revolução contemporânea é a da incerteza"(J.BAUDRILLARD) " A revolução
A revolução da incerteza é
produto do capitalismo em sua fase "flexível". Neste contexto a "economia da permanência" cede lugar a chamada cha mada "economia da transitoriedade": tudo passa; a osolescência é plane!ada; os pontos de referência desaparecem; os fluxos de pessoas# imagens# informaç$es# e%uipamentos...& são intensificados. ' declínio das metanarrativas# impede a afirmação de %ual%uer grande verdade. (sto faz da p)s*modernidade o lugar# por excelência# do efêmero# do fugaz# portanto# da incerteza incerteza..
Os adeptos da continuidade dirão %ue a
incerteza é resultado de ruscas mudanças na modernidade# e portanto# nenhuma novidade atualmente. + certo %ue ,arx !- dizia: "tudo o que é sólido, desmancha no ar"; a tradição começa seu processo de desmantelamento. untamente com ,arx# Nietzsche reconhece %ue as coisas na modernidade estão impregnadas i mpregnadas de seu contr-rio# mudam rapidamente e !- nada parece seguro. /orém a incerteza p)s*moderna apresenta uma intensidade sui generis; nada chega a ser s)lido e !- desmancha no ar; ela chegou 0 "excrescência" ("que se desenvolve de modo incontrolável"* J.Baudrillard ). Incerteza %ue marca o mundo do traalho e da produção# advinda das profundas mudanças nos
processos e nos mercados mercados de traalho# nos produtos produtos e padr$es de consumo. consumo. 1caa 1caa a certeza do traalho em tempo integral. 1dispersão 1 dispersão geogr-fica da produção torna desconhecida a origem do produto# e na maioria das vezes vezes o indivíduo fica perdido em meio meio a infinidade de ofertas apresentadas pela sociedade de consumo. Na esfera do político# a corrupção# a
defesa dos privilégios e os discursos vazios# estão colocando em xe%ue a política a política tradicional; tradicional; em seu lugar# as micropolíticas começam a romper o paternalismo# o extremismo ideol)gico# ideol)gico# e suas amargas conse%2ências; lutam contra a poreza poreza política uscando uma efetiva participação participação dos indivíduos. /orém a fragmentação entre elas tem sido astante denunciada# ficando a seguinte prolem-tica: existem possiilidades reais de unificação das micropolíticas3; ou# esta fragmentação persistir- como resposta a degenerescência da atividade política e de sua organização3; a solução de %uest$es deve ser aandonada em favor de melhorias parciais e específicas3 No %ue tange ao aspecto s)ciocultural# temos cotidianamente "a técnica e as cincias nos con!rontando com um mundo de!initivamente irreal, além de todo o princpio de verdade e de realidade"(J.Baudrillard). ,ídia# imagem e espet-culo faricam simulacros de indivíduos# de
produtos# de instituiç$es e da da política. 1 d4vida: se verdade ou falsidade# falsidade# original ou c)pia# real ou imagin-rio...é oscurecida. 5m exemplo: *"o !ovem 6avid pergunta ao supercomputador "oshua": "esta guerra termonuclear total é um #ogo, uma simulação ou a realidade$ oshua responde: % qual é a di!erença$(diálogo do filme "Wargames",In "Wargames",In J.!esneau#). J.!esneau#). Nas relaç$es interpessoais# os laços duradouros se desintegraram# e não h- mais "concessão nem aquisição de direitos e o&rigaç'es"($.Bauman). %udanças constantes em todas as esferas da vida; sociedade da
incerteza permanente e irredutível. (ncerteza: 4nica coisa s)lida %ue não se desmancha nos ares p)s*modernos. ' rio de 7er-clito transformou*se num mar ravio. 6e um lado# uma reação de insegurança generalizada# ansiedade# uma atmosfera de "medo am&iente" (%.Doel) e crítica sem solução& do outro# atitudes criativas e respons-veis como resposta aos desafios desta revolução. 8omo 8o mo
tudo é incerto# as possiilidades para geração "do novo" são ampliadas9aertas# podendo*se reavivar constantemente a imaginação; a certeza pode ser enceguecedora. O importante# e na maioria das vezes não evidenciado# é %ue "aceitar que não vai haver certezas, que vivemos na e com a contingncia, não representa uma perda, pois as promessas da certeza eram, desde o incio, irrealizáveis" (B.'mar).
A idéia de "pós-modernismo" surgiu pela primeira vez no mundo hispânico, na década de 1930, uma geração anes de seu aparecimeno na !nglaerra ou nos #A$ %err& Anderson, conhecido pelos seus esudos dos 'en(menos culurais e pol)icos conemporâneos, em "As *rigens da %ós-+odernidade" 1999, cona .ue 'oi um amigo de #namuno e *rega, /rederico de *n)s, .ue imprimiu o ermo pela primeira vez, emora descrevendo um re'luo conservador denro do próprio modernismo$ +as coue ao 'ilóso'o 'ranc2s ean-/rançois 4&oard, com a pulicação "A 5ondição %ós-+oderna" 1969, a epansão do uso do conceio$ m sua origem, pós-modernismo signi'icava a perda da hisoricidade e o 'im da "grande narraiva" - o .ue no campo eséico signi'icou o 'im de uma radição de mudança e rupura, o apagameno da 'roneira enre ala culura e da culura de massa e a pr7ica da apropriação e da ciação de oras do passado$ A densa ora de /rederic ameson181 "%ós-+odernismo" 1991, enumera como )cones desse movimeno: na arte, And& ;arhol e a pop art , o 'oorrealismo e o neo-epressionismo< na música, ohn 5age, mas amém a s)nese dos esilos cl7ssico e "popular" .ue se v2 em composiores como %hilip =lass e >err& ?ile& e, amém, o pun@ roc@ e a ne ave"< no cinema , =odard< na literatura, ;illiam Burroughs, >homas %&nchon e !shmael ?eed, de um lado, "e o nouveau roman 'ranc2s e sua sucessão", do ouro$ Ca arquitetura, enreano, seus prolemas eóricos são mais consisenemene ariculados e as modi'icaçDes da produção eséica são mais vis)veis$ ameson apona a imricação enre as eorias do pós-modernismo e as "generalizaçDes sociológicas" .ue anunciam um ipo novo de sociedade, mais conhecido pela alcunha "sociedade pós-industrial "$ le argumena .ue ".ual.uer pono de visa a respeio do pós-modernismo na culura é ao mesmo empo, necessariamene, uma posição pol)ica, impl)cia ou epl)cia, com respeio E naureza do capialismo mulinacional em nossos dias"$ Fale oservar .ue %err& Anderson, ao ser convidado a 'azer a apresenação do livro de ameson, erminou escrevendo o seu próprio GAs origens da pósmodernidadeH, consiuindo assim uma espécie de IinroduçãoJ ao conceio$ Cele diz .ue o modernismo era omado por imagens de m7.uinas 8as indKsrias en.uano .ue o pós-modernismo é usualmene omado por Gm7.uinas de imagensH p$10L da elevisão, do compuador, da !nerne e do shopping centers. A modernidade era marcada pela ecessiva con'iança na razão, nas grandes narraivas uópicas de rans'ormação social, e o deseMo de aplicação mecânica de eorias asraas E realidade$ ameson 1
oserva .ue “essas novas máquinas podem se distinguir dos velhos ícones futuristas de duas formas interligadas: todas são fontes de reprodução e não de ‘produção’ e á não são sólidos esculturais no espaço. ! ga"inete de um computador dificilmente incorpora ou manifesta suas energias específicas da mesma maneira que a forma de uma asa ou de uma chamin#$ ciado por Anderson, p$10L$
%ara =ianni Faino N001 Ga chamada "pós-modernidade" aparece como uma espécie de ?enascimeno dos ideais anidos e cassados por nossa modernidade racionalizadora$ sa modernidade eria erminado a parir do momeno em .ue não podemos mais 'alar da hisória como algo de uni7rio e .uando morre o mio do %rogresso$ O a emerg2ncia desses ideais .ue seria respons7vel por oda uma onda de comporamenos e de aiudes irracionais e desencantados em relação E pol)ica e pelo crescimeno do ceticismo 'ace aos valores 'undamenais da modernidade$ sar)amos dando Adeus E modernidade, E ?azão /e&eraend Puem acredia ainda .ue "odo real é racional e .ue odo real é racional"QegelR Pue esperança podemos deposiar no proMeo da ?azão emancipada, .uando saemos .ue se financeiro sumeido ao Mogo cego do mercadoR 5omo pode o homem ser 'eliz no inerior da lógica do sistema , onde só em valor o .ue funciona segundo previsDes, onde seus deseMos, suas paiDes, necessidades e aspiraçDes passam a ser racionalmene administrados e manipulados pela lógica da e'ic7cia econ(mica .ue o reduz ao papel de simples consumidor”. * pensador rasileiro Sérgio %aulo ?ouane no seu esudo GAs origens do !luminismoH 19T6 oporunamene oserva .ue o pre'io pós em muio mais o senido de eorcizar o velho a modernidade do .ue de aricular o novo o pós-moderno$ *u seMa, o .ue h7 é uma Gconsci2ncia de rupuraH, .ue o auor não considera uma Grupura realH$ ?ouane escreve: Gdepois da eperi2ncia de duas guerras mundiais, depois de Aushiz, depois de Qiroshima, vivendo num mundo ameaçado pela ani.uilação a(mica, pela ressurreição dos velhos 'anaismos pol)icos e religiosos e pela degradação dos ecossisemas, o homem conemporâneo es7 cansado da modernidade$ >odos esses males são ariu)dos ao mundo moderno$ ssa aiude de reMeição se raduz na convicção de .ue esamos ransiando para um novo paradigma$ * deseMo de rupura leva E convicção de .ue essa rupura M7 ocorreu, ou es7 em vias de ocorrer $$$$ * pós-moderno é muio mais a 'adiga crepuscular de uma época .ue parece einguir-se ingloriosamene .ue o hino de MKilo de amanhãs .ue desponam$ U consci%ncia pós-moderna não corresponde uma realidade pós-moderna$ Cesse senido, ela é um simples mal-esar da modernidade, um sonho da modernidade$ O lieralmene, 'alsa consci2ncia, por.ue consci2ncia de uma rupura .ue não houve, ao mesmo empo, é amém consci2ncia verdadeira, por.ue alude, de algum modo, Es de'ormaçDes da modernidadeH$ Esquerda e a pós-modernidade
A es.uerda radicional, no Brasil, orce o nariz com o ermo pósmodernidade$ 5io dois eemplos: o hisoriador 5iro /lamarion 5ardoso 199V, diz .ue o Gparadigma pós-modernoH é 'undado no ani-racionalismo suMeivisa, GdesconsruivisaH, na denuncia dos ecessos da ci2ncia$ 5ardoso descon'ia da reórica dos pós-modernisas, por vezes, apod)icas, com a'irmaçDes apresenadas como se 'ossem aiom7icas e auoevidenes$ ?eclama, ainda, do desleio eórico e meodológico de seus argumenos$ >amém Wermerval Saviani 199N e 1996, .ue é um dos epoenes da 'iloso'ia da educação rasileira, na sua pedagogia hisórico-cr)ica, de 'undamenação marisa, reconhece no pós-moderno ão somene e'eios de uma época de G'ragmenaçãoH e Gsuper'icialidadeH, um per)odo de Gdecad2ncia da culuraH, de Gesvaziameno do raalho pedagógico na escolaH, en'im, seria mais um meio ardiloso da produção ideológica IpóscapialisaJ para encorir a percepção dos homens a respeio do desenvolvimeno hisórico$ ameson amém eria Gideni'icado 'irmemene o pós-modernismo com um es7gio do capialismo, enendido segundo os cl7ssicos ermos marisasH N8N$ Co 'undo, parece eisir neses argumenos acima, uma espécie de ciKme ou receio de .ue Ga pós-modernidade seria um suposo per)odo onde a urguesia deiaria de ser classe revolucion7ria e passaria a ser classe dominane, e, assim 'azendo, volar-se-ia conra a própria culura pois, agora, eria .ue se perpeuar no poder aravés, emora não eclusivamene, de mecanismos ideológicosH dio por =Q!?A4W44! r, 199V$ *u seMa, a end2ncia marisa da pedagogia rasileira opa pela modernidade e despreza a idéia de pós-modernidade por esa insinuar o esvaziameno do caminho dogm7ico rumo ao socialismo, via revolução$ *s sinais do pós-modernismo .ue mais parecem incomodar a es.uerda radicional e a direia reacion7ria, resumindo, são: no campo político, a aiude desineressada, despoliizada no senido radicional< os pósmodernos, aparenemene 'alam e agem sem o peso da GangKsia de in'luenciaH Bloom$ >amém são avessos aos eremismos cl7ssicos, do ipo Ges.uerda-progressisaH e Gdireia-conservadoraH, uma vez .ue acrediam esarem esas de'iniivamene superadas$ *s pós-modernisas, como M7 'oi dio, descaram a idéia de revolução como passapore necess7rio para uma Gnova sociedade", um "novo homemH e uma Gnova 'elicidade realisaH Gsem classesH e Gsem desigualdadeH$ Faler dizer .ue além da descrença, eise o 'ao das revoluçDes ocorridas no socialismo real, resularam em oaliarismos, 'racasso econ(mico e decepção da população origada a conviver com a 'ala de lierdade$ Co campo da arte e na estética, parece incomodar a Gemancipação do vulgarH e a misura de g2neros$ Co campo da moral, eise a end2ncia a olerância, o respeio as di'erenças humanas, o pluralismo radical, ou seMa, Gsem inimigos a derroarH< por vezes, amém parecem se posicionar numa aiude de neuralidade moral 'rene Es discussDes .ue se encaminham para polarizaçDes .ue cheiram ao mani.ue)smo$ Co campo da educação, eise o discurso por um ensino e uma pes.uisa iner ou ransdisciplinar$ A.ui, a cr)ica maior é dirigida ao ensino cieni'icisa, especializado, .ue eima em 2
'azer apologia do progresso, cego aos seus Ie'eios colaeraisJ$ * culto ao progresso, o culto da ci%ncia e o culto da ra&ão'83, e o desprezo Es ouras 'ormas de conhecimeno, são caracer)sicas da modernidade, do iluminismo, cuMos e'eios colaerais pudemos senir ao longo do século N0$ Ca verdade, o progresso cien)'ico e da indusrialização, 'ez arir a caia de %andora, cuMos e'eios são vis)veis nos dados ao meio amiene, na viol2ncia urana e na poreza dos homens$ Ca filosofia, aparece E oposição a radição essencialisa, a adoção pela pluralidade de argumenos, com a proli'eração de paradoos e do paralogismo X anecipadas na 'iloso'ia de Ciezsche, ;igensein e 4evinas$ Co campo epistemológico , o suMeio pós-moderno descon'ia dos Ggrandes sisemas eóricosH ou da Ggrande idéiaH, .ue, no 'undo é de inspiração religiosa X viso .ue são as religiDes .ue sempre promeem a 'elicidade uma Gidade de ouroH num empo 'uuroV8V$ As religiDes vivem dese ipo de propaganda enganosa$ A ação pol)ica pós-moderna, descrene da ação pol)ica radicional paridos pol)icos, sindicaos, eleição de represenanes, ec, pre'ere auar aravés de açDes volun7rias aravés de *C=s, em como nos aos mais ou menos esponâneos de grupos e de suMeios .ue invesem, por eemplo, em melhorar a saKde da sociedade$ São as açDes pró educação para diminuir a viol2ncia no rânsio, açDes pró educação amienal, a lua pela einção do aagismo e das drogas, a prevenção da WS> e A!WS, a paricipação de açDes conra a 'ome, presar serviço para a eliminação do anal'aeismo, a paricipação nos proMeos e-learning( ec, podem ser de inspiração pósmodernisaL8L$ Alguns sintomas no sujeito pós-moderno
?ouane se arrisca em 'azer uma psicopaologização ao considerar, primeiro, o moderno essencialmene como conradiório$ O na modernidade .ue /reud e depois mais radicalmene ;$ ?eich, amos esaelecem a coneão repressão seual e en'ermidades menais$ )egundo, a sociedade pós-moderna ir7 'avorecer o surgimeno de um hedonismo socializado pela m)dia e, de cera 'orma, respondida pela própria sociedade como sinoma Gsociedade espe7culoH Weord$ Ca sociedade ocidenal pós-moderna a visiilidade de cenas ende a ser oscena, .uando eclui a dimensão da suMeividade e da privacidade das pessoas$ *u seMa, anula-se a dimensão do privado, ornando GudoH pKlico, do coidiano dos ansiosos por 'ama dos e-an(nimos do programa elevisivo Big Broher, aos M7 'amosos da revisa 5aras, e, amém, o riual hisérico dos evangélicos, dos carism7icos e islâmicos, .ue se o'erecem para serem visos pela elevisão seduzindo odos com suas GMusas causasH, aos miser7veis igualmene noiciados e 'oogra'ados decorrenes de algum 'ao Mornal)sico$ 3
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*s sinomas de oscenidade da era moderna de eploração seual ou de eploração do raalho, operavam sempre no oculo, eram marginalizadas aos suerrâneos da vida social$ *s disposiivos ideológicos de manuenção das cosias como esavam, eram a opressão social, a repressão ps).uica e o raalho ideológico de recondução da liido para 'ins de raalho ou eploração indusrial< hoMe, na sociedade pós-moderna, re'orçando o .ue 'oi dio acima, operam mecanismos de promoção da visiilidade do .ue era privado, como se decreasse o fim do segredo ou o fim da intimidade. A doença da era moderna era a hiseria, onde ocorria a earalização do suMeio incapaz de suporar ana repressão, originada no con'lio endops).uico$ /reud 'unda a psican7lise graças Es hiséricas .ue lhe insinuam um gozo imposs)vel$ * mal-estar da culura pós-moderna é mais compleo, os sinomas suMeivos se pulverizaram no dis'arce coleivo, parecendo .ue Gesamos odos emH, al como auo-enganava o personagem de +arcelo +asroianni, no 'ilme ialiano de mesmo nome$ * mal-estar pós-moderno é vis)vel e rivial, epressado na linguagem do coidiano do raalho compulsivo, muias vezes vendido como se 'osse GlazerH ou Gócio criaivoH, .ue gera stress, a perversão, a depressão, a oesidade, o édio$ m ermos de paologia social, a modernidade 'ez surgir coisas conradiórias como indKsrias e a aiude lieral, a ci2ncia, a ecnologia, a muliplicação da população pore e de guerras racionais$ A pósmodernidade marca o decl)nio da 4ei-do-%ai, cuMo e'eio mais imediao no social é a anomia, onde a perversão se v2 livre para se mani'esar em diversas 'ormas, como na viol2ncia urana, no errorismo, nas guerras ideologicamene consideradas GMusasH, GlimpasH ou GcirKrgicasH$ A razão c)nica é cada vez mais insrumenalizada$ !so é, não asa ser ransgressivo, ou perverso-imoral, # preciso se construir uma ustificativa “moral$ para atos imorais ou perversos$ Yize@ N00V cia o escaroso caso dos necró'ilos, nos #A, .ue se Mulgam no GdireioH de 'azer seo com cad7veres$ *u seMa, .ual.uer cad7ver é Gum poencial parceiro seual ideal de suMeios IoleranesJ .ue enam eviar oda e .ual.uer 'orma de molesameno: por definição( não há como molestar um cadáver H$ Ca pós-modernidade a perversão e o estresse são sinomas resulados da 'ala-de-lei, da 'ala-de-empo, e da 'ala-de-perspeciva de 'uuro, por.ue udo se desmoronou do muro de Berlin a crença nos valores e na esperança$ G>udo se ornou demasiadamene próimo, prom)scuo, sem limies, deiando-se penerar por odos os poros e ori')ciosH, diz Yize@$ Cossa sociedade é regida mais do .ue pela ânsia de Gespe7culoH< eise a ânsia de prazer a .ual.uer preço, não made in id 8!sso mas made in Superego$ * superego pós-moderno Gudo valeH e Gudo deve por.ue podeH$ >odos se senem na origação de se diverir, de Gcurir a vida adoidadoH e de Graalhar muio para er dinheiro ou pres)gio socialH, não imporando os limies de si próprio e dos ouros$ As pessoas se senem no dever de se vender como se 'osse um pra&er( de 'azer ceia de naal em casa E meia noie, de comemorar o gol .ue odo mundo es7 comemorando, de curir o carnaval nos 3 ou V dias, de seguir uma religião, de usar celular sem moivo concreo, de gasar o dinheiro .ue não 2m, de repar oda noie por.ue odos dão a impressão de 'az2-lo, de 'azer cursos e mais cursos, ascender na empresa, escrever mil e um arigos por ano na universidade, en'im,
odos parecem viver na GorigaçãoH de se cumprir uma ordem invis)vel, e de ser visivelmente 'eliz e vencedor$ * senhor invis)vel .ue no manda é o superego pós-moderno< Gele manda voc2 senir prazer na.uilo .ue voc2 é origado a fa&er H$ , ai da.uele .ue não consegue, ou .ue se nega seguir a moral de reanho, pagar7 de r2s modos: ser7 esigmaizado pelos seus pares Gle .uerou o código, é um raidor do super-ego pós-modernoZH, ou pagar7 com um err)vel senimeno de culpa ou, ainda, so'rer7 os sinomas de uma doença psicossom7ica$ Cão é sem moivo .ue os lugares de raalho em .ue a compeição é mais acirrada, onde não eisem limies de'inidos enre raalho, esudo e lazer, .ue enconramos pessoas .ueiosas, in'elizes, 're.[enemene visiando os médicos e hospiais$ Se a modernidade promeia a 'elicidade aravés do progresso da ci2ncia ou de uma revolução, a pós-modernidade promee um nada .ue preende ser o solo para udo$