GREICY SALVARO GUSTAVO SPILLERE LUIS FURTUNATO MAIK DAL PONT MARIA KATARINA SERAFIM MATEUS F. TAINARA MONTEIRO
TRABALHO DE HISTÓRIA
CRICÍUMA – 2010
GREICY SALVARO GUSTAVO SPILLERE LUIS FURTUNATO MAIK DAL PONT MARIA KATARINA SERAFIM MATEUS F. TAINARA MONTEIRO
TRABALHO DE HISTÓRIA Trabalho apresentado à disciplina de História, por solicitação do professor Luciano.
CRICÍUMA – 2010
1. INTRODUÇÃO
Neste trabalho o assunto que será abordado, como previsto, a Roma Antiga, de onde será visado explicar de maneira interativa por relatos a história de Roma, seu surgimento, sua República e suas crises, indo ao Império, onde se estabeleceu um período de paz até que novamente o declínio romano surgiu, decaindo cada vez mais com o poder desta civilização até que de fato fosse destruída. Serão levantados itens, dos quais originarão relatórios, que como dito acima, serão apresentados de maneira interativa – onde o narrador será um personagem de Roma, contratado por Rômulo Augusto para relatar sobre Roma República e Império – e objetiva. Desde uma linha cronológica preparada textualmente como maneira de introdução à história de Roma até o período de tempo onde se encontra o último imperador, Rômulo Augusto. Este trabalho visa entender o encaminhamento de Roma para sua ascensão, seu apogeu e seu total declínio e o motivo de todos estes acontecimentos. Uma carta posteriormente também será relacionada como parte desta interatividade, mostrando por intermédio do escritor – personagem / narrador – a visão de grupo dos fatos pesquisados de uma forma criativa.
2. LEVANTAMENTO DOS DADOS
DIVISÃO CRONOLÓGICA DA HISTÓRIA DE ROMA
a i u q r a n o M
a c i l b ú p e R
753 a.C. – Fundação de Roma 717 a.C. – Morre Rômulo (primeiro governante de Roma) que é sucedido por Numa Pompilio. 674 a.C. – Começa o reinado de Tulio Hostilio. No período de Tulio sucedeu-se o duelo dos Três Horácios onde derrubaram a cidade de Alba Longa, inimiga de Roma. 641 a 535 a.C. – Passagem de outros quatro reis de Roma. 509 a.C. – Revolta dos romanos contra Tarquinio (atual rei de Roma à época) e proclamação da Republica. 486 a.C. – O cônsul Espúrio tenta reforma agrária, mas não é permitido por conta dos patrícios. O descontentamento dos plebeus com os patrícios cr esce. 450 a.C. – Criam-se as leis das Doze Tábuas após a situação da fuga para o Monte Sagrado realizado pelos plebeus. 367 a.C. – Os plebeus ganham acesso ao cargo de cônsul. 275 a.C. – O período das conquistas romanas se inicia, onde por sua vez, conquistam a península itálica. 218 a.C. – Cartago ataca a península itálica. 149 a.C. – Após ocuparem a península Ibérica e derrotar Cartago, as invasões na Grécia se iniciaram. 133. a.C. – Roma teve controle total do Mar Mediterrâneo. 81 a.C. – Inicia-se a ditadura militar em Roma. 73 a.C. – Revolta dos escravos liderados por Espártaco. Venceram o exército romano diversas vezes, embora tenham sido derrotados. 63 a.C. – Roma passou a dominar Jerusalém. 59 a.C. – Primeiro Triunvirato (Pompeu, Crasso e Júlio César). 43 a.C. – Segundo Triunvirato (Marco Antônio, Otávio e Lépido). 27 a.C. – Otávio recebe o título de Augusto e se torna o primeiro imperador romano. Inicia-se um novo período em Roma, o do Império.
o i r é p m I
14 d.C. – Morre Otávio Augusto. 27 a.C. a 192 d.C. – Pax romana. Período caracterizado por grande paz no Império romano, onde Roma esteve em seu apogeu. 193-235 d.C. – Crise do terceiro século. 284 d.C. – Cai o Alto Império, surge o Baixo Império, sofrendo momentos de crise. 313 d.C – Constantino isenta os cultos dos cristãos. 330 d.C. – Constantino reforma a cidade bizantina e a nomeia de Constantinopla. 378-395 d.C. – Governo de Teodósio. 395 d.C. – Teodósio morre como o último à governar o Império unificado. Seus dois filhos tornam-se imperadores, um do Oriente e outro do Ocidente. 443 d.C. – Acontece um grande terremoto em Roma o qual causa grandes desastres estruturais e econômicos, destruindo até parte do Coliseu. 475 d.C. – O governo do Imperador Rômulo Augusto inicia.
O regime republicano visa o atendimento dos interesses gerais dos O que significa república?
cidadãos (que em Roma inicialmente dá-se essa consideração apenas aos patrícios). A republica tende à democracia de escolha do poder político – poder qual se estabelece por um período prédeterminado.
Por que a
Roma republica passou a existir por conta das revoltas dos romanos
República foi
contra os reis etruscos em sua monarquia. Com a expulsão de
formada e como é Tarquinio, o último rei romano, iniciou-se o regime republicano, a sua estrutura formado por magistrados (separados pelos cônsules, os questores, os política?
edis, os pretores, os censores e o pontífice máximo) quais eram selecionados pelo senado, um conselho de idosos.
Por que existia
Estes conflitos existiam pela exclusão social a qual sofriam os
conflito entre
plebeus, sem os mesmos direitos dos patrícios e tendo que lhes servir
patrícios e
no comércio e nas lutas quando sucedia-se uma guerra, entre outras
plebeus?
coisas. Os plebeus puseram-se em revolta no século V.
Os plebeus enfim conquistaram seus direitos após os acontecimentos que os fizeram fugir para o Monte Sagrado após uma guerra – a mando dos patrícios – em qual se saíram vitoriosos. Neste local cujo Os plebeus conquistaram alguns direitos? Cite quais foram as consequências.
se refugiaram, os plebeus desejavam formar uma nova cidade. No entanto, os patrícios se viram receosos se perdessem os plebeus – já que dependiam deles para diversas coisas, inclusive para as guerras –, sendo assim, alguns direitos foram concedidos à plebe e mais tarde
surgem as Leis das Doze Tábuas. Os plebeus enfim puderam ter o poder político semelhante ao dos patrícios – podendo se tornar magistrados ou simplesmente votarem. A abolição da escravidão por dividas tornou-se um dos direitos conquistados por estes novos cidadãos. A possibilidade de casamento entre patrícios e plebeus.
Uma das conseqüências da expansão territorial romana foram as Guerras Púnicas, originadas pelo seguinte motivo: como Cartago era uma potencia comercial de demasiado poder dentro do Mediterrâneo , as disputas pelas rotas comerciais e pelos territórios conquistados Quais as consequências da expansão territorial romana?
criaram diversos conflitos entre ambos povos. Foram três grandes guerras das quais por fim Roma se saiu vencedora e tomou Cartago. O fluxo de riquezas tornou-se outra grande conseqüência da expansão territorial romana, pois os pequenos e médios proprietários estavam
impossibilitados
de
concorrerem
com
os
grandes
latifundiários; esta situação originou o êxodo rural, onde os camponeses foram todos para as cidades. A demasiada pobreza na cidade entrou em contexto neste êxodo, seguido pelo aumento da escravidão. Houve um considerável aumento escravidão, que passou em um Por que surgiram período de tempo de seiscentos mil para dois milhões de escravos. as revoltas dos
No entanto, as revoltas que se sucederam foram resultados de maus-
escravos em
tratos que recebiam constantemente. Isso gerou uma revolta em
Roma?
massa nos escravos que seguidos por Espártaco criaram conflito entre os cidadãos, originando-se em guerras.
Tibério e Caio Graco ao analisarem a decadência de Roma, criaram medidas para que a crise fosse sanada. Eles perceberam que era necessário redistribuir terras para os camponeses, já que os mesmos eram necessários para o reabastecimento da cidade. Tibério, ao ser Quais eram os objetivos dos irmãos Graco?
eleito tribuno da plebe, propôs uma reforma agrária com a finalidade de conter o êxodo rural e distribuir trabalho aos desocupados. No entanto estas propostas não foram aceitas. Caio mais tarde, após a morte de seu irmão, regressou com as propostas do mesmo e ainda propôs a distribuição de roupas e armas para os pobres. Caio Graco fez com que os cereais fossem distribuídos pelo governo pela metade do preço, o que fez grande massa da população pobre tornar-se defensora dos Graco.
Na decorrente crise pela qual Roma trilhava sinuosamente, foi de percepção geral e demonstração dos próprios patrícios a incapacidade de sanarem as ordens políticas e sociais. Por conta Porque se iniciaram as ditaduras militares? Quais foram suas conseqüências?
desta instabilidade, alguns dos generais romanos mais destacados assumiram o poder, com o apoio do exército. Concerne a este contexto a iniciação das ditaduras militares. A conseqüência disto foi diversas reformas – dentre as quais visavam os benefícios de militares. Num certo período quando os soldados passarem a ser assalariados, o poder concentrou-se em armamento e conquista sobre um ao outro entre os generais, contribuindo assim para a decadência da república. Entre os anos de 86 e 27 a.C. diversos generais se sucederam no poder e governaram como ditadores.
Como foi a transição da República para Roma Império?
Com a total decadência da república romana, ocasionado por guerras, má-administração, entre outros perturbadores acontecimentos, Otávio, um ditador e integrante do Segundo Triunvirato da República, deu inicio a grandes transformações na sociedade, que o levaram em 27 a.C. ao cargo de Imperador, surgindo assim, um novo período da história de Roma.
As invasões bárbaras se intensificaram, o que desorganizou o Quais os motivos que levaram a decadência do Alto Império?
comércio, a indústria; aumento da insegurança no campo, ocasionando na diminuição da mão de obra. As fronteiras tiveram que obter maiores reforços, o que causou um sobejo das despesas do Estado para que o exército se mantivesse. Dentro do exército romano também foi instalado a anarquia, resultando em decadência do mesmo. As invasões dos bárbaros cada vez mais aumentavam e o resultado foi um declínio do Principado, dando adeus à paz romana e iniciando um período chamado de Dominado ou Baixo Império.
Quais as medidas tomadas por Diocleciano e Constantino?
Diocleciano e Constantino foram dois imperadores romanos que tentaram pôr ordem no caos agregado à sociedade. Diocleciano aumento
os
impostos,
as
cidades
perderem
a
autonomia
administrativa e instalou a tetrarquia (governo de três) com o objetivo de manter uma paz social, mesmo que o poder maior continuasse em suas mãos. Criou também o Edito Máximo para que se tivesse altos preços dos produtos comerciados e dos salários. Isso apenas piorou a situação, que por vezes, resultava no desaparecimento de algum produto. Já Constantino libertou os cristãos para que fizessem seus cultos sem perseguições, através do Edito de Milão. Ele também criou a Lei do Colonato, que obrigava o trabalho a permanecer em suas terras, nas quais exercia seu trabalho e o grande latifundiário tinha a obrigação de cuidar de seus trabalhadores. Constantino substituiu então o trabalho escravo pelo servil.
Por que o cristianismo se tornou religião oficial do Império Romano?
Algum tempo após a isenção do culto dos cristãos, sanando o problema das perseguições, Teodósio acabou aderindo a religião para si, o que a tornou a religião oficial do Império e a partir daí, quaisquer que fosse a religião – não sendo cristã –, esta seria perseguida.
Teodósio além de estabelecer o cristianismo como religião oficial do Quais as medidas tomadas por Teodósio para administrar politicamente o Império Romano?
Por que os bárbaros invadiram Roma?
Império, também construiu muralhas e uma praça em Constantinopla. Teodósio transformou os visigodos – um dos ramos dos bárbaros – em aliados, fazendo que os mesmos participassem do exército romano. Ao morrer, se tornou o último governante de um império unificado de Roma, sendo que seus filhos governaram juntos, separados, porém em regiões, o Ocidente e o Oriente.
Os povos bárbaros invadiram Roma por diversos motivos. Eles estavam sendo ameaçados pelos povos hunos da China e fugirem para Roma – aproveitando o enfraquecimento das fronteiras pela crise no respectivo contexto –, iria lhes trazer mais benefícios, como por exemplo, o clima mais ameno que existia ao sul, mais propicio para sua sustentação e busca de alimentos.
Quais as consequências das invasões dos bárbaros para o Império Romano?
Cada vez mais intensificada se tornavam as invasões bárbaras; mesmo com a integração destes com o exército romano, houve um momento em que estes povos estrangeiros se revoltaram e criaram conflitos, gerando destruição e degradação da política e economia romana. O exército romano estando extinto praticamente, as fronteiras abaladas e a sociedade encontrando-se em um Estado declinado.
3. PRIMEIRO RELATÓRIO As lendas e os fatos indicam o surgimento de Roma, sendo o primeiro período desta nova civilização: a Monarquia. Conta-se que Rômulo e Remo foram irmãos abandonados no rio Tibre pela própria mãe e assim foram achados e tratados por uma loba; posteriormente, diz-se que o pastor Fáustulo e sua esposa cuidaram das crianças. Tornaram-se adultos Rômulo e Remo e em meados do século VIII a.C. restauraram o pai no trono de Alba Longa e permissões incidem para que fundem uma cidade às margens do rio Tibre. Em um ato de traição, seguido de uma discussão entre irmãos, Remo veio a morrer pelas mãos de Rômulo que por fim toma o trono da cidade fundada, Roma. Fatos pesquisados e estudados em árduo trabalho apontam que realmente Roma surgiu às margens esquerdas do rio Tibre, no ano de 753 a.C. Povos que pelas regiões da Península habitavam foram os indo-europeus, como latinos, sabinos e gregos, ao sul e os etruscos, povos de original formação que aderia sua cultura em combinação dos elementos gregos e orientais. Vê-se como hipótese que Roma teve sua formação na região de Latium pelos chefes etruscos, unindo em somente uma comunidade uma distinção de povoados de sabinos e latinos. Num período de dois séculos e meio Roma pôde crescer e se desenvolver, pondo ao lado a pequena povoação para então se transformar no início do que viria a ser o centro do mundo já conhecido e explorado pelo homem. Roma foi tomada por calçadas, fortificações e redes de esgoto. Assim foi que o latim predominou neste primeiro período caracterizado pela Monarquia, entre os anos de 753 e 509 a.C. Data-se que entre século VII e VI a.C. o domínio dos etruscos sobre Roma originou uma revolta nos cidadãos – denominados patrícios – no ano de 509 a.C., tendo por conseqüência a expulsão da realeza etrusca. Desta maneira, no mesmo ano decorrente da revolta, surge a República e com esta, um novo período para a história de Roma.
Este período data-se entre 509 e 27 a.C., antecedente ao nosso atual período, caracterizado pelo Império. No século V a.C. houve o domínio dos patrícios, o que rebaixou a plebe dos direitos amplificados dos patrícios. A plebe exigiu seus direitos em um ato rebelde que por pouco poderia ser o fim de Roma. No entanto, estes direitos foram dados aos plebeus e criadas foram as Leis das Doze Tábuas em 450 a.C. No século seguinte Roma foi saqueada pelos gauleses e os direitos à plebe foram estendidos. Neste século também se iniciou a expansão romana, onde houve domínio de toda a Península itálica. Novamente Roma encontra-se em risco ao decorrer do século III a.C., podendo ter seu fim ao guerrear três vezes contra os cartaginenses – que indubitavelmente eram extremamente poderosos. Mas Roma dominou este povo, no norte da África e também a Sicília, a Península Ibérica e os reinos helenísticos. Entre os anos 200 e 100 a.C. houve maior expansão romana fora da Itália. Neste século Tibério e Caio Graco lançaram propostas para tentarem sanar os problemas do declínio da República. Porventura também nesta época reformas nos exércitos são feitas por Mário em 111 a.C. Entra-se no último século antecedente ao nascimento de Jesus Cristo e guerras sociais entre 91 e 89 acontecem entre romanos e itálicos, assim como guerras civis. Neste período César conquista a Gália, torna-se ditador e tomase assassinado nos idos de março de 44 a.C. Augusto torna-se o primeiro imperador de Roma e o novo e atual período se inicia; dá-se fim a Roma República. Nasce Cristo e neste primeiro século de Império surgem as dinastias Júlio-Cláudia e Flávio-Trajana. No Principado surge então a Pax Romana, referente à paz estabelecida por um determinado período. Ao decorrer das décadas Roma entrou em auge de suas cidades e do comércio e surge a perseguição aos cristãos. O primeiro período do Império é tido como um período de Principado – o Alto Império –, iniciando posteriormente o começo de um grande declínio de nossa civilização, pois o governo de início reformado por Otávio Augusto foi entrando em decadência por novos imperadores menos competentes. Em 212
d.C. vê-se a extensão da cidadania dos romanos aos habitantes livres do Império. Nos anos 235 a 284 guerras civis mancham de sangue mais uma vez a história romana. No século seguinte a perseguição aos cristãos continua e Constantino tornou-se o primeiro Imperador Cristão, isentando os cultos desta crença. Há uma inversão de situação, onde o cristianismo torna-se religião oficial e novas perseguições foram feitas – desta vez para com outros cultos, considerados pagãos. Nosso Império foi dividido entre Ocidente e Oriente em 395. Com o início de um novo século há o saque de Roma em 410, como é de conhecimento do Imperador. Granjeando demasiada honra, por sinceridade, peço a Vossa Senhoria, Imperador Rômulo Augusto, que considere este primeiro relatório um meio introduzido de captar a história de nossas bases, conquistas, domínios, ascensão e declínio no mundo até então conhecido e explorado. Segue-se, agora, por contingência um meio de explicar e sancionar os problemas por vossa senhoria considerados dubitáveis e seriamente degradantes ao poder de Roma possuído, assim também como a visão de eminente perigo que estabiliza cada vez mais esta situação.
3.1. SEGUNDO RELATÓRIO
Como dito no primeiro relatório, ao surgimento de Roma, fomos caracterizados pela Monarquia ditando nossa forma de governo. Entretanto este modelo de visão governamental exercida sobre os cidadãos não foi de modo algum agradável por período de tempo tão longo. Os etruscos tinham o domínio sobre Roma e seu modo de governo unificado e demasiadamente fechado aos cidadãos causou desgosto e revolta aos patrícios que liderados por Brutus, entraram em conflito contra Tarquínio, rei etrusco. Desta forma, Brutus foi o primeiro magistrado da República de Roma, que se instalou no ano de 509 a.C., caracterizando um novo período para a história desta civilização. Roma estava muito bem desenvolvida em termos de estrutura social e arquitetônica, e com o nascimento da República, uma forma de governo que permite aos cidadãos – na época, apenas os patrícios possuíam tal direito – de escolherem seu governante. Relatam livros que todo ano eram feitas eleições que escolhiam os magistrados, para que assim o poder não se concentrasse na mão de apenas uma só pessoa. Deste modo existiam os dois principais magistrados, chamados também de cônsules, que detinham o poder militar e civil. O conselho dos idosos – que outrora já existia – adquiriu uma importância ainda maior na denominada Roma República, pois era este conselho que escolhia os cônsules. Entre os magistrados também existiam outros grupos que os separavam entre si, como os questores, que administravam o dinheiro da civilização na época, os edis, que eram encarregados de sancionar os problemas sócioestruturais de Roma, como os esgotos, edifícios, ruas, tráfegos, etc. A política de Roma à época também separava entre seus eleitos magistrados os pretores, que se encarregavam pela justiça; os censores que revisavam a lista dos senadores e controladores de contratos e por fim existia o pontífice máximo, que era considerado o chefe dos sacerdotes.
A indicação do conselho dos idosos para os magistrados causava uma grande influência, no entanto havia por outro lado a assembléia da plebe e dos soldados para a escolha destes magistrados. Mas no início da Roma República, como dito nos parágrafos acima, foram os patrícios – romanos nobres – que conquistaram este novo período romano e eles que de começo tinham os principais direitos e apenas eles poderiam ser indicados para os magistrados ou para votarem. Plebe, então, caracterizava todos os outros habitantes que não eram romanos nobres (os patrícios). Vossa senhoria pode perceber, a Republica romana teve uma marca com as lutas pelo poder entre os patrícios e romanos. Assim, os plebeus lutavam contra a aristocracia formada pelos patrícios, tentando arrecadar alguns direitos sociais e o reconhecimento de cidadania neste novo regime. A maior revolta causada na plebe foi pelo motivo de que eram cobrados c obrados deles a participação em guerras, obrigando-os a lutar. Assim, além de direitos não possuírem, tinham de servir nas conquistas romanas e acabavam a declinar cada vez mais, trazendo-lhes sérios problemas econômicos. Um manifesto sucedeu-se pelos plebeus, chamado de Revolta do Monte Sagrado. Ao estarem regressando de uma guerra, onde se saíram vitoriosos, os soldados plebeus não voltaram para Roma. Foram então para o Monte Sagrado, localizado a pouca distância de Roma, intuitivos de fundarem uma nova cidade. Como a dependência dos patrícios para com os plebeus era grande, já que os mesmos sancionavam as situações de guerra para Roma e desempenhavam importante papel nas atividades de produção, eles se viram em um grande problema: nossa civilização poderia cair. Com isto, foram obrigados a darem certos direitos sociais aos plebeus. Dentro destes direitos estavam a libertação da escravidão por dívidas, a devolução de terras tomadas por credores, e também foram permitidos terem todo ano a escolha de dois representantes da plebe na magistratura. Pela primeira vez as leis então foram escritas, por conta desta situação com os plebeus. Assim surgiram as Leis das Doze Tábuas, o que induziu os direitos iguais a todos, patrícios e plebeus, o que também permitiu-lhes casar entre si.
No entanto, há outros pontos a serem analisados para que entendamos todo o caminho de nossa história: a expansão territorial; o que nos remete a tanto domínio de áreas geográficas nos dias atuais como também referente à grande parte de nosso declínio, refere-se ao interesse surgido na época de buscar novos territórios. E como nós, romanos, viemos de uma união de diferentes povos, podíamos ter uma facilidade de interação e integração maior e mais facilmente abrangente. Então, de um modo engenhoso, a admissão de possíveis inimigos foi de grande ajuda, pois nos permitiu ter membros de outras elites aos arredores romanos, tendo-os como amigos e arremetendo suas terras. E à recusa de algum povo, eles eram mandados em guerra, para que ao perdessem, entrassem em jugo dos magistrados. Captando de forma objetiva a engenhosidade de nossos antepassados, é perceptível que se aliar a Roma era uma maneira de integrar sociabilidade entre dois povos distintos e aumentar o grau de poder romano, criando uma hegemonia à nossa política. Em outras palavras também é considerável o fator dos fornecimentos militares que este método causava a Roma, tornando-a cada vez mais forte e dominante. Aqueles que perdiam as guerras eram horrivelmente massacrados ou escravizados e suas terras dominadas entrando em domínio nosso. A maneira como se tratava de diferentes formas os povos vencidos, dificultava a união entre os povos que dominamos no passado e suas possíveis revoltas contra Roma. Alguns dos povos que se aliavam tinham todos ou parciais direitos dos cidadãos romanos, incluindo por vezes até, o de voto. No entanto isto nem fazia grande importância, já que a distância destes povos de Roma dificultava a presença física para a votação e também por maior parte dos eleitores serem da nobreza. Algumas alianças feitas permitiam aos povos terem seus próprios magistrados e leis, desde que dispusessem de tropas que Roma requisitasse para guerras. A preocupação para com as possíveis revoltas em meio a todos esses acontecimentos existia, porém. Um dos pontos analisados para comprovar isto foram as construções de estradas por toda a Itália, permitindo o deslocamento
rápido e fácil de tropas por colônias, assim podendo sanar revoltas e se direcionarem a possíveis guerras. Nossas conquistas foram a dominação de toda a península Itálica, a volta por cima que fora realizada aos cartaginenses que de forma genuína nos atacaram pelo norte, sucedendo assim três grandes guerras entre romanos e cartaginenses, chamadas de Guerras Púnicas, pelas disputas territoriais e comerciais, já que Cartago era uma grande potencia comercial. No fim, pudemos dominar o povo de Cartago, com isto, parte do norte da África, o que nos remeteu um grande ponto comercial. Conquistamos também a Sicília, a península Ibérica e os reinos helenísticos (como relatado na cronologia estabelecida no relatório anterior). Nos últimos tempos deste regime republicano, foram conquistados territórios na Ásia Menor, o Egito e a Gália, por Júlio César. As conseqüências destas expansões territoriais foram muitas, dentre as quais foram examinadas que as conquistas no Mediterrâneo só produziram profundas modificações na sociedade da época, o que concerne à expansão mercantil-manufatureira na formação de uma nova e extremamente poderosa classe de comerciantes e militares enriquecidos com as guerras. O grande fluxo de riqueza para Roma foi também a ruína dos pequenos e médios proprietários rurais que ao se verem impossibilitados de concorrer com grandes donos de terras foram para a cidade, ocasionando um demasiado êxodo rural. Isto também concerne à maior pobreza da cidade, o que está relativo a outros fatores, quais como o declínio moral, como a eminência da escravidão e a maior freqüência do divórcio. Como dito acima, a respeito do acréscimo considerável de escravos, foi notado em diversos livros e cartas à respeito da revolta dos escravos por seu demasiado número. No século III a.C. eles eram aproximadamente seiscentos mil, posteriormente, em 31 a.C. já eram mais de dois milhões. A conquista de novos territórios no Mediterrâneo foi de grande motivação para o aumento dos escravos em Roma. Não há dúvida, de que a principal motivação para a saliência escravista foi a guerra, pois os prisioneiros de guerra eram arremetidos como escravos e obrigados a trabalhar no campo, em oficinas artesanais, em minas ou até mesmo prestando serviços domésticos.
A república perante a isto se viu tomando conta de uma realidade social e política muito mais complexa. Todos os trabalhos exercidos outrora pelos plebeus nesta época eram feitos feit os pelos escravos. Os primeiros relatos sobre a revolta dos escravos surgiram nos séculos II e I a.C. Um dos melhores exemplos de uma das maiores e mais terríveis revoltas que se sucederam em nossa civilização romana foi quando mais de cem mil escravos foram liderados por Espártaco (um ex-gladiador) e lutaram cerca de dois anos com o exército romano. Venceram neste período, diversas batalhas, no entanto, acabaram sendo derrotados em 71 a.C. pelos comandados de Licínio Crasso, um cônsul. O mesmo mandou crucificar seis mil escravos para sancionar o problema das revoltas escravistas, oprimindo por meio do medo, os escravos. Em decadência por tantas guerras, por consequências devastadoras devastadoras referentes ao sobejo expansionista de territórios, Roma à época, viu-se em uma situação crítica. Desta maneira, o conselho propôs que sugestões fossem dadas para que esta crise fosse resolvida. Os irmãos Tibério e Caio Graco se pronunciaram, manifestando suas percepções de necessidades para Roma. Os mesmos tinham como objetivos a redistribuição de terra aos camponeses, sendo que eles eram de grande importância para a produção de provisões para o abastecimento da cidade, ainda mais nos tempos de guerra. Quando em 133 a.C. Tibério Graco foi eleito tribuno da plebe ele propôs uma reforma agrária para conter o êxodo rural e facultar trabalho para a população desocupada da cidade. No entanto o conselho negou a proposta. Tibério acabou sendo assassinado. Revisando sobre os objetivos dos irmãos Graco, relatos foram encontrados sobre reformas sociais que propuseram. De uma maneira que seria feita uma distribuição de terras públicas aos pobres; este fato lhes aproximou da plebe, desagradando excessivamente os grandes proprietários. Acabaram mortos, os dois irmãos, por por perseguição. A crise de Roma República estava fixada de tal maneira que os patrícios não hesitaram em demonstrar incapacidade na resolução dos problemas de ordem política e social por quais enfrentavam. Generais, então, apoiados pelo
exército, resolveram tomar o poder, realizando diversas reformas políticas e militares. Nesta ditadura militar surgira Mário, cujo transformou o exército romano num corpo permanente e garantindo-lhes direito salarial. Desta maneira muito pobres se envolveram com o exército juntamente com diversos outros já pertencentes ao mesmo. Diz-se que Mário tornou-se um cônsul e reduziu os privilégios dos patrícios e a autoridade do conselho. Com sua morte, relatam os livros que Sila assumiu o poder anteriormente de Mário. Na ditadura de Mário houve o início do total declínio de Roma República. Com a profissionalização do exército, houve ingresso de soldados estrangeiros nas legiões romanas e a lealdade maior passou a ser aos generais que lhes pagavam o salário do que à Roma. Diversas guerras civis surgiram em resultado dos generais desejosos de poder. Neste último período de Roma República houveram os triunviratos – dito governo de três. O primeiro triunvirato teve a participação de Crasso, Pompeu e Júlio César. César se destacou como sendo o general mais brilhante da história militar de Roma. Com a morte de Crasso, o conselho temeu as ambições de César para com a política de Roma, no entanto o mesmo teve triunfo ao regressar a Roma – vindo de Gália como falado mais acima e no relatório anterior – aclamado pela plebe. Desta maneira foi tido pelo conselho como um ditador perpétuo. Júlio César governou por dez anos Roma, e nisto já se encaminhava o fim da republica para o nosso atual governo. Júlio César reduziu as dívidas dos camponeses, distribuiu terras aos soldados, construiu edifícios públicos, distribuição do título de cidadão de Roma entre os povos conquistados, evitando revoltas. Todas essas atitudes de César causaram desconfiança, o qual levou à pensamentos tais como a traição da Republica – pensaram que César pudesse se tornar rei. Por este motivo o general Júlio César foi assassinado em 44 a.C. por um grupo do conselho. Daí decorreu o segundo triunvirato após a morte de Júlio César, formado por Marco Antônio, Lépido e Otávio. Com a ajuda dos militares, Otávio oprimiu
revoltas dos camponeses e dos escravos, ganhando apoio da aristocracia. Em reconhecimento pelos seus atos ele foi titulado de Augusto, que pelo que consta, abrange significados como “divino”, “sagrado”, também o qual se acrescentou “Imperador (general vitorioso)”, por conta de suas vitórias
militares, desta maneira iniciou-se então um novo regime em Roma: Roma Império, dando um fim à sinuosa República romana.
3.2. TERCEIRO RELATÓRIO
Como citado no relatório anterior, nosso Império se iniciou em 27 a.C. assim que o ditador Otávio Augusto ganhou tal poder e titulado foi como Imperador (significado da do à “Augusto”). O Império surgiu pela crise avassaladora do regime republicano em que Roma passou. Esta crise tomou conta nas últimas décadas antes do surgimento do Império. Várias tentativas de sanar esta crise foram feitas, como por exemplo, as propostas dos irmãos Graco e a ditadura militar. A grande mudança observada nesta fase da história de nossa civilização é que pela primeira vez Roma teve seus poderes concentrados nas mãos de apenas um governante, chamado de imperador. Desta forma o senado passou a ser apenas um órgão consultivo, deixando o imperador acima de todas os modos de poderes. Otávio Augusto soube administrar Roma de maneira plausível e se tornou creditado por todos ao seu redor. Isto lhe acumulou diversos outros títulos importantes, quais destes foram o de: príncipe, cônsul, tribuno, censor e sumo-pontífice. O período de Império iniciou-se em 27 a.C. como dito acima e dura até os dias atuais, tendo no entanto uma divisão neste período. Estas divisões são a do denominado Alto Império – do ano 27 a.C. até certo período do século III d.C. – e a do Baixo Império que se iniciou no século III d.C. e nos ameaça até os dias atuais. O período do Alto Império também foi o da considerada pax romana, época que Roma alcançou o apogeu de sua ascensão. Otávio Augusto receoso com a questão de sucessão adotou seu parente Tibério para que assim o mesmo após sua morte o substituísse. Com o império de Tibério surgiram as dinastias. A primeira denominou-se Júlio-Claudiana que durou desde 14 d.C. à 58 d.C. Diversas outras dinastias surgiram nas décadas que se encaminhavam, tendo a última dinastia sendo a dos Severos (193-235). Neste período iniciouse a chamada crise generalizada no Império. Novamente Roma passava por uma fase de dificuldades.
Contribuíram para esta crise do Império a intensificação das invasões bárbaras, o que desorganizou o comércio e a indústria romana e a excessiva preocupação e falta de segurança dos camponeses fez a mão de obra diminuir, sendo que também os agricultores eram requisitados para irem defender as fronteiras dos estrangeiros. Com as despesas do estado para manter o exército, saiu de controle também a administração das finanças. Outro fator contribuinte foi à infiltração da anarquia no nosso exército. Durante a dinastia dos Severos todos aqueles que nasciam livres nas províncias ou em Roma foram considerados como cidadãos romanos. Desta forma não havia mais a necessidade de se passar pelo exército sem reconhecimento e o mesmo foi tendo o interesse evacuado pelo povo. O exército se tornou um tipo de zona ao qual era tido para o uso das armas em forma de poder, atacando civis ou promovendo saques. Neste período, diversos governantes foram assassinados. Os governos do Alto Império já não possuíam a mesma boa organização qual foi iniciada por Augusto e seguida por razoáveis imperadores. Nasce assim o Baixo Império, contribuído mais ainda com a diminuição de guerras de conquistas; as fontes de riquezas – vinda dos saques – tornaram-se limitadas. Os recursos do Império Romano diminuíram. A vida urbana declinou-se em seus atrativos, como as oportunidades de trabalho e as tantas agitações da sociedade que os levaram a deixarem as cidades. As vilas dos ricos proprietários formam mais habitadas e fortificadas. As fronteiras de Roma tornaram-se cada vez mais fracas f racas com o declínio do exército. Com toda esta crise do Baixo Império, os imperadores Diocleciano (284-305) e Constantino (312-337) tentaram sufocar o caos formado tanto social e politicamente tratando-se, do Império. Diocleciano tomou algumas iniciativas para sanar a situação em que se rebaixou nosso Império. A cobrança dos impostos aumentaram (desta forma a economia do governo romano começaria a crescer novamente); a autonomia administrativa das cidades foram extintas (para que se pudesse haver englobamento de suas medidas); e com a visão de se instalar uma paz social, ele instalou a tetrarquia (poder concedido à quatro governantes), mesmo que o poder principal continuasse em suas mãos de Imperador.
Diocleciano criou o Edito Máximo para conter a alta dos salários e dos preços. Com isto formou-se um limite máximo para preços e salários. O objetivo mostrou-se falho, por vezes provocando até o desaparecimento do produto comerciado. O Imperador Diocleciano fez uma tentativa de incentivar antigas tradições como a de culto aos deuses antigos. Por sua vez os cristãos negaram-se a fazer isso (desde o nascimento de Jesus Cristo no império de Augusto o cristianismo foi se espalhando por entre nossos povos romanos e além) e então começaram a ser perseguidos e Diocleciano renunciou seu poder em 305. Após seis imperadores entre os anos de 305 e 312, assumiu o poder o imperador Constantino. Este imperador aproximou-se dos cristãos, dando-lhes a isenção de seus cultos através da criação do Edito de Milão. Uma lei chamada de Lei do Colonato também foi instalada por ele, qual obrigava os trabalhadores rurais a ficarem em suas terras e ao latifundiário concernia o direito de proteger os seus trabalhadores. Com esta lei a intensificação da produção agrícola foi perceptível. Constantino visou inverter o trabalho escravo pelo servil. Também como forma de proteção às fronteiras lestes do Império, Constantino criou uma reforma em Bizâncio, dando-lhe um nome em sua homenagem a esta cidade, por vez renomeada de Constantinopla e tornandose a capital oriental do Império. Após a libertação dos cultos cristãos, Teodósio, anos mais tarde de Constantino, tornou o cristianismo a religião oficial do estado. Teodósio neutralizou a ação dos visigodos – parte dividida dos bárbaros – tornando-os aliados e deixando que participassem do exército. Após a morte de Teodósio iniciou-se uma fase nova para o Império Romano – ainda ingressada no Baixo Império – que foi o governo de dois imperadores ao mesmo tempo. Os filhos Arcádio e Honório governaram duas partes diferentes de Roma: o Império Romano do Oriente e o Império Romano do Ocidente, respectivamente pertencente aos seus filhos. f ilhos. Os bárbaros que haviam já invadido Roma o fizeram também por ameaças dos hunos – povo habitante de região da China – e pelo clima mais ameno do sul que os fornecia mais alimentos, condições de vida melhores, etc.
E como o Império Romano estava enfraquecido militarmente, os bárbaros aproveitaram para fazerem invasões em regiões de Roma. No entanto, houve um momento pacífico entre eles como citado anteriormente, o que os levou até a ingressarem nos exércitos romanos. Porém, ao passar do tempo e o aumento da crise no governo, os bárbaros em seus excessivos processos de migração acabaram invadindo muitas áreas de nosso Império – e ainda o continuam fazendo. Relatam alguns atuais escritores que o declínio romano também se dá pelo cristianismo que cada vez mais toma posse do poder juntamente ao governante do império, o que compete aos cristãos, visões pessoais sobre poder. A maneira teocrática concernida ao cristianismo é mais abaladora do que qualquer outra religião e nos refere também ao jugo entre a continuidade do império ou da religião – esta pela qual os cidadãos se apegam e adornamse, pacientes em seu leito de morte, ao lado de Deus, o dito maior, e maior que um imperador. As conseqüências causadas pelas invasões cada vez mais constantes dos bárbaros em nossas regiões de Império são o maior declínio romano, a degradação social e política. A desordem e a crise eminente tornaram-se mais ascendida do que o poder imperialista outrora criado por Augusto.
4. CARTA AO IMPERADOR
Caríssimo senhor Imperador, venho por meio desta informar-lhe de maneira pessoal os fatos que relatei e presenciei em meio aos livros pesquisados. Foi de uma sobeja honra para eu ser apontado e mandado por vossa senhoria, o Imperador Rômulo Augusto, a buscar e pesquisar para teu entendimento a história desta tão grandiosa e outrora ascendida civilização. Meus sinceros votos são dados para que compreenda o declínio moral, social e político de Roma e de algum modo o possa reverter a ponto de ser relembrado por diversas gerações futuras como o Imperador que nos salvou desta devastadora crise. Ao anoitecer do dia vinte de setembro deste mesmo ano, 470, embarquei em um navio a seu mando em direção ao rio Renos, por onde me encaminharia até o local adequado cujo me permitisse pesquisar, testemunhar e r elatar todo este trabalho inserido em seus arquivos. A viagem foi de meu agrado, embora quase adoecesse ao fim desta, que se deu ao final de setembro, quando por fim puderam erguer a prancha de embarque do porto me possibilitando descer à terra ter ra firme. Com o ouro a mim depositado, pude pagar a um pobre camponês por um bom cavalo negro para que servisse de locomoção por esta cidade. Dirigi-me até a biblioteca imperial, observando enquanto cavalgava pelas ruas da cidade, a mistura de patrícios e plebeus já não mais reconhecível; presenciei algumas brigas em meu caminho – este povo já não adere mais a mesma educação vista nos dias passados. A briga deu em morte pelo que pude ouvir... E em plena rua, na frente de todos. O exército em seu total declínio parece não se importar – – e nem se dar ao poder – de interromper uma briga de rua. Como minha estada se iniciou pela parte da manhã e meu desjejum já havia sido feito antes de desembarcar do navio, resolvi ir diretamente à biblioteca ao invés de me hospedar em algum estabelecimento – fiz isso ao anoitecer.
Passei boa parte da manhã e da tarde pesquisando em diversas sessões de historiadores antigos, de livros ou relatos redigidos por intelectuais de outras épocas. Reuni grande parte de todo este material e os li de maneira atenciosa – e reli quando preciso –, escrevendo rápidos rascunhos em longos pergaminhos, quais me foram de boa ajuda mais tarde. Ao fim da tarde já havia lido grande parte de todo o material e o estudado minuciosamente. Meus rascunhos estavam todos feitos, e após ter lido parte do material, separei por questões importantes para sanar vossas dúvidas e criei resumos para me facilitar o trabalho. A fome já estava sendo um grande problema. Às quatro horas da tarde tive que reunir todo o material recolhido e os devolvi às suas prateleiras, antes, é claro, anotando-os em um canto de uma de meus rascunhos as informações de cada um dos livros que recolhi e suas devidas prateleiras, para que ao meu regresso, no dia seguinte, eu os pudesse novamente pegá-los para estudo. Encaminhei-me a uma hospedaria de classe mediana, o qual me foi muito bem prestada, oferecendo-me um desjejum maravilhoso. Durante esta noite pude reler meus rascunhos e resumos de modo que compreendesse e me aprofundasse nos assuntos por vossa pessoa solicitado. Ao amanhecer do dia seguinte, tive minha refeição de cereais e logo parti. Após o trabalho na parte da manhã, me retirei ao zênite para que pudesse almoçar. Ao regressar, retomei a leitura árdua e só me desfiz do trabalho ao inicio da noite, criando novos rascunhos e passando-os para resumos em específicos tópicos. Meu trabalho ali naquele local após três dias já não me era mais necessário e passei a ir visitar renomados historiadores pelas regiões de Roma. Novamente embarquei em um navio e segui para a Sicília, soube que lá se encontrava um velho homem com informações sobre a nossa história que poucos livros diziam – e se o faziam, f aziam, não eram com tantos detalhes. Fui recebido com ligeira rispidez, mas ao longo da conversa e do esclarecimento tivemos um bom contato e passei a anotar tudo que me respondia ou contava. Sinto informá-lo, mas o senhor, Imperador, foi acatado por este homem, que em suas palavras me proferiu : “Rômulo Augusto pouco pode fazer por Roma, seu poder é de total titularidade apenas, pois exercido
está o poder sobre os bárbaros, que a cada dia nos atacam e rompem nossas fronteiras. Chegará o momento em que Rômulo será o mesmo que um buraco em estrada romana, somente um como qualquer outro, degradado em meio a duros pés que o pisoteiam ”. Seguido todo o estudo realizado, me mantive perplexo por um bom tempo ao aprofundamento de nossa história. Da horrenda revolta do escravo Espártaco contra os cidadãos, e a crucificação para eles remetida. Espantei-me também com a coragem dos plebeus ao fugirem para o Monte Sagrado e o modo como este contexto lhes proporcionou parcial disponibilização social e consideração de um cidadão como qualquer outro. Penso eu, que se de fato os plebeus tivessem criado sua cidade e os patrícios os deixado de lado, Roma teria caído há muito tempo. Foram diversas crises e situações que quase levaram Roma à sua destruição, e basta um bom ciclo histórico para que isto se repita e nos salvemos novamente dos dias que nos encontramos hoje. Mas bem, retornei de viagem para onde se encontra vossa senhoria, o Imperador. Durante toda a navegação preparei por fim os relatórios, organizando-os e os refazendo três vezes, por fim corrigindo-o por uma última vez, no que concerne aos relatórios finais apresentados. Fui questionado durante a viagem sobre o que se referia meu trabalho, mas neguei-me a dizer, por este motivo ameaçado fui de morte por um estrangeiro e por plebeus revoltados. Menti-lhes e percebi o ceticismo para mim concebido. Ao menos, me deixaram em paz, embora a obrigação de trabalho no navio fosse me dada assim como aos outros empregados – entretanto, sem remuneração. Foram estas minhas principais dificuldades no preparo destes relatórios e do próprio mapa – qual me ajudou a prepará-lo o idoso qual visitei na Sícilia. Novamente, agradeço-lhe pela confiança depositada e espero ter superado suas expectativas em relação a estes relatórios. Tenho a sincera esperança também que possa compreender o que relatado foi nestes textos, entendendo e trabalhando em cima do que lhe foi apresentado para que se envolva de maneira mais abrangente agora podendo entender as conseqüências e os caminhos traçados por nossos antepassados. Tentando por necessidade, restabelecer nosso Império, quebrando a crise e dando quiçá, o regresso do que chamado era de pax romana.
Leges bonae malis ex moribus procreantur (Dos maus costumes se criam as boas leis)
Almáquio Aurélio
5. MAPA ANALÍTICO SOBRE AS INVASÕES INV ASÕES BÁRBARAS BÁRBARAS
6. CONCLUSÃO
Pudemos de maneira complexa entender os assuntos neste trabalho apresentado, estudar e conhecer de modo aprofundado toda a história de Roma, seu encaminhamento e sua ascensão, assim como seu declínio, causado por diversas crises e invasões. Concluímos assim que a percepção de um modo completo nos foi dado, ponto a ponto, esclarecendo não só os caminhos que levaram a Roma ao que ela é hoje, e sim ao que somos hoje. Podemos agora perceber e analisar coisas que são oriundas de um passado e um local distante, mas que de qualquer maneira, nos atinge. O modo como uma sociedade antiga vivia e se dava com outros povos e as maneiras como faziam para que vivessem e suas estratégias políticas visando sempre uma maneira de ascender e conquistar; consideravelmente magnífico o estudo de uma civilização antiga e a semelhança arremetida aos dias de hoje junto com suas diferenças. A conclusão aderida deste trabalho vai além da estrutura e seu núcleo estudado; isto alcança todo um sistema de conhecimento incrível e repleto de cultura e magnitude. De fato, Roma, foi e ainda é, um Estado de grande importância cultura e digamos também maternal ao que nos remete ao berço de uma civilização humana, mesmo que há tão pouco tempo comparada a outros povos tão mais antigos. O local em que viveram e suas origens cada vez mais, também nos levam a centenas de outras histórias que por vezes desconhecidas são. Mas sempre estarão lá, por detrás de um superficial assunto, omitindo sangue e natureza propriamente humana, de uma história sem igual.
RELATÓRIO FINAL Não houve um total esforço por parte da equipe e muito menos vontade de realização de um bom trabalho. Um dia foi estipulado para que entregassem os levantamentos dos dados para que isso nos ajudasse a fazer os relatórios, no entanto apenas Maik, Greicy e Tainara me entregaram no respectivo dia, desta forma, tínhamos quatro levantamentos de itens de sete pessoas numa equipe. Maik, assim como Greyci e Tainara demonstraram uma preocupação maior com o trabalho em comparação à Gustavo e Mateus, que pouco ou nada fizeram. Maria Katarina demonstrou preocupação por vezes, no entanto nunca agiu de fato para que realizasse algo – tanto que não chegou a me entregar absolutamente nada do que solicitei. Gustavo Spillere não demonstrou interesse algum no trabalho nos momentos que nos reunimos na sala de aula. Me entregou os levantamentos dos itens com tal atraso, que já não era mais necessário. Mateus F. foi o que menos fez algo para o trabalho. Não se interessou por nada durante os momentos que nos reunimos em sala de aula, não se reuniu com a equipe no dia em que viemos pela parte da manhã concluir o trabalho, e ainda por cima não entregou levantamento – que prestasse – algum, exceto sobre a Guerra Fria. Maria Katarina no dia em que nos reunimos queria apenas ficar batendo foto com uma amiga e mais ria e conversava com a fulana do que ajudava no trabalho. Nesta manhã que nos reunimos, Gustavo S. tampouco deu atenção ao trabalho e se juntou com alguns amigos dele e ficou por lá conversando. Maik não compareceu apenas por não ter sido avisado – já que havia faltado a aula quando combinamos e não encontramos ele no MSN –, no entanto, pelo que se conhece dele, caso fosse avisado, viria de certeza. Tainara e Greicy ajudaram na conclusão do trabalho, corrigindo e analisando os relatórios feitos e na escrita da carta. Em termos de satisfação com a equipe de zero a dez, daria a nota oito. Luis Fillipy Furtunato / 1003