Teste Formativo Palavras 11

Teste Formativo 4

Grupo I

A.

Lê o seguinte texto.

Foi então que Simão Botelho a viu. E ao mesmo tempo atracou à nau um bote em que vinha a pobre de Viseu chamando Simão. Foi ele ao portal! e estendendo o bra"o à mendiga recebeu o  pacotinho das suas cartas. #econheceu #econheceu ele que a primeira não era sua pela lisura do  papel mas não não a abriu. $uviu%se a vo& de levar 'ncora e largar amarras. Simão encostou%se à amurada da nau com os olhos (itos no mirante. Viu agitar%se um len"o e ele respondeu com o seu àquele aceno. )esceu a nau ao mar e passou (ronteira ao convento. )istintamente Simão viu um rosto e uns bra"os suspensos das reixas de (erro* mas não era de +eresa aquele rosto, seria antes um cad-ver que subiu da claustra ao mirante com os ossos da cara in"ados ainda das herpes da sepultura.  / +eresa0  perguntou Simão a 1ariana.  / senhor 2 ela  disse num a(ogado gemido a generosa criatura ouvindo o seu cora"ão di&er%lhe que a alma do condenado iria breve no seguimento daquela por  quem se perdera. )e repente aquietou o len"o que se agitava no mirante e entreviu Simão um movimento impetuoso de alguns bra"os e o desaparecimento de +eresa e do vulto de 3onstan"a que ele divisara mais tarde. 4 nau parou de(ronte de Sobreiras. 5ma nuvem no hori&onte da barra e o s6bito encapelamento das ondas causara a suspensão da viagem anunciada pelo comandante. Em seguida vele7ou da Fo& uma catraia com o piloto%mor que mandava lan"ar lan"ar (erro at2 novas ordens. 1ais tarde adiou%se a sa8da para o dia seguinte. E no entan entanto to Simão Simão Botelh Botelho o como como o cad-ve cad-verr embals embalsama amado do cu7os cu7os olhos olhos arti(iciais rebrilham cravados e imotos num ponto l- tinha os seus imersos na interior  escuridade do miradouro. 9enhum sinal de vida. E as horas passaram at2 que o derradeiro raio de Sol se apagou nas grades do mosteiro. 4o escure escurece cer r voltou voltou de terra terra o coman comanda dante nte e conte contempl mplou ou com os olhos olhos embaciados de l-grimas o desterrado que contemplava as primeiras estrelas iminentes ao mirante.  :rocura%a no c2u0  disse o nauta.  Se a procuro no c2u...  repetiu maquinalmente Simão.  Sim;... 9o c2u deve ela estar. 
1ariana estava um passo atr-s de Simão e tinha as mãos erguidas.  4cabou%se tudo;...  murmurou Simão.  Eis%me livre... para a morte... Senhor  comandante % continuou ele energicamente % eu não me suicido. :ode deixar%me. 3amilo 3astelo Branco  Amor de Perdição =cap. >?>@ Lisboa, ?9%31 AC p. D.

Educação literária . Explicita a organi&a"ão interna do texto. A. Caracteriza psicologicamente a partir de

elementos do texto +eresa Simão e

1ariana. D. Analisa a rela"ão entre a situa"ão narrada e a nature&a envolvente. . Indica dois tra"os de #omantismo presentes no texto. B.

G. 9uma exposi"ão de D a C palavras a partir da tua experiência de leitura de  Amor de Perdição  caracteriza Simão como her!i rom'ntico.

Grupo II  Amor de Perdição um !om romance canonizado pelas raz"es erradas

$s G anos da primeira edi"ão do livro que 3amilo escreveu na prisão estão a ser (este7ados com pompa e circunst'ncia. 4 obra at2 poder- merecer mas não pelos motivos que a tornaram m8tica.  9o pre(-cio que escreveu em HCI para acompanhar a G.J edi"ão de  Amor de  Perdição 3amilo 3astelo Branco termina com uma pro(ecia dubitativa, KSe por virtude da metempsicose eu reaparecer na sociedade do s2culo >>? talve& me rego&i7e de ver  outra ve& as l-grimas em moda nos bra"os da ret!rica e esta G.J edi"ão do  Amor de  Perdição quase esgotada.K Sugerir que a tiragem então acabada de sair levaria mais de um s2culo a esgotar% se era da parte de 3amilo um !bvio e pouco convincente lance de mod2stia mas o que nem ele que nunca se teve propriamente em baixa conta se atreveria a prever nesses anos em que os (avores da cr8tica come"avam a inclinar%se para a nova escola realista de E"a de >?K não apenas não esqueceria os amores contrariados de Simão Botelho e +eresa 4lbuquerque como iria mesmo celebrar e com assinal-vel pompa e circunst'ncia os G anos da publica"ão em HA da primeira edi"ão do  Amor de Perdição . MNO $ tributo mais original (ica todavia a dever%se à autarquia portuense que aprovou recentemente a proposta de se bati&ar com o nome de Largo do  Amor de  Perdição a praceta (ronteira à 3adeia da #ela"ão onde 3amilo esteve preso com 4na :l-cido e onde escreveu ao que parece em apenas G dias a hist!ria dos contrariados amores de Simão Botelho e +eresa 4lbuquerque. / a primeira ve& que a cidade concede a um romance a honra de (igurar na respetiva topon8mia.

:or que motivo entre os tantos livros que o g2nio compulsivo de 3amilo nos deixou haveria este romance em particular de conquistar os (avores da posteridade e alcan"ar um estatuto su(icientemente ic!nico para se lhe renderem preitos geralmente reservados aos autores e não às obras0 $ ensa8sta e camilianista 4bel Barros Baptista acredita que o pr!prio escritor com o 7- re(erido pre(-cio de HCI possa ter  Kcontribu8do para criar a ideia de que este livro 2 mais importante do que os outrosK. Baptista lembra que 3amilo nesse texto caracteri&a o sucesso editorial da obra como Kum êxito (enomenal e extralusitanoK. P sua escala o  Amor de Perdição  (oi de (acto aquilo a que ho7e chamar8amos um best-seller , no primeiro quartel do s2culo >> 7atingira vinte edi"Qes. MNO Entre os elementos que con(lu8ram na lenda gerada em torno da obra conta%se ainda o suposto paralelismo entre a paixão contrariada dos protagonistas e os amores que tinham lan"ado no c-rcere o pr!prio 3amilo e 4na :l-cido. 5ma compara"ão que Barros Baptista igualmente desmonta lembrando que a vida do romancista na cadeia  portuense não era bem a que se 7ulga, KSa8a de l- para apanhar sol comprava pantu(as  para 4na :l-cido...K MNO Barros Baptista acha que o livro 2 Kbastante modernoK e Kmuito menos linear e convencionalK do que geralmente se pensa argumentando que K2 di(8cil apontar%se uma causa 6nica para o que vai acontecendoK. 4 t8tulo de exemplo o ensa8sta sugere que no (inal Simão a caminho do ex8lio est- 7- Kmais interessado no seu destino do que na liga"ão amorosa com +eresaK que de(inha no convento de 1onchique. Lu8s 1iguel
#eitura $ Gramática

.:ara responderes a cada um dos itens de .. a .G. seleciona a 6nica op"ão que  permite obter uma a(irma"ão correta. .. $ terceiro par-gra(o do texto apresenta A.  uma an-lise rigorosa da G.J edi"ão de  Amor de Perdição . B.  a opinião do autor do texto sobre a G.J edi"ão de  Amor de Perdição . C. um 7u8&o de valor relativamente à opinião do autor de  Amor de Perdição . %. uma cr8tica à Tsociedade do s2culo >>?U. .A. Entre as diversas comemora"Qes dos G anos de  Amor de Perdição  A. destaca%se a altera"ão topon8mica da cidade do :orto. B. re(ere%se a da 3adeia da #ela"ão do :orto. C. critica%se a da autarquia portuense. %. elogia%se uma nova edi"ão de  Amor de Perdição . .D. 4bel Barros Baptista um camilianista A. de(ende o esp8rito genial de 3amilo 3astelo Branco. B. desconstr!i alguns aspetos lend-rios de  Amor de Perdição . C. desmonta a lenda criada à volta dos amores de 3amilo e 4na :l-cido. %. atesta a modernidade de toda a obra camiliana.

.. 4 ora"ão Tcomo iria mesmo celebrar MNO os G anos da publica"ão em HA da  primeira edi"ão do Amor de Perdição U Mll.%O classi(ica%se como A. coordenada explicativa. B. coordenada copulativa. C. subordinada adverbial comparativa. %. subordinada adverbial (inal. .G. 4s palavras sublinhadas em Tque a tornaram m8ticaU Ml. DO têm a (un"ão sint-tica de A. su7eito e complemento indireto. B. su7eito e complemento direto. C. complemento direto e modi(icador restritivo do nome. %. su7eito e predicativo do complemento direto. A. &esponde de (orma correta aos itens apresentados.   A.. Identi'ica o processo de (orma"ão da palavra T best-seller U Ml. DO.   A.A. Identi'ica o re(erente do pronome demonstrativo presente em Tnão era bem a que se 7ulgaU Ml. DCO.   A.D. %ivide e classi'ica as ora"Qes em T4 t8tulo de exemplo o ensa8sta sugere que no (inal Simão a caminho do ex8lio est- 7- Kmais interessado no seu destino do que na liga"ão amorosa com +eresaK que de(inha no convento de 1onchique.U Ml. O.

Grupo III Escrita ( apoio incondicional dos pais aos seus 'il)os * in+uestionável.

+endo em conta a a(irma"ão anterior redige um texto de opinião com H a AA  palavras no qual (undamentes o teu ponto de vista com dois argumentos e com pelo menos um exemplo concreto e signi(icativo para cada um.