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A Senhora Senhora das Especiarias Especiarias Chitra Banerjee Divakaruni Romance Título original: The Mistress o Spices Tradu!"o Tradu!"o de Maria #ilomena Duarte D$M %&'($TE )* edi!"o Booket: +aneiro de ,--. Dep/sito legal n0 ,12-3-4-2 'SB5: 62.762,7,-7898372
Capa &m romance ascinante ue revela os mist;rios universais do cora!"o humano e e
Capa &m romance ascinante ue revela os mist;rios universais do cora!"o humano e e
Contracapa 'migrante indiana nos Estados &nidos= Tilo ; mestra em especiarias> 5a sua loja em $akland= al;m de ornecer os ingredientes para o caril e para o koima= tam?;m ajuda os clientes a alcan!arem uma mercadoria mais preciosa: auilo ue mais dese deseja jam@ m@ uma uma aut autnt ntic ica a sace sacerd rdot otis isa a dos dos pode podere ress mgi mgico coss e secr secret etos os das das especiarias> Atrav;s daueles ue permanentemente visitam a loja de Tilo= conhecemos a vida da comunidade indiana local= longe da sua ptria e dos lugares onde as suas tradi!es s"o compreendidas> Certo dia= um americano solitrio aparece na loja> Tilo ica pertur?ada e n"o consegue desco?rir a especiaria certa= pois ele desperta7lhe um desejo proi?ido> Contudo= se Tilo conseguir os seus desejos perder os poderes mgicos ue possui= o ue ir aectar toda a comunidade>>>
Biograia Chitra Banerjee Divakaruni= nasceu na ndia em )691 e vive nos Estados &nidos> D aulas de Escrita Criativa no #oothill College de os Altos Fill na Cali/rnia desde )66) e ; presidente da MA'TR'= uma institui!"o de au<ílio Gs mulheres asiticas> H autora de vrias o?ras de ic!"o e de uma colec!"o de contos> Em )669 ganhou o IE5 $akland +osephine Miles IriJe or #iction= o BaK Lrea Book Revieer Aard or #iction e o American Book Aard da Beore Colum?us #oundation com o livro de contos Arranged Marriage> Em )662 pu?licou o uarto livro de poesia eaving Nu?a CitK> A Senhora das Especiarias O)662P oi o seu primeiro romance= a ue se seguiu 'rm" da Minha Alma O)666P e A Qideira do Desejo O,--,P>
Aos meus trs homens MurthK Anand A?haK todos eles mestres na arte dos condimentos
Agradecimentos $s meus agradecimentos Gs pessoas e Gs organiJa!es ue se seguem> Todas me ajudaram a tornar o sonho ue era este livro numa realidade> A Sandra Dijkstra= a minha agente= ue coniou em mim desde o meu primeiro conto> A Marta evin= a minha editora= pela vis"o= compreens"o e encorajamento> A Qikram Chandra= Sho?ha Menon Fiatt= Tom +enks= Elaine im= Morton Marcus= +im %uinn= erald Rosen= Roshni Rustomji7erns e C> +> allia pelos seus comentrios e sugestes t"o importantes> Ao Arts Council= ao Município de Santa Clara e C> N> ee Creative riting Contest pelo apoio inanceiro> Ao #oothill College por me ter concedido tempo= atrav;s de uma licen!a sa?tica> U minha amília= em especial G minha m"e= Tatini Banerjee= e G minha sogra= Sita Shastri Divakaruni= pelas suas ora!es> E a urumaKi Chidvilasananda= cuja gra!a ilumina todas as pginas= todas as palavras da minha vida>
Avisam7se os leitores de ue as especiarias mencionadas neste livro s/ devem ser consumidas mediante a supervis"o de uma Mestra ualiicada
T'$ Sou uma Mestra de Especiarias> Tam?;m sei lidar com as outras coisas> Minerais= metais= terra= areia e pedra> As pedras preciosas com o seu ?rilho rio e cristalino> $s líuidos= cujos matiJes nos ouscam at; n"o conseguirmos ver mais nada> Aprendi a lidar com todos eles na ilha> Mas as especiarias s"o a minha pai<"o> Conhe!o7lhes as origens= o signiicado das cores e os aromas> Consigo identiicar cada uma delas pelo nome primordial= uando a Terra se partiu como se osse pele e se oereceu ao c;u> $ seu calor corre7me no sangue> Do amchur ao Jaran= elas o?edecem Gs minhas ordens> Basta um murmVrio e elas revelam7me as suas propriedades ocultas= os seus poderes mgicos> Sim= todas elas tm a sua magia= at; as especiarias americanas ue todos os dias atiramos para dentro da panela= sem pensar> DuvidamW AhX Esueceram7se dos velhos segredos das vossas av/s> Aui vai mais um: as vagens de ?aunilha amolecidas em leite de ca?ra e esregadas no pulso protegem7nos do mau7olhado> E outro: uma pitada de pimenta aos p;s da cama em orma de uarto crescente= cura7nos dos pesadelos> Ior;m= as especiarias verdadeiramente eicaJes s"o as da minha terra natal= o país da poesia ardente= das penas da cor verde7mar> Dos c;us crepusculares ?rilhantes como o sangue> H com essas ue eu tra?alho> Se se colocarem no meio desta sala e andarem G roda devagar= ver"o todas as especiarias indianas ue e Creio ue n"o e Esta loja a?riu apenas h um ano> Mas j muita gente olhou para ela e creio ue sempre assim oi> Ierce?o poru> Qirem a esuina pronunciada da EsperanJa= no sítio onde os autocarros de $akland param de repente= e ver"o> Iereitamente enuadrada entre a estreita porta gradeada do Fotel RosaYs eeklK= ainda enegrecida pelo incndio de h um ano= e a oja de Repara!es de Muinas de Costura e de Aspiradores de ee Ning= com o vidro da montra partido entre o R e o e> &ma montra com manchas de gordura> etras uradas ue diJem ?aJar de especiarias= castanhas= cor de lama seca> dentro= paredes co?ertas de teias de aranha= onde se vem uadros descorados de deuses= de olhos tristes e som?rios> atas cujo ?rilho j desapareceu h muito= cheias de atta= de arroJ ?asmati e de masoor dal> #ilas e ilas de cassetes de vídeo= com ilmes= ue voltaram todos G ;poca do preto e ?ranco> Ie!as de tecido tingido com cores muito antigas= como o amarelo do Ano 5ovo= o verde das colheitas= o vermelho ue d sorte Gs noivas> E= aos cantos= acumulados entre ?olas de cot"o= e De todas as coisas da minha loja= eles s"o os mais antigos> Iorue at; aui neste novo país ue ; a Am;rica= nesta cidade ue se orgulha de ter apenas a idade de um so?ressalto= desejamos sempre as mesmas coisas> Tam?;m eu sou responsvel por isso> Tam?;m eu pare!o ter estado aui desde sempre> H o ue os clientes vem uando entram= ao desviarem7se do molho de olhas verde7plstico de mangueira ue est pendurado G porta para dar sorte: uma mulher curvada= cuja pele ; da cor da areia velha= atrs de um ?alc"o de vidro cheio de mithai= os doces da sua inZncia> Tal como saíam da coJinha da m"e> Buris
verde7esmeralda= rasogollahs ?rancos como a aurora e= eitos de arinha de lentilhas= laddus ue se assemelham a pepitas de ouro> Iarece raJovel ue eu sempre tenha estado aui= ue eu perce?a sem palavras a saudade ue eles tm dos caminhos ue resolveram dei A vergonha dessa saudade= como o gosto levemente amargo ue i ca na ?oca uando mastigamos amlaki para rerescar o hlito> Eles n"o sa?em= evidentemente> 5"o sa?em ue eu n"o sou velha= ue este simulacro de corpo ue rece?i no ogo de Shampati uando jurei tornar7me Mestra n"o ; meu> Reclamo as suas pregas e n/dulos tal como a gua reclama as peuenas ondas ue a enrugam> Eles n"o vem= de?ai $s olhos s"o s/ meus> 5"o> F mais uma coisa ue ; minha> $ meu nome= ue ; Tilo= uma a?reviatura de Tilottama= pois deram7me o nome da semente de s;samo polida pelo sol= uma semente nutritiva> Eles n"o sa?em isto= os meus clientes= nem ue eu j tive outros nomes> Us veJes sinto um peso= como se osse um lago escuro e gelado= uando penso ue neste país imenso n"o h uma Vnica pessoa ue sai?a uem eu sou> Ent"o= digo com os meus ?otes: [5"o aJ mal> H melhor assim>\ 7 em?rem7se de ue vocs n"o s"o importantes 7 diJia a Qelha= a Irimeira M"e= uando nos ensinava na ilha> 7 5enhuma Mestra ; importante> $ importante ; a loja> E as especiarias> A loja> Mesmo para aueles ue nada sa?em do uarto interior com as suas prateleiras sagradas= secretas= a loja ; uma viagem ao país do [podia ter sido\> &ma autocomplacncia perigosa para um povo de pele escura ue veio de algures= ao ual os verdadeiros americanos podem perguntar: [IoruW\ Ah= o apelo desse perigoX Eles gostam de mim porue sentem ue eu compreendo esta situa!"o> Tam?;m me odeiam um pouco pelo mesmo motivo> E depois= as perguntas ue eu a!o> U mulher gorda de cal!as de poli;ster e tVnica da SaeaK= com um carrapito apertado= uando ela se inclina so?re uma peuena pilha de malaguetas verdes= ue reme $ rosto assusta7se como se eu tivesse pousado as m"os no delicado contorno oval do uei Em?ora eu n"o o tenha eito= evidentemente> As Mestras n"o podem tocar naueles ue v"o ao seu encontro> 5"o podem pertur?ar o ei Ior instantes= olho7os i Algumas malaguetas caem ao ch"o= espalhando7se como uma torrencial chuva verde> A crian!a contorce7se nos ?ra!os da m"e= a choramingar> $ olhar aasta7se lentamente= movido pelo medo= pela necessidade> [Bru So? as plpe?ras semicerradas recordam as hist/rias contadas em surdina G noite= junto da lareira= nas suas casas de aldeia>