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TERRA, 11 UNIVERSO DE VIDA
BIOLOGIA E GEOLOGIA . 11.o ANO
AMPARO DIAS DA SILVA . MARIA ERMELINDA SANTOS FERNANDA GRAMAXO . ALMIRA FERNANDES MESQUITA LUDOVINA BALDAIA . JOSÉ MÁRIO FÉLIX
DOSSIER DO PROFESSOR GUIA DE EXPLORAÇÃO DE TRANSPARÊNCIAS
P
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ÍNDICE
Introdução....................................................................................................................................................................................................
3
Fundamentação teórica do projecto educativo..........................................................................................................
4
Aspectos centrais......................................................................................................................................................................... Componente da Epistemologia ............................................................................................................................................ Questões da aprendizagem ................................................................................................................................................... Perspectiva de ensino ...............................................................................................................................................................
4
Estrutura do manual do aluno.....................................................................................................................................................
9
Materiais complementares ..........................................................................................................................................................
10
4 6 7
BIOLOGIA........................................................................................................................................................................................................ 11 Crescimento, renovação celular e reprodução.................................................................................................................... Documentos de trabalho.......................................................................................................................................................... Mapas de conceitos ................................................................................................................................................................... Guia de exploração de transparências .......................................................................................................................... Evolução biológica e sistemática dos seres vivos ............................................................................................................ Documentos de trabalho.......................................................................................................................................................... Mapas de conceitos ................................................................................................................................................................... Guia de exploração de transparências ..........................................................................................................................
12 12 25 29 33 33 41 43
GEOLOGIA ...................................................................................................................................................................................................... 45 Ocupação antrópica e problemas de ordenamento.......................................................................................................... 46 Documentos de trabalho.......................................................................................................................................................... 46 Guia de exploração de transparências .......................................................................................................................... 52 Processos e materiais geológicos importantes em ambientes terrestres ........................................................ Documentos de trabalho.......................................................................................................................................................... Mapas de conceitos ................................................................................................................................................................... Guia de exploração de transparências .......................................................................................................................... Recursos geológicos – exploração sustentada................................................................................................................... Documentos de trabalho.......................................................................................................................................................... Mapas de conceitos ................................................................................................................................................................... Guia de exploração de transparências ..........................................................................................................................
2008
DEP. LEGAL 272889/08
ISBN 978-972-0-91856-7
Este livro foi produzido na unidade industrial do Bloco Gráfico, Lda., cujo Sistema de Gestão Ambiental está certificado pela APCER, com o n.° 2006/AMB.258 Produção de livros escolares e não escolares e outros materiais impressos.
53 53 74 79 82 82 92 93
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GEOLOGIA O programa de Geologia do 11.° ano apresenta uma clara orientação CTS. Parte de situações-problema de natureza social e com impacte no quotidiano dos alunos, como é o caso da Ocupação antrópica e os problemas de ordenamento, e promove a partir daí um percurso de aprendizagem sobre Os processos e materiais geológicos importantes em ambientes terrestres. Desejavelmente, ao longo deste percurso, os alunos efectuarão aprendizagens que permitam não só compreender as causas envolvidas nas questões-problema levantadas no início, mas também tomar consciência da importância do conhecimento dos materiais e dos processos geológicos, desenvolvendo competências de cidadania que possam contribuir para uma intervenção responsável no meio que os cerca. Apetrechados com estas competências, assumirão comportamentos que podem contribuir para a prevenção de situações de risco e para uma Gestão sustentável dos recursos geológicos. Trata-se de um percurso educativo deveras interessante, que pode ser enriquecido com actividades e materiais que, não constando do manual do aluno, podem ser geridos e fornecidos em função do momento e das características das aprendizagens.
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DOCUMENTOS DE TRABALHO
GEOLOGIA | OCUPAÇÃO ANTRÓPICA E PROBLEMAS DE ORDENAMENTO
Ocupação antrópica e problemas de ordenamento
Assunto
Documentos Doc. 1 Ciclo da água
Bacias hidrográficas
Doc. 2 Temporal causa grandes inundações na Área Metropoli-
tana de Lisboa
Zonas de vertente – perigos naturais e antrópicos
Doc. 3 Que factores podem estar implicados nos movimentos em
massa? (Trabalho prático) Doc. 4 Movimento de materiais em taludes (Trabalho prático)
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
Com o crescimento da população humana assistiu-se à construção de cidades e outros aglomerados populacionais; as florestas foram parcialmente derrubadas; disparou a necessidade de diferentes recursos naturais. Assim, a intervenção antrópica tornou-se cada vez mais agressiva, o que agravou as situações de risco e respectivas consequências para as populações. Torna-se, portanto, premente que os jovens reflictam sobre problemas muitas vezes próximos do seu contexto social e sobre a importância de se proceder ao ordenamento do território. O documento 1 permite uma visão global do ciclo da água, que muitas vezes pode provocar verdadeiras catástrofes. O documento 2 relata uma situação que traduz consequências de fenómenos naturais, por vezes agravados pela intervenção humana. Os documentos 3 e 4 sugerem trabalhos práticos laboratoriais, que poderão dar um contributo para a compreensão dos movimentos em massa.
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DOCUMENTOS DE TRABALHO
GEOLOGIA | OCUPAÇÃO ANTRÓPICA E PROBLEMAS DE ORDENAMENTO
Doc. 1 Ciclo da água
Em virtude da importância geológica da água, poderá ser oportuna a consulta de um diagrama sobre o ciclo da água. O diagrama fornece os dados relativos à quantidade de água armazenada anualmente em cada reservatório e os valores correspondentes aos fluxos que transitam entre diferentes reservatórios.
Atmosfera (vapor de água) 13 000 Precipitação nos continentes 119 000
Transporte para os continentes 45 000
Glaciares 30 000 000 Precipitação nos oceanos 391 000
Evapotranspiração nos continentes 74 000 Seres vivos 1100
Lagos, rios e solos 171 000 Correntes fluviais 45 000 Águas subterrâneas 8 000 000
Reservas em km3
Evaporação nos oceanos 436 000
Oceanos 1 320 000 000
Fluxo (km3/ano)
Sugestões de exploração Comparar as reservas de água em diferentes reservatórios.
•
Discutir como se processa o fluxo de água entre esses reservatórios.
•
Prever alterações nos circuitos de água devido à intervenção humana.
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
•
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DOCUMENTOS DE TRABALHO
GEOLOGIA | OCUPAÇÃO ANTRÓPICA E PROBLEMAS DE ORDENAMENTO
Doc. 2 Temporal causa grandes inundações na Área Metropolitana de Lisboa lançando
o caos em vários concelhos As cheias rápidas são fenómenos frequentes devidos a curtos períodos chuvosos, mas de grande intensidade, que afectam sobretudo pequenas bacias de drenagem. A forte quantidade de chuva ultrapassa a capacidade de infiltração dos solos, principalmente se esses solos estão impermeabilizados, formando um grande escoamento superficial que não é incorporado nas redes de drenagem, o que provoca inundações. Em Fevereiro de 2008 ocorreu mais um caso destes na área metropolitana de Lisboa, que foi amplamente noticiado pela comunicação social. A análise e comentário de pequenos excertos da imprensa diária sobre este acontecimento poderá desenvolver o espírito crítico dos alunos sobre a responsabilidade individual e Precipitação no colectiva nas consequências de fenómeaeroporto (mm) 35,0 nos naturais. Os danos causados poderiam ser atenuados se certos erros tives30,0 sem sido evitados e se houvesse um 25,0 correcto ordenamento do território. 20,0 O documento refere relatos de factos e 15,0 explicações apresentados para o fenó10,0 meno ocorrido, que foram divulgados pela 5,0 imprensa diária. 0,0 hora 13h
15
17
19
21
23
01
03
05
07
09
11
Fonte: Jornal Público
Jornal de Notícias, 19-02-2008
“Madrugada de chuva, manhã caótica. Choveu muito e num curto espaço de tempo. Lisboa esteve quase paralisada e em muitos outros pontos houve inundações, estragos e pessoas em risco.” Público, 19-02-2008
Principais zonas afectadas
Uma vítima mortal
SINTRA
Belas Um morto e um desaparecido
LOURES
VILA FRANCA DE XIRA Póvoa de Sta. Iria Comboios com circulação suspensa na Linha do Norte Sacavém Água atingiu 2,5 metros de altura
Cascais Inundações AMADORA numa rua sem Metro ALCOCHETE saída em Tires Oeiras LISBOA Estação do Quatro famílias Jardim Zoológico desalojadas inundada Porto Brandão Trafaria Deslizamento de terras Foi a zona mais afectada arrastou 10 viaturas e pelo mau tempo no levou ao corte da concelho de Almada, estrada de acesso à com 70 ocorrências Sobreda localidade. registadas, sobretudo Deslizamento de terras inundações em casas interditou duas vias na particulares e lojas. estrada 10-1, ficando SETÚBAL apenas uma via em serviço. Costa da Caparica Várias situações AZEITÃO de inundação em caves e garagens
Duas vítimas desaparecidas
“A madrugada de ontem foi de susto, devido às chuvas fortes. Uma pessoa morreu e duas estão desaparecidas. Especialistas voltam a denunciar o desordenamento territorial. Governo e autarcas trocam acusações.” Diário de Notícias, 19-02-2008
Frielas Passageiros ficaram presos em autocarro. Um homem desapareceu levado pela enxurrada.
N
SESIMBRA 0
10 km
Setúbal Mais de 20 escolas encerraram. Uma família (cinco pessoas) ficou desalojada devido às inundações.
Fonte: Jornal de Notícias
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P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
“Inundações danificam estradas, carros e casas lançando o pânico e destroçam famílias.”
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DOCUMENTOS DE TRABALHO
GEOLOGIA | OCUPAÇÃO ANTRÓPICA E PROBLEMAS DE ORDENAMENTO
Danos registados e meios de socorro envolvidos Desalojados
Evacuados
Combatentes
Veículos
Hélis
Botões
144
72
3093
964
1
3
LISBOA
LISBOA
LISBOA
LISBOA
LISBOA
LISBOA
–
1
620
180
0
0
SETÚBAL
SETÚBAL
SETÚBAL
SETÚBAL
SETÚBAL
SETÚBAL
Algumas explicações para os acontecimentos segundo o Jornal de Notícias, 19-02-2008
Quando o Homem força as forças da Natureza » Ocupação do leito de cheia (…) São conhecidas grandes cheias desde tempo imemoriais de zonas urbanas edificadas em leitos de cheia – áreas adjacentes ao leito habitual pelas quais a água se expande. Só no rio Tejo há 100 pontos críticos, especialmente vias de comunicação e populações. No Douro, são históricas as cheias nas ribeiras de Gaia e Porto; no Minho, Cerveira e Monção; no Lima, as de Ponte de Lima e Ponte da Barca; no Vouga, as de Águeda… » Impermeabilização do solo A construção de grandes áreas cobertas (áreas industriais, armazéns, quarteirões inteiros) e impermeabilizadas (grandes praças e avenidas e parques de estacionamento, por exemplo) impede ou dificulta a infiltração da água das chuvas no solo. (…) O escoamento é acelerado, esgotando rapidamente a capacidade de “encaixe” das linhas de água. » Alterações em linhas de água A chamada regularização das linhas de água, com o seu emparedamento e até a impermeabilização de margens e leito, bem como o seu estrangulamento (sobretudo com os “entubamentos”) diminui a capacidade de aceitação de águas afluentes e acelera a sua circulação, com efeito de cascata crescente sobre outras linhas receptoras a jusante. Pontes mal dimensionadas, vegetação infestante nas margens, deposição de entulhos, assoreamento do leito com areias também reduzem a capacidade de recepção e são factores de retenção da água, formando verdadeiras barragens. P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
» Má concepção e mau uso de redes Em muitos locais, o crescimento urbano é mais rápido do que o previsto na altura em que se projectaram as redes de drenagem de águas pluviais, ou estas foram mal dimensionadas, não prevendo o crescimento, ou, ainda, servem um fim não previsto: a drenagem (ilegal, mas também legal…) de esgotos. Resultado: a sua capacidade está comprometida. Para piorar, os bueiros são receptáculos do lixo de varredura, entupindo-se a rede. » Construção de infra-estruturas A abertura de vias de comunicação, tanto à superfície como subterrâneas, a implantação de infra-estruturas (pontes, parques de estacionamento, armazéns, etc.) e a edificação de urbanizações interferem no solo (aterros e desaterros) e no subsolo (túneis, fundações e subterrâneos de edifícios) dificultando a circulação natural das águas superficiais e também das águas subterrâneas, alterando o seu curso e o seu equilíbrio. Fonte: Jornal de Notícias, 19-02-2008
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DOCUMENTOS DE TRABALHO
GEOLOGIA | OCUPAÇÃO ANTRÓPICA E PROBLEMAS DE ORDENAMENTO
Doc. 3 Que factores podem estar implicados nos movimentos em massa? (Trabalho prático)
Material: – Mesa ou tabuleiro de madeira – 1 lata (vazia) de refrigerante – 1 vidro ou acrílico (35 cm * 50 cm) – 1 borrifador
17°
Modo de proceder: Situação A 1 – Coloque o vidro sobre o tampo de uma mesa com um dos lados assente sobre um apoio, de
modo que o vidro faça um ângulo de cerca de 17° com a superfície da mesa. 2 – Coloque a lata de refrigerante, com a abertura voltada para cima, na extremidade do vidro
que se encontra mais elevada. 3 – Abane suavemente o vidro. 4 – Observe e registe o que acontece. 5 – Repita o procedimento anterior, aumentando o declive do vidro.
Situação B 1 – Repita o procedimento anterior, mas borrife o vidro com água. 2 – Observe e registe, agora, o que acontece com a lata.
Sugestões de exploração Compare os resultados obtidos nas duas situações ensaiadas. • Que factores influenciam o deslizamento da lata na superfície do vidro? • Em que medida os resultados obtidos podem relacionar-se com os movimentos em massa? P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
•
50
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GEOLOGIA | OCUPAÇÃO ANTRÓPICA E PROBLEMAS DE ORDENAMENTO
DOCUMENTOS DE TRABALHO
Doc. 4 Movimento de materiais em taludes (Trabalho prático)
Material: – Areia (cerca de 0,5 m3) – Argila (cerca de 0,25 m3) – Colher de pedreiro – Regador Modo de proceder: Situação A 1 – Com o auxílio de uma colher de pedreiro, molde a areia humedecida de modo a criar um duplo talude de 40 cm de altura. (O espaço central pode simular, por exemplo, uma determinada via de comunicação.) 2 – Com o auxílio de um regador, vá molhando progressivamente um dos taludes. 3 – Observe e registe os resultados.
Situação B 1 – Repita a situação anterior, juntando desta vez argila à areia. Zona do 2.° movimento em massa 1
2
3
Posição do material antes do 1.° movimento Depósito resultante do 1.° movimento em massa 1 a
b
Sugestões de exploração Compare os resultados nas duas situações. • Procure explicar os fenómenos observados. • Relacione este tipo de fenómenos com intervenções antrópicas na Natureza. • Sugira algumas soluções que permitam estabilizar as vertentes.
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
•
Com este trabalho prático pretende-se simular alguns tipos de movimentos em massa que são frequentes em zonas de vertente (talude). É importante enfatizar que muitos destes fenómenos são de origem antrópica, muitas vezes criados pela implantação nos terrenos de obras de engenharia civil. Na Natureza, os movimentos em massa são mais lentos. Pelo contrário, a intervenção antrópica acelera esses processos, não permitindo que haja um ajustamento que equilibre de forma natural os relevos. Estes acidentes geológicos são potenciados em regiões onde ocorram, por exemplo, chuvas abundantes. Quando se planeia a implantação de certas obras humanas, como vias de comunicação (automóvel, férreas, etc.), prédios, barragens, é fundamental a realização de estudos geotécnicos no sentido de promover a estabilização de vertentes perigosas, de modo a evitar a perda de vidas humanas e de bens. 51
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GUIA DE EXPLORAÇÃO DE TRANSPARÊNCIAS
GEOLOGIA | OCUPAÇÃO ANTRÓPICA E PROBLEMAS DE ORDENAMENTO
Transparência 7 – Zonas de vertente – Perigos naturais e antrópicos A ocupação humana do espaço natural, se não tiver em conta os processos dinâmicos de certas zonas, pode potenciar o desencadeamento de acidentes com consequências graves, nomeadamente prejuízos materiais avultados e mesmo a possibilidade de perda de vidas humanas. Uma zona de vertente constitui um sistema onde as tensões tangenciais e as forças de resistência ao movimento estão em constante oposição. A quantificação do grau de estabilidade das zonas de vertente e a adopção de medidas de contenção e estabilização são importantes para mitigar o efeito de um possível movimento em massa.
•
Identificar zonas de vertentes perigosas e potenciadoras de situações de risco geomorfológico.
•
Adequar os Planos Directores Municipais às situações de risco geomorfológico.
•
Relacionar as acções humanas com certas alterações no meio natural e que são potenciadoras de movimentos em massa.
•
Referir algumas medidas de contenção que podem ser adoptadas com vista a diminuir a instabilidade geomorfológica de certas zonas de vertente.
•
Discutir a necessidade de elaboração de cartas de risco geológico e de cartas de ordenamento do território para a defesa das populações e dos seus bens.
52
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
Esta transparência pode ser explorada tendo em conta os seguintes tópicos:
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GEOLOGIA | PROCESSOS E MATERIAIS GEOLÓGICOS IMPORTANTES EM AMBIENTES TERRESTRES
DOCUMENTOS DE TRABALHO
Processos e materiais geológicos importantes em ambientes terrestres
Assunto
Documentos Doc. 1 Tabela de Divisão Cronostratigráfica
Abrangem todo o subtema
Doc. 2 Leitura de uma carta geológica Doc. 3 Trabalho de campo Doc. 4 Classificação das rochas Doc. 5 Rochas sedimentares (V de Gowin) Doc. 6 Determinação da densidade dos minerais Doc. 7 Rochas argilosas (Trabalho de laboratório)
Rochas sedimentares
Doc. 8 Diversidade de rochas calcárias (Trabalho de laboratório) Doc. 9 Rochas areníticas (Trabalho de laboratório) Doc. 10 Como calcular a porosidade de areias com diferente granulometria? (V de Gowin)
Rochas sedimentares – Arquivos históricos da Terra
Rochas magmáticas
Doc. 11 História da Terra e da Vida
Doc. 12 Paisagens graníticas Doc. 13 Séries de Bowen e diferenciação gravítica – actualização
crítica
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
Deformação das rochas
Metamorfismo
Doc. 14 Determinação da atitude de uma camada (Trabalho prático)
Doc. 15 Metamorfismo – alguns conceitos Doc. 16 Nomenclatura das rochas pelíticas
53
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DOCUMENTOS DE TRABALHO
GEOLOGIA | PROCESSOS E MATERIAIS GEOLÓGICOS IMPORTANTES EM AMBIENTES TERRESTRES
Titoniano
150,8 ± 4,0
0,0115 Superior
Superior
Kimeridgiano
155,0 ± 4,0
0,126 Médio
Oxfordiano
161,2 ± 4,0
0,781 Inferior
Caloviano
164,7 ± 4,0
1,806 Jurássico
2,588 Pliocénico
Piacenziano
3,600 Zancleano
167,7 ± 3,5
Médio Bajociano
171,6 ± 3,0 Aaleniano
175,6 ± 2,0
5,332 Messiniano
7,246 Tortoniano
11,608 Serravaliano
Cenozóico
Batoniano
13,65
Miocénico
Toarciano
Mesozóico
Neogénico
Gelasiano
Langhiano
183,0 ± 1,5 Pliensbaquiano
189,6 ± 1,5
Inferior Sinemuriano
196,5 ± 1,0 Hetangiano
199,6 ± 0,6
15,97 Burdigaliano
Retiano
203,6 ± 1,5
20,43 Superior
Aquitaniano
Noriano
216,5 ± 2,0
23,03 28,4 ± 0,1
Oligocénico
Fanerozóico
33,9 ± 0,1 Paleogénico
37,2 ± 0,1 Bartoniano
40,4 ± 0,2
Eocénico Luteciano
48,6 ± 0,2 Ipresiano
55,8 ± 0,2
Fanerozóico
Rupeliano Priaboniano
Carniano
Triásico
Chatiano
228,0 ± 2,0 Ladiniano
237,0 ± 2,0
Médio Anisiano
245,0 ± 1,5 Olenequiano
249,7 ± 0,7
Inferior Induano
251,0 ± 0,4 Changhsingiano
253,8 ± 0,7
Lopingiense
Tanetiano
Wuchiapingiano
260,4 ± 0,7
58,7 ± 0,2 Paleocénico
Selandiano
Capitaniano
265,8 ± 0,7
61,7 ± 0,2 Pérmico
Daniano
65,5 ± 0,3 Maastrichtiano
70,6 ± 0,6 Campaniano
Guadalupiense
Wordiano
268,0 ± 0,7 Roadiano
270,6 ± 0,7 Kunguriano
275,6 ± 0,7
83,5 ± 0,7
93,5 ± 0,8
Cretácico
Cenomaniano
294,6 ± 0,8 Asseliano
299,0 ± 0,8
99,6 ± 0,9 Albiano
112,0 ± 1,0 Aptiano
125,0 ± 1,0 Barremiano
130,0 ± 1,5
Inferior Hauteriviano
136,4 ± 2,0 Valanginiano
140,2 ± 3,0 Berriasiano
145,5 ± 4,0
54
Sakmariano
Carbonífero
Mesozóico
89,3 ± 1,0 Turoniano
284,4 ± 0,7
Cisuraliense
Pensilvaniense
Coniaciano
Mississipiense
85,8 ± 0,7
Superior
Arstinsquiano
Paleozóico
Santoniano
Gzeliano
303,9 ± 0,9
Superior Kasimoviano
306,5 ± 1,0 Médio
Moscoviano
Inferior
Bashkiriano
Superior
Serpukoviano
Médio
Viseano
Inferior
Turnaciano
311,7 ± 1,1 318,1 ± 1,3 326,4 ± 1,6 345,3 ± 2,1 359,2 ± 2,5
ELG
Glaciação
145,5 ± 4,0
Holocénico
Pleistocénico
Idade (M.a.)
Andar Idade
Série Época
Sistema Período
Eratema Era
Eonotema Éon
ELG
Glaciação
Idade (M.a.)
Andar Idade
Série Época
Sistema Período
Eratema Era
Eonotema Éon
Doc. 1 Tabela de Divisões Cronostratigráficas
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542 Ediacárico
Fameniano
374,5 ± 2,6
Superior
Neoproterozóico
Frasniano
391,8 ± 2,7 Eifeliano
397,5 ± 2,7 Emsiano
407,0 ± 2,8 Inferior
Praguiano
411,2 ± 2,8 416,0 ± 2,8 Pridoli
418,7 ± 2,7 Lufordiano
421,3 ± 2,6 422,9 ± 2,5 Homeriano
426,2 ± 2,4
Wenlock
850 1000 Sténico
Mesoproterozóico
1200 Ectásico
1400 Calymmico
1600 Stathérico
1800 Paleoproterozóico
Orosírico
2050 Rhyácico
2300 Sidérico
2500 Neoarcaico
Sheinwoodiano
428,8 ± 2,3
2800
436,0 ± 1,9 Llandovery
Aeroniano
439,0 ± 1,8 Rhudaniano
443,7 ± 1,5
Arcaico
Telichiano
Paleozóico
Fanerozóico
Silúrico
Gorstiano
Pré-Câmbrico
Lochkoviano
Ludlow
630 Criogénico Tónico
Proterozóico
Devónico
385,3 ± 2,6 Givetiano
Médio
Glaciação
Eonotema Éon
Glaciação
ELG
Idade (M.a.)
Andar Idade
Série Época
Sistema Período
Eratema Era
Eonotema Éon
359,2 ± 2,5
ELG IEPG
DOCUMENTOS DE TRABALHO
GEOLOGIA | PROCESSOS E MATERIAIS GEOLÓGICOS IMPORTANTES EM AMBIENTES TERRESTRES
Idade (M.a.)
13:40
Sistema Período
24/3/08
Eratema Era
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Mesoarcaico
3200 Paleoarcaico
Hirnantiano
445,6 ± 1,5
3600
Ordovícico
Superior
455,8 ± 1,6
Eoarcaico
460,9 ± 1,6 Darriwiliano
468,1 ± 1,6
Médio
471,8 ± 1,6
Fonte: International Commission on Stratigraphy
478,6 ± 1,7
Inferior Tremadociano
488,3 ± 1,7 Paibiano
Câmbrico
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
Furongiano
501,0 ± 2,0 Médio
513,0 ± 2,0 Inferior
542,0 ± 1,0
55
TUV11DP_F04_20072517_4P
21/3/08
16:08
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DOCUMENTOS DE TRABALHO
GEOLOGIA | PROCESSOS E MATERIAIS GEOLÓGICOS IMPORTANTES EM AMBIENTES TERRESTRES
Doc. 2 Leitura de uma carta geológica
As cartas geológicas são documentos científicos e técnicos de grande importância no trabalho do geólogo. Estes documentos são o suporte da investigação geológica, nomeadamente na prospecção e exploração de certos recursos.
1
Legenda
Conjunto de sinalética que, de uma forma sucinta, descreve a natureza e o nome da unidade cartografada. A ordem por que se dispõem estes rectângulos, quando se referem a rochas sedimentares, faz-se, geralmente, segundo o princípio da sobreposição.
2
Cortes geológicos
Representação esquemática que permite visualizar a disposição e a relação das camadas que se encontram em profundidade, facilitando, desse modo, a leitura das estruturas que ocorrem na carta. 56
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GEOLOGIA | PROCESSOS E MATERIAIS GEOLÓGICOS IMPORTANTES EM AMBIENTES TERRESTRES
DOCUMENTOS DE TRABALHO
São ainda importantes para o ordenamento do território, na selecção e estudo dos melhores locais para a implantação de grandes obras de engenharia. A leitura de uma carta geológica é sempre uma actividade interessante para a preparação de um trabalho de campo ou para o estudo da história geológica da região onde a escola se encontra inserida.
3 Coluna estratigráfica Representação gráfica das formações que se encontram na carta, dispostas na vertical e pela ordem que se supõe ocorrerem em profundidade, bem como as relações geométricas entre elas. A espessura das formações representadas é desenhada conservando a devida proporção.
4 Sinais convencionais Conjunto de sinais que identificam e posicionam acidentes estruturais ou outro tipo de elementos de interesse geológico-mineiro e arqueológico que se encontram na carta (falhas, cavalgamentos, xistosidades, poços, nascentes de água, pedreiras…). 57
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Doc. 3 Trabalho de campo
Pré-saída
Saída
Pós-saída
Os alunos, com a colaboração do professor, devem: – Levantar e formular questões-problema que motivam a saída; – Adiantar hipóteses para essas questões; – Elaborar um guião onde explicitem as tarefas de cada um e do grupo, para a resolução dos problemas levantados, bem como o material de que necessitam. O professor coordena todo este trabalho.
Os alunos concretizam o guião que elaboraram. Cada um e cada grupo implementam as actividades planeadas. O professor acompanha o desenvolvimento das pesquisas e colabora na resolução de dificuldades.
Os alunos, em trabalho de grupo, elaboram as respostas possíveis para os problemas formulados. Ao mesmo tempo inventariam as dificuldades que sentiram e reflectem sobre o trabalho desenvolvido, as suas limitações e outros problemas que possam entretanto ter surgido.
Trata-se de um modelo didáctico focado no aluno, que o movimenta intelectualmente a partir de questões-problema. Para além do modelo didáctico, serão de recordar ainda alguns aspectos de natureza prática: – Comunicação aos encarregados de educação. – Recomendações sobre vestuário e calçado apropriados. – Definição do itinerário e meio de transporte. – Se a visita for a uma região do litoral, colher informações sobre a hora das marés. – Quando se tratar de propriedades privadas, deve pedir-se autorização previamente. – Marcação do local de encontro, da hora de saída e da provável hora de regresso, do local e do tipo de refeição (se for necessário). 58
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
Uma escola que educa é uma escola que favorece o desenvolvimento da autonomia cognitiva, social e afectiva. Assim sendo, a aula de campo poderá ser um momento privilegiado de educação científica. Aprender Geologia no campo permite, de facto, desenvolver momentos de aprendizagem onde a cognição, a afectividade e o ambiente interagem de forma única. A interpretação das paisagens e o estudo das rochas e das estruturas in situ são insubstituíveis por qualquer outra metodologia. Contudo, apesar das características excepcionais deste tipo de trabalho, ele pressupõe, como qualquer actividade didáctica, um planeamento adequado e um eficaz tratamento de dados. Numa perspectiva construtivista, os alunos partirão para o campo com um quadro conceptual capaz de dar significado às observações e às pesquisas que vão efectuar. Importa que este quadro conceptual não seja tão diferenciado que torne o trabalho de campo demonstrativo, mas também não seja tão omisso que retire aos alunos os “óculos conceptuais” com os quais vão “ler” a Natureza. Numa perspectiva de educação científica a aula de campo também deve ser orientada para a resolução de problemas, incluindo basicamente três momentos: – Pré-saída; – Saída; – Pós-saída. Em todos os momentos, o aluno deve assumir um papel central, inserido em pequenos grupos que interagem num grande grupo.
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Doc. 4 Classificação das rochas
Através das tabelas deste documento apresentamos uma classificação dos diferentes tipos de rochas, tendo em atenção aspectos texturais, composição mineralógica e outras características importantes. Acetatos destas tabelas podem ser explorados na aula em diferentes momentos.
Classificação geral das rochas sedimentares
Areias
1 a 2 mm — 16
Consolidadas
Arenitos
Grão grosseiro:
Elementos arredondados
Conglomerados
Elementos angulosos
Brechas Sal-gema
Cloreto de sódio
Evaporitos
Efervescência com HCl
Calcário
Efervescência com HCl
Calcário conquífero
Efervescência com HCl
Calcário recifal
Combustível fóssil
Carvões
Combustível fóssil
Petróleo
Sulfato de cálcio hidratado
Detritos vegetais Hidrocarbonetos
Peças esqueléticas de animais
Gesso
Compostos de carbono
Quimiogénicas Biogénicas
Argilitos Desagregadas
Grão médio:
> 2 mm
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
Macias
Calcite
Detríticas
1 mm <— 16
Micas
Siltitos
Clastos
Grão fino:
Composição M. de argila
Rochas
Feldspatos
Características
Quartzo
Grupo
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Classificação geral das rochas magmáticas Textura
Origem
Intrusiva
Extrusiva
Moscovite
–
Feldspato K
Peridotito
Quartzo
Basalto
Biotite
Gabro
Anfíbolas
Andesito
Piroxenas
Diorito Famílias
Olivina
Riólito
Na
Granito
Composição mineralógica
Plagioclases
Afanítica (agranular)
Ca
Fanerítica (granular)
Classificação geral das rochas metamórficas
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Regional Baixo
Filito
Regional
Micaxisto
Regional
Rocha argilosa
Médio
Rocha argilosa Rocha argilosa Rocha argilosa ou granito
Regional
Alto
Corneana
Contacto
Médio a alto
Rocha argilosa
Quartzito
Contacto ou regional
Médio a alto
Arenito silicioso
Mármore
Contacto ou regional
Médio a alto
Calcário ou dolomito
Calcite
Gnaisse
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
Ardósia
Grau de Composição minera- Rocha metamorfismo lógica predominante original
Micas Quartzo Anfíbolas Feldspatos
Metamorfismo dominante
Clorite
Nome da rocha
M. de argila
Clivagem Aspecto Xistobandado sidade Reage com HCl
Não reage com HCl
Grão fino Grão grosseiro Grão grosseiro
Sem foliação
Grão fino
Com foliação
Textura/ outras propriedades
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Doc. 5 Rochas sedimentares (V de Gowin)
Propriedades físicas dos minerais
Como determinar a dureza relativa de minerais?
Princípios: A dureza relativa dos minerais determina-se fazendo deslizar, sob pressão, uma aresta viva de um desses minerais sobre uma superfície do outro e vice-versa. – O mineral mais duro deixa um sulco sobre o menos duro. – Se ambos os minerais se riscam mutuamente ou não se riscam, têm a mesma dureza. – A unha, uma moeda de cobre, um canivete, uma lima de aço permitem avaliar, de forma aproximada, a dureza de um mineral. – Minerais que risquem uma placa de vidro são mais duros do que o vidro.
Conclusões:
Resultados:
Conceitos: Mineral Dureza Num conjunto de minerais, como, por exemplo, talco, gesso, calcite, quartzo e moscovite, tente determinar quais os que são menos duros do que a unha, do que a moeda e do que o canivete e quais os que são mais duros do que o vidro. Riscando os minerais entre si, avalie a sua dureza relativa e procure colocá-los por ordem crescente da dureza.
Sugestão de exploração Este V pode ser utilizado em alternativa ao Trabalho laboratorial n.° 8 do manual do aluno.
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
•
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Doc. 6 Determinação da densidade dos minerais
M – Mola extensível suspensa de um suporte cujo comprimento se pode regular por meio do parafuso F. I1 – Índice que permite fazer a leitura sobre a escala graduada E (normalmente, está gravada sobre um espelho). A – Prato superior onde se coloca o mineral para determinar o peso fora de água. B – Prato inferior onde se coloca o mineral para determinar o peso mergulhado na água. I2 – Índice para aferir o ponto de afloramento. Pt – Mesa ou platina móvel onde se coloca o copo (C) contendo água destilada. T – Tripé de suporte com parafusos niveladores.
F
M
E
I1 A
I2
B Pt
F'
T
Material: – Balança de Jolly – Amostra do mineral – Pinça
1 – Apoiando-se nas informações da figura, identifique, no aparelho que vai utilizar, as peças constituintes. 2 – Nivele a balança e regule o comprimento do suporte da mola de modo que ela fique à frente da escala. 3 – Aliviando o parafuso respectivo (F’), desloque a mesa que suporta o copo de modo que I2 coincida com o nível da água no copo. 4 – Coloque-se diante do índice (I1) de tal forma que os seus olhos fiquem ao nível dele, o que acontece quando o índice coincidir com a imagem respectiva no espelho. Faça a leitura (L1) da posição da imagem do índice no espelho graduado. 5 – Seleccione um fragmento do mineral, bem limpo, tanto quanto possível puro, com dimensões de cerca de 1 cm3 e coloque-o no prato superior (A). 6 – Ajuste novamente o índice I2 à superfície da água e proceda à segunda leitura (L2). 7 – Retire o mineral do prato superior com uma pinça e coloque-o no prato inferior (B) mergulhado na água. 8 – Ajuste o índice I2 e proceda à terceira leitura (L3). • A que correspondem, respectivamente, as diferenças:
L2 – L1? L3 – L2? 9 – Calcule a densidade, substituindo as letras pelos valores encontrados na expressão: L –L d= 2 1 L3 – L2 62
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
Modo de proceder:
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Doc. 7 Rochas argilosas (Trabalho de laboratório)
Material: – Argilitos diversos – Canivete – Funis – Provetas – Gobelés – Lupa – Papel de filtro Modo de proceder: 1 – Observe as amostras, primeiro à vista desarmada e depois à lupa. Numere-as e procure identificar características como: – cor; – dureza; – granulometria; – cheiro, após terem sido bafejadas. 2 – Organize um quadro para registar as suas observações. 3 – Esfarele um pouco de barro seco e deite-lhe umas gotas de água. Registe o que observar. 4 – Continue a misturar água até formar uma pasta. • Que características apresenta essa pasta? • Relacione essa característica com a aplicação das argilas em cerâmica.
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
5 – Planeie e execute uma experiência para testar a permeabilidade das argilas.
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Doc. 8 Diversidade de rochas calcárias – Trabalho de laboratório
Material: – Amostras de diferentes calcários (calcário conquífero, calcário recifal; estalactites; travertinos…) – Canivete – Lupa – Calcite reduzida a pó – Tubos de ensaio – Lamparina – Suportes para tubos de ensaio – Pinça de madeira – Água gaseificada – Ácido clorídrico Modo de proceder: 1 – Numere as amostras e estude-as de modo a colher dados relativamente a: cor; dureza; presença de vestígios de seres vivos; reacção em relação ao ácido clorídrico; cheiro depois de bafejadas; grau de compacidade. 2 – Organize um quadro e registe o resultado das suas observações. 3 – Prepare quatro tubos de ensaio com água destilada até cerca de 3/4 da sua altura e execute os ensaios sugeridos no quadro que se segue. Observe e registe os resultados.
Juntar calcite reduzida a pó e agitar
Juntar água gaseificada ou fazer borbulhar CO2
Aquecer
1
–
+
+
2
+
–
–
3
+
+
–
4
+
+
+
Resultados observados
+ = executar o procedimento – = não executar
Sugestões de exploração Interprete os resultados obtidos. Quais as situações que podem justificar as seguintes afirmações: – O carbonato de cálcio não é solúvel em água pura. – A água gasocarbónica reage com o carbonato de cálcio, formando um produto solúvel. • Com os dados das suas observações, discuta as possíveis origens dos calcários.
•
•
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Procedimento Tubo
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Doc. 9 Rochas areníticas (Trabalho de laboratório)
Material: – Areias de diferentes proveniências (rio, dunas, mar) – Arenitos diversos – Lupa binocular – Funis – Provetas – Placas de vidro – Canivete – Papel milimétrico – Papel de filtro – Ácido clorídrico Modo de proceder: 1 – Numere as amostras e organize um quadro idêntico ao representado para registar as suas observações. Amostra n.°
Cor
Grau de arredondamento
Dimensões dos grãos
Minerais identificados
Natureza do cimento
Outras características
1 2 3
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
2 – Observe as areias, primeiro à vista desarmada e depois à lupa, procurando compará-las no que se refere aos seguintes aspectos: – grau de arredondamento; – cor predominante; – brilho; – presença de fragmentos de origem biológica; – outros. Natureza Propriedades do cimento 3 – Coloque um pouco de cada uma das areias sobre papel milimétrico e determine as dimensões predominantes dos Efervescência Carbonato grãos. com HCl de cálcio 4 – Procure identificar os minerais que as constituem. Bafejado Argiloso cheira a barro 5 – Planeie e execute uma experiência para ensaiar a permeabilidade destas rochas. Vermelho ou Óxidos amarelo de ferro 6 – Observe à lupa as amostras de arenitos, comparando-as. Duro, risca 7 – Proceda aos ensaios necessários para tentar identificar a Silicioso o vidro natureza do cimento.
Sugestões de exploração Interprete as observações realizadas. • Como pode uma areia evoluir para arenito? •
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Doc. 10 Estará a porosidade das areias relacionada com a granulometria e com o grau
de granosselecção? (V de Gowin) Material: – 3 tinas rectangulares – Proveta graduada – Água – 1 a 2 kg de areia muito fina – 1 a 2 kg de areia grosseira Como calcular a porosidade de areias com diferente Conclusões: granulometria?
Porosidade das areias Princípios: • As areias são rochas porosas. • A quantidade de água para cobrir uma camada de areia colocada num recipiente é igual ao volume dos poros. • A porosidade de uma areia é calculada pela expressão: P=
volume dos poros (quantidade de água) * 100 volume total de areia
Resultados: Tipo de areia
Quantidade de areia
Porosidade
Fina Grosseira Mistura
Conceitos: Areia Poro Porosidade Granulometria
Sugestão de exploração •
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Este V de Gowin diz respeito ao Trabalho laboratorial n.° 15 da página 69 do manual do aluno.
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
• Em 3 tinas coloque, respectivamente, a mesma quantidade de areia fina, de areia grosseira e uma mistura em partes iguais de areia fina + areia grosseira. • Espalhe e alise a superfície. • Determine a quantidade de água necessária para cobrir a areia de cada tina. • Calcule a porosidade.
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Doc. 11 História da Terra e da vida
A história da Terra está balizada pelo aparecimento e desaparecimento de grupos de animais e de plantas.
Árvores fósseis que podiam atingir 40 m de altura, com folhas alongadas (1 m de comprimento) e nervuras paralelas.
Pérmico – 300
Óvulos semelhantes aos das coníferas actuais.
Carbonífero
Angiospérmicas Gimnospérmicas
Filicíneas
Fusulinas
Triásico
Cordaítales
– 200
Archeocyathes Animais marinhos, fixos, próximos das esponjas calcárias. Pteridospérmicas
Jurássico
Cordaítales
Multituberculados
Cretácico Amonites
– 100
Crocodilos
Paleogénico
Mamíferos
Quaternário Neogénico
Dinossauros-Ictiossauros
M. a.
Bem representados no Câmbrico inferior e médio, não ultrapassaram o limite entre o Câmbrico médio e o Câmbrico superior.
Devónico – 400
Archeocyathes Limulus Trilobites
Silúrico
Ordovícico – 500 Fauna de Ediacara
– 600
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
São os primeiros metazoários incontestáveis. Certas medusas tinham 1 m de diâmetro.
Pré-Câmbrico
Fauna de Ediacara
Câmbrico
Na Austrália, nos montes Ediacara, encontra-se um jazigo fossilífero muito rico compreendendo invertebrados marinhos de corpo mole sem concha.
Limulus Invertebrados Répteis Mamíferos
– 670
Vegetais
Artrópode marinho que apareceu no Câmbrico e era pouco evoluído. Encontram-se actualmente nas costas americanas e asiática Limulus muito parecidos com os Limulus fósseis. São considerados “fósseis vivos”.
Sugestões de exploração Este documento localiza no tempo a existência de alguns grupos de seres vivos. Ele pode ser utilizado em diferentes situações pedagógicas e para a sua exploração sugere-se: • localização no tempo da existências dos grupos considerados; • comparação da longevidade relativa desses grupos; • identificação de bons fósseis de idade; • datação relativa com base no princípio da identidade paleontológica. 67
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Doc. 12 Paisagens graníticas
Em Portugal, a paisagem granítica revela-se principalmente em extensos planaltos, em serras, nas Beiras e em várias regiões montanhosas. Há ainda a considerar um maciço de dimensões mais reduzidas, na serra de Sintra, com cerca de 10 por 5 km. (…) É vulgar as zonas graníticas constituírem elevações, por vezes imponentes. Se tivermos possibilidade de visitar, por exemplo, a Beira Alta e o Alto Minho, daremos conta de que a serra da Estrela é um portentoso relevo granítico e que, por sua vez, no Minho são numerosas as grandes elevações da mesma natureza; lembremos, entre outras, a serra da Arga, belo maciço que surge bruscamente dos terrenos xistentos e sobressai mesmo quando vista de muito longe; granítica é igualmente a pequena serra de Santa Luzia, junto de Viana do Castelo, miradouro justamente considerado como um dos mais deslumbrantes de Portugal. O Gerês, serrania raiana das mais altas da metrópole portuguesa, famosa pelas suas águas termais e severidade da paisagem, é, também, relevo granítico. (…) Os solos derivados do granito oferecem, segundo os casos, características diferentes. Há regiões onde a rocha nua aflora por toda a parte (por exemplo, em variados locais das Beiras), originando um solo de fraca espessura, bastante pobre: estes caracteres podem ser consequência da destruição do solo por erosão, tendo a desarborização contribuído, com frequência, para esse resultado; regiões da Península Ibérica, outrora cobertas por espessa vegetação, encontram-se presentemente escalvadas. Conhecemos, pelo contrário, áreas graníticas cujo solo, constituído por áreas de grande espessura, é notável pela sua fertilidade, como sucede na Cova da Beira, interessante região deprimida localizada entre as serras da Gardunha e da Estrela; o fundo desta depressão goza de clima favorável, com chuvas abundantes, o que permite fazer culturas alternadas, de Inverno e de Verão. (…) As rochas graníticas e similares condicionam a própria maneira de viver do Homem, influindo fortemente nas construções e em especial nas casas de habitação. Este facto nota-se mais nas aldeias do que nas cidades, porque nestas a moderna urbanização tende a uniformizar, sob certos aspectos, as edificações. Mas ninguém hesitará em afirmar que Guarda ou Viseu são cidades de regiões graníticas, mesmo que não tenha previamente verificado o predomínio de rochas daquele tipo nas áreas em redor dos referidos centros de população. (…) O granito dá origem a arquitectura peculiar, com edifícios sólidos, maciços, de aspecto austero, visto a rocha não se afeiçoar facilmente à fantasia do artista, ao invés do que sucede, por exemplo, com os calcários. Seria, no entanto, restringir o papel do granito, no habitat humano, considerar apenas a arquitectura.
Sugestões de exploração A exploração deste texto pode: • fornecer pistas aos alunos para trabalhos de pesquisa individual sobre as realidades da região em que a escola se situa; • sensibilizar para a existência de grande diversidade de paisagens no nosso país (aconselha-se a utilização da carta geológica); • salientar inter-relações existentes do ser humano com o ambiente que o rodeia.
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P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
Professor Doutor Torre D’Assunção, Geologia
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DOCUMENTOS DE TRABALHO
Doc. 13 Séries de Bowen e diferenciação gravítica – actualização crítica
A série contínua e a série descontínua de reacções apresentadas sob o nome genérico de séries de reacção de Bowen aparecem em todos os livros de petrologia e em grande parte dos de Geologia escritos a partir de 1928. “… A primeira observação a fazer é que mesmo Bowen nunca pretendeu dar um carácter universal à sua proposta. Alguns minerais, cuja sequência de formação é descrita de forma tão precisa, só se verificam em basaltos toleíticos. Por outro lado, em regiões de basaltos alcalinos, os petrólogos raras vezes (ou nunca) observam minerais como a biotite. Em segundo lugar (talvez devido ao uso do termo “reacção”), interpreta-se erradamente que cada mineral da série descontínua é destruído para que o seguinte apareça. Se fosse assim, nenhum basalto teria piroxenas que, pelo contrário, são os minerais mais frequentes nessas rochas. Cada mineral em geral junta-se aos anteriores, às vezes formando depósitos sobre o cristal anterior da série, mas em geral constitui cristais separados. A outra discussão actual sobre a diferenciação é se a acumulação gravitacional de cristais no fundo da câmara magmática está de acordo com as observações. Em primeiro lugar, a grande viscosidade do magma impediria a deposição dos cristais mais pequenos do que 5 mm, o que não coincide com o observado. Em alguns níveis coexistem minerais de dimensões e densidades muito diversas e que deveriam estar separados uns dos outros. Por fim, em alguns níveis os cristais, em teoria acumulados gravitacionalmente, encontram-se (em aparente desafio da força da gravidade) no tecto da câmara magmática e hoje podem ser observados. As ideias mais recentes sobre este tema propõem que muitos minerais não se depositam no fundo, e que alguns outros podem ser levados até ao fundo da câmara magmática por correntes turbulentas de magma, semelhantes às correntes de turbidez das bacias oceânicas.”
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
Virella, Francisco Anguita e Serrano, Fernando Moreno, Processos geológicos internos, Ed. Rueda
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DOCUMENTOS DE TRABALHO
GEOLOGIA | PROCESSOS E MATERIAIS GEOLÓGICOS IMPORTANTES EM AMBIENTES TERRESTRES
Doc. 14 Determinação da atitude de uma camada (Trabalho prático)
A posição geométrica de um plano (falha, filão, estrato, diaclases…) no espaço, ou seja, a sua atitude, é definida pela direcção e pela inclinação. Nos levantamentos de campo, o geólogo, socorrendo-se de uma bússola, determina as atitudes das camadas (estratos), xistosidades, eixos de dobras, filões, falhas e diaclases. Material:
Declinação magnética
Escala graduada
Pivô
Linha de referência
É o ângulo formado pela direcção do Norte magnético com a direcção do Norte geográfico. Depende do local onde nos encontramos.
Permite a leitura do valor da inclinação indicado pelo clinómetro.
Suporte de apoio da agulha magnética.
Utilizada para alinhar o eixo da bússola com a direcção escolhida.
Parafuso de ajuste Parafuso que permite ajustar a bússola ao valor da declinação magnética de um dado local.
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Coroa graduada Disco rotativo graduado de 0° a 360°.
Agulha magnética
Clinómetro
Indica o norte magnético. Por convenção, a ponta da agulha que indica o Norte está colorida a vermelho.
Dá o valor da inclinação.
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
– Bússola com clinómetro – Plano inclinado (pode ser utilizado um livro, um bloco em madeira, etc.)
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GEOLOGIA | PROCESSOS E MATERIAIS GEOLÓGICOS IMPORTANTES EM AMBIENTES TERRESTRES
DOCUMENTOS DE TRABALHO
Modo de proceder: Situação I – Determinação da direcção 1 – Coloque a bússola na horizontal e seguidamente encoste-a ao plano cuja direcção pretende medir. 2 – Rode a coroa graduada da bússola de modo que a agulha magnética (região vermelha) coincida com a referência do norte magnético (seta a negro – declinação magnética). 3 – Faça a leitura do menor ângulo marcado na coroa graduada e a linha de referência da bússola. Nota: Uma forma corrente de assinalar o valor da direcção de um plano consiste em registar o valor do menor ângulo para Este ou para Oeste relativamente ao Norte (ex.: N 20° W). Em alternativa, o valor pode ser referenciado em relação ao Norte sendo medido no sentido dos ponteiros do relógio (ex.: N 120°). Quando a superfície a medir se apresenta muito irregular, coloca-se o caderno de campo sobre a superfície e realizam-se as medições sobre ele.
Situação II – Determinação da inclinação 1 – Alinhe a direcção E-W referenciada na coroa graduada da bússola com a linha de referência. 2 – Encoste o bordo longitudinal da base da bússola ao plano em causa. 3 – Registe o valor da inclinação indicado pelo clinómetro na escala graduada (0° a 90°).
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
4 – Determine o quadrante para o qual se verifica o sentido da inclinação desse plano (NE, SW…)
Nota: Se o valor é próximo de 90°, diz-se que o plano é subvertical. Quando o valor determinado é próximo de 0°, então diz-se que o plano é sub-horizontal. 71
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DOCUMENTOS DE TRABALHO
GEOLOGIA | PROCESSOS E MATERIAIS GEOLÓGICOS IMPORTANTES EM AMBIENTES TERRESTRES
Doc. 15 Metamorfismo – alguns conceitos
Encontram-se nas rochas metamórficas minerais que existem nas rochas magmáticas e/ou rochas sedimentares, mas além desses há outros minerais que são exclusivos do metamorfismo. Assim, no estudo geral das rochas metamórficas existe uma grande diversidade mineralógica, mas, normalmente, é simples a mineralogia de cada rocha, havendo numerosas regras de compatibilidade e incompatibilidade de minerais que limitam as possibilidades de combinações. A ocorrência de um dado mineral numa rocha metamórfica é, geralmente, condicionada por: a) meio químico: presença de constituintes químicos necessários à sua formação; b) meio físico: condições de pressão e de temperatura de acordo com o campo de estabilidade de cada espécie mineralógica. Deste modo, é identificando os minerais presentes, as suas composições químicas específicas e as suas percentagens que podemos inferir: 1 – a composição química da rocha original (protólito); 2 – condições de pressão e de temperatura dominantes no tempo e no local de reajustamento metamórfico.
Quando numa região se estudam rochas metamórficas com composição química semelhante, reconhece-se, frequentemente, que num certo domínio, mais ou menos restrito, é frequente ocorrer já outro mineral e, mais adiante, ocorrer novo mineral. Assim, numa região com rochas pelíticas podemos encontrar, numa área, rochas com clorite, em área adjacente rochas com biotite, depois em nova área adjacente da anterior rochas com granada almandina. Admite-se que, nas rochas metamórficas dessas áreas parciais, os minerais adjacentes estejam a documentar, como “fósseis”, as condições de pressão e de temperatura em que a recristalização se processou. Estes minerais que revelam as condições de pressão e de temperatura existentes na altura da formação de uma dada rocha metamórfica são designados como minerais-índice ou minerais tipomorfos. Considerando que cada mineral representa um certo campo de estabilidade, pode fazer-se a interpretação deste tipo de cartografia metamórfica. Nestas cartas projectam-se linhas isógradas que são o lugar geométrico dos pontos que correspondem às primeiras ocorrências de minerais-índice. N
V
IV
Legenda:
III
Argilas Co Cl
Granito biotítico Granito moscovítico
II I
Gr Est
Cl – zona de clorite Co – zona de cordierite Est – zona de estaurolite Gr – zona de granada Limite geológico Isógrada Escala: 1/10 000
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Admite-se, como interpretação, que essas linhas correspondem à intersecção de superfícies de igual grau de metamorfismo com a superfície topográfica e, por isso, denominam-se isógradas de metamorfismo.
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
É conveniente ter presente que numa rocha metamórfica podem coexistir minerais formados em mais do que uma fase de metamorfismo e, além desses, pode ainda haver minerais persistentes da rocha pré-metamórfica. Assim, há que distinguir: a) minerais herdados de rochas metamórficas preexistentes; b) minerais indicativos de metamorfismo, como, por exemplo, a distena, a almandina, o piropo, a glaucofana, etc.
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GEOLOGIA | PROCESSOS E MATERIAIS GEOLÓGICOS IMPORTANTES EM AMBIENTES TERRESTRES
DOCUMENTOS DE TRABALHO
Doc. 16 Nomenclatura das rochas pelíticas
A nomenclatura das rochas metamórficas resultantes de materiais pelíticos, ou seja, de materiais detríticos ricos em Al2O3, como, por exemplo, siltes e argilas, reveste-se de alguma complexidade, nomeadamente das rochas que estão na transição do domínio sedimentar para o domínio metamórfico. A adopção da nomenclatura anglo-saxónica para uma classificação macroscópica pode ser a mais simples e pragmática. Os possíveis termos que podem ser adoptados em português para designar os materiais pelíticos (com origem no lodo argiloso e que apresentam diferentes graus de evolução) são, em grau crescente de evolução, os seguintes: Argila (mud ou clay) – sedimento constituído por uma mistura de partículas de dimensão inferior a 0,004 mm, geralmente silicatos de alumínio hidratados. Argilito compactado (mudstone ou claystone) – rocha sedimentar formada pela compactação de argilas e que não apresenta fissilidade. Esta rocha corresponde à argila compactada. Argilito cimentado (shale) – rocha sedimentar que apresenta fissilidade e que corresponde ao argilito cimentado. Esta rocha é por vezes designada por “xisto argiloso”, no entanto tal designação não deveria ser utilizada, uma vez que o termo xisto está reservado para as rochas geradas em ambientes metamórficos. Ardósia (slate) – rocha de baixo grau de metamorfismo apresentando clivagem sobretudo devido à actuação de tensões dirigidas. Filito (phyllite) – rocha de baixo a médio grau de metamorfismo, foliada, com minerais planares, como, por exemplo, micas, visíveis a olho nu. Os planos de foliação podem apresentar brilho sedoso lustroso. Micaxisto (schist) – rocha de metamorfismo de médio a alto grau, essencialmente formada em ambientes de altas pressões, com uma foliação (xistosidade) muito desenvolvida. Esta rocha tem na sua constituição mineralógica maioritariamente micas (moscovite), sendo esses cristais, normalmente, muito desenvolvidos.
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
Gnaisse (gneiss) – rocha de metamorfismo de muito alto grau, formada em ambientes de altas pressões e altas temperaturas. Apresenta foliação e bandado característico constituído por leitos com composições mineralógicas distintas, uns tipicamente de quartzo e feldspatos e outros de minerais máficos. Considera-se como sequência metamórfica o conjunto de rochas derivadas de um mesmo tipo de rocha original, correspondentes a sucessivos graus crescentes de metamorfismo. Uma das sequências que traduz uma evolução metamórfica originada a partir de argilitos ou de siltitos é representada pela sequência pelítica. Salienta-se que esta sequência metamórfica é contínua, pelo que, muitas vezes, é difícil individualizar cada uma das rochas da sequência representada.
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por exemplo
GEOLOGIA | PROCESSOS E MATERIAIS GEOLÓGICOS IMPORTANTES EM AMBIENTES TERRESTRES
como
podem ser
Combustíveis fósseis
como
Calcários
Evaporitos como
Petróleos Carvões Calcário recifal Calcário conquífero Sal-gema Gesso Travertinos
como
Quimiogénicas
Biogénicas
DOCUMENTOS DE TRABALHO
Calcários
Estalagmites Estalactites
por exemplo
Sílticas
podem ser
Arenitos
Conglomeráticas
como
Areias Conglomerados Brechas
Cimentação
Cascalhos
Detritos minerais Reacções bioquímicas Detritos orgânicos
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
Estratos
origina sobretudo
Minerais de neoformação
origina sobretudo
podem formar
Sedimentos M. física M. química
pode ser
Meteorização Seres vivos
originam
depositam-se
Transporte
Sedimentação
durante a qual evoluem os
Compatação
constituem
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Siltitos
Areníticas
Erosão
compreende, por exemplo, origina
Detríticas Diagénese Sedimentogénese na qual intervêm
originadas por
Rochas sedimentares
podem classificar-se em
Argilitos Argilosas
Princípio da continuidade lateral
Paleoambientes
permitem reconstituir
Princípio das causas actuais
aplicando
aplicando
Princípio da identidade paleontológica
Fósseis de fácies
Fósseis de idade
destacam-se
Moldagem
Contramoldes
Moldes externos
podem ser
Moldes
podem formar-se
Mineralização
Moldes internos
Conservação
como
Processo de fossilização
originados por
Fósseis
Épocas
divididos
Períodos
incluem
Eras
inclui
Escala do tempo geológico
GEOLOGIA | PROCESSOS E MATERIAIS GEOLÓGICOS IMPORTANTES EM AMBIENTES TERRESTRES
permitem
Princípio da sobreposição
pode verificar-se
Estratos
podem possuir
contribuem para estabelecer
17:20
formam
permitem
Rochas sedimentares, arquivos da história da Terra
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Datação relativa
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
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MAPAS DE CONCEITOS
75
76
são
M. intermédios
são
M. ácidos
inclui
são
inclui
Família gabro
C. mineralógica
Mesocratas
Melanocratas característica das
são
podem ser
podem ser
Intermédias Ácidas são
% sílica
Cor
R. vulcânicas
são
Básicas
Granito são
inclui
Família diorito
permite organizar
R. plutónicas
classificam-se quanto
pode ser
Textura
apresentam
MAPAS DE CONCEITOS
Família granito
pode originar
Diferenciação magmática
podem experimentar
podem ser
17:20
M. básicos
são
M. basálticos
Magmas
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P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
M. andesíticos
M. riolíticos
podem ser
resultam de
Rochas magmáticas
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GEOLOGIA | PROCESSOS E MATERIAIS GEOLÓGICOS IMPORTANTES EM AMBIENTES TERRESTRES
característica das
Agranular Granular
Leucocratas
Basalto
Gabro
Andesito
Diorito
Riólito
definida por
Atitude das camadas
possuem
Rejecto
apresentam
Falhas
Distensivas podem originar
Falhas normais
Compressivas podem originar
Falhas inversas
podem ser
Tensões
provocadas por
Direcção
D. neutra
Anticlinal pode ser
pode ser
possuem
GEOLOGIA | PROCESSOS E MATERIAIS GEOLÓGICOS IMPORTANTES EM AMBIENTES TERRESTRES
Falhas de desligamento
podem originar
Cisalhantes
podem ser
Dobras
1:15 PM
pode ser
Deformação das rochas
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caracterizada por
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
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MAPAS DE CONCEITOS Plano axial Núcleo Eixo
Zona de charneira Flancos
Sinclinal
Sinforma
Antiforma
Muro
Tecto
Plano de falha
Inclinação
77
78
existe, por exemplo,
existe, por exemplo,
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
Xistosidade
Bandado gnáissico
por exemplo
Foliação
existe, por exemplo,
Clivagem Grau baixo Grau médio Grau alto de metamor- de metamor- de metamorfismo fismo fismo
permitem identificar
Minerais-índice
podem surgir
pode originar
M. regional
pode ser
pode ser constituída por
Auréola metamórfica
originam
Intrusões magmáticas
devido
M. contacto
MAPAS DE CONCEITOS
como
T. não litostática
pode ser
Tensão
Alterações texturais
T. litostática
Calor
Metamorfismo
17:20
Recristalização
Fluidos de circulação
no qual intervêm
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Tempo
como
Factores de metamorfismo
resultam de
Rochas metamórficas
implica
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GEOLOGIA | PROCESSOS E MATERIAIS GEOLÓGICOS IMPORTANTES EM AMBIENTES TERRESTRES
Quartzitos
Mármores
Corneanas
Gnaisses
Micaxistos Filitos
Ardósias
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GEOLOGIA | PROCESSOS E MATERIAIS GEOLÓGICOS IMPORTANTES EM AMBIENTES TERRESTRES
GUIA DE EXPLORAÇÃO DE TRANSPARÊNCIAS
Transparência 8 – Ciclo das rochas O ciclo das rochas é um conceito globalizante, consequência de processos geológicos relacionados com o dinamismo terrestre. Os materiais geológicos em diferentes contextos alteram-se e reorganizam-se formando diferentes litologias.
Esta transparência pode ser explorada em diferentes situações, como: •
No início do estudo das rochas, actualizando os conhecimentos adquiridos em aprendizagens anteriores.
•
Ao longo do estudo dos diferentes grupos de rochas, procurando estabelecer relações entre eles e relações com os contextos termodinâmicos e químicos em que são gerados.
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
Outras sugestões de exploração: •
Identificar diferentes processos envolvidos no ciclo das rochas.
•
Caracterizar diferentes ambientes geradores de rochas.
•
Estabelecer relações entre diferentes litologias.
•
Relacionar aspectos texturais e estruturais com as condições em que as rochas são geradas.
•
Relacionar geodinâmica externa e geodinâmica interna.
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GUIA DE EXPLORAÇÃO DE TRANSPARÊNCIAS
GEOLOGIA | PROCESSOS E MATERIAIS GEOLÓGICOS IMPORTANTES EM AMBIENTES TERRESTRES
Transparência 9 – Diversificação da vida Os fósseis, sendo vestígios da vida passada, permitem fazer a história dessa vida na Terra. Embora se admita que a vida foi bem mais rica e diversificada do que aquilo que os fósseis testemunham, com os documentos disponíveis é possível imaginar a história de diferentes grupos de seres vivos. Muitas formas foram extintas ao longo do tempo e outras, apesar de terem experimentado vicissitudes, com grandes reduções durante os períodos de crise biológica, não foram totalmente eliminadas. A partir das formas que resistiram houve novo desenvolvimento e, muitas vezes, mesmo diversificação. Esta transparência pode ser explorada não só em Geologia, ao ser observado o assunto rochas sedimentares, arquivos da História da Terra, como na Biologia, quando se trata da biodiversidade e da classificação dos seres actuais.
•
Localizar no tempo o surgimento de novas formas de vida.
•
Identificar temporalmente crises biológicas associadas a grandes extinções, discutindo possíveis causas dessas extinções.
•
Reconhecer grupos que, apesar de terem sido atingidos por grande regressão, não foram eliminados e a partir de formas sobreviventes se diversificaram e chegaram até ao presente.
•
Identificar os grupos com maior representatividade na actualidade.
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P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
Sugestões de exploração:
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GEOLOGIA | PROCESSOS E MATERIAIS GEOLÓGICOS IMPORTANTES EM AMBIENTES TERRESTRES
GUIA DE EXPLORAÇÃO DE TRANSPARÊNCIAS
Transparência 10 – Cristalização fraccionada de uma mistura magmática basáltica A cristalização de um magma é um fenómeno complexo em que intervêm vários factores, além do facto de no magma existirem materiais variados com pontos de fusão/consolidação diferentes. De recordar, por exemplo, que uma câmara magmática é um espaço muitas vezes de grandes dimensões dentro da qual as condições são variáveis, criando-se ambientes de cristalização diferentes. É de considerar, ainda, a natureza das rochas envolventes da câmara magmática.
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
Sugestões de exploração:
TUV11DP-06
•
O diagrama pode servir de apoio ao esclarecimento das diferenças entre série contínua e série descontínua de reacções de Bowen.
•
Pode ser utilizado para compreensão da evolução do magma residual conforme vai progredindo o fenómeno da cristalização fraccionada.
•
Esclarecer o significado de alguns conceitos, como félsico, máfico e ultramáfico, etc.
•
Recordar as características de alguns minerais que constituem as séries contínua e descontínua das reacções de Bowen.
•
Enfatizar a complexidade dos fenómenos que podem ocorrer durante a consolidação de um magma.
•
Discutir como rochas com diferente composição podem ser originadas a partir de um magma original.
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DOCUMENTOS DE TRABALHO
GEOLOGIA | RECURSOS GEOLÓGICOS – EXPLORAÇÃO SUSTENTADA
Recursos geológicos – exploração sustentada
Assuntos
Documentos
Recursos minerais
Doc. 1 Localização de alguns recursos geológicos em Portugal
Recursos energéticos
Doc. 2 Ouro negro a nossos pés Doc. 3 O radão e a saúde pública Doc. 4 Qual a permeabilidade de diferentes materiais geológicos?
(Trabalho prático) Águas subterrâneas
Doc. 5 Que características podem ser identificadas nas águas
para consumo humano? (Trabalho prático) Doc. 6 Como calcular a porosidade de uma rocha? (Trabalho prático) Doc. 7 Estudo do caso: o aquífero de Ogallala
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
Os documentos apresentados permitem: • informar sobre recursos geológicos explorados em Portugal e o seu significado para a economia do país; • conhecer a existência de trabalhos de prospecção de jazigos petrolíferos em Portugal; • conhecer impactes na saúde das populações inerentes à utilização da rocha granítica na construção de habitações; • desenvolver actividades de laboratório; • analisar um estudo de caso.
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DOCUMENTOS DE TRABALHO
GEOLOGIA | RECURSOS GEOLÓGICOS – EXPLORAÇÃO SUSTENTADA
Doc. 1 Localização de alguns recursos geológicos em Portugal
A evolução da indústria extractiva (minas, pedreiras, águas) no período de 1989-1998 evidencia a alteração provocada no subsector de minas, pelo arranque dos projectos de produção de concentrados de cobre, no ano de 1988, e de estanho em 1990, na mina Neves-Corvo. Dado ser o projecto mineiro mais importante actualmente existente no país e de se localizar na região do Alentejo, faz com que esta região detenha posição dominante relativamente às restantes regiões neste subsector. Relativamente ao subsector de pedreiras, onde se incluem as rochas ornamentais e as rochas industriais, tem-se registado um significativo ritmo de crescimento. Constata-se que a região do Alentejo é o maior centro produtor de rochas ornamentais, onde se localiza a zona de mármore e granito ornamental mais importante do país. V. Castelo
Minas – caulinite, feldspato e talco são os minerais que actualmente apresentam maiores valores de produção.
Bragança
Norte
Braga
Vila Real
Pedreiras – rochas mais exploradas: o granito, a ardósia, o xisto ardosífero e o serpentinito.
Porto
Minas – volfrâmio, urânio, feldspato, sal-gema, pegmatito com lítio, caulino e quartzo.
Viseu Aveiro Guarda Coimbra
Centro
Castelo Branco
Leiria
Pedreiras – granito ornamental e rochas semelhantes e calcário. Minas – sal-gema, caulino e diatomito. Pedreiras – diversos calcários, argilas e areias.
Santarém
Lisboa e Vale do Tejo
Portalegre
Lisboa Setúbal
Minas – faixa piritosa de que se destaca a mina de Neves-Corvo. Materiais explorados: cobre, ferro-manganês, estanho e quartzo.
Évora
Alentejo
Pedreiras – calcários cristalinos da faixa Estremoz-Borba-Vila Viçosa; granito; xisto ardosífero.
Beja
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
Minas – sal-gema (em Loulé). Pedreiras – calcário, sienito nefelínico, brechas carbonatadas e gesso. Algarve Faro
Instituto Geológico e Mineiro
Sugestões de exploração – A exploração deste documento não visa a memorização da localização destes recursos geológicos, mas apenas a visualização geral da sua distribuição ao longo do país. – Pode ainda ser feita uma tentativa de relacionamento da ocorrência de algumas das rochas e minerais referidos com o contexto geológico em que ocorrem. – Sugere-se, ainda, uma investigação relativa às aplicações possíveis de alguns dos recursos geológicos. – Pode também servir de ponto de partida para trabalhos de pesquisa relativamente à existência de alguns destes recursos na região onde se situa a escola. 83
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DOCUMENTOS DE TRABALHO
GEOLOGIA | RECURSOS GEOLÓGICOS – EXPLORAÇÃO SUSTENTADA
Doc. 2 Ouro negro a nossos pés
O jogo da busca de hidrocarbonetos começa logo por algumas regras elementares. Tem de haver uma rocha-mãe, em locais muito ricos em sedimentos e matéria orgânica. É preciso uma rocha-reservatório, que aprisione, como uma armadilha, os fluidos que já passaram por processos de migração e de maturação. Estas são as regras de ouro. Na geologia, a corrida já começou há mais de 300 milhões de anos. E, para se encontrarem hidrocarbonetos, entra em cena um outro elemento: o sincronismo das regras atrás enunciadas. Em conjunto, formam aquilo a que, na gíria da indústria, se chama o magic five. Se falha uma, falham todas. Depois, há, ainda, que contar com o gradiente térmico natural, ou seja, que aquelas rochas e condições que se encontraram no tempo certo da História estejam a uma temperatura adequada: “Se o gradiente for baixo, a rocha pode ser boa mas não teremos petróleo.” Estamos a falar de uma costa por explorar. E a abordar probabilidades de sucesso muito reduzidas. Onde está o petróleo? As empresas petrolíferas preparam-se para furar abaixo dos 2 mil metros em Portugal. Mas mesmo a 4 mil metros (consórcio Petrobras/Galp/Partex, no litoral de Peniche), ainda não se aproximam do abismo que no Brasil, em Tupi, acaba de revelar mais uma jazida de grandes dimensões.
Áreas de concessão Mohave Oil & Gas Company EUA, exploração
Limite da ZEE
Data do contrato þ 3 de Agosto de 2007 Local þ São Pedro de Moel Profundidade þ Até 200 metros
Porto
Petrobras/Galp/Partex Brasil e Portugal, exploração Coimbra Figueira da Foz
þ 18 de Maio de 2007 þ Litoral, entre Porto
e Lisboa os 1500 e os 4 mil metros
þ Entre
Peniche Santarém
LISBOA
•A o maté agora real ior furo, izad , o Alga no rve
0 000
555 s ro met
Tullow Oil/Galp/Partex Irlanda e Portugal, exploração
1
0
200
þ 1 de Fevereiro de 2007 þ Entre Sines e Cabo
• Ao
larg Pen o de i os che, hidr buscfuros oca rbonarão et prof a grandos und idade e
0 300
de São Vicente mil metros
þ Até
Repsol-YPF/RWE-Dea Espanha e Alemanha, exploração
0 0
600 ro d e no BTupi, rasi l
Vila Real de Santo António Faro
0 400os r met
500
• Fu
Sines
0 700os r met
þ Falta assinar contrato þ Entre Faro e Vila Real
de Santo António mil metros
þ Até
0
800
84
0
50 km
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
Setúbal
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GEOLOGIA | RECURSOS GEOLÓGICOS – EXPLORAÇÃO SUSTENTADA
DOCUMENTOS DE TRABALHO
As promessas chegam também do outro lado do Atlântico. Na costa leste do Canadá foram descobertas jazidas colossais de hidrocarbonetos. Milhões de barris nos blocos da Terra Nova e Hibernia. Ora, a América e a Europa já estiveram ligadas nos primórdios do tempo: a Pangea. É, assim, com alguma lógica que se revela uma forte similaridade entre o Oeste português e as bacias do Leste canadiano. Quando, há 250 milhões de anos, todos os continentes estavam unidos numa única massa de terra, Portugal partilhava “fronteiras” com alguns dos mais promissores produtores de hidrocarbonetos. Pangeia
Mundo actual
Eurásia Terra Nova e Hibernia
Terra Nova e Hibernia América do Norte
Península Ibérica
América do Norte
Península Eurásia Ibérica O Golfo de Cádiz esteve ligado ao Algarve África
Índia
Mauritânia América do Sul
Mauritânia América do Sul
África
Austrália Índia
Antárctida Austrália Antárctida
Adaptado da revista Visão, 29 de Novembro de 2007
Sugestões de exploração Este documento pode servir de base para a discussão da problemática que envolve a importância da exploração dos combustíveis fósseis.
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Outros tópicos de exploração: • problemas ambientais relacionados com a exploração petrolífera; • importância económica; • conceitos de recursos renováveis e não renováveis; • energias alternativas, etc.
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DOCUMENTOS DE TRABALHO
GEOLOGIA | RECURSOS GEOLÓGICOS – EXPLORAÇÃO SUSTENTADA
Doc. 3 O radão e a saúde pública
O radão foi notícia em 2004 nos jornais nacionais, uma vez que este gás, com efeitos nocivos ao nível da saúde pública, foi detectado na Escola Secundária da Sé, na Guarda. Mas, afinal, o que é o radão? Como se forma?
6 transformações Chumbo (Pb206) Estável
Chumbo (Pb214) 27 minutos Polónio (Po218) 187 segundos
Decaimento (partículas a)
Decaimento (partículas a)
Atmosfera
Radão (Rn222) 3,8 dias Decaimento (partículas a) Rádio (Ra226) 1600 anos
Solo
5 transformações
Substrato rochoso (granito)
Urânio (U238) 4 500 milhões anos
O radão, gás incolor e inodoro, resulta do decaimento radioactivo do rádio-226, sendo este elemento químico, por sua vez, resultante de uma série de reacções que tiveram início com a desintegração do urânio-238. Nesta sequência de processos de decaimento radioactivo, apenas o radão se apresenta no estado gasoso, todos os outros são sólidos. Este elemento químico pode existir na atmosfera ou estar dissolvido nas águas subterrâneas. O radão pode existir em grandes quantidades em zonas cujo substrato rochoso é constituído por granito, cujos minerais podem conter elementos como o urânio que, no processo de desintegração, origina o referido gás. Cerca de quatro dias após o aparecimento do radão, ele desintegra-se noutro elemento radioactivo (polónio-218), que facilmente se liga a finas partículas de pó e que, por conseguinte, pode ser inalado. Este elemento, ao fim de três minutos, desintegra-se, emitindo radiações a e b. As radiações a podem quebrar as duas cadeias da dupla hélice de DNA, originando mutações ao nível das células dos pulmões. Embora seja ainda tema de muita controvérsia, alguns estudos apontam para uma associação entre a exposição ao radão e o aparecimento de cancro de pulmão. Por exemplo, é possível que exista um efeito amplificador do risco de aparecimento de cancro do pulmão em indivíduos fumadores. Estima-se que o risco de esses indivíduos contraírem cancro do pulmão aumenta 10 a 20 vezes.
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P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
Formação do radão no ambiente
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DOCUMENTOS DE TRABALHO
GEOLOGIA | RECURSOS GEOLÓGICOS – EXPLORAÇÃO SUSTENTADA
Uma das formas de evitar elevadas concentrações de radão é criar nas habitações construídas em zonas graníticas uma boa ventilação, de modo a evitar níveis elevados deste gás nas habitações ou outros espaços.
Ventilação Atmosfera Radão
Águas domésticas Radão Radão
Canalizações Fendas
Ventilação
Rádio " Radão (Ra " Rn)
Difusão Canalizações
Radão no solo
Sistema de esgotos Radão no solo
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Em 1990, a Comissão Europeia emitiu uma recomendação em que indica o valor de 400 Bq/m3 como valor-limite (1 bequerel corresponde a uma desintegração por segundo) para a concentração de radão no interior das habitações já construídas, e de 200 Bq/m3 para habitações a construir. No caso da escola da Guarda, o valor medido num dos espaços da escola era de 4000 Bq/m3. Uma das causas apontadas para a existência destes níveis de radão na escola é a fraca ventilação das caixas-de-ar situadas sob os laboratórios. Por exemplo, numa das caixas-de-ar da escola foi identificada uma falha geológica com mineralização de urânio. Um dos processos sugeridos para diminuir os níveis de radão na escola da Sé é a impermeabilização, com tela betuminosa, da laje de betão sob os laboratórios em causa. Não sendo possível ao ser humano impedir a desintegração natural dos isótopos radioactivos, a solução pode passar por vedar fracturas ou outros pontos no substrato rochoso que permitam a emissão deste gás, ou instalar sistemas de ventilação que removam o radão de uma forma eficiente dos edifícios.
Sugestões de exploração A análise deste documento pode servir para esclarecer os alunos relativamente ao problema de saúde que o radão pode levantar. • Pode também ser interessante criar tópicos de discussão relativamente à forma como são actualmente construídos os edifícios para habitação em zonas graníticas e se respeitam as normas comunitárias. • A escola pode sugerir o estabelecimento de parcerias com estabelecimentos de ensino superior no sentido de serem criados projectos de monitorização do radão no edifício escolar. •
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DOCUMENTOS DE TRABALHO
GEOLOGIA | RECURSOS GEOLÓGICOS – EXPLORAÇÃO SUSTENTADA
Doc. 4 Qual a permeabilidade de diferentes materiais geológicos? (Trabalho prático)
Material: – Diferentes amostras de materiais geológicos: areia fina, areia grosseira, argila – 4 funis – 4 provetas graduadas – Água – Papel de filtro ou algodão hidrófilo – Cronómetro Modo de proceder: 1 – Coloque no fundo de cada um dos funis um pedaço de algodão hidrófilo ou forre-o com papel de filtro, de modo a tapar a sua abertura. 2 – Ponha cada um dos funis sobre uma proveta. 3 – Em cada funil coloque o mesmo volume de cada uma das amostras de materiais geológicos seleccionados para o ensaio. 4 – Verta 50 cm3 de água em cada uma das montagens. • Registe o que observa em cada uma das situações, após ter decorrido 1 minuto. • Com base nos dados das suas observações, relacione a natureza litológica com o seu comportamento hidrogeológico.
Sugestões de exploração Planifique uma actividade experimental que lhe permita testar a porosidade de alguns materiais geológicos.
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DOCUMENTOS DE TRABALHO
Doc. 5 Que características podem ser identificadas nas águas disponíveis para con-
sumo? (Trabalho prático) Material: – Diferentes tipos de água de consumo: água da torneira e diversos tipos de águas engarrafadas – Copos de vidro – Carta geológica de Portugal – Sabão líquido – Medidor de pH Modo de proceder: 1 – Tape o rótulo de cada uma das águas engarrafadas. • Registe para cada tipo de água a respectiva denominação legal e comercial. • Determine o pH de cada uma das águas.
2 – Encha um copo com uma das variedades de água e em seguida realize uma prova gustativa. • Registe numa tabela o resultado dessa prova em termos de sabor (cloro, ferro, calcário,
gaseificação…). • Anote outros aspectos que julgue importantes para a caracterização da água. 3 – Assinale na carta geológica de Portugal o local onde foi realizada a respectiva captação. • Procure relacionar a composição química da água com a litologia predominante no local
onde foi realizada a captação. 4 – Num tubo de ensaio coloque 50 ml de cada uma das variedades de água. 5 – Deite 5 gotas de sabão líquido em cada um dos tubos de ensaio. Em seguida agite cada um dos tubos de ensaio.
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• Observe e registe os resultados.
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Doc. 6 Como calcular a porosidade de uma rocha? (Trabalho prático)
Material: – Balde com capacidade aproximada de 5 L – Areia bem seca – Torneira com filtro – Argila – Proveta – Cascalho Modo de proceder: 1 – Na base do balde adapte uma torneira. 2 – Encha o balde com 4 L de areia bem seca (Vt). 3 – Adicione água com uma proveta, até a água alcançar o topo da areia (Vv). 4 – Calcule a porosidade em percentagem, aplicando a seguinte expressão: Vv P(porosidade) = (volumes vazios) * 100. Vt(volume total) 5 – Abra a torneira e deixe escoar a água na totalidade. Verifique se o volume da água que é escoada (Ve) é inferior ou igual ao que foi adicionado inicialmente. 6 – Calcule a porosidade eficaz (PE) através da seguinte expressão: Ve PE(porosidade eficaz) = (volume de água escoada) . Vt(volume total) • Proponha uma explicação para o valor encontrado em 6.
7 – Repita o procedimento anterior para outro tipo de materiais rochosos com granulometrias distintas.
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• Discuta os resultados obtidos.
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DOCUMENTOS DE TRABALHO
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Doc. 7 Estudo de caso: o aquífero de Ogallala
O aquífero de Ogallala, nos Estados Unidos, é o maior reservatório de água subterrâneo conhecido do Mundo. Se a água contida neste reservatório subterrâneo fosse colocada à superfície, cobriria os 50 estados norte-americanos (excepto Havai e Alasca) com uma camada de 0,5 metros de água. Deste aquífero foram bombeadas enormes quantidades de água, o que permitiu transformar vastas zonas áridas numa das mais ricas regiões agrícolas dos Estados Unidos. Face à utilização destas vastas reservas de água, as explorações agrícolas desta região produzem cerca de 20% da produção agrícola deste país. A prosperidade que este enorme aquífero proporcionou a muitos agricultores e comerciantes da região tem tido, contudo, impactes ambienDakota do Sul Wyoming tais muito graves, nomeadamente o esgotamento das reservas deste aquífero em muitas áreas. Apesar das suas enormes dimensões, este aquífero não tem capacidade de renovar os Nebrasca seus stocks de água, que foram armazenados durante o recuo dos glaciares na última glaciação, entre 15 000 e 30 000 anos atrás. Kansas Em algumas áreas, o bombeamento da água Colorado foi efectuado 8 a 10 vezes mais depressa do que a sua capacidade natural de renovação. Os estados americanos mais a norte, como o Dakota do Norte, o Dakota do Sul e o Colorado, ainda têm grandes reservas. No entanto, nos estados mais a sul as reservas são cada vez mais reduzidas. Oklahoma Novo Especialistas em hidrogeologia estimam México que, com as taxas de consumo actual, 1\4 das reservas originais deste aquífero estarão completamente esgotadas por volta de 2020, Texas e muito mais cedo em zonas onde a espessura do aquífero é menor. Esta tragédia anunciada seria evitada se o Governo não atribuísse generosos subsídios Saturação em água do aquífero de Ogallala que incentivam a produção agrícola de algo< 183 m (em alguns < 61 m dão nestas regiões, uma vez que a cultura locais superior a 370 m) desta planta exige grandes quantidades de 0 160 km Entre 61 e 183 m água.
Sugestões de exploração Discutir o conceito de recurso renovável aplicado às águas subterrâneas. • Procurar identificar a causa do elevado consumo destas reservas de água. • Propor soluções para que, de um modo sustentável, possa ser conciliado o uso da terra e o uso das reservas de água de um aquífero. • Enfatizar a necessidade de adoptar medidas de vigilância e controlo na abertura de captações, que são realizadas de uma forma anárquica no nosso país. •
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Escombreiras
podem constituir
Ganga
Mármore
Materiais de construção
Combustíveis fósseis
permite a gestão racional
podem poluir
Estatuária
utilizados, por exemplo, em
Calcário
por exemplo
Energia nuclear
Fontes de energia
Energia geotérmica
podem ser
Aquíferos
formam
Águas subterrâneas
são condicionados
Exploração sustentada
GUIA DE EXPLORAÇÃO DE TRANSPARÊNCIAS
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Materiais economicamente rentáveis
constituídos
Minérios
Granito
por exemplo
Rochas
por exemplo
devem ter
por exemplo
Renováveis
Reservas
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onde se extraem
Jazigos minerais
podem formar
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por exemplo
Não renováveis
podem ser
Recursos geológicos
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GEOLOGIA | RECURSOS GEOLÓGICOS – EXPLORAÇÃO SUSTENTADA
Porosidade
Permeabilidade
Cativos Livres
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GUIA DE EXPLORAÇÃO DE TRANSPARÊNCIAS
GEOLOGIA | RECURSOS GEOLÓGICOS – EXPLORAÇÃO SUSTENTADA
Transparência 11 – Aumento do efeito de estufa – impactes resultantes do consumo excessivo dos recursos geológicos A elevação do nível médio das águas do mar tem vindo a aumentar durante estas últimas décadas devido, principalmente, ao aumento do efeito de estufa. A oscilação do nível das águas do mar é um fenómeno natural que tem ocorrido várias vezes ao longo dos tempos da história da Terra. Contudo, nestes últimos anos, este fenómeno evoluiu a um ritmo muito mais acelerado e supõe-se que o ser humano seja o grande responsável. O uso intensivo dos combustíveis fósseis, a desflorestação, a produção de gases como, por exemplo, o CO2 e o CH4 são os grandes responsáveis pelo aumento do efeito de estufa.
P – Terra, Universo de Vida 11.° – Dossier do Professor
A exploração desta transparência pode ajudar a reflectir sobre: •
Consequências gerais das alterações climáticas a nível planetário.
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Alterações que podem ocorrer no nosso país.
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Comportamentos que cada um de nós deve adoptar no sentido de contribuir para reduzir os efeitos do impacte antrópico sobre o ambiente.
Além das alterações sugeridas na transparência, outras podem ser consideradas: … no sector florestal – Migração das espécies de árvores de sul para norte e do interior para o litoral. – O sobreiro e o pinheiro bravo prosperam no Norte a maiores altitudes. – O interior alentejano pode ficar demasiado quente e seco para o montado. – A produtividade vegetal sobe no Norte e desce muito no Sul. – Os impactes colocam em perigo as indústrias florestais e os seus actuais 250 mil postos de trabalho.
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GUIA DE EXPLORAÇÃO DE TRANSPARÊNCIAS
GEOLOGIA | RECURSOS GEOLÓGICOS – EXPLORAÇÃO SUSTENTADA
… no sector energético – Maior potencial das barragens a norte. – Menor potencial das barragens a sul. – Redução dos gastos energéticos no aquecimento de água. – Melhor desempenho dos painéis solares (mais horas de sol). – Maiores necessidades energéticas na climatização durante o Verão. – O pico de consumo de energia passará do Inverno para os meses quentes (necessidade de arrefecimento suplanta a de aquecimento). … no sector do turismo – A sazonalidade no Algarve será suavizada (menos turistas no Verão por causa do calor extremo e mais na Primavera e no Outono, épocas melhores para a praia).
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– O país pode ganhar na concorrência com as estâncias de esqui: a diminuição de neve nas montanhas levará os turistas a procurarem outros destinos de férias na Europa.
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GUIA DE EXPLORAÇÃO DE TRANSPARÊNCIAS
Transparência 12 – Aquíferos: Que riscos? Que gestão? A água subterrânea é um recurso geológico de inegável valor económico, social e político. Tal como acontece com outros recursos, também as águas subterrâneas estão, hoje, num estado de grande vulnerabilidade devido a uma gestão não sustentável realizada pelo ser humano. Algumas actividades humanas podem alterar de forma irreversível um aquífero, uma vez que o tempo necessário e os custos envolvidos numa eventual recuperação não são exequíveis. Sugerem-se, seguidamente, alguns tópicos de exploração desta transparência: Estabelecer a diferença entre aquífero livre e aquífero cativo.
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Identificar actividades humanas que podem levar à contaminação dos aquíferos.
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Distinguir fontes tópicas (via directa) de fontes difusas (via indirecta) relativamente à contaminação desta componente do ciclo hidrológico.
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Identificar situações que podem causar efeitos prejudiciais na saúde humana derivados da ingestão de água contaminada.
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Discutir a necessidade da promoção de um ordenamento do território efectivo com vista à preservação deste importante recurso geológico.
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