, cuto e aruto obserador daquilo que Mencken chamaa, maiciosamente, de cutura superior. No entanto, o prossor Boom não é um desmistificador nem um satânico e sua seriedade o projeta muito aém das posições da academia. Primordiamente, não se dirie aos pro ssores. São bemindos se quiserem escutar e terão de zêo, já que estão sob o cerrado , mas o prossor Boom situase numa comunidade mais ampa, ao eocar S crates, Patão, Maquiae, Rousseau e Kant com maior eqüência que os contemporâneos: A erdadeira comunidade humana, no meio de todos os contraditrios simuacros de comunidade que ns conhecemos, é a daquees que procuram a 9
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erdade, dos sábios em potencial de todos os homens que queiram saber De to, porém, isso inclui apenas uns poucos, os erdaderos amios, como Platão o i de Aristteles mesmo quando discordaam sobre a natureza do bem Formaam uma s alma, de maneira absoluta, ao analsar o problema Seundo Platão, essa é a única e autêntica amizade, o único e autêntico bem comum É aí que se de encontrar o contato tão desesperadamente procurado pelas pessoas ) é a chae do enima dos improáeis reissos Pertencem a uma erdadeira comunidade, exemplar para todas as outras" Para os leitores da atuadade, um esto deste êero há de parecer carreado de riidez clássica Verdade", Sábios", o Bem" , mas de maneira aluma se pode near que por detrás da objeção a semelhante linuaem está a consciência de culpa da ioliade e muitas ezes da estupidez do moder no discurso sobre alores" pr sções são extraídas da conclusão da obra de Boom Ao despedirse d os leitores, é de uma sinceridade absouta O seu estilo é diferente ao analisar a capacdade dos economstas profssionais, a separação entre a ciência moderna e a osoa natural" que a precedeu, o nômeno do chamado reatsmo cultural" ou o erdadeiro e ndamental sfcado da obtenção de um mestrado em Administração de empresas Às ezes se encoerza, fcando áspero e seero Ao ar o papel das humandades na uniersidade, menciona a ' 'elha Atântida submersa , à qual reressamos na tentata e ' 'os encontrarmos a s mesmos, aora que todos ram emra" As são como o enorme e ant humandaes o merao as Puas, de Pars, onde aluém dotado de boa visão osegue descorir, entre montes de rebotalhos, tesou-
ros abaoas ( . . .)." Ou, por outra, s�o com _C JQ e refgias oe todos os gêios arranca de su res e de ses países por regmes nmgo s vve ocios9s . . . As ou _� tras as dvsões da unversidade não querem te n_a
om o passao. . ." Quando Bloom não está ocupado com a
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natureza do bem, é capaz de ferir ndo. Como inteectua, a sua intenção é iustrarnos; como escritor, aprendeu com Aristfanes e outros modeos que a iustração também pode ser aradáe. Para mim, não se trata do iro de um prossor, mas o de um pensador disposto a assumir os riscos mais comumente enentados peos escritores. Num iro de idéias, é arriscado ar com a nossa prpria oz, embora ee nos re corde que a nte das erdades mais autênticas, de modo ineitáe, é proundamente pesoa. Boom nos diz: ''Ao ono destas páinas, fz referência à ePatão, para mim bre educação, porque ea te me ica aquio que experimento c homem e professor . É muito raro qe os acadêmicos, mesmo os que se decaram xistenciaistas, se apresentem fancamente em púico enquanto pessoas. O prossor Boom é portanto um comaente da inha de ente nas uerras inteectuais do nosso tempo e, por isso, tem rande a nidade comio. Se ee pode ser pessoa, não ejo razão auma para que eu permaneça um comentarista anônimo.) Nas páinas finai do iro, Boom a de um auno que, aps uma eitura de O nqete comentou que hoje em dia era dici imainar a máica atmosra de Atena, ''na qua homens afáeis, insruídos e espirituosos se reuniam em pé de iuadade, ciiizada ma natura, para contar admiráeis his trias em orno do inicado de suas aspiraçõe. Essas experiências, contudo, são perpeuamente acessíei. Na reaidade, a jocosa discusão deuse em meio de uma erra erríe qe Atena eaa dada a perder, e peo menos Aristne e S crates eaam em condições de preer qe a derrota represenaa o decínio da ciiização rea. Mas ee não e entrearam ao deespero ctura e, naqueas erríeis circunsâncias poí ticas, o aandono ao prazer da natreza proou a iaiidade do que é mehor no omem, independenemente de acidenes e de particuaridades. Sentimonos demaiadamente dependen es da Histria e da cutura. . . O que há de esencia ... em qua quer dos diáoos de Patão, é reproduzíe em quase todos
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os tempos e luares Este pensamento poderia ser aplicado a tudo aí começamos a lhar Ele está, contudo, bem debaixo do nosso nariz, improáel mas sempre presente o esta xposição muito a sério, pois me toca a ndo Vejo nela a semente da qual brotou minha ida De to, como natural do Meio-Oeste, flho de pais imigrantes, Gedo reconheci I �
me cabia decidir por mim mesmo até que ponto dveria permias r ns judaicas, meu meio am en(s cira de Chicago) e a inha escolaria�
determinassem o ru da minha ida Não pretendia ser intei-
ramente dependete da História e
Cultura.
fcsnia q_�u estaria pronto e acabadoA mais Õ o mundo ciilizado do no sso tempo é de enunciação fácil: Dizeme de onde ens e eu te direi quem és " Não haia a menor hiptese de que Chicao, com a concordância de minha enorme mília, em anco processo de americanização, me modelasse à sua imaem Antes que sse capaz de pensar com clareza, a resistência que eu opunha ao seu peso material assumiu a rma de obstinação Não saberia dizer por que motio não me deiaa transrmar em produto de um meo. Mas não me dominaa a idéia de anância, utilidade, prudência e necios Minha mãe queria que eu sse iolinista ou então rabino Poderia optar entre tocar música ao jantar na lmer House ou presidir a uma sinaoa Nas mílias ortodoxas tradicionais, os meninos aprendiam a traduzir o Gênesis e o Êxodo, de rma que eu poderia terme encaminhado para o rabinado se o rande mundo, o mundo das ruas, não sse to edutor De resto, uma ida de piedosa obserância não se coadunaa coo Comecei a ler tudo, desde muito criança, e não tardou que eu me astasse da elha reliião Aos dezessete anos, meu pai conse tiu com relutância que eu inressasse na unieridade, onde i aluno entusiasta de uma animação insensata), mas irreular e oluntarioso Se matriculado em economia, passaa todo o meu tempo lendo bsen e Sha Inscrito num curso de poesia, loo me aborreci com rimas e estrofes, transferindo minha atenção 2
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para as Memóras de um Revoluconáro, de Kropotkin, e para o Que Fazer?, de Lênin Tinha gostos e hábitos de escritor Preferia ler poesia descompromissadamente, sem a ajuda de conferências sobre a cura ra descansar a vista tigada, jogava sinuca e pinguepongue no clube masculino Logo tomei consciência de que, na opinião de importantes pensadores europeus, as expectativas culturais de um jovem de Chicago, um centro de brutal materialismo, tendiam a ser decepcionantes Juntando os matadouros, as usinas siderúrgicas, os entrepotos de carga, os primitivos bangalôs das vilas industriais que a cidade abrangia, a esqualidez do quarteirão bancário, os campos de beisebol e os ringues de boxe, os políticos estereotipados, as guerras entre as quadrilhas que comercializavam álcool, tínhamos uma sólida camada de obscuridade ''social darwinista, impenetrável aos raios da cultura Irremediável, segundo ingleses, anceses, alemães e italianos reinados, os intérpretes da arte nas suas mais avançadas rmas modernas ra alguns deses observadores estrangeiros, o nosso país apresentava muitas vantagens sobre a Europa: produzia mais, tinha mais nergia, era mais livre, estava em larga medida imune à patologia política e às guerras ruinosas; mas, em matéria de arte, seria melhor, conrme Wyndham Lewis, ter nascido esquimó do que presbiteriano de Minnesota com vocação para pintor Os europeus civilizados, muitas vezes excepcionalmente livres dos preconceitos de classe reinantes em eus países, logravam cm muita conveniência desovar suas prevenções ainda imperfeitamente dominadas nos Estados Unios, país aberto a todos O que ninguém prviu é que todos os países civilizados estavam destinados a ser rebaixados a um cosmopolitismo vulgar e que o lamentável enfraquecimento das ramificações mais antigas da civilização abriria novas oportunidades, libertandonos da dependência em relação à História e à Cltura oculto benecio do declínio Claro que haveria manifestações de barbarimo, mas também seriam possíveis novas rmas de independência 3
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Nesse plano eu me vi entre a espada e a parede Às vezes, observadores europeus classificamme coo uma uriosidade híbrida, nem plenamente americano nem satistoriaente eu ropeu, recheado de rerências aos ilósos, aos historiado res e aos poetas que devorei atabalhoadamente na minha toca do MeioOeste É vidente que sou um autodidata, como to dos os escritores modernos Esse recémhegado de espírito vi vaz o romacista do século 19 prsumia, avnturavase e coneturava com audácia A iteligênia independnte pro duzia a sua síntese Balzac diia que ''o mundo e pertene porque eu o compreendo'' A obra do professor Bloo a me a recear que o livro do mundo tão cundamte tuda do pelos autodidata, etea prestes a ser chado pelos ' 'dou tos ", que vêm lvatando murahas de opiniões para scodr o próprio mundo Partindo de um ponto de vista diferente não é raro que lei tore ameraos çam obeçõs a uma certa estrageirice nos mus lvro Mciono autores do elho Mundo, teo um jeito atado d tlectual e parece que me dou ares de iportân a Etou poto a oordar que aqui e ali deve ser dicil r o que so, e é prováve que a dculdade aumente na esa medida do aaletiso do púlico Medir a capaci dade etal dos leitors ama i tar fácl Há oisas que a pssoas deverm aber, caso pretendam ler livro e, em si al de respeito por elas ou para salvar as aparêcas, tende os a les atribuir maor famlidade com a hstóra do século 20 do que obetivamente seria ustifcáve Aém disso, os es ritores costumam acreditar sepre em uma certa unidade psí quica Os outros são em essência iguai a mi e eu sou basicamente igual a eles, levado em cota algumas diferen ças secundárias Uma obra terária costitui uma oferenda ós a depositamos no altar e esperamos que sea aceita Re zamos ao menos para que a reeição não nos enureça, zen do de nós um Caim De maneira talvez ingênua, produzimos os nossos tesouros voritos e os untamos numa pilha indis 14
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tinta Quem não lhes reconhece o valor no pres az ça mais tarde Nem sempre pensamos esar escr ar contemporâneos Pode muito bem ser que os verai tores ainda não existam e que os nossos livros os o Há ocasiões em que me divirto caçoando do ama Por exemplo, Herzog seria um romance cômico, e PhD oriundo de uma boa universidade americana so na quando a mulher o abandona por outro Tomado o ataque de epistolograa, começa a escrve cartas se tais, mordazes, irônicas e deseneadas não só aos amigos conhecidos, mas também a grandes igura, aos igants d pensamento que rmaram sua personaidade Qe zr e se momento de crise: retirar Aristóeles ou Esinosa a esan te e dvassar as páginas em busca de consolação e e consehos? O homem rido, à medida que tent se reeruer, interar a sua experiência e dar sentido à vida, ganha perfita ciêa do absurd de semelhante esrço estárdo", escreve anal, rendendo se ao ióico a sua Esá dan ec situação, é de uma boa síntese à ase do e rall, no govero de oro Wilson, proferida na época da Primeira Guerra Munda: O que este país está precisando é de um bom chao d 5 ents" Alguns leitores de Herzo queixaramse de que o iro era d cil Assim como simpatizavam com o inlize cômico pro ssor de História, também se enstiavam de ez em quand com suas extensas e eruditas cartas Houve quem se achass convocado para um exae nal em um curso sore hisória do pensamento, condenandome por misturar talento e sim patia com obscuridade e pedantismo No entanto, eu estava ridicularizando o pedantismo! ' 'Se era essa sua intenção, você não conseguiu concretizá la Alguns leitores pensaram que lhes estava propondo um de sao, algo parcido com uma corrida de obstáculos, um queb cabeça intelectualóide para membros de algum clube de super dotados" 15
N A A NAL
Haer uem se tenha sentido insoeado e quem casse ressentido cm a roa As essoas reseram o melhor da sua caacidade de ensamento ara a resectia esecialidade rossiona e, em seundo luar, ara os rolemas srios com ue se deonta o cidadão consciente: a economia, a olítica o destino do o nucear etc Trminado o traaho dirio, uerem se diertir ão entendem or ue não odem se diertir com ao interessante de ceta rma concordo com eas (eu rório, a er Montane, me sinto tentado a assar or ato as tensas tações dos ssicos, as uais sumetem meu latim d esa seundria à roa e não agradel a gente se setr namente um coeia) aa naar aso de Hzog minha intenão nesse romane e demnstrar ac aoio ue a ''educaão suerior tinh a eer a um 9em atormentao o _ e au a nsnia de ue não te educação ara a u na na unersdae, uem he ensina� ra c ntar as nessiades erótas, dar com as muheres e m s rmas miiares e lta, � como diem os jad, ara enderse u, nrme ensei enuanto scra ; a aum nt riina de euiio A e Hzog a ue mais oderia ser? Mas u n u a ajuda de senso cômico, conseue a mair as nsões, ainda iste uma orta a aa a ama Pd sr dii de enca, ois na a a eta e ma e aumas das moitas mas u a a m dau ue denimos com a n ua n a t semre iste e a nós a a ra r a ae mais ronda ós mms uea arte ue es ao ar de uma onsna su, rs à ua demos er uamentos ens de tudo em onjunto A indeendna dea nsa ue tem ça ara ser imune ao ruído da Hstóra e às dstações de nosso meio amiente: eis tudo uanto reresenta a luta pea da O espírto tem d encon 1
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trar e de manter a sua base contra as ras hostis, às vezes personiadas em idéias que eqüentemente negam a sua pró pria existência e que repetidamte parecem, na verdae, tentar anulálo po competo Os poetas românticos e outros teóricos eiicantes do século passado viam as coisas de modo equivocao poeta e ro mancistas jamais serão os legisladores e os mstre da epécie humana Que os poetas os artistas empretm novo olhos aos seres humanos, zendo com que el encarm o mundo de rma diferente, arrancandoos d tipo rígio priência, parece bastante ambicioso para qum qr ofrcr uma explicação intencional do projeto do artista O qu torna ese projeto singularmente dicil é a desalentadora xpaão a ignorância intruída e do mau pensamento D to para la em termos crus, O artita, por < ato e pensar consegüinte, quer se cons idere ou não um itctal, tá volvio em coitos gnosioógicos Pensar a ó jamais lhe cu rará as ferias, e qualquer artista ergueria os braço aos céu por uma graça natural que o ibertase da necessiade e elaboraão racional Para mim, a univriae é onde conigo e contrar ajuda para a laborios a tare de me ezer e mau pensamentos Foi na universidade que comeci a pnetrar na modernas ideologias a capitalita e a marxita , bem como na psicologias, nas teorias sociais e hitórica, nas floofias (positivismo lógico, naturalismo, xitcialimo etc) Expelindo superfluidade, para que a miha btância me tal recuperasse fôego, ao mesmo tepo q proto a raí zes simples da existência, j amais ar ria co um asilo sagrado ou abrigo cotra o tr" A vi a,m círculo estritamente acadêmico, iolaa uma grande cidade turbulenta, seria um tormento para i Da rma, nunca i, conrme me claicou rcett crto romacita radical" a Eropa Centl, um critor campus" Pelo contrário, acotumeime a recolher a iterminávei va 17
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riações sobre temas da esquerda e da direita, para que me tornasse capaz perícia pouco invejável) de descobrir o cheiro de esgoto a céu aberto de um século de retórica revolucionária ou, mudando de rumo, de identifcar, na recente explosão de geopolítica original" de Gore Vidal, nada mais do que o te ma do Suplemento Dominical que acompanha os jornais da cadeia Hearst sobre o perigo amarelo", cujo cheiro não é ms agradável hoje em dia do que na década de 30. Não há nada de novo na brava postura desses escritores polêmicos e ' 'ati vistas". Se ssem capazes de propor alguma coisa de original as universidades não lhes sustentariam o monopólio sobre a vida intelectual. O núcleo do pensamento do professor Bloom reside em que · universade uma sociade ela oinião pú tQ blica via ser uma ilha de liberdade o s ponts e vista s. Com a liberal tornou is so possível, mas a universidade, ao consentir em desempenhar um papel ativo positivo" e participativo na sociedade deixose inundar e saturar pelo reuxo dos dessa mesma sociedade. com e guerra os ganham ma e rtuna idade depso cotua s propostas de revezes nociv d rma da educação libera,* que poderiam levar a universidade a um conflito com os Estados Unidos por inteiro são inimagináveis. Cada vez mais as pessoas ue estão dentro" da universidade se parecem n u tits e to com os qustã ra". É isso que, penso, Bloom quer dizer; se ele estivesse zendo apenas uma proclamação po * Cm e abe, li itema eduainal d Etad Unid nite em it an de ela primria lmy choo, quatr an de ela eundria hh choo, quatr an de ela uperir preparatória u de primeir il co e de um a quatr an de univeridade prpriamente dita y. coll mi nitra um dd dy, it é um ur nã epeializad de humanidade vulgarmente nheid m de eduaçã liberal". do T
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lêmica, seria muito fácil pôla de lado ue tionável seridade à sua tese é o a acompanha Com ad mirável domínio a explica como tudo is to sobreveio, como se origino u a deocracia moderna, o que tinham em mente Maquiavel, Hobbes, Locke, Rousseau e os demais ilósos do Iluminismo e de que rma se realizaram ou não as suas intenções A controvérsia entre a esquerda e a direita se tornou tão ro z na última década que os hábitos do discurso civilizado saíram escelados Os antagonistas, ao ue parece, já não se escutam osuse teligentes não e obra com sincera atençã, pois ela propõe uma tese importante e digna de cuidadoso estudo Bloom proporciona a toos nós, aceitemos ou não as suas conclusões, um guia indispensável para o debate, não uma simples resenha da tradição, mas antes um sumário perfeitamente articulao, historicamente to e conável do desenvolvimento da vida intelectual de nível superior na democracia americana
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Pefácio ste enso edtão sobe o nosso estdo estu ncente dos ovens be coo sobe educão escto do onto de vst de u ofesso. É u onto de vst vedo eb esente ves tões e s conhdo de tentões eoss. O osso sobetudo o devotdo à educão be eve ocu t os o votos o obetvo d efeão hun e o outo do ntue de seus unos qu e o buscndo nvveente coeende quee e v cc destes cnáo O eedo do êto ede e d tenão os ovns sbndo qus são seus nsos q tão conões de ss á qu obsv e te à t ts nseos á qu não te veente educã dess noe que não às necessdes eeents u out concento que se dqu não ss de ívo ostentão O que cd eão s o que se escobe eho n u ã co os nteesses enentes d esce hun o su ve eho de escob sso t vtentos e escente óes d que d s edeo nu oc que u su c utoconscên). tcut vdoe ã os vá otoes cu tvde e os ov s ceôs d cutu tê 21
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o s te dos otvos descob o ettes d juven tude o que o ton us útes os bntos do esí to dos teos. onto de vst do ofesso não é btáo. Não deen de sesente dquo que os uno ens desej ou con tece est neste u ou nest éoc ne he é osto e exêncs de u socedde e tcu ou eos ccho do ecdo. bo á se tenh to uto esço n tent tv de ov que o ofesso é see o ente de ts s n edde ee é que ou não udo e conscênc ou e ntução de que exste u ntuez hun e que he coete ud ezá n u entude. Não cheá í o eo de bstções ou de uentos coexos. e o vê nos ohos dos unos. stes são ens otencdde s sueo s es o que consttu nte d esenç quse see h s see enovd de que o hoe não ens ctu do cso coentdo e o e cven e que nsceu. O tbho de te sto é o to de bebês cu cus não é te s s ntuez descve o e de ensn de ne s od do que v socão. O nscento de u cnç obust ndeendenteente d te f vedde e do o sso u e uto s etvo otváo do que todo e quque de o esnteessdo. Su exeênc od de u efexão se ton s ststó do que to e quque ão. enhuYeá de que su ssão consux seu uo coet tue hun cont tods s çs de ds convenções e os cot. A vsão dquo que ntue é tvez este obscuec o oss ode se s ou enos tdo s su tvdde é sotd o u cos que o tnscende qu he oocon o eso te o u dão u ccdde e o ovetento de seus uo. A dsso não há u só osso dno desse noe ue n átc não cedte n exstênc do esíto ou 22
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em uma mágica que atua sobre ele através da la. Contud, o professor há de pensar que o espírito, no início da educação, talvez requeira prêmios e castigos extrínsecos para moti var sua atividade; no nal, essa atividade constitui o seu próprio prêmio e é autosuficiente. Tais são as razões que ajudam a explicar a perversidade do adulto que prere a companhia dos jovens à de gente grande". Prere o promissor pode ser" ao defeituoso é". Esse adulto está sujeito a muitas tentações principalmente à vaidade e mais ao desejo de zer propaganda do que ao de ensinar , e a própria atividade traz consigo o risco de prerir o ensino ao conhecimento, e se a �unos podem ou uererende se conhecer a si mesmo apenas p aunos. Dessa rma, o ensino pode constituir uma ameaça à filosoia, porque filo§oa ua aventura solitária, se en trega a ee er um plic si. É demais, o rém, pedir que os prooes quase inevitável, aliás, uma certa ligação com os nossos ouvintes. E, se se resistir bem a ele, o próprio vício pode se transrmar em algo parecido com a virtude, estimulando o ato de filosor. O scínio pelos alunos induz à percepção dos vários gê neros de espírito e da diversificada capacidade deles para a verdade e para o erro, assim como para o estudo. Essa expe riência representa uma condição para examinar a pergunta Que é o homem", relativamente às suas aspirações superio res, em contraposição às suas necessidades inriores e comuns. Por educação liberal entendese precisamente ajudar os alunos a colocar essa questão a si próprios, a ganhar consciência de que a resposta não é óbvia nem simplesmente impossível e que não há vida a sério quando essa mesma questão não represente uma preocupação constante A pergunta que toda pessoa jovem z, Quem sou eu", o poderoso impulso para seguir a ordem inscrita no ontão do templo de Dels, Conhecete a ti mesmo", a qual nasce dentr de cada um de 23
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nós signific em primeiro ugr "O_ que o home? " pesr de todos os esrços pr pervertê como veremos neste i vro. E, em noss cnic t de certez isso se resume em conhecer s resposts terntivs e em meditr sobre es. A educção iber proporcion cess tis terntivs ui ts ds quis vão contr índoe d noss nturez ou d noss époc. A pessiberente educd é de resis tir às rs fáceis e não or dins de 9 senst creditr que cutur ivresc repreente o conunto d e é es ncº e épo cs de obre d exem vivos do ue sem eevs tios unos ossíes E erudição ivresc é o máxo que u prossor ode oferecer inistrd propridente nu m tmosr em que reção de co vid se usíve Seus unos encot vd. A espernç mo r ee é que quo que ee pde orecer rá inspirr vd. A mio ri dos estudntes fcrá contente com o que o nosso resent consder reevnte; outros terão um entusismo que vi dim nuindo à edid que mí e mbição hes proorcio ne outs obetos de interesse; guns oucos pssão vid endo esrço pr ser indeendentes. É pr estes útimo especente que educção ber iste. Tornmse mo deos pr o uso ds mis nobres cuddes humns e po isso são benfetores de todos nós mis peo que são do que peo que fe. Sem presenç dees e crescentese sem su reseitbidde nenhum sociedde se pode dizer civid não import seu níve de riquez ou de conr to ne que este tecnicmente desenvovid ou reet de bons sentientos. o onto de vist do professor ssim entendido pssei mis de trint nos observndo e dndo ouvidos estudntes com o mis prondo interesse. udou o que ees trzem consigo pr unversidde em pixões curiosidde spirções e ex eriênci prévi sobretudo e por isso mudou igumente t 24
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re de educálo. Ete liro repreenta ma tentatia de contribuição para compreender a atual geração. Não etou pre gando moral: nem quero er Jeremia nem Poliana. Acima de tudo, gotaria que o conideraem como um comunicado do front durante a guerra. O leitor aberá julgar por i memo a graidade da noa ituação. Cada época tem o eu pro blema, e eu não proclao que antigamene a coia eram uma marailha. Etou decreendo a preente ituação e não pretendo fazer comparaçõe com o paado que iram de bae para no congratularmo ou acuarmo. Meu único objeio conite em elucidar o que conta para nó e o que há de ingular na noa iuação. Alguma palara obre a minha amotragem" nete e do. Conite em milhare de etudante de inteligência comparatiamente alta, material e epiritualmente lire para zer quae tudo o que bem lhe apetece durante o bre ano de culdade que têm o priilégio de eqüenar em uma, o tipo de joem que pooa a inte ou trinta melhore unieri dade. Exiem ouro tipo de eudante, a quem a circun ância impediram de er a libera indipenáel para eguir uma educação liberal. m neceidae própria e ua per onalidade erão talez bem diferente da que aqui decre o. Não obtante eu limite, minha amotragem apreenta a antagem de e concentrar naquele que, com maiore pro babilidade, ão tirar proeito de uma educação liberal e exercer maior efeito moral e inteletual obre o paí. Cotumae dizer que ea juenude uperior precia meno da noa aten ção e do noo recuro, poi já têm o ufciene. Ma o que ele mai preciam, acima de tudo, é de educação, na medida em que o grande alento ão mai dicei de aperfeiçoar; quano ai compla, ai ucetíel a natureza é à pererão Não há a menor necessidade de provar a importância da educação. No enanto, cumpre advertir que, para os povos da atuª ldae, os quas se fndaentaram mais na r ão em suas várias i = c ve í -a vertentes do que os povos do passa , um
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dde, o abrigo da razão, talez correponda ro · ue frontam. Ete liro rçoume a concentrar a mente na experiência de uma ida inteira de magitério. Já que a minha carreira i inulgarmente feliz, a gratidã é o principal entimento que me toma ao eocála. O meu agradecimento, portanto traduzem contribuiçõe mai a ea experiência global do que ao liro em particular. Em primeiro lugar, tenho de agraecer a todo o aluno a quem tie o priilégio de eninar texto cláico por mai de rinta ano, epecialmente àquele que cheguei a conhecer bem e com o quai apreni tanto obre o tema aqui analiado. Entre ele contame exaluno, hoje penadore independente e amigo, que me laram e ua experiência e oberaçõe e me ajudaram a interpretar a minha Chritopher J. Bruell, Hillel G radkin, Jame H. Nichol Jr. Clifford Orwin, Thoma L. Pangle, bram N. Shulky, Nathan e Suan Tarco. Em particular, Daid S. Bolotin, ao replicar à minha tee, conenceume de que era éria. Todo contribuíram para me entuiamar e me conter, cada qual na ua epecicidade. Muito me ajudou Michael Z u com ua crítica e prondo conheciento. Entre o colega com quem paletrei e o aluno, eejo mencionar Saul Bellow e Werner J. Dannhauer. O primeo com ua generoidade ímpar, penetrou no meu penamento e me etimulou em rumo que nunca haia eguio ante. O egundo, companheiro intelectual por toda a minha ida adulta, tomou a i a tare de ler o originai, benecianome com ua argúcia e honetidade. Na preparação do texto, Judy Chernik, eree Deno e Rica ronon trabalharam como amga leai, digna de toa a coniança, tornando emocionante a e mai inípida da produção do liro. Etou muito atifeito com o meu editore, Robert ahina, da Simon and Schuter, e Bernard de alloi, a É dition Julliard, o quai me animaram a ecreer o liro 2
Páco
e depoi gataram mai tempo trabalhando nele do que eu po deria imaginar A undação Earhart e a undação John M Olin ubidiaramme como profeor e bolita por muitíi mo tempo, pelo que etou muito grato a eu diretore Por im, deejo xprear a minha admiração por Allan P Sindler para mim, o modelo do unieritário deprendido Sempre e comportou aim a ida inteira, o que proa que ainda é poíel e álida a aentura Deo acrecentar e não ó pro forma que o to de mencionar ea peoa não quer dizer de modo algum qu ela endoem a minha opiniõe B d
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Intodução: A Grande Vide , de Noss Epoc De uma coia o pofeore odem eta aoluamene cer o quae odo o etdane qe nan uridade are diam, ou dizem acreditar, qu a vedad é eli\ Se a opinião r poa à proa, podee conta u a reação dele erá de incompreenão. icam epantado dae de gente incpaz de er que a aiude dele dpena demonração, como e lguém dicuie que 2 + 2 = 4 São quetões em que ninguém pen a. A origen do aluno ão anal tão ariada quano a pró pria população do Eado Unido emo o aeu e o religioo, o de equerda e o de dreit, s qe peende e cienia, humania, proioa iera ou, enão, homen de negóco Algn ão pos outro ico O ue os ne é apea o relaimo a adã à gaade, amo col cionado com uma inenção moal A vdade latia o uma concepção teórica, ma um pouao moal, ma con dição para oda ociedade lre lo en é aim que ele encaram o poblema do rceberam ea frmação bem ce do, a qual é o moderno uiut ds nalienáei direio na urai que já ram a bae da tadição americana de uma ociedade lire. Qe e ata de ma es ral, depreende e do ipo de repota que le dão a ere deafiado um mio de decença e de ndigação oc é aoluia? " É a única alernaia que conhecem od no memo tom 29
DECLN DA CULTURA CDENTAL
de ocê é monrquist?'' ou Remente você credit em bruxs? ' '. Est útim provoc ndignção já que guém que credite em bruxs poderi ser um perseguidor des ou um juiz do intoernte tribun de Sém que no fin do sécuo 18 prendeu centens de pessos e condenou dezenove à rc. Não é o erro ms intoerânc que ees prenderm re cer no bsoutismo. O etvsmo indisensáve ecepti à à bertur r d u primári em ger se dedicou ncutir durnte mis de cin qüent nos. A receptivde e o retvismo que de z únic posiçãÍve dinte de tnts pretensões à verd de de tnts ms de vid e de tntos tipos humnos o vo supemo dest poc. O cente sincero represent o mior perigo. O estudo d Hstóri e d Cutur ensin que o mundo do pssdo como um todo insno que os ho mens sempre jugvm te rzão e que isso provocou guerrs perseguções escrvidão xeobi rcismo e chuvinismo. imotte não co J e te rzã ede ms sm não esr de ququer modo ue est tos . videntemente os estudntes não conseuedefender seu ponto de vist pois rm nee doutrindos. O mehor que po dem ze chm tenção r tods s opiniões e ctu rs exstentes e pssds peguntndo então que dieito ssiste guém de fim que um meho do que s outrs. Se eu evnto s questões de rotn destinds reutáos e obgáos pensr por exemo Se você sse um dmi nistrdor cooni brtânico n ndi permitii que os nti vos do seu goveno quemssem viúv nos neris do mrido morto? ' ' ees icm cdos ou repicm que em primeiro ugr os btânicos nunc devem ter estdo n ndi. Não é que ees conheçm mut cos sobre outros píses ou sobre seu própro ís. O objetvo d educção no cso dees não é tornáos sábios ms dotáos de um virtude mo re ceptividde. Todos os sistems educcionis vi m um fiidde o 30
Idão
ral , a o _s� íu o: u m certo tipo de h_Ufs sa intenção é mais OU menos ex plícita e corres-
ponde mai ou menos a uma reflexão, mas até memo as discipinas neutras, como leitura, escria e aritmética, assumem lugar próprio na visão de uma pessoa educada. Em certos países, a nalidade era uma pessoa devota; em outras, guerreira; em outras ainda, industriosa. O regime político é empre importante, uma vez que reclama cidadãos concordes com seus princípios ndamentais. As aristocracias sentem lta de cavalheiros; as oligarquias, de homens que respeitem o dinheiro e se dediquem a ganhálo; e as democracias, de amantes da igualdade. A educação democrática, admita io ou não, quer e necessita produzir homens e mulheres dotados das preferências, dos conhecimentos e da peronalidade simpáticos ao regime democrático. Durante a hitória da república americana, é evidente que houve mudanças de opinião quanto ao elhor tipo de personalidade para o regime. Começamo pelo modelo do homem racional e industrioso, honesto, respeitadr das leis e dedicado à mília (à sua própria mília a qual, com sua decadência, redundou na mília nucear). Tinha de conhecer, acima de tudo, a doutrina dos direitos, a Contituição que a encarnava e a História dos Etados Unidos, que apreentava e celebrava a ndação de uma nacionalidade concebida na liberdade e dedicada à proposição de que todos os homens nascem iguais". Uma rtíssima adesão, uavemente transmitida, à letra e ao espírito da Declaração de Independência era o objetivo da educação do homem democrático, o que preupuna algo muito diferente da ealdade reclamada nos países tradicionais, onde o mito, a paixão, uma disciplina seera, a autoridade e a mília alargada produziram um patriotimo instintivo, incondicional e mesmo nático, ao contrário da ealdade reetida, racional, calma e até egoísta não tanto ao país, ma à rma de governo e a seus princípios racionais que se esperava nos Estado Unidos. Tratavase de uma periência inteiramente 31
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nova no domínio da política e com ela urgiu uma nova educação, que neste século evoluiu da Y educação do democrático para da persoli ável iferença ent as duas na diversa noção do qu e significa ser americano Segundo a antiga con cepçã reconhecendo e aceitando os direitos naturais do homem, as pessoas encontravam a base ndamental da unidade e da iualade Classe, raça, religião, origem nacional ou cultura, tudo desaparecia ou se ouscava à luz dos direitos naturais, que davam aos homens interesses comuns e deles ziam verdadeiros irmãos O imigrante tinha de esquecer as pretensões o Velho Mundo em troca de uma nova educação, cilmente adquirida sso não significava obrigatoriamente abandona os velhos hábitos diários ou a reliião, mas antes suborinálos a novos princípios senã ua ecessidae, omoeneizar a r!z -J A çã para a abertura ejeitou isso tudo Não presta mínima atenção aos ireitos naturais nem às origens histórias do nosso regime, que hoje se consideram essencialmene las retróraas É proressista e avançada Não exige uma concodância irrestrita nem o abandono de velas ou novas crenças em vor das naurais Está aberta a odo o gênero de pessoas, a todos os etils de ida, a todas as ideologias Para ela, o único inimigo é o oem que ão stá aberto a udo Mas, quando se cpart de nenhum obe e coce6 b com s a sível o contrao social? Des primódios do pensamento liberal havia um tndência para a liberdade generalizada Hobbes e Locke, e depois eles os pais ndadores americanos, pretendiam atenuar as crenças extremadas, sobretudo as religosas, que levam guerra civi Os membos das seitas tinham de obedecer às leis e de ser leais à Constituição, caso em que os demais os deixariam em paz, por mais desaradáveis que ssem as suas crenças ara que ese arranjo ncionasse houve um esrço consciente, embora dissimulado, para enaquecer as crenças 32
Idão
reigiosas, em parte atribuindo a reigião mediante rte rcurso à epistemoogia antes ao reino das opinies do que ao do conhecimento. O direito à iberdade reigiosa, contudo, pertencia ao reino do conhecimento. ão se trata, no caso de tais direitos, de questes de opinião, pois não se aceitavam opinies sem convicção. uito peo contrário, numa democracia a esfera dos direitos constituiria uma arena de paixes morais. Só era possíve ampiar o espaço isento da reguamentação socia e política das eis restringindo as pretenses ao conhecimento moral e poítico. O insaciáve apetite pea iberdade de viver como nos agrada prospera sobre sse aspecto do moder no pesamento democrático. o fal, começa a parecer que a liberdade plena só pode ser acaçada quando esse conhecimento deixar de existir por competo. O meio eicaz de dsar mar os opressores é convencêos de que ignoram o bem. A ifamada sensibiidade provocada pea teoria democrática radica considera aliás todo e quaquer imite como arbitrário e tirânico. Não há absoutos: a liberdade é absouta. Evidentemente o resutado é que, por um ado, o argumento justificativo da iberdade desaparece; por outro, todas as crenças começam a adquirir o tênue caráter que iniciamente se pensava icar limitado à fé religiosa. O gradativo astamento dos direitos para a abertura tornouse visíve, por exempo, quando o juiz da Suprema Corte, Oiver Wendel omes, renunciou à busca de um princípio para estabelecer que discurso ou comportamento não é toerável numa sociedade democrática, preferindo invocar uma norma imprecisa e a bem dzer sem sentido perigo inconfundív e presente , a qua, para todos os efeitos práticos, z da manutnção da ordem púbica o único bem comum. Por trás dessa pinião estava uma visão otimista do progrsso, na qua constituía uma impossibiidade a decomposição competa dos princípios democráticos e o coapso na barbárie, e na qua, ainda, a vrdade desamparad sempr triun na feira das idéias. Os pais ndadores não compartihavam d ta otimismo, insis 33
DECLN DA CULTURA CDENTAL
tindo em que se voltasse aos princípios do governo democrático, os quais deveriam ser levados em consideração, mesmo que as conseqüências ssem prejudiciais a certos pontos de vista, algus deles meramente tolerados e não respeitados, outros simplesmente proibidos. Na opinião deles, não dveria haver tolerâcia com os intolerates. A noção de não opor limites à liberdade de expressão, a meos que ique demonstrada a existêcia de um risco icondível e presente, tornaria impossível a Lincoln insistir em que ão pode haver trasigência com o prnco da igualdade, que não depende da escolha popular ou de eleições, costituindo antes, em primeiro lugar, a codição para a reaização de eleições, que a soberaia popular sobre a questão da escravatura egra era intolerável, ainda que possibilitasse ao povo americano evitar o risco inconndível e presente de uma sangreta guerra civil. Não obstate, a abertura acabou prevalecendo sobre os direitos atuais, devido em parte a uma crítica teórica e à rebelião política contra as últimas repressões da atureza. A educação cívica astouse do tema central da dação dos Estados Uidos, para cocentrarse na abertura, baseada na História e nas ciêncas sociais. Houve mesmo uma tendência geral para denegrir a ndação, para demonstrar que os primeiros tempos ram cheios de defeitos, com objetivo de abrir maior abertura às ovidades. Virou rotina aquilo que se iniciou com o marxismo de Chales Beard e com o historicismo de Carl Becker. Já nos acostumamos a ver os pais dadores acusados de racists, de assassios de ídios, de representantes de interesses de classe. Perguntei ao meu primeiro professor de História na uiversidade, intelectual de renome, se o retrato que ele nos dava de George Washington não nos levaria a desprezar o nosso regime. De maneira nenhuma respondeu ele , o regime não depede de idivduos, mas de contarmos ou não com bos valores democráticos. Mas o sehor acaba de os mostrar que Washington só 34
Idão
utiizava ee valore para vorecer os interee de cae da aristocracia atindiária da Virgínia retrquei. O homem cou rioo e tudo terminou por aí. Foi conr tado pea gentil garantia de qe o valore democrático zem parte do movimento da Hitória, não exigindo elucidação nem dea. Pôde continuar em eu etdo hitórico, com a certeza moral de que prodziriam maior abertura e, portan to, mai democracia. A liçõe do cimo e da vlnerabilidade da democracia, que todo acabáramo de experimentar, não exerceram o meor efeito obre ee. O liberalimo deprovido do direito natrai, do gênero que nó conhecemo dede Joh Start Mil e John Dewey, en sinou a todos nó que o único perigo a enetar é ficarmo preos ao emergente, ao novo, à maifetaçõe de progreo. Não havia que pretar atenção ao princípio ndamentai ou à virtude morais que inclinavam o homen a viver de acoro com ele. Para empregar uma linguagem atualmente poplr, negligencioue a cultura cívica. Foi ete devio para o liberaimo que no preparou para o relativimo cultral e para a perioridade do vaore tuai, que pareciam zer adiantar ai aquee ponto de vista, dandolhe maior pe o intelectua. A Hitória e a Sociologia são utilizadas de vária rma para derrotar a parciaidade. Não dvemo er etnocêntrico expreão tirada da Antropologia, que no enina mai obre o ignificado da abertra. Não devemo jlgar que a noa maneira de er é melhor que a do outro. A intenção não niste tanto em eninar os etudantes a repeito de outro tmpo e outro ugare, como em concientizálos do to de que suas preferências ão apena ito: acidentes de tempo e de lgar. Sua crença não o autorizam, como indivíduo ou co mo nação, a penar que ão upiore a quem quer que eja. John aw repreenta quae que uma paródia dea tendência, ecrevendo centenas de página para convencer as pesoa a não desprezar ninguém, propondo mesmo um itema de go 35
CLN A CULTURA CNTAL
e ue iue a faze io. No lio Theory of ustce ( ei Jutiça), ele diz que ne o ico ne o poeta e l eopezo paa alué ue pae a ia cont l e el u paticando qualue outa atiiade íl u ut. Dee a edade etiálo, já ue a etia ue t o eai, e cotapição à autoetia ou i, titui ua neceiade báic paa todo ee u. A iiciinbiliae, ptant, é u ieti l, poue eu atônio é icinaçã. Eta louu ini ão peiti ue a ente buue o be uano tul e ie ao encontálo, ua ez ue e ecobeta ii o l e o eu epezo. O intinto e o itelet e e upii pela eucação. Subtituae o epíit tul out tiial. N i t lteçã da alie etá a peença no Et i e pea oiuna e enoe aieae de , elii e ç, e t e muita tee i lt e ção e peteee a ee upo. i elt ii ue lejáa ua cieade ue ei iué e a". Muit eba o dieito natui ie o eie ej peitaete aequa à lu dauele poblea, dee ue ateio i l it ntuliza ao aei), io não tt ee ue ifluecia o pofeado, já ue ii e t e ut ieit plítio ã pouzem i umáti. A iulae peante a lei ã potee u ueu, italiao u neo o enpezo e do i. A ee plea, e piei lua, i a eitêni à e ue ateio tin e abanona a ua iiul utul, euln e uiel e abt tii ieit ntui, u etã ei con i à e e euo lu, ia ii iu u i ultul" à nção, e titui indiente. A betua etiaae 3
Idão
a proporc proporciona ionarr um u m lugar respeitáve respeitávell ara ara tais grupos grupo s " ou mnorias" norias " a arr arran anca carr o respei respeito to de quem não não se dspunha a dálo e a aba abatter o senso de superoridade da da maioria dominante (ultimam (ult imamente ente apeli ape lidad dadaa de WASP, ASP, de d e Whte te Anglo-Son A nglo-Son sej a , branco anglosaxão anglos axão protestan protestante, te, nome nom e cuj cuj o Pttant, ou sej suce su cess ssoo reve revela la em parte o êxito êxito da socio so ciolog logia ia na reinterpretareinterpretação da consciência nacional). Essa Es sa maioria dominante dom inante deu deu ao país uma uma cultura dominante, com suas tradições, sua iteratua, seus gostos, a especial aspiração a saber e vigiar a língua e suas religiões protestantes. Boa part pa rtee do aparato intelectual do pensamento político po lítico e das ciências sociais dos Estados Unidos Uni dos deste século i montada com o objetvo de lançar um assalto a essa maioria. A abertura tratou os princíos ndamentais como obstáculos e tentou aniquilar aniquila r o outro elemento de noss no ssaa erança política a lei da maioria maioria , para vorece vorecerr uma naçã naçã de morias e de gruos, cda qual adeta de creçs e cõ pró prias. A minora ntelectual, rincalmente evar a sua po posisição, ção, apresentando apresentan dossee omo defensr defensr e de todas a outras. O mais notável é a rviravolta da intenção uant inorias. Para eles, as minoras e mlhantes às cções, gruos egost r os ua u a po p o isso mesmo, o em comum não vale nd. n d. A concon tráio trá io dos pensadores pens adores olíticos olítico s mais antgos, antgos , não ametv ametvm m a esperança e suprmir as cções, cç ões, educando um cddia unida ou homogênea homo gênea.. Pelo contrár, arqui arquitet tetr rm m elado mecanismo mecani smo para para contêlas, contêlas , de tal tal rma que es se nussem umas s outras, dando ao à usca d bem comum. bem é sempr a considera consi deração ção que lhes orienta o pensamento embora bo ra a ele se chegue de maneira menos dreta do que no pens amento amento político clássico, mediant medi antee a tolerância tolerância das cções. cções . Os ndadores nd adores pre pretendiam tendiam consguir cons guir uma maioria nacna em too dos direitos direitos ndamentais e, depois, depoi s, impedir impe dir que e recorr recorresse esse ao seu poder para derrubál derrubálos. os. Na sociologa do d o sé 7
DECLN DA CULURA CDENA
culo 20 contudo, contud o, o bem bem comum co mum desaparece e,e, jntamente j ntamente com ele, a visão negati negativa va das minorias minori as,, o qe rompe o delicado equi líbrio entre entre a maioria maioria e a minoria no pensamento pe nsamento constitucio constit ucio nal. nal . A partir par tir de semelhante perspect persp ectiva, iva, onde não existe existe o bem comum, comum , as minorias já não são problemáticas, problemáticas, e prote protegêlas gêlas pass pa ssaa a repres representa entarr o papel central central do governo. governo. Aonde isso iss o nos n os leva é o que ica patente, por exemplo, em Preface to De (Prefácio à Teor Teoria ia Democrática) De mocrática),, de Robert mocratc Theory (Prefácio Dahl. Dahl . Os grupos o as pessoas pess oas que qu e real realmen mente te se preocupam, preocupam, em contrapo co ntraposiçã siçãoo aos aos que têm têm sentimen sent imentos tos fou fouxos xos,, merecem atenção ou direitos especiais por sua intensidade" ou en gaj gaj amento' ', nova nova rma de conf co nfirmação irmação política, que substi substi tui a razão. Os pais ndadores queriam reduzir e cortar as unhas ao natismo, ao passo que Dahl o estimula. O apelo ape lo da fó fórmu rmula la da minoria minor ia i enorme enor me ent entre re todos os tipos de pessoa, pess oa, tant tantoo reacionários reacionários como progr progressi essistas, stas, todos quantos nas décadas de 20 e de 3 0 ainda aind a não aceitav aceitavam am a so so lução políti po lítica ca imposta pela Constituição. Os reacionários não gost go stav avam am da eliminação dos privilégio pri vilégioss de classe e da oficial oficialii zação das religiões. religiõe s. Por várias várias razões, não acei aceita tava vam m a igual dade sem mais nem menos. menos . Os sulistas s ulistas sabiam muito muito bem que a alma alm a da Constituição Constituição era um um compromisso com promisso moral moral cm a igual dade dade e, por po r isso, iss o, condenav condenava a segregação segregação dos negros negros.. A Cons Co ns tituição não era um mero me ro conj conj unto de regr regras as de governo, governo, mas implic imp licaava uma um a ordem moral moral que se tinha de zer cumprir em todo o território territó rio do país. No entanto, i muito rte a influên cia dos historiadores histori adores e escritores sulistas sobre s obre a visão que o americano tem da sua História, influência q não tem sido suf su ficientement ici entementee notada. Fora Foram m muitíssimo muitíssi mo bemsucedid bemsuc edidos os em caracterizar seus costumes peculiares" como parte de uma encantadora diversidade e individualidade cultural, às quais a Cons Co nstituição tituição era menos meno s que indi in different erente.e. O ideal da abertu ra, da ausênci ausê nciaa de de etnocentrism etnocentrismo, o, é ex exatamente tamente o que eles es tava tavam m precis precisando ando para uma des de saa mod modern ernaa de seu estilo esti lo de vida, vid a, contra todas as intromissõe intromiss õess de rasteiros rasteiros que reclama reclama 38
Iodão
vm vm direits iguis igui s com com regr regress es s deles à origem origem român tic crcter crcteriz izção ção que os o s sulists su lists zer zerm m dos do s legdo le gdoss defeitos defeitos d Cnstituição Cnstituição ssim como hostilidde hostilidde dele deless à sociedade de msss msss com su tec tecnolo nologi gi su gnâ gnânci nci egoísm ds pessos e concomitnte destruição d comunidde rgâni c e enrizd enrizd pelv pelvm m os o s desco d esconten ntentes tes de tods s colora co lora ções polí po lítics tics N décd décd de 0 Nov Esqu Es querda erda expres expressv svaa extmente a mesm idelo ide logi gi dese d esenvolvid nvolvid pr pr proteger o Sul d meça meça as as seus costumes costu mes feit feit pelos direitos constitu co nstitu cinis e pelo poder do governo derl pr aplicálos Eis velh velh linç da direit d ireit e d esquerd esqu erd contr a democraci dem ocraci liberl prdida como ociedde burgues'' Os prgressistas ds décdas de 20 e 30 não gstavam d proteção proteção constitucionl co nstitucionl à propriedde privada nem ds restri ções à vontde d mioria e a viver como a cad um agrds agrds se Pr eles não se vnçar o suiciente no cminho d iguldde igu ldde Os stlinists stlini sts tmbém chav chavm m útil def de fniçã de demcrci como bertur bertur Constituição Con stituição chocavse chocavse muito de ene cm teri teri e prátic prátic d União Soviétic Ms se demcrc demc rci i signif signi fc bertur sem fim e o res respeito peito pels pe ls utrs culturs impede condenção doutrinári com base nos direitos natur naturis is d relidde relidde sv s viétic iétic então di virá em que dotremos o sistem si stem deles deles Tenho enh o em mente meu m nul de istóri i stóri n escol secundári um nov ediçã im press em ppel brlhnte mostrndo intrigntes ilustrções de zends coletivs colet ivs em que os o s gricultores rbl rblh hvm vm e vi vim em comum sem o motivo de luco luco (s crinçs crinç s não não com preendem s questões quest ões em debte ms são fáceis de ctequizr) ctequizr) E cois cois muito dirente dirente do nos n osso so estilo de vid vid ms ós ó s não estávmos perto dele pr regir ele com bse pens em nossos preonceitos culturis Aventureiros sexuis cm Mrgret Med e utrs que chv chvm m os o s Estdos Unidos Unido s muto tcn tcnho hoss disser dis sermn mnss que nós não só dvímos onhecer utrs culturs e prender seu respeito ms que tmbém tmbé m podímos podí mos tirr prov proveit eitoo dels dels Seguir Seguir 39
DECLN DA CULTURA CDENTAL
lhes o ex exemplo mpl o e rela relaxa xarrno nos,s, lierta li ertando ndono noss da opinião opiniã o de que nosso nos soss taus taus não passam passam afnal afnal de coerções coerções sociais sociais Podemos ir ao azar a zar das culturas culturas e encontr enc ontrar ar apoio para inclinações inclinaç ões re primidas po porr purit puritnos nos sentimentos de culpa. De todos esses mestres mest res da aertur aertura, a, nenhum n enhum tinha tin ha o menor inter interes esse se pela De claração claração de Independência I ndependência e pela Constituição, C onstituição, nem era ativa ativa mente hostil aos dois documentos. movimento pelos direitos direitos civis o rece rece um o m ex exemplo da mudança de menta mentalidad lidade.e. os seus primeiros dias, quase todos tod os os dirigentes de maior importância, imp ortância, apesar das dif di feren ças táticas e de temperamento, temperamento, se apoiav ap oiavam am na Declaração Dec laração de Indepen In dependênc dência ia e na Constituição. Constituição . Estava Estavam m assim em posição pos ição de acusar os rancos rancos das mais monstruosas inj inj ustiças e de vi ver em contr contradiçã adiçãoo com seus mais sagrados princípi princípios os s ne gros eram os verdadeiros verdadeiros americanos, americanos , ao reclamar reclamar a igualdade igual dade que lhes pertencia enquanto enquanto seres humanos, humano s, por direito direito natu ral ral e político. po lítico. Essa postura pos tura implicav imp licavaa uma irme convicção na verdade dos princípios princíp ios do d o direito natural natural e da ndamental e cácia deles dentro dentro da tradição constitucional, constitucional , a qual, qua l, emora empanada, empan ada, tende a longo prazo para a realiza realização ção de tais prin cípios cípio s . Assim Assi m penet penetrar raram am no Congresso, Congresso , na presid presidênci ênciaa e, aci ma de tudo, no n o Judiciário. Em contrast contraste,e, o moviment movimentoo Black Blac k Power Power (Pod (Poder er egr egroo ) , que q ue suplantou su plantou o anterior, anterior, de d e direitos ci deixano de lado tanto os excessos ess os deste como a ênse vis deix muito compreensíve compreensívell no respeito próprio própri o e na recusa recusa a pedir que os o s aceitassem aceitassem , tinha na n a ase a idéia de que a tradição tradição constitucional con stitucional sempre sempre i corrupta, corru pta, tendo te ndo sido sid o arquitet arquitetada ada para def de fesa es a da escravidão escravidão que o movimento movime nto pretendia era era a iden id en tidade tida de dos negros e não direitos direitos universais universais ão direitos direitos,, mas m as o poder po der incluído. Insistia Insisti a no respeito aos negros como negros e não apenas como seres humanos. o entnt entnto, o, a Constituição não nã o promete promete respe respeito ito por po r negros, negros, ranco rancos,s, amarelos, amarelos, católicos, católico s, protestan protestantes tes ou judeus ju deus Assegu Ass egu ra a proteção proteção dos direitos direitos da pessoa pess oa humana, human a, individualmen indi vidualmen 40
ntduço
te considerda, ms não está provdo que isso se pr que tlvez sej tulmente mioria dos americnos A conclusão de tudo isto pr educção dos jovens me ricnos que eles conhecem muito menos sobre isi o seu pís e sobre seus propldos heris ;stv í um d po cs coiss com que eles costumvm cher à universide e de reltiv importânci pr su vid Ms não i sbsi tíd por nd, não ser ums tintur de os respeito e outros povos ou culturs e lums fórmuls ds ciêncis so ciis d disso represent muito, em pre por se er ddo reduzid enção àquilo qe necessário pr rnsmiir ver ddeirmente o espírito de outros lures e outros empos os jovens, e nem só eles, em prte porque os esdnes no en contrm nisso nenhum interesse pr vid que vão trilhr ou pr as pixes que os dominm A cois mis rr ver um jovem imbuído dest educção com o nseio onhecer tudo sobre Chin, os romnos ou os jueus Muito pelo contrário, rer indiferenç por ess coi ss, pois o relivismo xiniu o rel otivo eção: conquist de um vid din Os jovens merinos ê um conheimento e um interesse cd vez menores e relço o esrneiro Animene, muios conhecim e mvm efeti vmente Inlerr Frnç, Alemnh ou Iáli so nhndo viver lá ou pensno que su istêni seri mis ri ssimilndo a línu e literur dqueles píses ses estu dntes quse despreerm substiuídos no áximo por o tros que se interessm pelos problems políios dos píses do erceiro Mndo pensno judálos no minho moer nizção sepre om o dvido respeito às sus velhs ulurs ão se r qi e aprender com os outros, ms nes de condescenênci e e um r disrç e novo imperi lismo É mentlidde do ece Corps (Corpo z) que não um estímulo o conhecimento, ms sim um versão seculrizd da prátic de bos çes e to, abertur result no conrmismo dos stdos Uni
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LN A ULTURA NTAL
, , o ret mudo, m udo, existe um relx relxd d diversie, u ei aes ue os vlores são relativos, ue u e qui qui emo crir tod s etils de vida que e ei. A et etur ur igifc ue nã nã recisam recisam d outros. outros . u e e , ue u e e e ucia cm c m uma grnde grnde ert ertur ur é uma um a ee cuur, um creúcu. creúcu . Morreu et etre re nós eser es er- xitêci xitêci de i figurs de hmes em utros utros lugal ugae e utr tem, tem , czes de revela revelarr a verdade sobre sob re a vida v v r r s uc joves joves ue aind aind eser eserem em uma viaviage ri cm um guru. Perdido está o senso histórico de u Miv M ive, e, ue reervav eervav lgums horas or di, d i, diga, r evegr vetes sutuosas e cortesãs, visitar os a ciã e cvesr cm eles''. i i intere intere s s ue ue romovem o novo novo currículo. currícul o. itte é rgnder aceitação. A indirença ao u te rrimete it de ser um exediente tão cm cm uue utr. utr. Qudo o o católicos e os rotestte td Uids sueitv sueitvm m un dos outros e se detetm, vivm a melhr das ses, ms elo menos e v vv vm m u fé éio, e j j ustes mis m is ou meno m enoss satis sa tis-ti ue cheg chegm m ã ã reutr reutrm m d mera atia de suas su as . . Pticet Pticet t_u u ve vess hoje i ciêci ci êci e e m utâc i dde que exitem exitem t cutu cut u, , cmhda cmhd a �e um u m sucee sucee l e me cciêci. Dvem todos nos dr em. Por e t 1980 ut utee crie cm o Irã, Ir ã, a mãe de um um uziu uit e tui tui rici ric iss educativos, educativo s, i ue ue imrr imrr lierde lierde do lh lho, o, cntra cntra a vonvont mit d gveo de u tri. Fi rória sem m em ue e tet tetu u regtálo regtálo . ra ra usticar usticar su atitude, ecu ec u ue um e e tem o direit direit de d e rcurar rcurar slvr o filho filh o i iir um v cutu cutu . A estã dois dir d ireits eits áicos á icos e vigem vigem er erm mitiuhe mtr doi celhs celhs de um só s ó ca. ri rid, d, teri id i d mi m i fcil fcil enetr enetr o rolem ds 42
Idão
diferenças cltrais nos Estados Unidos há qarenta anos Qando Qan do e zia a cldade, aloj aloj aram aram m m rapaz rapaz do Miss Mi ssiss issíí pi no me dormitório por algns dias, dran drante te a visita de m grpo de debates na Universidade Universidade da Virgín Virgínia ia,, ao qal ele per tencia. tencia . Era Era o me primeiro primeiro encontro com m slista s lista inteligen te e edcado. edc ado. Trato de me explicar a inf in feriorida erio ridade de dos do s negros, negros , as razões de Jim Crow e qe tdo aqilo zia parte de m sistema si stema de vida único. Era moço de boas feições, içõ es, vivo, amável amável e sadio E, E , porém, poré m, fiqei horrorizado com o se etnocentris mo.. Acredi mo Acredita tavva qe as minhas minha s crenças crenças de d e habitante do Norte ssem sse m nive niversa rsaisis.. A filoso filosoffa do cada m m na sa" ainda não s e generaliara generaliara Felizmente, a homogeneização da cltr cl traa ame ricana qe desde então se verifico já nos permite evitar con ontos tão desagradáveis Hoje, evidentemente só tipos patológicos patoló gicos das classes cla sses inf i nferiores eriores defen defendem dem as opiniões opini ões racis tas do me jo j ovem vem visitante visitante Os slis s listas tas contribíram contribíram para mo delar a nossa no ssa visão da cltra, mas a cltra cltra slista qe eles pretendiam dender desaparece. Umaa das Um das técnicas técni cas para para abrir abri r os j ovens ovens é obrigál obri gálos os a zer zer m crso niversitário sobre ma ma cltra c ltra nãooci não ocidental dental Em Em b ora mitos mito s dos professores desses estabelecimentos se s ej am a tênticos tênticos mestres, intere interess sados sad os em sas áreas de estdo, sempre vi nessa ness a exigê exigência ncia qando há tant tantas as otras otras coisas a apren apren der e ningém ningém as estd es tda, a, qando a fl flos osofia ofia e a religião eligi ão já não são disciplinas leciona lecionadas das ma intenç intenção ão dema demagógica gógica O qe importa imp orta é rçar os estdantes est dantes a reconhecer reconhecer a existê existência ncia de o tras rmas de pensar e qe a ocidental não é a melhor Mais ma vez, não é o conteúdo do ensino qe conta, mas a lição a extra extrairir dele Ess E sses es crsos c rsos no exte exterio riorr zem parte do esrço es rço para estabele estabelecer cer ma comnidad com nidadee mndil mndi l e treinar treinar se se res pectiv pectivoo memb membro ro a pessoa pess oa despoj despoj ada de parcial parcialidades idades.. No entanto, entanto, se s e os estdantes estd antes eqüentassem eqüentassem tais tais crsos para ssi ssi milar algma coisa da mentalidade dessas cltras não ocidentais o qe qe não não ocorre ocorre , , descobririm des cobririm qe cada ma delas é etnocêntrica etnocêntrica Todas oda s jlgam j lgam qe sa rma de ser é a 43
DECLN DA CULTURA CDENTAL
melhor e todas s demais são inferiores Heródoto dizia que os ersas se consideravam os melhores, que as nações circunvizinhas vinham em segundo lugar e que as nações vizinhas das circunvizinhas, em terceiro lugar, e assim or diante, havendo um declínio da qualidade à medida que os círculos concêntricos se astavam do centro da Pérsia Eis aí a rória definição de etnocentrismo Uma coisa destas é tão comum como a roibição do incesto Somente nos ovos ocidentais, ou seja, aqueles inuencia dos ela filosofa grega, existe certa boa vontade ara duvidar da identiicação do bem com os nossos costumes Estudando as culturas nãoocidentas, concluise que a rerência elos costumes nacionais e, mais que isso, a crença em que são os melhres é algo de elementar e mesmo natural xatamente o oosto do que se objetiva ao solicitar que os alunos analisem tais culturas Na verdade, o que se está fazendo é alicar um rconceito ocidental que seguimo disfaradmente ara indicar a suerioridade da nosa ultua dmar os dados dessas culturas ara deosação da sua alidez estu do científco de outras culturas é quae xclusiamente um fenômeno ocidental, que a og esaa corelacoado com a busca de novos e melho istas vda, ou lo menos a coirmação da esernça a suerordade a nossa, conrmão que as demais não entm neesária S devemos er algo com elas, há qu indaga se o tal estudo cientí esenta uma boa idéi Por oeência, seria de eserar u o rossores de abertura reseitassem o etnocentrismo u ento que encontram lá ra No entanto, ao atacar eismo, o que eles estão zendo na realidade é ro s o aber, a suerioridade do seu conhemento cientc a foridade das otras culturas, que não a reconhe, a msmo temo que rejeitam todas essas retensões à uorde os armam e negam a vrtude da sua iên tão iante de um roblema semelhante àquele que Pas a ntou no onito entre a razão e a revelação sem a
ntduço
ntrngênc ntelectul que o obrgou bndonr a ciên c pel fé.
A rzão do olmento ou do etnocentrmo do povo não-
cdent é clr. O hoen dee r e er le u l e o eu poo de regurdr bo. No entnto c contente e pere que qulo que lhe pertence é bo. p de preferr o flho outr crn u cd o eu p outr. É por o que o to extem pr jtcr e eldde. De reto o hoe prec e u lugr e de opnõe pel qu e orente necedde grente procl pr qnto l d portân d re. O proble de ndr e copnh de r ter é ecundro ter u ldo nterno u poo u cultura clo etnd eze e conto co o tudo. or or que ej prxdde no é ncoptel co de e ndduo o de u poo m co u grnde bertr é poel etr decpo. A re un b c o que no é prpro recu er dtno tre e do co e que hj u lgr eec pr o no po prece rr condõe necer de cultur. É qe efetnte reult do etudo e cultr ncent prpto o lun do cogs: rer u lg xnd u prpr cultur e de tcet êc qe tou del. cêc urg c e cultr e u ortléo re êe e dd n ter ng etr exceênc d conhecento e d cultur n r cc p r eu profere j deprodo e e r rtl. que procurr corro lhure. O l greg plo que beo r o prero lr o prbl nocentro. A tn entre o be qe n é prpr entre nture e conen entre jut e egl nl e corrnte de peento. Correlcn o be rel ple do potencl d ture hun concente de que pouc nõe e é que hi 5
ECLN A CULTURA CENTAL
guma, tinham um sistema de vida que permitisse essa reaização Estavam abertos ao bem e tinham de empregar aquee que não era xclusivo deles para ugar o seu próprio bem Era uma operação arriscada, uma vez que tendia a enaquecer a sincera adesão ao que era excusivo dees e, portanto, a enaquecer a sua gente, bem como a exporse à má vontade da míia, dos amigos e dos compatriotas A eadade contraposta à busca do bem introduzia uma tensão insoúve na existência A consciência do bem como tal e o desejo de usuuío, contudo, são inapreciáveis aquisições da humanidade Este é o motivo lógico, ao ado de vários outros menos ógicos que se contêm na abertura conrme a entendemos O satisito co m a sua cutura lhe proporciona Foi o que Patão quis demons com a imagem da caverna, na Repúbca, dentro da qua nos representa como prisioneiros Uma cutura é uma caverna Platão não nos sugere incursionar pelas outras culturas como solução para as imitações da caverna A natureza servirá de modeo para ugarmos a nossa própria vida e a dos povos Eis aí por que a Fiosofa é a mais importante das ciências humanas e não a História ou a Antropologia Somete a dog mática afirmação segundo a qua o pe está acorrentado à cultura, que a natureza não existe é ue torna os nossos educadores tão certos de ue a única maneie escapar às limitações de tempo e de uar em que vivemos csiste em estudar outras cuturas Os gregos consieravm e ntrolo eis penas para descobrir como o passdo e os outros povos podiam contribuir para a descoberta da natureza Os historiadores e os antropóogos deve riam pôr os povos e suas convenções à prova como Sócrates fazia com as pessoas , ultrapassandoos Esses cientistas eram superiores ao tema em estudo, á que reconheciam um probe ma que outros se recusavam a ver e se entregavam à missão
de soucionáo Queriam ter capacidade para avaliar a si mesmos e aos outros 4
tço
Esta cocepção, sobretudo a da ecessidade de cohecer a atureza a im de possuir uma orma, é icomodamete sub jacete às ciêcias humaas, quer gostem quer ão os eruditos, respodedo pelas ambigüidades e as cotradições que veho apotado. de ós sees da cultura, com os i stuetos ivetados paa os libertarmos dela. A aberta ]á bem por meio d a azão. Hoje em dia, sigica aceitar tudo e egar o poder da azão. A irestrita e irreetida pregação da abertura, sem se recohece os pobleas políticos, sociais e culturais que lhe são ieetes equato objetivo da atueza, retiou lhe qualquer setido. relativiso cultural destói ao esmo empo aµilo que so o e o b 6 qu aa de tÜdo racteriza o cidete ª ciê etedida ic o a busa do cÓ re dcto os covecioaisos u õ cidete entedido coo cultura= í de que lhes é comu e os disie a razão. As últim as tetativas da ciêcia para apeeder a situação humaa re lativismo cultural, histoiciso, a distição etre tos e valo es represet o suicídio da ciêcia. A cultura e, portato, o ecerraeto, reiam supreos. ue estamos esido é abertura ao... ecerrameto. relativismo cultual é eficaz a destruição das pretesões uivesais ou itelectualete impeialistas do cidete, dele zedo ada ais do que outra cultura. Portato, haveria igualdade a eúlica das culturas. Mas, lametavelmete, o cidete deese ela ecessidade de justiicar suas rmas de ser ou seus valoes, pela ecessidade de explorar a ature·za, be coo de ilosor e avaçar o camiho da ciêcia. ste é o seu imperativo cultual. Despojado dele, etra em coso. s Uios stituem uma das mais altas e su prem as realizações da deada racioal de uma vida diga de acordo com a natureza. que torna possível a sua estrutu 47
ECLÍNI A CULURA CIENAL
ra política é o recrso aos princípios racionais do direito nat ral para a ndação de m povo, nindo assim o bem com a individalidade de cada m O, expressando as coisas de o tra rma o regime estabelecido nos Estados nidos prome tia liberdade sem entraves à razão não a tdo, indiscriminadamente, mas à razão, a liberdade essencial qe jstifica as otras liberdades, na base da qal e por amor da qal mitos desvios são tolerados Uma abertra qe nega o valor ndamental da rão faz romper a mola mestra qe mantinha em atividade o mecanismo desse regime Regime qe, a despeito de tdo qanto se diz em contrário i ndado para acabar com o etnocentrismo qe de rma algma constiti um achado das ciências sociais É importante salentar qe a lição qe os estdantes estão aprendendo é siplesmente lsa A História e o estdo das clturas não ensinam nem provam q os valores o as clt ras sea es o pelo contrário, tratase de ma pre missa filosófica que atualmente propomos ao analisálas Desamparada de provas, a premissa é dogmaticamente afir mada por motivos em grande parte políticos A História e a Cltua vêm sendo interpretadas à lz dessa lsa teoria e de pois se diz qe confrmam a premissa O to de ter havido opiniões diversas sobre o bem e o mal em diversas épocas e lgares, todavia, não prova de maneira algma qe esta o aqela seja sperior às demais Airmar o contrário é tão ab surdo como dizer que os vários pontos de vista disctidos n a sala de ala provam qe a verdade não existe A jlgar pela aparência, as diferenças de opinão pareciam mais levantar a questão qanto ao qe é verdadeiro o correto do qe eliminá la A reação natral consiste em tentar resolver a diferença, x ainando as reivindicações e as razões de cada opinião Somente a crença, ahistórica e desmana, segndo a qal as opiniões são dendidas à margem da razão, impediria qe se empreendesse ma atividade tão excitante Os homens e as nações sempre jlgam ter razão, e seria da responsabilidade 8
Ião
dos historiadores e cientistas sociais tornar plícita e comprovar essa razão. É da sabedoria dos empos que sempre houve vá rias opiniões contraditórias a respeito do bem e dos povos que as encarnam. Heródoto estava pelo enos tão cônscio como nós da rica diversidade das culturas. Mas considerar isso era para ele um convite a pesquisálas todas, a fm de vericar qual era boa e qual era má em relação às outras e concluir o que odia aprender de bom e de mau a partir delas. Os modernos relativistas tomam a mesma observação como rova de que tal esquisa é impossível, sendo nosso der reseitálas todas. Des sa rma, tanto os estudantes como todos nós fcamos priva dos da excitação primordial que deriva da descoberta da diversidade, o imulso de Odisseu (rma grega de Ulisses) que, segundo Dante, viajou pelo mundo a fi de ver as virtudes e os vícios dos homens. A História e a antroologia não nos podem oferecer as resostas, mas tê condições de roor cionar os elementos sobre os quais se ossam rmular juízos. Sei que o homens tendem a empregar apenas os seus pre conceitos ao julgamento dos povos estrangeiros. Uma das prin cipais finalidades da educação é vitar tal atitude. Tentar impedila eliminando a autoridade da razão humana, orém, é tornar inútil o instrumento em condições de corrigir as pre venções do homem. A verdadeira abertura acomana o de a igno!ância QU sea te a ossibilidade d e conhecer o bee a su istóica correta e (concepção segundo aria a duvidar da verdade do a qual todo o pensamento es tá essencialmente correlacionado ao seu próprio empo e não pode transcendêlo) e a tratá lo como uma peculiaridade da História contemporânea. Na verdade, a historicismo e o relativismo cultural são meios para evitar que se ponham à prova os nossos prórios pre conceitos e que se indague, por exemplo, se os hoens são efetivamente iguais ou se tal opinião não passa de um precon ceito democrático. 9
DECLN DA CULTURA CDENTAL
Seria o caso de questionar se os nossos conhecimentos históricos e antropológicos não serão apenas uma versão disrçada e consa do dilema romântico, aparentemente tão arrasador e trágico no começo do século passado e que inspirou uma nostalgia do passado distante ou de novas e exóticas terras, gerando uma arte de atender a essa nostalgia. Na qualidade de erdeiros da ciência, prossegue o argumento da ciência, sabemos mais que os povos de outros tempos e lugares com seus preconceitos e ilusões nãocientícos, ebora eles ssem ou sejam mais felizes. Este diema vem expresso na distinção entre arte primitiva e arte sensível. Lévitrauss serve de testemuna involuntária para a mina ipótese. Com um rousseaunismo ma digerido, crê que a melor cultura se encontra no instante em que os homens deixaram o estado de natureza e passaram a viver juntos em simples comunidades, sem propriedade privada propriamente dita nem explosões de amorpróprio. Semhante concepção reclama que a ciência se maniste, o que por sua vez reclama uma sociedade desenvolvida e corrupta. A ciência em si mesma representa uma das modiicações do amorpróprio, o amor da desigualdade. Essa concepção, portanto, suscita ao mesmo tempo certas reservas melancóicas a respeito da ciência. O dilema, porém, só se aigura to ompusivo se estivermos certos de sabermos tantas coisas, o que depende da ciência. Abandonemos tal certeza e talvez estejamos dispostos a comprovar as crenças desses povos ais ies, para ver se ees conhecem algo que nós não concemo. Talvez o gênio de omero não sse tão ingênuo omo er iaginava. Se abadonarmos o orgulo pelo nosso neinto, o qual se apreenta como umildade, a discuss assume nova dmensão. Seguríamos então um entre dois rumos o abanono a cincia ou o restabelecimento da vida contepativa ao mesmo tempo como felicidade possível em si mesma geradora de ua licidade autosufciente. A atitu roântica constitui uma rma de não enentar esses extremos que se disrça em resistência heróica. O vaivém 50
Idão
ocidental enre a ciência e a cultura é a roação banalizada dessa atiude. Temos assim dois tipos de abertur a: a aberur da indif-
renÇá
a p fiidae de humla o" os-
so orgulho inelectual e de nos deixar ser tudo aquilo que desejarmos justamente na medida em que não queremos ser sábios e a abertura ue nos convida à busca do conheci mento e da p bhante série de exemplos que é preciso rs examinar. Este segundo gênero de abertura estimula o desejo que anima e ona interessante o aluno sério Quero saber o que é bom para mim, o que me rá feliz' ' , enquanto o primeiro tolhe esse desejo. A aberura, al como se concebe aualmente, constitui um meio de renunciar a tudo quano é acima de tudo convincen te, ou à idolatria do sucesso vulgar: parecer que se tem princí pio. O estrtagema do historicismo está em eliminar toda a resistência à História, que nos dias que correm quer dizer opi não públca, dias em que opinão públca já domin. Quantas vezes vi festejado como um progresso da abertura o abndo no da gência do ensino de línguas, Filosoa e ciências. Neste ponto é que os dois tipos de abertura enram em choque. Para ser aberto o conhecimento, há certas coisas que nós aprende mos, mas que muita gene não quer tr a pachorr de apren der e que parecem aborrecids e desinteressnes. A própria vida d razão muitas vezes não tem trativos, e o conhecimen to inútil, isto é, o conhecimento que não se afigur útil pra uma carreira, não tem lugr n visão que o aluno z do cur rículo. Dessa mneir, universidde que continua intransi gene a msrar cursos de humnddes tem de parecer fechad e rígida. Se a abertur signica seguir a corrente", tratase obrigatorimente de uma comodação ao presente. Ms o pre sente esá tão chado às dúvidas que poderiam obstar ao de senvolvimeno de seus princípios, que a abertura sem reservas se arrisca muito a ocultar as desdenhadas alternativas que ele 51
DECLN DA CULTURA CDENTAL
oferece e cujo conhecimento nos torna cientes do que nele há de duvidoso. vdairabrtura enerramento ou ue nos deixam com fechadura a todos os encantos satisitos No meu tempo de jovem professor em Coell, travei certa vez um debate sobre educação com um profes sor de psicologia, que achava seu der eliminar os preconceitos nos seus alunos. Derrubavaos como garras de boliches. Comecei por indagar com o que ele substituía as idéias dos alunos. Mas o prossor não parecia ter grande noção do que seria o contrário de preconceito. Fazia me lembrar o menino que me inrmou, com toda a gvidade, quando eu tinha quatro anos, que Papai Noel não existia, no desejo de me impregnar da luz cintilante da verdade. Sabia realmente aquele prossor o que as prenções signica vam para os alunos e que eito teria se os privasse delas? Acre ditava haver verdades capazes de orientar a vida deles como as prenções a orientavam? Já tinha considerado como comuni car aos alunos o amor da verdade necessário para a busca das crenças sem preconceitos, ou ia tornálos passivos, apáticos, in direntes e sujeitos a autoridades como ele próprio, ou ao melhor do pensamento contemporâneo? Meu inrmante sobre Ppai Noel estava fazendo apenas uma exibição, provando a superiordade dele sobre mim. Não criara o pai Noel que tinha de existir para ser retado. Pense em tudo que aprendemos so bre o mundo com a fé dos homens em Ppai Noel e tudo quan to aprendemos sobre a alma com os que nele acreditam. Em contraposição, operando na alma a mera excisão metodológia da imaginação, que projeta deuses e heróis na parede da caver na, não se faz adiantar o conhecimento da alma apenas a lo botomizamos, estropiandolhe as culdades. Foi assim que m vi respondendo ao professor de Psioloia que, pessoalmente, eu procurava ensinar preconceitos aos meus alunos, já que hoje em dia com o sucesso geral do seu méto do eles tinham aprendido a pôr as renças em dúvida antes mesmo de acreditar em algua oisa. Sem gent omo eu le 52
Iodão
não teia o que aze Descartes tinha um mundo inteio de cnças antigas e admiáveis, de periências pécientícas e de aicula ções da odem das coisas, cenças mes e até naticamente ali mentadas, antes de nele surr dúvida sistemáti e Há passa pela peiência de c senti ois eÇo opus então uma divisão do taal qua eu ajudaia as ores do campo a ota e ee as ceiia Os preconceitos, peconceitos tes, corespondem a visões de como as co isas são, a vaticínios soe a odem do todo das coisas e, portanto, soe o caminho paa o conhecimento do todo, po meio de opiniões eôneas a seu espeito O eo de to nosso inimigo, mas só ele aponta paa a vedade e, po reto eseitoso A m que nã tem preconceitos, a princíi está vazia Só pode te sido ada po um méto u não tem c onsciência da diiculdade de reconhece que um peconceito é um peconceito Somente ócates saia, ao im de uma existência de incessae lao, que ea inoante Hoje em dia, todo colegial sae disso Co u tansmação tão rápida? que justifica nosso espantoso progesso? Seá que nossa expeiência emporeceu tanto com os váios métods à nossa disposição, dos quais a aetura não passa do mais recente, que não estou nada de sustancial paa esistir à cítica e que, potanto, nada ignoa mos do mundo? Teemos simpliicado tanto o espíito que já não é dici explicálo? Ao osevado tomado de dogmático ceticismo, a pópia natueza, com toda a sua luxuiante con gérie de expressões, talvez se aigure um peconceito, um juí zo pematuro No luga dela colocamos uma ede cinzenta de conceitos críticos, os quais ram inventados paa interpeta os nômenos da natureza, mas que os estangulaam e, com isso, lhes destuíam a pópria raon dêtre. Tavez a nossa pi meira tae consista em essuscita esses nômenos, para que voltemos a te um mundo ao qual popo as nossas questões e sejamos capazes de iloso Este me paece se o nosso de safio educacional 53
P R T E
U M
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TT
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s Clouos Europe e Americanos Antigamente, pensava que os jovens amercanos cev a receber sua ducação aos dezoito anos que antes dsso a vda deles era espiritualmente vazia, chegando à unversdade inocentes, sem consciência d ua personalidade pronda e do mundo para lá de sua eperiência supericial. contraste entre eles e seus colegas europeus era posto em alto relevo elos romances e pelos ilmes vindos de lá nos quais mos nicia dos na universidade. s europeus absorvem a maior parte da sua cultura no lar nas escolas públicas, nos lceus ou ginásios onde a sua alma se unde em suas róras tradções literárias, as quais, por sua vez, epressa e até servem de base à sua tradição como povos. Não é por simples acaso que os escolares eureus t u conhecmento mutíssmo mais rco d cr u do que estamos habituados a ver em nosss s e t s dultos Sucede que o conhecimento que t d s s edado pela cultura literária que suas ames s tanto em modelos observados primeramente e ls c na vida cotidiana s lvros para eles têm exstnc sustcal na vida diára e consttue oa arte daqulo que scedde como u todo venerava ra cou que as crnas das chadas 57
O DÍIO DA UTURA ODTA
boas mílias sonhassm com uma carrira litrária ou ilosó ca, como as crianças amricanas sonham com carriras na ára d sptáculos ou dos ngócios udo isto lhs ra pro porcionado dsd muito cdo , ants d chgar aos vint anos, já zia part do su psiquismo lnt através da qual viam tudo qu lhs inlunciaria toda a cultura a xpriência postriors Iam para a univrsidad para s spcializar Em comparação, os jovns amricanos parciam slvagns naturais ao chgar à univrsidad Mal tinham ouvido lar dos autors mais comntados ntr os colgas do outro lado do Atlântico nm squr imaginavam qu tivssm alguma coisa a vr com ls Qu rprsnta Hécuba para l ou l para Hécuba"? * Prtnciam ao mundo intiro, mprgando a razão para vr as coisas qu todos os homns têm m co mum, para rsolvr o problma da sobrvivência, smpr d modo inocn psando nconscintmnt os altars sagra dos dos divrsos povos da rra qu s crêm rmados por sus duss hróis particulars não pla mra xistência corpóra A obtusidad intlctual dos amricanos podria parcr hor ripilant árbara, uma atroia da humanidad plna, uma incapacidad para xprimntar o blo, uma lta gritant d particpação no discurso progrssivo da civilização Para mim, contudo, assim como para muitos obsrvadors mas qualificados, rsidia aí uma larga part do ncanto dos studants amricanos Com muita qência, a curiosidad natural o amor do conhcimnto rompiam spontanamn t ao dsabrochar a maturidad. Sm coaçõs nm stímulos tradicionais, sm rcompnsas nm castigos da socidad, sm snobismo nm xclusividad, alguns amricanos dscobriam m si uma ânsia ilimitada pla ciência dos signiicados, um (*) Hécba mhr d ríamo úmo r d Tra Dran o crco q os ros fzram à cdad por dz anos morrram qas odos os ss dznov fhos V anda rcdarm o mardo a fha oíxna s no Asíanax rípds com pôs paéca loqn raéda com o nom d Hécb T
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O Clo
esaço esiritual que eles nem sonhavm e que reclamava alimen to. Os estudanes euroeus a quem dei aula sabiam tudo sobre Rousseau e Kan, mas eram autores que lhes inham sido incuti dos na mente desde a infância e que, no novo mundo que emer giu da guerra, se tinham convertido em nomes rotineirs, fendo arte das limitações da meninice tanto quanto as calças curtas, elo que deixaram de ser uma nte de insiração. Por isso mes mo, os estudantes ganharam avidez or aquilo que era novo, ex erimental. Mas, ara os americanos, as obras dos grandes escritores ainda reresentavam o íncaro luminoso onde iam en contrar o mundo exterior, a autêntica libertação que desejariam dender com esse ensaio. antigo era novidade ara esses es tudantes americanos, no que aliás caminhavam bem, ois toda conceção ani e im ma modernidade erene. É sível que aos americanos lte sempre a ligação radicular imediata às realizações losófcas e artísticas que se diria ze rem arte do desenvolvimento de certas culturas. Mas a sua r ma de abordar essas obras revela livrearbírio e o otencial do homem enquanto homem ara, sem considerções de temo, lu gar, osição ou riqueza, particiar daquilo que é suerior. Seria triste o comentário sobre a condição humana se a comunidade dos homens estivesse ndamentada naquilo que há de inferior na esécie, gindo o renamento mais elaborado de culturas'' aartadas, intransoníveis. A disposição dos americanos com rova a crença otimista de que são possíveis as duas universida des, a do corpo e a da alma, e de que o acesso ao melhor não deende do acaso. Os jovens americanos, ou melhor, alguns de les, dão mostras de uma romissora e contínua vitalidade da ra dição, uma vez que não a consideram uma radição. Um Retorno à Geração dos nos
A scinante persectiva que o esudane americano nos ofe recia teve um momento altamente convincene quando come 59
ECLN A CULTUA CNTAL
cei a lecioar para bos calouros os aos seguites ao laameto do Sputk scria eu em 1965: A atual geão de estudates é icompáel com modos de er muito dferetes dos seus rofessores stou me referdo ao bom estudate das melores esolas de eso suerior àqueles a quem se drge dametalmete a educaão liberal e que são obeto de um eso que pressupõe o melo equpameto possíel sses oes uca perme asiedades sore o smple emestr sco que seus pais coeram durte a epressão oram crados o corto e com pectata de umetálo cada e mais or sso l são em oa medd dferetes; ão se orgulam de o ter dqurdo e ão se etregram pessoalmete às pequeas e por ees dermates preocupaões idspesáes pr a sua aqusão ão se comdado muto com so tão mas dsotos a deál em ome de grades ds; ara eetos prátcos stão sosos para proceder asm a eseraa de proar que ão lgm para o bemstr e estão aertos aos apelos do alto esumdo esses estudtes são um espce de ersão democrátc de uma arstorca A roserdde cotíu dos ltmos te aos les dá a coa de que sempre terão codões d gar a da Potto estão dspostos a segur qulqur carrera ou atur se precer que é séria s los de trdã fmíl d resposblidade fcer são cos em coum om tudo sso ste um cráter aerto e eroso dem a er eceletes aluos e trt ddos r quo qu apredem Uma ista de olos sore este gruo especl tede a orecer um progóstco eseraoso para a sade moral e telectual do país aquele mometo atraessse um ferlar esprtul uma poderosa tesão ds alms qu tora elétrc a atmos 6
Os Clous
r unvertár. A vtór do ovétco n corrd ec cocou o ovo do Etdo Undo e, or um momento, ouve reocuão com o nvemento do enno. A nente rec condend. A orvvênc em deend de meor enno r eo m cctd. A necede xtern netou no ndoente mundo edgógco urgênc que emre dever ter extdo. um rr e cr de oo, urgrm recuro fnncero e no. O oetvo er rodur técnco e centt que no vem de cr à mercê de trno. A eco ecundár concentrrme em temátc e em c, com execttv de onr e de turo rnte r quem e dtngue ne dcn. O tete de tão ecor tornoue meroo, m como o ero nteetu e tornou temo d não. O mero exercco de mcuo rdo e ácdo é utr, e o ero ncon trenv e o memo temo nrv mente. O uno erm meore, etvm tmente motvdo. o então que coece notr co etrn. or exemo e rmer ve eu v etudnte mercno rendeno ngu éro. Por outro do, v n de um ncente rão or go drente. A cênc r demdmente rognded. A utêntc voão centc é muto rr e er reentd, n eco ecunár, de rm nd e técnc. Arentemente, o uno rendm o que e er octdo, m não v gnde execttv r comenr o tédo. A nov tve ment e o deeo e reão não vm, otvmente, encontrdo eu oetvo. Logo oerve que dedcão à cên de muto o meore uno er tnte c. A grnde dcudde teórc d modern cênc tur de não conegurem xcr r que ervem etv rodundo efeto rátco. A quetão do ara u etv vno à uerce. Por coneqênc, n que o nco nteee utore c e e cênc ntur, Socoog e cênc umn tmém rm enecd, n edd em que unverdde 6
CN A CUTURA CNTAL
exr e er que els tmbém ctvm. Um es u tt lberl lg stra as cêncs turas rte s s ts. Achvm que lhes th esc s ltertvs. E, u ve uverse, ur e é já que este é um aís lvre a esrr que hv utrs css lé cca. o u me e tes, relet e sees às qus ltavm bjevs es. es é e 6 eu estava cvec e que se trv rescível um eucã lberal que esse s ves s es r sr su vda e seu tecl. Er u ue s uverses thm cões e vte e fereer. A rrequeta e vlúvel eerg s estutes bu r etrr extrvs lítc. Em mes dé e 6 s uverses já lhes oferecm ts as cnessõe, mes eu, s cl cssu e t esr, vs que es esreceu, se exr trs. A várs lertões ssrm quel eerg e quel tes rvlhs, ex exust e r s etute, e e cur, s e u vslu x. lr, tlve eu esvesse eg e qul que gh exress s rers s éc e 6 sse aes sst tr s últs bões reescetes, tve rc e um see teectul sssse e u vers s ers s sees er veer s eesses, s tesões, s cflts u escr seu trblh etero. ett, es ue hv ut e utêtc see eetul ul reuu em rexet só rque esers s rtues. et, s estutes que se segur à ger e s e 5 e ces e 6 qu s sguessugs ulturs, rsss e rs, er íc à gre sgr ertul, levre ergutar se mh cvcã 62
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a convicção dos Grandes ivros* do passado estava co reta. De harmonia com ela, a ateza a única coisa qe conta na edcação, o desejo hno de cohecimento pemanen te, do o qe ele ealmente necessita de ma aimentação aopriada, cabendo meramente edcação ô o estim na es. Na melhor das hipóteses, esá aoa claro para mim qe precisa das co nvenções sociais, tal como a arte do homem necessária para in stitir a ordem olítica qe a condição primeira de sa pereição atral . Na pior das hipóteses, receio qe esteja ocorrendo ma entropia es pirital o a evaporação do sane ervente do espírito receio qe Nietzs che considerava jstiicado e constiti o núcleo de todo o se pensamento. A se ver, o arco do espírito estava sendo distendido e havia o risco de icar paa sempre aouxado. Para ele, a atividade do arco do esírito deva da cltura e a decadên cia cltral siniicava não só a decadência do homem dentro dessa cltra mas tambm a do homem, pra e simplesmete. Foi essa a crise qe ele rocro enentar com resolução: a rória existência do homem enqanto homem, m se no bre, dependia dele e de homens como ele assim o pensava Nietzsche. Talvez não tivesse razão, mas o tema vem adqirin do mas e mais acidade. Em todo caso, a impressão de selva eria natral que os americanos costmavam dar era ilsória, sendo apeas relativa impressão dada pelos eropes. Os es tdantes selecionados de hoje sabem tanto menos, achamse tão mais isolados da tradição, são tanto mais moóides do ponto de vista intelectal qe, em comparação com eles, a eração anterior parece eita de prodíios de cltra. O solo está cada vez mais alo e dvido qe seja capaz de sstentar os troncos maiores. (*) Grands vros: a coção Th Gra ook s ançada ns sados Undos d· ran a década d sob o parocíno das prncpas nvrsads sobrdo a d mba a d hcao. Dpos Enccopéda râca rdo ma cnna dssas obras m rna voms sob a rsponsabdad do prof ormr Adr da Unvr sdad d hcao T
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O DELÍIO DA ULTURA OIDETAL
A Eucação Franca e Amecana
Cnseems p cntaste a eucaçã que anda pesste e ma astante atenuada, na ança. Exageand um puqunh, há s autes que ente s meam e emtam a mente s anceses cuts. Ts s anceses nascem u ce se tnam catesans u pascaans. (Ag e semehante se a e Shakespeae com euca s ngeses; de Gethe dos aemães; e ante e e aquave s taanos.) escates e Pasca sã autes nacinas que zem a pv ancês que atenatvas têm, ppcan uma vsã ntensa e pecua s pemas peenes a va. Tecem a tama espít. Na mnha útma vagem à ança uv um gaçm ze a espet e um cega e taah que ee ea um catesan". Nã ea p petensã, estava apenas cassican um tp. Nã é em veae que s anceses extaam pncíps e tas ntes, já que eas pduzem antes mes mentas. escates e Pasca epesentam uma escha ente a azã e a eveaçã, a cênca e a egsade escha da qua tuo mas dece. Uma u uta essas vsões ttas se apesenta quase sempe à mente s anceses quan pensam em s mesms e em seus pemas. Esses s ganes antagnstas, que nenhuma síntese é capaz e unca a posição ente o bon sens (m sens) e a fé em conções de nfeidae puseam em mvment um uasm que nós econhecems ao a a caeza e a paxã ancesas. Nenhum país cnheceu um eate tã pesistente e ncnciiáve ente o secua e o egs cm a ança, nde as duas pates nã encntaam teen cmum ne às aspações ds cadãs o mesm país cespndem idéas tã dfeentes quanto a sentid a via. Shakespeae peu a meação esses dis pólos ente s ngeses, mas ninguém cnseguu zêl ente s anceses, ema usseau, que ea suíç, fzesse uma nobe tentatva. Há mas e ts sécus que a ança seve e abig especa paa Iumnsm e pensament catóc. es 64
Os Clous
crtes e Pscl xlicrm seus comtriots fé comum no cidente, o crstinismo, o mesmo temo que os situvm em relção ess outr nte de insirção mis distnte, réci. As sucessivs gerções que rtirm d tensão Descrtes/Pscl desenvolverm e vrirm seus tems, e o que á de essencil ns exeriêncis esirituis deles vem reetido em oltire, ontesquieu, Constnt, lc e Zol, or um ldo, em como em lernche, Cteurind, De istre, udelire, Proust e Céline todos eles cônscios d or dos outros e desenvolvendo entre si um diálogo corroornte ou olêmico. Tocquville i ortnto em ncês o dier que o método e ensmento dos mericnos er crtesino, sem que eles mis tivessem lido Descrtes, e o questionr se serim ces de comreender ou de roduir um Pscl. s Estdos nidos não erm, r ele, um ovo com um livro. ncês e um critur de sentimentos, muíd de um trdção literári, enqunto o mercno er um omem de ricíios rcionis. Tis rincíios rm rimeiro elordos or escritores, evidentemente, ms como rm de exrimir, como Knt d reseito de su róri loso morl, quilo que tod crinç emeducd á se. reconecimento recíroco de direitos não exige muit leitur, nd de flosofi, e stri tods s diferençs do cráter ncionl. oi dito os mericnos que odim ser tudo quilo que desessem ou or cso ssem, desde que reconecessem os mesmos diretos lcdos todos os outros e estivessem dsostos oir e dender o governo que grntisse esse rrnjo. É ossível irr mericno de um di r outro, o que não serve r ilustrr o que signic ser mercno. A cooerção entre ixão e rão nturs des ntig mám segundo qul um cidde er seelnte um unidde orgnic, gerd el átri, à qul o ciddão se relcionv como um l um árvore. o entnto, é imossível ou er té ontem lguém tornrse ncês, os um ncês é um rmoni com 65
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lexa ou uma dissonância de ecos hisóicos desde o nasimen o. A língua ancesa, que o o aendia muio bem, não exise aa a ansmissão de inmaçes, paa comunica as necessidades coiqeias dos hoens, já que não se disingia de uma consciência hisóica. Denese o fancesismo ela a iciação na língua, em sua lieaua e em toda a gama de ei os que ela oduz. Seja como , os agumenos legalisas sobe deios não êm nada a ve com o ivilégio advindo da aicação na língua. Em incíio, nos Esados Unidos não há auênicos aseios, mas na Fança há essoas que, emboa sejam cidadãos anceses, se acham à magem da adição os judeus, o exemlo, seme mediaam muio sobe o guo a que eencem. Na Fança, a elação do judeu com aquilo que é essencialmene ancês consii um gande e comlo ema lieáio. A eação ao oblema não é univesal e ovoca o desenvolvimeno de um ineessane esec ro de ios humanos. Em conaosção, um judeu nos Esados Undos é ão ameicano como qualque oua essoa e, se o indvidualizam ou atam de modo difeene, a esosa ao iada é o escândalo eo e declaad. A la de equivaletes ameicanos de Descaes, Pascal ou esmo Monaigne, Raelas, acine, Monesquieu e ousseau nã é quesão de qalidade, mas de sabe se é necessái qe a escioes aa lana o nosso edicio esiiual, a quem devemos le ou, melho, com quem demos convive, aa que nos consideem educados, e que seão os inéees e mesmo os jadoes da vida nacional. Pensemos nos escioes ame icanos e ns texos que seiam lidos e costumam sêlo; o ém, na medida em que os ameicanos lêem, o mundo ineio lhes seve de biblioeca. Não há ene nós a onda necessidade de absorve a róia lieaua nacional, como os cidadãos de ouos aíses a senem. Um nômeno com as Gesamtkunstwerk (Oba Aísc Comlea' ') de Wagne, feio sueio de ae que em a nten ção de se ineiamene alemã, de alemães, aa alemães e or 66
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alemães, e que constitui uma xpressão da consciência coleti oo o va, é inconcebível para americanos. E cês pouco sabe ou aprecia aquilo que não é ancês. Para os aercanos, porém, o, ; t, kespeare e Goethe pertencem a todos ou à civlização". E, anal de con tas, talvez pertençam. Mas essa não era a opinião de gregos, romanos, italianos, ingleses e alemães, ou dos judeus com o livro que lhes pertencia, que contava a história deles e que, por assim dizer, encarnava o seu instinto. Os americanos acred tam em de acesso. O gênio comercal de Mortimer Adler trondoso sucesso com os Gran des Livros. Não lhe interessavam o mínimo as traduções que empregava, quanto mais aprender línguas. Os escritores dos velhos países, na sua maioria, ficavam aflitos com a idéia de não serem compreendidos por quem não tivesse vvdo a sua língua. Hdegger que procurou ansiosamente manter e revi talizar esa o pensava que a língua é a mÕad do "é qe é ám levandade supor que seja possível aradução. Minha primeira experiência com a simpl icidade americana, no entanto, convencerame de que a razão estava do nosso la do, que podíamos partir do naa, que bastava a natureza a ser cultivada. Mas eu não prestara sufciente atenção àquilo que os estudantes costumavam realmente trazer consigo, a edu cação que já estava no inconsciente e que ajudava a projetá los. Na sua maioria, conheciam a Bíblia, essa nte ubíqua das ais velhas tradições. Não havia grandes intérpretes nacionas que filtrassem seus ensinamentos, sendo antes abordada sob a rma direta do primitivo protestantismo; cada fiel é o seu próprio intérprete. Assim, a Bíblia representava um espelho des sa i l uu cions, inerente ao sistema ame ricano. Na sua maioria, os estudantes também participavam de uma tradição polítia notavelmente uniicante e explícita, que possui um texto conhecido de todos e no qual a maioria provavelmente crê a Declaração de Independência. 67
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Ao contrário do que julga em boa parte a sabedoria con teporânea, os Estados Unidos tê ua das ais antigas e ininterrutas tradiçes políticas j no h dição não te abigüidades: o sentido dela está articulado e palavras siples e racionais, que são desde logo copreendidas e altamente persuasivas para todos os seres huanos norais Os Estados Unidos contam uma história: o cont e inelutável rogresso da liberdade e da ie Desde os ieiros colonos e co base nos undaentos políticos, ja ais se discutiu que a liberdade e a igualdade são para nós a essência da Justiça Não há nenhu noe sério ou notável que tenha negado este consenso É preciso ser u aníaco ou u bufo (por eeplo, Henry Adas e H L Mencken, respectivamente) para ganhar atenção coo descrente da deo se cracia Todas as discues olítics 9lgu travaram torno do sentido cá liberdae e da não da sua propriedade Em parte algua est}ição ou ua cultura cuj a ensage seja tão distia e tão 1 vca co certeza ne na França, na Itália ou esmo n a Inglaterra Lá, os mai ores acontecientos e os aiore s hoens la e noe d a onarquia e da aristocracia assim como da deocracia, da religião estabelecida e ao eso tepo da tolerância, do patriotismo que pria sobre a liberdade, do privilégio que pria sobre a igualdade de direitos Pertencer a u desses povos talvez se eplique coo u sentiento, ua ligação ao que nos é próprio, próia da ligação ao pai e ãe, as o ancesiso, o inglesiso e o germaniso, no entanto, continua a ser inefáveis No en tanto, todos sabeos definir o que é aericaniso gerador de ua raça de heróis: Franklin, Washington, Hailton, Jefferson, Lincoln e assi por diante (todos contribuíra pa ra a igualdade) Nossa iaginação não se volta para ua Joa na dArc, u Luís XIV ou u Napoleão, que contrabalance o nosso equivalente de 1789 Nossos heróis e a linguage da Declaração contribue para ua rerência nacional pela nossa 68
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Constituição também um fenômeno único. udo isto é subs tancial para a autoconsciência e oferece um sentido moral su perior para a monotonia da vida, assim como algo para analisar. N o entanto, a unidade, grandeza e o conseqüente flclore
do legado dos fundadores ram atacados por tantos lados no
último meio século que desapareceram gr adativamente da vi
da cotidiana e dos livros escolares. Tudo começou a parecer como Washington e a cerejeira* o que não é par a ser ensi
nado a sério às crianças. Aquilo que adquire influê cír culos �n!electas
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da Declaração começaram a ser entendi idéias das como mitos ou ideologias do século 1 8 O historicismo, na versão de Carl Becker, em The Declaraton of Independen ce A Study n the Hstory of Poltcal Ideas (A Declaração de Independência: Ensaio sobre a História das Idéias Políti cas), de 1922 lançou dúvidas sobre o ensino dos direitos na turais ao mesmo tempo que prometia apresentar um substituto. Da mesma rma, o pragmatismo de Dewey o método da ciência como o da democracia, o desenvolvimento individual sem limites, especialmente aqueles naturais encarava o pas sado como radicalmente imperfeito e a história pátria como irrelevante ou como um empecilho para a análise racional do nosso presente. Veio então a pichação maista do gênero har les Beard, tentando demonstrar, em An onomc Interpreta ton of the Consttuton (Interpretação Econômica da Consti tuição) de 1913 que não havia espírito público, nos pais nda dores, mas somente preocupação com a propriedade, enaque cendo assim nossas convicções sobre a verdade e a superioridade de nossos princípios e nossos heróis. Vieram depois os historia dores e romancistas do Sul vingar a vitória da União antiescrava (*) Aan oom z aq asão à provrba honradz d Washnon sndo a qa o xprsdn amrcano anda crança coro ma mda d crjra s jo na obração d conar a vrdad ao pa o sados Undos a hsra é popar como xmpo dfcan T
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O ELÍO A ULTURA OETAL
gsta, aresentando motvos sualternos ara o Norte (o que ncorora crítcas euroéas a reseto de comérco e tecnolo ga) e dealzando o estlo de vda sulsta. Por m, em curosa harmona com os sulstas, os radcas do movmento elos d retos cvs conseguram convencer as massas de que os nda dores e os rncíos amercanos são racstas. A má conscênca que eles dssemaram destruu a únca cosa que restava da cultura oular a celerar o magnáro naconal a corrda ara o este. A aertura, ortanto, ulsou as dvndades locas, dendo tãosomente o aís mudo e sem sentdo. Não há no lano me dato enhuma exerênca sensível sore o sentdo ou o ro jeto da nação, o qual rocara a ase ara uma reflexão adulta sore regmes e gestão da cosa úlca. s estudantes chegam hoje à unversdade gnorantes e cétcos quanto à he rança olítca naconal, sem condções de setr a sua nsra ção ou de a crtcar a séro. A Religião e a Famia
A relgão é outro elemento da cultura rmára ndamental que desaareceu. Na medda em que o reseto elo sagrado a últma moda suu às alturas, a relgão roramente dta e o conhecmento da íla dmnuíram até o onto de ga. s deuses jamas tveram grande vortsmo na vda o lítca ou nas escolas dos Estados ndos. anosso que mur murávamos na escola rmára na mnha nfânca mexam menos conosco do que o juramento de deldade que tamém rectávamos. Mas a relgão vva no lar e nos temlos a ele relaconados. s das santos, a lnguagem e a sére de referên cas comuns que mregnavam a maor arte das casas const tuíam oa arte dos vínculos mlares, dandolhes conteúdo e sustânca. Mosés e as táuas, Jesus Crsto e a regação do amor aternal tnham exstênca magnatva. Passagens dos 7
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salmos e dos evangelhos ecoavam na mente das crianças. Ir à igreja ou à sinagoga e rear à mesa rmavam um modo de vida, inseparável da educação moral que se supunha constituir a responsabilidade especial da mília na democracia americana. Na realidade, o ensino moral correspondia ao religioso. Não havia doutrina abstrata. As coisas que se julgavam que a gente pudesse er, a sensação de que o mundo as encorajava, castigando a desobediência, tudo estava encarnado nas histórias da Bíblia. A perda do esteio da vida interior concedido àqueles que eram alimentados pela Bíblia deve ser primeiramente atribuída não às nossas escolas ou à vida política, mas sim à mília, a qual, com todos os seus direitos à privacidade, se demonstrou incapa de manter todo e qualquer conteúdo próprio. A melancolia da paisagem espiritual da mília é inacreditável. É tão monocromática e tão alheia a quem vive nela como as estepes desérticas eqentadas por nômades, os quais extraem a sua mera subsistência e vão embora. delicado tecido da civiliação, no qual as sucessivas gerações se entrelaçavam, desiouse e os flhos são criados, mas não educados. Não estou faland dos lares inlies e desitos que rmam parte tão signicativa da vida americana, mas dos relativamente felies, onde marido e mulher gostam um do outro e cuidam dos lhos, muitas vees lhes dvotando, generosamente, o melhor de suas vidas. Acontece porém que não têm nada para dar aos ilhos em termos de uma visão do mundo, de elevados modelos de conduta ou de prondo senso de relação com os outros. A mí exige a mais delicada mistura de naturea e de do humano e o ara u bs e preencha suas nções. Na ba se dela está a mera reprodução sua inalidade é a rmação de seres humanos civiliados. Ao ensinar uma língua e ao dar nome a todas as coisas, transmite uma interpretação da ordem do conj unto dessas coisa. Alimentase de livros em que a pequena comunidade organiada a mília acredita, os quais lam do 71
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que é justo e injusto, bom e mau, explicando por que é assim. A mília requer certa autoridade e sabedoria quanto aos ca minhos dos céus e dos homens. s pais dvem saber o que acon teceu no passado e ter fórmulas sobre aquilo que está por vir a fim de resistir à incultura ou à iniqüidade do presente. É cos tume dier agora que o ritual e a cerimônia são necessários à mília, mas estes estão ltando. No entanto, a mília tem de ser uma unidade sagrada, crente na permanência daquilo que ensina, se o ritual e as cerimônias respectivas estão aí pa ra expressar e transmtir o milagre da lei moral, que só ela é cpa de transmitir e que a torna essencial em um mundo de votado ao humanamente por demais humanamente útil. Quando a crença desaarece, conrme ocorreu, a míla guar da na mehor das hipóteses uma unidade transitória. As pes soas jantm, brincam e viajam juntas, mas não pensam juntas. É raro que haja vida intelectual em qualquer residência, mui to menos uma vida que inspire os interesses essenciais da exis tência. A televsão educativa assinala a maré alta da vida nteletual da mília. A causa da deterioração do papel dela como transmissora da tradição é a mesma da decadência das humnidades: nin guém acredita que os velhos livros contenham verdade. Por sso, tornaramse, na melor das hipóteses, cultura", ou se a, chateação. Como da Tocquville, numa democrcia a ra dição não é nada mais do que inrmação. Com a explosão de inrmações", a tradição ficou supérflua. ogo que a tra dição passe a ser reconhecida como tal, estará morta, virando algum coisa que ainda se elogia na vã esperança de rmar o caráter das crianças. Para efeitos práticos, nos Estados Uni dos, a íblia era a única cultura comum, a qual unia os im ples e os requintados, os ricos e os pobres, os jovens e os velhos e como verdadero modelo de uma visão do mundo, chave ara o resto da are do cdente, cujas maiores obras de uma rma ou de oura derivavam da íbli contribuía para dar a seriedade ao livros. Com seu desaparecimento gradativo, 72
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inevitável, a própria idéia de um livro tão completo, a possii lidade e necessidade de uma explicação do mundo estão igual mente desaparecendo. Pais e mães perderam a noção de que a mais alta das aspirações que poderiam ter para os filhos se ria a de serem sáios como o são os sacerdotes, os profetas e os filósos Tudo que logram imaginar é competência espe cializada e sucesso o contrário do que normalmente se pen sa, sem o livro a própria idéia da ordem do conjunto está perdida. Os pais não têm a autoridade legal nem moral que tinham no elho Mundo. Faltalhes confiança em si próprios como educadores dos filhos, na generosa crença de que serão me lhores do que os pais, não só no tocante ao emestar, mas em qualidades morais, sicas e intelectuais. Sempre existe uma fé mais ou menos aerta no progresso, a qual significa que o passado se afigura mau e desprezível. O turo, que é innito, não deve ser receitado por miliares, mesmo porque eclipsa o passado, para eles inferior. Simultaneamente, com as constantes novidades e incessan tes deslocamentos de um lugar para outro, primeiro o rádio e depois a televisão assaltaram e transtornaram a intimidade do lar, a verdaeira intimidade dos americanos, a qual permi tia o desenvolvimento de uma vida superior e mais indepen dente dentro da sociedade democrática Os pais já não conseguem dominar a atmosfera domiciliar e até perderam a vontade de o zer Com grande sutileza e energia, a televisão entra não só na sala, mas tamém nos gostos tanto de jovens quanto de velhos, apelando ao imediatamente agradável e su vertendo tudo quanto não se conrme com ela Nietzsche di zia que o jornal sustituíra a oração na vida do urguês moderno, querendo dizer que o mundano, o vulgar, o efême ro tinham usurpado tudo o que restava do eterno na sua vida diária. Hoje em dia, a televisão sustituiu o jornal Não é tan to a qualidade dos programas que preocupa, mas antes a difi culdade de imaginar algum sistema de critério, algum estilo 7
O DEÍNO DA UTURA ODENTA
de vida com ameidades e lições que se adaptem aturalmete à vida dos membros da mília, que se distiga da cultura popuar e resista às visões do que é admirável e iteressate com as quais são bombardeados detro da própria casa A propagação do esio a classe média, que se expadiu eormemete o último meio século, também cotribuiu para debilitar a autoridade da mília Quase todo mudo que pertece à classe média tem um curso superior muitos eram pósgraduação Aquees detre ós que podem votar os olos para a umildade da situação de ossos pais e avós, que jamais viram uma istituição uiversitária por detro, têm motivos ara se cogratular cosigo mesmos Mas e é ievitável a imressão de que o populaco em geral é mais educado depede de uma ambigidade o setido da palavra educação ou de um embuste a distição etre educação liberal e técica Um especialista de alto ível em computação ão terá recebido maiores lições sobre moralidade, política ou religião do que a mais igorate das pessoas Pelo cotrário, sua restrita educação, com os precoceitos e o orgulo que a acompaam, bem como a respectiva iteratura, que surge e some um dia, e aceita sem críticas as premissas da sabedoria correte, é capa de o isoar do esio liberal que o povo mas simples costumava absorver de uma variedade de tes tradicioais ra mim ão é evidete que alguém cuja leitura regular cosiste em Tme Playboy e Scentc Amercan seja seor de uma sabedoria mais proda sobre o mudo do que o auo de escola rura de outrora com seu maual de leitur de Mcu, o céebre pedagogo do século passado Quado um rapa procurava istrução, como Licol, o que avia à mão para apreder de imediato era a Bíblia, Sakespeare e Euclides Seria realmete pior a situação dele do que a das pessoas que tetam abrir camio por etre a salgalada técica do atual sistema educativo, com sua rematada icapacidade para distiguir o importate e o isigicate a ão ser pela demada do mercado? 74
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Pelos padrões atuais meus avós eram iantes tanto qe meu avô se ocupava com empreos humilde. as a casa eles era espiritualmente rca porque tudo que nela se passav e não só o que era tipcamente ritual encontrava orige nos mandamentos da Bília e explicação nas histórias lica e nos comentáros sore elas com seu equivalente imaginri nos feitos de uma mirade de heróis exemplares. eus avs econtraram razões para a existência da mlia e o cumprieto de seus deres em ttos sérios inerpretando os sofrmeto que experimentaram com relação a um passad noilitante. fé e os ostumes simples deles estavam correlacionados ios e pnsandores que se dedicavam aos mesmo elemeo não a partir de ra ou de uma perseciva estranha mas prtilhando da mesma crença ainda que aprondassem o pesamento e oferecessem orentação. verdadeiro ensin er respeitado porque tinha uma conexo snsvel com a vi pessoas. Não é outra coisa que uma comunidade e uma ria sinificam uma experiência coum que atrai ete c e simples paa um único rêmo d fé Não acredito que a minha eraço eus primos qe educados pelo sistema americano e que ão todos médc psgraduados tenha um sber comarável. Se la cé e da rr das relações entr homens e mulheres pai e f da condção humana não escuto senão clichês suerfcdades coiss satricas. Claro que sera vular dizer que vi só vale a pena quando as pssoas têm mitos em que se apr. Pelo contrário quero afirmar que a vida aseada no livr s mais perto da verdade propiciando elementos paa u áise mais pronda e uma aproximação maior da auên tureza das coisas. Sem as grandes revelações as epopés e filosofia zendo parte de nssa visão natural nã h de novo lá ra e por im mio pouco em nosso prór epaço. A Blia não é o único mio de guarnecer o esprit sem um livro de seredade semlhante lido com a rv do crente em potencial ele icará desaparelhad 75
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N A A NAL
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que dee se nde esonsbdde n s ts seá ossíe se não esent n s ens são e u oe o be ns e s cstos be e o s s q nhe e ntete os tos otnt ntnts no d d ã noã q q t ene e o deseseo qe esut qun n sennt". Cs cntá educ tn ã tentt e es" às cns. s s no sbee e qe cet e não t snt nn e s ós de s hos n ês ees e eos n s cd tn s s css t scutíes. Que sã n tnste essõese que os ss sob nt e es" qe oe ns ss e s s e e s ns sbe t entst tes c sn nte n entn. Seehnte eã d q on e n não nn nõs u es qe se he não s át s sbtn n ndento n ên n q sã bse ds ões os. ntente ss coo onão t à n euão ên qe o nn seun nte equsto nã t tb nent. e o e í s ed tente nc o ín tnt s nã ent ne tnts nstás nces e d n b nnts de s cndut o o e tb ê qe n ch sts qe t sên ds hs e ítcos n ens esnd e deen ente 76
O Clou
os alunos que eu conhec no níco da mnha carrera de ro fessor e aqueles com quem me deonto hoje em da A fata de lvros tornouos mas mtados e mas vaos. Mais lmta dos orque hes lta o que é mas necessáro, ou seja, uma ase real ara o descontentamento com o resente e a cons cênca de que há aternatvas ara ele. Achamse ao mesmo temo mas satsfetos com o que aí está e deseserançados de jamas escaar dsso. A ânsa do além duuse. Sumram os róros modeos ara admração e desreo. Mas vaos, or que sem a nterretação das cosas, sem a poesa nem a atv dade da imagnação, a alma deles é como um eselho daqulo que os cerca e não da naturea. O renamento do esírto que ermte ver as decadas derenças entre os homens, entre seus atos e seus ensamentos e que consttu o verdadero om gosto, é mossíve sem o auxílo da teratura em grande estlo essa rma, dmnu o terreno em que o ensno unverstá ro ossa lançar raíes, deca o entusasmo e a dde do jovem Gauco na Rl de Platã, cujo f que já eslêndid ssfas reserva a , s não quer que o lud e a cujo conhecme mesre ulmente, é muto ms dc ncor sic a ququer experênca que estdtes te quer eessae que snt.
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s Livos Teho idagado a mim mesmo se o coao com os grades exos desde a primeira icia ão cosiui um prérequisio para que os ieressemos por eles a vida inteira e pea lieratura importae embora de meor alcance. É be possíve que os aseios do espírio a iolervel exalação dese sob a coerção do codicioal e do limiado recamem esímuo o iício. Em odo caso seja por que moivo r os estudaes perderam o hbio e o goso pela leiura. Não ram esiados a ler em esperam deleiarse ou melhorar edo. São auêicos" em comparação com as gerações uiversirias que os precederam de pero pois abrigam reduzidas preesões culurais e ão zem hipócrias rapapés riuais à ala cuura Quado reparei pela primeira vez o decíio da eiura o ia da década de 60 passei a erguar às mihas eormes urmas dos aos preimiares e a grupos de aluos mais ovos que livros coavam reamee para eles. A maioria icava em siêcio embaraçada com a pergua. Para eles era esraha a oção de livros como compaheiros. O juiz Black com seu esagahado exemplar da Cosiuição sempre o boso ão é exemplo que hes sirva para muio. Às vezes um aluo respodia ' 'a Bíblia . (Apredeu a cohecêa em casa mas a uiversidade ão coiua a zer esudos bíbicos.) É sempre uma garoa a mecioar The Fountanhead (A Nas 7
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cente) de A and livro de discutível qualidade literria que com sua agressividade subnietzscheana incita jovens um tan to excêntricos a adotar um novo estilo de vida. Alguns rapazes mencionam obras recentes que os impressionaram e defendem sua própria autointerpretação como O Apanhador no Campo de Centeo, de J D. Salinger. (A resposta deles costuma ser das mais espontâneas e demonstra a necessidade de ajuda na autointerpreação. Mas é uma resposta inculta e os professores deveriam aproveitar a necessidade que ea exprime para mostrar aos aunos que os bons autores podem lhes ser benéficos.) Depois dessas aulas sou procurado por um ou dois alunos interessados em deixar claro que na realidade se deixam influenciar por livros não só por um mas por vrios. E itam uma lista de clssicos que devem ter visto de passagem na escola secundria. Imaginemos esses jovens caminhando peo Louvre ou pela Galeria degli Ufzi e logo les compreenderemos o esado de epírito. Com sua inocência das istórias da antigüidade bíica grega romana Rael Leonardo Michelangeo Rem randt oos os outros naa lhes dirão. do o que eles vêem ão cores e rmas arte moderna. Em resumo a exemplo quase tudo em sua vida espiritual as pinturas e as esttuas são absrata. Ora seja qua r a moderna opinião aqueles artistas contaram com o imediao reconhecimento de seus contmporâneos e o que é mais impressionaram prondamente aqueles ue conemplavam suas obra Sem terem a signi cado ne represenarem ago de essencial para o observador como objeto moral político religioso as obras perdem sua razão de ser. Não é só a tradição que se perde quando a voz da civiização eaborada durante miênios se cala dessa r ma: é o próprio ser que se desz para além do horizone em mação. Uma das coisas mais agraveis que j aconteceram a minha via de prossor i receber um cartãopostal de um excelen aluno em viita à Itlia nos seguintes termos: O senhor não é professor de flosofa políta mas agente de
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O ELNO A ULTURA OENTAL
Nada poderia er preado melor a mia ieção como ducador j que ele julgava que eu o preparara para ver. Depoi dio podia começar a par ozio em algo digo de mediação. A verdadeira Floreça dero da qual Maquiavel e ora veroímil vale dez veze mai do que oda a fórmula meaica. A educação o dia que correm de procurr de cobrir o aluo oda a coia diga de aperfeiçoameo de remae reerurado o eio para capacilo a procurar de maeira auôoma ee acabameo. uar om meo gdioo o eudae de oje ão m ada em comum com um Dicke por emplo que deu a a o de ó o iequeívei Peckif Micawber Pip que aju daram a ampliar oa vião e o emprearam cera uileza a diição de ipo umao. É ma érie compl de pe ricia que o permie dizer com oda a implicidade: ' 'le é um Scrooge" o avareo de O atal de Dicke. Sem lrau a bela ra euma obervaço do io é poível e l e are da cmção. A obuidade picolia de oo da é de earrecer j que ó coam com a picolog ia pop para le dizer como ão a peoa e qual a gama do ieree que a movem. Como le fala a co cicia qe demo qua e de rma cluiva ao gio lierrio a peoa cam mai parecida pelo o de ão abrem que podem er diferee. Que pob za de ubiuo para a auca diveridade ão o eorme arcoíri de cabelo igido e a oura difreça ex era que ada dizem ao oberdor do que le por der! A la de culura la implemee o uda a procurar irmaçõe ode ela eejam dpoívei em capacidade pa ra diiguir ere o ublime e o rele o coecimeo pro do e a propagada. Na ua grade maioria o eudae vão ao cima prea fcei d moralmo iereeiro ai como o rerao de Gadi e de Toma More deiado em lar ga medida à promoção de movimeo políico e à dião de eceidade implia de gradeza ou à bajulação iiua da da ecrea apiçõe e vício dele dadole uma impre vagens
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o de igicado. O le Kramer x Kmer ale ja aalzado a repeio de dircio e da atao do o qe o tier icldo o e acero de leitra na Kanina e O rmelho e o ero o abe faer idia do qe fal ado ao le o a direa etre a hea apo e erccio de alao da cociêcia ere eiei dade lgar e etieto elado. Coo o cie cipo da tiraia lierria ob a qal oe e q lhe pro cociêcia o e co peõe a e or iole rei de o igorae e deagco. O ditaciao lao ao coeporeo e ao qe ele te de rio e ge d qe o edate ai prcia para qe o e erege ao dee j o eore e decbra o qe h de ai rio ele prrio o e pode ecorar o ciea qe por ora apea ohce o preete. Por coeqüêcia a la de leira de bo lro e fraqece a io e ao eo tepo rra a i l ê cia haa a de crer ie o aq or. úca ra e cobaer ea teêia o r ir co aior igor a edcao aqele poo q o para a ieridade co re aeio por n je ne sa o ei qê co o eor de o coegir decobrilo e cree de qe a clra ielectal idipeel para o bo êxo de al aeio. loge o tepo e qe era poel icir oda a radio o ojo do corpo dicee paa er ada de odo fecdo ai arde por alg poo. alee q e dipoo a ar rico e proo a aredir o i pll qe e ha apo para ar o erreo do liro. oa de ir do io. peo fae o qe qre e l o coia ai ii e agra o ipli l qe irreaiel er a rera i eral. rofeor ci de redao de uieridade ta dai do ai obre e eopreado rabalhadore da acadeia êe dio qe ipoel eiar redao a alu o qe o lêe e qe tab praicaete ipoíel coecêlo a ler qato ai a gotar de leira. Reide a o 81
O ECLNO A CULTURA OCENTAL
maior fcasso das scolas scndárias pltas prossrs q são rodto da década d 6 q rm a sqalidz das hmadads ao nívl nivrsiário. Os possos d lh ga da, q arciavam Shakspar stn o Jon onn, c úca recomnsa plo mastério ra a prpta d ss pdilçõs, dsaparcram qas por complt O últmo inmigo da vitadad dos ttos clássicos é o minsmo. s lutas contra o ltismo o racismo nas décadas d 60 d 0 tivram rdzido fio dito sobr a lo dos st dants com os livros. A ç dsmou a strté loµa a No ntanto, s ativta ão guardavm nnhma hosildd spcil aos t tos clsicos até stavam algo contagiados plo hábito q ss mstres a Escola d Frankrt tinham ostnta inimid com a ata cultr. Nm stágio antrio d igaliarismo os dca j havam tomado contato com o carát monárqico aristocrtico atidmocrático d maioria dos clássicos litráios á ão restavam atnão o manifso conúdo poltico ds. crítica trria concntavas no privado no nimo nos stimeto, pnsamntos rlaõs d indivdos nqanto ia ao ível d uma convnão litrária do passado to d os herós d mitas oras clássicas srm solddos sdisas mhados m govrnar rsovr poblmas políticos. Cn rme rem os tts da maior part dst séclo Shakspa não costiti ma amaa ao pnsmno igalitáio corro. Quato ao ismo, siplsmnt não intrfri n litt clássica, elo menos sob as rms q atalmnt nos pocpam. D rsto, enhma das grands obas da littr s consida normalmnt racista. Contdo oa a litra podzi é go é sist As msas jamas inspiraram posia sobr mlhrs libradas. A vha ao é smp a msma dsd a Bíb té Hom Joyc Proust. E isso é particlarmnt grav para a litratra, ma vz q o intrss moroso s torno o principl tma a pmancr nos clássicos dpois q a poítica i pgad da c 2
O iv
dema sendo também aquilo que arrtava os estudantes a lêlos. Eram livros que apelavam a Eros enquanto o disciplinavam. O aivismo volouse poranto contra o conteúdo dos livros. A úl ima radução do tto bíblco patrocinada pelo Conselho Nacional das Igrejas Cristãs suprime as referências de gênero masculino a Deus de rma que as gerações turas j não terão de enentar o o de que Deus j i sexista. Esa técnica porém tem aplicação limiada. Oura tica é eliminar os auores mais agressivos ousseau por exemplo da educação da juvenude ou incluir réplicas feministas nos cursos universirios desacando os preconceitos dermantes e utilizando os vros como prva somene da incompreensão da natureza da mulher e como história da injustiça contra ela cometida. Alé disso é cosume aproveitar as grandes personalidades femininas como exemplo dos vrios recursos que as mulheres empregaram para zer ene à sua escravização ao papel sexual. Mas um estudane jamais deve se deixar arair por esses costumes antigos tomandoos por modelo. Todo esse esrço é alis ustrado. Os esudanes não imaginam que a lieratura antiga poderia ensinarlhes tudo acerca das relações que desejam ou conseguirão er. Por isso são indiferenes. Depois de ouvir por anos a fo o mesmo gênero de resposta à minha pergunta sobre livros voritos eu quis saber quem era herói para eles. Normalmene ambé não abriam a boca e assim ficavam. Por que h de a gente ter heróis? Temos de ser como somos não ganhando a rma de moldes esranhos. Neste caso eles êm o apoio da ideologia positiva pois a inexisência de culto a heróis é um sinal de mauridade. Postu lam seus próprios valores seguindo um rumo estabelecido pela primeira vez na epúbca, por Sócrates que se libertou de Aquiles o qual i repetido convictamene por ousseau em Emo. Acompanhando os passos de ousseau Tolsói represena o príncipe Andrei em Guerra e Paz, figura educada à luz de Plutarco e que aliena de si mesmo devido à admiração que sente por Napoleão. Mas nós tendemos a esquecer que An
O DEÍIO DA UTURA OIDETA
drei é de to um homem de grande nobreza e que suas aspirações de heroísmo he dão espendor espiritua que ecipsa as pífas vãs e egoístas preocupações da burguesia que o cerca. Somente ua combinação de sentimentos naturais e de unidade co o espírito da ússia e sua história pode na opinião de Tostói produzir seres humanos superiores a Andrei e mesmo assim a superioridade dees é ambígua. Nos Estados Unidos porém só teos a burguesia o que nos deixa coo um dos poucos contrapesos à nossa disposição o cuto do heróico. Nos americanos o menosprezo peo heróico não passa de ua do e todos se sinque nega à vontade etro de sua carcaça sem comparações desa á\s._ Os estudantes não têm a mais le-
ve noção do quanto signifca ibertarmonos da orientação púbica e encontrar recursos para agir por nossa própria vontade. Ora de que nes interiores es xrairiam os objetivos que pensam ter esabeecido para si? ibertaço do heróico quer apenas dizer que ees não dspõm de nenhum recurso contra o conrsmo dos atuais modos de comportamento". Estão sempre pensando em si mesmos em termos de normas fxas que não instituíram. Em vez e s sentirem extasados com Ciro Tseu Moisés ou ôuo dsempnham inconscientemene os papéis dos médicos advogados empresros ou iguras da telisão que os circundam. Só cabe ter pena de jovens
u no m a quem admirar rspear e reconhecer articiamnte pedidos de se entusiasmar com as quaidades supeores. o muar dermdade o rativismo democrtico aase a ua rea conservadora que est mpressionada com as pergosas consüncias do ideaismo. Os conservadores querem u os jovns saibam que este veho e espahatoso mundo no tm conições de responder às suas aspirações à perfeiço. A r de optar entre o reaismo e o ideaismo cuja distinção é ants arbitrria a pessoa sensíve gostaria de ser as duas 4
Os ivs
coisas ou ehuma delas. Mas para aceitar de mometo ua distição qe rejeito o ideasmo como é ormalmete co cebido deveria ter prioridade a educação pois Q h é _r ue se dve orietar o vis ª reio ºssíl Tetar suprimir esta que é a mais atura s icliações em ção da possibiidade de abusos equivae quase lteramete a jogar pea jaela o beb juo com a gua do baho. Corme ?atão os esiava desde os primórdios o utopismo é o go com que temos de bricar pois é o úio meo de g õ os. obri atório criticar as sas o Ü tpa mas o meio demasiado fci de escapar dea que o reaismo os proporcioa é ta. No estado atual da quesão os estudates tm idéias geiais do que é um corpo perfeito e é isso que procuram icessatemete. Mas desprovidos de orietação literria perderam a imagem de uma alma perfeita motivo por que ão ambicioam tla. Nem imagiam sequer que exista. Depois do que apredi com a seguda perguta z uma ter ceira: Quem voc pesa que seja o ma? A esta a resposta é imediaa: Hitler. (Stai difcimete é mecioado). Aém de Hiter quem mais? Aos atrs algus estudates citavam Nixo mas ee i esqucido e ao mesmo tempo est sedo rea bitado. E a coisa pra por aqui. Não fazem a míima idéia do que seja o ma e duvidam de sua stcia. Hiter ão passa de oura abstração mero item para preecher uma categoria vaia. Embora os estudates vivam um mudo em que se pereram os atos mais terríveis e vejam crimes brutai s ras ão rparam. Tavez pesem que os aos de ma e sejam praicados por pessoas que se recebessem trata mo aequado ão reicidiriam quer dizer isem atos maus mas ão gete m. Ou seja ão h fe esa co mdia. Faa porato à opiião comum do estudate a oção das prodidades e as atitudes e por coseqücia lta he gravidade. 85
3 Músic S os sudas ão possum livros m compsação adoram a música. Smlha apgo é o qu h d ais ovl sa gração. Esamos a ra da música dos sados d spírio qu a acompaham. Para corar quival a ss usiasmo sria prciso rcuar ao mos um século para a Almaha od rvia a paixão plas obras d Wagr. Os almãs iham o sso rligioso d qu Wagr sava criado o sido da vida por isso ão scuavam apas suas pças mas aprdiam por xpriêcia própria ss sido. Aualm boa proporção dos jovs r os dz os vi aos viv para a música qu é a paixão dls. Nada os xcia mais ada mais lhs irssa a sério. Na scola ou juo da míia ão soham com oura coisa. D tudo qu os crca scoa míia igrja ada m a vr com o su uivrso musical. Na mlhor das hipóss ss diaadia é uro mas a maior par dos casos rprsa um sorvo svaziado d coúdo vial cora o qua dvmos rblaros. D o o usiasmo por Wagr limiavas a uma pqua class só podia sr xprimado muio raram m algus lugars apas alé d s r d sprar pla la produção do composior; a música hc casss açõs. Es dispoívl 24 horas por dia m oda·a _ par. Posmos séro m casa o carro; mos 86
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conceros vídeos musicais e assim por diane não esquecendo os walkmen. Em resumo não h um só lugar nem os ranspores públicos ou as biblioecas em que os esudanes não possam comunicarse com a Musa aé mesmo nos momenos de esudo. Acima de udo alis o solo musical ganhou ropicl riqueza. Nada de esperar por gênios imprisíveis. Agor o gênios abundam produzindo sem parar: a cada herói que omba dos logo se erguem para assumir o lugar. O que menos escasseia é o novo e o inesperado.
A Era do Rock O podr da músca sobre o espírio maravilhosamene descro a essica por Lorenzo no Meador de Veneza i resabelecido após um longo período de desuso e ao rock apenas se deve essa resauração. A músca clssica es mora para a juvenude. Sei muio bem que esa airmação ser vigorosamene conrariada por pessoas que incapazes de admiir a mudança de maré aponam para a proliração de cursos sobre música clssica nas unversdades bem como de grupos de ecuanes de odo os ênero. É uma verdade inegvel mas ais cursos e grupos envolvem apenas cinco a dez por ceno dos alunos. A música clsica equivale hoje a um goso especial a como a íngua grega ou a arqueologia précolombiana mas j não é uma culura universal de comunicação recíproca e de quigr psicolóca. Trina anos ars a vlha música européia par dos hbios domésicos da maior pare das míli d class média em pare por goso e em pare por charm que era bom para as crianças. Era comum os esudnes univrsirios erem uma aniga associação emoiva com Behoven Chopin e Brahms a qual zia pare consane de sua rmação e se manieava por oda a vida. Residia aí provavelmene a única dirença de classe habiualmene reconhecível enre gene educada e não educada nos 7
O DÍIO DA UTURA OIDTA
Estados Unidos. Muitos senão a maioria dos jovens dessa geração também dançavam o swing com Benn Goodman mas com um elemento de autoconsciência: ser modernos provar que não eram esnobes demonstrar solidariedade com o ideal democrtico de uma cultura pop da qual haveria de emergir uma nova cutura superior. Portanto existia aí uma distinção de classe entre ato e baixo muito embora o gosto individual estivesse começando a suscitar dúvidas quanto à verdadeira preferência pelo alto. Mas tudo isso mudou. O rock é coisa tão indiscutível e normal como o ar que os estudantes respiram e pouquíssimos têm algum conhecimento de música cssica. Para mim é sempre uma surpresa. Ais um dos aspectos estranhos das minhas reações com bons alunos est o to de eu lhes recomendar Mozart o que é um prazer semelhante ao de orecer presentes que agradam às pessoas. É interessante observar se e como a músca interfere no rendimento escolar. Mas ese dado é novidade competa na minha carreira de prossor pois antigamente meus aunos regra geral conheciam mais música cssica do que eu. A música não era tão importane para a geração estudanti que atcedu a atual. O romaismo dominante entre os com posiors sérios desde Beethove apeava para o reinamento tavz superrefnamento dos sentimentos coisa dicil de econrar no mundo contemporâneo. A vida que as pessoas vam ou pretendem levar bem como suas paixões são muo derees das da burguesia cua da Aemanha e da França que ia com avidez Rousseau e Baudeaire Goehe e Hei ne por satisção espirtua. A música composta para produzir agradar a ão esquisitas sensibiidades inham uma reação muito scassa com qualquer tipo de vida experimetada nos Estados Unidos. A cutura musca norteamericana não passou durate muo tempo de uma camada supercial de verniz tão fcil de descambar no ridícuo como as exibições de casidad sapeca de Margaret Dumot comparsa dos Irmãos Marx admiravemente poradas por Groucho em a ote
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a Ópera. eparei nisso quando comecei a lecionar, hospedado numa casa para estudantes de alto quociente de inteigência. Os bons" estudavam a sua sica e depois ouviam música cssica. Os que não aceiavam a roina com ciidade, aguns deles apenas vugares e indóceis sob a irania cuura e outros realmene sérios, procuravam aquio que efetivamente atendesse às suas necessidades. Normamente, atendiam à baida do rock, que esava surgindo. Seniam um pouco de vergonha por terem um gosto não respeitve. Instinivamente, aihei com este segundo grupo, com sentimentos espontâneos , ainda que toscos, isto é, contrrios aos artifciais e antiquados. Depois dis so, o vanguardismo musica deles ganhou a revoução e reina despudoradamente na hora que vivemos. Não h música cssica que tenha algo a dizer a esta geração.
O Espírito da Música É sintomtica desta mudança a grade seriedade com que os
esudanes êem as mosas passagens sobre educação musi cal na Repúbca de Patão. Antigamente, os estudates, que sempre ra iberais por índoe, fcavam indignados com a censura da poesia: era uma ameaça ao ivrearbírio. Na ver dade, esava pensando na ciência e a poíica. Pouca aenção prestavam aos comenrios sobre música e, na medida em que chegavam a pensar nea, icavam reamene espaados com o empo que Paão dedicava ao rimo e à melodia, no mais sério dos ratados sobre osofia poítica. Enendiam a msi ca como eretenimento, ago indirente à vida mora e oí ica. Hoje e dia, os esudantes sabem uio bem por que Patão levava a música tão a sério. Sabem que ea afea pro undamente a vida e se seem indignados porque parece que Patão quer lhes roubar o mais íntio de seus prazeres. Disputam com o óso a experiência da úsica, o que ea vae e como conhecêla. Ese encontro não só ajuda a iumnar o 9
O DEÍIO DA UTURA OIDETA
fenômeo da música contemporânea mas também nos ofere ce um modelo para a rma como os estudantes contemporâ neos podem com vantagem sentirse atraídos por um texto clssico. A própria ria deles demonstra quanto Platão ameaça o que lhes é caro e íntimo. m uma capacidade reduzida para defender o que sentem o que se afgurava inquestionvel até ser questionado mas que resiste à ia anlise. No entanto se o nosso jovem conseguir recuar o que é muito dicil e raro ganhar distância crítica em relação àquilo a que aderiu duvidar do significado fnal daquilo que ama então j ter dado o primeiro passo o mais dicil no sentido da conversão ilosófca. A indignação é a defesa da alma contra a ferida da dúvida sobre o que lhe é próprio: reordena o cosmo para apoiar a justiça de sua causa. ustica a condenação de Sócrates à morte. Reconhecer a indignação por aquilo que ela é constitui o conhecimento da alma sendo portanto uma periência mais filosóica do que o estudo da matemtica. Segundo Platão a música por sua natureza encerra tudo quanto h hoje de mais resistente à ilosoa. Pode muito bem ser portanto que por entre a mata espessa da nossa corrupção passe a trilha da consciência das mais antigas verdades. a música é o rit Para simpliicar o qu mo e a melodia aconhadosl bara do espíri e ão anima A música é o veículo da alma uaa em sua mxima condição esttica de assom bro e de terror. Nietzsche que em larga medida concorda com a alis e de Platão diz em O Nacet da Tragéda (não se esqueça o so do título pírt da Mca) que semelhante codição se caracerizava por uma mescla de crueldade e rude sesualidade a qal era videemente religiosa a serviço dos deuses. A msa e la al g (''ilógica) se Não é só . ou razão m discurso irrazovel mas hostil à razão. Mes mo que lhe acresc entemos um discrs o articulado este ca inteiramente subordinado e de terminado pela música e pelas paixões que ela traduz. 90
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A civilização ou, para dizer a mesma coisa, a educação, corresponde a aesrar ou a domesicar as rudes paixões do es pírio não a suprimilas ou ampulas, o que privaria a alma de sua energia, mas a rmas e consiuílas como are. Talvez seja impossível a missão de harmonizar a pare enusisica da alma com o que se desenvolve poseriormene, a pare racional. Sem ea, porém, o homem jamais se complea. A mú sica, ou a poesia, que é aquio em que a música se ransrma sepre evolv razão em su e brio asi onal equilíri omo odos nós senimos, a música oferece uma jusificaiva inques ionvel e um prazer pleno para as aividades que acompanh a: o soldado que ouve a marcha da banda senese arreb aado e reanimado, o reigioso exaase com o som do órgão no empo e o apaixonado ca empogado e aquieado com o românico vioão. Armado de música, o homem pode renun ciar à dúvida raciona. Da música emergem os deuses que se adapam a ea, os quais educam os homens pelo empo e pelos mandamenos. A obra de Sócraes que nós conhecemos por meio de Pla ão, discipina os êxases e, por isso, ouca consoação ou esperança oferece aos homens. Segundo a fórmula socrica, a lírica a la e, porano, a razão deve orienar a música, ou seja, a harmonia e o rimo. A pura música nunca suporar esa sujeição. Os esudanes não se acham em condições de conhecer os prazeres da razão que só encaram como um pai discipinador e repressivo. Mas, no caso de Paão, vêem efei vamene que esse pai imaginou aé onde eles podem chegar. É o flóso quem ensina que, para medir a emperaura de um indivíduo ou de uma sociedade, é preciso ' 'aenar na mú sica . Para Plaão e Niezsche, a hisória da música represena uma série de enaivas de dar rma e beleza às rças som brias, caóicas, premoniórias da ama, zendo com que elas 91
O DEÍIO DA UTURA OIDETA
sirvam a uma nalidad suprior a um idal: dar plniud às obrigaçõs do hom. As innçõs rligiosas d Bach ano como as humanas rvolucionrias d Bhovn são xmplos basan claros. O rnamno do spírio srvs das paixõs qu saisz nquano as sublima lhs d uniad arísica. O homem cujas aividads mais nobrs rm acompanhadas por uma música qu além d xprsslas dê um prazr qu vai do isicamen mais baixo ao spiriualmn suprior é uma prsonalidad ingral na qual não h nsão nr o agradvl o bm. Em conraposição aqul cuja vida profissional é prosaica inarmônica qu passa as horas d lga m divrinos innsos ruds s dividido cada lado d sua xisência é corroído plo ouro. Em consqüência para qum s inrssa pla saúd psicológica a música s no cnro da ducação ano para dar às paixõs o qu las mrcm como para prparar o spírio para o ivr uso da razão. Todos os msrs da Anigüidad rconhciam ssa posição undamnal. Hoj dia mal s noa qu na Polítca d Arisós as passagns mais imporans sobre o mehor rgim raam da ucação musical ou qu a Poétca consiui um apênic da Polca. A ilosofia clssica não cnsurava os canors prsuadiaos davalhs um objivo qu aé muio rcnmn ls nndiam. Aquls qu não rparam no papl da música m Arisóls o dsprzam Plaão conudo m para a scoa com Hobbs Lock Smih ond smlhans considraçõs s ornaram dsncssrias. O riunfan racionalismo do Iluminismo pnsava r dscobro ouros mios d lidar com a par irracional do spírio não sndo ncssrio qu l apoiass ano a razão. Somn nssas grands figuras do Iluminismo do racionalismo qu ram oussau Nizsch é qu a úsica roma o su lugar pois ambos ram ilósos musicais. Os dois pnsavam qu as paixõs junamn com las as rspcivas ars insrumnais inham mpobrcido sob o império da razão qu porano o próprio homm aqui 92
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lo que ele vê no mundo também haviam empobrecido por decorrência. Pretendiam assim cultivar entusisicos estados de espírito voltando a experimentar a dança de possessos dos co ribantes* que Platão julgava patológica. Nietzche em especial queria acicatar de novo as ntes irracionais da vialidade reabastecer nossa correne ressequida com ntes brbaras e por isso estimulava o dionisíaco e a música daí derivada.
O Apelo Sexual É este o sentido do rock. Não estou sugerindo que tenha algu-
ma nte intelectual superior mas o to é que ele se elevou ao mximo na educação da juventude sobre as cinzas da mú sica clssica e num clima em que não se nota resistência inte lecual alguma às tenativas de explorar as paixões mais cruas. Os racionalistas da modernidade como os economistas são indiferenes a essas coisas e ao que elas representam. os irracionalistas são odos a vor. Não h motivos para temer que das brandas almas de nossos adolescentes saiam as bestas loiras". Mas o rock tem um único apelo um apelo barbrico ao desejo sexual não ao amor não a Eros mas ao desejo sexual nu e cru. econhece as primeiras emanações da sensuali dade da criança e as trata com seriedade evocandoas e legitimandoas não como vergônteas dignas de todos os cuidados para que desabrochem em ores mas como um to con sumado. O rock d às crianças numa bandeja de praa e com oda a autoridade pública da indústria da diversão tudo quanto os pais cosumavam dizer em relação a dar tempo ao tempo a esperar que elas crescessem. (*) Como abemo o coribane não êm origem mioca prcia P ce ne ão fiho da erra para ora ão fiho de Crono de Ze e Caíope de Réa da Grande Mãe e de m pai míico de Apoo e de áia de Aena e de Héio ano eram e que nome inham aé io é imprecio Eá porém aene qe eram objeo de m co míico e qe de e ria fazia pare ma dança orgiáica qe e pre· mia capaz de crar a deorden menai do T
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O DEÍNO DA UTURA ODENTA
Os jovens sabem que o rock em o compasso das reações sexuais. Pea mesma razão o Bler de Ravel é a única peça de música cssica que ees conhecem e apreciam. Aiando um pouco de are propriamene dia e uma infnidade de pseudo are uma indúsria giganesca cuiva o goso peo esado orgisico de senimenos igados ao sexo oferecendo um fluxo consane de novo maeria para apeies vorazes. amais houve uma rma de re o ro. oncorrendo com a xciação e a caarse da música as eras ceebram ano o namorico como vrias rmas de ara ção vaorizandoas conra o ridícuo e a vergonha de anes. De maneira impícia e expícia as eras descrevem ao si cos que saiszem o desejo sexua e os raam como uma cu minância naura e roineira para crianças que ainda não fazem a menor idéia do amor do casameno e da míia. O efeio é muio mais vioeno do que a pornograia sobre os adoes cenes que não êm necessidade de assisir ao que os ouros zem ruamene se podem zêo ees mesmos com ana ciidade. voyeurismo é para vehos perveridos e as reações sexuais aivas são para os jovens. Tudo o que ees precisam é de esímuo. inevive cororio de semehane ineresse sexua é a re beião conra a auoridade miiar que o reprime. egoísmo se ransrma assim em indignação que depois se ransrma em moraidade. A rvoução sua em de vencer odas as rças de dominação inimigas da naureza e da feicidade. Do amor vem o ódio mascarado como rerma socia zendo assenar uma concepção do mundo sobre o cro sua. Aqui o que ourora eram ressenimenos innis inconscienes ou semiconscienes virou a nova Escriura. E por cima disso vem a aspiração de uma sociedade sem casses sem preconceios sem conios à escaa universa que necessariamene resula da consciência iberada ud versão púbe re de le ece wede Brüder Td He e tr a rã cuja reaização vem sendo inibida peos 94
A Músc
equivaenes poíicos de Mamãe e Papai. Os grandes ea das canções são o sexo o ódio e uma versão hipócria do amor aerna. Fones ão poluídas desguam numa correne oo sa onde só monsros conseguem nadar. Uma visa de os a vídeos que projeam imagens na parede da caverna de Paão desde que a MTV assumiu o pape basa para rovar so É eqüene a repeição da imagem de Hier em conex xci anes para dar uma pausa. Em semehane uar no h ugar para nada de nobre subime prondo deicao o goso ou mesmo decene. Somene se raa daquio que é in enso muane brua e imediao e j Tocuevie ns a veria o que seria o carer da are democrica as dea ve com uma capacidade de disão com um reevo e um vr muio aém da imaginação daquee pensador ancs. Pense num garoo de 13 anos senado na saa de esar sua residncia esudando maemica com os ns e ov do walka igados ou enão assisindo à eevisão. usu uindo as iberdades duramene conquisadas ao no e sé cuos pea aiança do gnio iosóico e do heroísmo íico consagrada peo sangue dos mrires. Goa de conr e e ócio graças à economia com a maior roduividae que a his ória j conheceu; a cincia penerou nos segreos da âure a para he proporcionar som eerônico e rerodução d imagem que imia a vida. E afina em que cuminou o ro gresso? Uma criança púbere cujo corpo vibra com rimos or gsmicos cujos senimenos se aricuam em hinos às aegrias do onanismo ou à more dos pais cuja ambição é icar mo so e rico imiando a rainha das maranas que a música. se ransrmou numa inerminve Resumind na sia descrição avez pareça exagerad a mas só para quem pre fere va assim. A conínua exposição ao rock é uma reaida de que não se imia a uma dada casse ou espécie de garoos. Basa pergunar aos aunos de primeiro ano da universidade que música escuam por quano empo e que senido ea em 95
N A UURA NA
para decorir que o nômeno é nivral nos stados Unido, que tem iníco na adolescência o m poco antes prossegue no eudo uperiore. atae da cltra da uvntd e, á initi tanta veze, não ete outro alimento epirital para contraaançar. Em parte, a rça deta cltra provém do voume, o torna a converação imposvel, de manira que oa ae d amizade tem de decorrer em o diálogo que, para tótee, contiti a eência de entimento e o único e verdde utrto comum. No rock, a iluão de entimentos comphdo, de contato ico e de fórmula grunhidas, qu e acred teem um ignicado muito além da la, contiti a ae d ocção Nada dito contraria a origações da vida d, omo atir à aula e cumprir a tares ecolare. No enno, o que conta na vida é a múica. Et í um enmeno eantoo, indigeto, ma que poca gene oque e tonou rotnero e haitual. , no entano, ee juentude e a mehoe enegia dela deveriam e eu m om ooçõe hitórica. memro da ciõe u crão eantado com ele e o conierarão ã ncomeeníel como nó conideramo o itema de , o uode, o harén, o canialmo e o come e doe Pode er que a loucura da ociedade lhe e ml goo que ço aluão tem ai que e acm r he oonr uma vda oa e que e reou u com eu tuo Não cedtam que a vocação u muo ee tuo, ma não podem e O e d aerto a o e e e lho e V eente, od a crnçaa escutam e i en com que o ai edeem o afeo e en o ho Lgndo a elão, êem o predene Ren etndo a mão enluada e elegntemente etendd de Mchel ckon, com elogio entuiático. É melhor diaç, vitando reparar no qe as palavras dizem e prumindo que a criança não drá tn a s passa 96
Múc
ele z sexo precocemente isso não interferir com a possibili dade de vir a ter relações estveis mais tarde. Usar drogas mas com cereza vai parar na onha. A escola es propor cionando valores reais De resto o historicismo popular ofe rece a salvação final: h novos estilos de vida para novas situações e a geração mais velha não est aqui a fim de impor seus valores e sim para ajudar a mais nova a enconrar os seus. A televisão que em comparação com a música desempenha um papel relativamente pequeno na rmação da personali dade e do gosto da juventude é um monsro do consenso: a direita conrola seu conteúdo sobre so a esquerda sobre vio lência e muias outras seitas interessadas conroam ouras coi sas. A música porém mal i tocada. Todo o rços se revelaram inefcazes e desorientadores quano à naura à exensão do problema. Em conseqüência os pais perdem o conrole da educação moral dos ilhos e isso numa época m que ninguém mais se preocupa a sério com ela. Chegouse a ese resulado graças a uma aliança entre os estranhos jovens que ossuem o dom de prever os anseios latentes da mulidão versõe auais de Trasímaco o adversrio de Sócraes m reórica e os execu tivos das empresas gravadoras os novo barões saleadores que exraem ouro do rock. Eles descobriram alguns anos ars que as crianças são um dos poucos grupo dos Esados Uni dos a dispor de uma renda considervel na rma de ' 'sema nadas" ou de mesadas". Os pais gaam udo o que êm com os fihos. Apelar para eles passado or cma dos ais orecerlhes clima de prazer consii um do ma rico mr cados do mundo do pósguerra. O co d roc caia lismo perfeito suprindo a demanda ajdo a cra. Tm toda a dignidade moral do rfico d dr ma ra algo ão novo e inesperado que ninguém pensou m corolo e ago ra é demasiado arde. Talve haja proro no combae ao ví cio de mar cigarros j que a la d normas ou o nosso relativismo não s esende a quesõs de saúd sica. Em tu 97
O DÍIO DA UTURA OIDTA
do o mais, o mercado deterina o valor. Yoko Ono encontrase entre um reduzido grupo de bilionários norteamericanos, em companhia de agnatas do petóeo e da indústria da inrmática, ou seja, o último maido dela produziu e vendeu uma mercadoria de valor comparáve ao daqueles.) O roc representa um ienso negócio, maior do que o cinema, maor do que os esportes profissionas, maior do que a televisão, o que responde por grande pate da respeitabildade do ramo. É dici ajustar a vsão às mudanças ocorrdas na econoa e verifcar o que é de to iportante. Atualmente, a McDonalds tem mais epregados do que a empresa siderúrgca V S. Steel e, da mesa rma, os rnecedores de comda podre para a alma suplantaram ocupações que se diriam básicas. A mudança vem ocorrendo há algu tempo. No final da década de 5 o lecdo presdente da França, geneal Charles de Gaule, concedeu a Brgtte Bardot ua das mais altas honras de seu país. Não copreendi a razão, as depois se iu que ea, juntaente com a indústria automobilística Peugeot, era o maior item de exportação da França. Cm aprosper csente dos povos ocidentas, o lazer, ao qual nig se entrgo durante que são meos ara o azer tornouse ua n en Nesse meo tepo, contudo, desapareceu toda e qualquer noção de seriedade da vida ociosa, assi como o bom gosto e a capacdade dos homens para vivêla. Ó O objetvo pelo qual as pessoas trabalhaam tanto tempo finamente apareceu: era a receação, conclusão justificáe se julgarmos que os meios justicam os fins. O rao comercia da msica se dstingue apenas peo to de se voltar quase só para a gaotada, tatando sees umanos jurdica e naturamente imperfetos como se estivesse aptos a desfuta a satisção fna e completa. Dessa rma nos revela a natureza de todas as nossas dversões, o to de termos perdido a noção clara do que é a idade adulta ou a matuidade e a incapacidade de concebe objetvos. O vazo dos valores esulta 9
Múic
na aceitação dos fat naturais como objetivos No caso presente, a sexualidade inntil é o objetivo, e suspeito que, na lta de outros, muitos adultos acabam concordand com ele
O Reinado de Mick Jagger É interessante notar que a esquerda, que se orgulha da sua visão crítica da se final do capitalismo" e não se cansa nem se poupa na análise de outros nômenos culturais do mundo ocidental, deixe o roc correr solto Não lvando em conta o elemento capitalista em que prospera, os esquerdistas consideram que se trata de uma arte popular, originária de camadas mais prondas do que a repressão cultural burguesa Por ser antinômico e aspirar a um mundo isento de coerções, o roc bem poderá ser a clarinada da revolução proletária Aliás, os marxistas vêem peritamente que essa música dissolve as cren ças e a moralidade indispensáveis à sociedade liberal e só por isso já a aprovariam Mas talvez seja mais pronda a harmonia entre a jovem esquerda intelectual e o roc Herbert Marcse apelava para os estudantes universitários da década de 60 misturando Marx e Freud Em Er e Cvlzaçã e del ga da cedade dutral ele prometia que a derrocada do capitalismo e de sua lsa consciência resultaria numa sociedade na qual as maiores satisções seriam sexuais, do gênero que o moralista burguês Freud chamava polimóricas e inntis O roc z percutir a mesma tecla na juventude A livre expressão sexual, o anarquismo, o solapar do inconsciente irracional, dandolhe rédea solta, são o que têm em comum A vida intelectual superior que pretendo descrer na segunda parte deste livro e o mundo inferior do roc são parceiros da mesma empresa de diversões, devendo ser interpretados como partes da estrutura cultural da última se do capialismo O sucesso de uma e de outro deriva da necessidade que o burguês tem de pensar que não é burguês, de passar por experiências sem 99
O DEÍO DA ULTURA ODETA
risco com o ilimitado. Est pronto a pagar caro por elas. Nietzs che interpreta melhor a esquerda do que Marx. A teoria críti ca da se inal do capitalismo é simultaneamente a expressão mais sutil e mais grosseira dessa se do capitalismo. A clera antiburguesa é o pio do último Homem. Esse estimulante rte, que Nietzsche chamaa de Nihilina, i por cerca de quinze anos representado pela simples igura de Mic Jagger Rapaz esperto da classe média, desempenhou o papel de um demônio possesso da classe baixa e de stiro adolescente até os 40 anos, com m olho na garotada d am bos os sos que ele laa ao enesi sensual e outro piscando aos adltos ios e comercialmnte interessados que manipu laam o dinheiro. No palco, era homem e mulher, eterosse xual e homossexual Lire de preocupações quanto à modéstia, entraa nos sonhos de todo o mndo, prometendo zer tudo com todos. Acima de tudo, daa legitimidade às drogas, que reprentaam o erdadeiro io que pais e policiais cons piraam para near à ua uenl platéia Mic aer estaa acima da li moral e política, pra a qual torcia o nariz Con comiatmnte, rdidos apelos às reprimdas inclinações para o sexmo, o racismo a iolncia, o que hoe não é publica ment rspeitel Apar diso, ele conseguia não dar a impressão e contra dizer o ideal do roc, de uma sociedade ieral m classes, ndamentada no amor, apagado a difrença enr o ater nal e o sico. Era o hri e o modelo par incontis ons das unirsidade e de outras ra Conclí qu o lno q proclamaam não er eris abrigam scretamente o do de rm como Mic ar, d irm id do tro d terem a sua ma. Setiamse ergonhados em admitr isso na unirsidade, embora eu não estea crto d qu sse por uma norma superior de bom goso o mis proel é supor qe les não tiessem hris O roc em si e lar sobre ele com a mxima seriedade são coisas peritamente respeii, que alis serem para nie 100
A Msic
lar de ez o esnobsmo ntelectual as não é respetel pen sar nele como algo que proporcona às pessoas acas e ulgares um comportamento da moda cuja mtação prooca a estma dos outros e lhes aumenta o amorprópro De modo ncons cente e sem querer porém ck Jagger desempenhou na da deles o papel que apoleão te na da comum da juentude ancesa durante o século 19: todos eram chatos e neptos para exaltar as paxões juens Jagger percebeu sso os últmos anos porém começou a er o ocaso n guém sabe quem lhe tomar o lugar se chael Jackson Prnce ou Boy George Todos são mas dudosos do que ele dando o que pensar que espéce de gosto nentaram São dferentes mas o tpo de dersão muscal não muda A procura é apenas por arações sobre o mesmo tema E este fenômeno da sarje ta aparenta ser a realzação da promessa que tanta pscologa e tanta lteratura feram de que a nossa aca e exasta cl zação ocdental encontrara regéro na erdadera nte o nconscete o qual se aguraa para a elha magação ro mântca dêntca ao Contnente egro à Áca nexplorada Agora tudo j explorado a luz lumnou todos os cantos o nconscente tornouse conscente os reprmdos exprmem se Ora qe encontramos? ão demônos cradores mas sm o relgr da ndústra de espetclos ck Jagger zendo seu número obsceno no palco es tudo quanto trouxemos da nossa agem ao submndo ão estou preocpado com os efetos moras dessa músca se lea ao sxo à olênca ou às drogas A questão resde nos seus efetos sobre a educação acredtando eu que ela des tró a magnação dos joens e lhes dculta muto o nteresse erdadero pela art e pela reflexão que rmam a substânca da ' 'educação lberal A preras experêcas dos sentdos são decsas para dtrar o gosto pelo conjunto da da representando o enlace etre o que h de anmal e de espr tual em nós O período da sensualdade nascente sempre aproetado para a sblmação no sentdo de torar sublme 1
ELN A ULTURA ENTA
r rr clções e srções juves à músca, à ntur e srs ue clm trsção r o cumrmento o ere e ução os rzeres umos Flo es clr re, Less za ue belos omens zem bel e e ce bels esttus em rte r araecer eos belos cãos" Es frmul contém o rcípo el eucção estétc o omem Os jovens de m bo o o semse íos el belez e erós cujo coro e j le exressv obrez A comreensão mas pro o sfco belez vem eos, mas é prear el erc os seos, e vere a com Aulo e o etos esem reemene, assim como aulo ue rzo ms re v coo o bem, ão se cm ortao em eso e esão múu A ecção não ve prer sermões s crçs cor seus isntos e rzeres, ms anes roorcor m coe url etre o ue els setem e o ue em e em er s e é um re er Aor, eo e s or xee r o exremo ooso O roc ç xõe e cr moelos e ão m meor relção com o o e e os joves versros lvrão em co cos mrs elos esíros lbers Sem cooe rção os eeo, o ecção es coea à mor te, eos cc O roc eml o xse reuro e, or este lo, é como s ros, s s e lo rclmente, rovoc xl ção e or rez se relco à relzção s mores srçõe vr um uerr jst, o mor coso, crção ríc, voção relos e escobert ver e Sem erço, se leto, sem vrtue, sem xercíco s ces, oos cbe o reo, or al, e coler seus o el m exerc, os estues sermee m lcos com ros e e s bonrm crm cl etussrse co lum cosa ou ter rnes execvs Fo coo se a cor sse elmaa e su v e eles vssem tuo em retoebrco O prazer qe sentm 12
úic
no começo era tão intenso que já não o speravam no fim, ou como o fm. Eram capazes de atuar muitssimo bem, mas iamente, de rma rotineira. Sua energia ra minada e não esperaam que a atividade redundasse em mais do que uma rma de sobrivência, enquanto a ''educação liberal pressupõe que uma vida boa é uma vida agradável e que a melhor vida é a mais agradável. Suspeito que o vcio do roc, dada principalmente a lta de outras atrações, tem um efeito semelhante ao das drogas. Os estudantes acabarão esquecendo esta música ou pelo menos a exclusiva paixão por ela. Mas o rão da mesma maneira como Freud dizia que os homens aceitam o princpio da realidade: como algo impiedoso, cruel e basicamente sem atrativos, mera necessidade. Estudarão assiduamente economia, medicina, engenharia ou direito, deixando air a roupa de Michael Jackson para mostrar por baixo um terno completo. Querem vencer na vida e viver com conrto. A vida presente, no entanto, é tão vazia e tão lsa como aquela que abandonaram. A solução não reside em remédios fáceis e cálculos imprecisos. É o que a educação liberal pretende mostrar. Mas, enquanto tiverem o walkman ligado, não conseguirão ouvir o que a grande tradição tem a dizer. De resto, quando retirarem, após tão demorado uso, os nes dos ouvidos, vão descobrir que estão surdos.
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s Relções O Eocentro O estuantes e hoje em ia são em geral amáveis, aina que neles não sobressaiam a· moraliae nem a nobreza A amabiliae representa uma ceta o caráter emocrático quano os tempos são bons Eles não tiveram e enentar guerras, tiranias ou necessiaes e, por isso, não enureceram As rias e as rivaliaes ausaas pelas irenças e classe sumiram com o esaparecimento e um entio nítio e classe (que já existiu outrora em universiaes os staos Unio e aina iste, e rma venenosa, na Inglaterra) Os estuantes estão praticamete livres e coerções e as respectivas mílias sacrcamse por eles sem reclamar muito em termos e obeiência ou e repeito A religião e a origem quase não exercem eito visível na via social eles ou na expectativa e carreira Embora poucos acreitem realmente no sistema, não os evora o sentimento e estarem seno vítimas e uma injustiça As rogas e o sexo, antes proibios, estão isponíveis em quantiae sufciente Algumas feministas raicais aina sentem o peso a antiga religião, mas as mulheres, na sua maioria, têm razoável certeza e que pouco ou quase naa lhes atrapalha a carreira Existe um clima e miliariae fácil com os pais, com outros parentes mais velhos e até com aquele res 14
A Rlçõ
peito que para Toc Tocquevill quevillee a igualdade igual dade encoraj encoraj a Primei Pri meiro ro,, sumiram os anseios, românticos ou não, que dantes tornavam a sociedade socied ade burguesa, burguesa , ou a sociedade socie dade em geral geral , repugnante repugnante à juventude Os sonhos impossíveis da década de 6 demonstraram traram que são bem pos p ossíveis síveis dentro da relaxada relaxada estrutu est ruturra da vida norteamericana norteamericana Os estudantes estudantes de hoj hoj e são amáveis, amáveis, amistosos tos os e, se não têm uma alma alma grande, grande, pelo menos men os não são medíocres de espírito Preocupamse antes de tudo com eles mesmos, no sentido mais restrito Tive uma experiência experiência reveladora ao conversar conversar com um grupo de brilhantes alunos de certa culdade da iga vy, onde i prof pro fessor es sorvisitane visitane por brev brevee tempo Eu conseguira con seguira estabeestabelecer um clima clima de entendimento entendimento com eles na aula, pois uma leitura séria de Platão tem muitas vezes o efeito de zer os alunos abandonarem suas convenções, ao menos de momento Fizemos um piquenique de despedida e o clima era risonho e anco De D e rma algo proposital, proposital , puxei alguns alguns assuntos as suntos para a conversa, sobre os quais estava ansioso de saber qual a opiião corrente Fui preparado para o encontro por uma conversa conversa que tive na noie anterio anterior,r, durant durantee um jant j antar ar com prossores s sores da culdade e membros da administração administração A esposa espo sa de um alto ncionário ncionári o loume sobr s obree as atividades do d o filho filho,, rmado em direito, mas tanto ele como os amigos a migos tinham poucas ambições e viviam pulando de uma coisa para outra Não parecia muito preocupada preocupada com o comportamento dele até um pouco orgulh orgulhos osa, a, talvez , como pesso pe ssoaa oderna oderna que prefere acreditar na superioridade da geração mais nova sobre a sua sua própria pró pria,, especialmente e specialmente se aquela mostra desrespeito desres peito pelos padrõe pad rõess desta desta Per Pergunteilhe por que, que , a seu ver ver,, ele e less agiam agiam dess de ssaa rma Respondeu com irmeza, tranqüilidade e sem hesitação: Medo da guerra nclear" Foi isso que me lvou a perguntar ao meu grupo de alunos s e estava estavam m assustado ass ustadoss com c om a guerra nuclear nuclear Todos od os deram um riso abado, meio sem jeito Sabiam quais eram seus pensamentos diários, que pouco tinham a ver com questões públi 15
O DÍIO DA UTURA OIDTA
cas. mbm sabiam ser uitos o adultos bem pensantes que esperavam que eles usassem a ameaça nuclear como pretexto ara exigr a transrmação trans rmação da ordem política mundial mund ial e, alm diss di sso, o, inte i nteressad ressados os em zer zer a cabeç cabeça" a" deles deles contra contra a corricor rida armamentista armamentista provoc provocada ada pelos pelo s político políticos.s. Os estdantes estdantes da atualidade atualidade são desprete despretensio nsiosos sos no plano moral, moral, olhando uns para os outros com ironia quando se trata de grandes questões dess d essaa ecie. Há quem se lembre lembre com saudade dos estudantes da dcada de 6 os quais acreditavam em algo. A perspectiva per spectiva de ser recrutado para a guerra do Vietnã, Vietnã , de to, era medonha. Mas os de hoje, com raras exceções, já não se deixam engana enganarr pelos pelos charlatães da psicolog psi cologia, ia, que explicam explicam a apata deles ente à guerra nuclear como negativa", que pretendem pretendem usar usa r a cência para prov provar ar que há causas sem efei efei tos, coo i enganado o povo norteamericano por um presidente que tentou convenc convencêl êloo de d e que se s e sentav sentava para debater a guerra gue rra nuclear com a lha lha pequenna. pequen na. As preocupações preocupações de les sã outras. São um tanto descuidados, não resta dúvida, incapazes de uma u ma visão vis ão ampla do turo, turo, mas é tão plausível plausível atribu atrib urr isso à lta lta de uma onteira ont eira para desbra desb rava varr no Oeste Oe ste dos Estados Undo como à morte de Deus ou ao medo da guerra nuclear. É dcil dizer exatamente por qe motivo esta geração tende a er tão hones hon estta em comarã com a anterior. anterior. Claro e não ltam ltam os biconstas, biconstas , coo demonstra demonst ra a vota votação ção do cor po dscente da Universidade Brown (instituição que na dca da de 6 estava na linha de ente da destruição da ' 'educação liberal"), a qual exgu o rnecimento de cianureto no caso de um u m ataqe nuclear. Tr Tratavas atavasee de uma um a expo exposiç sição" ão" revelareveladora de todo o tormento a que nós sujetamos a juventude. Na sua grand grandee maiora, maiora, porm, os estudantes estudantes,, ainda que gos tem de fazer boa idia idia de i, i, como com o ualquer ualquer outra outra pessa, pes sa, a bem muito bem be m que sua grande preocupação está est á na carreir carreiraa e nas amzades. Existe uma certa retórica sobre sobre autoreal autorealizaçã ização, o, a qual dá uma pátina de scínio à vida, mas eles compreen 16
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dem não haver nada de particularmente nobre a respeito. O s obrevi obrevivvencialismo assumi as sumiuu o lugar do herosmo herosmo como quali dade admirável. Essa volta ao ''eu pessoal não representa, como se j ulgaria ulgaria,, um regresso regresso à normalidade após a bre ar ar dente dos anos 60 nem um egosmo ultranatural. Representa antes um novo novo gru de isol is olamento amento que deixa deixa os jovens j ovens sem al ternativa para se voltarem para dentro de si mesmos. Aquilo que naturlmente naturlmente chama nossa nos sa atenção simplesmente simples mente não ste. A me na Etiópia tió pia,, os morticnios mortic nios no Cambodja Cambodj a ou a guerra nuclear nucl ear são calamidades calamidad es dignas dign as de reex reexão ão,, mas mas não se s e acham lgadas imediata ou organicamente à vida dos estudantes. Os problemas do diaadia dia adia raramen raramente te despertam o interes interesse se de d e co munidade muni dadess maiores maiores,, de rma tal que leve leve o público públi co e o priva priva do a undi undirse rse em nosso nos so pens p ensame amento. nto. Não se trata trata apenas da liberdade que nos assiste de participar ou de não participar, de não ser necessário zêlo, mas também de que tudo milita contra o to de o zer. Tocqueville descreve a ponta do ceberg do igualitarismo avançado ao por p or a dicul d iculdade dade que teria um home ho mem m sem terras terras nem ne m tradição tradição de mla, mla, por po r ccuj ujaa continuidade continuid ade sse s se respon sável, para evitar o individualismo e para se ver a si próprio como parte integrante de um passado e de um uturo, e não como átomo anônimo num quadro de mutação contnua. O moderno princpio econôic segundo o qual o vcio parti cular z a virtude pública penetrou de tal rma em todos os aspectos aspec tos da vida diária diári a que parece não have haverr motivos moti vos para ser parte consciente da existência cvica. Como diz Saul Bellow, a virtude pública é uma espécie de cidade ntasma, em que todos podem andar de um lado para outro e declararse declararse xeris xeris.. Pátria, Pátri a, rligião, rligião, mlia, mlia , idéias i déias e civilização, civilização, todas as rças sentimentais e histórias que se situam situam entre entre o infinito infinito cósmico cósmi co e o indvduo, indvdu o, as quais quai s nos no s oferecem oferecem uma certa idéia de situa situ a ção dentro do conjunto, ram ra m racionalizadas e perderam perderam a ca pacidade de cerção. cerção. Não se s e concebem concebem os Estados nidos como um projeto comum, mas como uma estrutura dentro da qual 107
O DÍO DA UTURA ODTA
as pessoas são apenas indivíduos deixados a sós. Se houver um proj projeto eto cons c onsiste iste em colocar colocar as pessoa pes soass que se j ulgam desvorecidas orecidas num n umaa posição posição em que poss p ossaam viver viver como com o lhes lhe s agraagrada. A esquerda avançada la de autorealização a direita na sua rma mais popular é libertária ou seja a expressão di reitista da esquerda é a vor vor de d e vivermos como com o bem be m nos apraz. apraz. As únicas únic as rmas de intromissão nas característ características icas privativistas privativistas das democracia democraciass liber liberais ais impostos e serviço serviço mili militar tar não existem na vida atual atual dos estudantes. estudante s. En Enim se há um impul so político p olítico inerente inerente ao homem é o de se sentir ustrado mas os tempos temp os modernos já o reduziram tanto tanto que dificilmente dificilme nte alguém o sente. É de crer que os estuantes tenham uma sensação de impo tência tência a sensação de que erce ercem m pouca pouc a ou nenhuma nenhuma inuência na vida coletiva coletiva mas o essencial ess encial é que eles vivem vivem conrtave con rtavel-lmente dentro da situação administrativa que substituiu a política. Na verdade a guerra nuclear é uma coisa assustadora mas ma s que qu e só s ó lhes lh es passará pela cabeça se parecer parecer iminente. iminente. Até a emoção da catástrofe nuclear tão bem montada com sua ceta lúdica suplem sup lement entar ar como co mo O Da Se Segunte, gunte, não tem nada a ver com a vida que os estuantes estu antes leva levam m e pouco mais vale o que qu e uma distra dist ração. ção. Pouquíssimos Pouquíssi mos se destinam à vida política e se entrar entrarem em nela será por acaso algo que não decorre decor re a rmação escolar ou das pectativ pectativas as da j uventude. uventude. Nas uni uni versidades que tenho em em vista vist a praticame praticamente nte não há alunos alu nos provenientes de mílias que tenham herdado o privilégio e a responsabiidade de cargos públicos até porque esse tipo de mília não existe mais. Os estudantes não se sentem atraídos à poítica pelo dever nem pelo prazer mesmo porque a vida que levamo lev amoss revel revelaa ao extremo extremo aquilo aq uilo que Tocquevill Tocquevillee e urke u rke diziam acerca do desaparecimento de cidadãos e de estadis tas tas . O pequenino pequenino inte interesse resse pessoal da j uvent uventud udee chega chegarr lá lá descobrir descobrir o seu nicho perdura perdura pela vida inteira. inteira. A honestida nest idaee a atual geração geração de estud es tudante antess faz com que eles riam se alguém lhes pede que procedam procedam como como se ssem poderosos poderoso s 1
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protagonstas da istória do mundo. Conecem muito bem a verdade da as asee de Tocqueville, oc queville, segundo seg undo a qual qual nas socied s ociedaades democrát democ ráticas icas,, cada cidadão, abitualmente, está e stá atare atare-do na contemplação de um pequenssimo objetivo, que é ele mesmo", contemplação contemplação o oj e intensif intensi ficada por uma indi i ndifferenerença maior pelo passad pas sadoo e pela perda de uma visão visão nacional nacional do do turo. O único projeto comum que atrai a imaginação dos jovens é a exploração do espaço, que todo mundo sabe estar vazio. O individualismo inevitavelmente resultante, endêmico em nosso regime, i estimulado por outro elemento inesperado: o declnio da mlia, a qual servia de intermediária entre o indivduo indiv duo e a sociedade, socie dade, propor p roporcio cionando nando ligações quase naturais para além do individual, que davam pelo menos a algumas pess pe ssoas oas um interes interesse se sem s em reservas pelos outros out ros e ger gerav avam am uma relação com a sociedade inteiramente dirente daquela que o indivduo isolado tem. Pais, maridos, esposas e filos são uma garantia garantia para pa ra a sociedade, soci edade, na medi me dida da em que atenuam atenuam a indiferença para com ela e criam um interesse material por seu turo. Não se trata de puro e instintivo amor à pátria, mas amor à pátria por amorpróprio. É uma rma decente de patriotismo, fluindo com maior cilidade do egosmo, sem exigir muito esprito de sacricio. O declnio da mlia mlia sign s ignifica ifica que a comunidade comuni dade reclam reclamaa extrema extrema abn abnegação egação por si mesma, isso numa nu ma época em que só avia avia motivos para o comodismo. Pondo de lado o to de muitos estudantes terem passado pela experiência experiência do divór divó rcio dos d os pais, pa is, bem como o de estare estarem m inrmados inrma dos pelas estatsticas de que á uma rte possi pos sibilidabilidade de divórcio em sua vida, não costumam co stumam abrigar a expectaexpectativa de virem a ter de tomar conta dos pais ou de qualquer parente parente de sangue, sangue, nem n em mesmo mes mo de se encontrare encontrarem m com eles e les muitas vezes vezes durant durantee a velice. A previdê previdência ncia social so cial,, os o s un undo doss de aposentadoria e o segurosaúde dos velos libertam os filos da obrigação de os ajudar financeiramente, quanto mais da 109
O DELÍNO DA ULTURA ODENTAL
de acolhêlos em suas casas Quando o lho vai para a universidade, põe im à sua conxão vital com a mília, ainda que ele não se aperceba aperceba disso na hora Os pais têm pouca autoridade sobre os jovens jovens que saem de casa casa Não é eza: sucede apenas que os verdadeiros interesses deles estão em outra parte Espi E spiritualment ritualmente,e, a mília j á era era bem bem vazia; novos n ovos obj objeetivos tiv os preenchem preenchem o campo de visão juven j uvenilil à medida med ida que os anan tigos se esbatem A geograia contribui para para a separação separação Os Estados Unidos Uni dos são um país enorme e há uma grande mobilidade mobilidade social, socia l, principalmente depois depoi s da Segunda Segun da Guerra Mundial e da expansão expansão das vagens aéreas Praticame Praticamente, nte, nenhum estudante estudant e sabe onde vai vive viver,r, uma vez terminado o curso Com grande probabilidade ficará longe dos pais e do local de nascimento Em contraposição, no Canadá e na França, embora soprem ventos culturais ndamentalmente dênticos, não há, a bem dizer, para onde ir Para um canadense canaden se de língua inglesa ingle sa,, nascido em Toronto Toronto s ó resta Vanco Vancouve uverr em e m termos termo s práticos práti cos de lingualing uagem, como alternativa atraente Quanto aos parisienses, não existe alternativa alguma alguma O horizonte hori zonte ilimitado ou disso dis solvenlvente que singulariza s ingulariza a noss no ssaa época é menos perceptível perceptível naqueles países paíse s Não é uma questão questão de enraizamen enraizamento, to, mas de d e pertença É aí que continua a ver os parentes e todas as pess pe ssoas oas com co m quem cresceram A paisagem, para eles não muda Para o norteamericano jo j ovem, tudo tud o etá em perpétuo começo, aberto às experiências experiências Ele tanto pode viver no Sul como co mo no Leste, Leste, Nort Nortee ou Oeste, Oeste, em cidades, idades , em subúrbo subúrbos,s, no interior interior vai vai lá saber? Não ltam argumentos a vor de cada hipótese, a escolha é livre O acaso do trabalho e da vocação tendem a ast a stá álo lo para para longe lo nge de tu tudo do a qe qe estava estava lgado lga do e o to é que se acha psicologic psic ologicaamente mente preparad preparadoo para isso isso Seu investmento investmento no passado e naqueles que o povoaram são necessariamente limitados O turo impreciso, de final aberto, bem como a lta de um passado que os prenda, torna a mente dos jovens seme 11
A Rlçõ
lhante à dos primeiros homens homen s em estado de de natureza: espiri espiri tualmente tualmente nus sem vínculos vínculos isoados sem nenhuma nenhuma ligaçã ligaçãoo herdada ou incondicional seja com o que ou quem r. Po dem ser tudo o que desejarem ser mas não têm motivo pes soal so al para para serem serem isto is to ou aquilo aquil o em particula particular.r. Não só estão e stão livres livres para escolher o seu lugar mas também para decidir se terão fé em Deus se hão de ser ateus ou para deixar as opções em aberto agnósticos; se serão heterossexuais ou homossexuais ou se também deixarão as opções em aberto; se vão casar e car frmes frmes no casamento; se vão vão ter ter ilhos ilhos e por aí adian te sem fim. Não há necessidade moralidad pressão social ou sacricio sacric io que trabalhe trabalhe a vor ou contra contra qualquer um des ses se s rumos rumo s não ltando ltand o o apetite apetite por todos todos com argumentos argumentos mutuamente contraditórios para apoiálos. Correspondem a versões exager exagerada adass do jov j ovem em nas nas democracias segundo segun do Platão: Platão : [O jovem democrático] vive o diaadia satiszendo o dese de sejj o que lhe acode acod e à mente mente uma ve vezz bebendo e escu tando flaua flaua outras omando água e zendo regime de pois poi s praticando praticando ginásica para voltar depois depoi s à ociosidade oci osidade e ao esquecimento de tudo e por vezes gastar o tempo como se estivesse ocupado com ilosofa. Muitas vezes envolvese na política e precipitandose diz e z o que lhe vem à cabeça: se admirar admirar alguns soldados soldados seguirá esse rumo; se rem mercadores irá por aí e não há ordem nem necessidade em sua vida vida mas achando achando as coisas do ces ces livres e abenço abençoadas adas ele as as segue do princípio ao fim. fim. Repúblca, 561cd) Que surpresa sur presa se gente tão desprepar d espreparada ada se preocupa nda menta mentalme lmente nte consigo cons igo mesmo e com os meios m eios de impedir impedi r a cons tante queda ivre Não admira que O Etranger, de Albert Camus seja um romance popular entre os estudantes. 111
O DLIO DA ULTURA OIDTAL
A Igualdade Além da amabilidade, sobre a qual os próprios estudantes zem ironia, outra notável qualidade deles é o igualitarismo. Seja qual r a sua liação política, acreditam que todos os homens e mulheres nascem iguais e têm iguais direitos. Não é tanto uma crença, mas um instinto, bem arraigado. Ao conhecerem alguém, o sexo, a cor, a religião, a mília, o dinheiro, a nacionalidade não desempenham nenhum papel em suas reações. Desapareceu a própria noção de que tais considerações já signiicaram alguma coisa; isso agora pertence à mitologia. Talvez essa questão se aigure surpreendente, na medida do interesse que despertam as raízes, as origens étnicas e o sagrado que antigamente dividiam os homens, mas justamente por tudo isso haver deixado de ser real é que desperta scínio. Em 192 um verdadeiro imigrante italiano não reparava na etnicidade, porque ela lhe era inerente e, ainda que sse cidadão americano, sua vida era necessária e optativamente italiana. Além do mais, vivia com italianos. Hoje, seu neto, matricula do em Harvard, poderia recuperar a italianidade cujas desvantagens sociais o pai lutou por superar , mas seus amigos são as pessoas de quem ele gosta, queira ou não queira, não por causa de sua orgem talna, mas em nção dos traços comuns da vida norteamericana. Suas atrações sexuais e, portanto, o casamento não soerão a influência da origem nacional nem do catolicismo tradicional. Aliás, não se trata de ser atraído pelo pólo oposto ou pelo desejo de aderir ao socialmente estabelecido; tais questões simpesmente já não contam para nada, ainda que haja um esrço consciente para que contem. Não há na sociedade quem o expulse por ter casado ra da linha, nem pais que se oponham com muito vigor. Os colegas já não o encaram como italiano em qualque ponto significativo. Mesmo que os garotos vão para escolas paroquiais onde são segregados do ponto de vista reigioso e, portanto, 112
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do étnico, costuma prevalecer a cutura geral e, ao chegarem à universidade, logo começam por se ligar, de rma quase imediata, com quem lhes era estranho. Abandonam a bagagem cultural, sem aquelas solenidades do relacionamento interreligioso ou interétnico do meu tempo de criança, quando as pessoas que se sentiam muito diferentes e que muitas vezes tinham preconceitos e eram vítimas de preconceitos invocavam piedosamente a aternidade humana. A garotada de hoje não tem preconceitos contra ninguém. Seja porque o homem se viu reduzido a um animal nu, sem nenhum dos ornatos da civilização que o diferenciavam, seja porque ainal reconhecemos nossa humanidade essencial; eis um problema de interpretação. O to porém é que, nas grandes universidades norteamercanas, todos são indivíduos, se não demasiadamente individuais. São todos, simplesmente, pessos Para o que importa, basta ser humano. Nem lhes passa pela cabeça que alguma coisa que classicamente dividia os indivíduos, mesmo nos Estaos Unidos igualitários, os aste seja lá de quem r. Dessa rma, Harvard, Yale e Princeton eixaram de ser o que ram: os últimos bastiões do comportamento aristocrá tico dentro da democraca. Desapareceram as direnças, baseadas na antigüidade da família e da rtuna. As velhas praxes ofensvas que os sociáveis infligiam aos insociáveis, em surda versão norteamericana do sistema britânico de classes, não existem mais, já que ninguém leva a sério a vida social. Tudo começou depos da Segunda Guerra Mundial, com a ei de Recrutamento. O ensino superior i aberto a todos, passan do pouco a pouco as grandes universidades a abandonar a pre ferência pelos filhos de exalunos e a exclusão dos intrusos, especialmente judeus. O critério de seleção passou a ser o histórico escolar e as provas. Novos gêneros de preferência sobretudo por negros substituíram os antigos, que preservavam as classes, enquanto estes as estroem. Hoje em dia, os corpos discentes de todas as grandes universidades são muito se melhantes, constituídos pelos melhores vestbulandos, em que 113
O DÍIO DA UTURA OIDTA
o bom" quer dizer bom nas disciplinas escolares Já não há universidades interessadas em rmar cavalheiros e sábios Morreu o esnobsmo da velha escola Claro que os alunos, digam lá o que disserem, se orgulham de estudar naquelas universidades de ete Sentemse distintos por isso Por outro lado, acreditam, e talvez tenham razão, que as eqüentam apenas por seu talento natural e duro esrço no nível secundário Acham uma injustça social que a riqueza dos pais tenha contribuído para um bom aproveitamento no secundário, enquanto a garotada mais pobre fcava para trás Mas não se preocupam muito, ao menos os brancos, pois os Estados Unidos se transrmaram num país praticamente de classe média e é fáci obter bosas de estudo para quem não tem condições de pagar Ees vêem à sua volta colegas provenientes de todos os tipos de mías Pouquíssimos se sentem culturalmente excluídos, como estranhos observando com ressentimento os privegiados, cujo contato lhes está fechado Tampouco existem os arrvistas, já que não há uma visão de alta sociedade aonde chegar De modo semehante, também já não existem escolas de pensamento, como sempre houve, que menosprezem a democracia e a igualdade A Segunda Guerra Mundial, mais uma vez, acabou com tudo Td os estudantes são meritocratas iguatários, crentes em que se deve permitir ao indivíduo desenvover suas qualidades especias quaidades sem rerência a raça, so, relgião, mília, riqueza e origem nacional É a única rma de justiça que conhecem, não sendo capazes de imaginar que haja algum argumento digno de menção a vor da aristocracia ou da monarquia: são loucuras inexplicáveis do passado Mais uma vez, muito embora a dferença entre moças e ra pazes ainda tenha sentido vívido ao contrário das direnças entre judeus e catlicos, aemães e irlandeses, mía antiga e mília nova, que são simples memrias da época dos pais , a gualdade das mulheres no ensno, o direito delas a exercer as mesmas profssões, às vezes até com superioridade, é 114
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algo que eles encaram com absoluta naturaliae Nã se ou vem gracejos, não h embaraços, enfim, não se tem cosciêcia e que isso seja menos normal na história a humaniae o que o ato e respirar Nenhuma as crenças eles resulta e um princípio, um projeto, um esrço Tratase e pura sensação, e moo e via: a realização do sonho emocrtico e caa homem tomao como omem, o essencial, abstraí e tuo mais, salvo se estiver ocorreno alguma abstração Ao contrrio a opinião em moa, as universiaes são cainhos raciais, seja o que r o resto a socieae A origem étnica não tem importância maior o que ser alto ou baixo, e cabe los escuros ou loiros O que stes jovens têm em comum trans cene ao ininito aquilo qu os separa A procura e traições e e rituais emonstra a minha tese e ao mesmo tempo ensina alguma coisa sobre o preço pago por esta homogneiae A lta e preconceitos ecorre a incapacia os estuantes para ver ifernças e a graativa erraicação elas uano la uns os outros, quase nunca se escuta ago qu spar as pessoas em grupos ou tipos Falam sempr o inivíuo A sensibiliae ao carter nacional, que j se chamou este reótipo, esapareceu
A aça
único elemento estranho neste rtrato, a única lh s
gularmente grave, na meia em que era o elemnt ms cro e esernças é a relação entre gros e brcs Regra geral, nã são amigos e vra nas sclas Nã h ve ponte que transpusesse hiato Não se esucu a i raç na universia, conrme se preizia e ciantm se sperava, quano as barreiras am emolias pre sença e ngros nas pricipis universiaes é orm, uita vezs equivalente à proporção els no conjunto a pop ção De moo geral, porém, revelarm ser inigríveis Na s 15
LN A ULTURA ENTAL
lu. O brnc agm como a relaõ g ã pnân denbd co clu o n. M, emb ro j úc á r d o. Rena qu ua a pn d prncíp de pojo d qu nn O cár uoác da camarag ul á un prnd í aqul erdder u cnhce n. andd pgra 6 n culnu ngra n du p d ng. O udn banc m n gam de lar nl. Nã é co pu u c . N cobn c pnã gund qul d r hun gu a é u pc d gual ud. Fng n prr n pa nd nhu un brnc nr p u d pc da d undd n qul u rd á d ud dgna p c d ngr cênc u. Fln und e ch n nc ng e cuad un cm u. cna huan ndfrn à raça l qu plc m d pec ê rga grl o nr du ra õ c lu ng prfan ngd p c. N u lh u e u l d u qu g h é d n u bra n por u d bl n únc á qu ní u h d pa ju jun ã d u u d lgõ d nacnldad à nu d aprõ 116
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atividades das mulheres Seria preciso um mundo de provas para me convencer de que, sutilmente, eles continua a ser ra cistas Embora o tratamento preferencial dado aos negros con trarie a arraigada convicção segundo a qual a igualdade de direitos pertence ao indivíduo e não conhece cores, os estu dantes brancos, de modo geral, estão começando a aceitar a idéia de ação afrmativa como medida temporária para pro mover a igualdade Mas isso os deixa constrangidos porque, apesar de estarem acostumados à propaganda e à imposição de novas regras de moral, na vida diária gostam de agir como sentem e pensam Ora, eles acham que negro é bonito black is beautu assim como branco é bonito e não consideram in teligente quem não o é Por isso, a tendência é suprimir a ques tão por inteiro, air como e ela não stisse, liarse à minoria de negros qe deseja a asociação e esquecer o reo Não que rem auxiliar os negros enquanto neros os belo as de in tenções comun acabaram As leis dicriminr eencem à história antiga e são inúmeros os alunos ne ver sidades Os estudantes branco nada mai po ue al ere suas relações com os colegas negro Desta rma, no momento exato em que to maram em pessoas", os negros transrma s lando em doutrina ainda que houvee mua eç mas em sentimento Eles são muito chados" era uma ase muito sada no pasado pelas pesoas que sen tiam preconceitos em relação a certos gupo dfeenciados, mas ela se tornou, em cojunto, válida paa esudane neros egra geral, acabou a expectativa de qualque outra coisa a ão ser o contato de rotina nas salas de aula ou nas tares do capus normalmente muito corteses É singular, vsto que a raça tem menos conteúdo espiritual do que a religião e que a integração correspondia aos objetivos e aos hábito do ne gros nas universidades antes do nal dos anos 60, quand o úmeros eram menores e maiores as dificuldades humanas Além disso, é singular na medida em que os negros parecem 117
O DCLÍIO DA CULTURA OCIDTAL
onttur o únco grupo a retomar a ''etncdade deco berta ou cração da década de 60 de manera ntntva. Ao memo tempo, ele abandonaram progrevamente a fé ou o nteree numa cultura" negra caracterítca. Não compartlham uma experênca própra e potva de natureza ntelectual ou moral, ma m da cultura comu, de rma plena, com o memo objetvo e preferênca de todo mundo, embora o çam oladamente. Contnuam a cultvar o entmento íntmo de olamento provocado pela cluão, quando ela efe tvamente já não exte. O cadnho etá aceo, ma ele não e ndem, como zeram td o outro grupo. Evdentemente, há alguma boa razõe para ee compor tamento e cada parcela de uma ampla comundade, em uma ocedade pluralta, tem o dreto de eparare. No entanto, o movmento do negro não ó va contra o do reto da ocedade e tende a nctálo contra ela, como também e pocona contra ua ma nobre renvdcaçõe e tradçõe. De reto, lgae a uma pergoa dvão da raça no mundo ntelectual, onde não devera haver jutcatva para o eparatmo, prevalecendo o deal da humandade comum. O cononto e a ndgnaçõe da área polítca já e etabeleceram rmemente na ecola uperore. À perda da con vcção da mão unveralta da unverdade cabe parte da culpa pelo problema. Dede o fm da Segunda Guerra Mundal vercoue na maora da grande unverdade um erço de ntendade crecente para rmar ma negro, na ncera crença amercana de que a educação é benéfca e que a ncluão dele no ma alto níve de realzação nte lectual era decva para a olução do dlema do Etado U do. Pratcamente, nnguém hetou, havendo memo debate em âmbto fechado para aber e, ao meno no começo, não e deveram baxar nrmalmente o padrõe de enno para negro com talento ma carente, a m de o ajudar na com petção. Houve homen decente que perflharam opnõe varada a repeto, acredtando algun que o negro, em 118
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consideração ao exeplo que precisava dar e até e sinal de respeito por si esos, deveria ascender aos níveis ais altos de realização, enquanto outros julgava preferível que as conquistas se desse ao longo de gerações. Nenhuma pes soa de boa vontade tinha dúvidas de que, de ua ra ou de outra, a solução estava aí, pois, se dera certo co a religião e co a nacionalidade, tabé daria co a raça. No auge do oviento pelos direitos civis, ganhou prioridade a idéia de atricular aior núero de negros, a f de provar a ausência de discriinação. Sinal dos tepos i o reapareciento de tograias nas propostas de emprego para identificar os negros, o que tinha sido vedado dez anos antes para que eles não sse identicados. Os registros e as provas de rendiento das escolas secundárias coeçara a receber críticas porque não serviria de bom guia para aferir a capacidade. O objeti vo, poré, não udou: educar os alunos negros exataente coo todos os deais e aaliálos pelos esos critérios. To do und coninuava inegracionista, na crença de que não se epregra suiciee eergia no recrutaeto de preos talentosos. A Universidade de Cornell, onde lecionei por vários anos, i ua das inituições que anunciara grandes projetos para o ingresso deles. Co ua propensão característica, o reitor tabém anunciou que não só procuraria alunos ne gros coo tabé os encontraria, não entre os privilegiados e si nas cidades interioranas. No início do ano acadêico de 1967 eles existiam e grande quantidade no camus e, lo gicaene, para conseguir tantos, sobretudo pobres, os procedientos de adisão ra drasticaente alterados e silêncio. Nenhua providência i toada a fi de preparar esses jovens para os enormes desaos intelectuais e sociais que os esperava na universidade. Cornell tinha agora ua ultidão de alunos que não possuía, patenteene, qualiica ções e preparo, pelo que se viu diante de ua opção invitável: reprovar a aioria ou aprovar se ter ensinado. O oraliso e as relações da iprensa tornara a prieira hipótese intole 119
O DLÍIO DA ULTURA OIDTAL
rável, enquanto a segunda só em parte era possível exigia que as culdades e os empregadores, depois da rmatura, acei tassem a incompetência) e era vergonhosamente inuportável tanto para os alunos negros como para a univeridade, pois equivalia a considerálos cidadãos de segunda classe O Black Power, que atingiu as univeridades como um ma remoto nesse exato momento, gerou um terceiro problema O integracionismo não passava de uma ideologia para brancos e Pais Tomás Quem diz que as universidades ensinam a ver dade e não precisamente os mitos indispensáveis para alimen tar o sistea de dominação? Os estudantes negros eram de segunda classe não por terem mau rendimento acadêmico, ma por serem obrigado a imitar a cultura branca O reativimo e o marxismo torn plauívei aluma de sas tees, para o que também contribuiu a inquietação da épo ca Os negros deviam estar orgulhosos e a univeridade tinha de aprender com eles onde estavam suas falhas Semelhante perpectiva não podia deixar de sorrir à arotada, que e en tia vítima das manipulações universitria Veio a saída dos curso sobre estudos neros e línua inglea dos negro, além de vria outras conceões Abrigavae a eperança de qe isso não viesse ocasionar transrmaçõe essenciai na niver sidade nem nos obetivos educacionais dos alunos neros, re preentando, ao contrrio, um enriquecimento Tratavase na relidade de uma vasão, sinal para um novo egregacionis mo, o qual permitiria aos empresário brancos do espetculo escapar do buraco onde se haviam metido Abriuse a porta para que o alunos de cor vivesem e etudassem a experiência negra, para que cassem à vontade e não se sentiem con trangidos pela cultura acessível ao homem enquanto homem Quando os aluno negros de Cornell vericaram que podiam intimidar a universidade, que não eram meros alunos mas só cios na negociação de um processo para decidir o que é a edu cação, exigiram a demisão da rigorsa senhora de cor, integracionista do velho estilo, que era diretoraadunta dos alu 120
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nos A admnstraão não demorou em cocord a gênca e, desse momento em dante, ram ugdo o ás arranjos conclatóros que estamos casad de coer A rogramaão de estudos sore os neo cu em grande arte orqu aquo que ea aa de sro te ressaa aos estudantes e o resto era uma enceaão t currcuo otou então a uma normadade eaque entato, ouse uma esce de domno egro, ão ttu conaado or comleto mas aceto, um atsma d d u erstára quotas ermanentes de admão, rera o auo ancero, emregos a culdade or resão rc, dcudade na reroão e estudates nego e um stema organado de essetmeto e de se consderr reetdo ocrsa or todos os ados, mentras qe reudm em d reseto ao que se a e ao nconamet de todo o eu Esse equeno mro egro adquru egtmdad gado racsmo que o crcuda, do qu ded s dt s maetaões ses ecotame na m erd s saões dos reetóro, as quas reroduem tões e aradas do antgo u ra matar ese t e or ne e em outros ugaes, os mtates egro amm de agresão ca e agream seus mão de o cm c aõe deedentes oje em da, sso ou ot ar a maora dos egros, r a a unersdade rtt uma eerênc dete da dos outros estudante edo tmm derete o esutdo d educaão auo de cor qe ete da ser eas ette tdo garse ao eg, tem de aar um tre, os ugado tmete e e u otmeto at a oos dos raco Estes se jutm secs e ncoscetemente à rese a grua dos eo e custales reajustarse a um negro que não se dene eo guo Ee ca com a dooosa coscênca de que mutos rancos, com oas tenões, o jugam or cr tros esecas, o que é assustador A condescendênca da un 121
ELN A ULTUA ENTAL
vere co inerferncia na ua priordia reponabiie ue é e orecer oporuniade de educação a ue r c e receb h de er u peo emagdor para a u concnc coeiv uene ção frava intiucionaizou o piore a eco o epro vere é ue o aproveiaeno do o éo e cor não e igua o do auno brnco éio n o unveride e odo undo be dio Tabém é vere ue o po e raura do negro ve acuao o o eredore deconi dee ou então vira c ce o oerr a ncopenci E o por é ue o negro ri o u pói enuiaicaene o iea odei coneünc ca de vergonha e de reentien e ou enre uio ee auno beneficirio e eno prerenci poi uer dizer ue o brnco eão e cçe e he fer vore Pen ue oo o un o v o éro ee da u capcidade par conegur reo u O xio e orna dicuíve a eu próprio oh O ue ão on uno receia er iguaado ao ue no o veo u creenci ruaente conuiada per ere o vor ão ví de u eereóipo ecohido pe ernç negr O ue ão u auno a e vnen o on uere proeger ua poição o eee éi e não a erecere Ganh i u oeoo ncenvo pr gir a ua ociação ereia co o co ue e oao e or cpace e prono ve oho co uperordde É ehor não e i pr ue não urja e dificuade ui ooro ão urpeene ue hoje a poíca exreia do nero enconre apoo no eu irão de cor da cae é e uperor o ue é inédo A ne cou ue unia a rç n cpu cou pouía A razã não poe adapare à exgnci eja e ue poer r ai coo a ociedae eocrc não poe aceiar outro princípio de progreo ue não eja o eado no ério 122
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Conrme eu disse, os estudantes brancos não acreditam efe tivamente na justiça da ação afirmativa, não querem enentar os tos e voltamse sem comentários para a sociedade inteiramente branca ou melor, dada a existência de tantos orientais, nãonegra. As ações afirmativas quotas), pelo menos nas universidades, representam a nte do que temo seja a deterioração, a longo prazo, das relações raciais nos Estados nidos.
A Liberação Sexual Ao contrário da crendice popular, segundo a qual este é um país de gente inintelectual e antiintelectul, onde as idéias, na melor das ipóteses, são meios com vista aos fins, os Estados nidos na realidade não passam de um palco imenso on de as teorias são representadas como tragédia e comédia. emos um regime ndado por lósos e seus discípulos. odo o problema recalcitrante do istórico é ceder perante o prático e filosóco dee ser, assim como os dados brutos da natureza dste continente selvagem se submeteram mansamente ao jugo da ciência teórica. Houve poucos autóctones que se orienavam pelos deuses do lugar. Quando decidiram, também eles, seguir os princípios lançados pelos norteamericanos, claudicaram desastradamente, incapazes de se despir com abilidade do passado. A istória dos Estados nidos é a marca majestosa e triunl dos princípios da liberdade e da igualdade, que dão sentido a tudo quanto fizermos. Quase não á circunstâncias rtuitas entre nós, onde tudo decorre daqueles princípios: o triun sobre alguma oposição a eles, a descoberta de um no vo significado, uma discussão sobre qual dos dois tem priazia sobre o outro etc. Cegamos agora a um dos últimos atos do nosso drama, que reside e conrmar e rermar o mais íntimo da nossa vida particular segundo esses princípios. O sexo e suas conse 23
O DÍIO DA UTURA OIDTA
qüências o aor, o casaento e a íia acabara por se transrar no tea do projeto nacional e, aqui, ganha insistência o problea da natureza, sepre presente e sepre reprimida na reconstrução do hoe, que a liberdade e a igualdade exgem ra conhecer por intuição o signicado da iguadade, não se requer o gênio satírico de Aristónes, que e ebléa de Mulere iagina as velhas egeras co o direito legal de sere sexualente satisfeitas por belos jovens, ou de Platão, que na Repúblca institui exercícios a nu para hoens e ulheres juntos Que tiver olhos de ver que olhe à sua volta A transutação das relações sexuais, infindável desao à capacidade inventiva do hoem, abateuse sobre nós e duas ondas sucessivas, nos últios vinte anos A prieira i a revolução sexual e a segunda o feiniso A prieira archou sob a bandeira da liberdade, a segunda sob a da igualdade Durante algu tepo andara de mão dadas ma as diferenças acabara por colocálas em poiçõe antagônicas, coo Tocqueville disse que sempre esaram a berdade e a igualdade É o que se vê co a dispua obre a pornograa, a qual opõe a liberação do desejo eal e o resentento das feminisas co estereótipos Asmo enão ao côco espeáculo da pornograa, com a dra reda das heróicas luas pela lberdade de expressão e apelando para a retórca de John Mion em O Para Perdd ravar baalha co o feinismo agora envergando a túnica solene da oral da sociedade, mprgano arguentos associados aos conervadores que denm o papel tradicional de abos os sos e desaando aina a radição de autoridade na qual era tabu sugerir qaqer ração entre o que ua pessoa lê e vê e seus hábitos a m io plano fica co os liberais, retorcendo dsalnaamente a ãos porque gostaria de estar a vor de ambo o lados não pode A lberad ual surgiu como ipudica aração dos senido como inegáel impulso natural contra a herança puri 124
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tana dos Estados ndos, as conenções e repressões da socedade, tudo apoado em mtos da Bíbla acerca do pecado orgnal Desde o níco da dcada de 60, os lmtes da expres são sexual nham endo gradatamente postos à proa, su mndo sem que nngum desse por sso Fo fácl superar a resstênca dos pas e dos professores a que os joens dorms sem ou essem juntos As nbções moras, o medo de doen ças, o rsco da gradez, as conseqüêncas mlares e socas das relações prconjugas, bem como a dculdade de encon trar lugares onde manter as relações todos os empeclhos desapareceram de repente Os estudantes, sobretudo as moças, já não se energonham de exbr em públco a sua atração se xual nem de consumála Os tpos de coabtação que eram pe rgosos nos anos 20 e pcates ou boêmos nas dcadas de 30 e de 0, raram a cosa mas normal do mundo Dgo ' 'sobre tudo" as moças porque smpre se resumu que os raazes an assem ela satsção medata do desejo, ao passo que se eperaa que as mennas, leadas ela modsta, soubessem re sstr Ora, exatamente a modfcação do conceto de mo sta femnna que tornou possíes os noos arranjos alentemos, alás, que, se a modsta consttuía mero hábto ou conenção, não neesáro o menor esrço para encêla A macaão saa e tee o to de aentuar a dferen ça etre os seo e a ula dea ser a prcal atdade, então gahaa dstqu maor o caráter masculno e femn o de homen de mulhres Claro, os homossexuas tambm se ram lberds, ma, ra a grande massa da população, satsção jo hteroseual e a da de que os sexos otos ram ts um ar o outro que representam a l berade e a natureza O que a lbrda seual rometa de meato era smles mnte a lcade, entedda como a lbertação de energas acumuladas ao longo de mlhares de anos, durante a note som bra da repressão, em mensa e cotínua bacanal Mas, anal, o leão que ruga atrás da porta da alcoa, quando ela aberta, 125
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não passava de u gatinho. e to, obsevada de ua exten sa pespectiva históica, seia o caso de intepeta a ibeação coo o econheciento de que a paixão sexua deixou de se peigosa, sendo ais seguo dalhe live cuso do que se expo a ua ebeião se a estingios. Ua vez peguntei em classe o que tinha acontecido, se ainda há pouco os pais diziam às flhas desobedientes Nunca ais suje esta casa, enquanto agora é ao potestae quando os naoados doem co elas em casa. esposta de uma oça uito gentil, muito nomal: Poque não tem ipotância. Isso diz tudo. Essa ta de paixão epesenta o eito ou a eveação ais notável da evolução sexua, tonando a nova geação ais ou enos incompeensíve aos ais idosos. Enfm, a evoução sexua coesponde exataente ao que petendia se: ua libetação. No entanto, cetos igoes da natuea se fizea vae po tás das convenções abaladas: os joens se apoveitaam ais da evoução do que os velhos e os bonitos ais do que os feios. Gaças ao antigo véu da dscção, esas vantagens animais e al distibuídas da natueza tnha enos ipotância na vida e no casaento. Atuaente não se aplica a justiça igualitáia em tais atéias, coo sucedia com as vehas atenienses de Aistónes, que, po see epulsvas, tinha o dieito de usuui belos apazes antes que as beas moças o zessem. Os aspectos antidemocáticos do sexo ive tia copensação de aneia inonsiva e algo idícula: nunca se poclaou tanto que ' 'Que aa o io bonito lhe paece , a indústia de cosméticos passou po eno me expansão e tonaamse comuns a educação e a teapia no etilo de Mates e Johnson, pometendo gandes ogasmos a cada subscito. O eu voito ea u cuso sobe sexo paa vehos, dado nua deegação ocal da Associação Cistã de Moços, que i anunciado peo ádio co a chaada Useo ou Pecao. Foi o peíodo e que a ponogafia coeu solta. Po outo lado, o feiniso, na medida e que se apesentava coo libeação, ea muito mais ua ibeação da natue 26
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za do que das convenções ou da sociedade. Tratavase, pois, de um projeto mais severo, não erótico, abstrato, que não reueria tanto a abolição da lei mas a instituição dela e do ativismo poltico. O instinto não bastava. O sentimento de negação existia, mas, conrme dizia Freud, não estava claro o que se pretedia A termiologia mudou de viver com aturalidade" (com rerência a nções orgânicas bem definidas) para coisas mas vagas, como ' 'autodeinição , ' 'autorealização , estabelecmento de prioridades", modelando um estilo de vida etc O movimento femnista ão se baseia na atureza. Embora o femiismo pese que a stuação das mulheres deriva da criação, seu argumeto ndamental é que a biologia não deveria condicionar o destino e com certeza a biologia é natural. ão dspesa demonstração, embora possa ser verdade que o papel das mulheres teha sido sempre determinado por relações humanas de dominação, como as que estavam na base da escravatura. A tese exige análise acurada e não está conirmada pelos desejos sicos das pessoas envolvidas, como se deu com a revolução sxual. Além disso, costumase dizer que o domíno da ciêcia sobre a natureza sob a rma da pílula e dos utesílios ue poupam trabalho permitiu ue a mulher se emancipasse do lar É certo que o minismo trouxe consigo um exível processo de coscientização e reconscientização, cuja orgem se acha no que talvez seja uma inclinação permanete da espécie humaa, mas que seguramente é modera: o anseo do ilimitado, do irrestrito. Acaba como ocorre com város movimentos modernos que andam em busca a justiça abstrata por esquecer a natureza e por laçar mo da rça para remodelar os seres humanos e garantir essa jusça. O msmo aceita e estimula muitos elementos da revolução sexual, embora os empregue para objetivos diferentes. A lbertinagem permite o que o próprio Rousseau chamava o prazer maior, mas, ao cilitar o sexo, pode tornálo trivial, retirandolhe o erotismo e desmisticandoo. A mulher que sa 127
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tisz à vontade seus desejos, não aplicando as eoções nu relacionaento exclusivo, está livre da tirania psicológica dos hoens e pode zer coisas ais iportantes O feiniso agiu coo u depressor sobre o espírito orgiástico da revolução sexual, assi coo a nudez na Reúbca de Platão não levou a grandes gozos, as si à prosaica regulaentação e anipulação do desejo sexual, para ns públicos Tal qual o vício de ar e de beber venceu a condenação puritana, para se vere ainal, após breve período de liberdade, sob aaques igualente oralistas, não e noe de Deus, as de noes ais respeitáveis e poderosos, coo saúde e segurança, tabé o sexo teve curto dia ao sol até que se viu eado para aquietar a sensibilidade inista Coo povo, nós, os aericanos, não soos bons e satisção própria, as si e adiála por aor de planos que proeta o be no turo No presente caso, o plano está vencendo aquilo que por aí chaa de doinação asculina, achiso, locracia, patriarcaliso etc, a que os hoens e suas colaboradoras do sexo feinino parece uito agarrados, já que é preciso ontar tanas áquinas de guerra contra eles A paixão sexual asculina ornouse pecainosa de novo, pois culina no sexiso As ulheres, transradas e objetos, são violentadas pelos aridos e por estranhos, assediadas por professores e patrões na escola e no trabalho, ao passo que os filhos, que larga e creches para podere zer carreira, soe abusos sexuais dos aendentes Há que enquadrar tais cries na lei e punilos Qual é o hoe sensível que não copreende o quanto é perigosa a sua paixão sexual? Estará aí, por acaso, o verdadeiro pecado original? Os hoens não lera a agnífica Proclaação da Eancipação do presidente Lincoln, abolindo a escravatura Agora, a interferência do desejo sexual é ais apla, ais intensa e ais dicil de vitar do que as convenções antigas O 14 de julho (queda da Bastilha) da revolução sexual soente ocorreu na verdade entre a queda do Ancien Régie e o início do Terror O novo 128
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reinado da virtude, acompanhado po uma propaganda inndável nos meios de comunicação socia, tem catecismo próprio, que induz ao ame de consciência e dos sentimentos mais íntimos para tentar descorir traços de caráter possessivo, ciumento ou protetor tudo aquilo que os homens costumavam sentir pelas mulheres. Não lta evidentemente uma multidão de censoras, indignadas como deve ser, equipadas com altolantes e triunais inquisitoriais. Ao projeto minista é essencial a eliminação do recato, no que a rvolução sexual desempenhou importante papel preparatóio, exatamente como o capitalismo, segundo o esquema marxista, preparou o caminho para o socialismo, matando a charada da cavalaria medieval. A revolução sexual, no entanto, queria ver homens e mulheres fisicamente juntos, ao passo que o feminismo que que eles sigam à vontade por caminhos separados. Nos velhos tempos, o pudor era a virtude minina por excelência, pelo to de regular o poderoso desejo que relacionava os homens às mulheres, proporcionando um prazer compatível com a procriação e a criação dos filhos, cujo risco e responsailidade recaiu naturalmente quer dizer, iologicamente sore elas. Emora o pudor difcultasse as relações sexuais, tornava a consumação do ato amoroso ndamental para uma vida séria, realçando a delicada interação entre os sexos, que torna a concordância de pontos de vista tão importante como a posse do corpo. A diminuição ou eliminação do pudor cilita evidentemente a consumação da finalidade do desejo o que a revolução sexual pretendia , mas tamém desmantela a estrutura do envolvimento e da afeição, eduzindo o sexo à coisaemsi. É aí que o feminismo entra. O recato feminino amplia a dirença entre homens e mulheres desde o ato sexual ao conjunto da vida. Faz deles para sempe aquio qe são. A consciência de estarem destinados um paa o outro, com suas atrações e iniições, inspia todos os atos comuns. Quando o pudo se manifesta, homens e mulheres juntos nunca são apenas advogados ou pilotos, pois têm 129
O DÍIO DA UTURA OIDTA
algo mais em comum, sempre de enorme valor em potencial: ins últimos ou, como se costuma dizer, objetivos na vida" O mais importante consiste em ganhar dado processo ou pousar o avião, ou é o amor e a mília? Como advogados ou pi lotos, homens e ulheres são, por igual, subservientes ao único objetivo Como namorados ou pais, são muito direntes, mas com uma relação íntima, pelo to de compartilharem a fina lidade natural de propagar a espécie Quando trabalham juntos, porém, logo surge a questão das nções" e, portanto, das prioridades", mas de uma r ma que não se vê entre homens trabalhando com homens e mulheres trabalhando com mulheres O recato é um embrete constante do que singularmente os relciona e de suas rmas exteriores e sentimentos íntimos, o que difculta o livre desenvolvimento do ego ou a divisão técnica do trabalho no capitalismo É uma voz a repetir incessantemente que o homem e a mulher têm uma tare a dois, a qual é muitíssimo diferente e de muito maior importância do que a encontrada na feira Eis aí por que o recato é o primeiro sacricio que Sócrates exige na Reúbca de Platão para a ndação de uma cidade onde as mulheres recebam a mesma educação, vivam a mesma ida e çam trabalho idêntico ao dos homens Se a diferença entre ambos não existe para lhes determinar os ins, se não signifca mais do que a diferença entre homens calvos e cabeludos, então qe se dispam e çam exercícios sicos nus, como os regos da Antigüidade Com certas reservas, as minis osam desta passagem da obra de Platão e a julgam prescinte pos culmia na absoluta libertação das mulheres à ujição do casameno, da rvidez e da criação de lhos, o qu hoj ão tem mor importância do que qualquer outra ecesidde iolóca Sócres prevê o controle da natalidade, o aborto o estabelecimeo de creches, além de casamenos que duram apenas um dia ou uma noite, com a única inalidade da procriação de cidadãos sadios para completar a população da cidade Até acrescenta o infanticídio como uma 130
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cilidade tra A muher não derá perder mais tempo e itio com crianças do que o homem para curar um ataque de sarampo, quando se imagina então que se acham naturamente aptas a zer as mesmas coisas que ees O radicalismo socrático estendese às elações entre pai e flho Os cidadãos não devem saber quem são seus filhos, já que, se os amassem mais do que aos outros, então o meio que serviu para trazêlos ao mundo, a cópua deste homem e desta mulher, ganharia um significado especia e lá se regressaria à mília privada e ao sentimento de parentesco que he é pecuiar Sócrates tem uma proposta especial em relação a um dos mais problemáticos casos para quem procura tratamento igual para as mulheres: o serviço miita Os cidadãos são guerreiros e, para ele, assim como as ulheres podem ser libertas da sujeição aos homens e assumir seu ugar ao lado dees, os homens têm de ser ibertos de seu interesse especial pelas muheres, não hesitando em matar o invasor minino como não hesita em matar o mascuino, e não pensando em proteger mais a heroína que luta a seu ado direito do que o herói que luta à sua direita Oportunidades e riscos iguais A única preocupação é com o bem comum, a relação que conta é com a comunidae, ultrapassando as relações intermediárias que tendem a assumir existência própria, e que, anteriormente, se pensava terem raízes naturais na atração sexual e no amor aos hos Sócrates rasga deiberadamente a deicada teia das relações entre seres humanos elaboraa a parir de sua natureza sexual, sem a qual é inevitável o isolamento das pessoas Explica muito bem que o ratamento igual para as mulhees exige que se eliminem o pensameno a antigas reações sexuais ssem baseadas na natureza ou nas convenções e, por conseqüência, que cessem as relações huma nas deas resutantes, substituídas pelo bem comum da cidade À uz desta concepção, é possível entender o que se vem passano em nosso meio Os conservadores, animados com a recente virada do movimento feminista, muito se enganam se 131
O DELO DA ULTURA ODETA
pensam estar no mesmo barco Não há dúvida, ambos os lados combatem a pornograia No entanto, as feministas são contra ela por julgaremna uma reminiscência da velha relação amorosa, que implicava papéis sexuais diferenciados os quais são hoje interpretados como servidão e domínio A pornograf porn ografa a desmistif desmisti fica essa relação, deixando deixando o componen com ponen-te meramente sexual sem a parte erótica, romântica, moral e idealista Lisonjeia e encoraja o veemente desejo que os homens têm pelas pel as mulheres e sua irrestrita e empobrecida satissatis ção Ora, é contra contra i s s o que estão as feministas antipornograa e não contra contra a degradaçã degradaçãoo do d o sentimen se ntimento to e a ame ameaç açaa à mília, motivo pelo qual, aliás, isenta is entam m de censura a pornograa homossexual, que por deinição não é cúmplice da dominação do sexo feminino pelo masculino e até ajuda a debilitá debili tála la Na verda verdade, de, as feministas min istas aprov aprovam am o papel desmisdesmi stif ti ficaor ica or da pornograf por nografa, a, j á que desmascar desmasc araa a verdadeir verdadeiraa natureza da antiga relação A intenção delas não é remistificar sistemas si stemas esgotados esgotados,, mas caminhar no sentido da liberdade liberdade Os romances corderosa não lhes interessam, pois sabem que o amor à moda antiga acabou e pretendem apagar os últimos vestígios desesperados, incultos e semicriminosos de um tipo de desejo para o qual já não há lugar no mundo Sej Sej a como r, uma coisa é querer impedir que as mulheres mulheres sejam violentadas e maltratadas em nome do respeito que o recato e a pureza merecem, estando os homens responsáveis dispostos a proteger a sua aqueza, e outra muito dirente é protegêlas do desejo dos homens em si, para que vivam a seu belprazer O feminismo z uso da moralidade conservadora para promover seus próprios ins, em outro exemplo da velha e tal aliança entre os extremismos, que tantos efeitos vêm produzindo há mais de um século Os tradicionalistas e os radicais não tinham nada em comum a não ser o ódio ao capitalismo, os primeiros ansiando pela restauração do trono e do altar nas várias nações da Europa, os segundos na expectativa da liberdade dentro de uma sociedade universal 32
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e omogênea undos, undo s, os rea reacionários cionários e os os progr progressstas essstas,, contra o presente Assim, esvaziaram as contradções nternas da burguesa Claro Claro está que os o s undamentalstas e as mnstas poderão p oderão colaborar para a aprovação de les locas probndo obscendades, dades , mas se elas o izere izerem m é para demonstrar sua nf n fluênca polítca e promover a campana contra os dretos burgueses" ses ", dos quais quais é trste trste dzêlo dzêlo se apr aprove oveta ta quem quer ver lmes sujos e cosas semelantes Duvdase que os ndamentalstas damentalstas ganem gan em muto mut o com o negóco, negóc o, já j á que ele garangarante a vtóra de uma rç rçaa mor mo ral emergente emergente que é antmíla ant míla e antvda" Vej ase as e coo atuam j untos na questão do ab orto orto De resto, as pessoas pes soas que assstem assst em pornograa pornogra a no no mínmo sentem sentem um poupou co de ver vergona e não a def de fendem como tal No máximo alegam e voz baixa a santíssa Consttução e a Prmera Emenda, de que pretendem passar por defensores Em prncípo, não consttuem ameaça alguma Da mesm me smaa rma r ma,, certos conservado co nservadores res cam anmados com a recente dscus ds cussão, são, pelas femn femnsta stas,s, acerca acerca das dif di ferenças entre omens ome ns e muleres muleres e da consumação cons umação da da p p aterndade", temas probdos nos primeros tempos do ovmento, quando o lema ndamental era a gualdade de dretos Mas tal dscussão só se s e tornou tornou possível possível graças ao ao sucesso sucess o desses des ses prmeiros tempos Talvez exsta uma natureza ou personaldade femnna, mas que se soltou dentvamente das amarras te leológcas leológ cas A natureza natureza femnina femnina não guarda qualquer qual quer relação com a mascul masculna, na, não se denndo uma à outra Hoje em da, os órgãos órgã os sexua sexuass do omem e da muler mule r em em s s não têm uma naldade mais evd evdent entee do d o que q ue a pele do bra b ranco nco e do d o negro, não se aca por po r natureza mas voltados um para o outro ou tro do que o senor sen or branco e o escra es cravvo preto, ou assm as sm reza a lenda femnsta As muleres, realmente, têm estrutura drente, mas podem zer dela o que bem entende entendere rem m sem pagar pagar nada por isso A natureza femnna é um mstéro que deve 133
O DÍO DA UTURA ODTA
ser ser deciado de ciado por si, si , agor agoraa que i superada a pretensão dos ho ho mens sobre ele. O to t o de have haverr hoje hoj e melhor melh or dis d ispos posição ição para a gra grade de não tem nada nad a a ver com um impulso natural para o estabelecimento estabele cimento de algo como a paterndade paterndade tradicional, complementar complementar à mater mater nidade Os lhos lhos hão de nascer nos termos termos da mãe, mãe, com ou sem pai, o qual não dve interrir no livre desenvolimento dela. Alis, Alis , os lhos lho s sempre ram mais da mãe Noe Noent ntaa por cento, ou mais, mais , dos lhos de casais casais dorcados cam com a mãe, cujo cuj o amor amor por eles o movimento femi femini nista sta enaltece, com a decorre dec orren n te e cil racionaliza racionalização ção da irresponsabilade irresponsabil ade dos homen h omenss Temo portanto repdução sem fa faa se é que a fa faa icli a sença senç a de um indivduo indivd uo o so masclno que não tem nção e nida nid a A reimplantação reimplantação a maternae como ideal minsta s é poss po ssv vel el porque porq ue o minsmo mins mo triunu sobre a fama fama como j a conhecemos e porque não interferir na liberdade da mulher. O contrafeito acasalamento da rvolução sexual com o minismo prouiu uma tensão tensão a mais, na qual qual todas as restri ções çõe s mors que regula regulavam vam a natureza natureza desapareceram, menos men os a naturea A alegria a liberdade, contudo, evaporouse, já que não co claro o que é que i libertado nem se não recarão sobre ns outras responsbiliaes mais onerosas. E é aq que oltamos aos estudantes, para quem tudo é noida e Não sabem sab em bem o que sentem pelos pelo s outros e lhes falta alta orien tção sobre o modo de proceder com seus sentmentos Os estudantes de quem estou lando estão centes, desde bem ceo, ce o, de todas tod as as alternatia alternatiass sexais sexais,, e acham acha m que toos s os que não prejudiquem os outros são lícitos. Não sen tem clpa cl pa nem vergonha vergonha deles dele s Recebe Receberam ram eucação eucação sxual na escola, esco la, do gênero gênero amos amos os to bilgicos e eles qe dec dec am quanto quanto aos valor valores es , ou então do tipo opções e orienta ções " Viem Viem cer cercados cados das iscussõe isc ussõess e escrições mas xpl xpl ctas sobre o assunto, pouco receano as oenças enéreas. Rsa vrfcar q fos provocará a Ads ocos anos arás a onda d pbic dad acrca acrca do d o hrps qas não prodzi consqüêncas consqüêncas pscogcas pscogcas dignas d noa
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Desde a pubedade têm acesso a meios de coto a ata dade e ao aboto fáci fácill Paa a gande gande maior maiora, a, a raçõ xuais já ziam pate da vida antes da cula e e de estigmas sociais nem da oposição da íla Jamais na istóia as moças ram ram menos vgaa vgaa o co co tato com apazes Não são exatamnte agã a ã tam em usa seu corpo e o dos outro ara rto vgindade não conta para ada, admto co ra dade que tena avi avido do outos arceos arceos at o u é cr vel paa os mais velos, velos , o to ão o o aborc aborce,e, eora eo ra ê a aa um augúio sobe o tuo No etanto, ão são promícua, ão e tra tra a or o ra em ao sexo casual casual,, coo já se s e agnou agnou Rer Reraa gr gra, a, ao ram ram po certo tempo, tempo, ma são cous o o cao coctvo coctvo Etão acostumado acostumado aos ao s dormitóro mito e uto vv vv tos, quas quas seme sem se m sar sa r casato é aa ar ranjo de coveiêca Não ra u ar eto ulae estar casados ou de levar levarm m ua va re ret t a dos do s outo alunos, alunos, que não tê tê uma ligaçã ligaçãoo ea ea Sã co as de quarto e é asim mesmo ue se caa, co xo obía obí a icluídos icl uídos o aluguel alug uel Paa Paa hatant hatant outro a ta, o mas estao é que a paixão sexual já ão clua a ão da eternidade Na sua maioia, as muee não são femtas femtas eogca e miltante, porue é deecessáio Não ta voz etr detes que se faz fazem ouv os joais j oais unvetár unvetáros os e os o s co selos de aluos Mas a ataa gaa, as oça já ão sentem dsciminadas ou o u meospezadas meospezadas e suas araçõ araç õ Pecisam tanto tanto da aj aj ua o rogama NOW como a ul ul res em geal, vivendo pelo meos me os tão bem o goveo goveo Reaga Reaga como na administação Cater Em temos acadêmicos, o ci ma é uni un isexu sexual al só paa o ato ato amooso amo oso é que e eto etoaa à du pla sexualidade sexualidade Somente o omossexua omo ssexuass não se consid con sidea ea nteiamente sati satisf sfeitos eitos com a sua stuação, stuação, mas, ma s, como são sã o as sumidos, aliás com direitos mamente econecidos pelas 135
N A UUA NAL
atoridade niveritária e por qa todos os alno imagine como decorrem atalmente as coisas na nivrsidad. etdante acreditam r o bneciário do progreso e têm m certo menoprezo ainda qe benigno pelo pais oretdo o retdo pela pobre pobre mãe mãe qe não tive tivera ram m experiência sxa nem proão para lvar a ério como o pai. Experiência al perior empre i ma da vant vantag agen en palpávi palpávi qe pai e profeore tinham obre o oven ávido d penetrar no mitrio da vida Não mai o cao nem os tdants acham qe eja orriem dicretamente se os profore tntam choco ou faar explicitamente do tos da vida Fred e D H Lwrence ão veharia É melhor não tenta. Meno inda eeram arender algo obre a sa sitão na literatur literatur ga ga que ede o ardim do Éden torno o acasalamento lamento m roema ombro e complicado. Penando enand o bem bem não f a do que e tratava Mito penam qe o irmão e rmã mi mi ve veho ho decobriram decobriram o o na década déc ada de 6 t como o conhecemo hoje Imreionome a reaão de m gruo e joven qe nm cro obre a Cfe de Roueu carm epantado ao aber qe ele tinha vivido no cuo com um muher com qem não ra ra caado. omo que Roueu tve dia? Determn gerão gerão é rondamente ro ndamente afeta afetada da por po r certa itertr tertr ue erde o neree ne ree r geraão geraão eginte eg inte porq p orq eu tem er er emero m grande obra etão voltad r r eree eree ermnene o homem homem Por Por emplo scs e e um vro que perde oda a a r r v v un eo eo de contituir c ontituir uma ame e ee e e e ue e em em ena d itaão do do otro otro · e o eo c ue f fea arno rno Ma hoj hoj e em dia a coia que ee contecam com tod a peoa ao meno n ree entre o o j não ocorrem com o etdante E fat er e hverá para ele ma literatra permanente j qe não he parece istirm problma permanente. onrme e die mai atrás st é primira graão 136
Rlçõ
plenamente istóica ou istoicizada na teoia e na prática, mas o resultado não é o desenvolvimento de simpatias extemas pelo passado pass ado e pelo emoto, emoto, mas sim o inteesse intees se exclusivo exclusivo po eles própio pr ópioss Anna Kaenina e Madame Madame Boary eram adúlteas, mas já ninguém estana isso. O mas povável é que o lo de Anna le sse entegue, gaças a um acordo amigável de divó divó cio com o marido Kaenin. Kaenin. Nenhua das românticas istóias de amo, com pesonagens masculinos e mininos minin os altamen altamene e dienciados, dienciados , impregnadas de uma uma sense nsualidade disa, sublimada, sempe sempe nsstndo no caráte sagado dos do s laços matrimoniais, tem algo a dzer dzer aos jo j oens da oa pesente. pesente. Nem Romeu Romeu e Julieta Juli eta,, que têm de enent en entar ar a oposição dos pais, nem Otelo com seu cúe, tapouco anda na sua inocência cuidadosamente uad eu me contou contou um seminaista, Santo Santo Aonho Aonho tha tha obesões obe sões sexuais. sexuais. E nem se le da Bíblia Bíblia:: a cada no ela conto coresponde hoj hoj e um sm Com a possível exceção de Édpo, tudo sumiu em compania do pudor Hoje, quando os jovens passam po diculdades eagadoas no que antigamente antigamente se cama camaa de elaçõe elaçõess exuas, exuas , ão as epotam a nenuma ambigüdade na natueza sexual do homem. Os velos é que estavam erados, pensando assim.
O Isolamento Temse em se a impess imp essão ão de d e que a civilização civilizaç ão no cuprr um cír culo completo, devolvendonos ao esdo e u ue o i ensinado pelos piitivos mestre mestre o p p oo oero mas agoa não em temos etórico e pero a cogitar do estado de naturea naturea propuh propuh o hpee Livres de todos os laços convencionais co reão a pátria e a fa família, mília , que q ue etivamente etivamente stam, sta m, coo coo é ue o hoens hoen s veriam e econsturiam em lberdade eses lço? Pois oi s bem, o j ovem de oss o ssos os das, das , para exa exaer erar ar um pouco, 13
O DLÍO DA ULTURA ODTA
começa mesmo tudo de novo, sem os dados ou imperativos que ainda ontem teria A pátria pouco e pede e muito le dá, a religião é tema de ibérrima opção e o mesmo acontece com os envolvimentos envolvimentos sexuais sexuais e isso é que representa representa novidade Agora ele pode escoler, mas descobre que já não tem motivos suficientes para optar não por um vínculo, mas por um caprico A reconstrução tornouse impossível O estado e stado de natureza natureza deveria deveria ter ter m m com um contrato contrato que q ue institui a sociedade a partir partir dos indivíduos m contrat contratoo exiexige não nã o só s ó um interesse comum entre as as partes contratantes contratantes mas também uma autoridade que as obrigue a cumprilo Na ausência sên cia do interesse interesse comum, comum , não nã o há relações relações e, na ausência ausência da autoridade, não pode ave averr conf con fiança e sim desco de sconf nfiança iança No momento, mom ento, sobre sob re o estado de naturez natu rezaa relativ relativoo à amizad ami zadee e ao amor, o que existe é dúvida quanto a ambos, o que desperta sauades dos do s peridos peridos ndamentos comuns, as chamadas chamadas raízes, zes , sem meios para recuperá recuperála la,, como depert dep ertaa timidez timid ez e desej sej o de d e autoproteçã autoproteçãoo em associaç asso ciações ões que nem a natureza natureza nem as convenções garantem A sensação generalizada de que o amor e a amizade não têm ndamento, o que tavez seja o mais notável apecto da atual sensação de lta de alicerces, levou levou os jo j ovens a ceder ced er à idéia muito mais vaga vaga e mais pesso pe ssoal al de compromiso, compromiso, essa opção no n o vácuo cuj cuj a causa causa reside apenas na vontade ou na pessoa Querem assumir responsabilidades, que para ees dão sentido à vida, já que não bastam o amor e a natureza É isso que lam, embora os persiga a consciência cons ciência de que lar pouco pouc o vae vae e de que os compromiscomp romissos são mais ves que o ar Nas origens da moderna doutrina dos direitos naturais, a liberdade e a iguadade eram princípios políticos destinados a emprestar emprestar j u stiça e eicácia eicá cia às reações de governantes governantes e gog overnados, vernado s, as quais quais,, na ordem ord em convencio convenciona, na, obedeciam a pretenso direitos de rça, riqueza, rique za, tradição, idade e nascimento As relações de d e rei rei e súdito, de amo e escravo escravo,, de senor sen or e vassalo, de patrício e plebeu, de rico e pobre revearamse obra 138
A Rlçõ
puramente humana e, portanto, a nnguém obrgam do ponto de vista moral, ra do consentmento das partes, que se tornou a únca nte de legtmdade polítca. A socedade cvl tnha de ser reestruturada sobre o ndamento natural da humandade comum da espécie, ocasão em que se vera que todas as relações dentro dela dependeram gualmente do consentimento dos indivíduos. No entanto, as relações entre o homem e a mulher, o pa e o lho, são mas naturas e menos convenconas do que as relações entre governantes e governados, sobretudo como as entende a moderna doutrina dos dretos naturais. Não é possível concebêlas como smples relações contratuas, como resultado de atos de lberdade humana, já que assm perderiam o seu caráter e se dssolveram. Pelo contráro, o que parece é que elas restrngem essa lberdade, miltando contra os livres arranjos do consentimento que domnam a ordem polítca. É dcl argumentar, porém, que a natureza regule e ao mesmo tempo não regule certas relações na socedade cvil. A radical transrmação das relações entre homens e mulheres, bem como entre pas e lhos, a conseqüênca nevitável do êxito da nova polítca de permssvidade. Sera o caso de dzer, com certo exagero, que os prmeros mestres do estado de natureza prestaram pouca atenção à teleologa natual do sexo, já que estavam prmordialmente preocupados com a análse exaustva das lsas aparêncas da teleologa nos auas arranjos políticos. (Entendo por teleologa nada mas do que a observação vdente, cotidana, do sentdo de naldade, que pode ser apenas lusóro, mas que normalmente orenta a vda humana, do gênero que todos vemos no processo de reprodução.) Hobbes e cke voltaram a sua enorme capacdade ntelectiva para a exploração dos mitos da soberana que protegiam regimes corruptos e interesseiros, como sucede no conto de Menênio: 139
O DECO DA CUTURA OCDETA
Certa vez, todos os membros do corpo humano se rebearam contra o ventre, e assim o acusaram: somente ee permanecia no meio do corpo como se ra um go, vadio e inativo, sempre ocupado em absorver os aimentos, sem jamais carregar a parte que he cabia do abor comum, enquanto todos os outros órgãos se ocupavam em ver, ouvir, pensar, dirigir, andar, sentir e paricipavam mutuamente, ca da um por sua pare, das exigências e desejos gerais de todo o corpo O venre respondeu ( ) aos membros descontenes, às pares rebedes que tinham inveja do que ee recebia, atamene co mo vós recriminais nossos senadores peo o de não serem iguais a vós ( ) É verdade, meus amigos corporais, que recebo primeiro todo o aimeno que é a causa de vos sa vida e é coisa justa, viso que sou o depósio e o armazém do corpo ineiro mas, se esais embra dos, eu o envio aravés dos rios de vosso sangue até a corte, o coração, aé o rono da razão e, graças aos conduos sinuosos do corpo humano, os nervos mais rtes e as menores veias inferiores recebem de mim essa ração necessária que hes permie viver E em bora odos ao mesmo empo, meus bons amigos " Assim a o ventre, prestai bem atenção ( ) Os senadores de Roma são esse bondoso ven re e vós sois os membros roosos Examinai bem esses consehos e suas edidas digeri em udo no interesse da coisa púbia, sereis obrigados a reco nhecer que os benecios gerais de que oais proce dem ou vêm de parte dees e de modo agum da pae de vós mesmos * ( aepeae oolo a cena Tauçã e F Ca e Ameia Cuna
Meei e Oca Mene Wiiam aepeae (Oba Cmpea) Cmpania Jé Aguia Eia Ri e Janei 199 do E
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A Rlçõ
Em ez esse conto orgânco", zeram uma escrção ra conal a legtmiae, que transrmou caa pessoa no juz e seus melores nteresse e le eu o reto e escoler go ernantes que se obrgaam a protegêlo, gno aos btos e pensar e e sentr que permtam que os patrícos, a pretex to o bem comum, usassem a plebe para satsção prpra Hobbes e Locke conceam à plebe o mesmo reto ao egoís o s goernaos se acam subornaos pela natureza aos goernantes na mea apenas em que estes cuem o bem aqueles bos poem estbelecer elberaamente um pacto, seguno o qual os nteresses e caa qual sejam protegos, mas jamas se connrão na consecução a suprema nal ae, como os rgãos o corpo e Menêno A polítca orgâ nca não exste; somente níuos, que se renem e se separam oluntaramente, sem se ferr Para Hobbes e Locke, a orem polítca conttursea por níuos, mas as unaes subpolítcas não seram em gran e me tngas Contaam com a míla como elemento ntermero entre o níuo e o Estao, em pare para subs ttur o que se pera com a eemente aesão à políta amor ntuto e seguro à propreae, à esposa e os lo mas capaz e contrabalançar com efcca o egoísmo puramene sco o que o stante e abstrato amor à ptra Alm o mas, preocupação com a segurança míla orece poeroso oto par a lealae ao sto, que a protege A nação, co o uma comune e fílas, uma frula que a re centemente aa certo n sos nos, mas altamente uoso ue seja el longo prazo, j que nela coexstem uas proposções cntrrs Como os pensaores polcs sempre ensn , aquele que tem autorae no regm pco caba por nrmar seus componenes Pela cnpç o cnrato socal, a natureza não tem naa a er cm reçõs e erarquas e, pela concep ção anteror, que z pare a antga losoa polítca, a natu reza eermnante A relções entr omens e muleres, pas 1
CLN A CLRA CNAL
lh trmiaa por um impulo aural ou ão prout clha e co? Na ltica, ritl a rlaçõ miliar ubpolítica u prpltica aptam para a cia o pr poltic u a arfiça ao pa u a cola o ta e atura r pltic ria itiramet a cia u iiu tm prtç uprao pr complto a rõ ciai l. E ratamo com proagoita ptic u cm hom mulhr. Na primira hipee a a tm a libra tabcr com o ouro a relaõ u mai lh agram a gua uma ruura prxitt atrir a ualur pçã trmia em larga mia a raõ tr hm mulhr. r imag clara rma goro aclaram a matéria. primira a au Eta a qual igifca uma coia car ara mpr mar utra muit ir ir igra ar um rt mbarca paagir caa a ara u caih. u l am a rit u utr rctia rlaçõ a br ifr muit i ca. rimir rrta a cia atiga o gu o Eta r. utra ua imag a rbah a a clmia u õ. rbah tale ruira um atr a caa ail ata pr i mm ata utr uir. a cmia tm a ablha rria ag uma raiha tm m uma ii trabalh u rut ara ual t trabaham m cmum a ara a clia uiat à tiç. Ccu rbah mr a clmia aiga. Clar t u huma a imag cr cm prci a ciae humaa j u hm tm m part um t. utamt r i ctu utiliam a iag uma u aimai icutm m liberam br tai utõ. hmm prlmtic. Na comuia mai chaa ao m a época iu h uma cia o hmm qu la a prcbr a tir u
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Rlçõ
seu desenvolvimento é tolhido por ser apenas uma parte de um conjunto e não um conjunto em si, ao passo que nas situações mais livres e independentes os omens sentem a aspiração de fdelidades incondicionais A tensão entre liberdade e fideli dade e as tentativas de conseguir a impossível união das duas constituem a eterna condição humana Nos atuais sistemas políticos, porém, onde os direitos precedem os deveres, a liberdade tem em definitivo a primazia sobre a comunidade, a mília e até a natureza É inevitável que o espírito de semelhante opção penetre em todos os domínios da stência A problemática humana é bem ilustrada pela paixão sexual e pelos sentimentos que a acompanham O sexo ou é encarado como um prazer do qual omens e mulheres podem zer o que lhes dá na vontade sendo matéria de liberdade individual seguir ou rejeitar suas conseqüências, as rmas que assumir a importância ou desimportância que tiver na vida Intrinsecamente, ao menos de acordo com pensadores como Hobbes e Locke, ele teria de dar precedêcia à necessidade natural objetiva, aos imperativos do amorprprio e da autopreservação Ora o sexo pode constituir de imediato uma lei total da vida, à qual se subordina a autopreservação e a qual o amor, o casameto e a criação de filhos são os mais iportantes Não pode ser as duas coisas E salta à vista o rumo que estamos seguido Agor, não é perfeitamnte correto dizer que a espécie humaa em geral está em condições de tratar o sexo como questão de livrearbítrio que de início não nos obriga a outras questões Num mundo em que a base natural da diferenciação sexual se esrangalou, a escolha, o arbítrio, é fácil para os homens, mas bem menos para as mulheres Seja no antigo estado de natureza, seja no atual, o homem pode sair de um econtro amorso e nunca mais se lembrar dele A mulher, contudo, pode ter um iho e até mesmo desejar têlo, como vai icando cada vez mais claro O sexo não representa portanto a mesma coisa para ele e para ela Esse é o camado drama 143
O DLIO DA ULTURA ODTAL
da mlher. Os tepos modernos prometiam igualdade para todos os seres huanos, e as mulheres levara a promessa a sério, rebelandose contra a velha ordem. Co o scesso delas, os homens também se libertaram das velhas repressões e as mlheres, liberadas e segndo carreras iguais, ainda sentem vontade de ter filhos, ainda qe não lhes assist base para reclamar qe os homens partilhem dessa vontade e assumam a responsablidade pelas crianças. A natureza, como vemos, pesa mais para elas. Na velha orde, estava sbordinadas ao homem e dependam dele, na ordem atual estão isoladas, sentindo lta do homem, mas não podem contar com sa ajda e se sentem ebaraçadas no livre desenvolvimento de sa personalidade. A proessa dos tempos modernos não se realzo para elas. A desntegração do ndo natral das relações miliares não i, em lara medida, antecipada e preparada pelos prmeiros pensadores modernos, embora tenham sgerido ma certa re rma da míla, refletndo m movimento contrrio à sjeição aos deveres e vorvel aos elementos que se entendia decorrerem da lvre expressão do sentmento pessoal. Para c e, a atordade paterna tradse em atoridade dos pas, não se acetando o direito natural o dvino de pai a mandar em carter permanente, e sim o do pai e da mãe a cidar dos lhos enqanto precsarem de qem cuide deles, por amor da liberdade das cranças o qe elas saberão reconhecer, atingida a maordade, ter sido para se próprio bem. Nada resta da reverncia para com o pai como símbolo do divino sobre a Terra, o representante inquestonvel da atoridade. Pelo contrro, lhos e ilhas reconhecerão qe se beneficiaram com o carnho dos pais, que os preparara para a liberdade de que ozam, e fcarão gratos, mas não tm qalqer dever de reci procidade, a não ser na medida em que pretendam deixar um modelo raovel de condta para com eles de seus próprios lhos. Se qisere, obedecerão ao pai para herdar os bens dele, se os possi, dos quais pode alis dspor à vontade. Do ponto 1
A Rlçõ
de vista dos ilhos, a mília conserva a valide com base nos princípios modernos e Locke prepara o caminho para a míla moderna, tocantemente descrita por Tocquville em A mocraca na Amérca
Até aqu, tudo bem Os flhos estão conrmados com a mília Mas, se bem me parece, o problema está no motvo que leva os pais a cuidar deles Os filhos podem dierles: o cês são rtes e nós somos acos, por isso é que nos dvem ajudar ocês são rcos e nós somos pobres Gastem seu d nheiro conosco Vocês sabem das coisas e nós não: ensinem a gente" Mas, por que irão o pai e a mãe fazer tantos sacrcios, sem qualquer recompensa? lve o cuidar dos filhos se ja um dver e a vida miliar reserve grandes alegrias, mas nada disso orece uma raão concludente quando estão em jogo os direitos e a autonomia individual O certo é que os lhos têm uma necessdade incondiconal de ajuda dos pais e a recebem, mas o mesmo não pode ser dito dos pais A crer em Locke, o que a situação presente parece confir mar, as mulheres sentem um ato nstntivo pelos lhos, o qual não se pode classicar como nteresse próprio ou cálculo, sendo a afeição entre mãe e lho, talve, o único vínculo social inegável Nem sempre o afeto é verdadeiro e sob certo esrço pode não stir, mas sempre constitui uma rça, como estamos vendo hoje Mas que dier do pai? Pode ser que ele ame imaginando sua própra eternidade através das gerações que dele descendem, mas é apenas imaginação, suscetível de ser minimiada por outras preocupações e outros cálculos, bem como pela perda de fé na continuação de seu nome por muito tempo no sistema democrátco, em que tudo muda Por isso, consideravase necessário que a mulher arranjasse e prendesse o homem com seus encantos e articios, caso contrário nada o induiria, por naturea, a abrir mão da liberdade pelos pesados dveres de chefe de mília As mulheres, contudo, não mais desejam desempenhar esse papel que, com muita justiça, julgam iníquo segundo os princípios que nos governam 15
O DÍNIO DA UTURA OIDNTA
Esboroou portanto o cimento ue matina a mília unida: já não são os filos ue partem mas os pais ue os abandonam. Elas já não querem assur comproissos incondicionais e perpétuos e bases desiguas e, seja lá o ue esperam, nada pode contribuir para que os omens, na sua maioria, dividam em termos iguais as responsabilidades da paternidade. A elvada percentagem de divórcios não passa do sintoma mais alarmante da desintegração. Nenuma destas conseüências advém da década de 60 do apelo à vaidade masculina ito pela publicidade na década de 50 ou de ualuer outro acontecimento supercial do tpo popcultura. Há mas de duzentos anos já ousseau via co aarme as sementes da desintegração da ília na sociedade liberal dedcando muito do seu gênio à tentativa de corrigr o problema. A seu ver a conexão crítca entre o omem e a muler estava sendo rompida pelo individualismo e, por sso, concentrou esrços teóricos e práticos para estimular neles o amor romântic. ez a mae da natureza a ual se tornara um palimpsesto de tão rapada pela crítica moderna convencendo ambos os sexos a admirar sua classicação teleolgca e principalente seu caráter complementar ue põe ovimento a áuina da vida cada ual diferente e indiensável ao outro, desde as prondezas d corpo até a alturas da ala. ousseau inspirou toda uma escola de cção e de poesa ue sobriveu co exaltação por ai de um século ao mes tempo ue os Bentam e os Mll se esrçavam para omoge neizar os sexos. Foi uma missã rica de signiicado pois a comuão uana estava em risco. No undo ele ueria persuadir as muleres a aceitar com liberdade o ue as distingue dos omens, assumindo então o rdo de u contrato postivo co a mília em oposição a u contrato negativo, individual e protetor com o Estado. Tocueville assimilou o tema e explcou a drença absoluta entre nções e os modos de ser do marido e da esposa na mília norteamercana, atri 146
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buindo o êxito do egime democático às mulhees, que livemente escolham seu destino Estabelecia aliás um contaste com a desodem, ou melho, com o caos da Euopa, que atibuía à incompeeensão ou à má aplicação do pincpo da iguadade, que no passa de uma abstação se não estive imbudo dos impeativos da natueza Todo esse esço hou e hoje enece as mulhees, como uma tentativa de aancalhe dieitos gaantidos a todos os sees humanos, quando não as dexa indientes, como algo ieevante numa época em que zem exatamente as mesmas coisas que os homens e enentam as mesmas dificuldades paa gaant a independência Rousseau, Tocqueville e todos os outos só possuem atualmente impotância históica e, na me lho das hipóteses, sevem paa nos ofeece uma atenativa séia paa a análise de nossa situação O amo omântco é hoje tão estanho aos noteameicanos como os cavaeios andantes, não se espeando que um apaz coteje uma moça como não se espea que envegue amadua, não só poque é mpópio, mas poque seia onsivo paa as moças Conme a exclamação de um aluno meu, com a apovação dos coleas ''Que espea que eu ça Toca guitaa à janela de uma gaota Ea um absudo total paa ele Mas, como se veia, os pais deste apaz eam divociados, motivo pelo qual ele manistava seu desgosto com ncoeente veemência, cumpindo o rito da atualdade pela posse de azes Rousseau nos ajuda neste passo, ao expo deciddamente a ça desse ito tendo em mente que a discussão das aízes é uma evasão No mo, omance pedagógico, há uma passagem que sempe me acode ao olha paa os meus alunos, no contexto dos entendimentos do meste com os pais do puplo cuja educação plena ele vai assumi e na lta de qualque elação ogânca entre maidos e esposas, ente pais e ilhos, depos de terem passado pelo solvente da teoia e da pática modenas 17
O DÍIO DA UTURA OIDTA
Gostaria que o pupilo e o diretor se considerassem tão inseparáveis como se a sorte de cada um sse para eles, sempre, um objetivo comum ogo que imaginam a sua separação, logo que prevêem o momento que os vai tornar estranhos um ao outro, já são estranhos Cada qual cria seu pequeno sistema em separado e, pensando no tempo em que já não estarão juntos, só de modo relutante permanecem perto um do outro (mzo, p 53, ed Bloom, Basic Books, 199.) Aí está Todos têm seu pequeno sistema em separado" : a melhor descrição que eu encontro para o estado de espírito dos estudantes é a psicologia da separação A possibilidade da separação já constitui o to da separação, na medida em que as pessoas, hoje em dia, têm de planejar que são uma totalidade autosuciente, sem poderem correr o risco da interdependência A imaginação obriga todo mundo a encarar o dia da separação, para estudar como proceder, de modo que as energias que dveriam ser empregadas em projetos comuns são gastas na preparação para a independência Aquilo que, em caso de uma união, seria uma pedra undamental, tornase um obstáculo no caminho para a cisão Os objetivos de quem vive em comum, natural e necessariamente, hão de ser o bem comum, aceitandose as peculiaridades de cada qual Não existe entretanto bem comum para quem vai separarse Havendo uma opção, o caráter do relacionamento já se altera e quanto mais separação houver, mais haverá A morte do pai, da mãe, de um filho, do marido, da esposa ou de um amigo é sempre uma possibilidade, mas a separação é uma coisa muito diferente, já que representa uma repulsa proposital à exigência de reciprocidade a afeição, que é o núcleo dessas relações Podemos continuar vivos e em relação com os mortos que amávamos, mas não podemos continuar relacionados a uma pessoa viva e amada que já não ama nem quer ser amada Esta mudança constante nas areias de 148
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nosso deserto separação de lugares, pessoas, crenças produz o estado psíquico de natureza em que predominam a reserva e a timidez Somos solitários sociais
O Divórcio O sintoma mais aparente de nosso crescente isolamento, que por sua vez o agrava, é o divórcio Exerce pronda influência nas universidades, já que o número de estudantes lhos de pais divorciados aumenta cada vez mais, o que não só os afeta a eles mas também aos colegas e à atmosra em geral Nos Estados Unidos, o divórcio constitui a indicação mais palpável de que as pessoas não existem para viver juntas e que, embora queiram e precisem criar uma vontade geral a partir das vontades particulares, estas não zem senão reimporse Sentese um esrço, cada vez mais desesperado, no sentido de juntar de novo os cacos Mas é como procurar a quadratura do círculo, pois todos se amam em primeiro lugar e querem que os outros os amem mais do que a si mesmos É isso principalmente que os ilhos reclamam e que os pais começam a não aceitar Na lta de um bem comum ou de um objetivo comum, conrme diz ousseau, a desintegração da sociedade em vontades particulares é inevitável Neste caso, o egoísmo não corresponde a um vício moral ou a um pecado, mas sim a uma necessidade natral A ''minha geração e o ' 'narcisismo são meras descrições e não casas Não se pode acusar o selvagem solitário em estado de natureza por pensar antes de tudo em si mesmo, como não se pode culpar alguém que vive num mundo onde o primado do eu é por demais evidente nas instituições de base, onde o egoísmo original do estado de natureza perdura, onde a preocupação com o bem comum é hipócrita e onde a moralidade se aigura estar ancamente do lado do egoísmo Ou por outras palavras a preocupação com o autodesenvolvimento, a autoexpessão ou o crescimento, que 149
O DÍO DA UTURA ODTA
brotava em resultado da fé e do otimismo em uma harmonia preestabelecida entre essa preocupação e a sociedade ou comunidade, vem demonstrando ser cada vez mais iniiga da dita comunidade. A condicional afeição de um jovem aos pais divorciados é a mera recíproca do que para ele é a afeição condicional que eles lhe têm, diferindo completamente do clássico problema da dedicação à mília e a outras instituições que eram claramente devotadas a seus membros. Antigamente, a separação era por vezes necessária, mas sempre problemática, do ponto de vista moral. Atualmente é normal, residindo aí outro motivo por que a literatura clássica é estranha a tantos jovens, pois ela trata em larga medida da libertação de teses reais como a ília, a religião ou a pátria , ao passo que hoje em dia o movimento se dirige em direção oposta: a busca de teses próprias dotadas de validez. Podese repetir aos flhos que os pais têm o direito de viver a sua vida, que lhes darão tempo em qualidade e não em quantidade, que os amam de verdade mesmo após o divórcio, mas não acreditam. Pensam ter direito a uma atenção total, acham que os pais deve viver para eles. A separação volutária dos pais parecelhes pior do que a morte deles, justaente por ser voluntária. O capricho das vontades, a lta de orientação para o bem comum, a certeza de que poderiam ser diferentes, mas não são eis aí a origem da guerra de todos contra todos. As crianças aprendem a recear a escravização à vontade dos ouros e ao mesmo tempo sentem a necessidade de domiar essa vontade no contexto da mília, o único lugar onde se pressupunha que aprendessem o inverso. Por isso há tantas mílias infelizes. Mas não tem importância: o importante é a lição transmitida pela mília sobre a existência do único vínculo inquebrável, para o bem ou para o mal, entre seres humanos. A ruptura desse vínculo é com certeza o problema social mais urgente dos Estados nidos, embora ninguém se disponha a intervir nele. A vaga parece irresistível. De entre os vários tó 150
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picos da agenda daqueles interessados em promover a regeneração moral do país, jamais encontrei o casamento e o divórcio. A última vez que alguém mexeu no assunto i quando Jimmy Carter insistiu com os ncionários públicos federais que viviam juntos para que se casassem. Em contraposição, o primeiro presidente conservador eleito em meio século é divorciado e sua secretária de Saúde e Serviços Humanos, cargo ligado mais de perto aos problemas da mília, declarou que se conrtara com o exemplo dele por ocasião de seu rumoroso di vórcio. O professor universitário de ciências humanas nada pode zer em ce de certas desvantagens particulares, leves der mações da mentalidade nos alunos, em número cada vez maior, cujos pais são divorciados. Não tenho a menor dúvida de que o aproveitamento deles é igual ao dos outros em todas as ma térias especializadas, mas penso que não se acham tão abertos ao estudo da filosoia e da literatura a sério, como outros alunos são. Suponho que é porque têm menos interesse em me ditar no sentido de sua vida ou porque receiam abalar suas opiniões estabelecidas. Para que vivam com o caos de sua pró pria experiência, tendem a criar estruturas rígidas sobre o que é certo e errado e como deveriam levar a vida. Estão cheios de trivialidades desesperadas sobre autodeterminação, respeito aos direitos e decisões dos outros, a obrigação de materializar os próprios valores e compromissos etc. Tudo não passa de le camada de verniz sobre oceanos de dúvida e medo. Em geral, os jovens conseguem deszerse de hábitos por uma idéia excitante, já que têm pouco a perder. Não se trata de losoia, pois eles não zem idéia da extensão do que está em jogo, mas, neste período da vida, são capazes de passar por experiências inconvencionais, adquirindo convicções mais prondas e aprendendo coisas válidas para a vida inteira. No entanto, nos filhos de pais divorciados costuma estar ausente essa ousadia intelectual, j á que lhes lta a natural coniança da juventude no turo. O medo do isolamento e da afeição 151
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representa uma sombra sobre as perspectivas deles O entusias mo morreu em boa parte, substituído por autoproteção Da mesma rma, está algo prejudicada a conança aberta na ami zade, como exploração do bem Muitos hão de zer de sua consão no cosmos tema de reão e estudo Mas é uma saída perigosa e dá pena vêlos assim Na realidade, são vítimas Um tor adicional no estado de espírito desses jovens é o to de receberem tratamento psicológico Psicólogos pags pe los pais para que tudo decorra o mais indolor possível para eles, como parte de um divórcio perfeito, instruíramnos so bre o que devem sentir e pensar a respeito de si mesmos Se jamais houve um conto de interesses, aí está O divórcio rnde um bom dinheiro para os psicólogos, já que os divorciados i cam ansiosos para pôr m à corrida armamentista ou para sal var a civilização como nós a conhecemos" Ora, os psicólogos orecem boa parte da ideologia justiicativa do divórcio por exemplo, que é pior para as crianças permanecerem em casa em que há tensão, motivando assim os que pretendem es capar os pais a criar o ambiente mais desagradável pos sível Esses prossionais são inimigos jurados da culpa, adotando uma linguagem artifcial para os sentimentos artifi ciais que incutem nas crianças, os quais, infelizmente, não lhes permitem o domínio seguro e coisa alguma Evidentemente, nem todos os psicólogos que lidam com tais problemas se li mitam a zer o ete dos pais, mas a realidade do mercado e a lta de criatividade não dexam de inuenciar essa tera pia Anal, podese escolher um psicólogo como certos cató licos costumavam escolher um confessor Quando esses estudantes chegam à universidade, vêm cam baleantes dos eitos destrutivos da perda da fé e da ambígua fideliade que o divórcio provocou, bem como ensurdecidos por mentiras autodefensivas e hipocrisias expressas numa ter minologia pseudocientífica Quando muito, a moderna psico logia tem um conhecimento questionável do espírito humano Nela não há lugar para a superioridade natural da vida filosó 152
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fica nem paa o significado da educação. Conseqüentemente, as cianças impegnadas de semeante psicologia vivem num inasubsoo e têm de ze muita ça paa cega até a cavena, ou mundo do senso comum, que é o começo apopiado paa que acancem a sabedoia. Não têm coniança no que sentem e vêem e a ideoogia que es incutiam não popociona uma azão, mas uma acionaização paa a sua timidez. Esses estudantes são o símbolo dos poblemas poítico inteectuais do nosso tepo. Repesentam, em ma extrema, o tubião espiitua posto em movimento pela peda de contato com outros sees humanos e com a odem natua das coisas. Mas todos os alunos são afetados, na pática do diaadia, inconscientes de que sua situação é peculia, uma vez que a educação não les oece pespectivas.
O Amor O meho ponto de entada no especialíssio mundo abita do peos estudantes de nossos dias é o to espantoso de eles não costumaem dizer, no que antigamente se camava casos de amor, Eu te amo", Sempe te amarei". Um dees me con tou que a, caro, ' 'u te amo paa as amiguinas, ' 'quando estamos rompendo". É dessa rma limpa e fácil que ees rompem, sem danos nem defeitos. Entendese que isso é moraidade, espeito pea ibedade dos outos. Pode se que não çam declaações de amo por onesti dade. Não sentem amo, estão tão acostumados ao sexo que o conundem com o amo, muito peocupados com seu pópio destino paa se deixaem sacifica pea oucua altuísta do amo, o útimo dos autênticos natismos. Depois, temos a avesão à ta bagage istóica do amo o pape os se xos, as muheres convetidas em coisa possuída, em objetos, sem espeito pela sua autodeteminação. Os jovens de oje te mem assumir compomissos e o caso é que o amo é compo 53
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misso e muito mais Compomisso é palaa inentada em nossa abstata modenidade paa taduzi a ausência de motios eais paa a dedicação moal O compomisso é gatuito, imotiado, já que as edadeias paixões são todas baixas e egoístas Alguém pode se sexualmente ataído, mas isso, pelo que hoje se pensa, não oece motio suciente paa que sinta um inteesse edadeio e duadouo po outem Os joens, e não só eles, êm estudando e paticando um Eos demado, já incapaz de leanta ôo e despoido do anseio da etenidade, bem como da intuição da nossa lação ao se São kantianos páticos: tudo que estie maculado de luxúia ou de paze não pode se moal Mas não descobiam a pua moalidade, que continua a se uma categoia azia utilizada paa desacedita todas as inclinações substanciais que um dia am moalizantes. A demasiada ênse na autenticidade tonou impossíel conia nos pópios instintos e a demasiada seiedade a espeito do sexo tonou impossíel lea o sexo a séio Rapazes e moças desconfiam demasiadamente do eotismo paa que dele çam o indicado de um umo de ida uando se dá um casamento, o nomal é que não esulte da decisão, da ontade consciente de assumi as espectias esponsabilidades O casal já iia junto há bastante tempo e, po um pocesso quase impeceptíel, descobiamse casados, tanto po coneniência como po paixão, tanto negatia como positiamente (na edade, sem que espeem ze muito melho, pois olham à sua olta e êem a pecaiedade de todos os aanjos) Em pate, a incapacidade paa assumi compomissos sexuais esulta de uma ideologia dos sentimentos Os joens sempe me lam acionalmente sobe o ciúme, a possessiidade e seus sonhos paa o tuo Sonhos paa o tuo com um companheio ou companheia não têm, pois isso seia impo um sistema ígido e autoitáio ao tuo, o qual tem de emegi de modo espontâneo Ou seja, não peêem tuo algum ou então o tuo que imaginaiam com natualidade lhes es 15
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tá poibido pela eigão atua coo sexista. Da esa a, po que otio haeia algué de sentir ciúe se copanheiro ou a copanheia anté elações sexuas co outa pessoa Que é séio, hoje e dia, não ça os senti entos dos outos. O eso se diga da possessiidade. Quando escuto coisas assi, todas tão sensatas e concodes co ua sociedade ibera, penso esta diante de robôs. Se melhante ideologia só nciona paa gente que jaais exper entou sentientos, que jaais aou, que se abstau da tra da ida. São prodgios da azão que jaais terão de recear destino de Otelo. Mata po ao Que que dizer isso? a ez a apatia deles epresente ua supressão dos sententos o edo de se feido, as tabé pode ser aquio que é. Ta ez o gêneo huano, ua ez digerida a incopatibiida dos fins, tenha desenoido outa espécie de aa. Nenh das possibiidades sexua que os estudantes realiza e er desconhecida. Mas, neles, a ta de paixão, de espeança, d desespero, o sentido da igaldade ente o amor e a rte para i incopeense. Ao er u casal de joens qe era e cou durante todo o cuso da cudade se s pedi co u aperto de ão e i cuidar da ida, fco cca Já não se aca encontos, esse esquelet peticao naoo. Os estudantes ie e ebanhos ou bandos, sem o tra diferenciação que os rebanhos tê quando n esã n co. É cao que os sees huanos pode te relações sexa a todo oento. Hoje e ia, poré, não esta nenu a conenções inentadas pea cilização paa substui ci paa orienta o acasalaeno e taez para encainhá. i gué sabe be que dee toa a iniciata, se haerá corteje e que seja cotejado, o que signiica tudo qui. á que ipoisa, já que os papéis desapaecea, e o ho paga caro po aalia a a atitue da ulher. Cupese ato, o qu poé não separa o casal da anada, à qu s dois olta iediataente coo ea anes, ndfeenciado Paa os hoens se tonou ais fácil obte satisção e u 155
ECLNI A CULTURA OCIENTAL
l nge e ser cortejas, deobrigao e r e as atençõe que nte era coi rir miliride é fácil, m alguma ntgen liin pel nerosio acerc eu de l Anigen, home igina etar l uler e pera er air pr io M épc que uler nã pi cprál r é uor D re, cero pc a bi l lt clin rnmlhe pr icil o ne e eprimir deejo ã, ulher etão flize c a libera rr cin inependene, é r q e en ua, que a lngo prz rr n qu ele el e que n e rr c e o n ep Dpre l n urr pnm que uler rr pr, é r i que l c nt lr oc, l nrári, úi e br o b iprein c qu el etã r cn pri cércio prn l r rpin ã quni r, o u epre é egrál, nã rrr c é i propíci à eprçã i b grn preã e uito brcrr r rr prbl e u ligaçã ar L n r or implic lg e rl in pii rene aen n pai l ilr, r, ugrin u prje e rl lig e e r culti, r r l urg preir iculde e e prcur r ofrt iluõ prfeião à i fn nturi no relcin l rca pp incene anio, r uir n rmiri e no rr ü pr jen enlio" u c o 156
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outro, tão bem captados nos flmes de Woody Aen Em de terminada cena, um casa, que acabaa de dormir jno pela primeira ez, armaa com todo o azio da dúida: Vamos ter uma lgaçã". Era uma noção típica da Uniersidade de Chicago na década de 50 do liro Multdã ltára de Daid Riesman O único equíoco estaa em estimular a idéia de que, ao oltarse mais para dentro, ao descer mais ndo do eu isoado, as pessoas ficarão menos solitárias O probe ma, contudo, não reside em que as pessoas não sejam bastan te autênticas, mas em que não tenham objetio comum, bem comum, compementaridade natura As personaidades não guardam relação com nada, motio pelo qua têm diiculda des de comunicação" O gregarismo, como o de animais em rebanho, todos o admtem Pasar ado a lado e se roçarem é gera, mas sentese o desejo e a necessidade de ago mais, de operar a transição do rebanho para a colméia, ond a interli gação existe realmente Por isso se elogia m a la a comunidade, raízes, a mília ampliada, ma n er transrmar sua personaidade indeterminada l rária, zangão ou rainha demasiadamente determ tendose à ordem hierárquica e à diisão do l pensáeis e odo e quaquer conjunto Eis aí a a a sr aões é tempo perdido, pois o conteúo da se esume n rótuo compromsso E também porque se fala nto de uniões": dada a ta de conjugação espirita, os er hu manos tentam renoar a conança em infruífe analga com mecanismos próprios dos irracionais Mas isso não nciona, já que a união de homens e mulheres sempre tem m elmento de opção deliberada, que essa analogia nega Basa cmpaar os in contáeis romances e lmes sobre a unão de homens com a dis cussão de Aristótees sobre a amizade na tca. A amizade, ta como o fenômeno correlato do amor, já não está ao noo al cance porque tanto uma coisa como a outra exgem noçõs da ama e da natureza que, por um conjunto de razões teóricas e políticas, nem podemos sequer considerar 15
O DEÍIO DA UTURA OIDETA
Confiar em ligações é lusório, porque se aseia numa contradição interna. As relações entre os sexos sempre ram dices, como o demonstra a aundante literatura sore choques entre homens e mulheres. Há com crteza ndamento legtimo para duvidar da sua convenência mútua, em ce do espectro das relações imagnáveis e exstentes entre amos desde o harém à Reúblca de Platão , restando saer se a natureza agu como madrasta ou se Deus, pensando melhor, atamancou a cração, como pensavam alguns românticos. Que o homem não feito para viver sozinho, muito em, mas quem feto para vver com ele? É por sso que homens e mulheres hesitavam antes de casar, ulgandose ndspensável o namoro para descorir se o casal era compatível e talvez para dar a amos trenamento ásico em compatbldade. Ninguém queria amarrarse para sempre a um cônuge impossvel. Não ostante, saam perfetamente o que deseavam um do outro. A questão era se consegui riam sso, mas agora o problema é muto mas o que se desea. O homem tnha de ganhar a vda e proteger a mulher e os filhos; a mulher cuidava da economa doméstca, do mardo e dos flhos. Mutas vezes as coisas não corram em para um ou para outro dos cônjuges, por incompetência ou preguiça no exercíco das nções. Por amor da ordem natural das coisas, as mulheres travestidas de Shaespeare, como Pórca e Rosalinda, são origadas a mascararse de homens, uma vez que os homens de verdade são ncapazes e dvem ser corrgdos. Situações destas só ocor rem em comédas e, não exstndo mulheres assm ntrépdas, o caso degenera em tragéda. Mesmo vestndo roupas de homem, respetam as convenções e, uma vez acertadas as coisas, voltam a ser mulheres e sumetemse aos homens, emora com a irônca e discreta consciência de que estão como que representando para manter uma ordem pratcável. O arrano implício no casamento, ainda que puramente convencional, ensinava aos casados o que esperar e o que se en 158
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tendia por satisção. Muito simplesmente, a mília era uma espécie de organismo político em miniatura, no qual a vontade do marido era a vontade do conjunto. A mulher podia inluenciar a vontade do marido, que se pressupunha inspirada no amor da esposa e dos ilhos. do isto se desintegrou e nada de concreto veio ocupar o seu lugar. Agora, todos receiam o pior. Em casa, reinam duas vontades iguais, sem princípio algum de mediação que as concilie nem tribunal de última insância. Mais, nenhuma vontade está cera de si mesma. É aqui que entra a ' 'ordenação das prioridades , principalmnte para as mulheres, que ainda não decidiram o que vem em primeiro lugar, a carreira ou ilhos. Não mais se criam pessoas para pensar que devem ver no casamento o primeiro objetivo, numa incerteza rtemente acentuada pelas estaísticas de dvórcio, o que implica que transportar odos os nossos ovos psicológicos na cesta do casameno é um grave risco. s objeivos e as vonades de homens e mulheres rnsrmse em lnhas paralelas e só uma imaginação prodigiosa poderia esperar que se encontrassem. A desarmonia dos ns útimos encontra expressão concreta na prossão da mulher, hoje idêntica à do homem. Em cada residência de gente instruída, com menos de 35 anos, há duas carreiras iguais, mas que não represenam meios para a nalidade da míia: são realizações pessoais. Neste país de nômades é bem provável que um dos cônjuges se veja obrigado ou tenha a oporunidade de conseguir emprego numa cidade dierene daquela em que trabalha o outro cônjuge. ue zer? Permanecer juntos, com um deles sacriicando a carreira pelo outro, viajar diariamente ou separarse. Nenhuma solução é satistória e, ainda mais, ninguém sabe o que vem depois. Que vale mais, o casamento ou a carreira? Esta mudou em termos qualitativos para a mlher nos últimos vinte anos e o conlito é agora invitável. Em conseqüência, soem prejuízo o casamento e a carreira. Há muto tempo que as mulheres da classe média, com o 159
O DEÍIO DA ULTURA OIDENTA
estímulo do marido, já vêm trabalhando, na idéia de que lhes cabia o direito de apliar a sua intelgênca superior e não de faer as vees de empregada doméstica Estava aí implícita a noção de que as proissões burguesas oreciam realmente a possibilidade de realiação do potencial humano, enquanto a mília e, princpalmente, o trabalho da mulher no lar perten ciam ao reino da necessidade, limitado e limtante Homens sérios e de boa consciência acreditavam que deviam estimular o desenvolvimento da esposa Com raras exceções, porém, am bos continuavam achando que a mília era da responsabili dade da mulher e que, em caso de possível conflito, ela se subordinara e abandonara a carreira Mas não havia seredade nisso e a mulher sabia Por fm o arranjo cou insustentável e logo se viu para que lado a ba lança se inclinaria Concordouse ue dona de casa não era ocupção que realiasse a mulher intelectualmente e que am bos têm direitos iguais Tornouse incrível a noção de ua vi da doméstca aproprada às mulheres Por que raão elas não hão e encarar suas carreiras tão a sério como os homens en caram as deles e leválos a encarálas com a mesma seriedade? As udanças econômicas suscitaram a necessidde do tra balho da mulher; a redução dos índces de mortalidade inn til queria dier que as mulheres não tinham que engravidar tantas vees nem dedicar tanto tempo ao parto e criação dos filhos, com o aumento de longevidade e a melhora das condi ções de sade, assim como a alteração das relações dentro da família signicava ser menos provável que elas se vissem cons tantemente ocupadas com os lhos e os netos Aos 5 anos descobriam que não tinham naa para faer, com mais 0 anos de marcar passo Tinham perdido o tempo de culdade e não estavam em condições de competir com os homens Aquela que pretenda ser mulher ao velho estilo encontrará muitas dicul dades, mesmo que esteja dsposta a enentar a hostilidade do meio O feminismo é rtíssimo e alterou rtemente a situa ção do casamento, sem orecer contudo novas alternativas 160
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A reação nsta, segundo a qual a justça mpõ pr ta dsão de todas as responsabldads dostcs, não consttu solução, as apenas u arranjo, dnundo a ded cação dos oens à prossão e a das ulrs à íl co o enrquecento de abas as partes pela dersdad e, usan do o eso arguento, co a agentação da da d cad um A questão de saber que acopana o outro m caso de eprego e outra cdade está por resoler , e todo cso consttu u ponto sensíel, ua nte de desconfnça d ressentento e u co potencal de gurra Al do mas, o acordo não decde nada sobre os los Quem a sacrfcar a carrera por eles? Antgamente, a mãe se dedcaa a eles se reseras, porque era o que aa de as portante na da A etade da atenção de dos equae agor à plna ten ção de u? Não se trata de ua fórula para descudr ds cranças? Co tas arranjos, a íla dexa d s um un dade e o casaento ra ua luta sem atrtos da qul fácl escapar, espcalnte no caso os oens É ua stóra sórdda É precso destrur alma do o e seu caráter ambcoso, belcoso, prottor posssso para lbertar as uleres da sua donação O mcso essa polmca denção da masculndade ou do rdor, que rmaa o ncleo natural d paxão na ala dos omns para pscolog dos antgos, paxão do ato da ldde tonouse o lão a nte da controsa ntr os sxos Co o dscdto do mcso consders posto qu os o ns cudm do lr sjm snsíes t con, par qu s dptm míl stuturda ctndo s ''lntos fmnnos" a su ntura Bndos à oda d Dustn Hoff n d Myl tp ndm s scols a pscologa popu lar, a telsão e o cnma o qu torna respetáel a utção A tendnca dos ons para encarar esta reducação co certo au uor as co aplcação, para etar a exatória etqueta de macsta e anter a pa co a esposa e as a 161
ELI A ULTURA IETAL
as Alás de to possível domesticar os homens, mas obrigálos a cidar" do lar é idia destinada ao acasso Destiada ao acasso porque na era do individualismo ninm ode ser rçado a ter espírito público e mito menos por m vm perdedo cada vez mais esse espírito Ademais, cidar" ma paixão o uma virtude não ma descrição A virtde vera a paixão, como a moderação governa a luxria a orae overna o medo Mas que paixão governa o car? Pderseia dizer a possessividade, mas a possessiviad ão oisa qe se overne no dia de hoje tem de ser erradiada O e se pretende m antídoto para o egoísmo atra mas pretensões não geram tos, por mais que o exija orsmo abstrato A velha ordem moral, por mais imperta sse ao menos encaminhavase para as virtdes pea va das aixões Se os homens se preocupavam consigo aa roravase alarar o âmbito dessa aopreocpação ara ir otras, em vez de obriálos a deixar de se preor si Tetar zêlo tirânico e ao mesmo tempo a a vrdadeira ordem política ou social reclama que a alma sa omo ma catedral tica, com tensões e compsõs ítas e ajdem a matêla de p O moralismo abstrat da crtos echos de abada trata de retirlos e deoi lpa a atrea das pedras e da estrutra qando desmoroa O maloro da aricltra no coletivismo socialista orec sto beo exempo pois m motivo imaginário toma o ar de m motivo real e, quando o imaginário lha em pror o eito real qem não i motivado por ee recee as cas e perseido Nas qestões miliares, quando se etea e os homens eram rtemente motivados pela propriedade, a sabedoria antiga procurava ligar o interesse pela míia a esse motvo: admitiase e estimlavase o homem a ecarar a mília como sa propriedade, de modo qe ele cuidava da primeira como instintivamente cidava da segnda O conceito era ecaz embora apresentasse desvantaens do ponto de vista da justiça Quando a esposa e os filhos chegam 162
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junto do marido e do pai, exclamando Nós não somos sua propriedade, mas fins em nós mesmos e exigimos ser tratados como tal", o observado anônimo fia ipessionado Mas a dificuldade surge quando a esposa s ilhos reclamam depois que o homem continue a idar deles como dantes, exa tamente quando demonstram que estão cuidando de si mesmos São conta a otivação imperfeita do pai e pedem que a sbsttua miraculosamente por outra pura, da qual queem se apo veitar para seus própios fins De modo quase inevitável ele reduz a ambição de possuir bens, deixa de se um pai e se on vete de novo em mero homem, e vez de se transma m deus providenial, como outros lhe pede que seja O que há de intoleável na pi, oo o deosta Platão, é a exigêia feita as omes paa que abadone a tera, o dinheio, a esposa os fihs por am do bem pblio A espeana está em te ua iade feliz onstituda inteiraente po homens infelizes Exigênias semelhantes são itas hoje, e uma época de moral elaxada e satisão pópria Platão já ensinava que, por mais louvável que a justia seja, não devemos espear prodgios de vitude de pessoas omuns É melhor uma cidade real maculada po motivaes egostas do e ma que não pode xisti senão e palavas e que promove ma verdadeira tirania Não estou aqui argumentando a vor dos aajos miliaes antigos ou que deveramos restaeleêlos nsisto apenas em que não devemos obscuecer a visão a ponto de acreditar que haja altenativas praticáveis que os sustitam, só poque necessitamos delas O afeto especial ds ães pelos flhos istiu e, em certa edida ainda existe, seja ora da natureza ou da ciação, mas que os pais venham a te exatamente o mesmo gêneo de afeto é oisa bem menos evidente Podemos insisti nisso, as, se a natureza não oopea, todos os nossos esrços serão vãos A biologia obriga as mhees a tiar licençasmatenidade a lei pode evar os hoens a tirar licençaspatenidade, as não onsege origálos a te os desejados 63
O DÍIO DA UTURA OIDTA
sentimentos. Só o mais férti dos ideóogos não ogaria ver a difeença entre os dois tipos de icença e o caáte fictcio e algo ridículo do segundo tipo. A ei permitirá que os seios do homem seam iguais aos da muher, mas enchêos de leite é que não consegue. O apego da mãe aos ihos há de ser substituído, ao menos em parte, por notas promissórias sobre o apego do pai. Serão resgatadas Ou cada um de nós não constitui um pequeno sistema bancário psicoógico em separado Da mesma rma, não podendo confar nos homens, as mulheres ram obrigadas a procurar os meios da sua independência, o que por sua vez deu a eles um pretexto para se preocuparem menos com o bemestar das. A mulher dependente e aca tornase realmente vulneável e fica à mecê dos homens, situação que a muitos deixa satisfeitos. No entanto, a receia prescrita agora para curar a irreponabilidade dees vai zêlos mais irresponsáveis Por otro lado, a mulher independente tem muit menos moo para arar um homem que cuide dela e dos lhos Dentro da mema ordem de idéias, escutei peo rádio uma mulher tenentecorone explcando que o único obstáculo à plena igaldade no meo militar era a proteção maculina. Portano, ra com ea! No entanto, a proteção do homens, com base no orgulho e no desejo de acançar a glória, dendendo a honra e a vida de ma ruborizada mulher, era ma rma de anidade e uma armação de egoísmo submado Nos das que correm, por ue e um homem iria arriscar a da proegendo uma campeã de aratê que sabe peritamene ue parte da anatomia acla angir em sua própria defesa Onde está o sucedâ neo para o pos de afinidade ou correação que vêm endo demanelado em nome da nova justiça? Toda a rermas contribuíram para espanar os dentes das nosa engrenagens, as quais portanto á não rodam: giram à oa, lado a lado, incapazes de colocar em movimento a máuina ocial É ete exercício de tiidade que deve mee 16
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cer a análise dos jovens que pensam no turo As muleres vivem lizes com o sucesso que zem, as novas oportunidades, a agenda de compromissos, sua superioridade moral Mas, por baixo de tudo, resta a consciência mais ou menos alerta de que ainda constituem seres duais por natureza, capazes de zer a maior parte das coisas que os homens zem e também desejosas de er filhos Poderiam ter outrs expectativas, mas o que elas realmente querem é zer carreira prossional, como um dever, cuidando ao mesmo tempo dos ilos, sozinhas E é provável que aconteça o que elas esperam e planejam Os homens não têm nenhuma das atuais vantagens ideológicas das muleres, mas podem decidir não participar sem grande esrço Nas relações com o sexo oposto, pouco têm a dizer, pois, convencidos da injustiça da vela ordem, da qual ram responsáveis, e praticamente incapazes de alterar o rumo do carro da História, prestam ouvidos ao que se quer, procuram ajustarse, mas estão prontos a escapar de um momnto para outro Aspiram pela ligação, mas a situação é muito consa Antecipam um imenso investimento de energia emocional que pode ou não terminar em bancarrota, no sacricio da carreira profissional, sem a menor certeza quanto à recompensa que terão, além de um vago estar untos" Neste meio tempo, desapareceu um dos mais rtes e velos motivos para o casamento, já que hoje os homens têm a maior cilidade em apreciar o sexo, que antigamente só se gozava no casamento É estranho, mas o mais batido e estúpido clicê que as mães e pais estampavam nas orelhas das ilas ' 'Ele não a respeitará nem se casará com você se você r apressada e lhe der aquilo que ele quer vem afinal a ser a análise mais válida e penerante da atual situação As muleres podem dizer que não importa, queremhomens com motivos corretos ou sem motivo algm, mas todo mundo sabe, e elas melhor ainda, que não estão sendo sinceras 16
O DÍIO DA UTURA OIDTA
ros Ta é o quado sexua no campus. O eativiso na teoia e a ta de afinidade na pática não peite que os estudates pense e analise seu uo, paaisados dento dos iites do eu pesente e ateia á vão esungando vountaiaente o cateciso adotado, sucedneo do pensaento, que hes poete a savaão, as a fé é pouca Coo e disse u auno uito inteigente, ''Todos nós estaos indo co osessão ao poo, as sepe subios secos A etóica dos gays na cidade univesitáia confia isso: depois de todas as eivindicaões e queixas conta a ode einante Não a disciinaões conta nós, não cooque u poicia e cada doitóio, espeite a nossa oientaão vota convesa fiada do estio de vida Sata vista que todas as eaões se hoogeneiaa na indeteinaão O eotiso dos etudantes não convence Não é a divina oucua que Sócates eogiava, não é a instigante consciência da incopeentaão e do eso paa vencêa, não é a ga da natuea que cuta a u se pacia ecupea a sua totaidade na posse de oute, ou a u se tepoal aspia etenidade na pepetuaão do sangue e espeana de que todos os hoens ecodaão os seus atos, assi coo taé não é a conteplaão do eo O eotiso é u desconto, as u desconto que e si poete avio e afia a exceência das coisas Constitui a pova, sujetiva as incontovesa, da afinidade do hoe, po ipefeita que seja, pelos outos e peo conjunto da natuea Sua expessão caactestica é o assobo, nte da poesia e da filosoa Eos ecaa ousadia de seus devotos e oeece oa aão paa a ousadia: o anseio de copetaão é o anseio de educaão e seu estudo é educaão O conheciento que Sócates tinha da ignoncia é idêntico ao seu pefeito conheciento do eotiso O veeente desejo de convesa co ee, o qua se intensiicou depois da sua ote e peduou peos sécuos aa, deonstava 66
A Rlçõ
que ee i o ais necessitado e o ais possessivo dos aantes, o ais rico e o ais generoso dos aados. A vida sexua dos estudantes e o que reetem sobre ea aniqua aquee de sejo veeente, para ees incopreensíve. O reducionsmo rou bou a Eros seus poderes divnatórios, esmo porque os estudantes, não conando nele, não tê a enor reverência por s mesmos. Quase não hes resta u aço visíve entre o que aprendem sobre a educação sual e O Bauete de Platão. No entanto, soente de alturas tão perigosas é possíve observar a situação da perspectiva adequada. O to de a pers pectva j não ser digna de crédito d a edda da crse. Se reconhecemos edr e O Bauete coo obras que interpre ta nossas experiêncas, podeos estar certos de que as tive mos em sua penitude e que possuíos u mínimo de educação. Rousseau, ndador das mais inuentes ições reducionistas sobre Eros, diza que O Bauete sepre o livro dos naorados. Mas ainda h namorados? Eis o nó do probema educaciona. E todas as deais espécies, quando o anima atinge a puberdade, est dendo o que ser para sepre. Esse esgio é o fi evdente para o qua se drgem todo o cresciento e o aprendzado. A atividade do ania é a reprodução, na qua vive até o declíno. Pois no home a puberdade é apenas o coeço. A parte ais desenvovida e ais interessante do seu aprendzado, que é moral e inteectua, ve depois, estando ncorporada no desejo erótco quando rataos do hoe cilzado. O osto e portanto as opções dee se estabeecem durante essa educação sentienta", coo se o aprendizado tesse e sta sua sexuaidade. De ra recíproca, boa par te da energa para ta aprendizado prové, evidenteente, de sua sexualdade. Ningué considera aduto quem atingiu a pu berdade. Todos sabeos no ínto que é ongo o cainho até a dade aduta, quando temos condições de nos governaros e ser, verdadeiraente, pais e ães. Esse cainho representa 17
O DÍIO DA UTURA OIDTA
a pae séia da edcaão, na qal a sxalidade animal se ansma em sexalidade mana, em qe o insino cede lga à disinão ene a vedade, o bem e o belo. pedade não z o omem, como aconece com oos animais. Isso significa que a pae animal da sexualidade mana esá enelaada da maneia mais complexa com o nveis speioes da espiriualidae, a qal deve inspia o desejo, e qe a pae mais elicaa a educaão é mane os dois em amonia. Não peendo conece a ndo ese miséio, mas o sabe que não sei me maném aeno e asado das aais simplificações para os nômenos dese aspeco da naeza que ineelaciona o que emos de supeior e de infeio. Paa mim, os alunos mais ineessanes são aqueles que ainda não esolveram o problema sexual, que ainda são jovens e aé paecem mais novos o que a iade que êm, acediando eem ainda muia coisa a ve e muio que cescer, aina ingênos, ineesao pelos miséios em qe ainda não am oalmene iniciaos lguns jovens de ambos os sexos já são homens e mulheres aos ezesseis anos, sem nada paa apene em qesões eróicas. São adlos no senido de que já não mdaão uio e poeão vi a ser compeenes especialisas, mas de alma vazia. Para eles, o mndo é o mndo dos senidos, sem os aornos a imaginaão e sem ideais. O que a sabedoia sexual conspira paa genealiza é essa alma vazia. O exo fácil dos adolescenes secciona a ésia doada de luz que liga Eros à educaão, além do que m ed populaizao remaa o caso, apondo o selo da ciência sobe ma inereaão não eóica do sexo. O jovem cujos anseios sexais lhe inspiram os esdos de ma consciene o inconsciene em um ipo de expeiência muio diene daqele cjos moivos não se manifesam Uma viagem a loena o a enas é uma coisa para o jovem que espera enconar Beariz na Pone San rià, ou Sócaes no Ágoa, e oua muio difeene paa que vai sem al anseio premene. Ese aqi é meo isa, o ouro rocua complearse laube, mese da an 168
Rlõ
siedade no undo odeno, anda a ioaa Ea ova a u baile na oiedade ual de aisocaas decadenes, onde ela vê cabeceia da esa, só ene anos oens e ule
es, dobado sobe si, o ao ceio e o guadanao aaado ao escoço como ua ciança, um velho coia, babandose de olo de cane ina os olos injeados de sangue e usava equeno abico aaado co u laço peo Ea o adaso do aquês, o velo duque de avedie, anigo voio do conde dAois no eo das caçadas na casa de Vaudeuil do aquês de Con fians, e que, coo se sabia, ina sido aane da ainha Maia noniea, ene o seno de Coign e o seno de auzun evaa ua vida ineia de devassidão ele a de duelos, aosas no jogo, aos de mulees, devo ando a una e alaando oda a lia Aás da cadeia dele, u ciado, giandole ao ouvido, indicava os aos, aa os quais ele aonava e voz balbu ciane E no enano os olos de Ea não se asava do velo, de boca abea coo que encaa algo de ex aodináio e de auguso Ele vivea na coe e doia na caa de ainas Ouos via aenas u velo epulsivo, as Ea via o ancien régie Ea ua visão ais peia, ois o ceo é que o ancien régie exisiu, ceio de isóias de ao O liia do esene de oje não nos ensina isso, se a veeência qu nos deixa insaisfeios A veeência, a ansiedade é o que ais la aos esudanes, oque e nossas ãos as belas unas da adição fcaa senis Exigese iaginação aa esaua les a juvenude, a beleza e a vialidade, aa deois seni a sua insiaço O esudane que caçoava da idéia de oca guiaa debaio 169
O DÍIO DA UTURA OIDTA
da janela de uma garota jamais vai ler ou escrever poesia com ela no coração. O Eros deituoso dele não consegue incutirle a imagem do belo na alma. Muitos estudantes costumavam cegar à universidade sica e espiritualmente virgens, esperando perder aí a inocência. A sensualidade estava presente em tudo que pensavam e ziam. Mas não sabiam bem o que desejavam. A gama de satisções que o desejo les impuna variava desde prostitutas até Platão ou do criminoso ao sublime, mas queria aprender e tudo o que liam nos cursos de ciências umanas e ciências sociais podia servirles de nte de saber para seu soimento e de senda para a respectiva cura. Essa tensão poderosa, essa febre de conecimento, era o que o prossor via nos olos daqueles que tanto o lisonjeavam por le demonstrar que precisavam dele. egravase por ter com que les matar a sede, com que les preencer o vazio, quando les citava Saeaspeare e Hege, em dada situação necessária, e eles se entusiasmavam. Saciados de corpo e alma com fáceis e estéreis satisções, os estudantes que oje cegam à universidade dificilmente caminam sobre ardins encantados: pasam pelas ruínas sem imaginar o que já existiu ali. Em estado de deação espiritual, não se dirgem à escoa superior em busca da totalidade. Os anos mais produivos do aprendizado, quando despontava a barba em Acibíades, são malbaratados pela precocidade artica e por uma sabedoria sostica adquirida na escola secundária ssou por perto o verdadeiro momento para a educação sexua e pouca gente z déia de como deveria ser. A recíproca ambém é verdadeira: a universidade não concebe ter de aender a essas necessidades, não acredita que as múmas posas no seu museu apelem aos visitanes ou que orror! vão para casa viver com eles. Os umanistas são solteironas bibliotecárias. Se bem o penso, o último momento férti em que estudantes e universidade estiveram à altura um do outro i por ocasião do debate sobre Freud, nas décadas 170
Rlçõ
d 0 d 50 rud anunciava uma auênica psicoogia, uma vrsão da aniga indagação dos fnômnos da ama ajusada ao paadar do omm modrno. a s imagina oj qu xciação, qu êmio sni quando a mina primira namorada coga d univrsidad m diss qu a orr do sino ra um smbolo fáico. ina obsssõs scras caram ralmn consas, mas udo corrspondu sridad qu u sprava rcbr no curso suprior. A scoa scundária ra ouro univrso. Não s supuna qu o snido das coisas sivss no o d qu u iria prdr a virgindad ou pnrar nos misérios do sr. Admirávl consão. Ana, caras na msa. A sujira dsaparcu da osoa da mn, promndo rud qu rsabcria a alma varia a sério o qu na s passass. Aé s considrava um novo Paão, aliás mlor, prmiindo qu voássmos a ogiar o óso grgo como su prcursor. Acabou conudo por s rvar uma psicologia sm a psiqu, iso é, sm a ama. Frud não du uma xpicação saisória para udo quano snimos. Os nômnos supriors são obrigaoriamn a rprssão d algo infrior, consiuindo o smbolo d ouro fnômno quaqur, não aquilo qu vrdadiramn são. O máximo qu uma visão udiana podia zr pos vrdadiros ansios incuais do omm i A Morte em Veneza, d Tomas ann, qu para os sprios rfinados não é á osso muio agradáv d ror. Arisós dizia qu á dois ponos culminans no omm, cada qua acompanado d innso prazr: o inrcurso sxua o ao d pnsar. A alma umana é uma spéci d paráboa m qu os fnômnos s spaam nr os dois cos, xpondo uma varidad uma ambigüidad ropicais. Frud só divisava um co na ama, o msmo qu os animais irracionais êm, ndos viso na coningência d picar odos os fnômnos mais compxos da psicologia m rmos d rprssão da socidad ouras vrsõs do ipo mágica d ndio. Na vrdad, não acrdiava na ama, mas sim no corpo, juno com su passivo insrumno d consciência, a mn. icou assim com a visão 171
O DÍIO DA UTURA OIDTA
ebotada paa os enôenos supeioes, coo é evidene a parti de suas gosseias obsevações sobe ae e ilosoa. Não ea apenas satisção sual que os estudantes procuava, as estivesse disso conscientes ou não tabé o conheciento de si esos, coisa que Feud não popociona. As pessoas descobria que o ''conhecete a ti eso dele as conduzia ao divã, onde esvaziava o tanque de cobustvel copriido, o qual se destnava a ipulsionála paa o vôo da opinião ao conheciento. Conhecete a ti eso" não signiicava paa Feud o luga do hoe que conhece deno da ode do conjunto das coisas. Há uito tepo que a psicologia acadêica perdeu o inteesse para os estuantes co vocação paa a losoa. A psicologia eudiana onouse ua indústia e entou na corrente da vida pública co ua posição igual à da engenhaia e à do sistea bancáio. Mas não orece aior inteesse intelectual do que eses . Teos de pocuar alhues por nós eso.
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P A R T
D O I S
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O NIHILISMO
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A Conexão Alemã Quando o sidnt onald agan chamou a nião So viétia d iméio do ma", até diitistas s juntaam ao co o d otsto onta uma tóia tão rovocadoa m outras oasis, agan diss u os Estados nidos a nião So viétia têm valores dints" (gro nosso) declaação que as msmas pssoas acolhm na io das hipóteses com silên io muitas vzs aovam a mim l stava dizndo a mes ma oisa nas duas vzes a dinça da ação a suas palavras dirnts nos intoduz ao nômno mais impotante, mais espantoso d nosso tmo, tanto mais oque passa quase ds pebido: agoa exist uma inguagem intiamente nova so bre o bem sobe o ma, a qal sug da tntativa de chegar aém do bm do ma" d nos imdi de la de maneia convita dssas catgoias esmo os que dploam a presen t situação moa o zm na óia inguagm qu exemli ica a dita situação A nova linguagm é a do ativismo dos valores constituin do uma mudança tão gand na mania de ve as coisas mo ais oticas como a gistada quando a eligião istã substituiu o aganismo gcoomano Uma nova inguagm t invaiavmnt um novo onto d vista e a ouai zação gadativa inonsint d novas aavas, ou d vas aavas mpgadas d novo modo, é sina sguo d oun 7
CLN A CULTURA CNTAL
da alteração na concepção do mundo A partir do momento em que uma geração após a morte de Hobbes os bispos passaram a lar abitualmente a linguagem do estado de natureza do contrto social e dos direitos cou claro que o filóso derrotara as autoridades eclesisticas que j não conseguiam entenderse como outrora Daí em diante tornouse ineit el que os modernos arcebispos de Canterbury não tiessem mais nada em comum com os antigos como a segunda liza bet ão tem com a primeira O qe coca os oidos contemporâneos na ase do president Ragn sobre o mal" era arrogância cultural dela a presão qu ele e os sados nios sabem o que são o bem proiiade do ocbulo à dignidade de outros esilos de ia e o espreo implícito por quem não compartila do oso esilo O corolrio político quer dizer que Rea gan o est diposo negociar A oposição entre o bem e o l eocil sendo caus e uerra Quem se interes sa pel rolo do conto" ac muito mais fcil reduzir a eão tr alores o qe enre o em e o mal alores são cegor em ssâcia ue eistem ndamenalmen e na igo o pso q mort real O termo alor e r a sjetii radical e toda a crença no bem l r cocee bsca a autopresera ção r od drr rltiio dos lores a grande liberão r o l com sua carga de erg rneis esrços que impli rr r r O m e o mal intrat l o gerr e a re press sel u isnemee aliiado co r íi/a d nos tirmo r orrcis coosco só por ser preciso tar de le lo rsto ânsia de debular as represões e de ier m mundo de paz e de licidade representa a pri meira inidde enre a ida dos norteamericanos e a filoso 76
xã mã
a alemã em sa rma mais avançada, qual deram expressão os críticos do discrso presidencial A moeda, porém, te duas es Admiramse a psoas que acreditam a ndo nos valores, poi a f itna ua preocupação consttem prova de autonoia, lberdad criatividade. São o contrário dos condecedent têm regra de coduta, tanto mais dignas de nota quato é certo qu ão provêm da tradição não se baseiam m ma ralidade que todo sejam capazes de ver nem deriva d uma ecasa racionalidade cofinada ao cálculo de inter maria. O tipos heróico e artísticos dedicamse a idea d briao róra: são antiburgueses. Os valore servem u u o buca de ma ispiração dirent, de nova oõ obr o bm e sobre o mal, pelo menos tão podroa o a a desecantadas, desmitificadas e deitologiaa a ra científca. Esta interpretação parece urr r u morrr plos valore é o mais nore dos ato o velho ralo o objetivismo eaqece a desão ao oo proóito. A natureza é idiferente ao em e ao mal e a itrprtaão humana preceita ma lei de vida segudo a natura. Desta rma, o emprego da lguag os valore lao para duas direções oostas: seguir a ha a menor riêcia e adotar osiões rtes e resouõ faia. Etamo porém iante de das dedções merat ifrt de uma premisa comm. Os valores não são dobro la razo e é inútil procrálos para encontrar a vrda o ua vida feliz. A bsca iniciada por Ulisse e oaa trê l anos chegou ao fim com a oserva aa a procrar Esta aleão i annaa N h anos, ao declarar Des está mort a a o b e o mal srgiam como valor do avia nhum deles racional ou objtivam f ao otro. Dissipouse de ma vz por toda a aar o aera da exitncia do bem e do mal. Para Nih a arof m paralelo poi igiiou a dcopoo da ltura a 177
O DÍIO DA TRA OIDTA
lncia das aspiraçes hmanas Deiava de ser possvel o desejável a ''anamnese socrática da vda Ela própria fico sem anamnese e, se hovess qalqe possiilidade de vida hmana no tro, teria de começar ela simples capacidade de viver ma vida nqestionada ver osocamente tornara se venenoso Resmindo, com sprema gravidade, ietzsche declaro ao homem moderno qe se estava despehando em qeda livre no aismo do nihilismo Talvez, depois de ter atra vessado essa terrvel epericia, eendoa até as fezes, ho vesse lgar para a esperança em ma nova era de criação de valores, para o srgimento de ovos deses Evidentemente, o alvo da crítica de ietzsche era a demo cracia moderna, pois o racioalismo e o igalitarismo repre sentam o oposto da criatividade Para o ilóso, o cotidiano da democracia eqvale reanimalização do homem a ver dade, já ningém acredita em coisa algma e todos perdem tempo traalhado e representando eneticamente para não ter de enentar o to, não contemplar o aismo Em ietzs che, o apelo revolta contra a democracia lierl é mais vio leto e radical do qe em Mar, além do to de ele acrescentar qe a esqerda, o socialismo, não representa o contráro do tipo especial de direita qe é o captalismo, mas antes a sa consmação A esqerda signca igaldade, a direita desigal dade O apelo de ietzsche parte da direta, mas ma direita nova, qe transcenda o captalismo e o socialismo, as rças qe movem o mndo Apesar disso, o talvez por casa disso, os modelos mais recentes de homem moderno, democrático e igalitáro encon tram mita coisa atraente na rma e nsa de ietzsche O sinal da rça da igaldade e do fracasso de etzsche na gerra contra ela é o to de ele ser agora mto mais conhec do e inflente entre a esqerda do qe entre a direta À primeira vista parece srpreendente, na medida em qe ietzsche procrava o etraordinário e não o ordinário, o de sigal e não o gal Scede qe o homem democrático gosta 178
oxão lmã
de ser lisonjeado, como todo governante, e as primitivas ver sões da teoria democrática não o lisonjeiam Explicavam a de mocracia como o regime no qal a gente mais ordinária receia proteção para a tentativa de alcançar ojetivos em ordiná rios, comns Regime ao mesmo tempo dominado pela opi nião púlica, em qe a regra geral era o denominador comm A democracia apresentavase como a mediocridade decente, comparada à corrpção esplêndida do antigo regime Mas é mito diferente m regime no qal se imagina qe todos os cidadãos sejam, no mínimo, potencialmente atônomos, cria dores de valores próprios O homem capaz de criar valores é o representante plasível de m homem om, representante esse qe em algns casos se torna praticamente inevitável no rela tivismo pop, já qe poqíssimas pessoas pensam qe são ma nlidade A respeitável e acessível noreza do homem há qe procrála na sca o na descoerta de ma vida feliz, mas na criação de m ' 'estilo de vida próprio, qe são inúmeros e todos incomparáveis Qem possi m estilo de vida" não está em competição nm é inferior a ningém e, portanto, z js à sa própria consideração e à dos otros Tdo isto se torno vlgar nos Estados nidos, onde as es colas mais poplares de psicologia e respectivas terapias acei tam a adoção de valores como o padrão da personalidade sadia A comédia de Woody Allen não passa de ma série de varia ções sore o tema do homem qe não possi m ''ego o ' 'identidade real e se jlga sperior às pessoas inatenticamente vaidosas porqe está cônscio de sa sitação e ao mesmo tem po inferior a elas porqe estão ajstadas" Esta psicologia de empréstimo vira lg nm compêndio, qe é a história de m homem voltado para os otros", em contraposição ao homem ' 'voltado para dentro , pressões poplarizadas por David Ries man em A Multdão Soltára, qe ele tomo de empréstimo de se analista, Erich romm, qe por sa vez as colhe (por exe plo, nnge Mensch na ora de m pensador realmente sério, Martin Heidegger, herdeiro de ietzsche
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O DÍIO DA UTURA OIDTA
iquei espantado ao ver Woody Allen ideólogo e ao sentir como a sua maneira de ver as coisas que lança raízes imediatas na mais pronda filosofia alemã se tornou normal no mercado norteamericano de espetáculos Um dos elos entre a Alemanha e os Estados Uidos, o psicólogo Bruno Bettelheim, na realidade desempenha o papel de um camafeu em
Zelig
Zelig é um homem que se converte literalmente em tudo que dele se espera republicano quando está com gente rica, bandido quando está com maosos, preto, chinês ou mulher quando está co negros, chineses ou mulheres Em si não é nada, apenas uma coleção de papéis ditados pelos outro Passa a zer tratamento psiquiátrico, ivitavelente, ficado ns a saber que ele já i ' 'voltado para a tradição , ou seja, pertencia a uma mília abobalhada de judeus rabínicos amigos da dança Ser voltado para a tradição" quer dizer orientarse por valores antigos, recebidos de antigas crenças, geralmente religiosas, que dão ao homem u papel que ele toa por superior ao que é Não é preciso dizer que já não é posível nem desej ável o retorno a esse velho odo de ajustameto e saúde aparente Pressupõese que a gte ria ao ver o judeu dançando, embora não esteja claro se rimos do ponto de vita da alienação ou da saúde Está claro qu o judeu é um pária categoria de Max Weber a que Hannah rendt du especial otoriedade, que aqui s importa como um estranho que tem uma compreensão espcial e íntima de quem está por dentro, ma cujo judaísmo não tem, em si, mérito algum Seu valor se define por aquilo que no momento o interesa e ele recupera a saúde quando se torna voltado para dentro", guindo eus verdadeiros instintos e criando valores prprios o ouvir alguém dizer que está um lindo dia, o que alta ao olhos, responde que não Por isso é levado triunlmente de volta ao hospital psiquiátrico por aqueles que antes procurara imitar e cujas opiniões agora combate É assim que a sociedade impõe seus valores ao criador o nal, começa a ler por sua conta e risco 180
A oão Almã
Mby ck obra sobre a qual haa debatdo anterormente sem a ter ldo, para mpressonar os outros A sandade dele uma combnação de ptulânca e de conscente tudade. As eqüentes comdas de Woody Allen dagnostcam nossos problemas como derados do relatsmo dos alores, pa ra os quas a cura a asseração dos alores A enorme rça dele resde na descrção do protagonsta conscente o papel, amas à ontae nele, nteressante porque tenta esrçadamente ser gual aos outros, que são rdículos por estarem nconscen tes da sua acudade Woody Allen, no entanto, deselegante e supercal desempenhando o seu udaísmo, que pelo sto não tem para ele qualquer gndae esprtual Als, ele lha por completo na representação do saudel homem drgo para entro, que não dertdo nem nteressante. Tratase a gura cuo contraste permte compreender e ulgar os ou tros, tal como os aarentos s se tornam rdículos em compa ração com o homem que conhece o erdadero alor do dnhero Mas o homem oltado para dentro de Allen est pu ra e smplesmente azo ou não exste, obrgano a gente a n dagar qual se a pronade da ntelgnca de seu crador. É neste ponto que nos eontamos com o nada, mas não dente que Allen o conheça Estar oltaos para entro uma promessa gualtra que nos permte menosprezar e rcula rzar o burgus" que na erdae emos à nossa olta Tudo sto nsgncante e espontaor, porque procura assegurarnos e que as angstas nlsmo que estamos soendo não passam e neuroses que poem ser curadas com uma peque na terapa e um pequn enrecmento da coluna Med bedade de Erch Fromm, apenas Dale Carnee com um pouco e creme e cultura da Europa Central em cma Lrese a alenação catlsta e a repressão purtana e tu do estar no melr s munos Woody Allen, porm, não tem na erae na a zer sbr star oltado para dentro, como não tem Resmn nem Fromm H que remntar a Hedegger para aprendr um pouco o sentdo dessa expressão 181
CLN A CULTURA CNTAL
Wy A ã chga e prto a ser tã divertido c K e reat l probla a séri se a ga ta pctra a esqra prgressista suciaria Zg ara pc c Hiter cj apel ase ão va a a r é para pssas vltaas para s trs" pra prgar a xprssã ivaet e pplariaa pr tr psicsscig alã There Aro para aas attrias" 2 as é resgata pr s pyctcu ex c* (O aro c Sti ca re xpcaçã st ivers itecta) Wy Ale s aja a fcar à vta c ihiis a aericail Eu st O tu sts igaete OK se ó aars p h jts a ítca as ivrsões a reigiã e toa a parte ctrs a gag iterigaa à revoção itschaa s vars igag cssra a a va prspctiva as cisa as s iprta avras c ' 'carisa ' 's t va" crss" itia" itas tras tas rvas a bra itsch fa hj part a gí ra aricaa bra ss icprsívis tat a t s as a s rfr as sss pais para ã lar s as Fars cs as atrs bati pap c trsta tx Atata e ct tr acaba sar a caa pr sr trafcat rgas Flite ti ha ft traa" rgti al Respsta: Ts s gê rs pscga ra ais trasacial as gosti ais i a Gstat" Agas éas aãs e prcisa ser tradias para gês para caír a bca pvo Q coisa xtrardi ria vr a trga o ag a via iteecta Oci ram exatamete mem equema, ma em a ra iura de Wdy Alle em O ofot, de ad Bertlui () Paródia da luçã latina du x ch a qual deigna a interveçã, numa peça de tear, de um ente brenatual deid p mei de um maquinimo que dá iepead dee a uma ituaçã gave do T
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xã lã
dente na Alemanha virar alo ão comum como o chiclete nas ruas dos Estados Uidos! to é que produziu efeto a quele taxista Encontraa dzia a sua identidade e apren dera a ostar de s mesm a eraão anteror teria encontrado Deus e aprendido a se esprezar como pecador problema reside no sentdo que el em do ego e não em qualquer pca do original ou no mal dtro de si Aqu vemos o j eto tpica mente americano de digerr o desespero europeu é nihilsmo com um nal felz A popularzação da ilosoa alemã nos Estados Uidos tem singular interesse para mim porque observei o processo durante a mha própria existência intelectual o que me z sentir pa recido com aluém que conheceu apoleã com seis anos As sisti a uma pansão do relativismo dos valores e seus derivados mito maior do que se poderia imainar Quem é que em 1920, acreditaria que a termiologia sociológica de Max Weber vi ria um dia a ser a lingagem dári dos Estados Unidos a ter ra dos filiseus a qual etrementes se tornou a mais poderosa naço do mundo? A autocompreensão de hippies yippies yup pi, panteras prelados e presidentes nconscentemente r mada por pesadores alemães de há meio século o sotaque de Herbert Marcuse transrmouse numa voz fanhosa do Meo Oeste a etiqueta echt Deutsch (puro alemão) i trocada por outra Made in America, e o novo estlo de vda amercano tornouse a versão tipo Disneylândia da República de Wemar para toda a mília Desta rma mnhas pesqusas reconduzramme inlutavel mente s oriens meio ocultas mas mpressionantes de tudo isso até um ânulo do qual posso observar em duas direçes em ente para a vda dos Estados Unidos em evolução e pa ra trás para a pronda reflexão flosófca que rompeu com a tradição da filosofa e a sepultou custa das mais imprev síveis conseqüências intelectuais morais e políticas É inds pensável conhecer esta história ntelectual scnante para que nos compreendamos e propomos a nós esmos alternatvas 18
O ECNIO A CUTURA OCIENTA
coi ah, povl convcr o hioriador iig d qu o ilco xrc fio obr a Hiória, d qu, gudo dizia Nizch, ''o maior ao ão pamo", ou o mudo gira m oro do ivor d ovo vaor, m ilêcio". Nizch ra um d ivor ó aida amo girado oro d, ma ropiadolh um ao a voz. O cário é o pácuo coi m vr como a cocpõ dl oraram riviai por mio do homm dmocráico, aioo por fiar com broqu d mréimo, m vr como a dmocracia i corrompida por opiiõ paadar raho. Laci miha primira via d oho a cário o mio do u dvovimo, uado a vida uivriária o Eado Uido oia a rvouão do pamo almão u ão aida ava rrvado ao ilcuai ério. Ao chgar à Uivridad d Chicago m mado da década d 40, ogo do da gurra, xprõ ai como juzo d vaor" ram ova, imiado a uma i promdo cocpõ proda. Na ára d ciêcia ociai ram grad a xpcaiva obr o icio d uma ova ra, m u o homm a ocidad riam mai bm comprdido do u a. O carár acadêmico do dparamo d ooa, com ua ada a modoogia poiivia, rovocara a migraão para a ciêcia ociai da poa irada a ra problmáica do humao. Doi auor domiavam, grado uiamo: Frud br. Rvrciava Marx, ma, como mpr acocu, ra pouco ido ão orinava iguém a lidar com o probma com qu ram o doamo. Embora io aida ão ja bm dido, ao Frud como br ram pador prodam ifuciado por Nizch, como ab odo aqu u cohc ióo ab o qu paava o mudo d gua amã o fa do éculo paado. É raho, ma o doi dividiram r i a máica picoógica a máica ocia d Nizch. Frud concrou 184
A oão Almã
o id, ou icociete, o exual equato motor do mai imortate feômeo eirituai, com a idia correlata de ublimaão e de euroe. eber itereaa mai o roblema do alore, o ael da religião a rmaão dele e a comuidade. m cojuto, Freud e eber ão a te imediata da liguagem com que tato o miliarizamo. Todo abiam que eram eadore de lígua alemã e que o roore que trmtiam ua liõe cottuíam um mito e regiado leãe do azimo e de americao que haiam tudado a lemha ate de itler, ou que haiam ido icíulo de tai emigrae. Não era roblema ara igu o to de tai idia rem alemã. Freud e eber faziam arte a grade tradião lia alemã aterior a itler, que todo reitaa. O rório Nietzche o era a ocaião muito reetado, j que eu eameto e dizia ter uma decocertate relaão com o cimo e muita gete imtica a Nietzche o mudo agloaxôio ode erceu a maior iêcia direta obre artita, tre o quai e detaca zra Poud ão e haia reeido bem cotra o rico do cimo e do atiemitimo, aida que Netzche tee loge de er atiemita. Eidete era o to de que o eameto alemão e oltara ara o atiracioalimo e o atilberalimo com Nietzche e aida mai com eidegger, ma todo charam o olho. oue alguma tetatia, uerciai, de acuar egel, Fichte e Nietzche or aquilo que e aou a lemaha, ma o retígio da tradião clica e do hitoricimo alemãe e mate. Meu rofeor, muito do quai gaharam fama, ão tedam ara a floofa e ão equiaam a te da oa liguagem e da oa categoria que emregaam. chaam que e trataa de decoberta cetífica como quaiquer outra, diga de utilizaão ara romoer oa decoberta. ram muito chegado a abtraõe e a geeralizaõe, corme tiha rito Tocquille. creditaam o rogreo da ciêcia e areciam talez haja aqui um ouco de baóia e de humor à rória cuta etar coecido de e acharem à beira de 185
O DÍIO DA UTURA OIDTA
uma ruura histórica nas ciêcias sociais equivalente quela verificada nos séclos 16 e 17 as ciências naturais com Galileu Keler Descartes e ewo a qual tornou as cincias soiais ineriores tão ouco imoraes como Tolomeu depois de Coérnico. Meus rofessores esavam literalmente ineriados com o inconsie e com os valores da mesma rma como davam po ro que o rogresso cienífico esaria relacionado ao rogesso social e olítico. Eram odos marxistas ou lierai aos do ew Deal. A guerra ontra a direia ra vencida inernamene nas urnas e em olíia xerna o amo de aalha. A quesão de rincíio mais decisiva stava solucionada A igualdade e a riência soial ziam agora are da ordem olíica lando enas comlear o rojeo democrático. A sicoria ria s indivíduos felizes tal oo a sociologia haveria de melhorar as sociedades ão acrdio que algum dess rossores rearasse no la do somio d Freud e ee uanto mais no ubjaene exremio NietzsheHeigger. Ou então se araram acharam que tinha mais ineresse iográfco do q cintífi o. Ainda hoje me esaa que a origem irraional d oda a ida consciene em Fru e omo a relaiviade de odo os valores em eer o lhes susiasse rolema nem quano ao otimismo no domíio da ciêia. reud semre i muio dúio acerca do uro da civilizaão e do ael da razão na ida huma Claro esá que não era adeo convico da democracia da igualdade. Quao a eer muio mai sério do que Freud em atéria de cincia moral e olíia vivia numa osfera d ragédia rmanente. iência wriana i exoa como uma vaga rovocação ora o cao das oi sas ficando ceramene os vaores além de seus limites. Era isso o que queria dizer a recáia ara não dizer imaginária distinção enre os e valores. m olíica a razão conduz à desumanidade da urocracia. eer julgava imossível referir a olíica racional olítica do comromisso irraional acrediando que a razão e a ciência em si eram tipos de valor 186
oxão mã
como quaquer outro, capaze de demotrar a ua rtu de, tedo am perddo o que empre a dtgura A polítca exga a pergoa e cotroláel potulação de alore emrelgoo e eber etaa atdo à luta do deue pe la poe do homem e da ocedade, com reultado mpreíe A razão peate produzra uma admtração muda, eíel e dealmada da coa, a qual ão e rmara a comudade em haera alore duradouro, a eação redudara a etrega egoíta ao prazere uperca, proa elmete a prátca polítca etmulara o atmo, edo o cao de dagar e ao homem ada retaram rça para a adoção de alore Tudo etaa o ar, em uma teodcéa para utetálo o eu trabalho A emplo de muta gete que a Alemaha eta a uêca de Netzche, eber pecebeu que tudo quato realmete cota para ó etaa ameaçado pela ua cocepçõe, edoo deprodo de recuro telectua e mora para goerar o turo Temo ecedade de alore, o qua por ua ez ecetam de uma cratdade humaa pecular que e etá etolado e, em últma hpótee, ão tem apoo ueral A própra aále cetífca coclu que a razão é mpotete, ao memo tempo que dole o horzote de proteção detro do qual o homem pode etabelecer crtéro de alor Não há a meor úda de que o relatmo do alore, cao e acredte a ua erdade, é altamete perturbador para o epírto e pergoo em termo polítco No olo ecatado do Etado Udo, cotudo, é reduzdo o epaço para o eo do trágco, pelo que o prmero adepto da oa cêca ocal acetaram jocoamete a oção de alor, crete de que ó pouíam excelete alore E, de repente, uma oa gera ção que ão e almetara da ata herdada do alore, que ra educada a dfereça loófca e cetíca ao bem e ao mal, urge pregado a adeão ao alore e eado ao elho amarga lção Podee er a magem da epatoa amercazação do pa 187
O DÍIO DA UTURA OIDTA
tos germânico na sorridente ce de ois Armstrong ao cantar a letra de sa bela música Mack the Kne Como se sabe, é a tradção da canção Mackie Messer, de A Ópera dos Três nténs, m monmento da cultra poplista da República de Weimar, escrito por dois heróis da esqerda artística, Bertold Brecht e Krt Weill Boa parte da integentsia norteamericana sente uma estranha nostalgia pelos anos imediatamente anteriores à ascensão de itler ao poder Menos conhecido da in telligentsia norteamricana é m arisma de Assim Falava Zaratustra, de Nietzsche, livro qe Brecht conhecia bem, intitlado Do Criminoso Pálido, o qal conta a história de m assassino nerótico, misteriosamente semelhante ao Raskolnikov de Crime e Castigo, qe ansiava pela ' 'volúpia da ca Este cenário para Mack the Kne é o início da atitde moral de serexpectativa, de esperar para ver o qe o vlcão do id vai expelir, qe prendia a atenção de Weimar e de seus admirdores americanos Tdo bem, desde qe não seja o scismo! Com rmstrong cantando, temos ma mensagem de massas, muito menos perigosa, mas não menos corrpta Desaparece toda noção de coisa estranha Parece cltra poplar, panamericana, zendo arte deste séclo ianqe, exatamene como relaxe (o contrário de crispado) se spõe ser ma noção da música de rock e não a tradção do Gelas senheit (tranqüilidade, sossego), de eidegger Já lá se ram o senso histórico e a distância em relação ao nosso tempo, as únicas vantagens da nostalgia de Weimar, ao mesmo tempo ue está atendida a presnção dos norteamricanos: a impressão de qe o cenário é nosso, de qe nada temos a aprender do passado A imagem está à vista na história intelectal dos stados Unidos, bastando sbstitir Mary McCarthy por ois Armstrong e annas Arendt por otte enya, o David Riesman por rmstrong e Erich romm or enya e assim por diante com toda a lista de honra dos intelectais norteamericanos Nossas estrelas vm cantando ma música qe lhes é incom 188
xã lmã
preensível, tradzida do original alemão com enorme scesso poplar, de amplas mas desconhecidas conseqüências Por de trás do pano, no entanto, os grandes letristas são ietzsche e Heidegger Resmindo, depois da gerra, enqanto os Estados Unidos expotavam as calças jeans para nir os jovens de todos os países, rma concreta de niversalismo democrático qe prod zi efeitos lieralizantes em mitos povos escravizados, estavam importando ma ropagem de ricação alemã para a sa mentalidade qe se chocava com tdo isso e lanço dúvidas sore a americanização do mndo em qe nos tínhamos en volvido, pensando qe sse om e estivesse em conrmida de com os direitos do homem O horizonte intelectal os Estados Unidos i mais rtemente alterado pelos pensado res alemães do qe o horizonte sico pelos arqitetos igal mente alemães ão pretendo com esta insistência no germanismo dar ma resposta chaviista à inflência estrangeira, procrar m intelectal alemão debaixo de caa cama, mas despertar a cons ciência da origem e do sentio do qe estamos dizendo e pensando, pois corremos o risco de esqecer A spremacia de ma nação clta sore otras menos dotadas, ainda qe os exércitos destas sejam mais poderosos, não é rara na expe riência hmana Os casos mais evidentes são a inflência da Grécia sore Roma e da França sore a Alemanha e a Rússia Mas é precisamente a diferença entre esses dois casos e o exem plo da Alemanha e dos Estados Unios qe tornam este últi mo tão prolemático para os noteameicanos Com efeito, a filosofia da Grécia e da França tinham alcance niversalis ta, pelando paa o so de cldae qe todos os homens de tod parte do mndo possem em potencial O qalificativo em filosofia rea é ma etiqeta sem valor essencial, como 3 Mies van der Rohe também i uma personalidade notória de Chicago antes mesmo de ter a possibilidade de projetar edicios, da mesma rma que a Bahaus i otro produto de Weimar, estreitamente ligado às correntes de pensamento a que me refiro.
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O ECNO A CLTRA OCENTA
o é e Iliio francê (O eo vale para Reaieto itaano, reaimeto e prova o arter aidetal da açõe e a iveridade do peadore grego) A vida reta e o regie jto e ele pregava ão oheia liite de raça, aioaldade, relgião o la, arado eta relação o o hoe eato hoem a própria deiição da looa Teo oiêia dio ado lao da iêia, ão havedo igé e le a ério de ia alemã, italiaa o iglea Por otro lado, ado ó, o orteaeriao, lao a ério de polítia, ereo dizer e oo priípio de liberdade e de igaldade e o direito e ele e baeia ão raioai e aplivei ode er e eja Na verdade, a Segda erra Mdial i projeo edaioal detiado a obrigar e ão aeiava ee priípio a zêlo Depoi de Hegel, poré, a looa alemã olooo e dúvida, edo erto haver erta relação etre polítia e loofia, a Aleaha O hitoriio eiava e o epírito e aha daealmete relaioado à hiória o à ltra O geraio, egdo o ai reete filóo aleãe, z parte eeial dele Para Nietzhe e repetivo epígoo, o valore ão prodo do epírito poplar e ó iporta a ee epírito Core j eioei, Heidegger dvida eo da poibilidade de radção ele, a tradçõe para o lati do tero floófio grego ão perfiai e ão traitem a eêia do origial O peaeto aleão ão tedia para a peração da própria ltra, oo o zia o peaeto atigo, a i para a reotitição da própria raíze, abalada pelo oopoliio iloófo e polítio Soo oo o iliorio de The Ghot (Geit) Goe Wet e traz aelo da meitabda Eóia para a eolarada Flórida, areetado aai e gôdola para dar or loal" Eolheo itea de peaeto e, a eplo de erto viho, ão viaja"; eolheo a rma de ver a oia e jaai poderia er a oa, poi oeça por ão gotar de ó e de oo objetivo Iagiavae e o Etado 190
oxão lmã
Unidos ssem uma nãocultura um conjunto de restos de au tênticas culturas interessado apenas na autopreseraão con rtáel num regime dedicado a um cosmopolitismo supercial no pensamento e nas realizaões O desejo pela produão ale mã constituía a proa de que não a entendíamos O caráter decisio dos poos e respectios alores decretado pelo histo ricismo de todos os gêneros principalmente pelo historicismo radical de Nietzsche f do caso alemão o oposto do caso grego Podese apurar a direna pela rma como Cícero trata Só crates em comparaão como o trata Nietzsche Aos olhos de Ccero Sócrates é um amigo e contemporâneo mas para Nietzs che é um inimigo e antigo Em ista do extremo Iluminismo uniersalista dos Estados Unidos nada deeria ser mais mal recebido por Nietzsche e Heidegger do que o nosso abrao Se o relatiismo dos alores se harmoniza com a democra cia eis uma questão que jamais alguém leantou As ciências sociais analisaram o nazismo como uma psicopatologia re sultante de personalidades autoritárias ou oltadas para os ou tros ou seja um caso para psiquiatras como o apresenta Woody Allen E negam que o pensamento mesmo qu tenha raízes ndas guarde qualquer relaão com o sucesso de Hi tler No entanto a Rpública de Weimar tão atraente na sua ersão de esquerda aos aericanos também continha pessoas inteligentes que pelo menos de início se deixaam atrair pelo scismo por motios muito semelhantes aos que inspiram os ideólogos da esquerda: rexões sobre autonomia e criaão de alores Uma ez mergulhados no abismo cessam as garan tias quanto à igualdade à democracia e ao socilismo Na me lhor das hipóteses a autonomia ou autodeterminaão é aga mas a criaão de alores sobretudo o seu caráter autoritário e religioso ou carismático parece militar contra o racionalis mo democrático As sagadas raízes da comunidade são con trárias aos direitos dos indiíduos e à tolerância liberal A noa religião deriada da comunidade e da cultura influenciaa as pessoas que obseraam as coisas da perspectia da criatii 191
O DÍIO DA UURA OIDA
dade a nclnarse para a dreta. Na esqerda somente exsta a armao segndo a qal Marx, após a revolo, ra exa tamete o e Netzsche prometa, ao passo qe na dreta se metava sobre o qe sabemos das condões da nventvdade. No fare otros comentáros sobre o período do hoje des azfcado Heegger, além de observar qe o reconhecmen to cada vez mas aberto de qe ele o pensador mas teressante este séclo, em temos passados condenado sm plesmente ao ostracsmo por ses város sbstttos, prova qe etamos brcado com go. O nteresse dele por novos de ses leoo, em sa cátera, assm como levara Netzsche, a exaltar a oderao e a rdclarzar a moralade. Ambos adaram a car aqela ambíga atmosfera de Wemar na qal os lberas fazam gra de patetas, e tdo era possível para gente qe etoava o elogo da ca nos cabarés. Pessoas de centes acostmaramse a ovr cosas qe antes as teram de xado horrorzadas e qe o oderam ser dtas em públco. ra evtável m escho racal na lta entre a dreta e a eserda na Reúblca e Wear. O grande stéro rese a afade de tdo sso com a mentaldade orteamercana, qe o recebe a esma ed cao nem a esma exerênca hstórca. Uma vez, Perre Hasser pôs e dúa e o ntástco scesso de Fred nos tados Uos se a splemente ao to de tantos de ses dscíplos se havem regado do nazsmo lá o se havera alga necessade especa dee em m aís qe poco nte resse lhe desertava. Dese garoto, em Chcago, mto me es pantava o to e Marshall Fel III herero a grande míla e comercantes, exemplo arqetípco do qe os weberanos chamam de étca protestante, ter so pscanalsado por Gre gory Zlboorg, m dos prmeros edano nflentes dos stados Unos, para se tornar adepto fervoroso das casas esqerdstas e erder rtnas em ornas dessa lnha. Está claro qe o poro do armazé esconda mas podres do qe nós sspetávamos havera algma cosa qe a atocompreen 192
xã lmã
são dos norteamericanos não reconhecera o satiszera de mo do sficiente? Uma vez convencidos da existência de m porão do qal os psiqiatras têm a chave, os americanos passaram a orientarse pelo ego, o centro misterioso, livre e ilimitado de nosso ser Todas as crenças emanam dele e não têm otra validez O ni hilismo e o desespero existencial qe o acompanha não repre sentam mais do qe ma pose para os americanos, mas, como a lingagem derivada do nihilismo se torno parte da sa ed cação e se insino na sa vida cotidiana, b scam a licida de de maneira determinada por tal lingagem Existe todo m arsenal de termos para lar sobre nada: ânsia, atorealização, consciência crescente e por aí adiante, qase até o innito ada de deinido, nada qe tenha m referente, como vimos em Al len e Riesman Sentese o esrço para dizer algma coisa, a procra de ma sbjetividade qe sabemos ter, mas contina a ser ma casa sem efeito O sbjetivo parece não gardar relação algma com o objetivo, qe se dissolve e se torna in rme à lz do sbjetivo, este por sa vez m pro váco ão qe o ada dos existencialistas o a egação dos hegelianos apele aos ovidos contemporâneos O nihilismo americano é m tipo de hmor, m desalento, ma vaga inqietação É ni hilismo sem o abismo ni ilismo como estado de espírito não se revela tanto na lta de crenças irmes como no caos dos instintos e paixões Já não se acredita em a hierarqia natral das variadas e contrastantes inclinações da alma e ríram as tradições qe ofe reciam m scedâneo para a natreza O espírito virou o pal co de ma companhia teatral qe mda de repertório constantemente às vezes ma tragédia, depois ma comé dia; m dia, amor, no otro dia, política e depois religião; agora cosmopolitismo e mais tarde raízes e lealdade; a cidade o a pátria; individalismo o comnidade, sentimentalismo o br talidade, sem princípio nem vontade qe imponha ordem hie rárqica em tdo isso esse palco podem atar todos os 193
ECLN A CULTURA CENTAL
tpo lugar, toda a raa ultura. Para itzh, o dado bail d taia da paixõ ra ao o tpo a atag, a datag da últia odridad. A datag, idt, a dopoião da uidad ou da proalidad", qu a logo prazo la à tropia píquia. A atag prada t qu a riquza a tão prt o pírito odro poa rir d ba para oa apla opõ do udo, qu lm a ério o qu at dtiaa à lata d lixo. E larga dida, gudo izh, lhat riquza oitia ilhar d ao d airaão rligioa hrdada ho iatifita. Ea poíl atag, otudo, ão xit par a utud ariaa, poi o dlíio do io pobrulh a apiraõ, poua oiêia tdo do logíquo paado qu itzh oaa trazia dtro d i. O qu la t agora é arahado d paixõ ulgar, qu lh atraa a oiêia oral oo u alidopio oorotio. ua utud gotita, ão d ra iioa, oo qu oh o b, o uto o obr por goío o rga, a porqu o go é tudo o u xit a toria atual qu lh ia. Paro ua péi d lag qu, dobrto atquizado por iiorio, ortra ao ritiaio r pritado tudo o u obrio at dpoi da rlaão. O o d qu a aioria da poa aai tria ouido falar d dipo ão Frud dria o fazr otar o uato ddo d oo iiorio ou itrdirio alã do qu abo obr Gréia, oa, udaío ritiaio. Fazr otar, aida , qu por ai prodo qu ohito a, a itrprtaão alã é apa ua u o iara o qu a opiião dl priao abr. urgt a tar d rfltir obr a dpdêia itltual qu o lou a taaho ipa. O diiorio xpliatio qu gu rprta ua pqua otribuião para tal prdito. 19
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Duas Revoluções e Dois Estados a Naturez Descori o ssolo da alma, exploálo e sntir atraã por seu conteúdo somrio sempe i a especialidade da Eropa ontinental Ânsias oscas, o evolve das indeiníveis a e de todas a coisas, são temas comns na liteatra ancea, alemã e ssa (antes da evolão) dos séclos 19 e 20 O intelectais opnham pondidade" eropéia a sper cialidade ameicana O espíito dos ameicanos, por assi dizer, ea constído se porão, estava mais conciliado co este mndo, ão se viciara em olha para além dele e não se ocecava com a idéia da irazoailidade da sa experiênci. Por isso, qando os ameicano se pderam dar ao uxo e eglhar na literatra eropéia, tal como na especiva cui áia, ltava saer se tinham verdadeiro apetite e como riam a digesão A qestão entre a Eroa Continental e os Estados nio pode ser resmida pela palavra rgs" Há mais de duzeo anos qe os lósos e artistas europes coninentais õ etiqeta de rgês ao novo homem do egime democric. Na origem, a palavra tradzia m ser diinuto, egotisa e a erialista, a qem ltava grandeza de caráer, manteno es conotaão negativa até a época aual, qe os americanos co� nhecem via ax No entanto, mito depois de Nietzsce mar e o tema já era aorrecido, os pensadors euroe 195
CLN A CULTURA CNTAL
couam obedado com o burguê que repreearia o pior o ma v aco da moderdade a exgr superação cue o ue cur. o eido mai pave o himo gica que o buru ahou e ue o uro prevíve he perece que udo uao e acha acma e abaxo dee é iuóro e que ee ermo vda ão vae a pea. Quer dizer oda a aerva ou correvo haram por exempo o deaimo o rommo o horcmo e o marxmo. Por ouro ado o amercao acredam em gera ue eu paí e reazado um rojeo democrco modero a bom e que pode er eevado em oda pare. auramee ão acam a i memo o ermo burguê" em a quem quer que eja. Preerem ccare como cae méda o que ão mca eum coedo mea deermado. Aé é agradve êo. O robem e a ca de pobre. A expreão ' 'cae méd o em ehum ooo como a paavra burguê a exemo de rocra ao heró ou ara odo bo com ceç ve de rero e ocaa. o Eado Uo eír reoua à voade e ão eramee aeio. odere é couída eo regme poíco baeado berdde e a guadade e porao o coemeo do erdo a ua e orou poíve graça a uma ova cc urea ue doma e coqua a aureza gero rerdde e aúde. Fo um projeo oóco raça eerdmee a maor rarmação que jama e eeuou reçõe do homem com eu emehae e com re. Rvouo merca uu a ema de govero r merco ue em era cram aeo com r edo cae de ver carmee o ue havam eo. õe de rcío oíco e de do iham ecoro ço de um ve or oda. uca ma era ecero r r roço e or o eedemo a mudaça do rcí dmea da emdde egudo a razão e orm ur d ca com recuro à ua armada cor ee ue aderem à veha ordem e à rma jua de 196
Du Rvoluçõ Do tdo d Ntuz
goerno Reoluão alara noa do oabulário olítio uja rimeira referênia em da eoluão Glorioa d 1688 na Inglaterra, feita em nome d boa arte do riníio da Reoluão Aeriana tem a er om o moimnto do ol da noit ara o dia A Roluão Franea laiada or Kant omo uma noa alorada i um aontmento muito mai imortante ao olho do mundo de então já ue enolia uma da dua grande otênia da éoa, a erdadeira eola da Euroa om um do oo mai antigo e iilizado Foi deenadeada ara imlantar a liberdade e a igualdade tal ual a reoluõe inglea e ameriana Daa a imreão de ter omltado o triun irreitíel do roeto da moderna filooa dando a roa final da teodiéia dauele doi riníio Ao ontrário da ue a reederam no ntanto deu origem a uma inante ueão de intrretaõe rooando reaõ m todo o entido u etão longe de e egotar De omeo a dirita em eu únio ntid artido ue e oõe à igualdade não à eonôma aldde de direito ueria oltar atrá da olu do Trono e do Altar, reaão ue are tr dad u piro com rncio Frano em 1975. Outra r d com se ea e progreita airaa a riar a ir no mundo uma noa eéie de deigualdade uma noa aritoraia euroéia ou germânia ma i elo are m rlim no ano de 1945. A euerda dejoa de omletar a eoluão abolindo a roriedade riada ainda etá bem ia a j amai oneguiu zer io no aí mai influeniado la Rolução ranea, artiularmente a Frana eria anal o ntro, a oluão burguea a air enedor ao m de tanta rana e deiluõe, tanto na Frana omo na Alemanha Áutria Bélgia Itália Eanha e ortugal, onrme uedera na Inglaterra e no Etado Unido A última eronalidad d releo a odiar o burguee morreram uae ao memo tem 197
DECÍNI DA CUURA CIDENA
po: Sartre, o general de Galle e Heidegger (Os americanos não têm a perfeita noção de qe o ódio ao brgês lavra tanto na direita como na esqerda) Seria de esperar ma certa repercssão litrária, já qe a agressão ao brgês é qase m reflexo enre os escritores e só se desaprende com mita dificldade, como se vi qando tantos continaram a fazêlo, desconhecendo os nazistas e os comnistas qe os cercavam Para maer viva essa chama, mitos literatos consideraram Hitler m fenômeno brgês, interpretação qe impingiram à rça de reetição Pode ser q não tenhamos mais revolções nem metasicas qe as jstifiqem, destinadas a retificar os erros percebi dos da Rvolção Francesa, mas a reconciliação com a realidade é mais tigada do qe entsiástica Recorro à palavra percebios" porqe, com base nas várias leitras da Revolção Francesa, de monárqicos, católicos, liberais, socialistas, robespierreanos, bonapartistas, qe não eram ociosos exercícios acaêmicos, mas obras modeladoras e criadoras de vida, Nitzs che concli não haver no caso m texto, mas apenas interpretações Semelhate observação consiti a ase a opinião poplar em crso segndo a qal o é não existe, mas somente a perspectiva de vir a ser, a percepção eqivale à realidade, as coisas são aqilo qe se percebe qe são Tratase de ma opi nião, claro está, aliada à noção de qe o homem é m se capaz e criar valores, mas ão de descobrir o bem ão srpreende qe a origem dela, ao menos em parte, esteja nos grades acontecimentos da políica moderna O esencontro entre os Estados nidos e a Eropa Continental reside em qe, ode os americanos viam ma solção, os eropes viam m problema: enqanto a Revolção Ame ricana prodzi ma realidade histórica clara e na, a Revolção Francesa gero ma série de qestões e prolemas, ainda qe os americanos tendam a encarála com indlgência Representava o lado om, parecido com o nosso, mas não con segi criar para ele ma estrtra institcional estável argos 198
Du Rvoluçõ Do o Nuz
egmento da opinião intelectal eropéia, aliá o mai in ente, conideraam a olão Francea m frcao, não porqe não tiee êxito no eabelecimento de ma democra cia liberal, ma por ter ido deaiadamene bemcedida na criaão do tio liberal democrático ito é, o brgê e na otorga do poder à a clae, a brgeia. Até para m ecritor tão próamicano e ão próliberal coo Tocqeil le, qe copreendia a diicldade do ancee realente, incapacidade para e adaptarem à intitiõe liberai, entiae deprimido diane da poibilidade de ma ida plena dentro dela. Ao americano, poco o encantaa o ncien régime da Frana. O Trono e o Altar epelhaam a injtia da deigal dade e o preconceito qe o itea americano iaa btii no mndo intiro. O tado Unido eriam bem cedido por tdo haer comeado pela igaldade de condiõe, em a neceidade de matar m rei, de apear ma aritorcia epre rondando e qe geraa deaoego, de abalar a religião e ale abolila. Tdo io, jnto à poplaão de Pari, qe por ee não aceitaa o império da lei, ipedi qe a Frana alcanae o raoáel coneno indipeáel à ordem dentro do regime democrático. Otra concepão dee aconteciento, poré, doino a dicão pública na ropa Continental. Para algn ero e, o aericano repreenaam ma intoleráel redão o horionte hmano, endo mito alto o preo qe ele pa gam por a ordem e properidade. A Frana aritocrática tinha ma nobrea, m brilho e bom goto q contrata am agdamente com a meqinhe e a monotonia da ida comercial e do moio da ociedade liberal. A perda do Pesadres cm Tcqueville que, de certa rma, apiavam a sluçã rte americaa, sã puc lids e ecebem puca aeçã a Faça, da mesma rma que Mtesquieu, que quem está mais pert da tradiçã da ilsia plítica britâ ica e americaa e que mais ilueciu s is Fudadres, um ds grades es citres raceses que mes aeta a csciêcia de seus cmpatritas.
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ECLN A CUURA CENTAL
que ea aritoraia rereetaa um emobreieto ara o muo e o que era mai imortate a religio ematelaa exreaa aia o que haia e rio e e roo a ia Se o obre e o agrao o eoram eraeira xreo a emoraia a exelêia o regime torae quetoel i o o argumeto o reaorio o eerao o ancen régme.
Mai rio ara ó o o argumeto o roluiorio que aeitaram oo riio e liberae e e igualae Muito ahaam que ó o haamo meitao bem ee ieai: er que a igualae rereeta aea oortuiae igua ara qe taleto eigua aquiram be A eerteza ara aquirilo eria mai bem remueraa o ue a irtue É oel qe a rorieae riaa e a igualae oiam ao a lao e j Plato relamaa o omuimo etre igua No Etao io o ouimo ou o oaimo jami gaharam terreo uato ao reeito ela rorieae riaa A eo que e e rorieae aeuaae eretaete e aia o z hoje ao oo moo e er o teo a rtia que lhe fez ouea uae reeruo agua o Etao io embora otiue a ter muita ra a Euroa Para ó a iberae o igiaa mai o que zer o que o agraae om a retrio a mima exigêia a ia oial oi o thamo omreeio bem o que era eerio ara a romulgao e lei em io am a mera e egatia liberae e atizer imlo brutai Qato à religio a ometiaa igreja o Etao io reeraa a uertio o ritiaimo em uja uerao talez etiee a hae a libertao o homem m bom regime ee er ateu ou ter uma religio iil E almete que iabo ramo ó om a ambio a glória militar e Naoleo eo rejeitla ou eitiila a era a quetõe uitaa o mataouro a itória ela ouo Fraea que ali o etamo iterea 200
Du Revoluçõe e Do Etdo d Ntuz
dos oui. Rda atial aa u século d séia filosofia a Euoa Cotital cujo sito igou da Iglata aa lá. té Joh Stuat Mill o hdio do utilitaiso t d co ao sado alão uboldt aa a oão d otaidad a f d asta ua são oda atat da ssêcia da libdad otgida dos iscos da tiaia da aioia. Plo qu ac a flosofa coa o cooto co as altatias olíticas datais. Dos ilóos alt iotats qu sugia dois da Roluão Facsa sot Kat siatizaa co a docacia libal boa s iss cotagido a ittála o tal a qu a toou icohcíl dsagadál. Dsolu ua oa istologia qu toa a libdad ossíl quado a ciêcia da atuza é dtiista ua oa oalidad qu toa osíl a digidad do ho quado s cod qu a atuza huaa é coosta d atits atuai goístas ua oa stética qu sala da a subjtiidad o blo o ubli. Nada disto ocuaa o iitio sato igualitáio dos dados do libaliso. O qu alicou a Roluão icaa a Facsa a ats xoto as obas d Lock d Roussau os cógas do daa da olítica oda. Esss Colobos da itligêcia Thoas obbs io iio luga as Lock Roussau o sguia gahaa lho cocito coo óts xloaa a ta dcobta qu s chaaa stado d atuza od todos o osso atasados já doaa tazdo a otícia d qu todo o hos asc li iguais qu tê diito ida lbdad aquiião d oidads. É o tio d iaão qu ooca oluõs oqu ux o tat dbaixo dos é dos i dos ob. Lock t gad êxo ático oi o ita docático iglê aicao obdcu s uas ituõs. Roau o gad sucsso litáio d toda a éoca iiou todas as ttatias ultio 201
DECLÍNI DA CULTURA CIDENTAL
res, filosóficas e práticas, para alterar, corrigir ou escapar da talidade a completa itória de Locke oje est a moda egar que teha existido jamais um es tado de tureza Somos como aristocratas, ão queredo sa ber que ssos atepassados já ram selages que se mataam us as outros por bolotas, com medo de morrer de me No etato, coseramos a heraa que os trasmitiram. Todos acreditam a liberdade, a igualdade e os direitos que lhe são coseqüetes, mas tudo isso proeio à sociedade ciil desde o estado de atreza Se ão há outro udameto para esses direitos, etão eles são igualete míticos como o estado de atureza descrito pelos duidsos iajates que, à luz das ciêcias aturais, ram até as origes e ão até o m, corme ziam os atigos ilósos políticos Sócrates imgin uma cidade brilhate como igura de retórica, obbes descobriu um iiíuo isolado, cuja ida era medíocre, desagradáel, aimalesca e bree", o que os deseda uma perspectia bem difrte daquilo que esperamos da política A prudêcia ão recomeda regimes dedicados à pratica de irtudes raras e di ceis, se ão impossíeis, mas uma boa ra policial que pro teja os homes s dos outros, permitido a sua preseraão tato quato possíel Tato obbes como Locke e Roussea erificaram que de uma rma ou de outra a natureza lea os homes à guerra e que a fialidade da sociedade ciil ão era cooperar com uma tedêcia atural do homem para a per feião, mas sim zer a paz ode a imperião da atureza prooca a guerra As otícias sobre o estado de atureza misturaram coisas boas e coisas más lez a descoberta mais importate seja a da iexistêcia do Jardim do É de o ldorado do espírito demostrou ser ao mesmo tepo um deserto e uma sela O homem ão estaa preido o iício, e o estado em que atual mete se ê ão resulta de u pecado seu, mas de usura da atureza Só cota cosigo mesmo Deus ão o premia em o castiga A idiferea da atureza pela jstia é uma pria 202
lçõ d d N
ção terrível para o homem É obrgado a cudar de s sem a esprança que os bon sempre tvram; que há um preço para o rme, que os maus soerão Por outro lado, também representa uma grande lbrtação da tutla de Dus, dos dretos dos res, nobres e clérgos, assm como da culpa e da má conscnc Apgamse as maores esperanças, mas também se dspesam alguns dos pores terrores e servdes nternas A lta de proteção, a nudez, o somento a sós e o horror da morte, es o que espera o homem sem uses Mas, observando as cosas do ponto de vsta da socedade já estabelecda, ele pode ogulharse progredu por se própro esrço e pode pensar em de s mesmo E agora, senhor da verdade, será mas lvre, autntco, capaz de melhoar sua stuação Acha se em condçes de rmar governos qe, lvres de mítcos deveres e títlos de domíno, atendam a seus nteresses A exploração das orgens feta por Hobbes, ocke e Rousseau possbltou m novo ponto d parta teórco, um projeto para a reconstrução da polítca, tal qual a descoerta e exploração do ovo Mundo prometa um novo ponto de partda prátco Abos concdram, produzndo, entre outos podígos, os Estados Undos Da sua reflexão sobre o estado de natureza, ocke extrau a fórmula do Ilumnmo, com ua combnação partcular de cncas polítcas e naturas Tudo derva do uso lvre da razão, terreno onde ele se lmta a segur as mas antgas opnes dos flósos A lberdade, para o homem, consste em orenar a sua vda de acordo com o que ele é capaz de er através da culdade que mas o dstngue a razão , solta da rça dos tranos e da autordade das mentras, ou seja, dos mtos Graças pura e smple razão, o homem enquato tal, em contraposção ao homem deste lugar ou desta época, nação ou relgão, conhece as causas dos fenômenos e a atureza por s msmo A autonoma não sgca etvamente, como em geral se pensa, tomar decses profétcas e sem undamen 203
ECLÍNI A CULTURA CIENTAL
to o azo a goerare de acordo co o real. Te de haer u exteror ara ue o nteror ça entdo. eaa Locke e eu anteceore e uceore. O u tgua o Iluo da floofa aada era a ten ço de eteder a todo o hoens o ue etaa reerado a u ouco: er de acordo co a razo. No o deal o ou o oto a otar esse lóo a a no a cênca u método e ao emo temo ua oa cêca olítca. Ua cênca clara e dtntamente ateátca do o ento do coro descoberta graça ao uo de u método le ue os hoen nora comreende co clda de oda darlhe aceo ao conhecento da natreza e é ue não o dotaa de gêno ara adurr esse conhecento. A dera es mítca ou oétca de conjunto ue de na os horzonte de cada naço dentro da ua o lóo ere era oznho e ncoreenddo eram denada uerandose a dferença ndaental de er ecta entre centta e o cetta. Alé dso retrando e o hoe da obra do reo da trea e exanandoe à luz da cênca ele ê ue or natureza ertence ao reno do coro e oeto e ara coo todo o coro a an ter eu oento to é a da. Todo o hoe tê u edo terríel da orte correondente ao curo da natureza. O exae crítco cetco e etódco do outro f ue lhe o atrbuído deontra ue ertence à era da agaço a fala ono ou dera dete f eleetar. Ee exae crtco ue tod o hoe o caaze de zer e re oretao elo lóo e ue oeroa claçõe huaa aóa reulta ua autar uade e roóto e ua t lcaço do roblea da eéce: o hoe uerel te de rocurar o eo ara a ua reeraço. Dee ue o é o ue todo deeja ualuer arrajo ue o ajude a obter aleto roua abrgo ade e aca de tuo roteço u do outro logrará o coentento e a lea dade dele e re coneneteente educado. 204
Du Revoluçõe e Do tdo d Ntu
Uma vz dpojado o mundo d ntama píto fa rá caro qu o probma crítico é a az. A auza madrata qu no dxou ao abandono. O qu or a z qur diz qu não lh dvmo gratdão. Qua a ciávamo éramo pobr. E, como tudo a u nhamo d no apoar do qu prtncia ao ouo nvtavmnt da omptção a gura a m à vda. Ma m vz d uta un oa jugámo para z gurra à maat ua rquza, podríamo uprr noa mo tmpo fna a conta. A coq o armnto da cêa o po tam, é damnta na píta. O vho o próximo no z xgêa mpoí naturza aém d ão o ajuda o a dra dad. O qu é na ou fé paça arad ma no ntr pópo. Qm onbu a éra humana é aqu qu produz ma d nuo a prodr am não ão a rtbu groa po to agoa po bm o tuo ou pa auê po adqurdo. Do poto ta b rança ão qurm adpto da u a ma hom aoa apo a a ndtroo. Su onráro não ão o o pado ma at o bg u érgo obr bm om oa do prto. Et quma of a tutura paa a h moaa bra a ma bmu d noo mudo: dret O govo pouto do trabaho hmano, a prp b ad. A oção d qu o homm po a indvdua o qua h prtncm o a q 205
ECLNI DA A CIDENA
ur ocdad civl, tmporal ou institucionalmnt consid rada, além do u ta xist aduir lgitimidade por garantr drto, é uma invnção da flosoa modrna oi obb um crou a noção d drito ock um lhe du rabldad Ao contrário de outro trmos, comprndo rtamnt drto o pnamnto u lh rv d ba O ouro ão tranho, roblmátco, ua comprno g um ro u, na mnha opinão, não tamo dipoto a fazr Ma o drito ão noo Contitum noa têca, vvmo por ls, rprntam o no comum do mrcano Drito não é o antônmo d injutiça, ma d dvr z part da lbrdad, não a sência da lbrdad Tm org na cara paxo pla vida, a vida ma indolor u a ovl Alá, a anál das ncdad unvra d ua rlao ao cojunto da naturza dmontra u a paxão o é mro produto da magnação; ant podmo dg coo u drto convrtêla num trmo d acld oltca uando o homm tá plnamnt côco alo a cta, rcohc u tá ndo aaçd o otrm u outrm tá ndo amaçado por l ol u z uncoar a máuina ocal é rcohcto, cpo d u, l concorda m rta vda, a brd a proprdad do outro (pla ua o m o o drto atural), a rcproca pod r rdada d a b do drto, um novo tpo d moraldad oldmt platdo no gomo Clar Eu tnho drto " é tão intintivo para o amrcao como rprar, dada a clardad vdnt dta manr d vr So a rgra do jogo com as uai o homn atuam m paz, cua ncdad ntm acetam cuja nação provoca ndgao moral É o noo únco princípo d jutça, po do cohcmnto do drto dcorr acitação do dvr prat a comundad u o protg Crrção, para nó, ur dzr rpto por drto gua, gualmnt garantdo plo podr govrnamntal Hoje m da, todo am m di 206
Du Revoluçõe e Do tdo d Ntuz
reito, até o comuita, o herdeiro de Marx, que ridicularizava o direito burguee " como uma imotura e em cuja obra ele ão etram No etato, todo obervador bem aviado abe que é o Etado Uido que a idéia do direito eetrou mai a do a correte agüíea do cidadão, a qual reode or ua cotumeira lta de ervilimo. Sem ela ão teríamo eão egoímo e cao, edo aliá a te itereada de um certo deiteree. Julgamo que o iteee do povo erão reeitado Semelhate equema rereetou uma rutua radical da velha rma de ecarar o roblema olítico. Atigamete, eavae que o homem era um er dual, em parte compeetrado de bem comum e em arte do interee eoai. Para que o itema político cioae acreditavae o homem tiha de vecer ua arte egoíta, de domia o meamete articular, de er virtuoo Paa ocke e ateceore imediato, nada o homem e dirige com aturalidade ao bem comum, ma a velha ordem era ceivamete evera e ieicaz, edo obedecida a cotragoto. Tetaram uar o iteree articular a vor do iteree úblico, odo a liberdade atural à ete da virtude e da auteridade. O iteree rório é hotil ao bem comum, ma ão o rório iteree iumina do coceão que o dá a chave do igiicado do Ilumiimo. É oível er com que a azão do homem veja a ua vulerabilidade e e atecie à tura ecae A erceão racioal do turo e de eu erigo bata ara ôr a aixõe em movimeto Outrora, o home eram membro de comuidade de direito divio e e ligavam elo areteco de ague que cotitui a mília Para reetir a deiião de oueau, eram deaturado" Tiham lealdade ática, que lhe rerimiam a atureza. O raciocíio claro removeu ea iocêcia, ubtituidoa or cotrato feito calmamete, a exectativa de lucro que imlica o tio de relaõe ecotrada o egócio O trabalho calculado é a oma de todo o cao. Thoma Wato die tudo com a laca que madou 207
O DEÍIO D UTUR OIDET
colocar nas paredes de ses escritórios e fábricas ense" De to, estaa se dirigindo a homens qe já trabalhaam Os norteamericaos são lockeanos reconhecendo qe o trabalho é necessário (ningém sonha com m den inexistente) e gera bemesta, segindo com moderação sas inclinações natrais, não porqe tenham a irtde da moderação, mas porqe sas paixões são eqilibradas e aceitam isso como razoáel, respeitando os direitos dos otros para qe os ses sejam respeitados, cmprindo a lei porqe a promlgaram em se próprio interesse Em se tratando de Des o de heróis, nada disso é mito inspirador, mas para os pobres, os fracos, os oprimidos a esmagadora maioria da hmanidade é a promesa da salação Como diz Leo Strass, os modernos ''controem em solo baixo, mas sólido ssea, Hobbes e cke não tinam ido scientemente log, não haam acaçado as Ínas do espíto, embora acrditassm qe sim Ambo encontraram exatamente aqilo qe procam m homem atral, cja natralidade cosistia em ter prcisamente as qalidades necessárias para constitir ma sociedade Demasiado simples para ser erdadeiro O homem natral ie inteiramente por si a nidade nmérica, a totalidade absolta qe só é relatia a si mesma o a se grpo O homem ciil é apenas ma nidade facionária qe depende do denominador, sendo o se alor determinado pela relação ao conjnto, qe é o organismo social Na ordem ciil, qem deseja preserar spremaia dos sentimentos da natrza não sabe o qe qer Sempre em contradição consigo mesmo, sempre tando entre sas inclinações e ses deeres, j amais será homem nem cidadão Não será bom para si nem para os otros Será m desses homens do nosso tempo; m ancês, m inglês, m brgês Não será nada Eme, p 39, trad Bloom, Basic Books, 1979) 208
Du Rvoluõ Do tdo d Ntu
Foi ocke que quis ante a supeacia dos sentientos da natueza na ode civi e o esutado de seu eo é o buguês. ousseau inventou a expessão no seu odeno sentido e co ea nos veos diante da nte da odena vida inteectua. A apidão e a suteza co que ele anaisou o fenôeno não deixaa age a que se diga ais nada sobe ele e, desde então, tanto a dieita coo a esqueda sempe aceita a a sua descição de hoe odeno coo nteiaente vedadeia, eboa ao cento ea o ipessionasse, intiidasse e pusesse na defensiva. ousseau ea tão convncente que destuiu a autoconfiança do Iluiniso no oento de seu tiun. Não se de esquece que osseau coeçou sua cítca patindo de ua concodânca ndaenta co ocke, a que uito adiava, aceca do hoe anial. O hoe é po_ natueza u s cseação e conto. Alé c o estabeece a soci edade civi po contato e noe da sua con sevação, as d scoda de ocke quando este diz que o in teesse pessoa, sej a coo entenddo, está autoaticaente e haonia co o que a sociedade civi pecisa e ecaa. Se a opinião de ousseau é coeta, a azão, ao cacula o eho inteesse do hoe, não o evaá a deseja se u bo cidadão, cupido da e. Ou seá ee eso ou seá cida dão, ou então vai pocua se as duas coisas ao eso te po e não seá nenhua. Po outas palavas, a instução não basta paa institui a sociedade e tende eso a dissovêa. O cainho que pate do estado de natueza ea uto ex tenso e, goa, a natueza está onge de nós. U se auto suficiente, soitáio, deve te passado po váias udanças pa a se tona u se socia e necessitado. Entetanto, o objetivo da feicidade udou paa a busca da seguança e do conto, eios paa acança a felcidade. A sociedade civi está co ceteza longe da condição de escassez e de guea univesa. Todo esse aticio, contudo, seve paa conseva u se que 209
DECLNI DA CULTURA CIDENTAL
já não sabe o que é, que está tão absovido pea existência que perdeu a azão paa existi, que ao alcança inalmente pena seguança e pefeito conrto não tem noção do que ze O pogesso cumina no econhecimento de que a vida não tem sentido ão há dúvida de que ea coeta a posição de Hobbes ao atenar pa os mais es sentimentos, aqueles que estão acima das opiniões e zem sempe pate do homem, como o medo da mote Mas este, por mais rte e úti que seja como motivo paa a busca da paz e, daí, da ei com suas coações, não pode se a expeiência ndamenta, mesmo poque ele pressupõe outro mais importante: a de que a vida é boa A riência mais º é sentimento agradvel da existê nci lvaem ocioso é capaz de ui ta edo burguês não, com as duas ocupações e as peocupações de ter de liar com os outros, em vez de ser ee mesmo A natureza ainda guada algo da maior impotância paa no s contar De to, poemos esta tabalhando paa dominála, mas a razão paa isso vem da própia natureza O medo da mote com o qua Hobbes contava e que também é decisivo paa ce, insiste na experiência negativa da natueza e oblitea a experiência positia que ela pressupõe Essa experiência positiva, de ceta rma, ainda está ativa e nós, pois na nossa esmemória estamos cheios e vagas insatisções, mas a mente tem e fazer enome esço para descob a plena e natral oçura da vida O caminho de egresso no mínimo tão extenso como o que nos trouxe até aqui Para Hobbes e oce, a naureza está próxima e não é ataente, enquanto o homem se move bem e cilmente na sociedade á paa Rousseau a natureza está isane e é atraente e o homem se movia com iculdae e se diidia na socieade Mas, exatamente quando parecia que a natueza ra enfim posta de lado ou vencia entro e nós, dava Roussea origem a uma saudade imensa dela em nosso íntimo A totalidad que pedemos está aqui Faz lemba �n qe!e_ L nele 210
Du Roluçõ Do tdo d Ntuz
da totalidade voltava-se .-I�ciet as idéa, o_
fins. Em Rousseau, na sua expressão inicial, o anseio se volta para a satisfção das p rimitivas se nsações, encontradas originariamente no estado de natureza.
Platão se jtaria a Rosse cotra o brgês a isistê cia sobre a hmaidade essecial do aseio pelo bem, eqato por otro lado se evita cidadosamete o mal O brgês ão sete aseios em etsiasmos A história da filosoia e das artes sob a ifêcia de Rossea tem sido a bsca o a bricaão de objetos plasíveis de âsia o ostalgia para opor ao bemestar e à preso brgeses Parte dessa história la do esro do brgês para adqirir a cltra da âsia como parte da sa presão Para Rossea, a casa da divisão do homem está a opo Ele acha qe o brgês a divisão o coflito etre amorpróprio e amor aos o s, icliaões e deveres, siceridade e hipocrisia, ser o qe a pessoa é o ser alieado A oposião etre atreza e sociedade domia toda a discssão modera sobre o problema hmao Hobbes e ocke ziam a distião para sperar todas as tesões qe as exi gêcias da virtde provocam o homem e, daí, para cilitarhe o acesso à totadade Pesavam ter dimiído a distâcia etre iciaões e deres fazedo derivar todos os deeres das icliaões, mas Rossa mostro qe, de certa rma, eles tiham ametado a distâcia Por coseqüêcia, rstabeece o seso atigo, réodero, da diisão do homem e, portato, da omplexidade da coqsta da cidade, bsca qe a sociedade lbra lhe garate, mas, ao mesm tempo, he tora impossíe alcaar A rstarao, porém, ocorre e íveis dferetes, como se pod ver pelo to de qe o passado os homes ziam remotar a tesão às icociiáveis tesões do corpo e da alma e ão da atreza e da sociedade mbém isso os abre rico terreo de refexão sobre a origialidade de Rossea Mda a clpabilidade e alterase o co da etera 211
O DELÍNIO DA ULTURA ODENTAL
procra da nidade O homem nasce indiviso e é concebível, no mínimo, qe volte a sêlo ascem a esperança e o desespe ro, de m gênero qe a distinção corpoalma não permite Mda o qe pensamos de nós mesmos e mdam os nossos desejos Os corretivos variam desde a revolção à terapia, mas não há mito lgar para o confessional o para a mortifcação da carne As Cosões de Rossea, ao contrário das de Santo Agostinho, pretendiam demonstrar qe o homem nasce bom, qe os desejos corporais são bons e qe o pecado original não ste A natreza hmana i dermada ao longo da História e, ago ra, o homem tem de viver em sociedade, à qal porém não se adapta e qe lhe z exigências impossíveis Então, o se dá ma constrangida aqiescência o ma tentativa qalqer de volta ao passado, se não se procra encontrar ma síntese cria dora dos dois pólos, natreza e sociedade É esta a essência do pensamento social e político dos séclos 19 e 20, derivado da crítica do liberalismo feita por Ros sea A é er itamente miliar t dos nós, qe a aprendemos em red, em cja do inconsciente se encontra a aeza erdida, assim como t" da aqela estranha história em qe somos arracos da natreza, ao passo qe na descrião das neroses se vêem os efei tos da civlzação sobre nós e na descrição do princípio d realidade se reconhece m penoso ajste à sociedade brge sa A fácil solção à divisão do homem na primeira se do pensamento moderno é rejeitada, mas ainda se espera ma so lção A procra de solções áceis o diceis para os proble mas é a marca da modernidade, enqanto a Antigüidade encarava como permanentes as tensões ndamentais A primeira reação à inadaptação do indivído à sociedade, recalcitrante diante da racionalidade da conservação da espé cie e da propriedade, é a tentativa de recperar o estado pro do e, de viver de acordo com sas primeiras inclinações, de entrar em contato com os próprios sentimentos, de viver com simplicidade, sem os desej os, as dependências e as hipocrisias 212
Du Rluçõ D d d Nu
q a socidad ga atificialmnt. O ado do pnsamnto ossaniano q dspeta a nostalgia da natza cgo cdo aos Estados Unidos, atavés d Toa. Rcntmnt, m aiança com váios otos movimntos, flosc po complto nconto vasto público. Q1f_ d ma ma o d ota, é ma xpssão dssa nostalgia, q sg qans do s sõs talvz ncssáias, mas q no ntanto coagm nossas inclinações, m vz d apefiçoálas o satiszêlas d algm modo. Pela pimia vz na istóia da filosofia poltica não s pnsa q qalq implso natal condza socidad civi o ncont satisção dnto da. No ntanto, os atos q piiament taçaam a distinção nt natza socidad o q signiica, vidntmnt, q oba mana po intio nada tndo d natal) pnsavam q a socidad ganh aia p f sm sitação. Aliás, a dstinção i ita paa salinta o qanto a socidad civil é dseávl, como é ág il a xistência natal do omm, extingindo assim as paixõs q botam d s imagina q a potção vm da natza o d Ds, inimigos da socidad civil. S snsato, o omm spaasda az aa dominála. Esta a Ça ominant nas d . - mocacias libais, ond inam a paz, a banda, a pospi dad, a podtividad a ciência aplicada, pincipalmnt a ciência médica. maginavas q tdo isso psntass m gand avanço m vista da btal sitação m stado d natza. Dizia ock q ''na nglata, o opáio diaista tm mlos opas, abitação alimntação do q m i na Améica", qndo diz m caciq ndio Tocqvil, no ntanto, nota av algo d impssionant no i amicano: talvz o slvagm gan algma coisa na compaação, caso s lvm m conta oglo, indpndência, dspzo pa mot, lta d ansidad acca do to otas qalidads q tais. Do ponto d vista do slvagm, a natza comça a pac boa 213
ECLN A CULTU CENTAL
e ão á De reto, a atureza ue xclu o home e ua ão corrutora torae dga de reeto, o oreta ode ate ó haa o carcho huao A elha oão egudo a ual a cdade rereeta a be dzer o auge da atureza jaa é coderada, edo uae telgíel A cdade etá cortada da atureza como rodto artcal É oíel atrbur alore uto dferete à cdade, a abo o lado arte da ea rea Teo atualete dua coceçõe atagôca obre a relação do hoe co a atreza, baeada or gual a odera dtção etre atureza e ocedade a atureza é a atérara ara o lbertarmo da dura ecedade ou etão ó oo o oludore dela E abo o cao, or atureza etedee atureza orta, e o hoe, tocáel otaha, floreta, lago e ro O Etado Udo, grade alco ara a atuação de grade eaeto, areeta o cláco cooto etre o etado de atureza como o coceba Locke e a crtca ue lhe fez Roueau Por um lado teo o agrcultor ue uca u a árore, o cao e o ro da Aérca co olho româtco, o a árore dea er cortada para abrr clarera, cotrur caa e auecêla, o cao da er larado ara dar a almeto, ou ecaado e buca de éro, e o ro te ara err de eo de traorte ou de te de eerga; or outro lado teo o Serra Club, ue e dedca a dr ue elha olaçõe da atureza roga e co certeza laeta a ue já e er cara O a te at_ têª de etetoo a e lhore cabea da atualdade A atureza é atérara ue ada ale e a tereão e bl a taé é algo de gradoo e de aado A ea eoa u luta ara alar o caracó toa a lula, brada cotra a caça ao tatu e dede o aborto Reerêca ela atureza, doío da ature o ue r coeete Rogoue o rcío da cotradção T é o reultado dreto de dua coceçõe do etado de a 214
Du olu Do do d u
treza. A de ocke é responsável pelas instities norte americanas, explica a preocpaão com a propriedade priva da e o mercado livre, criando o sentido de direito. A de Ros serve de base às idéias predominantes sobre a inadade da vida e a cra de nossos males. A primeira diz qe o ajsta mento à sociedade civil é qase atomático, a segnda qe o ajstamento é mito dicil e reqer todo gênero de intee diários entre ee e a natreza perdida. Os tipos intelectais mais estacado a nossa poca representam essa das concepes frme, positivo, eficiene e objetivo economita lockeano, nqanto o rondo, mditativo e sombrio sicanaista ro eanano. m rincpo as posies deles são cmatvei, as os complacntes stdos Undos propicamhes m viveni Os nos dizem como ganhar dhei o
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3 O Ego O omio hoje uperiioao pelo piquiatra bem como por outro epecialita a compreeão proa o homem é o ego Tratae e outra ecoberta feita o etao e atueza talez a mai importate já que revela aquilo que realmete omo Somo ó memo e tuo que a gete z é para o atizermo ou realizarmo cke i um o primeiro peaore eão o primeiro a empregar o ocábulo o eu moero etio que ee o primório tem io e icil efiião aliá caa ez mai icil corme o eia ooy e tamo oeo uma cri e ietiae que já ura tezeto ao ecuao caa ez ai oge caao o ego à eia ue ele ge para a foreta aiate e ó omete um pao bora iquietate talez eteja a o poto e ita e ua ltima iterpretaão a eêcia o ego: miterioo ifáel ieel ilimitao criaor apea cohecio por u ato; euo eelhate a Deu cuja pia iagem pelha cima e tuo é iiiual e ico: ou eu e ão itae homem em gea ou homememi Corme eplica Ia Ilitch o liro e Toltói o Td He ã rta o moo ilogimo que garate a morte e Sócrate ão e aplica a ele que em criaa tiha uma bola litraa e couro Too abemo que o particular equato 26
O go
parcular escapa ao domo da razão cuja rma é o geral ou o uersal. Recapulado o ego é o sucedâeo modero da alma. Tudo laa razes o audacoso oador que Maquael que laa com admraão de homes que se eressaam mas pela pára do qu pela salaão de sua alma. As alas exgêcas da alma aos homes z eaelmee com que eles eglgecem es mudo para cudar de um ouro. Mlhares de aos de losor sobre a alma ão os dram qualquer cereza sobr ela embora as pessoas que alegaam cohecêla os padres deessem ou uecassm o poder e por coseqüêca corrompessm a polca. Os prcpes caam paralsados por causa das opões deles ou de seus súdos sobre a salaão da alma equao os homes se rucdaam em massa por causa dessas dfereas de opão. Cudar da alma esropaa os homes a codua da da. aquael desaaa leralmee os homes a squecer a alma e a possbldade da codeaão eera ao a ora como a práca a xemplo dos homes que louaa. Ere ouros obbes leaou a lua com uma ossma erpreaão da elha scrão do oráculo de Dls Cohece a mesmo " que Sócraes erreara como uma exorão ao flosor e Frud ra a erprear como um coe à pscaálse. Ese esaa segudo sm saber a ha de obbes para quem odo homem deera aear para o que sete sete e ão pesa; ele e ão ouro. O ego é mas sesaão do que razão deos m prmro lugar como o coráro do ouro: Sê u mso". Surprde obbes o prero roagadsa da boêa e o prgador da scrdade ou aecdade. ada de dagaões aé os fs do uerso as asas da magaão ada de bass meascas ada de espro a goerar as cosas e os homes. lez o homem seja um esraho à aureza as é alguma cosa e pode orearse pelas mas res paxões. See " dza obbes. Parcularmee emos de magar o que seramos se al 217
O EÍIO A UTURA OIETA
gém aontasse ma arma para a nossa têmora e ameaass diarar É ma sitaão em qe o ego se onentra nm só onto e nos diz o qe onta Nesse momento, somos m ego eir e não uma lsa oniênia, não alinados la oi ão d Igreja, do Estado o o úblio Semente exeriênia onribui mito mais ara fixar rioidad" do qe odo e qauer onhimento da siu o de sas retensas ema naõ, omo a onsiênia Po a de toda ma tadião eligiosa e filosófia, o ho mem tinha or der idar do oo e da ama, qe trad zem a oosião entr desejo e virtde Em riníio ressnhase e ele airasse a ser lnamente virtuoso, romendo as aias do sejo fsio A totalidae seria a iiad, mas ela nã é osíel, elo meno esta ida Ma qia iro as oias e rnas aa o ar D to, a feliidade é a toaiade e, or isso, bsqemos a totaade nesta ida Sgun a tradião, o omem reesentaa nião, inom nl e atoontraitória de as sbstâias, o oro e a a Não é ossíel onebêlo aenas omo oro Mas, s a não de tdo qanto nele nã é oroal dee ooerar a a satisão o desejo sio, ste aso stá seada a diião A simls ird não é oíel e o amor da de é a obra a imaginaão, m ti de ersão do dsjo asao ela exigênias qe nos a soieade (isto é, os otros) O simls desejo, ontdo, é ossíel O aráter abto do desejo, desinibido de ensamento ir tosos, é o u e enontra no estado de natreza Resen ta, m filofia, o abandono da tenatia de sbjgar o de arfeioar o seo ela irtde, rorando antes desobrir qal é o nosso desejo e ier de aordo om ele, o qe em boa medida é onetizado ritiando a irtde, qe esonde e or rome o desejo O desejo toase m eséie de orálo qe nós onsltamos, a última palara, nqanto no assado ea a nossa arte qestionáel e eigosa A nidade do omem no desejo está heia de difildades teóias, mas, digamos, 218
O Ego
exieialee eruaia ua e ue a rri a ui ireeel r e a ala e faa r ria exeriêia reei e ua re ilea ue reie e raii u exraõe abra Hbbe abriu ai ara eg ue reu a e ra larga e ua ilgia ubua e a ue ala Ma a exel de Lke eeleu a ilgia eg e ua leiue ai e u e ur erguaa a ead e aurea ue a l areia ear à uerie Ua e reaa a aiga irue a iea e religi u a ra bre bbe e Lke iagiara ue e a ua airia raria e ieia ue eu ee aurere eraer r ê e ero e egei bre uauer ur ee O auêi eg ó b ara iiu ab rria ua bae e e ue a regiõe e a filfia ree Lke auele e biui oe iru o raial e iuri erie e feiaee a olu N e raa e u reae i u ralia e e ualuer ur ree a a aa ai e u eg elarei eg ue areeu a era lofa ue bei reai e uai agi ári ou e u ieree eal rraee eei ke eele o e i e brig ue io e er reber u bre i iulare e ua raliae uerior ara eaarar a iue e aeir e roara o e Hbbe O e raial e i urio rieir arila o roói ea e ier ue ree re ea e e iea e auulea rura eu róri be Pr ebaix e eu ego eá laro uba a exeaia e ue ee ua ai a be ur ue rali O b g ier e rau elr era ru e u a a irue O error iae a re exeriêia ubeia a ieia 219
ECLN A CULTURA CENTAL
ta e eaadora do ego e a ue a conta para ele be co o o perato ue e eue deta pernca a orte ra conrado pela noa looa da natureza ue nela apena corpo e oento corpo ue ceaente con era o oento pela necedade da nérca Deapare ceu todo o propóto uperor da natureza ue a razão podera conultar e epregar para ubeter a paxão huana A na tureza nada no dz e epecal acerca do hoe e não eta belece nenhu perato para a ua conduta a podee anar ue e coporte coo todo o dea corpo el nado o agnro ebaraço à obednca de ua po deroa nclnaçõe coaçõe ue ra co ue ele e coportae de ra dferente à do corpo natura A pa xão rraconal e a cnca raconal coopera de ua noa r a para etabelecer o dreto natural dedcate à paz A paonal ubetdade huana anu à prea da floo a nura a anda dela z eu prncípo de ação e a flooa decobre ue ea aunca concorda co a natu rez a coo r o hoe contnua a fazer parte da natu re a de ra dferente e be a probletca do ue d a loofa de Arttele onde a ala et no cen tr e h de a ato no hoe é a ao ue h de lo na natureza ou onde a ala é a natureza a real o hoe conttu ua ó parte não é u croco ão na natureza ua orde erruca do ere no eo O e natural de Loce ue na erdade é dnco ao e e cl cuo cudado co o conro e a própra con rão o orna cuprdor da e e produto não é a ão natura Roueau loo analou ue o lóo nl na r e nconrar olução ple ou autotca para o pro le oíco lou a natureza a fazer uto a do ue ele na o dreto de eperar de ua entdade ecânca não te leolca O hoe natural era u bruto dcl de dtn ur do outro ana não ocel ne ndutroo ou 220
O Ego
racioal a lo cotrário rguioo irracioal oti ado cluiat or aõ ou or tito Eliiada a airaõ urior do ho a rlacioada co a ala Hobb oc raa cotrar ara l u trro d ba a ouau rouo. Eto o ho caiu auilo u chai d oro u hoj arc o tr do. E, lá baio ouau dcobriu toda a colidad do ho u at do adto d Mauial taa o ícaro. oc haia lcioado ilgitiat a art do ho d u rciaa ara o cotrato ocial uriido tudo o ai rocdito iatitório do oto d ita da toria oroo do oto d ita rático. O burguê a dida do ro ago l u acia d todo o cogu rgar rdadro u ga a itêcia i do oro aca t rcobrto u a ua ua totalidad obolto ara o obtio d ua ocidad u o lh rot ur a rio o a alao at aga ara lirar dl. ouau dl a lória haroia tr atura ocidad u ra r u aioa ara o Etado Uido. oa aia raa r u ouo ua a autêtica ba da atura a o i fácil coguir igido tudo ro. A itêcia da ba atural torou du oa cado aí o abo. Foi cotdo ouau u do a dra icologia do u a a litud co ua idál buca do u acha ralt ob a aarêcia da racioaliad da ciilidad ua oa ra d alcaar o icocit ua itriál tar d cotituir ua c ualur d aroia alutar tr o u tá cia o u tá baio. A itragêcia d ouau rarou o trro ara arar o ho da atura. A otad dl ra acitar a odra rooio citíica d u o bruto o rdadro r do ho a a atura o cogu licar atito riat o u o ditig do outro bruto o oito da atura ara a ocidad a ua hitória Dcart u 221
DECLN DA CULTURA CDENTA
teve a a parte na demolião da alma, tiha redzido a nareza a ma extenão, deixando por ra dela apena o ego a obervála. Em tdo, meno na conciência, o homem faz parte da extenão, ma, no entanto, como é qe ele e orno ma nidade, recebendo o nome de ego, ei o qe é prondamente miterioo. Ete todo experiente, combinando a extenão e o ego, parece inexplicável e inndado. O organimo, o átomo em movimento, a paixõe e a razão rmam cera epécie de nidade, ma ma nidade itada ra do alcance da ciêcia narai. Parece qe Locke invento o ego para dar nidade à eqüência lógica da inceane ceão temporal de impreõ eoriai qe deapareceriam no nada e não hove lgar onde mantêla. Podemo aber do obre a natreza, meno aqilo qe a natreza cohece. Na medida em qe o homem é ma pea da areza, deaparece. O ego eparae gadaivamene dela e e femeno êm de er atado em paado. O ego de Decarte, aparetemente invlnerável e divio a a calma e iolameo, vem a er afnal a pota de m ieberg fltando nm mar inodável e rblento, o id, cociêcia e epifemeno do icociene. gora parece claro qe o homem é o ego. Ma qe é o ego? picologia qe tão ovialmene abraamo no deixa ea qeão. Ma é imporate conhecer a complexima hitória, e vamo no abandonar a ela. Uma coia é ceta: ea picologia chego tarde demai para tratar da parte do homem negligenciada por tanto tempo na ociedade liberal do Etado Unido, além de abrir ma caixinha de rprea, nó próprio. Tal como ago, no telo de Shakepeare, ela no diz Jamai encontrei m homem qe obee amare a i memo . moderna picologia empre tem io em comm co a velha opinião poplar, criada por Maqiavel: qe, de certo modo, o egomo é bom. O homem é o ego e o ego tem de er egota. O qe há de novo é o to de no dizerem para olhar mai a ndo para o ego, qe púnhamo conhecer cilmente e ter aceo a ele 222
O go
A ambigüidade da vida hmana exige sempre qe haja distinçes entre o bem e o mal, de ma rma o de otra. A grande mdança é qe, antigamente, bom homem era qem se interessava pelos otros, em contraposição a qem só se interessa por si mesmo. Agora, bom homem é qem sabe cidar de si, em comparação com o homem qe não sabe, diferença qe se torna mais evidente no reino poltico. Para Aristóteles, os bons regimes têm governantes dedicados ao bem comm e os mas têm goverantes qe se servem da posição para vorecer ses interesses particlares. Para ocke e Montesqie semelhante distinção não existe, pois m bom regime tem as estrtras institcionais adeqadas para satiszer e ao mesmo tempo coibir os egostas qe o rmam e m ma regime não consege zêlo. O egosmo é m pressposto, já qe não se presme qe os homens sejam como deviam ser, mas como são. A psicologia só distinge as rmas boas e más do egosmo, a exemplo da deliciosamente cândida distinção qe Rossea z de amour de soi e amour-propre, expresses intradzveis para o inglês, cjo eqivalente único seria se-love. Para nós, americanos, a distinção mais reveladora e deliciosa dada a inconsciência da sa perversidade é entre voltado para dentro e voltado para os otros, sendo a primeira considerada boa sem reservas. Claro qe nos dizem qe a pessoa voltada para dentro, mas sadia, se interessará realmente pelos otros. Ao qe só me cabe responder qem acreditar nisso pode acreditar em tdo. Rossea sabia mais das coisas. A psicologia do ego fez tanto scesso qe nós, em geral, nos voltamos instintivamente para dentro qando qeremos crar nossos males, em vez de procrar a natreza das coisas. Sócrates tambm pensava qe viver de acordo com as opinies dos otros era patológico, mas não instava com os homens para qe procrassem ma nte de prodção de opinies próprias e únicas nem os criticava por serem conrmistas. ão media a sanidade psicológica pela sinceridade, a atenticidade o por qalqer critério obrigatoriamente vago de diagnóstico de m 223
ECLN A CUTURA CIDETA
r io. A rad é mais ncssária das coisas, mas a con r à tra é mito iferente da conrmidade li, à coõ ou à opinis. ou i ictino com otros homens e consigo mes mo opiiõ obr o que é a irte, a jstia, a piade, re ito u ão rm comproáis o rm incoerentes o i ds q prcim mis sólias. a r o o à tur s coiss se pla ia o pensa mo obr o u o homens diem crc e. O ilóso i r o teni mas não era rairmnt m ão o i imprsão de sentirs contrngio p o to ão conrm e Não era olitário nem cião. ouu proni statra mlhnte ntro o rião, ii ngtio plo óio hmni r o mmo tmpo pelo menos erblmnt, cião per fio olitrio complto. Dilcro plo xtrmo, pr e não hi meiotrmo mbor grand argmntor o mio preito prigm sa própri pesso rm o e nio o oho o po m corrnt sociõ i r cotro mociol. ar conhcr m er tão mor como o homm, o próprio ous s hitóri, n pró pri opinão ão mi importnts o qe bc socrátic do homm m gr o o homm em i. A ifren torn it comprno mgm Sócrts o ois o obr o mlhor rgim com e osse ito cos t um b q t m go e ágs mnss, percbeno u xitênci.
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Ciivie expressã dgdade d e qan ic ea M ranla a cn n sécl 1 5 saa a blasmia O mem enqant tal nã era cnsiera particlarmente n es tina iniae e a qe mem tiesse se ia a t e ter si eit à imaem e semelança e es a partr p e ser animal racinal cja mente era capa e acançar cnjnt a natrea qe le aa aniae cm it cnjnt Hje n entant a iniae mem nã cnt cm nenm esses apis e a ase qer ier qe ele é er s prem asserçã neaa cm ênse tant pr rsttees c m pela íblia stá em lar ela e sn ra e ss seja plasíel mem tem e ser lire n n sent sa antia sen a qa mem lre é aqee qe par ticipa e m reime ne tant erna cm é erna nem n senti e Hbbes e e Lcke para em mem re é aqee qe pe seir a sa raã sem ter e beecer a es a se semelante lire nm sent mt ma ampl e leslar para si e para a natre l sem a rientaçã a natrea O cmplement e a explicaçã esta cncepç a lbera e se cama catvdade stams tã acstmas à pala qe pere t eeit sbr ns cm s scrss sb 225
ECLN A CULTURA CENTAL
o D Idêia. M a ima z em q i em bfm oxo. Somt D r o om ao o i o mlag do mag a go d ma toa o ex f o fz o a. O q fn o j o zo o m tmto oo i m oi z q o o o cradr o cra az orm o. or ld no to nt o áb o t omro Dat Ral Betho. ã to tza ma lbo a a hom õ o da tioo a maor ob l mmo. Qm pode artir d a poa o mõ d deejo oia ja própria nidad o lh onr ordem nidade é ma persona ade . Tdo io rlta da lir atiidad do epírito da on ta. do otém m i memo o emnto do gor do ofeta omrende ma a o o rda o á oa o q o ontmatio o filóo o itita q tomm a om tablida omo t o ogm omendr o e hmao. Ei í to a atg gdza o homem ontra o iga tmo nt m qo dite le agora afigra! o a o iggm r a mdir a difr e r t ob ma omo o ggo tadziriam artilaiam o mo q la dr é t ara ma ida tira q no daria bo romna m atoomreno. O oabláo do go da ltra e da tidad reait m boa arte o ito daqilo qe Roa niio ex no iatio om a olõ itia olta o Immo. liá ia do ao a omeo daqilo q tz é. D ta rma natrza empr i aqi o o ó o ontáamo ma d qalqr ma m pador it tnto rgrar à interprtao a 226
A Ctvdde
aurza o prlumiimo à chamaa cocpo ológica guo a qual a aurza a pliu m i qu caa r lua por alcaar. A rao à aurza caraa como maria m moimo qu po r cia m om a cia humaa i upla: roo à oo qu a aurza o Bm ma om a aurza brua o campo a ora a moaha o curo gua o mo a qual o aimai im fliz ou o a compla racêca a aurza o io a criaiia. A úlima oluo i a omiat o Coit Europu camihou a Almaha para a glarra ara gura como Colrig Carlyl. Raríimo paor iram a corêcia lar a rio o igicao mlha rolu loófca. A gra xco gl. Too porm ram afao por la ua ifluêcia z ir m oo o pcro políico a iria à qura. o o marximo como o coraorimo o iimagii m a obra Rouau. Um pquo ma lumioo xmplo a io o pamo aiilumiia o ia hoj m como o próprio ciia paaram a claiicar como criaor" mbora aa haja mai corrio ao pírio a ciêcia o qu a opiio guo a qual l bricam o cobrm u rulao. O ciia o uâim cora o criacioimo rcohco corram qu l xi a ciêcia uma iuilia ma o comprm qu a criaiia m xaam a mma coqüêcia. Ou a aurza m uma orm legíima ou o m ou po har milagr ou o. O ciia o proam qu o milagr o xiam prumm qu o haja milagr m al pruo o i ciêcia. oj m ia fcil gar a criao iia como coia o paao qu a ciêcia cu ma a criao humaa muio mai improl aa o uma imiao a iia xrc uma raha arao. Em hora la o ciia mim opiiõ qu o riam a ciêcia ou qualqur rxo ria obr a ciêcia ma rpram mra cor 227
O ECLNIO A CULTURA OCIENTA
mação à opinião pública democrática, a qal, inadvertidamen te, i tomada por românticas noções adaptadas para lisonjeála (todos são criadores) O artista e não o cientista é qe se tor no admirável e a ciência sente qe se deve assimilar a esse tipo para conservar a respeitabilidade Qando se pensava qe o ser hmano era essencialmente racionalista, o artista confi grava a perfeição do qe todos qeriam ser oi essa rma qe o Ilminismo encontro para estabelecer a sitação cen tral da ciência, tornandoa admirada sta mdança de qali ficação mostra como se altero o Zeitgeist (espírito da época) e como a ciência, em vez de se conservar ra e de nos libertar dele, se incorporo nele A vida teórica perde a dimensão e agora o cientisa lta para recperar o papel de símbolo da per feição do qe todos qerem ser mas isso também mdo, corroendo a natral harmonia entre ciência e sociedade Haverá qem jlge trivial esta classificação, semelhante à de C P Snow ao considerar a ciência ma cltra" A ciên cia só se afigra criadora pelo to de esqecermos o qe na verdade significa criar, pensando qe seja alento na apresen tação de hipóteses, na descobera de provas o na invenção de fórmlas Parindo desa perspectiva, a ciência não i afe tada e emos aí mais otro exemplo de polição da lingagem, polição qe, embora menos temida qe a ora, é na realida de mais mortífera, já qe retrata a desordem intelectal desta época A ilização de m discrso insignificante acarreta l ta de clareza sobre o qe são arte e ciência, enaqecendo ma e otra em ma síntese impossível de opostos qe apelam a ma sociedade desejosa de qe lhe digam qe sfri tdo aqilo qe é bom Há aqi ma sinisra perda de confiança na idéia de ciência, se não na sa prática minciosa, idéia qe esteve na origem da sociedade democrática e do absolto nm mndo relativizado sses cientistas não sabem o qe zem Desprezada e rejeitada pela ciência positiva, a filosoia se vin ga ao ser vlgarizada pela opinião pública vlgar, intimidan do a dita ciência 228
Cdde
Vemos portanto os efeitos da obra de Rousseau e seguido res nos cercam por todos os lados, no sangue arterial da opi nião pública Evidentemente, o emprego de vocábulos como criatividade" e personalidade" não quer dizer que as pes soas que as utilizam co preendam o pensamento que os tor nou necessários, quanto mais concordar com ele A língua i banalizada Palavras que serviram para descrever e estimular Beethoven e Goethe são hoje aplicadas a alunos de escola pri mária ão é próprio da democracia negar a quem quer que seja o acesso ao que há de bom Se nem tudo é acessível a to dos, a tendência então é negar o to proclamando simples mente, por exemplo, que é arte o que não é arte A sociedade americana assiste a uma corrida deseneada à direnciação e, logo que alguma coisa é aceita como distintiva, tratase de embrulháa de tal rma que todos possam ser incluídos Cria tividade e personalidade visavam ser termos de distinção, em bora na realidade visassem ser as distinções apropriadas à sociedade igualitária, na qual toda a diferenciação está amea çada O nivelamento das diferenças através da miliaridade apenas estimula a autosatisção Agora que elas pertencem a todos, podese dizer que não significam nada, tanto na la comum como nas ciências sociais, que as citam como con ceitos" De to, não têm conteúdo especíico, são uma espé cie de ópio das massas o entanto, orecem etivamente um ponto de convergência para todas as insatisções que a vida sempre nos deixa em todos os lugares e em odas as épocas, sobreudo as que a sociedade democrática gera Criaividade e personalidade assumem o papel de antigos vocábulos como virtude, indústria, racionalidade e caráter, afetam nossos jul gamentos, dãonos meas educacionais Consituem o meio bur guês de não ser burguês, pelo que são ne de esnobismo e de pretensionismo, estrahos às reais virtudes noteamericanas Temos uma boa porção de bons engenheiros; mas, grandes ar tistas, muio poucos o entanto, todas as honras vão pra es tes, ou melhor, para os que a propaganda assm considera aos 229
O DECÍNIO DA CLTRA OCIDENTA
olho da maa O verdadeiro artita não preciam dee tipo de ajuda, que na realidade o enaquece. O ganhador de dinheiro não é peronalidade mai tentadora, ma é preferível, de longe, à impotura intelectual. Aim, o que viava er uma elevação do bom goto e da moralidade virou apena grão para o noo moinho, enquano mina a bae do moinho. Não i ee o único reultado na Europa, onde a criatividade teve em tempo um efeito inpirador e tinha mai em que e nutrir. Memo lá, contudo, o balanço podee dizer negativo, como já veremo. Entre nó, orém, não vejo vantagem alguma. E, agora, a própria palavramãe culura também aou a zer parte da convera vazia, com ua imprecio levada agora ao nível patológico. O antropólogo não ão capaze de defnila, ma etão eguro de que ela exita. O artita não êm vião alguma do ublime, ma abem que a cultura ito é, o que ele zem) tem direito à honra e ao apoio da ociedade civil. O ociólogo e ropagadore de ua opiniõe, o jornalita de toda a core, chamam tudo de cultura a cultura da droga, a culura do roc, a cultura da gangue de rua e por aí ara, em dicriminação. A falta de cultura, agora, é culturaEi aí a he· róica reação que encontrou ao chegar ao Eado Unido. Noo paí continua a er um cadinho.
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5 Cultu A interessante resposta à tensão naturezasociedade, uito mais ecunda do que o regresso à natureza ou do que a sauda
de dea, pode ser resuida pea paavra ''cutura. Peo que parece, quer dizer ago de superior, de prondo, de respeitá ve, diante do qua nos curvaos. Fora co a natureza u padrão para jugar os homens e suas ações, as possui digni dade uito aior. Quase nunca é utiizada pejorativaente, coo sociedade", Estado", nação" e até civiização", ter mos que vão sendo gradativaente substituídos por cuturª ou egitiados por ea unidade da natureza bruta do hoem, com todas ciências por ee adquiridas ao desocarse do estado de natureza para a sociedade civi cutura restitui a totaidade perdida do prieiro hoe e níve superior, onde as suas cudades podem se desenvover enaente se contradição entre os desejos da natureza e os iperativos orais de sua vida socia. Na oderna acepção do vocábuo, cutura" i eprega da a prieira vez por Ianue que estava pensando e Rousseau ao empregáa, principaente no que ee dizia do burguês O burguês é egoísta, mas não te a pureza e a sipicidade do egoíso natura. Faz contratos procurando ga nhar o áxio O respeito peos outros e a obediência à ei depende da expectativa de ucro: A ehor poítica é a da 21
O DELÍIO D ULTUR OIDET
honetidade" Dea rma corrompe a moralidade, cuja e ência é exitir para eu próprio bem O burguê não atiz o extremo, nem a natureza nem a moralidade A exigência morai não paam de um ideal abtrato e pediram aquilo que a natureza não pode dar e, aliá, eria preferível o egoímo do bruto a uma la moralidade O progreo da cultura etabelece o elo entre inclinação e dever Kant recorre à educação do deejo exual como exemplo Por natureza, o hoem ente o deejo de ter relaçõe exuai e, portanto, de procriar, ma não ente o menor deejo de cuidar do filho e educálo, apear do exteno lapo de tempo que a criação exige Coneqüentemente, a mília é ne ceária, ainda que o deejo natural não aponte para a mí lia De reto, o deejo é promícuo e no inclina para a liberdade, motivo pelo qual é recalcado, endo nó obrigado a abandoná lo Por io omos catigado Criame mito para aombrar o homem, para que e inta culpado e e convença de que é um pecador, por rça de eu deejo naturais O caamento coage a dua parte que praticam ou imaginam a infidelida de Não obtante todo o arcabouço ocial, o deej o indomável perite, porque é da natureza É posível recalcálo, ma não por completo, e ele empre se vinga de uma rma ou de outra Numa ituação deta, o ser humano nunca pode er feliz No entanto, o homem prondamente apaixonado por uma mulher tanto a deeja como, pelo meno de momento, cuida efetivamente de outrem Se eta última condição e tornar per manente, o deejo e a moral praticamente coincidem A livre opção pelo caamento e a capacidade de adeão a ele, de ma neira incera e não apena rmal, contituem uma prova de cultura, de deejo educado pela civilidade Contituem igual mente uma prova de liberdade humana, de capacidade de vencer a natureza por amor da moralidade em gerar inlicidade A prerência exclusiva por uma peoa cuja atração e baeia em idéia de beleza e de virtude deconhecida ao homem da natureza torna o sexo sublime, ou melhor, ublimao o é 232
Cultu
amor, o amor qe bsca expressão na poesa e na músca Sblmados dessa rma, os desejos sexas clmnam na arte As cranças qe são prodto do amor tornam necessáro refletr na edcação Por sa vez, a míla, ses dretos e deveres, sa base legal e sa proteção acabam afnal por lgar polítca aqele qe era m ndvído solado, preocpado apenas consgo O amor, a íla e a polítca, qe antes dvdam e manetavam o homem, podam agora se combnar de manera a atender e até a ntensfcar o desejo natral, medante ma anca manfestação da vontade O homem volta a ser senhor de s mesmo, ser socal relaconado a ses semelhantes, mas não alenado por eles ão vve em promscdade nem é reprmdo, já qe a paxão sexal se exprme e satsz com plentde Por otro lado, completamse o mndo da natreza e o mndo da socedade As aqsçes ntelectas não são apenas adornos extrínsecos, antes servem e enrqecem harmonosamente a vda hmana Tal é o deal da cltra no tocante qestão sexal Algo de semelhante há de ocorrer em todos os aspectos da vda a fm de se prodzr ma personaldade, m ser hmano plenamente desenvolvdo Esta vsão rosseananakantana está de acordo, no essencal, com a concepção do Ilmnsmo daqlo qe é natral em nós, mas pela prmera vez em flosofa se descobre no homem algo de drente e de speror natreza Devese notar qe o tema do sexo raramente é menconado no pensamento qe está na orgem da ndação dos Estados Undos Ele era todo preservação e não procração, pos o medo é mas poderoso do qe o amor e os homens preferem a vda ao prazer A sbordnação o sbmssão do sexal e de tdo qe se lhe lgava torno mas fácl socedade atender s solctaçes mas rtes da natreza, ao passo qe a reabltação do sexo torno essa tare mas dcl, além de crar otras solctaçes A prmaza dada ao nstnto sexal pelo pensamento moderno dos últmos tempos, ao contráro do ns 233
ECLN A CULTURA CENTAL
tito d oraão t o rimiro modro rod or boa art do drama da ida itltal do Oidt la tatia iotat da ida oial Etamo d olta ao oo oomita ao oo iqiatra Ql é orém a rlaão tr o modo omo Kat a a alara ltra o oo? Par har da aõ m r o atlmt a qi mbora dirt tão orrlaio ad rimiro ltra é qa idêtio a oo o aão omo m lta aa ltra almã ltra iraiaa t Sgdo ltra rr a art múia litratra tlião dia rto lm m rmo a tdo q é lado diiat m otraoião a oméio A orrlaão ri d m q a ltura é q tora oíl m alto íl a ria ida oial q otiti m oo u otm tilo go to tiai ritai d do aqilo q liga o idií do a m gro om raí ma omidad a qal am rmam gralmt om o oo ma idad moral ta do o homm ido dtro d i mmo Uma ltra é ma obra d art d q a bla art rram a ão blim Dt oto d ita a dmoraia librai arm ira m dordm od a oa tram a rodão la mahã da qal oltam à oitiha ara ir a itimi dad aqio q adqirirm omo rltado do q dram Por otro lado o ao da ltra a oa ão rmad la oltiidad tal omo o mmbro do oro d m drama grgo Um Charl d all o qato a io m Aladr Soljity êm o Etado Uido omo m mro agrgado d idiído ra d djo do rgo d otro aí d diado ao omo qr dir m ltra A ltra omo art é a rão mima da riatiidad do homm da a aaidad d librtaão do trio limi t da atra ortato da dgradat itrrtaão q lh atribm a modra iêia atrai olítia É a ul tra q alira a digidad hmaa Eqato rma d o mdad a ltra é o tido d rlaõ m q o otra 24
Culu
a divera e elaorada expreão é a própria morada do e ma é ao emo tempo prodto dele É mai proda do qe o Estdo moderno, o qa trata apena da neceidade ica do homem e tende a egeerar em mera e impe economia O tado ão é m ro em qe o homem poa agir em e dermar É por ea raão qe o mehore meio empre e afigra e ma goto ar de amor à pátria emora a devoção à ctra ocidetal o memo à orteamericaa eja perfeitamete repeitável A ctra retara ' 'a _ d ade da � e da vida" da atiga i O úico elemeto da póli atado da ctra é a poítica Para o atigo a alma da cidade era o regime a dipoição e a pariciação na çõe a deieraçõe ore a jtiça e o em comm, opçõe etre a gerra e a pa a atividade legilativa A opção racioal por parte do cidadão qe eram etadita entediae qe e o cetro da vida comal e a caa de tdo mai A póli deiae pelo regime Nada dio e encotra na cltra, edo aiá mito dici dicerir o qe define ma cltra Hoje em dia o qe no interea é a cltra grega e ão a política ateniene A verão qe Tcídide no deixo da Oração úere de Péricle é coiderada ma ex preão arqetípica dea cltra, ma eplêida evocação o contexto de ma cerimôia religioa do amor da eleza e da aedoria de Atea É ma iterpretação qe z algm etido, ma relta de ma leitra eqivocada, tanto qe e imagia eriqecerno qado aal corma apea o o o precoceito, típico de oa competa depedência da interpretação qe o alemãe dão à coia da Grécia Na reaidade, Péricle nada diz ore o dee a poeia a hitó ria a ectra e a ioofia em qe peamo ova a origem de Atea e ectra eea em a aação política o itema e pricipalmee o império qe tiraicamete matiha O aeniee ão herói político qe ltrapaam o e omer e a arte e compreede impicitaete erem imi taõe e adoro de tal herom Ma decorimo o qe pro 235
ECN A CULTU CENTA
curáao ão o ada dio. Ai irrao Pricl ria ara ó uio urficial. O aarcio a olica o Eado Uido rra u o aco ai ali do ao odro guardado r o co oa ráica olica. A olica a aarcr o ubolico (cooia) ou o u aira a r urior à olica (culura) u or igual caa à ar aruiôica a ruêcia do adia. No io ai aigo a olica abragia coiha doi ro a a ooião r cooia culura ão aa d ai ua rulaão do ualio a ida ilcual coorâa do Eao ido u á r r a ágia lh r d a d uião. A cora ua da aag ai oái a obra ouau a ual aiala a ruura co o riório a ora ar d gorar u i dciia ara o dolio da idia d culura o a o caulo obr o lgilaor o Contrto ol (II7. O ilóo chaa a aão o lior ara a cia aiga coo corrio ara o io olico do Iluiio. Ao corário d uio aor u o ucdra ouau ra obiaa olico caraa o ao do ho úblico coo ciai ara a ia d u oo. Ora rcia o da rória coiõ da xiêcia d u oo u ouau acua u acor idiao d a r corio al ou ucido. O ir rório do idiuo ão baa ara ablcr o b cou ii o lóo a l a ida olica iol ho ria r rzi. Priira o dador d u rgi d zr u oo a u o rgi ra. U oo ão rulará auoaica do cohcio do ididuo uao ao u ir aricular do idiál u ao olico. O lgilador d ir codiõ udar or ai izr a aurza huaa d rarar caa iiuo u or i o u odo r 26
A Cultu
feito e solitário, em parte de um todo maior, do ual ele recebe seja coo r a ida e o ser; de alterar a costitui o do homem para rerála; de substitui ua stêcia sica e idepedete ue recebemo da atureza por ua istêcia parcial e moral. Numa palara, cumpre ue ele retire do homem as próprias ras para darlhe outra ue lhe so estrahas e da uais o posa usar sem ajuda alheia. Quato mai as ra aturais o mort e ai uiladas, maiores e mai duradouras so a adirid, e mai a istituio tambm sólida e perfeita, de modo ue, e cada cidado ada , ada pode eo ata dos outros, e ue a ra aduirida pelo todo eja igual ou uperior à soa da ra aturi de todo o idi duo, podee dizer ue a legilao alcaou o mais alto poto de perfeio ue poderia atigir. Com ua fraueza salutar, caracterstica, oueau aleta o caráter corporatio da comuidade e o ue e ege para che gar a ela em cotraposio ao abtrato idiidualimo popu lrizado pelo Ilumimo. Na elaboro do euema, oueau at iclui os tiai populare e coia ue tai. e comple o itema eroo cotrudo pelo legilador correpode tamete ao ue chamamo cultura. Ou melhor, cultur o efeito da legilao sem o legilador, em a iteo poltica. A aueza ou a rudeza teórica de ouea obre legila o descocertaam suceia geaõe de peadore, ue ape ar dio desejaam o reultado dessa rudeza, uer dizer, a comuidade. Ou, com maior probbilidade, rudeza prática de obepierre e o malogro de ua tetatia de legilao as utaram os obseradore moderados. De ualuer rma, mu dar a atureza humaa parece ua atiidade brutal, de agradáel e tirâica. oi eto ue, em ez dio, e comeou a egar a eistêcia de ua coia tl coo a atureza huma a. elo cotrário, o homem se deeole cada ez mais a cultura, tato mai e as cultura, coo e depreede da pa 237
ECNI A CUURA CIENA
lavra, traduzem crescimento O homem é um er da cultura e não da natureza O que ele conserva da natureza nad omparaão com o que ele adquiriu da cultura Uma cultura, e expressa, é um con exemplo da lngua junto de meros acidentes que eprestam um sentido coerente à constituião humana A natureza é gradativamente astada do etdo do homem, entendendose o estado de natureza como um mito, ainda que a noão de cultura seja inconceb vel sem a prévia análise do estado de natureza A primazia do adquirido sobre o natural constitui a base da idéia de cultura, idéia que se prende à de história, compreendida não coo le vantamento de realizaões humanas, mas coo ma dimensão da realidade, do ser do homem O próprio to da deslocaão do estado de natureza para o estado civil demonstra que a História existe e é mais importante do que a natureza E Rousseau, mantémse a tensão entre a natureza e a ordem poltica, tendo o legislador de obrigar as das a uma espécie de harmonia A história é a união das duas, na qual ambas desaparecem Agora, Rousseau, com todas as adaptaões eitas pelo legislador, para que a legislaão se adapte ao tempo e ao lugar, ainda estava atrás do mesmo objetivo universal como os pensadores do Iluminismo garantir a todos os homens, dentro da sociedade civil, igualdade de direitos naturais Para ele, simplesmente, Hobbes e ocke não haviam conseguido zlo, já que o interesse próprio não chega para servir de alicerce à ética poltica A soluão era mais complexa e exigente Kant, que inventou a cultura como parte do ensino da História, também tinha um objetivo universal assemelhado Embora para ele os direitos naturais se transrmassem em direitos humanos, eram no ndo os mesmos, assentados em nova base, enquanto o processo histórico que encontrava nos textos de Rousseau se dirigia para o eetvo estabeecimento de tais direitos na sociedade civil O que assinalava essas doutrinas eram a universalidade e a racionalidade Mas logo a cultura palavra no 238
A Clt
iga aa Kat d odo tto aao oa io cuur. Et ao ho i a aã hi a j ão t ao ho a ta oooita aiada o ia d ao. aigada iõ da ata o a aiiõ da iiiaão ão batat aa dii io tda a o o a to d tata a riaõ o o da gaa o to d ha ta o i ja. t dobri ato a diidad. oa itodi o aiato oo odião aa aa o objtio hao raioa a o o hitoiita oâtio d afiaa objtio a jdiia ao aiato d odo o dito aito too o objtio. Cotiao ai o da ita otaditia daio ota aa o ho. Ua o di o iotat o todo to o a ota ao o to o a a iiõ oia d dift ta o dão odidad it. bo ooda ida a ibdad a oa d b atii o ja a aúd a oaão da ida ão tdo ato oatihao. difa t o o atribo ao to d a o hi j d o atio o a od hiia da ta atia atiat à idad atai do ogaio. Ua oooita a ota artiaita. O diito hao tão oaioado o a oa o ito a ta o a ota. Na dida fihao ta útia o Etado Uido o o d dad idt aia ao b da i haa. O tio o agta a dad ão xit trata d oito da ta otaicaa. o oto ado o aiato i d iio aoiado o ag aiao o taa a dadia ta iaiaa goa atado o ioa o diito hao o o d Ia S tio iit 29
CLN A CULTU CNTAL
há princípios universais a mitar os deito do sam. Q uao as p·ssoas que criticam o Estados Unidos em nome da cultura e o aitolá em nome dos diretos umanos ão as mesmas, o que é uito comum são aquele tipo de gente que quer cor bolo e car com ele inteiro. O sri o caso de perguntar: por que não espeita ao mes s direitos huanos e a cultura? Simpesmente por u cuur era seu próprio estilo de vida e seus princípios, brto ais altos sem nenhuma autoridade acima de hosse, estaria debilitado o singularíssimo estlo de io esses princípios idéia de cultura i adotada i por ofrecer uma alternaiva ao que se enten bixa e esuanizante universaidade de diretos nossa natureza animal O espírito popular asi o ar a razão guerra i contínua entre a uni o Iluiniso e a particularidade resultante das oi os ríticos esse oviento crítica apelava a o laços eus, pátria e ília que o lumi rrr anohes nova interpretaço e novo pa cítica que dava base losófca para resistir à s os rciocínios assue realente o papel os o ruentos acrca o valor da traição ou das sbstiir as paixes ieiatas se toda esta inç no passa de uma reaço dsigual à tare de resistir ona de calculado iniviualismo igualitário, que aliás s prprios críticos copartilha be como aos priviléio que reutaria a renuncia Q uando ouvimos gente dioria há pouco altando a mília ampliaa, sem ter conscênci os vínculos sagrados e da tirania ancestral que ela xigia para subsistir é fácil imaginar o que a seu ve lhes lta na via, as dicil acreitar que ça idéia do que teria e sacricr para conseuir isso o escutarmos homens e mulhres prolaando que êm e prservar a sua cultua, não há coo ixar de indaar se essa noção artical pode assu
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A ultu
r fm o lgr d D d pátr por q já dpr dr d. A o dd" o rí" ão pm d or fão d propão om prlrdd pro ão ó do rddro probl d omdd modr odd d m bém d prldd d rão l m oo d l d oê do oo dl r odd lbrl lr. A d rrão d lh lr o Noo Mdo é prl já q gor o o d q rddr dr re o hom bm rddr dfr r dm obr o bm obr o l obre o límo obr D. A dfr m odo d tr e d omr o ão ê re o ão xprõ dár d r m prod. A dfr é" qe obro o do do ão ão ão rmê dd d g drgê q lrm oo pdo rm o oro. O prípo q o ma l dpr. O f éo ão p d exbõ pr d rj d lmo d lh pár. É pro r oplm gor do plêddo pdo rl" pr q lgé q prodo o do om ão ípd fõ llór q dg d g f o do d lr: poo r. D ro bêão dd od oão d drdd lr o do do plo omo d r orb pr ão lgão d polí d gro o o orrpod dlío d r gdo ql o dro dd do Dlrão d Idpdê ão pm d rór obol. A dé d lr rg d d dobrr dgdd hm o oxo d ê modr ê lá rl poro rdo bm oo dr. O ho ão rá dgdd ão r poão p o r dr do bro . Tm d 241
ECLN A CULURA CENAL
har algo l q jifiq a li o r ia arrajo olico coico q lh roha a brza rzioo a la Q rocro ablcr a igia o ho ão raa aa rarar a ciêcia arai ra a qão coxiêcia Criara alio co o qai aia io arzalibra arzaar ciêciacriaiia ciêcia araihaia q o ocblo fial o ar r r igia rior a cja aaão r oro roblica Ka a libra é olao a oibilia ão a oraão o q coia a r a icla A clra bora alg r abrag iclir oa a aiia rior o ho ão icli a ralia a ciêcia arai qu ão rcia io qu aa io io b o arior arrajo ocrico q la ajara a ar q a ilara A icologia aal icli a iora cola ara a qal o ho ão é ai q bro or xlo o bhaiorio o coiio B Sir; ora cola q o o o ho r aial aarc ica or lo a ali xicial Jacq Laca; h ria ira icor or xlo a oria icaalica r q r r ba a biologia ao o o xlicar fo iriai rio abo gral oa qr r cifca ao o o riar a igia o ho
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s Valores oltamos ao ponto po onde começamos, em qe os valo rs asmm o lga do bm e do mal. Mas, depois do gio ante apesado q fizmos em tono das expeiências inteectais coelacionadas com a poítica modna, iso é obigatóio. Como as coias e agavam aos meditativo alemães é o qe no otra ma passagem aente eadoa de Max Webe sobe Des, a ciência e iacional o fim, emboa m otimismo ingêno possa te lovado a ciência ito é, a técnica do domínio da vida ndada na ciência como o cainho qe levaia ficdad eio pode dixa toda esa qestão de lado, à z da cítica aaadoa qe Nietzhe z do útimos homns" a decobi a icidade". Q, então, ainda acdita nisso, com a exceção de algns mninões catedráticos da nivesidade o inqiios de gabinetes editoriais? ( Ciência como Vocação. U m obevado tão penetrante e beminmado como Max
Wb podia dize em 1919 qe, paa todos os homens séios, o píito científico estava moto no coação das democacias oidtais e qe i itzche qem o mato, o he de plo no o golpe de micódia. A apeentação do último" 24
ECLNI A CULTURA CIENTAL
im Falava Zaratutra i tão dciiva q o raconal o lta a vlha cola n prcio ai r dictido , gndo Wbr, toda a dicõ tdo tro tinha procdr co a crtza d q a prpctva ra aca o ingêno" A razão ão pod tablcr valor acrdi tar q, , é a ai túpida prncioa da ilõ Io ignica, iplnt, q qa todo o norta rcano da época, para pnar nl particlar, ra ' ' ninõ" continara a êo, ito tpo dpoi q o rop continntai atingira a idad adta Bata tr nt John Dwy para vr q l corrpond xatant à dcrição d Wbr aí rcordar a inflência q xr c E n ó Dwy, a todo ndo dd o coço do noo rgi, pcialnt aql q dizia Manto q a verdade ão evidente por i mema", coparti lhava do onho racionalita O nnciado d Max Wbr é portant porq i l tavz q no pô a conta to co a crítca ai avançada da Eropa Continnta à lib ral docracia, alé d tr ido o ntrdiário ntr Nitzch o nortaricano, q ra o a rcalctrant à a concpçõ, tavz porq, d acordo co a, nó rprn tao o por o o ai dprançado , por o, rltao no rar aq pho Qr dzr, ogara obr noo incorrigívl otio a vão trant obria do tro: oo criança q vrt co brinqdo d ato, q alá otrara para ó daado copxo Dgao poré noa fa no oo o único a ntr a copxiad Wbr cta Ntzch coo a nt co a ério pna dor do noo éclo, diznono ao o tpo q a únca tão ndant é a rlação ntr a razão o a cêca o b hao Qando la da fcidad do úto h , não rtnd zr q o úto ho é nli, q a lcad dl é naabnda É cáro tr priência d prondo noprzado oprnr no 24
O Vlo
tação, ma cd oa caacdad d meorzar está mdo. Em W, a cca õ melhat xprca, ue chamaríamo d ta. Do de a ter cotrado m Ntzc, ao a maor art d ua vida acadmca tdado rgão, a m d comrdr o não drezvel al tmam rrcam ortato ão são etado, tm alor o, aa dzr a esma coisa que tm d, calmt aul e cra deuses ou n dam rgõ. om Ntzc aredeu que a rii ou agado, o ma motat do ômenos u ti uado a tdo do a art da erspeiva rr do ator d Am Falava Zaratura "D t moto, rocamaa etzsche as no o dia m tom d tu, o atgo tlo do ates oo s o tira o t do drrado a c hu tiss então lr. Ao cotrro, dzao o tom austiado da s séria dlcada dad doada d ojto próprio ho qu amava a D dl rcisaa, rdeu o P e o alador s oldad d rurrção. A algra da baço qu cotamo m Marx tragoe em terror t a inri dad do ser mao. A onetdade obria os hons sério ao amarm a cocca, a admitir qu a fé antia ão talc orgaçõ. A irtud cristã lda ao au é qu reclama o acrco do crtamo, o maor dos sacrii qu um crtão od azr. O lummo matou eus as qu acth, o lmta ão aam ue o cosos se rbia dat do to o mudo toara ''ua fábula contaa por um dota, cha d om d ra que nada sia ietzs ch ubtt o atímo codcedte ou psçoso peo atesmo agtado, odo or ua coseüêcias huanas âa, gudo o dz, a roda reação a toda a nossa con dção rtal. arx gaa a tência de eus as trans ra toda a a çõ à Htóra ue está initavelente drgda ara a ralzação do homm que assue o uar da Prodca Qm r am tão guo bé pode ser cris
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ECNI A CUTUA CIENTA
o A d Nzch, todo quao aam qu o ho um r htórco aprtaam a htóra dl como pro gria d uma rma ou d outra Dpo de Ntzch, uma da rmul cactrítca d dcrção da oa htória d clíio do Ocidt O flóo aliou e rumu o lmto cotradtóro do odro pamo cocluu qu o racoalmo o rioo icapaz d drgir a cultura ou a alma, que ão co gu ddr orcamt qu ua coqüêca humaa o itolrái Etá aí cofgurada uma cr do Ocid, poi qu pla prmra z l gorado m rg m baado a razo A poa qu o daram, olha do om para o prcípo ura d jutça atural, que odo o hom rcohcm mdiat a razo pura mpl, iauraram goro com ba o cotmeto do gor ado, m aplar para a rlaço ou a radiço A razo, co udo, ambm prcbu qu oda a culura aror tram coo origm du o a f m du Som a hpót d o oo rgim rm um êxio iofmál, m codõ d ralizar com o gêio criador o epldor da oura culra, qu a ba racoi do pamto podriam r igui ou upror à qu a razo ab trm do laçada lhu Slha gualdad ou uprordad , porm, aa utioál, moto plo qual a razo rcohc u iproprdad A rlgo cária a razo o pod dar rligiõ Io já achaa mplício a prmira oda d crítca ao Iluiio Para ouau, uma rligio cl ra cára à ocidad o lgilador d aparcr rdo da cor da rligio Tocqull coctraa o carátr uclear da rligio para o Etado do Com o acao da rlgo ciil ttda por Robpirr, guue o erço para proor um crtaimo rito ou lbral, ob a praço da Prof o de Fé de um gáro Savoardo, d ouau A própra idia d culura ra uma rma d prração d algo me 246
O Vlo
lha à rigião lar la. A ulura é ua í d razão d rligião qu a aoar a aguda diião r o doi pólo. Nizh aia o pi, obra qu o raao ão aa do budido prolaa qu Du á oro. A rligião ra, a parir daí, ua ipoibilidad, a, já qu o ho ia da ulura, o ipulo rligioo pra, ebora ra d rligioidad e ão d rligião. Ea oão pria a aáli izhaa da odridad , iadrida, á a ba da agoria auai da piologia da oiologia. Nizh dolu a quão rligioa ao ro da iloofa. O poo d ia ríio para aaliar a ulura odra é o u aío ial, uor aida ai rpulio do burguê, o último homem, é produo do aío igualiário, raioalia e oialia. Ruido, o apo oo da ri do Oid rid o o d la r idêia à ri da looia. do Tuídid, riiao qu o dlíio da Gréia ra pura políio qu aquilo qu haao d hiória ilual poua iporâia para oprdêlo. O rgi aigo iha raíz radiioai, a hoj dia oo guiado pa ilooa pla iêia o probla pura ório ê io políio diio. Não pod iagiar a hiória políia odra m ua diuão obr ok, Rouau Marx. A iplauibilidad a drpiud ória ão, oo odo abo, a orig da ri da Uião Soiéia. Aliá, o Mudo ir ão a uio ará. Nizh i o ai prodo, aro igoroo diagoiador da doa: para l, io idad íia d abadoar a razão ba raioai ou ja , o ia á prdido. O deenantamento d Du da aurza aa pdido ua oa drião do b do al. Para adapar ua fórula d Plaão ara do du, ó ão aao ua oia porqu la é boa, a a é boa porqu ó a aao. Qur dizr, a oa deião d iar é qu ora algo iál. 247
DECLNI DA CULTURA CIDENTAL
O homem é o er que etima o úico capaz de reverêcia e de meoprezo por i memo o aimal com rubor a ce". Para Nietzche o objeto que revereciamo de modo ehum compele à rverêcia e muita veze em equer exitem. Sua quaidade ão projeçõe do que há de mai poderoo o homem e ervem para he atizer a eceidade ou o deejo mai rte. O bem e o ma ão o que o poibiitam viver e agir. O modo como jugamo o bem e o mal revela o que omo. Para implificar Nietzche diz que o homem atual etá perdedo ou já perdeu a capacidade valorativa e portato perdeu ua humaidade. A atição coigo memo o deejo d e e acomodar a cortáve olução de eu probema o programa iteiro da previdêcia ocial ão iai da icapacidade de voltar o oho para a poibiidade de perfeição ou de autodomio. O ial mai eguro porém é o modo como ó empregamo a paavra vaor" e io ietzche ão ó diagoticou a doeça como também a agravou. De to ele pretedia motrar ao home o perigo em que e acham a terrve tare que lhe cabe de proteger e iteifcar a ua humaidade. A eu ver a atua decrepitude o home gariam e acreditaem em Deu a atureza ou a hitória miitram valore ma a creça eria autar apea a medida em que a criaçõe objetivada dee aida em obre imprcidvei. Com a exautão atual do valore o home têm d er arratado até o abimo aterrorizado pelo perigo e aueado ate aquio que lhe pode uceder para torálo côcio da repoabiidade pelo eu detio. m de e votar para detro e recotruir a codiçõe da ua criatividade a fim de gerar valore. O eu há de er um arco teo que deve combater o cotrário e ão harmoizá lo jamai votado a teão para o grade itrumeto da derradeira macuiidade o diteore do aro epecialita e o j euta do tempo modero o piquiatra o quai detro do memo eprito e da mema copiração da moderidade como vir 248
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tuoo da paz, elimiam o coflito. O cao ou a guea do cotráio, como apredemo a Bíblia, é a codio paa a ciatiidade, a ual dee eta ob o domíio do ciado. O eu também há de gera flecha eultate de ua aiedade. O aco e a flecha, ue petecem ao homem, o capaze de laa ao fimameto uma etrela ue o guie. Segudo ietzche, a ituao em ue etamo xige pede a iluõe uato ao aloe, paa deze a egaadoa epeaa de coto ou de coolao e, aim, echer da emoo do ublime o ecao criadoe, e dadolhe a cociêcia de ue tudo depede dele. O iilimo é um etágio peigoo, ma eceáio e talez aluta da hitóia humaa. Com ele o homem e defota com ua edadeia ituao, poi tato pode emagálo como eduzilo ao deepeo e ao uicídio epiitual ou ico, emboa poa igualmete ipiálo a poceder à recotuo de um mudo com etido. A oba de ietzche cotitui uma eplêdida expoio de uma alma a ue e poderia e a alguém pode da o ome de crado ra. Apeeta a eaítica mai poda obe a ciatiidade, memo porue ele etia a eceidade cadete de a compeede. ietzche i leado ilutaelmete a medita a exitêcia de Deu a ciao de Deu , poi e trata do alo upemo, do ual depedem o outo. Deu o é ciado, j á ue Deu não exte. a medida em ue i feito pelo homem, eflete o ue o homem é, em ue o aiba. Dize ue Deu criou o mudo do ada peocupado cooco, tal ual o homem cia Deu do ada. A fé em Deu e o acedita em milage eto mai peto da erdade do ue ualue teoia cietífica, a ual tem de igoa ou de modica o ue há de ciado o homem. Moié, aatado po a oculta, ubiu ao pícao do mote Siai e touxe coigo tábua de alore, o uai eam de uma eceidade, de uma ubtacialidade mai compulia do ue a aúde ou a riueza, poi cotituíam o cere da ida. Haerá outa tábua de 249
O ECLNO CULTU OCENTL
alor mil uma gudo Zaratutra , ma aqula ram a qu izram d oo o qu l i lh dram rma d r uidad d xriêcia itra de xrão xtra ou d ra Não há rcita ara a criação do mio que r mam um oo huma roaadrão caaz de rdizr o homem u ai criálo ou d detrmiar que mito cioarão ou rão aroriado Tmo aqui a matéria o arita como dra cultor ma t cao o cultor ão é aea a caua ici ma também a caua rmal e fial Ora a origm do mito ão há ada huma ubtâcia huma caua Nhuma itigação obr a caua do alor ja a buca racioal da buca do cohecimto do bm e do mal ja or xmlo, a ua dermiat ecoômica od rdudar um rulado xao Somte a abertura ao fômo icológico da criatiidad od acrectar alguma carza A icologia ão od r mhat à d rud a qual ario da coceção itzchaa do icocit, dcobr caua ara a cratiidad qu aagam a dirça tr um al um borraboa Tudo tá a difrça a qual caa cariamt à oa ciêcia O icocit é um gra mtério a rdad d Du é o id tão io ál como Du rud acitaa o icoci ttado d oi ar claridad rfita or mio da ciêcia O id orém rouz ciêcia é caaz d rouzir ária ciêcia rud ro c como rocura drar a êcia ou a aurza D a arir do u l criou Du ria criado uma iida d mudo oi limia a t ão tria ido r ou crador ara comrdr a criaiia ou a criação é rci o comrr udo ito O id é a idfl iodál, roz irraçõ do muo No ato o citia aurai r o uai rud quria r icludo ão lam a a io a ério Quato ao bólogo ão am qur a cociêcia a ua dicila quato mai o icocit D 250
O Vlo
a rma, o picólogo como reud etão num impoível meiotermo entre a ciência, que não admite a exitência do fenômeno que ele pretende explicar, e o inconciente, que etá ra da juridição da ciência Como Nietzche percute com initência, tratae de uma opção entre ciência e picologia Por io memo quem vence é a picologia, uma vez que a ciência é produto da pique O próprio cientita vêm endo cada vez mai atado por tal opção Talvez a ciência não eja mai que um produto de noa cultura, que abemo não er melhor do que qualquer outra A ciência é a verdade? Sobre a boa conciência cai uma névoa de dúvida, ela que outrora era tão ólida Livro como A Estrutura das Revoluções Cien tc, de Thoma Kuhn, repreentam intoma populare dea condição É aí que urge o que eu chamava de eu em ndo, ou in ondável, a última verão do eu Nietzche deulhe o nome de id O id arremeda o ego quando alguém diz Io aconteceu comigo A conciência oberana egue alguma coia ituada lá embaixo, a qual manda ubir amentação para o penamento A dirença entre eta verão e a outra reide em haverem tido início numa experiência comum, imediatamente aceível mai ou meno, compartilhada por todo o homen, a qual, pelo meno interubjetivamente, etabelece uma humanidade comum a que e pode dar o nome de natureza humana O medo de uma morte violenta e o deejo de garantir conrtavelmente a obrevivência repreentavam a primeira parada na decida Todo conhecemo um e outro e abemo reconhecêlo A parada eguinte era o doce entimento da exitência, já ão imediatamente aceível ao civilizado, ma que ele podem recuperar Quando etamo ob a ua magia, diremo com certeza a nó memo ''É ito que eu ou na verdade, aquilo por que vivo", com a convicção adicional de que o memo deve acontecer com todo o outro Io, junto com uma vaga e generlizada compaixão, faz de nó uma epécie e pode no dar orientação Na próxima parada decobrimo que ela não 251
O DEL Í NO DA ULURA ODENAL
exite e a queda é empolgante. Se alguma coia encontramo é a nó próprio excluivamente, é aquilo que ietzche chama de /atum, ano teimoo e re* que nada tem a dizer de i a no er que exite. a melhor da hipótee, encontramo o noo er, o qual é incomunicável e no iola un do outro, em vez de no unir. Somente a individualidade mai rara decobrem eu ponto de parada a partir do qual o capaze de mover o mundo So literalmente prondo. Embora no e poa dizer que o valore o horizonte a tábua do bem e do mal que e originam do eu ejam verdadeiro ou lo nem derivado do entimento da humanidade comum nem juticado por norma univerai da razo contuo no o iguai, ao contrário do que a vulgaridade do profeore da teoria do valore pena. ietzche e todo o epírito ério que, de uma rma ou de outra, aceitaram a ua concepõe, defendem que a deigualdade entre o homen etá provada pelo to de no haver nenhuma experiência comum aceível em princípio a todo. Ditinõe do gênero autênticoinautêntico, prondouperficial criadorcriado ubtituíram verdadeiro e lo. O valor individual de um homem tranrmae na etrela polar de muito outro cuja experência própria no lhe orece orientao. O mai raro do homen é o crador e o demai o eguerque neceitam dele. Valore autêntico o aquele que do entido vda, que têm condiõe de rjar um povo capaz de grande ito e iéia. Moié, Jeu Homero Buda o ee o criadore, homen que rmaram horizonte, o ndadore da cultura judaica, crit grega e hindu. O que o ditingue no é a verdade de ua liõe, ma a capacidade de gera cultua Um valor omente o é e conerva e reala a vida. Ora, o valo ) Ftum rrepnde em Lív a predçã ráu e em íer a d na de tn. Blm fala em tubbo tg verã g vre da uçã que Netz
e extrau de um aut de mtér antg: u pulch t fotmu. Cm e vê an netzean é bel ulch e nã tem tubbo. ( do T
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O Vlo
res da quase totalidade das pessoas cosistem mais ou meos em pálidas cópiascarboo dos valores do criador. O igualitarismo sigifca cormismo, já que dá poder ao estéril que só cosegue zer uso de valores atigos, valores alheios proosavestir, que ão têm vida e os quais seus promotores ão esão egajados. O igualiarismo dase a razão, a qual ega a criatividad. Tudo em Nietzsche é um ataque ao igualitarismo racioal, dmostrado a tolice que represeta o habitual palavrório acerca de valores e é de causar espato o respito em que Niezsche é tido pela esquerda. Uma vez que os valores ão são racioais em se dameam a atureza de quem se submete a eles, têm de ser impostos, derrotado os que lhes são adversos. A persuasão racioal ão os toa digos de fé, pelo que a luta é cessária. ô oduão de valores e s ão atos votade, ivo l d votade .rã_ de mora vist icar a seridade do ae. epres t vle da fé, depois que Deus vivo i suplatado por valores autocoridos. a proposião de Pascal, já ão sobre a existêcia de Deus, mas sobre a ossa capacidade para crer em ós mesmos e os is a que os propusemos. Não é o amor da verdade mas sim a honestidade intelectual ue caractriza o esado de espírio correto. Uma vez que a verdade ão está cotida os valores e o que há de verdadeiro a vida ão é amávl, a pedra de oque do eu autêntico está m cosular o osso oráculo equato eeamos com deermiaão o que somos o que setimos. O moor dos tos são as decisões e ão as dlibraões. Não podemos cohecer em plaejar o turo, temos de querêlo, mas ão há programa. O grade revolucioário tem de destruir o passado e escacarar o turo ao jogo livre da criatividad. Os pricípios políticos são revolucioários, mas, ao cotrário da evoluão loriosa, da evoluão Americaa, da evoluão racesa e da evoluão ussa, as ovas revoluões ão erão programa. 253
DECLN DA CULTURA CDENTAL
Sro fta or hom rador, tltualmt hoto, dvoado d votad rt Ntzh o ra um ta, ma t rojto rou a rtóra ta, qu vava a rtauraço da vlha ultura ou a daço d outra ova, m otraoço ao omooltmo raoal drazado das rvoluçõs da qurda Ntzh ra um rlatvta ultural vu o qu o qur dzr gurra ruldad m vz d omaxo A gurra é o fômo damtal ao qual or vz s mõ a az, ma mr da rma mas rára A dmoraa lbra o zm a gurra uma à outra lo to d odrar a mma aturza humaa o mmos drto alávs a toda a art a todo mudo So a ulturas qu gurram m d zêlo orqu o valor só valm a mdda m qu vm outro ão arrazoado om l As ultura têm ercepções dfrts, uas dtrmam o u é o mudo No gum hgar a tdmto, o o há omuaço obr as oa urma (Comuaço é o udâo d omro quado xt um uvro omum a omartlhar tr os hom, ao qua rfrro o ao d o tdrm tr Dd o olamto dos tma fhado do u da ultura, há ttatva d trar m otato" lha d omuaço" Como é qu o dvduo as ultura oguro rlaoar" é um roblma omltamt mtroo Cutura gfa uma gurra otra o ao e otra outra utura À róra déa d ultura orrod um valor: o homm ta dla dv zr o ovl ara rála matêla No há lugar ara o homm tóro, já qu,ara v vr, ara tr ubtâa tror, o homm tm d tr valor, r dvotao ou enggé or oqüêa, o rlatvta utu ral há d tr ma tr a ultura do qu la vrdad ombatr or la, mbora aba qu o é vrdadra A rooço o dxa d r mov Ntzh a tou or toda a vda, talvz m uma oluço attóra 254
O lo
Mas ele sabia que a concepção científca é tal para a cultura e que o relativista da cultura política ou oral de tipo cou está destinado a não ter nenhua cultura O relativiso cultural, e coparação co o siles relativiso, esa a necessidade de crer equato solapa a crença Ao que parece, iet assiilou a déia de cultura de seus antecessores flosófcos sem uitas hesitações Para ele, a cul tura é a úica estrutura detro da qual se explic de e home é puro devir, utro ser da aturea, sedo na cul ao tura que ele se torna algo qu e trascee a aturea, os não te outro odo de existênca ne outro poto de apoo ue ua dada cultura Nas platas e os outros animais, a realidade está contida e suas potecialidades, mas isso ão acotece no hoe, coo o indica as várias ores culturais, desguais na essência, proveientes da esma seente que é o hoe A contribuição de Nietsche cosistiu em extrair co perfeita itransigência as conseqüêcias dessa idéia e ttar de conviver o elas Se existem utas culturas, não solictadas por ua cultra perfeita ou copleta a qual o hoe sea o que é, siplesete se o prefixo de grego, chinês, cristão, budista isto é, se a Repúbc de Platão, ao deliear o elhor de todos os regies, não passa de u ito, de ua obra de aginação), então a própria palavra hoe" consttu u aradoxo Há utos tipos huaos coo há uitas ultuas, se perspecta ue perita lar do hoe no sigular, o que é erdade, quer se trate de seus hábitos, costues, rtos, odas e, acia de tudo, de sua mente Com certea os tipos de entes são tantos quantas as culturas Se ão se incluir a própria ente etre as coisas relacionadas às culturas, as observações do relativso cultural são triviais, tendo sido invariavelente aceitas E, no etato, todos aprecia o relativiso cultural, as ressalvando o que lhes di respeito O sico quer salvar seus átoos, o historiador seus acontecientos e o o 255
DECLN DA CULTU CDENTAL
ralita u alor, qu aliá o todo rlatio. S xit ada para ua rdad dt fluxo, to o há razo pricpio para qu tata outra rdad o lh iga; d rto, o fluxo, dir, udaa, hitória ou ja lá o qu r o o datal, a at o r, o pricpio iutál da ciêcia da flooa. Cab a Nitzch o rito d har tido a cociêcia d qu o floor altat problático o plao cutural, hitoricita, rcohcdo o trri rico itlctuai morai oido. No cr d todo o u pato taa a quto: Coo po zr o qu tou zdo ? Procurou aplicar a u próprio pato a liõ do ratiimo cultural, coia qu praticat hu outro fz Por xplo, Frud diz qu o ho o oido po djo d exo podr, a o aplica ói para xplaar ua própria ciêcia ou ua atiidad citfca. Ma, l r u autêtico citita, ito , oido plo aor da rdad, outro ho tab o pod r, o qu r d ort a dcrio qu z d u otio. Ora, o hom oido plo xo ou po podr, o u citita e a ciêcia apa u io tr uito outro poi para alcaar aqul i. Eta cotradio pria toda a ciêcia aturai ociai, qu coloca a coia d tal ra qu o coegu xplicar a coduta d qu a ptica. O cooita altat tico qu ó faa lucro, o citita potico oltado para o púbico u ó ê itr d grupo, o ico qu ubcr ptiõ a or da ibrdad, a qu ó rcohc a lta d ibrdad o uiro a i da atática qu gora a atria oito , o itoático da dificuldad d cotrar ua xicao própria para a ciêcia ua ba para a ida tórica, a qual atortado o paoraa itctua dd o priórdio da odridad, co particuar agudza dd o ratiio cultural Diat da diicudad, Nitzch fz dibradat prigoa xpriêcia 26
O Vlo
com sua própria losoia, encarando a nte dela como a vontade de potência e não como a vontade da verdade O recomeçar filosóco de Nietzsche parte da observação de
que um seio compartlhado do sagrao é o meio mais seõ e reconhecer uma cultura bem como a cv para compreendêla em todas as suas cetas Hegel deixou isso claro na sua ilosoa da História, j á tendo encontrado essa noção nos estudos de Heródoto sobre vários povos, grego e bárbaros Ver diantemovo se ajoelha no diz o q a possibilidade é cometeu o r da existência de um Deus completamente racional, capaz de conciliar as exigências da cultura e as da ciência No entanto, chegou, de certa rma, a ver que não era assim, ao dizer que a coruja de Minerva voa ao entardecer, o que signica que uma cultura só se compreende depois do ocaso O instante em que Hegel compreendeu o Ocidente coincidiu com o m deste O cidente ra desmitificado e perdera a capacidade de inspiçã a vsão do turo Logo, é evidente que seus mitos são qil q anima uma cultura e os criadores de mitos são quem ia as culuras e o homem São superiores aos filósos, que só tda e aalsam o que os poetas zem Hegel adite qe a a pd a capacidade profética, mas consolase acditn que asrá a filosoa Os tstas que oeava Nietzsche, os de maio talento, cprovav essa da Para ele eram decadentes, não por qe les altasse inraçã orque sua arte causasse pouc ie, a rq su obras eram elegias sobre a otnc atístc e atoes, caactezações de um aa q ot avam não poder inuencar Loo após a Rolç cesa houve uma espantosa ervcêa artísca o t avam que podam volt a o leiladoes d espéce uana A vocação que va ls a cltu dtiv os artistas os inspirava as se a v ea clásca Pecia que o idealis rotso via tlad u lar para o sublime 57
DELÍI DA ULTURA DETAL
na ordem das cosas. Mas, dentro de uma ou duas gerações, o estlo mudou basante e os artstas começaram a reresentar as isões româtcas como uma msfcação. Auores como Baudelare e lauert astaramse do úblco, zeno com que o moralsmo e o entusiasmo romântco de seus antecesso res edatos arecessem ridculos. Aduléros sem amor, ecados sem enênca ou redenção toaramse os emas mas autênticos da arte. O mundo erdeu o encanto. Baudelaire aresentaa o ecado como na são crstã, mas sem a eserança da salação em Deus, enetrane e edosa aude, hypocrite lecteur Quanto a lauert, mergulhou num ódo enenoso à burguesa trunnte, que a na cultura mera rragem ara a sua adade. Os grandes dualismos cessaram, e a are, a cratdade e a lerdade ram absordas elo determnsmo e elo esqunho nteresse essoal. laubert, na mao de suas crações, M. Homas, o rmacêutco, concentrou tudo aqulo que a moderndade era e sera. Homas eresenta o esrto da cênca, o rogresso, o lberalsmo, o antclercimo. Lea uma da morgerada, cudando da saúde, ardeu as melhores lções, sae de tudo quanto aconteceu, esá cte de que o crstansmo contrbuu ara a lbertação do escraos, mas que já erdeu a sua utldade hstórca. hstóra ita ara roduzlo, o homem sem recoceitos. Esá à otade com udo e nada escaa à sua coreesão. Ele é um jornalsta que dissemna conhecmenos ra elreer as assas e seu lema moral é comio. E tudo no assa e u equeno mour-prop A oidde se ara lh dr honras e amorróro e a cultura lhe erece. No há heróis a descreer nem latéas a nsrr. odo omercia, de ua rma ou de outra. Já a Boary oferece o coraste de Homas. Sonha com ouro mundo e com homes que no exisem nem odem exsir é uma louc nu undo de gee austera, sonha com irações isis, como u aris moderno. O sucdio é seu único ri e eu úico o lire. Netzsche conder reelaores esses decdenes, esis 258
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ta e protonta, ta qua o muadore de randes feto e pae, que ão o rero da medaa, partcularmente aner. Depreza aquele, não porque le te onestdade ou porque a caracterzaão do mundo que o cerca seja incorreta, ma porque abam ter avdo deue e eróis que eram produto da manaão poétca o que nca que a imanação poétca pode cráo de novo e no entanto não têm coraem ou reouão para crar. Por o cam deeperados. Só ee no entanto peristem, ma, como crente secreto do eu do crtão ou, peo meno, da ccepç d ud crstã, não coneuem acredtar naquo que é realmente novo. mem ar a vea em mare tempetuoo e não cartorados. Somente Dotoévk tem vtaldade de espírto, não é decadente. O nconscente dotoskano, trado por uma consciênca crtã, mantae em desejo proibdo, crme, atos de umaão, entmentaidade e brutadade, mas o autor está vivo e uta, comprovando o etado de aúde do anima e tudo o que fermenta dentro dee. O artta é o ma ntereante de todos o nômenos, po reprenta a cratvdade, a denião do omem. O nconscente dee, ceo de montro e de ono, tranmte maens concênca, que a aceta como um dado, um "univero, e as ca A raconadade é apena a atvdade e rnecer boas raze para aqo que não tem razão ou é rrazoáve. ó zemo aqulo que no manda um detno que é a nossa indvdualdade, ma temo de pcar e de comunicar. Esta útma é a não da concênca e, e ea uprda de eementos rco peo nconcente, ua atvdade não ó é fecunda como também a uão de ser ucente e torna mesmo salutar. a, e reduzu mala e enou a ua erana, como o z aora a ca matemátca, não á panta amentíca nteiras que ceuem. Então a concênca ee reabatecimento. Am etzce debravou o meno terreno eplorado peo moderno artta, pcóoo e antropóoos, que procuram regéro para noa cutura auta na prondeza do
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ECLN A CLTRA CENTAL
mais negro incosciente ou da mais negra Áica. Nem tudo o que Nietzsche airmou é pausíve, mas o seu encanto é inegável. Ele i até o m do caminho com Rousseau e utrapassouo. O ado da modernidade menos interessante aos norteamericanos, que busca meos as souções poíticas do que a compreensão e a satisção do homem na sua penitude, encontra sua mais pronda epressão em Nietzsche, que representa o auge desse segundo estado de natureza. Acima de tudo, era amigo dos artistas, que ram os primeiros a darhe reconhecimento quando ee era malamado entre os acadêmicos e a soer a sua érti inuência. Basta pensar em Rike, Yeats, Proust e Joyce. O maior dos tributos ilosócos que he zeram é a obra de Heidegger, Netce, cua parte mais importante se chama A Votade de Potência como Arte . Nietzsche restituiu nada menos do que a ama à nossa compreenso do homem, ao oerecer um aditamento à tea pana e seca da consciência, a qua, com puro intelecto, observa o resto do homem como algo alheio, um eie de sentimentos a matéria, como qualquer outro obeto da sica, da química e a biologia. O inconsciente substitui todas as coisas irracionais sobretudo a loucura divina e Eros que antigamente fazia parte da alma e haviam perdido o signicado na idade orna. O inconsciente estabelece um laço enre a consciênia o conunto da natureza, restaurando com isso a unidade a spécie humana. Foi Nietzsche quem tornou de novo possvel o estudo a sério da psicologia e, mais, tudo quanto há e interessante na psicoogia deste século não só a psicanálise, mas também a Gestalt, a enomenologia e o eistenciaiso surgiu dentro dos limites do continente espiritual que le descobriu. No entanto, a dierença entre o eu e a alma continua grande dvido à mudanç havida na hierarquia da razo. Em Nietzsche, a reconstituição do homem eigiu o sacricio da razão, a qual o Iluminismo, com todas as suas lhas, mantinha no centro. Apesar de todo o encanto do óso e de tudo o que ele diz para inspirar os entusiastas da al
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O Vlo
a, et ito ai loge de Platão ete lao crcial do e Decarte o Locke. A icologia ietcheaa reocae co o ilo ara De, oi ee ilo o e diõe e exibe todo o e o ere, edo certo e a iflêcia dele deerto oo srto e iteree religioo, e ão de religioidade, ao do ite letal. De é ito, eiaa ele. O ito ão feito or oeta. Ora, é exataete io e di Platão a Repúblca, o e ara ele eialia a a delaraão de gerra etre a floofa e a oeia. O obeto da iloofa coite e bti ir o ito ela erdade o ito j e defie coo lidade, to or eai eeio e oo cíio óietcheao elo iológio. Ua e e o ito chegara rieiro e era ao hoe a rieira oiiõe, a looia igif a a erião rtia ele e beecio da erdade, or aor a liberae e a ia atral. Sócrate, tal coo o de re ilo e Platão, ao etioar e retar a oi iõe etbeleia, eree o odelo da ida iloóica, tato a a a orte à ão do rório ateiee, or ão areiar io ele, ree be o rico da floofia. ehe etrai exaaete a olão oota do eo o bre o io. A atrea ão exite, coo ão exite a lbere e lóo e aer o otrrio do e fe Sócrate. iethe i ai o rieiro lóo a atacar Sócrate, e a ia do ateiee ão era odelar, e i corrta e troa, deroia de oda a obrea. A ida trgica, e órate earo e exrgo, é e é a ia éria. O oo lóo é o aliao do oeta e o e alador, a edida e e a loa e i rereeta a alta ra e oeia. A loofa a atiga eola detologza e detca, ão e o eor eo o agrao e, ao deencantar o do e ao deerazr o hoe, o ao co. A relaão de e a loa eotra o aa ao de a bca ira ao o lóo e a riaão e ito h de er a a reoca ão daetal ara rar do. 26
ECLN A CULTURA CENTAL
A traão dea criação religioa de ito ou de iter retação aloratia da exeriêcia ocial e olítica a corre te agüíea do tado Uido i, e larga edida, efetuada ia Max eber O uceo dele o eio orteaericao, e tou tetao a dizer, i iraculoo Teo u bo exelo a ua ieção da Ética Protetate Li ee liro quado zia o rieiro curo de ciêcia ociai a Uieridade de Chi cago, éoca e que etaa edo iiciado o itério odero O curo trataa do clico da ciêcia ociai, etre o quai e icluía Marx ão ó o Maneto Comu nta a tabé boa arcela de O Captal Claro et que ão cotaa da lita Locke e Sith, o ortaoze oficiai do caitalio", que odia uito be er coierado o eu dadore, ua e que etao à olta co ea dore que u cietita ocial coteorâeo uee lear a ério Segudo Marx, o aarecieto do caitalio i ua eceidade hitórica, e o cotrole de igué, coo re ultao de u coflito de clae obre a relaçõe de rorie dade aterial Para ele, o rotetatio ão aaa de ua ieologia que refletia o cotrole caitalita do eio e ro dução Por i, ão etedia e etou certo de que eu ro feore tabé ão etedia que, e eber tiha razão, Marx eta liquidao, co ua ecooia e ua reolução, i to é, co o arxio e o rio tio de iatia oral que ele eerta Max Weber retedia deotrar que ea ece idade aterial uca exitira, que a cooiõe" ou o alore" do hoe é que lhe deteria a hitória, e do o eírito que coele a atéria e ão o iero O efeito deta teoria coite e recolocar e é a elha oção e que o que cota ão o idiíduo, qe a liberdade huaa exite, ai coo exite a eceidae e coado eber atribuía ao carma de Calio e ao oer da iagiação a ela aliado, que eu aeto trarara e rotia, a eergia deciia ara o deeolieto do caitalio No etato, coo o líder caritico de eber, é diferete do etadita racioai 262
O Vlo
conjetrados por Locke, Montesqie, Smith e o Federat. Ltam por ojetivos apreendidos pela razão e claramente n damentados na natreza. Não precisam de valores o de vi ões criadoras (poder da imaginaão) para ver o qe todas as peoas sensata verim qe a liberdade calma, segra e prós pera só se consege com um traalho árdo. Podese argmen tar que Marx está mis perto do núcleo desas crena: emora ele diga qe os homens são prisioneiros do proceso hitórico, tal proceso, em si, é racional e apresenta no fim a lierdade racional do homem, qe contina a ser, de certa rma, animal racional. Por otro lado, Max eer nega a racionalidade dos va lores" postlados pelos calvinistas: são deciões" e não de lieraões", impostas a m mndo caótico por poderosas personalidades, cosmovisões" o concepões do mndo", em otro ndamento além do e dos protestantes. Os va lore" qe fzeram o mndo para os povos desta religião são atos primordiai da vontade, constitindo o e e o mndo ao mesmo tempo. Atos que têm de ser irrazoáveis, já qe se a eiam no nada. Nm niverso caótico, a razão é desarrazoa da, porqe a atocontradião é inevitável. O profeta se converte no pro modelo do estadista, com coneqüências xtremamente radicais . Tratavase de algo novo nas ciências sociis dos Esta dos Unido e deveria ter deixado claro, mas não deixo, qe m novo tipo de casalidade inteiramente divera da qe as ciência natrais conheciam tinha entrado em cena. A respeito disso, a lingagem weeriana e a interpretaão do mndo qe ela troxe consigo alastraram com rapidez. Já li trabalhos sore a ética protestante japonesa e a ética protes tante jdaica. O manifeto asrdo de semelhantes locões parce ter prodzido algm efeito, porqe hoje em dia a éti ca do traalho vem sstitindo gradativamente a ética pro testante, emora se trate de mero ajste qe mal disra o ponto de vista que lhe etá na ase. As pessoas interesadas pelo mercado livre parecem não reconhecer, ao empregar esta 263
O DECLNO DA CULURA OCIDENAL
lgagm q stão admitido q ses sistmas racionais" cam d m slmto moral para ncionar q ssa moaldad ão é racioal o, pelo mnos a opção or la ão acoal tal como las comrndm a razão. A satisço dfda á stido para o cojnto do sistma, mas sá alalmt boa aa o idiído? ra m cristão, car a co é mastamt sior a sr obr? S o trabao co é aas ma oção tr mitas otas igalmt ála ão o róio sistma d mrcado lir também ão assa d ma oção t mitas otras. Asim os adtos do mcado li não dm ficar srprndidos s irm qe aqlo q otrora já mrc a arovação gral dixo d sr crça obigatóia. Há q olta a ock a Adam Smit com síto d sidad ão m bsca d citaçõs mas d ments aa a bas moral racioalista da socidad lbal. Els já ão fazm sso , como rdam o hábito d lr lios sé ios d losoa d os cosidam ssciais é roál q ão cosigam zêlo Qado a dotria libal o a q o a sr camada d tlitária s toro domiat co mo scde com a maoria das casas vitoriosas a xclência dos agmtos co mos cssáia os bos agmntos ogias q am dcis, am sbstitídos or simlicaçõs lasíis o o nada. A históra do samto bal dsd ock Smith, m arsntado m dclíio costat a sbstâca losófica. Qado o samto o o stlo d ida coômicolibal s i maifstamt amaçado aa ddêlo ss adtos arovitaram tdo o q dam gar. Dá a imessão d sr ciso itar ma rlgião só ara rotgr o caitalismo ao asso q os ri mios lósos a l associados nsavam sr imrioso n aqc a rlgão ara stablcêlo. E a rligião, m z d a as tdêcias do caitalismo como Tocqill saa q iia a s tcioa hoj stimlálas. Não é ciso diz q Wb m o m momto co sidro tr Calio rcbido a alidad ma rvlação dii 264
Os Vo
na o que certamente lterara a ce das cosas O ateísmo de Weber era dogmátco, mas ele não staa nteressado em proar que alno sse carlatão ou louco elo contráro, prefera acredtar na autentcdade de Calvno e de outras fgura ndamenta que epreentassem tpos pscológcos mámos, capaes de assumr repabldade capazes de convcão ou dvoão nteror O que vale é a perênca relgosa e não Deus O elo debate entre razão e relaão é qustão ndrente, que ambos os lados estaam enganados, compreendamse de manera equvocada No entanto, a relaão nos ensna o que o omem é e de que necessta Fguras como alvno etabelecem valores e são por sso modelos de aão na Hstóra Nós não podemos acredtar no substrato (Deus) de sua eperênca, as ela é decsva Não nos ntrssa saber como é que eles se entendem, mas sm nestgar o eu em busca do msteroso sucedâneo do substrato Não podemos nem queremos ter as lusões peculares dels, as espeamos alores e compromssos resultado dessa relgosdade atéa são os msterosos devaneos e recursos de estlo de Weber e mutos outros (pensems em Sartre) acerca de crenas e atos, os quas culnam em cosa muto dferente do que drgntes reloso stadstas raconas jamas dsseram ou pratcaram Fund a duas fguras, mas dando maor peso à prmera, à necessdad da fé e de tudo quanto a acompana O aparato nelectual que segue esta análse tende a obscurecer as alternatas, prncpalmente as raconas O resultado é um devo constante da perpcta hstórca para as planaões relgosas A ecular é o maraloso mecansmo pelo qual a relgão dea de o ser O marsmo é o crstansmo ecularado, do mesmo modo que a democraca, o utomo e os dretos umanos do o que se rera a valores provém da relgão Não é precso amplar a pesqusa, á que o crstansmo é a condão necessára e sucente de nosa Htóra Assm, é mpossível levar a séro Hobbes
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O CLNO CULTUR OCNTL
Lo dea Hiória, poi abemo qe a ra i ão em apacidade para decobrir valore e ee pedore evm ranmiindo inco oe da éic proee A razão ranmi i, rmiza, m não cria o io Weber dá poco e o do rcioal d noa radião Igoram e da foofia, para enaecer d reigião O e áico mia n oclão paradoxa de qe ó e oa ão deriv a rebcada paavra religioa ' 'ca, e eqüêi poíica ão i, aliá palvrinha do Uido Em Chago exiem o Cha er e ão há chefe de bando de ra qe ão ej io re ó, carima não é m vocábo mere eriio, m doado de qalidade qe e relaciona o é d impreão de coferir m o exra eg efe em virde de ''ago epeial Eá claro qe r ev eado em Moié, da e Npoeão, m o de rmal o he de ba de ra orrepon e fi de arima O oo or proro abrir p o oi qe legaidade poíic exli ma e o direi à no aeão, embora ão eham do razão em no onenimeno o único di eio pr goernar, a demori iber Não é ao par dr, pr, qe odo o apeie demagógio frra or o iema coiioal e agarrem a ma pala r e edeemee o legiima e iojeia Além do mai, o inidimo demoráico ão proporciona, ocialmene, i po pr o ídere, o he, nm regime em qe epõe e odo mandam O carima ano jifica o omo ep o depo A impe pavra dá m efeio oi dade e aividade de agidore de ra, empre o egiv pea noa radião conicional Ade , vgeza a or m irmeo para ade e par pbi adepo da maniplão de imagen 266
O Vlo
Carisa coo eber sabia uito be é o a graa iia que core autoriae eiate a saão e Deus. De acoro co sua aálise a Ética Protestante, ele trata a postulaão e alores pelo eu coo a erae huaa a graa e Deus. Ao faerlhe referêcia parece que é eraete escritio as torase prescriptio. E passages proaete iueciaas por Nietsche aalisa o Estao coo ua relaão e oiaão o hoe pelo hoe aa a iolêcia legtia isto é, a iolêcia que considera legtia. s hoes o tio aceita ser oiaos se tê alguas creas. Não há outro aeto para a legitiiae o que a justiicatia tia que os oiaos apreseta a si esos para aceitar a iolêcia aqueles que os oia. Seguo eber são três as justiicatias: traicioal racioal e carisática. Aluas pessoas subetese porque sepre i assi outras cocora e obeecer a cioários públicos copetetes que segue regras racioalete estabelecias e outras aia ica ecataas pela graa extraoriária e eteriao iiuo. Das três a legitiiae carisática é a ais iportate. Pese lá o que pesare os coseraores as traiões coeara por ão ser traicioais e seu aor ão era coseraor e traicioalista. s alores aetais que ispira essa traião resie a sua criaão. A traião é a eia ia cotua o oeto e ecato e que u grupo e escol coie o ápice a ispiraão co o criaor. A traão ajusta a ispiraão aos otios cous e uiersais o hoe coo a cobia e a aiae rotiiao o carisa. É assi eio ao ipulso origial. Portato o carisa é a coião tato a legitiidae carisática coo a traicioal as é a ra esplêia aquela. A racioal ão se costitui pelo carisa e os cioários públicos os burocratas essa ra são icapaes e toar ecisões etias ou e assuir resposabiliaes de traar graes plaos polticos ei e estabelecer objetios. A era copetêcia sere apeas para faer 267
DECLÍN DA CULTURA CDENTAL
cumrir objetios já estabelecidos e decidir de acordo com as regras estabelecidas. No mínimo é reciso sulementála com uma liderana carismática ara que se dirija ara a direão correta ou qualquer outra. O carisma em rimeiro lugar ortanto. A criaão de alores a atiidade que escree a tábua das leis ela qual um oo se constitui e ie como Nietzsche diz é a noz dentro da casca da existência. Sej a qual r o mérito das análises e categorias de Max Weber ara milhares de intelectuais ram a rópria sagrada escritura. Como o autor reconhecia não se trataa somente de um exercício acadêmico mas também exrimiam a sua isão da crise do século 20 Eis um caso em que os alegados também reelaam os alores. Os regimes baseados na tradião tinham exaurido o imulso estaam em ia de extinão. Aqueles baseados na racionalidade estaam irando simlesmente a administraão ara o último homem" o intoleráel ólo negatio. Era imerioso então deserar alguma rma de liderana carismática a fim de reitalizar a ida olítica do Ocidente. Tudo reousaa na certeza de que Nietzsche tinha razão ao dzer que o último homem é o pior ossíel ou em termos genéricos que sua crítica da razão era correta. O roblema da política carismática reside em que é quase imossíel definila. Terá haido exemlos dela no assado mas são inimitáeis. Se a olíica é semelhante aos estilos de arte (ensamento colhido na inenão weberiana da locuão estilo de ida") nada lhe ode ser antecipadamente determinado não há rincíios fixos nem rograma de aão. Tudo quanto se ode dizer é Ânimo!" Seja original!" Deixa lá!" ou algo no gênero. Carisma traduz extremismo e imoderaão. Além disso o che há de ter seguidores de modo que ele se sentrá tentado a reresentar o ael como eles o definem. Em suma o autêntico carisma é muito dicil de julgar. Semre i muito dicl armar testes conincentes para aaliar a autenticidade do líder carismático cuja graa em de Deus. O líder cuja graa 268
O Vlo
maa do , é mito mais igmático, é d comroação raticamt imossíl. A sitação modra, tal al a diag ostico Wbr, xig rmédios radicais, tr os ais s i cli o lídr carismático. Na éoca m Wbr staa scrdo, Hitlr airaa o horiot. Era m lídr, m gia Führer, aliás sm ada d tradicioal m d racioalbrocrático. Cograa a lo ca, a horríl aródia do lídr carismático o dmagogo Wbr sraa. Hitlr roo à sacidad, rat a maio ria, s ão a totalidad das ssoas, o último homm ão é o ior d todos, xmlo dria tr astado mas ão asto a imagiação olítica d xriêcias ss sti do. Wbr ra m homm corrto, d istitos olíticos d cts, jamais stiria são dsgosto dsro or Hitlr. O l dsjaa ra m corrtio modrao ara os mals da olítica almã mais o mos a msma coisa o g ral D Gall f la olítica acsa. Mas, ado algém s atra los astos saços dsdados or Nitzsch, é dicil traçar limits. Nst cso, ão há mdida m mod ração. Wbr i aas mais ma tr mitas rsoalida ds sérias s dixaram iflciar or Nitsch o olarizaram sm acrditar o xtrmismo , o rório f lóso garati, rslta d algém s colocar acima do bm do mal. O tro ilimitado garda mitas srrsas, todos als adtos d Nitsch dsbra o camiho, ajdado a laçar ao mar o bm o mal, jtamt com a raão, sm garatia ato às altratias ossíis. Wbr tm m it rss todo articlar ara os ortamricaos, ois i l o aóstolo rrido da trra romtida dos Estados Uidos. Não só a olaridad da sada ligagm l os trasmi ti srrd, mas também o to d rdrar, o mio d figras tidas or sérias, a sa cocção dos fômos olí ticos. Hitlr ão rooco m rsar da ciêcia olítica os Estados Uidos m a Eroa. Mito lo cotrário i ato stáamos ltado cotra l o samto 269
O DECLÍNIO DA CULTURA OCIDENTAL
rope e o havia precedido vence entre nós Pensamento e, se lhe de pelo menos certo estímlo e em nada nos preparo para compreendêlo, contina a ser dominante Na década de 1930, algns sociaisdemocratas alemães tiveram a consciência de e Hitler, assim como Stálin, não se ajstariam exatamente aos termos da análise de Weer, a e haviam aderido, passando a descrvêlos como totalitários " É esionável se isso representa m corretivo sciente para a estreita concepão de ciências políticas de Weer No entanto, ' 'carismático assentava perfeitamente em Hitler, a não ser e o termo signie necessariamente om o e é m jízo de valor vorável Sponho e aeles e por isso aandonaram Weer o fzeram por não poderem sportar a idéia do erro em e ele havia incorrido o a de e a teoria e haviam araado e propagado teria contriído para ajdar o scismo lvez Hannah Arendt tenha inconscientemente atenido à minha sgestão ao e rerir, em Eichmann in Je raem, à hoje concelerada frase a analidade do mal" Não csta mito a perceer, so a tão leve máscara, a ''rotinizaão do crisma" Hitler i com cereza carismático Depois dele, todo mndo corre para trás às pressas, so o manto da moralidade, mas ase ningm se dero a sério sore o em e o ml Caso conrário, nem o presidente dos Esados Unios nem o papa estariam por aí lando em valores Como eso procrando demonstrar, toda essa lingagem implic e o religioso é a nte de tdo e é político, social e pesoal, o e ela aina hoje transmite Contdo, nada fez para restarar a religião, o e nos deixa em apros Por ra de nosas categorias, rejeitamos o racionalismo, e é a ase de nosa rma de vida, sem e haja nada para sstitílo À medida e a essência religiosa se ia transmando nm gás púrido, epalhado por toda a nossa atmosfera, também se i toando respeitável lar dela so o nome maravilhoso, portentoso, de o sagrado No início da invasão dos Esados Unidos pelos alemães, havia nas niversidades ma espécie de 270
O Vlo
menosprezo científico pela imndície da religião Era possível estdála sob rma acadêmica, como parte do passado qe havíamos consegido sperar, mas o crente era de certa ma neira considerado ignorante o loco Entendiase qe as ciên cias sociais assmiriam o lgar da moralidade e qe lições religiosamente corrompidas como as de Galile, Copérnico, ewton e otros, de acordo com a mitologia poplar, tinham ndado novas ciências natrais o exatas, qe aniqilavam as sperstições da Idade das Trevas O espírito do Ilminismo o do marxismo aida pervagava a Terra e a oposição entre religião e ciência era igal àqela entre preconceio e verdade Simplesmente, os cientistas sociais não percebiam qe ses no vos insrmentos se baseavam nm pensamento qe não acei ta as dicotomias ortodoxas, qe os pensadores eropes não estavam somente procrando por algo semelhante a protago nistas religiosos no cenário político, mas qe até o novo espí rito o e tinha no mínimo tanto em comm com o ponto de visa de Pascal tinha com o de Descares o Locke O sa grado como fenômeno central do e, irreconhecível para a consciência científca e calcado aos pés por transentes ig orantes qe perderam o instinto religioso i levado a sé rio por pensadores alemes desde o começo da teoria dos valores, pois sabiam o qe efetivamente significa valor" Foi necessário atenar todas as convicões e apagar odas as dis tinções para ensinar qe o sagrado não é perigoso, depois qe ele veio para icar Da rma como nós o empregamos, está claro qe ele não tem nada mais em comm com Des do qe o valor" com os Dez Mandamentos, o engajamento com a fé, o carisma com Moisés o o estilo de vida com Jersalém e tenas O sagra do relase anal ma necessidade, como o alimento o o se xo, e, nma comnidade bem ordenada, deve encontrar as mesmas saisões qe as otras necessidades No entsias o dos primeiros tempos de livrespensadores, tendemos a negligenciálo Um poco de rital z bem e há de propor 271
ECN A CULTURA CENTA
cioar um eao agrado juamee com alguma radião al como a culura e coideraa um úil ulemeo a geraão aerior. A deroorão ere o que oda ea alara quere realmee dizer e o que igifcam ara ó é reulia. Somo leado a crer que emo udo. Noo elho aemo comreedia melhor a religião do que ee oo reeio elo agrado. O aeu laam a religião a ério recohecedo que é uma ra real cua muio e exige oõe dicei. O ociólogo que êm falado com cilidade do agrado ão como o homem que maém um eho leão de circo em dee em oro da caa ar erimear a emoõe da ela.
5 Nots como o spaço mprgado m rrncia ao nosso apartamnto, oja, scritório ou sja o qu r s tornou uma palavra corrnt
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7 Nietzscheização da Esquerda ou Vice-Versa oco lei de Marx e pocas referncias lhe iz até agora, mito embora o mndo esteja dividido em das partes, ma traçando sa origem intelectal até ocke e a otra até Marx, aliás esta mais pronta a reconhecer sa herança do qe a pri meira. Esse relativo descaso, porém, é inevitável em se tratan do de jovens americanos, pois Marx não lhes diz nada e os chamados prossores marxistas qe tentam inlenciálos não sam lingagem do materialismo dialético. ra lar com an qeza, Marx ico chato e não só para a jvetde norte americana. Em lgares atrasados, ainda pode ser qe inflexí veis atodidatas estremeçam ao chamado retórico de Traba lhadores de todo o mndo. . .", enqanto presidentes de países de partido único do Terceiro Mndo dirigem ses ressentime tos invocando a atoridade de Marx. Mas, nos cetros ode as pessoas se mantm atalizadas e se elaoram as ideologias, Marx está morto há mito tempo. O Manesto parece ing o. Qanto a O Capital, não convence os leitores de qe seja a verdade em matéria ecoômica o em termos do tro ine vitável da hmanidade e, portanto, de qe valha a pena o tra balhão de o ler até o fim. Algns esaios brilhantes de Marx ainda nos encantam, mas não bastam para ndar sobre eles ma concepção do mndo. A morte intelectal de se herói epônimo não impedi qe boa parte da esqerda continasse 273
O ECLIO CULTUR OCIETL
a se ititlar marxista, pois o ator de O Capital represeta o pobre em sa lta peree cotra o rico, a exigêcia de maior igaldade do qe a propiciada pelas sociedades liberais. Mas a esqerda se tre de algo mais. Nada em Marx ressoa aos espritos alimetados por Sartre, Cams, Kafka, Dostoiévski, Nietsche e Heidegger. O próprio Rossea spera mitas vees Mrx. Para demostrar o qe scede à iêcia de Marx , cosideremos a deologia m dos pocos termos dele qe têm algo da poplariade da termioogia de eber (mais adiate tratarei do empego a daléta os Estados Uidos). Em Marx, ideologia sigicava o lso sistema de pesameto eaborado pela classe domiate para jstificar a sa domiação aos olhos dos domiados, ocltado os verdadeiros motivos, qe são egostas. Na obra de Marx há ma distição agda etre ideologia e ciêcia, a qal correspode àqilo qe é o sistema marxista: o seja, a verdade baseada a desiteressada cosciêcia da ecessidade histórica. Nma sociedade comista ão haverá ideoogias. O pro esprito", para sar a fórmla de Nietsche, aida existe o pesameto de Marx, como existira em toda a filosofa a possibiidade de cohecer como são as coisas, ma capacidade itelectal irredtvel seja á ao qe r. Ideologia é m termo depreciativo, qe de ser aalisado a m de se vericar para qe serve. Não tem sigicado próprio, exigido a sa trasação de volta à realidade básica qe egaosamete represeta. O homem sem ideoogia, aqele qe detém a ciêcia, pode observar a iaestrtra ecoômica e ver qe a filosoia poltica de Platão, a qal esia qe o sábio dve goverar, ão passa da racioaliação da posição dos aristocratas ma ecoomia escravagista, o etão qe a fiosofia poltica de Hobbes, a qal esia a iberdade hmaa o estado de atrea, bem como a gerra de todos cotra todos da resltate, ão passam de m disce para os araj os polticos adeqados à ascesão da brgesia. É m poto de vista qe os revela a origem da 274
Ntchão d qu ou c- V
história intelectual, pois narra o conto antes do acontecido Em vez de procurar inrmações em latão e em obbes so bre o que é a coragem tema importante para nós deve ramos ver quais as suas definições de coragem que melho se adaptavam a quem dominava os meios de produção Mas o que se aplica a latão e a obbes não se aplica a Marx, caso contrário a própria afirmativa de que esses pensa dores estavam economicamene determinados seria lsa: pen semos simplesmente na ideologia dos novos exploradores a que Marx por acaso serve A interpretação seria autodestruidora Ele não saberia o que procurar nos pensadores que estivessem inevitável e inconscentemente nas garras do processo históri co, pois se veia na mesma situação que eles Com certeza que há précondições históricas para a ciência de Marx, mas elas não diminuem a verdade da sua concepção, a qual é portanto uma espécie de momeno absoluto da istória, que jamais a istória posterior poderá alterar Essa verdade é que garante a revolução, sendo o equivalente moral dos direitos naturais que garantiram a Rvolução Americana Sem ela, todos os mor ticnios são injustos e fvolos No entanto, lá por volta de 905, Lênin lava do marxismo como ideologia, o que signiica que o marxismo também não pode aspirar a ser a verdade Em menos de meio século, o ab soluto de Marx se tornara relativo A implausibilidade em que Nietzsche insistia, no seu historicismo radical do mo mento absoluto e de um ponto de vista exterior à istória ga nhara reconhecimento universal, transrmando Marx num fóssil oi o incio da decomposição interna que, afinal, acabou por ze do marxismo algo de incrvel para quem quer que pense O próprio marxismo se tornou uma ideologia A historcização do pensamento de Marx, o to de seu método se voltar contra ele, parecia agora a tomada resoluta de uma posição dentro da corente universal, a marca do homem cria dor, um desafio à lta de significado das coisas isto é, pa recia assim àqueles que haviam cado sob o scnio de 275
ECLN A CLTRA CENTAL
Nietzsche. Encontramos uma paródia desse new look do marxismo na pessoa de Jeanul Satre, que passou por todas essas espantosas experiências do nada, do abismo, da náusea, do en gajamento gratuito cujo resultado, quase sem lhas, i apoiar a linha justa do Partido. Hoje em dia, na la popular, por ideologia se entende em primeiro lugar uma coisa boa e necessária a menos que se trate de ideologia burguesa. A evolução da palavra se tornou possível bandono, estimulado or
Ntchzção d qud ou c- V
semelhante ética protestante do que está escrito em O Capi tal. Atualmente, quando lamos com um marxista e lhe pedi mos que explique certos filsos ou artistas, em termos de condições econômicas objetivas, ele sorri com desprezo e res ponde sso é marxismo vulgar", como se perguntasse On de i que você esteve nos últimos 75 anos" ? Ninguém gosta de ser considerado vulgar, de modo que as pessoas tendem a se regiar num silêncio embaraçoso Mas está claro que o mar xsmo vulgar é marxismo Marsmo invulgar é Niezsche, We ber, Freud, Heidegger, bem como o grupo de esquerdistas posteriores que se abeberaram neles como Luckacs, Koj ve, Benjamin, MerleauPony e Sartre e que esperavam envolvêlos na lua de classes Para anto, tinham de j ogar ra aquele embaraçoso determinismo econômico O jogo está porém indo quando os marxistas começam a lar no ''sagrado Desde os primórdios deste século que os eitos de encon tro com Nietzsche começaram a ser sentidos dentro do mar xismo, como o exemplifica o significado da revoluço A revoluço e a violência que a acompanha, conrme vimos, so justicadas pela flosoa moderna, oferecendo os mais im pressionantes espetáculos da moderna hisória poltica A re voluço veio substituir a rbelio, a cço e a guerra civil, que so tudo coisas péssimas, ao passo que ela, a revoluço, é o melhor e maior dos acontecimentos oicialmente e na ima ginaço popular de ingleses, americanos, aceses e russos A Alemanha i a única grande potência que no teve uma, embora o marxismo tenha sido inventado em pare para lhe propiciar uma revoluço maior e melhor, uma concluso na tural da ilosoa alem, al como a losofa ancesa culmi nou na Revoluço Francesa Evidentemente, acarreta derramamento de sangue, o que prova que os homens pre rem a liberdade à vida Mas no se exigia grande volume de sangue e a violência no se j ulgava boa em si mesma O anti go regime estava cambaleane, precisava de um empurro e atrás 277
O ECLNIO A CULTURA OCIENTAL
dele estavam desenvolvdas as condições para a nova rdem plenaente justfcaa pela natureza a razão e a Hstóra Mas tudo sto mudou recenteente A volênca ganhou certo encanto própro a alegria da ca Prova determnação ou en gajaento A nova ordem não está esperando será mposta pela vontade do homem: nada a apóia a não ser a vontade Vontade se tornou a palavra básica tanto para a dreita coo para a esquerda a verdade outrora pensavase que a verdade sse necessára mas secundára que a causa vinha em prmero lugar Netzsche rmuou a nova teora de modo as provocador ao dizer que Uma boa guerra torna sagrda quase toda e qualquer causa" As causas não têm posção herárquca são valores A postulação é que é essencal A transrmação da volênca de um meo para uma espécie ao menos de fm ajuda a demonstrar a dferença e o elo entre o marxismo e o scsmo Georges Sorel o autor de Refleões sobre a olência, i um homem de esquerda que influencou Mussoln O pensamento crucial regressa a ietzsche va Bergson: se a cratvdade pressupõe o caos daí a luta e a vtóra e o homem está crando agora uma ordem de paz na qual não há luta vem racionalizando com sucesso o mundo as condções para a cratvdade sto é para a humanidade serão destruídas Por consegunte devese asprar pelo caos em contraposção à paz e à ordem do socalsmo O próprio Marx reconheca que a grandeza e o progresso hstóricos do homem advnham de contradções que ele tnha de enentar para vencer Se conrme promete Marx não houver mas contradições depos da revolução haverá homens? Os antigos revoluconáros queram a paz a properdade a harmonia e a razão sto é o últmo homem A nova geração quer o caos Pouca gente engoliu por ntero o que ietzsche recetou mas o argumento era contagioso causando evidentemente mpressão aos ntelectuas talanos e alemães junto de quem os movmentos" scsta e nazista encontraram vor O elemento essencal 278
A Netchezção d ue ou ceer
não era a jstiça o ma isão cara o o ma a aut
afraçã
Desta rma a eterminação a ontae o enajamno aqi qe essa expressão aora boba ana rça o iresse o lá o qe seja se transrmaram nas noas ires noi ae o encanto rocionário co iene os os U os nte a caa e 6 para esosto os elos marxistas lo esta corrente se noa na simpatia ata por erroristas porqe eles "se enajam Já i moços e a elo bons e mocratas liberais amantes a paz e as boas maniras ca rem abobaaos e amiração ao erem pessoas ameaçar o praticar atos e terríel iolência pela mais lee e epalato sa das razões Desconiam no íntimo qe estão ce a ce com omens etamente enajaos coisa qe eles prprios não são E aqilo qe conta o enajamento e não a erae A correção que Trotsky e Mao izeram à otrina e Marx ao prear a " reolção permanente la em conta esta nsia pelo at reolcionário e aí resie o se apelo Os esantes raicais da décaa e 60 iziam e si mesmos qe eram m "moimento na inconsciência e qe essa era iamente a linaem empreaa pelos joens nazistas na caa e 0 e qe e o nome a m j ornal itleriano e ewegug M vet sbstiti proresso qe tem ireção enia ireção bo e ma rça qe conrola os omens O proresso cons titía a eiência das antias reolções Já moimeno não contm naa essa bobaem inêna e moralsa ação e não a ixiez eis a nossa conição mas ação se qaqe con teúdo o objetio qe não tena sio imposo pela oae o homem Nos tempos qe correm a rolção constiti ma mescla o qe se pensaa qe el sse otrora co o qe Anr Gie chamaa e ato ratito reraao nm e ses romances pelo assassínio espontneo e imotiao e m es tranho nm trem A geração mtante e marxistas em procrano incssan temente esracionalizar Marx e transrmar Nietsce nm es 279
CLN A CULTURA CNTAL
qeista O colossal malgr polític e Nietzsche testad peo to e qe a ieita única espernç de ver sas otri as poi eeito esaparece po complet sendo ele pró io aetao pelo último e hooroso aranc dela a pass q itamete toos os nietzscheanos de he assim com o iiaos são esqueristas George Lckacs mis i iteectual maxista este scl de início à rda a t a jente a lemanha eqüentava o círcl t eoe e o e Max Weber côscio do valor dqi lo q isctia ali sobe Históia e clta e tabalh ps io essa iência e ele se volto para o estd de ito mais ico como Hegel qe paa s marxis io a simplesmente sperao por Marx. 6 O a matiae não tinha qase naa a izer sbre ae msica liteata e ecação o sobe qe seri a i maa qano se libertasse do o a opressã. Os es ito aistas a vente am ecaaos por algns ii omo a ispiação qe os ltaa a matridae l ico seem áeis e secáios Uma vez q iceanos lam maavilosamente bem aceca de ss arias po qe motio ão se apopia qe ii sim os maxistas mtantes peaam no "últi ieticaam com o ês e Marx bem oem qe ieticaam com o poletá io s a olção dimiição o homem e o eoieto e sa via espiital qe Nietzsche descre oo iimitáel talecia a posição e Marx caso se aciasse qe e ma rma o e ota o capitalismo ea a cas o ltimo omem e qe extito o capitaismo no 6 Quem deer er e miur e ppulr de Mrx m Hegel e NiezeHeidegger em um ereã ilimee ri dee prurr br de Alexdre Ke mrxi mi ieligee d ul 2 le e iu rçd rr Mrx m um mer ieleul que diemiu m er úme de mudç peme de ee erddeir il Alm di Ke ereu m eidde queã d úlim mem mrxi u e rili êm de ier m úlim mem que reud d Hiri url de rd m Nieze miiidre de um gêer u de ur prmerem
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A Netchezção d que ou ce-J
a rgia riam librada. O igalitarimo radical é a cra para o mal do igalitarimo tão bm rtrtado por Nitzch. Vjamo otro xmplo: Frd aldi a coia itrat q ão cotram m hma págia d Marx. Toda a picologia do icocit lh ra compltamt alhia, ta qal o motor itro, Ero. Não ria pol icorporar a da dio dirtamt m Marx. Ma, a itrprtaão da ca da ro o tratamto q Frd aplicaa ao dajt do pdm r atribdo a rro brg, a rio d moopolizaão capitalita do mio d prodão, tão o a tor d O Capital tria lgar o cário picaaltico. Aqilo q Frd dizia rm cotradiõ prmat tr a at rza hmaa a ocidad podria r dialticamt pot m moimto, tato mai q m ma ocidad ocialit ão haria cidad da rprão, q prooca a ro . Aim, Frd i implmt gajado a lgiõ mar xita, acrctado à dão da coomia a d Ero, coqütmt, proporcioado ma olão para o pro blma do q o hom ão fazr dpoi da rolão pro blma q Marx dixara por rolr. É o q cotramo m Marc mito otro, q afial ão abordam a difi cldad citada pla cotradião tr o pricpio da mtai d Marx o d Frd. Doi itma podroo ram rido a mma traa, ma a part caroa da mixórdia é a diaa. Marx tra com a garatia gérica d q o capitalimo é ralmt clpado q o problma pod r rolido com mai igaldad mai librdad, além d q o poo librtado poirão toda a irtd. A itrprtaão do ' 'último homm como o brgê é r rada por ma crta ambigüidad o tido da palaa br gê. Na cociêcia poplar, obrtdo o Etado Uido, brgê tá aociado a Marx. Ma também xit o brgê
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um negativimo extremo, irracional, poderiam evitar ea concluão, no eu enten der MerleauPonty e Sartre fram frtemente influenciado por ele e adotaram a ua ugetão.
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O DECLNIO DA CULTURA OCIDENTAL
como inimigo dos artistas Supõese ue o capitalista e o burguês listeu são os mesmos, mas Marx s apresenta o lado econômico, presmindo, sem garantias apropriadas, ue ele responde pelas dermidades morais e estticas do burguês descritas pelos prprios rtists A dúvida de ue semelante tratamento do brguês e do rtista realmente uncione um dos primeiros motivos dos espíritos atraídos por ietzsce, cujo tema central o rtista Como disse mitas vezes e de várias maneiras, os grandes romancistas e poetas europeus dos últimos duzentos anos, na sua maioria, eram oens de direita e, nesse ponto, ietzsce não passa de um splemento Para eles, o problema era de ma rma ou de outra a igualdade, ue não tem luga para o gênio stão portanto no plo oposto de Marx Mas, de certa mneira, uem diz ue odeia burguesia logo se vê ser amigo d esuerda ntão, uando esuerda teve a idi de acoler ietzsce, touxe juntamente com ele toda a autoridade d tradição literária dos sculos 19 e 20 Tanto Goethe como Flubert e Yeats odivam a burguesi logo, Marx tina razão: simplesmente, esses escritores não tinm reconecido ue burgesi podia ser vencid pelo proletariado ietzsce, visto do ângulo coreto, pode ser tido como um proponente d revolção Ao lermos os primeiros números da Partisan Review, editada só por esquerdistas, notávamos o seu ilimitado entsiasmo por oce e Proust, ue apresentram o público norteamericno, prentemente na crença de ue representavam a arte do utuo socialista, embora aueles utoes pensassem ue o utuo d arte estava n dieção oposta Os marxists lemães ue vierm depois estavm obcecdos pel idi de ult, epelid pel vulgidde d burguesia, e tlvez preocupdos por saber se poderi entregar um ceue em branco cultur do uturo socilist Queriam manter a grandez passad, da ual estavm uito mais cônscios do ue seus antecessores verdade, o mrxismo deles retrocedera aos limites do dio tradicionl ao burguês, mais uma
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Nchão d qu ou c V
vaa esperança de qe o proletariado provocasse m renascimento o restaração cltral Vêse claramete isso em Theodore Adorno, mas também se nota qe a verdadeira preocpação de Sartre e de MerleaPonty é o brês Os trabalhadores comnistas aida raciociavam em termos de maisvalia e otras noções ateticamente marxistas Os intelectais estavam obcecados pela cltra e, corme szek Kolakowski acenta com propriedade, acabaram por se ver sem proletariado É por isso qe os estdantes da década de 60 ram tão bem acolhidos por mitos deles, aliás tamém por Heideer, qe lhe recordavam alma coisa abe assinalar, além disso, qe com o incremento da prosperidade os pobres começaram a se aresar Em vez de ma itensificação da cosciêcia de classes e da lta, hove ma diminição Podese prever a época, ao menos nos países desenvolvidos, em qe todos serão breses E lá se i otro ponto de apoio do marxismo a realidade, a . side em ricos e mas em vlgaridade Os marxistas eschegando periosant perto d Ôção de qe o homem ialitário como tal é brês e qe deviam jntarse a ele o virar esnobes cltos Só m doma absoltamente inválido, sendo o qal o trabalhador rês é apenas ma doeça do nosso sistema econômico, além de m prodto da falsa cons ciência, os impede de dizer, como o fez Tocqeville, qe essa é a natreza da democracia e qe temos de aceitála o de nos rebelar contra ela Evidentemente, ma rebelião dessas não seria a revolção de Marx Estaríamos tentados a dizer qe esses marxistas avançados são demasiadamente cltos para ma sociedade igalitária E só escapam de reconhecer isso declarando qe é brês Em eral, o marxismo sofisticado viro crítica cltral da vida das democracias ocdentais Por motivos óbvios, abstevese normalmente de disctir a sério a União Soviética Almas críticas eram prondas, otras sperficiais e petlantes, mas nenhma proveio de Marx o de ma perspectiva mar 283
ECÍNI CUTUR CIENT
xista ram e são variações ietzsheas sore o osso estilo de vida omo essa do ' 'último homem Se voltarmos de ovo os olhos para essa psiologia tão ifluee os stados idos da qual eu lava o iíio dese apítulo veremos que as nações de voltadoparaatradição voltadoparaosoutros e voltadoparadetrodesi são apeas leves modiações dos três gêeros de legitimidade de Weer em que o voltadoparaosoutros (leiase urguês) deriva da raioalidade eoômia ou uorátia orietada pela demada do merado ou da opiião púlia e o voltadoparadetrosesi é idêio a arismátio o eu que povê de valores profeta weeriao é sustituído pelo idivíduo soialista e iguliário Não há is so um úio eleeo de arx além da afirativa sem dameto algum de que o soialista é o utolegislador Disutir o homem voltadoparadetodesi seri oioso Nem há um exemplo que possmos oservar Weer pelo eos apreseou algus aid que sua deiição possa ser prolemátia É aso para idagar se a legação de Weer segdo a qual o provedor de valores é um aristorata do espírito será meos plausível do que a daqueles que dizem que todo mudo é desde que tenha u om psiquiatra ou o implatem uma soiedade soialista ss trasrmação igualitária de Wee permite diagostiar omo doete metal quem ão pereça esquerda s rítios esquerdistas da psiaálise lassiiarama omo um istrumeto de ormismo urguês mas ae pegutar se os rítios ão serão maipuladores da terapêutia psiológia a serviço do ormismo esquerdista A espúri iveção que Adoro fez dos tipos de persoalidade autoritária e demorátia tem exatamete as mesmas tes qe a ipologia voltadoparadetrodesi e voltadoparaosoutos e as mesmas e siistras impliações Assim Nietzshe hegou aos stados idos Sua oversão esquerda i logo aeita omo autêia já que os orteameriaos ão areditam que uma pessoa verdadeiramete iteligete e orret ão ompartilhe o do a Weltans-
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A Nchzão d q o c-�
chauung (visão do undo ou osovisão e Will Roers
is conheci u hoe d e ue não ostasse ntlizção de Nietzshe se deu e uits ondas alns e ns os à Europ pr descobrilo o ele veio com os emiran tes e is recenteente professoes de literatra coparaa entrr pr vler no necio de iportção trazeno bens de Pris onde desonte de Nietzsche e Heier e s reontge n esuerd tê sio o prinipal te filosio desde Libertação Desta última n r e Nietzshe vê or co seus prprios no io r e o tpete verelho ue seus ntios mnsairo senolr os pés psioloi cadêmica a oooi litertur coprd e ntropoloia ra oins por eles há uito tepo Ms verddeira is pssam deles d cdei pr o ercdo Uma lin nol vid pr explicr os entenidos como n oo ms por ns otda pr eclrr o mno oo omos n essntes De cert ra s ercaorias sora aria trânsito Mrcse coeço n lemana na 20 o o u sério estudioso de Heel Terino rno rític clturl desprezível de pesdo conto sl m Ideologa da Socedade Indutral e otros liros on idos N União Soviétic e lur o rilso t o tirnoideloo Nos Estdos Unidos o crítio a lra i ou voz de Woodstock
(*) Artita muit ppular n inci d cinema lad e que e u reeee d cidadã american cmum. Fi pernagem d primei le de J Frd
( do
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Nossa gnorânca Ao refetir sore igg d veho ttdo, sore peseto e det e sore r oo e i receid etre ós, record dos es professors e esree os Dez Mdentos pr Aericos, e coe assi: "E so o Sehor te Des, e te troe da cs dos tirnos eropes pr ih própri terr, os Estds idos: Rel! Coo vios, esss pvrs já eio digerids por nós são destids de grdes estes, s qis há qe eentr se iseros ive vid sério: rzãoreeão, ierddenecessidde, deocrciistocci, bem, corpo, eotro, ciddehoe, eteriddetepo, ser d. A dúvid os dá oão ds tertivs, s, té há poco tepo, não os dv os eios pr dicidr dúvid sobre prizi de qer ds tertivs. Vid sério siiic estr peete cscio ds tertivs, pesdo nels co tod itesidde e gete epreg e qestes de id e de orte, perfeitete certos de e tod opção é gre risco co cosecis ecessáris e di ceis de sportr. É disso qe trt itertr rágic. E rtica tods s coiss ores pore o hoe sei e tvez de qe necessite, ostrdo coo é isportáve ndo prece qe els ão pode coistir roniosete. Bst err qe doloros opão etre crer e Des o ão cer pr
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N Igâc
os qe tinham de zla O então, para reorrer a m exem plo de menor alane mas também importante, pensemos em Toqeville, m dos mais raros espéimes da antiga aristora ia anesa, qe preferi a liberdade ao esplendor da nobreza por areditar qe era mais jsta, embora sal jamai a ahasse sadável, homem qe se onsmi na ontemplação da exis tnia de Des São opçes deisivas, somente possíveis a qem se deronte om qestes deisivas as nós, os norteamerianos, tomamos essas palavras, qe assinalam rio filão de qestes sérias, e tratamolas omo se fssem respostas, para não ter de as defontar Elas não são enigmas omo os da Esfinge para qe çamos o papel do o sado dipo, mas sim tos, atrás dos qais não presamos an da e qe estrtram o mndo de reação onoso O qe o existenalismo fez por nós om o sernada? O os vaoes o mo bemmal? A Hstória om a eternidadetempo? A riaivi dade om a liberdadeneessidade? O sagrado om a azão revelação? Os trágios onftos de sempre reapareem om etiqeta no va de ertezas E esto OK, vo está OK" pção é oisa qe está na moda hoje em dia, mas já não signifia o qe an tigamente signifiava Em ma soiedade livre, onde as pes soas são livres responsáveis , qem não será oeenemente próopção"? o entanto, qando o voáblo ainda tinha al gma rma e onsistnia, ma opção diil signiava aeitar onseqünias dieis sob a rma de soimento, desaprova ção dos otros, ostraismo, astigo e lpa Sem isso, pensavase qe a opção não tinha peso Aeitar as onseqünias por afir mar aqilo qe verdadeiramente onta é o qe onfere a Antí gona a sa nobreza, assim omo a reltânia em zlo torna menos admirável sa irmã smnia Atalmente, qando lamos do direito de opção, de esolher, qeremos dizer qe não haveá onseqünias neessárias, qe a desaprovação é mero preoneito e a lpa mera nerose Tdo isso pode ser reso vo pelo ativismo polítio e pela psiqiatria or semelhente 287
O ELNIO A ULURA OIENAL
ótica, Hester rynne e Ana arenina* ão são exemplares no bilitantes a intratabiliae os problemas hmanos e o sig niicao e opção, mas sim vítimas, cjo soimento já não é necessário nesta era esclarecia e elevaa conscientização Os Estaos Unios não tm acientes e trnsito com clpa, nem ivórcios com clpa e, graças à aja a moerna iloso ia, estão caminhano no sentio as opçes sem clpa O conlito é o mal qe antes e to qeremos evitar, entre ilo e n es, entre sa os valor s , ietzsche procr rs c r os erozes conlitos pelos qais os homens estvm ispostos a morrer, restabelecer o sentio rágico vi, no momento em qe a natreza ra omestca e os homens se tornaram sbmis sos Essa ilosoi i tiliza nos Estaos Unios para ina lies exatmente contráras promover solção e conlitos, os rrnjos, hrmoni Se a nic ierença é e vaores, então é possíel a conciliação Temos e respeitr os valores, mas eles não eem atrapalhar o caminho a paz 7 conribi para o qe estva tentano crar Assim O conlitoµar ele era a conição pr crtiviae, para ter áx s terpia Gesat nt eeni qe os homens são igis em igniae evio à sa capcae e opção moral be à socieae proporcionr as coniçes para tal opção e r consieração a qem realize om a in termeiação o relaivismo os valores, consegimos simpli car a órmla par os homens são igais em igniae . negócio é istribir a consieração por igal O livro e Rawls, A ory of Justice é o manal e instrçes para essa is tribição A teoria a jstiça e ant permite compreener (*)
Ana Karenina é a mlher adúltera do romance homônimo de olstói e Hester Prynne, a heroína do romance do ator americano Nathaniel Haw thorne a qal enfrenta o pritanismo da época. ( T) 7 Nietzsche dizia qe desconfiar do vizinho seria considerado ma locra pelos úl timos homens e qe eles iriam volntariamente para o manicômio se sofressem disso Pensemos no so qe hoje tem a palavra "paranóide!
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Ana Karenina como uma prssão sgncatva d nossa stuação a d Rals z o msmo com Fear of Flyin. co nltos qu nós tmos lica a norO �o d
m popuardad do vocábuo datca m nosso snt por anttss trmna m snts todos os ncantos tntaçs harmonicamnt untos Em osoa m moral a rgra mas rgorosa ssnca ocê não pod comr o boo ao msmo tmpo consrváo' ' a daltca porm passa por cma da rgra A datca socrátca ocorr ao nvl da la anda qu dsnvolvida pla busca d uma snts smpr culmna m dvda A tma palavra do grgo ra qu l saba qu nada saba A daltca marsta ocorr ao nvl dos tos cumna na socdad sm classs a qua p m aos contos tórcos ho concdos como doogas A datca da stóra orc bas absouta soução z para nossos rlatvos stos d vda A órmua d Mar sgundo a qua a spc humana amas coloca a s msma problmas qu não possa rsovr' ' concorda com um ado do carátr nacona nortamrcano. Roosvlt dss pratcamnt a msma cosa ao anuncar qu Não tmos nada qu tmr a não sr o própro mdo'' mhant otmsmo uma rça nacona qu s rlacona com nosso proto orgnáro d domnação da naturza as o proto m s não stá livr d problmas só z sntdo dntro d crtos mts Um dls a santdad da naturza humana qu não pod sr domnada A ras d Roosvlt um absurdo s analsada e proporções unversais. Não há que alterar a natureza humana para que se tenha um mundo livre de probemas. O homem não é �p_enas um ser que mas gostaram como os
um sr u rc ac_tª bstant apl d Mar nos toca d prto co m a razação do qu panamos zr: souconar problmas qu ans parca qu Dus a naturza havam tornado nsolvs com os quas os prmros homns tnham a vrtud d 289
O DECLÍNIO DA CULTURA OCIDENTAL
conviver O homem sempre teve de chegar a termos com Des, o amor e a morte, qe não nos deixam viver em paz perita na Terra Mas os Estados nidos estão chegando a termos de ma nova maneira Des, entre nós, i lentamente execta do lvo dzentos anos, mas os teólogos armam qe Ele ago ra está morto Se lgar i tomado pelo sagrado O amor i condzido ao patílo pelos psicólogos e se gar i toma do pelo sexo e por relaçes significativas, o qe se cmpri em menos de 75 anos ão srpreende, pois, qe ma nova ciência, a tanatologia, o a morte com dignidade, esteja a ponto de matar a morte hegar a termos com o terror da morte, longo e dicil aprendizado para Sócrates, saer morrer, eis o qe já não é necessário, pois a morte não é mais a mesma O qe vi rá no lgar dela não está claro Engels teve m prognóstico do qe seria necessário ao dizer qe a sociedade sem classes draria por mito tempo, senão para sempre sso z lemrar o Dottore Dlcamare de O Eliir do Amor, qe se diz conhe cido em todo o niverso e alhres Tdo o qe temos a zer é esqecer a eternidade o oliterar a distinção entre ela e a temporalidade, qando então os mais intratáveis prole mas do homem estarão resolvidos Aos domingos pela manhã era costme os homens edcados ovirem sermes sore a mor te e a eternidade, feitos para lhes dar m poqinho de aten ção Esse risco não se corre lendo o New York Times de domigo Esqecer, em m variedade de rmas stis, é m de nossos principai dos de Estamos n a '-à vontade" com De s: o e até a morte A maneira como digerimos as coisas vindas da Eropa está em ilstrada com a inência de A Morte em Veneza de Tho mas Mann na consciência norteamericana A história i po plaríssima entre geraçes de estdantes niversitários, já qe parecia exprimir os mistérios e os soimentos dos eropes sofisticados Encaixase no nosso interesse por red e pelos artistas, o tema homossexal tamém atraía criosidade e, em 290
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alns, mio mais do qe cosidade, nma época em qe a imainação tnha poco com qe se alimena em maéa de emas poiidos Ea como qe m peqeno compndio do melho qe se zia na viada do séclo Em A Morte em Ve nea com ma inlncia a me ve pesada de ed, ho mas Mann analisa o tema e o heói voios de poeas e omancisas desde a invenção da cla o atisa, o seja, eles pópios O cenáio e a ação da históia seem o declí nio do Ocidene, assim como o declínio e a moe do heó, Aschenach, ensinam o acasso da slimação, a ailidade e a vacidade da speesta clal dele a ase de do isso estão implsos emotos, pimiivos, indomáveis, qe são os vedadeos moivos de sa speio nalidade omo tem conscincia deles, isso laoa cona se pojeo de vida, se oeece alenativas aceitáveis Em ande pae, emos aí ma paáase amosa declaação de homas Mann em Tonio Kro ger de qe ''o atista é m s com conscincia de cl pa, qe a me ve sinifica qe ele estava passando po todas as dúvidas pósomânticas qanto ao sstato do atisa o ao se acesso ao slime, qe paa ele na ealidade é o s, mas qe a aitada conscincia do aisa o leva de ceo modo paa cima, do ponto de vista moal, e de ceto modo o condz paa aixo, do ponto de vista dos motivos Aschen ach é escito, hedeio da tadição emânica, mas não o ais ocata espiial qe Goethe i Sa composa deiva de sa lta de atoconhecimeno Em eneza ele toca nas aízes, descoindo o qe na ealidade deseja, mas essa conscincia não lhe mosa nada de noe nem de toleável seqe ai de inhando de modo hoível, paa ainal moe da paa qe assola a ela mas decadene cidade A visão ediana da s limação, em oposição niezscheana, é qe existe m ojeo ixo da sexalidade, ma ealidade naal qe ele assnala onseqüentemene, o compoameno cvilizado se apóia nes sa ase como ma saisção secndáia e, po isso mesmo, nnca peeível se a saisção pimáia esive disponível O 291
O DCLÍNIO DA CULTURA OCIDNAL
modo como red descreve a seaidade não contrii para qe o oservador criterioso amente a civiização e anseie pea satisção sea direta or otro ado, ietzsce pensava qe escrever m poema podia ser m ato erótico tão primário co mo o intercrso sea A natreza ia não eiste, mas ape nas níveis dierentes de espiritaidade Desse ponto de vista, Ascenac representa ora o romantismo na sa nostalgia da natreza perdida e o cientiicismo na sa géida caracteriza ção da natreza, com a adição do patos pósnietzsceano as A Morte em Veneza trata eetivamente de m tema comm a red e a ietzsce a reação da slimação sea com a c tra Atingir a conscincia da naestrtra da ctra é tal para a ctra e Tomas ann descreve a crise de ma civiização A simação perde sa capacidade criadora o plasticizante e no gar dea temos a ctra dessecada e a na treza corrompida ão creio porém ter sido assim qe os norteamericnos re ceeram a ora Ao contrário, caram ecitados, considerando ª na verdade como m primeiro maniesto do movimento de iertação sea Até os espíritos mais distintos, o principal mente ees, soem com a repressão social desses anseios os cros ão á nada de tão rim acerca deles e as pessoas não se devem deiar intimidar pea opinião púica, aprendendo a aceitarse como são ão tm nada a temer senão o próprio medo Resmindo, Ascenac é m omem ansioso para ' 'sair do armário Talvez Tomas ann tena eperimentado ma sensação semehante, a necessidade de se arir aos desejos re primidos, os qais, em ce do espírito de se tempo, tinam de se revestir de rma trágica, dilacerante om certeza qe o nietzsceanismo de André Gide i em grande parte moi vado por isso para ser seamente ivre, dirseia qe e pen sava, é preciso ser speromem, para aém do em e do mal Agarrase ao imoraismo do pensador aemão na intenção de arrasar a mora sea rgesa, empregando m canão pa ra matar m mosqito ietzsche não teria senão desprezo por 292
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semelhante attde Qem disse qe a andeza exie sempe smen no sane" jamais smpatizaa com homens oceca dos pela epessão sexal, incapazes de exta alo de sl me do eotismo, ansiosos po ma satsção natal" e da coeta da apovação púlica Gide se aaia a ietzs che m s tavestdo de niilsta a medida em qe essa xpessão de si mesmo estivesse nas intençes de homas Mann, sea o sinal de sa pópia decadncia, de sa impotncia cia doa e do desejo de i esponsailidade, como aada s ciatas sem mo e não aos ciadoes As penetantes intepetaçes sexas da ate e da eliião a qe se enteo ietzsche, em como as menos penetantes e ainda assim mais poplaes de ed, tiveam m eeito co ptivo soe os noteameicanos a slimação sexal, no taam mais o sexo do qe o slme Aqilo qe em ietzsche visava ao xtase i sado pelos amecanos paa eaxa o xtase em toca do desejo do momento Qalqe explicação do speio em temos do ineio tem essa tendncia, pnci palmente nma democacia, onde se nveja o qe pretende se especial e se pensa qe o em é acessvel a todos is aq ma das azes áscas paa a imediata dsão qe ed encon to nos stados nidos Apesa do peodo eope do turm und drang (tempestade e mpeto), ele aceditava na nateza, tal qal a jlava ocke, a nateza animal, acescentando ape nas o sexo paa aj da na composição de skómla de vida sadia ' 'amo e taalho , mesmo poqe ea ncapaz de explica o amo nós mos ciados paa acedita nisso A ómla, aliás, concoda com a cincia e não com vapoes poé ticos, como ocoe em ietzsche Sa ntepetação daqilo qe os ealmente deseja tem ma ase sólida, qe apela ao nosso empiismo nativo Além do mais, a cinca e não a poe sia é o nosso meio pedleto de la do osceno do isso, somado pomessa de ma cespéce de satisção dos de sejos e alvio das miséas, tansmo ed nm vencedo desde o inco, o mas acessvel de todos os andes eopes 293
O DLÍNO DA ULTURA ODNTAL
continentais oi ele qem de atoização paa tona axial o sexo na vida púlica, traço tão caacteístico do nosso tem po Ultimamente paecia mito moalista o insficientemen te aeto Mas astava imaina novas esttras sociais qe exiissem menos epessão paa nciona E aí é qe Max i útil simplesmente se esqeciam os polemas liados à elação ente Eos e clta, o então se pesspe ma a monia natal ente amos A cavaleio de ma onda de filo sofia emânica, ed convence os ameicanos de qe a satisção de ses desejos sexais constitía o elemento mais importante da feicidade emiti a acionalização do instin to, o qe não ea com ceeza a intenção dele sexo emio paa os Estados Unidos com a cotação espe cial dada po qantos fizeam contriiçes cientícas e liteá ias à nossa clta, mas, ao cear, compotose como tdo qe é ameicano edese o om lamentoso, a poesia, a jsti ficativa aseada na dependncia em qe a civilização está da slimação Tal como emovemos a camaem qe mascaa va as necessidades econômicas a exemplo do atenon e de artres paa nos concentmos com ecincia nessas pó prias necessidades, tamém desmistifcamos os desejos sexais, passando a vlos como ealmente são, paa satiszlos com maio efcincia sso toxe para o mndo lockeano o sen do elemento cal da natza hmana, aqele em qe se con centraram Rossea e todos qantos ele inencio s dieitos ásicos são ''vida, liedade e a proca da popiedade e do sexo" ainos os vossos poes, sexalmente mintos " epois de red, a epessão sexal vio ma qeixa mé dica, anando o prestíio qe atomaticamente si t do o qe se efee à saúde, nm país devotado à consevação da pópria vida Há ma popensão para esqece a adve tncia de Rossea, sendo a qal niném more po não satisfaze a me e qe até a volúpia dos randes sedtoes pode se acalmada pela ceteza da pena de morte Assim desmistifi camos a economia e a sexalidade, satiszendoles as exi 29
Iâc
gncias piáis staindo aqilo qe nossa filosofia nos diz se o iplso ciado delas para depois nos qeixaos de não te a cltra Estaos sepre dispostos contdo a i ópea ete o escitório e a caa a União Sovitica as pessoas depende de óperas desde os as dias de oto ra já qe a tirania ipede a expessão artística as nos Es tados Unidos soos dependentes das esas óperas porqe o iplso qe gerava a ecessidade artística i saciado ão consigo esqecer o calouro de Amherst que pegntava co ingua peplexidade Voltareos sblimação? " coo se sse ua dieta se açúcar Foi o que se passo nos Estados Uni dos o o sblie e todos os stis significados qe lhe e prestara Roussea ant ietzsche e Freud Fiqei encantado co cadra o rapaz as via nele sério candidato cl tra Já que aabaos por toa o desnecessário, perdemos to do o seno necessidade, seja natal o cltral o entanto o psso crucial i dado qando o sexo coo estilo de vida entrou e cena At aí havia ceto e ipro visado conjnto de regras sobe a atéria os Estados Uni dos de otrora estava assentado qe o sexo continha a teleologia a reprodção e era tatado coo u meio pa ra essa finalidade Tdo o qe não condzisse a isso era inútil e até perigoso devendo se esqecido o sancionado pela lei pela desaprovação e si senho pela azão red fez co qe ele sse arrancado dessa ligação denida transtandoo n a rça se finalidade apta a servi a várias fnçes ainda qe sas disas e selvagens energias tenham de recebe ma certa ra para qe a pessoa seja feliz O real atraliso do pai da psicaálise contdo sja cete explosiva indeterinação que ele i scar e ietzs che be coo os iperativos da saúde e da personalidade integrada ipnha liitaçes e a estrta para a expres são legítima da sexalidade Em red não há lgar para a ex pressão de desejos a que Thoas ann empresta voz e A Mort m nz: ele os explica e ca as não os aceita co 295
O DECLÍNIO DA CULTURA OCIDENTAL
mo são á no romancista alemão, eles são de certa rma pre monitórios, como gritos dos condenados ao merglhar no nada Desej os qe scam ganhar signiicado o qe talvez sce da com tdo o qe é erótico , mas qe nada no mndo lhes pode conerir Eles não são com certeza satiseitos com a trans erncia do se caso da esera do jiz e do sacerdote para a do médico nem com a sa explicação É cil aceitar o red cionismo em tdo, menos naqilo qe mais nos diz respeito Aliás, nem na sociedade rgesa nem nas cincias natrais há lugar para o aspecto não reprodtivo do sexo Com o rela xamento da asteridade rgesa e a pação dos prazeres inoensivos, entro na moda ma certa tolerância do sexo inoensivo, o qe porém não i siciente, pois ningém realmente qer ver seus desejos mais caros den tro da mesma categoria qe a comichão e a coceira os Estados Unidos, especialmete, sempre se sente a ne cessidade de ma jstiicativa moral O estilo de vida expressão advinha da mesma escola de pensamento e a slimação, e que, na verdade, se considerava prodto da s limação, mas qe nos Estados Unidos nnca i associada a ela devido à divisão do traalho qe ez de red o se espe cialista e de Weer o especialista em estilo de vida acao por se mostrar ma merc divina ''Estilo de vida jstiica qalqer modo de vida, tal como ' 'valr js a l a estrutra ntral o mndo, a ql tra matériaprima para a arte do estilista A própria xpressão az qe todos os moralismos e natralismos estaqem no limiar do território sagrado, cônscios de ses limites e res peitosos da criatividade Além do mais, com a nossa criosa mistra de tradiçes, os estilos de vida são direitos adquiri dos, de modo qe deendlos é ma casa moral qe jsti ca as doces paixes da indignação para com os violadores dos direitos hmanos, contra quem esses gostos, antes de se tornarem estilos de vida, estavam tão desprotegidos do ponto de vista político e psicológico Agora podem convocar todos os 296
No Ioâc
t d diit u d ud iti vi u df, i diit d ulu gu u l td. ut d uld u u d diit u duit Slididd tud dd l d uzd u v. O i u tividd, u u. Atigt vi u lug itávl gilidd i, l ti d utif áit tvgt u liz itltui tti. M til d vid uit i liv, i fáil, i utti dáti, i ig u t tt. O til d vid lizu Etd id dv t itávl vid d u zi i gdávi, à ui idd zi l. Euivli à tultu. Du gd ti t ul ti, vlt l utidd id u glgi filófi, dv gti l u viv tt l uv. A tultu, vidtt, fiv d digidd it à ultu ui vl u u à t ultu ugu u . O u lidd u diz tultu u til d vid ilitt u dgdt fz i dif. igu igd u áit, ivl zl. Tud u , lá u , . Ei v d t d d t u idd dáti d u á lv Tuvill. A il lv di tud, u ig gi li. Auil u u , tt d z gt itid d tu u d dit u i "vit, d td v t di vit lit d it u d d, tgud u til d vid u diito, t d uiidd l Mlidd vid d t, ti.
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DENI DA ULTRA IDENTA
odese ve sso em váos domínos do especo políco abalha paa s vale como pncípo desneressado e se ace da qe é Qando olhamos paa os zelosos adepos do con ole da naaldade, do aboro e do dvóco fácl, odos de classe méda com sa peocpaão socal, sa a aosfcnca e massas de esaíscas , não há como dexa de pensa qe do sso lhes ca mio bem ão se aa de negar a ealda de dos poblemas apresenados po míssmos flhos de gen e pobe, as eíves conseqncas dos espos e das esposas espancadas o enano, nenhm desses poblemas é pópo ealmene da classe méda, qe não se esá epodzndo, a as vezes sofe espos o espancamenos, mas é a pncpal beneficáa do qe ela mesma pope Se algma proposa acaeasse m sacco de lbedade o de paze para ela enqano classe, seia mas pasível do pono de vsa moal o caso presene, odas as sas poposas conbem paa am plia sa capacdade de opão, na acepão aal do vocáblo Movos ão fáces de nvaldar j amas deveam sevr de base paa presnão moal Aq, como em mas oas siaes, cla as relaes sexas denfcase com moaldade Re ceo qe os amecanos mas hpócras de hoje em da sejam pecsamene aqeles qe eam mais a ganha com o qe pe gam O desagrado amena pelo o de empegaem ns menos eados de ma flosofia cjas nenes são damealmene oposas s sas O qe porém me choca mas na hsóa de homas Mann, e me leva a refle no qe se passo nos Esados ndos, des de a prmera vez qe essa leaa chamo a nossa aenão, é o ecrso a laão À medida qe amena a obsessão de Aschenbach pelo gaoo, vão lhe acdndo mene caes do edro, m dos dálogos de laão sobe o amor, as qas exprmem o qe ele, hoozado, gadavamene reconhece ser a naeza de sa aaão laão esá ncorpoado na a dião germânca e era de spor qe edro sse ma das obas qe Aschenbach le ao esdar grego na escola Mas o con 298
No goâc
eúdo da obra, discrsos sobre o amor de m homm or m rapaz, não era de sor qe o afetasse O diálogo como tas coisas no ensino alemão, era otro agmnto d cltra, de inrmção histórica, qe não zia t d m conjno vial e coerente, o q é sintomátio do mamo da própria atividade cltral de Aschenbach D úbito, o gmeno ganha sentido, assinalndo a dscnão at o bimo o desejo reprimido É m sonho , aa qm é dino não ltam chaves ara dsvendar o significdo dos onho Os os ns e crs, fisicamente inaceitávei q habitam o inconsciente, exrimems de manira oclt obtdo da rma satisção dissimlada Os tos s fixm lmnto aceiáveis ela consciência, os qais dixam nto d igificar aqilo qe arciam Agora, exrimm não ximm o verdadiro sentido O ritável diálogo d Platão rv d inermediário enr a bo consciência e a canalidd d Achenbach O atniense nontro ma rma d rii d embelezar, de sblimar a sxalidade evr como ovla relaa, embora não tnhamos nenhma indiaão d q Thomas Mann imaginasse q s odia arendr mito sob Ero endo diretamente Platão Podse arndr algma coia alicando as conceções de rd ao filóso vifcndo como é qe o desejo encontra racionalização ara si msmo Platão servi de cobaia ara disecação cintífca, Thom Mann esava deslmbrado demais com a novidad das ts dianas ara dvidar d qe a sblimação seja eftivamnt caaz de exlicar os nômenos síqicos qe rtnd xlicar red e Platão estão de acordo sobre a dião do otimo em do o mas a similaridade tmi í Qm esie st à aicr d certeza qan à sioidad da psicologia moderna enconraria no filóso atnins ma explicação mais rica da diversidad da exresão rótica, qe nos desaia e nos arraso ao absrdo em q etamos Veria aí ma ariclação comensadora das ossibilidads imossibilidades da realização dos desejos eróicos, encantando de 299
O DECÍNO DA CTRA OCDENA
sencantando ros duas coisas que nos são necessárias. o romancista alemão pelo menos está presente se não atamente viva a tradição em que nos podemos rvigorar. Com o que ele nos propicia poderamos embarcar para nossa própria viagem e encontrar alguém mais interessante do que Ascenbac. Mas nos stados Unidos esse lamento delicado que á ra disten dido ao máximo por Tomas Mann rompeuse. Já não temos o menor contato co a tradição. ros é uma obsessão em que não se pode reetir porque tomamos o que eram meras inter pretações do nosso esprito como tos a respeito dele. Pouco a poco ros perde o sentido e se rebaixa pois nada á de bom para o omem que não sea inspirado pelo pensamento e ar mado por uma verdadeira opção o que quer dizer escola instrda pela ponderação. Saul Bellow á descreveu o seu obetivo como "a redescoberta da magia do mundo sob os escombros das idias modernas . ssa rede sombria de abstração utilizada para envolver o mundo a m de simplicálo e explicálo de rma qe nos agrade transrmouse no mundo em nossa percepção. A única maneira de ver os enômenos em vez de estéreis destilações deles de os conecer de novo por periência própria na sua ambigüidade deveria ser por visões alternadas por uma di versiae de opiniões prondas. ossas idéias porém tornam icil passar por semelantes experiências na prática e imposs vel na teoria. Coo é que um ovem que vê sublimação onde Pla ão via presságio será capaz de aprender com o lóso quanto ms pensar qe Platão le ale? Os espritos articialmente constituíos por m novo tipo de educação vivem num mundo trans rmao pelo articio umano e acreditam que todos os valores são relativos e determinados pela economia privada ou pelos im plsos sais de quem os possui. Como é que poderão recupe rar a primitiva experiência natural? Teno a impressão de que se zéssemos uma lei proibindo o uso de qualquer palavra da vasta lista deste captulo uma bela percentage da população icaria em silêncio. O discurso técnico prosseguiria mas tudo o que se reere a correto e 300
No Igoâc
oeto, feldde, o odo oo deveos vve f uto dil de expess So plvs ue esto susttu do pesetos e, se despeesse, o vuo f evdee Sei u exeo teesstsso, ue pode lev s pessos pes ulo e ue efetvete e, o ue est po dets ds fóuls Algué d ''vve eete oo eu gosto e vez de l e "estlo de vd? " h opo sustt "vloes? "eus peoetos e vez de h "deolog? "Agitço de u? ou "Splesete dvio euvle "s? Cd u desss plvs se gu sustl e espetvel, peedo ustfcr os gostos e os tos ds pessos, eso poue os seres hnos precis de seelhte ustfitv, dig l o ue issere Ailo ue zeos te de se colizdo: é o sl de noss hudde e de u possvel oudde is encotei lé que dissesse: "Ceo uilo e ue eo e so apens os es vloes Todos t guetos: os zistas e os couists e té os ssltes e fetes os t Hverá ue o sit eessdde de se ustif, s deve se rt de vgudos ou de filósos s tis plvs o so zes e vsv slo Pelo otrário, visv deost ue pod eessdde huna de ser o que estos zedo e de se os o pode se stisfet Por milgre, s plvs v oss ustftiv: o lso oo peeto ol O ue e dex estrrecido o é pes oldde do eltvso O ue é espnoso e degradte é dogt oo etos esse eltiviso e relxd lt de peoupço o o ue isso repeset pr oss vida O úco esto ue o pel de eia lgu os eos ue d ofe ee pr estop ossos tos xsts, eudos, festas, desostuosts ou estutulsts, ue o z poses, setietlisos e lchs ue grde os oves é LouisFerdd Céle, ue é ue elho deseve oo se fgu vd u hoe dte dulo e ue ed
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O DECLÍNIO DA CULTURA OCIDENTA
tao ou o aeditao. Clie u atita o uito ai taleto e u obevado be ai pepiaz do que o populae hoa a e lbet Cau. obio, o heói que ele adia e agem ao Fundo da oite, u etioo laooaete egota, eoque e pitoleio. Po que que Clie o adia E pate po ua hoetidade, a piipalete poque ee pefee e oto po ua aoada a ofea que a aa. edita e algua oia, o que Clie o oegue. etudate aeiao ete hoo po ee oae, a e o obigae a egolilo talvez eonidease o ao. Coo ua iage de oa odiço iteletual, otiuo tedo peete a eóia o notiiáio de iea que o otava o aee biado felize a paia, gozado a fia auai paga que o goveo do Fot Popuie de Lo Bu itituiu e 1936, o eo ao e que Hitle i autoizado a oupa a eâia. oda a oa gade aua eota a ea fia. Muita gete diá que a iha efeêia à ifluêia deiiva da filoofia da Euopa Contietal, piipalete da ale, o la ou exageada e que, eboa ea vedade que todo ee palaveado adv da te que eu itei, a liguage o poduz tato efeito. a a po todo o ado. te dela tab o qual o peaeto que geou a liguage. Sabeo oo ela populaizou. Só e lta pea o alouo de het e o taxita de tlata paa e ovee de que a ategoia etai deteia a peepçõe. Se aeditao que a ''ooviõe alviita iaa o apitalio, tab podeo aeita a poibilidade de que a ieitvei viõe do filóo alee etea pepaado a tiaia d tuo. eiteo que oueau, Kat, Hegel e ietzhe o peadoe de pieiia ode. Ete , de to, o eu popóito. eo de eapede o que io igia e que exite outo do eo vel.
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P A R T
R Ê S
A UNIVERSIDADE
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Os nos 60 "Nã precis que vcês ns intimidem disse mso pressr de ilsa em abril de 969 a dez ml trinne aluns apiantes de um rup de cleas ners qe acaba vam precisamene de " ns cnvencer a zer qe ele qe riam a nós crp dcente da Universidade de Cornell ameaçand zer us de armas de e atentar cntra a vida ds pressres Um ds muits rnalistas especializas s pressas na cbertura d assunt mais quente d dia a nver sidade resmunu um É iss aí meu O repórter adqirira cmpet desprez pelas qualidades mrais e intelecta o pressres Nã dicil perceber o servilsm a aiae e a lta de cnvicções Os prssres depsitáris de nssas melres tradiões e das mais altas aspirações intelectuais estaam bajulando o qe nã passava de uma multidã zend cnsã úblca e culpa e pedind perdã pr nã averem comreno as questões mrais mais imprtantes cua respoa aproriaa estavam aprendend cm aquela rda e exprmno a nen çã de alterar s betivs da universidade e o conteúo da quil que ensinavam Enquant bservava espetácl a desastada ase de Marx me vina mente cntra a vontade:
A Hóa empe e epee a pmea e a egunda mo faa A universidade americana na dcada de 305
O DEÍIO DA A OIDA
0 estava passando peo memo desmnteamento da estura o ensino aciona qe a nivesidade aemã epeimen ar na dcada de 30 Não aceditando mais na sa vocaão sperior ambas tansigiam com uma tba de anos atamente ieologizados iás o conteúdo da ideoogia ea o mesmo o engajamento em vaoes poticos nivesidade abanonara todo o popósito de estda o de inma sobe alores solapando a pecepão do valo daqio qe ensinaa enqanto entreava a decião aceca dos vaoes ao povo ao eitgeit espírito d poca) ao petinente Sej Nrember o oodstock o pincpio o esmo ssim co mo se diz qe Heel more em 1933 na emana o Imis qase o o útimo sspio na dcada de 60 O to e s iersiaes já não e acaem convsionada não zr qe eam eupeado a aúde Ta como n ema cie os alores em filoofia tono a nivesidae ía e oda paião qe impssione as massas Ea viv ranqila at qe ove m acesso popa de moi í ano consciência de qe não tina contibuiçã ama azer e com ma ensação de cp deioe cr pela iia de qe se distanciamento do mndo ea imr aros elmentos da univeidade aceditavam a sio q o istanciment se baseasse em agma coia de veda deiro e necessáio sse gênero de ponto de vista atoconfine e ai à opiião púbica que tonou fáci a Sóate ssir ao pio natismo o povo ateniense qe condeno à m es vioriosos geneais depois da ia ginsas* o sr a olaborar com os tianos de tenas Paa Sóca es ra mais ipotante discti a jstia ocua abe o q a do qe empenase na eecão de toda e qaque riv pacial sobe ea qe po acaso eitase a pai * geerai ateiee ram condeados à pea capt por ão erem recodo e utado o uago a baha nav da Arginuss cotra os cedmônios m 4 a o T)
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O Ao 60
es do oento, atrando para o conteplatvo o labéu de nusto e de po. Claro, todo aquele que é u conteplatvo prossonal, sueto a u eprego be pago e de prestgo, as que gualente acredta não haver nada a conteplar, se vê nua posão dcl consgo eso e e relaão à coundade. O peratvo de proover a gualdade, de elnar o racso, o sexso e o eltso (cres peculares de nossa socedade deocrátca, ass coo a guerra, é esagador para alué ncapaz de denr outro nteresse dgno de deesa. crcunstânca de a leanha atravessar u surto de dretso poltco e os Estados Undos outro de esquerdso não deve ludrnos. Tanto nu caso coo no outro, as unversdades cedera sob a pressão de oventos de assa, zendoo e grande parte por consderare que esses oventos possua ua verdade oral superor a que unversdade algua sera capaz de suprr. Entendeuse que o engaaento tnha aor pronddade do que a cênca, a paão do que a razão, a Hstóra do que a natureza, o ove do que o velho. Coo eu dza, na verdade o prncpo era o eso. Nos Estados Undos, a New ft (Nova Esquerda era ua esquerda netzscheanzadahedeggeranzada. O ódo rraconal pela ''socedade burguesa era eataente o eso nos dos pases. U dstnto proessor de cêncas socas deonstrou sso ao ler, aos seus alunos radcas, alguns dscursos obre o que se devea zer. Fcara entusasados até que ele lhes dsse que os dscursos era de Mussoln. O própro Hedegger, no nal de ua vda, ez aerturas à Nova Esqueda órula as snstra de sua Oraão etoral de 1933 co levssa alteraão, servu de lea aos proessores norteaercanos que colaborava co os oventos estudants dos anos 60: O
momento da decisão já passo A decisão foi tomada pela parcela mais jovem da nação alemã 307
O DECLÍNIO DA CULTURA OCIDENTAL
E Crell e u pu pr tda a parte ds Estads ds, tratuse de ua rsa prque sea qual r ssa plta utura de lg praz a assa d pas (a realdade ã se tratava de assa, as de dadãs) tha aquele stante u respet ustad pelas uversdades, ved elas ua te prgress aal e aetad a çã de que a ultura devera ser deada à vtade, á que pda elabrar apla gaa de pes, dgas de ser tratadas a sér e tlerâa. A açã ã estava preparada para grades udaças e pesava a respet das uversdades aqul que s prssres prssava sbre elas. Algus estudates desbrra que, u epurrãzh, s ppss estres que s atequzava e atéra de lbedade aada pda vrar urss de r. As raças tede a ser elhres bservades ds adults d que estes stua ser das aças, ps depede tat deles que é gade seu teesse e desbrr as faquezas ds as velhs. Esses estu dates peebera que s prfesses ã aredtava realete que a lberdade de pesaet sse eessaraete ba e útl, que suspetava ue tud ss era delga para abeta as ustças d "sstea e que pda se eduzds à beevla perate tetatvas letas de susttuçã da delga. edegge tha plea sa de que as bases teóas da lberdade aada se hava debltad e, á assale, tatu vet de assas que se lhe deparu eta a. s pfessres teaeras ã tha sa daqul e que á aredtava e levara sepe a sé s vets e que se evlvera. Adqur plea çã dss a pa etã de de Cell (as tade presdete, devd à tua publdade desvável e pque s selhes, ralete passvs, pedra a eeaçã d ttula, dad que tár aal sbe aas de g paea esta atgd a ep
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O Ao 60
aão da iversidade) por casa de alno ero qe ra ameaado de orte por ebro do corpo docee, ab ero, por se recsar a participar de a deosraão O deão, eproessor de ciêcias atrais, e recebe co pesaroso seblante Claro, iha a aior sipaia ela sitaão do rapaz, mas as coisas estava bicdas e ada podia zer para pôr i a semelhane coporamento a associaão de estdantes neros Pessoalmente, esperava qe loo e horasse a coicaão co os alos eros adicais isso i almas seaas aes de aparecere as aras, periido a coicaão be mais clara) Mas, de oento, a admiistraão tinha de esperar para saber o qe os alos eros qeria, 8 a epectaiva de qe as esões se redzisse Acresceto qe enha iversidade do pas podia eplsar os estdates radicais eros o deiir os ebros do corpo docete qe os icitava, presivelee porqe o corpo discete e era ão o eriiria Vi loo qe a iha diliêcia ra iúil O deão iha a isra de covardia e de oraliso qe ão era rara a poca Não qeria probleas O presidete da iversidade iha he ciado várias vezes, coo o grade perio, a deissão de Clar Kerr a Uiversidade da Caliória Adeais, o deão se ulava epehado a rade issão oral, corriido a istia hisórica ia aos eros A si eso siicava as hihaões qe esava soedo coo sacricio ecessário ra evidee qe o aborrecia o caso da
8 é s hv sns d segne espéce: o chefe do eprmeno de Econom r seqüesrdo por vrs hors j nmene com s secrer depos de er peddo não de m egnc qe cero professorsssene jgv rcs; o edfco qe brgv pre do eprmeno de Socoog nh sdo omdo à r e ses ocpnes bem como os mves frm jogdos fr; o presdene nh sdo cdo. Em respos esss comncões prov de bofé des ordem f dd os nos: o professorsssene desprece do cmpu e por bos rzões o deãosssene qe nh o nfrúno de ser negrcons no nsne em qe o poder
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O D Í IO D UUR OID
uee estudte ego e tu, s estv s ssustdo o s eçs de voê dos etests e o eso teo tb os dv s eguts óbvs dev de se óbvs: Po ue ue u uo ego o od se eudo, oo u uo bo o se se sse eovdo ou desobe deesse às egs ue to ossve oudde uvestá? Po ue ue o esdete d uvesdde o od h o, se ode estvesse eçd? Que hoe de eso te deseddo o osso ue eçou o uo de ote O so o e odo; o ue o ov e sust d uez e d deoog deê o dtv esost od e gu ue soubesse o ue u uvesdde , e se eousse o sso, ood o ue ód o sueedeu ue ous ses deos edtete ós o oo do ete te otdo, sob esstve ç de , tudo às utj tes egês ue ouos ds tes ejet os ebos sueoes d dstço e utos ofessoes de eoe oesse uet u sseb de estudtes, roudo obte oço dees V eosto dte de todo o udo uo ue já de há uto se sb e, eo eos, e osse dze esses seudouestáos, e poedde, etete o ue se esv dees Tb o sueedeu ve ue utos dos ossoes s eloüetes os sees e d stdde d uves dde, e ue se esetv oo su osê, estv ete uees ue eg, se o voveete, o eos negr eava na mda i demiid; rp dene d légi de re e iênia reebeu um memrand de eu de inrmand a membr que embra nenhum dele e aberamene raia d na realidade eram raia iniuinai a lae para alun negr mal inham id riada; edii upad pr direi de nquia i edid a eu nv upane pr ard; riue na uldade um enr de eud negr prdigamene dad de nd end brigaóri n ular eudane negr ane de qualquer nmeaç para ele. Tan inai ainda n haviam neguid eabeleer gêner de ''diálg pel qual e eperava.
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com quez o que se pssv vim eito cei denuncindo mnei incoet como os poessoes lemes egim às violçes d libedde cdêmic Tudo conves id e emedo de heoísmo, pois no tinhm evdo em cont s meçs em potencil à univesidde nem nlisdo s duvidoss bses d libedde cdêmic Acim de tudo, no pensrm de to que e viesse se tcd pel esqued ou po dento d univesidde, ind que o exme detido do que se veiic n Alemnh lhes pudesse ensin que, eetivmente, er juventude univesitái, como eidegge ssinlou, que se desencnt em temos teóicos com velh eucço e que muit cois semelhnte estv ocorendo nos stdos Unidos. O conjunto sociedde se convence pouco pouco d justiç ds noçes ibeis de utonomi intelectul, extmente qundo s pimeis onds de dúvid ceca dels, vinds d urop, tingim o litorl dos stos Unidos. A convicço de que os pincípios do Iluminismo erm irregáveis p todos os seres pensntes, lid simplists intepetçes econômics e psicológics , levou os poessores meicnos compeender ml expeiênci em e evit o to de que cític teóic d molidde, em tods s sus ms, er um condiço pévi p ceitço de certs ls públics na Alemnh, dunte décd de 20 sses poessoes meicnos icm inteimente desmdos, como o icm seus colegs lemes, qundo clientel que julgvm ctiv, d qul se julgvm sincermente independentes, desetou ou se votou cont eles. Alunos e colegs queim rdiclizr e politi univesidde. Brd contr pregdoes bíblicos e um cois, pois no mundo que contv p esses poessores, isso só podei meecer povço; ms se isoldo n universidde, se xingdo pelos lunos e 9 próprio presidente pareia estar apenas interessado em se proteger evitando o onronto om a assoiação dos estudantes negros ou quaquer outro grupo extre mista. Pertenia à estirpe mora daquees que iaram uriosos om a Poônia por ter resistido a Hiter j que isso preipitou a guerra
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O DECLÍNIO DA CULURA OCIDENAL
pelos olegs só po o u dé stt e des p eles. Não se ttv e gel de hoes tes d que fál etó deles os tvesse pesuddo do otáo de que só eles gue s ulhs que potege vlzção. O olpso deles peoso s s pfs tettvs que ze p se ustf uts vezes po se to voss. N Aleh os pofessoes que se eete o slêo th exelete desulp de que ão pod ze out os. Potest sgfv de ou ote á que le ão só ão os poteg oo té estv ot eles. E Coell esse pego ão exst. ou outo pofesso pod se tgdo ( edd e que os que th sdo qulfdos oo sts 10 expessão equvlete heege e outos tepos opletete dodos po todos slvo lgus pessos deetes s de esto o pesdete ão th eo teção de potege seão s eso) s u só dspo povo teveção ds utoddes vs. Ests se set ods pelo espeto devdo o esttuto espel de utoo d uvesdde que sev de petexto p potege e t os voldoes d depedê dê e do deto que ege o ou dos ots. Não hv esselete ehu so e defede tegdde d uvesdde u vez que o pego estv teete deto del. udo o que ltv e opo doete so dos oetvos d uvesdde e ele deddo. Po s so é que ptulção tão despezvel. Sugu etão u deolog ofl segudo qul ão te hvdo so p os pofessoes eçdos (po que etão f soldáo o eles?) e té que e gve o so de volê e ote (potto eessdde d ptulção). dos odoes sos que ão teve oge de l e que se tsou de flóso polto eseveu u tgo p 0 Entre as pessoas aeaçadas pela rádio da universidade estava o professor que provavelente trabalho ais e se arris cou mais no oviento pelos direitos civis, e Cornell
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ew York mes Magazine, eliad ao ud o que a eessia a aitulação e Coell O ''tat sial, asseveu, estava estes a se ido e ós egessaaos a estad de atueza, à guea de tds ta ds, i ds ales, de fa que se ustifiava tud que iedisse iss E vu assi que aais eedea ue via leiad, ois s teóis d otat (de uas dutias deiva a fa de gven ds Estads Uids) esiava tods que ua ode ave utua d dieit, que iéi da lei é a úia isa que s até lge d esad de atueza e, tato, que a da lei que aeita s iss e eigs Ua vez que a lei é violada iueete, ada qual eadquie dieit a eoe a tdos s eis que iagie óis u eessis à sua defesa ta v tia, úi que de e a lei O us vl, fez dit fess, das dutias que tes de eede aa que haa ua de ltia aial, é ebleti d vedadeio oblea que est dets de toda a utua da vida uivesitia disussã séia da obletia e d esaet ltis estava quase esqueida, e que eebea a iubia de zl ã tiha iss u iteesse duadu tadição sistia aeas u ut de leas u de itaçes de eilédias efleã sbe a siedade ivil e ael da uivesidade det dela estava tos Das agitaçes esultaa duas seqüias a uivesidade iuse o uit ais fieza sistea da iiã úblia detia; hegas dlsaete et da situaçã de igâia avela ei da seidade que queville eeava Quado a eia assetou, viue que a óia difeeça ete eduads e deseduads, ete ult e iult, tia sid alaiada s Estads Uids, ue se aulaa até es aquele i taduzid ela siçã ete iteletual e silói O dut eal edudu as essas geeizadas da Pieia Pa E eça de
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O DEÍNIO DA UTURA OIDENTA
saparecer as próprias idéias a respeito de diferetes metas e motios de ação passeis de learmos efetiamete a sério ecarnadas não só em sistemas de pensameto mas tamém em modelos erdadeiros e poéticos. A lierdade i restrigida da maeira mais eficaz pelo emporecimento das alternatias. ada cotaa se ão sse ojeto do conecimento e da experiência daeles e constitem a enorme maioria a al em última ipótese é a úica atoridade nos stados Unidos. A ção da mosa " filosoia crtica era serir de instrmeto às tentações mais perigosas e lgares da democracia. ste progresso tal eio acompanado por todos os sstittos astratos do pesameto e aordei a Segda Parte os ais ficaram o lgar do estmlo itelectal cofirmado e somos ailo e ão tem escapatória. ra assim e tia de ser como idica sa enorme poplaridade. radicalismo da década de 60 se destiaa por completo a apressar a ossa marca o sentido e já amos segido e jamais a estioar tal sentido. Foi m esaio de aidade igalitária e elimio os elemetos do crrclo iersitário e ão sorriam às paixões e gostos do momento. m resmo a aela para a ropa e sempre i o recrso dos espritos lires e oprimidos dos stados Unidos i iolentamete cada e de modo mais defnitio pore os eropes os ajdaram a atêla a ossa cara eato prometiam arila. Ailo e a ocasião parecia ser a opinião da ''elite com crso apeas etre os intelectais iersitários afinal iro a matéria pricipal da reista poplar do dia seginte. A atração pela ropa por poco não se extigi os joes. Sore a década de 60 torose moda dizer e apesar dos excessos mita coisa reslto de om. o e diz respeito às iersidades porém ão sei de ada de positio e tea adindo da: i para elas m desastre completo. ço dizer e entre as coisas oas estão a "maior aertra o "receptiidade "mes rigidez "liertação da atoridade etc.
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as sã psss s cntd u nã p da agua d u s spa da ducaçã unvstáa Naua pca, z pat d váas csss na Unvsdad d Cn , c ua cnstânca t, vt cnta a anuaçã d tdas as gêncas O cucu antg sgund ua cada aun da cudad tnha d ünta ua s d cuss d ncaçã às pncpas áas d cnhcnt aandnad Ct pss d tatua cpaada assdu ptad da ta da pasns pcu u tas gêncas puc psntava ts d nsn, nã ntduza ant s studants nas váas dscpnas s aca dmt u ss vdad, a u anstu supsa dant a nha dspsçã d dspnsáas Rspnd u s tatava d cdça nscênca da undad d cnhcnt, psntand v nsnuaçã da stênca ctas csas u pcsas sa s uss s cuts Nã s susttu ua csa p naa a ss u a a d nsn da dcada d 60 stava znd tuant, as cnsüêncas sã as cnt vsvs n dcn d stud da ngüstca, as sã gualnt tã pndas, s nã as, tda a áa d cêncas huanas ctca d antg nã t n va s nã há psctva d nv Es ua a d v s pdnts a vc u a vtud dcpsçã apsnta Na dcada d 60 s psss apssavas a na as suas tndas paa ca a ants u stu da ada s sagass atua vnha paa u "cada u cass na sua cdta u a unvsdad dv t ua cncpçã d u ua pssa cutvada a, ns u anda , sna sgu d ua psnadad auttáa ud u s pta a ' 'cscnt "dsnvlvnt ndvdua, u ns Estads Unds ua apnas dz u as vugadads psnts na scdad ga dnaa as unas dcadas pantas cutvadas na stu da unvsdad aa u ncssta uta spc d nutçã
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DECLÍNI DA CULTU CIDENTAL
As reras não tnha conteúdo e se drgiam aos ' 'oltados para dentro epresentaa ua anuênca ao arrasar dos cues e trouxera consgo o colapso de toda a estrutura educaconal dos Estados Undos, o que a generaldade das pessoas reconhece quando la na necessdade de ''oltar ao ásco Colapso que se relaciona dretaente às doutrnas e aos tos ocorrdos nas unersdades naquela década Mas iportante do que os maus professores e o relaxaento das doutrnas o desaparecento das razões e dos odelos por exeplo do king's Englis, nglês ernáculo A conscência do superor é que olta para cia o nferor Talez seja ainda possíel, co astante epenho e esrço polítco, retornar aos antgos padrões de aproeitaento nas três ases ndaentais da educação letura, escrita e artétca, mas não será tão fácl recuperar o conhecmento de flosofia, hstóra e literatura, que se lançou ao lxo Nesta área, nunca houe planta nata; éraos dependentes da Europa Todos os cues norteaercanos era erados, co plena conscênca e à ontade nsso Neste meio tepo, a própria Euro pa, co a qual podíamos contar se lhásseos, passou por ua eolução seelante à nossa e já não poos nos ae erar lá coo dantes À lta de noos e grandes pulsos teóricos e artísticos, que rrompam espontaneaente entre nós, para susttur o legado que nos transtu o Ocdente, só resta a tradição para nos anter e contato co tas conhecimentos Aliás, não se pode entrar e sar dos trlhos da tradção coo u tre Ua ez ropido, o laço co ela dfcilmente se reata, perdendose a noção instnta dos sgnfcados e o depósto de autêntca cultura na caeça da ntelectualdade Nos Estados Undos não há, de aneira sgncata, aristrocratas ne sacerdotes, que são os depositáros naturas da alta tração ntelectual Teos grandes pensaentos no terrenos dos princípios políticos, as nunca se personca ra e portanto não ie e dada classe O iero de tas prncípos, nos Estados Unidos, era a uniersdade e a
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aç desse e e ds ans 60 aa as unesdades, susta a nfaç de ntas, faze que os estudantes estude, tud ss pde se sauta, as n hega a nó d pea. ga, há ut ens a estuda. E tn das agtações estudantis use ua tga, epessva ds gsts daquees paa que a atsa desta e Dez Dias ue Abalaram o Mundo* é as estuante d que sea a da tea de Hege, e Be U ds ts eza que s ans 50 a u ped de ns e de supefadade nteetua, a pass que na déada de 60 a edades a etaç e questnaent O athys nvad quand se enna stans, aa equa a alança da njustiça ente as duas superpnas sza aqueles ans sus, assustadres, a ass que s desluantes ans 60 a a épa ''d vent e, ne dze s sevventes, da lietaç ds negs, das uhees e ds etnatas d su, se ajuda Se quee enta nas questões estrtaente ptas, a age inteetua jetada efete eataente ntái da edade. Os ans 60 a u ped de espstas dgátas e de tadades O vent n duzu ne nspu u n v de ptâna duadua. Tud se esuu a Nan O Bown e Chaes eh. F nessa épa que edade ns apeu nas unvesdades, qe as pnões se tud, desde Deus até nea, se tnaa eatadaente pesves. s pvas aduzdas pea utua pp e da déada de 60 p eep, que na déada ante Lana Tune desepenhaa papés de adltea esanaada e nsnea, enquant na déada de 60 es ane Fnda ua edadea puta; que dantes tnhas au na e deps tes s lng Stnes n t a en ptâna. nda que essa aatezaç sse edadea, sene paa que n há quaque eaç ente (* ) Livro em que o escritor norte-americano John Reed relata, ao vivo, a tomada do poder pelos sovietes na Rússia, em outubro de 97 ( T)
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O DECLÍNIO DA CULTURA OCIDENTAL
ultur oulr lt ultur u riir é úi ifluir tult o ário ortrio O to é u os os 50 rprst u dos xlts rodos d uivrsidd ri, lvdo vidtt ot tr dsroorção tr o idl o rl té s figurs is fuds do "ovito, oo rbrt Mrus, rdt ills, rlizr o trblho u s oss tr or sério ts d 1960. D 1933 dit, s uivrsids ris s bfiir d hgd d uitos dos is iortts huists itists urous, b oo d itltuis d u vl surior o d sus hoólogos ius su io rt, r hrdiros d trdição uivrsitári lã, ul, or á tui, i xrssão is lt d vrsão d vid tóri oid rovd lo úlio Estv irgdos d idéi grl d dução hu u s isirv Kt oth, sritos d l histório uivrsl, u sirv, d for itrsigt, às is lvds rlizçõs oris rtstis dtro d ov ord doráti For ls u os iiir u trdição viv u irgou os gostos s ors d soidd grl Qu rbu ss trdição fiou sdo d vst rudição uuld dsd o su oço, oo ds idéis vçds u su isirção fz brotr Pr o u r vir, s idéis lãs igrr r o lol d ção id s h ui , s s d Mrx, Fud, Wr ou idggr s dis d filosofi ds uivrsidds lãs, r xtrodiri orrsodi tr o uttio tlto rsitilidd oviol gl, uss idggr r figurs rsitds éo u viv su iotâi ão dvih s do to d sr tdrátios osii d tudo isso , uitos sos, is do u osii, vio o os rugidos r os Estdos idos, s u, ldo tros rltivos, r tsdo osuidor Muits oiss u os rios tih ido vr lá r xisti gor frotirs
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dentro Foi uma bênção conlitnte por mios tílos mas to de tantos ultos de sicos, matemáticos istoriaores ocióloos umnistas clássicos e proessores de ilosoa ssarem a residir nos stados Unidos eio nos dar a oportu nidde de aprender tdo o que era possíel ou melor não obstante ncpacidade de recrsos culurais já não era mprescindíe iajar sicamente para o elo Mndo para stiszer plenamente nsia de conecimento Resmindo ntes d ruptura da repres uniersidade americana aia se tornado larmente independente da uniersidade europia contemporne , rdatiamente os alnos dos reiados rm assumindo o luar dos mestres Prte dess independênci eidenemente ese ao declí io das uniersidades do Continente uropeu principalmen e à destruição das uniersidades alemãs à atra de sas trdições inteectuais à perd de conança íntima e do seni do de ocação superior qe as aia disinido Mas sse qu sse a cus em 1955 nenma uniersidade era me or que as meores uniersidades norteamericanas no to ante à educção liberal ou cultur eral que sscitasse nos lunos a noção de suas necessidades intelectais o que repre sentou um to da mior importnci para a ciilização do Ocidente Se s uniersidades norteamericanas tiessem de saparecido em 190, o depósito eral do saber siniicaio não soeri rande perda aind que o resultado não sse bom par os mericanos Mas em 1960, dado qe a maior parte d ida inteectual se transerira aia mio para as es cols superiores e as noreamericanas eram as melores a ruín o colapso delas i ma ctástroe oa pare da ran de trdição est nes dbil rnsplante externo em precá rios encles, uneráe ao populismo e à laridade do noo meio Outro specto da mitooi que o mccartysmo aja tido um impcto extremamente neatio nas uniersidades Na reaidade, i ess última ez que els experimentaram um
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ECLN A CULURA CENAL
nimno comniae enio pelo inimio comm. Mcary rpcia crriola ram manifetamente não acmico aniacamicos os bárbaros s portas a cia a rans niriaes não exerceram nenhma in nci no crríclo o nas nomeações. A liberae ci n momeno spremo mito mais o qe m nco abrao ma atie obre pesqia e pbli co q mrc a concorncia eral. A rerica acerca a ro iia imolares não qria izr naa mesmo rq molar para o público não ram tão im l n niriae Hoj em ia á mito mais coi imronnciáis no mio niriário o q oca ipoição ara ner aqle qe rm ir o moimeno raicai. O lo libralis o a crn no rorso no lir mrcao a iia o úlimo intan ior Ma na caa e qo o rcia ncaminar na irção correa o l llmo o a r caa z mai conirao par l br orcno rono as ozes o onr ql o proro a caa e 50 os capi calmo na a maioria o roors eram n ryo mbora aln m a or como m mocracia como ambm ria e como o a narza mana e o proeor ln onrio am maiaamn ímio não se ma nm o o miõ roore e ele eni nam o q qriam na la e ala. Ao mno naqle momno ti ria concincia a oição especial nir como ma rra conra a oinião pública o q i xrmamen alar. J na caa 6 mio profeore aln os qais se izram noar plo ilncio na se o mccartysmo pere ram a concincia qano a opiniõ com qe e ieni caam ornaram mai poplar Aora qe a coia les corriam bm j não preciaam o anteparo a liberae 320
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acadêmica O capítlo de Coell da Associação Americana de rossores Uniersitários apladi os atiistas negros qe iningiram os direitos dos proessores e a organização nacio nal nada z em deesa da libedade acadêmica sses grpos abandonaram a liberdade meramente rmal para apoiar casas sbstantias m resmo nos anos 50 em larga medida os docentes ainda deendiam a liberdade de pensamento co mo a tinam deinido acon Milton Locke on Start Mill isso i exatamete antes do scesso qe tee nos sta dos Unidos a crítica eropia a tais atores); otra parcela era de proessores de esqerda os qais tinam m interesse pes soal da proteção qe les conria essa liberdade Qando os primeiros perderam a coniança e os segndos a adqiriram a rça da liberdade acadêmica decai de rma drástica A parte inal da mitologia dos anos 0 diz respeito "preocpação moral alegadamente sperior dos estdantes A moralidade iro moda no inal da dcada de 0 depois do intransigente realismo dos anos anteriores Falta pom esclarecer o qe se entendia por moralidade A opinião de sempre reza qe a moralidade consiste em algo como contar a erda de pagar o qe se dee respeitar nossos pais e não zer olntariamente o mal a ningm Tdo isso ácil de dizer mas dicil de praticar alm de não camar mito a atenção e render pocas onras A boa ontade como a descreia ant ma noção milde acessíel a todas as crianças mas cmprila exige a atiidade de ma ida inteira praticando os simples deres qe ela prescree A moralidade sempre re qer sacricio À s ezes traz consigo riscos e conontos o qe não contdo de sa essência e s ocorre por acaso Para qe se entenda como tal tem de ser eetada por si mesma sem isar otros resltados sendo indispensáel resistir atração de nos sentirmos bem com ela e sermos aclamados por casa dela Ora não i essa a moralidade qe estee na moda drante os anos 0 a qal era antes ma ersão istriônica de condta moral do gênero qe caracteriza os eris 321
O LÍIO A ULTURA OIAL
em stuaçes extremas. A resstêna de Thomas More s ordens de um trano era o bródo dáro da magnação estudantl. Desafos assm que raramente se mpem são sempre ambíguos em termos de dever e de ausa e relamam o raoíno mas sutl bem omo todas as outras vrtdes no mas alto grau para que os enentemos orretamente onsttuíam a matra moral em que esses flhotes amolavam os dentes. Claro que não era a omplexdade dos asos que os atraía mas o brlho a pose nobre. que tnha nteresse nna a rotna dára de obedeer le mas sm o nngla em nome de ma le superor. Favam sempre entre Aqles e Agammnon. onsêna uldade totalmente desaredtada no moderno pensamento políto e moral e partularmente desprezada por Marx z ma reentrada solene omo o nundado undamento para todas as fnaldades da determnação moral apaz de aabar om todas as otras obrgaçes e deldades ao mas leve dos seus rugdos. Htler vrou o prnípo regulador da onsêna: "Voê não obedeera a Htler não ? A apadade de dsrmnação tornouse tão refnada que os representantes eletos e as les federas estaduas e munpas devdamente promulgadas não tnham mas autordade do que Htler. Em Cornell os estudantes reeberam a graça dos sermes do padre Danel Berrgan o qual lhes explou que as senhoras que trabalhavam omo seretáras nas untas de rerutamento eram semelhantes Fera de Belsen e não meream ser tratadas om mas respeto do que ela. Tal era a têmpera do renasmeto moral. s modelos onsstam numa mstura dos revoluonáros que apregoam novas moraldades e lberam as pessoas das oaçes e dos herós da lteratura exstenalsta popular ua moral resde na autoafrmação. Começouse a desonfar que o novo moralsmo não passava de nova roupagem para a antmoraldade da geração anteror que onsderava a moradade uma repressão. Seu onteúdo dervava smplesmente das prnpas noçes 322
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do odeno pensaento deoátio, absolutizadas e adializadas. A igualdade, a libedade, a paz e o osopolitiso ea o be, o únio be, se onflito ente si, à nossa disposiço aqui e agoa. o havia que leva e onta as difeenças natuais de apaidade ou da pátia habitual das virtudes, as estiçes que a libedade te de ipo a si esa, as gueas e desa da deoaia (al das gueras de libetaço). A dediaço à ília e à pátia oo espie oal ea o últio egio da eaço. ois pólos se destaava e pesuivelente e pefeita haonia o autodesenvolviento do indivíduo absoluto e a atenidade de todo o gêneo huano. Esses bens, ou elho, valoes, toueos o vento. o ea poduto do aioínio ou do estudo dos alunos, as ineentes ao nosso egie, uo hoizonte onstituía. o ontinha nada de novo, pois a novidade esidia na iefleo, na anifesta desneessidade de aguenta ou de povar. pinies altenativas no havia, a no se oo es pantalhos. Eis aí o esultado quase inevitável de geaçes esolaes e que a is instintiva de todas as peguntas Que o be? no i ulada na univesidade e e que as doutrinas supesoistiadas que dispensa e idiulaiza a pegunta, be oo o instinto que a ania, so as únias oisas dignas de estudo. Se os pofessoes univesitáios no onsegue le iona sobe o be, po que azo no haveia os alunos de zêlo? A distinço tovalo adite que os valores so esseniais à vida e afeiçoa o odo oo s tos so vistos e utilizados. Potanto, os valoes so piodiais e, se no provê da azo, provê do engaaento apaionado, a essênia da oalidade. Clao, desde que o engaaento na ealidade no poduz valoes, os valoes adotados ea eanesentes de velhos aioínios, valoes o aos deaídos, eamados pela aogaço de u engaaento apaionado. A pinípio, os pofessoes fiaa espantados o esta egresso às velhas e pssias as de pensaento,
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O DECÍNIO DA CTRA OCIDENTA
mas como eles também eam pessos mois e os valoes pocamaos eram os mesmos em que eles o ítimo aceitavam acabaam po cocoa jocosamete O ime iscuso pesiecial que Davi Easto fez à Associação Ameicaa e Ciêcias Políticas em 19 poclamou tuo isso O beaviorismo ou coutivismo isto é ciêcia social com base a istição tovlo eica o estuo os tos e eseosa a ilosoia) ão ti sio afimava ele suficietemete sesíve às questões moais Agoa pometia um pósbeavioismo o qual as gaes ealizações as ciêcias sociais seiam postas a seviço os valoes coetos Daí em iate a gaita e les tocaria a música que os estuates queiam e gatuitamete Quem se viu colio pea ova epeiêci moa ficou tomao e iigação ou e cóea A iigação poe se uma paião obilíssima ecessáia paa combate as gueas e paa coigi eos mas e toas as sesações é a maio iimiga a azão e potato a uivesie Paa se mate a ia eige a iabalável covicção e estamos cetos Se a aiva os estuates cota os Agamémos magistais ea iga e um Aquiles é uma questão em abeto Mas ão á úvias e que i essa baeia a cuja somba lutaam pova e que mavam um bloco Ora sempre se pesou que a cout moa ão precisava eatamete se oloosa paa se moal mas que poeia ão o ser se sse ivetia Itepetese como quise ela está igaa a um autoomíio que se ispesa paa se sábio ou belo ou para qualque outa quaiae que os omes ivejam pelo que se julga É po isso que a couta moal impõe um espeito especial e é tão gae a tetação e a simula O omem que sacifica sua via pela justiça tem evietemete motivos supeioes aos a maioia ou um esiteesse paa esta icompeesível No etato causale impessão Em uma ase amiáve Motesquieu eiu o gosto moral que os iigetes estuatis epesetavam e com 324
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o qal se ertram: e ebra ea bltr pla
dvdua cletvaete fra u bad ut dce te: aa a raldade. s a rmla rt O moralsmo estantl era ma espce e tarm mas ma mtação nteramente nova Ao contrár r m mentos rolconáros qe tenam a ser asers at a começar pa prmera reolção a a arra m 1688 qe prtana e vrae esa ara ar tana O lema era Make ve t war m a semelança a lnaem este lema é m "Ama a te próxm preceto alás m "Fazer amr m ato sco m ál se presme araável Qanto à palara ra era o sexo para a polítca De cera a tocaram nma cnre e esejos q a ra am sctíes qe mal osaam rama m ma estaam mars para a emancpaçã a maç eoloa a rolção já se encontraa n a m eração s nntos esej s scos na ra rr a natreza ma as rmas e da rra m os pensares aanças e os perar cas ó ltaa qe os erós psessem em práa a aa qe o públco já estaa pronto a actar cm raa Trataase e épater le burge a p a ra O cstmes o nal Impro Rman paaram a r r mos com o rr mral o crsasm prm ealsmo polítc e Roesperre emea ma eentemente mpssívl ra esmpnar m ap esantes sabam sso mas o obsss senm a nao pelo to e ser a prmera rlção a ela sã ram cratras reas porqe se am a s msmas a O mno ntero tna rao m palc e ele rraam o papel prncpal eraeramente a cra ra ara a oença bresa era se mas aança sma Uma lsta parcal os sacrcos es p a à 32
ECLÍNIO DA CLRA CIENAL
sa moralidade bastará pr ostrr o cráter dela passara a ier como ais lhes agradaa na niversidde, co o abandono das responsabiliddes de in loco parents; as dras se tornara parte reglar da id, praticamente sem qal qer intererência das atoriddes niersitárias, enqano as atoridades ciis ram antidas a distância pelo pretenso ireito daqelas a policiar o recinto todas as restriçes im posas pelas regras o pela desaprovação caíram por terra as xiências acadêmicas ram relaxadas por todas as rmas imaináeis e a inlação de notas de aproeitamento diiclto as reproaçes eitar o serviço ilitar viro moda e prin cípio Todos estes priilégios icaa ascarados co etiqetas ediicantes, tais como responsabilidade indiidal, experiência, crescimento, desenolimento, atoexpressão, libertação, preocpação amais a História registrara tão marailhosa correspondência entre o bem e o agrdáel Richard Nixon, com se inlíel instinto para o eleado ndamento moral e para o nobre motio de consenso, aalio ses antaonistas niersitários e pôs im ao recrtamento ilitar Miraclosamente, o moient estdantil cesso, embora a erra prosseisse por ais três anos Uma nota nal sobre aspecto da otiação dos est anes qe não tem merecido siciente atenção além do desejo e ier coo mais lhes aproesse, m elitismo elado ia aindo entre eles Uma das características permanentes da emocracia, e toda parte, é endência a sprimir toda e qalqer pretensão de sperioridade, sobretdo na área do poder Nos iálogos de Platão abndam os joens qe aspi ram eemenemente à glória política e acreditam ter talento para goernar O próprio Platão dite qe qando joe ambém i assi todos viiam nma cidade onde lhes era neao o direito de goernar, onde lhes era dicil obter caro administratio e, se o consegisse, tinham de se tornar aqilo qe o poo qeria Ardia naqela indignação especial qe o hoem reserv para as injstiças qe lhe zem, 32
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certos de qe sas irtalidades não tinha realiação possí el na deocrática Atenas Constitía rpo sbersio na cidade contrário à antenção do reie Assi era itos copanheiros de Scrates e parte essencial da edca ção qe ele lhes inistraa consistia e atenar esse instinto de poder Mas ele coeço aceitando ao enos e parte a leitiidade dessa aspiração e neando o pro direito da aioria a oernar a inoria Daa satisção às sas qeias Mais iportante leaa ito a sério o eleento espirital qe os tornaa abiciosos A aspiração a ser o núero e a anhar a é natral e apropriadaente diriida representa a das randes rças do espírito A deocracia e si é hostil esse ânio e ipede qe ele se realie problea qe todas as deocracias antias enentara Coriolano representa eeplo etreo do hoe qe recsa a ndaentar o dreito de oernar por qalqer acréscio o consentiento do poo poo aliás disposto a aceitar o se direito de oernar Coriolano não é contdo alé copletaente indino de adiração A rça do se caráter adé daqela parte qe o torna orlhoso e abicioso qe procra a atonoia lie das opinies o das ontades dos otros O problea da abição no sistea deocrático é bastante araado pelas deocracias odernas As da Antiüidade era etiaente poderosas as não persadira o orlhoso e o abicioso de qe o oerno da aioria é sto A coniança interior não se debilitaa pela noção de qe o se nhor te o direito do se lado pois não haia a reliião ne a ilosoia da ialdade Os oens de talento espera a e às ees aia se clpa para conqistar o prieiro lar O cristianiso altero isso poco s poco: proclao a ialdade perante Des e condeno o orlho deiando contdo e pa as desialdades deste ndo Mais iportante i o trabalho da losoia oderna a qal estabelece a dotrin racional qe da ialdade polí 327
O DECLÍNO DA CULTURA OCDENTAL
a o no a oa uo ão a undano nua aa gi agu a da doaa Alé do, o nado odno dnvova u ua no ua a abção ndvdua a oua ança d uo, ua uo boço anado no Federas X O aanho do Eado ndo, b oo ua oganzação abiidad, u fio danado ob o govnan ona a ioan, ainda, a o ço do fóo odno aa ada do ío a gand abiç o inío, a oogia d Hobb aava o u haava d vangóa oo u ado aoógio, baado na ignoâna da vunabdad do ho, na onfança inufada a oinão d, od ua ado o a do d do Baa a anção ao u ho diz ob oção no o do duado na na ouau Fud ob a oao, aa onh o uano a odndad dda a nfau a doção Eo é o ío gnéio u aduz a daovação d oguho vonad d o io a, oznha aada, a a da aa anda obvv, habando o uboo b duação u a ub Coo d o odo o uo do, oduz fo odano na onalidad oaonaln io o vo d a anoa Boa a da Hóa odna nona ação na oua dauo u Paão haava d vivadad da gíia ão do óo nno a a a oaão a déia d vanguada a di undanan doio aa ua auoafiação iia ouau, o o a z da oaão a ba do nno doio, ava lnan ônio d u u o ndo d uiodad lação a qu o z a da iênia huana da idad , na vdad, o u oava a nanha o ulo da digadad aa ana iguao D odo han, o u é d vanguada (u f 328
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ormamete à arte) e a vauarda ormamete empreado em reação à poítca) são rmas democrátcas de a pessoa se distuir, de estar à ete, de derar, sem ue eue os pricpios democrátcos. Os membros da vauarda só tm uma peuea e da vantaem: sabem au e aora o ue oo mas todos saberão. É uma posição ue cocia o st to com o prcípo, ue a seuida peos estudantes ue re ceavam a assmiação ao omem democrátco. Lá estavam ees as poucas uversidades de eite, em rápdo processo de democratzação, e o turo poítco parecaes árido, pois a eucação ão es dava vataem para coustar madatos eletoras, oerecedo apenas a possibdade de zer a esca ada até o cmo de maera lastmáve, a exempo de pessoas tão desprezíves como Lydo Joso e Ricard Nxo. Es sas uversdades, porém, eram respetadas, revereciadas pe a impresa democrátca, represetado a alma mater de boa parte da elte luete. Era ácil apoderarse de tas uares, exatamete como a pós poda ser dominada. tzadoos como um palco, os estudates aaram statâea otore dade. Joves auos eros ue eu coeca de Core apare cam as páas das revistas de circuação acoa. Que rresstíve era auo tudo, uma elite ue ava ataado o ca mo para a uca potca! No mudo proo, ra das uversdades, auea aotada de maera auma cose uria atrar a ateção. Tomavam por modeos Mao, Castro e Ce Guevara, promotores da ualdade, se se user mas ue evdetemete ão eram uas a uém. Ees própros ueram ser os deres de uma revoução da compaixão. Para eles, os princpas obetos de desprezo e de ra eram os membros da casse média orteamercaa, prossioas be ras, trabaadores, empreados de escrtório e operários dustras, aricutores toda essa ete vular ue rma a maora do país e ue ão precisa em desea a compaxão ou a deraça dos estudates. Gete ue ta a ousada de se pesar ua a ees e de resstr à teço de se dexar cos
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O DEÍNIO DA UTURA OIDENA
cientizar por eles Nos Estados nidos uito difcil que agu se destaqe e, para tanto, os estudantes substituíra o visível consuiso do país por ua visível copaixão A especialidade deles consistia e bancar os advogados de todos quantos, nos Estados nidos e no Terceiro Mundo, não lhes questionava a presunção de superioridade e aceitava iaginava eles a sua liderança Não desconhecia nenhua das renadas sensações da vaidade igualitária Seria o caso de encarecer e at de sipatizar co as ustradas inclinações, co o incon sso amor da glória e a busca da sperioridae reconhecida que a política universitária revelou na dada de 60, as a hipocrisia generaizada, be coo a ignorância do que se deve saber e arriscar para se ser político, tornou o espetácuo ais repulsivo do que tocante Ipulsos tirânicos e abição da a ascarados, respectivaente, de compaixão deocrática e de aor da igualdade Faltavalhes por completo o conheciento de si mesos, as a vitória veio cilente A elite deveria realente ser elite, as queles elitistas concedera a distinção por que tanto ansiava se lhe fazerem us O sea, as universidades cria ra ma espcie de elitiso de ação afirativa Sepre hove, dentro delas, ua conspiração para negar que exista u problema para a individualidade superior, sobretudo para aqela com dotes e vocação para governar, nua sociedade democrática De súbito, viramse diante de governantes e potencial qe as acsava de cupiciade no crime de governar Mito correto Foi precisamente co relação a esse problea qe tive ua das maiores satisções da minha vida de professor O reduzido Programa de Civilização Grega qe u grupo de prossores estabelece contra o que aí estava tinha sido posto e archa ustamente no ano da crise Que o rmava eram uns oze calouros entsiastas, co os qais passaos o ano inteiro lendo a Repúbca, de Platão Ainda não havíaos terinado a leitura quando a universidade se tornou u caos 330
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Cessara praticaente toas as auas, enuanto aunos e professores se entregava à séria epreitaa e zer a revo ução, vagabuneano pelo campus e partino e ua para outra assebéia e oucos. Eu tinha e unio a u grupo e professores ue anunciara não ar ais auas até ue o campus ficasse livre e aras e se restabeecesse algu tipo e ore legtia. Mas os aunos estava epogaos co a história o abicioso Glauco, ue nava ua ciae co a aua e Sócrates. Portanto, continuaos zeno reunies inrais. Na realiae, eles estava ais interessaos no i vro o que na revolução, a ua, por si esa, eonstrava ue espécie e contraatrativo a universiae tinha e propor cionar para os cantos e sereia o cenrio conteporâneo Sentia até esprezo por auio ue se estava passano, ue atrapahava o ue para eles era iportante, eseosos ue estava e saber o ue suceera a Gauco urante auea es pantosa noite co Sócrates. Olhava sobranceiramente a sala e aua para a enética ativiae ue ecorria ra, ulganose privilegiaos, nenhu ees tentao a se untar à ata. Vi ais tare a saber ue alguns chegara a escer a bibioteca o seinrio para o gora, one se passava a ação, co cópias as seguintes linhas extraas a República, ue istribura e copetição co os ue zia panfeta ge e prol e outras iéias: Acreitas, co a aioria, ue certos ovens são corropios peos sofistas e ue h certos sofistas ue, e carter privao, corrope a ponto e erecer a pe na enciono? Não serão antes os próprios hoens ue ize isso os aiores sofistas, ue euca a a neira ais perfeita e ue ra ovens e vehos, ho ens e ulheres, ustaente coo uere ue sea? Mas quano é ue ze isso? Quano uitos reunios se senta e asse bléias, tribunais, teatros, capos ilitares e outros auntaentos couns e uties e, co grane tu
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O DECLNIO DA CULTURA OCIDENTAL
muto, epovam aguns dtos e fetos e ouvam outos, sempe om eesso, gtando e apaudndo e, am dsso, as pedas e o pópo uga ue os unda eoam e dupam o avooço das upas e dos eogos a, em tas unstânas, omo eza o dtado, omo supões ue efetvamente seja o estado do oação do jovem? u que espe de eduação patua seá duadoua paa ele, não sendo aastada po tas ulpas e ouvoes e evada pea oente paa onde ue ue ea tenda a i, a ta ponto ue ee dga ue as mesmas osas são nobes e vs, omo ees dzem, ça o ue ees zem e seja omo ees são? epúbca, 491e492b) Apendeam no veho vo a peebe o ue estava aonteendo e daí guadaam dstâna, tendo passado po uma epeêna de lbetação A maga de Sóates anda nionava, pos dagnostaa a denúna do ambioso jovem e mosou omo da om ela s anos 0 desapaeeam da magnação dos atuas estudantes Restou apenas uma eta autopomoção de pessoas ue patipaam dos aontementos, hoje na asa dos 40 anos, as uais tveam de se aomoda ao estabshment, mas ue espalham uma essêna nostálga nos meos de omunação, onde evdentemente mutos zeam bhante aea, admitindo ue um momento ea, emboa sgnfatvo, ue aspavam po beos deas Apaentemente, julgamse esponsáves po um gande pogesso nas elações ente banos e negos, omo potagonstas ndamentas do movimento peos detos vs Sem a petensão de dsut o ue deisvo nas hstóas mudanças vefadas nessas elações ente 1 950 e 1970 se o mas impotante a atvdade dos tbunas, de mandatáos eetos ou dauela nspação epesentada po Matn Luthe Kng dento da omundade nega , inegáve ue o entusásto apoo ue os estudantes unvestáos do note dos Estados ndos deam a essas
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udçs deseehu u et el ç d l ue etu eç de velhs es Ce ett ue el ds estudtes eete ul e e sbs tlhu d hst lidde de ue veh ld N su te, esuuse ssets e destções d ge de ue estv e fs, gelete ed letv, fte eettv de see uids els estes lt às uls eut ebulv elzç de gndes fets, luges ue js th vst e s us vlt u, ue dze, de tei de g el ue th fet, se dv ueles ue ee see es lug N tilh, gulete, ds dus e difes t blhs dueles ue estudv det sttul e ev eees juds, e s de sld e fustç, de vd teete dedd u us N teh teç de deeg s esçs ds estudtes e gu deve se uld lções elete slutes, d ue hj tvs gtulções ts edid e ue tud fl e bt Pel t, ue eu ue dze ue tç ds estudtes vet els dets vis eedeu tvs campus e ue sus iões se s velhs uivesddes de uldde fe às us vlt destu A lt tç sigftv de estudtes vet els dets vs sset de 94 e Wshgt Des dss, Bl Pwe ssuu dte, sste segegst d Sul desteld e s estudtes bs th s ehu tibuç ze se stg s eesss duele viet eg, ue ls ue jud deles Os estudtes th s de ue dut d guldde, ss d Delç de Ideed, estud d Cstituç, heet d stó ds Estds Uds e uts iss s sttu tl etulsete dud e uuld ue s sustetv A
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O DECLNIO DA CULTURA OCIDENTAL
justiça acial é um imperativo e nossa prática teórica e histórica, sem a qual não haveria problemas nem soluções. Graças a instituições julgaas absolutamente corruptas e a serviço o sistema, os estuantes aquiriram a conscincia e o saber que tornou possível e boa a sua ativiae. as a pretensão mais chocante eles resiia em proclamar como criações autônomas as suas reivinicações. ra, tuo, absolutamente tuo i retirao o acervo a universiae, em termos e séria reflexão sobre o que são os staos Unios e o que é o bem e o mal. Dilapiaram o capital porque não sabiam que estavam a viver à custa ele. voltaram para a universiae, para eclarála lia, com o que a levaram à lncia. Abanonaram as granes traições liberais norteamericanas e cultura e, sob a pressão eles, o gesto os Pais unaores i tio por racista, rompenose o próprio instrumento que conenava a escravião e o racismo. Dese a écaa e 0 as raças vm viveno mais separaas nas universiaes o norte os staos Unios. Já que a teoria os ireitos o homem eixou e ser estuaa e e merecer veraeira fé, sua prática também soeu. A universiae americana propiciou inspiração intelectual para atos políticos ecentes. Hoje em ia, é muito uvioso que haja entro ela uma outrina sobre a justiça que volte a gerar algo como o movimento em prol a igualae racial. próprio motivo e orgulho os estuantes a écaa e 0 acabou por ser uma e suas primeiras vítimas.
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O Esudante e a Universidade A ducação Liera Qu é g u u unvsd d od snt ho dosnt qu vz n vd ex s nç à vntu d dução lb* n unvsdd? Ds d uto nos d bedd dsob s so: o lso d teo u s o bdo ntletu ue fou tás d nvtvnt onóton ção prosson u o s dos d rtu** Dunt ss bv odo te d nd u há u vsto * Em inglês, lbl c quer dizer quel ministrd pelos cllg nortemerinos durnte um urso de qutro nos ( ) o im do
qul o luno reebe o diplom de Bhrel em Artes (A.B) As disiplins do ur so brngem ltim ou grego, mtemáti, inglês, filosofi, eonomi políti, his óri, rnês ou lemão e pelo menos um iêni ext. Não se trt, portn o, de um rmão espeilizd, embor hj cllg que onerem o gru de Bhrel em iênis (B.S.), Bhrel em Filosoi (h.B.) e Bhrel em Letrs (B.L.) os lunos que seguirem ursos sistemátios espeilizdos, om exlusão do lim ou do grego. Lbl c equivle, proximdmente, em português, cl gl. ( ) * Em inglês, bccl diplom rneido pelo clg Corresponde o por
uguês bhreldo" ou lienitur". ensino espeilizdo é ministrdo ns uni versiddes proprimente dits (g chl de ou hm pr letrs, cc p iênis, lw pr direio, b pr dmnisrão e ssim por dinte. N esl hierárqui seguese o A. M. (Mestre em Letrs) e seu orolário, o h. . (outor em Filosoi), que xige de dois qutro nos de esudos pós o bhrel o e presenão de um ese de doutormeno ( )
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ECLN A CULTU CENTAL
nivrso para lá do pqno mndo q l conhc d sntir o s stímlo d o assimilar o bastant para sobrvivr nos dsrtos intlctais q stá dstinado a atravssar É plo mnos o q l há d tntar zr s acalntar a sprana d ma vida mlhor São anos ncantados m q l pod s dcidir assim vir a sr o q qisr passar m rvista todas as altrnativas não só as q o momnto o a carrira profssional proporcionam mas também aqas q s lh ofrcm como sr hmano Não á q sprstimar a importância dsss anos para m jovm amriao: constitm a única possibiliad d s tornar m sr civilizado Ao obsrváo somos lvados a rfltir sobr o q dv aprndr para q o jlgm cltivado a indagar qal é a natrza do potncial hmano cjo dsnvolvimto nos cab Nos stdos spcializados pods dispnsar ssa rflxão é ma das vatagns da spcializaão Mas nst caso tratas d m vr lmntar Q V nsia ª_ spaz a A rsposta talz não sja vidnt mas tntar rspodr já é fosor já é comar a dcar Essa procpao oloa por si msma a qstão da nidad do homm a das ciêcias É pril dizr como tantos dizm q s dv prmitir q todos s dsnolvam ivrmnt q é atoritarismo impor ma opiião ao alno S é assim para q srv a nivrsida S a rspota r para propiciar ma atmosra vorávl à instrão voltamos ainda ma vz às qtõs origiais Q tipo d atmosfra É impossívl vitar as opõs a rflxão sobr os motivos d tais oõs A nivrsidad tm d simboizar sa S não s qr rfÜ itamnt sobr o contúdo da caão libral" isto é das matérias dadas nos qatro anos cldad os rsltados práticos srão d m lado q toas as vlgaridads do mndo xtrno à d v n por otro lado q srá prciso impor ao stdant ro bm mais ro mnos libral dcorrnt das igências impriosas das disci 336
O
plins especilizds que não pss pelo lo de u pensento unificdo. A univesidde tul não pesent u ce be deinid o ove. As disciplins vive í e deocci se poque são utócones ou poque dotds ecenteene pr cupi lgu nção exigid à univesidde. A deocci n elidde u nrqui pois ciddni cdêic não econhece egs ne há títulos legítios p estbelecêls. E esuo não há qulque noção ne seque noções ntgônics o que se u se huno cultivdo. A pópri questão despeceu pois colocál seri u eç à pz. Não existe ognizção ds ciêncis oeu ávoe do conheciento. Do cos eege u prondo desânio á que ipossível ze opções cionis. Melhor sei enunci à culu gel e dot u especilidde qul pelo enos e u cuículo obigtóio e u pespectiv de crei. De pssge o esudnte pode obe e cuso de su escolh u pouco de udo qunto se imgin ze u hoe culto. Dess á não esperá que grçs o que vi pende gndes segedos lhe serão eveldos motivos de ção novos e is elevdos viá descobir dento e si el bondo en honiosene u sise de vi dien te e is huno. Siplesene universidde não z distinções. Nos Est dos Unidos iguldde pece culin n ecus e n inc pcidde de spi à supeioidde sobetudo nos domínios e que sepe se nifest tis spições: n te n eligião e n filoso. Qundo Mx Webe percebeu que não poi escolhe ente certos pincípios opostos rzão cont revelção Bud cont Jesus não concluiu que tods s coi ss são bos por igul e qe distinção ente supeio e inio despece. De to su intenção e revitliz esss grndes ltentivs mostndo grvidde e o peigo que envolvi escolh ente els. Ttvse de elçáls copndos às tiviis consideções d vid oden que e
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O DECLÍNIO DA CULTUA OCIDENTAL
çavam assmir demasiada importância e tornar imperceptíveis os prondos prolemas co confonto z retesar o arco do espírito ara ele, a vida intelectal séria era o campo de ata lha das grandes decises, as quais são todas opçes espiritais o valorativas, axiológicas á não cae apresentar esta o aqea opinião em particlar do homem clto o civilizado como dotada de atoridade; portanto, devese dizer qe a ed cação coniste em conhecer, conhecer verdadeiramente, m pe qeno número dessa opinies na sa integralidade Esta distinção entre o prondo e o sperficial qe sstiti o om e o ma, o verdadeiro e o lso proporciono ma ba se para estdos sérios, mas mal resisti natral tendência de mocrática para pergntar ara qe serve isso? As primeiras manifestaçes niversitárias, em Berkeley, eram dirigidas ex plicitamente contra a plridisciplinaridade e, tenho de confes sar, por momentos me despertaram ma simptia parcial ode até ser qe, na motivação dos estdantes em revolta, hovese algma nostalgia da edcação propriamente dita Mas nada e z para orientar o canalizar a sa energia, e o resltado i simplesmente acrescentar múltiplos ''estilos de vida s mltidisciplinas, a diveridade da perversidade diversida de da especialização O qe nós vemos tantas vezes na vida em geral tamém ocorre ali a insistente dnda por ma comnidade maior redndo ior ola e tão fácil sstitir antigos arra s, antigos htos e anti gas tradiçes. Asim, qando m novo alno chega niversidade, encon tra ma desconcertante variedade de departamentos e ma di versidade não menos atordoadora de crsos E não existe nenhuma orientação oficial, nenhm acordo escala niver sitária sore o qe ele deveria etdar m eral nã enontr eer bon exemplos, sej a re �j tr de m emrego cordenado do s recros da ni O mais simples é optar por ma carreira e se prepa ar para ela Os programas previstos para os qe fzerem a 338
O dn ndd
opção tornam os estantes imnes s tentações qe poeriam astálos o qe se conenciono ser respeitel Nos tempos qe correm as sereias cantam soto voe e os joens já têm mita cera nos oios para passar no meio elas sem perio ssas especialiaes rão com qe bastantes crsos les to mem a maior parte o tempo por qatro anos e preparat rios para ineitáel raação proissional Com os otros pocos crsos qe restarem poerão azer o qe mais les ara e m bocao este m ocao aqele Mas na nossa épo ca nenma prissão liberal o pública meicna ireito política jornalismo aministração o espetáclos tem ran e coisa a er com as ciências manas té se iria qe ma rmação qe não seja pramente prossional o técnca re presenta m inconeniente is aí por qe seria necessário na niersiae m clima e compensação para qe o alno a qira osto pelos prazeres intelectais e aprena qe eles são raoros O eraeiro problema está nos alnos qe ceam ni ersiae na esperança e escobrir qe carreira ão ser o e ier ma aentra pessoal Não les lta o qe zer crsos e iscipnas em número sciente para ocpar ma ia inteira Caa epartamento o caa rane iisão tem a sa pecliariae toos oereceno m prorama e estos qe rá o alno m iniciao Mas como escoler Como é qe eles se relacionam entre s Na erae não á corres ponência São competitios e contraitrios sem consciên cia isso O problema o conjnto se manista com rênca pela prpria existência as especialiaes mas nnca é colo cao e rma sistemátca Deciiamente o eeito qe pro z sobre o estante a leitra o prorama a clae é perpliae e mitas ezes esmoralização S por acaso en contra m o ois prossores capazes e le proporcionar m esboço e ma as ranes concepções a ecação qe cons titíam o sinal istintio e toa nação ciilizaa Na sa aior parte os proessores são especialistas preocpaos somente com 339
ECLN A CULTURA CENTAL
sa área interessaos no aanço essa área mas nas coni ções qe es são prprias o então no se proresso pessoa nm mno one toas as recompensas ão para a istinção prossiona Conseiram se emancipar por competo a e a estrtra a niersiae a qa peo menos contribía para ôr em eiência qe ees são incompetos meras partes e m too por examinar e por escobrir. Assim o caoro tem e naear no meio e ma mtião e cameôs e bar raca e carnaa toos interessaos em atraío para o se nú mero especia sse estante ineciso m embaraço para a maior arte as niersiaes pois parece estar izeno: ' ' so m ser mano por inteiro. Ajemme a me rmar na mina inteireza e a esenoer toas as minas capaciaes Mas eas não têm o qe e responer Como em tantos otros casos a Uniersiae e Corne es taa aiante e se tempo neste terno. O prorama e seis anos para o otorao em osoa enerosamente nanciao pea nação or estinaase especicamente aos anos as es coas secnárias qe já tiessem eito ma rme opção e car ri a cjo início isaa conos s esoaos proessores e etras ese ma ropina em ineiro a m e criar semi nários qe esses otonos poeriam seir enqanto eqüen aam o Coee o Ars an ciences os rimeiros qatro anos cae anto ao resto os ecaores poeriam consa toa a sa eneria panejano e repartino o prorama sem t e e incororar sbstncia ama. Isso os mante s cienente ocaos para não terem e pensar na niae o se esrço em sio esse o moo preerio e não azer ce era a oresta: estrtra e não conteúo. O pano a Uni ersiae e Corne ara resoer o probema a ecação i bera os qatro anos e ensino e ctra era constiti em srir toa a aspção por ensino encorajanoes as am bições rossionais e materiais apicano ineiro e too o ps tíio e qe a niersiae ispna para azer o carreirismo o núceo e sas atiiaes 34
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O plano e Conell não teve a oage e evela a vede veraeia be gaao segeo: as laes (colle ge) não tê atia siiente paa leiona aos anos e e jtiiqe etêlos por ato anos se não po tês. Se o objetivo a aeia poissional iiilente haveá a especialiae a a ais áa as ciênias exatas e exija ai e ois anos e so pepaatório à gaação nivesitária epecializaa. O eto pere tepo o peíoo e epea at e os alnos tenha atiade siente. Paa itas prosõe o tepo neessáio de pepaação aina meno. É epantoo ve antos alnos o pieio ilo sperio vageia e bsa e sos paa segi se plano algm e levanta qestões siplesente para opa ses ano e clae. De to o aas exeções tais sos já ão epeializao não se estina a inistar clta geal o a aprona qetões impotantes paa o se hano e geral. camada explosão os oneientos e a esente epeciazaão não eniqecera os anos o college: evaziaramno. e ano ão ebaaço e toos ee air ele. em geral a jlga po ses gostos ses onheiento e e interee o possionais libeais e nós enontamo não preciaiam te eqüentao ato anos e ecaão liberal o de clta geal. Poeia ito be te paao o ano e clae no Peae Cops o oisa paeia. O to qe as ganes nivesiaes apazes e ealiza a ão o átoo e ecobi a a paa as ais teíveis oena e conzi pesias sobe poplações inteias e e prozir onentai iionáios de língas otas são ipotente para elaborar oesto proraa e eação geal para os etante o pieio ilo nivesitáio. Eis sinal o tempos. Hove tentativa e peenche o váco se o o ebaagen e ntaia paa ailo e já existia: opções e esto em oto países tes inivializaos e esto et. teo os pograas e esto e Clta Nega a Conição 341
O DÍNIO D TR OIDNT
Feminina, além do Adqira Otra Ctra Os Estdos pela Paz estão a ponto de ganhar idêntica preponderncia To isso se destina a proar qe a niersidade ' 'está a e qe tem algo além de sas especialidades tradicionais A última noidade é a albetização do comptador, noidade ca insigniicncia só se torna plenamente clara a qem pense m poco no qe qer dizer albetização Ainda ria sentido promoer a albetização dos albetizados, pois mita gente com o crso secndário completo só com mita diicldade consege ler e escreer Mitas institições êm empreendendo em silêncio essa meritória tare, mas não a trombeteiam, á qe se trata de ma nção do ensino secndário e só o triste estado dos negócios da edcação atribi a missão às niersidades, o qe elas não estão inclinadas a proclamar Agora qe á acabaram as distrações dos anos 60 e qe os estdos do primeiro gra niersitário oltaram a adqirir importncia porqe os departamentos de gradação, além das escolas prossionais, têm problemas deido à lta de empregos acaêmicos, os dirigentes niersitários tieram de atentar para o to inegáe de qe os estdantes qe entram para o ensino sperior são inciilizados e qe temos certa responsabiliade para ciilizálos Se ssemos dar ma interpretação mesqinha dos motios das institições, dirseia qe a preocpação elas deria da ergonha e do interesse próprio Está cando bem patente qe ' 'edcação liberal , missão obrigatória de peqeno grpo de institições prestigiosas por oposição às grandes escolas estadais, qe se destinam somente a preparar especialistas para atender às exigências práticas de ma sociedade complexa , não tem conteúdo algm, qe se está perpetrando uma certa espécie de aud rante algm tempo, a bela consciência moral qe se dizia terem as grandes niersidaes estimlado nos estdantes, principalmente a ocação de gladiadores contra a gerra e o racismo, parecia satiszer as igências da consciência coletia das niersidades Estaam zendo algma coisa mais do qe orecer instr 42
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ção preliminar a fturos médicos e advogados. Estimava-se que a preocupação com os outros e a compaixão eram o elemento indefinível que impregnava todas as partes do c ampus devotado às Artes e Ciências. Mas, quando essa poalha se dissipou, nos anos 70, e as fculdades se viram fce a fce com j ovens incultos, desprovidos de todo interesse telectual incon�-
xstência de tais coisas, ob �diados pela idéia
c � d v rn reira te mesmo de ter bervado a vida -, ensação, e meta alternativa algma, teve início ma reação Ã' er - como sempre i mal deinida, não tem a nítida claridade nem o prestígio institcionalizado dos estdos profissionais, mas não ostante persiste, é svencionada e respeitada sempre i m campo de atalha para aqeles qe se sitam nma posição algo excntrica relativamene s disciplinas especializadas De certa rma, está como as igreas em relação aos hospitais, digamos ingém sae em o qe é qe as institições religiosas virão a zer, mas elas não deixam de desempenhar m certo pape, sea para responder a ma verdadeira necessidade hmana, sea como vestígio do qe otrora i ma necessidade E não há dúvida de qe elas oferecem m terreno vorável aos charlatães, aos aventreiros, aos maníacos e aos náticos, mas tamém incitam os mais calorosos e denodados esrços de pessoas de prondo caráter Da mesma rma, no primeiro ciclo niversitário, onde se ministra a cltra liberal", tamém os piores e os melhores ltam lsários contra atnticos, sofistas contra filósos pelo pavor da opinião púlica e pelo controle sore o estdo do homem Os comatentes de maior evidncia são os administradores, já que lhes cae a responsailidade rmal de apresentar ao púlico ma imagem da edcação qe ses estaelecimentos orecem, mas amém pessoas qe defendem ma linha política, vlgarizadores qe qerem divlgar o conteúdo das disciplinas especializadas e, enfim, os verdadeiros professoes de cincias hmanas, qe saem ver
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O DELNO D ODE
a relação delas o o onunto dos ohtos e ue nseiam por manter essa onvção n onsna dos lunos. Portanto ortanto assi oo no s nos 0 0 s unvers unversdades dades se ddiaram a redz redzir ir ou a suprr as exgna exgnass soles soles,, nos nos 80 estão ataredas ataredas e rest restlel lels s tar uto ut o s dd il. ordem do dia "proga undaental. E geal s admite admite qe " mos pouo pou o longe deas deas na dda dda de 0 0 e qe se torno evidente a neessdade de afnar a orestra. O problema opota dus soluçes tpas. as fáil e mais satistria do ponto d vst adnstratvo onsste em recorrer ao qe á existe nos dptantos atônoos e obrigar pra e siplesnte os lunos a orr as atias, ou sea a segir u ou as ursos e ad ua das dvses gerais gerais da universdade: universdade: ns n s exatas, nas n as soias soia s e letras letras.. deologia deolo gia domiant domiante e neste nes te aso é ampdão, tal oo o relaxa xaento. ento. Quase sepre sepre tratase tratase de abertura na poa do rela ursos preparatrios já existentes, os uais t poo nteresse para os prinipas prossoes se lta a afirar o va lor e a realidade do qe se deve estdar. E sua edação genra no meso sentdo e que hoemdossetenstrmentos nstrme ntos "generalsta "generalsta.. Sae de tudo u pouo pou o as inerior ao espeialista e ada área. Pod se qe os estu dantes queira experientar a varedade de dsplinas e talvez sea bo nentválos a olha e volt e verar se algma osa os atai e dono e lhes se estranho. Mas isso não "eduação lberal ou ultua geral e não satsz a aspiação ue dela possa te. Tudo o q sso lhes ensina ue não exst gnalso d lto nvel e ue aulo e estão zendo representa apnas os prlnes de ses verrdadeiros estudos ve estudos d ert o lto estági da nfn nfn ia qe estão deixando deixando para trás . , , terão ter ão vontde vontd e de superar essa etapa e de se lançare o ue os prossores ensina a sro. Se disernr as qestes portantes ue aetam a es pie hana não haverá as "eduação leal e todas as tentativas para dindil não passarão de gestos nteis.
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O tudante e a Universidade
É ma consciência mais o menos pecisa a impopiea e este es te mtoo para cia m poa poama ma namental namental qe mo tio o recso recso a m seno mtoo o os csos compostos compo stos São crsos elaboraos elaboraos especialmente paa ns e ecação em ea e qe normamente reqeem colaboração e poes soes indos de ários epartamentos São esinaos pelos seintes títlos: O Homem na Natea Gea e a es ponsabiliae Moal s tes e a Ciatiiae Clta e o Iniío ientemente to epene e qem os plane a e e qem os leciona les têm a claa antaem e ii ma ceta elexão sobe as necessiaes em eal os est dantes e e obria os proes proessoes soes especiali e specialiaos aos a ampliem ampliem sas pespectias ao menos po m momento Mas tamm compota iscos is cos tenenciosiae tenencios iae mea poplai popl aiç ç e lta lta e ior sbstantio era eal os poessoes e ccs não paticipam esse esço e portanto os csos tenem ca eseqilibraos Conclsão Conclsão não esenam esenam naa alm a ma tia tia ecionaa e não propo propo cionam cion am aos alnos alno s meios meios intelec tais inepenentes qe les pemitam apon p si mesmos qestões qest ões permanentes permanentes o qe po x xemplo o esto de istte ist tees es o e ant no se conjnto aa aa a psila psi la de e e e São csos ament amentá áio ioss Oa a "ecç lie ral eeia a ao estante o sentimento e qe aql qe aprene poe e ee se sintico e peciso ao mesmo tepo Paa tanto o esto etaao e m poblema meno poe mito bem constiti o melor mtoo se o poblema le antao e maneia a oerecer ma abeta p conjnto da ealiae menos qe o cso tena a inteç e enca minar o ano paa as qestões permanentes e le espe tar a consciência e tais qestões e e le epeta ceta competência para o esto as obas qe tat sso não passará pas sará e ma m a aa aadá dáe e iesão qe ena eco em em saía pois não tem naa a er er com qalqe qalqe poama poama e estos posteriores qe o alno qeia sei �e os poa mas pparatrios pparatrios merece mereceem em as melos mel os eneia eneiass os melores 345
ECLN A CULURA CENA
rsiade, podeão se benéficos r s f fesso es sos e a um ouco daquela animao anima o Ísso t � anta lta nos f . , mximo da cacadê esr muito desdos do ponto mximo e, q e s vrias culdades consieram da sua a que eterin eterinaa a vida de um oganis oganismo mo inteiintei r ll n rside o poer. E os problemas intelectuais u s s esl eslios ios no n o ponto máximo não poem sêlo ao níl rir aministração. A fculdae está na total caia ia a as ciências e na lta de vontae vontae e de meios mei os aa ctir a esão. A doença ao nvel superio causa a ç ao íl inferior, e toos os esrços bemintencionados os psrs honestos do primeio ciclo univesitário Je sro, na elho as hipóteses, meros paliativos. viteme temente nte,, a única soluço séria sér ia é que quase todo mundo ri o retorno aos Granes Livros antigos. le certos textos cláso ncio e, deixan _ too para para aborálas bo rálas não os obri ob riando ndo a enr enr n ã o os o s tr trdo do co p as ro ro omo o mo s eu euss aute aute$ s que ssem lios. stou perfeitamente a pa e na verae àté ccoro com as objeções ao culto dos Grandes Livros: é aarstio e encoraja a presunção dos autodidatas sem pncia, não é possível que se leiam detidamente todos nes nes Livros e, se apenas lmos essa es sa coleção, jamais sas abr s ue é uma gande obra por oposição a outa coum; inuém sabe quem deve decidir o que é um Gande L { U ual é o cânone; os livros se tansmutam em fins, me ios;; to t o do o movimento em pol da sua leitua leitu a m e e ser meios em e angelis angelismo mo grosseiro, contário ao bom gosto; gost o; gera co a gandeza gandeza e assim por por dian iimiae espúria co t. Um coisa cois a é ceta, poré: por é: quano os Gandes Livros cons uma parte basila do currculo, os alunos icam cioaos e satisfeitos, têm a impressão de estar zendo 346
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um tabalho independente em que se ealizam ecebendo da univesidade algo que não podeiam consegui a dela. simples simpl es to dessa ex expeiência pei ência paticula paticula que não conduz cond uz a nanada além além de si esma o ece aos ao s alunos alun os uma uma nova nova altenativa e espeito pelo pópio estudo. Agoa eis as a s van vanta tagens gens:: consciência con sciência da impotância dos clássicos sic os dveas dveas impotant impotantee paa paa os calouos calouos;; o conhecimento do que eam as gandes questões quando ainda havia gandes questões; modelos no ínimo paa tenta equacionálas; e o que talvez se se a o mais impotante im potante de tudo um ndo nd o de ex ex peiências e de pensaentos compatilhados que seve de n damento paa o esteitamento das aizades. Pogaas baseados base ados no n o uso udicio udicioso so dos gandes textos textos abem abem a estada laga que leva ao coação dos estudantes. Ao apendeem so be Aquiles ou sobe o ipeativo categóico expimem ua gatidão ilimitada. Alexande Koyé o histoiado da ciência á lecido contoume que sentiu enome estima pelos sta dos Unidos quando um aluno no pimeio cuso que ele i nistou na n a Univesidade Univesidade de Chicago Chi cago no coeço do seu exílio exílio em 1940 se efeiu numa pova ao S. istóteles desconhecendo que não se tatava de um contempoâneo. Paa Koyé somente so mente um aeicano podeia te te a ingênua ingênua pondida pon didade de de considea cons idea vivo o pensaento pens aento de itóteles itóteles o que é impensável paa muitos intelectuai intelectuaiss . Um bom b om pogaa pogaa de cultua ge al incute no estudante o amo da vedade e a paixão de vive uma existência feliz. Seia a coisa mais fácil do mundo pogama gama cusos adaptados às condições co ndições paticulaes paticulaes de cada univesidade capazes de emociona quem os siga. A diiculdade eside em que a culdade os aceite. Nenhuma das tês gandes divisões da univesidade univesidade conte con te poânea po ânea manifesta manifesta entusias entu siasmo mo pela leitua dos Gandes Livos como método de ensino. s pofessoes de ciências exatas são benevolentes e elação a outas áeas e à "educação libeal desde desd e poém que que não não lhes ' ' oubem os alunos e qu quee não não to mem tempo deais de seus estudos pepaatóios. as eles 47
O DECLÍNIO DA CULTURA OCIDENTAL
eo ndenene ndenene needo n ouo ue ue oo hoje potne e u dpn e no o peoup peoup uo dd uo u o de u ogen ogen n edd e ue e e e vêe vêe ood de êio So ndeene à onepo do epo ue ewon z ou à u due o Lenz oe uo; eoogi de ióee p ee u udo ndgno de ondeo pogeo eníio pen j no depende due eeo p oe nuez d ên ue e eneg gu oo Bon Dee Hue Kn e e e de de e eoo eudo e udo hóo hó o e j z uo epo ue t o oe ent dex de ed e Glileu e ewon pogeo he pee nduve dudde ud de eiv eiv à vedde d ên ên ud u d po ouou eu e ezhe ez he n o pene pene veddei veddeiee ee o eno d onên ieníi ieníi o e e ue he he nee nee no o o Gnde Lvo o pogeo e eni oi o e ge ho j ue o o io ende do eo poe huno ue o d u e de eudo e ê uo oguho po e hvee etdo do jugo de onde o peneno o veddeimene entío dei o onio do doene de iêni eo ne neguo de u onui p no e ene edo pe o do pendoe i nigo eendo tvez u pouo ue o uno e dee eduzi eduzi e e e no po po ie i e do pdo pd o do o poíve eeo de Wee e de Feud no h n e de ên o vo ue u e e po po onde o o Podee ign ign ue eej eej í u v vn ng ge e p ên oii e opo o e E e pode eup eup u ogno ogn o vvo ue e e deenvov deenvovee pe do d o de pequen u vedd veddei eioo opo de onheieno ue e i peo pópio o dee eieno ue inonene o he de pe ue igno o odo e ue no enno oni oniue ue p ee É eente o onto de u o de gno ou de oo onde u ido no 48
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elaboa e deseve u todo atal as, ue tepeteos a lta de lássos as êas soias de a lsoeia ou ão paa eles, a desotetes Ada eodo u proesso so ue leioa leioava etodologa etodologa das êas soas os o s p p epaatóos ao segudo lo unvestá unvestáo, o, stoado sto ado oso, oso, ue espodeu o despezo e a a ua gêua peguta a sobe Tudde ud dess " Tudd u ddes es ea ea u u idota ! as dil de expliar é a oa eação dos uastas ao eso pelos Gandes Lvos, a edda e ue essas obas petee uase exlusvaete às aadas uadades Sea de pesa ue o gosto pelos lássos daia ao tesdade ao pode espitual espitual das uanidades, uanidades, nua époa e ue seu pode tepoal atgu o vel ais baxo Alás, os patdáos as a s atvo atvoss da "eduação lbe lbeal al e do estudo dos textos lássos são, oalete, os uaistas stão, poé, dvddos Cetas dsplas da áea de êias uaas são espealdades gidas ue, eboa depeda do pestgio dos textos lássos paa exist, a ealidade ão se teessa teessa po eles eles o seu estado atu atual al po ex exeplo, e gade pate a lo lologa loga se oupa das lguas, lguas , as ão do d o ue elas dze dze e ada ada ão ão paa paa sustet susteta a sua pópa pópa i i aestutura utas utas dsplas láss l ássas as estão ávidas ávidas paa se uta uta ao gupo das vedaderas êas e tasede as oges, ue egula u passado to á supeado Algus poessoes so es de leta letass se ueixa ueixa , legtaete, legtaete, da lta de opetêia o eso dos Gades Lvos, as suas tas são utas vezes desaedtadas pelo to de eles estae deeded de doo apeas ua u a tepeta tepetação ção eudita eet eete, e, e vez de ua opeesão vva e autêta dos lássos A eação deles ausa u te eleeto de úe ú e e esteteza do espeali espe alista sta o , otase ue tudo esulta, e boa pate, da deadêa gea geall das das uadades ua dades , u uee é ao eso es o tepo o sitoa sit oa e a ausa da stuação e ue os eotaos epet epetdo do,, a se se da "edu " eduação ação lbe lb eal al é o el elex exoo de ua se se do d o eso es o o seu as alto ga gauu , ua oeêa e ua ua 49
O DEÍNIO D L OIDEN
nompatldad nt os pmos pnípos om os uas ntptamos ntptamos o mundo s s nttua nt tua da mao magntud magntu d u psnta a s d nossa vzação. avz sa vdado dz dz poé u a s s não ons st tanto tanto nssa non oêna mas na nossa napadad paa dsuta até paa onhêa. A "duação a a osnt uando ppaa paava va o amnho am nho paa uma onpção onpçã o un u nada da natuza do homm onpção u os mas atos spítos datam ao mas ato nív. Comçou a dna uando não s nonta taam am paa paa apoála apoála snã s nãoo spadads u u as pmss pmssas as não nã o dsmoam m vsão ga aguma. A ntgêna mas vada é a paa u não s sum.
A Decomposição da Universidade udo sso s tonou d uma aza mdana após as agtaçõs vadas na Unvrsdad d Con uando m dado apnd aguma osa sob a oganzação da unvsdad à mdda u a s dompunha. D modo gal nnhuma dspna agu muto m ao assato à dad à ntgrdad ntgrdad aadêm aadêma ass somnt ndvíduos ndvíduos.. Agumas pop oém agam d ma aatísta. As gradua/e schools, u mam mam po possonas ssonas as udad d ngnhangnhaa d onoma ntna d açõs ndustas d ag agonoono ma pua spsmn spsmnt t ha haa am m as potas. potas. (Ag (Aguns uns posso pos sos s da udad udad d dto na vda vdad d v vla laa am m n ngnação aguns no na s manstaam m púo pdndo a dmssão do psdnt. ssas soas tnham ma d onsv on svado adoas as mas não uam t pom pomas as não magnaam u a luta hs dza spto. Os studants ngos não lama lamavam vam das ssm uas ssm s sm as mod mo diaçõs a ntoduzi no pano das déas nada as amaçava. Apsa das mnaçõs gas so a gand dvsdad d dspnas pn as u dsu ds ua a a unvsdad unvsda d a va va a p d d a a 350
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pacdade de concentaço todo undo sae ue na culdade de ates e ciências ue decoe a vedadeia aço ue as ou tas escoas le esto suodinadas e ue ela o cento da cul tua e do pestígio Isso pelo enos i pesevado da ode aniga E Cone o desaio i ançado ao Colege of ts and Sciences (culdade de tes e Ciências) coo o caso e toda a pate duante os anos 0. Dessa a as ciências exatas as ciências socias e as letas ou uandades tea de enenta o polea Foles solicitado ue odicasse o conteúdo e as noas de ensino ue eliinasse o elitis o o acso e o sexiso coo os estudos "peceia is so Logo se viu po ue a counidade dos pofessoes no existia No ouve a eno solidaedade e defesa da usca da vedade Po exeplo os possoes de ciências exatas ignoaa o caso isolanose e no se sentindo aeaçados Julgo ue so ente u docente de ciências e Conell se anifestou conta a pesença de aas e a intiidaço de possoes O ais oso eo do copo docente da univesidade u sico ue eceea o Pêio Noe tonouse o veeente potavoz do pesidente da univesidade se aais consulta os coe gas cuas vidas tina sido aeaçadas ne levanta a ues to ue estava e ogo Deploava a violência as no fez o ínio gesto ne pofeiu ua só palava a indica ua lina deacatóia Peo ue sei nenu pofesso de ciên cas exatas i conivente co os andoleios as alguns de ciêncas sociais e de letas a O ue os tonava indife entes ea a independência asouta de seu taalo e ela ção à atividade geal da univesidade e a ceteza de ue ele ue ipotante No copatilava conosco o e cou Quando e diigia à asseblia onde a culdade capitulou peante os estudantes aconteciento dos ais tistes u icocoso de covade auiescência à tiania na copa nia de u aigo ue tivea a uilaço de ugi de casa e de se esconde co a ília depois de te eceido aea 351
O DEÍIO DA TRA OIDETA
a eplta, uv um prfer de blga perguntand em vz alta, talvez penand em nó Será que peal de na a pena de t que etam rrend algum r ? Meu amg lhu para mm, entrted, e mentu Cm lega dee gner, pream de nmg. Cm mvment etudant nada puam de teór, alv n eram a na eata, m rrera quand m e nazm e vltaram para a unverdade. N hava Lenn trveand tra ptvm, a relatvdade u a genéta, Gebbel alertand para a ldade da na udaa. É ert que huve n de uma fenva ntra a labra d entta m mple dutralmltar e ntra papel dele na gera de tenlga, que vree aptalm lu me ambete, ma ataque ama atngram nle da pequa d entta ér. Ete neguram evtar nfnt, dtanande de erta aplaõe mppulare da na, nultand gvern que apava e zend prtet a vr da paz e da juta al. Nete apet, também grande de Crnell, m era de prever, e dtnguu pel hábt de pedr deulpa pel t de f perarem na prdu de armament termnuleare. Ma n e pedu a que alteraem uma vrgula de eu etud, lae e labratór. Dea rma, ptaram pr far de ra. Ee mprtament n e epla pr mer egm u pel dee de e prteger ada qual pr , e bem que huve batante d, de ambulhada m a repugnante retóra mralta d tume. A atmfera de re rvu uma reavala nem empre nente da rela da na eata m a unverdade. A re, tant n mund nteletual m n plt, tendem a trazer à uperfe tenõe e dev de nteree, que é ma fál n earar quand a tua etá alma. Rmper velha alana e rmar utra nva é empre uma a dlra, m uedeu, pr eempl, quand lbera rteameran rmperam m tal 52
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ists Gu Fi s itists vi u ã tih ulu ã utêti st uivsi ptih st dls ps Nã s p igi u s iógs fiss ssi tã issvis s ui s tivss vti v vluã utu vs Gus Velhs itss sus ivs tizss u ptiss É u s uis sã pts sgu s iógs sus hits sã sutmt iispsávis pgss igi s h ã s u u si, ut si, s pz uii gu hit imptt, u s á u , tvés u pfss littu p u sigi A ligã êi iêis ts st s hu ã é ii, s si stt, u pu ligã u ts ut hui Pá hv, s, u ivã itu iits piávis ts, s u v iiti lit s vis s itsss ptihs "Pss viv s vê é pst ti u s ituz suptiit spit u sss s s t iis A spã s iêis s ts é u li ifst ds Kt, ti fiós u té i iptt st iêis ts, s Gth, ti g figu litái ps u su tiuiã à iêi tvz ss supi à su tiuiã à ittu E up , ã s ttv u fiós d u pt u s tgss istimt à iêi, pis s s su uti splhs tuz, iêi u stuv it ispi p itã s s, li pstv lti piã tig ui s usts hus, ts u s iêis tuis u ts s tsutssm Su utu, sgus su uti t s ths u su pi Hy As u istêi sviu pt t lti ép u s hs ui, ff
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O DÍNIO DA ULTURA OIDNTA
son, acreditavam qe a ciência era ao mesmo tempo acessível e útil para eles, e aqela otra em qe os cientistas passaram a lar ma línga incompreensível, qe não ensina nada sobre a vida, embora seja necessária à vida como inrmaão toma nota dessa mdana de rma espiritosa a mocidade, estdara ciências exatas ou naturais, mas desisti Já velho, voltose de novo para as ciências, mas descobri qe estava nm mndo novo As tradiões e os ideais da antiga niversidade dissimlavam o to de qe os velhos laos se haviam desatado e o casamento estava desito Os grandes cientistas do séclo 19 e e comeos do atal eram em geral homens cltos, com certa periência e verdadeira admiraão pelas otras áreas do saber Depois, a crescente especializaão das ciências e dos respectivos pesqisadores fez com qe se espalhasse gradativamente a névoa protetora Desde a década de 0, os cientistas têm cada vez menos a dizer e a zer com ses colegas das ciências sociais e das ciências hmanas ivr e o carer de lis e á tev ara, é onde os passageiros não passam de comanheiros de vi ocasionais, prestes a desembarcar para seir Ç@io-�u caminho ºentro d relaões s_o amente administrativas, desprovidas de todo e qalqer contúdo nificate Os professores e toas as áreas só se encontram rante os dois primeiros anos do ensino de primeiro ciclo (un dergraduate education) e, mesmo assim, os de ciências exatas se preocpam em primeiro lgar com a defesa de ses interesses em torno dos jovens qe segirão o caminho deles A sitaão i mito bem ilstrada há pocos anos nma reportagem do New York Times sobre a visita de m professor de música à Universidade Rockeller Os biólogos qe lecionavam lá levaram sandíches para o almoo O projeto nascera por casa dos conceitos imbecis de C P Snow sobre as duas clturas", qe ele propunha reconciliar fazendo com qe os professores de letras aprendessem a segnda lei da termodinâmica e qe os sicos lessem Shakespeare Claro está 354
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u a natva ó a aém d um í d va tua and ag d mtant aa a ua adad nd Shakar f d ta, da mma rma, ta agum vt da gunda da dnâma D t nada d Paa na, a humandad ma a, u muta vz ta ndamnt, mrnd u tm ndad d ag além dau u l f (ma n é aaz d db n) , aa humanta, a êna ata na mh da hót, ndfrnt , na , tanha ht New Yor Times tava Jhua Ldrbg, dnt da Unvda kfr da ua a ffa aabava d uía, dznd aó a nrêna u C P Snw tnha azã ma raa a nta n tam dua, ma m muta utua, tínham m m a d Batl Etá aí a uma banazaã d uma déa bana, m nt d aada nua ada dndnt Ldbg n va na hmandad nhmnt human u mlmnta tud da natuza, ma ana uta r dau u aa n mund Em nl, tud n au d um táu ma u mn tad C h t n autó, Lbg n fz ab u, nt ma d atvm mrát a êna gu m hd d Gbatar Tud a é uto d gt Eta attud aftu mtamnt d f d êna d Cn d ut uga Na natva d rua aa u au btv a a matíua d aun a nma d r, a ua bau a nma da un vrdad buru u vdad ót, l praam à ua mana na laba d nv prgama, atan a rtóra d antltm, d antm d antram, ma tnd m ên a z u , na ut, m u rór dmín Paaram abaa ara oa da êna a d a, u dmntu r ma amdatí ma fá d ntda f
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O DECÍNO DA CULTURA OCDENTAL
es de ciências tabé são aericanos rega geal ito inclinados a segi a oda do dia. Mas tabé estão ito segos daqilo qe aze. Não engana a si esos pensando qe estão ensinando ciência qando não o ze e dispe de excelentes edidas operacionais de copetência. No ndo acredita ao enos pelo qe e i dado eiica qe o conheciento cientíico é o único edadeio. No dilea qe enentara por exeplo os ateáticos qeria qe se atriclasse ais negros e ais lheres as não encontraa qase ningé copetente esolera qe os proessores e leras e de ciências sociais é qe deeria car co eles. Na crença de qe ra das ciências exatas não há noras erdadeiras achaa qe era ácil procede a ajstaentos. Co a ais pronda iesponsabilidade entregarase à prática da ação aiatia deendendo po exeplo qe os estdantes pertencentes a qalqer inoria aditidos se as didas qalicaçes caria a cargo de otros deparamentos se não iesse bo aproeitaeno e ciências. Não pria o acasso e larga escala desses alnos co as conseqüências erdadeiraente draáticas qe daí decorea. Conideraam cero qe esses joens se saiia be e qalqer área da niersiae e tinha razão: o níel das letras e das ciências hanas ecai ao ponto ínio e a inlação e notas altas dispao ao passo qe as ciências exatas continaram a ser e larga edida a esera dos estdantes bancos e de sexo asclino. Dessa aneira os erdadeiros elitistas da niersidade consegira peranecer no lado bo das rças da História se ter de soer nenha conseqüência. Para encontrar patidários histéricos da reolção bastaa o qe não srpeende ir aos crsos e hanidades o letras. paixão e o engajaento por oposição ao sangeio à razão e à objetiidae reinaa ali à ontade. O psicodraa compreende aina a proclaação de grpo de proessores dessa área aeaçando ocpa prédio se a ni 356
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versidade não capituasse ime diatamente. Contoume um auno que um de seus pro f e ssores de iteratura, j udeu por igual, lhe dissera que os judeus mereciam ser metidos em campos de concentração pelo que tinham feito aos negros.
Flete, prt pr çã, e vez de perder tep pr tes e ss de . s e prez própr, á e r s etrs e s ser revr vt ds s 0. A t de teresse ds estdtes, se extçã d es de s, spressã de vs pr s dtres e fsf, perd de spt d púl, td ss derv d reversã d t rde. Tver e ere, s, elzete, tds perdes. A rzã deste prtet de tts prssres de hddes sã evdetes e cstte, ás, te deste vr. A Uversdde de Crell estv vrd de erts tedês, er d ds etrs er e pt. H v ts ns á e esteeet serv de eár pr perçã de lve d ds d extre eserd ces e tertr prd. Desde Srtre t Gd, F t e Derrd, tds, e ds sessvs, se desper sre versdde. Esss ds se destv err vd v s velhs vrs. Grçs v t de letr, v dr terprettv rx, Fred, estrtrls et. er pssve rprr rs ts, tvez r de d, zeds prtpr d nsêc rvnár. F ee, pssv exstr ppe tv e prressst pr s hsts, e t er pes ntárs, es rdd hr de rtesãs á velhs e fes. Al dss, hstrs se versl e prvlee áre de letrs pre prv s esprts pr t d vdde. E há e tr ss esperç de e, ts terções, ltr hsse prz sre ên . A del nteet ntverstár, à á z reerêc, ectrv pressã nesss rsts, se sse pssvel r versd de pc d Hstór. Meses tes de feer, e Gd 357
O DECLÍIO DA CULTURA OCIDETAL
a e otou ue e etia u pivilegiado po te vito eu fiho, etão o ove ao, oga ua peda ota ua vitie, a Pai de 198 ue ele etudaa de Raie e de Paal eultou io Humanitas rediviva! Etegavae à ação, a ão ao ivo Podia ai laoa pelo utuo e a auda do paado e de eu pofeoe A epeaça alietada pea vaguada, de que a evolução taia osigo ua ea de iatividade, ue e vez do atiquaiato a ate floeeia, ue hegaia a vez da iagiação ota a azão, ão e ateializou de iediato pofeoe de leta etão ua ituação iposível, ão aedita e i eo e aquilo ue ze Se gota ou ão, a vedade ue o taalho dele oite udaetalete e itepeta e taiti o otedo de oa atiga, peevado o ue haao de tadição a ode deoátia, a ual ão te pivilgio São patidáio da oioidade e da eleza, u udo ode o io pasapote a utilidade evidete eio dele o eteo e a oteplação, u uado ue oete elaa o aui e agoa, al da ação A utiça e ue e igualitáia, a ele ão o agete do ao, do efiado e do upeio Po defiição, etão à age do igualitaio, a ua iliaçõe deoátia e o etieto de ulpa o epua paa ele Aial de ota, ue ue Shakepeae e Milto t a ve o a olução do oo polea, oetudo quado oevao ee autoe ai de peto e deoio ue ão epoitóio do peoeito elitita, exita e aioaita ue etao pouado upea? Não ó ue ua atitude dea exia ua ovição e ua dediação ue o pfeoe e epe poue, a ta que a lietela uiu Pua e iplete, o etudate ão e oveea de ue auilo ue lhe etava edo ofeeido e ipotate eoe daí ua eação aaadoa de olidão e de iutilidade, otivo pelo a ee huaita toaa o ai ápido e aeodiio expeo paa 8
O n n
o turo. isso por sua ez tremou toas as tenências ostis s umaaes as quais sem reseras am plsas o m. Já as ciências exatas e as ciências sociais enconraram poltro nas paa zer a iagem emonstano utiliae e ma es pcie ou e outa. O caráter apolítico as umaniaes a ermação ou a supressão abituais o conteúo políico na lieratura clássica que eeria zer pare a eucação políica eixaam um azio na alma que toa e qualqer losoa políica poia preencer principalmente a mais ulgar extremaa e aal. Ao contário as ciências exatas as manias não tinam naa a pere ou assim se imaginaa e ao conáio as ciên cias sociais não tinam o menor conecimeno o caáer in traáel as questões políticas. Seus proessores se pecipiaam para o mar como lemingues pensano qe nele se reesca riam e reitalizariam. Morreram aaos. Dessa maneira somente as ciências soiais resaram no cam po e baala como alo e aaque e único lgar one aia algu tipo e esistência. Representam a área mais noa a uniersiae a que menos poia alarear granes realizações ou contribuições ao epósito o saber mano a que ina uma legitimiae questionáel e one o gênio se aia mani esao a maneira mais moesta. Mas tambm são elas qe se preocupam essncialmente com as coisas umanas qe se presume conecerem os tos sobre a ia social e teem certa consciência e integriae cientíicas na sua exposição. m re sumo as ciências sociais interessam a oos quanos êm um programa toos quanos se preocupam com a prosperiae a paz e a guerra a igualae a iscriminação racial o sxal. Inteesse que tanto poe resiir em coler os tos ou em zer que os tos se aapem ao programa e inluenciem o público. A tentação para alterar os tos nessas isciplinas enor me. Recompensa castigo ineiro louores censuas senti mento e culpa e esejo e zer o bem uo gira em torno 359
CLN A CULTURA CNTAL
e que as praica causado veiges. Todos uerem ue a hisória coaa pelas ciêcias sociais se corme com seus esejos e ecessiaes. Dizia obbes ue, se o o de dois ais ois soar quaro ivesse ieresse políico, ogo averia ua fcção para egálo. As ciêcias sociais já iveram mais o qu sua parcela de ieóogos e de caraõe, assim como pror esres a aior probiade, cuas obras diicl ra uo o riu a esoesiae. o poao aí que os exreisas assesara o prieiro gol pe rupo e aivisas egros dispersou a classe e um prossor ecooia seguio epois para o gabiee do prese que seqüesrado por reze horas jaee co s srára aliás caríaca. Evieeee o prossor de ooa i acusao e raciso porque uilizava ormas ocies para avaliar a eficiêcia a aiviade ecoôica aicaa Os esuaes ra elogiaos por ere chaado a ço s uoriaes o presiee ão quis acusálos e o rofssor espeeu iraculosaee do am para uca s sr vso s ra e resolver probleas era ípica, as algus prossors e êcs sociais ão gosara ela. Peiase aos is orrs q reescrvesse a isória o uo e e paricular para provar que os Esaos ser sseas cospiraórios e oação e exporação. Os sóloos ra iporuaos para que coprovasse os aos psiológicos causaos ao pela desigalade oo pela exsêca e aras ucleares e osrasse que os esaisas oreaericaos soia de paraóia e relação à ão Soviéca Isisiase co os cieisas políicos para que ierpreasse os orevieaias coo acioalisas e reirasse o esga e oaliariso a Uião Soviéica. Toas as opiiões xreisas possíveis e iagiáveis sobre políica iera e xera xiga o apoio as ciêcias sociais. Elas iha paricularee, e orcizar os cries de eliiso, sexiso e raciso pois era preciso epregálas coo isrueo
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O Esdae e a Uvesdade
para combaêlos alm e m qaro pecao moral: o anti comnismo Ninm claro osaria amiir qe era clpa o e alm esses pecaos e há mio empo qe oa e qalqer iscssão sria a qesão básica, a a ialae, ina sio bania o cenário sociolico l como na Iae Mia em qe oos prossaam o cristianismo salo m pe qeno rpo e locos inrpios e em qe a única iscssão possíel era em orno a orooxia a principal atiiae os esanes e ciências sociais consisia em aponar herees He rees eram os especialisas qe esaam seriamene a ie renciaão sexal qe leanaam qestões acerca o alor ecaio o ranspore escolar miso o qe consieraam a possibiliae e ma erra nclear limiaa ico praica mene impossíel qesionar a orooxia exremisa sem cor rer o risco e ser ilipeniao e er a classe eseita e perer a coniana e o respeio inispensáeis ao ensino e e anhar a hosiliae os coleas Os ermos racisa e sexisa eram e são labs inmanes o eqalene e ae o e com nisa em pocas e preponerncia e oros preconceios , os qais poem ser colaos inisinamene nas pessoas, e e pois isso mio iceis e arrancar Naa se poia izer im pnemene e em semelhane amosera era impossíel estar e maneira isena e esapaixonaa sa siaão coninha a mios cienisas sociais mas a la irromperia ma arieae mais ra e sociloos No aram alns qe sa objeiiae esaa ameaaa e qe sem respeio e proeão para a pesqisa niersiária oos poe riam se er em risco A pressão z reier neles m liberalis mo esqecio omano enão consciência a imporncia a liberae acaêmica O orlho e o respeio por si prprios, a recsa a ceer ane a ameaa e o inslo, izeramse aler les sabiam qe nma emocracia oo mno esá em ris co qano as paixões preponeram sobre os os sobre o esaam enjoaos com as arenas qe os alolanes propaaneaam Nem oos esses cienistas sociais pertencia 361
DECÍNI DA CUURA CIDENA
à mesm míli polític ms o sentimento de cmrdgem lhes inspirv m respeito recípocro pels motivções de cole gs com qem eles nem sempre estvm de cordo ms cj discordânci lhes poderi ser benic bem como m senti mento de fidelidde às institições qe lhes protegim s pes qiss Em Cornell vimse cientists sociis de esqerd de direit e de centro do espectro reconhecidmente estreito qe prevlece ns niversiddes mericns nidos no pro testo contr o ltrje ito à liberdde cdêmic e os cole gs e qe prossege por tod parte de rm mis o menos stil Não por cso qe o desio à niversidde tenh sido lnçdo m se centro mis politizdo e qe í ten sido mis bem compreendido A perspectiv polític nic qe per mite clizr nidde morl d cltra e comprovr o vlor d ciênci Infelizmente não possível ssegrr qe crise tenh in citdo s ciêncis sociis mplir s áre de estdo o lev o s otrs disciplins refletir n s rópri sitção Mas i instignte ter estdo por momentos o ldo de m grpo de intelectis prontos zer scricios por mor d verd de e de s disciplin descobrir qe s devoções podem ir lm ds devoções e conhecer m comnidde licerçd n con vicção Regr gerl s otrs disciplins não pserm à prov proessd leldde à liberdde de pesqis A imnidde de qe se beneficirm represent bo prte d históri qe se desenrolo por etrás d rompid estrtr de nosss ni versiddes
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3 s iscipinas C etã el e, t gnde dipln que d n unvedde e dede que neent? A in et vã e, gd. Vve zin, lze, unnnd u elóg etd, tã euedd e úte . N últi tep pduz gnde i: i e eu u neg, l de ólg eu ódg gent Td nd eu td e et. A n feee u vd etnte pe ltente ntelgente e ppn nenuáve ene à undde e gel. N te de vd depende p mplet d epelt e n et, que lá l d que pet. Sente de d dentl que e pde uit quete que le ee equndde teói: dúvid e e Etd Unid pduze gn d in eud, dúvd e utilizçã d eultd entíf, n d nulee, dúvd que nduze à needde de um t p perini e plçe d ilgi, ut e iólg im que nã eite epelt e t. M, eg gel, tud vi e. Onde temin n et, p, eç dildde. Ten n e , ún e que etá d eu lne u, i pemente, ten nqel pte u nquele pet d e que nã p, e lá ue
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ECLÍNI A CULTURA CIENTAL
r. Os cientistas como tal só podem er compreendidos sob esse aspecto como scede com os poíticos o artistas e os proetas. Tdo o qe hmao tdo o qe para nós obeto de preocpação escapa às cincias exatas o qe deveria scitar m problema para ela ma não o caso. Constiti cer tamente m problema para nós qe não sabemo o qe esa "coisa qe nem eqer convimos em m nome para essa irredtíel parcela do homem qe não o corpo. De certa rma no entanto esse amento o apecto idio é a casa da cincia e da sociedade da cltra e da política da economia da poesia da msica. Sabemos o qe estas coisas são. Mas será qe sabemos verdadeiramente se lhes inoramos a caa se lhe desconhecemos a sitação se não sabemos mesmo e ea existe?
A Divisão entre as Letras e as Ciências Humanas A diicldade se relete no to de qe paa o estdo desse tema o homem o esse je ne sas quo ainente ao homem e a sas atividade e prodtos existem na niversidade das randes divisões as cincias hmanas e as cincias sociais ao passo qe para o estdo do copo existem apenas as cincias natrais ou exatas. Tdo estaria mito bem se a divisão do trabalho se baseasse nma concordância acerca do tema de estdo e reetisse ma articlação natral dentro dela como ocorre com a divião entre sica qímica e bioloia qe la ao respeito e à cooperação mta. Seria de crer e mitas vezes se diz sobretdo e discrso de rmatra qe as cincias sociais tratam da xistncia social do homem e as cincias hmanas o hmanidades da sa existncia criadora as randes obras de arte etc. Se bem qe haa alo de certo neste nero de distinção ea não inteiamente correta o qe se nota de várias maneiras. Enqanto as cincias sociais e as 4
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manidades são ambas mais o menos conscientemente in timidadas pelas ciências exatas elas se deprem mtamen te as primeiras encaando as sendas de rma sobranceira como não cientíicas as sendas encaando primeiras co mo incipientes. As das não coopeam ma com a otra o qe mais impotante ambas ocpam em rande parte o mesmo teritio·Bom númeo de obra clásc qe oj zem parte das manidades am das mesm os q obras de ciências sociais mas empreando too rt e extaindo concsões direntes. Alm do d ciências sociais tenta explicar de m modo o oro t vidades dos artistas de toda natea ma qela como os abordam as anide or e do to de qe as ciências sociais se d t o ticas o seja petendem qe o omem qto as manidades aima qe não o b r s sões entre os dois campos assemeamse ma m i ta do qe a ma distinço de ordem cientí dissimlar velas batalas irresoltas sobr o do o De to as ciências sociais e as letras cláss rt das respostas cise povocada qando o o o o esído do oem extaído do copo o qe l spo i denitivamente clído da natrea e coseqütme te do alcance das ciências natrais o da losoa natrl o na do sclo 18 Uma das saídas consisti em emr imensos esrços para assimilar o omem s nos cic tais de e da ciência do omem m novo dera d da cjo patama inerio a bioloia. Otra saída se lo teritio desbavado po Kant o da liberdade como o ooto da natreza sepaada as iua o qe não obriava a imitar os mtodos das ciências natrais o exatas e encaa a eiri talidade com tanta seiedade pelo menos como o coro N nma das saídas desaiava as ciêncas eata recentemte emancipadas da ilosoia: as ciências sociais tentaram mil demente encontar m la ao sol e as maidades or 365
ECLÍNIO A CULURA CENAL
losamente estabeleceramse na port seginte. O resltado ram das correntes contínas e al sortidas de pensamento consaradas ao omem ma e tende a tratálo essencialmente como otro animal em espiritalidade sem ala sem eu, sem consciência nem nda do gênero; a otra procedendo como se ele não seja m animal o não tena corpo. As das correntes j amais se encontrarão. Temos de optar por ma de las e aliás ão desebocar em lgares mito dierentes. Nenma das solções tee pleno êxito. As ciências sociais não ram reconhecidas pelas exatas. l i Não zem parte da ciência qe apens imitam. anto ao estabeleciento das maniades ainl se eriico e estaa endendo diersas antiüiades al sortida decadentes e cada ez mais empoeiradas de modo e o negócio ão de al a pior. As ciências sociais mostraram ser mais robstas em aior armonia com o mndo dominado pelas cências exatas e ainda qe perdeno a inspiração e o eror cateético demonstraam ter tilidade em ários aspectos da ida oderna como o indica a simples menção da economia e a psicologia. Já as letras deina mas isso proa apena e elas não se adaptam ao mndo moerno o e liás pode ser m indício o e á de errado na modernidade. Além disso a lingaem qe natralmente tanta inlência tem hoe em dia emano de pesisas empreendidas no mndo a liberdade. As ciências sociais proêm mais a escola ndada por Locke e as manidaes da ndada por Rossea. Mas embora se mirem nas ciências exatas as ciências sociais na erdde receberam boa parte do se iplso e época recente de m i Simplemente, a ciência eaa no quee ae No holizam a meno que ejam atacada) nada do que e vefica alhue So na vedade autoufciente ou quae Se qualque outra diciplina e evelae capaz de afaze a nma da ciên cia eata, de igo e de demnao, eia automaicamente admitida A ciênca exata ealmente nã aladeiam nada nem ão enoe, ma autêntica Como oevava Swift, únic dmni nde ela e aicam, além de ua pópia aea de ma abitual e apaentemente neceia , é a poltica É a que ela, emoa conamete, recnhecem que zem parte de um pojet mai ampl e que dele de
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A Dicipli
mndo inerior Basta pensar em Max Weber mas Marx e Fred são casos semelhantes Não se pode dizer mas para abarcar o homem, preciso alo qe as ciências exatas não nos pro porcionam O homem o problema e ns samos vários es trataemas para não o encarar As estranhas relações entre as três divisões do conhecimento na niversidade moderna nos dizem tdo a esse respeito Se observássemos primeiro as ciências sociis teramos im pressão de qe peo menos elas têm ma coniração era de se campo de atação e ma possve ordenação sistemáti ca de sas partes partindo da psicoloia para a economia a sociooia e as ciências políticas Lamentavelmente aparên cia laz m primeiro ar deix de lado a antropoloi embora e sponha qe se insistisse haveria m meio de encaixáa no esqema; depois tmbm deixa de ado His tria acerca da qal se discte se pertence às ciências sociis o às hmaniddes Mas o qe é mais rave qe as diversas ciências sociais não se consideram interdependentes entre si m rande prte operam de rm independente e se pra sar m expressão da inrmátic se ' 'conectam de lm eito por meio de ma interface, mits vezes se veriica qe elas têm das ces N maior parte ds especialiddes qase metde dos pesqisadores não consider qe a otra met de ça parte dea e a mesm sitação is o menos pre domina no connto d discipina A economi tem m psicoloi prpria embtida; qnto à ministrad pel ciên cia psicoic o z realmente parte da bioloi o qe no ad mito o contrdiz abertaente a spremacia dos mo tivos aedos pel economi De modo seelhnte a econo mi tende sopr interpretaço nora dos contecimen pedem, o qua ais ão deriva de seus métodos. A potia rasteira e desprezada idia a neessidade da fiosofia Sórates i o primeiro a dizêo por ta rma que os próprios ientistas são origados a admitio Os professores de iênias não têm o meor respeito pea iêia potia equato iênia, emora teham um inte resse apaixonado pea potia. Eis a um ponto de partida para repesar tudo O perigo uear ou a prisão de Sakharov serão apeas fruto do aaso?
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O DÍIO D TR OIDT
to potio u ini poti ri É pov tr u ini poti guid ou ontrod p onoi, não é nrio; é igunt pov tr u ini poti pioogint orintd, u não ri u prdnt É oo houv u onttção ntr vri ini nturi pr br ul u t prioridd obr outr N ridd, d u d ini oii pod prtndr, prtnd, rprntar o ponto d prtid o rfrni o u é pov oprndr outr onoi rguntndo o o rdo, pioogi o o piuio individu, oioogi o oidd, ntropoogi o ultur, ini políti o ord poltia (bor t úti no tgóri n u prtn prob rid br u é o "too d in i oii, poi d piidd h ondiç d rguntr u di ão, fin, prt do todo u rprnt Aé dio, d u pod ur outr d r u btrção, u ontrução ou u obr d iginção Eitir u rdo puro, u não ç prt d oidd ou d utur u o ontitui? Qu é u utur ou u oidd? Srão, uur hipót, outr oi não pto d rto tipo d ord polti? Aui, ini poti tão nu poição i rt, u é ingv ridd d itni d Etdo d p, bor , por u vz, po r onidrdo fnno uprfiii ou opoto N ridd, ini oii rprnt u éri d prptiv difrnt obr o undo huno u no irund, éri u não é hronio, poi não it ur ordo obr o u prtn t undo, unto i obr u priir d u fnno utr nt d diuão ntr ini oii diz rpito o u ntnd por "ini Todo onord u dv r rion, oportr rt nor d vrifição tr undntd n pui itti Aé dio, h u ordo i ou no plito torno do to d u 8
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o tipo de caalidade aditido na ciência exata deveia ea coo aplicae a ela. Que dize nada de teleologia ne de caa epiituai. Po exeplo a bca da alvação teia de e edzi a ota epécie de caa coo a exalidade epiida o e não cedeia co a a de ganha dinheio. O étodo gealente egido é o da pectação da caa ateiai e o da edção do feneno peioe o ai coplexo a oto enoe o ai iple. Ma e e edida o exeplo da ai pópea da ciência exata a ica ateática deveia e egido pela ciência ociai ei o ue é obeto de debate inteinável. O e caacteiza a ciência exata atalente é a capacidade de pvião. Paticaente todo epecialita e ciência ociai gotaia de ze pevie digna de confiança a po ai dize nenh a z. Dieia e a pevião e tono ipovel na ciência exata o natai pela edção do feneno até e poa e expeo e fóla ateática o e a aio pate do cientita ociai gotaia de ve iplantado na a diciplina. Falta abe e o váio eço epeendido nee entido não povocaa a ditoção do feneno ociai o não levaa a negligencia algn ue não ão fcei de ateatiza a pivilegia oto e o ão o a etiula a ciação de odelo ateático e ão invençe da iaginação e nada tê a ve co o ndo eal. Ua epécie de geilha pepéta e tava ente aele ue ão ante de tdo patidáio entiata da ciência e aele e e debça piodialente obe o e tea paticla de etdo. A econoia e e conidea a ciência ocial ai cooada de êxito é a ai ateatizada no dplo entido de e e pode conta e obeto e de e ela pode conti odelo ateático paa n pvivei ao eno hipoteticaente. Ma algn cientita ociai po exeplo dize e o Hoe Econico pode e ito ipático coo paceio de ogo a e é a abtação na vedade intente ao pao 9
O DENIO DA UTURA OIDENTA
qe itler e Stálin ram reais e não eram para brincadeiras. Sendo eles, a análise econômica de to não só não nos ajda a compreender os protaonistas da poltica, mas ainda torna mais dicil sbmetêlos à esera das ciências polticas, pois excli o derma sistematicamente as motivaçes especicas deles. o aproveitar a comodidade da matemática, os economistas desviam a nossa atenção dos enômenos sociais mais importantes assveram os opositores, em qe se incli o peqeno mas vocirante rpo de economistas marxistas, riorosamente excldos do núcleo da disciplina, a única ciência social onde tal se veriico. O mesmo ocorre com as otras disciplnas desta área e no interior de várias delas, onde os adeptos dos direntes métodos preconizados não partilham do mesmo niverso do discrso.
A Natureza da Economia e da Antropologia Pondo de lado o qe se diz, o qe os estdantes vêem realmente, ao se deontar com as ciências sociais, são dois robstos e atosicientes ramos delas a economia e a antropoloia cltral , doi xtremos qe estão nos antpodas, qe não têm qase nada a ver m com o otro ao passo qe a losoa poltica e a socioloia, bem heteroêneas, para não dizer caóticas no reerente ao conteúdo, se acham tensamente retesadas entre os dois pólos. Não srpreende qe a economia e a antropoloia lem de maneira mais explcita de ses A psiclgia est desaparecend misterisamente das ciências sciais. Se inadi-
t scess n mnd real pde têa indzid à tentaçã de abandnar a vida especlativa u teórca m psicterapeta encntr lgar a lad d médic de amíia talvez a sa rmaçã pertença agra mais a alg parecid cm as cldades de me dicina além de que as pesquisas que lhe sã pertinentes se vltam mais para tratament de prblemas especíics ds pacientes d qe à rmaçã de ma teria da psiqe. As terias redianas ram incrpradas em certs aspects da scilgia, da ilsia plítica e da antrplgia qant a parece qe smente ele nã
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ndadoes do que as outas iênias soiais: Loke e Ada Sith paa a pieia, ousseau paa a segunda. De to, as duas iênias tê oo pessupostos aos u ou outo dos dois estados de natueza. Loke aguentaa que o donio da natueza peo taalho do hoe a nia eaço natua à sua situaço de oige. eaiitou a aiço e deonstou o aáte iusóio das otiaçes ontáias. A ida, a iedade e a aquisiço da popiedade so os dieitos natuais n daentais, sendo o ontato soia estaeeido paa potegêos. Ua ez aditidos esses pinpios, a eonoia se onstitui oo a iênia da atiidade pópia do hoe e o eado oo a ode natua e aion (ode natua desseehante das outas odens natuais eonheidas poque te de se estaeeida peos hoens, os quais, oo no es sa de nos dize os eonoistas, sepe o ze a). ega gea, os eonoistas que adeia a esta eoia so noaente ehos ieais de ua tendênia ou de outa e adeptos da deoaia liea, pois nea que o eado niona. Paa ousseau, a natueza oa e o hoe está uito onge dea. Potanto, sae das oigens desse istaniaento ea ipeatio e, ento, sugiu a antopoogia. LiStauss a se aigüidades aea disso. A iiizaço, patiaente igua ao eado ie e a seus esutados, aeaça a feiidade e dissoe a ounidade. Desta idia eoe ua adiaço iediata pelas elhas ultuas hetias, que anaiza e suia a otiaço eonôia e no peite a ipantaço do eado ie. Aquio que os eonoistas pensa se oisas do passado iaiona que só onhee oo pases sudesenoios se tona o estudo popiaente dito do
tinha nada mais a dizer às iênias soiais Isso deixa em aberto a qestão de saber em qe base sóida assenta a teraêtia sioógia e de onde he hão de rovir idéias inovadoras A psioogia aadêmia séria io om o segmento qe, ara todos os ins, se ndi om a isioogia. Para o eonomista e ara a iênia eonômia, sbdesenvovido qer dizer ma; em desenvovimento, mehor; desenvovido, bom.
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O DIO DA A OIDA
hoe, u digótio de oo e e u ivoção o utuo topóogo tedi e uito eeptivo váio peto d efeão euopéi obe téi utu, o qe o eonoit e tive edio ( ifui de Nietzhe já e evidete, há i de iqüet o, ditição qe Ruth Beedit zi ete ut políe e utu dionií) tedi p equed (poque ete dieit, iguente eitáve o eu eque, ão te íze o tdo Uido) e e deie i po epeii detind oigi ou ubtitui deoi ibe eonoist ei que o edo ontitui o feôeo oi ndentl e u epeão linte é oed ntoplogo ei qe lt é o feôeo soil udent e u epeão uite é o gdo 14 Tl é o ooto ete veh douti ioó, peete não oigd: o hoe poduto de be de ouo onta o home poduto de ultu, o i gte ot o eveenioo Pu e ipeete, du diipi hbit do diete: pode e de utilidde esói ete i, e epíito de oidde Pouo ão o eooit que tbé e oide topóogo, e vieve, o po qe ito epeiit e oo poíti e e oioogi tve otei de u epetiv diipi i oo d eooi e d topoogi eooit ão o i iido pu do bo d ii oii p vç po eio pópio , poi jug et i peto do que o oto de u veddei ii De eto, ee rte iui obe o udo poítio topóogo ão goz de eehnte iflui do udo dio, t edução d podidde e d pitude de vit, i oo poue idéi i eete 14 Sntome tentado a dzer qe a psooga ensna qe o seo é o fenômeno prmor dal. st mas perto da eonoma se o entendermos omo estímoresposta e mas perto da antropologa se o entendermos omo ma nção Se qsermos oter mas da psologa é o aso de segr a paa ndando ara as Hmandades"
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Ciêcia Poica e Fiosofia Poica Alguas palavas se a pltia e suas patiulaidades au daia a eslaee s pleas das iênias siais n seu nunt Paa eça ela nstitui untaente a enia a únia disiplina puaente aadêia ue tal a ediina susita ua pai ndaental e u estud pde se neid u ei de satisze essa paix A iênia pltia iplia a da ustiça a da glóia e a d and Mas a ntái da ediina e da en ia ue s inteiaente anas aea de suas elaçes a saúde e a iueza e até as teteia a ilsfia pltia evita eatadaente nfessa isas assi e pefeiia es pe t indesas elaçes Iss te alg a ve t de ela se efeit ua vela sena ue gstaia de n evela a idade A iênia pltia enta à antigüidade elênia e te dúis asendentes Sóates Plat e Aistóteles tds á eputaç na epúlia das iênias denas As utas iênias siais s de ige eente e ze pate d pet den a pass ue a iênia pltia pedua tentand denizase e adei a ele as n nsegue dina s vels instints Aistóteles dizia ue a iênia poltia é ua iênia auitetnia a iênia de g vena u et é e de tds u el egie pssvel Mas ua vedadeia iênia n la se e e al de d ue a defniç teve de se aandnada N stante tant a ediina a enia fala etivaente d e e d al p a tal ue aandn da nç d e pela iênia pltia teve úni efeit deixa teen da al à saúde e à iueza na ausênia d e u e da ustiça Tud iss está de ad a intenç de Lke ue n se lietaa p plet ds ales as puava sustitui e tal ppuna s lás sis p bens infeies ais sólids e ais aessveis A tansaç da iênia pltia e ua iênia sia
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O DECNO DA CUTURA OCDENTA
derna não voreceu as ciências sociais, mas sim as intenções poíticas dos ndadores da modernidade. A moderna ciência poítica tem procurado reduzir as motivações especiicamente poíticas a motivações subpoíticas, como as propostas pea economia: a honra não constitui autêntico motivo mas o ucro im. Locke caro está, era muito mais um cientista poítico do ue economista, pois o mercado (a competição pacíica para a auiição de bens) exige a prévia existência do contrato socia (a concordncia em submeterse a contratos e a criação de um juiz para arbitráos e zêos cumprir), sem o ue se insta o estado de guerra. O mercado pressupõe a existêcia de eis e a ausência de guerra. Estar e guerra zia parte da condição humana ates da existência da sociedade civi e é sempre possíve retornar a ea. A rça e a aude necessárias para dar im à guerra não têm nada a ver co o mercado e são iegítimas dentro dee. A conduta raciona dos homens em tem po de paz, no ue a economia e especiaiza, não é a mesma ue a sua conduta raciona em tempo de guerra como auiave assinaou com tanta agudeza. A iosoia poítica tem maior acace do ue a economia porue estuda a paz, a guerra e suas reações. O ercado ão pode ser a ica preocupação da sociedade orgaizada, pois ue depende dea, mas o estabeecimento e a manutnção da sociedade organizada estão sempre a exigir raciocínios e ações "deecomicas ou " ine icientes . A atividade poítica deve primar sobre a atividade econmica, seja ua r o eito obre o mercado. Eis aí por ue os economista pouca coisa de coiáve êm tido para dizer sobre poítica externa, já ue as nações se acham nauee estado primitivo de guerra em ue os indivíduos se achavam antes do contrato ocia ou seja eas não cotam com nenhum juiz mutuamete reconhecido a uem recorram para dirimir suas uereas. Durante a guerra do Vietnã, aguns economistas aconseharam ue se criasse uma espécie de mercado entre os Estados nidos e o Vietnã do Norte, com ue o Estados nidos tornariam o custo do Vietã do Su proibi 74
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tiv paa Vietn d Nte. s ntevietnaitas, ntud, se negaa à binadeia. iênia pítia, e ntapsi ç à enia, te de peta nstanteente a idéia da uea, tdos s seus iss, hes, susts e gavidade. Cube a Chuhil estabelee a diença ente ua pespetiva polítia e ua perspetiva eradlógia, a enta md o presidente aeian Calvin Clidge se eusou a perda as dívidas de guea britnias, na déada de 2 Disse Clidge: "les ontaía s epéstis, n i? que Chuhil respndeu: É a vedade, as n exaustiva. iênia pítia te de ser exaustiva, send u ea inaredáve a que tente ermála para que se adapte aos pojetos abstats da iênia. Cnsiente ou innsientemente, a eonia lida sente burguês, home vid pe ed da rte violenta. he de gerra está ra do seu aane. iênia poítia é prtant a únia disiplina das iênias siais a enara a guerra e a e. eja o , a iênia polítia se asseelha a u baza desrganizad, jas pertenentes a ua populaç misigenada, que se elaiona o sua natureza híbrida e sua dpla orige, na ntigüidade e na denidade. realidade om qe lida se pesta ens às abstações e z exigênias mais rentes d que qualque utra disipina das iênias soiais, enquant a tenso ente bjetividade e paiaidade é muito ais te. Tud, nas denas iênias exatas e siais, miita ntra a airaç de que a pítia diee quaitativamente ds utos tipos de assiaç huana, as a sa prátia ara epetidamente ntáio. lvez a hetergeneidade da prátia enaqeça: a enntas, à esha, teóis da esa de dels enôis, behaviistas a de da, marxistas que nuna estã à vntade e questões enôias, historiades e pesquisades poltis. , t exepinal, a iênia polítia é a úia disiplina da universidade sav alvez o departaent de ilosoia que pssui ua adeira de ilosia. ssa patiuaidade sepe ebaraçu s ientis 375
O ECNO A CUTURA OCENTA
tas poíticos e se panejo extinia nas décadas e 40 e de 50. "Qeremos ser ma erdadeira ciência socia ! , camaam os partidários da extinção, batendo o pé. Mas a combinação e ma competência séria e erorosa da parte de ans pensaores e a aitação dos estdantes rebedes da década de 60 permitiram qe a osoa poítica sobriesse, o qe oje se ara para sempre. Ea se torno, peas meores e peas piores razões, o bastião da reação contra a sociooia desproida de jízos de aor e contra as ciências sociais no se conjnto. Em todos os estabeecimentos onde é en sinaa a sério contina a ser a matéria mais atraente, tanto nos crsos e icenciatra como nos e dotoramento. E, como os adeptos de ma abordaem noa da ciência perderam mito do se élan e o campo se amento em árias direções, itadas ao menos em parte por deidade aos nômenos poíticos, mita ente qe já i acérrima inimia da osoa poítica aora é a or. Ea está one de azer a ei, mas nos á peo menos ma rminiscência as eas qestões sobre o bem e sobre o ma, em como recrsos para examinar os presspostos da ciência poíti ca e da ida poítica modernas. Aqi, a lítca de Aristótees ainda está ia, assim como o Tratado obre o Goveo Cvl de ocke e o Dcuro obre a Orgem da Degualdade de Ros sea. Aristótees arma qe o omem é por natreza m ani ma poítico, o qe sinica qe se instinto o impee para a so ciedade cii. A eitra de Aristótees ajda a rear as octas premissas qe estão na oriem das ciências sociais modernas, se ndo as qais o omem é por natreza m ser soitário, aém de nos rnecer ma base pa coocar de noo o tema em discssão.
O Declínio das Ciências Humanas Como emos, então, os dias de ória das ciências sociais estão ndos, do ponto de ista do ensino niersitário do pri meiro cico, o seja, da "edcação ibera. Lá se i a época 76
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em que Marx, Freud e Weber, ilósos intrpretes do mundo, eram considerados precursores da tura maioridade intelectua dos Estados nidos, em que os oens podiam usuuir ao mesmo tepo do encanto da ciência e do conecimento de si mesmos, em que aia a esperança de uma teoria uniersal do omem que uniicasse a uniersidade e contribuísse para o proresso, somando a nossa italidade à erança de prondidade intelectual da Europa As ciências naturais deeriam culminar nas ciências umanas; Darwin e Einstein siniicariam tanto para as ciências sociais como siniicaram para as exatas E a literatura moderna Dostoiski, Joyce, Proust, aka expressaria o nosso íntimo e rneceria as luzes que as ciências sociais aeriam de sistematizar e demonstrar A psicanálise proporcionaa o elo entre a experiência particuar e o esrço intelectual pblico A experiência era tão lobal que o dese o pessoal estaa intimamente associado à intuição da ordem eral das coisas, simulacro da antia compreensão da ilosoa como modo de ida A níel bem menos soisticado, mas que exprimia alo do mesmo ethos Mararet Mead tina criado uma noa ciência, a qual nos laa a luares exóticos, trazia noas interpretações da sociedade e atestaa a leitimidade de nossos deseos sxuais reprimidos os oens, os socióloos e os psicóloos que circulaam pela uniersidade podiam se aiurar eróis da ida do espírito Iniciados nos mistrios, podiam audarnos a tambm ser iniciados A ilosoia do elo estilo ra superada, mas nomes como Heel, Scopenauer e ierkeaard podiam nos orecer um pouco a experiência necessária à nossa aentura A atmosra que acao de eocar, e que circundaa as ciências sociais na dcada de 40, tina identemente um alor ambíuo, tanto para os alunos como para os proessores Mas aluma coisa desse ênero indispensáel para atrair os estudantes norteaericanos ao ensino da ' 'educação liberal e para conscientalizálos de que a uniersidade les rá descobrir noas culdades e relar um níel de existência que les esá 377
O DEÍIO DA LTURA OIDETA
ocuto ue te e ete ue, e o etudte oteeico ede gu coi eco ecudri, ee ciêci t coo u tcic e o coo u odo de vid ou u eio de decori vid Co e ueir ue gu coi o toue de u eio eeciizo de roti, cure ue ece u trtmeto de coue o eo r zêo eeti oe o goto e ciêci ext e ore o igicdo de, edid e ue u rço teior eeentv te u itruço, u corio, do ue decoert de u vocço A ixo e ciêci ext dute dc e 40 o er, eu ver, roriete utêtic, rerouzido o etto lgu coi d citço itelectu ue copn o ovo icíio teóico Deotou er ecu r uito uo e roeoe, gerou um ecie e oêmi uiiri e etou utâci d vid d eo No er oete u oio A eerç uidde d ciêci ocii e deveceu e o oe eetr u ete comu For gor u ie de dicii e uicii dicret So o et n u io rte e, eo o te o uro, t o t o eeeto iceete útei, crgo e epeciit de t coetêci A ecttiva a cotudo muitíio reduzid A ecooi u eeciidde ue te reteõe uiveri exic e ge tudo, o e z uit e e u ouaidde o ve reteõe A ciênci oític e tent euer reizr u reteno cetr à goidde e ó vedete e e te ue z eu elo eeci, i egítio, à ixo oític A topologi úic dicii d ciêci ocii ue id exerce o cíio de u oíve totidde, co u idi cutu, que etivete rece i coet do que idi do ecdo, e ecooi Tto te cultu uepoític coo te ecoic uoític i er o too, euto e ocioogi e ciêci oític, odo de do reteõe de cert idividuidde, o re 78
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cem verdadeiramente reivindicar o domnio do conjnto das ciências sociais. stas não existem como ma ciência arqite tônica: são partes que não rmam m todo. De modo semeante com as possveis xceções da inr mática tilizada como ciência dos modelos do omem e da sociobioloia desvanecese a expectatia de ma nidade sbstantiva entre as ciências exatas o natrais e as ciências sociais com o qe estas se tornaram meras consmidoras do mtodo daqueas. Morre a intenção csmica de sitar o o mem no niverso. Do lado das umanidades s a antropolo ia contina a manter ma certa abertra sobretdo s mercadorias apreoadas na literatra comparada mas tambm a estdos srios como a reliião rea. De resto nas ciências sociais não á mais ninm qe espere obter mita coisa da arte e da iteratra dos sclos 19 e 20 as qais scinavam tantas inteliências dessa área da eração anterior sendo cada vez em nmero menor aqeles qe tenam qalqer espcie de miliaridade pessoal com esse ênero de coisas. s ciên cias sociais se transrmaram nma ila no seio da niersi dade a qal uta ao ado de otras das rica de inrmações importantes e escondendo tesoros qe poderiam ser explora dos mas não são. m particlar o intelectal especializado em ciências sociais moda alemã o ancesa qe se consi derava m sábio capaz de tdo dizer sobre a vida desapare ce qase por completo. Os estdantes estão conscientes disso e não se voltam para as ciências sociais em eral em bsca da experiência da con versão. Certas matrias o certos prossores podem interessá los por uma ou por otra razão mas para qem esteja proc rando um sentido para a vida o o objeto da sa aventra pes soa as ciências sociais não representam o ocal apropriado. antropoloia repito constiti ma espcie de exceção. e as ciências sociais izeram tempos atrás tanto scesso jnto da mocidade inteliente dos stados Unidos i por serem a nica área da universidade que parecia embora indiretamen 379
ECN A CUTU CENTA
te oc m esost qestão socátic e como ee mos e mo n ocsião em qe mis ioosamente se ensin qe os aloes não oem se o objeto o coneci meno t com esse ensino os lnos aeniam lo sobe i como o emonstam cets constções estimlntes ente els istnção qe ebe ia ente tica a in tnço e tc esonsbilie Não ea enio o ns soaes ms ela eei matéia i N so se oje o qi e ms mis ocoe m teíel esaste com cia ção nos mos e nos o mis o este em mnço e mess qe se etene o eqilene mol o cso e mecin o e ieito De to esse lom a nte o si mesmo m en bem el ms não sncio n m tntic cei niestáia Re el os lnos qe m oonie e comlet o ege "ecação libe s qeles qe ina não se m em m cei ossonl o elo menos qeles qem niesi o m simles camo e tenmeno a m osão Os q entm a niesie com ese objeti o essm qeles nos com ntolos estno o qe iscin escoli imõe in qe s ees sim ota m s escola se ietiem ecção libe sio eie m mnça icl e to a ia o no ois o qe ele ene etá se moo e i os oso s eencis o tl m qe nenm sentimento c mne o eme e aí ealição la õe to em cs e e os lnos qe sejm caes e to aisca •s e o m el s oe toc qilo qe está lie no qe IS N qu ui d uda qu pa a uiidad m a iç d a iia aa muda d idia qua qa coege, u ja, pii il uiiái Nua a, u qua ua, qu u uda d iad da iia aa a d ui coege dub l aqula a ç Ei a ua ia b aá d i udái al d i d iia paiula
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As Dciplis
já se aca essencialmente comprometio. efeito o M B. alomerar ma ora e estantes qe pretenem cr sar aministração e empresas, aplicarlhes os antolhos e aroar m prorama incltra} e primeiro ciclo niersitáro ergraate para eles ese o início, tal qal os prmicos qe esaparecem nos ses crsos e nnca mais se ove lar eles. nto o objetio como o meio e chegar at ele são xaos e moo a qe naa os straia. s alnos e praocacia são mais istos em ários crsos e ''ecação liberal já qe as claes e ireito zem exiências menos ríias: to o qe les lta são alnos brilhantes.) s alnos os crsos prmico, praocacia e praminisração se istinem por serem tristas nas artes liberais. trar para ssas escolas proissionais e elite ma preoc pação obsessia qe les limita o espírito. O eeio especíco a criação o M B i ma explosão e matríclas em economia, porqe esta isciplina qe preara ara o inresso nas ranes escolas e aministração. Nas niersiaes srias cerca e 2 por cento os bacaris já são especialiaos em economia. la preponera sobre o resto as ciências sociais e erma a noção qe os alnos em elas a sa naliae e o se peso relatio entro os cecimenos manos. O alno e prmico qe esta mia bioloia ão pere e ista, no entanto o conecimen to a ica ois a inência ela sobre a bioloia clara; to o mno a conece e os biloos a respeitam. Naa isso acontece com a economia como crs preparatrio s escolas e aminisração cjos alnos não e interessam pela socioloia, a antropoloia o a ciência lítica, conencios an a e qe to qe aprenem les permite maniplar qanto petença qelas isciplinas. m isso, não os motia o amor a ciência econômica mas sim o amor aqilo qe les inte ressa: ieiro. O to e os economistas se ocparem a ri qea coisa ineaelmente real e slia, áles ma soliez intelectal impressionante qe a cltra iamos não propor 381
O O A UTURA OTA
ona. Temos a ereza de e não esão dizendo ilidades. Mas a rieza ao onrário da iênia da rieza não é a mais nobre das moivaçes e não exise em nenm oro seor da niversidade nada omo esa peria oinidênia enre iênia e pidez únio aralelo seria se exisisse ma iênia da sexoloia om proessores dilienes e verdadeiramene los e aranissem aos alnos pródias saisçes sexais.
O Destino das Humanidades Volemos enreano à ereira ila a vela lnida ase sbmersa: as manidades. Não á nessa área nenma semelança de ordem nenm relaório sério do e se deveria e não deveria zer o do qe as respeivas disiplinas esão pro rando realizar e omo. No enano esá a de era rma o reio do ome o lar para onde ir a m de nos enonrarmos a nós mesmos aora e odos renniaram Mas para onde olar nesa mixórdia? É basane diil àeles e sabem o e proram enonrar a saisção. os esdan es exie m insino poderoso e m boao de sore s ana loias saem inonrolavelmene da mina anea. s manidades são omo o Merado das Plas da ania Pa ris onde no meio do errovelo as pessoas o boa visa des obriam esoros e as deixavam rias. enão são omo m ampo de reiados onde odos os ênios arrebaados de sas nçes e de sas párias por reimes inimios deamblam oiosos o exeam ares braçais. s oras das divises da niversidade não êm nada a azer om o passado olam para o ro e não se inlinam ao lo dos anepassados. Talvez o problea das manidades e porano da nidade do oneimeno seja mais bem eaionado se pensarmos e Galile Kepler e Newon ainda êm exisênia na 382
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universidade atual graças às humanidades, onde zem parte de uma história ou de outra: história da iênia, história das idéias, história da ultura ra ue lhes assista um lugar é preiso ompreendêlos de maneira diferente do ue eles ram: grandes observadores da natureza no seu onunto, ue só se onebiam om interesse na medida em ue revelassem a verdade sobre a natureza Se estivessem euivoados ou se vissem ultrapassados por ompleto, eles mesmos diriam não ter nenhum interesse Coloálos na área de humanidades é omo dar a ma rua o nome deles ou levantarlhes uma estátua no anto de um parue stão mortos, de to Platão, Baon, Maiavel e Montesuie ahamse no mesmo estado, salvo por peueno enrave na iênia poltia As humanidades representam agora o depósito, o sepulro, de todos os lássios , no entanto, uma boa parte da literatura lássia tinha a pretensão de tratar da ordem da natureza no seu onunto e do lugar do homem nele, de legislar para esse onunto e de revelar a verdade aera dele Caso se neguem tais pretensões, esses autores e seus livros não devem ser lidos a sério, ustifiandose o seu abandono por todos os setores da universidade Foram salvos apenas om a ondição de serem mumifiados Dispondose a reebêlos, as humanidades desembaraçaram deles as iênias exatas e as iênias soiais, onde onstituram um desafio ue á não z sentido À porta das uldades de iênias humanas poderia ser aixado um artaz esrito em diversas lnguas, anuniando: A verdade não existe pelo menos aui As humanidades representam portanto uma espeialidade ue hoe detém a exlusividade dos livros e não são espeializados, ue insistem em rmular as uestões sobre a totalidade ue ram exludas do resto da universidade sta é dominada por verdadeiras espeialidades, hoe tão resistentes a zer o seu exame de onsiênia omo o eram no tempo de Sórates e livres de um impertinente omo o ilóso s humanidades no tiveram vigor para travar luta om as triu
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O DECNIO D CTR OCIDENT
ntes ciências eatas e se pesta a atua e n sse mais do que ua especialidade as, c disse epetidas vezes não bstante as discipinas huanas gstasse de vida se cnit esencial c as ciências eata, ta c s praticadas e entendidas esse cnit cntinua a ináas pu a pc e se trata de vehs tets lsóic que evanta questões atamente inadissveis, u de atigas bas iterá rias qe presspõe a eistêcia d nbe e d be, aterialismo o determinism ducinis, a hgeneizaç sej a lá como se desceve a iêias denas nega a importncia e es a pssibiidade dessa eistência As ciências exatas aia que etaisicaente neutras l n precisa da isia; que a iaginaç n é ua cldade capaz de te a en intiç d eal, lg a arte nada te a ve c a vedade O tip de eruntas que as cianças ze "Deus eiste? "A liberdade eiste? "As ás ações s castigadas? "iste conecient cert ? "Que é ua ba sciedade? ea utrra as qestões clcadas pea ciência e pea l soa Hje pé, s adults est uit cupads e as cian ças s deiadas numa creche chaada "as huanidades, cujas discussões n encntram ec n und adut Aé disso ou estudantes cuja natureza s atai paa tais questões e para s lis que as pesquisa s g epeids pe t de qe seus pesses de huanidades n quee ece a esses livs para espnde às suas necessidades u n s capazes de ze O prbea d ivs antigs n é nv a Batalha dos Lvos, de wit ves Betey, elh heenista d sécu 18 d lad ds dens Aceitava a supeiidade d pensaent den sbe geg Ptant, paa que estuda livs regs? is ua quest que cntinua se espsta ns departaents de etras cássicas As evasivas s de espécie divesa variand desde a análise iógica pua até epeg ds ivos paa densta a reaç ete ensaent e 384
As Discipi
conições econômicas raicamen orm ninm ena êos como já ram ios ara ericar os aores inam raão o não ta e rise não n enina o qe m omem bom mas sim o qe os ros ensaam sobre a moraiae Mas qem qer saber isso? Nnma essoa norma e esejosa e ier ma exsência raoáe To aqio qe e eno o a siação os iros na oca aa conribi ara caraceriar a as manias q ão reamene a pare exosa a niersiae O isorcimo e o reaiismo as maraaram bem mais o qe s ora ar es oram eas qe mais soeram com a a e reseio a socieae emocráica ea raição e a ênse qe ea m resa iiae Na meia em qe se ressõe qe a maniaes raam a criaiiae a a e criaiia o roessors ornase ma esanaem O coneo ic e mias obras ierárias ambm as aea á iram a rar amas para ciiar a aberra a ora cra qano se ransmaram os ábios a ea neriae es aam em iores conições para resoner erna or qê? em iores conições ara obriar os esans a cor resoner s ência o ara araos com ma ama ca aqio qe areneriam asa lançar ma ia o a ra a siação as ciências exaas a a reseio ara er a rai ae o robema qe se cooca s maniaes s ciêcia resam soberanamene inierenes ao o e qe aia e oros ios e xicações ara os enômenos a nara em oras ocas e cras reação enre nein a se esina xcsiamene eeisão ecaia m roramas monaos or manisas ssa aie os cienia ecorre o o e qe iam o qe isserem sas xicações são sempre eraeiras são a erae Não êm e ar raões já qe a resosa a por si s ciências xaas asseeram rabaar ara ecobrr a er ae qe imora ao passo qe as maniaes não oem armar o mesmo sse semre o ono críico em isso ne 85
ECLN A CULTURA CENTA
m so se manm vvo. A vaga nsstêna em que, sem as maaes, eríamos e ser ivzados soa vazo, dese nm sabe plar o que quer zer "vzao e quano ns armam que á mutas vzaçes que so toas guas. A pã os lássos pere toa a egitmade se o se acia les izem a verae A questo a verae mas embaraçosa para qem trabaha om textos e soa ma tambm ra problmas para quem da om brs ree teráras. Existe ma erme ereça ere i mo os proessores atgamente izam, ' 'Voê pres arr a ver o muno omo Homero ou Shakespeare o am, izr, como os proessores atuamete zem, "Homero aespeare tnham ertas preoupaçes anáogas às e vocês e poem erqueer a vso que voês zem o muno. A antiga maera e aborar os textos desaava os auos a esobrr novas experênas e a reavalar as antigas; o ovo moo os exa livres para se servrem os ivros omo melo les agraar. sou zeno istinço, aqu, etre os probemas renes, mas orrelaoaos. Prmeiro, ou muto eeer o coteo as obras ásscas na poa modera; seguno, s proessores e hoje em a o se preoupam em eenêlas e não s nteressam pea verae de seus textos. É o que se observa aramete om o aso Bíba. Iuía nas humaniaes já uma basêma, a negaço do que ea pretede er. É ento aboraa, nvtavelmente, e uma destas duas rmas: sbmetese à moerna anáse ''ientía, a hamada críta as ntes, oe ela esmateaa, para demonstrar como que se rmam vros "sagraos e omo o so o ue pretenem ser. Neste aso, a Bíba será t omo um moa, ne enontramos as pegaas de váras vzaçes exintas. Ou eto serve para os ursos de reigo oparada, como xpresso a eessade o ' 'sagrado e omo uma orbuiço ao moerníssimo e proamete etío estuo a estrura os "mtos. (Neste poto, podemos segur 38
A Dcpl
os antropólogos e nos sentirmos realmente ios. profes sor qe tratasse a Bíbia ingenamente seginoa erbalmente o pelo Verbo seria acsao e incompetência cientíca e falta e elaboração. Aém isso poeria casar consão e reini ciar as gerras religiosas bem como m conito entro a ni ersiae entre razão e reelação qe estriria os cômoos arranjos e terminaria e maneira milante para as mani ades o letras. Vêemse aqi os estígios do projeto político o Ilminismo qe procraa exatamente sprimir o caráter perigoso a Bíblia e e otras obras antigas. sse projeto é ma das casas sbjacentes a impotência as maniaes. melor qe se pode zer parece é lecionar "A Bíblia co mo Literatra ao contrário e "como Reelação o qe pre tene ser. Desse jeito poe ser lia m tanto à margem o aparato erdito qe a erma tal como lemos por exemplo Orgulho e Preconceto, a escritora inglesa Jane Asten. As sim os pocos prossores qe sentem aer algo e eqio cao nos otros métoos atenem às sas consciências. s professores e maniae procraram esesperaamen te por mito tempo colocar ses temas e esto e acoro com a moerniae em ez de le propor m esaio. Temos isso m exemplo peril nas notas de pé e página a ma edi ção da Repúblca de Platão sob a responsabiliae do ele nista Pal Sorey qe me arrepio too: Sorey se aiga em comproar qe Platão já preira esta o aqela escoberta e certo professor norteamericano e psicologia feita em 1911 enqanto obsera meticloso silêncio qanto aos pontos em qe as opinies e Platão não concoram com as atais. Boa parte os estos realizaos no setor e letras não pas sa e ma ersão mais o menos ateraa a mesma coisa. Não nego qe ao menos algns professores gostam as obras qe estam e lecionam mas se nota m rioso esrço para moernizálas tratandoas o mais das ezes como materiais e ma o otra teoria contempornea cltral istórica econômica o psicológica. Depois qe se institi a otrina 387
O DÍIO DA UURA OIDA
da " lia da intenção , virou rime todo e uauer esrço para ler os ivros omo os autores gostariam ue os lessem São inindveis os debates em torno dos métodos de anlise: entre muitos outros, a rítia eudiana, a rítia marxista, a nova rítia, o estruturalismo e o deonstruionismo, ua pre missa omum é ue auilo ue Platão ou Dante ueriam di zer sobre a realidade não tem importânia Essas esoas rítias zem dos esritores plantas de um ardim paneado por um erudito moderno, as negando aos próprios autores a voa ção de paisagistas ue os autores deveriam zer era plan tar ou mesmo enterrar o erudito Dizia ietzshe ue, após a apliação da exegétia moderna, o Banquete, de Patão, pa ree tão distante de nós ue não nos seduz, perdido o seu sínio imediato Quando z alguma oisa, o proessor de etras ou humanidades não se sente motivado por uma nees sidade interior, por uma urgênia ue lhe ditem as obras anti gas inteetual ue opta por estudar Sóles podia muito bem ter esolhido Eurípides E por ue motivo um poeta e não um ilóso ou historiador ou, ainal de ontas, por ue um grego e não u turo? as uldades de iênias humanas, alguns departamentos onseguiram aduirir o mesmo respeito ue as iênias exa tas, omo a arueologia e alguns aspetos do estudo de lín guas e da lingüístia, mas rompendo uase por ompleto as reações om o onteúdo de livros Como é óbvio, as belas artes e a músia são em larga medida independentes de obras esritas, embora o modo omo as abordamos dependa, ao me nos em parte, das onepções dominantes sobre a natureza da arte e a sua importânia Enontramos na rea de iênias hu manas muitas pesuisas puramente eruditas, ue são neutras, úteis e preparadas para utilização por uem tem alguma tare a umprir, omo a elaboração de diionrios e o estabelei mento de textos as uldades de letras, predomina os departamentos de línguas e de literatura, habitualmente um para ada língua oi
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dental sendo as outras lnuas reunidas e rupos. Co eceção do inls todos são responsáeis pelo ensino de lnuas estraneiras. s professores aprende be uma lnua dicil e depois a leiona a ua população estudantil qe não está mito interessada e aprender lnuas. Alé da própria lnua o ensino copreende a leitura de liros escritos nesse idioma. ra sabendo bem a lnua o docente dee então ensinar aos alnos o conteúdo dos liros principalente porque a tare não cabe a ais nenhu setor da escola. Sucede poré qe o donio da lnua não arante que o professor realente conheça e sinta afinidade pelas obras. Quer dizer os liros é qe são a parte iportante as o estdo da lnua tende a predominar sobre a literatura. Esses departaentos são antes de tudo os uardies da literatura clássica e defende rozmente seu donio sobre ela. A conenção na niersidade é sepre ais rte do qe a literatura. Ela eite licenças e se ter a é proibido caçar. Adeais por casa de tais con ençes os professores també presta ais atenção ns aos otros do que aos estranhos os quais lhes presta ialn te ais atenção assi como os édicos ipressionam ais os leios e atéria de saúde do qe otros leios. Da reslta para os especialistas a sensação aradáel de autosatisção até qe enham rudes choques do eterior tal coo sucede na déada de 0). s professores de reo esque ce ou não sabem qe Toás de Aquino que não laa reo i elhor intérprete de Aristóteles do que alu deles o será não só por ser a ira notáel as també porque le aa Aristóteles ais a sério. arranjo dos departamentos de lnua e de literatura en ole otras dificuldades estruturais. A poesia a história e a ilosoia reas ee ser toadas e conjnto o a lnua rea não será o to secundário qe deterina a articulação do ndaenal? E não será possel estabelecer liaçes ais apropriadas para além da esa Gréia rmando pares do nero Platão e A Farabi ou Aristóteles e Hobbes? Meso 89
O DELÍNIO DA ULURA OIDENAL
cota a votade esses depatametos vêemse oigados a adota pemissas históicas. Os filósos gegos mam uma só peça e com maio poailidade o couto da cultua ou da civilização gega costitui uma tapeçaria de tama ceada cuo meste ão o lóso em o poeta mas sim o heleista. Desde o iíco este aao z com que as questes cuciais aceca da relação ete espíito e a Históia encotem esposta ates de seem muladas aliás e rma cotáia à esposta que lhes daia Platão ou Aistóteles.
Finalmente a Filosoia O mais iteessate que peida o meio de tatas disciplias ocpa seu modesto luga a filosofia. Destoaa pela de mocracia política e teóica pedeu a paixão ou a capacidade de goea. Sua históia deie po si mesma todo o osso polema. Tempo houve em que a flosofa poclamava ogu lhosamente que repesetava o melho modo de vida que ou sava perquirir a totalidade pocua as causas pimeias de tudo e não só ditaa as regas às ciêcias paticulaes como tam m as costitía e odeaa. As obas losócas clássicas são a filosofia em ação zeo precisamete o que acao de dize. Mas isso era asolutamente impossível (hybris), declaam ses empoecidos hedeios. A ciêcia erdadeiamete dita ão pecisa desses livrs e o esto ão passa de ideologia o mito. Descansam agoa as estates. A democacia supimiu os priilgios da filosofia e a filosofia cou icapaz de decidi se desapaece ou aaa outo empego. A filosoia á i uma arquitetua tiha o poeto paa o edicio iteio estado a ela subordinados os capinteios pedeios e ecaadoes naa valeno sem o poeto dela. A ilosofia ciou a uniesidade mas hoe ão podeia mais zêlo. Nós vivemos esse leao. Qado se la em ' 'geealistas e ' 'especialistas talvez se enteda po "genealista o filósof pois ele o único espcime de sáio que aaca ou aacava todas 390
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as especialidades, ue possua u tea, necessário às especialidades, ue era rel o ser ou o be , e não apenas u coleção das atrias das especialidades. A ilosofia deixou de ser u odo de ida e ua ciência soberana. Su sitação nas uniersidades norteaericanas seelhante à ue ela te no resto do undo e depende de sua história particular nos stados Unidos. Co relação ao undo e eral, ainda que fizesse raes aeaças à razão, Nietzsche e Heideer ra autênticos pensadores, capazes de se debruçar sobre as ciências exats e sobre o historiciso, os dois randes adersários conteporneos da filosofia. Assi, a filosofia ainda possíel. ainda hoje, na uropa Continental, os alunos do curso secunário recebe aulas de losoia, co aproeitaento. Nos stados Unidos, o secundarista conhece apenas a palara "ilosofa, a al não lhe parece ua opção ital ais sria do ue a ioa. Seja coo r, entre nós todo un o te ua losoa. la jaais te ua presença uito rte nas uniersidades, ainda e as ceções ssem brilhantes. Começaos por ua losoa pública, ue para nós bastaa, pensando ue se trataa de senso co. Tocueille dizia ue todo ndo era cartesiano nos stados Unidos, as ninu tinha lido escartes. Iportáaos uase toda a losoa ue consumíamos, com exceção do praatiso. nosso país, não preciso ter lido a linha de ilosofia para ser conside rado u hoe culiado. Mais do ue ualuer outra disci plina das ciências huanas, cou euiparála à conersa aa. Por isso a lta se p re i dura. No entanto, os estu antes qe se entrea a ela encontraa reirio na sua nte. Mas sucubiu e, se desaparecesse, proaelente pou ca ente notria. la te coponente cientíico, a lóica, que arda nexo co as ciências e que cilente se poderia destacar da filosofia. Disciplina sria, a lóica ensinada e praticada por especialistas copetentes, as não responde a nenhua das estões filosócas peranentes. Quanto à história d flosofia, o copêndio das filosofias 391
O DEÍIO D TR OIDET
otas qu sp o qu as ntssava aos studants stá squdo, as b lho tatanto váas outas dsplnas qu sp donou a o postvso a análs da lnguag bása, as sto dlno nada vá substtuço Tatas d spls étodos, dsagadá vs paa os studants qu s poupa o as qusts huanas s possos qu do sss usos no qu n podm aboda qualqu osa d potant, alé d qu ls ppos no psnta ua vda losófa paa os studants Há solas qu o stnalso a fnonologa ganhaa tno, pois so ais ntssants do qu o postvso a análs da lnguag bása s unvsdads atólas sp antva ontato o a losofa dval , po o dla, o stótls Todava, no onunto, a pasag flosófa é bastant onótona Ea po sso qu ua boa pat do snso flosófo dos Estados ndos ostuava nlna as pssoas paa as nas soas agoa stá dvando paa tas áas da ltatua da ta ltáia Coo é nsnada nos Estados ndos, a flosofa no passa d u tma das nas huanas ou ltas oo qualqu outo, ants dspovdo d ontúdo, napaz d agina squ qu vnha a oupa u posto d oando na s da unvsdad Na aldad, la onsva nos taços da altant psnça da tadço flosóa do qu as outas adias d huanidad ou ltas sus possos so os huanstas nos atvos nos sços paa vtalza o po lo unvstáio ("duaço lbal) No aso d qu lona anális da lnguag bása talvz haa u pouo d odésta, do gno Nós só audaos a sla a vos o qu á sto zndo, as tabé s nota psunço "Sabos o qu stava ado o toda a tadço losófia, da qual no psaos ais Ass a tadço suu do dono flosóo s palavas qu sto oda nos Estados ndos, obto do pquno glossáo qu apsntaos na sgunda pat dst nsao, a todas poduzdas pla flosofa o to 92
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sbdo Euop, de ue sev p b cho à especulção flosófic. Nos Estdos dos, ode todo udo s s, ão se cohece su oge. Ecpos os esultdos se ue tivsseos ehu ds epeêcis telectus ue os povoc. s goâc ds oges e o to de os depetos de floso ds uvesiddes oteecs ão tee ehu petesão uo sso elete sobe els sbe tto uto o públco e gel, sto , d sgc ue o coteúdo losófico d lgu ue los e d vd ue vveos ão os coduz à loso. Está gde dfeeç ete Euop e os Estdos do s. No osso eio, lguge flosóc ão pss de g. Dd evdete uez d dvsão ds ltetus co bse lgu e ue escts, pocuouse, há cec de eo sculo, desevolve o sesto poeto de ucáls, co o ue sceu lteu copd. s, coo o cso co todos os epeedetos desse gêeo os tepos ue coe, sug uts dúvds sobe o ue ov dscipl bcov ze, eso poue el ted c sses de compação ue dov s obs lteás, sses ue pesava is tbuto à egehosdde de seus cdoes do ue sevi p b cho à evelção desss obs se lções biás. Hoe, lteu copd cu ptcee e ãos de u gupo de pofessoes ue se deou ueci pel eção de hedeggeos pseses ue sucedeu à de JePl Ste, e ptcul Ded, Foucul e Bthes. A escol te o oe de decostucoso e epeset o últo estágo pevsvel d supessão d zão e d egção d possbldde d vedde, e oe d flosof. A ividde cdo do tpete s potte do ue o teto lás o teto ão este, soete tepeção. Dess , ulo ue s ecessáo os , o coheceto do ue os teos tê p os dze, tsfeese p o eu subetvo e cdo dos tpetes, ue os decl
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O ELÍNIO A ULTURA OIENTAL
ram não haver texto nem realiae a qe o texto se reira Esta interpretação barata e Nietszche nos libera os imperativos objetivos os textos os qais bem poeriam liberarnos e nossos horizontes caa vez mais baixos e mais estreitos Até aqi to propenia para atenar as exigências qe a traição nos zia mas esta nova invenção a issolve pra e simplesmente A moa passará como já passo em Paris Mas apela aos nossos piores instintos e mostra one resiem nossas tentações É o complemento literário a ciência os ''estilos e via a qe me reeri na segna parte o livro A extravagante terminologia ilosica alemã nos scina e toma o lgar as coisas veraeiramente sérias Não será a última tentativa esse gênero a sobrevir as antigas hmaniaes estronaas na bsca e m império imaginário qe agrae aos gostos emocráticos poplares
Conclusão Descritas estão as sombras qe o último estágio o ensino sperior projeta sobre o iplomao pelo primeiro ciclo Tomaas em conjnto representam aqilo qe a niversiae tem a izer acerca o homem e a sa ecação: a imagem as sombras não é coerente As irenças e as inierenças são enormes Fica icil imaginar qe se encontrem entro a niversiae os meios e a energia necessários para constitir o reconstitir a iéia e m ser hmano clto e restabelecer a "ecação liberal Seja como r a prpria contemplação este panorama já é ma ativiae losca A viente lta e niae a niversiae nm empreenimento qe manistamente a reclama não poeria eixar e preocpar algns e ses membros As qestões estão rmlaas Para qe o ensino liberal exista cmpre apenas ontinar interpelano e maneira séria 394
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pois o naental não consiste tanto e espostas coo e iáloo peanente. É ente esses ofessoes perplos e peo enos poeia persisti a iia a ecação libel, auano a orienta para nossas portas ans jovens e bsca e aliento paa o espírito. A atia aina está presnte na niversiae s a rma e se esvanece. Não á qe espera ma ea eral, as si e as basas não se etina. Os omens poem vive e a ais veaeia e lena leno Platão e Sakespeare do e e ale ota poca, poqe estão participano o se essencial e eseceno sa existência aciental. O to e este tipo e aniae eisti o aer existio e e poeos e ceta aneira, tocála co a ponta os eos torna spotável o ipeito niverso e já não cnseimos tolerar. Na sa beleza obetiva os livos aina eiste e a ns cabe potee e cltiva as tenras pantas, ceano at elas atras o solo inato as alas os estantes Pelo e paece, a natreza ana contina ial nas circnstncias be ieentes e e viveos já qe nos ontamos com os esmos pobleas, eboa co aparência iversa e sentios a necessiae especialente mana, e les a solção, eso qe nossa consciência e nossas ças se tena ebilitao. Depois e le O Banquete, alno e, apaz sio e lo com pona melancolia izendo e ea ipossve iaina a epoção essa máica atosfera e Atenas, na qal oens cltos aios, vivazes e p e ialae e maneira civilizaa as cltal, se enia paa conta istrias amiráveis sobe o sentio e sas aspiaçes. Mas tais experiências estão sepe ao nosso alcance. Na ealiae, a jocosa iscssão e O Banquete decoe e eio a a ea tevel, e Atenas estava estinaa a ee, ano Aistnes e caes, elo enos, via nea o eclnio a civilização ea. Não se enteaa po ao deseseo cltal e, naelas epoáveis cicnstncias oticas, o to e s te
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O DCLNIO DA CLTRA OCINTAL
em abandonado à alegia da natreza demonsto a abili dade do qe há de melho no homem independentemente do acaso das cicnstâncias A edade qe ns nos sentmos mito dependentes da Histia e da clta Aqele alno não podia ler Scrates mas sim o lio de Platão sobe ele o qe talez anda seja melho Scates ea inteligente tinha ami gos e m país elizente lie o bastante paa pemiti qe se enissem e lasse à ontade O qe há de essencial em O nquete, como em qalqe diálogo de Platão pode ser repodzido em todos os tempos e lgares Me alno e ses amios podem eleti em conjn to Claro há qe pensar com intensidade para aprender qe essa relexão talez represente tdo aqilo qe conta Ora aí qe amos lhando ainda qe contine ao nosso alcance improáel mas sepe pesente Ao longo deste lio i zendo eeências à Repúb de Platão qe para mim o liro ndamental sobre edcação já qe me explica edadeiamente o qe sinto como homem e como possor Paticamente me sei de instmento pa ra acentar aqilo qe não deemos espera como ma lição de moderação e de resignação Nele porm todas as impossi bilidades atam como m ltro qe deixa como esído a mais alta e não ilsria possibilidade A edadera comndade h mana no meio de todos os simlacos mtamente contradi trios de comnidade a daqeles qe procam a erdade a dos sábios itais qe dize em pincípio de todos os ho mens na medida em qe tenham o desejo de sabe Na eda de porm mam peqeno gpo o dos atênticos amigos como Platão o era de Aristteles no mesmo instante em qe discodaam aceca da nateza do bem A peocpação qe lhes era comm pelo bem os nia o desacodo em tono do bem proaa qe pecisaam m do otro paa compeendê lo Constitíam ma s alma ao xamna o problema Reside aí segndo Platão a única amizade erdadeira o único e a têntico bem comm É aí qe se pode encontra o contato qe 396