10 ANOS DE MINHA VIDA COM O V.M. SAMAEL AUN WEOR
ANTONIO MALDONADO MÉRIDA
10 Anos de minha vida com co m o V.M. Samael Aun Weor – Antonio Maldonado Mérida
INTRODUÇÃO Não possuo a esplêndida facilidade para descrever descrever o belo do espírito, como fazia o Venerável Mestre Samael Aun Weor, ou a espontaneidade de um Krishnamurti, a eloqüência de um Gurdjieff. Contudo, apelando ao gênio criativo que há em todos, espero expor o que pude aprender através dos anos de convivência com o fundador do Movimento Gnóstico Cristão Universal. Faz mais ou menos 28 anos que conheci a Gnose ou conhecimento espiritual direto, recebido de lábios a ouvidos do V. M. Samael, e que ao ir assimilando e aplicando em minha vida, experimentei o verdadeiro valor das coisas e da vida mesma. Isso é o que me move a deixar em forma escrita, para bem dos irmãos que queiram aceitar com agrado esta colaboração de minha parte, dedicada a todo o Movimento Gnóstico em geral. No oceano Pacífico, quando quando influencia a constelação de Virgem, Virgem, a ostra perlífera captura uma gota de orvalho, que vai cobrindo com amor, sutileza, agrado, beleza e paciência; para dar ao fim criação a essa jóia de grande preço que é a pérola negra. A Gnose é esta pérola, o mais autêntico que conheci em minha vida. É a pérola que apreciou o rico mercador do evangelho, que valia mais que todos os seus tesouros. É a única coisa pela qual vale a pena viver. Este pequeno ensaio está escrito com o coração e para gnósticos de coração. É a experiência e convivência diária durante dez recordados anos com o Venerável Mestre Samael Aun Weor. Está escrito em forma sintética, como genro que fui dele, como amigo como seu secretário e como seu sincero discípulo, para quem só desejo pôr minha cabeça cabeça a seus pés pés em sinal de grande grande reverência. reverência. Agradeço a colaboração de meu irmão Francisco Maldonado Mérida, quem me ajudou a redigir o texto e a minha esposa Ísis de Maldonado, que me ajudou a precisar acontecimentos dos quais não me lembrava bem. Ela, como filha do Venerável, fez realidade em minha vida - através de 28 anos de casados - a frase do Mestre que diz: “O amor começa com um relâmpago de simpatia, se fortalece com o desejo do carinho e se sintetiza em adoração suprema”. Escrever toda uma filosofia da vida pode levar vários anos ou pode sintetizar-se em poucas palavras; meu desejo é oferecer algo que possa servir, que possa ser de utilidade a outras pessoas, que como eu se autodescobriram ao fazer unha e carne em sua vida o ensinamento que trouxe o mensageiro de Marte a este planeta. Sou uma pessoa de mente complicada por não ter o ego dissolvido, como sucede a cada pessoa afetada pela civilização ocidental, mas creio que tenho costumes simples e de poucas necessidades, portanto espero que este pequeno volume de curta dimensão chegue com ternura e amor ao verdadeiro gnóstico que esteja na luta por isso que se chama auto-realização íntima do Ser. A mais excelsa síntese da vida espiritual a ditou Jesus Cristo ao dizer “Ama a Deus por sobre todas as coisas e a teu próximo como a ti mesmo”. É evidente que toda frase, filosofia, livro, etc., se destaca porque sempre haverá vinho novo para odres novos, especialmente especialmente quando a humanidade se encontra em níveis espirituais tão baixos como estamos estamos atualmente. atualmente. Fundação Samael Aun Weor – www.fundasaw.org.br
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Todo poder está dentro do homem, o caminho também. A Gnose está dentro de nós, portanto, nada é mais apropriado que o encontro consigo mesmo. Recordo esporadicamente esporadicamente palavras do Venerável que levam consigo a força do som inaudível da alma. Em seu processo de morte dizia à minha esposa: “Samael sempre estará com vocês, façam toneladas de boas obras para esgotar es gotar seu karma. A raiz de todo mal está dentro de vocês, não dentro de outros. O dar e somente dar sem pensar jamais em recompensas é o princípio da imortalidade. Nenhum humano pode chegar a ser anjo fugindo da dor e buscando comodidades, prazeres, nem pelo apego ao mundo. Não se gloriem do que já compreenderam nem menosprezem aos que se enredam na dor ou nas trevas, não se elevem ao pináculo da santarronice nem à falsa glória. O Atman inefável é o mais valioso e maravilhoso do universo, mas o animal intelectual o ignora, o poder do Atman está na cobra, na serpente ígnea de nossos mágicos poderes, nela estão os segredos transcendentais de todos os tesouros cósmicos, toda a felicidade, todo o amor verdadeiro, porque é ela a Divina Mãe e o que é mais, tudo está dentro de ti. É necessário ser valente v alente e diligente, nasce de novo nesta vida, libera-te do karma e da ilusão de Maya”. Todo caminho, por grande que seja, se começa com o primeiro passo; graças aos céus nesse primeiro passo tive a ajuda sábia do Mestre. Ele também foi um neófito no princípio porque ninguém começa como Mestre. Este pequeno ensaio é meu primeiro passo no cumprimento do terceiro fator da revolução da consciência, sei que faltam muitas coisas por narrar e outras por explicar, creio poder fazê-lo no futuro, segundo a acolhida que tenha esta pequena obra, que espero seja com entusiasmo, com atitude positiva e com fraternidade. Saúdo a todos com as mesmas palavras do Mestre ao término de suas cartas: “Que vosso Pai que mora em segredo e vossa Divina Mãe Kundalini os bendigam. Paz Inverencial”.
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CAPÍTULO 1 ENCONTRANDO O CAMINHO “O essencial não é percebido pelos olhos materiais, mas pelos olhos do espírito” (Antoine de Saint-Exupery). Cristo, o Guru do ocidente, sabiamente estabeleceu o vínculo do caminho com a verdade e com a vida. É na vida que se encontra a verdade de instante em instante, e é em nossa vida que se faz o caminho com nossos atos. Saber isto é importante. Aprofundar nele é compreendê-lo, e é necessário um esforço da vontade sustentado e bem pensado para realizá-lo. Sempre senti uma estranha inquietude pelas ciências ocultas, o esotérico ou ocultismo. A informação extensa que obtive de criança e em minha juventude foi por meio de meu irmão Francisco, com quem comentava sobre as diferentes correntes religiosas e espiritualistas como são os batistas, presbiterianos, adventistas, testemunhas de Jeová, carismáticos, da renovação do Espírito Santo, o mesmerismo, hipnotismo, espiritismo, teósofos, rosacruzes, maçonaria, os livros de Lobsang Rampa, de Aldoux Huxley, de Powells, a ciência cristã de Mary Baker Eddy, Eddy, os sistem sistemas as de yog yogaa de Viveka Vivekanan nanda, da, Sri Aurob Aurobind indo, o, Ramakr Ramakrish ishna, na, Yog Yogana ananda nda,, Sivana Sivananda nda,, a corren corrente te dos templá templário rios, s, a grande grande frater fraternid nidade ade Univer Universal sal,, os trabal trabalhos hos de Gurdjieff, a informação de Krishnamurti, etc., etc. Este irmão possui a inquietude da investigação e eu aprendia muito através de suas buscas; mas ainda com tudo isso, sabíamos que faltava algo para resolver o quebra-cabeça que tínhamos. Recordo que aos 26 anos emigrei aos Estados Unidos e, antes de separar-me dele, alguém lhe obsequiou um livro do V. M. Samael; ao inteirar-nos de seu conteúdo recebemos o presente de Deus que nos fazia falta. Não era outra coisa senão a orientação do V. M. Samael em sua develação dos mistérios do sexo. Estava trabalhando em Los Angeles, Califórnia, juntamente com meu irmão Gustavo, cuja desencarnação desencarnação predita pelo Mestre narro no capítulo de Histórias, quando chegou para visitarme meu irmão Francisco, que estava recebendo as mensagens anuais do Mestre Samael. Nosso propósito era o de aproveitar uma viagem de visita a familiares na Guatemala, para passar visitando e conhecendo conhecendo pessoalmente pessoalmente o Mestre Samael, que então vivia na colônia Cidade Jardim, do México D. F. Chegamos ao D. F. cinco pessoas: um sobrinho, meu irmão Gustavo e sua esposa, Francisco e minha pessoa. Recordo um dado curioso, e por isso é que o recordo, era uma terça-feira (martes), cinco de maio, às cinco da tarde, cinco pessoas, estavam em sua casa somente cinco pessoas. No tarot, o arcano cinco é o Guru, o anjo Samael, aquilo me pareceu casualidade, casualidade, mas agora me parece que tudo obedecia a uma causa. Esperávamos uma pessoa com cenho franzido, gesto adusto, um grande anel na mão, como se concebe uma pessoa muito influente, com poder, com hierarquia. Em realidade foi um encont encontro ro realme realmente nte simple simples, s, sem protoc protocolo olo.. Como Como o Mestre Mestre não não se encont encontrav ravaa nesse nesse Fundação Samael Aun Weor – www.fundasaw.org.br
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momen momento, to, sua senhor senhoraa esposa esposa,, a Ven Venerá erável vel Mestra Mestra Litela Litelante ntes, s, com toda toda a prover proverbia biall amabilidade latina nos convidou a tomar um cafezinho. Notamos sua deliciosa simplicidade e franqueza ao conversar com ela e seus quatro filhos: Hypatia, Hórus, Osíris e a que hoje é minha esposa, Ísis. Meia Meia hora hora havi haviaa trans transco corr rrid idoo quan quando do cheg chegou ou o Mest Mestre re Sama Samael el.. Sua Sua impr impres essã sãoo foi foi inesquecível, transcendente e memorável, precisamente por sua simplicidade: “Mestre - disse meu irmão Francisco - faz um tempo que o estamos esperando”. Ao que ele respondeu: “Pois aqui me têm”. Meu cansaço de haver dirigido três dias e três noites desapareceu ao intuir que me achava diante de um grande acontecimento de minha vida. Com o tempo, notei o grande bem que foi havê-lo conhecido pessoalmente, já que sem conhecê-lo formamos imagens falsas, sendo assim enganados por nossas próprias projeções mentais. Isto Isto acont acontec eceu eu a muito muitoss irmãos irmãos gnó gnósti sticos cos,, impedi impedindo ndo assim assim compre compreend ender er sua estatu estatura ra espiritual e a qualidade de sua missão. Para tomar consciência da pessoa que conheci naquela ocasião, tiveram que passar vários anos. Tive que chegar ao nível de um discípulo pelas mesmas provas da vida e a prática do ensinamento. Nesta ocasião estivemos somente cinco dias em sua casa, já que ele e a Mestra Litelantes nos proporcionaram alojamento em forma sumamente generosa, infundindo-nos uma confiança muito familiar. Estranhava-me a atitude do Mestre para com meu irmão Francisco, a quem motivou bastante para que lhe perguntasse sobre todas suas inquietudes. Paco, como ele dizia, com suas perguntas e consultas, nos ajudou a todos a compreender melhor a mensagem que havia na Gnose para cada um de nós. Sei que o essencial não é fácil de transmitir, que me pode escapar, mas minhas cavilações e conjeturas que continuaram comigo ao retomar nosso caminho, talvez possam dizer algo disso que só o percebe o espírito. Como estava tão desapercebido para o mundo um homem de tal estatura? Por que havia sentido tanta paz nessa casa? Que havia se passado em mim que me sentia com uma estranha sensação de liberdade? Só um trabalho sobre si mesmo, um estudo consciente da vida e um excelente conhecimento humano poderiam outorgar essa naturalidade, sinceridade, paz e amor inteligente que ali se respirava. O melhor daquilo era que sabia que algo me havia impregnado, algo indefinido, que não capta minha imaginação nem minha fantasia, mas sei que me entrou pelos poros ou por algum sentido extra, porque nessa ocasião foi que começou em mim um verdadeiro interesse por conhecer o que que é a revolução revolução da consciência. consciência. Voltei ao México no ano 1968, já somente com meu irmão, compartilhamos com o Mestre e sua família. Foi nesse lapso de tempo que me enamorei de sua filha Ísis, finalizando nosso noivado em um feliz casamento realizado na Igreja Cristo Crucificado da Colônia Avante. Recordo que ao término da cerimônia, o Mestre perguntou a meu irmão: “Paco, que te pareceu à cerimônia matrimonial?”. Meu irmão respondeu que havia sido maravilhosa e sole solene ne,, ao que que ele ele comp comple leto touu dize dizend ndo: o: “É uma uma lást lástim imaa que que o sace sacerd rdot otee se enco encont ntre re profundamente adormecido”. Não sei se referia a mim como sacerdote ou ao sacerdote que oficiou a missa. Três meses depois fui viver no grande país do norte, onde notei a diferença de conviver com pessoas adormecidas adormecidas totalmente e as despertas despertas como são ele ele e sua esposa, a Mestra Mestra Litelantes; a diferença é muito marcante. Fundação Samael Aun Weor – www.fundasaw.org.br
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O Mestre pensava usar os EUA como ponte para lançar a Gnose na Europa, mas encontrando vibrações demasiado baixas que pertencem ao abismo, o trocou pelo Canadá. Permaneci nos Estados Unidos durante um ano, aí nasceu meu primeiro filho, Júlio César. O Mestre dizia que esse filho deveria ser dele, mas veio a nascer em meu lar, e que tem uma grande responsabilidade espiritual. Decidimos com minha esposa regressar a México D. F., tendo já mais consciência, nos anos que seguiram, pude assimilar o essencial da Gnose. A Gn Gnos osee de Tert Tertul ulia iano no,, de Oríge Orígene nes, s, de Sant Santoo Ag Agos osti tinh nho, o, de Ap Apol olôn ônio io de Tian Tiana, a, de Swenderborg, Nicolas Flamel, do Conde Saint Germain, de Eliphas Levi, de Krumm Heller e outros mais que não recordo. Foi quando me dei conta de que por seu infatigável trabalho, a Gnose se havia estendido do México à América Central, do Sul, Estados Unidos e Canadá. Já se divulgava a Gnose pelos quatro pontos cardeais, com uma força avassaladora e potente. Ao começar meu trabalho, me deu um mantram para meu desenvolvimento interno, passados uns anos me disse que já não o usasse, e notei o impulso que me deu para não sair da meta que me havia imposto, entendi o porquê da importância do mantram na meditação e porque não havia que divulgá-lo, já que o silêncio é uma grande ajuda. Não creio ser necessário detalhar a síntese de sua doutrina nas seguintes palavras que estão em todos seus livros: Nascer, Morrer e Sacrifício pela humanidade. Como Ele mesmo explicava o que dizia Jesus Cristo: “Se queres vir após mim, toma tua cruz (a prática da magia sexual), nega-te a ti mesmo (a dissolução do ego) e segue-me (sacrifício pela humanidade)”. Seu trato pessoal me ajudou muitíssimo, sua conversa contínua me motivava, seu entusiasmo me contagiava, sua pureza me inundava, coisa que me ajudou a ir formando um interesse sólido no trabalho esotérico, que considero não de uma vida senão de vidas. Para compreender a humildade de qualquer grande homem é necessário ser humilde. Só assim as revelações do imperecedouro imersas nas grandes mensagens serão assimiladas por nosso coração. Meu desapego pelo ilusório do mundo crescia à medida que compreendia a importância de valores mais excelsos que um troféu, milhares de aplausos, o êxito do que move os grandes públicos, etc. Foi-me revelada a carta que o criador me havia enviado, já fosse em uma simples flor, no sorriso de meu filho, em um belo dia de sol ou no agradável sorriso do Mestre. Compreendi que se toda obra espiritual que eleva ou dignifica serve de adianto ao gênero humano, quanto mais a Gnose, que é um método excelente de transformação humana real realme ment ntee efic eficaz az.. Fala Faland ndoo de Krish Krishna namu murti rti,, me dizi diziaa que que era era um dos dos prec precur urso sore ress do ensinamento da nova era, que somente por meio dos autênticos homens se poderia alçar o atual animal intelectual do pó da terra para seu maravilhoso destino, que é o de encarnar o ser supremo em si mesmo. O ambiente mágico em que me vi envolvido me fez advertir a realidade dos sete mundos paralelos que nos rodeiam aqui e agora, me explicava às vezes a vida dentro do organismo planetário, a verdade dos extraterrestres e o contato que tinha com eles, o porquê da raça negra, vermelha, amarela e branca, que tudo obedecia a um plano criador sábio que se realizava dentro dos ritmos do Mahaván e Chotaván. Vi a Gnose na vida cotidiana, como é inerente ao ser humano, sua corrente que eleva, vitaliza e que constantemente nos faz um chamado à alma. É o arcano dois do Tarot Egípcio, a esfera Fundação Samael Aun Weor – www.fundasaw.org.br
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de Chokmah na sabedoria da Cabala, a noiva e a sacerdotisa. Durante o tempo que vivemos eu e Ísis, sua filha f ilha e agora minha esposa, em algumas províncias de México, esteve visitandonos constant constantemen emente, te, oportunid oportunidade ade que aproveita aproveitava va para acompanh acompanhá-lo á-lo aos lumisiais lumisiais ou santuários gnósticos em formação. Foi Foi ness nessaa conv conviv ivên ênci ciaa com com os irmã irmãoz ozin inho hoss que que desc descob obri ri os suti sutiss eus eus ou “agr “agreg egad ados os psicológicos”, psicológicos”, que determinam a ordem revolucionária do ensinamento, ensinamento, já que crescem sem que os notemos. Muitos irmãos, por falta de preparação esotérica ou de maturidade, dizem frases como estas: “Não trabalho porque a Lei me está castigando”. “Não posso levantar-me com qualquer mulher”. “Eu sou desperto em um 10%”. “Me disseram à noite no interno”. “À noite me informou meu Pai internamente”, etc. Dei-me conta também de como alguns irmãozinhos aprendem de memória os cassetes do Mestre, ou conferências escritas e até tomavam poses do Mestre repetindo como papagaios, gozando até a saciedade em receber aplausos de seus diversos ouvintes, engrossando assim seus eus gnósticos e sutilizando o diabo neles mesmos. Depois de regressar dos santuários, em longas caminhadas, ou nas refeições, me ensinava com a naturalidade de todo Mestre verdadeiro. Sempre me comentou sobre o Bhagavad Gita, como era muito valioso seu estudo, para aprender a renunciar ao fruto da ação, a ver o mundo como uma ilusão e a necessidade de cultivar o desapego. Fez-me ver também como o verbo podia construir, edificar, enaltecer e dignificar nossa vida se o saturamos de verdade, custe o que custar, isso desenvolve o chacra da garganta, me dizia com muita diplomacia e sutileza. Fazia-me compreender em plena ação a importância de fazer consciência de nosso estado tão lamentável, não só como máquinas humanas, ou como humanos com uma grande porcentagem de animal, o que faz com que nossa relação se deteriore; simultaneamente era necessário levar à prática o voto da brahmacharya solar, a magia sexual sem derramamento de sêmen, coisa demais escabrosa, mas fundamental no ensinamento gnóstico, a isso dedico um capítulo nesta obra. Quando atravesso por algum problema na vida cotidiana, apelo à recordação de sua atitude diante das dificuldades e trato de resolvê-lo com essa inspiração que me dá a ação inteligente e precisa que não me permita esquecer-me de mim mesmo, nem muito menos de meu Ser interior profundo. Haver convivido dez anos de minha vida com um Venerável Mestre da Loja Branca como é o Mestre Samael foi um presente do céu, que agradeço infinitamente e muito especialmente a meu bendito pai que mora em segredo.
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CAPÍTULO 2 A ORDEM REVOLUCIONÁRIA DA GNOSE A Gnose é um conhecimento infinito, puro e transcendente. É a tocha que volta a brilhar para iluminar o caminho dos autênticos buscadores da verdade. No mundo existem muitas divisões, divisões, agrupamentos de todo tipo, escolas escolas de toda classe, ordens ocultas, fraternidades, sociedades, seitas, pessoas de boas intenções, sinceros equivocados. Cada uma pretende possuir a chave, o meio ou doutrina que conduz a Deus ou à liberação final. Neste mundo relativo, ilusório, dual, tudo tem um valor relativo em determinado tempo e lugar, o que hoje pode ser de utilidade para um, amanhã já não serve, mas servirá a outro. Se observarmos bem e somos sinceros, será evidente que nenhuma delas conhece nem possui o conhecimento liberador, posto que o caminho sempre foi secreto, jamais foi desvelado nem ensinado publicamente à luz do dia, como está fazendo o Movimento Gnóstico em forma totalmente revolucionária e criadora. Desde seus fundamentos psicológicos até a divulgação do grande Arcano ou a Magia Sexual, tudo é totalmente apresentado em forma revolucionária, já que senta bases novas para uma educação integrada, uma nova compreensão da vida em geral, um novo ponto de vista claro, lógico, preciso, e é também a revelação de segredos escondidos, para que não fossem profanados, desde desde a Antigüidade. Antigüidade. Esta Esta orde ordem m desp desper erto touu a cria criati tivi vida dade de em muit muitos os espí espíri rito toss inqu inquie ieto toss que que ader aderir iram am ao Movi Movime ment ntoo Gn Gnós óstic tico, o, algu alguns ns se mani manife fest star aram am como como pala paladi dino noss da caus causas as,, outr outros os se destacaram semeando inquietudes por onde quer que passem, com atitudes dignas de imitarse. Quando mencionava ou assinalava ao Mestre a falta de compreensão ou de capacidade para divulgar o ensinamento de algum missionário gnóstico, me dizia: “Que queres que façamos? Não vamos começar com o perfeito, temos que começar com o que temos, o imperfeito, não ?” Em toda relação há momentos obscuros e de desarmonia, também dentro da Gnose se dão estes momentos e se deve à falta de amor, pelo erro de esquecermos da Mãe Divina. Integrar a nossa própria psicologia com a dinâmica de Gurdjieff, ou o budismo livre de Krishnamurti, é maravilhoso, mas não devemos reforçar o intelecto às expensas do esquecimento do amor à nossa Divina Mãe. Sem este aspecto maternal e também divino, não se pode ser um verdadeiro revolucionário, já que a mãe é a que leva seu filho, do pó da terra até o céu, das trevas à luz, do real da morte à imortalidade. No caminho é necessário muita humildade e equilíbrio, que só confere a aceitação deste elemento maternal, isso manifesta nossa maturidade esotérica. A Gnose, por ser precisamente um Movimento, não pode permanecer estática e desde o intern internoo se provoc provocam am impuls impulsos os que revolu revolucio cionam nam sua força força,, às vezes vezes aparen aparentam tam causa causass injustas, mas ao longo de seu desenvolvimento desenvolvimento não prejudicam e sim trazem muito bem.
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A Gnose não deve ser um uniforme que se põe e se tira só em horas de trabalho, como um mecânico ou um médico, a Gnose é uma vestidura interna que não se pode tirar, uma vez que se assimilou bem. O Venerável Mestre sempre disse que a Gnose é como um trem em marcha no qual uns sobem e outros descem, raros são os que chegam à estação final. Alguns discípulos chegam com muito entusiasmo, mas ao ver que não realizam nada rapidamente se aborrecem e se reti retira ram, m, espa esparg rgin indo do sua sua baba baba difa difama mató tória ria,, outr outros os voci vocife fera rand ndoo atro atroci cida dade dess do que que compreenderam pela metade. Muitos aparecerão no futuro, como já apareceram no passado, com sua característica de orgulho místico; a força deste Movimento não deve personalizar-se em ninguém, assim como a iniciação não se realiza por grupos porque é um assunto íntimo, individual e sagrado. Os grupos só servem para canalizar o esforço para a divulgação da Doutrina Gnóstica, não são os que dão a iniciação; são para fazer cadeias de vitalidade, força e vontade, uns trabalhos coletivos dirigido pela Loja Branca, cujo símbolo é o pentagrama, como força sintetizada, como a estrela dos judeus, como a lua dos árabes, como a suástica dos nazistas, como a foice e o martelo dos comunistas. Onde se encontre um pentagrama, estará surgindo uma cadeia de união, o verbo de Samael, Anjo de Marte; onde se encontre um pentagrama ou estrela flamígera estará à palavra sagrada da Gnose. O que estraga a ordem revolucionária da Gnose é o ego, o mim mesmo, o diabo em nós. Recordemos que a heresia da separatividade é a pior das heresias. Nos grupos é onde se pode ver evidentemente se sabemos cultivar a unidade, o amor inteligente, a compreensão elástica, a visão de nós mesmos e de como nos encontramos. Nossos braços devem estar prestes para ajudar, nosso coração disposto a enxugar toda lágrima, as separações são do eu e assim como a Gnose nos permite compreender a fundo a unidade de todas as correntes místicas e religiosas, devemos aplicá-lo a cada pessoa em particular, compreender compreender a fundo suas inquietudes, inquietudes, seus temores, temores, seus interesses interesses mais íntimos e que não são do ego, para realmente converter-nos em elementos que expressem a revolução que a Gnose fez em nós. Infelizmente, não foi possível promover que as forças deste grande ensinamento começassem a pensar como uma só e trabalhassem em uníssono para unificar forças contra as ataduras do mal. Sempre existiu contínuo perigo para a Gnose, por aqueles que não projetam seu pensamento além de sua própria visão. Ignorar o objeto fundamental do ensinamento Gnóstico é destruílo. A Gnose é muito direta e determinante e sua única opção é a de ser o que devemos ser. Não ser é representado simbolicamente pelo Adão e Eva da Bíblia em cada um de nós. O não ser nos mantém sob a pressão do peso da negatividade e das formas do pensamento destrutivas. A humanidade permanece ociosa ante seu desenvolvimento espiritual e é agora o momento para encontrar nosso ritmo particular com a develação dos grandes mistérios. Certa vez me dizia o Mestre: “Encontra o ritmo de tua própria particularidade e estarás em sintonia com o universo”. Fazer-nos conscientes do momento em que vivemos e realizar o que nos corresponde através da Gnose é ir ao encontro de nosso ritmo particular.
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A separatividade é o que mostramos ante as hierarquias que nos observam. Fazemos do engano da separatividade uma convicção muito equivocada. equivocada. A Gnose é muito vasta e desconhecida, e não poderia ser conduzida dando uma importância indevida as irrealidades vazias e com descuido das coisas que alimentam e apóiam o sentido da disciplina sagrada. Os mesmos discípulos promovem a separatividade. Nos deleitamos em encontrar defeitos até nos mesmos Mestres, em propalar embustes com nossos maiores, na crítica cínica e no ritualismo oco. Se não os veneramos, que não os denigramos. Este vaivém de crítica cega ocasiona a ânsia de fama, de conquistar seguidores, luxos, exibicionismo. Onde a tônica da espiritualidade deveria ser evidente prevalece a discrepância. Isto suja o nome sagrado da Gnose. A fidelidade que se exige a uma mente humana é fidelidade ao ego. A Gnose não é capricho de uma mentalidade humana nem o invento de uma organização inspirada pela mentalidade humana. O conhecimento não é propriedade de ninguém, senão daquele que o encarna. Os que se declaram a favor do menosprezo aos demais não conhecem o elementar da disciplina espiritual. Estão muito afastados de encontrar o campo do serviço verdadeiro. Quem utiliza o nome da Gnose para fins pessoais, deve ter cuidado com ele e tratá-lo como se merece. A Gnose é uma força cósmica cristalizada em nosso planeta pelo Mestre Samael em momentos difíceis. Está além de interpretações individualistas que distorcem sua pureza. Certo amigo inspirado me dizia: “A Gnose ensina a aprofundar nas águas da vida para obter a pérola do Ser e não a vagar pelas praias arenosas das teorias para recolher simples conchas”. Não destruamos a raiz mesma da verdadeira natureza do ensinamento convertendo-o convertendo-o em um montão de seitas. É indubitável que nossos corações estão mal, buscando na Gnose a reparação e o refinamento. Essa reparação e esse refinamento implicam processos muito longos de muito trabalho e são poucos os que conseguem dispor de uma mente verdadeiramente aberta para aderir-se a um amplo critério, elástico e firme. É necessário compreender o labor que a Gnose poderia realizar por nós, se não a travamos no labirinto labirinto das interpreta interpretações ções personali personalistas stas,, com a tendênci tendênciaa de imagens imagens equivoca equivocadas. das. Há rivalidades entre uma sigla e outra. Há competições sutis que não se mencionam. Tudo isso gera uma quantidade de calúnias, de invejas, de cobiças, que terminam em culpabilidades de uns a outros e conduzem a denegrir o próprio Mestre tanto como aos discípulos. Se alguém vem dizendo que o Mestre o comissionou em seus sonhos para tal trabalho, tratemo-lo como enganador, sem misericórdia. Isso é um insulto aos princípios divinos do ensinamento. Ser sinceros, falar de experiências genuínas, sem distorções ou conveniências, sem exageros ou falsificações nos dará autenticidade e não fantasias perniciosas. Não importa o que façamos ou deixemos deixemos de fazer, fazer, mas pelo menos deixemos que se se manifeste através de nós uma mente firme fir me para que nosso raciocínio seja também firme. Com Co m essa essa equa equani nimi mida dade de have haverá rá um corp corpoo de dout doutri rina na que que dete determ rmin inee a mara maravi vilh lhos osaa transcendência da Gnose. Este ensinamento sempre permanecerá em sua altura com ou sem nós e devemos ser guardiões de seus valores contra os que intentem degradá-lo. A busca de conhecimento íntimo e a base de uma moral são pontos essenciais no ensinamento Gnóstico. Realizemos nossa morada de liberação de uma casa construída por quatro pilares da Filosofia, a Arte, a Ciência e a Religião.
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Só assim se fortificará a força do anelo para conseguir a meta. Em certa ocasião perguntei ao Mestre: Que é o que mantém você tão firme neste caminho, Mestre? Ele me contestou em poucas palavras: palavras: “A força do anelo, anelo, Tony; isso é tudo”. Comprovamos até a saciedade que a missão V. M. Samael representa a religião da síntese das religiões. Nenhuma corrente esotérica contém uma mensagem tão direta, determinante e firme. Por isso é tão difícil encontrar alguém com a devida preparação para semelhante responsabilidade. São muitos os que se entusiasmam ao receber este conhecimento e são muito poucos os que conservam esse entusiasmo. Quando as primeiras crises afetam o estudante é que sua instrução se inicia. Para aqueles que não lhes interessa nem meta, nem Sendero, nem sede, nem anelo, não têm importância às dificuldades. Isso é só para os que anelam, que vivem afligidos por sua miséria interna, pulando do positivo positivo ao negativo com a inquietude do do despertar da consciência. consciência. A ordem revolucionária da Gnose tem o propósito de salvar uma humanidade que já não tem alternativa, com a única opção do trabalho sobre si mesmos. O Venerável Mestre não veio dar-nos tapinhas nas costas pelo que somos, mas indicar-nos o que devemos ser. Isso implica a seriedade que só os valentes possuem. O rio cristalino do ensinamento fluirá aprazível e puro se não o contaminamos com a enxurrada dos pensamentos abismais do ego.
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CAPÍTULO 3 ENSINAMENTOS DO MESTRE É difícil para eu situar, no tempo e no espaço, as muitas coisas que aprendi e assimilei do Venerável Mestre Samael, por isso o que narro a seguir são conceitos sem data nem lugar algum: “Os intelectuais alardeiam que só lhes interessa o que é susceptível de comprovação, o que é da razão, o que é dialético, mas para usar com retidão o intelecto se necessita força de mente”. Um gnóstico deve ver a Deus em tudo, um materialista não compreende isto. É como querer dar um pastel a uma pessoa enferma do estômago, mas ainda assim um gnóstico ou um materialista pode beneficiar-se com a leitura dos livros sagrados. Exaltação da devoção pela verdade e o amor a nossos semelhantes vão juntos, o amor ao próximo concede a primavera interna, amar a verdade e dizê-la custe o que custe é a dulcificação do fruto e a obtenção do desapego e equanimidade são a colheita. Se diz que o mundo é maya ou ilusão, porque oculta ao homem sua realidade divina, lhe esconde o eterno e imperecedouro. O pior do homem comum é que maya é sua única realidade. Diz-se que é irreal porque quando o real se experimente, já não existe a dualidade, a separatividade, separatividade, em tudo t udo se adverte a unidade e a harmonia. Dedica tempo à meditação, que te recupera no cenário do eterno, põe tua mente em sintonia com o universo e com teu ritmo respiratório, pois é o que Deus nos dá como vida, sê feliz e vive em paz, essa é tua verdadeira natureza. Faz cadeias de amor constantemente e verás como esse amor te acompanha e te santificará cada dia de tua vida. Seja comedido em tudo, fala pouco, dorme pouco, come pouco, pratica pouco para que nada te canse, nem te esgote, nem te sature de fastio. Impulsiona-te com teus anelos mais íntimos, nunca faças alarde de aquisições pequenas, observa a vida com profundidade, vê a viga em teu olho e não a palha no olho alheio. Tua fala deve ser sem ambigüidades e com substância, clara, simples e perfeita. A pérola de grande preço do mercador do evangelho é a essência metida nos corpos de pecado, o causal, causal, mental, astral astral e físico. Por que vender essa jóia pelas moedas da avareza, da ambição ou do temor à pobreza? Por que mendigar tendo tal riqueza em nossas mãos? Gnóstico significa falto de ignorância, o que é sábio, por isso, se queremos merecer tal nome, nossa atividade deve ser impulsionada pelos anelos íntimos do Ser. Recusar que as desilusões nos desiludam, não render-se ante as decepções, interrupções ou demoras. Sua honestidade é assistida pelo Ser Supremo e, portanto pode fazer o impossível. Nossa necessidade necessidade pelo divino deve ser ser como o ar para quem está se afogando afogando ou como quem está se queimando necessita deixar de sentir o ardor. Se intentarmos com esse anelo, com muito interesse e afeto, é seguro que não existirá em nossa vida o fracasso. Fundação Samael Aun Weor – www.fundasaw.org.br
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Na relação com os filhos ou qualquer pessoa próxima, o êxito harmonioso não depende do controle, mas da concessão da liberdade de mente, pensamento e ação, e em aceitá-los como seres independentes. independentes. A liberdade é a máxima característica de uma pessoa espiritual. Todo semeador de sementes deve sentir o sabor que sente da comida, João, Pedro, Chucho, Jacinto ou José, antes de oferecer a verdade a outros, é preciso que o que a recebe a tenha como como uma uma nece necess ssid idad adee prim primor ordi dial al em sua sua vida vida.. É urge urgent ntee que que veja vejamo moss a verd verdad ade, e, conheçamos a verdade e pensemos a verdade sempre. Tua própria tensão, ou a tensão que vejas em qualquer pessoa, é pelo temor. O temor se deve à falta de confiança em seu Pai que está em segredo. Crer que nosso Pai e nossa Divina Mãe nos cuidam de todas as coisas externas da vida faz que a vida se torne fácil, confiada e de um regozijo constante. A Quarta-Feira de Cinzas é o símbolo da dissolução do ego, a aniquilação de todo karma. A cinza já não pode servir de combustível, nem serve para dar luz, assim é nosso esgotado karma. Maya já não nos envolverá, nem a roda das 108 vidas nos enganchará em seus ciclos. Usa o amor como cocheira do carro de guerra do arcano sete, as duas esfinges simbolizam o discernimento e o desapego. O trabalho esotérico deve ser simultâneo na formação do embrião áureo, as colunas do carro são: discernimento, amor e a brahmacharya solar, ou seja, a prática do sahaja maithuna. Nossos propósitos devem ser dignos, nossas realizações progressivas em direção à verdade, à justiça, à paz e ao amor. A prática prática gnóstica deve ser clara, simples, direta. direta. Nossa compreensão compreensão deve ser elástica, sem horizonte que a limite para que haja unidade em nossas relações. A separatividade é a pior heresia, se consciente da unidade. A renúncia é parte de nossa disciplina, mate a ambição, mas trabalha como se fosses ambicioso. A disciplina educa o corpo e a mente e ademais aflora as virtudes latentes da alma. A ira, a luxúria e a cobiça são os erros mais graves, acerta no uso de tuas energias, do verbo e da mente. O gozo físico é a turbulência superficial do que não buscou na profundidade de seu mar interno. Não desejes poderes, poderes, eles vêm vêm como pagamento pagamento à bondade do que fazemos fazemos para os demais. demais. O amor surge como um relâmpago na noite da alma, se faz sólido com a força do carinho e se unifica e sintetiza com a adoração suprema. Tomai tudo de cada momento, porque cada momento é filho da Gnose, cada momento é absoluto, vivo e significativo. A brevidade da vida é motivo suficiente para alentar-nos a engrandecê-la com a revolução integral. Com a inteligência, devemos aproveitar ao máximo o tempo vital para que alargue sua brevidade, não a diminuindo com as as obras estúpidas estúpidas e mesquinhas mesquinhas do ego. O Senhor íntimo guiará nossos passos se somos bondosos e ternos de coração. A virtude e os testemunhos que buscamos se encontrarão no Sendero do senhor. Branqueai o diabo, convertei-o em Lúcifer, alguém branqueia o diabo quando transmuta a energia sexual e elimina o ego. A Virgem de Luz Stela Maris, a Divina Mãe Kundalini de João Batista, é citada pelo grande Kabir Jesus. O Salvador entregou o espírito de Elias à Stela Maris de João e ela o entregou a seus receptores; eles o conduziram aos regedores da luz e estes o verteram no ventre de Fundação Samael Aun Weor – www.fundasaw.org.br
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Elizabeth. Desta maneira o I. A. O. menor, a Divina Mãe de Luz e o espírito de Elias foram ligados ao corpo de João Batista. Elias reencarnou em João Batista; João é a vivíssima reencarnação reencarnação de Elias. A auto-realização íntima do Ser se consegue vivendo a vida intensamente através de trabalhos conscientes e padecimentos voluntários realizados por nós e dentro de nós mesmos aqui e agora.
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CAPÍTULO 4 SOBRE AS CORRENTES DO SOM E O VERBO “No princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus e o verbo era Deus” (São João). Em certa ocasião, o Mestre Samael comentando acerca da arte, uma das colunas de toda cultura, me explicava que o segundo Logos ou o Verbo, era o mesmo som ou vibração sonora universal que coexiste em tudo, seja na forma ou no sem forma. “Ludwig Van Beethoven, cujo rosto é um relâmpago – dizia o Mestre – é nada menos que o guardião do Templo da Música. Suas nove sinfonias estão em íntima relação com as nove esferas da Árvore da Vida da Cabala Hebraica. A terceira sinfonia, A Heróica, está totalmente matizada com a influência de Binah, a terceira séphira ou esfera, que corresponde à Divina Mãe ou às forças do Espírito Santo, os processos do nascimento e morte. É mais evidente em seu segundo movimento lento, escrito em forma de marcha fúnebre, expressa a missão de dar e tirar a vida pela ação dos Anjos da morte chamados pasquais a la pasquala em algumas regiões da América Latina. Na quarta sinfonia se adverte o uso dos címbalos, que ativam os impulsos do íntimo no coração, Chesed, o Júpiter Interno. A força do rigor, o Geburah, a quinta esfera da cabala, Beethoven a expressou em sua quinta sinfonia, o destino chamando à nossa porta. Tipheret, a beleza, deve-se vivenciar na maravilhosa sexta sinfonia dedicada à natureza. Quem escutou a sexta sinfonia com verdadeira atenção, haverá harmonizado as combinações mais sutis de sua própria natureza. É de grande ajuda para transformar nossa mentalidade lunar em uma mentalidade solar. A apoteose da dança, como disse Wagner da sétima sinfonia, unifica nossa compreensão acerca da esfera de Netzach ou a esfera de Vênus, a Deusa do amor. A oitava sinfonia expressa Hod, a esfera da alta magia e os processos da mente. A nona sinfonia, chamada coral por suas partes de coros, canta a ode à alegria do grande poeta alemão Schiller, exalta as aquisições que se colhem na nona esfera ou Jesod da Cabala. Não é coisa de expressar-se em palavras palavras senão de escutá-la escutá-la com o coração e uma mentalidade solar unificada. Coment Comentav ava-m a-mee suas suas invest investiga igaçõe çõess sobre sobre o catac cataclis lismo mo final final dentr dentroo da corren corrente te do som universal, que para São João é o Verbo, o Segundo Logos. Para melhor compreensão transcrevo o que o Mestre escreveu no livro a Doutrina Secreta de Anáhuac, onde narra tal experiência: “No mundo causal contemplava com assombro místico a grande catástrofe que se avizinha e como esta é a região da música inefável, a visão foi ilustrada na corrente do som”. Fundação Samael Aun Weor – www.fundasaw.org.br
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Certa deliciosa sinfonia trágica ressoava entre os fundos f undos profundos do céu de Vênus... Aquela partitura assombrava, em geral, pela grandeza e majestade e pela inspiração e beleza de seu traço; pela pureza de suas linhas e pelo colorido e matiz de sua sábia e artística ilustração, doce e severa, grandiosa e aterradora, dramática e lúgubre. Os fragmentos melódicos (Leitmotivs) que se ouviram no mundo causal, nas diferentes situações proféticas, são de grande potência expressiva e em íntima relação com o grande acontecimento e com os sucessos históricos que inevitavelmente o precederão no tempo. Há na partitura dessa grande ópera cósmica, fragmentos sinfônicos relacionados com a terceira guerra mundial; sonoridades deliciosas e funestas, sucessos horripilantes, bombas atômic atômicas as,, radioa radioativ tivida idade de espan espantos tosaa em toda toda a terra, terra, fome, fome, destru destruiçã içãoo total total das das grande grandess metrópole metrópoles, s, enfermida enfermidades des desconhe desconhecida cidas, s, revoluçõ revoluções es de sangue sangue e aguardent aguardente, e, ditaduras ditaduras insupo insuportá rtávei veis, s, ateísm ateísmo, o, multip multiplic licaç ação ão de fronte fronteira iras, s, perseg perseguiç uições ões religi religiosa osas, s, martír martírios ios místicos, bolchevismo execrável, anarquismo abominável, intelectualismo desprovido de toda espiritualidade, perda completa da vergonha orgânica, drogas, álcool, prostituição total da mulher, exploração infames novos sistemas de tortura, etc., etc., etc. Mesclado com uma arte sem precedentes, se escutavam arrepiantes temas relacionados com as poderosas metrópoles metrópoles do mundo: Paris, Roma, Londres, Londres, Moscou, etc., etc., etc., etc. ““. ““. Comentava-me sobre a necessidade da guia do guru nas regiões do som, no mundo causal e o importante de dizer a verdade e só a verdade na vida diária, para conseguir o desenvolvimento harmônico do chacra vishudha ou igreja de Sardis, pelo vínculo que tem com o verbo para usar os mantrams sagrados e não profaná-los. Mencionou-me os mantrams secretos dos rituais gnósticos que encerram grandes segredos. Tesouros reais, todo o amor do Ser. Recordo quando em uma conversa familiar em casa de um discípulo gnóstico nos dizia sobre o som: “Os Elohim, o exército da voz, a grande palavra, como milícia celeste se move nos mundos superiores de consciência cósmica, cósmica, anelando levar a outros a esse mesmo estado de felicidade e sabedoria espiritual”. A palavra é a imanência de Deus que tudo penetra, é tua alma, tua essência e existência, é a luz que ilumina todo homem que vem a este mundo, teu real ser, é a música que percebeu Beethoven, interminável interminável e eterna, à qual se conhece pelo I. A. O., ou o som WU ou OM. Esse som se enlaça de glória, de eternidade em eternidade, de felicidade em felicidade, abarcando todo o espaço, saturando toda a vida, fazendo eco no tempo. É a palavra perdida da maçonaria, é uma secreta repetição que muito poucos conhecem. Esta eterna palavra está dentro de todos os seres e coisas, dando-lhes vida, criando e dando forma a tudo. Este som é também luz verdadeira e vida, luz que revela a realidade detrás de toda aparência, vida que é a raiz de toda existência. Na meditação é o contato que realiza o sábio; todos os grandes místicos se uniram a este som universal que libera a essência da multiplicidade do ego, a melodia que eleva sobre toda matéria aos reinos dos mundos transcendentais do espírito puro. A vivência dessa corrente de som é vital e satura de vida, é a que nos unirá ao Pai e à imortalidade, é a mão e a lâmpada de nossa amorosa Mãe Divina que nos conduzirá pelos mais escabrosos caminhos e os esconderijos mais íntimos da verdade e da realidade. A única coisa que pode dar-te felicidade e bem-aventurança, bem-aventurança, o SAT-CHIT-ANANDA dos hindus. O som universal é o néctar que busca a abelha para deixar seu zumbir, é a harmonia do cosmos infinito, é a música das esferas de Pitágoras, não é a conversação, nem a leitura, nem Fundação Samael Aun Weor – www.fundasaw.org.br
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o cântico, não se pode descrever com palavras, é uma vivência íntima e ao mesmo tempo cósmica, apesar de que se encontra em cada um, são os iniciados, os Mestres desapegados dos apetites mundanos, os que já não têm ego, aqueles que possuem a chave. O som é o Alfa e Ômega de São João, o princípio e o fim, o que era, é e será, não pode morrer nem desaparecer e existe eternamente em todas as épocas e em todos os tempos. Sua harmônica relação em toda magnífica sinfonia faz que seja eterna, é por isso que a música dos grandes mestres não passa jamais de moda, porque é indestrutível e eterna. Os antigos RISHIS ensinaram isto no longínquo oriente, na China se estudou também este mistério. Foi em minha encarnação quando fui CHOU-LI, como membro da antiga Ordem do Dragão Amarelo, que conheci o segredo da meditação sintonizada com o som, por meio de um aparelho que usávamos, manejado por um irmão muito sábio no uso deste instrumento musical que combina em várias oitavas musicais os 49 níveis do subconsciente, que se chamava Ayatapan. É necessário, pois, usar a música para nosso desenvolvimento interno, os mantrams e a verdade são o verbo, assim a corrente do som nos converterá em verdadeiros instrumentos para sua ação ação criadora. Ao dia seguinte desta reunião, acompanhei o Mestre Samael ao correio do D. F.; me encontrava cavilando sobre estas palavras, me sentia altamente motivado.
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CAPÍTULO 5 A DIVINA MÃE O símbolo do amor divino por excelência é o da Divina Mãe, que expressa a graça que desce do alto, quando existe uma verdadeira entrega abaixo. O Mestre sempre me fez ênfase em que nunca me esquecesse de minha Divina Mãe particular, íntima, a que cada um tem em seu interior. Só um filho ingrato se esquece de sua mãe - me dizia - e mostrando meu corpo narrava o grande processo que ela havia tido que passar para elaborá-lo, que era ela a que através de todas as mães que havia tido em todas as minhas vidas, a que me havia dado a vida, o alento vital e o amor, era ela a que me havia proporcionado nesta vida o maravilhoso corpo físico e os corpos internos lunares para minha própria evolução e desenvolvimento. O esquecimento da mãe é o erro em que caíram grandes homens, que desenvolvem uma maravilhosa personalidade, mas carecem da profundidade que dá o amor, característica de uma essência bem desenvolvida. Este foi o erro de Gurdjieff e seus seguidores, para não mencionar a outros tantos. Só se pode compreender a onisapiente e oniabarcante qualidade do amor divino quando se adora a Deus como mãe; seus cinco aspectos que são expressos na magia branca por meio do pentagrama esotérico, esotérico, estrela flamígera de cinco pontas, pontas, e são conhecidos conhecidos na Índia assim: assim: MAHA-SWARI: A imanifestada Prakriti, que impulsiona a volição de tudo, conferindo a sabedoria ao projetar o delineamento do plano criador, é a serenidade imensa da criação e a amplitude do manifestado. MAHA-KALI: Os aspectos 3 º, 5º e 7 º Binah, Geburah e Netzach da Cabala Hebraica, que não suporta a indiferença a seu chamado, pelo que submete e equilibra o karma com amor e rigor ao mesmo tempo, é a que estimula a força e o vigor em seus diferentes aspectos, conferindo finalmente a altura do espírito, orientando nossas energias pelo carisma e a força magnética. MAHA-LAKSHMI: na Cabala se expressam pelas esferas 2 ª, 4 ª e 6 ª, Chokmah, Chesed e Tipheret; sabedoria, bondade e beleza, são a divina consorte de Vishnu, o Cristo Cósmico, encerra o profundo segredo da beleza, da harmonia e o ritmo sutil da medida de todas as coisas. MAHA-SARASWATI: Seu quarto aspecto é o misterioso e invisível Daath, a esfera que se põe na Árvore da Vida Vida da Cabala, que só surge à manifestação manifestação espiritual quando quando se colocaram colocaram os fundamentos, cujas raízes estão em Jesod, ou seja, a nona esfera. É a que coordena a perfeição e a ordem, detalha a organização organização da realização final de todo fruto, é a mãe, amiga, filha, esposa, é a deusa do atleta da meditação, é a ciência, a arte, é a técnica. MAHA-DEVI-KUNDALINI: Seu quinto aspecto, a nona e décima esfera da santa Cabala, o fundamento e o reino, é o poder íntimo de cada coisa, é Diana, a caçadora, a deusa da agricultura, o fogo consumidor do Espírito Santo que nos fala a Bíblia, é a Sarça ardente do Horeb, é o vital, o mágico, o milagroso, é a virgem de Guadalupe ou as virgens que têm a lua nos pés, é a unidade do fruto interno e externo, é a que confere a armadura argentada do paladino gnóstico, é a pureza, felicidade e conhecimento do êxtase, é a plasticidade sem
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dúvidas, é a fé solar e a que exige para seu trabalho em cada quem uma submissão sem reservas e sem dúvida alguma. Em Cabala se diz que a esfera de Binah, a 3a esfera, corresponde à Divina Mãe e que contém 50 portas do entendimento, como Chokmah, a 2a. Esfera tem 32 sendas da sabedoria. Estas 50 portas são as que se tocam com a prática do rosário, isto é, levando rosas à virgem por um ário. Rosa do ário, rosário, em suas três etapas do rosário: cinco gozosos, cinco dolorosos e cinco gloriosos se entendem a etapa de possuir, a etapa do desapego e a etapa da transcendência. Falando disto, o Mestre me aclarou com um exemplo: “O mais belo exemplo da natureza – disse – que nos ensina nosso próprio processo é que quando a serpente, depois de haver possuído uma bela pele, chega o momento de mudá-la, e busca para isso um sarçal, submergindo-se submergindo-se nele para que que no processo de de entrar e sair haja uma troca de pele, ainda sendo este doloroso, mas ao sair não só deixou a pele, mas também vem com uma pele totalmente nova e radiante de beleza. O espinho sempre foi um símbolo da vontade consciente. Nosso processo poderá parecer doloroso, mas é a única maneira de conseguir a pele nova, os corpos solares, dentro dos quais se erguerá a serpente mágica de nossos poderes conscientes. conscientes. Os dois últimos mistérios do rosário r osário estão dedicados totalmente à ascensão da serpente ou a virgem aos céus e sua coroação como rainha da mansão Empírea”. Eu sabia que alguns swamis da antiga ordem saraswati, estão atualmente ensinando a técnica da meditação transcendental, da ordem monástica fundada pelo bodhisattva de Budha, o grande Mestre Shankara, aos pés dos Himalayas na legendária Índia. Também sabia de uma antiga antiga ordem ordem chamad chamadaa Vairag Vairagi. i. Pergun Perguntei tei ao Mestre Mestre se tinham tinham alguma alguma conex conexão ão,, e ele sabiamente me explicou: “Vairagi é uma palavra sânscrita que quer dizer desapego; Saraswati é a consorte de Brahma, mas não há que confundir com um matrimônio humano é para indicar o aspecto amoroso do Pai que se diz que Saraswati é sua consorte ou companheira”. Saraswati é a deusa dos gnanis ou meditadores, a deusa dos autênticos gnósticos, é a Shakti potencial que o une a seu Atman inefável, a que o leva pela senda de pureza da guna sattva, a que consegue a unidade de Shiva-Shakti, a que o converte em uma serpente de fogo. Shankara, o grande Mestre hindu, foi seu devoto, por isso se diz da ordem saraswati. Shankara também desceu à nona esfera; dele se conta uma história que podes corroborar com qualquer de seus seguidores... Em seu afã de coordenar e unificar o pensamento hindu em sua época, que estava diversificando muito a pureza do monismo, tal Mestre se encontrou com outro Mestre com o que se pôs de acordo em que se as dissertações de um ou do outro fossem superiores, o vencido ficaria como discípulo do vencedor. Shankara venceu por possuir um brilhantismo extraordinário, mas a esposa do vencido alegou que na Índia um casamento se considera como uma unidade, portanto só havia derrotado a metade deles. Ela, disposta a vencer ven cer Shank Shankara ara,, lhe fez pergu pergunta ntass dificí dificílim limas as sobre sobre a que questã stãoo sexual sexual.. Shanka Shankara, ra, ao reconhecer sua ignorância sobre alguns assuntos, conseguiu uma trégua de 30 dias, que usou, de acordo com seus discípulos mais chegados, para pôr seu corpo em estado cataléptico e incorporar-se no corpo de um rei chamado Amaruka, que acabava de falecer. Os súditos do rei, rei, ao vê-l vê-loo rein reinco corp rpor orar ar-se -se,, se assu assust star aram am,, mas mas logo logo acei aceita tara ram m o caso caso como como uma uma ressurreição. O realmente escabroso para Shankara foi que, desconhecendo os mistérios do sexo, tinha que se enfrentar a um harém de 100 mulheres que possuía o rei Amaruka. Foi à favorita, que era uma grande Mestra, quem lhe ensinou os segredos do Sahaja Maithuna e o ajudou a levantar suas sete serpentes. Só assim pôde este grande Mestre monista vencer a esposa do Mestre que já anteriormente havia vencido. Fundação Samael Aun Weor – www.fundasaw.org.br
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Ramakrisna, o grande sábio e iniciado hindu, foi um grande devoto da Divina Mãe em seu segundo aspecto, sua Bhakti ou devoção por ela era tão grande que viveu grande parte em estado de shamadi ou êxtase outorgado pela Divina Mãe, nos deixou em seus ensinamentos uma narração simples, mas valiosa para compreender os três aspectos da Prakriti ou natureza, os três aspectos da natureza - dizia ele - Sattva, Rajas e Tamas; pureza, emoção e inércia são semelhantes a um homem que entrou em um bosque onde foi atacado por três ladrões, um o queria matar com um punhal, outro o amarrou e outro só viu ou foi testemunha, eles se foram; f oram; pouco depois regressou o que havia sido só testemunha e o desamarrou e encaminhou a seu destino; estes ladrões são as gunas ou modos da natureza. A inércia nos incapacita e nos pode levar à morte, a emoção nos ata pelo afã de lucro, de aquisição e de apego, a pureza nos encaminha e leva ao caminho, mas também há que transcendê-la ““. As mulheres santas nos devem servir de exemplo para compreender a Deus como mãe, na Bíblia Bíblia estão estão Ruth, Ruth, Eva, Eva, Raquel Raquel,, Ester, Ester, Marta, Marta, Maria Maria Madale Madalena na,, a samar samarita itana na.. Elas Elas são são símbolos do amor divino e sua forma de operar no aspecto sagrado das coisas. Na oração católica Deus te Salve Maria (o Salve) termina com as palavras: “roga por nós agora e na hora de nossa morte... amém”, referindo-se não só à morte física, mas também à morte do ego, pois morrendo o ego, se torna órfão dos apetites mundanos e só sua Mãe Divina o pode consolar ou rogar que passe às vivências transcendentais do Ser. Finalizo este capítulo com a oração dedicada à Divina Mãe, chamada a Magnífica: “Glorifica minha alma, senhor, e meu espírito se regozije em Deus, meu salvador, ·pôs seus olhos nesta humilde serva; desde hoje me chamarão ditosa todas as gerações”. O senhor fez maravilhas em mim, Santo é seu Nome. Seu amor se estende por gerações sobre os que o temem. Mostrando o poder de seu braço, dispersei os soberbos, arroja aos poderosos de seu trono e exalta os humildes. Encheu de bens os famintos, despede os ricos com as as mãos vazias. Acolhe em Israel seu servo, recordando seu amor a seu filho Abraão e a promessa feita a vossos pais, ao Filho e ao Espírito Santo, como era em um princípio, agora e sempre pelos séculos dos séculos... Amém”.
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CAPÍTULO 6 A ESPOSA SACERDOTISA Alguém disse: “Um homem constrói mil exércitos, uma mulher mulher constrói um lar”. Não posso deixar de dedicar um espaço à esposa esposa sacerdotisa, porque sentiria que o pouco que desejo contribuir está vazio da força que o inspira. O que o homem possa conseguir em sua existência, o deve a sua esposa. Somente com a esposa se adquire sensibilidade para a comp compre reen ensã sãoo das das cois coisas as que que o inte intele lect ctoo não não dá, dá, some soment ntee com com a espo esposa sa se adqu adquire ire a predisposição para para as coisas do espírito. Com a espo Com esposa sa sace sacerd rdot otis isaa se expe experi rime ment ntaa o mais mais alto alto grau grau da bele beleza za,, expr expres essa sado do na sublimidade do amor. Todo Todoss cheg chegam amos os a mome moment ntos os em que que noss nossaa pouc poucaa forç forçaa nos nos subm submer erge ge em long longos os estancamentos, como vítimas da inércia, apatia e desconsolo. É então quando minha esposa é o estímulo de confiança que me dá a vida, me levanta e me recorda o compromisso que tenho comigo mesmo; da mesma forma reconheci à grande companheira que deu a vida ao Mestre Samael, sua própria esposa sacerdotisa. Ela o levantou do lodo da terra como bodhisattva caído que era. Diz-se constantemente que detrás de todo grande homem se encontra a presença de uma grande mulher, e o caso do Mestre não foi uma exceção. Há muitos detalhes, virtudes, qualidades, que ela, por sua natureza libriana, possui com espontaneidade; sua simplicidade, sua lealdade, sua clareza no trato, sua adaptabilidade a qualquer circunstância, na pobreza ou na abundância, sua grande paciência para lidar com um diabo como como era o Mestre quando quando esteve esteve caído. Os lauréis do triunfo, da conquista, não são só dele, são dela também; seus próprios filhos sabem de seu rigor e sua clareza para chamar às coisas por seu nome, ou seja, sua valiosa franqueza. Assim como todo diretor de orquestra necessita de uma batuta, ou o capitão de um barco necessita da bússola, assim o Mestre necessitou de sua esposa para retomar o caminho de regresso ao Pai. É evidente que ela é uma das cinco virgens prudentes da parábola evangélica, seu exemplo pode ajudar, vitalizar, estimular e ampliar o horizonte de amor de toda aquela esposa que esteja colaborando com seu esposo seja este missionário ou não. A mulher reta encontrará nela uma verdadeira amiga, toda mulher incorreta sentirá nela o rigor de um juiz do karma. Em suas conversas, o Venerável Mestre nos afirmava que a mulher fecunda a psique do homem, todo homem fecundado psiquicamente por sua esposa sacerdotisa, pode brindar em cada uma de suas realizações progressivas na taça pletórica do amor. A mulher com suas sutilezas, seus belos detalhes, com a profundidade de seu amor, nos confere a capacidade de aprofundar nos simples ou complicados problemas da vida cotidiana, dando-nos a elasticidade e a visão que tanto necessita o aspirante à iniciação. Nos 28 anos que levo de compartir a vida com minha esposa sacerdotisa, por ser ela uma das filhas do Venerável Mestre é, de fato, uma excelente assessora para o trabalho esotérico Fundação Samael Aun Weor – www.fundasaw.org.br
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gnóstico; ela empapa a todos os que integramos nossa família com a sábia presença do avô de meus filhos. Nos narrou muitas histórias e detalhes da diabrura que possuía o Mestre quando iniciava seu processo e como foram todos um por um morrendo dentro do calor do lar com a ajuda de sua Venerável esposa (Mestra Litelantes). Nossa companheira é o espelho mais próximo que Deus nos proporciona para que possamos ver-nos tal e qual somos na vida cotidiana. É o espelho do que nos fala o apóstolo Santiago em sua Epístola Universal, capítulo 1, versículo 23, que diz: “Aquele que escuta a palavra sem a realizar é como o homem que olha seu rosto em um espelho, vê a si mesmo, mas quando sai dali se esquece de como era. Mas o que não esquece o que ouve, senão que se fixa atentamente à lei perfeita, que é a lei que nos traz liberdade, e permanece firme cumprindo cumprindo o que ela ela manda, será feliz feliz no que faz”. Desde meu início de estudante do grau elementar, estive cheio de idéias equivocadas sobre o que é o casamento. Através do tempo vim aprendendo que nossas idéias maravilhosas e ilusórias sempre ficarão estancadas nesse estado, se não mudamos firmemente nossa atitude pelo trabalho sério e constante. A relação com nossa esposa vai marcando a pauta do que devemos e não devemos fazer. Minha esposa tem uma alma muito bela, é muito sensível e doce, em meu caso particular isso me ajudou muito a caminhar com suavidade o sendeiro que para outros foi com dureza, aspereza, indiferença, etc., também isso é necessário para o que não tenha tido minha sorte. Desejo dedicar, muito sinceramente, a todas as esposas sacerdotisas que estejam dedicadas ao trabalho trabalho esotérico esotérico gnóstico, gnóstico, a transcriçã transcriçãoo das palavras palavras que um dia nos legou o Veneráve Venerávell Mestre, ao pedir-lhe que nos falasse f alasse acerca do amor. Nos falou dizendo o seguinte: “O amor é a união de dois seres, um que ama mais e outro que ama melhor. O amor é a melhor religião exeqüível”. Hermes Trismegisto, o três vezes grande Deus Íbis de Thot, escreveu na Tábua de Esmeralda: “Te dou amor, no qual está contido todo o summum da sabedoria”. Realmente, o amor em si mesmo é o extrato de toda sapiência. Está escrito que a sabedoria, em última síntese, se resume em amor, e o amor em felicidade. f elicidade. Quando o ser humano ama se torna nobre, caridoso, filantrópico, serviçal, se encontra em estado de êxtase. Se estiver ausente do ser que adora, bastaria um simples lencinho, um retrato, um anel ou qualquer lembrança para entrar em estado de êxtase. Assim é o amor. O amor é uma efusão, uma emanação energética que flui do mais profundo da consciência. É um sentido superlativo da consciência. consciência. A energia cósmica que flui do fundo de nosso coração estimula as glândulas endócrinas de nosso organismo e as põe a trabalhar. Então muitos hormônios são produzidos e inundam os canais sangüíneos e nos enchem de uma grande vitalidade. Na Grécia antiga, a palavra hormônio significa ânsia de ser, força de ser. Observemos um ancião decrépito, bastaria colocá-lo em contato com uma mulher, bastaria que estivesse enamorad enamorado, o, para que misticame misticamente nte se exaltasse exaltasse.. Suas glândula glândulass endó endócrina crinass produziria produziriam m abu abundan ndante tess horm hormôônio nios, que que inun inunda danndo os cana anais san sangüín güíneeos o rev revital italiz izar aria iam m extraordinariamente. extraordinariamente. Assim é o amor. Em realidade de verdade, o amor revitaliza. O amor desperta em nós inatos poderes do Ser. Quando verdadeiramente está enamorado, o ser humano se torna intuitivo, místico. Em tais instantes pressente o que em um futuro lhe há de suceder, e muitas vezes exclama:
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Me parece que isto é um sonho! Temo que mais tarde encontrarás outra pessoa em teu caminh caminho! o! Tais Tais presse pressenti ntime mento ntoss intuit intuitivo ivoss atravé atravéss do tempo tempo e da distân distância cia se cumpre cumprem m exatamente. Assim é o amor. Na Europa e Estados Unidos existe uma ordem maravilhosa. Refiro-me à Ordem do Cisne. Tal instituição analisa cientificamente os processos disso que se chama amor. Na Índia, o amor sempre foi simbolizado pelo cisne Kalahamsa, que flutua maravilhosamente sobre as águas da vida. Realmente, o cisne alegoriza em forma enfática a felicidade inefável do amor. Observemos um lago cristalino onde o cisne se desliza sobre as puríssimas águas nas quais se reflete o céu. Quando um do casal morre, o outro sucumbe de tristeza. Assim é o amor, que se alimenta com amor. Amar! Quão grande é amar! Só as grandes almas podem amar e sabem amar. Assim disse um grande pensador. Observemos as estrelas girando ao redor de seus centros de gravitação universal. Atraem-se e repelem de acordo com a lei de imantação cósmica. Se amarem e voltam novamente a amar. Muitas vezes se viu que dois mundos se aproximam, resplandecem, brilham no firmamento da noite estrelada. De pronto algo sucede, uma colisão de planetas, exclamam os astrólogos desde desde suas suas torres torres marav maravilh ilhosa osas. s. Amor, Amor, sim, sim, se aproxi aproximar maram am demas demasiad iado, o, fundir fundiram am suas suas massas, se integraram com a força do carinho, se converteram em uma nova massa. Eis aí o milagre do amor no firmamento. Observemos a flor. Os átomos das moléculas na perfumada rosa de ambrósia, banhada pelos raios da lua na noite estrelada, à margem da fonte cristalina, nos falam de amor. Giram esses átomos ao redor de seus receptivos centros nucleares. Obviamente, a molécula em si mesma é um sistema solar em miniatura, porque os átomos ali giram ao redor de seu centro de gravitação, como os planetas ao redor do sol, levados por essa força maravilhosa que se chama amor. Está escrito que se todos os seres humanos, sem diferença de raça, sexo, casto ou cor, abandonassem sequer por um minuto seus ressentimentos, suas vinganças, suas guerras, seus ódios, e se amassem entranhadamente, entranhadamente, até o veneno das víboras desapareceria. desapareceria. E é que o amor é uma força cósmica, uma força que surge do vórtice de todo núcleo atômico, uma força que surge de qualquer sistema solar, uma força que surge de qualquer galáxia, uma força extraordinária, que devidamente utilizada, pode realizar prodígios e maravilhas, como os que realizaram o divino Rabi de Galiléia em sua passagem pela terra. Assim é o amor. O beijo em si mesmo visto por muitos de forma doentia, é em realidade de verdade a cons consag agra raçã çãoo míst místic icaa de duas duas alma almas, s, ávid ávidas as de expr expres essa sarr em form formaa sens sensív ível el o que que inte interi rior orme ment ntee vive vivem. m. O ato ato sexu sexual al é a cons consub ubst stan anci cial aliz izaç ação ão do amor amor no real realis ismo mo psico-fisiológico de nossa nossa natureza. natureza. Na Ásia, jamais se levantaram monumentos aos grandes heróis, nem a um Gengis Kham com suas cruentas batalhas, mas ao amor, à mulher. É que os asiáticos compreenderam que só mediante a força do amor podemos transformar-nos radicalmente. radicalmente. A maternidade, o amor, a mulher, eis aí algo grandioso, que ressoa no coral do espaço em forma sempre perene. A mulher é o pensamento mais belo do criador feito carne, sangue e vida.
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Um quadro bonito nos fascina, um belo pôr de sol nos encanta, um eclipse observado de qualquer ângulo nos deixa admirados. Mas a mulher, de imediato provoca em nós a ânsia de possui-la, a ânsia de fazer-nos unos com ela, a ânsia de de integrar-nos com ela para para participar da plenitude do universo. No entanto, não devemos em modo algum olhar o amor e a mulher em forma doentia. Devemos recordar que o amor em si mesmo é puro, santo e nobre. Quando alguém profana a mulher com o olhar mórbido, indubitavelmente marcha pelo caminho da degeneração. Devemos vê-la em toda sua plenitude natural. A mulher, nascida para a santa predestinação, é a única que pode liberar-nos, os homens, das cadeias da dor. O homem para a mulher é algo similar. Ela vê no homem toda esperança, toda proteção e ela quer completar-se no homem. Ela vê nele precisamente o princípio masculino eterno, a força mesma que pôs em atividade tudo o que é, tudo o que foi, tudo o que será. Homem e mulher são, em realidade de verdade, as duas colunas do templo. Não devem estar exageradamente perto, nem tampouco exorbitantemente longe. Deve haver um espaço como para que a luz passe entre deles. deles. Quando se compreende isso que se chama amor, sentimos que deve existir no fundo do sexo um algo que pode trazer-nos em realidade a iluminação, uma questão mística, que poderia transformar-nos em super-homens. Não há quem não pressinta que mediante o amor se pode mudar. E em verdade, só mediante essa força maravilhosa é possível mudar. Adão e Eva saíram do paraíso terrenal juntos, e juntos, abraçados, devem regressar ao paraíso. Adão e Eva saíram do Éden por haver comido do fruto que se disse “não comereis”. É óbvio que deixando de comê-lo voltaremos ao Éden. Se pela porta do sexo saímos do Éden, só por essa porta maravilhosa poderemos retornar ao Éden. O Éden é o mesmo sexo”. Concluo este capítulo enfatizando o respeito que devemos observar para com nossa esposa sacerdotisa, consumando-o consumando-o com a admiração e o agradecimento.
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CAPÍTULO 7 O ARCANO A.Z.F. Arcano quer dizer mistério. O mistério do arcano A.Z.F. é a união do primeiro e do último por meio do fogo. O Mestre nos indicou o seguinte: A Z
Água (a prim Água primei eira ra letr letraa do do alf alfab abet eto, o, o pri prime meir iro, o, o Alf Alfa) a).. Enxo Enxofr free (zu (zulp lphu hur, r, a últi última ma let letra ra do do alf alfab abet eto, o, o últi último mo,, o Ôme Ômega ga). ).
F
A letra que indica o fogo.
É como dizer Eu Sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o último unido pelo fogo do Espírito Santo. A primeira vez que li as frases do Mestre onde explicava a magia sexual, fiquei perplexo, assombrado, impressionado. impressionado. Realmente, não sei que palavras empregar pelo estado interno de emoção que me embargou ao descobrir, pela primeira vez, a chave que me possibilitaria conseguir em mim uma verdadeira transformação espiritual. Detalho em seguida as palavras do Mestre em seu livro Rosa Ígnea: “O homem saiu do paraíso pela porta do sexo e só por essa porta o homem pode entrar no paraíso”. Todo segredo se acha no Lingam-Yoni dos mistérios gregos. Na união do phalo phalo e do útero se encerram os grandes grandes segredos do fogo universal universal de vida. Pode haver conexão sexual, mas não deve ejacular-se o sêmen. O desejo refreado encherá nosso cálice sagrado com o vinho de luz. Me dei logo conta de que toda a informaçã informaçãoo que possuía intelectua intelectualmen lmente te e que comentava comentava continuamente com meu irmão Paco, se tornava imensamente útil, já que me permitia fazer com esta chave uma síntese maravilhosa. A “Doutrina Secreta” de Madame Blavatsky, sua “Ísis sem Véu”, informação teosófica; “Rosacruz” de Krum Heller; a “Vida Divina” de Sri Aurobindo”, as jóias espirituais de Vivekananda, Vivekananda, de Ramakrishna, de Sivananda, a sabedoria dos grandes yogues; o Budhismo, o Zen de Krishnamurti em sua forma tão livre de expor; a doutrina de Gurdjieff, etc., etc., etc. Analisei-me rapidamente no referente à minha vida íntima, a qual relacionava com minha vida sexual, como todo homem que anela ser culto, possuía também a informação de Sigmund Freud, sua teoria da psicanálise da libido sexual, de sua interpretação dos mitos como o de Édipo, de Electra e outros. Havia me identificado neste sentido com seu discípulo, o grande doutor Jung, a quem tacham de místico; me pareceu sumamente interessante seu livro “Símbolos e Transformação da Libido”. Jung fala aqui precisamente de um dos aspectos muito interessantes do ensinamento gnóstico, o símbolo da Mãe, em seu aspecto terrível e em seu aspecto amoroso, mostra de forma muito curiosa uma fotografia de um dos deuses egípcios, com o falo em estado de ereção e abaixo esta frase: “O dador da razão”.
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Sempre me pareceu enaltecedora toda cultura que falasse claro sobre o aspecto sexual, posto que é uma das forças que mais atormentam o homem, pelo menos a mim, como dizia anteri anteriorm ormen ente. te. Na análi análise se de minha minha vida vida íntima íntima,, record recordoo como como passe passeii por períod períodos os de dolorosa introversão em minha adolescência, por falta de uma verdadeira orientação, quando visitava com meus amigos, também adolescentes, os bordéis, os lupanares, os bares onde se fomentava a fornicação em suas formas mais involutivas. Agora penso que, como dizia o Mestre: “é bom meter a pata, para saber onde há que tirá-la”. Infeliz de minhas horas louca, tempos ido de moço ignorante, recordo que praticava a meditação como indicavam os livros de yoga, mas com 15 dias de prática me assaltavam não só pensamentos luxuriosos, mas minha própria natureza reclamava a necessidade de um corpo feminino. Achava então que nunca poderia dedicar-me ao espiritual ou a uma busca do divino em nenhum sentido, que isso era para outros. O caso é que quando conheci o segredo sexual do Maithuna ou magia sexual, renasceu meu anelo de obter um contato com minha realidade íntima. Há uma frase sânscrita nos livros sagrados da Índia, que me repetia e que só pude entender ao já saber a chave da magia sexual: “ Leeyathe gamyamithi lingam”, traduzido quer dizer: “aquele que se funde na meta é ligam”... Assim como em um dicionário vi a definição do que é êxtase: “êxtase é a união sexual com Deus”; isso tem um fundo esotérico profundo. Poderia enumerar muitas frases, citações de livros antigos, símbolos, etc., que adquiriram em minha vida um valor sagrado. A vida em sua pura essência vital, como é a sexual, me impuls impulsion ionou ou a tomar tomar mais mais caute cautela, la, mais mais reverê reverênci ncia, a, incorp incorpora orando ndo em minha minha própri própriaa e insignificante pessoa toda a majestade do criador. Ainda sem praticar a magia sexual, ao incorporar em meu ponto de vista este aspecto sexual sagrado, minha compreensão veio a ser mais elástica, dúctil e com um horizonte de amor consciente, me senti vasto como o mar, como o espaço; os quebra-cabeças que há tanto tempo queria resolver se aclarou, a peça que faltava apareceu. A leitura bíblica que sempre me pareceu tediosa, então tomou atração e com renovada atitude li novamente o gênesis, (a origem dos genes), vi o drama de Adão e Eva como meu próprio drama, entendi que o evangelho é a mensagem que dá o verdadeiro valor à mulher, por isso se compõe das palavras: Eva-anjo-io. Moisés, o grande profeta judeu, se agigantou em minha consciência. No cap.15, vers.16 do Levítico indica claramente: “Quando o homem tiver emissão de sêmen, lavará todo seu corpo e será imundo até a tarde”, no Livro de Reis estudei a construção do templo, tão belamente descrito, Salomão, Hiram, as colunas, a distribuição dos salários, etc., maçonaria pura; aspirei ser um verdadeiro maçom ou construtor de meu próprio templo. Degustei o Cantar dos Cantares como se faz com um bom vinho, visualizei minha futura Sulamita com seu refinamento poético, entendi o despertar do fogo sagrado nos apóstolos, sua entreg entregaa ao apost apostola olado, do, a verdad verdadee de seus seus milagr milagres; es; minha minha imagin imaginaçã açãoo se desenv desenvolv olveu, eu, compreendendo assim o cenário simbólico de mares, trovões, relâmpagos, fomes, pestes, mortes, o verbo como espada do visionário de Patmos, São João em seu Apocalipse. Um autêntico buscador da verdade jamais poderá desprezar a mensagem gnóstica, jamais poderá deixar de reconhecer a chave da liberação, a magia sexual, o sahaja maithuna, o Arcano A.Z.F. Não é a verdade, é um meio de poder realizar a verdade, é o que dá sentido à nossa vinda a este mundo relativo, a este mundo de dualidade e ilusão. Meu trabalho esotérico continua porque isto não é como ir à universidade e conseguir em 5 ou 10 anos uma carreira, mas é trabalho de uma vida, não é como soprar e encher balões, em nossa vida devem produzir-se mudanças revolucionárias constantes. Fundação Samael Aun Weor – www.fundasaw.org.br
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Recebi tanto do Mestre, dos irmãos gnósticos, da vida mesma, que não posso cruzar os braços, mas devo pôr meu grãozinho de areia para ajudar a realizar a grande obra mundial de dar a conhecer o que tanto tempo permaneceu oculto por causa das forças negativas que imperam neste mundo. Em nosso México querido, dia a dia se desvaloriza a moeda, seus dirigentes são distraídos por agentes das forças inferiores, já somente se fomentam os impulsos baixos do homem. Não é a moeda a que se desvaloriza, é o homem, porque se prostituiu, trocou sua primogenitura por um prato de lentilhas. É ao homem que faltam verdadeiros argumentos para assinalar assinalar porque é negativo o homossexualismo, o lesbianismo, a prostituição, o aborto e todos os pecados que estragam e menoscabam nossa verdadeira natureza, que é essencialmente divina. Recordo quando vivi em certo lugar do México e conheci um estudante dos ensinamentos gnósticos que se retirou dos estudos devido à sua incapacidade de trabalho na frágua acesa de Vulcano. Como ele não possuía essa capacidade que todo homem de verdadeiros anelos possui, vociferava do ensinamento por toda parte. Possivelmente Possivelmente este não seja o único caso entre os lumisiais gnósticos, mas posso dizer com toda franqueza aos que se iniciam nestes estudos, que a transmutação sexual é tão certa, verdadeira e possível como o mesmo desejo de transformação que exista em cada um de nós. Se não existe esse anelo sincero e verdadeiro seremos vítimas de nosso próprio engano. Os que estejam trabalhando em sua própria obra saberão que, ainda que seja difícil, não é impossível, e como todo processo de revolução, renovação e reintegração, as mudanças que espera esperamos mos irão irão apare aparece cendo ndo paula paulatin tiname amente nte e com elas elas obtere obteremos mos a autor autorida idade de do que digamos através de nossa própria experiência. Devo dizer-lhes, estimados companheiros do Movimento Gnóstico, que somos herdeiros de um corpo de doutrina esotérica maravilhoso, exuberante em sabedoria e conhecimento. conhecimento. Nenhuma corrente esotérica esotérica é tão completa como a Gnose, tão direta, tão determinante. determinante. Não é um ensinamento de opções ou alternativas. É a síntese de tudo e todas as coisas. É o ser ou o não ser da Filosofia. Seu aspecto de terrível importância representado pela develação que nos entrega o V.M. Samael Aun Weor dos mistérios do sexo e sua relação com a vida do ser humano, nos mostra o caminho da única e verdadeira liberação do espírito. Quando com minha esposa Ísis vivíamos em San Luis Potosí, capital do Estado de San Luis Potosí, o Mestre nos visitava constantemente, para dar força e estímulo a um grupo que havia sido formado pelo Mestre Rabolú. A este grupo se foram agregando estudantes que deram forma a uma maravilhosa instituição Gnóstica. Ao Mestre preocupava haver encontrado, nesta bela cidade, bodhisattvas de Jerarquias da Branca Irmandade, caídos, jogados no lodo da terra. Tratou muito especialmente a um deles, pelas glórias de seu passado na época maravilhosa do Egito antigo. Em certa ocasião, este amigo nos convidou à sua casa para desfrutar de uma conversa particular com o Mestre, Mestre, já que mostrava muito interesse pelos pelos ensinamentos. ensinamentos. O Mestre aproveitou a oportunidade para explicar o processo alquimista da fabricação dos corpos solares. O que nos disse então está relacionado totalmente com este capítulo, pelo que vale a pena transcrever literalmente suas palavras: “O interessante é compreender realmente de que maneira e em que forma se pode criar o homem dentro de nós mesmos; porque o erro da humanidade é crer que o homem já existe e Fundação Samael Aun Weor – www.fundasaw.org.br
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não há tal. Para ser homem se necessita possuir os corpos físico, astral, mental e causal e haver recebido os princípios anímicos e espirituais”. Os pseudo-esoteristas e os pseudo-ocultistas crêem que toda a humanidade já possui todos esses corpos, o que revela falta de idoneidade nos investigadores de tais escolas, porque se fossem idôneos na investigação superior se dariam conta de que não toda a humanidade possui tais corpos. corpos. Em nome da verdade, posso lhes dizer que eu investiguei esta questão nos mundos superiores e comprovei por mim mesmo em forma direta que nem todos os seres humanos possuem tais corpos. Fabricar os corpos astral, mental, causal e receber os princípios anímicos, é vital para poder converter-se alguém em um homem verdadeiro. Antes desse estado, não se é mais que um pobre animal intelectual intelectual condenado condenado à pena de viver. viver. Essa é a crua crua realidade dos fatos. Mas vamos ver como se cria o corpo astral, como se cria o corpo mental, como se cria o corpo causal. Isso é importantíssimo. O fundamento de toda a grande obra está na elaboração do mercúrio. E para elaborar o merc mercúr úrio io se nece necess ssit itaa um simp simple less arti artifí fíci cio, o, que que não não é mais mais que que o arca arcano no A.Z. A.Z.F. F.,, que que poderíamos formular da seguinte forma: conexão do lingam-yoni sem ejaculação do ens seminis. Quando alguém consegue por esse simples artifício transmutar a energia criadora, está de fato no caminho do êxito. Antes de tudo, o mercúrio não é mais que a alma metálica do esperma. Em alquimia o esperma é o azougue em bruto. Se diz que com esse esperma transmutado se elabora o mercúrio, que é a alma metálica do esperma. Há três classes de mercúrio: 1. O azougue em bruto, ou seja, o exiohehari ou esperma sagrado. 2. A al alma me metálica do do es esperma, qu que é o resultado da da tr transmutação do do me mesmo. Esta alma metálica é energia criadora que ascende pelos cordões ganglionares espinhais até o cérebro. 3. O terceiro me mercúrio é o mais elevado. É aquele que foi fecundado pe pelo enxofre. Em alquimia, o enxofre é o fogo sagrado. Os esoteristas orientais não ignoram que quando as correntes positivas e negativas do mercúrio fazem contato no tribeni, perto do osso coccígeo, por indução elétrica desperta uma terceira força, que é o Kundalini. Este Kundalini, estudado como fogo unicamente, fogo serpentino anular que se desenvolve no corpo do asceta, é o enxofre. Quando as correntes positiva e negativa do mercúrio fazem contato no tribeni, perto do osso coccígeo, desperta o fogo. Então, o fogo sagrado ou enxofre se mescla com essas correntes do mercúrio e de tal mescla resulta o terceiro mercúrio, que é aquele que foi fecundado pelo enxofre. Mescla de mercúrio e enxofre ascende pelo canal medular espinhal do anacoreta até o cérebro, despertando os centros superiores do Ser. O excedente desse mercúrio fecundado pelo enxofre é que vem a servir para a criação dos corpos existenciais superiores do Ser.
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Quando o mercúrio fecundado pelo enxofre cristaliza dentro de nossa psique e dentro de nosso organismo com as notas do, ré, minha, fá, sol, lá, se, se forma o corpo astral. De maneira que o corpo astral não é mais que mercúrio fecundado por enxofre. Quando, mediante uma segunda oitava dó, ré, minha, fá, sol, lá, se, cristaliza o mercúrio fecundado pelo enxofre, assume a figura do corpo mental. De maneira que o corpo mental é, assim também, mercúrio fecundado por enxofre em uma segunda oitava. Quando cristaliza o mercúrio fecundado na terceira oitava, com as notas dó, ré, minha, fá, sol, lá, se, se forma o corpo causal. Esse terceiro mercúrio é o mais importante. É o que chamaríamos Arqueus, o Arqueus grego, o famoso Arqueus. Desse terceiro mercúrio, que é o Arqueus, saem os corpos existenciais supe superi rior ores es do Ser. Ser. Tamb Também ém enco encont ntra ramo moss o Arqu Arqueu euss no macr macroc ocos osmo mos, s, o Arqu Arqueu euss macrocósmico. macrocósmico. Este Arqueus macrocósmico é a nebulosa de onde saem os mundos”.
Que é a nebulosa? “É o Arqueus macrocósmico. É uma mescla de sal, enxofre e mercúrio. Também aqui está o sal, o enxofre, e o mercúrio. O sal está contido no esperma sagrado e se sublima com as transmutações. De maneira que no Arqueus do microcosmos há também sal, enxofre e mercúrio”. Qual vem a ser o sal aqui, Mestre? “O sal está contido nas secreções sexuais, mas necessita sublimações; sublimações; de maneira que quando se realizam as transmutações também se transmuta o sal. No Arqueus do microcosmos, de onde saem os corpos existenciais superiores do Ser, há sal, enxofre e mercúrio. Da nebulosa, do Arqueus macrocósmico, dali saem as unidades cósmicas, os mundos. Aqui embaixo é igual que acima. Para que os mundos saiam se necessita a nebulosa. E para que isso suceda suceda se necessita necessita a matéria matéria prima, que é o Arqueus, que é a mescla de sal, enxofre enxofre e mercúrio. Abaixo, no microcosmos, também há que elaborar nossa nebulosa particular com sal, enxofre e mercúrio e dela surgem, como os mundos lá em cima, os corpos existenciais superiores do Ser. O que o Grande Arquiteto do Universo fez no macrocosmos, nós temos que fazer aqui em pequeno, porque tal como é acima é abaixo. Assim é como vêm a surgir os corpos existenciais superiores do Ser no homem. De maneira que se necessita criar o Arqueus dentro de nós. O Arqueus é o sal, enxofre e mercúrio dentro de nós. O Arqueus é o sal, enxofre e mercúrio, tanto acima como abaixo. Criando o Arqueus é que vêm a cristalizar tanto o físico como o astral, o mental como o causal. Com o terceiro mercúrio, o Arqueus, é que se fabricam os corpos solares. Nós o estudamos sob sob o ponto de vista alquimista, alquimista, à luz do laboratório da alquimia alquimia para chegar a compreendê-lo melhor. Que fabricou os corpos solares tem depois que aperfeiçoá-los. Para que esses corpos se aperfeiçoem se necessita forçosamente eliminar o mercúrio seco que não é outra coisa que os eus. Se alguém não elimina os eus, os corpos existenciais não se aperfeiçoam e se não se aperfeiçoam não podem ser recobertos pelas distintas partes do Ser. Para que os corpos possam ser recobertos pelas distintas partes do Ser devem aperfeiçoar-se, converter-se nos veículos de ouro puro. Mas não poderiam converter-se esses veículos em instrumentos de ouro puro se não se eliminasse o mercúrio seco e o enxofre arsenicado. Qual
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é o enxofre arsenicado? O fogo animal, bestial, dos infernos atômicos do homem. Esse fogo corresponde ao abominável órgão kundartiguador. Há que eliminar o mercúrio seco e o enxofre arsenicado para que os corpos existenciais superiores do Ser criados com o Arqueus da alquimia, possam converter-se em veículos de ouro puro da melhor qualidade. Esses veículos de ouro puro podem ser recobertos pelas distintas partes do Ser e ao fim, todos eles penetrando-se e compenetrando-se mutuamente sem confundir-se vêm a ser o envoltório para nosso Rei, Rei, nosso Cristo íntimo. íntimo. Ele se levanta levanta de seu sepulcro sepulcro de cristal quando há um envo envoltório ltório dessa classe classe e se recobre com com esse esse envo envolt ltór ório io para para mani manife fest star ar-se -se aqui aqui,, atra atravé véss dos dos sent sentid idos os,, e trab trabal alha harr pela pela humanidade. Assim é como o senhor vem à vida, surge a existência do Cristo cósmico, ou seja o magnésio interior da alquimia”.
Qual é a pedra filosofal? “A pedra filosofal é o Cristo íntimo vestido com esses corpos de ouro ou recoberto com essa envoltura de ouro. Essa envoltura de ouro formada pelos corpos é o to soma heliakon, heliakon , o corpo de ouro do homem solar”. Quando alguém possui a pedra filosofal, tem poder sobre a natureza. A natureza lhe sabe obedecer, possui o elixir da longa vida, pode conservar o corpo físico durante milhões de anos. De maneira que esse é o caminho; o caminho está na alquimia. Dentro do organismo humano sucedem coisas interessantes. Como os corpos existenciais superiores do Ser não são outra coisa que mercúrio fecundado pelo enxofre, nesses corpos de mercúrio tem que aparecer então o ouro. Mas, quem poderia fixar os átomos de ouro no mercúrio? “Não poderiam ser fixados senão por um artífice, que não é outra coisa que o famoso antimônio, o antimônio da alquimia”. O antimônio, em realidade, não é um metal desconhecido em química, mas na alquimia é uma das partes de nosso ser. Essa parte de nosso ser sabe fixar os átomos de ouro em nossos corpos de mercúrio. Assim, esses corpos de mercúrio vêm a converter-se em corpos de ouro puro da melhor qualidade. qualidade. Quando alguém possui os corpos de ouro puro, recebe a espada de ouro. Já se é um arcanjo com espada de ouro puro da melhor qualidade. Uma espada que se revolve ameaçadora lançando fortes chamas. A espada dos arcanjos. Assim, bem vale a pena fixar os átomos do ouro no mercúrio. E tudo isto se pode conseguir a condição de eliminar o mercúrio seco e o enxofre arsenicado. Se alguém não elimina o mercúrio seco e o enxofre arsenicado, simplesmente não consegue aperfeiçoar seus corpos e fazê-los de ouro da melhor qualidade. Assim, todo o segredo da grande obra consiste em saber fabricar o mercúrio até criar o Arqueus, a nebulosa íntima particular, de onde hão de surgir nossos distintos corpos”.
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Mestre: Quais são as três calcinações pelo ferro e pelo fogo? “As três calcinações pelo ferro e pelo fogo correspondem à primeira e segunda montanha e à parte superior da terceira. As três calcinações do mercúrio são três purificações pelo ferro e pelo fogo. Se chega à ressurreição do Cristo em alguém mediante três purificações. Três purificações à base de ferro e fogo. Isto está representado na cruz pelos três cravos. Os três crav cravos os simb simbol oliz izam am as três três puri purifi fica caçõ ções es de ferro ferro e de fogo fogo.. De mane maneir iraa que que há três três purificações, são três calcinações calcinações de mercúrio. A primei primeira ra calci calcinaç nação ão corres correspon ponde de à montan montanha ha da inicia iniciação ção.. A segund segundaa corres correspon ponde de à montanha da ressurreição e a terceira corresponde aos últimos oito anos da grande obra. Assim, que todo este trabalho da grande obra consiste na preparação do mercúrio. Dizem os sábios: “Dai-nos o mercúrio e o obteremos tudo”. Em síntese, o trabalho da grande obra é assim. Agora bem, como se chega à ressurreição? Convertendo-se em homem antes de entrar ao reino do super-homem. Um códice Anáhuac diz sobre o homem o seguinte: “Os deuses criaram homens de madeira e, depois de havê-los criado, os fundiram com a divindade. Mas acrescenta, não todos os homens conseguem fundir-se com a divindade”. O homem que se funde com a divindade obviamente é o super homem. As maiores parte dos iniciados chegam a converter-se em homens, mas não alcançam o estado de super-homem. Para converter-se em homem verdadeiro têm que ser criados os corpos, mas há muitos que conseguem criar os corpos e recebem naturalmente seus princípios superiores, anímicos e espirituais, isto é, se transformaram em homens legítimos, em homens autênticos. Mas cabe destacar que ainda não eliminaram o mercúrio seco nem o enxofre arsenicado, então que sucedeu? Que não aperfeiçoaram esses corpos, que não conseguiram que esses veículos fossem de ouro puro. Conseguiram criá-los, mas não conseguiram transmutar esses corpos em ouro ouro da melh melhor or qual qualid idad ade. e. Fica Ficara ram m simp simple lesm smen ente te como como home homens ns hana hanasm smus ussi sian anos os.. Hanasmussianos Hanasmussianos porque realmente não eliminaram o ego. Estes casos são de fracasso. O hanasmussen fica com duplo centro de gravidade. Uma parte da consciência é o homem interior profundo, o Ser vestido com os corpos. A outra parte é a consciência vestida e engarrafada entre os diferentes eus, formando o ego. Fica convertido em mago branco e negro ao mesmo tempo. Hanasmussianos com duplo centro de gravidade são abortos da mãe cósmica, fracassos. Andramelek é um caso de hanasmussen com duplo centro de gravidade. Alguém invoca a Andramelek nos mundos superiores e verifica que é um Trono. Mas em outras invocações, vem o mago negro Andramelek que é muito antigo. Tem duplo centro de gravidade, é um hanasmussen. hanasmussen. Um hanasmussen é um fracasso da grande obra, um aborto da Mãe Cósmica. A Mãe Cósmica é a assinatura do esperma sagrado, é a estrela resplandecente que brota do fundo do mar, do caos metálico do esperma. Stela Maris, a parte ígnea do mercúrio, nos guia, nos dirige na grande obra. Stela Maris é a virgem do mar, desse mar interior que temos, do esperma. É dali que surge a estrela generosa que é a parte ígnea do esperma, Stela Maris, é a estrela simbólica que guia a todo mago, a que dirige a grande obra, é a assinatura astral do esperma sagrado, a Mãe Divina Kundalini Shakti. Com ela se realiza a grande obra, mas se alguém não elimina o mercúrio seco e o enxofre arsenicado, não consegue fundir-se com a divindade. Se não há morte, se transforma em um aborto, em um fracasso. Por isso que a obra deve fazer-se corretamente.
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O antimônio está disposto a fixar os átomos de ouro no mercúrio com a condição de que se eliminem, com a ajuda de Stela Maris, o mercúrio seco e o enxofre arsenicado. Se assim o fazemos, o antimônio trabalha fixando o ouro nos corpos”.
Mestre, alguém passa as primeiras iniciações inconscientes? “As primeiras iniciações de mistérios menores são o sendeiro probatório. Os fundamentais em nós são as grandes iniciações de mistérios maiores, o trabalho na grande obra”. Para compreender os mistérios da grande obra se necessita receber o Donun Dei, ou seja, o Dom de Deus. Se alguém não recebeu o Dom de Deus para poder entrar na ciência da grande obra, ainda que a estude não a entende, porque não se dirige ao intelecto, se dirige à consciência. Toda Toda a ciênc ciência ia da grande grande obra vai com a consc consciên iência cia,, perten pertence ce ao funcio funciona namen mento to da consciência. “Vejam vocês como se pode falar em alquimia sobre toda a grande obra”. Mestre Samael: Qual é o simbolismo dos três reis magos no drama cósmico do grande Kabir Jesus Cristo? “O simbolismo dos três reis magos são as cores, que representam o mercúrio quando alguém está purificando os corpos no crisol sexual. Assim, dá uma cor negra primeiro, logo uma cor branca, depois prossegue prossegue com o amarelo e culmina com o vermelho. Esse é o simbolismo dos reis magos. Um é branco, um é negro e o outro é amarelo. Quanto ao vermelho, é a púrpura que os reis vestem. A estrela que os guia é precisamente Stela Maris, que nos guia no trabalho, é a que faz todo o trabalho. Obviamente, se alguém quer, digamos, converter o corpo astral em veículo de ouro puro, tem que se dedicar a eliminar o mercúrio seco. Claro que todos os eus submergidos no plano astral surgem com uma força terrível, assustadora, assustadora, horrorosa e se processam dentro de sua corrupção, e ainda que os demônios ataquem violentamente, devem ser desintegrados. Quando isto ocorre se diz que se entrou no reino de Saturno, começou o trabalho do fogo, de fogo negro, que corresponde a Saturno. Quando todos esses elementos começam a ser destruídos e desintegrados, o mercúrio do corpo astral começa a branquear-se. Assim que se tenha destruído a maioria desses elementos indesejáveis, já se recebe no astral a túnica branca. Depois há que continuar o trabalho com o mesmo corpo astral, trabalhando com o mercúrio astral, eliminando deste mercúrio o mercúrio seco. E chega desta maneira a possuir a cor amarela, a cor amarela dos grandes mistérios. Prosseguindo no trabalho, chega um momento em que já não se tem absolutamente nenhum elemento indesejável no corpo astral, quando já todo o corpo astral foi purificado e aperfeiçoado, o antimônio pode fixar os átomos de ouro nesse mercúrio, então, o corpo astral vem a ficar de ouro puro. Quando já é de ouro puro, é tragado pela Divina Mãe Kundalini e se recebe a púrpura dos reis. Vejamos, pois as cores negras, brancas, amarelas e logo a púrpura que equivale ao vermelho. O mesmo processo se dá para o corpo mental e para o causal, até que cada um desses corpos seja de ouro puro. Não poderia verificar-se a ressurreição ressurreição do Cristo íntimo no coração do homem homem enquanto esses esses corpos não estejam todos convertidos em veículos de ouro puro, assim se penetram e heliakon, o corpo de ouro do homem compenetram sem confundir-se, formando o to soma heliakon, Fundação Samael Aun Weor – www.fundasaw.org.br
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solar, que serve de envoltório para o Senhor, para o Cristo interior. Ele se levanta de seu sepulcro de cristal e vem manifestar-se aqui. Ele se envolve com o corpo de ouro e se expressa no mundo físico como um mahatma, para trabalhar pela humanidade. Esse é o objetivo. Como podemos observar, já vamos vendo o significado dos reis magos e da estrela. Quanto ao menino, esse menino é o Cristo íntimo. Menino que é adorado pelos reis magos. O Cristo íntimo, que tem que passar por todo o drama cósmico. Durante o processo da alquimia o senhor interior profundo trabalha terrivelmente. No fundo, já é dirigente da grande obra. A mesma Stela Maris trabalha sob sua direção. Ele é o chefe da grande obra. De modo que quando o senhor interior profundo terminou a totalidade da grande obra, dentro dess dessee sepu sepulc lcro ro de cris crista tal, l, nasc nascee como como cria crianç nçaa no cora coraçã çãoo do home homem. m. Ele Ele tem tem que que se desenvolver durante o trabalho esotérico. Tem que viver o drama cósmico dentro da própria pessoa e se encarrega de todos nossos processos mentais, volitivos e emocionais. Em uma palavra, se faz um homem entre os homens e sofre sofre as tentações da da carne, de todos. todos. Tem que vencer e sair triunfante. Já são todos seus veículos de ouro puro e triunfou e pode vestir-se com esses corpos e viver no mundo da carne, como todo um adepto ressurrecto, triunfante no universo. Por isso é que para o senhor interior profundo, o Cristo íntimo, são todas as honras porque só ele é digno de toda a majestade e honra, porque é nosso verdadeiro salvador. Esta é a essência do Salvator Salvandus, do que se fala no gnosticismo universal. Ele tem que salvar-nos desde dentro. Ele é o Salvador Interior, o Chefe da Grande Obra, o diretor do laboratório, o magnésio interior da alquimia, que vestido com seus corpos de ouro é a pedra filosofal, a gema preciosa, o carbúnculo vermelho. Quem possui essa pedra tem o elixir da longa vida, tem a medicina universal, tem o poder de transmutar o chumbo em ouro, os pós de projeção, etc. etc. Essa pedra é muito dúctil, elástica e perfeita. É fusível, se pode colocar dentro do fogo, como a manteiga, sem que se perca. Pode-se colocar manteiga dentro de uma panela no fogo e não se perde. Assim é a pedra filosofal, se colocada no fogo. Pode-se perder o espírito metálico da pedra, que é o Cristo íntimo. Esse espírito metálico pode evaporar-se. Quando? Quando o metal se funde. E quando se funde? Quando se derrama o vaso de Hermes, se funde o metal, há uma redução metálica do ouro e é indubitável que o magnésio interior se escapa. Ali se diz que o sábio perdeu a pedra filosofal, que a dissolveu na água. Falando em outra linguagem, fora da grande obra, diria que aí o bodhisattva cai. Em alquimia se diz claramente, que se joga a pedra na água. Que se dissolve em água no dia sábado. Entendam que sábado é Saturno, ou seja, o reino da morte. Quem dissolve sua pedra na água, perde sua pedra. Todo o Gênese está relacionado com a grande obra. O primeiro dia do Gênese corresponde ao trabalho no abismo e ao primeiro selo no Apocalipse. O segundo dia do Gênese corresponde ao trabalho das águas, o corpo vital. O terceiro dia do Gênese corresponde ao astral. O quarto dia do Gênese, ao mental. O quinto dia, ao causal. O sexto dia do Gênese corresponde ao selo do Apocalipse, ao búdhico ou intuicional. Logo o sétimo selo, o sétimo dia da criação, é o dia do descanso. O trabalho se faz nos seis dias ou períodos de tempo, ao sétimo há descanso e ao oita oitavo vo vem vem a ress ressur urre reiç ição ão do Senh Senhor or.. De mane maneira ira que que o Gê Gêne nese se e o Ap Apoc ocal alip ipse se se complementam. A grande obra, em síntese, se realiza em oito anos. A parte superior da grande obra são oito anos, ainda que o período de trabalho de preparação são muitos mais. Mas já a última síntese,
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o último período em que se conclui a grande obra é de oito anos. Os oito anos de Jó, os oito anos maravilhosos. Sete dias e no oitavo há ressurreição. A obra se realiza, pois em períodos de tempo, mas tudo isso se pode realizar em toda uma existência bem aproveitada. O Gênese e o Apocalipse são textos de alquimia. O Gênese é para ser vivido agora mesmo em nosso trabalho íntimo e também o Apocalipse. O Apocalipse é um livro da alquimia, da sabedoria”.
Mestre Samael: o Apocalipse está desvirtuado nas diferentes traduções? “Este é o único com o qual ninguém se meteu. Ninguém o entende, ninguém se mete com ele, pôde se salvar da desgraça. desgraça. Mas a grande grande obra está no Apocalipse, Apocalipse, esse é o livro da sabedoria, sabedoria, o livro onde estão as leis da natureza. Mas cada um tem seu próprio Apocalipse interior. Existe o Apocalipse de Pedro, o de João, o de Paulo e também existe o Apocalipse de cada um de nós. Cada um tem seu próprio Apocalipse. Cada um tem seu próprio Apocalipse e há duas formas de vivê-lo: ou o vivemos dentro de nós mesmos fazendo a Grande Obra, ou o vivemos com a natureza, com a humanidade em geral. A humanidade atual já rasgou o sexto selo, está aguardando, seguramente, rasgar o sétimo. Quando isso aconteça, haverá um grande tremor, virá o cataclismo final, a destruição total desta raça. Se vive isso dentro de si, é pavoroso, e culmina com o Mestre ressurrecto. Os sete selos representam os sete corpos: físico, etérico, astral, mental, causal, o búdhico, e o átmico. O Apocalipse é interior profundo e é para ser vivido dentro de si mesmo. O mesmo que os evangelhos. evangelhos. Os quatro evangelhos de Cristo são alquimistas e são para serem vividos dentro de si mesmo, já que o Cristo está dentro de si mesmo, dentro de si mesmo se deve encontrá-lo. Ele é o diretor de todo o trabalho de laboratório”. O Jesus histórico existiu, Mestre? “O Jesus Cristo interior existe e o histórico também existiu. O mérito dele foi que deu a conhecer a doutrina do Jesus Cristo Íntimo particular de cada um de nós, ali está seu mérito. Propagou a doutrina do Cristo Íntimo”. O mérito de Buda, por exemplo, está em que ensinou a doutrina do Buda íntimo. Jesus de Nazaré faz conhecer a doutrina do Jesus Cristo íntimo de cada um de nós. Por isto é Jeshua: Jeshua é Salvador. A Mãe Divina Kundalini, antes de ser fecundada, é a Virgem Negra que está nos sótãos de todos os monastérios Góticos. A ela se honra com velas, com velas de cor verde, com a esperança de que algum dia desperte o leão verde, o fogo. Mas já fecundada pelo Logos, é a Divina Mãe, a divina concepção com o menino entre seus braços. Esse menino que desce se faz filho da Divina Mãe, a Divina Mãe da pessoa, aguardando o instante de entrar em nosso corpo para começar o processo da grande obra. O Salvador de cada um de nós, o Jesus Cristo interior, é o que conta, nosso Jeshua íntimo, nosso salvador, cada um de nós tem que encontrar seu salvador interior. Mestre: Jesus encarnou o Cristo? Jesus de Nazaré, o Grande Kabir Jesus, o fez a grande obra e falou do Jesus Cristo íntimo, que é o senhor da obra. O drama cósmico é o que tem que viver nosso senhor interior, dentro de Fundação Samael Aun Weor – www.fundasaw.org.br
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nós mesmos, aqui e agora, no trabalho da grande obra. Os três traidores, por exemplo, que são Judas, Pilatos e Caifás, são três demônios. Judas é o demônio do desejo e cada um o carrega em seu interior. Pilatos é o demônio da mente, que sempre encontra justificação e evasivas para seus piores delitos. E quanto a Caifás, é o demônio da má vontade em cada um de nós, o traidor que troca o Cristo, melhor dizendo, que prostitui à religião. Caifás é um sacerdote. Que é o que faz? Converte o altar em um leito de prazer e copula com as devotas e vende sacramentos, etc. Definitivamente Judas, Pilatos e Caifás são os três traidores que traicionam ao Cristo íntimo. Eles são os que o entregam à morte e todos os milhões de pessoas que pedem sua morte são os eus da pessoa que grita: Crucifica! Crucifica! Crucifica! Sim, nosso Senhor Interior Profundo é coroado com coroa de espinhos e é açoitado. Isso o pode ver todo místico. Por último, é crucificado, desce da cruz e é colocado em um sepulcro. Depois, com sua morte mata a morte e ressuscita vestido com seus corpos de ouro e possui seu corpo especial terrenal; eis aí o mistério da pedra filosofal, feliz do que a tenha, pois é um Mestre ressurrecto. São mistérios do evangelho para serem vividos aqui e agora, dentro de nós mesmos. A vida, paixão e morte de Nosso Senhor Senhor Jesus Cristo não não é algo estritamente estritamente histórico, como crêem crêem as pessoas, é algo de atualidade imediata que cada um tem que realizar em seu trabalho de laboratório. Essa é a crua realidade do Cristo, não é algo da história do passado, que aconteceu faz dois mil anos são algo para viver agora e dou testemunho de tudo, pois tudo isto tenho estado vivendo. Nestes precisos instantes, instantes, meu senhor senhor interior profundo está em seu santo santo sepulcro. No ano de 1978, meu senhor interior profundo ressuscitará em mim e eu nele, para poder fazer a gigantesca obra que há que fazer pela humanidade. E será ele que a fará, não minha insignificante pessoa, que não é senão um instrumento. Ele é em si perfeito e ele a faz porque é perfeito. De maneira que dou testemunho do que me consta, do que vivi. O Gênesis é o livro dos gnósticos. Esta é a crua realidade. Eu o encarnei faz muito tempo nasceu em mim como um menino pequeno quando recebi a iniciação de Tipheret. Depois teve que crescer e desenvolver-se. Teve que passar por todos seus dramas, dentro de mim mesmo, de modo que ao falar desta forma, falo porque conheço. Agora, neste Agora, neste momen momento, to, depoi depoiss de haver haver passad passadoo pelo pelo calvá calvário rio,, ele está está em seu Santo Sepulcro. Vou até lá de vez em quando beijar a lápide de seu sepulcro, aguardando sua ressurreição, até 1978 ficará ressurrecto pela terceira vez. Digo pela terceira vez porque eu fiz a grande obra três vezes. A fiz no passado Mahamanvantara, ou seja, na terra lua, antes que esta cadeia terrestre houvesse surgido à existência. Depois, na Lemúria, com aquela revolta dos anjos que caíram na geração animal, claro, isso foi na Lemúria, o continente Mu. Então eu também cometi o erro, como Dhyani bodhisattva, de cair na geração animal. Perdi a pedra filosofal, mas na mesma Lemúria, a fiz surgir. Depois na meseta central da Ásia, cometi o erro, como fez o Conde Zanoni, de tomar esposa quando já me estava proibido. Então tornei a jogar a Pedra Filosofal na água. Agora, nesta nova existência, fiz a grande obra, está para culminar a ressurreição do senhor pela terceira vez... Pela terceira vez! De modo que já a fiz três vezes. Assim, tenho experiência, conheço o caminho... Conheço o caminho...
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O que quero dizer é uma grande verdade: quando na lua elaborei a Pedra Filosofal pela primeira vez, a pedra foi poderosa. Quando a elaborei pela segunda vez, foi mais forte, agora que a estou elaborando pela terceira vez será ainda mais forte. Isto devido à experiência adquirida, e aí há um princípio inteligente que devemos entender. Um homem deve lutar muito por transformar-se até a união com Deus, até aí progride, mas depois que chega à união com Deus, que Deus se manifesta nesse homem, se esse homem quer progredir, tem que retrogradar, ou seja, jogar a pedra na água".
E que sucede com a pedra? Quando a pedra volta à vida, volta mais poderosa, mais penetrante, é algo extraordinário. Há homens que a fazem até sete vezes. Além das sete vezes é muito perigoso, se pode cair em maldição. Eu o fiz três vezes, mas francamente não o farei uma quarta, não quero expor-me a perder muito. É demasiado demasiado doloroso! Na meseta central da Ásia, quando lancei a pedra na água pela terceira vez, dizia para mim: Quanto lutei através dos séculos para voltar a levantar-me, que karmas tão espantosos, que amarguras tão terríveis! Só agora, depois de haver sofrido muito, mas muito, está a Pedra Filosofal outra vez renascendo, em 78 estará renascida. Passei toda a história da raça Ária para voltar a levantá-la. levantá-la. De modo que é muito doloroso, é um processo muito muito doloroso. Há adeptos que querendo fazer a pedra mais penetrante e poderosa, intencionalmente descem, não caem, mas descem”. E como descem? “Tomam esposa quando já não lhes está permitido. Mas não ejaculam o licor seminal e sob a direção de um guru trabalham com todas as regras do arcano A.Z.F. Perdem, então, a pedra. Depois de certo tempo voltam a dar vida à pedra. Fazem a grande obra, fica a pedra mais forte ainda”. Há que estabelecer a diferença que existe entre uma caída e uma descida. Eu não desci, caí intencionalmente. Meus três casos foram caídos, não descidos. Na meseta central da Ásia, cometi o mesmo erro do Conde Zanoni, tomei esposa; esta é a história proibida e isto eu fiz. Digo-lhes, depois da experiência dos séculos, que assim é como se realiza a grande obra. Recordemos a Ave Fênix, é maravilhosa, coroada com coroa de ouro e suas patas e penas todas de belíssimo ouro puro. A natureza lhe rendia culto. Cansada de viver milhões de anos, decidiu fazer um ninho de ramos de incenso, de mirra, nardos e outros ramos preciosos e o certo que ela se incinerou. A natureza sempre é assim, mas depois, de suas próprias cinzas, a Ave Fênix renasceu mais poderosa. Assim há que fazer com a grande obra, já que a pedra jogada na água água fica afogada”. afogada”. Venerável Mestre, a vara de Moisés que se transformou em serpente, que é? “Assim como Moisés converteu a vara em serpente, também temos que converter a vara em serpente. Assim como Moisés levantou a serpente sobre a vara, e ela se converteu na vara mesma, assim também necessitamos levantar a vara dentro de nós mesmos. O Filho do Homem é o Cristo Íntimo. Há que levantá-lo dentro de nós mesmos; levantá-lo é criar os corpos existenciais superiores do Ser. Temos que viver tudo aqui, encarnando o Cristo Íntimo. Vem a viver neste mundo e é perseguido e cresce como um homem entre os homens e sofre todas as tentações; muito trabalhoso”. Fundação Samael Aun Weor – www.fundasaw.org.br
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Ele tem que encarregar-se de todos nossos processos mentais, volitivos e emocionais, sexuais e de todo tipo de funções. E se converte em homem, pois consegue vencer todas as trevas, eliminar os eus e triunfar dentro da pessoa. Ele é digno de toda glória, o Senhor é o Salvador, por isso é digno de toda honra; os vinte e quatro anciãos, as vinte e quatro partes de nosso ser interior profundo e os quatro santos, as quatro partes superiores de nosso ser relacionadas com os quatro elementos, todos arrojam suas coroas aos pés do cordeiro porque só ele é digno de toda honra, louvor e glória. Porque com seu sangue nos redime e esse sangue é o fogo. É o cordeiro imolado que se imola vivendo em alguém. Imola-se completamente. Faz-se um homem comum e luta com todas as tentações e desejos, os pensamentos, pensamentos, com tudo. E ninguém o conhece até que triunfa. Por isso se diz: Cordeiro de Deus que apaga os pecados do mundo. Este é o cristianismo esotérico gnóstico, mas bem entendido. De modo que é o Salvador, o que nos salva. Nos redime pelo fogo, pois ele mesmo é o espírito do fogo, que necessita um vaso de alabastro como receptáculo para manifestar-se. Esse receptáculo são os corpos de ouro puro que devemos criar. Entender isto é formidável, porque se chega precisamente aonde se deve chegar, ou seja, converter-se em homem solar, em homem real, no homem Cristo. Por isto há que lutar de morte, contra tudo e contra todos. Contra si mesmo, contra a natureza, contra tudo o que se oponha, até triunfar. Até triunfar! E converter-se no homem solar, no Homem Cristo. Isto não é questão de evolução, não é questão de involução, isto é questão de revolução interior profunda. Isto está além do dogma da evolução e da involução, isto pertence à grande obra e esta é por isso revolucionária.
E isso depende da vontade, Mestre? “Claro, a vontade. O nascimento é vontade. Há que dedicar a vida em sua totalidade à grande obra. Até conseguir converter-se em homem solar. Isso é o que quer o sol, ele quer uma colheita de homens solares, isto é o que interessa ao sol. De maneira que nós devemos cooperar com o sol, até converter-nos em homens solares. O que ele quer é uma colheita de homens solares. Isto é o que interessa a ele!” Conclu Con cluind indoo este este capít capítulo ulo e exalta exaltando ndo sua magnitud magnitude, e, pod podem emos os dizer dizer que o amor amor pela pela sabedoria divina que emana da mensagem do Mestre Samael à humanidade deve manter-nos sempre agradecidos a Deus, porque pôs em nossas mãos a chave para compreender o desígnio ou plano universal de nosso verdadeiro destino. Diz um exaltado Mestre que devemos utilizar o instante da hora presente como um cálice de oportunidade espiritual. A vida deve ser apreciada por seus altos objetivos, honrada pela devoção a seus princípios elevados e merecida pelo serviço desinteressado. O poder de mudar existe dentro de todo homem, há que dar preferência a este poder e venerálo por cima de toda condição restritiva. Cada homem deve estar consciente de suas opções e escolher, seja a liberdade ou o cativeiro. O arcano A.Z.F. é a liberdade e sua ignorância o cativeiro.
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CAPÍTULO 8 MITOLOGIA COMPARADA “Ali Babá, Simbad, Gulliver, O Gato de Botas, Cinderela, Branca de Neve, Os Duendes, As Fadas, o Pato Donald e tantos outros, choraram no céu ao ver que Polegarzinho não se corrigia para encontrar o caminho de regresso a casa” (Conto sintético). “Que clareie! Que amanheça! No céu e na terra! Não haverá glória nem grandeza, até que exista a criatura humana! O homem formado! (Popol Vuh). Caminhando pelo Bosque de Chapultepéc, no México D. F., o Mestre me explicava o significado da palavra Chapultepéc, que se compõe das palavras astecas “Chapul” e “Tépec”, que querem dizer Grilo e Morro respectivamente, portanto “Morro do Grilo”, Nos códices se observa o asteca voando e no morro um grilo; era porque sabiam que com este som é possível a viagem astral. Convidou-me a sentar em um banquinho do parque e fazer consciência de tudo o que acontecia nesse instante, o brilho do sol através das árvores, a algaravia de umas crianças brincando, o canto dos passarinhos, o soar das buzinas distantes, o tráfego das pessoas, a simples grama, as formigas, as flores... Depois me fez uma promessa formal de que se fizesse 50%, ou quando conseguisse levar a cabo o 50% do trabalho sobre mim mesmo, traria de regresso no tempo a este lugar, para que conversasse com a personalidade que tinha neste retorno, para que desse conta de que a personalidade tem tem sua própria energia energia e que pertence pertence ao tempo. Perguntei como saberia se havia realizado 50% do trabalho esotérico, ao que o Venerável Mestre respondeu: “Quando em ti já não exista a luxúria”. No Mito de Adônis - nos explicava - a luxúria é o javali que o mata, símbolo da deformação da força de Geburah, a 5ª esfera da Cabala, pois é Marte metamorfoseado que o faz em pedaços, ciumento porque Vênus, a Deusa do amor, se havia enamorado de Adônis, filho de Mirra e seu pai Cyntras. Criado e educado pelas ninfas da água, símbolo dos sentimentos depurados. A fumaça que entorpece a chama do amor é a luxúria, que contagia os ciúmes, a ira, e, o que é pior, enche o ser humano de temor, perdendo assim sua fé e sua sabedoria. Adônis é um herói antiqüíssimo, seu culto representava a vida, morte e ressurreição do poder do espírito, foi chamado “aquele das portas duplas”, devido a que foi um duas vezes nascido e que ressuscitou como Jesus Cristo. Os gregos, como os latinos, compreendiam os mistérios épicos dos heróis solares, como o de Adônis, Mirra, Mirr a, Attis, Osíris, etc. Vênus, desesperada desesperada por salvar-lhe a vida, chegou tarde e feriu os pés; seu sangue ao cair nas pedras é símbolo da vontade consciente, o mesmo que o espinho que sempre a acompanha, daqui a palavra Rosa Cruz. Naquele momento de sua explicação passava por ali um cachorro, o Mestre sabiamente o apontou, dizendo-me que os animais com a coluna horizontal transformavam forças passivas da natureza, e o homem com a coluna vertical transformava forças ativas. Esta era outra interpretação do animal e humano que fazem cruz, é por isso que o humano tendo ainda a parte animal necessita necessita passar certas certas horas em estado estado horizontal. Fundação Samael Aun Weor – www.fundasaw.org.br
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Zeus, o pai dos deuses, concedeu à deusa Vênus, que Adônis voltasse do inferno, mas a deusa do Hades, Perséfone, também reclamava o belo jovem. Zeus, mais sábio que Salomão, o repartiu entre as duas deusas; se supunha que morria no final do outono para surgir novamente na primavera, assim era partícipe dos dois mundos. Este mito toma diferentes nomes entre os gregos, sírios, egípcios, babilônicos, sírios e cristãos, mas no fundo é o mesmo mito, de profundo sentido místico. É Apolo que persegue Vênus no céu, se vincula com Astarté, a estrela vespertina, e sua amante, a estrela matutina. Adônis é o complemento da libido sexual, o eterno amante de Afrodite, o masculino e o feminino do espírito divino, é este o verdadeiro significado do matrimônio de Adônis e Afrodite. A união de Hermes-Afrodite, o andrógino perfeito. Aproveitei aquela ocasião para fazer ao Mestre perguntas relacionadas com alegorias, lendas ou mitos cujo significado era obscuro para mim, perguntei sobre o sentido que tinha a espada de Sigmundo dos germanos e o da Excalibur dos saxões da Inglaterra. Ele respondeu pausadamente: pausadamente: “Odin, o avô de Sigmundo, disfarçado, certa noite disse, cravando uma espada em um carvalho: quem tirar esta espada do tronco, a receberá de mim como presente, e mostrará com suas obras que nunca melhor espada manejaram as mãos dos homens. Esta espada havia sido fabricada por dois gnomos da terra e possuía segredos terríveis, estes duendes eram Brok e Sindro. Assim como na Inglaterra só o rei Artur pôde tirá-la tir á-la da pedra, só Sigmundo da estirpe de Odin pôde extraí-la do carvalho. Neste caso, a pedra e o carvalho representam a energia sexual, de onde há que tirar a espada do Kundalini, a serpente ígnea de nossos mágicos poderes, e assim como Sigmundo teve que viver um tempo com os animais selvagens (os eus) e depois matar seus inimigos com a espada, assim cada um de nós, temos que viver com nossos animais, os eus psicológicos, para depois colocar fogo em tudo para purificar-nos das próprias sementes do mal. Existe um Camelot, um Walhalla, um Nirvana ou céus transcendentes onde vivem os deuses. Isto sabe todo aquele de consciência desperta”. Perguntei: Mestre, então Zeus é uma força cósmica cujo veículo de manifestação à mente humana é a figura de um homem com barba, um raio em sua mão direita, uma águia em seu ombro e em um trono de ouro? Como? –disse o Mestre assombrado– Zeus existe, Zeus é um grande iniciado que viveu nos tempos da antiga Atlântida, tu, Tony, ainda não és, os deuses são! É necessário desenvolver a compreensão de todas estas verdades, guiar-nos por estas histórias solares, desenvolver a fé da mulher que tocou a Cristo em sua túnica e foi curada, a devoção de Hanuman contada no Ramayana do grande poeta Valmiki, pela qual conseguiu a unidade da iluminação. Nossa compreensão deve ser elástica até o infinito. Há muito que desvelar e o estou fazendo com dor –me dizia– devido a que a humanidade não está madura para receber semelhantes pérolas de sabedoria, a forma exemplar das lendas astecas, incas e especialmente as histórias mayas no Popol Vuh. O transcendente das histórias do criador e formador, Tepeu e Cucumatz, de Furacão (o coração do céu) e seus três aspetos: Caculha huracán, Chipi, Caculh, a mentalidade maya que integrava sempre seus deuses com suas esposas. Os filhos de Tepeu Cucumatz têm a ver com os quatro elementos da natureza: Balam Quitze e sua esposa Gaha Paluna, Balam Acab e sua esposa Chamiha, Mahucutha e sua esposa Tzumuniha, Iqui Balam e sua esposa Caquixaha. É Fundação Samael Aun Weor – www.fundasaw.org.br
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muito significativo também que o feiticeiro é chamado Ixpiyacoc, que também quer dizer membro viril. De como a princesa Ixquic ficou grávida ao ser fecundada pelo chisguetazo ou escupitajo da árvore árvore ond ondee hav havia ia enter enterrad radoo os herói heróiss solare solares, s, de como como a mensag mensagem em da Divina Divina Mãe, Ixmucané, é levada aos filhos de Ixquic, Hunahpú e Ixbalanqué, por meio de um piolho que é engolido por um sapo, que depois é engolido por uma serpente, que depois é devorada por um gavião que chega até eles gritando o mesmo mantram das bacantes gregas: BAC-CO, BACCO! É muito curioso que Baco é o Deus do vinho embriagador dos antigos gregos também. No final da tarde admiramos o Raxhaná Hih maya (relâmpago), que nos anunciava que logo chegaria a chuva, portanto empreendemos o regresso à casa... Foi aquela uma noite de grandes cavilações... cavilações...
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CAPÍTULO 9 O BHAGAVAD GITA Na luta por manter-me casto com a Brahmacharya solar que ensina a Gnose, em um princípio quando caía me sentia totalmente desprovido de força, não só física senão espiritual, foi quando valorizei em sua totalidade o que é ser casto ou estar carregado de energia vital com o saha sahaja ja mait maithhuna. una. Quand uandoo soli soliccitav itavaa seu seu conse onselh lho, o, o Mest Mestre re me asse assess ssor oraava maravilhosamente, maravilhosamente, tirando-me dos abismos mentais de negatividade em que me afundava. Em certa ocasião me disse: Para o trabalho harmonioso na forja dos ciclopes, ou a frágua acesa de Vulcano, é necessário formar inteligentemente dois centros de natureza superior à que atualmente tens, o centro intelectual superior e o centro emocional superior. Para isso são necessárias quatro ajudas que foram postas ao alcance de todo discípulo sincero, que são: 1. A literatura sagrada, em especial o Bhagavad Gita. 2.
O guia ou guru qualificado.
3. O esf esforço pró próprio, a meditação diá diária, a oração à Mãe Div Divina, a afirmação da consciência pura. 4. A co colhe lheita ita de dentro tro do do re relati lativvo, se atua tuamos com com ent entuusia siasmo smo, ale aleggria ria, amo amorr e ret retid idãão, seremos em nossa relação um centro de energia e poder que harmonizará com tudo. Arjuna, no canto do Senhor, ou Bhagavad Gita, perguntou: Qual é a verdadeira Gnose, o que se aprende do guru de lábios a ouvidos? O conhecimento dos livros sagrados? O ensinado por aqueles de experiência verdadeira? Que é o que libera o homem da escravidão de Maya? Krishna, o Cristo manifestado da Índia milenária respondeu r espondeu que tudo tem seu valor e utilidade em uma ou outra etapa de desenvolvimento. Mas nenhuma libera do nascimento e morte, só libera o conhecimento que a própria pessoa experimenta. O Mestre pode ajudar, mas não pode mostrar-lhe seu verdadeiro Ser. Tem que ser visualizado por si mesmo, se tem que ser sincero e estar pelo menos livre de inveja e cheio de anelo pela liberação, é suficiente dedicar todo ato como dedicado ao senhor, sem nenhum desejo, esse é o segre segredo do do desape desapego, go, melhor melhor lermos lermos direta diretame mente nte alguma algumass estrof estrofes es do livro livro sagrad sagradoo mencionado: (Capítulo 12, do versículos 6 ao 20): (6-7). “Pois aquele que rende culto a Mim, que dedica todas as suas atividades a Mim, cuja devoção a Mim não sofre distúrbio algum, que pratica o amor puro e sempre medita em Mim, cujo coração se fixou em Mim, para este Eu sou o que pronto libera do oceano da vida e da morte” (adormecidos). (8). “Põe teu coração em Mim e atrela tua inteligência a Mim. Assim viverás sempre em Mim, sem uma dúvida sequer”. (9). “Mas se és incapaz de fixar tua mente em Mim, pratique a devoção e o amor puro, para que desenvolvas um grande anelo de alcançar-me”. (10). (10). “Se “Se não és capaz capaz de agir agir assim, assim, então então consagr consagree todo teu traba trabalho lho a Mim. Soment Somentee realizando ações em meu serviço conseguirás a perfeição”. (11). “E se não não podes podes agir com esta esta consciê consciência ncia,, então tente tente agir agir renunciand renunciandoo aos resultad resultados os de teu trabalho e assim vejas a ti mesmo”. Fundação Samael Aun Weor – www.fundasaw.org.br
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(12). “Se não puderes fazer esta prática, então cultive o conhecimento. Mas melhor que o conhecimento é a meditação, e melhor que a meditação é a renúncia aos frutos da ação, pois pela renúncia se pode certamente certamente atingir a paz”. (13-14). “Quem não é invejoso e é um bom amigo de todos os seres vivos, e tem compaixão, não se considera proprietário e não pensa em “mim” ou “meu”, que está livre do ego, que mostra a mesma paz nos prazeres e nos sofrimentos e que sabe perdoar, o discípulo sempre pleno de minha alegria, alegria, cuja alma está em em harmonia e cuja determinação determinação é firme, cuja mente mente e visão internas estão postas em Mim, esse homem me ama e é muito querido por Mim”. (15). “Aquele cujas obras não prejudicam ninguém, que não é perturbado pela ansiedade, que é firme na alegria e no sofrimento, é muito querido por Mim”. (16). “Quem não depende do curso normal das coisas, quem é puro, quem é sábio e entende o que deve fazer, quem sem perder sua paz interna vigia ambos os lados (externo e interno), quem não treme, quem trabalha para Deus e não para si mesmo, este me ama e é muito querido por Mim”. (17). (17). “Qu “Quem em não é tomado tomado pelo praze prazerr nem pela triste tristeza, za, que não não se lamenta lamenta e não deseja deseja,, que renuncia aos bons e aos maus auspícios, este é muito querido por Mim”. (18-19).”O homem que é igual para seus amigos e inimigos, que é equilibrado na honra e na desonra, no calor ou no frio, na alegria ou na tristeza, no louvor e no vitupério, que está sempre livre de contaminação, sempre silencioso e satisfeito com qualquer coisa, cujo lugar não é neste mundo, fixado apenas na sabedoria e na compaixão, este é muito querido por Mim”. (20). (20). “Mas “Mas ainda ainda mais caros caros a Mim são são aquele aqueless que têm fé e amor amor (Pistis (Pistis Sophia Sophia)) (Te dou amor no qual está o summum da sabedoria) e aqueles que me têm como seu fim supremo: os que ouvem minhas palavras de verdade e vêm as águas da vida eterna”. (Ver capítulo 12 do Bhagavad Gita). Quem não descobre em si mesmo que é o caminho, a verdade e a vida, está perdendo o tempo e a energia, isto é, a vivência do relativo e a vivência do transcendente devem equilibrar-se sabiamente. Aceitar incondicionalmente ao Mestre como guia interno demandava em mim estar na mesma posição que o príncipe Arjuna em relação a Krishna. Arjuna era um discípulo já preparado, qualificado para receber o ensinamento mais elevado. Aceitar o guia demanda uma relação harmônica entre o que ensina e o que recebe o ensinamento. ensinamento. As práticas ou o esforço de um discípulo qualificado estão resumidas no lema do guru deva Sivana Sivananda nda,, que é um dos vértices vértices do triâng triângulo ulo forma formado do com o profes professor sor Luxem Luxemil, il, na Argentina, estes são: ama, serve, medita, realiza. Colhemos o que semeamos, portanto, estar no Ser, aqui e agora é manter-se com entusiasmo, com alegria, projetando amor e retidão em nossa ação. Então Então compre compreen endi di a import importân ância cia dos livros livros sagrad sagrados os para para o desen desenvol volvim viment entoo intern interno, o, especialmente o Bhagavad Gita, admirei a atitude reverente do Mestre ao indicar-me que empreendesse seu estudo com submissão e com expectativa cheia de assombro, como a que ainda têm as crianças. Deve alimentar-se um profundo e constante anelo de progresso. Não desesperar-se, perseverar e não clamar por um êxito imediato. Finalmente, me explicou que o drama relatado no Bhagavad Gita, a luta entre os Pandavas e Kurushetras não é mais que o drama interno de cada discípulo em sua batalha para liquidar de Fundação Samael Aun Weor – www.fundasaw.org.br
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uma vez por todas com a multidão de eus que constituem o si mesmo, o mim mesmo, o ego, que é tão só o conjunto de nossos erros. Só há unidade no Ser, e isto só pode ir estabelecendoestabelecendose em si mesmo pelo discernimento. Cada qual deve crescer conscientemente, exercitar seu embrião de alma, sua essência, viver é lutar, esforçar-se, conseguir, se deve ter gratidão para com o criador de todos os bens que consumimos e desfrutamos. Tenhamos valor e firmeza e obtenhamos uma verificação pela experiência... Nossos votos devem ser: castidade, castidade, ser verazes verazes em nosso falar e não exercer exercer a violência. Nossas renúncias devem ser: o apego às coisas ou pessoas, aos frutos de nossas ações, ao ilusório do mundo. Aquela tarde me senti agradecido com a vida, porque minha mente se havia enchido de sol.
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CAPÍTULO 10 MAÇONARIA PURA A Cabala e a Maçonaria são uma mesma unidade, seus fundamentos são a ordem eterna, estabelecida pelo grande arquiteto do universo. A justiça imutável de suas leis universais não favorece nem estabelece privilégio algum para com ninguém, senão só aquele que pela intensidade de seu anelo se introduz em sua corrente e pela grandeza de sua alma a compreende e a realiza. Os dias de reunião no templo maçônico para completar as explicações dos arcanos maiores e menores do Tarot e sua vinculação com a filosofia maçônica duraram cerca de 2 a 3 anos. A cada carta ou arcano o Mestre dedicava uma conferência completa de duas horas. Foi então que se recolheram dados para o livro que mais tarde se converteu em um volumoso texto intitulado “Tarot e Cabala”. Foi onde compreendi objetivamente o significado da Árvore da Vida Cabalística, com a distribuição do símbolo em todo templo. O Venerável, que simbolizava a Kether ou a primeira esfera, o Mestre que leva o verbo. A segunda esfera, o orador. A terceira representada pelo Secretário, que registra e levanta as atas de cada sessão. A quarta esfera representada pelo Mestre de cerimônias. A quinta, pelo tesoureiro. A sexta, pela ara santa com o esquadro e o compasso, que forma a estrela de Davi, símbolo da liberação espiritual. A sétima esfera, que corresponde ao segundo vigilante, a coluna do sul e a letra B. A oitava esfera esfera corresponde corresponde ao primeiro primeiro vigilante vigilante e a coluna coluna do norte com sua letra J. A nona esfera esfera corresponde à pedra bruta e a pedra bem cinzelada de 9 faces, símbolo eloqüente do trabalho sexual. Por último, a décima esfera, que corresponde ao guardião do trabalho. O templo de paredes transparentes, transparentes, de que falam os antigos maias, é o mesmo universo, universo, crivado de estrelas como nos templos maçônicos, rodeado dos signos zodiacais. O tema do Tarot é muito vasto para tratar nesta pequena obra, só indicarei que, assim como a Bíblia, é um livro inspirado pelo Espírito Santo, o Tarot é um livro inspirador, fonte do conhecimento talismânico, origem da loteria, do dominó, do baralho comum e no qual está a chave da iniciação da Loja Branca. As iniciações maçônicas de aprendiz, companheiro e Mestre são vivências objetivas que marcam uma realidade transcendental, em forma subconsciente, dos mundos superiores de consciência cósmica. E estão em símbolos para o intuitivo, no padrão de medidas que é mencionado no livro de Enoch como também é chamado (o Tarot). Nos explicava como daqui saíram as quimeras e mistificações que ainda se vêem na magia negra. A pedra cúbica, nos dizia, é o símbolo da realização da sublimação da matéria por meio da cruz e sua vinculação com o triângulo do espírito. Por isso sua base é quadrada e sua cúspide uma pirâmide, suas nove faces indicando o trabalho do verdadeiro apóstolo, na nona esfera de Jesod da Árvore Cabalística. O apóstolo, arcano 12 do Tarot, está entre colunas, pendurado de um pau atravessado, formando com os braços um triângulo, com as pernas a cruz, temos aqui o mesmo símbolo da cruz e o triângulo. Entre colunas J e B, se encontram também os arcanos 2, a Sacerdotisa, o 5, o Hierofante, o 8, a Justiça e o arcano 18, a Lua; as colunas neste último são como duas torres distantes no meio das quais passa um caminho distante. Tudo isto é maçonaria.
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O Bereshit ou Gênese é todo o processo alquímico que tem que passar o iniciado, para chegar a compreender toda a construção de seu próprio templo interno. Mercabah, que significa carro, alude às rodas e aos animais misteriosos, tanto de Ezequiel como de São João, e são nada menos que o resumo da verdadeira ciência espiritual, o mistério divino e do mundo. O carro é o arcano 7 do Tarot, o carro de guerra. Este arcano leva o símbolo do lingam e do yoni, do falo e do útero, a cruz que confere a chave para obter precisamente o Mercabah ou o To Soma Heliakon, o corpo de ouro, os corpos solares de quem trabalhou na frágua acesa de Vulcano, o sexo. É a armadura do corpo mental solar, o triunfo de haver cristificado os quatro corpos de pecado, é haver polido a primeira parte da pedra bruta, o cubo. Daqui em diante já não se trabalhará com a dualidade, senão com a vida livre em seu movimento, na fusão do guerreiro com a Sulamita Sulamita do Cantar Cantar dos Cantares, Cantares, para conseguir conseguir a pirâmide pirâmide ou a perfeita perfeita medida do fogo. Enoch significa homem divino ou homem elevado até Deus. Enoch não é um indivíduo, mas a personificação de uma força, que deu origem à época da escritura simbólica e à construção dos monumentos hieráticos, que foram nos antigos tempos obras maçônicas, de símbolos dos mundos superiores, pentáculos compostos de verdades internas e iniciáticas. Enoch é o mesmo Trismegisto dos egípcios, Kadmos dos gregos, fundador de Tebas e criador do alfabeto grego. Foi testemunha da construção de Tebas por meio da corrente do som da famosa lira de Anfião. Esta mesma escola hermética fundada por este grande Mestre nos legou este grande padrão de medidas, que marca o caminho passo a passo, até a realização do Arcano 21, o Magnus Opus, a Grande Obra. Este livro é a obra magistral que nos desvela todo livro sagrado, toda mitologia, toda lenda, toda arquitetura ou obra maçônica, já que é um livro maçônico também, o mundialmente conhecido Tarot. Sem ânimo de ferir nenhuma susceptibilidade maçônica, lamento que o que menos gostam os maçons é a maçonaria. Caíram em tal degeneração seus verdadeiros valores que o que mais deveria exaltar-se é o que menos se conhece. Tive que lamentar meu retiro da maçonaria, depois que o Mestre me sugeriu fazer labor esotér esotérico ico den dentro tro de suas suas filas, filas, porqu porquee infeli infelizme zmente nte seus seus verdad verdadeir eiros os valore valoress já foram foram esquecidos, as coisas sagradas já não se conhecem, o que se expressa nos templos através do símbolo já está perdido.
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CAPÍTULO 11 O PISTIS SOPHIA O Pistis Sophia, foi o livro que mais custou ao Mestre escrever ou desvelar. Dizia que forças negativas adversas se haviam concentrado para impedir que tal obra se realizasse. Durante o longo tempo que colaborei com ele nesta tarefa, me dei conta dos grandes esforços que fazia para desvelar duas ou três pequenas folhas, que lhe preparava traduzidas ao espanhol; eu também experimentava a falta de continuidade em meu trabalho, não por falta de desejo ou porque não quisesse trabalhar. Constantemente Constantemente era interrompido, dia a dia quando começava, apesar de meu desejo de ajudálo, era difícil avançar grande coisa. Em várias ocasiões me comentou que ninguém havia sobrevivido ao intento de desvelar este grande livro. E pensava comigo mesmo que a Ele não sucederia tal coisa. Quando já avançávamos triunfantes quase pela metade do livro, me chamou por telefone dizendo-me que seus quebrantos de saúde eram de vida ou morte, me surpreendeu quando me disse que até aí deixaria a develação do Pistis Sophia, a outra metade faria mais adiante. Devido à naturalidade com que falava até das coisas de mais alta transcendência, eu não quis prestar maior atenção, sem dar-me conta de que era uma grande verdade. Simplesmente argumentei: Não diga isso, avozinho, sabe que você é tudo para nós, sem você nossa vida carece de sentido. Ele me respondeu: “Sei que assim é, mas isto é parte de meu processo interno”. Sua saúde foi piorando, cada vez mais quebrantada. Com isso se confirmava o que ao princípio não queria aceitar. Veio sua desencarnação desencarnação e tive que experimentar o que quase ninguém se deu conta. Fiquei sem pai, sem Mestre, sem amigo, sem irmão, sem nada, com um grande vazio na alma... Me uni à dor de sua esposa, a seus filhos que perdiam seu pai, seus netos que ficavam sem seu belo avô, seus discípulos sem seu Mestre, seus amigos sem amigo, enfim, todo o Movimento Gnóstico ficava acéfalo. Eu acreditava ser o mais infeliz de todos, porque perdia cada uma dessas coisas que eles viram nele durante os dez melhores anos de minha vida. Infelizmente, minha relação com minha esposa ficou um pouco descuidada pelas etapas de desenvolvimento que atravessei com o Mestre e pelo fanatismo com o ensinamento, em que se cai quando não se tem a devida experiência. Posteriormente e atualmente dou graças a Deus pela esposa que tenho, pois nela está a presença do Mestre através da herança que lhe deixou com sua maneira de pensar, de atuar, e sentir. Poderia narrar muitas vivências de quando trabalhei com ele tão estreitamente na develação do Pistis Sophia, mas creio que este pequeno testemunho basta por agora. Por ter relação com o livro, não incluo as seguintes histórias na seção dedicada a isso, senão a seguir: Aborrecido, desesperado e confuso por falta de dinheiro, eu mesmo – agora me envergonho disso – me irritei com o Mestre e joguei as cópias sobre a mesa, dizendo-lhe que ia para os Estados Unidos para obter dinheiro. Ele, com suma paciência e com palavra suave, aplacou
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minha ira. Era o mês de setembro do ano em que desencarnou. Agora me dou conta de minha inconsciência. Mais adiante me orientou em certas coisas que não compreendia, compreendia, relacionadas com sua pessoa e o livro Pistis Sophia. Certo dia, trabalhando juntos, me explicou que a obra de Jesus Cristo em sua oitava superior era o Pistis Sophia, e que o tempo não pode contra ela, tudo passará, mas a palavra de Jesus Cristo não passará, ainda é de palpitante atualidade, e agora vai a público em forma desvelada. desvelada. Eu sabia que Pistis Sophia quer dizer: Fé e Sabedoria, mas Ele me explicou que seu significado era mais exato como Poder-Sabedoria Poder- Sabedoria que se acha latente dentro de cada um de nós, em nosso universo interior. Aproveitei para perguntar sobre a obra de alguns Mestres e se o tempo a apagaria ou não. Ele me respondeu: por seus frutos os conhecereis, a tal obra tal Mestre. Comentou-me sobre alguns movimentos como o da M. T. (Meditação Transcendental), do Swam Swamii Maha Maharis rishi hi Sara Sarasw swat ati, i, o movi movime ment ntoo para para a cons consci ciên ênci ciaa Kris Krishn hna, a, fund fundad adoo por por Prabhupada, a ciência cristã de Mary Baker Eddy, etc., e me disse: enquanto não se lute pela dissolução do ego primeiramente, não serão de muito benefícios para o desenvolvimento espiritual. ,
É necessário alimentar a alma e também eliminar o ego, como nas plantas se alimenta ou aduba a raiz, mas se elimina a erva má. Recorda: nem tudo o que brilha é ouro; a tal obra tal Mestre. Eu pensei: o Movimento Gnóstico dirá a estatura do Mestre Samael e isso está em nossas mãos. Estuda ao poeta Milton em seu paraíso perdido, obra magistral em que dá a jerarquia angélica solar como a dos anjos caídos, enriquece-te com as obras de Shakespeare, estuda também ao iniciador do drama moderno, o dramaturgo norueguês Henrik Ibsem. Lê sua obra “Brand” (em norueguês quer dizer “fogo”) seu Peer Gynt, e mira-te nesse personagem, estuda como lhe aparece sempre o forjador de botões, símbolo do forjador das almas no abismo. É necessário escrever obras de teatro para apresentar artisticamente a Gnose nos palcos, tal como se fazia na antigüidade nos grandes teatros gregos, egípcios, maias, astecas e incas, etc. Prepara-te para isso e luta por escrever tuas próprias realizações que serás assistido. Certa noite, minha esposa Ísis sonhou que chegava um telegrama no qual se comunicava que seu pai estava gravemente doente. Aos poucos dias chegou esse telegrama, juntamente com mil mil peso pesoss para para sufra sufraga garr noss nossas as nece necess ssid idad ades es,, já que que o avô avô (com (comoo carin carinho hosa same ment ntee o chamávamos), chamávamos), me pagava um salário por ajudá-lo. Posteriormente, sobreveio sua enfermidade que truncou a develação total do Pistis Sophia, até um futuro f uturo indeterminado. Foi até o capítulo 91 que desvelou o Sagrado Livro Gnóstico. Como consta de 148 capítulos, ficaram sem desvelar 57 capítulos. Em sua honra transcrevo parte do capítulo 25 que seus olhos já não viram plasmado em um livro como ele tanto desejara, diz assim: “Melquisedeque, o gênio da terra, uma e outra vez deve purificar os poderes deste mundo, com sacrifícios e transformações terríveis”. Os grandes cataclismos são necessários. Melquisedeque deve assim purificar os poderes da alma do mundo e levar sua luz ao tesouro da luz. Uma paralela correta nos indica que dentro do microcosmos homem deve ocorrer a mesma coisa, quando se quer chegar à auto-realização íntima do Ser.
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Os trabalhadores da Grande Obra trabalham incessantemente sobre si mesmos e sobre o universo; isto se acha especificado em todo gênesis religioso. Nos corresponde fazer dentro de nós mesmos o que o Exército da Palavra fez no macrocosmos. Os servidores de todos os regedores juntavam e juntam toda a matéria de todos eles. Trata-se de juntar o sal, o enxofre e o mercúrio para a grande obra. Estas três substâncias sempre são moldadas em almas de homens, gado, répteis e animais selvagens e pássaros que vêm à existência. Paralela justa também se encontra no mercúrio seco convertido em agregados psíquicos bestiais e selvagens, selvagens, dentro de nós mesmos, aqui aqui e agora. Já dissemos que tais agregados personificam nossos erros. Os receptores do enxofre e do mercúrio, simbolizados pelo sol e pela lua, olham por cima e vêem as configurações dos cursos dos Aeones e as configurações alquímicas do destino e da esfera, então eles as tomam da energia da grande luz. Obviamente, os receptores do enxofre e do mercúrio são os trabalhadores da grande obra. Os artistas da arte hermética devem ver as configurações dos cursos dos Aeones. Os trabalhadores da grande obra devem ver as múltiplas combinações aritméticas da alquimia. Os sábios da arte hermética devem ver também as configurações do destino e da esfera. A energia da luz, a energia criadora, nos proporciona sal, enxofre e mercúrio. Mediante as sábias combinações do sal, do enxofre e do mercúrio, se faz a grande obra. Aqueles que realizaram a grande obra, a apresentam aos receptores de Melchizedek. Esses que realizaram a grande obra, ingressam na Ordem Sagrada de Melchizedek. O material inútil é arrojado aos mundos infernos, ou seja, à esfera submergida que está por baixo dos Aeones, Aeones, região das bestas que personificam personificam nossos nossos defeitos de tipo psicológico. psicológico. Do abismo surgem coisas espantosas, de acordo com os regedores dessa esfera e de acordo com todas as configurações de sua revolução e tudo fica repartido entre a humanidade. humanidade. Em última última síntes síntese, e, median mediante te a aniqui aniquilaç lação ão bud budist istaa e crísti crística ca,, desint desinteg egran rando do agrega agregados dos psíquicos ou mercúrio mercúrio seco, podemos podemos cristalizar alma em em nós. Os receptores da esfera que estão por baixo dos Aeones, realizam trabalhos maravilhosos que as pessoas nem remotamente suspeitam. Eles podem moldar tal material inútil em almas de répteis e de animais selvagens e de pássaros, de acordo com o círculo dos regedores dessa esfera e de acordo com todas as configurações de sua revolução, e as repartem neste mundo de humanidade, e se convertem em almas nesta região, tal como lhes disse. Eles podem e devem dirigir na esfera submergida que está por debaixo dos Aeones, os processos involutivos das bestas selvagens, répteis e gado, touros furiosos e demônios com cara de crocodilo. Tais bestas do averno são agregados psíquicos personificando defeitos psicológicos; criaturas do inferno; egos que provêm de humanos organismos. Os regedores da esfera que está por baixo dos Aeones, têm poder sobre a vida e a morte. Fundação Samael Aun Weor – www.fundasaw.org.br
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Sintetizando, diremos: os regentes da esfera submergida infernal, que está por debaixo dos treze Aeones, têm poder para trabalhar com as criaturas que vivem sobre a superfície da terra e com as bestas do abismo. Os agregados psíquicos que constituem o ego têm formas animalescas. Os que ingressam aos mundos infernos involuem no tempo até a segunda morte. Mediante a segunda morte se libera a alma, a essência, então ingressa ao Éden para recomeçar ou reiniciar novos processos evolutivos que surgirão no mineral, continuarão no vegetal e prosseguirão no animal até reconquistar reconquistar o estado humano humano que outrora se perdeu. Todo este trabalho com almas de homens e de animais na superfície do mundo e na esfera que está por debaixo dos treze Aeones, é dirigido pelos regentes do Averno”. Devo agregar que o Pistis Sophia não é um livro esotérico mais, como há tantos nas livrarias. A parte que não concluiu o Mestre é a que está mais vinculada com sua mensagem, com sua missão, sua doutrina. É necessário despertar a consciência para compreender e assimilar seu profundo significado. significado.
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CAPÍTULO 12 ANEDOTAS 1. Tendo 4 anos de o Mestre haver desencarnado, no 4 de dezembro de 1981, sucedeu o doloroso acidente que sofreram meus irmãos Francisco, Gustavo e minha sobrinha, filha do primeiro, em Multajo, perto de Tuxtla Gutiérrez, Chiapas, parte sul do México. Em tal acidente perdeu a vida meu irmão mais novo, Gustavo Maldonado. Ainda vejo, com nostalgia e triste tristeza, za, em minha minha memór memória, ia, qua quando ndo o Mestr Mestree Samael Samael progno prognosti sticav cavaa a Gustav Gustavoo que desencarnaria ao cumprir 33 anos, (ao desencarnar tinha 33 anos e 4 dias). Com sua atual esposa, Cheryl Popejoy, de nacionalidade americana, se deixariam, não teriam família e que ela teria 2 esposos mais, depois regressaria aos Estados Unidos. Me assombrou a capacidade do Mestre para ver o futuro, até a data, já que toda sua profecia se cumpriu com rigorosa exatidão; é claro que não fazia isto com todo o mundo. 2. Em certa ocasião, meu irmão levou à casa do Mestre um amigo, diretor de teatro na cidade de Guatemala, apesar de que se notava não muito crédulo, tinha certo carisma agradável e não era falto de inteligência e discernimento, posto que ao chegar o Mestre deu mostra de reconhecer imediatamente a torrente de sabedoria com a qual se defrontava. O Mestre, ao inteirar-se de que era diretor de teatro, fez comentários sobre as 4 colunas de toda cultura, em especial a coluna da arte, comentou sobre Shakespeare e sua obra gigantesca, que que era era o mesm mesmoo cond condee de Sain Saintt Ge Germ rmai ain, n, etc. etc.,, e da nece necess ssid idad adee da arte arte para para o desenvolvimento desenvolvimento do centro emocional superior. Nosso amigo lhe perguntou sobre o Sahaja Maithuna, que era o que o motivava a conhecê-lo. Em sua resposta o Mestre narrou parte de sua experiência, e que não se começava como Mestre, que ao princípio também havia caído, mas se havia tornado a levantar, até fazer da magia sexual sua atividade sexual normal. Nosso amigo lhe perguntou: E se nossa esposa não quer colaborar? O Mestre lhe disse: Quem quer se auto-realizar, auto -realizar, ela ou tu? Pois eu, respondeu o amigo, o Mestre sorrindo disse: e então? 3. Dois engenheiros, no intervalo de uma conversa disseram: Mestre já sabendo tantas coisas destas, vamos necessitar mulheres especiais, não? O Mestre respondeu: por acaso vocês são algo especial? 4. O Mestre era bastante deficiente para dirigir em veículo, ir com Ele ao centro do D. F. era um atentado contra si mesmo. Dizia a meu irmão Francisco que assim como Ele tinha vocação zero para dirigir carros, meu irmão também tinha zero como organizador, e que no caminho tinha que desenvolver isso, como lhe havia tocado a Ele fazer frente à grande urbe do D. F. Nos passeios Ele quase não dirigia, mas Osíris, seu filho, ou eu; esses passeios são para mim ines inesqu quec ecív ívei eis, s, já que que era era muit muitoo espl esplên êndi dido do,, abun abunda dant nte, e, plen pleno, o, sem sem misé miséri rias as e sem sem preocupações preocupações de nenhuma classe, classe, até nisso nisso refletia sua mentalidade mentalidade solar.
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5. Em sua casa certo dia apareceu quebrada uma xícara de um aparelho que a Mestra, sua esposa, apreciava muito, ninguém dizia nada; Ele simplesmente se dirigiu a Ísis, sua filha mais velha e minha esposa atual, lhe indicou que a recolhesse e a pegasse para que assim meio meio se solu soluci cion onas asse se o assu assunt nto. o. Tudo Tudo aqui aquilo lo suce sucede deuu em um ambi ambien ente te de amor amor e compreensão que sempre fluía do Mestre. Todos nos assombramos de que sabia exatamente quem havia sido, sem que ninguém houvesse indicado nada. 6. Estando na Pirâmide do Sol, em Teotihuacán, parado em umas pedras de sua cúspide que ali estão, me disse de repente: “Tony, estás parado exatamente no centro magnético da era de Aquário”... Eu não percebia imediatamente todo o profundo significado do que me dizia, pela naturalidade em toda sua maneira de ser, mas naquele dia me senti como eletrizado por estas palavras, depois me explicou que a palavra PIRA significa fogo e a MIDE, medida; pirâmide significa: medida do fogo. 7. Com o irmão Hickie (já desencarnado), Venerável Mestre maçom, e minha pessoa como aprendiz, nos aconselhou traçar planos para apresentar o ensinamento aos irmãos maçons, ainda que ele nos dizia: “o que menos gosta aos maçons é a maçonaria”. Com sua assessoria, levamos a informação gnóstica dentro das filas dos irmãos construtores. Dentro de um templo maçom, em suas reuniões, se abaixava quando era necessário explicar bem algum símbolo, como o da pedra, recordo ainda muito bem quando em plena dissertação pôs o pé à pedra bruta não cinzelada, depois passou à outra coluna onde nos mostrou como a base formava a cruz quadrada e a cruz triangular da pirâmide de cima representava o trabalho com a nona esfera, pois a pedra estava cinzelada com nove faces. f aces. 8. Depois do almoço, costumávamos dar uma pequena caminhada pelos arredores; era quando me explicava como era que víamos a sombra de um desencarnado em sua casa, pois era uma pessoa que ainda se acreditava viva, porque estava totalmente adormecida e que assim havia morrido. Me dava explicações muito claras e lógicas sobre aparições, espantos e todas essas cois coisas as que que as pess pessoa oass come coment ntam am,, de repe repent ntee para parava va em meio meio de seus seus inte intere ress ssan ante tess comentários, coisa que me tomava de surpresa, pois ainda caminhando ao lado dele, de tão adormecido que estava. Às vezes fazia observações sobre casais de namorados na obscuridade do parque, porque exalavam o odor característico da fornicação, e como em suas auras se exaltava a luxúria ao exagerar suas carícias. 9. Nadando juntos em Acapulco, me deu o conselho de não desperdiçar minhas energias em vão, pois assim me cansaria rápido. É necessário, me dizia, conhecer como se pode trabalhar com as ondinas da água, os espíritos elementais da água. Me indicou que deitasse na água em decúbito dorsal, que me identificasse com as ondinas e que as chamasse mentalmente. Elas me levariam onde quisesse como ele o fazia. Sucedeu tal como me disse já que aos poucos minutos estávamos bem entrados nas águas do mar, bem limpas e longe da contaminação da praia. 10. Quando vivemos em San Luis Potosi nos visitava constantemente. Foi onde disse coisas de importância para suas vidas a três Gnósticos que já não voltei a ver. A um disse que entre treze múmias que haviam em certo lugar no antigo Egito, ele possuía uma que está em uma posição muito especial; este estudante se encontra atualmente retirado da gnose. O segundo, Fundação Samael Aun Weor – www.fundasaw.org.br
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que era um bodhisattva caído, se afastou da gnose vociferando do Mestre. O terceiro era uma mulher que também era um bodhisattva caído, já não sei o que foi de sua vida. 11. Falando sobre o presidente José López Portillo, a quem respeitava muito, nos contou que também era um mestre caído, recomendando-nos ler o livro do ex-presidente, chamado “O Senhor Don Q”. Disse que tem um alto conhecimento esotérico, que possivelmente seja de maior profundidade que os escritos de Gurdjieff. O Senhor Don Q. é a representação de um senhor muito elevado; em sua boca López Portillo põe uma mensagem de grande relevância. 12. Recordo com carinho dos amigos gnósticos de coração que aconselhavam ao Mestre entre broma e broma que corrigisse as palavras que usa em alguns de seus livros como “a mamãe dos pintinhos, o papai de Tarzãn, o filhinho da mamãe, porque eram de muito mal gosto. O Mestre, como homem inteligente, aceitou tal conselho, assim também os desenhos de seu livro “O Parsifal Desvelado” que deixavam a desejar e que não correspondiam à qualidade de ensinamento contido em seu livro. Já isto corrigido apareceu no livro “Sim Há Karma, Sim Há Inferno, Sim Há Diabo” os desenhos do grande artista Gustavo Doré. Juntando seus dedos, os punha no coração e dizia: não sou eu quem os escreve, mas Aquele que está aqui dentro. 13. Que lês, Tony? Me disse uma vez que me encontrou lendo um livro de tipo esotérico. Me empreste por cinco minutos. Eu dei a Ele e quando me devolveu, mais ou menos nesse lapso de tempo, com um comentário bem detalhado e extenso, e até me indicou a página em que havia que fazer uma correção. Não sei como fez, mas realmente me deixou assombrado sua facilidade para assimilar, por meio de seus ultra-sentidos, a informação de qualquer livro. Recordo que em Teotihuacán pegou uma pedra e fechando os olhos nos narrou tudo o que essa pedra havia presenciado ali mesmo. 14. Apesar de que minha família não é gnóstica e sem ter um verdadeiro interesse das coisas ocultas, foi se intrigando pela influência que o Mestre havia projetado na vida de Gustavo, Francisco e minha. Um dia se decidiram a visitá-lo, estiveram três dias em sua casa, depois lhes interroguei sobre sua opinião, ao que meu pai respondeu: é um tipo muito esperto, muito vivo, muito inteligente, mas não me engana com essas bobagens, o que ele quer é tirar dinheiro dos bobos. Eu ri, sem sentir-me nada ofendido, senão por sua falta de sensibilidade e sua ignorância. Depois perguntei a meu irmão mais velho, que me disse: estando em sua casa, chegaram uns estudantes universitários (ele admirava muito os universitários), que lhe fizeram perguntas dificílimas, mas apesar dos apuros em que o puseram, admito que as respondeu muito bem. Vi que pelo menos nesta vida seria muito difícil de convencê-los de que o Mestre era um mensageiro da Loja Branca, que lhes falava para despertar-lhes a consciência, mas realmente estavam em um profundo sono... As primeiras provas pelas quais todo estudante deve passar quase sempre começam pelo lar. 15. Tratando de encontrar o sentido da saudação gnóstica, “Paz Inverencial”, perguntei ao Mestre sobre seu significado; ele com uma pergunta me respondeu: “Que diz tua intuição?”. Disse que imaginava imaginava que era uma saudação saudação reverente reverente ao Ser de outro gnóstico. gnóstico. Me indicou indicou que estava bem, mas queria dizer PAZ INTERIOR, era a mesma saudação de Cristo que está Fundação Samael Aun Weor – www.fundasaw.org.br
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na Bíblia como “paz convosco”. Continuou comentando sobre as grandes expressões como o “eu sou”, da corrente que dirige o Conde de Saint Germain, ou o “Om mani padme hum”. “Tat Twam”. Assim isso tu és; o “innasti paro dharma” dos teósofos. Não há religião mais elevada que a verdade ou o Ashram de Sivananda: “Hari Om Tat Sat”. Comentou sobre a líng língua ua Wata Watam, m, sua sua musi musica cali lida dade de,, por por exem exempl plo, o, um muit muitoo util utiliz izad adoo no Tibe Tibet: t: “Sar “Sarva va Mangalam! Kubam Astu! Sarva Gatam!”. 16. Três animaizinhos compartiam nosso dia a dia: um cachorro chamado “canicas”, um gato chamado “misifuz” e um papagaio chamado “patojita”. Este último acompanhava o Mestre em seu escritório quando me punha a ler algum capítulo que havia terminado de escrever; repetia a última palavra de cada ponto e aparte, o qual nos fazia rir. Explicou que ninguém na casa entendia o papagaio, por sua simplicidade, que para entendê-lo era necessário ser simples. Me fez fez comp compre reen ende derr porq porque ue ele ele dizi diziaa em seus seus livr livros os a fra frase “ani “anima mall inte intele lect ctua uall equivocadamente chamado homem”. Há pessoas – dizia – com cabeça de papagaio, corpo de macaco e cavalgam sobre um porco, isto é, são faladores sem sentido, inconstantes e dão satisfação a seus instintos. Há que cavalgar sobre um corcel majestoso e melhor se for alado, ser homem com continuidade de propósitos e melhor se conseguir as asas do anjo e levar na cabeça a mentalidade da águia, e melhor se é a pomba do Espírito Santo. Me abriu a visão para ver em cada animalzinho um guia: observa ao “canicas” é manso, leal, carinhoso; com isso ganha sua comida. Ao “misifuz”, como consegue um perfeito relaxamento. Falou sobre o grande poder que têm no interno os gatos; em um de seus livros narra uma emocionante experiência com este gatinho, a qual não é necessário detalhar. 17. Um Domingo, fomos em família às grutas de Cacahuamilpa, no Estado de Guerrero. Ao chegar, se muniu de um bom bastão e tal como faz um guia de turistas, Ele com sua sabedoria ia nos exp explic lican ando do a import importânc ância ia que tinham tinham as cavern cavernas as no organi organismo smo plane planetári tário, o, sua formação, sua relação com os espíritos elementais da natureza, de como as ondinas da água escreviam com as gotas da água a história da terra, deixando-a gravada na bela geometria das estalactites e estalagmites, cada forma geométrica era uma mensagem, um detalhe de um incide incidente nte em seu grande grande proces processo so geo geológ lógico ico.. É imposs impossíve ívell narrar narrar toda toda sua disser dissertaç tação ão detalhadamente, creio que para todos os participantes foi uma ocasião memorável, todos ao sair das grutas levávamos a sensação de toda uma eternidade, a sensação de haver estado em contato com algo realmente extraordinário. No interior havíamos feito uma cadeia dirigida pelo Mestre que nos indicou que nesse mesmo lugar, na 4 ª dimensão, se encontrava um templo da loja branca, em estado de jinas, ao que nos fez passar enquanto realizamos uma prática de concentração. concentração. 18. Em uma das visitas que me fez a San Luis Potosi, depois do almoço nos sentamos na sala. Começou a me olhar em silêncio. Com as pessoas que tenho verdadeira confiança, posso permanecer em silêncio sem nenhum problema, apesar disso me deu certa inquietação ele continuar olhando-me em silêncio; sentia seu olhar estranho, que ia até meus mais recônditos segredos. Continuávamos Continuávamos em silêncio, eu baixava a vista e me fazia um pouco de bobo; como ele continuava olhando-me, meu incômodo aumentava, não poderia dizer com exatidão quanto tempo ficamos assim. Em outras ocasiões, já havia estado em silêncio com ele, caminhando, ou em um parque, ou em meditação, mas daquela vez o ambiente estava carregado de uma vibração indefinível, muito especial. Creio que isso deve sentir o rato Fundação Samael Aun Weor – www.fundasaw.org.br
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quando está nas mãos do gato ou o passarinho quando passarinho que foi hipnotizado hipnotizado pela serpente, serpente, o fato era que me sentia em um estado muito estranho... Ao fim de tão prolongado silêncio, me dirigiu estas palavras: “Tony, perdestes a oportunidade de conhecer meu divino Daimon”... Em meu interior pensei: “agora sei a razão porque me sentia tão inquieto e pressionado”. Foi uma vivência realmente desconhecida, impressionante, que me infundiu muito respeito, porque compreendi a classe de Ser com o qual compartilhava minha própria casa. 19. Quando me casei com sua filha Ísis, me falou bastante sobre o que Ele dizia serem os três aconte acontecim ciment entos os mais mais transc transcen enden dentai taiss da vida vida do ser humano humano,, a saber: saber: o nasci nascimen mento, to, o casamento e a morte; cada um tem sua própria transcendência e importância na vida do homem. O nascimento abre as portas a uma nova oportunidade ao Ser para que realize sua obra. O casamento confirma e afiança o trabalho que haverá de realizar-se. A morte pressupõe as contas do que se fez. 20. Em certa ocasião, nos encontrávamos com o Mestre e sua esposa (Venerável Mestra Litelantes), minha esposa Ísis e uma de minhas filhas, recém nascida, em um supermercado instalado na área onde vivíamos. Como era difícil dedicar atenção ao cuidado da criança e faze fazerr as comp compra rass ao mesm mesmoo temp tempo, o, deci decidi di fica ficarr com com ela ela nos nos braç braços os no carr carro, o, no estacionamento. Repentinamente, senti um profundo sono com minha filhinha nas pernas. Logo os dois dormimos profundamente. Quase de imediato me vi em observação e companhia de uma bela jovem que chegava dos Estados Unidos, para visitar uma pessoa muito especial e querida para ela. Sua grande surpresa de ver que tal pessoa já havia falecido foi para ela uma experiência de grande dor, que se impregnou em sua consciência. Pude vê-la derramando lágrimas com grande amargura diante da tumba de seu avô. Sua grande dor por não havê-lo encontrado, por haver estado separada dele, veio a se refletir nesta vida também, já que quando o Mestre regressou das compras do mercado, com minha esposa e minha sogra, me explicou que o que havia visto era um evento da vida passada da menina, quando ele também foi seu avô, e como através dos séculos sempre se haviam identificado com o grande carinho que tinham um pelo outro. Quando o Mestre faleceu, a menina, que agora já conta com 22 anos, tinha apenas 3 anos e para surpresa de minha esposa e minha, ela se encheu de lágrimas, chorando desesperadamente, insistia em querer ver seu avozinho, e eu tive que enganá-la dizendo que ele estava dormindo. Foi tanta sua insistência de querer convencer-se de que o que lhe dizia era certo que a avó me disse que a levasse até seu corpo inerte e quando o viu se tranqüilizou. tr anqüilizou. Mais adiante, ao não vê-lo mais, tivemos que dizer que seu avozinho havia ido para o céu, ao que ela, com a inocência de sua idade, insistia em que lhe mostrasse como ir a esse lugar para poder estar com ele. ele. 21. O dia que esta criança nasceu, o Mestre a esperava com grande amor. Os dois estivemos muito inquietos enquanto nos anunciavam sua chegada. Seu nome, Neith, foi sugerido por ele, como o de quase todos os meus filhos. Minha esposa Ísis ficou três dias em um hospital localizado na área que se chama Cidade Satélite, no Estado do México. Como o Mestre vivia no D. F., era um pouco longa a viagem para visitar diariamente a sua filha, mas não obstante esteve ali todos os dias. Recordo que sua habilidade para dirigir não era muito convincente; eu sabia que as coisas do mundo eram para ele mais difíceis que o normal, porque como me explicava, era muito difícil para ele estar aqui conosco, já que Fundação Samael Aun Weor – www.fundasaw.org.br
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pertencia normalmente a outras dimensões. Enfatizava sua afirmação dizendo-me que nós éramos ao revés, porque nos custava muito trabalho estar nos mundos internos de consciência cósmica. Era fácil entender o porquê de sua inadaptabilidade para dirigir seu carro. Chegando para visitar minha esposa, num desses dias acabou perdido procurando o hospital. Sua espera se fazia longa, inexplicável e desesperante, já que ao falar por telefone com sua casa sabíamos que há muitas horas havia saído com esse rumo. Por fim apareceu com minha sogra, que por certo se notava um pouco incomodada de tanto procurar o lugar que não era muito difícil de encontrar. Ao perguntarmos o que havia sucedido, a avó nos explicou o assunto, ao que o Mestre, com certa vergonha, acrescentou: acrescentou: porém, conheceu Satélite, não? Depois deste evento o avô nos predisse que em mais um ano chegaria outra criança, que já conhecia internamente, pois já havia estado brincando com ela. Atualmente (Herzeleide) tem 21 anos e nasceu no mesmo dia que a irmã, com a diferença de um ano, no mesmo hospital. Mas então o avô já havia memorizado bem como chegar ao lugar. 22. Minha esposa, esposa, Ísis Gómez, Gómez, tem muitas histórias histórias para contar, contar, mas relatarei relatarei umas poucas poucas das quais ela me contou de quando eram crianças; se faz evidente que o Mestre era como o Cristo, que praticava o que predicava. Conta minha esposa Ísis que quando eram pequenos, ele passava nove dias em jejum no Summum Supremum e era ela a encarregada de levar-lhe água ou suco para que pudesse continuar sua disciplina imposta por ele mesmo; ela ainda não entendia porque ele fazia isso. 23. Quando a senhora sua mãe, a Mestra Litelantes, ia ao mercado fazer compras, ela via um cãozinho branco que a seguia, ao regressar dizia a meu pai: “Velho, não me enganas, esse cãozinho branco era você”. Ele respondia: “Sim, negra, esse era eu” e continuava escrevendo tranqüilamente. 24. Quando vivíamos na Colômbia, de forma humilde, Ele teve de fazer-se de médico naturista junto com minha mãe, ler mãos, e assim foi introduzindo a Gnose até formar um grande Movimento Gnóstico Internacional. 25. Quando seus filhos eram criancinhas, e ele não era muito partidário de que fossem à escola, dizia à minha mãe (a Mestra Litelantes): “vou fazer a escolinha Gómez”. Comprou giz, quadro-negro, cadernos e lápis; assim começou a dar-nos aulas todas as tardes, nos ensinou a tabuada de multiplicar. A quem sabia bem a tabuada dava 20 centavos. Na Serra Nevada da Colômbia me ensinou as primeiras letras, com um carrinho que tinha dados com o abecedário. Me mandava dar uma volta e que fosse repetindo a letra que me correspondia aprender. Ele ficava sentado em uns troncos estudando algum livro. Na hora de dormir terminava o dia contando-nos contos das Mil e Uma Noites. 26. Era feliz comendo com os indígenas em seus pratos de barro e colheres de pau, comidas raríssimas; ao vê-los, e como havia ouvido que eram maus, me enchia de medo e me fechava no quarto de meus pais e só meu pai podia convencer-me a sair ou abrir a porta.
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Quando fazia alguma prática demonstrativa para os irmãos gnósticos, me puxava e me levava em corpo físico, de um lado a outro. Agora compreendo que eram práticas em estado de jinas, porque perguntava perguntava aos irmãos se haviam percebido, percebido, eles respondiam respondiam que sim. 27. Quando escreveu o livro “O Matrimônio Perfeito”, os fanáticos católicos fizeram que passasse uma boa boa temporada entre as grades. grades. Uma de tantas noites se apresentou apresentou em astral em casa e deu uma palmadinha em minha mãe, me cobriu com os lençóis e olhou amorosamente à pequena Hypatia. Minha mãe balbuciou algumas palavras, assombrada de sua visita. Por essa essa époc épocaa vive vivemo moss na Serra Serra Ne Neva vada da de Sant Santaa Mart Marta, a, Co Colô lômb mbia ia,, pert pertoo do Summ Summum um Supremum Santuarium, Templo de Mistérios que já entrou na quarta dimensão. Foi então quando escreveu o pequeno livro que se chama: “Apontamentos “Apontamentos Secretos de um Guru”. Ainda na cadeia aproveitou o tempo para cumprir com sua grande missão. 28. Certa vez me contou que ao acercar-se à idade de 30 anos, sentiu uma profunda preocupação interna por estar tão identificado com as coisas do mundo e não haver iniciado seus trabalhos esotéricos em forma séria ainda. Essa noite decidiu visitar um bar pela última vez, para iniciar um rompimento com toda a ordem de coisas estabelecidas. Bebeu até a sacied saciedade ade e se inundo inundouu das das baixas baixas vibraç vibrações ões que produz produzem em esses esses ambien ambientes tes,, tudo tudo fez consciente e com o firme propósito de não voltar a incorrer nesses erros que dá o álcool e suas conseqüências. Nunca jamais voltou a esses ambientes, ambientes, nem voltou a caminhar por esses maus maus caminhos. Pôs fim a uma ordem de coisas antiquada. Penso que em qualquer dia de nossa vida, devemos provocar essa mudança na ordem de coisas em que nos encontramos, e definir nosso destino com uma nova atitude encaminhada para o despertar despertar da consciência. consciência. 29. Estranhava muito ver em todos os seus livros as palavras Buddha Maitreya Kalki Avatara e uma vez lhe perguntei seu significado, ao que ele me explicou o seguinte: “Kalki Avatara” é certamente o Avatara para a idade do Kali Yuga, na era de Aquário. A palavra Avatara significa Mensageiro. Inquestionavelmente, Inquestionavelmente, entenda-se por mensageiro quem entrega a mensagem, e como me correspondeu o labor de entregar tal mensagem, por ordem da Loja Branca, sou chamado mensageiro, em sânscrito: Avatara. Mensageiro ou Avatara é, em síntese, um recadeiro, é o homem que entrega um recado, um servidor ou servo da grande obra do pai. Que esta palavra não se preste a equívocos: está especificada com toda claridade. Sou, portanto, um criado, servidor ou mensageiro que estou entregando uma mensagem. Alguma vez dizia que sou o portador de uma carga cósmica, posto que estou entregando o conteúdo de uma carga cósmica. Assim, a palavra Avatara não deve conduzir-nos jamais ao orgulho, pois somente significa isso e nada mais que isso: recadeiro ou criado ou mensageiro, um servidor simplesmente, que entrega uma mensagem e isso é tudo... Quanto aos termos Buddha Maitreya, pois há que analisá-los um pouquinho a fim de não cair em erro, o Buddha Íntimo é – diríamos – o Real Ser Interior de cada um de nós. Quando o íntimo Real Ser Interno de alguém conseguiu propriamente sua auto-realização íntima íntima,, é decla declarad radoo Bud Buddha dha;; o termo termo Maitre Maitreya, ya, no indivi individu dual, al, repres represent entari ariaa um Mestre Mestre Fundação Samael Aun Weor – www.fundasaw.org.br
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chamado Maitreya, mas do ponto de vista coletivo, entenda-se por Buddha Maitreya, no sentido mais completo da palavra, qualquer iniciado que tenha conseguido cristificar-se e isso é tudo. 30. A intenção de meu pai era dar o conhecimento gnóstico porque ninguém se havia atrevido a entregar o grande ensinamento, mas ele disse: custe o que custar, eu entrego o Grande Arcano: se vou para a prisão, vou por algo sagrado. Foi quando escreveu “O Matrimônio Perfeito”, na maior pobreza. O livro foi escrito no chão, porque não tinha com quê ter uma mesa. Ele começou no chão e as últimas páginas escreveu sobre uma caixa de sabão, dessas de madeira. Ele se dedicava a vender medicinas e tratava os enfermos com plantas, e com isso começaram meus pais a levantar nosso lar e na casa entregava o conhecimento da Gnose. Depois nos dedicávamos a viajar, nunca estávamos em um mesmo lugar, passamos muitos sacrifícios... 31. Depois de sua morte sucederam fatos nos quais senti palpavelmente sua ajuda. Como quando nos encontrávamos no aeroporto Internacional da cidade do México em fila de espera depois de 50 pessoas, nas mesmas condições, nossas passagens eram de um dia anterior, nos encontrávamos encontrávamos sem dinheiro, não tínhamos nem aonde ir para dormir, nem regressar. Era pois um apuro sério. Minha esposa Ísis e eu nos pusemos a orar, pedindo-lhe ajuda, com muita fé e um pouco de angústia... Grande foi nossa surpresa quando a senhorita nos disse que havia arrumado as duas passagens, nos chamaram pelo alto-falante, subimos com as malas e as crianças adormecidas para encontrar exatamente os lugares que necessitávamos. necessitávamos. Para nós este foi um grande milagre. 32. 32. Enco Encont ntra rand ndo-n o-nos os em um povo povoad adoo entr entree Esta Estado doss Un Unid idos os e Méxi México co,, espe espera rava va um dinh dinhei eiri rinh nhoo que que me cobr cobrav avaa um amig amigoo nos nos Esta Estado doss Un Unid idos os;; como como soub soubee que que esta estava va dedicando-se ao vício do álcool, falando francamente posso dizer que me encontrava sem dinheiro para a comida do dia seguinte. Invocando e orando ao Venerável Mestre, me dirigi a Los Angeles, Califórnia, passei duas horas amargas esperando que alguém fizesse o favor de levar-me; ao fim uma pessoa compassiva me levou até onde ia. Ao chegar a este bom amigo vi em sua mesa uma carta com meu cheque de $ 272,00 dólares; rapidamente o cobrei, regressei até minha esposa levando-lhe uns franguinhos que estavam deliciosos, paguei o hotel. Nos dirigimos a alugar um apartamento que nos haviam avisado que estava vazio, mas quan quando do cheg chegam amos os a dona dona já o havi haviaa dado dado a outr outraa pess pessoa oa;; nos nos puse pusemo moss a invo invocá cá-lo -lo mentalmente pedindo seu auxílio. Foi algo estranho que ao terminar de chamá-lo, a senhora dona nos indicou que havia mudado de opinião e que o dava a nós. Ainda havendo chegado o outro senhor, a quem o havia dado anteriormente, a senhora dona não mudou de opinião. É por isso que minha esposa diz sempre: meu pai me disse que não me abandonaria e eu estou segura que sempre estará conosco. 33. O trabalho do Mestre para cumprir com sua grande missão sempre foi muito difícil. Record Recordoo que qua quando ndo o con conhec hecii me assomb assombrou rou começ começar ar a compa compartir rtir suas suas marav maravilh ilhosa osass conferências em forma humilde com um pequeno grupinho com o que nos reuníamos duas vezes por semana. Uma vez ao mês celebrávamos os rituais gnósticos e a cada semana a Fundação Samael Aun Weor – www.fundasaw.org.br
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repartição do pão e o vinho, que nomeava como a unção gnóstica. Em certa ocasião nos explicou a investigação que realizou nos mundos internos de consciência cósmica acerca desta maravilhosa cerimônia, que transcrevo para conhecimento de todos os estudantes. Nos falou dizendo o seguinte: “É necessário saber, meus caros irmãos, o que significa realmente a unção gnóstica. Em certa ocasião encontrando-me nos mundos superiores de consciência cósmica, especificamente no mundo de Atman, além do corpo, das emoções e da mente, penetrei em um precioso recinto, iluminado por uma luz tão clara que não fazia sombra por nenhuma parte. Tal luz tinha vida em abundância, não provinha de nenhuma lâmpada. Um grupo de irmãos ali reunidos ante a mesa sacra realizava esta unção gnóstica e partia o pão e bebia o vinho. Do alto, do mundo do Logos, descia até a mesa do banquete pascal, a força crística como átomos divinais de altíssima voltagem que se acumulavam nesse pão e nesse vinho. A música das esferas ressoava maravilhosamente no coral do infinito. Depois, desci para atuar no mundo Búdico ou Intuicional, nessa região inefável onde os mundos comungam sob a palavra de ouro do demiurgo arquiteto. O salão resplandecia glorioso. Os irmãos, em seu veículo Búdico, ou Intuicional, para falar em uma linguagem mais simples, diríamos em sua alma de diamante ou Vajra Sattva, como dizem os hindus. Continuavam em seu rito inefável, dentro das celebrações deliciosas da Sexta-feira Santa. Partiam o pão e bebiam o vinho e oravam. A força crística que no mundo de Atman se havia acum acumul ulad adoo dent dentro ro do trig trigoo e do frut frutoo da vide videir ira, a, desc descia iam m agor agoraa até até o gran grande de mund mundoo Intuicional ou Búdico, para acumular-se também dentro desse Santo Graal e nesse pedaço de pão que representa representa a carne do bendito Logos do Sistema Solar. Ao continuar com minhas investigações, desci ao mundo das causas naturais. Ali onde o passado e o futuro se irmanam em um eterno agora. Onde tudo flui e reflui, vai e vem, sobe e desce. Ao penetrar no delicioso recinto, encontrei aos mesmos irmãos no mundo causal. Desta vez revestidos com o manas superior de que falam os teósofos, isto é, atuando como almas humanas. E a luz deliciosa do Logos, que havia descido da escadaria inefável dos mistérios, desde o Atman até o Budhi, agora tomava forma e se cristalizava entre as ondas divinais do vinho da ânfora do mundo das causas naturais. Era de admirar-se, era digno de ver-se, esse poder logóico e esses átomos crísticos de altíssima voltagem incrustando-se no pedaço de pão. O panorama glorioso do Logos no mundo de Tipheret resplandece com os ritmos do Mahaván e do Chotaván, que sustentam o universo firme em sua marcha. Desejoso de continuar com essas investigações, investigações, queria saber ainda algo mais sobre o sacro oficio. Desci ao mundo da mente cósmica. É óbvio que dentro daquele recinto no mundo do manas inferior, ainda entre os mesmos esplendores deliciosos e inefáveis de Atman, nem os reflexos de Budhi, nem o delicioso brilho do Manas Superior ou mundo causal, havia empalidecido todo, mas ainda se sentia ali o sabor do Logos. Dentro Dent ro do sant santuá uário rio sacr sacro, o, na mesa mesa do banq banque uete te pasc pascal al,, esta estava vam m o pão pão e o vinh vinho. o. Continuavam os irmãos com seu rito, partindo o pão para comê-lo e beber na ânfora sacra. Lá de cima, do mundo de Urânia, do mundo do Paracleto universal, representado tão vivamente pelo cisne Kalahamsa que voa sobre as águas da vida, desciam as forças crísticas, pela luminosa escadaria de Atman, do Budhi, do Manas superior etc., até cristalizar totalmente no pão e o vinho dentro dentro do mundo da da mente.
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Ali não terminaram minhas investigações, queria continuar, e revestindo-me com o corpo sidera siderall ou corpo corpo ked kedsja sjano, no, como como se diz esoter esoterica icame mente nte,, entre entreii no santuá santuário rio astra astral. l. Os esplen esplendor dores es diminu diminuíra íram m ainda ainda mais. mais. As flores flores delici deliciosa osass do grande grande alaya alaya do univer universo so diminuíram notavelmente. As harmonias do diapasão cósmico antes ressoavam como um milagre bendito no cálice de cada flor do mundo de Atman, ou do Budhi e do Manas superior, agora se haviam eclipsado lamentavelmente. Mas continuava o ritual dentro do templo e os átomos crísticos, descendo da região inefável do Maha Choham, cristalizavam também no pão e no vinho da transubstanciação. Um passo mais e entrei na região do lingam sharira dos teósofos, nessa quarta vertical onde somente podemos mover-nos com o corpo vital, e quando este tenha sido devidamente estigmati estigmatizado zado,, traspassa traspassado do completam completamente ente pela lança. Ao penetrar penetrar no recinto recinto da quarta quarta vertical, vi os mesmos irmãos celebrando seu ritual. As vibrações resplandecentes do Logos tomavam forma ali para o grande banquete. Um esforço mais e consegui assomar-me ao mundo meramente físico. Então, com assombro místico descobri o insólito. Sete irmãos no total, cheios de verdadeira adoração, adoração, celebram com seu corpo físico o ritual, o mesmo que nestes instantes vamos celebrar. E esses átomos crísticos que haviam descido do Paracleto Universal através das escadarias luminosas das diversas regiões do cosmos infinito, coagulando-se, cristalizando no pão e no vinho do grande banquete, passavam definitivamente aos organismos físicos para incitar todos os átomos orgânicos ao trabalho da cristificação, para impulsiona-los com seu dinamismo, com seu verbo, para alimentá-los dentro das harmonias universais, para impulsiona-los em forma séria para a auto-realização. auto-realização. O conjunto de átomos deuses que constituem o organismo e que obedecem ao átomo Nous, que está no coração, tremem de emoção quando os átomos do Logos Solar, coagulados no pão e no vinho, penetram no organismo para nossa cristificação. É óbvio que necessitamos uma ajuda crística e ela vem a nós com a santa unção gnóstica. Nós somos débeis criaturas que devemos pedir auxílio ao Logos. Obviamente, este vem com o pão e o vinho. Por isso foi que o Grande Kabir disse: “O que come a minha carne e bebe o meu sangue terá a vida eterna e eu o ressuscitarei no dia póstero. O que come a minha carne e bebe o meu sangue mora em mim e eu nele. Dizendo isto, meus queridos irmãos, oremos...” Para Para fina finali liza zar, r, narr narrar arei ei algo algo que que me acon aconte tece ceuu quan quando do o Mest Mestre re já se enco encont ntra rava va desencarnado. Na república de El Salvador, me encaminhava a vender uns cassetes de suas conferências gravadas aos gnósticos salvadorenhos, me acompanhava seu filho mais velho, Imperator. Ele bateu em um carro que estava parado, fui projetado para frente, quebrando o vidro dianteiro com a cara, fazendo uma grande ferida na testa. Estava sangrando pelo nariz, atarantado com a vista anuviada pelo sangue; Imperator, mancando, foi buscar ajuda, coisa que não pôde porque ficou a meio caminho. Em meio à minha turbação, ouvi a voz de uma pessoa, que até agora nunca soube quem foi, e que me disse: “Não te preocupes, eu te conheço, te levarei a um lugar seguro”, continuou falando dando-me alento, enquanto me levava ao hospital. Não podia vê-lo pelo sangue que corria por meus olhos. Logo me vi em uma cama, me fizeram uma cirurgia que durou quatro horas. Durei uma semana convalescente, na metade dessa semana senti uma noite aproximar-se de mim uma pessoa com sapatos de borracha, só percebia sua presença, acreditava ao princípio que era a enfermeira, mas logo compreendi que era uma entidade espiritual. Fundação Samael Aun Weor – www.fundasaw.org.br
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Comecei a sentir a presença do avô, o calor de sua mão e seus costumeiros passes magnéticos em minha cara, até que já não senti nenhuma dor nem mal-estar; estando cheio de júbilo interno, agradeci tão grande oportunidade e, enquanto se afastava, minha alma se encheu de humildade e de uma paz que excede a toda explicação com palavras. Não é em minha memória, mas sim no coração onde tenho gravadas gravadas com caracteres caracteres indeléveis as vivências cotidianas. Recordo sua saudação de Paz Inverencial, o qual fazia com muito entusiasmo. Suas “boas noites” tão cheias de identificação pela tarefa realizada juntamente, e por muitas coisas mais, pois cada convivência era um evento por si só cheio de sua natural sabedoria e saturado do transcendental transcendental de suas palavras. De instante em instante com sua relação existia a bela possibilidade de um desenvolvimento harmonioso da consciência. A lembrança desses anos estimula em minha alma esse anelo íntimo por continuar trilhando o sendeiro difícil que conduz à liberação final, à luz ou ao som primordial. Poderia encher este pequeno livro de muitas histórias mais que me escapam, mas creio que isto é suficiente suficiente para exemplificar exemplificar o ensiname ensinamento nto gnóstico. gnóstico. O realmente realmente importante importante não é o que eu guardo com essas lembranças, mas o que seja capaz de realizar com isso e o que possa ser de utilidade para cada pessoa que leia estas linhas. Somente assim, com essa força em nosso interior, poderá fazer chegar a luz às espessas trevas que cobrem atualmente o mundo que é nosso lar no grande concerto dos mundos infinitos de nossa galáxia. O princípio é igual ao fim, mais a experiência do ciclo. Estou agora igual que ao princípio, com minha minha perso persona nalid lidade ade atual, atual, a mesma mesma essên essência cia atrav através és de minhas minhas vidas vidas com certa certa experiência e minhas circunstâncias, ou meu acumulado karma. E assim como o atleta com bom treinamento pode ganhar uma medalha ou um troféu, estou treinando para levar esse troféu no ginásio que me dá a própria própria vida, como é meu próprio lar, meu trabalho material, material, meu mundo. Onde exista um Mestre haverá um discípulo, onde exista uma meta haverá um anelo por realizá-la, nisso se involucram valores como a verdade, a harmonia, a beleza e toda virtude que se resume no summum da sabedoria, que é o amor. Compre Comp reen endo do que que tenh tenhoo uma uma gran grande de resp respon onsa sabi bili lida dade de comi comigo go mesm mesmoo pela pela gran grande de oportunidade em que meu ser me colocou. Ao visitar os lumisiais onde se dá o ensinamento, percebo o grande interesse interesse com que me perguntam acerca dos anos anos que convivi com o Mestre e a inquietude de conhecer como é um Ser de seu nível de consciência. Se pode descrever com palavras a experiência que eu vivi e captei através de anedotas que palidamente descrevem o que foi um Ser como o Mestre, mas conhecê-lo verdadeiramente verdadeiramente implica viver seu ensinamento. Ao escrever estas letras sinto a mesma alegria que experimento quando ouço os cassetes de algumas conferências que gravei quando o acompanhei em suas viagens e terceiras câmaras. Me alegra muito que os missionários tenham esse material didático, que é prova de que em algo servi ao Venerável Mestre. Em todo lugar onde viva sempre estarei em contato com a grei gnóstica. Não estou na ação de divulgação do ensinamento, mas desejo a todos o maior dos êxitos em seu nobre labor. Que atem a sua carreta de trabalho aos dois bois do discernimento e do desapego, que não seja um assunto competitivo nem de dinheiro porque isso suja a pureza da Gnose. A iniciação não
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se alcança por grupos, porque é um assunto individual de muito anelo e amor por nosso trabalho pessoal. Não disse nada de novo nem nada transcendente. transcendente. Só é meu desejo cooperar em alguma forma com os que trabalham por canalizar a carga cósmica que o Mestre depositou em nosso planeta. Quero aprender a amar meus semelhantes, como nos ensinaram os grandes iniciados. Anelo verdadeiramente transformar-me. Sinceramente convido a todos os que estão na luta a que constituamos o exército de que tanto falou nosso Mestre. Só me resta repetir r epetir o que disse na introdução deste pequeno trabalho. “Que vosso Pai que mora em segredo e vossa Divina Mãe Kundalini os bendigam. Paz Inverencial”.
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