ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 AGO/2012
Sistemas prediais de água fria e água quente – Procedimento APRESENTAÇÃO Este 1º Projeto foi elaborado pela Comissão de Estudo de Sistemas Prediais de Água Fria e Água Quente - (CE-02:146.03-003) do Comite Brasileiro de Construção Civil (ABNT/CB02), nas reuniões de: 30/05/2012 27/06/2012 29/08/2012
Este Projeto não tem valor normativo; Aque Aq ueles les que qu e tiver ti verem em conhe co nheci cimen mento to de qualq qu alque uerr direi di reito to de paten pa tente te devem dev em aprese ap resenta nta r esta es ta informação em seus comentários, com documentação comprobatória; comprobatória; Tomaram parte na elaboração elaboração deste Projeto: Participante
Representante
Carlos Barbara (coordenador da CE)
Barbara/SindusCon-SP Barbara/S indusCon-SP
Sérgio Frederico Gnipper G nipper (secretário)
Gnipper e Eng os Assoc. S/C Ltda.
Alberto J. Fossa
ABRINSTAL
Alcides F. Neto
Lorenzetti S.A.
Andreys Vecfrons
Hervy S.A.
Antonio Pedro Pedro Gonçalves
Clipper Metais / HD Metais
Antonio Rodolfo Rodolfo Jr.
Braskem
Cleiton Santana
Grupo Dema
Danilo R. Maia
FA Oliva
Elias Koshevnikoff
FA Oliva
Fábio Canova Viaro
Eulacom
Giuliano Lepiani
Korr Plastic
Jânio de A. Santos
JS Consultoria
J. Jorge Chaguri Jr.
Chaguri
NÃO TEM VALOR NORMATIVO
ABNT/CB-02 PROJETO 02:111.59-001/1 AGO/2008
Jorge Luís C. Bueno
SABESP
Luciano Luizetto
ABRAFAC
Luiz Daniel Lemiz
Docol
Márcio E.
Esteves
Mário Coelho
Biosphera Biosphe ra
Milton Henriques Henriques Gomes
Gomes Engenharia Ltda.
Nelson Setsuo
Forusi
Paulo Afonso Bertoldi
Tigre S.A
Plínio Grisolia
Docol S.A.
Reanto Talarico Ta larico
Herc
Régis de C. Romera
Duratex S.A.
Renato Genioli
R. Yazbek
Renato Soffiatti M. de Oliveira
Fortenge / SindusCon-SP
Ricardo Faulinre
Astra S.A.
Ricardo Ferreira
Grupo Dema
Ricardo Reis Chahim
SABESP
Rodrigo F. Monção
Japi
Ronaldo Sá
SECOVI-SP
Roney Honda Margutti
SIAMFESP
Rubens Morel N. Reis
ANAMACO
Sérgio Katter
ABRASIP / KML
Valéria Di Giunta
Astra S.A.
Wellington Zanitti
Japi
NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012
Sistemas prediais de água fria e água quente – Procedimento Cold and hot water building systems – Procedure
Palavras-chave: Sistema predial de água. Abastecimento de água. Água Fria. Água Quente Descriptors: Water Building Systems. Water supply. Cold water. Hot Water
Sumário Prefácio 1
Escopo
2
Referências normativas
3
Termos e definições
4.
Requisitos gerais sobre materiais e componentes componentes
5
Projeto
5.1
Condições gerais
5.2
Abastecimento, reservação e distribuição de água
5.2.1 Fontes de abastecimento 5.2.2 Tipo de abastecimento 5.2.3 Alimentador Alimentador predial 5.2.4 Estimativa do consumo de água 5.2.5 Reservatórios de de água potável: proteção proteção sanitária e preservação da potabilidade potabilidade da água 5.2.6 Reservatórios de água água potável: potável: forma forma e dimensões 5.2.7 Reservatórios de água água potável: potável: instalação e estabilidade estabilidade mecânica mecânica 5.2.8 Reservatórios de água água potável: potável: previsão previsão de operação operação 5.2.9 Reservatórios de de água potável: potável: tubulações tubulações de limpeza, extravasão extravasão e aviso 5.2.10 Reservatórios de água potável: inspeção, inspeção, manutenção e limpeza 5.2.11 Sistemas de pressurização e de recalque 5.2.12 Sistema de distribuição 5.2.13 Proteção contra o escaldamento 5.3
Tubulações
5.4
Vazões nos pontos de utilização
5.5
Vazão no abastecimento de reservatório de água potável
5.6
Velocidades mínima e máxima da água
5.7
Pressões mínimas e máximas no sistema de distribuição
5.8
Temperaturas mínima e máxima da água
5.9
Dilatação térmica NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012
5.10
Dimensionamento Dimensionamento do sistema de distribuição
5.11
Proteção sanitária da água potável
5.11.1 Contato com materiais inadequados 5.11.2 Proteção contra refluxo de água 5.12 Prevenção e atenuação do golpe de aríete 5.13 Sistema de geração e armazenamento armazenamento de água quente 5.14
Uso racional de água e de energia
5.14.1 Isolamento térmico 5.15
Acessibilidade Acessibilida de e proteção das tubulações e componentes
5.15.1 Interação com elementos construtivos 5.15.2 Tubulação instalada dentro de paredes ou pisos (não estruturais) 5.15.3 Tubulação aparente 5.15.4 Tubulação enterrada 6
Execução
6.1
Condições gerais
6.2
Especificações de execução
6.2.1 Manuseio de materiais e componentes componentes 6.2.2 Juntas 6.2.3 Assentamento Assentamento de tubulações em valas 6.3
Inspeção
6.4
Verificação da estanqueidade estanqueidade dos componentes
6.4.1 Ensaio de estanqueidade estanqueidade das das tubulações tubulações 6.4.2 Ensaio de de estanqueidade estanqueidade de peças peças de utilização utilização e reservatórios reservatórios de água água 6.5
Identificação e registros de execução
6.6
Aceitação e rejeição
6.7
Limpeza, desinfecção e comissionamento
7
Operação, Operaçã o, uso e manutenção
7.1
Condições Condições gerais
7.2
Operação de válvulas redutoras de pressão
7.3
Desinfecção periódica das tubulações de água quente
7.4
Procedimentos de manutenção
7.4.1 Procedimentos gerais de manutenção 7.4.2 Manutenção geral dos sistemas prediais de água fria e quente 7.4.3 Manutenção de tubulações 7.4.4 Manutenção de torneiras, registros e válvulas NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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7.4.5 Manutenção de reservatórios 7.4.6 Manutenção dos espaços para tubulações tubulações 7.4.7 Manutenção do sistema de pressurização Anexo A (informativo): Procedimentos para estimar as vazões a empregar no dimensionamento dimensionamento de tubulações do sistema de distribuição A.1
Estimativa das vazões de cálculo
A.2 A.3
Método dos Pesos Relativos Métodos probabilísticos
Anexo B (informativo): Procedimento de cálculo para dimensionar as tubulações do sistema de distribuição B.1
Cálculo da perda de carga
B.1.1 Tubos B.1.2 Conexões, registros, válvulas válvulas e hidrômetros hidrômetros B.2
Verificação da pressão disponível disponível
B.2.1 Sistema com abastecimento abastecimento indireto indireto B.2.2 Sistema com abastecimento abastecimento direto B.3
Dimensionamento Dimensionamento das tubulações tubulações
B.3.1 Esquematização Esquematização da instalação B.3.2 Planilha de cálculo cálculo B.3.3 Rotina Anexo C (normativo): Ensaio para verificação da proteção contra retrossifonagem em equipamentos equipamentos de prevenção ao refluxo r efluxo C.1
Objetivo
C.2
Aparelhagem para ensaio
C.2.1 Bancada de ensaio C.2.2 Equipamento Equipamento para aplicação aplicação de vácuo C.3
Execução do ensaio
C.3.1 Instalação do equipamento equipamento de prevenção ao refluxo C.3.2 Aplicação do diferencial diferencial de pressão pressão C.3.3 Avaliação do resultado Anexo D (informativo): Proteção contra corrosão ou degradação D.1 Proteção contra corrosão em componentes componentes metálicos D.2 Proteção contra degradação em componentes plásticos Anexo E (informativo): Ruídos e vibrações
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012
Prefácio A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2. Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Nacional entre os associados da ABNT e demais interessados. Esta edição cancela e substitui as normas ABNT NBR 5626:1989 e ABNT NBR 7198:1993.
1 Escopo Esta Norma estabelece requisitos e recomendações relativos ao projeto, execução, operação e manutenção de sistemas prediais de água fria e quente. Esta norma abrange somente sistemas de água potável. Os requisitos e recomendações aqui estabelecidos emanam fundamentalmente do respeito aos princípios de bom desempenho dos sistemas, uso racional de água e energia e garantia de potabilidade da água. As exigências e recomendações estabelecidas nesta Norma devem ser observadas por projetistas, construtores, instaladores, fabricantes de componentes, concessionárias e pelos próprios usuários. Aos sistemas objeto desta Norma podem estar integrados outros sistemas hidráulicos prediais para os quais devem ser observadas normas específicas existentes. Esta Norma é aplicável ao sistema predial que possibilita o uso da água potável fria e quente em qualquer tipo de edifício, residencial ou não. Esta norma não contempla o uso da água não potável, água em processos industriais e processos intrínsecos a equipamentos específicos. Esta Norma aponta requisitos a serem observados, com o objetivo de resguardar a segurança sanitária e o desempenho dos sistemas considerados. A Norma também contempla a proteção sanitária da água potável quando da existência de água não potável.
2 Referências normativas Os documentos apresentados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Aplicam-se as edições mais recentes ou os sucedâneos dos referidos documentos (incluindo emendas). NBR 5410, Instalações elétricas de baixa tensão NBR 5580, Tubos de aço-carbono para usos comuns na condução de fluidos - Especificação NBR 5590, Tubos de aço-carbono com ou sem solda longitudinal, pretos ou galvanizados - Especificação NBR 5648, Tubos e conexões de PVC-U com junta soldável para sistemas prediais de água fria — Requisitos NBR 5649, Reservatório de fibrocimento para água potável - Requisitos NBR 5671, Participação dos intervenientes em serviços e obras de engenharia e arquitetura NBR 5674, Manutenção de edificações - Procedimento NBR 5680, Dimensões de tubos de PVC rígido NBR 5883, Solda branda NBR 5899, Aquecedor de água a gás instantâneo NBR 6118, Projeto de estruturas de concreto - Procedimento NBR 6493, Emprego de cores para identificação de tubulações NBR 6925, Conexão de ferro fundido maleável, de classes 150 e 300, com rosca NPT para tubulação NBR 6943, Conexões de ferro fundido maleável, com rosca NBR NM-ISO 7-1, para tubulações
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 NBR 7229, Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos NBR 7372, Execução de tubulações de pressão - PVC rígido com junta soldada, rosqueada, ou com anéis de borracha NBR 7417, Tubo extraleve de cobre sem costura para condução de água e outros fluidos NBR 7542, Tubo de cobre médio e pesado, sem costura, para condução de água – Especificação NBR 8130, Aquecedor de água a gás tipo instantâneo - Requisitos e métodos de ensaio NBR 8160, Sistemas prediais de esgoto sanitário – Projeto e execução NBR 8220, Reservatório de poliéster, reforçado com fibra de vidro, para água potável para abastecimento de comunidades de pequeno porte - Especificação NBR 9050, Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos NBR 9256, Montagem de tubos e conexões galvanizados para instalações prediais de água fria - Procedimento NBR 9574, Execução de impermeabilização - Procedimento NBR 9575, Impermeabilização - Seleção e projeto NBR 10151, Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade – Procedimento NBR 10152, Níveis de ruído para conforto acústico - Procedimento NBR 10185, Reservatórios térmicos para líquidos destinados a sistemas de energia solar – Determinação do desempenho térmico – Método de ensaio NBR 10281, Torneira de pressão – Requisitos e métodos de ensaio NBR 10283, Revestimentos eletrolíticos de metais e plásticos sanitários - Requisitos e métodos de ensaio NBR 10355, Reservatórios de poliéster reforçado com fibra de vidro - Capacidades nominais - Diâmetros internos Padronização NBR 10540, Aquecedores de água a gás tipo acumulação – Terminologia NBR 10844, Instalações prediais de águas pluviais NBR 10897, Sistemas de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos - Requisitos NBR 10925, Cavalete de PVC DN 20 para ramais prediais - Especificação NBR 11304, Cavalete de polipropileno DN 20 para ramais prediais - Especificação NBR 11357, Tubos termoisolantes à base de lã de vidro - Especificação NBR 11535, Misturadores para pia de cozinha tipo mesa - Especificação NBR 11720, Conexões para unir tubos de cobre por soldagem ou brasagem capilar - Especificação NBR 11778, Aparelhos sanitários de material plástico - Especificação NBR 11815, Misturadores para pia de cozinha tipo parede - Especificação NBR 12170, Potabilidade da água aplicável em sistema de impermeabilização - Método de ensaio NBR 12483, Chuveiros elétricos - Padronização NBR-13194, Reservatório de fibrocimento para água potável - Estocagem, montagem e manutenção NBR 13206, Tubo de cobre leve, médio e pesado, sem costura, para condução de água e outros fluidos - Requisitos NBR 13713, Instalações hidráulicas prediais - Aparelhos automáticos acionados mecanicamente e com ciclo de fechamento automático - Requisitos e métodos de ensaio NBR 13714, Sistema de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio NBR 13969, Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos - Projeto construção e operação NBR 14011, Aquecedores instantâneos de água e torneiras elétricas – Requisitos NBR 14037, Diretrizes para elaboração de manuais de uso, operação e manutenção das edificações — Requisitos para elaboração e apresentação dos conteúdos NBR 14390, Misturador para lavatório – Requisitos e métodos de ensaio NBR 14534, Torneira de boia para reservatórios prediais de água potável - Requisitos e métodos de ensaio NBR 14799, Reservatório com corpo em polietileno, com tampa em polietileno ou polipropileno, para água potável, de volume nominal até 2000 L (inclusive) – Requisitos e métodos de ensaio NBR 14800, Reservatório com corpo em polietileno, com tampa em polietileno ou polipropileno, para água potável, de volume nominal até 2000 L (inclusive) – Instalação em obra NBR 14877, Ducha higiênica – Requisitos e métodos de ensaio
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 NBR 14878, Ligações flexíveis para aparelhos hidráulicos sanitários – Requisitos e métodos de ensaio NBR 14788, Válvulas de esfera - Requisitos NBR 15097-1, Aparelhos sanitários de material cerâmico - Parte 1: Requisitos e métodos de ensaios NBR 15097-2, Aparelhos sanitários de material cerâmico - Parte 2: Procedimento para instalação NBR 15206, Instalações hidráulicas prediais – Chuveiros ou duchas – Requisitos e métodos de ensaio NBR 15267, Instalações hidráulicas prediais – Misturador monocomando para lavatório – Requisitos e métodos de ensaio NBR 15345, Instalação predial de tubos e conexões de cobre e ligas de cobre – Procedimento NBR 15491, Caixa de descarga para limpeza de bacias sanitárias – Requisitos e métodos de ensaio NBR 15569, Sistema de aquecimento solar de água em circuito direto - Projeto e instalação NBR 15575-1, Desempenho de edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Parte 1: Requisitos gerais NBR 15575-6, Desempenho de edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Parte 6: Sistemas hidrossanitários NBR 15704-1, Registro - Requisitos e métodos de ensaio - Parte 1: Registros de pressão NBR 15705, Instalações hidráulicas prediais - Registro de gaveta - Requisitos e métodos de ensaio NBR 15747-1, Sistemas solares térmicos e seus componentes - Coletores solares - Parte 1: Requisitos gerais NBR 15747-2, Sistemas solares térmicos e seus componentes - Coletores solares - Parte 2: Métodos de ensaio NBR 15813-1, Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria - Parte 1: Tubos de polipropileno copolímero random (PP-R) tipo 3 - Requisitos NBR 15813-2, Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria - Parte 2: Conexões de polipropileno copolímero random (PP-R) tipo 3 - Requisitos NBR 15813-2, Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria - Parte 3: Tubos e conexões de polipropileno copolímero random (PP-R) tipo 3 - Montagem, instalação, armazenamento e manuseio NBR 15857, Válvula de descarga para limpeza de bacias sanitárias — Requisitos e métodos de ensaio NBR 15884-1, Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria — Policloreto de vinila clorado (CPVC) - Parte 1: Tubos – Requisitos NBR 15884-1, Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria — Policloreto de vinila clorado (CPVC) – Parte 2: Conexões - Requisitos NBR 15884-1, Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria — Policloreto de vinila clorado (CPVC) - Parte 3: Montagem, instalação, armazenamento e manuseio NBR 15939-1, Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria — Polietileno reticulado (PE-X) - Parte 1: Requisitos e métodos de ensaio NBR 15939-1, Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria — Polietileno reticulado (PE-X) - Parte 2: Procedimentos para projeto NBR 15939-1, Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria — Polietileno reticulado (PE-X) - Parte 3: Procedimentos para instalação NBR NM ISO 7-1, Rosca para tubos onde a junta de vedação sob pressão é feita pela rosca NBR NM 212, Medidores velocimétricos de água fria até 15 m³/h Projeto 09:402.02-002/2011, Sistema de aquecimento de água a gás (SAAG) – Projeto e instalação Portaria nº 2914 de 12/12/2011 do Ministério da Saúde - Procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. ANSI Z 21.22, Relief valves for hot water supply systems
3 Termos e definições Para o propósito deste documento, se aplicam os termos e definições abaixo. 3.1 água fria água a temperatura dada pelas condições do ambiente. 3.2 água potável
água que atende ao padrão de potabilidade determinado pelo Ministério da Saúde. NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 3.3 água não potável para uso predial
água que, embora não atenda ao padrão de potabilidade determinado pelo Ministério da Saúde, apresenta características de qualidade, definidas em norma técnica específica, que possibilitam o seu emprego para usos no edifício onde o requisito de potabilidade não é necessário. 3.4 água quente
água com temperatura superior à dada pelas condições ambientes. 3.5 alimentador predial
tubulação que liga a fonte de abastecimento a um reservatório de água em sistema indireto ou à rede de distribuição predial em sistema direto. 3.6 aparelho sanitário
componente destinado ao uso da água ou ao recebimento de dejetos líquidos e sólidos (na maioria das vezes pertencente ao sistema predial de esgoto sanitário). NOTA: são exemplos bacias sanitárias, lavatórios, pias, l avadoras de roupa, lavadoras de louças, banheiras de hidromassagem, etc.
3.7 aquecedor de acumulação
equipamento ou sistema destinado a aquecer água provido de um reservatório termicamente protegido dentro do qual a água é armazenada e aquecida para posterior uso pelos usuários. 3.8 aquecedor instantâneo ou de passagem
equipamento ou sistema destinado a aquecer água não provido de reservatório, em que a água se aquece de forma instantânea ao contato com a fonte de calor durante a sua passagem por ele. 3.9 aquecimento individual
fornecimento de água quente a partir de aquecedor instalado a jusante do ponto de utilização, dispensando sistema de distribuição de água quente. 3.10 aquecimento central coletivo
fornecimento de água quente a partir de aquecedor remoto, instalado a montante de pontos de utilização pertencentes a mais uma economia ou unidade, requerendo sistema de distribuição de água quente. 3.11 aquecimento central privado
fornecimento de água quente a partir de aquecedor remoto, instalado a montante de pontos de utilização pertencentes a uma mesma economia ou unidade, requerendo sistema de distribuição de água quente. 3.12 barrilete
tubulação da qual derivam as colunas de distribuição. 3.13 cavalete
conjunto de componentes destinado à instalação do hidrômetro em cota mais elevada que a do piso. 3.14 central redutora de pressão
subsistema destinado a regular a pressão para a distribuição de água fria e quente. 3.15 chave de nível
componente destinado a ativar ou a desativar a instalação de recalque ou a impedir que esta entre em operação, em função do nível da água dentro do reservatório. NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 3.16 circuito primário de aquecimento
circuito hidráulico fechado destinado a transferir calor da fonte energética para um reservatório térmico ou para um trocador de calor. 3.17 circuito secundário de aquecimento
circuito hidráulico dotado de recirculação, destinado a transferir água quente do reservatório térmico ou do trocador de calor para os pontos de utilização. 3.18 coluna de distribuição
tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar ramais. 3.19 comissionamento
conjunto de procedimentos, ensaios, regulagens e ajustes necessários à colocação em operação de um sistema predial de água fria e quente, ou parte(s) dele. 3.20 componente
qualquer produto que compõe o sistema predial de água fria e/ou quente e que cumpre individualmente função específica, a exemplo de tubos, conexões, válvulas, reservatórios, etc. 3.21 condições de exposição
conjunto de ações atuantes sobre componentes dos sistemas prediais de água fria e quente que variam conforme o meio em que se encontram. 3.22 conexão
componente destinado a unir dois ou mais segmentos de tubos, com ou sem variação diametral, com o mesmo tipo ou diferentes tipos de juntas. 3.23 conexão cruzada
qualquer meio que põe em contato água potável do sistema predial de água fria e quente com outra água de qualidade desconhecida ou não potável. 3.24 corrosão
processo de transformação decorrente de reações de natureza química ou eletroquímica entre um metal e o meio ambiente, constituindo, em muitos casos, na regressão natural do metal para a forma de compostos mais estáveis. 3.25 degradação
processo de deterioração a que os componentes ficam sujeitos pela atuação de um ou mais agentes físicos, químicos e biológicos que contribuem para reduzir o seu desempenho. 3.26 descomissionamento
conjunto de procedimentos necessários à retirada de operação de um sistema predial de água fria e quente ou parte(s) dele. 3.27 desempenho
comportamento em uso de um edifício, de seus sistemas e componentes 3.28 desinfecção
operação destinada a reduzir a presença de micro-organismos, patogênicos ou não, a números que obedeçam o padrão de potabilidade. NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 3.29 diâmetro nominal (DN/DE)
número adimensional referido à dimensão diametral externa de um tubo e que corresponde aos diâmetros nominais definidos nas normas específicas de cada produto. 3.30 durabilidade
capacidade de um sistema de desempenhar as suas funções ao longo do tempo, sob condições de uso, operação e manutenção adequadas, até atingir um estado limite de utilização. 3.31 dreno
componente destinado ao esvaziamento de um recipiente ou tubulação. 3.32 duto
espaço fechado, visitável ou não, horizontal ou vertical, projetado para acomodar tubulações de água e componentes em geral. 3.33 escaldamento
manifestação provocada pela introdução instantânea de água quente no ponto de utilização a uma temperatura que causa danos ao usuário. 3.34 exigências do usuário
conjunto de necessidades do usuário do sistema predial de água fria e quente, definidas em norma, a serem satisfeitas por este(s) sistema(s) de modo a cumprir com suas finalidades. 3.35 fonte de abastecimento
sistema destinado a fornecer água para o sistema predial de água fria e quente. NOTA: pode ser a rede pública da concessionária ou qualquer sistema particular de fornecimento de água; no caso da rede pública, considerase que a fonte de abastecimento é a extremidade a jusante do ramal predial.
3.36 galeria técnica
espaço fechado semelhante a um duto, com dimensões que permitem o acesso de pessoas ao seu interior através de portas ou aberturas de visita, em que são alojadas tubulações, componentes e outros tipos de sistemas. 3.37 índice de renovação de água
razão entre o consumo diário e o volume total de água armazenada no reservatório; representa a proporção do volume total reservado que é renovado a cada dia. 3.38 junta
união de dois componentes por determinado processo envolvendo, ou não, materiais complementares. 3.39 junta de expansão
componente destinado a absorver as dilatações lineares das tubulações. 3.40 misturador
componente que põe em contato água quente com água fria para condicionar a temperatura em um ou mais pontos de utilização a jusante. 3.41 nível de transbordamento menor cota do plano horizontal que ultrapassa a borda mais baixa de reservatório ou aparelho sanitário permitindo o extravasamento de água do seu interior, ou a cota da geratriz inferior interna de eventual extravasor associado. NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 3.42 padrão de potabilidade
conjunto de valores permissíveis das características e indicadores de qualidade da água destinada ao consumo humano especificados pelo Ministério da Saúde. 3.43 par galvânico
contato entre dois metais ou ligas contendo metais com acentuada diferença de potenciais de eletrodo na escala eletroquímica dos materiais, entre os quais pode se desenvolver uma reação de óxidorredução indutora de corrosão galvânica. 3.44 peça de utilização
componente destinado a permitir a utilização da água e, em certos casos, ajustar sua vazão e temperatura. 3.45 período de pico de consumo
intervalo de tempo em que ocorre uso intensivo de aparelhos sanitários. 3.46 ponto de suprimento
extremidade a jusante de tubulação diretamente ligada a fonte de abastecimento que alimenta um reservatório de água para uso doméstico. 3.47 ponto de utilização
extremidade do sub-ramal a partir de onde a água a jusante passa a ser considerada água servida, a montante do qual são preservadas as características para o uso a que se destina. 3.48 profissional habilitado
pessoa devidamente graduada e com registro no respectivo órgão de classe, com atribuição de elaborar e assumir responsabilidade técnica sobre projetos, instalações e ensaios. 3.49 profissional qualificado
pessoa devidamente capacitada por meio de treinamento ou credenciamento executado por profissional habilitado ou entidade pública ou privada reconhecida, para realizar montagens, manutenções e ensaios de sistemas prediais de água fria e quente de acordo com projetos e normas. 3.50 quebrador de vácuo
componente destinado a impedir o refluxo de água num sistema predial de água fria e quente, ou deste para a fonte de abastecimento quando tal refluxo é motivado pela redução transiente do valor da pressão dinâmica da água a montante; pode ser independente ou incorporado a uma peça de utilização. 3.51 ramal
tubulação derivada da coluna de distribuição ou diretamente de barrilete, destinada a alimentar sub-ramais. 3.52 ramal predial
tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento de água e a extremidade a montante do alimentador predial ou da rede predial de distribuição. NOTA: O ponto onde termina o ramal predial é convencionado pela concessi onária.
3.53 sistema de distribuição
conjunto de tubulações constituído de barriletes, colunas de distribuição, ramais e sub-ramais, ou de alguns destes elementos, destinado a levar água aos pontos de utilização.
NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 3.54 refluxo de água
escoamento de água proveniente de qualquer outra fonte, que não a fonte de abastecimento prevista, para o interior da tubulação destinada a conduzir água desta fonte. Incluem-se, neste caso, a retrossifonagem, bem como outros tipos de refluxo, como aquele que se estabelece através do mecanismo de vasos comunicantes. 3.55 registro de controle de vazão
componente instalado em uma tubulação para regular e/ou interromper a passagem de água. 3.56 registro de fechamento
componente instalado na tubulação para permitir a interrupção da passagem da água, usado totalmente fechado ou totalmente aberto. 3.57 registro de utilização
componente instalado na tubulação e destinado a controlar a vazão ou a temperatura, ou a ajustar a pressão da água utilizada. 3.58 regulador de vazão
componente instalado na peça de utilização com a finalidade de regular a vazão. 3.59 reservatório atmosférico
depósito destinado a armazenar água fria ou quente com superfície líquida livre, em contato com ar sob pressão atmosférica. 3.60 respiro
tubulação destinada a permitir a saída de ar ou vapor de um ponto propício para a sua segregação num sistema predial de água fria ou quente. 3.61 restritor de vazão
componente instalado na peça de utilização com a finalidade de provocar perda de carga localizada. 3.62 retrossifonagem
refluxo de água usada, proveniente de um reservatório, aparelho sanitário ou de qualquer outro recipiente, para o interior de uma tubulação, pelo fato da sua pressão ser inferior à atmosférica. 3.63 separação atmosférica
meio físico preenchido por ar entre o ponto de utilização ou ponto de suprimento e o nível de transbordamento do reservatório, aparelho sanitário ou outro componente associado ao ponto de utilização. 3.64 sifão térmico
tubulação em forma de “U”, invertido ou não, com a finalidade de dificultar a transmissão de calor pela água por convecção natural. 3.65 sistema predial de água fria
conjunto de tubos, reservatórios, peças de utilização, equipamentos e outros componentes destinado a conduzir água fria da fonte de abastecimento aos pontos de utilização, podendo ser direto, quando a água provém diretamente da fonte de abastecimento, ou indireto, quando a água provém de um reservatório do edifício, mantendo o padrão de potabilidade.
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 3.66 sistema predial de água quente
conjunto de tubos, reservatórios, peças de utilização, equipamentos e outros componentes destinado a produzir, eventualmente armazenar e a conduzir água quente da fonte geradora aos pontos de utilização mantendo o padrão de potabilidade. 3.67 sistema de pressurização
conjunto de componentes destinados a pressurizar a rede predial de distribuição. 3.68 sistema de prevenção ao refluxo
conjunto de componentes destinado a impedir o retorno de água num sistema predial de água fria e quente ou deste para a fonte de abastecimento. 3.69 sistema de recalque
conjunto de componentes destinado a bombear a água de um reservatório inferior para um reservatório superior. 3.70 sistema de recirculação
conjunto de componentes destinado a manter a água quente em circulação a fim de estabilizar sua temperatura. 3.71 sub-ramal
tubulação que liga o ramal ao ponto de utilização. 3.72 sulco
cavidade destinada a acomodar tubulações de água, aberta ou pré-moldada, de modo a não afetar a resistência da parte do edifício onde é executada e onde o acesso só pode se dar pela destruição da cobertura. 3.73 torneira de boia
componente mecânico instalado na extremidade de jusante de tubulação de alimentação, destinado a controlar a admissão de água e a ajustar o máximo nível operacional no reservatório. 3.74 tubo luva
duto destinado a envolver a tubulação de condução de água fria e água quente. 3.75 tubulação
conjunto de componentes destinados a conduzir água fria e água quente. 3.76 tubulação aparente
conjunto de componentes dispostos externamente a um elemento construtivo, desprovida de qualquer cobertura, permitindo total acesso para manutenção. 3.77 tubulação de aviso
tubulação de extravasão destinada a conduzir parte do excesso de água para um local visível, servindo de aviso de falha no sistema de reserva do edifício. 3.78 tubulação de extravasão
conjunto de componentes destinado a escoar o eventual excesso de água de reservatórios onde foi superado o nível de transbordamento.
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 3.79 tubulação embutida
conjunto de componentes dispostos com cobertura, sem vazios, colocados interna ou externamente a uma parede ou sob o piso, geralmente num sulco, podendo também estar envelopados, e que não permite acesso sem a destruição da cobertura. 3.80 tubulação de limpeza
tubulação destinada ao esvaziamento do reservatório para permitir sua limpeza e manutenção. 3.81 tubulação de retorno
tubulação que conduz a água quente de volta ao reservatório de água quente ou aquecedor. 3.82 tubulação recoberta
tubulação disposta em espaço projetado para tal e que permite o acesso mediante simples remoção da cobertura. 3.83 válvula de agulha
componente destinado a controlar com maior precisão a vazão ou temperatura, ou a ajustar a pressão da água com maior acurácia do que o registro de pressão. 3.84 válvula de diafragma
componente instalado na tubulação para permitir o controle da vazão, em que o elemento de controle do fluxo é um diafragma de material resiliente atuando como obturador de um orifício interno de passagem da água. 3.85 válvula de esfera
componente instalado na tubulação para permitir a interrupção da passagem da água, usado totalmente fechado ou totalmente aberto, em que o elemento de controle do fluxo é uma esfera giratória sob comando, dotada de passagem cilíndrica. 3.86 válvula redutora de pressão
componente que reduz a pressão da água em determinado trecho do sistema predial de água fria e quente. mantendo razoavelmente constante a pressão dinâmica a jusante para uma faixa operacional de vazões, impedindo a transmissão da pressão estática de montante para jusante sob ausência de escoamento. 3.87 válvula de retenção
componente que permite o fluxo da água em um único sentido. 3.88 válvula de segurança de pressão
componente destinado a evitar que a pressão da água ultrapasse determinado valor. 3.89 válvula de segurança de temperatura
componente destinado a evitar que a temperatura da água quente ultrapasse determinado valor. 3.90 válvula termostática
componente instalado na tubulação para permitir a interrupção da passagem da água, usado totalmente fechado ou totalmente aberto, em que o elemento de controle do fluxo é acionado por um sensor de temperatura, geralmente ajustável. 3.91 vazão de projeto
valor de vazão de referência para o dimensionamento do sistema.
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 3.92 ventilação de coluna de distribuição
tubulação que permite ingresso de ar em caso de ocorrer pressão inferior à atmosférica na coluna de distribuição. 3.93 vida útil
período de tempo durante o qual um sistema mantém o nível de desempenho esperado quando submetido às atividades de manutenção definidas no seu projeto. 3.94 vida útil de projeto
período estimado de tempo, pré-estabelecido na etapa de projeto, em que um sistema é projetado para atender as exigências do usuário e certos requisitos de desempenho estabelecidos em norma, desde que cumprido o programa de manutenção previsto no manual de operação, uso e manutenção.
4 Requisitos gerais sobre materiais e componentes Os requisitos e recomendações sobre os materiais e componentes empregados nos sistemas prediais de água fria e quente se baseiam em quatro premissas principais: a) os componentes em contato com a água não podem afetar a sua potabilidade; b) o desempenho dos componentes não deve ser comprometido pelas características da água potável, bem como pela ação do meio onde se acham inseridos; c) os componentes devem apresentar desempenho adequado às solicitações a que ficam submetidos quando em uso; d) os componentes devem propiciar o uso racional de água e energia. 4.1 A preservação da qualidade da água deve ser considerada na especificação e seleção dos materiais e na execução do sistema predial de água fria e quente. Os componentes dos sistemas prediais de água fria e quente em contato permanente com água potável não podem alterar o padrão de potabilidade, transmitir gosto, cor, odor ou toxicidade à água e nem promover ou estimular o crescimento de micro-organismos. As informações técnicas dos componentes devem incluir as respectivas restrições ou limitações, quando existirem. 4.2 Os materiais e componentes dos sistemas prediais de água fria e quente devem obedecer às normas técnicas nacionais pertinentes, cabendo aos fabricantes assegurar a conformidade de seus produtos. 4.3 Materiais, componentes e tecnologias de instalação ainda não normalizados na ocasião da utilização desta Norma, ou ainda desconhecidos à época de sua elaboração, podem ser empregados desde que sejam compatíveis com os princípios e critérios que a norteiam e possuam demonstração de desempenho e durabilidade através da avaliação de terceira parte devidamente acreditada.
5 Projeto 5.1 Condições gerais 5.1.1 Elaboração 5.1.1.1 O projeto dos sistemas prediais de água fria e quente deve ser feito por profissional habilitado. 5.1.1.2 Nos elementos constituintes do projeto, em qualquer nível ou etapa do seu desenvolvimento, devem constar dados de registro do profissional habilitado. 5.1.1.3 A observância das condições estabelecidas nesta Norma não dispensa a obediência às leis, decretos e regulamentos emanados de autoridades federais, estaduais ou municipais, da concessionária ou outro órgão competente com jurisdição local. NOTA: Entre outros, devem ser objeto de atenção o Código Sanitário Estadual, o Código de Edificações Municipal, o regulamento da concessionária local e o regulamento de prevenção contra incêndio do órgão responsável com juris dição local.
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 5.1.2 Requisitos gerais de projeto
Os sistemas prediais de água fria e quente devem ser projetados, instalados, utilizados e mantidos de modo que, durante a vida útil do edifício, atendam aos seguintes requisitos: a) preservar a potabilidade da água potável; b) garantir o fornecimento de água de forma contínua, em quantidade adequada e com pressões e vazões compatíveis com o funcionamento adequado dos aparelhos sanitários, peças de utilização e demais componentes e em temperaturas adequadas ao uso; c) promover o uso racional de água e de energia; d) possibilitar facilidade de acesso para inspeção e manutenção; e) prover setorização adequada do sistema de distribuição; f)
evitar níveis de ruído inadequados à ocupação dos ambientes;
g) proporcionar conforto aos usuários, prevendo peças de utilização adequadamente localizadas, de fácil operação, atendendo às exigências do usuário; h) evitar a ocorrência de patologias; i)
viabilizar manutenções necessárias ao atendimento da vida útil de projeto;
j)
proporcionar o equilíbrio de pressões da água fria e quente a montante de misturadores.
5.1.3 Interação com a concessionária de água 5.1.3.1 Recomenda-se consulta prévia à concessionária, visando obter informações sobre as características da oferta de água no local objeto do projeto, inquirindo sobre eventuais limitações nas vazões disponíveis, regime de variação de pressões, características da água, constância de abastecimento, etc. 5.1.3.2 Quando for prevista utilização de água proveniente de poços, recomenda-se uma consulta prévia ao órgão responsável pela gestão local dos recursos hídricos. Neste caso, deve ser realizada a verificação do atendimento ao padrão de potabilidade. 5.1.3.3 Quando houver utilização simultânea de água fornecida pela concessionária e água de outra fonte de abastecimento, deve existir meio para impedir o refluxo da água proveniente desta fonte particular para a rede pública. Neste caso, a concessionária deve ser previamente notificada. 5.1.4 Informações preliminares
As seguintes informações devem ser previamente levantadas para o projeto: a) características do consumo predial (volumes, vazões máximas e médias, etc.); b) características da oferta de água (disponibilidade de vazão, faixa de variação das pressões, constância do abastecimento, características da água, etc.); c) valores estimados do indicador de consumo em função da tipologia do edifício; d) necessidades mínimas de reservação; e) no caso de captação local de água, as características da água, o nível do lençol subterrâneo e a avaliação do risco de contaminação.
5.2 Abastecimento, reservação e distribuição de água 5.2.1 Fontes de abastecimento
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 5.2.1.1 Quando o abastecimento provier de rede pública, as exigências da concessionária também devem ser obedecidas. Isto se aplica não só quando do projeto e execução de um novo sistema predial de água fria e quente, como também nos casos de modificação ou descomissionamento de um sistema já existente. 5.2.1.2 O subsistema predial de água não potável, quando existir, deve ser totalmente independente daquele destinado ao uso da água potável. É vedada qualquer possibilidade de conexão cruzada entre ambos. 5.2.2 Tipo de abastecimento
Para definição do tipo de abastecimento a ser adotado, devem ser utilizadas as informações preliminares descritas em 5.1.4. A adoção do tipo direto para alguns pontos de utilização e do indireto para outros, deve levar em conta as vantagens de cada tipo de abastecimento. 5.2.3 Alimentador predial 5.2.3.1 No projeto do alimentador predial deve-se considerar o valor máximo da pressão da água proveniente da fonte de abastecimento. O alimentador predial deve possuir resistência mecânica adequada para suportar essa pressão e os respectivos componentes devem apresentar funcionamento adequado a tais pressões, particularmente no tocante à geração de ruídos e vibrações. 5.2.3.2 No caso do alimentador predial ser enterrado, deve-se observar um afastamento horizontal seguro de qualquer fonte potencialmente poluidora. Quando instalado na mesma vala que tubulações enterradas potencialmente poluidoras, o alimentador predial deve apresentar sua geratriz inferior acima da geratriz superior dessas tubulações. 5.2.4 Estimativa do consumo de água
Na elaboração dos projetos dos sistemas prediais de água fria e quente, as peculiaridades de cada instalação, as condições climáticas, as características de utilização do sistema, a tipologia do edifício e a população atendida são parâmetros a serem considerados no estabelecimento do consumo. 5.2.5 Reservatórios de água potável: proteção sanitária e preservação da potabilidade da água 5.2.5.1 O reservatório deve ser opaco ou dotado de meios de proteção contra a incidência de luz. 5.2.5.2 O reservatório deve ser instalado ou executado de modo a permitir a constatação visual e o reparo de vazamentos e a impossibilitar a contaminação da água potável por qualquer agente externo. 5.2.5.3 O reservatório deve ser um recipiente estanque, com tampa ou abertura com porta de acesso opaca, firmemente presa na sua posição quando fechada. 5.2.5.4 Deve ser impedido o eventual ingresso de líquidos, água contaminada, não potável ou de qualidade desconhecida em reservatório de água potável dotado de abertura de acesso em sua cobertura. Se a cobertura de reservatório inferior situar-se ao nível da superfície do piso, ou abaixo dele, a abertura deve ser dotada de rebordo mais alto do que esta superfície. Havendo abertura em reservatório elevado situada em cobertura sem aproveitamento, a abertura deve ser dotada de rebordo mais elevado do que esta superfície ou do que o nível de transbordamento de eventual parapeito ou platibanda periférica, o que for mais alto. Quando esta for impraticável ou em coberturas com aproveitamento, deve ser previsto meio seguro para evitar possível ingresso de líquidos pela abertura. 5.2.5.5 Qualquer abertura na parede do reservatório que se comunica com o meio externo direta ou indiretamente deve ser protegida de forma a impedir o ingresso ao seu interior de líquidos, poeiras, insetos e outros animais. 5.2.5.6 O reservatório deve ser resistente à corrosão ou ser provido internamente de outros meios de proteção, como um revestimento protetor anticorrosivo adequado. Tendo em conta a possibilidade de ocorrência de condensação nas superfícies internas das partes do reservatório que não ficam em contato com a água, estas não NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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devem liberar substâncias solúveis que possam comprometer o padrão de potabilidade da água armazenada e nem permitir a formação de biofilme, ou ser suficientemente lisas para permitir a sua completa remoção mecânica por escovação. 5.2.6 Reservatórios de água potável: forma e dimensões 5.2.6.1 Na definição da capacidade total de reservação de água potável deve ser considerada a frequência e duração de eventuais interrupções do abastecimento. 5.2.6.2 O volume total de água reservado deve atender, no mínimo, 24 horas de consumo normal no edifício e deve considerar eventual volume adicional de água para combate a incêndio, quando este estiver armazenado conjuntamente. 5.2.6.3 O volume total de água potável armazenada no reservatório deve ser limitado a um valor que garanta a sua potabilidade dentro do período de detenção médio, sob utilização normal, de modo a evitar redução da ação residual do agente desinfetante . NOTA: Na impossibilidade de determinar o volume máximo permissível, recomenda-se limitar o volume total ao valor que corresponda a um índice de renovação mínimo de 0,33 dia -1 ou prever meios que garantam a preservação das características da água potável.
5.2.6.4 Nos casos em que há reservatórios inferior e superior, a divisão da capacidade de reservação total deve ser feita de modo a atender às necessidades do sistema predial de água fria e quente quando em uso normal, às situações eventuais onde ocorra interrupção do abastecimento de água da fonte de abastecimento e às situações normais de manutenção. 5.2.6.5 À exceção das residências unifamiliares isoladas, os demais reservatórios elevados devem ser divididos em dois ou mais compartimentos para permitir operações de manutenção sem que haja interrupção na distribuição de água para os pontos de utilização do edifício. A capacidade do menor dos compartimentos deve ser suficiente para atender à demanda correspondente ao maior período de pico de consumo do edifício durante o intervalo de tempo estimado para uma operação normal de manutenção. Neste caso, cada compartimento deve operar como um reservatório autônomo, independente do funcionamento dos demais compartimentos, sendo vedada a condição de operação simultânea exclusiva como vasos comunicantes. 5.2.6.6 Nos casos em que há reservatórios inferior e superior, o reservatório inferior pode ser constituído de compartimento único sempre que o volume de água destinada a consumo no reservatório superior superar o volume demandado durante o período de tempo estimado para uma operação normal de manutenção para limpeza do reservatório inferior, ficando dispensada, neste caso, a necessidade de sua subdivisão em compartimentos independentes. 5.2.6.7 O formato do reservatório, o posicionamento relativo entre entrada e saída de água neste e a forma de tomada de água para consumo devem evitar a ocorrência de zonas de estagnação em seu interior e promover renovação da água armazenada. 5.2.7 Reservatórios de água potável: instalação e estabilidade mecânica 5.2.7.1 O reservatório (inclusive tampa ou porta de acesso) deve atender sua função sem apresentar deformações que comprometam o seu funcionamento ou dos componentes nele instalados. 5.2.7.2 Reservatórios pré-fabricados devem ser apoiados sobre bases planas e estáveis, capazes de resistir aos esforços atuantes e de impedir as consequentes deformações. No local que abriga reservatório(s) préfabricado(s), devem ser previstos meios para escoamento de água porventura extravasada em atividades de manutenção e na eventualidade de ruptura de reservatório. 5.2.8 Reservatórios de água potável: previsão da operação 5.2.8.1 O alimentador predial deve ser dotado, na sua extremidade de jusante, de componente destinado ao controle da entrada da água e à manutenção do nível desejado, tal como torneira de boia ou equivalente que NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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cumpra a mesma função. Este componente deve permitir ajuste do nível operacional e garantir proteção contra o refluxo. 5.2.8.2 Tendo em vista a facilidade de operação e manutenção do reservatório deve ser instalado um registro de fechamento na tubulação de alimentação. 5.2.8.3 O nível máximo da superfície livre da água no interior do reservatório deve situar-se abaixo do nível da geratriz inferior da tubulação de extravasão e, quando existir, de aviso de extravasão. 5.2.8.4 Em sistemas prediais de água quente com aquecimento central, coletivo ou privado, uma mesma tubulação de distribuição de água fria pode alimentar tanto aquecedores de água quanto pontos de utilização de água fria desde que não alimente aparelhos sanitários de vazão elevada. Quando o aquecedor for alimentado por tubulação que se liga ao reservatório elevado de forma independente das tubulações do sistema de distribuição de água fria, deve-se prever meios para evitar o risco de queimaduras na eventualidade da ausência de abastecimento. 5.2.9 Reservatórios de água potável: tubulações de limpeza, extravasão e aviso 5.2.9.1 Os reservatórios de água fria ou quente devem ser dotados de tubulação de limpeza para permitir o seu completo esvaziamento. Na tubulação de limpeza deve haver um registro de fechamento em posição de fácil acesso e operação, situado próximo à saída do reservatório. 5.2.9.2 Para facilitar a impermeabilização e operação de limpeza, o reservatório moldado no local deve ter cantos internos arredondados ou chanfrados e fundo com superfície dotada de ligeira declividade no sentido do bocal ou flange da tubulação de limpeza. 5.2.9.3 Os reservatórios de água fria ou quente atmosféricos devem ser providos de tubulações que permitam extravasão do volume de água em excesso em seu interior, caso o nível ultrapasse a cota operacional máxima prevista, de modo a impedir a ocorrência de transbordamento ou a inutilização do dispositivo de prevenção ao refluxo previsto, devido falha na torneira de boia, chave de nível ou outro componente destinado à interrupção do abastecimento. 5.2.9.4 O diâmetro interno da tubulação de extravasão deve ser determinado de modo a escoar o volume de água em excesso, em regime de escoamento livre, e a impossibilitar o bloqueio pelo ingresso eventual de partículas porventura flutuantes na superfície líquida da água armazenada no reservatório. Recomenda-se que o diâmetro da tubulação de extravasão seja maior que o da respectiva tubulação de alimentação. Em caso de utilização de torneira de boia de alta vazão ou outro componente com idêntica finalidade, o diâmetro interno da tubulação de extravasão deve estar de acordo com a orientação do fabricante ou do responsável pela colocação do produto no mercado nacional. 5.2.9.5 Em reservatórios de água fria ou quente atmosféricos, devem ser previstos meios (tal como tubulação de aviso de extravasão) para alertar a ocorrência de falha no componente destinado ao controle da entrada da água e manutenção do nível desejado, sempre que houver elevação da superfície da água acima do nível máximo operacional previsto. 5.2.9.6 As extremidades de jusante das tubulações de extravasão e de aviso de extravasão, quando adotada, devem ser providas de meios que impeçam o ingresso de vetores de doenças de veiculação hídrica ao interior do reservatório, tais como telas ou malhas de material resistente às condições de exposição. Neste caso, as frestas de abertura não devem limitar a passagem da água, cuja área total deve ultrapassar a área da seção interna da respectiva tubulação. 5.2.9.7 A tubulação de aviso de extravasão, quando adotada, deve ser convenientemente derivada da tubulação de extravasão em ponto que a impeça de escoar água proveniente da operação de limpeza do reservatório, evitando-se o seu entupimento, caso seja de diâmetro nominal reduzido, bem como despejo de sujeira no local previsto para o deságue. NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 5.2.9.8 O diâmetro interno da tubulação de aviso de extravasão, quando adotada, deve ser determinado de modo a impossibilitar o bloqueio pelo ingresso eventual de partículas porventura flutuantes na superfície líquida da água armazenada no reservatório. 5.2.9.9 A tubulação de aviso de extravasão, quando adotada, deve descarregar imediatamente após a água alcançar o nível de extravasão no reservatório. A água deve ser descarregada em local e de forma prontamente constatável. 5.2.9.10 A água das tubulações de extravasão, de limpeza e de aviso (quando adotada) dev e ser descarregada em condições que impeçam refluxo e conexão cruzada. É vedada a sua interligação direta com tubulações dos sistemas prediais de esgoto sanitário e de águas pluviais. Recomenda-se o deságue livre com suficiente separação atmosférica ou outro meio seguro de prevenção contra o refluxo em local que não provoque transtornos às atividades dos usuários e onde não haja possibilidade de gases e ar potencialmente contaminado ingressarem no reservatório por meio dessas tubulações. 5.2.10 Reservatórios de água potável: inspeção, manutenção e limpeza 5.2.10.1 O reservatório deve ser projetado de forma a garantir sua efetiva operação, inspeção e manutenção, de forma mais simples e econômica possível. 5.2.10.2 O reservatório deve ser construído ou instalado de tal modo que o seu interior possa ser facilmente acessado, inspecionado e limpo. O acesso para inspeção e limpeza deve ser garantido por meio de abertura com dimensão suficiente. 5.2.10.3 O espaço em torno do reservatório deve ser suficiente para permitir a realização das atividades de inspeção e manutenção, garantindo movimentação segura da pessoa encarregada de executá-las. 5.2.11 Sistemas de pressurização e de recalque 5.2.11.1 Na definição dos sistemas de pressurização e de recalque, e na localização dos reservatórios e bombas hidráulicas, deve-se considerar o aproveitamento mais eficaz da pressão disponível, sob a ótica do uso racional de energia. 5.2.11.2 O sistema de pressurização e o de recalque devem possuir no mínimo duas bombas, com funcionamento independente entre si, com vistas a garantir o abastecimento de água no caso de falha ou desativação para manutenção de uma delas. 5.2.11.3 O sistema de pressurização e o de recalque devem permitir o funcionamento simulado de qualquer das bombas ou dispositivos elevatórios para efeito de teste de operação. 5.2.11.4 As bombas devem ser selecionadas de modo a não possibilitar cavitação ou turbulência e devem operar com o melhor desempenho dentro da sua faixa de trabalho. 5.2.11.5 A localização e a forma de execução do sistema de pressurização e o de recalque devem ser definidas levando-se em conta a redução dos efeitos da transmissão de vibração e de ruído, a facilidade de acesso para inspeção e manutenção e ventilação ambiente suficiente para permitir dissipação de calor dos equipamentos, dimensões suficientes para permitir inspeção e adequada manutenção, e local dotado de drenagem para atender a eventuais vazamentos. 5.2.11.6 Para evitar a entrada de ar e a formação de vórtice na tomada de água, recomenda-se que a sucção de água em reservatório inferior que não contenha reserva para combate a incêndio, tenha sua extremidade inicial localizada em poço de sucção no interior do próprio reservatório ou ao lado do mesmo. A entrada da tubulação de sucção deve ser protegida contra possível ingresso de objetos ou detritos e ficar suficientemente elevada em relação ao fundo do reservatório ou respectivo poço de sucção para evitar aspiração de eventuais resíduos aí depositados. NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 5.2.11.7 A perda de carga imposta ao escoamento por dispositivo de proteção instalado na extremidade da tubulação de sucção dentro do reservatório deve ser considerada para efeito de verificação do valor da pressão dinâmica absoluta disponível (NPSH disponível) no bocal ou flange de sucção da bomba do sistema de recalque. 5.2.11.8 A extremidade da tomada de água em reservatório superior deve ser elevada em relação ao fundo do mesmo para evitar a entrada de resíduos porventura existentes. 5.2.11.9 Visando evitar a presença de água sem renovação dentro das tubulações e do corpo de bomba que permaneça inoperante por longos períodos, sob a ótica da preservação da qualidade sanitária, as bombas do subsistema de pressurização e o de recalque devem ter alternância entre partidas consecutivas. 5.2.11.10 As bombas devem ser instaladas de modo que os respectivos motores fiquem protegidos contra o ingresso de água, como a proveniente de eventuais vazamentos de tubulações, e que porventura goteje do próprio componente de vedação em razão do seu desgaste e do despejo de tubos extravasores, saídas de limpeza e avisos de extravasão. Quando tal condição for impraticável, os motores das bombas deverão ter grau de proteção adequado. 5.2.11.11 Os sistemas de pressurização e o de recalque não podem provocar ruídos e propagar vibrações aos elementos das edificações em níveis que ultrapassem os especificados na NBR 10152. Recomenda-se prever meio adequado para atenuar ou evitar a transmissão das vibrações da saída de bomba centrífuga para a tubulação de recalque, e consequente ruído dela proveniente. 5.2.11.12 O consumo de energia em sistemas de pressurização e de recalque com bombas centrífugas deve ser minimizado mediante correta escolha da bomba, observando-se as características de desempenho segundo os condicionantes de projeto, selecionando-se marca, modelo, rotação nominal e diâmetro de rotor que correspondam ao maior valor de rendimento possível entre as várias alternativas consideradas. 5.2.11.13 Em subsistemas de recalque recomenda-se a utilização de comando de acionamento e desativação automáticos, condicionado ao nível de água nos reservatórios. Este comando deve permitir também o acionamento manual para operações de inspeção e manutenção. 5.2.11.14 O sistema de recalque de sistema indireto não pode ser acionado na condição de nível d’água mínimo operacional no reservatório inferior, para evitar que a bomba opere na ausência de água e se danifique. Este nível deve ser estipulado de modo a evitar aspiração de bolhas de ar pelas tomadas de sucção das bombas. 5.2.12 Sistema de distribuição 5.2.12.1 No estabelecimento da localização dos aparelhos sanitários e respectivas peças de utilização, devem ser consideradas as exigências do usuário, particularmente no que se refere ao conforto, segurança e ergonomia. 5.2.12.2 Devem ser impedidas a entrada de ar e a formação de vórtice nas tomadas de água em reservatórios para as tubulações do sistema de distribuição. 5.2.12.3 As tubulações de distribuição de água fria e quente devem ser projetadas e instaladas de modo a impedir a segregação de ar em seu interior ou a eliminar ar segregado. 5.2.12.4 Se o tipo de abastecimento do sistema de distribuição for direto, devem ser tomadas precauções no que se refere ao seu desempenho e de seus componentes quando submetidos a pressões elevadas. 5.2.12.5 Os sistemas prediais de água fria e quente devem ser concebidos de modo que as intervenções de manutenção sejam facilitadas. Para possibilitar a manutenção de qualquer parte do sistema de distribuição, deve ser prevista setorização mediante previsão de registros de fechamento ou dispositivos de idêntica finalidade, particularmente:
a) no barrilete, posicionado no trecho que alimenta o próprio barrilete (no caso de abastecimento indireto, posicionado em cada trecho que liga o barrilete ao reservatório); NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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b) na coluna de distribuição, posicionado a montante do primeiro ramal; c) no ramal, posicionado a montante do primeiro sub-ramal em ao menos um dos ambientes sanitários da unidade autônoma. 5.2.12.6 O sistema de distribuição deve ser setorizado de forma a permitir a operação e manutenção independente de diferentes pavimentos, unidades autônomas ou economias e atividades fins. 5.2.12.7 Em ambientes sanitários destinados a uso público, ao menos um ponto de utilização de cada tipo deve ser dotado de registro de fechamento exclusivo e independente dos demais, para evitar a interdição do espaço quando da avaria de uma peça de utilização ou aparelho sanitário. 5.2.12.8 Quando houver utilização de água fria e água quente, o sistema predial de água fria deve ser protegido contra o ingresso indevido de água quente e vice-versa. Particular atenção deve ser dada à possibilidade de utilização de ducha higiênica manual com acionamento por gatilho em ponto de utilização dotado de misturador de água fria e quente. Deve ser impossibilitada a transferência de calor da tubulação de água quente ou de equipamento ou sistema gerador ou acumulador de água quente para o interior da tubulação de água fria. 5.2.12.9 O sistema de distribuição de água quente deve ser concebido e dimensionado de modo a minimizar o tempo de chegada de água do interior do aquecedor, sistema de geração de água quente ou reservatório de água quente até o ponto de utilização dele linearmente mais distante, com vistas ao conforto do usuário e ao uso racional de água e energia. 5.2.13 Proteção contra o escaldamento
A abertura de um ponto de utilização de água fria não deve provocar redução de pressão em ponto de utilização de água quente que provoque escaldamento em usuários. Recomenda-se que tubulações de distribuição de água fria que alimentam aquecedores de água ou misturadores de água fria e quente não alimentem aparelhos sanitários de vazão elevada, como válvula de descarga para bacia sanitária.
5.3 Tubulações 5.3.1 As tubulações devem ser projetadas e executadas tendo em vista as particularidades de cada tipo de material selecionado, observadas as respectivas normas de produto e de aplicação. 5.3.2 Os sistemas prediais de água fria e quente devem ser projetados de modo a evitar a formação geral ou localizada e a segregação de bolhas de ar ou vapor emulsionadas na água. 5.3.3 Onde inevitável a instalação de trecho com formato de sifão, o respectivo ponto de jusante de cota mais elevada do sifão deve ser um ponto de utilização ou então ser provido de respiro, em sistemas por gravidade, ou de dispositivo próprio para a eliminação automática do ar (ventosa ou outros meios), em sistemas pressurizados. Neste caso, quando existente, a saída de dreno deverá ser tubulada até um ponto de deságue adequado. 5.3.4 Os trechos horizontais de tubulações de água fria e quente devem ser projetados e instalados de modo a evitar deformação excessiva, dependente da forma de instalação e do espaçamento entre apoios ou suportes consecutivos. Os espaçamentos entre apoios não podem provocar ondulações localizadas e deformações com flechas incompatíveis com as características dos materiais e componentes utilizados, considerando o peso da tubulação com água. 5.3.5 Deve ser considerado no projeto o efeito da dilatação e contração térmicas das tubulações e especificadas as condições de instalação para cada tipo de material, respeitadas as respectivas normas de produto e de aplicação. 5.3.6 A tubulação de retorno de água quente, quando existente, deve ser provida, se necessário, de dispositivo para recirculação. No caso de circulação forçada, o equilíbrio entre as pressões dinâmicas da água fria e quente a montante dos misturadores do sistema não deve ser afetado quando a bomba de recirculação entra ou sai de operação. NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 5.3.7 Em sistemas dotados de tubulação de retorno de água quente coletando água de dois ou mais ramais de distribuição, as vazões de retorno dos ramais devem ser hidraulicamente balanceadas de modo a evitar percursos preferenciais.
5.4 Vazões nos pontos de utilização 5.4.1 A Tabela 1 apresenta como referência vazões unitárias de projeto quando um ou mais pontos de utilização estiverem em uso. Tabela 1 - Vazões unitárias de referência nos pontos de utilização em função da peça de utilização
Aparelho sanitário
Bacia sanitária Banheira Bebedouro Bidê
Chuveiro
ducha
elétrico Ducha higiênica Lavadora de pratos Lavadora de roupas
Lavatório
Mictório cerâmico
Pia
Tanque Torneira
de jardim de lavagem uso geral
Vazão mínima (L/s) água água fria quente
Vazão máxima (L/s) água água fria quente
Registro de pressão Registro de pressão
0,03 0,04
0,08 0,14
Misturador Registro de pressão
0,04 0,15
0,14 0,25
Misturador Misturador termostático
0,20 0,15
0,25 0,25
Registro de pressão Registro de pressão
0,04
0,12
0,04
0,12
Torneira manual com arejador Torneira economizadora temporizada
0,04 0,04
0,16 0,16
Misturador Válvula de descarga
0,04 0,08
0,16
Acionamento eletrônico
0,08
Torneira manual com arejador Misturador com arejador
0,07 0,07
0,16 0,16
Torneira elétrica Aquecedor elétrico individual
0,05 0,05
0,10
Torneira manual Misturador
0,07
0,20
Torneira manual Torneira manual
0,07 0,07
0,20 0,20
Peça de utilização
Caixa de descarga Válvula de descarga Misturador
Acionamento hidromecânico
Misturador Registro de pressão Registro de pressão (água fria) Registro de pressão (água fria e quente)
5.4.2 Recomenda-se Deve-se prever meios para limitar as vazões máximas nos pontos de utilização visando coibir o desperdício de água nas edificações. Tais limites devem constar do manual de operação, uso e manutenção dos sistemas prediais de água fria e quente, com a informação expressa de que o emprego de aparelhos sanitários com consumo superior ao previsto em projeto será de responsabilidade do usuário. NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 5.4.3 No uso simultâneo provável de dois ou mais pontos de utilização, a vazão unitária de projeto indicada como referência na Tabela 1, quando adotada, deve estar plenamente disponível, visando um nível de conforto mínimo para o usuário e o uso racional da água. No caso de funcionamento simultâneo não previsto pelo cálculo de dimensionamento da tubulação, a redução temporária da vazão, em qualquer um dos pontos de utilização, não deve comprometer significativamente o desempenho do sistema.
5.5 Vazão de abastecimento de reservatório de água potável A vazão a considerar no abastecimento do reservatório deve ser suficiente para reposição total do volume destinado a consumo de água em até 24 horas. No caso de residências unifamiliares, o tempo de reposição deve ser de até 3 horas.
5.6 Velocidades mínima e máxima da água 5.6.1 As tubulações devem ser dimensionadas de modo a evitar geração e propagação de ruídos que excedam aos valores definidos na ABNT NBR 10152 e por eventuais golpes de aríete associados a velocidades elevadas de escoamento, com intensidades prejudiciais a componentes sensíveis e em níveis incompatíveis com a ocupação do ambiente onde se alojam, relacionadas à forma de instalação (em alvenaria, no interior de forros falsos, enterradas, aparentes, dentro de dutos, dentro de tubos-luva, etc.). Para evitar tais inconvenientes, a velocidade de escoamento num dado trecho de tubulação deve ser limitada a um valor máximo compatível. NOTA: O ruído proveniente de tubulação, gerado quando suas paredes sofrem vibração pela ação do escoamento da água, não é significativo para velocidades médias da água inferiores a 3 m/s. O dimensionamento da tubulação assumindo um limite máximo de velocidade média da água de 3 m/s não evita a ocorrência de golpe de aríete, mas limita a magnitude dos picos de sobrepressão
5.6.2 Dependendo do tipo de material especificado, da forma e peculiaridades da instalação, como o local de instalação, tipo de suportação mecânica, etc., recomenda-se considerar a necessidade de seu isolamento acústico. 5.6.2.1 A limitação da velocidade do escoamento não se aplica a trechos onde a tubulação comprovadamente não estiver sujeita a golpes de aríete e for dotada de meios adequados de isolação acústica ou estiver alojada em local que impeça a transmissão de ruídos. Nestes casos, a limitação passa a ser a perda de carga disponível e a capacidade de resistência do material e componentes da tubulação a níveis elevados de atrito do escoamento. 5.6.2.2 Para manter os níveis de ruído dentro dos limites definidos pela ABNT NBR 10152 e a integridade dos componentes, a velocidade do escoamento deve ser limitada a um valor que não provoque cavitação, particularmente em mudanças bruscas de direção e em reduções acentuadas de seção de escoamento em componentes que ofereçam restrição local de seção, como válvulas redutoras de pressão e peças de utilização restritoras de fluxo (torneiras, torneiras de boia, registros tipo globo, válvulas de agulha, válvulas de diafragma, etc.). A velocidade da água na região de obturação de uma peça de utilização pode ser reduzida no projeto pela redução da pressão da água no ponto de utilização correspondente.
5.7 Pressões mínimas e máximas na rede de distribuição predial 5.7.1 Em condições dinâmicas, a pressão mínima da água atuante nos pontos de utilização deve ser aquela necessária para garantir a vazão de projeto. 5.7.2 A pressão dinâmica requerida para o adequado funcionamento da peça de utilização ou correspondente aparelho sanitário operando sob vazão de projeto pode ser obtida junto ao respectivo fabricante ou responsável pela colocação do produto no mercado nacional. Alternativamente, pode ser obtido o coeficiente de descarga do aparelho sanitário, se este for constante para a faixa operacional de vazões prevista, obedecendo à relação: Q
=
k P onde: Q = vazão de projeto da peça de utilização ou aparelho sanitário (L/s)
k = coeficiente de descarga da peça de utilização ou aparelho sanitário (L.s -1.kPa-0,5) P = pressão dinâmica no ponto de utilização (kPa) NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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Em qualquer caso, a pressão dinâmica da água no ponto de utilização não deve ser inferior a 10 kPa. 5.7.3 Para evitar o consumo elevado de água e a promoção de desperdícios, a pressão dinâmica da água no ponto de utilização não deve ultrapassar 30 kPa a montante da peça de utilização. 5.7.4 Em qualquer ponto da rede predial de distribuição, a pressão dinâmica da água não deve ser inferior a 5 kPa, excetuados os trechos verticais de tomada d’água nas saídas de reservatórios elevados para os respectivos barriletes em sistemas indiretos, em que a pressão mínima em cada ponto é dada pelo correspondente desnível geométrico ao nível d’água de cota mais baixa no reservatório, descontada a perda de carga até o ponto considerado. 5.7.5 A pressão da água em qualquer ponto da rede predial de distribuição não pode ser superior a 400 kPa. Pressões superiores a este valor são admitidas nas tubulações que alimentam centrais redutoras de pressão, desde que observada a máxima pressão de serviço de cada material ou componente, conforme respectiva norma de produto. 5.7.6 A ocorrência de sobrepressões devidas a transientes hidráulicos deve ser considerada no dimensionamento das tubulações. Tais sobrepressões são admitidas desde que não superem o valor de 200 kPa, valor cumulativo ao limite de 400 kPa fixado em 5.7.5 quando se tratar do sistema de distribuição. 5.7.7 Sendo necessário instalar válvulas redutoras de pressão em estações ou centrais redutoras de pressão coletivas, com a finalidade de atenderem a múltiplas unidades condominiais ou a diferentes setores da edificação, devem ser sempre instaladas duas válvulas em paralelo, servindo uma de reserva da outra em caso de retirada para manutenção, visando prover continuidade de abastecimento aos pontos de utilização. 5.7.8 A exigência de duas unidades redutoras em paralelo não se aplica quando a válvula redutora de pressão não for instalada em central redutora de pressão e se destinar a uma única unidade condominial ou a reduzir a pressão para um dado setor do edifício ou trecho do respectivo sistema de distribuição ou ponto de utilização. Neste caso, o responsável pela operação do sistema predial de água fria e quente deve manter ao menos uma válvula sobressalente para reposição em caso de retirada para manutenção.
5.8 Temperaturas mínima e máxima da água 5.8.1 Tendo em vista que a multiplicação de micro-organismos patogênicos passíveis de ocorrer em biofilmes formados em componentes se dá principalmente entre 25°C e 55°C, devem ser previstos meios para evitar a permanência de água nesta faixa de temperaturas nos sistemas prediais de água fria e quente. 5.8.2 Os componentes do sistema predial de distribuição de água fria devem ser convenientemente abrigados de fontes de calor internas e externas ao edifício, a exemplo da exposição direta à radiação solar, da proximidade excessiva de tubulações conduzindo água quente, do embutimento em pisos e painéis radiantes para calefação ambiente, etc. Onde necessário, tais componentes devem receber isolamento térmico adequado. 5.8.3 A menor temperatura de projeto admissível para a água no sistema de distribuição de água quente é 55°C. Onde necessário, os componentes do sistema predial de água quente devem receber isolamento térmico adequado. Pode ser necessário prever aquecedores adicionais no sistema de distribuição para a manutenção desta temperatura mínima. 5.8.4 A maior temperatura admissível para a água no sistema de distribuição de água quente é 70°C. Deve ser adotado material adequado a este valor máximo de temperatura para os respectivos componentes. Deve ser previsto meio de alívio ou proteção dos componentes da tubulação caso a temperatura da água porventura ultrapasse acidentalmente este valor. 5.8.5 A instalação de misturador ou de válvula termostática é obrigatória onde houver possibilidade de a água fornecida ao ponto de utilização para o uso corporal ultrapassar 45°C. Neste caso, a utilização simultânea de qualquer outro aparelho sanitário não deve provocar a ocorrência de transiente de pressão que ocasione NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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escaldamento. Recomenda-se que as pressões das águas fria e quente atuantes a montante de misturadores sejam aproximadamente as mesmas para evitar oscilações de temperatura da água durante o uso.
5.9 Dilatação térmica 5.9.1 Quando trechos das tubulações conduzindo água quente forem projetados e executados de modo a permitir dilatações térmicas, deve-se garantir o perfeito funcionamento do sistema, observando-se que os tubos e conexões devem ser confinados por meios apropriados que permitam livre movimentação, minimizando a flambagem dos trechos. 5.9.2 Quando as tubulações ou trechos dela forem projetados e executados sem a possibilidade de dilatação térmica ou com disponibilidade de espaço inferior à dilatação requerida, os tubos e conexões devem ser ancorados de forma a suportar os esforços mecânicos decorrentes da restrição à livre dilatação térmica da tubulação. Neste caso, tais componentes deverão resistir às tensões mecânicas impostas e os respectivos materiais deverão ser avaliados quanto à fadiga. 5.9.3 Para prevenir o ruído causado pela movimentação consequente de mudanças bruscas de temperatura em tubulações de água quente, o projeto pode prover flexibilidade suficiente para absorver a movimentação térmica, mediante instalação de apoios, suportes ou abraçadeiras com material resiliente entre os tubos e os elementos de fixação. 5.9.4 Onde houver trechos retilíneos longos de tubulação, liras ou juntas de expansão podem ser necessárias. Quando adotadas, as juntas de expansão deverão ser instaladas sem que as correspondentes tubulações imponham um pré-tensionamento na forma de contração ou distensão nos respectivos foles. As juntas de expansão deverão ser alojadas em local que permita fácil acesso para inspeção e eventual substituição. 5.9.5 Deve ser verificada a deformação imposta pela movimentação térmica de trechos retilíneos longos de tubulação em derivações ou ramificações. Estas deverão ter meios de absorver tais deformações, seja pela extensão suficiente em razão da sua flexibilidade e traçado, seja pela interposição de componente adequado à absorção dessas deformações, como juntas de expansão apropriadas.
5.10 Dimensionamento do sistema de distribuição 5.10.1 A tubulação do sistema de distribuição de água fria e quente deve ser dimensionada para promover o abastecimento de água com vazões e pressões adequadas, sem incorrer em sub ou superdimensionamento . 5.10.2 O dimensionamento das tubulações do sistema de distribuição deve ser efetuado com base no estabelecimento usual de uma demanda simultânea provável de água menor do que a máxima possível. Essa demanda simultânea pode ser estimada tanto pela aplicação da teoria das probabilidades, por meio de um método probabilístico, como a partir da experiência acumulada na observação de sistemas similares, valendo-se de um método empírico. Neste caso, o Anexo A (informativo) traz o Método de Pesos Relativos. 5.10.3 Métodos probabilísticos são especialmente recomendados para obter as vazões de projeto em sistemas de distribuição com medição setorizada de consumo, a exemplo de medição individualizada de consumo em unidades condominiais; também são indicados para a seleção e o dimensionamento dos respectivos hidrômetros. 5.10.4 Não há limitação para diâmetros nominais mínimos de sub-ramais, respectivos engates ou tubos de ligação. Os diâmetros devem ser escolhidos em decorrência dos valores das velocidades e vazões consideradas, da limitação de ruído e meio de isolação acústica adotado, da forma de instalação, do tipo de material especificado e da disponibilidade de perda de carga, atendendo-se às pressões dinâmicas mínimas necessárias para o funcionamento dos respectivos aparelhos sanitários com as vazões de projeto indicadas na Tabela 1. 5.10.5 A partir da determinação da vazão provável em cada trecho do sistema, o restante do dimensionamento pode ser feito com base nas indicações constantes do Anexo B (informativo).
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 5.10.6 A determinação das perdas de carga nas tubulações e cálculo das pressões dinâmicas nos pontos de utilização deve ser feito mediante o emprego de fórmulas pertinentes. Recomenda-se o emprego da Fórmula Universal de Perda de Carga. Em caso de utilização de fórmulas empíricas, deve-se adotar a mais indicada para o diâmetro e material do trecho de tubulação considerado (ver Anexo B).
5.11 Proteção sanitária da água potável Os sistemas prediais de água fria e quente devem ser projetados e executados de modo a não afetar a qualidade da água, deixando de atender ao padrão de potabilidade, constituindo-se em risco para a saúde ou tornando-se inadequada para o uso pretendido. Os sistemas projetados não devem particularmente por meio de: a) contato com materiais inadequados (ver seção 4); b) refluxo de água usada para a fonte de abastecimento ou para o próprio sistema predial de água fria e/ou quente; c) interligação entre tubulações conduzindo água potável e água não potável; d) conexão cruzada com outros sistemas prediais como o de esgoto sanitário e o de águas pluviais; e) formação de biofilme e risco de proliferação de micro-organismos potencialmente patogênicos. 5.11.1 Contato com materiais inadequados 5.11.1.1 Nenhuma tubulação deve ser projetada e instalada enterrada em solos contaminados. Na impossibilidade de atendimento, medidas de proteção devem ser adotadas. 5.11.1.2 As tubulações não devem ser projetadas e instaladas dentro de locais que possam comprometer a sua qualidade, como caixas de inspeção, caixas de passagem, poços de visita, tanques sépticos, sumidouros, valas de infiltração, filtros anaeróbios, leitos de secagem de lodo, aterros sanitários, depósitos de lixo, tubulações de esgoto sanitário, de água não potável ou de água pluvial, etc. 5.11.1.3 Nenhuma tubulação suscetível de deterioração ao contato com determinada substância pode ser projetada e instalada em local onde tal substância possa estar presente. Na impossibilidade de atendimento, medidas de proteção devem ser adotadas. 5.11.2 Proteção contra refluxo de água 5.11.2.1 Devem ser tomadas medidas de proteção contra o refluxo de água considerada servida, não potável ou de qualidade desconhecida, para preservar a potabilidade da água da fonte de abastecimento nos pontos de suprimento e de utilização dos sistemas prediais de água fria e quente. Os pontos de utilização que, de alguma forma, possam estar sujeitos à condição de conexão cruzada, devem ser protegidos contra o refluxo. 5.11.2.2 Deve ser prevista uma proteção localizada em cada ponto de utilização e de suprimento de água, constituída por dispositivo de prevenção ao refluxo instalado em local o mais próximo possível do ponto de utilização ou suprimento. 5.11.2.3 Recomenda-se a separação atmosférica padronizada como dispositivo de prevenção ao refluxo mais efetivo, representada na Figura 1, considerando os valores mínimos indicados na Tabela 2. Outros recursos podem ser utilizados desde que apresentem resultado satisfatório, tais como a separ ação atmosférica não padronizada (quando não atende ao representado na Figura 1) e o quebrador de vácuo 1). Em se tratando de equipamentos, são aceitos os aprovados quando submetidos ao ensaio previsto no Anexo C.
4) Os
quebradores de vácuo não constituem proteção contra o refluxo de água onde se estabelece o mecanismo de vasos comunicantes.
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 Tabela 2 - Separação atmosférica mínima d (mm)
S (mm)
≤ 14
≥ 20
14 < d ≤ 21
≥ 25
21 < d ≤ 41
≥ 70
d > 41
≥ 2d
ALIMENTADOR PREDIAL
XXXXXX X EXTRAVASOR
EXTRAVASOR
ALIMENTADOR PREDIAL
L
L
RECALQUE
EXTRAVASOR
S
N.A máx.
S
N.A máx. E U Q L A C E R
L
O Ã S A V A R T X E
Figura 1 - Separação atmosférica padronizada
d = diâmetro interno do tubo a montante do ponto de suprimento ou de utilização (ver Tabela B.3) L = distância mínima entre o ponto de suprimento ou de utilização e qualquer obstáculo periférico (L ≥ 3d) S = separação atmosférica mínima (ver Tabela 2)
5.11.2.4 Em edifícios de múltiplos pavimentos alimentados a partir de reservatório superior, admite-se que a proteção localizada seja substituída por proteção não localizada mediante ventilação da coluna de distribuição (Figura 2), desde que tal ventilação estenda sua proteção a todos os pontos de utilização envolvidos. Não pode existir possibilidade de bloqueio entre o ponto de ventilação e o ramal que alimenta os pontos de utilização. 5.11.2.5 Em residências unifamiliares alimentadas a partir de um reservatório superior, a proteção de todos os pontos de utilização da rede predial de distribuição pode ser obtida pela ventilação da rede de distribuição de maneira análoga àquela indicada em 15.11.2.4; no caso de válvula de descarga alimentada por rede de distribuição exclusiva, não é exigível tal ventilação. 5.11.2.6 O sistema predial de água alimentado a partir de uma única fonte de abastecimento deve preservar o padrão de potabilidade tanto da água do próprio sistema predial quanto da fonte de abastecimento. Devem ser previstas medidas de proteção sanitária, considerando o risco relativo a cada caso particular, com vistas às exigências pertinentes ao uso da água. NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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Figura 2 – Tubo ventilador de coluna de distribuição
5.11.2.7 Em sistema com abastecimento direto, deve ser instalado junto à fonte de abastecimento um dispositivo adequado de prevenção ao refluxo 2). 5.11.2.8 Quando o abastecimento for indireto em edifícios de diversos pavimentos alimentados por colunas de distribuição, deve ser prevista uma proteção contra refluxo de água de cada ramal para a respectiva coluna. Para este caso, recomenda-se a ventilação da coluna de distribuição indicada na Figura 2. O diâmetro da tubulação de ventilação deve ser definido pelo projetista, sendo recomendada a adoção de diâmetro igual ao da coluna de distribuição correspondente. O ponto de junção da tubulação de ventilação com a coluna de distribuição deve estar localizado a jusante do registro de fechamento existente na própria coluna. 5.11.2.9 No caso de abastecimento direto, ou indireto de reservatório elevado coletivo para um conjunto de edifícios separados e abastecidos individualmente a partir de tubulação comum que desempenhe função similar à de uma coluna de distribuição, deve ser previsto um dispositivo adequado de proteção contra refluxo de água do sistema predial de água fria e quente de cada edifício para a referida tubulação, conforme Figura 3.
Figura 3 - Localização dos dispositivos de proteção
4) Se o abastecimento for feito a partir de rede pública, esta exigência fica a critério da concessionária. Se houver reservatório no
sistema predial de água fria e o sistema de abastecimento não for misto, a separação atmosférica no reservatório, conforme Figura 1, pode ser considerada como proteção da fonte de abastecimento.
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 5.11.3 Proteção contra a formação de biofilme em componentes 5.11.3.1 Em vista da possibilidade de formação de biofilme e risco de proliferação de micro-organismos potencialmente patogênicos no interior dos componentes do sistema predial de água fria e quente, é vedada a existência de trechos terminais (trechos mortos) de tubulação sem renovação de água. 5.11.3.2 O sistema predial de água quente deve ser projetado de modo a permitir desinfecção periódica de todas as partes dos componentes em contato com a água (ver 7.3).
5.12 Prevenção e atenuação do golpe de aríete 5.12.1 Os componentes dos sistemas prediais de água fria e quente, durante a operação de fechamento, não podem provocar golpe de aríete que cause sobrepressões superiores ao valor especificado em 5.7.6. 5.12.2 Quando necessário, entre outros recursos, um dispositivo ou componente com função amortecedora, tal como um isolador de vibração tipo fole ou mangote flexível, pode ser usado para absorver o pico de pressão num ponto próximo ao local de geração do transiente.
5.13 Sistema de geração e armazenamento de água quente 5.13.1 O projeto do sistema de geração e, quando for o caso, armazenamento de água quente, deve especificar o tipo de sistema de aquecimento previsto e considerar o respectivo volume, as temperaturas máxima e mínima de operação, a fonte de calor e respectiva potência. 5.13.2 No dimensionamento do sistema de geração com acumulação de água quente, devem ser criteriosamente observadas as características do sistema de aquecimento escolhido, levando-se em consideração, principalmente, a frequência de utilização, volume de armazenamento e potência da fonte de calor ou capacidade de recuperação. 5.13.3 A perda de carga em função da v azão, o coeficiente global de transferência de calor, a vazão mínima e a pressão dinâmica mínima de operação do aquecedor podem ser obtidas junto ao fabricante ou responsável pela colocação do produto no mercado nacional. 5.13.4 A instalação de aquecedores de acumulação e de reservatórios de água quente deve observar as seguintes condições:
a) o ramal de alimentação de água fria deve ser executado de modo a não permitir o esvaziamento do aquecedor, a não ser pelo dreno; b) quando alimentado por gravidade, o reservatório do equipamento deve permanecer escorvado mesmo quando o reservatório de água fria estiver vazio; c) a saída da tubulação de água quente deve ser provida de respiro; quando a sua instalação não for viável, pode ser substituído por componente de idêntico desempenho; d) quando alimentado por gravidade, é vedado o uso de válvula de retenção no ramal de alimentação de água fria do equipamento quando este ramal não for protegido contra a expansão térmica; e) é vedado o respiro coletivo; f) a tubulação de alimentação de água fria deve ser provida de sifão térmico ou outro meio eficaz para evitar transferência de calor para o seu interior, por convecção, da água quente armazenada no equipamento. 5.13.5 O sistema de aquecimento deve ser dotado de dispositivo automático para limitar a máxima temperatura admissível da água e de uma válvula de segurança de temperatura. Quando o modelo selecionado não for equipado de fábrica com esta válvula, ela deverá ser instalada externamente na tubulação de saída de água quente. 5.13.6 Recomenda-se adotar reservatórios de água quente, dotados ou não de fonte própria de calor, que possuam aberturas que permitem fácil acesso para inspeção, manutenção e limpeza das superfícies internas. NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 5.13.7 Reservatórios de água quente, com ou sem fonte própria de calor, devem ser dotados de dreno. Quando o modelo selecionado não é equipado de fábrica com saída para dreno, ele deve ser instalado externamente na tubulação de modo a permitir o completo esvaziamento do equipamento. 5.13.8 Os aquecedores de acumulação e reservatórios de água quente devem ser dotados de equipamento automático que limite a máxima pressão admissível da água, tal como uma válvula de alívio ou válvula de segurança à pressão. Quando o modelo selecionado não for equipado de fábrica com esta válvula, um equipamento adequado deverá ser instalado externamente na tubulação de entrada de água fria. 5.13.9 Havendo opção pela desinfecção das tubulações de água quente com água à temperatura mínima de 70°C proveniente do próprio sistema de aquecimento , este deve ter capacidade de gera-la acima desta temperatura. 5.13.10 A tubulação de alimentação de água fria para reservatórios de água quente, com ou sem fonte própria de calor, deve ser de material resistente à água quente a montante dele, em extensão linear cujo volume interno seja compatível com o volume resultante da máxima expansão térmica prevista para a água dentro do reservatório.
5.14 Uso racional de água e de energia O projeto do sistema predial de água fria e quente deve ser elaborado de modo a tornar o mais eficiente possível o uso da água e energia utilizadas, o que implica na redução do consumo de água e energia aos valores mínimos necessários, suficientes para o bom funcionamento dos equipamentos sanitários e para satisfazer as necessidades dos usuários. 5.14.1 Isolamento térmico 5.14.1.1 Os aquecedores, reservatórios de água quente, equipamentos e tubulações do sistema predial de água quente devem ser projetados e instalados de forma a reduzir perdas térmicas. 5.14.1.2 As perdas de calor devem ser estimadas em função dos materiais utilizados nos componentes e das peculiaridades do sistema predial de água quente, como a forma e local de instalação, a temperatura prevista para a água, etc. Havendo necessidade, deve ser aplicado isolamento térmico adicional. 5.14.1.3 Trechos de tubulações de água fria que estejam próximos ou cruzem tubulações de água quente devem ser protegidos contra a correspondente transmissão de calor.
5.15 Acessibilidade e proteção das tubulações e componentes Os componentes dos sistemas prediais de água fria e quente devem ser alojados no edifício de forma a serem acessíveis para inspeção, atividades de operação e manutenção, e a permitir a movimentação segura das pessoas encarregadas de executá-las. 5.15.1 Interação com elementos construtivos e estruturais 5.15.1.1 Não deve haver interferência física entre o sistema estrutural e os sistemas prediais de água fria e quente, para que os componentes destes não fiquem solidários a elementos estruturais, e submetidos a esforços deles provenientes. Onde necessário, o projeto deve prever tubulações encamisadas ou alojadas em passagens projetadas especialmente para este fim, suficientemente delas espaçadas, considerando possíveis variações dimensionais decorrentes de variações térmicas das tubulações e os deslocamentos próprios dos elementos estruturais que porventura atravessem. 5.15.1.2 Recomenda-se que a tubulação não seja embutida, ou solidarizada longitudinalmente a paredes, pisos e outros elementos construtivos do edifício, de forma a não ser prejudicada pela movimentação destes e a garantir a sua manutenção. No caso em que a tubulação corre paralela a elementos estruturais, a fixação da mesma pode ser feita através de abraçadeiras ou outras peças que permitam a necessária movimentação e facilitem a manutenção. Uma alternativa é a utilização de tubulação recoberta em duto para tal especialmente projetado. NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 5.15.1.3 Na eventual necessidade de atravessar elementos estruturais no sentido da sua espessura, deve ser prevista e adequadamente dimensionada a abertura necessária. Os interstícios entre tubos e elementos estruturais devem impedir a propagação de chama e fumaça em situação de incêndio. Nos casos onde há necessidade de selar o interstício existente, a vedação deve permitir a livre movimentação da tubulação. 5.15.1.4 Admite-se a instalação de tubulação no interior de parede de alvenaria estrutural, desde que seja tubulação recoberta por duto especialmente projetado para tal fim. Neste caso, o projeto estrutural do edifício deve contemplar, como parte integrante do mesmo, a solução adotada para o sistema predial de água fria e quente. 5.15.1.5 Nos casos onde há necessidade de atravessar paredes ou pisos através de sua espessura, devem ser estudadas formas de permitir a movimentação da tubulação, em relação às próprias paredes ou pisos, pelo uso de proteções ou outro meio igualmente eficaz. Neste caso, a proteção deve ser devidamente ancorada à parede ou piso que atravessa e resistir aos esforços a que ficar submetida, sem transmiti-los à tubulação que contém. 5.15.2 Tubulação instalada dentro de paredes ou pisos (não estruturais) 5.15.2.1 Recomenda-se que as tubulações dos sistemas prediais de água fria e quente não fiquem embutidas em paredes, dentro de pisos e contrapisos, em enchimentos de alvenaria e em outras formas de instalação que exijam quebras de revestimentos para expô-las. Em seu lugar, recomenda-se recorrer a outras formas de instalação que facilitem o acesso para inspeção e manutenção, a exemplo da instalação dentro de dutos verticais com cobertura removível (shafts), dentro de sancas (rodatetos), dentro de rodapés acessáveis próprios para alojarem tubulações, dentro de carenagens facilmente removíveis, etc. 5.15.2.2 Na instalação de tubulações no interior de paredes ou pisos (tubulação recoberta ou embutida), deve-se considerar a dificuldade com a manutenção e a movimentação das tubulações em relação às paredes ou aos pisos. No que se refere à movimentação, deve ser preservada a integridade física e funcional das tubulações face aos deslocamentos previstos para as paredes e pisos. 5.15.2.3 As tubulações recobertas instaladas em dutos devem ser fixadas ou posicionadas através da utilização de anéis, abraçadeiras, grampos ou outros dispositivos. 5.15.3 Tubulação aparente 5.15.3.1 A tubulação aparente deve ser posicionada de forma a minimizar o risco de impactos danosos à sua integridade. Em situações de maior risco, deve-se adotar medidas complementares de proteção contra impactos. 5.15.3.2 O espaçamento entre suportes, ancoragens ou apoios deve garantir níveis de deformação compatíveis com os materiais empregados. Devem ser consultadas normas específicas de aplicação destes componentes. 5.15.3.3 Os materiais utilizados na fabricação de suportes, ancoragens e apoios, bem como os seus formatos, devem ser escolhidos de forma a não propiciar efeitos deletérios sobre as tubulações por eles suportadas. Devem ser consideradas a possibilidade de corrosão, a exigência de estabilidade mecânica, a necessidade de movimentação e o espaço requerido para a inserção de isolantes. 5.15.4 Tubulação enterrada 5.15.4.1 Tubulações metálicas enterradas devem ser protegidas contra corrosão externa. 5.15.4.2 A tubulação enterrada deve resistir à ação dos esforços solicitantes resultantes de cargas de superfície e ser instalada de modo a evitar deformações prejudiciais decorrentes de recalques do solo. Quando houver piso ao nível da superfície do solo, recomenda-se que a tubulação enterrada seja instalada em duto, para garantir o acesso à inspeção e manutenção. 5.15.4.3 Em solos moles sujeitos a recalques, ou em terrenos de características diferenciadas, devem ser projetados berços especiais de assentamento, levando-se em consideração as solicitações a que estará submetida a tubulação. NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 5.15.4.4 Tendo em vista resguardar a segurança de fundações e outros elementos estruturais e facilitar a manutenção das tubulações, recomenda-se manter um distanciamento mínimo adequado entre a vala de assentamento e as referidas estruturas, evitando que interceptem o bulbo de tensões em caso de fundação direta. 5.15.4.5 Se a tubulação contiver registro de fechamento ou de utilização, deve ser previsto meio de acesso e proteção adequado, tal como caixa de proteção, canaleta ou outra forma conveniente que facilite manobras a partir da superfície.
6 Execução 6.1 Condições gerais 6.1.1 A execução do sistema predial de água fria e quente deve ser feita sob a supervisão de um profissional qualificado e em conformidade com o projeto. Eventuais alterações porventura necessárias durante a execução devem ser previamente aprovadas pelo projetista e por ele devidamente registradas em documento competente para tal fim. Recomenda-se elaborar desenhos cadastrais conforme construído (as built) a partir de levantamentos e anotações realizados pelo instalador. 6.1.2 Durante a instalação do sistema predial de água fria e quente, deve ser estabelecidos procedimentos de execução dentro de critérios de higiene compatíveis. O interior das tubulações, reservatórios e demais partes deve ser mantido sempre limpo e livre de resíduos.
6.2 Especificações de execução 6.2.1 Manuseio de materiais e componentes
Os componentes empregados na execução dos sistemas prediais de água fria e quente devem ser manuseados de forma cuidadosa para evitar danos. Devem ser observadas as normas técnicas pertinentes de produtos e de aplicação e as recomendações dos fabricantes, ou dos responsáveis pela colocação dos produtos no mercado nacional, quanto ao carregamento, transporte, descarregamento e armazenamento. 6.2.2 Juntas 6.2.2.1 As juntas nas tubulações devem ser executadas segundo procedimentos técnicos que garantam o desempenho adequado da tubulação. Devem ser consideradas as normas técnicas pertinentes e as recomendações do fabricante ou do responsável pela colocação do produto no mercado nacional. 6.2.2.2 Na execução de juntas nas tubulações, cuidados devem ser tomados de modo a garantir que sejam removidos os materiais aderentes às extremidades das tubulações, de modo a impedir que os materiais empregados adentrem o seu interior. Tubos, conexões e demais componentes devem estar limpos internamente, isentos de partículas de areia, terra, poeira, pó metálico e outros. 6.2.2.3 Quando adotadas, as juntas de expansão deverão ser instaladas sem que as correspondentes tubulações imponham um pré-tensionamento na forma de contração ou distensão nos respectivos foles antes de entrarem em operação. 6.2.3 Assentamento de tubulações em valas 6.2.3.1 Para cada material e tipo de tubulação a assentar, devem ser observadas as correspondentes normas de aplicação em relação ao assentamento em valas, particularmente no preparo do leito, apoios, juntas e reaterro. Na omissão ou inexistência das normas de produto específicas, recomenda-se atender os artigos 6.2.3.2 até 6.2.3.5. 6.2.3.2 A largura das valas deve ser suficiente para permitir o assentamento, a montagem e o preenchimento da mesma em condições adequadas de trabalho.
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 6.2.3.3 O fundo das valas deve ser cuidadosamente preparado, de forma a criar uma superfície firme e contínua para suportar as tubulações. O leito deve ser constituído de material granulado fino, livre de descontinuidades e de materiais perfurantes. No reaterro das valas, o material que envolve a tubulação também deve ser granulado fino e a espessura das camadas de compactação deve ser definida segundo o material de reaterro e o tipo de tubulação. 6.2.3.4 As tubulações devem ser mantidas livres de resíduos, devendo-se limpar cada componente internamente antes do seu assentamento, mantendo-se a extremidade tampada até que a montagem seja realizada. 6.2.3.5 Os revestimentos de proteção devem ser examinados para verificação de sua integridade, reparando-se eventuais danos ou defeitos, de forma a garantir a sua continuidade.
6.3 Inspeção 6.3.1 As inspeções a serem executadas podem ser simples inspeção visual como, também, podem exigir a realização de medições, aplicação de cargas, pequenos ensaios de funcionamento e outros. 6.3.2 A conformidade com o projeto e a correção das atividades de execução são v erificadas por inspeções, que se efetuam durante todo o desenvolvimento da execução da instalação. Particular atenção deve ser dada para o tipo, o material, as dimensões e o posicionamento das tubulações. 6.3.3 Durante o assentamento das tubulações enterradas, deve ser efetuada inspeção visual, observando-se particularmente a correta execução de juntas, instalação de válvulas e registros e eventual proteção antioxidante e mecânica. Deve ser observado também se o leito de assentamento e o reaterro da vala atendem a 6.2.3. 6.3.4 Durante a instalação de tubulações aparentes, embutidas ou recobertas, deve ser ef etuada inspeção visual, observando-se particularmente a correta execução de juntas, instalação de válvulas e registros. Atenção especial deve ser dada ao correto posicionamento dos pontos de utilização. 6.3.5 Durante a construção de reservatórios de concreto moldados no local, atenção especial deve ser dada ao correto posicionamento de eventuais peças embutidas no concreto. Em reservatórios pré-fabricados, observar a correta utilização dos apoios especificados. Na aplicação de impermeabilização, observar se a mesma cobre integralmente a área prevista. Observar o correto posicionamento das ligações hidráulicas. 6.3.6 Na fase de instalação das peças de utilização deve ser verificado se as torneiras, os registros, as válvulas e os outros componentes estão em conformidade com o projeto. A resistência mecânica das fixações e o acabamento geral da instalação devem ser particularmente observados. 6.4 Verificação da estanqueidade dos componentes 6.4.1 Ensaio de estanqueidade das tubulações 6.4.1.1 As tubulações devem ser submetidas a ensaio para verificação da estanqueidade durante o processo de sua montagem, quando elas ainda estão totalmente expostas e, portanto, passíveis de inspeção visual e de eventuais reparos. O ensaio de estanqueidade deve ser realizado por partes, segundo as etapas previstas no planejamento da construção do edifício. As verificações da estanqueidade por partes devem ser complementadas por verificações globais, de maneira que o instalador possa garantir, ao final, que o sistema predial de água fria e quente esteja integralmente estanque. 6.4.1.2 Tanto no ensaio de estanqueidade executado por partes como no ensaio global, os pontos de utilização devem contar com as respectivas peças de utilização já instaladas; caso isto não seja possível, podem ser vedados com bujões ou tampões. 6.4.1.3 Nas tubulações do sistema predial de água fria e quente, o ensaio de estanqueidade deve ser realizado de modo a submeter cada seção da tubulação a uma pressão hidráulica no mínimo 1,5 vezes o valor da pressão estática prevista em projeto para ocorrer nessa mesma seção, a ser mantida pelo período mínimo de 2 horas, sem que ocorra queda de pressão manométrica. Este ensaio deve ser executado antes dos trechos da tubulação NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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serem recobertos ou receberem eventual isolamento térmico ou acústico. Em caso de não aprovação, este ensaio deverá ser novamente realizado depois da adoção de medidas corretivas. 6.4.1.4 Nas tubulações do sistema de distribuição de água quente, a verificação da estanqueidade segundo 6.4.1.3 deve ser feita com água com temperatura mínima de 70°C. 6.4.1.5 A pressão de ensaio em qualquer seção da tubulação, conforme 6.4.1.3, deve ser superior a 100 kPa, qualquer que seja a seção da tubulação sob ensaio. 6.4.1.6 Em tubulações de sistema com abastecimento direto, o valor da pressão estática numa certa seção depende da faixa de variação da pressão da rede publica, devendo ser adotado o maior valor fornecido pela concessionária, considerando a diferença de cota entre o ponto de montante do ramal predial e a seção da tubulação considerada. 6.4.2 Ensaio de estanqueidade de peças de utilização e reservatórios de água 6.4.2.1 O ensaio deve ser realizado após a execução dos sistemas prediais de água fria e quente, com as tubulações totalmente cheias de água e com as peças de utilização em condições normais de uso. 6.4.2.2 As peças de utilização devem estar fechadas e mantidas sob carga durante o período mínimo de uma hora. Os registros de fechamento devem estar todos abertos. Os reservatórios domiciliares devem estar preenchidos até o nível operacional máximo. 6.4.2.3 Deve-se observar se ocorrem vazamentos nas juntas das peças de utilização e dos registros de fechamento. Da mesma forma, deve-se observar as ligações hidráulicas e os reservatórios. 6.4.2.4 Deve-se observar se ocorrem vazamentos nas peças de utilização, quando estas são manobradas, a fim de se obter o escoamento próprio na condição de uso. 6.4.2.5 As peças de utilização e reservatórios domiciliares podem ser considerados estanques se não for detectado vazamento. No caso de ser detectado vazamento, este deve ser reparado e o procedimento repetido.
6.5 Identificação e registros de execução 6.5.1 Os sistemas prediais de água fria e quente devem ser adequadamente identificados, de modo a garantir a sua operação e manutenção, e permitir a sua eventual modificação. Tal identificação deve ser estabelecida no projeto e realizada ao término da execução. 6.5.2 A identificação estabelecida para os sistemas prediais de água fria e quente deve levar em consideração os demais sistemas prediais do edifício, de forma a deles se diferenciar. 6.5.3 No caso de tubulações embutidas ou recobertas, eventuais aberturas de inspeção devem conter clara identificação de cada tubulação e informações relevantes para a operação e manutenção. 6.5.4 No caso de situações não previstas, onde seja necessário introduzir modificações ao projeto, deve-se, após autorização do projetista, registrar adequadamente as alterações procedidas na execução. 6.5.5 Na instalação de aquecedores, válvulas e dispositivos de proteção, e demais componentes que envolvem fontes de energia, o executor deve atender às respectivas normas técnicas e às prescrições dos fabricantes dos equipamentos quanto à instalação e ensaios. 6.5.6 Com base em informações do projetista e dos executores dos sistemas prediais de água fria e quente, o construtor deve entregar um manual detalhado de operação, uso e manutenção para utilização dos usuários ou do responsável pela operação e manutenção, elaborado conforme ABNT NBR 14037.
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 6.5.7 Durante os trabalhos de execução da isolação térmica e acústica das tubulações e componentes, deve ser verificado se estão sendo utilizados os métodos estabelecidos nas respectivas normas de produto e os materiais indicados no projeto. 6.5.8 Nos trechos da instalação ou nos componentes onde ocorrerem resultados negativos detectados, o executor deve refazer o trabalho e submetê-lo à nova verificação. 6.5.9 Todos os trechos visíveis das tubulações de água fria devem receber pintura identificativa na cor verde, atendendo à ABNT NBR 6493.
6.6 Aceitação e rejeição Tendo-se verificado que os trabalhos foram executados conforme as condições desta Norma e que apresentam resultados positivos frente aos ensaios de estanqueidade realizados, os sistemas prediais de água fria e quente podem ser aceitos.
6.7 Limpeza, desinfecção e comissionamento 6.7.1 O construtor deve entregar os sistemas prediais de água fria e quente em condições de uso. Deve ser executada a limpeza e desinfecção cujo objetivo é garantir que a água distribuída aos pontos de utilização atenda ao padrão de potabilidade. 6.7.2 A limpeza consiste na remoção de materiais e substâncias, eventualmente remanescentes nas diversas partes dos sistemas prediais de água fria e quente, e subsequente lavagem mediante escoamento de água potável pela instalação. Deve ser realizada após o término da execução, inclusive inspeção, ensaios e eventuais reparos. A operação de limpeza do sistema de distribuição pode ser considerada concluída quando a água efluente através de todas as peças de utilização e, no caso de abastecimento misto, através do ponto de suprimento, tenha aparência cristalina quando observada a olho nu e não apresente resíduos sólidos de nenhum tipo. Os efluentes resultantes devem ser encaminhados para o sistema coletor de esgoto. 6.7.3 O agente ativo a ser utilizado na operação de limpeza pode ser o cloro livre com solução de cloro em concentração acima de 200 mg/l com tempo de contato superior a 2 horas. Cuidados especiais devem ser tomados no armazenamento e manuseio das soluções salinas concentradas usadas para obtenção do cloro livre, recomendando-se que o pessoal responsável pela execução tenha treinamento e utilize equipamento de proteção individual adequado. Outros procedimentos de desinfecção podem ser empregados, desde que garantam a manutenção do padrão de potabilidade da água. 6.7.4 Os efluentes resultantes das operações de limpeza e desinfecção podem provocar impactos ambientais em determinadas circunstâncias. Desta forma, o órgão de proteção ambiental deve ser notificado para que tais operações sejam efetuadas atendendo as exigências estabelecidas. 6.7.5 A limpeza deve ser realizada de modo que não prejudique vedantes, mecanismos ou qualquer parte funcional dos sistemas prediais de água fria e quente. 6.7.6 Depois de realizadas as operações de limpeza e desinfecção, deve ser realizada coleta de água em pontos de utilização linearmente mais a jusante do sistema de distribuição. As amostras devem ser submetidas a análise para a comprovação da manutenção da potabilidade da água.
7 Operação, uso e manutenção 7.1 Condições gerais Os procedimentos de manutenção dos sistemas prediais de água fria e quente devem ser fornecidos pelo construtor ao usuário com base em subsídios provenientes do projetista. O planejamento da manutenção e a elaboração dos procedimentos correspondentes devem integrar o manual de operação, uso e manutenção. As NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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exigências e recomendações adiante estabelecidas devem ser observadas quando da elaboração dos procedimentos de manutenção descritos na ABNT NBR 5674.
7.2 Operação de válvulas redutoras de pressão 7.2.1 As válvulas redutoras instaladas em centrais redutoras de pressão devem operar simultaneamente para evitar estagnação e água parada no respectivo trecho de instalação, como medida de prevenção contra deterioração do equipamento e formação de biofilme com risco de proliferação de micro-organismos. Recomendase que sejam ajustadas para operarem simultaneamente, cada qual com metade da vazão prevista. 7.2.2 Quando a válvula redutora de pressão não for instalada em central redutora de pressão e se destinar a uma única unidade condominial ou para um dado setor do edifício ou trecho do respectivo sistema de distribuição ou ponto de utilização, o responsável pela operação do sistema predial de água fria e quente deve manter ao menos uma válvula sobressalente para reposição imediata em caso de retirada para manutenção.
7.3 Desinfecção periódica das tubulações de água quente Em vista da possibilidade de formação de biofilme e risco de proliferação de micro-organismos potencialmente patogênicos no interior do sistema predial de água quente, todas as partes dos componentes que têm contato com a água devem ser periodicamente desinfetadas. Entre outros, são recursos eficazes para a desinfecção a lavagem do sistema com solução de cloro em concentração acima de 200 mg/l ou a lavagem com água potável a uma temperatura superior a 70°C por um período mínimo de 10 minutos.
7.4 Procedimentos de manutenção 7.4.1 Procedimentos gerais de manutenção 7.4.1.1 Os componentes do sistema predial de água fria e quente devem ser periodicamente inspecionados com frequências definidas no manual de operação, uso e manutenção, considerando que a frequência de inspeção sistemática depende do tamanho, tipo e complexidade da instalação. Em princípio, o sistema deve ser inspecionado ao menos uma vez por ano. 7.4.1.2 Procedimentos de manutenção adequados devem ser adotados, com vistas a manter os níveis de desempenho estabelecidos para os sistemas prediais de água fria e quente quando do seu projeto. 7.4.1.3 A necessidade de se adotar inspeções formalizadas e relatórios depende do tamanho, finalidade e complexidade do sistema, embora os princípios norteadores da manutenção sejam aplicáveis a todas as instalações. 7.4.1.4 Ao usuário devem ser fornecidas instruções claras de manutenção e desenhos exatos do sistema, destacando os locais onde as tubulações estão embutidas ou recobertas. 7.4.1.5 Durante atividades de manutenção, qualquer modificação na instalação deve ser devidamente registrada. 7.4.1.6 Os serviços de manutenção e reparo devem ser executados por pessoas capacitadas, o que inclui treinamento apropriado e conhecimento das exigências regulamentadas concernentes aos sistemas prediais de água fria e quente. 7.4.2 Manutenção geral do sistema predial de água fria e quente 7.4.2.1 A manutenção geral deve observar se o funcionamento do sistema em todas as suas partes está adequado. Normalmente ela se constitui em inspeções sistemáticas por toda a instalação que, eventualmente, dão origem a ações específicas de manutenção. 7.4.2.2 Nas inspeções ou durante os trabalhos de manutenção, deve haver constante e cuidadosa atenção para os casos de desperdício ou uso indevido de água. NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 7.4.2.3 Em sistemas com medição setorizada de consumo, deve ser feito um controle sistemático do volume de água consumida, através de leituras periódicas, permitindo detectar casos de consumo excessivo de água. No caso de aumento significativo de consumo de água devem ser tomadas as medidas cabíveis. 7.4.2.4 As recomendações ou instruções dos fabricantes de equipamentos, como aquecedores, hidrômetros, bombas hidráulicas, etc., quanto à manutenção preventiva destes devem ser corretamente seguidas atendendo ao disposto no manual de operação, uso e manutenção. 7.4.2.5 A qualidade da água dos reservatórios deve ser monitorada quanto à manutenção do padrão de potabilidade. No caso de reservatórios com capacidade superior a 2000 litros, recomenda-se análise físicoquímica-bacteriológica periódica de amostras da água distribuída pela instalação, A f requência em que tal análise deve ser levada a efeito segundo frequência indicada no manual de operação, uso e manutenção. 7.4.3 Manutenção de tubulações 7.4.3.1 Qualquer suporte de fixação das tubulações deve estar em bom estado. Os espaços previstos para dilatação ou contração das tubulações devem ser verificados, principalmente quando de plástico ou de cobre. 7.4.3.2 Juntas com vazamento devem ser apertadas, no caso de rosca, ou refeitas. Onde necessário, a tubulação deve ser substituída de modo a eliminar o vazamento. 7.4.3.3 Quando há substituição de segmentos de tubulação, a compatibilidade com aquela existente deve ser verificada. A utilização de adaptadores para execução de juntas entre a tubulação nova e a existente pode ser necessária, principalmente quando o tipo de junta é alterado, como por exemplo: de rosca para solda. 7.4.3.4 Caso a inspeção aponte a possibilidade de existência de corrosão, seja através da observação visual de sinais de corrosão contidos na água, ou através da constatação da diminuição gradativa da vazão, as causas devem ser investigadas e as ações corretivas necessárias devem ser implementadas. 7.4.4 Manutenção de torneiras, registros e válvulas 7.4.4.1 Qualquer sinal de mau funcionamento em torneira de boia, a exemplo de saída de água pelo aviso ou extravasão, em registro de utilização ou em outro tipo de torneira (inclusive misturadores), deve gerar a ação corretiva necessária, tais como aperto em partes móveis, troca de vedantes ou troca da própria torneira. 7.4.4.2 A capacidade de autobloqueamento de torneiras de boia ou de torneiras de fechamento automático deve ser verificada a intervalos regulares e, quando necessário, os reparos devem ser feitos. No caso de torneiras de uso pouco frequente, a verificação deve ser feita a intervalos não superiores a um ano. 7.4.4.3 Os crivos de chuveiros, arejadores e outros componentes devem ser limpos a intervalos indicados no manual de operação, uso e manutenção. 7.4.4.4 Os registros de fechamento devem ser operados no mínimo uma vez por ano, para assegurar o livre movimento das partes móveis. Os vazamentos observados no obturador destes registros, ou nas vedações do castelo com o corpo ou com a haste, devem ser reparados sem demora. 7.4.4.5 Os componentes dos sistemas prediais de água fria e quente devem ser adequadamente utilizados e mantidos para não provocar golpe de aríete, durante a operação de fechamento, que cause sobrepressões superiores ao valor especificado em 5.7.6. A manutenção deve ser feita de forma a assegurar a continuidade desta característica de desempenho ao longo de sua vida útil. 7.4.4.6 O mau funcionamento de válvulas de descarga deve ser corrigido por regulagens ou por troca do "reparo" (mola e vedações internas). Entende-se por mau funcionamento os seguintes eventos: vazão insuficiente, vazão excessiva, tempo de fechamento muito curto com geração de golpe de aríete, ou m uito longo (com desperdício de água), "disparo" da válvula, vazamento contínuo pela saída (quando fechada) ou pelo botão de acionamento (fechada ou aberta). NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 7.4.4.7 As válvulas de alívio devem ser operadas uma vez por ano para verificação de eventual emperramento. A abertura de válvula de segurança à pressão ou válvula de alívio no valor pré-ajustado deve ser verificada através da leitura de um manômetro aferido instalado a montante. O ensaio de abertura deve ser realizado três vezes para constatar o grau de relaxamento da mola. O maior valor medido da pressão de abertura em cada ensaio não deve diferir em mais do que 5% do menor valor e a média aritmética não deve diferir mais do que 5% do valor da pressão pré-ajustada para abertura; caso contrário, a mola deve ser substituída. 7.4.4.8 O funcionamento adequado da válvula redutora de pressão deve ser verificado periodicamente através da leitura de um manômetro aferido instalado a jusante. Qualquer irregularidade deve ser imediatamente corrigida. Além disto, válvulas redutoras instaladas em centrais redutoras de pressão atendendo a múltiplas unidades condominiais deverão ter manutenção preventiva periódica, com verificação visual do estado de corrosão das partes metálicas internas, estado das molas, vedações e diafragmas ou dispositivos de igual finalidade. 7.4.4.9 Todos os filtros mecânicos porventura integrantes do sistema predial de água fria e quente, como os acoplados ou associados a válvulas redutoras de pressão (neste caso geralmente filtros tipo Y), deverão ser inspecionados semestralmente quanto ao estado de corrosão e ter devidamente limpos os respectivos elementos filtrantes. Em caso de deterioração com redução acentuada ou perda da capacidade filtrante, o elemento filtrante ou próprio filtro mecânico deverá ser substituído. 7.4.5 Manutenção de reservatórios 7.4.5.1 Os reservatórios devem ser inspecionados periodicamente, para se assegurar que as tubulações de aviso e de extravasão estão desobstruídas, que as tampas estão posicionadas nos locais corretos e fixadas adequadamente e que não há ocorrência de vazamentos ou sinais de deterioração provocada por vazamentos. Recomenda-se que esta inspeção ocorra semestralmente. 7.4.5.2 Como uma medida de proteção sanitária, é fundamental que a limpeza e desinfecção do reservatório de água potável ocorra com periodicidade semestral. Complementarmente à limpeza e desinfecção do reservatório, recomenda-se que também seja realizada a desinfecção da rede predial de distribuição. 7.4.5.3 No caso de ser constatada uma eventual contaminação da água, uma investigação deve ser feita para diagnosticar a ocorrência. As causas da contaminação dev em ser devidamente eliminadas e os sistemas prediais de água fria e quente devem ser submetidos a um procedimento adequado, que restaure sua segurança quanto ao padrão de potabilidade da água. No caso de contaminação por micro-organismos, recomenda-se adotar o procedimento de limpeza e desinfecção para a rede de água fria conforme 6.7 e para a rede de água quente conforme 7.3. 7.4.5.4 Os reservatórios com vazamento devem ser reparados ou substituídos. Se o vazamento for reparado com revestimento interno, este deve ser de material que não contamine a água, de acordo com 4.1.1 . 7.4.6 Manutenção dos espaços para tubulações 7.4.6.1 Os espaços destinados a tubulações não embutidas em paredes e não enterradas devem ser mantidos acessíveis, limpos de materiais estranhos e livres de insetos e outros animais. Inspeções regulares devem ser feitas, para detectar sinais ou a presença destes e determinar possíveis medidas de desinfestação. 7.4.6.2 Recomenda-se inspeções a intervalos não superiores a seis meses. 7.4.7 Manutenção do sistema de pressurização 7.4.7.1 Os reservatórios de água mantida sob pressão (vasos de pressão) devem ser inspecionados quanto a sinais de deterioração com frequência recomendada pelo fabricante. Registros de eventuais sinais de deterioração devem ser mantidos. 7.4.7.2 No caso de se constatar que a pressão do reservatório está fora dos limites especificados, devem ser tomadas providências imediatas para ajustar a pressão àqueles limites. NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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Anexo A (Informativo) Procedimento para estimar as vazões a empregar no dimensionamento de tubulações do sistema de distribuição A.1 Estimativa das vazões de cálculo A.1.1 Exceto em trechos de tubulação que alimentam aparelhos sanitários considerados em funcionamento simultâneo, convém adotar para cada trecho do sistema de distribuição uma demanda simultânea de água menor do que a máxima possível. A.1.2 A critério do projetista, a vazão de cálculo em cada trecho pode ser estimada tanto pela aplicação de um método baseado na aplicação da teoria das probabilidades como pela adoção de um método empírico, a partir da experiência acumulada no dimensionamento de sistemas de distribuição. Neste caso, segue-se o Método dos Pesos Relativos. A critério do projetista, pode ser adotado outro método, devidamente fundamentado.
A.2 Método dos Pesos Relativos A.2.1 Os pesos relativos de cada ponto de utilização (ver Tabela A.1), função do aparelho sanitário e respectiva peça de utilização, são estabelecidos empiricamente em função da respectiva vazão de projeto (ver Tabela 1). A.2.2 A quantidade de cada tipo de peça de utilização alimentada pelo trecho de tubulação que está sendo dimensionado é multiplicada pelo correspondente peso relativo. A soma dos valores obtidos nas multiplicações de todos os tipos de peças de utilização constitui a somatória dos pesos ( Σ ni Pi ). Usando a fórmula apresentada a seguir, esta somatória é convertida na demanda simultânea total do grupo de peças de utilização a jusante do trecho considerado, que é expressa como uma estimativa da respectiva vazão de cálculo. Q = 0,3
Σ ni P i
onde:
Q = vazão estimada na seção considerada (L/s); ni = quantidade de aparelhos sanitários do tipo i instalados a jusante do trecho considerado Pi = peso relativo do aparelho sanitário do tipo i a jusante do trecho considerado (Tabela A.1) Σ ni Pi = soma dos pesos relativos de todos os aparelhos sanitários a jusante do trecho de tubulação considerado A.2.3 Os pesos relativos presentes na Tabela A.1 para água fria pressupõem temperatura de 20ºC. Os pesos relativos para água quente indicados são para temperatura mínima de 55°C, considerada no ponto de utilização ou imediatamente a montante de misturador com temperatura final de uso de 40°C. Valores de pesos relativos para temperaturas da água quente e temperaturas finais da água misturada diversos destes podem ser obtidos por meio da expressão 2
PAQ = PAF
Tm − TAF onde: TAQ − Tm
P AQ = peso relativo para água quente de um dado aparelho sanitário P AF = peso relativo para água fria de um dado aparelho sanitário T AQ = temperatura da água quente (°C) T AF = temperatura da água fria (°C) Tm = temperatura final da água misturada (°C) A.2.4 O Método dos Pesos Relativos é válido para sistemas destinados ao uso normal da água e dotados de aparelhos sanitários e peças de utilização usuais; não se aplica quando o uso é intensivo (como é o caso de cinemas, escolas, quartéis, estádios e outros), onde se torna necessário estabelecer, para cada caso particular, o padrão de uso e os valores máximos de demanda. NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 Tabela A.1 - Pesos relativos dos pontos de utilização Aparelho sanitário
Peça de utilização
Bacia sanitária Banheira Bebedouro Bidê ducha elétrico Ducha higiênica manual Lavadora de pratos ou de roupas Chuveiro
Lavatório com sifão integrado Mictório
sem sifão integrado
Pia
Tanque Torneira de jardim ou de lavagem
Peso relativo água água fria quente
Caixa de descarga Válvula de descarga Misturador Registro de pressão Misturador Misturador Registro de pressão Misturador Registro de pressão Misturador Torneira Válvula de descarga Caixa de descarga, registro de pressão ou válvula de descarga para mictório Misturador Torneira Torneira elétrica Misturador Torneira Torneira
A.2.4.1 Este método foi desenvolvido para situações em que se tem muitos aparelhos sanitários acumulados. Ele tende a subestimar a vazão provável em sub-ramais e em trechos de ramais de distribuição onde é elevada a probabilidade de ocorrer simultaneidade de uso de aparelhos sanitários a jusante. Neste caso, recomenda-se avaliar cuidadosamente a combinação mais desfavorável dos prováveis aparelhos sanitários em funcionamento simultâneo a jusante do trecho do ramal de distribuição a dim ensionar e acumular as suas vazões de projeto, com base nos valores de referência da Tabela 1. O valor resultante deve ser empregado para o dimensionamento, em lugar do correspondente resultado obtido na aplicação do Método dos Pesos Relativos, sempre que este último resultar numericamente inferior. A combinação de aparelhos sanitários mais desfavoráveis em termos de frequência de uso, duração de cada utilização, vazão de projeto e pressão dinâmica requerida, considerados em uso simultâneo, nestas condições, deve ser convenientemente justificada. A.2.4.2 Por outro lado, este método tende a superestimar a vazão provável em trechos que alimentam uma grande quantidade de aparelhos sanitários de elevados pesos relativos a jusante (caso de bacias sanitárias com válvulas de descarga, por exemplo), tais como em trechos iniciais de barriletes de edifícios com expressivo número de unidades condominiais. Neste caso, recomenda-se empregar um método baseado na teoria das probabilidades.
A.3 Métodos probabilísticos Estes métodos se destinam a fornecer o valor da vazão de projeto para cada trecho da rede de distribuição predial de água fria e quente considerando-a como variável aleatória, uma vez que a própria utilização dos aparelhos sanitários, na maioria das vezes, também é feita ao acaso. Para tanto, associam ao comportamento da vazão, num dado trecho da rede de distribuição predial, uma função densidade de probabilidade, relacionando as vazões com as respectivas probabilidades de ocorrência, a partir de um nível de risco assumido pelo projetista, ao adotar um fator de falha adequado.
NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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Métodos probabilísticos mais elaborados levam em conta a duração dos períodos de pico de utilização dos aparelhos sanitários para efeito de dimensionamento e consideram que as vazões nos trechos da rede de distribuição predial dependem das características do edifício (população organização espacial), das atividades dos usuários (tipologia, características dos usuários) e das características dos usuários (tipos e quantidades de aparelhos sanitários). Os métodos probabilísticos se baseiam na constatação experimental de que as variáveis aleatórias “duração da descarga de um dado aparelho sanitário (t)”, “intervalo de tempo entre o início (ou o término) de duas utilizações consecutivas deste (T)” e respectiva “vazão unitária (q)”, comportam-se adequadamente segundo uma função densidade de probabilidade, como a distribuição binomial (ex: Método de Hunter, Método de Webster, Método de Konen), a multinomial (ex: Método de Courtney), a aproximação da binomial pela distribuição de Poisson (Método de Murakawa) e a do tipo Exponencial ou Erlang, casos particulares da função densidade de probabilidade do tipo Gama (ex: Método de Gonçalves). Em particular, quando não se dispõe de dados destas variáveis adequadamente levantados em campo, com subsequente tratamento estatístico para obtenção das respectivas médias e variâncias, este último método permite a estimação destes parâmetros por três pontos, considerando um valor mínimo, um valor mais provável e um valor máximo, a ser feita pelo projetista com base em sua experiência e julgamento pessoal. Uma vez identificados os ambientes sanitários existentes no edifício e respectivas quantidades dos diferentes tipos de aparelhos sanitários, e definido o traçado geométrico da rede de distribuição predial de água fria e quente, o projetista estabelece o período de pico (tp) de consumo no edifício e determina a área de influência de cada ambiente sanitário e respectiva densidade populacional. Além disto, o projetista estima o número de usos “per capita” de cada tipo de aparelho sanitário durante o período de pico de consumo, define um fator de falha global admissível e um fator de falha local máximo compatíveis com o nível de desempenho desejado para o sistema a dimensionar. São calculadas a média e a variância dos seguintes parâmetros de cálculo: a) densidade populacional; b) número estimado de usos “per capita” de cada tipo de aparelho sanitário durante o período de pico de consumo; c) intervalo entre o início (ou o término) de utilizações consecutivas de cada tipo de aparelho sanitário; d) duração da descarga de cada tipo de aparelho sanitário; e) vazão unitária de cada tipo de aparelho sanitário; f) probabilidade da ocorrência de certo número aparelhos sanitários estarem em funcionamento simultâneo num conjunto maior de aparelhos; g) vazões geradas no trecho pelos diferentes tipos de aparelhos sanitários alimentados a jusante dele; h) vazão verificada no trecho em dimensionamento, gerada por todos os aparelhos sanitários a jusante dele. Valendo-se da aplicação da função de distribuição de probabilidades Beta-Binomial para cada um dos conjuntos de aparelhos sanitários de diferentes tipos, obtém-se o valor da probabilidade de nenhum estar em funcionamento no trecho de tubulação considerado, o que permite o calculo da média e variância de vazão diferente da nula verificada no trecho em dimensionamento. Um fator de falha local é então obtido, assim como parâmetros da distribuição de probabilidades Gama da variável aleatória vazão diferente da nula. Finalmente, tais parâmetros permitem obter a vazão de cálculo do trecho em dimensionamento.
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Anexo B (Informativo) Procedimento de cálculo para dimensionar as tubulações do sistema de distribuição B.1 Cálculo da perda de carga B.1.1 Tubos A perda de carga distribuída verificada ao longo de um trecho de tubo depende do seu comprimento e diâmetro interno, da rugosidade da sua superfície interna e da vazão. Para calcular o valor da perda de carga em tubos, recomenda-se utilizar a Fórmula Universal de Perda de Carga, obtendo-se os valores das rugosidades junto aos respectivos fabricantes. A critério do projetista, podem ser utilizadas fórmulas empíricas pertinentes, a exemplo das expressões de Fair-Whipple-Hsiao, válidas para diâmetros internos até 50 mm, indicadas a seguir para tubos rugosos (tubos de aço-carbono, galvanizado ou não) e para tubos lisos (tubos de cobre ou liga de cobre, de plástico e revestidos internamente de plástico): a) Para tubos rugosos conduzindo água fria: ∆hL = 20,21 × 106 × L × Q1,88 × d− 4,88 b) Para tubos lisos conduzindo água fria: ∆hL = 8,74 × 106 × L × Q1,75 × d− 4,75 c) Para tubos lisos conduzindo água quente: ∆hL = 6,92 × 106 × L × Q1,75 × d− 4,75 onde: h = perda de carga distribuída no trecho de tubo (kPa); L = comprimento do trecho de tubo (m); Q = vazão de projeto na seção considerada (L/s); d = diâmetro interno do trecho de tubo (mm). ∆ L
B.1.2 Conexões, registros, válvulas e hidrômetros B.1.2.1 A perda de carga localizada nas singularidades das tubulações pode ser diretamente calculada pela expressão a seguir, em que o coeficiente de perda de carga localizada é apresentado nas Tabelas B.1 e B.2. ΔhS = 8,1 × 105 × Σ K × Q 2 × d
−4
onde:
h = perda de carga localizada nas singularidades (kPa); ∑K = soma dos coeficientes de perda de carga localizada das singularidades (adimensional) – Tab. B.1 e B.2; Q = vazão de projeto na seção considerada (L/s); d = diâmetro interno da singularidade (mm). ∆ S
B.1.2.2 A perda de carga localizada nas singularidades das tubulações também pode ser expressa em termos de comprimentos equivalentes a trechos retilíneos de tubos de igual diâmetro interno e rugosidade. Os valores de comprimentos equivalentes das singularidades podem ser obtidos nas respectivas normas de produto ou obtidos junto aos respectivos fabricantes ou responsáveis pela colocação do produto no mercado nacional.
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 Tabela B.1 – Perda de carga localizada – Valores do coeficiente K para diferentes singularidades K (*)
singularidade
90º
0,9
45°
0,4
90º
0,4
45°
0,2
normal
0,5
de Borda
1,0
DN 15
45
DN 20
40
DN 25
32
cotovelo curva entrada em tubulação
registro de utilização (tipo globo ou pressão) totalmente aberto
registro de fechamento (gaveta ou esfera) aberto
0,2
saída de tubulação
1,0
tê tomada de sucção (fundo de poço) válvula de retenção
com passagem direta
0,6
com saída lateral
1,3
com crivo simples
5,5
com válvula de pé e crivo
10
horizontal (portinhola)
2,5
vertical (disco pivotante)
12
(*) Valores válidos para Número de Reynolds superior a 5 x 10 4
Tabela B.2 - Perda de carga localizada – Valores do coeficiente K para hidrômetros Hidrômetro Diâmetro nominal
K (*)
DN 15
18,1
DN 20
92,8
DN 15
4,5
DN 20
23,2
5
DN 20
8,3
3,5
7
DN 25
13,3
5
10
DN 25
6,5
10
20
DN 40
8,3
15
30
DN 50
11,6
Vazão nominal Qn (m³/h)
Vazão máxima Qmáx (m³/h)
0,75
1,5
1,5
3
2,5
(*) Valores válidos para Nº. Reynolds superior a 5 x 10 4
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 Tabela B.3 – Diâmetros internos de tubos de diferentes materiais
; e v e l = L ; l a n i m o n o ã s s e r p = N P ; o b u t o d e s s a l c = L C ; o n r e t n i o r t e m â i d = I D ; l e v á e u q s o r = a d R a ; ç l r e o v f á e r d l e o t s n = e S m a ; l ) p E u d D / = N D ( R D o ; n a r d e a t x ç e r o f o r e t r e = m â i R ; d l o a a m r o o d n i r = e f e r N l ; a a d n a i m s o e n p = o r P t e ; a m i â i d é d = m N = D M
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B.2 Verificação da pressão dinâmica disponível B.2.1 Sistema com abastecimento indireto A pressão dinâmica disponível inicial é usualmente considerada a partir da saída do reservatório elevado. Cada trecho de tubulação entre dois nós ou entre um nó e uma extremidade do sistema de distribuição deve ser dimensionado por tentativas, começando pelo primeiro trecho junto ao reservatório. A pressão disponível residual no ponto de utilização é obtida subtraindo-se da pressão inicial os valores de perda de carga determinados para os tubos, conexões, registros e outras singularidades, considerando a água dentro do reservatório em seu nível operacional mínimo. Se a pressão disponível residual for negativa ou menor que a pressão requerida para o ponto de utilização para atender a vazão de projeto, ou ainda se tubos de diâmetros impraticáveis forem determinados, os diâmetros de um ou mais trechos antecedentes devem ser majorados e a sequência de cálculo repetida (ver B.3.3). Se ainda assim esta situação persistir, deve-se considerar elevar a cota do reservatório superior ou recorrer à pressurização hidráulica para os pontos de utilização cujo dimensionamento não resultar nas pressões dinâmicas residuais mínimas requeridas para prover as vazões de projeto da Tabela 1.
B.2.2 Sistema com abastecimento direto A pressão dinâmica disponível inicial depende das características da fonte de abastecimento. No caso de rede pública, a pressão mínima no momento de demanda máxima deve ser obtida junto à concessionária (ver 5.1.3). Se houver alguma dúvida sobre esse valor ser mantido no futuro, deve-se considerar uma margem de segurança. Uma vez estabelecida a pressão mínima, o método de dimensionamento das tubulações é idêntico aquele usado quando o sistema é com abastecimento indireto.
B.3 Dimensionamento das tubulações Os princípios que embasam o dimensionamento do sistema de distribuição são os mesmos, quer o abastecimento seja direto ou indireto. Recomenda-se o emprego da Fórmula Universal de Perda de Carga. Fórmulas empíricas exponenciais, válidas para tubos novos, podem ser empregadas de modo a relacionar o diâmetro do tubo e vazão (consequentemente, também a velocidade do escoamento) com a perda de carga. A perda de carga adicional, devida à redução da seção de escoamento da tubulação por envelhecimento da mesma, pode ser desprezada quando não se tratar de tubos de aço galvanizado conduzindo água em condições físicoquímicas desfavoráveis.
B.3.1 Esquematização da instalação Esquemas de cálculo, isométricos ou não, ou projeções do sistema de distribuição, devem ser preparados. Esses desenhos podem ser feitos em escala, com vistas a facilitar a determinação de cotas e de comprimentos de tubos. Utilizando números ou letras, identificar cada nó (derivação de tubos) e cada ponto de utilização ou outra extremidade qualquer da rede, em sequência crescente de montante para jusante. Os trechos de tubulação a serem dimensionados devem ser identificados, então, por um número ou uma letra correspondente à entrada do trecho (montante) e por outro número ou outra letra correspondente à saída do trecho (jusante).
B.3.2 Planilha de cálculo Os cálculos necessários podem ser feitos através de uma planilha. A sequência de cálculo a seguir se refere ao modelo válido quando adotado o Método dos Pesos Relativos (Figura B.1). Neste caso, os seguintes dados e operações devem ser considerados na utilização da planilha: a) Coluna 1: trecho - identificação do trecho de tubulação a ser dimensionado, apresentando à esquerda o número ou letra correspondente à sua entrada e à direita o número ou letra correspondente à sua saída; b) Coluna 2: ponto de utilização a jusante – identificação por meio de sigla conveniente do ponto de utilização a jusante, quando se tratar de sub-ramal, e o correspondente peso relativo NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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c) Coluna 3: peso relativo acumulado - valor referente à somatória dos pesos relativos de todos os pontos de utilização alimentados pelo trecho considerado; d) Coluna 4: vazão de projeto - valor da vazão (em L/s) obtida pela fórmula apresentada em A.2.2 ou a resultante da aplicação de outro método empírico ou probabilístico que não o Método dos Pesos Relativos; e) Coluna 5: diâmetro - valor do diâmetro nominal do trecho e correspondente diâmetro interno (em mm) do tubo, obtido da respectiva norma de produto. A Tabela B.3 apresenta valores de diâmetros internos com base nas edições das normas citadas, vigentes à época da aprovação desta Norma; f)
Coluna 6: comprimento - valor do comprimento (em metro) do trecho considerado;
g) Coluna 7: soma dos coeficientes de perda de carga localizada - valor relativo à somatória dos coeficientes de perda de carga localizada de todas as singularidades existentes no trecho (conexões, registros, válvulas, hidrômetros, etc.). As Tabelas B.1 e B.2 apresentam valores das singularidades mais comuns; h) Coluna 8: perda de carga distribuída - valor da perda de carga distribuída (em kPa) ao longo do trecho de tubulação, obtido pela Fórmula Universal de Perda de Carga ou por fórmulas empíricas, tais como as apresentadas em B.1.1, conforme o material do tubo empregado; i)
Coluna 9: perda de carga singular - valor da perda de carga localizada (em kPa) provocada por conexões, registros, válvulas, hidrômetros e outras singularidades ocorrentes no trecho considerado, obtida conforme B.1.2.1;
j)
Coluna 10: perda de carga total – perda de carga (em kPa) resultante da soma das perdas de carga distribuída e localizada;
k) Coluna 11: desnível geométrico (desce + ou sobe -) - valor da distância vertical (em metro) entre a cota de entrada e a cota de saída do trecho considerado, sendo positiva se a diferença ocorrer no sentido da descida e negativa se ocorrer no sentido da subida; l)
Coluna 12: pressão disponível a montante – valor da pressão dinâmica (em kPa) disponível na entrada do trecho considerado, idêntico ao valor da pressão dinâmica disponível na saída do trecho antecedente;
m) Coluna 13: pressão disponível a jusante – valor da pressão dinâmica (em kPa) disponível na saída do trecho considerado, depois de computado o desnível geométrico positivo ou negativo e descontada a perda de carga total. Este valor não pode ultrapassar 30 kPa, conforme 5.7.3; n) Coluna 14: pressão requerida no ponto de utilização - valor da pressão dinâmica (em kPa) mínima necessária para se obter a vazão de projeto na peça de utilização prevista para ser instalada na saída do trecho considerado, quando se tratar de sub-ramal.
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Figura B.1 - Modelo de planilha de cálculo do sistema de distribuição
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ABNT/CB-02 PROJETO 02:146.03-003/1 JUN/2012 B.3.3 Rotina
A Tabela B.4 traz uma rotina desenvolvida com base na planilha apresentada em B.3.2. Tabela B.4 - Rotina para dimensionamento das tubulações do sistema de distribuição Passo
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º
13º
14º
15º
Atividade
Coluna da planilha a preencher
Preparar um desenho esquemático do sistema de distribuição e numerar sequencialmente cada nó ou ponto de utilização desde o reservatório (sistema indireto) ou desde a entrada do cavalete (sistema direto). Identificar cada trecho do sistema de distribuição na planilha. Indicar a sigla convencional do ponto de utilização a jusante de cada trecho correspondente a sub-ramal e lançar o correspondente peso relativo conforme Tabela A.1, no caso do Método dos Pesos Relativos Acumular os pesos relativos de todos os pontos de utilização alimentados pelo trecho (somente no caso do Método dos Pesos Relativos) Obter para cada trecho a vazão de projeto, em L/s, com base na fórmula apresentada em A.2.2, no caso do Método dos Pesos Relativos, ou a resultante de outro método empírico ou probabilístico Selecionar o material e o diâmetro nominal da tubulação de cada trecho e obter o correspondente valor do diâmetro interno na Tabela B.3 Medir o comprimento real do tubo que compõe cada trecho considerado. Levantar todas as singularidades presentes no trecho e somar os correspondentes coeficientes de perda de carga localizada a partir das tabelas B.2 e B.3 Calcular a perda de carga distribuída no trecho a partir do comprimento, vazão de projeto e material da tubulação, empregando a Fórmula Universal de Perda de Carga ou fórmula empírica pertinente, como as de B.1.1 Calcular a perda de carga localizada no trecho provocada por conexões, registros, válvulas, hidrômetros e outras singularidades com base em B.1.2.1. Obter a perda de carga total de cada trecho, somando os valores das colunas 8 e 9 da planilha. Determinar a diferença de cotas entre a entrada e a saída de cada trecho, considerando positiva quando a entrada tem cota superior à da saída e negativa em caso contrário. Indicar o valor da pressão dinâmica disponível a montante do trecho, que coincide com o valor da pressão dinâmica disponível a jusante do trecho antecedente. Para o trecho inicial considerar igual a zero o valor da pressão efetiva na cota da lâmina d’água dentro do reservatório em seu nível operacional mínimo (em sistema indireto – ver B.2.1) ou o valor da pressão mínima indicado pela concessionária no momento de demanda máxima (em sistema direto – ver B.2.2) Determinar a pressão dinâmica disponível na saída de cada trecho, somando ou subtraindo à pressão dinâmica disponível na sua entrada o valor do produto da diferença de cotas (coluna 11) pelo peso específico da água (10 kN/m³) e subtraindo a perda de carga total (coluna 10). Este valor não pode superar 30 kPa conforme 5.7.3. Indicar o valor da pressão dinâmica requerida no ponto de utilização a jusante do trecho, em se tratando de um sub-ramal , com base em informação do fabricante da correspondente peça de utilização ou conforme 5.7.2. Em qualquer caso, a pressão dinâmica da água disponível no ponto de utilização não deve ser inferior a 10 kPa. Se a pressão disponível for menor que a pressão requerida no ponto de utilização, ou se a pressão for negativa, repetir os passos do 6º ao 14º selecionando um diâmetro maior para a tubulação de cada trecho.
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Anexo C (Normativo) Ensaio para verificação da proteção contra retrossifonagem em equipamentos de prevenção ao refluxo C.1 Objetivo O presente procedimento estabelece o ensaio para verificação da proteção contra retrossifonagem em dois grupos de equipamentos: (a) separação atmosférica não padronizada; (b) quebrador de vácuo (incorporado ou não à peça de utilização). Os equipamentos não previstos nestes dois grupos devem também ser submetidos a um ensaio específico para que seja avaliado o seu comportamento quanto à prevenção à retrossifonagem
C.2 Aparelhagem para ensaio C.2.1 Bancada de ensaio A bancada deve permitir instalar, de modo adequado, os equipamentos de prevenção ao refluxo ou as peças de utilização onde estejam incorporados tais dispositivos, bem como aparelhos sanitários ou outros componentes necessários para simular efetivamente o funcionamento do dispositivo numa instalação real. A bancada deve suprir e drenar um volume de água suficiente para realização do ensaio.
C.2.2 Equipamento para aplicação de vácuo Esse equipamento deve ter capacidade de submeter o dispositivo de prevenção ao refluxo, no seu ponto de alimentação de água, a uma pressão absoluta que, medida próxima da entrada, permaneça inferior a 50 kPa durante um período mínimo de 5 s. A figura C.1 apresenta o esquema do equipamento. Tendo em conta a experiência acumulada com a prática do ensaio, recomenda-se que a tubulação utilizada não seja de diâmetro nominal inferior ao do dispositivo a ser ensaiado; que não sejam usadas conexões que provoquem grande perda de carga localizada; que o registro de esfera, quando totalmente aberto, apresente seção transversal totalmente livre e que a conexão dos manômetros seja feita de modo a minimizar a perda de carga e a perturbação ao escoamento.
C.3 Execução do ensaio C.3.1 Instalação do equipamento de prevenção ao refluxo Instalar o equipamento de prevenção ao refluxo na bancada de ensaio. Conectar o equipamento para aplicação de vácuo no ponto de alimentação do dispositivo. Promover o enchimento de água do aparelho sanitário, ou de outro componente associado ao dispositivo de prevenção ao refluxo, sob ensaio, de modo a atingir o nível de transbordamento, permanecendo neste nível durante o ensaio. O enchimento pode ser feito por via diferente daquela que constitui a alimentação normal.
C.3.2 Aplicação do diferencial de pressão Com o registro de esfera fechado, acionar e regular a bomba de vácuo para que a pressão absoluta no interior do tanque de vácuo (lida no manômetro A) seja de 20 kPa. Abrir o registro de esfera, observando que a pressão absoluta na entrada do dispositivo (lida no manômetro B) não exceda 50 kPa durante um período mínimo de cinco segundos. Fechar o registro de esfera. Verificar se houve refluxo, observando a existência de água dentro do receptáculo quando da abertura do registro de drenagem do mesmo. Repetir o procedimento mais uma vez. Registrar, como resultado, se houve ou não refluxo de água.
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C.3.3 Avaliação do resultado Deve ser consignado se houve ou não refluxo de água em cada uma das vezes em que o procedimento foi realizado. O dispositivo de prevenção ao refluxo deve ser considerado satisfatório se não apresentar refluxo de água.
Figura C.1 - Esquema de equipamento para aplicação de vácuo
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Anexo D (Informativo) Proteção contra corrosão ou degradação Os sistemas prediais de água fria e quente devem ser projetados, executados e utilizados de modo a evitar ou minimizar problemas de corrosão de materiais metálicos e degradação de materiais plásticos, com vistas a aumentar a sua durabilidade, considerando a natureza do meio e condições de exposição dos seus componentes, para atingir a vida útil prevista do sistema e do projeto.
D.1 Proteção contra corrosão em componentes metálicos D.1.1 Certas águas que atendem ao padrão de potabilidade, mas que apresentam fatores favoráveis ao processo corrosivo em componentes metálicos, podem requerer meios de adequação de suas características por meio de tratamento adequado ou outros recursos que preservem a potabilidade da água. D.1.2 A película natural anticorrosiva formada na superfície de tubos e conexões de cobre e suas ligas deve ser protegida da ação agressiva de certas águas que atendem ao padrão de potabilidade e de resíduos agressivos, como argamassas não removidas depositadas no interior das tubulações, podendo originar uma célula de corrosão eletroquímica. NOTA: A lavagem adequada da tubulação antes de ser posta em uso é uma medida preventiva deste tipo de corrosão (ver NBR 15345). D.1.3 Componentes contendo ferro em sua composição devem estar isolados dos componentes contendo cobre em sua composição, para evitar a formação de par galvânico e consequente processo de corrosão.
D.2 Proteção contra a degradação de componentes plásticos D.2.1 Para prevenir contra o fenômeno da degradação, todos os componentes plásticos, quando não aditivados para evitar os efeitos da exposição prolongada à radiação ultravioleta e fontes externas de calor, devem ser protegidos. D.2.2 Componentes de materiais plásticos expostos à radiação ultravioleta devem ser devidamente protegidos das suas ações. D.2.3 Componentes de materiais plásticos suscetíveis ao efeito da fadiga não devem ser submetidos a golpes de aríete. D.2.4 Tubulações de materiais plásticos não devem suportar solicitações mecânicas além das especificadas pelo fabricante; em locais passíveis de impactos, devem ser dotadas de proteção adequada. D.2.5 Em decorrência da variação termodimensional em componentes de materiais plásticos, consequente da temperatura da água transportada ou do ambiente, há necessidade de se prever meios de acomodar a expansão térmica da tubulação e o consequente movimento de suas extremidades. Recomenda-se cuidados especiais no caso de tubulações plásticas em regiões ou ambientes onde a temperatura possa atingir valores próximos ou abaixo de 0 °C.
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