O texto História e História da Educação de Maria Lucia Arruda Aranha, esta dividido em quatro partes: Somos feitos de tempo; A história da história, que esta dividida dividida em as antigas antigas concepçõ concepções es de história, história, história moderna e contempo contemporânea rânea;; história da educação e por fim a conclusão. A primeira parte ira relatar que somos seres históricos, pois mudamos no tempo. Assim produzindo nós mesmos e a cultura a que pertencemos. Cada geração recebe uma herança cultural dos antepassados, pois estamos inseridos no tempo, em que o presente adquire sentido pelo passado e pelo futuro desejado. Sendo assim o passado nunca estará morto pois é nele que se fundam as raízes do que vivemos atualmente. Somos resultado de um movimento incessante, por isso não é possível uma natureza humana com características universais e eternas. Pois não há “ser humano univ univer ersa sal” l” que que sirv sirvaa de mode modelo lo em todo todoss os temp tempos os.. E o moti motivo vo para para não não nos nos compreendermos fora da nossa pratica social, é que a mesma se encontra mergulhada em um contexto histórico-social concreto. Faze Fazemo moss da mesm mesmaa mane maneir iraa com com a hist histór ória ia da educ educaç ação ão,, cons constr trui uind ndoo interpretações das maneiras que os povos transmitem sua cultura e criam as instituições escolares e as teorias que os orientam. Por isso o educador consciente e crítico deve ser capaz capaz de compre compreend ender er sua atuaçã atuaçãoo com com relaçã relaçãoo aos aos seus seus antec antecess essore ores, s, agindo agindo de maneira intencional e não intuitiva e ao acaso. Se somos seres históricos, nada escapa a dimensão do tempo. Lembrando o que o poeta Paul Claudel diz: “o tempo é o sentido da vida (sentido: como se diz o sentido de um riacho, o sentido de uma frase, o sentido de um pano, o sentido de odor)”. Com essa citação podemos perceber que a concepção de historicidade não foi a mesma ao longo do tempo. A segunda parte ira falar sobre a História da História, em que a história resulta da necess necessida idade de de recons reconstru truirm irmos os o passad passado, o, com relato relatoss de acont aconteci ecimen mentos tos que decorreram da ação transformadora dos indivíduos no tempo, que são interpretados de diversos métodos. Um exemplo é a preservação da memória que não foi idêntica ao
longo do tempo, variando também conforme a cultura. Em as antigas concepções de história temos como exemplo os povos tribais que não privilegiavam os acontecimentos da vida da comunidade, pois para eles o passado relembra os “primórdios”. Nesse caso fazer historia é recontar os mitos, os acontecimentos sagrados que são reatualizados nos rituais, pela imitação dos gestos dos deuses. Conforme as sociedades se tornavam mais complexas, o relato oral registrava pela tradição os feitos dos antepassados humanos, mas mesmo assim, havia a dependência da proteção ou ira os deuses. Exemplo a civilização micenica, na Grécia Antiga, quando ainda predominava o pensamento mítico, foi constatado que nesse período prevalecia a interferência divina sobre as ações humanas. No século IX a. C Homero relatou na epopéia Ilíada a Guerra de Tróia, que ocorreu no século XII a.C e conta na Odisséia, o retorno do herói Ulisses a Itaca. Em que nessas narrativas místicas cada herói tinha a proteção de um dos deuses do Olimpo, não havendo história, mas sim a constante intervenção divina do destino humano. A partir do século VI a.C surgiu na colônia grega da Jônia, a filosofia – de uma maneira reflexiva de pensar o mundo rejeitando a prevalência religiosa do mito e admitindo a pluralidade de interpretações racionais sobre a realidade. Apesar disso em toda a filosofia antiga permaneceu a visão estática do mundo e a concepção essencialista do ser humano. Exemplo: para os gregos, o universo era dividido em mundo sublunar que é o mundo terreno, temporal, sujeito a mudança, a corrupção e a morte. E o supralunar que é o mundo perfeito das esferas fixas, portanto imóvel e eterno. Esse gosto pelo permanente revela-se na concepção dos filósofos Platão e Aristóteles. Antes de Aristóteles, Heródoto ousou abordando a mudança, o tempo, procurando descrever os fatos, de modo que os grandes eventos gloriosos e extraordinários não fossem esquecidos. Naquele tempo o termo historiê significava investigação. Heródoto em seu livro Histórias apresenta os resultados de sua historiê, para que
o tempo não apague os trabalhos dos homens e para que as grandes proezas, praticadas pelos gregos e pelos bárbaros não sejam esquecidas e em particular mostra o motivo do conflito que opôs esses dois povos. Devido a isso Heródoto foi mais tarde chamado “pai da História”. Com os historiadores prevaleceu o viés de uma história “mestra de vida”, pois eles achavam que sempre teria algo a ensinar com os feitos de figuras exemplares que expressam modelos de conduta política, moral ou religiosa. O que permaneceu na Antiguidade e na Idade Media foi à visão platônico-aristotélica de um mundo estático em que se buscava o universal. Outra tendência das teorias na Antiguidade foi à compreensão da história como um movimento cíclico que serve de base a Políbio (séc. II a.C) ao explicar a ascensão, a decadência e a regeneração dos regimes políticos. O estudo da história tomou nova configuração somente na modernidade, consolidada no iluminismo do século XVIII. Os valores do feudalismo foram substituídos aos poucos pelo impacto da Revolução Industrial. Então a história cíclica foi substituída pela descrição linear dos fatos no tempo. Portanto historiadores desenvolveram a noção de progresso, investigando o que entendiam por “aperfeiçoamento da humanidade”, deixando de orientar-se pelo passado Essa concepção de progresso foi iniciado por Augusto Comte na corrente positivista, em que para ele o espírito humano teria passado por estados históricos diferentes e sucessivos até chegar ao “estado positivo”, caracterizado pelo rigor do conhecimento científico. Sendo assim a história seria então a realização no tempo daquilo que já existe em forma embrionária e que se desenvolve até alcançar o ponto máximo. No século XIX outros pensadores inovaram a noção de história. Hegel diz que a história não é simples acumulação e justaposição de fatos acontecidos no tempo, mas resulta de um processo cujo motor interno é a contradição dialética, ou seja, esse movimento da história ocorre em três etapas: a tese que é a afirmação, a antítese que é a negação da tese e a síntese que é a superação da contradição entre a tese e a antítese.
Karl Marx se apropriou dessa dialética Hegeliana, mas contrapôs ao idealismo de seu antecessor uma concepção materialista da história. Para ele a história deve ser analisada a partir da infra-estrutura e da luta de classes. Recusando a interpretação de que a história humana se transforma pela ação das próprias idéias. Já no final do século XIX, surgiram teorias que se contrapuseram a tendência positivista, ressaltando que o fato histórico é de certa forma “construído” desde as hipóteses que orientam a sua seleção até a escolha de um método. É ilusão pensar que a história reconstitui o fato “tal como ocorreu”, diz os novos historiadores. O movimento conhecido como Escola dos Anais, fundado por Marc Block(1886-1944) e Lucien Febvre(1878-1956), começou a partir de 1929, em que participavam diversas gerações de historiadores que buscavam o intercâmbio da história com as diversas ciências sócias e psicológicas, ampliando o campo da pesquisa histórica e ao mesmo tempo abriam fecundos debates teórico-metodológico. Eric Habsbawm e Thompson renovaram a historiografia marxista, incluindo outros aspectos culturais do cotidiano para melhor compreender a construção da consciência de classe. Percebe-se assim que a historiografia contemporânea estabelece ligações entre a história econômica e o papel dos indivíduos. Alguns pensadores (nas décadas de 1980 e 1990com o pós modernismo) criticaram os métodos anteriores. Luz Helena Toro Zequera comenta: “segundo nessas teorias (Barthes, Derrida, White e LaCapra), a historiografia deve ser entendida como um gênero literalmente literário, com uma linguagem que conserva uma estrutura sintática em si mesma[...]” Muitas das coisas ditas até aqui é válido para a história da educação, pois o fenômeno educacional se desenvolve ao longo dos tempos e se faz igualmente parte da história. A chamada História da Educação faz uma abordagem científica de um importante recorte da realidade. Segundo a autora Maria Lucia: Estudar a educação e suas teorias no contexto histórico em que surgiram, para observar a
concomitância entre as suas crises e as do sistema social, não significa, porém, que essa sincronia deva ser entendida como simples paralelismo entre fatos da educação e fatos políticos e sociais. Na verdade, as questões de educação são engendradas nas relações que se estabelecem entre as pessoas nos diversos segmentos da comunidade. A educação não é, portanto um fenômeno neutro, mas sofre os efeitos do jogo do poder, por estar de fato envolvido na política.
Os estudos da história da educação também enfrentam as mesmas dificuldades metodológicas da história geral, apenas no século XIX que se começou o interesse por uma história sistemática e exclusiva da educação. Mesmo assim, ainda se conhece melhor a história da pedagogia, ou das doutrinas pedagógicas, do que as da educação. Segundo Casemiro dos Reis Filho “foi somente depois de realizados estudos analíticos capazes de aprofundar o conhecimento da realidade educacional, tal como foi sendo constituída”, que poderá ser elaborada uma historia da educação brasileira. Pois a situação ainda era mais difícil no Brasil, até bem pouco tempo sem historiadores da educação. Nas escolas normais criadas no século XIX era baixíssimo o ensino de história da educação, pois o mesmo nem constava no currículo. E foi somente a partir de 1930 que o mesmo passou a fazer parte do currículo dos cursos de magistério. E nos cursos de nível secundário e superior, a disciplina história da educação ficou durante muito tempo ligada a filosofia da educação. Com base nos relatos de Mirian Jorge Warde foi nos anos 50 que começou a se esboçar algo como um projeto de construção de uma história da educação brasileira, autônoma, apoiada em levantamentos documentais originais, capaz de recobrir o processo de desenvolvimento do sistema publico de ensino. O período da ditadura militar foi danoso para a educação brasileira, pois foi fechado as escolas experimentais e centros de pesquisa. Conclusão Esse texto teve o objetivo de distinguir duas funções da história da educação: a de docência e a de pesquisa. Em que as duas funções devem exercer fecunda influência na política educacional, sobretudo nas situações criticas em que são gestadas as reformas educativas, depois transformadas em leis, a fim de que se possa defender a
implantação de uma educação pública democrática e de qualidade.