ORGANIZAÇÃO PROFESSORA NAYRA R. DA CRUZ ESCOLA ESTADUAL “RUI BARBOSA” E.F.M.P
A MORENINHA Joaquim Manoel de Macedo
ARAPOTI – PR 2011
A Moreninha
Autor: Joaquim Manoel de Macedo Resumo da Obra “A Moreninha”, primeiro romance escrito no Romantismo brasileiro, passa-se no Rio de Janeiro do século XIX, e conta a história de uma aposta feita por quatro estudantes de Medicina. Augusto, conhecido como namorador incorrigível, viaja com seus amigos Filipe, Fabrício e Leopoldo para passarem um fim de semana na casa de D. Ana, avó de Filipe, situada em uma ilha( Ilha de Paquetá); lá também estão Carolina, irmã de Filipe, que é “a moreninha”, e duas primas, Joana e Joaquina. Como Augusto garante ser incapaz de apaixonar-se por uma mulher por mais de quinze dias, Filipe propõe-lhe uma aposta: se Augusto amasse uma só mulher durante quinze dias ou mais, deveria escrever um romance narrando acontecimento; se isso não acontecesse, quem escreveria o romance seria Filipe. O que ninguém sabe é que Carolina, “a moreninha”, está no destino de Augusto.Um dia, Augusto conta a D. Ana que, quando tinha treze anos, ele viajara com seus pais até uma praia onde conheceu uma garotinha de oito anos, com quem brincava, quando um pobre menino pediu-lhes ajuda; foram todos até uma cabana, em que um havia uma pobre velha e três meninos, mal vestidos e magros, ao redor de um leito em que jazia um homem moribundo. Para ajudá-los, Augusto e a menina deram todo o dinheiro que tinham. Agradecendo-lhes, o moribundo pediu de cada um deles um objeto de valor: Augusto deu-lhe um camafeu de ouro e a menina, um botão de esmeralda; a velha, mãe do moribundo, envolveu o camafeu em um breve branco e a esmeralda em um breve verde, e deu o breve verde (com a esmeralda) ao menino e o breve branco (com o camafeu) à menina, para que no futuro pudessem reconhecer-se: assim, se conservassem o amor um pelo outro, poderiam ser felizes juntos. O que Augusto não podia saber, mas descobre ao fim do romance, é que Carolina, por quem na ilha se apaixonara e com quem marcara casamento, é a menina que havia encontrado quando criança, e que ainda guarda consigo o camafeu. No fim do livro, descobrimos que “A Moreninha” é exatamente o título do romance escrito por Augusto para pagar a promessa feita com Filipe.Pioneiro do Romance brasileiro, "A Moreninha" expressa valores de fidelidade e respeito, permanecendo por isso atual como um livro que trata do amor e do sentimento moral do ser humano. Agora vocês irão presenciar uma peça de teatro, onde os alunos do 3ª Ano do Ensino Médio encenarão uma cena da Obra “A Moreninha”. A cena acontece em um salão de festa na casa de D. Ana.
Cenário
Salão de festa ( palco), um tapete (grande), teclado (piano), um sofá (estilo madeira com almofadas, dois lugares), arranjo de flores, vaso de flor, dois biombos( para colocar as cortinhas), cortinas, um violão e um pulf, cadeira de vovô.
Participantes Carolina: Daiana Joana: Nataly Joaquina: Taciane Augusto: Filipe: Fábio Fabrício: Valmiro Leopoldo: Clementina: Angelica Gabriela: Evilaine D.Ana: Jociane D. Violante: Karine James : Pianistas : Fabricio Senhoras: 1 Senhores: 1
Peça de Teatro “A Moreninha” 1ª Cena (Ana, Clementina com Felipe, Augusto com Gabriela, Fabrício, Carolina, Leopoldo, James com Violante, Joana, Joaquina, senhoras e cavalheiros.) FELIPE - Pares! Pares! Vamos dançar, achem seus pare! JAMES - Eu tomo conta do piano e toca uma bela música... VIOLANTE - Menos essa! quero dançar e não prescindo do meu belo cavalheiro. JAMES - Obrigado. (Com raiva) JOANA - Perdão, D. Clementina! foi sem querer. (Faz-lhe cair o lenço, e ao apanhá-lo, troca-o pelo de Augusto.) CLEMENTINA - Ora, D. Joaninha! que bondade! (Recebe o lenço.) JAMES - Ah! Dr. Felipe, que droga de destino!... lembra fogo de barraqueiros? Estou como se estivesse lá... (Forma-se a contradança. Leopoldo dança com Joaquina, Fabrício com Carolina, um cavalheiro ou uma sra. toca o piano.) CAROLINA (A Fabrício) - Eu danço, mas há de ser de com Mr. James. JAMES - Moreninha, eu quero! E fico consolado!... VIOLANTE - Consolado de que? JAMES - De não tocar piano... obrigado! (Começa a contradança. Augusto repara no botão de rosa ao peito de Fabrício que Gabriela lhe o mostra. Carolina repara nas violetas que Gabriela tem ao peito, fica triste depois dança com ardor.) JAMES (Na segunda marca) - Moreninha, não dance triste!... CAROLINA - Eu triste? (Dança vivamente) Ora!... VIOLANTE - Bravo, Mr. James! (James dança frenético. Violante o imita. Acaba a contradança, entram criados trazendo em bandejas caras e batatas. Os cavalheiros e sras.
servem-se e vão saindo. Soam de novo os foguetes e os vivas dentro.) Carolina com James Joana com Fabrício Clemente com Filipe Gabriela e ________ Joaquina e Leopoldo Violante e Augusto Juliana e Uesley
Dança
2ª Cena
( Carolina, Augusto, Amigos de Augusto, )
CAROLINA (Recita ao piano) Minha esperança que raiou tão linda Nos sonhos d'alma em ilusão d'amor, Murchou tão cedo, como ao vento gélido Descora e murcha na solidão a flor. (Levanta-se e fala) - Ora! pois que murchasse!... que vale a flor que murchou?... (Triste depois de breve silêncio) flor que murchou!...
CAROLINA (canta) Eu sei que vou te amar Por toda a minha vida eu vou te amar A cada despedida eu vou te amar Desesperadamente Eu sei que eu vou te amar E cada verso meu será pra te dizer Que eu sei que vou te amar Por toda a minha vida Eu sei que vou chorar A cada ausência sua eu vou chorar Mas cada volta sua há de apagar O que essa ausência sua me causou Eu sei que vou sofrer A eterna desventura de viver A espera de viver ao lado teu Por toda a minha vida CAROLINA- Augusto Augusto - Carolina preciso declarar-me – Quero ter ti como esposa. Casa-se comigo? CAROLINA – Porém vós não estais compromissados com a menina da praia? AUGUSTO – Não mais, pois é de ti o meu coração, és a minha amada. CAROLINA – Não, não, se fizeste um juramento, tens que cumprir, pois assim como traíste a sua esposa, poderás me trair também. AUGUSTO - então irei embora, sumirei da ilha de Paquetá, não estudarei, não farei mais nada.
CAROLINA – Augusto, por que não vai atrás da menina da praia? AUGUSTO –Quem me dera! Impossível eu não sei quem é ela, apenas guardo este brevi, e também não me importa, pois meu coração agora é seu. CAROLINA – Eu me recordo deste brevi, e também tenho um deste. Por acaso recordas disso? AUGUSTO – Claro, como eu poderia me esquecer! – Augusto, quero lhe dizer-te que eu sou a menina da praia. AUGUSTO – Oh infinita felicidade, que o destino trouxe-me a minha amada – te amei então duas vezes. Carolina, casa-se comigo?, te quero como esposa. CAROLINA – Ah meu amado, é claro que sim, e para todo o sempre serei sua amada. FELIPE (Batendo no ombro de Augusto.) - Ex-bandoleiro! perdeste a aposta! deves-me uma comédia. AUGUSTO - Perdi, ganhando: a comédia está pronta. FELIPE - Como se intitula?... AUGUSTO - Que pergunta!!... é a Moreninha. FIM
Letra da Música: “Eu sei que vou te amar - Vinicius de Moraes