ACURSS. História do Partido Comunista Bolchevique da URSS.pdf

Prefácio

Em 7 de novembro de 1998, comemorou-se em todo o mundo os 80 anos da primeira revolução socialista vitoriosa, realizada em outubro de 1917 na Rússia e dirigida pelo Partido Comunista (bolchevique) da U.R.S.S., tendo à frente, como principal chefe, Vladimir Ilitch Ulianov, Lenin. Ulianov, Lenin. Nenhum outro acontecimento marcou tão profundamente o Século XX. Nenhuma outra revolução, em toda a história, trouxe tão grandes ensinamentos para a humanidade. Pela primeira vez, depois de milénios, os escravos, os camponeses, a juventude, homens e mulheres oprimidos, destruíram o Estado de exploração dos capitalistas e latifundiários e ergueram em seu lugar o Estado socialista da classe operária e dos camponeses pobres. Em menos de oito dias de existência o poder soviético decretou o confisco de terras, realizou a reforma agrária; expropriou os meios de produção da burguesia, as fábricas, os bancos e todo o comércio exterior foram estatizados. O Legislativo, Judiciário e o Executivo foram centralizados nas honradas mãos dos sovietes. O fim da exploração do homem pelo homem deixou de ser uma esperança vaga e impotente para converter-se num programa político claro e preciso, numa luta efetiva de milhões de oprimidos dirigida pelo proletariado. Um novo tipo de democracia surgiu, a democracia proletária ou a ditadura do proletariado, ou seja, o máximo de democracia para os operários e os camponeses e total ruptura com a democracia burguesa. Conhecer a história da revolução Socialista de Outubro e a construção do socialismo na U.R.S.S. se reveste de enorme importância para todos aqueles que lutam pelo socialismo e o comunismo no mundo. Pois, como sabemos a história não segue em linha reta, mas num avançar permanente apesar dos recuos passageiros. Basta ver, que mal os capitalistas começaram a festejar a volta do capitalismo em alguns países e já estão às voltas com a maior crise económica da história e com a retomada das lutas do movimento operário e popular em todo o mundo. A publicação pelas Edições do Centro Cultural Manoel Lisboa do livro História do Partido Comunista (bolchevique) da U.R.S.S. é, portanto, uma grande oportunidade para conhecer o caminho seguido pela classe operária e os camponeses, pelos oprimidos e explorados da Rússia para realizar a revolução: tomar o destino em suas mãos, derrubar o reino da anarquia, da violência, da fome e da exploração capitalista e construir uma sociedade socialista. Temos a certeza, que com essa publicação, estamos contribuindo para se conhecer uma das mais belas páginas da história da humanidade, bem como, para impulsionar a luta pelo triunfo da revolução brasileira, pois, como afirmou Lenin: afirmou Lenin: "Nós começamos a obra. Pouco importa saber quando, em que prazo e os proletários de que nação terminarão essa obra. O essencial é que rompeu o gelo, que se abriu o caminho, que se indicou a direção a seguir". Recife, 6 de março de 1999 Centro Cultural Manoel Lisboa

Introdução

O Partido Comunista (bolchevique) da U.R.S.S. percorreu um longo e glorioso caminho, que vai dos primeiros pequenos círculos e grupos marxistas, formados na Rússia na década de 80 do século passado, até o grande Partido Bolchevique que hoje dirige o primeiro Estado socialista de operários e camponeses do mundo. O Partido Comunista (bolchevique) da U.R.S.S. desenvolveu-se apoiado no movimento operário da Rússia pré-revolucionária daqueles círculos e grupos marxistas que se puseram em contato com o movimento proletário e lhe infundiram uma consciência socialista. O P.C. (bolchevique) da U.R.S.S. guiou-se sempre e continua a guiar-se pela doutrina revolucionária do marxismo-leninismo. Sob as novas condições da época do imperialismo, da época das guerras imperialistas e das revoluções proletárias, seus chefes desenvolveram e impulsionaram a doutrina de Marx e Engels Engels,, elevando-a a uma nova fase. O P.C. (bolchevique) da U.R.S.S. tornou-se grande e forte numa luta de princípios contra os partidos pequeno-burgueses do movimento operário, contra os social-revolucionários (e, antes destes aparecerem, contra seus predecessores, os populistas populistas)), os mencheviques mencheviques,, os anarquistas, os nacionalistas burgueses de todos os matizes, e, dentro do próprio Partido, contra as tendências mencheviques e oportunistas oportunistas,, contra os trotskistas trotskistas,, os bukharinistas bukharinistas,, os porta-vozes de desvios nacionalistas e demais grupos antileninistas. O P.C. (bolchevique) da U.RS.S. se robustecia e se temperava na luta revolucionária contra todos os inimigos da classe operária, contra todos os inimigos dos trabalhadores, contra os latifundiários, os capitalistas, os kulaks,, os sabotadores e os espiões, contra todos os mercenários do cerco capitalista. kulaks A história do P.C. (bolchevique) da U.R.S.S. é a história de três revoluções: a revolução democráticoburguesa de 1905, a revolução democrático-burguesa de fevereiro de 1917 e a revolução socialista de outubro de 1917. A história do P.C. (bolchevique) da U.R.S.S. é a história da derrubada do czarismo, da derrubada do Poder dos latifundiários e capitalistas, a história do esmagamento da intervenção armada estrangeira durante a guerra civil, a história da edificação do Estado Soviético e da Sociedade socialista na U.R.S.S. O estudo da história do P.C. (bolchevique) da U.R.S.S. nos enriquece com a experiência da luta dos operários e camponeses do País Soviético pelo socialismo. O estudo da história do P.C. (bolchevique) da U.R.S.S., o estudo da história das lutas travadas pelo Partido contra os inimigos do marxisnio-leninismo, contra os inimigos dos trabalhadores, ajuda a dominar o bolchevismo e estimula a vigilância política. O estudo da história heróica do P.C. (bolchevique) da U.R.S.S. arma a quem o realiza com o conhecimento das leis que regem o desenvolvimento social e a luta política, com o conhecimento das forças motrizes da revolução. 0 estudo da história do P.C. (bolchevique) da U.R.S.S. fortalece a confiança no triunfo definitivo da grande causa do Partido de Lenin Lenin--Stalin Stalin,, no triunfo do comunismo no mundo inteiro.

Neste livro se expõe sumariamente a história do Partido Comunista (bolchevique) da U.R.S.S. Os editores

Capítulo I — A Luta Pela Criação do Partido Operário Social-Democrata na Rússia !""#-!$%!&

! — A'olição do re(ime da ser)idão e desen)ol)imento do capitalismo industrial na Rússia* —  Aparecimento do proletariado industrial moderno* — Primeiros passos do mo)imento operário*

A Rússia czarista empreendeu o caminho do desenvolvimento capitalista depois de outros países. Até a década de 60 do século passado, existiam na Rússia muito poucas fábricas e empresas industriais. a economia russa predominava o re!ime da servid"o em benefício dos latifundiários nobres. #ste re!ime de servid"o n"o deixava $ue a indústria se desenvolvesse como devia. % trabalho for&ado desses servos dava um baixo rendimento de produ&"o na a!ricultura. 'oda a marcha do desenvolvimento econ(mico for&ava a aboli&"o deste re!ime. ) % !overno czarista, enfra$uecido pela derrota sofrida na !uerra da *riméia e assustado pelas revoltas camponesas contra os latifundiários, viu+se obri!ado a abolir em -6 o re!ime da servid"o. as, nem por isso deixaram os latifundiários de continuar oprimindo os camponeses. Ao conceder+lhes sua /liberta&"o/, os latifundiários despoaram os camponeses ) arrebatando ou escamoteando ) de uma parte considerável das terras $ue estes vinham desfrutando e $ue os camponeses come&aram a desi!nar com o nome de /recortes/. Além disso, obri!aram+nos a pa!ar aos latifundiários um res!ate pela sua /liberta&"o/, num valor total de perto de 1.000 milh2es de rublos. 3epois da aboli&"o do re!ime da servid"o, os camponeses eram obri!ados a tomar em arrendamento as terras dos latifundiários em condi&2es as mais iní$uas. "o poucas vezes, além de pa!ar uma renda em dinheiro ao latifundiário, o campon4s ficava obri!ado a trabalhar de !ra&a e com seus pr(prios instrumentos e animais de tra&"o, determinada $uantidade de terra da$uele. A isto chamavam /pa!amento em trabalho/, /presta&"o pessoal/. % mais fre$uente, porém, era o campon4s ficar obri!ado a pa!ar a renda ao latifundiário em espécie, entre!ando+lhe a metade da colheita. 5sto se denominava /parceria/. *omo se v4, a situa&"o continuava sendo $uase a mesma $ue antes, sob o re!ime de servid"o, com a única diferen&a $ue, a!ora, o campon4s era pessoalmente livre e n"o se podia vend4+lo ou comprá+lo como se fosse um obeto. %s latifundiários usavam diversos métodos de rapina renda, multas, etc.7 para su!ar até a última !ota suas atrasadas explora&2es a!rícolas. A !rande massa de camponeses via+se na impossibilidade de melhorar suas planta&2es, por$ue a opress"o dos donos de terra os impedia. 3aí o enorme atraso da a!ricultura na Rússia antes da revolu&"o, atraso $ue se traduzia em más colheitas e em períodos de fome. %s resíduos do re!ime da servid"o, as enormes contribui&2es ao #stado, e os arrendamentos altíssimos $ue tinham $ue pa!ar pela terra aos latifundiários, $ue n"o poucas vezes excediam aos lucros obtidos na explora&"o a!rícola, conduziam 8 ruína e ao empobrecimento das massas camponesas e obri!avam os camponeses a procurar trabalho fora da aldeia. 5am para fábricas e empresas industriais, fornecendo aos fabricantes m"o+de+obra barata. 9obre as cabe&as dos operários e camponeses se levantava todo um exército de chefes de polícia, !uardas rurais, !endarmes, a!entes de polícia, encarre!ados de defender o czar, os capitalistas e os latifundiários, contra os trabalhadores, contra os explorados. Até o ano de :0-, estiveram em vi!or as penas corporais. "o obstante haver+se abolido a servid"o, o campon4s era surrado pelo menor deslize ou pela falta de pa!amento das contribui&2es. %s !endarmes e os cossacos assassinavam e martirizavam os operários, sobretudo, durante as !reves, $uando estes, abandonavam o trabalho por n"o mais poderem suportar os vexames dos patr2es. a Rússia czarista, os operários e camponeses careciam até dos direitos políticos mais elementares. A autocracia czarista era o pior inimi!o do povo. A Rússia czarista era uma pris"o de povos. As numerosas nacionalidades n"o russas da Rússia czarista achavam+se completamente privadas de direitos, submetidas continuamente a todo !énero de ultraes e humilha&2es. % !overno czarista tinha ensinado 8 popula&"o russa a ver nos povos indí!enas dos territ(rios nacionais ra&as inferiores, 8s $uais se dava o $ualificativo oficial de !ente /de outras ra&as/, e lhe tinha inculcado o desprezo e o (dio a elas. % czarismo alimentava conscientemente as disc(rdias nacionais, a&ulava uns povos contra outros, or!anizava pro!roms de udeus e matan&as entre tártaros e 8 arménios na 'rancaucásia. os territ(rios nacionais, todos ou $uase todos os car!os públicos eram desempenhados por funcionários

russos. % russo era a lín!ua obri!at(ria em todas as institui&2es e nos tribunais. #ra proibido publicar ornais e livros nas lín!uas nacionais ou ensinar nas escolas por meio da lín!ua materna. % !overno czarista esfor&ava+se em sufocar todas as manifesta&2es da cultura nacional e se!uia a política de /russificar/ 8 for&a as nacionalidades n"o russas. % czarismo atuava como verdu!o e tirano dos povos n"o russos. 3epois da aboli&"o do re!ime de servid"o, o desenvolvimento do capitalismo industrial na Rússia se!uiu uma marcha bastante rápida, apesar dos resíduos do re!ime feudal continuarem entorpecendo seu desenvolvimento. 3urante 1; anos, de -6; a -:0, o número de operários, somente nas !randes fábricas e nas estradas de ferro, aumentou de <06.000 para .=>>.000, isto é, de mais do dobro. ais rápido ainda foi o desenvolvimento $ue come&ou a ad$uirir na Rússia a !rande indústria capitalista durante a década de :0. o final desta década, o número de operários $ue trabalhavam nas !randes fábricas, nas empresas industriais, na indústria mineira e nas estradas de ferro, somente em ;0 províncias da Rússia europeia, ascendeu a 1.10<.000, e em toda a Rússia a 1.<:1.000. # este era á um proletariado industrial moderno, $ue se distin!uia radicalmente dos operários das fábricas do período da servid"o e dos operários da pe$uena indústria, do artesanato e de $ual$uer outra indústria, tanto por sua concentra&"o em !randes empresas capitalistas como por sua combatividade revolucionária. #ste rápido pro!resso industrial da década de :0 uniu+se, em primeiro lu!ar, 8 intensa constru&"o de estradas de ferro. 3urante este decénio de -:0 a :007, se construíram mais de 1.000 $uil(metros de novas vias férreas. #stas estradas de ferro absorviam uma $uantidade enorme de metal para os trilhos, locomotivas, va!2es7 e exi!iam um volume cada vez maior de combustível, carv"o de pedra e petr(leo. 5sto ocasionou o desenvolvimento da metalur!ia e das indústrias de combustíveis. a Rússia de antes da revolu&"o, do mesmo modo $ue em todos os países capitalistas, os anos de prosperidade industrial se alternavam com os de crises industriais e estancamento da indústria, crises $ue casti!avam duramente a classe operária, ) lan&ando ao desempre!o e 8 miséria centenas de milhares de trabalhadores. Apesar do desenvolvimento do capitalismo na Rússia ter tomado um ritmo bastante rápido depois da aboli&"o da servid"o, ainda assim o país marchava, em seu desenvolvimento econ(mico, bem atrás de outros países capitalistas. A imensa maioria da popula&"o continuava vivendo da a!ricultura. #m sua famosa obra /% 3esenvolvimento do *apitalismo na Rússia/, ?enin cita al!umas cifras importantes do censo !eral da popula&"o russa, efetuado em -:<. 3estas cifras conclui+se $ue cerca de cinco sextas partes da popula&"o total da Rússia trabalhavam na a!ricultura e a sexta parte restante se distribuía entre a pe$uena e !rande indústria, comércio, transporte ferroviário, fluvial e marítimo, constru&"o e trabalhos florestais. 5sto mostra $ue, apesar do desenvolvimento ad$uirido pelo capitalismo na Rússia, ela em um país a!rário economicamente atrasado, um país pe$ueno+bur!u4s@ isto é, um país em $ue predominava ainda a explora&"o camponesa individual, baseada na pe$uena propriedade, de escasso rendimento. % capitalismo se desenvolvia n"o somente na cidade, mas também no campo. %s camponeses $ue eram a classe mais numerosa na Rússia pré+revolucionária, se foram diferenciando, foram se formando entre eles diversas camadas sociais. 3o setor dos camponeses mais acomodados se destacou uma camada superior, os ulas, a bur!uesia da aldeia, en$uanto $ue de outra parte muitos camponeses se iam arruinando e passavam a en!rossar o número dos camponeses pobres, dos proletários e semiproletários das aldeias. % número de camponeses médios ia diminuindo de ano para ano. #m :0>, havia na Rússia uns 0 milh2es de explora&2es camponesas. #m seu folheto /Aos Bobres da Aldeia/, ?enin calculava $ue dentro desta cifra havia pelo menos tr4s milh2es e meio de explora&2es camponesas sem animais de tra&"o. #stes camponeses, os mais pobres de todos, s( semeavam, !eralmente, um punhado insi!nificante de terra, entre!ando o resto aos ulas e indo trabalhar fora por salário. A situa&"o destes camponeses paupérrimos era a $ue mais perto estava da do proletariado. ?enin os chamava proletários ou semiproletários da aldeia. 3e outras parte, havia dentro da$uela cifra total de 0 milh2es7 um milh"o e meio de explora&2es camponesas ricas, de ulas, $ue concentravam em suas m"os a metade de todas as semeaduras camponesas. #stes bur!ueses do campo prosperavam, oprimindo os camponeses pobres e médios, enri$ueciam+se 8 custa do trabalho dos pe2es e dos ornaleiros a!rícolas e se iam convertendo em capitalistas a!rários. A classe operária da Rússia come&ou a despertar e lutar contra o capitalismo á na década de <0, e, sobretudo, na década de -0 do século passado Canos -00D. A situa&"o dos operários na Rússia czarista era extraordinariamente penosa. a década de -0, a ornada de trabalho, nas fábricas e empresas industriais, n"o era nunca inferior a 1 horas e meia, e na indústria t4xtil che!ava até = e ; horas. #xplorava+se em !randes propor&2es o trabalho da mulher e da crian&a. %s meninos trabalhavam o mesmo horário dos adultos, porém !anhando, assim como

as mulheres, salários muito inferiores. % nível dos salários era extraordinariamente baixo. Eavia muitos operários $ue s( !anhavam < ou - rublos por m4s. %s operários melhor pa!os das fábricas metalúr!icas e de fundi&"o s( !anhavam >; rublos mensais. "o se tomava nenhuma medida de prote&"o do trabalho, o $ue ori!inava acidentes em massa e constantes mortes de operários. "o se conhecia o se!uro+operário, e a assist4ncia médica s( a obtinha a$uele $ue pa!asse. %s operários viviam em condi&2es horríveis, empilhados em tu!úrios, em casas de cFmodos, 8 raz"o de 0 a 1 homens em cada $uarto. Gre$Hentemente os patr2es en!anavam os operários ao lhes fazer as contas das diárias, obri!avam+nos a comprar nos armazéns patronais da fábrica, arti!os tr4s vezes mais caros do $ue valiam e os sa$ueavam por meio de multas. %s operários come&aram a combinar entre si e a apresentar em conunto ao patr"o suas reivindica&2es para melhorar as condi&2es insuportáveis em $ue viviam. Abandonavam o trabalho, isto é, punham+se em !reve. As primeiras !reves, nas décadas de <0 e -0 do século passado Canos -00D, estalavam, em !eral, em protesto contra as multas desmedidas, contra as velhacarias e en!anos propositados $uando faziam os pa!amentos, contra a redu&"o dos salários. as primeiras !reves, os operários, es!otando a paci4ncia, $uebravam 8s vezes as má$uinas, os vidros das fábricas e destruíam os armazéns patronais e escrit(rios da fábrica. %s operários mais conscientes come&aram a compreender $ue para lutar com 4xito contra o capitalismo, era necessário or!anizar+se. # assim, sur!iram as primeiras associa&2es operárias. #m -<;, se or!anizou em %dessa a /Ini"o dos %perários do 9ul da Rússia/. #sta or!aniza&"o operária, a primeira de todas, n"o viveu mais de - ou : meses, sendo ani$uilada pelo !overno czarista. #m Betersbur!o, or!anizou+se, em -<-, a /Ini"o dos %perários Russos do orte/, 8 cua frente se achavam um carpinteiro chamado Jhaltorin e um serralheiro de nome %bnorsi. o pro!rama desta or!aniza&"o se dizia $ue seus obetivos eram análo!os aos dos partidos operários social+democratas dos países ocidentais. 9ua meta final era levar a cabo a revolu&"o socialista, /derrubar o re!ime político e econFmico do #stado existente, como um re!ime completamente inusto/. Im dos or!anizadores desta Ini"o, %bnorsi, tinha vivido al!um tempo no estran!eiro, onde teve ocasi"o de conhecer a atua&"o dos partidos social+democratas marxistas e da Brimeira 5nternacional, diri!ida por arx. #sta circunstKncia imprimiu seu selo ao pro!rama da /Ini"o dos %perários Russos do orte/. % obetivo imediato $ue esta or!aniza&"o se propFs alcan&ar era a con$uista da liberdade e dos direitos políticos do povo liberdade de palavra e de 5mprensa, direito de reuni"o, etc.7. #ntre as reivindica&2es imediatas, fi!urava também a redu&"o da ornada de trabalho. % número de filiados a esta or!aniza&"o era de 100, contando com outros tantos simpatizantes. A Ini"o come&ou a tomar parte nas !reves operárias e a diri!i+las. 'ambém esta or!aniza&"o foi destruída pelo !overno czarista. Borém o movimento operário continuava desenvolvendo+se e estendendo+se a novas e novas re!i2es. a década de -0, aumenta o número de !reves. 3urante cinco anos de -- a --67, produziram+se mais de =- !reves, com um total de -0.000 !revistas. a hist(ria do movimento revolucionário, ocupa um lu!ar de desta$ue a !rande !reve $ue estalou em --; na fábrica /orosov/ de %rehno+9uievo. esta fábrica trabalhavam cerca de -.000 operários. As condi&2es de trabalho pioravam dia a dia@ de --1 até --= o salário foi reduzido cinco vezes, e em --= o salário médio foi diminuído de !olpe em uma $uarta parte, isto é, uns 1;L. *omo se isso fosse pouco, o fabricante orosov n"o deixava os operários viverem em paz pelas contínuas multas. 9e!undo se demonstrou perante os 'ribunais depois da !reve, de cada rublo $ue o operário !anhava, tiravam+lhe por meio de multas de >0 a ;0 centavos de rublo, $ue iam parar no bolso do patr"o. %s operários, dispostos a n"o continuar tolerando este roubo, declararam+se em !reve em aneiro de --;. A !reve foi or!anizada de antem"o. 3iri!iu+a um operário avan&ado, chamado Biotr oiseieno, $ue estivera filiado 8 /Ini"o de %perários Russos do orte/, e $ue tinha á experi4ncia revolucionária. as vésperas da !reve, oiseieno formulou, unto com outros tecel2es dos mais conscientes, uma série de reivindica&2es $ue seriam apresentadas ao patr"o e $ue foram aprovadas em uma reuni"o secreta dos operários. #les exi!iam, antes de tudo, $ue cessasse o sa$ue por meio das multas. M !reve foi esma!ada pela for&a das armas. Goram detidos mais de 600 operários e al!umas dezenas processados. Nreves parecidas com esta sur!iram também no ano de --; nas fábricas de 5vanovo+Oosnesens.

o ano se!uinte, o !overno czarista, assustado com o movimento operário em ascens"o, viu+se obri!ado a promul!ar uma lei sobre as multas. esta lei, dispunlia+se $ue o dinheiro das multas n"o podia ser apropriado pelo patr"o, e $ue tinha $ue ser investido nas necessidades dos pr(prios operários. Bela experi4ncia da !reve da fábrica orosov e outras semelhantes, os operários compreenderam $ue podiam conse!uir muito lutando or!anizadamente. o movimento operário come&avam a destacar+se diri!entes e or!anizadores capazes, dispostos firmemente a defender os interesses da classe operária. Bor esta mesma época, em conse$H4ncia do desenvolvimento operário e sob a influ4ncia do movimento operário do %cidente da #uropa, come&am a ser criadas na Rússia as primeiras or!aniza&2es marxistas.

+ — O populismo e o mar,ismo na Rússia* — Ple.ano) e seu (rupo /0mancipação do 1ra'al.o/*  — Luta de Ple.ano) contra os populistas — Di2usão do mar,ismo na Rússia*

Até o aparecimento dos !rupos marxistas, o trabalho revolucionário, na Rússia, correu a car!o dos populistas, $ue eram adversários do marxismo. % primeiro !rupo marxista russo foi criado em -->. Goi o !rupo $ue, sob o nome /#mancipa&"o do 'rabalho/, N. O. Blehanov or!anizou no estran!eiro, em Nenebra, para onde fora obri!ado a emi!rar, fu!indo 8s perse!ui&2es do !overno czarista pela sua atua&"o revolucionária, % pr(prio Blehanov tinha sido, antes disto, populista. Borém na emi!ra&"o, depois de iniciar+se no conhecimento do marxismo, rompeu com o populismo e se converteu em um notável propa!andista da doutrina marxista. % !rupo /#mancipa&"o do 'rabalho/ realizou um !rande trabalho de difus"o do marxismo na Rússia. 'raduziu para o russo várias obras de arx e #n!els@ o /anifesto do Bartido *omunista/, /'rabalho Assalariado e *apital/, /3o 9ocialismo It(pico ao 9ocialismo *ientífico/ e outras, $ue imprimiam no estran!eiro e faziam circular clandestinamente na Rússia. N. O. Blehanov, Pazulich, Axelrod e outros membros deste !rupo escreveram t ambém uma série de obras explicando a doutrina de arxe #n!els, as idéias do socialismo cientí2ico. arx e #n!els, os !randes mestres do proletariado, foram, por oposi&"o aos socialistas ut(picos, os primeiros $ue tornaram claro $ue o socialismo n"o é fruto das ma$uina&2es de al!uns sonhadores utopistas7, e sim o resultado necessário do desenvolvimento da moderna sociedade capitalista. 9alientaram $ue o re!ime capitalista cairá, da mesma maneira $ue caiu o re!ime feudal, e $ue o pr(prio capitalismo en!endra, com o proletariado, a for&a $ue haverá de enterrá+lo. # demonstraram $ue s( a luta de classe do proletariado, s( o triunfo do proletariado sobre a bur!uesia, libertará a humanidade do capitalismo, da explora&"o. arx e #n!els ensinaram ao proletariado a ter consci4ncia de sua for&a, a ter consci4ncia dos seus interesses de classe, e a unir+se para a luta decisiva contra a bur!uesia. 3escobriram as leis $ue re!em o desenvolvimento da sociedade capitalista e demonstraram cientificamente $ue o desenvolvimento da sociedade capitalista e a luta de classe dentro dela t4m obri!atoriamente $ue conduzir 8 $ueda do capitalismo, e ao triunfo da classe operária, 8 ditadura do proletariado. arx e #n!els ensinaram $ue o derrocamento do poder do capital, e a transforma&"o da propriedade capitalista em propriedade social, não pode ser reali3ada de modo al(um por )ia pací2ica, $ue a classe operária s( conse!uirá isto mediante a aplica&"o da viol4ncia revolucionária contra a bur!uesia, por meio da revolu&"o proletária, instaurando sua domina&"o política, a ditadura do proletariado, a $ual deverá esma!ar a resist4ncia dos exploradores e criar uma nova sociedade, a sociedade comunista sem classes. arx e #n!els ensinaram $ue o proletariado industrial é a classe mais revolucionária e, portanto, a mais avan&ada da sociedade capitalista, e $ue s( uma classe como o proletariado pode a!rupar em torno dela todas as for&as descontentes do capitalismo e conduzi+las ao assalto contra este. Borém, para vencer o velho mundo e criar uma nova sociedade sem classes, o proletariado tem $ue dispor de seu pr(prio partido operário, ao $ual arx e #n!els deram o nome de Bartido *omunista. A difus"o das idéias de arx e #n!els foi a tarefa $ue o primeiro !rupo marxista russo, o !rupo /#mancipa&"o do 'rabalho/ de Blehanov, se tra&ou. #ste !rupo levantou a bandeira do marxismo na imprensa russa do estran!eiro, $uando ainda n"o existia

na Rússia um movimento social+democrata. #ra necessário, antes de tudo, abrir o caminho a este movimento por meio de um trabalho te(rico, ideol(!ico. % principal obstáculo ideol(!ico $ue se levantava contra a difus"o do marxismo e do movimento social democrático na Rússia, na$uele tempo, eram as i déias populistas, $ue ent"o predominavam entre os operários avan&ados e intelectuais de tend4ncia revolucionária. *om o desenvolvimento do capitalismo na Rússia, a classe operária se tinha convertido numa poderosa for&a de van!uarda, capaz de or!anizar a luta revolucionária. %s populistas porém n"o compreendiam o papel de van!uarda da classe operária. %s populistas russos achavam, erradamente, $ue a for&a revolucionária fundamental n"o era a classe operária, e sim os camponesesQ $ue o poder do czar e dos latifundiários se podia derrubar pura e simplesmente por meio de /revoltas/ camponesas. %s populistas n"o conheciam a classe operária e n"o compreendiam $ue, sem aliar+se a esta e sem ser diri!idos por ela, os camponeses por si s(s n"o podiam vencer o czarismo e os latifundiários. "o compreendiam $ue a classe operária é a classe mais revolucionária e avan&ada da sociedade. A princípio, os populistas pretenderam levantar os camponeses para lutar contra o !overno do czar. *om este fim, a uventude intelectual revolucionária, vestindo a roupa camponesa, se lan&ou 8 aldeia, /ao povo/, como ent"o se dizia.  daí $ue lhes vem o nome de populistas/. Borém os camponeses n"o os se!uiram, coisa natural, á $ue a$ueles homens, n"o os conheciam nem os compreendiam como na realidade eram. A maioria dos populistas foram presos pela polícia. #m vista disto, decidiram continuar a luta contra a autocracia czarista com suas pr(prias for&as, sem o povo, o $ue os levou a erros ainda mais !raves. A sociedade populista clandestina chamada /arodnaia Oolia/ /Oontade do Bovo/7 come&ou a preparar o assassinato do czar. #m S. de mar&o de --, al!uns filiados desta sociedade conse!uiram lan&ar uma bomba contra o czar Alexandre 55, matando+o. Borém isto n"o trouxe nenhum benefício para o povo. atando al!uns indivíduos isoladamente, n"o se derrubava a autocracia czarista, nem se destruía a classe dos latifundiários. A va!a do czar morto foi ocupada por outro czar. Alexandre 555, sob o $ual os operários e os camponeses viviam ainda pior. % caminho $ue os populistas tinham escolhido para lutar contra o czarismo, o caminho dos assassinatos individuais, o caminho do terror individual, era falso e preudicial para a revolu&"o. A política do terror individual respondia 8 falsa teoria populista dos /her(is/ ativos e a /multid"o/ passiva $ue a!uarda as fa&anhas dos /her(is/. #sta falsa teoria preconizava $ue somente uns $uantos indivíduos destacados fazem a hist(ria e $ue a massa, o povo, a classe, a /multid"o/, como a chamavam peorativamente os escritores populistas, é incapaz de realiza&2es conscientes e or!anizadas e n"o pode fazer mais $ue se!uir ce!amente os /her(is/. Bor isso, os populistas renunciaram a realizar um trabalho revolucionário de massa entre os camponeses e a classe operária, e empreenderam o caminho do terror individual. %s populistas obri!aram a um dos melhores revolucionários da$uele tempo, 9tepan Jhalturin, a abandonar seu trabalho de or!aniza&"o de uma ?i!a operária revolucionária para entre!ar+se por inteiro ao terrorismo. %s populistas desviavam a aten&"o dos trabalhadores da luta contra a classe opressora, com o assassinato, inútil para a revolu&"o, de uns $uantos+representantes individuais da dita classe. *om isso, freiavam o desenvolvimento da iniciativa e as atividades revolucionárias da cl asse operária e dos camponeses. 5mpediam a classe operária de compreender seu papel diri!ente na revolu&"o e entorpeciam a cria&"o de um partido da classe operária independente. #mbora a sociedade clandestina dos populistas tivesse sido destruída pelo !overno do czar, as idéias do populismo se mantiveram ainda durante muito tempo entre os intelectuais de tend4ncias revolucionárias. %s restos do populismo opunham uma resist4ncia tenaz 8 difus"o do marxismo na Rússia e entorpeciam a or!aniza&"o da classe operária. #is aí, por $ue, na Rússia, o marxismo s( podia desenvolver+se e fortalecer+se lutando contra o populismo. % !rupo /#mancipa&"o do 'rabalho/ lutou contra as falsas idéias dos populistas, mostrando o dano $ue esta doutrina e seus métodos de luta causavam ao movimento operário. #m seus trabalhos diri!idos contra os populistas, Blehanov tornou claro $ue a doutrina deles n"o !uardava a menor rela&"o com o socialismo científico, ainda $ue seus porta+vozes se chamassem também socialistas. Blehanov foi o primeiro $ue fez uma crítica marxista das falsas idéias do populismo. Ao descarre!ar certeiros !olpes contra o populismo, Blehanov fazia, ao mesmo tempo, uma brilhante defesa das idéias marxistas. #m $ue consistiam as falsas idéias fundamentais dos populistas 8s $uais Blehanov assestou um !olpe mortalT

#m primeiro lu!ar, os populistas afirmavam $ue na Rússia o capitalismo era um fenFmeno /casual/, $ue neste país n"o se desenvolveria o capitalismo, nem, portanto, cresceria e se desenvolveria o proletariado. #m se!undo lu!ar, os populistas n"o viam na classe operária a classe mais avan&ada da revolu&"o. 9onhavam com a realiza&"o do socialismo sem o proletariado. Bara eles, a for&a principal da revolu&"o eram os camponeses diri!idos pelos intelectuais, e a comunidade camponesa era considerada como o !érmen e base do socialismo. #m terceiro lu!ar, os populistas professavam idéias falsas e nocivas $uanto 8 marcha da hist(ria humana em !eral. "o conheciam nem compreendiam as leis $ue re!em o desenvolvimento econFmico e político da sociedade. #ram, a este respeito, !ente completamente atrasada. 9e!undo eles, a hist(ria n"o é feita pelas classes e suas lutas, e sim por al!umas personalidades ilustres, os /her(is/, atrás dos $uais marcham 8s ce!as as massas, as /multid2es/, o povo, as classes. ?utando contra os populistas e desmascarando+os, Blehanov escreveu uma série de obras marxistas, $ue serviram para ensinar é educar os marxistas russos. Al!uns dos seus trabalhos, como /% 9ocialismo e a ?uta Bolítica/, /ossas 3iscrepKncias/, /*ontribui&"o ao Broblema do 3esenvolvimento da *oncep&"o onista da Eist(ria/, prepararam o terreno para o triunfo do marxismo na Rússia. #m suas obras, Blehanov expFs os problemas fundamentais do marxismo. 9eu livro /*ontribui&"o ao Broblema do 3esenvolvimento da *oncep&"o onista da Eist(ria/, publicado em -:;, ocupa um lu!ar muito importante. ?enin disse $ue este livro /educou a toda uma !era&"o de marxistas russos/ ?enin t. U5O, pá!. >=<, ed. russa7. #m suas obras diri!idas contra os populistas, Blehanov demonstrou $ue era estúpido colocar o problema como eles colocavam, a saber@ 3eve ou n"o deve desenvolver+se o capitalismo na RússiaT Bois a Rússia, dizia Blehanov, demonstrando com fatos, á está marchando pelo caminho do desenvolvimento capitalista, sem $ue haa for&a capaz de afastá+la deste caminho. A miss"o dos revolucionários n"o consistia em impedir o desenvolvimento do capitalismo na Rússia )  pois nada conse!uiriam em pretend4+lo ), sen"o em apoiar+se na poderosa for&a revolucionária $ue nasce do desenvolvimento do capitalismo, na classe operária, em desenvolver sua consci4ncia de classe, em or!anizá+la, em audá+la a criar um partido operário seu. Blehanov destruiu também a se!unda falsa idéia fundamental dos populistas, $ue consistia em ne!ar o papel de van!uarda do proletariado na luta revolucionária. %s populistas consideravam o aparecimento do proletariado na Rússia como uma espécie de /des!ra&a hist(rica/ e falavam da /cha!a do proletarisxno/. 3efendendo a doutrina marxista e a possibilidade de aplicá+la plenamente na Rússia, Blehanov demonstrou $ue, apesar da supremacia numérica dos camponeses e do número relativamente reduzido dos proletários, era precisamente no proletariado e em seu desenvolvimento $ue os revolucionários deviam cifrar suas principais esperan&as. # por $u4 precisamente no proletariadoT Bor$ue o proletariado, apesar de representar, na$uela época, uma for&a numericamente pe$uena, é a classe dos trabalhadores, a $ual se acha vinculada 8 forma mais pro(ressista da #conomia, a !rande produ&"o, raz"o pela $ual tem ante si um !rande futuro. Bor$ue o proletariado, como classe, cresce de ano para ano e se desen)ol)e politicamente, é facilmente suscetível de or!aniza&"o, !ra&as 8s condi&2es de seu trabalho na indústria, e é, além disso, por sua pr(pria situa&"o proletária, a classe mais revolucionária, pois nada tem 8 perder com a revolu&"o, a n"o ser suas cadeias. "o acontece o mesmo com os camponeses. %s camponeses, bem entendido, $ue isto se refere aos camponeses $ue trabalham para si. .da R.7, apesar de sua !rande massa numérica, s"o uma classe de trabalhadores $ue se acha vinculada 8 forma mais atrasada da #conomia, 8 pe$uena produ&"o, por cua raz"o n"o tem nem pode ter um !rande futuro. %s camponeses, n"o s( n"o cresciam como classe, sen"o $ue, lon!e disso, se desa!re!avam de ano para ano, passando uns os ulas7 para a bur!uesia e outros tornavam+se camponeses pobres proletários e semiproletários7. Ademais, o fato de se acharem disseminados constituía uma dificuldade para sua or!aniza&"o, e sua situa&"o de pe$uenos proprietários fazia com $ue resistissem mais do $ue o proletariado para entrar no movimento revolucionário. %s populistas afirmavam $ue na Rússia o socialismo n"o se realizaria por meio da ditadura do proletariado, sen"o através da comunidade camponesa, na $ual eles viam o !érmen e a base do socialismo. Borém esta sociedade n"o era nem podia ser o !érmen ou a base do socialismo, á $ue nela imperavam os ulas, os /san!uessu!as/ , $ue exploravam os camponeses pobres, os trabalhadores bra&ais do campo e os camponeses médios com menos posses. % fato de $ue existisse formalmente um re!ime comunal de posse da terra e uma reparti&"o desta de conformidade com o número de bocas, reparti&"o $ue se realizava de vez em $uando, n"o mudava em nada a

situa&"o. Vuem se aproveitava da terra eram a$ueles membros da comunidade $ue dispunham de animais de tra&"o, de instrumentos para lavrar e de sementeQ isto é, os camponeses médios acomodados e os ulas. %s camponeses $ue n"o tinham animais de tra&"o, os camponeses pobres e os camponeses de poucas posses, em !eral, viam+se obri!ados a deixar a terra para os ulas, e a trabalhar por salário como trabalhadores bra&ais. a realidade, a comunidade camponesa era uma forma cFmoda para encobrir o predomínio dos ulas e um meio barato nas m"os do czarismo para a arrecada&"o das contribui&2es, se!undo o princípio de fian&a solidária. Bor isso o czar deixava intacta a comunidade camponesa. #ra ridículo considerar esta comunidade como o !érmen ou a base do socialismo. Blehanov destruiu também a terceira falsa idéia fundamental dos populistas@ a do papel primordial $ue estes davam no desenvolvimento social aos /her(is/, 8s personalidades ilustres e suas idéiasQ essa falsa idéia correspondia ao papel insi!nificante $ue os populistas atribuíam 8 massa, 8 /multid"o/, ao povo, 8s classes. Blehanov acusava os populistas de serem idealistas, demonstrando $ue a verdade n"o estava no idealismo e sim no materialismo de arx e #n!els. Blehanov desenvolveu e fundamentou o ponto de vista do materialismo marxista. 3emonstrou, fundamentado nesta doutrina, $ue o desenvolvimento da sociedade é determinado, em última instKncia, n"o pelos deseos e idéias de personalidades eminentes e sim pelo desenvolvimento das condi&2es materiais de exist4ncia da sociedade, pelas modifica&2es operadas nos métodos de produ&"o dos seus bens materiais necessários para a exist4ncia da sociedade, pelas mudan&as operadas nas rela&2es de classe dentro do Kmbito da produ&"o de bens materiais e pela luta de classes em torno do papel e posi&"o $ue estas desempenham no terreno da produ&"o e distribui&"o desses bens materiais. "o s"o as idéias $ue determinam a situa&"o econFmico+social dos homens, e sim a situa&"o econFmico+social dos homens é $ue determina suas idéias. As personalidades mais eminentes podem ficar reduzidas a nada, se suas idéias e seus deseos se op2em ao desenvolvimento econFmico da sociedade, se se op2em 8s exi!4ncias da classe avan&ada. #, pelo contrário, os !randes homens podem realmente che!ar a ser !randes, $uando suas idéias e seus deseos traduzem acertadamente as necessidades do desenvolvimento econFmico da sociedade, as necessidades da classe avan&ada. A afirma&"o dos populistas de $ue a massa n"o é mais do $ue um rebanho e $ue s"o os her(is os únicos $ue fazem a hist(ria e convertem o rebanho em povo, os marxistas contestavam@ n"o s"o os her(is os $ue fazem a hist(ria, e sim é esta $ue faz os her(isQ portanto, lon!e de serem os her(is $ue criam o povo, é o povo $ue cria os her(is e impulsiona o pro!resso da hist(ria. %s her(is, os !randes homens podem desempenhar um papel importante na vida da sociedade somente na medida em $ue saibam compreender com acerto as condi&2es do desenvolvimento da sociedade, compreender como modificá+los para melhorá+las. %s her(is, os !randes homens podem cair no ridículo e converterem+se em pessoas inúteis e fracassadas, se n"o sabem compreender acertadamente as condi&2es de desenvolvimento da sociedade e pretendem arremeter contra as suas exi!4ncias hist(ricas, considerando+se fatuamente como os /criadores/ da hist(ria. A esta cate!oria de her(is fracassados pertenciam, precisamente, os populistas. %s trabalhos literários de Blehanov, sua luta contra os populistas, socavaram profundamente a influ4ncia deles entre os intelectuais revolucionários. Borém a destrui&"o ideol(!ica do populismo estava muito lon!e de ser completa. #sta tarefa ) a de acabar com o populismo, como inimi!o do marxismo ) coube a ?enin. A maioria dos populistas, depois do ani$uilamento do partido /Oontade do Bovo/, rene!ou a luta revolucionária contra o !overno czarista e come&ou a pre!ar a reconcilia&"o e harmonia com o czarismo. as décadas de -0 e :0, os populistas eram á porta+vozes dos interesses dos ulas. % !rupo /#mancipa&"o do 'rabalho/ redi!iu dois proetos de pro!rama dos social+democratas russos o primeiro em --= e o se!undo em --<7. Goi este um passo preparat(rio importantíssimo para a cria&"o de um partido social+democrata marxista na Rússia. Borém o !rupo /#mancipa&"o do 'rabalho/ sofria também de !raves erros. #m seu primeiro proeto de pro!rama ficavam ainda resíduos das concep&2es populistas, admitia+se a tática do terror individual. Blehanov n"o levava em conta também $ue, no transcurso da revolu&"o, o proletariado pode e deve arrastar consi!o os camponeses e $ue s( aliado a eles podia o proletariado triunfar sobre o czarismo. Além disso, Blehanov considerava a bur!uesia liberal como uma for&a capaz de audar, ainda $ue n"o firmemente, a revolu&"o, e no entanto, em al!uns de seus trabalhos, deixava de lado completamente os camponeses, declarando, por exemplo, $ue@ /Gora da bur!uesia e do proletariado, n"o vemos outras for&as sociais em $ue se possam apoiar, em nosso país, as combina&2es oposicionistas ou revolucionárias. Blehanov, t. 555, pá!. :, ed. russa7. #stas falsas idéias de Blehanov foram o !érmen de suas futuras concep&2es menchevi$ues. 'anto o !rupo /#mancipa&"o do 'rabalho/ como os círculos marxistas da$uela época se desenvolviam, praticamente, 8 mar!em do movimento operário. #ra ainda o período de !esta&"o e alicer&amento da teoria marxista

da Rússia, da idéia do marxismo, das teses pro!ramáticas da social+democracia. a década de --= a -:=, a social+democracia russa era formada ainda por uma espécie de pe$uenos !rupos e círculos desli!ados ou com muito pouco contato com o movimento operário de massas. *omo a crian&a $ue ainda n"o nasceu porém á se desenvolve dentro do ventre materno, a social+democracia russa passava, como escreve ?enin, por um /processo de desenvolvimento intra+uterino/. % !rupo /#mancipa&"o do 'rabalho/, /lan&ou somente as bases te(ricas da social+democracia e deu oprimeiro passo para sair ao encontro do movimento operário, disse ?enin. Eavia de ser ?enin $ue cumpriria a miss"o de fundir o marxismo com o movimento operário da Rússia, corri!indo ao mesmo tempo os erros do !rupo /#mancipa&"o do 'rabalho/.

# — Lenin começa sua atuação re)olucionária* — /A 4nião de Luta Pela 0mancipação da Classe Operaria/5 de Peters'ur(o*

Oladimir 5litch ?enin, fundador do bolchevismo, nasceu na cidade de 9imbirs hoe Ilianovs7 no ano de -<0. #m --<, in!ressou na Iniversidade de Jazan, porém pouco depois foi detido e expulso da Iniversidade por tomar parte no movimento revolucionário estudantil. #m Jazan, ?enin fez parte do círculo marxista or!anizado por Gedoseiev. Vuando ?enin se transferiu para 9amara, formou+se em torno dele o primeiro círculo marxista desta cidade. Wá ent"o, ?enin causava assombro pelo seu !rande conhecimento marxista, a todos a$ueles $ue o conheciam. #m fins de -:>, ?enin foi para Betersbur!o. 9uas primeiras interven&2es produziram uma forte impress"o nos círculos marxistas de Betersbur!o. 9eu conhecimento extraordinariamente profundo da obra de arx, sua capacidade para aplicar o marxismo 8 situa&"o econFmica e política da Rússia da$uele tempo, sua fé ardente e in$uebrantável no triunfo da classe operária, seu formidável talento de or!anizadorQ tudo isto converteu ?enin no diri!ente indiscutível dos marxistas de Betersbur!o. %s operários mais avan&ados, aos $uais ?enin ensinava nos círculos de estudo, sentiam por ele um !rande carinho. /ossas li&2es ) conta em suas recorda&2es o operário Xabushin, falando da atua&"o de ?enin nos círculos operários ) tinham um caráter muito animado e interessanteQ todos estávamos contentíssimos com a$uelas li&2es e n"o nos cansávamos de admirar a inteli!4ncia de nosso professor/. #m -:;, ?enin unificou todos os círculos operários marxistas $ue funcionavam em Betersbur!o eram á cerca de 107 na /Ini"o de ?uta Bela #mancipa&"o da *lasse %perária/. #ra um passo preparat(rio para a cria&"o de um partido operário marxista revolucionário. ?enin deu a esta /Ini"o de ?uta/ a miss"o de vincular+se mais estreitamente com o movimento operário de massas e diri!i+lo politicamente. BropFs passar da propa(anda  marxista entre o reduzido número de operários avan&ados, con!re!ados em círculos de propa!anda, para a a(itação política intensa entre as !randes massas da classe operária. #sta vira!em orientada no sentido de a!itar as massas teve uma importKncia muito !rande no desenvolvimento posterior do movimento operário na Rússia. a década de :0 do século passado, a indústria russa atravessava um período de prosperidade. Aumentava o número de operários. % movimento proletário se fortalecia. 3e -:; a -:: n"o baixou de 11.000, se!undo dados incompletos, o número de operários $ue se puseram em !reve. % movimento operário se converteu em uma for&a importante na vida política do país. A pr(pria realidade se encarre!ava de confirmar as idéias dos marxistas, defendidas por eles, em sua luta contra os populistas, a respeito do papel de van!uarda da classe operária no movimento revolucionário. 9ob a dire&"o de ?enin, a /Ini"o de ?uta Bela #mancipa&"o da *lasse %perária/, combinava a luta dos operários por suas reivindica&2es econFmicas ) melhoramento das condi&2es de trabalho, limita&"o da ornada de trabalho, aumento de salário, etc. ) com a luta política contra o czarismo. A /Ini"o de ?uta/ educava politicamente os operários. A /Ini"o de ?uta Bela #mancipa&"o da *lasse %perária/ de Betersbur!o foi, sob a dire&"o de ?enin, a primeira or!aniza&"o da Rússia $ue levou a cabo a 2usão do socialismo com o mo)imento operário.

Vuando estalava uma !reve em $ual$uer fábrica, a /Ini"o/, $ue conhecia ma!nificamente, através dos operários $ue tomavam parte em seus círculos de estudo, a situa&"o de cada empresa, tomava posi&"o imediatamente com a publica&"o de folhetos e manifestos socialistas. estes folhetos, denunciavam+se os abusos $ue os patr2es cometiam contra os operários, explicava+se como deviam lutar estes para defender seus interesses e se reproduziam suas reivindica&2es. #stes folhetos contavam toda a verdade sobre os horrores do capitalismo, da miséria da vida dos operários, de seu trabalho brutal e es!otador, com ornadas de 1 a = horas, da sua falta total de direitos. estes mesmos folhetos se formulavam as reivindica&2es políticas correspondentes. #m fins de -:=, ?enin escreveu, com a colabora&"o do operário Xabushin, o primeiro destes folhetos de a!ita&"o e uma proclama&"o diri!ida aos !revistas da fábrica de 9emianiov de Betersbur!o. o outono de -:;, ?enin escreveu outra proclama&"o aos operários em !reve da fábrica de 'hornton. #sta fábrica era propriedade de uns capitalistas in!leses $ue obtinham lucros fabulosos. A ornada de trabalho, nesta empresa, era de mais de = horas, e os tecel2es !anhavam cerca de < rublos por m4s. A !reve terminou com o triunfo dos operários. #m pouco tempo, a /Ini"o de ?uta/ editou dezenas de folhetos e de manifestos, diri!idos aos operários de diversas fábricas. *ada um deles levantava e fortalecia o espírito dos operários. #les viam $ue os socialistas os apoiavam e defendiam. o ver"o de -:6 se realizou, em Betersbur!o, sob a dire&"o da /Ini"o de ?uta/, uma !reve de >0.000 operários t4xteis. A reivindica&"o principal dos !revistas era a redu&"o da ornada de trabalho. 9ob a press"o desta !reve, o !overno czarista viu+se obri!ado a promul!ar a ?ei de 1 de unho de -:<, limitando a ornada de trabalho para  horas e meia. Antes desta lei, n"o existia limita&"o al!uma. #m dezembro de -:;, ?enin foi detido pelo !overno czarista. Borém, mesmo da pris"o, prosse!uiu sua luta revolucionária. Audava a /Ini"o/ com seus conselhos e indica&2es, enviando folhetos e manifestos. o cárcere, ?enin escreveu o seu folheto /9obre as Nreves/ e o manifesto /Ao Noverno *zarista/, no $ual se punha a nu o despotismo selva!em da$uele re!ime. ?enin também escreveu na pris"o um proeto de pro!ramas do Bartido teve de escrev4+lo com leite entre as linhas de um livro de edicina7. A /Ini"o de ?uta/ de Betersbur!o imprimiu um poderoso impulso 8 fus"o dos círculos operários em a!rupamentos análo!os, em outras cidades e re!i2es da Rússia. #m meados da década de :0, apareceram as primeiras or!aniza&2es marxistas na 'ranscaucásia. #m -:=, se formou em oscou a /Ini"o %perária/ desta cidade. #m fins do século, se constituiu a /Ini"o 9ocial+3emocrata/ da 9ibéria. o dec4nio de :0, sur!iram também !rupos marxistas em 5vanovo+Oosnesens, 5aroslavi e Jrostrama, os $uais se uniram depois para formar a /Ini"o do Bartido 9ocial+3emocrata do orte/. a se!unda metade desta mesma década, criaram+se também a!rupamentos social+democratas em Rostov sobre o 3on, #aterinoslav, Jiev, icolaiev, 'ula, 9amara, Jazan, %reovo+9uievo e em outras cidades. A importKncia da /Ini"o de ?uta Bela #mancipa&"o da *lasse %perária/ de Betersbur!o, consistia em $ue esta or!aniza&"o era, se!undo a express"o de ?enin, o primeiro come&o sério de um partido re)olucionário apoiado no mo)imento operário. A experi4ncia revolucionária da /Ini"o/ de Betersbur!o havia de servir a ?enin, em sua atua&"o posterior, de base para a cria&"o de um Bartido social+democrata marxista na Rússia. 3epois da deten&"o de ?enin e de seus companheiros de luta mais pr(ximos, se renovou consideravelmente a dire&"o da /Ini"o de ?uta/ de Betersbur!o. 9ur!iram elementos novos, $ue se chamavam a si pr(prios de /ovens/, denominando a ?enin e seus companheiros de luta /os velhos/. #sta !ente come&ou a se!uir uma linha política falsa. 3eclaravam $ue aos operários devia interessar somente a luta econFmica contra os patr2es e $ue a luta política cabia 8 bur!uesia liberal, 8 $ual correspondia a dire&"o da mesma. #sta !ente come&ou a ser conhecida pelo nome de /economistas/. %s /economistas/ foram o primeiro !rupo conciliador, oportunista, $ue se formou, na Rússia, dentro das fileiras das or!aniza&2es marxistas.

6 — Luta de Lenin contra o populismo e o /mar,ismo le(al/* — A id7ia leninista da aliança entre a classe operária e os camponeses* — Primeiro con(resso do Partido Operário Social-Democrata da Rússia*

Ainda $ue Blehanov á tivesse assestado, na década de -0, um rude !olpe no sistema das idéias populistas, em come&os da década de :0, estas idéias encontravam ainda acolhida em uma parte da uventude

revolucionária. Ima parte da uventude continuava acreditando $ue a Rússia podia fu!ir da traet(ria capitalista e $ue seriam os camponeses e n"o a classe operária $ue desempenhariam o papel fundamental da revolu&"o. %s populistas $ue restavam, tudo faziam para entorpecer a difus"o do marxismo na Rússia, lutavam contra os marxistas e procuravam desacreditá+los a todo custo. Bara asse!urar uma mais ampla difus"o do marxismo e a possibilidade de criar um Bartido social+democrata, era necessário esma(ar definitivamente o populismo no terreno ideol(!ico. #ste trabalho foi realizado por ?enin. #m seu livro /Vuem s"o os /ami!os do povo/ e como lutam contra os social+democratasT/ publicado em -:=7, ?enin pFs a nu completamente a verdadeira face dos populistas, como falsos /ami!os do povo/ $ue trabalhavam na realidade contra este. a década de :0, há muito tempo $ue os populistas tinham rene!ado, no fundo, toda a luta revolucionária contra o !overno czarista. %s populistas liberais aconselhavam a reconcilia&"o com o czarismo. /Bensam in!enuamente, ) escrevia ?enin, referindo+se aos populistas da$uele tempo ) $ue implorando com submiss"o e do&ura, este !overno poderá aeitar tudo a contento/ ?enin, ., pá!. 6, ed. russa7. %s populistas da década de :0 fechavam os olhos ante a situa&"o dos camponeses pobres, ante a luta de classes no campo, ante a explora&"o dos camponeses pobres, pelos ulas e elo!iavam o desenvolvimento das fazendas destes. a realidade, atuavam como porta+vozes dos interesses dos ulas. Ao mesmo tempo, em seus ornais, os populistas mantinham uma campanha de difama&"o contra os marxistas. 3esfi!urando e deformando conscientemente as idéias dos marxistas russos, faziam crer aos seus leitores $ue os marxistas procuravam a ruína do campo, $ue $ueriam /fazer passar cada mui pelo forno da fábrica/. ?enin desmascarou estas calúnias da crítica populista e demonstrou $ue o $ue importava n"o eram os /deseos/ dos marxistas, e sim o processo real do desenvolvimento do capitalismo na Rússia, $ue fazia crescer inevitavelmente o contin!ente do proletariado. # $ue o proletariado seria o coveiro do re!ime capitalista. ?enin pFs em evid4ncia $ue os verdadeiros ami!os do povo, $ue $ueriam acabar com a opress"o dos capitalistas e latifundiários e destruir o czarismo, n"o eram os populistas e sim os marxistas. #m seu livro /Vuem s"o os /ami!os do povoT/, ?enin destaca, pela primeira vez, a idéia da alian&a revolucionária entre os operários e camponeses como meio fundamental para derrubar o poder do czarismo, dos latifundiários e da bur!uesia. #m uma série de trabalhos deste período, ?enin submete 8 crítica os meios de luta política de $ue se serviam os militantes do !rupo mais importante dos populistas ) o da /Oontade do Bovo/ ) e $ue mais tarde utilizariam os social+revolucionários ) continuadores dos populistas ), principalmente a tática do temor individual@ ?enin considerava essa tática preudicial para o movimento revolucionário, por$ue abandonava a luta das massas pela luta de uns $uantos her(is individuais. #sta tática refletia a falta de fé no movimento revolucionário do povo. a obra /Vuem s"o os /ami!os do povoT/, ?enin tra&a as tarefas fundamentais dos marxistas russos. A seu ver, estes deviam, antes de tudo, tomando como base os dispersos círculos marxistas, or!anizar um Bartido operário socialista único. Assinalava além disso, $ue tinha de ser precisamente a classe operária da Rússia, aliada com os camponeses, a $ue derrubaria a autocracia czaristaQ feito isso, o proletariado russo aliado com as massas trabalhadoras e exploradas, untamente com o proletariado de outros países, marcharia pelo caminho reto da luta política aberta para a vit(ria da revolu&"o comunista. Assim, pois, ?enin mostrava acertadamente, faz mais de =0 anos, o caminho de luta pelo $ual havia de marchar a classe operária, definia sua miss"o como for&a revolucionária avan&ada da sociedade e definia ao mesmo tempo a miss"o dos camponeses, como aliados da classe operária. A luta de ?enin e de seus partidários contra o populismo conduziu, á na década de :0, ao completo e definitivo esma!amento ideol(!ico do populismo. 'eve também uma importKncia imensa a luta de ?enin contra o /marxismo le!al/. #m todos os !randes movimentos sociais da hist(ria há indivíduos $ue se untam temporariamente ao movimento para lo!o depois separar+se dele. 'al foi o $ue ocorreu com os chamados /marxistas le!ais/. 3iante da !rande difus"o $ue o marxismo ia ad$uirindo na Rússia, al!uns intelectuais bur!ueses come&aram também a vestir+se com esta roupa!em, publicando arti!os nos ornais e revistas le!ais, isto é, autorizados pelo !overno do czar. 3aí o nome de /marxistas le!ais/ com $ue se come&ou a chamá+los. #sta !ente lutava a seu modo contra os populistas. Borém tentavam utilizar esta luta e a bandeira do marxismo para subordinar e adaptar o movimento operário aos interesses da sociedade bur!uesa, aos interesses da bur!uesia. Bara isso, descartavam da doutrina de arx os pontos fundamentais@ a teoria da revolu&"o proletária, da ditadura do proletariado. % representante mais destacado dos marxistas le!ais, Biotr 9truve, elo!iava a bur!uesia, e, em vez de preconizar a luta revolucionária contra o re!ime capitalista, convidava os operários a /reconhecer nossa

incultura e aprender do capitalismo/. a luta contra os populistas, ?enin considerava lícito estabelecer um acordo temporário com os /marxistas le!ais/ para utilizá+los contra a$ueles, editando, por exemplo, uma sele&"o de trabalhos contra os populistas. Borém, ao mesmo tempo, ?enin criticava com toda crueza, os /marxistas le!ais/, pondo a nu sua medula liberal+bur!uesa. uitos destes /companheiros de via!em/ se converteram lo!o em adetes nome do partido mais importante da bur!uesia russa7 e, durante a !uerra civil, em fanáticos !uardas brancos. Ao mesmo tempo $ue se criavam /Ini2es de ?uta/ em Betersbur!o, oscou, Jiev, etc., criaram+se também or!aniza&2es social+democratas nas nacionalidades localizadas no %cidente da Rússia. a década de :0, desli!aram+se do partido nacionalista polaco al!uns elementos marxistas e formaram a /9ocial+democracia da BolFnia e ?ituKnia/. #m fins do século criaram+se or!aniza&2es social+democratas na ?etFnia. #m outubro de -:< se constituiu, nas províncias ocidentais da Rússia, a Ini"o !eral social+democrata  udia, o /Xund/. #m -:-, al!umas /Ini2es de ?uta/, as de Betersbur!o, oscou, Jiev, #aterinoslav e o /Xund/, fizeram a primeira tentativa de unificar+se para formar um Bartido social+democrata. *om este fim se reuniram em ins, mar&o de -:-, no primeiro *on!resso do Bartido %perário 9ocial+3emocrata da Rússia B.%.9.3.R.7. M este primeiro con!resso do B.%.9.3.R. assistiram, no total, : dele!ados. ?enin n"o assistiu, pois na$uela época se achava deportado na 9ibéria. % *omit4 *entral do Bartido, eleito no dito *on!resso, n"o tardou em ser preso. % /anifesto/ lan&ado em nome do *on!resso sofria ainda de muitos defeitos. ele, n"o se assinalava a miss"o da con$uista do Boder político pelo proletariado, n"o se dizia nem uma palavra sobre a he!emonia do proletariado, e se fu!ia ao problema dos aliados deste em sua luta contra o czarismo e a bur!uesia. #m suas resolu&2es e no /anifesto/, o con!resso proclamava a funda&"o do Bartido %perário 9ocial+3emocrata da Rússia. este ato formal, $ue desempenhou um !rande papel no conunto da propa!anda revolucionária, residiu a importKncia do primeiro *on!resso do B.%.9.3.R. Borém, apesar de haver+se celebrado este primeiro *on!resso, na Rússia n"o existia ainda, de fato, um Bartido social+democrata marxista. % *on!resso n"o tinha conse!uido unir e li!ar or!anicamente os diversos !rupos e or!aniza&2es marxistas. "o existia ainda uma linha única de trabalho entre as or!aniza&2es locais@ n"o existia um pro!rama do Bartido, nem estatutos deste, nem um centro único de dire&"o. #stas causas, li!adas a outra série de motivos, fizeram com $ue a dispers"o ideol(!ica entre as diversas or!aniza&2es locais fosse num crescendo, criando assim as condi&2es propícias para $ue se fortalecesse dentro do movimento operário a corrente oportunista do /economismo/. Goram necessários vários anos de intensa luta de ?enin e do peri(dico /5sra/ /A chispa/7, or!anizado por ele, para acabar com a$uela dispers"o ideol(!ica, superar as vacila&2es oportunistas e preparar a cria&"o do Bartido %perário 9ocial+3emocrata da Rússia.

8 — Luta de Lenin contra o /0conomismo/* — Aparece o 9ornal leninista /Isra/*

?enin n"o assistiu ao primeiro con!resso do B.%.9.3.R. Achava+se na$uele tempo deportado na 9ibéria, na aldeia de 9hushnsoe, por ordem do !overno czarista, depois de um lon!o tempo de pris"o em Betersbur!o, motivada pelo seu trabalho na /Ini"o de ?uta Bela #mancipa&"o da *lasse %perária/. Borém ?enin prosse!uia seu trabalho revolucionário do desterro. Goi lá onde terminou sua importantíssima obra científica /% 3esenvolvimento do *apitalismo na Rússia/, $ue vinha rematar o esma!amento ideol(!ico do populismo. 'ambém escreveu no desterro seu conhecido folheto intitulado /As tarefas dos social+democratas russos/. Apesar de achar+se isolado do trabalho prático revolucionário direto, ?enin sabia manter contato com ativistas revolucionários, mantinha correspond4ncia com eles, informava+se por seu intermédio e lhes dava conselhos. 3urante este tempo, ?enin se ocupou especialmente do problema dos /economistas/. *ompreendia melhor do $ue nin!uém $ue o /economismo/ era a célula fundamental da doutrina conciliadora, do oportunismo e $ue o triunfo do /economismo/ no movimento operário si!nificaria o solapamento do movimento revolucionário do proletariado, a derrota do marxismo.

Bor isso ?enin come&ou a combater os /economistas/ desde o primeiro dia de seu aparecimento. %s /economistas/ afirmavam $ue o operariado devia lutar somente no campo econFmico, deixando a luta política a car!o da bur!uesia liberal, a $ual os operários deviam apoiar. ?enin considerava estas prédicas dos /economistas/ como pr(prias de rene!ados do marxismo, como a ne!a&"o da necessidade de um partido político independente para a classe operária, como uma tentativa de converter a classe operária num ap4ndice político da bur!uesia. #m -::, um !rupo de /economistas/ Broopovich, Jusova e outros, $ue mais tarde se tornaram adetes7 lan&ou um manifesto. ele se declaravam contrários ao marxismo revolucionário e exi!iam $ue o proletariado renunciasse a criar um partido político independente, $ue a classe operária renunciasse 8s suas reivindica&2es políticas pr(prias. %s /economistas/ achavam $ue a luta política era tarefa da bur!uesia liberal e $ue os operários tinham bastante com $ue ocuparse na luta econFmica contra os patr2es. 3epois de conhecer este documento oportunista, ?enin convocou uma confer4ncia dos deportados políticos marxistas nas imedia&2es da aldeia em $ue se achava, e, < camaradas, com ?enin 8 frente, formularam um enér!ico protesto, denunciando as idéias dos /economistas/. #ste protesto, redi!ido por ?enin, circulou pelas or!aniza&2es marxistas de toda a Rússia e teve uma importKncia formidável para o desenvolvimento do marxismo e do partido marxista na Rússia. %s /economistas/ russos pre!avam as mesmas idéias dos adversários do marxismo nos partidos social+democratas do estran!eiro ) os chamados /bernsteinianos/, isto é, os partidários do oportunista Xernstein. Bor isso, a luta de ?enin contra os /economistas/ era, ao mesmo tempo, uma luta contra o oportunismo internacional. A luta fundamental mantida contra o /economismo/ pela cria&"o de um partido político independente do proletariado, ficou a car!o do ornal clandestino /5sra/, criado por ?enin. #m come&os de :00, ?enin e outros filiados 8 /Ini"o de ?uta/ re!ressaram do desterro da 9ibéria para a Rússia. ?enin se propFs criar um !rande ornal ile!al para todo o país. #xistia á uma !rande $uantidade de círculos e or!aniza&2es marxistas, porém sem li!a&"o entre si. a$uele momento em $ue, dizendo com as palavras do camarada 9talin, /o trabalho de tipo artes"o e o mal de círculos isolados minavam o partido de alto a baixo, e no $ual a dispers"o ideol(!ica era o tra&o característico da vida interna do partido/, a cria&"o de um ornal clandestino para toda a Rússia era a tarefa fundamental $ue se apresentava aos marxistas revolucionários. 9( este ornal podia li!ar entre si as dispersas or!aniza&2es marxistas e preparar a cria&"o de um verdadeiro partido. as um ornal assim era impossível or!anizar na Rússia czarista, por causa das perse!ui&2es policiais. #m um ou dois meses, seria descoberto pela polícia e destruído. ?enin decidiu, pois, editá+lo no estran!eiro. % ornal, impresso em papel fino e resistente, era introduzido ile!almente na Rússia. Al!uns números da /5sra/ se reproduziam dentro do país, nas 5mprensas clandestinas de Xaú, Jishínev, 9ibéria, etc. o outono de :00, ?enin foi para o estran!eiro a fim de entrevistar+se com os camaradas do !rupo /#mancipa&"o do 'rabalho/ sobre a publica&"o de um ornal político para toda a Rússia. #ste ornal havia sido idealizado por ?enin no desterro, em todos os detalhes. Vuando passou de volta do desterro, ?enin teve em Ifá, Bsov, oscou e Betersbur!o uma série de entrevistas sobre o ornal proetado. #m todas estas cidades, combinou com os camaradas c(di!os para correspond4ncia clandestina e senhas para o envio de publica&2es, e examinou com eles o plano para a luta futura. % !overno czarista compreendia $ue tinha em ?enin um inimi!o peri!osíssimo. #m sua correspond4ncia secreta, o a!ente da /ohrana/ czarista, o policial Pubatov escrevia@ /Eoe n"o há nin!uém mais importante $ue Ilianov ?enin7 no campo da revolu&"o/ e por isso ul!ou oportuno tomar medidas, para or!anizar o assassinato de ?enin. *he!ando ao estran!eiro ?enin se entrevistou com o !rupo /#mancipa&"o do 'rabalho/, isto é, com Blehanov, Axelrod e Pazulich, combinando com eles a edi&"o em comum do ornal /5sra/. 'odo o plano desta publica&"o tinha sido concebido e tra&ado por ?enin do princípio ao fim. #m dezembro de :00, apareceu no estran!eiro o primeiro número do ornal /5sra/. ?o!o abaixo do título vinha o se!uinte lema@ / Da c.ispa nascerá a c.ama/. #ram palavras tomadas da resposta dos /deabristas/ 8 mensa!em do poeta Bushin saudando+os $uando estavam desterrados na 9ibéria. *om efeito, a /5sra/, isto é, a

chispa acesa por ?enin, havia de provocar, com o tempo, a chama do !rande inc4ndio revolucionário $ue arrasou até aos alicerces a monar$uia czarista com sua nobreza, os latifundiários e o Boder da bur!uesia.

Resumo

% Bartido %perário 9ocial+3emocrata marxista na Rússia sur!iu, principalmente, da luta contra o populismo, contra suas idéias falsas e nocivas para a causa da revolu&"o. 9( destruindo ideolo!icamente as concep&2es dos populistas podia preparar+se o terreno para a cria&"o do Bartido operário marxista na Rússia. Blehanov e seu !rupo /#mancipa&"o do 'rabalho/ assestaram um !olpe decisivo no populismo na decada de -0 do século passadoC-00D. a década de :0, ?enin rematou o esma!amento ideol(!ico do populismo e terminou com ele. % !rupo /#mancipa&"o do 'rabalho/, fundado em -->, realizou um !rande trabalho de difus"o do marxismo na RússiaQ lan&ou as bases te(ricas da social+democracia e deu o primeiro passo para sair ao encontro do movimento operário. *om o desenvolvimento do capitalismo na Rússia, cresceu rapidamente o contin!ente do proletariado industrial. #m meados da década de -0, a classe operária come&ou a marchar pelo caminho da luta or!anizda, pelo caminho da atua&"o de massas e sob a forma de !reves or!anizadas. Borém os !rupos e círculos marxistas s( se ocupavam de propa!anda, sem compreender bem a conveni4ncia de passar ao trabalho de a!ita&"o de massas dentro da classe operáriaQ por esse motivo ainda n"o se achavam em contato com o movimento operário, n"o o diri!iam. A /Ini"o de ?uta Bela #mancipa&"o da *lasse %perária/, criada por ?enin em Betersbur!o no ano de -:;, $ue desenvolveu um trabalho de a!ita&"o de massas entre os operários e diri!iu !reves de massas, representava uma nova etapa, a passa!em para a a!ita&"o de massas entre os operários e a fus"o do marxismo com o movimento operário. #sta /Ini"o de ?uta Bela #mancipa&"o da *lasse %perária foi o primeiro !érmen do partido operário revolucionário na Rússia. 9e!uindo as pe!adas da /Ini"o de ?uta/ de Betersbur!o, criaram+se or!aniza&2es marxistas em todos os principais centros industriais da Rússia e nas nacionalidades encravadas na periferia. #m -:- fez+se a primeira tentativa, $ue n"o prosperou, de unificar as or!aniza&2es social+democratas marxistas em um partido, reunindo+se o primeiro *on!resso do B.%.9.3.R. Borém este *on!resso n"o conse!uiu ainda criar o Bartido@ n"o existia pro!rama nem estatutos do Bartido, nem centro único de dire&"o, nem $uase nenhuma li!a&"o entre os círculos e !rupos marxistas. Bara unir e li!ar entre si as or!aniza&2es marxistas dispersas, formando um partido único, ?enin concebeu e realizou o plano de cria&"o do primeiro ornal revolucionário marxista para toda a Rússia, a /5sra/. %s principais adversários da cria&"o de um partido político operário único eram, nesta época, os /economistas/. #les ne!avam a necessidade de semelhante partido. Apoiavam a dispers"o e o trabalho 8 maneira artes" e achavam usto o !rande mal de círculos isolados. *ontra eles, precisamente, era $ue ?enin e a /5sra/ criada por ele, diri!iam seus !olpes. % aparecimento dos primeiros números da /5sra/ :00+:07 representou a passa!em para o novo período, o período da verdadeira cria&"o, na base dos círculos e !rupos dispersos, do Bartido %perário 9ocial+3emocrata da Rússia.

Capítulo II — Formação do Partido Operário Social-Democrata da Rússia. Surgem duas raç!es "o partido# a $olc%e&i'ue e a me"c%e&i'ue ()*+)-)*+,

) — uge do mo&ime"to re&olucio"ário "a Rússia "os a"os de )*+) a )*+,. Em fins do Século XIX, estalou na Europa uma crise industrial. Esta crise não tardou em estender-se também à Rússia. Durante os anos da crise — !"" a !"# — fec$aram-se #.""" %randes e pe&uenas empresas. 'ais de "".""" oper(rios foram lan)ados à rua. *s sal(rios dos &ue continuaram trabal$ando e+perimentaram uma brusca diminui)ão. *s capitalistas apressaram-se em reo%ar as insi%nificantes concesses &ue os oper(rios l$es $aiam arrancado à for)a de tenaes %rees de c ar(ter econ/mico. 0orém a crise industrial e o desempre%o não paralisaram nem debilitaram o moimento oper(rio. 1on%e disso, a luta dos oper(rios come)ou a ad&uirir um car(ter cada e mais reolucion(rio. *s oper(rios foram passando das %rees de car(ter econ/mico às %rees de car(ter pol2tico. 0or último, passaram à etapa das manifesta)es, formulando diersas reiindica)es pol2ticas em torno das liberdades democr(ticas e lan)ando à consi%na de 34bai+o a autocracia carista53. 4 %ree de Io. de 'aio de !" na f(brica de material de %uerra 3*bu6$o3, de 0etersbur%o, se conerteu num c$o&ue san%rento entre os oper(rios e a tropa. *s oper(rios s7 podiam faer frente aos destacamentos armados do carismo com pedras e peda)os de ferro. 8oi encida a tena resist9ncia dos oper(rios, e ap7s ela eio uma terr2el repressão: foram detidos cerca de ;"" oper(rios, muitos dos &uais foram encarcerados e outros morreram na prisão. 0orém a $er7ica 3defesa de *bu6no3 e+erceu uma %rande influ9ncia sobre os oper(rios da Rússia e despertou entre eles uma onda de simpatia. Em mar)o de !"< produiram-se as %randes %rees e a manifesta)ão dos oper(rios de =atum, or%aniadas pelo >omit9 social-democrata da&uela cidade. 4 manifesta)ão de =atum p/s de pé os oper(rios e as massas camponesas da ?ranscauc(sia. @o mesmo ano de !"<, desencadeou-se uma %rande %ree em Rosto sobre o Don. @o princ2pio, s7 os ferroi(rios abandonaram o trabal$o, porém depois se uniram a eles os oper(rios de muitas f(bricas. Esta %ree leantou todos os oper(rios de Rosto, e nos com2cios or%aniados nos arredores da cidade durante (rios dias se reuniram mais de #".""" prolet(rios. @estes com2cios liam-se em o alta as proclama)es social-democratas e diersos oradores faiam uso da palara. @em a pol2cia nem os cossacos eram suficientemente fortes para dispersar os muitos mil$ares de oper(rios con%re%ados na&uelas assembleias. 4 pol2cia matou (rios oper(riosA no dia se%uinte seu enterro se conerteu numa imensa manifesta)ão. * %oerno carista iu-se obri%ado a traer tropas das %uarni)es iin$as para poder esma%ar a %ree. 4 luta dos oper(rios de Rosto foi diri%ida pelo >omité do Don do 0.*.S.D.R. @o ano de !"#, as %rees assumiram propor)es ainda maiores. Durante este ano produiram-se (rias %rees pol2ticas de massas no Sul, estendendo-se a toda a ?ranscauc(sia B=a6ú, ?iflis, =atumC e às principais cidades da crnia B*dessa, Fie, E6aterimoslaC. 4s %rees apresentaam um car(ter cada e mais tena e mais or%aniado. 4o contr(rio do &ue ocorrera em outras a)es anteriores da classe oper(ria, a%ora &uase toda a luta pol2tica dos oper(rios come)aa a ser diri%ida por >omités social-democratas. 4 classe oper(ria da Rússia se ia leantando na luta reolucion(ria contra o poder carista. * moimento oper(rio repercutia entre os camponeses. @a primaera e no erão de !"<, estalou um moimento campon9s na crnia Bnas pro2ncias de 0oltaa e F$ar6oC e na re%ião do Gol%a. *s camponeses incendiaam as propriedades sen$oriais, se apoderaam das terras e mataam os 3ems6ie nac$alni6i3 e latifundi(rios mais odiados. Eniaram-se contra os camponeses subleados for)as armadas &ue entraram a tiros nas aldeiasA centenas de camponeses foram detidos e os diri%entes e or%aniadores do moimento encarcerados, porém o moimento reolucion(rio campon9s se%uia sua marc$a ascendente. 4 atua)ão reolucion(ria dos oper(rios e camponeses indicaa &ue na Rússia se estaa %estando e se apro+imaa a reolu)ão. Sob a influ9ncia da luta reolucion(ria dos oper(rios, robusteceu-se também o moimento de oposi)ão entre os estudantes. >omo réplica às manifesta)es e às %rees estudantis, o %oerno fec$ou as niersidades, prendeu centenas de estudantes, e, por último, sur%iu a ideia de mobiliar os estudantes rebeldes como soldados. >omo resposta a isto, os alunos de todos os centros superiores de ensino or%aniaram, durante o inerno de !" a !"<, uma %ree %eral de estudantes &ue afetou a #".""" pessoas. * moimento reolucion(rio dos oper(rios e camponeses e, sobretudo, a repressão contra os estudantes,

puseram também de pé a bur%uesia e os latifundi(rios liberais &ue tin$am sua plataforma nos c$amados 3emstos3A obri%aram-nos a leantar a o 3protestando3 contra o 3ri%or3 do %oerno carista, &ue casti%aa duramente seus fil$in$os, os estudantes. * ponto de apoio destes liberais eram os 3ems6ie uprai3. >$amaam-se assim os or%anismos de tipo local cuHa compet9ncia se ac$aa circunscrita a &uestes puramente municipais, relacionadas com a popula)ão rural Bconstru)ão de estradas, de $ospitais e escolas, etcC. @os ditos or%anismos os sen$ores de terra liberais desempen$aam um papel bastante destacado. Estes se ac$aam estreitamente inculados e &uase fundidos com a bur%uesia liberal, pois come)aam a passar, em suas propriedades, do sistema semifeudal ao capitalista, mais benéfico para seus interesses. 4mbos os %rupos de liberais eram, naturalmente, partid(rios do %oerno carista, embora não estiessem de acordo com o 3ri%or3 do carismo, precisamente por&ue temiam &ue este 3ri%or3 pudesse robustecer o moimento reolucion(rio. E, ainda &ue os alarmasse o 3ri%or3 carista, alarmaa-os ainda mais a reolu)ão. >om seus protestos contra o 3ri%or3 carista, os liberais perse%uiam dois fins: em primeiro lu%ar, faer o car 3entrar na raão3A em se%undo lu%ar aparentar farisaicamente um 3%rande descontentamento3 com o carismo, para deste modo %an$ar a confian)a do poo, desiar este ou uma parte dele da reolu)ão e debilitar assim o moimento reolucion(rio. * moimento liberal dos 3emstos3 não representaa, eidentemente, nen$um peri%o para a e+ist9ncia do carismo, porém era, apesar de tudo, um ind2cio de &ue este não estaa muito bem aHustado com os esteios 3seculares3 do re%ime carista. * moimento liberal dos 3emstos3 conduiu, em !"<, à or%ania)ão do %rupo bur%u9s denominado 31iberta)ão3 &ue $aia de ser o núcleo constitutio do futuro e principal partido da bur%uesia russa, do partido dos 6adetes. Gendo &ue o moimento oper(rio e campon9s se estendia por todo o pa2s, como uma torrente cada dia mais amea)adora, o carismo tomou todas as medidas isando deter o moimento reolucion(rio. 4s %rees e as manifesta)es oper(rias eram reprimidas, e cada e mais fre&uentemente, pela for)a das armas-, as balas e o c$icote se conerteram na resposta normal do %oerno carista às a)es dos oper(rios e dos camponesesA os c(rceres e os lu%ares de deporta)ão se enc$eram de reolucion(rios. 0orém, a par destas represses iolentas, o %oerno carista tenta aplicar outras medidas mais 3fle+2eis3, não repressias, para desiar os oper(rios do moimento reolucion(rio. 8aem-se tentatias para criar falsas or%ania)es oper(rias sob a tutela dos %endarmes e da pol2cia. Estas or%ania)es eram con$ecidas com o nome de or%ania)es do 3socialismo policial3 e or%ania)es ubato Bnome do coronel da %endarmeria a &uem se deeu a cria)ão destas entidades oper(rias de tipo policialC. 0or meio de seus a%entes, a 3o6$rana3 carista esfor)aa-se em inculcar nos oper(rios a cren)a de &ue o %oerno do car estaa disposto, por sua pr7pria iniciatia, a aHudar os oper(rios a satisfaer suas reiindica)es econ/micas. 30ara &ue necessitais meter-os em pol2tica, para &ue ides or%aniar a reolu)ão, se o pr7prio car est( ao lado dos oper(riosJ3  — diiam aos prolet(rios os a%entes de ubato. Estes criaram suas or%ania)es em (rias cidades. ?omando como modelo o método de ubato e perse%uindo id9nticos fins, o padre Kapone fundou, em !"L, uma or%ania)ão intitulada 34ssocia)ão dos *per(rios 8abris Russos de 0etersbur%o3. 0orém a tentatia da pol2cia secreta carista, de apoderar-se da dire)ão do moimento oper(rio, fracassou. * %oerno carista não lo%raa atal$ar, com semel$antes medidas, o crescente moimento das massas oper(rias. * moimento reolucion(rio da classe oper(ria, cada e mais poderoso, encarre%ou-se de arrer de seu camin$o estas or%ania)es policiais.

/ — Pla"o de 0e"i" para a orga"i1ação de um partido mar2ista. — O oportu"ismo dos 3eco"omistas3. —  luta da 3Is4ra3 em prol do pla"o de 0e"i". — parece o li&ro de 0e"i" 35ue Fa1er63. —  Os u"dame"tos ideol7gicos do partido mar2ista.

4pesar de $aer-se celebrado em ;!; o primeiro >on%resso do 0artido *per(rio Social-Democrata Russo, no &ual se $aia proclamado a cria)ão do 0artido, a realidade era &ue este não estaa formado ainda. @ão tin$a pro%rama nem estatutos. * >omité >entral do 0artido eleito no primeiro >on%resso foi detido e não oltou a reconstituir-se, pois não $oue &uem o reconstitu2sse. 'ais aindaA depois do primeiro >on%resso, a dispersão ideol7%ica e a desarticula)ão or%nica do 0artido, lon%e de diminuir, aumentaram.

*s anos de ;;L a ;!L foram o per2odo de triunfo sobre o populismo e de prepara)ão ideol7%ica da social-democraciaA durante os anos de ;!L a ;!;, foram feitas uma série de tentatias, certamente infrut2feras, para criar, sobre a base das diersas or%ania)es mar+istas, um partido social-democrataA o per2odo &ue se%ue a ;!; é um per2odo de recrudescimento do caos ideol7%ico e or%nico dentro do 0artido. * triunfo do mar+ismo sobre o populismo e a atua)ão reolucion(ria da classe oper(ria puseram em eid9ncia a raão &ue assistia aos mar+istas, com o &ue aumentaram as simpatias da Huentude reolucion(ria pelo mar+ismo. * mar+ismo se tornou moda. Isto fe &ue inadissem as or%ania)es mar+istas massas inteiras de Hoens reolucion(rios procedentes do campo intelectual, de forma)ão te7rica débil, ine+perientes no aspecto pol2tico e em matéria de or%ania)ão e &ue s7 tin$am uma ideia confusa e em %rande parte falsa do mar+ismo, nutrida nos escritos oportunistas dos 3mar+istas le%ais3, de &ue estaa infestada a Imprensa. Esta circunstncia fe &ue descesse o n2el te7rico e pol2tico das or%ania)es mar+istas, infiltrou nelas as tend9ncias oportunistas dos 3mar+istas le%ais3 e aumentou a dispersão ideol7%ica, as acila)es pol2ticas e o caos or%nico. 4 marc$a ascendente, cada e mais acentuada, do moimento oper(rio e a clara imin9ncia da reolu)ão, reclamaam a cria)ão de um partido único e centraliado da classe oper(ria, capa de p/r-se à frente do moimento reolucion(rio. 0orém, o estado em &ue se encontraam os 7r%ãos de base do 0artido, os comités locais, os %rupos e os c2rculos, era tão pouco satisfat7rio, sua desarticula)ão or%nica e sua falta de unidade ideol7%ica tão %randes, &ue a cria)ão de semel$ante partido oferecia dificuldades incr2eis. Estas dificuldades não residiam somente no fato de ter &ue or%aniar o 0artido sob o fo%o das cruéis perse%ui)es do carismo, &ue arrebataa das fileiras das or%ania)es os mel$ores militantes, para mand(-los ao desterro, ou às prises. Maia, além disso, outra dificuldade, e era &ue uma parte consider(el dos comités locais e de seus militantes não &ueria leantar a ista de seu pe&ueno trabal$o pr(tico local, não compreendia o dano &ue a falta de uma unidade or%nica e ideol7%ica do 0artido faiaA estaa acostumada ao fracionamento deste e ao caos ideol7%ico dentro dele, e ima%inaa &ue era poss2el prescindir de um partido único e centraliado. 0ara criar um partido centraliado era preciso acabar com este atraso, com este estancamento e praticismo estreito dos 7r%ãos locais. 0orém ainda $aia mais. E+istia dentro do 0artido um %rupo bastante numeroso de pessoas &ue tin$a seus 7r%ãos pr7prios na Imprensa, na Rússia, 3Raboc$aia 'isl3 B3* 0ensamento *per(rio3C, e, no estran%eiro 3Raboc$ee Dielo3 B34 >ausa *per(ria3C, e &ue pretendia Hustificar teoricamente a desarticula)ão or%nica e a dispersão ideol7%ica do 0artido, c$e%ando inclusie, não poucas ees, a elo%i(-las, e considerando &ue a tarefa de criar um partido pol2tico único e centraliado da classe oper(ria era uma tarefa desnecess(ria e artificial. Este %rupo era o dos 3economistas3 e seus se&uaes. 4 primeira coisa a faer, para poder criar o partido pol2tico único do proletariado era acabar com os 3economistas3. 1enin tomou a si esta t arefa e a or%ania)ão do 0artido da classe oper(ria. E+istiam diersos critérios acerca do problema de por onde deia come)ar-se a or%aniar o 0artido único da classe oper(ria. 4l%uns entendiam &ue a or%ania)ão do 0artido deeria come)ar pela conoca)ão do II >on%resso deste, dei+ando &ue ele se encarre%asse de unificar as or%ania)es locais e de criar o 0artido. 1enin era contr(rio a esta opinião. 4 seu Hu2o, antes de conocar o con%resso era necess(rio esclarecer o problema dos fins e tarefas do 0artido, saber &ue classe de partido se pretendia or%aniar, deslindar ideolo%icamente os campos com os 3economistas3, dier ao 0artido, $onrada e abertamente, &ue com respeito a seus fins e tarefas, e+istiam dois critérios distintos: o dos 3economistas3 e o dos social-democratas reolucion(rios, desencadear uma ampla campan$a de propa%anda na Imprensa em prol das ideias da social-democracia reolucion(ria, do mesmo modo &ue os 3economistas3 a desenoliam em prol das suas por intermédio de seus 7r%ãos, dar às or%ania)es locais a possibilidade de escol$er, com plena consci9ncia, entre estas duas correntesA s7 depois de realiar este trabal$o préio, indispens(el, se poderia conocar o con%resso do 0artido. 1enin diia, claramente: 34ntes de unificar-se e para unificar-se é necess(rio come)ar por deslindar os campos de um modo resoluto e definido3. B1enin, t. IX, p(%. #N;, ed. russaC. Eis a&ui por &ue 1enin entendia &ue a or%ania)ão do 0artido pol2tico da classe oper(ria deia ter como ponto de partida a cria)ão de um peri7dico pol2tico combatio, destinado a toda a Rússia, no &ual se fiesse propa%anda e a%ita)ão em prol das ideias da social-democracia reolucion(ria, e &ue a cria)ão deste peri7dico tin$a &ue ser o primeiro passo para a or%ania)ão do 0artido. Em seu con$ecido arti%o intitulado 30or onde come)arJ3, 1enin esbo)aa um plano concreto de or%ania)ão do 0artido, &ue lo%o depois $aia de desenoler em seu célebre liro 3Oue 8aerJ3. 34 nosso Hu2o — diia 1enin na&uele arti%o — o ponto de partida para atua)ão, o primeiro passo pr(tico para a cria)ão da or%ania)ão deseHada Bisto é, para dier a cria)ão do 0artido — nota da Reda)ão —C e, finalmente, o

fio fundamental a &ue ter2amos &ue nos a%arrar para desenoler, aprofundar e ampliar in&uebrantaelmente esta or%ania)ão, dee ser a cria)ão de um peri7dico pol2tico destinado a toda a Rússia... Sem este, não seria poss2el desenoler de um modo sistem(tico uma propa%anda e a%ita)ão, s7lidos no plano dos princ2pios e e+tensias a todos os aspectos, &ue são a tarefa constante e fundamental da social-democracia a%ora e sempre e &ue deem ser, sobretudo, a tarefa ital nos momentos atuais, em &ue o interesse pela pol2tica, pelos problemas do socialismo foi despertado nas mais e+tensas camadas da popula)ão3 B1enin, t. IG, p(%. ", ed. russaC. 1enin entendia &ue um Hornal assim seriria de meio, não s7 para a coesão ideol7%ica do 0artido, como também para a unifica)ão or%nica das diersas or%ania)es locais, formando um partido. 4 rede de camaradas, a%entes e correspondentes deste Hornal, &ue seriam ao mesmo tempo, representantes das or%ania)es locais, constitu2a o es&ueleto em torno do &ual se a%lutinaria or%anicamente o 0artido. 0ois, 3o peri7dico3 — diia 1enin — não é s7 um propa%andista e um a%itador coletio, como também um or%aniador coletio3. 3Esta rede de a%entes — diia 1enin no citado arti%o — serir( de es&ueleto precisamente para a or%ania)ão de &ue necessitamos: ser( suficientemente %rande para abarcar todo o pa2sA suficientemente asta e ariada para poder introduir nela uma ri%orosa e detal$ada diisão do trabal$oA suficientemente resistente para saber prosse%uir in&uebrantaelmente seu trabal$o s/b todas as circunstncias e ante todas as 3ira%ens3 e situa)es inesperadasA suficientemente fle+2el para saber, de um lado não aceitar as batal$as em campo aberto contra um inimi%o peri%oso por sua for)a esma%adora, &uando concentre toda sua for)a num ponto, porém sabendo, de outro lado, aproeitar-se da torpea de moimentos deste inimi%o e lan)ar-se sobre ele no lu%ar e no momento em &ue menos espere ser atacado3. B*bra citada, p(%. 
. um c2rculo reduido de militantes, &ue formassem os &uadros de dire)ão fi+os e no &ual deiam entrar, fundamentalmente, os reolucion(rios profissionais, isto é, os militantes sem mais ocupa)ão &ue o trabal$o do 0artido e dotados do m2nimo indispens(el de con$ecimentos te7ricos, de e+peri9ncia pol2tica, de capacidade de or%ania)ão e de $abilidade para lutar com a pol2cia carista e escapulir dela, e

<. uma e+tensa rede de or%ania)es periféricas do 0artido, inte%radas por uma massa numeros2ssima de filiados e rodeadas da simpatia e do apoio de centenas de mil$ares de trabal$adores. 3Eu afirmo — escreia 1enin — ) &ue não pode $aer um moimento reolucion(rio s7lido sem uma or%ania)ão de diri%entes est(el e &ue asse%ure a continuidadeA / &ue &uanto mais e+tensa for a massa &ue se sentir espontaneamente arrastada à luta... mais premente é a necessidade de semel$ante or%ania)ão e mais s7lida tem &ue ser esta. 8 &ue dita or%ania)ão dee estar formada, fundamentalmente, por $omens inte%rados profissionalmente nas atiidades reolucion(riasA , &ue no pa2s da autocracia, &uanto mais restri"girmos o contin%ente dos membros de uma or%ania)ão deste tipo, até não incluir nela senão a&ueles &ue se ocupem profissionalmente de atiidades reolucion(rias e &ue ten$am H( uma prepara)ão profissional na arte de lutar com a pol2cia pol2tica, mais dif2cil ser( 3ca)ar3 esta or%ania)ão, e 9 tanto maior ser( o contin%ente de indi2duos da classe oper(ria e das demais classes da sociedade &ue poderão participar no moimento e colaborar ati amente nele3. B1enin, t. IG, p(%. LPQ, ed. russaC. Ouanto ao car(ter do 0artido &ue se trataa de criar e o seu papel em rela)ão à classe oper(ria, assim como &uanto aos fins e tarefas do 0artido, 1enin entendia &ue este deia ser o destacamento de an%uarda da classe oper(ria, a for)a diri%ente do moimento oper(rio, &ue unificasse e orientasse a luta de classe do proletariado. 4 meta final do 0artido $aia de ser a derrubada do capitalismo e a instaura)ão do socialismo. Sua meta imediata, derrubar o carismo e implantar um re%ime democr(tico. E como a derrubada do capitalismo pressupun$a a destrui)ão do carismo, o obHetio fundamental do 0artido, na&uele momento concreto, consistia em p/r de pé a classe oper(ria e todo o poo para a luta contra o carismo, em desencadear um moimento reolucion(rio popular contra o carismo e em derrubar o re%ime carista, &ue era o primeiro e o %rande obst(culo &ue se leantaa no camin$o para o socialismo. 34 $ist7ria nos apresenta $oHe — diia 1enin — uma tarefa imediata, &ue, mais &ue em nen$um outro pa2s, é a mais re&olucio"ária de todas as tarefas imediatas do proletariado. 4 realia)ão desta tarefa, a derrubada do mais poderoso baluarte, não somente da rea)ão europeia, senão também Bpodemos dier $oHeC da rea)ão asi(tica, conerteria o proletariado russo na an%uarda do proletariado reolucion(rio internacional3 B1enin, t. IG, p(%. #;<, ed. russaC. E noutro lu%ar escree:

3Deemos recordar &ue a luta contra o %oerno por reiindica)es parciais, a con&uista de al%umas concesses isoladas, não são mais do &ue pe&uenas escaramu)as com o inimi%o, pe&uenos combates de aan)adas, e &ue a batal$a decisia não se deu ainda. Diante de n7s se leanta com todo o seu poder a fortalea inimi%a, da &ual nos são feitas descar%as &ue arrem nossos mel$ores combatentes. ?emos &ue tomar esta fortalea e a tomaremos, se soubermos unir num s7 partido — ao &ual se somar( o &ue $oue na Rússia de ital e $onrado — todas as for)as do proletariado, &ue H( abriu os ol$os e todas as for)as reolucion(rias russas. S7 então se cumprir( a %rande profecia do reolucion(rio oper(rio russo 0iotr 4le+eie: 31eantar-se-( o bra)o i%oroso dos mil$es de $omens oper(rios, e o  Hu%o do despotismo, defendido pelas baionetas dos soldados, saltar( em peda)os3 B*bra citada, p(%. P!C. ?al era o plano de 1enin para a cria)ão do 0artido da classe oper(ria, dentro das condi)es da Rússia carista autocr(tica. *s 3economistas3 não tardaram em romper o fo%o contra o plano de 1enin. 4firmaam &ue a luta no plano pol2tico %eral contra o carismo era incumb9ncia de todas as classes e, sobretudo, da bur%uesia, e &ue não apresentaa, portanto, nen$um interesse consider(el para a classe oper(ria, H( &ue o &ue fundamentalmente interessaa aos oper(rios era a luta econ/mica contra os patres pela elea)ão dos sal(rios, a mel$ora das condi)es de trabal$o, etc. 0or conse%uinte, os social-democratas não deiam indicar como tarefa imediata fundamental a luta pol2tica contra o carismo, a derrubada do re%ime carista, senão a or%ania)ão da 3luta econ/mica dos oper(rios contra os patres e o %oerno3, entendendo por luta econ/mica contra o %oerno a luta pelo aperfei)oamento da le%isla)ão industrial. *s 3economistas3 asse%uraam &ue por este meio podia 3dar-se à pr7pria luta econ/mica um car(ter pol2tico3. *s 3economistas3 H( não se atreiam a manifestar-se formalmente contra a necessidade de um partido pol2tico para a classe oper(ria. 0orém entendiam &ue este partido não deia ser a for)a diri%ente do moimento oper(rio, &ue não deia imiscuir-se no moimento espontneo da classe oper(ria, nem muito menos diri%i-lo, senão marc$ar à reta%uarda dele, estud(-lo e t irar ensinamentos dele. 4firmaam do mesmo modo os 3economistas3 &ue o papel do elemento consciente no moimento oper(rio, o papel or%aniador e orientador da consci9ncia socialista, da teoria socialista, era insi%nificante ou pouco menos, &ue a social-democracia não deia elear os oper(rios ao n2el da consci9ncia socialista, senão, pelo contr(rio, descer e adaptar-se ao n2el das camadas médias e inclusie das mais atrasadas da classe oper(riaA &ue a social-democracia não deia inculcar na classe oper(ria uma consci9ncia socialista, senão esperar &ue o pr7prio moimento espontneo da classe oper(ria forHasse nela uma consci9ncia socialista por suas pr7prias for)as. Ouanto ao plano or%nico de estrutura)ão do 0artido, tra)ado por 1enin, consideraam-no como uma espécie de coa)ão a &ue se pretendia submeter o moimento espontneo. @as p(%inas da 3Is6ra3 e, sobretudo, em seu célebre liro 3Oue 8aerJ3, 1enin se lan)ou contra esta filosofia oportunista do 3economismo3 e dela não dei+ou pedra sobre pedra. C 1enin assinala &ue desiar a classe oper(ria da luta pol2tica %eral contra o carismo, reduindo sua missão à luta econ/mica contra os patres e o %oerno e dei+ando de pé e indenes a um e outros, si%nificaa condenar os oper(rios à eterna escraidão. 4 luta econ/mica dos oper(rios contra os patres e o %oerno é uma luta de tipo tradeunista por lo%rar mel$ores condi)es de enda da for)a de trabal$o aos capitalistas, porém os oper(rios não &uerem lutar somente para mel$orar as condi)es de enda de sua for)a de trabal$o, senão &ue &uerem lutar também para destruir o pr7prio sistema capitalista, &ue os condena à necessidade de ender aos capitalistas sua for)a de trabal$o e de se submeter à e+plora)ão. 0ois bem, os oper(rios não poderão desenoler a luta contra o capitalismo, não poderão desenoler a luta pelo socialismo, en&uanto o carismo, &ue é o cão de fila do capitalismo, se elear no camin$o do moimento oper(rio. 0or isso, a tarefa mais ur%ente do 0artido e da classe oper(ria consiste em afastar o carismo, desembara)ando com isso o camin$o para o socialismo.
lu%ar, mer%ul$ar total e definitiamente no c$arco do oportunismo. 3Sem teoria reolucion(ria — diia 1enin — não pode $aer tampouco moimento reolucion(rio... S7 um partido diri%ido por uma teoria de an%uarda pode cumprir sua missão de combatente de an%arda3 B1enin, t. IG, p(%. #;", ed. russaC. LC 1enin assinalou &ue os 3economistas3 en%anaam a classe oper(ria afirmando &ue o moimento espontneo do proletariado podia en%endrar uma ideolo%ia socialista, pois na realidade esta não brota do moimento espontneo, senão da ci9ncia. @e%ando a necessidade de inculcar na classe oper(ria, uma consci9ncia socialista, os 3economistas3 aplainaam o camin$o à ideolo%ia bur%uesa, aHudando-a a infiltrar-se, a penetrar na classe oper(ria, e por conse%uinte, enterraam a ideia da fusão do moimento oper(rio com o socialismo e prestaam um seri)o à bur%uesia. 3?udo o &ue seHa prosternar-se ante o moimento oper(rio espontneo — diia 1enin — tudo o &ue seHa rebai+ar a importncia do 3elemento consciente3, a importncia da social-democracia, e'ui&ale — i"teirame"te i"depe"de"te da &o"tade de 'uem o a1 — a ortalecer a i"lu:"cia da ideologia $urguesa so$re os operários3. B*bra citada, p(%. #!"C. E mais adiante: 3* problema se aprese"ta some"te assim: ideolo%ia bur%uesa ou ideolo%ia socialistaJ @ão $( meio termo... 0or isso, tudo o &ue seHa rebai+ar a ideolo%ia socialista, tudo o 'ue se;a aastar-se dela, e&uiale a fortalecer a ideolo%ia bur%uesa3. B*bra citada, p(%. #!-#!;C. PC Resumindo todos estes erros dos 3economistas3, 1enin c$e%ou à conclusão de &ue o &ue eles aspiraam não era criar o partido da reolu)ão social, &ue emancipasse do capitalismo a classe oper(ria, senão um partido de 3reformas sociais3, cuHa premissa era a manuten)ão da domina)ão do capitalismo, &ue, portanto, os 3economistas3 eram reformistas &ue atrai)oaam os interesses fundamentais do proletariado. QC 8inalmente, 1enin assinalou &ue o 3economismo3 não brotara na Rússia por aar, senão &ue seus mantenedores eram o e2culo da influ9ncia bur%uesa sobre a classe oper(ria e &ue seus aliados nos partidos social-democratas dos pa2ses ocidentais eram os reisionistas, os adeptos do oportunista =ernstein. Entre os social-democratas da Europa *cidental se ia fortalecendo cada e mais a corrente oportunista, &ue atuaa sob a bandeira da 3liberdade de cr2tica3 do mar+ismo, e+i%ia a 3reisão3 da teoria de 'ar+ Bda2 o nome de 3reisionismo3C e e+i%ia &ue se renunciasse à reolu)ão, ao socialismo, à ditadura do proletariado. 0ois bem, 1enin demonstrou &ue esta mesma lin$a de renúncia à luta reolucion(ria, ao socialismo e à ditadura do proletariado era o &ue se%uiam os 3economistas3 russos. ?ais são as teses te7ricas fundamentais desenolidas por 1enin em seu liro 3Oue 8aerJ3. 4 difusão desta obra de 1enin foi tão efica, &ue no ano de seu aparecimento B3Oue 8aerJ3 eio à lu em mar)o de !"on%resso do 0artido Social-Democrata da Rússia, H( não restaa das posi)es ideol7%icas dos 3economistas3 mais &ue uma recorda)ão pouco a%rad(el, e o apelido de 3economistas3 come)aa a ser considerado pela maioria dos milit antes do 0artido como um insulto. * 3economismo3, a ideolo%ia do oportunismo, do 3se%uidismo3 e do automatismo, tin$a ficado completamente puleriado. 0orém a importncia da obra de 1enin 3Oue 8aerJ3 não se reduiu a isto. 4 si%nifica)ão $ist7rica desta famosa obra consiste em &ue nela 1enin:

. pe a nu pela primeira e na $ist7ria do pensamento mar+ista, até as suas últimas ra2es, as fontes ideol7%icas do oportunismo, demonstrando &ue consistem, antes de tudo, em prosternar-se perante a espontaneidade do moimento oper(rio e rebai+ar o papel da consci9ncia socialista no moimento prolet(rio.

<. reiindicou em todo seu alor a importncia da teoria, do elemento consciente, do 0artido, como for)a reolucion(ria e diri%ente do moimento oper(rio espontneo.

#. fundamentou de um modo bril$ante a tese fundamental do mar+ismo, se%undo a &ual o 0artido mar+ista é a fusão do moimento oper(rio com o socialismo.

L. elaborou %enialmente os fundamentos ideol7%icos do 0artido mar+ista. 4s teses te7ricas desenolidas na obra 3Oue 8aerJ3 seriram lo%o depois de base para a ideolo%ia do 0artido bolc$ei&ue. 4rmada com esta ri&uea te7rica, a 3Is6ra3 p/de desenoler e desenoleu, com efeito, uma ampla campan$a em prol do plano leninista de or%ania)ão do 0artido, em prol da concentra)ão de for)as do 0artido, em prol

do II >on%resso do 0artido, em prol de uma social-democracia reolucion(ria, contra os 3economistas3, contra os oportunistas de toda a classe e H ae, contra os reisionistas. 4 tarefa mais importante realiada pela 3Is6ra3 consistiu em elaborar um proHeto de pro%rama do 0artido. * pro%rama do 0artido oper(rio é, como se sabe, uma bree e+posi)ão, plasmada em f7rmulas cient2ficas, dos fins e tarefas de luta da classe oper(ria. * pro%rama tra)a tanto a meta final do moimento reolucion(rio do proletariado como as reiindica)es, pelas &uais o 0artido luta em sua marc$a para a meta final. 0or isso, a elabora)ão de um proHeto de pro%rama não podia dei+ar de ter uma importncia primordial. Durante a elabora)ão do proHeto do pro%rama sur%iram, no seio da reda)ão da 3Is6ra3, sérias dier%9ncias entre 1enin e 0le6$ano, assim como entre 1enin e os demais redatores. Estas dier%9ncias e dissen)es estieram a ponto de conduir a uma ruptura completa entre 1enin e 0le6$ano. 0orém a ruptura não c$e%ou a produir-se por a&uela época. 1enin lo%rou &ue no proHeto de pro%rama se fiesse fi%urar o ponto important2ssimo da ditadura do proletariado e se proclamasse de um modo t erminante o papel diri%ente da classe oper(ria na reolu)ão. *bra de 1enin era também toda a parte a%r(ria do 0artido. 1enin H( era então partid(rio da nacionalia)ão da terra, ainda &ue na primeira etapa da luta reputasse necess(rio lan)ar a consi%na da deolu)ão dos camponeses arrebatados pelos latifundi(rios no momento de sua 3emancipa)ão3. 0le6$ano, em troca, se manifestaa contra a nacionalia)ão da terra. 4s dier%9ncias entre 1enin e 0le6$ano em torno do pro%rama do 0artido H( eram uma antecipa)ão da delimita)ão de campos &ue mais adiante $aia de se tra)ar entre os bolc$ei&ues e os menc$ei&ues.

8 — O II Co"gresso do Partido Operário Social-Democrata da Rússia. — São apro&ados o programa e os estatutos< e se cria o Partido ú"ico. — Di&erg:"cias "o Co"gresso e aparecime"to de duas te"d:"cias de"tro do partido# a $olc%e&i'ue e a me"c%e&i'ue.

* triunfo dos princ2pios de 1enin e a luta efica da 3Is6ra3 em prol do plano leninista de or%ania)ão foram, pois, preparando todas as condi)es fundamentais, necess(rias, para criar o 0artido ou como se diia na&uela época, o erdadeiro 0artido. 4 tend9ncia da 3Is6ra3 triunfou entre as or%ania)es social-democratas da Rússia. 4%ora  H( se podia conocar o II >on%resso do 0artido. Este >on%resso iniciou suas tarefas a N B#"C de Hul$o de !"#: tee &ue se reunir clandestinamente no estran%eiro. 4s primeiras sesses se celebraram em =ru+elas. 0orém, ante as perse%ui)es da pol2cia, os dele%ados tieram de sair da =él%ica, e o >on%resso se trasladou para 1ondres. 4ssistiram a ele L# dele%ados, representando ada >omité tin$a direito a eniar ao >on%resso < dele%ados, porém al%uns s7 eniaram um. 4ssim se e+plica &ue os L# dele%ados representassem P otos. 4 tarefa fundamental deste consistia: 3em criar um &erdadeiro 0artido sobre a&uelas bases or%nicas e de princ2pios &ue foram propu%nados e elaborados pela 3Is6ra3. B1enin, t. GI, p(%. QL, ed. russaC. 4 >omissão do >on%resso era $etero%9nea. *s 3economistas3 não estaam, abertamente, representados nele, por&ue a derrota &ue $aiam sofrido os impedia disso. 0orém, com o tempo, c$e%aram a disfar)ar-se tão $abilmente, &ue al%uns dele%ados lo%raram infiltrar-se. 4demais, os dele%ados do 3=und3 s7 de palara se diferenciaam dos 3economistas3, pois na realidade estaam de acordo com eles. 0ortanto, neste >on%resso não tomaram parte somente os adeptos do 3Is6ra3, mas também seus aders(rios. *s 3Is6ristas3 eram ;#, isto é, a maioria. 0orém nem todos os &ue fi%uraam neste campo estaam sinceramente identificados com as posi)es de 1enin. *s dele%ados se diidiam em diersos %rupos. *s leninistas, ou seHam, os adeptos firmes da 3Is6ra3, contaam com on%resso. 1enin desprendeu %randes esfor)os para asse%urar nele o triunfo da 3Is6ra3. 4 tarefa mais importante do >on%resso era a aproa)ão do pro%rama do 0artido.

* problema fundamental &ue proocou a posi)ão do setor oportunista na discussão do pro%rama foi o da ditadura do proletariado. @ão era este o único ponto pro%ram(tico em &ue os oportunistas não estaam de acordo com o Setor reolucion(rio do >on%resso. 0orém decidiram dar a batal$a, fundamentalmente, no ponto da ditadura do proletariado, referindo-se ao fato de &ue este ponto não fi%uraa nos pro%ramas de uma série de partidos social-democratas do estran%eiro, raão pela &ual, não $aia, se%undo eles, por &ue inclu2-lo no pro%rama da social-democracia da Rússia. *s oportunistas opun$am-se também a &ue fi%urassem no pro%rama do 0artido as reiindica)es referentes ao problema campon9s. 4&ueles indi2duos não &ueriam a reolu)ão, por isso eitaam os ali ados da classe oper(ria, os camponeses, e os consideraam com maus ol$os. *s 3bundistas3 e os social-democratas polacos se manifestaram contra o direito de autodetermina)ão das na)es. 1enin sustentara sempre &ue a classe oper(ria tin$a o deer de lutar contra a opressão nacional. 'anifestar-se contra esta reiindica)ão dentro do pro%rama, e&uialia a desertar do internacionalismo prolet(rio, conerter-se em cúmplice da opressão nacional. 1enin assestou um %olpe demolidor na oposi)ão em todos estes problemas. * >on%resso aproou o pro%rama proposto pela 3Is6ra3. Este pro%rama constaa de duas partes: o pro%rama m(+imo e o pro%rama m2nimo. @o pro%rama m(+imo se falaa da missão fundamental do 0artido da classe oper(ria: da reolu)ão socialista, da derrubada do poder dos capitalistas e da instaura)ão da ditadura do proletariado. @o pro%rama m2nimo se e+pun$am os obHetios imediatos do 0artido, &ue podiam ser realiados sem a%uardar &ue o re%ime capitalista fosse derrubado e se instaurasse a ditadura do proletariado, a saber: derrubada da autocracia carista, implanta)ão da República democr(tica, introdu)ão da  Hornada de ; $oras para os oper(rios, destrui)ão de todos os est2%ios feudais no campo, deolu)ão aos camponeses das terras &ue l$es $aiam sido arrebatadas pelos sen$ores de terra Bos c$amados 3recortes3C. 'ais tarde os bolc$ei&ues substitu2ram esta última reiindica)ão por outra, pela de confisca)ão de todas as terras dos latifundi(rios. * pro%rama aproado pelo II >on%resso era o pro%rama reolucion(rio do 0artido da classe oper(ria. Este pro%rama se mantee em i%or até o GIII >on%resso do 0artido bolc$ei&ue, conocado depois do triunfo da Reolu)ão prolet(ria, no &ual um noo pro%rama foi aproado. Depois da aproa)ão do pro%rama do 0artido, o II >on%resso passou à discussão do proHeto de estatutos. ma e aproado o pro%rama e assentadas as bases para a unifica)ão ideol7%ica do 0artido, o >on%resso deeria aproar também os estatutos, para p/r fim ao trabal$o à maneira artesã e ao mal de c2rculos, à dispersão or%nica do 0artido e à aus9ncia de uma disciplina firme dentro dele. 0orém, se a aproa)ão do pro%rama $aia sido relatiamente f(cil, o problema dos estatutos proocou furiosas discusses no seio do >on%resso. 4 dier%9ncia mais a%uda foi a &ue sur%iu em torno do te+to do primeiro arti%o dos estatutos, no &ual se definia a condi)ão de membro do 0artido. Ouem podia ser membro do 0artido, como este deia estar formado, &ue deia ser o 0artido &uanto à or%ania)ão, um todo or%nico ou al%o informeJ ?ais eram os problemas &ue a discussão do arti%o primeiro dos estatutos apresentaa. Estaam em luta duas f7rmulas: a de 1enin, apoiada por 0le6$ano e pelos 3is6ristas3 conse&uentes, e a de 'arto, apoiada por 4+elrod, asulic$, os partid(rios acilantes da 3Is6ra3, ?rots6 e todos os oportunistas declarados &ue tomaam parte no >on%resso. 4 f7rmula de 1enin consistia em &ue s7 poderia ser membro do 0artido &uem aceitasse seu pro%rama, aHudasse o 0artido no aspecto material e estiesse filiado a uma de suas or%ania)es. 4 f7rmula de 'arto, ainda considerando como condi)es necess(rias em todo membro do 0artido o recon$ecimento do pro%rama e a aHuda material à&uele, não reputaa re&uisito indispens(el o fato de tomar parte numa or%ania)ão do 0artido, por entender &ue se podia ser membro deste sem estar filiado a nen$uma de suas or%ania)es. 1enin consideraa o 0artido como um destacamento orga"i1ado, cuHos membros não se somam por si mesmos ao 0artido, senão &ue são admitidos por uma de suas or%ania)es, submetendo-se com isso à disciplina do 0artido, en&uanto &ue 'arto, ia nele, do ponto de ista or%nico, uma entidade i"orme  cuHos membros se somaam por si mesmos ao 0artido e não se ac$aam, portantot suHeitos à sua disciplina, H( &ue não in%ressaam em nen$uma de suas or%ania)es. 4 f7rmula de 'arto diferentemente da de 1enin, abria, de par em par as portas do 0artido aos elementos acilantes não prolet(rios. Em ésperas da reolu)ão democr(tico-bur%uesa $aia, entre os intelectuais da bur%uesia, $omens desta classe &ue simpatiaam momentaneamente com a reolu)ão. Estes $omens podiam, de e em &uando, prestar, inclusie, certos seri)os ao 0artido. 0orém não se prestaam a entrar na or%naia)ão, a submeter-se à disciplina do 0artido, a cumprir suas. tarefas, nem se e+poriam aos peri%os &ue isto acarretaa. Era esta classe de indi2duos &ue 'arto e outros menc$ei&ues propun$am &ue fossem considerados

como filiados ao 0artido, dando-l$es o direito e a possibilidade de influir nos assuntos do 0artido. >$e%aam, inclusie, a propor &ue &ual&uer %reista tiesse direito a 3considerar-se3 como membro do 0artido, apesar de &ue nas %rees tomaam parte também elementos não socialistas, anar&uistas e social-reolucion(rios. Em e de um 0artido monol2tico e combatio, claramente or%aniado, pelo &ual lutaam 1enin e os leninistas no >on%resso, os martoistas &ueriam um 0artido $etero%éneo, difuso e informe, &ue não podia Hamais ser um 0artido combatio, ainda &ue s7 fosse em irtude de sua $etero%eneidade, e por&ue Hamais poderia possuir uma riHa disciplina. 4 deser)ão dos 3is6ristas3 acilantes, &ue dei+aram s7s os partid(rios conse&uentes da 3Is6ra3 para aliar-se com os dele%ados do centro, e o refor)o dos oportunistas descarados, deram a 'arto a superioridade numérica neste problema. * >on%resso, por <; otos contra << e uma absten)ão, aproou o arti%o primeiro dos estatutos com o te+to proposto por 'arto. Depois da cisão dos 3is6ristas3 por causa do arti%o primeiro dos estatutos, acentuou-se ainda mais a luta dentro do >on%resso. Este se apro+imaa do ponto final, a elei)ão dos or%anismos de dire)ão do 0artido, reda)ão do 7r%ão central do 0artido Ba 3Is6ra3C e >omité >entral. 0orém, antes de c$e%ar a este ultimo ponto da ordem do dia, produi-ram-se no >on%resso al%uns fatos &ue fieram mudar a correla)ão de for)as estabelecida. Em rela)ão com os estatutos, o >on%resso tee de tratar do 3=und3. Este pretendia ocupar uma situa)ão especial dentro do 0artido. E+i%ia &ue fosse recon$ecido como a única representa)ão dos oper(rios Hudeus da Rússia. 4ceder a este pedido e&uialia a cindir os oper(rios, dentro das or%ania)es do 0artido, de acordo com sua nacionalidade, renunciando à e+ist9ncia de or%ania)es únicas de classe do pr&letariado se%undo o princ2pio territorial. * >on%resso rec$a)ou o nacionalismo do 3=und3 como base de or%ania)ão pol2tica. Em ista disto, os 3bundistas3 se retiraram. Retiraram-se também dois 3economistas3, &uando o >on%resso se ne%ou a recon$ecer o a%rupamento or%aniado por eles no estran%eiro como representa)ão do 0artido fora da Rússia. 4 retirada destes sete oportunistas do >on%resso fe com &ue a correla)ão de for)as se alterasse em faor dos leninistas. * problema da composi)ão dos or%anismos centrais do 0artido ocupou o centro da aten)ão de 1enin desde o primeiro momento. 1enin consideraa necess(rio lear ao >omité >entral reolucion(rios firmes e conse&uentes. *s martoistas lutaam por dar aos elementos acilantes, oportunistas, o predom2nio dentro da&uele or%anismo. 4 maioria do >on%resso se colocou neste ponto ao lado de 1enin. * >omité >entral ficou inte%rado por leninistas. 0or proposta de 1enin, foram eleitos para a reda)ão da 3Is6ra3, 1enin, 0le6$ano e 'arto. Este e+i%iu &ue os seis anti%os redatores da 3Is6ra3, a maioria dos &uais eram martoistas, fossem reeleitos para a reda)ão do  Hornal. * >on%resso rec$a)ou por maioria de otos esta proposta, sendo eleitos os tr9s redatores, propostos por 1enin. Em ista disto, 'arto demitiu-se da reda)ão do Hornal. 0ortanto, as resolu)es tomadas pelo >on%resso &uanto à forma)ão dos or%anismos centrais do 0artido aprofundaram a derrota dos martoistas e deram o t riunfo aos partid(rios de 1enin. Desde então, os partid(rios de 1enin, &ue obtieram maioria de otos, no >on%resso, na elei)ão dos or%anismos centrais, come)aram a ser c$amados $olc%e&istas e seus aders(rios, &ue ficaram em minoria, me"c%e&i'ues. Resumindo as tarefas do II >on%resso do 0artido, c$e%amos às se%uintes concluses:

. * >on%resso %arantiu a it7ria do mar+ismo sobre o 3economismo3, sobre o oportunismo declaradoA <. 4proou o pro%rama e os estatutos do 0artido, criou o 0artido Social-Democrata e, com ele, o marco para um 0artido únicoA

#. 0/s a nu a e+ist9ncia de %raes dier%9ncias no &ue se refere à or%ania)ão, dier%9ncias &ue diidiram o 0artido em dois campos, o dos bolc$ei&ues e o dos menc$ei&ues, os primeiros dos &uais defendiam os princ2pios de or%ania)ão da social-democracia reolucion(ria, en&uanto &ue os se%undos se afundaam no c$arco da difusão or%nica, no c$arco do oportunismoA

L. Salientou &ue a a%a dos anti%os oportunistas, H( derrotados pelo 0artido, a a%a dos 3economistas3, come)aa a ser ocupada dentro do 0artido por noos oportunistas, os menc$ei&uesA

P. * >on%resso não se mostrou à altura de sua missão no tocante aos problemas de or%ania)ão, deu proas de acila)es, inclusie, c$e%ando, às ees, a dar predom2nio aos menc$ei&uesA e ainda &ue para o final se corri%iu, não soube, não H( desmascarar o oportunismo dos menc$ei&ues nos problemas de or%ania)ão e de isol(-los dentro do 0artido, mas nem se&uer apresentar perante este semel$ante tarefaA

Esta última circunstncia foi uma das causas fundamentais por &ue a luta entre os bolc$ei&ues e os menc$ei&ues, lon%e de aplacar-se depois do II >on%resso, recrudescesse ainda mais.

, — =e"eios di&isio"istas dos líderes me"c%e&i'ues e aguçame"to da luta de"tro do Partido depois do II Co"gresso. — O oportu"ismo dos me"c%e&i'ues. — O li&ro de 0e"i" 3>m Passo dia"te< Dois Passos trás3. — ?ases para a orga"i1ação do Partido mar2ista.

Depois do II >on%resso, a luta dentro do 0artido se acentuou ainda mais. *s menc$ei&ues esfor)aam-se com todo o afinco em minar as resolu)es do >on%resso e apoderar-se dos or%anismos centrais do 0artido. E+i%iam &ue se incorporassem à reda)ão da 3Is6ra3 e ao >omité >entral o número de representantes seus necess(rios para ser maioria na reda)ão do Hornal e a paridade com os bolc$ei&ues no >. >. *s bolc$ei&ues rec$a)aram esta e+i%9ncia, &ue trans%redia as resolu)es e+pl2citas do >on%resso. Em ista disto, os menc$ei&ues criaram, às escondidas do 0artido e $ostil ao mesmo, sua pr7pria or%ania)ão fracionista, a cuHa frente se ac$aam 'arto, ?rots6 e 4+elrod, e 3se rebelaram — se%undo frase de 'arto — contra o leninismo3. Escol$eram como método de luta contra o 0artido 3a desor%ania)ão de todo o trabal$o do 0artido, sabotando, entorpecendo-o em tudo o &ue podiam3 B0alaras de 1eninC. Entrinc$eiraram-se na 31i%a Estran%eira3 dos social-democratas russos, cuHos noenta por cento dos componentes eram intelectuais emi%rados, desli%ados de toda atua)ão pr(tica na Rússia, e come)aram a $ostiliar dali o 0artido, 1enin e os leninistas. 0le6$ano aHudou consideraelmente os menc$ei&ues. @o II >on%resso, $aia marc$ado de acordo com 1enin, porém depois se dei+ou assustar pelos menc$ei&ues com a amea)a da cisão e decidiu 3reconciliar-se3 a todo custo com eles. * peso de seus el$os erros oportunistas o arrastaa ao campo menc$ei&ue. @ão tardou em conerter-se, de conciliador com os menc$ei&ues oportunistas em mais um menc$ei&ue. E+i%iu &ue fossem incorporados à reda)ão da 3Is6ra3 todos os anti%os redatores menc$ei&ues, rec$a)ados pelo >on%resso. E como 1enin não podia, naturalmente, concordar com isto, saiu da reda)ão do Hornal para fortalecer-se no >omité >entral do 0artido e da2 derrotar os oportunistas. 0le6$ano, por si e perante si mesmo infrin%indo a ontade do >on%resso, incorporou à reda)ão da 3Is6ra3 os redatores menc$ei&ues &ue tin$am sido eliminados dela. Desde este momento, a partir do número P<, os menc$ei&ues conerteram o Hornal em seu 7r%ão e come)aram a pre%ar por intermédio dele, suas ideias oportunistas. Desde então se estabeleceu, dentro do 0artido, o costume de c$amar a &el%a 3Is6ra3, a 3Is6ra3 leninista, bolc$ei&ue, e a "o&a 3Is6ra3, menc$ei&ue, oportunista. 4o passar às mãos dos menc$ei&ues, a 3Is6ra3 se conerteu em 7r%ão de luta contra 1enin e os bolc$ei&ues, em 7r%ão de propa%anda do oportunismo menc$ei&ue, sobretudo, no tocante aos problemas de or%ania)ão. *s menc$ei&ues, coli%ados com os 3economistas3 e os 3bundistas3, abriram, das colunas da 3Is6ra3, uma campan$a contra o leninismo como eles o c$amaam. 0le6$ano, na impossibilidade de manter à mar%em suas posi)es conciliadoras, se Huntou também à campan$a, ao cabo de al%um tempo. ?ampouco podia ser de outro modo, se%undo a l7%ica das coisas: &uem desce ao terreno da concilia)ão com os oportunistas, acaba afundando-se no oportunismo. Das colunas da noa 3Is6ra3 c$oiam em %rosso arti%os e declara)es, sustentando &ue o 0artido não deia ser um todo or%nico, &ue deia admitir a e+ist9ncia, dentro de suas fileiras, de %rupos e indi2duos lires, não suHeitos à disciplina das resolu)es de seus 7r%ãosA &ue se deia permitir a todo intelectual simpatiante com o 0artido, a 3&ual&uer %reista3 e a 3&ual&uer manifestante3 considerar-se como membro do 0artidoA &ue e+i%ir &ue os filiados se submetessem a todas as resolu)es do 0artido era focaliar o assunto de um modo 3formal e burocr(tico3A &ue impor a submissão da minoria à maioria era 3sufocar mecanicamente3 a ontade dos membros do 0artidoA &ue pretender &ue todos os filiados, tanto os diri%entes como os militantes de fileiras, se submetessem por i%ual à disciplina do 0artido, e&uialia a instaurar dentro deste um 3re%ime feudal3A &ue o &ue 3n7s3 necessit(amos no 0artido não era um re%ime de centralismo, senão um 3autonomismo3 an(r&uico, &ue desse aos indi2duos e às or%ania)es do 0artido direito a não cumprir suas resolu)es. Era uma propa%anda desenfreada &ue tendia a rela+ar os la)os da or%ania)ão, minar a coesão e a disciplina do 0artido, %lorificar o indiidualismo peculiar dos intelect uais e Hustificar uma indisciplina an(r&uica. *s menc$ei&ues arrastaam claramente o 0artido aos tempos anteriores ao II >on%resso, aos el$os tempos de sua dispersão or%nica, aos tempos dos c2rculos isolados e do trabal$o à maneira artesã.

Era necess(rio dar uma resposta completa aos menc$ei&ues. 1enin deu esta resposta, com sua célebre obra intitulada 3m passo adiante, dois passos atr(s3 &ue eio à lu em maio de !"L. Eis a&ui as teses fundamentais de or%ania)ão desenolidas por 1enin neste liro, e &ue mais tarde seriram de base para a or%ania)ão do 0artido bolc$ei&ue: C * 0artido mar+ista é uma parte da classe oper(ria, um destacamento dela. 0orém destacamentos da classe oper(ria $( muitos, e não podemos consider(-los a todos como 0artido da classe oper(ria. * 0artido se distin%ue de outros destacamentos da classe oper(ria antes de tudo, em &ue não é um destacamento puro e simples, senão um destacamento de &a"guarda, um destacamento co"scie"te, um destacamento mar2ista, da classe oper(ria, armado com o con$ecimento da ida social, com o con$ecimento das leis &ue re%em o desenolimento da ida social, com o con$ecimento das leis da luta de classes, o &ue o capacita para conduir a classe oper(ria e diri%ir sua luta. 0or isso não se dee confundir o 0artido com a classe oper(ria, como não se dee confundir a parte com o todo, nem pretender &ue &ual&uer %reista possa considerar-se como membro do 0artido, pois confundir o 0artido com a classe e&uiale a re$ai2ar o n2el de consci9ncia do 0artido até o n2el de 3&ual&uer %reista3, e&uiale a destruir o 0artido, como destacamento consciente de an%uarda da classe oper(ria. 4 missão do 0artido não é rebai+ar seu n2el até o de 3&ual&uer %reista3, senão ele&ar as massas oper(rias, ele&ar 3&ual&uer %reista3 ao n2el do 0artido. 3@7s — escreia 1enin — somos um 0artido de classe e por isso &uase toda a classe Be em tempo de %uerra, em épocas de %uerra ciil, a classe em sua inte%ridadeC tem &ue atuar sob a dire)ão de nosso 0artido, tem &ue aderir a ele o mais estreitamente poss2elA porém seria uma 3maniloiada3 e 3se%uidismo3 crer &ue &uase toda ou toda a classe pode estar em &ual&uer tempo, sob o capitalismo, em condi)es de elear-se ao %rau de consci9ncia e de atiidade de seu destacamento de an%uarda, de seu 0artido social-democrata. @en$um social-democrata &ue ainda esteHa em são Hu2o p/s nunca em dúida &ue, sob o capitalismo, nem mesmo a or%ania)ão sindical Bmais primitia e mais acess2el ao %rau de consci9ncia das camadas menos desenolidasC est( em condi)es de abarcar toda ou &uase toda a classe oper(ria. Es&uecer a diferen)a &ue e+iste entre o destacamento de an%uarda e toda a massa &ue marc$a atr(s dele, es&uecer o deer constante &ue tem o destacamento de an%uarda de elear a seu pr7prio n2el aan)ado, camadas cada e mais amplas, s7 si%nifica en%anar-se a si mesmo, cerrar os ol$os à imensidade de nossas tarefas e ames&uin$ar estas3. B1enin, t GI, p(%s. <"P-<"Q, ed. russaC. on%resso, consideram 3deprimente para eles entrar nesta ou noutra or%ania)ão de base3A esta obHe)ão se olta contra os pr7prios menc$ei&ues, pois não faem nen$uma falta ao 0artido filiados deste %énero, &ue não suportem a disciplina do 0artido e se assustam de entrar em suas or%ania)es. *s oper(rios não t9m medo da disciplina nem da or%ania)ão e entram de bom %rado nas or%ania)es do 0artido, &uando se decidem filiar-se a este. *s &ue temem a disciplina e a or%ania)ão são os intelectuais de tend9ncia indiidualista, e estes se mant9m, na realidade, à mar%em do 0artido. E faem bem, pois o 0artido se lirar( da aflu9ncia de elementos inse%uros &ue acodem a ele, sobretudo, neste per2odo em &ue come)a o moimento ascendente da reolu)ão democr(tico-bur%uesa. 3Ouando di%o — escree 1enin — &ue o 0artido dee ser uma soma Bnão uma soma simplesmente aritmética, senão um comple+oC de orga"i1aç!es... e+presso de um modo perfeitamente claro e preciso meu deseHo, min$a e+i%9ncia de &ue o 0artido, como destacamento de an%uarda, da classe oper(ria, reúna o m(+imo de orga"i1ação poss2el e s7 acol$a em seu seio a&ueles elementos &ue admitam< pelo me"os< um grau mí"imo de orga"i1aç!es3 B1enin t. GI, p(%s. <"#, ed. russaC. E mais adiante: 3De pala&ra, a f7rmula de 'arto parece defender os interesses das e+tensas camadas do proletariado porém, de ato, esta f7rmula sere aos interesses da i "telectualidade $urguesa, &ue recusa a disciplina e a

or%ania)ão prolet(rias. @in%uém se atreer( a ne%ar &ue a i"telectualidade, como uma camada especial dentro das sociedades capitalistas contemporneas, se caracteria, em conHunto, precisame"te por seu i"di&idualismo e por sua inadaptabilidade à disciplina e à or%ania)ão3. B*bra citada, p(%. <on%resso do 0artido e, nos interalos entre con%resso e con%resso, o >omité >entral, com a submissão da minoria à maioria, das diferentes or%ania)es aos or%anismos centrais, e das or%ania)es inferiores às superiores. Sem aHustar-se a estas condi)es, o partido da classe oper(ria não pode ser erdadeiro partido, nem cumprir com seus deeres de dire)ão do proletariado. Est( claro &ue o re%ime de ile%alidade, em &ue iia o 0artido sob a autocracia carista, não permitia às suas or%ania)es, na&ueles momentos, estruturar-se sobre o princ2pio da elei)ão a partir de bai+o, por cuHa raão o 0artido se ia obri%ado a manter um car(ter estritamente conspiratio. 0orém 1enin entendia &ue isto era, na ida de nosso 0artido, uma situa)ão passageira, &ue desaparecia no dia se%uinte à derrubada do carismo, e então o 0artido come)aria a atuar abertamente, dentro da le%alidade, e suas or%ania)es se estruturariam sobre a base da elei)ão democr(tica, sobre a base do ce"tralismo democrático. 3"tes — escreia 1enin — nosso 0artido não era uma unidade formalmente or%aniada, senão simplesmente uma soma de %rupos priados, raão pela &ual não e+istia nem podia e+istir entre eles mais rela)ão &ue a da influ9ncia ideol7%ica. 4%ora H( somos um 0artido or%aniado, e isto inclui a cria)ão de uma autoridade, a transforma)ão do prest2%io da idéia em prest2%io da autoridade, a submissão dos or%anismos inferiores aos or%anismos superiores do 0artido3 B1enin, t. GI, p(%.
disciplina prolet(ria ú"icaA &ue obri%ue por igual a todos os membros do 0artido, tanto aos diri%entes como aos militantes de fileiras. 0or isso, no 0artido não podem faer-se distin)es entre pessoas 3seletas3, às &uais não é obri%ada a disciplina do 0artido, e pessoas 3do monturo3, obri%adas a se submeter a ela. Sem uma disciplina única e i%ual para todos, não se poder( manter a inte%ridade do 0artido e a unidade dentro de suas fileiras. 34 car9ncia total, por parte de 'arto T >ia., de ar%umentos ra1oá&eis contra a reda)ão nomeada pelo >on%resso, ilustra mel$or &ue nada — di 1enin — sua frasein$a de 3n7s não somos seros3... @esta frase transparece com not(el nitide a psicolo%ia do intelectual bur%u9s, &ue cr9 estar por cima da or%ania)ão e da disciplina das massas, &ue se considera um 3esp2rito seleto3... 0ara o indiidualismo intelectual... toda or%ania)ão e toda disciplina prolet(rias são um a&assalame"to eudal3. B1enin, t. GI, p(%. <;<, ed. russaC. E mais adiante: 34 medida &ue se estruturar em nosso pa2s um erdadeiro 0artido, o oper(rio consciente ir( aprendendo a distin%uir a psicolo%ia do combatente do e+ército prolet(rio da psicolo%ia do intelectual bur%u9s &ue se paoneia com frases anar&uistasA ir( aprendendo a e+i%ir &ue cumpram seus deeres de membros do 0artido não s7 os militantes de fileiras, senão também 3os de cima3. B*bra citada, p(%. #om estas proféticas palaras termina a obra de 1enin 3m passo adiante, dois passos atr(s3. ?ais são as teses fundamentais de or%ania)ão desenolidas por 1enin neste célebre liro. 4 importncia desta obra reside, antes de tudo, em $aer mantido o princ2pio do 0artido contra o re%ime dos c2rculos, $aer defendido o 0artido contra os desor%aniadores, ani&uilado o oportunismo menc$ei&ue no &ue se refere aos problemas de or%ania)ão, e $aer assentado as bases or%nicas para o 0artido bolc$ei&ue. 'as, não se redu a isto a importncia da obra em &uestão. Sua si%nifica)ão $ist7rica consiste em &ue nela, 1enin tra)a, pela primeira e na $ist7ria do mar+ismo a teoria do Partido como orga"i1ação  diri%ente do proletariado e como arma fundamental em mãos deste, sem a &ual é imposs2el triunfar na luta pela ditadura prolet(ria. 4 difusão desta obra de 1enin entre os militantes do 0artido fe com &ue a maioria das or%ania)es de base se a%rupassem estreitamente em torno de 1enin. 0orém, &uanto mais estreitamente se a%rupaam as or%ania)es em torno dos bolc$ei&ues, maior era a irrita)ão de &ue os l2deres menc$ei&ues daam mostras. @o erão de !"L, os menc$ei&ues se apoderaram da maioria dentro do >omité >entral, %ra)as à aHuda &ue l$es prestou 0le6$ano e à trai)ão de dois bolc$ei&ues de%enerados: Frasin e @os6o. Era eidente &ue os menc$ei&ues marc$aam rumo à cisão. 4 perda das posi)es da 3Is6ra3 e do >. >. colocou os bolc$ei&ues numa posi)ão dif2cil. Era necess(rio or%aniar um Hornal bolc$ei&ue pr7prio. Era necess(rio or%aniar um noo >on%resso do 0artido, o III >on%resso, para ele%er um noo >. >. e destruir os menc$ei&ues. 1enin e os bolc$ei&ues se encarre%aram desta tarefa. *s bolc$ei&ues come)aram a faer campan$a em prol da conoca)ão do III >on%resso do 0artido. Em a%osto de !"L se celebrou na Su2)a, sob a dire)ão de 1enin, uma confer9ncia à &ual assistiram << bolc$ei&ues. @ela se aproou o c$amado diri%ido 34o 0artido3, &ue foi, para os bolc$ei&ues, o pro%rama de luta em prol da conoca)ão do III >on%resso. Em tr9s confer9ncias re%ionais de >omités bolc$ei&ues Ba do Sul, a do >(ucaso e a do @orteC foi eleito

um =ureau de >omités da maioria, &ue se encarre%ou de realiar o trabal$o pr(tico de prepara)ão para o III >on%resso. 4 L de Haneiro de !"P apareceu o primeiro número do Hornal bolc$ei&ue 3Gperiod3 B34diante3C. Dentro do 0artido se $aiam formado, como se 9, duas fra)es independentes, a bolc$ei&ue e a menc$ei&ue, cada uma com seus or%anismos centrais e seus 7r%ãos na Imprensa.

Resumo

Durante os anos de !" a !"L, crescem e se fortalecem, na Rússia, na base do au%e do moimento oper(rio reolucion(rio, as or%ania)es social-democratas mar+istas. 'ediante uma luta tena de princ2pios contra os 3economistas3, triunfa a lin$a reolucion(ria leninista da 3Is6ra3 e se superam a dispersão ideol7%ica e o trabal$o à 3maneira artesã3. 4 3Is6ra3 sere de tra)o de união entre os %rupos e c2rculos soci-al-democratas dispersos, e prepara o II >on%resso do 0artido. @este >on%resso, celebrado em !"#, se formou o 0artido *per(rio Social-Democrata da Rússia, foram aproados o pro%rama e os estatutos do 0artido, e se criaram os or%anismos centrais deste. @a luta traada no II >on%resso pelo triunfo definitio da lin$a da 3Is6ra3, dois %rupos manifestaram-se dentro do 0.*.S.D.R, o dos bolc$ei&ues e o dos menc$ei&ues. 4s principais dier%9ncias e+istentes entre os bolc$ei&ues e os menc$ei&ues, depois do II >on%resso, ersaam sobre os problemas de or%ania)ão. *s menc$ei&ues se apro+imaram dos 3economistas3 e ieram ocupar o posto destes no 0artido. @o momento, o oportunismo dos menc$ei&ues se manifesta no terreno dos problemas de or%ania)ão. *s menc$ei&ues são contr(rios a um partido reolucion(rio combatio de tipo leninista. =atem-se por um partido informe, não or%aniado, &ue ( a rebo&ue dos acontecimentos. Se%uem uma lin$a di i sionista dentro do 0artido. >om a aHuda de 0le6$ano, se apoderam da 3Is6ra3 e do >. >, alendo-se destas posi)es centrais para seus fins diisionistas. 4nte a amea)a de uma cisão por parte dos menc$ei&ues, os : bolc$ei&ues tomam medidas para cerrar a passa%em aos diisionistas, mobiliam as or%ania)es de base em prol da conoca)ão do III >on%resso, e editam um  Hornal pr7prio, intitulado 3Gperiod3. 0ortanto, em ésperas da primeira reolu)ão russa e H( nos come)os da %uerra russo-Haponesa, os bolc$ei&ues e os menc$ei&ues aparecem como dois %rupos pol2ticos independentes um do outro.

Capítulo III — Os Mencheviques e os Bolcheviques no Período da Guerra Russo-Japonesa e da Primeira Revoluço Russa !"#$%-"#$&'

" — ( )uerra russo-*aponesa+ — O movimento revolucion,rio da Rssia se)ue sua marcha ascendente+ — Greves em Peters.nr)o+ — Mani/estaço dos oper,rios diante do Pal,cio de Inverno a # de  *aneiro de "#$0+ — (s tropas /a1em /o)o contra os mani/estantes+ — Começa a revoluço+ Em fins do Século XIX, os Estados imperialistas começaram a lutar energicamente pelo predomínio no Oceano Pacífico e pela partilha da China. Nesta luta a !ssia c"arista tam#ém tomara parte. Em $%&&, as tropas c"aristas, em uni'o com as tropas (aponesas, alem's, inglesas e francesas, reprimiram com indi"í)el crueldade uma insurreiç'o popular *ue estalara na China e *ue se dirigia contra os imperialistas estrangeiros. +nteriormente a isto, o go)erno c"arista o#rigara a China a entregar  !ssia a península de -iaotung, com a fortale"a de Porto+rtur. + !ssia arrancou, além disso, o direito de construir estradas de ferro em territ/rio e estendeu, no Norte da 0andch!ria, uma linha férrea1 a estrada de ferro da China Oriental, en)iando tropas russas para defend2la. + 0andch!ria do Norte foi ocupada militarmente pela !ssia c"arista. O c"arismo ia se apro3imando cautelosamente da Coréia. + #urguesia russa ma*uina)a planos destinados a criar uma 4!ssia +marela4 na 0andch!ria. Em suas ane3aç5es no E3tremoOriente, o c"arismo chocou com outra a)e de rapina, o 6ap'o, *ue se con)ertera rapidamente num país imperialista e *ue tam#ém aspira)a cra)ar sua garra no continente asi7tico, estendendo seus domínios, so#retudo,  custa da China. O 6ap'o am#iciona)a tam#ém, como a !ssia c"arista, apoderarse da Coréia e da 0andch!ria. Sonha)a, além disso, (7 por a*uela época, apoderarse da ilha de Sa8halina e do E3tremoOriente. + Inglaterra, *ue n'o )ia com #ons olhos a consolidaç'o da !ssia c"arista no E3tremoOriente, se inclina)a secretamente para o lado do 6ap'o. Esta)ase gestando a guerra russo(aponesa. O go)erno c"arista )iase empurrado para ela pela grande #urguesia, 7)ida de no)os mercados, e pelas camadas mais reacion7rias dos latifundi7rios. Sem aguardar *ue o go)erno c"arista declarasse a guerra, o 6ap'o se lançou a ela. Pelas informaç5es do e3celente ser)iço de espionagem *ue tinha t inha montado na !ssia, calcula)a *ue ha)ia de enfrentarse com um ad)ers7rio pouco preparado. Em (aneiro de $%&9, sem declaraç'o pré)ia de guerra, o 6ap'o atacou inesperadamente a fortale"a russa de Porto+rtur, infringindo duras perdas  frota russa, *ue guarnecia esse porto. +ssim começou a guerra russo(aponesa. O go)erno c"arista especula)a com a idéia de *ue a guerra o a(udaria a firmar sua situaç'o política e conter a re)oluç'o. Porém seus c7lculos resultaram falhos1 a guerra sacudiu ainda mais as #ases do c"arismo. O E3ército russo, mal armado e mal instruído, dirigido por generais incapa"es e corrompidos, começou a sofrer uma derrota ap/s outra. + guerra ser)ia para enri*uecer os capitalistas, os altos funcion7rios e os generais. O latrocínio florescia de um modo e3u#erante. +s tropas tinham poucas muniç5es. 6ustamente *uando n'o ha)ia #astante cartucho, en)ia)amse  frente, como por #urla, )ag5es inteiros carregados de imagens. 4Os (aponeses nos atiram #alas, n/s os atacamos com 4imagens4, di"iam amargamente os soldados. Em )e" de e)acuar os feridos, os trens especiais transporta)am para a retaguarda os o#(etos rou#ados pelos generais c"aristas. Os (aponeses cercaram e logo depois tomaram a fortale"a de Porto+rtur. Porto+rtur. :epois de inflingir uma série de derrotas ao E3ército c"arista, destruíramno perto de 0u8den. O E3ército c"arista, *ue consta)a de ;&&.&&& homens, te)e, neste re)és, cerca de $<&.&&& #ai3as entre mortos, feridos e prisioneiros. Pouco tempo depois, so#re)eio a derrota total e o afundamento no estreito de =susima da es*uadra russa *ue ha)ia sido en)iada do 0ar >7ltico em socorro de Porto+rtur sitiado. O desastre de =susima representa)a uma cat7strofe completa1 dos )inte e dois #arcos de guerra, en)iados pelo c"ar, foram postos a pi*ue e destruídos tre"e, e *uatro caíram em poder do inimigo. + guerra esta)a definiti)amente perdida para a !ssia c"arista. O go)erno do c"ar )iuse o#rigado a concertrar uma pa" ignominiosa com o 6ap'o. Este ane3ou a Coréia e despo(ou a !ssia de Porto+rtur e da metade da ilha de Sa8halina. +s massas populares n'o *ueriam a*uela guerra e se inteira)am do dano *ue ha)ia de causar  !ssia. O po)o paga)a muito caro o atraso da !ssia c"arista. >olche)i*ues e menche)i*ues adotaram uma atitude diferente frente a esta guerra.

Os menche)i*ues, incluindo =rots8?, =rots8?, desceram s posiç5es do defensismo, )ale di"er, a#raçaram a defesa da 4p7tria4 do c"ar, dos latifundi7rios e dos capitalistas. Em troca, os #olche)i*ues, enca#eçados por -enin, entendiam *ue a derrota do go)erno c"arista na*uela guerra de rapina seria #enéfica, pois condu"iria ao enfra*uecimento do c"arismo e ao fortalecimento da re)oluç'o. +s derrotas das tropas c"aristas puseram a nu ante as mais e3tensas massas do po)o toda a podrid'o do c"arismo. O /dio contra o regime c"arista, entre as massas populares, era cada dia maior. + *ueda de Porto+rtur marca o começo da *ueda da autocracia, escre)eu -enin. O c"ar ha)ia *uerido estrangular a re)oluç'o com a guerra. Porém conseguiu o contr7rio. O *ue a guerra russo(aponesa fe" foi acelerar a re)oluç'o. Na ííssia c"arista, a opress'o capitalista se reforça)a com a opress'o do c"arismo. Os oper7rios n'o eram )ítimas somente da e3ploraç'o capitalista, dos tra#alhos forçados ao ser)iço do capital, sen'o tam#ém da pri)aç'o de direitos *ue pesa)a so#re todo o po)o. Por isso, os oper7rios conscientes aspira)am p@rse  frente do mo)imento re)olucion7rio de todos os elementos democr7ticos da cidade e do campo contra o c"arismo. Os camponeses )i)iam asfi3iados pela falta de terra e pelas numerosas so#re)i)2ncias do feudalismoA neles, se cra)a)am as garras dos latifundi7rios e do 8ula8. +s nacionalidades *ue po)oa)am a !ssia c"arista, gemiam so# um duplo  (ugo1 o de seus pr/prios latifundi7rios e capitalistas e o dos latifundi7rios e capitalistas russos. + crise econ@mica de $%&& a $%&; ha)ia acentuado as calamidades das massas tra#alhadoras, e a guerra )eio aument7las ainda mais. +s derrotas sofridas na guerra recrudesciam o /dio das massas contra o c"arismo. + paci2ncia do po)o ia se esgotando. Como se )2 ha)ia causas mais *ue suficientes para a re)oluç'o. Em de"em#ro de $%&9, estalou uma grande gre)e dos oper7rios de >a8!, muito #em organi"ada e mantida so# a direç'o do Comit2 #olche)i*ue da*uela cidade. Esta gre)e terminou com o triunfo dos oper7rios, graças ao *ual se concertou entre estes e os patr5es da ind!stria petrolífera o primeiro contrato coleti)o de tra#alho *ue a hist/ria do mo)imento oper7rio russo registra. + gre)e de >a8! foi o começo do auge re)olucion7rio na =ranscauc7sia e numa série de regi5es da !ssia. 4+ gre)e de >a8! B disse Stalin B foi o sinal para as gloriosas aç5es de (aneiro e fe)ereiro em toda a !ssia4. Esta gre)e foi, em )ésperas da grande tempestade re)olucion7ria, como o raio *ue precede a tormenta. Os acon acontec tecim imen ento toss do % <re)e se con)erteu em gre)e geral. O go)erno c"arista decidiu li*uidar no pr/prio começo o mo)imento, *ue se desen)ol)ia de um modo alarmante. 67 em $%&9, antes da gre)e da f7#rica Putilo), a polícia criara entre os oper7rios, com a(uda de um pro)ocador, o padre Gapone, uma organi"aç'o policial intitulada 4+ssociaç'o dos oper7rios fa#ris russos4. Esta organi"aç'o tinha seç5es em todos os distritos de Peters#urgo. +o estalar a gre)e, o padre Gapone prop@s nas assem#léias desta sociedade um plano de pro)ocaç'o1 a % de (aneiro, todos os oper7rios se congregariam, para acudir em prociss'o pacífica, diante do Pal7cio de In)erno, com estandartes e retratos do c"ar, com o o#(eti)o de lhe entregar uma petiç'o na *ual se e3poriam suas necessidades. O c"ar sairia para rece#er o po)o, e escutaria e satisfaria suas petiç5es. Gapone se prestou a ser)ir de instrumento s mano#ras da 4o8hrana4 c"arista1 trata)ase de escarmentar os oper7rios e afogar em sangue o mo)imento prolet7rio. Porém o plano policial se )oltou contra o go)erno do c"ar. + petiç'o petiç'o foi discut discutida ida nas assem assem#lé #léias ias de oper7r oper7rios ios,, introd introdu"i u"indo ndose se nela nela alguma algumass emenda emendass e modificaç5es. Nestas assem#léias, os #olche)i*ues inter)ieram tam#ém, sem apresentarse a#ertamente como tais. Horam eles *ue conseguiram *ue se (untassem  petiç'o as rei)indicaç5es seguintes1 li#erdade de Imprensa e de pala)ra, li#erdade de associaç'o para os oper7rios, con)ocaç'o de uma +ssem#léia Constituinte para mudar a fornia de go)erno da !ssia, igualdade de todos perante a lei, separaç'o da Igre(a do Estado, terminaç'o da guerra, implantaç'o da (ornada de  horas e entrega da terra aos camponeses. Em suas inter)enç5es nestas assem#léias, os #olche)i*ues fa"iam )er aos oper7rios *ue a li#erdade n'o se conseguia com suplicas ao c"ar, sen'o *ue se de)ia con*uist7la com as armas na m'o. Pre)eniram de *ue se faria fogo contra os oper7rios. Porém n'o lograram e)itar a manifestaç'o em frente ao Pal7cio de In)erno. Jma parte consider7)el dos oper7rios ainda acredita)a *ue o c"ar os a(udaria. O mo)imento se ha)ia apoderado das massas com uma força enorme. Na petiç'o dos oper7rios peters#urguenses peters#urguenses se di"ia1

4N/s, oper7rios de Peters#urgo, recorremos a ti, Senhor, com nossas mulheres, nossos filhos e nossos anci'os e in)7lidos, para implorar de ti a )erdade e tua a(uda. Ki)emos na miséria, nos oprimem, nos so#recarregam com um tra#alho esgotador, mofam de n/s, n'o nos tratam como homens... =emos sofrido tudo com paci2ncia, porém nos empurram cada )e" mais para a #orda da miséria, da escra)id'o e da ignorLncia, o despotismo e a tirania nos sufocam... Nossa paci2ncia se esgotou. Chegamos a esse momento terrí)el em *ue se prefere morrer a continuar suportando tormentos irresistí)eis...4 Nas primeiras horas da manh' de % de (aneiro de $%&, os oper7rios marcha)am em prociss'o para o Pal7cio de In)erno, onde o c"ar tinha sua resid2ncia. Iam acompanhados de suas famílias, mulheres, crianças e anci'os, e desfila)am com retratos do c"ar e estandartes de confrarias, entoando canç5es religiosas, e sem armas. No total, se reuniram nas ruas de Peters#urgo, na*uele dia, mais de $9&.&&& homens. Nicolau II os rece#eu com maneiras muito pouco corteses. :eu ordens de disparar so#re os oper7rios inermes. 0ais de mil oper7rios caíram mortos ante os fu"is das tropas c"aristas e mais de dois mil ficaram feridos. +s ruas de Peters#urgo ficaram empapadas de sangue prolet7rio. Os #olche)i*ues desfilaram com os oper7rios. 0uitos deles caíram mortos ou foram detidos. +li mesmo, so#re as ruas #anhadas em sangue prolet7rio, e3plicaram s massas *uais eram os respons7)eis por a*uela matança espantosa e como necess7rio lutar contra eles. O % de (aneiro começou a chamarse 4:omingo sangrento4. Hoi uma liç'o sangrenta a *ue os oper7rios rece#eram nesse dia. + % de (aneiro a fé dos oper7rios no c"ar morreu fu"ilada. Compreenderam *ue s/ lutando podiam con*uistar seus direitos. +o anoitecer da*uele dia, nos #airros oper7rios se começaram a le)antar as primeiras #arricadas. 467 *ue o c"ar nos rece#eu a tiros, lhe pagaremos na mesma moedaM4, di"iam os oper7rios de Peters#urgo. + horrí)el notícia do crime sangrento do c"ar correu como um rastilho de p/l)ora por t oda a !ssia. + ira e a indignaç'o se apoderaram de toda a classe oper7ria, de todo o país. N'o hou)e cidade onde os oper7rios n'o se declarassem em gre)e em sinal de protesto contra o crime do c"ar e onde n'o formulassem rei)indicaç5es políticas. +gora, os oper7rios se lança)am  rua com a consigna de 4+#ai3o a autocraciaM4 No m2s de (aneiro, o n!mero de gre)istas atingiu a cifra de 99&.&&&. Num s/ m2s, puseramse em gre)e mais oper7rios *ue nos de" anos anteriores  (untos. O mo)imento oper7rio se se ele)ou a uma altura formid7)el. a)ia começado a re)oluç'o na !ssia.

2 — Greves Greves políticas políticas e mani/estaç3 mani/estaç3es es oper,rias+ oper,rias+ — Intensi/ica-se Intensi/ica-se o movimento movimento revolucion revolucion,rio ,rio dos camponeses+ — ( su.levaço do couraçado 4Potem5im4+ + partir de % de (aneiro, a luta re)olucion7ria dos oper7rios toma um car7ter mais agudo e mais político. :as gre)es econ@micas e de solidariedade, os oper7rios passam s gre)es políticas, s manifestaç5es e, em alguns lugares,  resist2ncia armada contra as tropas c"aristas. Em Peters#urgo, 0oscou, Kars/)ia, iga, >a8! e em outras grandes cidades, onde se concentra)am massas consider7)eis de oper7rios, as gre)es se re)estiram de um car7ter mais tena" e mais organi"ado. + frente do proletariado em luta marcha)am os oper7rios metal!rgicos. Com suas gre)es, os destacamentos oper7rios de )anguarda arrasta)am as camadas oper7rias menos conscientes e lança)am toda a classe oper7ria  luta. + influ2ncia da socialdemocraeia crescia rapidamente. +s manifestaç5es de $. de 0aio deram origem, em di)ersos lugares a cho*ues com a polícia e as tropas. Em Kars/)ia, os manifestantes foram rece#idos a tiros e hou)e )7rias centenas de mortos e feridos. Os oper7rios de Kars/)ia responderam ao chamado da socialdemocracia polaca, responderam  matança com uma gre)e geral de protesto. :urante todo o m2s de maio, as gre)es e manifestaç5es n'o cessaram. 0ais de <&& mil oper7rios tomaram parte, na !ssia, nas gre)es de maio. + gre)e geral se estendeu aos oper7rios de >a8!, -od" e I)ano)oKosnesens8. Os cho*ues entre os oper7rios gre)istas e as tropas do c"ar eram cada )e" mais fre*entes. Cho*ues destes se produ"iram mima série de cidades, como Odessa, Kars/)ia, Kars/)ia, iga, -od", etc. No grande centro industrial da Pol@nia, -od", a luta assumiu um car7ter especialmente agudo. Os oper7rios de -od" encheram as mas desta cidade, de #arricadas, nas *uais lutaram contra as tropas c"aristas durante tr2s dias de << a <9 de (unho de $%&D. +*ui, a aç'o armada se fundiu com a gre)e geral. -enin considera)a este com#ate como a primeira aç'o armada dos oper7rios na !ssia. Entr Entree as gre) gre)es es prod produ" u"id idas as dura durant ntee o )er' )er'o, o, se dest destac acaa prin princi cipa palm lmen ente te a dos dos oper oper7r 7rio ioss de I)ano)oKosnesens8. I)ano)oKosnesens8. Esta gre)e durou desde fins de maio até começos de agosto de $%&, ou se(a cerca de dois meses e meio. =omaram parte nela cerca de Q&.&&& oper7rios, entre os *uais figura)am muitas mulheres. O Comit2 #olche)i*ue da regi'o Norte dirigiu essa gre)e. Nos arra#aldes da cidade, s margens do rio =al8a, milhares de

oper7rios se reuniam *uase diariamente... Nestas assem#léias discutiam seus pro#lemas e suas necessidades. Nelas, os #olche)i*ues fa"iam uso da pala)ra. Para li*uidar a gre)e, as autoridades c"aristas ordenaram s tropas dissol)er os oper7rios, fa"endo fogo contra eles. K7rias de"enas de oper7rios caíram mortos, e hou)e, centenas de feridos. Hoi proclamado o estado de guerra na cidade de I)ano)o. Porém os oper7rios se mantinham firmes, sem reatar o tra#alho. Passa)am fome com suas famílias, porém n'o cediam. S/ o esgotamento mais e3tremo os o#rigou no)amente a tra#alhar. Esta gre)e temperou os oper7rios. e)elou e3emplos mara)ilhosos de )alentia, de firme"a, de a#negaç'o e de solidariedade por parte da classe oper7ria. Ser)iu de )erdadeira escola de educaç'o política para os oper7rios de I)ano)Kosncsens8. :urante esta gre)e, os oper7rios de I)ano) criaram um So)iet de delegados *ue foi, de fato, um dos primeiros So)iets de deputados oper7rios da !ssia. +s gre)es políticas puseram todo o país de pé. +tr7s da cidade, o campo começou a le)antarse. Os camponeses começaram a agitarse na prima)era de $%&. 0archa)am em grandes multid5es contra os senhores de terra, destruindo suas possess5es, suas f7#ricas de aç!car e suas destilarias, #otando fogo nos pal7cios e casas senhoriais. Numa série de comarcas, os camponeses se apoderaram das terras dos latifundi7rios, procederam  derru#ada em massa dos #os*ues e e3igiram *ue as terras senhoriais lhes fossem ad(udicadas. Os camponeses confiscaram o trigo e outros produtos arma"enados pelos latifundi7rios e os repartiram entre os famintos. Os latifundi7rios, aterrori"ados, fugiram para a cidade. O go)erno c"arista en)iou os soldados e os cossacos para sufocar as insurreiç5es camponesas. +s tropas dispara)am contra os camponeses, detinham, espanca)am e tortura)am seus 4instigadores4. Porém os camponeses n'o retrocediam em sua luta. O mo)imento campon2s começou a estenderse por todo o centro da !ssia, pela regi'o do Kolga e pela =ranscauc7sia, principalmente na Ge/rgia. Os socialdemocratas iam cada )e" mais penetrando no campo. O Comit2 Central do Partido lançou uma proclamaç'o enca#eçada assim1 4Camponeses, escutai nossa pala)raM4. Os Comit2s socialdemocratas de =)er, Sarato), Polta)a, Chernigo), E8aterinosla), =iflis e muitas outras pro)íncias dirigiram manifestos aos camponeses. Os socialdemocratas organi"a)am 4meetings4 e círculos políticos nas aldeias, e cria)am Comit2s de camponeses. Gre)es de oper7rios agrícolas, organi"adas por socialdemocratas, estalaram numa série de comarcas, no )er'o de $%&. Porém, isto s/ era o começo da luta no campo. O mo)imento campon2s s/ se arraigara em  distritos, o *ue representa)a a sétima parte, apro3imadamente, dos distritos da !ssia européia c"arista. O mo)imento oper7rio e campon2s, unido  série de derrotas das tropas russas na guerra russo(aponesa, repercutiu so#re o E3ército. Este #aluarte do c"arismo começou a cam#alear. Em (unho de $%& estalou uma su#le)aç'o na es*uadra do 0ar Negro, a #ordo do couraçado 4Potem8in4. Por a*ueles dias o 4Potem8in4 esta)a fundeado n'o longe de Odessa, onde os oper7rios ha)iam declarado a gre)e geral. Os marinheiros su#le)ados a(ustaram as contas com os oficiais mais odiados por eles, e rumaram para Odessa. O 4Potem8in4 se passou para o campo da re)oluç'o. -enin atri#uía uma importLncia muito grande a esta su#le)aç'o. eputa)a necess7rio *ue os #olche)i*ues dirigissem este mo)imento e o ligassem ao mo)imento dos oper7rios, dos camponeses e das guarniç5es locais. O c"ar en)iou contra o 4Potem8in4 )7rios #arcos de guerra, porém a tripulaç'o destes se negou o disparar contra seus camaradas su#le)ados. :urante )7rios dias a #andeira )ermelha da re)oluç'o ondulou no couraçado 4Potem8in4. Porém na*ueles tempos, em $%&, o Partido #olche)i*ue n'o era ainda o partido !nico *ue dirigia o mo)imento, como mais tarde, em $%$Q. No 4Potem8in4 ha)ia n'o poucos menche)i*ues, socialre)olucion7rios e anar*uistas. Por isso, ainda *ue alguns socialdemocratas tomassem parte na su#le)aç'o, os su#le)ados n'o ti)eram uma direç'o segura e suficientemente e3periente. Jma parte dos marinheiros )acila)a nos momentos decisi)os. Os demais na)ios da es*uadra do 0ar Negro n'o se uniram  su#le)aç'o. Por falta de car)'o e de pro)is5es, o couraçado re)olucion7rio foi o#rigado a retirarse para as costas da umLnia e entregarse s autoridades deste país. + insurreiç'o dos marinheiros do 4Potem8in4 terminou com uma derrota. Os marinheiros su#le)ados, *ue mais tarde caíram nas m'os do go)erno c"arista, foram entregues aos =ri#unais. Parte deles foram e3ecutados e outros en)iados  pris'o. Porém o simples fato da su#le)aç'o te)e uma importLncia e3traordin7ria. + insurreiç'o do Potem8in loi a primeira aç'o re)olucion7ria de massas *ue se produ"iu no E3ército e na frota, a primeira grande unidade de tropas c"aristas *ue se passou para o lado da re)oluç'o. Esta su#le)aç'o fe" *ue os oper7rios, os camponeses e, so#retudo, as pr/prias massas de soldados e marinheiros )issem mais clara e mais pr/3ima a idéia da passagem do E3ército e da 0arinha para o lado da classe oper7ria, para o lado do po)o. + passagem dos oper7rios s gre)es políticas e s manifestaç5es de massas, o recrudescimento do mo)imento campon2s, os cho*ues armados do po)o com a polícia e as tropas e, finalmente, a su#le)aç'o na es*uadra do 0ar Negro1 tudo indica)a *ue as condiç5es para a insurreiç'o armada do po)o esta)am amadurecendo. Isto

o#rigou a #urguesia li#eral a p@rse energicamente de pé. +larmada ante a re)oluç'o, porém ao mesmo tempo assustando o c"ar com ela, pretendeu chegar a um acordo com o c"ar contra a re)oluç'o e pleitear a necessidade de decretar algumas pe*uenas reformas 4em fa)or do po)o4 para 4aplacar4 a este, semear a disc/rdia entre as forças da re)oluç'o e atalhar com isso os 4horrores da re)oluç'o4. 4R necess7rio retalhar terras para os camponeses, pois de outro modo nos retalhar'o o pescoço4, di"iam os senhores de terra li#erais. + #urguesia li#eral se dispunha a compartilhar o Poder com o c"ar. En*uanto o proletariado luta, a #urguesia pretende acercarse cautelosamente do Poder, escre)ia -enin na*ueles dias, referindose  t7tica da classe oper7ria e a da #urguesia li#eral. O go)erno c"arista continua)a esmagando o mo)imento oper7rio e campon2s com uma )iol2ncia #rutal. Porém n'o podia desconhecer *ue com os simples meios repressi)os era impossí)el sufocar a re)oluç'o. Por isso, sem a#andonar a repress'o, começou a recorrer s mano#ras de rodeios. Por uma parte, com a(uda de seus agentes pro)ocadores, começou a açular os po)os da !ssia uns contra os outros, organi"ando progroms (udeus e matanças entre arm2nios e t7rtaros. :e outro lado, prometeu con)ocar uma 4+ssem#léia representati)a4 B na forma de 4ems8i So#or4 ou :uma do Estado, B encarregando o ministro >uliguin para *ue redigisse o pro(eto desta +ssem#léia, porém com a condiç'o de *ue n'o ti)esse faculdades legislati)as. =odas estas medidas )isa)am semear a disc/rdia entre as forças da re)oluç'o e apartar desta, as camadas moderadas do po)o. Os #olche)i*ues declararam o #oicote  :uma #uliguiniana, propondose como o#(eti)o (ogar por terra esta caricatura de representaç'o popular. +o contr7rio, os menche)i*ues concordaram em n'o fa"er fracassar a :uma e consideraram necess7rio participar dela.

6 — 7iver)8ncias t,ticas entre os .olcheviques e os mencheviques+ — O III Con)resso do Partido+  — O livro de 9enin 4(s duas t,ticas da social-democracia na revoluço democr,tica4+ — :undamentos t,ticos do Partido mar;ista+ + re)oluç'o p@s em mo)imento todas as classes da sociedade. + )iragem pro)ocada pela re)oluç'o na )ida política do país, f2las sair de suas )elhas posiç5es de estagnaç'o e as o#rigou a reagruparse de acordo com a no)a situaç'o. Cada classe, cada partido, esforça)ase em traçar sua t7tica, sua linha de conduta, sua relaç'o com as demais classes e com o go)erno. +té o go)erno c"arista se )iu o#rigado a ela#orar, coisa ins/lita nele, uma no)a t7tica, consistente em prometer a con)ocaç'o de uma 4+ssem#léia representati)a4, a :uma #uliguiniana. =am#ém o Partido socialdemocrata se )iu na necessidade de traçar sua linha t7tica. +ssim o e3igia a marcha ascendente da re)oluç'o. +ssim o e3igiam tam#ém os pro#lemas pr7ticos imposterg7)eis *ue se apresenta)am ante o proletariado1 organi"aç'o da insurreiç'o armada, derru#ada do go)erno c"arista, instauraç'o de um go)erno pro)is/rio re)olucion7rio, participaç'o da social democracia neste go)erno, relaç5es com os camponeses e com a #urguesia li#eral, etc. Era necess7rio traçar a t7tica mar3ista da socialdemocracia, uma t7tica !nica e #em meditada. Porém, graças ao oportunismo e ao tra#alho di)isionista dos menche)i*ues, a socialdemocracia russa se acha)a, na*ueles momentos, cindida em duas fraç5es. +inda n'o se podia considerar consumada a cis'o, porém, ainda *ue /ormalmente estas duas fraç5es n'o fossem dois partidos distintos, de /ato se pareciam muito a dois partidos, cada *ual com seus pr/prios organismos centrais e seus pr/prios /rg'os na Imprensa. Contri#uía para aprofundar a cis'o o fato de *ue s )elhas di)erg2ncias dos menche)i*ues com a maioria do Partido em matéria de or)ani1aço, )ieram somarse outras di)erg2ncias no)as, *ue afeta)am os pro#lemas t,ticos. + falta de um Partido unido tradu"iase na falta de unidade *uanto  sua t7tica. Ca#ia resol)er a situaç'o, con)ocando imediatamente o III Congresso ordin7rio do Partido, para esta#elecer nele uma t7tica !nica, o#rigando a minoria a aplicar honradamente as resoluç5es do Congresso e su#meterse s decis5es da maioria. Esta soluç'o foi, com efeito, a *ue os #olche)i*ues propuseram aos menche)i*ues. Porém estes n'o *ueriam nem ou)ir falar do Congresso. Em )ista disto e considerando como um crime continuarse mantendo o Partido sem uma t7tica sancionada por seu /rg'o supremo e o#rigat/rio para todos seus mem#ros, os #olche)i*ues decidiram tomar em suas m'os a iniciati)a de con)ocar o III Congresso. Horam con)idadas a en)iar delegados a ele todas as organi"aç5es do Partido, tanto as #olche)i*ues como as menche)i*ues. Porém os menche)i*ues se negaram a participar do Congresso e decidiram con)ocar outro por sua conta. N'o o chamaram congresso, sen'o confer2ncia, pelo redu"ido n!mero de delegados *ue a ele acudiram, porém, na realidade foi um congresso, o congresso do partido menche)i*ue, cu(as resoluç5es se considera)am o#rigat/rias para todos os menche)i*ues. Em a#ril de $%&, se reuniu em -ondres o terceiro Congresso do Partido Socialdemocrata da !ssia.

+ssistiram a ele <9 delegados em nome de <& Comit2s #olche)i*ues. =odas as grandes organi"aç5es do Partido acha)amse representadas nele. O Congresso condenou os menche)i*ues, considerandoos como 4uma parte *ue se ha)ia separado do Partido4, e passou aos pro#lemas da ordem do dia, *ue )ersa)am so#re a t7tica do Partido. +o mesmo tempo se reunia em Gene#ra a confer2ncia dos menche)i*ues. 4:ois congressos, dois partidos4, tais eram os termos com *ue -enin (ulga)a a situaç'o. =anto o congresso como a confer2ncia e3amina)am, no fundo, os mesmos pro#lemas t7ticos, porém as resoluç5es *ue recaíram so#re estes pro#lemas foram diametralmente opostas. +s duas diferentes séries de resoluç5es )otadas no congresso e na confer2ncia punham a desco#erto, em toda sua profundidade, as di)erg2ncias t7ticas e3istentes entre o III Congresso do Partido e a Confer2ncia menche)i*ue, entre os #olche)i*ues e os menche)i*ues. Eis a*ui os pontos fundamentais destas di)erg2ncias1 9inha t,tica do III Con)resso do Partido. O Congresso acha)a *ue, apesar do car7ter democr7tico#urgu2s da re)oluç'o *ue se esta)a desen)ol)endo e apesar de *ue esta n'o podia, na*ueles momentos, sair do marco das medidas compatí)eis com o capitalismo, seu triunfo total interessa)a de um modo primordial ao proletariado, pois o triunfo desta re)oluç'o lhe daria a possi#ilidade de organi"arse, de educarse politicamente, de ad*uirir e3peri2ncia e h7#itos de direç'o política das massas tra#alhadoras, e de passar da re)oluç'o #urguesa  re)oluç'o socialista. + t7tica do proletariado, )isando o triunfo total da re)oluç'o democr7tico#urguesa, s/ podia ser apoiada pelos camponeses, (7 *ue estes n'o conseguiriam desem#araçarse dos senhores de terra e o#ter suas terras sen'o com o triunfo completo da re)oluç'o. Os camponeses eram, pois, os aliados naturais do proletariado. + #urguesia li#eral n'o esta)a interessada no triunfo completo dessa re)oluç'o, (7 *ue necessita)a do Poder c"arista como l7tigo contra os oper7rios e os camponeses, aos *uais temia mais *ue a nenhuma outra coisa, pelo *ue se esforçaria em manter o c"arismo, em#ora restringindo um pouco suas prerrogati)asA portanto, a #urguesia li#eral procuraria encerrar o assunto mediante um acordo com o c"ar, na #ase de uma monar*uia constitucional. + re)ohiç'o s/ poder7 triunfar se o proletariado se p5e  frente dela, se este, como chefe da re)oluç'o, sa#e assegurar sua aliança com os camponeses, se se isola a #urguesia li#eral, se a socialdemocracia toma parte ati)a na organi"aç'o da insurreiç'o popular contra o c"arismo, sé, como resultado de uma insurreiç'o triunfante, se instaura um go)erno pro)is/rio re)olucion7rio, capa" de e3tirpar as raí"es da contrare)oluç'o e de con)ocar uma +ssem#léia Constituinte de todo o po)o, e se a socialdemocracia n'o recusa, em condiç5es propícias, participar neste go)erno pro)is/rio re)olucion7rio para le)ar a re)oluç'o o seu termo. 9inha t,tica da con/er8ncia menchevique. Posto *ue se trata de uma re)oluç'o #urguesa, s/ pode ter como chefe a #urguesia li#eral. O proletariado tem *ue se apro3imar dela e n'o dos camponeses. Para isto, o mais importante é n'o assustar a #urguesia li#eral com atitudes re)olucion7rias e n'o darlhe prete3to para )oltar as costas  re)oluç'o, a *ual se de#ilitar7, se a #urguesia li#eral se des)ia dela. R possí)el *ue a insurreiç'o triunfe, porém a socialdemocracia, depois do triunfo da insurreiç'o, de)er7 ficar  margem para n'o atemori"ar a #urguesia li#eral. R possí)el *ue, como resultado da insurreiç'o, se instaure um go)erno pro)is/rio re)olucion7rio, porém a socialdemocracia n'o de)er7 participar nele de modo algum (7 *ue este go)erno n'o ser7, por seu car7ter, um go)erno socialista, e, so#retudo, por*ue a participaç'o nele da socialdemocracia e sua atitude re)olucion7ria poderiam assustar a #urguesia li#eral e solapar com isso a re)oluç'o. :o ponto de )ista das perspecti)as da re)oluç'o seria melhor con)ocar *ual*uer assem#léia representati)a, um 4ems8i So#or4 ou uma :uma de Estado, a *ual se poderia su#meter a press'o da classe oper7ria, de fora, para con)ert2la em uma +ssem#léia Constituinte ou forç7la a con)ocar esta. O proletariado tem seus interesses pr/prios e peculiares, interesses puramente oper7rios, com os *uais de)e preocuparse sem tentar erigirse em chefe da re)oluç'o #urguesa, *ue é uma re)oluç'o política geral e *ue afeta, portanto, a todas as classes e n'o ao proletariado somente. =ais eram, em #re)es pala)ras, as duas t7ticas das duas fraç5es do Partido Oper7rio Social:emocrata da !ssia. Em seu hist/rico li)ro intitulado 4+s duas t7ticas da socialdemocracia na re)oluç'o democr7tica4, -enin fa" a crítica cl7ssica da t7tica menche)i*ue e fundamenta de um modo genial a t7tica #olche)i*ue. Este li)ro apareceu em (ulho de $%& ou se(a dois meses ap/s o III Congresso do Partido. + (ulgar pelo título da o#ra, poderseia crer *ue -enin s/ e3amina nela os pro#lemas t7ticos do período da re)oluç'o democr7tico#urguesa, e *ue sua crítica se refere unicamente aos menche)i*ues russos. Porém, na realidade, ao criticar a t7tica dos menche)i*ues, p5e tam#ém a nu a t7tica do oportunismo internacional e ao fundamentar a t7tica

mar3ista no período da re)oluç'o #urguesa e traçar as diferenças entre esta e a re)oluç'o socialista, formula tam#ém os fundamentos da t7tica do mar3ismo no período de transiç'o da re)oluç'o #urguesa  re)oluç'o socialista. Eis a*ui as teses t7ticas fundamentais desen)ol)idas por -enin em sua o#ra 4+s duas t7ticas da socialdemocracia na re)oluç'o democr7tica41 $D + tese t7tica fundamental de *ue trata a o#ra de -enin é a idéia de *ue o proletariado pode e de)e ser o chefe da re)oluç'o democr7tico#urguesa, o diri)ente da re)oluç'o democr7tico#urguesa na !ssia. -enin reconhecia o car7ter #urgu2s desta re)oluç'o, )isto *ue, segundo ele assinalou, 4n'o esta)a em condiç5es de sair imediatamente do estado de uma transformaç'o puramente democr7tica4. Porém entendia *ue n'o era um mo)imento de cima, sen'o uma re)oluç'o popular, *ue punha em mo)imento todo o po)o, toda a classe oper7ria e todos os camponeses. Por isso, reputa)a como uma traiç'o aos interesses do proletariado as tentati)as dos menche)i*ues de diminuir a importLncia da re)oluç'o #urguesa para a classe oper7ria, de menosca#ar o papel do proletariado nela e dela descartar as forças prolet7rias. 4O mar3ismo B escre)ia -enin B n'o ensina o proletariado a ficar  margem da re)oluç'o #urguesa, a n'o participar nela, a entregar sua direç'o  #urguesia, mas, pelo contr7rio, ensina *ue de)e participar do modo mais enérgico e mais decidido na luta pelo democratismo prolet7rio conse*ente, na luta para le)ar a re)oluç'o ao fim4. -enin, t. KIII, p7g. , ed. russaD. 4N'o de)emos es*uecer B escre)ia -enin mais adiante B *ue nestes momentos n'o h7 nem pode ha)er outro meio de se apro3imar do socialismo *ue a li#erdade política completa, a ep!#lica democr7tica4. O#ra citada, p7g. $&9D. -enin pre)ia dois possí)eis desenlaces para a re)oluç'o.

$. ou a re)oluç'o termina)a com o completo triunfo so#re o c"arismo, com a derru#ada deste e a instauraç'o da ep!#lica democr7tica, ou

<. se a re)oluç'o n'o era #astante forte, podia terminar com um acordo entre o c"ar e a #urguesia  custa do po)o, com *ual*uer Constituiç'o minguada, ou melhor dito, com *ual*uer caricatura constitucional. O proletariado acha)ase interessado em *ue a soluç'o fosse a melhor, a sa#er1 a do triunfo decisi)o so#re o c"arismo. Porém, para *ue esta soluç'o fosse possí)el, era necess7rio *ue o proletariado sou#esse con)erterse em chefe, em dirigente da re)oluç'o. 4O desenlace da re)oluç'o B escre)ia -enin B depende do papel *ue a classe oper7ria desempenha nela1 de *ue se limite a ser um mero au3iliar da #urguesia, ainda *ue se(a um au3iliar poderoso pela intensidade de seu impulso contra a autocracia, porém politicamente impotente, ou de *ue assuma o papel de dirigente da re)oluç'o popular4 O#ra citada, p7g. ;
•

Em primeiro lugar, 4o proletariado, sendo como é por sua situaç'o, a classe mais a)ançada e a !nica conse*entemente re)olucion7ria, est7 chamado, por isso, a desempenhar o papel dirigente no mo)imento geral democr7tico re)olucion7rio na !ssia4 -enin, t. KIII, p7g. Q, ed. russaD. Em segundo lugar, o proletariado se acha mais interessado no triunfo decisi)o da re)oluç'o *ue a #urguesia, (7 *ue 4em certo sentido< a revoluço .ur)uesa = mais .en=/ica para o proletariado *ue para a #urguesia4 O#ra citada, p7g. QD.

4+ #urguesia B escre)ia -enin B con)ém apoiarse em algumas das so#re)i)2ncias do )elho regime contra o proletariado, por e3emplo, na monar*uia, no E3ército permanente, etc. T #urguesia con)ém *ue a re)oluç'o #urguesa n'o )arra demasiado resolutamente todas as so#re)i)2ncias do )elho regime, sen'o *ue dei3e de pé algumas delasA isto é, *ue esta re)oluç'o n'o se(a de todo conse*ente, n'o se(a le)ada até o fim, n'o se(a decidida e implac7)el... T #urguesia con)ém mais, *ue as mudanças necess7rias num sentido democr7tico#urgu2s se esta#eleçam lentamente, gradualmente, prudentemente, de um modo cauto, por meio de reformas e n'o por )ia da re)oluç'o... *ue estas mudanças desen)ol)am o menos possí)el a independ2ncia, a iniciati)a e a energia re)olucion7ria do po)o simples, isto é, dos camponeses e principalmente dos oper7rios, pois, de outro modo a estes !ltimos lhes ser7 tanto mais f7cil 4mudar o fu"il de um om#ro para o outro4, como di"em os franceses, isto é, dirigir contra a pr/pria #urguesia a arma *ue a re)oluç'o #urguesa p5e em suas m'os, a li#erdade *ue esta lhes d7, as instituiç5es democr7ticas *ue #rotam no terreno limpo do feudalismo. Pelo contr7rio,  classe oper7ria con)ém mais

*ue as mudanças necess7rias num sentido democr7tico#urgu2s se introdu"am n'o por meio de reformas, sen'o pela )ia re)olucion7ria, pois o caminho reformista é o caminho dos adiamentos, dos esta#elecimentos de pra"o, da agonia dolorosa e lenta dos mem#ros podres do organismo social e os *ue mais e primordialmente sofrem com este processo de agonia, s'o o proletariado e os camponeses. Em troca o caminho re)olucion7rio é o !nico caminho *ue consiste na operaç'o mais r7pida e menos dolorosa para o proletariado, na eliminaç'o direta dos mem#ros podres, o caminho de mínimas concess5es e cautelas com respeito  monar*uia e a suas instituiç5es repelentes, ignominiosas e podres, *ue en)enenam a atmosfera com sua decomposiç'o4. O#ra citada, p7gs. QD. 4Precisamente por isso B continua -enin B o proletariado luta na )anguarda pela ep!#lica, rechaçando com despre"o os conselhos nécios e indignos dele, dos *ue lhe di"em *ue tenha cuidado para n'o assustar a #urguesia4. O#ra citada, p7g. %9D. Para *ue a possi.ilidade de *ue o proletariado diri(a a re)oluç'o se con)erta em realidade, para *ue o proletariado se eri(a de /ato em chefe, em dirigente da re)oluç'o #urguesa, duas condiç5es, pelo menos, t2m *ue se dar, segundo -enin. Em primeiro lugar, é necess7rio *ue o proletariado conte com um aliado *ue se ache interessado no triunfo decisi)o so#re o c"arismo e *ue este(a disposto a colocarse so# a direç'o do proletariado. Esta e3ig2ncia )ai implicar na pr/pria idéia de direç'o, pois o dirigente dei3a de o ser *uando n'o tem a *uem dirigir e o chefe, *uando n'o tem a *uem mandar. Eram os camponeses B segundo -enin B este aliado. Em segundo lugar, é necess7rio *ue a classe, *ue se acha em luta com o proletariado por dirigir a re)oluç'o, por erigirse em seu !nico dirigente, se(a eliminada da luta pela direç'o e isolada. =am#ém isto )ai implícito na pr/pria idéia de direç'o, *ue e3clui a possi#ilidade de admitir dois dirigentes da re)oluç'o. Esta classe era, segundo -enin, a #urguesia li#eral. 4S/ o proletariado B escre)ia -enin B pode ser um lutador conse*ente pelo democratismo. Porém, s/ pode lutar )itoriosamente pelo democratismo com a condiç'o de *ue as massas camponesas se unam  sua luta re)olucion7ria4. O#ra citada, p7g. ;D. E mais adiante1 4Entre os camponeses h7, ao lado dos elementos pe*ueuo#urgueses, uma massa de elementos semiprolet7rios. Isto lhes fa" ser tam#ém inst7)eis, o#rigando o proletariado a fundirse num partido rigorosamente de classe. Porém a insta#ilidade dos camponeses é radicalmente diferente da insta#ilidade da #urguesiaA pois neste momento concreto os camponeses se acham menos interessados em *ue se mantenha indene a propriedade pri)ada do *ue em arre#atar aos latifundi7rios suas terras, *ue s'o uma das principais formas da*uela propriedade. Sem se con)erterem por isso em socialistas nem dei3arem de ser pe*uenos #urgueses, os camponeses s'o suscetí)eis de atuar como os mais perfeitos e radicais defensores da re)oluç'o democr7tica. Os camponeses proceder'o ine)ita)elmente assim, sempre e *uando a marcha dos acontecimentos re)olucion7rios *ue iluminam seu caminho n'o se interromper #ruscamente pela traiç'o da #urguesia e da derrota do proletariado. Os camponeses se con)erter'o ine)ita)elmente so# tal condiç'o, num #aluarte da re)oluç'o e da ep!#licaA (7 *ue s/ uma re)oluç'o plenamente )itoriosa pode dar ao campon2s tudo em matéria de reforma agr7ria, tudo quanto o campon2s *uer, com o *ue sonha e o *ue realmente necessita4. O#ra citada, p7ginas %9%D. +nalisando as o#(eç5es dos menche)i*ues, *ue afirma)am *ue semelhante t7tica, a traçada pelos #olche)i*ues, 4o#rigar7 as classes #urguesas a )oltar as costas  re)oluç'o, com o *ue redu"ir7 o alcance desta4, e caracteri"andoa como 4uma t7tica de traiç'o  re)oluç'o4, como a 4t7tica de con)erter o proletariado num lament7)el ap2ndice s classes #urguesas4, -enin escre)ia1 4Uuem compreender )erdadeiramente *ual é o papel dos camponeses na re)oluç'o russa )itoriosa, ser7 incapa" de di"er *ue o alcance da re)oluç'o se redu" se a #urguesia lhe )olta as costas, pois, na realidade, a re)oluç'o russa n'o começar7 a ad*uirir seu )erdadeiro alcance, n'o começar7 a ad*uirir a maior en)ergadura re)olucion7ria possí)el na época da re)oluç'o democr7tico#urguesa, até *ue a #urguesia n'o lhe )olte as costas e o elemento re)olucion7rio ati)o n'o se(a a massa camponesa, em uni'o com o proletariado. Para ser le)ada conse*entemente a término, nossa re)oluç'o democr7tica de)e apoiarse em forças capa"es de contra#alançar a ine)it7)el inconse*u2ncia da #urguesia, isto é, capa"es precisamente de 4o#rig7la a )oltar as costas4. O#ra citada, p7gs. %%VD. =al é a tese t7tica fundamental so#re o proletariado como chefe da re)oluç'o #urguesa, a tese t7tica fundamental so#re a hegemonia papel dirigenteD do proletariado na re)oluç'o #urguesa, desen)ol)ida por -enin em sua o#ra 4+s duas t7ticas da socialdemocracia na re)oluç'o democr7tica4. Com isso, o partido mar3ista se situa)a num ponto de )ista no)o ante os pro#lemas da t7tica na re)oluç'o democr7tico#urguesa, ponto de )ista *ue se distinguia profundamente das posiç5es t7ticas *ue até ent'o figura)am no arsenal mar3ista. +nteriormente, o pro#lema se redu"ia a *ue, nas re)oluç5es #urguesas, por e3emplo, nas dos países ocidentais, o papel dirigente ficasse em m'os da #urguesia, )endose o proletariado redu"ido, na melhor das hip/teses

ao papel de au3iliar, e os camponeses con)ertidos em reser)a da #urguesia. Os mar3istas considera)am esta com#inaç'o como algo mais ou menos ine)it7)el, fa"endo no ato a reser)a de *ue o proletariado de)ia defender, neste transe, o mais possí)el, suas rei)indicaç5es imediatas de classe e ter seu partido político pr/prio. +gora, dentro da no)a situaç'o hist/rica, o pro#lema era colocado, de acordo com o ponto de )ista de -enin, de um modo no)o1 o proletariado passa)a a ser a força dirigente da re)oluç'o #urguesa, a #urguesia era deslocada da direç'o do mo)imento re)olucion7rio, e os camponeses se con)ertiam na reser)a do proletariado. + crença de *ue Ple8hano) 4era tam#ém partid7rio4 da hegemonia do proletariado, responde a um e*uí)oco. Ple8hano) 4co*uetea)a4 com a idéia da hegemonia do proletariado, em#ora se(a certo *ue a reconhecia de pala)ra, de fato era contr7rio  ess2ncia desta idéia. + hegemonia do proletariado implica no papel dirigente deste na re)oluç'o #urguesa, com uma política de aliança entre o proletariado e os camponeses e uma política de isolamento da #urguesia li#eral, sendo assim *ue Ple8hano) era, como sa#emos, contr,rio  a esta política de isolamento da #urguesia li#eral, partid7rio de uma política de acordo com esta #urguesia e contr7rio  política de aliança entre o proletariado e os camponeses. Na realidade, o ponto de )ista t7tico de Ple8hano) era o ponto de )ista menche)i*ue, *ue consistia em negar a hegemonia do proletariado.
$. Emprego das 4gre)es políticas de massas, *ue podem ter grande importLncia no começo e no pr/prio transcurso da insurreiç'o4. O#ra citada, p7g. QD.

<. 4Implantaç'o imediata, pela )ia re)olucion7ria, da (ornada de  horas e outras rei)indicaç5es imediatas da classe oper7ria4. O#ra citada, p7g. 9QD.

;. 4Organi"aç'o imediata de Comit2s camponeses re)olucion7rios para implantar4 pela )ia re)olucion7ria, 4todas as mudanças democr7ticas4 até chegar  confiscaç'o das terras dos latifundi7rios. O#ra citada, p7g. D.

9. +rmamento do proletariado. :ois pontos interessa especialmente destacar a*ui1 Em primeiro lugar, a t7tica da implantaç'o revolucion,ria  da (ornada de  horas na cidade e das mudanças democr7ticas no campoA isto é, sua implantaç'o sem contar com as autoridades, sem contar com a lei, prescindindo das autoridades e da legalidade, destroçando as leis )igentes e instaurando uma no)a ordem pela pr/pria força das massas, por sua pr/pria )ontade. Era este um no)o meio t7tico cu(a aplicaç'o paralisa)a o aparelho de Poder do c"arismo e li#erta)a a ati)idade e a iniciati)a criadora das massas. Na #ase desta t7tica surgiram os comit2s re)olucion7rios de gre)e na cidade e os comit2s re)olucion7rios de camponeses no campo, *ue ha)iam de con)erterse mais tarde nos So)iets de deputados oper7rios e nos So)iets de deputados camponeses, respecti)ametite. Em segundo lugar, o emprego das )reves políticas de massas, o emprego das gre)es políticas gerais, *ue mais tarde, no transcurso da re)oluç'o, ha)iam de desempenhar um papel de primeira ordem para a mo#ili"aç'o re)olucion7ria das massas. Era esta uma arma no)a e importantíssima nas m'os do proletariado, arma desconhecida até ent'o na atuaç'o dos partidos políticos mar3istas e *ue ha)ia de ad*uirir mais tarde carta de cidadania. -enin entendia *ue, como resultado da insurreiç'o )itoriosa do po)o, o go)erno c"arista ha)eria de ser su#stituído por um go)erno pro)is/rio re)olucion7rio. + miss'o deste go)erno pro)is/rio re)olucion7rio consistiria em garantir as con*uistas da re)oluç'o, em esmagar a resist2ncia da contrare)oluç'o e em reali"ar o programa mínimo do Partido Oper7rio Social:emocrata da !ssia. -enin entendia *ue sem isto era impossí)el conseguir um triunfo decisi)o so#re o c"arismo. E, para cumprir esta miss'o e lograr um triunfo decisi)o so#re o c"arismo, o go)erno pro)is/rio re)olucion7rio de)ia ser, n'o um go)erno como outro *ual*uer, sen'o o go)erno da ditadura das classes )itoriosas, dos oper7rios e camponeses, a ditadura re)olucion7ria do proletariado e dos camponeses.

eferindose  conhecida tese de 0ar3, segundo a *ual 4a estrutura pro)is/ria de todo Estado depois da re)oluç'o e3ige a ditadura, e uma ditadura enérgica4, -enin chega)a  conclus'o de *ue, se se *ueria assegurar o triunfo decisi)o so#re o c"arismo, o go)erno pro)is/rio re)olucion7rio s/ podia ser a ditadura do proletariado e dos camponeses. 4O triunfo decisi)o da re)oluç'o so#re o c"arismo B escre)ia -enin B é a ditadura revolucioii,rio-democr,tico do proletariado e dos camponeses ... Este triunfo ser7, precisamente, uma ditaduraA isto é, de)er7 apoiarse ine)ita)elmente na força das armas, nas massas armadas, na insurreiç'o, e n'o nestas ou na*uelas instituiç5es criadas 4pela )ia pacífica4. S/ pode ser uma ditadura, por*ue a implantaç'o das mudanças imediata e a#solutamente necess7rias para o proletariado e os camponeses pro)ocar7 uma resist2ncia desesperada por parte dos latiiundi7rios, da grande #urguesia e do c"arismo. Sem ditadura, ser7 impossí)el esmagar esta resist2ncia, rechaçar as tentati)as contrare)olucion7rias. Porém, n'o ser7, naturalmente, uma ditadura socialista, sen'o uma ditadura democr7tica. Esta ditadura n'o poder7 tocar sem passar por toda uma série de graus intermedi7rios de desen)ol)imento re)olucion7rioD nas #ases do capitalismo. Poder7, no melhor dos casos, introdu"ir mudanças radicais na distri#uiç'o da propriedade da terra a fa)or dos camponeses, implantar um democratismo conse*ente e completo, até chegar  ep!#lica, desarraigar n'o s/ dos costumes camponeses, como tam#ém dos h7#itos fa#ris, todos os traços asi7ticos e ser)is, iniciar um melhoramento sério na situaç'o dos oper7rios e ele)ar seu ní)el de )ida, e finalmente B  o !ltimo na ordem, porém n'o em importLncia B atear a fogueira re)olucion7ria na Europa. Semelhante triunfo n'o con)erter7 ainda, e longe disso, nossa re)oluç'o #urguesa em socialistaA a re)oluç'o democr7tica n'o sair7 imediatamente do estado das relaç5es econ@micosociais #urguesas, porém n'o o#stante isto, ter7 uma importLncia gigantesca para o futuro desen)ol)imento da !ssia e do mundo inteiro. Nada ele)ar7 a tal altura a energia re)olucion7ria do proletariado mundial, nada encurtar7 t'o considera)elmente o caminho *ue condu"  sua )it/ria total, como este triunfo decisi)o da re)oluç'o *ue (7 se iniciem na !ssia4. O#ra citada, p7gs. V<VD. No tocante  atitude da socialdemocracia ante o go)erno pro)is/rio re)olucion7rio e  possi#ilidade de *ue a*uela participasse nele, -enin defendia integralmente a correspondente resoluç'o do III Congresso do Partido, *ue di"ia assim1 4:e acordo com a correlaç'o de forças e outros fatores *ue n'o é possí)el fi3ar com precis'o de antem'o, é admissí)el a participaç'o de representantes de nosso Partido no go)erno pro)is/rio re)olucion7rio, com o fim de lutar implaca)elmente frente a todas as tentati)as contrare)olucion7rias e defender os interesses pr/prios e peculiares da classe oper7riaA condiç'o necess7ria para esta participaç'o é o controle rigoroso do Partido so#re seus representantes e a manutenç'o in*ue#rant7)el da independ2ncia da socialdemocracia, *ue aspira  re)oluç'o socialista completa e é, portanto, irreconcilia)elmente inimiga de todos os partidos #urguesesA independentemente de *ue se(a ou n'o possí)el a participaç'o da socialdemocracia no go)erno pro)is/rio re)olucion7rio, de)e propagarse entre as mais e3tensas camadas do proletariado a idéia de *ue é necess7rio *ue o proletariado armado, dirigido pela socialdemocracia, pressione constantemente o go)erno pro)is/rio, com o fim de manter, consolidar e estender as con*uistas da re)oluç'o4. O#ra citada, p7g. ;QD. Ts o#(eç5es dos menche)i*ues de *ue o go)erno pro)is/rio seria, apesar de tudo, um go)erno #urgu2s e de *ue n'o era possí)el admitir a participaç'o dos socialdemocratas em semelhante go)erno, a menos *ue se *uisesse cometer o mesmo erro *ue o socialista franc2s 0illerand cometera ao fa"er parte do go)erno da #urguesia francesa, -enin contesta)a, fa"endo )er *ue os menche)i*ues confundiam a*ui duas coisas diferentes e re)ela)am incapacidade para a#ordar o pro#lema como mar3istas1 na Hrança, trata)ase da participaç'o dos socialistas num go)erno #urgu2s reacion,rio e numa época em *ue no e;istia uma situaç'o re)olucion7ria dentro do país, o *ue o#riga)a os socialistas a n'o participarem na*uele go)ernoA em troca, na !ssia, trata)ase da participaç'o dos socialistas num go)erno #urgu2s re)olucion7rio, *ue luta)a pelo triun/o da revoluço, num momento em *ue esta se acha)a em seu apo)eu, circunstLncia *ue torna)a admissí)el, e, so# condiç5es pr/prias, o.ri)ada, a participaç'o dos socialdemocratas nele, para dar #atalha  contrare)oluç'o, n'o s/ 4de #ai3o4 e de fora, sen'o tam#ém, 4de cima4 e de dentro do go)erno. ;D +o lutar pelo triunfo da re)oluç'o #urguesa e pela con*uista da ep!#lica democr7tica, -enin n'o pensa)a, e longe disso, deterse na etapa democr7tica e redu"ir o alcance do mo)imento re)olucion7rio  consecuç'o dos o#(eti)os democr7tico#urgueses. Pelo contr7rio, entendia *ue, imediatamente depois de conseguidos os o#(eti)os democr7ticos, terseia de começar a luta do proletariado e das demais massas e3ploradas, pela re)oluç'o socialista. -enin sa#ia isto e considera)a de)er da socialdemocracia tomar todas as medidas destinadas a *ue a re)oluç'o democr7tico#urguesa começasse a trans/ormar-se em re)oluç'o socialista. Se -enin reputa)a necess7ria a ditadura do proletariado e dos camponeses, n'o era para p>r /im  re)oluç'o depois de coroada a )it/ria so#re o c"arismo, sen'o para prolon)ar o mais possí)el o estado de re)oluç'o, para destruir integralmente os )estígios da contrare)oluç'o, para fa"er *ue a chama da re)oluç'o se estendesse  Europa e, depois de lograr *ue, durante este tempo, o proletariado se educasse politicamente e se organi"asse num grande e3ército, começar a passar diretamente para a re)oluç'o socialista.

eferindose ao alcance da re)oluç'o #urguesa e ao car7ter *ue o partido mar3ista de)e darlhe, -enin escre)ia1 4O proletariado de)e le)ar aca#o a re)oluç'o democr7tica, atraindo para si a massa dos camponeses, para esmagar pela força a resist2ncia da autocracia e paralisar a insta#ilidade da #urguesia. O proletariado de)e consumar a re)oluç'o socialista, atraindo para si a massa dos elementos semiprolet7rios da populaç'o, para destroçar pela força a resist2ncia da #urguesia e paralisar a insta#ilidade dos camponeses e da pe*uena #urguesia. =ais s'o as tarefas do proletariado, *ue os neois8ristas isto é, os menche)i*ues, N. da .D representam de um modo t'o mes*uinho em todas as suas argumentaç5es e resoluç5es so#re o alcance da re)oluç'o4 -enin, t. KIII, p7g. %V, ed. russaD. E mais adiante1 4T frente de todo o po)o, e em particular, dos camponeses, pela li#erdade total, pela re)oluç'o democr7tica conse*ente, pela ep!#licaM T frente de todos os tra#alhadores e e3plorados pelo socialismoM =al de)e ser, na pr7tica, a política do proletariado re)olucion7rio, esta e a consigna de classe *ue de)e indicar e determinar a soluç'o de todos os pro#lemas t7ticos, de todos os passos pr7ticos do Partido oper7rio durante a re)oluç'o4. O#ra citada, p7g. $&D. Para *ue n'o ficasse nenhuma d!)ida, dois meses depois de aparecer seu li)ro 4+s duas t7ticas4, em seu artigo intitulado 4+ atitude da socialdemocracia frente ao mo)imento campon2s4, -enin e3punha1 4:a re)oluç'o democr7tica começaremos a passar imediatamente, na medida de nossas forças, das forças do proletariado consciente e organi"ado,  re)oluç'o socialista. N/s somos partid7rios da re)oluç'o ininterrupta. N'o ficaremos na metade do caminho4. O#ra citada, p7g. $VD. Era este um no)o ponto de )ista a respeito do pro#lema das relaç5es entre a re)oluç'o #urguesa e a re)oluç'o socialista, uma no)a teoria da reagrupaç'o de forças em torno do proletariado, ao terminar a re)oluç'o #urguesa, para passar diretamente  re)oluç'o socialista, a teoria da trans/ormaço da re)oluç'o democr7tico#urguesa em re)oluç'o socialista. +o traçar este no)o ponto de )ista, -enin se apoia)a, em primeiro lugar, na conhecida tese de 0ar3 so#re a re)oluç'o ininterrupta, tese *ue figura na 4Circular da -iga dos Comunistas4, redigida em fins da década de 9& do século passado, e em segundo lugar, na conhecida idéia de 0ar3, so#re a necessidade de com#inar o mo)imento re)olucion7rio campon2s com a re)oluç'o prolet7ria, e3pressada numa carta dirigida a Engels em $V, na *ual di"1 4=odo o pro#lema, na +lemanha, depender7 da possi#ilidade de apoiar a re)oluç'o prolet7ria com uma espécie de segunda ediç'o da guerra camponesa4. Estas idéias geniais de 0ar3 n'o foram desen)ol)idas mais tarde por 0ar3 e Engels, e os te/ricos da Segunda Internacional tomaram todas as medidas para sepult7las e enterr7las no es*uecimento. Cou#e a -enin a tarefa de tra"er de no)o  lu" estas teses es*uecidas de 0ar3 e de restaur7las em toda a sua plenitude. Porém, em sua o#ra de restauraç'o destas teses, n'o se limitou, nem podia limitarse, pura e simplesmente, a repetilas, mas as desen)ol)eu e as ela#orou numa teoria harm@nica da re)oluç'o socialista, (untando, como aspecto o.ri)ado desta, um no)o fator1 o da aliança do proletariado e dos elementos semiprolet7rios da cidade e do campo, como condiço para o triunfo da re)oluç'o prolet7ria. Este ponto de )ista fe" em pedaços as posiç5es t7ticas da socialdemocracia dos países ocidentais, *ue partia da suposiç'o de *ue depois da re)oluç'o as massas camponesas, sem e3cluir as massas po#res do campo, se apartariam necessariamente da re)oluç'o, pelo *ue a re)oluç'o #urguesa )iria forçosamente seguida de um longo período de tréguaA de um longo período 4pacífico4, *ue duraria de & a $&& anos ou mais e durante o *ual o proletariado seria e3plorado 4pacificamente4 e a #urguesia se enri*ueceria 4legitimamente4 até *ue chegasse o momento da no)a re)oluç'o, da re)oluç'o socialista. Era esta uma no)a teoria da re)oluç'o socialista reali"ada, n'o pelo proletariado isolado contra toda a #urguesia, sen'o pelo proletariadodirigente, aliado aos elementos semiprolet7rios da populaç'o, representados pelos milh5es das 4massas tra#alhadoras e3ploradas4. Segundo esta teoria, a hegemonia do proletariado na re)oluç'o #urguesa, mediante a aliança do proletariado e dos camponeses, de)ia con)erterse gradualmente na hegemonia do proletariado na re)oluç'o socialista, mediante a aliança do proletariado e das demais massas tra#alhadoras e e3ploradas, e a ditadura democr7tica do proletariado e dos camponeses prepararia o terreno para a ditadura socialista do proletariado. Este ponto de )ista deitou por terra a teoria em )oga dos socialdemocratas europeus ocidentais, *ue nega)am as possi#ilidades re)olucion7rias das massas semiprolet7rias da cidade e do campo e partiram da suposiç'o de *ue 4fora da #urguesia e do proletariado, n'o )emos outras forças sociais nas *uais as com#inaç5es oposicionistas e re)olucion7rias de nosso país possam apoiarse4 Pala)ras de Ple8hano) típicas dos socialdemocratas

da Europa OcidentalD. Os socialdemocratas da Europa Ocidental entendiam *ue na re)oluç'o socialista o proletariado estaria s/ contra toda a #urguesia, sem aliados, frente a todas as todas as classes e camadas n'o prolet7rias. N'o *ueriam le)ar em conta o fato de *ue o capital n'o e3plora somente os prolet7rios, mas e3plora tam#ém milh5es de homens das camadas semiprolet7rias da cidade e do campo, asfi3iados pelo capitalismo e suscetí)eis de se con)erterem em aliados do proletariado na luta por emancipar a sociedade do (ugo capitalista. Por isso, os socialdemocratas europeus ocidentais opina)am *ue na Europa n'o ha)iam amadurecido ainda as condiç5es para a re)oluç'o socialista e *ue estas condiç5es s/ podiam considerarse maduras *uando o proletariado representasse a maioria dentro da naç'o, a maioria dentro da sociedade, como resultado do ulterior desen)ol)imento econ@mico desta. Este ponto de )ista podre e antiprolet7rio dos socialdemocratas da Europa Ocidental era o *ue a teoria da re)oluç'o socialista preconi"ada por -enin )inha deitar por terra. t erra. Na teoria de -enin n'o se chega)a ainda diretamente  conclus'o *ue era possí)el o triunfo do socialismo num s/ país separadamente. Porém, todos ou *uase todos os elementos fundamenteis necess7rios para chegar, mais cedo ou mais tarde  dita conclus'o, (7 se continham nela. Como é sa#ido, -enin chegou a esta conclus'o em $%$, isto é, de" anos mais tarde. =ais s'o as teses fundamentais so#re t7tica, desen)ol)idas por -enin, em sua hist/rica o#ra 4+s duas t7ticas da socialdemocracia na re)oluç'o democr7tica4. + importLncia hist/rica deste li)ro consiste, antes de tudo, em *ue )eio destruir ideologicamente o ponto de )ista t7tico pe*ueno#urgu2s dos menche)i*ues, armando a classe oper7ria da !ssia com as armas necess7rias para o desen)ol)imento futuro da re)oluç'o democr7tico#urguesa, para a no)a acometida contra o c"arismo, e dando aos socialdemocratas russos uma perspecti)a clara so#re a transformaç'o necess7ria da re)oluç'o #urguesa na re)oluç'o socialista. Porém a importLncia da o#ra de -enin n'o se redu" a isto. Seu )alor inapreci7)el reside em ha)er enri*uecido o mar3ismo com uma no)a teoria da re)oluç'o e em ha)er assentado as #ases da t7tica re)olucion7ria do Partido #olche)i*ue, graças ao *ue p@de o proletariado de nosso país, em $%$Q, triunfar so#re o capitalismo.

% — ( revoluço revoluço prosse)ue sua marcha ascendente+ — ( )reve política )eral de outu.ro de "#$0 em toda a Rssia+ — Recuo do c1arismo+ — ( mensa)em do c1ar+ — (parecem (parecem os ?oviets de deputados oper,rios+ Para o outono de $%&, o mo)imento re)olucion7rio se estendeu a todo o país, ad*uirindo, além disso, um impulso esmagador. + $% de setem#ro estalou em 0oscou uma gre)e dos oper7rios tip/grafos. :e 0oscou se estendeu a Peters#urgo e a outras cidades. Em 0oscou, foi apoiada pelos oper7rios de outras indiístrias e se con)erteu numa gre)e geral de car7ter político. Nos primeiros dias de outu#ro começou a gre)e na estrada de ferro de 0oscou a Fa"an. No dia seguinte, esta)am em gre)e os oper7rios de todo o centro ferro)i7rio de 0oscou. apidamente a gre)e se estendeu a todas as ferro)ias do país. Pararam tam#ém os empregados dos Correios e =elégrafos. Os oper7rios de di)ersas cidades da !ssia se reuniram em grandes meetings e concordaram em a#andonar o tra#alho. + gre)e iase estendendo de uma f7#rica a outra, de uma empresa a outra, de uma cidade a outra e de uma a outra regi'o. Ha"iam causa comum com os oper7rios gre)istas os pe*uenos empregados, os estudantes, os intelectuais, ad)ogados, engenheiros, médicos, etc. + gre)e política geral de outu#ro se estendeu a toda a !ssia, se comunicou a *uase todo o país, até as comarcas mais remotas, e arrastou *uase todos os oper7rios, até as camadas mais atrasadas. Nesta gre)e geral de car7ter político tomaram parte cerca de um milh'o de homens, contando somente os oper7rios industriais sem incluir os ferro)i7rios, os empregados dos Correios e =elégrafos, nem outros ramos de tra#alho, *ue deram tam#ém contingente de gre)istas. =oda =oda a )ida do país licou paralisada. O go)erno )iase atado de pés e m'os. + consigna dos #olche)i*ues so#re a gre)e política de massas da)a seus frutos. + gre)e geral de outu#ro e)idenciou a força, a pot2ncia do mo)imento prolet7rio, e o#rigou o c"ar, morto de medo, a lançar sua mensagem de $Q de outu#ro de $%&. Nesta mensagem, o c"ar prometia ao po)o 4as #ases irremo)í)eis das li#erdades políticas1 in)iola#ilidade efeti)a da personalidade, li#erdade de consci2ncia, de pala)ra, de reuni'o e de coali"'o4. Prometia, além disso, con)ocar uma :uma legislati)a, concedendo direitos eleitorais a todas as classes da populaç'o.

+ força da re)oluç'o re)oluç'o se encarregou encarregou,, pois, pois, de )arrer a :uma puramente puramente consulti)a consulti)a de >ulguin. >ulguin. + t7tica #olche)i*ue de #oicote contra esta caricatura de parlamento fora acertada. Entretanto, a mensagem de $Q de outu#ro era uma mano#ra para enganar as massas do po)o, um engodo do c"ar, uma espécie de respiro de *ue necessita)a para aturdir os incautos, ganhar tempo, forças e logo depois descarregar um golpe contra a re)oluç'o. O go)erno c"arista, ainda *ue prometesse de pala)ra conceder a li#erdade, n'o da)a nada de su#stancial ao po)o. :e momento, os oper7rios e camponeses n'o ha)iam rece#ido do go)erno outra coisa sen'o promessas. Em )e" da grande anistia política *ue se espera)a, a <$ de outu#ro foram anistiados somente um punhado de presos políticos. +o mesmo tempo, com o o#(eti)o de semear a disc/rdia entre as forças do po)o, o go)erno organi"ou uma série de sangrentos progroms de (udeus, nos *uais pereceram milhares e milhares de seres, criou )7rios grupos policiais, como a 4Jni'o do po)o russo4, a 4-iga do +rcan(o S. 0iguel4, etc, destinadas a reprimir a re)oluç'o. Estas organi"aç5es, nas *uais predomina)am os latifundi7rios e comerciantes reacion7rios, os popes e alguns elementos dignos de cadeia por )adiag )adiagem, em, foram foram #ati"a #ati"ados dos pelo pelo po)o po)o com o nome nome de 4Cent! 4Cent!ria riass Negras Negras4. 4. Os indi)í indi)íduo duoss destes destes grupos grupos,, em cola#o cola#oraç raç'o 'o com a políci polícia, a, espanc espanca)a a)am m e assass assassina ina)am )am impune impunemen mente te os oper7r oper7rios ios a)ança a)ançados dos,, intelec intelectua tuais is e estudantes re)olucion7rios, #ota)am fogo nos locais e dissol)iam a tiros os meetings e as manifestaç5es. + isto se redu"iam, no momento, os resultados tangí)eis da mensagem do c"ar. Entre o po)o circula)a ent'o esta *uadra1 4O c"ar todo assustado, lançou uma mensagem1 li#erdade aos mortos, os )i)os ao c7rcere4. Os #olche)i*ues fa"iam )er s massas *ue a mensagem do c"ar era uma cilada. Hustiga)am como uma pro)ocaç'o a conduta do go)erno depois de dar a mensagem. Chama)am os oper7rios s armas, a preparar a insurreiç'o armada. Os oper7rios dedica)amse ainda mais energicamente a formar suas milícias armadas. Compreendiam claramente *ue a*uela primeira )it/ria de $Q de outu#ro, arrancada pela gre)e política geral, os o#riga)a a continuar desen)ol)endo seus esforços, a continuar lutando pela derrocada do c"arismo. -enin, (ulgando a mensagem de $Q de outu#ro, caracteri"a)aa como um monumento de certo e*uilí#rio pro)is/rio pro)is/rio de forças, no *ual o proletariado proletariado e os camponeses, camponeses, ha)endo ha)endo arrancado do c"ar a*uela mensagem, mensagem, no tinham ainda /orça  /orça   para derru#ar derru#ar o c"arismo, porem porem este *, no podia go)ernar podia go)ernar e3clusi)amente com os meios antigos e )iase o#rigado a prometer de prometer de pala)ra 4li#erdades políticas4 e uma :uma 4legislati)a4. Nos dias agitados da gre)e política de outu#ro, so# o fogo da luta contra o c"arismo, a iniciati)a criadora re)olucion7ria das massas oper7rias for(ou uma no)a e poderosa arma1 os So)iets de deputados oper7rios. Os So)iets de deputados oper7rios, assem#léias de delegados de todas as f7#ricas e empresas industriais, eram uma organi"aç'o política de massa da classe oper7ria, sem precedente no mundo. Estes So)iets, *ue aparecem pela primeira )e" em $%&, ha)iam de ser o prot/tipo do Poder So)iético, criado pelo proletariado, so# a direç'o do Partido Partido #olche)i*u #olche)i*ue, e, em $%$Q. $%$Q. Os So)iets So)iets eram uma no)a forma re)olucion re)olucion7ria, 7ria, fruto da in)enç'o in)enç'o popular popular.. Horam Horam criados e3clusi)amente pelas camadas re)olucion7rias da populaç'o, saltando por cima de todas as leis e normas do c"arismo. Horam o#ra da iniciati)a pr/pria das massas, lançados  luta contra o regime c"arista. Os #olche)i*ues )iam nos So)iets o gérmen do Poder re)olucion7rio. E entendiam *ue a força e a importLncia dos So)iets dependiam da força e dos 23itos da insurreiç'o. Os menche)i*ues n'o considera)am os So)iets nem como /rg'os incipientes do Poder re)olucion7rio nem como /rg'os da insurreiç'o. Kiam neles simplesmente, /rg'os de autonomia local, uma espécie de (untas ur#anas democrati"adas. + $; 
mo)imento insurrecional. =otalmente diferente foi o papel *ue desempenhou na re)oluç'o o So)iet de deputados oper7rios de 0oscou. O So)iet de 0oscou le)ou a ca#o desde os primeiros dias de sua e3ist2ncia uma política re)olucion7ria conse*ente. + direç'o deste So)iet esta)a nas m'os dos #olche)i*ues. Graças a isto, surgiu em 0oscou, ao lado do So)iet de deputados oper7rios, um So)iet de deputados soldados. O So)iet de 0oscou se con)erteu no /rg'o da insurreiç'o armada. :urante os meses de outu#ro a de"em#ro de $%&V, criaramse So)iets de deputados oper7rios numa série de grandes cidades e em *uase todos os centros oper7rios. ou)e tentati)as de organi"aç'o de So)iets de deputados, de soldados e marinheiros e de fus'o destes com os deputados oper7rios. Em alguns lugares, surgiram So)iets de deputados oper7rios e camponeses. + influ2ncia dos So)iets era imensa. +pesar de *ue com fre*2ncia #rota)am de um modo espontLneo, sem estarem estruturados nem terem uma composiç'o coerente, atua)am como Poder. Os So)iets implantaram por )ia de fato a li#erdade de Imprensa e a (ornada de  horas e se dirigiram ao po)o incitandoo a n'o pagar os impostos ao go)erno c"arista. Em alguns casos, procediam ao confisco do dinheiro do er7rio c"arista e o in)ertiam nas necessidades da re)oluç'o. 0 — ( insurreiço armada de de1em.ro+ — @ derrotada a insurreiço+ — ( revoluço recua+ — ( primeira 7uma+ — O IA Con)resso !de uni/icaço' uni /icaço' do Partido+ + luta re)olucion7ria das massas continuou desen)ol)endose com uma força enorme durante os meses de outu#ro e no)em#ro de $%&. O mo)imento de gre)es continua)a seu curso. No outono de $%&, a luta dos camponeses contra os latifundi7rios tomou amplas proporç5es. O mo)imento campon2s a#arca)a (7 mais de uma terça parte dos distritos de todo o país. Nas pro)íncias de Sarato), =am#o?, Chernigo), =iflis, Futais e algumas outras se desen)ol)eu uma )erdadeira insurreiç'o camponesa. +pesar disto, as massas camponesas n'o tinham ainda o suficiente 4élan4. O mo)imento campon2s sofria de falta de organi"aç'o e de direç'o. Crescia tam#ém a agitaç'o entre as massas de soldados numa série de cidades como =iflis, Kladi)osto8, =ash8ent, Samar8anda, Furs8, Su8hum, Kars/)ia, Kars/)ia, Fie) e iga. Estalou tam#ém uma su#le)aç'o entre os marinheiros de Fronstadt e na es*uadra do 0ar Negro, em Se#astopo Se#astopoll no)em#ro no)em#ro de $%&D. $%&D. Porém estas su#le)aç5es su#le)aç5es,, isoladas, isoladas, foram esmagadas pelo c"arismo. Em algumas unidades do E3ército e da frota, o moti)o *ue da)a origem s su#le)aç5es, era, n'o poucas )e"es, a grosseria dos oficiais, a m7 *ualidde do rancho 4re)oltas do fei('o4D, etc. + massa dos marinheiros e soldados su#le)ados n'o tinha ainda clara consci2ncia da necessidade de derru#ar o go)erno c"arista e de prosseguir energicamente a luta armada. Os soldados e marinheiros su#le)ados ainda a#riga)am um espírito demasiado pacífico e generoso1 com fre*2ncia, cometiam o erro de p@r em li#erdade os chefes e oficiais detidos, ao estalar a su#le)aç'o, dei3andose le)ar por promessas e pelos su#terf!gios do comando. + re)oluç'o entra)a de cheio na fase da insurreiç'o armada. Os #olche)i*ues ha)iam chamado as massas  insurreiç'o armada contra o c"ar e os latifundi7rios, e3plicandolhes a ine)it7)el necessidade de acudir a ela. Sem um momento de descanso, puseramse a preparar a insurreiç'o armada. :esen)ol)endo seu tra#alho re)olucion7rio entre os soldados e os marinheiros, criaram dentro do E3ército organi"aç5es militares do Partido. Numa série de cidades se formaram milícias armadas de oper7rios, ensinandose a seus componentes a mane(ar as armas. Hoi organi"ada a compra de armas no estrangeiro e o transporte clandestino para a !ssia. Nestas ati)idades tomaram parte prestigiosos militantes do Partido. Em no)em#ro de $%&, -enin regressou  !ssia. Ocultandose dos gendarmes e espi5es c"aristas, tomou pessoalmente parte, durante a*ueles dias na preparaç'o da insurreiç'o armada. Seus artigos, pu#licados no peri/dico #olche)i*ue 4No)aia hisn4 4Kida No)a4D, o camarada Stalin desen)ol)ia um formid7)el tra#alho re)olucion7rio na =ranscauc7sia. :errota)a os menche)i*ues e os desmascara)a como inimigos da re)oluç'o e da insurreiç'o armada, e prepara)a tena"mente os oper7rios para a luta decisi)a contra a autocracia. Num meeting cele#rado em =iflis no dia em *ue foi pu#licada a mensagem do c"ar, Stalin disse aos oper7rios1 4Uue necessitamos para conseguir um )erdadeiro triunfo Necessitamos de tr2s coisas1 armamento, armamento e mais armamento4. Em de"em#ro de $%&, se reuniu em =ammerfors HinlLndiaD a confer2ncia dos #olche)i*ues. Em#ora formalmente #olche)i*ues e menche)i*ues participassem do mesmo partido, do Partido socialdemocrata, de fato representa)am dois partidos diferentes, cada *ual com seus /rg'os centrais correspondentes. Hoi nesta confer2ncia *ue

-enin e Stalin se conheceram pessoalmente. +té ent'o, se manti)eram constantemente em relaç5es, por meio de cartas ou atra)és de camaradas. Entre as resoluç5es de =ammerfors de)emse assinalar a*ui duas1 uma, so#re o resta#elecimento da unidade do Partido, cindido de fato em dois, e outra, so#re o #oicote  primeira :uma de Yitte. Como por a*ueles dias (7 ha)ia estalado em 0oscou a insurreiç'o armada, a confer2ncia, por conselho de -enin, se apressou em terminar suas tarefas e os delegados regressaram a suas respecti)as localidades, para tomarem parte pessoalmente na insurreiç'o. Porém o go)erno c"arista n'o dormia. =am#ém ele se prepara)a para a luta decisi)a. :epois de concertar a pa" com o 6ap'o, ali)iando com isso sua difícil situaç'o, o go)erno c"arista passou  ofensi)a contra os oper7rios e os camponeses. Proclamou o estado de guerra numa série de pro)íncias s *uais a insurreiç'o camponesa afeta)a, deu ordens #rutais B 4nada de prisioneirosM4, 4n'o poupar cartuchosM4 B e ordenou a detenç'o dos dirigentes do mo)imento re)olucion7rio e a dissoluç'o dos So)iets de deputados oper7rios. Os #olche)i*ues de 0oscou e o So)iet de deputados oper7rios desta capital, dirigido por eles e )inculado a grandes massas oper7rias, resol)eram em )ista disto le)ar a ca#o a preparaç'o imediata da insurreiç'o armada. +  $D de de"em#ro, o Comit2 de 0oscou tomou a resoluç'o de propor ao So)iet declarar a gre)e geral de car7ter político, para logo depois no transcurso da luta, con)ert2la em insurreiç'o. Esta resoluç'o foi apoiada por comícios oper7rios de massas. O So)iet de 0oscou, su#metendose  )ontade da classe oper7ria, decidiu por unanimidade a gre)e geral. O proletariado de 0oscou conta)a, ao começar a insurreiç'o, com sua pr/pria milícia1 cerca de mil homens, mais da metade dos *uais eram #olche)i*ues. E3istiam tam#ém milícias numa série de f7#ricas de 0oscou. O n!mero total de milicianos de *ue dispunham os re)olucion7rios era de cerca de dois mil. Os oper7rios conta)am *ue poderiam neutrali"ar e di)idir as tropas da guarniç'o, fa"endo passar para seu campo uma parte delas. + Q <&D de de"em#ro começou a gre)e política em 0oscou. N'o se conseguiu, entretanto, *ue a gre)e se estendesse a todo o paísA em Peters#urgo, n'o se encontrou o apoio necess7rio, o *ue contri#uiu para de#ilitar, desde o primeiro momento, as possi#ilidades de 23ito da insurreiç'o. + ferro)ia de Nicolau, ho(e de Outu#ro, acha)ase em m'os do go)erno c"arista. O tr7fico nesta linha ferro)i7ria n'o se paralisou, e o go)erno p@de transportar de Peters#urgo a 0oscou os regimentos da Guarda para esmagar a insurreiç'o. + guarniç'o de 0oscou esta)a )acilante. Os oper7rios se ha)iam lançado ao mo)imento insurrecional, confiando, em parte, no apoio da guarniç'o. Porém os re)olucion7rios perderam tempo, e o go)erno c"arista p@de triunfar das re)oltas na guarniç'o. + % <
O menche)i*ue Ple8hano) lançou ao Partido, depois da insurreiç'o armada, esta censura1 N'o se de)ia ter empunhado as armas. Os menche)i*ues e3punham *ue a insurreiç'o era desnecess7ria e pre(udicial, *ue nas resoluç5es se pode prescindir da insurreiç'o e *ue o 23ito n'o se o#tém com insurreiç5es armadas, sen'o por meios pacíficos de luta. Os #olche)i*ues estigmati"aram este (ulgamento como uma traiç'o. Eles entendiam *ue a e3peri2ncia da insurreiç'o armada de 0oscou n'o fa"ia mais *ue confirmar a necessidade de uma luta armada )itoriosa da classe oper7ria. Contestando a censura de Ple8hano), *uando di"ia *ue 4n'o se de)ia ter empunhado as armas4, -enin escre)eu1 4Pelo contr7rio, o *ue se de)ia fa"er era empunhar as armas mais resolutamente, com mais energia e maior com#ati)idade e3plicar s massas a impossi#ilidade de uma gre)e puramente pacífica e a necessidade de uma luta armada intrépida e implac7)el4 -enin, t. p7g. &, ed. russaD. + insurreiç'o de de"em#ro de $%& marca o ponto culminante da re)oluç'o. Em de"em#ro, a autocracia c"arista inflingiu  insurreiç'o uma derrota. :epois do processo da insurreiç'o de de"em#ro, começou o recuo gradual da re)oluç'o. + marcha ascendente desta cessou, começando seu descenso gradual. O go)erno c"arista se apressou em apro)eitarse desta demita para estrangular a re)oluç'o. Os )erdugos e os carcereiros c"aristas começaram sua tarefa sangrenta. Na Pol@nia, na -et@nia, na Est@nia, na =ranscauc7sia, na Si#éria, por todas as partes, e3pediç5es puniti)as fi"eram estragos. Porém a re)oluç'o ainda n'o esta)a esmagada. Os oper7rios e os camponeses re)olucion7rios recua)am pouco a pouco e lutando. No)as camadas de oper7rios eram arrastadas  luta. O n!mero de oper7rios gre)istas foi, em $%&V, de mais de um milh'o, em $%&Q, Q9&.&&&. No primeiro semestre do ano de $%&V, o mo)imento campon2s se estendia a cerca da metade dos distritos da !ssia c"arista1 no segundo semestre do dito ano, a uma *uinta parte. + agitaç'o dentro do E3ército e da armada continua)a. Em sua luta contra a re)oluç'o, o go)erno c"arista n'o se limitou  simples repress'o. :epois de alcançar os primeiros 23itos pela )ia repressi)a, decidiu assestar um no)o golpe na re)oluç'o, mediante a con)ocaç'o de uma :uma 4-egislati)a4. Com esta mano#ra, aspira)a des)iar os camponeses da re)oluç'o, fa"endoa assim fracassar. Em de"em#ro de $%&, o go)erno c"arista #ai3ou uma lei so#re a con)ocaç'o de uma :uma 4-egislati)a4, e diferente da antiga :uma 4consulti)a4 de >uliguin, *ue fracassara graças ao #oicote dos #olche)i*ues. + lei eleitoral c"arista era, naturalmente, antidemocr7tica. +s eleiç5es n'o tinham car7ter geral. Hica)a pri)ada, a#solutamente, de )oto mais da metade da populaç'o, por e3emplo1 as mulheres e mais de dois milh5es de oper7rios. O )oto n'o era igual. Os eleitores se classifica)am em *uatro 4c!rias4, como se di"ia na linguagem da época1 a agr7ria latifundi7riosD, a ur#ana #urguesiaD, a camponesa e a oper7ria. +s eleiç5es n'o eram diretas, sen'o de )7rios graus. :e fato, o )oto n'o era secreto. + lei eleitoral garantia um predomínio formid7)el na :uma a um punhado de latifundi7rios e capitalistas so#re os milh5es de oper7rios e camponeses. Com a :uma, o c"ar pretendia des)iar as massas da re)oluç'o. Jma parte consider7)el dos camponeses acredita)a, na*uele tempo, na possi#ilidade de o#ter a terra por meio da :uma. Os 8adetes, os menche)i*ues e os socialre)olucion7rios engana)am os oper7rios e os camponeses, fa"endolhes crer *ue era possí)el conseguirem o regime *ue o po)o necessita)a sem insurreiç'o e sem re)oluç'o. Para lutar contra este engano de *ue o po)o era )ítima, os #olche)i*ues declararam e le)aram a ca#o a t7tica de #oicotar a primeira :uma, em cumprimento da resoluç'o tomada na Confer2ncia de =ammerfors. Os oper7rios, empenhados na luta contra o c"arismo, e3igiam, ao mesmo tempo, a unidade das forças do Partido, a unificaç'o do Partido do proletariado. Os #olche)i*ues, armados com a resoluç'o de unidade, tomada na Confer2ncia de =ammerfors, *ue (7 conhecemos, apoiaram esta aspiraç'o dos oper7rios e propuseram aos menche)i*ues con)ocar um congresso de unificaç'o do Partido. So# a press'o das massas oper7rias, os menche)i*ues n'o ti)eram outro remédio sen'o aceder  unificaç'o. -enin era partid7rio da unificaç'o, porém de uma unificaç'o na *3ial n'o se ocultassem as di)erg2ncias referentes aos pro#lemas da re)oluç'o. Causa)am grande dano ao Partido os conciliadores >ogdano), Frassin e outrosD, com seus esforços por demonstrar *ue entre os #olche)i*ues e os menche)i*ues n'o e3istiam di)erg2ncias importantes. -utando contra os conciliadores, -enin e3igia *ue os #olche)i*ues se apresentassem no Congresso com sua pr/pria plataforma, para *ue os oper7rios pudessem )er claramente *uais eram as posiç5es dos #olche)i*ues e so#re *ue #ases se opera)a a unificaç'o. Os #olche)i*ues formularam esta plataforma e a puseram em discuss'o entre os mem#ros do Partido. Em a#ril de $%&V, reuniuse em Estocolmo SuéciaD o IK Congresso do P.O.S.:.., *ue se conhece com o nome de Congresso de Jnificaç'o. =omaram parte neste Congresso $$$ delegados com )o" e )oto, representando Q organi"aç5es de #ase do Partido. +lém disso, assistiram a ele representantes de alguns partidos socialdemocratas nacionais1 ; do 4>und4, ; do Partido socialdemocrata polaco e ; da organi"aç'o socialdemocr7tica da -et@nia.

Em conse*2ncia da repress'o *ue se desencadeou contra as organi"aç5es #olche)i*ues durante a insurreiç'o de de"em#ro e depois dela, nem todas puderam en)iar seus delegados ao Congresso. +lém disso, os menche)i*ues ha)iam acolhido em suas fileiras, durante os 4dias da li#erdade4 do ano de $%&, uma massa de intelectuais pe*ueno#urgueses, *ue n'o tinham a menor afinidade com o mar3ismo re)olucion7rio. >asta indicar *ue os menche)i*ues de =iflis onde ha)ia poucos oper7rios industriaisD en)iaram ao Congresso o mesmo n!mero de delegados *ue a organi"aç'o prolet7ria mais forte *ue era a de Peters#urgo. +ssim se e3plica *ue no Congresso de Estocolmo, os menche)i*ues contassem, em#ora em proporç'o insignificante, com a maioria. Esta composiç'o do Congresso determinou o car7ter menche)i*ue das resoluç5es tomadas por ele com respeito a toda uma série de pro#lemas. Neste Congresso se esta#eleceu uma unificaç'o puramente formal. No fundo, #olche)i*ues e menche)i*ues continuaram mantendo suas idéias e suas organi"aç5es pr/prias e independentes. Os pro#lemas mais importantes, discutidos no IK Congresso foram1 o pro#lema agr7rio, a apreciaç'o do momento e das tarefas de classe do proletariado, a atitude ante a :uma e os pro#lemas de organi"aç'o. +pesar de ter maioria no Congresso, os menche)i*ues )iramse o#rigados, para n'o se enfrentar com os oper7rios, a reconhecer a f/rmula de -enin *uanto ao primeiro artigo dos estatutos, so#re a condiç'o de mem#ro do Partido. No pro#lema agr7rio, -enin defendeu a nacionali"aç'o da terra, porém s/ a considera)a possí)el se triunfasse a re)oluç'o, se se derru#asse o c"arismo. Nestas condiç5es, a nacionali"aç'o da terra facilitaria ao proletariado, aliado aos camponeses po#res, a passagemZ re)oluç'o socialista. + nacionali"aç'o da terra e3igia a e3propriaç'o sem indeni"aç'o confiscaç'oD de toda a terra dos latifundi7rios em pro)eito dos camponeses. O programa agr7rio dos #olche)i*ues chama)a os camponeses  re)oluç'o contra o c"ar e os latifundi7rios. Outras eram as posiç5es dos menche)i*ues. Estes defendiam o programa da municipali1aço. Segundo este programa, as terras dos latifundi7rios n'o se ad(ucariam s coleti)idades de camponeses, nem se*uer se entregariam em usufruto a estes, mas se poriam  disposiç'o das municipalidades isto é, dos organismos locais ou emst)osD. Os camponeses *ue *uisessem terra teriam *ue arrend7la, cada *ual de acordo com seus pr/prios meios. O programa menche)i*ue da municipali"aç'o era um programa oportunista e, por isso, pernicioso para a re)oluç'o. N'o podia mo#ili"ar os camponeses para uma luta re)olucion7ria, n'o tinha em )ista a supress'o completa da propriedade feudal da terra. O programa menche)i*ue implica)a numa soluç'o #astarda da re)oluç'o. Os menche)i*ues n'o *ueriam le)ar os camponeses  re)oluç'o. O Congresso apro)ou por maioria de )otos o programa menche)i*ue. Porém, onde os menche)i*ues puseram mais a nu seu fundo antiprolet7iio oportunista foi ao discutir a resoluç'o apresentada so#re a apreciaç'o do momento e so#re a :uma. O menche)i*ue 0artino) se manifestou francamente contra a hegemonia do proletariado na re)oluç'o. espondendo aos menche)i*ues, o camarada Stalin colocou o pro#lema categoricamente1 4Ou hegemonia do proletariado ou hegemonia da #urguesia democr7tica1 assim é como est7 colocado o pro#lema dentro do Partido e nisto é onde residem nossas di)erg2ncias4. Uuanto  :uma, os menche)i*ues a preconi"a)am em sua resoluç'o como o melhor meio para resol)er os pro#lemas da re)oluç'o e para li#ertar o po)o do c"arismo. +o contr7rio, os #olche)i*ues considera)am a :uma como um ap2ndice impotente do c"arismo, como um #iom#o para enco#rir as misérias do regime c"arista e *ue este trataria de retir7lo logo *ue começasse a incomod7lo. :o Comit2 Central do Partido eleito no IK Congresso, toma)am parte ; #olche)i*ues e V menche)i*ues. Para a redaç'o do /rg'o central foram eleitos e3clusi)amente menche)i*ues. Era e)idente *ue a luta intestina do Partido continuaria. + luta entre #olche)i*ues e menche)i*ues recrudesceu ainda mais depois do IK Congresso. Nas organi"aç5es locais, formalmente unificadas, era muito corrente *ue o informe acerca do Congresso corresse a cargo de dois oradores, um #olche)i*ue e outro menche)i*ue. Como resultado da discuss'o das duas linhas, a maioria dos filiados  organi"aç'o )ota)a, na maior parte dos casos, com os #olche)i*ues. + realidade se encarrega)a de demonstrar cada )e" mais a ra"'o dos #olche)i*ues. O Comit2 Central menche)i*ue eleito no IK Congresso ia re)elando cada )e" mais claramente seu oportunismo e sua total incapacidade para dirigir a luta re)olucion7ria das massas. :urante o )er'o e o outono de $%&V, a luta re)olucion7ria das massas )oltou a recrudescer. Em Fronstadt e em S)ea#org, se su#le)aram os marinheiros. Estalou a luta dos camponeses contra os latifundi7rios. E o C. C. menche)i*ue da)a consignas oportunistas, *ue n'o eram seguidas pelas massas.

 — 7issoluço da primeira e convocaço da se)unda 7uma+ — O A Con)resso do Partido+ —  7issoluço da se)unda 7uma+ — Causas da derrota da primeira revoluço russa+ Como a primeira :uma n'o foi suficientemente d/cil, o go)erno c"arista procedeu  sua dissoluç'o no )er'o de $%&V. O go)erno recrudesceu ainda mais a repress'o contra o po)o, en)iou por todo o país e3pediç5es puniti)as, *ue semea)am o terror por toda parte, e proclamou sua decis'o de con)ocar em #re)e pra"o a segunda :uma. O go)erno c"arista mostra)a (7 claramente sua insol2ncia. 67 n'o temia a re)oluç'o, pois )ia *ue esta ia em declínio. Os #olche)i*ues ti)eram *ue decidirse acerca do pro#lema de tomar parte na segunda :uma ou #oicot7la. E ao falar de #oicote, n'o se referiam meramente  simples a#stenç'o eleitoral, sen'o a uma campanha de #oicote ati)o. Kiam neste #oicote ati)o um meio re)olucion7rio para p@r o po)o em guarda contra as tentati)as do c"ar de des)i7lo do caminho re)olucion7rio para tra"2lo ao caminho 4constitucional4 c"arista, o meio de fa"er fracassar estas tentati)as e de organi"ar uma no)a acometida contra o c"arismo. + e3peri2ncia do #oicote contra a :uma #uliguiniana e)idenciara *ue o #oicote 4era a !nica t7tica acertada confirmada plenamente pelos acontecimentos4. -enin, t. X, p7g.
preparando para um no)o ata*ue contra o inimigo. Os #olche)i*ues decidiram participar nas eleiç5es  segunda :uma. Porém n'o iam a ela para inter)ir nas tarefas orgLnicas 4legislati)as4, coligados aos 8adetes, como o fi"eram os menche)i*ues, sen'o para utili"7la como tri#una ao ser)iço da re)oluç'o. Em troca, o Comit2 Central menche)i*ue fe" um chamado para *ue se pactuassem acordos eleitorais com os 8adetes e os apoiassem na :uma, considerando esta como um organismo legislati)o, capa" de p@r um freio ao go)erno c"arista. + maioria das organi"aç5es do Partido se manifestaram contra a política do C. C. menche)i*ue. Os menche)i*ues e3igiram *ue se con)ocasse um no)o Congresso do Partido. Em maio de $%&Q se reuniu em -ondres o K Congresso do Partido. Na*uela época, o P.O.S.:.. em uni'o com as organi"aç5es socialdemocr7ticas nacionaisD conta)a (7 com $&.&&& filiados. +ssistiram ao Congresso, no total, ;;V delegados dos *uais, $& #olche)i*ues e %Q menche)i*ues. Os restantes representa)am as organi"aç5es socialdemocr7ticas nacionais1 a socialdemocracia polaca e let' e o 4>und4 *ue foram admitidos dentro do P.O.S.:.. no Congresso anterior. =rots8? tentou formar neste Congresso seu grupinho centrista, isto é, semimenche)i*ue, como grupo a parte, porém ninguém se prestou a seguilo. Como os #olche)i*ues arrasta)am com ele os polacos e os let5es, dispunham de uma s/lida maioria no Congresso. Jm dos pro#lemas fundamentais so#re os *uais girou a luta no Congresso foi o das relaç5es com os partidos #urgueses. Este pro#lema (7 fora o#(eto de luta entre os #olche)i*ues e os menche)i*ues no II Congresso. O congresso (ulgou com o critério #olche)i*ue todos os partidos n'o prolet7rios B cent!rias negras, outu#ristas, 8adetes e socialre)olucion7rios B e traçou frente a eles uma t7tica #olche)i*ue. O Congresso apro)ou a política dos #olche)i*ues, e tomou a resoluç'o de manter uma luta implac7)el, tanto contra os partidos das cent!rias negras B a 4Jni'o do po)o russo4, os mon7r*uicos, o Conselho da no#re"a unificada B como contra a 4Jni'o do $Q de Outu#ro4 outu#ristasD, o partido comercialindustrial e o partido da 4e)oluç'o pacífica4 *ue eram todos partidos nitidamente contrare)olucion7rios. + respeito da #urguesia li#eral, do partido 8adete, o Congresso preconi"ou uma luta irreconcili7)el de desmascaramento dele. esol)eu *ue era necess7rio desmascarar o 4democratismo4 hip/crita e farisaico do partido 8adete e lutar contra as tentati)as da #urguesia li#eral de p@rse L frente do mo)imento campon2s. No *ue se refere aos partidos chamados populistas ou de tra#alho socialistas populares, agrupaç'o de tra#alho e socialre)olucion7rioD, o Congresso recomenda)a *ue se desmascarassem suas tentati)as de se disfarçarem de socialistas. +o mesmo tempo, admitia a possi#ilidade de esta#elecer acordos concretos com estes partidos para lutar con(unta e simultaneamente contra o c"arismo e contra a #urguesia 8adete, (7 *ue a*ueles partidos eram, na*uele tempo, democr7ticos e refletiam os interesses da pe*uena#urguesia da cidade e do campo. 67 antes de cele#rarse o Congresso, os menche)i*ues ha)iam lançado a proposta de con)ocar um chamado 4Congresso oper7rio4. O plano menche)i*ue consistia em con)ocar um congresso no *ual os socialre)olucion7rios e os anar*uistas tomassem parte com os socialdemocratas. Pretendiase *ue o tal Congresso 4oper7rio4 criasse uma espécie de 4partido sem partido4 ou uma espécie de 4amplo4 partido oper7rio pe*ueno#urgu2s sem nenhum programa. -enin desmascarou esta perniciosa tentati)a dos menche)i*ues, *ue )isa)a li*uidar o Partido Oper7rio Social:emocrata e diluir o destacamento de )anguarda da classe oper7ria entre a massa pe*ueno#urguesa. O Congresso condenou energicamente a consigna menche)i*ue do 4Congresso oper7rio4. Nas deli#eraç5es do K Congresso do Partido ocupou um lugar especial o pro#lema dos sindicatos. Os menche)i*ues defendiam a 4neutralidade4 dos sindicatos, isto é, manifesta)amse contra o papel dirigente do Partido no mo)imento sindical. O Congresso rechaçou a proposta dos menche)i*ues e apro)ou a resoluç'o apresentada pelos #olche)i*ues so#re os sindicatos. Nesta resoluç'o se assinala)a *ue se de)ia lutar para *ue a direç'o ideol/gica e política dos sindicatos esti)esse em m'os do Partido. O K Congresso marcou um grande triunfo dos #olche)i*ues no mo)imento oper7rio. Porém os #olche)i*ues n'o se dei3aram le)ar pelo 23ito nem dormiram so#re os louros. N'o era isto o *ue -enin lhes ensina)a. Sa#iam *ue teriam de prosseguir lutando continuamente contra os menche)i*ues. Em seu artigo 4+pontamentos de um delegado4, pu#licado em $%&Q, o camarada Stalin assim (ulga)a os resultados do Congresso1 4+ unificaç'o efeti)a dos oper7rios mais a)ançados de toda a !ssia num !nico partido e3tensi)o a todo o país, so# a #andeira da socialdemocracia re)olucion7ria1 eis a*ui o sentido do Congresso de -ondres, seu car7ter

geral4. Neste artigo, o camarada Stalin adu" dados so#re a composiç'o do Congresso. Os delegados #olche)i*ues representa)am, fundamentalmente, os grandes centros industriais Peters#urgo, 0oscou, Jral, I)auo)oKosnesens8 e outrosD. Em troca, os menche)i*ues compareceram ao Congresso, representando as regi5es de pe*uena produç'o, nas *uais predomina)am os oper7rios artes'os, os semiprolet7rios, assim como uma série de regi5es puramente camponesas. 4R e)idente B e3punha o camarada Stalin, fa"endo o #alanço do Congresso, *ue a t7tica dos #olche)i*ues é a t7tica dos prolet7rios da grande ind!stria, a t7tica das regi5es onde as contradiç5es de classe aparecem mais nítidas, e a luta de classes é mais categ/rica. O #olche)ismo é a t7tica dos aut2nticos prolet7rios. E, de outra parte, n'o é menos e)idente *ue a t7tica dos menche)i*ues é, predominantemente, a t7tica dos oper7rios artes'os e dos semiprolet7rios camponeses, a t7tica da*uelas regi5es em *ue os antagonismos de classe aparecem )elados e a luta de classes, dissimulada. O menche)ismo é a t7tica dos elementos semi#urgueses do proletariado. +ssim o indicam os n!meros +tas do K Congresso do P.O.S.:.., p7gs. XI e XII, $%;D. :epois de dissol)er a primeira :uma, o c"ar acreditou ter na segunda um instrumento mais d/cil. Porém tampouco esta satisfe" suas esperanças. Em )ista disso, decidiu dissol)er tam#ém esta :uma e con)ocar a terceira, restringindo ainda mais os direitos eleitorais, na esperança de ter nela um instrumento mais su#misso. Pouco depois do K Congresso do Partido, o go)erno c"arista deu o chamado golpe de Estado de ; de  (unho, dissol)endo a segunda :uma. + fraç'o socialdemocrata da :uma, composta de V deputados, foi detida e deportada para a Si#éria. >ai3ouse uma no)a lei eleitoral. O direito de )oto dos oper7rios e camponeses sofreu no)as restriç5es. O go)erno c"arista continua)a atacando. O ministro c"arista Stol?pin desen)ol)ia sua sangrenta repress'o contra os oper7rios e camponeses. 0ilhares de oper7rios e camponeses re)olucion7rios morriam fu"ilados ou enforcados pelos destacamentos de castigo. Nos cala#ouços c"aristas eram torturados e martiri"ados milhares de re)olucion7rios. +s organi"aç5es oper7rias, so#retudo, as de tend2ncia #olche)i*ue, eram perseguidas com uma crueldade especial. Os es#irros c"aristas #usca)am o rastro de -enin, *ue )i)ia clandestinamente na HinlLndia. Uueriam cra)ar sua garra sangrenta no chefe da re)oluç'o. Em de"em#ro de $%&Q, afrontando um perigo enorme, -enin logrou trasladarse de no)o ao estrangeiro, para o e3ílio. Começaram os terrí)eis anos da reaç'o stol?piniana. + primeira re)oluç'o russa ha)ia terminado, pois, com uma derrota. Para isso contri#uíram as causas seguintes1 $D + re)oluç'o n'o conta)a ainda com uma s/lida aliança dos oper7rios e camponeses contra o c"arismo. Os camponeses puseramse de pé para a luta contra os latifundi7rios, contra os *uais esta)am decididos a aliarse aos oper7rios. Porém ainda n'o compreendiam *ue era impossí)el derrocar os latifundi7rios sem derrocar o c"arismo, n'o compreendiam *ue este fa"ia causa comum com a*ueles, e ha)ia uma parte consider7)el de camponeses *ue ainda acredita)a no c"ar e *ue cifra)a suas esperanças na :uma c"arista. Por isso, muitos camponeses n'o *uiseram aliarse aos oper7rios para derru#ar o c"arismo. Os camponeses tinham mais fé no partido oportunista dos socialre)olucion7rios *ue nos )erdadeiros re)olucion7rios, nos #olche)i*ues. Como resultado disto, a luta dos camponeses contra os latifundi7rios n'o chegou a ad*uirir a suficiente organi"aç'o. -enin escre)ia1 4... os camponeses atuaram demasiado dispersos, demasiado desorgani"adamente e pouco na ofensi)a, sendo esta uma das causas cardiais do fracasso da re)oluç'o4 -enin, t. XIX, p7g. ;9, ed. russaD.
oper7rios e cindiam o proletariado. Por isso, os oper7rios n'o atua)am sempre na re)oluç'o de um modo unLnime, e a classe oper7ria, por carecer ainda de unidade dentro de suas pr/prias fileiras, n'o p@de erigirse em )erdadeiro chefe da re)oluç'o. D + autocracia c"arista conta)a, para sufocar a re)oluç'o de $%&V, com a a(uda dos imperialistas do Ocidente da Europa. Os capitalistas estrangeiros temiam por seus capitais in)estidos na !ssia e por seus fa#ulosos lucros. =emiam *ue, se triunfasse a re)oluç'o na !ssia, os oper7rios de outros países se lançassem tam#ém a ela. Eis o *ue mo)eu os imperialistas da Europa Ocidental a a(udar o c"ar )erdugo. Os #an*ueiros da Hrança lhe concederam um grande empréstimo para esmagara re)oluç'o. O imperador da +lemanha tinha preparado um E3ército de muitos milhares de homens para inter)ir em a(uda do c"ar da !ssia.

VD

Jma a(uda importante para o c"ar foi a pa" com o 6ap'o, concertada em setem#ro de $%&. Sua denota na guerra e os a)anços ameaçadores da re)oluç'o o#rigaram o c"ar a apressar a assinatura da pa". + derrota na guerra russo(aponesa ha)ia *ue#rantado o c"arismo, porém a assinatura da pa" fortaleceu a situaç'o do c"ar.

Resumo + primeira re)oluç'o russa representa toda uma etapa hist/rica no desen)ol)imento da !ssia. Esta etapa hist/rica consta de dois períodos. No primeiro período, a re)oluç'o, apro)eitandose do enfra*uecimento do regime c"arista derrotado nos campos da 0andch!ria, segue sua marcha ascendente e passa  gre)e geral de car7ter político,  insurreiç'o armada, em de"em#ro, )arre a :uma #uliguiniana e arranca do c"ar uma concess'o ap/s outra. No segundo período, o c"ar, depois de refa"erse, graças  assinatura da pa" com o 6ap'o, apro)eitase do medo da #urguesia li#eral para com a re)oluç'o e das )acilaç5es dos camponeses, atiralhe como uma esmola a :uma de Yitte e passa  ofensi)a contra a classe oper7ria e a re)oluç'o. Os tr2s anos *ue, pouco mais ou menos, durou a re)oluç'o $%& a $%&QD foram, para a classe oper7ria e os camponeses, uma escola t'o fecunda de educaç'o política como n'o teriam podido s2lo trinta anos de e)oluç'o pacífica e normal. O *ue n'o ha)iam conseguido fa"er )er de"enas e de"enas de anos de desen)ol)imento pacífico fi"eramno )er claramente esses poucos anos de re)oluç'o. + resoluç'o e)idenciou *ue o c"arismo era o inimigo (urado do po)o, um mal *ue s/ se podia curar com o t!mulo. + re)oluç'o ensinou *ue a #urguesia li#eral n'o #usca)a seu aliado no po)o sen'o no c"arA *ue era uma força contrare)olucion7riaA e *ue pactuar com ela e*ui)alia a atraiçoar o po)o. + re)oluç'o ensinou *ue o chefe da re)oluç'o democr7tico#urguesa s/ podia ser a classe oper7ria, *ue s/ ela era capa" de desalo(ar a #urguesia li#eral, os 8adetes, de emancipar os camponeses de sua influ2ncia, de esmagar os latifundi7rios, de le)ar a termo a re)oluç'o e de aplainar o caminho para o socialismo. + re)oluç'o ensinou, finalmente, *ue, apesar de suas )acilaç5es, os camponeses tra#alhadores s'o a !nica força importante capa" de aliarse  classe oper7ria. :urante a re)oluç'o lutaram dentro do P.O.S.:.. duas linhas políticas1 a dos #olche)i*ues e a dos menche)i*ues. Os #olche)i*ues se orienta)am para o desencadeamento da re)oluç'o, a deirocada do c"arismo pela )ia da insurreiç'o armada, a hegemonia da classe oper7ria, o isolamento da #urguesia 8adete, a aliança com os camponeses, a formaç'o de um go)erno pro)is/rio re)olucion7rio com representantes dos oper7rios e camponeses, o desen)ol)imento da re)oluç'o até a )it/ria final. Pelo contr7rio, o roteiro *ue os menche)i*ues seguiam era o do estrangulamento da re)oluç'o. Em )e" da derrocada do c"arismo pela insurreiç'o, preconi"a)am a reforma e 4melhoramento4A em )e" da hegemonia do proletariado, a hegemonia da #urguesia li#eralA em )e" da aliança com os camponeses, a aliança com a #urguesia 8adete, em )e" de um go)erno pro)is/rio re)olucion7rio, a :uma, como centro das 4forças re)olucion7rias4 do país. +ssim foi como os menche)i*ues se afundaram no charco do reformismo, con)ertendose em )eículo da influ2ncia #urguesa so#re a classe oper7ria e passando a ser, de fato, agentes da #urguesia no campo prolet7rio. Os #olche)i*ues demonstraram ser a !nica força mar3ista re)olucion7ria *ue ha)ia no Partido e no país. Como é l/gico, depois de produ"irse di)erg2ncias t'o gra)es, o P.O.S.:.. apareceu, de fato, cindido em dois partidos, o partido #olche)i*ue e o partido menche)i*ue. O IK Congresso n'o fe" mudar em nada a situaç'o de fato e3istente dentro do Partido. N'o fe" mais *ue manter e firmar um pouco sua unidade /ormal. O K Congresso representou um passo a)ançado no sentido da unificaç'o efeti)a do Partido, unificaç'o *ue, além disso, se le)ou a efeito so# a #andeira #olche)i*ue.

Ha"endo o #alanço do mo)imento re)olucion7rio, o K Congresso do Partido condenou a linha menche)i*ue, como linha reformista, e apro)ou a linha #olche)i*ue como a linha mar3ista re)olucion7ria. Com isto confirmou, mais uma )e", o *ue (7 fora confirmado por toda a marcha da primeira re)oluç'o russa. + re)oluç'o e)idenciou *ue os #olche)i*ues sa#em a)ançar, *uando assim o e3ige a situaç'o, e *ue t2m aprendido a a)ançar na )anguarda le)ando com eles o po)o ao assalto. Porém salientou, do mesmo modo, *ue os #olche)i*ues tam#ém sa#em recuar ordenadamente, *uando a situaç'o toma um car7ter desfa)or7)el, *uando a re)oluç'o declina, e t2m aprendido a recuar acertadamente sem pLnico e sem precipitaç'o, para manter indenes seus *uadros, acumular forças e, depois de refa"erse de acordo com a no)a situaç'o, lançarse de no)o ao ata*ue contra o inimigo. N'o é possí)el )encer o inimigo, se n'o se sa#e atacar acertadamente. N'o é possí)el e)itar um descala#ro em caso de derrota, se n'o se sa#e retroceder acertadamente, recuando sem pLnico e em perfeita ordem.

Capítulo IV — Os Mencheviques e os Bolcheviques Durante o Período da Reação Stolpiniana! Os Bolcheviques Passa" a #or"ar u" Partido Independente $%&'()%&%*+

% — , reação stolpiniana! — Sur-e a deco"posição entre as ca"adas intelectuais da oposição! —  O decadentis"o! — ."a parte dos intelectuais do partido passa para o ca"po dos ini"i-os do "ar/is"o e tenta 0a1er a revisão da teoria "ar/ista! 2enin replica aos revisionistas co" seu livro 3Materialis"o e 4"pirocriticis"o35 de0endendo os 0unda"entos te6ricos do partido "ar/ista!

A segunda Duma foi dissolvida pelo governo czarista mediante o ato que a história registra com o nome de golpe de Estado de 3 de junho de 1907 ! governo czarista "ai#ou uma nova lei para as elei$%es & terceira Duma' infringindo com isso sua própria mensagem de 17 de outu"ro de 190(' na qual se comprometia a n)o "ai#ar novas leis sen)o de acordo com a Duma A fra$)o social*democrata da segunda Duma foi levada aos +ri"unais' e os representantes da classe oper,ria enviados uns ao pres-dio e outros ao e#-lio A nova lei eleitoral estava redigida de tal modo' que aumentava consideravelmente a quantidade de representantes dos latifundi,rios e da "urguesia comercial e industrial na Duma Ao mesmo tempo' reduzia*se at. uma cifra insignificante a representa$)o' j, de si e#-gua' dos camponeses e dos oper,rios Atendendo & sua composi$)o' a terceira Duma era a Duma das cent/rias negras e dos adetes Dos 2 deputados que a compunham' havia 171 dos direitistas das cent/rias negras4 113 outu"ristas e filiados a outros grupos afins' 101 adetes e pertencentes a grupos pró#imos deles' 13 trudovis grupo de tra"alho4 e 15 social*democratas As direitas chamadas assim porque tinham seus assentos no lado direito da Duma4 representavam os inimigos mais raivosos dos oper,rios e dos camponeses6 os latifundi,rios feudais das cent/rias negras' autores dos espancamentos e dos fuzilamentos em massa de camponeses na repress)o do movimento revolucion,rio do campo' os organizadores dos progroms judeus' das matan$as de manifestantes oper,rios' dos "estiais incndios dos edif-cios em que se cele"ravam os meetings durante os dias da revolu$)o As direitas advogavam o esmagamento mais "rutal dos tra"alhadores' um 8oder czarista ilimitado' contra a mensagem dada pelo czar a 17 de outu"ro de 190( m partido afim das direitas' entre os representantes na Duma' era o partido dos outu"ristas ou :ni)o 17 de !utu"ro: !s outu"ristas representavam os interesses do grande capital industrial e dos grandes latifundi,rios que e#ploravam suas propriedades com m.todos capitalistas em come$os da revolu$)o de 190(' passou para os outu"ristas uma parte consider,vel dos adetes' integrados por grande capital industrial e dos grandes latifundi,rios outu"ristas das direitas era o reconhecimento ; que' al.m disso' n)o dei#ava de ser puramente ver"al ; da mensagem de 17 de !utu"ro !s outu"ristas apoiavam integralmente a pol-tica i nterior e e#terior do governo czarista !s adetes' ou partido :constitucional democr,tico:' tinham na terceira Duma menos deputados que na primeira e na segunda A e#plica$)o disto est, em que uma parte dos votos dos latifundi,rios passou do 8artido adete para os outu"ristas uas vacila$%es entre os adetes e a democracia oper,ria "rotavam inevitavelmente da situa$)o de classe própria dos pequenos propriet,rios E =enin propunha aos deputados "olcheviques' & democracia oper,ria' a tarefa de :ajudar aos d."eis democratas pequeno*"urgueses' de arranc,*los da influncia dos li"erais' de unir as fileiras da democracia' n)o só frente &s direitas como tam".m frente aos adetes contra*revolucion,rios: =enin' t ?@' p,g 5' ed russa4
Depois de dissolver a segunda Duma e de enviar ao c,rcere e ao desterro a fra$)o social*democrata' o governo czarista come$ou a destro$ar furiosamente as organiza$%es pol-ticas e econmicas do proletariado !s c,rceres' os pres-dios e os lugares de deporta$)o estavam a"arrotados de revolucion,rios Estes eram sepultados em masmorras e su"metidos a mart-rios e torturas ferozes ! terror dos "andos negros assolava o pa-s ! ministro czarista >tolpin co"riu de forcas e pat-"ulos todo o pa-s Filhares de revolucion,rios foram e#ecutados A forca era chamada naquela .poca' a :gravata stolpiniana: 8or.m em sua o"ra de e#term-nio do movimento revolucion,rio dos oper,rios e camponeses' o governo czarista n)o podia limitar*se simplesmente a organizar repress%es' e#pedi$%es punitivas' fuzilamentos e encarceramentos em massa ! governo czarista via com alarme que a f. ingnua dos camponeses no :paizinho czar: se ia dissipando cada vez mais Gsto o fez recorrer a uma mano"ra de grande envergadura' apresentando o ardil de criar*se um forte esteio no campo' so" a forma de uma numerosa classe de "urgueses camponeses' de ulas A 9 de novem"ro de 190' >tolpin "ai#ou uma nova lei agr,ria' dando normas para que os camponeses pudessem sair da comunidade rural e esta"elecer*se em s-tios A lei agr,ria de >tolpin vinha destruir o regime comunal de possess)o da terra Hada campons podia tomar em propriedade pessoal a terra que lhe correspondia' separando*se da comunidade Al.m disso' podia vender sua parte' coisa que antes n)o se lhe permitia A comuna ficava o"rigada a demarcar para os camponeses que sa-ssem da comunidade toda a terra num mesmo s-tio conjunto de casas' conjunto de granjas4 Gsto permitia aos camponeses ricos' aos ulas' comprar por pouco pre$o as terras dos camponeses menos a"astados Fais de um milh)o de camponeses humildes haviam ficado completamente privados de terra e arruinados' poucos anos após haver*se decretado esta lei A e#pensas deles' foram*se criando os s-tios e as aglomera$%es de granjas dos ulas' que' &s vezes' eram verdadeiras fazendas de latifundi,rios' nas quais se empregavam a"undantemente o tra"alho assalariado' a m)o*de*o"ra de jornaleiros ! governo o"rigava os camponeses a separar da comunidade as melhores terras' para entreg,*las aos s-tios dos ulas E assim como ao decretar*se a :li"erta$)o: dos camponeses' os latifundi,rios lhes haviam rou"ado suas terras' agora os ulas come$aram a rou"ar as terras da comunidade' ficando com as melhores parcelas e comprando por pre$o vil os lotes dos camponeses po"res ! governo czarista concedeu aos ulas grandes empr.stimos para ajud,*los a comprar terras e formar seus s-tios ! plano de >tolpin era fazer dos ulas pequenos senhores de terra em quem a autocracia czarista tivesse verdadeiros defensores Em nove anos de 190 a 191(4' se separaram do regime comunal mais de dois milh%es de e#plora$%es camponesas ! regime stolpiniano piorou ainda mais a situa$)o dos camponeses humildes e dos po"res do campo ! processo de diferencia$)o da massa camponesa se acentuou Home$aram os choques entre os camponeses e os ulas propriet,rios dos s-tios Ao mesmo tempo' os camponeses come$aram a compreender que n)o entrariam na posse das terras dos latifundi,rios' enquanto e#istissem o governo czarista e uma Duma composta de latifundi,rios e adetes A princ-pio' durante os anos em que se intensificou o processo de separa$)o de camponeses do regime comunal para esta"elecer*se em s-tios 1907*19094' o movimento campons foi em descenso' por.m logo' em 1910*1911 e depois' os choques entre os mem"ros da comunidade e os donos de s-tios fizeram que o movimento campons contra os latifundi,rios e os ulas propriet,rios dos s-tios recrudescesse +am".m no terreno industrial se operaram' depois da revolu$)o' mudan$as consider,veis Acentuou*se notavelmente a concentra$)o da ind/stria' ou seja' o incremento das empresas e sua acumula$)o em m)os de grupos capitalistas cada vez mais fortes I, antes da revolu$)o de 190(' os capitalistas haviam come$ado a organizar*se em agrupa$%es para elevar os pre$os das mercadorias dentro do pa-s' destinando os e#cedentes conseguidos deste modo a um fundo de fomento das e#porta$%es' com o o"jetivo de poder lan$ar as mercadorias no mercado e#terior a "ai#o pre$o e conquistar assim os mercados estrangeiros Estas agrupa$%es organizadas pelos capitalistas monopólios4 chamavam*se trusts e consórcios Depois da revolu$)o' o n/mero de trusts e consórcios capitalistas foi aumentando Aumentou tam".m o n/mero dos grandes "ancos' crescendo a importJncia destes na ind/stria E cresceu do mesmo modo a afluncia dos capitais estrangeiros & C/ssia 8ortanto' o capitalismo' na C/ssia' se ia convertendo cada vez mais num capitalismo monopolista' imperialista Depois de v,rios anos de estagna$)o' a ind/stria voltava a reanimar*se6 a e#tra$)o de carv)o e de petróleo

ia aumentando' a quantidade de metal produzido progredia' a produ$)o de tecidos e de a$/car crescia A e#porta$)o de trigo adquiria fortes propor$%es 8or.m' ainda que durante este per-odo a C/ssia fez alguns progressos na ind/stria' continuava sendo um pa-s atrasado' em compara$)o com a Europa !cidental' e dependia do capitalismo estrangeiro <)o e#istia dentro do pa-s uma produ$)o de maquinaria industrial6 era preciso importar todas as m,quinas <)o e#istia tampouco a ind/stria do automóvel' nem a ind/stria qu-mica' nem se produziam adu"os minerais
em"ora considerando*se mar#istas' jamais se haviam mantido com firmeza nas posi$%es do mar#ismo Entre eles figuravam escritores como Logdanov' Lasarov' =unacharsi que em 190( haviam aderido aos "olcheviques4 e como Mushevich e @alentinov mencheviques4 Estes intelectuais desenvolviam simultaneamente sim :cr-tica: contra os fundamentos filosófico*teóricos do mar#ismo' ou melhor' contra o materialismo dial.tico' e contra seus fundamentos histórico*cient--icos' isto .' contra o materialismo histórico Esta cr-tica se distinguia da usual em que n)o se desenvolvia de um modo franco e honrado' sen)o velada e hipocritamente' prete#tando :defender: as posi$%es fundamentais do mar#ismo :<ós' diziam estes :cr-ticos:' somos essencialmente mar#istas' por.m queremos :melhorar: o mar#ismo' depur,*lo de algumas teses fundamentais: )o 8eters"urgo' 1905' ;  uma cole$)o de artigos de Lasanov' Loadanov' =unacharsi' Lerman' Nelfond' Mushevich e >uvorov =ogo depois vm os livros de Mushevich :! materialismo e o realismo cr-tico:O Lerman' :A dial.tica & luz da moderna teoria do conhecimento: e @alentinov' :As constru$%es filosóficas do mar#ismo: +odos estes indiv-duos' unidos ; apesar das profundas diferen$as que h, entre suas id.ias pol-ticas ; por sua hostilidade ao materialismo dial.tico' pretendem' ao mesmo tempo' fazer*se passar em filosofia' por mar#istasP A dial.tica de Engels . um :misticismo:' diz LermanO as id.ias de Engels ficaram :antiquadas:' e#clama Lasarov de passagem' como algo que n)o necessita de demonstra$)o6 o materialismo se d, por refutado por nossos valentes paladinos' os quais se referem orgulhosamente & :moderna teoria do conhecimento:' & :nov-ssima filosofia: ou ao :nov-ssimo positivismo:4' & :filosofia das modernas cincias naturais: e' inclusive' & :filosofia das cincias naturais do >.culo ??: =enin' t ?GGG' p,g 11' ed russa4 Hontestando a =unacharsi' que' na pretens)o de justificar seus amigos' os revisionistas no campo filosófico' dizia6 :+alvez nos equivoquemos' por.m indagamos:' escrevia =enin6 :8elo que se refere a mim' tam".m eu sou' em filosofia' um indagador:
1 :ma falsifica$)o e o disfarce cada vez mais sutis das doutrinas antimaterialistas do mar#ismo6 tal . o que caracteriza o revisionismo moderno' tanto no campo da Economia pol-tica como nos pro"lemas de t,tica e no

campo da filosofia em geral: !"ra citada' p,g 2704

2 :+oda a escola de Fach e Avenarius tende ao idealismo: !"ra citada' p,g 2914 3 :
( :! papel o"jetivo' de classe do empirocriticismo se reduz de modo a"soluto a servir aos fide-stas reacion,rios que antep%em a f. & cincia4 < da C4 em sua luta contra o materialismo em geral e contra o materialismo histórico em particular: !"ra citada' p,g 2924

 :! ideaismo filosófico . o ca"inho para o o"scurantismo clerical: !"ra citada' p,g 304 8ara poder julgar a enorme importJncia' que esta o"ra de =enin tem na história do 8artido "olchevique' e compreender que riqueza teórica era a que defendia =enin contra todos e cada um dos revisionistas e degenerados do per-odo da rea$)o stolpiniana' . necess,rio deter*se a e#aminar' ainda que seja "revemente' os fundamentos do materialismo dial.tico e histórico Este e#ame . tanto mais necess,rio uma vez que o materialismo dial.tico e histórico constituem a "ase teórica do comunismo' as "ases teóricas do 8artido mar#ista' e todo militante ativo do 8artido Homunista . o"rigado a conhecer estes fundamentos teóricos e assimil,*los Assim' pois6

1 Que . o materialismo dial.ticoR 2 Que . o materialismo históricoR

* — So7re o Materialis"o Dial8tico e o Materialis"o 9ist6rico!

! materialismo dial.tico . a concep$)o filosófica do 8artido mar#ista*leninista Hhama*se materialismo dial.tico' por que seu modo de a"ordar os fenmenos da natureza' seu modo de focaliz,*los' sua teoria' "aterialista ! materialismo histórico . a aplica$)o dos princ-pios do materialismo dial.tico ao estudo da vida' aos fenmenos da vida da sociedade' ao estudo desta e de sua história Haracterizando seu m.todo dial.tico' Far# e Engels se referem com freqKncia a Negel como ao filósofo que formulou os tra$os fundamentais da dial.tica 8or.m isto n)o quer dizer que a dial.tica de Far# e Engels seja idntica & dial.tica hegeliana
superando estas contradi$%es Alguns filósofos da antiguidade entendiam que o desco"rimento das contradi$%es no processo discursivo e o choque das opini%es contrapostas era o melhor meio para encontrar a verdade Este m.todo dial.tico de pensamento' que mais tarde se fez e#tensivo aos fenmenos naturais' converteu*se no m.todo dial.tico de conhecimento da natureza' consistente em considerar os fenmenos naturais como sujeitos a perp.tuo movimento e mudan$a e o desenvolvimento da natureza como o resultado do desenvolvimento das contradi$%es e#istentes nesta' como o resultado da a$)o m/tua das for$as contraditórias no seio da natureza A dial.tica .' fundamentalmente' o contr,rio da metaf-sica 14 ! "8todo dial8tico mar#ista se caracteriza pelos seguintes pontos fundamentais6 a4 Em oposi$)o & metaf-sica' a dial.tica n)o considera a natureza como um conglomerado casual de o"jetos e fenmenos desligados e isolados uns dos outros e sem nenhuma rela$)o de dependncia entre si' sen)o como um todo articulado e /nico' no qual os o"jetos e os fenmenos se acham organicamente vinculados uns aos outros' dependem uns do outros e se condicionam uns aos outros 8or isso' o m.todo dial.tico entende que nenhum fenmeno da natureza pode ser compreendido' se . focalizado isoladamente' sem cone#)o com os fenmenos que o rodeiam' pois todo fenmeno' tomado de qualquer campo da natureza' pode converter*se num a"surdo' se . e#aminado sem cone#)o com as condi$%es que o rodeiam' desligado delasO e pelo contr,rio' todo fenmeno pode ser compreendido e e#plicado' se . e#aminado em sua cone#)o indissol/vel com os fenmenos circundantes e condicionado por eles "4 Em oposi$)o & metaf-sica' a dial.tica n)o considera a natureza como algo quieto e imóvel' parado e imut,vel' sen)o como algo sujeito a perene movimento e a mudan$as constantes' como algo que se renova e se desenvolve incessantemente e onde h, sempre alguma coisa que nasce e se desenvolve e algo que morre e caduca 8or isso' o m.todo dial.tico e#ige que se e#aminem os fenmenos' n)o só do ponto de vista de suas rela$%es m/tuas e de seu m/tuo condicionamento' sen)o tam".m do ponto de vista de seu movimento' de suas mudan$as e de seu desenvolvimento' do ponto de vista de seu nascimento e de sua morte ! que interessa' so"retudo' ao m.todo dial.tico n)o . o que num momento dado parece est,vel por.m come$a j, a morrer' sen)o o que nasce e se desenvolve' ainda que num momento dado pare$a pouco est,vel pois a /nica coisa que h, insuper,vel' segundo ele' . o que se acha em estado de nascimento e de desenvolvimento :+oda a natureza ; diz Engels ; desde suas part-culas mais min/sculas at. seus corpos mais gigantescos' desde o gr)o de areia at. o >ol' desde o protozo,rio c.lula viva primignia < da C4 at. o homem' se acha em estado perene de nascimento e morte' em flu#o constante' sujeita a incessantes mudan$as e movimentos: Engels' :Dial.tica da natureza:' !"ras completas de Far# e Engels' ed alem) do Gnstituto Far#*Engels*=enin' de Foscou' >onderausga"e' p,g 914 8or isso' a dial.tica ; diz Engels ; :focaliza as coisas e suas imagens conceituais' su"stancialmente' em suas cone#%es m/tuas' em sua liga$)o e concatena$)o' em sua dinJmica' em seu processo de gnese e caducidade: :Do >ocialismo tópico ao >ocialismo Hient-fico:' em Sarl Far#' !"ras Escolhidas' ed Europa*Am.rica' t G' p,g (4 c4 Em oposi$)o & metaf-sica' a dial.tica n)o e#amina o processo de desenvolvimento dos fenmenos como um simples processo de crescimento' em que as mudan$as quantitativas n)o se traduzem em mudan$as qualitativas' sen)o como um processo em que se passa das mudan$as quantitativas insignificantes e ocultas &s mudan$as manifestas' &s mudan$as radicais' &s mudan$as qualitativas6 em que estas se produzem' n)o de modo gradual' sen)o repentina e su"itamente' em forma de saltos de um estado de cousas a outro' e n)o de um modo casual' sen)o de acordo com as leis' como resultado da acumula$)o de uma s.rie de mudan$as quantitativas inadvertidas e graduais 8or isso' o m.todo dial.tico entende que os processos de desenvolvimento n)o se devem conce"er como movimentos circulares' como uma simples repeti$)o do caminho j, percorrido' sen)o como movimentos progressivos' como movimentos em linha ascendente' como a transi$)o do velho estado qualitativo a um novo estado qualitativo como a evolu$)o do simples ao comple#o' do inferior ao superior :A natureza ; diz Engels ; . a pedra de toque da dial.tica' e as modernas cincias naturais nos "lindam como prova disto um acervo de dados e#traordinariamente copiosos e enriquecido com cada dia que se passa' demonstrando com isso que a natureza se move' em /ltima instJncia' pelos canais dial.ticos e n)o pelos trilhos metaf-sicos' que n)o se move na eterna monotonia de um ciclo constantemente repetido' sen)o que percorre uma verdadeira história Aqui . necess,rio citar em primeiro lugar DarVin' que' com a prova de que toda a natureza orgJnica e#istente' plantas e animais' e entre eles' como . lógico' o homem' . o produto de um processo evolutivo que dura milh%es de anos' assestou & concep$)o metaf-sica da natureza o mais rude golpe: B Engels' :Do >ocialismo tópico ao >ocialismo Hient-fico:' em Sarl Far#' !"ras Escolhidas' t G' p,g 1(4

Haracterizando o desenvolvimento dial.tico como a transi$)o das mudan$as quantitativas &s mudan$as qualitativas' diz Engels6 :Em B-sica toda mudan$a . uma transforma$)o de quantidade em qualidade' uma conseqKncia da mudan$a quantitativa da massa de movimento de qualquer forma inerente ao corpo ou que se transmite a este Assim' por e#emplo' o grau de temperatura da ,gua n)o influi em nada' a princ-pio' em seu estado l-quido6 por.m' ao aumentar ou diminuir a temperatura da ,gua l-quida' se chega a um ponto em que seu estado de coes)o se modifica e a ,gua se converte' num caso' em vapor' e noutro caso' em gelo Assim tam".m' para que o fio de platina da lJmpada el.trica acenda' . necess,rio um m-nimo de correnteO todo metal tem seu grau t.rmico de fus)o' e todo l-quido' dentro de uma determinada press)o' seu ponto fi#o de congela$)o e de e"uli$)o' na medida em que os meios de que dispomos nos permitem produzir a temperatura necess,riaO e' finalmente' todo g,s tem seu ponto cr-tico' no qual so" uma press)o e temperatura adequados se liquefaz em forma de gotas As chamadas constantes da B-sica os pontos de transi$)o de um estado a outro < da C4 n)o s)o a maior parte das vezes' mais que os nomes dos pontos nodais em que a soma ou su"tra$)o quantitativas mudan$as quantitativas4 de movimento provocam mudan$as qualitativas no estado do corpo de que se trata' em que' portanto' a quantidade se troca em qualidade: B Engels' :Dial.tica da e no mundo n)o e#istem fenmenos isolados' se todos os fenmenos est)o vinculados entre si e se condicionam uns aos outros' . evidente que todo regime social e todo movimento social que aparece na história deve ser julgado' n)o do ponto de vista da :justi$a eterna: ou de qualquer outra id.ia preconce"ida' que . o que costumam fazer os historiadores' sen)o do ponto de vista das condi$%es que engendraram este regime e este movimento social e aos quais se acham vinculados

Dentro das condi$%es modernas' o regime da escravid)o . um a"surdo e uma ignorJncia contr,ria & lógica Em troca' dentro das condi$%es de desagrega$)o do regime do comunismo primitivo' a escravid)o era um fenmeno perfeitamente lógico e natural j, que representava um progresso em compara$)o com o comunismo primitivo A reivindica$)o da Cep/"lica democr,tico*"urguesa dentro das condi$%es do czarismo e da sociedade "urguesa' por e#emplo' na C/ssia de 190(' era uma reivindica$)o perfeitamente lógica' acertada e revolucion,ria' pois a Cep/"lica "urguesa representava' naquele tempo' um progresso Em troca' dentro das condi$%es atuais da C>>' a reivindica$)o da Cep/"lica democr,tico*"urguesa seria a"surda e contra*revolucion,ria' pois' comparada com a Cep/"lica >ovi.tica' a Cep/"lica "urguesa significa um retrocesso +udo depende' pois' das condi$%es' do lugar e do tempo E evidente que' sem a"ordar deste ponto de vista hist6rico os fenmenos sociais' n)o poderia e#istir nem desenvolver*se a cincia da história' pois este modo de a"ordar os fenmenos . o /nico que impede & cincia histórica converter*se num caos de sucessos fortuitos e num mont)o dos mais a"surdos erros 8ois "em' se o mundo se acha em incessantes movimento e desenvolvimento' e se a lei deste desenvolvimento . a e#tin$)o do velho e o fortalecimento do novo' . evidente que j, n)o pode haver nenhum regime social :irremov-vel:' nem podem e#istir os :princ-pios eternos: da propriedade privada e da e#plora$)o' nem as :id.ias eternas: de su"miss)o dos camponeses aos latifundi,rios e dos oper,rios aos capitalistas Gsto quer dizer que o regime capitalista pode ser su"stitu-do pelo regime socialista' do mesmo modo que' em seu dia' o regime capitalista su"stituiu o regime feudal Gsto quer dizer que . preciso orientar*se' n)o para aquelas camadas da sociedade que chegaram j, ao termo de seu desenvolvimento' em"ora no momento presente constituam a for$a predominante' sen)o para aquelas outras que se est)o asseverando e que tm um porvir' ainda que n)o sejam as for$as predominantes no momento atual e a transi$)o das lentas mudan$as quantitativas &s r,pidas e s/"itas mudan$as qualitativas constitui uma lei do desenvolvimento' . evidente que as transforma$%es revolucion,rias levadas a ca"o pelas classes oprimidas representam um fenmeno a"solutamente natural e inevit,vel Gsto quer dizer que a passagem do capitalismo ao socialismo e a li"erta$)o da classe oper,ria do jugo capitalista n)o pode realizar*se por meio de mudan$as lentas' por meio de reformas' mas só por meio da transforma$)o qualitativa do regime capitalista' isto .' mediante a revolu$)o Gsto quer dizer que em pol-tica' para n)o se equivocar' . preciso ser revolucion,rio e n)o reformista 8ois "em' se o processo de desenvolvimento . um processo de revolu$)o de contradi$%es internas' um processo de choques entre for$as contrapostas' na "ase destas contradi$%es' e com o fim de super,*las' . evidente que a luta de classes do proletariado constitui um fenmeno perfeitamente natural e inevit,vel Gsto quer dizer que o que . preciso fazer' n)o . dissimular as contradi$%es do regime capitalista' sen)o apresent,*las em toda sua e#tens)o' ; n)o . amortecer a luta de classes' sen)o lev,*las ao fim conseqKentemente Gsto quer dizer que em pol-tica' para n)o se equivocar' . preciso manter uma pol-tica prolet,ria' de classe' intransigente' e n)o uma pol-tica reformista de harmonia de interesses entre o proletariado e a "urguesia ma pol-tica oportunista de :evolu$)o pac-fica: do capitalismo ao socialismo
fenmenos que o m.todo dial.tico p%e de relevo s)o as leis' de acordo com as mais se desenvolve a mat.ria em movimentoO de que o mundo se desenvolve de acordo com as leis que regem o movimento da mat.ria' sem necessidade de nenhum :esp-rito universal: :A concep$)o materialista do mundo ; diz Engels ; se limita simplesmente a conce"er a natureza tal como .' sem nenhuma classe de aditamentos estranhos B Engels' :=udVig Beuer"ach' em Sarl Far#' !"ras Escolhidas' ed Europa*Am.rica' t G' p,g 134 Ceferindo*se & concep$)o materialista de um filósofo da antiguidade' Ner,clito' segundo o qual :o mundo forma uma unidade por si mesmo e n)o foi criado por nenhum deus nem por nenhum homem' mas foi' . e ser, eternamente um fogo que se acende e se apaga de acordo com as leis:' diz =enin6 :Eis uma e#celente defini$)o dos princ-pios do materialismo dial.tico: =enin' :Hadernos filosóficos: p,g 3154 "4 Em oposi$)o ao idealismo' o qual afirma que só nossa conscincia tem uma e#istncia real e que o mundo material' o ser' a natureza' só e#istem em nossa conscincia' em nossas percep$%es' em nossas id.ias' o materialismo filosófico mar#ista parte do crit.rio de que a mat.ria' a natureza' o ser' s)o uma realidade o"jetiva' e#istem fora de nossa conscincia e independentemente dela' de que a mat.ria . o prim,rio' j, que constitui a fonte da qual se derivam as sensa$%es' as percep$%es e a conscincia' e esta o secund,rio' o derivado' j, que . a imagem refletida da mat.ria' a imagem refletida do serO parte do crit.rio de que o pensamento . um produto da mat.ria ao chegar a um alto grau de perfei$)o em seu desenvolvimento' e mais concretamente' um produto do c.re"ro e este o órg)o do pensamento' e de que' portanto' n)o ca"e' a menos que se caia num erro crasso' separar o pensamento da mat.ria :! pro"lema da rela$)o entre o pensamento e o ser' entre o esp-rito e a natureza . ; diz Engels ; o pro"lema supremo de toda a filosofia !s filósofos se dividiam em dois grandes campos' segundo a resposta que dessem a esta pergunta !s que afirmavam o car,ter prim,rio do esp-rito frente & natureza formavam no campo do idealismo !s outros' os que reputavam a natureza como o prim,rio' figuram nas diversas escolas do materialismo: B Engels' :=udVig Beuer"ach:' em Sarl Far#' !"ras Escolhidas' t G' p,gs 07*054 E mais adiante6 :! mundo material e percept-vel pelos sentidos' do qual formamos parte tam".m os homens' . o /nico mundo real
Hriticando a tese de Sant e de outros idealistas acerca da incognosci"ilidade do mundo e das :coisas em si: incognosc-veis e defendendo a conhecida tese do mar#ismo acerca da veracidade de nossos conhecimentos' escreve Engels6 :A refuta$)o mais contundente destas manias' como de todas as demais manias filosóficas' . a pr,tica' ou seja a e#perincia >e podemos demonstrar a e#atid)o de nosso modo de conce"er um processo natural' reproduzindo*o nós mesmos' criando*o como resultado de suas próprias condi$%es' e se' al.m disso' pomo*lo ao servi$o de nossos próprios fins' daremos ca"o da :coisa em si: inacess-vel de Sant As su"stJncias qu-micas produzidas no mundo vegetal e animal continuaram sendo :coisas em si: se converteu em uma coisa para nós' como' por e#emplo' a mat.ria carente da ruiva' a alizarina' que hoje n)o se e#trai da raiz natural daquela planta' sen)o que se o"t.m do alcatr)o da hulha' processo muito mais "arato e mais f,cil ! sistema solar de Hop.rnico foi durante trezentos anos uma hipótese' pela qual se podia apostar cem' mil' dez mil contra um' por.m apesar de tudo' uma hipótese' at. que =everrier' com os dados tomados deste sistema' pde calcular' n)o só a necessidade da e#istncia de um planeta desconhecido' sen)o' al.m disso' o lugar em que este planeta tinha que se encontrar no firmamentoO veio logo depois' Walle e desco"riu efetivamente este planeta6 a partir deste momento' o sistema de Hop.rnico ficou demonstrado: Sarl Far#' !"ras Escolhidas' t G' p,g 094 Acusando Logdanov' Lasarov' Musheevich e outros partid,rios de Fach de fide-smo e defendendo a conhecida tese do materialismo de que nossos conhecimentos cient-ficos acerca das leis pelas quais a natureza se rege s)o conhecimentos ver-dicos e de que as leis da cincia constituem verdades o"jetivas' diz =enin6 :! fide-smo moderno n)o recha$a' a"solutamente' a cinciaO a /nica coisa que recha$a s)o as :pretens%es desmesuradas: da cinciaO e concretamente' suas pretens%es de verdade o"jetiva' como entendem os materialistas4 e se as cincias naturais' refletindo o mundo e#terior na :e#perincia: do homem' s)o as /nicas que nos podem dar essa verdade o"jetiva' todo fide-smo fica refutado incontrovertivelmente: =enin' t ?GG' p,g 102' ed russa4 +ais s)o' "revemente e#postas' os pontos caracter-sticos do materialismo filosófico mar#ista U f,cil compreender a enorme importJncia que tem a aplica$)o dos princ-pios do materialismo filosófico ao estudo da vida social' ao estudo da história da sociedade' a enorme importJncia que tem o aplicar estes princ-pios & história da sociedade e & atua$)o pr,tica do 8artido do proletariado >e a lei pela qual se rege o desenvolvimento da natureza . a rela$)o entre os fenmenos naturais e sua interdependncia' daqui se deduz que a rela$)o e interdependncia entre os fenmenos sociais n)o constituem tampouco um fato fortuito' sen)o a lei pela qual se rege o desenvolvimento da sociedade Gsto quer dizer que a vida social e a história da sociedade j, n)o s)o um conglomerado de fatos :fortuitos:' pois a história da sociedade se converte no desenvolvimento da sociedade de acordo com suas leis' e o estudo da história da sociedade adquire categoria de cincia Gsto quer dizer que a atua$)o pr,tica do 8artido do proletariado deve "asear*se' n)o nos "ons desejos das :ilustres personalidades:' n)o nos postulados da :raz)o:' da :moral universal:' etc' sen)o nas leis do desenvolvimento da sociedade e no estudo destas 8ois "em' se o mundo . cognosc-vel' e nossos conhecimentos acerca das leis que regem o desenvolvimento da natureza s)o conhecimentos verdadeiros' que tm o valor de verdades o"jetivas' isto quer dizer que tam".m a vida social' o desenvolvimento da sociedade' s)o suscet-veis de serem conhecidosO e que os dados com que nos "rinda a cincia so"re as leis do desenvolvimento da sociedade s)o dados ver-ficos' que tm o valor de verdades o"jetivas Gsto quer dizer que a cincia que estuda a história da sociedade pode adquirir' malgrado toda a comple#idade dos fenmenos da vida social' a mesma precis)o que a Liologia' por e#emplo' oferecendo*nos a possi"ilidade de dar uma aplica$)o pr,tica das leis que regem o desenvolvimento da sociedade Gsto quer dizer que' em sua atua$)o pr,tica' o 8artido do proletariado deve guiar*se' n)o por estes ou outros motivos fortuitos' sen)o pelas leis que regem o desenvolvimento da sociedade e pelas conclus%es que delas derivam Gsto quer dizer que o socialismo dei#a de ser um sonho acerca de um futuro melhor da humanidade' para converter*se numa cincia Gsto quer dizer que o enlace entre a cincia e a atua$)o pr,tica' entre a teoria e a pr,tica' sua unidade' deve ser a estrela polar que guia o 8artido do proletariado =ogo' se a natureza' a e#istncia' o mundo material s)o o prim,rio' e a conscincia' o pensamento' o secund,rio' o derivadoO se o mundo material constitui a realidade o"jetiva' que e#iste independentemente da conscincia do homem' e a conscincia . a imagem refletida desta realidade o"jetiva' deduz*se da- que a vida material da sociedade' sua e#istncia' . tam".m o prim,rio' e sua vida espiritual' o secund,rio o derivadoO que a vida material

da sociedade . a realidade o"jetiva' que e#iste independentemente da vontade dos homens' e a vida espiritual da sociedade' o refle#o desta realidade o"jetiva' o refle#o do ser Gsto quer dizer que a fonte donde se forma a vida espiritual da sociedade' a fonte da qual emanam as id.ias sociais' as teorias sociais' as concep$%es e as institui$%es pol-ticas devem "uscar*se n)o nestas mesmas id.ias' teorias' concep$%es e institui$%es pol-ticas' sen)o nas condi$%es da vida material da sociedade' na e#istncia social' da qual s)o refle#o estas id.ias' teorias' concep$%es' etc Gsto quer dizer que se nos diversos per-odos da história da sociedade nos encontramos com diversas id.ias' teorias e concep$%es sociais e institui$%es pol-ticas diferentesO se so" o regime da escravid)o o"servamos umas id.ias' teorias e concep$%es sociais' umas institui$%es pol-ticas' so" o feudalismo outras' e outras diferentes so" o capitalismo' a e#plica$)o disto n)o est, na :natureza:' nem na :peculiaridade: das próprias id.ias' teorias' concep$%es e institui$%es pol-ticas' sen)o nas diferentes condi$%es da vida material da sociedade dentro dos diversos per-odos de desenvolvimento social >egundo sejam as condi$%es de e#istncia da sociedade' as condi$%es em que se desenvolve sua vida material' assim s)o suas id.ias' suas teorias' suas concep$%es e institui$%es pol-ticas Em rela$)o com isto' diz Far#6 :<)o . a conscincia do homem a que determina sua e#istncia' sen)o' pelo contr,rio' sua e#istncia social o que determina sua conscincia: Sarl Far#' !"ras Escolhidas' t G' p,g 3394 Gsto quer dizer que' em pol-tica' para n)o se equivocar e n)o se converter numa cole$)o de vagos sonhadores' o 8artido do proletariado deve tomar como ponto de partida para sua atua$)o' n)o os :princ-pios: a"stratos da :raz)o humana:' sen)o as condi$%es concretas da vida material da sociedade' que constituem a for$a decisiva do desenvolvimento socialO n)o os "ons desejos dos :grandes homens:' sen)o as e#igncias reais' impostas pelo desenvolvimento da vida material da sociedade ! fracasso dos utopistas' incluindo entre eles os populistas' os anarquistas e os social*revolucion,rios' e#plica*se' entre outras raz%es' porque n)o reconheciam a importJncia prim,ria das condi$%es da vida material da sociedade quanto ao desenvolvimento desta' sen)o que' caindo no idealismo' erigiam toda a atua$)o pr,tica' n)o so"re as e#igncias do desenvolvimento da vida material da sociedade' sen)o' independentemente delas e contra elas' so"re :planos ideais: e :projetos universais:' desligados da vida real da sociedade A for$a e a vitalidade do mar#ismo*leninismo se estri"am precisamente em que toma como "ase para sua atua$)o pr,tica as e#igncias do desenvolvimento da vida material da sociedade' sem desligar*se jamais da vida real desta eu papel consiste em freiar o desenvolvimento da sociedade' sua marcha progressiva E h, id.ias e teorias novas' avan$adas' que servem aos interesses das for$as de vanguarda da sociedade ! papel destas consiste em facilitar o desenvolvimento da sociedade' sua marcha progressiva' sendo sua importJncia tanto maior quanto maior . a e#atid)o com que correspondem &s e#igncias do desenvolvimento da vida material da sociedade As novas id.ias e teorias sociais só surgem depois que o desenvolvimento da vida material da sociedade apresenta a esta novas tarefas 8or.m' depois de surgir' se convertem numa for$a importante' que facilita a e#ecu$)o destas novas tarefas e#igidas pelo desenvolvimento da vida material da sociedade' que facilita os progressos desta U aqui' precisamente' onde se acusa a formid,vel importJncia organizadora' mo"ilizadora e transformadora das novas id.ias' das novas teorias e das novas concep$%es pol-ticas' das novas institui$%es pol-ticas 8or isso' as novas id.ias e teorias sociais surgem em rigor' porque s)o necess,rias para a sociedade' porque sem seu tra"alho organizador' mo"ilizador e transformador seria i"possível levar a ca"o as tarefas que o desenvolvimento da vida material da sociedade e#ige e que j, est)o em tempo de ser cumpridas E como surgem so"re a "ase das novas tarefas e#igidas pelo desenvolvimento da vida material da sociedade' as novas id.ias e teorias sociais a"rem caminho' convertem*se em patrimnio das massas populares' mo"ilizam e organizam estas contra as for$as sociais caducas' facilitando assim a derrocada destas for$as sociais caducas que freiam o desenvolvimento da vida material da sociedade

Eis como as id.ias e teorias sociais' as institui$%es pol-ticas' que "rotam na "ase das tarefas j, maduras para sua solu$)o' e#igidas pelo desenvolvimento da vida material da sociedade' pelo desenvolvimento da e#istncia social' atuam logo depois' por sua vez' so"re esta e#istncia social' so"re a vida material da sociedade' criando as condi$%es necess,rias para levar ao fim a e#ecu$)o das tarefas j, maduras da vida material da sociedade e tornar poss-vel seu desenvolvimento ulterior Em rela$)o a isto' diz Far#6 :A teoria se converte numa for$a material t)o cedo seja apreendida pelas massas: S Far# e B Engels' !"ras Hompletas' t G p,g 04 Gsto quer dizer que para poder atuar so"re as condi$%es da vida material da sociedade e acelerar seu desenvolvimento' acelerar seu melhoramento' o 8artido do proletariado tem que se apoiar numa teoria social' numa id.ia social que reflita acertadamente as e#igncias do desenvolvimento da vida material da sociedade que' gra$as a isso' seja capaz de pr em movimento grandes massas do povo' de mo"iliz,*los e organizar com elas o grande e#.rcito do 8artido prolet,rio apto para esmagar as for$as reacion,rias e aplainar o caminho para as for$as avan$adas da sociedade ! fracasso dos :economistas: e os mencheviques se e#plica' entre outras raz%es' pelo fato de que n)o reconheciam a importJncia mo"ilizadora' organizadora e transformadora da teoria de vanguarda' da id.ia de vanguarda e' caindo num materialismo vulgar' reduziam seu papel quase a nada' e conseguintemente condenavam o 8artido & passividade' a viver vegetando A for$a e a vitalidade do mar#ismo*leninismo se estri"am em que se apoia numa teoria de vanguarda que reflete acertadamente as e#igncias do desenvolvimento da vida material da sociedade' e que coloca a teoria & altura que lhe corresponde e considera seu dever utilizar integralmente sua for$a de mo"iliza$)o' de organiza$)o e de transforma$)o U assim como o materialismo histórico resolve o pro"lema das rela$%es entre a e#istncia social e a conscincia social' entre as condi$%es de desenvolvimento da vida material e o desenvolvimento da vida espiritual da sociedade Cesta só responder a esta pergunta6 Que se entende' do ponto de vista do materialismo histórico' por :condi$%es de vida material da sociedade:' que s)o as que determinam' em /ltima instJncia' a fisionomia da sociedade' suas id.ias' suas concep$%es' institui$%es pol-ticas' etcR Quais s)o essas :condi$%es de vida material da sociedade:' quais s)o seus tra$os caracter-sticosR U indu"it,vel que neste conceito de :condi$%es de vida material da sociedade: entra' antes de tudo' a natureza que rodeia a sociedade' o meio geogr,fico' que . uma das condi$%es necess,rias e constantes da vida material da sociedade e que' naturalmente' influi no desenvolvimento desta Qual . o papel do meio geogr,fico no desenvolvimento da sociedadeR <)o ser,' por acaso' o meio geogr,fico o fator fundamental que determina a fisionomia da sociedade' o car,ter do regime social dos homens' a transi$)o de um regime a outroR ! materialismo histórico responde negativamente a esta pergunta ! meio geogr,fico .' indiscutivelmente' uma das condi$%es constantes e necess,rias do desenvolvimento da sociedade e influi' indu"itavelmente' nele' acelerando*o ou amortecendo*o 8or.m esta influncia n)o . deter"inante' j, que as mudan$as e o desenvolvimento da sociedade se operam com uma rapidez incomparavelmente maior do que os que afetam o meio geogr,fico > feneceram quatro 8ois "em' durante este tempo' as condi$%es geogr,ficas da Europa n)o sofreram mudan$a alguma' ou se sofreram foi t)o leve que a geografia n)o cr que mere$a a pena registr,*lo E se compreende que seja assim 8ara que o meio geogr,fico e#perimente mudan$as de certa importJncia' s)o precisos milh%es de anos' enquanto que em umas centenas ou em um par de milhares de anos podem operar*se' inclusive' mudan$as da maior importJncia no regime social Daqui se depreende que o meio geogr,fico n)o pode ser a causa fundamental' o fator determinante do desenvolvimento social' pois' como . que o que permanece quase invari,vel atrav.s de dezenas de milhares de anos vai poder ser a causa fundamental a que o"ede$a o desenvolvimento daquilo que no espa$o de umas quantas centenas de anos e#perimenta mudan$as radicaisR Do mesmo modo' . indu"it,vel que o crescimento da popula$)o' a maior ou menor densidade da popula$)o . tam".m um fator que forma tam".m parte do conceito das :condi$%es materiais da vida da sociedade:' j, que entre estas condi$%es materiais se conta' como elemento necess,rio' o homem' e n)o poderia e#istir a materialidade da vida social sem um determinado m-nimo de seres humanos <)o ser,' acaso' o desenvolvimento da popula$)o o fator cardial que determina o car,ter do regime social em que os homens vivemR

! materialismo histórico tam".m responde negativamente a esta pergunta E indu"it,vel que o crescimento da popula$)o influi no desenvolvimento da sociedade' facilitando ou entorpecendo este desenvolvimento' por.m n)o pode ser o fator cardial a que o"edece' nem sua influncia pode ter um car,ter deter"inante quanto ao desenvolvimento social' j, que o crescimento da popula$)o por si só n)o nos oferece a chave para e#plicar por que um dado regime social . su"stitu-do precisamente por um determinado regime novo e n)o por outro' porque o regime do comunismo primitivo foi su"stitu-do precisamente pelo regime da escravid)o' o regime escravagista pelo regime feudal e este pelo "urgus' e n)o por outros quaisquer >e o crescimento da popula$)o fosse o fator determinante do desenvolvimento social' a uma maior densidade de popula$)o teria que corresponder for$osamente' na pr,tica' um tipo proporcionalmente mais elevado de regime social 8or.m na realidade n)o ocorre assim A densidade da popula$)o da Hhina . quatro vezes maior que a dos Estados nidos' apesar disso os Estados nidos ocupam um lugar mais elevado do que a Hhina no que se reiere ao desenvolvimento social' pois enquanto que na Hhina continua imperando o regime semifeudal' os Estados nidos  j, h, muito tempo que chegaram & fase culminante de desenvolvimento do capitalismo A densidade da popula$)o da L.lgica . 19 vezes maior que a dos Estados nidos e 2 vezes maior que a da C>> e' no entanto' a > leva*lhe de vantagem toda uma .poca histórica' pois enquanto que na L.lgica impera o regime capitalista' a C>> j, liquidou o capitalismo e instaurou o regime socialista Da- se depreende que o crescimento da popula$)o n)o . nem pode ser o fator cardial no desenvolvimento da sociedade' o fator deter"inante do car,ter do regime social' da fisionomia da sociedade Qual .' ent)o' dentro do sistema das condi$%es materiais de vida da sociedade' o fator cardial que determina a fisionomia daquela' o car,ter do regime social' a passagem da sociedade de um regime social a outroR Este fator .' segundo o materialismo histórico'  o "odo de o7tenção dos "eios de vida necess>rios para a e/ist:ncia do ho"e"5 o "odo de produção dos 7ens "ateriais ' do alimento' do vestu,rio' do cal$ado' da ha"ita$)o' do com"ust-vel' dos instrumentos da produ$)o' etc' necess,rios para que a sociedade possa viver e desenvolver*se 8ara viver' o homem necessita de alimentos' vestu,rio' cal$ado' ha"ita$)o' com"ust-vel' etc' para o"ter estes "ens materiais' tem que produzi*los' e para poder produzi*los necessita dispor de meios de produ$)o' com ajuda dos quais se consegue o alimento' se fa"rica o vestu,rio' o cal$ado' se constrói a ha"ita$)o' se o"t.m o com"ust-vel' etcO necessita aprender a produzir estes instrumentos e a servir*se deles Instru"entos de produção' com ajuda dos quais se produzem os "ens materiais' e ho"ens  que os manejam e efetuam a produ$)o dos "ens materiais' por ter uma certa e/peri:ncia produtiva e h>7itos de tra7alho6 tais s)o os elementos que' em conjunto' formam as 0orças produtivas da sociedade

8or.m as for$as produtivas n)o s)o mais que um dos aspectos da produ$)o' um dos aspectos do modo de produ$)o' o aspecto que reflete a rela$)o entre o homem e os o"jetos e as for$as da natureza empregados para a produ$)o dos "ens materiais ! outro fator da produ$)o' o outro aspecto do modo de produ$)o' . constitu-do pelas rela$%es de uns homens com outros' dentro do processo da produ$)o' as  relaç?es de produção entre os homens !s homens n)o lutam com a natureza e n)o a utilizam isoladamente' desligados uns dos outros' sen)o juntos' em grupos' em sociedades 8or isso' a produ$)o . sempre e so" quaisquer condi$)o uma produ$)o social Ao efetuar a produ$)o dos "ens materiais' os homens esta"elecem entre si' dentro da produ$)o' tais ou quais rela$%es m/tuas' tais ou quais rela$%es de produ$)o Estas rela$%es podem ser rela$%es de cola"ora$)o e ajuda m/tua entre homens livres de toda e#plora$)o' podem ser rela$%es de imp.rio e su"ordina$)o ou podem ser' por /ltimo' rela$%es de tipo transitório entre a primeira forma e a segunda 8or.m' qualquer que seja seu car,ter' as rela$%es de produ$)o constituem ; sempre em todos os regimes ; um elemento t)o necess,rio da produ$)o como as próprias for$as produtivas da sociedade :
que muda e se desenvolve constantemente' com a particularidade de que estas mudan$as operadas no modo de produ$)o provocam inevitavelmente a mudan$a de todo o regime social' das id.ias sociais' das concep$%es e institui$%es pol-ticas' provocam a reorganiza$)o de todo o sistema pol-tico e social
desenvolvimento' o homem emprega diversos modos de produ$)o ou' para diz*lo em termos mais vulgares' mant.m gnero de vida diferente >o" o regime do comunismo' o modo de produ$)o empregado . diferente daquele que se d, so" a escravid)o' so" o regime da escravid)o . diferente daquele que se d, so" o feudalismo' etc E' em consonJncia com isto' variam tam".m o regime social de vida dos homens' sua vida espiritual' suas concep$%es e institui$%es pol-ticas >egundo seja o modo de produ$)o e#istente numa sociedade' assim . tam".m' fundamentalmente' esta mesma sociedade e assim s)o suas id.ias e suas teorias' suas concep$%es e institui$%es pol-ticas !u' para diz*lo em termos vulgares' conforme vive o homem' assim pensa ele Gsto significa que a história do desenvolvimento da sociedade .' antes de tudo' a história do desenvolvimento da produ$)o' a história dos modos de produ$)o que se sucedem uns aos outros ao longo dos s.culos' a história do desenvolvimento das for$as produtivas e das rela$%es de produ$)o entre os homens Gsto quer dizer que a história do desenvolvimento social .' ao mesmo tempo' a história dos próprios produtores de "ens materiais' a história das massas tra"alhadoras' que levam a ca"o a produ$)o dos "ens materiais necess,rios para a e#istncia da sociedade Gsto quer dizer que a cincia histórica' se pretende ser uma verdadeira cincia' n)o deve continuar reduzindo a história do desenvolvimento social aos atos dos reis e dos caudilhos militares' aos atos dos :conquistadores: e :usurpadores: de Estados' mas deve ocupar*se' antes de tudo' da história das massas tra"alhadoras' da história dos povos Gsto quer dizer que a chave para o estudo das leis da história da sociedade n)o se deve procurar nas ca"e$as dos homens' nas id.ias e concep$%es da sociedade' sen)o no modo de produ$)o aplicado pela sociedade em cada um de seus per-odos históricos' isto .' na economia da sociedade Gsto quer dizer que a tarefa primordial da cincia história . o estudo e o desco"rimento das leis da produ$)o' das leis do desenvolvimento das for$as produtivas e das rela$%es de produ$)o das leis do desenvolvimento econmico da sociedade Gsto quer dizer que o 8artido do proletariado' para ser um verdadeiro partido' deve' antes de tudo' conhecer inteiramente as leis do desenvolvimento da produ$)o' as leis do desenvolvimento econmico da sociedade Gsto quer dizer que em pol-tica' para n)o se equivocar' o 8artido do proletariado deve' antes de tudo' tanto no que se refere & forma$)o de seu programa como no que toca & sua atua$)o pr,tica' partir das leis do desenvolvimento da produ$)o' das leis do desenvolvimento econmico da sociedade , se-unda característica da produ$)o consiste em que suas mudan$as e seu desenvolvimento come$am

sempre' como de seu ponto de partida' das mudan$as e do desenvolvimento das for$as produtivas' e' antes de tudo' das que afetam aos instrumentos de produ$)o As for$as produtivas constituem' portanto' o elemento mais dinJmico e mais revolucion,rio da produ$)o A princ-pio' mudam e se desenvolvem as for$as produtivas da sociedade' e logo depois su;eitas a estas "udanças e con-ruente"ente co" elas ' mudam as rela$%es de produ$)o entre os homens' suas rela$%es econmicas Entretanto' isto n)o quer dizer que as rela$%es de produ$)o n)o influam so"re o desenvolvimento das for$as produtivas e que estas n)o dependam daquelas As rela$%es de produ$)o' ainda que seu desenvolvimento dependa do das for$as produtivas' atuam por sua vez so"re o desenvolvimento destas' acelerando*o ou amortecendo*o A respeito conv.m advertir que as rela$%es de produ$)o n)o podem ficar por um tempo demasiado longo atrasadas das for$as produtivas ao crescer estas' nem se achar em contradi$)o com elas' j, que as for$as produtivas só podem desenvolver*se plenamente quando as rela$%es de produ$)o est)o em harmonia com elas por seu car,ter e seu estado de progresso e dei#am margem para seu desenvolvimento 8or isso' por muito atrasadas que fiquem as rela$%es de produ$)o em rela$)o ao desenvolvimento das for$as produtivas' tm necessariamente que se pr e se p%em realmente ; mais tarde ou mais cedo ; em harmonia com o n-vel do desenvolvimento das for$as produtivas' e com o car,ter destas De outro modo' nos encontrar-amos ante uma ruptura radical da unidade entre as for$as produtivas e as rela$%es de produ$)o dentro do sistema desta' com um desconjuntamento da produ$)o em "loco' com uma crise de produ$)o' com a derru"ada das for$as produtivas m e#emplo de desarmonia entre as rela$%es de produ$)o e o car,ter das for$as produtivas' de conflito entre am"os os fatores' temo*lo nas crises econmicas dos pa-ses capitalistas' onde a propriedade privada capitalista so"re os meios de produ$)o est, em violenta discordJncia com o car,ter social do processo de produ$)o' com o car,ter das for$as produtivas Cesultado desta discordJncia s)o as crises econmicas' que conduzem & destrui$)o das for$as produtivasO e esta discordJncia constitui' por si só' a "ase econmica da revolu$)o social' cuja miss)o consiste em destruir as rela$%es de produ$)o e#istentes' para criar outras novas' em harmonia com o car,ter das for$as produtivas 8elo contr,rio' um e#emplo de uma harmonia completa entre as rela$%es de produ$)o e o car,ter das for$as produtivas' nos oferece a economia socialista da C>>' onde a propriedade social so"re os meios de produ$)o concorda plenamente com o car,ter social do processo da produ$)o e onde' portanto' n)o e#istem crises

econmicas nem se produzem casos de destrui$)o das for$as produtivas 8or conseguinte' as for$as produtivas n)o s)o somente o elemento mais dinJmico e mais revolucion,rio da produ$)o' mas s)o' al.m disso' o elemento determinante de seu desenvolvimento Honforme forem as for$as produtivas' assim tm que ser tam".m as rela$%es de produ$)o >e o estado das for$as produtivas responde & pergunta de com que instrumento de produ$)o os homens criam os "ens materiais que lhes s)o necess,rios' o estado das rela$%es de produ$)o responde logo a outra pergunta6 em poder de quem est)o os meios de produ$)o a terra' os "osques' as ,guas' o su"solo' as mat.rias*primas' as ferramentas e os edif-cios de produ$)o' as vias e meios de comunica$)o' etc4' & disposi$)o de quem se acham os meios de produ$)o6 & disposi$)o de toda a sociedade' ou & disposi$)o de determinados indiv-duos' grupos ou classes' que os empregam para e#plorar outros indiv-duos' grupos ou classesR Eis um quadro esquem,tico do desenvolvimento das for$as produtivas desde os tempos primitivos at. nossos dias Das ferramentas de pedra sem polimento se passa ao arco e & flecha e' em rela$)o com isto' da ca$a como sistema de vida & domestica$)o de animais e & cria$)o de gado primitivaO das ferramentas de pedra se passa &s ferramentas de metal ao machado de ferro' arado com relha de ferro' etc4 e' em consonJncia com isto' ao cultivo das plantas e & agriculturaO vem logo depois o melhoramento progressivo das ferramentas met,licas para a ela"ora$)o de materiais' passa*se & forja de fole e & olaria e' em consonJncia com isto' desenvolvem*se os of-cios artes)os' separam*se estes of-cios da agricultura' desenvolve*se a produ$)o independente dos artes)os e' mais tarde' a manufaturaO dos instrumentos artes)os de produ$)o se passa & m,quina' e a produ$)o artes) e manufatureira se transforma na ind/stria mecJnica' e' por fim' passa*se ao sistema de m,quinas' e aparece a grande ind/stria mecJnica modernaO tal .' em linhas gerais e n)o completas' o quadro de desenvolvimento das for$as produtivas sociais no transcurso da história da Numanidade Al.m disso' como . lógico' o desenvolvimento e aperfei$oamento dos instrumentos de produ$)o correm a cargo de homens relacionados com a produ$)o e n)o se realizam com independncia destes6 portanto' a par com as mudan$as e o desenvolvimento dos instrumentos de produ$)o' mudam e se desenvolvem tam".m os homens' como elemento mais importante das for$as produtivas' mudam e se desenvolvem sua e#perincia no que se refere & produ$)o' seus h,"itos de tra"alho e seu talento para o emprego dos instrumentos de produ$)o Em consonJncia com as mudan$as e o desenvolvimento e#perimentados pelas for$as produtivas da sociedade no curso da história' mudam tam".m e se desenvolvem as rela$%es de produ$)o entre os homens' suas rela$%es econmicas A história conhece cinco tipos 0unda"entais  de rela$%es de produ$)o6 o comunismo primitivo' a escravid)o' o feudalismo' o capitalismo e o socialismo >o" o regime do comunismo primitivo' a "ase das rela$%es de produ$)o . a propriedade social so"re os meios de produ$)o' isto .' o que em su"stJncia' corresponde ao car,ter das for$as produtivas durante este per-odo As ferramentas de pedra e o arco e a flecha' que aparecem mais tarde' e#clu-am a possi"ilidade de lutar isoladamente contra as for$as da natureza e contra os animais ferozes >e n)o queriam morrer de fome' ser devorados pelas feras ou sucum"ir nas m)os das tri"os vizinhas' os homens daquela .poca viam*se o"rigados a tra"alhar em comum' e assim era como recolhiam os frutos no "osque' como organizavam a pesca' como constru-am suas ha"ita$%es' etc ! tra"alho em comum conduz & propriedade em comum so"re os instrumentos de produ$)o do mesmo modo que so"re os produtos Ainda n)o havia surgido a id.ia da propriedade privada so"re os meios de produ$)o' e#cetuando a propriedade pessoal de certas ferramentas' que ao mesmo tempo que ferramentas de tra"alho eram armas de defesa contra os animais ferozes Ainda n)o e#istia e#plora$)o' n)o e#istiam classes >o" o regime da escravid)o' a "ase das rela$%es de produ$)o . a propriedade do escravagista so"re os meios de produ$)o' assim como tam".m so"re os próprios produtores' os escravos' a quem o escravagista podia vender' comprar e matar' como o gado Estas rela$%es de produ$)o se acham' fundamentalmente' em consonJncia com o estado das for$as produtivas durante este per-odo Agora' em vez das ferramentas de pedra' o homem j, disp%e de ferramentas de metal Em vez daquela m-sera economia primitiva "aseada na ca$a e que n)o conhecia nem a pecu,ria nem a agricultura' e#istem a pecu,ria' a agricultura' os of-cios artes)os e a divis)o do tra"alho entre estes diversos ramos da produ$)oO e#iste a possi"ilidade de efetuar um intercJm"io de produtos entre os diversos indiv-duos e as diversas sociedades e a possi"ilidade de acumular riquezas em m)os de umas quantas pessoasO produz*se' com efeito' uma acumula$)o de meios de produ$)o em m)os de uma minoria e surge a possi"ilidade de que esta minoria su"jugue a maioria e converta seus componentes em escravos I, n)o e#iste o tra"alho livre e em comum de todos os mem"ros da sociedade dentro do processo da produ$)o' mas impera o tra"alho for$ado dos escravos' e#plorados pelos escravagistas que n)o tra"alham <)o e#iste portanto' propriedade social so"re os meios de produ$)o nem so"re os produtos A propriedade social . su"stitu-da pela propriedade privada ! escravagista . o primeiro e fundamental propriet,rio com plenitude de direitos Cicos e po"res' e#plorados' homens com plenitude de direitos e homens privados totalmente de direitosO

uma furiosa luta de classes entre uns e outros6 tal . o quadro que o regime da escravid)o apresenta >o" o regime feudal' a "ase das rela$%es de produ$)o e a propriedade do senhor feudal so"re os meios de produ$)o e sua propriedade parcial so"re os produtores' so"re os servos' a quem j, n)o pode matar' por.m a quem se pode comprar e vender A par com a propriedade feudal' e#iste a propriedade pessoal do campons e do artes)o so"re os instrumentos de produ$)o e so"re sua terra ou sua ind/stria privada' "aseada no tra"alho pessoal Estas rela$%es de produ$)o se acham' fundamentalmente' em consonJncia com o estado das for$as produtivas durante este per-odo ! aperfei$oamento progressivo da fundi$)o e ela"ora$)o de metais' a difus)o do arado de ferro e do tear' os progressos da agricultura' da horticultura' da vinicultura e da fa"rica$)o de azeite' o aparecimento das primeiras manufaturas  junto &s oficinas dos artes)os6 tais s)o os tra$os caracter-sticos do estado das for$as produtivas durante este per-odo As novas for$as produtivas e#igem que se dei#e ao tra"alhador' certa iniciativa na produ$)o' que sinta certa inclina$)o para o tra"alho e se ache interessado nele 8or isso' o senhor feudal prescinde dos escravos' que n)o sentem nenhum interese por seu tra"alho' n)o p%em nele a menor iniciativa' e prefere entender*se com os servos' que tm seus próprios "ens e suas próprias ferramentas e se acham interessados em certo grau pelo tra"alho na medida necess,ria para tra"alhar a terra e pagar ao senhor em esp.cie com uma parte da colheita Durante este per-odo a propriedade privada faz novos progressos A e#plora$)o continua sendo quase t)o rapace como so" a escravid)o ainda que um pouco suavizada A luta de classes entre os e#ploradores e os e#plorados . o tra$o fundamental do feudalismo >o" o regime capitalista a "ase das rela$%es de produ$)o . a propriedade capitalista so"re os meios de produ$)o e a ine#istncia de propriedade so"re os produtores' oper,rios assalariados' a quem o capitalista n)o pode matar nem vender' pois se acham isentos dos v-nculos de sujei$)o pessoal' por.m carecem de meios de produ$)o' pelo que' para n)o morrerem de fome' se vem o"rigados a vender sua for$a de tra"alho ao capitalista e su"meter*se ao  jugo da e#plora$)o A par com a propriedade capitalista so"re os meios de produ$)o' e#iste e se acha' nos primeiros tempos' muito generalizada a propriedade privada do campons e do artes)o' livres da servid)o' so"re seus meios de produ$)o' e "aseada no tra"alho pessoal Em lugar das oficinas dos artes)os e das manufaturas' surgem as grandes f,"ricas e empresas' dotadas de maquinarias Em lugar de fazendas dos no"res' cultivadas com os primitivos instrumentos camponeses de produ$)o' aparecem as grandes e#plora$%es agr-colas capitalistas' montadas com t.cnica agr,ria e dotada de maquinaria agr-cola As novas for$as produtivas e#igem tra"alhadores mais cultos e mais h,"eis que os servos' mantidos no em"rutecimento e na ignorJnciaO tra"alhadores capazes de atender e manejar as m,quinas 8or isso' os capitalistas preferem tratar com oper,rios assalariados livres dos v-nculos da servid)o e suficientemente cultos para sa"erem manejar a maquinaria 8or.m' depois de desenvolver as for$as produtivas em propor$%es gigantescas' o capitalismo se enreda em contradi$%es insol/veis para cie Ao produzir cada vez mais mercadorias e fazer "ai#ar cada vez mais seus pre$os' o capitalismo estimula a concorrncia' arruina uma massa de pequenos e m.dios propriet,rios' converte*os em prolet,rios e a"ai#a seu poder aquisitivo' com o que a venda das mercadorias produzidas se torna imposs-vel Ao dilatar a produ$)o e concentrar milh%es de oper,rios em enorme fa"ricas e empresas' o capitalismo d, ao processo de produ$)o um car,ter social e vai minando com isso sua própria "ase' j, que o car,ter social do processo de produ$)o reclama a propriedade social so"re os meios de produ$)o' enquanto que a propriedade so"re os meios da produ$)o continua sendo uma propriedade privada capitalista' incompat-vel com o car,ter social que o processo de produ$)o apresenta Estas contradi$%es irredut-veis entre o car,ter das for$as produtivas e o das rela$%es de produ$)o se manifestam nas crises periódicas de superprodu$)o' em que os capitalistas' n)o encontrando compradores solventes' como consequncia do empo"recimento da massa da popula$)o' provocada por eles próprios' se vem o"rigados a queimar os produtos' destruir as mercadorias ela"oradas' paralisar a produ$)o e devastar as for$as produtivas' e em que milh%es e milh%es de seres se vem condenados ao desemprego e & fome' n)o porque escasseiam as mercadorias' mas muito ao contr,rio6 por hav*las produzido em e#cesso Gsto quer dizer que as rela$%es capitalistas de produ$)o j, n)o est)o em consonJncia com o estado das for$as produtivas da sociedade' mas se acham em irredut-vel contradi$)o com elas Gsto quer dizer que o capitalismo leva em sua entranha a revolu$)o' uma revolu$)o que est, chamada a su"stituir a atual propriedade capitalista so"re os meios de produ$)o pela propriedade socialista Gsto quer dizer que o tra$o fundamental do regime capitalista . a mais encarni$ada luta de classes entre os e#plorados e e#ploradores >o" o regime socialista que at. hoje só . uma realidade na C>>' a "ase das rela$%es de produ$)o . a propriedade social so"re os meios de produ$)o Aqui j, n)o h, e#ploradores nem e#plorados !s produtos criados se distri"uem de acordo com o tra"alho' segundo o princ-pio de :quem n)o tra"alha n)o come: As rela$%es m/tuas entre

os indiv-duos dentro do processo de produ$)o tm o car,ter de rela$%es de cola"ora$)o fraternal e de m/tua ajuda socialista entre os tra"alhadores livres de toda a e#plora$)o As rela$%es de produ$)o se acham em plena consonJncia com o estado das for$as produtivas' pois o car,ter social do processo de produ$)o . referendado pela propriedade social so"re os meios de produ$)o 8or isso' a produ$)o socialista da C>> n)o conhece as crises periódicas de superprodu$)o nem os a"surdos que acarretam 8or isso' na C>>' as for$as produtivas se desenvolvem com ritmo acelerado' j, que suas respectivas rela$%es de produ$)o' ao se acharem em consonJncia com elas' n)o op%em o menor entrave a este desenvolvimento +al . o quadro que o desenvolvimento das rela$%es de produ$)o entre os homens apresenta' no curso da história da Numanidade +al . a rela$)o de dependncia em que se acha o desenvolvimento das rela$%es de prodti$)o a respeito do desenvolvimento das for$as produtivas da sociedade' e so"retudo' quanto ao desenvolvimento dos instrumentos de produ$)o' em virtude do qual as mudan$as e o desenvolvimento que e#perimentam as for$as produtivas se traduzem' mais cedo ou mais tarde' nas mudan$as e no desenvolvimento congruentes das rela$%es de produ$)o :! uso e a cria$)o de meios de tra"alho ; diz Far# ; ainda que em g.rmen se apresente j, em certas esp.cies animais' caracterizam o processo de tra"alho especificamente humano' raz)o por que Branlin define o homem como um animal que fa"rica instrumentos E assim como a estrutura de restos fósseis de ossos tem uma grande importJncia para reconstruir a organiza$)o de esp.cies animais desaparecidas' os vest-gios de meios de tra"alho nos servem para apreciar antigas forma$%es econmicas da sociedade j, sepultadas ! que distingue as .pocas econmicas umas de outras n)o . o que se produz' sen)o como se produz !s meios de tra"alho n)o s)o somente o graduador do desenvolvimento da for$a de tra"alho do homem' mas tam".m o e#poente das rela$%es sociais em que se tra"alha: S Far#' :! Hapital:' t G' p,g 1594 E em outras passagens6 a4 :As rela$%es sociais est)o intimamente vinculadas &s for$as produtivas Ao desco"rir novas for$as produtivas' os homens mudam de modo de produ$)o e ao mudar de modo de produ$)o' a maneira de ganhar a vida' mudam todas suas rela$%es sociais ! moinho movido a "ra$o engendra a sociedade com os senhores feudais6 o moinho a vapor' a sociedade dos capitalistas industriais: S Far#' :Fis.ria da Bilosofia:' em S Far# e B Engels' !"ras completas' ed citada' t @G' p,g 1794 "4:E#iste um movimento constante de incrementa$)o das for$as produtivas' de destrui$)o das rela$%es sociais e de forma$)o das id.ias6 a a"stra$)o do movimento . a /nica coisa imut,vel: S Far#' !"ra citada' p,g 334 Haracterizando o materialismo histórico' tal como se formula no :Fanifesto do 8artido Homunista:' diz Engels6 :A produ$)o econmica e a estrutura$)o social que dela se deriva necessariamente em cada .poca histórica' constituem a "ase so"re a mal repousa a história pol-tica e intelectual dessa .poca 8ortanto' toda a história da sociedade' desde a dissolu$)o do regime primitivo de propriedade coletiva so"re o solo' tem sido uma história de lutas de classe' de lutas entre classes e#ploradoras e e#ploradas' dominantes e dominadas' adequada &s diferentes fases do progresso social Agora esta luta chegou a uma fase em que a classe e#plorada e oprimida o proletariado4 j, n)o pode emancipar*se da classe que a e#plora e a oprime a "urguesia4' sem emancipar para sempre a sociedade inteira da opress)o' da e#plora$)o' e da luta de classes: 8rólogo de Engels & edi$)o alem) de 1553' :Fanifesto do 8artido Homunista:' ed Europa*Am.ri*ca' 1935' p,g 94 A terceira caracter-stica da produ$)o consiste em que as novas rela$%es de produ$)o congruentes com elas n)o surgem desligadas do velho regime' depois de desaparecer este' mas se formam no seio deleO e n)o como fruto da a$)o premeditada e consciente do homem' sen)o de um modo espontJneo' inconsciente e independentemente da vontade humana' por duas raz%es Em primeiro lugar' porque os homens n)o s)o livres para escolher tal ou qual modo de produ$)o' pois cada nova gera$)o' ao entrar na vida' se encontra j, com um sistema esta"elecido de for$as produtivas e rela$%es de produ$)o' como fruto do tra"alho das gera$%es passadas' em vista de que' se quer ter a possi"ilidade de produzir "ens materiais' n)o tem' nos primeiros tempos' outro rem.dio que aceitar o estado de coisas com que se encontra dentro do campo da produ$)o e adaptar*se a ele Em segundo lugar' porque quando aperfei$oe tal ou qual instrumento de produ$)o' tal ou qual elemento das for$as produtivas' o homem n)o sa"e' n)o compreende' nem lhe ocorre sequer pensar nisso' que conseqKncias sociais sua inova$)o pode acarretar' mas pensa /nica e e#clusivamente em seu interesse pessoal' em facilitar seu tra"alho e em o"ter algum proveito imediato e tang-vel para si

Quando alguns indiv-duos da sociedade comunista primitiva come$aram a su"stituir' paulatinamente e tateando o terreno' as ferramentas de pedra pelas de ferro' ignoravam' naturalmente' e n)o lhes passava pela mente' que conseqKncias sociais haviam de ter esta inova$)o' n)o sa"iam nem compreendiam que a passagem para as ferramentas met,licas significava uma mudan$a radical na produ$)o' mudan$a que no fim de contas conduziria ao regime da escravid)oO a /nica coisa que lhes interessava era facilitar seu tra"alho e conseguir um proveito imediato e sens-vel6 a a$)o consciente com que realizavam aquele ato n)o sa-a do estreito limite desta vantagem tang-vel' de car,ter pessoal Quando' dentro do per-odo do regime feudal' a jovem "urguesia europ.ia come$ou a organizar' junto &s pequenas oficinas gremiais dos artes)os' as grandes empresas manufatureiras' imprimindo com isso um avan$o &s for$as produtivas da sociedade' n)o sa"ia' naturalmente' nem passava por sua mente' que conseqKncias sociais esta inova$)o havia de acarretar6 n)o sa"ia nem compreendia que esta :pequena: inova$)o conduziria a uma reagrupa$)o tal das for$as sociais' que necessariamente desem"ocaria na revolu$)o' a qual iria dirigida tanto contra a realeza' cujas mercs tanto apreciava' como contra a no"reza' cuja condi$)o social n)o poucos dos seus melhores representantes sonhavam escalarO a /nica coisa que a preocupava era "aratear a produ$)o de mercadorias' lan$ar uma maior quantidade de artigos nos mercados da Xsia e da Am.rica rec.m*desco"erta' e o"ter maiores lucrosO a a$)o consciente com que realizavam aquele ato n)o ia al.m do estreito limite desta finalidade tang-vel Quando os capitalistas russos' juntamente com os capitalistas estrangeiros' come$aram a aclimatar na C/ssia' de um modo intensivo' a moderna e grande ind/stria mecJnica' dei#ando o czarismo intacto e os camponeses entregues & voracidade dos senhores de terra' n)o sa"iam' naturalmente' nem lhes passava pela mente' que conseqKncias sociais este importante incremento das for$as produtivas havia de acarretarO n)o sa"iam' nem compreendiam que este importante salto que se dava no campo das for$as produtivas da sociedade conduziria a uma reagrupa$)o tal das for$as sociais' que daria ao proletariado a possi"ilidade de se unir aos camponeses e de levar a ca"o a revolu$)o socialista vitoriosaO a /nica coisa que eles queriam era incrementar at. o m,#imo a produ$)o industrial' dominar o gigantesco mercado interior do pa-s' converter*se em monopolistas e o"ter maiores lucros da economia nacional6 a conscincia com que realizavam aquele ato n)o ia mais al.m do horizonte emp-rico e estreito de seus interesses pessoais Em rela$)o com isto' diz Far#6 :
Hapital:' t GG' p,g 7554 Eis em que termos Far# formulava' com tra$os geniais a essncia do materialismo histórico' no memor,vel :prólogo: escrito em 15(9 para seu famoso livro :Hontri"ui$)o & Hr-tica da Economia 8ol-tica: :
@ — Os 7olcheviques e os "encheviques durante os anos da reação stolpiniana — , luta dos 7olcheviques contra os liquidacionistas e os 3otsovistas3!

Durante os anos da rea$)o' o tra"alho nas organiza$%es do 8artido era muit-ssimo mais dif-cil que no per-odo precedente de avan$o da revolu$)o ! contingente de filiados ao 8artido desceu "ruscamente Fuitos elementos pequeno*"urgueses que haviam aderido circunstancialmente ao 8artido' principalmente entre os intelectuais' come$aram a a"andonar suas fileiras' temerosos das persegui$%es do governo czarista =enin assinalava que em momentos como estes os partidos revolucion,rios devem completar sua aprendizagem
latifundi,rios' os oper,rios n)o tinham conseguido a jornada de 5 horas' n)o tinha sido derru"ada a autocracia czarista' odiada pelo povo' e voltaram a ser estranguladas as pequenas li"erdades pol-ticas que haviam sido arrancadas ao czarismo em 190( Em suma' as causas que provocaram esta revolu$)o continuavam de p. 8or isso' os "olcheviques estavam convencidos de que so"reviria um novo avan$o do movimento revolucion,rio' preparavam*se para ele e concentravam as for$as da classe oper,ria !utra das raz%es que dava aos "olcheviques a seguran$a de que era inevit,vel um novo avan$o da revolu$)o foi que a revolu$)o de 190( havia ensinado aos oper,rios a conquistar seus direitos por meio da luta revolucion,ria de massas Durante os anos de rea$)o' durante os anos de ofensiva do capital' os oper,rios n)o podiam esquecer os ensinamentos de 190( =enin citava cartas de oper,rios' nas quais estes' e#pondo os a"usos e as "urlas de que voltavam a ser v-timas por parte dos patr%es' e#clamavam6 :Aguardai' que j, vir, um novo 190(: ! o"jetivo pol-tico fundamental dos "olcheviques continuava sendo o mesmo de 190(6 derru"ar o czarismo' levar a termo a revolu$)o democr,tico*"urguesa' passar & revolu$)o socialista !s "olcheviques n)o perdiam de vista nem um minuto este o"jetivo e continuavam esclarecendo &s massas com as consignas revolucion,rias fundamentais6 Cep/"lica democr,tica' confisca$)o das terras dos latifundi,rios' jornada de 5 horas 8or.m a t>tica do 8artido n)o podia continuar sendo a mesma que no per-odo de auge da revolu$)o de 190( 8or e#emplo' durante os primeiros tempos n)o era poss-vel chamar as massas & greve pol-tica geral' nem & insurrei$)o armada' porque o 8artido se achava num per-odo de decl-nio do movimento revolucion,rio' ante um cansa$o enorme da classe oper,ria e ante um fortalecimento consider,vel das classes reacion,rias ! 8artido n)o podia dei#ar de ter em conta a nova situa$)o +inha que su"stituir a t,tica da ofensiva pela t,tica da defensiva' pela t,tica da acumula$)o de for$as' pela t,tica de retirar os quadros para a clandestinidade e organizar o tra"alho clandestino do 8artido' pela t,tica de com"inar o tra"alho ilegal do 8artido com o tra"alho nas organiza$%es oper,rias legais E os "olcheviques sou"eram cumprir esta miss)o :>ou"emos tra"alhar durante longos anos com vistas & revolu$)o ; diz =enin ; <)o . em v)o que dizem que somos firmes como a rocha !s social*democratas criaram um 8artido prolet,rio que n)o desanima ante o fracasso da primeira acometida guerreira' que n)o perde a ca"e$a nem se dei#a levar por aventuras: =enin' t ?GG' p,g 12' ed russa4 !s "olcheviques lutavam por manter e assegurar as organiza$%es clandestinas do 8artido 8or.m' ao mesmo tempo' consideravam necess,rio utilizar todas as possi"ilidades legais' at. o menor vest-gio legal' para manter e fortalecer os v-nculos com as massas' refor$ando com isso o 8artido :Boi o per-odo em que nosso 8artido fez a mudan$a da luta revolucion,ria a"erta contra o czarismo & luta por meio de rodeios' & utiliza$)o de todas e cada uma das possi"ilidades legais' desde as associa$%es oper,rias de socorros m/tuos at. a tri"una da Duma Boi o per-odo de recuo depois de terem sido derrotados na revolu$)o de 190( Esta mudan$a e#igia de nós a assimila$)o de novos m.todos de luta para' depois de acumularmos for$as' lan$armo*nos de novo & luta revolucion,ria a"erta contra o czarismo: >talin' :Atas taquigr,ficas do ?@ Hongresso do 8 H "4 da C>>:' 193(' p,gs 3*374 As organiza$%es legais que tinham sa-do indenes serviam como de anteparo para as organiza$%es clandestinas do 8artido e de meio de liga$)o com as massas 8ara manter os v-nculos com estas' os "olcheviques se valiam dos sindicatos e das demais organiza$%es sociais de car,ter legal6 associa$%es de socorros m/tuos' cooperativas oper,rias' clu"es e sociedades culturais' Hasas do 8ovo' etc tilizavam a tri"una da Duma para desmascarar a pol-tica do governo czarista' para desmascarar os adetes' para atrair os camponeses para o lado dos oper,rios A manuten$)o da organiza$)o clandestina do 8artido e a dire$)o atrav.s dela de todas as demais formas de a$)o pol-tica garantiam ao 8artido a aplica$)o da linha pol-tica acertada e a prepara$)o das for$as para o novo avan$o revolucion,rio !s "olcheviques aplicaram sua linha revolucion,ria' lutando em duas 0rentes6 contra os liquidacionistas' inimigos a"ertos do 8artido' e contra os chamados otsovistas' advers,rios enco"ertos dele !s "olcheviques' com =enin & frente' mantiveram uma luta intransigente contra os liquidacionistas desde o primeiro momento em que surgiu esta tendncia oportunista =enin assinalava que os liquidacionistas eram agentes da "urguesia li"eral dentro do 8artido Em dezem"ro de 1905' cele"rou*se em 8aris a Quinta Honferncia nacional4 do 8!>DC 8or proposta de =enin' esta conferncia condenou a posi$)o dos liquidacionistas' ou melhor' as tentativas de uma parte dos intelectuais filiados ao 8artido mencheviques4 de :liquidar a organiza$)o e#istente do 8!>DC e su"stitu-*la por uma agrupa$)o informe' mantida a todo

custo dentrto do aspecto da legalidade' ainda que para isso houvesse que renunciar de um modo claro e franco ao programa' & t,tica e &s tradi$%es do 8artido: :Cesolu$%es do 8 H "4 da C>>:' parte G' p,g 1254 A Honferncia fez um chamado a todas as organiza$%es do 8artido para que lutassem energicamente contra estas tentativas dos liquidacionistas 8or.m os mencheviques n)o se limitaram a esta resolu$)o da Honferncia do 8artido e foram descendo cada vez mais pela senda dos liquidacionistas' traindo a revolu$)o e apro#imando*se dos adetes !s mencheviques voltavam as costas cada vez mais descaradamente ao programa revolucion,rio do 8artido do proletariado' &s reivindica$%es da Cep/"lica democr,tica' da jornada de 5 horas e da confisca$)o das terras dos latifundi,rios A custa de renunciar ao programa e & t,tica do 8artido' queriam o"ter do governo czarista a autoriza$)o para que funcionasse um partido pretendidamente :oper,rio:' com e#istncia a"erta e legal Estavam dispostos a fazer as pazes com o regime stolpiniano e a adaptar*se a ele' raz)o por que se dava tam".m aos liquidacionistas o nome de :partido oper,rio stolpiniano: Ao mesmo tempo que lutavam contra estes advers,rios descarados da revolu$)o' contra os liquidacionistas ; acaudilhados por Dan' A#elrod e 8otresov' ajudados por Fartov' +rots e outros mencheviques  ;' os "olcheviques mantinham tam".m uma luta implac,vel contra os liquidacionistas enco"ertos' contra os :otsovistas:' que disfar$avam seu oportunismo com frases :esquerdistas: Home$ou*se a dar o nome de :otsovistas: a um grupo de e#*"olcheviques que e#igiam que o 8artido retirasse os deputados oper,rios da Duma e renunciasse em geral a toda atua$)o dentro das organiza$%es legais Estes filiados ao 8artido "olchevique' que em 1905 e#igiam a retirada dos deputados social*democratas da Duma' e da- o nome de :otsovistas: do russo :otsavat: ; revogar' retirar4' formaram um grupo a parte constitu-do por Logdanov' =unacharsi' Ale#insi' 8aravsi' Lu"nov e outros4' o qual come$ou a lutar contra =enin e contra a linha leninista !s :otsovistas: negavam*se resolutamente a tra"alhar nos sindicatos oper,rios e nas demais organiza$%es legais Hom isso' infringiam um grave dano & causa oper,ria Compiam os v-nculos entre o 8artido e o proletariado' privavam aquele da liga$)o com as massas sem partido' queriam encerrar*se na organiza$)o clandestina e ao mesmo tempo e#punham esta aos golpes do inimigo' ao priv,*la da possi"ilidade de entrincheirar*se atr,s das organiza$%es legais !s :otsovistas: n)o compreendiam que na Duma e atrav.s dela os "olcheviques podiam influir so"re os camponeses' podiam desmascarar a pol-tica do governo czarista' a pol-tica dos adetes' os quais pretendiam arrastar com eles os camponeses por meio do engano !s :otsovistas: entorpeciam o tra"alho de acumular for$as para o novo avan$o revolucion,rio Eram' portanto' :liquidacionistas ao reverso:' pois aspiravam liquidar a possi"ilidade de valer*se das organiza$%es legais e de fato renunciavam & dire$)o prolet,ria so"re as grandes massas sem partido' renunciavam ao tra"alho revolucion,rio
A! — , luta dos 7olcheviques contra o trotsis"o — O 7loco de ,-osto contra o Partido!

Enquanto os "olcheviques lutavam encarni$adamente em duas frentes ; contra os liquidacionistas e os :otsovistas: ; por manter a linha do 8artido prolet,rio' +rots apoiava os mencheviques liquidacionistas Boi precisamente por estes anos que =enin o chamou :o Iudas +rots: Este organizou em @iena Xustria4 um grupo pu"licista e come$ou a editar um jornal :situado por cima das fra$%es: que na realidade era um órg)o menchevique Eis o que =enin escrevia ent)o so"re ele6 :+rots se comporta como o pior arrivista e divisionista Bala muito no 8artido' por.m se conduz pior que todos os demais divisionistas: Fais tarde' em 1912' +rots foi o organizador do "loco de Agosto' que n)o era sen)o um "loco de todos os grupos e tendncias anti"olcheviques contra =enin e contra o 8artido A este "loco anti"olchevique se uniram os liquidacionistas e os :otsovistas:' demonstrando com isso sua finalidade +rots e os trotistas adotavam em todos os pro"lemas fundamentais uma posi$)o liquidacionista
liquidacionistas descarados' porque enganava os oper,rios' fazendo*lhes crer que estava :por cima das fra$%es:' quando na realidade apoiava com todas as suas for$as os liquidacionistas mencheviques ! trotsismo era o grupo principal entre os fomentadores do centrismo :! centrismo ; escreve o camarada >talin ; . um conceito pol-tico >ua ideologia . a ideologia da adapta$)o' a ideologia de su"ordina$)o dos interesses prolet,rios aos interesses da pequeno*"urguesia dentro de u" partido co"u" Esta ideologia . estranha e hostil ao leninismo: >talin' :8ro"lemas do =eninismo:' p,g 379' ed russa4 Durante este per-odo' Samenev' Yinoviev e Cov atuavam' de fato' como agentes dissimulados de +rots' pois o ajudavam n)o poucas vezes na luta contra =enin Hom o apoio de Yinoviev' Samenev' Cov e outros aliados enco"ertos de +rots' foi convocado em janeiro de 1910' contra a opini)o de =enin' um 8leno do Homit Hentral ó unte a insistncia de =enin se logrou que o 8leno de Ianeiro do H H tomasse a resolu$)o de condenar os liquidacionistas e os :otsovistas:O por.m tam".m aqui Yinoviev e Samenev defenderam tenazmente a proposta trotsista de que n)o se chamasse os liquidacionistas por seu verdadeiro nome !correu tal e como =enin havia previsto e advertido6 só os "olcheviques acataram as resolu$%es do 8leno' suspendendo a pu"lica$)o de seu órg)o :8roletari:' enquanto os mencheviques continuavam pu"licando o jornal divisionista e liquidacionista :A voz do >ocial*democrata: A posi$)o de =enin foi apoiada inteiramente pelo camarada >talin' o qual pu"licou um artigo especial no n/mero 11 do :>ocial*democrata: talin destacava as tarefas urgentes' que foram resolvidas mais tarde pela Honferncia do 8artido' cele"rada em 8raga6 convoca$)o de uma conferncia geral do 8artido' pu"lica$)o de um di,rio legal deste e cria$)o de um centro clandestino para a atua$)o pr,tica na C/ssia Este artigo se "aseava nas resolu$%es do Homit de La/' que apoiava =enin sem reservas 8ara contra"alan$ar o "loco anti"olchevique de Agosto' o "loco de +rots' do qual faziam parte e#clusivamente elementos hostis ao 8artido' desde os liquidacionistas e os trotsistas at. os :otsovistas: e os :construtores de deus:' foi criado um "loco de partid,rios da manuten$)o e fortalecimento do 8artido prolet,rio clandestino talin apoiou incondicionalmente este "loco Achava*se naquela .poca no desterro' de onde dirigiu uma carta a =enin' em que dizia6 :A meu modo de ver' a linha do "loco =enin;8lehanov4 . a /nica acertada6 14 esta linha e só ela . a que responde aos verdadeiros interesses da atua$)o dentro da C/ssia' que e#ige a coes)o de todos os elementos que verdadeiramente est)o com o 8artidoO 24 esta linha e só ela . a que acelera o processo de li"erta$)o das organiza$%es legais do jugo dos liquidacionistas' a"rindo um fosso entre os oper,rios mencheviques e os liquidacionistas' dispersando*os e esmagando*os: Antologia :=enin e >talin:' ed russa' t G p,g (29*(304 Wra$as & sua h,"il com"ina$)o do tra"alho clandestino com o tra"alho legal' os "olcheviques chegaram a ter nas organiza$%es oper,rias legais uma for$a consider,vel Gsto ficou claro' entre outras coisas' na grande influncia que os "olcheviques tiveram nos grupos oper,rios de quatro congressos legais cele"rados durante este per-odo6 o das niversidades 8opulares' o Hongresso Beminino' o dos F.dicos de B,"ricas e o Hongresso contra o Alcoolismo As interven$%es dos "olcheviques nestes congressos legais tiveram uma grande importJncia pol-tica e repercutiram em todo o pa-s Assim' por e#emplo' a delega$)o oper,ria "olchevique que interveio no Hongresso das niversidades 8opulares desmascarou a pol-tica do czarismo' que sufocava todo tra"alho cultural' e demonstrou que sem aca"ar com o czarismo n)o era poss-vel pensar num verdadeiro auge cultural na C/ssia A delega$)o oper,ria que interveio no Hongresso dos F.dicos Ba"ris e#ps as espantosas condi$%es sanit,rias em que tinham que viver e tra"alhar os oper,rios' para chegar & conclus)o de que sem derru"ar o regime czarista n)o havia possi"ilidade de organizar' como era devido a higiene fa"ril

!s "olcheviques foram pouco a pouco desalojando os liquidacionistas das diversas organiza$%es legais indenes em que se haviam entrincheirado A peculiar t,tica de frente /nica com o grupo plehanovista de filiados ao 8artido permitiu aos "olcheviques ganhar uma s.rie de organiza$%es oper,rias mencheviques distrito de @i"or' Eaterinoslav' Eaterinoslav' etc4 Durante este dif-cil per-odo' os "olcheviques deram' com sua atua$)o' um e#emplo de como se deve com"inar o tra"alho legal com o tra"alho clandestino

 — , Con0er:ncia do Partido e" Pra-a $%&%*+ — Os 7olcheviques passa" a 0or"ar u" Partido "ar/ista independente!

A luta contra os liquidacionistas e os :otsovistas:' assim como a luta contra os trotsistas' criava aos "olcheviques a tarefa imediata de refor$ar a coes)o de todos os "olcheviques e de formar com eles um 8artido "olchevique independente Era isto a"solutamente necess,rio' n)o só para aca"ar com as tendncias oportunistas dentro do 8artido' tendncias que semeavam a discórdia entre a classe oper,ria' como' al.m disso' para levar a termo a o"ra de concentrar as for$as da classe oper,ria e prepar,*la para o novo avan$o da revolu$)o 8or.m' para poder cumprir esta tarefa' era necess,rio' antes de tudo' limpar o 8artido de oportunistas' de mencheviques Agora j, nenhum "olchevique duvidava de que a convivncia dos "olcheviques com os mencheviques num só partido era algo inconce"-vel A conduta traidora dos mencheviques durante o per-odo da rea$)o stolpiniana' suas tentativas de liquidar o 8artido prolet,rio e de organizar um novo partido' de tipo reformista' levaram & ruptura com eles Honvivendo num partido com os mencheviques' os "olchevistas assumiam de um modo ou de outro uma responsa"ilidade moral pela conduta daqueles E os "olcheviques n)o podiam' de modo algum' carregar com nenhuma responsa"ilidade moral pela conduta descaradamente traidora dos mencheviques' a menos que quisessem converter*se tam".m eles em traidores do 8artido e da classe oper,ria A unidade com os mencheviques dentro de um só partido convertia*se' pois' numa trai$)o & classe oper,ria e ao 8artido desta Era necess,rio' portanto' levar a termo a ruptura efetiva com os mencheviques' romper com eles de um modo formal e orgJnico' e#puls,*los do 8artido Este caminho era o /nico pelo qual se podia restaurar o 8artido revolucion,rio do proletariado' com unidade de programa' unidade de t,tica e unidade de organiza$)o de classe Era o /nico caminho pelo qual se podia instaurar dentro do 8artido uma unidade efetiva e n)o meramente formal4' unidade que havia sido que"rada pelos mencheviques +al era a tarefa que a @G Honferncia geral do 8artido tinha de cumprir' conferncia preparada pelos "olcheviques 8or. 8or.m m este este pro" pro"lem lemaa n)o n)o era era mais mais que que um dos dos aspe aspecto ctoss do assu assunt nto o A ruptu ruptura ra form formal al com com os mencheviques e a forma$)o de um partido a parte com os "olcheviques constitu-am' indu"itavelmente' uma tarefa pol-tica muito importante Fas se apresentava aos "olcheviques' al.m disso' outra ainda mais importante <)o se tratava somente de romper com os mencheviques e constituir um partido independente' mas se tratava' antes de tudo' de criar' rompendo com os mencheviques' um novo partido' de criar um partido de novo tipo' um partido diferente dos partidos social*democratas correntes dos pa-ses ocidentais' um partido livre de elementos oportunistas e capaz de conduzir o proletariado & luta pelo 8oder 8oder Em sua luta contra os "olcheviques' todos os mencheviques' sem distin$)o de matizes' desde A#elrod e Fartinov at. Fartov e +rots' se serviam invariavelmente de armas o"tidas no arsenal dos social*democratas do !cidente da Europa Queriam possuir na C/ssia um partido como' por e#emplo' o 8artido social*democrata alem)o ou francs E lutavam contra os "olcheviques' precisamente porque pressentiam neles algo novo' insólito' diverso da social*democracia ocidental E que eram' ent)o' os partidos social*democratas do !cidenteR ma mistura' um conglomerado de elementos mar#istas e oportunistas' de amigos e inimigos da revolu$)o' de partid,rios e advers,rios da causa do 8artido' numa concilia$)o ideológica gradual dos primeiros com os segundos e uma su"miss)o gradual e efetiva daqueles a estes Honcilia$)o com os oportunistas' com os traidores da revolu$)o' em nome de quR' perguntavam os "olcheviques aos social*democratas da Europa !cidental Em nome da :paz dentro do 8artido:' em nome da :unidade:' respondiam*lhes A unidade com quem' os oportunistasR >im' respondiam aquelesO com os oportunistas Era evidente que partidos assim n)o podiam ser partidos revolucion,rios !s "olc "olche hevi viqu ques es n)o n)o podi podiam am dei# dei#ar ar de o"se o"serv rvar ar que' que' depo depois is da mort mortee de Enge Engels ls'' os part partid idos os social*democratas da Europa !cidental haviam come$ado a degenerar de partidos da revolu$)o social em partidos de

:reformas sociais:' e que todos eles se haviam convertido' como organiza$%es' de for$as dirigentes em simples apndices de seus próprios grupos parlamentares !s "olcheviques n)o podiam desconhecer que um partido assim n)o . capaz de conduzir a classe oper,ria & revolu$)o !s "olcheviques n)o podiam desconhecer que o proletariado n)o precisa de partidos como estes' por.m de um partido diferente' novo' um autntico 8artido mar#ista' irreconcili,vel em sua atitude frente aos oportunistas' e revolucion,rio em sua atitude frente & "urguesia' um partido que fosse o 8artido da revolu$)o social' o 8artido da ditadura do proletariado m partido assim' um partido novo deste tipo' era precisamente o que os "olcheviques aspiravam criar criar E' com efeito' os "olcheviques criaram' forjaram este partido +oda a história de sua luta contra os :economistas:' os mencheviques' os trotsistas' os :otsovistas:' os idealistas de todos os matizes' at. chegar aos empiro*criticistas' n)o era' precisamente' sen)o a história da prepara$)o deste tipo de partido !s "olcheviques aspiravam forjar um partido novo novo'' o 8art 8artid idoo 7olchevique' que pudesse servir de modelo para quantos quisessem criar um partido mar#ista autenticamente revolucion,rio Este era o 8artido que os "olcheviques vinham preparando j, desde os tempos da velha :Gsra: Entregaram*se & sua prepara$)o tenaz e ardorosamente' destruindo todos os o"st,culos eu livro :m passo adiante' dois passos atr,s: preparou*o no terreno da or-ani1ação ! livro :As duas t,ticas da social*democracia na revolu$)o democr,tica: o preparou no terreno político Binalmente' o livro de =enin :Faterialismo e Empiro*eriticismo: o preparou no terreno t erreno te6rico 8ode*se afirmar com seguran$a que jamais houve na história nenhum grupo pol-tico t)o conscientemente preparado para formar um partido' como o grupo "olchevique Em tais condi$%es' a forma$)o de um 8artido "olchevique independente era algo perfeitamente preparado e amadurecido A miss)o da @G Honferncia do 8artido consistia em coroar a o"ra' j, madura' com o ato da e#puls)o dos mencheviques e a forma$)o de novo partido' do 8artido "olchevique A @G Honferncia nacional do 8artido se cele"rou em 8raga' em janeiro de 1912 Estiveram representados nela mais de 20 organiza$%es do 8artido Bormalmente' teve' portanto' a mesma importJncia de um Hongresso talin' !rdzhoniidze' >verdlov' >pandarian' Woloshchein e outros !s camaradas >talin e >verdlov foram eleitos na ausncia deles' pois se achavam deportados Entre os mem"ros suplentes do H H foi designado o camarada Salinin Esta"eleceu*se um centro de car,ter pratico para a dire$)o do tra"alho revolucion,rio na C/ssia o Lureau russo do H H4' & frente do qual se ps o camarada >talin Baziam parte dele' al.m deste' os camaradas G >verdlov' > >pandarian' > !rdzhoniidze' F Salinin e Woloshchein A Honferncia de 8raga fez o "alan$o de toda a luta anterior dos "olcheviques contra o oportunismo e resolveu e#pulsar do 8artido os mencheviques

Depois Depois da e#puls)o e#puls)o dos mencheviques' mencheviques' ficou constitu-do' constitu-do' nesta confernci confernciaa o 8artido 8artido "olchevique "olchevique independente Navendo liquidado ideologicamente e no terreno da organiza$)o os mencheviques com sua e#puls)o do 8artido' os "olcheviques conservaram a velha "andeira do 8artido !per,rio >ocial*Democrata da C/ssia' nome que o 8artido "olchevique continuou usando at. o ano de 1915' com a palavra :"olchevique: acrescentada entre parnteses Ceferindo*se aos resultados da Honferncia de 8raga' escrevia =enin a Wori' em come$os de 19126 :8or fim' se logrou' em que pese a canalhada dos liquidacionistas' fazer renascer o 8artido e seu Homit Hentral Espero que voc se alegrar, disto conosco: =enin' t ???G?' p,g 19' ed russa4 E o camarada >talin' valorizando a importJncia da Honferncia de 8raga' dizia6 :Esta Honferncia teve uma enorme importJncia na história de nosso 8artido' pois delimitou os campos entre os "olcheviques e os mencheviques e uniu as organiza$%es fie todo o pa-s num 8artido "olchevique /nico: Atas taquigr,ficas do ?@ Hongresso do 8 H "4 da C>>' p,gs 31*324 Depois da e#puls)o dos mencheviques e da constitui$)o dos "olcheviques em partido independente' o 8artid 8artidoo "olche "olcheviq vique ue aument aumentou ou em solide solidezz e fortal fortaleza eza ! partido partido se 0ortalece 0ortalece ao depurar depurar)se )se dos ele"entos ele"entos oportunistas6 eis uma das consignas do 8artido "olchevique' como partido de novo tipo' diverso do princ-pio dos partidos social*democratas da >egunda Gnternacional !s partidos da >egunda Gnternacional ainda que de palavra se chamas chamassem sem mar#is mar#istas tas'' de fato fato tolera toleravam vam dentro dentro de suas suas fileir fileiras as os advers advers,ri ,rios os do mar#is mar#ismo' mo' os oportu oportunis nistas tas descarados' permitindo*lhes decompor e pr a pique a >egunda Gnternacional 8elo contr,rio' os "olcheviques mantinham uma luta intransigente contra os oportunistas' limpando o 8artido prolet,rio do li#o do oportunismo e conseguindo criar um partido de novo tipo' 8artido leninista' o 8artido que mais tarde havia de conquistar a ditadura do proletariado >e os oportunistas permanecessem dentro das fileiras do 8artido prolet,rio' o 8artido "olchevique jamais teria podido marchar para seus o"jetivos e arrastar com ele o proletariado' jamais teria podido tomar o 8oder e organizar a ditadura prolet,ria' jamais teria podido sair vencedor da guerra civil' jamais teria podido edificar o socialismo
Resu"o

! anos de 1905 a 1912 foram um per-odo dific-limo para a atua$)o revolucion,ria Depois da derrota da revolu$)o' so" as condi$%es do decl-nio do movimento revolucion,rio e do cansa$o das massas' os "olcheviques mudaram de t,tica e passaram da luta a"erta contra o czarismo & luta por meios indiretos >o" as duras condi$%es da rea$)o stolp-niana' os "olcheviques aproveitaram as menores possi"ilidades legais para manter a liga$)o com as massas desde as associa$%es oper,rias de socoi+os m/tuos e os sindicatos at. a tri"una da Duma4 e acumulavam' incansavelmente' for$as para o novo auge do movimento revolucion,rio
cada vez mais a"ertamente do programa do 8artido e de suas tarefas e consignas revolucion,rias' e tentam organizar seu próprio partido' um partido reformista' que os oper,rios "atizam com o nome de :partido oper,rio stolpiniano: +rots ajuda os liquidacionistas' co"rindo*se farisaicamente com a consigna da :unidade do partido:' que significava' na realidade' a unidade com os liquidacionistas De outra parte' um grupo de "olcheviques' incapazes de compreender a necessidade de dar uma viragem para novos m.todos' para m.todos indiretos de luta contra o czarismo' e#ige que se renuncie & utiliza$)o das possi"ilidades legais e que se retirem os deputados oper,rios da Duma Este grupo' o dos :otsovistas:' pressiona o 8artido para romper suas liga$%es com as massas' entorpece a concentra$)o de for$as para o novo avan$o da revolu$)o Disfar$ando*se com frases :esquerdistas:' renuncia' na realidade' & luta revolucion,ria' tanto quanto os liquidacionistas =iquidacionistas e :otsovistas: se unem contra =enin num "loco' o Lloco de Agosto' organizado por +rots !s "olcheviques triunfam na luta contra os liquidacionistas e os :otsovistas: na luta contra o Lloco de Agosto e defendem com #ito o 8artido prolet,rio clandestino ! acontecimento mais importantedeste per-odo . a Honferncia de 8raga do 8!>DC Ianeiro de 19124 ocial Democrata da C/ssia "olchevique4 A Honferncia de 8raga assentou as "ases para um partido de novo tipo' para o 8artido do =eninismo' para o 8artido 7olchevique A depura$)o do 8artido prolet,rio mediante a elimina$)o dos oportunistas' dos mencheviques' levada a ca"o pela Honferncia de 8raga' teve uma grande e decisiva importJncia para o futuro desenvolvimento do 8artido e da revolu$)o >e os "olcheviques n)o tivessem e#pulsado do 8artido os traidores da causa oper,ria' os oportunistas mencheviques' o 8artido prolet,rio n)o teria podido conduzir as massas & conquista da ditadura do proletariado no ano de 1917

Capítulo V — O Partido Bolchevique Durante os Anos do Auge do Movimento Operário, Anteriores  Primeira !uerra "mperialista #$%$&'$%$()

$ — O apogeu do movimento revolucionário durante os anos de $%$& a $%$(*

O triunfo da reação stolypiniana não durou muito tempo. Um governo que nada queria dar ao povo, exeeto o chicote e a forca, não podia ser estável. A repressão, à força fartamente distriu!da, acaou por não mais assustar o povo. "omeçou a desaparecer o cansaço que se havia apoderado dos operários nos anos que se seguiram à derrota da #evolução. Os operários tornavam a se p$r de p% para a luta. O progn&stico dos olcheviques, quando di'iam que surgiria inevitavelmente um novo apogeu revolucionário, viu(se confirmado pela realidade. )m *+** o nmero de grevistas passou -á de * mil, enquanto nos anos precedentes nunca havia passado de / a 0 mil. A "onfer1ncia do 2artido, celerada em 2raga em -aneiro de *+*3, p$de registrar -á a reanimação iniciada no movimento operário. 4as quando o movimento revolucionário começa verdadeiramente sua marcha ascendente % nos meses de aril e maio de *+*3, ao estalarem as greves pol!ticas de massas provocadas pela chacina dos operários do 5ena. A 6 de aril de *+*3, no curso de uma greve declarada nas minas de ouro do 5ena, na 7i%ria, as tropas, excecutando ordens de um oficial da pol!cia c'arista, fi'eram fogo e ficaram mortos e feridos mais de / operários. )sta chacina em massa de mineiros inermes, que pacificamente iam parlamentar com a administração das minas, sulevou de indignação todo o pa!s. )ste novo crime da autocracia c'arista tinha sido perpetrado em proveito dos capitalistas ingleses, donos das minas de ouro do 5ena, com o o-etivo de esmagar uma greve econ$mica dos mineiros. Os capitalistas ingleses e seus s&cios russos tiraram destas minas lucros faulosos, mais de 8 milh9es de rulos todos os anos, à custa da exploração mais desavergonhada dos operários. 2agavam a estes um salário insignificante e os alimentavam com v!veres avariados e podres. "ansados -á de tantos ausos e vexames, os 0 mil operários das minas do 5ena tinham aandonado o traalho. O proletariado respondeu à chacina do 5ena com greves, manifestaç9es e com!cios de massas em 2etersurgo, em 4oscou e em todos os centros e regi9es industriais. :)stávamos tão perplexos e tão comovidos ; escreviam em sua resolução os operários de um grupo de empresa ; que não consegu!amos encontrar as palavras necessárias. uma a uma pergunta da fração social(democrata a respeito dos motivos da chacina do 5ena, declarou insolentemente? :Assim aconteceu e assim continuará acontecendo:. O nmero de operários que tomaram parte nas greves pol!ticas de protesto contra a chacina do 5ena suiu a @ mil. As -ornadas do 5ena foram um verdadeiro furacão desencadeado na atmosfera de :pacificação: criada pelo regime stolypiniano. )is o que a este prop&sito escreve o camarada 7talin no -ornal :7viesda: :A )strela:B, de 2etersurgo, em *+*3. :As matanças do 5ena queraram o gelo do sil1ncio e o rio do movimento popular se p$s em marcha. 2$s(se em marchaC... Dudo o que havia de mau e funesto no regime atual, tudo o que martiri'ava a atormentad!ssima #ssia, tudo vinha se condensar em um ponto? nos acontecimentos do 5ena. )ssa % a ra'ão por que foram precisamente as descargas do 5ena que deram o sinal para o movimento de greves e manifestaç9es:. )m vão os liquidacionistas e os trots=istas tinham pretendido enterrar a revolução. Os acontecimentos do 5ena revelaram que as forças revolucionárias estavam vivas, que no seio da classe operária se havia acumulado uma massa formidável de energia revolucionária. Eas greves de *F. de maio de *+*3 tomaram parte cerca de 6 mil operários. )stas greves apresentavam um caráter claramente pol!tico e se desenvolviam so as palavras de ordem revolucionárias olcheviques? #eplica democrática, -ornada de G horas, confiscação de todas as terras dos latifundiários. )stas palavras de ordem fundamentais estavam conceidas no sentido de unir so elas para o assalto revolucionário contra a autocracia, não s& as grandes massas operárias, mas t am%m os camponeses e os soldados.

:A grandiosa greve de maio do proletariado de toda a #ssia ; escrevia 5enin em seu artigo intitulado :O auge da revolução: ; e as manifestaç9es de rua reunidas a ela, as proclamaç9es e os discursos revolucionários perante multid9es operárias, revelam claramente que a #ssia entrava numa fase de ascenso da revolução: 5enin, t. HI, /@@, ed. russaB. Os liquidacionistas, alarmados diante do esp!rito revolucionário dos operários, se manifestaram contra a luta grevista, que eles qualificavam de :-ogo de a'ar grevista:. Os liquidacionistas e seu aliado Drots=y queriam sustituir a luta revolucionária do proletariado por uma :campanha de petiç9es:. 2ropunham aos operários assinar um papelucho, uma :petição:, suplicando a concessão de :direitos: a aolição das restriç9es do direito de coali'ão e greve, etc.B para logo depois entregá(la à >uma. 4as os liquidacionistas s& conseguiram reunir ao p% de sua :petição: *@ assinaturas, enquanto em torno das palavras de ordem revohicionárias lançadas pelos olcheviques se agrupavam centenas de milhares de operários. A classe operária marchava pelo caminho traçado pelos olcheviques. A situação econ$mica do pa!s, durante este per!odo, apresentava o seguinte quadro? A paralisação industrial se seguira, -á no ano de *+*, uma reanimação da indstria e o aumento da produção nos ramos fundamentais. A fundição de ferro, que em *+* havia contriu!do com @.60. toneladas, contriuiu em *+*3 com 6.*+@. e, em *+*@, com 6.0@/.. A extração de carvão de pedra deu em *+*, 36.+@. toneladas e em *+*@ suiu a @0.30/.. Ao lado do desenvolvimento da indstria capitalista, cresceu rapidamente o proletariado. O desenvolvimento da indstria se caracteri'ava pela concentração progressiva da produção nas grandes e poderosas empresas. )m *+*, traalhavam em grandes empresas mais de / operários, isto %, 60,8J de todos os operários do pa!sK em *+*, cerca de /6J, ou se-a, mais da metade do total dos operários, traalhavam em empresas deste tipo. Lsto representava uma concentração industrial sem precedentes. Lnclusive, em um pa!s tão desenvolvido industrialmente como os )stados Unidos, s& traalhava nas grande empresas, naquela %poca, uma terça parte, aproximadamente, do nmero total de operários. O aumento e a concentração do proletariado em grandes empresas, contando com um partido revolucionário como o 2artido olchevique, convertiam a classe operária da #ssia numa força formidável dentro da vida pol!tica do pa!s. As rutais formas de exploração dos operários nas empresas, reunidas ao insuportável regime policial dos esirros c'aristas, davam a qualquer greve um pouco s%ria um caráter pol!tico. ) este entrelaçamento da luta pol!tica com a luta econ$mica infundia às greves de massas uma força especialmente revolucionária. M frente do movimento operário revolucionário marchava o her&ico proletariado de 2etersurgo, e atrav%s dele vinham a região do Náltico, 4oscou e sua prov!ncia, depois a região do Iolga e o 7ul da #ssia. )m *+*@, o movimento se estendeu ao territ&rio Oeste, à 2ol$nia e ao "áucaso. Eo ano de *+*3, o nmero total de grevistas foi, segundo os dados oficiais, de 83/., e segundo outros dados mais completos, passou de um milhão de operáriosK no ano de *+*@, tomaram parte no movimento grevista, segundo os dados oficiais, G0*. operários, e segundo dados mais completos, *.383.. Ea primeira metade do ano de *+*6, tinham(se declarado em greve cerca de * milhão e meio de operários, aproximadamente. "omo se v1, o ascenso da revolução durante os anos de *+*3 a *+*6 e a envergadura do movimento grevista colocavam a #ssia numa situação parecida à dos primeiros meses da revolução de *+/. As greves revolucionárias de massas do proletariado atingiam, por sua significação, a todo o povo. )ste movimento era dirigido contra a autocracia. As greves despertavam a simpatia da imensa maioria da população traalhadora. Os faricantes e os industriais se vingavam dos operários grevistas declarando :loc=outs:. )m *+*@, os capitalistas da prov!ncia de 4oscou lançaram ao desemprego / mil operários t1xteis. Eo m1s de março de *+*6, foram despedidos num s& dia, em 2etersurgo, 8 mil operários. Os operários de outras empresas e ramos industriais a-udaram os grevistas e os camaradas que sofriam represálias, v!timas dos :loc=outs:, com coletas em massa, e, em certas ocasi9es, com greves de solidariedade. O ascenso do movimento operário e as greves de massas tam%m levantaram e arrastaram à luta as massas camponesas. Os camponeses voltaram a se lançar à luta contra os latifundiários, destruindo seus ens e as propriedades dos =ula=s. >e *+* a *+*6 produ'iram(se mais de *@ mil aç9es camponesas. "omeçaram tam%m a se produ'ir manifestaç9es revolucionárias entre as tropas. )m *+*3, estalou uma sulevação armada entre as tropas do Durquestão. Lncuavam(se movimentos insurrecionais na esquadra no Náltico e em 7eastopol. O movimento de greves e manifestaç9es revolucionárias, dirigidas pelo 2artido olchevique, revelava que a classe operária não lutava por reivindicaç9es parciais, por :reformas:, mas, sim, para liertar o povo do c'arismo. A #ssia marchava rumo a uma nova revolução. "om o fito de estar mais perto da #ssia, no verão de *+*3, 5enin se trasladou de 2aris para a aliti'ia

na antiga PustriaB. A!, celeraram(se duas confer1ncias de memros do ". ". e militares responsáveis, presididas por ele? uma em "rac&via, em fins de *+*3, e outra, no outono de *+*@, no pequeno povoado de 2oronino, não longe daquela cidade. Eestas reuni9es tomaram(se resoluç9es sore os prolemas mais importantes do movimento operário? sore a marcha ascendente da revolução, sore as greves e as tarefas do 2artido, sore o fortalecimento das organi'aç9es clandestinas, sore a fração social(democrata da >uma, sore a Lmprensa do 2artido e sore a campanha dos seguros sociais.

& — O +ornal olchevique -Pravda-* — A .ra/0o olchevique da quarta Duma*

Uma arma poderosa com que o 2artido olchevique contava para fortalecer suas organi'aç9es e conquistar influ1ncia entre as massas foi o diário olchevique :2ravda: :A Ierdade:B, que se editava em 2etersurgo. )ste -ornal tinha sido fundado, segundo as indicaç9es de 5enin, por iniciativa de 7talin, Olmins=i e 2oletaiev. )ra um  -ornal operário de massas, que nasceu com o novo ascenso do movimento revolucionário. 7eu primeiro ntimero saiu a 33 de aril de *+*3 / de maio do novo calendárioB. Qoi um acontecimento verdadeiramente memorável para os proletários. )m homenagem ao aparecimento do primeiro nmero da :2ravda:, se resolveu declarar a data de / de maio -ornada de festa da Lmprensa operária. Antes de aparecer a :2ravda:, pulicava(se um semanário olchevique com o t!tulo de :7viesda:, destinado aos operários mais conscientes. :7viesda: desempenhou um importante papel durante as -ornadas do 5ena. )m suas colunas veio à lu' uma s%rie de artigos pol!ticos comativos de 5enin e 7talin, que moili'aram a classe operária para a luta. 4as, nas condiç9es criadas pela marcha ascendente da #evolução, ao 2artido olchevique -á não astava como &rgão semanal. )ra necessário um diário pol!tico, destinado às grandes massas operárias. ) isto % o que era a :2ravda:. >urante este per!odo, a :2ravda: desempenhou um papel extraordinariamente importante. A :2ravda: atraiu para o olchevismo as grandes massas da classe operária. Euma situação como aquela, de incessantes perseguiç9es policiais, de multas e apreens9es do -ornal pela pulicação de artigos e correspond1ncias que não agradavam à censura, a :2ravda: s& podia existir graças ao apoio ativo de de'enas de milhares de operários avançados. 7omente as grandes coletas feitas entre os operários lhe permitiam fa'er frente às enormes multas que lhe eram impostas. QreqRentes ve'es uma parte considerável da tiragem dos nmeros mandados recolher chegava, apesar de tudo, a seus leitores, graças aos operários mais conscientes que se apresentavam à noite nas oficinas e tiravam os pacotes do -ornal. )m dois anos e meio, o governo c'arista suspendeu G ve'es a pulicação da :2ravda:, mas esta, com o apoio dos operários, reaparecia sempre com um novo t!tulo, semelhante ao proiido, por exemplo? :2ela 2ravda:, :O caminho da 2ravda:, :A 2ravda do Draalhador:. )nquanto a :2ravda: vendia, em m%dia, 6 mil exemplares diários, a tiragem do -ornal menchevique :5uch: :O #aio:B não passava de */ a *0 mil. Os operários consideravam a :2ravda: como alguma coisa sua, tinham grande f% nela e escutavam atentamente sua vo'. "ada exemplar da :2ravda:, passando de mão em mão, servia para de'enas de leitores, formava sua consci1ncia de classe, educava(os, organi'ava(os, chamava(os à luta. >e que falava a :2ravda:S )m cada um de seus nmeros se pulicavam de'enas de correspond1ncias de operários, nas quais se descrevia a vida dos proletários, a rutal exploração e os mltiplos ausos e vexames que sofriam de parte dos capitalistas e seus gerentes e capata'es. )ram condenaç9es en%rgicas e precisas do regime capitalista. Eas not!cias da :2ravda: apareciam freqRentemente casos de suic!dios de operários desempregados, mortos de fome e desesperados -á de não encontrarem traalho. A :2ravda: falava das necessidades e das reivindicaç9es dos operários das diversas fáricas e ramos industriais, e contava como lutavam os operários por suas reivindicaç9es.
aconselhar diretamente a derruada do c'arismo. Dinha que se exprimir por meio de alus9es, que os operários conscientes compreendiam perfeitamente e se encarregavam de explicar às massas. Assim, por exemplo, quando a :2ravda: falava das :reivindicaç9es !ntegras e completas do ano de *+/:, os operários saiam que se tratava das palavras de ordem revolucionárias dos olcheviques? derruada do c'arismo, #eplica democrática, confiscação das terras dos latifundiários e -ornada de G horas. A :2ravda: organi'ou os operários avançados nas v%speras das eleiç9es à quarta >uma. >esmascarando a posição traidora dos partidários de um acordo com a urguesia lieral, dos defensores do :partido operário stolypiniaho: ; dos mencheviques ; chamava os operários a votarem pelos partidários das :reivindicaç9es !ntegras do ano de *+/:, isto %, pelos olcheviques. As eleiç9es eram de terceiro grau. 2rimeiro os operários elegiam em asseml%ias seus delegados, e estes logo depois designavam os mandatários, que eram os encarregados de votar nos deputados operários da >uma. Eo dia das eleiç9es, a :2ravda: pulicou a lista dos mandatários olcheviques cu-a candidatura recomendava aos operários. Eão foi poss!vel pulicar esta lista antes, para não expor os candidatos recomendados ao perigo de serem presos. A :2ravda: a-udava a organi'ar as aç9es do proletariado. )m virtude de um grande :loc=out: levado a efeito em 2etersurgo na primavera de *+*6, em condiç9es em que não era conveniente declarar uma greve de massas, a :2ravda: aconselhou os operários a recorrerem a outras fornias de luta, a com!cios de massas nas fáricas e a manifestaç9es nas ruas. O -ornal não podia dar aertamente semelhante orientação. 4as o chamado da :2ravda: foi compreendido pelos operários conscientes que leram em suas colunas o artigo de 5enin, pulicado so o modesto t!tulo de :7ore as formas do movimento operário:, no qual se di'ia que, naquele momento era necessário sustituir a greve por outra forma mais elevada do movimento operário, o que equivalia a preconi'ar a organi'ação de com!cios e manifestaç9es. )ra assim que os olcheviques cominavam a atuação revolucionária clandestina com a agitação e a organi'ação legal das massas operárias atrav%s da :2ravda:. 4as a :2ravda: não se ocupava somente da vida dos operários, das greves e das manifestaç9es operárias. )m suas colunas se tratava sistematicamente da vida camponesa, da fome que os camponeses passavam, da exploração dos camponeses pelos latifundiários feudais, do rouo das melhores terras dos camponeses para engrossar as propriedades dos =ula=s, por ora da :reforma: stolypiniana. A :2ravda: fa'ia ver aos operários conscientes a grande quantidade de material inflamável que se ia acumulando no campo. #essaltava perante o proletariado que as tarefas da revolução de *+/ não tinham sido resolvidas e que surgiria uma nova revolução. ) ensinava que nesta segunda revolução, o proletariado teria que atuar como o verdadeiro chefe, como o verdadeiro dirigente do povo, e que nesta revolução contaria com um aliado tão forte como os camponeses revolucionários. Os mencheviques lutavam por tirar da caeça do proletariado a id%ia da revolução. 2regavam aos operários que deviam deixar de preocupar(se com o povo, com os camponeses famintos e com o dom!nio dos grandes proprietários feudais das centrias negras, para lutar somente pela :lierdade de coali'ão:, dirigindo para isso :petiç9es: ao governo do c'ar. Os olcheviques fa'iam ver aos operários que estas pr%dicas mencheviques, em que os operários eram convidados a renunciar à revolução e à aliança com os camponeses, serviam aos interesses da urguesia, que os operários venceriam com toda a segurança o c'arismo, se souessem atrair para seu lado os camponeses, como seus aliados, e que deviam voltar as costas aos maus pregadores, inimigos da revolução, do tipo dos mencheviques. >e que tratava a :2ravda:, na seção intitulada :A vida do campon1s:S >aremos como exemplo algumas das correspond1ncias pulicadas no ano de *+*@. )m um informe enviado por um correspondente de 7amara e que apareceu so o t!tulo de :Um pleito agrário:, comunicava(se que dos 6/ camponeses da aldeia de Eovoiasulat, no distrito de Nugulmá, acusados de terem feito resist1ncia ao funcionário encarregado de praticar a delimitação das parcelas de terras dos que se separavam da comunidade, grande parte tinha sido condenada a longas penas de prisão. Euma reve not!cia enviada por um correspondente da prov!ncia de 2s=ov, se di'ia? :Os camponeses da aldeia de 2sitsa nas imediaç9es da estação de 7avaleB empunharam armas contra os guardas rurais. Tá vários feridos. A causa do choque foram os conflitos agrários. )m 2sitsa foram concentrados guardas ruraisK via-aram para este povoado o vice(governador e o fiscal:. Um correspondente da prov!ncia de Ufá informava a respeito da venda dos lotes de terra dos camponeses e expunha que a fome e a lei sore a separação da comunidade rural tinham vindo reforçar o processo de privação de terras dos camponeses. Ie-a(se por exemplo, o que ocorreu no povoado de Norisov=a. Eele havia 38 casas que possu!am /6@ hectares de terras de lavoura. Ea %poca de fome, / lavradores venderam para sempre @* hectares, à ra'ão de 3/ a @@ rulos cada um, isto %, @ ou 6 ve'es menos do que valia a terra. 8 lavradores hipotecaram *88 hectares, otendo em troca de *G a 3 rulos por hectare, a serem pagos em 0 anos e a

*3 por cento de -uro anual. Dendo em conta o emporecimento da população camponesa e o tipo rutal de -uro, podia afirmar(se com segurança que dos *88 hectares a metade passaria para as mãos do usurário, pois era muito pouco provável que num pra'o de 0 anos, mesmo a metade dos vendedores pudesse pagar uma soma tão elevada. Eo artigo intitulado :A grande propriedade dos latifundiários e a pequena propriedade camponesa na #ssia:, pulicado na :2ravda:, 5enin fa'ia ver de um modo tang!vel aos operários e camponeses quão faulosa era a rique'a de terras em poder dos parasitas latifundiários. "erca de @ mil latifundiários dos mais fortes açamarcavam aproximudamente 8 milh9es de hectares de terra. )nquanto os camponeses tinham que se contentar com uma extensão equivalente, repartida entre * milh9es de fam!lias. "ada um daqueles grandes latifundiários era detentor, em m%dia, de 3.@ hectares de terraK em troca, a cada fam!lia camponesa, incluindo os =ula=s, correspondiam, em m%dia, 8 hectaresK mas, al%m disso, havia / milh9es de fam!lias camponesas pores, isto %, a metade da população camponesa, que não possu!am, de seu, mais do que um ou dois hectares. )stes fatos demonstravam de um modo tang!vel que a causa da mis%ria e da fome dos camponeses estava no regime dos grandes latifundiários, nas soreviv1neias do feudalismo, das quais os camponeses s& se podiam liertar mediante a revolução dirigida pela classe operária. Atrav%s dos operários relacionados com o campo, a :2ravda: penetrava na aldeia, despertando para a luta revolucionária os camponeses mais conscientes. Eo per!odo em que se fundou a :2ravda:, as organi'aç9es social(democratas clandestinas estavam inteiramente nas mãos dos olcheviques. )m troca, as formas legais de organi'ação ; a fração da >uma, a Lmprensa, as sociedades operárias de aux!lios mtuos, os sindicatos ; não tinham sido ainda inteiramente tirados das mãos dos mencheviques. Os olcheviques tiveram que travar uma luta en%rgica para desalo-ar os liquidacionistas das organi'aç9es legais da classe operária. )sta luta foi coroada de 1xito, graças à :2ravda:. A :2ravda: ocupava um lugar central na luta em prol da causa do 2artido, em prol da reconstituição de um partido operário revolucionário de massas. 7uas campanhas fa'iam com que as organi'aç9es legais se agrupassem estreitamente em torno dos centros clandestinos do 2artido olchevique e encaminhavam o movimento operário para uma meta definida? a preparação da revolução. A :2ravda: contava com uma quantidade enorme de correspondentes operários. 4ais de ** mil correspond1ncias operárias foram pulicadas em suas colunas num s& ano. 4as não eram as cartas e a colaoração de seus correspondentes o nico meio pelo qual ela mantinha contato com as massas operárias. 7ua redação era visitada diariamente por numerosos operários das fáricas. Eela se concentrava uma parte considerável do traalho de organi'ação do partido. "eleravam(se ali reuni9es com os representantes das c%lulas de ase do 2artido, ali chegavam os informes sore o traalho do 2artido nas fáricas e empresas industriais e dali se transmitiam as instruç9es do "omit1 de 2etersurgo e do "omit1 "entral do 2artido. "omo fruto de dois anos e meio de luta tena' contra os liquidacionistas pela reconstituição de um 2artido operário revolucionário de massa, os olcheviques conseguiram que, at% o verão de *+*6, o 2artido olchevique, a tática :pravdista:, contassem com as quatro quintas partes dos operários ativos da #ssia. Assim o testemunha, por exemplo, o fato de que /.0 grupos operários, dos 8. que em *+*6 organi'aram coletas para a Lmprensa operária, recolhessem dinheiro para os olcheviques, e s& *.6 para os mencheviques. )m troca, estes dispunham de muitos :amigos ricos: entre a urguesia lieral e os intelectuais urgueses, que contriu!am com mais da metade do dinheiro necessário para sustentar seu -ornal. Aos olcheviques por esta %poca se costumava dar o nome de :pravdistas:. "om a :2ravda: se desenvolveu uma geração inteira do proletariado revolucionário que mais tarde havia de se p$r à frente da #evolução 7ocialista de Outuro. Atrás da :2ravda: marchavam de'enas e centenas de milhares de operários. >urante os anos de ascenso revolucionário *+*3 a *+*6B se lançaram os s&lidos alicerces de um 2artido olchevique de massas, contra o qual tinham de se arreentar todas as perseguiç9es do c'arismo no per!odo da guerra imperialista. :7ore a :2ravda: no ano de *+*3 se cimentou o triunfo do olchevismo em *+*8: 7talinB. Outro &rgão legal do 2artido, extensivo a toda a #ssia, era a fração olchevique da quarta >uma. )m *+*3 o governo convocou as eleiç9es à quarta >uma. O 2artido olchevique deu grande importncia à participação nestas eleiç9es. A fração social(democrata da >uma e a :2ravda: eram os pontos fundamentais da resist1ncia legal para toda a #ssia, atrav%s dos quais o 2artido olchevique desenvolvia o seu traalho revolucionário entre as massas. O 2artido olchevique foi às eleiç9es à >uma com sua plataforma independente e so palavras de ordem pr&prias, lutando ao mesmo tempo contra os partidos governamentais e contra a urguesia lieral contra os =adetesB. Os olcheviques desenvolveram sua campanha eleitoral so as palavras de ordem de #eplica >emocrática, -ornada de G horas e confiscação das terras dos latifundiários.

As eleiç9es à quarta >uma celeraram(se no outono de *+*3. )m começos de outuro, o governo, descontente com a marcha das eleiç9es em 2etersurgo, tentou violar os direitos eleitorais dos operários numa s%rie de grandes fáricas. "omo resposta a isso, o "omit1 de 2etersurgo do 2artido olchevique, por proposta do camarada 7talin, convidou os operários das empresas mais importantes a declararem uma greve de um dia. O governo, vendo(se colocado numa situação dif!cil, não teve outro rem%dio senão ceder, e as asseml%ias operárias puderam eleger os candidatos que melhor lhes pareceram. Os operários, por imensa maioria, votaram a favor do :4andato: aos delegados e ao deputado, redigido pelo camarada 7talin. O :4andato: dos operários petersurgueses a seu deputado operário: recordava as tarefas ainda não resolvidas do ano de *+/. :... Achamos ; di'ia o :4andato: ; que a #ssia se acha nas v%speras de movimentos de massas iminentes, talve' mais profundos que no ano de *+/... A frente destes movimentos se porá, como se p$s tam%m no ano de *+/, a classe mais avançada de nossa sociedade, o proletariado russo. ) seu aliado não pode ser outro senão a ultra(sofredora massa camponesa, vitalmente interessada na emancipação da #ssia:. Eo :4andato: se declarava que as futuras aç9es do povo teriam que se revestir da forma de uma luta em duas frentes, tanto contra o governo c'arista como contra a urguesia lieral, ansiosa de chegar a um acordo com o c'arismo. 5enin dava grande importncia a esse :4andato:, no qual se chamava os operários à luta revolucionária. ) em suas resoluç9es os operários acolhiam este apelo. Os olcheviques triunfaram nas eleiç9es, sendo enviado à >uma, representando os operários de 2etersurgo, o camarada Nadaiev. Os operários votavam, nas eleiç9es à >uma, à parte dos demais setores da população na chamada :cria: operáriaB. >os nove deputados eleitos pelos operários, seis eram memros do 2artido olchevique Nadaiev, 2etrovs=i, 4uranov, 7amolinov, 7hagov e 4alinovs=i que se descoriu mais tarde ser um espião da pol!ciaB. Os deputados olcheviques procediam dos centros industriais mais importantes nos quais estavam concentrado, pelo menos, as quatro quintas partes da classe operária. )m troca, alguns liquidacionistas eleitos para a >uma, não deviam sua eleição à cria operária, mas a outros setores da população. Assim se explica que na >uma houvesse 8 deputados liquidacionistas frente aos 0 olcheviques. Eos primeiros momentos, os deputados olcheviques e os liquidacionistas constitu!ram na >uma uma fração social(democrática nica. 4as em outuro de *+*@, depois de uma luta tena' contra os liquidacionistas, que entravavam o traalho revolucionário dos olcheviques, os deputados olcheviques, seguindo as instruç9es de seu "omit1 "entral, sa!ram da fração social(democrata comum e passaram a constituir uma fração olchevique independente. Os deputados olcheviques pronunciavam na >uma discursos revolucionários, desmascarando o regime da autocracia e interpelavam o governo acerca dos atos de repressão contra os operários e a respeito da exploração desumana de que os capitalistas os fa'iam v!timas. 7ua atuação na >uma versava tam%m sore o prolema agrário e em seus discursos se incitava os camponeses a lutarem contra os latifundiários feudais e se desmascarava o partido =adete, contrário ao confisco das terras dos latifundiários e à sua entrega aos camponeses. Os olchevicpies apresentaram à >uma um pro-eto de lei sore a -ornada de G horas, pro-eto que, naturalmente, não podia ser aprovado pela ultra(reacionária >uma, mas que teve uma grande importncia no terreno da agitação. A .ra/0o olchevique da >uma atuava em estreito contato com o "omit1 "entral do 2artido e com 5enin, de quem receia diretivas. Ocupava(se de sua direção imediata, enquanto permaneceu em 2etersurgo, o camarada 7talin. Os deputados olcheviques não se limitavam a atuar na >umaK tam%m desenvolviam uma grande atividade fora dela. Iisitavam as fáricas e oficinas, percorriam os centros operários do pa!s, dando informes nesses centros, organi'avam asseml%ias clandestinas, nas quais explicavam as resoluç9es do 2artido, e criavam novas organi'aç9es deste. Os deputados saiam cominar hailmente a atuação legal com o traalho ilegal, clandestino.

1 — 2riun.o dos olcheviques nas organi3a/4es legais* — O movimento revolucionário segue sua marcha ascendente* — Apro5ima'se a guerra imperialista*

O 2artido olchevique deu durante este per!odo mostras de direção exemplar de todas as formas e manifestaç9es, da luta de classes do proletariado. "riava organi'aç9es clandestinas, editava folhas ilegais. >esenvolvia um traalho revolucionário clandestino entre as massas. ) paralelamente a tudo isto, ia cada ve' mais

penetrando de cheio nas diversas organi'aç9es legais da classe operária. O 2artido aspirava ganhar os sindicatos, as "asas do 2ovo, as Universidades noturnas, os clues e as sociedades operárias de aux!lios mtuos. )stas organi'aç9es legais tinham sido desde outros tempos o refgio dos liquidacionistas. Os olcheviques lutaram energicamente para converter estas sociedades legais em pontos de resist1ncia do 2artido olchevique. "ominando hailmente o traalho clandestino com o traalho dentro da legalidade, os olcheviques atra!ram a maioria dos sindicatos das duas capitais. Eas eleiç9es celeradas em *+*@ para preencher os postos de direção do 7indicato metalrgico de 2etersurgo, otiveram os olcheviques um triunfo rilhant!ssimo. Euma asseml%ia de @ mil metalrgicos, s& votaram pelos liquidacionistas uns */ operários. Outro tanto se deve di'er da organi'ação legal que a fração social(demoerata da quarta >uma representava. 7e em que os mencheviques contassem com 8 deputados e os olcheviques com 0 somente, aqueles 8 mencheviques, procedentes em sua maioria de regi9es não operárias, apenas representavam, aproximadamente, uma quinta parte de proletariado, enquanto que os 0 olcheviques, procedentes dos principais centros industriais do pa!s 2etersurgo, 4oscou, Lvanovo(Isnessens=, Vostromá, )=aterinoslav e Var=ovB, representavam mais das quatro quintas partes da classe operária da #ssia. Os operários consideravam como seus deputados os seis olcheviques Nadaiev, 2etrovs=, etc.B e não os sete mencheviques. Os olcheviques conseguiram ganhar as organi'aç9es legais porque, apesar das rutais perseguiç9es do c'arismo e das encarniçadas campanhas dos liquidacionistas e dos trots=istas, soueram manter de p% o 2artido clandestino e assegurar uma disciplina f%rrea dentro de suas fileiras, defendendo com firme'a os interesses da classe operária, mantendo estreito contato com as massas e travando uma luta intransigente contra os inimigos do movimento operário. Os olcheviques, portanto, triunfaram em toda a linha dentro das organi'aç9es legais e os mencheviques sofreram uma derrota completa. Danto no terreno da agitação feita da triuna da >uma, como no campo da Lmprensa operária e de outras organi'aç9es legais, os mencheviques foram relegados a segundo plano. A classe operária arrastada pelo movimento revolucionário, se agrupava notadamente em torno dos olcheviques e virava as costas aos mencheviques. 2ara cmulo de seu fracasso, os mencheviques sofreram tam%m uma derrota esmagadora no campo do prolema nacional. 2ara atuar no movimento revolucionário da periferia da #ssia, era necessário ter um programa claro sore o prolema nacional. Os mencheviques careciam de qualquer programa, fora do ponto da :autonomia cultural: do Nund, que não podia satisfa'er ningu%m. 7& os olcheviques tinham um programa marxista sore o prolema nacional, programa exposto no estudo do camarada 7talin intitulado :O marxismo e o prolema nacional: e nos artigos de 5enin :7ore o direito de autodeterminação das naç9es: e :Eotas cr!ticas sore o prolema nacional:. Eão % de estranhar que, depois de tais derrotas dos mencheviques, o Nloco de Agosto começasse a fa'er água por todas as -untas. )ste loco, composto dos elementos mais heterog1neos, não resistiu aos emates dos olcheviques e começou a desmoronar(se. O Nloco de Agosto, criado para lutar contra os olcheviques, não tardou a cair so os golpes destes. Os primeiros que sa!ram dele foram os do grupo do :Iperiod: :Avante:B Nogdanov, 5unachars=i, etcBK foram seguidos pelos let9es, e logo depois se dispersaram todos os outros. >errotados na luta contra os olcheviques, os liquidacionistas apelaram para a a-uda da 7egunda Lnternacional. )sta acudiu em seu socorro. 7o o pretexo de uma :reconciliação: entre os olcheviques e os liquidacionistas, so o pretexto de restaelecer a :pa' dentro do 2artido:, a 7egunda Lnternacional exigiu que os olcheviques cessassem suas cr!ticas contra a pol!tica oportunista dos liquidacionistas. 4as os olcheviques mantiveram uma atitude irredut!vel? negaram(se a acatar as decis9es da 7egunda Lnternacional oportunista e não fi'eram a menor concessão. O triunfo dos olcheviques nas ogani'aç9es legais não foi nem podia ser por acaso. Eão s& porque os olcheviques eram os nicos que tinham uma teoria marxista certa, um programa claro e um partido revolucionário temperado nos comates, mas porque, al%m disso, o triunfo dos olcheviques refletia a marcha ascendente do movimento revolucionário. O movimento operário revolucionário se desenvolvia cada ve' mais, estendendo(se a novas cidades e regi9es. Ao entrar o ano de *+*6, as greves, longe de diminuir, coraram novo nimo. Aumentava sem cessar sua tenacidade, e arrastavam um nmero de operários cada ve' maior. A + de -aneiro se declararam em greve 3/. operários, dos quais *6. somente em 2etersurgo. A *W. de maio se registrou mais de meio milhão de grevistas, dos quais correspondiam a 2etersurgo mais de 3/.. A firme'a de que davam prova os operários grevistas era extraordinária. A greve da fárica :Ou=ov: em 2etersurgo, durou mais de dois meses e a da fárica :5essner:, uns @ meses. As intoxicaç9es em massa produ'idas em uma s%rie de fáricas em 2etersurgo provocaram uma greve de **/. operários, seguida de manifestaç9es. O movimento continuava crescendo. O nmero total de grevistas, durante o *:. semestre de *+*6 incluindo os primeiros dias do m1s de -ulhoB, foi de *.63/. operários. )m maio, começou a greve geral dos operários da indstria petrol!fera em Na=, que atraiu a atenção de

todo o proletariado nisso. )sta greve se desenvolveu organi'adamente. A 3 de -unho, se celerou em Na= uma manifestação de 3 mil operários. A pol!cia adotou medidas draconianas contra os operários daquela cidade. )m sinal de protesto e de solidariedade com os operários de Na=, estalou a greve em 4oscou, de onde se estendeu a outras regi9es. A @ de -unho, celerou(se na fárica :2utilov: de 2etersurgo um com!cio, em conseqR1ncia da greve de Na=. A pol!cia atirou contra os operários. Uma indignação enorme se apoderou do proletariado de 2etersurgo. A 6 de -ulho, respondendo ao chamado do "omit1 de 2etersurgo do 2artido, declararam(se em greve nesta cidade, em sinal de protesto, + mil operáriosK a 8 de -ulho havia -á *@ mil grevistasK a G de - unho, */ mil, e a ** de -unho, 3 mil. A agitação se apoderou de todas as fáricasK por toda a parte se celeravam com!cios e manifestaç9es. Touve, at% tentativas de levantar arricadas, como, com efeito, chegaram a levantar(se em Na= e 5od'. Euma s%rie de pontos, a pol!cia fe' fogo sore os operários. 2ara esmagar o movimento, o governo tomou medidas :extraordinárias:, a capital foi transformada num acampamento militar e a :2ravda: foi suspensa. Eeste momento, apresentou(se em cena uma nova força de ordem internacional? a guerra imperialista, que havia de mudar o rumo dos acontecimentos. )m pleno desenvolvimento dos acontecimentos revolucionários de -ulho, chegou a 2etersurgo o presidente da #eplica francesa, 2oincar%, para entrevistar(se com o c'ar e tratar do começo da guerra, que se avi'inhava. 2oucos dias depois a Alemanha declarava guerra à #ssia. O governo c'arista se aproveitou da guerra para destroçar as organi'aç9es olcheviques e asfixiar o movimento operário. A marcha ascendente da #evolução foi interrompida pela guerra mundial, na qual o governo c'arista uscava sua salvação contra a revolução.

6esumo

>urante os anos do ascenso revolucionário *+*3 a *+*6B, o 2artido olchevique se p$s à frente do movimento operário e o condu'iu, so as palavras de ordem olcheviques, para a nova revolução. O 2artido soue cominar o traalho clandestino com o traalho legal. Iencendo a resist1ncia dos liquidacionistas e seus amigos, os trots=istas e os :otsovistas:, se apoderou de todas as formas do movimento legal e converteu as organi'aç9es legais em pontos de resist1ncia para sua atuação revolucionária. 5utando contra os inimigos da classe operária e contra seus agentes dentro do movimento proletário, o 2artido reforçou suas fileiras e reforçou seus v!nculos com a classe operária. Ialendo(se amplamente da triuna da >uma para a agitação revolucionária e fundando um magn!fico -ornal operário de massas, a :2ravda:, o 2artido educou uma nova geração de operários revolucionários, a geração dos :pravdistas:. )sta geração de operários se manteve durante os anos da guerra imperialista, fiel à andeira do internacionalismo e da revolução proletária. 4ais tarde, constituiu o ncleo do 2artido olchevique nas -ornadas da #evolução de Outuro de *+*8. Eas v%speras da guerra imperialista, o 2artido olchevique dirigia as aç9es revolucionárias da classe operária. )stas aç9es eram comates de vanguarda, que a guerra imperialista acaou, mas que foram reiniciadas tr1s anos mais tarde para a derruada do c'arismo. O 2artido olchevique entrava na dura etapa da guerra imperialista com as andeiras do internacionalismo proletário desfraldadas.

Capítulo VI — O Partido Bolchevique Durante o Período da Guerra Imperialista. A Seunda !evolu"#o na !$ssia %&'&() *ar"o de &'&+,

& — Oriem e causas da uerra imperialista.

A 14 (27) de julho de 1914, o governo czarista decretou a mobilização geral A 19 de julho (1! de agosto), a Alemanha declarou guerra " #$ssia A #$ssia entrou na guerra %& muito tem'o antes ue a guerra começasse, os bolcheviues, encabeçados 'or enin, tinham 'revisto ue ela estalaria inevitavelmente *os congressos internacionais socialistas, enin tinha +ormulado 'ro'ostas destinadas a traçar a linha revolucion&ria de conduta ue os socialistas deviam adotar uando a guerra estalasse enin assinalava ue a guerra era um satlite inevit&vel do ca'italismo, a ra'ina de territ-rios estrangeiros, a a'ro'riação e o saue das col.nias, a conuista de novos mercados, tinham 'rovocado re'etidas vezes guerras de ane/ação dos 0stados ca'italistas ara os 'ases ca'italistas, a guerra  um +en.meno tão natural e tão legtimo como a e/'loração da classe o'er&ria As guerras +izeram3se ainda mais inevit&veis em +ins do culo 565 e começos do 55, ao 'assar o ca'italismo, de+initivamente, 'ara a +ase culminante e $ltima de seu desenvolvimento o im'erialismo ob o im'erialismo, os 'otentes agru'amentos (mono'-lios) dos ca'italistas e dos bancos aduiriram uma im'ort8ncia decisiva na vida dos 0stados ca'italistas  ca'ital +inanceiro se converteu no amo dos 0stados ca'italistas 0 o ca'ital +inanceiro e/igia novos mercados, a ane/ação de novas col.nias, novas bases 'ara a e/'ortação de ca'itais e novas +ontes de matrias3'rimas :as, nos +ins do culo 565, todo o territ-rio do 'laneta se achava j& re'artido entre os 0stados ca'italistas ois bem, na 'oca im'erialista, o ca'italismo se desenvolve de um modo e/traordinariamente desigual e em saltos 'ases ue antes a'areciam em 'rimeiro lugar, v;em arre+ecer o ritmo relativo de desenvolvimento de sua ind$stria, enuanto outros, ue antes eram 'ases atrasados, dão um r&'ido salto, os alcançam e ultra'assam A correlação entre as +orças econ.micas e militares dos 0stados im'erialistas tinha mudado :ani+estava3se a as'iração de 'roceder a uma nova 'artilha do mundo A luta 'or uma nova 'artilha do mundo tinha ue 'rovocar, inevitavelmente, a guerra im'erialista A guerra de 1914 +oi uma guerra 'or uma nova divisão do mundo e das zonas de in+lu;ncia 0sta guerra tinha sido longamente 're'arada 'elos 0stados im'erialistas s im'erialistas de todos os 'ases +oram cul'ados dela A guerra tinha sido 're'arada, em 'articular, 'ela Alemanha e a 7 se havia constitudo a ?r'lice 0ntente, @ aliança entre a 6nglaterra, a =rança e a #$ssia utra aliança im'erialista e/istia entre a Alemanha, a 31G71 =oram, 'ois, as +ormid&veis contradiçHes e/istentes entre os dois gru'os de 0stados ca'italistas ue trou/eram a guerra im'erialista 0sta guerra de ra'ina, na ual se ventilava a re'artição do mundo, a+etava os interesses de todos os 'ases im'erialistas, razão 'or ue se viam arrastados a ela, no transcurso de seu desenvolvimento, o %a'ão, os 0stados

Cnidos e outra srie de 'ases A guerra aduiriu car&ter mundial A burguesia tinha 're'arado a guerra im'erialista, mantendo seus 're'arativos no mais 'ro+undo segredo, 'ara ue deles não +icassem inteirados os 'ovos Iuando a guerra estalou, todos os governos im'erialistas se es+orçaram 'or demonstrar ue não eram eles os ue itacavam os 'ases vizinhos, senão ue eram vtimas da agressão destes A burguesia enganava o 'ovo, ocultando os verdadeiros +ins da guerra, seu car&ter im'erialista, de ane/ação ?odos os governos im'erialistas declararam ue +aziam a guerra em de+esa da '&tria s o'ortunistas da egunda 6nternacional ajudaram a burguesia a enganar o 'ovo s social3democratas da egunda 6nternacional traram vilmente a causa do socialismo, a causa da solidariedade internacional do 'roletariado onge de se levantarem contra a guerra, o ue +izeram +oi ajudar a burguesia a lançar os o'er&rios e os cam'oneses dos 0stados beligerantes uns contra os outros, sob a bandeira da de+esa da '&tria  +ato da #$ssia entrar na guerra im'erialista, ao lado da 0ntente, da =rança e da 6nglaterra, tinha sua razão de ser *ão se 'erca de vista ue antes de 1914 os ramos mais im'ortantes da ind$stria russa se achavam em mãos do ca'ital estrangeiro, e 'rinci'almente do ca'ital +ranc;s, ingl;s e belga, isto , dos 'ases da 0ntente As +&bricas metal$rgicas mais im'ortantes da #$ssia eram 'ro'riedade de ca'italistas +ranceses Iuase tr;s uartas 'artes da metalurgia russa (72 'or cento) de'endiam do ca'ital estrangeiro utro tanto ocorria com a 'rodução do carvão de 'edra na bacia do Eonetz A metade, a'ro/imadamente, da e/tração de 'etr-leo achava3se em mãos do ca'ital anglo3+ranc;s Cma 'arte consider&vel dos lucros da ind$stria russa ia 'arar nos bancos estrangeiros, e 'rinci'almente nos da 6nglaterra e =rança ?odas estas razHes, "s uais  'reciso juntar os em'rstimos de milhares de milhHes +eitos 'elo czar na =rança e na 6nglaterra, 'rendiam o czarismo ao im'erialismo anglo3+ranc;s e convertiam a #$ssia em tribut&ria destes 'ases, em uma semicol.nia sua A burguesia russa es'erava ue, lançando3se " guerra, melhoraria de situação, conuistaria novos mercados, se enriueceria com os 'edidos e os +ornecimentos de guerra, e ao mesmo tem'o 'oderia, valendo3se da situação criada 'ela guerra, esmagar o movimento revolucion&rio A #$ssia czarista entrou na guerra sem estar 're'arada 'ara ela A ind$stria russa achava3se muito atrasada em relação " dos outros 'ases ca'italistas redominavam nela as velhas +&bricas com uma instalação j& muito gasta A agricultura russa com um regime semi+eudal de 'ro'riedade da terra e de massas de cam'oneses reduzidos " mais e/trema misria, não 'odia o+erecer uma base econ.mica 'ara manter uma guerra longa  czar tinha seu 'rinci'al a'oio nos lati+undi&rios +eudais s grandes lati+undi&rios das cent$rias negras, coligados aos grandes ca'italistas, eram os senhores do 'as e da Euma 0stes elementos a'oiavam em bloco a 'oltica interior e e/terior do governo czarista A burguesia im'erialista russa tinha todas as suas es'eranças 'ostas na autocracia czarista, no 'unho de +erro ue lhe 'odia assegurar a conuista de novos mercados e de novos territ-rios, e alm disso esmagar o movimento revolucion&rio dos o'er&rios e cam'oneses  artido da burguesia liberal @ os Jadetes @ se +azia 'assar 'or um 'artido de o'osição, mas a'oiava sem reservas a 'oltica e/terior do governo czarista s 'artidos 'eueno3burgueses, social3revolucion&rio e meneheviue, encobrindo sua conduta com a bandeira do socialismo, ajudaram a burguesia, desde o 'rimeiro momento da guerra, a enganar o 'ovo, a ocultar o car&ter im'erialista e ra'ace da guerra regavam a necessidade de de+ender a K'&triaK burguesa contra os Kb&rbaros 'russianosK, e a'oiavam a 'oltica de K'az interiorK, e deste modo ajudavam o governo do czar a +azer a guerra, e/atamente da mesma +orma ue os social3democratas alemães ajudavam o governo do Jaiser a guerrear contra os Kb&rbaros russosK  artido bolcheviue +oi o $nico ue 'ermaneceu +iel " grande bandeira do internacionalismo revolucion&rio, mantendo3se +irme nas 'osiçHes mar/istas e lutando resolutamente contra a autocracia czarista, contra os ca'italistas e lati+undi&rios e contra a guerra im'erialista  artido bolcheviue manteve, desde os 'rimeiros dias de guerra, o 'onto de vista de ue esta não se havia desencadeado 'ara de+ender a '&tria, senão 'ara se a'oderar de territ-rios estrangeiros, 'ara sauear outros 'ovos no interesse dos lati+undi&rios e ca'italistas, e ue os o'er&rios deviam adotar em relação a ela uma atitude de luta decidida A classe o'er&ria a'oiava o artido bolcheviue L certo ue as +umaças 'atri-tico3burguesas, ue no começo da guerra embriagaram os intelectuais e o setor dos JulaJs, contaminaram tambm uma 'arte dos o'er&rios :as +oram 'rinci'almente, contaminados os ue se encontravam entre a malandragem da KCnião do ovo #ussoK e um setor dos o'er&rios in+luenciado ideologicamente 'elos social3revolucion&rios e os mencheviues 0stes elementos não re+letiam nem 'odiam re+letir, naturalmente, o estado de es'rito da classe o'er&ria 0ram os elementos ue des+ilavam nas mani+estaçHes chovinistas da burguesia, organizadas 'elo governo czarista nos 'rimeiros dias de guerra

- — Os Partidos da Seunda Internacional passaram para o lado de seus overnos imperialistas. —  A Seunda Internacional se decompe numa s/rie de partidos social)chovinistas isolados.

enin re'etidas vezes havia lançado o brado de alerta contra o o'ortunismo da egunda 6nternacional e a +alta de +irmeza de seus che+es avia a+irmado sem're ue os che+es da egunda 6nternacional s- de 'alavra eram contr&rios " guerra e ue no caso da guerra estalar desertariam certamente de suas 'osiçHes e 'assariam 'ara o lado da burguesia im'erialista, converter3se3iam com toda a certeza em de+ensores da guerra  'rogn-stico de enin se con+irmou desde os 'rimeiros dias de guerra 0m 191>, no Dongresso celebrado 'ela egunda 6nternacional em Do'enhague, se havia tomado uma resolução ue obrigava os socialistas a votar nos 'arlamentos contra os crditos de guerra  Dongresso mundial da egunda 6nternacional celebrado em Basilia, em 1912, durante a guerra dos B&lcans, declarou ue os o'er&rios de todos os 'ases consideravam um crime atirar uns contra os outros 'ara aumentar os lucros dos ca'italistas ?al era a 'osição ue se adotava, de 'alavra, nas resoluçHes dos Dongressos :as uando começaram a troar os canhHes da guerra im'erialista e se a'resentou a necessidade de levar " 'r&tica auelas resoluçHes, os che+es da egunda 6nternacional se revelaram como traidores do 'roletariado e servidores da burguesia, 'assando 'ara o cam'o dos de+ensores da guerra A 4 de agosto de 1914, a social3democracia alemã votou no 'arlamento os crditos de guerra, votou a +avor da guerra im'erialista 0 e/atamente o mesmo +izeram, em sua esmagadora maioria, os socialistas da =rança, da 6nglaterra, da Blgica e dos demais 'ases A egunda 6nternacional havia dei/ado de e/istir Eecom'.s3se de +ato numa srie de 'artidos social3chovinistas isolados ue +aziam a guerra uns contra os outros s che+es dos 'artidos socialistas, traindo o 'roletariado, 'assaram 'ara a 'osição do social3chovinismo e abraçaram a de+esa da burguesia im'erialista Ajudaram os governos im'erialistas a enganar a classe o'er&ria e a inocular3lhe o veneno do nacionalismo ob a bandeira da de+esa da '&tria, estes social3traidores começaram a atiçar os o'er&rios alemães contra os +ranceses e os o'er&rios +ranceses e ingleses contra os alemães - uma minoria insigni+icante de homens dentro da egunda 6nternacional se manteve na 'osição internacionalista, marchando contra a corrente, sem uma convicção muito +irme e de um modo bastante vago,  certo, mas, a'esar de tudo, marchando contra a corrente  artido bolcheviue +oi o $nico ue levantou desde o 'rimeiro momento e sem vacilaçHes a bandeira da luta decidida contra a guerra im'erialista *as teses sobre a guerra, redigidas 'or enin no outono de 1914, se assinalava ue o +racasso da egunda 6nternacional não era 'or acaso A egunda 6nternacional, dizia enin, +oram os o'ortunistas ue a 'useram a 'iue 0 contra eles +azia j& muito tem'o ue os melhores re'resentantes do 'roletariado revolucion&rio se vinham 'ondo em guarda s 'artidos da egunda 6nternacional estavam contagiados de o'ortunismo, j& antes da guerra s o'ortunistas 'regavam abertamente a ren$ncia " luta revolucion&ria, a teoria da Kevolução 'ac+ica do ca'italismo 'ara o socialismoK A egunda 6nternacional não ueria lutar contra o o'ortunismo, era 'artid&ria de viver em 'az com ele e o dei/ava +ortalecer3se 0 seguindo a 'oltica de conciliação com o o'ortunismo, acabou 'or se converter ela tambm em o'ortunista M custa dos lucros ue arrancava das col.nias e da e/'loração de ue eram vtimas os 'ases atrasados, a burguesia im'erialista, mediante uma 'oltica de sal&rios elevados e outras remuneraçHes, corrom'ia sistematicamente uma minoria escolhida de o'er&rios uali+icados, a chamada aristocracia o'er&ria Eeste reduzido setor o'er&rio saam muitos dos dirigentes dos sindicatos e das coo'erativas, muitos dos de'utados e conselheiros, muitos dos redatores da 6m'rensa e dos +uncion&rios das organizaçHes social3democratas Ao estalar a guerra, estas 'essoas, receiosas de 'erderem sua 'osição 'rivilegiada, +izeram3se inimigos da revolução, convertendo3se nos de+ensores mais raivosos de sua burguesia e de seus governos im'erialistas Ee o'ortunistas se converteram em social3chovinistas s social3chovinistas @ incluindo entre eles os mencheviues e social3revolucion&rios russos @  'regavam a pa0 de classes entre os o'er&rios e a burguesia dentro do 'as, e a guerra com os outros 'ovos no e/terior 0nganavam as massas acerca dos verdadeiros res'ons&veis da guerra, +azendo3as acreditar ue a burguesia de seu 'r-'rio 'as estava livre de toda a cul'a :uitos social3chovinistas 'assaram a ser ministros dos governos im'erialistas de seus 'ases *ão menos 'erigosa 'ara a causa do 'roletariado era a 'osição dos social3chovinistas encobertos, dos

chamados centristas s centristas @ NautsJi, ?rotsJO, :artov e outros @ de+endiam e justi+icavam os social3chovinistas declarados e, 'ortanto, traam em ligação com estes, o 'roletariado, encobrindo sua traição com +rases KesuerdistasK, a res'eito da luta contra a guerra, +rases destinadas a enganar a classe o'er&ria Ee +ato, os centristas a'oiavam a guerra, 'ois não euivalia a outra coisa sua 'ro'osta de não votarem contra os crditos de guerra, limitando3se a se absterem desta votação ?ambm eles, tanto uanto os social3chauvinistas, e/igiam ue se renunciasse " luta de classes enuanto durasse a guerra, 'ara não im'edir seus governos im'erialistas de 'rosseguirem a guerra 0m +ace dos 'roblemas mais im'ortantes da guerra e do socialismo, o czarista ?rotsJO se mani+estava sem're contra enin, contra o artido bolcheviue Eesde os 'rimeiros dias da guerra, enin começou a agru'ar +orças 'ara criar uma nova 6nternacional, a ?erceira 6nternacional A tare+a de +undar a ?erceira 6nternacional 'ara substituir a egunda ue havia +racassado tão vergonhosamente, a'arece j& no mani+esto lançado contra a guerra, em novembro de 1914, 'elo Domit; Dentral do artido bolcheviue 0m +evereiro de 191P, celebrou3se em ondres uma con+er;ncia de socialistas dos 'ases da 0ntente, na ual interveio, 'or diretiva de enin, o camarada itivinov 0ste e/igiu ue os socialistas (Qandervelde, embat, Fuesde) sassem de seus governos burgueses da Blgica e da =rança e rom'essem totalmente com os im'erialistas, abandonando a colaboração com eles 0 e/igiu ue os socialistas mantivessem uma luta decidida contra seus 'r-'rios governos im'erialistas e condenassem uantos votassem a +avor dos crditos de guerra :as a voz de itivinov não encontrou o menor eco nesta con+er;ncia 0m começo de setembro de 191P, se reuniu em RimmerSald a 'rimeira Don+er;ncia dos internacionalistas enin dizia ue esta Don+er;ncia tinha sido o K'rimeiro 'assoK no desenvolvimento do movimento internacional contra a guerra enin +ormou nela o gru'o de esuerda de RimmerSald :as o $nico ue, dentro da esuerda zimmerSaldiana, manteve uma 'osição acertada e conseTente do 'rinc'io ao +im contra a guerra +oi o artido bolcheviue, com enin " +rente A esuerda zimmerSaldiana editava em alemão um 'eri-dico intitulado KQorboteK (K recursorK), onde se 'ublicaram v&rios artigos de enin 0m 191U, conseguiu3se reunir na 'euena vila suça de Nienthal a egunda Don+er;ncia 6nternacionalista, ue se conhece com o nome de egunda Don+er;ncia zimmerSaldiana *auela ocasião, iam3se de+inindo gru'os de internacionalistas em uase todos os 'ases e se destacava j& com traços acentuados a cisão entre os elementos internacionalistas e os social3chovinistas 0 sobretudo, as 'r-'rias massas, sob a in+lu;ncia da guerra e das calamidades 'rovocadas 'or ela, iam3se orientando 'ara a esuerda  mani+esto de Nienthal +oi o +ruto de uma resolução entre os diversos gru'os ue se debateram na Don+er;ncia #e'resentava, em com'aração com o mani+esto de RimmerSald, um 'asso " +rente :as tambm a Don+er;ncia de Nienthal não adotou as teses +undamentais da 'oltica bolcheviue trans+ormação da guerra im'erialista em guerra civil, derrota, na guerra, do governo im'erialista do r-'rio 'as e organização da ?erceira 6nternacional *ão obstante, a Don+er;ncia de Nienthal tornou 'ossvel o a+astamento dos elementos internacionalistas, ue mais tarde haviam de +ormar a ?erceira 6nternacional, a 6nternacional Domunista enin criticava os erros dos internacionalistas 'ouco conseTentes dentro das +ileiras dos social3democratas de esuerda, tais como #osa u/emburgo e Darlos iebJnecht, ao mesmo tem'o ue os ajudava a adotar uma 'osição acertada

1 — 2eoria e t3tica do Partido 4olchevique so4re os pro4lemas da uerra5 da pa0 e da !evolu"#o.

s bolcheviues não eram sim'les 'aci+istas, enamorados da 'az e ue se contentassem em 'regar a 'az a todo o transe, como a maioria dos social3democratas de esuerda s bolcheviues eram 'artid&rios da luta revolucion&ria ativa 'ela 'az, at chegarem " derrubada do oder da burguesia im'erialista causadora das guerras s bolcheviues vinculavam a causa da 'az " causa do triun+o da revolução 'rolet&ria, 'ois entendiam ue o meio mais seguro 'ara acabar com a guerra e conuistar uma 'az justa, uma 'az sem ane/açHes nem indenizaçHes, era a derrubada do oder da burguesia im'erialista 0m +ace dos mencheviues e dos social3revolucion&rios, ue renegavam a revolução, e em +ace da 'alavra de ordem traidora da manutenção da K'az interiorK, enuanto durasse a guerra, os bolcheviues lançaram a 'alavra de ordem de K trans6orma"#o da uerra imperialista em uerra civilK 0sta 'alavra de ordem signi+icava ue os trabalhadores, incluindo entre eles os o'er&rios e os cam'oneses armados, vestidos com o uni+orme militar, deviam voltar as armas contra sua burguesia e derrubar o oder desta, se ueriam livrar3se da guerra e conseguir uma 'az justa

0m +ace da 'oltica dos mencheviues e dos social3revolucion&rios, 'oltica de de+esa da '&tria burguesa, os bolcheviues de+endiam a 'oltica de K derrota do pr7prio overno5 na uerra imperialistaK 6sto signi+icava ue era necess&rio votar contra os crditos de guerra, criar organizaçHes revolucion&rias clandestinas dentro do 0/rcito, a'oiar os atos de con+raternização dos soldados nas +rentes e organizar açHes revolucion&rias dos o'er&rios e cam'oneses contra a guerra, convertend.3as numa insurreição contra o governo im'erialista de seu 'r-'rio 'as s bolcheviues entendiam ue o mal menor ue a guerra im'erialista 'oderia acarretar ao 'ovo seria a derrota militar do governo czarista, 'ois esta derrota +acilitaria o triun+o do 'ovo sobre o czarismo e a luta vitoriosa da classe o'er&ria 'ara emanci'ar3se da escravidão ca'italista e das guerras im'erialistas Ao sustentar isto, enin entendia ue esta 'oltica de derrota do 'r-'rio governo im'erialista devia ser seguida não s- 'elos revolucion&rios russos, como tambm 'elos 'artidos revolucion&rios da classe o'er&ria em todos os 'ases beligerantes s bolcheviues não eram contr&rios a toda guerra 0ram contr&rios somente " guerra de ane/açHes, " guerra im'erialista s bolcheviues entendiam ue h& duas classes de guerra

1 as guerras  8ustas, sem ane/açHes, de libertação, ue t;m como +inalidade de+ender o 'ovo contra uma agressão e/terior e contra uantos tentem escraviz&3lo, ou libertar o 'ovo da escravidão do ca'italismo, ou, +inalmente, emanci'ar as col.nias e os 'ases de'endentes do jugo dos im'erialistasV e

2 as guerras in8ustas, de ane/açHes, ue t;m como +inalidade a ane/ação e a escravização de 'ases e 'ovos estrangeiros s bolcheviues a'oiavam a 'rimeira classe de guerras 0m troca 'ro'ugnavam 'or manter uma luta decidida contra as guerras da segunda classe, chegando at a revolução e " derrubada do governo im'erialista do 'r-'rio 'as s trabalhos te-ricos de enin durante a guerra tiveram uma im'ort8ncia enorme 'ara a classe o'er&ria do mundo inteiro *a 'rimavera de 191U, enin escreveu sua obra intitulada K im'erialismo, eta'a culminante do ca'italismoK *este livro enin esclarece ue o im'erialismo  a eta'a culminante do ca'italismo, a eta'a em ue este se converte em ca'italismo K'rogressivoK em ca'italismo 'arasit&rio, em decom'osiçãoV ue o im'erialismo  o ca'italismo agonizante 6sto não uer dizer, naturalmente, ue o ca'italismo v& morrer 'or si s-, sem a revolução 'rolet&ria, ue v& a'odrecer 'ela raiz enin ensinou sem're ue não  'ossvel derrubar o ca'italismo sem a revolução da classe o'er&ria or isso, se bem ue de+inindo o im'erialismo como o ca'italismo agonizante, enin a'onta ao mesmo tem'o, nesta obra, ue Ko im'erialismo  o limiar da revolução social do 'roletariadoK enin ressaltava ue na 'oca do im'erialismo, o jugo ca'italista se +az cada vez mais duro, ue sob as condiçHes do im'erialismo cresce a indignação do 'roletariado contra os +undamentos do ca'italismo e vão amadurecendo, dentro dos 'ases ca'italistas, os elementos 'ara uma e/'losão revolucion&ria enin ressaltava ue na 'oca do im'erialismo acentua3se a crise revolucion&ria nos 'ases coloniais e de'endentes e vão crescendo os elementos de indignação e os elementos 'ara a luta de libertação contra o im'erialismo enin ressaltava ue, sob as condiçHes do im'erialismo, se acentuam es'ecialmente o desenvolvimento desigual e as contradiçHes do ca'italismo, e ue a luta 'elos mercados 'ara dar sada "s mercadorias e e/'ortar os ca'itais, a luta 'elas col.nias e 'elas +ontes de matrias3'rimas +az com ue se 'roduzam, inevit&vel e 'eriodicamente, guerras im'erialistas 'or uma nova 'artilha do mundo enin ressaltava ue, 'recisamente como conseT;ncia deste desenvolvimento desigual do ca'italismo, surgem as guerras im'erialistas, ue debilitam as +orças do im'erialismo e tornam 'ossvel a ru'tura da +rente do im'erialismo 'or seu 'onto mais +raco 0, 'artindo de todas estas 'remissas, chegava " conclusão de ue era 'er+eitamente possível ao 'roletariado rom'er a +rente im'erialista 'or um 'onto ualuer ou 'or v&riosV de ue era 'ossvel o triun+o do socialismo, começando 'or alguns 'ases e, inclusive, 'or um s- isoladamenteV de ue o triun+o simult8neo do socialismo em todos os 'ases era impossível, dada a desigualdade do desenvolvimento do ca'italismo nelesV de ue o socialismo começaria triun+ando somente em um ou em v&rios 'ases e ue os demais continuariam sendo algum tem'o 'ases burgueses 0is como enin +ormulava esta conclusão genial, em dois artigos di+erentes, escritos durante a guerra im'erialista

1 KA desigualdade do desenvolvimento econ.mico e 'oltico  uma lei absoluta do ca'italismo Eonde se deduz ue  'ossvel ue o socialismo comece triun+ando somente em alguns 'ases ca'italistas, ou, inclusive, num s- 'as isoladamente  'roletariado triun+ante deste 'as, de'ois de e/'ro'riar os ca'italistas e de organizar a 'rodução socialista dentro de suas +ronteiras, se en+rentar& contra  o resto do mundo, contra o mundo ca'italista, atraindo 'ara seu lado as classes o'rimidas dos demais 'asesK (Eo artigo intitulado Kobre a

'alavra de ordem dos 0stados Cnidos da 0uro'aK, escrito em agosto de 191P, enin, t 5Q666, '&gs 2W232WW, ed russa)

2 K desenvolvimento do ca'italismo segue um curso e/traordinariamente desigual nos diversos 'ases 6sto  uma conseT;ncia inevit&vel do regime de 'rodução de mercadorias Eonde a conclusão imut&vel de ue o socialismo não 'ode triun+ar simultaneamente em todos os 'ases Domeçar& triun+ando em um ou em v&rios 'ases, e os demais continuarão sendo, durante algum tem'o 'ases burgueses ou 'r3burgueses 6sto 'rovocar&, necessariamente, não s- atritos, como tambm a tend;ncia aberta da burguesia dos demais 'ases a esmagar o 'roletariado triun+ante do 0stado socialista 0m tais condiçHes, a guerra seria, de nossa 'arte, uma guerra legtima e justa eria uma guerra 'elo socialismo, 'ara libertar da burguesia os outros 'ovosK (Eo artigo intitulado K 'rograma de guerra da revolução 'rolet&riaK, escrito no outono de 191U enin, t 565, '&g W2P, ed russa) 0sta teoria era uma nova e acabada teoria da revolução socialista, a teoria da 'ossibilidade do triun+o do socialismo em 'ases isolados, das condiçHes deste triun+o e de suas 'ers'ectivas, teoria cujas bases tinham sido esboçadas 'or enin j& em 19>P, em seu +olheto KAs duas t&ticas da social3democracia na revolução democr&ticaK 0sta teoria a+astava de um modo radical auele 'onto de vista em voga entre os mar/istas no 'erodo do ca'italismo 'r3im'erialista ue consiste em considerar im'ossvel o triun+o do socialismo em um s- 'as, ualuer ue +osse, admitindo ue o socialismo triun+aria ao mesmo tem'o em todos os 'ases civilizados enin, baseando3se nos dados sobre o ca'italismo imperialista  e/'osto em seu not&vel livro K im'erialismo, eta'a culminante do ca'italismoK, abandonou este 'onto de vista te-rico, segundo o ual o triun+o simult8neo do socialismo em todos os 'ases era impossível, sendo, 'or outro lado, possível o seu triun+o num s- 'as ca'italista isoladamente A im'ort8ncia incalcul&vel da teoria de enin sobre a revolução socialista não est& somente em ter enriuecido e desenvolvido o mar/ismo com uma nova teoria ua im'ort8ncia consiste, alm do mais, em dar uma 'ers'ectiva revolucion&ria aos 'rolet&rios dos di+erentes 'ases, em desenvolver sua iniciativa 'ara se lançarem ao assalto contra sua 'r-'ria burguesia, em lhes ensinar o a'roveitamento da situação de guerra 'ara organizarem esta o+ensiva e em +ortalecer sua + no triun+o da revolução 'rolet&ria ?al era a 'osição te-rica e t&tica dos bolcheviues uanto aos 'roblemas da guerra, da 'az e da revolução ?omando como base esta 'osição, os bolcheviues desenvolveram o seu trabalho 'r&tico na #$ssia A'esar das +uriosas 'erseguiçHes 'oliciais, os de'utados bolcheviues da Euma, Badaiev, etrovsJi, :uranov, amoilov e hagov 'ercorreram, no começo da guerra, uma srie de organizaçHes o'er&rias, dando in+ormes da atitude dos bolcheviues em +ace da guerra e da revolução 0m novembro de 1914, a +ração bolcheviue da Euma organizou uma con+er;ncia 'ara consideraro 'roblema da atitude ue se devia seguir em +ace da guerra *o terceiro dia +oi 'resa a Don+er;ncia em 'lena reunião s ?ribunais condenaram todos os de'utados bolcheviues, im'ondo3lhes a 'ena de inabilitação e de'ortando3os 'ara a ibria riental  governo czarista acusou de Kalta traiçãoK os de'utados bolcheviues da Euma *este 'rocesso, desenvolveu3se um uadro das atividades dos de'utados bolcheviues ue 'odia encher de orgulho o artido s de'utados bolcheviues se com'ortaram valentemente 'erante seus juzes, convertendo o  julgamento em uma tribuna de onde desmascararam a 'oltica de ane/açHes do regime czarista utro +oi o com'ortamento de Namenev, arrolado no mesmo 'rocesso Arrastado 'or sua covardia, uando se viu em 'erigo renegou a 'oltica do artido bolcheviue, declarando 'erante o ?ribunal ue estava em desacordo com os bolcheviues no 'roblema da guerra e dando como testemunha em a'oio de suas a+irmaçHes o mencheviue 6ordansJi s bolcheviues realizaram um grande trabalho contra os Domit;s da ind$stria de guerra, 'ostos a serviço desta, e contra as tentativas dos mencheviues de submeterem os o'er&rios " in+lu;ncia da burguesia im'erialista A burguesia estava vitalmente interessada em a'resentar 'erante a o'inião geral a guerra im'erialista como uma guerra de todo o 'ovo Eurante a guerra a burguesia conseguiu aduirir uma grande in+lu;ncia nos neg-cios do 0stado, criando, com as uniHes do Remstvos e dos conselhos urbanos, uma organização 'r-'ria, e/tensiva a toda a #$ssia recisava tambm de submeter os o'er&rios " sua direção e in+lu;ncia ara isso lançou mão do recurso de criar Kgru'os o'er&riosK ane/os aos Domit;s da ind$stria de guerra s mencheviues +izeram sua, esta idia da burguesia A esta convinha incor'orar aos ditos Domit;s re'resentantes dos o'er&rios, 'ara ue se encarregassem de +azer entre as massas o'er&rias o trabalho nas +&bricas de obuses, canhHes, +uzis, cartuchos e demais ind$strias ue trabalhavam 'ara a guerra K?udo e todos 'ara a guerraXK, tal era a 'alavra de ordem da burguesia *a realidade esta 'alavra de ordem signi+icava então K0nriueçamos " larga com os +ornecimentos de guerra e com a ane/ação de territ-rios estrangeirosXK s mencheviues 'artici'aram ativamente nesta obra 'seudo'atri-tica em'reendida 'ela burguesia

Ajudavam os ca'italistas, +azendo um intenso trabalho de agitação entre os o'er&rios, 'ara ue estes tomassem 'arte nas eleiçHes dos Kgru'os o'er&riosK adstritos aos Domit;s da ind$stria de guerra s bolcheviues se mani+estaram contra esta +raude reconizaram o boicote dos Domit;s da ind$stria de guerra e mantiveram e+icazmente este boicote *ão obstante, uma 'arte dos o'er&rios 'artici'ou nas atividades daueles Domit;s, sob a direção do conhecido mencheviue Fvosdiev e do 'rovocador Abrosimov Iuando os delegados dos o'er&rios se reuniram em setembro de 191P 'ara 'roceder " eleição de+initiva dos Kgru'os o'er&riosK dos citados Domit;s, a maioria dos delegados votou contra eles e +ormulou uma enrgica resolução contr&ria " 'artici'ação nos Domit;s da ind$stria de guerra, declarando ue a tare+a ue os o'er&rios tinham esboçado era a de lutar 'ela 'az e 'ela derrubada do czarismo s bolcheviues desenvolveram tambm um grande trabalho dentro do 0/rcito e da :arinha 0/'licavam "s massas de soldados e marinheiros uem eram os cul'ados dos inauditos horrores da guerra e dos so+rimentos do 'ovo, e lhes +aziam ver ue o $nico caminho ue o 'ovo tinha 'ara sair da carni+icina im'erialista era a revolução Driavam clulas bolcheviues dentro do 0/rcito e da :arinha, nas unidades da +rente e na retaguarda e distribuam 'roclamaçHes com a'elos contra a guerra s bolcheviues +undaram o KFru'o central da organização militar de NronstadtK ue se achava em estreito contato com o Domit; de etrogrado do artido Adstrita ao Domit; de etrogrado, criou3se uma organização militar 'ara o trabalho entre a guarnição 0m agosto de 191>, o che+e da 'olcia secreta de etrogrado in+ormava ue o KFru'o Dentral de Nronstadt  uma organização muito sria, de car&ter cons'irativo, cujos membros são todos 'essoas caladas e 'recavidas 0sta organização tem tambm re'resentantes em terraK *a +rente, o artido bolcheviue +azia trabalho de agitação em 'rol da con+raternização entre os soldados dos e/rcitos beligerantes, ressaltando ue o inimigo era a burguesia mundial e ue s- se 'oderia '.r +im " guerra, convertendo a guerra im'erialista em guerra civil e voltando as armas cada ual contra a sua 'r-'ria burguesia e o governo desta Dada vez se amiudavam mais os casos de unidades ue se negavam a atacar Dasos destes se deram j& em 191P e, sobretudo, em 191U nde os bolcheviues desenvolviam um trabalho mais intenso era nos 0/rcitos da +rente do *orte, na região do B<ico 0m começos do ano de 1917, o general #ussJi, general em che+e dos 0/rcitos da +rente *orte, in+ormava o Alto Domando a res'eito do +ormid&vel trabalho revolucion&rio, desenvolvido 'elos bolcheviues nauela +rente A guerra im'.s uma mudança radical e gigantesca na vida dos 'ovos e na vida da classe o'er&ria internacional unha sobre o ta'ete a sorte dos 0stados, a sorte dos 'ovos, a sorte do movimento socialista 0ra tambm, 'ortanto, uma 'edra de toue, uma 'rova 'ara todos os 'artidos e tend;ncias ue se chamavam socialistas ermaneceriam estes 'artidos e tend;ncias +iis " causa do socialismo, " causa do internacionalismo, ou 're+eririam atraiçoar a classe o'er&ria, atirar no chão sua bandeira e arrast&3los aos 's de sua 'r-'ria burguesia nacionalY ?al era o 'roblema ue se a'resentava A guerra demonstrou ue os 'artidos da egunda 6nternacional não resistiram " 'rova, mas ue traram a classe o'er&ria, arriando sua bandeira diante da burguesia de seu 'r-'rio 'as, diante da burguesia nacional, im'erialista *ão 'odia ser outra a conduta de 'artidos como aueles ue cultivavam em seu seio o o'ortunismo e estavam educados na 'oltica de concessHes aos o'ortunistas, aos nacionalistas A guerra demonstrou ue o artido bolcheviue +oi o $nico 'artido ue soube en+rentar com honra a 'rova e ue 'ermaneceu +iel at o +im " causa do internacionalismo 'rolet&rio 0 era l-gico ue +osse assim, 'ois s- um 'artido de novo ti'o, s- um 'artido educado no es'rito da luta intransigente contra o o'ortunismo, s- um 'artido assim 'odia sair vitorioso dauela grande 'rova e 'ermanecer +iel " causa da classe o'er&ria, " causa do socialismo e do internacionalismo

( — As tropas c0aristas s#o derrotadas na 6rente. — O desastre econ9mico. A crise do c0arismo.

A guerra havia entrado j& no terceiro ano Eevorava milhHes de vidas humanas, dei/ando uma esteira de mortos, de +eridos, de seres ue 'ereciam em virtude das e'idemias 'roduzidas 'ela guerra A burguesia e os lati+undi&rios se enriueciam com ela, enuanto ue os o'er&rios e cam'oneses so+riam cada vez mais misria e mais 'rivaçHes A guerra destrua a 0conomia nacional da #$ssia Derca de 14 milhHes de trabalhadores +ortes e sãos tinham sido arrebatados " 'rodução 'elo 0/rcito aravam +&bricas e o+icinas A colheita dos cam'os de cereais

decrescia, 'or +alta de braços A 'o'ulação e os soldados na +rente 'assavam +ome e andavam nus e descalços A guerra havia devorado todos os recursos do 'as  0/rcito czarista so+ria derrota a'-s derrota A artilharia alemã descarregava sobre as tro'as czaristas verdadeiras saraivadas de 'rojteis, enuanto no 0/rcito czarista escasseavam os canhHes, muniçHes e at os +uzis Ms vezes, havia um +uzil 'ara cada W soldados %& em 'lena guerra, se descobriu a traição do ministro da Fuerra czarista, uJhomlinov, ue se veri+icou estar em relaçHes com os es'iHes alemães  'r-'rio ministro da Fuerra se encarregava de e/ecutar as instruçHes da es'ionagem alemã dei/ar a +rente desabastecida de muniçHes, não enviar 'ara a +rente nem canhHes nem +uzis Alguns ministros e generais czaristas contribuam com dis+arce 'ara os ;/itos do 0/rcito alemãoV em ligação com a czarina, ue estava ligada com os alemães, delatavam a estes os segredos militares *ão tem, 'ois, nada de estranho ue, nestas condiçHes, o 0/rcito czarista +osse derrotado obrigado a bater em retirada & 'ara o ano de 191U, os alemães conseguiram a'oderar3se da ol.nia e de uma 'arte da região do B<ico ?udo isso des'ertava o -dio e a c-lera contra o governo czarista 'or 'arte dos o'er&rios, dos cam'oneses, dos soldados e dos intelectuais, e acentuava e robustecia o movimento revolucion&rio das massas 'o'ulares contra a guerra e contra o czarismo, tanto na retaguarda como na +rente, tanto no centro como na 'eri+eria  descontentamento começou tambm a tomar conta da burguesia im'erialista russa 0sta se sentia indignada diante do +ato de se tornarem senhores da Dorte malandros da marca de #as'utin, ue trabalhavam claramente em 'rol de uma 'az se'arada com os alemães, se convencendo cada vez mais de ue o governo czarista era inca'az de +azer uma guerra vitoriosa ?emia ue o czarismo, 'ara salvar a situação, recorresse a uma 'az se'arada com a Alemanha 0m vista disso, a burguesia russa decidiu organizar um Kcom'lotK 'alaciano 'ara derrubar o czar *icolau 66, 'ondo no trono o grão3duue :iguel #omanov, ue se achava ligado com a burguesia retendia com isto matar dois '&ssaros com um s- tiroV em 'rimeiro lugar, escalar o 'oder e assegurar o 'rosseguimento da guerra im'erialista, e em segundo lugar, atalhar com um 'eueno Kcom'lotK 'alaciano o avanço da grande revolução 'o'ular, cada vez mais ameaçador A burguesia russa contava 'ara esta em'resa com o a'oio incondicional dos governos ingl;s e +ranc;s 0stes governos viam ue o czar era inca'az de 'rosseguir a guerra e temiam ue terminasse 'or assinar uma 'az se'arada com os alemães e o governo czarista +izesse uma 'az se'arada, os governos da 6nglaterra e da =rança 'erderiam com a #iissia, um aliado ue, alm de entreter em sua +rente as +orças do inimigo, 'unha " dis'osição da =rança dezenas de milhares de soldados russos escolhidos 0is 'or ue a'oiavam a burguesia russa en suas intençHes de levar a cabo o Kcom'lotK 'alaciano  czar achava3se, 'ortanto, isolado Ao mesmo tem'o ue se multi'licavam os reveses na +rente, o desastre da 0conomia ia se acentuando cada vez mais *os meses de janeiro e +evereiro de 1917, a cat&stro+e do abastecimento das matrias3'rimas e dos combustveis chegou ao seu 'onto culminante  a'rovisionamento de etrogrado e de :oscou cessou uase em absoluto Domeçaram a +echar +&bricas a'-s +&bricas  +echamento de +&bricas veio acentuar o desem'rego +orçado A situação se tornava verdadeiramente insu'ort&vel 'ara os o'er&rios :assas cada vez mais e/tensas do 'ovo iam3se convencendo de ue s- havia um caminho 'ara sair dauela situação insustent&vel a derrubada da autocracia czarista  czarismo estava atravessando claramente uma crise mortal A burguesia julgava 'oder resolver a crise 'or meio de um Kcom'lotK 'alaciano :as +oi o 'ovo ue a resolveu " sua maneira

: — A revolu"#o de 6evereiro. ;ueda do c0arismo. Constitui"#o dos Soviets de deputados oper3rios e soldados.
 ano de 1917 começou com a greve de 9 de janeiro Eurante esta greve, celebraram3se mani+estaçHes em etrogrado, :oscou, BaJ$ e *ijni3*ovgorodV a 9 de janeiro abandonaram o trabalho da terça 'arte dos o'er&rios de :oscou Cma mani+estação de 2 mil 'essoas +oi dissolvida violentamente 'ela 'olcia montada na Avenida ?versJaia 0m etrogrado, os soldados se juntaram aos mani+estantes, na calçada de Qiborg KA idia da greve geral @ in+ormava a 'olcia de etrogrado @ vai ganhando novos ade'tos dia a dia e aduirindo a mesma 'o'ularidade ue em 19>PK

s mencheviues e os social3revolucion&rios se es+orçavam 'or enuadrar o movimento revolucion&rio inci'iente dentro do limite conveniente " burguesia liberal s mencheviues 'ro'useram ue a 14 de +evereiro, dia da abertura da Euma, se organizasse um des+ile de o'er&rios diante desta :as as massas o'er&rias, marchando atr&s dos bolcheviues, não des+ilaram em +rente " Euma, mas em mani+estação 'elas ruas A 1G de +evereiro de 1917 estalou, em etrogrado, a greve dos o'er&rios da +&brica de KutilovK A 22 de +evereiro entraram em greve os o'er&rios da maioria das grandes +&bricas A 2W de +evereiro (G de março), Eia 6nternacional da :ulher, as o'er&rias, atendendo ao a'elo do Domit; bolcheviue de etrogrado, saram " rua em mani+estação contra a +ome, a guerra e o czarismo 0m etrogrado, esta mani+estação das o'er&rias +oi a'oiada com uma ação grevista geral dos o'er&rios A greve 'oltica 'rinci'iava a converter3se em uma mani+estação 'oltica geral contra o regime czarista A 24 de +evereiro (9 de março), a mani+estação se renovou com outras +orças A greve atingia j& cerca de 2>> mil o'er&rios A 2P de +evereiro (1> de março), o movimento revolucion&rio se estendeu a todo o etrogrado o'er&rio As greves 'olticas 'or distritos converteram3se em uma greve 'oltica geral em toda a cidade or toda a 'arte surgiram mani+estaçHes e choues com a 'olcia obre as massas o'er&rias se agitavam cartazes vermelhos com estas 'alavras de ordem KAbai/o o czarXK, KAbai/o a guerraXK, KãoK *a manhã de 2U de +evereiro (11 de março), a greve 'oltica e a mani+estação começaram a converter3se em tentativas de insurreição s o'er&rios desarmavam a 'olcia e os gendarmes 'ara se armarem :as o choue armado com a 'olcia terminou com uma chacina de mani+estantes na raça namensJaia  general Nhabalov, che+e da região militar de etrogrado, ordenou ue os o'er&rios se reintegrassem no trabalho a 2G de +evereiro (1W de março), ameaçando enviar 'ara a +rente os ue não acatassem esta ordem A 2P de +evereiro (1> de março), o czar mandou ao general Nhabalov esta ordem im'erativa K0/ijo ue amanhã se 'onha +im "s desordens na ca'italK :as j& não era 'ossvel K'.r +imK " revolução A 2P de +evereiro (11 de março), a 4Z Dom'anhia do Batalhão de #eserva do #egimento de avlovsJ rom'eu +ogo, mas não contra os o'er&rios e sim contra os destacamentos de guardas montadas ue tinham começado a dis'arar contra os o'er&rios A luta 'ara ganhar a tro'a se revestia do car&ter mais enrgico e tenaz, sobretudo, 'or 'arte das mulheres o'er&rias, ue se misturavam entre os soldados, con+raternizavam com eles e os incitavam a ajudar o 'ovo a derrubar a autocracia czarista tão odiada 'or ele A direção do trabalho 'r&tico do artido bolcheviue corria, 'or auela 'oca, 'or conta do Bureau do Domit; Dentral do artido, residente em etrogrado, e " +rente do ual se encontrava o camarada :alotov A 2U de +evereiro (11 de março), o Bureau do D D lançou um mani+esto conclamando as massas a 'rosseguirem na luta contra o czarismo e a constiturem um governo 'rovis-rio revolucion&rio A 27 de +evereiro (12 de março), as tro'as de etrogrado se negaram a dis'arar contra os o'er&rios e começaram a 'assar 'ara o lado do 'ovo ue se levantara em armas *a manhã de 27 de +evereiro, os soldados sublevados não 'assavam de 1> milV nauele mesmo dia, 'ela noite, j& subiam a U> mil s o'er&rios e soldados sublevados começaram a deter os ministros e generais czaristas e a tirar os revolucion&rios das cadeias s 'resos 'olticos, 'ostos em liberdade, se juntavam " luta revolucion&ria *as ruas havia ainda tiroteio entre o 'ovo e os guardas e gendarmes ue tinham colocado suas metralhadoras nos telhados das casas :as a r&'ida 'assagem da tro'a 'ara o lado dos o'er&rios decidiu da sorte da autocracia czarista Iuando a notcia do triun+o da revolução em etrogrado chegou a outras cidades e " +rente, os o'er&rios e os soldados começaram a derrubar 'or toda a 'arte os re'resentantes da autoridade czarista A revolução democr&tico3burguesa de +evereiro triun+ara A revolução triun+ou 'orue " +rente dela se '.s a classe o'er&ria, acaudilhando o movimento de massas de milhHes de cam'oneses +ardados K'ela 'az, 'elo 'ão e 'ela liberdadeK A hegemonia do 'roletariado +oi ue assegurou o triun+o da revolução KA revolução +oi obra do 'roletariado, ue deu 'rovas de herosmo, derramou o seu sangue e arrastou com ele as mais am'las massa dos trabalhadores e da 'o'ulação mais 'obreK escrevia enin, nos 'rimeiros dias da revolução (, t 55, '&gs 2W324, ed russa)

A 'rimeira revolução, a revolução de 19>P, havia 're'arado o terreno 'ara o r&'ido triun+o da segunda revolução, da revolução de 1917 Kem os tr;s anos de +ormid&veis combates de classe e de energia revolucion&ria desenvolvida 'elo 'roletariado russo de 19>P a 19>7, teria sido im'ossvel uma segunda revolução tão r&'ida, ue cobriu sua eta'a inicial em alguns diasK, assinalava enin (bra citada, '&g 1W) *os 'rimeiros dias da revolução, a'arecem j& os oviets A revolução triun+ante se a'oiava nos oviets de de'utados o'er&rios e soldados s o'er&rios e soldados sublevados criaram seus res'ectivos oviets A revolução de 19>P tinha revelado ue os oviets são os -rgãos da insurreição armada e, ao mesmo tem'o o grmen do novo oder, do oder revolucion&rio A ideia dos oviets vivia na consci;ncia das massas o'er&rias ue a 'useram em 'r&tica no dia seguinte " derrubada do czarismo, embora com a di+erença de ue, enuanto os oviets criados em 19>P eram somente oviets de de'utados oper3rios, os ue se criaram em +evereiro de 1917 eram 'or iniciativa dos bolcheviues, oviets de de'utados oper3rios e soldados 0nuanto os bolcheviues se 'unham " +rente da luta direta das massas nas ruas, os 'artidos o'ortunistas, mencheviues e social3revolucion&rios, 'reocu'avam3se em obter 'ostos de de'utados nos oviets, alcançando neles uma maioria 'r-'ria ara este resultado contribuiu, em 'arte, o +ato de ue a maioria dos dirigentes do artido bolcheviue se achavam no c&rcere ou de'ortados (enin se encontrava na emigração, e talin e verdlov estavam de'ortados na ibria), enuanto os mencheviues e social3revolucion&rios 'asseavam livremente 'elas ruas de etrogrado Assim se e/'licava ue os re'resentantes dos 'artidos o'ortunistas, os mencheviues e os social3revolucion&rios, se a'oderassem da direção no oviet de etrogrado e em seu Domit; 0/ecutivo 0 outro tanto aconteceu em :oscou e em outra srie de cidades omente em 6vanovo3QosnessensJ, NrasnoiarsJ e alguns outros 'ontos lograram os bolcheviues ter a maioria nos oviets desde o 'rimeiro momento  'ovo armado, os o'er&rios e soldados, ao enviar seus re'resentantes ao oviet, viam nele o -rg&o do oder 'o'ular 0ntendiam e acreditavam ue o oviet de de'utados o'er&rios e soldados daria satis+ação a todos os desejos do 'ovo revolucion&rio e ue o seu 'rimeiro ato seria +azer a 'az :as o e/cesso de con+iança dos o'er&rios e soldados lhes 'regou uma 'eça s social3revolucion&rios e mencheviues não 'ensavam nem remotamente em '.r +im " guerra, em conuistar a 'az eu 'ro'-sito era se a'roveitarem da revolução 'ara 'rosseguir a guerra Iuanto " revolução e "s reivindicaçHes revolucion&rias do 'ovo, os social3revolucion&rios e os mencheviues entendiam ue a revolução j& estava terminada e ue o 'roblemas ue então se a'resentava era consolid&3la e entrar na trilha da vida KnormalK, da vida constitucional, 'elo braço da burguesia Assim, a direção social3revolucion&ria3mencheviue do oviet de etrogrado tomou todas as medidas ue estavam em suas mãos 'ara su+ocar o 'roblema da terminação da guerra, o 'roblema da 'az, e entregar o 'oder " burguesia A 27 de +evereiro (12 de março) de 1917, os de'utados liberais da Euma, combinados nos bastidores com os lderes social3revolucion&rios e mencheviues, +ormaram o Domit; rovis-rio da Euma, 'ondo " +rente dele o 'residente da Iuarta Euma, o lati+undi&rio mon&ruico #odzianJo Alguns dias de'ois o Domit; rovis-rio da Euma e os lderes social3revolucion&rios e mencheviues do Domit; 0/ecutivo do oviet de Ee'utados o'er&rios e soldados, " revelia dos bolcheviues, se 'useram de acordo sobre a +ormação de um governo na #$ssia o governo 'rovis-rio burgu;s, 'residido 'elo 'rnci'e vov a uem o czar *icolau 66, j& antes da revolução de +evereiro, tinha na 'asta como 'rimeiro3ministro 'ara seu gabinete 0ntraram a +azer 'arte do governo 'rovis-rio o che+e dos Jadetes, :iliuJov, o che+e dos outubristas, FucJJov, e outros destacados re'resentantes da classe ca'italistaV na ualidade de re'resentante da KdemocraciaK, +oi incor'orado ao governo o social3revolucion&rio NerensJi Eeste modo, os lderes social3revolucion&rios e mencheviues do Domit; 0/ecutivo do oviet entregaram o oder " burguesiaV in+ormado disso de'ois de 'roduzir3se o +ato, o oviet de de'utados o'er&rios e soldados re+erendou 'or maioria de votos a conduta daueles lderes, a'esar dos 'rotestos dos bolcheviues 0 assim se +ormou na #$ssia um novo 'oder estatal, com'osto @ como dizia enin @ 'or re'resentantes da Kburguesia e dos lati+undi&rios aburguesadosK :as, ao lado do governo burgu;s, e/istia outro oder o oviet de de'utados o'er&rios e soldados s de'utados soldados do oviet eram, +undamentalmente, cam'oneses mobilizados 'ara a guerra  oviet de de'utados o'er&rios e soldados era o -rgão da aliança dos o'er&rios e cam'oneses contra o 'oder czarista e, ao mesmo tem'o, o -rgão de seu oder, o -rgão da ditadura da classe o'er&ria e dos cam'oneses 0stabeleceu3se, 'ois, um original entrelaçamento entre dois 'oderes, entre duas ditaduras a ditadura da burguesia, encarnada no governo 'rovis-rio, e a ditadura do 'roletariado e dos cam'oneses, re'resentada 'elo oviet de de'utados o'er&rios e soldados 0stabeleceu3se uma dualidade de 'oderes Domo se e/'lica ue nos oviets tivessem maioria, a 'rinc'io, os mencheviues e os

social3revolucion&riosY Domo se e/'lica ue os o'er&rios e os cam'oneses triun+antes entregassem voluntariamente o oder aos re'resentantes da burguesiaY enin e/'licava isto 'elos milhHes de homens sem e/'eri;ncia oltica ue tinham des'ertado com 8nsias de 'artici'ar na vida 'oltica 0ram, em grande 'arte, 'euenos 'ro'riet&rios, cam'oneses, o'er&rios ue at h& 'ouco trabalhavam no cam'o, 'essoas ue ocu'avam um lugar intermedi&rio entre a burguesia e o 'roletariado A #$ssia era, nauela 'oca, o mais 'eueno3burgu;s de todos os grandes 'ases euro'eus *este 'as, Ka gigantesca3onda 'eueno3burguesa inundava tudo, a+ogava o 'roletariado consciente, não s- 'or seu volume, senão tambm ideologicamente, isto , contagiava setores vastssimos de o'er&rios com suas idias 'olticas 'eueno3burguesasK, (enin, t 55, '&g 11P, ed russa) 0sta onda de elementos 'eueno3burgueses +oi tambm a ue trou/e " tona os 'artidos 'eueno3burgueses e social3revolucion&rios utra causa ue enin assinalava era a mudança o'erada durante a guerra uanto aos elementos ue com'unham o 'roletariado, e o insu+iciente nvel de consci;ncia e de organização do 'roletariado nos 'rimeiros momentos da revolução Eurante a guerra tinham3se o'erado mudanças consider&veis na com'osição do 'roletariado Derca de 4>[ dos uadros o'er&rios tinham sido mobilizados militarmente Dom o +ito de se subtrarem " mobilização, meteram3se nas +&bricas, nos anos de guerra, muitos 'euenos 'ro'riet&rios, artesãos e 'euenos comerciantes, alheios " 'sicologia 'rolet&ria 0stes setores o'er&rios de ti'o 'eueno3burgu;s eram um terreno adeuado 'ara o cultivo dos 'olticos 'eueno3burgueses, mencheviues e social3revolucion&rios 0is 'or ue as grandes massas do 'ovo, ine/'erientes em 'oltica, inundadas 'ela onda dos elementos 'eueno3burgueses e embriagados 'elos 'rimeiros ;/itos da revolução, marcharam durante os 'rimeiros meses desta " retaguarda dos 'artidos o'ortunistas e se 'restaram a ceder " burguesia o oder estatal acreditando ingenuamente ue o 'oder burgu;s não estorvaria o trabalho dos oviets 6sto obrigava o artido bolcheviue a +azer ver "s massas, 'or meio de um 'aciente trabalho de esclarecimento, o car&ter im'erialista do governo 'rovis-rio, a mostrar a traição dos social3revolucion&rios e mencheviues, +azendo com'reender "s massas ue não era 'ossvel conseguir a 'az sem substituir o governo 'rovis-rio 'elo governo dos oviets 0 o artido bolcheviue tomou em suas mãos esta em'resa com toda a energia  artido restabeleceu a 'ublicação de seus -rgãos de 6m'rensa legais Dinco dias de'ois da #evolução de =evereiro, j& se começou a 'ublicar em etrogrado a KravdaK e, alguns dias mais tarde, a'areceu em :oscou Ko ocial3democrataK Domeçou a atuar " +rente das massas ue iam 'erdendo a con+iança na burguesia liberal, nos mencheviues e social3revolucion&rios 0/'licou 'acientemente aos soldados e aos cam'oneses a necessidade de atuarem conjuntamente com a classe o'er&ria =ez ver aos cam'oneses ue não obteriam a 'az nem a terra, se a revolução não continuasse a avançar, se o governo 'rovis-rio da burguesia não +osse substitudo 'elo governo dos oviets

!esumo

A guerra im'erialista estalou devido " desigualdade de desenvolvimento dos 'ases ca'italistas, devido " ru'tura do euilbrio entre as 'rinci'ais 'ot;ncias, devido " necessidade em ue se viam os im'erialistas de 'rocederem a uma nova 'artilha do mundo 'or meio da guerra e de criarem um novo euilbrio de +orças A guerra não teria aduirido um car&ter tão desastroso, e at  'rov&vel ue não tivesse chegado a tomar tais 'ro'orçHes, se os artidos da egunda 6nternacional não tivessem trado a causa da classe o'er&ria, se não tivessem in+ringido as resoluçHes dos congressos da egunda 6nternacional contra a guerra, se se tivessem decidido a 'roceder ativamente e a levantar a classe o'er&ria contra os seus 'r-'rios governos im'erialistas, contra os incendi&rios da guerra  artido bolcheviue +oi o $nico 'artido 'rolet&rio ue se manteve +iel " causa do socialismo e do internacionalismo, organizando a guerra civil contra seu 'r-'rio governo im'erialista ?odos os demais 'artidos da egunda 6nternacional, vinculados " burguesia 'or meio de seu gru'o dirigente, estavam a+inal de contas entregues de 's e mãos ao im'erialismo, desertaram 'ara o cam'o dos im'erialistas

A guerra, re+le/o da crise geral do ca'italismo, acentuou esta crise e debilitou o ca'italismo mundial s o'er&rios da #$ssia e o artido bolcheviue +oram os 'rimeiros do mundo ue souberam a'roveitar e+icazmente a debilidade do ca'italismo 'ara rom'er a +rente im'erialista, derrubar o czar e criar os oviets de de'utados de o'er&rios e soldados As grandes massas da 'euena burguesia, dos soldados e, inclusive, dos o'er&rios, embriagados 'elos 'rimeiros ;/itos da revolução e con+iadas nas garantias ue lhes davam os mencheviues e social3revolucion&rios de ue 'ara diante tudo andaria bem, dei/aram3se levar 'ela con+iança no governo 'rovis-rio e o a'oiaram Ante o artido bolcheviue se a'resentava a tare+a de e/'licar "s massas de o'er&rios e soldados, embriagados 'elos 'rimeiros ;/itos, ue ainda havia um longo trecho a 'ercorrer at o triun+o total da revolução, ue enuanto o oder se achasse em mãos do governo 'rovis-rio da burguesia e os o'ortunistas, os mencheviues e social3revolucion&rios mandassem nos oviets, o 'ovo não obteria a 'az, nem a terra, nem o 'ão, ue, a +im da vit-ria ser com'leta, era necess&rio dar um 'asso " +rente e entregar o oder aos oviets

Capítulo VII — O Partido Bolchevique Durante o Período de Preparação e Realização da Revolução Socialista de Outuro !"ril de #$#%&#$#'(

# — Situação do país depois da Revolução de )evereiro* — O Partido sai da clandestinidade e passa ao traalho político aerto* — Che+ada de ,enin a Petro+rado* — Suas teses de aril* — O Partido se orienta para a Revolução Socialista* Os acontecimentos e a conduta do governo provisório confirmavam dia a dia a justeza da linha bolchevique. Todos os fatos indicavam que o governo provisório não estava com o povo, mas contra ele, não defendia a paz, mas a guerra, não queria nem podia dar ao país a paz, a terra ou o pão. O trabalho de esclarecimento dos bolcheviques encontrava um terreno favorável. nquanto os operários e os soldados derrubavam o governo czarista e destruíam as raízes da monarquia, o governo provisório se inclinava claramente para a conserva!ão do regime monárquico. " # de mar!o mandou $uch%ov e &hulguin 's escondidas se entrevistarem com o czar. " burguesia queria entregar o (oder ao grão)duque *iguel, irmão de +icolau omanov. *as quando, num comício de ferroviários, $uch%ov terminou seu discurso com o grito de -iva o imperador *iguel/-, os operários e0igiram que o orador fosse imediatamente detido e levado para o 0adrez, e e0clamaram indignados1 -Tão bom 2 3oão como 4iogo/ra evidente que os operários não estavam dispostos a consentir a restaura!ão da monarquia. nquanto os operários e os camponeses, levando a cabo a revolu!ão e derramando o seu sangue, esperavam que se pusesse fim ' guerra, lutavam pelo pão e a terra e reclamavam medidas s2rias na luta contra o desastre econ5mico, o governo provisório permaneceu surdo a essas reivindica!6es vitais do povo. "quele governo, formado pelos mais característicos representantes dos capitalistas e latifundiários, não pensava, sequer, em satisfazer 's e0ig7ncias dos camponeses, entregando)lhes a terra. Tampouco podia dar pão aos trabalhadores, já que para isto teria de lesar os interesses dos grandes comerciantes de cereais e arrebatar por todos os meios o trigo aos latifundiários e aos %ula%s, coisa que não se decidia a fazer um governo como aquele, ligado aos interesses destas classes. Tamb2m não podia dar a paz ao povo. O governo provisório, amarrado aos imperialistas anglo)franceses, não pensava em acabar a guerra8 ao contrário, tencionava valer)se da revolu!ão para intensificar ainda mais a participa!ão da 9ssia na guerra imperialista e para dar satisfa!ão a suas ambi!6es imperialistas sobre a conquista de :onstantinopla e dos 4ardanelos e sobre a ane0a!ão da $alitzia. ra evidente que terminaria cedo a atitude de confian!a das massas do povo na política do governo provisório. ia)se claramente que a dualidade de poderes que se havia criado depois da evolu!ão de ;evereiro, não poderia sustentar)se por muito tempo, pois a marcha do acontecimentos e0igia que o (oder se concentrasse em um dos dois lugares, ou no seio do governo provisório ou nas mãos dos &oviets. < certo que a política oportunista dos mencheviques e social)revolucionários encontrava ainda apoio nas massas do povo. "inda eram muitos os operários, e mais ainda os soldados e camponeses, que confiavam em que -breve a "ssembl2ia :onstituinte viria arranjar tudo como era devido-, que acreditavam que a guerra não se fazia para obter conquistas, mas porque era necessária para a defesa do stado. ra a estes que =enin chamava de defensistas honradamente enganados. stas pessoas consideravam ainda acertada a política de promessas e e0orta!6es dos social)revolucionários e mencheviques. *as era indubitavelmente que as promessas e e0orta!6es não continuariam surtindo efeito durante muito tempo, pois a marcha dos acontecimentos e a conduta do governo provisório descobriam e punham a nu dia após dia que a política oportunista dos social)revolucionários e mencheviques não fazia outra coisa senão mistificar as pessoas cr2dulas e enganá)las. O governo provisório nem sempre se limitava a seguir uma política de luta subterr>nea contra o movimento revolucionário das massas, uma política de manejos sub)reptícios contra a revolu!ão. 4e vez em quando tentava passar ' ofensiva franca e aberta contra as liberdades democráticas, tentava -restabelecer a disciplina-, principalmente entre os soldados, tentava -impor a ordem-, isto 2, fazer entrar a revolu!ão dentro dos limites convenientes ' burguesia. *as, por muito que se esfor!asse para consegui)lo, não podia, e as massas populares punham zelosamente em prática as liberdades democráticas1 a liberdade de palavra, de ?mprensa, de reunião, de associa!ão e de manifesta!ão. Os operários e os soldados se esfor!avam para utilizar plenamente os primeiros direitos democráticos conquistados por eles, para participar de um modo ativo na vida política do país, com o objetivo de poder compreender e esclarecer a situa!ão criada e decidir de sua atua!ão ulterior.

4epois da evolu!ão de ;evereiro, as organiza!6es do (artido bolchevique, que sob as duras condi!6es do czarismo tinham trabalhado ilegalmente, saíram da clandestinidade e come!aram a desenvolver abertamente seu trabalho político e de organiza!ão. +aquela ocasião, o n9mero de filiados do (artido bolchevique era de @A a @B mil. *as eram quadros temperados na luta. Os :omit7s do (artido foram reorganizados na base do centralismo democrático e se estabeleceu o princípio de designar por elei!ão de bai0o para cima todos os órgãos do (artido. " passagem do (artido para a legalidade trou0e ' tona as diverg7ncias e0istentes em seu seio. Camenev e alguns militantes da organiza!ão de *oscou, como por e0emplo, D%ov, Eubnov, abra!aram a posi!ão semimenchevique de apoio condicional ao governo provisório e ' política dos defensistas. &talin, que acabava de chegar do desterro, *olotov e outros, juntamente com a maioria do (artido, defenderam a política de desconfian!a no governo provisório, manifestaram)se contra o defensismo e aconselharam a luta ativa pela paz e contra a guerra imperialista. Fma parte dos militantes do (artido vacilava, refletindo com isso seu atraso político, resultado de sua longa perman7ncia na cadeia ou no desterro. +otava)se a aus7ncia do chefe do (artido, =enin. " G HIJK de abril de ILIM, depois de uma longa e0patria!ão, =enin regressou ' 9ssia. " chegada de =enin teve uma import>ncia enorme para o (artido e para a revolu!ão. "chando)se ainda na &uí!a, mal recebeu as primeiras notícias da revolu!ão, =enin escreveu ao (artido e ' classe operária da 9ssia, em suas -:artas de longe-1 -Operários/ Tendes feito prodígios de heroísmo proletário e popular, na guerra civil contra o czarismo. Tereis que fazer prodígios de organiza!ão do proletariado e de todo o povo para preparar o vosso triunfo na segunda etapa da revolu!ão- H=enin, t. NN pág. IL, ed. russaK. =enin chegou a (etrogrado a G de abril, ' noite. +a esta!ão da ;inl>ndia e na pra!a que dá acesso a ela, se congregaram para receb7)lo milhares de operários, soldados e marinheiros. Fm entusiasmo indescritível se apoderou das massas, quando =enin desceu do trem. O chefe da revolu!ão foi erguido e levado nos bra!os do povo at2 a grande sala de espera, onde os mencheviques :h%eidse e &%obelev o esperavam para dirigir)lhe uma sauda!ão de -boas)vindas- em nome do &ovietde (etrogrado, sauda!ão em que -e0primiam a esperan!a- de que =enin -marcharia de acordo- com eles. *as =enin, sem escutá)los, passou por alto, dirigindo)se para a massa dos operários e soldados, e, trepado num carro blindado, pronunciou o seu famoso discurso, no qual chamava as massas a lutarem pelo triunfo da evolu!ão &ocialista. -iva a evolu!ão &ocialista-, foram as palavras com que =enin terminou este discurso, o primeiro que pronunciava, depois de longos anos de desterro. m sua chegada ' 9ssia, =enin se entregou com toda energia ao trabalho revolucionário. +o dia seguinte ' sua chegada, pronunciou numa reunião do (artido bolchevique um informe sobre a guerra e a revolu!ão, voltando logo a e0por as teses deste informe numa assembl2ia ' qual assistiram, al2m dos membros do (artido, os mencheviques. Tais foram as c2lebres Teses de "bril de =enin, que tra!aram para o (artido e o proletariado a linha revolucionária clara da passagem da revolu!ão burguesa ' revolu!ão socialista. "s teses de =enin tiveram uma import>ncia enorme para o trabalho posterior do (artido. " revolu!ão significava uma mudan!a grandiosa na vida do país e o (artido, nas novas condi!6es de luta criadas depois da derrubada do czarismo, necessitava de uma nova orienta!ão para marchar com passo audaz e seguro pelo novo caminho. sta orienta!ão foi a que as teses de =enin deram ao (artido. "s Teses de "bril de =enin tra!avam um plano genial de luta do (artido para a passagem da primeira ' segunda etapa da revolu!ão, para a passagem da revolu!ão democrático)burguesa ' revolu!ão socialista. Toda a história anterior do (artido o preparava para esta missão grandiosa. 3á em ILAB, em seu folheto intitulado -"s duas táticas da social)democracia na revolu!ão democrática-, dizia =enin que, depois de derrubar o czarismo, o proletariado passaria ' realiza!ão da revolu!ão socialista. O que as teses continham de novo era o fundamento teórico, o plano concreto para abordar a passagem ' revolu!ão socialista. +o terreno econ5mico, as medidas de transi!ão podiam resumir)se assim1 nacionaliza!ão de toda a terra do país, mediante o confisco das terras dos latifundiários8 fusão de todos os bancos em um só Eanco +acional, submetido ao controle do &oviet de deputados operários8 implanta!ão do controle sobre a produ!ão social e a partilha dos produtos. +o terreno político, =enin preconizava a passagem da ep9blica parlamentar para a ep9blica dos &oviets. ?sto significava um importante avan!o no terreno da teoria e da prática do mar0ismo. "t2 então, os teóricos mar0istas vinham considerando a ep9blica parlamentar como a melhor forma política de transi!ão para o socialismo. "gora, =enin preconizava a substitui!ão da ep9blica parlamentar pela ep9blica dos &oviets como a forma mais adequada de organiza!ão política da sociedade no período de transi!ão do capitalismo ao socialismo.

-" peculiaridade do momento atual na 9ssia  diziam as -Teses-  consiste na passa+e- da primeira etapa da revolu!ão, que deu o (oder ' burguesia por faltar ao proletariado o necessário grau de consci7ncia e organiza!ão, ' sua se+unda etapa, que colocará o (oder nas mãos do proletariado e dos camponeses mais pobresH=enin, t. pág. PP ed. russaK.  um pouco mais adiante1 -+ão uma rep9blica parlamentar  voltar a ela depois dos &oviets de deputados operários seria dar um passo atrás  mas uma ep9blica dos &oviets de deputados operários, camponeses e jornaleiros do campo, em todo o país, de bai0o a cima-. HObra citada, pág. PPK. " guerra, dizia =enin, continua sendo uma guerra de rapina, uma guerra imperialista, ainda sob o novo governo, sob o governo provisório.  2 missão do (artido e0plicar isto 's massas e faz7)las compreender que, sem derrotar a burguesia, 2 impossível dar cabo da guerra, não com uma paz imposta pela for!a, mas com tuna paz verdadeiramente democrática. " respeito do governo provisório, =enin lan!ou esta palavra de ordem1 -+em o menor apoio ao governo provisório/m suas Teses, =enin assinalava, al2m disso, que, naquele momento, o (artido bolchevique estava em minoria dentro dos &oviets e que nestes predominava o bloco menchevique)social)revolucionário, que servia de veículo ' influ7ncia da burguesia sobre o proletariado. (ortanto, a missão do (artido consistia em1 -0plicar 's massas que o &oviet de deputados operários 2 a .nica /or-a possível  de governo revolucionário, razão pela qual, enquanto este governo se submeter ' influ7ncia da burguesia, nossa missão só pode consistir em e0plicar os erros de sua tática de um modo paciente, sistemático, tenaz e adaptando)se especialmente 's necessidades práticas das massas. nquanto estivermos em minoria, desenvolveremos um trabalho de crítica e esclarecimento dos erros, mantendo, ao mesmo tempo, a necessidade de que todo o (oder do stado passe aos &oviets de deputados operários...- H=enin, t. NN, pág. PP, ed. russaK. ?sto quer dizer que =enin não incitava ' insurrei!ão contra o governo provisório, sustentado naquele momento pela confian!a dos &oviets, não e0igia sua derrubada, mas aspirava, por meio de um trabalho de esclarecimento, e de recrutamento, a conquistar a maioria dentro dos &oviets, a mudar a política destes, e, atrav2s deles, a composi!ão e a política do governo. O ponto de vista que aqui se adotava era o do desenvolvimento pacífico da revolu!ão. =enin e0igia, al2m disso, que o (artido tirasse a -roupa suja-, que dei0asse de se chamar (artido social)democrata. &ocial)democratas se chamavam tamb2m os partidos da &egunda ?nternacional e os mencheviques russos. ra um nome manchado, desonrado pelos oportunistas, pelos traidores do socialismo. =enin propunha que o (artido bolchevique adotasse o nome de Partido Co-unista, que era como *ar0 e ngels chamavam o seu partido. sta denomina!ão 2 cientificamente e0ata, visto que a meta final do (artido bolchevique 2 a consecu!ão do comunismo. " Qumanidade, ao sair do capitalismo, só pode passar diretamente ao socialismo, isto 2, ao regime de propriedade coletiva dos meios de produ!ão e de distribui!ão dos produtos em propor!ão ao trabalho de cada qual. *as nosso partido, dizia =enin, v7 mais al2m. O socialismo deverá inevitavelmente ir)se convertendo pouco a pouco no comunismo, cujo lema 21 -4e cada um segundo suas for!as, a cada um segundo suas necessidades.;inalmente, =enin em suas -Teses de "bril- e0igia a funda!ão de uma nova ?nternacional, a Terceira ?nternacional ou ?nternacional :omunista, livre das taras do oportunismo e do social)chauvinismo. "s Teses de =enin levantaram uma gritaria raivosa entre a burguesia, os mencheviques e os social)revolucionários. Os mencheviques dirigiram um apelo aos operários, alertando)os com o grito de que -a revolu!ão estava em perigo-. (ara os mencheviques o perigo consistia nos bolcheviques lan!arem a reivindica!ão da passagem do (oder para as mãos dos &oviets de deputados operários e soldados. (le%hanov publicou em seu periódico intitulado -dinstvo- H-Fnidade-K um artigo em que qualificava o discurso como - o discurso de u- ho-e- que delirava -.  referia)se 's palavras do menchevique :h%heidse, que havia declarado1 -=enin ficará só ' margem da revolu!ão, mas nós seguiremos nosso caminho-. " I@ de abril, celebrou)se a :onfer7ncia bolchevique da cidade de (etrogrado. +esta :onfer7ncia foram ratificadas as Teses de =enin, que serviram de base para suas delibera!6es. (ouco depois, as organiza!6es locais do (artido ratificaram tamb2m as Teses de =enin.

1odo o Partido, com e0ce!ão de alguns indivíduos isolados do tipo de Camenev, D%ov e (iata%ov, aprovou as Teses de =enin com e0traordinário entusiasmo.

2 — Co-eça a crise do 3overno Provis4rio* & " Con/er5ncia de aril do Partido  olchevique* nquanto os bolcheviques se preparavam para o desenvolvimento ulterior da revolu!ão, o governo provisório prosseguia seus manejos contra o povo. " IP de abril, o ministro dos +egócios strangeiros do governo provisório, *iliu%ov, declarou aos aliados que -todo o povo aspirava a prosseguir a guerra mundial at2 conseguir um triunfo decisivo- e lhes assegurava que era inten!ão do governo provisório cumprir escrupulosamente os deveres assumidos para com os nossos aliados-. Ruer dizer, o governo provisório jurava lealdade aos tratados czaristas, prometia continuar derramando quanto sangue do povo fosse necessário para que os imperialistas conseguissem sua -vitória final-. " IL de abril chegou ao conhecimento dos operários e soldados esta declara!ão Ha -nota de *iliu%ov-K. " #A de abril, o :omit7 :entral do (artido bolchevique convidou as massas a protestarem contra a política imperialista do governo provisório. " #A e #I de abril HG e @ de maioK de ILIM, saíram ' rua em manifesta!ão massas de operários e soldados, em n9mero não inferior a IAA mil homens, movidos por um sentimento de indigna!ão contra a -nota de *iliu%ov-. +os cartazes liam)se estas palavras de ordem1 -Rue se publiquem os tratados secretos/-, -"bai0o a guerra/-, -Todo o poder aos &oviets-, -Os operários e os soldados marcharam desde os sub9rbios at2 o centro da cidade, em dire!ão ' resid7ncia do governo provisório. +a "venida +evs%i e em outros pontos se produziram choques com alguns grupos avulsos de burgueses. Os contra)revolucionários mais descarados, como o general Cornilov, declaravam que se devia dissolver a tiros a manifesta!ão, e chegaram, inclusive, a dar ordens no momento. *as as tropas 's quais mandaram estas ordens se negaram a e0ecutá)las. Fm pequeno grupo de membros do :omit7 do (artido em (etrogrado HEagdatiev e outrosK lan!aram durante esta manifesta!ão a palavra de ordem de derrubada imediata do governo provisório. O :. :. do (artido bolchevique condenou severamente a conduta destes aventureiros de -esquerda-, reputando aquela palavra de ordem como e0tempor>nea e falsa, como uma palavra de ordem que impedia o (artido de ganhar a maioria dentro dos &oviets e que se achava em contradi!ão com o ponto de vista do desenvolvimento pacífico da revolu!ão, adotado pelo (artido. Os acontecimentos de #A e #I de abril marcaram o come!o da crise do governo provisório. ra a primeira brecha importante que se abria na política oportunista dos mencheviques e social)revolucionários. " # de maio de ILIM, *iliu%ov e $uch%ov foram afastados do governo provisório sob a pressão das massas. :onstituiu)se o primeiro governo provisório de coalizão, no qual ao lado dos representantes da burguesia, os mencheviques H&%obelev e TsereteliK e os social)revolucionários H:hernov, Cerens%i e outrosK. (or onde se v7 que os mencheviques, que em ILAB não admitiam que os representantes da social)democracia participassem em um governo provisório revolucionário, achavam agora admissível dar seus representantes para um governo provisório contra)revolucionário. :om isto, os mencheviques e os social)revolucionários passavam para o campo da burguesia contra)revolucionária. " #@ de abril de ILIM, a ?? :onfer7ncia H:onfer7ncia de "brilK do (artido bolchevique inaugurou seus trabalhos. (ela primeira vez desde que e0istia o (artido, se reunia abertamente uma confer7ncia bolchevique que, pela sua import>ncia, ocupava na história do (artido o mesmo lugar que um congresso. " :onfer7ncia de "bril, na qual estavam representados os bolcheviques de toda a 9ssia, revelou o desenvolvimento impetuoso do (artido. epresentando um total de PA mil membros organizados do (artido, assistiram a ela IGG delegados com direito de palavra e voto e IP com direito de palavra, mas sem direito de voto. " :onfer7ncia de "bril discutiu e tra!ou a linha do (artido em todos os problemas fundamentais da guerra e da revolu!ão1 a situa!ão do momento, a guerra, o governo provisório, os &oviets, o problema agrário, o problema nacional, etc. =enin desenvolveu em seu informe os pontos de vista já e0postos por ele nas Teses de "bril. " missão do (artido consistia em realizar a passagem da primeira etapa da revolu!ão,

-que deu o poder ' burguesia... para a se+unda  etapa, que entregará o (oder ao proletariado e camponeses mais pobres- H=eninK. O (artido deverá rumar para a prepara!ão da revolu!ão socialista. :omo tarefa mais imediata do (artido, =enin lan!a a palavra de ordem de -Todo o poder aos &oviets/- " palavra de ordem -Todo o (oder aos &ovietssignificava que era necessário acabar com a dualidade de poderes, isto 2, com a divisão do (oder entre o governo provisório e os &oviets, que era necessário entregar a estes o (oder e e0pulsar dos órgãos do (oder os representantes dos latifundiários e capitalistas. " :onfer7ncia de "bril estabeleceu que uma das tarefas mais importantes do (artido consistia em e0plicar incansavelmente 's massas a verdade de que o -governo provisório 2, por seu caráter, o órgão de domina!ão dos latifundiários e da burguesia- e desmascarar a funesta política oportunista dos social)revolucionários e mencheviques, que enganavam o povo com promessas mentirosas e o submetiam aos golpes da guerra imperialista e da contra)revolu!ão. +essa :onfer7ncia, Camenev e D%ov se levantaram contra =enin. &eguindo as pegadas dos mencheviques, repetiam que a 9ssia não estava preparada para a revohi!ão socialista, que na tissia só era possível uma ep9blica burguesa e propunham ao (artido e ' classe operária limitarem)se a -controlar- o governo provisório. +a realidade, sua posi!ão, da mesma sorte que a dos mencheviques, era a de manter o capitalismo, a de manter o (oder da burguesia. Sinoviev interveio tamb2m na :onfer7ncia de "bril contra =enin a respeito do problema se o (artido bolchevique devia continuar dentro da união de Simmerald ou romper com ela, para criar a nova ?nternacional. Os anos de guerra tinham demonstrado que aquela organiza!ão, embora fazendo a propaganda em favor da paz, não tinha chegado a romper, de fato, com os defensistas burgueses. (or isso, =enin insistia na necessidade de abandonar imediatamente esta organiza!ão e criar uma nova ?nternacional, a ?nternacional :omunista. Sinoviev propunha continuar com os zimmeraldianos. =enin condenou energicamente esta atitude de Si noviev qualificando sua tática de -arquioportunista e perniciosa-. " :onfer7ncia de "bril apreciou tamb2m os problemas agrário e nacional. 4epois de escutar o informe de =enin sobre o problema agrário, a :onfer7ncia aprovou uma resolu!ão sobre a confisca!ão das terras dos latifundiários para p5)las ' disposi!ão dos :omit7s de camponeses e sobre a nacionaliza!ão de todas as terras do país. Os bolcheviques chamavam os camponeses a lutar pela terra e faziam ver 's massas camponesas que o (artido bolchevique era o 9nico partido revolucionário que ajudava os camponeses de uma maneira real a derrubar os latifundiários. Teve grande import>ncia o informe do camarada &talin sobre o problema nacional. 3á antes da revolu!ão, nas v2speras da guerra imperialista, =enin e &talin tinham tra!ado as bases para a política do (artido bolchevique em face do problema nacional. =enin e &talin diziam que o (artido proletário devia apoiar o movimento de liberta!ão nacional dos povos oprimidos contra o imperialismo. " esse respeito o (artido bolchevique defendia o direito de autodetermina!ão das na!6es at2 chegar ' separa!ão do stado a que pertenciam para formar stados próprios e independentes. ste ponto de vista foi o que o camarada &talin defendeu na :onfer7ncia, informando pelo :. :. :ontra =enin e &talin interveio (iata%ov, que já durante a guerra havia adotado em face do problema nacional, junto com Eu%arin, uma (osi!ão nacional)chovinista. (iata%ov e Eu%arin eram contrários ao direito de autodetermina!ão das na!6es. " posi!ão resoluta e conseqUente do (artido em face do problema nacional, a luta do (artido pela igualdade de direito dass na!6es e pela destrui!ão de todas as formas e modalidades de opressão e desigualdade nacionais, valeram)lhe a simpatia e o apoio das nacionalidades oprimidas. is o te0to da resolu!ão sobre o problema nacional aprovado pela :onfer7ncia de "bril1 -" política de opressão nacional, heran!a da autocracia e da monarquia, 2 defendida pelos latifundiários, capitalistas e pequena)burguesia tendo em vista a conserva!ão de seus privil2gios de classe e a desunião dos operários das diversas nacionalidades. O imperialismo moderno, com sua tend7ncia refor!ada para a submissão dos povos d2beis, 2 um novo fator de acentua!ão do jugo nacional. +a sociedade capitalista 2 possível acabar com a opressão nacional, na medida em que esta o permite, só mediante um regime republicano conseqUentemente democrático e um sistema de governo que garanta a plena igualdade de direitos de todas as na!6es e línguas-. -4eve reconhecer)se o direito de todas as na!6es encravadas dentro da 9ssia a se separarem livremente e a formarem stados independentes. " nega!ão deste direito e a absten!ão de medidas destinadas a garantir sua realiza!ão prática equivale a apoiar a política de conquistas ou ane0a!6es. O reconhecimento pelo proletariado do direito das na!6es ' sua separa!ão 2 a 9nica medida que garante a plena solidariedade dos operários das diferentes

na!6es e permite uma apro0ima!ão verdadeiramente democrática-. O problema do direito das na!6es a se separarem livremente, não deve se confundir com o problema da conveni7ncia de que se separe tal ou qual na!ão e de que esta separa!ão se realize em tal ou qual momento. O (artido do proletariado deverá resolver este problema de um modo absolutamente independente em cada caso concreto, do ponto de vista dos interesses do desenvolvimento de toda a sociedade e da luta de classes do proletariado pelo socialismo. O (artido e0ige uma ampla autonomia regional, que se acabe com a fiscaliza!ão processada de cima, que se suprima a e0ist7ncia de uma língua oficial obrigatória e se delimitem as fronteiras dos territórios descentralizados e aut5nomos, na base das condi!6es econ5micas e de vida julgadas pela própria popula!ão local, pelo censo nacional da popula!ão, etc. O (artido do proletariado recha!a resolutamente a chamada -autonomia nacional)cultural-, que consiste em subtrair da compet7ncia do stado os assuntos escolares, etc, para colocá)los todos nas mãos de uma esp2cie de dietas nacionais. " autonomia nacional)cultural tra!a fronteiras artificiais entre os operários que vivem na mesma localidade e que, inclusive, trabalham, na mesma empresa, segundo perten!am a tal ou qual -cultura nacional-, com o que refor!am os la!os entre os operários e a cultura burguesa de cada na!ão em separado, ao passo que a missão da social)democracia consiste em fortalecer a cultura internacional do proletariado do mundo inteiro. O (artido e0ige que se inclua na :onstitui!ão uma lei fundamental pela qual se declarem nulos qualquer classe de privil2gios a favor de uma na!ão e toda a classe de infra!6es contra os direitos das minorias nacionais. Os interesses da classe operária e0igem a fusão dos operários de todas as nacionalidades da 9ssia em organiza!6es proletárias 9nicas, tanto políticas como sindicais, cooperativas, culturais, etc. &em esta fusão dos operários de diversas nacionalidades em organiza!6es 9nicas, o proletariado não poderia manter uma luta vitoriosa contra o capitalismo internacional e contra o nacionalismo burgu7s- H-esolu!6es do (. :. do HbK da F..&.&.-, parte ?,pág. #GL)#@AK. ;oi, assim, desmascarada, na :onfer7ncia de "bril, a linha oportunista, antileninista de Camenev, Sinoviev, (iata%ov, Eu%arin, D%ov e seus contados adeptos. " :onfer7ncia seguiu unanimemente =enin, adotando uma atitude clara e decidida em face de todos os problemas fundamentais e tra!ando o rumo para a vitória da revolu!ão socialista.

6 — 70itos do Partido Bolchevique na capital* — )racassa a o/ensiva das tropas do 3overno Provis4rio na /rente* 8 es-a+ada a -ani/estação de 9ulho dos oper:rios e soldados* O (artido, tomando como base as resolu!6es da :onfer7ncia de "bril, desenvolveu um trabalho intensíssimo pela conquista das massas, por sua educa!ão combativa e por sua organiza!ão. " linha do (artido, durante este período, se baseava em conquistar a maioria dentro dos &oviets e isolar das massas os partidos mencheviques e social)revolucionário por meio do esclarecimento paciente da política bolchevique e do desmascaramento da política de compromissos daqueles partidos. "l2m do seu trabalho no seio dos &oviets, os bolcheviques desenham um trabalho gigantesco nos sindicatos e nos comit7s de fábricas e empresas industriais. *as onde os bolcheviques realizavam o trabalho mais intenso era no seio do 02rcito. (or toda a parte come!aram a criar)se organiza!6es militares. Os bolcheviques trabalhavam incansavelmente nas frentes e na retaguarda para organizar os soldados e os marinheiros. (ara a obra de revolucionaiiza!ão dos soldados contribuiu em alto grau um jornal destinado ' frente, que os bolcheviques publicavam com o título de -O%opnaia (ravda- H-(ravda das Trincheiras-K. $ra!as a este trabalho de propaganda e agita!ão dos bolcheviques, se conseguiu que já nos primeiros meses da revolu!ão os operários de muitas cidades procedessem ' reelei!ão dos &oviets, particularmente os distritais, e0pulsando deles os mencheviques e os social)revolucionários e substituindo)os por filiados do (artido bolchevique. O trabalho dos bolcheviques deu e0celente resultado, sobretudo, em (etrogrado. +a :onfer7ncia de :omit7s de fábricas, que se celebrou em (etrogrado de GA de maio a G de junho de ILIM, se agrupavam já em torno dos bolcheviques as tr7s quartas partes dos delegados. O proletariado da capital marchava quase em sua totalidade sob a palavra de ordem bolchevique -Todo o (oder aos &oviets-.

" G HIJK de junho de ILIM, se reuniu o ? :ongresso dos &oviets de toda a 9ssia. Os bolcheviques estavam ainda em minoria dentro dos &oviets8 neste :ongresso, contavam com pouco mais de IAA delegados, contra MAA a PAA que os mencheviques, social)revolucionários e outros partidos possuíam. +o ? :ongresso dos &oviets os bolcheviques puseram a nu com grande insist7ncia o caráter funesto da política de compromissos com a burguesia e desmascararam o caráter imperialista da guerra. =enin pronunciou neste :ongresso um discurso no qual demonstrou a justeza da linha bolchevique, declarando que só o (oder dos &oviets podia dar pão aos trabalhadores, a terra aos camponeses, conseguir a paz e tirar o país do desastre econ5mico. +aqueles dias, desenvolvia)se nos bairros operários de (etrogrado uma campanha de massas para organizar uma manifesta!ão que levasse ao :ongresso dos &oviets as reivindica!6es do povo. Ruerendo adiantar)se a esta manifesta!ão organizada livremente pelos próprios operários e especulando com a id2ia de utilizar em seu proveito a atitude revolucionária das massas, o :omit7 0ecutivo do &oviet de (etrogrado resolveu convocar uma manifesta!ão na capital para IP de junho HIV. de julhoK. Os mencheviques e os social)revolucionários acreditavam que esta manifesta!ão se processaria sob palavras de ordem antibolcheviques. O (artido bolchevique entregou)se com grande energia ' prepara!ão deste ato de massas. O camarada &talin escreveu, naquela ocasião, na -(ravda- que -... nossa missão consiste em conseguir que a manifesta!ão de IP de junho de ILIM, que passou diante do t9mulo das vítimas da revolu!ão, se converteu em uma verdadeira revista das for!as do (artido bolchevique. evelou o grau de amadurecimento revolucionário, cada vez maior, das massas e a crescente confian!a destas no (artido bolchevique. "s palavras de ordem dos mencheviques e social)revolucionários, pregando a confian!a no governo provisório e a necessidade de continuar a guerra, perdiam)se entre a imensa massa de palavras de ordem bolcheviques. @AA mil manifestantes marchavam sob bandeiras que ostentavam estas palavras de ordem1 -"bai0o a guerra/, -"bai0o os IA ministros capitalistas/-, -Todo o (oder aos &oviets/-. ra o fracasso completo dos mencheviques e social)revolucionários, o fracasso do governo provisório na capital. +ão obstante, o governo provisório, sustentado pelo apoio do ? :ongresso dos &oviets, decidiu prosseguir sua política imperialista.  foi isso. precisamente a IP de junho, quando o governo, cumprindo a vontade dos imperialistas anglo)franceses, lan!ou ' ofensiva as tropas da frente. " burguesia via nesta ofensiva a 9nica possibilidade de acabar com a revolu!ão. &e a ofensiva tivesse 70ito, a burguesia confiava em que poderia tomar em suas mãos todo o (oder, e0pulsar os &oviets e esmagar os bolcheviques. &e fracassasse, poderia lan!ar a culpa de tudo aos mesmos bolcheviques, acusando)os de desmoralizar o 02rcito. +ão poderia caber a menor d9vida de que a ofensiva fracassaria, como, de fato, fracassou. O cansa!o dos soldados, sua ignor>ncia dos fins perseguidos com a ofensiva, desconfian!a nos comandos, estranhos ' tropa, a escassez de muni!6es e artilharia, tudo isso contribuiu para o fracasso da ofensiva na frente. "s notícias a respeito da ofensiva empreendida e logo depois seu ruidoso fracasso e0citaram os >nimos da capital. " indigna!ão dos operários e soldados não tinha limites. ?nteiravam)se de que o governo provisório enganava o povo quando pregava uma política de paz. ?nteiravam)se de que o governo provisório propugnava pela continua!ão da guerra imperialista. ?nteiravam)se de que o :omit7 0ecutivo :entral dos &oviets e o &oviet de (etrogrado não queriam ou não podiam opor)se aos atos criminosos do governo provisório e iam de rastros atrás dele. " indigna!ão revolucionária dos operários e soldados de (etrogrado e0travasava. " G HIHBK de julho, come!aram a produzir)se manifesta!6es espont>neas em (etrogrado, no bairro de iborg. stas manifesta!6es continuaram durante todo o dia. "lgumas delas redundaram em uma grandiosa manifesta!ão geral com armas sob a palavra de ordem da passagem do (oder aos &oviets. O (artido bolchevique era contrário ' a!ão armada naquele momento, por entender que a crise revolucionária não estava ainda madura, que o 02rcito e as províncias não estavam ainda preparados para apoiar a insurrei!ão na capital, que uma insurrei!ão isolada e prematura em (etrogrado só serviria para facilitar ' contra)revolu!ão, o esmagamento da vanguarda revolucionária. *as, quando se viu que era impossível conter as massas e evitar que se lan!assem ' manifesta!ão, o (artido resolveu tomar parte nela, com o objetivo de lhe dar um caráter pacífico e organizado. O (artido bolchevique conseguiu o que se propunha e centenas de milhares de manifestantes marcharam para o &oviet de (etrogrado e o :omit7 0ecutivo :entral dos &oviets, onde e0igiram que estes tomassem conta do poder, rompessem com a burguesia imperialista e empreendessem uma política ativa de paz. "pesar do caráter pacífico da manifesta!ão, foram lan!adas contra os manifestantes as tropas da rea!ão, os destacamentos de cadetes e de oficiais. (elas ruas de (etrogrado correu abundantemente o sangue dos operários e dos soldados. (ara esmagar os operários, foram trazidas da frente as unidades militares mais retrógradas e contra)revolucionárias. Os mencheviques e social)revolucionários, unidos ' burguesia e aos generais brancos, depois de esmagar a manifesta!ão dos operários e dos soldados, se lan!aram raivosamente sobre o (artido bolchevique. " reda!ão da -(ravda- foi saqueada e destruída. ;oram suspensas a -(ravda-, a -&oldats%aia (ravda- H(ravda do &oldado-K e outra

s2rie de jornais bolcheviques. O operário oinov foi assassinado na rua pelos cadetes, pelo 9nico fato de estar vendendo a -=isto% (ravdi- H-;olha da (ravda-K. :ome!ou o desmoronamento dos guardas vermelhos. "s unidades revolucionárias da guarni!ão de (etrogrado foram afastadas da capital e enviadas para a frente. *ultiplicaram)se as pris6es, tanto nas frentes como na retaguarda. " M de julho, deu)se a ordem de prender =enin. Fma s2rie de prestigiosos militantes do (artido bolchevique foram presos. ;oi destruída a editora -Trud- H-Trabalho-K, onde se imprimiam as publica!6es bolcheviques. +a precatória do (romotor (9blico do Tribunal de 3usti!a de (etrogrado dizia)se que =enin e outra s2rie de bolcheviques deviam comparecer perante os Tribunais como r2us de -alta trai!ão- e responsáveis pela organiza!ão de um levante armado. " acusa!ão contra =enin tinha sido urdida no stado)*aior do general 4eni%in baseada em dados inventados por espi6es e provocadores. :om isto, o governo provisório de coalizão, do qual faziam parte representantes tão característicos dos mencheviques e social)revolucionários como Tsereteli e &%obelev, Cerens%i e :hernov, afundava)se no charco do imperialismo e da contra)revolu!ão aberta e descarada. m vez de uma política de paz, desenvolvia uma política de continua!ão da guerra. m vez de defender os direitos democráticos do povo, adotava a política de liquida!ão destes direitos e de repressão armada contra os operários e os soldados. O que os representantes da burguesia, $uch%ov e *iliu%ov não se haviam atrevido a fazer, era feito pelos -socialistas- Cerens%i e Tsereteli, :hernov e &%obelev. Qavia)se acabado a dualidade de poderes.  se havia acabado em proveito da burguesia, pois todo o (oder passou para as mãos do governo provisório, e os &oviets, com sua dire!ão social)revolucionária e menchevique, se converteram num ap7ndice do governo provisório. Qavia terminado o período pacífico da revolu!ão, pondo)se na ordem do dia a for!a das baionetas. m face das mudan!as operadas na situa!ão, o (artido bolchevique decidiu mudar de tática. (assou ' ilegalidade, ocultando seu chefe, =enin, em lugar rigorosamente secreto, e come!ou a se preparar para a insurrei!ão, com o fim de derrubar o (oder da burguesia pelas armas e instaurar o (oder &ovi2tico.

; — O Partido Bolchevique prepara a insurreição ar-ada* — O VI Con+resso do Partido* m meio de uma campanha incrivelmente encarni!ada da ?mprensa burguesa e pequeno)burguesa, reuniu)se em (etrogrado o ? :ongresso do (artido bolchevique. eunia)se este :ongresso IA anos após o  :ongresso de =ondres e B anos após a :onfer7ncia bolchevique de (raga. &uas sess6es duraram desde #J de julho at2 G de agosto de ILIM, e tiveram caráter clandestino. " ?mprensa se limitou a anunciar a convoca!ão do :ongresso, sem indicar o lugar em que tinha de reunir)se. "s primeiras sess6es se celebraram no bairro de iborg. "s 9ltimas, na escola das imedia!6es da (orta de +arva, no lugar onde agora se levanta a :asa da :ultura. " ?mprensa burguesa pedia a prisão de todos os :ongressistas. *as, se bem que os esbirros da polícia se pusessem em campo para descobrir o lugar que se reunia o :ongresso, não conseguiram encontrá)lo. Ruer dizer que, cinco meses após a derrubada do czarismo, os bolcheviques tinham que se reunir 's escondidas, e o chefe do (artido proletário, =enin, se via obrigado a viver escondido numa cho!a, perto da esta!ão de asliv. =enin, procurado pelos esbirros do governo provisório, não p5de assistir ao :ongresso, mas dirigiu suas tarefas do esconderijo onde se encontrava, por meio de seus discípulos e colaboradores em (etrogrado1 &talin, &verdlov, *olotov e Ordzhoni%idse. "ssistiram ao :ongresso IBM delegados com direito de palavra e voto e I#P, com direito de palavra somente. O (artido contava, então, com uns #@A mil filiados. (erto de G de julho, isto 2, antes de ser esmagada a manifesta!ão operária deste m7s, quando os bolcheviques trabalhavam ainda na legalidade, o (artido tinha @I órgãos de ?mprensa, dos quais #L eram publicados em russo e I# em outras línguas. " batida contra os bolcheviques e contra a classe operária nas jornadas de julho, longe de diminuir a influ7ncia do (artido bolchevique, só serviu para aumentá)la. Os delegados de base e0puseram perante o :ongresso uma quantidade de fatos demonstrativos de que os operários e os soldados come!avam a abandonar em massa os mencheviques e social)revolucionários, dos quais zombavam depreciativamente com o nome de -social)carcereiros-. Os operários e os soldados filiados aos partidos mencheviques e social)revolucionários rompiam seus -carnets- e saíam destes partidos maldizendo)os, e pediam aos bolcheviques que os admitissem em suas fileiras.

Os problemas fundamentais apresentados ao ? :ongresso foram1 o informe político do :omit7 :entral e o problema da situa!ão política. m seus informes sobre estes problemas, o camarada &talin ressaltou com toda clareza e precisão que, apesar de todos os esfor!os da burguesia para esmagar a revolu!ão, esta crescia e se desenvolvia. "ssinalou que a revolu!ão criava o problema da implanta!ão do controle operário sobre a produ!ão e a distribui!ão dos produtos, da entrega da terra aos camponeses e da passagem do (oder das mãos da burguesia para as mãos da classe operária e dos camponeses pobres.  disse que a revolu!ão se convertia, por seu caráter, em uma revolu!ão socialista. 4epois das jornadas de julho, mudou bruscamente a situa!ão política do país. 3á não e0istia dualidade de poderes. (or não querer tomar todo o (oder, os &oviets, com sua dire!ão social)revolucionária e menchevique, ficaram reduzidos ' impot7ncia. O (oder se concentrou em mãos do governo provisório da burguesia, o qual continuava desarmando a revolu!ão, esmagando suas organiza!6es e perseguindo o (artido bolchevique. " possibilidade de um desenvolvimento pacífico da revolu!ão havia desaparecido. &ó cabia  dizia o camarada &talin  uma solu!ão1 derrubar o governo provisório e tomar o (oder pela for!a.  só o proletariado, aliado aos camponeses pobres, podia tomar o (oder pela for!a. Os &oviets, cuja dire!ão continuava nas mãos dos mencheviques e social)revolucionários, iam deslizando para o campo da burguesia e, na situa!ão e0istente, só podiam atuar como au0iliares do governo provisório. 4epois das jornadas de julho, a palavra de ordem -Todo o (oder aos &oviets- devia ser abandonada, disse o camarada &talin, mas sem que o abandono temporário desta palavra de ordem significasse em absoluto que se renunciava a lutar pelo (oder dos &oviets. +ão se tratava dos &oviets em geral, isto 2, dos &oviets como órgãos de luta revolucionária8 tratava)se, sim, somente daqueles &oviets concretos, dirigidos pelos mencheviques e social)revolucionários. -O período pacífico da revolu!ão terminou  disse o camarada &talin  come!ou o período não pacífico da revolu!ão, um período de choques e e0plos6es...- H-"tas do ? :ongresso do (. :. HbK da F..&.&)-, pág. IIIK. O (artido caminhava para a insurrei!ão armada. +o :ongresso houve quem, refletindo a influ7ncia burguesa, se manifestasse contra o rumo para a revolu!ão socialista. O trots%ista (reobrazhens%i prop5s que na resolu!ão sobre a conquista do (oder se dissesse que só se poderia encaminhar o país pela senda do socialismo se a revolu!ão proletária triunfasse na uropa Ocidental. O camarada &talin rebateu esta proposi!ão trots%ista. -+ão está afastada  disse o camarada &talin  a possibilidade de que seja precisamente a 9ssia o país que inicie a marcha para o socialismo... < preciso recha!ar essa id2ia caduca de que só a uropa nos pode assinalar o caminho. Qá um mar0ismo dogmático e um mar0ismo criador. u me situo no terreno do segundo- HObra citada, págs. #GG)#G@K. Eu%arin, tomando posi!6es trots%istas, afirmou que os camponeses tinham id2ias defensivas, que formavam um bloco com a burguesia e não marchariam com a classe operária. efutando Eu%arin, o camarada &talin demonstrou que havia diversas classes de camponeses1 os camponeses ricos, que apoiavam a burguesia imperialista, e os camponeses pobres, que desejavam aliar)se ' classe operária e a apoiavam na luta pelo triunfo da revolu!ão. O :ongresso recha!ou as emendas de (reobrazhens%i e Eu%arin e aprovou o projeto de resolu!ão do camarada &talin. O :ongresso e0aminou e aprovou a plataforma econ5mica do (artido bolchevique cujos pontos fundamentais eram1 confisca!ão das terras dos latifundiários e nacionaliza!ão de toda a terra do país, nacionaliza!ão dos bancos, nacionaliza!ão da grande ind9stria, controle operário sobre a produ!ão e a distribui!ão. essaltou o :ongresso a import>ncia da luta pelo controle operário sobre a produ!ão, que desempenhava um grande papel como medida de transi!ão para a nacionaliza!ão da grande ind9stria. m todas as resolu!6es, o ? :ongresso insistiu de um modo especial na import>ncia da tese leninista sobre a alian!a do proletariado e os camponeses pobres, como condi!ão para o triunfo da revolu!ão socialista. " teoria menchevique da neutralidade dos sindicatos foi condenada pelo :ongresso. ste assinalou que, para poder resolver os grandes problemas que se apresentavam ' classe operária da 9ssia, era indispensável que os sindicatos fossem organiza!6es combativas de classe que acatassem a dire!ão política do (artido bolchevique. O :ongresso aprovou uma resolu!ão -&obre as organiza!6es juvenis-, que naquela ocasião, não raro surgiram espontaneamente. :om seu trabalho ininterrupto, os bolcheviques conseguiram estreitar os la!os destas organiza!6es juvenis com o (artido, convert7)las em reservas deste.

Fm dos problemas que se e0aminaram no :ongresso foi o do comparecimento de =enin ante os Tribunais. Camenev, D%ov, Trots%D e outros haviam sustentado já, antecedendo)se ao :ongresso, que =enin devia entregar)se aos Tribunais da contra)revolu!ão. O camarada &talin se manifestou resolutamente contra esta tend7ncia. O ? :ongresso compartilhou tamb2m o ponto de vista de &talin, por entender que o que se preparava não era um processo, mas uma repressão. O :ongresso não duvidou nem um momento de que o propósito da burguesia não era outro senão o de se desfazer fisicamente de =enin, como seu mais perigoso inimigo. ;ormulou seu protesto contra a encarni!ada campanha policial)burguesa de que eram alvo os chefes do proletariado revolucionário e dirigiu uma sauda!ão a =enin. +o ? :ongresso foram aprovados os novos estatutos do (artido. +eles se determinava que toda a organiza!ão do (artido se basearia nos princípios do centralis-o de-ocr:tico. ?sto significava o seguinte1

I. caráter eletivo de todos os órgãos de dire!ão do (artido de bai0o para cima8 #. presta!ão periódica de contas da gestão dos órgãos do (artido perante as organiza!6es do (artido correspondente8

G. severa disciplina de (artido e submissão da minoria ' maioria8 @. obrigatoriedade incondicional das resolu!6es dos órgãos superiores para os inferiores e para todos os membros do (artido. Os estatutos do (artido dispunham que os novos membros fossem admitidos pelas organiza!6es de base, mediante recomenda!ão dos membros do (artido e pr2via ratifica!ão da assembl2ia geral dos membros da organiza!ão de base. O ? :ongresso admitiu no (artido os chamados -mezhraiontzi , com seu líder Trots%D. ra este pequeno grupo que tinha sido criado em (etrogrado em ILIG e do qual faziam parte elementos trots%istas)meneheviques e alguns antigos bolcheviques, desviados do (artido. 4urante a guerra, esta organiza!ão teve um caráter centrista. =utava contra os bolcheviques, mas sem estar de acordo em muitas coisas com os mencheviques, pelo que ocupava uma posi!ão intermediária, centrista, vacilante. "o celebrar)se o ? :ongresso, os membros desta organiza!ão declararam que estavam identificados em tudo com os bolcheviques e pediram ingresso no (artido. O :ongresso acedeu ' sua peti!ão, confiando em que com o tempo chegariam a ser verdadeiros bolcheviques. "lguns deles, como, por e0emplo, olodars%i, Frits%i e outros, chegaram, com eleito, a se converter em bolcheviques depois de entrarem no (artido. *as Trots%D e os elementos mais afins a ele, que não eram muitos, não ingressaram no (artido, como havia de ficar demonstrado com o correr do tempo, pura trabalhar em favor dele, mas para, de dentro, enfraquecer e minar a sua for!a. Todas as resolu!6es do ? :ongresso visavam preparar o proletariado e os camponeses pobres para a insurrei!ão armada. O ? :ongresso encaminhou o (artido para a insurrei!ão armada, para a revolu!ão socialista. O manifesto do (artido lan!ado pelo ? :ongresso convidava os operários, os soldados e os camponeses a prepararem suas for!as para os encontros decisivos com a burguesia.  terminava com estas palavras1 -(reparai)vos para novas batalhas, camaradas de luta/ (ermanecei firmes, valentes e serenos, sem vos dei0ardes levar por provoca!6es, acumulando for!as e formando vossas colunas de combate/ "grupai)vos sob a bandeira do (artido, proletários e soldados/ ;ormai sob nossa bandeira, oprimidos do campo/-

< — " intentona do +eneral =ornilov contra a revolução* — >s-a+a-ento da intentona* — Os Soviets de Petro+rado e ?oscou passara- para o lado dos olcheviques* 4epois de se apoderar de todo o (oder, a burguesia come!ou a se preparar para esmagar os já impotentes &oviets e instaurar uma ditadura contra)revolucionária descarada. O milionário iabushins%i declarava cinicamente que só via uma saída para a situa!ão, e que -a mão descarnada da fome, a mis2ria do povo, agarrasse pelo pesco!o os falsos amigos destes, os &oviets e :omit7s democráticos-. +a frente faziam estragos os :onselhos de $uerra, distribuindo a pena de morte contra os soldados. " G de agosto de ILIM, o general em chefe Cornilov pediu que se implantasse tamb2m a pena de morte na retaguarda. " I# de agosto, abriu)se no $rande Teatro de *oscou a :onferencia de stado convocada pelo governo

provisório para mobilizar as for!as da burguesia e dos latifundiários. "ssistiram a esta "ssembl2ia, principalmente os representantes dos latifundiários, da burguesia, do generalato, da oficialidade e dos cossacos. Os &oviets estiveram representados nela pelos mencheviques e os social)revolucionários. +o dia em que a :onfer7ncia de stado come!ava suas sess6es, os bolcheviques organizaram em *oscou, em sinal de protesto, uma greve geral, na qual tomou parte a maioria dos operários. stalaram tamb2m greves em outra s2rie de cidades. O &ocial)revolucionário Cerens%i amea!ou fanfarronescamente, em seu discurso perante a :onfer7ncia, com o esmagamento -a sangue e fogo- de qualquer tentativa de movimento revolucionário, inclusive, as tentativas dos camponeses de se apoderarem por si e por sua própria responsabilidade das terras dos latifundiários. O general contra)revolucionário Cornilov pediu sem rodeios que se -suprimissem os :omit7s e os &oviets-. +o stado)*aior do general em chefe pululavam em redor do general Cornilov banqueiros, comerciantes e industriais, com promessas de dinheiro e ajuda. Tamb2m se entrevistaram com ele os representantes dos -aliados-, isto 2, da ?nglaterra e da ;ran!a, e0igindo que não se demorasse o ataque contra a revolu!ão. "s coisas se combinavam para a conspira!ão contra)revolucionária do general Cornilov. sta conspira!ão preparava)se abertamente. :om o fito de desviar a aten!ão do que tramavam, os conjurados fizeram correr o rumor de que os bolcheviques de (etrogrado preparavam um levante para #M de agosto, data em que se completariam os J meses do dia da revolu!ão. O governo provisório, com Cerens%i ' frente, lan!ou)se a perseguir furiosamente os bolcheviques e acentuou o terror contra o (artido do proletariado. "o mesmo tempo, o general Cornilov concentrava tropas para faz7)las marchar sobre (etrogrado, com o fito de acabar com os &oviets e instaurar um governo de ditadura militar. Cornilov se p5s de acordo com Cerens%i a respeito de sua projetada a!ão contra)revolucionária. *as, no mesmo momento em que Cornilov come!ou a atuar, Cerens%i, modificando sua orienta!ão, mudou de frente e se separou de seu aliado. Temia que as massas do povo, depois de se levantarem contra os Cornilovistas e esmagá)los, varressem tamb2m, lan!ando)o no mesmo montão, o governo burgu7s de Cerens%i, se este se desligasse a tempo dos autores da Corniloviada. " #B de agosto, Cornilov enviou sobre (etrogrado o GW. :orpo de :avalaria, sob o comando do general Crimov, e declarou que se propunha -salvar a (átria-. :omo resposta ' subleva!ão Cornilovista, o :omit7 :entral do (artido bolchevique fez um chamado aos operários e aos soldados para que opusessem uma resist7ncia ativa e armada a contra)revolu!ão. Os operários come!aram a se armar e a se preparar rapidamente para a luta. +esses dias, multiplicaram)se os destacamentos de guardas vermelhos. Os sindicatos mobilizaram seus membros. "s unidades revolucionárias de tropas de (etrogrado se prepararam tamb2m para o combate. m torno de (etrogrado se abriram trincheiras, estenderam)se cercas de arame e se arrancaram os trilhos das vias f2rreas. 4e Cronstadt chegaram alguns milhares de marinheiros armados para a defesa da capital. nviaram)se ao encontro da -4ivisão selvagem-, que avan!ava sobre (etrogrado, delegados que e0plicaram 'queles soldados montanheses a inten!ão do movimento Cornilovista, conseguindo que estas tropas se negassem a marchar sobre a capital. nviaram)se tamb2m agitadores a outras unidades Cornilovistas. ;oram criados :omit7s revolucionários e stados *aiores para a luta contra os sublevados em todos os lugares onde havia algum perigo. +aqueles dias, os líderes social)revolucionários e mencheviques, entre eles Cerens%i, mortos de medo, iam buscar amparo com os bolcheviques, convencidos de que estes eram a 9nica for!a efetiva da capital capaz de esmagar Cornilov. *as, ainda mobilizando as massas para esmagar o movimento de Cornilov, os bolcheviques não cessaram sua luta contra o governo Cerens%i, desmascarando perante as massas este governo e os mencheviques e social)revolucionários, que, com toda sua política, ajudavam objetivamente a intentona contra)revolucionária de Cornilov. $ra!as a todas estas medidas, foi esmagada a intentona de Cornilov. O general Crimov suicidou)se com um tiro. Cornilov e seus c9mplices, 4eni%in e =u%oms%i, foram presos Hse bem que logo fossem postos de novo em liberdade por Cerens%iK. O esmagamento da intentona Cornilovista p5s a nu e clareou de chofre a correla!ão de for!as entre a revolu!ão e a contra)revolu!ão. 4emonstrou o fracasso total de todo o campo contra)revolucionário, desde os generais e o partido %adete at2 os mencheviques e os social)revolucionários, colhidos nas redes e prisioneiros da burguesia. ra evidente que a política de prolongamento daquela guerra esgotadora, que ao se prolongar provocava o desastre econ5mico do país, havia enfraquecido definitivamente a influ7ncia destes partidos entre as massas do povo.

O esmagamento da Corniloviada revelava, al2m disso, que o (artido bolchevique se havia convertido já na for!a decisiva da revolu!ão, numa for!a capaz de desfazer os manejos da contra)revolu!ão, quaisquer que fossem. O (artido bolchevique não era ainda um partido governante, mas durante os dias da Corniloviada atuou como uma verdadeira for!a de governo, pois suas instru!6es eram seguidas sem vacilar pelos operários e soldados. ;inalmente, o esmagamento da intentona Cornilovista veio demonstrar que daqueles &oviets que pareciam agonizantes, encerravam em seu seio, na realidade, uma grandiosa for!a de resist7ncia revolucionária. +ão se podia duvidar que tinham sido precisamente os &oviets e seus :omit7s revolucionários que haviam detido a passagem das tropas de Cornilov e contra os quais se tinham aniquilado as suas for!as. " luta contra a Corniloviada infundiu novo alento aos desanimados &oviets de deputados operários e soldados, arrancou)os da política oportunista que os mantinha prisioneiros, empurrou)os para o largo caminho da luta revolucionária e os colocou junto ao (artido bolchevique. " influ7ncia dos bolcheviques dentro dos &oviets era maior que nunca. :ome!ou tamb2m a ganhar terreno rapidamente a influ7ncia dos bolcheviques no campo. " subleva!ão Cornilovista fez ver 's grandes massas camponesas que os latifundiários e os generais, uma vez destro!ados os bolcheviques e os &oviets, se cevariam logo depois nos camponeses. (or isso, as grandes massas de camponeses pobres come!aram a se agrupar cada vez mais estreitamente em torno dos bolcheviques. Os camponeses m2dios, cujas vacila!6es tinham freiado o desenvolvimento da revolu!ão durante os meses de abri/ a agosto de ILIM, depois da derrota de Cornilov, come!aram a voltar)se de um modo decidido para o (artido bolchevique, unindo)se ' massa dos camponeses pobres. "s grandes massas camponesas come!aram a compreender que o (artido bolchevique era o 9nico que podia libertá)las da guerra, o 9nico capaz de acabar com os latifundiários e o 9nico que estava disposto a dar a terra aos camponeses. Os meses de setembro e outubro de ILIM registraram uma eleva!ão enorme no n9mero de terras de latifundiários das quais os camponeses se apoderavam. O cultivo das terras dos latifundiários por decisão dos próprios camponeses, adquiriu um caráter geral. (ersuas6es e e0pedi!6es punitivas  já não eram capazes de conter os camponeses em sua marcha esmagadora para a revolu!ão. " revolu!ão ia em ascenso. :ome!ou a desenvolver)se a fase de anima!ão e renova!ão dos &oviets, a fase de olchevização dos &oviets. "s fábricas e empresas industriais e as unidades militares, ao reelegerem seus deputados, já não enviavam mencheviques e social)revolucionários aos &oviets, mas representantes do (artido bolchevique. +o dia seguinte ao esmagamento da intentona de Cornilov, GI de agosto, o &oviet de (etrogrado se pronunciou a favor da política dos bolcheviques. O antigo (residium do &oviet de (etrogrado, formado por mencheviques e social)revolucionários, com :h%eidse ' frente, se retirou, dei0ando o posto livre aos bolcheviques. " B de setembro, o &oviet de deputados operários de *oscou passou para o lado dos bolcheviques. Tamb2m se retirou pelos fundos, dei0ando o caminho aberto aos bolcheviques, o (residium social)revolucionário menchevique deste &oviet. ?sto significava que se davam já as premissas fundamentais necessárias para uma insurrei!ão vitoriosa. oltava a estar na ordem do dia a palavra de ordem -Todo o (oder aos &oviets/-. *as já não era a antiga palavra de ordem de passagem do (oder para as mãos dos &oviets mencheviques e social)revolucionários. +ão8 agora era a palavra de ordem da insurrei!ão dos &oviets contra o governo provisório, com o fito de entregar todo o poder do país aos &oviets dirigidos pelos bolcheviques. :ome!ou a produzir)se a debandada entre os partidos oportunistas. +o seio do partido social)revolucionário se formou, sob a pressão dos camponeses de orienta!ão revolucionária, uma ala esquerda, a ala dos social)revolucionários de -esquerda-, que come!aram a manifestar seu descontentamento pela política de compromissos com a burguesia. Tamb2m no partido menchevique se definiu um grupo de -esquerda-, o dos chamados -internacionalistas-, que come!avam a inclinar)se para os bolcheviques. Os anarquistas, que constituíam um grupo insignificante quanto ' sua influ7ncia, se cindiram definitivamente em vários grupinhos, dos quais uns se misturaram com delinqUentes vulgares e provocadores, com os dejetos da sociedade, enquanto outros se converteram em e0propriadores -ideológicos-, que roubavam os camponeses, e as pessoas modestas das cidades e arrebatavam aos clubes operários seus edifícios e economias, e outros, finalmente, passaram sem pejo ao campo contra)revolucionário, acomodando sua vida pessoal ' escada de servi!o da burguesia, todos eles eram contrários a qualquer classe de poder, mas muito especialmente ao (oder revolucionário dos operários e camponeses, pois estavam seguros de que este (oder revolucionário não lhes permitia despojar o povo nem espoliar os bens do povo. 4epois do esmagamento da intentona de Cornilov, os mencheviques e social)revolucionários fizeram uma

nova tentativa para enfraquecer o progressivo ascenso da revolu!ão. :om este fim, convocaram a I# de setembro de ILIM, uma confer7ncia democrática de representantes dos partidos socialistas, dos &oviets oportunistas, dos sindicatos, dos Semstvos, dos círculos comerciais e industriais e das unidades militares de toda a 9ssia. 4esta confer7ncia saiu o (r2)parlamento H:onselho provisório da ep9blicaK. :om a ajuda deste (r2)parlamento os oportunistas confiavam em que poderiam deter a marcha da revolu!ão e desviar o país da senda da revolu!ão sovi2tica para a do desenvolvimento burgu7s)constitucional, a senda do parlamento burgu7s. ;oi uma tentativa desesperada daqueles políticos fracassados, que se empenhavam em fazer recuar o processo da revolu!ão. ra uma id2ia condenada ao fracasso, como, com efeito, ocorreu. Os operários, que zombavam da ginástica parlamentar dos oportunistas, puseram em ridículo o (r2)parlamento, batizando)o com um nome depreciativo H-antibanho-K. O :. :. do (artido bolchevique resolveu boicotar o (r2)parlamento. , se bem que a fra!ão bolchevique deste organismo, em que figuravam indivíduos como Camenev e Teodorovich, não quisesse abandonar seus bancos, o :. :. do (artido obrigou)os a dei0á)los. Camenev e Sinoviev defenderam tenazmente a participa!ão no (r2)parlamento, confiando em que com isso poderiam desviar o (artido do trabalho preparatório da insurrei!ão. O camarada &talin interveio energicamente na fra!ão bolchevique da :onfer7ncia democrática de toda a 9ssia contra a participa!ão no (r2)parlamento, que qualificou de -aborto Cornilovista-. =enin e &talin consideraram um grave erro a participa!ão no (r2)parlamento, se bem que tivesse sido por pouco tempo, já que aquilo podia infundir 's massas a enganadora esperan!a de que aquele organismo era capaz de fazer alguma coisa pelos trabalhadores. "o mesmo tempo, os bolcheviques preparavam tenazmente a convoca!ão do ?? :ongresso dos &oviets, no qual esperavam contar com a maioria. , apesar de todos os subterf9gios dos mencheviques e social)revolucionários encastelados no :omit7 0ecutivo :entral, ante a pressão dos &oviets bolcheviques, teve de ser convocado o ?? :ongresso dos &oviets de toda a 9ssia para a segunda quinzena de outubro de ILIM.

@ — " insurreição de outuro de Petro+rado* Prisão do 3overno Provis4rio* — O II Con+resso dos Soviets e /or-ação do 3overno SoviAtico* — Decretos do II Con+resso dos Soviets sore a terra* — 1riun/a a revolução socialista* — Causas do triun/o da Revolução Socialista* Os bolcheviques come!aram a se preparar energicamente para a insurrei!ão. =enin assinalou que, tendo como já tinham maioria nos &oviets de deputados operários e soldados das capitais, *oscou e (etrogrado, os bolcheviques podiam e deviam tomar em suas mãos o (oder. ;azendo o balan!o do caminho percorrido, =enin ressaltava1 -" maioria do povo está conosco-. m seus artigos e cartas ao :omit7 :entral e 's organiza!6es bolcheviques, =enin tra!ava um plano concreto para a insurrei!ão1 dizia como deviam utilizar)se as unidades militares, a armada e os guardas vermelhos, quais os pontos decisivos que eram necessários ocupar em (etrogrado para garantir o 70ito da insurrei!ão, etc. " M de outubro, =enin se transportou clandestinamente da ;inl>ndia para (etrogrado. " IA de outubro de ILIM, celebrou)se a histórica sessão do :omit7 :entral do (artido bolchevique, na qual se resolveu dar come!o ' insurrei!ão armada poucos dias depois. " histórica resolu!ão aprovada pelo :. :. do (artido e redigida por =enin, dizia1 -O :. :. reconhece que a situa!ão internacional da revolu!ão russa Hinsurrei!ão da esquadra alemã, sinal agudo da marcha ascendente da revolu!ão socialista mundial em toda a uropa, depois a amea!a de uma paz entre imperialistas com o fim de estrangular a revolu!ão na 9ssiaK, a situa!ão militar Hdecisão indubitável da burguesia russa e de Cerens%i e :ia. de entregar (etrogrado aos alemãesK e a conquista pelo (artido proletário da maioria dentro dos &oviets  ao lado da insurrei!ão camponesa c da confian!a cada dia maior do povo para com nosso (artido Helei!6es de *oscouK8 e, finalmente, a prepara!ão clara de uma segunda Corniloviada Hevacua!ão de tropas de (etrogrado, concentra!ão de cossacos nesta capital, cerco de *ins% pelos cossacos, etcK, p6em na ordem do dia a insurrei!ão armada. econhecendo, pois, que a insurrei!ão armada 2 inevitável e se acha plenamente madura, o :. :. insta a todas as organiza!6es do (artido para que se guiem por isto e e0aminem e resolvam deste ponto de vista todos os problemas práticos H:ongresso dos &oviets da região +orte, saída de tropas de (etrogrado, a!6es em *oscou e *ins%i, etc.KH=enin, t. NN?, pág. GGA, ed. russaK.

?ntervieram e votaram contra esta histórica resolu!ão dois membros do :. :1 Camenev e Sinoviev. Tamb2m eles sonhavam, como os mencheviques, com uma ep9blica parlamentar burguesa e injuriavam a classe operária, afirmando que não era bastante forte para realizar a revolu!ão socialista e que não estava ainda capacitada para tomar o (oder. Trots%D, se bem que nesta sessão não votasse abertamente uma emenda a ela que, se fosse aceita, teria reduzido a nada e feito fracassar a insurrei!ão, prop5s que esta não come!asse at2 a abertura do ?? :ongresso dos &oviets, o que equivalia a denunciar a insurrei!ão, fi0ar de antemão o dia em que havia de estalar, e p5r em guarda com isso o governo provisório. O :. :. do (artido bolchevique enviou delegados com plenos poderes ' bacia do 4onetz, ao Fral, a Qelsingfors, a Cronstadt, ' frente sul)ocidental, etc., com o fim de organizar sobre o terreno a insurrei!ão. Os camaradas orochilov, *olotov, 4zerzhins%i, Ordzhoni%idse, Cirov, Caganovich, Cuibichev, ;runzi, ?aroslavs%i e outros receberam miss6es especiais do (artido para dirigir a insurrei!ão em diferentes lugares. +o Fral, em &hadrins%, entre as tropas, atuou o camarada Shdanov. +a frente Ocidental, na Eielo)9ssia, foi o camarada zhov quem preparou para a insurrei!ão a massa dos soldados. Os delegados do :. :. levaram ao conhecimento dos dirigentes das organiza!6es bolcheviques de base o plano da insurrei!ão e os estimulavam a preparar e mobilizar suas for!as para ajudar o movimento em (etrogrado. :riou)se, por determina!ão do :omit7 :entral do (artido, o Co-it5 ?ilitar Revolucion:rio adstrito ao &oviet de (etrogrado, que devia assumir as fun!6es de stado)*aior legal da insurrei!ão. "o mesmo tempo que sucedia isto, a contra)revolu!ão se apressava tamb2m a concentrar suas for!as. " oficialidade do 02rcito se organizava na entidade contra)revolucionária intitulada -=iga dos Oficiais-. Os contra)revolucionários criavam por toda a parte stados)*aiores para a forma!ão de batalh6es de choque. m fins de outubro, a contra)revolu!ão dispunha de @G batalh6es desta esp2cie. Organizaram)se, al2m disso, batalh6es formados e0clusivamente pelos -:avaleiros de &ão 3orge-. O governo de Cerens%i apresentou o problema de sua transfer7ncia de (etrogrado para *oscou. ?sto significava que estava preparando a entrega de (etrogrado aos alemães, para impedir a insurrei!ão nessa capital. *as o protesto aos operários e soldados de (etrogrado obrigou o governo provisório a permanecer ali. " IJ de outubro, realizou)se uma sessão ampliada do :. :. do (artido bolchevique. +ela se elegeu um Centro do Partido encarregado de dirigir a insurrei!ão. " frente dele achava)se o camarada &talin. ste centro era o n9cleo dirigente do :omit7 *ilitar evolucionário adstrito ao &oviet de (etrogrado e foi ele que praticamente dirigiu toda a insurrei!ão. +esta sessão do :. :. os capituladores Sinoviev e Camenev tornaram a se pronunciar contra a insurrei!ão.  tendo obtido a merecida r2plica, combateram abertamente pela ?mprensa a insurrei!ão e o (artido. " IP de outubro um jornal menchevique intitulado -+ovaia 3isn- H-ida +ova-K publicou uma declara!ão de Camenev e Sinoviev, dizendo que os bolcheviques preparavam uma insurrei!ão e que eles consideravam esta insurrei!ão como uma aventura. :om isto, Camenev e Sinoviev levavam ao conhecimento dos inimigos a decisão do :. :. sobre o movimento e sua organiza!ão para uma data imediata. sta atitude era uma trai!ão. " propósito disto, =enin escreveu1 -Camenev e Sinoviev delatara- a odzian%o e Cerens%i a resolu!ão do :. :. de seu (artido sobre a insurrei!ão armada-.  pleiteou ao :omit7 :entral a e0pulsão de Sinoviev e Camenev do (artido. Os inimigos da revolu!ão, prevenidos pelos traidores, come!an a tomar sem perda de tempo as medidas necessárias para impedii insurrei!ão e esmagar o stado)*aior dirigente da revolu!ão, o (artido bolchevique. O governo provisório reuniu um :onselho de ministros secreto, no qual se combinaram as medidas de luta contra os bolcheviques. " IL de outubro, o governo trou0e apressadamente tropas da frente para (etrogrado. :ome!aram a pulular pelas ruas patrulhas refor!adas. ;oi em *oscou que a contra)revolu!ão consegui concentrar uma quantidade muito grande de for!as. O governo provisório tinha tra!ado o plano de atacar e tomar o palácio de &molni, sede do :omit7 :entral do (artido bolchevique, na v2spera do dia em que deviam ser abertas as sess6es do ?? :ongresso dos &oviets e esmagar o :entro dirigente dos bolcheviques. (ara isso foram transferidos para (etrogrado tropas de cuja lealdade o governo se julgava seguro. *as os dias e as horas de vida do governo provisório estavam contados. 3á não havia for!a capaz de deter a marcha esmagadora da evolu!ão &ocialista. " #I de outubro foram enviadas a todas as unidades revolucionárias de tropas comissários bolcheviques do :omit7 *ilitar evolucionário. 4urante os dias que precederam ' insurrei!ão, se desenvolveu um en2rgico trabalho preparatório da luta no seio das unidades militares e nas fábricas e empresas industriais. 4esignaram)se tombem miss6es concretas aos navios de guerra, aos cruzadores -"urora- e -&ariá &vobodi- H-"manhecer da liberdade-K.

+a sessão do &oviet de (etrogrado, Trots%D, fazendo bravatas, bateu com a língua nos dentes e delatou ao inimigo a datada insurrei!ão, o dia assinalado pelos bolcheviques para desencadear o movimento. (ara não dar ao governo de Cerens%i a possibilidade de fazer fracassar a insurrei!ão armada, o :. :. do (artido decidiu come!ar a insurrei!ão antes da data marcada, na v2spera do dia em que deviam ser abertas as sess6es do ?? :ongresso dos &oviets. Cerens%i come!ou a agir nas primeiras horas da manhã de #@ de outubro HJ de novembroK, dando ordem de suspender o jornal intitulado -abochi (ut- H-O :aminho Operário-K, órgão central do (artido bolchevique, e enviando os carros de assalto ao local da reda!ão do jornal e ao das oficinas dos bolcheviques. *as, pelas IA horas da manhã, seguindo instru!6es do camarada &talin os guardas vermelhos e os soldados revolucionários e0pulsaram os carros de assalto e refor!aram a guarda das oficinas e da reda!ão do jornal. :erca de II horas, saiu -O :aminho Operário-, com um apelo para derruar o governo (rovisório. "o mesmo tempo, e seguindo instru!6es do :entro do (artido para a insurrei!ão, foram concentrados urgentemente no &molni os destacamentos de soldados revolucionários e guardas vermelhos. " insurrei!ão come!ara. +Na noite de #@ de outubro, =enin se transferiu para o &molni, a fim de se incumbir pessoalmente da dire!ão do movimento. 4urante toda a noite, não cessaram de chegar a &molni unidades revolucionárias de tropas e destacamentos de guardas vermelhos. Os bolcheviques mandavam)nos para o centro da cidade, a fim de cercarem o (alácio de ?nverno, onde se entrincheirara o governo provisório. " #B de outubro HM de novembroK, a $uarda ermelha e as tropas revolucion:rias tomaram as esta!6es de estradas de ferro, as centrais de :orreios e Tel2grafos, os *inist2rios e o Eanco do stado. O (r2)parlamento foi dissolvido. O (alácio de &molni, resid7ncia do &oviet de (etrogrado e do :omit7 :entral do (artido bolchevique, converteu)se em Ruartel)$eneral da evolu!ão8 era daí que saíam as ordens de batalha. Os operários de (etrogrado demonstraram nestas jornadas, que tinham passado, sob a dire!ão do (artido bolchevique, por uma boa escola. "s unidades militares revolucionárias, preparadas para a insurrei!ão pelo trabalho dos bolcheviques, cumpriram e0atamente as ordens de batalha que lhes eram dadas e se batiam em fraternal união com a $uarda ermelha. " *arinha de $uerra não desmereceu do 02rcito. Cronstadt era uma fortaleza do (artido bolchevique, na qual já há muito tempo não se reconhecia o (oder do governo provisório. :om o estrondo de seus canh6es, apontados para o (alácio de ?nverno, o cruzador -"urora- anunciou, a #B de outubro, o come!o da nova era, a era da $rande evolu!ão &ocialista. " #B de outubro HM de novembroK, publicou)se um apelo do (artido bolchevique. -"os cidadãos da 9ssia-. +ele se dizia que o governo provisório burgu7s tinha passado para as mãos dos &oviets. O governo provisório se tinha refugiado no (alácio de ?nverno, sob a prote!ão dos %adetes e dos batalh6es de choque. +as noites de #B e #J de outubro, os operários, soldados e marinheiros revolucionários tomaram de assalto o (alácio de ?nverno e prenderam o governo provisório. " insurrei!ão armada em (etrogrado vencera. O ?? :ongresso dos &oviets de toda a 9ssia abriu suas sess6es no &molni 's IAh@Bmin da noite do dia #B de outubro HM de novembroK de ILIM, quando se achava em todo seu apogeu a insurrei!ão triunfante em (etrogrado, e o (oder, na capital, tinha passado já de fato para as mãos do &oviet da cidade. Os bolcheviques obtiveram neste :ongresso uma esmagadora maioria. Os mencheviques, os delegados do -Eund- e os social)revolucionários de direita, vendo que já não tinham nada em que fazer ali se retiraram do :ongresso, não sem antes declarar que renunciavam a tomar parte em seus trabalhos. +esta declara!ão tornada p9blica no :ongresso dos &oviets, qualificavam como uma -conspira!ão militar- a evolu!ão de Outubro, O :ongresso ridicularizou os mencheviques e social)revolucionários, manifestando que, não só não lamentava sua retirada como ainda se congratulava com ela, já que, gra!as ' retirada dos traidores o :ongresso se convertia num verdadeiro :ongresso revolucionário de deputados operários e soldados. m nome do :ongresso foi proclamada a passagem de todo o (oder para as mãos dos &oviets. +o apelo do ?? :ongresso dos &oviets, se dizia1 -"poiando)se na vontade da imensa maioria dos operários, soldados e camponeses e na insurrei!ão triunfante levada a cabo pelos operários e a guarni!ão de (etrogrado, o :ongresso toma em suas mãos o (oder-. +a noite de #J de outubro HP de novembroK de ILIM, o ?? :ongresso dos &oviets aprovou o decreto sore a paz. O :ongresso propunha aos países beligerantes concertar imediatamente um armistício por um prazo mínimo de tr7s meses, para entabolar negocia!6es de paz. "o mesmo tempo que se dirigia aos governos e aos povos de todos os países beligerantes, o :ongresso fazia um apelo aos

-operários conscientes das tr7s na!6es mais adiantadas da Qumanidade e dos tr7s stados mais importantes que tomam parte na atual guerra1 ?nglaterra, ;ran!a e "lemanha-.  convidava estes operários a que ajudassem a -levar a termo rapidamente a causa da paz e, com ela, a causa da liberta!ão das massas trabalhadoras e e0ploradas, de toda a escravidão e de toda a e0plora!ão-. +a noite do mesmo dia, o ?? :ongresso dos &oviets aprovou tamb2m o decreto sore a terra , no qual se declarava -imediatamente abolida, sem nenhum g7nero de indeniza!ão a propriedade dos latifundiários sobre a terra-. sta lei foi aprovada, tomando)se como base um mandato campon7s geral, redigido de acordo com os #@# mandatos locais formulados pelos camponeses. +ele se declarava abolido para sempre o direito da propriedade privada sobre a terra, que passava a ser substituída pela propriedade de todo o povo, do stado. "s terras dos latifundiários, da família imperial e da ?greja eram entregues em usufruto gratuito a todos os trabalhadores. (or este decreto, a evolu!ão &ocialista de Outubro entregava aos camponeses mais de IBA milh6es de hectares de terras, que at2 então tinham estado em mãos dos latifundiários, da burguesia, da família real, dos mencheviques e da ?greja. Os camponeses ficavam isentos do dever de pagar as rendas aos latifundiários, rendas que subiam a cerca de BAA milh6es de rublos ouro por ano. Todas as riquezas do subsolo Hpetróleo, carvão, minerais, etcK, as matas e as águas passavam a ser propriedade do (ovo. ;inalmente, do ?? :ongresso dos &oviets de toda a 9ssia saiu o primeiro governo &ovi2tico, o :onselho de :omissários do (ovo, formado em sua totalidade por bolcheviques. (ara presidi)lo, foi designado =enin. Terminou, com isto, suas tarefas o histórico ?? :ongresso dos &oviets. Os delegados do :ongresso se disseminaram pelo país, para difundir a nova do triunfo dos &oviets em (etrogrado e assegurar a vitória do (oder &ovi2tico em toda a 9ssia. " passagem do (oder para os &oviets nem em toda a parte foi tão rápida. 3á se achava instaurado em (etrogrado o (oder &ovi2tico, e nas ruas de *oscou se travavam ainda nutridos e furiosos combates que duraram vários dias. "ntes de consentir que o (oder passasse para as mãos do &oviet de *oscou, os partidos contra)revolucionários, mencheviques e social)revolucionários, unidos aos guardas brancos e aos %adetes, desencadearam a luta armada contra os operários e contra os soldados. :ustou vários dias esmagar os facciosos e instaurar em *oscou o poder dos &oviets. +a própria (etrogrado e em suas imedia!6es, fizeram)se, durante os primeiros dias do triunfo da revolu!ão, algumas tentativas contra)revolucionárias para derrubar o (oder &ovi2tico. " IA de novembro de ILIM, Cerens%i, que já em plena insurrei!ão tinha fugido de (etrogrado para um setor da frente +orte, concentrou algumas unidades de cossacos e enviou)as sobre (etrogrado, com o general Crasnov ' frente. " II de novembro de ILIM, a organiza!ão contra)revolucionária intitulada -:omit7 de &alva!ão da (átria e da evolu!ão-, dirigida por social)revolucionários, desencadeou em (etrogrado uma subleva!ão de %adetes. *as esta subleva!ão foi esmagada sem grande esfor!o. "pós um dia de luta, ao anoitecer do dia II de novembro, os marinheiros e os guardas vermelhos liquidaram a subleva!ão dos %adetes, e a IG de novembro era derrotado o general Crasnov perto das montanhas de (ul%ovo. =enin dirigiu pessoalmente o esmagamento desta subleva!ão anti)sovi2tica, da mesma sorte que dirigira a insurrei!ão de outubro. &ua firmeza inquebrantável e sua serena seguran!a no triunfo animavam e fundiam em um só bloco as massas. O inimigo foi esmagado. Crasnov caiu prisioneiro e deu sua -palavra de honra- de que não tornaria a lutar contra o (oder &ovi2tico. ;oi posto em liberdade sob esta -palavra de honra-, mas algum tempo depois, Crasnov traía sua palavra de general. Cerens%i conseguiu fugir, disfar!ado de mulher -em dire!ão desconhecida-. Tamb2m o general 4u%honin tentou promover uma subleva!ão em *oguilev, no Ruartel)$eneral do 02rcito. Ruando o governo &ovi2tico ordenou a 4u%honin entabolar imediatamente negocia!6es para fazer um armistício com o comando alemão, este general se negou a cumprir as ordens do governo. m vista disso, o (oder &ovi2tico decretou sua destitui!ão. O "lto :omando contra)revolucionário foi esmagado, e 4u%honin morreu nas mãos das tropas sublevadas contra ele. "ssim mesmo tentaram uma saída contra o (oder &ovi2tico os já citados oportunistas embu!ados no (artido1 Camenev, Sinoviev, D%ov, &hliopni%ov e outros. stes elementos come!aram a e0igir a forma!ão de um -governo socialista homog7neo-, com a participa!ão dos mencheviques e social)revolucionários, os quais, a evolu!ão de Outubro acabava de derrubar. " IB de novembro de ILIM, o :. :. do (artido bolchevique aprovou uma

resolu!ão, recha!ando qualquer compromisso com estes partidos contra)revolucionários e declarando Camenev e Sinoviev fura)greves da evolu!ão. " IM de novembro, Camenev, Sinoviev, D%ov e *iliutin, em desacordo com a política do (artido, declararam que se demitiam de seus postos no :omit7 :entral. +o mesmo dia, IM de novembro, +oguim, em seu nome e em nome de D%ov, . *iliutin, Teodorovich, ". &hliapni%ov, 4 iazanov, ?urenev e =arin, que tinham entrado para o :onselho de :omissários do (ovo, formulou uma declara!ão de desacordo com a política do :. :. do (artido, anunciando que os mencionados indivíduos se demitiam de seus cargos no governo sovi2tico. " fuga deste punhado de covardes produziu grande j9bilo entre os inimigos da evolu!ão de Outubro. Toda a burguesia e seus lacaios esfregavam as mãos de prazer, antevendo com gritinhos a derrocada do bolchevismo e prognosticando o naufrágio do (artido bolchevique. *as este punhado de desertores não conseguiu fazer com que o (artido vacilasse um minuto sequer. O :omit7 :entral cobriu)os com o seu desprezo, como a desertores da revolu!ão e lacaios da burguesia, sem se deter um instante em seu caminho. Ruanto aos social)revolucionários de -esquerda-, não querendo perder sua influ7ncia entre as massas camponesas, que simpatizavam claramente com os bolcheviques, decidiram não romper com estes e manter, no momento, a frente 9nica com eles. O :ongresso dos &oviets camponeses, celebrado em novembro de ILIM, reconheceu todas as conquistas da evolu!ão &ocialista de Outubro e os decretos do (oder &ovi2tico. ;oi feito um acordo com os social)revolucionários de -esquerda-, alguns dos quais HColegaviev, &piridonova, (roshián e &teimbergK foram incluídos no :onselho de :omissários do (ovo. *as este acordo só se manteve de p2 at2 a assinatura da paz de Erest)=itovs% e a constitui!ão dos :omit7s de camponeses pobres8 a profunda diferencia!ão de classes que se produziu então entre os camponeses, fez com que os social)revolucionários de -esquerda-, cuja posi!ão refletia cada vez mais acentuadamente os interesses dos %ula%s, desencadeassem uma subleva!ão contra os bolcheviques, sendo esmagados pelo (oder &ovi2tico. 4esde outubro de ILIM at2 janeiro)fevereiro de ILIP, a evolu!ão sovi2tica conseguiu estender)se por toda a 9ssia. Tão rápido foi o ritmo com que o (oder dos &oviets se foi instaurando ao longo do território do imenso país, que =enin falava da -marcha triunfal- do (oder &ovi2tico. " $rande evolu!ão &ocialista de Outubro havia triunfado. ntre as diversas causas que determinaram este triunfo tão relativamente fácil da evolu!ão &ocialista na 9ssia, conv2m destacar como fundamentais as seguintes1

#( " evolu!ão de Outubro defrontou)se com um inimigo relativamente tão d2bil, tão mal organizado e tão ine0periente politicamente, como a burguesia russa. " burguesia russa, ainda, economicamente d2bil e inteiramente dependente dos fornecimentos ao governo, não tinha nem a independ7ncia política nem a iniciativa necessárias para encontrar uma saída da situa!ão. +ão possuía esja e0peri7ncia nas bai0ezas e nos manejos políticos em grande escala que, por e0emplo, a burguesia francesa possui, nem tinha passado pela escola de cambalachos e patifarias de grande estilo em que 2 mestra, por e0emplo, a burguesia inglesa. " burguesia russa que dias antes, se esfor!ava para chegar a um acordo com o czar, derrubado pela evolu!ão de fevereiro, não soube, ao subir ao (oder, fazer coisa melho do que continuar em suas linhas fundamentais a política do odiado autocrata. (ugnava, tal como o czar, pela -guerra at2 a vitória final-, apesar de que a guerra arruinava e esgotava o país e dei0ava e0austas as energias do povo e do 02rcito. (ugnava, tal como o czar, pela conserva!ão, em suas linhas fundamentais, da propriedade dos latifundiários sobre a terra, apesar dos camponeses morrerem por falta de terras e sucumbirem sob a opressão dos latifundiários. Ruanto ' política seguida a respeito da classe operária, a burguesia russa ia mais al2m ainda que o czar em seu ódio contra o proletariado, pois não só se esfor!ou por manter e robustecer a opressão dos patr6es, mas tamb2m, tornava)a insuportável, mediante a aplica!ão de -loc%outs- em massa. +ão era, pois, de estranhar que o povo não vise nenhuma diferen!a essencial entre a política do czar e a da burgusia, e transferisse para o governo provisório desta seu ódio contra o carismo. nquanto os partidos oportunistas social)evolucionários e mencheviques conservaram certa influ7ncia sobre o povo, a burguesia p5de entrincheirar)se por detrás deles e manter em nas mãos o (oder. *as depois que os mencheviques e os social)revolcionários se desmascararam como agentes da burguesia imperialista, perdendo com isso sua influ7ncia sobre o povo, a burguesia e seu governo provisório ficaram no ar.

2( X frente da evolu!ão de Outubro se apresentava uma classe revolucionária como a classe operária da 9ssia, temperada nas lutas, que havia em pouco tempo passado por duas revolu!6es e tinha sabido conquistar, nas v2speras da terceira revolu!ão, a autoridade de dirigente do povo, em sua luta pela paz, a terra, a liberdade e o socialismo. &e não tivesse e0istido este dirigente da revolu!ão, credor da confian!a do povo, que era a classe operária da 9ssia, não se teria conseguido tampouco a alian!a entre os operários e os camponeses, sem a qual não teria podido triunfar a evolu!ão de Outubro.

6( " classe operária da iissia contava com um aliado tão importante na revolu!ão como eram os camponeses pobres, que formavam a esmagadora maioria da popula!ão camponesa. " e0peri7ncia de oito meses de

revolu!ão, que valia, indubitavelmente, pela de dezenas de anos de desenvolvimento -normal-, não tinha passado em vão para as massas trabalhadoras do campo. 4urante estes meses, tinham tido ocasião de tomar o pulso na realidade a todos os partidos da 9ssia e de se convencer de que não eram os %adetes, nem os social)revolucionários, nem os mencheviques que lutariam contra os latifundiários nem derramariam seu sangue pelos camponeses8 de que, na 9ssia, só havia um partido que não se achava vinculado com os latifundiários e que estava disposto a esmagar estes para satisfazer 's necessidades dos camponeses, e este partido era o (artido bolchevique. ;oi esta circunst>ncia que serviu de base real para a alian!a do proletariado com os camponeses pobres. " e0ist7ncia desta alian!a entre a classe operária e os pobres do campo determinou tamb2m a conduta dos camponeses m2dios, que vacilaram durante muito tempo e só nas v2speras da insurrei!ão de outubro se orientaram devidamente para a revolu!ão, unindo)se aos camponeses pobres. :umpre demonstrar que sem esta alian!a a evolu!ão de Outubro não teria podido vencer.

;( " classe operária tinha ã sua frente um partido tão e0perimentado nas lutas políticas como o (artido bolchevique. &ó um partido como o bolchevique, suficientennente intr2pido para conduzir o povo ao assalto decisivo, e suficientemente prudente para evitar todos os obstáculos que se erguiam no caminho para o objetivo8 só um partido assim, podia fundir tão habilmente em uma grande torrente revolucionária movimentos revolucionárias tão diversos como o movimento democrático)campon7s pela posse das terras dos latifundiários, o movimento de liberta!ão nacional dos povos oprimidos, pela igualdade de direitos das na!6es e o movimento socialista da classe operária pela derrubada da burguesia e a instaura!ão da ditadura do proletariado. < indubitável que a fusão destas diversas correntes revolucionárias numa poderosa torrente revolucionária 9nica foi o que decidiu da sorte do capitalismo na 9ssia.

<( " evolu!ão de Outubro estalou num momento em que a guerra imperialista estava ainda em seu apogeu, em que os principais stados burgueses se achavam divididos em dois campos inimigos, em que estes stados, empenhados numa guerra de uns contra os outros e se debilitando mutuamente, não podiam imiscuir)se a fundo nos -assuntos da 9ssia-, intervindo ativamente contra a evolu!ão de Outubro. < indubitável que esta circunst>ncia facilitou consideravelmente o triunfo da evolu!ão &ocialista de Outubro.

% — " luta do Partido Bolchevique pela consolidação do Poder SoviAtico* — " paz de Brest&,itovs*  — O VII Con+resso do Partido* (ara consolidar o (oder &ovi2tico era necessário destro!ar, romper o antigo aparelho do stado burgu7s e substituí)lo pelo novo aparelho do stado &ovi2tico. ra necessário, tamb2m, destruir os restos do regime de castas e de opressão nacional, abolir os privil2gios da ?greja, acabar com a ?mprensa contra)revolucionária e com as organiza!6es contra)revolucionárias de todo g7nero, tanto legais como ilegais, e dissolver a "ssembl2ia :onstituinte burguesa. (or 9ltimo, era necessário nacionalizar, após a terra, toda a grande ind9stria, e, sobretudo, sair da situa!ão de guerra, acabar com a guerra, que era o maior obstáculo que se opunha ' consolida!ão do (oder &ovi2tico. Todas estas medidas foram levadas ' prática no transcurso de uns quantos meses, desde fins de ILIM a meiados de ILIP. ompeu)se e liquidou)se a sabotagem dos funcionários dos velhos minist2rios, organizada pelos social)revolucionários e os mencheviques. ;oram suprimidos os minist2rios, criando)se, para substituí)los, aparelhos sovi2ticos de administra!ão e os correspondentes :omissariados do (ovo. :riou)se o :onselho &upremo de conomia +acional, encarregado de dirigir a ind9stria do país. Organizou)se a :omissão 0traordinária de toda a 9ssia Ha -Tcheca-K para combater a contra)revolu!ão e a sabotagem, pondo)se ' frente dela ;. 4zerzhins%i. Eai0ou)se um decreto criando o 02rcito ermelho e a *arinha ermelha. 4issolveu)se a "ssembl2ia :onstituinte, que tinha sido eleita, fundamentalmente, antes da evolu!ão de Outubro, e se tinha negado a confirmar os decretos do ?? :ongresso dos &oviets sobre a paz, sobre a terra e sobre a instaura!ão do (oder &ovi2tico. :om o objetivo de liquidar definitivamente os resíduos do feudalismo, do regime de castas e da desigualdade de direitos em todos os graus da vida social bai0ou)se uma s2rie de decretos abolindo os privil2gios de casta, suprimindo as restri!6es nacionais e religiosas, separando a ?greja do stado e a scola da ?greja, e concedendo igualdade de direitos 's mulheres e 's diversas nacionalidades da 9ssia. m um decreto especial do governo sovi2tico, que se conhece com o nome de -4eclara!ão de direitos dos povos da 9ssia-, se estatuiu como lei o livre desenvolvimento dos povos de toda a 9ssia e sua plena igualdade de

direitos. :om o objetivo de minar a for!a econ5mica da burguesia e de organizar a nova conomia nacional sovi2tica e, sobretudo, a nova ind9stria sovi2tica, foram nacionalizados os bancos, as estradas de ferro, o com2rcio e0terior, a marinha mercante e toda a grande indiístria, em seus diversos ramos1 indiístria carbonífera, metal9rgica, petrolífera, química, de constru!ão de maquinaria, t70til, a!ucareira, etc. :om o objetivo de emancipar o país da depend7ncia financeira e da e0plora!ão pelos capitalistas estrangeiros, foram anulados os empr2stimos e0teriores contraídos em nome da 9ssia pelo czar e o governo provisório. Os povos do país sovi2tico não tinham por que pagar as dívidas contraídas para prolongar a guerra de rapina e que haviam entregue o país escravizado 's garras do capital estrangeiro. Todas estas medidas e outras semelhantes atacavam pela base as for!as da burguesia, dos latifundiários, da burocracia reacionária e dos partidos contra)revolucionários, consolidando consideravelmente o (oder &ovi2tico no interior do país. *as a situa!ão do (oder &ovi2tico não podia considerar)se plenamente garantida, enquanto a 9ssia se achasse em estado de guerra com a "lemanha e a Yustria. (ara consolidar definitivamente o (oder &ovi2tico era necessário p5r fim ' guerra. (or isso, o (artido come!ou a luta pela paz desde os primeiros dias do triunfo da evolu!ão de Outubro. O governo sovi2tico prop5s a -todos os países beligerantes e seus governos entabolar negocia!6es imediatas para uma paz justa e democrática-. *as os -aliados-, a ?nglaterra e a ;ran!a, se negaram a aceitar a proposta do governo sovi2tico. m vista da negativa da ;ran!a e da ?nglaterra de entabolar negocia!6es de paz, o governo sovi2tico cumprindo a vontade dos &oviets decidiu entrar em negocia!6es com a "lemanha e a Yustria. "s negocia!6es come!aram a G de dezembro, em Erest)=itovs%. " B de dezembro se assinou o conv7nio de armistício, isto 2, de suspensão temporária das hostilidades. "s negocia!6es de paz se desenrolaram numa situa!ão em que a economia nacional estava em derrocada, em que todo o país estava cansado da guerra, as unidades militares abandonavam as trincheiras e as frentes se desmoronavam. 4urante as negocia!6es se tornou claro que os imperialistas alemães pretendiam apoderar)se de enormes por!6es do território do antigo imp2rio czarista e converter a (ol5nia, a Fcr>nia e os países do Eáltico em stados vassalos da "lemanha. :ontinuar a guerra nestas condi!6es equivalia a jogar numa cartada a e0ist7ncia da ep9blica &ovi2tica, que acabava de nascer. "presentava)se ' classe operária e aos camponeses a necessidade de aceitar as duras condi!6es de paz e recuar ante o mais perigoso bandoleiro daquele momento, o imperialismo alemão, para obter uma tr2gua, robustecer o (oder &ovi2tico e criar um novo 02rcito, o 02rcito ermelho, capaz de defender o país contra os ataques de seus inimigos. Todos os contra)revolucionários, come!ando pelos mencheviques e os social)revolucionários e acabando pelos guardas brancos mais caracterizados, desencadearam uma furiosa campanha de agita!ão contra a assinatura da paz. &ua linha era clara1 aspiravam romper as negocia!6es de paz, provocar a ofensiva dos alemães e e0por a um golpe o nascente (oder &ovi2tico, pondo em perigo as conquistas dos operários e camponeses. +esta empresa tenebrosa, tinham como aliados Trots%D e seu escudeiro Eu%arin8 este, com ade% e (iata%ov, acaudilhava o grupo antibolchevique que se disfar!ava com o nome de grupo dos -comunistas de esquerda-. Trots%D e o grupo dos -comunistas de esquerda- travaram no seio do (artido uma luta furiosa contra =enin, e0igindo a continua!ão da guerra. stes indivíduos faziam claramente o jogo dos imperialistas alemães e dos contra)revolucionários dentro do país, uma vez que trabalhavam para e0por a nascente ep9blica &ovi2tica, desprovida ainda de 02rcito, aos golpes do imperialismo alemão. ra, verdadeiramente, uma política de provocadores, habilmente disfar!ada com frases esquerdistas. " IA de fevereiro de ILIP, se interromperam as negocia!6es de paz de Erest)=itovs%. mbora =enin e &talin insistissem, em nome do :. :. do (artido bolchevique, para que se assinasse a paz, Trots%D, que era presidente da delega!ão sovi2tica de paz enviada a Erest, traiu abertamente as instru!6es concretas do (artido bolchevique. 4eclarou que a ep9blica sovi2tica se negava a assinar a paz nas condi!6es propostas pela "lemanha, e, ao mesmo tempo, comunicou aos alemães que os &oviets não fariam a guerra e continuariam desmobilizando o seu 02rcito. " coisa era monstruosa. +em os próprios imperialistas alemães podiam pedir mais 'quele traidor dos interesses do país sovi2tico. O governo alemão deu por terminado o armistício e passou ' ofensiva. Os restos de nosso antigo 02rcito fizeram frente ao arranco das tropas alemãs e come!aram a dispersar)se. Os alemães avan!avam rapidamente, ocupando territórios imensos e amea!ando (etrogrado. O imperialismo alemão, irrompendo no país dos &oviets, tinha como objetivo derrubar o (oder &ovi2tico e converter o país numa col5nia sua. O antigo 02rcito czarista, que se desmoronava, não podia fazer frente 's legi6es armadas do imperialismo alemão e recuava ante os golpes do 02rcito inimigo. *as a interven!ão armada dos imperialistas alemães provocou uma potente onda de ardor revolucionário

dentro do país. " classe operária respondeu ao grito -" (átria &ocialista está em perigo/- lan!ando pelo (artido e o governo sovi2tico, pondo em p2 de guerra numerosas unidades do 02rcito ermelho. Os jovens destacamentos do novo 02rcito do povo revolucionário, recha!aram heroicamente a arremetida do bandoleiro imperialista alemão, armado at2 os dentes. m +arva e em (s%ov, os invasores alemães depararam com uma r2plica en2rgica. O seu avan!o sobre (etrogrado foi contido. +o dia em que as tropas do imperialismo alemão foram recha!adas  #G de fevereiro   nasceu o 02rcito ermelho. 3á a IP de fevereiro de ILIP o :. :. do (artido bolchevique aprovara a proposta de =enin de enviar um telegrama ao governo alemão sobre a conclusão imediata da paz. (ara arrancar condi!6es mais favoráveis, os alemães prosseguiram a ofensiva e at2 ## de fevereiro não se mostrou o governo alemão disposto a assinar a paz, e0igindo, al2m do mais, condi!6es muito mais duras que as primitivas. =enin, &talin e &verdlov tiveram de manter uma luta encarni!adíssima no seio do :omit7 :entral contra Trots%D, Eu%arin e demais trots%istas, at2 conseguir que se tomasse a resolu!ão de negociar a paz. =enin assinalou que Eu%arin e Trots%D -ajudavam de fato aos imperialistas alemães e entravavam os avan!os e o desenvolvimento da revolu!ão na "lemanha- H=enin, t. NN??, pág. GAM, ed. russaK. " #G de fevereiro, o :. :. resolveu aceitar as condi!6es impostas pelo comando alemão e assinar o tratado de paz. " trai!ão de Trots%D e Eu%arin custou caro ' ep9blica dos &oviets. ;oram ane0adas pela "lemanha a =et5nia e a st5nia, al2m da (ol5nia, e a Fcr>nia foi separada da ep9blica &ovi2tica e convertida num stado vassalo da "lemanha. ?mp5s)se, al2m disso, ao (aís &ovi2tico a obriga!ão de pagar uma contribui!ão de guerra aos alemães. ntretanto, os chamados -comunistas de esquerda- prosseguiram na luta contra =enin, afundando)se cada vez mais no p>ntano da trai!ão. O Eureau regional do (artido de *oscou, do qual temporariamente conseguiram se apossar os -comunistas de esquerda- HEu%arin, Osins%i, ?a%ovleva, &tu%ov, *antzevK, aprovou uma resolu!ão divisionista de desconfian!a no :. :. e declarou que considerava -quase inevitável a cisão do (artido em breve prazo-.  se chegava at2 ao e0tremo de incluir nesta resolu!ão uma declara!ão anti)sovi2tica-1 -+o interesse da revolu!ão internacional  diziam nela os -comunistas de esquerda-  consideramos conveniente aceitar a possibilidade da perda do (oder &ovi2tico, que se está convertendo em um (oder puramente formal-. =enin qualificou esta resolu!ão de -esquisita e monstruosa-. +aquele momento, o (artido ainda não via claro a causa real desta conduta antibolchevique de Trots%D e dos -comunistas de esquerda-. *as o processo do bloco anti)sovi2tico direitistatrots%ista, levado a efeito recentemente Hem come!os de ILGPK, revelou que Eu%arin e o grupo de -comunistas de esquerda-, acaudilhado por ele, se achavam já naquele tempo, juntamente com Trots%D e os social)revolucionários de -esquerda-, em rela!6es secretas e conspirativas contra o governo dos &oviets. :omprovou)se que Eu%arin, Trots%D e seus c9mplices na conjura!ão, tinham como objetivo romper o tratado de paz de Erest)=itovs%, prender . ?. =enin, 3. . &talin e ?. *. &verdlov, assassiná)los e formar um novo governo, composto de bu%arinistas, trots%istas e social)revolucionários de -esquerda-. "o mesmo tempo que organizava clandestinamente este -complot- contra)revolucionário, o grupo dos -comunistas de esquerda-, apoiado por Trots%D, atacava abertamente o (artido bolchevique, esperando cindi)lo e decompor suas fileiras. *as, naqueles momentos difíceis, o (artido formou um bloco em torno de =enin, &talin e &verdlov e apoiou o :omit7 :entral, tanto no problema da paz como nos demais problemas apresentados. O grupo dos -comunistas de esquerda- ficou isolado e derrotado. (ara tomar uma decisão definitiva sobre o problema da paz, convocou)se o ?? :ongresso do (artido bolchevique. O ?? :ongresso do (artido abriu suas sess6es a J de mar!o de ILIP. ra o primeiro :ongresso que se convocava depois da tomada do (oder pelo (artido bolchevique. "ssistiram a ele @J delegados com direito ' palavra e voto e BP, sem direito a votar. stiveram representados neste :ongresso I@B mil membros. +a realidade o (artido tinha já mais de #MA mil membros. sta diferen!a se e0plica pelo caráter urgente do :ongresso, o que impediu a muitas organiza!6es enviar delegados, não tendo podido faz7)lo tampouco as do t erritório ocupado pelos alemães. ?nformando sobre a paz de Erest)=itovs%, =enin disse neste :ongresso1 -... a dura crise que o nosso (artido atravessa, em virtude da forma!ão dentro dele de uma oposi!ão de esquerda, 2 uma das maiores crises pelas quais passou a revolu!ão russa- H=enin, t. NNN??, pág G#I, ed. russaK.

" resolu!ão apresentada por =enin sobre a paz de Erest)=itovs% foi aprovada por GA votos contra. I# e @ absten!6es. +o dia seguinte ' aprova!ão desta resolu!ão, =enin escrevia em seu artigo intitulado -Fma paz desgra!ada/-1 -?nsuportavelmente duras são as condi!6es de paz. *as apesar de tudo, a história se imporá... *ãos ' obra a trabalhar na organiza!ão, na organiza!ão e na organiza!ão/ O futuro 2 nosso, sejam quais forem as provas por que passarmos- HObra citada pág #PPK. +a resolu!ão aprovada pelo :ongresso se advertia que seria inevitável que no futuro surgissem tamb2m ataques b2licos dos stados imperialistas contra a ep9blica dos &oviets, razão pela qual o :ongresso considerava dever fundamental do (artido tomar as medidas mais en2rgicas e decisivas com o objetivo de aumentar a disciplina no seio do (artido e a dos operários e camponeses em geral, p5r as massas em condi!6es de defender abnegadamente a pátria socialista, organizar o 02rcito ermelho e instruir militarmente toda a popula!ão. O :ongresso, depois de ratificar a justeza da linha leninista no problema da paz de Erest)=itovs%, condenou a posi!ão de Trots%D e de Eu%arin e estigmatizou a tentativa dos -comunistas de esquerda-, derrotados, de prosseguirem no mesmo :ongresso seu trabalho divisionista. " assinatura da paz de Erest)=itovs% deu ao (artido a possibilidade de ganhar tempo para consolidar o (oder &ovi2tico e p5r em ordem a economia do país. " assinatura da paz deu ao (artido a possibilidade de se aproveitar dos choques e0istentes dentro do campo imperialista Hcontinua!ão da guerra da Yustria e da "lemanha com a ntenteK, de decompor as for!as do adversário, organizar a conomia &ovi2tica e criar o 02rcito ermelho. " paz de Erest)=itovs% permitiu 'o proletariado manter do seu lado os camponeses e acumular for!as para esmagar os generais brancos no período da guerra civil. 4urante o período da evolu!ão de Outubro, =enin tinha ensinado ao (artido bolchevique como se deve avan!ar resolutamente e sem medo, quando se dão as condi!6es necessárias para isso. 4urante o período da paz de Erest)=itovs%, ensinou)lhe como se deve retroceder, ordenadamente, quando as for!as do adversário superam com toda a certeza as próprias, com o fim de preparar com a maior energia a nova ofensiva contra o inimigo. " história confirmou plenamente a justeza da linha leninista. +o ?? :ongresso se tomou a resolu!ão de mudar o nome do (artido e de redigir um novo programa. O (artido passou a se chamar (artido :omunista da 9ssia HbolcheviqueK  (: HbK. =enin prop5s este nome, por se ajustar e0atamente ao objetivo que o (artido bolchevique se prop6e, que 2 a realiza!ão do comunismo. (ara a reda!ão do novo programa do (artido foi escolhida uma :omissão especial da qual faziam parte =enin, &talin e outros, tomando)se como base o projeto apresentado por =enin. :omo se v7, o ?? :ongresso realizou uma obra histórica formidável1 derrotou os inimigos emboscados dentro do (artido, os -comunistas de esquerda- e os trots%istas, conseguiu tirar o país da guerra imperialista, conseguiu a paz, e com ela uma tr2gua que permitiu ao (artido ganhar tempo para organizar o 02rcito ermelho, e imp5s ao (artido a missão de implantar uma ordem socialista na conomia nacional.

' — O Plano de ,enin para aordar a construção do socialis-o* São criados os co-it5s de ca-poneses pores e cortadas as asas aos ulas* — " sulevação dos social&revolucion:rios de esquerda e seu es-a+a-ento* — O V Con+resso dos Soviets e a aprovação da constituição da Rep.lica Socialista )ederativa SoviAtica da R.ssia* 4epois de concluir a paz e obter uma tr2gua, o (oder &ovi2tico abordou o problema de desenvolver a edifica!ão do socialismo. =enin chamava ao período que vai desde novembro de ILIM at2 fevereiro de ILIP, o período de -ataque da $uarda ermelha contra o capital-. 4urante o primeiro semestre do ano de ILIP, o (oder &ovi2tico conseguiu destruir a pot7ncia econ5mica da burguesia, concentrou em suas mãos os postos de dire!ão da conomia nacional Has fábricas e empresas industriais, os bancos, as estradas de ferro, o com2rcio e0terior, a marinha mercante, etcK, destro!ou o aparelho de stado burgu7s e liquidou vitoriosamente as primeiras tentativas da contra)revolu!ão para derrubar o (oder &ovi2tico. *as tudo isto estava ainda muito longe de ser suficiente. (ara poder avan!ar, era necessário passar da derrubada do velho para a constru!ão do novo. (or isso, na primavera de ILIP, se iniciou a passagem para a nova

etapa da constru!ão socialista, se passou da -e0propria!ão dos e0propriadores-, ' consolida!ão organizada das vitórias conseguidas, ' edifica!ão da conomia nacional sovi2tica. =enin considerava necessário aproveitar)se at2 o -ma0imum- da tr2gua para abordar o problema de lan!ar os alicerces da conomia socialista. Os bolcheviques tinham que aprender a organizar de um modo novo a produ!ão e administrá)la. =enin escrevia que o (artido bolchevique tinha conseguido convencer a 9ssia e tinha conseguido arrancá)la das mãos dos ricos para entregá)la ao povo8 agora, dizia =enin, 2 necessário que o (artido bolchevique aprenda a governar e administrar a 9ssia. +esta etapa, =enin reputava como tarefas fundamentais as de fazer a contabilidade do que se produzia na conomia nacional e controlar o consumo de todos os artigos produzidos. +a conomia russa predominavam os elementos pequeno)burgueses. *ilh6es de pequenos industriais e camponeses formavam o terreno que servia de base para o desenvolvimento do capitalismo. stes pequenos empresários não reconheciam nem a disciplina do trabalho nem a disciplina geral do stado8 não se submetiam a nenhum requisito de contabilidade nem de controle. +aqueles momentos difíceis, constituía um perigo especialmente grande o elemento pequeno)burgu7s de especula!ão e mercantilismo, e as tentativas destes pequenos industriais e comerciantes de enriquecerem ' custa da mis2ria do povo. O (artido bolchevique desencadeou uma luta en2rgica contra a desídia na produ!ão, contra a falta de disciplina de trabalho na ind9stria. "s massas iam assimilando lentamente novos hábitos de trabalho. ?sto fazia com que a luta por uma disciplina no trabalho fosse, durante este período, a tarefa central. =enin assinalou a necessidade de desenvolver a emula!ão socialista na ind9stria, de implantar o salário pelo valor do trabalho, de lutar contra o igualitarismo, aplicando, lado a lado com as medidas persuasivas de educa!ão, medidas de coa!ão contra quantos pretendessem fraudar o stado, contra os vagabundos e os especuladores. "chava que a nova disciplina, uma disciplina de trabalho, uma disciplina de camaradagem, uma disciplina &ovi2tica, seria forjada por milh6es de trabalhadores, na prática do trabalho diário.  fazia notar que -esta obra encherá toda uma 2poca histórica- H=enin, t. NN???, pág. @@ ed. russaK. Todos estes problemas da constru!ão do socialismo, os problemas da cria!ão de novas rela!6es e produ!ão de tipo socialista, foram esclarecidos por =enin em seu notável trabalho intitulado -"s tarefas atuais do (oder &ovi2tico-. Os -comunistas de esquerda-, pelo bra!o dos social)revolucionários e mencheviques, lutaram tamb2m contra =enin, no que diz respeito a estes problemas. Eu%arin, Osins%i e outros se manifestaram contra a implanta!ão de uma disciplina, contra a dire!ão unipessoal das empresas, contra o emprego de especialistas na ind9stria, contra a instaura!ão de um regime de contabilidade e controle financeiro.  caluniavam =enin, afirmando que semelhante política representava a volta ao regime burgu7s. "o mesmo tempo, os -comunistas de esquerda- pregavam a tese trots%ista sobre a impossibilidade de levarem adiante na 9ssia a edifica!ão socialista e o triunfo do socialismo. (or trás das frases -esquerdistas- dos -comunistas de esquerda- se escondia a defesa dos %ula%s, dos vagabundos, dos especuladores, que eram inimigos da disciplina do trabalho e viam com hostilidade a regulamenta!ão pelo stado da vida econ5mica, o regime de contabilidade e de controle. 4epois de delinear o problemas da organiza!ão da nova ind9stria sovi2tica, o (artido bolchevique atacou os problemas do campo. +o campo, estava em ebuli!ão, naquele momento, a luta dos camponeses pobres contra os %ula%s. stes tomavam ' for!a, apoderavam)se das terras que tinham sido arrebatadas aos latifundiários. Os camponeses pobres necessitavam de ajuda. Os %ula%s lutavam contra o stado proletário, negando)se a vender)lhe o trigo ao pre!o ta0ado. (ropunham)se obrigar o stado &ovi2tico, por meio da fome, a renunciar ' implanta!ão de medidas socialistas. O (artido bolchevique tra!ou a si mesmo o propósito de esmagar os %ula%s contra)revolucionários. (ara organizar os camponeses pobres e lutar com 70ito contra os %ula%s, que dispunham das sobras de trigo, organizou)se uma campanha dos operários no campo. -:amaradas operários/  escrevia =enin.  ecordai que a revolu!ão passa por uma situa!ão crítica. ecordai que sois vós, e ningu2m mais que vós, que podeis salvar a revolu!ão. 4ezenas de milhares de operários escolhidos, adiantados, dedicados ' causa do socialismo, incapazes de se render ao suborno ou ' rapina, capazes de criar uma for!a f2rrea contra os %ula%s, os especuladores, os aproveitadores, os indivíduos venais, os desorganizadores8 eis aí o que nos faz falta-. H=enin, t. NN???, pág. #B, ed. russaK. -" luta pelo pão 2 a luta pelo socialismo-, disse =enin, e sob esta palavra de ordem se desenvolveu a organiza!ão dos operários para a campanha nas aldeias. Eai0ou)se uma s2rie de decretos, pelos quais se instaurava uma ditadura do abastecimento e se concediam aos órgãos do :omissariado de "bastecimento poderes e0traordinários para comprar trigo a pre!os ta0ados. (or um decreto de II de junho de ILIP, foram criados os Co-it5s de ca-poneses pores. stes :omit7s desempenharam um grande papel na luta contra os %ula%s, na nova partilha das terras confiscadas e na distribui!ão dos instrumentos de lavoura e dos animais de tra!ão, aquisi!ão aos %ula%s da sobra dos produtos e no aprovisionamento dos centros operários e do 02rcito ermelho. BA milh6es de hectares de terras de posse dos %ula%s passaram para as

mãos dos camponeses pobres e m2dios.  foi confiscada aos %ula%s, em benefício dos camponeses pobres, uma parte considerável dos meios de produ!ão. " organiza!ão destes :omit7s de camponeses pobres representou uma etapa para a frente na marcha da revolu!ão socialista no campo. stes :omit7s eram os baluartes da ditadura do proletariado na aldeia.  foram, al2m disso, numa considerável medida, o caminho pelo qual se recrutaram os quadros do 02rcito ermelho entre a popula!ão camponesa. " campanha dos proletários nas aldeias e a organiza!ão dos :omit7s de camponeses pobres garantiram o (oder &ovi2tico no campo e tiveram uma enorme import>ncia política para atrair os camponeses m2dios para o lado do (oder &ovi2tico. m fins de ILIP, depois de cumprir sua missão, os :omit7s de camponeses pobres dei0a e0istir, fundindo)se com os &oviets rurais. " @ de julho de ILIP, se abriu o  :ongresso dos &oviets. Os social)revolucionários de -esquerdadesencadearam neste :ongresso uma luta furiosa contra =enin, em defesa dos %ula%s. 0igiram que se pusesse fim ' campanha contra os %ula%s e se renunciasse a enviar ao campo destacamentos operários encarregados do abastecimento.  quando se convenceram de que sua atitude encontrava uma resist7ncia firme por parte da maioria do :ongresso, organizaram uma subleva!ão em *oscou, apoderaram)se de uma rua e come!aram da canhonear o Cremlim. *as ao cabo de poucas horas, esta aventura social)revolucionária de -esquerda- foi aniquilada pelos boleheviques.  se bem que as organiza!6es locais dos social)revolucionários de -esquerda- tentaram tamb2m sublevar)se em uma s2rie de pontos do país, a aventura foi rapidamente liquidada em toda a parte. :omo o processo contra o bloco anti)sovi2tico direitista)trots%ista acabou de demonstrar ultimamente, a subleva!ão dos social)revolucionários de -esquerda- se produziu com conhecimento e de acordo con Eu%arin e Trots%D, e fazia parte do plano geral de um -complot- contra)revolucionário dos bu%arinistas, os trots%istas e os social)revolucionários de -esquerda- contra o (oder &ovi2tico. (or aqueles mesmos dias, o social)revolucionário de -esquerda- Elium%im, que mais tarde passaria a ser agente de Trots%D, introduziu)se na embai0ada alemã e, com o propósito de provocar uma guerra com a "lemanha, assassinou o embai0ador alemão em *oscou, *irbach. *as o governo sovi2tico conseguiu evitar a guerra e fazer fracassar a provoca!ão dos contra)revolucionários. +o  :ongresso dos &oviets foi aprovada a :onstitui!ão da ep9blica &ocialista ;ederativa &ovi2tica da 9ssia, a primeira de todas as constitui!6es sovi2ticas.

Resu-o 4urante os oito meses que vão desde fevereiro a outubro de ILIM, o (artido bolcheviquea realiza um dificílimo trabalho1 conquista a maioria da classe operária e dentro dos &oviets, atrai para o lado da evolu!ão &ocialista milh6es de camponeses. "rranca estas massas da influ7ncia dos partidos pequeno)burgueses Hsocial)revolucionários, mencheviques, anarquistasK e vai desmascarando, passo a passo, a política destes partidos, dirigida contra os interesses dos trabalhadores. O (artido bolchevique desenvolve um trabalho político gigantesco na frente e na retaguarda, preparando as massas para a evolu!ão &ocialista de Outubro. Os momentos decisivos na história do (artido bolchevique neste período, foram1 a chegada de =enin da emigra!ão, suas Teses de "bril, a :onfer7ncia do (artido e o ? :ongresso deste. "s resolu!6es do (artido infundiram na classe operária for!a e seguran!a no triunfo e lhe deram solu!6es para os problemas mais importantes da evolu!ão. " :onfer7ncia de "bril encaminhou o (artido para a luta pela passagem da revolu!ão democrático)burguesa para a revolu!ão socialista. O ? :ongresso orientou o (artido para a insurrei!ão armada contra a burguesia e seu governo provisório. Os partidos oportunistas, social)revolucionários e mencheviques, anarquistas e demais partidos não comunistas, coroaram sua trajetória1 todos eles se converteram, já antes da evolu!ão de Outubro, em partidos burgueses, defendendo a integridade e a conserva!ão do regime capitalista. &ó o (artido bolchevique dirigiu as massas na sua luta pela derrubada da burguesia e a instaura!ão do (oder dos &oviets. "o mesmo tempo, os bolcheviques esmagaram as tentativas dos capituladores dentro do (artido, as tentativas de Sinoviev, Camenev, D%ov, Eu%arin, Trots%D, (iata%ov e outros de desviar o (artido do caminho da evolu!ão &ocialista. " classe operária, dirigida pelo (artido bolchevique, aliada aos camponeses pobres e apoiada pelos soldados e os marinheiros, derrubou o (oder da burguesia, instaurou o (oder dos &oviets, fundou um novo tipo de stado, o stado sovi2tico socialista, aboliu a propriedade dos latifundiários sobre a terra, entregou esta em usufruto

aos camponeses, nacionalizou toda a terra do país, e0propriou os capitalistas, p5s termo ' guerra conquistando a paz, obteve a necessária tr2gua e criou com isso as condi!6es indispensáveis para o desenvolvimento da constru!ão socialista. " evolu!ão &ocialista de Outubro destruiu o capitalismo, arrebatou ' burguesia os meios de produ!ão e converteu as fábricas e empresas industriais, a terra, as estradas de ferro e os bancos em propriedade de todo o povo, em propriedade social. ?nstaurou a ditadura do proletariado e entregou a dire!ão de um imenso stado ' classe operária, convertendo)a com isso em classe dominante. :om isto, a evolu!ão &ocialista de Outubro abre na história da Qumanidade uma nova era, a era das revolu!6es proletárias.

Capítulo VIII — O Partido Bolchevique Durante o Período da Intervenção Militar Estrangeira e da uerra Civil !"#"$%"#&'(

" — Co)eça a intervenção )ilitar estrangeira* — Pri)eiro período da guerra civil*

A assinatura da paz de Brest-Litovsk e o reforçamento do Poder Soviético, como resultado da série de medidas de tipo econômico-revolucionário adotadas por ele, nos momentos em que a uerra estava em seu apoeu nas frentes ocidentais, provocaram rande alarme entre os imperialistas da !uropa "cidental e, so#retudo, entre os da !ntente$ "s imperialistas do campo da !ntente receavam que a paz entre a Aleman%a e a &'ssia aliviasse a situaç(o militar da Aleman%a, piorando assim, portanto, a situaç(o das tropas da !ntente$ &eceavam, ainda mais, que a assinatura da paz entre a &iissia e a Aleman%a acentuasse o anelo de paz em todos os pa)ses e em todas as frentes, pre*udicando deste modo a causa da uerra, a causa dos imperialistas$ &eceavam, finalmente, que a e+istncia do Poder Soviético num territrio t(o rande como o da &'ssia e os +itos lorados por ele dentro do pa)s, depois de ter derru#ado o Poder da #uruesia, fossem um e+emplo contaioso para os operários e soldados dos pa)ses ocidentais, nos quais fermentava um profundo descontentamento contra aquela uerra interminável e que . seuindo o e+emplo dos &ussos . podiam c%ear a voltar as #aionetas contra seus amos e opressores$ Por todas estas raz/es, os overnos da !ntente decidiram lançar-se 0 intervenç(o militar contra a &'ssia, com o fim de derru#ar o Poder Soviético e instaurar um Poder #urus que resta#elecesse o reime capitalista dentro do pa)s, anulasse o tratado de paz com os alem(es e refizesse a frente de uerra contra a Aleman%a e a 1ustria$ "s imperialistas da !ntente em#arcaram aleremente nesta aventura tene#rosa, convencidos como estavam da insta#ilidade do Poder Soviético e certos de que, por pouco que seus inimios se esforçassem, sua queda seria inevitável e rápida$ 2aior ainda era o alarme que os +itos do Poder Soviético e seu reforçamento infundiam nas fileiras das classes derru#adas . entre os latifundiários e os capitalistas, . nas fileiras dos partidos derrotados . kadetes, menc%eviques, social-revolucionários, anarquistas e nacionalistas #urueses de todos os matizes . e nas fileiras dos enerais #rancos, da oficialidade cossaca, etc$ 3esde os primeiros dias do triunfo da &evoluç(o de "utu#ro, todos estes elementos inimios ritavam a pleno pulm(o que o Poder Soviético n(o podia enraizar-se na &'ssia, que estava condenado a morrer, que se desmoronaria forçosamente ao ca#o de uma ou duas semanas, dentro de um ms, ou no má+imo, de dois ou trs meses$ ! como o Poder Soviético, apesar dos e+orcismos de seus adversários, continuava e+istindo e se reforçando, os inimios do Poder Soviético dentro da &'ssia viram-se o#riados a recon%ecer que o novo Poder era muito mais forte do que eles %aviam pensado e que para derru#á-lo seria necessário desenvolver sérios esforços e desencadear uma luta feroz de todas as forças da contra-revoluç(o$ !m vista disso, decidiram desenvolver um amplo tra#al%o sedicioso e contra-revolucionário destinado a arupar as forças da contra-revoluç(o, recrutar quadros militares e oranizar a su#levaç(o, so#retudo, nas rei/es dos cossacos e dos kulaks$ ! assim, *á no primeiro semestre do ano de 4546, formaram-se de um modo definido dois rupos de forças dispostas a lutar para derru#ar o Poder Soviético7 no estraneiro, os imperialistas da !ntente, e dentro da &'ssia, a contra-revoluç(o$ 8en%uma destas duas forças contava com elementos suficientes para se lançar por si s a conquistar o o#*etivo apetecido$ A contra-revoluç(o interior dispun%a de aluns quadros militares, assim como de certa quantidade de %omens, recrutados principalmente entre os cossacos acomodados e os kulaks, com os quais necessitava contar para desencadear a insurreiç(o contra o Poder Soviético$ Porém precisava de din%eiro e armas$ !m compensaç(o, os imperialistas estraneiros tin%am din%eiro e armas, porém n(o podiam 9destinar9 0 intervenç(o a quantidade necessária de tropas, n(o s porque necessitavam delas para fazer a uerra contra a Aleman%a e a 1ustria, como tam#ém porque, estas tropas podiam tornar-se pouco seuras na luta contra o Poder Soviético$ As condiç/es de luta contra os Soviets impun%am a unificaç(o de am#as as forças anti-soviéticas, as do estraneiro e as do interior$ :om efeito, esta unificaç(o se consumou, no primeiro semestre do ano de 4546$ Assim foi como se for*ou a intervenç(o armada estraneira contra o Poder Soviético, apoiada pelas sediç/es contra-revolucionárias dos inimios dos Soviets dentro da &'ssia$ :om isto, terminava a tréua e começava a uerra civil na &t)ssia, a uerra dos operários e camponeses dos povos da &'ssia contra os inimios e+teriores e interiores do Poder Soviético$

"s imperialistas da ;nlaterra, nidos começaram sua intervenç(o militar sem prévia declaraç(o de uerra, apesar desta intervenç(o n(o ser mais que uma uerra desencadeada contra a &'ssia e uma uerra, além disso, da pior espécie$ !stes #andoleiros 9civilizados9 estenderam as suas arras e desem#arcaram suas tropas no territrio russo, su#-repticiamente, como ladr/es$ As tropas anlo-francesas desem#arcaram no 8orte da &'ssia, ocuparam Arkanelsk e 2urmansk, apoiando a su#levaç(o dos uardas #rancos oranizada nesta rei(o, derru#aram o Poder dos Soviets e criaram o c%amado 9overno do 8orte da &'ssia9, overno faccioso de uardas #rancos$ As tropas *aponesas desem#arcaram em ?ladivostok, apoderaram-se da Prov)ncia mar)tima, dissolveram os Soviets e apoiaram os uardas #rancos facciosos que se encarrearam depois de restaurar o reime #urus$ 8o :áucaso do 8orte, os enerais @ornilov, Ale+eiev e 3enikin, apoiados pelos inleses e os franceses, oranizaram um 9!+ército voluntário9 de uardas #rancos, desencadearam uma su#levaç(o de cossacos ricos e a#riram a campan%a contra os Soviets$ 8a rei(o do 3on, os enerais @rasnov e 2amontov, apoiados secretamente pelos imperialistas alem(es o tratado de paz entre a Aleman%a e a &'ssia os impedia de l%es prestar um apoio franco, desencadearam a su#levaç(o dos cossacos do 3on, ocuparam a rei(o #an%ada por este rio e a#riram tam#ém a campan%a contra os Soviets$ 8a rei(o central do ?ola e na Si#éria, os anlo-franceses intriaram para oranizar a su#levaç(o do corpo de !+ército tc%ecoslovaco$ !ste corpo de e+ército, composto por prisioneiros de uerra, %avia sido autorizado pelo overno soviético a reressar ao seu pa)s pela Si#éria e !+tremo "riente$ !m camin%o, os social-revolucionários e os inleses e franceses induziram-no a se su#levar contra o Poder Soviético$ A su#levaç(o deste corpo de e+ército foi o sinal para o levante sedicioso dos 9kulaks9 do ?ola e da Si#éria e dos operários das fá#ricas de ?otkinsk e ;z%evsk influenciados pelos social-revolucionários$ 8a rei(o do ?ola foi instaurado um overno de uardas #rancos e social-revolucionários, com sede em Samara$ !m "msk, esta#eleceu-se o overno dos uardas #rancos da Si#éria$ A Aleman%a n(o tomou nem podia tomar parte nesta campan%a de intervenç(o do #loco anlo-franco-*apons-norte-americano, entre outras coisas, pela simples raz(o de que se ac%ava em uerra contra este #loco$ Porém, apesar disto e da e+istncia de um tratado de paz entre a &iissia e a Aleman%a, nen%um #olc%evique a#riava a menor d'vida de que o overno alem(o do @aiser era um inimio t(o feroz do Pa)s Soviético como os intervencionistas inleses, franceses, *aponeses e norte-americanos$ !, com efeito, os imperialistas alem(es fizeram o poss)vel e o imposs)vel para isolar, enfraquecer e afundar o Pa)s dos Soviets$ Separaram a >crCnia da &'ssia Soviética  . é certo que #aseados num 9tratado9 com a &ada ucraniana, . introduziram suas tropas na >crCnia, a pedido da &ada ucraniana dos uardas #rancos, começaram a saquear e oprimir ferozmente o povo ucraniano, proi#indo-o de manter o menor contato com a &i)ssia Soviética$ Separaram desta a Dranscaucásia, eorianos e azer#aid*anos, tropas alem(s e turcas, começaram a mandar como amos e sen%ores em Diflis e Bak', e a*udaram por todos os meios, em#ora sorrateiramente, com anuas e provis/es, o eneral @rasnov, su#levado no 3on contra o Poder Soviético$ A &'ssia Soviética via-se deste modo isolada das rei/es que eram suas fontes #ásicas de a#astecimentos, de matérias-primas e de com#ust)veis$ A vida na &'ssia Soviética, durante este per)odo foi terrivelmente dura$ !scasseava o p(o$ !scasseava a carne$ A fome mortificava os operários$ "s operários de 2oscou e Petrorado rece#iam uma raç(o de p(o de um oitavo de li#ra a cada dois dias$ Eavia dias em que n(o se distri#u)a nem um pedaço de p(o$ As fá#ricas estavam paradas ou tra#al%avam muito pouco, pois n(o %avia matérias-primas nem com#ust)veis$ A classe operária, porém, nao se acovardava, nem se acovardava tampouco o partido #olc%evique$ As incr)veis dificuldades deste per)odo e a luta desesperada contra elas revelaram como s(o inesotáveis as enerias que a classe operária armazena e como é rande e incomensurável a força da autoridade do Partido #olc%evique$ " Partido proclamou o pa)s um campamento de uerra e reconstruiu sua vida econômica, pol)tica e cultural em consonCncia com isto$ " overno soviético declarou que 9a pátria socialista estava em perio9 e c%amou o povo 0 defesa revolucionária$ Lenin lançou a palavra de ordem de 9Dudo para a frenteF9, e centenas de mil%ares de operários e camponeses se alistaram como voluntários no !+ército ?ermel%o e foram para a frente$ :erca da metade do total de filiados ao Partido e 0s =uventudes :omunistas foram ocupar o seu posto nas frentes de luta$ " Partido pôs o povo de p+ para a guerra de salvação da P,tria  contra a invas(o das tropas dos intervencionistas estraneiros e contra a su#levaç(o das classes e+ploradoras derru#adas pela revoluç(o$ " :onsel%o da 3efesa operária e camponesa oranizado por Lenin, diriia o envio de %omens, v)veres, equipamentos e armas para as frentes$ A mudança do sistema do voluntariado ao serviço militar o#riatrio levou para as fileiras do !+ército ?ermel%o centenas de mil%ares de %omens de reforço, e em pouco tempo o !+ército ?ermel%o se converteu num !+ército de um mil%(o de com#atentes$ Apesar da dur)ssima situaç(o do pa)s e da pouca idade do !+ército ?ermel%o, que ainda n(o %avia lorado fortalecer-se, as medidas de defesa adotadas n(o tardaram em acarretar os primeiros +itos$ " eneral

@rasnov foi repelido em Dsaritsin, de cu*a tomada estava seuro, e rec%açado para além do 3on$ As aventuras do eneral 3enikin ficaram localizadas dentro de uma rei(o reduzida do :áucaso do 8orte, e o eneral @ornilov foi morto em com#ate contra o !+ército ?ermel%o$ "s tc%ecoslovacos e os #andos de social-revolucionários e uardas #rancos foram desalo*ados de @azán, Sims#irsk e Samara e arro*ados para os >rais$ A su#levaç(o do uarda #ranco Savinkov em ;aroslav, oranizada pelo c%efe da 2iss(o inlesa em 2oscou, Lock%art, foi esmaada e Lock%art detido$ "s social-revolucionários, que %aviam assassinado os camaradas >ritski e ?olodarski e perpetrado o atentado criminoso contra a vida de Lenin, foram su#metidos ao terror vermel%o em resposta ao terror #ranco desencadeado por eles contra os #olc%eviques, sendo esmaados em todo os pontos mais ou menos importantes da &'ssia central$ 8estes com#ates contra os inimios se temperou e se fez forte e vioroso o *ovem !+ército ?ermel%o$ "s comissários comunistas que atuaram durante este per)odo no !+ército ?ermel%o desempen%aram um papel decisivo na o#ra de fortalecimento do !+ército, na o#ra de sua educaç(o pol)tica, na o#ra de reforçamenfo de sua capacidade com#ativa e de sua disciplina$ :ompreendia porém o Partido #olc%evique que estes +itos do !+ército ?ermel%o n(o resolviam o pro#lema, que s eram os +itos iniciais$ :ompreendia que o auardavam novos com#ates, ainda mais encarniçados, e que o pa)s s poderia reco#rar as rei/es perdidas, que eram suas fontes de a#astecimento de matérias-primas e de com#ust)vel, 0 custa de uma lona e dura luta contra seus inimios$ Por isto, os #olc%eviques começaram a se preparar intensivamente para uma uerra lona e decidiram pôr toda a retauarda a serviço da frente$ " overno soviético implantou o co)unis)o de guerra$ " Poder dos Soviets pôs so# seu controle, alem da rande ind'stria, a indiistria pequena e média, com o fim de acumular os artios de primeira necessidade para a#astecer o !+ército e o campo$ ;mplantou o monoplio do comércio do trio, proi#iu o comércio privado de cereais e introduziu o sistema de quotizaç(o de produtos ar)colas, com o o#*etivo de mo#ilizar toda a so#ra dos produtos recol%idos pelos camponeses, formar um estoque de trio e a#astecer de v)veres o !+ército e os operários$
& — Derrota )ilitar da -le)anha* — - revolução ale)ã* — .undação da /erceira Internacional*  — O VIII Congresso do Partido*

!nquanto o Pa)s Soviético se preparava para novos com#ates contra os intervencionistas estraneiros, no "cidente, na retauarda e nas frentes dos pa)ses #elierantes, se produziam acontecimentos decisivos$ A Aleman%a e a 1ustria iam ficando e+austas entre os tormentos da uerra e da crise de su#sistncia$ !nquanto a ;nlaterra, nidos mo#ilizavam novas reservas, a Aleman%a e a 1ustria esotaram as 'ltimas e e+)uas reservas de que podiam dispor$ Dal como estava a coisa, a Aleman%a e a 1ustria, esotadas a mais n(o poder, tin%am que ser derrotadas sem demora$ !ntretanto, ia fermentando dentro desses pa)ses a indinaç(o do povo contra aquela uerra interminável e aniquiladora e contra os overnos imperialistas desses pa)ses que %aviam conduzido o povo ao esotamento e 0 fome$ Dam#ém aqui se revelava a formidável influncia revolucionária da &evoluç(o de "utu#ro, de atos de confraternizaç(o entre os soldados soviéticos e os soldados austro-alem(es na frente, antes mesmo da paz de Brest-Litovsk e, depois desta, a influncia da prpria terminaç(o da uerra contra a &'ssia Soviética e da paz concertada com ela$ " e+emplo da &'ssia, onde o povo pôs fim 0 uerra mediante a derru#ada do seu prprio overno imperialista, n(o podia dei+ar de servir de e+perincia aos operários austro-alem(es$ ! os soldados alem(es da frente "riental que %aviam sido transferidos para a frente "cidental, depois da paz de Brest, tin%am forçosamente que contri#uir para decompor o !+ército alem(o ali destacado, com seus relatos acerca dos atos de confraternizaç(o com os soldados soviéticos e acerca do modo como estes sou#eram desem#araçar-se da uerra$ Guanto ao !+ército

austr)aco, começara a se decompor mesmo antes que o alem(o, como resultado das mesmas causas$ Dodas estas circunstCncias contri#u)ram para aumentar nas tropas alem(s o anelo de paz, para fazer que *á n(o dessem provas da mesma com#atividade de antes e para que começassem a retroceder ante o arro*o das tropas da !ntenteH no interior da Aleman%a, estalou, em novem#ro de 4546, a revoluç(o, derru#ando o @aiser e o seu overno$ A Aleman%a se viu o#riada a recon%ecer sua derrota e a pedir a paz 0 !ntente$ 3este modo, a Aleman%a, potncia de primeira ordem, ficava reduzida de repente, 0 situaç(o de uma potncia de seunda ordem$ 3o ponto de vista da situaç(o do Poder Soviético, este fato e+erceu certa influncia neativa, *á que convertia os !stados da !ntente, oranizadores da intervenç(o contra o Poder Soviético na força dominante da !uropa e da 1sia, dando-l%es a possi#ilidade de intensificar a intervenç(o e de oranizar o #loqueio do Pa)s Soviético, apertando ainda mais as mural%as em torno do Poder dos Soviets$ ! isto foi, com efeito, o que ocorreu, como veremos adiante$ 3e outra parte, porém, tin%a uma importCncia positiva ainda mais considerável, que vin%a aliviar radicalmente a situaç(o do pa)s dos Soviets$ !m primeiro luar, dava ao Poder Soviético a possi#ilidade de anular o tratado de paz #andido de Brest-Litovsk, de pôr fim aos paamentos que l%e foram impostos a t)tulo de indenizaç(o e de desenvolver uma luta a#erta, no terreno militar e pol)tico, para li#ertar a !stônia, a Letônia, a Bielo-&'ssia, a LituCnia, a >crCnia, e a Dranscaucásia do *uo do imperialismo alem(o$ !m seundo luar . e isto era o mais importante, . a e+istncia no centro da !uropa, na Aleman%a, de um reime repu#licano e de Soviets de deputados operários e soldados, tin%a necessariamente que repercutir de um modo revolucionário, como de fato repercutiu, nos pa)ses da !uropa, circunstCncia que tin%a de fortalecer a situaç(o do Poder Soviético na &'ssia$ I certo que a revoluç(o n(o era uma revoluç(o socialista, sen(o uma revoluç(o #uruesa, e que os Soviets na Aleman%a serviram de dcil instrumento ao parlamento da #uruesia, *á que a sua direç(o estava nas m(os dos social-democratas, que eram oportunistas da laia dos menc%eviques russos, circunstCncia que e+plica especialmente, a de#ilidade daquela revoluç(o$ Guanto era dé#il a revoluç(o na Aleman%a o demonstra um s fato7 o de que permitisse que, pelos uardas #rancos alem(es fossem impunemente assassinados revolucionários de tanto prest)io como &osa Lu+em#uro e :arlos Lie#knec%t$ Porém apesar disso, era uma revoluç(oH o @aiser foi derru#ado do tronoH os operários romperam suas cadeias e, ainda que n(o se %ouvesse conseuido ou ;ra coisa, isto tin%a necessariamente que fomentar a revoluç(o no "cidente, n(o podia dei+ar de provocar o aue da revoluç(o nos pa)ses europeus$ A revoluç(o começou a avançar na !uropa$ 8a 1ustria vin%a se desenvolvendo o movimento revolucionário$ 8a Eunria foi proclamada a &ep'#lica dos Soviets$ A onda revolucionária fez aparecer os Partidos :omunistas na !uropa$ ;sto criou uma #ase real para a unificaç(o dos Partidos :omunistas na Derceira ;nternacional, na ;nternacional :omunista$ !m março de 4545, em 2oscou, no primeiro :onresso dos Partidos :omunistas de vários pa)ses, por iniciativa de Lenin e dos #olc%eviques, foi fundada a ;nternacional :omunista$ ! ainda que o #loqueio e as perseuiç/es dos imperialistas impedissem a muitos deleados c%ear a 2oscou, tomaram parte neste primeiro :onresso representantes dos mais importantes pa)ses da !uropa e da América$ " :onresso foi diriido por Lenin$ 8o seu informe so#re a democracia #uruesa e a ditadura do proletariado, Lenin salientou a sinificaç(o do Poder Soviético, como a autntica democracia para os tra#al%adores$ " :onresso aprovou o 2anifesto diriido ao proletariado ;nternacional, no qual se fazia um apelo 0 luta pela ditadura do proletariado e pelo triunfo dos Soviets em todos os pa)ses$ 8este :onresso se eleeu o :omit !+ecutivo do :omintern :$ !$ da ;$ :$ r(o e+ecutivo da Derceira ;nternacional ou ;nternacional :omunista$ Assim foi fundada esta oranizaç(o proletária revolucionária internacional de novo tipo, a ;nternacional :omunista, ;nternacional mar+ista-leninista$ 8uma situaç(o formada por circunstCncias contraditrias, em que se reforçava o #loco reacionário de !stados da !ntente contra o Poder Soviético, de uma parte, e, de outra, se acentuava o aue revolucionário na !uropa, principalmente nos pa)ses que sa)ram derrotados da uerra, circunstCncia que aliviava consideravelmente a situaç(o do Pa)s Soviético, se reuniu, em março de 4545, o ?;;; :onresso do Partido #olc%evique$ 8este :onresso tomaram parte JK4 deleados com direito de palavra e voto, representando J4J$MM filiados$ Eavia, além disso, 4KN deleados com palavra, porém sem direito a votar$ Lenin consarou as primeiras palavras do seu discurso de a#ertura 0 memria de ;$ 2$ Sverdlov, um dos mel%ores oranizadores do Partido #olc%evique, morto nas vésperas da a#ertura do :onresso$ 8este :onresso foi aprovado o novo prorama do Partido$ 3efine-se nele o que é o capitalismo e sua fase culminante, o imperialismo$ :omparam-se os dois sistemas de !stados7 o sistema da democracia #uruesa e o sistema Soviético$ Assinalaram-se minuciosamente as tarefas concretas do Partido na sua luta pelo socialismo7 levar até o fim a e+propriaç(o da #uruesia, oranizar a

!conomia do pa)s seundo um plano socialista 'nico, fazer com que os sindicatos interven%am na oranizaç(o da !conomia nacional, implantar a disciplina socialista do tra#al%o, utilizar os técnicos na !conomia nacional, so# o controle dos r(os soviéticos, incorporar radualmente e seundo um plano os camponeses médios ao tra#al%o da edificaç(o socialista$ " ?;;; :onresso aprovou por proposta de Lenin incluir no prorama, n(o s a definiç(o do imperialismo como etapa culminante do capitalismo, como tam#ém a descriç(o do capitalismo industrial e do reime de produç(o simples de mercadorias, que fiurava no vel%o prorama, aprovado *á no ;; :onresso do Partido$ Lenin considerava necessário que fosse levada em conta no prorama a comple+idade da !conomia russa, e se assinalasse a e+istncia no pa)s de diversas formaç/es econômicas, incluindo entre elas o reime de pequena produç(o de mercadorias, cu*o e+poente era o campons médio$ Por isso, ao se discutir o prorama, interveio enericamente contra as idéias anti#olc%eviques de Bukarin, que propun%a eliminar dele os pontos em que se falava de capitalismo da pequena produç(o de mercadorias e do reime econômico do campons médio$ As idéias de Bukarin representavam a neaç(o menc%evique-trotskista da importCncia do campons médio para a edificaç(o soviética$ Ao mesmo tempo, Bukarin escondia o fato de que era o reime da pequena produç(o de mercadorias dos camponeses o que enendra e fomenta o desenvolvimento dos elementos 9kulaks9$ Lenin tam#ém com#ateu as idéias anti#olc%eviques de Bukarin e Piatakov so#re o pro#lema nacional$ !stes se manifestaram contra a inclus(o no prorama do ponto no qual se recon%ece o direito de autodeterminaç(o das naç/es e se pronunciaram contra a iualdade de direitos dos povos, so# o prete+to de que esta palavra de ordem estorvava, seundo eles, o triunfo da revoluç(o proletária e difictdtava a unificaç(o dos proletários de diversas nacionalidades$ Lenin lançou por terra estas funest)ssimas concepç/es a#sorventes e c%ovinistas de Bukarin e Piatakov$ 8os tra#al%os do ?;;; :onresso do Partido, ocupou um luar importante o pro#lema da atitude que se devia adotar em face dos camponeses médios$ :omo resultado do céle#re decreto so#re a terra, a aldeia se convertia cada vez mais em aldeia de camponeses médios$ Aora, estes formavam a maioria dentro da populaç(o camponesa$ " estado de esp)rito e a conduta dos camponeses médios, vacilantes entre a #uruesia e o proletariado, tin%am uma importCncia enorme para a sorte da uerra civil e da edificaç(o socialista$ " desenlace da uerra civil dependia, em #oa parte, do lado para o qual se inclinasse o campons médio, da classe que sou#esse conquistá-lo, de que esta classe fosse o proletariado ou a #uruesia$ Se os tc%ecoslovacos, os uardas #rancos, os kulaks, os social-revolucionários e os menc%eviques loraram derru#ar o Poder Soviético na rei(o do ?ola, no ver(o de 4546, foi porque contaram com o apoio de uma parte considerável dos camponeses médios$ ! o mesmo ocorreu nas su#levaç/es oranizadas pelos kulaks na &'ssia central$ A partir porém do outono de 4546, o estado de esp)rito das massas de camponeses médios começou a se orientar resolutamente para o Poder Soviético$ "s camponeses viam que o triunfo dos #rancos conduzia 0 restauraç(o do poder dos latifundiários, com os conseqOentes despo*os de terras, saques, torturas e espancamentos de camponeses$ Para esta mudança operada quanto ao modo de pensar dos camponeses contri#uiu tam#ém a atuaç(o dos :omits de camponeses po#res, que esmaou os kulaks$ !m relaç(o com isto, Lenin lançou, em novem#ro de 4546, esta palavra de ordem7 9Sa#er c%ear a um acordo com os camponeses médios, sem cessar nem um minuto a luta contra os kulaks e tomando como slido ponto de apoio somente os camponeses po#res9$ Lenin, t$ ;;;, pá$ N5Q, ed$ russa$ ! certo que as vacilaç/es e+istentes entre os camponeses médios n(o cessaram totalmente, porém este setor da populaç(o camponesa se apro+imou mais do Poder Soviético e começou a l%e prestar um apoio mais firme$ Para isso contri#uiu, em #oa parte, a pol)tica traçada no ?;;; :onresso do Partido, em relaç(o ao campons médio$ " ?;;; :onresso marcou uma mudança na pol)tica do Partido a respeito dos camponeses médios$ 8o informe de Lenin e nas resoluç/es do :onresso, destacou-se a nova lin%a do Partido em face deste pro#lema$ " :onresso e+iiu que as oranizaç/es do Partido e todos os comunistas esta#elecessem uma riorosa diferença e separaç(o entre os camponeses médios e os kulaks, fazendo por atrair os primeiros para o lado da classe operária mediante uma pol)tica de atenç(o sol)cita 0s suas necessidades$ !ra preciso lutar contra o atraso dos camponeses médios com o método da persuas(o, porém de modo alum com medidas de coaç(o e de violncia$ Por isso, o :onresso traçou a norma de que, ao implantar medidas socialistas no campo ao criar as comunas e os arteis ar)colas, n(o se permitisse a coaç(o$ Sempre que fossem feridos os interesses vitais dos camponeses médios, era necessário c%ear a um acordo prático com eles e l%es fazer concess/es quanto 0 fi+aç(o dos métodos de implantaç(o das transformaç/es socialistas$ " :onresso resolveu aplicar uma pol)tica de slida aliança com os camponeses médios, porém mantendo dentro dela o papel diriente do proletariado$ A nova pol)tica de relaç/es com os camponeses médios, preconizada por Lenin no ?;;; :onresso, e+iia que o proletariado se apoiasse nos camponeses po#res, mantivesse uma slida aliança com os camponeses médios e lutasse contra os kulaks$ Até o ?;;; :onresso, o Partido %avia seuido, em eral, a pol)tica de neutralizar os camponeses médios$ ;sto é, seu o#*etivo era conseuir que o campons médio n(o se pusesse ao lado do kulaks, ao lado da #uruesia, em eral$ Porém, aora, isto *á n(o #astava$ " ?;;; :onresso passou da pol)tica de neutralizaç(o

do campons médio 0 pol)tica de uma slida aliança com ele para lutar contra a intervenç(o dos uardas #rancos e das tropas estraneiras, assim como para a edificaç(o vitoriosa do socialismo$ A lin%a traçada pelo ?;;; :onresso a respeito da atitude que se devia seuir com as randes massas camponesas, com os camponeses médios, teve uma importCncia decisiva quanto ao desenlace vitorioso da uerra civil contra a intervenç(o estraneira e os uardas #rancos que l%e serviam de au+iliares$ 8o outono de 4545, quando tiveram que escol%er entre o Poder Soviético e 3enikin, os camponeses apoiaram os Soviets, e a ditadura proletária derrotou o seu mais perioso inimio$ 8o ?;;; :onresso se apresentou tam#ém, com caracteres especiais, o pro#lema da oranizaç(o do !+ército ?ermel%o$ 8este :onresso, se destacou a c%amada 9oposiç(o militar9, na qual apareciam enquadrados n(o poucos dos antios 9comunistas de esquerda9$ Porém *ustamente com estes representantes do 9comunismo de esquerda9, *á liquidado, a 9oposiç(o militar9 enlo#ava militantes do Partido que *amais %aviam participado de nen%uma oposiç(o, porém que estavam descontentes com a direç(o que DrotskR dava ao !+ército$ A maioria dos deleados militares estava acentuadamente contra DrotskR, contra sua admiraç(o pelos técnicos militares procedentes do vel%o !+ército czarista, uma parte dos quais traiu a#ertamente o Poder Soviético na uerra civil, contra a atitude arroante e %ostil de DrotskR para os vel%os quadros #olc%eviques dentro do !+ército$ 8o :onresso se aduziram e+emplos da 9forma prática9 como DrotskR tentara fuzilar toda uma série de comunistas que ocupavam postos responsáveis na frente e que n(o l%e aradavam, fazendo com isso o *oo do inimio, e como, s raças 0 intervenç(o do :omit :entral e aos protestos dos militantes ativos da frente, se conseuira evitar a morte desses camaradas$ !ntretanto, ainda que lutando contra o desvirtuamento da pol)cia militar do Partido por DrotskR, a 9oposiç(o militar9 defendia concepç/es falsas a respeito de uma série de pro#lemas da oranizaç(o do !+ército$ Lenin e Stalin intervieram resolutamente contra a 9oposiç(o militar9 que defendia as so#revivncias da uerril%a dentro do !+ército e lutava contra a criaç(o de um !+ército ?ermel%o reular, contra o empreo dos técnicos militares, contra essa disciplina férrea sem a qual n(o pode e+istir um verdadeiro !+ército$ :om#atendo a 9oposiç(o militar9, o camarada Stalin e+iia a criaç(o de um !+ército reular, compenetrado do esp)rito da mais severa disciplina$ 9"u criamos . dizia o camarada Stalin . um verdadeiro !+ército operário-campons, e predominantemente campons, um !+ército riorosamente disciplinado e defendemos a &ep'#lica, ou pereceremos9$ Ao mesmo tempo, porém, que re*eitava uma série de propostas da 9oposiç(o militar9, o :onresso assestou um olpe contra DrotskR, e+iindo que se mel%orasse a atuaç(o dos oranismos militares centrais e se reforçasse o papel dos comunistas dentro do !+ército$ :omo resultado do tra#al%o da comiss(o militar nomeada pelo :onresso, lorou-se que deste sa)sse uma resoluç(o unCnime so#re o pro#lema militar$ As resoluç/es do ?;;; :onresso so#re o pro#lema militar serviram para fortalecer o !+ército ?ermel%o e estreitar ainda mais seus laços com o Partido$ " :onresso e+aminou, além disso, o pro#lema da oranizaç(o do Partido na atuaç(o dos Soviets$ 8a discuss(o deste pro#lema, o :onresso teve que rec%açar a posiç(o do rupo oportunista Sapronov."sinski, que neava o papel diriente do Partido na atuaç(o dos Soviets$
0 — 1ecrudesce a intervenção* — Bloqueio do País 2ovi+tico* — Ca)panha de 3olcha4 e seu es)aga)ento* — Ca)panha de Deni4in e seu es)aga)ento* — 5)a tr+gua de tr6s )eses* — O I7 Congresso do Partido*

3epois de derrotar a Aleman%a e a 1ustria, os !stados da !ntente decidiram lançar randes efetivos militares contra o Pa)s Soviético$ Ao se retirarem as tropas alem(s, depois da derrota, da >crCnia e da Dranscaucásia, vieram ocupar seu posto os anlo-franceses, que enviaram a esquadra do 2ar 8ero e desem#arcaram suas tropas em "dessa e na Dranscaucásia$ A conduta seuida pelos intervencionistas da !ntente, nos territrios ocupados por eles era t(o #estial, que c%eavam a suprimir pelas armas rupos inteiros de operários e camponeses$ 3epois de ocupar o Durquest(o, a selvaeria dos invasores levou-os a aprisionar e conduzir ao Dranscáspio NM dirientes #olc%eviques de Bak', os camaradas S%aumian,
#estialmente, com a a*uda dos social-revolucionários$ Alum tempo depois, os intervencionistas declararam o #loqueio da &'ssia$ rais, cessar a perseuiç(o dos kolc%akistas e lançar as tropas da frente "riental para a frente Sul$ " :: do Partido, compreendendo perfeitamente #em que n(o era poss)vel dei+ar os >rais e a Si#éria nas m(os de @olc%ak, onde, com a a*uda dos *aponeses e dos inleses, poderia refazer-se e pôr-se de novo em pé, rec%açou aquele plano e deu instruç/es para prosseuir a ofensiva$ DrotskR n(o concordando com estas instruç/es, pediu demiss(o do seu postoH porém o :: se neou a isto, o#riando-o, ao mesmo tempo, a n(o intervir na direç(o das operaç/es da frente "riental$ A ofensiva do !+ército ?ermel%o contra @olc%ak continuou se desenvolvendo com renovado vior$ " !+ército ?ermel%o infliniu a @olc%ak uma série de novas derrotas e fez a limpeza dos #rancos nos >rais e na Si#éria, onde o !+ército ?ermel%o se encontrava apoiado por um potente movimento de uerril%eiros, oranizados na retauarda dos #rancos$ 8o ver(o de 4545, os imperialistas confiaram ao eneral udenic% que se ac%ava diriindo a contra-revoluç(o na frente 8oroeste na rei(o do Báltico, pr+ima de Petrorado, a miss(o de distrair o !+ército ?ermel%o da frente "riental por meio de um ataque a Petrorado$ A uarniç(o de dois dos fortes que defendiam essa capital, tra#al%ada Pela aitaç(o contra-revolucionária dos oficiais #rancos, se su#levou contra o Poder Soviético, e no !stado-2aior da frente foi desco#erto um 9complot9 contra-revolucionário$ " inimio ameaçava Petrorado$ Traças porém 0s medidas tomadas pelo Poder Soviético com a a*uda dos operários e dos marin%eiros, os fortes amotinados foram limpos dos #rancos, as tropas de udenic% derrotadas e o seu caudil%o lançado para a !stônia$ A derrota de udenic% perto de Petrorado facilitou a luta contra @olc%ak$ !m fins de 4545, o seu !+ército ficou definitivamente des#aratado$ @olc%ak foi detido e fuzilado em cumprimento da sentença #ai+ada pelo :omit &evolucionário$ @olc%ak, foi, pois, liquidado$ 8a Si#éria, corria na #oca do povo esta quadra depreciativa so#re @olc%ak7 "Uniforme inglês, Correame francês, Tabaco japonês  De Omsk o amo é. O uniforme se gastou O correame se enrugou O tabaco se fumou  E o amo de Omsk se acabou".

!m vista de @olc%ak n(o ter correspondido 0s esperanças nele depositadas, os intervencionistas mudaram o plano de aress(o contra a &ep'#lica dos Soviets$ As tropas desem#arcadas em "dessa tiveram de voltar de novo para #ordo dos seus navios, pois o contato com as tropas da &ep'#lica Soviética l%es contaiava o esp)rito revolucionário e *á começavam a se su#levar contra seus opressores imperialistas$ Assim, por e+emplo, em "dessa se su#levaram os marin%eiros franceses so# a direç(o de André 2artR$ Dudo isto contri#uiu para que, depois de esmaado @olc%ak, a !ntente concentrasse a atenç(o no eneral 3enikin, compan%eiro de armas de @ornilov e

oranizador do 9!+ército voluntário9$ 3enikin operava contra o Poder Soviético, naquele momento, no Sul, na rei(o do @u#an, o fez marc%ar para o 8orte contra o poder dos Soviets$ Portanto, a frente Sul passava a ser a frente principal da uerra civil$ 3enikin começou a sua rande campan%a contra o Poder Soviético no ver(o de 4545$ DrotskR lançou por terra o tra#al%o realizado na frente Sul, e as tropas soviéticas sofreram derrotas, uma atrás da outra$ !m meados de outu#ro, os #rancos eram donos de toda a >crCnia, tomaram "rei e se apro+imavam de Dula, que era o centro que a#astecia o !+ército ?ermel%o de cartuc%os, fuzis e metral%adoras$ "s #rancos se apro+imavam de 2oscou$ A situaç(o da &ep'#lica Soviética era muito rave$ " Partido deu o rito de alarme e c%amou o povo para a resistncia$ Lenin lançou a palavra de ordem de 9Doda a luta contra 3enikinF9 "s operários e os camponeses, respondendo ao c%amado dos #olc%eviques, puseram em *oo todas as suas forças para esmaar o inimio$ :om o o#*etivo de oranizar o esmaamento de 3enikin, o :omit :entral do Partido enviou 0 frente Sul os camaradas Stalin, ?oros%ilov ?oros%ilov,, "rdz%onikidise e BudienR$ BudienR$ DrotskR foi afastado da direç(o das operaç/es do !+ército ?ermel%o no Sul$ Antes da c%eada do camarada Stalin, o comando da frente Sul, de acordo com DrotskR, %avia preparado um plano, seundo o qual o ataque principal contra 3enikin se faria de Dsaritsin so#re 8ovorossisk, através das estepes do 3on, onde o !+ército ?ermel%o teria que marc%ar por um terreno completamente impraticável e atravessar rei/es povoadas por cossacos, uma parte considerável dos quais se ac%ava ent(o so# a influncia dos uardas #rancos$ " camarada Stalin su#meteu este plano a uma cr)tica demolidora e propôs ao :omit :entral outro, conce#ido por ele, para esmaar 3enikin, em que o ataque principal seuiria a lin%a @arkov-Bacia do 3onctz-&ostov$ !ste plano asseurava uma marc%a rápida das tropas do !+ército ?ermel%o contra 3enikin, pois nele se previa a passaem do !+ército ?ermel%o por rei/es operárias e camponesas, isto é, por territrios em que a populaç(o simpatizava a#ertamente com as tropas soviéticas$ Além disso, a rica rede ferroviária com que esta rei(o contava permitia a#astecer o !+ército ?ermel%o com reularidade, de todos os elementos necessários$ crCnia e o :áucaso 8orte tin%am sido li#ertadas do poder dos #rancos$ !nquanto se travavam aqueles com#ates decisivos na frente Sul, os imperialistas voltaram a lançar o corpo do !+ército de udenic% contra Petrorado, com o fim de distrair da frente Sul forças do !+ército ?ermel%o e de aliviar a situaç(o das tropas de 3enikin$ "s #rancos c%earam até as portas de Petrorado$ " %erico proletariado da capital formou com seus peitos uma mural%a para defender a primeira cidade da revoluç(o$ "s comunistas lutaram como sempre, na primeira lin%a$ 3epois de furiosos com#ates, os #rancos foram derrotados e lançados de novo para o outro lado das fronteiras da &'ssia, para a !stônia$ Dam#ém Dam#ém 3enikin foi, pois, liquidado$ 3epois de esmaados @olc%ak e 3enikin, a tréua que so#reveio foi de curta duraç(o$ Guando os imperialistas viram que as tropas dos uardas #rancos eram destroçadas, que a intervenç(o armada fracassava, que o Poder Soviético se fortalecia em todo o pa)s e que na !uropa "cidental aumentava a indinaç(o dos operários em face da uerra dos intervencionistas contra a &ep'#lica dos Soviets, começaram a mudar de atitude para com o !stado Soviético$ !m *aneiro de 45NK, a ;nlaterra, a
Dal era a situaç(o e+istente em fins de março de 45NK ao se reunir o ; :onresso do Partido$ Domaram parte neste :onresso UUQ deleados com direito de palavra e voto, representando M44$56 filiados ao Partido$ Assistiram a ele, além disso, 4MN deleados com palavra, porém sem voto$ " :onresso determinou as tarefas econômicas mais urentes do pa)s em matéria de transportes e ind'stria, assinalando especialmente a necessidade de que os sindicatos tomassem parte na edificaç(o econômica$ !ste :onresso consarou atenç(o especial ao pro#lema da formaç(o de um plano econômico de con*unto, destinado a pôr de novo em marc%a, em primeiro luar, o transporte, o com#ust)vel e a metaluria$ " ei+o deste plano era o pro#lema da eletrificaç(o de toda a !conomia nacional, que Lenin destaca como 9um rande prorama para 4K ou NK anos9$ So#re estas #ases traçar-se-ia mais tarde o céle#re plano T"!L&" plano de eletrificaç(o do pa)s, que %o*e se ac%a ultrapassado$ " :onresso com#ateu o rupo do 9centralismo democrático9, rupo contrário ao Partido, que se manifestava contra o princ)pio da direç(o e da responsa#ilidade individuais nas empresas industriais e defendia o sist sistem emaa da dire direç( ç(oo 9col 9colet etiv iva9 a9 ilim ilimit itad adaa e da irre irresp spon onsa sa#i #ilid lidad adee na ind' ind'st stri ria$ a$ "s port portaa-vo voze zess dest destee rup rupoo anti#olc%evique eram Sapronov, "sinski e ?$ Smirnov$ 8o :onresso, eram secundados por &Rkov e Domski$

8 — -gressão dos 9panis9 polacos contra o País 2ovi+tico* — -pareci)ento -pareci)ento do general :rangel* —  .racasso do plano dos polacos* — Es)aga)ento de :rangel* — .i) da intervenção ar)ada*

Apesar do esmaamento de @olc%ak e 3enikin, apesar do Pa)s Soviético aumentar cada vez mais seu territrio territrio,, li#ertando li#ertando do poder dos #rancos e dos intervencionis intervencionistas tas a rei(o do 8orte, o Durques Durquest(o, t(o, Si#éria, o 3on, >crCnia, etc, e apesar da !ntente se vir o#riada a levantar o #loqueio da &'ssia, os !stados da !ntente n(o se queriam resinar 0 idéia de que o Poder Soviético fosse ine+punável e ficasse vencedor$ 3ecidiram, portanto, empreender uma nova tentativa de intervenç(o contra o Pa)s Soviético$ 3esta vez, os intervencionistas mo#ilizaram pra a empresa, de uma parte, Pilsudski, nacionalista contra-revolucionário #urus, que era, de fato, o c%efe do !stado polaco, e de outra parte o eneral Vranel, que %avia reunido na :riméia os restos do !+ército de 3enikin, ameaçando de lá a #acia do 3onetz e a >crCnia$ A Polônia dos 9panis9 a no#reza latifundiária polaca e Vranel eram, seundo a e+press(o de Lenin, os dois #raços do imperialismo internacional que tentavam estranular o Pa)s Soviético$ " plano dos polacos era7 ocupar a parte da >crCnia Soviética situada 0 direita do 3nisper, ane+ar o territrio soviético da Bielo-&'ssia, instaurar nessas rei/es o Poder dos 9panis9 polacos, estender as fronteiras do !stado Polaco 9de mar a mar9, isto é, de 3antzi a "dessa, e, em paamento da a*uda que l%es prestaria Vranel, a*udar este a destruir o !+ército ?ermel%o e restaurar na &'ssia Soviética o Poder dos latifundiários e capitalistas$ !ste plano foi aprovado pelos !stados da !ntente$ As tentativas do overno soviético de entrar em neociaç/es com a Polônia para manter a paz e impedir a uerra n(o deram resultado nen%um$ Pilsudski n(o queria falar em paz$ Pilsudski queria a uerra$ !speculava com a idéia de que os com#atentes do !+ército ?ermel%o, ?ermel%o, cansados das campan%as de @olc%ak e 3enikin, seriam esmaados pelas tropas polacas$ A #reve tréua terminou$ !m a#ril de 45NK, as tropas polacas lançaram-se so#re a fronteira da >crCnia Soviética e ocuparam a cidade de @iev$ Ao mesmo tempo, Vranel passou 0 ofensiva e começou a ameaçar a #acia do 3onetz$ :omo réplica ao ataque das tropas polacas, as tropas do !+ército ?ermel%o ?ermel%o lançaram uma contra-ofensiva em toda a frente$ 3epois de li#ertar a cidade de @iev, e de e+pulsar os 9panis9 polacos da >crCnia e da Bielo-&'ssia, os com#atentes vermel%os da frente Sul c%earam, em impetuoso avanço, até as portas de Lem#er, na Talitzia, enquanto que as tropas da frente "cidental se apro+imavam de ?arsvia$ A derrota total do !+ército dos 9panis9 polacos era iminente$ 2as os mane*os suspeitos de DrotskR e seus adeptos no !stado-2aior :entral do !+ército ?ermel%o frustraram os +itos deste$ A ofensiva das tropas vermel%as da frente "cidental em direç(o a ?arsvia se desenvolveu  . por culpa de DrotskR e de Dukac%evski Dukac%evski . sem oranizaç(o aluma7 n(o se fez com que as tropas fortificassem as posiç/es conquistadasH as unidades que marc%avam na frente se afastaram demasiado do resto das forçasH as reservas e as muniç/es ficaram atrasadas na retauarda, com o que as unidades da vanuarda se viam a#andonadas, sem muniç/es e sem reservasH a lin%a de frente era interminavelmente lona, podendo, portanto, romper-se a frente com rande facilidade$ Assim se e+plica que, quando um pequeno rupo de tropas polacas rompeu a frente "cidental do

!+ército ?ermel%o num de seus pontos, as tropas vermel%as, que estavam sem muniç/es, se viram em má situaç(o, o#riadas a retirar$ Guanto 0s tropas da frente Sul, que se ac%avam 0s portas de Lem#er, onde mantin%am os polacos em ma situaç(o, o triste 9presidente do :onsel%o &evolucionário de TuerraW, DrotskR, l%es proi#iu que tomassem a cidade e ordenou que o !+ército de cavalaria, isto é, a principal força da frente Sul, se diriisse a um ponto lone da frente 8oroeste, so# prete+to de que se tratava de acudir em socorro da frente "cidental, ainda que n(o fosse dif)cil compreender que a 'nica e a mel%or a*uda que se podia prestar a esta frente era a tomada da cidade de Lem#er$ Ao contrário, retirar da frente Sul o !+ército de cavalaria, afastando-o de Lem#er, equivalia, de fato, a fazer e+tensiva 0 frente 2eridional a retirada das tropas do !+ército ?ermel%o$ ?ermel%o$ Assim foi como a ordem sa#otadora de DrotskR impôs 0s trop tropas as do !+ér !+érci cito to ?ermel ermel%o %o da fren frente te Sul, Sul, com com ale aleri riaa dos dos 9pan 9panis is99 polac polacos os,, uma uma reti retira rada da inco inconc nce# e#)ve )vell e a#solutamente in*ustificável$ :om esta mano#ra, se ia efetivamente, em socorro, n(o de nossa frente "cidental, mas dos 9panis9 polacos e da !ntente$ Aluns dias depois, conteve-se a ofensiva das tropas polacas, e o !+ército ?ermel%o começou a se preparar para um novo ataque contra os polacos$ A Polônia, porém, que carecia de forças para prosseuir a uerra e que, alarmada, esperava o contra-ataque dos vermel%os, foi o#riada a renunciar 0s suas am#iç/es a respeito da ocupaç(o do territrio ucraniano situado 0 marem direita do 3nieper e ao da Bielo-&'ssia, propondo ao overno soviético soviético a paz$ !m NK de outu#ro de 45NK, assinou-se assinou-se em &ia o tratado de paz com a Polônia, Polônia, em virtude virtude do qual esta conservava o territrio da Talitzia e uma parte da Bielo-&'ssia$ 3epois 3epois de esta#elecer esta#elecer a paz com a Polônia, Polônia, a &ep'#lica &ep'#lica Soviética decidiu decidiu terminar terminar com Vranel Vranel$$ !ste rece#era rece#era dos inleses inleses e dos franceses franceses novas novas remessas remessas de armas modern)ssim modern)ssimas7 as7 carros #lindados #lindados,, tanques, tanques, avi/es e muniç/es em a#undCncia$ 3ispun%a de unidades #rancas de c%oque, formadas, principalmente, por oficiais$ 8(o lorou porém mo#ilizar um continente mais ou menos considerável de camponeses e de cossacos em tomo dos desem#arques efetuados por ele no @u#an e no 3on$ 8(o o#stante, apro+irnou-se da prpria #acia do 3onetz, ameaçando os centros car#on)feros do pa)s dos Soviets$ A situaç(o do Poder Soviético se complicava, além disso, porque o !+ército ?ermel%o estava *á, ent(o, #astante cansado$ As tropas vermel%as foram o#riadas a avançar em condiç/es e+tremamente dif)ceis, atacando as tropas de Vranel e lutando, ao mesmo tempo, com os #andos dos anarquistas de 2a*no, que a*udavam o eneral #ranco$ Porém, apesar de Vranel ter em seu favor a superioridade da técnica, apesar e carecerem as tropas soviéticas de tanques, o !+ército ?ermel%o e+pulsou Vranel para a pen)nsula da :riméia$ !m novem#ro de 45NK, as tropas vermel%as tomaram as posiç/es fortificadas de Perekop, irromperam na :riméia, esmaaram as tropas de Vranel e li#ertaram essa pen)nsula das m(os dos uardas #rancos e dos intervencionistas$ A :riméia passou a formar parte do territrio soviético$ :om o fracasso dos planos mealmanos dos polacos e a derrota ranei terminou o per)odo da intervenç(o$ Para o fim de 45NK a Dranscaucásia começou a se ver livre do *uo dos nacionalistas #urueses7 musavatistas no Azer#aid*an, nacional menc%eviques na Teria e das%nakes na Armnia$ " Poder Soviético triunfou em Azer#aid*an, Armnia e Teria$ :om isto, porém, n(o terminou completamente a intervenç(o$ A intervenç(o armada dos *aponeses no !+tremo-"r !+tremo-"riente iente continuou até 45NN$ 45NN$ Eouve, Eouve, além disso, disso, várias tentativas tentativas destinadas destinadas a oranizar oranizar outra intervenç(o intervenç(o tais como as do ataman Seminov e do #ar(o >nern, no "riente, e a intervenç(o #ranco-finlandesa na :arélia, em 45N4$ Porém os principais inimios do Pa)s Soviético, as forças fundamentais da intervenç(o, ficaram destru)das em fins de 45NK$ A uerra dos intervencionistas estraneiros e dos uardas #rancos russos contra o Pa)s Soviético terminou com o triunfo dos Soviets$ A &ep'#lica Soviética sou#e defender sua li#erdade e sua independncia como !stado$ Assim terminaram a intervenç(o armada estraneira e a uerra civil$
; — Co)o e porque o País 2ovi+tico venceu as lati
Se se procurar em qualquer dos randes *ornais europeus ou americanos da época da intervenç(o, comprovar-se-á facilmente que nen%um escritor militar ou civil de mais destaque, nen%um con%ecedor das coisas da uerra, acreditava no triunfo do Poder Soviético$ Ao contrário, todos os escritores de prest)io, todos os con%ecedores dos assuntos da uerra, todos os %istoriadores das revoluç/es de todos os pa)ses e povos, todos os c%amados %omens de cincias ritavam em coro que os dias do Poder Soviético estavam contados, que a derrota do Poder Soviético era inevitável$ ;nspirava-l%es esta confiança no triunfo dos intervencionistas o fato do Pa)s Soviético n(o contar ainda com um !+ército ?ermel%o oranizado, de ter que criá-lo em plena marc%a, por assim dizer, ao passo que os intervencionistas e os uardas #rancos dispun%am de um !+ército mais ou menos preparado$ !ssa confiança era tam#ém inspirada no fato de que o !+ército ?ermel%o n(o contava com quadros militares %a#ilitados, *á que a maioria dos comandos se passara para o campo da contra-revoluç(o, enquanto que os intervencionistas e os uardas #rancos possu)am #ons quadros militares$ !ra inspirada, além disso, no fato de que o !+ército ?ermel%o dispun%a de armas e muniç/es em pequeno n'mero e de má qualidade, em conseqOncia do atraso da ind'stria de uerra da &'ssia e da impossi#ilidade de rece#-las de outros pa)ses, posto que o #loqueio a mantin%a isolada, enquanto que o !+ército dos intervencionistas e dos uardas #rancos era a#undantemente a#astecido e o continuaria sendo com armas, muniç/es e equipamentos de primeira classe$ !ra inspirada, finalmente, no fato de que o !+ército dos intervencionistas e dos uardas #rancos ocupava, ent(o, as rei/es mais ricas em v)veres da &'ssia, enquanto que o !+ército ?ermel%o carecia destas #ases e se ac%ava mal a#astecido$ ! é certo que nas unidades do !+ército ?ermel%o notavam-se todas estas deficincias e pen'rias$ 8isso, e somente nisso, tin%am a#soluta raz(o os sen%ores intervencionistas$ :omo, ent(o, se pode e+plicar que o !+ército ?ermel%o, so#re o qual pesavam desvantaens t(o consideráveis, derrotasse o !+ército dos intervencionistas e dos uardas #rancos, que n(o contavam com elasX "( " !+ército ?ermel%o venceu, porque a pol)tica do Poder Soviético, em nome da qual com#atia, era

uma pol)tica que correspondia aos interesses do povoH porque o povo sentia e compreendia esta pol)tica como *usta, como a sua pol)tica prpria, e a apoiava até o fim$ "s #olc%eviques sa#iam que um !+ército, que luta em nome de uma pol)tica falsa, de uma pol)tica que n(o conta com o apoio do povo, n(o pode vencer$ !ra isto o que ocorria no !+ército dos intervencionistas e dos uardas #rancos$ !ste !+ército contava com tudo7 com comandos antios e %á#eis, com armamentos de primeira classe, com muniç/es, com equipamentos, com provis/es$ S l%e faltava uma coisa7 o apoio e a simpatia dos povos da &'ssia que n(o queriam, nem podiam apoiar a pol)tica dos intervencionistas e dos uardas #rancos eriidos em 9overnantes9, pol)tica esta contrária ao povo$ Por isto, o !+ército dos intervencionistas e dos uardas #rancos foi derrotado$ &( " !+ército ?ermel%o venceu, porque era um !+ército a#neado e fiel sem reservas ao seu povo, por cu*a raz(o este o queria e o apoiava, como um !+ército de seu prprio sanue$ " !+ército ?ermel%o é fil%o do povo, e um !+ército como este, fiel ao seu povo como o nl%o fiel o e 0 sua m(e, conta sempre com o apoio do povo e tem necessariamente que vencer$ Pelo contrário, o !+ército que vai contra o povo, forçosamente tem que sair derrotado$ 0( " !+ército ?ermel%o venceu, porque o Poder Soviético sou#e por em pé toda a retauarda, todo o pa)s

ao serviço dos interesses da frente$ >m !+ército sem uma uarda forte, que apie por os meios a frente, está condenado 0 derrota$ "s #olc%eviques sa#iam disto, portanto, converteram todo o pa)s em um acampamento de uerra, que a#astecia a frente de armas, muniç/es, equipamentos, provis/es e reservas$ 8( " !+ército ?ermel%o venceu7 a porque seus com#atentes compreendiam os fins as tarefas da uerra e

tin%am conscincia da sua *ustezaH # porque esta cosncincia da *usteza dos fins e das tarefas da uerra fortalecia neles o esp)rito de disciplina e com#atividadeH c porque isso fazia com que as massas de com#atentes do !+ército ?ermel%o dessem a cada passo, na luta contra o inimio, provas de a#neaç(o maravil%osa e de %ero)smo de massas nunca visto$

;( " !+ército ?ermel%o venceu, porque o n'cleo diriente da frente e da retauarda do !+ército ?ernel%o

era o Partido #olc%evique, unido por sua coes(o e sua disciplina, forte por seu esp)rito revolucionário e por sua decis(o de afrontar qualquer sacrif)cio, contanto que triunfasse a causa comum, n(o superado por ninuém quanto 0 capacidade para oranizar as massas de mil%/es de %omens e dirii-las acertadamente nas situaç/es mais complicadas$ 9Traças a que o Partido . disse Lenin . estava alerta, raças a que o Partido tin%a uma disciplina sever)ssima, e a que a autoridade do Partido servia de traço de uni(o entre todos os departamentos e oranismos, e as palavras de ordem que o :$ :$ dava eram seuidas como por um s %omem por dezenas, centenas, mil%ares, e em 'ltima instCncia, por mil%/es, raças a que se afrontavam os sacrif)cios mais inauditos7 s raças a tudo isto, pôde realizar-se o milare que se realizou$ S raças a isto, apesar da dupla, da tr)plice, da quádrupla campan%a dos imperialistas da !ntente e dos imperialistas do mundo inteiro, pudemos sair vencedores9 Lenin, t$ ? pá$ 5M, ed$ russa$ @( " !+ército ?ermel%o venceu7 a porque sou#e for*ar nas suas c%efes militares de novo tipo como


de @olc%ak, 3enikin e Vranel, tra#al%avam na clandestinidade uma série de e+celentes #olc%eviques, com e sem caderneta, que pun%am em pé os operários e camponeses e os su#levavam contra os intervencionistas e os #rancos, que solapavam a retauarda dos inimios do Poder Soviético, facilitando com isso os avanços do !+ército ?ermel%o$ I sa#ido de todos como os uerril%eiros da >crCnia, da Si#éria, do !+tremo-"riente, do >ral, da Bielo-&'ssia e da rei(o do ?ola minavam a retauarda dos uardas #rancos e dos intervencionistas, prestando assim ao !+ército ?ermel%o uma a*uda inestimável$ $( " !+ército ?ermel%o venceu, porque o Pa)s Soviético n(o estava s na luta contra a contra-revoluç(o

dos uardas #rancos e a intervenç(o estraneira, porque a luta do Poder Soviético e os seus +itos despertaram a simpatia e atra)ram a a*uda dos proletários do mundo inteiro$ !nquanto que os imperialistas tentavam estranular a &ep'#lica Soviética com a intervenç(o e o #loqueio, os operários destes mesmos pa)ses imperialistas estavam ao lado dos Soviets e os a*udavam$ Sua luta contra os capitalistas dos pa)ses inimios da &ep'#lica Soviética contri#uiu para que os imperialistas fossem o#riados a desistir da intervenç(o$ "s operários da ;nlaterra, da
1esu)o

"s latifundiários e capitalistas, derrotados pela &evoluç(o de "utu#ro, em uni(o com os enerais #rancos se mancomunaram, 0s custas dos interesses de sua pátria, com os overnos dos pa)ses da !ntente para desencadear uma aress(o militar con*unta contra o pa)s dos Soviets e derrotar o Poder Soviético$ So#re estas #ase se oranizou a intervenç(o armada da !ntente e a su#levaç(o dos uardas #rancos na periferia da &'ssia, em conseqOncia das quais o Pa)s Soviético ficou isolado de seus centros de aprovisionamento e de suas #ases de matérias-primas$ A derrota militar da Aleman%a e a liquidaç(o da uerra das duas coaliz/es imperialistas da !uropa conduziram ao fortalecimento da !ntente e ao recrudescimento da intervenç(o, criando novas dificuldades ao pa)s dos Soviets$ Ao contrário, a revoluç(o na Aleman%a e o movimento revolucionário iniciado nos pa)ses europeus criaram uma situaç(o internacional favorável para o Poder Soviético e aliviaram a situaç(o do pa)s dos Soviets$

" Partido #olc%evique pôs em pé os operários e os camponeses para a uerra de salvação da P,tria, contra os ane+ionistas estraneiros e os uardas #rancos #urueses e latifundiários$ A &epii#lica Soviética e o seu !+ército ?ermel%o foram esmaando uma aps outra todas as criaturas da !ntente7 @olc%ak, udenic%, 3enikin, @rasnov e Vranel, e e+pulsaram da >crCnia e da Bielo-&'ssia mais outra criatura, Pilsudski, rec%açando assim a intervenç(o armada estraneira e limpando todo o territrio soviético das tropas intervencionistas$ Portanto, a primeira aress(o armada do capital internacional contra o pa)s do socialismo terminou com uma #ancarrota completa daquele$ "s partidos derrotados pela revoluç(o, os social-revolucionários, os menc%eviques, os anarquistas, os nacionalistas, apoiaram durante o per)odo da intervenç(o armada os enerais #rancos e os intervencionistas, oranizaram 9complots9 contra-revolucionários contra a &ep'#lica dos Soviets e atos de terrorismo contra os militantes soviéticos$ !stes partidos, que antes da &evoluç(o de "utu#ro tin%am conseuido uma certa influncia entre a classe operária, durante o per)odo da uerra civil ficaram completamente desmascarados aos ol%os das massas do povo como partidos contra-revolucionários$ " per)odo da uerra civil e da intervenç(o armada marca o aniquilamento pol)tico destes partidos e o triunfo definitivo do Partido :omunista no Pa)s Soviético$

Capítulo IX — O Partido Bolchevique Durante o Período de Transição ao Trabalho Pacífico de estauração da !cono"ia #acional

$ — O País %ovi&tico depois da liquidação da intervenção ar"ada e da 'uerra civil( — )s dificuldades do período de restauração da econo"ia( Depois de pôr fim à guerra, o País Soviético começou a encaminhar a obra de edificação pacífica da Economia nacional Era necess!rio restaurar a Economia nacional, destruída, pôr em ordem a ind"stria, o transporte, a agricultura Esta obra de edificação pacífica se empreendeu em condiç#es e$traordinariamente difíceis % triunfo na guerra civil não se arrancou facilmente % país estava arruinado pelos &uatro anos de guerra imperialista e os tr's anos de luta contra a intervenção armada Em ()*+, a produção global da agricultura, comparada com a de antes da guerra, era somente a m etade E tenhase em conta &ue o nível da produção agrícola de antes da guerra era o mísero nível pr-prio da aldeia russa dos tempos do c.arismo % ano de ()*+ foi, além disso, em muitas províncias, um ano de m! colheita / Economia camponesa atravessava uma situação difícil 0ais desastrosa ainda era a situação da ind"stria / produção da grande ind"stria, em ()*+, era &uase sete ve.es menor &ue a de antes da guerra / maioria das f!bricas estava parada e os poços mineiros destruídos e inundados / metalurgia se encontrava em situação especialmente difícil Durante todo o ano de ()*(, a fundição de feiro não passou de ((12++ toneladas, o &ue representava apro$imadamente, 23 da produção de ferro fundido de antes da guerra 4avia grande escasse. de combustível % transporte estava desfeito /s reservas de metal e de artigos manufaturados, com &ue contava o país, estavam &uase totalmente esgotadas Escasseavam de modo alarmante os artigos de primeira necessidade5 o pão, as gorduras, a carne, o calçado, as peças de roupa, os f-sforos, o sal, o petr-leo, o sabão En&uanto durou a guerra, o povo se resignava a suportar esta escasse., e às ve.es, nem se&uer se apercebia dela /o cessar a guerra, porem, começou a sentir &ue esta situação era insuport!vel e a e$igir &ue fosse remediada imediatamente %s camponeses davam mostras de descontentamento Sob o fogo da guerra civil, se formara e se consolidara a aliança políticomilitar entre os camponeses e a classe oper!ria Esta aliança se apoiava numa base concreta5 o Poder Soviético dera aos camponeses a terra e os defendia contra os latifundi!rios e os 6ula6s7 os camponeses forneciam aos oper!rios os artigos alimentícios segundo o sistema da &uoti.ação /gora porém, esta base era 8! insuficiente % Estado Soviético se via obrigado a apoderarse, com o regime da &uoti.ação, de toda a sobra da produção dos camponeses, por e$igirem assim as necessidades da defesa do país Sem o regime da &uoti.ação, sem a política do comunismo de guerra, não teria sido possível triunfar na guerra civil / política do comunismo de guerra foi imposta pela pr-pria guerra, pela intervenção armada En&uanto durou a guerra, os camponeses se submetiam à &uoti.ação e não se apercebiam da escasse. de mercadorias, porém ao terminar a guerra e desaparecer a ameaça da volta dos latifundi!rios, começaram a manifestar seu descontentamento pela re&uisição das sobras dos produtos, pelo sistema da &uoti.ação, e a e$igir &ue lhes fornecessem mercadorias em &uantidade suficiente 9odo o sistema do comunismo de guerra chocouse, como di.ia :enin, com os interesses dos camponeses % descontentamento começava a repercutir também na classe oper!ria % proletariado suportou o peso principal da guerra civil, lutando her-ica e abnegadamente contra as legi#es dos guardas brancos e dos intervencionistas, contra o desastre econômico e a fome %s melhores oper!rios, os mais conscientes, os mais abnegados e disciplinados, ardiam de entusiasmo na luta pelo socialismo Porém a desastrosa situação de desmoronamento da Economia repercutia também sobre a classe oper!ria /s poucas f!bricas e empresas industriais &ue ainda trabalhavam diminuíram consideravelmente o seu ritmo de trabalho %s oper!rios foram obrigados a fa.er toda a classe de ofícios, fabricar is&ueiros, e, com um saco no ombro, ir procurar comestível nas aldeias ;omeçava a vacilar o fundamento de classe da ditadura do proletariado7 a classe oper!ria ia se disseminando, parte dos oper!rios emigravam para a aldeia, dei$avam de ser oper!rios, perdiam sua condição de classe / fome e o cansaço engendravam o descontentamento de uma parte dos oper!rios /nte o Partido, apresentavase a tarefa de traçar uma nova orientação a respeito de todos os problemas da vida econômica do país, em conson
% Partido enfrentou a tarefa de traçar esta nova orientação a respeito dos problemas da edificação econômica do país % inimigo de classe não dormia, porém Procurava aproveitarse da difícil situação &ue atravessava a Economia, procurava aproveitarse do descontentamento dos camponeses Estalaram sublevaç#es de 6ula6s, organi.adas pelos guardas brancos e os socialrevolucion!rios, na Sibéria, na =cra rebelião de /ntonov? ;omeçaram a se mover os elementos contrarevolucion!rios, de todos os mati.es5 menchevi&ues, socialrevolucion!rios, anar&uistas, guardas brancos e nacionalistas burgueses % inimigo mudou os métodos t!ticos de luta contra o Poder Soviético ;omeçou a se disfarçar com as cores soviéticas e sua palavra de ordem 8! não era o velho grito fracassado de @/bai$o os SovietsA@, e sim o novo grito de @Pelos Soviets, porém sem os comunistasA@ =ma manifestação flagrante da nova t!tica do inimigo de classe foi a sublevação contrarevolucion!ria de Bronstadt, &ue estalou em março de ()*(, uma semana antes de começar o C ;ongresso do Partido Esta sublevação foi dirigida pelos guardas brancos, em contato com os socialrevolucion!rios, os menchevi&ues e representantes de Estados estrangeiros os primeiros momentos, os sublevados se esforçaram em encobrir com a cortina @soviética@ sua aspiração de restaurar o Poder e a propriedade dos capitalistas e dos latifundi!rios / sua palavra de ordem era5 @Soviets sem comunistasA@ / contrarevolução pretendia aproveitarse do descontentamento das massas pe&uenoburguesas para derrubar o Poder dos Soviets, sob uma palavra de ordem aparentemente soviética Duas circunst
* — Discussão no Partido acerca dos %indicatos( — O X Con'resso do Partido( — + derrotada a oposição( — Passa,se - #ova Política !con."ica /#!P0(

Para o ;omit' ;entral do Partido, para a sua maioria leninista, era evidente &ue, depois de se terminar a guerra e de entrar no período de edificação pacífica da Economia, não havia 8! ra.ão para manter em pé o severo regime do comunismo de guerra, imposto pelas circunst
perigoso para o povo como a intervenção armada e o blo&ueio, e &ue o Partido e os sindicatos conseguiriam, indubitavelmente, sair vitoriosos desta tarefa, sempre e &uando não atuassem sobre a classe oper!ria por meio de ordens militares, seguindo os métodos aplicados na frente, onde era realmente necess!rio proceder deste modo, mas por meio da persuasão, por meio do convencimento ão pensavam, porém, todos os membros do Partido como o ; ; %s grupos da oposição H os trots6istas, a @oposição oper!ria@, os @comunistas de es&uerda@, os @centralistas democr!ticos@, etc H achavamse em um estado de confusão e de vacilação diante da passagem para a senda da edificação pacífica da Economia o Partido havia não poucos antigos menchevi&ues, socialrevolucion!rios, bundistas, @borotibistas@ e toda a sorte de seminacionalistas da periferia da "ssia Em grande parte estes elementos aderiram a uns ou a outros grupos da oposição ;omo não eram verdadeiros mar$istas nem conheciam as leis &ue regem o desenvolvimento econômico, nem tinham a t'mpera dos militantes leninistas do Partido, esta gente não fa.ia mais &ue acentuar a dispersão e as vacilaç#es dos grupos da oposição /lguns deles entendiam &ue não era necess!rio afrou$ar o severo regime do comunismo de guerra, mas pelo contr!rio, o &ue faltava era @continuar apertando os parafusos@ %utros opinavam &ue o Partido e o Estado deviam desinteressarse do problema da restauração da Economia nacional, dei$andoo totalmente nas mãos dos sindicatos Era evidente &ue, ante este confusionismo, apareceriam, em certos setores do Partido, pessoas dadas a discutir, diversos @líderes@ da oposição, &ue pugnariam para arrastar o Partido a um debate E com efeito assim ocorreu / discussão começou pelo problema do papel dos sindicatos, apesar de não ser este, então, o problema mais importante na política do Partido % paladino da discussão e da luta contra :enin e contra a maioria leninista do ; ; era 9rots6I ;om o fito de agravar a situação, interveio na reunião dos delegados comunistas à F ;onfer'ncia dos Sindicatos de toda a "ssia, celebrada em começos de novembro de ()*+, sustentando a duvidosa palavra de ordem de @apertar os parafusos@ e @sacudir os sindicatos@ E$igia, além disso, &ue se procedesse à imediata @estatificação dos sindicatos@ 9rots6I era contr!rio ao método da persuasão das massas oper!rias e advogava transplantar aos sindicatos os métodos militares Era contr!rio ao desenvolvimento da democracia dentro dos sindicatos e à provisão dos cargos sindicais por eleiç#es Em ve. do método da persuasão, sem o &ue seria inconcebível a atuação das organi.aç#es oper!rias, os trots6istas preconi.avam o método da coação pura e simples, de mandar, sem admitir ponderaç#es %nde se apoderavam da direção sindical, os trots6istas, com a sua política, não fa.iam mais &ue provocar nos sindicatos conflitos, cis#es e disc-rdias ;om a sua política, os trots6istas fa.iam com &ue a massa sem partido se colocasse contra este e semeavam a desunião da classe oper!ria / discussão acerca dos sindicatos tinha, na realidade, uma importb? da "ssia >(J de 8aneiro de ()*K?, de fato a pol'mica girava @em tomo da atitude &ue se devia tomar com os camponeses &ue se rebelavam contra o comunismo de guerra, em torno da atitude &ue se devia tomar com a massa de oper!rios sem partido, e em geral, em torno do método como o Partido devia abordar as massas, num período em &ue a guerra civil 8! havia terminado@ >esoluç#es do P ; >b? da =SS, parte L, p!g 1K(? Depois de 9rots6I, intervieram também outros grupos contr!rios ao Partido5 a @oposição oper!ria@ >Shliapni6ov, 0edvediev, Bolontai e outros?, os @centralistas democr!ticos@ >Sapronov, Drobin, Moguslavs6i, %sins6i, F Smirnov, etc?, e os @comunistas de es&uerda@ >Mu6arin e Preobra.hens6i? / @oposição oper!ria@ formulava a palavra de ordem de entregar a direção de toda a Economia nacional ao @;ongresso de produtores de toda a "ssia@ edu.ia a .ero o papel do Partido e tirava toda a significação à ditadura do proletariado no terreno da edificação econômica ;ontrapunha os sindicatos ao Estado Soviético e ao Partido ;omunista Segundo ela, a forma mais alta de organi.ação da classe oper!ria não era o Partido, e sim os sindicatos o fundo, a @oposição oper!ria@ era um grupo de tipo anarcosindicalista, contr!rio ao Partido % grupo do @centralismo democr!tico@ >os deístas? reivindicava a liberdade mais completa para a formação de fraç#es e grupos dentro do Partido ;omo os trots6istas, os @centralistas democr!ticos@ se esforçavam em solapar o papel dirigente do Partido dentro dos Soviets e dos sindicatos :enin di.ia deles &ue eram a fração @dos &ue gritavam mais forte@, e &ue a sua plataforma era socialrevolucion!riamenchevi&ue a luta contra :enin e o Partido, 9rots6I foi a8udado por Mu6arin Goi este &uem, em união com Preobra.hens6i, Serebría6ov e So6olni6ov, criou um grupo @p!racho&ue@ Este grupo defendia e encobria os divisionistas mais perniciosos5 os trots6istas :enin &ualificou a conduta de Mu6arin como @o c"mulo da

decomposição ideol-gica@ Pouco depois os bu6arinistas se uniram abertamente aos trots6istas contra :enin :enin e os leninistas dirigiram, principalmente, os seus tiros entre os trots6istas, nos &uais viam a força principal dos grupos antibolchevi&ues /cusavam os trots6istas de confundir os sindicatos com organi.aç#es de tipo militar, fa.endolhes ver &ue não era possível transplantar aos sindicatos os métodos pr-prios da&uelas organi.aç#es Em face da plataforma dos grupos de oposição, :enin e os leninistas formularam a sua pr-pria esta se sustentava &ue os sindicatos eram uma escola de governo, uma escola de administração econômica e uma escola de comunismo %s sindicatos deviam organi.ar todo o trabalho na base do método da persuasão S- assim poderiam levantar todos os oper!rios para a luta contra o desastre econômico e conseguiriam interess!los pela obra da edificação socialista da Economia nacional a luta contra os grupos da oposição, as organi.aç#es do Partido cerraram as suas fileiras em torno de :enin / luta ad&uiriu um car!ter especialmente agudo em 0oscou Era aí onde a oposição concentrava suas principais forças, ambicionando apoderarse da organi.ação do Partido nessa capital Porém os bolchevi&ues de 0oscou combateram devidamente as manobras dos divisionistas / luta nas organi.aç#es do Partido na =crb? da =cr
insurreição simulando fa.'lo em nome do Poder Soviético contra o governo soviético da "ssia Estes fatos demonstram plenamente &ue os guardas brancos aspiram a disfarçarse e sabem disfarçarse de comunistas e até de gente ainda @mais es&uerdista@ &ue eles, com o fim de enfra&uecer e derrubar o baluarte da revolução prolet!ria na "ssia /s folhas menchevi&ues &ue circularam em Petrogrado nas vésperas da sublevação de Bronstadt revelam ao mesmo tempo como os menchevi&ues se aproveitavam das discrep@esoluç#es do P ; >b? da =SS@, parte L, p!gs 2J22J? Esta resolução indicava, ao mesmo tempo, &ue a propaganda do Partido @devia e$plicar também a e$peri'ncia das anteriores revoluç#es, em &ue a contrarevolução apoiava os grupos pe&uenoburgueses mais pr-$imos do partido revolucion!rio mais avançado, para fa.er vacilar e derrubar a ditadura revolucion!ria, abrindo assim o caminho para dar, a seguir, o triunfo completo à contrarevolução, aos capitalistas e latifundi!rios@ Lntimamente unida à resolução @Sobre a unidade do Partido@ se achava outra resolução @Sobre o desvio sindicalista e anar&uista dentro do nosso Partido@, também igualmente aprovada pelo ;ongresso por proposta de :enin esta resolução, o C ;ongresso condenava a chamada @oposição oper!ria@ % ;ongresso considerou &ue a propaganda das idéias do desvio anarcosindicalista era incompatível com o fato de militar no Partido ;omunista e e$ortava o Partido a lutar resolutamente contra este desvio % C ;ongresso tomou a importantíssima resolução de passar do sistema da &uoti.ação ao do imposto em espécie, de passar à nova política econômica >@EP@? Esta mudança do comunismo de guerra para a @nova política econômica@ revela toda a sabedoria e a profundidade de visão da política leninista a resolução do ;ongresso, tratavase da substituição do regime das &uotas pelo do imposto em espécie Este imposto era menor &ue o da &uoti.ação % tipo de imposto se devia tornar p"blico antes da semeadura da primavera, os pra.os de entrega do imposto se assinalavam com toda a precisão 9udo &ue e$cedesse do imposto se dei$ava à livre e plena disposição do campon's, a &uem se concedia liberdade de vender esses produtos / princípio, a liberdade de venda se tradu.ia H di.ia :enin no seu informe H em uma certa reanimação do capitalismo dentro do país Ser! necess!rio consentir o comércio privado e autori.ar aos particulares dedicados à ind"stria a abertura de pe&uenas empresas ão havia porém motivo para ter medo a isto :enin entendia &ue uma certa liberdade de circulação de mercadorias estimularia o interesse econômico do campon's, incrementaria a produtividade do seu trabalho e elevaria rapidamente o rendimento da agricultura7 &ue sobre esta base se restauraria a ind"stria do Estado e se desalo8aria o capital privado7 &ue depois de acumular forças e recursos, se poderia criar uma potente ind"stria, base econômica para o socialismo, e logo depois passar decididamente à ofensiva, para destruir os restos do capitalismo dentro do país % comunismo de guerra foi a tentativa de tomar de assalto, atacando de frente a fortale.a dos elementos capitalistas da cidade e do campo este ata&ue, o Partido avançou demasiado, e$pondose ao perigo de perder o contato com sua base /gora, :enin propunha efetuar um pe&ueno recuo, retroceder provisoriamente para se apro$imar da retaguarda, passar da luta por assalto ao método mais lento de cercar a fortale.a, para acumular forças, e logo depois se lançar de novo ao ata&ue %s trots6istas e outros elementos da oposição entendiam &ue a EP era, e1clusiva"ente, uma retirada Esta interpretação favorecia os seus interesses, 8! &ue a linha &ue eles seguiam era a de restaurar o capitalismo Esta porém era uma interpretação da EP, profundamente perniciosa e antileninista ;om efeito, um ano depois de se implantar a EP, no CL ;ongresso do Partido, :enin declarava &ue o recuo havia ter"inado e lançou a seguinte palavra de ordem @Preparação da ofensiva contra o capital privado@ >:enin, t CCFLL, p!g S(2, ed, russa?

%s elementos da oposição, &ue eram maus mar$istas e supinamente ignorantes em matéria de política bolchevi&ue, não compreendiam nem a ess'ncia da EP, nem o car!ter do recuo empreendido ao se iniciar esta Da ess'ncia da EP 8! falamos ;om relação ao car!ter do recuo, diremos &ue h! v!rias classes de recuo 4! momentos em &ue os partidos ou os E$ércitos se v'em obrigados a recuar por terem sofrido uma derrota, e nestes casos o E$ército ou o partido recua para se salvar e salvar seus &uadros com vistas a novos combates ão era esta a classe de recuo &ue :enin propusera ao se implantar a EP, 8! &ue o Partido, não s- não havia sofrido uma derrota, nem estava vencido, senão &ue, pelo contr!rio, era ele &uem havia derrotado os intervencionistas e os guardas brancos na guerra civil 0as h! também momentos, em &ue um partido ou um E$ército vitorioso, em seu ata&ue, avança demasiado, sem dei$ar assegurada uma base na retaguarda E isto constitui um perigo grave Em tais casos, um partido ou um E$ército e$perimentado sente em geral, para não perder o contato com sua base, a necessidade de retroceder um pouco, apro$imandose da retaguarda, para estabelecer um contato mais forte com sua base nesta, assegurandose de tudo a&uilo &ue necessita, e poder logo depois lançarse de novo ao ata&ue, com maior segurança e garantia de '$ito Esta classe de recuo tempor!rio era precisamente a &ue :enin aplicara com a EP Lnformando perante o LF ;ongresso da Lnternacional ;omunista acerca das causas a &ue obedecera a implantação da EP, :enin declarou publicamente &ue @com a nossa ofensiva econômica tínhamos avançado demasiado e não tínhamos assegurado uma base suficiente@, ra.ão por &ue foi necess!rio efetuar um recuo passageiro para a retaguarda consolidada@ / desgraça da oposição estava em &ue não compreendia, na sua ignorgrãorusso? e o do nacionalismo localista % ;ongresso condenou ambos os desvios como perniciosos e perigosos para o comunismo e o internacionalismo prolet!rio /o mesmo tempo, porém, dirigiu seus ata&ues, principalmente, 8! &ue representava o perigo fundamental, contra o chovinismo grãorusso, isto é, contra os vestígios e as sobreviv'ncias da atitude &ue os chovinistas gr
2 — Pri"eiros resultados da 3#!P3( — O XI Con'resso do Partido( — 4undação da 5nião das ep6blicas %ocialistas %ovi&ticas( — !nfer"idade de 7enin( — O Plano Cooperativo de 7enin( — O XII Con'resso do Partido(

/ implantação da EP chocou com a resist'ncia dos elementos inst!veis do Partido Esta resist'ncia vinha de dois lados De uma parte, atuavam os tagarelas de @es&uerda@, abortos políticos no estilo de :ominadse, Shats6in e outros, os &uais @demonstravam@ &ue a EP era a ren"ncia às con&uistas da evolução de %utubro, a volta ao capitalismo, o afastamento do Poder Soviético Sua ignor
de p:enin, t CCFLL, p!g (2 ed russa? ;omo conse&'ncia desta depuração, foram e$pulsas do Partido, em con8unto, (J++++ pessoas, ou se8a cerca de *K3 do total de filiados Esta depuração fortaleceu consideravelmente o Partido, melhorou a sua conte$tura social, reforçou a confiança das massas no Partido e fe. com &ue aumentasse a sua autoridade / coesão e o grau de disciplina do Partido cresceram % primeiro ano de aplicação da nova política econômica evidenciou 8uste.a desta política / mudança para a EP fortaleceu consideravelmente a aliança entre os oper!rios e os camponeses, sobre uma nova base /umentaram a pot'ncia e a fortale.a da ditadura do proletariado :i&uidouse &uase totalmente o banditismo dos 6ula6s Depois da abolição do sistema de &uotas, os camponeses médios a8udaram o Poder Soviético a lutar contra a&ueles bandos % Poder Soviético conservava nas suas mãos todas as posiç#es de direção da Economia nacional5 a grande ind"stria, os transportes, os bancos, a temi, o comércio interno e e$terno % Partido conseguiu mudar decisivamente a frente econômica 0anifestaramse os primeiros '$itos no campo da ind"stria e dos transportes Lniciouse um avanço, lento no começo, é certo, porem indubit!vel, no terreno da Economia %s oper!rios e os camponeses sentiam e viam &ue o Partido estava em bom caminho Em março de ()**, se reuniu o CL ;ongresso do Partido /ssistiram a ele K** delegados com direito de palavra e voto, representando K2*+++ filiados7 isto é, menos &ue no ;ongresso anterior %s delegados com palavra porém sem voto, eram (1K / diminuição da cifra dos filiados se e$plica pela depuração das fileiras do Partido, &ue 8! tinha começado este ;ongresso, foi feito o balanço do primeiro ano da nova política econômica %s resultados obtidos permitiram a :enin declarar perante o ;ongresso5 @Durante uni ano, retrocedemos /gora, devemos declarar em nome do Partido5 MastaA % ob8etivo &ue perseguíamos com o nosso recuo foi alcançado Este período chega ao seu fim ou  8! finali.ou /gora, passa ao primeiro plano outro ob8etivo5 reagrupar as forças@ >:enin, t CCFLL, p!g *2O, ed russa? :enin destacou &ue a EP era uma luta desesperada, uma luta de vida ou de morte, entre o capitalismo e o socialismo @Tuem vencer!U@, assim estava proposto o problema Para vencer, era necess!rio assegurar os laços entre a classe oper!ria e os camponeses, entre a ind"stria socialista e a Economia camponesa, desenvolvendo por todos os meios o interc
construção do socialismo Era necess!rio organi.ar energicamente a defesa do país Era necess!rio assegurar o pleno desenvolvimento de todas as nacionalidades da P!tria socialista Para conseguir isto, impunhase a necessidade de agrupar mais estreitamente ainda todos os povos do País Soviético Em de.embro de ()**, celebrouse o primeiro ;ongresso dos Soviets de toda a =nião este ;ongresso fundouse por proposta de :enin e Stalin a união volunt!ria e livre formada pelos Estados dos povos soviéticos5 a =nião das ep"blicas Socialistas Soviéticas >=SS? Ga.iam parte da =SS a princípio, a ep"blicaSocialista Gederativa Soviética da "ssia >SGS?, a ep"blica Socialista Gederativa Soviética da 9ranscauc!sia >SGS9?, a ep"blica Socialista Soviética da =crSS=? e a ep"blica Socialista Soviética da Mielo"ssia >SSM? Pouco tempo depois, se construíram na Nsia ;entral tr's ep"blicas Soviéticas independentes dentro da =nião5 as epíiblicas do =sbe6istão, 9ur6menistão e 9ad.i6istão 9odas estas ep"blicas se agruparam na =nião dos Estados Soviéticos, a =SS, sobre a base de sua livre vontade, com direitos iguais, e conservando cada uma delas a faculdade de abandonar livremente a =nião Soviética / fundação da =nião das ep"blicas Socialistas Soviéticas representava o fortalecimento do Poder Soviético e um grande triunfo da política leninistastalinista do Partido bolchevi&ue a respeito do problema nacional Em novembro de ()**, :enin interveio na sessão plen!ria do Soviet de 0oscou Ga.endo o balanço dos cinco anos de e$ist'ncia do Poder Soviético, e$pressou a sua firme convicção de &ue @da "ssia da EP sairia a "ssia socialista@ Goi o "ltimo discurso &ue pronunciou ante o país o outono de ()**, o Partido e$perimentou uma grande desgraça5 :enin caiu gravemente enfermo 9odo o Partido, todos os trabalhadores, seguiam profundamente penali.ados, a enfermidade de :enin 9odo o país estava dependente, com ang"stia, da&uela vida tão preciosa :enin, porém não interrompeu seu trabalho, apesar da enfermidade Estando 8! gravemente enfermo, ainda escreveu uma série de artigos importantíssimos estes artigos &ue foram os "ltimos, fa.ia o balanço do trabalho reali.ado e traçava o plano da construção do socialismo no País Soviético, mediante a incorporação dos camponeses à obra da edificação socialista este pro8eto, :enin destacava o seu plano cooperativo, destinado a tra.er os camponeses à causa da edificação do socialismo :enin via na cooperação em geral, e na cooperação agr!ria em particular, o caminho e$e&ível e l-gico para milh#es de camponeses, pelo &ual se podia passar da pe&uena e$ploração individual para as grandes agrupaç#es cooperativas da produção5 6ol6oses Destacava &ue o caminho pelo &ual devia seguir o desenvolvimento da economia agrícola no País Soviético era o de inco&8orar os camponeses à edificação socialista por meio da cooperação, de ir infundindo gradualmente na agricultura os princípios do coletivismo, começando pela esfera da venda, para passar depois para a esfera da produção agrícola Salientava &ue o regime da ditadura do proletariado e da aliança da classe oper!ria com os camponeses, assegurada a direção dos camponeses pelo proletariado e com a e$ist'ncia de uma ind"stria socialista, a cooperação para a produção, uma cooperação bem organi.ada &ue abarcasse milh#es de camponeses, era o caminho pelo &ual se poderia construir no País Soviético uma sociedade socialista completa Em abril de ()*2, celebrouse o CLL ;ongresso do Partido Era o primeiro ;ongresso &ue se reunia, depois da tomada do Poder pelos bolchevi&ues, sem a presença pessoal de :enin 9omaram parte dele +O delegados com direito de palavra e voto, representando 2O1+++ filiados, isto é, menos &ue no ;ongresso anterior Era o resultado da persistente depuração das fileiras do Partido, em conse&'ncia da &ual tinham sido e$pulsos dele uma percentagem consider!vel de filiados / este ;ongresso, assistiram, além disso, (J delegados com palavra, porém sem voto as resoluç#es tomadas pelo CLL ;ongresso foram levadas na devida conta todas as indicaç#es feitas por :enin nos seus "ltimos artigos e cartas % ;ongresso combateu energicamente todos os &ue interpretavam a EP como um abandono das posiç#es socialistas, como uma rendição destas posiç#es ao capitalismo, todos os &ue se propunham entregar às garras deste Goi isto o &ue preconi.aram no ;ongresso os adeptos de 9rots6I, ade6 e Brasin Estes se propunham entregar à merc' dos capitalistas estrangeiros, pôr nas suas mãos, a título de concess#es, os ramos industriais de interesse vital para o Estado Soviético Propunham pagar as dívidas do governo c.arista, anuladas pela evolução de %utubro % Partido estigmati.ou como traidoras estas propostas de capitulação ão renunciava a empregar a política de concess#es, porém s- na&ueles ramos e dentro da&ueles limites &ue se tornassem vanta8osos para o Estado Soviético /ntes do ;ongresso, Mu6arin e So6olni6ov tinham proposto pôr fim ao monop-lio do comércio e$terior Esta proposta era também o resultado da interpretação da EP como a entrega das posiç#es soviéticas ao capitalismo :enin estigmati.ou então Mu6arin como defensor dos especuladores, dos nepman e dos 6ula6s % CLL ;ongresso rechaçou decididamente o atentado &ue se &ueria perpetrar contra a intangibilidade do monop-lio do comércio e$terior % ;ongresso combateu também a tentativa de 9rots6I de impor ao Partido uma política funesta em relação aos camponeses Destacou &ue não era lícito perder de vista o fato do predomínio &ue a pe&uena economia camponesa tinha dentro do país Salientou &ue o desenvolvimento da ind"stria, incluindo a ind"stria pesada, não se

devia chocar com os interesses das massas camponesas, porém se harmoni.ar com eles no interesse de toda a população trabalhadora Estas resoluç#es eram dirigidas contra 9rots6I, &ue preconi.ava a edificação da ind"stria por meio da e$ploração dos camponeses e &ue não reconhecia, de fato, a política da aliança entre o proletariado e os camponeses 9rots6I propunha também o fechamento de grandes f!bricas como as de @Putilov@, @Mrians6@ e outras, &ue interessavam à defesa do país, porém &ue, segundo ele, não eram rendosas % ;ongresso rechaçou indignado, a proposta de 9rots6I Por proposta de :enin, formulada por meio de uma carta, o CLL ;ongresso criou um -rgão de fusão da ;omissão ;entral e da Lnspeção %per!ria e ;amponesa / este -rgão deuse uma missão de responsabilidade5 velar pela unidade do Partido, fortalecer a disciplina do Partido e do Estado e aperfeiçoar por todos os meios o aparelho do Estado Soviético % ;ongresso consagrou atenção especial ao problema nacional Lnformou acerca deste ponto o camarada Stalin, &ue salientou a significação internacional da política soviética sobre o problema nacional %s povos oprimidos do %cidente e do %riente v'em na =nião Soviética o e$emplo de como se deve resolver o problema nacional e de como se deve acabar com a opressão nacional Destacou a necessidade de trabalhar energicamente para li&uidar a desigualdade econômica e cultural entre os povos da =nião Soviética E incitou todo o Partido para lutar decididamente contra os desvios referentes ao problema nacional5 contra o chauvinismo grãorusso e contra o nacionalismo regionalista burgu's o ;ongresso foram desmascarados os portavo.es do desvio nacionalista e a sua política absorvente a respeito das minorias nacionais /tuavam, na&uele momento, contra o Partido os portavo.es do desvio nacionalista georgiano5 0divani e outros Estes elementos eram contr!rios à criação da federação transcauc!sica e ao fortalecimento da ami.ade entre os povos da 9ranscauc!sia / sua atitude frente às outras nacionalidades da Ve-rgia era a de aut'nticos chovinistas absorventes E$pulsavam de 9iflis todos os não georgianos, principalmente os arm'nios, e decretaram uma lei, segundo a &ual toda georgiana &ue contraísse matrimônio com um homem de outra nacionalidade perderia a sua cidadania georgiana ;ontavam com o apoio de 9rots6I, ade6, Mu6arin, SerIpui6 e a6ovs6i Lmediatamente depois do ;ongresso, foi convocada uma ;onfer'ncia especial dos militantes das ep"blicas nacionais para tratar do problema nacional ela, foram desmascarados o grupo dos nacionalistas burgueses t!rtaros, SultãoValiev e outros, e o grupo dos portavo.es do desvio nacionalista no =sbe6istão, constituído por Gaisula Lod.haiev e outros % CLL ;ongresso fe. o balanço dos resultados obtidos nos dois anos da nova política econômica Estes resultados infundiam ao espírito vigor e segurança no triunfo final @osso Partido continua sendo um Partido coerente, monolítico, resistente às maiores viragens e &ue marcha para a frente com as bandeiras desfraldadas, H declarou no ;ongresso o camarada Stalin@

8 — ) luta Contra as Dificuldades da estauração da !cono"ia #acional( — ecrudesce a )tividade dos Trots9istas: e" a;ão da !nfer"idade de 7enin( — #ova Discussão dentro do Partido( —  Derrota dos Trots9istas( —
Em relação com isto, o rublo soviético começou a e$perimentar fortes oscilaç#es e a bai$ar de valor 9udo isto contribuía para dificultar a melhora da situação dos oper!rios e dos camponeses o outono de ()*2, aumentaram as dificuldades econômicas, em conse&'ncia das infraç#es cometidas contra a política soviética de preços pelos organismos industriais e comerciais Entre os preços das mercadorias industriais e os produtos agrícolas e$istia grande desarmonia En&uanto &ue o preço do trigo era bai$o, os preços das mercadorias industriais eram desproporcionalmente elevados Sobre a ind"stria pesavam, então, muitos gastos improdutivos e isto encarecia as mercadorias % dinheiro &ue os camponeses obtinham pela venda do trigo se depreciava rapidamente /chando &ue isto era pouco, o trots6ista Piata6ov, &ue ocupava então um posto no ;onselho Supremo da Economia acional, traçou aos militantes das organi.aç#es econômicas a norma criminosa de e$trair maiores lucros da venda dos artigos industriais, elevando desregradamente os preços, com o prete$to de fomentar a ind"stria a realidade, esta palavra de ordem pr-pria de um nepman, s- podia condu.ir a um resultado, redu.ir a base da produção industrial e solapar a ind"stria estas condiç#es, os camponeses não podiam pensar em ad&uirir artigos industriais e dei$avam de compr!los Deste modo, se iniciou uma crise do mercado, &ue repercutiu sobre a ind"stria Surgiram dificuldades, para o pagamento dos sal!rios, o &ue provocou o descontentamento dos oper!rios Em algumas f!bricas, os oper!rios menos conscientes abandonaram o trabalho % ;omit' ;entral do Partido mostrou o caminho para superar todas estas dificuldades e defici'ncias Goram tomadas medidas para acabar com a crise do mercado Goram barateados os preços dos artigos de consumo popular Goi implantada uma reforma monet!ria, adotandose um padrão firme e est!vel5 chervonetz Goi normali.ado o pagamento dos sal!rios Esboçaramse as medidas convenientes para desenvolver o comércio por intermédio dos organismos soviéticos e cooperativos, e$pulsando deles toda a classe de mercadores e especuladores Era preciso pôr mãos à obra com denodo, e todos unidos /ssim era como pensavam e atuavam os homens fiéis ao Partido %s trots6istas, porém, procediam de outro modo /proveitandose da aus'ncia de :enin, &ue estava afastado da frente de batalha, devido à sua grave enfermidade, iniciaram uma nova agressão contra o Partido e contra sua direção Decidiram &ue o momento indicado havia chegado para derrotar o Partido e derrubar sua direção a luta contra o Partido, se aproveitavam de tudo7 da derrota sofrida pela revolução na /lemanha e na Mulg!ria no outono de ()*2, das dificuldades econômicas e$istentes dentro do país, e da enfermidade de :enin Goi 8ustamente neste momento difícil para o Estado Soviético, em &ue o chefe do Partido estava de cama, &ue 9rots6I desencadeou o seu ata&ue contra o Partido bolchevi&ue /grupando em torno de si todos os elementos antileninistas do Partido, arran8ou uma plataforma oposicionista, plataforma &ue era dirigida contra o Partido, contra a sua direção e contra sua política / esta plataforma se deu o nome de @declaração dos 1 oposicionistas@ a luta contra o Partido leninista, se uniram todos os grupos da oposição5 os trots6istas, os @centralistas democr!ticos@, os restos dos @comunistas de es&uerda@ e da @oposição oper!ria@ a sua declaração, estes elementos profeti.avam uma terrível crise econômica e o afundamento do Poder Soviético e e$igiam, como "nica solução, a liberdade para a e$ist'ncia de fraç#es e grupos Era uma luta destinada a restabelecer as fraç#es, &ue foram proibidas pelo C ;ongresso do Partido, por proposta de :enin %s trots6istas não apresentavam nenhum problema concreto sobre o desenvolvimento da ind"stria ou da agricultura, sobre o aperfeiçoamento do regime de circulação das mercadorias dentro do país ou o melhoramento da situação dos trabalhadores /lém do mais, isso não lhes interessava / "nica coisa &ue lhes interessava era aproveitaremse da aus'ncia de :enin para restabelecer as fraç#es dentro do Partido e solapar deste modo seus alicerces, minar seu ;omit' ;entral Lmediatamente depois da plataforma dos 1, foi publicada uma carta de 9rots6I, na &ual cobria de lama os &uadros do Partido e dirigia uma série de novas cal"nias contra este esta carta, 9rots6I repetia as velhas cantilenas menchevi&ues, &ue o Partido estava cansado de ouvir dele %s trots6istas dirigiam sua agressão, principalmente, contra o aparelho do Partido, pois sabiam &ue o Partido não pode viver nem atuar sem um aparelho forte / oposição se esforçava em solapar, em derrubar este aparelho, em enfrentar os filiados do Partido com o aparelho deste, e a 8uventude, com os velhos &uadros do Partido a carta, 9rots6I especulava com a 8uventude estudantil, com os 8ovens filiados ao Partido, &ue ignoravam a hist-ria da luta deste contra o trots6ismo Para con&uistar esta 8uventude estudantil, 9rots6I a adulava, di.endo &ue ela era @o barômetro mais fiel do Partido@, ao mesmo tempo &ue falava da degeneração da velha guarda leninista /pontando os chefes degenerados da Segunda Lnternacional, sugeria, ignominiosamente, &ue a velha guarda bolchevi&ue seguia pelo mesmo caminho ;om os seus gritos sobre a degeneração do Partido, 9rots6I tentava encobrir sua pr-pria degeneração e os seus desígnios antibolchevi&ues %s dois documentos da oposição, a plataforma dos 1 e a carta de 9rots6I, foram distribuídos pelos trots6istas nos setores e nas células e postos para discussão entre os filiados ao Partido % Partido foi desafiado pelos trots6istas a uma contenda

epetiase, pois, o &ue ocorrera antes do C ;ongresso do Partido, em virtude da discussão sobre a &uestão sindical5 o Partido viase arrastado pelos trots6istas a uma discussão, e$tensiva a todos os filiados /pesar de se achar ocupado em problemas de car!ter econômico mais importantes, o Partido aceitou o repto e abriu a discussão / discussão foi e$tensiva a todo o Partido Era uma luta inflamada / contenda ad&uiriu caracteres especialmente agudos em 0oscou %s trots6istas aspiravam, de prefer'ncia, a se apoderar da organi.ação da capital / discussão, porém, de nada serviu aos trots6istas, a não ser para evidenciar sua inf
o LL ;ongresso dos Soviets da =SS, celebrado nos dias de luto pela morte de :enin, o camarada Stalin pronunciou, em nome do Partido, um solene 8uramento, no &ual disse5 @-s, os comunistas, somos homens de uma t'mpera especial Somos feitos de fibra especial Somos os &ue formamos o E$ército do grande estrategista prolet!rio, o E$ército do camarada :enin ão h! nada mais alto &ue a honra de pertencer a este E$ército ão h! nada superior ao título de membro do Partido cu8o fundador e chefe é o camarada :enin /o nos dei$ar, o camarada :enin nos legou o dever de manter bem alto e conservar em toda a sua pure.a o grande título de membro do Partido -s te 8uramos, camarada :enin, &ue e$ecutaremos com honra este mandatoA /o nos dei$ar, o camarada :enin nos legou o dever de conservar e fortalecer a ditadura do proletariado -s te 8uramos, camarada :enin, &ue não pouparemos esforços para e$ecutar com honra também este mandatoA /o nos dei$ar, o camarada :enin nos legou o dever de assegurar em todas as nossas forças, a aliança dos oper!rios e camponeses -s te 8uramos, camarada :enin, &ue e$ecutaremos com honra igualmente este mandatoA % camarada :enin nos falava insistentemente da necessidade de uma aliança volunt!ria e livre entre os povos do nosso país, da necessidade da sua colaboração fraternal dentro dos limites da =nião Soviética /o nos dei$ar, o camarada :enin, nos legou o dever de reforçar e estender a =nião das ep"blicas -s te 8uramos, camarada :enin, &ue e$ecutaremos com honra também este mandatoA :enin nos indicou repetidas ve.es &ue o fortalecimento do E$ército Fermelho e o seu aperfeiçoamento constituem uma das mais importantes tarefas do nosso Partido Wuremos, pois, camaradas, &ue não pouparemos esforços para fortalecer o nosso E$ército Fermelho e a nossa Grota FermelhaA /o nos dei$ar, o camarada :enin nos legou o dever de permanecermos fiéis aos princípios da Lnternacional ;omunista -s te 8uramos, camarada :enin, &ue não regatearemos nossa vida para fortalecer e estender a união dos trabalhadores de todo o mundo, a Lnternacional ;omunistaA@ 9al foi o 8uramento do Partido bolchevi&ue a seu chefe, :enin, cu8a obra perdurar! através dos séculos Em maio de ()*, celebrouse o CLLL ;ongresso do Partido /ssistiram a ele JO delegados com direito de palavra e voto, representando J2KOO( filiados % enorme aumento do n"mero de filiados ao Partido, em comparação com o do ;ongresso anterior, tem sua e$plicação nos *K++++ ingressos apro$imadamente, da promoção leninista %s delegados com palavra, porém sem voto, eram (1 % ;ongresso condenou unanimemente a plataforma da oposição trots6ista, definindoa como um desvio pe&ueuoburgu's do mar$ismo, como uma revisão do leninismo e ratificou as resoluç#es votadas pela CLLL ;onfer'ncia do Partido @sobre a obra do desenvolvimento do Partido@ e @Sobre os resultados da discussão@ Partindo da tarefa de reforçar a coesão entre a cidade e o campo, o ;ongresso indicou a necessidade de continuar desenvolvendo a ind"stria, e em primeiro lugar, a ind"stria leve, salientando, ao mesmo tempo, a necessidade de imprimir um r!pido desenvolvimento à ind"stria metal"rgica % ;ongresso ratificou a criação do ;omissariado do Povo para o ;omércio Lnterior e propôs a todos os organismos comerciais a tarefa de dominar o mercado e desalo8ar da -rbita comercial o capital privado % ;ongresso propôs a tarefa de desenvolver o crédito do Estado a favor dos camponeses com bai$o tipo de 8uro, desalo8ando da aldeia o usur!rio ;omo tarefa fundamental para a atuação no campo, o ;ongresso destacou a palavra de ordem de desenvolver por todos os meios a cooperação entre as massas camponesas Ginalmente, o ;ongresso assinalou a enorme import
= — ) 5nião %ovi&tica no final do período de restauração da !cono"ia #acional( — O proble"a da !dificação %ocialista e do Triunfo do %ocialis"o no País %ovi&tico( — ) 3nova oposição3 de >inoviev,?a"enev(  — O XI@ Con'resso do Partido( — Para a industriali;ação %ocialista do País( % Partido bolchevi&ue e a classe oper!ria estavam 8! com &uatro anos de luta tena. pela rota da nova política econômica % her-ico trabalho de restauração da Economia nacional chegava a seu fim / pot'ncia econômica e política da =nião Soviética crescia sem cessar

/ situação internacional, na&uele momento, havia mudado % capitalismo fe. frente ao primeiro assalto revolucion!rio das massas depois da guerra imperialista Goi sufocado o movimento revolucion!rio na /lemanha, na Lt!lia, na Mulg!ria, Polônia e noutra série de países %s chefes dos partidos socialdemocratas oportunistas a8udaram a burguesia a conseguir isto Lniciouse um reflu$o passageiro da revolução Lniciouse uma estabili.ação parcial e passageira do capitalismo na Europa %cidental, de um fortalecimento tempor!rio das suas posiç#es Porém a estabili.ação do capitalismo não suprimiu as contradiç#es fundamentais &ue desagregam a sociedade capitalista Pelo contr!rio5 a estabili.ação parcial do capitalismo vinha acentuar as contradiç#es entre os oper!rios e os capitalistas, entre o imperialismo e os países coloniais, entre os grupos imperialistas e os diversos países / estabili.ação do capitalismo preparava uma nova e$plosão dessas contradiç#es, gerava novas crises nos países capitalistas Paralelamente à estabili.ação do capitalismo, desenvolviase a estabili.ação da =nião Soviética Entretanto, entre estes dois processos de estabili.ação mediava uma diferença radical / estabili.ação capitalista pressagiava uma nova crise do capitalismo / estabili.ação da =nião Soviética representava um novo desenvolvimento da pot'ncia econômica e política do país do Socialismo /pesar da derrota sofrida pela revolução nos países ocidentais, a situação internacional da =nião Soviética continuava se fortalecendo, embora com ritmo mais lento Em ()**, a =nião Soviética foi convidada para a ;onfer'ncia econômica internacional &ue se celebrou na cidade italiana de V'nova a ;onfer'ncia de V'nova, os governos imperialistas, animados pela derrota da revolução nos países do capitalismo, tentaram fa.er uma nova pressão sobre a ep"blica dos Soviets, agora, sob uma forma diplom!tica %s imperialistas formularam ao país dos Soviets reivindicaç#es insolentes E$igiam &ue fossem devolvidas aos capitalistas estrangeiros as f!bricas e as empresas industriais nacionali.adas pela evolução de %utubro e &ue se pagassem todas as dívidas contraídas pelo governo c.arista Em compensação, os Estados imperialistas prometiam fa.er ao Estado Soviético alguns empréstimos / =nião Soviética rechaçou estas e$ig'ncias / ;onfer'ncia de V'nova foi infrutífera 9ambém obteve a réplica ade&uada a ameaça de uma nova intervenção &ue o ultimatum formulado pelo ministro dos eg-cios Estrangeiros da Lnglaterra, ;ur.on, em ()*2, representava 9endo sondado bem a firme.a do Poder Soviético, os Estados capitalistas, convencidos da pr-pria debilidade, foram reatando um a um, as relaç#es diplom!ticas com o país dos Soviets o transcurso do ano de ()*, se restabeleceram as relaç#es diplom!ticas com a Lnglaterra, a Grança, o Wapão e a Lt!lia Era evidente &ue o Poder Soviético soube con&uistar um período de trégua pacífica 9inha mudado também a situação dentro do país % trabalho abnegado dos oper!rios e dos camponeses, dirigidos pelo Partido bolchevi&ue, dava seus frutos / Economia nacional se desenvolvia rapidamente o ano econômico de ()*()*K, a produção agrícola se apro$imava 8! do nível de antes da guerra, pois tinha alcançado OJ3 deste nível / grande ind"stria da =SS produ.ia, 8! em ()*K, cerca de tr's &uartas partes da produção industrial de antes da guerra Em ()*()*K, o País Soviético 8! pôde inverter, em obras b!sicas, 2OK milh#es de rublos % plano de eletrificação do país se reali.ava com '$ito /s posiç#eschaves do socialismo, na Economia nacional, se firmavam Goram obtidos importantes '$itos na luta contra o capital privado na ind"stria e no comércio % auge econômico se tradu.ia em um novo melhoramento da situação dos oper!rios e dos camponeses / classe oper!ria crescia com ritmo acelerado %s sal!rios aumentavam /umentava também a produtividade do trabalho / situação material dos camponeses melhorava consideravelmente Em ()*()*K, o Estado oper!rio e campon's pôde consignar *)+ milh#es de rublos para a8udar os camponeses pobres % melhoramento da situação dos oper!rios e camponeses contribuiu para incrementar em proporç#es consider!veis a atividade política das massas / ditadura do proletariado se fortalecia / autoridade e a influ'ncia do Partido bolchevi&ue estavam aumentando / restauração da Economia nacional chegava a seu fim Porém o país dos Soviets, o país em &ue se construía o Socialismo, não podia darse por satisfeito com a restauração pura e simples da Economia, com alcançar simplesmente o nível de antes da guerra Este nível era o de um país atrasado Era preciso continuar avançando / longa trégua con&uistada pelo Estado Soviético garantia a possibilidade de prosseguir a obra de edificação /o chegar a&ui, porém, surgia em toda a sua envergadura o problema das perspectivas, do car!ter do nosso desenvolvimento e da nossa edificação, o problema da sorte do Socialismo da =nião Soviética Em &ue direção se devia orientar a edificação econômica da =nião Soviética, na direção do Socialismo ou numa outra direçãoU Devia e podia o País Soviético construir uma Economia socialista, ou estava condenado a preparar o terreno para outra classe de Economia, para uma economia capitalistaU Era possível, em linhas gerais, construir uma Economia Socialista na =SS, e caso assim fosse, era possível construíla ante a demora da revolução nos países capitalistas e a estabili.ação do capitalismoU Era possível construir uma Economia Socialista pela senda da nova política econômica, &ue, ao mesmo tempo &ue fortalecia e desenvolvia por todos os meios as forças do Socialismo dentro do país, dava

também, no momento, um certo incremento ao capitalismoU ;omo construir uma Economia nacional de tipo socialistaU Por onde começar esta obra de edificaçãoU 9odas estas perguntas se levantavam ante o Partido, ao terminar o período de restauração da Economia nacional, não como problemas te-ricos, e sim como problemas pr!ticos, como problemas &ue afetavam o trabalho cotidiano da edificação econômica Eram todas estas perguntas &ue e$igiam respostas claras e simples, para &ue os militantes do Partido e os dirigentes das organi.aç#es econômicas, os &ue constituíram a ind"stria e a agricultura, e todo o povo soubessem para onde se deviam orientar, se para o Socialismo ou para o capitalismo Sem responder claramente a estas perguntas, toda a atuação pr!tica do Partido no terreno construtivo seria trabalho com falta de perspectivas, trabalho às cegas, estéril E, com efeito, o Partido deu a todas estas perguntas uma resposta clara e definida Sim H respondia o Partido H o País Soviético pode e deve edificar uma Economia Socialista, pois e$istem nele todos os elementos necess!rios para isto, para construir uma Economia Socialista e para edificar uma sociedade socialista completa Em outubro de ()(J a classe oper!ria venceu o capitalismo no terreno político, instaurando sua ditadura política De então para c!, o Poder Soviético tomou todas as medidas necess!rias para destruir a pot'ncia econômica do capitalismo e criar as condiç#es indispens!veis para edificar uma economia nacional de tipo socialista / e$propriação dos capitalistas e latifundi!rios, a conversão das terras, f!bricas e empresas industriais, bancos e vias de comunicação, em propriedade de todo o povo7 a implantação da nova política econômica7 a organi.ação de uma ind"stria socialista do Estado7 a aplicação do plano cooperativo de :enin5 eis aí as medidas adotadas pelo Poder Soviético / tareia fundamental, agora, consiste em desenvolver por todo o país a obra de edificação de uma nova Economia, da Economia Socialista, dando também assim o tiro de miseric-rdia no capitalismo no terreno econômico 9odo o trabalho pr!tico, toda a atuação do Partido bolchevi&ue devem subordinarse ao cumprimento desta tarefa fundamental / classe oper!ria pode fa.er isto e o far! / e$ecução desta tarefa grandiosa deve começar pela industriali.ação do país / industriali.ação socialista do país é o elo fundamental pelo &ual h! de começar a magna obra da edificação de uma Economia acional de tipo socialista em a demora da revolução na Europa %cidental, nem a estabili.ação parcial do capitalismo nos países não soviéticos, poderão conter a marcha vitoriosa da =SS para o socialismo / nova política econômica s- pode facilitar esta obra, pois foi implantada pelo Partido precisamente para isto, para facilitar a edificação dos alicerces socialistas da economia nacional do País Soviético Esta era a resposta &ue dava o Partido à pergunta acerca do assunto da edificação socialista na =nião Soviética % Partido sabia, porém, &ue o problema do triunfo do socialismo em um s- país não se redu.ia a isto / construção do socialismo na =SS representa uma grandiosa mudança na hist-ria da 4umanidade e um triunfo de alcance hist-rico universal para a classe oper!ria e os camponeses da =SS E, porém, apesar de tudo, uma incumb'ncia interior da =SS e representa somente uma parte do problema do triunfo do socialismo / outra parte do problema constitui seu aspecto internacional Gundamentando as teses do triunfo do socialismo em um s- país, o camarada Stalin assinalou mais de uma ve. &ue é necess!rio distinguir entre os dois aspectos deste problema5 o aspecto interior e o aspecto internacional Pelo &ue se refere ao aspecto interior do problema, ou se8a a correlação de classes dentro do país, a classe operaria e os camponeses da =SS poderão vencer plenamente no terreno econômico a sua pr-pria burguesia e construir uma sociedade socialista completa Gica, porém, o aspecto internacional do assunto, isto é, a -rbita das relaç#es e$teriores, a -rbita das relaç#es entre o país Soviético e os países capitalistas, entre o povo Soviético e a burguesia internacional, &ue odeia o regime soviético e procurar! a ocasião para desencadear uma nova intervenção armada contra o país dos soviets, fa.endo novas tentativas destinadas a restaurar o capitalismo na =SS E como este é, no momento, o "nico país do socialismo e os demais países continuam sendo capitalistas, continuar! e$istindo em torno da =SS um cerco capitalista, fonte de perigo de uma nova intervenção armada do capitalismo ;laro est! &ue en&uanto e$istir o cerco capitalista continuar! também e$istindo o perigo de uma intervenção capitalista Pode o povo soviético s- com suas forças, destruir este perigo e$terior, o perigo de uma intervenção armada do capitalismo contra a =SSU ão, não pode E não pode, por&ue para acabar com o perigo de uma intervenção do capitalismo é necess!rio acabar com o cerco capitalista, e isto s- é possível conseguir como resultado de uma revolução prolet!ria vitoriosa, pelo menos, em alguns países De onde se dedu. &ue o triunfo do socialismo na =SS, triunfo &ue se revela na li&uidação do sistema da Economia capitalista e na construção do sistema da Economia socialista, não pode, apesar de tudo, considerarse como um triunfo definitivo, en&uanto não desaparecer o perigo de uma intervenção armada estrangeira e das tentativas de restauração do capitalismo, en&uanto o país do socialismo não estiver garantido contra este perigo Para acabar com o perigo de uma intervenção armada estrangeira, é necess!rio acabar com o cerco capitalista Q certo &ue o povo soviético e o seu E$ército Fermelho, mediante a política acertada do Poder Soviético, saberão dar uma resposta mais ade&uada a uma nova intervenção capitalista dos anos de ()(O e ()*+ 0as isto, por si

s-, não &uer di.er &ue vai desaparecer o perigo de novas intervenç#es capitalistas / derrota sofrida pela primeria intervenção não acabou com o perigo de uma outra nova, como o demonstra o fato de &ue a fonte da &ual emana o perigo de novas intervenç#es H o cerco capitalista H continua e$istindo % fracasso de uma intervenção também não far! desaparecer o perigo de &ue se produ.am outras, en&uanto estiver de pé o cerco capitalista ;oncluise &ue o triunfo da revolução prolet!ria nos países capitalistas é de interesse vital para os trabalhadores da =SS Era essa a posição do Partido ante o problema do triunfo do socialismo no País Soviético % ;omit' ;entral e$igiu &ue esta posição fosse submetida à consideração da CLF ;onfer'ncia do Partido, prestes a se celebrar, para &ue fosse aprovada e sancionada como posição do Partido, como lei do Partido, obrigat-ria para todos os membros Esta posição do Partido produ.iu um efeito desconcertante nos elementos da oposição Desconcertouos, sobretudo, o fato de &ue o Partido desse a essa posição um car!ter pr!tico concreto, a ligarse ao plano pr!tico da industriali.ação socialista do país e e$igisse &ue tivesse a forma de uma lei do Partido, a forma de uma resolução da CLF ;onfer'ncia do Partido, obrigat-ria para todos os filiados %s trots6istas se levantaram contra esta posição do Partido, opondolhe a @teoria da revolução permanente@, teoria menchevi&ue, &ue, s- para escarnecer do mar$ismo, se podia apresentar como uma teoria mar$ista, e &ue negava a possibilidade do triunfo do socialismo na =SS %s bu6arinistas não se decidiram a enfrentar abertamente a posição do Partido Sorrateiramente, porém, começaram a lhe apor a sua pr-pria @teoria@ da evolução pacífica da burguesia para o socialismo, completandoa com a @nova@ palavra de ordem @enri&ueceivosA@ Lsto é, segundo os bu6arinistas, o triunfo do socialismo não representava a li&uidação da burguesia, mas, pelo contr!rio, vinha para foment!la e enri&uec'la Rinoviev e Bamenev se precipitaram, mantendo durante algum tempo, a afirmação de &ue na =SS era impossível &ue triunfasse o socialismo, devido ao atraso técnicoeconômico deste pais5 porém viramse obrigados mais tarde a bater em retirada / CLF ;onfer'ncia do Partido >celebrada em abril de ()*K? condenou todas estas @teorias@ capituladoras dos se&ua.es descarados e encobertos da oposição e afirmou a posição do Partido sobre o triunfo do socialismo na =SS, votando uma resolução conse&ente com isto Rinoviev e Bamenev, vendose acossados, optaram por votar a favor desta resolução 0as não se podia ocultar ao Partido &ue isto não era mais &ue um ardil para retardar sua luta contra ele e para @dar a batalha ao Partido@ no seu CLF ;ongresso Entretanto, reuniram os adeptos com &ue contavam em :eningrado e formaram a chamada @nova oposição@ Em de.embro de ()*K, celebrouse o CLF ;ongresso do Partido Este ;ongresso decorreu numa atmosfera de grande tensão dentro do Partido Em todo o tempo &ue este tinha de e$ist'ncia não se havia dado ainda o caso de &ue a delegação de um centro importantíssimo do Partido como :eningrado confabulasse para atuar toda ela contra o ;omit' ;entral 9omaram parte neste ;ongresso 11K delegados com direito de palavra e voto e 1( sem direito a voto, representando 12+++ filiados e K+++ aspirantes, isto é, um n"mero algo menor &ue no ;ongresso anterior Este declínio era o resultado da depuração parcial levada a cabo nas células das Escolas superiores e dos organismos administrativos &ue se revelaram infestados de elementos inimigos do Partido % informe político do ;omit' ;entral coube ao camarada Stalin Este traçou um &uadro nítido do desenvolvimento da pot'ncia política e econômica da =nião Soviética Vraças à superioridade do sistema da economia soviética, tanto a ind"stria como a agricultura foram restauradas em um pra.o relativamente curto e se apro$imavam de novo do nível de antes da guerra /pesar destes '$itos, porém, o camarada Stalin preconi.ava a necessidade de não se contentar com o conseguido, 8! &ue os '$itos obtidos não podiam destruir o fato de &ue o País Soviético continuava sendo um país agr!rio /s duas terças partes da produção eram agrícolas e s- uma terça parte procedia da ind"stria /nte o Partido se apresentava em toda a sua plenitude H di.ia o camarada Stalin H o problema de transformar o País Soviético num país industrial, economicamente independente dos países capitalistas E isto se podia e se devia fa.er / tarefa central do Partido era lutar pela industriali.ação socialista do país, lutar pelo triunfo do socialismo @9ransformar o nosso país de um país agr!rio em um país industrial, capa. de produ.ir com seus pr-prios meios as m!&uinas e as ferramentas necess!rias5 nisto consiste a ess'ncia, o fundamento da nossa linha geral@, H di.ia o camarada Stalin / industriali.ação do país garantiria sua independ'ncia econômica, reforçaria sua capacidade defensiva e criaria as condiç#es necess!rias para o triunfo do socialismo na =SS

;ontra a linha geral do Partido se levantaram os .inovievistas % .inovievista So6olni6ov opôs ao plano de industriali.ação socialista de Stalin, o plano burgu's &ue tinha aceitação entre os tubar#es do capitalismo Este plano consistia em &ue a =SS continuasse sendo um país agr!rio &ue produ.isse, fundamentalmente, matériasprimas e artigos alimentícios, e$portando estes artigos e importando a ma&uinaria &ue não produ.ia nem devia, segundo eles, produ.ir Dentro das condiç#es e$istentes em ()*K, este plano tinha todo o car!ter de um plano de escravi.ação econômica da =SS pelos países estrangeiros industrialmente desenvolvidos, de um plano destinado a manter o atraso industrial da =SS em proveito dos tubar#es imperialistas dos países do capitalismo /ceitar este plano e&uivalia a converter o País Soviético em um país agr!rio impotente, em um ap'ndice agrícola do mundo capitalista, entreg!lo como um país débil e enorme à merc' do cerco capitalista e, em "ltima instdeturpando :enin? &ue a ind"stria do Estado Soviético não era, segundo ela, uma ind"stria socialista, nem declarar >deturpando também :enin? &ue o campon's não podia, segundo ela, ser aliado da classe oper!ria na edificação do socialismo % ;ongresso estigmati.ou, como antileninista, estas saídas da @nova oposição@ % camarada Stalin desmascarou o fundo trots6istamenchevi&ue da @nova oposição@ 0ostrou &ue Rinoviev e Bamenev não fa.iam mais &ue repetir as cantilenas dos inimigos do Partido, contra os &uais :enin em seu tempo tinha lutado implacavelmente ão havia a menor d"vida &ue os .inovievistas não eram mais &ue trots6istas mal disfarçados % camarada Stalin destacou &ue a tarefa mais importante do Partido consistia em estabelecer uma aliança s-lida entre a classe oper!ria e os camponeses médios para a obra da edificação do socialismo E assinalou dois desvios &ue e$istiam então, no Partido a respeito do problema campon's e &ue representavam um perigo para esta aliança % primeiro desvio consistia em menospre.ar e diminuir a import:enin? % ;ongresso entende &ue a luta pelo triunfo da edificação do socialismo na =SS, é missão fundamental do nosso Partido@ % CLF ;ongresso aprovou os novos estatutos do Partido / partir do CLF ;ongresso, o Partido bolchevi&ue começou a se chamar Partido ;omunista >bolchevi&ue? da =SS H P ; >b? da =SS %s .inovievistas, derrotados no ;ongresso, não se submeteram à disciplina do Partido ;omeçaram a lutar contra as resoluç#es do CLF ;ongresso Lmediatamente depois de celebrar este, Rinoviev organi.ou uma assembléia do ;omit' provincial das Wuventudes ;omunistas de :eningrado, em cu8os dirigentes ele, Saluts6i, Ma6aiev, Evdo6imov, Bu6ln, Safarov e outros salafr!rios, tinham inculcado o -dio contra o ;omit' ;entral :eninista do Partido esta assembléia, o ;omit' provincial das Wuventudes ;omunistas de :eningrado tomou a resolução, inaudita na hist-ria das Wuventudes ;omunistas :eninistas da =SS, de se rebelar contra as resoluç#es do CLF ;ongresso do Partido %s dirigentes .inovievistas das Wuventudes ;omunistas de :eningrado não refletiam porém, de nenhum modo, o estado de espírito das massas de 8ovens comunistas dessa capital ão deu, pois, grande trabalho esmag!los, e rapidamente a organi.ação 8uvenil de :eningrado voltou a ocupar o lugar &ue lhe correspondia dentro das Wuventudes ;omunistas

/o terminar o CLF ;ongresso, saiu para :eningrado um grupo de delegados composto pelos camaradas 0olotov, Birov, Foroshilov, Balinin, /ndreev e outros Era necess!rio e$plicar aos membros da organi.ação do Partido na&uela capital o car!ter criminoso, antibolchevi&ue da oposição mantida no ;ongresso pela delegação de :eningrado, &ue tinha obtido as suas atas por meio de fraude /s assembléias em &ue se informou sobre o ;ongresso foram bastante agitadas ;onvocouse urgentemente uma nova ;onfer'ncia da organi.ação do Partido de :eningrado / esmagadora maioria dos filiados ao Partido em :eningrado >mais de )J por cento? referendou plenamente as resoluç#es do CLF ;ongresso do Partido e condenou a @nova oposição@ .inovievista antibolchevi&ue / @nova oposição@ era 8! um grupo de generais sem E$ército %s bolchevi&ues de :eningrado continuaram militando nas primeiras fileiras do Partido de :eninHStalin esumindo os resultados do trabalho do CLF ;ongresso do Partido, o camarada Stalin escrevia5 @/ significação hist-rica do CLF ;ongresso do P ; >b? da =SS consiste em &ue soube pôr a descoberto até em sua rai. os erros da @nova oposição@, em &ue lançou por terra sua falta de fé e suas lamentaç#es, em &ue traçou clara e nitidamente o caminho pra continuar lutando pelo socialismo, deu ao Partido uma perspectiva do triunfo e com isso infundiu no proletariado a fé in&uebrant!vel no triunfo da edificação socialista@ >Stalin, @Problemas do :eninismo@, ed russa, p!g (K+?

esu"o %s anos de transição ao trabalho pacífico de restauração da Economia nacional são um dos períodos de maior responsabilidade na hist-ria do Partido bolchevi&ue Em uma tensa situação, o Partido soube levar a cabo a difícil mudança da política do comunismo de guerra à nova política econômica % Partido fortaleceu a aliança entre os oper!rios e os camponeses numa base econômica Goi fundada a =nião das epriblicas Socialistas Soviéticas Pelo caminho da nova política econômica, con&uistaramse '$itos decisivos no &ue se refere à restauração da Economia nacional % país dos Soviets atravessou com '$ito a etapa de restauração no desenvolvimento da Economia nacional e começou a passar para a nova etapa, da industriali.ação do país / passagem da guerra civil para o trabalho de edificação pacífica do socialismo, foi acompanhada, principalmente nos primeiros tempos, por grandes dificuldades %s inimigos do bolchevismo, os elementos contr!rios ao Partido bolchevi&ue emboscados dentro das suas fileiras, mantiveram durante todo este período, uma luta desesperada contra o Partido :eninista X frente dos elementos contr!rios ao Partido figurava 9rots6I, secundado nesta luta por Bamenev, Rinoviev e Mu6arin %s elementos da oposição pretenderam desarticular as fileiras do Partido bolchevi&ue depois da morte de :enin, dividir o Partido e contagi!lo com sua falta de fé no triunfo do socialismo da =SS o fundo os trots6istas tentavam criar na =SS uma organi.ação política da nova burguesia, outro partido, o partido da restauração capitalista % Partido cerrou fileiras, sob a bandeira de :enin, em torno do seu ;omit' ;entral leninista, em torno do camarada Stalin, e inflingiu uma derrota, tanto aos trots6istas como a seus novos amigos de :eningrado, a nova oposição de Rinoviev e Bamenev Depois de acumular forças e recursos, o Partido bolchevi&ue condu.iu o país para uma etapa hist-rica, a etapa da industriali.ação socialista

Capítulo X — O Partido Bolchevique na Luta Pela Industrialização Socialista do País (!"#$!"!%

 — &s di'iculdades do período da industrialização socialista e a luta contra elas — )or*ação do +loco anti+olchevique trots,ista$zinovievista — &tuação anti$sovi-tica deste +loco — Sua derrota Depois do XIV Congresso, o Partido desenvolveu a luta para pôr em prática a linha geral do Poder Soviético a respeito da industrialização socialista do país . No perodo de restaura!"o da #conomia, o pro$lema consistia em tirar da sua prostra!"o, antes de tudo, a agricultura, em o$ter desta matérias%primas e artigos alimentcios e pôr em movimento e restaurar a ind&stria, as 'á$ricas e empresas industriais e(istentes. ) Poder Soviético resolveu com relativa 'acilidade estes pro$lemas. ) perodo de restaura!"o da #conomia apresentava tr*s grandes 'alhas. #m primeiro lugar, s+ e(istiam as velhas 'á$ricas e empresas industriais, com sua técnica velha e atrasada, ue podiam 'icar imprestáveis dentro de pouco tempo. -presentava%se o pro$lema de euipar de novo estas 'á$ricas e empresas industriais nos moldes da técnica moderna. #m segundo lugar, o perodo de restaura!"o da #conomia se encontrou com uma ind&stria cua $ase era muito redu/ida, pois entre as 'á$ricas e empresas industriais e(istentes 'a/iam 'alta de/enas e centenas de 'á$ricas de constru!"o de mauinaria, a$solutamente necessárias para o pas, 'á$ricas ue n"o e(istiam ent"o e ue era indispensável construir, á ue sem elas n"o pode e(istir uma verdadeira ind&stria. -presentava%se, portanto, o pro$lema de criar estas 'á$ricas e de euipá%las com uma técnica nova. #m terceiro lugar, o perodo de restaura!"o da #conomia se preocupava, principalmente, com a ind&stria leve ue desenvolveu e pôs a 'ancionar. Porém este desenvolvimento da ind&stria leve continuava se apoiando numa ind&stria pesada po$re, além de outras e(ig*ncias do pas reclamarem tam$ém, para sua satis'a!"o, uma ind&stria pesada progressista. -presentava%se, pois, o pro$lema do passar para o primeiro plano, de agora por diante, a ind&stria pesada. 0odos estes novos pro$lemas eram os ue a poltica da industriali/a!"o socialista tinha ue resolver. #ra necessário construir de novo toda uma série de ramos industriais, desconhecidos da 1&ssia c/arista, construir novas 'á$ricas de máuinas e 'erramentas, de autom+veis, de produtos umicos, metal&rgicas2 organi/ar uma produ!"o pr+pria de motores e de material para a instala!"o de centrais elétricas2 incrementar a e(tra!"o de metais e de carv"o, pois assim o e(igia a causa do triun'o do socialismo na 3.1.S.S. #ra necessário criar uma nova ind&stria de guerra, construir novas 'á$ricas de artilharia, de muni!4es, de avia!"o, de tanues e de metralhadoras, pois assim o e(igiam os interesses da de'esa da 3.1.S.S., so$ as condi!4es do cerco capitalista. #ra necessário construir 'á$ricas de tratores, 'á$ricas de mauinaria agrcola moderna, a$astecendo com elas a agricultura, para dar aos milh4es de peuenos camponeses individuais a possi$ilidade de passar para a grande produ!"o 5ol5osiana, pois assim o e(igiam os interesse do triun'o do socialismo no campo. 0udo isto era o ue tinha ue resolver a poltica da industriali/a!"o pois nisso consistia, precisamente, a industriali/a!"o socialista do pas. 6 'ora de d&vida ue a constru!"o de o$ras $ásicas t"o gigantescas n"o se podia reali/ar sem uma invers"o de milhares de milh4es. Para isto n"o se podia contar com empréstimos estrangeiros, pois os pases capitalistas se negavam a conced*%los. #ra necessário reali/ar esta empresa com os pr+prios recursos do pas, sem a auda de 'ora. ) Pas Soviético n"o era ainda, ent"o, uma na!"o rica. Nisto consistia uma das principais di'iculdades deste perodo. )s pases capitalistas costumavam criar sua ind&stria pesada 7s e(pensas dos recursos ue a'luam para eles de 'ora8 7 custa do saue das colônias, das contri!4es impostas aos povos vencidos e dos empréstimos estrangeiros. ) Pas dos Soviets n"o podia recorrer, por princpio, para 'inanciar a industriali/a!"o, a essas suas 'ontes de renda ue o saue dos povos coloniais ou dos povos vencidos proporciona. 9uanto aos empréstimos estrangeiros, a negativa dos pases capitalistas em conced*%los 'echava 7 3.1.S.S. este caminho. #ra preciso encontrar os recursos necessários dentro do pas.

# na 3.1.S.S. se encontraram estes recursos. - 3.1.S.S. desco$riu 'ontes de acumula!"o desconhecidas em todos os #stados capitalistas. ) #stado Soviético dispunha de todas as 'á$ricas e empresas industriais, de todas as terras, con'iscadas pela 1evolu!"o Socialista de )utu$ro aos capitalistas e lati'undiários, dos transportes, dos $ancos, do comércio e(terior e interior. )s lucros o$tidos pelas 'á$ricas e empresas industriais do #stado, pelos transportes, pelo comércio, pelos $ancos á n"o eram consumidos pela classe parasitária dos capitalistas porém eram invertidos para continuar desenvolvendo a ind&stria. ) Poder Soviético tinha anulado as d&vidas c/aristas, pelas uais o povo pagava todos os anos centenas de milh4es de ru$los ouro, somente no ue se re'ere a uros. -o a$olir a propriedade dos lati'undiários so$re a terra, o Poder Soviético li$ertou os camponeses da o$riga!"o de pagar todos os anos aos lati'undiários cerca de :;; milh4es de ru$los ouro, a ue montavam as rendas da terra. )s camponeses, livres desta carga, podiam audar o #stado a construir uma nova e poderosa ind&stria. Para isto, estavam vitalmente interessados em dispor de tratores e de mauinaria agrcola. ) #stado Soviético dispunha de todas estas 'ontes de renda. Delas podiam sair centenas e milhares de milh4es de ru$los para construir a ind&stria pesada. - &nica coisa ue 'altava era a$ordar o pro$lema de um modo rendoso e implantar um severssimo regime de economia em matéria de despesas, racionali/ar a produ!"o, redu/ir os pre!os de custo desta, aca$ar com os gastos improdutivos, etc. # assim 'oi, com e'eito, como procedeu o Poder Soviético. )= ?hoe 'á$rica Stalin@, etc. #m AB%ABE, se inverteram na ind&stria cerca de mil milh4es de ru$los2 tr*s anos depois, se puderam inverter nelas  á uns :.;;; milh4es. - o$ra da industriali/a!"o continuava avan!ando. )s pases capitalistas viam no 'ortalecimento da #conomia socialista da 3.1.S.S. uma amea!a para a e(ist*ncia do sistema capitalista. #m vista disto, os governos imperialistas tomaram todas as medidas imagináveis para e(ercer uma nova press"o so$re a 3.1.S.S., para impedir, 'rustrar, ou pelo menos, en'rauecer, a marcha da industriali/a!"o na 3ni"o Soviética. #m maio de ABE, os conservadores ingleses, os reacionários ue estavam no Poder, organi/aram um assalto de provoca!"o contra a Sociedade Soviética para o Comércio com a Inglaterra ?=-r5os=@. #m maio de ABE, o governo conservador ingl*s rompeu as rela!4es diplomáticas e comerciais com a 3.1.S.S. #m E de ulho de ABE, um guarda $ranco russo, s&dito polaco, assassinou em Vars+via o #m$ai(ador da 3.1.S.S., camarada Voi5ov. -o mesmo tempo, os espi4es e agentes diversionistas ingleses em$oscados no territ+rio da 3.1.S.S. lan!aram várias $om$as contra um clu$e do Partido em Feningrado, 'erindo G; pessoas, várias delas gravemente. No ver"o de ABE, produ/iram%se uase simultaneamente assaltos contra as em$ai(adas e delega!4es comerciais da 3.1.S.S. em Herlim, Pe5im, Shangai e 0ientsin. Veio isto aumentar as di'iculdades com ue tinha ue lutar o Poder Soviético. - 3.1.S.S., porém, n"o se rendeu 7 press"o e recha!ou 'acilmente os assaltos provocadores dos imperialistas e dos seus agentes. N"o 'oram menores as di'iculdades ue originaram ao Partido e ao #stado Soviético os trots5istas e demais elementos da oposi!"o, com seu tra$alho de sapa. N"o em v"o, di/ia o camarada Stalin, nauele tempo, ue contra o Poder Soviético =se 'ormava uma espécie de 'rente &nica, ue ia desde Cham$erlain até 0rots5=. -pesar das resolu!4es do XIV Congresso do Partido e das promessas de lealdade 'eitas pela oposi!"o, seus seua/es n"o depunham as armas. Fonge disso, intensi'icaram cada ve/ mais seu tra$alho divisionista e de sapa. No ver"o de AB, os trots5istas e os /inovievistas se uniram num $loco anti$olcheviue, agruparam em torno deste $loco os restos de todos os grupos da oposi!"o derrotados e assentaram as $ases para um partido clandestino antileninista, in'ringindo deste modo gravemente os estatutos do Partido e as resolu!4es dos seus Congressos, ue proi$iam a 'orma!"o de toda a classe de 'ra!4es. ) Comit* Central do Partido advertiu ue se este $loco anti$olcheviue, 'ormado 7 imagem e semelhan!a do céle$re $loco mencheviue de agosto, n"o 'osse dissolvido, os seus componentes podiam aca$ar mal. )s elementos ue 'ormavam o $loco n"o cederam, porém. No outono do mesmo ano, nas vésperas da XV Con'er*ncia do Partido, procuraram uma sada nas assem$léias do Partido organi/adas nas 'á$ricas de >oscou, Feningrado e outras cidades, tentando impor ao Partido uma nova discuss"o. -o mesmo tempo, su$meteram 7 aprecia!"o dos 'iliados do Partido uma plata'orma ue n"o era mais ue uma c+pia da conhecida plata'orma trots5ista%mencheviue, antileninista. )s 'iliados do Partido com$ateram

energicamente os elementos da oposi!"o e em alguns lugares os e(pulsaram das assem$léias, sem rodeios. ) Comit* Central advertiu novamente aos componentes do $loco ue o Partido n"o podia continuar tolerando seu tra$alho de sapa. )s elementos da oposi!"o apresentaram ao Comit* Central uma declara!"o su$scrita por 0rots5, Jinoviev, Kamenev, So5olni5ov, na ual condenavam seu tra$alho divisionista e prometiam manter da por diante uma atitude leal para com o Partido. N"o o$stante, o $loco continuou e(istindo de 'ato c os seus componentes n"o cessaram sua atua!"o clandestina contra o Partido. Continuaram untando os peda!os de seu partido antileninista, montaram uma Imprensa clandestina, angariavam uotas entre seus seua/es e di'undiam sua plata'orma. #m rela!"o com esta conduta dos trots5istas e /inovievistas, a XV Con'er*ncia do Partido ?novem$ro de AB@ e o pleno ampliado do Comit* #(ecutivo da Internacional comunista ?de/em$ro de AB@ puseram em discuss"o a uest"o do $loco trots5ista%/inovievista e nas suas resolu!4es estigmati/aram os componentes deste $loco, como elementos divisiouistas ue em sua plata'orma desceram até as posi!4es mencheviues. )s componentes do $loco, porém, n"o aproveitaram esta li!"o. #m ABE, no momento em ue os conservadores ingleses rompiam os rela!4es diplomáticas e comerciais com a 3.1.S.S., aueles elementos voltaram a intensi'icar seus ataues contra o Partido. -rranaram uma nova plata'orma antileninista, a chamada =plata'orma dos LG=, e come!aram a di'undi%la entre os 'iliados do Partido, e(igindo ue o Comit* Central se prestasse a a$rir uma nova discuss"o com caráter geral. #sta plata'orma era, talve/, a mais hip+crita e 'arisaica de todas as plata'ormas apresentadas pela oposi!"o. De palavra, isto é, na sua plata'orma, os trots5istas e /inovievistas n"o 'a/iam nenhuma restri!"o 7 o$servMncia das resolu!4es do Partido e se pronunciavam a 'avor da lealdade a este, porém, de 'ato in'ringiam da 'orma mais grave as resolu!4es do Partido, /om$ando de tudo o ue signi'icasse lealdade a ele e ao Comit* Central. De palavra, isto é, na sua plata'orma, n"o opunham a menor restri!"o 7 unidade do Partido, e se pronunciavam contrários 7 divis"o, porém, de 'ato, in'ringiam da 'orma mais grave a linha do Partido, seguiam uma linha divisionista, e contavam á com seu pr+prio partido clandesetino, antileninista, maduro para se converter em um partido anti%soviético, contra%revolucionário. De palavra, isto é, na sua plata'orma, se pronunciavam a 'avor da poltica da industriali/a!"o e chegavam, inclusive, a acusar o Comit* Central de dirigi%la com um ritmo ue n"o era su'icientemente rápido, porém de 'ato denegriam a resolu!"o do Partido so$re o triun'o do socialismo na 3.1.S.S., /om$avam da poltica da industriali/a!"o socialista, e(igiam ue se entregassem aos estrangeiros, a ttulo de concess4es, toda uma série de 'á$ricas e empresas industriais e depositavam suas principais esperan!as nas concess4es capitalistas estrangeiras na 3.1.S.S. De palavra, isto é, na sua plata'orma, se mani'estavam a 'avor do movimento 5ol5osiano, chegavam, inclusive, a acusar o Comit* Central de dirigir a coletivi/a!"o com um ritmo ue n"o era su'icientemente rápido, porém de 'ato /om$avam da poltica de incorpora!"o dos camponeses 7 edi'ica!"o socialista, pregavam ue surgiriam inevitavelmente =con'litos insol&veis= entre a classe operária e os camponeses e depositavam suas esperan!as nos =arrendatários civili/ados= no campo, isto é, nas e(plora!4es dos 5ula5s. #ra esta a plata'orma mais hip+crita de todas as plata'ormas hip+critas da oposi!"o. - sua &nica 'inalidade era enganar o Partido. ) Comit* Central se negou a a$rir imediatamente a discuss"o, declarando aos seua/es da oposi!"o ue essa s+ podia a$rir%se como preceituavam os estatutos do Partido, isto é, com dois meses de anteced*ncia a um Congresso. #m outu$ro de ABE, dois meses antes de se cele$rar o XV Congresso do Partido, o Comit* Central declarou a$erta a discuss"o geral. Come!ou a $atalha. )s resultados da discuss"o 'oram desastrosos para o $loco trots5ista /inovievista. Votavam a 'avor da poltica do Comit* Central E.;;; 'iliados e a 'avor do $loco trots5ista e /inovievista .;;;, isto é, menos de um por cento. ) $loco anti$olcheviue so'reu uma verdadeira derrota. ) Partido, animado por um s+ esprito, recha!ou por esmagadora maioria a plata'orma do $loco. ) Partido, para cua opini"o os componentes do $loco tinham apelado por iniciativa pr+pria, e(pressava assim sua vontade de um modo ineuvoco. )s componentes do $loco, porém, n"o aproveitaram esta li!"o. #m ve/ de se su$meterem 7 vontade do Partido, decidiram miná%la. -ntes mesmo de terminar a discuss"o, vendo%se inevitável e ignominiosamente 'racassados, resolveram recorrer a 'ormas mais agudas de luta contra o Partido e o governo soviético. Decidiram organi/ar uma mani'esta!"o a$erta de protesto em >oscou e em Feningrado. #scolheram para isto a data de E de novem$ro, aniversário da 1evolu!"o de )utu$ro, em ue os tra$alhadores da 3.1.S.S. des'ilam em mani'esta!4es revolucionárias com todo o povo. )s trots5istas e os /inovievistas se propunham, portanto, a organi/ar uma mani'esta!"o paralela a esta. Como era de esperar, os seua/es do $loco s+ conseguiram congregar na rua um punhado ridculo de comparsas ue 'oram varridos e repelidos com seus cori'eus, pela mani'esta!"o de todo o povo.

-gora, á n"o se podia duvidar ue os trots5istas e os /inovievistas se tinham a'undado no charco anti%soviético. Se na discuss"o geral do Partido apelavam para este contra o Comit* Central, agora, ao organir /arem sua lamentável mani'esta!"o, lan!avam%se pelo caminho de apelar para as classes inimigas contra o Partido e o #stado Soviético. -o tra!arem como o$etivo a destrui!"o do Partido $olcheviue, tinham inevitavelmente ue descer até o caminho da luta contra o #stado Soviético, pois no pas dos Soviets, o Partido $olcheviue e o #stado s"o inseparáveis. Com isso, os cori'eus do $loco trots5ista%/inovievista se colocavam 'ora do Partido, pois era impossvel continuar tolerando nas 'ileiras do Partido $olcheviue pessoas ue tinham rolado até o charco anti%soviético. #m A de novem$ro de ABE, em uma reuni"o conunta do Comit* Central e da Comiss"o Central de Controle 0rots5 e Jinoviev 'oram e(pulsos do Partido.

" — ./itos da industrialização socialista — &traso da a0ricultura — O X1 Con0resso do Partido  — 2s*a0a*ento do +loco trots,ista$zinovievista — & 'alsidade política #m 'ins de ABE, come!aram a se destacar *(itos decisivos na poltica da industriali/a!"o socialista. industriali/a!"o, dentro das condi!4es da N#P, reali/ou importantes avan!os em pouco tempo. - ind&stria e a agricultura em conunto ?incluindo a e(plora!"o 'loresta e a pesca@, n"o s+ alcan!aram o nvel de produ!"o glo$al de antes da guerra, sen"o ue o ultrapassaram. ) peso espec'ico da ind&stria dentro da #conomia nacional aumentou até  por cento, alcan!ando o nvel proporcional de antes da guerra. ) setor socialista da indtistria crescia rapidamente 7s e(pensas do setor privado, aumentando de LA por cento em AB%AB:, até L por cento em AB%ABE, ao mesmo tempo ue o peso espec'ico do setor privado decrescia, durante este perodo, de AB a A por cento. Isto signi'icava ue a industriali/a!"o na 3.1.S.S. tinha um caráter socialista ue se ia acentuando rapidamente, ue a ind&stria da 3.1.S.S. se desenvolvia pela via do triun'o do sistema socialista de produ!"o, ue no terreno da ind&stria o pro$lema de =9uem venceráO= estava á resolvido a 'avor do socialismo. Com a mesma rapide/ os comerciantes privados iam sendo desaloados do comércio2 sua participa!"o no comércio retalhista decresceu de  por cento, em AB%AB:, a G por cento em AB%ABE, e nao 'alemos no comércio atacadista, onde a participa!"o dos particulares desceu, nesse mesmo perodo, de B a : por cento. #ra porém mais rápido ainda o ritmo com ue se desenvolvia a grande ind&stria socialista, ue em ABE, isto é, no primeiro ano depois do perodo de restaura!"o da #conomia, viu aumentar sua produ!"o de AL por cento, em compara!"o com a do ano precedente. #ra este um recorde de desenvolvimento da produ!"o, ine(euvel até para a grande ind&stria dos pases capitalistas mais adiantados. - agricultura, principalmente a cultura de cereais, apresentava, ao contrário, um uadro muito diverso. -inda ue, em conunto, a agricultura houvesse ultrapassado o nvel de antes da guerra, a produ!"o glo$al de seu ramo mais importante, o de cultivo de cereais, s+ produ/ia BA por cento do nvel de antes da guerra, e a parte mercantil da produ!"o de cereais, a parte ue se destinava a ser vendida para o aprovisionamento das cidades representava apenas GE por cento do nvel de antes da guerra2 além disso todos os indcios anunciavam o perigo de ue a produ!"o de trigo para o mercado continuaria decrescendo. Isto signi'icava ue a divis"o das grandes 'a/endas produtoras de mercadorias no campo em peuenas e(plora!4es e destas em outras ainda menores, processo ue come!ou em ABAL, prosseguia sempre, ue as peuenas e diminutas e(plora!4es camponesas se convertiam em economias de tipo scminatural, capa/es de produ/ir somente uma uantidade mnima de trigo para o mercado, ue o cultivo de cereais em ABE, apesar de ser somente a produ!"o um pouco menor ue a de antes da guerra, s+ dei(ava margem para vender para as cidades um pouco mais da ter!a parte da uantidade de trigo ue os cultivadores de cereais podiam vender antes da guerra. N"o havia d&vida de ue, se n"o se aca$asse com tal estado de coisas no cultivo de cereais, o #(ército e as cidades da 3.1.S.S. seriam levados a uma situa!"o de 'ome crônica. 0ratava%se de uma crise do cultivo de cereais, 7 ual seguiria necessariamente uma crise de pecuária. Para sair dessa situa!"o, era necessário passar, na agricultura, ao sistema da grande produ!"o, capa/ de utili/ar os servi!os de tratores e máuinas agrcolas e de muiltiplicar o rendimento do cultivo de cereais para o mercado. Duas possi$ilidades se a$riam ante o pas8 passar 7 grande produ!"o de tipo capitalista, o ue euivalia a arruinar as massas camponesas, romper a alian!a entre a classe operária e os camponeses, 'ortalecer os 5ula5s e aca$ar com o socialismo no campo, ou marchar pelo caminho da agrupa!"o das peuenas e(plora!4es camponesas em

grandes e(plora!4es de tipo socialista, em 5ol5oses, capa/es de utili/ar tratores e outras máuinas agrcolas modernas para desenvolver rapidamente o cultivo de cereais e sua produ!"o para o mercado. 6 evidente ue o Partido $olcheviue e o #stado Soviético s+ podiam marchar pelo segundo caminho, pelo caminho 5ol5osiano de desenvolvimento da agricultura. Para isso o Partido se $aseava nas seguintes indica!4es de Fenin a respeito da necessidade de passar das peuenas e(plora!4es camponesas 7s grandes e(plora!4es agrcolas coletivas, de artel8 a@ =Com a peuena e(plora!"o n"o se pode sair da miséria= ?Fenin, t. XXIV, pág. :;, ed. russa@. $@ =Se continuarmos a'errados rotineiramente 7s peuenas e(plora!4es, ainda ue seamos cidad"os livres so$re a terra livre, nos amea!ará, apesar de tudo, o desmoronamento inevitável= ?t. XX, pág. AE, ed. russa@. c@ =Se a #conomia camponesa tem de continuar desenvolvendo%se, é necessário assegurar tam$ém solidamente a sua evolu!"o ulterior, a esta evolu!"o ulterior consistirá, inevitavelmente, em ue, uni'icando%se gradualmente, as peuenas e(plora!4es camponesas isoladas, as menos proveitosas e as mais atrasadas, organi/em conuntamente a e(plora!"o agrcola coletiva em grande escala= ?t. XXVI, pág. BB, ed. russa@. d@ =S+ mostrando praticamente aos camponeses as vantagens do cultivo agrcola social, em 'orma de cooperativas cartéis2 s+ au(iliando o campon*s, com a auda do regime cooperativo, do cartel, poderá a classe operária, ue tem em suas m"os o Poder do #stado, demonstrar realmente ao campon*s sua uste/a, atraindo 'irmemente para seu lado a massa de milh4es e milh4es de camponeses= ?t. XXIV, pág. :EB ed. russa@. 0al era a situa!"o nas vésperas do XV Congresso do Partido. ) XV Congresso se a$riu em  de de/em$ro de ABE. 0omaram parte nele LBL delegados com palavra e voto e EEA com palavra somente, representando LLE.GG 'iliados e GL.B:E aspirantes. -ssinalando no seu in'orme os *(itos da industriali/a!"o e o rápido desenvolvimento da ind&stria socialista, o camarada Stalin apresentava ao Partido esta tare'a8 =Desenvolver e 'ortalecer nossos postos de comando socialistas em todos os ramos da #conomia nacional, tanto na cidade como no campo, com o 'im de liuidar os elementos capitalistas na #conomia nacional=. a/endo um paralelo entre a agricultura e a ind&stria e assinalando o atraso dauela, principalmente no cultivo de cereais, atraso ue e(plicava pelo desmem$ramento da agricultura, incompatvel com aplica!ao da técnica moderna, o camarada Stalin destacava ue este estado pouco satis'at+rio da agricultura representava um perigo para toda a #conomia nacional. =)nde está a solu!"oO= Q perguntava o camarada Stalin. =- solu!"o Q respondia Q está na passagem das peuenas e(plora!4es camponesas espalhadas para as grandes e(plora!4es uni'icadas na $ase do cultivo em comum da terra, na passagem ao cultivo coletivo da terra na $ase de uma nova e mais elevada técnica. - solu!"o está em ue as peuenas e diminutas e(plora!4es camponesas se agrupem paulatina porém in'alivelmente, n"o por meio da coa!"o, mas por meio do e(emplo e da persuas"o, em grandes e(plora!4es, so$re a $ase do cultivo em comum, do cultivo cooperativo, coletivo da terra, mediante o emprego de mauinaria agrcola e de tratores e a aplica!"o de métodos cient'icos destinados a intensi'icar a agricultura. N"o há outra solu!"o=. ) XV Congresso tomou a resolu!"o de desenvolver por todos os meios a o$ra de coletivi/a!"o da agricultura. 0ra!ou um plano para desenvolver e consolidar uma rede de 5ol5oses e sov5oses e deu instru!4es claras e precisas so$re os métodos de luta em prol da coletivi/a!"o da agricultura. -o mesmo tempo, o Congresso tra!ou a norma de8 =continuar desenvolvendo a o'ensiva contra os 5ula5s e tomar uma série de medidas novas ue restrinam o desenvolvimento do capitalismo no campo e encaminhem a #conomia camponesa para o socialismo= ?1esolu!4es do P. C. ?$@ da 3.1.S.S., parte II, pág. ;@. inalmente, partindo do 'ortalecimento do princpio da plani'ica!"o na #conomia nacional e visando 7 organi/a!"o, segundo um plano, da o'ensiva do socialismo contra os elementos capitalistas ern toda a 'rente da #conomia nacional, o Congresso deu aos organismos competentes a norma de esta$elecer o primeiro Plano 9RinRenal da #conomia nacional soviética. Depois de e(aminar os pro$lemas da edi'ica!"o do socialismo, o XV Congresso do Partido passou ao pro$lema da liuida!"o do $loco trots5ista%/inovievista. ) Congresso reconheceu ue =a oposi!"o rompeu ideologicamente com o leninismo, degenerou em um grupo mencheviue, a$ra!ou o

caminho da capitula!"o ante as 'or!as da $urguesia internacional e interior e se converteu, o$etivamente, numa arma da terceira 'or!a contra o regime da ditadura proletária= ?=1esolu!4es do P. C. ?$@ da 3.1.S.S.=, parte II, pág. G@. ) Congresso comprovou ue as discrepMncias e(istentes entre o Partido e a oposi!"o tinham%se agravado, convertendo%se em diverg*ncias de caráter programático, e ue a oposi!"o trots5ista marchava pelo caminho da luta anti%soviética. Por isso o XV Congresso declarou ue pertencerá oposi!"o trots5ista e propagar suas idéias era incompatvel com a perman*ncia dentro das 'ileiras do Partido $olcheviue. ) Congresso re'erendou a resolu!"o de e(puls"o do Partido de 0rots5v e Jinoviev tomada na reuni"o conunta do Comit* Central e da Comiss"o ?=entrai de Controle e resolveu e(pulsar todos os elementos ativos do $loco trots5ista%/inovievista, tais como 1ade5, Preo$ra/hens5i, 1a5ovs5i, Piata5ov, Sere$ria5ov, I. Smirnov, Kamenev, Sar5is, Sa'arov, Fi'shit/, >divani, Smilga e de todo o grupo dos =centralistas democráticos= ?Sapronov, V. Smirnov, Hoguslavs5i, Dro5hnis e outros@. )s seua/es do $loco trots5ista%/inovievista, derrotados ideologicamente e desmantelados no terreno da organi/a!"o, perderam os <imos vestgios de sua in'lu*ncia no povo. -lgum tempo depois do XV Congresso, os antileninistas, e(pulsos do Partido, come!aram a 'ormular declara!4es de ruptura com o trots5ismo, implorando sua readmiss"o. Naturalmente, o Partido n"o podia sa$er ainda, nauela época, ue 0rots5, 1a5ovs5i, 1ade5, Kretins5i, So5olni5ov e outros eram, há muito tempo, inimigos do povo e espi4es arrolados nos servi!os de espionagem estrangeira2 ue Kamenev, Jinoviev, Piata5ov e outros á mantinham contato com os inimigos da 3.1.S.S. nos pases capitalistas para =cola$orar= com eles contra o Povo Soviético. #stava porém $astante adestrado pela e(peri*ncia para esperar todas as vilanias imagináveis destes indivduos, ue se tinham levantado repetidas ve/es contra Fenin e o Partido leninista nos momentos mais di'ceis. Por isso, o Partido rece$eu com descon'ian!a as declara!4es dos e(pulsos, e como primeira prova da sinceridade dos assinantes dauelas declara!4es, su$meteu a sua readmiss"o 7s seguintes condi!4es8

A. Condena!"o a$erta do trots5ismo, como ideologia anti$olcheviue e anti%soviética. . 1econhecimento a$erto da poltica do Partido, como a &nica poltica certa. G. Su$miss"o incondicional 7s resolu!4es do Partido e de seus +rg"os. . i(a!"o de um pra/o de prova, durante o ual o Partido o$servaria a conduta dos assinantes das declara!4es e a cua termina!"o, em vista dos resultados da prova, e(aminaria a conveni*ncia de readmitir ou n"o em separado cada um dos indivduos e(pulsos. -o proceder assim, o Partido entendia ue o reconhecimento a$erto destes pontos pelos indivduos e(pulsos seria, em todo caso, 'avorável para o Partido, á ue romperia a unidade das 'ileiras trots5istas%/inovievistas, levando a elas a disc+rdia, ressaltaria uma ve/ mais a uste/a e a puan!a do Partido e daria a este no caso de ue as declara!4es assinadas 'ossem sinceras, a possi$ilidade de readmitir em seu seio os antigos militantes, e no caso de ue 'ossem 'alsas, a de desmascará%los aos olhos de todos, n"o á como pessoas euvocas, porém como arrivistas sem princpios, como misti'icadores da classe operária e 'alsários intransigentes. - maioria dos e(pulsos aceitou as condi!4es impostas pelo Partido para seu reingresso e pu$licou na Imprensa as correspondentes declara!4es. ) Partido, penali/ando%se deles e n"o uerendo privá%los da possi$ilidade de voltar a militar nas 'ileiras do Partido da classe operária, restituiu%lhes os direitos de 'iliados ao Partido. #ntretanto, com o correr do tempo, se tornou evidente ue as declara!4es assinadas pelos =militantes ativos= do $loco trots5ista%/inovievista eram, salvo contadas e(ce!4es, mentirosas e 'alsas, dos pés 7 ca$e!a. Comprovou%se ue, mesmo antes de 'ormular suas declara!4es, estes cavalheiros tinham dei(ado de representar uma corrente poltica capa/ de de'ender suas idéias perante o povo, para se converterem numa camarilha de arrivistas sem princpios, capa/es de espe/inhar pu$licamente o ue lhes restava de suas idéias, capa/es de elogiar pu$licamente as idéias do Partido, estranhas a eles, capa/es de adotar, como os camale4es, ualuer cor, contanto ue se mantivessem dentro do Partido, dentro da classe operária, para poder enlamear a classe operária e o seu Partido. )s =militantes ativos= trots5istas%/inovievistas n"o eram mais ue chantagistas polticos, 'alsários polticos. )s 'alsários polticos costumam come!ar pela 'raude, visando com seus maneos tene$rosos misti'icar o povo, a classe operária e seu Partido. Porém n"o se deve considerá%los como simples misti'icadores. )s 'alsários polticos s"o uma camarilha de arrivistas polticos sem princpios ue, tendo perdido há muito tempo a con'ian!a do povo, se es'or!am em conuistá%la de novo mediante a 'raude, mediante métodos camaleônicos, mediante a chantagem por ualuer procedimento ue sea, contanto ue n"o percam o ttulo de militantes polticos. )s 'alsários polticos s"o uma camarilha de arrivistas sem princpios, capa/es de se apoiarem em ualuer coisa, ainda ue sea em

delinRenies, ainda ue sea nos re$utalhos da sociedade, ainda ue sea nos inimigos mais tene$rosos do povo, contanto ue possam aparecer novamente no cenário poltico no =momento oportuno= e se lan!ar ao pesco!o do povo como seus =governantes=. - esta espécie de 'alsários polticos pertenciam, como se demonstrou, os =militantes ativos= trots5istas%/inovievistas.

3 — & o'ensiva contra os ,ula,s — O 0rupo de Bu,arin — 45,ov contra o Partido — &provação do pri*eiro Plano 67inq7enal — & e*ulação socialista — Co*eça o *ovi*ento 8ol,osiano de *assa - agita!"o do $loco trots5ista%/inovievista contra a poltica do Partido, contra a edi'ica!"o do socialismo, e contra a coletivi/a!"o, assim como a dos $u5arinistas, sustentando ue os 5ol5oses 'racassariam, ue n"o se devia tocar nos 5ula5s, ue eles mesmos =se incorporariam= ao socialismo, e ue o enriuecimento da $urguesia n"o representava nenhum perigo para o regime socialista8 toda esta agita!"o repercutia consideravelmente entre os elementos capitalistas do pas e, principalmente, entre os 5ula5s. #stes sa$iam agora, pelo ue transparecia através da Imprensa, ue n"o estavam s+s, ue contavam com de'ensores e advogados como 0rots5, Jinoviev, Kamenev, Hu5arin, 15ov e outros. Naturalmente este 'ato n"o podia dei(ar de 'ortalecer o esprito de resist*ncia dos 5ula5s contra a poltica do governo soviético. # com e'eito os 5ula5s come!aram a o'erecer uma resist*ncia cada ve/ mais severa. Come!aram a se negar em massa a vender ao #stado Soviético a so$ra de trigo, ue se acumulava em grandes uantidades nos seus celeiros. Come!aram a empregar o terror contra os 5ol5osianos e contra os ativistas do Partido e dos Soviets na aldeia, come!aram a tocar 'ogo nos 5ol5oses e nos centros de aprovisionamento de cereais do #stado. ) Partido via claramente ue, enuanto n"o se esmagasse a resist*ncia dos 5ula5s, enuanto estes n"o 'ossem derrotados em campo a$erto 7 vista dos camponeses, a classe operária e o #(ército Vermelho nao teriam p"o em uantidade su'iciente, e o movimento 5ol5osiano n"o aduiriria um caráter de massa. Seguindo as normas tra!adas pelo XV Congresso, o Partido passou 7 o'ensiva 'ranca contra os 5ula5s. Nesta o'ensiva, o Partido punha em prática a palavra de ordem de lutar decididamente contra os 5ula5s, apoiando%se 'irmemente nos camponeses po$res e re'or!ando a alian!a com os camponeses médios. Como resposta 7 negativa dos 5ula5s em vender ao #stado a so$ra do trigo pelo pre!o da ta$ela, o Partido e o governo aplicaram uma série de medidas e(traordinárias contra os 5ula5s e puseram em prática o artigo A;E do C+digo Penal, no ual se esta$elecia a con'isca!"o udicial da so$ra do trigo aos 5ula5s especuladores ue se negassem a vend*%la ao #stado pelo pre!o de ta$ela, e concederam aos camponeses po$res uma série de 'ranuias, em virtude das uais se punha 7 sua disposi!"o : por cento do trigo con'iscado aos 5ula5s. #stas medidas e(traordinárias surtiram seu e'eito, os camponeses po$res e médios se engaaram na luta a$erta contra os 5ula5s, estes 'icaram isolados, e a resist*ncia dos 5ula5s e dos especuladores 'oi esmagada. #m 'ins de ABL, o #stado Soviético dispunha á de reservas su'icientes de trigo e o movimento 5ol5osiano avan!ava com mais 'irme/a. Neste mesmo ano, se desco$riu uma grande organi/a!"o de sa$otagem 'ormada por técnicos $urgueses, no setor de Shati, na $acia do Donet/. #stes sa$otadores mantinham estreitas rela!4es com os antigos proprietários das empresas Q capitalistas russos e de outros pases Q e com a espionagem militar estrangeira. 0inham%se proposto como o$etivo 'a/er 'racassar o desenvolvimento da ind&stria socialista e 'acilitar a restaura!"o do capitalismo na 3.1.S.S. Dirigiam mal os tra$alhos de e(plora!"o nas minas, com o o$etivo de diminuir a e(tra!"o de hulha. Destro!avam as máuinas e os aparelhos de ventila!"o, provocavam desmoronamentos, destruam e incendiavam as minas, as 'á$ricas e as centrais elétricas. -o mesmo tempo di'icidtavam o melhoramento da situa!"o material dos operários e in'ringiam as leis soviéticas so$re a prote!"o do tra$alho. #stes sa$otadores 'oram levados ante os 0ri$unais, onde rece$eram o ue mereciam. ) Comit* Central chamou a aten!"o de todas as organi/a!4es do Partido para o processo dos sa$otadores e as convidou a dedu/ir os ensinamentos ue encerrava. ) camarada Stalin assinalou ue os $olcheviues ue tra$alhavam no setor da #conomia deviam 'amiliari/ar%se pessoalmente com a técnica da produ!"o, para ue da por diante nenhum sa$otador sado das 'ileiras dos técnicos $urgueses pudesse enganá%los, e destacou ue era necessário acelerar a prepara!"o de novos uadros técnicos sados da classe operária. Por resolu!"o do Comit* Central, aper'ei!oou%se a prepara!"o de novos especialistas nas escolas técnicas superiores8 milhares de homens 'iliados ao Partido e 7s uventudes Comunistas, e homen sem partido, 'iéis 7 causa da classe operária, 'oram mo$ili/ados para cursar estas escolas.

-ntes ue o Partido passasse 7 o'ensiva contra os 5ula5s, enuanto estava ocupado na liuida!"o do $loco trots5ista%/inovievista, o grupo de Hu5arinQ15ov se manteve relativamente tranRilo, permanecendo 7 margem como reserva das 'or!as contrárias ao Partido, sem se decidir a apoiar a$ertamente os trots5istas, e 7s ve/es chegando inclusive a intervir contra eles em uni"o com o Partido. Porém, logo ue este passou 7 o'ensiva contra os 5ula5s e tomou medidas e(traordinárias contra eles, o grupo Hu5arinQ15ov tirou a máscara e come!ou a atuar a$ertamente contra a poltica do Partido. - alma de 5ula5 dos componentes deste grupo n"o pôde aguentar mais, e estes come!aram a intervir, a$ertamente, em de'esa dos 5ula5s. #(igiam ue 'ossem a$olidas as medidas e(traordinárias, assustando os $o$os com a amea!a de ue, em caso contrário, so$reviria uma =regress"o= da agricultura e a'irmando ue esta regress"o á havia come!ado. N"o perce$endo o desenvolvimento dos 5ol5oses e dos sov5oses, isto é, das 'ormas mais elevadas da agricidtura, e vendo o retrocesso das 'a/endas dos 5ula5s, apresentavam tendenciosamente a regress"o destas 'a/endas como a regress"o da agricultura. Com o 'im de re'or!ar suas posi!4es teoricamente, arranaram a divertida =teoria da e(tens"o da luta de classes=, a'irmando, $aseados nesta teoria, ue uanto mais *(itos lograsse o socialismo em sua luta contra os elementos capitalistas, mais se iria en'rauecendo a luta de classes, ue esta n"o tardaria a se e(tinguir toalmente e o inimigo de classe entregaria todas as suas posi!4es sem luta, ra/"o pela ual n"o havia porue empreender a o'ensiva contra os 5ula5s. Com isso ressuscitavam sua desacreditada teoria $urguesa so$re a incorpora!"o pac'ica dos 5ula5s ao socialismo e achincalhavam a conhecida tese leninista, segundo a ual a resist*ncia do inimigo de classe revestirá 'ormas tanto mais agudas, uanto mais sentir o terreno vacilar so$ seus pés, uanto maiores *(itos o$tiver o socialismo, por cua ra/"o a luta de classes s+ poderá =e(tinguir%se= uando o inimigo de classe 'or aniuilado. N"o era di'cil compreender ue o Partido tinha diante de si, no grupo Hu5arinQ15ov, um grupo oportunista de direita, ue s+ se di'erenciava do $loco trots5ista%/inovievista pela 'orma8 os trots5istas e os /inovievistas contavam com certas possi$ilidades para dis'ar!ar seu 'undo capitulador com 'rases esuerdistas, com 'rases retum$antemente revolucionárias so$re a =revolu!"o permanente=, enuanto ue o grupo Hu5arinQ15ov, ue se tinha levantado contra o Partido ao passar este 7 o'ensiva contra os 5ula5s, á n"o tinha a possi$ilidade de co$rir com uma máscara sua 'ace capituladora e se via o$rigado a de'ender as 'or!as reacionárias do Pas Soviético e, so$retudo, os 5ula5s, a$ertamente, sem ret+ricas nem dis'arces. ) Partido compreendeu ue, mais tarde ou mais cedo, o grupo Hu5arinQ15ov aca$aria estendendo a m"o aos restos do $loco trots5ista%/inovievista, para lutar conuntamente contra o Partido. -o mesmo tempo ue atuavam politicamente, o grupo Hu5arin%15ov =tra$alhava= no terreno da organi/a!"o para reunir seus adeptos. -través de Hu5arin, ia agrupando a uventude $urguesa, indivduos do tipo de Slep5ov, >ariets5i, -ienTald, elnichans5i, Dogadov, etc@2 através de 15ov, um punhado de dirigentes degenerados dos Soviets ?-. Smirnov, #ismont, V. Schmidt, etc@. untavam%se a este grupo, de $oa vontade, os elementos politicamente degenerados e ue n"o escondiam suas idéias capituladoras. Nauele tempo, o grupo Hu5arinQ15ov viu%se re'or!ado por um punhado de dirigentes da organi/a!"o do Partido em >oscou ?3glanov, Kotov, 3anov, 1iutin, Uagoda, Polons5i e outros@. 6 preciso advertir ue uma parte dos elementos direitistas se mantinha resguardada, sem atuar a$ertamente contra a linha do Partido. Nas colunas da Imprensa do Partido e nas reuni4es do Partido, pregavam a necessidade de 'a/er concess4es aos 5ula5s, a conveni*ncia de n"o os so$recarregar de impostos, e(punham a carga esgotadora ue a industriali/a!"o tra/ia para o povo e o caráter prematuro da organi/a!"o de uma ind&stria pesada. 3glanov se mani'estou contra a constru!"o da Central #létrica do Dnieper, e(igindo ue os recursos destinados 7 ind&stria pesada se invertessem na ind&stria leve. #ste e outros capituladores de direita a'irmavam ue >oscou era e continuaria sendo a >oscou das 'á$ricas de percal, ue n"o havia necessidade de lá construir 'á$ricas de constru!"o de mauinaria. - organi/a!"o do Partido em >oscou desmascarou 3glanov e seus adeptos, amea!ou%os pela <ima ve/ e cerrou ainda mais as 'ileiras em torno do Comit* Central do Partido. No Pleno do Comit* de >oscou do P. C. ?$@ da 3.1.S.S., cele$rado em ABL, o camarada Stalin assinalou a necessidade de lutar em duas 'rentes, concentrando o 'ogo contra o desvio direitista. )s direitistas s"o, disse o camarada Stalin, os agentes dos 5ula5s dentro do Partido. =) triun'o do desvio direitista dentro de nosso Partido li$eraria as 'or!as do capitalismo, solaparia as posi!4es revolucionárias do proletariado e aumentaria as possi$ilidades de restaura!"o do capitalismo em nosso pas=  Q disse o camarada Stalin ?=Pro$lemas do leninismo=, ed. russa, pág. G@. No come!o de ABB, se tornou claro ue Hu5arin, por mandato do grupo dos capituladores de direita, havia esta$elecido liga!"o com os trots5istas, através de Kamenev, e preparava um acordo com eles para lutar conuntamente contra o Partido. ) Comit* Central desmascarou esta situa!"o criminosa dos capituladores de direita e os advertiu de ue o assunto podia terminar mal para Hu5arin, 15ov, 0oms5i, etc. Porém os capituladores de direita n"o cederam. Fevantaram%se dentro do Comit* Central com uma nova plata'orma anti$olcheviue, com uma declara!"o ue 'oi condenada pelo Comit* Central. #ste lhes 'e/ uma nova advert*ncia, lem$rando%lhes a sorte ue

teve o $loco trots5ista%/inovievista. -pesar disso, o grupo Hu5arinQ15ov, prosseguiu no seu tra$alho contra o Partido. 15ov, 0oms5i e Hu5arin apresentaram ao Comit* Central a demiss"o de. seus cargos, acreditando ue com isto assustariam o Partido. ) Comit* Central condenou esta poltica de sa$otagem dos demissionários. Por 'im, o Pleno cele$rado em novem$ro de ABB pelo Comit* Central declarou ue a propaganda das idéias dos oportunistas de direita era incompatvel com a perman*ncia no Partido e dispôs ue Hu5arin, paladino e dirigente dos capituladores de direita, 'osse destitudo de seu posto no Hureau Poltico do Comit* Central, e ue se chamasse seriamente a aten!"o de 15ov, 0oms5i e demais adeptos desta oposi!"o. )s cori'eus dos capituladores de direita, vendo ue a coisa tomava mal aspecto, su$screveram uma declara!"o reconhecendo seus erros e a uste/a da linha poltica do Partido. )s capituladores de direita tinham decidido recuar provisoriamente, para evitar ue seus uadros 'ossem esmagados. -ssim terminou a primeira etapa da luta do Partido contra os capituladores de direita. -s novas discrepMncias e(istentes dentro do Partido n"o passaram desperce$idos para os inimigos e(teriores da 3.1.S.S. Interpretando as =novas disc+rdias= produ/idas dentro do Partido como um sinal de en'rauecimento deste, 'i/eram uma nova tentativa para arrastar a 3.1.S.S. para a guerra e 'a/er 'racassar a o$ra da industriali/a!"o do pas ue n"o estava consolidada. No ver"o de ABB, os imperialistas provocaram o con'lito da China contra a 3.1.S.S., a ocupa!"o pelos militares chineses da #strada de erro do Feste da China ?ue pertencia 7 3.1.S.S. e a agress"o das tropas $rancas chinesas contra as 'ronteiras da Pátria Soviética no #(tremo%)riente. Porém o assalto dos militaristas chineses 'oi liuidado rapidamente2 os militaristas se retiraram, derrotados pelo #(ército Vermelho, e o con'lito terminou mediante um conv*nio de pa/ com as autoridades da >andch&ria. - poltica de pa/ da 3.1.S.S. triun'ava uma ve/ mais, apesar de tudo, apesar dos maneos dos inimigos e(teriores e das =disc+rdias= intestinas do Partido. N"o tardaram em se reatar as rela!4es comerciais e diplomáticas da 3.1.S.S. com a Inglaterra, ue 'oram rompidas pelos conservadores ingleses. -o mesmo tempo ue recha!ava com *(ito os ataues dos inimigos e(teriores e interiores, o Partido desenvolveu um grande tra$alho estmado acelerar a edi'ica!"o da ind&stria pesada, organi/ar a emula!"o socialista, organi/ar sov5oses e 5ol5oses e, 'inalmente, preparar as ondi!oes necessárias para aprovar e pôr em prática o primeiro Plano 9uinuenal da #conomia nacional soviética. #m a$ril de ABB, se reuniu a XVI Con'er*ncia do Partido. ) pro$lema principal e(aminado nesta Con'er*ncia 'oi o do primeiro Plano 9uinuenal. - Con'er*ncia recha!ou a variante =mnima= do Plano 9RinRenal, ue os capituladores de direita de'endiam, e aprovou como o$rigat+ria, so$ ualuer condi!4es, a variante =má(ima=. oi aprovado, pois, pelo Partido, o céle$re primeiro Plano 9RinRenal de edi'ica!"o do socialismo. Segundo o Plano 9RinRenal, o volume das invers4es de capital na #conomia nacional durante os anos de ABL a ABGG, seria de .;; milh4es de ru$los. Destes, AB.:;; milh4es se inverteriam na ind&stria, incluindo a eletri'ica!"o, A; milh4es nos transportes e G.;; milh4es na agricultura. #ra um plano grandioso, destinado a euipar a ind&stria e a agricultura da 3.1.S.S. com a técnica moderna. =- miss"o 'undamental do Plano 9RinRenal Q assinalava o camarada Stalin Q consistia em criar em nosso pas uma ind&stria, capa/ de euipar de novo e reorgani/ar, n"o s+ a indistria em sua totalidade, mas tam$ém os transportes e a agricultura, na $ase do socialismo=. ?Stalin, =Pro$lemas do Feninismo=, pág. L:, ed. russa@. -pesar da grandiosidade, este Plano n"o era, para os $olcheviues, nada inesperado nem surpreendente. #ra o ue vinha preparando toda a marcha do desenvolvimento da indiistriali/a!"o e da coletivi/a!"o. Vinha%o preparando auele entusiasmo do tra$alho ue se apoderou dos operários e camponeses antes mesmo do Plano 9RinRenal e ue encontrou a sua e(press"o na emula!"o socialista. - XVI Con'er*ncia do Partido aprovou um apelo a todos os tra$alhadores so$re o desenvolvimento da emula!"o socialista. - emula!"o socialista revelou e(emplos maravilhosos de tra$alho e da nova atitude ante ele. #m muitas empresas e nos 5ol5oses e sov5oses, os operários e 5ol5osianos apresentaram contraplanos. 1eali/aram maravilhas de herosmo no tra$alho. N"o s+ e(ecutavam, mas ultrapassavam os planos de edi'ica!"o socialista, tra!ados pelo Partido e pelo governo. ) tra$alho dei(ou de ser uma carga 'or!ada e esgotadora, como era so$ o capitalismo, para se converter =numa uest"o de honra, de gl+ria, de valentia e de herosmo=. ?Stalin@.

Por todo o pas se desenvolvia a nova e gigantesca edi'ica!"o industrial. #mpreendeu%se a constru!"o da Central #létrica do Dnieper ?o =Dnieprogués=@. Na $acia do Donet/ se empreendeu a constru!"o das 'á$ricas de Kramators5 e agnitogors5. #mpreendeu%se a constru!"o de grandes 'á$ricas de autom+veis em >oscou e
4esu*o Na luta pela industriali/a!"o socialista do pas, o Partido teve de vencer, nos anos de AB a ABB, enormes di'iculdades de ordem interior e internacional. )s es'or!os do Partido e das classes operárias condu/iram ao triun'o da poltica da industriali/a!"o socialista do Pas Soviético. oi resolvido, no 'undamental, um dos pro$lemas mais di'ceis ue a industriali/a!"o apresentava8 o pro$lema da acumula!"o dos recursos necessários para a constru!"o da ind&stria pesada. Fan!aram%se os alicerces de uma ind&stria pesada, capa/ de euipar de novo toda a #conomia nacional. oi aprovado o primeiro Plano 9RinRenal de edi'ica!"o do socialismo, desenvolveu%se, em propor!4es gigantescas, a constru!"o novas 'á$ricas, sov5oses e 5ol5oses. #stes avan!os no caminho do socialismo 'oram acompanhados por uma acentua!"o da luta de classes dentro do pas e por um recrudescimento da luta no seio do Partido. )s resultados mais importantes desta luta 'oram8 o esmagamento da resist*ncia dos 5ula5s, o desmascaramento do $loco dos capituladores trots5istas%/inovievistas como um $loco anti%soviético, o desmascaramento dos capituladores de direita como agentes dos 5ula5s, a e(puls"o dos trots5istas do Partido, o reconhecimento de ue as idéias destes e as dos oportunistas de direita eram incompatveis com a perman*ncia dentro do P. C. ?$@ da 3.1.S.S. Derrotados ideologicamente pelo Partido $olcheviue e tendo perdido toda $ase de atua!"o entre a classe operária, os trots5istas dei(aram de ser uma corrente poltica para se converterem em uma camarilha de arrivistas sem princpios e chantagistas polticos, em um $ando de 'alsários polticos. Fan!ados os alicerces da ind&stria pesada, o Partido mo$ili/ou a classe operária e os camponeses para a e(ecu!"o do primeiro Plano 9RinRenal de reconstru!"o socialista da 3.1.S.S.2 estendeu%se por todo o pas a emula!"o socialista de milh4es de tra$alhadores2 levantou%se uma potente onda de entusiasmo no tra$alho e surgiu uma nova disciplina do tra$alho. #ste perodo termina com o ano da grande trans'orma!"o, ue registrou *(itos gigantescos do socialismo na ind&stria e os primeiros *(itos importantes logrados no terreno da agricultura, a passagem dos camponeses médios para os 5ol5oses e o come!o do movimento 5ol5osiano de massas.

Capítulo XI — O Partido Bolchevique na Luta Pela Coletivização da Agricultura (!"#$!"%&  — A 'ituação internacional durante o' ano' de !"# a !"% — A cri'e econ)*ica no' paí'e' capitali'ta' — Ocupação da +andch,ria pelo -apão — A 'u.ida do' /a'ci'ta' ao poder na Ale*anha — 0oi' /oco' de guerra

Enquanto a U.R.S.S. conseguia êxitos importantes na industrialização socialista do país e desenvolvia num ritmo rápido sua indústria desencadeava!se nos países capitalistas em "ins de #$%$ recrudescendo nos três anos seguintes uma crise econ&mica mundial sem precedentes por sua "orça destruidora. ' crise industrial entrelaçava!se com a crise da agricultura com a crise agrária piorando ainda mais a situação dos países capitalistas. Enquanto a indústria da U.R.S.S. durante os três anos de crise (#$)*!#$))+ cresceu de mais do do,ro atingindo em #$)) a %*#- em relação ao seu nível de #$%$ a indústria dos Estados Unidos decresceu em "ins de #$)) /- em relação ao nível de #$%$ a da 0nglaterra 1- a da 'leman2a - e a da 3rança 44-. Essa circunst5ncia vin2a demonstrar mais uma vez a superioridade do sistema da Economia socialista. Evidenciava que o país do socialismo 6 o único país do mundo que está livre de crises econ&micas. 7omo resultado da crise econ&mica mundial "oram lançados 8 "ome 8 mis6ria e ao suplício %9 mil2:es de operários desempregados. ' crise agrária condenava ao so"rimento dezenas de mil2:es de camponeses. ' crise econ&mica mundial veio agravar ainda mais as contradiç:es entre os Estados imperialistas entre os países vencedores e os países vencidos entre os Estados imperialistas e os países vencidos entre os Estados imperialistas e os países coloniais e dependentes entre os operários e os capitalistas entre os camponeses e os lati"undiários. ;o in"orme prestado perante o <=0 7ongresso do >artido o camarada Stalin assinalou que a ,urguesia procuraria a solução para a crise econ&mica de um lado na repressão contra a classe operária mediante a instauração da ditadura dos elementos mais reacionários mais c2auvinistas mais imperialistas do capitalismo e de outro lado no desencadeamento da guerra pela partil2a das col&nias e das zonas de in"luência 8 custa dos interesses dos países mal de"endidos. E com e"eito assim sucedeu. Em #$)% recrudesceu o perigo de guerra por parte do ?apão. @s imperialistas Aaponeses vendo que as potências europ6ias e os Estados Unidos estavam completamente a,sorvidos pelos pro,lemas internos de seus países criados pela crise econ&mica decidiram aproveitar essa ocasião para tentar lançar!se so,re o territBrio c2inês mal de"endido su,meter esse país ao seu imp6rio e converter!se ali em donos da situação. Sem declarar guerra 8 72ina e aproveitando!se canal2amente dos Cincidentes locaisC por eles mesmos provocados os imperialistas Aaponeses introduziram "urtivamente suas tropas na Dandc2úria. 's tropas Aaponesas apoderaram!se completamente da Dandc2úria assegurando posiç:es "avoráveis para a anexação do ;orte da 72ina e para o ataque 8 U.R.S.S.. >ara ter as mãos livres o ?apão retirou!se da Sociedade das ;aç:es e começou a armar!se intensamente. Essa circunst5ncia levou os Estados Unidos a 0nglaterra e a 3rança ao re"orço de seus armamentos navais no Extremo!@riente. @ ?apão vin2a perseguindo claramente o o,Aetivo de su,meter a 72ina ao seu imp6rio e eliminar dali as potências imperialistas europ6ias e norte!americana. Estas responderam ao golpe re"orçando seus armamentos. Das o ?apão tin2a em vista al6m disso outra "inalidade apoderar!se do Extremo!@riente Sovi6tico. 7omo 6 lBgico a U.R.S.S. não podia passar por cima de semel2ante perigo e começou a re"orçar intensamente a capacidade de"ensiva da região do Extremo!@riente. Fraças portanto aos imperialistas Aaponeses "ascistizados "oi que se criou no Extremo!@riente o primeiro "oco de guerra. ' crise econ&mica não acentuou as contradiç:es do capitalismo somente no Extremo!@riente. 'centuou!as tam,6m na Europa. ' pertinaz crise agrária e industrial o enorme desemprego "orçado e a situação cada vez mais precária das classes po,res contri,uíram para aumentar o descontentamento dos operários e camponeses. @ descontentamento "oi crescendo at6 converter!se num estado de indignação revolucionária da classe operária. Esse descontentamento acentuou!se especialmente na 'leman2a país economicamente esgotado pela guerra pelas contri,uiç:es que l2e tin2am sido impostas em proveito dos vencedores anglo!"ranceses e pela crise econ&mica e onde a classe operária vivia oprimida so, o Augo de sua prBpria ,urguesia e da ,urguesia estrangeira anglo!"rancesa. Gestemun2o eloqHente disso eram os seis mil2:es de votos o,tidos pelo >artido 7omunista da 'leman2a nas últimas eleiç:es para o Reic2stag realizadas antes da su,ida dos "ascistas ao poder. ' ,urguesia alemã viu que as li,erdades democráticas ,urguesas que ainda se conservavam na 'leman2a poderiam causar!l2e dor de ca,eça que a classe operária poderia aproveitar!se dessas li,erdades para desenvolver o movimento revolucionário. Em vista disso decidiu que para manter o poder da ,urguesia na 'leman2a sB 2avia um camin2o aca,ar as li,erdades ,urguesas reduzir a

nada o >arlamento (o Reic2stag+ e instaurar uma ditadura terrorista de tipo nacionalista!,urguês capaz de esmagar a classe operária e que encontrasse sua ,ase de apoio entre as massas pequeno!,urguesas in"luídas pela id6ia da revanc2e. E para isso c2amou ao poder o partido "ascista que para enganar o povo adotava a etiqueta de partido nacional!socialista pois sa,ia per"eitamente que o partido "ascista 6 em primeiro lugar o setor mais reacionário da ,urguesia imperialista e o maior inimigo da classe operária e em segundo lugar o partido que com maior encarniçamento de"endia a id6ia da revanc2e capaz de arrastar consigo os mil2:es de 2omens da pequena!,urguesia de sentimentos nacionalistas. 'Audaram a ,urguesia nessa empresa os traidores da classe operária os dirigentes da social!democracia alemã que com sua política oportunista a,riram o camin2o para o "ascismo. Essas "oram as condiç:es em que os "ascistas alemães su,iram ao poder em #$)). 'nalisando os acontecimentos da 'leman2a o camarada Stalin disse no seu in"orme perante o <=00 7ongresso do >artido C;o triun"o do "ascismo na 'leman2a não se deve ver somente um sinal da de,ilidade da classe operária e o "ruto da tradição 8 classe operária da social!democracia que a,riu o camin2o do "ascismo. ;ele 6 preciso ver tam,6m um sinal da "raqueza da ,urguesia um indício de que esta Aá não está mais em condiç:es de governar com os vel2os m6todos do parlamentarismo e da democracia ,urguesa razão pela qual se vê o,rigada a recorrer em política interior aos m6todos terroristas de governo...C (Stalin C>ro,lemas do IeninismoC pág. /9/ ed. russa+. @s "ascistas alemães caracterizaram sua política interior pelo incêndio do Reic2stag por uma repressão ,rutal contra a classe operária pela destruição da organizaç:es do proletariado e supressão das li,erdades democrático!,urguesas. Sua política exterior pela retirada da Sociedade das ;aç:es e pela preparação a,erta de uma guerra destinada a rever pela /orça as "ronteiras dos Estados europeus em proveito da 'leman2a. Fraças aos "ascistas alemães portanto criou!se no centro da Europa o segundo "oco de guerra. 7omo 6 lBgico a U.R.S.S. não podia passar por cima de um "ato tão importante. E começou a acompan2ar a marc2a dos acontecimentos na Europa @cidental re"orçando a capacidade de"ensiva do país nas suas "ronteiras ocidentais.

1 — 0a política de re'triç2e' contra o' ele*ento' 3ula3' 4 política de liquidação do' 3ula3' co*o cla''e — Luta contra a' de/or*aç2e' da política do Partido no *ovi*ento 3ol3o'iano — A o/en'iva contra o' ele*ento' capitali'ta' e* toda a /rente — O X5I Congre''o do Partido

' a"luência em massa dos camponeses para os JolJoses ocorrida nos anos de #$%$ a #$)* era o resultado de todo o tra,al2o anterior do >artido e do governo. @ desenvolvimento da indústria socialista que começou a "a,ricar em massa tratores e máquinas para a agriculturaK a luta decidida contra os JulaJs durante as campan2as de acumulação de cereais dos anos de #$%1 e #$%$K o desenvolvimento da cooperação agrícola que "oi pouco a pouco 2a,ituando o camponês ao regime coletivoK a experiência positiva dos primeiros JolJoses e sovJoses tudo contri,uiu para preparar a passagem para a coletivização total para a a"luência dos camponeses aos JolJoses por aldeias distritos e departamentos inteiros. ' passagem para a coletivização não se operou mediante a simples a"luência pací"ica das grandes massas camponesas aos JolJoses mas atrav6s de uma luta de massas dos camponeses contra os JulaJs. ' coletivização total signi"icava a passagem para as mãos dos JolJoses de todas as terras situadas nos limites de uma aldeia e uma parte considerável dessas terras se ac2ava nas mãos dos JulaJs. >or essa razão os camponeses tin2am que aliAar os JulaJs das terras expropriá!las arre,atar!l2es o gado e as máquinas exigindo que o >oder Sovi6tico detivesse os JulaJs e os expulsasse da aldeia. ' coletivização total signi"icava pois a liquidação dos JulaJs. Era a política de liquidação dos JulaJs como classe ,ase da coletivização total. ;aquela 6poca a U.R.S.S. contava Aá com uma ,ase material su"icientemente "orte para aca,ar com os JulaJs vencer sua resistência liquidá!los como classe e su,stituir sua prodiição pela dos JolJoses e sovJoses. Em #$%4 os JulaJs ainda produziam mais de $.1%1.*** toneladas de trigo das quais lançavam ao.mercado cerca de dois mil2:es de toneladas. @s JolJoses e sovJoses em troca sB conseguiram produzir em #$%4 /4).)** toneladas para o mercado. Em #$%$ graças ao rumo "irme empreendido pelo >artido ,olc2evique no sentido do desenvolvimento dos JolJoses e sovJoses e graças aos êxitos da indústria socialista que tin2am dotado a aldeia de tratores e máquinas agrícolas os JolJoses e sovJoses se converteram em uma "orça considerável. ?á nesse ano os

JolJoses e sovJoses produziram mais de  mil2:es de toneladas de trigo das quais lançaram ao mercado mais de % mil2:es de toneladas isto 6 mais do que os JulaJs em #$%4. Em #$)* os JolJoses e sovJoses tin2am que lançar ao mercado e e"etivamente lançaram mais de  mil2:es e meio de toneladas de trigo ou seAa incomparavelmente mais que os JulaJs em #$%4. @ desaloAamento portanto das "orças de classe na Economia do país e a existência da ,ase material necessária para su,stituir a produção de trigo dos JulaJs pela produção de trigo dos JolJoses e sovJoses permitiam ao >artido ,olc2evique passar da política de restriç:es contra os JulaJs para a nova política de liquidação dos JulaJs como classe na ,ase da coletivização total. 't6 #$%$ o >oder Sovi6tico seguiu a política de restriç:es contra os JulaJs. @ >oder Sovi6tico su,metia os JulaJs a impostos elevados o,rigava!os a vender o trigo ao Estado a preços de ta,ela restringia at6 certo ponto o usu"ruto da terra pelos JulaJs apoiado na lei so,re os arrendamentos de terras limitava as proporç:es das exploraç:es dos JulaJs mediante a lei so,re o emprego do tra,al2o assalariado pelos camponeses individuais. Das o >oder não seguia ainda a política de liquidação dos JulaJs pois as leis so,re os arrendamentos de terras e o emprego de tra,al2o assalariado permitiam a existência dos JulaJs e a proi,ição de expropriar os JulaJs dava uma certa garantia nesse sentido. Essa política servia para conter o desenvolvimento dos JulaJs para desaloAar e arruinar certas camadas isoladas de JulaJs que não podiam "azer "rente a essas restriç:es. Das não destruía as ,ases econ&micas dos JulaJs como classe nem conduzia 8 sua liquidação. Era uma política de restrição mas não de liquidação dos JulaJs. Essa política "oi necessária at6 c2egar a um determinado momento enquanto os JolJoses e os sovJoses eram ainda d6,eis e não podiam su,stituir a produção de trigo dos JulaJs pela sua. Em "ins de #$%$ quando Aá os JolJoses e sovJoses "oram se desenvolvendo o >oder Sovi6tico "ez uma mudança rápida a,andonando aquela política para passar 8 política de destruição dos JulaJs como classe. Revogou as leis so,re os arrendamentos de terras e emprego do tra,al2o assalariado privando com isso os JulaJs de terras e de assalariados. ',oliu a proi,ição de expropriar os JulaJs. >ermitiu que os camponeses se apoderassem do gado das máquinas e instrumentos agrícolas dos JulaJs. >rocedeu!se 8 expropriação dos JulaJs. Estes "oram expropriados exatamente como o "oram os capitalistas em #$#1 no terreno industrial com a di"erença apenas de que os meios de produção dos JulaJs não passaram para as mãos do Estado e sim para as mãos dos camponeses associados para as mãos dos JolJoses. 3oi uma pro"undíssima trans"ormação revolucionária um assalto do vel2o estado qualitativo da sociedade para um novo estado qualitativo equivalente por suas conseqHências 8 trans"ormação revolucionária operada em outu,ro de #$#4. @ traço característico dessa trans"ormação consistia em que ela se tin2a operado de ci*a por iniciativa do >oder do Estado com a aAuda direta de .ai6o da massa de mil2:es de camponeses que lutavam contra a vassalagem dos JulaJs e por uma vida JolJosiana livre. Esta revolução vin2a resolver de golpe três pro,lemas "undamentais da edi"icação socialista

#. 'ca,ava com a classe exploradora mais numerosa do >aís Sovi6tico com a classe dos JulaJs que era o ,aluarte para a restauração do capitalismoK

%. '"astava a classe tra,al2adora mais numerosa do >ais Sovi6tico a classe camponesa do camin2o das exploraç:es individuais "onte do capitalismo para levá!la pela senda da Economia coletiva JolJosiana socialistaK

). Lava ao >aís Sovi6tico uma ,ase socialista na es"era mais vasta e mais vitalmente necessária que era tam,6m a mais atrasada da Economia nacional a agricultura. Leste modo secavam as últimas "ontes de restauração do capitalismo dentro do país ao mesmo tempo que se criavam as novas e decisivas condiç:es necessárias para a edi"icação de uma Economia nacional de tipo socialista. 3undamentando a política de liquidação dos JulaJs como classe e registrando os resultados do movimento de massas dos camponeses pela coletivização total o camarada Stalin escrevia em #$%$ C;au"raga e se es"acela a última esperança dos capitalistas de todos os países que son2am com a restauração do capitalismo na U.R.S.S. o Csacrossanto princípio da propriedade privadaC. @s camponeses a quem eles consideram como um material que adu,a o terreno para o capitalismo a,andonam em massa a tão exaltada ,andeira da Cpropriedade privadaC e passam para o camin2o do coletivismo para o camin2o do socialismo. C ;au"raga a última esperança de restauração do capitalismo. (Stalin C>ro,lemas do IeninismoC pág. %$ ed. russa+. ' política de liquidação dos JulaJs como classe "oi assegurada pela 2istBrica resolução do 7omitê do >. 7. (,+ da U.R.S.S. de / de Aaneiro de #$)* CSo,re o ritmo da coletivização e as medidas do Estado para aAudar o

movimento JolJosianoC. ;esta resolução levaram!se per"eitamente em conta as diversas condiç:es existentes nas di"erentes regi:es da U.R.S.S. e o nível desigual de preparação para a coletivização que existia nas diversas regi:es da União Sovi6tica. Esta,eleceram!se diversos ritmos de coletivização. @ 7omitê 7entral dividiu as regi:es da U.R.S.S. do ponto de vista dos ritmos de coletivização em três grupos. ;o primeiro grupo "oram incluídas as regi:es cerealistas mais importantes as que mel2or estavam preparadas para a coletivização as que dispun2am de mais tratores e contavam com maior número de sovJoses e maior experiência na luta contra os JulaJs durante as anteriores campan2as de aprovisionamento de cereaisK o 7áucaso ;orte (o Mu,an o Lon e GereJ+ a região central do =olga e a região do ,aixo =olga. @ 7omitê 7entral determinou que neste grupo de regi:es cerealistas a coletivização deveria estar terminada no "undamental na primavera de #$)#. @ segundo grupo de regi:es cerealistas do qual "aziam parte a Ucr5nia a região central das Gerras ;egras a Si,6ria o Ural o MasaJstan e outras regi:es produtoras de cereais poderia terminar a coletivização no "undamental na primavera de #$)%. 's restantes regi:es territBrios e repú,licas (a região de Doscou Granscaucásia as Repú,licas da Nsia 7entral etc.+ poderiam prolongar o prazo para a coletivização at6 "ins do >lano OHinqHenal isto 6 at6 o ano de #$)). @ 7omitê 7entral do >artido recon2ecia em relação ao ritmo crescente da coletivização a necessidade de acelerar mais ainda a construção de "á,ricas de tratores de máquinas com,inadas de engates para tratores etc. 'o mesmo tempo exigia que se com,atesse Cenergicamente a tendência de su,estimar a import5ncia da tração animal na "ase atual do movimento JolJosiano tendência que conduz ao sacri"ício e 8 venda dos animais de traçãoC. @s cr6ditos a,ertos aos JolJoses no ano de #$%$!#$)* excediam duas vezes os concedidos anteriormente (c2egando at6 /** mil2:es de ru,los+. 3icou esta,elecido qPie se garantisse aos JolJoses a aplicação das leis agrárias por conta do Estado. ;esta resolução traçava!se a norma importantíssima de que a /or*a /unda*ental  do movimento JolJosiano naquela etapa concreta era o artel agrícola no qual sB se coletivizavam os meios ,ásicos de produção. @ 7omitê 7entral prevenia muito seriamente as organizaç:es do >artido Ccontra toda pretensão de impor Cpor decretoC de cima o movimento JolJosiano que pudesse implicar num perigo de su,stituir a verdadeira emulação socialista na organização dos JolJoses pela tentativa de o,rigar a coletivizaçãoC. (Resoluç:es do >. 7. (,+ da U.R.S.S. parte 00 pág. %+. Essa recomendação do 7omitê 7entral veio in"undir clareza na aplicação da nova política do >artido no campo. ;a ,ase da política de liquidação dos JulaJs e da aplicação da coletivização total desenvolveu!se um potente movimento JolJosiano. @s camponeses de aldeias e distritos inteiros a"luíam aos JolJoses varrendo de seu camin2o os JulaJs e livrando!se de suas garras. Das ao lado dos "ormidáveis êxitos conseguidos na coletivização começaram logo a aparecer de"iciências na atuação prática dos ativistas do >artido de"ormaç:es da política do >artido em relação ao movimento JolJosiano. 'pesar de ter o 7omitê 7entral prevenido seus militantes para não perderem a ca,eça diante dos êxitos da coletivização muitos ativistas do >artido começaram a "orçar arti"icialmente este movimento sem levar em conta as condiç:es de lugar e tempo sem levar em conta o grau de preparação dos camponeses para entrar nos JolJoses. 3icou comprovado que se violava o princípio do voluntariado na organização dos JolJoses. ;uma s6rie de comarcas o.rigava*$'e os camponeses a entrar nos JolJoses so, ameaça de Cexpropriá!losC de privá!los dos direitos eleitorais etc. ;uma s6rie de comarcas o tra,al2o de preparação e de esclarecimento paciente dos "undamentos da política do >artido em mat6ria de coletivização era su,stituído pelo procedimento ,urocrático curialesco de decretar de cima ci"ras enormes de JolJoses que se aparentava criar aumentando arti"icialmente a percentagem da coletivização. Leso,edecendo as normas do 7omitê 7entral segundo as quais o elo "undamental do movimento JolJosiano era o artel agrícola no qual somente se coletivizavam os meios .7'ico' de produção 2avia unia s6rie de localidades nas quais saltava!se apressadamente por cima do artel para a comuna e se implantava a coletivização das residências dos animais de criação não destinados ao mercado e do gado leiteiro das aves etc. @s militantes dirigentes de algumas comarcas animados pelos primeiros êxitos da coletivização deso,edeciam as normas diretas do 7omitê 7entral so,re os ritmos e prazos aos quais a coletivização devia

suAeitar!se. ' região de Doscou no a"ã de conseguir ci"ras elevadas começou a orientar seus ativistas para a terminação da campan2a da coletivização na primavera de #$)* apesar de dispor ainda de cerca de três anos (at6 "ins de #$)%+. E mais graves ainda eram as in"raç:es que se cometiam na Granscaucásia e na Nsia 7entral. @s JulaJs e seus porta!vozes aproveitavam!se desses excessos para "ins provocativos "ormulavam propostas no sentido de se organizar comunas em vez de artels de se passar diretamente 8 coletivização das residências dos animais de criação e das aves. 'o mesmo tempo os JulaJs "aziam agitação para que se matasse o gado antes de entrar nos JolJoses convencendo os camponeses de que no JolJose Celes o tomariam de qualquer maneiraC. @ inimigo de classe especulava com a id6ia de que os excessos e os erros cometidos pelas organizaç:es locais quanto aos pro,lemas da coletivização irritariam os camponeses e provocariam su,levaç:es contra o >oder Sovi6tico. @ resultado dos erros cometidos pelas organizaç:es do >artido e dos atos de "ranca provocação dos inimigos de classe "oi que na segunda quinzena de "evereiro de #$)* so,re o "undo dos êxitos gerais e indiscutíveis conseguidos pela coletivização se maniíestassem em algumas comarcas perigosos sintomas de um s6rio descontentamento por parte dos camponeses. Em alguns lugares os JulaJs e seus agentes conseguiram "azer inclusive com que os camponeses "ossem levados a mani"estar!se diretamente contra o >oder Sovi6tico. @ 7omitê 7entral ao qual c2egavam uma s6rie de sinais alarmantes so,re as de"ormaç:es da lin2a do >artido que ameaçavam "azer "racassar a coletivização p&s imediatamente mãos 8 o,ra para resolver a situação e começou a "azer com que os quadros do >artido corrigissem sem perda de tempo os erros cometidos. ' % de março de #$)* pu,licou!se por solução do 7omitê 7entral o artigo do camarada Stalin intitulado C@s êxitos nos so,em 8 ca,eçaC. ;este artigo admoestavam!se todos os que deixando!se arrastar pelos êxitos da coletivização incorriam em erros graves e se desviavam da lin2a do >artidoK admoestavam!se todos os que tentavam levar os camponeses pelo camin2o JolJosiano mediante medidas de coação administrativa. ;esse artigo "oi vigorosamente salientado o princípio.do voluntariado na organização de JolJoses e indicava!se a necessidade de levar em conta a diversidade de condiç:es existentes nas di"erentes regi:es da U.R.S.S. ao determinar os ritmos e m6todos de coletivização. @ camarada Stalin recordava que o elo "undamental do movimento JolJosiano era o artel agrícola no qual somente se coletivizam os meios ,ásicos de produção principalmente na produção de cereais deixando de lado a 2orta a vivenda uma parte do gado leiteiro os animais de criação as aves etc. @ artigo do camarada Stalin teve uma enorme import5ncia. Esse artigo aAudou as organizaç:es do >artido a corrigirem seus erros e des"ec2ou o mais violento golpe nos inimigos do >oder Sovi6tico que con"iavam que aqueles excessos l2es serviriam de ,ase para a su,levação dos camponeses contra o >oder Sovi6tico. 's grandes massas camponesas puderam convencer!se de que a lin2a do >artido ,olc2evique não tin2a a menor relação com os excessos CesquerdistasC e imprudentes que se tin2a cometido em alguns lugares. Este artigo tranqHilizou as massas camponesas. 7om o "im de levar a ca,o a o,ra de correção dos excessos e erros iniciada com o artigo do camarada Stalin o 7omitê 7entral do >. 7. (,+ da U.R.S.S. a #/ de março de #$)* decidiu atacar novamente esses erros pu,licando uma resolução CSo,re a luta contra as de"ormaç:es da lin2a do >artido no movimento JolJosianoC. ;essa resolução analisava!se minuciosamente os erros cometidos e que eram o resultado do a,andono da lin2a leninista!stalinista do >artido o resultado da in"ração direta das normas traçadas pelo >artido. @ 7omitê 7entral assinalava que a atuação prática dos que incorriam naqueles excessos CesquerdistasC signi"icava uma aAuda direta ao inimigo de classe. C@s ativistas que não sou,erem ou não quiserem manter uma luta decisiva contra as de"ormaç:es da lin2a do >artido Q dispun2a o 7omitê 7entral Q serão a/a'tado' de seus postos e su,stituídos por outrosC. (Resoluç:es do >. *. (,+ da U.R.S.S. parte 00 pág. )+. @ 7omitê 7entral trocou a direção de algumas organizaç:es regionais e territoriais do >artido (a da região de Doscou e da Granscaucásia+ que tin2am cometido erros políticos e não sou,eram corrigi!los. ' ) de a,ril de #$)* "oi pu,licado o artigo do camarada Stalin intitulado CResposta aos camaradas JolJosianosC. ;ele pun2a!se a nu a origem dos erros cometidos no pro,lema camponês e os principais erros cometidos no movimento JolJosiano a "alsa maneira de a,ordar os camponeses m6dios a in"ração do princípio leninista do voluntariado na organização dos JolJoses a in"ração do princípio leninista que o,rigava a levar em conta a diversidade de condiç:es existentes nas di"erentes regi:es da U.R.S.S. e a passagem direta 8 comuna saltando por cima do artel. 7omo residtado de todas essas medidas o >artido conseguiu aca,ar com os excessos cometidos numa s6rie de distritos pelos ativistas locais. Sem a "ormidável "irmeza do 7omitê 7entral e sua capacidade de *archar contra a corrente não se teria conseguido trazer para o ,om camin2o no seu devido tempo a parte considerável de quadros do >artido que

seduzidos pelos êxitos iam rolando para ,aixo e se desviando da lin2a do >artido. @ >artido conseguiu aca,ar com as de"ormaç:es de sua lin2a no movimento JolJosiano. Esta "oi a ,ase so,re a qual se "irmaram os êxitos do movimento JolJosiano. 'ntes do >artido passar 8 política de liquidação dos JulaJs como classe a o"ensiva mais importante contra os elementos capitalistas destinada 8 sua liquidação era a que se desenvolvia "undamentalmente na cidade no terreno da indústria. 't6 esse momento a agricultura o campo marc2avam a re,oque da indústria da cidadeK por isso a o"ensiva apresentava um caráter desigual e não um caráter geral completo. Das agora que o atraso da aldeia começava a passar 8 2istBria mostrou!se com toda a evidência a luta dos camponeses pela liquidação dos JulaJs e o >artido passou 8 política de liquidação desses elementos Q a o"ensiva contra os elementos capitalistas adquiriu um caráter geral e a o"ensiva parcial converteu!se numa o"ensiva em toda a "rente. ;o momento da convocação do <=0 7ongresso do >artido a o"ensiva geral contra os elementos capitalistas Aá tin2a sido desencadeada em toda lin2a. @ <=0 7ongresso do >artido reuniu!se a % de Aun2o de #$)*. 7ompareceram #.%1 delegados com palavra e voto e 1$# com palavra somente representando #.%*.149 "iliados e 4##.*$ aspirantes. @ <=0 7ongresso passou 8 2istBria como sendo Co 7ongresso da o"ensiva do Socialismo desencadeada em toda a /rente da liquidação dos JulaJs como classe e da realização da coletivização totalC. (Stalin+. ;o in"orme político do 7omitê 7entral o camarada Stalin p&s em relevo os grandes triun"os conseguidos pelo >artido ,olc2evique mediante o desenvolvimento da o"ensiva socialista. ;o terreno da industrialização socialista tin2a!se conseguido que o peso especí"ico da indústria dentro do volume glo,al da produção da Economia nacional superasse o peso especí"ico da agricultura. ;o ano econ&mico de #$%$!#$)* a produção da indústria c2egava Aá a /)- do volume glo,al da produção de toda a Economia nacional e a da agricultura sB era de 94- aproximadamente. ;a 6poca do <= 7ongresso no ano de #$%!#$%4 o volume glo,al da produção de toda a indústria era sB de #*%/- do nível de antes da guerraK na 6poca do <=0 7ongresso ou seAa em #$%$!#$)* era Aá de #1*- aproximadamente do nível de antes da guerra. ' indústria pesada Q a produção de meios de produção a construção de maquinarias Q ia!se "ortalecendo cada vez mais. C... Encontramo!nos nas v6speras da trans"ormação de um país agrário em um país industrial Q declarou o camarada Stalin entre os aplausos entusiásticos do 7ongresso. Entretanto explicou o camarada Stalin 6 necessário não con"undir o rit*o inten'ivo de desenvolvimento da indústria com o nível desse desenvolvimento. 'pesar da indústria socialista se desenvolver com um ritmo sem precedente o >aís Sovi6tico ia muito 8 retaguardaK quanto ao nível  do desenvolvimento industrial dos países capitalistas mais adiantados. 'ssim acontecia com a produção de energia el6trica apesar dos êxitos gigantescos conseguidos pela U.R.S.S. no terreno da eletri"icação. 'ssim acontecia com a produção de metais. Em "ins de #$%$!#$)* a U.R.S.S. devia produzir segundo o plano / mil2:es e meio ele toneladas de "undição de "erro enquanto que a 'leman2a tin2a produzido em #$%$ #)9 mil2:es de toneladas e a 3rança #*9/ mil2:es. >ara poder liquidar em pouco tempo esse atraso t6cnico!econ&mico era necessário continuar acelerando o ritmo de desenvolvimento da indústria sovi6tica era necessário lutar de modo mais resoluto contra os oportunistas que aspiravam en"raquecer o ritmo de desenvolvimento da indústria socialista. C... os c2arlatães que "alam da necessidade de en"raquecer o ritmo de desenvolvimento de nossa indústria são inimigos do socialismo agentes de nossos inimigos de classeC Q assinalava o camarada Stalin. (C>ro,lemas do IeninismoC pág. )$ ed. russa+. Lepois de cumprir com êxito e ultrapassar o plano do primeiro ano do primeiro >lano OHinqHenal surgiu entre as massas a palavra de ordem de Cexecutar o >lano OHinqHenal em quatro anosC. ;uma s6rie de ramos adiantados da indústria (>etrBleo tur"a construção de maquinarias geral e agrícola indústria eletrot6cnica+ a execução do plano se desenvolvia com tal êxito que nesses ramos p&de!se c2egar inclusive a cumprir o programa traçado pelo >lano OHinqHenal em dois e meio a três anos. 0sso con"irmava a plena realidade da palavra de ordem C>lano OHinqHenal em quatro anosC e desmascarava o oportunismo dos incr6dulos que duvidavam da possi,ilidade de sua realização. @ <=0 7ongresso encarregou o 7omitê 7entral do >artido que Cassegurasse tam,6m para o "uturo os impetuosos ritmos ,olc2eviques na edi"icação socialista para conseguir realmente executar o >lano OHinqHenal em quatro anosC.

;a 6poca do <=0 7ongresso operou!se uma trans"ormação no desenvolvimento da agricultura da U.R.S.S. 's grandes massas camponesas se orientaram para o socialismo. ' #. de maio de #$)* nas regi:es cerealistas mais importantes o setor coletivizado a,arcava Aá 9* a /* por cento das exploraç:es camponesas (na primavera de #$% sB atingia a % ou ) por cento+. ' super"ície cultivada dos JolJoses englo,ava ) mil2:es de 2ectares. Gin2a!se portanto ultrapassado o am,icioso programa traçado na resolução do 7omitê 7entral de / de  Aaneiro de #$)* ()* mil2:es de 2ectares+. Ouanto ao >lano OHinqHenal de organização de JolJoses seu programa para dois anos "oi cumprido em mais de #/-. Em três anos a produção dos JolJoses para o mercado cresceu mais de 9* vezes. Em #$)* os JolJoses sem contar os sovJoses "orneciam Aá ao Estado mais da metade de toda a produção de trigo produzido pelo país para o mercado. 0sto signi"icava que daí por diante os destinos da agricultura do >aís Sovi6tico Aá não seriam traçados pelas exploraç:es camponesa individuais mas sim pelos JolJoses e sovJoses. Se at6 o momento em que os camponeses começaram a a"luir em massa para os JolJoses o >oder Sovi6tico se apoiava "undamentalmente na indústria socialista de agora em diante começou a apoiar!se tam,6m no setor socialista da agricultura que se estendia rapidamente nos JolJoses e nos sovJoses. @s camponeses JolJosianos se converteram como assinalava o <=0 7ongresso numa de suas resoluç:es Cnum verdadeiro e "irme alicerce do >oder Sovi6ticoC.

" — O Partido 'e orienta para a recon'trução de todo' o' ra*o' da econo*ia nacional — O papel da t8cnica — Continua a 'e de'envolver o *ovi*ento 3ol3o'iano — A' 'eç2e' política' da' e'taç2e' de *7quina' e tratore' — Balanço da e6ecução do Plano 9:inq:enal e* % ano' — O triun/o do 'ociali'*o e* toda a /rente — O X5II Congre''o do Partido

Lepois de comprovar que a indústria pesada e so,retudo a de reconstrução de máquinas não sB tin2am sido criadas e asseguradas mas tam,6m continuavam a se desenvolver num ritmo ,astante rápido apresentou!se perante o >artido a tare"a imediata de rcconstruir todos os ramos da Economia nacional so,re a ,ase da nova t6cnica moderna. Era necessário prover de t6cnica nova moderna de novas erramentas e nova maquinaria a indústria do com,ustível a metalurgia a indústria leve a indústria de alimentação a indústria "lorestal a indústria de guerra o transporte e a agricultura. Lado o aumento gigantesco da procura de produtos agrícolas e artigos industriais tornava!se necessário duplicar ou triplicar a produção em todos os ramos da Economia nacional. Das isso sB se podia conseguir dotando as "á,ricas e empresas indústriais os sovJoses e JolJoses de máquinas e "erramental modernas em quantidade su"iciente pois seu vel2o instrumental não estava em condiç:es de "azer "ace a semel2ante desenvolvimento da produção. Sem reconstruir os ramos ,ásicos da Economia nacional era impossível satis"azer as novas e cada vez maiores exigências do país e de sua Economia. Sem esta o,ra de reconstrução era impossível levar a ca,o a o"ensiva de socialismo em toda a "rente pois era preciso dar ,atal2a e p&r "ora de com,ate os elementos capitalistas da cidade e do campo não sB com uma nova organização do tra,al2o e da propriedade mas tam,6m com uma nova t6cnica com a superioridade da t6cnica prBpria. Sem esta o,ra de reconstrução era impossível atingir e ultrapassar no terreno t6cnico!econ&mico os países capitalistas mais adiantados pois se ,em que do ponto de vista do ritmo do desenvolvimento de sua indústria a U.R.S.S. superasse os países capitalistas do ponto de vista do volume da produção da U.R.S.S. "icava ainda muito atrás deles. >ara poder aca,ar com esse atraso era necessário armar toda a Economia nacional sovi6tica de uma nova t6cnica era necessário reconstruir todos os ramos da Economia nacional so,re a ,ase de uma nova t6cnica da t6cnica moderna. ' t6cnica tin2a adquirido portanto uma import5ncia decisiva. @ o,stáculo com que se tropeçava neste terreno não era tanto a escassez de novas máquinas e "erramentas  Q pois a indústria de construção de máquinas estava em condiç:es de poder produzir novo instrumental Q como a atitude errada que mantin2am perante a t6cnica os militantes destacados no setor da Economia seu menosprezo pela

import5ncia da t6cnica no período de reconstrução sua atitude desden2osa para com a t6cnica. @s administradores das empresas sovi6ticas entendiam que a t6cnica era incum,ência dos CespecialistasC uma questão secundária a cargo dos Ct6cnicos ,urguesesC que os comunistas que tra,al2avam no setor econ&mico não tin2am por quê imiscuir!se na t6cnica da produção que sua missão não consistia em se ocupar de pro,lemas t6cnicos mas sim de quest:es mais importantes como seAa da direção da produção Cem geralC. Leixava!se pois que os CespecialistasC ,urgueses maneAassem seu ar,ítrio os assuntos da produção enquanto os comunistas que tra,al2avam nas organizaç:es econ&micas se encarregavam de dirigir a produção Cem geralC isto 6 de assinar pap6is. ;ão 6 preciso demonstrar que com esta atitude que se adotava perante o pro,lema o que se c2amava dirigir a produção Cem geralC tin2a que degenerar em c2arlatanismo so,re a direção Cem geralC assinatura est6ril de pap6is em puro papelBrio. T evidente que com aquela atitude desden2osa para com a t6cnica que adotavam os comunistas responsáveis pelas organizaç:es econ&micas o >aís Sovi6tico Aamais teria podido ultrapassar nem mesmo sequer alcançar os países capitalistas mais adiantados. Semel2ante atitude em relação 8 t6cnica so,retudo no período da reconstrução condenava o >aís Sovi6tico ao atraso a que en"raquecesse o ritmo de desenvolvimento de sua Economia. ;o "undo esta atitude perante a t6cnica ocultava enco,ria o deseAo secreto de uma parte de comunistas destacados nas organizaç:es econ&micas de moderarem o ritmo de desenvolvimento da indústria de "azê!lo decrescer e de des"rutarem uma Cposição tranqHilaC descarregando so,re os CespecialistasC a responsa,ilidade da produção. Era necessário conseguir que os comunistas que tra,al2avam nas organizaç:es econ&micas se preocupassem com a t6cnica que tomassem gosto por ela mostrar!l2es que os ,olc2eviques destacados no setor econ&mico tin2am o dever "undamental de dominar a nova t6cnica que sem dominar a nova t6cnica corria!se o risco de condenar a >átria Sovi6tica ao atraso e 8 estagnação. Sem resolver este pro,lema não era possível continuar avançando. ;este terreno teve uma import5ncia muito grande o discurso do camarada Stalin na primeira con"erência de ativistas da indústria cele,rada em "evereiro de #$)#. C>ergunta!se 8s vezes Q disse o camarada Stalin neste discurso Q se não se deverá moderar um pouco o ritmo conter o movimento. ;ãoK não 6 possível camaradas ;ão se deve diminuir o ritmo... Doderar o ritmo signi"ica "icar atrasado. E os que se atrasam são derrotados. E nBs não queremos ser derrotados. ;ão não queremos ' 2istBria da vel2a Rússia consistia entre outras coisas em que era constantemente derrotada devido ao seu atraso. 3oi derrotada pelos M2ans mongBis. 3oi derrotada pelos VeWs turcos. 3oi derrotada pelos sen2ores "eudais da Su6cia. 3oi derrotada pelos CpanisC da >ol&nia e da Iitu5nia. 3oi derrotada pelos capitalistas da 0nglaterra e da 3rança. 3oi derrotada pelos ,ar:es do ?apão. 3oi derrotada por todos devido ao seu atraso... Darc2amos com /* ou #** anos de atraso em relação aos países mais adiantados. Gemos que gan2ar esse terreno em dez anos. @u o "azemos ou nos esmagam. ;um máximo de dez anos devemos gan2ar o terreno que nos separa dos países capitalistas mais adiantados. Existem em nosso país todas as possi,ilidades Co,AetivasC para isso. ' única coisa que nos "alta 6 sa,er aproveitar verdadeiramente essas condiç:es. E isto depende de nBs e 'o*ente de nBs. ?á 6 2ora de aprendermos a aproveitar estas possi,ilidades. ?á 6 2ora de aca,ar com esse ponto de vista podre de não imiscuir!se na produção. ?á 6 2ora de adotar outro ponto de vista novo em 2armonia com o período atual o de imiscuir!se em tudo. @ diretor de uma "á,rica deve intervir em todos os assuntos ouvir tudo Q não perder de vista nada aprender e aprender sempre. @s ,olc2eviques devem dominar a t6cnica. ?á 6 2ora dos ,olc2eviques se converterem eles prBprios em t6cnicos. A t8cnica; no período da recon'trução; decide tudoC. (Stalin C>ro,lemas do IeninismoC págs. 999!99 ed. russa+. ' import5ncia 2istBrica deste discurso do camarada Stalin consistiu em ter posto "im 8 atitude depreciativa dos comunistas destacados nas organizaç:es econ&micas em ter "eito com que en"rentassem a t6cnica e em ter a,erto uma nova etapa pelo domínio da t6cnica com as "orças dos prBprios ,olc2eviques "acilitando com isso o desenvolvimento da reconstrução da Economia nacional. Lesde então a t6cnica deixou de ser monopBlio dos CespecialistasC ,urgueses para converter!se num interesse vital dos prBprios ,olc2eviques destacados no setor econ&mico e o nome depreciativo de CespecialistasC se converteu num título de 2onra do ,olc2evique "amiliarizado com a t6cnica. ;o "uturo 2averiam de revelar!se Q como de "ato se revelaram Q destacamentos inteiros mil2ares e dezenas de mil2ares de especialistas vermel2os "amiliarizados com a t6cnica e capacitados para dirigir a produção. Era uma nova geração uma geração sovi6tica de intelectuais t6cnicos da produção saídos da classe operária e do campesinado que constituem 2oAe a "orça "undamental na direção da Economia sovi6tica.

Gudo isso teria necessariamente que "acilitar como de "ato "acilitou o desenvolvimento da o,ra de reconstrução da Economia nacional. @ desenvolvimento da o,ra de reconstrução não a"etava somente a indústria e o transporte. Seu ritmo era mais intenso ainda no terreno da agricultura. E 6 lBgico que assim "osse pois a agricultura dispun2a de menos máquinas que os demais ramos da Economia nacional e estava portanto mais necessitada de novas maquinarias. E dotar intensivamente de novas maquinarias a agricultura correspondia a uma necessidade especialmente grande "rente ao desenvolvimento que adquiria a organização dos JolJoses em meses e em semanas o que representava uma procura de novos mil2ares de tratores e de novas maquinarias agrícolas. @ ano de #$)# imprimiu um novo impulso ao movimento JolJosiano. ;as regi:es cerealistas mais importantes agrupavam!se Aá nos JolJoses mais de 1*- de todas as exploraç:es camponesas. 'í a coletivização total  Aá estava conseguida no "undamental. ;as regi:es cerealistas menos importantes e nas regi:es de cultivos industriais a coletivização a"etava mais de /*- das exploraç:es. 's duas terças partes da super"ície total semeada eram cultivadas Aá por %**.*** JolJoses e 9.*** sovJoses "icando para os camponeses individuais a terça parte somente. 0sto representava um "ormidável triun"o do socialismo no campo. Das o movimento JolJosiano não se desenvolvia ainda em pro"undidade mas sim em extensão não no sentido de mel2orar a qualidade do tra,al2o dos JolJoses e de seus quadros mas no sentido de aumentar a quantidade de JolJoses e de estender o movimento JolJosiano a novos e novos distritos. ' explicação disso reside no "ato de que os ativistas JolJosianos os quadros JolJosianos não aumentavam com a mesma rapidez com que aumentava a quantidade de JolJoses. 0sso "azia com que os novos JolJoses nem sempre tra,al2assem satis"atoriamente e que os mesmos continuassem sendo no momento organismos d6,eis não ro,ustecidos. 7ontri,uíam tam,6m para moderar o "ortalecimento dos JolJoses "atos como a escassez nas aldeias de pessoas com um mínimo de cultura que os JolJoses necessitavam para seus tra,al2os (para os postos de contadores administradores e secretários+ e a inexperiência completa dos camponeses quanto ao regime das grandes exploraç:es coletivas. @s JolJosianos de 2oAe eram os camponeses individuais de ontem. >ossuíam experiência quanto ao modo de explorar pequenas parcelas mas ainda não tin2am aprendido a dirigir as grandes exploraç:es JolJosianas. >ara que pudessem adquirir essa experiência era necessário tempo. Estas circunst5ncias "izeram com que durante os primeiros tempos se mani"estassem de"iciências importantes no "uncionamento dos JolJoses. =eri"icou!se que nos mesmos o tra,al2o estava ainda mal organizado e que a disciplina no tra,al2o era "raca. Em muitos JolJoses os lucros não eram divididos de acordo com as Aornadas de tra,al2o mas por ca,eça. E "reqHentemente dava!se o caso de que os preguiçosos o,tin2am maior quantidade de trigo que os JolJosianos mais 2onrados e la,oriosos. Estas de"iciências de direção dos JolJoses "aziam com que os JolJosianos sentissem decrescer seu interesse pelo tra,al2o com que deixassem amiúde de atender os tra,al2os at6 mesmo nas 6pocas de maior atividade com que não se "izesse col2eita numa parte terras cultivadas dos JolJoses at6 que c2egasse a 6poca das neves ou com que os tra,al2os da col2eita "ossem realizadas de má vontade perdendo!se enormes quantidades de trigo. ' ausência de responsa,ilidade pessoal pelas máquinas e pelo gado de tração ,em como pelo tra,al2o em geral "azia com que en"raquecesse a causa JolJosiana e diminuíssem seus lucros. ;os distritos em que os antigos JulaJs e seus porta!vozes tin2am conseguido galgar postos de direção nos JolJoses a situação era particularmente má. ;ão poucas vezes os JulaJs expropriados se trans"eriam para outros distritos onde não eram con2ecidos e se in"iltravam nos JolJoses para sa,otar e di"icultar seu "uncionamento. 's vezes os JulaJs aproveitando!se da "alta de vigil5ncia dos ativistas do >artido e dos Soviets in"iltravam!se inclusive nos JolJoses de seu prBprio distrito. 7ontri,uía para "acilitar a entrada su,!reptícia dos antigos JulaJs nos JolJoses o "ato de que na luta contra os JolJoses eles tin2am trocado ,ruscamente de tática. 'ntes os JulaJs lutavam a,ertamente contra os JolJoses mantin2am uma luta encarniçada contra os ativistas JolJosianos e os JolJosianos mais destacados assassinando!os numa esquina ateando "ogo 8s suas casas celeiros etc. 7om isso os JulaJs pretendiam assustar os camponeses não deixá!los entrar nos JolJoses. Das agora vendo que a luta a,erta contra os JolJoses tin2a "racassado mudaram de tática. 'gora Aá não atiravam com seus revBlveresK "aziam!se passar por gente tranqHila dBcil pací"ica per"eitamente adaptada aos Soviets. 0n"iltravam!se nos JolJoses sa,otavam com um tra,al2o de sapa clandestinamente. 3aziam es"orços em todas as partes para decompor os JolJoses de dentro para relaxar a disciplina do tra,al2o JolJosiano para em,rul2ar as contas da col2eita e as do tra,al2o. @s JulaJs especulavam com o plano da exterminação do gado cavalar dos JolJoses e c2egaram a ocasionar a morte de grande número de cavalos. 7ontagiavam!se premeditadamente com o mormo a sarna e outras en"ermidades e os deixavam morrer sem de"endê!las etc. 'o mesmo tempo avariavam os tratores e a maquinaria agrícola. @s JulaJs conseguiam enganar os JolJosianos e perpetrar impunemente seus atos de sa,otagem porque os JolJoses eram ainda muito "racos e inexperientes e os quadros JolJosianos ainda não tin2am conseguido "ortalecer!se. >ara p&r "im 8 sa,otagem dos JulaJs nos JolJoses e acelerar o seu "ortalecimento era necessário prestar uma aAuda rápida e s6ria aos JolJoses por meio de 2omens de consel2os e de direção. Esta aAuda "oi prestada pelo >artido ,olc2evique. Em Aaneiro de #$)) o 7omitê 7entral do >artido tomou

a resolução de organizar 'ecç2e' política' nas estaç:es de máquinas e tratores postas ao serviço dos JolJoses. 3oram enviadas ao campo para tra,al2ar nessas secç:es políticas como aAuda dos JolJoses #4.*** ativistas do >artido. Era uma aAuda s6ria. Em dois anos (#$)) e #$)9+ as secç:es políticas das estaç:es de máquinas e tratores conseguiram realizar um grande tra,al2o de eliminação das de"iciências que se veri"icaram no "uncionamento dos JolJoses de educação dos quadros JolJosianos de "ortalecimento dos JolJoses e em prol de sua depuração de elementos inimigos JulaJs e sa,otadores. 's secç:es políticas cumpriram com 2onra a tare"a que l2es tin2a sido traçadas "ortaleceram os JolJoses no terreno econ&mico e de organização "orAaram novos quadros JolJosianos organizaram a direção econ&mica dos JolJoses e elevaram o nível políticos das massas JolJosianas. ;a elevação da atividade das massas JolJosianas para a luta pelo "ortalecimento dos JolJoses tiveram uma imensa import5ncia o primeiro 7ongresso JolJosiano de c2oque de toda a U.R.S.S. (cele,rado em "evereiro de #$))+ e o discurso nele pronunciado pelo camarada Stalin. 7omparando no seu discurso o vel2o regime reinante na aldeia antes dos JolJoses com o novo regime JolJosiano o camarada Stalin disse CSo, o regime antigo os camponeses tra,al2avam individualmente tra,al2avam com os vel2os m6todos de seus avBs e com as vel2as "erramentas de tra,al2o tra,al2avam para os lati"undiários e capitalistas para os JulaJs e especuladores tra,al2avam sem conseguir nunca matar a "ome e enriqxiecendo outros. So, o regime JolJosiano os camponeses tra,al2am unidos coletivamente em artel tra,al2am com a aAuda de novos instrumentos de tratores e de máquinas agrícolas tra,al2am para eles mesmos e para seus JolJoses vivem sem capitalistas e sem lati"undiários sem JulaJs e sem especuladores tra,al2am para mel2orar dia a dia sua situação material e culturalC. (Stalin C>ro,lemas do IeninismoC pág. /%1 ed. russa+. ;o seu disciirso o camarada Stalin p&s em relevo o que saia gan2ando praticamente o camponês ao a,raçar a causa JolJosiana. @ >artido ,olc2evique aAudava as massas de mil2:es de camponeses po,res a entrarem nos JolJoses a se li,ertarem das garras dos JulaJs. Entrando nos JolJoses e neles des"rutando de mel2or terra e e mel2ores instrumentos de produção as massas de mil2:es de camponeses po,res que antes passavam "ome atingiam agora dentro dos JolJoses o nível dos camponeses m6dios convertiam!se em 2omens que gozavam de uma situação assegurada. Este era o primeiro passo a primeira conquista conseguida no camin2o do movimento JolJosiano. @ segundo passo dizia o camarada Stalin consistirá em elevar ainda mais o nível dos JolJosianos Q  tanto o dos antigos camponeses po,res como o dos antigos camponeses m6dios Q convertendo todos os JolJosianos em 2omens novos e todos os JolJoses em JolJoses ,olc2eviques. C>ara ser JolJosiano Q dizia o camarada Stalin Q sB se requer uma coisa tra,al2ar 2onradamente no JolJose utilizar ,em os tratores e máquinas sa,er cuidar do gado tra,al2ar ,em a terra e zelar pela propriedade JolJosianaC. (@,ra citada págs. /)%!/))+. @ discurso do camarada Stalin "icou "ortemente gravado na consciência de mil2:es de JolJosianos converteu!se no programa prático no programa de luta dos JolJoses. Em "ins de #$)9 os JolJoses tin2am se convertido em uma "orça sBlida e invencível. >or essa 6poca Aá agrupavam cerca das três quartas partes de todas as exploraç:es camponesas da U.R.S.S. e englo,avam cerca de $*de toda a super"ície semeada. Em #$)9 tra,al2avam Aá na agricultura da U.R.S.S. %1#.*** tratores e )%.*** máquinas com,inadas. ' semeadura da primavera do ano de #$)9 terminou #/ dias antes que em #$)) e )* ou 9* dias antes que em #$)% e o plano de a,astecimento de trigo "oi executado três meses antes que em #$)%. 3oi assim que num prazo de dois anos os JolJoses se "ortaleceram graças 8 "ormidável aAuda prestada pelo >artido e pelo Estado operário e camponês. @ sBlido triun"o do regime JolJosiano e o "lorescimento da agricultura por ele determinado deram ao >oder Sovi6tico a possi,ilidade de a,olir o sistema de racionamento do pão e de outros artigos e implantar o sistema da venda livre para os produtos alimentícios. Uma vez que as estaç:es de máquinas e tratores criadas como Brgãos políticos provisBrios cumpriram sua missão o 7omitê 7entral tomou a resolução de trans"ormá!las em Brgãos normais do >artido "undindo!as com os 7omitês de distritos existentes.

Godos esses êxitos tanto os conseguidos no terreno da agricultura como os conseguidos na es"era da indústria "oram conquistados graças 8 execução vitoriosa do >lano OHinqHenal. Em princípios de #$)) "icou evidente que o >lano OHinqHenal estava cumprido antes do prazo ao ca,o de quatro anos e três meses. 3oi um triun"o grandioso um triunio de alcance 2istBrico mundial da classe operária e dos camponeses da U.R.S.S. ;o in"orme pronunciado pelo camarada Stalin no >leno do 7omitê 7entral e da 7omissão de 7ontrole do >artido cele,rado em Aaneiro #$)) "ez ele ,alanço do primeiro >lano OHinqHenal. Segundo "oi destacado nesse in"orme o >artido Sovi6tico tin2am conseguido durante o período que aca,ava de transcorrer durante o período do primeiro >lano OHinqHenal os seguintes resultados "undamentais

#. ' U.R.S.S. tin2a se convertido de um país agrário em um país industrial posto que o peso especí"ico da produção de toda a Economia nacional tin2a aumentado 4*-.

%. @ sistema socialista da Economia 2avia aca,ado com os elementos capitalistas da indústria e se convertera no único sistema econ&mico imperante no terreno industrial.

). @ sistema socialista da Economia 2avia aca,ado com os JulaJs como classe na agricultura e se convertera na "orça dominante da Economia agrária.

9. @ regime JolJosiano 2avia aca,ado com a mis6ria com a po,reza no campo elevando dezenas de mil2:es de camponeses po,res ao nível de 2omens com uma vida garantida.

/. @ sistema socialista da indústria 2avia aca,ado com o desemprego mantendo a Aornada de oito 2oras em uma s6rie de ramos de produção implantando a Aornada de sete 2oras na imensa maioria das empresas nocivas 8 saúde.

. @ triun"o do socialismo em todos os ramos da Economia nacional 2avia aca,ado com a exploração do 2omem pelo 2omem. ' import5ncia dessas conquistas conseguidas pelo primeiro >lano OHinqHenal consistia antes de tudo em que tin2am li,ertado de"initivamente os operários e camponeses do Augo da exploração a,rindo a todos os tra,al2adores da U.R.S.S. camin2o para uma vida tranqHila e culta. Em Aaneiro de #$)9 reuniu!se o <=00 7ongresso do >artido. Gomaram parte #.%%/ delegados com palavra e voto e 4) com palavra somente representando #.149.911 "iliados e $)/.%$1 aspirantes. @ 7ongresso "ez o ,alanço do tra,al2o do >artido durante o período que aca,ava de transcorrer registrou os êxitos decisivos alcançados pelo socialismo em todos os ramos da Economia e da cultura e comprovou que a lin2a geral do >artido tin2a triun"ado plenamente. @ <=00 7ongresso do >artido passou 8 2istBria com o nome de C7ongresso dos vencedoresC. ;o seu in"orme perante o 7ongresso o camarada Stalin assinalou as trans"ormaç:es radicais que se 2aviam operado na U.R.S.S. durante o período re"erido. CLurante esse período a U.R.S.S. se trans"ormou radicalmente perdendo sua "isionomia de atraso e de medievalismo. 7onverteu!se de um país agrário em um país industrial. 7onverteu!se de um país de pequenas exploraç:es agrícolas individuais em um país de grandes exploraç:es agrícolas coletivas e mecanizadas. 7onverteu!se Q ou mel2or está se convertendo Q de um país o,scurantista anal"a,eto e inculto em um país instruído e culto co,erto por uma rede "ormidável de escolas superiores m6dias e elementares que ensinam nas línguas das diversas nacionalidades da U.R.S.S.C. (Stalin C>ro,lemas do IeninismoC pág. /)) ed. russa+. >or essa 6poca a indústria socialista constituía Aá $$- de toda a indústria do país. ' agricultura socialista  Q os JolJoses e os sovJoses Q englo,avam cerca de $*- da super"ície total semeada do país. ;o que se re"ere 8 circulação de mercadorias os elementos capitalistas tin2am sido desaloAado totalmente do com6rcio. 'o implantar a nova política econ&mica Ienin dissera que no >aís Sovi6tico existiam elementos prBprios de cinco "ormaç:es econ&mico!sociais. ' primeira "ormação era a da Economia patriarcal que 6 num grau considerável uma Economia de tipo natural isto 6 que apenas não mant6m relaç:es comerciais. ' segunda "ormação era a da pequena produção de mercadorias "ormada pela maioria dos proprietários camponeses que se dedicavam 8 venda de produtos agrícolas e pelos artesãos. ;os primeiros anos da ;E> essa "ormação econ&mica compreendia a maioria da população. ' terceira "ormação era a do capitalismo privado que começou a sair de sua prostração nos primeiros anos da ;E>. ' quarta "ormação era a ao capitalismo de Estado "ormado principalmente pelas concess:es que não conseguiram adquirir um desenvolvimento importante. ' quinta "ormação era a do socialismo a indústria socialista que naquela 6poca era ainda "raca os sovJoses e JolJoses que no começo da ;E> sB ocupavam um lugar

insigni"icante na Economia nacional e o com6rcio do Estado e as cooperativas que nos primeiros tempos da ;E> eram ,astante "racos. Ienin assinalava que era a "ormação socialista que 2averia de predominar entre todas essas "ormaç:es. ' nova política econ&mica se orientava para o triun"o completo das "ormas socialistas da Economia. 'o cele,rar!se o <=00 7ongresso do >artido esta aspiração era Aá uma realidade. C'gora podemos dizer Q mani"estava a esse propBsito o camarada Stalin Q que a primeira a terceira e a quarta "ormação econ&mico!sociais Aá não existiam que a segunda "ormação econ&mico!social "oi relegada a segundo plano e que a quinta "ormação econ&mico!social a "ormação socialista 6 a única dominante a única "orça de comando de toda a Economia nacionalC. (@,ra citada pág. ///+. @cupavam um lugar importante no in"orme do camarada Stalin os pro,lemas de direção ideolBgico!política. @ camarada Stalin advertia o >artido que se ,em que os inimigos do >artido os oportunistas de todos os cali,res e os porta!vozes dos desvios nacionalistas de todos os matizes tivessem sido derrotados os vestígios de sua ideologia ecoavam ainda nas ca,eças de alguns mem,ros do >artido e se mani"estavam não poucas vezes. 's so,revivências do capitalismo na Economia e so,retudo na consciência dos 2omens eram o terreno propício que podia in"undir nova vida 8 ideologia dos grupos antileninistas derrotados. ' consciência dos 2omens vai no seu desenvolvimento 8 retaguarda de sua situação econ&mica. >or isso ainda que o capitalismo estivesse liquidado na Economia nas ca,eças dos 2omens se mantin2am e continuavam se mantendo ainda so,revivências das id6ias ,urguesas. 'l6m disso era necessário não perder de vista que o cerco capitalista contra o qual era preciso estar sempre alerta se es"orçava por acentuar e apoiar essas so,revivências. @ camarada Stalin examinou demoradamente entre outras coisas as so,revivências do capitalismo na consciência dos 2omens no tocante ao pro,lema nacional onde conservavam uma vitalidade especialmente grande. @ >artido ,olc2evique lutava em duas "rentes tanto contra o desvio do c2ovinismo grão!russo como contra o desvio do nacionalismo regionalista. ;uma s6rie de Repú,licas (Ucr5nia Vielo!Rússia etc+ as organizaç:es do >artido tin2am recuado na luta contra o nacionalismo regionalista deixando!o desenvolver!se at6 "undir!se com as "orças inimigas com os intervencionistas at6 converter!se em um perigo para o Estado. Respondendo 8 pergunta de que desvio no que se re"ere ao pro,lema nacional constituía o perigo mais importante o camarada Stalin dizia C@ perigo mais importante constitui o desvio contra o qual se deixou de lutar permitindo deste modo que ele se desenvolvesse a ponto de se converter num perigo para o EstadoC (@,ra citada pág. /14+. @ 7amarada Stalin incitava o >artido a re"orçar seu tra,al2o ideolBgico!político a desmascarar sistematicamente a ideologia e os vestígios ideolBgicos das classes inimigas e das correntes 2ostis do leninismo. @ camarada Stalin assinalava tam,6m no seu in"orme que o "ato de tomar decis:es acertadas não ,astava para garantir o êxito da causa. >ara garantir o êxito da causa era necessário localizar acertadamente os 2omens capazes de levar 8 prática as decis:es dos Brgãos dirigentes e organizar o controle da execução dessas decis:es. Sem essas medidas de organização as decis:es corriam o risco de "icarem reduzidas a disposiç:es no papel desligadas da realidade. ;esse ponto o camarada Stalin se re"eria 8 con2ecida tese de Ienin segundo a qual o "undamental no tra,al2o de organização 6 a escol2a dos 2omens e o controle da execução. 'l6m disso destacava que a "alta de continuidade entre as decis:es adotadas e o tra,al2o de organização para levá!las 8 prática e controlar sua execução era o de"eito "undamental de nossa atxtação prática. 7om o "im de aper"eiçoar o controle de execução das decis:es do >artido e do governo o <=00 7ongresso criou Q em su,stituição 8 7omissão 7entral de 7ontrole e de 0nspeção @perária e 7amponesa que Aá 2avia cumprido sua missão desde os tempos do <00 7ongresso do >artido Q a 7omissão de 7ontrole do >artido adAunta ao 7omitê 7entral do >. 7. (,+ da U.R.S.S. e a 7omissão de 7ontrole Sovi6tica adAunta ao 7onsel2o de 7omissários do >ovo da U.R.S.S. @ camarada Stalin assim "ormulava as tare"as de organização do >artido na nova etapa

#. 'Austar o tra,al2o de organização 8s exigências da lin2a política do >artidoK %. Elevar a direção organizativa ao nível da direção políticaK ). 7onseguir que a direção organizativa garanta plenamente a realização das palavras de ordem políticas e das decis:es do >artido. @ camarada Stalin "inalizou seu in"orme advertindo que se ,em que os êxitos do socialismo "ossem grandes e produzissem um sentimento de legítimo orgul2o era necessário não se deixar seduzir pelos êxitos alcançados era necessário não Cse vangloriarC nem adormecer so,re os louros. C... ;ão se deve adormecer o >artido mas sim desenvolver nele o espírito de vigil5nciaK não se deve acalentá!l: mas sim mantê!lo em p6 de guerraK não se deve desarmá!lo mas sim armá!loK não se deve desmo,ilizá!lo

mas sim mantê!lo em estado de mo,ilização para a execução do segundo >lano OHinqHenal. Q indicava o camarada Stalin (@,ra citada pág. /$+.X @s camaradas Dolotov e Mui,Ws2ev in"ormaram perante o <=00 7ongresso do >artido so,re o segundo >lano OHinqHenal de desenvolvimento da Economia nacional. 's tareias do segundo >lano OHinqHenal eram ainda mais grandiosas que os do primeiro. ;o "inal do segundo >lano OHinqHenal em #$)4 a produção industrial deveria ser aproximadamente oito vezes maior que a de antes da guerra. @ segundo >lano OHinqHenal previa em toda a Economia nacional o,ras ,ásicas no valor de #)) mil2:es de ru,los destinados a esses empreendimentos no primeiro >lano OHinqHenal. Este gigantesco volume de o,ras ,ásicas garantia a total renovação do equipamento t6cnico de todos os ramos da Economia nacional. * segundo >lano OHinqHenal deveria levar a ca,o no "undamental a mecanização da agricultura. ' potência total dos tratores em todo o país aumentaria de %.%/*.*** cavalos de "orça em #$)% para mais de 1 mil2:es em #$)4. E previa!se a vasta implantação de um sistema de medidas de t6cnica agrária (uma rotação de cultivo acertada semeio com sementes selecionadas tra,al2os no outono etc+. >roAetava!se um grande tra,al2o para a reconstrução t6cnica dos transportes e comunicaç:es. Graçava!se um vasto programa destinado a continuar revelando o nível material e cultural dos operários e camponeses. @ <=00 7ongresso consagrou grande atenção aos pro,lemas de organização e tomou so,re a ,ase do in"orme do camarada Maganovic2 resoluç:es so,re os pro,lemas re"erentes 8 o,ra de desenvolvimento do >artido e dos organismos sovi6ticos. @ pro,lema de organização adquiria uma import5ncia maior ainda ao triun"ar a lin2a geral do >artido ao ser provada na prBpria vida a política do partido mediante a experiência de mil2:es de operários e camponeses. 's novas e complexas tare"as que o segundo >lano OHinqHenal traçava exigiam que "osse elevada a qualidade de tra,al2o em todos os setores. C's tare"as "undamentais do segundo >lano OHinqHenal Q a liquidação de"initiva dos elementos capitalistas a superação das so,revivências do capitalismo na Economia e na consciência dos 2omens o remate da o,ra de reconstrução de toda a Economia nacional so,re a ,ase da t6cnica mais moderna a assimilação da nova t6cnica e da direção das novas empresas a mecanização da agricultura e a elevação de sua produtividade Q criam com toda sua "orça o pro,lema de elevar a qualidade do tra,al2o em todos os setores e em primeiro lugar a qualidade da direção pratica em mat6ria de organizaçãoC Q diziam as resoluç:es do 7ongresso so,re os pro,lemas de organização. (CResoluç:es do >. 7. (,+ da U.R.S.S.C parte 00 pág. /$#+. ;o <=00 7ongresso "oram aprovados os novos estatutos do >artido que se di"erenciavam dos antigos antes de tudo pelo "ato de conterem uma introdução. ;essa introdução 6 dada uma ,reve de"inição do >artido 7omunista de sua signi"icação na luta do >roletariado e do posto que ocupa dentro do sistema dos Brgãos da ditadura proletária. @s novos estatutos enumeram detal2adamente os deveres dos "iliados. 7ontêm normas mais severas para o ingresso no >artido e um ponto so,re os grupos de simpatizantes. ;esses estatutos se exp:e com maiores detal2es o pro,lema da estrutura org5nica do >artido e são "ormulados de um modo novo os pontos so,re as antigas c6lulas do >artido ou organizaç:es primarias deste como se vêm c2amando desde o <=00 7ongresso. Gam,6m aparecem "ormulados de um modo novo nestes estatutos os pontos re"erentes 8 democracia interna e 8 disciplina do >artido.

% — O' .u3arini'ta' degenera* e* /al'7rio' político' — O' /al'7rio' trot'3i'ta' degenera* e* u* .ando de a''a''ino' e guarda' .ranco' e'pi2e' — O in/a*e a''a''ino de < + =irov — +edida' do Partido para /ortalecer a vigil>ncia do' .olchevique'

@s êxitos do socialismo não enc2iam de alegria somente o >artido os operários e os JolJosianos. Enc2iam de alegria tam,6m todos os intelectuais sovi6ticos todos os cidadãos 2onrados da U.R.S.S. ;ão compartil2avam desta alegria mas longe disso sua irritação crescia cada vez mais os restos das classes exploradoras derrotadas. Esses êxitos "aziam estremecer de raiva os porta!vozes das classes derrotadas os míseros restos dos ,uJarinistas e dos trotsJistas. Estes sen2ores não "ocalizavam as conquistas dos operários e JolJosianos do ponto de vista dos interesses do povo que acol2ia com entusiasmo cada um dos seus êxitos mas do ponto de vista dos interesses de seu mísero

grupo divisionista grupo desligado da realidade e podre at6 a medula. 7omo os êxitos do socialismo no >aís Sovi6tico signi"icavam o triun"o da política do >artido e a ,ancarrota de"initiva da política daqueles sen2ores estes em vez de se renderem 8 evidência e de se Auntarem 8 o,ra comum começaram a vingar!se no >artido e no povo de seu prBprio "racasso de sua prBpria ,ancarrota começaram a sa,otar e di"icultar a o,ra dos operários e dos JolJosianos. a inundar minas a incendiar "á,ricas a cometer atos de sa,otagem nos JolJoses e nos sovJoses com o "im de solapar as conquistas dos operários e JolJosianos e de provocar o descontentamento do povo contra o >oder Sovi6tico. Das para preservar neste tra,al2o seu mísero grupo contra o perigo de ser desmascarado e esmagado puseram a máscara de 2omens "i6is ao >artido começaram a "azer cada vez maiores reverências a este a glori"icar o >artido e a aAoel2a!se perante ele enquanto na prática prosseguiam clandestinamente no tra,al2o de sapa contra os operários e camponeses. ;o <=00 7ongresso VuJarin RWJov e GomsJi pronunciaram discursos de arrependimento enaltecendo o >artido e colocando nas nuvens os seus êxitos. Das o 7ongresso perce,eu o tom insincero e "also de seus discursos pois o que o >artido pede a seus "iliados não 6 que enalteçam e cantem loas a seus êxitos mas que tra,al2em 2onradamente na "rente do socialismo que era exatamente o que não se via nos ,uJarinistas 2avia muito tempo. @ >artido compreendeu que na realidade os "arisaicos discursos desses sen2ores eram sen2as trocadas com seus adeptos não presentes no 7ongresso ensinando!l2es o camin2o de "alsidade e incitando!os a não depor as armas. ;o <=00 7ongresso intervieram os trotsJistas Yinoviev e Mamenev "lagelando!se at6 o exagero por seus erros e enaltecendo o >artido Q tam,6m at6 o exagero Q por seus êxitos. Das o 7ongresso não p&de deixar de advertir que tanto aquela nausea,unda "lagelação como aquele noAento enaltecimento do >artido não eram mais do que o recurso da consciência suAa e intranqHila desses sen2ores. 7ontudo o >artido não sa,ia ainda nem suspeitava sequer que ao mesmo tempo que pronunciavam seus melí"luos discursos no 7ongresso esses indivíduos ocupavam!se da preparação do in"ame assassinato de S. D. Mirov. ' #Z de dezem,ro de #$)9 Sergio Dironovic2 Mirov "oi vilmente assassinado em Ieningrado no Smolni com um tiro de revBlver. @ assassino preso no local do crime era mem,ro do grupo contra!revolucionário clandestino que 2avia sido organizado por alguns dos componentes do grupo zinovievista anti!sovi6tico de Ieningrado. @ assassinato de S. D. Mirov "igura queridíssima do >artido e da classe operária provocou a mais "uriosa cBlera e a mais pro"unda dor entre os tra,al2adores do >aís Sovi6tico. ;o sumário a,erto "icou comprovado que no ano de #$)) a #$)9 tin2a sido constituído em Ieningrado por alguns antigos componentes da oposição zinovievista um grupo terrorista contra!revolucionário clandestino 8 "rente do qual "igurava o c2amado Ccentro de IeningradoC. Este grupo tin2a se proposto como o,Aetivo assassinar os dirigentes do >artido 7omunista. ' primeira vítima que 2averia de cair era S. D. Mirov. >elas declaraç:es dos envolvidos nesse grupo contra!revolucionário se comprovou que estavam em relação com representantes de Estados capitalistas estrangeiros de quem 2aviam rece,ido din2eiro. 7onvictos e con"essos os participantes dessa organização "oram condenados pela 7orte Dilitar do Gri,unal Supremo da U.R.S.S. 8 pena máxima do "uzilamento. >ouco depois "oi comprovada a existência da organização contra!revoluciouária clandestina c2amada C7entro de DoscouC. @ sumário e o exame do processo evidenciaram o in"ame papel desempen2ado por Yinoviev Mamenev 0evdoJimov e outros dirigentes dessa organização na o,ra de inculcar nos seus correligionários id6ias terroristas e de preparar o assassinato dos mem,ros do 7omitê 7entral e do governo sovi6tico. ' dissimulação e a vileza desses indivíduos c2egaram a tal ponto que Yinoviev Q um dos organizadores e inspiradores do assassinato de S. D. Mirov que tin2a apressado o assassino para que perpetrasse quanto antes o crime Q escreveu um necrolBgio elogiosíssimo de Mirov exigindo sua pu,licação. 3ingindo 8 vista do processo que se arrependiam de seus crimes os zinovievistas continuaram dando provas de "alsidade at6 nesse momento. @cultaram suas relaç:es com GrotsJW. @cultaram que em união com os trotsJistas se tin2am vendido aos serviços de espionagem "ascistas ocultavam seus atos de espionagem e sa,otagem. @s zinovievistas silenciaram perante o Gri,unal suas relaç:es com os ,uJarinistas a existência de um ,ando uni"icado trotsJista!,uJarinista de servidores a soldo do "ascismo. @ assassinato do camarada Mirov tin2a sido perpetrado como se demonstrou mais tarde por esse ,ando uni"icado de trotsJistas e ,uJarinistas. ?á então em #$)/ era evidente que o grupo zinovievista constituia uma organização enco,erta de guardas ,rancos cuAos componentes sB mereciam ser tratados como guardas ,rancos. Um ano depois sou,e!se que os organizadores autênticos diretos e e"etivos do assassinato de Mirov e das medidas preparatBrias destinadas ao assassinato dos mem,ros do 7omitê 7entral tin2am sido GrotsJW Yinoviev

Mamenev VaJaiev 0evdoJimov >iJel 0. D. Smirnov Drac2JovsJi Ger!=agarin Reingold e outros. @s criminosos col2idos com a mão na massa não tiveram outro rem6dio senão recon2ecer pu,licamente perante seus Auízes que não sB 2aviam organizado o assassinato de Mirov como tam,6m preparavam o de todos os demais dirigentes do >artido e do governo. @ sumário evidenciou al6m disso que esses desalmados se dedicavam tam,6m 8 organização de atos diversivos e de espionagem. Lurante o processo cele,rado em Doscou em #$) "oi posta a nu toda a monstruosa a,Aeção moral e política desses indivíduos toda sua repugnante ,aixeza e traição que vin2am enco,rindo com 2ipBcritas declaraç:es de lealdade ao >artido. @ principal inspirador e organizador de todos esses ,andos assassinos e espi:es era o Audas GrotsJW. Serviam!l2e de auxiliares e eram executores de suas ordens contra!revolucionárias Yinoviev Mamenev e seus sat6lites trotsJistas. >reparavam a derrota da U.R.S.S. no caso em que ela "osse atacada pelos imperialistas tin2am tomado o camin2o do derrotismo em relação ao Estado operário e camponês e se tin2am convertido em servidores e agentes desprezíveis dos "ascistas alemães e Aaponeses. @ ensinamento "undamental que as organizaç:es do >artido deviam tirar dos processos seguidos em conseqHência do aleivoso assassinato de S. D. Mirov consistia em aca,ar com sua prBpria cegueira política em aca,ar com sua despreocupação política em re"orçar sua vigil5ncia e a de todos os "iliados ao >artido. ;a carta dirigida 8s organizaç:es do >artido pelo 7omitê 7entral por motivo do in"ame assassinato de S. D. Mirov se dizia Ca+ T necessário aca,ar com essa ,enignidade oportunista que parte da suposição err&nea de que 8 medida que se desenvolvem nossas "orças o inimigo se torna mais dBcil e mais ino"ensivo. Essa suposição 6 radicalmente "alsa. E "ruto do desvio direitista consistente em assegurar a todo mundo que os inimigos deslizarão suavemente para o socialismo e aca,arão sendo no "im das contas verdadeiros socialistas. ;ão 6 prBprio de ,olc2eviques dormir so,re os louros e pensar nas nuvens. @ que necessitamos não 6 ,enegnidade mas vigil5ncia uma verdadeira vigil5ncia revolucionária ,olc2evique. E preciso não esquecer que quanto mais desesperada "or a situação de nossos inimigos de mel2or grado recorrerão aos Cmeios extremosC que são os únicos de que disp:em os que estão "atalmente condenados ao "racasso na sua luta contra o >oder Sovi6tico. E preciso ter presente esse "ato e permanecer vigilantes. ,+ T necessário dar a devida import5ncia ao ensino da 2istBria do >artido entre seus "iliados ao estudo de todos e de cada um dos grupos anti,olc2eviques de que "ala a 2istBria de nosso >artido de seus m6todos de luta contra a lin2a do >artido de sua tática e Q mais ainda Q ao estudo da tática e dos m6todos de luta de nosso >artido contra os grupos anti,olc2eviques tática e m6todos de luta que permitiram ao nosso >artido vencer e esmagar esses grupos. T necessário que os "iliados ao >artido con2eçam não somente como nosso >artido com,ateu e derrotou os Jadetes os socialistas!revolucionários os menc2eviques os anarquistas mas tam,6m como com,ateu e derrotou os trotsJistas os centralistas democráticosC a Coposição operáriaC os zinovievistas os porta!vozes de desvios direitistas os monstros direitistas CesquerdistasC etc. ;ão se deve esquecer que o con2ecimento e a compreensão da 2istBria de nosso >artido constituem um meio importantíssimo necessário para assegurar plenamente a vigil5ncia revolucionária dos "iliados ao >artidoC. ;esse período tiveram uma imensa import5ncia a depuração das "ileiras do >artido de elementos mascarados e estran2os depuração que começou em #$)) e so,retudo a escrupulosa revisão das credenciais da condição de mem,ros do >artido e a su,stituição das antigas por outras novas operação que "oi empreendida depois do in"ame assassinato de S. D. Mirov. 't6 que se levasse a ca,o essa revisão reinavam em muitas organizaç:es do >artido a ar,itrariedade e o descuido a respeito dos CcarnetsC de "iliados. ;uma s6rie de organizaç:es locais "oi desco,erto um estado a,solutamente intolerável de caos no que dizia respeito ao registro de "iliados ao >artido do que se aproveitavam os inimigos para seus suAos "ins utilizando o CcarnetC do >artido como anteparo para atos de sa,otagem e de espionagem etc. Duitos dirigentes de organizaç:es do >artido con"iavam tudo o que se re"eria a ingressos no >artido e 8 entrega de CcarnetsC a pessoas de terceira categoria e 8s vezes a "iliados sem garantia alguma. Em uma carta especial dirigida a #) de maio de #$)/ a todas as oganizaç:es acerca do registro de "iliados e da entrega e guarda dos CcarnetsC o 7omitê 7entral dispun2a que em todas as oganizaç:es se procedesse 8 revisão escrupulosa das credenciais da condição de comunista Cpondo uma ordem ,olc2evique em nossa prBpria casa no >artidoC. ' revisão dos documentos do >artido encerrava uma grande import5ncia política. ;a resolução votada pelo >leno do 7omitê 7entral do >artido a %/ de dezem,ro de #$)/ na ,ase do in"orme do Secretário do 7. 7 camarada Ez2ov so,re os resultados da revisão de documentos e"etuada dizia!se que esta revisão era uma medida política e de organização de enorme import5ncia para o re"orçamento das "ileiras do >.7. (,+ da U.R.S.S. Lepois de se levar a ca,o a revisão e a troca de credenciais da condição de comunista "oi resta,elecido o

ingresso de novos "iliados. Das o 7. 7. exigiu que as "ileiras do >artido "ossem completadas Q não e"etuando o ingresso em ,loco mas na ,ase do exame rigorosamente individual de cada caso Q  Ccom os 2omens realmente avançados e realmente entregues 8 causa da classe operária com os mel2ores 2omens de nosso país so,retudo operários mas tam,6m camponeses e intelectuais tra,al2adores provados nos diversos setores da luta pelo socialismoC. 'o resta,elecer!se a admissão de novos "iliados o 7omitê 7entral assinalou 8s organizaç:es do >artido o dever que tin2am de não esquecer que tam,6m no "uturo os elementos inimigos tentariam in"iltrar!se nas "ileiras do >. 7. (,+ da U.R.S.S. >ortanto CE dever de toda organização do >artido re"orçar por todos os meios a vigil5ncia ,olc2evique manter ,em alta a ,andeira do >artido leninista e garantir ao >artido que nas suas "ileiras não se in"iltrarão elementos estran2os inimigos e "ortuitosC (Resoluç:es do >. 7. (,+ da U.R.S.S. de %$ de setem,ro de #$) pu,licadas na C>ravdaC nC. %4* ano #$)+. Lepurando e "ortalecendo suas "ileiras desunindo os inimigos do >artido e lutando implacavelmente contra as de"ormaç:es de sua lin2a o >artido ,olc2evique re"orçou ainda mais sua coesão em torno do 7omitê 7entral so, cuAa direção o >artido e o >aís dos Soviets marc2avam para a nova etapa para a etapa em que se poria o remate 8 edi"icação da sociedade sem classe da sociedade socialista.

?e'u*o

;os anos de #$)* a #$)9 o >artido ,olc2evique resolveu a tare"a 2istBrica mais di"ícil da revolução proletária depois da conquista do >oderK a de levar mil2:es de pequenos proprietários camponeses pelo camin2o dos JolJoses pelo camin2o do socialismo. ' liquidação dos JulaJs como classe exploradora mais numerosa e a condução das grandes massas camponesas pelo camin2o dos JolJoses levariam 8 destruição das últimas raízes do capitalismo no país ao triun"o total do socialismo na agricultura e 8 consolidação de"initiva do >oder Sovi6tico no campo. Lepois de vencer uma s6rie de di"iculdades de organização os JolJoses se "ortaleceram de"initivamente e começaram a marc2ar pelo camin2o de uma vida prBspera. 7omo resultado da execução do primeiro >lano OHinqHenal "oram levantadas no >aís Sovi6tico as ,ases irremovíveis da Economia Socialista construiu!se uma indústria pesada socialista de primeira classe e uma agricultura coletiva mecanizada aca,ou!se com o desemprego "orçado e com a exploração do 2omem pelo 2omem e criaram!se as condiç:es necessárias para o mel2oramento ininterrupto da situação material e cultural dos tra,al2adores da >átria Socialista. Esses gigantescos êxitos "oram conseguidos pela classe operária peos JolJosianos e por todos os tra,al2adores do >aís Sovi6tico graças 8 política intr6pida revolucionária e sá,ia do >artido e do governo. @ cerco capitalista aspirando de,ilitar e minar a potência da União Sovi6tica re"orçou seu Ctra,al2oC destinado a organizar dentro da U.R.S.S. ,andos de assassinos de sa,otadores e de espi:es. ' atividade 2ostil do cerco capitalista contra a U.R.S.S. recrudesceu especialmente depois da su,ida ao >oder dos "ascistas na 'leman2a e no ?apão. @s trotsJistas e os zinovievistas entraram ao serviço do "ascismo como criados leais dispostos a cometer atos de espionagem de sa,otagem de terrorismo e de diversionismo dispostos a tra,al2ar pela derrota da U.R.S.S. tudo em nome da restauração do capitalismo. @ >oder Sovi6tico castigou com mão "6rrea esses a,ortos do gênero 2umano e l2es deu implacavelmente o merecido castigo como verdadeiros inimigos do povo e traidores da pátria.

Capítulo XII — O Partido Bolchevique na Luta pelo Coroamento da Edificação da Sociedade Socialita e a Implantação da !ova Contituição "#$%&'#$%()

# — * ituação internacional no ano de #$%&+ a #$%(, — Enfraquecimento tempor-rio da crie econ.mica, — Principia uma nova crie econ.mica, — Ocupação da */iínia pela It-lia, — * intervenção 0ermano'italiana na Epanha, — Invaão da China Central pelo 1aponee, — Começa a e0unda 0uerra imperialita,

A crise econômica, que se havia iniciado nos países capitalistas na segunda metade do ano de 1929, prosseguiu até fins de 1933. A partir desta data, o descenso da indústria se conteve, a crise parou, e, algum tempo depois, a indústria comeou a reanimar!se em alguma coisa, e"perimentou um certo apogeu. #as n$o era o apogeu que precede a um processo de florescimento industrial numa %ase nova e mais alta. A indústria capitalista mundial n$o conseguiu sequer reco%rar o nível do ano de 1929& até meados de 193' s( havia conseguido atingir 9) ou 9* por cento daquele nível. + na segunda metade de 193' se iniciava - uma nova crise econômica, que afetava, antes de tudo, os +stados nidos. +m fins de 193', a cifra de oper-rios parados nos +stados nidos tornava a elevar!se a 1/ milh0es de homens. a nglaterra principiava tam%ém a crescer rapidamente o número de oper-rios parados. ortanto, ainda n$o haviam tido tempo de se refa4er dos golpes da recente crise econômica, e - os países capitalistas se viam o%rigados a enfrentar nova crise. +sta circunst5ncia acentuou ainda mais as contradi0es entre a %urguesia e o proletariado. 6orrelatamente, recrudesceram cada ve4 mais as tentativas dos +stados agressores de se ressarcirem das perdas ocasionadas pela crise econômica dentro do país 7 custa de outros países mal defendidos. estas tentativas uniu!se aos dois conhecidos +stados agressores, Alemanha e 8ap$o, um terceiro +stado  a t-lia. +m 193), a t-lia fascista se lanou so%re a A%issínia e a escravi4ou. Agrediu!a, sem o menor fundamento, nem o menor prete"to, do ponto de vista do :;ireito nternacional:, sem declara$o de guerra, furtivamente, como agora é moda entre os fascistas. +ste golpe n$o era dirigido somente contra a A%issínia, mas tam%ém contra a nglaterra, contra suas comunica0es marítimas entre a +uropa e a ociedade das a0es e comeou a armar!se intensivamente. ?ormou!se, deste modo, um novo foco de guerra nas rotas marítimas mais curtas entre a +uropa e a =sia. A Alemanha fascista violou com um ato unilateral, o @ratado de a4 de ersalhes e se propôs e"ecutar o plano de revis$o pela fora das fronteiras dos +stados europeus. Bs fascistas alem$es n$o escondiam que seu o%etivo era su%meter ao seu império os +stados vi4inhos ou, pelo menos, se apoderar dos territ(rios destes +stados ha%itados por alem$es. >egundo tal plano, se procederia primeiro 7 ocupa$o da =ustria, e logo depois se descarregaria o golpe contra a @cheeoslov-quia, em seguida talve4 contra a olônia, onde tam%ém e"iste um territ(rio povoado por alem$es e fronteirio 7 Alemanha& mais adiante... mais adiante, :dentro em pouco se veria:. o ver$o de 193* comeou a interven$o armada da Alemanha e da t-lia contra a Cepú%lica +spanhola. >o% o prete"to de audar os fascistas espanh(is, a t-lia e a Alemanha conseguiram ir locali4ando por de%ai"o de pano suas unidades militares no territ(rio da +spanha, 7 retaguarda da ?rana, e suas esquadras nas -guas espanholas, na 4ona das ilhas Daleares e de Ei%raltar, no >ulF na 4ona do Bceano Atl5ntico, no Beste& e na do golfo de Discaia, ao orte. +m comeos de 193G, os fascistas alem$es ocuparam a =ustria, cravando suas garras na regi$o central do ;anú%io e estendendo!se pelo >ul da +uropa até as pro"imidades do #ar Adri-tico. Ao levar a ca%o sua interven$o contra a +spanha, os fascistas ítalo!germanos asseguravam a todo o mundo que eles s( lutavam contra os :vermelhos: espanh(is e que n$o tinham em vista nenhum outro o%etivo. sto, porém, n$o era mais que um grosseiro e torpe su%terfúgio, %om para enganar os tolos. a realidade o golpe era dirigido contra a nglaterra e a ?rana, pois os fascistas interceptavam 7s comunica0es marítimas destes países com suas formid-veis possess0es coloniais da =frica e da =sia. o que se refere 7 ocupa$o da =ustria, n$o havia o menor prete"to para enquadr-!la no 5m%ito da luta contra o @ratado de ersalhes no 5m%ito da defesa dos interesses :nacionais: da Alemanha e de sua aspira$o de recuperar os territ(rios perdidos em virtude da primeira guerra imperialista. A =ustria n$o fa4ia parte da Alemanha, nem antes da guerra, nem depois dela. A ane"a$o pela fora da =ustria pela Alemanha n$o é mais que um ato descaradamente imperialista de ocupa$o de um territ(rio estrangeiro. +ste ato revela, indu%itavelmente, a aspira$o da Alemanha fascista de conseguir uma posi$o dominante no continente da +uropa.

+ra um golpe assestado, em primeiro lugar, nos interesses da ?rana e da nglaterra. ?ormaram!se, assim, novos focos de guerra no >ul da +uropa, na 4ona da =ustria e do Adri-tico, e na e"tremidade do Bcidente europeu, na 4ona da +spanha e dos mares que %aniram a península i%érica. +m 193' os militaristas fascistas aponeses se apoderaram de equim, invadiram a 6hina 6entral e ocuparam >hangai. A invas$o da 6hina 6entral pelas tropas aponesas foi levada a ca%o, da mesma sorte que a da #andchúria h- uns anos atr-s, segundo o método aponHs, isto é, su%!repticiamente, por meio de trapaas de ladr$o, prete"tando diversos :incidentes locais: provocados pelos mesmos aponeses, violando de fato toda e cada uma das :normas internacionais:, tratados, convHnios, etc. A ocupa$o de@ientsiu e de >hangai punha nas m$os dos aponeses a chave do comércio com a 6hina, com seu imenso mercado. Iuer isto di4er que, enquanto tiver em suas m$os >hangai e @ientsin, o 8ap$o poder- em qualquer momento desaloar da 6hina 6entral a nglaterra e os +stados nidos, que tHm invers0es gigantescas naquele territ(rio. 6laro est- que a her(ica luta do povo chinHs e de seu +"ército contra os invasores aponeses, o formid-vel movimento nacional da 6hina, as gigantescas reservas de homens e de territ(rio deste país, e, finalmente, a decis$o do governo nacional chinHs de manter a luta de li%erta$o da 6hina até o fim, até e"pulsar o ultimo invasor para o outro lado das fronteiras do país, s$o outros tantos testemunhos incontest-veis de que os imperialistas aponeses n$o puderam nem poder$o haver!se com a 6hina. #as tampouco se pode desconhecer, de outra parte, que o 8ap$o continua tendo em suas m$os as chaves do comércio com a 6hina e que a guerra contra este país é, no fundo, um golpe muito sério assestado contra os interesses da nglaterra e dos +stados nidos. ;este modo formou!se no Bceano acífico, na 4ona da 6hina, mais um foco de guerra. @odos estes fatos provam que a segunda guerra imperialista - comeou, na realidade. 6omeou furtivamente, sem declara$o de guerra. Bs +stados e os povos foram quase insensivelmente desli4ando para dentro da (r%ita da segunda guerra imperialista. A guerra foi desencadeada nos diversos confins do mundo pelos trHs +stados agressores  os círculos governantes fascistas da Alemanha, t-lia e 8ap$o. A guerra se estendeu ao longo de um imenso territ(rio, desde Ei%raltar até >hangai. 6onseguiu - arrastar para seu campo de a$o mais de )// milh0es de seres. +sta guerra é dirigida, em última an-lise, contra os interesses capitalistas da nglaterra, da ?rana e dos +stados nidos, - que tem finalidade a partilha do mundo e das 4onas de influHncia, em proveito dos países agressores e 7 custa dos chamados +stados democr-ticos. B trao característico da segunda guerra imperialista consiste, por enquanto, em que, 7 medida que as potHncias agressoras mantHm e desenvolvem as guerras, as outras potHncias :democr-ticas:, contra as quais esta guerra é e"pressamente dirigida, fa4em como se n$o fosse com elas a guerra, lavam as m$os, recuam, fa4em protesto de seu amor pela pa4, invectivam os agressores fascistas e... lhes v$o cedendo pouco a pouco suas posi0es, em%ora afirmando a cada nova concess$o que est$o dispostos a resistir. 6omo se vH, esta guerra apresenta um car-ter %astante estranho e unilateral. #as isto n$o impede que sea uma guerra furiosa, uma guerra de descaradas ane"a0es, que descarrega seus golpes so%re as costas dos povos da A%issínia, +spanha e 6hina, fracamente defendidos. >eria falso pretender e"plicar este car-ter unilateral da guerra pela de%ilidade militar ou econômica dos +stados :democr-ticos:. J evidente que estes +stados s$o mais fortes que os +stados fascistas. B car-ter singular da guerra mundial desencadeada tem sua e"plica$o na ausHncia de uma frente única dos +stados :democr-ticos: contra as potHncias fascistas. J certo que os chamados +stados :democr-ticos: n$o aprovam os :e"cessos: dos +stados fascistas e temem que estes se fortaleam. @emem, porém, ainda mais o movimento oper-rio da +uropa e o movimento de li%erta$o nacional da =sia, e entendem que o fascismo é um :%om antídoto: contra todos estes movimentos :perigosos:. or isso, os círculos governantes dos +stados :democr-ticos: e, principalmente, os círculos conservadores governantes da nglaterra se limitam 7 política de e"ortar os caudilhos fascistas desenfreados para que :n$o v$o muito longe:, dando!lhes ao mesmo tempo a entender que :compreendem perfeitamente: sua política reacion-ria e policial contra o movimento oper-rio e de li%erta$o nacional e que, no fundo, simpati4am com ela. Bs círculos governantes da nglaterra mantHm aqui, pouco mais ou menos, a mesma política que, so% o c4arismo, a %urguesia monarquista li%eral russa mantinha, de modo que, em%ora temendo os :e"cessos: da política c4arista, temia ainda mais o povo, ra4$o pela qual adotou a política de persuadir o c4ar, e, portanto, a política de confa%ula0es com o c4ar contra o povo. 6omo é sa%ido, a %urguesia monarquista li%eral russa pagou muito caro esta política de falsidade. J de esperar que os círculos governantes da nglaterra e seus amigos da ?rana e dos +stados nidos venham a ter tam%ém o seu merecido castigo hist(rico. J evidente que, perante a mudana operada nos assuntos internacionais, a .C.>.>. n$o podia passar ao largo por acontecimentos t$o graves. @oda guerra, por pequena que sea, iniciada pelos agressores, representa um

perigo para os países amantes da pa4& e a segunda guerra imperialista, que t$o :insensivelmente: foi se a%atendo so%re os povos e que - a%arca mais de )// milh0es de seres, n$o pode dei"ar de representar um gravíssimo perigo para todos os povos, e, em primeiro lugar, para a .C.>.>. @estemunho eloqKente disto é o :%loco anticomunista: esta%elecido entre a Alemanha, a t-lia e o 8ap$o. or isso, a ni$o >oviética, em%ora persistindo em sua política de pa4, continuou reforando a capacidade defensiva de suas fronteiras e a com%atividade do +"ército ermelho e da #arinha ermelha. +m fins de 193L a .C.>.>. entrou para a >ociedade das a0es, sa%endo que, apesar de sua de%ilidade, este organismo podia servir de tri%una para desmascarar os agressores e de instrumento de pa4, ainda que dé%il, para freiar o desencadeamento da guerra. A .C.>.>. entendia que, nos tempos que corriam, n$o se devia desdenhar sequer uma organi4a$o internacional t$o fraca como a >ociedade das a0es. +m maio de 193) consertou!se entre a ?rana e a .C.>.>. um pacto de assistHncia mútua, contra um possível ataque dos agressores. >imultaneamente se concertou um tratado an-logo com a @checoslov-quia. +m maro de 193* a .C.>.>. assinou um pacto de auda mútua com a Cepú%lica opular da #ong(lia. +m agosto de 193' foi assinado um pacto de n$o agress$o entre a .C.>.>. e a Cepú%lica da 6hina.

2 — Proe0ue o apo0eu da ind3tria e da a0ricultura na 4,5,S,S, — O 2o, Plano 67inq7enal 8 cumprido ante do pra9o, — 5econtrução da a0ricultura e concluão da coletivi9ação, — * import:ncia do quadro, — O movimento ta;anovita, — *umenta o /em'etar do povo, — *po0eu da cultura popular, — * força da 5evolução Sovi8tica,

+nquanto nos países capitalistas se desencadeava, trHs anos ap(s acrise econômica de 193/!1933, uma nova crise, na .C.>.>. a indústria prosseguiu impertur%-vel sua marcha ascendente durante todo este período. A indústria capitalista mundial apenas havia alcanado em meados de 193', em conunto, 9) ou 9* por cento do nível do ano de 1929, e na segunda metade do ano de 193' entrava na etapa de uma nova crise econômica& em troca, a indústria da .C.>.>., prosseguindo sua marcha ascendente, chegou em fins do ano de 193' a L2G por cento de seu nível de 1929, e, em compara$o com o nível de antes da guerra, seu aumento era de mais ' ve4es. +stes H"itos eram a conseqKHncia direta da política de reconstru$o mantida pelo artido e pelo governo com toda a tenacidade. 6omo resultado destes H"itos, segundo lano IKinqKenal, no que toca 7 indústria, cumpriu!se antes do pra4o. B segundo lano IKinqKenal ficou cumprido a 1M. de a%ril de 193', isto é, em L anos e trHs meses. ?oi um triunfo formid-vel do socialismo. Iuase o mesmo quadro de progresso apresentava a agricultura. A superfície de colheita de todas as culturas aumentou de 1/) milh0es de hectares, em 1913 Nperíodo de anteguerraO a 13) milh0es de hectares, em 193'. A produ$o de cereais aumentou de 'G.L2L./// toneladas, em 191G, a 111.GGL.///, em 193'& a produ$o de algod$o em %ruto aumentou de '2/./// para 2.)22.)2/ toneladas& a produ$o de linho Nfi%raO aumentou de 311.22/ para )/'.'G/& a proi%i$o de %eterra%a para aúcar, de 1/.'12.)2/ para 21.L'L.1G/& a produ$o das culturas de plantas oleaginosas aumentou de 2.113./2/ toneladas para )./12.2G/. 6onvém advertir que em 193', somente os PolPoses Nsem contar os sovPosesO lanaram ao mercado mais de 2' milh0es e meio de toneladas de trigo, ou seam * milh0es e meio de toneladas mais que os latifundi-rios, os PulaPs e os camponeses untos, em 1913. >( um ramo da economia rural, a cria$o de gado, se achava em um nível inferior ao de antes da guerra e continuava avanando lentamente. o que se refere 7 coletivi4a$o da agricultura, esta podia dar!se - por terminada. +m 193' estavam incorporadas aos PolPoses 1G milh0es e meio de e"plora0es camponesas, o que representava 93 por cento das e"plora0es camponesas de todo o país& e a superfície de colheita de cereais dos PolPoses representava 99 por cento da superfície total de cereais semeados pelos camponeses. Bs frutos da reconstru$o da agricultura e de sua dota$o intensiva com tratores e maquinaria agrícola estavam 7 vista. B coroamento da o%ra de reconstru$o da indústria e da agricultura fe4 com que a +conomia nacional se visse a%undantemente dotada de uma técnica de 1Q classe. A indústria e a agricultura, o transporte e o +"ército rece%eram uma quantidade enorme de elementos técnicos novos, de novas m-quinas e ferramentas, tratores e maquinaria agrícola, locomotivas e navios, peas de artilharia e tanques, avi0es e navios de guerra. +ra necess-rio pôr em marcha de4enas e centenas de milhares de quadros instruídos, capa4es de dominar toda essa técnica e tirar dela o

m-"imo rendimento. >em isto, sem dispor de uma quantidade suficiente de homens que dominassem a técnica, esta corria o risco de converter!se em um mont$o de metais inerte e improdutivo. +ra um perigo grave, fruto do fato de que os quadros capa4es de dominar a técnica n$o se desenvolviam com a mesma celeridade e, inclusive ficavam %astante atrasados no que di4 respeito ao desenvolvimento da técnica. A coisa se complicava pela circunst5ncia de que uma parte consider-vel dos ativistas n$o compreendia este perigo e ulgava que a técnica cumpriria sua tarefa :por si s(:. Assim como antes se havia menospre4ado a técnica, adotando para com ela uma atitude desdenhosa, agora se e"agerava sua import5ncia e ela era convertida em um fetiche. $o se compreendia que a técnica sem homens que a dominassem é uma coisa morta. $o se compreendia que, sem homens que dominassem a técnica esta n$o podia dar um alto rendimento. B pro%lema dos quadros capa4es de dominar a técnica adquiria, portanto, uma import5ncia primordial. +ra necess-rio desviar a aten$o dos ativistas da e"alta$o desmedida da técnica, e do menospre4o da import5ncia dos quadros, dirigindo!a para a assimila$o da técnica, o domínio da técnica, o esforo intensivo para forar numerosos quadros capa4es de dominar a técnica, e de tirar dela o m-"imo rendimento. + assim como antes, no período de reconstru$o, quando o país padecia fome de técnica, o artido havia lanado a palavra de ordem :A técnica no período de reconstru$o decide tudo:, agora, quando a técnica a%undava e o período de reconstru$o estava terminado, no fundamental, e o país sofria uma aguda penúria de quadros, o artido tinha que lanar uma nova palavra de ordem, destinada a concentrar a aten$o n$o - na técnica mas nos homens, nos quadros capa4es de aproveitar integralmente a técnica. A este respeito, teve grande import5ncia o discurso pronunciado pelo camarada >talin, em maio de 193), quando da promo$o dos oficiais comandantes saídos das Academias do +"ército ermelhoF :Antes  disse o camarada >talin  di4íamos que a :técnica decide tudo:. +sta palavra de ordem nos audou no sentido de R.ue liquidamos a fome de técnica e criamos uma %ase técnica amplíssima em todo os ramos da atividade para fortalecer nossos homens com uma técnica de primeira ordem. +st- muito %em. #as est- muito longe de ser suficiente. ara pôr em movimento a técnica e tirar dela todo o rendimento, s$o necess-rios homens que a dominem, s$o necess-rios quadros capa4es de assimilar e aproveitar esta técnica tendo 7 frente homens que a dominem pode e deve fa4er milagres. >e nossas f-%ricas e empresas industriais de primeira ordem, se nossos sovPoses e PolPoses, se o nosso +"ército ermelho, se todos contassem com uma quantidade suficiente de quadros capa4es de dominar a técnica, nosso país o%teria um rendimento trHs ou quatro ve4es maior que a que atualmente o%tém. or isso, atualmente, é preciso fa4er finca!pé na quest$o dos homens, dos quadros, do pessoal que domina a técnica. or isso, a velha palavra de ordem :A técnica decide tudo:, palavra de ordem que era o refle"o de um período - ultrapassado, em que padecíamos fome de técnica, deve ser su%stituída atualmente por uma nova palavra de ordem, pela palavra de ordem :O quadro decidem tudo:. sto é agora o fundamental... + necess-rio que se aca%e por compreender que de todos os valiosos capitais que e"istem no mundo, o capital mais precioso decisivo é constituído pelos homens, os quadros. J necess-rio que se compreenda que, em nossas atuais condi0es, : o quadro decidem tudo:. >e contarmos com %ons e numerosos quadros na indústria, na agricultura, nos transportes, no +"ército, nosso país ser- invencível. >e carecermos deles, co"earemos dos dois pés:. ortanto, a r-pida forma$o de quadros técnicos e a r-pida assimila$o da nova técnica, com o%etivo de continuar desenvolvendo a produtividade do tra%alho, havia passado a ser unia tarefa de primeira ordem. B mais esplHndido e"emplo do desenvolvimento de novos quadros, da assimila$o da nova técnica pelos homens soviéticos e da marcha ascendente da produtividade do tra%alho foi o movimento staPanovista. +ste movimento nasceu e tomou incremento na %acia do ;onet4, na indústria car%onífera, de onde se estendeu a outros ramos industriais, ao transporte e, mais tarde, 7 agricultura. +ste movimento rece%eu o nome de movimento staPanovista por haver sido seu iniciador o mineiro do poo :rmino central: N%acia do ;onet4O Ale"ei >taPanov. 8antes de >taPanov, o mineiro iPita sotov havia %atido todos os recordes esta%elecidos na e"tra$o da hulha. B e"emplo de >taPanov, que a 31 de agosto de 193) arrancou em um s( turno 1/ toneladas de carv$o, ultrapassando 1L ve4es as normas usuais, iniciou um movimento de massas dos oper-rios e dos PolPosianos pela eleva$o das normas de rendimento, por um novo apogeu da produtividade do tra%alho. Dusiguim, na indústria automo%ilística& >metanin, na indústria de calados& Srivon(s, no transporte& #usinsPi, na indústria florestal& +ud("ia e #aria inogradova, na indústria tH"til& #aria emehenPo, #arina SnatenPo, asha Angelina, olagutin, Solesov, Dorin e SovardP, na agricultura& tais s$o os nomes dos oper-rios e PolPosianos que romperam a marcha no movimento staPanovista. Ap(s ele marcharam outros, destacamentos inteiros de staPanovistas, ultrapassando a produtividade do tra%alho de seus predecessores. o desenvolvimento do movimento staPanovista, tiveram uma import5ncia imensa a 1Q 6onferHncia staPanovista, de toda a .C.>.>., cele%rada no Sremlin em novem%ro de 193), e o discurso pronunciado nela pelo camarada >talin.

:B movimento staPanovista  disse o camarada >talin em seu discurso  reflete o novo apogeu da emula$o socialista, uma nova etapa mais alta da emula$o socialista... Antes, fa4 uns trHs anos, durante a sua primeira etapa, a emula$o socialista n$o implicava forosamente uma técnica nova. Além disso, naquele momento n$o tínhamos, propriamente falando, uma técnica nova. +m troca, a etapa atual da emula$o socialista, o movimento staPanovista, se acha forosamente vinculado 7 nova técnica. B movimento staPanovista n$o se conce%eria sem uma técnica nova, superior. @endes perante v(s homens como os camaradas >taPanov, Dusiguin, >metanin, Srivon(s, as inogradovas e muitos outros, homens novos, oper-rios e oper-rias, que se fi4eram donos a%solutos da técnica em seu ramo, que a dominaram e impulsionaram. ?a4 trHs anos, n$o havia ou quase n$o havia entre n(s homens semelhantes... A import5ncia do movimento staPanovista est- em que é um movimento que destr(i, por insuficientes, as antigas normas técnicas& est- em que, em certo número de casos, ultrapassa a produtividade de tra%alho nos países capitalistas mais avanados, franqueando deste modo a possi%ilidade de transformar nosso país no pais mais pr(spero:. 6aracteri4ando o método de tra%alho dos staPanovistas e ressalto a enorme import5ncia do movimento staPanovista para o porvir aís >oviético, o camarada >talin auntavaF :B%servai os camaradas staPanovistas. Iuem s$o estes homensT >$o principalmente, oper-rios e oper-rias ovens ou de meia!idade, homens preparados, do ponto de vista cultural e técnico, modelos de precis$o e de e"atid$o no tra%alho, que sa%em apreciar o fator tempo no tra%alho e aprenderam a contar, n$o somente por minutos, mas tam%ém por segundos. A maioria deles tem o mínimo de conhecimentos técnicos e continua completando sua instru$o técnica. +st$o isentos do conservadorismo e da rotina de alguns engenheiros, técnicos e dirigentes da +conomia. #archam auda4mente para diante, destruindo as normas técnicas antiquadas e criando outras novas, mais avanadas. ntrodu4em emendas nas previs0es de capacidade das empresas ou nos planos econômicos esta%elecidos pelos dirigentes de nossa indústria. Amiúde completam e corrigem os engenheiros e técnicos. ?reqKentemente os instruem e os empurram para diante, pois s$o homens que dominam plenamente a técnica de seu ramo e sa%em fa4er com que a técnica renda o m-"imo que pode dar. Uoe os staPanovistas s$o ainda pouco numerosos. #as quem pode duvidar que amanh$ ser$o de4 ve4es maisT $o é claro que os staPanovistas s$o inovadores em nossa indústria, que o movimento staPanovista representa o porvir de nossa indústria, que encerra o gérmen do futuro apogeu cultural e técnico da classe oper-ria, que nos a%re o único caminho pelo qual se podem o%ter os índices superiores da produtividade do tra%alho, necess-rios 7 passagem do socialismo para o comunismo e para a supress$o do antagonismo entre o tra%alho intelectual e o tra%alho físicoT: A difus$o esmagadora do movimento staPanovista e a e"ecu$o do segundo lano IKinqKenal antes do pra4o assinalado criaram as condi0es necess-rias para um novo apogeu do %em!estar e do desenvolvimento cultural dos tra%alhadores. B sal-rio real dos oper-rios e empregados e"perimentou, durante o segundo lano IKinqKenal, um aumento de mais de duas ve4es. B fundo de sal-rios cresceu de 3L mil milh0es, em 1933, para 1 mil milh0es, em 193'. B fundo de seguros sociais do +stado aumentou de L mil e *// milh0es de ru%los, em 1933, para ) milh0es, em 193'. >omente em um ano, em 193', inverteram!se em seguros sociais para os oper-rios e empregados, em melhorias das condi0es de vida e das necessidades culturais dos tra%alhadores, em somat(rios, %alne-rios, casas de repouso e assistHncia médica, cerca de 1/ mil milh0es de ru%los. o campo, firmou!se definitivamente o regime PolPosiano. 6ontri%uíram para isso consideravelmente o +statuto do artel agrícola, aprovado no 2R. 6ongresso de PolPosianos de choque, cele%rado em fevereiro de 193), e a entrega aos PolPoses, em usufruto perpétuo, de todas as terras cultivadas por eles. Eraas 7 consolida$o do regime PolPosiano, desapareceram do campo a po%re4a e a insegurana. +nquanto que, trHs anos antes, cada PolPosiano rece%ia dois quilos de trigo por ornada de tra%alho, agora, a maioria dos PolPosianos, nas regi0es produtoras de cereais, passou a rece%er de ) a 12 quilos de trigo por ornada de tra%alho, e muitos deles até 2/, afora outros produtos e as receitas em dinheiro. Apareceram milh0es de lares PolPosianos que perce%iam, nas regi0es produtoras de cereais, de G mil a 2L mil quilos de trigo, e de4enas de milhares de ru%los por ano nas regi0es hortícolas e produtoras de algod$o, linho, %eterra%a, gado, frutas, uva e vinho. Bs PolPoses comearam a ter uma vida pr(spera. Bs PolPosianos comearam a preocupar!se fundamentalmente em construir celeiros e arma4éns, - que os velhos locais destinados a arma4enar os produtos, em tempos em que fa4iam as poucas reservas para um ano, n$o preenchiam nem a décima parte das novas necessidades dos PolPosianos. +m 193*, ao crescer o %em!estar das massas populares, o governo %ai"ou uma lei proi%indo os a%ortos. Ao mesmo tempo se traava um vasto plano de constru$o de maternidade, creches, co4inhas infantis e ardins de inf5ncia. +m 193* se destinaram para estes fins 2.1'L milh0es de ru%los contra G') milh0es em 193). Dai"ou!se uma lei especial, proporcionando uma auda consider-vel 7s famílias numerosas. +m 193' se inverteram mais de mil milh0es de ru%los em su%sídios concedidos segundo esta lei. 6omo resultado da implanta$o do ensino o%rigat(rio e da constru$o de novas escolas, surgiu um grande e potente florescimento cultural entre as massas populares. or todo o país se desenvolveu um grandioso plano de constru$o de escolas. B número de alunos das escolas prim-rias e médias aumentou de G milh0es em 191L para 2G

em 193*!3'. B número de alunos das +scolas superiores aumentou de 112.///, em 191L, para )L2.///, em 193*!3'. ?oi uma verdadeira revolu$o cultural. o r-pido melhoramento da situa$o material e no desenvolvimento cultural das massas populares se revelavam a fora, a potHncia e o car-ter invencível da Cevolu$o >oviética. As revolu0es anteriores haviam fracassado sempre, porque, ainda que dando ao povo a li%erdade, n$o tinham podido oferecer!lhe ao mesmo tempo, uma melhora sensível de sua situa$o material e cultural. +ra esta a sua falha mais importante. A Cevolu$o soviética se distingue de todas as demais revolu0es pelo fato de que, além de livrar o povo do c4arismo e do capitalismo, veio melhorar radicalmente sua situa$o material e cultural. isto reside sua fora invencível. :ossa Cevolu$o prolet-ria  disse o camarada >talin, em seu discurso perante a 1Q. 6onferHncia de staPanovistas de toda a .C.>.>.,  é a única revolu$o do inundo que pôde mostrar ao povo, n$o s( seus resultados políticos, mas tam%ém resultados materiais. ;e todas as revolu0es oper-rias, s( conhecemos uma que haa conquistado, mal ou %em, o oder  é a 6omuna de aris. #as n$o durou muito tempo. + certo que tentou romper as cadeias do capitalismo, mas n$o pôde consegui!lo, e muito menos logrou mostrar ao povo os resultados materiais da Cevolu$o. ossa revolu$o é a única que n$o s( rompeu as cadeias do capitalismo e deu li%erdade ao povo, mas tam%ém conseguiu, além disso, dar ao povo as condi0es materiais para uma vida desafogada. isso reside a fora invencível de nossa Cevolu$o:.

% — O
+m fevereiro de 193), o  6ongresso dos >oviets da ni$o das Cepú%licas >ocialistas >oviéticas tomou a resolu$o de mudar a 6onstitui$o da .C.>.>. que havia sido aprovada em 192L. A necessidade de mudar a 6onstitui$o da .C.>.>. correspondia 7s imensas mudanas operadas na vida do aís dos >oviets desde 192L, isto é, desde a data em que havia sido aprovada a primeira 6onstitui$o da ni$o >oviética até o momento atual. ;urante estes anos havia mudado radicalmente a correla$o das foras de classe da .C.>.>. Uavia!se criado uma nova indústria socialista, haviam sido destruídos os PulaPs, havia triunfado o regime PolPosiano, havia!se consolidado a propriedade socialista so%re os meio de produ$o em toda a +conomia nacional, como %ase da sociedade soviética. B triunfo do socialismo permitia acentuar a democrati4a$o do sistema eleitoral, implantando o sufr-gio universal, igual, direto e secreto. ma comiss$o especial, presidida pelo camarada >talin, foi encarregada de ela%orar o proeto de uma nova 6onstituinte da .C.>.>. B proeto foi su%metido 7 discuss$o de todo o povo, durante um pra4o de cinco meses e meio. +ste proeto de 6onstitui$o foi discutido no GM. 6ongresso e"traordin-rio dos >oviets. B GM. 6ongresso da .C.>.>. se reuniu em novem%ro de 193*. o informe pronunciado perante este 6ongresso dos >oviets so%re o proeto da nova 6onstitui$o, o camarada >talin e"pôs as mudanas fundamentais que se haviam operado no aí s dos >oviets desde os tempos em que havia sido aprovada a 6onstitui$o de 192L. A 6onstitui$o de 192L havia sido redigida no primeiro período da +. aquele momento, o oder >oviético consentia ainda no desenvolvimento do capitalismo paralelamente ao do socialismo. aquele momento, o oder >oviético esperava que, no curso da emula$o entre os dois sistemas  o sistema capitalista e o sistema socialista,  se organi4asse e fosse garantido o triunfo do socialismo so%re o capitalismo no terreno econômico. aquele momento, n$o estava decidido ainda o pro%lema de :quem vencer-:. A indústria, %aseada em uma técnica velha e po%re, n$o tinha alcanado sequer o nível de antes da guerra. + ainda menos animador era o quadro que oferecia, naquela ocasi$o, a agricultura. Bs sovPoses e os PolPoses eram como ilhotas isoladas no meio do imenso oceano das e"plora0es camponesas individuais. A luta contra os PulaPs n$o visava ainda sua liquida$o, mas apenas a sua limita$o. o terreno da circula$o de mercadorias, o setor socialista s( representava, apro"imadamente, uns )/ por cento. +m 193*, a .C.>.>. apresentava - um panorama diferente. A +conomia da .C.>.>. havia mudado radicalmente. or essa época, haviam sido totalmente liquidados os elementos capitalistas, e o sistema socialista havia triunfado em todos os ramos da +conomia nacional. A potente indústria socialista ultrapassava sete ve4es a produ$o de antes da guerra e tinha desaloado completamente a indiistria privada. a agricultura, havia triunfado com o PolPoses e os sovPoses, a maior produ$o socialista do mundo, uma produ$o mecani4ada e equipada como nenhuma outra, segundo a técnica. Bs PulaPs haviam sido totalmente liquidados como classe, e o setor individual - n$o desempenhava nenhum papel importante na +conomia do país. @oda a circula$o de mercadorias estava concentrada

em m$os do +stado e das cooperativas. A e"plora$o do homem pelo homem havia sido destruída para sempre. A propriedade social, socialista, so%re os meios de produ$o se havia consolidado como %ase inque%rant-vel no novo regime socialista, em todos os ramos da +conomia nacional. a nova sociedade, a sociedade socialista, haviam desaparecido para sempre as crises, a miséria, o desemprego forado e a ruína. Uaviam!se criado as condi0es necess-rias para uma vida desafogada e culta de todos os mem%ros da sociedade soviética. 6oerentemente com isto  di4ia o camarada >talin em seu informe  tinha mudado tam%ém a conte"tura de classe da popula$o da .C.>.>. A classe dos latifundi-rios e a grande %urguesia imperialista dos velhos temos - tinham sido liquidadas durante o período da guerra civil. ;urante os anos da edifica$o socialista, tinham sido suprimidos todos os elementos e"ploradores  os capitalistas, os comerciantes, os PulaPs e os especuladores. ?icavam somente alguns vestígios insignificantes das classes e"ploradas suprimidas, cua liquida$o total era coisa de muito pouco tempo. Bs tra%alhadores da .C.>.>.  os oper-rios, os camponeses, os intelectuais  haviam mudado profundamente durante os anos da edifica$o socialista. A classe oper-ria tinha dei"ado de ser uma cfasse e"plorada, privada dos meios de produ$o, como acontece so% o ugo do capitalismo. @inha destruído o capitalismo, arre%atado aos capitalistas os meios de produ$o para convertH!los em propriedade social. @inha dei"ado de ser um proletariado, no sentido estrito e antigo desta palavra. B proletariado da .C.>.>., em cua m$os se acha o oder do +stado, converteu!se em uma classe totalmente nova. 6onverteu!se em uma classe oper-ria emancipada da e"plora$o, Vpie destruiu o sistema da +conomia capitalista e instaurou a propriedade socialista so%re os meios de produ$o. sto é, converteu!se numa classe oper-ria como nunca a hist(ria da Uumanidade conheceu. $o menos profundas eram as mudanas que se tinham operado na situa$o dos camponeses da .C.>.>. os velhos tempos, mais de duas de4enas de milh0es de e"plora0es camponesas pequenas e médias, soltas disseminadas, tra%alhavam preguiosamente suas parcelas de terra. 6ultivavam a terra, valendo!se de uma técnica atrasada. +ram e"plorados pelos latifundi-rios, PulaPs, comerciantes, especuladores, usur-rios, etc. Agora surgiu na .C.>.>. um tipo completamente novo de camponHs. 8- n$o h- latifundi-rios nem PulaPs, comerciantes nem usur-rios que possam e"plor-!lo. A imensa maioria das e"plora0es camponesas entrou nos PolPoses, %aseados, n$o na propriedade privada so%re os meios de produ$o, mas na propriedade coletiva e no regime de tra%alho coletivo. +ste é um novo tipo de camponHs, livre de toda a e"plora$o. +ste novo tipo de camponHs tampouco a hist(ria da Uumanidade havia conhecido até agora. #udaram tam%ém os intelectuais da .C.>.>. >$o -, em massa, intelectuais totalmente novos. +m sua maioria saíram do seio dos oper-rios e camponeses. 8- n$o servem, como os antigos intelectuais, ao capitalismo, mas ao socialismo. B intelectual passou a ter plenitude de direitos como mem%ro da sociedade socialista. +stes intelectuais constroem a nova sociedade, a sociedade socialista, pelo %rao dos oper-rios e camponeses. >$o um novo tipo de intelectuais, postos a servio do povo e emancipados de toda a e"plora$o. +ste tipo de intelectuais tampouco a historia da Uumanidade tinha conhecido. ;este modo v$o se apagando as fronteiras de classe, entre os tra%alhadores da .C.>.>., vai desaparecendo o antigo e"clusivismo de classe. 6edem e se apagam as contradi0es econômicas e políticas entre os oper-rios, os camponeses e os intelectuais. 6riou!se a %ase para a unidade moral e política da sociedade. +stas profundas mudanas operadas na vida da .C.>.>., estes H"itos decisivos do socialismo na .C.>.>. encontraram sua e"press$o na nova 6onstitui$o da ni$o >oviética. >egundo esta 6onstitui$o, a sociedade soviética se comp0e de duas classes irm$s, os oper-rios e os camponeses, entre as quais ainda e"istem certas diferenas de classe. A ni$o das Cepú%licas >ocialistas >oviéticas é um +stado socialista de oper-rios e camponeses. A %ase política da .C.>.>. é constituída pelos >oviets de deputados dos tra%alhadores, organismos que cresceram e se ro%usteceram em conseqKHncia da derru%ada do oder dos latifundi-rios e capitalistas e da conquista da ditadura do proletariado. a .C.>.>. todo o poder pertence aos tra%alhadores da cidade e do campo, representados pelos >oviets de deputados dos tra%alhadores. B (rg$o superior do poder do +stado, na .C.>.>., é o >oviet >upremo da .C.>.>. B >oviet >upremo da .C.>.>., formado por duas 65maras iguais em direitos, o >oviet da ni$o e o >oviet das acionalidades, é eleito pelos cidad$os da .C.>.>. por um pra4o de quatro anos na %ase do sufr-gio universal, igual, direto e secreto. As elei0es para o >oviet >upremo da .C.>.>., %em como para todos os >oviets de deputados dos tra%alhadores, se fa4em por sufr-gio universal. sto quer di4er que todos os cidad$os da .C.>.>. que tenham 1G anos

completos, seam quais forem sua raa, nacionalidade, credo religioso, grau de instru$o, residHncia, origem social, situa$o econômica e conduta no passado, tHm direito de participar nas elei0es para deputados e de ser eleitos, com e"ce$o dos alienados e das pessoas privadas de seus direitos eleitorais por sentena udici-ria. As elei0es para deputados se fa4em por sufr-gio igual. sto quer di4er que cada cidad$o tem um s( voto e que todos os cidad$os tomam parte nas elei0es em condi0es iguais. As elei0es para deputados s$o diretas. sto quer di4er que as elei0es para todos os >oviets de deputados dos tra%alhadores, desde os >oviets rurais e ur%anos, até o >oviet >upremo da .C.>.>., se efetuam pelos cidad$os, por via direta, isto é, votando diretamente nos nomes dos deputados. B >oviet >upremo da .C.>.>. elege, em sess$o conunta das duas 65maras, a 6omiss$o ermanente do >oviet >upremo e o 6onselho de 6omiss-rios do ovo da .C.>.>. A %ase econômica da ni$o >oviética é constituída pelo sistema socialista de +conomia e pela propriedade socialista so%re os meios de rodu$o. a .C.>.>. se aplica o princípio do >ocialismoF :;e cada um, segundo sua capacidade& a cada um, segundo seu tra%alho:. Earante!se a todos os cidad$os da  .C.>.>. o direito ao tra%alho, o direito ao repouso, o direito 7 instru$o, o direito ao seguro material na velhice e em caso de doena ou de ina%ilita$o para o tra%alho. A mulher go4a de direitos iguais ao homem em todos os domínios da vida. A igualdade de direitos de todos os cidad$os da .C.>.>., independentemente de sua nacionalidade e raa, é lei intangível. Ceconhece!se a todos os cidad$os a li%erdade de consciHncia e a li%erdade de propaganda anti!religiosa. A 6onstitui$o garante  no interesse da consolida$o da sociedade socialista  a li%erdade de palavra, de mprensa, de reuni$o e de comícios, o direito de agrupar!se em organi4a0es sociais, a inviola%ilidade da personalidade, a inviola%ilidade do domicílio e do segredo da correspondHncia e o direito de asilo para os cidad$os estrangeiros perseguidos por defenderem os interesses dos tra%alhadores, por suas atividades científicas ou por sua luta em prol da li%erta$o nacional. Ao mesmo tempo, a nova 6onstitui$o imp0e a todos os cidad$os da .C.>.>. sérios deveresF cumprir as leis, acatar a disciplina no tra%alho, cumprir honradamente seus deveres sociais, respeitaras regras de convivHncia da sociedade socialista, salvaguardar e fortalecer a propriedade social, socialista, e defender a p-tria socialista. :A defesa da -tria é dever sagrado de todos os cidad$os da .C.>.>.:. ?alando dos direitos dos cidad$os de se agruparem em diferentes organi4a0es, a 6onstitui$o grava em um de seus artigos as seguintes palavrasF :Bs cidad$os mais ativos c conscientes da classe oper-ria e das outras camadas de tra%alhadores se agrupam no artido 6omunista N%olcheviqueO da .C.>.>., que é o destacamento de vanguarda dos tra%alhadores em sua luta pela garantia e pelo desenvolvimento do regime socialista, e o núcleo dirigente de todas as organi4a0es de tra%alhadores, tanto sociais como do +stado:. B GM. 6ongresso dos >oviets aprovou e sancionou por unanimidade o proeto de nova 6onstitui$o da .C.>.>. B país dos >oviets o%teve assim uma nova 6onstitui$o, a 6onstitui$o do triunfo do socialismo e da democracia oper-ria e camponesa. ;este modo, a 6onstitui$o vem consagrar o seguinte fato de alcance hist(rico e universalF a .C.>.>. entrou em uma nova etapa de desenvolvimento, na etapa do coroamento da edifica$o da sociedade socialista e de transi$o gradual para a sociedade comunista, na qual o princípio a que se su%ordinar- a dire$o da vida social ser- o princípio comunista  :;e cada um, segundo sua capacidade& a cada um, segundo suas necessidades:.

= — Ema0amento do reto de epi>e+ a/otadore c traidore da P-tria+ /u;arinita'trot;ita,  — Preparação da eleiç>e para o Soviet Supremo da 4,5,S,S, — O Partido traça o rumo para o deenvolvimento da democracia interna, — * eleiç>e para o Soviet Supremo da 4,5,S,S,

B ano de 193' trou"e dados so%re os monstros dos %andos %uParinistas!trotsPistas. B processo udici-rio contra iataPov, CadeP e outros, o processo contra @uPachevsPi, WaPir e outros, e, finalmente o processo contra

DuParin, CXPov, SrestsinsPi, Coseugolt4 e demais implicados, puseram a nu que os %uParinistas e os trotsPistas eram, fa4ia - muito tempo, um %ando vulgar de inimigos do povo, so% a forma de :%loco direitista!trotsPista:. Bs citados processos salientaram que estes detritos do gHnero humano, untos com os inimigos do povo   @rotsPi, Yinoviev e Samenev  conspiravam - contra Zenin, contra o artido e contra o +stado >oviético, desde os primeiros dias da Cevolu$o >ocialista de Butu%ro. Bs atos de provoca$o destinados 7 ruptura da pa4 de Drest!ZitovsPi, em comeos de 191G, o :complot: contra Zenin e a conspira$o com os social!revolucion-rios de :esquerda: para prender e assassinar Zenin, >talin e >verdlov, na primavera de 191G& o criminoso atentado contra Zenin, em conseqKHncia do qual ele saiu ferido, no ver$o de 191G& a su%leva$o dos social!revolucion-rios de :esquerda:, no ver$o do mesmo ano& o recrudescimento intencional das divergHncias dentro do artido, em 1921, com o fito de alque%rar e destroar, a partir de dentro, a dire$o de Zenin& as tentativas de derru%ar a dire$o do artido durante a enfermidade e depois da morte de Zenin, a dela$o de segredos de +stado e o fornecimento de informa0es de espionagem aos servios de espionagem estrangeiros& o infame assassinato de Sirov& atos de sa%otagem e de diversionismo, e"plos0es& os infames assassinatos de #eu4hinsPi, SuX%ishev e EorPi& estes e outros crimes semelhantes foram os que se perpetraram no transcurso de vinte anos, com a interven$o ou so% a dire$o de @rotsPX, Yinoviev, Samenev, DuParin, CXPov e seus satélites, o%edecendo a ordens dos servios de espionagem da %urguesia estrangeira. Bs citados processos tomaram claro que os monstros trotsPistas%uParinistas, ao cumprirem as ordens de seus amos  os servios de espionagem da %urguesia estrangeira  se propunham como o%etivo destruir o artido e o +stado >oviético, minar a defesa do país, facilitar a interven$o armada estrangeira, preparar a derrota do +"ército ermelho e o desmem%ramento da .C.>.>., entregando a rovíncia #arítima >oviética aos aponeses, a Dielo!Cússia soviética aos polacos e a cr5nia soviética aos alem$es, a destrui$o das conquistas dos oper-rios e PolPosianos e a restaura$o da escravid$o capitalista na .C.>.>. +stes guardas %rancos, pigmeus cua fora s( se podia comparar 7 de um insignificante mosquito,  ulgavam!se, ao que parece,  causa riso di4H!lo[  os senhores do país e imaginavam que podiam, na realidade, esquartear e vender ao melhor arrematante a cr5nia, a Dielo!Ciíssia e a rovíncia #arítima. +stes mosquitos contra!revolucion-rios se esqueceram de que o senhor do país dos >oviets é o ovo >oviético e de que os senhores CXPov, DuParin, Yinoviev e Samenev n$o eram mais que simples servidores tempor-rios do +stado, aos quais este podia em qualquer momento varrer de suas reparti0es como li"o inútil. +stes insignificantes lacaios dos fascistas se esqueceram de que %astava o ovo >oviético mover com um dedo para que n$o ficasse nem rastro deles. B @ri%unal >oviético condenou ao fu4ilamento os monstros %uParinistastrotsPistas. B 6omissariado do ovo para os eg(cios nteriores se encarregou de e"ecutar a sentena. B povo >oviético aprovou o esmagamento da quadrilha %uParinista!trotsPista e passou aos assuntos da ordem do dia. B assunto que figurava na ordem do dia era a prepara$o para cele%rar de um modo organi4ado as elei0es para o >oviet >upremo da .C.>.>. B artido desenvolveu em toda a linha um tra%alho preparat(rio visando 7s elei0es. B artido entendia que a implanta$o da nova 6onstitui$o da .C.>.>. significava uma transforma$o na vida política do país. + que esta transforma$o consistia em levar a ca%o a democrati4a$o completa do sistema eleitoral, em passar das elei0es restritas 7s elei0es por sufr-gio universal, das elei0es n$o plenamente iguais 7s elei0es por sufr-gio igual, das elei0es de v-rios grau 7s elei0es diretas, das elei0es com voto a%erto 7s elei0es com voto secreto. Antes de vigorar a nova 6onstitui$o, achavam!se sueitos a restri0es em seus direitos eleitorais os servidores da religi$o, os antigos guardas %rancos, os antigos PulaPs e todos os que n$o prestassem um tra%alho útil 7 sociedade& a nova 6onstitui$o anulou todas as limita0es impostas aos direitos eleitorais dessas categorias de cidad$os, decretando que as elei0es para deputados se fariam por sufr-gio universal. Antes, as elei0es para deputados tinham car-ter desigual, pois vigoravam diferentes normas eleitorais para a popula$o ur%ana e para a rural& agora havia desaparecido a necessidade de limitar a igualdade nas elei0es, e todos os cidad$os tinham direito a participar nas elei0es num plano de igualdade. Antes, as elei0es para os (rg$os médios e superiores do oder >oviético eram elei0es de v-rios graus& agora, segundo a nova 6onstitui$o, as elei0es para todos os >oviets, desde os >oviets rurais e ur%anos até o >oviet >upremo, tinham de efetuar!se por via direta, isto é, cada cidad$o elegia diretamente o deputado. Antes, as elei0es para deputados dos >oviets se efetuavam emitindo!se a%ertamente o voto e por listas& agora, a vota$o, nas elei0es para deputados, tinha que ser secreta, e n$o por listas, mas por candidaturas separadas, apresentadas em cada distrito eleitoral.

sto representava, sem dúvida, uma transforma$o na vida política do país. B novo sistema eleitoral tinha necessariamente que condu4ir, como de fato condu4iu, a intensificar a atividade política das massas, a reforar o controle destas so%re os (rg$os do oder >oviético, a acentuar a responsa%ilidade dos (rg$os do oder >oviético ante o povo. ara poder sair %em armado ao encontro desta transforma$o, o artido tinha que se pôr 7 frente dela e assegurar plenamente seu papel dirigente nas pr("imas elei0es. #as para isto era necess-rio que as pr(prias organi4a0es do artido se convertessem, em sua atua$o pr-tica, em organi4a0es plenamente democr-ticas, que implantassem integralmente, em sua vida interna, as %ases do centralismo democr-tico, como o e"igem os +statutos do artido, que os (rg$os do artido fossem designados por elei$o, que dentro do artido se desenvolvesse em toda a sua e"tens$o a crítica e a autocrítica, que a responsa%ilidade das organi4a0es do artido perante a massa deste fosse completa e que a pr(pria massa do artido desenvolvesse toda a sua atividade. ;o informe que o camarada Yhdanov fe4, em fins de fevereiro de 193', no leno do 6omitH 6entral so%re o pro%lema da prepara$o das organi4a0es do artido para as elei0es do >oviet >upremo da .C.>.>., resultou que havia uma série completa de organi4a0es que, em sua atua$o pr-tica, n$o correspondiam a%ertamente aos estatutos do artido e 7s %ases do centralismo democr-tico, que su%stituíam o princípio eletivo pelo sistema da coopta$o, a vota$o por candidaturas separadas pela vota$o por listas, o sufr-gio secreto pelo voto a%erto, etc. +ra evidente que organi4a0es que atuavam assim n$o podiam cumprir com sua miss$o nas elei0es do >oviet >upremo. ortanto, era necess-rio, antes de tudo, aca%ar com semelhantes pr-ticas antidemocr-ticas nas organi4a0es do artido e reconstruir a atua$o deste na %ase da lena democracia. A respeito disto, o leno do 6omitH 6entral, depois de ouvir o informe do camarada Yhdanov, resolveuF

1. Ceconstruir o tra%alho do artido na %ase da aplica$o plena e incondicional dos princípios da democracia dentro do artido segundo os seus estatutos.

2. Aca%ar com a pr-tica da coopta$o para designar os mem%ros dos 6omitHs do artido e resta%elecer, de acordo com os seus estatutos, o car-ter eletivo dos (rg$os dirigentes das organi4a0es do artido.

3. roi%ir, nas elei0es para designar os (rg$os do artido, o voto por listas e efetuar a elei0es por candidatura separada, garantindo a todos os mem%ros do artido o direito ilimitado de recusar os candidatos e critic-!los.

L. mplantar, nas elei0es dos (rg$os do artido, o sistema de vota$o secreta dos candidatos. ). 6ele%rar elei0es para designar os (rg$os do artido em todas as organi4a0es deste, desde os 6omitHs de artido das organi4a0es de %ase até os 6omitHs territoriais e provinciais e os 6omitHs 6entrais dos artidos 6omunistas nacionais, assinalando como pra4o m-"imo para terminar estas elei0es a data de 2/ de maio.

*. B%rigar todas as organi4a0es do artido a acatar rigorosamente, de acordo com os estatutos, os pra4os assinalados para as elei0es de seus (rg$osF nas organi4a0es de %ase, uma ve4 por ano& nas organi4a0es de distrito e de cidade, uma ve4 por ano& nas organi4a0es territoriais, provinciais e de Cepú%licas, uma ve4 cada ano e meio.

'. Assegurar, nas organi4a0es de %ase do artido, a estrita o%serv5ncia do regime de elei0es dos 6omitHs do artido nas assem%léias gerais de f-%ricas, sem permitir a su%stitui$o destas por conferHncias.

G. Aca%ar com a pr-tica, esta%elecida em uma série de organi4a0es de %ase do artido, de prescindir de fato das assem%léias gerais, su%stituindo!as pelas reuni0es nas se0es das f-%ricas e por conferHncias:. 6omeou assim a prepara$o do artido para as elei0es que se avi4inhavam. +sta resolu$o do 6omitH 6entral teve uma import5ncia política imensa. >ua import5ncia se %aseia n$o somente no fato de que dava início 7 campanha eleitoral do artido para as elei0es do >oviet >upremo da .C.>.>., mas principalmente no fato de que audava as organi4a0es do artido a se reorgani4arem, traarem rumo para a democracia interna e marcharem, inteiramente armadas para as elei0es do >oviet >upremo. ;esenvolvendo a campanha eleitoral, o artido decidiu tomar como idéia principal de sua política eleitoral a idéia de um %loco eleitoral entre os comunistas e os sem partido. B artido foi 7s elei0es, formando um %loco com os sem artido, aliado aos sem artido, decidindo apresentar candidaturas comuns com estes nos distritos eleitorais. sto era algo sem precedentes e a%solutamente irreali4-vel, na pr-tica, nas campanhas eleitorais dos países %urgueses. +m troca o %loco dos comunistas com os sem partido constituía um fenômeno a%solutamente l(gico no aís >oviético, onde - n$o e"istem classes inimigas e onde a unidade política e moral de todas as camadas do povo constitui um fato indiscutível. A ' de de4em%ro de 193', o 6omitH 6entral do artido dirigiu uma proclama$o a todos os eleitores. ela se di4iaF

:A 12 de setem%ro de 193', os tra%alhadores da ni$o >oviética, segundo a nossa 6onstitui$o >ocialista, eleger$o os deputados ao >oviet >upremo da .C.>.>. B artido %olchevique comparece 7s elei0es formando um %loco, uma aliana com os oper-rios, camponeses, empregados e intelectuais sem partido... B artido %olchevique n$o se isola dos sem artido& pelo contr-rio, comparece 7s elei0es em %loco, aliado com eles, formando um %loco com os sindicatos de oper-rios e empregados, com as 8uventudes 6omunistas e demais organi4a0es e associa0es dos sem artido. ortanto, os candidatos a deputado ser$o comuns para os comunistas e para os sem artido& todo deputado sem partido ser- tam%ém deputado dos comunistas, da mesma sorte que todo deputado comunista ser- deputado dos sem artido:. A proclama$o do 6omitH 6entral terminava com o seguinte apelo aos eleitoresF :B 6omitH 6entral do artido 6omunista N%olcheviqueO da .C.>.>. convida todos os comunistas e simpati4antes a votarem nos candidatos sem artido com a mesma unanimidade com que devem votar nos candidatos comunistas. B 6omitH 6entral do artido 6omunista N%olcheviqueO da .C.>.>. chama todos os eleitores sem partido para votarem nos candidatos comunistas com a mesma unanimidade com que votaram nos candidatos sem partido. B 6omitH 6entral do artido 6omunista N%olcheviqueO da .C.>.>. apela para todos os eleitores no sentido de aludirem como um s( homem 7s urnas, a 12 de de4em%ro de 193', para elegerem os deputados ao >oviet da ni$o e ao >oviet das acionalidades. $o deve haver nem um s( eleitor que n$o e"era seu honroso direito de eleger deputado ao (rg$o supremo do +stado >oviético. $o deve haver um s( cidad$o ativo que n$o considere como seu dever de cidad$o contri%uir para que todos os eleitores, sem e"ce$o, participem nas elei0es ao >oviet >upremo. 12 de de4em%ro de 193' ser- um dia de festa grandioso, em que os tra%alhadores de todos os povos da .C.>.>. se unir$o em torno da %andeira vitoriosa de enin e >talin:. A 11 de de4em%ro de 193', véspera do dia das elei0es, o camarada >talin falou em seu distrito eleitoral, tocando em seu discurso no pro%lema das condi0es que os homens eleitos pelo povo para deputados do >oviet >upremo da .C.>.>. deviam reunir. :Bs eleitores, o povo  disse o camarada >talin  devem e"igir de seus deputados que esteam 7 altura de sua miss$o& que, em seu tra%alho, n$o desam ao nível dos filisteus políticos, que permaneam em seus postos de homens políticos de tipo leninista& que seam homens políticos t$o lúcidos e t$o precisos como o era o pr(prio Zenin. Iue seam t$o intrépidos no com%ate, t$o implac-veis com os inimigos do povo, como o era o pr(prio Zenin. Iue seam refrat-rios a todo p5nico, a toda som%ra de p5nico, quando as coisas comeam a complicar!se e no hori4onte se divisa algum perigo. Iue seam, como o era o pr(prio Zenin, refrat-rios a toda som%ra de p5nico. Iue quando se tratar de resolver pro%lemas comple"os, que necessitam de orienta$o em todos os seus aspectos e de ter em conta todas as vantagens, e todas as desvantagens, se mostrem t$o prudentes, t$o ponderados e refletidos, como o pr(prio Zenin. Iue seam sempre t$o amigos da verdade e t$o honrados como era Zenin. Iue amem seu povo como Zenin o amava: A 12 de de4em%ro se cele%raram as elei0es para o >oviet >upremo da .C.>.>. As elei0es se desenvolveram em meio de imenso entusiasmo. $o eram simples elei0es, mas uma grande festa, o triunfo do povo soviético, uma afirma$o da ami4ade fraternal dos povos da .C.>.>. ;os 9L milh0es de eleitores que comp0em o censo, tomaram parte nas elei0es mais de 91 milh0es, ou seam 9),G\. ;estes, votaram pelo %loco dos comunistas e sem partido G9.GGL./// eleitores, isto é, 9G,*\. >omente *32 mil pessoas, ou sea menos de 1\, votaram contra os candidatos do %loco, dos comunistas e sem partido. ?oram eleitos todos os candidatos do %loco, sem e"ce$o. ;este modo, 9/ milh0es de homens ratificaram com seu voto un5nime o triunfo do socialismo na .C.>.>. ?oi uma grande vit(ria do %loco dos comunistas e sem partido. ?oi um triunfo do artido %olchevique. A unidade política e moral do ovo >oviético, da qual falara o camarada #olotov em seu hist(rico discurso do ]] anivers-rio da Cevolu$o de Butu%ro, o%teve nestas elei0es uma %rilhante afirma$o.

Concluão

Iuais s$o os resultados fundamentais do caminho hist(rico percorrido pelo artido %olcheviqueT

Iue nos ensina a hist(ria do artido 6omunista N%olcheviqueO da .C.>.>.T #) A hist(ria do artido %olchevique nos ensina, antes de tudo, que o triunfo da revolu$o prolet-ria, o

triunfo da ditadura do proletariado é impossível sem um partido revolucion-rio do proletariado, livre de oportunismo, e intransigente diante dos oportunistas e capituladores, e revolucion-rio diante da %urguesia e do oder de seu +stado. A hist(ria do artido %olchevique nos ensina que dei"ar o proletariado sem um partido assim equivale a dei"-!lo sem dire$o revolucion-riaF e dei"-!lo sem dire$o revolucion-ria equivale a fa4er fracassar a causa da revolu$o prolet-ria. A hist(ria do artido %olchevique nos ensina que esse partido s( pode ser um partido de novo tipo, um partido mar"ista!leninista, o partido da revolu$o social, capa4 de preparar o proletariado para os com%ates decisivos contra a %urguesia e de organi4ar o triunfo da revolu$o prolet-ria. @al é, na .C.>.>,, o artido %olchevique. :o período pré!revolucion-rio  di4 o camarada >talin  no período de evolu$o mais ou menos pacífica, em que os partidos da >egunda nternacional representavam a fora predominante dentro do movimento oper-rio, e as formas parlamentares de luta se consideravam como fundamentais, nestas condi0es, o artido n$o tinha nem podia ter a grande e decisiva import5ncia que adquiriu mais tarde, so% as condi0es dos choques revolucion-rios a%ertos. SautsPX, defendendo a >egunda nternacional contra os que a atacavam, disse que os partidos da >egunda nternacional s$o instrumentos de pa4 e n$o de guerra, e que precisamente por isto aca%aram impotentes para empreender qualquer coisa séria durante a guerra, no período das a0es revolucion-rias do proletariado. + isto é totalmente e"ato. #as que significa istoT >ignifica que os artidos da >egunda nternacional s$o imprest-veis para a luta revolucion-ria do proletariado, que n$o s$o artidos com%ativos do proletariado que condu4em este ao oder, mas, sim, aparelho eleitoral adaptado 7s elei0es do parlamento e 7 luta parlamentar. sto e"plica precisamente o fato de que, durante o período de predomínio dos oportunistas da >egunda nternacional, a organi4a$o política fundamental do proletariado n$o fosse o artido, mas a fra$o parlamentar. + sa%ido que neste período, o artido era, na realidade, um apHndice da fra$o parlamentar e um elemento posto a servio desta. $o é preciso demonstrar que, tais condi0es e com semelhante artido 7 frente, n$o se podia nem falar de preparar o proletariado para a revolu$o. #as as coisas mudaram radicalmente ao entrar no novo período. +ste novo período é o período dos choques a%ertos entre as classes, o período das a0es revolucion-rias do proletariado, o período da revolu$o prolet-ria, o período da prepara$o direta das foras para a derrocada do imperialismo e a tomada do poder pelo proletariado. +ste período coloca perante o proletariado novas tarefas de reorgani4a$o de todo o tra%alho do artido em um sentido novo, revolucion-rio, de educa$o dos oper-rios no espírito da luta revolucion-ria pelo oder, de prepara$o e concentra$o das reservas, de aliana com os prolet-rios dos países vi4inhos, de esta%elecimento de s(lidos vínculos com o movimento de li%erta$o das colônias e dos países dependentes, etc, etc. ensar que estas tarefas podem resolver!se com as foras dos velhos partidos social!democratas, educados so% as condi0es pacíficas do parlamentarismo, equivale a condenar!se a um desespero sem remédio, a uma derrota inevit-vel. @er que enfrentar estas tarefas com os velhos partidos 7 frente equivale a encontrar!se completamente desarmado. ^ preciso, por acaso, demonstrar que o proletariado n$o podia resignar!se a semelhante situa$oT ;aí a necessidade de um novo partido, de um partido com%ativo, de um partido revolucion-rio, suficientemente coraoso para condu4ir os prolet-rios 7 luta pelo oder, suficientemente h-%il para orientar!se nas condi0es comple"as da situa$o revolucion-ria e %astante fle"ível para vencer todos e cada um dos escolhos que se interp0em no caminho até o final. >em um partido assim n$o se pode nem pensar na derru%ada do imperialismo, na conquista da ditadura do proletariado. +ste novo artido é o artido do leninismo:. N>talin, :ro%lemas Zeninismo:, p-gs. *2!*3, ed. russaO. 2) A hist(ria do artido nos ensina, tam%ém, que o artido da classe oper-ria n$o pode cumprir sua

miss$o de dirigente de sua classe, n$o pode cumprir sua miss7o de organi4ador e dirigente da revolu$o prolet-ria, se n$o possui a teoria de vanguarda do movimento oper-rio, se n$o possui a teoria mar"ista!leninista. A fora da teoria mar"ista!leninista consiste em dar ao artido a possi%ilidade de orientar!se dentro de uma situa$o qualquer, de compreender a trama interna dos acontecimentos que o rodeiam, de prever a marcha dos acontecimentos e discernir, n$o s( como e para onde se desenvolvem os acontecimentos no presente, mas tam%ém como e para onde ter$o de destnvolver!se no porvir. >( um partido que possui a teoria mar"ista!leninista pode avanar com passo firme e condu4ir para a frente a classe oper-ria. elo contr-rio, um partido que n$o possui a teoria mar"ista!leninista vH!se o%rigado a andar 7s tontas, perde a segurana em seus atos e n$o é capa4 de condu4ir a classe oper-ria para a frente.

oderia pensar!se que possuir a teoria mar"ista!leninista significa aprender conscenciosamente as conclus0es e as teses que se contHm nas o%ras de #ar", +ngels e Zenin, aprender a cit-!las oportunamente e contentar!se com isto, crendo que as conclus0es e as teses aprendidas se adaptam a quaisquer situa0es, a todos os casos da realidade. #as este modo de a%ordar a teoria mar"ista!leninista é completamente falso. A teoria mar"ista!leninista n$o pode considerar!se como um conunto de dogmas, como um catecismo, como um sím%olo da fé, nem os mar"istas como eruditos pedantes e e"egetas. A teoria mar"ista!leninista é a ciHncia do desenvolvimento da sociedade, a ciHncia do movimento oper-rio, a ciHncia da revolu$o prolet-ria, a ciHncia da edifica$o da sociedade comunista. +, como ciHncia, n$o est- nem pode estar parada, mas se desenvolve e se aperfeioa. J evidente que, em seu desenvolvimeito, n$o pode dei"ar de enriquecer!se com a nova e"periHncia, com os novos conhecimentos, e que algumas de suas teses e conclus0es n$o podem dei"ar de mudar ao longo do tempo, n$o podem dei"ar de ser su%stituídos por novas teses e conclus0es, segundo as novas condi0es hist(ricas. ossuir a teoria mar"ista!leninista n$o significa portanto aprender todas as suas f(mulas e conclus0es e ficar aferrado 7 letra delas. ara possuir a teoria, mar"ista!leninista é preciso, antes de tudo, aprender a distinguir ertre sua letra e sua essHncia. ossuir a teoia mar"ista!leninista significa assimilar sua essHncia e aprender a aplic-!la para resolver os pro%lemas pr-ticos do movimento revolucion-rio nas diversas condi0es da luta de classes do proletariado. ossuir a teoria mar"ista!leninista significa sa%er enriquecer esta teoria com a nova e"periHncia do movimento revolucion-rio, sa%er enriquecH!la e impulsion-!la, sem retroceder ante a necessidade de su%stituir, partindo da essHncia da teoria, algumas de suas teses e conclus0es, - caducas, por outras novas, segundo a nova situa$o hist(rica. A teoria mar"ista!leninista n$o é um dogma, mas um guia para a a$o. Até a segunda revolu$o russa Nfevereiro de 191'O, os mar"istas de todos os países partiam do critério de que a repú%lica democr-tica parlamentar era a forma de organi4a$o política da sociedade mais conveniente para o período de transi$o do capitalismo ao socialismo. + certo que #ar" havia assinalado - na década de '/ do século passado que a forma mais conveniente da ditadura do proletariado n$o era a repú%lica parlamentar, mas uma organi4a$o política do tipo da 6omuna de aris. #as, desgraadamente, esta indica$o de #ar" n$o foi desenvolvida em suas o%ras e caiu no esquecimento. Além disso, a autori4ada declara$o feita por +ngels em sua crítica do proeto de programa de +rfurt, em 1GG1, de que :a repú%lica democr-tica... é... a forma específica para a ditadura do proletariado:, n$o dei"ava dúvida quanto ao fato de que os mar"istas continuavam considerando a repú%lica democr-tica como a forma política da ditadura do proletariado. +sta tese de +ngels serviu mais tarde de orienta$o a todos os mar"istas, incluindo Zenin. +ntretanto a revolu$o russa de 19/* e, so%retudo, a de fevereiro de 191' destacaram uma nova forma de organi4a$o política da sociedadeF os >oviets de deputados oper-rios e camponeses. Daseando!se no estudo da e"periHncia das duas revolu0es russas e partindo da teoria do mar"ismo, Zenin chegou 7 conclus$o de que a forma política melhor para a ditadura do proletariado n$o é a Cepú%lica democr-tica parlamentar, mas a Cepú%lica dos >oviets. +m a%ril de 191', no período de transi$o da revolu$o %urguesa para a revolu$o socialista, Zenin lanou, %aseando!se nisto, a palavra de ordem de organi4ar a repú%lica dos >oviets, como a melhor forma política da ditadura do proletariado. Bs oportunistas de todos os países se aferravam 7 repú%lica parlamentar, acusando Zenin de voltar as costas ao mar"ismo e afundar a democracia. #as era Zenin, naturalmente, e n$o os oportunistas, quem representava o autHntico mar"ismo e dominava a teoria mar"ista, - que, enquanto os oportunistas a arrastavam para tr-s e convertiam uma de suas teses em um dogma. Zenin a impulsionava, enriquecendo!a com uma nova e"periHncia. Iue teria sido do artido, da revolu$o prolet-ria, do mar"ismo, se Zenin se tivesse apegado 7 letra do mar"ismo, em ve4 de decidir!se a su%stituir uma de suas velhas teses, formuladas por +ngels, pela nova tese da repú%lica dos >oviets, que era a que correspondia 7 nova situa$o hist(ricaT B artido teria vagado nas trevas, os >oviets teriam sido desorgani4ados, n$o teríamos hoe um oder >oviético, e a teoria mar"ista teria sofrido um sério desastre. 6om isso, teria saído perdendo o proletariado e teriam saído ganhando os seus inimigos. +studando o capitalismo pré!imperialista, +ngels e #ar" chegaram 7 conclus$o de que a revolu$o socialista n$o podia triunfar em um s( país separadamente, de que s( podia triunfar simultaneamente em todos ou na maioria dos países civili4ados. sto ocorria em meados do >éculo ]]. + esta conclus$o serviu mais tarde de orienta$o para todos os mar"istas. +ntretanto, em comeos do >éculo ]], o capitalismo pré!imperialista evoluiu para o capitalismo imperialista, o capitalismo em ascens$o se converteu no capitalismo agoni4ante. Daseando!se no estudo do capitalismo imperialista e partindo da teoria mar"ista, Zenin chegou 7 conclus$o de que a velha f(rmula de +ngels e #ar" n$o estava mais em conson5ncia com a nova situa$o hist(rica, de que a revolu$o socialista poderia perfeitamente triunfar em um s( país separadamente. Bs oportunistas de todos os países se aferravam 7 velha f(rmula de +ngels e #ar", acusando Zenin de voltar as costas ao mar"ismo. #as era Zenin, naturalmente, e n$o os oportunistas, quem representava o autentico mar"ismo e dominava a teoria mar"ista, - que, enquanto os oportunistas a pu"avam para tr-s e a convertiam numa múmia, Zenin a impulsionou, enriquecendo!a com a nova e"periHncia.

Iue teria sido do artido, da revolu$o prolet-ria, do mar"ismo, se Zenin se tivesse apegado 7 letra do mar"ismo, se n$o tivesse tido a valentia te(rica necess-ria para ogar por terra uma das velhas conclus0es do mar"ismo, su%stituindo!a pela nova conclus$o so%re a possi%ilidade do triunfo do socialismo em um s( país separadamente, em conson5ncia com a nova situa$o hist(ricaT B artido teria vagado nas trevas, a revolu$o prolet-ria teria ficado sem dire$o e a teoria mar"ista teria comeado a declinar. 6om isso teria saído perdendo o proletariado e teriam saído ganhando os seus inimigos. B oportunismo n$o consiste sempre em renegar a%ertamente a teoria mar"ista ou algumas de suas teses e conclus0es. As ve4es o oportunismo se manifesta na tentativa de se aferrar a determinadas teses mar"istas isoladas, que - comearam a envelhecer, e a convertH!las em dogmas, para conter desta forma o desenvolvimento ulterior do mar"ismo e com ele, conseqKentemente, o desenvolvimento do movimento revolucion-rio do proletariado. >em e"agero se pode afirmar que, depois da morte de +ngels, os únicos mar"istas que impulsionaram a teoria do mar"ismo e a enriqueceram com a nova e"periHncia, so% as novas condi0es da luta de classes do proletariado, foram o formid-vel te(rico Zenin e, depois dele, >talin e os demais discípulos de Zenin. recisamente por isso, porque Zenin e os leninistas impulsionaram a teoria mar"ista, o leninismo é o desenvolvimento ulterior do mar"ismo, o mar"ismo que corresponde 7s novas condi0es da luta de classes do proletariado, o mar"ismo da época do imperialismo e das revolu0es prolet-rias, o mar"ismo da época do triunfo do socialismo na se"ta parte do glo%o. B artido %olchevique n$o teria podido triunfar em outu%ro de 191', se seus quadros de vanguarda n$o tivessem possuído a teoria do mar"ismo, se n$o tivessem sa%ido ver nesta teoria um guia para a a$o, se n$o tivessem sa%ido impulsionar a teoria mar"ista, enriquecendo!a com a nova e"periHncia da luta de classes do roletariado. 6riticando os mar"istas alem$es da América do orte que tinham assumido a dire$o do movimento oper-rio norte!americano, +ngels escreviaF :Bs alem$es n$o sou%eram fa4er de sua teoria a alavanca que pusesse em movimento as massas norte!americanas. +m sua maioria, nem eles mesmos compreendem essa teoria e se comportam para com ela de um modo doutrin-rio e dogm-tico, ulgando que é preciso aprendH!la de mem(ria, e que %asta isto para enfrentar todas as situa0es da realidade. ara eles, esta teoria e um dogma e n$o um guia para a a$o:. NS. #ar" e ?. +ngels, t. ]], p-g. */*O. 6riticando Samenev e alguns velhos %olcheviques que, em a%ril de 191', se aferravam 7 velha f(rmula da ditadura democr-tico!revolucion-ria do proletariado e dos camponeses, num momento em que o movimento revolucion-rio tinha ultrapassado esta f(rmula e e"igia a passagem 7 revolu$o socialista, Zenin escreviaF :ossa doutrina n$o é um dogma, mas um guia para a a$o, sempre o disseram #ar" e +ngels, 4om%ando com ra4$o dos que aprendem de mem(ria e repetem mecanicamente as :f(rmulas:, que, no melhor dos casos, s( servem para assinalar as tarefas gerais, que se modificam necessariamente com a situa$o econômica e política concreta de cada fase especial do processo hist(rico... J necess-rio assinalar a verdade indiscutível de que o mar"ismo deve levar em conta a vida real, os fatos precisos da realidade e n$o continuar aferrando!se 7 teoria do dia anterior...: NZenin, t. ]], p-gs. 1//!1/1, ed. russaO. %) A hist(ria do artido nos ensina, além do mais, que o triunfo da revolu$o prolet-ria é impossível sem

o esmagamento dos partidos pequeno!%urgueses que atuam dentro das fileiras da classe oper-ria e empurram as camadas atrasadas desta para os %raos da %urguesia, enfraquecendo com isto a unidade da classe oper-ria. A hist(ria do artido é a hist(ria da luta contra os partidos pequeno!%urgueses e de seu esmagamento, contra os social!revolucion-ri!os, mencheviques, anarquistas e nacionalistas. >em vencer estes artidos e e"puls-!los das fileiras do proletariado, n$o teria sido possível conseguir a unidade da classe oper-ria, e, sem a unidade da classe oper-ria, o triunfo da revolu$o prolet-ria teria sido irreali4-vel. >em o esmagamento destes partidos, que a princípio tra%alhavam pela manuten$o do capitalismo e, mais tarde, depois da Cevolu$o de Butu%ro, pela restaura$o dele, teria sido impossível manter a ditadura do proletariado, derrotar a interven$o armada estrangeira e edificar o socialismo. ada tem de casual o fato de que todos os partidos pequeno!%urgueses, que, para enganar o povo se %ati4avam com o nome de partidos :revolucion-rios:, e :socialistas:  os social!revolucion-rios, os mencheviques, os anarquistas, os nacionalistas,  passassem a ser partidos contra!revolucion-rios - antes da Cevolu$o >ocialista de Butu%ro, para se converterem mais tarde em agentes dos servios de espionagem estrangeiros, em um %ando de espi0es, sa%otadores, agentes diversionistas, assassinos e traidores da p-tria. :a época da revolu$o social  disse Zenin  a unidade do proletariado s( pode ser reali4ada pelo artido revolucion-rio avanado do mar"ismo, s( pode ser reali4ada por meio de uma luta implac-vel contra todos os demais partidos:. NZenin, t. ]], p-g. )/, ed. russaO.

=) A hist(ria do artido nos ensina, tam%ém, que o artido da classe oper-ria n$o pode manter a unidade e

a disciplina dentro de suas fileiras, n$o pode cumprir sua miss$o de organi4ador e dirigente da revolu$o prolet-ria, n$o pode cumprir sua miss$o de construtor da nova sociedade socialista, sem uma luta intransigente contra os oportunistas dentro de suas pr(prias fileiras, sem o esmagamento dos capituladores em seu pr(prio seio. A hist(ria do desenvolvimento da vida interna do artido %olchevique é a hist(ria da luta contra os grupos oportunistas dentro do artido e de seu esmagamentoF contra os :economistas:, mencheviques, trosPistas, %uParinistas e porta!vo4es dos desvios nacionalistas. A hist(ria do artido %olchevique nos mostra que todos estes grupos capituladores eram, no fundo, agente do menchevismo dentro do artido, seus satélites e continuadores. ;a mesma sorte que os mencheviques, cumpriam a miss$o de servir de veículos da influHncia %urguesa dentro da classe oper-ria e do artido. or isso, a luta pela liquida$o destes grupos dentro do artido era a continua$o da luta pela liquida$o do menchevismo. >em esmagar os :economistas: e os mencheviques, amais se teria conseguido edificar o artido e condu4ir a classe oper-ria 7 revolu$o prolet-ria. >em esmagar os trotsPistas e %uParinistas, amais se teria conseguido preparar as condi0es necess-rias para a edifica$o do socialismo. >em esmagar os porta!vo4es dos desvios nacionalistas de todos os mati4es, amais se teria conseguido educar o povo no espírito do internacionalismo, n$o se teria conseguido defender a %andeira fraternal entre os povos da .C.>.>., n$o se teria conseguido edificar a ni$o das Cepú%licas >ocialistas >oviéticas. oder!se!ia pensar que os %olcheviques consagraram demasiado tempo a lutar contra os elementos oportunistas dentro do artido, que e"ageraram a import5ncia destes elementos. #as é completamente falso. $o é possível tolerar no seio do artido o oportunismo, como n$o é possível tolerar a e"istHncia de uma úlcera no organismo s$o. B artido é o destacamento dirigente da classe oper-ria, sua fortale4a de vanguarda, seu +stado!#aior de com%ate. $o é possível permitir que no +stado!#aior dirigente da classe oper-ria haa indivíduos pusil5nimes, oportunistas, capituladores e traidores. @ravar contra a %urguesia uma luta de vida ou morte, tendo dentro do pr(prio +stado!#aior, dentro da pr(pria fortale4a, capituladores e traidores, é cair na situa$o de quem se vH atacado a tiros pela frente e pela retaguarda. J f-cil compreender que a luta, nestas condi0es, s( pode levar 7 derrota. B modo mais f-cil de tomar uma fortale4a é atac-!la de dentro. ara conseguir o triunfo, é preciso prirríeiro limpar o artido da classe oper-ria, seu +stado!#aior dirigente, sua fortale4a de vanguarda, de capituladores, desertores, re%utalhos e traidores. ada tem de casual o fato de que os trotsPistas, os %uParinistas, os porta!vo4es de desvios nacionalistas, lutando contra Zenin e contra o artido, tenham aca%ado como aca%aram os partidos mencheviques e social!revolucion-rios convertendo!se em agentes dos servios de espionagem fascista, convertendo!se em espi0es, sa%otadores,. assassinos, agentes diversionistas, traidores da p-tria. :$o é possível triunfar na revolu$o prolet-ria, n$o é possível defendH!la, tendo, nas pr(prias fileiras, reformistas, mencheviques. sto é evidente no terreno dos princípios. A e"periHncia da Cússia e Uungria confirma!o de modo. palp-vel... a Cússia atravessamos muitas ve4es situa0es difíceis em que o regime soviético teria sido infalivelmente derrotado, se tivessem ficado mencheviques, reformistas, democratas pequeno!%urgueses dentro de nosso artido...: NZenin, t. ]], p-gn. L*2!L*3, ed. russaO. :>e nosso partido  disse o camarada >talin  conseguiu forar dentro de suas fileiras uma unidade interior e uma coes$o nunca vista, isso se deve, antes de tudo, ao fato de que sou%e limpar!se a tempo da esc(ria do oportunismo, ogar fora do artido os liquidacionistas e mencheviques. ara desenvolver e consolidar os partidos prolet-rios, é preciso depurar suas fileiras de oportunistas e reformistas, de social!imperialistas e social!chovinistas, de social!patriotas e social!pacifistas. B artido se fortalece depurando!se dos elementos oportunistas:. N>talin, :ro%lemas do Zeninismo:, p-g. '2, ed. russaO. &) A hist(ria do artido nos ensina, além disso, que o artido n$o pode cumprir sua miss$o de dirigente da

classe oper-ria, se, perdendo a ca%ea com os H"itos, comea a vangloriar!se, se dei"a de notar as deficiHncias de seu tra%alho, se teme reconhecer seus erros, se teme corrigi!los no devido tempo a%erta e honradamente. B artido é invencível se n$o teme a crítica nem a autocrítica, se n$o dissimula os erros e deficiHncias de seu tra%alho, se ensina e educa os quadros com o e"emplo dos erros do tra%alho do artido e sa%e corrigir estes erros a tempo. B artido naufraga, se oculta seus erros, se dissimula seus lados fracos, se enco%re seus defeitos com uma falsa e"i%i$o de prosperidade, se n$o tolera a crítica e a autocrítica, se se dei"a penetrar pelo sentimento da fatuidade, se se dei"a levar pelo narcisismo e comea a dormir so%re os louros. :A atitude de um partido político diante de seus erros é  di4 Zenin  um dos critérios mais importantes