Vale Abraão - Agustina Bessa-Luís.rtf

Capa Vale Abraão Agustina Bessa-Luís Os Escritores Portugueses Actuais Actuais PLANETA DeAGOSTN Contracapa Dirão os leitores !ue u"a "ul#er co"o E"a não e$iste% Eu &irei !ue si"% A bele'a bele'a &e E"a tornarase tão e(i&ente !ue causa(a u"a esp)cie &e paralisia% P*gina &e +osto Agustina Bessa-Luís Vale Abraão PLANETA DeAGOSTN Colec,ão Dirigi&a por rbano Ta(ares +o&rigues .ic#a T)cnica / Agustina Bessa-Luís Bessa-Luís e Gui"arães E&itores0 L&a%0 Lisboa - 1221 / E&itora Planeta DeAgostini0 SA0 Lisboa - 34440 para a presente e&i,ão To&os os &ireitos reser(a&os% SBN5 263-676-789-1 Dep:sito legal5 1;8623<44 "pressão5 Ca=>osa-?uebecor0 Santa Perp@tua &e ogo&a Barcelona Printe& in Spain - "presso e" Espan#a NOTA NOTA BOBBLOG+.CA BOBBLOG+.CA Agustina Bessa-Luís ) congenita"ente ro"ancista0 "or&a' e a>orística0 "as ta"b)" (ision*ria0 eru&ita0 cau&alosa conta&ora &e #ist:rias0 retratista psicol:gica0 trabal#an&o incansa(el"ente sobre o teci&o &a (i&a e o &o passa&o0 pr:$i"o ou &istante% Nasceu e" 12330 no concel#o &e A"arante% O li(ro !ue a consagrou >oi A Sibila0 &e 12;70 on&e ela0 construin&o e analisan&o u" gineceu arcaico0 e" !ue se "o(e" e" cen*rio "in#oto as "ul#eres &a alta burguesia rural e as suas ser(i&oras0 soube co"binar o ro"anesco e o sociol:gico0 o tri(ial e o e$cepcional0 co"pon&o personagens >ascinantes &e tão tão (er&a&eirasF0 (er&a&eirasF0 locais e uni(ersais% uni(ersais% ?uase se"pre Agustina (ela &e ironia a pungncia e espreita "aliciosa"ente por &etr*s &a >un&ura &as suas an*lises e &o atre(i"ento &as suas senten,as%

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Por (e'es &esarru"a&a na estrutura,ão &as narrati(as0 o certo ) !ue nelas bril#a" se"pre o seu espírito singular e a bele'a &a sua escrita0 &e rai' (ern*cula "as aberta H "o&erni&a&e% .e' a #ist:ria &a (i&a pri(a&a e at) pIblica &e (*rios &ec)nios &o segun&o !uartel &o s)culo JJ0 co" particular inci&ncia nos perío&os !ue se seguira" H +e(olu,ão &e Abril% Abril% De entre o i"enso cau&al &os seus ro"ances0 biogra>ias0 cr:nicas0 pe,as &e teatro e rara"ente contos0 cita"os un&o .ec#a&o 12790 Os Super-Ko"ens 12;40 Contos i"populares 12;1 -12;80 Os ncur*(eis 12;0 A ural#a 12;60 O Susto 12;90 O nsepar*(el 12;90 Ternos Guerreiros 1240 E"bai$a&a a Calígula 1210 O anto 1210 O Ser"ão &o .ogo 1230 A Brusca 12610 Santo Ant:nio 12680 As Pessoas .eli'es 12640 Cr:nica &o Cru'a&o Osb 1260 As .Irias 12660 .lorbela Espanca 12620 Con(ersa,Mes co" Di"itri e Outras .antasias 12620 .ann= Oen0 O osteiro 12940 Sebastião os) 12910 Longos Dias T" Ce" Anos 12930 Os eninos &e Ouro 12980 A&i(in#as &e Pe&ro e ns 12980 " Bic#o &a Terra 12970 A ona &e Lisboa 129;0 O Apocalipse Apocalipse &e Albrec#t DQrer 1290 Contos A"arantinos 12960 A Corte &o Norte 12960 Dentes &e +ato 12960 Pra'er e Gl:ria 12990 A>oris"os 12990 Eugenia e Sil(ina 12920 Ventos0 Areia e A"oras Bra(as 12240 Vale Abraão 12210 Bre(i*rio &o Brasil 12210 Esta&os Er:ticos "e&iatos &e SRren iregaar& 12230 Or&ens enores 12230 O Concerto &os .la"engos 12270 As Terras Terras &o +isco 12270 Alegrias &o un&o  1220 e":rias Laurentinas 1220 Part= 1220 " Cão !ue Son#a 12260 Garrett - O Ere"ita &o C#ia&o 12260 O Co"u" &os ortais 12290 A ?uinta Essncia 1222% Al)" &a trilogia As +ela,Mes Ku"anas e &e A Bíblia &os Pobres0 !ue abrange Ko"ens e ul#eres e As Categorias% Deste i"enso acer(o &e >*bulas0 "e":rias0 re>le$Mes0 relatos &e :&ios0 a"ores0 a"bi,Mes e so>ri"entos0 o gran&e capital ) o >er(or &a (i&a0 nu" >lu$o apai$ona&o e crítico0 te"pera&o co" o sal &a ironia ir onia &e Agustina% CAPUTLO  O +OJNOL A "arge" "arge" es!uer&a &os rios não apetece tanto0 sea por!ue o sol a procura e" #oras "ais solit*rias0 sea por!ue a po(oa gente "ais triston#a e &escen&ente &e #o"i'ia&os e &escontentes &o "un&o e &as suas leis% A região &e"arca&a &o Douro0 !ue ocupa !uase na sua totali&a&e a "arge" &ireita0 pro(a pelo "enos "enos !ue o re>le$o solar te" e>eito no neg:cio neg:cio &os #o"ens #o"ens e l#es &eter"ina &eter"ina a "ora&a% Por)"0 #* na cur(a !ue apascenta o rio pelo rec#ão areento0 ao sair &a +)gua0 u" (ale ribeiro &e pro&u,ão ain&a &e (in#os &e c#eiro e !ue se esten&e0 ru"o H ci&a&e &e La"ego0 co"arca a !ue pertence0 at) Hs *guas "e&icinais &e Ca"bres%  o Vale Abraão0 co" suas !uintas e lugares &e so"bra so"bra !ue parece parece" " acent acentuar uar a "e":ri "e":riaa &u" trWnsi trWnsito to "ourisc "ouriscoo !ue &e Grana Grana&a &a tra'ia tra'ia as "erca&orias &o Oriente e0 por(entura0 os gostos &e po"ares &e espin#o e &os (erg)is &e puro re"anso% Al"ansor te(e resi&ncia e" La"ego e escre(eu aí a #ist:ria &a ca"pan#a co" os seus alia&os0 os con&es "o,*rabes% Tal(e' por isso0 por!ue corre u" >io &e tinta &es&e a >ronteira &uriana at) Hs *guas &o Te&o e &o T*(ora0 os poetas e os letra&os obstina&os pro&u'e" as suas obras na!uele territ:rio !ue0 antes &o trato &a ín&ia0 con#eceu (er&a&eiro esplen&or agrícola e co"ercial% No s)culo J0 o rio Pai(a ser(ia &e li"ite sul H tenncia &e La"ego0 e l* (i(ia0 cerca &e S% Pe&ro &e Castro-Daire0 u" >ísico engen#oso e cura&or &e >leu"Mes "alignos c#a"a&o Abraão &e Pai(a%







































sua sina o>usca&a% O Vale Vale Abraão passou a ter no"e no "apa0 ain&a !ue >ec#a&o H curiosi&a&e &os top:gra>os% Co" o Liberalis"o0 La"ego não cessou a sua inclina,ão absolutista0 at) !ue o "o(i"ento Sete"brista acabou co" as suas pretensMes no &o"ínio político e eclesi*sticoX >icou re&u'i&a a u"a ci&a&e estagna&a0 on&e os par!ues e os "onu"entos con&escen&e" e" recor&ar o passa&o >eirante0 >eirante0 alegre e pr:spero% pr:spero% O !ue aconteceu ao >ísico > ísico Abraão Abraão &e Pai(a não se po&e supor0 supor0 e$cepto !ue enri!ueceu e "orreu &e >ebres0 &ei$an&o u" sa!uitel &e pe,as &e ouro e u" gabinete &e e$perinciasX não co" ratos e porcos &a Un&ia0 "as co" a >a"osa "assa &e (in#os &e +iba Douro% O estu&o &a e&icina >e'-se tra&i,ão &e >a"ília0 e e" 12140 &ata &a +epIblica0 (a"os encontrar u" &outor Pai(a casa&o co" aria Coel#o0 &o Portelo &e Ca"bres0 !ue era sen#ora &e bens e !ue tin#a nas >ragas &e Santos &e Deus uns par&ieiros co" restos &e pe&ra &e ar"as% As "ul#eres &os Pai(as era"0 por atributo &e sangue e lin#age"0 "uito con(enci&as &o seu g)nio e" neg:cios e (onta&e &e po&er e a>ir"a,ão% Des&e te"pos re"otos !ue carrega(a" o sobreno"e &e Pai (oas% aria Coel#o te(e u" neto0 pac#orrento e &a&o a letras "enores0 !ue ela !uis >a'er (in#ateiro e pro&utor &e (in#os &e >eitoria% Não te(e "uito $ito co" o plano0 e Carlos Pai(a estu&ou e&icina no Porto% Era u" rapa' sonso0 bonitão0 &e alta estatura% Casou co" u"a (iI(a e >icou ancora&o e" Vale Abraão0 >a'en&o u"a clínica "o&estíssi"a e co"en&o re!ueião e ca(acas% Era guloso &a "esaX &o leito0 não sabia0 !ue a "ul#er tin#a os p)s >rios e o cora,ão enroupa&o e" >lanelas% Os Pai(as gosta(a" &e "ul#eres "a&uras0 &e pele branca e propensão "atriarca% Kou(e u" AraIo &e Pai(a !ue casara e" Paris co" u"a u&ia russa0 in>or"a&ora &e Bis"arc% A biogra>ia &ele não ia al)" &isto0 "as Carlos c#a"a(a-l#e0 co" respeito0 Yo "eu tio ban!ueiroY% 9 No !ue Carlos &e Pai(a se &istinguiu >oi e" ser "onitor &e "ul#eres u" pouco solit*rias &e "ari&os (a&ios e !ue elas corria" &os bra,os co" o prete$to &e ac#a!ues !ue ia" at) H #isterecto"ia pura e si"ples% Ele >ala(a-l#es &e li(ros e &ei$a(a-as crer !ue era" poetisas &uns (ersos co$os e" !ue ele e>ectua(a u"a ortope&ia &e ri"as :b(ias% " &ia Carlos Pai(a >oi a La"ego por altura &as >estas &os +e")&ios e &eu co" u" #o"e" &e bons "o&os0 co" a >il#a &e !uin'e anos0 a co"er u"a ca"bul#a&a &e enguias nu" restaurante &a pra,a% +eparou na "enina0 !ue esta(a (esti&a &e luto e !ue tin#a tran,as% Dos torci&os &e cabelo escapa(a"-se uns an)is lustrosos e na nuca enrola(a"-se "ais an)is0 !ue parecia" a'uis na lu' >ulgurante &a tar&e% Era tão >or"osa !ue Carlos &eu e" atarantar-se0 o>erecen&o-l#e o>erecen&o-l#e u" prato &e >igos !ue l#e ser(ia" H "esa% Z São pingo-&e-"el pingo-&e-"el e >rescos0 col#i&os col#i&os &e "an#ã0 &a >igueira% E"a recusou co" tanto brio0 !ue o pai interce&eu por Carlos% ?uis re"e&iar os "o&os &a >il#a e tornou-se bo" con(ersa&or% ?uan&o Carlos se apresentou co"o ")&ico e agricultor0 a al"a &o (el#o ilu"inou-seX contou-l#e as &oen,as passa&as co"o !ue" conta a (iage" &a Nau Catrineta% Sobre a "ul#er >alou pouco% Era re"ota a (iu(e'0 "as sentira a >alta &a bonita esposa0 !ue era &e Loureiro% Z Ten#o u" tio na Pena:ia0 e" Estre"a&ouro Z &isse Carlos% O calor >a'ia-o ar>arX #a(ia u"a (entoin#a0 e os cabelos &ele (oa(a" nas >ontes% E"a reparou !ue ele tin#a algu"as brancas% De Estre"a&ouro saíra" co" u" parentesco !ue os apro$i"ou "ais% O (el#o &eu-l#e o en&ere,o0 no +o"esalX era a "arge" &ireita &o Douro0 u"a !uinta "e&iana0 co" ar&i" sobre a estra&a% Paulino Car&eano con(i&ou Carlos e &isse !ue se esti(esse &oente o c#a"a(a% 2







































nele nunca% Tin#a a i"agina,ão &os !uin'e anos0 !ue não cui&a &o presente senão para o ulgar i"portuno e contr*rio Hs ilusMes0 !ue são "ais preciosas &o !ue as pro"essas &a (i&a real% Carlos Pai(a (oltou para casa0 a "ul#er esta(a a la(ar os p)s0 !ue tin#a u" i"petigo nos &e&os e aplica(a-l#es p:s a"arelos e >e&erorentos% Era carrancu&a0 ral#a(a alto0 (estia-se "al% De repente Carlos Pai(a &eu conta &isso tu&o e tornou-se "anso e a"*(el co" ela% Deu-l#e ra'ão e" tu&o0 ela &escon>iou0 p[s-se a espi*-lo% YViu algu)"Y Z pensou0 co" u"a luci&e' &e con&ena&o H "orte% as Carlos não l#e &eu ocasião a "ais reparos% O te"po passou e não aconteceu "ais na&a% Sabese l* !uan&o o cora,ão es>ria ou gan#a car(ão para "anter o calor\ Carlos &e Pai(a (iu-se u" &ia a sair &o seu carrin#o suo e !ue c#eira(a a *lcool can>ora&o0 a perguntar pelo +o"esal a &ois "o,os !ue &escia" pela estra&a% Z Depois &a cur(a0 cur(a0 "as (* co" cui&a&o% +ira"-se alto e >ora" pelo ca"in#o abai$o0 rasteiran&o-se u" ao outro% Carlos pensou !ue era" a"a&ores &e >utebol0 #a(ia u" ca"po ao la&o0 co" re&es &es"antela&as% A(ista(a-se a nobre (asti&ão &as "ontan#as0 o c*lice &o rio ao >un&o0 a "ata so"bria e pesarosa so"brean&o a estra&a% Era u" lugar &e &elícias "as co" algo &e tenebroso0 ro"pen&o &u" passa&o &e soli&ão in(etera&a% O s)culo JV po(oara-o &e (in#e&os0 #a(ia ain&a o solar e o casão &e !uinta0 co" a capela e a esca&a &e alpen&re e colunata% as o "ais era" pe!uenas casas &e tel#a&os caia&os0 co" ne(es aparecen&o sobre o ro,agar (er&e &os laranais% O propriet*rio &e ":&icos ren&i"entos0 Hs (e'es saí&o &a >ai$a "ilitar0 ou o negociante &e panos0 ou o cl)rigo co" >il#os e cães &e ca,aX ou o consignat*rio &e co"pan#ias inglesas0 era o !ue "ais #a(ia% 14 Se"pre en&i(i&a&o0 se"pre co" #ipotecas a (encer0 se"pre lutan&o co" o au"ento &os sal*rios e &os a&ubos0 se"pre abati&o pelo pre,o &os (in#os0 o la(ra&or &o Douro era u" colosso &e persistncia0 &e a>ina,ão co" o &estino0 &e secura e"presarial% Ain&a tin#a u" (islu"bre po)tico para plantar u" cipreste ao canto &o ar&i"0 !ue (ia crescer0 crescer0 apontan&o-l#e o espa,o co"o u"a bala negra e "ol&a&a ao sabor &os s)culos% Espera(a paciente"ente u" ano bo" para casar as >il#as e re>a'er o tel#a&o% Era &a&o a e$tra(agWncias0 co"pra(a u" p:nei para as crian,as0 e u"a peli,a para ele pr:prio% Gasta(a0 !uan&o tin#aX !uan&o não tin#a0 era arrogante e >re!uenta(a as "ul#eres co" u"a sensuali&a&e catastr:>ica% Carlos sentiu no ar o c#eiro &a !uei"a&a0 ar&ia" nas (in#as as (i&es &a po&a !ue &antes ser(ia" &e co"bustí(el nas lareiras% Agora era caro transport*las e ar&ia" "al0 carrega&as &e *gua% " >u"o branco e enrola&o agac#a(a-se co"o u"a o>erta "al aceita por eo(*% Não soube !ue &i'er !uan&o Paulino Car&eano o "an&ou subir% subir% Esta(a enroupa&o nu"a (el#a sa"arra0 e não #a(ia a!ueci"ento na sala% Z ?ue surpresa\ as !ue surpresa\ E eu !ue ten#o an&a&o es!uisito% Ten#o u"as ouras e >or"igueiro nas "ãos% Carlos o>ereceu-se para o "e&icar% as o !ue o tra'ia0 &isse0 era a procura &u" (in#o >ino para o>erecerX u"a coisa garanti&a0 &e a&ega particular% Z Não ten#o0 "as po&e-se arranar% as ) caro0 &outor%  bebi&a &e reisX e "es"o os reis bebe" 'urrapa e ulga" !ue são be" ser(i&os% Eu sou con#ece&or e posso urar% E"a entrou na sala% Esta(a "ais alta0 a &elga&a cintura balan,a(a &entro &o gran&e pull-o(er &e pesca&or% pesca&or% E os cabelos pretos caía" sobre a grossa lã co"o u" rio &e tinta entorna&a% Ela não &eu "ostras &e o recon#ecer% Z  o &outor Carlos% Le"bras-te0 e" La"ego] La"ego]







































11 Ela pensa(a !ue os cai$eiros tin#a" !ue sorrir "uito e &e(ia" ter &entes assi"% O Beto &as Esca&as0 !ue l#e (en&ia as r:bias &e Verão0 tin#a &entes assi"% E"a recon#ecia as boas >a"ílias pelos &entes aca(ala&os e a &e>or"a,ão cong)nita0 a cor &e (el#o "ar>i"0 as serril#as0 o cresci"ento &os caninos0 o atro>ia&o &o sisoX !uan&o se co"e,ara" a acertar os &entes por u" pa&rão regular não >oi "ais possí(el &escobrir a nascen,a0 nascen,a0 os (ícios0 as castas0 os cru'a"entos0 as &ietas e at) os no"es &e &inastias inteiras% Ela perguntou para si pr:pria !ue" era a!uele rapa' corpulento &e"ais para a i&a&e0 co" u" bigo&e c#oru&o e !ue a ol#a(a e"basbaca&o% Z E" La"ego] Z E"a sorriu tão &epressa e tão &epressa &epressa >icou s)ria e u" pouco &es&en#osa0 &es&en#osa0 !ue Carlos Pai(a se sentiu escorra,a&o% Le(antou-se e &espe&iu-se% Z  (isita &e ")&ico ")&ico e ) "es"o% E"a0 E"a0 tra' u" c*lice e u"as bolac#as% bolac#as% Z Não #* bolac#as bolac#as nen#u"as% nen#u"as% Z Não se inco"o&e inco"o&e Z &isse Carlos0 Carlos0 >eri&o% Car&eano >oi aco"pan#*-lo0 >-lo sair pelo portão principal0 !ue não se abria !uase nunca% "a (aran&a en(i&ra,a&a ocupa(a to&a a >rontaria sobre as esca&as &e pe&ra0 obra "ais recente e co" "ostras &e obe&ecer a u"a alta >inanceira% " cão par&o0 &e patas curtas0 (eio la&rar co" u"a >eroci&a&e pronta a tornar-se e" pWnico% Z Cala-te0 or&ão\ s par(o0 ou !u] Z &isse Car&eano0 &esculpan&o-se% as Carlos >icou ain&a "ais senti&o0 urou não (oltar "ais% Atirou-se para &entro &o carro co" u"a a"argura absur&aX tin#a l*gri"as nos ol#os% Não ol#ou para tr*s% Se o ti(esse >eito0 (eria E"a encosta&a H gra&e &o ar&i"0 aci"a &a estra&aX ela co"pun#a o cabelo co" a "ão0 e a!uilo po&ia parecer u" aceno% Y?ue" se ulga ela]Y Z pensou% Atacou-o u"a triste'a tão >un&a !ue per&eu o apetite0 e a "ul#er0 "ais u"a (e'0 percebeu !ue esta(a en>eiti,a&o0 e" guerra co" o "un&o e co" ele pr:prio% 13 O (el#o Car&eano >oi para &entro pensati(o% Ali esta(a u" genro !ue l#e con(in#a0 era te"po &e colocar a >il#a0 ia >a'er &e'assete anos0 a tia não a po&ia segurar se H pe!uena l#e &esse para (ariar% E0 &epois0 u"a (irge" (el#a0 co"o a ir"ã Augusta0 não l#e pun#a e"bargos aos pra'eresX en!uanto !ue co" E"a era &i>erenteX !ueria-a cria&a no bo" e$e"plo e con>ia&a nos #o"ens0 !ue ) se"pre garantia &e pa' &o")stica% E"a cresceu e" con&i,Mes prec*rias para o senti"ento e >a(or*(eis aos segre&os &a (i&a0 !ue e" tu&o se i&enti>ica" co" o &eseo e os seus i"perati(os% A soli&ão &esperta ce&o o cora,ão #u"ano e &istancia as pessoas &a uni&a&e e" !ue as coisas acontece"% Aos !uin'e anos E"a * tin#a a"a&o0 e o a"or para ela era algo &e passi(o e tão &istante co"o u"a i&eia !ue * não surpreen&e por!ue ) u"a i&eia inatingí(el% A"ara por e>eito &u" ol#ar !ue "al se a>lora e tu&o pMe e" causa5 a liber&a&e e a (onta&e &e e$pia,ão% Era u"a "enina &:cil0 no enten&er &as "estras e &as cria&as0 "as era sobretu&o &istraí&a &e tu&o o !ue não >osse u"a >uga0 u" plano &e >uga0 se"pre a&ia&o e se"pre prestes a resol(er-se% O pai ac#a(a-a u" pouco assusta&ora% Percebia !ue a estrutura &a >a"ília &esperta(a nela u" "o(i"ento &e repulsa0 e não a obriga(a aos &e(eres &o")sticos ne" a na&a "uito concreta"ente% Cresceu nessa perigosa e(entuali&a&e !ue ) a liber&a&e &e"asia&a% .altou-l#e a "ãe0 para !ue pu&esse re&igir o protesto a u" ini"igoX a "ãe ) a pri"eira >ace &o antag:nico e" !ue pousa o i"perati(o &o a"or% S: tin#a &ela recor&a,Mes e" !ue não pun#a con>ian,aX era" tra'i&as por obectos pessoais !ue nunca (ira usa&os pela "ãe% "a "antil#a0 u" ter,o0 u"a (olta &e ouro0 gan#a" signi>ica&o con>or"e a #ist:ria !ue os !uali>ica% Dei$a" &e ser







































E"a >icara :r>ã aos seis anos e parecia-l#e "uito "ais te"po% A "ãe se"pre >ora &oente0 recol#i&a0 !uase in(isí(el no !uarto% A Inica coisa &e !ue se le"bra(a era &u" c#eiro a&ocica&o0 &e leite0 escorregan&o-l#e nos ou(i&os% Ti(era u"a (e' &ores &e ou(i&os e &eitara"-l#e leite "aterno para sua(i'ar-l#e o so>ri"ento% Le"bra(a-se &esse lento gotear e &o seio bran&o a !ue se encosta(a% O resto era u" secreto e alucina&o parentesco co" o (entre &on&e (iera0 u" !uarto on&e ressoa(a" sons0 pala(rasX on&e tu&o se "o(ia e possuía u"a elastici&a&e con>ort*(el% Tal(e' as pare&es &o Itero0 raia&as &e pregas !ue ce&ia" ao seu peso0 H sua nutri,ão0 ao cresci"ento &as "ãos e &os p)s% Do resto0 não se le"bra(a5 &o rosto &a "ãe0 &a (o' &ela% ?uan&o esta(a na igrea e os coros ele(a(a" os seus cWnticos0 tenta(a &istinguir neles a (o' &iurna &a "ãe% Não conseguia% Per&ia-se0 co"o se >areasse u" rasto se"pre interro"pi&o% O suor borbul#a(a nas asas &o nari'0 pensa(a" !ue ela tin#a calor ou !ue se sentia "al% O pai proibiu-l#e assistir a ceri":nias "uito longas0 "issas &e >esta e ser"Mes% Vi(ia "uito e" casa e gan#ou u" gosto e$pansi(o e u" pouco sel(age" pelo reino &o")stico0 on&e ela &o"ina(a0 no coro &as cria&as !ue a a&ula(a" e !ue l#e ren&ia" to&a a esp)cie &e agra&os% De resto0 r esto0 não >alta(a entre elas u" aconc#ego er:tico0 >eito &e segre&os0 &e puni puni,M ,Mes es00 &e con> con>i& i&n nci cias as00 &e !ue' !ue'íli ílias as parti partil# l#a& a&as as00 &e a>ei a>ei,M ,Mes es pret preter eri& i&as as e ciI" ciI"es es &esespera&os% &esespera&os% A casa casa &u"a s: a"a0 e u"a a"a o(e" e "uito >or"osa0 ) u" (es-peiro &e a"ores e seus contr*rios0 !ue são ain&a a"ores% ?uan&o E"a a&oeceu gra(e"ente0 tin#a cinco anos0 não >altara" pro"essas0 pactos co" os santos e santas0 c#oros &e "ul#eres !ue se apro(eita" &a trag)&ia co"u" para e$aurir a pena !ue não sabe" !uali>icar5 pena &e pobre'a e &e pregui,a e" re"e re"e&i &i**-la laXX pe!u pe!uen enoo (est (estíg ígio io &e #ar) #ar)" " "al "al ter" ter"in ina& a&oo na le"b le"bra ran, n,aa "oir "oiraa ou go&a go&a%% E"a E"a restabeleceu-se "as >icou lesiona&a &a perna es!uer&a% Era u" &e>eito enor"e para tantos encantos !ue possuía0 e0 se ela se con>or"ou0 o pai to"ou isso co"o o>ensa pessoal% Di'ia se"pre !ue era pena ser aleia&a0 e &i'ia-o co"o se a punisse &esse &e")ritoX co"o se u"a "erca&oria l#e saísse "al a(ia&a% 17 En!uanto &urou a &oen,a0 (eio trat*-la u"a tia paterna !ue (i(ia no con(entoX to"ara o ()u &e no(i,a "as não >i'era os (otos% Era acan#a&a &e espírito0 >eia e bon&osa% Tanto Tanto se aco"o&ou a E"a e H casa0 "ais &o !ue l#es gan#ou a>ei,ão0 !ue trans>eriu o en$o(al e o li(ro &e e"pis para o !uartin#o !ue l#e &estinou o ir"ão% O orat:rio0 enor"e ":(el &o s)culo JV0 &eslu"bra(a-a% Para ele (i(eu0 co"o se &esposasse a!uele ar"*rio (er&e0 co" &oura&osX era co"o se &esposasse u"a >ar&a0 c#eia &e bor&a&os e con&ecora,Mes% con&ecora,Mes% Tia Augusta Augusta co"unga(a to&os os &ias e &i'ia a E"a !ue tin#a no c)u u"a ca&eira &e bra,os% Z O Sen#or sabe !ue eu não posso estar "uito te"po senta&a se" pousar os coto(elos Z &i'ia0 sincera% As cria&as ria"-se &elaX "as ria"-se s: &urante &uas se"anas0 por!ue se #abitua(a" Hs con&i,Mes &a casa e a rotina proibia a ironia% ir onia% Por >i"0 os &islates &e &ona Augusta parecia" ra'Mes tão nor"ais co"o as outras% E"a não gosta(a !ue "o>asse" &a tia0 co"o não gosta(a !ue !uebrasse" as $ícaras ou &eitasse" u"a n:&oa nos a(entais% O espa,o &o lar era u" santu*rio !ue ela !ueria be" trata&oX o respeito0 e Hs (e'es a (enera,ão0 pertencia" ao ritual &o")stico% E ta"b)" u"a "e":ria teatral teatral e inu"ana0 inu"ana0 a "e":ria "e":ria &a "ãe &e>unta &e>unta esten&i&a esten&i&a &iante &iante &o orat:rio0 !ue >unciona >unciona(a (a co"o u" cen*rio% E"a (ia-a pela c#apa &e latão &o con>ession*rio0 per>ura&o e" cru' e !ue era u" si"ples ralo entre a sala &e antar e a sala &e entra&a% * não #a(ia capelão e" casa0 e o con>ession*rio não era usa&o% Daí E"a (ira a "ãe "orta% Esta(a a"ortal#a&a co" o (esti&o &e









































1; Z Por!ue não po&e po&e ser outra coisa] coisa] Por e$e"plo0 e$e"plo0 u" li(ro &e *rias ou &e &e ser"Mes] Tia Augusta &isse !ue as "ul#eres não lia" li(ros% Não era coisa !ue l#es interessasse in teressasse00 e isto não as &i"inuía &i"inuía e" na&a% na&a% Era" "uito po&erosas po&erosas "es"o se" ler o A"a&is A"a&is &e Gaula e +olan&o +olan&o .urioso !ue0 no entanto0 a"a(a" sen#oras se" letras e se" lati" nen#u"% Ningu)" sabia se E"a era inteligente ou se era si"ples"ente a&e!ua&a ao seu "eio% Tin#a alguns estu&os e sabia u" pouco &e piano% Nu" col)gio &e La"ego apren&era algu"a coisa &e eti!ueta e &e re&ac,ão% Sabia co"er co" elegWncia0 "as &epressa reto"ou as grosseiras "aneiras &as ser(as e &as ornaleiras !ue li"pa(a" a boca co" as costas &a "ão e >inca(a" na "esa o coto(elo% Escre(ia-l#es0 no entanto0 as cartas &e na"oro &as "ais anal>abetas0 pon&o-l#es senti"entos >inos0 &i'en&o Yesta !ue te a"aY0 o !ue soa(a estran#o e parecia >rase &e no(ela% Beia(a"-l#e os p)sin#os brancos !uan&o os la(a(a" e a&"ira(a"-l#e os cabelos negros0 cac#ea&os% cac#ea&os% E os ol#os0 a!ueles ol#os cor &e *gata0 co" estrias pretas0 &ebrua&os &u" >riso escuro !ue parecia tintaX tin#a" ao canto u" ponto r:seo co"o nas bonecas &e porcelana% Tia Augusta recea(a por ela0 !ueria !ue >osse >reira% "agina(a-a co" touca e ros*rio H cintaX u" ros*rio gran&e0 cuo cruci>i$o &e cobre bril#a(a0 saltan&o na ca&ncia &o an&ar contra a perna0 e" !ue as saias rugia" le(e"ente% Z .reira0 a nossa "enina] Z arina pun#a-se >uriosa% Era pe!uena0 bonita0 &e pestanas &uras co"o (aretas% Tin#a u" g)nio bra(o0 co"o e&eia0 e os rapa'es !ue a preten&ia" recua(a"0 repensa(a" o caso% Branca era "ais &:cil0 gosta(a &e #o"ens0 se" sub"issão0 apenas por (ício% E Alice0 !ue tin#a co"o plano casar aci"a &os seus "eios0 "ostra(a-se &istraí&a0 >a'en&o &esli'ar o >io &a >aca no "ol#o &e cou(e aperta&a no pun#o% Era o Ycal&o (er&eY0 sega&o co"o >ios &e lin#a0 e !ue enc#ia a bacia &e >ol#a0 toca&o Hs (e'es &u"a gota &e sangue espirra&o &o &e&o% 1 To&as a"a(a" E"a e l#e tra'ia" no(i&a&es% A casa >er(ia &e &itos0 intrigas0 assuntos &e >ora0 coisas "aliciosas e senti&as0 &e "orte0 &e se$o0 &e pai$Mes (*rias% A casa era u" nin#o &e abel#as0 agit agita& a&a0 a0 enro enrola la&a &a no pr:p pr:pri rioo 'u"b 'u"bi& i&o0 o0 cati( cati(ei eiro ro &e son# son#os os e &e a(is a(isos osXX pro" pro"ís íscu cua0 a0 &oce &oce00 pac#orrenta0 'elosa% 'elosa% O ga&o pe!ueno pe!ueno grun#ia e pia(a0 os tan!ues tan!ues tin#a" se"pre u"a u"a baba &e roupa !ue >oi posta e" pri"eiro sabão% A la(a&eira era u"a esp)cie &e Core !ue (ela(a sobre os sinais &e (i&a e &e "orte% Proce&ia H la(age" &as toal#as enegreci&as &o lastro gor&urento &a co'in#a ou "anc#a&as &e (in#o espesso espesso e ro$o% Ela sabia a casta &a u(a s: &e (er a sua n:&oaX sabia &as regras &as "ul#eres e &a sua (i&a genital0 s: &e tocar os panos sanguinolentos% Sangue >resco e (er"el#o0 se era o &e (irgensX escuro e corro"pi&o0 se &e "ul#eres casa&as0 * perto &a i&a&e crepuscular &o







































"es"o te"po estu>a% Saiu apenas para se "ostrar Hs sen#oras ellos0 gente &istinta0 a(alia&ora0 culta0 !ue passa(a o n(erno e" Cascais% 16 Era" &uas ir"ãs0 u"a (iI(aX tin#a" casa no Viso0 !ue era pouco &istante &as ter"as% E"a entrou na sala0 co" o seu an&ar ligeira"ente ca"balea&o0 e >icou assente !ue ela era u"a "ul#er assusta&ora% A bele'a &ela era tão "ani>esta !ue as sen#oras ellos0 &a &irecta lin#age" &os ellos0 &e Ataí&e0 &o c)lebre "ar!us0 se en&ireitara" nas ca&eiras co"o se recebesse" r ecebesse" u"a (isita a"ea,a&ora% E"a percebeu o e>eito !ue causa(a co" o (esti&o co"pri&o0 ar"a&o e c#eio &e pregas0 H religiosa% Nesse "o"ento0 #ou(e co"o !ue u" crepitar &u" >ogo &escon#eci&o0 &escon#eci&o0 no >un&o &o seu inocente cora,ã cora,ão% o% As pal"as pal"as &as "ãos "ãos >ora" >ora" perco percorri& rri&as as por u" >or"igu >or"igueir eiro0 o0 co"o co"o se"pre se"pre !ue se e"ociona(a% e&o0 e"o,ão >ria e &espre'o0 era o !ue sentia% Tu&o isso ain&a "al &estaca&o &u"a can&ura in>antil e generosa !ue0 &e resto0 r esto0 nunca per&eu co"pleta"ente% Voltou para casa e o pai &eu-l#e a pri"eira :ia (aliosa0 u"a "e&al#a &e ouro e u" cor&ão% A "e&al#a tin#a tur!uesas0 !ue era pe&ra &estina&a Hs raparigas solteiras% E" tu&o #a(ia u"a regra0 pro&u'i&a pela necessi&a&eX necessi&a&eX u"a or&e" !ue a e$perincia tin#a posto H pro(a e &epois a&opta&o co" u"a &eter"ina,ão !uase cruel% Por e$e"plo5 as >il#as > il#as &a casa não tin#a" o "es"o trata"ento &os rapa'esX era" cria&as H parte0 &ebai$o &u"a se(eri&a&e paternal !ue se &estina(a a "o&erar nelas as >antasias er:ticas e as pai$Mes !ue0 se "al &isciplina&as0 l#es seria" >atais% E"bora as coisas ti(esse" "u&a&o0 o la(ra&or Paulino Car&eano conser(a(a restos &essa e&uca,ão austera0 se" risos e se" inti"i&a&es% +e'a(a H noite o ter,o0 passean&o passean&o no corre&or e não &an&o "ostras &e >a'er !ual!uer ora,ãoX aban&onara os costu"es antigos !ue era" o &e reunir a >a"ília e os cria&os0 H lu' &os can&eeiros &e bocal0 e re'ar0 co" u"a pie&a&e nobre e (incula&a aos aconteci"entos &o &ia0 aos trabal#os &a (in#a0 aos apetites &o corpo% Ele era u" #o"e" bo" "as0 Hs (e'es0 ator&oa&o co" as "ul#eres% E"a não l#e con#ecera nunca a"iga ou Ya"antil#onaY0 co"o se &i'ia% Era e$tre"a"ente cauto0 para surpresa &os (i'in#os0 in>or"a&os &e to&as as #ist:rias escabrosas &as re&on&e'as% 19 as at) os pa&res era" "enos >acciosos0 gracea(a" sobre o a"or0 o !ue era in&ício &e não estare" sub"eti&os ne" ulga&os% O Porto0 co"o ci&a&e gran&e0 consu"ia os peca&os &e to&a a pro(íncia co"o se consu"isse >ruta >resca% * não #a(ia a legen&a in>la"a&a &o eros burgus0 e as "ul#eres po&ia" >ranca"ente receber #o"ens e" casa se" !ue isso as co"pro"etesse e as in>a"asse% Tin#a" Tin#a" tantos a"antes co"o !ueria" e #a(ia se"pre "aneira &e os es!uecer0 es!uecer0 pessoal e







































O !ue sentira" as sen#oras ellos !uan&o a (ira" (esti&a co"o para casar0 &e branco e co" u" sorriso in&e>iní(el0 ligeira"ente cruel0 co"o se >osse u" ani"al &e presa >arean&o a sua &ieta &e sangue !uente0 não >oi na&a agra&*(el% A e&uca,ão &elas0 pr:pria para cabe,as &uras e ner(os a con&i'er0 con&i'er0 in>or"a(a-as &e !ue esta(a" &iante &u" caso InicoX u"a rapariga capa' &e li(re &ecisão e !ue ne" se!uer tin#a i&eia &o !ue era a sub"issão% 12 Po&ia0 era seguro0 le(ar at) ao cri"e a sua rebelião0 s: !ue não tin#a !ual!uer pensa"ento nesse senti&o0 tão tran!uila esta(a &e po&er >a'er o !ue !ueria% Z K* !ual!uer coisa nela !ue repugna Z &isse a ir"ã "ais (el#a0 cuo (ocabul*rio agressi(o era ine$istente% ?uan&o se &a(a ao trabal#o &e censurar algu)"0 li"ita(a-se a c#a"ar-l#e Yu"a pessoa &e crit)rioY% C#a"ara assi" a sogra o&iosa0 a !ue" &e(ia (e$a"es i"per&o*(eis e !ue a le(ara H beira &a loucura% Z Tu&o Tu&o nela te" u" ar ar sinistro0 a co"e,ar co"e,ar pela bele'a% Z Ac#a-a assi" assi" bonita] Z &isse a ir"ã "ais no(a0 toca&a no pressenti"ento pressenti"ento &e ani"al &o")stico !ue ( o seu territ:rio in(a&i&o% Z Não sei co"o e$plicar% e$plicar% A bele'a bele'a &ela con>un&e-se con>un&e-se co" u"a u"a esp)cie &e g)nio% g)nio% E" geral0 a ir"ã "ais (el#a0 cuo no"e não a&ianta le"brar0 s: c#ega(a a u" grau &e inteligncia superior !uan&o se trata(a &e &e>en&er a sua esp)cieX ou sea0 a &e pessoa con(enci&a &os seus &ireitos &a i&a&e a&ulta0 a sua cultura0 e" su"a% A cultura não ) "ais &o !ue isto5 u" conunto &e prerrogati(as% ?uanto a E"a0 as ir"ãs ellos sabia" !ue ela não possuía u"a cultura% Era co"pleta"ente &esa>ecta&a &e tu&o0 inclusi(e &a bele'a !ue tin#a e &o orgul#o ou a"bi,ão !ue ela po&ia &esenca&ear% Li"ita(a-se0 co" !uin'e anos >eitos0 a inclinar-se &a (aran&a &o ar&i" e interrogar to&a a gente !ue passa(a% sa(a u" to" &espren&i&o0 co"o se >osse u"a princesa !ue (ia "o(erse o "un&o a seus p)s0 "as co" o !ual não tin#a "uito e" co"u"% Não por (ai&a&e0 "as por pura &esinibi,ão e &es>rute &o seu te"po% +espon&ia"-l#e co" a alti(e' a"ig*(el !ue se estabelece entre gente !ue &ispensa a resistncia &e classes% Era" seus ini"igos por princípio e0 ao "es"o te"po0 reciproca"ente recon#ecia"-se recon#ecia"-se co"o "oti(o para agir% O !ue u"a pessoa ( na outra não ) o seu se"el#ante "as o seu &isse"el#ante0 o !ue l#e proporciona a espontanei&a&e &os seus actos% 34 O >acto &e E"a >re!uentar "uito a (aran&a pro(oca(a bastantes precal,os% Ao &es>a'er a cur(a &a estra&a0 era >or,oso le(antar os ol#os para a >igura ali &ebru,a&aX e não #a(ia "otorista !ue >icasse in&i>erente% O c#o!ue &a bele'a o>usca(a-o0 isto se" !uerer e$agerar% Per&ia" por "o"entos o controlo e era" ru&e"ente proecta&os contra a pare&eX outras (e'es c#oca(a" &e >rente co" o







































e &e gran gran&e &ess ol#o ol#oss esbr esbras asea ea&o &os0 s0 por por caus causaa &a >a&i >a&iga ga e &o ner( ner(os osis is"o "o cons consta tant nte0 e0 entr entrou ou i"e&iata"ente no assunto% Z A sua >il#a ) u" perigo perigo para o trWnsito nesta nesta estra&a% Z O !u] Z &isse Car&eano0 estupe>acto% estupe>acto% Z Desculpe-"e p[r p[r as coisas assi"0 assi"0 "as ) u" >acto% >acto% O Car&eano pensou !ue os presi&entes &a CW"ara são se"pre &espro(i&os &e substWncia interior0 &e tutano0 &e calor #u"ano% Con#ecera u" !ue se c#a"a(a Ko"ero e na&a "ais >a'ia senão pro"eter o sanea"ento nos lugareos "ais atrasa&os e acabar co" os pobres% Era aco"eti&o por u"a estran#a >i$a,ão0 a &e agra&ar ao po(o% Era nele co"o u"a in>eriori&a&e0 co"o se u"a "elo&ia interior o pre(enisse &u" >i" > i" inespera&o% 31 Z Não sei o !ue a "in#a >il#a% Z ia a co"e,ar a &i'er o Car&eano% as o presi&ente interro"peuinterro"peuo% Z Ela não te" culpa0 ) e(i&ente% as a!uela (aran&a ) "uito capa' &e não estar be" coloca&a% Seria bo" "u&*-la &e sítio% Z u&ar a (aran&a] Z &isse Car&eano% Car&eano% A sua pe!uena cabe,a cabe,a cal(a cobriu-se &u" to" arro$ea&o arro$ea&o !ue alar"ou o presi&ente% Z Não &igo isso% Não sei se "e >a,o enten&er% enten&er% Z Não percebo absoluta"ente absoluta"ente na&a% na&a% ?uan&o Car&eano usa(a o a&()rbio Yabsoluta"enteY0 >a'ia-o co"o os a&(oga&os0 para gan#ar te"po% Esta(a perto &e entrar na !uestão !ue tin#a a (er co" E"a H (aran&a% Seria ela causa &e algu"a cena i"pr:pria] Se assi" >osse0 ele teria si&o in>or"a&o0 &e tal "o&o a casa era percorri&a por u" 'u"bi&o &e no(i&a&es e &e notícias &e !ue na&a escapa(a% as E"a0 aci"a &e tu&o0 era u"a crian,a e co"porta(a-se co"o tal% .ala(a tão alto &a (aran&a !ue se po&ia ou(ir at) H cur(a0 entre .ontelas &e Ci"a e .ontelas &e Bai$o% Não tin#a segre&os ne" sabia na&a &as ar"a&il#as &a (i&a% ^ cautela0 Car&eano pe&iu e$plica,Mes "ais &etal#a&as% Z Não ) na&a &e "al Z &isse o presi&ente0 to"an&o o seu ar a>*(el &as sessMes &a (erea,ão% Cru'ou a perna e pe&iu licen,a para >u"ar% A nin>a (er&e0 !ue po&ia autori'*-lo ou não0 não >oi consulta&a% Z O certo ) !ue esta cur(a * est* a ser encara&a co"o a cur(a &a "orte% To&os se &espista" a!ui0 e o "oti(o ) essa "al&ita (aran&a% Não alu&iu a E"a0 "as Car&eano co"preen&eu0 co"preen&eu0 &e repente0 on&e esta(a o car*cter inteligí(el &a !uestão% E"a era a causa&ora% Ao !ue parecia0 o po(o tin#a apresenta&o !uei$a0 "ães e pais e esposas ta"b)"0 !uanto H presen,a &e E"a na (aran&a% Ela causa(a co"o !ue u"a r*pi&a resolu,ão &e ogar o carro contra o "uro0 geran&o u" proce&i"ento irre(ersí(el% Os o(ens "otociclistas ta"b)" era" atingi&os e >ica(a" e" esta&o &eplor*(el%







































Perguntou a arina o !ue se passa(a0 e ela não >oi u"a teste"un#a "uito prest*(el% as Alice te(e u"a e$plica,ão0 esperta co"o era e0 sobretu&o0 pouco &isposta a garantir a bele'a &a a"a% Pre>eriu &i'er !ue os anelMes &e ci"a &e(ia" encan&ear os "otoristas0 por!ue o sol abrasa(a os (i&ros e eles eles &espe &espe&ia &ia" " >aísca >aíscas% s% Era a c)leb c)lebre re (aran& (aran&a-e a-estu stu>a0 >a0 const construí ruí&a &a nos nos te"pos te"pos *ureos *ureos00 !ua !uan&o n&o Car&eano se casara% Esta(a c#eia &e plantas0 beg:nias e a(encas e c:leos (er"el#os% No Verão0 seca(a-se l* a "ar"ela&a e os >igos pingo-&e-"el% "a gota &e W"bar >ica(a cristali'a&a na sua boca rebenta&a e !ue &ei$a(a (er as se"entes rosa&as% Dali se acena(a ao co"boio &as !uatro !ue le(a(a para o Porto os parentes e as (isitas5 o Dr% Car"e'i"0 pro>essor &e sur&os-"u&os0 e a esposa C#elin#a0 >eia co"o u" "anipan,o "as tão boa !ue at) &a(a pena% Era" os pa&rin#os &e E"a e (in#a" to&os os anos passar o Natal0 tra'en&o u"a cai$a &e passas &e Alicante% Gente s)ria e pon&era&a% O &outor Car"e'i" era ateu0 "as "uito conser(a&or% conser(a&or% Cínico0 co" >alas &e li(re pensa&or0 pensa&or0 bonito #o"e"0 ria-se superior"ente &a grea e &os pa&res% ?uanto a E"a0 não se &a(a" be"0 apenas se tolera(a"% A bele'a bele'a &ela0 ca&a (e' "ais ineg*(el0 pro&u'ia no pro>essor Car"e'i" u" &espeito e u"a arrelia &i>ícil &e e$plicar% 38 Z Ele &esa&ora-a Z &isse Alice0 !ue era "uito &espac#a&a e" burlas e e" acusa,Mes% acusa,Mes% O o(e" se"inarista Nelson0 &e "ãe beata e >ina co"o u" coral0 atre(ia-se co" pensa"entos "ais pro>un&os% Di'ia ele5 ele5 Z Não "e a&"ira% A bele'a bele'a ) a!uilo !ue !ue "ais abate o nosso >ingi"ento% A"a(a E"a co"o se >osse u" >a(or !ue l#e &e(ia% Não ulga(a acabar os estu&os e &i'er "issa0 e"bora a "ãe o e$ortasse nesse senti&oX era u" belo rapa'0 ro"Wntico e se" escrIpulos0 pronto a (en&er-se para sossego &o corpo e &a al"a% +e'ar "uito parecia-l#e bai$e'a0 se era por #u"il#a,ão e >alta &e recursos% Durante anos (iu E"a co"o u"a est*tua e ser(ia-a co" &eleite e não co" i"ita,ão &e obe&incia% Era real"ente o seu escu&eiro e at) o seu tro(a&or% tro(a&or% Escre(ia (ersos para ela e pensa(a casar rico u" &ia para !ue E"a não se en(ergon#asse en(ergon#asse &ele% Teria Teria proprie&a&es "ura&as e u"a gran&e casa co" so>*s >lori&os e persianas% Não !ueria e"igrar0 "as tra(ar rela,Mes co" algu"a #er&eira a ban#os na P:(oa e" !ue" pousaria os ol#os &oura(a co"o se pa&ecesse &esconsolos gra(íssi"os% A leitura leitura &os pensa&ores cristãos &era-l#e u" (ocabul*rio irresistí(el% Z ?ual "aior a"or &o !ue o &o esposo para !ue" a >or"usura ) obra &o "uito a"or] Z &i'ia Nelson% Alto e &elica&o0 co" u"a triste'a (aronil0 >a'ia gran&e i"pressão nas "ul#eres% Branca engra(i&ou &ele e &epois abortou0 tu&o co" "uito sigilo e escusa &a casa inteira% O &outor Pai(a (eio (-la0 "ostrou-se reser(a&o e não a &enunciou% .oi u" prete$to para (oltar a (er E"a% Entretanto >icara (iI(o e usa(a u"a bra,a&eira preta0 o !ue l#e &a(a u" ar &e con>rariaX E"a ac#ou-o abati&o e &escobriu nela pr:pria u" apetite pelas coisas tristes0 co"o se >osse" o galar&ão &os seus sacri>ícios% Os seus sacri>ícios era" aborrecer a (i&a !ue le(a(a0 as re(istin#as baratas









































espera(a tão paciente"ente a "orte% Co"e,a(a a &eter-se sobre esse ro&eio !ue os #o"ens >a'e" para c#egar H inusti,a0 >onte &o su"o pra'er% Enten&ia * a #esita,ão &o pro>essor Car"e'i" e" acla"*-la co"o per>eita a>il#a&a e bele'a per>eita% nsultan&o o !ue #a(ia &e belo e" E"a0 ignoran&o-o0 ele pro&u'ia nela u" te"or0 o &e não ser capa' &e agra&ar0 o &e ter !ue &u(i&ar &os seus &ons% A!ueles #o"ens0 >uriosos &e &eseo e &e culpa0 por!ue insulta(a" nela a inocncia e a gra, gra,a0 a0 !uer !ueria ia" " apen apenas as go'a go'arr co" co" a inu inust sti, i,aa prat pratic ica& a&a% a% Algu Algu"a "a cois coisaa e" E"a E"a era era >or, >or,aa i"pressionante e neles >ra!ue'a absortaX a batal#a tin#a !ue se &ar e es(a'iar o instinto >ero' lan,a&o e" co"bate singular% A >ra!ue'a i"ita(a a >or,a0 basta(a u" golpe #*bil e E"a cairia% O golpe não tin#a leis0 to"aria as "ais absur&as >or"as% * a!uela peti,ão para a proibir &e asso"ar H (aran&a0 co" a (in&a &o presi&ente &a CW"ara e a sua secret*ria tu&o absoluta"ente (i*(el e sel(age"0 era u" golpe pareci&o a u" cri"e% E"a percebeu !ue s: po&ia >a'er u"a coisa5 ce&er0 &issi"ular0 &issi"ular0 &ar-se por "orta% as não #a(eria tr)guas% O pr:prio pai a consi&era(a sueita a u" "an&a&o &e prisãoX tin#a-a H sua "erc0 prolonga(a o "o"ento &e "ani>estar o seu po&er sobre ela% 3; Era u" carcereiro a>ectuoso0 "antin#a-a e" perp)tuo con#eci"ento &as suas regras &e cati(eiro e esperta(a nela o apetite &a liber&a&e co" pe!uenos e>eitos paternais0 a licen,a para sair0 gastar &in#eiro0 (estir-se be"% Casar-se0 sobretu&o isso% Ela cra(a(a os ol#os no rio0 !ue se a"plia(a na bacia &a +)gua0 ain&a seguin&o u" curso natural e ban#an&o as (in#as &e Vale Abraão0 on&e se percebia u" ei$o &e prosperi&a&e e &e lu$o% E"a ia buscar o (el#o bin:culo para &eci>rar o !ue acontecia nessa lonura lanceta&a &e sol% Percebia rapa'es !ue se ban#a(a" e a copa&a "assa &o par!ue &a Ca(erneira0 "eio len&*ria0 aberto ao pIblico aos &o"ingos% A (aran&a &e "a&eira &a casa &o ")&ico Pai(a &istinguia-se "al na subi&a !ue ia &ar H gran&iosa entra&a &os Lu"iares0 cua "ora&ia escurialesca causa(a u" pouco &e intran!uili&a&e% E"a pensa(a !ue era #abita&a por gente &etest*(el e snobe0 "as cuo ")rito esta(a nessa "es"a e(i&ncia &e pri-(ati(i&a&e irascí(el% O !ue E"a &escortina(a co" o bin:culo0 (er&a&eiro caso &e progresso no +o"esal e !ue a "ãe







































per&igueiros0 os guar&iMes &a Serra0 &e plo >ul(o0 os >ral&i!ueiros0 os la'arentos0 la'arentos0 os ra>eiros0 co"o or&ão0 !ue tin#a o seu car*cter0 no entanto0 entre per(erso e e&uca&o% E os >il#os &o >eitor arcolino0 !ue era" oito0 &e &uas "ães0 e a !ue" ele &era no"es iguais5 o CWn&i&o e o Can&i&in#o0 a"bos atrasa&os e co" algo &e espiritual e ausente !ue l#es torna(a a "is)ria pro&ígio i"ereci&o% Y l* !ue ele (i(eY Z pensa(a E"a0 "alucan&o nesse &escon#eci&o !ue se l#e torna(a pr:$i"o e &ese*(el pela >antasia &e !ue o ro&ea(a% as não pensa(a e" casa"ento% No Natal0 o pa&rin#o0 !ue (eio consoar0 co" a "a&rin#a0 &isse5 Z E"a não te" na"ora&o] Z E &eitou-l#e u" ol#ar !ue a en$o(al#a(a0 !ue l#e ro"pia as entran#as co"o u"a ar"a branca% E"a pensou0 pela pri"eira (e'0 !ue o casa"ento esta(a a preparar-se co"o u"a no(a con&ena,ão0 co"o u"a inusti,a "ais elabora&a% Car"e'i" &eu-l#e a notícia &e !ue precisa(a &e to"ar as *guas% Tin#a o >íga&o a(aria&o0 era o ter"o !ue usa(a0 co"o se se re>erisse a u"a "*!uina0 u" "otor !ue0 &e te"pos a te"pos0 precisasse &e repara,ão% as o !ue preten&ia0 no absoluto &a sua (onta&e0 o&iosa apesar &e a>ectar co"placncia e gran&e'a &e al"a outro &os seus ter"os >a(oritos0 era &espertar na a>il#a&a a perturba,ão se$ual !ue iria resol(er-se no casa"ento% 36 A u(entu&e0 "ina&a assi" na sua substWncia e!ui(alente H eterni&a&e0 teria !ue receber o golpe !ue não cicatri'a "aisX seria corro"pi&a pelo &eseo re(ela&oX e a a(entura #u"ana co"e,aria para E"a co" to&os os seus "ales &o s)culo0 a ansie&a&e e o te"a &a senili&a&e% Con(i&ou-a para os aco"pan#ar Hs ter"as% E"a preparou-se para (eranear0 >e' alguns (esti&os le(es e (aporosos0 >ican&o co" o ar algo posti,o &e postal ilustra&o% A!ueles postais e" >ol#eti" !ue enc#ia" cai$as &e c#ap)us e !ue a "ãe recebia &e Lausane0 e &e Paris0 !uan&o l* (i(ia por te"pora&as u" ir"ão ne>elibata% A "ãe "ãe &e E"a era a !uarta >il#a &u"a &essas casas0 pri"eiro abasta&as e &epois &eca&entes0 &eca&entes0 e" !ue se cria(a u"a gera,ão &e criaturas alua&as0 e" !ue" as pai$Mes não >a'ia" e>eito algu" e parecia" inIteis







































!uan&o esta(a &esocupa&o e se aborrecia% De resto0 Car"e'i" sentiu-se "al co" os pri"eiros trata"entos e caiu &e ca"a &ois ou trs &ias0 >ican&o a "ul#er a cui&*-lo% E"a (aguea(a co"o u" >antas"a pelos gran&es corre&ores0 &eitan&o u" ol#ar aos !uartos &os #:spe&es0 se as portas esta esta(a (a" " aber aberta tas% s% As roup roupas as &ele &eles0 s0 co"o co"o acab acaba& a&as as &e &esp &espir ir00 &a(a &a(a"-l "-l#e #e u"a u"a sens sensa, a,ão ão &e inti"i inti"i&a& &a&e0 e0 &u"a &u"a "ão "ão >orte >orte !ue >osse >osse arrast arrast*-la *-la00 agarra agarran&o n&o-a -a co" u"a brutal brutali&a i&a&e &e >eu&al >eu&al00 inician&o-a para a i&a&e &o &eseo% Z Est*s a"arela co"o a cera% Não te sentes be"] Z O pa&rin#o pousou nela u" ol#ar apaga&o0 !uase in&i>erente% as esta(a atento H in>ini&a&e &e pr*ticas !ue o corpo &a "ul#er so>re s: por e>eito &a i"agina,ão% i "agina,ão% E"a acabou por gan#ar gosto aos seus passeios no par!ue0 gosto e" estar so'in#a0 "e&in&o a sua insatis>a,ão e &e"oran&o !ual!uer tipo &e solu,ão para ela% ?ueria ser eterna"ente o(e"0 na!uela e$pectante certe'a &e algu)" !ue pu&esse a&i(in#ar a sua in(isí(el gran&e'a% O noi(o reparou co"o ela era bonita e >e' &isso a pri"eira c#antage" "atri"onialX a noi(a &ebul#ou-se e" l*gri"as e "ostrou a E"a u"a a(ersão (iolenta% Era a co")&ia &a ri(ali&a&e co" to&os os e>eitos &a #u"il#a,ão e &a >rustra,ãoX co" to&as as con&i,Mes para a ine$or*(el eti!ueta &o a"or% E"a >icou i"pressiona&a e >eri&a% Não se sentia culpa&a0 "as instalou-se nela a &escon>ian,a% Passou a proteger-se &os seus pr:prios senti"entos0 "es"o os "ais insigni>icantes% ?uan&o (oltou para casa0 tia Augusta esta(a &oente% orreu pouco te"po &epois0 e E"a (eri>icou !ue0 "o&esta e silenciosa co"o era0 l#e >a'ia i"ensa >alta% 32 Não se po&ia" a(aliar as pessoas pessoas pela co"para,ão a !ue era" sub"eti&asX sub"eti&asX ca&a u"a era u"a li,ão e" !ue a aspira,ão se escon&e% Tia Augusta &ei$ou e$pressa a sua Ilti"a (onta&e5 !ueria ser a"ortal#a&a no #*bito &e Nossa Sen#ora &e Lour&es0 o !ue resulta(a "uito caricato0 &a&o !ue se trata(a &u"a sen#ora (el#a e #i&r:pica% Sobretu&o o nari' (olu"oso e pica&o &e crateras escuras &a(a-l#e u" ar co"pleta"ente bu>o% Parecia posti,o e0 al)" &o "ais0 burlesco% as a or&e" &e tia Augusta >oi cu"pri&a0 e ningu)" se riu% Esta(a &eposita&a e" >rente &o orat:rio0 ten&o por







































Tra'ia ain&a luto pela tia Augusta !uan&o o &outor Pai(a >oi c#a"a&o% Branca esta(a &e ca"a co" u"a c:lica0 e o so>ri"ento &ela parecia perturbar-l#e a ra'ão% Não enten&ia !uan&o l#e >ala(a"0 e apenas repetia0 &u"a "aneira "aneira ansiosa e assusta&ora5 assusta&ora5 YVai YVai passar (ai passarY Carlos >icou s: co" ela no !uarto e (oltou co" u"a cara tão in&i>erente !ue E"a ac#ou "oti(o para se tran!uili'ar% Esta(a senta&a no contra-lu' &a anela e o estore corri&o &esen#a(a-l#e no (esti&o u" corte co"o se e"ergisse &u" po,o% As longas pestanas carrega(a" a cor &os ol#os0 !ue parecia" negros% Era"0 na reali&a&e reali&a&e00 claros0 claros0 entre o (er&e e o loiro0 loiro0 o !ue0 se" saber por!u0 surpreen&eu surpreen&eu Carlos% Carlos% Estes Estes pri"ei pri"eiros ros "o(i"e "o(i"ento ntoss e" !ue a se&u, se&u,ão ão actua actua &eci&e &eci&e" " &as &as pai$M pai$Mes0 es0 &an &an&o&o-l#e l#ess u"a resistncia !ue não teria" se elas en>rentasse" logo as suas conse!uncias% Parecia s: !ue ele se &istraía co" u"a (isita &e rotina e ne" se!uer pensa(a !ue E"a era bela% A casa0 a situa,ão &ela e o seu rec#eio0 interessou-o &e repente% Co"o u"a pessoa !ue te" e" conta a opera,ão &u"a #ipoteca0 &eita(a os ol#os e" (olta para u"a pri"eira a(alia,ão% O !ue (iu agra&ou-l#e% A "esa s:li&a0 &e patas ele>antinas0 tin#a aos cantos re(istas antigas0 &e assuntos caseiros0 co"o "ol&es &e (esti&os e bor&a&os% Era e(i&ente !ue E"a não as consulta(aX esta(a" ali &es&e o te"po &a "ãe &ela0 Ya &e>untaY0 co"o Paulino &i'ia0 e era" u"a esp)cie &e #o"enage" aos seus gostos e H sua presen,a * "uito apaga&a% Paulino tin#a-a i&o buscar0 e trou$era-a e" carro &e aluguer0 >eli' por ter encontra&o u"a "ul#er bonita0 caseira e &e poucas a"bi,Mes% O &outor Pai(a pensou !ue a casa não era &e boa constru,ão e !ue o "irante0 re(esti&o &e lousa0 a"ea,a(a ruína% as #a(ia li(ros e obectos (aliosos0 (in&os por #eran,as obscuras guarnecer u" &esses lares >rios e cua abun&Wncia ) u" (ício &o gan#o "iraculoso &os (in#os >inos entesoura&os nas a&egas0 e por >i" resgata&os para a "esa &os opulentos0 co" o car*cter &u" pacto sela&o% 81 O &outor Pai(a &issi"ula(a a sua (onta&e &e cortear E"a0 co" a!uele sIbito c*lculo e" !ue se en(ol(ia perante a >ortuna &ela% K* #o"ens !ue ne" sub"eti&os a tor"entos con>essaria" o seu a"or por u"a "ul#er0 sobretu&o tratan&o-se &e u"a "ul#er #onesta%  co"o se a pala(ra a"or trou$esse u" ar pestilento ou0 pelo "enos0 u" ar e" !ue se respira o con>lito &os se$os% * &e si0







































as agora repara(a na!uela rapariga cua bele'a ele não co"enta(a co" ningu)" e !ue ningu)" parecia notar0 notar0 pois >alar nos &otes >ísicos &u"a pessoa co" "ais &e !uin'e anos po&e &espertar &eseos ou con>essar pensa"entos lIbricos% Coisa &e !ue se acautela a socie&a&e por a ter por &esintegra&ora &as suas regras% To&a(ia0 &essa &iscri,ão0 !ue (in#a sen&o &a&a pela "* cata&ura &o pai0 incapa' &e "ostrar alegria perante as gra,as &u"a >il#a0 resulta(a !ue a rapariga crescia insatis>eita &e si pr:pria0 e era assalta&a "uito ce&o por u"a curiosi&a&e sobre o a"or !ue era u"a >or"a narcísica &e se co"pro"eter nele% O &escontenta"ento e" !ue crescia0 a recusa e" lou(ar os seus &ons e to"*-los co"o u"a o>erta &a nature'a para !ue l#es &esse &estino nobre0 >a'ia co" !ue a "ul#er gan#asse &epressa u" &es&)" pelo casa"ento0 tão parco e" pra'eres &a i"agina,ão% Suspeita(a !ue os a"antes a"antes era" "el#ores "el#ores pro(as &o seu con#eci"ent con#eci"entoo interiorX interiorX !ue s: eles po&ia" po&ia" ser u"a (ia &e acesso para ela pr:pria% En!uanto se inicia(a no perío&o &e ena"ora"ento0 a "ul#er (i(ia espontanea"ente0 a"a(a-se por inter")&io &o retrato !ue &ela >a'ia o a"ante% as isso não &ura(aX (olta(a a cair nas &I(i&as i"postas &es&e a in>Wncia5 !ue era insigni>icante e e>)"era e" to&os os seus actos% Co" E"a as coisas não >ora" "uito &i>erentes% O pai não era por cautela !ue i"pe&ia a re(ela,ão &as suas per>ei,MesX era por ignorWncia% Era co" pro>un&a insinceri&a&e !ue opta(a pelo &ito popular0 popular0 !uan&o se elogia a bele'a &u" >il#o5 Y per>eitin#oY0 &i' a "ãe0 co" u"a ponta &e aristocr*tica secura% Paulino Car&eano (ia a >il#a &esabroc#ar0 &esabroc#ar0 "as nega(a esse >acto para !ue a sua nega,ão to"asse o car*cter &u"a lei uni(ersal% 88 ?ueria-a recata&a0 portanto não a po&ia entregar H a(entura #u"ana &e se recon#ecer bela e capa' &e contrariar a sua con&i,ão >e"inina0 isto )0 a sua obscuri&a&e% "a (e' in>or"a&a &os seus &otes >ísicos0 &a inteligncia >ecun&a0 ela iria passar para o la&o &os #o"ens e torna(a-se nalgu"a coisa &e in&eci>r*(el e co" &estino "al para&o% Não sabia Paulino Paulino !ue as Y#eroínasY0 Y#eroínasY0 "ul#eres &as &as #ist:rias &e cor&el cor&el !ue se apresenta(a" apresenta(a" "uni&as









































Na Pri"a(era E"a esta(a noi(a &e Carlos Pai(a0 e sentiu-se &e certa "aneira e"bruteci&a &e >elici&a&e% Ele (in#a (-la0 "as e(ita(a estar a s:s co" elaX preca(i&o co"o era0 não pensa(a se!uer e" co"binar o seu esta&o &e pro"essa co" algo &e "ais solícito0 * &esigna&o co"o &ireito &u" "ari&o% E"a !uase l#e repugna(a !uan&o se apro$i"a(a &e"asia&o0 tr)"ula no (esti&o &e algo&ão claro0 u" pouco cala&a &e"ais0 capa' &e o e"bara,ar pela angIstia recalca&a &o &eseo% Pressentia nela algu"a coisa !ue na&a po&ia suspen&er0 algo !ue era !uestão &e (i&a ou &e "orte% A&iou &uas (e'es o casa"ento0 se" prete$to !uase0 co"o para pro(ar !ue resistia a essa "ul#er !ue o a"a(a e !ue0 no >un&o0 l#e >a'ia "e&o% La"entou a sua (iu(e' e te(e u"a recor&a,ão agra&eci&a para a esposa e"birrenta e &e "acabros p)s >riosX e !ue0 &e certo "o&o0 o tran!uili'a(a por!ue não era &e to&o real na sua (i&a0 "as co"o u" >antas"a >eito &e *gua e &e lu'% O !ue ele te"ia era a resoluta presen,a &e E"a !ue se &istinguia tão be" &a sub"issão >Itil e" !ue se criara% " &ia particular"ente &i>ícil &os seus encontros0 !ue se"pre &ecorria" e" pIblico0 no ar&i" enso"bra&o por caneleiras e ra"os espin#osos &e bugan(íleas0 Carlos Pai(a te(e a no,ão &e !ue tu&o a!uilo era e"bara,ante por!ue era >also% E"a sabia "uito "ais &o a"or &o !ue ele po&ia conecturar% conecturar% Percebeu0 ain&a !ue não se &e"orasse nessas conecturas !ue #u"il#a(a" a sua #onra &e #o"e"0 percebeu !ue u"a (irge" era algo &e co"ple$o e in!uali>ic*(el% C#ega(a Hs "ãos &o "ari&o0 ou nu" esta&o &e e"bruteci"ento e" !ue os son#os tin#a" u"a parte &e &es(io e"bara,ante0 liga&os co"o esta(a" a >a(ores &a carne na #er*l&ica >a"iliar0 co" pais e ir"ãos e parentes &e to&os os la&os c#ega&os para o >esti" &e inicia,ãoX ou então0 co"o E"a0 era"







































E"a guar&a(a u"a &oce e encanta&a (isão &a sua u(entu&e &e #o"e"0 algo !ue não era possí(el alcan,ar e "uito "enos per&er% Ele ser(ia-aX ela &ei$a(a-se a&orar% a&orar% Saía H anela0 &e "an#ã0 co" os cabelos &es>eitos e a ca"isa &esabotoa&a0 saben&o !ue Nelson esta(a &ebai$o &a ra"a&a e po&ia (-la e" aparato &e tanta se&u,ão% Os seus &eseos encontra(a"-seX &eseos co"o borboletas0 parte &a ilusão #u"ana !ue se não !uer consu"a&a% De repente0 Nelson >oi para o Porto e te(e u"a (i&a !ue parecia (ir a ser &e per&i,ão% Não >oi% Casou co" u"a #er&eira0 co"o nos >il"es u" pouco >rou$os cua sensuali&a&e est* no !ue se o"ite% Constou !ue a noi(a !uase o (iolou antes e &epois &e casar0 e !ue "orreu ce&o0 &ei$an&o-o a u"a a"iga0 co"o !ue" &ei$a u" colar &e p)rolas% Nelson (oltou a casar e >e'-se u" propriet*rio esti"a&o e &e bons costu"es% Tin#a a "oral &e con(ento0 !ue ) cauta e >urti(a0 &a&a a secretas &esinibi,Mes% Es!ueceu E"a0 pro(a(el"enteX "as era propenso a sIbitas e"o,Mes0 os ol#os enc#ia"-se-l#e &e l*gri"as por causas insigni>icantes5 u"a crian,a !ue apren&e a an&ar0 u"a "o,a !ue canta co" (o' trina&a0 no ca"po0 cortan&o er(a% Vi(ia Vi(ia entre +ibeirão e a (ila &a Tro>a0 !ue se tornara rica e carrega&a & palacetes e$orbitantes% as &ei$a"os a sua #ist:ria para outra ocasião0 se a #ou(er% Paulino Car&eano tin#a #er&a&o a casa &o +o"esal &u"a a(: !ue >ora aco"pan#ante &u"a sen#ora &e título e !ue l#e &ei$ou a proprie&a&e% Pe!uena &e ren&i"ento0 por!ue as (in#as >ora" &istribuí&as ao longo &os anos0 por partil#as ou troca &e outras (in#as0 a casa representa(a ain&a a antiga >a"ília0 "orga&os &e Ger(i&e% Era u" pare&ão corri&o0 co" seis anelas &e guil#otina e &ois portMes &e ar"a')ns por bai$o% Os soal#os0 assentes e" (igas &e castan#o0 &ei$a(a" passar pelas







































as tu&o se passa(a nu"a ingenui&a&e &e gestos !ue &ei$a(a" Carlos tran!uilo% Para ele0 E"a era u" ac#a&o5 tal(e' pouco carin#osa0 "as ta"b)" não "uito in>or"a&a &o po&er &a sua bele'a0 ela seria u"a esposa a&e!ua&a H posi,ão &ele0 !ue se tornara respeit*(el% arcara" o casa"ento para Sete"bro0 !uan&o Paulino Car&eano tin#a assegura&o o paga"ento &o (in#o% Os lagares esta(a" (a'ios0 as cooperati(as aceita(a" a pro&u,ão (inícola e tin#a"-se acaba&o as (in&i"as b*!uicas &os te"pos &e car&en#o e pisa% Nas ()speras &o casa"ento E"a abriu a anela &o !uarto e pousou os ol#os sobre o +o"esal0 e pareceu-l#e !ue o rio na cur(a "ole !ue se ia &es>a'en&o &es&e a +)gua tra'ia no (entre inc#a&o algo &e "onstruoso% Era u" rio !ue &escera &e Espan#a co" o seu car&u"e &e gran&es pei$es negros e !ue era" aprisiona&os e" (i(eiros nas "argens% Depois so>reu assaltos &e bar!ueiros e pestes !ue &i'i"ara" &i'i"ara" as esp)ciesX esp)ciesX salta(a" na *gua apenas uns bo&iMes bo&iMes e percas0 percas0 pouco aprecia&os% aprecia&os% as E"a pensou !ue0 por(entura no >un&o0 #a(ia ain&a &esses pei$es gigantes0 !ue rara"ente asso"a(a" &as pro>un&i&a&es a cabe,a bril#ante% Voltou-se0 assusta&a0 por!ue arina a c#a"a(a% Z Ol#a al)"% O rio não não est* &i>erente ] Z Não%  o rio Douro0 !ue este(e ali ali se"pre% as arina c#egou-se H anela para (er "el#or% "a tro"ba &e *gua le(antou a "assa la"acenta &as bor&asX algo se "o(ia sob a toal#a &a *gua% Z  u" #o"e" Z &isse E"a% as0 a tão gran&e &istWncia0 u" #o"e" >aria o e>eito &u" al>inete% Tu&o >icou sossega&o0 u" barco parecia an&ar H &eri(aX transporta(a passageiros &es&e o cais &as







































O POB+E-NADA ?E ENAO+A Si"0 ) certo0 &as anelas &o +o"esal (ia-se o Vale Abraão0 terra &e Pai(as e &e Se"blanos% Destaca(a"-se as proprie&a&es "ais su"ptuosas0 entre "aci,os &as *r(ores &e ar&i"X o resto era" casas agaiola&as co" "ansar&as re(esti&as &e lousa0 "as raras% ?ue o (ale era sobretu&o recata&o na sua abastan,a0 !ue &ecaíra "uito co" a alta &os sal*rios e as (oca,Mes "igrat:rias% As casas Y"aisonY0 co" estabeleci"entos ao r)s-&o-c#ão e u"a esca&a e$posta co"o u" >)"ur parti&o0 não era" &o estilo &o (ale0 !ue se re&u'ia a trs ou !uatro !uintas ribeirasX para ci"a &a estra&a era a encosta &e Ca"bres0 on&e se e$plora(a" *guas "e&icinais% A "ãe &e E"a ti(era u"a pai$ão >ulgurante por u" engen#eiro'in#o engen#eiro'in#o polons0 !ue gerira e" te"pos a e"presa >ali&a e se &istraía &o >racasso construin&o no !uintal Yo po,o &a "orteY0 on&e gira(a na sua "oto &e gran&e potncia% Agora Ca"bres era pobre e se" recursosX ao sol &e aio0 as raparigas senta(a"-se nos "uros0 go'an&o a ci(ili'a,ão &a ganga e &a bota alta% E" Vale Abraão não #a(ia0 co"o no +o"esal0 Yo po(oY0 co" as suas escala(ra&as esca&as &e antigo solar e gente re"e$i&a !ue se insulta(a0 a ponto &e a Guar&a ac#ar Ger(i&e co(a &e >acínoras e .ontelas-&e-Ci"a u" lugar &e "aus la&rMes% Ka(ia assassinos be" co"porta&os0 aba&es agiotas0 rapa'es (iciosos "as pon&o na libertinage" u"a tra(age" !ue proporciona a censura (iril0 "uito pr:$i"a &a (irtu&e%







































c#antage" co" o pai e re(elar os seus a"ores co" "ul#eres &a (in#a H pobre tia Augusta0 !ue o tin#a por casto e (iI(o e$e"plar% Car&eano >e'-l#e >rente0 a"ea,a&o "as não &espre(eni&o% +asteiras &e "ul#eres não l#e parecia" causa &e susto% Ac#ou !ue a >il#a pouco sabia &e #o"ens% ?uan&o a (iu casa&a0 por!ue a a"a(a0 c#orou e bebeu &e"ais0 o !ue o p[s "ais so"brio ain&a% Tin#a a i"pressão &e !ue Carlos não era "ari&o !ue con(in#a a E"a% E "a% Era u" &esses #o"ens0 "ais nu"erosos &o !ue se pensa0 !ue0 se" con#ecer as pai$Mes0 as tin#a" por &enunciantes &e segre&os !ue ) "el#or guar&ar% Ele (enera(a os (alores "e&ianos0 co"o a &igni&a&e &a pro>issão e u" lar &e !ue na&a constass constasse% e% Na ()spera ()spera &o casa"ent casa"entoo te(e u"a crise &e &I(i&a0 &I(i&a0 este(e este(e prestes a ro"per ro"per co" E"a% To"a(a co"o u"a esp)cie &e ri(ali&a&e tanta bele'a unta% Co"o ela se "ostra(a ener(a&a co" o e>eito !ue po&ia causar0 causar0 Carlos &isse-l#e5 Z No >i" &e contas0 contas0 não (ai estar l* gente !ue perceba perceba "uito &isso% No &ia &a bo&a0 E"a (eri>icou !uanta ra'ão ra'ão ele tin#a0 ao (er c#egar as pri"as &e Al)"-Douro co" as capelinas c#eias &e >itas e as #orrí(eis bolsin#as bor&a&as% Te(e &e repente u" ba!ueX pareceul#e estar a &ar u" passo estou(a&o0 e"bora Carlos >osse o "ais sensato &os #o"ens e be" cota&o no !ua&ro ")&ico% Y" trutaY não era% +ia"-se &as suas receitas e &o eito &ele para arrancar &entes a alicate% as essa "e&iocri&a&e torna(a-o si"p*tico e >a'ia-l#e per&oar a "ul#er !ue "al apresenta(a0 &ei$an&o-a atr*s &ele0 co"o u"a cria&a% S: o Se"blano (el#o &isse !ue ela era encanta&ora% Disse isso co"o se usasse u" &ireito &e anciãoX "as não a &esea(a0 por ser sacu&i&a e tal(e' i"pertinente% Ele gosta(a &e raparigas pobres e" esta&o &e necessi&a&e !ue ) (i'in#o &e









































E"a não conseguira !ue Branca a seguisse0 te"erosa !ue esta(a &e per&er casa"ento co" u" cabo &a Guar&aX e arina ta"b)" se escusou0 por!ue esta(a noi(a e passa(a as tar&es nos tan!ues0 a "ol#ar pe,as &e pano% S: +itin#a0 a "u&a0 >oi &urante algu" te"po para Vale Abraão% Era u"a espia e$traor&in*ria% A >alta &os senti&os &o ou(i&o e &a >ala &esen(ol(era nela >acul&a&es >iníssi"as &e enten&i"ento% Na&a l#e escapa(a% Con#ecia to&a a clientela &e Carlos0 sabia as &oen,as &e !ue se !uei$a(a"0 as contas !ue paga(a"0 as casas e os bens !ue tin#a"% E"a c#a" c#a"a( a(aa-aa co"o co"o se c#a" c#a"aa a u" cão0 cão0 entr entreg ega( a(a-l a-l#e #e tu&o tu&o Z c#a( c#a(es es00 garra garra>e >eir ira0 a0 :ia :iass e correspon&ncia% as0 u" &ia0 as Pai(oas acusara"-na &e per&er u" len,o &e bolso e +itin#a partiu0 "uito seca0 seca0 se" &ar e$plica,Mes% e$plica,Mes% De resto0 Carlos Carlos ac#a(a-a inItil por!ue não po&ia po&ia aten&er o tele>one% E"a este(e u" te"po a"ua&a0 +itin#a >a'ia-l#e >alta% Era o seu bobo0 a sua aiaX era o elo







































7 E"a pensou nestas coisas0 u"a (e' !ue >oi ao +o"esal0 ten&o o pai * >aleci&o% Tia Augusta ta"b)" * não e$istia e a bugan(ília ro$a crescera &es"e&i&a"ente ao longo &o gra&ea"ento &o ar&i"% As ca")lias anãs &es>ol#a(a"-se triste"ente e as p)talas secas ro&ea(a" o p) co"o papel !uei"a&o% Os obectos itc# !ue pertencia" aos seus lugares e seria u" sacril)gio "u&ar0 esta(a"0 ou per&i&os ou >ora &o sítio% Tal(e' Tal(e' algu)" os roubasse0 ou então Paulino Car&eano os o>erecera Hs a"igas co"o presentes &e e"ergncia% Ou(ia"-se as (areas co"o u" pelotão ini"igo0 e E"a c#orou &e c:lera !uan&o &eu co" a troca &o orat:rio% Não era o "es"o% O pai tin#a-o (en&i&o para >a'er &in#eiro e substituíra-o por







































79 Paira(a algo &e repugnante sobre esse i&ílio &os Lu"iares5 ele eru&ito e oga&or0 ela obe&iente co"o u" cão0 >a'en&o tare>as &espre'í(eis0 &ispensan&o cria&as para !ual!uer ser(i,o% Era o a"or a &ois0 tão "aligno co"o u" :&io puro% E" (olta &eles não crescia na&a0 os ani"ais "orria"0 as (in#as seca(a"0 os >rutos apo&recia"%0 Pai$ão tão absoluta con(ertia tu&o e" p:% Ou(ia"-se pela casa os passos &e Si"ona0 !ue an&a(a &escal,a "es"o co" o te"po "ais >rio% Não recebia"% S: Pe&ro Lu"iares tin#a algu"as (isitas0 "as não as retribuía% Parecia esperar u" aconteci"ento !ue por >i" &eci&isse a sua (i&a separa&a &o "un&o co"o por u"a re&e &e prisão% Ka(ia u" carro aban&ona&o no p*tio e #* "uito !ue não >unciona(a% Era u" carro gran&e0 (er&e0 co" assentos &e







































;4 as aria Se"blano conce&ia-l#e a sua protec,ão ao con>iar-l#e os seus "anuscritos% Ele corrigial#e os originais co" u"a &iscri,ão tu"ular0 não l#e &i(ulgan&o os erros &e ortogra>ia% Ela passou0 Berenice arrastan&o a >ulgurante cabeleira0 e #a(ia u" "ur"Irio e$tasia&o atr*s &ela0 >eito &e sincero a"or e a&ula,ão *ulica% aria Loreto (estia u"a esp)cie &e tInica pesa&a0 &u" beie escuro escuro !ue agia agia na pele pele co"o co"o u"a "a!ui "a!uil#a l#age" ge"%% Os seus seus >a"oso >a"ososs brinco brincoss &e es"era es"eral&a l&ass percebia"-se entre o crespo cabelo% Era u"a rui(a r ui(a gran&e0 &e nari' cur(o e ol#os a"en&oa&os0 a !ue" não >alta(a u"a si"plici&a&e tr*gica0 to"an&o por "o&elo as "*rtires &os pri"eiros te"pos







































soltos% As cortinas pinga(a" &os (arMes e não se tin#a" substituí&o &es&e !ue a Ilti"a Pai(oa se casara e >ora (i(er para Lisboa% K* uns bons (inte anos% ;3 E"a >e' algu"as trans>or"a,Mes0 "as Carlos corta(a nas &espesas por!ue o consult:rio era caro e tin#a u"a e"prega&a !ue l#e e$igia se"pre au"entos e !ue ele l#e pagasse u" curso &e in>or"*tica% Ele le"bra(a-se &e !uan&o o a([0 ")&ico ta"b)"0 >a'ia circuncisMes e" casa e >er(ia seringas na c#a"a &u"a (ela% Esses te"pos #ist:ricos parecia"-l#e be" "el#ores% O cliente entra(a pela porta &a co'in#a e &ei$a(a a'eite e (in#o para to&o o ano% Agora a burocracia aba>a(a









































S: trs anos &epois &o casa"ento Y>icou &e esperan,asY0 co"o &i'ia aria Se"blano0 a !ue"







































torna(a"-se >inos &e"ais0 os &entes >ica(a" aca(ala&os0 as "ãos e os p)s re&u'ia"-se% as







































culti(a(a co"o u"a pro"essa% Carlos não a i"portuna(aX #abituara-se a an&ar se" ela e a







































pr:prio para o tra'ere" &epressa para casa% As con&i,Mes não era" >a(or*(eis para o #eroís"o0







































le(ara H "ata &os +e")&ios &uas en>er"eiras co" !ue" te(e a"ores passageiros ou si"ples











































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































Nelson tin#a u" &o"0 "ais raro &o !ue se ulga0 !ue era o &e apren&er o !ue liberta e es!uecer o !ue sueita% E"a0 tin#a0 &o la&o &a "ãe0 u"a costela aristocr*tica !ue a pun#a ao la&o &os sen#ores &e no"e0 !ue * não era" "ais os &etentores &os bene>ícios% Se"pre ti(era u"a inclina,ão por Nelson !ue a le(a(a a i"aginar senti"entos celibat*rios e a esperar u" ro"ance pastoril co" ele% as o !ue pre(alecia era a (assalage" por pessoas co"o Pe&ro Doss)"0 !ue ela sabia ser u" inItil &e tipo (itorianoX ou Pe&ro Lu"iares0 u" corruptor aposenta&oX ou .ernan&o Os:rio0 !ue tin#a u"a biblioteca c#eia &e lou(ores H #ist:ria política &os seus a(:s% Nelson seria se"pre Yo pa&recaY0 e" cuas (eias corria o sangue &e incen&i*rios &e con(entos e co(eiros &e a>rancesa&os% Ao (er o >austo !ue ele ostenta(a0 E"a arregi"entou-se co" os seus ini"igos e não l#e &eu te"po a co"o(er-se co" a sen#orin#a &o +o"esal0 !ue ele a"ara% Era u" te"po se" #eroís"os0 s: co" a "* conscincia &a per&a &as col:nias e a sua guerra policial se" batal#as0 co" ar"a&il#as e lia"ba% To&os !ueria" es!uecerX uns por!ue tira(a" &a boca o gosto carniceiro0 outros por!ue se reco"pun#a" co" outras co"bina,Mes e" !ue o ar"istício >unciona(a co" u"a ga(eta >alsa &on&e se tira" contratos concebi&os por no(os gestores% E"a po&ia ter c#ega&o "ais alto se >osse "ais constante nas suas per(ersMes% as escol#era a irreali&a&e% 13; Na (er&a&e0 co" u" "ari&o be" suce&i&o e pronto a reparar as suas in>i&eli&a&es co" u" presente caro0 ela seria e$acta"ente a "es"a0 o contr*rio &u"a &u"a "ul#er-crian,a "ul#er-crian,a !ue pensa no no >uturo co" u"a boa &ose &e (oca,ão secun&*ria% Não !ueria sub"eter-se a u"a (i&a pri(a&a cautelosa0 esperan&o &o #o"e" a satis>a,ão &os seus &eseos0 os carnais e os outros% De resto0 ela co"e,a(a a enten&er !ue o &eseo não correspon&e H i&eia !ue se te" &ele% Os &oces >a(ores !ue se sugere" e as "iragens !ue o &eseo pMe ao alcance &os senti&os não era" outra coisa senão a(isos &o a"or0 e não seus cI"plices% Depois &a!ueles &ois &ias no VesI(io0 VesI(io0 &ebai$o &o >ogo cerra&o !ue era a espionage" &o "or&o"o Caires e &epois os ciI"es &e to&os0 !ue se propagara" co"o u" incn&io0 E"a não (iu "ais .ortunato% At) !ue u" &ia0 !uan&o espera(a no Porto as >il#as !ue (in#a" a >)rias0 a gare inun&ouse co" u"a turba &e sol&a&osX recon#eceu .ortunato0 e"bora ele ti(esse rapa&o o cabelo e esti(esse escuro e co" u" ar "ais usa&o% ais libertino0 co" essa >rie'a !ue ) pr:pria &o col:!uio >ranco e sel(age" co" a tribo &e inicia&osX (ia-se !ue o seu rito &e passage" se &era e !ue ele guar&a(a a respeito &as "ul#eres u" senti"ento es!ui(o e !ue to&o o &i*logo não po&eria &es(anecer nunca "ais% Ele (iu-a0 >icou para&o no "eio &os ca"ara&as0 to&os "ais altos &o !ue ele e !ue o arrasta(a" !uase0 entre risos &isciplina&os e &espe&i&as &istraí&as% Era u"a tropa &e elite0 "uito &i>erente &o pe!ueno recruta treina&o para so>rer a "orte% Estes era" prepara&os para "atarX o ol#a ol#arr &ele &eles0 s0 co" co" u"a u"a esp) esp)ci ciee &e sinc sincer eri& i&a& a&ee clan clan&e &est stin inaa !ue !ue era era a (ont (onta& a&ee &e &est &estru ruir ir00 i"pressionou E"a% Sentiu >rio na espin#aX "as ta"b)" u" &eseo0 entre senti"ental e carnal0 pareceu-l#e a reali&a&e "ais autntica &a sua (i&a% .icara" u" e" >rente &o outro0 sorrin&o0 partil#an&o u"a >elici&a&e >elici&a&e total e" !ue as pala(ras era" era" sup)r>luas% Lolota te(e te(e !ue pu$ar-l#e pela pela "anga0 co" u"a in&igna,ão !ue E"a não percebeu logo% A"a(a .ortunatoX (i(ia tão intensa"ente esse a"or0 !ue o #o"e" l#e era !uase in&i>erente% Po&ia" separar-se &urante (inte anos0 !ue ele não l#e >a'ia >alta0 tanto o a"or pro&u'ia nela a i&eia &e pro>un&a e Inica reali&a&e% 13 Ti(era" alguns encontros0 "as eles >ora" in>eriores H!uela representa,ão &o &eseo% Tu&o era







































ela não o a"a(a% orreria se aceitasse u"a coisa &essas% Passou a e(it*-la para não inter>erir entre E"a e algu"a coisa &e intoc*(el !ue era a reciproci&a&e &ela co" o a"or% Po&ia c#a"ar-l#e assi"] assi"] Carlos Carlos Pai(a Pai(a acre&i acre&ita( ta(aa !ue !ue00 &issi" &issi"ula ulan&o n&o e &ei$an &ei$an&o &o secret secretos os os seus seus so>ri" so>ri"ent entos0 os0 conseguia con(enc-la0 por ca"in#os absur&os e "*gicos0 &e !ue0 aban&onan&o-o0 E"a >icaria inteira"ente &esprotegi&a% erecia E"a a alcun#a &e "a&a"e Bo(ar=] Pe&ro Lu"iares >icou "uito surpreen&i&o !uan&o ela l#e >e' saber isso0 co"o u"a esp)cie &e auto-elogio% Por!ue0 e"bora não esperasse na&a &ele e !ual!uer inti"i&a&e >osse i"possí(el entre os &ois0 E"a não recusa(a nunca a ocasião &e pro&u'ir a co")&ia &a se&u,ão% Ser "uito >ranca co" os #o"ens0 co"o agora se usa(a0 obtin#a e>eitos negati(os !uanto Hs rela,Mes !ue se &i'ia" neutras e apenas solícitas% Acontecia !ue0 pela >or,a &u" trato !ue era tão in&epen&ente !uanto possí(el0 a perturba,ão er:tica se &esenca&ea(a0 Hs (e'es0 &a "aneira "ais inespera&a% Por!ue o #o"e"0 atra()s &a sua a"ig*(el tutela &as situa,Mes est* a ser0 "ais &o !ue a "ul#er0 &es>ruta&o% E nunca os te"pos >ora" "ais e$igentes nas coisas &a pai$ão !ue se interroga% Ao !uerer esclarecer esclarecer tu&o0 ao &ar u" &ireito clínico ao aparel#o se$ual0 ao >a(orecer o &i*logo !ue aparenta a liber&a&e co" a cultura literal &o corpo0 o !ue suce&e ) u"a ignorWncia "aior !ue le(a aos ca"in#os >re!uenta&os pelo a"or0 !ue na&a te" a (er co" a pe&agogia% 136 Z A Bo(ar=0 Bo(ar=0 tu] Z &isse Pe&ro Lu"iares% Na casa0 !ue parecia &eserta0 #a(ia0 no entanto0 u" respirar &e pessoa (i(a e alerta !ue se escon&esse pelos cantos e &ei$asse o espa,o li(re Hs preciosas con>i&ncias con>i&ncias &os &oisX !ue &epois &epois ia" enri!uecer a rela,ão rela,ão &o casal0 se" o e$citar e$citar por)"0 &an&o-l#e a garantia &u" senti"ento "ais &ura&ouro &o !ue o a"or procria&or% E"a ou(ia0 se &ei$asse &e >alar0 se a "Isica parasse0 o (ento se &eti(esse co"o u" plat:nico "o(i"ento isento &e obriga,ão >ecun&a&ora0 ou(ia os passos &e Si"onaX e at) as >itas &o seu a(ental a sere" &esata&asX ou0 no la(a&ouro &e pe&ra0 u" ligeiro ro,ar &e pano a ser es>rega&o en!uanto a espu"a &e sabão (ai abrin&o bol#as cor-&e-rosa% E ta"b)" o (ibrar &o ara"e estica&o sobre a beira &o tan!ue e on&e esta(a se"pre u" >arrapo pen&ura&o0 co"o o resto &u"a carca,a bran!uea&a pelo sol0 u"a costela resse!ui&a0 por e$e"plo% as u"a Bo(ar=0 co"o] E"a não sentia &eseo senão e" i"agina,ão0 e tu&o o !ue recla"a(a &os #o"ens era atribuire"-l#e a ela u" (alor &e obecto &ese*(el% Não era pra'er0 por!ue isso logo se torna(a u"a esp)cie &e paga"ento ao &eseo &o #o"e"% .ortunato percebeu !ue E"a resu"ia nela pr:pria to&as as estruturas estruturas &o se$o e !ue0 por isso0 isso0 ele não era u" a"ante a !ue" !ue" ela se ren&ia0 "as "as u" aci&ente (i(i&o% To&as as coisas0 co"o ela as integra(a pela inteligncia0 e to&as as ra&ia,Mes &ela0 era" se$uali'a&as e0 &esse "o&o0 encontra(a" apoio nas "ais &i>erentes esp)cies0 tanto #u"anas co"o inu"anas% E"a ti(era u"a (e' u"a pro(a e$traor&in*ria% A"a(a .ortunato e rara"ente l#e ocorria entrar e" contacto co" eleX e0 pelo aban&ono &a i"agina,ão0 o &eseo totali'a(a tu&o o !ue (i(iaX os "enores >actos torna(a"-se absur&a"ente presentes0 co"o o &e ol#ar para u"a planta0 at) aí &e pobre >lora,ão% as0 &e repente0 a planta tornou-se gigantesca e pro&u'iu gran&es gran&es >lores &u"a cor gritante% gritante% Contou o caso caso a Pe&ro Lu"iares0 Lu"iares0 e ele >icou pensati(o% pensati(o% Z O !ue ) a cor0 cor0 na nature'a] nature'a] Z &isse% Z "a aliena,ão se$ual0 possi(el"ente% possi(el"ente% Parecia "uito altera&o e apertou E"a nos bra,os% Nesse "o"ento ac#a(a-a a&"ir*(el e era capa' &e a se!uestrar para l#e arrancar "ais in>or"a,Mes co"o a!uela% 139







































&o co")rcio er:tico0 e não !uis "anter "ais a!uele tipo &e rela,Mes% Co"o a &o econo"ista co" os nI"eros0 !ue o e$cita" co"o u" corpo >ísico e nos !uais ele &eposita a "es"a esp)cie &e cego apetite &u" (er&a&eiro libertino% Gra&ual"ente E"a ia-se con>inan&o nu"a per"anente passi(i&a&e0 esta&o se"el#ante ao &os "ísticosX s: !ue a &i>eren,a esta(a e" !ue ela aceita(a a rela,ão co" os outros seres0 at) os seres (egetais0 co"o se (iu pelo epis:&io &a >lor escarlate% Ta"b)" aconteceu outro caso co" u"a gata (a&ia !ue passou a in(a&ir-l#e a casa0 "ian&o alto0 co"o se esti(esse e" perío&o &e cio% Da(a saltos por ci"a &os ":(eis e procura(a o contacto co" E"a% Torcia-se sob as suas carícias &u"a >or"a tão in&ecorosa0 !ue Carlos se in&ignou e a e$pulsou &ura"ente% Z Não sei o !ue te" essa bic#a% bic#a% Parece &oente% &oente% Pe&ro Doss)" assistiu a u"a in(esti&a &a gata pela casa &entro e percebeu !ue algu"a coisa se passa(a% Ka(ia e" E"a u" $tase &e !ue ela não &a(a conta0 "as !ue atingia a nature'a por inteiro% O !ue causa(a esse $tase] A passi(i&a&e !ue ela a&!uirira ao a"ar .ortunato e ao renunciar a ele] as por!ue renuncia(a] Por!ue a passi(i&a&e era "ais se$ual e "ais >ecun&a &o !ue !ual!uer >or"a &e participa,ão acti(a] O papel !ue Carlos tin#a nessa s)rie &e >en:"enos era "uito a"bíguo% O so>ri"ento &ele to"ara u"a propor,ão !ue parecia li"ita,ão &e espíritoX "as ele não !ueria "u&ar na&a0 co" "e&o &e causar "u&an,a na pr:pria E"a% O ponto &e re>erncia "ais i"portante para E"a era o VesI(io% C#ega(a e partia &e l* se" !ue Os:rio l#e pusesse a (ista e" ci"a0 o !ue ele ac#a(a algo proposita&o &a parte &ela% " &ia encontrou-a0 E"a p[s-se a >a'er as "alas% 132 Z Co"o ) isto]  raro u" encontro &estes e tu (ais-te e"bora "al eu c#ego] Torna"o-nos parentes0 ou !u] !u] Z Não te aborre,as% eu "ari&o pe&iu-"e !ue o aco"pan#asse0 aco"pan#asse0 te" u" antar "uito >or"al0 coisas &essas% Z Coisas &essas !ue tu não aturas e &e !ue te li(ras a to&a a #ora% Est*s Est*s "as ) a sa>ares-te% s u"a "ul#er insuport*(el% .ria e re"e$i&a co"o u"a cobra% E"a não >e' caso0 &obra(a a roupa co" os gestos &esastra&os !ue tin#a0 e "eteu tu&o no saco &e (iage"% Nesses "o"entos era capa' &as "aiores >Irias para recuperar a sua liber&a&e% E co"o Os:rio não !uis &ar or&ens para a aco"pan#are" H esta,ão0 "eteu-se a ca"in#o0 aos trope,Mes0 "as &eci&i&a a le(ar a cabo a sua i&eia0 !ue era >ugir &ali custasse o !ue custasse% C#egou no usto instante e" !ue o pe!ueno tre" para(a0 e" #onra &o lugar #ist:rico &a Sen#ora% Via"-se &e bai$o as pal"eiras i":(eis e0 na balaustra&a0 Os:rio !ue parecia aguar&ar a parti&a &ela% Se" u" aceno0 se" u" gesto% E"a (oltou-se0 co" u"a in&i>eren,a sensual0 pensou !ue nunca "ais se &ei$aria"0 e"bora as suas rela,Mes >osse" *ri&as e se" pra'er% pra'er% as ele intercepta(a os encontros !ue ela tin#a na soli&ão &a casa% O "or&o"o Caires garantia-l#e !ue #a(ia gente pelos lugares to&os &as re&on&e'as0 ne" "ortos ne" (i(os0 presentes e ausentes ao "es"o te"po% E a a(: &e Os:rio0 !ue >ora rica la(ra&ora0 e cuo retrato escuro esta(a no salão &e entra&a0 an&a(a pela !uinta a recol#er &o c#ão (aras &e (i&eira0 co"o >a'ia !uan&o era (i(a% A econo"ia era para ela u"a "ania0 u" ogo co" a "orte% Apro(eita(a0 unta(a0 guar&a(a0 co"o se o te"po >osse "e&i&o nesse percurso rasteiro0 contabili'a&o at) ao "ais ín>i"o por"enor% E"a gosta(a &e Os:rio pelo !ue ele possuía &esses tra,os cabalísticos &a a(:0 #irta e co"petente nos neg:cios e &e !ue" se &i'ia !ue não &ei$ara &escen&entes0 &escen&entes0 s: &ei$ara #er&eiros% Ele ttin#a in#a o "es"o rosto o(ino !ue aparece nos !ua&ros &os &onat*rios >la"engos e as "ãos rapaces e po&erosas na sua pali&e' ossu&a% E"a in(ea(a essas







































Viu o "or&o"o Caires !ue se apro$i"a(a &e Os:rio e &ecerto o a(isa(a &u"a c#a"a&a ao tele>one% Não tar&a(a !ue ele saísse ta"b)" nu"a &as suas (iagens-relW"pago% ^s (e'es u" #elic:ptero (in#a busc*-lo% Era ins:lito a!uela &esci&a &e a(e a on&ular por ci"a &o terreiro on&e se unta(a" cães e crian,asX e o rio &escre(ia u"a cur(a0 co"o se obe&ecesse a u"a or&e" &a&a &e ci"a &os pen#ascos% Lugar &e "uitas bru$as e &e laranais cala&os co"o l*pi&es% O contraste co" a casa &e Vale Abraão0 geri&a por te"pora&as pela sogra &e E"a0 >a'ia-a entrar nu"a &ecep,ão tão gran&e !ue ela pr:pria se en(ergon#a(a% Na co'in#a0 a tele(isão trans"itia as teleno(elas gritantes e0 aos &o"ingos0 a sen#ora Pai(a ou(ia "issa na sala0 ser(in&o-se &u" r*&io !ue a aco"pan#a(a se"pre0 os ou(i&os tapa&os pelos auriculares% E"a passa(a por ela0 Hs (e'es !uase nua0 es>regan&o o cabelo #I"i&o co" u"a toal#a0 e ela não se apercebia% Ca&a u" (i(ia protegi&o pela intensi&a&e &e &ireitos !ue se atribuía0 co"o u" "uro &e in>or"a,Mes estran#as ao espa,o >a"iliar% A sen#ora Pai(a con#ecia "el#or a #ist:ria &as actri'es co" !ue se i&enti>ica(a no co")rcio &e pai$Mes !ue partil#a(a" co" o pIblico0 &o !ue sabia a respeito &e E"a e &o "ari&o% ^ "esa "al se >ala(a"% E"a era a pri"eira a le(antar-se% rrita(a-a a #u"il&a&e &e Carlos !uan&o a "ãe esta(a e" casa% E(ita(a beiar E"a0 ou at) &e"onstrar-l#e algu" agra&o% De noite0 >ingia !ue a&or"ecia &epressa0 para não se trair ao "o(er-se na ca"a e &ei$ar !ue a "ãe pensasse !ue se entrega(a co" E"a a pra'eres conugais% Se E"a >ala(a alto0 pe&ia-l#e !ue bai$asse a (o'0 e"bora ela não &issesse &issesse na&a &e secreto% A "ãe atro>ia(a nele a >ran!ue'a &e #o"e"0 >urta(a-se a &ar u"a opinião antes &e a sen#ora Pai(a assegurar u" acor&o antecipa&o% Z Ela >a'-te "e&o] Z pergunta(a% pergunta(a% A!uela casa carrega&a &e tal#a &oura&a e anos barrocos0 ter"ina&o o perío&o &e &ecora,ão0 * não l#e &i'ia na&a% 181 A&"ira(a-se co"o Si"ona0 se"pre "eti&a nu" a(ental &e co'in#eira0 tin#a na casa &as acas u" lugar circular0 &ese"pen#an&o pap)is &e to&a a esp)cie co" a sua nature'a "eio an&r:gina e essenc essencial ial"en "ente te passi( passi(a% a% Ela acarre acarreta( ta(aa a len#a len#a para para lareir lareira0 a0 li"pa( li"pa(aa os galin# galin#eir eiros os se" se" se inco"o&ar co" o c#eiro &e penas e e$cre"entos% Da(a bril#o aos "etais0 la(a(a a lou,a0 torcia os panos &e co'in#a0 >a'ia o cal&o para os cães0 ser(ia-os nas ga"elas co"o se >osse" seus #:spe&es0 #:spe&es0 cui&an&o e" agra&ar-l#es ao pala&ar e pro(an&o ela pr:pria a la(age" &os porcos co" u" le(e e"beber &o &e&o no >arelo #I"i&o% Não #a(ia na&a &e bastante #u"il&e0 na&a a >a'ia recuar !uan&o se trata(a &e re"e&iar a &esor&e"0 ne" !ue >osse a &as ca(alari,as% Sabia esco(ar u" ca(alo co"o u" trata&or0 e recon#ecia as into$ica,Mes0 as >ebres0 as pneu"onias0 nos ani"ais &a casa0 co" s: ol#ar para eles e tocar-l#es o >ocin#o% Nunca esta(a para&a0 co"ia a correr0 rara"ente se (ia ao espel#o% E"a c#egara a &ar-l#e consel#os sobre pentea&os e "aneiras &e se (estirX "as Si"ona não a ou(ia senão por a"abili&a&e% Co" o seu (entre c#ato e os gran&es p)s ossu&os0 tin#a0 no entanto0 u"a nobre'a !ue E"a ac#a(a i"ereci&a e" "ul#er tão apaga&a% ?uan&o esta(a co" Lu"iares0 se"pre ro&ea&o &e li(ros e ou(in&o "Isica eru&ita0 se percebia Si"ona !ue an&a(a &escal,a a (arrer o p*tio0 sentia u"a esp)cie &e >rustra,ão% Por!ue a a"a(a ele] Não co"preen&ia !ue não c#egasse" ali os (entos &a e"ancipa,ão0 e"ancipa,ão0 e u" &ia &isse a Pe&ro Lu"iares5 Z A tua "ul#er espanta-"e% espanta-"e% Tanta Tanta pacincia ) u"a in>W"ia% Z Não te ilu&as% ?uan&o ela se entrega a trabal#os tão #u"il#antes0 &*-se ao pra'er &e se &es(irili'ar%  u"a >or"a &e #eroís"o0 essa passi(i&a&e >eli' a !ue se aban&ona% Eu a"o-a por!ue "e sacri>ica tu&o o !ue >a' &e "i" o seu "estre%







































183 Z Não acre&ito% O !ue eu ac#o ) !ue a >or,a &a in)rcia pro&u' os "ais belos pensa"entos% Pensa"entos &os #o"ens0 be" enten&i&o% Pe&ro Lu"iares riu-se0 e &isse !ue E"a esta(a a re(elar-se "ais inteligente &o !ue eleX o !ue a e$pun#a a "uitos perigos% Z ?uais0 por e$e"plo] e$e"plo] Z Ao Ao perigo &e tornares tornares os #o"ens (irtuosos% (irtuosos% Z Eu sei%F A (irtu&e (irtu&e ) a coisa "ais "ais &ana&a !ue !ue #*% Carlos (inga-se (inga-se co" a (irtu&e% (irtu&e% Calou-se e >oi abrir as portas &o ar&i"0 e"bora o te"po esti(esse >rescoX u" pouco &e (ento >e' entrar as >ol#as !ue Si"ona esti(era a (arrer% Pe&ro Lu"iares encol#eu-se no so>*0 "as não &isse na&a% "a c:lera in(encí(el apo&erou-se &ele0 e percebeu !ue seria capa' &u" cri"e ign:bil e (iolento contra E"a e >ace ao !ual to&o o seu percurso &e ci(ili'a&o não ser(ia &e na&a% Le"brouse &u"a narrati(a &e Pe&ro Doss)" !ue0 no "o"ento e" !ue ele a >i'era0 não l#e "erecera aten,ão% as agora interessa(a-l#e% 188 CAPUTLO V A CAVE+NE+A DO LADO NASCENTE aria Se"blano esta(a gra(e"ente &oente e era per>eita"ente claro !ue Carlos não po&ia sal(*-la% Ela &ispensa(a os ")&icos "ais sabe&ores0 para se >ec#ar tar&es inteiras co" a!uele &outor e"brut e"bruteci eci&o &o e cabis cabisba bai$o i$o00 "as !ue tin#a tin#a bon bonss con#e con#eci" ci"en entos tos &e gra"*t gra"*tica ica%% Corrig Corrigiaia-l#e l#e os rascun#os &os li(ros pie&osos e acrescenta(a-l#es at) algu"as pala(ras !ue os ilustra(a" &e "aneira "ais eru&ita% Z De(ia escre(er escre(er as suas "e":rias0 "e":rias0 Carlos Pai(a% Pai(a% Te" Te" eito para escre(er escre(er%% A cabe,a &ela0 &u" rui(o claro0 &estaca(a-se na al"o>a&a enor"e0 to&a >risa&a &e ren&as% Era u"a "ul#er gran&e e >leu"*tica0 a !ue" a >ortuna >i'era espiritual co"o u"a >or"a &e le(ian&a&e% Opera&a &u" tu"or uterino0 &eliberara u"a recusa &os pra'eres "atri"oniais !ue era ta"b)" u"a (ing (ingan an,a ,a !ue !ue enco encont ntra ra(a (a o pret prete$ e$to to certo certo%% Cres Cresce cera ra e" (irtu (irtu&e &e00 a>as a>asta ta&o &oss os risc riscos os &a concupiscncia0 cuas r)&eas são &i>íceis &e segurar% " &ia0 na u(entu&e solar !ue ela ti(era0 in!uieta &as pai$Mes !ue enten&era cristali'ar no a"or pelo "ari&o0 ela (ira o Auriga nu" "useu &e Del>os e conte"plara-o co" pas"o% As r)&eas !uebra&as0 e ele espln&i&o0 co"o se não per&esse nunca "ais a galopa&a &os negros ala'Mes cuos cascos >en&ia" as !uebra&as e !ue ingressa(a" no tropel &as "ana&as% aria Se"blano pu$ara a "anga &o "ari&o0 atrain&o-o a ela co" u"a precipita&a palpita,ão% 18; Z  u" con(ite] Z &isse ele0 "as se" riso0 apenas esta>a&o &a (iage"0 "orto por (irar costas H!uele e$)rcito &e e>ebos e ora&ores% Z São tu&o "aricas0 ( co"o se encosta" Hs colunas e enrola" o "anto no bra,o%









































Ilti"a >ila &a plateiaX a "ãe0 aparecen&o &a es!uer&a-alta0 co" o peignoir &e cau&a0 co"o ela supun#a !ue usa(a" as patroas &e bor&el% Tu&o tin#a u" ar tetral e in&e>eso0 tal e !ual u"a cena capa' &e ser altera&a0 ten&o a "ãe !ue recuar e aparecer &e no(o0 pinta&a0 grotesca0 le(an&o nos bra,os o gor&o rateiro co" coleira &e bril#antes% Ningu)" acre&ita(a !ue >osse" > osse" (er&a&eiros0 "as aria concebia be" o pra'er &e enganar !ue a "ãe usa(a e !ue l#e &a(a u"a tran!uili&a&e especial0 "es"o >ace H "orte% Despre'a(a essa lin&a >il#a0 aria Se"blano0 !ue não se parecia a ningu)"0 co"o u" ano #ebreu0 &e cabelos ar&entes e u"a brancura &e !ueio >resco% as ela &es>igura(a-se e era agora u"a santa par&a no seu nic#o0 se be" !ue esta ti(esse as &i"ensMes &a corte celestial% Tu&o era branco e a'ul0 (aporoso e0 apesar &e tu&o0 ca(ernoso% uito antes &e aria Se"blano ter nasci&o0 a casa intitula(a-se a Ca(erneira% No rec#ão &e"arca&o &o (in#o generoso0 a !uinta constituía u"a rari&a&e0 por!ue possuía u" par!ue sau&oso e carrega&o &e so"bras altas0 coroa&o &e esp)cies e$:ticas0 co"o as *r(ores tropicais &e >lores "ais e$cntricas e os pin#eiros pratea&os !ue subia" nos ares co"o ogi(as e" busca &outros planetas% Aos &o"ingos0 a entra&a era li(re na Ca(erneiraX e"bora isso repugnasse aos Se"blano0 (en&o a proprie&a&e &e(assa&a0 coio &e a"ores >urti(os e &e "eren&as &e >rango assa&o% 18 To&a(ia0 tolera(a" isso tu&o por respeito a aria0 !ue repartia assi" os seus pri(il)gios0 co"o se repartisse u"a #eran,a e" (i&a% E" to&a a região s: E"a a &etesta(a% Ac#a(a-a co"o as personagens &e teatro0 teatro0 co" a!uela sereni&a&e resoluta resoluta >rente H "orte e !ue era tão arti>icial co"o o pr:prio teatro% Z  u"a "entirosa0 (-se logo% S: tu não (s na&a0 &outor &e lanceta e sinapis"os Z &i'ia E"a% E" (olta &ela0 o cinto ro&opia(a co"o u"a serpente0 e ela tin#a &i>icul&a&e e" pren&-lo% ^s (e'es apetecia-l#e "altratar Carlos0 tão con(enci&o co" a sua sereia &eso(a&a0 co"o E"a &i'ia0 c#eia &e espírito guerreiro e !uase alegre% Ela não era "ul#er para Carlos Pai(a% Por!ue se e"pen#a(a no casa"ento0 !uan&o po&ia reto"ar o >io &a (i&a e" "el#ores con&i,Mes] Basta(a-l#e ir para a ci&a&e0 Lisboa0 natural"ente0 "ais >re!uenta&a &e can&i&atos a to&as as >ortunas0 &o &in#eiro0 &o a"or e &a política% as acobar&a(a-seX >ora cria&a para "ãe &e >a"ília0 para >icar li"ita&a pelas leis urbanas e urí&icas0 para os pra'eres se" risco e os >antas"as &e pra'eres "aiores% "a &istWncia i"ensa separa(a-a &o "un&o on&e reina(a" os >urores0 on&e #a(ia la,os &e sangue >eitos pelo &eseo e a a"bi,ão% YSou u"a tola0 (ou >icar (el#a e sei l* se &eboc#a&a0 a &or"ir co" u" cai$eiro%Y as reco"pun#a-se0 a&"ira&a co"o era por Pe&ro Doss)"0 poli&a por Pe&ro Lu"iares0 eunucos !ue a "orali&a&e cre&ita(a co"o suporte &os casa"entos "enores% Carlos >acilita(a-l#e as a"i'a&es0 recusa(a-se a con#ecer os tele>one"as &ela0 os reca&os% Para ele0 E"a era tão &esinteressante co"o u"a inspectora escolar0 e &a(a-l#e a enten&er !ue a sua se&u,ão era u"a !uestão &e nostalgia &e rapariga% Não per&ia a ocasião &e l#e >a'er notar u"a ruga le(e0







































a"bos% Os (esti&os0 o carrin#o a"arelo0 as e$tra(agWncias0 ser(ia" para interceptar os "o"entos "ais li"ita&os &a (i&a colecti(a e &es(iar o seu car*cter repetiti(o% De sIbito0 E"a &a(a u" antar0 reto"an&o si"ples"ente u"a certa !uanti&a&e &e bo" senso !ue a pun#a e" &ia co" a socie&a&e% Era tão &igna e "o&era&a nas pala(ras0 !ue cria(a a ilusão &e transpor as suas contra&i,Mes e0 "ais ain&a0 >a'er alia&os nesse senti&o% as Pe&ro Lu"iares não se &ei$a(a enganar% Esses perío&os cal"os0 e" !ue E"a reto"a(a a con&i,ão tri(ial &entro &o recinto &e"arca&o &a respeitabili&a&e0 presta(a"-se a u"a con>usão &e "*scarasX u"as (e'es at) ela c#ega(a a contagiar as outras "ul#eres co" a sua e>)"era can&ura0 tornan&o-se na crian,a irresistí(el na !ual con(ergia" to&as as >iguras &u" !ua&ro% E"bora a V)nus a&or"eci&a esti(esse presente0 e os pastores0 e os &onat*rios0 e os bispos co" "itras &oura&as e b*culos e" >or"a &e cla(e "usical0 era para o ba"bino !ue os ol#ares &escia"% Ela reunia a >e&era,ão &as soli&arie&a&es0 reuni&as as errWncias e os te"ores nasci&os &a inseguran,a #u"ana% E"a sabia !ue a crian,a po&ia conugar to&os os ser(i,os &a (assali&a&e e to&os os atenta&os &o po&er% S: u"a "ul#er "uito nula ignora(a isso% Si"ona não o ignora(a% E por esse "oti(o ela gatin#a(a0 balbucia(a0 tin#a se"pre u" oel#o arran#a&o e u" pouco &e c#ocolate ao canto &a boca% Z Po&es (er0 E"a0 po&es reparar co"o Si"ona &ei$a a crian,a "orar nela "ais &o !ue se a trou$esse no (entre% A crian,a >a'-nos "e&o0 ela trans>or"a-se nalgu"a coisa !ue nos (ai (encerX opMe-se a n:s co" a si"ples capaci&a&e0 &e crescer e &e representar-se co"o u"a pura >ic,ão% 189 Se te &eres a esse trabal#o0 (er*s !ue Si"ona ) u"a re>ugia&a a!ui nestes lugares &a aca% To"ou To"ou a >or"a &r*stica &a crian,a obe&iente0 "as conser(a a &epra(a&a #eran,a &a cortesã e sabe to&as as artes &o pra'er e &o :cio% Se (ires be"0 ( co"o te &esea e te lan,a u" ol#ar (icioso0 se" &ares conta !ue ela te al(ea co" ele co"o co" u"a seta% Não te acontece teres &e repente !ue (irar a cabe,a se" na&a te c#a"ar] O !ue (s] Si"ona !ue se arrasta e" (olta &os canteiros e arranca er(as0 co"o u" ir"ão leigo !ue &e na&a sabe a não ser &e obe&incia e &o to!ue &os sinos &o con(ento% Não te ilu&as%  "ais pro(oca&ora no silncio0 &o !ue na pala(ra%  "ais terrí(el na (irtu&e0 &o !ue tu na &esor&e"%  por isso !ue os #o"ens procura" as "ara>onas0 as &escara&as0 &escara&as0 as c#ega&eiras0 as bba&as0 as >ornica&oras% Z Por estran#o !ue pare,a0 era" pala(ras &e Pe&ro Lu"iares% Z Não "e &ei$as alternati(a Z &isse E"a% Z Espera0 não sou assi" tão procura&a% Por!ue ser*] A "in#a cria&a te" "ais probabili&a&es &e se&u'ir o cobra&or &a lu'0 &o !ue eu &e "e >a'er a"ar% Não (ais &i'er !ue !ue sou l)sbica ou u"a coisa assi"% Z sso s: ser(ia para "el#orar as nossas nossas rela,Mes% rela,Mes% as não ) na&a na&a &isso &e !ue se trata% Z Do !ue se trata0 não "e &ir*s] Não estou be" e" nen#u" lugar0 não #* u" territ:rio social e







































os raios &o ol#ar i"enso% Ela le"bra(a-se &e .ortunato e &o a"bíguo "ist)rio !ue tin#a" partil#a&o0 ela (iola&ora e autorit*ria0 ele surpreen&i&o nos seus &eseos "ais pro>un&os e &ei$an&o-se possuir at) ter !ue repro(ar-se e sentir-se (ota&o H "al&i,ão% * !uase não o (iaX a Ilti"a (e' encontrara"-se nu"a pensão sobre o rio0 e E"a ac#ara !ue tu&o se re&u'ira a u" es>or,o para se enganare" sobre o a"or e o &eseo% Ele !ueria u"a "ul#er !ue ti(esse u" e"prego e l#e &esse >il#osX pensa(a !ue0 se gan#asse u" auto":(el nu" concurso &a tele(isão0 seria in(ea&o e be" recebi&o e" to&a a parte% A sorte era u"a pro(a &o >a(or &i(inoX e on&e !uer !ue esti(esse u" &eus0 parente &u"a enti&a&e patrocina&ora0 era bo" apro(eitar-l#e as >ra!ue'as !ue se "ani>esta(a" pela sorte &os "ortais% Não &ei$a(a &e ser engen#oso (er Deus &a!uela >or"aX algu)" cuo >raco era &ei$ar ao acaso certos >actos !ue poupa(a" as pessoas ao trabal#o e ao so>ri"ento% as não era pru&ente e$agerar% .ortunato e"preen&eu a sua >uga para o &eserto !uan&o E"a >oi al)" &as solicita,Mes banais &a a"ante% Ela esta(a a ser(ir-se &ele para resol(er a sua angIstia &e !uerer possuir0 !uerer ser0 !uerer (aler% .ortunato sentiu-se logra&o% as era u"a epi&e"ia a !ue be" poucos escapa(a"% As salas &os psi!uiatras0 os clubes0 os sin&icatos0 os parti&os0 as con>rarias0 os grupos corais e religiosos0 esta(a" ataca&os &esse (írus absur&o e &e(asta&or% &e(asta&or% Ningu)" era "ais u" lírio &o ca"po0 ningu)"% E"a encostou-se ao peitoril &a anela e (iu o rio correr0 * carrega&o &as c#u(as &e Outono% Era na +ibeira0 &o Porto0 e atr*s &ela .ortunato pentea(a os cabelos loiros !ue esta(a e" (ias &e &ei$ar crescer at) aos o"bros% Parecia u"a "ul#er e0 (isto &e costas0 não se po&ia &istinguir% sa(a ao pesco,o u"a ca&eia &e oiro e &epois u" brinco na orel#a0 "as tu&o isto u" pouco ao acaso0 se" l#e atribuir senti&o algu"% 174 Ain&a !ue inculto0 .ortunato percebia o bastante &o co"porta"ento &e E"a0 tal(e' por!ue0 cria&o no "eio &e "ul#eres s:s0 se acostu"ara Hs suas pai$Mes i"agin*riasX e0 "ais ain&a5 a u" certo apego H pobre'a0 !ue a ganWncia e o &es>rute &o lu$o nunca po&ia" apagar% +epara(a co"o E"a gosta(a &e (iaar nos (agMes &e t*buas0 pe!uenas calec#es (er&es &e "ontan#a !ue trepa(a" custosa"ente os &es>ila&eiros &o Tua0 "o(i&os a len#a e a car(ão% Ela aceita(a partil#ar &o >arnel &e (el#os casais !ue (olta(a" &o interna"ento &o #ospital para ir "orrer e" casa0 ciscan&o a c[&ea &e "il#o co"o par&ais >riorentos% Z Não (ai acre&itar0 acre&itar0 "as ten#o sessenta anos% To&os To&os &i'e" !ue não pare,o0 eu sei !ue não pare,o Z &i'ia a (iaante0 !ue era co"o u"a ca&elin#a &e tetas ba"bas e ol#os suplicantes% suplicantes% Ela !ueria ser con(enci&a e a&ula&aX o (el#o "ari&o #* "uito !ue não l#e presta(a nen#u"a #onra conugal0 ne" se le"bra(a &isso0 o coita&o0 Hs (oltas co" a #ipoteca0 os seguros0 as letras0 os >il#os !ue0 casa&os0 era" "ais pe&inc#Mes &o !ue nunca e conspira(a" a sua "orte0 a &ele0 propriet*rio &e (in#as per&i&as nas traseiras &o Corgo% E"a aceita(a u"a co$a &e po"ba0 cin'enta e "ole0 e !ue sabia a







































171 A sua pri"eira "ul#er0 "ul#er0 !ue o a"a(a se" esgotar0 por)"0 u" pu&or "atri"onial !ue con>ina co" o arre arrepe pen& n&i" i"en ento to &o la,o la,o cont contraí raí&o &o00 #abi #abitu tuar araa-oo a ser ser pru& pru&en ente te !uan !uanto to a le(a le(arr a s)ri s)rioo as representa,Mes at) &o (ício% Ele sabia !ue são raras as "ul#eres absoluta"ente &e(assas%  u"a gran&e'a !ue re!uer >or,a e &este"i&os re>le$osX e" geral correspon&e H (irili&a&e e não H *rea &o")stica a !ue o a"or pertence% E"a0 !ue presu"ia &o a"or &os #o"ens0 nunca po&eria acre&itar !ue o a"or >a' parte &u" perío&o obsessi(o e0 na "el#or &as suas >ases0 inclui o senti"ento0 !ue ) a cultura &os senti&os% O senti"ento pertence a u" capítulo &a "e":ria #ist:rica &o #o"e"X a "ul#er não te" por ora "e":ria #ist:rica senão a!uela !ue l#e ) e"presta&a pelo #o"e"% as não &eri(e"os &o esta&o &e E"a perante a socie&a&e% A socie&a&e não l#e atribuía culpas0 na "e&i&a e" !ue os seus ")to&os &e sobre(i(ncia não se ac#a(a" a"ea,a&os% Pelo contr*rio5 E"a era &ei$a&a H (onta&e por!ue o escWn&alo >a(orecia o !ue se po&e c#a"ar obra &e sal(a,ão% ?uan&o u" grupo se ac#a incapa' &e a>ronta"entos (er&a&eiros0 !uan&o tu&o concorre para solu,Mes i"e&iatas a >a(or &u"a rentabili&a&e urbana &e be"-estar0 o g)nio &o escWn&alo ) recla"a&o e corre a inter(ir% Se" ele &a(a-se a &estrui,ão &o report:rio &os sinaisX o "al >a'ia-se i"ita&or &as pai$MesX e o be" per&eria a sua nature'a &o po&er0 seria u"a pista >ec#a&a > ec#a&a para o so>ri"ento% E"a não !ueria so>rerX a sua religião consta(a &u"a arit")tica a>ecti(a !ue nega(a o so>ri"ento% ?uan&o c#ega(a ao VesI(io0 na perspecti(a &e reunir-se a .ernan&o Os:rio0 era para se integrar nu" territ:rio >ant*stico0 !ue continua(a a ser o seu principal patri":nio% O +o"esal0 co" o seu ei$o &e i"preca,Mes e alegrias0 parecia precipitar-se na!uele abis"o &o VesI(io0 não para se per&er0 per&er0 "as para >a'er parte &u" "isterioso >un&o &a "e":ria% As *guas *guas negras &o rio0 no local &o VesI(io0 parecia" conter u"a pil#a i"ensa &e >actos0 precipita&os ali co" o ritual &os antigos po(os !ue &ei$a(a" a>un&ar-se nos lagos (irgens e "ancebos0 e :ias0 e >lores0 não apenas co"o rito sacri>icial0 "as sobretu&o co"o política &e construir a "e":ria% 173 E"a entra(a na casa0 !uase u" pal*cio0 guar&a&o por pal"eiras gigantescas0 e0 na pri"eira sala !ue abria para outra e esta ain&a sobre a terceira0 to&as igual"ente !ua&ra&as rigorosa"ente0 recebia logo o ol#ar &a Sen#ora0 u" ol#ar &e insuspeit*(el sensuali&a&e0 co"o certos "o"entos "o'artianos% Tu&o e" (olta era u" silncio &e (in#as co" os seus corre&ores &e cal#aus saibrentos% Algu"as cereeiras &e ar&i" "ostra(a" as suas galas &urante cinco &ias &e aio% O "or&o"o Caíres costu"a(a aban*-las para !ue as >lores caísse" &epressa e ele pu&esse &ar or&ens para sere" (arri&as (arri&as &u"a (e'% .ernan&o Os:rio não esta(a l*0 tele>ona(a a &esculpar-se% As suas con>erncias &e neg:cios







































#o"e" escuta(a0 c#eio &u" recon#eci"ento recon#eci"ento &e especta&or !ue não pagou a entra&a e !ue espera0 a to&o o "o"ento0 ser posto na rua0 ou0 pelo "enos0 "u&a&o &e lugar% 178 Z A"o-te Z &isse ele0 tí"i&o0 por!ue recea(a interro"pera e &ei$ar escapar o >antas"a &a (o' nas >ronteiras &o &escon#eci&o e !ue ele não po&ia perseguir ne" tra'er Hs colunas &u" assinante &a lista tele>:nica% E"a #abituou-se a &ei$ar-se surpreen&er por esse nI"ero erra&o0 "arcan&o no entanto o &e .ernan&o Os:rio0 s: !ue não e" No(a-or!ue0 "as e" Lon&res% E"a sentia u" arrepio0 as pal"as &as "ãos era" percorri&as por u" >or"igueiro0 por!ue a Sen#ora >ora u"a esp)cie &e "arani e" Lon&res0 co" o seu ouro e as perip)cias ro"anescas &a >uga &ela co" a >il#a >i l#a a"ea,a&a &e rapto% Ela (i(ia nu" pal*cio !ue era costu"e arren&ar Hs &i(as por te"pora&a &e :pera e on&e elas recebia" os a"igos0 titulares0 &e lu(as cor &e p)rola e colete &e "elton0 #o"ens &o "un&o ou si"ples"ente pro(incianos a"a&ores &e cães e &e ca(alos% O "or&o"o Caires (in#a escutar H porta0 e a "ul#er seguia-o0 co" o pano &e li"par os copos na "ão0 irrita&a co" a &e"ora &e E"a para ir antar% Z Co" !ue" est* ela a >alar] Z as Caires pun#a-a H &istWncia0 ocupa&o co"o esta(a e" enten&er o !ue E"a &i'iaX ela usa(a u" ingls0 ain&a !ue ru&i"entar0 !ue ele não percebia be"% Esta(a acostu"a&o Hs (isitas &a col:nia britWnica0 !ue >ala(a" u"a esp)cie &e &ialecto e não propria"ente a língua &e Sua aesta&e% Desistiu &e co"preen&er0 co"preen&er0 "as não &e espiar E"a e &e l#e causar pe!uenas contrarie&a&es0 co"o "an&ar &es>errar o ca(alo !ue ela tenciona(a "ontar ou ser(ir-l#e co"i&a &e !ue ela não gosta(a0 >íga&o >rito0 por e$e"plo% A granulosa granulosa carne &e >íga&o e o seu sangue &e >eri&a0 assi" co"o u" c#eiro &e bílis0 agonia(a"-na% Z Não !uero isto% Por Por >a(or0 le(e para &entro% &entro% Era o sinal &e !ue a guerra ia estalar% O &eseo &e Caires0 a sua cal(a (er"el#a e o casaco branco co" "anc#as &e >erruge" > erruge" no p) &os botMes0 causa(a"-l#e u"a c:lera incontrol*(el% To&as To&as as suas &ecep,Mes se unta(a" na!uele #o"e" espesso0 correcto0 &e curtas "ãos se"pre a a&ear sobre a "esa bril#ante on&e os can&elabros pun#a" esteiras claras% 177 E l* esta(a a c)lebre Sen#ora0 ten&o u" li(ro na "ão0 a ol#ar a (asti&ão &o corre&or e0 no >i" &ele0 o retrato &o seu a"igo "ais caro0 o seu cura&or &e neg:cios e pro(a&or &e (in#o !ue ela0 na (iu(e'0 c#a"a(a Yo bo" #eregeY0 por!ue nunca o absol(era &e não ser cat:lico ro"ano% Não !ue a Sen#ora >osse pia e re'a&ora% Os contratos0 a a&"inistra,ão &as gran&es !uintas0 a coloca,ão &os &in#eiros0 a e$porta,ão &as pipas0 !ue ia"0 pelo rio abai$o0 no tropel &o cac#ão0 ocupa(a"-l#e o te"po to&o% " &ia0 ela pr:pria nau>ragou e "orreu-l#e a>oga&a a cria&a e o









































E"a ou(ia >alar &ela ao pai0 no +o"esal% Era u"a len&a0 a Sen#ora0 aparenta&a ain&a co" Dona Augusta !ue0 ao >alare" &esse portento0 abana(a a cabe,a0 ten&o-a por ra,a &e #eroína% as E"a &isse se"pre5 Y"a "ul#er assi" &e(e ter seis &e&os0 para !ue se recon#e,a logo !ue nasce0 e não se perca te"po a ensin*-la a tocar bano ou (iolaY% 17; Z ?ue" &isse !ue !ue ela toca(a bano] bano] Z Não sei% Tin#a cara &isso0 !uan&o era no(a% Algu)" contou !ue ela te(e u" pro>essor e !ue l#e paga(a para ele >ingir !ue l#e &a(a a li,ão% E a Sen#ora &escia H (ila para arre"atar caba'es &e sar&in#a e" sal"oura por pre,o "ais abai$o0 regressan&o nu" ca(alin#o &e cigano0 e le(an&o no bolso cinco r)is &e rebu,a&os &e a(enca% a encontrar o "estre &e bano a &or"ir na ca&eira &e bra,os0 ela >a'ia-o le(antar para !ue não l#e gastasse o esto>o &e (elu&o ale"ãoX paga(a-l#e0 contan&o u"a a u"a as "oe&as0 >ingia enganar-se para o >a(orecer u" pouco% Era larga nas goretasX o cr)&ito >a'-se co" (o'es pe!uenas0 &i'ia% E"a pergunta(a se !uanto #a(ia &e a"or sau&oso na!uelas (isitas ao VesI(io0 VesI(io0 ou se era a Sen#ora !ue ela !ueria cu"pri"entar0 co"o u"a cria&a !ue (ai recorrer H casa &a pri"eira ser(i&ão% .ernan&o Os:rio0 co" a pasta &e "arro!ui" (er"el#o e o >eitio alegre e con(i&ati(o co" as "ul#eres0 não a interessa(a "uito% E$cepto !uan&o o (ia co"o u" (assalo &a Sen#ora0 H !ual não escapa(a e !ue o "utila(a0 proibin&o-l#e tu&o o !ue não >osse a sub"issão respeitosa% A sua >inali&a&e era a sub"issão% E"a pensa(a0 co" sobressalto0 se não seria a >inali&a&e &e to&a a gente% Via-se per&i&a no pal*cio &o VesI(io custo&ia&o por pal"eirasX (ia-se co"o Cle:patra a "unir-se &e i&eias #istri:nicas para ir ao encontro &e C)sarX C)sar0 !ue era u" corre&or &e >ortuna e não u" a"ante se&ent*rio0 e !ue a #a(ia &e es!uecer ao canto &o pa(il#ão &e guerra0 co"o E"a esta(a es!ueci&a na!uela casa &a Sen#ora0 ain&a &a Sen#ora para to&o o se"pre% " &ia &isse a Pe&ro Lu"iares5 Z Não sei a !ue" pe&ir o !ue !uero% Dantes pe&ia-se a u" #o"e" co"i&a0 roupa0 a"or0 a"or0 "as isso passou% Gan#a-se a (i&a0 te"-se u" e"prego0 so"os os &onos &a casa0 (esti"os cal,as co"o eles%







































ceri":niaX E"a &a(a por >alta &e obectos e &e len,os0 nunca per>u"e0 por!ue o !ue c#eira ) &i>ícil &e calar0 calar0 co"o &i'ia .ortunato0 .ortunato0 seu sobrin#o sobrin#o carnal% E"a a&"irou-se a&"irou-se por ela ir tão longe por tão insigni>icante partil#a% Z "a galin#a] Voc te" !uarenta ao p) &a porta0 porta0 suas "es"o% "es"o% 176 Z  (er&a&e% ?ue !uer0 &ona E"a] São >eitios% O !ue "e pertence não >ica no "ato% Al)" &isso0 (eo "uita gente !ue não (ia #* anos e anos% O "eu #o"e"0 se eu l#e &isser Y(ou por aí aci"a0 (er os "eus ir"ãosY0 pMe-"e tantos e"bargos !ue ten#o !ue &esistir% as se ) para receber0 ne" !ue sea u"a "a,aroca &e "il#o0 * não &i' na&a% São >eitios0 &ona E"a% Z as u"a galin#a\ Não ) u"a (aca ne" u" porco\ as re>e'-se &a surpresa ao c#egar aos lugares &e Carlão0 on&e as espera(a" co" u" ensopa&o &e lebre !ue ela ac#ou suculento% Tin#a"na ca,a&o para o "oribun&o0 "as0 ac#an&o-a "al e"prega&a e" pala&ar * "orto0 &era"-l#e coel#o% Ele0 !ue tin#a por Ilti"a (onta&e o ensopa&o &e lebre0 ergueu-se na ca"a e &isse% Z Se ) lebre0 não sei0 "as !ue "e soube0 soube% Z E "orreu0 "uito cansa&o &e enganos "as se" rancor ou >astio% E"a riu-se co" a #ist:riaX não l#a conta(a" para rir% A casa era abasta&a0 sua0 co" u" lu$o &e >ogão &e len#a !ue nunca se usa(a e can&eias &e petr:leo pen&ura&as nos pregos &a c#a"in)% A&"irou-se &e não a notare" co"o "ul#er >or"osaX as cun#a&as &a co'in#eira s: pergunta(a" pergunta(a" se era rica e &ota&a &ota&a &e bens ao luar% luar% Z A!ui0 u"a "arranc#in#a "arranc#in#a (ale "ais &o !ue u"a lin&e'a0 se ti(er ouro ao pesco,o e u" pin#al &e (inte anos% Era essa a(alia,ão !ue &eci&ira a Sen#ora% Nascera no li"ite &a pobre'a !ue era ter para o al"o,o "as não para o antar% Co"ia castan#as co'i&as H ceia0 alternan&o co" a batata en!ueia&a !ue era re>ugo e não "anar% "anar% E se"pre a!uela in&igna,ão interior &e (er lou(a&as as casas co" capelão e as "ul#eres &e gril#ão &e oiro e libras nas orel#as0 ne" !ue >osse" tolas co"o parrecas% as E"a não esta(a na "es"a sina0 &istraía-se at) &e ter u" a"ante !ue l#e protegesse o nasci"ento "es!uin#o e !ue &esse a "ão ao "ari&o%







































&es(anecer e !ue to"a(a to&os os aspectos0 at) o &e (íti"a0 &ilacera&a na carne e teologica"ente con&ena&a% as0 nessas (iagens0 co"o a &a i&a a Carlão0 pela entra&a &o n(erno0 estan&o os soutos carrega&os &e castan#as e as ra(inas c#eias &e ouri,os abertos0 isso era !ual!uer coisa !ue não e$istia e" "ais sítio nen#u"% At) a co'in#eira tin#a u"a &escon>ian,a !ue l#e roía a al"a0 >ican&o se" perceber E"a% Z Po&ia ter >ica&o no !uente e a beber c#*(enas &e c#ocolate0 !ue o "eu "ari&o sabe >a'er o c#ocolate H espan#ola% 172 E E"a ria-se0 ain&a co" a!uela i"age" &a Lola ontes a &esa>i*-la0 en!uanto as cun#a&as0 "a"u&as e &e coturnos &e lã par&a0 conta(a" a "orte &o (el#o% Z De repente ele >e' YtacY0 e "orreu% Eu &isse Yest* "orto0 segure"-"e0 !ue não sei co"o (ou >icar% Posso não >a'er na&a0 e posso >a'erY Z &isse a cun#a&a &o "eio% A "ais (el#a suspirou% Z Ora0 a "orte ) para ca&a u"% E &eitou-se a espre"er os !ueios0 !ue ligara co" >itas &e pano branco% Nas grossas "ãos corria" >ios &e *gua leitosa0 e ela pun#a u" gosto &e oleiro na!uele "ol&ar &a coal#a&a0 baten&o-l#e co" !ue" acaricia n*&egas &e "ul#er% E"a pela(a castan#as co'i&as0 >a'en&o-as saltar &u"a "ão para a outra% Percebeu !ue >ala(a" &ela% YDa!ui a pouco estão co" rai(a &e "i" e não (ão &ei$ar-"e sossega&a%Y sossega&a%Y O>ereceu-se para entreter &uas crian,as !ue c#ora(a"% A cun#a&a "ais (el#a tirou-l#as &as "ãos% Z Dei$e estar0 estar0 !ue se sua% sua% Dissi"ula(a "al u" &espeito glacialX a co'in#eira &e(ia ter-l#e &ito coisas peca"inosas0 "as sobretu&o o lugar subalterno !ue ela ocupa(a no VesI(io% Essas "ul#eres grosseiras e entregues a u"a luta insustent*(el para (encere" a per>í&ia &a nature'a0 encontra(a" e" E"a a (íti"a i&eal% Durante "il)nios tin#a" a>ina&o o gosto para a pro>issão &e carrasco &e algu)"0 e agora E"a atraía o "al !ue elas cui&a&osa"ente guar&a(a" para as ocasiMes% E os #o"ens proce&ia" co"o







































culpa&o era o "el#or atributo0 e o baptis"o >oi u"a in(en,ão erra&a% Não se &e(e apagar a culpa0 "as &ei$*-la >lorir0 &ar >rutos co"o u"a ra"a&a alta e so"bria% Se algu)" nasce se" esse estig"a &a culpa0 est* per&i&o% As "ul#eres >area" logo a inocncia e ar"a"-se contra ela0 &erruba"-na0 pMe"-l#e o p) e" ci"a% A in(ea &elas torna-se ar&ente co"o u" rubi (er"el#o e &eita raios (er"el#os% E"a &eitou a correr0 sentin&o atr*s &ela o rosnar &e ce" ca&elas e u" turbil#ão &e >ol#as !ue l#es aba>a(a" o trote% Era u"a noite "orna0 se" a gran&e'a &a esta,ão no seu auge &e >rio ou &e calor ne(oento0 !uan&o &a terra sobe u" (apor cal"oso% Não te(e "e&o &e per&er-se0 o ca"in#o at) Carlão não o>erecia alternati(as e esten&ia-se entre altos talu&esX ou(ia rolar Hs (e'es u"a pe&ra solta0 co"o se escapasse &e bai$o &os p)s &e algu)"% 1;1 Ka(ia tre'entas bru$as nas cercaniasX "es"o H c#ega&a ao VesI(io #a(ia u"a0 se"pre carrega&a &e clientela e >a'en&o-se &i>ícil para as consultas% Era"0 e" geral0 "ul#eres co" u" senti"ento &e tere tere" " (i(i (i(i&o &o00 ou s: pre( pre(is isto to00 u"a u"a usur usurpa pa,ã ,ão% o% A in(e in(ea a &:ci &:cil0 l0 !uas !uasee co"p co"pas assi si(a (a00 !ue !ue e$peri"enta(a" perante u"a rapariga a"a&a e !ue tin#a os >il#os ao re&or &ela0 pu$an&o-l#e pela saia0 essa in(ea "orti,a e p*li&a0 uni(ersali'a(a-se% uni(ersali'a(a-se% A in(eosa torna(a-se pri"eiro "elanc:lica ou agita&aX &epois torna(a-se "al&osa% uitas "ul#eres passa" por esse ciclo !ue ger"ina(a e se repro&u'ia e" &i>erentes #u"ores% Não era" as regras "enstruais !ue a>ecta(a" os seus senti&os0 !ue e"bota(a" o pala&ar0 !ue as torna(a" e$traor&inaria"ente >inas para se austare" aos aconteci"entos ain&a e" perspecti(a% Não era a (ibra,ão uterina !ue &eci&ia &os (enenos e$ala&os pela pele0 >a'en&o co" !ue &estal#asse" &estal#asse" os cal&os e o pão não não le(e&asse% Era a in(ea% "a in(ea !ue (ai en&urecen&o a al"a e a >a' estran#a"ente a>erra&a aos actos "alignos e !ue i"pe&e o arrepen&i"ento% Essas "ul#eres cae" nu" esta&o sonW"bulo0 *ri&o0 preten&e"-se po&erosas0 &es&en#a" &as coisas santas e ac#a" !ue as po&e" superar% Não entra" nas igreas senão por pro(oca,ão interior0 interior0 para "e&ir o li"ite &o seu &esa>io% E0 ao (ere" H "esa &a co"un#ão u"a >ila &e pessoas0 grotescas e obe&ientes0 &o"ina"-se para não rir &essa pie&a&e !ue ) pro(a &e e$igncias "e&íocres% Estão prontas para abrir as portas aos consultantes0 !uase se"pre in(eosos







































E"a pensou !ue0 se (isse lu' nu"a &a!uelas cabanas0 !ue Hs (e'es ser(ia" para guar&ar pal#a e "ac#a&os para o &errube &as *r(ores0 pe&iria au$ílio% " cão esta(a senta&o no "eio &o ca"in#o e parecia aguar&*-la% YNão ) u" loboY Z pensou E"a% Não sentiu "e&o ne" parou% Trata(a-se &e >acto &u" &os cães &o VesI(io0 !ue a sau&a(a se"pre co" "ostras &e a recon#ecer0 ca&a (e' !ue ela c#ega(a H gare co" o seu enor"e casaco &e "ar"ota% Tal(e' a to"asse co"o u"a esp)cie canina algo surpreenteX austa(a-se ao seu passo e não a larga(a% Co"o agora0 e" !ue0 >arean&ol#e as botas0 se ligara i"e&iata"ente ao c#eiro e a prece&ia0 estacan&o pronta"ente se u" ruí&o o a&(ertia0 algo !ue po&ia &eci>rar no silncio e" !ue se escon&ia" "il (estígios &e (i&a e &e "orte% C#egou * !uan&o esta(a" abertas as portas &os ar"a')ns e os #o"ens co"e,a(a" o trabal#o% O !ue E"a estran#ou >oi !ue a co'in#eira tin#a (olta&o% saria ela a (assoura e" !ue (iaa" as bru$as0 ou si"ples"ente se &eitara ao ca"in#o0 seguin&o E"a H &istWncia] Viu-a senta&a &iante &u"a tigela &e ca>) o bastante gran&e para a>ogar u" gato rec)"-nasci&o% Não l#e >alou0 e0 ao passar pela Sen#ora Sen#ora na pare&e pare&e &e &a"asco (er&e0 perguntou-l#e5 perguntou-l#e5 1;8 Z Ta"b)" >oi bru$a0 não ) (er&a&e] Z Pareceu-l#e !ue a Sen#ora crispa(a a boca >ir"e e l#e &a(a a enten&er !ue perguntas &essas não se >a'ia"% Co"o .ernan&o Os:rio não &a(a "ostras &e (oltar tão ce&o ao VesI(io0 VesI(io0 E"a &eci&iu ir-se e"bora% Sentia-se0 "ais u"a (e'0 >rustra&a e esta(a pronta a reto"ar o seu papel na >a"ília0 (estin&o a capa &a #u"il&a&e0 !ue era o orgul#o co" "* saI&e% ?uan&o >ica(a assi"0 Carlos po&ia esperar &ela u"a "o&)stia e$e"plar% Aban&ona(a as roupas e$tra(agantes e co"pra(a (esti&os &e preceptora0 o !ue a torna( torna(aa "ais "ais e$cita e$citante nte%% Se" Se" :ias0 :ias0 sobret sobretu&o u&o se" a!u a!uela elass pe,as pe,as &e >antas >antasia ia !ue l#e inun&a(a" o peito co"o cataratas &e p)rolas e berlo!ues0 E"a &a(a "ais na (ista% Os #o"ens ol#a(a" para ela co" &eseo !ue não era co"pleta"ente con>eri&o aos atracti(os &ela0 "as !ue era sobretu&o u" pr)"io pela sub"issão% Sub"issão !ue se interpreta(a co" satis>a,ão &a&a ao outro0 não con#ecen&o a plenitu&e senão atra()s &o pra'er !ue se proporcionaX não i"plica(a a"or0 "as algo co"o u"a capaci&a&e ser(i,al0 "ais irresistí(el &o !ue o a"or% A e$perincia &a in(ea0 no









































si "es"a o princípio &a corrup,ãoX ) ele !ue a in>la"a e !ue pro&u' o &eseo por ela% Perante a suspeita &e !ue #a(ia algo &e irre"e&i*(el e" to&as as coisas e !ue não era possí(el (i(-las senão co" u"a "orte senti&a co"o tal por e$e"plo0 os son#os &e po&er e &e a"or >ora &e !ul!uer "alenten&i&o0 E"a (olta(a para a reali&a&e &o "atri":nio% Volta(a a ser a esposa &e Carlos Pai(a e &e&ica(a-se a tare>as si"ples0 as co"potas &e Outono ou a reno(a,ão &as cortinas% Substituía o &eseo pelo senti&o pr*tico0 e0 por uns te"pos0 era >eli' assi"% Carlos não "o&i>ica(a nen#u" &os seus #*bitos% aria Loreto Se"blano retin#a-o u"a parte &o te"po0 e ele não saberia * (i(er se" as ocupa,Mes !ue ela l#e &a(a0 a correc,ão &os seus li(rin#os "orais e" !ue nau>raga(a u" a"or &esespera&o por u" i"possí(el puro% O platonis"o &as suas rela,Mes con(in#a Hs suas pre>erncias &e "a&ona a !ue" os pri"eiros pra'eres &ecepcionara"% E E"a0 Hs (e'es0 enternecia-se co" a!uele !ua&ro &e a"ores se" proectosX pensa(a !ue0 se o "ari&o >osse "ais insaci*(el0 po&ia rece*-la "enos% 1;; Por!ue Carlos te"ia E"aX te"ia o seu secreto >uror &e a"ar e &e co"pletar o seu &ireito H (olIpia e ao cri"e !ue ela po&ia &esenca&ear% K* u" "o"ento e" !ue !ual!uer "ul#er a&i(in#a esse &ireito0 e o #o"e" estre"ece &e a i"aginar no ca"in#o &a satis>a,ão absoluta% ntercepta-l#e os passos ne" !ue sea co" o sacri>ício &a pr:pria (i&a% Assi"0 a liber&a&e se$ual0 in&iscreta ou







































&oentes ao #ospital% Carlos Pai(a >ora au&a carin#osa para "uitas "ul#eres e" trabal#o tr abal#o &e parto0 e elas &a(a"-l#e &e paga u"a toal#a &e lin#o caseiro ou u"a pega nu"a gaiola e !ue0 &i'ia"0 sabia >alar% Ele (olta(a para casa e$austo0 "ol#a&o at) aos ossos0 os ol#os (er"el#os &a ins:nia% Es!uecia tu&o o !ue sabia &iante &essas pari&as0 algu"as * a(el#a&as e su"i&as nu"a resigna,ão &e >"easX e !ue "orria" &e t)tano ou &e p:s-parto co"o galin#as &e >ebre0 (iran&o o pesco,o co"o co"o se >osse" >osse" aba>a aba>a&as &as pela "ão "ão !ue &ecerto &ecerto batia batia nas costas costas &e Carlos Carlos00 co" a"ig*(el a"ig*(el co"pa&rio% Ele >er(ia as seringas na c#a"a &as can&eias0 i"pro(isa(a talas para u"a perna parti&a0 receita(a *guas para os ner(os e o >íga&o% Sobretu&o atribuía ao ba,o to&os os transtornos cua orige" escapa(a H sua cincia ca&a (e' "ais e"bota&a% O casa"ento co" E"a p[s cobro a essa clientela pobríssi"a e0 &e resto0 as coisas >ora" to"an&o outro ru"o% Os ser(i,os sociais &era" "el#ores con&i,Mes H popula,ão0 e Carlos per&eu a ocasião &e se "ostrar abnega&o% E"a &etesta(a esse tipo &e bo" &outor co" a "aleta preta e botas &e atana&o% Para Carlos Pai(a0 a &escoberta &e aria Se"blano >oi pro(i&encial% 1;6 Ela &ourou a sua pro>issão o>ereci&a H clínica particular co"e u"a bn,ão &e Epicuro% O pri"eiro &ia e" !ue a (iu0 c#a"a&o H casa &a Ca(erneira0 >oi u" &ia !ue constou na sua (i&a co"o pro>)tico%







































u" lago co" carpas negras e por to&a a parte (ere&as !ue se cru'a(a"% A casa era u" a"ontoa&o &e pare&es e tel#a&os0 resulta&o &e obras nunca acaba&as% Não era na Ca(erneira !ue se &a(a" as >estas "ais bril#antes% sso era nas acas0 Hs (e'es co" o patrocínio &os Se"blano0 !ue in(ea(a" a gran&e "ora&ia ao gosto espan#ol0 co"o u" gran&e &or"it:rio &e >reiras0 &e estilo #ospitalar% #ospitalar% as a Ca(erneira era u"a estran#a co"bina,ão &e torreMes e esca&as0 &e !uartin#os !ua&ra&os e "ansar&as on&e &or"ia" crian,as Z e tu&o isto tra&u'ia u" pra'er &e rito &e >a"ília0 co" os seus ani(ers*rios e partos &o")sticos0 co" os cães !ue se escon&ia" &ebai$o &as ca"as !uan&o tra'ia" &e >ora as patas enla"ea&as% Gritos0 ral#os0 bater &e al"o>ari'es e cutelos na t*bua &e picar0 acrescenta(a" a alegoria &u"a abun&Wncia !ue presu"ia a (isita0 o pa&re cura e0 natural"ente0 o ")&ico% O ")&ico era Carlos Pai(a% aria Se"blano &isse5 Z  gor&o &e"ais para a i&a&e% De(e ter bo" >eitio e pacincia0 !ue ) o !ue >a' os #o"ens sau&*(eis% Co" o te"po tornara"-se insepar*(eis% Durante oito anos eles (eri>icara" !ue ne" s: o interesse est* na base &e to&os os senti"entos% O interesse ou o pra'er% 1;2 K* pe!uenas >antasias &o cora,ão !ue precisa" &e interlocutorX não correspon&e" aos "ist)rios







































erro e recebia &esgostos e (e$a"es &os seus a"antes0 "ais ele e$ulta(a e l#e &i'ia5 YEu espera(a isso "es"o0 não "e espantaY% Espanta(a-se por!ue0 no >i" &e contas0 E"a não era "uito inco"o&a&a0 a socie&a&e es!uecia &epressa &epressa e * não se recrea(a co" a bai$e'a &e ningu)"% Ser u" or&in*rio (ilão0 co"eter a&ult)rios e &es>al!ues0 não interessa(a "ais as pessoas% Assi" co"o as &a"as nobres &a +enascen,a se >a'ia" retratar &espi&as0 &es"iti>ican&o o se$o por "eio &u"a nu&e' casta0 por!ue era a nu&e' &u"a nin>a e não &u"a "ul#er0 ta"b)" agora a publici&a&e &as rela,Mes "ais escabrosas não !ueria &i'er na&aX não sugeria nen#u" postula&o "alignoX era u" assunto !ue não acu"ula(a ressenti"entos0 por!ue po&ia ser li(re"ente trans>or"a&o na situa,ão real &e ca&a u"% A in(ea supri"i&a0 o e>eito "oral era &esnecess*rio &esnecess*rio e per&ia a intensi&a&e% as co" Pe&ro Lu"iares as coisas passa(a"-se &u"a "aneira &i>erente% A &elica&e'a &o seu esta&o ner(oso cria(a obst*culos H con&i,ão #u"ana assi" interpreta&a co"o u"a "*!uina be" a>ina&a% Pre>eria ser u" "acaco0 a ter !ue se integrar na >alsa (irtu&e "ais satWnica !ue era o (ício para to&os% O pra'er co"bina(a co" a >alta &a luci&e' !ue parece ser o princípio &o "un&o% A luci&e' ) o so>ri"ento% O so>ri"ento &e !ue se não ) co"o os outros "arca(a o princípio &a luci&e'X ) o passo &e re>le$ão a !ue não se po&e escapar0 e ao "es"o te"po o passo !ue &eci&e &o crepIsculo &o pra'er% 11







































18 Na (er&a&e0 ser u" bo" parceiro incluía algu"as aberra,Mes% .u"a(a-se "enos e bebia-se "enos at) e co"ia-se ca&a (e' "ais pru&ente"ente% as o peso &a reali&a&e0 ain&a !ue >osse u" segre&o &e gabinete0 e ocupasse os te"ores &a i&a&e u(enil0 ia procurar u"a >uga atra()s &e recursos contagiosos5 a &roga0 #eroici&a&e !uase passa&istaX e algo !ue co"e,a(a a to"ar corpo nas generali&a&es &e super>ície Z a no,ão &e !ue as pessoas aspira" a u"a >elici&a&e sub(ersi(a0 se" >a"ília0 se" Deus e0 sobretu&o0 se" aca&e"ia &e !ual!uer esp)cie% A >utili&a&e era o "el#or "eio &e escapar ao #orror constante &e se ser inItil% To&os os a"igos &e E"a era" >Iteis% E ela0 nos seus "el#ores &ias0 não se apresenta(a co"o obecto &e te"peran,a0 "as co"o u"a "ul#er !ue to"a(a os e$cessos co"o tra(essuras% As >iguras "ais prestigiosas &o espect*culo0 as !ue arrasta(a" "il#ares &e pessoas nu" &elírio &e aplausos0 era" co"o ela% Essas turbas !ue se unta(a" por e>eito &u"a aglo"era,ão catastr:>ica0 agia" e" no"e &u"a interroga,ão clonesca5 !ue" sou eu para ser (irtuoso] A (irtu&e ) u" cri"e !ue &ei$a (estígios% Pre>eri"os a totali'a,ão &o aban&ono% E"a po&ia encarnar co"o pro>eti'a &esse espírito% as não esta(a &espren&i&a &o passa&o0 e o !ue resta( resta(aa &a "e":ri "e":riaa &a "ãe0 "ãe0 ce&o ce&o &esapa &esaparec reci&a i&a00 entern enterneci ecia-a a-a a pon ponto to &e aban&o aban&onar nar tanto tanto a (irulncia &a linguage"0 co"o a >antasia &e a"ores &escon#eci&os% Então instaura(a u"a certa bon&a&e !ue a incapacita(a para as a"i'a&es geniais co"o a !ue tin#a co" Pe&ro Lu"iares% Ele









































E"a era u" >ino >ino espírit espírito0 o0 u" &e":ni &e":nio] o] Ou0 pelo pelo con contr* tr*rio rio00 partic participa ipa(a (a &u"a &u"a "onstr "onstruo uosa sa inocncia0 a!uilo !ue as "ul#eres &e Carlão tin#a" a&i(in#a&o] 1; ?ual!uer coisa co"o a >alta &o peca&o original0 o !ue não l#e &a(a &ireito H santi&a&e0 "as si" ao "al ra&ical0 se" triste'a ne" alegria0 o "al !ue não se pro&u' por obra &o &eseo0 "as !ue ) conse!uncia conse!uncia &o "al insu>iciente pratica&o pelos outros% Pe&ro Lu"iares (oltou para casa co"o !ue &errota&o% E"a era agora u"a boa sen#ora0 e pareceul#e !ue as >il#as ol#a(a" para ele &e "o&o triun>ante% Elas esta(a" &e posse &a "ãe e suspen&ia"-







































?uan&o as >il#as saíra" outra (e' &e casa para os estu&os0 E"a sentiu-se subita"ente assusta&a% Percorreu a casa (a'ia e apurou o ou(i&o para os ruí&os &o")sticos5 +itin#a0 !ue la(a(a as passa&eiras no tan!ue e o piar &as galin#as !ue &ebica(a" as cou(es tra,a&as% Era" ruí&os >a"iliares0 ou(ia-os &es&e !ue abrira os ol#os no +o"esal0 assi" co"o "uitos outros0 e"bala&o res e surpreen&entes0 co"o o en$aguar &as pipas no ar"a')" co" o c#eiro abun&ante &o (in#o (el#o% Ela se"pre se aconc#ega(a nesses sons co"o nu" colc#ão !uente% 16 Tia Augusta &i'ia !ue E"a &or"ia "el#or !uan&o a casa esta(a no seu pleno e a co'in#a







































.oi a opinião &o ")&ico-c#e>e &o #ospital on&e a "orta >oi le(a&a para ser cosi&a e &ecente"ente >ec#a&a% as a!uele &esatre criou e" (olta &e Carlos u" cli"a se"el#ante a u"a protec,ãoX e a usti,a não p[&e actuar por!ue no W"bito &o segre&o ela recua se"pre% E"a soube apenas !ue o "ari&o gan#ou a i"uni&a&e &o inco"petente e !ue o não inco"o&a(a"0 e(itanto tu&o o !ue pu&esse (iolar (iolar o segre&o &a sua estupi&e'% as era e>ecti(a"ente estIpi&o esse #o"e" gran&e0 corpulento0 co" as abas &o casaco se"pre a pingar sobre os oel#os e !ue as "ul#eres esti"a(a"] aria Se"blano ac#a(a-o capa' &e &iagn:sticos acerta&os0 por intui,ão0 se não por capaci&a&e ")&ica% Ele sabia tratar co" as "ul#eres e >a'ia-as &i'er coisas !ue nen#u"a aceita(a &i'er a outra pessoa se" corar% Coisas ínti"as0 e" !ue an&a(a u" >io &e per(ersi&a&e0 tão t)nue !ue era possí(el con>un&i-lo co" u"a







































Hs (e'es incluísse" pretensMes a u" casa"ento% E"a &esperta(a a suspeita &e ser u"a in>or"a&ora &a CA nos te"pos li(res0 o !ue era se"pre "oti(o &e troca&il#os e risosX e$cepto Pe&ro Doss)"0 !ue a a"a(a incon&icional"ente0 to&os os outros (inga(a" assi" o ter &e a(ali*-la aci"a &as pr:prias "ul#eres% aria Se"blano nunca se rebai$ara a alterar a "ecWnica &as rela,Mes sociais e presta(a-l#e cobertura0 con(i&an&o con(i&an&o "es"o Lolota e Luisona para as >estas &e Verão Verão na Ca(erneira% .a'ia-o pelo pai0 "as sobretu&o por entreter a sua re(anc#e sobre as outras "ul#eres% Z Não #* &I(i&a &e !ue ela ) u"a sen#ora Z &i'ia Lu"iares0 por!ue #a(ia "o"entos e" !ue ele se torna(a possi&:nio co"o u" ca(alo &e circo% Z ?ue !ueres &i'er co" isso] Parece !ue o resto te" u" c#eiro &e e$cre"ento Z &isse E"a0 ener(a&a% Z "a sen#ora não te" suor0 te" transpira,ão% "a sen#ora ri-se !uan&o ) insulta&a%







































Ela usa(a ter"os locais0 &e e>eito c:"ico na sua boca >or"osa% Gosta(a &e &e>or"ar a cultura !ue recebera0 >ingia ser u"a rapariga &a (in#a0 agra&a(a-l#e engaar-se nu"a classe "al&ita ou s: irre(e irre(ersí rsí(el (el00 a &os pob pobres res00 propri propria"e a"ente nte &itos% &itos% Nun Nunca ca per&eu per&eu essa essa e(i& e(i&nci nciaa ar!uet ar!uetípi ípica0 ca0 &e pertencer ao passa&o co"u" &u"a ra,a na !ual esti(esse e" causa a e$perincia e não as propor,Mes &o sucesso pessoal% sto >a'ia &ela u"a "al&ita0 algu)" !ue se &obra(a apenas a u"a intu intui, i,ão ão >un& >un&a" a"en enta tall e para para !ue" !ue" as regr regras as &a (i&a (i&a00 (ari (ari*( *(ei eiss co"o co"o as ci(i ci(ili' li'a, a,Me Mes0 s0 não não interessasse"% interessasse"% Essa pai$ão pelo !ue era i"ut*(el contraria(a tu&o e to&os% ^s (e'es0 Carlos ac#a(a E"a insuport*(elX ela era u" obst*culo H sua pe!uena carreira sub"eti&a aos la,os l:gicos !ue se aceita" co"o sabe&oria% Ningu)" gosta(a &e E"a0 e a parte &e >a(oritis"o !ue Carlos conseguia era para co"pensar essa antipatia pela "ul#er% aria Se"blano ia "ais longe5 percebia !ue o !ue









































S: !ue aria Se"blano não &estina(a os seus contos a outros ol#os senão os &e Carlos Pai(a0 e







































Aos poucos >oi aparecen&o o cerne &o proble"a0 >onte &a reali&a&e &as &uas "ul#eres% uito







































Lu"iares não po&ia a&iantar na&a neste senti&o senão corren&o o risco &e se >a'er p[r na rua% Na&a







































194







































!ue possuíra tantas "ul#eres0 e$ercera o seu o>ício &e "ac#o co" ilus:ria co"petncia co"o











































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































partil#ar esse >lagrante &esnu&ar &o corpo0 era" obst*culo H liber&a&e l iber&a&e &e a"bos% Carlos le"bra(ase &os bons te"pos co" a pri"eira "ul#er0 apro(a&a pelas Pai(oas0 !ue l#e c#a"a(a" Ya cal,u&aY% Ela usa(a cal,as grossas &e >a'en&a0 co"o se as #er&asse &u" tio pa&reX por!ue so>ria &e reu"atis"os0 &e espon&ilose0 e preca(ia-se &o ar e &o (ento% 377 .a'ia" u" a"or co"o u"a cataplas"a0 separa(a"-se separa(a"-se logo0 ele enroupan&o-se entre as pernas co" o len,ol0 ela sain&o &a ca"a para (eri>icar se a porta &a co'in#a esta(a >ec#a&a e se os gatos esta(a" >ora &e casa% Não &enuncia(a a"ais o calor &o coito0 isso seria u"a trai,ão i"per&o*(el% E Carlos aprecia(a esse respeito &e (el#a0 a e$u"a,ão &o se$o u"a (e' por se"ana% Y u"a boa sen#ora0 &e(o-l#e "uitoY Z &i'ia0 >a'en&o &a grati&ão u" re(ulsi(o &a al"a !ue se ia tornan&o ap*tica e anal>abeta% O pe!ueno Carlos0 >il#o !uase tar&io0 !ue escapara a ser "ong:lico0 no parecer &o pai !ue se ulga(a u"a (oca,ão (oca,ão recusa&a0 esta(a esta(a a parecer-se co" E"a% E"a% sto co"o(eu-a% Co"o se"pre se"pre !ue se ac#a(a e" risco &e &escer &a sua representa,ão se"pre co" !ual!uer coisa &e r)gio0 co"o se e!uilibrasse na cabe,a u"a coroa0 ela to"a(a u" ar agressi(oX u"a agressi(i&a&e (iril% A"a(a a crian,a co"o se e"en&asse u" e$ercício escrito0 procuran&o >a'er parecer-se esse a"or a u" te$to co"pleta"ente cl*ssico% En!uanto E"a Bo(ar= &ei$a perceber o e!uí(oco0 por!ue ) u" #o"e" &esencoraa&o &a sua (irili&a&e e se re>ugia no tra(esti0 E"a Pai(a era u"a "ul#er-espect*culo% ?uan&o a "ul#er se &* e" espect*culo0 pre>ere u"a ret:rica (irilX crian,a crescia0 sueita ao bi'arro co"porta"ento &a "ãe0 !ue l#e &i'ia5 YTu )s u" #o"e" co"o eu te ensino a ser% Não ter*s &ecep,Mes se "e i"itaresY% "itar E"a era surpreen&er a sua &outrina &e ca,a&or0 o porte &e ar"a assi" po&e"os c#a"ar os atracti(os &a "o&a e u" per>u"e cineg)tico !ue (ai &es&e o repentis"o &a pala(ra at) H &egra&a,ão &ela0 a posi,ão (ence&ora tão usa&a pelas (a"ps &o cine"a0 co"o arlene0 a ca(algar a ca&eira0 co"o o corpo &u" #o"e"% Ko"e" >e"inino0 o>erecen&o os oel#os co"o inspira,ão H (irili&a&e &a "ul#er% arlene0 (esti&a para a noite0 co" casaca e la,o brancoX a noite &o #o"e" urbano !ue ) u"a >or"a &e (inga&or &a >igura &o")stica0 &o pro>essor nr#at0 ocupa&o co" os instru"entos >rustes &a or&e" escolar e &a respeitabili&a&e% 37; A noite0 ta"b)" para E"a0 tin#a os acess:rios &a (irili&a&e0 o se$o não "utila&o0 a gra,a lI&ica &e tu&o o !ue se não &estina ao essencial &a sobre(i(ncia% Ela saía co" Pe&ro Doss)" !ue * não a aco"pan#a(a tanto0 &es&e !ue a "ul#er o ocupa(a nas suas participa,Mes no open ib)rico0 e tu&o se trans>or"a(a% Os ol#os &e E"a bril#a(a"0 ela era agita&a por u" &eseo &e(asta&orX e Pe&ro Doss)" tin#a &i>icul&a&e e" tra(ar o seu g)nio &e &estrui,ão0 u" g)nio a !ue o c:"ico se "istura(a co"o u" "o&era&or &e cabeceira% Ela sabia >a'er rir os #o"ens0 e nisso não era u"a Bo(ar= be" copia&a% E"a Bo(ar= não tin#a !ual!uer senti&o &e #u"or0 e &aí a sua i"pacincia est)ril% as E"a Pai(a co"e,ara por &i(i&ir o riso e" &uas pena&as5 o guerreiro0 e o ali"entar% O pri"eiro pertencia Hs suas surti&as co" Pe&ro Doss)"0 cua i"becili&a&e ser(ia &e escu&o H &epra(a,ão% Ele a"a(a-a co" u"a >alta &e te"pera"ento e" !ue não se po&ia &ei$ar &e supor u"a singulari&a&e secreta para o a"or a&olescente e as suas &olorosas conse!uncias% E"a era soli&*ria co" essa penosa >ase0 nunca "ais acaba&a0 &o a"or &a puber&a&e% Se não o co"preen&ia0 não o >a'ia so>rer co" u" riso guerreiro% Era "ais o riso ali"entar !ue Hs (e'es &ei$a(a escapar0 "as







































!ue" co"e u"a >ruta &oce e0 ao "es"o te"po0 se alegra &e não a pagar caro co" o arrepio &a &esilusão% Por!ue o !ue >a' rir &esilu&e0 e nisso inter()" o riso guerreiro0 !ue ) u"a >or"a &e co"pensar a &ecep,ão% 37 Pe&ro Doss)" pe&iu &e e"pr)sti"o o riso &e E"a0 co"o se pe&e u" len,o0 co" a!uele grau &e inti"i&a&e pronto se"pre a sanar u"a situa,ão e"bara,osa% Ela ria-se0 "as >ica(a assente !ue era por!ue ele pr:prio não se le(a(a a s)rio% A ironia &e E"a era u"a cautela proposta H situa,ão cria&a5 a i"becili&a&e &e Pe&ro Doss)"0 cuas "olas E"a sabia e$istire" >ora &essa &e>ini,ão0 a &o riso% Snobs0 #o"osse$uais0 #o"ens !ue (i(ia" secreta"ente co" os seus lacaios e u" regula"ento !ue "o(ia u" cos"os ilus:rio0 o &o po&er0 era" os !ue E"a >re!uenta(a% O pr:prio Os:rio a >i'era entrar nessa seita e$traor&in*ria0 !ue as >a"ílias to"a" por aberrante e &a !ual participa" as pessoas &e letras e &o teatro% .i'era isso u" pouco para se li(rar &elaX por!ue u"a "ul#er co"o E"a0 se não est* liga&a a !ual!uer (ertige" sobrenatural e não pratica0 pelo "enos0 a le(ita,ão0 torna-se inc:"o&a% Para a ocupar não #* co"o esse "eio propenso a a&"ira,Mes sIbitas e trai,Mes !ue &e(ora" a interpreta,ão &e ca&a u"0 o seu papel &e burgus e$tra(ia&o% Pe&ro Doss)" >oi &urante "uito te"po o seu reposteiro-"or e &epois &esapareceu0 solicita&o pela gol>is gol>istata-líri lírica ca !ue era a "ul#e "ul#err &ele &ele e !ue ele &i'ia &i'ia &esce &escen&e n&err &os &os Coet"a Coet"ann &a Bretan Bretan#a #a%% +eposteiro-"or e pae" &e lan,a era" os atributos &e Pe&ro Doss)" !ue E"a &eclara(a co" o seu riso !ue ro&ea(a &e &espre'o o "un&o e o senti"ento "ais ínti"o &as pessoas% Era por isto !ue Carlos nunca conseguira >a'er &ela u"a cI"plice no casa"ento% E"a pre>eria ser >alsa a"ante a ser esposa% Era "ais salutar e "ais con>or"e a e(olu,ão &o c:"icoX en!uanto ser a sen#ora &o &outor l#e parecia &u"a in>inita insipi&e'% Le"bra(a-se &a pri"eira (e' !ue saíra so'in#a e >ora to"ar o co"boio H +)gua0 le(an&o at) ao cais arina co"o aia !ue ser(ia a sua "u&e' e cegueiraX por!ue E"a tin#a os ol#os >ec#a&os e a língua tra(a&a0 tu&o l#e parecia e$istir co"o prete$to &a sua passi(i&a&e% Z Eu (i Z &isse arina0 e os ol#os a'uis cobalto bril#ara" co" o bril#o obtuso !ue l#e era pr:prio% Z Eu (i e"barcar a nora &a Con&essa0 u"a tar&e co"o esta% E le"bro-"e s: &a lu(a enruga&a no pun#o pousa&a na anela &a carruage"% Eu senti !ue era capa' &e "orrer por a!uela lu(a% At) "e apeteceu c#orar% 376 E"a pensou !ue a >r*gil casca #u"ana #u"ana estala >acil"ente >acil"ente co" o e>eito e>eito &u"a coisa !ue triun>a &o i"agin*rio0 co"o u"a lu(a !ue a&ere H peleX parecen&o a pele e não sen&o0 co"o u" te$to parecen&o a (i&a (i&a e não sen&o sen&o ela% Z Não te es!ue,as &e te"perar a carne Z &isse0 a "eia-(o'% .icou &e p) atr*s &a portin#ola0 a (er a >igura &e arina a &i"inuir e a re&u'ir-se a u" ponto na gare &a esta,ão% A con&essa0 !ue era neta &a Sen#ora0 casara na região &as Lan&es co" u" >i&algo en&i(i&a&o0 tra'en&o co" ela a sogra0 e$e"plo acaba&o &e brasão &e ar"as gota&o &e sangue a'ul% As ellos tin#a"-l#e a rai(a be" pareci&a !ue ) tesouro &e in(eas be" (istas% As ellos recebia" E"a H "eren&a e apoiara" o casa"ento &ela co" Carlos Pai(a0 YE"bora ele não ten#a a sua lin#age"Y Z &i'ia"0 se&entas &e &i>erencia,ão% Entre elas e o "un&o paira(a" ti"bres co" >lor-&e-lis e torres e leMes &e escu&o% Era" "uito Ypa>InciasY0 co"o l#es c#a"a(a o la(ra&or Car&eano0 "as castelonas &e boas contas e interessantes co"o >iguras entre clericais e #ereges% Não per&oa(a" ao Papa o aggiorna"ento ne"







































#a(ia u" abis"oX ou0 pelo "enos0 u" espa,o (a'io% O a&ult)rio era ain&a u"a >or"a &e se situar no ca"po positi(o !ue as "ul#eres aceita" co"o u"a acti(i&a&e "enos irris:ria &as suas (i&as% as co" E"a Pai(a isso * não basta(a% Subira &e"asia&o na escala &as suas i"agina,Mes e era &i>ícil ser(ir na "ol&ura &a o(e" E"a &o +o"esal0 !uan&o os &eseos >ictícios l#e basta(a"% 379 Depois ac#ou-se apo&era&a pela (onta&e &e a"ar0 !uan&o o baile l#e &escobriu u" #ori'onte &eslu"branteX te(e a necessi&a&e &u" senti"ento !ue era o apelo para algo &e &istante e nobre0 sen&o-l#e in&i>erente po&er obter isso% YEu !ueria ser igual a algu)" !ue eu >or,a(a a a"ar0 &ese"pen#an&o o papel &esse algu)"Y Z &isse a Lu"iares !ue0 co"o outras (e'es0 sentiu in(ea &essa aspira,ão &e "ul#er0 "ul#er0 !ue a ele(a(a aci"a &a >raca i&eia !ue tin#a &ela% Ne" po&ia ser &outra "aneira% Não #* na&a &e espln&i&o senão na suei,ão &e algu)"0 e os ogos &o i"agin*rio &epen&e" &essa in>iltra,ão &a personali&a&e aci"a &a cria,ão% +esta a "ul#er0 "ul#er0 pro&u'i&a &epois &o #o"e" e portanto singular nos (estígios &essa apari,ão subalterna% Apesar &o seu &espren&i"ento (a&io0 E"a esta(a liga&a a Carlos pela #abituali&a&e &o casa"ento% ?uan&o (olta(a &o VesI(io0 &epois &e o trair0 E"a sentia ciI"es &o "ari&o% A >acili&a&e co" ele supo suport rta( a(aa to&a to&a a "at) "at)ri riaa &o a&ul a&ult) t)ri rio0 o0 recu recusa san& n&oo-se se a cons consi& i&er er**-lo lo u"a u"a pra$ pra$ee &o pr:p pr:prio rio "atri" "atri":ni :nio0 o0 inco"o inco"o-&a -&a(a (a-a% -a% Não encon encontra tran&o n&o Carlos Carlos e" casa0 casa0 co"o co"o se ele >osse >osse a "ul#er "ul#er &esor&ena&a nos seus &e(eres0 irrita(a-se e >a'ia u"a cena (iolenta% lti"a"ente0 o casa"ento esta(a >un&a&o nesse &iscurso secreto &as suas rela,Mes e" !ue o se$o to"a(a >oros &e pura >ic,ão% * não &or"ia" untos0 "as #a(ia neles u"a e$pectati(a "ais ar&ente &o !ue se >osse" u" casal tra&icional% Sobretu&o E"a não >ala(a &isso% Sentir-se-ia &esonra&a se a&"itisse ter ciI"es &e Carlos% E não era" senão ciI"es0 ou u"a in(ea alucinante por !ual!uer pri(il)gio !ue não !ueria encarar0 encarar0 co"o0 por e$e"plo0 o apre,o !ue aria Se"blano tin#a por ele% Apre,o por a!uele #o"e" "e&íocre0 unto &o !ual ela não conseguia &espertar &a sua soli&ão% Z Não sei o !ue >a'e" untos0 "as ac#o !ue #* !ual!uer coisa &e ri&ículo nas alegrias intelectuais Z &i'ia E"a% Ela pun#a &e parte parte os seus col:!uios col:!uios co" Lu"iares0 !ue era" era" li,Mes en>a&on#as en>a&on#as e Hs !uais ela não presta(a nen#u"a aten,ão% Não &ei$a(a &e a&"irar a orgul#osa resigna,ão &o "ari&o0 e e$aspera(a-se por!ue ele não parecia "olesta&oX ne" se!uer con(enci&o &o !ue to&a a gente sabia0 !ue E"a o engana(a% engana(a% 372 Era "ais &o !ue "eter-se na ca"a co" outro5 era >a'er &o casa"ento u"a paisage" e" !ue ela se "ateriali'a(a co"o as nin>as0 "as a !ue não &a(a outra signi>ica,ão senão a &e paisage"0 no senti&o "ais >rio e "ais ausente% E"a >ica(a &escon#eci&a0 re(ela&a co"o u"a película !ue se "ergul#a na *gua0 o "ist)rio &o se$o pressiona&o pela opera,ão >otogr*>ica0 "as !ue >ica o !ue )5 u"a so"a &e >un,Mes caricatas0 por!ue to&o o "o(i"ento ) caricato% E0 possi(el"ente0 a terra não se "o(e0 por essa ra'ão &i'ia Pe&ro Lu"iares% At) H "orte #a(ia !ue constar esse estilo &e (i&a0 o conugal0 insu>iciente"ente elabora&o e ta"b)" se"pre a&ia&o para "el#or oportuni&a&e &e solu,ão% Carlos não !ueria &escobrir "ais na&a &o !ue l#e era consenti&o por u"a reali&a&e con(encionalX e E"a não se &ei$aria li"itar pelo !uase-encontro &os se$os% Pre>eria" a"bos u" i"agin*rio !ue se po&e "ateriali'ar atra()s &u"a co")&ia se" !ual!uer inten,ão &e respon&er aos seus e$ercícios &a (er&a&e e"presta&a% Era u"a







































Z Não0 nunca "e separo &as "ul#eres co" !ue "e casoX ) co"o &eitar H rua as alegrias &a i"pure'a% 3;4 CAPUTLO J  CENT+O DE ESA PA+A +OS O "ais pro(*(el &a #ist:ria &as pessoas ) &a&o pelo !ue (ai anuncian&o a sua pobre'a essencial% Se" essa pobre'a0 &e causas e e>eitos0 a (i&a #u"ana seria "uito "ais &olorosa% To"e"os co"o e$e"plo Da(i&0 o !ue >oi rei aos trinta anos &o po(o &e srael e0 no cI"ulo &o seu triun>o0 se co"portou co"o u" bailarino (ulgar0 "ani>estan&o pobre'a &e espírito% Ele con#ecia a ar"a&il#a &o po&er0 !ue ) >ec#ar o círculo &os e>eitos e" (olta &a in>or"a,ão in&i'í(el &o #o"e"5 se a sua pe!uene' não >ica inc:lu"e e se ele não a preser(a &a transcen&ncia0 acontece !ue a >ragili&a&e #u"ana se &eco"pMe e surge a &epressão0 tão antiga co"o a (i&a "ental na terra% Aconteceu co" Saul essa plenitu&e &e signi>ica,ão0 e ele >oi u" rei não s: escol#i&o entre a "ulti&ão0 por possuir a estatura "ais ele(a&a0 "as ta"b)" co"o a!uele !ue se &e(ia "anter aci"a &ela e" to&os os senti&os% Não se protegeu co" a pobre'a &e "eios #u"anos% Da(i& te(e "uitas (e'es !ue &issipar-l#e a triste'a tocan&o #arpa aos seus p)s% Não era a "Isica o !ue o acal"a(a0 "as a pe!uene' &e Da(i&0 capa' &e con>iar nos pra'eres reais &este "un&o% A sabe&oria0 se"pre prestes a e(aporar-se por!ue a sabe&oria ) u"a &esigna,ão &o &eseo0 s: po&e "anter-se intacta pelo seu la&o inarticul*(el inarticul*(el Z a pobre'a &e espírito% Da(i&0 ao "ateriali'ar "ateriali'ar o i"agin*rio0 suce&en&o suce&en&o a Saul0 não aban&onou o pastor &e p)s ligeiros capa'es &e trocar as (oltas aos seus negros &eseos% 3;1 E ne" se"pre0 co"o &epois se pro(ou% " &ia0 E"a te(e ocasião &e entrar na casa on&e #* (inte anos se &era o baile !ue tanto a i"pressionara e !ue "u&ou o ru"o &a sua (i&a% Pareceu-l#e o salão "ais pe!ueno% As t*buas &o soal#o rangia" e os reposteiros tin#a" "anc#as a"arela&as% Via-se a "esa &a copa !ue ela surpreen&era carrega&a &e &o,aria e arras &e su"os5 a larana0 &a p*li&a espu"aX a grosel#a0 co"o sangue >raco acaba&o &e correr &as (eias% A!uilo !ue tanto a co"o(era0 no silncio &a tar&e a'ula&a pelo ne(oeiro0 >-la gelar &e receio e$traor&in*rio% Z Se eu soubesse soubesse !ue as coisas era" assi"0 assi"0 não tin#a ro"pi&o ro"pi&o co" a "in#a (i&a (i&a &ecente% Le"brou-se &as "ul#eres senta&as contra a pare&e0 seguran&o as bolsin#as e" ci"a &os oel#os e ol#an&o o (a'io co" o seu al(ar orgul#o !ue ne" &e le(e a nota(a0 apesar &a bele'a "agní>ica &e E"a% Elas não a recon#ecia"0 não l#e &a(a" se!uer o lugar &os cria&os &e libr) preta e !ue ela >a'ia por não con>un&ir co" os con(i&a&os% Apenas não "u&ara a i"pressão !uase &olorosa &o bra,o &e Os:rio na sua cinta0 !uan&o !uan&o ela trope,ou no tapete% tapete% .ora u"a grati&ão grati&ão estran#a !ue tra,ara tra,ara no cora,ão &e E"a o arabesco &o a"or% Procurou co" os ol#os o tapete e" !ue os p)s e o (esti&o cor &e a,a>rão se enrolara"0 e (iu-o0 "eio &obra&o0 u"a ponta le(anta&a co"o para o retirar &os pingos &e c#u(a c#u(a !ue as tel#as tel#as &ei$a(a" entrar% entrar% Z Os tel#a&os estão estão u"a &esgra,a% &esgra,a% Sabe !uanto !uanto &in#eiro ) preciso preciso para co"por co"por estes tel#a&os] A cria&a gra(e0 !ue en(el#ecera a abrir e >ec#ar as inI"eras anelas &a casa0 &eitou-l#e a "ão por!ue E"a ia cain&o% Ka(ia buracos no c#ão0 apro(eita&os para &eitar (enenos &os ratos% Se







































al"oe&a% E"a não (iu os can&elabros &e (er"eil co" cupi&os esculpi&os0 ne" as porcelanas a'uis !ue tanto a >ascinara" na sua >uga' passage"0 no baile% 3;3 Z ?ue" >ica co" a casa] Z perguntou% perguntou% Entre(ia a lu' &e u"a alco(a on&e0 na ca"a alta0 &eci>rou &eci>rou u" pra'er &e corpos0 #* "uito te"po ali enla,a&os% O coito &os ricos0 se" a in>W"ia &a &epen&ncia0 u" consu"o apenas &e parentesco0 &escre(ia-se nessa r*pi&a co"posi,ão &a ca"a coberta co" u"a colc#a branca% Z A casa0 não sei%  u" encargo "uito gran&e% S: os tel#a&os0 ) u"a >ortuna para sere" repara&os% A "ul#er (i(ia obseca&a co" a *gua !ue tin#a !ue aparar e" bacias e potes0 !ue a acor&a(a &e noite co" o seu estali&o &e c#icote% ostra(a-se o>en&i&a co" a in&i>eren,a &os a"os e o seu absentis"o0 !ue0 segun&o ela0 esta(a ei(a&o &e inten,Mes "alignas% Sabia !ue !ual!uer &ia l#e >a'ia" as contas e a pun#a" na rua% Era" sen#ores para isso% Z São sen#ores sen#ores para isso Z &isse0 &isse0 nu" &esaba>o% &esaba>o% E"a &eu-l#e algu" &in#eiro0 !ue ela >ingiu recusar &uas (e'es0 con>or"e o protocolo &a antiga ser(i&ão% * não usa(a o a(ental branco0 não usa(a "es"o a(ental nen#u"0 co"o pro(a &a sua e"ancipa,ãoX "as #a(ia no ol#ar &a "ul#er outra >or"a &e #u"il#a,ão0 !ue era a pro>ecia &e ser u"a u"a narr narra& a&or oraa apan apan#a #a&a &a na ar"a ar"a&i &il# l#aa &a ane& ane&ot otaa #u"a #u"ana na%% Pe&r Pe&roo Lu"ia Lu"iare ress &esp &espe& e&iu iu-a -a e>ecti(a"ente0 não por econo"ia0 "as por pu&or% Não !uis !ue ela presenciasse o &estino &as acas0 !ue >ora" (en&i&as para turis"o &e #abita,ão e se enc#era" &e gente abusa&ora !ue rouba(a plantas &o ar&i" e le(anta(a os pratos &a "esa para (eri>icar a "arca% Nesse n(erno0 o esta&o &e aria Se"blano piorou% Ela esta(a perto &os setenta anos0 o !ue era para E"a u"a >onte &e $tases "aliciosos% De te"pos a te"pos &ei$a(a perceber !ue não l#e resta(a senão escre(er os seus contos &a Ca(@rneira co"o >or"a &e re(olta ca"u>la&a% 3;8 Não pensa(a E"a !ue a "orte ) a "ais &e(orante &as pai$MesX e !ue !uan&o algu)" parece i"paciente co" a sua &eca&ncia0 est* a entrar e" pro>un&i&a&e na i&enti&a&e &a "orte% Pri(an&ose &os pra'eres &a (i&a não renuncia0 "as &escobre a Nature'a co"o resu"o &o ni(erso a !ue se entrega co"pleta"ente% aria Se"blano era u"a ri(al a recear "uito "ais &o !ue !uan&o0 "ul#er ain&a &ese*(el0 arrasta(a u"a pe!uena turba &e curiosos0 se acontecia e"barcar na esta,ão para o Porto% A sua )c#arpe sarapinta&a (oa(a >ora &a anela co"o u"a serpente ala&a !ue a seguia0 la"ben&o-l#e os cabelos rui(os% E"a percebia !ue o "ari&o >ica(a "u&o co" as suas pe!uenas alusMes satWnicasX isto irrita(a-a ain&a "ais% YNunca apren&oY Z pensa(a ela% Pois sabia !ue o &es&)" "ani>esta&o por algu)" ) u"a >or"a &e a sobresti"ar% sobresti"ar% K* "uito te"po !ue não (ia aria Se"blano e nunca l#e per&oara o papel !ue ti(era no casa"ento &e Lolota% Não !ue >osse u" casa"ento >al#a&o0 "as por!ue isso ligara "ais Carlos H Ca(erneira Ca(erneira%% As "ul#eres "ul#eres a&Ilteras a&Ilteras t" u" la&o &e artista artista &o ressenti"ento ressenti"ento%% Para c#egar c#egar a esse i"perati(o &a liber&a&e se$ual0 ) preciso percorrer u" ca"in#o in&ispens*(el e" !ue se acu"ula o &espeito0 a "*goa0 &a organi'a,ão >a"iliar% Co" E"a0 as coisas Ytra'ia" *gua no bicoY0 &es&e os te"pos "ais >inos &a sua in>Wncia% YTra'er









































pra'er co" o &eseo !ue &esperta(a"0 ne" por isso to"a(a" a s)rio esse contrato &o a"or% Para elas0 a"ar e ser a"a&a era sobretu&o u"a co")&ia &ellhArte0 co" o seu Arle!ui" e Colo"bina !ue0 sen&o &oce"ente sinistra ao co"binar &ois #o"ens opostos ao ser(i,o &e u"a ilusão0 >ica >ora &e cena &urante to&a a representa,ão a ser inusta"ente a"a&a por a"bos% De to&os os "o&os0 Arle!ui" e Pierrot encontra"-se na pele &e u"a "ul#er e e$ecuta" (ariantes graciosas &os seus passos% 3;7 as ela não est* l*% Os pr:prios arti>ícios !ue l#e atribue"0 e &e !ue Polic#inelo se apropria0 por pura in(ea &a >e"inili&a&e0 não são a sua satis>a,ão "aior% "aior% Ela pressente !ue u"a "isoginia !ual!uer escoltaX !ue se trata &e a "arcar0 &e a tratar inusta"ente% E"a tin#a a i"pressão &e !ue o senti"ento "ais persistente a seu respeito era o &a inusti,a% Para c#egar a isso0 a&ula(a"-na e procura(a" &ei$*-la &espre(eni&a para0 &e repente0 atacar &e "aneira "ais cruel% A inusti,a parecia ser u" obecti(o obecti(o pro>un&o0 e a sua essncia essncia &i>ícil &e &escobrir% &escobrir% as en!uanto E"a esti(era na!uele (i(eiro &e "ul#eres0 na&a l#e po&ia acontecer0 ne" &e bo"0 ne" &e "au% A inusti,a não tin#a perspecti(a0 as rela,Mes não se &egra&a(a" por!ue o contrato &a inusti,a não se >a'ia% A Inica (e' e" !ue se sentiu a>lora&a pela inusti,a0 nu" col)gio &e rapari raparigas gas00 >oi isso isso possí( possí(el el por!ue por!ue u"a aparn aparncia cia sensí( sensí(el el &o "ascu "asculin linoo se "ani>e "ani>esto stou% u% A pro>essora &e caligra>ia0 co" os plos no !uei$o e uns ol#os !ue se &es(ia(a" &as alunas &e u"a "aneira peca"inosa0 acen&eu-se e" c:lera0 !uase por co"bustão espontWnea0 e aplicou-l#e >ortes regua&as nas pal"as &as "ãos% Z ?ue be" "e sabe\ Z &isse ela0 co"o se co"esse u" &oce0 u" Ypapo-&e-anoY ou u"a bolac#a &e #:stia% Z Escre(er anuel co" u" Y"Y pe!ueno ) u" erro i"per&o*(el% Z Eu não escre(i escre(i co" u" Y"Y pe!ueno% pe!ueno% .a,a >a(or >a(or &e reparar% reparar% Z +eparar] ?ue &esa>oro0 &esa>oro0 "in#a &iabin#a\ Z E &eu-l#e "ais "ais !uatro (alentes regua&as% regua&as% A inusti,a inusti,a sabia-l#e be" e &esperta(a o seu la&o cantante% A (o' trina(a0 os cabelos &o !uei$o (ibra(a"0 u" pra'er >a'ia-l#e palpitar as narinasX o !ue se passa(a por bai$o &a!uelas saias &e(ia parecer-se a tro(Mes e raios% A inusti,a pro&u'ia &eleites gloriosos0 e a pro>essora0 u"a (e' e$peri"entan&o essa po,ão gostosa0 ia !uerer "ais% E"a (oltou para o lugar% As "ãos ar&ia"-l#e co"o se esti(esse" "ergul#a&as e" *gua !uenteX parecia-l#e "es"o !ue tin#a" inc#a&o co"o u" gor&o sapo >u"a&or% >u"a&or% YEla não >ica por a!ui0 agora !ue "e ca,ouY0 pensou E"a% 3;; Con#ecia o pra'er &a inusti,a e co"o se &esen(ol(ia no corpo &as pessoasX co"o abria brec#as e gretas0 e le(anta(a os bei,os0 e arrepia(a a nuca0 e &ilata(a a (ul(a !ue se >a'ia > a'ia potente e "ac#a% S:







































Z Tu não percebes0 arina0 "in#a tansa% Apan#ara"-"e &e ponta e não "e (ão largar% largar% Sou co"o u" &iospiro be" "a&uro e rasga"-"e at) eu suar o &oce e o a'e&o% Z ?ue"] Z Ne" (ale a pena pena &i'er% &i'er% Z as !ue"] Ten#o !ue contar contar ao seu pai% Tratara"-na "al] "al] Z Não ten#o escapat:ria agora !ue c#eirara" o "e&o e (ira" as "in#as "ãos a escorrer *gua% N:s &estila"os *gua *gua !uan&o te"os te"os "e&o% Z ?ue >e' assi" &e tão "au0 "enina "enina E"a] Z Na&a% Ela pensou pensou !ue escre(i escre(i anuel co" Y"Y pe!ueno% pe!ueno% 3; Era" altas gra"*ticas para arina0 !ue s: se acobar&a(a !uan&o a "enina tin#a a!ueles lu"es &o col)gio interno0 !ue &urou pouco% E"a (oltou para casa co" &o'e anos e o pai &estinou-l#e u" pro>essor &e lati"0 e a reitora &o patronato >ala(a co" ela >rancs% Lera" &e parceria o +obinson Cruso)0 o !ue0 para progra"a0 era ins:lito% as E"a não &ei$ou &e to"ar ensino &esse curso0 sobretu&o &as aulas co" o aba&e0 #o"e" s)rio e !ue a "an&a(a recol#er atr*s &a porta0 !uan&o ela o &espe&ia re(erencial"ente% Z Não ) bo" !ue nos (ea" assi"% assi"% E"a não enten&ia0 "as0 (en&o-se no espel#o0 ri"an&o os an)is &o cabelo co" os ol#os pro>un&os0 ac#ou !ue não era bo" estar na "ol&ura &a porta0 !ue a >a'ia retrato &os &eseos% as gan#ou e"birra,ão ao aba&e e Hs &eclina,Mes &e lati"% Esta(a0 co"o se &i'ia0 u"a sen#ora0 e reina(a no "eio &as cria&as co"o u"a in>anta típica% Ne" >alta(a" os bobos H sua (olta0 o CWn&i&o e o Can&i&in#o0 !ue era" gente &e algo &ecaí&a% .a'ia" reca&os e0 Hs (e'es0 ia" para La"ego0 co"er o ranc#o &o !uartelX não por!ue ti(esse" >o"e0 "as por!ue era gosto libi&inoso ser pasto &as c#ala,as &os recrutas% Z Não tens "ul#er0 "ul#er0 Can&i&in#o] Can&i&in#o] Z Te" Te" &entes0 te" &entes% &entes% ?ueria &i'er !ue era &espesa o casar e não po&ia sustentar a"iga% CWn&i&o era "ais regular no uí'o0 s: cala&o co"o u" "oc#o nu" a"ieiro% Pe!uenos a"bos0 &e bon) ou c#ap)u roto0 o po(o a"a(a-os co" singular a>ei,ão0 !ue ) a !ue se &* aos "al-a(ia&os0 &e !ue to&os se culpa" u" pouco% E"a &isse5 &isse5 Z E o Can&i&in#o] Can&i&in#o] Z orreu * #* "uito te"po% te"po% Te(e Te(e u" enterro co"o co"o s: (isto% Z Ele] Z Ele "es"o% Vesti&o Vesti&o co"o u" lor&e e passea&o nu"a carreta co" >rana &oura&a% Parecia u" santin#o0 branco co"o a cal e "i"oso% Tão "i"oso\







































soberba !uanto ao e>eito &a sua ra,a0 !ue era gananciosa &e trabal#o% Trabal#a(a Trabal#a(a >ero'"ente0 co"o outros >a'e" guerra e nela abre" trinc#eiras e pratica" escala&as% +itin#a era u" >en:"eno &e bal&e e sabão sabão a"areloX !ue &epois &epois acabou0 !uan&o !uan&o os soal#os soal#os se a>ogara" a>ogara" co" alcati>as% E"a &isse5 Z Nunca (i ningu)" tão es>rega&ora e capric#a&a% Deitou-se para tr*s no ca&eirão0 on&e o pai "orrera e !ue tin#a u"a capa &e lin#o re"en&a&a0 sobre o couro surra&o% +itin#a nunca l#e &era !ue pensar0 ne" na&a% as agora re"o(ia os blo!ueios &a "e":ria para tra'er as al"as aci"a &as labare&as0 >a'en&o-as &espontar nuas e inocentes &o seu "ar &e línguas rubras% Pensou !ue nunca sal(a"os os outros &as c#a"as e" !ue ar&e" e !ue não parece" sul>urosas "as !ue o são% +itin#a0 caganita &e rato &e antiga estirpe0 polia na pe&ra &o la(a&ouro os encar&i&os sacos &a bagaX co"o se la(asse a ban&eira &as cinco !uinas e ao l*baro cristão restituísse a cor e a >or"osura% Assi" "es"o% Co" igual cata&ura &e con&est*(el0 Wni"o &e porta-ban&eira0 senti"ento &e agna-Carta% E0 no entanto0 !ue" a&i(in#a(a essa proe'a lin&a] ?ue" beia(a os cotos &a sua ín>i"a nobre'a e l#e le(anta(a &a testa a >arripa aureola&a &e espu"a] 3;9 ?ue" a&"ira(a a >i&eli&a&e ao segre&o &a roupa sua0 co"o se >osse conura&a0 "a,:nica0 c#a"a0 &on'ela &e Orl)ans e .*ti"a] Ela sabia &e corri"entos0 lai(os &e sangue0 prenIncios &e "* casti&a&e0 &oen,as !ue o (entre e$u&a0 leite &e entran#a &olorosa0 "ensage" &e #u"or castiga&o0 borra &e >íga&o "orto e &o cora,ão con>isca&o ao te"po% A sua nu&e' não era i"pe&i"ento &e re(ela,MesX "as +itin#a (enera(a o seu o>ício0 celebrante !ue era &as (i&as !ue e$pira" e solu,a"% As "ãos (er"el#as acaricia(a" a se&a &as pe,as ínti"as &as "ul#eres &a alta0 &as "ul#eres &e co"erciantes0 sur&as H inteire'a &a posi,ão e !ue c#a"a(a"0 entre as seis e as sete &a tar&e0 os cai$eiros bonitos0 co"o o Beto &a esca&a0 !ue tin#a ol#os &e s#ei no(o0 ol#os &e ouri,o (er&e !uan&o caía &os castan#eiros% ?uan&o Nelson se apeou &o seu erce&es branco0 tra'en&o na "ão u" c#ap)u &e pana"*0 seguran&o-o co" respeitosa "aneira0 co"o u" cria&o0 E"a &isse para si !ue0 se" o a"or0 ele não seria na&a% Via-se !ue0 ao apro$i"ar-se &a porta &a sala0 ele retin#a as l*gri"as a "uito custo% Voltara &o Brasil0 on&e se re>ugiara &urante a )poca "ais turbulenta &a re(olu,ão0 e e" !ue a sua >*brica &e >ia,ão >ora ocupa&a pelos trabal#a&ores% A "ul#er não o aco"pan#ara% Era u"a insípi&a sen#ora0 co" ar &e go(ernanta &e pa&re0 e !ue l#e criara os >il#os &o pri"eiro casa"ento co" u"a co"petncia pro>issionalX pro>essora pri"*ria0 nunca aban&onara o i&eal &essa cru'a&a !ue era0 no &i'er &ela0 Yabrir as intelignciasY% Parecia algo co"o u"a trepana,ão opera&a nas cabe,as no&osas &as crian,as &e escola% Tu&o isto a"ac#ucara Nelson0 !ue era sobretu&o o a"ante latino &e EntreDouro-e-in#o% el#or situa&o não po&ia estar0 co" a in>Wncia &e se"in*rio e a "ão coberta &e e!ui"oses >eitas por u" "ari&o bba&o e abati&o pelas se(ícias &ela0 raposa !ue não a!uecia o







































Z Não "e con#ecia se "e (isse na rua Z &isse0 co" u"a poli&e' triste% as tenta(a &esa>iar nela u" lou(or H antiga bele'a0 no !ue não >oi be" suce&i&o% E"a não esta(a a pensar e" ilu&i-lo% Z Eu ta"b)" estou estou "u&a&a% Na sala &o +o"esal 'u"bia" as "oscas0 e os estores "anc#a&os &e carunc#o coa(a" a lu' (iolenta% Era o Verão0 Verão0 e" Agosto% Ou(ia-se o >io &e *gua arrul#ar co"o u" po"bo0 ao cair e abrir-se na escuri&ão &a "ina% E"a encontra(a-se ali não sabia !ue pela Ilti"a (e'% Car&eano "orrera e era preciso p[r cobro Hs &espe'as !ue a casa acarreta(a% Ele tin#a u"a a"iga !ue E"a &espe&iu0 não se" constrangi"ento0 por!ue ela >ora0 a>inal0 u"a Nig#tingale pobre0 aloa&a no !uarto &as castan#as% Deu-l#e alguns ":(eis e roupas &e ca"a0 o !ue a enc#eu &e grati&ão% Depois &isse !ue >ora rouba&a e !ue Car&eano l#e pro"etera u"a (in#a e0 não se sabe por!u0 o banco &e carpinteiro !ue esta(a ao aban&ono &ebai$o &o tel#eiro0 >rente H co'in#a% Z Para !ue !uer ela o banco &e carpinteiro] Z &isse E"a% Gira(a pela sala0 para(a para >ol#ear as (el#as (el#as re(istas re(istas !ue * esta(a" esta(a" l* no te"po e" !ue se usa(a" usa(a" plu"as &e galo no c#ap)us% c#ap)us% No te"po &a "ãe0 possi(el"ente% Deu0 por u "o"ento0 aten,ão a Nelson e "an&ou ser(ir (in#o >ino% Z Não bebo% Z Ele parecia en(ergon#a&o a &i'er isto0 le"bran&o-se &as tre"en&as bebe&eiras &o pai0 !ue entra(a e" casa co"o co"o u" touro e partia a loi,a to&a% abília >a'ia-l#e >a'ia-l#e >rente% 34 Gran&e e &elga&a0 o len,o ata&o nos !uei$os0 as "ãos co"pri&as e "uito sar&entas0 ela parecia >ig)nia !ue escapasse a ser sacri>ica&a e en(el#ecesse nu" anoni"ato &espre'í(el% Z A tua "ãe ain&a ) (i(a] E"en&ou0 balbucian&o0 a!uele tu !ue o re"etia ao passa&o subalterno e !ue era sobretu&o &ireito &e Car&eano H sua "esna&a &e trabal#a&ores &a (in#a e &e #ortelMes% Nelson pertencera ao nI"ero &os >a'-tu&o0 !ue se c#ega" s: aos o>ícios li"pos e acaba" por an&ar Y&e costas &ireitasY a ser(ir "o,as co" !ue" contrata" a"ores a(ulsos e riscos &e pren#e'% A "ãe &e Nelson tin#a "orri&o% E"a não se &eu por enten&i&a0 por!ue a "orte ) u"a (oca,ão priorit*ria e ) "el#or não inter(ir &e"asia&o% Sentiu &e sIbito a respira,ão !uente &o #o"e" no seu o"bro e0 "a!uinal"ente0 le(antou a gola0 co"o se &e >rio se tratasse% Ele a>astou-se rapi&a"enteX e (eio0 aci"a &a sua nost*lgica re>erncia ao senti"ento * per&i&o0 u"a ira (agabun&a !ue E"a con#ecia% Os #o"ens se"pre a sau&a(a" co"o co" u" grito &e guerra0 u"a (e' &issipa&o o pacto &o &eseo% A ela agra&ou-l#e ser recon#eci&a co"o ini"iga% Z Não se (* e"bora% Não (olta"os "ais a estar a!ui0 eu e (oc% Z Subita"ente (eio-l#e H "e":ria u"a >rase teatral &e &ois cruci>ica&os0 co"pan#eiros &e co"bate5 YLe"bras-te &os leMes &e egara]Y% Não era pr:prio &i'-la0 "as >icou satis>eita por l#e ter ocorri&o% Nelson cur(ou-se para l#e agra&ecer% agra&ecer% Não sabia o !u0 "as era se"pre elegante agra&ecer0 agra&ecer0 co"o u" actor0 actor0 "es"o &iante &a plateia (a'ia% Ol#ou para E"a e ac#ou-a belaX inco"o&ou-o a!uela bele'a !ue &eita(a por







































ter u" cora,ão ain&a cati(o &e tanta bele'a% Disse algu"as pala(ras ocas0 e saiu &o +o"esal para se"pre% Z Pareceu-"e "ais pe!ueno Z co"entou E"a0 e" casa0 ao antar% antar% Carlos riu-se0 co"o se"pre >a'ia !uan&o u" ri(al entra(a no tI"ulo0 e ele >ica(a >ora a >a'er pe!uenos boc#ec#os &e aguar&ente% O !ue E"a ac#a(a in&ecente% +itin#a &isse0 co" gestos rasga&os0 !ue ac#ara Nelson bai$in#o% +iu-se co" o seu ar triun>al e !ue anuncia(a u"a sabe&oria &e alco(a0 u" gran&e bre(i*rio &e pai$Mes e ritos% Ela con#ecia os abortos "ais preca(i&os0 !ue &ei$a(a" nas "ul#eres u"a anore$ia0 u" recurso ao i"agin*rio &a in>Wncia0 protegi&a sob o ugo paterno cua "oral repousa(a na i"portWncia &o &in#eiro e &o ren&i"ento% A >il#a ren&ia en!uanto era engen&ra&a na sensibili&a&e &o")stica0 no espírito &o casal !ue0 "es"o se" conugali&a&e0 representa(a u"a or&e" >un&a"ental e" !ue a socie&a&e0 "es"o co" crises0 se ra&ica% as E"a não pertencera a esse nI"eroX era * u" e$e"plar &ese"bara,a&o &a austeri&a&e pri"iti(a e !ue &e&ica(a ao sup)r>luo u"a parte &a >ortunaX e !ue >a'ia &o gosto u" patri":nio% E"a não >ora propria"ente e&uca&aX "as a sIbita ilustra,ão por inter")&io &os gran&es par(enus0 co"o Pe&ro Lu"iares0 &ei$a(a-l#e u"a "arge" &e abuso !ue se parecia H liber&a&e% Lia "uito0 "as não l#e ser(ia senão para se co"parar a esses artistas !ue pro&u'ia" u"a obra !ue tin#a in>luncia nos outros0 &ei$an&o-os a eles pr:prios i"passí(eis% Era isso !ue ela in(ea(a aci"a &e tu&o5 o &o" &a i"passibili&a&e% "ita(a-o0 o !ue l#e &a(a u" encanto &e in)rcia interior0 co"o acontece co" as "ul#eres proecta&as no a"biente H sua (olta0 sobretu&o se esse a"biente ) &esa>oga&o e at) lu$uoso% O no"e &e Y&i(inasY0 &as (a"ps &os anos trinta0 pro(in#a &essa >ragili&a&e !ue se consu"a na i"ita,ão% 33 Não seria" na&a se não >osse a apren&i'age" &o gosto e o co"pro"isso co" os arranos !ue o re(ela"% Escol#er u" (esti&o0 retocar o rosto * por si encanta&or0 ocupa a essncia &a "ul#er e conuga-se co" o puritanis"o &a gran&e cortesã !ue se &ei$a recon#ecer na ca"a "as !ue se isola no uni(erso0 por(entura u" uni(erso on&e o &eseo não consta% Pe&ro Lu"iares0 e" certas #oras crepusculares !uan&o conte"pla(a E"a "eio &eita&a no so>*0 u"a perna &obra&a e o p) &a outra no ar0 co"o u" pe!ueno ani"al !ue saltasse0 sentia-se "ergul#ar no cora,ão &e u"a (i&a >uga' "as genuína0 e" !ue os &eseos não se con&u'ia" co"o tal% Não tin#a" te"po &e nascerX a Bele'a pun#a-os H &istWncia% Por isso0 !uan&o Carlos Pai(a insinua(a !ue E"a era >rígi&a e at) u" tanto an&r:gina era" con>issMes &estas0 no auge &a #u"il#a,ão0 !ue ele se per"itia ter co" aria Se"blano0 as pessoas acre&ita(a"% A per>ei,ão &e E"a parecia tão irreal co"o &e(ia ser0 e constata(a"0 co" &espre'o "al &is>ar,a&o0 os es>or,os &ela para pro(ar a sua >e"inili&a&e% as o papel &e "ul#er &e casa não era o seu >orte0 ne" ela parecia interessa&a e" represent*-lo%









































E essa i"ita,ão lisonea(a os con(i(asX não sen&o u"a trai,ão Hs suas e$pectati(as0 na (er&a&e pouco in(enti(as in(enti(as e originais0 E"a agra&a(a-l#es% agra&a(a-l#es% To&a(ia0 era para a cria&a0 Branca0 !ue os &eseos &eles se &irigia"% Seguia"-na co" os ol#os0 aprecia(a"-l#e o cabelo crespo na nuca0 os ol#os longos0 &e u" a'ul &e sa>ira% Entreol#a(a"-se rapi&a"ente entre eles0 ten&o a (aga percep,ão &e !ue esta(a" a colaborar nu"a orgia0 trocan&o sinal &e co"parncia nalgu" lugar propício on&e pu&esse" >ornicar co" Branca% ?uan&o saía"0 * não se le"bra(a" &isso% E recebia" nos o"bros os sobretu&os tra'i&os pela solícita ca"areira0 regatean&o "ental"ente a goreta e &i'en&o para si !ue isso não se usa(a "ais% Ela0 #u"il&e"ente0 >ica(a H porta0 at) !ue os (ia entrar nos carros e0 co" o cigarro "or&i&o ao canto &a boca torci&a0 procurar a c#a(e &a igni,ão% E"a &isse5 Z Não era eu !ue !ue entra(a na!uela na!uela gela&eira% Z as te" a!ueci"ento0 ou não te"] Z Branca recol#ia os guar&anapos0 guar&anapos0 calculan&o !uantos tin#a" >ica&o intactos e l#e poupa(a" o trabal#o &e os la(ar% Esta(a "orta &e sono0 e ain&a tin#a >or,as para se orgul#ar &os a"os0 !ue recebia"X u" "un&o &e no(as e"o,Mes era nela u"a al(ora&a !ue &ei$a(a para saborear no outro &ia% Agora * não &a(a" antares% Ne" E"a0 ne" ningu)"% uita gente aban&onara as casas0 a (i&a tornara-se insustent*(el0 a co"i&a e o trabal#o &o")stico encarecia" "uito% * não #a(ia >)rias e (in&i"as e pe&antes reuniMes nas !uintas0 !ue era" proprie&a&e &e "ultinacionais% Ou0 então0 go'a(a go' a(a" " &o regi"e regi"e &e >un&a >un&a,Me ,Mess cultur culturais ais00 ou si"ple si"ples"e s"ente nte se integr integra( a(a" a" no turis" turis"oo &e #abita,ão% es"o o VesI(io esta(a e" riscos &e ir parar a esse tipo &e negocia,Mes0 e o "or&o"o Caires propusera >a'er &ele u" co"ple$o &e la'eres co" pesca &esporti(a e ogos n*uticos% Não sabia na&a &essas e"presas0 "as tin#a algu" &in#eiro &e parte e atingira as trs >ases &o t)&io !ue ) roubar se" perigo0 co"er se" >o"e e en(el#ecer se" e$perincia% 37 ^ parte o &eseo por E"a0 !ue to"ara >oros &e obsessão H "e&i&a !ue * não l#e parecia u"a &esgra,a0 "as u"a &istrac,ão0 o "or&o"o Caires não tin#a corage" senão para e$plorar os outros%







































Por!ue Carlos tanto se (ia a"ea,a&o pelo &eseo &as "ul#eres co"o &os #o"ensX e ac#a(a neles instintos &e "oscas carniceiras0 capa'es &e >a'er &e E"a pasto &e i"un&os apetites% Carlos liga(ase ansiosa"ente a to&os0 pe&in&o-l#es socorro para não sere" cI"plices &e E"a na trai,ão !ue ela prepara(a% Por!ue0 para ele0 E"a não pensa(a senão e" &es(iar os #o"ens0 casa&os e solteiros0 &o bo" ca"in#oX e eles era"0 e" Ilti"a an*lise0 (íti"as &a sua se&u,ão0 e bons rapa'es !ue ela ia es!uecen&o0 es!uecen&o0 substituin&o-os co" u" in>antil satanis"o%  claro !ue E"a não correspon&ia a esse retrato0 e as suas aspira,Mes se$uais era" "uito "ais "o&estas% .artara-se &o seu in>erno !ue era ser "at)ria &eliciosa e pri(a&a &e al"aX e &e&icara-se a >a'er opera,Mes na Bolsa0 co" algu" $ito e algu"as &ecep,Mes% Ela sabia !ue nunca conseguiria c#egar H >elici&a&e (ulgar e !ue !ual!uer outra l#e era inter&ita por!ue não tin#a su>iciente &eseo para a obter% Os seus (ícios tin#a"-se posto &e acor&o0 não para a per&er0 "as para &esacre&itar as (irtu&es% Era tão rica &e i"pro(isos0 r)plicas0 saí&as espirituosas e cortantes !ue0 se ti(esse" u" obecti(o &estrui&or0 o "un&o >ica(a H "erc &esse pan&e":nio a"oral% as não passa(a &e >ogo &e arti>ício0 e$plo&in&o e" lu'es se" i"portWncia% O !ue "el#or a &e>inia era u"a gela&a l:gica !ue nega(a os >ins e os princípios &a ra,a #u"ana% A tenta,ão esbarra(a aí0 co" algo &e cruel0 contraí&o na pr*tica &u"a >or"a &e ascese in(etera&a% A >acul&a&e &e sentir esta(a "uito al)" &a sua (i&a orgWnica% Sentir0 co"o percep,ão intelectual e não co"o apetite &as coisas% Dirão os leitores !ue u"a "ul#er co"o E"a não e$iste%Eu &irei !ue si"% A "ul#er0 "ul#er0 aos cinco anos0 percebe o !ue #* &e e$asperante e triste na (i&a0 e" to&os os &etal#es% E E"a0 especial"ente a(isa a(isa&a &a ao (er pelo pelo ralo ralo &o con>e con>essi ssion* on*rio rio a "ãe "ãe &e>unt &e>unta0 a0 >oi para para se"pre se"pre00 e plena" plena"ent ente0 e0 i"pregna&a &e u"a a"argura #orrí(el% Co"o algu)" !ue sabia estar cu"ula&a &e ri!ue'as e as ( per&i&as% Na&a "ais a"aX &esea apenas0 "as ) tu&o parte &a "e":ria e não >actor &a concupiscncia% 3







































Carlos Carlos não p[&e ignorar a ser(i&ão ser(i&ão !ue aria l#e i"pusera i"pusera co" a ri!ue'a ri!ue'a !ue0 a>inal0 a>inal0 partil#a(a partil#a(a escassa"ente% as o >ascínio &o po&er "antin#a e" reser(a&a alian,a os !ue se apro$i"a(a" por a&ula,ão e te"orX os sinais i"perceptí(eis &a cu"plici&a&e esta(a" e" tu&o !ue ela toca(a% 36 A >ortuna era u"a esp)cie &e "agistra&o !ue0 se" preten&er punir0 &escobre na al"a &os outros o "ereci"ento &a puni,ão% Por!ue a atura(a co" >i&eli&a&e inalter*(el0 #* tantos anos]  certo !ue a +e(olu,ão &era H "oral burguesa0 !ue aria per>il#a(a0 u"a sacu&i&ela "uito >orte% as seria "es"o u"a "oral o !ue aria tin#a co"o regra &e (i&a] Ela recusa(a aos outros o &ireito &e castigar ou &e pre"iarX assi" >i'era co" o "ari&o0 "anten&o-o na sua casa &e pra'eres ao >un&o &o ar&i" e obrigan&o-o a usar &a sua autori'a,ão para go'ar co" as "ul#eres !ue0 ta"b)" ela0 l#e escol#ia% Não as Y&o "uro &a esta,ãoY0 "as "o,as li"pas e0 &e certo "o&o0 be" co"porta&as% YAui'a&asY0 por!ue se entrega(a" a u"a (i&a !ue era "uito &i>erente &a (i&a &esregra&a% Casa(a" co" pe!uenos >uncion*rios e s: "uito rara"ente Y&a(a" e" &rogaY% aria Se"blano orgul#a(a-se &isso% A +e(olu,ão abalara os princípios &a culpa e &a #onra co"o co"pro"isso social% Os o(ens e"pres*rios0 não se" a in&igna,ão po"posa &os >il#os->a"ília0 i"pun#a" agora u"a atitu&e "ais >ranca0 (isan&o o triun>o a to&o o custo% Era u"a esp)cie &e +enascen,a co" a carreira aberta aos )&icis &e to&os os pontos &a terra% A linguage" >e'-se solta e i"pertinenteX não por &espre'o para co" o to" be"-e&uca&o0 "as por u" gosto no(o &e acti(i&a&e sensualX a boa #ipocrisia &e antiga"ente >ica(a con>usa e não sabia co"o se "ani>estar% "ani>estar% E" geral0 era a co"unica,ão social !ue" to"a(a o parti&o &a "oral e &os seus con>or"is"os% Os escWn&alos >inanceiros gan#a(a" >oros &e persegui,ão contra o Yol#ar &e ci"aY &a no(a gera,ão% O "un&o "u&a(a% "u&a(a% O !ue E"a não suporta(a suporta(a e" Carlos Pai(a era o seu ro"antis"o ro"antis"o balo>o !ue encobria encobria a sau&a&e &o gran&e s)culo0 o s)culo &e'ano(e% Se pu&esse sair H rua &e cartola e lu(as brancas0 ele sentir-se-ia &e certa "aneira be" suce&i&o% Ele !ueria as "ul#eres tí"i&as0 contra>eitas nos seus saltos altos0 absur&as na sua bele'a e$posta% Aplau&ia (i(a"ente os concursos &as isses e o i"obilis"o !ue a "o&a assegura% E"a era-l#e antip*tica0 ain&a !ue a a"asse%







































Z Arrepiei-"e to&a Z &isse0 a Lu"iares% Na reali&a&e sentia u"a esp)cie &e orgul#o e" ter cru'a&o co" o assassino% Ele s: poupara u"a ir"ã "ais no(aX o resto >ora abati&o co"o o(el#as0 co" u"a "ac#a&a ou u"a >oice &e po&ar% To&a a gente se assustou0 e não se entregara" a "uitos co"ent*rios% Z Por!ue >e' a!uilo0 at) sei por!u Z &isse ela0 "a!uinal"ente% 32 Z A (onta&e &e "anc#ar a casa paterna est* e" n:s to&os%  u" &eseo colossal &e carregar co" u"a culpa !ue nos r:i &es&e crian,a% Z Pe&ro Lu"iares esta(a a le(antar o seu passa&o co" u"a arte u" tanto ir:nica% Não !ueria in!uietar E"a% A "ul#er0 co"o cI"plice &e Satan*s0 assusta-se >aci >acil" l"en ente te%% Senã Senão0 o0 ) (er (er co"o co"o As"o As"o&e &euu e LIci LIci>e >err se co"p co"por orta ta"0 "0 usan usan&o &o &e arti arti>íc >ício ios0 s0 nor"al"ente arti>ícios se$uais% Z Eu ) !ue sei sei Z &isse E"a% Z O !u] Z O aborreci"ento%  co"o se not*sse"os u" &e>eitoX co"o se >[sse"os u"a porcelana co" &e>eito0 co" u" espa,o e" branco no lugar on&e &e(ia estar u" >ilete contínuo0 &e ouro% Não po&e"os ir H "esa "esa &o rei% Por pouco0 pouco0 "as não po&e"os% po&e"os% Z sso ) ra'ão] Z Ele calou-se0 e &isse &epois5 Z Por!ue não] lti"a"ente0 E"a esta(a a parecer-l#e estran#a0 estran#a0 e ele não não a&"itia !ue ela ti(esse conscincia &e u"a "oral &espro(i&a &e >iloso>ia Z a !ue ele pro>essa(a% Z Sabes] Co"e,o a pensar !ue a (i&a não ) u" "ist)rio%  u" aborreci"ento "uito be" conser(a&o0 ) o !ue )% Lu"iares sentiu-se per&er o posto &e "arec#al !ue ocupa(a unto &a bela E"a% Bela] * não era0 ou ele (ia-a co" ol#os "ais perspica'es% "a bele'a !ue não se po&e utili'ar per&e o seu la&o >a(or*(el% Se pu&esse0 ele acentua(a-l#e as rugas e os tra,os "ais banais &o seu rostoX re(ela(a-l#e "el#or o aspecto anti-social% Z Sabes !ue tens u" pesco,o pesco,o "agro &e"ais] Não )s nen#u"a nen#u"a Ne>ertiti% Ne" Ne>ertiti era nen#u"a Ne>ertiti% A!uilo era u" "ol&e &e artista% O !ue ) acentua&o ) o sup)r>luo0 a reale'a% Não ) u" retrato0 "uito longe &isso%  u" enig"a% Por isso parece tão belo%







































?ue >alta(a a E"a para se l#es co"parar] O grau su>iciente &e i"ita,ão !ue >a' &a pessoa u" artista e não u" porta&or &e "*scaras% A "*scara ) a bai$a a"bi,ão &o i"ita&or% Lu"iares surp surpre reen en&i &iaa e" E"a E"a a!ue a!uele less tree treeit itos os !ue !ue ia" ia" ser ser a caus causaa &as &as suas suas ruga rugasX sX a!ue a!uele less gest gestos os e$tra(agantes !ue si"ula" pai$Mes (er&a&eiras% Era u" "ane!ui" &os seus pr:prios pra'eresX s: !ue ela sabia-se incapa' &a i"ita,ão subli"e !ue ) a"ar% Lu"iares &i'ia !ue E"a l#e parecia u" #o"e" !ue (alesse to&as as "ul#eres% sto e$plica(a o seu gosto a"bíguo e" t-la co"o a"igaX ela não o obriga(a a trair a reale'a (iril0 o !ue acontece !uan&o os #o"ens são re&u'i&os pela reputa,ão &a >e"inili&a&e% Não pelas "ul#eres0 "as pela reputa,ão !ue os #o"ens trans"ite" entre eles a tal respeito% 361 E"a >oi le(a&a a u" contrato estran#o co" u"a gente !ue0 &e repente0 se tornou in&ispens*(el para ela% Não se trata(a tr ata(a &e a"i'a&e% As pessoas bi'arras e$ercia" nela u"a atrac,ão especial% ul#eres "anti&as0 #o"osse$uais0 narcisos (agos !ue se entrega(a" H "isti>ica,ão0 entre a in&olncia e a gl:ria\ Ela era ben(in&a pela sua bele'a0 algo &e i"pro&uti(o0 !ue a bele'a &escobre e !ue não alin#a co" as responsabili&a&es >un&a"entais Z a procria,ão ou o trabal#o integra&o nu"a pro>issão% E"bora E"a ti(esse >il#os0 isso era-l#e &esconta&o co"o u"a &ebili&a&eX e o "ari&o0 parte &a sua #ist:ria pri(a&a co" &ireito aos erros &a u(entu&e% Se não ti(esse nasci&o &e pais tão "o&estos0 tão isola&a &as encru'il#a&as &a a(entura !ue co"pete a to&a a e$cep,ão0 E"a po&ia alcan,ar outra posi,ão0 "es"o !ue >osse a título &e (e&eta se" o>ício% Co"o u"a Garbo0 !ue não tin#a talento0 "as recebera u"a inteligncia e"presta&a &a !ual nunca se separouX o bastante para >a'er a sua len&a0 ao i"itar o genuíno ou s: a parte ligeira &o g)nio !ue ) o (oluntaria&o para a aristocracia% Garbo &i'ia5 Y* >i' bastantes caretas%Y sso &enuncia(a-a% Por!ue a i"ita,ão não são caretas0 "as a a>ei,ão ao obecto i"ita&oX o a"or0 portanto% as ela não sentia a"or0 era &e"asia&o li"ita&a H sua i"age"0 e co" ela protegia a insigni>icWncia &as pai$Mes% E os #o"osse$uais co" !ue" (i(ia não censura(a" essa >rigi&e' tu"ular0 antes a &oura(a"0 co"o u" >ruto raro0 nasci&o entre &uas esta,Mes0 &estina&o a não ter "erca&o por!ue não era u" >ruto co"estí(el% Nos !ua&ros









































&istra &istrac, c,ão% ão% Con Con(i& (i&a( a(a"a"-na0 na0 por!ue por!ue a bela bela "e&ioc "e&iocri& ri&a&e a&e pou poupa pa o cora,ã cora,ãoo para para coisas coisas "ais "ais &is>or"es0 co"o as coisas &o g)nio% Ta"b)" entre os artistas E"a não encontrou o acol#i"ento !ue espera(a% Não l#e o>erecera" pai$Mes0 co"o as !ue retrata(a" nas suas obrasX ta"b)" não l#e recon#ecera" nen#u"a >ascina,ão% E"a continua(a a &i'er !ue0 se ia" a casa &ela0 era para na"orar-l#e a cria&a% Z São uns in&ecentes e &eita"-"e a cin'a no leite-cre"e Z &i'ia% Encontra(a >uros &e cigarros nas toal#as &e "esa0 e at) l#e >altara" alguns tal#eres &e prata% Z São sel(agens0 ou !u] Z as0 !ueri&a E"a0 não te e$pon#as a essas coisas% Deus sabe !uanto l#es custa não sere" (a&ios a te"po inteiro% Dei$a-os l*\  "uito &i>ícil entrar nu"a or&e" !ual!uer0 co"er a #oras e pro&u'ir u" trabal#o c#a"a&o &igno Z >ala(a Lu"iares% 368 Z Be" Z &i'ia ela% Z Sou eu !ue não não percebo na&a% na&a% as ac#o !ue são u"a u"a &ata &e e$plora&ores% e$plora&ores% Não sei o !ue !uere" &e "i"0 !ue !ue não sou rica0 rica0 ne" >a"osa% Z Tu &i(ertes essa gente% Z Este(e para &i'er Y&i(ertes-"e a "i"Y0 "as &ete(e-se a te"po% "a "ul#er ulga-se se"pre e$cluí&a &essa *rea &e enten&i"ento0 tal(e' o Inico se" #ipocrisia% Ningu)" ain&a se in>or"ara sobre o riso co" absoluta co"petncia0 co"petncia0 "as ele contin#a u" >orte ascen&ente sobre as pai$Mes% A "ul#er s: era tão constante >actor &e riso por!ue isso era







































te(e u" &esgosto0 H "o&a "etropolitana0 &an&o satis>a,Mes a aria Se"blano &as suas a(arias >a"iliares% Ain&a se le"bra(a &o te"po austero &os a(:s Pai(as0 e" !ue u" rapa' &a casa engra( eng ra(i&a i&a(a (a u"a soltei solteira0 ra0 e os (i'in# (i'in#os os >ora" >ora" &ar &ar con con&ol &olnc ncias ias00 usan&o usan&o "eias "eias pala( pala(ras ras e co"e,an&o por >alar &o te"po% .ala(a-se &o te"po &urante u" bo" !uarto &e #ora0 e s: &epois (in#a o assunto e" regra e a #:stia santa &a con(ersa,ão para enten&i&os5 o neg:cio0 o contrato0 o pe&i&o &e casa"ento% E"a0 e" arrocos0 era caso para psa"es% aria Se"blano le(ou a peito a!uela &es>eita co"eti&a contra o seu leitor e no"eou-o seu testa"enteiro% Passou-l#e pela cabe,a u"a i&eia agu,a&a co"o u" pun#alX não o pun#al !ue l#e ser(ia &e abri&or &e li(ros e &a correspon&ncia0 !ue era ro"bo e "eio &esarticula&o &o cabo0 "as u"a >ina a&aga &e a,o a'ula&o pronta a rasgar a garganta &e &e u" la&rão pela "ão "ão &a orgiana orgiana !ue to&os con#ece"% con#ece"% Carlos não >icou ne" "ais rico ne" "ais pobre0 co" a no"ea,ão &e(i&a H patroaX "as esta pensou0 entre a c:lera !ue ) gera&a pelo a>ecto !ue se não interroga para não ter !ue se negar0 !ue g)nero &e "ari&o ele era a>inal% 36; YTer cornos ) co"o ter sara"poX não acontece &uas (e'esY% Pensou !ue ele seria u" #o"e" regenera&o &o casa"ento0 !ue l#e &era tantas a"arguras e !ue o tornara paciente co" as "ul#eres% Por!ue so>rer pelo !ue se a"a torna as pessoas (ulgares e atro>ia&asX o orgul#o per&e-se e a al"a







































roupas &e tricot e tin#a" u" colar &e p)rolas co" >ec#o &e es"eral&a% as E"a0 se" reparar0 >ica >icara ra >ora >ora &e "o&a "o&a co" co" os seus seus gest gestos os sacu sacu&i &i&o &oss e o ar &e "ane "ane!u !ui" i" anti anti!u !ua& a&o% o% .ora .ora e$traor&in*ria0 "as agora parecia &essas bonecas !ue acaba" os seus &ias nu"a "ontra &e pro(íncia0 os bra,os seguros co" a&esi(os &ebai$o &o (esti&o estran#a"ente curto e &e u"a sensuali&a&e caricata% caricata% E"a era u" caso arru"a&o% Carlos percebia0 co" algu"a angIstia por!ue a (el#ice (in#a a ca"in#o co" esses pensa"entos sau&osos0 !ue a bela E"a * não o inco"o&a(a% E" bre(e0 os #o"ens não ia" "ais reparar nela ne" &esear-l#e a co"pan#ia% S: os seus a"igos "arginais l#e &e&ica(a" algo !ue não era u"a >i&eli&a&e0 "as !ue se parecia co" isso% Co"o os &eseos não era" "oti(o &e nen#u"a rapaci&a&e0 E"a não os estor(a(a e at) a to"a(a" co"o cI"plice% Ela sentia-se u" pouco &egra&a&a &a sua nature'a &e "ul#er0 "as era "el#or &o !ue na&a ter a"igos &esses% To&a(ia0 To&a(ia0 nota(a no ol#ar &e Carlos0 Hs (e'es0 u"a parcela &e ironia por!ue era inItil to"ar-se pelo !ue >ora5 u" perigo% E"a não era "ais perigosa% Nunca o >oraX tin#a li"ita,Mes &e to&a a or&e"0 era tí"i&a0 ain&a !ue insolente% 366 Não per&era nunca o respeito pela casti&a&e0 e o orat:rio &o +o"esal co"an&a(a at) as suas ilusMes% A!uela &oura&a corte &e santos e santas0 os pal"itos0 as >lores0 as lu'es0 !ue recriara no







































Tin#a0 entretanto0 surgi&o a co"pan#eira senti"ental% Era o título !ue se &a(a H antiga barregã e H esposa &a "ão es!uer&a% +e(i(alis"o &o perío&o a>onsino0 &a era &a +econ!uista0 e" !ue "ouros e cristãos co"bina(a" os seus pra'eres H "arge" &os ritos e &as leis% Não era no(a essa or&e" !ue e$plo&ia e" nu"erosos ra"os e &es(iosX e" !ue a repu&ia&a se torna(a a"iga0 e o rancor #u"ani'a&o se per"itia ser u"a outra acti(i&a&e &o &eseo% S: !ue0 "uito pro>un&a"ente0 #abita(a" >eras &escon#eci&as0 capa'es &e >a'er (aler o sangue e a "at)ria carnal &e !ue era" >eitas% E"a interroga(a-se se &e >acto Carlos era tão paciente co"o pareciaX se era tão &esinteressante co"o parecia% E se0 !uan&o ia >ec#ar-se no escrit:rio &e aria Se"blano0 corrigin&o os Contos &a Ca(e Ca(erne rneir iraa co" co" os "arc "arca& a&or ores es corcor-&e &e-ro -rosa sa e (er& (er&e0 e0 ele ele não não esta estaria ria a ali" ali"en enta tarr #orr #orrí( í(ei eiss pensa"entos &e (ingan,a e >uror% >uror% Co"o !ual!uer personage" #a"letianaX co"o u" brigão se" ar"as e u" galo se" esporMes% Então ela surpreen&ia-se co" essa (isão rapi&íssi"a &o c#arco e" !ue al"a #u"ana (i(e0 &ei$an&o s: u" bra,o a &escoberto0 !ue o pren&e ao ra"o (er&e &a ressurrei,ãoX !ue não se &*0 ou rara"ente acontece% 362 Z E se ele >or u" "onstro nu" co(il &e esterco] S: !ue não po&e contar co" na&a para se







































Z Não Z &isse E"a0 E"a0 a>ronta&a% Z Carlos0 Carlos0 não% Ele não usa sapatos &e t)nis co" o s"oing% s"oing% Z Pior para ele%  preciso u"a esp)cie &e sensibili&a&e sensibili&a&e para in(erter as "o&as% O teu "ari&o ) u" burocrata% Não te (ai estrangular co" u"a "eia &e n=lon0 n=lon0 ne" rac#ar-te rac#ar-te a cabe,a co" co" u" ati,a&or% ati,a&or% Z Eu não &isse isso% Z Não &isseste0 "as &esea(as !ue ele ti(esse i&eias &essas% As "ul#eres "ul#eres !uere" se"pre >a'er u" b*rbaro &e u" incapa'% Ele ) u" incapa'0 capacita-te &isso% A "aior parte &as pessoas são co"o ele% Não !uere"os acre&itar0 "as são% Deste cabo &a tua (i&a0 E"a0 por!ue tei"aste e" ser a esposa (iciosa &e u" #o"e" ra'oa(el"ente &igno% Ne" ele ) &igno0 ne" tu (iciosa% As (olIpias &o &espre'o não as con#eces% Se ele &ei$a "orrer u" &oente0 &i'es !ue >oi a'ar e não !ue >oi u"a asneira% Sabes o !ue tu )s0 E"a] "a no(i,a arrepen&i&a &o casa"ento% Não tens (oca,ão0 tens s: ti!ues% " &eles ) o &e ter a"antes% Z * percebi% Não Não te "ere,o co"o co"o a"igo0 e co"o outra coisa "uito "enos% "enos% Z Não te 'angues% Eu não !uero a"antes0 co"o tu não !ueres% O &iabo &a tenta,ão ) u"a "et*>ora0 ( se apren&es% Sabes o !ue n:s sabe"os >a'er "el#or] Li$ar os outros%  ta"b)" u"a "et*>ora0 "as não te" a (er co" a outra% No "eio &a >esta0 tão &i>erente &o baile !ue asso"brara a sua pro(inciana &i"ensão0 e e" !ue ela !uisera a&i(in#ar &ons &e a"ante supre"o no seu par0 ao abra,*-la pela cinta0 E"a perguntou-se o !ue esta(a ali a >a'er% "a "ul#er0 !ue usa(a bor'eguins &e (elu&o0 co"o se >osse u" pae" >lorentino0 esta(a a e$plorar a co(a &os &entes co" a línguaX e essa opera,ão ocupa(a-l#e o









































te"po% Eu pr:pria trabal#a(a "uito e não ac#a(a !ue >osse bonito% Tin#a as "ãos estraga&as por "ais !ue "e poupasse0 e u"a so"bra (er&e no in&ica&or es!uer&o !ue era &e cortar o cal&o% Bacias &e cal&o (er&e co"o se >osse" cabelos (er&es% As "ul#eres >ica(a" (el#as &e tanto la(ar e es>regarX carrega(a" o too &as "atas e (in#a" pelos ca"in#os0 co"o "ulas% Depois era" os >il#os0 os abortos0 os &entes caía"-l#es &epressa0 as pernas gan#a(a" (ari'es% E os ol#os] Os !ue era" a'uis0 >ica(a" esbran!ui,a&os0 co"o os &os cegos% Os !ue era" pretos0 parecia" suos &e p:% Branca0 tu nunca a (iste !uan&o era no(aX u"a (ene'iana0 &os terra,os &o Ca DOro0 u"a >esta para DogesX e at) Dante0 se a (isse nos estaleiros0 >a'ia &ela u"a leoa para co"binar co" o leopar&o &e Beatri'% Sabes] As "ul#eres era" santas0 agora an&a" por aí H procura &o signi>ica&o &e tu&o% Co"o os #o"ens% ns ban&al#os0 uns e outros% Não t" "ais estilo nen#u"X não estão aci"a &as







































397 O acor&o ortogr*>ico &esenca&eara a(arias !ue ela não sabia resol(er0 e era o ")&ico !ue" se ocupa(a &o poli"ento &a obra &e aria% as #a(ia "ais &o !ue isso% A rica sen#ora propusera-l#e o cargo &e re(isor per"anente proposta irrecus*(el0 pelo "ontante &a re"unera,ão% Carlos Pai(a (iu-se aposenta&o co" #onra e pro(eito e li(re &a terrí(el parceria conugal !ue o tra'ia se"pre e" sobressalto% E"a era u"a praga0 co"o to&as as "ul#eres e" !ue" a inteligncia captura a libi&o% A sen#ora Se"blano &i'ia !ue ele não "erecia a!uele trata"ento &e c#o!ue !ue era o casa"ento co" E"a% Da(a-l#e agora0 co"o to&as as (iI(as0 para >alar be" &o &e>unto0 e >a'ia &escri,Mes "a(iosas &a sua >elici&a&e e (irtu&es "atri"oniais%







































"*scara% O "al &escosia as costuras &a u(entu&e0 &es"anc#a(a o corpo co" o seu estilete e >a'iao no&oso0 a&iposo0 (er&e &e bílis0 ro$o &e sangue (enoso0 coberto &e sinais !ue crescia"0 sar&as !ue brota(a" na escorrncia &a par&a "elinita% 39 As (errugas0 os cabelos "ortos0 as un#as &uras0 os ti!ues0 as n)(oas0 os &escola"entos0 as calosi&a&es0 tu&o o !ue ) u" oceano &e "orte ain&a e" repouso0 "as !ue escon&e a sua pro>un&e'a0 a sua totali&a&e totali&a&e inc#a&a pelo "al% E"a tirou u" a u" os an)is e pousou-os na beira beira &o la(at:rio% To&a ela era u" longo pensa"ento !ue renuncia(a H (i&a% Se Os:rio aparecesse H porta







































"ul#er !ue se (estia &e (er"el#o e !ue &i'ia" a"ar o clero e a "agistratura &a pro(íncia inteira% E"a &isse5 Z Be" e"prega&a Z co"o se &i'ia no +o"esal0 !uan&o se trata(a &e aplau&ir u"a parti&a% E"a (oltou para o !uarto e &espiu-se co"pleta"ente0 co"o se esti(esse a cu"prir u" ritual% Ta"b)" a!uilo não tin#a signi>ica&o% As coisas tin#a" c#ega&o a esse ponto5 o &eseo era u"a &elin!uncia ou não era na&a% 399 as o !ue não era0 absoluta"ente0 era a!uele co"pro"eti"ento co" os ist)rios &e Elusis &e







































"ari&o !ue0 &e repente0 to"a(a u" recorte "isterioso0 co"o o #onesto lago &a pe,a0 "o(i&o por senti"entos ser(is nos !uais ar&i" pai$Mes re&u'i&as H escra(i&ão se" título0 &o !ue não ousa aberta"ente0 &o !ue ru"ina e en(enena o ar co" a sua ru"ina,ão% Ac#ou !ue at) po&ia a&"irar Carlos0 se >osse assi"% as ele nunca ia re(elar-se% K* "uito !ue não &or"ia co" ela0 "as enc#iaa &e galanteios bre(es0 co"o se a sau&a&e o ator"entasseX co"o &e !uisesse0 co"o Ilti"a #o"enage" &o corpo0 &ei$*-la &isponí(el para os outros #o"ens0 por(entura pre>eri&os% Ele >ica(a ao la&o &ela na ca"a0 &elibera&a"ente eunuco &esse a"or pro>un&o !ue não !ueria con>essar% 324









































!ue era ter pra'er e seguran,a% Le"brou-se outra (e' &e Carlos e sentiu >rio na espin#a% Ele esta(a







































A!ueles pri"eiros te"pos e" Vale Abraão0 a >esta &eliciosa &o a"or !ue ) sobretu&o u" torneio







































trans>or"a(a0 "erc &a >ran!ue'a &e E"a0 nu"a i"age" &o seu pr:prio espírito0 pronto a entrar &e







































O VesI(io trans"itia-l#e u"a lisa i"age" &e si pr:pria5 a "ul#er a&Iltera% Ela sabia !ue isso a







































o "ara(il#ara !uan&o l* >ora co" a "ul#er0 u" Verão% Disse0 a E"a0 en!uanto ela co"ia u" o(o











































































Vale Abraão - Agustina Bessa-Luís.rtf

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