Koans e Contos Zen Buddhistas Há uma estória indiana de um homem que era um ateu e agnóstico, um raríssimo tipo de postura na Índia. Ele era uma pessoa que desejaa lirar!se de todas as "ormas de ritos religiosos, dei#ando apenas a ess$ncia da direta e#peri$ncia da %erdade. Ele atraiu discípulos que costumaam se reunir a seu redor toda semana, quando ele "alaa a todos so&re seus princípios. 'pós algum tempo eles come(aram a se juntar antes do mestre aparecer, porque eles gostaam de estar em grupo e cantar juntos. Eentualmente "oi construída uma casa para as reuni)es, com uma sala especial para o mestre agnóstico. 'pós sua morte, tornou!se uma prática entre seus seguidores "a*er u ma reer$ncia respeitosa para a agora sala a*ia, antes de se entrar no sal+o. Em uma mesa especial a imagem do mestre era mostrada em uma moldura de ouro, e as pessoas dei#aam "lores e incenso lá, em respeito ao mestre. Em poucos anos uma religi+o tinha crescido em torno daquele homem, que em ida n+o praticaa nada disso, e que, ao contrário, sempre disse aos seus seguidores que "icar preso a estas práticas leaa "reqentemente a pessoa a se iludir no caminho da %erdade. -enhais con"ian(a n+o no mestre, mas no ensinamento. enhais con"ian(a n+o no ensinamento, mas no espírito das palaras. enhais con"ian(a n+o na teoria, mas na e#peri$ncia. /+o creiais em algo simplesmente porque ós ouistes. /+o creiais nas tradi()es simplesmente porque elas t$m sido mantidas de gera(+o para gera(+o. /+o creiais em algo simplesmente porque "oi "alado e comentado por muitos. /+o creiais em algo simplesmente porque está escrito em liros sagrados0 /+o creiais no que imaginais, pensando que um 1eus os inspirou. /+o creiais em algo meramente &aseado na autoridade de seus mestres e anci+os. 2as após contempla(+o e re"le#+o, quando ós perce&eis que algo 3 con"orme ao que 3 ra*oáel e lea ao que 3 &om e &en3"ico tanto para ós quanto para os outros, ent+o o aceiteis e "a(ais disto a &ase de sua ida.4autama Buddha ! Kalama 5utra 6uando curiosamente te perguntarem, &uscando sa&er o que 3 'quilo, /+o dees a"irmar ou negar nada. 7ois o que quer que seja a"irmado n+o 3 a erdade, E o que quer que seja negado n+o 3 erdadeiro. Como algu3m poderá di*er com certe*a o que 'quilo possa ser Enquanto por si mesmo n+o tier compreendido plenamente o que 89 E, após t$!lo compreendido, que palara dee ser eniada de uma :egi+o ;nde a carruagem da palara n+o encontra uma trilha por onde possa seguir9 7ortanto, aos seus questionamentos o"erece!lhes apenas o sil$ncio, 5il$ncio ! e um dedo apontando o Caminho. %erso Zen
'ntes de entendermos o Zen, as montanhas s+o montanhas e os rio s s+o rios0 'o nos es"or(armos para entender o Zen, as montanhas dei#am d e ser montanhas e os rios dei#am de ser rios0 6uando "inalmente entendemos o Zen, as montanhas oltam a ser montanhas e os rios oltam a ser rios. <. =ma #ícara de Chá /an!>n, um mestre japon$s durante a era 2eiji ?<@A@!<<D, rece&eu um pro"essor de uniersidade que eio lhe inquirir so&re Zen. Este iniciou um longo discurso intelectual so&re suas didas. /an!>n, enquanto isso, seriu o chá. Ele encheu completamente a #ícara de seu isitante, e continuou a ench$!la, derramando chá pela &orda. ; pro"essor, endo o e#cesso se derramando, n+o pode mais se conter e disseF -Está muito cheio. /+o ca&e mais cháG-Como esta #ícara,- /an!in disse, -oc$ está cheio de suas próprias opini)es e especula()es. Como posso eu lhe demonstrar o Zen sem oc$ primeiro esa*iar sua #ícara9-
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.=ma 7ará&ola Certa e*, disse o Buddha uma pará&olaF =m homem iajando em um campo encontrou um tigre. Ele correu, o tigre em seu encal(o. 'pro#imando!se de um precipício, tomou as raí*es e#postas de uma inha selagem em suas m+os e pendurou!se precipitadamente a&ai#o, na &eira do a&ismo. ; tigre o "arejaa acima. remendo, o homem olhou para &ai#o e iu, no "undo do precipício, outro tigre a esperá!lo. 'penas a inha o sustinha. 2as ao olhar para a planta, iu dois ratos, um negro e outro &ranco, roendo aos poucos sua rai*. /este momento seus olhos perce&eram um &elo morango icejando perto. 5egurando a inha com uma m+o, ele pegou o morango com a outra e o comeu. -6ue delíciaG-, ele disse. . /as 2+os do 1estino =m grande guerreiro japon$s chamado /o&unaga decidiu atacar o inimigo em&ora ele tiesse apenas um d3cimo do nmero de homens que seu oponente. Ele sa&ia que poderia ganhar mesmo assim, mas seus soldados tinham didas. /o caminho para a &atalha ele parou em um templo 5hintó e disse aos seus homensF -'pós eu isitar o relicário eu jogarei uma moeda. 5e a Cara sair, iremos encer0 se sair a Coroa, iremos com certe*a perder. ; 1estino nos tem em suas m+os./o&unaga entrou no templo e o"ereceu uma prece silenciosa. Ent+o saiu e jogou a moeda. ' Cara apareceu. 5eus soldados "icaram t+o entusiasmados a lutar que eles ganharam a &atalha "acilmente. 'pós a &atalha, seu segundo em comando disse!lhe orgulhosoF -/ingu3m pode mudar a m+o do 1estinoG-:ealmente n+o...- disse /o&unaga mostrando!lhe reseradamente sua moeda, que tinha sido duplicada, possuindo a Cara impressa nos dois lados. I. 4arotas an*an e EJido certa e* iajaam juntos por uma estrada lamacenta. =ma pesada chua ainda caía, di"icultando a caminhada. Chegando a uma cura, eles encontraram uma &ela garota estida com um quimono de seda e cinta, incapa* de cru*ar a intercess+o. -%enha, menina,- disse an*an de imediato. Erguendo!a em seus &ra(os, ele a carregou atraessando o lama(al. EJido n+o "alou nada at3 aquela noite quando eles atingiram o alojamento do emplo. Ent+o ele n+o mais se contee e disseF -/ós monges n+o nos apro#imamos de mulheres,- ele disse a an*an, -especialmente as joens e &elas. >sto 3 perigoso. 7or que "e* aquilo9-Eu dei#ei a garota lá,- disse an*an. -%oc$ ainda a está carregando9. 5em tra&alho, 5em comida HL'K=M;, o mestre Zen chin$s, costumaa tra&alhar com seus discípulos mesmo na idade de @N anos, aparando o jardim, limpando o ch+o, e podando as árores. ;s discípulos sentiram pena em er o elho mestre tra&alhando t+o duramente, mas eles sa&iam que ele n+o iria escutar seus apelos para que parasse. Ent+o eles resoleram esconder suas "erramentas. /aquele dia o mestre n+o comeu. /o dia seguinte tam&3m, e no outro. -Ele dee estar irritado por termos escondido suas "erramentas,- os discípulos acharam. -8 melhor nós as colocarmos de olta no lugar./o dia em que eles "i*eram isso, o mestre tra&alhou e comeu e#atamente como antes. O noite ele os instruiu, simplesmenteF -5em tra&alho, sem comida.A. /ada E#iste L'2';K' E55H=, quando um joem estudante Zen, isitou um mestre após outro. Ele ent+o "oi at3 1oJuon de 5hoJoJu. 1esejando mostrar o quanto já sa&ia, ele disse, aidosoF -' mente, Buddha, e os seres sencientes, al3m de tudo, n+o e#istem. ' erdadeira nature*a dos "enPmenos 3 a*ia. /+o há reali*a(+o, nenhuma delus+o, nenhum sá&io, nenhuma mediocridade. /+o há o 1ar e tampouco nada a rece&erG-
1oJuon, que estaa "umando pacientemente, nada disse. 5u&itamente ele acertou LamaoJa na ca&e(a com seu longo cachim&o de &am&u. >sto "e* o joem "icar muito irritado, gritando #ingamentos. -5e nada e#iste,- perguntou, calmo, 1oJuon, -de onde eio toda esta sua raia9Q. ' 5u&juga(+o de um "antasma ! =m E#orcismo Zen... =ma joem e &ela esposa caiu doente e "inalmente chegou Rs portas da morte. -Eu te amo tanto,- ela disse ao seu marido, -Eu n+o quero dei#ar!te. 7rometas que n+o me trocarás por nenhuma outra mulherG 5e tu n+o o "i*eres, eu retornarei como um "antasma e te causarei a&orrecimentos sem "imGSogo após, a esposa morreu. ; marido procurou respeitar seu ltimo desejo pelos primeiros tr$s meses, mas ent+o ele encontrou outra mulher e se apai#onou. Eles tornaram!se noios e logo se casariam. >mediatamente após o noiado um "antasma aparecia todas as noites ao homem, acusando!o por n+o ter mantido sua promessa. ; "antasma era esperto, tam&3m. Ela lhe di*ia tudo o que acontecia e era "alado entre ele e sua noia, mesmo as mais íntimas e#peri$ncias. 5empre que daa R sua noia um presente, o "antasma o descreia em detalhes. Ela at3 mesmo repetia suas conersas, e isso a&orrecia tanto o homem que ele n+o era capa* de dormir. 'lgu3m o aconselhou a e#por seu pro&lema a um mestre Zen que iia pró#imo R ila. En"im, em desespero, o po&re homem "oi &uscar sua ajuda. -Ent+o sua e#!esposa tornou!se um "antasma e sa&e tudo o que oc$ "a*,- comentou o mestre, meio diertido. -; que quer que oc$ "a(a ou diga, o que quer que oc$ d$ R sua amada, ela sa&e. Ela dee ser um "antasma muito sá&io... :ealmente oc$ deeria admirar tal "antasmaG ' pró#ima e* que ela aparecer, &arganhe com ela. 1iga a ela e#atamente o que direi a oc$.../aquela noite o homem encontrou o "antasma e disse o que o mestre haia instruídoF -%oc$ sa&e tanto de mim que eu nada posso esconder!lheG 5e oc$ me responder apenas uma quest+o, eu lhe prometo des"a*er meu noiado e permanecer solteiro.-/a erdade, eu sei que oc$ "oi er um mestre Zen hojeG 1iga!me sua quest+o.- 1isse o "antasma. ; homem leantou sua m+o direita "echada e perguntouF -Má que sa&es tanto, diga!me apenas quantos "eij)es eu tenho nesta m+o.../este e#ato momento n+o haia mais nenhum "antasma para responder a quest+o. @. %erdadeira :ique*a =m homem muito rico pediu a 5engai para escreer algo pela continuidade da prosperidade de sua "amília, de modo que esta pudesse manter sua "ortuna de gera(+o a gera(+o. 5engai pegou uma longa "olha de papel de arro* e escreeuF -7ai morre, "ilho morre, neto morre.; homem rico "icou indignado e o"endido. -Eu lhe pedi para escreer algo pela "elicidade de minha "amíliaG 7orque "i*este uma &rincadeira destas9G9-/+o pretendi "a*er &rincadeiras,- e#plicou 5engai tranqilamente. -5e antes de sua morte seu "ilho morrer, isto iria magoá!lo imensamente. 5e seu neto se "osse antes de seu "ilho, tanto oc$ quanto ele "icariam arrasados. 2as se sua "amília, de gera(+o a gera(+o, morrer na ordem que eu escrei, isso seria o mais natural curso da %ida. Eu chamo a isso %erdadeira :ique*a.. Homem 5anto Boatos espalharam!se por toda a regi+o acerca do sá&io Homem 5anto que iia em uma pequena casa so&re a montanha. =m homem da ila decidiu "a*er a longa e di"ícil jornada para isitá!lo. 6uando chegou na casa, ele iu um simples elho dentro que o rece&eu, a&rindo a porta. -Eu gostaria de er o sá&io Homem 5anto,- disse ele ao outro. ; elho sorriu e permitiu!o entrar. Enquanto eles caminhaam ao longo da casa, o homem da ila olhaa ansiosamente em torno, antecipando seu encontro com um homem considerado um erdadeiro 5anto. 2as antes que pudesse dar pela coisa, ele já haia percorrido a e#tens+o da casa e leado para "ora. Ele parou e olto u!se para o elhoF -2as eu quero er o Homem 5antoG-Má o "i*este,- disse o elho. -odos que tu encontras em tua ida, mesmo se eles pare(am simples e insigni"icantes... eja cada um deles como um sá&io Homem 5anto. 5e "i*eres deste modo, ent+o quaisquer que sejam os pro&lemas que trou#estes aqui hoje, ser+o resolidos...E "echou a porta.
-Eu sou um samuraiG- o guerreiro e#clamou. -%oc$, um guerreiroG- riu!se HaJuin. -6ue esp3cie de goernante teria tal guarda9 5ua apar$ncia 3 a de um mendigoG-. /o&ushige "icou t+o raioso que come(ou a desem&ainhar sua espada, mas HaJuin continuouF -Ent+o oc$ tem uma espadaG 5ua arma proaelmente está t+o cega que n+o cortará minha ca&e(a...; samurai retirou a espada num gesto rápido e aan(ou pronto para matar, gritando de ódio. /este momento HaJuin gritouF -'ca&aram de se a&rir os 7ortais do >n"ernoG 'o ouir estas palaras, e perce&endo a sa&edoria do mestre, o samura i em&ainhou sua espada e "e*!lhe uma pro"unda reer$ncia. -'ca&aram de se a&rir os 7ortais do 7araíso,- disse suaemente HaJuin.
<<. 8 mesmo9 =ma linda garota da ila "icou gráida. 5eus pais, encoleri*ados, e#igiram sa&er quem era o pai. >nicialmente resistente a con"essar, a ansiosa e em&ara(ada menina "inalmente acusou HaJuin, o mestre Zen o qual todos da ila reerenciaam pro"undamente por ier uma ida digna. 6uando os insultados pais con"rontaram HaJuin com a acusa(+o de sua "ilha, ele simplesmente disseF -8 mesmo96uando a crian(a nasceu, os pais a learam para HaJuin, o qual agora era isto como um pária por todos da regi+o. Eles e#igiram que ele tomasse conta da crian(a, uma e* que essa era sua responsa&ilidade. -8 mesmo9- HaJuin disse calmamente enquanto aceitaa a crian(a. 7or muitos meses ele cuidou carinhosamente da crian(a at3 o dia em que a menina n+o agentou mais sustentar a mentira e con"essou que o pai erdadeiro era um joem da ila que ela estaa tentando proteger. ;s pais imediatamente "oram a HaJuin, constrangidos, para er se ele poderia deoler a guarda do &e&$. Com pro"usas desculpas eles e#plicaram o que tinha acontecido. -8 mesmo9- disse HaJuin enquanto deolia a crian(a.
<. Certo e Errado 6uando BanJei reali*aa seus retiro semanais de medita(+o, discípulos de muitas partes do Map+o inham participar. 1urante um destes 5esshins um discípulo "oi pego rou&ando. ; caso "oi reportado a BanJei com a solicita(+o para que o culpado "osse e#pulso. BanJei ignorou o caso. 2ais tarde o discípulo "oi surpreendido na mesma "alta, e noamente BanJei desdenhou o acontecimento. >sto a&orreceu os outros pupilos, que eniaram uma peti(+o pedindo a dispensa do ladr+o, e declarando que se tal n+o "osse "eito eles todos iriam dei#ar o retiro. 6uando BanJei leu a peti(+o ele reuniu todos diante de si. -%oc$s s+o sá&ios,- ele disse aos discípulos. -%oc$s sa&em o que 3 certo e o que 3 errado. %oc$s podem ir para qualquer outro lugar para estudar e praticar, mas este po&re irm+o n+o perce&e nem mesmo o que signi"ica o certo e o errado. 6uem irá ensiná!lo se eu n+o o "i*er9 Eu ou mant$!lo aqui mesmo se o resto de oc$s partirem.=ma torrente de lágrimas "oram derramadas pelo monge que rou&ara. odo seu desejo de rou&ar tinha se esaecido.
<. Buddha Crist+o
=m dos monges do mestre 4asan isitou a uniersidade em oJTo. 6uando ele retornou, ele perguntou ao mestre se ele jamais tinha lido a Bí&lia Crist+. -/+o,- 4asan replicou, -7or "aor leia algo dela para mim.; monge a&riu a Bí&lia no 5erm+o da 2ontanha em 5+o 2ateus, e come(ou a ler. 'pós a leitura das palaras de Cristo so&re os lírios no campo, ele parou. 2estre 4asan "icou em sil$ncio por muito tempo. -5im,- ele "inalmente disse, -6uem quer que pro"eriu estas palaras 3 um ser iluminado. ; que oc$ leu para mim 3 a ess$ncia de tudo o que eu tenho estado tentando ensinar a oc$s aqui.-
<. Equanimidade 1urante as guerras ciis no Map+o "eudal, um e#3rcito inasor poderia "acilmente di*imar uma cidade e tomar controle. /uma ila, todos "ugiram apaorados ao sa&erem que um general "amoso por sua "ria e crueldade estaa se apro#imando ! todos e#ceto um mestre Zen, que iia a"astado. 6uando chegou R ila, seus &atedores disseram que ningu3m mais estaa lá, al3m do monge. ; general "oi ent+o ao templo, curioso em sa&er quem era tal homem. 6uando ele lá chegou, o monge n+o o rece&eu com a normal su&miss+o e terror com que ele estaa acostumado a ser tratado por todos0 isso leou o general R "ria. -5eu toloGG- ele gritou enquanto desem&ainhaa a espada, -n+o perce&e que oc$ está diante de um homem que pode trucidá!lo num piscar de olhos9G92as o mestre permaneceu completamente tranqilo. -E oc$ perce&e,- o mestre replicou calmamente, -que oc$ está diante de um homem que pode ser trucidado num piscar de olhos9-
agradeceu por isso. 'pós o homem ter cumprido sua pena, ele "oi a 5hichiri e tornou!se um de seus d iscípulos.
<@. ; Homem rico =m homem queria "icar rico e, todos os dias, ia pedir a 1eus que lhe atendesse Rs splicas. /um dia de inerno, ao oltar da ora(+o, aistou, presa no gelo do caminho, uma polpuda carteira de dinheiro. /o mesmo instante, julgou!se atendido. 2as como a carteira resistisse aos seus es"or(os, urinou em cima dela a "im de derreter o gelo que a retinha. E "oi ent+o. . . 6ue despertou na cama toda molhada. . .
<. 2orte de oJuan 2estre oJuan ?cujo nome signi"ica -pepino-D estaa morrendo0 um discípulo apro#imou!se e perguntou!lhe qual era o seu testamento. aJuan respondeu que n+o tinha testamento0 mas o discípulo insistiuF ! /+o tendes nada... /ada para di*er9 ! ' ida n+o passa de um sonho. E e#pirou.
N. Eremita e a am&i(+o /a China antiga, um eremita meio mágico iia numa montanha pro"unda. =m &elo dia, um elho amigo "oi isitá!lo. 5enrin, muito "eli* por rece&$!lo, o"ereceu!lhe um jantar e um a&rigo para a noite0 na manha seguinte, antes da partida do amigo, quis o"ertar!lhe um presente. omou de uma pedra e, com o dedo,
conerteu!a num &loco de ouro puro. ; amigo n+o "icou satis"eito0 5enrin apontou o dedo para uma rocha enorme, que tam&3m se trans"ormou em ouro. ; amigo, por3m, continuaa sem sorrir. ! 6ue queres, ent+o9 ! indagou 5enrin. :espondeu!lhe o amigoF ! Corta esse dedo, eu o quero.
<. 7resente de >nsultos Certa e* e#istiu um grande guerreiro. 'inda que muito elho, ele ainda era capa* de derrotar qualquer desa"iante. 5ua reputa(+o estendeu!se longe e amplamente atra3s do país e muitos estudantes reuniam! se para estudar so& sua orienta(+o. =m dia um in"ame joem guerreiro chegou R ila. Ele estaa determinado a ser o primeiro homem a derrotar o grande mestre. Munto R sua "or(a, ele possuía uma ha&ilidade "antástica em perce&er e e#plorar qualquer "raque*a em seu oponente, o"endendo!o at3 que a este perdesse a concentra(+o. Ele esperaria ent+o que seu oponente "i*esse o primeiro moimento, e assim reelando sua "raque*a, e ent+o atacaria com uma "or(a impiedosa e elocidade de um raio. /ingu3m jamais haia resistido em um duelo contra ele al3m do primeiro moimento. Contra todas as adert$ncias de seus preocupados estudantes, o elho mestre alegremente aceitou o desa"io do joem guerreiro. 6uando os dois se posicionaram para a luta, o joem guerreiro come(ou a lan(ar insultos ao elho mestre. Ele jogaa terra e cuspia em sua "ace. 7or horas ele er&almente o"endeu o mestre com todo o tipo de insulto e maldi(+o conhecidos pela humanidade. 2as o elho guerreiro meramente "icou parado ali, calmamente. Uinalmente, o joem guerreiro "inalmente "icou e#austo. 7erce&endo que tinha sido derrotado, ele "ugiu ergonhosamente. =m tanto desapontados por n+o terem isto seu mestre lutar contra o insolente, os estudantes apro#imaram!se e lhe perguntaramF -Como o senhor pPde suportar tantos insultos e indignidades9 Como conseguiu derrotá!lo sem ao menos se moer9-5e algu3m em para lhe dar um presente e oc$ n+o o aceita,- o mestre replicou, -para quem retorna este presente9-
. Ca(ando dois coelhos =m estudante de artes marciais apro#imou!se de seu mestre com uma quest+oF -4ostaria de aumentar meu conhecimento das artes marciais. Em adi(+o ao que aprendi com o senhor, eu gostaria de estudar com outro pro"essor para poder aprender outro estilo. ; que pensa de minha id3ia9-; ca(ador que espreita dois coelhos ao mesmo tempo,- respondeu o mestre, -corre o risco de n+o pegar nenhum.-
. ; 2ais >mportante Ensinamento =m renomado mestre Zen di*ia que seu maior ensinamento era esteF Buddha 3 a sua mente. 1e t+o impressionado com a pro"undidade implicada neste a#ioma, um monge decidiu dei#ar o 2onast3rio e retirar! se em um local a"astado para meditar nesta pe(a de sa&edoria. Ele ieu N anos como um eremita re"letindo no grande ensinamento. =m dia ele encontrou outro monge que iajaa na atra3s da "loresta pró#ima R sua ermida. Sogo o monge eremita sou&e que o iajante tam&3m tinha estuda so& o mesmo mestre Zen. -7or "aor, diga!me se oc$ conhece o grande ensinamento do mestre,- perguntou ansioso ao outro. ;s olhos do monge iajante &rilharam, -'hG ; mestre "oi muito claro so&re isto. Ele disse que seu maior
ensinamento eraF Buddha /V; 3 a sua mente.-
I. 'prendendo do modo mais duro ; "ilho de um mestre em rou&os pediu a seu pai para ensinar!lhe os segredos de seu o"ício. ; elho ladr+o concordou e naquela noite leou seu "ilho para assaltar uma grande mans+o. Enquanto a "amília dormia, ele silenciosamente leou seu aprendi* para dentro de um quarto que continha um armário de ricas roupas. ; pai disse ao "ilho para entrar no armário e pegar algumas roupas. 6uando o rapa* "e* isso, seu pai rapidamente "echou a porta e o prendeu lá dentro. Ent+o ele saiu, e &ateu sonoramente na porta da "rente, acordando consequentemente a "amília que dormia, e rapidamente "ugiu antes que qualquer pessoa o isse. Horas mais tarde, seu "ilho retornou R casa, em trapos e e#austo. -7aiG- ele gritou em "ria, -7orque o senhor me prendeu no armário9 5e eu n+o tiesse usado desesperadamente meus recursos com medo de ser desco&erto, eu jamais teria escapado. ie que a&andonar toda a minha timide* para sair de láG; elho ladr+o sorriuF -Uilho, oc$ aca&ou de ter sua primeira li(+o na arte da rapinagem...-
. 4utei e o 1edo ; 2estre 4utei, sempre que lhe "a*iam uma pergunta, respondia leantando um dedo sem di*er nada. =m noi(o adquiriu o ício de imitá!lo. Certo dia, um isitante perguntou ao noi(oF -6ue serm+o o 2estre está pronunciando agora9; noi(o respondeu leantando o dedo. ; isitante, quando se encontrou com o 2estre, contou!lhe que o noi(o o imitara. 2ais tarde, o 2estre escondeu uma "aca nas estes e chamou o noi(o. 6uando este se apresentou, 4utei perguntou!lheF -; que 3 Buddha9; rapa*, ansioso para impressionar o mestre, respondeu leantando o dedo. ; 2estre ent+o agarrou!lhe a m+o e cortou!lhe o dedo com a "aca. ; discípulo, apaorado e em choque, já ia sair correndo, mas o 2estre o chamou com um gritoF -/;%>W;G6uando o rapa* se oltou para o 2estre, este perguntou a&ruptamente F -; que 3 Buddha9; discípulo ia leantar o dedo, mas n+o tinha mais dedo. /este instante, ele alcan(ou o 5atori.
A. 5eguindo a corrente =m elho homem &$&ado acidentalmente caiu nas terríeis corredeiras de um rio que leaam para uma alta e perigosa cascata. /ingu3m jamais tinha so&reiido Rquele rio. 'lgumas pessoas que iram o acidente temeram pela sua ida, tentando desesperadamente chamar a aten(+o do homem que, &$&ado, estaa quase desmaiado. 2as, miraculosamente, ele conseguiu sair salo quando a própria corrente*a o despejou na margem em uma cura que "a*ia o rio. 'o testemunhar o eento, Kung!t*u ?Con"cioD comentou para todas as pessoas qu e di*iam n+o entender como o homem tinha conseguido sair de t+o grande di"iculdade sem lutaF -Ele se acomodou R água, n+o tentou lutar com ela. 5em pensar, sem racionali*ar, ele permitiu que a água o enolesse. 2ergulhando na corrente*a, conseguiu sair da corrente*a. 'ssim "oi como conseguiu so&reier.-
Q. ; 5onho Certa e* o mestre taoísta Chuang *u sonhou que era uma &or&oleta, oando alegremente aqui e ali. /o sonho ele n+o tinha mais a mínima consci$ncia de sua indiidualidade como pessoa. Ele era realmente uma &or&oleta. :epentinamente, ele acordou e desco&riu!se deitado ali, um pessoa noamente. 2as ent+o ele pensou para si mesmoF -Uui antes um homem que sonhaa ser uma &or&oleta, ou sou agora uma &or&oleta que sonha em ser um homem9-
@. Egoísmo ; 7rimeiro 2inistro da 1inastia ang era um herói nacional pelo seu sucesso tanto como homem de estado quanto como líder militar. 2as a despeito de sua "ama, poder e rique*a, ele se consideraa um humilde e deoto Buddhista. Ureqentemente ele isitaa seu mestre Zen "aorito para estudar com ele, e eles pareciam se dar muito &em. ; "ato de que ele era primeiro ministro aparentemente n+o tinha e"eito em sua rela(+o, que parecia ser simplesmente a de um reerendo mestre e seu respeitoso estudante. =m dia, durante sua isita usual, o 7rimeiro 2inistro perguntou ao mestre, -2estre, o que 3 o egoísmo de acordo com o Buddhismo9; rosto do mestre "icou ermelho, e num tom de o* e#tremamente desdenhoso e insultuoso ele gritou em respostaF -6ue tipo de pergunta estpida 3 esta9G9al resposta t+o inesperada chocou tanto o 7rimeiro 2inistro que este tornou!se imediatamente arrogante e com raiaF -Como ousa me tratar assim9/este momento o mestre Zen sorriu e disseF ->5;, 5ua E#cel$ncia, 3 egoísmo...-
. Conhecendo os 7ei#es Certa e* Chuang *u e um amigo caminhaam R margem de um rio. -%eja os pei#es nadando na corrente,- disse Chuang *u, -Eles est+o realmente "eli*es...-%oc$ n+o 3 um pei#e,- replicou arrogantemente seu amigo, -Ent+o oc$ n+o pode sa&er se eles est+o "eli*es.-%oc$ n+o 3 Chuang *u,- disse Chuang *u, -Ent+o como oc$ sa&e que eu n+o sei que os pei#es est+o "eli*es9-
N. 7lena 'ten(+o 'pós de* anos de aprendi*agem, enno atingiu o título de mestre Zen. /um dia chuoso, ele "oi isitar o "amoso mestre /an!>n. 6uando ele entrou no mosteiro, o mestre rece&eu!o com uma quest+o, -%oc$ dei#ou seus tamancos e seu guarda!chua no alpendre9-5im-, enno replicou. -1iga!me ent+o,- o mestre continuou, -oc$ colocou seu guarda!chua R esquerda de seu cal(ado, ou R direita9enno n+o sou&e como responder ao Joan, perce&endo a"inal que ele ainda n+o tinha alcan(ado a plena
aten(+o. Ent+o ele tornou!se aprendi* de /an!>n e estudou so& sua orienta(+o por mais de* anos.
<. Concentra(+o 'pós ganhar ários torneios de 'rco e Ulecha, o joem e arrogante campe+o resoleu desa"iar um mestre Zen que era renomado pela sua capacidade como arqueiro. ; joem demonstrou grande pro"ici$ncia t3cnica quando ele acertou em um distante alo na mosca na primeira "lecha lan(ada, e ainda "oi capa* de diidi!la em dois com seu segundo tiro. -5imG-, ele e#clamou para o elho arqueiro, -%eja se pode "a*er issoG>mpertur&áel, o mestre n+o preparou seu arco, mas em e* disso "e* sinal para o joem arqueiro segui!lo para a montanha acima. Curioso so&re o que o elho estaa tramando, o campe+o seguiu!o para o alto at3 que eles alcan(aram um pro"undo a&ismo atraessado por uma "rágil e pouco "irme tá&ua de madeira. Calmamente caminhando so&re a insegura e certamente perigosa ponte, o elho mestre tomou uma larga árore longínqua como alo, esticou seu arco, e acertou um claro e direto tiro. -'gora 3 sua e*,- ele disse enquanto ele suaemente oltaa para solo seguro. ;lhando com terror para dentro do a&ismo negro e aparentemente sem "im, o joem n+o pPde "or(ar a si mesmo caminhar pela prancha, muito menos acertar um alo de lá. -%oc$ tem muita perícia com seu arco,- o mestre disse, perce&endo a di"iculdade de seu desa"iante, -mas oc$ tem pouco equilí&rio com a mente que dee nos dei#ar rela#ados para mirar o alo.-
. 7ro"essor de 5ino =m noo estudante apro#imou!se do mestre Zen e perguntou!lhe como ele poderia a&sorer seus ensinamentos de "orma correta. -7ense em mim como um sino,- o mestre e#plicou. -2e d$ um suae toque, e eu irei lhe dar um pequeno tinido. oque!me com "or(a e oc$ rece&erá um alto e pro"undo &adalo.-
. ; Ele"ante e a 7ulga :oshi Kapleau ?um mestre Zen modernoD concordou em "alar a um grupo de psicanalistas so&re Zen. 'pós ser apresentado ao grupo pelo diretor do instituto analítico, o :oshi quietamente sentou!se so&re uma almo"ada colocada so&re o ch+o. =m estudante entrou, prostrou!se diante do mestre, e ent+o sentou!se em outra almo"ada pró#ima, olhando seu pro"essor. -; que 3 Zen9- o estudante perguntou. ; :oshi pegou uma &anana, descascou!a, e come(ou a com$!la. ->sso 3 tudo9 ; senhor n+o pode me di*er nada mais9- o estudante disse. -'pro#ime!se, por "aor.- ; mestre replicou. ; estudante moeu!se mais para perto e :oshi &alan(ou o que restaa da &anana em "rente ao rosto do outro. ; estudante "e* uma reer$ncia e partiu. =m segundo estudante leantou!se e dirigiu!se R audi$nciaF -%oc$s todos entenderam9- 6uando n+o houe resposta, o estudante adicionouF -%oc$s aca&aram de testemunhar uma completa demonstra(+o do Zen. 'lguma quest+o9 'pós um longo sil$ncio constrangido, algu3m "alou. -:oshi, eu n+o estou satis"eito com sua demonstra(+o. ; senhor nos mostrou algo que eu n+o tenho certe*a de ter compreendido. 1E%E e#istir uma maneira de nos 1>ZE: o que 3 o ZenG-5e oc$ insiste em usar mais palaras,- o :oshi replicou, -ent+o Zen 3 Xum ele"ante copulando com uma pulga...X-.
I. Siros Hsan!Chien, quando joem, era um deoto estudante do &uddhismo. Estudou muito os conceitos e as doutrinas, e tornou!se muito há&il em analisar os termos comple#os, e se consideraa um e#pert em "iloso"ia &uddhista. 'prendeu de cor o 5utra do 1iamante, e orgulhosamente escreeu um longo comentário so&re ele. =m dia, sa&endo que em Hunan haia um grande sá&io que di*ia coisas que ele n+o concordaa, resoleu iajar at3 lá para proar, atra3s de seu conhecimento, que o pretenso sá&io estaa errado. Ele pegou seu comentário 6inglong so&re o 5utra do 1iamante e partiu. /o caminho, encontrou uma elha que endia &olinhos de arro*. Cansado e com "ome, "alou R senhoraF -4ostaria de comprar alguns &olinhos, por "aor.-6ue liros está carregando9 -, perguntou a elha. -8 o meu comentário so&re o sentido erdadeiro do 5utra do 1iamante,- disse orgulhoso,- mas oc$ n+o sa&e nada so&re esses assuntos pro"undos. 'pós um pequeno momento em sil$ncio, a elha lhe disseF -%ou lhe "a*er uma pergunta, e se puder me responder eu lhe darei os &olinhos de gra(a. 5e n+o, terá que ir em&ora, pois n+o ou lhe ender os &olinhos. 'chando!se capa* de responder qualquer pergunta, qua nto mais de uma pessoa sem os seus anos de conhecimentos nos termos "ilosó"icos, disseF -2uito &em, pergunte!me-. -Está escrito no %ajracchediJa que a 2ente do passado 3 inatingíel, a 2ente do "uturo 3 inatingíel e a 2ente do presente 3 inatingíel0 diga!me ent+oF com qual 2ente oc$ ai se alimentar9Estupe"ato, Hsan!chien n+o sou&e o que di*er. ' elha leantou!se e comentouF -5into muito, mas acho que terá que se alimentar em outro lugar-, e partiu. 6uando chegou no seu destino encontrou Songtan, o mestre do templo. inha chegado tarde, e ainda a&alado com o encontro anterior, sentou!se silenciosamente em "rente ao mestre, esperando que ele iniciasse o de&ate. ; mestre, após muito tempo, disseF -8 muito tarde, e oc$ está cansado. 8 melhor ir para seu quarto dormir.-2uito &em,- disse o intelectual, leantou!se e come(ou a sair para a escurid+o do corredor. ; mestre eio de dentro do sal+o e comentouF -Está muito escuro, tome, lee esta ela acesa,- e lhe passou uma das elas acesas do altar. 6uando Hsen!chien pegou a ela tra*ida pelo mestre, Songtan su&itamente assoprou!a, apagando a lu* e dei#ando am&os silenciosos em meio R escurid+o. /este momento Hsan!chien atingiu o 5atori. /o dia seguinte, leou todos seus liros e comentários para o pátio e os queimou.
. ;&ra de 'rte =m mestre em caligra"ia escreeu alguns ideogramas em uma "olha de papel. =m dos seus mais especialmente sensíeis estudantes estaa o&serando. 6uando o artista terminou, ele perguntou a opini+o do seu pupilo ! que imediatamente lhe disse que n+o estaa &om. ; mestre tentou noamente, mas o estudante criticou tam&3m o noo tra&alho. %árias e*es, o mestre cuidadosamente redesenhou os mesmos ideogramas, e a cada e* seu estudante rejeitaa a o&ra. Ent+o, quando o estudante estaa com sua aten(+o desiada por outra coisa e n+o estaa olhando, o mestre aproeitou o momento e rapidamente apagou os caracteres que haia escrito no ltimo tra&alho, dei#ando a "olha em &ranco. -%ejaG ; que acha9,- ele perguntou. ; Estudante ent+o irou!se e olhou atentamente. -E5'... 3 erdadeiramente uma o&ra de arteG-, e#clamou. ?=ma lenda di* que este 3 o conto que descree a cria(+o de arte do mestre Kosen, que por sua e* "oi usada para criar o entalhe em madeira das palaras -; 7rimeiro 7rincípio-, que ornamentam o port+o do emplo ;&aJu em KTotoD.
A. Buscando por Buddha =m monge pPs!se a caminho de uma longa peregrina(+o para encontrar Buddha. Ele leou muitos anos em sua &usca at3 alcan(ar a terra onde di*ia!se que iia Buddha. 'o cru*ar o sagrado rio que cortaa este país, o monge olhaa em torno enquanto o &arqueiro condu*ia o &ote. Ele perce&eu algo "lutuando em sua dire(+o. 6uando o o&jeto chegou mais perto, ele iu que era um cadáer ! e que o morto era ele mesmoG ; monge perdeu todo o controle e deu um grito de dor R is+o de si mesmo, rígido e sem ida, "lutuando suaemente na corrente do grande rio. /este instante perce&eu que ali estaa come(ando sua &usca pela li&era(+o... E ent+o ele sou&e de"initiamente que sua procura por Buddha haia terminado.
Q. ; 'gora =m guerreiro japon$s "oi capturado pelos seus inimigos e jogado na pris+o. /aquela noite ele sentiu!se incapa* de dormir pois sa&ia que no dia seguinte ele iria ser interrogado, torturado e e#ecutado. Ent+o as palaras de seu mestre Zen surgiram em sua menteF -; -amanh+- n+o 3 real. 8 uma ilus+o. ' nica realidade 3 -'4;:'. ; erdadeiro so"rimento 3 ier ignorando este 1harma-. Em meio ao seu terror su&itamente compreendeu o sentido destas palaras, "icou em pa* e dormiu tranqilamente.
@. /ada santo Certa e* Bodhidharma "oi leado R presen(a do >mperador Yu, um deoto &en"eitor &uddhista, que ansiaa rece&er a aproa(+o de sua generosidade pelo sá&io. Ele perguntou ao mestreF -/ós construímos templos, copiamos os sutras sagrados, ordenamos monges e monjas. 6ual o m3rito, reerenciado 5enhor, da nossa conduta9-/enhum m3rito, em a&soluto-, disse o sá&io. ; >mperador, chocado e algo o"endido, pensou que tal resposta com certe*a estaa su&ertendo todo o dogma &uddhista, e tornou a perguntarF -Ent+o qual 3 o 5anto 1harma, o 7rimeiro 7rincípio9-=m asto %a*io, sem nada santo dentro dele-, a"irmou Bodhidharma, para a surpresa do >mperador. Este "icou "urioso, leantou!se e "e* sua ltima perguntaF -6uem 3s ent+o, para "icares diante de mim como se "osse um sá&io9-Eu n+o sei, 2ajestade-, replicou o sá&io, que assim tendo dito irou!se e "oi em&ora.
. ;nde está sua mente9
Uinalmente, após muitos so"rimentos, 5hang Kang "oi aceito por Bodhidharma como seu discípulo. ; joem ent+o perguntou ao mestreF -Eu n+o tenho pa* de espírito. 4ostaria de pedir, 5enhor, que paci"icasse minha mente.-7onha sua mente aqui na minha "rente e eu a paci"icareiG- replicou Bodhidharma. -2as... 3 impossíel que eu "a(a issoG- a"irmou 5hang Kang. -Ent+o já paci"iquei a sua mente.-, conclui o sá&io.
IN. ' prática "a* a per"ei(+o =m estudante de canto de ópera dramática treinou so& um rígido pro"essor que insistia que ele recitasse dia após dia, m$s após m$s o mesmo trecho da mesma can(+o, sem jamais ser permitido ir adiante. Uinalmente, oprimido pela "rustra(+o e desespero, o joem "ugiu em &usca de outra pro"iss+o. =ma noite, parando em uma estalagem, ele encontrou por acaso o anncio de uma competi(+o de recita(+o. /+o tendo nada a perder, ele entrou na competi(+o e, 3 claro, cantou a nica passagem que ele conhecia t+o &em. 6uando ele terminou, o patrocinador da competi(+o congratulou!o e"usiamente sua per"ormance. ' despeito das em&ara(adas o&je()es do estudante, recusou!se a acreditar que haia escutado um cantor principiante. -1iga!me,- perguntou o patrocinador, -quem 3 seu instrutor9 Ele dee ser um grande mestreG; estudante mais tarde tornou!se conhecido como o grande cantor japon$s Koshiji.
I<. ; 7araíso 1uas pessoas estaam perdidas no deserto. Elas estaam morrendo de inani(+o e sede. Uinalmente, eles aistaram um alto muro. 1o outro lado eles podiam ouir o som de quedas dXágua e pássaros cantando. 'cima eles podiam er os galhos de uma árore "rutí"era atraessando e pe ndendo so&re o muro. 5eus "rutos pareciam deliciosos. =m dos homens su&iu o muro e desapareceu no outro lado. ; outro, em e* disso, saciou sua "ome com as "rutas que so&ressaíam da árore ali mesmo, e retornou ao deserto para ajudar outros perdidos a encontrar o caminho para o oásis.
I. 4ato :itual ! Complicando o que 3 simples 6uando um mestre espiritual e seus discípulos come(aam sua medita(+o do anoitecer, o gato que iia no 2onast3rio "a*ia tanto &arulho que os distraía. Ent+o o pro"essor ordenou que o gato "osse amorda(ado durante a prática noturna. 'nos depois, quando o mestre morreu, o gato continuou a ser amarrado durante a medita(+o. E quando o gato eentualmente morreu, outro gato "oi tra*ido para o 2onast3rio e amarrado. 53culos depois, quando todos os "atos do eento estaam perdidos no passado, praticantes intelectuais que estudaam os ensinamentos daquele mestre espiritual escreeram longos tratados escolásticos so&re a signi"ic[ncia de se amorda(ar um gato durante a prática da medita(+o...
I. /ature*a 1ois monges estaam laando suas tigelas no rio quando perce&eram um escorpi+o que estaa se a"ogando. =m dos monges imediatamente pegou!o e o colocou na margem. /o processo ele "oi picado. Ele oltou para terminar de laar sua tigela e noamente o escorpi+o caiu no rio. ; monge salou o escorpi+o e noamente "oi picado. ; outro monge ent+o perguntouF -'migo, por que oc$ continua a salar o escorpi+o quando oc$ sa&e que sua nature*a 3 agir com agressiidade, picando!o9-
-7orque,- replicou o monge, -agir com compai#+o 3 a minha nature*a.?;utra ers+o deste conto descree uma raposa que concorda em carregar um escorpi+o em suas costas atra3s de um rio, so& a condi(+o que o escorpi+o n+o o pique. 2as o escorpi+o ainda assim pica a raposa quando am&os estaam no meio da corrente*a. Enquanto a raposa a"undaa, leando o escorpi+o consigo, ela lamentosamente perguntou ao escorpi+o por que tinha condenado a am&os R morte ao picá!la. -7orque 3 minha nature*a. ' mesma estória 3 encontrada na tradi(+o indígena americana. /o Brasil a rap osa 3 su&stituída por um sapo.D
II. 5em 2ais 6uest)es 'o encontrar um mestre Zen em um eento social, um psiquiatra decidiu colocar !lhe uma quest+o que sempre estee em sua menteF -E#atamente como oc$ ajuda as pessoas9- ele perguntou. -Eu as alcan(o naquele momento mais di"ícil, quando elas n+o tem mais nenhuma quest+o para perguntar,o mestre respondeu.
I. /+o 2orri 'inda ; >mperador perguntou ao 2estre 4udoF -; que acontece com um homem iluminado após a morte9-Como eu poderia sa&er9-, replicou 4udo. -7orque o senhor 3 um mestre... n+o 39- respondeu o >mperador, um pouco surpreso. -5im 2ajestade,- disse 4udo suaemente, -mas ainda n+o sou um mestre morto.-
IA. 5amsara ; monge perguntou ao 2estreF -Como posso sair do 5amsara ?a :oda de renascimentos e mortesD9; 2estre respondeuF -6uem te colocou nele9IQ. 2ente em 2oimento 1ois homens estaam discutindo so&re uma "l[mula que tremulaa ao entoF -8 o ento que realmente está se moendoG- declarou o primeiro. -/+o, o&iamente 3 a "l[mula que se moeG- contestou o segundo. =m mestre Zen, que por acaso passaa perto, ouiu a discuss+o e os interrompeu di*endoF -/em a "l[mula nem o ento est+o se moendo,- disse, -8 a 2E/E que se moe.-
I@. ; 6ue&rador de 7edras
Era uma e* um simples que&rador de pedras que estaa insatis"eito consigo mesmo e com sua posi(+o na ida. =m dia ele passou em "rente a uma rica casa de um comerciante. 'tra3s do portal a&erto, ele iu muitos o&jetos aliosos e lu#uosos e importantes "iguras que "reqentaam a mans+o. -6u+o poderoso 3 este mercadorG- pensou o que&rador de pedras. Ele "icou muito inejoso disso e desejou que ele pudesse ser como o comerciante. 7ara sua grande surpresa ele repentinamente tornou!se o comerciante, usu"ruindo mais lu#os e poder do que ele jamais tinha imaginado, em&ora "osse inejado e detestado por todos aqueles menos poderosos e ricos do que ele. =m dia um alto o"icial do goerno passou R sua "rente na rua, carregado em uma liteira de seda, acompanhado por su&missos atendentes e escoltado por soldados, que &atiam gongos para a"astar a ple&e. odos, n+o importa qu+o ricos, tinham que se curar R sua passagem. -6u+o poderoso 3 este o"icialG- ele pensou. -4ostaria de poder ser um alto o"icialGEnt+o ele tornou!se o alto o"icial, carregado em sua liteira de seda para qualquer lugar que "osse, temido e odiado pelas pessoas R sua olta. Era um dia de er+o quente, e o o"icial sentiu!se muito descon"ortáel na suada liteira de seda. Ele olhou para o 5ol. Este "ulgia orgulhoso no c3u, indi"erente pela sua reles presen(a a&ai#o. -6u+o poderoso 3 o 5olG- ele pensou. -4ostaria de ser o 5olGEnt+o ele tornou!se o 5ol. Brilhando "ero*mente, lan(ando seus raios para a terra so&re tudo e todos, crestando os campos, amaldi(oado pelos "a*endeiros e tra&alhadores. 2as um dia uma gigantesca nuem negra "icou entre ele e a terra, e seu calor n+o mais pPde alcan(ar o ch+o e tudo so&re ele. -6u+o poderosa 3 a nuem de tempestadeG- ele pensou -4ostaria de ser uma nuemGEnt+o ele tornou!se a nuem, inundando com chua campos e ilas, causando temor a todos. 2as repentinamente ele perce&eu que estaa sendo empurrado para longe com uma "or(a descomunal, e sou&e que era o ento que "a*ia isso. -6u+o poderoso 3 o %entoG- ele pensou. -4ostaria de ser o entoGEnt+o ele tornou!se o ento de "urac+o, soprando as telhas dos telhados das casas, desenrai*ando árores, temido e odiado por todas as criaturas na terra. 2as em determinado momento ele encontrou algo que ele n+o "oi capa* de moer nem um milímetro, n+o importasse o quanto ele soprasse em sua olta, lan(ando! lhe rajadas de ar. Ele iu que o o&jeto era uma grande e alta rocha. -6u+o poderosa 3 a rochaG- ele pensou. -4ostaria de ser uma rochaGEnt+o ele tornou!se a rocha. 2ais poderoso do que qualquer outra coisa na terra, eterno, inamoíel. 2as enquanto ele estaa lá, orgulhoso pela sua "or(a, ele ouiu o som de um martelo &atendo em um cin*el so&re uma dura super"ície, e sentiu a si mesmo sendo despeda(ado. -; que poderia ser mais poderoso do que uma rocha9G9- pensou surpreso. Ele olhou para &ai#o de si e iu a "igura de um que&rador de pedras.
I. ale* Há um conto aoísta so&re um elho "a*endeiro que tra&alhou em seu campo por muitos anos. =m dia seu caalo "ugiu. 'o sa&er da notícia, seus i*inhos ieram isitá!lo. -6ue má sorteG- eles disseram solidariamente. -ale*,- o "a*endeiro calmamente replicou. /a manh+ seguinte o caalo retornou, tra*endo com ele tr$s outros caalos selagens. -6ue marailhosoG- os i*inhos e#clamaram. -ale*,- replicou o elho homem. /o dia seguinte, seu "ilho tentou domar um dos caalos, "oi derru&ado e que&rou a perna. ;s i*inhos noamente ieram para o"erecer sua simpatia pela má "ortuna. -6ue pena,- disseram. -ale*,- respondeu o "a*endeiro. /o pró#imo dia, o"iciais militares ieram R ila para conocar todos os joens ao seri(o o&rigatório no e#3rcito, que iria entrar em guerr a. %endo que o "ilho do elho homem estaa com a perna que&rada, eles o dispensaram. ;s i*inhos congratularam o "a*endeiro pela "orma com que as coisas tinham se irado a seu "aor. ; elho olhou!os, e com um lee sorriso disse suaementeF -ale*.-
N. Cipreste =m monge perguntou ao mestreF -6ual o signi"icado de 1harma!Buddha9; mestre apontou e disseF -; cipreste no jardim.; monge "icou irritado, e disseF -/+o, n+oG /+o use pará&olas aludindo a coisas concretasG 6uero uma e#plica(+o intelectual clara do termoG-Ent+o eu n+o ou usar nada concreto, e serei intelectualmente claro,- disse o mestre. ; monge esperou um pouco, e endo que o mestre n+o iria continuar "e* a mesma perguntaF -Ent+o9 6ual o signi"icado de 1harma!Buddha9; mestre apontou e disseF -; cipreste no jardim.-
<. Chá ou 7aulada Certa e* HaJuin contou uma estóriaF Haia uma elha mulher que tinha uma casa de chá na ila. Ela era uma grande conhecedora da cerimPnia do chá, e sua sa&edoria no Zen era so&er&a. 2uitos estudantes "icaam surpresos e o"endidos que uma simples elha pudesse conhecer o Zen, e iam R ila para testá!la e er se isso era mesmo erdade. oda e* que a elha senhora ia monges se apro#imando, ela sa&ia se eles inham apenas para e#perimentar o seu chá, ou para testá!la no Zen. Oqueles que inham pelo chá ela seria gentil e graciosamente, encantando!os. Oqueles que inham tentar sa&er de seu conhecimento do Zen, ela escondia!se at3 que o monge chegasse R porta e ent+o lhe &atia com um ti(+o. -'penas um em cada de* conseguiam escapar da paulada...-
. ;s 7oderes 5o&renaturais Certa manh+, o 2estre 1aie, ao leantar!se, chamou seu discípulo 4To*an e lhe disseF -%amos "a*er uma disputa para sa&er quem de nós dois possui mais poderes so&renaturais94To*an retirou!se sem nada responder. 1ali a pouco, oltou tra*endo uma &acia com água e uma toalha. ; mestre laou o rosto e en#ugou!se em sil$ncio. 1epois, 1aie e 4To*an sentaram em ante uma mesinha e "icaram conersando so&re assunto diersos, tomando chá. 7ouco depois, KTogen, outro discípulo, apro#imou!se e perguntouF -; que est+o "a*endo9-Estamos "a*endo uma competi(+o com nossos poderes so&renaturais-, respondeu o 2estre, -6ueres participar9KTogen retirou!se calado e logo depois retornou tra*endo uma &andeja com doces e &iscoitos. ; 2estre 1aie ent+o dirigiu!se aos seus dois discípulos, e e#clamouF -/a erdade, ós superais em poderes so&renaturais 5ariputra, 2ogallana e todos os discípulos de BuddhaG-
. 7ó Chao!Chou ?MoshuD certa e* arria o ch+o quando um monge lhe perguntouF -5endo ós o sá&io e santo 2estre, di*ei!me como se acumula tanto pó em seu quintal91isse o 2estre, apontando para o pátioF -Ele em lá de "ora.-
I. Mardim Zen ! ' Bele*a /atural =m monge joem era o responsáel pelo jardim *en de um "amoso templo Zen. Ele tinha conseguido o tra&alho porque amaa as "lores, ar&ustos e árores. 7ró#imo ao templo haia um outro templo menor onde iia apenas um elho mestre Zen. =m dia, quando o monge estaa esperando a isita de importantes conidados, ele deu uma aten(+o e#tra ao cuidado do jardim. Ele tirou as eras daninhas, podou os ar&ustos, cardou o musgo, e gastou muito tempo meticulosamente passando o ancinho e cuidadosamente tirando as "olhas secas de outono. Enquanto ele tra&alhaa, o elho mestre o&seraa com interesse de cima do muro que separaa os templos. 6uando terminou, o monge a"astou!se um pouco para admirar seu tra&alho. -/+o está lindo9- ele perguntou, "eli*, para o elho monge. -5im,- replicou o anci+o, -mas está "altando algo crucial. 2e ajude a pular este muro e eu irei acertar as coisas para oc$. 'pós certa hesita(+o, o monge leantou o elho por so&re o muro e pou sou!o suaemente em seu lado. %agarosamente, o mestre caminhou para a árore mais pró#ima ao centro do jardim, segurou seu tronco e o sacudiu com "or(a. Uolhas desceram suaemente R &risa e caíram por so&re todo o jardim. -7rontoG- disse o elho monge,- agora oc$ pode me lear de olta.-
. 7onte de 7edra Haia uma "amosa ponte de pedra no 2onast3rio de Chao!Chou ?MoshuD que era uma atra(+o do lugar. Certa e* um monge iajante a"irmouF -Má oui "alar so&re a "amosa ponte de pedra, mas at3 agora n+o a i. %ejo somente uma tá&ua.-%edes uma tá&ua,- con"irmou Chao!chou, -e n+o edes a ponte de madeira.-Ent+o onde está a ponte de pedra9- perguntou o monge. -'ca&astes de cru*á!la-, disse prontamente Chao!Chou.
A. 'penas duas palaras Haia um certo 2onast3rio 5oto Zen que era muito rígido. 5eguindo um estrito oto de sil$ncio, a ningu3m era permitido "alar. 2as haia uma pequena e#ce(+o a esta regraF a cada
permiss+o de "alar apenas duas palaras. 'pós passar seus primeiros de* anos no 2onast3rio, um joem monge "oi permitido ir ao monge 5uperior. -7assaram!se de* anos,- disse o monge 5uperior. -6uais s+o as duas palaras que oc$ gostaria de di*er9-Cama dura...- disse o joem. -Entendo...- replicou o monge 5uperior. 1e* anos depois, o monge retornou R sala do monge 5uperior. -7assaram!se mais de* anos,- disse o 5uperior. -6uais s+o as duas palaras que oc$ gostaria de di*er9-Comida ruim...- disse o monge. -Entendo...- replicou o 5uperior. 2ais de* anos se "oram e o monge uma e* mais encontrou!se com o seu 5uperior, que perguntouF -6uais s+o as duas palaras que oc$ gostaria de di*er, após mais estes de* anos9-Eu desistoG- disse o monge. -Bem, eu entendo o porqu$,- replicou, cáustico, o monge 5uperior. -udo o que oc$ sempre "e* "oi reclamarG?Este 3 um conto comum em alguns locais 5oto ocidentais. /+o e#iste certe*a se 3 um conto Zen original. Como muitas anedotas, esta aqui nos "a* rir, mas tam&3m nos encoraja a re"letir so&re o qu$ há de engra(ado nisso tudo...D
Q. 'ranha =m conto i&etano "ala de um estudante de medita(+o que, enquanto meditaa em seu quarto, pensaa er uma assustadora aranha descendo R sua "rente. ' cada dia a criatura amea(adora retornaa cada e* maior em tamanho. +o terri"icado estaa o estudante que "inalmente "oi ao seu pro"essor para relatar o seu dilemaF -/+o posso continuar meditando com tal amea(a so&re mim,- disse ele tremendo de paor. -%ou guardar uma "aca em meu colo durante a medita(+o, de "orma que quando a aranha aparecer eu possa matá!laG; pro"essor adertiu!o contra esta id3iaF -/+o "a(a isso. Ua(a como eu lhe digoF lee um peda(o de car+o na sua medita(+o, e quando a aranha aparecer, marque um X\X em sua &arriga. 1epois disso enha at3 mim.; estudante retornou R sua medita(+o. 6uando a aranha noamente apareceu, ele lutou contra o impulso de atacá!la e em e* disso "e* como o mestre sugeriu. Ent+o correu para a sala de dele, gritandoF -Eu a marquei na &arrigaG Ui* o que me pediuG ; que "a(o agora9; pro"essor olhou!o e "alouF -Seante a tnica e olhe para sua própria &arriga. 'o "a*er isso, o estudante iu o -\- que haia "eito.
@. 2edita(+o e 2acacos =m homem estaa interessado em aprender medita(+o. Uoi at3 um *endo ?local de prática meditatia *enD e &ateu na porta. =m elho pro"essor o atendeuF -5im9-Bom dia meu senhor,- come(ou o homem. -Eu gostaria de aprender a "a*er medita(+o. Como eu sei que isso 3 di"ícil e muito t3cnico, eu procurei estudar ao má#imo, lendo liros e opini)es so&re o que 3 medita(+o, suas posturas, etc... Estou aqui porque o senhor 3 considerado um grande pro"essor de medita(+o. 4ostaria que o senhor me ensinasse.; elho "icou olhando o homem enquanto este "alaa. 6uando terminou, o pro"essor disseF -6uer aprender medita(+o9-ClaroG 6uero muito9- e#clamou o outro.
-Estudou muito so&re medita(+o9-, disse um tanto irPnico. -Ui* o má#imo que pude...- a"irmou o homem. -Certo,- replicou o elho. -Ent+o á para casa e "a(a e#atamente issoF /V; 7E/5E E2 2'C'C;5.; homem "icou pasmo. /unca tinha lido nada so&re isso nos liros de medita(+o. 'inda meio incerto, perguntouF -/+o pensar em macacos9 8 só isso9-8 só isso.-Bem isso 3 simples de "a*er- pensou o homem, e concordou. ; pro"essor ent+o apenas completouF -]timo. %olte amanh+,- e &ateu a porta. 1uas horas depois, o pro"essor ouiu algu3m &atendo "reneticamente a porta do *endo. Ele a&riu!a, e lá estaa de noo o mesmo homem. -7or "aor me ajudeG- e#clamou a"lito -1esde que o senhor pediu para que eu n+o pensasse em macacos, n+o consegui mais dei#ar de me preocupar em /V; 7E/5': /ESE5GGGG %ejo macacos em todos os cantosGGGG-
. ; Eu %erdadeiro =m homem muito pertur&ado "oi at3 um mestre Zen, apresentou!se e disseF -7or "aor, 2estre, eu me sinto desesperadoG /+o sei quem eu sou. 5empre li e oui "alar so&re o Eu 5uperior, nossa erdadeira Ess$ncia ranscendental, e por muitos anos tentei atingir esta realidade pro"unda, sem nunca ter sucessoG 7or "aor mostre!me meu Eu %erdadeiroG2as o pro"essor apenas "icou olhando para longe, em sil$ncio, sem dar nenhuma resposta. ; homem come(ou a implorar e pedir, sem que o mestre lhe desse nenhuma aten(+o. Uinalmente, &anhado em lágrimas de "rustra(+o, o homem irou!se e come(ou a se a"astar. /este momento o mestre chamou!o pelo nome, em o* alta. -5im9- replicou o homem, enquanto se iraa para "itar o sá&io. -Eis o seu erdadeiro Eu.- disse o mestre.
AN. 'nsiando por 1eus =m sá&io estaa meditando R margem de um rio quando um homem joem, um tanto entusiasmado, o interrompeu. -2estre, eu desejo ser seu discípuloG-, disse o joem. -7or qu$9- replicou o sá&io. ; joem era uma pessoa que sempre ouiu "alar dos caminhos espirituais, e tinha uma id3ia "antasiosa e rom[ntica deles. Em sua imaturidade, ele achaa que ser -espiritual- era algo como participar de um moimento, de uma cren(a, de uma moda, sem grandes conseq$ncias. Ele ent+o pensou numa resposta &em -pro"unda- e disseF -7orque eu quero encontrar 1E=5G; sá&io pulou de onde estaa, agarrou o rapa* pelo cangote, arrastou!o at3 o rio e mergulhou sua ca&e(a so& a água. 2antee!o lá por quase um minuto, sem permitir que respirasse, enquanto o terri"icado rapa* chutaa e lutaa para se li&ertar. Uinalmente o mestre o pu#ou da água e o arrastou de olta R margem. Sargou!o no ch+o, enquanto o homem cuspia água e engasgaa, lutando para retomar a respira(+o e entender o que acontecera. 6uando ele eentualmente se acalmou, o sá&io lhe perguntouF -1iga!me, quando estaa so& a água, sa&endo que morreria, o que oc$ queria mais do que tudo9 -'rG-, respondeu o joem, amuado. -2uito &em-, disse o mestre. -%á para sua casa, e quando oc$ sou&er ansiar por um 1eus tanto quanto oc$ aca&ou de ansiar por ar, pode oltar a me procurar.-
A<. 7or que palaras9 =m monge apro#imou!se de seu mestre ! que se encontraa em medita(+o no pátio do emplo R lu* da lua ! com uma grande didaF -2estre, aprendi que con"iar nas palaras 3 ilusório0 e diante das palaras, o erdadeiro sentido surge atra3s do sil$ncio. 2as ejo que os 5utras e as recita()es s+o "eitas de palaras0 que o ensinamento 3 transmitido pela o*. 5e o 1harma está al3m dos termos, porque os termos s+o usados para de"ini!lo9; elho sá&io respondeuF -'s palaras s+o como um dedo apontando para a Sua0 cuida de sa&er olhar para a Sua, n+o se preocupe com o dedo que a aponta.; monge replicouF -2as eu n+o poderia olhar a Sua, sem precisar que algum dedo alheio a indique9-7oderia,- con"irmou o mestre, -e assim tu o "arás, pois ningu3m mais pode olhar a lua por ti. 's palaras s+o como &olhas de sa&+oF "rágeis e inconsistentes, desaparecem quando em contato prolongado com o ar. ' Sua está e sempre estee R ista. ; 1harma 3 eterno e completamente ree lado. 's palaras n+o podem reelar o que já está reelado desde o 7rimeiro 7rincípio.-Ent+o,- o monge perguntou, -por que os homens precisam que lhes seja reelado o que já 3 de seu conhecimento9-7orque,- completou o sá&io, -da mesma "orma que er a Sua todas as noites "a* com que os homens se esque(am dela pelo simples costume de aceitar sua e#ist$ncia como "ato consumado, assim tam&3m os homens n+o con"iam na %erdade já reelada pelo simples "ato dela se mani"estar em todas as coisas, sem distin(+o. 1esta "orma, as palaras s+o um su&ter"gio, um adorno para em&ele*ar e atrair nossa aten(+o. E como qualquer adorno, pode ser alori*ado mais do que 3 necessário.; mestre "icou em sil$ncio durante muito tempo. Ent+o, de s&ito, simplesmente apontou para a lua.
A. ; 5om do 5il$ncio Certa e*, um &uddhista "oi Rs montanhas procurar um grande mestre, que segundo acreditaa poderia lhe di*er a palara de"initia so&re o sentido da 5a&edoria. 'pós muitos dias de dura caminhada o encontrou em um &elo templo R &eira de um lindo ale. -2estre, im at3 aqui para lhe pedir uma palara so&re o sentido do 1harma. 7or "aor, "a(a!me atraessar os 7ort)es do Zen.-1iga!me,- replicou o sá&io, -indo para cá ós passastes pelo ale9-5im.-7or acaso ouistes o seu som9=m tanto incerto, o homem disseF -Bem, oui o som do ento como um suae canto penetrando todo o ale.; sá&io respondeuF -; local onde ós ouistes o som do ale 3 onde come(a o caminho que lea aos 7ort)es do Zen. E este som 3 toda palara que ós precisais ouir so&re a %erdade.-
A. ; 2udo e o 7apagaio =m joem monge "oi at3 o mestre Mi!shou e perguntouF -Como chamamos uma pessoa que entende uma erdade mas n+o pode e#plicá!la em palaras91isse o mestreF -=ma pessoa muda comendo mel-. -E como chamamos uma pessoa que n+o entende a erdade, mas "ala muito so&re ela9-=m papagaio imitando as palaras de uma outra pessoa-.
AI. 'utocontrole =m dia aconteceu um tremendo terremoto que sacudiu inteiramente um templo Zen. 7artes dele chegaram mesmo a ruir. 2uitos dos monges "icaram terri"icados. 6uando o terremoto parou o pro"essor do templo disse, aidosa e arrogantementeF -'gora oc$s tieram a oportunidade de er como um erdadeiro sá&io Zen se comporta diante de uma situa(+o de crise. %oc$s deem ter notado que E= n+o entrei em p[nico. E= estie sempre muito consciente do que estaa acontecendo e do que "a*er. E= guiei oc$s todos para a co*inha, a parte mais "irme do templo. E esta "oi uma &rilhante decis+o, pois como oc$s $em todos so&reiemos sem nenhum arranh+oG Contudo, a despeito de meu grande autocontrole e compostura e#emplar, admito ter sentido um pouco ! muito pouco ! de tens+o. Uato que oc$s deem ter dedu*ido quando me iram &e&er um grande copo de água, algo que eu jamais "a(o em circunst[ncias normais.../este momento alguns monges sorriram, mas n+o disseram nada. -1e qu$ est+o rindo9- perguntou o pro"essor. -'quilo n+o era água,- disse um dos monges, -era um grande copo de molho apimentado...-
A. ; 5il$ncio Completo 6uatro monges decidiram meditar em sil$ncio completo, sem "alar por duas semanas. /a noite do primeiro dia a ela come(ou a "alhar e ent+o apagou. ; primeiro monge disse, -;h, n+oG ' ela apagouG; segundo comentou, -/+o tínhamos que "icar em sil$ncio completo9; terceiro reclamou, -7or que oc$s dois que&raram o sil$ncio9Uinalmente o quarto a"irmou, todo orgulhoso, -'haG Eu sou o nico que n+o "alouG-
AA. 5em 7ro&lema =m praticante Zen "oi R BanJei e "e*!lhe esta pergunta, a"litoF -2estre, Eu tenho um temperamento irascíel. 5ou Rs e*es muito agitado e agressio e aca&o criando discuss)es e o"endendo outras pessoas. Como posso curar isso9-u possuis algo muito estranho,- replicou BanJei. -1ei#e er como 3 esse comportamento.-Bem... eu n+o posso mostrá!lo e#atamente agora, mestre,- disse o outro, um pouco con"uso. -E quando tu a mostrarás para mim9- perguntou BanJei. -/+o sei... 3 que isso sempre surge de "orma inesperada,- replicou o estudante. -Ent+o,- concluiu BanJei, -essa coisa n+o "a* parte de tua nature*a erdadeira. 5e assim "osse, tu poderias mostrá!la sempre que desejasse. 6uando tu nasceste n+o a tinhas, e teus pais n+o a passaram para ti. 7ortanto, sai&as que ele n+o e#iste.-
AQ. >mperman$ncia =m "amoso mestre espiritual apro#imou!se do 7ortal principal do palácio do :ei. /enhum dos guardas tentou pará!lo, constrangidos, enquanto ele entrou e dirigiu!se aonde o :ei em pessoa estaa solenemente sentado, em seu trono. -; que ós desejais9- perguntou o 2onarca, imediatamente reconhecendo o isitante.
-Eu gostaria de um lugar para dormir aqui nesta hospedaria,- replicou o pro"essor. -2as aqui n+o 3 uma hospedaria, &om homem, -disse o :ei, diertido, -Este 3 o meu palácio.-7osso lhe perguntar a quem pertenceu este palácio antes de ós9- perguntou o mestre. -2eu pai. Ele está morto.-E a quem pertenceu antes dele9-2eu aP,- disse o :ei já &astante intrigado, -2as ele tam&3m está morto.-5endo este um lugar onde pessoas iem por um curto espa(o de tempo e ent+o partem ! ós me di*eis que tal lugar /V; 8 uma hospedaria9-
A@. Buddha ! 'l3m da 7alaras Certa e* estaa Buddha sentado so& uma árore, com os seus discípulos reunidos R sua olta esperando que ele iniciasse seu discurso. Em determinado momento, Buddha calmamente inclinou!se e colheu uma "lor. Seantou!a R altura de seu rosto e girou!a suaemente. 5eus discípulos "icaram espantados e con"usos, e murmuraram entre si questionando o sentido daquilo. 1entre eles, apenas KashTapa entendeu o gesto, sorrindo. 5haJTamuni Buddha perce&eu que KashTapa tinha compreendido, e lhe disseF -; m3todo de 2edita(+o que ensino 3 er as coisas como elas s+o, nada rejeitar e tratar as coisas com alegria, endo claramente sua "ace original. Esse 1harma misterioso transcende a linguagem e os princípios racionais. ; pensamento lógico n+o pode ser usado para o&ter a Compreens+o0 apenas com a sensi&ilidade da n+o!mente alcan(a!se a %erdade. %ós compreendestes. 7or isso, concedo!lhe a partir deste momento o espírito do 1hTana.-
A. =ma ida intil9 =m &ondoso "a*endeiro tornou!se elho demais para poder tra&alhar nos campos. 'ssim ele passaa seus dias apenas sentado na aranda, "eli* em o&serar a nature*a. 5eu "ilho era uma pessoa insensíel e am&iciosa que n+o gostaa de dar duro. 2as, ainda tra&alhando na "a*enda, podia o&serar seu pai de e* em quando ao longe. -Ele 3 intil,- o "ilho "alou para si mesmo, agastado, -ele n+o "a* nadaG=m dia o "ilho "icou t+o "rustado por er seu pai numa ida que ele consideraa a&surda, que construiu um cai#+o de madeira, arrastou!o at3 a aranda e disse insensielmente para o seu pai entrar nele. 5em di*er uma palara, o pai deitou!se no cai#+o. 'pós "echar a tampa, o "ilho arrastou o cai#+o at3 as "ronteiras da "a*enda onde e#istia um grande a&ismo. 6uando ele se apro#imou da &eira, ouiu uma suae &atida na tampa, de dentro do cai#+o. Ele a&riu!o. 'inda deitado lá paci"icamente, o pai olhou para seu "ilho. -5ei que oc$ ai lan(ar!me no a&ismo, mas antes de "a*er isso posso lhe sugerir uma coisa9-; que 39- disse o "ilho, con"uso e algo constrangido por er seu pai t+o calmo. -Sance!me ao a&ismo, se quiser,- disse o pai, -mas sale este &om cai#+o de madeira. 5eus "ilhos podem querer usá!lo um dia com oc$...-
QN. 6uando cansado... =m estudante perguntou a Moshu, -2estre, o que o 5atori9; mestre replicouF -6uando estier com "ome, coma. 6uando estier cansado, durma.-
Q<. 1uelo de Chá =m mestre da cerimPnia do chá no antigo Map+o certa e* acidentalmente o"endeu um soldado, ao distraídamente desdenhá!lo quando ele pediu sua aten(+o. Ele rapidamente pediu desculpas, mas o altamente impetuoso soldado e#igiu que a quest+o "osse resolida em um duelo de espadas. ; mestre de chá, que n+o tinha a&solutamente nenhuma e#peri$ncia com espadas, pediu o conselho de um elho amigo mestre Zen que possuía tal ha&ilidade. Enquanto era serido de um chá pelo amigo, o espadachim Zen n+o pPde eitar notar como o mestre de chá e#ecutaa sua arte com per"eita concentra(+o e tranqilidade. -'manh+,- disse o mestre Zen, -quando oc$ duelar com o soldado, segure sua arma so&re sua ca&e(a como se estiesse pronto para des"erir um golpe, e encare!o com a mesma concentra(+o e tranqilidade com que oc$ e#ecuta a cerimPnia do chá-. /o dia seguinte, na e#ata hora e local escolhidos para o duelo, o mestre de chá seguiu seu conselho. ; soldado, tam&3m já pronto para atacar, olhou por muito tempo em sil$ncio para a "ace totalmente atenta por3m suaemente calma do mestre de chá. Uinalmente, o soldado lentamente a&ai#ou sua espada, desculpou!se por sua arrog[ncia, e partiu sem ter dado um nico golpe.
Q. 5urpreendendo o 2estre ;s estudantes em um mosteiro "icaam espantadíssimos com o monge mais elho, n+o porque ele "osse rígido, mas porque nada parecia irritá!lo ou pertur&á!lo. /a erdade, eles o consideraam algu3m so&renatural e at3 mesmo um tanto assustador. =m dia eles decidiram "a*er um teste com o mestre. =m grupo deles escondeu!se silenciosamente em um canto escuro de uma das passagens do templo, e esperaram o momento em que o elho monge iria passar por ali. /um momento o elho homem apareceu, carregando um copo de chá quente. E#atamente quando ele passaa, todos os estudantes pularam na sua "rente, gritando o mais alto que podiamF -''''''HHHHG2as o monge n+o demonstrou a&solutamente nenhuma rea(+o, dei#ando todos pasmos de espanto. 7aci"icamente "e* seu caminho at3 uma pequena mesa no canto mais a"astado do templo, gentilmente pousou o copo, e ent+o, encostando no muro, deu um grito de choqueF -;;;HHHHHG-
Q. ra&alhando 1uro =m estudante "oi ao seu pro"essor e disse "erorosamente, -Eu estou ansioso para entender seus ensinamentos e atingir a >lumina(+oG 6uanto tempo ai demorar para eu o&ter este pr$mio e dominar este conhecimento9 ' resposta do pro"essor "oi casual, -=ns de* anos...>mpacientemente, o estudante completou, -2as eu quero entender todos os segredos mais rápido do que istoG %ou tra&alhar duroG %ou praticar todo o dia, estudar e decorar todos os sutras, "arei isso de* ou mais horas por diaGG /este caso, em quanto tempo chegarei ao o&jetio9; pro"essor pensou um pouco e disse suaemente, -%inte anos.-
QI. ' História do Homem Conta!se que na 73rsia antiga iia um rei chamado Zemir. Coroado muito joem, julgou!se na o&riga(+o de instruir!seF reuniu em torno de si numerosos eruditos proenientes de todos os 7aíses e pediu!lhes que editassem para ele a história da humanidade. odos os eruditos se concentraram, portanto, nesse estudo. %inte anos se escoaram no preparo da edi(+o. Uinalmente, dirigiram!se a palácio, carregados de quinhentos
olumes acomodados no dorso de do*e camelos. ; rei Zemir haia, ent+o, passado dos quarenta anos. -Má estou elho, -disse ele. -/+o terei tempo de ler tudo isso antes da minha morte. /essas condi()es, por "aor, preparai!me uma edi(+o resumida.7or mais inte anos tra&alharam os eruditos na "eitura dos liros e oltaram ao palácio com tr$s camelos apenas. 2as o rei enelhecera muito. Com quase sessenta anos, sentia!se en"raquecidoF -/+o me 3 possíel ler todos esses liros. 7or "aor, "a*ei!me deles uma ers+o ainda mais sucinta.;s eruditos la&utaram mais de* anos e depois oltaram com um ele"ante carregado das suas o&ras. 2as a essa altura, com mais de setenta anos, quase cego, o rei n+o podia mesmo ler. 7ediu, ent+o, uma edi(+o ainda mais a&reiada. ;s eruditos tam&3m tinham enelhecido. Concentraram!se por mais cinco anos e, momentos antes da morte do monarca, oltaram com um olume só. -2orrerei, portanto, sem nado conhecer da historia do Homem ! disse ele. O sua ca&eceira, o mais idoso dos eruditos respondeuF -%ou e#plicar!os em tr$s palaras a história do HomemF o homem nasce, so"re e, "inalmente, morre./esse instante o rei e#pirou.
Q. KantaJa e o "io de 'ranha 'ssim eu ouiF ; Buddha, um dia, passeaa no C3u raTastrimsa, as margens do lago da Ulor de Sótus. /as pro"unde*as do lago, lo&rigaa o /araJa ?um tipo de regi+o de dem3rito Kármico, na tradi(+o do Buddhismo 2ahaTanaD. /essa ocasi+o, iu ali um homem chamado KantaJa que morto dias antes, se de&atia e padecia nas pro"unde*as. rans&ordando de compai#+o, o Buddha 5haJTamuni queria socorrer todos os que, em&ora se achassem mergulhados no /araJa, tiessem praticado uma &oa a(+o na ida. KantaJa "ora ladr+o e leara uma e#ist$ncia deassa. 7or isso mesmo estaa no /araJa. Certa e*, no entanto, agira com generosidadeF um dia, enquanto passeaam, aistara uma ino"ensia aranha e tiera ontade de esmagá!la0 reprimira!se, contudo, pensando, su&itamente, que tale* pudesse "aorec$!la0 dei#ara!a com ida e seguiu o seu caminho. ; Buddha 5haJTamuni iu nessa a(+o generosa um &om espírito, e sentiu!se inclinado a ajudá!lo. 7or isso "e* descer as pro"unde*as do lago um comprido "io de teia de aranha, que chegou ao /araJa no lugar onde estaa KantaJa. KantaJa olhou para a noidade e concluiu que se trataa de uma corda de prata muito "orte. 2as, n+o querendo acreditar nisso, disse consigo que deia ser, sem dida, um "io de teia de aranha pendurado, muito "ino, e que seria proaelmente di"icílimo trepar por ele0 mesmo assim, arriscaria tudo, pois desejaa ardentemente sair daquele /araJa. 'garrou, portanto o "io, em&ora n+o dei#asse de pensar nos per igos da escalada, pois a linha poderia re&entar de um momento para outro0 mas "oi su&indo... su&indo... au#iliando!se com os p3s e as m+os, e enidando grandes es"or(os para n+o escorregar. ' escalada era longa. Chegado a metade do caminho, quis olhar para &a i#o e contemplar os /araJas, que já tinham "icado, decerto, muito longe. 'cima dele, ia a lu* e só am&icionaa alcan(á!la. >nclinando!se para &ai#o, a "im de olhar pela derradeira e*, iu uma multid+o de pessoas que tam&3m su&iam pelo "io, numa sucess+o ininterrupta, desde as grandes pro"unde*as do /araJa. KantaJa "oi tomado de p[nicoF a corda poderia, quando muito, agentá!lo0 mas com o peso daquelas centenas de pessoas agarradas a ela aca&aria cedendo, e todos, com ele, oltariam ao /araJaG 6ue a*arG 6ue drogaG 'quela gente lá em&ai#o n+o tinha nada que sair do /araJa. 7or que precisa seguir! me9 ! praguejaa ele, increspando os seguidores. /esse preciso momento, o "io cedeu, e#atamente a altura das m+os de KantaJa, e todos remergulharam nas pro"unde*as tene&rosas do lago. /aquele mesmo instante, o sol do meio!dia resplandecia so&re o lago em cujas margens tranqilas passeaa o Buddha... QA. Baso e a 2edita(+o 6uando joem, Baso praticaa incessantemente a 2edita(+o. Certa ocasi+o, seu 2estre /angaJu apro#imou!se dele e perguntou!lheF ! 7or que praticas tanta 2edita(+o9 ! 7ara me tornar um Buddha.
; 2estre tomou de uma telha e come(ou a es"regá!la com um pedra. >ntrigado, Baso perguntouF ! ; que "a*eis com essa telha9 ! 7retendo trans"ormá!la num espelho. ! 2as por mais que a es"regueis, ela jamais se trans"ormará num espelhoG será sempre uma pedra. ! ; mesmo posso di*er de ti. 7or mais que pratiques 2edita(+o, n+o te tornarás Buda. ! Ent+o o que "a*er9 ! 8 como "a*er um &oi andar. ! /+o entendo. ! 6uando queres "a*er um carro de &ois andar, &ates no &oi ou no carro9 Baso n+o sou&e o que responder e ent+o o 2estre continuouF ! Buscar o Estado de Buda "a*endo apenas 2edita(+o 3 matar o Buda. 1essa maneira, n+o acharás o caminho certo.
QQ. ' Bola e o Zen Certa e*, enquanto o elho mestre 5eppo 4isen jogaa &ola, 4essha apro#imou!se e perguntouF -7or que 3 que a &ola rola95eppo respondeuF -' &ola 3 lire. 8 a erdadeira li&erdade.-7or qu$9-7orque 3 redonda. :ola em toda parte, seja qual "or a dire(+o, liremente. >nconsciente, natural, automaticamente.Q@. igelas Certa e* um estudante perguntou ao mestre MoshuF ! 2estre, por "aor, o que 3 o 5atori9. Moshu respondeu!lheF ! erminaste a re"ei(+o9 ! 8 claro, mestre, terminei. ! Ent+o, ai laar tuas tigelasG Q. Kito =m dia, =m elho "oi isitar mestre :ToJan e disse!lheF ! Eu quisera pedir!os que "i*3sseis um Jito ^Cerimonia para cumprimento de uma promessa_ em minha inten(+o. 'ssisti R morte de muita gente ao meu redor. E tam&3m deerei morrer um dia. 7ortanto, por "aor, "a*ei um Jito para eu ier por muito tempo. ! 1e acordo. Ua*er um Jito para ier muito tempo n+o 3 di"ícil. 6uantos anos tendes9 ! 'penas oitenta. ! 'inda sois joem. 1i* um pro3r&io japon$s que at3 os cinqenta anos somos como crian(as e que, entre os setenta e os oitenta, precisamos amar. ! Concordo, "a*ei!me ent+o um &om JitoG ! 't3 que idade quereis ier9 ! 7ara mim, acho que &asta!me ier at3 os cem. ! %osso desejo, na erdade, n+o 3 muito grande. 7ara chegar aos cem anos, só os resta ier mais inte. /+o 3 um período t+o longo assim. E sendo o meu Jito muito e#ato, morrereis e#atamente aos cem anos. ; elho "icou com medoF ! /+o, n+oG Ua*ei que eu ia cento e cinqenta anosG ! 'tualmente, tendo atingido os oitenta, já ieste mais da metade do pra*o que desejais. ' escalada de uma montanha e#ige grande soma de es"or(os e tempo, mas a descida 3 rápida. ' partir de agora, ossos derradeiros setenta anos passar+o como um sonho. ! /esse caso, dai!me at3 tre*entos anosG :ToJan respondeuF ! Como o osso desejo 3 pequenoG 5omente tre*entos anosG 1i* um pro3r&io antigo que os grous iem mais de mil anos e as tartarugas de* mil. 5e animais podem ier tanto assim, como 3 que ós, um homem , desejais ier apenas tre*entos anosG ! udo isso 3 muito di"ícil...! tornou o elho, con"uso. ! 7ara quantos anos de ida podeis "a*er!me um Jito9 ! 6uer di*er, ent+o, que n+o quereis morrerG Eis aí uma atitude de todo em todo egoísta... ! replicou o
mestre. ! Bem, tem ra*+o....! respondeu o anci+o, constrangido. ! 'ssim sendo, o melhor 3 "a*er um Jito para n+o morrer. ! 5im, 3 claroG E pode ser9 Esse 3 o Jito que eu queroG ! o elho animou!se &astante. ! 8 muito caro, muito, muito caro, e lea muito tempo... ! /+o "a* mal. ! concordou o elho. 'juntou, ent+o, :ToJanF ! Come(aremos hoje cantando apenas o 2aJJa HannTa 5hingTo0 a seguir, todos os dias, ireis "a*er *a*en no templo. 7ronunciarei, ent+o, con"er$ncias em ossa inten(+o. 1essa maneira, de uma "orma suae e indireta, :ToJan "e* o elho homem dei#ar de se preocupar com o dia de sua morte e o condu*iu ao 1harma. @N. Ess$ncia /a China, haia um monge Zen, chamado mestre 1ori, que, por "a*er *a*en empoleirado num pinheiro pára!sol, "ora alcunhado de mestre /inho de 7assarinho =m poeta muito c3le&re, 5aJuraten, "oi isitá!lo e, ao $!lo "a*er *a*en, disse!lheF -omai cuidado, que isso 3 perigoso0 podereis, um dia, cair do pinheiroG-1e maneira nenhuma,- respondeu mestre 1ori. -%ós 3 que correis perigo de um dia cair.5aJuraten re"letiu. -Com e"eito, io dominado por pai#+o, 3 como &rincar com o raio-. E perguntou ao mestre ZenF -6ual 3 a erdadeira ess$ncia do &udismo92estre 1ori respondeuF -/+o "a(ais nada iolento, praticai somente o aquilo que 3 justo e equili&rado.-2as at3 uma crian(a de tr$s anos sa&e dissoG- e#clamou o poeta. -5im, mas 3 uma coisa di"ícil de ser praticada at3 mesmo por um elho de oitenta anos...- completou o mestre.
@<. 7erguntas do :ei 2ilinda 1urante uma conersa, o rei 2ilinda perguntou ao Bodhisatta /agasenaF ! 6ue 3 o 5amsara9 /agasena respondeuF ! ] grande rei, aqui nascemos e morremos, lá nascemos e morremos, depois nascemos de noo e de noo morremos, nascemos, morremos... ] grande rei, isso 3 5amsara. 1isse o reiF ! /+o compreendo0 por "aor, e#plicai!me com mais clare*a. /agasena replicouF ! 8 como o caro(o de manga que plantamos para comer!lhe o "ruto. 6uando a grande árore cresce e dá "rutos, as pessoas os comem para, em seguida, plantar os caro(os. E dos caro(os nasce uma grande mangueira, que dá "rutos. 1esse modo, a mangueira n+o tem "im. E assim, grande rei, que nascemos aqui, morremos ali, nascemos, morremos, nascemos, morremos. 4rande rei, isso 3 5amsara. Em outro 5utra, o rei 2ilinda pergunta aindaF ! 6ue 3 o que renasce no mundo seguinte ?1epois da morte.D :esponde /agasenaF ! 1epois da morte nascem o nome, o espírito e o corpo. ; rei perguntaF ! 8 o mesmo nome, o mesmo espírito e o mesmo corpo que nascem depois da morte9 ! /+o 3 o mesmo nome, o mesmo espirito e o mesmo corpo que nascem depois da morte. Esse nome, esse espírito e esse corpo criam a a(+o. 7ela a(+o, ou Karma, nascem outro nome, outro espírito e outro corpo.
@. Bonecos Eis aqui a história do monge Zen Hotan. Hotan ouia as prele()es de um mestre. /a estr3ia das palestras, a assist$ncia "oi numerosa mas, a pouco e pouco, nos dias seguinte, a sala se esa*iou0 at3 que, um dia, Hotan "icou só na sala com o mestre. E este lhe disseF
! /+o posso "a*er uma con"er$ncia só para ti0 de mais a mais, estou cansado. Hotan prometeu oltar no outro dia com muita gente. /esse dias 7or3m. oltou só. /+o o&stante, disse ao mestreF ! 7odeis "a*er a con"er$ncia hoje, porque eu trou#e numerosa companhiaG Hotan trou#eram &onequinhas, que espalhara pela sala. 1isse!lhe o mestreF ! 2as s+o apenas &onecasG ! Com e"eito, ! respondeu!lhe Hotan. ! mas todas as pessoas que aqui ieram n+o s+o mais do que &onecas, pois n+o compreendem pataina dos ossos ensinamentos. 5ó eu lhes compreendi a pro"unde*a e a erdade. 2esmo que muita gente tiesse indo, seriria t+o!somente de enchimento, decora(+o, a*io sem "undo.
@. %em... 2estre oJusan ?QI!@AD estaa sentado em *a*en R &eira do rio. 'i*inhando!se da margem, um discípulo gritou!lheF ! Bom dia, mestreG Como estais9 oJusan interrompeu o *a*en e, com o leque, "e* sinal ao discípuloF %em . . . em . . . G Seantou!se, deu meia!olta e pPs!se a ladear o rio, seguindo o curso da água... ; discípulo, nesse instante, e#perimentou o 5atori.
@I. ; 23dico e o Zen Kenso Kusuda, diretor de um hospital em /ihon&ashi, óquio, rece&eu um dia a isita de um elho amigo, tam&3m m3dico, que n+o ia ia há sete sete anos. -Como ai9-, perguntou Kusuda. -1ei#ei a medicina-, respondeu o amigo. -'h, sim9-/a erdade, agora eu pratico o Zen.-E o que 3 o Zen9-!! quis sa&er Kusuda. -8 di"ícil e#plicar...- !! hesitou o amigo. -E como 3 possíel entend$!lo, ent+o9-Bem, dee!se praticá!lo.-E como "a(o isso9-Em KoishiJaa, há uma sala de medita(+o dirigida pelo 2estre /an!>n. 5e quiser e#perimentar, á at3 lá./o dia seguinte Kusuda dirigiu!se R sala de medita(+o do 2estre /an!>n. 'o chegar, gritouF -Com licen(aG-6uem 39- responderam lá de dentro. =m elho de aspecto miseráel, que se aquecia junto a um "ogareiro pró#imo ao estí&ulo, dirigiu!se a ele. Kusuda entregou!lhe seu cart+o e o elho, após dar uma olhada, disse sorrindoF -;láGGG Ua* tempo que o senhor n+o apareceG-2as... 3 a primeira e* que enho aquiG- ! disse Kusuda, surpreso. -'h, sim9 8 a primeira e*9 Como está escrito X1iretor de hospitantrigado com as palaras de /an!>n, tr$s dias depois resoleu isitar noamente o elho 2estre. /an!>n atendeu!o noamente no %estí&ulo. -/oamente o senhor aqui9 ; que deseja9-
->nsisto para que o senhor me ensine a praticar o ZenG- ! disse Kusuda petulantemente. -;ra, nada tenho a acrescentar ao que já disse outro dia. %á em&ora e seja um &om m3dico-. E "echou a porta. 1ois ou tr$s dias depois, Kusuda noamente oltou a er o 2estre, pois a&solutamente n+o conseguira entender suas palaras. -;utra e* aqui9-Eu im porque n+o consegui entender suas palaras, por mais que pensasse so&re elas.-7ensando nas palaras 3 que o senhor n+o ai entender coisa nenhuma mesmoG- ! disse o elho monge. -Ent+o o que eu deo "a*er9- ! disse Kusuda, já quase desesperado. -7rocure perce&er por si, ora essaG 'gora, á em&ora.2as Kusuda desta e* *angou!se muito e respondeuF -7or tr$s e*es, em&ora tenha muitos a"a*eres, larguei tudo e im at3 aqui pedir!lhe para me ensinar o Zen e sempre o senhor me manda em&ora sem me dar o mínimo esclarecimentoG 6ue esp3cie de mestre 3 o senhor, a"inalG9G-'hG Uinalmente ele *angou!seG-, e#clamou o 2estre. -2as 3 E%>1E/EG-, desa&a"ou o m3dico. -Ent+o agora chega de palareado e seja educadoG Ua(a!me uma sauda(+o.Encarando "i#amente o elho monge, Kusuda reprimiu sua ontade de dar!lhe um soco na cara e inclinou!se em reer$ncia. ; 2estre ent+o condu*iu!o R sala de medita(+o e o ensinou a praticar *a*en. 'nos depois, Kusuda "inalmente entendeu porque o Zen tam&3m 3 cuidar & em dos doentes e es"or(ar!se para o &em de sua "amília.
@. Moshu e o 4rande Caminho Certa e*, um homem encontrou Moshu, que estaa atare"ado em limpar o pátio do mosteiro. Ueli* com a oportunidade de "alar com um grande 2estre, o homem, imaginando conseguir de Moshu respostas para a quest+o meta"ísica que lhe estaa atormentando, lhe perguntouF -;h, 2estreG 1iga!meF onde está o Caminho9Moshu, sem parar de arrer, respondeu solícitoF -; caminho passa ali "ora, depois da cerca.-2as,- replicou o homem meio con"uso, -eu n+o me re"iro a esse caminho.7arando seu tra&alho, o 2estre olhou!o e disseF -Ent+o de que caminho se trata9; outro disse, em tom místicoF -Ualo, mestre, do 4rande CaminhoG-'hhh, esseG- sorriu Moshu. -; grande caminho segue por ali at3 a Capital.E continuou a sua tare"a.
@A. 'penas uma estátua Certa e* an!hsia, monge da dinastia ang, "e* uma parada em Lerinji, na Capital, cansado e com muito "rio. Como era impossíel conseguir a&rigo e "ogo, e como era eidente que n+o so&reieria R noite, retirou em um antigo templo uma das imagens de madeira entroni*adas de Buddha, rachou!a e preparou com ela uma "ogueira, assim aquecendo!se. ; monge guardi+o de um templo mais noo pró#imo, ao chegar ao local de manh+ e er o que tinha acontecido, "icou estarrecido e e#clamouF -Como ousais queimar a sagrada imagem de Buddha9G9an!hsia olhou!o e depois come(ou a me#er nas cin*as, como se procurasse por algo, di*endoF -Estou recolhendo as 5ariras ?`D de Buddha...-2as,- disse o guardi+o con"uso -este 3 um peda(o de madeiraG Como podes encontrar 5ariras em um o&jeto de madeira9-/esse caso,- retorquiu o outro -sendo apenas uma estátua de madeira, posso queimar as duas outras imagens restantes9?`D 5ariras ! tais o&jetos s+o depósitos minerais ! como pequenas pedras ! que so&ram de alguns corpos
cremados, e que segundo a tradi(+o "oram encontrados após a crema(+o do corpo de 4autama Buddha, sendo considerados o&jetos sagrados. KoanF Em que parte de um o&jeto "ica o reerenciado 5agrado9
@Q. ; 2onge >ndi"erente =ma elha construiu uma ca&ana para um monge e o alimentou por inte anos, como "orma de adquirir m3ritos. Certo dia, como "orma de e#perimentar a sa&edoria adquirida pelo monge, a elha pediu R joem mulher que leaa ao monge o alimento todos os dias ?já que a elha senhora n+o podia mais "a*er o caminho com "req$nciaD o a&ra(asse. 'o chegar R ca&ana, a menina encontrou o monge em *a*en. Ela a&ra(ou!o e perguntou!lhe se gostaa dela. ; monge, "rio e indi"erente, disse de "orma duraF -8 como se uma árore seca estiesse a&ra(ada a uma "ria rocha. Está t+o "rio como o mais rigoroso inerno, n+o sinto nenhum calor. ' joem retornou, e disse o que o monge "e*. ' elha, irritadíssima, "oi at3 lá, e#pulsou o monge e queimou a ca&ana. Enquanto ele se a"astaa, ela gritouF -E eu, que passei inte anos sustentando um idiotaG@@. Baso e o /ari* Certo dia Baso passeaa em companhia de seu joem discípulo HTaJujP. ' certa altura do passeio, iram uma reoada de patos selagens. Baso perguntou ent+o a HTaJujPF -6ue 3 aquilo, HTaJujP9-5+o patos selagens, 2estre- ! disse o joem. -E para onde +o9-%+o!se em&ora, oando...- ! replicou HTaJujP, "itando o c3u, pensatio. Ent+o Baso agarrou o nari* de seu discípulo com toda a "or(a, dando um "orte pu#+o. HTaJujP gritouF -'aaaiGBaso e#clamouF -/V; U;:'2 E2B;:' C;>5' /E/H=2'G 'o ouir isso, HTaJujP o&tee o 5atori.
@. ; tesouro em casa =m dia, um joem chamado Lang Uu dei#ou sua "amília e lar para ir a 5*e!Chuan isitar o Bodhisatta Yu! Mi. Ele sonhou que junto Rquele mestre poderia encontrar um grande tesouro de sa&edoria. 6uando já se encontraa Rs portas da cidade, após uma longa iajem cheia de aenturas, encontrou um elho senhor. Este lhe perguntouF -;nde ais, joem9-%ou estudar com Yu!Mi, o Bodhisatta.- ! respondeu o rapa*. -Em e* de &uscar um Bodhisatta, 3 mais marailhoso encontrar Buddha.E#citado com a perspectia de encontrar o 4rande 2estre, disse Lang UuF -;hG 5a&es onde encontrá!lo9G-%oltes para casa agora mesmo. 6uando lá chegares, encontrarás uma pessoa usando uma manta e chinelos trocados, que lhe cumprimentará. Essa pessoa 3 o Buddha.; rapa* pensou, aterradoF -Como posso retornar agora, quando estou Rs portas do meu o&jetio9 Eu teria que con"iar muito no que este simples elho me di*-. Ent+o Lang Uu tee uma "orte intui(+o de que aquele simples homem R sua "rente era algu3m de grande sa&edoria. /um impulso, oltou!se para a estrada, sem jamais ter encontrado Yu!Mi. Ele retornou o mais rápido que pode, ansioso pe la ontade de encontrar Buddha. Chegou em casa tarde da noite, e sua amorosa m+e, em meio R alegria e pressa de a&ra(ar o "ilho que retornaa ao lar, co&riu!se de uma manta usada e cal(ou seus chinelos trocados. ;lhando para sua m+e desse modo, que inha sorrindo e pronta a a&ra(á!lo, Lang Uu atingiu o 5atori. Este era o maior tesouro. N. ; 2ist3rio do Zen Certa e*, Huang 5han!Ju perguntou ao mestre Hui!tXangF
-7or "aor, 2estre, diga!me qual 3 o signi"icado oculto do Buddhismo9; 2estre replicouF -Kung!*u ?Con"cioD disseF X7ensais que estou escondendo coisas, ó meus discípulos9 /a erdade, n+o escondo nada de oc$sX. ; Zen tam&3m n+o tem nada de oculto. ' %erdade já está reelada.-/+o enten...G- estaa di*endo o homem. 2as o mestre "e* um gesto de sil$ncio e disseF -/+o digas nadaGHuang 5han!Ju "icou con"uso. ; 2estre ent+o ergueu!se e conidou!o a seguí!lo at3 o sop3 de uma montanha. Eles caminharam em sil$ncio. Sá chegando, o 2estre perguntouF -5entes o suae aroma dos ciprestes9-5im,- disse o outro. -Como $s, tam&3m eu n+o escondo nada de ti.<. 5em 2otio Certo dia, tr$s amigos passeaam e iram um homem no cume de um pequeno monte, sentado. Curiosos so&re o que estaria o homem "a*endo, "oram at3 ele, usando a trilha na encosta. Chegando lá, o primeiro disseF -;lá, está esperando um amigo9-/+o...- ! respondeu o outro. ; segundo homem replicouF -Ent+o está respirando o ar puroG-/+o...- ! disse o estranho. ; terceiro amigo disseF -Má seiG %oc$ estaa passando e resoleu olhar este &elo cenário.-/+o, na erdade...- ! repetiu o homem. ;s tr$s amigos ent+o e#clamaram ao mesmo tempo, estupe"atosF -2as ent+o, o que "a* aqui9G; homem disse com um suae sorrisoF -'penas E5;= aqui.... ' 2orte de Buddha 'ssim eu ouiF Estaa o '&en(oado ! já adentrado em anos ! caminhando no Bosque de =paartana, em companhia de de seu dileto discípulo 'nanda, quando su&itamente sentiu!se "atigado. 1eitou!se um pouco para descansar, com 'nanda a seu lado. 'pós um tempo, sentiu!se melhor e leantou!se. =m pouco mais adiante na senda, o %eneráel oltou a parar, "atigado. Sogo após algum tempo em descanso, leantou!se. Ent+o, pela terceira e*, sentiu!se muito cansado, e 'nanda, a"lito, o ajudou a deitar!se R som&ra de uma árore. ; '&en(oado ent+o disse a seu discípuloF -Busque meus discípulos e reuna!os R minha olta, pois o athagata em &ree terá sua personalidade e#tinta.6uando os discípulos se assentaram, disse o Buddha muitas coisas sá&ias, e ent+o disse a 'nanda, mas "alaa para todo o 5anghaF -7reguei o 1harma sem limites entre o oculto e o reelado, pois no tocante R %erdade o athagata n+o tem nada que se assemelhe ao punho cerrado de um instrutor que oculta alguma coisa. -Má sou elho, 'nanda, tenho oitenta anos e termino meus caminhos e meus dias0 assim como uma elha carro(a que agamente roda na estrada, assim meu corpo se sustenta com muita "ragilidade. 2eu corpo só está &em quando mergulho no equilí&rio da medita(+o. -7or isso, monges, permanecei na 5enda, e assim deeis os guiar pelos 7receitos. 6ue o 1harma e as regras do 5angha sejam osso mestre quando eu partir0 e que o 5angha sai&a derrogar, se conier, os preceitos de pouca import[ncia. 5e conseguirdes guardar &em os 7receitos, disso resultará a Boa Sei. 5e n+o conseguirdes guardar de "orma correta o sentido dos 7receitos, ent+o seus pretensos atos de &eneol$ncia ser+o destituídos de m3ritos reais. -'ssim, pois, 'nanda, sede ossas próprias l[mpadas. 'poiai!os em ós mesmos e n+o em nenhum sustentáculo e#terno. 5ustentai!os apenas na %erdade. 6ue ela seja ossa &andeira e re"gio.1irigindo!se R assem&l3ia, perguntouF -5e ainda entre ós algu3m a&riga didas, que a e#ponha liremente, pois meu tempo de responder a todas as didas está encurtando. 'nanda disse, após um períodoF -Certamente, dentre os que aqui se encontram n+o há ningu3m que a&rigue didas ou receios acerca do Buddha, do 1harma e da 5enda.Ent+o o '&en(oado pro"eriu suas ltimas palarasF -1ecad$ncia 3 inerente a todas as coisas e#istentes, por3m o 1harma perdurará eternamente. Busquem com a"inco por sua li&erta(+o.-
/este momento o Buddha entrou em medita(+o, e e#pirou tranqilamente.
. ; 1harma Eterno =m dia um discípulo perguntou ao seu pro"essorF -2estre, todas as coisas e#istentes t$m de e#tinguir!se, mas há uma %erdade Eterna9-5im,- disse o mestre. E apontou para o jardimF -Ela 3 como as "lores do campo, que de t+o &elas parecem &rocados de pura seda0 como um riacho aparentemente imóel, mas que de "ato está "luindo suaemente para o oceano.I. ; %er+o Zen 'o terminar o %er+o, Lang!shan "e* uma isita a Kuei!shan, que lhe perguntouF -/+o os i por aqui todo o %er+o, o que "i*estes9Lang!shan replicouF -Estie cultiando um peda(o de terra e terminei de plantar umas sementes.-Ent+o,- comentou Kuei!shan, -n+o desperdi(astes o osso %er+o.7or sua e*, Lang!shan disseF -E ós, como passastes o %er+o9-=ma re"ei(+o por dia e um &om sono R noite,- argumentou o outro. -Ent+o,- "oi a e* de Lang!shan comentar, -n+o desperdi(astes o osso %er+o.KoanF Buscamos a %erdade longe, mas ela está sempre pró#ima de nós. . Como capturar o %a*io 5hin!Jung perguntou a um dos seus mais inteligentes mongesF -7odeis capturar o %a*io9-5im, senhor-, replicou ele. -2ostrai!me como "a*es,- pediu o mestre. ; monge a&riu os &ra(os e a(am&arcou o espa(o a*io. 5hin!Jung disseF -8 essa a maneira9 'pesar de tudo, n+o capturou coisa alguma.-Ent+o,- replicou o monge um tanto o"endido, -qual 3 o m3todo que usas9; mestre segurou o nari* do aluno e deu um "orte pu#+o. ; rapa* gritouF -'aiiiG Estás pu#ando com muita "or(aG Está me machucandoG; mestre replicouF -7er"eitoG Essa 3 a maneira de realmente capturar o %a*ioGA. ' 7edrinha no Bam&u Hsiang!Ten "ui discípulo de 7ai!chang. Era uma pessoa muito inteligente, e sempre con"iou na presun(+o de que se estudasse e a&soresse todo o conhecimento dos termos e te#tos &uddhistas, seria um entendedor do Zen. 'pós a morte de seu mestre, ele dirigiu!se a Kuei!shan ! que era o mais antigo discípulo de 7ai! chang ! para que este lhe orientasse. 2as Kuei!shan comentouF -5ou&e que estieste so& a orienta(+o de meu antigo mestre e "alaram!me de tua notáel intelig$ncia. entar compreender o &uddhismo atra3s deste meio lea geralmente a uma compreens+o analítica, que em si nada tem de til, mas que pode indiretamente lear o praticante a uma intui(+o do sentido Zen. 7or isso, eu lhe perguntoF como tu eras antes de teus pais terem lhe conce&ido9Hsiang!Ten "icou pasmo, sem sa&er o que di*er. 7ediu licen(a e "oi para seu quarto, e procurou em todos os te#tos e conceitos uma resposta para a estranha quest+o. /+o "oi capa*, e oltou ao outro monge. 7ediu! lhe para ensinar so&re o sentido do que quis di*er, e Kuei!shan perguntouF -5into muito, mas nada tenho a lhe dar. u sa&es mais do que eu, e se nós de&at$ssemos com certe*a eu "icaria em di"iculdades. udo o que eu lhe pudesse di*er pertence Rs minhas desco&ertas pessoais e jamais poderia ser teu.Hsiang!Ten "icou desapontado e achou que o monge mais elho lhe estaa escondendo algo deli&eradamente. :esoleu partir do templo, e &uscar o conhecimento atra3s dos liros e conceitos, pois achaa que na erdade o seu conhecimento n+o era su"iciente, e por isso o outro n+o quis lhe responder.
Uoi morar em um eremit3rio e passou a estudar com a"inco. 'pós ários anos, achando!se su"icientemente conhecedor dos conceitos &uddhistas, oltou a Kuei!shan. Este, quando ouiu suas doutas e#plica()es e sua solicita(+o por orienta(+o, apenas sorriu e nada disse. %irou!se e "oi em&ora. Hsiang!Ten "icou irritadíssimo. /aquele momento tomou uma decis+o, destruiu todos os seus te#tos e resoleu desistir dos estudos, ainda que já "osse um grande intelectual. Ele pensouF -6ual a utilidade de estudar o &uddhismo, se este 3 t+o sutil e se 3 t+o di"ícil rece&er instru()es de outrem9 5erei agora um simples monge praticante, e desisto de entender qualquer coisaG '&andonou o templo e suas cercanias, construiu uma ca&ana pró#ima R sepultura d e Chu, o 2estre /acional de /an!Tang, e passou a ier uma ida simples longe dos estudos e quest)es. Certo dia, estaa arrendo o ch+o de sua casa quando a assoura tocou numa pedrinha, que rolou e &ateu em um &am&u. Em meio ao sil$ncio, o som ecoou suaemente. 'o ouir este som, Hsiang!Ten e#perimentou o 5atori, e "inalmente compreendeu o que tinha lhe dito Kuei!shan. Ele ent+o ajoelhou!se e silenciosamente "e* uma reer$ncia de agradecimento ao sá&io monge.
Q. Compreendeis o Budismo9 =m monge perguntou a Hui!neng ?o 5e#to 7atriarca ZenDF -6uem herdou o espírito do 6uinto 7atriarca9Hui!neng respondeuF -'quele que compreende o Budismo.-eríeis ent+o ós herdado este espírito9- quis sa&er o monge. -/+o,- replicou o mestre. -Eu n+o o herdei.-7or que n+o9G9- o monge, naturalmente pasmo, perguntou ent+o. -7orque n+o compreendo o Budismo.- '"irmou Hui!neng. KoanF %ós compreendeis o Budismo9
@. 'l3m do %a*io Certa e* um monge perguntou a Si!chanF -5e todas as coisas se redu*em em ltima análise ao %a*io, este a qu$ se redu*irá9:espondeu o mestreF -2inha língua 3 curta demais para os e#plicar.-E por que ossa língua 3 t+o curta9- perguntou o monge, intrigado. -/o interior e no e#terior ela 3 da mesma a*ia nature*a.- 1isse o mestre. . ' 5á&ia >luminada 7erto do templo onde iia o mestre HaJuin, moraa uma joem com seu pai. 5eu nome era ;satsu, e em&ora segunda a tradi(+o japonesa ela estiesse em idade para casar, por mais que seu pai insistisse ela n+o queria "a*$!lo, pre"erindo estudar os 5utras. Certo dia, após ler um 5utra, atirou o liro para cima de uma mesa e sentou!se em cima dele, dando gostosas gargalhadas. 'ssustado, seu pai "oi er HaJuin em &usca de conselhos. ; mestre resoler ir "alar com a menina. 'o er HaJuin chegar ela sorriu e sentou!se R sua "rente. -1isseram!me que sentastes em cima de um 5utra-, perguntou o mestre. -5im,- respondeu a mulher, -pois sou mais digna de respeito do que um simples liro de sutras.HaJuin olhou!a e disseF -/esse caso 3 melhor ir para o templo e n+o mais "icar em casa.- ' partir deste dia ;satsu praticou o Zen so& a orienta(+o de HaJuin. 1epois de algum tempo, seguindo os conselhos do mestre, ela casou!se e tee "ilhos, ainda que continuasse a praticar o Zen. 6uando "icou mais elha, ela tee netos, os quais amaa muito. Má ent+o era considerada uma sá&ia mestra. =m dia aconteceu de um de seus joens netos adoecer e morrer. /o dia do "uneral, ;satsu a&ra(ou o esqui"e, e chorou muito. =m dos presentes, estranhando o "ato, disse!lheF -Ent+o, em&ora sejas >luminada pela 5a&edoria, so"res mais do que nós9-Eu amaa muito este meu netoG- disse simplesmente a sá&ia ;satsu, entre lágrimas.
KoanF ; sentimento jamais a&andona o sá&io. 6ual 3 o segredo do amor sem apegos9 n"erno9 =m homem perguntou ao mestre ZenF -;nde estará o senhor daqui a cem anos9-:enascido como um caalo ou um &urro-, respondeu o elho sá&io. -;hG-, e#clamou o homem , con"uso. -E depois disso9-:enascerei em um /araJa^<_-, declarou o mestre. -2as... o senhor 3 um homem &om e sá&io, por que tal coisa aconteceria9- perguntou o homem. -5e n+o renascer lá para ensinar o 1harma, quem o "ará9^<_ :egi+o de dem3rito Jármico, associada ao semita ->n"erno-. KoanF ; 1harma está em toda parte. ;nde tu estarás daqui a cem anos9 maginando que algo muito importante lhe seria reelado, o monge esperou impaciente o "im da prele(+o. 6uando todos saíram, ele perguntou ansiosoF -Ent+o, responder!me!ás agora9-5iga!me,- disse o mestre e leantou!se. Condu*iu o monge ao &elo jardim aos "undos do templo, apontou para o &osque de &am&us e disseF -Este &am&u 3 longo, aquele 3 curto.
KoanF ' mente Zen 3 a nutri(+o da erra. ' mente da erra 3 a nossa nutri(+o.
-2as,- replicou o praticante, -"a*emos isso sempreG >maginaa que o aper"ei(oamento signi"icasse algo mais pro"undo para um mestre.-; que achas que "a(o todos os dias9- retrucou o mestre. -' cada dia, &uscando o aper"ei(oamento, "a(o com cuidado e honestidade os atos comuns do cotidiano. /ada 3 mais pro"undo do que isso.sso 3 realmente misteriosoG- ! replicou outro. 1ois monges do templo ouiram os comentários e um deles simplesmente disseF -/+o há mist3rios no Zen. ; som que ouistes "oram de Lao!shan, rindo nas colinas. ; 5om da alegria *en 3 como a idaF n+o encontra "ronteiras, e 3 ouida por todos.
<<. >sso tam&3m passará =m praticante "oi at3 o seu pro"essor de medita(+o, tristemente, e disseF -2inha prática de medita(+o 3 horríelG ;u eu "ico distraído, ou minhas pernas doem muito, ou eu constantemente "ico com sono. 8 simplesmente horríelGGGG->sso passará,- o pro"essor disse suaemente. =ma semana depois, o estudante retornou ao seu pro"essor, eu"óricoF -2inha prática de medita(+o 3 marailhosaG Eu sinto!me t+o consciente, t+o pací"ico, t+o rela#ado, t+o ioG 8 simplesmente marailhosoGGGGG; mestre disse tranqilamenteF ->sso tam&3m passará.<<. ; :eal >maginário =m monge perguntou a Len!JuanF -6uem 3 realmente %airochana Buddha9-7or "aor,- replicou Len!Juan, -passe!me aquele jarro dXágua.; monge esticou o &ra(o, pegou o jarro e o colocou na "rente do outro. Len!Juan ent+o disseF -7ode recolocá!lo no lugar original, por "aor9; monge "e* isso, sem comentários. 'pós um momento ele perguntou noamente a Len!JuanF -6uem 3 realmente %airochana Buddha9; mestre respondeuF -' eneráel diindade estee aqui, mas já retornou ao seu lugar.<
-5im9 'o ouir essa resposta, o mestre noamente chamouF -Siang!suiG; monge disseF -7rontoG7ela terceira e* o mestre "alouF -Siang!suiG; discípulo, intrigado, replicouF -Estou aqui, mestre. 'pós uma pausa sem nada di*er, o sá&io e#clamou para seu alunoF -6u+o tolo tu 3sG 'o ouir isso Siang!sui tee o 5atori, e a"irmouF -2estre, já n+o mais me engano. 5e n+o tiesse &uscado a ós como mestre, eu teria sido leado miseraelmente, durante toda minha ida, a permanecer preso aos sutras e aos sastrasG2ais tarde, alguns companheiros de Siang!sui perguntaram!lheF -; que sa&es so&re a "iloso"ia de Buddha9Siang!sui respondeuF -udo o que sa&eis eu tam&3m sei. 2as o que sei nenhum de ós sa&eis.<<. 2ente e /+o!2ente =m monge perguntou a a!chuF -5+o as palaras a 2ente9-/+o, as palaras s+o condi()es e#ternas. Elas n+o s+o a 2ente,- disse o mestre. -Ent+o onde, "ora das condi()es e#ternas, podemos encontrar a 2ente9-/+o há 2ente al3m das palaras,- declarou o sá&io. -/+o haendo 2ente independente das palaras, o que 3 a"inal a 2ente9- perguntou o monge, con"uso. -' 2ente 3 sem "orma e sem imagens. Em erdade, ela nem depende nem 3 independente das palaras. 8 eternamente serena e lire em seu moimento.KoanF ;nde está a sua 2ente9 <
/an!ChXuan apareceu e disse, num tom entristecidoF -Esti3sseis aqui na ocasi+o e teríeis sido capa* de salar aquele gatinho.KoanF ; que 3 -possuir-9 <<@. ; Corajoso 4eneral Haia um certo general chin$s, que em &atalha liderou seus homens com coragem e destemida "or(a. /ada podia leá!lo a sentir medo, pois sua conic(+o era ina&aláel. Certo dia ele estaa em casa, tomando chá usando sua mais adorada relíquia, uma &ela #ícara de porcelana "inamente decorada. Ele era pro"undamente apegado Rquela pe(a, e a estimaa muito. 6uando "e* o gesto de colocá!la na mesa sua m+o acilou e a #ícara come(ou a cair ao ch+o. erri"icado com o temor de que a pe(a se que&rasse, o general lan(ou!se ao ch+o e no ltimo momento conseguiu pegá!la. 'inda tenso, tremendo e suando "rio, o general pensouF -Siderei homens em terríeis guerras e passei por momentos assustadores na ida sem jamais acilarG Como 3 possíel que eu sentisse tanto temor por causa de um pequeno o&jeto de porcelana9G9Ent+o o general perce&eu plenamente a nature*a de seu apego na ida. /este momento, largou a #ícara ao ch+o, oltou!se para uma ida ida contemplatia e a&andonou a iol$ncia e a pai#+o ignorantes. <<. ; Cego e a Santerna 6uando saía da casa de um amigo tarde da noite, um homem cego rece&eu deste uma lanterna. ; cego disse, surpresoF -5ou cego. 1e que me ale lear uma lanterna9-5ei disso, mas como ais caminhar no escuro, a lanterna eitará que outras pessoas es&arrem em ós,disse o solícito amigo, acendendo a ela dentro da lanterna. ; homem partiu leantando a lanterna R sua "rente. Con"iante no "ato de que ela eitaria acidentes com outras pessoas, ele caminhou sem medo ou relut[ncia ao longo da estrada. /unca ele se sentiu t+o con"iante, sa&endo que a lanterna era um e"iciente aiso de sua presen(a no caminho. Entretanto, para sua completa surpresa, de repente algu3m es&arra "ortemente nele, que cai ao ch+o. >rritado com isso, o cego gritaF -/+o podeis er uma lanterna apro#imando!se9G Com certe*a 3s mais cego do que euGGGG2as o outro homem disse con"usoF -2as como poderia ter isto uma lanterna apagada nesta noite escura9odo aquele tempo o cego carregaa a lanterna inutilmente, pois a ento tinha apagado a ela há muito... <N. 7er"ei(+o Certo dia um 2estre "alaa para seus alunos so&re a nature*a da 7er"ei(+o. =m dos discípulos, c3ptico quanto a possi&ilidade de poder realmente algo chegar R per"ei(+o concretamente e incapa* de compreender o sentido do que o 2estre "alaa, o&serou pró#imo ao grupo um cesto de ma(+s e disse ironicamenteF -2estre, "iquei "ascinado com sua e#plica(+o so&re a 7er"ei(+o. 7oderia o senhor, para ilustrar o que aca&ou de di*er, me dar uma ma(+ per"eita9; 2estre calmamente olhou dentro da cesta, retirou uma ma(+ e entregou ao aluno. 7egando!a, este iu que a "ruta estaa com uma parte podre num dos lados. ;lhou para o pro"essor e disse arroganteF -Essa 3 a per"ei(+o de que "ala9 Esta ma(+ tem uma parte podreG-5im,- replicou o 2estre. -2as para teu níel de compreens+o e discernimento, esta ma(+ podre 3 o má#imo de ma(+ per"eita que poderás o&ter...<<. 5alar %idas Haia um m3dico na antiga China, cujo tra&alho era cuidar dos soldados nas &atalhas. Entretanto a angstia de er as atrocidades da guerra, e o "ato de que sua "un(+o como m3dico parecia intil, pois sempre que curaa um soldado este oltaa R guerra e eentualmente morria, "e* com que ele pensasseF -5e o destino de todas as pessoas 3 morrer, por que deo eu &uscar salar idas9 5e minha medicina tem realmente alor, por que estes homens, após serem curados, oltam a &uscar a morte95em conseguir encontrar uma resposta, o m3dico a&andonou sua pro"iss+o e "oi Rs montanhas procurar um sá&io mestre Zen. 'pós meses de prática, ele "inalmente compreendeu seu dilema. '"astou!se de seu retiro e oltou R cidade. 6uando lá chegou, um amigo seu cumprimentou!o pela sua olta e disseF -6ue "elicidade $!lo de olta. Encontrou a resposta para sua dida9-
-1esco&ri que todo este tempo "i* a pergunta errada. /+o sou m3dico porque &usco salar idas0 sou m3dico porque a %ida merece ser perpetuada o mais possíel. ; m3dico n+o sala a ida de outrem0 ele apenas ajuda a perpetuar a %ida =niersal ?o aoD em cada ser que &usca curar. 7ois a ida de cada ser 3 uma só %ida, e cada e* que curo algu3m, mantenho o ao em perp3tuo e marailhoso moimento.-
<. ;lhando da 2aneira Correta Haia em uma aldeia uma elha chamada -mulher chorosa- pois todos os dias, choendo ou "a*endo sol, ela sempre estaa chorando. Ela endia &olinhos na rua, e um monge sempre passaa por ela quando ia ao grande templo para os ritos. =m dia, curioso, ele lhe perguntouF -5empre que passo, seja em &elos dias ensolarados, seja em suaes dias chuosos, ejo a senhora chorando. 7or que isso acontece9-enho dois "ilhos,- ela respondeu, -=m "a* delicadas sandálias, o outro guarda!chuas. 6uando "a* sol, penso que ningu3m comprará os guarda!chuas de meu "ilho, e ele e sua "amília +o passar necessidades. 6uando choe, penso no meu "ilho que "a* sandálias, e que ningu3m ai comprá!las. Ent+o ele tam&3m ai ter di"iculdade para sustentar sua "amília.; monge sorriu e disseF -2as... a senhora deeria er as coisas de "orma correta. %ejaF quando o sol &rilha, seu "ilho que "a* sandálias enderá muito, e isso 3 muito &omG 6uando choe, seu "ilho que "a* guarda!chuas enderá muito, e isso 3 tam&3m muito &omG ' elha olhou!o com alegria e e#clamouF -em ra*+oG1esde ent+o a elha passa todos os dias, choendo ou "a*endo sol, sorrindo "eli*.
<. udo 2orre 6uando era joem, o ent+o monge >JJTu e seu irm+o estaam arrumando o quarto de seu mestre, e num acidente o irm+o que&rou a tigela da cerimPnia do chá "aorita do sá&io pro"essor. 'm&os "icaram assustados, pois a tigela era muito estimada pelo mestre, pois "oi um presente do imperador. Entretanto, >JJTu disse ao irm+oF -/+o se preocupe. 5ei como a&ordar a quest+o com nosso mestreGMuntou os peda(os de cer[mica, escondeu!os no manto, saiu para o jardim do templo e sentou!se a esperar pelo elho sá&io. 6uando este se apro#imou, >JJTu propPs!lhe um 2ondo ?uma seq$ncia de perguntas e respostasDF -2estre, 3 dito que todos os seres e todas as coisas no =nierso est+o "adadas a morrer9-5im,- respondeu o 2estre, -o próprio Buddha assim a"irmou, e tal conceito 3 inegáelF todas as coisas t$m de perecer.-5endo assim, deemos compreender a nature*a da imperman$ncia, e superar o so"rimento ignorante pelas perdas que s+o, a"inal, relatias e ineitáeis.-Com certe*a, tal compreens+o "a* parte do caminho corretoG- disse o mestre "eli* pela sagacidade de seu joem discípulo. /este momento, >JJTu retirou os cacos de sua manga, pousou!os R "r ente do mestre e disseF -2estre, sua querida #ícara de chá morreu...E saiu ligeiro da presen(a do surpreso sá&io... <I. ; 6ue 2ais9 =m monge perguntou ao mestreF -Ua* muito tempo que enho a ós diariamente, a "im de ser instruído no santo caminho de Buddha, mas at3 hoje jamais ós me destes nenhuma palara a este respeito. Eu os imploro, mestre, sejais mais caridoso.; elho mestre olhou!o com surpresaF -; que quereis di*er com isso, meu rapa*9 odas as manh+s ós me saudais saudais e eu os respondo. 6uando me tra*eis uma #ícara de chá, eu a aceito, agrade(o!os e me delicio com ossa solicitude. ; que mais desejais que eu lhe ensine9-
<. 'legria
; monge 5hou!duan era muito diligente, mas n+o tinha senso de humor. 7raticaa o Zen de "orma rígida e moralista, e era incapa* de se guiar pela alegria. =m dia seu mestre Lang!Ji perguntouF -6uem "oi seu mestre anterior9-; monge Chaling Lu-, respondeu o outro. -;ui di*er que ele o&tee o 5atori quando escorregou de uma ponte e caiu na água, e at3 mesmo chegou a escreer um poema so&re isso, n+o "oi assim9-5im,- replicou 5hou!duan, -e eu ainda ainda me lem&ro do poemaF enho uma p3rola &rilhante 6ue por muito tempo estee o&scurecida pelo pó0 'gora o pó se "oi E o &rilho oltou >luminando os rios e as colinas.;uindo isso, o mestre Lang!Ji caiu na gargalhada, rindo sem parar. ; monge 5hou!duan "icou pasmo. /+o entendeu o porqu$ de tanta alegria. /aquela noite "oi incapa* de dormir, pensando no que poderia ter sido engra(ado naquilo tudo. /o dia seguinte "oi R presen(a do mestre e lhe perguntouF -2estre, por que riste tanto ao ouir o poema que recitei ontem9 /+o entendo o que pode ser t+o engra(adoG-;ntem um palha(o estee aqui, apresentando!se numa pantomima. %ós lem&rais disso9-5im, lem&ro!me.-7ois há um aspecto nele que 3 completamente superior ao osso espírito.>ntrigado, o monge replicouF -E o que um palha(o possui de mais pro"undo do que eu9-Ele gosta que as pessoa riam, e ós tendes medo quando elas riem...;uindo isso, o monge o&tee o 5atori. <A. /+o Conhe(o ítulos =m dia, o grande general KitagaJi "oi isitar seu elho amigo, o superior do templo o"uJu. 'o chegar, disse a um noi(o de "orma algo desdenhosa como comumente se dirigia Rs pessoas que consideraa seus su&ordinados no e#3rcitoF -1iga ao 2estre que o grande general KitagaJi está aqui.; noi(o "oi ao seu mestre e disseF -2estre, o 4rande 4eneral KitagaJi está aqui.; mestre respondeuF -/+o conhe(o 4randes 4enerais.; noi(o oltou R presen(a do militar com o recado enquanto o elho sá&io o&seraa do pórticoF -1esculpe, o mestre n+o pode $!lo. Ele n+o conhece nenhum 4rande 4eneral.; 4eneral inicialmente "icou surpreso, depois indignado, e "inalmente compreendeu. Humildemente disse ao noi(oF -1esculpe minha arrog[ncia. 7or "aor, diga!lhe que KitagaJi deseja $!lo.; monge assim o "e*. Sogo, o mestre apro#imou!se com um sorriso e cumprimentouF -'h, KitagaJiG Há quanto tempoG 7or "aor, entre.<Q. ' %aca Zen 5hih!Jung, um dia, tra&alhaa na co*inha quando 2a!tsu apro#imou!se e perguntou o que "a*ia. -Estou cuidando da %aca, -disse o outro, enquanto laaa os pratos. -Como cuidais da aca9- desejou sa&er o mestre. -5e ela se a"asta da 5enda, eu pu#o!a de olta pelo "ocinho. /+o posso me distrair nem um minutoGComentou 2a!tsuF -5a&eis realmente cuidar dela.<@. /ada 3 1esperdi(ado Certo dia, o mestre Li!shan tomaa &anho, mas a água estaa muito quente. Ele pediu ent+o ao seu discípulo que trou#esse água "ria. ; discípulo encheu um &alde e "oi despejando!o deagar na tina de &anho, e em determinado momento o mestre disseF -Está &om, o&rigado. ' quentura "oi diminuída e agora está muito agradáel.Como so&rou um pouco de água no &alde, o noi(o simplesmente irou!se e jogou a água no ch+o, perto da tina. ; mestre ao er isso gritou para o outro mongeF -7or que "i*estes tal estupide*9G udo tem utilidade. 7or que desperdi(ou a água9 7oderia t$!la despejado
so& uma planta ou árore, onde poderia ser tilG ;u ent+o por que n+o a jogou num canteiro de "lores9 /unca se esque(aF n+o deemos desperdi(ar nem mesmo uma gota de água, nem uma "olha de gramaGG -udo neste mundo 3 alioso.;uindo isso, o monge noi(o compreendeu o signi"icado da ida. 1esde ent+o ele "icou conhecido como -4ota 1Xágua-. <. 1ar e :ece&er =m pro"essor de Zen, após anos como orientador de um aluno particularmente sensíel e sá&io, resoleu lhe dar um presenteF -Estou "icando elho, em &ree morrerei. 7ara sim&oli*ar sua sucess+o a mim como mestre ou lhe dar este liro aliosíssimo.; discípulo, entretanto, n+o estaa interessado em lirosF -/+o 3 necessário, o&rigado, mestre. Eu aceitei o seu ensinamento como o Zen que prescinde a palara escrita. 4osto de sua "ace original. Uique com seu precioso liro.; pro"essor insistiu, e a"irmou, orgulhosoF -Este liro atraessou sete gera()es, 3 uma relíquiaG 7or "aor, "ique com ele como um sím&olo de sua aceita(+o do manto e da tigelaG; outro apenas disseF -Está &em, d$!me o liro. 'o rece&$!lo, o discípulo simplesmente atirou o liro no "ogo pró#imo, queimando! o. ; pro"essor "icou chocado. 4ritou para o aluno, indignadoF -Como pPde "a*er isso9G Era uma pe(a inestimáel de conhecimentoGUoi a e* do sá&io discípulo "icar indignadoF -Como podes dar mais alor a papel e couro do que Rquilo que me ensinastes diretamente, de "orma pura9 Ensinar uma sa&edoria que n+o se pode praticar 3 como agir sem cora(+o, e n+o ser nada mais do que um repetidor de te#tos sagrados. u me deste um o&jeto, e eu usu"rui dele como considerei adequado. Como podes "icar indignado com um simples Xdar e rece&erX9KoanF ; que 3 -possuir-9 <N. ; >ntelectual e as respostas Zen Certa e* ao!Jang, um intelectual &udista e estudioso do %ijaptimara ?idealismo a&solutoD, apro#imou!se de um mestre Zen e perguntouF -Com que atitude mental dee um indiíduo disciplinar!se para alcan(ar a %erdade9:espondeu o mestre ZenF -/+o há nenhuma mente a ser disciplinada, nem qualquer erdade na qual nós deemos nos disciplinar.:eplicou o intelectualF -5e n+o há nenhuma mente para ser controlada e nenhuma %erdade para ser ensinada, por que os reunis todos os dias aos monges9 5e n+o tenho língua, como será possíel aconselhar a outrem a irem at3 mim9-Eu n+o possuo nem uma polegada de espa(o para dar, portanto onde posso conseguir uma reuni+o de monges9 Eu n+o possuo língua, como posso aconselhar a outrem irem a mim9- respondeu o mestre. ; >ntelectual ent+o e#clamouF -Como podeis pro"erir uma tal mentira na minha caraG9GG-5e n+o tenho língua,- retorquiu o mestre, -para aconselhar os outros como 3 possíel pregar uma mentira91esesperado em con"us+o, disse ao!JangF -/V; 7;55; 5E4=>: %;55; :'C>;CÍ/>;GGG-/em eu tampouco...- concluiu o mestre. <<. /+o ;uso 1i*er 7ai!chang ?QN!@
-/+o 3 nem 2ente, nem Buddha, nem 2at3ria.<. 6uer Chá9 Chao!chou perguntou a um monge rec3m!chegado a seu mosteiroF -Má estiestes antes aqui9-5im, senhor,- respondeu o monge, -já estie no er+o passado.-'hG Ent+o entre e tome uma #ícara de chá,- disse o mestre, "eli*. ;utro dia, apareceu um noo rec3m!chegado. Chao!chou lhe perguntouF -Má estiestes antes aqui9-Eu jamais estie aqui, mestre.-'hG- e#clamou o sá&io, "eli*, -Ent+o entre e tome uma #ícara de chá.>nju, o monge que administraa o templo, testemunhou am&os os eentos. 1isse ent+o para Chao!chou, intrigadoF -7or que sempre "a*eis o mesmo o"erecimento, qualquer que seja a resposta do monge9; mestre su&itamente gritou!lheF ->/M=GGG; outro assustou!se e disse, apreensioF -5imG ; que houe9GChao!chou completouF -Entre e tome uma #ícara de chá.KoanF 6uer chá9 <. 7oeira ; sal+o de medita(+o ?*endoD iia empoeirado, e Chao!chou costumaa arr$!lo, assim como ao pátio em "rente. Certa e* perguntaram a Chao!chouF -7or que, mestre, este santo *endo está sempre atraindo tanta poeira9Chao!chou e#clamouF -;h, ejaG 'li está outro gr+o de poeiraGG<I. Carro(a =m >mperador, sa&endo que um grande sá&io Zen estaa Rs portas de seu palácio, "oi at3 ele para "a*er uma importante perguntaF -2estre, onde está o Eu9; mestre ent+o pediu!lheF -7or "aor traga!me aquela carro(a que está lá. ' carro(a "oi tra*ida. ; sá&io perguntouF -; que 3 isso9-=ma carro(a, 3 claro,- respondeu o >mperador. ; mestre pediu que retirasse os caalos que pu#aam a carro(a. Ent+o disseF -;s caalos s+o a carro(a9-/+o.; mestre pediu que as rodas "ossem retiradas. -'s rodas s+o a carro(a9-/+o, mestre.; mestre pediu que retirassem os assentos. -;s assentos s+o a carro(a9-/+o, eles n+o s+o a carro(a.Uinalmente apontou para o ei#o e "alouF -; ei#o 3 a carro(a9-/+o, mestre, n+o s+o.Ent+o o sá&io concluiuF -1a mesma "orma que a carro(a, o Eu n+o pode ser de"inido por suas partes. ; Eu n+o está aqui, n+o está lá. ; Eu n+o se encontra em parte alguma. Ele n+o e#iste. E n+o e#istindo, ele e#iste.1ito isso, ele come(ou a se a"astar do surpreso monarca. 6uando estaa já a"astado, oltou!se e perguntou!lheF
-;nde Eu estou9<. Uudaishi e a e#plica(+o do 5utra do 1iamante ; 2estre Uudaishi "oi conidado pelo imperador Yu, de Siao, para "a*er uma prele(+o so&re o "amoso 5utra do 1iamante. /o palácio estaam o >mperador, seus ministros e mandarins, todos solenemente aguardando a presen(a do 2estre no sal+o principal. 'o chegar, Uudaishi su&iu ao plpito, e o&serou por alguns momentos atentamente os presentes. 1epois ergueu o &ast+o, deu uma pancada com ele com toda a "or(a no ch+o e retirou!se. ; >mperador "icou pasmo. =m de seus ministros perguntou!lheF -%ossa 2ajestade, entendeu9-/+o entendi nada, na erdadeG- oleu o surpreso monarca. 5eu ministro ent+o e#plicouF -; 2estre já e#plicou tudo o que poderia e#plicar so&re o %ajracchedhiJa 5utra...<A. ; C+o Zen =m monge perguntou a Chao!chouF -2estre, um c+o possui a nature*a de Buddha9Chao!chou respondeuF -YuG<Q. 7ai!chang e a :aposa odas as e*es que 7ai!chang ?HTaJujoD "a*ia prele()es so&re o Zen um elho homem as assistia, desperce&ido pelos monges. 'o "inal de cada palestra, ele partia junto com os monges. 2as um dia ele permaneceu após a partida de todos, e 7ai!chang perguntou!lheF -6uem sois ós9; elho respondeuF -/+o sou um ser humano, mas eu era um homem quando o Buddha KashTapa pregou neste mundo. Eu era um mestre Zen e iia nestas montanhas. /aquela 3poca um dos meus estudantes me perguntou se um homem iluminado 3 sujeito R lei da Causalidade. Eu lhe respondiF X; homem iluminado n+o 3 sujeito R lei da causalidade.X 1eido a esta resposta eidenciar um apego R um conceito a&soluto eu tornei!me uma raposa por quinhentos renascimentos, e eu ainda estou renascendo como raposa. 7odeis ós me resgatar desta condi(+o com suas palaras e assim li&erar!me de um corpo de raposa9 7or "aor, respondeisF Está o homem iluminado sujeito R lei da causalidade97ai!chang disseF -; homem iluminado 3 uno com a lei da causalidade-. 'o ouir as palaras de 7ai!chang o elho atingiu o 5atori. -Estou emancipado,- ele disse, prestando homenagem ao mestre com uma pro"unda inclina(+o. -/+o sou mais uma raposa, mas eu deo dei#ar meu corpo em meu local de resid$ncia atrás desta montanha. 7or "aor, pe(o!os que reali*eis meu "uneral na condi(+o de um monge.- E ent+o desapareceu. /o dia seguinte 7ai!chang deu uma ordem por interm3dio do monge!principal para que se preparasse um "uneral para um monge. -2as ningu3m está mori&undo no hospital,- questionaram os monges. -; que o mestre pretende9 'pós o jantar 7ai!chang liderou os monges para "ora do templo e em to rno da montanha. Em uma caerna ele e seu grupo de monges retiraram o cadáer de uma raposa e ent+o reali*aram o rito "uneral de crema(+o. /aquela noite 7ai!chang "alou para seus monges e contou!lhes a estória so&re a lei da causalidade. Huang!po ?;&aJuD, após ouir a estória, perguntou ousadamente a 7ai!changF -Eu entendo que há muito tempo atrás, deido a uma certa pessoa ter dado uma resposta Zen errada ela tornou!se uma raposa por quinhentos renascimentos. 2as eu perguntariaF se algum mestre atual "or questionado muitas e*es so&re árias perguntas, e se ele sempre desse respostas certas, o que lhe aconteceria97ai!chang disseF -'pro#ime!se e eu lhe direi.;&aJu apro#imou!se e deu rapidamente um tapa na "ace do mestre, porque perce&eu "acilmente que essa seria a resposta que 7ai!chang pretendia lhe dar. 7ai!chang &ateu palmas e riu muito diante do discernimento do outro, e disse simplesmenteF -Eu sempre imaginei que um 7ersa tiesse &ar&a ermelha, e agora eu conhe(o um 7ersa que possui mesmo uma &ar&a ermelha.-
<@. ; Koan do 4alho Certa e*, KTogen disse o seguinteF -Zen 3 como um homem pendurado num alto galho de árore pelos dentes, so&re um precipício. 5uas m+os n+o podem alcan(ar o galho, seus p3s n+o podem se apoiar em outro ramo. =m homem so& a árore lhe perguntaF X7or que Bodhidharma eio para a China da Índia9X. -5e o homem na árore n+o responder, ele "alha0 e se ele o "i*er, ele cairá e perderá a ida. -'ssim eu lhes perguntoF ; que dee este homem "a*er9<. ; Koan da :oda 4etsuan disse aos seus estudantesF -Keichu, o primeiro mestre!construtor de rodas da China, "e* duas rodas com N. raios em cada. 'gora, suponham que oc$s remoam o cu&o do centro da roda, que une os raios. ; que aconteceria com a roda9 E se o próprio Keichu "i*esse isso, poderia ele ser chamado de mestre!construtor de rodas9
KoanF 5a&eis reconhecer a Si&erdade9 luminado 5hogen perguntouF -7or que o homem >luminado n+o se ergue e e#plica sua nature*a9E ent+o completouF -/a erdade, n+o 3 necessário que as palaras enham da língua...<N. Esterco 5eco =m monge perguntou a Lun!men ?=mmon 9 ! AADF -; que 3 o 1harma!Buddha9Lun!men respondeuF -Esterco s$co.<<. KashTapa e a 7rimeira :esposta Zen 'nanda perguntou a KashTapaF -'pós o 1iscurso da Ulor, Buddha deu!os o manto dourado da sucess+o. ; que mais os destes o '&en(oado9KashTapa gritou!lhe su&itamenteF -'nandaG 'nanda respondeu, surpresoF -5im, irm+oGKashTapa disse suaementeF -8 tarde. Má podeis descer do mastro minha "l[mula e colocar a sua.<. /+o 7ense Bem, /+o 7ense 2al 6uando atingiu a ilumina(+o completa o se#to 7atriarca ?Hui!/engD rece&eu do quinto 7atriarca ?Hung!MenD o manto e a tigela, sim&ólicos da sucess+o de grandes mestres a partir de 4autama Buddha, gera(+o após gera(+o. ; monge!che"e do templo chamado Min!shu, cheio de rancor, perseguiu Hui!neng com a inten(+o de retirar! lhe estes tesouros. ; 5e#to 7atriarca colocou o manto e a tigela so&re uma pedra ao lado da estrada e disse a Min!shuF -Estes o&jetos apenas sim&oli*am uma cren(a. /+o há motios para se &rigar por eles. 5e desejais possuí! los, tome!os agora.6uando Min!shu tentou erger os o&jetos eles pareceram!lhe t+o pesados como uma montanha. Ele n+o pode tomá!los. remendo de ergonha ele disseF -Eu im em &usca de esclarecimento, e n+o de tesouros materiais. 7or "aor, ensinai!me.; 5e#to 7atriarca disseF -6uando ós n+o pensais no -Bem- e quando ós n+o pensais no -2al-, em qual momento está ossa erdadeira nature*a9 'o ouir tais palaras Min!shu atingiu o 5atori. 5uor escorreu de todo seu corpo. Ele gritou e "e* uma reer$ncia, di*endoF -%ós me destes as secretas palaras e os secretos signi"icados. Há ainda alguma parte mais pro"unda de osso ensinamento9Hui!neng disseF -; que os disse n+o 3 um segredo, em erdade. 6uando compreendes osso erdadeiro Eu o segredo já ent+o lhe pertence.Min!shu disseF -Estie so& a orienta(+o do quinto patriarca por muitos anos mas n+o pude compreender meu erdadeiro Eu at3 agora. 'tra3s de osso ensinamento eu atingi a "onte. =ma pessoa &e&e água e sa&e por si mesma se esta 3 "ria ou quente. 7osso lhe considerar meu mestre9Hui!neng replicouF -Estudamos am&os so& o mesmo quinto patriarca. Continue chamando!o seu mestre, mas apenas guarde em si o que ós mesmos reali*astes.-
<. 5em 7alaras, 5em 5il$ncios =m monge perguntou a UuJetsuF -5em "alar, sem silenciar, como ós podeis e#pressar a %erdade9UuJetsu replicouF -Eu sempre me lem&ro das primaeras no sul da China. China. ;s pássaros cantam por entre as inumeráeis esp3cies de &elas e cheirosas "lores...<I. 7regando do erceiro 'ssento Em um sonho KTo*en "oi R erra 7ura de 2aitreTa. Ele se iu lá sentado no terceiro assento no estrado de 2aitreTa. 'lgu3m ent+o anunciouF -Hoje aquele que está assentado no terceiro trono irá "a*er a ;ra(+oGKTo*en leantou!se e &atendo no martelo, disseF -' erdade do ensinamento 2ahaTana 3 transcendente, al3m das palaras e dos pensamentosG %ós me compreendeis9<. -Eu sou 1esperto6uando Buddha atingiu a 5uprema >lumina(+o, di* uma lenda que algu3m lhe perguntouF -%ós sois um 1eus9-/+o,- ele disse. -%ós sois um santo9-/+o-Ent+o quem sois ós9Ele ent+o disseF -Eu sou 1esperto.<A. ' coners+o de =pali =pali era um dos principais seguidores leigos do mestre Maina 2ahaira, contempor[neo de Buddha. 1eido a sua intelig$ncia, =pali "requentemente aparecia em p&lico para de&ater em prol do Mainismo. Certa e* =pali, &uscando esclarecer os princípios do pensamento Maina, enoleu!se em um de&ate com o Buddha. 'o "im do de&ate, =pali "icou t+o impressionado com os ensinamentos de Buddha que aca&ou por solicitar se tornar um seguidor do >luminadoF -%eneráel 5enhor, por "aor aceitai!me como um osso seguidorG- ele pediu. 2as Buddha ponderouF -=pali, ós estais so& a in"lu$ncia de suas emo()es. %oltai para o seio de seu mestre, e reconsidere cuidadosamente sua decis+o antes de me solicitar ossa inclus+o no 5angha noamente.=pali "icou ent+o ainda mais impressionado e disse,-5e "osse qualquer outro guru, terias com certe*a conocado uma parada para anunciarF X; maior dos discípulos leigos de 2ahaira tornou!se o 2E= seguidorGX. 2as ós, %eneráel 5enhor, me "alastes so&re pondera(+o e cautela re"le#ia, para que eu reconsidere o meu ato. 'gora eu desejo ainda mais ser seu seguidor. /+o me erguerei daqui at3 ós me aceitares.Uinalmente, Buddha concordou em aceitar =pali, so& uma condi(+oF -=pali, como um Maina, ós sempre destes proentos aos monges Mainistas. 6uando os tornares meu seguidor, ós irás continuar a dar!lhes apoio e proentos. Esta 3 minha condi(+o.=pali aceitou tal condi(+o. 2ais tarde ele tornou!se um dos principais discípulos de Buddha. =pali 3 considerado aquele que compilou os %inaTa, ou as regras para os monges. <Q. 1ois 2onges Erguem a Cortina
Hogen, do 2osteiro 5eirTo, estaa em ias de dar sua palestra antes do jantar quando perce&eu que a cortina de &am&u, a&ai#ada para a se(+o de medita(+o, n+o tinha sido leantada. Ele apontou para ela, sem "alar. 1ois monges leantaram!se da audi$ncia e juntos a leantaram. Hogen, o&serando o momento concreto, disseF -;s gestos do primeiro monge s+o corretos, mas n+o os do segundo.<@. Buddha 3 esta 2ente 1ai&ai perguntou a BasoF -; que 3 Buddha9Baso disseF -Esta 2ente 3 Buddha.<. ; Uio 'pós algumas horas em agradáel colóquio com seu mestre /iao!o, o discípulo ergueu! se e reerentemente despediuF -;&rigado por osso tempo, 2estre. 'gora eu me ou.-E para onde ais9- 7erguntou o sá&io. -7arto pelo país, sempre estudando com a"inco o 1harma!Buddha,- disse o discípulo. -'h, o 1harma!BuddhaG- e#clamou o 2estre, -7or acaso eu tenho um pouco disso aqui comigo, sa&es9; joem discípulo, intrigado e algo curioso, e tam&3m ligeiramente am&icioso, perguntou rápido, olhando em oltaF -8 mesmo9 ;nde está9 ;nde está9; 2estre retirou um "io de seu manto e mostrou!o, declarandoF -Este "io tam&3m 3 o 1harma!Buddha.mpressionado com a resposta, o monge relatou o ocorrido a Chao!chou, acrescentandoF -'quela elha senhora era muito sá&ia no Zen. 6uando perguntei onde ós estaas, ela me deu uma resposta muito pro"undaGChao!chou apenas disseF -%ou lá testá!la.Chegando R presen(a da elha senhora, Chao!chou perguntouF -Estou procurando por Chao!chou. 7odes me indicar onde está9 ' elha disseF -5iga em "rente. /+o ire para leste ou oeste.%oltando at3 onde "icou o monge, ele replicouF -Ela apenas n+o perce&e uma coisaF Chao!chou estee aqui todo o tempo.-
lus+o e penetrei no erdadeiro caminho. 'pós o "ilóso"o ter partido, 'nanda perguntou ao Buddha que ele haia o&tido. ; Buddha replicouF -=m &om caalo corre apenas R is+o da som&ra do chicote.-
maginário =m monge perguntou a Chao!chouF -; que diríeis se eu chegasse ante ós sem nada tra*er9Chao!chou respondeuF -1ei#ai!o aí mesmo, no ch+o.; monge contestouF -2as eu disse que nada tra*ia, como ent+o poderia pPr algo no ch+o9-udo &em ent+o,- comentou Chao!chou, despreocupado, -nesse caso, leai!o daqui.mportante ; 2estre Lao!shan há muitos meses que n+o daa uma palara de orienta(+o aos seus discípulos. Estes estaam con"usos, e certo dia um discípulo "oi R sua presen(a e disseF -odos os discípulos anseiam pela orienta(+o de seu 2estre. 7or que ós estais t+o silencioso9Lao!shan replicouF -2uito &em. oqueis o sino e conclamais todos no *endo do emplo. Uarei um discurso muito importante.; sino "oi tocado e todos "oram alegres para o sal+o de medita(+o, esperando pelo discurso de seu mestre. Lao!shan entrou, sentou!se em "rente R todos, e permaneceu em sil$ncio. 7assou!se de* minutos, inte, trinta minutos, uma hora. Em determinado momento o sá&io leantou!se e "oi em&ora, encerrando a reuni+o. ; discípulo "oi atrás dele correndo, chamou!o e perguntouF -2estreG 7or que ais em&ora sem nos di*er uma palara9GLao!shan respondeuF -Há intelectuais do 1harma para ensinar sutras, disciplinadores que ensinam apenas proi&i()es. 2as sou um mestre Zen. /+o adianta "alar so&re isso, pois o Zen está al3m das palaras. 7ortanto, o que ós esperais de mim9
Si!JXu, alto o"icial do goerno da dinastia Xang, perguntou a /an!chuanF -Há muito tempo um homem mantinha um ganso dentro de uma garra"a. Este cresceu tanto que n+o podia mais sair da garra"a. ; homem desejaa retirá!lo, mas n+o desejaa que&rar a garra"a nem "erir o ganso. Como poderíeis "a*er com que saísse da garra"a nestas condi()es9; sá&io repentinamente gritouF -Si!JXuGGSi!JXu respondeu, assustadoF -; que "oi9G; mestre disse, a"astando!seF -; ganso já está "ora.rrespondíel endo!se tornado monge há pouco tempo, Chu!chih ?4utei, em japon$sD iia em uma ca&ana de sap$, onde dia após dia dedicaa!se R prática "undamental do ZenF o 'per"ei(oamento 7essoal. =m dia, uma monja chamada Chih!chi apro#imou!se da ca&ana, deu tr$s oltas R "rente do joem monge e disseF -1i*eis apenas uma palara e eu os tiro o meu chap3u.Chu!chih "icou estupe"ato. /+o sa&ia o que di*er. 7ensouF X>sso 3 algum tipo de Joan Zen, com certe*aG 2as o que signi"ica9GX. Como ele se mantinha em sil$ncio e pertur&ado, a monja simplesmente comentouF -Como n+o podeis me di*er nada, ou em&ora.E a"astou!se. Chu!chih "icou lá, sentado, inquieto e sentindo!se "racassado. X; que ela quis di*er9 ; que signi"ica o chap3u9X, ele pensaa angustiado. X;hG %encido por uma monja noi(aG Como posso continuar aqui e chamar isso de 'per"ei(oamento 7essoal9X, ele re"letiu. 7reparou!se ent+o para partir na manh+ seguinte. Enquanto tentaa dormir, apareceu um elho sá&io. Este lhe perguntouF -%ós pareceis muito pertur&adoG ; que os a"lige tanto9Chu!chih contou tudo o que ocorrera. 'o "inal, comentou para o elhoF -' mente de um homem 3 intil e sem dignidade. /+o posso responder nem mesmo R quest+o de uma noi(aG; mestre replicouF -4ostarias de sa&er a resposta ao Koan9Chu!chih e#clamou, a"litoF -5im, sim 2estreG; 2estre ent+o ergueu seu indicador e disseF -odas as %erdades est+o aqui./este momento Chu!chih o&tee o 5atori. 5atori. 1isse ent+o, agradecidoF -'gora compreendo. ' unidade do ao 3 o odo, o odo 3 a unidade do ao.; elho sá&io, como num sonho, sumiu de sua presen(a.
"inalmente ienciares isso, dei#arás de so"rer com tua egóica insatis"a(+o...-
diotaG Estás atrasadoGG Ua* horas que estou R tua esperaG Espero que tenha tra*ido um ento BEEE2 "rescoG %amos, ponha o ento para "oraG-5im, senhor,- di* o joem, a&rindo o saco... -2>5E:>C]:1>'GGGGG 6=E B'U;GGGGG-, e#clama o superior, -; ento hoje está uma "edentinaGG; joem monge, malandramente dis"ar(ando, comenta muito s3rioF -8 o calor, senhorG Em dias como esse, at3 o ento cheira mal...-
mpreisíel Certa e* um &udista leigo chamado 7ang "oi isitar Lao!shan. 6uando estaa indo em&ora, o mestre pediu a dois hóspedes do mosteiroF -7or "aor, acompanhem!no at3 o port+o. 'o sair pela port+o, 7ang perce&eu que come(aa a near. 2arailhado, com entou para seus companheirosF -'h, que lindo, ejam estes "locos de neeG odos caindo no lugar certoG=m dos praticantes, riu!se arrogantemente e replicou, de&ochadoF
-'hG E onde deeriam cair e#atamente "locos de nee97ang irou!se e e#clamouF ->1>;'G ;lhe para oc$G 5eus olhos $em como um cego e sua &oca "ala como um mudoG E ainda se considera um praticante ZenGKoanF 6ual o destino do que 3 impermanente e relatio9