A linha da Vida Linha da Vida: o mapa natal do Tarot Texto Texto de Maria Celeste Rodrigues autora de Tarot - Uma proposta de vida. Ed. Mauad
A Linha da Vida, segundo os Aranos do Tarot, ! um estudo da personalidade "eito a partir da rela#$o al"a-num!ria entre nome, data de nasimento e os Aranos do Tarot. %esses &lulos resultam ino artas 'ue representam nossa vida. As tr(s primeiras est$o relaionadas ao nosso )arma, nossas 'ualidades inatas e os dois *ltimos ao nosso dharma, on+unto de pensamentos, palavras e atos 'ue determinar$o o nosso prximo )arma. Considerando 'ue estamos todos sumetidos lei smia do Livre Ar/trio, os aranos s$o determinados e n$o determinantes. Conheer a Linha da Vida torna-se, assim, uma "erramenta astante signi0ativa no aminho do autoonheimento. Aresentei o arano da Alma Linha da Vida original, pois representa os reais anseios do ser imortal 'ue nos haita. A Linha da Vida aresida do arano da alma aponta o aminho 'ue preisa ser trilhado para 'ue se alane o o+etivo de evolu#$o da identidade imortal e n$o apenas do personagem 'ue representamos nesta exist(nia.
Uma experi(nia interativa: astrologia e tar1 Tomei onheimento da Linha da Vida no in/io dos anos 23 e desde ent$o, tenho me perguntado por 'ue este instrumento valioso n$o ! utili4ado, ou ! su-utili4ado, por tarlogos e astrlogos. T$o logo tomei onheimento do m!todo e o usei para mim mesma, intui 'ue tinha em m$os algo preioso. Ao longo dos anos alulei por volta de 533 linhas da vida e sempre otive respostas preisas e mais 'ue ompensadoras. Muitas ve4es ao interpretar um mapa natal omparava-o om a Linha da Vida e as respostas dessa omina#$o superavam as expetativas, n$o s minhas, mas de meus lientes. Aponto, entre outros, seu valor na an&lise de mapas de g(meos 'ue t(m pratiamente o mesmo hor&rio de nasimento, tornando omplexa a di"erenia#$o de suas personalidades. 6ara 'uem dese+ar estudar a "undo a validade da Linha da Vida aonselho a prourar g(meos e aompanhar o seu resimento lu4 da interpreta#$o dos aranos
da Linha da Vida. 7 um traalho exitante e surpreendente. Considero este traalho t$o on0&vel 'ue nas minhas aulas ostumo di4er 'ue a Linha da Vida est& para o Tarot assim omo o Mapa 8atal est& para a Astrologia. Como tam!m aredito 'ue a leitura de uma tiragem de artas possui a mesma "un#$o 'ue um tr9nsito astrolgio. empre me pareeu 'ue uma leitura de tarot, aseada nos diversos +ogos existentes, ! limitada por tempo e espa#o e areditava 'ue de algum modo o Tarot deveria e poderia nos "orneer algo mais arangente, um aminho, um mapa da viagem da exist(nia omo o ! o mapa natal astrolgio.
Tarot Tarot terap(utio terap(utio ;uando surgiu surgiu o 'ue hamo de oom terap(utio terap(uti o e a palavra terapia ome#ou a designar 'uase tudo 'ue se re"eria a auto-onheimento e uidado do outro, mais me perguntava se n$o estar/amos "or#ando a m$o ao "alar de Tarot terap(utio ou Taroterapia aseados em tiragens 'ue variavam a ada momento, 'ue de0niam ou inonsientes 'ue geraram esse momento? as ra/4es pro"undas das rises e di0uldades 'ue preisavam ser uidadas, uradas para 'ue eventos iguais ou pareidos pudessem ser evitados, n$o se repetissem. Essa ! a "un#$o do Mapa Astral: pereer as di0uldades e as sa/das para elas. em isso ter/amos apenas diagnstios sem tratamento e assim, na minha opini$o, o instrumento diagnstio torna-se in*til, pois s nos resta esperar o des"eho do destino +& esrito. E ent$o, voltamos 'uest$o ruial em todo o traalho 'ue desenvolvo: onde 0a a lei maior do Livre Ar/trio@ e nada posso "a4er, por 'ue saer@ 6ara n$o "erir susetiilidades deixei de "alar em Tarot Terap(utio e assumi, omo pro"essora 'ue sou, a tare"a de mostrar 'ue o Tarot, omo outras artes, tem "un#$o pedaggia e 'ue esse aminho de aprendi4ado pode tra4er onheimento e auto-onheimento auto-onheimento omprovadamente terap(utios. onheimento e, aima de tudo, o auto-onheimento n$o s lierta, mas tam!m ura. 6or mais de vinte anos "ui agregando onheimento de psiologia, mitologia e diversas orrentes ar'uet/pias at! hegar a uma metodologia prpria. Assim, aliado s +& desritas oserva#Bes de %ita e ran#oise, 'ue apresentaram a Linha da Vida em sua ora Le Tarot de Marseille, inorporei pontos do traalho de mitologia pessoal de tanleD ripner e as etapas da +ornada m/tia m/tia de Foseph Foseph Campell, sempre sempre so so a perspetiva perspetiva Funguiana. Funguiana.
Gniialmente Gniialmen te usei os ino aranos originais, mas, om o tempo, estudo e experi(nia, aresentei Linha da Vida o arano da Alma <on"orme terminologia de Angeles Arrien=, 'ue ! aseado na data ompleta de nasimento e 'ue alguns autores no Hrasil hamam de Arano 6essoal.
C&lulo do arano da Alma Calulamos o arano arano da da Alma Alma somando somando a data ompleta ompleta de de nasimento nasimento e redu4indo-o redu4indo-o at! um n*mero n$o superior a II. Exemplo de uma pessoa 'ue naseu no dia JK-3-J23: J N K N N J N N 2 N 3 O I2 PP I N 2 O J3. arano da Alma ! J3, a Roda da ortuna. Emora a redu#$o se "a#a at! um n*mero in"erior a II
s mitos pessoais Cada par desse on+unto de aranos orresponderiam, na terminologia de tanleD ripner, aos mitos osoletos, aos mitos emergentes e aos novos mitos.Esta ser& a ase para o traalho terap(utio, de auto onheimento, 'ue visa investigar as ausas de h&itos, atitudes, ompulsBes, medos ou traumas 'ue a"etam o nosso resimento e em estar. Estas pistas ou hipteses de traalho devem ser usadas pelo "ailitador de aordo om sua experi(nia pro0ssional. Como psiopedagoga riei um roteiro de traalho 'ue inlui atividades om ontos de "ada, iliogra0a aseada nos aranos, exer/ios om imagina#$o ativa e interativa et. Mitos passados: osoletos
JQ arano: Tra#os inatos de ar&ter, agagem tra4ida de vidas passadas IQ arano: Momento e amiente do nasimento. Vantagens e desvantagens JQ e IQ aranos da Linha da Vida s$o os s/molos dos ost&ulos evolu#$o. Gndiam talentos, mas tam!m as di0uldades inonsientes, os impulsos 'ue levam a agir e reagir de "orma autom&tia, instintiva e 'ue preisam ser traalhados para 'ue possamos desenvolver o potenial indiado pelos aranos seguintes. Gmpulsos inonsientes, memrias e deisBes in"antis nos levam a riar sripts de vida 'ue preisam ser reavaliados, pois muitas ve4es s$o ausa de agressividade, de aixa autoestima, de ren#as 'ue podem ter nos a+udado no passado, mas 'ue n$o mais nos a+udam a resolver os onitos do presente. 6or isso s$o hamados de mitos osoletos, memrias ou "atos 'ue relegados somra impedem 'ue a personalidade se desenvolva na dire#$o da autonomia, do aminho de individua#$o. Mitos presentes: emergentes
Em suma A Linha da Vida nos aponta um aminho de resimento e evolu#$o. Um mapa do aminho da individua#$o 'ue ome#a pelo resgate de valores passados, passa pela supera#$o de onitos e nos leva reali4a#$o do nosso propsito, do nosso saro o0io, o traalho sagrado da evolu#$o humana. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Linha da Vida Apresenta#$o de Constantino . Riemma Um om exemplo de aplia#$o do Tar1 om o propsito de tradu4ir o per0l da tra+etria individual ! a Linha da Vida, apresentada por %ita e ran#oise no livro Tarot de Marseille. As autoras sugerem um partiular sistema numerolgio para enontrar os ino aranos 'ue representam a vida de uma pessoa. Apesar dos reparos 'ue podem ser "eitos 'uanto a ertos aspetos da t!nia da Linha da Vida
in Tarot de Marseille, Ed. Merure de rane. Tradu#$o Tradu#$o de Constantino Constantino . Riemma s 'uatro primeiros aranos do Tar1, &lulados para desrever a Linha da Vida, orrespondem, para ada indiv/duo:
ZO COS F O J5 ; O IY [ O JK %O5 O2 R O JJ \ O 53 EOK L O IJ O I3 ] O Y3 O2 M O J T O ^ O J3 8 O I UO A tradi#$o atriui essa orrespond(nia num!ria a !poas muito antigas e sua transmiss$o se reali4ou, portanto, oa a oa. A primeira in"orma#$o esrita enontramos atrav!s de um livro de M. Lenormand, a !lere vidente. %e onde ela oteve esse al"aeto@ 7 um mist!rio a mais na histria dessa mulher surpreendente. ^eorges aint-Honnet, urador e s&io de nossa !poa, tam!m usava este sistema num!rio 'ue, segundo ele, provinha dos Rosa-ru4es. A lei do sil(nio paree enorir sua verdadeira origem, +& 'ue minha av, por sua parte, sempre negou revelar suas "ontes. Ela tam!m
hegou a menionar os Rosa-ru4es, mas sem preisar mais nada. 8ota sore a Roda de 6it&goras: M. Lernormand atriui o valor J letra , en'uanto 'ue aint-Honnet atriui 2. %urante anos traalhamos este sistema, om entenas de nomes !leres do passado, onheidos por suas oras ou por suas vidas, utili4ando as duas nota#Bes. A 'ue transrevemos a'ui < O 2= ! a 'ue nos proporionou os resultados mais satis"atrios. Rela#$o num!ria dos II Aranos Maiores J. Mago Mago
I. A 6apisa apisa
K. A Gmpe Gmpera ratr tri4 i4
S. Gmpe Gmpera rado dorr
5. 6apa apa
. s 8a 8amo mora rado doss
Y. Carro Carro
2. A Fusti# Fusti#a a
. Eremita
J3. A Roda da ortuna
JJ. A or#a or#a JI. 6endurado 6endurado JK. em em 8o 8om me
JS. A Tem emp pera eran#a n#a
J5. %iao
J. A Casa de %eus
JY. A Estrela
J2. A Lua
J. ol ol IJ. Mundo
I3. I3. Fulg ulgam amen ento to em nQ: Louo <3 ou II=
Um exemplo de &lulo Ve+amos agora um exemplo para expliar o sistema de &lulo: Marie %emaison, nasida em JK5. JQ - ustitu/mos ada uma das letras do nome e sorenome pelo valor orrespondente: M O J, A O J, R O JJ, G O J5, E O K, e assim por diante. A soma do nome ! S e a do sorenome Y. Reunindo os dois resultados otemos: S N Y O JS. A seguir, "a4emos a redu#$o teos0a, ou se+a: J N S N O JJ. Este ser& o primeiro arano da linha da vida de Marie %emaison: A or#a. <6ara saer 'ual arta orresponde a ada n*mero, ve+a a taela, aima=. 8o aso de resultado superior a II ser& neess&rio ontinuar redu4indo o n*mero pelo sistema teos0o.
IQ - Tomamos o ano de nasimento e o redu4imos: J N N K N 5 O J2. Gsso dar& o segundo arano: A Lua. <e a soma "or superior a II, ve+a aaixo a Exe#$o J_=. KQ - E"etuamos a redu#$o do segundo resultado para oter o tereiro: J N 2 O , 'ue ! Eremita.
Exemplo de interpreta#$o 8o exemplo de &lulo enontramos: a or#a, a Lua, o Eremita, o Fulgamento e o Arano sem nome. A or#a, no ome#o da vida, se apresenta omo uma arta muito saud&vel e ela utorga instintos apaixonados, agressivos, mas tam!m nos d& o poder de domin&-los e anali4&-los. A in"9nia n$o ser& tran'`ila, mas ser& aompanhada de sa*de "/sia e moral e de uma neessidade de lierdade 'ue ter& inu(nia pelo resto da vida. %esde o in/io a luta ser& dominante. A Lua, omo reveladora do meio soial
6ara atravessar as di"erentes etapas de sua exist(nia, o onsulente dever& se apoiar sore dos dons dos 'uatro primeiros aranos. tempo de transurso de um per/odo ao outro pode variar. A'ui, o tempo n$o ! um "ator importante. Mas ada arano ontinuar& inueniado sua vida, at! 'ue sua li#$o tenha sido assimilada. assimilada. 7 preiso interpretar primeiro ada arta em separado, para passar em seguida s rela#Bes existentes entre elas. s aranos podem ser omplementares ou tam!m opostos. inalmente, ! neess&rio relaionar o primeiro ao 'uinto, +& 'ue o estudo de suas semelhan#as e di"eren#a poder dar "rutos muito importantes. e numa linha da vida se repetem duas ve4es o mesmo arano, o onsulente dever& onsiderar dois n/veis desta ara: o "/sio e o mental. Estar alerta e tratar de ompreender todos os ensinamentos desse arano o levar& a uma melhor reali4a#$o de si mesmo. Reus&-los, signi0ar& insuesso. Uma pessoa pode ter repetido tr(s ve4es um mesmo arano em sua linha da vida e isso pode ser "avor&vel ou, em ao ontr&rio, pode onstituir um ost&ulo 'ue ter& 'ue ultrapassar. Mas, se+a omo "or, essa tr/plie representa#$o mara sempre um destino "ora do omum. 8o aso de duas artas id(ntias ! mais omum e assinala, em geral, um es"or#o para ser reali4ado sore dois planos: o "/sio e mental. Um estudo muito interessante interessante pode ser "eito a partir dos nomes e sorenomes de outros memros de nossa "am/lia. 6or exemplo, pode aonteer 'ue algu!m alule a linha da vida de sua av e enontre enontre 'ue a primeira posi#$o orresponde ao Gmperador, en'uanto 'ue para ela prpria, 'ue "a4 o &lulo, este mesmo arano se enontre na 'uinta posi#$o. Gsso pode ser interpretado omo uma "orma de destino "amiliar ou omo uma mensagem 'ue se transmite de uma pessoa outra, estando a *ltima delas em linha origatria de umprir o reado dado. papel de ada arta X& duas medita#Bes 'ue podem ser "eitas om os ino aranos de nossa linha da vida: a primeira durante o $o Fo$o de inverno, no dia IY de de4emro
ino artas, 'ue s$o oloadas viradas sore o pano, om o o+etivo de ser esolhida uma delas. A arta esolhida ser& omo 'ue uma mensagem sore a 'ual deveremos meditar. 6ara o $o Fo$o do ver$o podemos proeder da mesma maneira, ontemplando as 'uatro artas iniiais e "a4endo uma ora#$o. Em seguida, nos onentramos sore a 'uinta arta. A noite de $o Fo$o de ver$o ! a mais urta do ano e ! um s/molos das reali4a#Bes 'ue "oram meditadas ou plane+adas durante o inverno e exeutadas na primavera. %urante este per/odo ontamos om a a+uda de "or#a invis/veis.