Relatório final de Iniciação Científica
Saneamento em Pequenas Comunidades Tanque de Evapotranspiração
Discente: Arthur Braga Dias Florêncio Lima Docente: Dra. Lubienska Cristina Lucas Jaquiê Ribeiro
Limeira-S
Resumo O adensamento urbano associado ao precário saneamento básico compõe um quadro de difícil equacionamento. Crescem demandas por água para abastecimento público e eleva-se a geração de esgotos não-coletados e não-tratados, que ocasionalmente ocasionalmente atingem os mananciais de abastecimento, requerendo maiores cuidados no tratamento da água para sua distribuição população, agregando maiores problemas saúde pública.!iante desta problemática este trabal"o propõe dentro da área de tratamento e disposição de esgoto um tratamento descentrali#ado do esgoto gerado em uma pequena propriedade rural de $imeira, aonde o esgoto produ#ido % tratado no pr&prio local, sendo possível at% o reaproveitamento da água e dos nutrientes nele presentes. 'credita-se que com a intenção de resolv resolver er proble problemas mas de sanea saneamen mento to de maneira maneira simples simples,, fácil fácil e barata barata % que surgem surgem muitas muitas tecnologias sustentáveis. O sistema ()vap *(anque de )vapotranspiração+, % uma alternativa fossa tradicional *fossa s%ptica+, % um sistema simples e inteligente de tratamento de esgoto onde são usadas plantas que absorvem mat%ria orgnica presente no efluente transformando-o em biomassa em outras palavras propicia a transformação transformação do esgoto esgoto em vida 'ssim como muitas outras tecnologias c"amadas alternativas, ou não convencionais, sofrem preconceito devido a falta de con"ecimento e capacitação t%cnica daqueles que a implantam. O sistema ()'/ % de fácil construção, por%m, ainda não % popular.
/alavras c"aves0 1aneamento rural, evapotranspiração evapotranspiração
!ntro"u#$o 2a busca constante do processo de sanear, cabe analisar a eficácia das tecnologias e m%todos utili#ados para se atingir este ob3etivo. 4 imprescindível considerar todos os fatores do ambiente para que se conquiste o dese3ado saneamento, ou se3a, % preciso 5ver6 o mundo com um ol"ar integrado, significa en7ergar não s& as partes do sistema e sim todas as inter-relações que ali estão presentes. /or diferentes motivos, falta de interesse dos &rgãos públicos, pela inconsci8ncia, pela falta de recursos financeiros a problemática da falta de saneamento básico % uma realidade em diversas localidades do mundo, em países subdesenvolvidos e9ou em desenvolvimento a situação se agrava. O :rasil % e7emplo desse fato onde grande parte de sua população não possui qualquer tipo de coleta ou tratamento de efluentes. Com a falta de saneamento o ambiente estará su3eito a diversos impactos, tais como o comprometimento de recursos naturais locais *água, solo, ar+, desvalori#ação da área, redução da qualidade de vida. ;esultando em degradação ambiental, social e econma alternativa esse m%todo % o tratamento descentrali#ado , aonde o esgoto produ#ido % tratado no pr&prio local, sendo possível at% o reaproveitamento da água e dos nutrientes nele presentes. Com a intenção de resolver problemas de maneira simples, fácil e barata % que surgem muitas tecnologias sustentáveis. O adensamento urbano associado ao precário saneamento básico compõe um quadro de difícil equacionamento. Crescem demandas por água para abastecimento público e eleva-se a geração de esgotos não-coletados e não-tratados, que ocasionalmente atingem os mananciais de abastecimento, requerendo maiores cuidados no tratamento da água para sua distribuição população, agregando maiores problemas saúde pública. )ssa situação tem acarretado no uso de águas residuárias, inclusive no abastecimento público, como no )stado de 1ão /aulo. ' falta de sistemas de saneamento ambiental tem causado muitos problemas de saúde população, elevando significativamente os gastos públicos neste setor, principalmente no que se
refere ao tratamento de enfermidades como dengue, febre tif&ide, diarr%ia, disenteria, doença de c"agas, entre outras, o que vem nos mostrando a necessidade da implantação de sistemas que contribuam decisivamente na mel"oria do bem estar físico e mental dos indivíduos, e tamb%m na diminuição dos gastos públicos com a saúde. /equenas comunidades em áreas rurais e urbanas, que muitas ve#es não dispõem de serviços públicos de saneamento e possuem limitação de recursos financeiros e "umanos, tornam-se mais susceptíveis doenças e são alvos fáceis do descaso de prefeituras e do governo, visto que a avaliação de pro3etos de educação ambiental e de saneamento do meio desenvolvidos em comunidades urbanas e rurais brasileiras % uma atividade ainda bastante restrita, mesmo sendo de grande importncia acad8mica e prática. 2a cidade de $imeira o maior problema com saneamento básico está associado urbani#ação desordenada de determinadas áreas, onde a população acaba se concentrando sem dispor de serviços básicos adequados, vivendo em locais insalubres e muitas ve#es sem nen"um acesso as redes de água e esgoto. Com esses dados, torna-se necessário a implantação e gestão de opções compatíveis com a sua realidade, voltando-se busca de tecnologias que atin3am as tr8s grandes áreas de interesse - abastecimento de água, coleta, tratamento e disposição de esgoto e a disposição de li7o, analisando sempre as vantagens e desvantagens para a comunidade em questão, visando programas de saneamento e educação ambiental. !iante desta problemática este trabal"o propõe dentro da área de tratamento e disposição de esgoto um tratamento descentrali#ado do esgoto gerado em uma pequena propriedade rural de $imeira, aonde o esgoto produ#ido % tratado no pr&prio local, sendo possível at% o reaproveitamento da água e dos nutrientes nele presentes. )m tempos atuais % eminente a necessidade de mais pesquisas em tecnologias que se "armoni#em com o ambiente no qual estão inseridas. )sse % um dos ob3etivos do conceito da /ermacultura a qual % a base desta pesquisa. /ara cumprir o ob3etivo dessa pesquisa serão considerados os princípios de %tica e conceitos de base da /ermacultura que serão apresentados mais adiante. O sistema ()vap *(anque de )vapotranspiração+, % uma alternativa fossa tradicional *fossa s%ptica+, % um sistema simples e inteligente de tratamento de esgoto onde são usadas plantas que absorvem mat%ria orgnica presente no efluente transformando-o em biomassa em outras palavras propicia a transformação do esgoto em vida O sistema ()vap se mostra uma alternativa viável economicamente, ambientalmente segura e de grande potencial de aceitação social. ?uando tomados alguns cuidados de ordem sanitária o sistema % viável para o tratamento de esgotos urbanos, periurbanos e rurais, no pr&prio local
diminuindo a pressão sobre as estações de tratamento de esgotos e a carga poluidora de corpos de @gua e ainda aproveitando os materiais e7istentes no efluente.
Obetivo O Ob3etivo deste trabal"o % pro3etar e construir um (anque de )vapotranspiração em uma propriedade rural da cidade de $imeira na busca de avaliar as dificuldades e facilidades envolvidas no processo de implantação.
Revisão da literatura !" Conceitos de base !#!" $ Permacultura O termo /ermacultura, literalmente significa, agricultura permanente ou cultura permanente. )sta pode ser definida como o con3unto de práticas tradicionais aliadas ao con"ecimento tecnol&gico científico, bem como aos modelos tecnol&gicos vigentes. 1urgida no final da d%cada de AB na 'ustrália, o percursor da /ermacultura, :ill ollisson, não inventou, mas denominou um con3unto de práticas, con"ecidas em diversas regiões do globo, que garantem um desenvolvimento sustentável e as reuniu de forma a criar uma interdepend8ncia entre elas, promovendo um relacionamento entre as diversas áreas da ci8ncia. 'ssim um bom permacultor *praticante da permacultura+ não con"ece apenas de questões agrárias, mas tamb%m de arquitetura, engen"arias, química, carpintaria, biologia, economia, filosofia, artes e espiritualidade. )ste define estrat%gias, baseadas na observação da nature#a, que vão desde o design de um sítio, atingindo at% as relações interpessoais de uma comunidade, criando assim uma situação de equilíbrio ambiental e social *adaptado de /ermacultura >n:, DBEB+. )mbora a permacultura se3a uma estrutura conceitual para o desenvolvimento sustentável que tem suas raí#es na ci8ncia ecol&gica e no pensamento sist8mico, suas bases se estendem a diversas culturas e conte7tos mostrando seu potencial para contribuir para a evolução de uma cultura popular de sustentabilidade, atrav%s da adoção de diversas soluções práticas. *FO$G;)2, DBBA+ Fá tamb%m um importante conceito na /ermacultura que di# que um elemento *construção,
plantação, criação+ sempre reali#ará duas ou mais funções, e uma função importante sempre será reali#ado por dois ou mais elementos, por e7emplo, um sanitário compostável *elemento+ reali#a a função de eliminar os de3etos e ao mesmo tempo produ# composto para as culturas.
!#%" Ol&ar sist'mico ' concepção sist8mica v8 o mundo em termos de relações e integração, desde o macro sistema c&smico ao micro sistema atG>1(H+
(i)ura ! * E+emplo de visão linear e visão sist'mica# (onte, C$-ER.OS $/ROECO01/ICOS2 Instituto /iramundo 3utuando2 %445#
!#6" Tudo 7 ener)ia "Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma" ”Lavousier”
' vida na (erra depende, em última análise, da energia proveniente do 1ol. ' fotossíntese % o único processo de importncia biol&gica que pode aproveitar essa energia. /ode-se ainda di#er que grande fração dos recursos energ%ticos do planeta resulta da atividade fotossint%tica em %pocas recentes ou passadas *combustíveis f&sseis+. ' energia arma#enada nessas mol%culas pode ser utili#ada mais tarde para impulsionar processos celulares na planta e servir como fonte de energia para todas as formas de vida *('HI, DBBJ+.
(oda a mat%ria e7istente no planeta prov%m de fen
com base nessa frase e considerando que toda energia v8m do 1ol, % possível
afirmar que toda a mat%ria que e7iste % na verdade, a lu# do 1ol transformada, tradu#ida em outros formatos e estruturas para sustentar a vida na sua mais ampla diversidade, ou se3a, a lu# que c"ega na (erra % captada pelas plantas que reali#am a fotossíntese, transformando energia luminosa K água K ar K nutrientes *terra+, em energia química *açúcar+, essa energia convertida em alimento *frutíferas+ % absorvida pelos consumidores *"umanos+ atrav%s da metaboli#ação, processo que ocorre dentro do metabolismo na qual as mol%culas de açúcares *glicose, frutose e sacarose+ são quebradas e novamente reagem com outras substncias para que se3am absorvidas pelas c%lulas permitindo a respiração celular, fornecendo calor para o corpo *energia t%rmica+. O que o corpo não consegue aproveitar *resíduos+ são e7cretados na forma de fe#es *energia+, se essa energia que na matri# % luminosa permanecer dentro do ciclo *ou ser devolvida para o ciclo, ou se3a, reciclada+ esta será aproveitada pelas plantas e estará novamente dentro do processo de geração de alimentos, por%m dessa ve# na forma de nutrientes *terra+.
!#8" Observar e entender os ecossistemas 2a nature#a, nen"uma energia % desperdiçada, não "á poluição, tudo se recicla. )m termos de design significa que devemos criar ciclos de energia concentrados e eficientes sem desperdício. Onde cada elemento *planta, animal, estrutura+ deve ser colocado ou utili#ado de tal maneira que cumpra pelo menos duas ou mais funções diferentes. Criando assim, sistemas altamente produtivos, estáveis e recuperadores do ecossistema local.*;O!;HG>)1, DBBL+
!#9" Ciclos bio)eoquímicos (odo ser vivo reage com seu ambiente e produ# resíduos. ' menos que o ambiente possa disp<-los convenientemente *autodepuração+, eles poderão interferir no ciclo vital. ivendo em comunidade, o ser "umano tem desenvolvido processos que produ#em grandes quantidades de subprodutos ou resíduos em forma de mat%ria ou energia. )stes processos t8m profundo significado econ
independente da nature#a, como se fosse algo separado dela, como se tamb%m não fosse ela, mas se atentar para seu alimento,para o ar que respira e para a água que usa, irá verificar que, como todos os outros animais, ele % fundamentalmente dependente das relações e7istentes entre os sistemas vivos e seu ambiente físico. 2o sentido lato, o ambiente do ser "umano % a biosfera *parte da esfera terrestre onde se desenvolve a vida animal ou vegetal+, a qual apresenta, basicamente, tr8s características principais0 recebe amplo suprimento de energiaM dispõe de água líquida em quantidade substancialM e apresenta interfaces entre os estados s&lido, líquido e gasoso da mat%ria, sendo que os elementos químicos essenciais tendem a circular do ambiente para os organismos e vice-versa. ' biosfera % alvo de um flu7o continuo de energia, em conseqN8ncia do qual ocorre uma circulação intermitente dos materiais constituintes da superfície terrestre. ' fonte preponderante dessa energia % o 1ol. O movimento dos elementos e compostos essenciais vida pode ser designado como ciclo biogeoquímico. 's relações entre esp%cies e ambiente físico caracteri#am-se por uma constante permuta de elementos, em uma atividade cíclica, a qual, por compreender aspectos de etapas biol&gicas, físicas e químicas alternantes, ou seja, o movimento dos elementos e compostos essenciais vida pode ser designado como ciclo biogeoquímico. )mbora a fonte primária de energia se3a inesgotável, o material necessário síntese orgnica e sucessivas transformações energ%ticas e7iste em quantidade limitada no meio, devendo, portanto, ser recirculado, o que torna obrigat&ria a troca recíproca e continua de elementos químicos entre os seres vivos e o meio físico. ' e7ist8ncia desses ciclos confere biosfera um poder considerável de auto-regulação, o qual assegura perenidade dos ecossistemas e se tradu# em uma notável constncia de proporção dos diversos elementos de cada meio *!);1HO, DBBB+ .
!#: * Capilaridade ' grande formação de ligações de "idrog8nio na água tamb%m dá origem propriedade con"ecida como coesão, atração mútua entre mol%culas. >ma propriedade relacionada, c"amada de adesão, refere-se atração da água a uma fase s&lida, como a parede celular ou a superfície de um vidro. Coesão, adesão e tensão superficial originam um fen
!#;" -ecomposição /rocesso natural decorrente do consumo do material orgnico por bact%rias, pode ser anaer&bia *s& ocorre na aus8ncia de o7ig8nio+ e aer&bia *s& ocorre na presença de o7ig8nio+, basicamente e7istem tr8s tipos de bact%rias, as aer&bias *vivem somente quando "á o7ig8nio+, anaer&bias *vivem somente quando não "á o7ig8nio+ e a bact%rias facultativas *que vivem em ambas situações+, o processo de decomposição % tamb%m denominado como o fen
)quação. E- ;epresentação da fotossíntese *('HI,DBBJ+.
)quação D- ;epresentação da decomposição *aer&bia+.
!#<" (erro"cimento (%cnica construtiva na qual se usa telas metálicas *de galin"eiro+ para armar estruturas, % uma t%cnica que economi#a materiais *argamassa+ pois, permite criar estruturas super leves e resistentes, % tamb%m con"ecida como argamassa armada, podendo a tela metálica ser substituída por telas plásticas, sacos de pano ou plástico *farin"a, batata, cebola+. 4 de fácil aplicação, não e7ige grande e7peri8ncia em construção, podendo ser reali#ada por qualquer tipo de pessoa.
!#5" =)uas cin>as e ?)uas ne)ras e sua separação @guas cin#as são as águas resultantes dos usos do c"uveiro, ban"eira, lavat&rio, pia de co#in"a, tanque para lavar roupa e máquinas de lavar louças e roupas. (amb%m podem ser consideradas como águas cin#as as águas que foram utili#adas para limpe#as dos pátios, ferramentas, utensílios e veículos. 's c"amadas águas negras simplesmente são as resultantes das descargas "ídricas dos vasos sanitários *);CO$), DBBP+. Os diferentes níveis de contaminação destas águas permitem que se adote um sistema de
separação delas, com tratamentos específicos para cada grupo. Com estas provid8ncias, duas vantagens são imediatas0 os tratamentos são mais eficientes, uma ve# que são específicos para as descontaminações de cada grupo das águas e os equipamentos são de menor porte, portanto, mais econ
!#!4" Evapotranspiração ' água desempen"a um papel fundamental na vida da planta. /ara cada grama de mat%ria orgnica produ#ida pela planta, apro7imadamente RBBg de água são absorvidas pelas raí#es, transportados atrav%s do corpo da planta e perdido para atmosfera. ' água compreende a maioria da massa de c%lulas vegetais, o que pode de imediato ser constatado se forem visuali#adas ao microsc&pio seções de c%lulas vegetais maduras0 cada c%lula cont%m um grande vacúolo c"eio de água. 's plantas absorvem e perdem água continuamente. ' maioria da água perdida pela planta evapora da fol"a medida que o CO D necessário fotossíntese % absorvido da atmosfera. )m um dia ensolarado, quente e seco, uma fol"a renovará at% EBBS de sua água em apenas uma "ora durante o período de vida da planta, uma quantidade de água equivalente a EBB ve#es o peso fresco da mesma pode ser perdida atrav%s das superfícies foliares. )ssa perda de água % c"amada de )vapotranspiração *('HI, DBBJ+.
Ti)ura % * traetória da ?)ua pela fol&a# $ ?)ua 7 pu+ada do +ilema para as paredes celulares do mesofilo2 de onde evapora para os espaços intercelulares dentro da fol&a# O vapor da ?)ua difunde"se2 então2 pelos espaços intercelulares da fol&a2 atrav7s do poro estom?tico e da camada limítrofe de parado situada unto @ superfície foliar AT$IB2 %448#
!#!!" O tanque ?uando 1cott /itman, permacultor estadunidense, veio ministrar cursos no :rasil em DBBB, despertou curiosidade descrevendo o sistema de tratamento de sua casa, aonde se utili#ava a capacidade de evapotranspiração das plantas para tratar o efluente produ#ido */amplona, DBBJ+. )ssa tecnologia Hnspirou brasileiros que, adaptaram a tecnologia desenvolvendo o (anque de )vapotranspiração. 5' c"amada fossa, ela % um canteiro produtivo, o ob3etivo dela % unir em um pequeno espaço de metros quadrados todas as características naturais de purificação de água, ou se3a, n&s aprendemos com a nature#a, o que a nature#a ensina para agente em termos de limpe#a de água. )la ensina que o solo f%rtil, a camada superficial de solo, terra vegetal, % o mel"or filtro que e7iste na nature#a UVW então o que foi feito foi tentar criar um ecossistema dentro de um canteiro selado, fec"ado que não permita o esgoto sanitário entrar em contato com o resto do solo. *'daptado do vídeo do pro3eto 5!e ol"o na água6 reali#ado por Tundação :rasil Cidadão X )cocentro H/)C, DBBA+ :asicamente o (anque se compõe por tr8s partes, cmara de recepção, área de ascensão e área de plantio. ' cmara de recepção % o local aonde se c"ega o efluente, % um local aonde "averá permanentemente um espaço 5va#io6, um
Ti)# 6 * -etal&e Dcmara de recepçãoF Aarquivo pessoal 'o se tornar líquido o efluente va#a lentamente pelas frestas da cmara de recepção, passando para a área de ascensão do tanque, área que % preenc"ida com materiais porosos e de granulometria decrescente de bai7o pra cima, esse material al%m de au7iliar a ocorr8ncia do fen
% * -iscussGes /artindo-se da id%ia da /ermacultura, em que cada elemento do sistema tem ao menos tr8s utilidades, e que aproveita tamb%m outros elementos, criou-se um sistema de esgoto que garanta a ine7ist8ncia de resíduos e pode ser denominado tanque de evapotranspiração. *enturi, DBBJ+
/ode-se afirmar que qualquer mat%ria ou energia e7cedente de algum processo físico, químico e9ou biol&gico, que não possui mais função dentro do sistema, ou se3a, % aquilo que não serve mais, % denominado resíduo. Os princípios básicos para a criação de um sistema que se3a sustentável iniciam com o fec"amento do ciclo em que este sistema está incluso. Hsto %, que todos os fatores e7istentes no
sistema sirvam de utilidade para outros fatores do sistema que, assim por diante terão suas utilidades para outros fatores at% que se fec"e este ciclo. 2ão e7istindo desta maneira, resíduos nem a necessidade de obtenção de mat%rias primas e7ternas ao sistema. Hsto serve para sistemas de esgotos, para propriedades, casas, sistemas de criações e cultivos, para nações e para o planeta. *enturi, DBBJ+
3etodolo)ia
!esde o início do pro3eto, do plane3amento finali#ação, a abordagem sist8mica esteve sempre presente, ou se3a, isso significa reali#ar um trabal"o considerando que tudo está ligado com tudo o tempo todo, esse conceito % essencial para o pr&prio entendimento integral do sistema tanto quanto para desenvolver novas tecnologias consideradas sustentáveis. 2a prática a consideração mais relevante foi a de que o efluente abordado, não % considerado um resíduo, e sim uma fonte de energia para bact%rias, estas por sua ve#, gerarão um novo produto *minerais+ que serão absorvidos pelas principais agentes do sistema, as bananeiras. Ou se3a, parti-se de um princípio que não "á resíduos, ou que os resíduos não são um problema e sim uma nova oportunidade de ação. /ara a implantação do sistema foram estabelecidas J etapas
•
Ea )tapa Z !imensionamento e )scol"a do local /ara o dimensionamento foi seguido as recomendações encontradas em bibliografias
acad8micas e conversas informais, as recomendações obtidas orientam para que o tanque se3a dimensionado em função do número de usuários com a proporção de D m P9pessoa. /ara utili#ar este sistema apenas para os vasos sanitários *s& águas negras+, dimensiona-se a área a ser escavada considerando Dm[ para cada pessoa no mínimo. Claro que este dimensionamento depende muito do clima da região. )m locais mais quentes, onde as plantas t8m maior evapotranspiração, esta área pode ser mais do que suficiente, mas em locais muito frios, provavelmente o sistema necessitará de mais plantas e mais área para evaporação *enturi, DBBJ+. ' escol"a do local deve ser feita em função do dimensionamento, em local de nível mais bai7o que o ban"eiro e local com alta incid8ncia de lu#. 2a implantação do sistema ()'/, assim como em quaisquer outra implantação deve se
buscar a "armoni#ação com o ambiente levando em consideração a est%tica do local. 2o caso aqui apresentado foi dimensionado um sistema para J pessoas *\m P+, por%m na prática o volume escavado ultrapassou o plane3ado nesse caso o tanque pode atender at% R pessoas por dia e eventualmente mais pessoas. •
Da )tapa Z )scavação 2essa etapa % iniciado o trabal"o prático da implantação, o trabal"o comunitário em forma
de oficinas e mutirões são as mel"ores maneiras, pois % criado um ambiente de sociali#ação do con"ecimento e aprendi#ado. 4 um trabal"o pesado para quem não está "abituado, mas para quem trabal"a com a inc"ada no dia a dia % apenas mais um dia. esmo com pessoas especiali#adas disponíveis, % recomendado se "ouver disponibilidade, uma pequena escavadeira, pois % um trabal"o bruto, por%m % simples e todos podem colaborar para sua e7ecução.
/ara a escavação foram utili#ados0 •
J c"ibancasM
•
P pásM
•
P inc"adõesM
•
Pa )tapa Z Hmpermeabili#ação >ma boa impermeabili#ação % essencial para que não "a3a contaminação do solo e água. ' impermeabili#ação foi feita com a t%cnica do ferro-cimento *argamassa armada+ com o
traço de massa de D9E9E *D de areia grossa para E de areia fina para E de cimento+, na massa foi adicionado impermeabili#ante 5eda1i]a ^ $iquido6, para garantir o não va#amento. 2esta importante etapa utili#amos0 •
J sacos de cimentoM
•
EL carrin"os de mão de areia grossaM
•
\ carrin"os de mão de areia finaM
•
P l. de Hmpermeabili#ante 5eda1i]a^ $iquido6M
•
DP mD de tela metálica E== *tela para pinteiro+M
•
@gua para a massaM
•
P 5col"eres6 de pedreiroM
•
P Hnc"adasM
•
D pásM
•
D carrin"os de mãoM
•
/regos em 5>6M
•
D martelosM
•
E 'licate de corteM
•
E(esoura de podaM
Ti)ura 6 * Passo a passo2 da escavação a impermeabili>ação# Aarquivo pessoal
•
Ja )tapa Z /reenc"imento e /lantioM ' cmara de recepção foi montada utili#ando pneus usados, os pneus foram enfileirados no
sentido longitudinal do tanque, em seguida o tanque foi preenc"ido com entul"o at% se cobrir os pneus *_JB cm+, em seguida foi colocada a brita, terra e mat%ria orgnica. Obs0 ' brita tem a função de manter a terra na altura dese3ada, para que ela não dessa.
Toi utili#ado0 •
EJ pneus usadosM
•
'pro7imadamente P,D m P de ;CC *entul"o+ de diferentes granulometrias e com características de porosidade *ti3olos, tel"as, pedaços de argamassa+M
•
apro7imadamente D m P de terra *retirada com a escavação do tanque+M
•
B,R mP de britaM
•
apro7imadamente E m P de composto orgnicoM
•
L mudas de bananeiras * musa sp.)M
•
P mudas de 5argaridão6 * Tithonia diversifolia);
Ti)# 8
* Cmara de ascensão por capilaridade2 material porosoAentul&o# Aarquivo pessoal
Hnicialmente o plane3ado era de se fa#er um limite em volta do tanque de apro7imadamente EB cm
de altura, com ti3olos. as foi decidido fa#er com mourões de concreto que estavam abandonados no local e que irão cumprir a função dese3ada que % impedir a entrada de águas pluviais.
Ti)ura 9
* Construção do tanque finali>ada# Aarquivo pessoal
Resultados e discussão2 e+ternalidades positivas
1ão inúmeras as vantagens do sistema ()'/, desde a fle7ibilidade de construção manutenção do sistema, para ser consistente será feito uma comparação fossa s%ptica comum, normati#ada pela 2:; ADDQ9EQQP Z 5/ro3eto, construção e operação de sistemas de tanques s%pticos6. 1erão avaliados os seguintes quesitos0 •
espaço necessárioM
•
espaço 5condenado6M
•
resíduos gerados *lodo+M
•
manutençãoM
•
odorM
•
aceitação socialM
•
facilidade de construçãoM
custosM
•
2a tabela E será apresentado os pr&s e contras de cada sistema, sempre considerando o outro como referencia para essa comparação. Tabela ! * Pontos .e)ativos e Positivos2 os pontos marcados positivamente si)nificam que o sistema leva vanta)em em r elação ao outro#
(oss? s7ptica E- )spaço superficial necessário
%" Espaço DcondenadoF
6" resíduos )erados Alodo
8"manutenção
9" odor
:" aceitação social
;" facilidade de construção
<" Custos de implantação
TEH$P
5" Custo de manutenção
Ti)ura :
* Tevap com 9 meses de implantação2detal&e !2bananeira com a mesma idade plantada fora do sistema# Aarquivo pessoal
Ti)ura;
* Tevap com um ano de implantação2 fa>enda Dvale floridoF 3aceió * $0 Aarquivo pessoal
ConsideraçGes finais Como 3á foi citado, dentro da /ermacultura cada elemento reali#a duas ou mais funções, o (evap não % diferente, al%m de tratar os efluentes tamb%m cria um espaço altamente produtivo. 'lgumas observações sobre o sistema podem ser feitas0 O espaço superficial necessário para o sistema ()'/ per capita % consideravelmente maior do que para a fossa convencional, por%m o espaço condenado, ou se3a, que serve apenas para depositar de3etos % nen"um, pois a superfície do tanque se torna um canteiro de plantio, podendo ser integrado ao pro3eto paisagístico se tornando um belo 3ardim. ' manutenção % simples, pode ser reali#ada pelos pr&prios usuários, consiste em col"er as bananas e fa#er podas peri&dicas. 2o quesito odor, ambos os sistemas estão equali#ados. 'ssim como muitas outras tecnologias c"amadas alternativas, ou não convencionais, sofrem preconceito devido falta de con"ecimento e capacitação t%cnica daqueles que a implantam. O sistema ()'/ % de fácil construção, por%m, ainda não % popular. )m relação fossa s%ptica o custo de implantação do ()'/ % maior, mas ao longo do tempo, devido ao custo da manutenção da fossa s%ptica em pouco tempo o sistema ()'/ se mostra mais econ
-ificuldades 4 escasso materiais bibliográficos que tratem do assunto, sendo eminente a necessidade de novas publicações, contendo recomendações e diretri#es para a construção do sistema.
Conclusão 4 necessário mais pesquisas no mbito da /ermacultura que comprovem a efici8ncia de suas tecnologias, tamb%m aperfeiçoando os m%todos e t%cnicas. 2o caso do sistema ()vap % preciso reavaliar as medidas per capita necessárias para o cumprimento do ob3etivo do tanque com a efici8ncia dese3ada. Fá suspeitas que a medida de Dm P por pessoa foi superestimada, portanto % preciso novas pesquisas para comprovar a necessidade dessa medida. 2ão se comprovou a qualidade dos frutos obtidos das bananeiras plantadas no sistema, % um potencial de pesquisa no sentido de avaliar a qualidade nutricional dos frutos, % esperado que se3am sadios, sendo esse mais um argumento positivo para o ()'/.
Refer'ncias biblio)r?ficas
E. '>G>1(H, /e. `os% )duardoM NATUROLISMO - Um caminho para a cura é um caminho para iluminação M s%rie ida el"or número JM )d. :al=Cos, 1ão /aulo -
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/orto 'legre0 //G)C9>T;G1, DBBP. !issertação de mestrado, /rograma de /&sGraduação em )ngen"aria Civil da >niversidade Tederal do ;io Grande do 1ulM estre em )ngen"aria. *EQD p.+ J. G'$:H'(H, 'driana TarinaM Traameno !omiciliar !e &%uas ne%ras ara)és !e an+ue !e e)aporanspiração !issertação *mestrado+ - >niversidade Tederal de
ato Grosso do 1ul, Centro de Ci8ncias )7atas e (ecnologiaM Campo Grande, 1, DBBQ *P\ p.+. R. FO$G;)2, !avidM Os un!amenos !a #ermaculura Folmgren !esign 1ervices DBBA, Fepburn, ictoria, 'ustraliaM DBBA. L. O;)H;',
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A%roecolo%iaM
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Giramundo
utuando9/rograma de )7tensão ;ural 'groecol&gica Z /;OG);'.. :otucatu91/0 Giramundo, DBBQ. QDp.0Hl.M *Cadernos 'groecol&gicos+ M A. /'/$O2', 1%rgioM )2(>;H,
arcelo /s%oo a 0lor !a erra M ;evista
/ermacultura :rasil0 soluções ecol&gicas, 'no H, 2úmero EL. 1etembro DBBJ, páginas E\ e EQ. \. ;O!;HG>)1, arcela Gu##oM "ara, O1'$!O assao : .M A Susena$ili!a!e na "onsrução "i)ilM (GH apresentado ao Centro 1uperior de )ducação (ecnol&gica
*C)1)(+ como requisito de conclusão do curso de (ecnologia em 1aneamento 'mbiental, odalidade Controle 'mbientalM >niversidade )stadual de Campinas Z >2HC'/M $imeira Z 1/, DBBL. Q. ('HI, $incolnM I)HG);, )duardoM isiolo%ia )e%eal 1 P.ed. - /orto 'legre0 'rtmed, DBBJ.
EB. )2(>;H, M /2peri3ncia !e /2ensão( Traameno !e es%oos +ue pro!u4 alimenos DBBJM !isponível em "ttp099.agroecologia.ufsc.br9material
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