Ginecologia Afecções frequentes em ginecologia: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
Sangramento Uterino Anormal; Mioma; Doença Inflamatória Pélvica; Vulvovaginites; Distopias genitais; Incontinência Urinária; CA colo uterino.
Ginecologia Ciclo menstrual •
CICLOS SEXUAIS FEMININO:
Preparam o sistema genital para a gravidez. Inicio: menarca
Ovariano Endometrial.
Término: menopausa Duração: 28 dias Menstruação: perda sanguínea periódica. EUMENORRÉIOCO: Ciclo menstrual normal
__3-5 dias_ 28-30 dias
Ginecologia Ciclo menstrual REGULAÇÃO HORMONAL: Hipotálamo GnRH (Hormônio liberador de gonadotrofina)
Participam da síntese de GnRH os neurotransmissores: Catecolaminas, serotoninas, endorfinas, catecolestrôgenios.
Hipófise Anterior LH (Hormônio Luteinizante) FSH (Hormônio Folículo Estimulante)
Ginecologia Ciclo menstrual REGULAÇÃO HORMONAL: Hipotálamo GnRH (Hormônio liberador de gonadotrofina)
Hipófise Anterior LH (Hormônio Luteinizante) FSH (Hormônio Folículo Estimulante)
Ovário Maturação do folículo Ovulação Desenvolvimento de corpo lúteo
Estimula desenvolvimento do folículo
Corpo Lúteo Estrógeno
Progesterona
Maturação dos órgãos reprodutores Prepara o endométrio para gravidez Desenvolvimento dos caracteres sexuais e manutenção durante a mesma Espessamento do endométrio
Estrogênio em pequena quantidade e progesterona em grande quantidade: Inibem a produção de FSH e LH.
Ginecologia Ciclo menstrual CICLOS SEXUAIS FEMININO: • Ovariano: • • •
Desenvolvimento folicular; Ovulação; Formação de corpo lúteo.
Fases: 1. Proliferativa Folicular ou estrogênica: Inicia no 1º dia do ciclo ate a ovulação; Proliferação do endométrio; Desenvolvimento folicular: ação FSH Produção de estrogênio: folículo maduro 2. Secretora Lútea ou progesterônica: Inicia com a ovulação; Glândulas do endométrio secretam nutrientes; Formação do corpo lúteo Corpo lúteo: produz progesterona
Ginecologia Ciclo menstrual CICLOS SEXUAIS FEMININO: •Ovariano:
Ginecologia Ciclo menstrual CICLOS SEXUAIS FEMININO: • Endometrial : Útero:
Endométrio: 3 camadas
Fases: 1. Proliferativa ou estrogênica: Camada funcional se desenvolve – estrogênio; Endométrio reepitalizado dentro de 3-7 dias após inicio da menstruação, aumenta sua espessura. 2. Secretória ou progesterônica: Estrogênio causa proliferação do endométrio; Progesterona causa inchaço no endométrio e desenvolvimento de sua capacidade secretora. Estas alterações endometriais tem a finalidade de criar um endométrio com grande capacidade secretora contendo grande reserva de nutrientes, proporcionando condições adequadas de implantação do ovo.
Ginecologia Ciclo menstrual
Ginecologia Sangramento Uterino Anormal •
DEFINIÇÃO:
Sangramento causado por distúrbio do eixo hipotálamo-hipófise-ovário, na ausência de doença anatômica do trato genital.
•
DIAGNÓSTICO:
Feito por exclusão, devendo-se afastar outras causas. •
ETIOLOGIA:
1. Excesso de estrogênio: proliferação excessiva do endométrio, com incapacidade de sustentação do mesmo. Ocorre em ciclos anovulatórios. 2. Deficiência de estrogênio: deficiência na reepitelização do endométrio, com maior tempo para o controle do sangramento menstrual. 3. Deficiência de progesterona: sangramento de escape (spotting).
Ginecologia Sangramento Uterino Anormal • 1. • •
ALTERAÇÕES DO CICLO MENSTRUAL: Quanto a duração: Hipermenorréia Hipomenorréia
2. Quanto a quantidade: • Menorragia • Oligomenorragia 3. • • • •
Quanto ao intervalo: Proiomenorréia Polimenorréia Opsomenorréia Espaniomenorréia
4.Outros: • Menóstase • Metrorragia • Dismenorréia • Spotting.
Ginecologia Sangramento Uterino Anormal • AMENORRÉIA: PRIMÁRIA: Quando completado 16 anos e a menarca não surgiu. SECUNDÁRIA: Quando na vigência de ciclos menstruais regulares, a menstruação falta por dois ou três ciclos consecutivos. TRATAMENTO; • ETIOLOGIA: Conforme a FISIOLÓGICA: causa Pré menarca, gravidez, puerpério, lactação, pós menopausa. PATOLÓGICA: Decorre de alterações orgânicas ou funcionais do útero, ovário, hipófise, hipotálamo, tireóide. CAUSAS: Infecções ou destruição do endométrio, ausência de ovário, ovários hiperfuncionais ou hipofuncionais, síndrome do ovário policísticos, tumores ovarianos malignos, patologias do hipotálamo e hipófise.
Ginecologia Sangramento Uterino Anormal • DISMENORRÉIA: Menstruação dolorosa. • INCIDÊNCIA: 18 a 25 anos; Diminui a intensidade; Melhora com atividade sexual, gravidez e parto. PRIMÁRIA: inicia desde menarca SECUNDÁRIA: quando surge em qualquer época. • SINTOMAS: Cólica embaixo ventre, podendo irradiar para região lombar e coxas; Pode ser intensa com presença de calafrios, cefaléias, náuseas, vômitos e palidez.
Ginecologia Mioma •
DEFINIÇÃO:
Leiomioma ou fibroma; Tumor sólido benigno de evolução lenta que se desenvolve no miométrio, constituído de fibras musculares lisas e tecido conjuntivo, pobre de vasos, crescendo em formas de nódulos. Instala-se com maior frequência no corpo do útero. • INCIDÊNCIA: Acomete até 30% das mulheres em idade fértil Mais frequente entre 35 a 45 anos; Mais frequente em mulheres da raça negra; Tumores pequenos regressão após a menopausa; Raramente surgem ´pós menopausa.
Fatores de risco: • • • • •
História familiar; Idade; Raça Negra; Nuliparidade; Hipertensão Arterial; • Álcool; • Menarca precoce.
Ginecologia Mioma CLASSIFICAÇÃO – LOCALIZAÇÃO NO MIOMÉTRIO •
Submucosos
•
Intramurais
•
Subserosos
•
Pediculados
SINTOMAS: •
Alterações menstruais: metrorragia, menorragia ou hipermenorréia são as mais frequentes;
•
Dismenorréia e dor pélvica: sensação de pressão ou desconforto causado pelo tamanho e peso dos miomas pressionando as estruturas adjascenes;
•
Aumento do volume abdominal/uterino: presença de tumoração uterina;
•
Compressão de órgãos vizinhos;
•
Anemia;
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Abortamento de repetição;
•
Infertilidade por obstrução ou deslocamento do trato genital.
A maioria não causam sintomas
Ginecologia Mioma • DIAGNÓSTICO Clínico: Anamnese – investigar sintomas, massa palpável no abdome inferior em direção à pelve, fibrosa ou endurecida, de contornos irregulares e arredondados. Aumento do volume uterino ao toque combinado bimanual. USG de pelve: avaliação do tamanho e localização dos miomas. Diagnóstico diferencial com outros tumores pélvicos.
Ginecologia Mioma • TRATAMENTO Clínico Controle do sangramento: AINEs, hormonioterapia.
Preparo pré-operatório de miomectomia: análogos de GnRH
Cirúrgico
Cirurgia radical: histerectomia Cirurgia conservadora: miomectomia
Os tumores que não apresentam sintomas, não são tratados, apenas acompanhados.
Embolização de artérias uterinas Injeção de partículas na circulação uterina, com objetivo de interromper o fluxo sanguíneo dos miomas, provocando destruição.
Ginecologia Doença Inflamatória Pélvica • DEFINIÇÃO: Síndrome clínica resultante da infecção progressiva do útero, tubas uterinas, ovários, superfície peritoneal e estruturas contíguas. Decorre da ascensão e disseminação de microorganismos presentes na flora vaginal e endocérvice ao trato genital superior Exclui condições infecciosas associadas ao ciclo gravídico-puerperal e a manipulações cirúrgicas • FISIOPATOLOGIA Ascensão direta de microorganismos do TGI para o TGS. Ascensão de microorganismos por linfáticos parametriais. DIU e fluxo sanguíneo menstrual favorecem essa ascensão.
Ginecologia Doença Inflamatória Pélvica •
QUADRO CLÍNICO:
Variável, dependendo do órgão mais especificamente envolvido
Muitos casos oligossintomáticos 1. Dor em hipogástrio, com ou sem irradiação lombar e para fossas ilíacas; 2. Dispareunia de profundidade;
3. Sintomas urinários: disúria e polaciúria; 4. Febre; 5. Alterações do hábito intestinal;
6. Sinais de bacteremia
Ginecologia Doença Inflamatória Pélvica • DIAGNÓSTICO: Clinico Dor abdominal infra-umbilical
Dor à palpação de regiões anexiais Dor à mobilização do colo uterino Febre
Conteúdo vaginal anormal ou secreção cervical Laboratorial Elevação de VHS ou PCR
Infecção por N. gonorrhoeae ou C. trachomatis (cultura)
Ginecologia Doença Inflamatória Pélvica • TRATAMENTO:
Reversão do quadro infeccioso e minimizar sequelas.
Esquemas terapêuticos antimicrobianos com cobertura de amplo espectro.
Tratar parceiros, mesmo assintomáticos, que tiveram contato sexual até 60 dias antes do diagnóstico de DIP. Reduz a recorrência e o contágio de outros contatos sexuais.
Ginecologia Vulvovaginites Infecção mais frequente em ginecologia; • DIAGNÓSTICO:
Clínico Laboratorial
• ETIOLOGIA: Infecções fúngicas, bacterianas ou protozoárias
• SINTOMAS: Corrimento vaginal; Prurido;
Alterações urinárias; Dispareunia.
Ginecologia Vulvovaginites 1. TRICOMONÍASE: Agente etiológico: Trichomonas vaginalis - DST •
QUADRO CLÍNICO:
Corrimento abundante amarelo-esverdeado, bolhoso e com odor fétido; Prurido e/ou irritação vulvar; Dor pélvica, ocasionalmente;
Sintomas urinário: disúria ou polaciúria Hiperemia vaginal e colpite difusa; •
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL:
pH vaginal elevado (>4,5) Exame a fresco: parasitas flagelados •
TRATAMENTO:
Metronidazol 2g via oral , dose única ou
Metronidazol 500mg oral 8/8 hs, 7 dias ou Secnidazol 2 g oral, dose única ou Tinidazol 2g oral, dose única
Ginecologia Vulvovaginites 2. VAGINOSE BACTERIANA Agentes etiológicos: Gardnerella vaginalis, Mobiluncos sp, Mycoplasma hominis, bacteróides e peptoestreptococos •
QUADRO CLÍNICO:
Corrimento branco acinzentado e homogêneo; Odor fétido, tipo “peixe-podre”, pior após relação sexual e menstruação •
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL:
pH vaginal elevado (>4,5) Presença de clue cells (células epiteliais recobertas por bactérias aderidas);
odor de peixe podre após a adição de KOH a 10% (whiff test); TRATAMENTO: Metronidazol 2g via oral , dose única ou Metronidazol 500mg oral 8/8 hs, 7 dias ou Secnidazol 2 g oral, dose única ou
Tinidazol 2g oral, dose única ou
Clindamicina 300mg oral 12/12hs, sete dias
Ginecologia Vulvovaginites 3. CANDIDÍASE Agentes etiológicos: Candida albicans (80%), Candida Glabrata (2 a 10%) e Candida krusei (1 a 3%)
•
QUADRO CLÍNICO:
Corrimento branco grumoso, inodoro e com aspecto de queijo coalhado; Hiperemia, edema vulvar, fissuras, prurido vulvar; Dispareunia de penetração; Disúria. •
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL:
Exame a fresco (KOH): micélios ou esporos
pH vaginal <4,0 •
TRATAMENTO:
Fluconazol 150 mg via oral , dose única ou Itraconazol 400 mg oral 12/12hs, um dia ou Cetoconazol 400 mg oral, 5 dias ou tratamento tópico (miconazol, tioconazol, isoconazol, clotrimazol).
Ginecologia Distopias Genitais Todo deslocamento dos órgãos genitais, desviando-se da posição típica e normal. Prolapso genital ocorre do desequilíbrio entre as forças encarregadas de manter os órgãos pélvicos em sua posição normal e aquelas que tendem a impeli-los para fora da pelve. • INCIDÊNCIA: Idade: 60 e 69 anos; Paridade: raro em nulíparas / tipo de parto; Menopasa: 74,2% na pós menopausa; Multiparidade: 50% multíparas apresentem algum grau de prolapso genital;
Ginecologia Distopias Genitais •
SINTOMAS DAS DISTOPIAS GENITAIS
• SINTOMAS VESICAIS: 1. Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga; 2. Posicionamento anormal para urinar; 3. Resíduo pós-miccional SINTOMAS ANORRETAIS: 1. Dor ou sensação de pressão durante ou após a evacuação; 2. Sensação de esvaziamento incompleto; 3. Manobras digitais para obter o esvaziamento completo; 4. Prolapso de tecidos antes ou após evacuação; 5. Fezes endurecidas (bola de gude)
SINTOMAS LOCAIS: 1. Sensação de bola na vagina ou peso; 2. Abaulamento saindo pela vagina; 3. Dor perineal; 4. Dificuldade na penetração e/ou colocação absorvente interno; 5. Dor lombar; 6. Flatus vaginal; 7. Alteração do odor vaginal.
SINTOMAS SEXUAIS: 1. Algias sexuais; 2. Diminuição da frequência; 3. Incontinência orgásmica; 4. Anorgasmia; 5. Diminuição ou perda da libido
Ginecologia Incontinência Urinária Perda involuntária da urina. Comum em mulheres acomete até 50% delas em alguma fase da vida. • INCONTINÊNCIA URINÁRIA X QUALIDADE DE VIDA: Isolamento social Estresse emocional (depressão) Alteração do sono ou do repouso Disfunção sexual
Incontinência Urinária de Esforço: Perda urinária com esforço, na qual a pressão intra-abdominal excede a pressão uretral, na ausência da contração do músculo detrusor. 10% das queixas urinária nos consultórios ginecológicos 20% mulheres no período reprodutivo e 40% pós-menopausa têm perda de urina SINTOMA: Perda involuntária de urina durante esforço físico. PERDA COM: •tosse •espirro •atividades esportivas •mudanças de postura
Ginecologia CA Colo Uterino O câncer do colo do útero é um grande problema de Saúde Pública no Brasil e no mundo. Embora o aumento de acesso ao exame preventivo tenha aumentado no país, isto não foi suficiente para reduzir a tendência de mortalidade por câncer do colo do útero e, em muitas regiões, o diagnóstico ainda é feito em estádios mais avançados da doença. Diagnóstico tardio pode estar relacionado com: 1. Dificuldade de acesso da população feminina aos serviços e programas de saúde; 2. Baixa capacitação dos recursos humanos envolvidos na atenção oncológica ; 3. Capacidade do Sistema Público de Saúde para absorver a demanda que chega às unidades de saúde ; 4. Dificuldades dos gestores municipais e estaduais em definir e estabelecer um fluxo assistencial, orientado por critérios de hierarquização dos diferentes níveis de atenção, que permita o manejo e o encaminhamento adequado de casos suspeitos para investigação em outros níveis do sistema.
Ginecologia CA Colo Uterino ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NO CONTROLE DO CA COLO UTERINO: 1. Realizar atenção integral às mulheres; 2. Realizar consulta de enfermagem, coleta de exame preventivo e exame clínico das mamas, solicitar exames complementares e prescrever medicações, conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal, observadas as disposições legais da profissão; 3. Realizar atenção domiciliar, quando necessário; 4. Supervisionar e coordenar o trabalho dos ACS e da equipe de enfermagem; 5. Manter a disponibilidade de suprimentos dos insumos e materiais necessários para as ações propostas no manual de Controle do CA Colo Uterino (MS); 6. Realizar atividades de educação permanente junto aos demais profissionais da equipe.
Ginecologia CA Colo Uterino • 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
FATORES DE RISCO: Infecção pelo Papiloma Vírus Humano – HPV - PRINCIPAL FATOR DE RISCO; Início precoce da atividade sexual; Multiplicidade de parceiros sexuais; Tabagismo, diretamente relacionados à quantidade de cigarros fumados; Baixa condição sócio-econômica; Imunossupressão; Uso prolongado de contraceptivos orais; Higiene íntima inadequada.
• MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Doença de crescimento lento e silencioso; FASE PRÉ-CLÍNICA: sem sintomas, com transformações intra-epiteliais progressivas importantes, em que a detecção de possíveis lesões precursoras são por meio da realização periódica do exame preventivo do colo do útero. Estágio invasor da doença, quando a cura se torna mais difícil, se não impossível. Nessa fase os principais sintomas são sangramento vaginal, corrimento e dor.