História da Astrologia Serge Hutin
Os domínios do mistério prometem as mais belas experiências Einstein
1 - HIST!IA "A AST!O#O$IA% por Serge Hutin & - OS E'T!ATE!!EST!ES (A HIST!IA% por )ac*ues +ergier , - O O!O% "OS A#.I/ISTAS% por )ac*ues Sadoul 0 - O /IST!IO "AS 2ATE"!AIS% por 3ulcanelli 456 - HIST!IA "A /A$IA% por 7urt Seligman 8 - O #I9!O "OS /("OS ES.E2I"OS% por !obert 2:arroux ; - OS E(I$/AS "A SO+!E9I9<(2IA% por )ac*ues Alexander = - O O2#TIS/O% por >apus 1? - OS "O/@(IOS "A >A!A>SI2O#O$IA% por H #arc:er e > !aBignant 11 - STO(EHE($E% por 3ernand (iel 1& - ESTA/OS SS (O 2OS/OSC% por A >ontmann% ) Illies e outros 1, - A!.I9OS SE2!ETOS "A 3EITIDA!IA E "A /A$IA (E$!A% por 3ranois !ibadeau "umas 10 - T!ATA"O "A >E"!A 3I#OSO3A#% seguido de O >I#OTO "A O("A 9I9A% por #ambsprinF e / EG*uem du /artineau 14 - AS /A(SES 3I#OSO3AIS% por 3ulcanelli 16 - O $!A("E E O >E.E(O A#+E!TO 18 - OS 1, >A(T2#OS "A 3E#I2I"A"E% por 7ersaint 1; - /A(A# >!TI2O "E AST!O#O$IA% )oJlle de $raBelaine 1= - 2A!TAS E "ESTI(O% por Hades &? - A A!.EO#O$IA /ISTE!IOSA% por /ic:ael-2laude Touc:ard &1 - OS $!A("ES #I9!OS /ISTE!IOSOS% por $uG +etc:el
&& - SETE% O (K/E!O "A 2!IADLO% por "esmond 9arleG &, - AS /E"I2I(AS T!A"I2IO(AIS SA$!A"AS% por 2laudine +rellet-TueMM &0 - A 2I<(2IA >E!A(TE O "ES2O(HE2I"O% por 3 # +osc:Fe &4 - A 2HA9E "A TEOSO3IA% por H > +laBatsFG &6 - A T!A"IDLO HE!/TI2A% por )ulius EBola &8 - T!ATA"O "A !EI(TE$!ADLO "OS SE!ES% por /artinets de >as*uauGs &; - A 2A+A#A E A T!A"IDLO )"AI2A% por ! de TrGon-/ontalembert e 7 HrubG &= - OS !OSA-2!N% por )-> +aGard e > /ontloin ,? - A /A$IA "OS (K/E!OS% por )org Sabellicus ,1 - A HIST!IA "A >A!A>SI2O#O$IA% por /assimo Inardi ,& - A TE#E>ATIA% por 9iceno (estler ,, - A SI(A!.IA% por )ean Saunier ,0 - A #E9ITADLO% por Anna /aria Turi ,4 - OS 2TA!OS% por !ené (elli ,6 - O ES>I!ITIS/O% por )ac*ues #antier ,8 - A#.I/IA E O2#TIS/O% por Hermes% >racelso e outros ,; - I(I2IADLO P AST!O#O$IA% por #eonardo OliBeira ,= - O S3IS/O% por Qilliam Stoddart 0? - 2I9I#INADES S>E!IO!ES "A A(TI$I"A"E 01 - OS $!A("ES E(I$/AS "A A!.EO#O$IA% BRrios 0& - AS >E"!AS E A ES2!ITA% BRrios 0, - O SI/+O#IS/O "O TE/>#O 2!ISTLO% por )ean Hani 00 - A 2I<(2IA "OS S@/+O#OS% por !ené Alleau 04 - AS 2I9I#INADES "O /IST!IO% por Sabatino /oscati 06 - O !EI "O /("O% por !ené $uenon 08 - (OS 2O(3I(S "O /("O% 2 3ini 0; - HIST!IA "A 3I#OSO3IA O2#TA% por Alexandrian 0= - O SE'O% OS AST!OS E (S% por Huguette Hirsig
4? - "ESES "O >ASSA"O% AST!O(ATAS "O 3T!O% por Eric: Bon "niFen 41 - $IA AST!O#$I2O "A 9I"A .OTI"IA(A% por Ariette "ugas e SGlBie +ar-+ennett
HIST!IA "A AST!O#O$IA
2oleco EsMinge n 1
Título originalU Histoire de lVAstrologie
W ditions $érard X 2o 9erBiers Y+élgicaZ 1=8? Traduo de ) ) Soares da 2osta 2apa de Edi[es 8? "epósito legal n\ &68?,5;=
Todos os direitos reserBados para a língua portuguesa por Edi[es 8?% #da% #isboa - >O!T$A# E"IDES TO% #"A - AB de Elias $arcia% ;1 - 1??? #IS+OA TeleMs 86 &8 &? 5 86 &8 =& 5 86 &; 40 TelegramasU SETE(TA TelexU 600;= TE'TOS p
Esta obra estR protegida pela lei (o pode ser reproduida% no todo ou em parte% *ual*uer *ue se]a o modo utiliado% incluindo Motocópia e xerocópia% sem préBia autoriao do Editor .ual*uer transgresso ^ #ei dos "ireitos de Autor serR passíBel de procedimento ]udicial
SE!$E HTI(
Ao nosso amigo !olland 9illeneuBe :omenagem recon:ecida
I(T!O"DLO >ró ou contraC Aparentemente% toda a gente \sabe\ - ou imagina \saber\ - o *ue é a astrologia%
esse
apanRgio
misterioso
de
:omens
de
c:apéu
bicudo
constelado de estrelas Interrogado% o :omem da rua daria% sem *ual*uer d_Bida% a resposta seguinteU a astrologia pretende Mornecer o con:ecimento dos meios *ue% permitindo ao adiBin:o estabelecer uma relao directa entre os astros e o
destino
:umano
Ytanto
indiBidual
como
colectiBoZ%
l:e
dR
a
possibilidade de con:ecer o Muturo com uma certea rigorosa (a Berdade% duas atitudes se maniMestam no p_blico acerca da astrologia A primeira pode ser ilustrada pelo slogan Mamiliar% reiBindicado por todos
os
:Rbeis
negociantes
de
:oróscoposU
\O
Bosso
destino
estR
inscrito nas estrelas e nos planetas\ In_meros seres BiBero% assim% num
Matalismo
elaboradasU
no
*uase Minal
total% da
susceptíBel
escala%
os
de
Mormas
:umildes
*ue
mais se
ou
menos
precipitam%
ingenuamente% para os :oróscopos do ]ornal% na esperana de neles encontrarem% Minalmente% o an_ncio de acontecimentos agradRBeis Ygrandes ou pe*uenosZ` a níBel mais elaborado o :omem de negócios *ue Bai consultar o seu astrólogo sempre *ue *uer tentar uma operao de grande enBergadura Em Bésperas de um acontecimento capital da Bida aMectiBa Yum casamento% por exemploZ% so numerosos Ye é compreensíBelZ os :omens
e as mul:eres *ue gostariam de saber% sem graBes riscos de erro% se essa deciso importante estarR ou no sob o signo da \sorte\ 2omo *ual*uer atitude :umana este Matalismo ingénuo é susceptíBel de reBestir duas Maces opostas Y*ue podero até% por Bees% coexistirZ 1, .uando :omens ou mul:eres inMelies imaginam todos os acontecimentos desagradRBeis ou terríMicos susceptíBeis YcrêemZ de os atingir sem *ue nada
possa
contra
isso%
o
Matalismo
engendra
neles
uma
amargura
resignada` em compensao% por*ue no :aBeria de ser possíBel antecipar os acontecimentos agradRBeis *ue o :omem da arte \lê nos astros\ para os seus
clientesC
astrológicas
(ote-se *ue a
no
é
um
cega conMiana popular nas
Menómeno
peculiar
do
mundo
predi[es ocidental
contemporneo% se bem *ue se ten:a desenBolBido Bertiginosamente nas massas mercê da diMuso da grande imprensa m proMessor uniBersitRrio Mrancês *ue :R anos Me uma longa digresso pela índia Micara% ao princípio% muito espantado por Ber% nas grandes cidades% os postos de correios% as grandes empresas% etc% *uase Baios em certas :oras do dia e repletos noutras sem *ue os :orRrios de trabal:o ou de Molga tiBessem nisso *ual*uer inMluência A raoC ma grande parte dos indianos médios seguia com método o *uadro detal:ado - publicado% todas as man:s% no ]ornal - das :oras MaBorRBeis e desMaBorRBeis para todos os períodos do dia /as% contrRria
^
atitude
cem
por
cento
MaBorRBel
Ye sem
o
menor
discernimentoZ ^ astrologia% :R a reaco inBersa% to conBicta como a*uela (o mundo contemporneo% os progressos da instruo popular proBocaram no p_blico uma diMuso bastante larga% apesar de tudo Ymas nem sempre proMundaZ% do ideal racionalista .ual*uer doutrina% *ual*uer ideologia%
*ual*uer
sistema
tem
os
seus
mestres%
os
seus
adeptos
*ualiMicados e também a grande massa de seguidores% nem sempre bem
inMormados% mas *ue inBocaro% no entanto% as nobres ideias de *ue receberam o eco mais ou menos directo (o século passado% $ustaBe 3laubert%
no
seu
diBertido
"ictionaire
dês
Idées
!ecues%
em
*ue
maliciosamente se diBertira a pr em Mic:as os clic:és de *ue se alimentaBa a conBersa nos sal[es da pe*uena e média burguesia Mrancesa da proBíncia por Bolta de 1;0?% inscreBiaU \AST!O(O/IA - +ela 2iência Só é _til para a marin:a A este respeito% rir da Astrologia\ 10 /as todo o problema se p[eU sim ou no% é normal% é sempre ]usto% rir dos astrólogosC A negao escarnin:a e sistemRtica terR sempre raoC muito MRcil rir dos ingénuos *ue YVZ% em plena \era atómica\% continuam a
escreBer
aos
:oróscopos
(o
grandes
obserBatórios
entanto%
serR
mundiais
Morosamente
um
para
l:es
pateta
pedir
crédulo
em
supersti[es medieBais a*uele *ue acredita no Mundamento da astrologia% nas suas Mormas nobresC >or isso é *ue sRbios autênticos eBitam conMessar aos colegas a sua crena na astrologia% com receio de passarem por escro*ues% ingénuos ou iluminados Yno sentido mais Mamiliar e pe]oratiBo do termoZU no conBirR escrutar as coisas com mais proMundidadeC
>lano da obra .ue é exactamente isto da astrologia% de *ue toda a gente Mala com tanto ^-Bontade% se]a para a exaltar ou para a denegrir sistematicamenteC (o seria conBeniente Maer um esMoro para responder a isso com toda a preciso
ob]ectiBa
dese]RBelC
(o
é
só
no
domínio
das
ideologias
políticas *ue as pessoas se batem sem saberem sempre exactamente o *ue signiMicam
as
\democracia\% imperatiBa%
eti*uetas etcZ
numa
*ue
altissonantes ostentam
primeira
parte%
Y\Mascismo\%
ou
odeiam
de
precisar
o
\comunismo\%
"aí
a
necessidade
*ue
podem
ser
os
Berdadeiros ob]ectiBos e métodos da astrologia` em seguida% deBeremos interr interrog ogarar-no nos s
acerc acerca a
das
Monte Montes s
proMu proMund ndas as
proBR proBRBei Beis s
desta desta
cren crena a
milenRria no determinismo astrológico 2om eMeito% é sempre proBeitoso estuda estudar r
em
proMu proMund ndida idade de
as
Montes Montes
mais mais
Beros Berosíme ímeis is
Ysoci Ysocioló ológic gicas as
e
psicol psicológ ógica icasZ sZ das das grand grandes es cren crenas as :uman :umanas as de base% base% e as dout doutrin rinas as% % sistemas% sistemas% disciplinas e artes em *ue se Mundamentam Mundamentam Só assim poderemos esperar compreender mel:or a Berdadeira Mace da preBiso astrológica YVZ O Macto é rigorosamente exacto 14 A segunda parte darR% ao longo dos diBersos capítulos% uma exposio :istórica% to atenta *uanto possíBel% *ue nos leBarR dos astrólogos antigos e orientais aos seus sucessores europeus da actualidade A
_ltim _ltima a
parte parte serR serR
consa consagra grada da aos probl problem emas% as% to to
espin espin:os :osos os% %
das
rela[es YMraternas ou de oposioZ entre a astrologia% a religio e a ciência ciência "epois% "epois% conMront conMrontand ando o as posi[es posi[es MaBorRBe MaBorRBeis is aos ata*ues ata*ues dos adBersRrios Yde diBersas tendênciasZ% poderemos ento esboar Minalmente uma uma
sínt síntes ese e
e
int interro rrogao oU
tent tentar ar dar dar no
Mim
a
de
noss nossa a
con contas%
próp própri ria a *ue
resp respos osta ta a
Bale
a
esta esta gran grande de
astro trologi ogiaC
um a
\sobreBiBência\ de Bel:as atitudes supersticiosas ou% pelo contrRrio% cons conser erBa BarR rR
Yna Yna
cond condi io o% %
eBid eBiden ente teme ment nte% e%
de
a
dist distin ingu guir irmo mos s
das das
MalsiMica[es% to grotescas por BeesZ o seu Balor para :omens do Mim do século ''C "eix "eixar arem emos os% % conclu conclus so% o%
no
enta entant nto% o%
depoi depois s
de
l:e l:e
problemas 16
>!I/EI!A >A!TE Apresentao da Astrologia
ao
leit leitor or
inte inteir ira a
propo proporci rcion onarm armos os
o
libe liberd rdad ade e dos-s dos-sier ier
de
tira tirar r
uma uma
:istó :istóri rico co
dos
2apítulo I O+)E2TI9OS "A AST!O#O$IA
.ue é a astrologiaC Astra inclinant% non necessitant% necessitant% \Os astros orientam% no determinam\` eis um adRgio *ue se tornou clRssico aos ol:os dos grandes astrólogos do passado AdRgio com o *ual o psicólogo e MilósoMo contemporneo 2-$ )ung )ung se mostr mostrar aria ia plena plename mente nte de acord acordo o (o seu liBro liBro #VHom #VHomme me ^ Ia !ec:erc:e de son Ame Yditions du /ont-+lanc% $enebraZ% salientaU \(ascemos num dado momento% num dado lugar e temos% como os Bin:os célebres% as *ualidades do ano e da estao *ue nos Biram nascer A astrologia no pretende ir mais longe\ E% cont contud udo% o% a
tend tendên ênci cia a
do gran grande de p_bl p_blic ico o
é
para para acre acredi dita tar r
nest nesta a
supersti superstio o terríBel terríBelU U um determi determinism nismo o astroló astrológico gico total% total% inMlexí inMlexíBel Bel 2rena partil:ada% é Macto% por mais de um pensador célebre% como% na Antiguid Antiguidade ade grega% grega% Heródot Heródoto o (a sua História História YII% ;&Z% podem ler-se ler-se estas palaBrasU \ObserBando o dia de nascimento de alguém% predi-se-l:e a sorte *ue o espera\ O YVZ .uant .uanto o ^ exten extenso so *ue% *ue% legit legitim imame amente nte% % deBe deBeria ria ser ser conce concedi dida da ao determinismo das leis astrológicas% Ber a parte II desta obra 1= /as como como deMin deMinir ir a astro astrolog logia iaC C Eis a Mórmul Mórmula a curta curta mas preci precisa sa de /arianne /arianne 9erneuil 9erneuil no seu "iction "ictionnair naire e >rati*ue >rati*ue dês Sciences Sciences Ocultes Ocultes Y/ónaco% #ês "ocuments dVArt% 1=4?% p 8=ZU \A astrologia é% de modo geral% a disciplina disciplina de descoberta% de estudo e de utiliao das rela[es constantes *ue existem YVZ entre o estado e os moBimentos celestes e dos acontecimentos% ou processos terrestres\ Seria% portanto% característico característico desta arte diBinatória o seu Mundamento
numa correspondência *ue ligaria o desenrolar dos Menómenos terrestres aos moBimentos dos astros BisíBeis na abóbada celeste A obserBao% mesmo rudimentar% do Mirmamento reBela a existência de leis precisas *ue regem o moBimento dos corpos *ue nele se deslocam` segundo a astrologia% estas leis da abóboda celeste teriam% assim% uma repercusso precisa% certa% reBeladora da naturea e do curso dos diBersos acontecimentos terrestresU tal é a base geral da astrologia% *ue se encontrarR sempre atraBés das Mormas e adapta[es sucessiBas desta ciência oculta ao longo da sua :istória (o seria% pois% in_til% antes de *ual*uer estudo dela% Maer uma exposio rRpida e o mais clara possíBel da Morma como se encontra encontraria ria posto posto o \Mundame \Mundamento\ nto\ *ue a astrolo astrologia gia teria teria na mecnic mecnica a celeste TratR-lo-emos TratR-lo-emos na sua linguagem especialiada especialiada mais con:ecida con:ecida Ya da
astr astrol olog ogia ia
euro europe peia ia
sob sob
o
seu seu
aspe aspect cto o
codi codiMi Mica cado do
na
époc época a
contemporneaZ /as tendo em conta as Bariantes% base Berdadeiramente geral do Mundamento \astronómico\ da astrologia YZ (ós rectiMicaríamos% prudentementeU \*ue existiriam\ &? Nodíaco e casas (a sua sua
obra obra #ê Temp Temps s
dês dês
7abb 7abbal alis iste tes s
Y(eu Y(euc: c:t tel el% %
didi-ti tion ons s
de Ia
+aconniJre% 1=66% p &?Z% Adolp:e-" $rad% obserBaU \A astrologia é a ciência do tempo Os :omens aBaliam o tempo em Muno da marc:a aparente do Sol O ciclo eMectua-se num ano% como se o Sol percorresse o círculo da eclíptica 2onsiderado numa largura de BRrios graus% graus% este este círcu círculo lo repre represen senta ta% % na reali realidad dade% e% uma ona ona A ona ona da eclíptica é o Moco de Menómenos energéticos e constitui um Berdadeiro circuito\ /as :R precis[es *ue se imp[em Antes de mais% *ue é% exactamente% o NodíacoC % na esMera celeste% o nome dado ^ ona circular ao longo da
*ual se moBem os planetas do nosso sistema solar% sendo a esMera celeste apenas o Bolume circular% de raio indeMinidamente extenso% elaborado a partir do centro *ue deMiniremos do seguinte modoU um dado lugar de onde se contempla o 2éu E o astrólogo estabelecerR a sua carta do céu% tomando como centro o lugar de nascimento do indiBíduo Os pólos (orte e Sul da esMera celeste prolongam os da Terra` o e*uador terrestre e o e*uador celeste encontram-se% também% situados no mesmo plano 2onsideremos agora a rota anual *ue% em cada ano% o Sol parece percorrer sobre a esMera celeste` esta rota circula% em Be de se conMundir com o e*uador
celeste%
encontra-se
inclinada
um
pouco
mais
*ue
&,
YsimpliMi*uemos o n_meroZ relatiBamente a este O percurso descrito pelo Sol durante o ano tem o nome de eclíptica E é esta *ue constitui a lin:a mediana do Nodíaco% separando-o em duas partes de altura igual E o Nodíaco diBide-se% por sua Be% em doe partes% os signos% cada um dos *uais ocupa na eclíptica ,? de longitude 2ada signo do Nodíaco é Mre*uentemente diBidido pelos astrólogos em três subdiBis[es% c:amados decanos Ypor*ue cada um ocupa 1?Z O Nodíaco Morma um círculo completo de ,6? Embora existam esMeras celestes em releBo utiliadas pelos astrólogos% muitos destes preMerem% por &1 comodidade% representar o Nodíaco sobre uma superMície plana A maioria dos astrólogos contemporneos utilia a pro]eco num círculo de ,6?` mas existem outras Mormas Yem uso nos países orientais ou na Europa% antigamenteZ
de
representao
grRMica
de
um
tema
astrológicoU
a
disposio em *uadrado% por exemplo O Sol leBa cerca de um mês para atraBessar um signo odiacal Eis o *uadro completo de ciclo anualU Signo $raus do Nodíaco >eríodos 2arneiro Touro
? - ,? ,? - 6?
&1
de
/aro
-
&?
de
Abril &1 de Abril - &? de /aio $émeos
6? - =?
&1 de /aio - &1 de )un:o
2arangue]o #eo =? - 1&? 1&? - 14? && de )un:o - && de )ul:o &, de )ul:o - && de Agosto 9irgem +alana
14? 1;? &, de Agosto - && de Setembro
1;? - &1? &, de Setembro - && de Outubro
Escorpio SagitRrio 2apricórnio A*uRrio
&1?
&0? &0? - &8? &8? - ,?? ,?? ,,? &,
&1
de
Outubro
-
de
(oBembro && de (oBembro - &? de "eembro &1 de "eembro - 1= de )aneiro &? de )aneiro - 1; de 3eBeiro >eixes ,,? - ,6? 1= de 3eBereiro - &? de /aro
!epresentemos também os signos Ysem d_Bida de origem egípcia e gregaZ utiliados :o]e% comummente% pelos astrólogos ocidentaisU 2arneiro
T
Touro ?
Escorpio
$émeos
n
SagitRrio
2arangue]o
&&
2apricórnio Q
#eo
A*uRrio
.
9irgem
h4C
+alana
f
Hl 5
B\
>eixes
'
&& preciso no conMundir os signos do Nodíaco com as estrelas ou as constela[es Yo #eo% o SagitRrio% etcZ *ue ostentam o mesmo nome HouBe
uma
época
Yé
inegRBelZ
em
*ue
os
signos
do
Nodíaco
e
as
constela[es com o mesmo nome se encontraBam sobrepostos% e no é menos Berdade *ue esta coincidência BoltarR um dia a maniMestar-se no Mim do grande ciclo >ara compreender isto% é necessRrio ter em conta o Macto de *ue% no decorrer dos séculos% o Nodíaco% em Birtude de Menómeno solar de lenta periodicidade c:amado precesso dos e*uinócios% se desloca
lentamente nas onas celestes das doe constela[es assim *ue a Terra se encontra agora na Era do A*uRrio - assim c:amada por*ue o signo do 2arneiro se encontra situado na constelao do A*uRrio Yantes% estaBa na Era dos >eixesZ Seria curioso inBocar a*ui a engen:osa comparao Meita pelo astrólogo Mrancês moderno \"om (eroman\U imaginemos um gigantesco relógio cu]o mostrador correspondesse ao Nodíaco e o ponteiro ao eixo dos e*uinócios Yde >rimaBera e de OutonoZ% situado na interseco de dois planos Yo da eclíp-tica - órbita da Terra em torno do Sol - e o do e*uador celesteZ O ponteiro daria a Bolta completa ao mostrador em cerca de &6 ??? anos Ydurao tradicional do Mamoso \$rande Ano\ dos $regosZ (eroman escreBeu na $rande EncGclopédie dês Sciences Occultes% Editorial Argentor% 1=08% pp 1,? e 1,1ZU \As constela[es odiacais encontram-se no inMinito do céu longín*uo% so
as
:oras
pintadas
no
mostrador
e%
de
acordo
com
o
uso
dos
astrónomos% conBém designR-las em latim para eBitar *ual*uer risco de conMuso >elo contrRrio% os signos odiacais ou :ierógliMos encontramse no nosso
:abitat
:umano%
*ue
é
o
sistema
Sol-Terra% esto
na
eclíptica% tra]ectória da Terra ^ Bolta do Sol% esto pintados no ponteiro%
e conBém
designR-los em Mrancês j Encontrando-se as
constela[es no mostrador Mixo% e os :ierógliMos ou Vsignos odiacaisV no ponteiro móBel% tudo o *ue os conMunde &, é erro ou :eresia` no coincidem% ou% mais exactamente% só coincidem uma Be em cada Bolta ao mostrador% ou se]a% em cada &6 ??? anos\ /as o ciclo solar anual no é o _nico em causa para os astrólogosU um outro ciclo interBém% o do dia terrestre% determinado pela rotao do nosso $lobo em Binte e *uatro :oras Assim se determina% se constrói% o *ue se c:ama a esMera local Imaginemos a marc:a aparente do Sol num ciclo de Binte e *uatro :orasU o :orionte diBidiria a esMera celeste
numa metade BisíBel e noutra inBisíBel% en*uanto o plano meridiano Yisto é% BerticalZ a diBidiria numa parte oriental e noutra ocidental% ambas de
igua igual l
exte extens nso o
O
Sol Sol
leBa leBant ntar ar-s -see-R R
no
:ori :orio ont nte e
orie orient ntal al
YAscende YAscendenteZ nteZ% % culmina culminarR rR ao meio-di meio-dia a Y/eio Y/eio do 2éuZ e desapare desaparecer cerR R no :orionte :orionte ocidental ocidental Y"escendenteZ% Y"escendenteZ% e meia-noite meia-noite corresponderia corresponderia ao lugar do Sol no meridiano inMerior Ylugar c:amado 3undo do 2éuZ Assim se encontram determinados *uatro pontos priBilegiados /as no é tudoU os astról astrólog ogos os diBid diBidir iram am a esMera esMera local local% %
assi assim m
deter determi minad nada a pela pela
marc marc:a :a
*uotidiana do Sol% em doe sectores% as 2asas% *ue so de extenso igual no E*uador% mas desigual nas outras latitudes latitudes A 2asa I comea no >onto Ascendente% a 2asa I9 no 3undo do 2éu% a 2asa 9II no "escendente e a 2asa ' no /eio do 2éu 2ertos astrólogos astrólogos consideram as doe 2asas como uma espécie de \Nodíaco \Nodíaco terrestre\% *ue se poderia colocar em paralelo analógico com os doe signos odiacais Os plane planetas tas BisíB BisíBeis eis do céu céu
atra atraBes Bessam sam% % simul simultan tanea eamen mente te% %
os sign signos os
odiacais e as 2asas "e notar a diMerena entre o signo solar Yo signo odia-cal \sob cu]a inMluê inMluênc ncia\ ia\ nasce nasce um indiB indiBídu íduoZ oZ e o signo signo Ascen Ascende dente nte Yc:a Yc:amad mado o mais mais BulgarmenteU o ascendente% apenasZ% nome dado ao signo *ue se encontra no pont ponto o odi odiaa-ca cal l *ue *ue se ergu ergue e no :ori :orio ont nte e orie orient ntal al do tema tema de nascimento 2om eMeito% a rotao do nosso planeta You considerando as aparências astronómicas% o moBimento diurno do Sol na abóbada celesteZ abrange sucessiBamente sucessiBamente os doe signos solares no decorrer do mesmo diaU é o momento exacto do nascimento &0 do indiBíduo num dado lugar *ue serR determinante% desencadeando estas ou a*uelas inMluências inMluências Se o nascimento se dR ao erguer do Sol% ento o signo solar e o Ascendente coincidem
A 2arta do 2éu *ue o astrólogo elabora pretende ser uma representao exacta exacta da abóba abóbada da cele celeste ste Ylug Ylugare ares s respe respect ctiBo iBos s do Sol% Sol% da #ua% #ua% dos dos planet planetas asZ Z no própr próprio io momen momento to do nasci nascimen mento to do indiB indiBídu íduo o de *uem *uem se elabora o tema A própria palaBra :oróscopo signiMica literalmente% de acordo com a etimologia gregaU obserBao da :ora A título de curiosidade% assinalemos a seguinte obserBao sarcRstica de um Mero Mero adBer adBersRr sRrio io actua actual l da astr astrolo ologia gia% % o astró astrónom nomo o Mranc Mrancês ês >aul >aul 2ouderc Y# VAstrologie% coleco \.ue sais-]eC\% n 4?;% p 66ZU \O >ólo (orte da eclíptica situa-se a &, 4V do >ólo (orte celeste Os pontos da Terra situados no círculo polar têm o seu énite a &, 4V do pólo pólo celes celeste te >orta >ortanto nto% % no decu decurso rso do moBime moBiment nto o diurno diurno% % o pólo pólo da eclí eclípt ptic ica a
pass passa a
terr terres estr tres es
todo todos s
Ent Ento% o% a
os
dias dias
eclí eclípt ptic ica a
do
éni énite te
de
coin coinci cide de com com
todo todos s
o
este estes s
:ori :orio ont nte e
e
luga lugare res s ]R no no
atraBessa *ual*uer casa (o :R :oróscopo para os inMelies *ue nasam nesse momento\ 3aamo-nos 3aamo-nos eco deste problema-limite problema-limite a título de simples curiosidade curiosidade de perguntar% na Berdade% se o :omem *ue nasce nos pontos extremos das onas Rrcticas ou antRrcticas estR liberto de *ual*uer condicionamento pelos astros% ou se% nestes casos% o determinismo se maniMestaria de maneira maneira especial especial% % embora embora muito muito diMeren diMerente te do determin determinismo ismo astrológ astrológico ico corrente "e notar *ue% antes do século 'I'% o elemento capital% no :oróscopo% era a determin determina ao o do ascende ascendente nte ou ponto ponto leBante leBante A astrolog astrologia ia moderna moderna deslocou esta prioridade para a do signo solar% en*uanto% antigamente% \nascer sob o signo do 2arneiro\ Ypor exemploZ signiMicaBa ter no o Sol% mas o Ascendente colocado neste signo $erou-se% portanto% &4 progressiBamente% uma notRBel conMuso entre o ciclo anual e o ciclo diur diurno no% %
entr entre e
a
inMl inMluê uênc ncia ia próp própri ria a
da époc época a
*ue *ue
dete determ rmin ina a
todo todo o
:emisMério terrestre num dado momento e a inMluência do momento mais especialmente determinante para o indiBíduo Os astrólogos Ytanto antigos como modernosZ procuraram estabelecer uma tipologi tipologiaU aU determi determina nao o dos tipos tipos :umanos :umanos *ue correspo corresponder nderiam iam a uma espécie de \assinatura\ celeste especial do indiBíduo por esta ou a*uela inMluência YplanetRria ou de signo solarZ So con:ecidos os *uadros% erudit eruditos os ou popul populare ares% s% to compl complexo exos s
*ue *ue prete pretende ndem m
esta estabel belece ecer r uma
correspo correspondên ndência cia rigoros rigorosa a entre entre os traos traos :umanos :umanos de temperam temperamento ento% % de carRcter de personalidade e os signos do Nodíaco 2onBém citar também as seguintes seguintes obserBa[es de )ean !ic:er Y$éograp:ie Sacrée du /onde $rec` Hac:ette% 1=66% p 68?ZU \O estu estudo do da astro astrolog logia ia antig antiga a
e
espec especial ialme mente nte de certo certos s
aspec aspectos tos
despreados despreados da astrologia astrologia grega leBou-nos ^ concluso concluso de *ue os antigos ]amais consideraBam um signo isoladamente e nunca acreditaram *ue um signo reinasse soin:o j em cada grande época Bemos associados o signo onde se encontra o ponto Bernal% o signo oposto Yo do e*uinócio de OutonoZ e também os signos dos solstícios solstícios de 9ero e de InBerno "e tal modo *ue% para cada caso% se deBe considerar no um signo isolado% mas dois eixos odiacais perpendiculares Tratar-se-ia% em suma% de campos magnéticos% compensando-se e e*uilibrando-se% dois a dois You *uatro a *uatroZ #embremos% por outro lado% *ue os calendRrios de tipo solar% em part partic icul ular ar
o
cale calend ndRr Rrio io
egíp egípci cio% o%
o
de
Aten Atenas as% %
etc etc% %
come comea aBa Bam m
no
solstício de 9ero\ 9ê-se% assim% toda a rede de complexidades *ue pode interBir na exacta determinao dos ciclos astrológicos Além do Sol e da #ua% so Macilmente BisíBeis% BisíBeis% ^ Bista desarmada% cinco planetas do sistema solarU so estes os &6 cinco cinco astro astros s *ue *ue entra entram m na elabo elabora rao o dos dos :orós :orósco copos pos da astr astrolo ologi gia a
clRssica Os símbolos clRssicos dos planetas soU Sol #ua /erc_rio 9énus " /arte )_piter Saturno 2k Berdade *ue diBersos astrólogos contemporneos Maem interBir nos seus cRlculos os planetas descobertos a partir do século '9III% para além da órbita de SaturnoU rano (eptuno >luto E :R alguns *ue c:egam% até% a encarar a inMluência de planetas mais longín*uos% para além de >luto Os
planetas
longín*uos
c:amados
lentos
ou
\pesados\
Ya
partir
de
)_piterZ marcariam sobretudo a colectiBidade% toda a ciBiliao em *ue o
indiBíduo
se
insere%
encontrando-se
a
Bida
pessoal
deste
mais
especialmente inMluenciada pelos planetas rRpidos Teriam os antigos% na realidade% podido con:ecer os planetas para além de SaturnoC Alguns autores admitiram-no% imaginando% *uer uma Bista muito mais penetrante dos :umanos na Antiguidade do *ue em épocas ulteriores% *uer a :ipótese audaciosa de ciBilia[es ]R extremamente desenBolBidas no plano técnico% *ue teriam existido na Terra na época pré-:istórica /as isto é muito :ipotético% apesar da existência de Mactos *ue poderiam parecer perturbantes entre os 2:ineses e os Astecas &8 3oi sustentada a existência de um segundo satélite da TerraU A \#ua
negra\ ou #ilit:% tendo sido% mesmo% elaboradas eMemérides e tRbuas acerca deste astro con]ectural 2Z /ais aBenturosa ainda é a ideia de um planeta-irmo do nosso% o \antiTerra\% assim c:amado por*ue ocuparia um lugar exactamente simétrico Ye daí a impossibilidade de o con:ecer% por*ue se encontra sempre colocado atrRs do Sol O em relao ao nosso mundo 9oltemos ao problema da Mixao precisa da 2arta do 2éu% isto é% de uma representao to exacta *uanto possíBel do céu na altura do nascimento do indiBíduo para *uem se elabora o :oróscopo esta% pelo menos% a prRtica mais geral Saliente-se% no entanto% *ue certos
astrólogos
:aBiam
tentado
Ynomeadamente
na
2:inaZ
Maer
o
:oróscopo da concepo >ara traar a 2arta do 2éu utilia-se% Bulgarmente - Malamos do uso *ue preBalece nos nossos dias -% um grRMico circular *ue representa os doe signos Y,? cada umZ *ue cobrem os ,6? do Nodíaco% uma tRbua das 2asas% a latitude do lugar de nascimento e% Minalmente% uma tRbua das posi[es planetRrias dia após dia (a 2arta do 2éu as 2asas determinam diMerentes sectores em *ue - segundo o seu n_mero e ordenao - poderiam ]ogar as diBersas inMluências planetRrias% \assinando\ a inMluência dos inMluxos astrais sobre a Bida de um :omem 9eriMica-se *ue os planetas se encontram diBersamente colocados atraBés do Nodíaco e Mormam entre si rela[es de ngulos% *ue se c:amam aspectos *uando a relao entre dois planetas Morma um traado geométrico preciso%
YVZ 9er% !obert Ambelain e )ean "esmoulinsU #ilit:% second satélite de Ia Terre% >aris% (iclaus% 1=,; pZ m esoterista% adepto do Trantrismo tibetano% c:egou a aMirmar-nos a existência
de
comunica[es
ocasionais
Ypor
engen:os
Boadores
no
identiMicadosZ entre este planeta-irmo e cadeias montan:osas da sia 2entral Y/ontes 7ouen-#unZ A inMormao é dada sob inteira reserBa% como di a Mórmulah &; Assim% teríamosU a con]uno Ydois planetas% ou mais% encontram-se em torno do mesmo ponto odiacal% repartidos pelo mesmo grau ou a cerca de alguns grausZ Se é um ngulo de 6? *ue existe entre as posi[es planetRrias%
é
o
sextil`
o
aspecto
de
1&?
c:ama-se
trígono
Yna
circunMerência poderiam Mormar-se três trígonos% :aBendo possibilidade e daí o nome de seis sextisZ` ao aspecto de =? c:ama-se *uadratura ou *uadrado Kltima espécie de aspectoU a oposio Ydois astros *ue se encontram Mrente a Mrente% num ngulo de 1&? *ue corta o Nodíaco em doisZ
2on]uno%
sextil
e
trígono
so
considerados
benéMicos
ou
:armónicosU as tendências representadas pelos planetas associar-se-iam% reMorar-se-iam ou cooperariam` o *uadrado e a oposio seriam% pelo contrRrio%
maléMicos
ou
dissonantesU corresponderiam a
rela[es de
antagonismo% de incompatibilidade% de conMlito% de ciso 2on]uno
O
Semi-sextit G
Oposio
a
Semi*uadrado
#
.uadrado
"
Ses*ui*uadrado
-S-
Trígono
A
.uincncio
Sextil
k
A
O con]unto de dados analisRBeis numa 2arta do 2éu Morma a conMigurao ou constelao dela 2omea a entreBer-se pelo *ue precede Ye *uer a astrologia ten:a ou no Mundamento cientíMicoZ toda a complexidade da interpretao :oroscópicaU ter em conta a repartio dos planetas neste ou na*uele signo% o lugar dos planetas em tal ou tal 2asa% os aspectos do planeta em relao a este ou ^*uele% a posio do planeta *ue reina sobre o signo
&= Aludimos ^ representao mais comum entre os astrólogos modernos` /as as coisas coisas
reBelarreBelar-se-i se-iam am
exte exteri rior ores es% %
por por
muito muito
Bee Bees s
semel:an semel:antes% tes% tendo tendo
enor enorme mes% s%
ou% ou%
pelo pelo
em
meno menos% s%
conta conta
diMeren diMerenas as
impo import rtan ante tes s
para para
disposi[es antigas Yem *uadrado% por exemploZ utiliadas no Ocidente ou para representa[es orientais /étodos e diBis[es da Astrologia "ois métodos caracteriam as duas principais correntes em astrologia% *ue% de Macto% só coexistem desde o Mim do século passado passado P astrologia tradic tradicio ional nal% %
Munda Mundada da
eMecti eMectiBa Bamen mente te% %
uma uma
sobre sobre
o
princ princípi ípio o
astro astrolog logia ia
de
transM transMor ormar mar esta esta arte arte diBin diBinató atóri ria a rigoro rigorosa saU U
utili utilia ao o
de
métod métodos os
de
anal analogi ogia% a%
prete pretens ns[es [es
]usta ]ustaps ps-se -se% %
cient cientíMi íMica cas% s%
Bisa Bisando ndo
da \ciê \ciênci ncia a oculta oculta\ \ numa numa técni técnica ca exper experim iment entai ais s
e
Ypor Ypor
exemp exemploZ loZ
da
inBestig inBestigao ao estatíst estatística ica sobre sobre os eMeitos eMeitos da inMluênc inMluência ia dos astros% astros% *uanto ^ sua repartio segundo as inMluências planetRrias E *uanto aos domínios de aplicao da astrologia% *ue delimitam igual in_mero de diBis[esC A
Morm Morma a
mais mais
comu comum m
-
c:am c:amad ada a
astr astrol olog ogia ia
indi indiBi Bidu dual al% %
astr astrol olog ogia ia
]udiciRria% ou% ainda% astrologia gene-tlíaca - trata das rela[es entre os Mactos celestes e o destino de um determinado indiBíduo "e um :omem% na
*uas *uase e
tota totali lida dade de
:oró :orósc scop opos os
de
dos dos
anim animai ais s
-
caso casos% s% para para% %
embo embora ra% %
actu actual alme ment nte% e%
nome nomead adam amen ente te% %
]R
tent tentar ar
se
Maa Maam m
con: con:ec ecer er
as
possibilidades de grande Muturo :ípico de um puro-sangue O método deste tipo de astrologia procede pela elaborao do :oróscopo indiBidual /as diBersos astrólogos Yantigos e modernosZ tentaram debruar-se também sobre sobre o
destin destino o
exis existi tiri riam am
entr entre e
das das os
colec colectiB tiBid idade ades s Mact Mactos os
:uma :umano nos s
:uman :umanas as% %
sobre sobre as rela rela[e [es s
cole colect ctiB iBos os
por por
um
lado lado
e
*ue as
conMigura[es celestes pelo outro >uderam% assim% elaborar os temas no
]R de indiBíduos% mas de colectiBidades% ou% ainda% os de acontecimentos ,? :istóricos Yguerra% reBoluo% reinado% etcZ% e% até% de institui[es colectiBas "o ponto de Bista dos domínios domínios particulares de aplicao da astrologia% astrologia% assinale assinale-se -se a astrolo astrologia gia médica% médica% a astrolo astrologia gia Begetal Begetal Y*ue encara a inMluência inMluência das conMigura[es conMigura[es celestes sobre a germinao% germinao% o crescimento crescimento e a MrutiMicao das plantasZ% a astrologia astrologia meteorológica Ytrabal:os Ytrabal:os do "r /aag% na Aleman:a% por exemploZ% *ue aMirma basear-se no estudo das rela[es *ue existiriam existiriam entre as conMigura[es celestes celestes e o tempo ou os imperatiBos climRticos Exis Existe te
tamb também ém
Berd Berdad adeZ eZ
da
um
tipo tipo
Berd Berdad adei eira ra
espe especi cial al
de
adiB adiBin in:a :a o o
astr astrol olog ogia ia pelo pelos s
muit muito o
astr astros osU U
é
diMe diMere rent nte e a
Yna Yna
astr astrol olog ogia ia
onomntica ou onomancia Eis a deMinio apresentada por "om (éroman Y$rande EncGclopédie dês Sciences Occultes% tomo n% p ,44ZU \j en*uanto Ya astrologia propriamente ditaZ estuda corpos reais% as suas posi[es exactas% as suas rela[es minuciosamente calculadas e as suas suas rela rela[es [es com o :omem :omem conso consoant ante e o minut minuto o preci preciso so e o lugar lugar de nascimento% a onomancia interroga génios planetRrios cu]a naturea se identiMica com o do planeta de *ue usam o nome Se desprea o lugar% introdu nos seus dados de base o nome e o pronome usual% e certos renoBadores utiliam% até% todos os prenomes\ >ara estabelecer um tema em astrologia onomntica deBerR utiliar-se o nome% o prenome Ymétodo mais geralZ% a data do nascimento também Ydia% mês e ano - mas com a simples indicaoU antes ou depois do meio-diaZ 2omea-se por traduir% numericamente% cada um dos dados natais% por meio de uma tRbua de correspondências alMabéticas YBariRBel segundo os autoresZ
/ultiplicar-se-R cada um dos n_meros obtidos Ypara o nome e pronomeZ pelo pelo Balor Balor atribu atribuíd ído o a cada cada letr letra a Ya numer numera ao o serR serR obtid obtida a assim assimU U coloca-se coloca-se o nome Berticalmente% Berticalmente% e conta-se de baixo para cima` a _ltima letra terR o n 1% e assim sucessiBamenteZ ,1 >ara encontrar a data% o astrólogo astrólogo onomntico procedera% serBindo-se serBindo-se de um
cale calend ndRr Rrio io
\teb \tebai aico co\ \
Yde Yde
orig origem em
egíp egípci ciaZ aZ
A
soma soma
dos dos
Balo Balore res s
numéricos obtidos permitirR a obteno do n_mero Matídico Em seguida% :aBerR *ue estabelecer estabelecer o \topo\ do :oróscopo% n_mero obtido acresc acrescen entan tando do o n_me n_mero ro Matídi Matídico co ao ano ano de nasci nascime mento nto do indi indiBíd Bíduo uo% % Maend Maendo o a onoma onomanci ncia a inter inter Bir% Bir% depoi depois% s% a dete determi rmina nao o dos dos círcu círculo los s Matídicos% atribuí dos aos sete génios planetRrios da tradio mRgica A onomancia obrigaria o :istoriador a debruar-se sobn um problema muito complexoU complexoU o da aliana contraída a longo dos tempos entre a astrologia astrologia e
outra outras s
técnic técnicas as
diBi diBi
nató natória rias s
>oder >oderia ia
supo supor-s r-se e
legit legitima imamen mente te
a
existência de un tronco comum a todas as ciências% a todas as artes oculta` tradicionais ,&
2apítulo II EST!T!AS AST!O#$I2AS 2aracterísticas da atitude astrológica
.ue caracteria a atitude astrológica-tipo e *uem l:e determinaria as constantes constantes *ue se encontram encontram ao longo dos temposC - eis uma pergunta *ue muitos leitores no deixaro% por certo% de Maer (a própria palaBra astrologia :R \astros\% mas tratar-se-R de um con:ecimento preciso dos próprios corpos celestesC certo Ye é a*ui *ue se pode dier *ue a astrologia teBe uma contribuio positiBa para a :istória das ciências% pelo menos no passadoZ *ue os :omens% desde a
Antiguidade% *uiseram escrutar atentamente o céu% a abóbada estrelada% souberam distinguir as estrelas Mixas Ymas *ue seguem
o
moBimento
aparente da abóbadaZ e os astros móBeis YplanetasZ 2on:ecimento muito preciso% pois% pelos astrólogos antigos% da astronomia das aparências /as seria Bo procurar nela *ual*uer papel desempen:ado neste saber por um con:ecimento directo da estrutura
Mísica dos
astros obserBados
"urante milénios% a Maer Mé nos documentos usualmente aceites% os :omens *ue escrutaBam o céu no teriam tido - parece - nen:uma noo precisa da naturea dos astros YMixos ou móBeisZ% das suas distncias reais
relatiBamente
^
Terra
e%
até%
das
distncias
relatiBas
dos
planetas entre si A menos *ue se acredite% como certos autores \paracientíMicos\%
na
existência
de
ciBilia[es
:umanas
]R
muito
desenBolBidas num passado longín*uo
,,
.ue deMine% portanto% e de imediato% a astrologiaC a aMirmao ingénua ou sapiente% segundo os casos - de uma ligao de causa a eMeito entre os corpos celestes e tudo o *ue se passa na Terra Eis os termos líricos com *ue se exprime o astrólogo moderno "om (éroman Y)ZU \j tudo o *ue se passa na Terra estR submetido ^s inMluências do meio no seio do *ual o nosso $lobo percorre a sua rota% meio *ue é ]ustamente o 2éu O nosso $lobo é uma parte do espao estelar% cu]as Bagas so as ondas luminosas% magnéticas% ou outras% propagadas pelos moBimentos e as igni[es dos corpos celestes` tudo o *ue BiBe sobre a Terra estR ban:ado neste oceano de ondas` a ciência *ue estuda este oceano% a ciência *ue c:egarR% talBe% um dia% a tudo explicar pelo estado do céu do momento% é bem a ciência-Monte
A Barin:a deBeria ser cortada no dia e na :ora MaBorRBeis segundo os astros` o tarot tem nas suas cartas maiores o Sol% a #ua% as Estrelas% e cada uma delas se interpreta astrologicamente` a Misiognomonia recon:ece nos
rostos
as
mRscaras
solares%
lunares%
mercurianas%
Benusianas%
marcianas% ]upiterianas% saturninas` e a *uirologia recon:ece nas nossas mos os montes dos mesmos planetas e lin:as da mesma denominao% como a saturnina` a geomancia% a ono-mancia so transposi[es directas do processo astrológico` e a própria magia% *uando associa as astros ^s suas cerimónias e aos seus sortilégios% no pratica outra coisa *ue no se]a astrologia aplicada` submete o céu% como nós submetemos o Bento nas asas dos nossos moin:os ou as Belas dos nossos barcos% o raio nos pRraraios ou nos dínamos\ A astrologia surgiria% até% no uniBerso to complexo dos con:ecimentos \ocultos\ tradicionais% como a ciência-
YVZ
$rande
EncGdopedie
Illustrée
dês
Sciences
Occultes%
Editorial
Argentor% 1=4&% tomo n Y8a parteU a astrologiaZ% p 1&8
,0
-me 2itemos uma passagem do No:ar% a grande obra dos cabalistas ]udeusU \j na extenso do céu *ue rodeia o /undo% :R Miguras% signos% por meio
dos
*uais
podemos
con:ecer
os
segredos
e
os
mais
proMundos
mistérios Estes signos so Mormados pelas constela[es% *ue so para o sRbio um tema de contemplao e de delícias\ HR \signos no céu\` saibamos% portanto% Bê-los% \lê-los\% interpretRlos% e poderemos con:ecer ^ Bontade o passado e o MuturoU tal é o substrato metaMísico da astrologia
2edamos
a
palaBra
Traditionnele
ao
Yditions
/anuel
2omplet
+ussiere%
dVAsírologie
>aris%
1=68Z
do
fcientiMi*ue astrólogo
et
breto
\Hades\ YAlain ouancZ EscreBe ele Ypp 1, e 10ZU \Os signos do 2osmos so% simultaneamente% eternos e simbólicos A noo de tempo% *ue interBém% para nós% :umanos% de Morma ao mesmo tempos precisa e limitatiBa% modiMica-se% no Mim de contas% numa relatiBidade *ue no é a menor das interroga[es *ue se p[em ao obserBador >or estes signos podemos con:ecer o passado% o presente e o Muturo !esidem a*ui as primeiras no[es% os primeiros passos da astrologia% e Bê-se ]R *ue potência e *ue eternidade ela possui na sua própria substncia para poder colocar assim uma grade no nosso destino e no-lo signiMicar em termos
absolutos
HR
mais
Sem
a
astrologia%
torna-se
impossíBel
compreender o mundo caos% é dor% comea na noite e no grito - os dois estigmas do nascimento - e para todos acaba na mesma *ueixa obscura% no mesmo Bale mudo e desértico% na morte% lR onde é caBada a tumba% lR onde é tragada a nossa personalidade Mísica j A astrologia restitui toda a sua signiMicao _ltima ^ "iBindade e ao mundo >or ela% podemos escalar a montan:a do con:ecimento% simboliado ]ustamente no Nodíaco pelo signo mais eleBado% o signo enital do 2apricórnio >or ela% podemos con:ecerU no se trata de um con:ecimento místico% Maendo apelo ^s
,4
raíes obscuras da psi*ue Yembora esta este]a também presenteZ% mas sim% de uma rao maior% to clara e to pura como os dois conceitos *ue nos legam diariamente - sim% dia após dia - os astros% *ue existem lR para signiMicar em actos uma Bontade eterna% para dar testemun:o do 2osmos% isto é% de "eusU o céu e a lu\
.uer
se
trate
adiBin:os
de
modernos
astrólogos dese]osos
tradicionais de
serem
ou%
pelo
rigorosamente
contrRrio%
de
\cientíMicos\%
encontrar-se-ia sempre esta característica Mundamental da astrologiaU estabelecer uma
correlao de causas a
eMeitos entre os Menómenos
obserBados na abóbada celeste e o comportamento dos :omens (a 2arta do 2éu encontrar-se-iam% portanto% inscritas% de algum modo% todas as grandes lin:as da sorte de um determinado indiBíduo - assim como de toda a cadeia de gera[es de *ue ele constitui a :erana biológica O determinismo astrológico no seria% de resto% somente indiBidual mas colectiBoU
existiria% assim%
todo
o
problema dos
destinos :umanos
complementares (o Matalismo antigo encontrariam eco estas palaBras de um astrólogo \cientíMico\ contemporneo% Henri 2andiani YVZ% *ue no :esita em escreBerU \j as possibilidades preditiBas surgem *uase ilimitadas` as mais inBerosímeis pretens[es dos astrólogos conMirmam-seU certos indiBíduos apresentam% astrologica-mente% no só traos de carRcter% predisposi[es mórbidas% tendências de comportamento% mas também% predisposi[es para soMrer acidentes% morrer de morte Biolenta% Micar Bi_Bos% encontrar protectores% etc j A astrologia no inBoca supranormal`
pretende
manter
acumulados
todos
*ual*uer os
seus
Maculdade dados
de
obserBao` emite V]ulgamentosV ou prognósticos baseados em leis de correlao *ue
YVZ Ap:orismes sur
IVAstrologie et Ia "iBination% >aris% #ê #iBre
"ocumentaire% 1=,4
,6
existiriam entre os Mactos astronómicos e os acidentes da Bida :umana
YVZ\ "eBemos perguntar-nos o *ue se deBe pensar desta opinio Y&Z% *ue pretende Maer da astrologia uma ciência perMeitamente rigorosaU \O comportamento :umano e o destino - prossegue o mesmo autor astrólogo contemporneo - esto submetidos a esse rigoroso determinismo *ue cada ciência recon:ece no seu domínio e *ue no deixa *ual*uer margem nem ^ VcontingênciaV nem ^ VliberdadeV A adiBin:ao% estudando as leis de causalidade ou de concomitncia ^s *uais sup[e submetido o comportamento e o destino do :omem% esMora-se por l:es preBer
os Menómenos 3unda-se% assim%
sobre um postulado
determinista *ue ela partil:a como seu ob]ectiBo preditiBo com todas as ciências Y,Z\ 2ompreendem-se perigos a *ue exporia a crena to cega numa Matalidade radical%
num
determinismo
astrológico
total
bem
con:ecido
dos
psicólogos - e é um Macto de obserBao corrente - *ue certos seres podem deixar-se sugestionar totalmente por uma predio negatiBa% com a conse*uente desadaptao ao real Assim
se
deixando-se
BeriMicaria obcecar
a
pela
realiao perspectiBa
eMectiBa de
de
aares%
certas de
predi[esU
insucessos%
de
proBa[es *ue \têm\ de l:e acontecer% o indiBíduo condicionar-se-a a si próprio% abdicando de *ual*uer resistência interior ^ realiao das perspectiBas to pouco prometedoras anunciadas pelo adiBin:o O nosso aB materno contaBa-nos *ue% *uando era ]oBem% uma Bidente l:e anunciara *ue morreria aos ,? anos com Mebre tiMóide
YVZ Ob cit% pp , e 0 Y&Z 9er a terceira parte desta obra Y,Z Ob cit% p 6
,8
3elimente *ue no era um espírito Mraco e :aBia rido da predio` mas imaginem as deBasta[es *ue podem causar% em seres no preparados para resistir ^s sugest[es% predi[es desta natureah 2ompreendem-se% assim% as
ra[es%
estritamente
prRticas%
pelas
*uais
diBersas
ligas
cientíMicas% em todos os países% protestaram diBersas Bees contra as diMus[es
macias
Yna
imprensa
de
grande
tiragem%
na
rRdio
e
na
teleBisoZ susceptíBeis de reMorar nas massas as atitudes Matalistas% resignadas% *ue leBam ^ aceitao cega dos \Beredictos\ do adiBin:o (aturalmente% o magníMico espectRculo do céu no inspirou aos :omens muito pelo contrRrio - somente reac[es amedrontadas ou resignadas do Matalismo rigoroso 9er o Mirmamento% escrutar-l:e o complexo e to Mascinante espectRculoU *ue Biso maraBil:osah 2ompreende-se *ue se ten:am criado% em diBersas ciBilia[es antigas% obserBatórios *ue eram% ao
mesmo
tempo%
santuRrios
2itemos
os
Bersos
to
belos
das
/etamorMoses% do poeta latino OBídioU \En*uanto% de cabea baixa% todos os outros animais têm os ol:os presos ^ Terra% o 2riador deu ao :omem um rosto *ue se ergue acima dela% permitindo-l:e contemplar o céu% erguer o ol:ar e eleBR-lo até aos astros\ 3acilmente
se
compreende
*ue
os
:omens
:a]am
representado%
tradicionalmente% a abódada celeste nos tectos dos templos Alexandre 9olguine obserBa de maneira muito ]usta YVZU \Em toda a Antiguidade e no Oriente dos nossos dias% os templos so a imagem restrita do 2osmosU o simbolismo do tempo maónico é disso um exemplo e no uma excepo% e é em Birtude dessa relao entre o uniBerso e o templo *ue todas as religi[es o orientam ainda para os *uatro pontos cardeais\
YZ #VAstrologie c:e lês /aGs et lês AtJ*ues% (ice% ditions dês 2a:iers Astrologi*ues% 1=06% p &8
,;
Em princípio% uma igre]a crist Ye esta regra encontra-se na orientao do templo maónico% cu]a Morma especial teria as suas raíes nos usos dos
construtores
de
catedrais
da
Idade
/édia%
deBeria
ser
sempre
orientada para o Oriente Ylugar onde% no nosso :emisMério% se ergue o SolZ` só tardiamente% por meras ra[es utilitRrias de simpliMicao% esta
regra
deixou
de
ser
obserBada
de
maneira
to
literal
pelos
ar*uitectos religiosos Os
ciclos
solares
e
lunares
permitiram
a
elaborao
dos
diBersos
calendRrios% diBidindo% no decorrer do ano% as ac[es% propícias ou neMastas% dos :omens Os antigos mexicanos daBam ao calendRrio o nome de #iBro dos bons e maus dias - designao assa expressiBa e% de resto% muito
signiMicatiBa%
só
por
si%
de
um
enraiamento
ancestral
da
astrologia no psi*uismo :umano% Seria% portanto% possíBel ao :omem descobrir o Muturo% o \destino\% com todas as suas eBentualidades% tanto propícias como neMastasC HR% também% *ue obserBar as raíes to proMundas% *ue se BeriMicam neste domínio priBilegiado *ue é a astrologia% do simbolismo dos n_meros HR doe signos do Nodíaco% *ue Mormam o ciclo completo% a ronda anual do moBimento solar *ue suscita as esta[es terrestres "oe membros da totalidade
.uanto
ao
Mamoso
n_mero
tree
-
Benerado
ou
temido
alternadamente pela superstio popular% parece ter sido considerado uniBersalmente como o símbolo do \curso cíclico da actiBidade :umana% utiliado ora para o bem% ora para o mal\ O% e mais genericamente das
transMorma[es perpétuas *ue se realiam no nosso mundo da maniMestao Mísica Entre os /aias e os Astecas% por exemplo% o calendRrio parece ter sido considerado como a maniMestao diRria% ^ escala :umana% dos ciclos cósmicos /as esta atitude por toda a parte se nos depara O :omem BiBe ao ritmo *uotidiano do ciclo solar diurno% criando durante o dia - en*uanto BiBe% de noite Ya outra
YVZ !ené AllendG% #ê SGmbolisme dês (ombres% & ed% >aris% di-tions Traditionnelles% 1=08% p ,6?
,=
Mase% lunar portanto% do mesmo ciclo *uotidianoZ% uma existência em *ue predomina a Bida instintiBa% subconsciente A extenso do simbolismo astrológico iria% assim% muito longeU a astrologia permitiria até segundo os astrólogos da índia - con:ecer a Bida Mutura dos mortais% na altura da sua \reencarnao\ /encionemos também a existência% em diBersos países asiRticos Yo Tibete% por exemploZ% de :oróscopos elaborados para con:ecer as Bidas terrestres anteriores do indiBíduo
Símbolos astrológicos e tipologia
2ontrariamente ao *ue poderia parecer mais compreensíBel ao :omem Ypouco ou muito \racionalista\Z de :o]e% o simbolismo astrológico no é% de modo algum% o resultado de uma aliana conBencional% *ue teria associado arbitrariamente% em diBersas épocas% certas características da Bida :umana
a
nomes
de
diBindades
O
simbolismo
astrológico
poria%
eMectiBamente% todos os problemas *ue suscita o estudo aproMundado da
mitologiaU com eMeito% so nomes de diBindades os *ue Moram dados aos astros da abóbada celeste E% como em todos os mitos% obserBar-se-ia este trao sempre presenteU a poliBalência de certos símbolos% a extrema ri*uea%
portanto%
dos
pontos
de
Bista
susceptíBeis
de
serem
desenBolBidos a partir de um deles como suporte concreto /uitas lendas mitológicas demonstrariam incorporar% de Macto% todo um ensino de ordem astronómica exemplo% a
tradicional mitologia
Ye%
portanto%
egípciaU
astrológicoZ
as camin:adas
errantes
Tomemos%
por
de ísis%
*ue
partira em busca dos Mragmentos do corpo desmembrado do esposo Yseu irmo% o deus solar OsírisZ% no simboliaBam o percurso da #uaC 2ertos astrólogos modernos% animados pelos resultados da psicologia das proMundidades% astrológico colectiBo
*uiseram
com
a
pr
do
Ytrabal:os
em
relao
inconsciente de
)ung
e
a
estrutura
:umano% seus
no
só
do
simbolismo
indiBidual
discípulosZ
Os
mas
símbolos
astrológicos Ytanto
0?
dos
signos
como
dos
planetasZ
deBeriam
ser
considerados%
nesta
perspectiBa% como os sedimentos depostos% por séculos e séculos% no só de BeriMica[es ob]ectiBas obserBadas pelos :omens na abóbada celeste% mas
de
experiências
psicológicas
proMundas
BiBidas
por
toda
a
Humanidade Ainda :o]e% sob Mormas% ora ingénuas Ypredi[es dos semanRrios de grande tiragem
ou dos ]ornais
diRriosZ% ora
com pretenso cientíMica% Bê
radicar-se - no mundo dos astrólogos e seus adeptos - a ideia segundo a *ual os doe signos do Nodíaco Ypara só Malar destesZ constituiriam outros
tantos
grandes
tipos
:umanos
estruturados%
com
determinados de temperamento% de personalidade e de carRcter
traos
bem
Seriam% assim% reBelRBeis toda uma estrutura geral% toda uma constelao de tendências :umanas dependentes% portanto% da posio ocupada pelo Sol Yo astro central do nosso sistema% *ue proporciona a lu% o calor e a BidaZ% na altura do nascimento do indiBíduo% entre o primeiro e o _ltimo grau deste ou da*uele signo do Nodíaco >or exemplo% Bir ao mundo entre &1 de /aro e &? de Abril do nosso calendRrio signiMica *ue se nasceu \sob o signo do 2arneiro\ /as esta tipologia solar no seria a _nica a considerar` segundo as posi[es
possíBeis
:oróscopo%
dos
ter-se-iam
planetas
Y/arte%
igualmente
todas
9énus% as
/erc_rio%
espécies
de
etcZ no Baria[es
possíBeis de um mesmo tipo :umano com todas as suas atitudes e reac[es nos BRrios domínios :umanos de actiBidade O elemento *ue complica os problemas com *ue se deMrontam os astrólogos é% sobretudo% introduido por Mactores diBersos Y*ue podero muito bem ser determinantesZ do signo odiacal de nascimento >or exemplo% um :omem *ue tem o seu ascendente e alguns planetas situados no signo do 2arneiro% mas do *ual o Sol se encontre ausente% poderia ter o tipo astrológico \2arneiro\ "o mesmo modo% se o signo odiacal de nascimento só se encontra ocupado pelo Sol% um natiBo da*uele signo poderia no corresponder absolutamente ao tipo \solar\ :abitual
01
2iclos cósmicos Os ciclos solares de obserBao banal Yo ciclo *uotidiano de Binte e *uatro :oras% o ciclo anual das esta[esZ esto na própria rai da astrologia /as os astrólogos% nas diBersas tradi[es esotéricas% no deixaram de encarar ciclos *ue se mediam a praos muito mais longín*uos Assim deBeria ser encarada a ideia dos grandes ciclos - ligado cada um
ao domínio por um signo do Nodíaco - *ue marcariam toda a :istória da Humanidade% ideia tradicional *ue estaria% naturalmente% em oposio com a ideia moderna% positiBista% de um progresso *ue teria sido contínuo desde a origem da espécie :umana Eis com *ue Mora esta grandiosa concepo dos ciclos se encontra condensada pelo astrólogo contemporneo "om
(éroman
YVZ%
*ue
escreBe%
como
se
BeriMica%
com
uma
audRcia
intrépidaU \A ideia simplista de *ue a :umanidade actual partiu simultaneamente do ero em todos os planos% é uma ideia Malsa !olamos um roc:edo de SísiMo Escalamos% pacientemente% uma ladeira% ao longo dos séculos e dos milénios% e% de repente% atingindo o cume% o c:o Malta-nos debaixo dos pés j\ A Biso cíclica da História *ue se poderia comparar% em geologia% ^ Bel:a doutrina das \reBolu[es periódicas do $lobo\% é costume ac:ar-se astrologicamente associada a perspectiBas apocalípticasU a passagem de um ciclo a outro no se Maria sem c:o*ues e% até% catRstroMes 2itemos ainda "om (éroman Y&ZU \A Terra% um belo dia% treme% Bacila% leBanta-se monstruosamente nas regi[es ciBiliadas e desmorona-se com Mragor` as margens deslocam-se% Mundos marin:os emergem
YVZ $rande EncGclopédie Illustrée dês Sciences Occultes% í n% p 1&= Y&Z Ob cit% p 1,,
0&
resplandescentes
de
Birgindade
:umana%
continentes
inteiros
so
engolidos com todo o seu peso de experiência e sabedoria` é o grande cataclismo% de *ue toda a Humanidade conserBou a lembrana aterroriada
sob o nome de "il_Bio\ (a Antiguidade encontramos a astrologia estreitamente ligada a tais doutrinas
cíclicas
acerca
do
deBir
do
mundo
!epresentante
muito
signiMicatiBo desta tradioU o padre caldaico +érose% cu]a inMluência% na época romana% serR imensa EnsinaBa como o mundo se encontraria regido% ao longo dos milénios% por uma série de \$randes Anos\ O desenrolar do con]unto da :istória da nossa Terra teria% portanto% as suas \esta[es\U a sua >rimaBera% o seu 9ero% o seu Outono% o seu InBerno - após o *ual teria início um noBo ciclo terrestre .uando todos os planetas se encontrassem reunidos em con]ugao no mesmo ponto no signo do 2ncer :aBeria conMlagrao geral` ao contrRrio% *uando todos os planetas se encontrassem reunidos no signo de 2apricórnio% :aBeria uma submerso geral% um "il_Bio 2ada um destes ciclos cósmicos reprodu exactamente a estrutura Ycrescimento% apogeu% declínioZ do precedente% seria - calculaBa +érose - de 0,& ??? anos A astrologia inscreBer-se-ia em conMirmao da lei cíclicaU cada Be *ue os astros retomassem a mesma posio na abóbada celeste% consumar-se-iam as mesmas Mases do ciclo Seria impossíBel ignorar esta doutrina tradicional dos ciclos% do \Ano $rande\ c:amado \platónico\ Yembora esta concepo se]a muito anterior ao MilósoMo grego >latoZ uma doutrina *ue se encontra em toda a AntiguidadeU nos Egípcios% nos 2aldeus% nos $regos% e em muitos outros poBos YVZ A durao do \Ano $rande\ estaBa Mixada% tradicionalmente% em &4 =&? anos` mas% consoante os poBos e as épocas da Antiguidade% obserBar-se-iam in_meras Bariantes% nas *uais no Bale a pena
YVZ 2M ) +ide% +érose et Ia $rande Année% /élanges >aul 3rédé-ric*% +ruxelas% 1=?0` Q +ousset% "ie Himmelreise der Seele% Arc:iB Miir !eligionsissensc:aMt% Bol I9
0,
determo-nos atingiram
muito
uma
Os
adeptos
antigos
e
modernos
da
ciclo-logia
extrema complexidade na determinao precisa do \Ano
$rande\ e das suas subdiBis[es mais ou menos numerosas Alguns
autores
contemporneos
têm-se
dedicado%
especialmente%
^
ciclologia% tentando mostrar o seu Balor prRtico o caso de :omens como $aston $eorgel Y#ês !ut:mes dans lVHistoire% &a ed% +esanon% 1=08Z% )ean-2:arles >ic:on Y#ês 2Gcles du !etour ternel% !obert #aMMont di-teur% 1=6,Z% e ) 2 Salémi Ynas suas diBersas obras nas di-tions \Ondes 9iBes\Z 2itemos também os trabal:os tradicionais% to pacientes% de )ean >:aure Yantigos na reBista AtlantisZ O
céu estrelado
constituiria%
portanto%
aos
seus ol:os%
um *uadro
correcto onde se inscreBe% inexoraBelmente% a :istória Ydemarcada pelas conMigura[es astrológicas sucessiBasZ do passado e do Muturo - *uer da Humanidade *uer da Terra no seu con]unto Toda a :istória% nos seus diBersos domínios% se encontraria colocada em paralelismo com este Menómeno solar cíclicoU a precesso dos e*uinócios A Terra% ao sabor dos milénios% passaria e Boltaria a passar por uma se*uência
de
conMigura[es
inMluências astrológicas
determinantes HaBeria%
marcadas
assim%
muito
por
outras
tantas
especialmente%
um
eterno retorno das mesmas Mases religiosas% pelas *uais deBe passar a eBoluo de con]unto da :umanidade YVZ A própria ideia dos ciclos cósmicos suporia% é Berdade% no um moBimento \circular\ da :umanidade% mas uma espécie de desenBolBimento em espiralU passagens sucessiBas pelos mesmos pontos% mas a níBeis diMerentes do eixo da espiral Além disso% o período c:amado \pressentimento\ de cada grande Morma
religiosa assim distinguida cobriria um YVZ 2M )ean !ic:er% 2Gcles 2osmi*ues et SGmboles du Nodia*ue Yartigo no n_mero de Abril de 1=60 do /ercure de 3ranceZ` /ircea Eliade% #ê /Gt:e de lVternel !etour% Arc:étGpes et !épétitions% >aris% $alli-mard% 1=0=
00
milénio% ou se]a% cerca de metade do tempo total *ue leBa o ponto Bernal da esMera celeste a percorrer todo um signo do Nodíaco HaBeria% também% na c:arneira dos diBersos períodos encaBalitamento de um signo odiacal sobre o outro% e% portanto% de uma Morma religiosa predominantemente sobre a seguinte "e *ual*uer modo% seria eMectiBamente possíBel - segundo os adeptos da ciclologia tradicional -
traar um *uadro% simultaneamente geral e
preciso% da eBoluo cíclica das Mormas religiosas% com o seu impacte sobre os calendRrios sucessiBamente usados pelos diMerentes poBos A eBoluo das grandes Mormas religiosas e dos mitos característicos delas estaria% assim% ligada% segundo os ciclologistas% ^ deslocao periódica do
ponto
Bernal
no
Nodíaco%
regendo%
portanto%
a
precesso
dos
e*uinócios a passagem do Sol de um signo para o outro assim *ue a entrada do Sol no signo do Touro teria comandado o desenBolBimento dos cultos em *ue predominou a adorao ritual da Terra-me% nutritiBa e Mecunda - culto *ue se encontraria tanto entre os Semitas como no /editerrneo :elénico e no ucatan /as esta predominncia% longe de desaparecer% ter-se-ia% depois% integrado nas Mormas religiosas *ue se seguiram% incluindo o cristianismo% com o seu culto da 9irgem /aria% \!ain:a do 2éu e da Terra\ 2om a passagem do Sol ao signo do 2arneiro% ter-se-ia
produido%
pelo
contrRrio%
a
predominncia
:istórica
do
patriarcado% da Benerao do princípio masculino SerR por isso *ue
/oisés aparece% Mre*uentemente% representado com cornos luminosos de carneiro% para simboliar a sua iluminaoC "epois de nos termos espraiado pelas próprias bases da astrologia% depois de termos recon:ecido e determinado as estruturas mentais YBel:as como o mundoZ *ue% na Berdade% a sustentam% conBiria - antes de abordar a eBoluo desta ciência oculta e as suas to curiosas metamorMoses e dissabores :istóricos - interrogarmo-nos acerca da sua origem :umana proBRBel% e da época em *ue se poderia legitimamente situar a sua apario%
anteriormente
até
^
existência
dos
primeiros
documentos
astrológicos Migurados
04
2apítulo III HI>TESES A2E!2A "A A>A!IDLO "A AST!O#O$IA 3onte primRria do Nodíaco
>arece *ue os odíacos iniciais elaborados por diBersas culturas antigas permitem supor o con:ecimento de uma época longín*ua *ue se situaria Ysegundo os cRlculos mais proBRBeisZ &6 ??? anos antes da era cristU com eMeito% é nesta época proto-:istórica *ue os nomes dos signos teriam tido os mesmos nomes *ue as constela[es A astrologia teria% portanto% Mixado tradi[es
orais% transmitidas de boca em boca ao longo
de
gera[esU tal é a :ipótese mais proBRBel Origem proto-:istórica da astrologia >areceria% portanto% absolutamente normal Ycomo BimosZ Mixar a apario da
astrologia
antes
da
escrita%
mas
muito
depois
da
pré-:istória
propriamente ditaU portanto% na \proto-:istória\ Se os :omens da mais longín*ua pré-:istória ]R ol:aBam com certea a abóbada celeste e se
interrogaBam sobre o contraste entre a imobilidade aparente de certos astros e a mobilidade de outros% é somente% sem d_Bida% na proto:istória *ue Bemos surgir con:ecimentos astronómicos Yda astronomia das aparências% é eBidenteZ precisos% ]R bem deMinidos InegaBelmente%
os
:omens
da
proto-:istória
souberam determinar
com
preciso a direco do leBantar do Sol e as suas Baria[es do curso anual das esta[es Os sRbios puderam
08
estabelecer% sem
contestao% por
exemplo% a
orientao solar de
grandes esta[es megalíticas como Stone:enge% na Inglaterra% e 2arnac% na +retan:a 9ê-se% portanto% *ue se desen:a a partir desta origem o carRcter
sacerdotal
das
primeiras
inBestiga[es
astronómicas
Ye%
portanto% da astrologiaZ Alguns autores *uiseram ir mais longe% considerando os alin:amentos de 2arnac como aspirando a representar% com uma exactido total% certas partes precisas do céu astronómico% com todas as suas constela[es de notar% de *ual*uer modo% a importncia capital dos dois solstícios e dos dois e*uinócios% em toda esta astrologia proto-:istórica
Hipóteses MantRsticas
Só mencionaremos por alto% por*ue ultrapassam *ual*uer possibilidade concebíBel de BeriMicao cientíMica% as :ipóteses *ue pretendem colocar numa origem Mabulosamente recuada - em plena pré-:istória Ynos autores mais audaciososZ% e mesmo BRrios mil:[es de anos antes da nossa era% a existência de ciBilia[es extremamente eBoluídas do ponto de Bista técnico EBocou-se% até !obert 2:arroux% por exemplo% no seu #iBre dês
Secrets Tra:is O% Mala disso com intrepidej% no só a existência de Ymuito :ipotéticasZ raas gigantes da época antidiluBiana% como se admitiram contactos entre estas lendRrias ciBilia[es terrestres% to longín*uas no tempo% e misteriosos ciBiliadores extraterrestres *ue teriam Bindo YnomeadamenteZ do planeta 9énus >ara isso% basearam-se no Mamoso calendRrio Benusiano descoberto nas ruínas
pré-colombianas
de
Tia:uanaco
perto
do
lago
Titicaca%
para
desenBolBerem :ipóteses bem romnticas Ymuito mais próximas da Mico cientíMica do *ue de con:ecimentos Berdadeiramente cientíMicosZ (ada proBa% para ]R% *ue Tia:uanaco ten:a% Berdadeiramente% sido% como
YVZ !obert #aMMont% >aris
se pretende% \a mais antiga cidade do /undo\U para BRrios ar*ueólogos especialiados estas Mamosas ruínas remontariam% de Macto% a um período situado Yse nos exprimirmos segundo a cronologia ocidentalZ no início da Idade /édia YVZ A astrologia e as outras \ciências ocultas\ 3ran 2umot escreBia% a propósito do incríBel Mlorescimento paralelo das prRticas mRgicas e astrológicas nas religi[es do Império !omanoU \Irms gémeas engendradas pelo Oriente supersticioso e erudito% a magia e a astrologia permaneceram sempre as Mil:as :íbridas da sua cultura sacerdotal\ "ebruar-nos-emos
sobre
este
problema
das
origens
orientais
da
astrologia no Império !omano Y&Z (a realidade% a astrologia - salBo no seu _ltimo período Ycom a apario de
sistemas
*ue
se
pretendem
\cientíMicos\
no
estabelecimento
do
determinismo diBinatório - Moi sempre praticada pelos seus adeptos ao mesmo tempo *ue outras ciências ocultas
.uais
so
pareceria
as rela[es entre de início
radical%
a
astrologia e
a
magiaC A
antinómica atéU en*uanto a
diMerena astrologia
postula um determinismo \mecnico\% por assim dier% dos Menómenos *ue acontecem ao :omem *uando os astros ocupam esta ou a*uela posio Yde outro modo no seria possíBel *ual*uer preBisoZ% a magia parece% ao contrRrio% assentar no princípio de uma possibilidade :umana de alterar o curso dos acontecimentos segundo a própria Bontade do operador E% contudo% seria bastante MRcil YZ 9er o nosso parRgraMo Ycapítulo iZ acerca da astrologia na época pré-colombiana Y&Z 9er inMra
0=
BeriMicar-se *ue estas duas \ciências ocultas\ assentam em pontos de partida
idênticosU
a
ideia
da
\simpatia\%
das
correspondências
uniBersais% das leis analógicas *ue regeriam tanto os ob]ectos materiais como os seres BiBos Ao estudar a :istória dos ritos mRgicos% poderemos apercebermo-nos% ainda% de *ue nunca so apresentados como gratuitosU o mRgico aplica% ^ sua maneira% é certo% o princípio segundo o *ual as mesmas causas deBem produir sempre os mesmos eMeitos YVZ A magia apresenta-se% pois% como uma disciplina de pretens[es experimentais% por*ue baseadas na obserBao% no con:ecimento exacto das \técnicas\ *ue permitiriam a moBimentao de leis secretas% de aMinidades ocultas *ue regem o mecanismo do uniBerso O mRgico seria% portanto% capa% pelo menos em princípio% de agir sobre as Moras ocultas do uniBerso a Mim de obter resultados \extraordinRrios\ >oderia% portanto% dier-se *ue% partindo das mesmas BeriMica[es% a astrologia e a magia diBergem% opondo-se
na
sua
estruturaU
em
princípio%
a
magia
permitiria
\contrariar\ o rigoroso determinismo astral "upla% eterna curiosidade
:umanaU pretender con:ecer o Muturo` mas% paralelamente% esperar Ya menos de um abandono ao MatalismoZ poder ter oposio aos acontecimentos dtsagiadR/eis *ue estariam inscritos no seu \destino\ Y&Z% no \destino\ astrológico - e esperar poder suscitar as ocasi[es% as oportunidades MaBorRBeis Toda a :istória das ciências ocultas se inscreBeria% em resumo% como a série das tentatiBas :umanas% sempre renascentes YinclusiBe sob as Mormas modernas *ue se pretenderiam \cientíMicas\Z
destas
duas
aspira[es
ancestrais
-
simultaneamente
opostas e conBergentes A propósito de alguns astrólogos célebres% teremos ocasio de BeriMicar a diMerena entre a astrologia propriamente dita e outras técnicas diBinatórias muito diMerentes dela% se bem *ue praticadas pelos mesmos \magos\ (o es*ueamos%
YZ isto *ue Maia com *ue >raer considerasse a magia como uma \irm bastarda da ciência\ Y&Z Trata-se do \destino\ *ue uma pessoa tra em si Ycomo resultado das suas tendências% aspira[es% etcZ
com
eMeito%
*ue
-
^
excepo da época
contempornea% *ue
BerR a
constituio de diBersos sistemas *ue aMirmam Ycom rao ou sem elaZ transMormar a astrologia numa disciplina \cientíMica\ - a astrologia é cultiBada paralelamente a outras ciências ocultas Apesar de todas as tentatiBas de astrologia \cientíMica\% a adiBin:ao pelos astros mergul:a as suas raíes em doutrinas% em crenas ancestrais Mundamentalmente diMerentes da astronomia e eMectiBamente Binculadas a todo o Mundo sagrado ligado antigamente Ydurante miléniosZ ^ antiga Benerao dos astros Seria
um
erro
total
nas
perspectiBas
:istóricas
comparar%
mesmo
negatiBamente% a astrologia e a astronomia A astrologia nem se*uer é uma
espécie de
*ual*uer
pré-:istória Mantasmagórica
tentatiBa
de
comparao
no
da
leBaria
astronomia a
nada%
positiBa` por*ue
as
perspectiBas so absolutamente% radicalmente distintas% de um lado e do outro Os ob]ectiBos da astrologia no têm nen:uma relao com os da astronomiaU os astrólogos nunca se preocuparam em con:ecer a naturea dos corpos celestes` só l:es interessaBa Yo *ue é muito diMerenteZ a sua inMluência Yreal ou supostaZ sobre as Mormas terrestres de Bida (o é menos certo% é Berdade% *ue a astronomia e a astrologia estiBeram muito
tempo
imbricadas
>ara
conceber%
para
encarar
a
:ipotética
inMluência dos astros sobre o curso da Bida :umana% era preciso% apesar de tudo% con:ecer preBiamente os seus moBimentos% com toda a preciso dese]ada 3oi assim *ue tanto os 2aldeus como os /aias ediMicaram obserBatórios% e *ue a astronomia l:es é% portanto - retrospectiBamente -% deBedora por ter contribuído% muito longin*uamente% para o adBento da mecnica celeste
48
SE$("A >A!TE Astrologia e astrólogos atraBés dos tempos
2apítulo I A AST!O#O$IA A(TI$A E O!IE(TA#
Os /esopotmios (o Império !omano% o nome dos 2aldeus tornar-se-R% pouco a pouco% sinónimo de astrólogos` o *ue traria uma conMirmao acessória ^ ideia to corrente segundo a *ual a adiBin:ao pelos astros% sob a sua Morma
Berdadeiramente codiMicada% teria comeado por surgir na +abilónia e nas proBíncias Biin:as A ar*ueologia parece conMirmar completamente esta opinio :istórica correnteU
no
só
documentos
seguros
atestam
a
existência
muito
desenBolBida da astrologia entre os 2aldeus dois ou três milénios antes da era crist% mas as descobertas mais recentes recuariam a sua prRtica a uma época nitidamente mais anterior ainda% a dos Sumérios% *ue a teriam traido da sia 2entral por Bolta do 9 milénio antes de 2risto 3ala-se dos \2aldeus\ com grande extenso do emprego deste nome% mas o termo mesopotmios seria% sem d_Bida% muito mais exacto% por*ue os 2aldeus
no
Moram%
de
modo
nen:um%
os
_nicos
poBos
antigos
*ue
con*uistaram no /édio-Oriente esta regio-c:aBe do \crescente das terras Mérteis\ *ue é a /esopotmia Yo país \entre os rios\ - *ue so o Tigre e o EuMratesZ e os territórios Biin:os >aul /asson-Oursel obserBa% muito ]ustamenteU \j os Mocos de cultura *ue se acenderam sucessiBamente em Elam% na Suméria% entre os Semitas% AcRdios% na 44 +abilónia% na Assíria% enMim em toda a /esopotmia tan iraniada como :eleniada atestaram rela[es proMundas permanentes com o resto do 9el:o /undo` como numa lin:a de cumeada% podem Ber espal:ar-se dali% *uer para o Ocidente% *uer para a sia meridional e extremo-orientc inMluências decisiBas
Ali
Moram
concebidos
os
primeiros
sistemas
relatiBos
^
estrutura do uniBerso e ^ organiao Y :umanidade YVZ\ toda uma série de poBos de *ue :aBeria *ue seguir a contribuio para a ediMicao progressiBa da adiBin:ao astrológicaU os proto-Sumérios% os 2aldeus propriamente ditos% os +abilónios% os Assírios /aniMestar-se-ia% portanto% ao :istoriador% durante uma muito longa :istória% uma constncia dos princípios sob os *uais assentaBa toda a
astrologia mesopotmica% desde as suas origens até muito para além do estabelecimento deMinitiBo do cristianismo% depois% ainda mais tarde% após a implatao da religio islmica no mundo mediterrnico 3oram ac:adas na /esopotmia muitas tabelas planetRrias graBadas em ti]olos Ycomo todos os documentos escritos
*ue
remontam
aos
Sumérios% aos
+abilónios% aos 2aldeus% aos Assírios Em
todas
existência%
as
Bel:as
ciBilia[es
no clero% de uma
mesopotmicas%
categoria
encontraríamos
especial de padresU
a
a dos
adiBin:os% *ue% se praticaBam outros métodos \ocultos\ Yinterpretao dos pressRgios% dos son:os etcZ% cultiBaram muito especialmente a*uilo *ue
Biria
a
ser
a
astrologiaU
a
arte
diBinatória
baseada
num
con:ecimento preciso dos moBimentos dos astros na abóbada celeste% em suposta relao com os episódios Melies ou neMastos da Bida :umana So priBilégio dos
soberanos e% depois% da aristocracia% durante muito
tempo% estas técnicas sero% pouco pouco% postas ao serBio YBeriMicarse-R o mesmo Menómeno
YVZ #a >:ilosop:ie en Orient YMascículo suplementar da Histoire i la >:ilosop:ie% de mile +re:ierZ% >resses niBersitaires de 3rance% p 0
46
no Egipto antigoZ de um n_mero cada Be mais crescente de particulares A inMluência da astrologia tornar-se-R cada Be mais Morte% mesmo sobre os acontecimentos da Bida *uotidiana Os grandes templos da /esopotmia antiga
comportaBam
uma
torre%
c:amada
Niggourat
pelos
+abilónios`
Mormada por sete andares diBersamente coloridos% simboliaBa as regi[es sucessiBas% :ierar*uiadas% *ue Niggourat
era
Youtra
unem
expresso
a
abóbada celeste ^
babilónicaZ
o
Terra
A
El-Temen-An-ti%
literalmenteU \a casa da pedra Mundamental do 2éu e da Terra\ "o cimo destas torres% os adiBin:os obserBaBam com preciso o moBimento dos astros no céu` e no se pode negar terem atingido uma mestria ]R notRBel dos resultados matemRticos YVZ "eBe-se-l:es a elaborao das diBis[es comuns do calendRrio no Ocidente% usadas
ainda
nos
nossos
diasU
meses%
semanas%
dias%
:oras
>apel
central% portanto% do Sol% personaliado num deus` mas os diBersos planetas
eram
também
diBiniados
(o
é
de
estran:ar
*ue%
da
regularidade do curso do Sol e dos outros astros% os astrólogos mesopotmios ten:am extraído a sua crena num determinismo uniBersal% *ue regeria tanto as colectiBidades como os indiBíduos (o seria correcto supor% entre estes primeiros astrólogos% to :Rbeis a escrutar as aparências%
um con:ecimento das Berdades da astronomia
Mísica 2omo em muitas outras ciBilia[es da Antiguidade% a abóbada celeste ac:aBa-se concebida com um limite preciso% rígidoU supun:a-se *ue
Mec:aBa
o
mundo
sublunar
>elos
astros%
espécie
de
bóias
transl_cidas% descia até nós a lu eterna% Binda de além desta abóbada dos céus (a altura da descoberta% nas ruínas de (iniBe% da biblioteca do rei assírio
Assourbanipal%
signiMicatiBos
os
ar*ueólogos
ac:aram
documentos antigos - tRbuas
*ue
-
é
um
dos
mais
reproduiam a
cópia
Yrealiada cerca do ano 8?? antes de 2ristoZ de uma coleco astrológica elaborada numa
YVZ )R sabiam calcular as datas dos eclipses solares e lunares
48
data mais antiga% do rei Sargon o Antigo% e *ue mostram a ligao
estreita
entre
interpretao
a dos
astrologia
no
pressRgios
sentido
9amos
estrito
dar
dois
do
termo
excertos
e
a
delas%
particularmente signiMicatiBos As
Bel:as
tRbuas
descobertas
em
(iniBe reBelam-nos
uma
astrologia
totalmente consagrada ^ predio dos acontecimentos colectiBos` estas preBis[es celestes ligam o moBimento dos astros a Mactos de obserBao% *ue
se
deBem%
portanto%
assimilar
a
pressRgios
Eis
os
excertos
signiMicatiBosU \/erc_rio é BisíBel .uando /erc_rio é BisíBel no mês de 7islou% :R ladr[es no país Se uma auréola rodeia a #ua% e )_piter se encontra no interior% o rei de AcRdia serR cercado - e os animais perecero nos campos j EscreBi ao rei meu Sen:orU Bai :aBer um eclipse E :ouBeU é um sinal de pa\ O astrólogo de *ue esta coleco de tRbuas nos reBela a maneira geral de operar consagraBa%
portanto% com
prioridade% as suas predi[es aos
soberanos Eis uma outra passagem% entre as mais signiMicatiBas% das tRbuas da coleco do monarca assírio AssourbanipalU \O mês Addaru terR trinta dias (a noite de 1, para 10 obserBei Yo 2éuZ com ateno% leBantei-me sete Bees% mas no :ouBe eclipse EnBiarei um relatório ao !ei\ Os
acontecimentos
celestes
impreBistos
eram
considerados
pelos
astrólogos como desMaBorRBeis` os acontecimentos celestes regulares eram considerados% ao contrRrio% como nitidamente MaBorRBeis !eaco :umana muito compreensíBel esta% da obsesso dos Mactos impreBistos% *ue rompem o curso regular dos acontecimentos >arece *ue o Macto do alargamento das predi[es planetRrias ao :omem da rua Ydiríamos nósZ% ao indiBíduo% Moi na /esopotmia um processo tardio% *ue só surgiu por Bolta do ano &4? antes de 2risto
O Egipto
Se a +abilónia é Bista% classicamente% como a pRtria de origem por excelência da adiBin:ao astrologia% este priBilégio de anterioridade deBeria ser partil:ado% em boa ]ustia% como um outro país de muito Bel:a ciBiliao mediterrnica` o Egipto% de *ue Bamos agora tratar (a época tardia da inMluência crescente da religio crist sobre o Egipto
:eleniado%
lison]eira
os
astrólogos
reputao% *ue
deste
país
ultrapassaBa% até%
goaBam os
ainda
limites
da
de
uma
pRtria
romaniada (os Stromates Y9I% 0Z% um "outor da Igre]a% 2lemente de Alexandria% deixou-nos um retrato muito BiBo do astrólogo egípcio do seu tempo% descrito como \tendo na mo o relógio e a palma% emblemas da sua arte Segundo o costume% deBe estar pronto para recitar longamente os *uatro liBros astrológicos de Hermes% um dos *uais trata da ordem das estrelas *ue parecem Mixas% o outro das con]un[es e da lu do Sol e da #ua% e os restantes do leBantar dos astros\ 2lemente escreBia% é certo% num período tardio em *ue - do mesmo modo *ue para as outras ciências ocultas - se operara uma simbiose muito complexa entre as contribui[es de
origem
Berdadeiramente
Yorientais
e
depois
:istoriador
localiar
egípcia
gregasZ as
e
as
2ontudo%
contribui[es
de no
Miliao seria
\indígenas\%
estrangeira
impossíBel isto
é%
as
ao ]R
desenBolBidas em data antiga no Bale do (ilo Ainda na época romana% persistiro representa[es egípcias muito antigas Eis o testemun:o de um outro escritor cristo% Eusébio Y>reparao eBangélica% l% 1?Z% acerca desta sobreBiBência% persistente na época% da antiga cosmologia egípciaU \j *uando os Egípcios representam o mundo% descreBem um círculo aéreo% ardente% e colocam no meio dele a imagem de uma serpente com
aspectos de gaBio% o *ue Morma o nosso ? YVZ "esignam% pelo círculo% o mundoU e% pela serpente *ue se alonga% um génio benMeitor\
YVZ a oitaBa letra do alMabeto grego YtetaZ
4=
Eis agora um excerto de um autor astrológico egípcio% mas de época romanaU \ma serpente *ue morde a cauda YVZ e cu]o corpo é semeado de escamas% designa o mundo As escamas Miguram os astros% ornamento do uniBerso Y&Z\ InBo*uemos também o testemun:o do MilósoMo neopla-tónico grego >lutarco YIsis et Osiris% ,&ZU \Os Egípcios consideram as partes orientais da abóbada celeste como sendo o rosto do mundo% as partes setentrionais da sua direita% as meridionais a sua es*uerda\ Exactamente como na +abilónia% os astrólogos egípcios misturaBam assim intimamente% ao seu con:ecimento ]R preciso das leis *ue regem os moBimentos celestes aparentes% toda uma série de crenas religiosas e mRgicas acerca das atribui[es das potências diBinas respectiBas *ue suposta-mente regem as diBersas onas do céu% acerca do modo como descem até nós as inMluências \ocultas\ - MaBorRBeis ou desMaBorRBeis% etc Aliana indissol_Bel do cientíMico e do \MantRstico\ Ypara os nossos ol:os positiBos modernosZ Eis um Mragmento :ermético Ydado por Estobeu% na sua 3ísica l% &1Z tardio% é certo% mas *ue - parece - reprodu ainda com Midelidade o es*uema de con]unto das mais Bel:as concep[es egípcias em matéria de astrologiaU é a aco dos planetas *ue proBocaria na Terra \o Mim dos
reinos% as reBolu[es das cidades% a peste% a Mome% o reMluxo do mar e os tremores de terra\ .uanto aos cometas% e ainda segundo o mesmo Mragmento :ermético% \so os mensageiros e os arautos maniMestos de acontecimentos mundiais *ue deBem produir-se\ "e notar esta primaia dos acontecimentos colectiBos Ainda no século 9 da nossa era% >roclus
YVZ o Ouroboros dos al*uimistas Y&Z Horapollon% & HierógliMo
6?
Yo
_ltimo
dos
grandes
MilósoMos
gregos
neoplatónicosZ
atestarR
a
persistência% entre os Egípcios% da crena - entre outras - segundo a *ual% se os cinco planetas Yde /erc_rio a SaturnoZ ]untarem a sua aco desMaBorRBel durante as sementeiras% a col:eita estarR comprometida 2ontudo% Moi muito naturalmente *ue os Egípcios parecem ter c:egado progressiBamente a uma prRtica da astrologia indiBidual Yelaborao de :oróscoposZ%
em
Birtude
determinismo
astral
até
mesmo nos
do
carRcter
menores
uniBersal
detal:es
O
atribuído
:istoriador
ao
grego
"iodoro de Sicília Y+iblioteca Histórica% 1%;1Z relataBa *ue os Egípcios \obserBam com elo a inMluência de cada astro errante sobre o nascimento dos seres BiBos% a Mim de saber se é MaBorRBel ou desMaBorRBel E acontece muitas Bees *ue acertam% prediendo aos :omens o *ue os espera na Bida\ !econciliando as duas Milia[es :istóricas tradicionais atribuídas ^ adiBin:ao astral% Eusébio escreBia Y>reparao EBangélica% '% 6ZU \3oram os Egípcios e os 2aldeus os primeiros a inBentar a astrologia\ TalBe no se]a _til dier agora algumas palaBras acerca das :ipóteses MantRsticas *ue
Moram Mormuladas a
respeito
das
>irmides m dos
incomparRBeis testemun:os monumentais deixados pelos :omens do Egipto
antigo% e *ue no deixa de intrigar muitos autores modernos% é a to Mamosa reunio das três impressionantes pirmides de $iJ: YVZ% na margem es*uerda do (ilo Embora nos aMastemos um pouco da astrologia stricto sensu% no podemos deixar de nos reMerir a este - ou mel:or - a estes problemas A intrepide dos \piramidelogistas\% to empen:ados em *uerer desBendarnos mistérios prodigiosos na $rande >irmide Ya de .uéops é a _nica *ue% praticamente% Moi
YVZ 2onBiria
também assinalar a
existência de três pirmides
mais
pe*uenas na proximidade das três grandes
61
ob]ecto de estudos simbólicos aproMundadosZ% só iguala% em sentido contrRrio%
o
total
cepticismo
de
muitos
ar*ueólogos
de
espírito
positiBo Segundo o astrólogo "om (éroman Y)Z% a $rande >irmide seria - e retoma a
aMirmao
to
audaciosa
de muitos esoteristas
-
uma
espécie
de
\resumo\% de \apan:ado\ de todos os con:ecimentos secretos tradicionais con:ecidos pelos padres no início da época Maraónica% no próprio comeo do Antigo Império EgípcioU \j os documentos desta época no nos reBelam nomes de astrólogos% por*ue a ciência era anónima% secreta% :ierRtica` mas reBelam-nos o *ue se sabia nessa época% e o *ue se sabia era prodigioso% por*ue eram pelo menos 0;?? anos de aBano representados por 0;?? polegadas de galerias% comentadas por inscri[es ao longo das paredes\ Ideia Mascinante% na Berdade% esta de uma inscrio meticulosa de toda a :istória
da
Humanidade
desde
o
ano
ero
da
$rande
>irmide
Y*ue
corresponderia ^ data de construo da EsMingeZ Y&Z até ao Mim do presente ciclo terrestre Yo \Mim do /undo\ dos teólogosZ Tentou-se% até% colocar em correspondência rigorosa os corredores e as cmaras
da
$rande
>irmide
com
a
c:aBe
secreta
das
2ent_rias
de
(ostradamush Abster-nos-emos% como é eBidente% de nos lanarmos em tal terreno% *ue escapa a *ual*uer BeriMicao cientíMica positiBa
inegRBel%
em contrapartida%
*ue a
$rande
>irmide
reBela% pelos
próprios pormenores da sua orientao% con:ecimentos astronómicos muito precisos da parte dos construtores egípcios (a pirmide de .uéops% o corredor principal no se encontra orientado para a estrela AlMa do "ragoC E no
YVZ $rande EncGclopédie Illustrée das Sciences Occultes% t n% p 1,; Y&Z /ais antiga do *ue a mais antiga das pirmides Ya de .uéopsZ
6&
é tudoU a entrada do corredor descendente mostra-se dirigida para o ponto da abóbada celeste em *ue se encontraBa a Estrela >olar na época em *ue o monumento Moi construído Tais BeriMica[es no seriam% sem d_Bida%
redutíBeis
a
imperatiBos
de
puro
acasoU
inegaBelmente%
os
2onstrutores da $rande >irmide tin:am con:ecimentos muito precisos no domínio da astronomia estelar% e contribuíram abundantemente com eles para a construo do ediMício Seria absolutamente impossíBel aos :istoriadores recusar aos antigos :abitantes Baloriao
do das
Bale leis
do
(ilo
con:ecimentos
astronómicas
*ue
regem
]R na
muito esMera
precisos
na
celeste
os
moBimentos da Terra% do Sol% da #ua% dos planetasU \"e Macto% tudo proBa - obserBa Serge Sauneron - *ue os Egípcios :aBiam
alcanado% em certos domínios da astronomia% resultados notRBeisU no utiliamos nós% :o]e% ainda% com pouca diMerena% o calendRrio *ue instituíram e no adoptRmos a sua diBiso do ano em doe meses% e do dia em Binte e *uatro :oras YVZC\ Os Egípcios dispun:am de um calendRrio ]R muito aperMeioado% c:amado calendRrio Sotíaco% *ue partia Ytentando traduir a datao em era modernaZ do ano 0&01 antes de 2risto ObserBemos a diBiso das doe constela[es odia-cais em três partes% cada uma das *uais é designada pela estrela mais bril:anteU deste modo se ac:aBam determinadas trinta e seis diBis[es ou decanos% correspondendo ^s diBis[es decenais do círculo odiacal dos ,6? O *ue complica a tareMa do :istoriador é a atribuio% pelos Egípcios% ^s constela[es% de nomes diMerentes da*ueles *ue se tornaram to nossos con:ecidos% a nós% Europeus Ye *ue% por intermédio dos $regos e dos !omanos% remontam aos +abilóniosZU a nossa rsa /aior c:amaBa-se a perna
YVZ Serge Sauneron% #ês >rêtres de 1VAncienne EgGpte% ditions du Seuil% 2ol \#ê temps *ui court\% p 14?
6,
do boi% o 2isne o :omem de braos estendidos% o Orion o :omem a correr ol:ando por cima do ombro% etc Os Egípcios c:amaBam a Sírio Sot:is% e esta estrela desempen:aBa um papel determinante no seu calendRrioU o seu erguer :elíaco serBia para determinar o ano real >arece também *ue os padres egípcios con:eceram o Menómeno da precesso dos e*uinócios Os
Egípcios
conseguiram
elaborar
o
catRlogo
]R
pormenoriado
das
estrelas BisíBeis ^ Bista desarmada na sua regioU sabiam distingui-las
dos planetas% c:amados Ymuito ]ustamenteZ astros *ue ignoram o repouso m dos testemun:os astrológicos egípcios *ue Mieram correr mais tinta é% sem *ual*uer d_Bida% o Nodíaco circular esculpido no tecto do templo de "endera:% e descoberto pelo general "esaix durante a expedio de +ona-parte
Y18=;Z`
encontra-se
no
/useu
do
#ouBre
2alculou-se
a
princípio *ue seria de data extremamente antiga` depois% as :ipóteses dos egiptólogos mais prudentes trouxeram-no até ao século i da nossa era% ^ época do imperador romano Tibério% parece (o é nada absurdo supor
*ue
este
con:ecimentos
Mamoso
sacerdotais
Nodíaco
de
egípcios%
"endera: muito
incorporaBa
anteriores%
todos
os
relatiBos
^
abóbada celeste ObserBa-se% nesta representao to bela% a maneira como os diBersos animais e personagens do Nodíaco ol:am o Ocidente% e parecem
dirigir-se
todos
no
sentido
do
moBimento
diurno`
para
os
Egípcios% o Oriente Yonde nasce o SolZ era% tradicionalmente% a Monte da lu% e o Ocidente era% pelo contrRrio concebido como o lado obscuro das treBas Ydo alémZ As estrelas têm sete pontas% n_mero particularmente sagrado entre os Egípcios como em muitas outras tradi[es antigas Entre as representa[es animais% citemos o gaBio Ysímbolo do e*uadorZ% a íbis Ysímbolo
da
eclípticaZ%
o
macaco
cinocéMalo
Ysímbolo
dos
dois
e*uinóciosZ Segundo numerosos egiptólogos% o aparecimento dos odíacos circulares seria% contudo% de época tardia Yptolo-maicaZ% e% portanto% de origem grega (o entanto% se a distino usual dos signos do Nodíaco parece ter Bindo da $récia% é inegRBel a alta antiguidade%
60
no próprio Egipto% da diBiso% no menos tradicional% da ona celeste
próxima da eclíptica em trinta e seis decanos% cada um dos *uais é considerado como o domínio priBilegiado de um génio celeste Isso no impedirR% de resto% os padres egípcios de atribuírem% muito mais tarde% a cada uma das doe constela[es odiacais o domínio de um grande deus egípcio ou egipcianiadoU pis Yo touro sagradoZ associado ao touro% Hórus e Harpócrates associados aos $émeos ísis ^ 9irgem% (éMtis aos >eixes% etc (os
tratados
ditos
:erméticos
Ycolocados%
na
época
romana%
sob
o
patrocínio de Hermes TrismegistoZ Mala-se dos trinta e seis decanos situados no meio do círculo odiacal O médico 2elso obserBarRU \Segundo os Egípcios% o corpo :umano é ocupado por trinta e seis génios ou deuses etéreos *ue o diBidiriam em outras tantas partes\ % ]R todo o Mundamento da astrologia médica inegRBel *ue os $regos da época clRssica tiBeram tendência para atribuir aos
padres
egípcios
con:ecimentos
secretos prodigiosamente
antigos% remontando a uma misteriosa ciBiliao *ue teria estado na própria origem do Egipto MaraónicoU Ber a célebre narratiBa Meita conta-nos >lato - ao legislador ateniense Sólon por um padre de Sais% cidade do delta do (ilo (a sua descrio do Egipto Y'III% I% &=Z% o geógraMo grego Strabon escreBeU \Estes padres Ytrata-se% desta Be% do clero egípcio de HeliópolisZ% to proMundamente Bersado no con:ecimento dos Menómenos celestes% eram% ao mesmo tempo% pessoas misteriosas% muito pouco comunicatiBas e só ^ Morca de tempo e :Rbeis mane]os Eudóxio e >lato conseguiram ser iniciados por eles em algumas das suas especula[es teóricas\
YVZ Em grego% mas redigidos no Egipto
64
E *uanto ^ astrologia propriamente dita% sob a sua Morma mais corrente o estudo da inMluência da posio dos astros sobre o destino indiBidualC A sua popularidade só se BeriMicarR no Egipto nas épocas muito baixas% ao *ue parece% e numerosos egiptólogos se inclinaram a tomar em conta a :erana babilónica% depois as inMluências gregas Yna época ptolomaica% e% a seguir% romanaZ >essoalmente% acreditamos na existência de uma astrologia sacerdotal egípcia de antiga data% *ue se encontraBa primeiro limitada
ao
soberano%
ao
país
no
seu
con]unto%
^s
mais
altas
personalidadesU como na +abilónia% só progressiBamente a adiBin:ao astrológica se alargarR a camadas sociais cada Be mais eleBadas% até acabar Y_ltima etapaZ por atingir todos os meios
Os Hebreus
Seria necessRrio aBeriguar se a crena na astrologia se maniMesta na +íblia Sem
*ual*uer
d_Bida%
o
con:ecimento
dos
ciclos
solares
e
lunares
YMundamentos das preBis[es astrológicasZ no Moi descon:ecido dos padres de Israel (o Moi o Templo de )erusalém construído de tal maneira *ue% nos dois e*uinócios% os raios do Sol nascente Bin:am atingir o próprio corao do SantuRrioC /oisés no marcou o rimaBera - o *ue supun:a da parte do grande legislador :ebraico um con:ecimento do ciclologia lunarC (o se poderia Maer corresponder analogicamente as doe tribos de Israel% abenoadas por )acob% e as doe constela[es odiacaisC (a Biso de Ee*uiel da (oBa )erusalém% a eclíptica parece ser considerada por este grande proMeta como determinando um circuito% no *ual o resultado
constituiria% de Macto% um retorno ao comeo do ciclo terrestreU \E% a partir deste dia% o nome da cidade serRU o Eterno estR a*ui\
66
Encontram-se estas correspondências odiacais na época neotestamentRria% na descrio da (oBa )erusalém *ue surgirR no Apocalipse de So )ooU a (oBa )erusalém \tin:a doe portas% e sobre as portas doe an]os% e nomes escritos% os das tribos dos Mil:os de Israel\ !eMlexo directo% pois% da numeralogia astrológica >r-se-ia% contudo% o problema de saber% antes de mais% se a astrologia prRtica
no sentido
mais corrente do termo
Yisto
é% a
Mixao
de
:oróscopos indiBiduaisZ% se encontraria incluída desde a origem nos con:ecimentos tradicionais *ue a +íblia nos deixa entreBer 2onBiria% por outro lado% aBaliar a inMluência% por certo importante% dos cantactos YBoluntRrios ou soMridosU pensar no papel essencial do catiBeiro dos )udeus na +abilóniaZ entre o )udaísmo e as outras culturas antigas do /édio-OrienteU a diMuso% tardia de resto% da adiBin:ao astrológica na >alestina no teria sido oriunda dos Assírios e da +abilóniaC
A índia
Se numerosos astrólogos indianos modernos Maem remontar as origens mais longín*uas desta arte diBinatória ao seu próprio país% o :istoriador ob]ectiBo Beria de preMerência nas inMluências babilónicas e em seguida gregas o ponto de partida temporal da astrologia indiana \(a ordem das ciências% a índia recebeu mais do *ue deu\ YVZ A astrologia indiana tradicional Y*ue inclui a astrologiaZ encontra-se
reunida em textos :elenísticos e iranianos no S_rGa Sidd:nta A sua leitura
atenta
introduo
de
reBela-nos sistemas
logo
o
papel
estrangeirosU
a
capital
desempen:ado
astronomia
grega
no
pela
!omaFa
Sidd:nta% a astrologia babilónica no >aulia Sidd:nta Yobra composta cerca do ano 44? da nossa era por 9ar:a /i:ira% célebre
YVZ > /asson-Oursel% #a >:ilosop:ie en Orient% p 1?8
68
como sRbio e astrólogoZ% os cultos solares :elenísticos e ira-nianos na S_rGa Sidd:nta /as é necessRrio mencionar também% antes mesmo da época da sua c:egada macia% aberta Yséculos 9I e 9II da nossa eraZ% certas inMluências c:inesas% muito especialmente sobre o odíaco lunar Além da 9ar:a /i:ira% citemos% entre os primeiros grandes astrólogos indianosU ArGab:ata% *ue Moi também um matemRtico de Balor` +ra:amagupta Ynascido em 4=;Z% autor do tratado 7:andaF:GadGaFa Y664Z` 7anFa: *ue% depois
da
con*uista
muulmana%
comunicarR
os
seus
con:ecimentos
astronómicos aos rabes (em nos 9edas nem nas Escrituras bramnicas se poderia encontrar uma astrologia solar no sentido preciso do termo Yelaborao de :oróscopos indiBiduaisZ
Em
compensao%
encontrar-se-iam
Bestígios%
desde
o
/a:abbarata Yredigido entre os anos ,?? a 2 e 4?? d 2Z% de uma espécie de astrologia lunar% representando% portanto% a Morma% mais antiga desta arte diBinatória (o seria in_til tentarmos aBaliar o lugar possíBel do determinismo astrológico corrente nas concep[es indianas tradicionais acerca dos ciclos e do tempo (a índia% deBe ter-se em conta a maneira - *ue se liga ao problema geral
do determinismo astrológico - como o \destino\ do :omem Ypara empregar o termo ocidental correnteZ se encontra sempre Binculado a perspectiBas cósmicas AliRs% deBeria ser o caso em toda a perspectiBa esotérica tradicional As tradi[es da índia tin:am desenBolBido Ye esta noo encontra-se em diBersos sistemas teosóMicos ou \ocultos\ contemporneos inspirados no OrienteZ a noo de 7arma% segundo a *ual os actos e pensamentos
do
indiBíduo
regeriam
Ya
curto
ou
a
longo
praoZ
os
pensamentos e os actos *ue realiasse nesta Bida terrestre e na*uelas *ue se seguissem (esta Bida terrestre e na*uelas *ue se seguissem Seríamos% portanto% arrebatados por um inexorRBel determinismo% mas cu]as raíes se encontrariam incluídas nas conse*uências dos nossos actos e% até% dos nossos pensamentos 6; /esmo
para
além
do
determinismo
Farmico
geral%
as
perspectiBas
cosmológicas indianas Maem interBir a muito Basta se*uência das idades do mundo% dos ciclos terrestres no seu con]unto% dos grandes períodos de maniMestao *ue se sucederiam no seio dos 2osmos /as é conBeniente Boltarmos ^ própria prRtica da astrologia% segundo o seu tratado mais clRssicoU ainda :o]e% os astrólogos indianos Maem dele um uso meticuloso Este grande tratado clRssico comporta os liBros *ue comp[em a obra de 9ar:a /i:ira Yparece terem sido compostos entre os anos ,4? e 0?? da nossa eraZ So elesU o +ri:ad-Sam:ita% manual de astrologia geral e natural` o +ri:ad "sc:ataFa e o #ag:u "sc:ataFam% *ue so% respectiBamente% o \grande\ e o \pe*ueno\ tratado para a arte de elaborar :oróscopos` os oga-"ac:atras% *ue codiMicam as regras da astrologia :orRria para Mins militares e políticos` e um *uinto liBro% o 9iBa :a >a tala% *ue Mornece as regras da astrologia :orRria nos domínios ciBis ou religiosos
A astrologia entre os $regos e os !omanos
Acerca da :istória da astrologia na $récia% a Bel:a mas excelente obra de
+ouc:é-#ecler*
continua
clRssica YVZ
(otaBa
este
autor%
muito
certeiramente% *uanto ao problema das próprias origens da principal arte diBinatória *ue a $récia deBia praticarU \A astrologia é uma religio oriental *ue% transplantada na $récia% um país de VMísicosV e de MilósoMos% ali tomou aspectos de uma ciência InteligíBel como religio% retirou da astronomia princípios% medidas% especula[es
aritméticas
e
geométricas%
também
inteligíBeis%
mas
procedendo da rao pura% e ]R no da mistura complexa de sentimentos *ue é a rao prRtica das religi[es "a associao destas duas YVZ 9er a reedio recente Y+ruxelas% ditions 2ulture et 2iBilisa-tion% 1=6,Z 6= Mormas de raciocinar saiu uma combinao bastarda% no Mundo ilógica% mas proBida de uma lógica especial% *ue consiste na arte de tirar de axiomas imaginRrios%
Mornecidos
métodos da ciência mostrou-se%
pelo
pela
religio%
Esta combinao%
contrRrio%
demonstra[es
conMormes
aos
*ue poderia parecer instRBel%
singularmente
resistente%
MlexíBel
e
plRstica a ponto de se adaptar a todas as doutrinas% lison]ear o sentimento religioso e interessar ainda mais os ateus\ InegaBelmente% a astrologia grega é bem de origem cal-daica *uanto ^ primeira
Miliao
dos
seus
aspectos
religiosos
e
mRgicos
Tradicionalmente% o introdutor da astrologia na $récia antiga teria sido um Benerado padre babilónico de /ardu*ue Yo deus do SolZ% +érose% *ue Biera da 2aldeia% instalara-se na il:a de 2ós em &;? a 2 e aí Mundara uma escola /as a Boga da astrologia em terra :elénica remontaBa mais longe` no espanta% portanto% *ue a con*uista da 2aldeia por Alexandre%
o $rande Yetapa na sua marc:a para o IndosZ% :a]a marcado o início de uma diMuso crescente% no /editerrneo Oriental% de todas as ciências ocultas mile-narmente desenBolBidas nesta regio >ara os $regos% tudo o *ue c:egaBa aureolado pelo renome Mascinante do Oriente% do próprio país onde o Sol se ergue% era ornado de um prestígio sem igual >ara além do país da 2aldeia% os Helenos ol:aBam para muito mais longeU para a >érsia e para a índia% a Mim de procurar as Montes Beneradas dos prestigiosos segredos da sabedoria oriental Importante também% no es*ueamos% a inMluência do Egipto nos antigos $regos Também% sem d_Bida Ymas a*ui deparar-se-nos-iam tradi[es muito mais lendRriasZ% deBeríamos Maer entrar em lin:a de conta Ydesta Be no (orteZ os to misteriosos Hiperbóreos% cu]a enigmRtica ciBiliao remontaria ^ _ltima grande glaciao% situada na era longín*ua dominada pelo signo odiacal da 9irgem /uito antes das con*uistas de Alexandre% os MilósoMos gregos deBem ter eMectuado YMoi o caso no só do grande >itRgoras% mas de muitos outrosZ longas Biagens ao Oriente% em busca da lu 2onBém eBitar considerar a $récia antiga
8?
como um pe*ueno mundo absolutamente Mec:ado% sem inMluências de Montes exteriores% próximas ou longín*uas (o seria possíBel encontrar na mitologia grega proBas de con:ecimentos astrológicos
tradicionais
anteriores%
ad*uiridos
pelos
$regos
ao
importarem a astrologia caldaicaC Tomemos a lenda Mamosa do grande :erói :eleno Héra-cles Yo Hércules latinoZ% semideus solar *ue simboliaBa o ciclo anual do astro do dia Entre as interpreta[es possíBeis da lenda iniciadora dos seus doe
trabal:os% no se poderia lobrigar uma simboliao concreta dos signos odia-cais *ue o Sol atraBessa sucessiBamenteC 3acilmente se encontraria no Touro cretense% é certo% o signo do mesmo nome` as duas colunas de Hércules Mar-nos-iam pensar nos $émeos% a Hidra de #erna% por certo% no 2ncer% en*uanto as Amaonas eBocariam o signo astrológico da 9irgem% os 2entauros o do SagitRrio% a 2ora de pés de brone o 2apricórnio` tais so% pelo menos% assimila[es *ue nos parecem certas Entre a maioria dos MilósoMos gregos% era Mirme a crena na inMluência directa dos astros e dos seus moBimentos sobre o destino :umano Isto é particularmente nítido em >itRgo-ras Y*ue teria nascido em Samos% cerca do ano 4;& antes da nossa eraZ% com a sua doutrina to característica dos planetas *ue percorriam a abóbada celeste emitindo cada um a sua nota
musical própria% engendrando
a cominao destas tonalidades
-
acreditaBam os >itagóricos - a*uilo a *ue se c:amaBa a :armonia das esMeras Tanto
>lato
como
Aristóteles%
depois
de
>itRgoras%
acreditaBam
Mirmemente na inMluência directa dos astros sobre o determinismo das ac[es :umanas A $récia con:ecia% no entanto% os seus pensadores cépticos 2arnéade% por exemplo Yséculo
n da nossa eraZ%
ao *ual se deBe a
primeira
Mormulao lógica de dois dos argumentos *ue Biriam depois a ser to Mre*uentemente retomados contra a crena no determinismo astrológicoU 1 2omo explicar *ue dois gémeos *ue Bieram ao mundo exactamente na mesma :ora possam ter destinos muito diMerentes um do outroC & Os :omens *ue perecem ao mesmo
81
tempo Ynum nauMrRgio ou numa batal:a% por exemploZ e tiBeram% portanto%
a
mesma
sorte
trRgica
exactamente
na
mesma
altura%
nasceram%
kkcoTXu^o qpX maior aos% rasos\Z% sob signos muito diMerentes 2omo podem os astrólogos explicar esta dupla anomaliaC Os astrólogos gregos no desden:aram tentar preBis[es ^ escala geral% esMorando-se por estudar o papel motor dos ciclos solar e lunar *uer sobre o con]unto dos Menómenos da naturea% *uer sobre o destino dos grupos /as dedicaram-se muito especialmente a Maer :oróscoposU era sobre todos os :omens e no somente sobre os soberanos *ue se exercia% segundo eles% a inMluência causal dos astros "os in_meros temas astrológicos *ue elaboraram os adiBin:os gregos% cento e oitenta c:egaram até nós` existe uma traduo integral deles em inglês Se os $regos :aBiam assimilado com muita Macilidade as suas próprias
diBindades
aos
deuses
planetRrios
dos
2aldeus%
iriam
desenBolBer consideraBelmente a preciso dos cRlculos% todo o rigor do sistema
astrológico%
de
*ue
acabaram
por
Maer
massa
grandiosa
e
coerente >oderia% até% dier-se *ue% no con]unto% os princípios da astrologia grega Ye depois romana% como Beremos em seguidaZ reBelaBam-se ]R semel:antes aos da astrologia tal como a con:ecemos` tal como se manteria na Europa até
aos
nossos dias%
sob
as suas Mormas mais
tradicionais .ual é o dogma Mundamental da astrologia grega% um princípio *ue se encontrarR sempre presente até aos nossos dias nesta arte diBinatóriaC O da
completa
solidariedade
*ue
existiria
entre
todas
as
partes
do
niBerso% mesmo as mais aMastadas umas das outrasU :aBeria% com eMeito% interaco constante do 2éu e da Terra` e% sobretudo% o mundo no seu con]unto é concebido pelos astrólogos :elénicos como um Basto organismo BiBo% em *ue todas as partes se uniam para uma troca incessante das correntes e das inMluências
YVZ (eugebauer e 9an Hoessen% $reeF Horoscopes% 3iladélMia% T:e American >:ilosop:ical SocietG% 1=4=
8&
Os astros enBiam% ininterruptamente YpensaBa-seZ% energias para a Terra e para o ser :umanoU neste% portanto% cada uma das partes do corpo encontraBa-se em correspondência directa com uma parte do céu estrelado` do
mesmo modo%
as
disposi[es%
temperamentos%
a
personalidade%
as
tendências psí*uicas do :omem ac:aBam-se condicionados pelas complexas inMluências astrais 2rena extremamente antiga% esta da aMirmao da existência de rela[es misteriosas% da simpatia
existente entre os
corpos celestes e todos os acontecimentos terrestres Estas rela[es% incessantemente
modiMicados
^
medida
dos
moBimentos
dos
astros
na
abóbada celeste% determinariam% rigorosamente% os acontecimentos deste mundo - *uer Mossem colectiBos ou indiBiduais As imagens tradicionais% os próprios nomes dos astros% das constela[es *ue ainda :o]e Miguram nas nossas cartas celestes% onde so Ysegundo as palaBras de +ouc:é-#ecler*Z como os \restos Mósseis de uma luxuriante Begetao mitológica\U tudo isto nos Bem em lin:a recta da astronomia e da astrologia gregas% intimamente misturadas% com eMeito >ara além da esMera celeste *ue Biria a tornar-se clRssica% os astrólogos gregos usaBam outra a *ue c:amaBam a \esMera bRrbara\ poBoada de personagens e de animais bem mais MantRsticos ainda% e *ue estaBa% sem d_Bida% mais directamente ligada originalmente ^ Miliao caldaica primRria% e também a uma muito proBRBel Monte egípcia` com eMeito% nela se encontraBam Miguradas sob o aspecto de constela[es as Bel:as diBindades tribais semíticas ou as deidades tradicionais das proBíncias egípcias O mais Mamoso tratado de astrologia escrito por um $rego Moi composto na
época da dominao romanaU é o Tetrabiblos Yliteralmente em gregoU \os *uatro liBros\Z de 2lRudio >tolomeu% escrito no ano 10? d 2 (esta obra clRssica% encontraBam-se codiMicados% nos menores detal:es% todos os princípios bRsicos da astrologia grega >tolomeu BiBeu na Alexandria% onde morreu depois do ano 161 3oi também - no es*ueamos - um astrónomo Mamoso% cu]o sistema cosmogrRMico Yo geocentrismo e a teoria dos epiciclosZ iria% praticamente% reinar na Europa até ao
8,
século '9II \>tolomeu transmitiu ao Ocidente a tradio astronómica dos $regos%
e
Moi%
aos
ol:os
dos
modernos%
o
criador
da
astronomia
matemRtica A sua arte admirRBel de exposio imps% durante séculos% o prestígio do seu sistema do mundo O\ >tolomeu% para Boltarmos ao aspecto mais precisamente astrológico da sua obra% pun:a a si próprio um problema muito debatido% tanto no Ocidente como no OrienteU o do :oróscopo Berdadeiramente ideal% *ue deBeria ser elaborado para o próprio momento da concepo` mas >tolomeu calculaBa *ue% na prRtica Ypara além da impossibilidade% na maioria dos casos% de determinar este momento com real precisoZ% o :oróscopo realiado após o nascimento era amplamente suMiciente para alcanar preBis[es exactas (a astrologia grega% tal como a encontramos to metodicamente codiMicada em >tolomeu mas *ue se tin:a ]R desenBolBido e organiado muito antes dele% é a astrologia Berdadeiramente clRssica% tal como c:egou até aos nossos
dias%
*ue
entra
]R
em
cena
(ela
se
encontram
todos
os
desenBolBimentos :abituais sobre a inMluência dos signos do Nodíaco% sobre a teoria das 2asas% sobre o cRlculo dos \aspectos\ bons ou maus (ela
se
encontram
também
as
sRbias
combina[es
dos
princípios
astrológicos com a Bel:a doutrina Mísica grega dos *uatro elementos Yar% Rgua%
Mogo%
terraZ%
entre
os
*uais
:R
trocas
perpétuas`
como
a
classiMicao YaparentadaZ das *uatro *ualidades naturais Mundamentais Yo *uente% o Mrio% o seco% o :_midoZ (ela se encontra ]R um estudo pormenoriado do tema de nascimento em reMerência ^ marc:a dos planetas no céu no decurso da Bida do indiBíduo YcRlculo dos \trnsitos\ e \direc[es\ astrológicasZ O erro :istórico *ue se no deBe cometer seria o de considerar a astrologia prRtica
grega
como
uma
9eriMicar-se-ia%
arte é
experimental certo%
uma
estritamente \laiciao\
positiBa% da
arte
relatiBamente ^ adiBin:ao planetRria
YVZ A !iBau% Histoire de Ia >:ilosop:ie% >resses niBersitaires de 3rance% t i% p 41?
80
babilónicaU na grande maioria% os astrólogos gregos ]R no so padres (o entanto% seria MRcil acentuar a pertetuao% nesta arte astrológica grega
*ue
se
apresentaBa%
aparentemente%
como
uma
disciplina
to
\técnica\ como a medicina% das Bel:as crenas saídas do primitiBo culto dos astros As leis astrológicas baseadas na obserBao paciente dos moBimentos dos corpos celestes apoiar-se-o sempre% de Macto% como na +abilónia% num Mundamento% substrato sagrado% \religioso\% portanto Os
$regos
tin:am
dado
aos
sete
planetas
os
nomes
das
diBindades
principais do seu panteo% com características e atributos con:ecidos de todos Ytanto do poBo% como dos letradosZ A
expanso
da
crena
no
determinismo
astrológico
no
deixarR
de
MaBorecer no mundo mediterrnico o impulso da metaMísica dos estóicos%
*ue negaBam a existência do liBre-arbítrio do indiBíduo O curso dos astros é% portanto% concebido como o reMlexo da Ordem cósmica rigorosa% e traduindo o >lano diBino e as suas subdiBis[esU cada parte deste corresponderia sempre a algum moBimento obserBRBel dos corpos celestes% e marcaria uma espécie de \decreto\ cósmico Encontra-se% também% entre estes astrólogos gregos% uma outra crena Ytambém muito Bel:aZU a do alcance possíBel de uma imortalidade celeste% por translao nos astros% para além das órbitas dos sete planetas` esta crena% ]R desenBolBida no pitagorismo% era ob]ecto de muitas narratiBas mitológicas e lendRrias (os próprios nomes dados pelos $regos ^s constela[es% reencontra-se toda uma base religiosa e sagrada >or exemplo% os astrólogos pun:am a constelao da Serpente Y*ue bril:a perto do pólo boreal da esMera celesteZ em correspondência analógica com as curas medicinais >or*uêC >or*ue a serpente era o animal sagrado de Asclépios YEsculRpioZ% patrono da medicina% Benerado no santuRrio de Epidauro 3oi graas ^ dominao romana em toda a bacia do mediterrneo *ue a astrologia grega deBia ad*uirir toda a
84
sua expanso% *ue se manteBe no Ocidente praticamente até aos nossos dias 2om a primeira importao de escraBos gregos em !oma% a astrologia Yentre outras prRticasZ penetrou entre os #atinos (o século 9I a 2% o poeta Ennius apostroMaBa ]R com desdém os \de circo astrólogos\ *ue tal como os nossos modernos negociantes de :oróscopos *ue exercem a sua proMisso nas Mestas de proBíncia - montaBam as suas barracas perto das arenas% para tentar arran]ar clientes entre a multido *ue se dirigia aos
]ogos
de
circo
Além
dos
$regos
YescraBos
depois
libertosZ%
numerosos Orientais Bin:am a !oma em busca de Mortuna` no Império% o astrólogo
serR
c:amado
ora
mat:ematicus
Ypor
causa
dos
cRlculos
necessRrios ^ elaborao dos :oróscoposZ% ora 2:aldeus% \2aldeu\ Ypor causa da origem :istórica muito con:ecida da sua arteZ Em 1,= a 2% um decreto de 2ornelius Hispallus tentarR proscreBer os astrólogos - com um total insucesso 2om o declínio da !ep_blica% a adiBin:ao pelos astros no deixa de Maer crescentes progressos` com o Império% serR o mais total triunMo astrológico% tanto entre o poBo mais crédulo% como na aristocracia letrada% entre os sRbios e entre os MilósoMos 2om
eMeito%
so
raros
os :omens *ue
atacam as crenas
astrológicasU um #ucrécio% *ue% no seu "e (atura !erum% op[e o Matalismo astral ao liBre-arbítrio do :omem` 2ícero *ue% no seu "e "iBinatione% denuncia a crena na Berdade prRtica dos :oróscopos .uanto ao poeta )uBenal% no denuncia a própria astrologia mas antes a corrida dos clientes
ingénuos
Yespecialmente
as
mul:eresZ
YVZ
^s
casas
dos
adiBin:os )uBenal% como patriota romano% enMurece-se contra os $regos% to :Rbeis a praticar todas as artesU \So tudo o *ue *uiserdesU gramRticos% reitores% geómetras% pintores% ban:eiros% augures% Munmbulos% médicos% mRgicosU o grego esMomeado nada ignoraU mandem-no ao 2éu% *ue ele irR\ YVZ "enuncia também a inBaso das supersti[es egípcias YSRtira '9Z So% contudo% ata*ues isoladosh )_lio 2ésar% 2rasso% >ompeu% acreditaro Mirmemente na total Berdade das predi[es astrológicas na época de 2ésar *ue surge um Basto poema didRctico% em cinco liBros% os Astronómicos% obra do astrólogo /anilius Extraiamos dele um Berso signiMicatiBoU \o destino goBerna o mundo% o uniBerso é regido por uma lei inMlexíBel\ Y&Z !econ:ece-se a*ui um reMlexo da metaMísica estóicaU
a #ei *ue rege o niBerso considerada como a própria emanao do Espírito "iBino 2om o Império% Beremos os astrólogos no só instalarem-se% como também con*uistarem cada Be mais o MaBor dos poderosos% desempen:ar um papel político%
tornarem-se
consel:eiros
priBados
dos
soberanos
e
seus
próximos Y,Z Os próprios !omanos se dedicaro a Maer carreira nesta arte diBinatória Augusto terR como astrólogo um grego% Teógenes` no só no :esitarR em publicar o seu :oróscopo elaborado por este adiBin:o% como mandarR cun:ar uma
moeda
de prata
em *ue
Migura o
2apricórnio% signo
de
nascimento do soberano T:rasGllus% um !omano% serR o astrólogo de Tibério% en*uanto o discípulo e
:erdeiro
da*uele%
+ablilius%
exercerR
a
mesma
arte
]unto
dos
imperadores 2lRudio e (ero Segundo TRcito Y0Z% astrólogos caldeus :aBiam predito ^ imperador a Agripina *ue o seu Mil:o% (ero% Biria a ser imperador% mas matR-la-ia A corte dos 2ésares parece ter-se assemel:ado muito Ypara piorZ% do ponto de Bista de intrigas
1ZOb cit% B% 80 Y&Z Ob cit% iB% Berso 10 Y,Z 9er a obra de 3rédéric H 2ramerU AstrologG in !oman #a and >olitics% 3iladélMia% T:e American >:ilosop:ical SocietG% 1=40 Y0Z Anais% xiB% =
88
políticas e riBalidades diBersas com as prRticas diBinatórias% ^ dos 9al[is com 2atarina de /édicish
A astrologia romana deBe ser considerada% sem *ual*uer :esitao% como a :erdeira directa da astrologia grega` as diBindades latinas% tendo dado os seus nomes clRssicos Y*ue ainda usamosU /erc_rio% /arte% etcZ aos planetas% eram a simples e*uiBalência das suas designa[es gregas A personalidade mais reputada da astrologia na época romana terR% de resto% lembremo-lo% um nome grego% o de >tolo-meu% autor dos dois grandes clRssicos da astrologia *ue so o .uadripartitum Ytítulo latino usado com Mre*uência% do TetrabiblosZ e o 2entilo*uium YlZ 2lRudio >tolomeu% originRrio de >el_sio Yno delta do (iloZ mas grego de origem%
Mora%
simultaneamente%
como
Bimos%
astrólogo
e
astrónomo`
ensinarR em Alexandria% com grande êxito de notar *ue p[e muito pertinentemente o problema - *ue no deixarR de preocupar os astrólogos - de uma possíBel conciliao entre o determinismo astrológico e o liBre-arbítrioU para >tolomeu% a astrologia permitir-nos-ia mesmo% uma Be
con:ecidos
os
perigos
inscritos
no
nosso
tema
de
nascimento%
orientar a nossa Bida tendo em conta o nosso \destino\ normal% e estando% portanto% muito mais bem armado para eBitar os seus perigos nio directa da astrologia com as crenas religiosas pags% sob as suas Mormas codiMicadas e estruturadas na época imperialU muitos documentos o atestam 2ite-se um altar romano conserBado no /useu do #ouBre% em *ue se encontram Migurados os doe signos do Nodíaco (o
ano
&1;
priBilégio
da
nossa
reserBado
era% até
aí
Ber-se-R
um
cidado
exclusiBamente
aos
romano ]oBens
receber de
um
lin:agem
imperialU tomar o nome de Alexandre >or*uêC >or*ue este !omano% nascido em "eembro de &1;% tin:a um tema em *ue os signos de nascimento eram exactamente os mesmos do :oróscopo do grande con*uistador mace no i o de1 i rar o di[í elabc dicio Y84, das c ter e e os
mun - n os c entn sécu soei` altaU cian rial% digi nio peri tipo moc igu Noe cop ciai
YVZ Esta _ltima obra Moi assim c:amada por*ue compreende cem mRximas astrológicas
8;
macedónio YVZ ImpossíBel saber se esta personagem teBe ou no o destino Mora de série para *ue esta particularidade o deBeria ter predestinadoh Os astrólogos romanos no se contentaro em elaborar o :oróscopo dos indiBíduos% mas tentaro também predi[es ^ escala geral` alguns :ouBe *ue se empen:aram em elaborar o tema astrológico *ue corresponderia ^ data tradicionalmente assente para a Mundao da 2idade Eterna Y84, a 2Z por !omulus% \no décimo primeiro dia das calendas de /aio% entre a segunda e a terceira :ora% *uando )_piter estaBa nos >eixes% o Sol no Touro% a #ua na +alana e os outros *uatros planetas no Escorpio\ Sob o Império !omano% a astrologia desMrutarR no mundo mediterrnico de
uma autoridade *uase soberana - maior ainda do *ue nos nossos dias na Europa% onde os cépticos so muito numerosos 2ontudo% obserBar-se-ia uma semel:ana muito curiosa entre a situao deste período e a do Ocidente no Mim do século '9III% do mesmo modo *ue com a da época actual 9oga imensa da astrologia% de alto a baixo da escala socialU no alto% o astrólogo rodeado dos MaBores das mais altas personagens` em baixo% o aMadigado pe*ueno \negociante de :oróscopos\ Em todas as classes da sociedade romana na época imperial% a astrologia no deixarR de ter uma Boga realmente prodigiosa (o SatGricon% escrito sob
o
reinado
de
(ero%
>etrónio
descreBe
com
BerBe
um
episódio
signiMicatiBo entre as peripécias do sumptuoso Mestim oMerecido por Trimalcion% tipo do \noBo-rico\ da época% ingenuamente RBido de ser moderno% actualU na Basta mesa% encontram-se dispostas doe iguarias suculentas% apropriadas a cada um dos signos do Nodíaco e de *ue os conBiBas comero segundo os seus :oróscopos respectiBos A
astrologia
no
podia
ter
lugar
na
adiBin:ao
oMicial%
institucionaliada% da antiga religio romana Ycolégios
YVZ )ean-$age% #V:oroscope de "oura et lê culte dVAlexandre sous lês SéBJres` Y+ulletin de Ia 3aculte dês #ettres de Strasbourg% 1=40Z
8=
dos Augures e dos .uindécemBirsZ` mas o mesmo no acontece no Império% *uando crenas e ritos sero cada Be mais penetrados pelos cultos orientais no século kkm da nossa era% *ue marca em particular o apogeu dos mistérios solares YVZ% *ue se situa% sem d_Bida% o seu apogeu :istórico no Império !omano Ao mesmo tempo *ue se desenBolBem os
mistérios orientais% Bê-se - por exemplo - erguerem-se em !oma e nas proBíncias esplêndidas septionia% ediMícios de sete andares Ydaí o seu nomeZ *ue eBocaBam a imagem das sete esMeras planetRrias% donas do destino
do
:omemU
mesmo
simbolismo
*ue
nas
antigas
Niggourats
babilónicas A expanso das gnoses diBersas YdR-se este nome a um con]unto de sistemas *ue aspiraBam a proporcionar aos :omens um \con:ecimento\ grego gnsis - salBadorZ acompan:arR a da astrologia (os tratados :erméticos Yassim designados por causa da sua atribuio ao lendRrio Hermes Trismegisto% o \Três Bees $rande\Z% Bêem-se assim os :umanos diBididos em sete tipos% os *uais se encontram em correspondência com os sete planetasU Bêem-se os doe signos do Nodíaco colocados em relao com as diMerentes partes do corpo :umano% *ue goBernam (o
gnosticismo%
uma
doutrina
Yde
origem
babilónica
e
iranianaZ
desempen:aBa um papel muito importanteU a da descida e da subida das almas As almas% obrigadas a Bir encarnar cR em baixo% descem atraBés das sete esMeras planetRrias` de cada um dos astros errantes% e segundo a sua posio Y*ue reBelarR o :oróscopo do indiBíduoZ% :erdam esta ou a*uela *ualidade` *uando% inBersamente% se desligam do corpo Mísico% escapam-se para Boltar ^ sua pRtria celesteU ^ medida *ue atraBessam as \portas\ das sete esMeras planetRrias sobrepostas% restituem-l:es as inMluências% os condicionamentos% as inclina[es e as paix[es de *ue se :aBiam impregnado na altura da descida *uando se encontram
YVZ 2M )ean-)ac*ues Sc:aub% #a T:éologie Solaire et s "iMMusionU lês tentatiBes dVinstallation dVune religion sola ire au IIIe siJcle aprJs )ésus-2:rist Y+ulletin de Ia 3aculte dês #ettres de Strasbourg% /aio)un:o de 1=41Z
;?
Minalmente libertas de todas estas Matalidades *ue podem atingir% puras essências% a morada celeste A astrologia% tanto em !oma como nas proBíncias% goarR de um prestígio por assim dier incontestado até ao triunMo do cristianismo >restígio de uma disciplina *ue se reputaBa rigorosa por naturea Yconsidera-se *ue o astrólogo podia determinar os Mactos marcantes de uma Bida :umana com tanta segurana como no cRlculo preciso da data de um eclipse solar ou lunarZ` prestígio religioso e mRgico também "o mesmo modo *ue :o]e os adiBin:os *ue exercem em #ondres% >aris ou (oBa Ior*ue reiBindicam uma prestigiosa Miliao oriental Yreal ou supostaZ% do mesmo modo a astrologia progride em !oma% ao mesmo tempo *ue as religi[es orientais ocupam um lugar predominante !oma torna-se% ^ medida *ue se aBana para o Mim do período imperial% numa cidade espantosamente cosmopolita Y^ imagem do ImpérioZU mRgicos e adiBin:os da $récia% da Síria% do Egipto% da +abilónia e da >érsia% todos ali Bo em busca de Mortuna% e encontram uma importante clientela (o século I9 assiste-se ao grande sucesso de uma curiosa compilao escrita por um padre egípcio% Hora-pollonU o erudito Solin Ysob o reinado de "ioclecianoZ reMerir-se-R ^ \disciplina das estrelas\ /as um problema se p[eU *uais Moram as rela[es entre o cristianismo triunMante e a astrologiaC
Astrologia e 2ristianismo
Segundo a tradio% uma estrela teria guiado os três \!eis /agos\ até ao presépio de +elém /as *uem eram estas três personagens *ue Bin:am adorar o SalBadorC (o soberanos YjZ% mas% sem d_Bida% /agos no sentido
antigo e preciso% isto é% proBaBelmente padres - adiBin:os do Iro Apesar das narratiBas populares ;1 ou da +abilónia Se a lenda Yna totalidade ou em parteZ se reBelaBa :istoricamente Berdadeira% seria normal tentar interpretar o Macto A \estrela dos /agos\ no teria sido um simples cometaC Ou antes :ipótese
*ue
con]uno
7epler
excepcional
deBia dos
desenBolBer
-
ter-se-ia
planetas /arte%
)_piter
tratado e
de
Saturno%
uma *ue%
sobrepondo-se no 2éu% teriam apresentado% ento o aspecto paradoxal de uma _nica estrela gigante% de uma claridade excepcionalC "e *ual*uer modo% os astrólogos cristos no deixaram% ao longo das idades% de Maer notar este
patrocínio celeste%
estes \sinais de 2éu\ *ue
estariam
associados ao nascimento de )esus 2edamos a palaBra ao :istoriador +ouc:é-#ecler*U \"ier
*ue
"eus
se
serBira
de
um
astro
para
aBisar
os
magos%
simplesmente por*ue eram astrólogos% no enMra*uece a conclusoU :aBiam sido aBisados% e% portanto% compreendiam os sinais celestes\ (o entanto% diBersos "outores da Igre]a tomaro posio contra o próprio Mundamento da astrologiaU o
determinismo planetRrio >or
uma
dupla
raoU seBera desconMiana em relao aos inegRBeis Bínculos pagos Yculto caldeu e grego dos astrosZ desta arte diBinatória` aparente oposio entre o inelutRBel destino Ydependentes dos corpos celestesZ imposto ao :omem pelo determinismo astrológico e o liBre-arbítrio sem o *ual a interBeno misericordiosa do "eus dos cristos no teria tido *ual*uer sentido 9er-se-R mesmo o grande Santo Agostin:o Y,40-0,?Z% bispo de Hippone% tentar - na lin:a de espírito de 2ícero - mostrar o absurdo das crenas astrológicas (as suas 2onMiss[es% conMessa ter acreditado na astrologia durante a ]uBentude% mas ter sido radicalmente curado da sua credulidade ao saber *ue um rico proprietRrio e um pobre escraBo *ue trabal:aBa nas terras
da*uele naBiam nascido no mesmo local% exactamente no mesmo instante% e tin:am%
portanto%
ob]eco
dos
o
géneros
mesmo de
:oróscopo
destinos
EBoca%
assim%
diBergentes
(o
a
]R
entanto%
clRssica a
rai
proMunda da sua oposio é de ordem teológica`
;&
e clama Y2onMiss[es% 9III% 9I\U \Assim% eles Yos astrólogosZ inocentam o :omem de *ual*uer erro - :omem de carne% de sangue% de orgul:osa corrupo - e atribuem-no ao 2riador% *ue rege o 2éu e os astros j\ /ais
responsabilidade
da
criatura%
mesmo
*ue
esta
se
encontre
inteiramente determinada pelos planetas e as estrelas% segundo um plano celeste rigoroso e intangíBel (em todos os "outores da Igre]a e os outros autores cristos sero% nem de longe% :ostis ^ astrologia >ara )ulius 3irmicus /aternus Yséculo I9Z% a astrologia apresenta-se mesmo como uma disciplina susceptíBel de conduir ^s grandes Berdades cristsU o Espírito diBino exerce cR em baixo a sua inMluência por meio dos astrosU *uanto ^ alma :umana% *ue é uma c:ama da*uele% pode - graas ao con:ecimento das esMeras celestes alcanar a contemplao das realidades% das entidades do plano superior >ara o bispo Sinésio de 2irene Ycontemporneo de Santo Agostin:oZ% as partes do uniBerso no so% todas elas% igualmente ligadas pela lei de simpatia% e no poderia% portanto% a astrologia serBir de preparao ^ teologiaC (unca c:egarR a :aBer% com eMeito% condenao expressa da astrologia pela Igre]a YVZ` e muitos eclesiRsticos cultiBaro esta disciplina% até ^ época moderna /as% antes de prosseguirmos o nosso panorama :istórico da astrologia no mundo ocidental% no :R *ue encarar a existência antiga desta arte
diBinatória noutras regi[es do $loboC )R abordRmos a astrologia indiana% mas resta-nos debruarmo-nos sobre a astrologia do Extremo Oriente - e da América pré-colombiana
A astrologia do Extremo-Oriente
(a 2:ina% a astrologia estaBa ]R Mlorescente BRrios séculos antes da era crist e a sua popularidade no deixarR de aumentar até ^ Idade /édia
YVZ As condena[es *ue :ouBer Bisaro apenas o c:arlatanismo% ou a crena Berdadeiramente deliberada no Matalismo planetRrio total
;,
(a narratiBa das suas 9iagens% /arco >olo aMirma *ue a cidade de 7ambalu Ycapital do grande 7:an mongol% Imperador da 2:inaZ no contaBa menos de 4??? adiBin:os e astrólogos Até ao Mim do Império 2:inês% marcado pelo da dinastia /anc:u% a astrologia conserBarR o MaBor da aristocracia e dos letradosU *uando a Bel:a Imperatri Tseu-:i morreu Y&= de (oBembro de 1=?=Z a :ora do Muneral ainda Moi determinada pelos astrólogos da corte% como Mora para todos os soberanos do celeste Império Tem
sido
posto
o
problema
das
origens
:istóricas
longín*uas
da
astrologia c:inesaU e se certos autores a consideram como extremamente antiga% outros Bêem nela um ediMício diBinatório% de Macto% posterior ^ adiBin:ao planetRria dos 2aldeus% *ue seria - ela% sim - a Morma mais antigamente con:ecida das artes astrológicas Se]am *uais Morem as suas origens primRrias% a astrologia c:inesa Morma um con]unto complexo% *ue se desenBolBeu segundo a sua própria eBoluo
Y1Z (o pareceria completamente absurdo Ber entre a astrologia c:inesa e a YBer o parRgraMo seguinteZ dos /aias e dos Astecas das Américas do (orte e 2entral estran:as semel:anas - muito especialmente no emprego de um simbolismo animal descon:ecido pelos astrólogos europeus Tomemos o símbolo do Tigre% aplicado a um dos pontos cardeais >ara os 2:ineses% representa o Ocidente% *uando% pelo contrRrio% era um símbolo do
Oriente
para
os
/aias
explicao mais proBRBel
e
os
Astecas
Alexandre
desta oposio acerca
9olguine
dR
a
da atribuio deste
Melino a um dos pontos cardeais Y&ZU \Esta inBerso do mesmo símbolo no é mais do *ue aparente% por*ue para os 2:ineses os e*uinócios e os solstícios
YVZ 9er o tomo m Y/at:ematics and t:e Sciences oM t:e HeaBens and t:e Eart:Z da Bolumosa obra de )osep: (eed:am% Science and 2iBi-liation in 2:ina Y&Z #VAstrologie c:e lês /aGas et lês AtJ*ues% pp 1; e 1=
;0
no so marcados pela presena do Sol You de um outro Mactor cósmicoZ no ponto cardeal% mas pela lua c:eia num ponto oposto >ortanto% a imagem do Tigre% *ue designa na 2:ina a constelao de Orion% emblema o Ocidente e
o
Outono%
mas
encontra-se
na realidade
no #este
e
na
>rimaBera% no Oriente onde os índios a colocaBam% TalBe um dia as pes*uisas ar*ueológicas no /éxico ou no ucatRn proBem *ue o Tigre designaBa% tanto na América como na 2:ina% a constelao de Orion - o *ue serR uma noBa proBa do parentesco do sistema uranogrRMico pré-colombiano e do sistema astrosóMico dos 2:ineses\
(o entender de muitos astrólogos c:ineses% o :oróscopo ideal seria o elaborado para o momento da concepo% coisa diMícil de alcanar% por*ue este momento só muito raramente é con:ecido com real exactido Ainda :o]e% a astrologia permanece BiBa em regi[es de poBoamento c:inês YHong-7ong% 3ormosaZ ou de Morte percentagem c:inesa na populao Ya /alRsia%
por
classiMicada
exemploZ` entre
as
esta
Bel:as
prRtica supersti[es
encontra-se
eBidentemente
YclandestinasZ
na
2:ina
comunista A
astrologia
c:inesa
Me
nascer
as
Mormas
anRlogas
desta
arte
desenBolBidas nos outros países do Extremo-OrienteU na 2oreia YVZ% no )apo Y&Z% na sia 2entral 9amos apresentar agora um *uadro princípios
da
astrologia
indispensRBel
c:inesa%
dando
as
para compreender os correspondências
*ue
estabelece A importncia tradicional do n_mero cinco - particularmente importante no Tauismo c:inês - é maniMesta A astrologia do celeste Império distinguia% com eMeito% cinco planetas Yo Sol e a #ua eram considerados ^ parteZ%
YVZ 2M #ê guide por rendre propice lVétoile *ui guide c:o*ue :omme et pour connaítre lês destinées de lVannée Traduido do coreano por HongtGong-ou e Henri 2:eBalier% >aris% #eroux% 1;=8 Y&Z 2M / 7ern% "as #ic:t dest OstensU "ie Qeltansc:auung in Indien% 2:ina und )apan% Estugarda% 1=&;
;4
cinco elementos% cinco pontos cardeais Ypor ]uno do /eio ^s *uatro direc[es clRssicas do espaoZ% cinco Sen:ores destes% cinco sentidos%
cinco órgos internos O *uadro completo das correspondências daBa o seguinteU >lanetas
)_piter
Elementos
/arte Saturno
9énus /erc_rio
/adeira
3ogo
Terra /etal gua
Este
/eio
Oeste (orte
>ontos cardeais
Sul
Sen:ores dos pontos cardeais
"rago 9erde
Imperador Amarelo Tigre +ranco Sentidos
Odor
rgos internos
>ulmo
9ermel:o
$uerreiro (egro
9ista Tacto >aladar +ao
>Rssaro
OuBido
2orao
3ígado
!im
"e acordo com certos autores% os 2:ineses teriam con:ecido% contudo% desde a mais alta Antiguidade% a existência de planetas graBitando para além da órbita de Saturno Os 2:ineses% do mesmo modo *ue a América pré-colombiana YVZ% tin:am-se dedicado com a min_cia ^ elaborao de um calendRrio preciso% reBelando um con:ecimento extremamente desenBolBido dos ciclos solares e lunares O Bel:o calendRrio c:inês tin:a início no ano &6,8 antes da era crist do Imperador lendRrio Houang-ti% ao *ual era atribuída a descoberta do ciclo sextenRrio do planeta )_piter% c:aBe dos cRlculos astrológicos c:ineses Os anos% *ue seguem um ciclo de sessenta anos% so designados por um animal Y:R doe animais simbólicosZ e por um elemento >or exemplo% 1=04 era o \ano do >Rssaro de /adeira\% 1=06 o \ano do 2o de 3ogo\% 1=08 o \ano do >orco de 3ogo\% etc
YVZ 9er o parRgraMo seguinte
;6
(o
Extremo-Oriente
e
na
sia
2entral
desenBolBeu-se
uma
medicina
tradicional% *ue se esMoraBa por :armoniar os medicamentos ao tipo astrológico do doente /as Moi% sem d_Bida% nos Estados do Himalaia% *ue Micaram ^ margem tanto da con*uista militar c:inesa como das rRpidas transMorma[es económicas e sociais da índia de :o]e% *ue a astrologia asiRtica sagrada conserBou a sua Misionomia mais tradicional 3oi assim *ue o rei do SiFFim% *ue deBia desposar uma ]oBem americana em /aro de 1=6,% teBe de adiar o casamento para o ano seguinte% em Birtude da deciso dos astrólogos *uanto ^ data mais MaBorRBel para celebrar a cerimónia
A astrologia na América pré-2olombiana
Os /aias e os Astecas tin:am desenBolBido - entre outros con:ecimentos tradicionais muito complexos - toda uma astrologia de lastimar a maneira
como
os
con*uistadores
espan:óis
destes
poBos
aliaram
a
crueldade desencadeada ao mais metódico e encarniado dos Bandalismos religiososU
por
dese]o
de
eliminar%
de
uma
Be
para
sempre%
o
\paganismo\ dos poBos con*uistados% destruíram sistematicamente ob]ectos e manuscritos preciosos O padre #anda mandou *ueimar toda a magníMica biblioteca maia encontrada no ucatRn` o bispo Numarraga mandou *ueimar em Texcoco a Basta biblioteca *ue contin:a os anais completos dos Toltecas YpoBo muito ciBiliado *ue ocupara uma grande parte do /éxico antes dos AstecasZ 2oisa curiosa% um astrólogo predissera ao Muturo con*uistador
HernRn
2ortês%
numa
altura
em
*ue
BegetaBa
assa
lamentaBelmente em Espan:a% *ue Biria um dia a dispor Ycomo aconteceuZ de um poderio \*ue
ultrapassaria o
dos
reis\
Alexandre
9olguine%
eminente astrólogo de :o]e e autor de um importante estudo :istóricoU #VAstrologie c:e lês /aG as et lês AtJ*ues Y)Z% nota na Introduo
destaU se os Espan:óis
Y1Z (ice% ditions dês 2a:iers Astrologi*ues% 1=06
;8
no tiBessem procedido ^ destruio sistemRtica de toda a literatura manuscrita *ue l:es caiu nas mos Ymuito pouca coisa escapou ^s c:amasZ% \os nossos con:ecimentos astrológicos seriam certamente mais ricos e mais desenBolBidos do *ue so\ >odemos% apesar de tudo% BeriMicar o carRcter to elaborado dos con:ecimentos astronómicos e astrológicos YindissoluBelmente ligadosZ destas grandes ciBilia[es Atribuiu-se a Bitória to MRcil dos espan:óis Y*ue pouco mais eram *ue um pun:adoZ sobre os imensos exércitos índios ^ domesticao do caBalo e ao con:ecimento das armas de Mogo` mas as lutas entre tribos riBais% os conMrontos entre Mac[es políticas opostas Ye 2ortês soube bem atiar as dissens[esZ% contribuíram para tal% é inegRBel% muito eMicamente Tal como se nos apresenta% pelos escassos documentos YconserBados em >aris%
/adrid%
con*uistadores
#ondres% e
por
etcZ
alguns
*ue
escaparam
testemun:os
ao
Bandalismo
contemporneos%
a
dos
ciência
astrológica dos /aias e dos Astecas mostra ter sido to minuciosamente desenBolBida como a dos 2:ineses Eis o *ue nos di "iego de #anda% a respeito das crianas *ue eram educadas especialmente para exercer o oMício de padres-astrólogosU \Eles Yos sacerdotes /aiasZ instruíam os Mil:os dos outros padres e os Mil:os mais noBos dos nobres *ue l:es eram conMiados na inMncia% se Biam *ue tin:am inclinao para este oMício As ciências *ue l:es ensinaBam eram o cRlculo dos anos% dos meses e dos dias% as Mestas e as cerimónias% a administrao dos sacramentos% os dias e os períodos
neMastos%
maneiras
de
adiBin:ar
e
proMecias% os
acontecimentos
do
Muturo% os remédios para as doenas% as antiguidades% assim como a maneira de ler e de escreBer j\ Os /aias estudaram o curso dos astros para estabelecer um calendRrio de total preciso% indispensRBel Yac:aBam
elesZ para a
celebrao das
Mestas e cerimónias religiosas 2omo na astrologia babilónica% :aBia% portanto% uma ligao estreita entre a astrologia e a religioU como entre os 2aldeus% os astrólogos Ye astrónomos% pois as duas actiBidades conMundiam-seZ eram sempre sacerdotes
;;
A própria estrutura da sociedade e dos Estados da América pré-colombiana BisaBa Ycomo era o caso na Bel:a 2:ina imperialZ reMlectir a ordem celeste assim *ue um dos Estados da >enínsula do ucatRn% o de /aiapan
YVZ%
se
ac:aBa
diBidido
em
tree
proBíncias
concêntricas
>or*uêC >ara simboliar os doe signos do Nodíaco rodeando o Sol Entre os antigos /exicanos% o Nodíaco era simboliado por uma serpente% representando a Mita odiacal *ue se \enrola\ em torno da Terra 3oram encontradas diBersas Migura[es mexicanas da serpente rodeando círculos em *ue se encontram simboliadas as diBis[es do tempo% meses% Mases lunares% etcZ` os *uatro pontos cardeais encontram-se Migurados pelos *uatro nós da serpente Os c:ilone Y\proMetas\Z% padres adiBin:os dos /aias% no se dedicaBam só ^s suas actiBidades sacerdotaisU no nascimento de cada criana% eram c:amados em consulta para elaborar o :oróscopo O deus mexicano Tetcatlipoca era uma personiMicao do solstício de 9ero` era representado a empun:ar um espel:o% em *ue contemplaBa o reMlexo de todos os acontecimentos *ue se produem no /undo Itamna% um
dos grandes deuses dos /aias% era esculpido com a cabea apertada na boca dupla da serpente odiacal% de corpo semeado de signos planetRrios A propósito do modelo c_bico por meio do *ual a cosmologia dos /aias MiguraBa o /undo% A 9olguine Ma interessantes obserBa[es comparatiBas Y&ZU \A
representao
c_bica
do
/undo
era%
eBidentemente%
ditada
por
considera[es de ordem simbólica% sendo o *uadrado e o cubo o símbolo uniBersal da matéria *ue se op[e ao círculo - imagem do espírito -% e é curioso notar *ue o problema da *uadratura do círculo% isto é% da unio :armónica dos dois e da espiritualiao da terra% Maia BisiBelmente parte das preocupa[es dos matemRticos maias Esta
YVZ 3undado cerca do ano 1??? da nossa era pelo :erói lendRrio 7uFulFan% e desaparecido YdeBido a anar*uia internaZ em 100& Y&Z Ob cit% p &6
;=
imagem do cubo terrestre dominado por uma RrBore *ue simbolia o eixo do /undo% como aliRs por toda a parte% e acompan:ado de *uatro diBindades nos pontos cardeais% lembra estran:amente o Nodíaco circular de "endéra: contendo igualmente *uatro personagens nos cantos\ Os /aias atribuíam aos *uatro pontos cardeais Sen:ores diBinos% os *uatro +acab% estabelecidos na origem do mundo nos *uatro cantos da Terra para sustentarem o 2éu% e no su]eitos ^s destrui[es cíclicas do nosso mundo O maior era o +acab do Este% marcando o próprio início do Nodíaco` era /uluc Os outros +acab eramU 7an% +acab do /eio-"ia` Ix% Sen:or do (orte` 2auac% dominador do Ocidente Entre as ruínas imponentes de 2:ic:en-Ita% no uca-tRn% essa cidade santa reconstruída no século 9II da nossa era pelos /aias% um dos
templos é especiMicamente astrológico uma pirmide de sete grausU o mesmo
simbolismo%
portanto%
dos
graus
planetRrios
das
iggourat
babilónicas O ediMício estR orientado para os *uatro pontos cardeais% comportando cada um dos *uatro lados uma escadaria de =1 degraus (o cimo da pirmide% um templo c_bicoU acrescentando-o ao total Y,60Z dos degraus das escadas% obtém-se o n_mero ,64 m outro monumento da cidade santa do ucatRn% c:amado 2aracol em Birtude da sua Morma espiralada% abre as suas *uatro portas para os *uatro
pontos
cardeais
Os
ar*ueólogos
concordam
em
Ber
nele
um
obserBatório Entre os /aias e os Astecas predominaBa% no entanto% a Morma piramidal nos ediMícios sagrados .uanto
ao
simbolismo
dos
degraus
do
Tempo%
citemos
estas
lin:as
pertinentes de T: Q "anel YVZU \3iguram o camin:o *ue o Sol percorre durante um ano Os documentos inMormam-nos também de *ue a*uele *ue deBia ser sacriMicado no cimo da pirmide subia os
YVZ /agie et science secrJte` traduido do alemo >aris% >aGot% 1=,=% p 8&
=?
degraus% lenta e solenemente` e esta ascenso solene signiMicaBa a subida lenta do Sol\ Os Astecas Maiam interBir no seu calendRrio os *uatro sen:ores da (oite Yo:ual-Teau:tinZ% *ue regem o destino :umano e imprimem a sua marca em cada um dos dias O *ue impressiona nos /aias e nos Astecas é% seguramente% a extrema
complexidade da sua ciclologia 9olguine obserBa YVZU \Era% antes de mais% uma ciência de ciclos *ue se encaixam uns nos outros` o *ue a torna muito mais diMícil de compreender por nós% astrólogos modernos% é termos es*uecido o emprego dos ciclos cósmicos% con:ecidos% no entanto% das ciBilia[es de *ue somos os :erdeiros directos\ >ara
além
dos
destinos
indiBiduais%
:aBia
o
destino
colectiBo
da
Humanidade no seu con]unto% submetida a uma se*uência implacRBel de períodos de expanso e de destrui-[es >ara o ano% :aBia um ciclo de &6? dias% c:amado Tona-lamatl% Mormado por Binte períodos de tree dias Ytendo cada um deles um n_mero e um signoZ (o &6? dia% abria-se uma outra Mase% dominada por um outro \Sen:or da (oite\ >aralelamente ao período de tree dias% decorria um ciclo de 1, Bees &? dias Ydando igualmente &6? diasZ O ano solar era Mormado por 1; períodos de &? dias% mais cinco ou seis dias suplementares Yconsiderados neMastosZ Acrescentando estes \dias sem nome\ a &8 treenas e a um &; período de noBe dias% obtin:a-se uma série *ue daBa a rota do Sol atraBés das &; 2asas do Nodíaco lunar Os
/aias
utiliaBam
também
Ye
isso
intrigou
os
autores
dados
^s
:ipóteses da \science-Miction\Z o ano Benusiano%
YVZ Ob cit% p ,0
=1
de 4;0 dias 2inco anos Benusianos correspondem exactamente a um ciclo de oito anos solares "iego de #anda obserBara ]RU
\/esmo para saber as :oras% durante a noite% os indígenas regulaBam-se pelo planeta 9énus e pelas constela[es das >leiades e dos $émeos\ 2ada ano era dedicado a um dos pontos cardeais e a um elemento (ota-se a*ui uma diBergência entre os /aias e os AstecasU os primeiros usaBam designa[es próprias da sua cultura% en*uanto os Astecas utiliaBam *uatro animais simbólicos Yo 2oel:o para o Sul% por exemploZ *ue se reencontram também entre os 2:ineses "esempen:aBam também o seu papel% nesta ciclologia to complexaU o ciclo de tree anos Benusianos` o ciclo de Binte anos solares Y8&?? diasZ% c:amado 7atune Ora% os planetas )_piter e Saturno no se encontram em con]uno de Binte em Binte anosC 3oram encontrados diagramas circulares c:amados rodas Fatunicas A propósito destas 9olguine obserBa YVZU \+asta
um
relance
para
BeriMicarmos
*ue
os
n_meros
ímpares
You
masculinosZ se colocam nelas do lado direito e os n_meros pares You MemininosZ se alin:am ^ es*uerda HR% portanto% duas metades do ciclo de naturea totalmente diMerente% e isto aplica-se tanto a um só período de &? anos Y*ue pela adorao sucessiBa de dois ídolos planetRrios se diBide numa metade ]upiteriana ou actiBa e numa metade saturnina ou passiBaZ como a uma série de 1, con]un[es sucessiBas\ 9ê-se toda a extrema complexidade do calendRrio maia e asteca% com a interMerência dos ciclos lunar% solar e Benusiano
YVZ Ob cit% pp 01 e 0&
=&
>r-se-ia o problema de uma origem primRria deste sistema 2oisa curiosa% a rosa-dos-Bentos encontra-se - nas suas representa[es
tradicionais - sempre colorida de maneira semel:ante entre os /aias e no Egipto antigoU o Bermel:o para o Setentrio% o amarelo para o Oriente% o branco para o Sul% o negro para o Ocidente Teria :aBido *ual*uer possíBel inMluência do Egipto Maraónico sobre a América sententrional e centralC "iBersos ar*ueólogos% entre os *uais T:or HeGerda:l% inclinamse para esta possibilidade% *ue certamente ]ustiMicaria as semel:antes Ya existência das pirmides% por exemploZ *ue se BeriMicam na eBoluo da ciBiliao dos dois lados do Atlntico /encionemos também a ideia% muito sedutora% segundo a *ual teria :aBido% na origem das ciBilia[es egípcia e maia% uma prestigiosa Monte comumU o lendRrio continente submerso da Atlntida
assim *ue se explicariam
as semel:anas%
contrastando% é certo% com as diBergências - *ue seriam leBadas ^ conta da eBoluo ulterior Yparalela mas separadaZ das grandes culturas dos dois lados do oceano Atlntico Em
sentido
inBerso%
BeriMicam-se
inegRBeis
semel:anas
entre
a
astrologia dos /aias e dos Astecas por um lado% e a dos 2:ineses por outro Os Incas do >eru% esses% colocaBam a sua cosmologia sob o signo de uma complementaridade entre o princípio actiBo YInti% o SolZ - *ue a Rguia simboliaBa
-
e
um
elemento
passiBo
e
materno
Y.uilla%
a
#uaZ%
simboliado pelo gato ou pelo tigre O papel central era atribuído ao Sol% Monte da lu e da Bida no mundo Em 2uco% cidade santa e capital dos Incas% o Sol nascente Maia resplandecer% no solstício de 9ero% um disco de ouro puro Ysímbolo concreto de IntiZ% suspenso na mural:a do templo de 2oricanc:a Os Incas representaBam o Sol no centro do /undo% rodeado de de corcéis odiacais e de *uatro condores Y*ue se encontraBam colocados no meio dos *uatro pontos cardeaisZ Entre as diBindades celestes secundRrias do >eru% encontraBam-se a constelao das >lêiades e o planeta 9énus
=,
O próprio culto solar dos incas explicar-se-ia pelo saber astro-lógico tradicional 2onBém% no entanto% no es*uecer *ue os con*uistadores incas no Moram os primeiros ocupantes do >eru e das regi[es Biin:as` antes deles% :ouBe
ciBilia[es
prestigiosas
*ue
deixaram
Bestígios
muito
importantes% os mais célebres dos *uais so os da cidade de Tia:uanaco% na 2olmbia% nas margens do lago Titicaca A respeito de Tia:uanaco% é de registar a oposio completa dos ar*ueólogos oMiciais Yatribuindo a estas ruínas uma datao no anterior ao início da Idade /édiaZ em relao
aos
autores *ue
se podem *ualiMicar de \Banguarda\U "enis
Saurat% #ouis >auels e )ac*ues +ergier% !obert 2:arroux% bem como alguns autores soBiéticos 2:egou-se ao ponto de considerar a cidade de Tia:uanaco como tendo sido construída por gigantes Yo *ue estR longe de ser cientiMicamente certoZ% e até a interpretar o calendRrio Benusiano *ue lR se descobriu como a proBa eBentual de uma :ipotética origem \extraterrestre\% atribuída ^ ciBiliao do Tia:uanaco Em diBersas culturas índias das Américas do (orte% 2entral e do Sul independentemente% até% dos poBos to superiormente eBoluídos *ue ]R considerRmos complexas índios
-%
Macilmente
se
encontrariam
especula[es astrológicas
Nuni
Yno
(oBo
/éxicoZ
diBide
Bestígios
assim *ue a o
niBerso
de
Bel:as
e
cosmologia sete
em
sete
domínios
planetRrios` assim se descobre a rao tradicional pela *ual as aldeias YpueblosZ onde residem estes >eles-9ermel:as do Sudoeste dos Estados nidos so diBididas em sete bairros correspondentes ^s sete direc[es do espaoU os *uatro pontos cardeais Y(orte% Sul% Este e OesteZ% o
Nénite% o (adir% o 2entro
=0
2apítulo II A AST!O#O$IA (A I"A"E /"IA
A astrologia no Islo
"o mesmo modo *ue é% como se sabe% graas sobretudo aos rabes *ue o Ocidente medieBal poderR - atraBés das tradu[es latinas de textos de autores muulmanos - con:ecer a al*uimia% é principalmente ao Islo% também% *ue a #atinidade é deBedora do seu contacto com a astrologia Seria
necessRrio%
apesar
de
tudo%
esclarecer%
de
algum
modo%
a
expresso% to consagrada pelo uso% de astrologia \Rrabe\ Trata-se% é certo Ycomo em relao ^ al*uimiaZ% de textos escritos em língua Rrabe% e por autores muulmanos% mas *ue se diBidem por muito diBersas
regi[es
-
con*uistados
os
diMerentes
países%
de
maneira
transitória ou deMinitiBa% pela religio islmica O desenBolBimento completo da astrologia Rrabe cobriria%
portanto% no
só uma
Basta
extenso temporal% do ano de 84? a cerca de 144? d 2 YVZ% mas leBarnos-ia% por seu turno% a muitas regi[es (o só do /édio e do >róximoOriente% do (orte de Mrica% mas a onas to aMastadas umas das outras como a índia Ocidental% por um lado% a Espan:a% a Sicília e o Sul da 3rana% por outro Yno apogeu da con*uista \sarracena\Z Y&Z
YVZ Sem Malar% até% da sua sobreBiBência até ^ época actual Y&Z Qil:elm 7nappic:% $esc:ic:te der Astrologie% 3rancMort% 9 7lostermann% 1=68% p 1,&
=4
Seria também de notar *ue os primeiros astrólogos Rrabes Yencaramos% a*ui% a expanso da adiBin:ao astral em todos os países islamiadosZ diiam-se :erdeiros% de Macto% de Montes muito anteriores ^ predicao de
/aomé
\Os
especulao
neo-platónicos
MilosóMica
e
do
da
Islo%
experiência
*ue
operam
a
espiritual%
síntese
da
reiBindicam
expressamente - obserBa HenrG 2orbin% o eminente islamiante - uma cadeia de iniciao YisndZ *ue remonta a Hermes\ O E di aindaU \Existe
uma
ideia
do
tempo
cíclico
solidRria
de
uma
concepo
astrológica :ermetista\ Y&Z
certo
*ue
o
2oro
proscreBe
explicitamente%
entre
as Mormas de
idolatria% o culto prestado ao Sol e ^ #uaU \(o n_mero dos seus signos Ydo "emónioZ esto a noite e o dia% o Sol e a #ua` no Bos prosterneis% pois% nem diante do Sol nem diante da #ua% mas perante "eus% *ue os criou% se O *uiserdes serBir\ Y,Z (otar-se-R% no entanto% a inMluência nos primeiros astrólogos muulmanos das crenas astrais Y:erdeiros do culto planetRrio babilónico e gregoZ dos Sabeus de Harran /as no se poderia negar% também% a maneira como a crena muulmana na predestinao parecia to perMeitamente conciliRBel com a Bel:a doutrina dos astrólogos Ybabilónicos% egípcios% depois gregos e romanosZ sobre o rigoroso determinismo planetRrio *ue regeria o destino dos :omens "o ponto de Bista metodológico% os astrólogos Rrabes utiliaram com perícia os métodos :oroscópicos ]R aperMeioados pelos $regos` mas aperMeiaramnos ainda mais (o es*ueamos a reputao :istórica - to ]ustiMicada - dos rabes do início da Idade /édia em matéria de cRlculo` também em matéria de
:oróscopos eles souberam calcularh
YVZ H 2orbin% Histoire de Ia >:ilosop:ie Islami*ue% tomo i% >aris $allimard% 1=60% p 1;1 Y&Z Ibid Y,Z '#I% ,8 Yp ,=& da traduo Mrancesa de 7asimirsFi% 3as*uelle éditeurZ
=6
(o apogeu da sua expanso% +agdad YVZ% na esplêndida cidade dos caliMas% assistirR também ao Mlorescimento da astrologia O Maustoso Harun al!asc:id Ycontemporneo de 2arlos /agnoZ% entre outros \orientadores dos crentes\%
serR dela intitulado protector +agdad assistirR mesmo ^
construo de um importante obserBatório% em *ue trabal:aro astrólogos% o mais célebre dos *uais é Albumasar YMalecido no ano ;;6 da era cristZ O seu liBro As 3lores da Astrologia% traduido em latim% deBia beneMiciar de uma longa glória póstuma na Europa% e Biria a estar entre as primeiras obras impressas na Aleman:a por $utenberg A respeito de Albumasar% conta-se uma anedota ediMicante e maraBil:osa a propósito do seu primeiro contacto com o ilustre MilósoMo muulmano *ue Biria a tornar-se seu mestre em astrologiaU Al-7indí Ynascido em 7ouMa cerca do ano 8=6% Malecido em +agdad em ;8, da era cristZ Albumasar% MerBoroso aluno de um médico da corte persa% :aBia Micado de tal modo indignado ao ouBir Al-7indí criticar publicamente as opini[es do seu proMessor adBersRrio
*ue%
por
dedicao
ManRtica
a
este%
>ara tanto% armou-se de um pun:al%
decidiu com
a
matar
o
inteno de
assassinar o dito Al-7indi na própria sala onde daBa os seus cursos Este%
ol:ando
Mixamente
o
recém-c:egado%
ter-l:e-ia
ditoU
\(o
és
Albumasar
de +alF:C SerRs
o
maior
astrólogo
do século%
mas
deBes
renunciar ao teu mau desígnio "eita Mora o pun:al% senta-te e aceita a min:a
doutrina\
Albumasar%
se
esta
bela
:istória
tradicional
é
ob]ectiBamente Berdadeira% ter-se-ia ento inclinado% para se tornar desde logo o mais Miel discípulo de Al-7indi "e toda a maneira% Albumasar Moi um dos alunos mais distintos deste eminente MilósoMo e sRbio uniBersal Albumasar é o nome latiniado do célebre astrólogo muulmanoU o seu Berdadeiro nome era Ab_ /as:Var ar +alF:i >rincipal tratado Yem *ue o estudo das con]un[es desempen:a um papel importanteZU o 7itab ai /udF:al% ou Introduo ^ Astrologia
YVZ 2onstruída num sítio bastante próximo da antiga +abilónia
=8
(o apogeu da capital dos caliMas% e muito tempo depois% a astronomia e a astrologia estiBeram ligadas no mundo Rrabe Todos os astrónomos de +agdad
eram
ao
mesmo
tempo
astrólogos
Mamosos
(ada
podia%
pelo
contrRrio% impedir todos estes sRbios Rrabes - o *ue Mieram ^ porMia de tentarem aperMeioar% cada Be mais% a exactido prRtica dos cRlculos de >tolomeuU no aconsel:aBa o 2oro *ue se alcanasse toda a preciso possíBel no con:ecimento dos ciclos solares e lunaresC \"eus criou o Sol para *ue bril:e durante o dia e a #ua para *ue ilumine durante a noite "eterminou as suas posi[es de tal maneira *ue por eles se possa con:ecer o n_mero dos anos e calcular o tempo\ "e notar o papel priBilegiado% como em relao aos outros ramos da MilosoMia e da ciência muulmanas% das regi[es seguintes Yalém da antiga +abilóniaZU a >érsia% o Tur-*uesto% o Egipto% a Espan:a Yno tempo da dominao muulmanaZ 9eriMica-se também a associao% muito Mre*uente
Ypara
além%
por
Bees%
dos
laos
com
o
sabeísmo
de
HarranZ%
da
astrologia ao soMismo% isto é% ^ mística e ^ teosoMia islmicas Indicamos alguns nomes de astrólogos autores de tratados em língua Rrabe AbMl Sa:l ibn (abaF:t% director da Basta biblioteca de +agdad sob o reinado de Harun al-!asc:id% traduiu em Rrabe diBersos manuais escritos em iraniano-médio Ype:leBiZ% mas eram ]R a traduo de autores astrológicos pagos Yas obras de TeuFros% da +abilóniaU as do astrólogo romano 9ettius 9alens% igualmenteZ Ibn Qas:síGa Ycerca do ano ;&? da era cristZ% um dos mais eminentes representantes islmicos da tradio :ermetista% cultiBou com MerBor tanto a astrologia como a al*uimia e a magia T:bit ibn .arra YMalecido em =?1 a 2Z% principal doutor da seita dos Sabeus de Harran% cultiBou também a astrologia% no só no seu aspecto :oroscópico% mas também nos seus laos com a magia YescreBeu acerca da arte de realiar amuletos astrológicosZ
=;
Ab_ Ali acaoub ibn ai 7aGar Ya *uem os #atinos c:amaro Albo:alíZ Ycerca do ano ;4? da era cristZ escreBeu um tratado de astrologia genetlíaca reputado% *ue Biria a ter BRrias tradu[es latinas !:aes YAl-!iZ Ynascido por Bolta de ;60% Malecido em =&4 ou =,& da era cristZ Moi um dos maiores médicos muulmanos da Idade /édia Tanto nas
suas
obras
astrológicas
como
nos
seus
tratados
de
al*uimia%
preocupaBa-se essencialmente com as conse*uências terapêuticas de um con:ecimento proMundo destas duas artes ocultas 3oi *ualiMicado por antecipao de \>aracelso dos rabes\ TeBe entre os seus discípulos Ab_ Abdalla: /o:amed al-+at:ni Ya *uem os #atinos c:amam AlbategnusZ% originRrio de Harran YVZ% e *ue proMessaBa a religio dos Sabeus >ara além
das
suas
obras
pessoais%
deixou
um
extenso
comentRrio
do
Tetrabiblos de >tolomeu Ab_ Ali /o:amed ibn al-Hasan ibn al-HaGt:an Yo Al:a-en das tradu[es latinasZ% originRrio de +Rcora% passou a maior parte da sua Bida no 2airo% onde morreu em 1?,; da era crist% aos 86 anos A Bastido e extenso dos seus con:ecimentos astronómicos e astrológicos Maro com *ue os EscolRsticos cristos o cognominem de >tolemoeus secundos% o \segundo >tolomeu\ m misterioso Ab_Vl
7assim Y&Z% Malecido em 1??8 Yera cristZ
na
Espan:a% seria o autor do tratado $:aGat ai HaFim Y#iBro dos SRbiosZ% *ue - traduido em latim e atribuído a um misterioso >icatrix Ycomo é designadoZ - Biria a ter um imenso sucesso no Ocidente na Idade /édia (ele se encontra uma aliana bastante estran:a entre a astrologia e as receitas mRgicas% de supostas conse*uências extraordinRrias Eis uma das suas MantRsticas Mórmulas Y,ZU \>ara destruir uma cidade% Maei uma imagem na :ora de Saturno *uando os inMort_nios esto sob o ascendente
YVZ Onde nascera em ;4; da era crist Y&Z .ue no se deBe conMundir com um sRbio persa do mesmo nome Y,Z Traduo Mrancesa conserBada na +iblioteca do Arsenal% em >aris
==
da cidade e o Sen:or do ascendente se encontra denBenturado% Maei com *ue as Mortunas se]am aMastadas do ascendente e do seu Sen:or` assim como a triplicidade do ascendente e das *uarta% sétima e décima moradas Enterrai depois estas imagens no meio da cidade e Ber-se-o maraBil:as\ 2itemos também Ab_ +eFr ai Hassan ben Ali 7:arib ai 3arsi YAlbubater na traduo latinaZ Ycerca de ;=, da era cristZ% Ibn unus Yautor% por
Bolta de ==?% de TRbuas planetRriasZ% o matemRtico Al Imrani Ypor Bolta de =0? d 2Z Ornar 7:aGGam% o to célebre poeta persa do século 'I% também Moi conBém no es*uecer de o assinalar - um dos maiores astrónomos do seu tempo
dele
uma
das
express[es
mais
densas
e
cursiBas
do
Matalismo
astrológicoU \Esta taa inBertida a *ue se c:ama o céu% debaixo da *ual raste]a e morre a raa dos :omens j Ele Yo "estinoZ desloca ^ sua Bontade as peas impotentes (o tabuleiro de xadre dos dias e das noites >[e-nas em c:e*ue% toma-as e ]oga-as% ma após outra% no seu alMorge\ A MilosoMia muulmana teBe% no entanto% dois adBersRrios notRBeis da astrologiaU +iruni e ABicena em pessoa +ír_ní Y=8,-1?,? da era cristZ teBe uma polémica com o astrólogo Abu /asc:ar Este grande MilósoMo e sRbio tradicional :aBia adoptado% contudo% a Bel:a doutrina dos ciclos cósmicosU \j atingir a concepo de períodos anRlogos ^*uilo *ue representam os ugas na concepo indiana 2onBico de *ue% no curso de cada período% a :umanidade se deixaBa arrastar a uma corrupo e a um materialismo *ue cada Be mais se agraBaBa% até *ue um grande desastre destruía a ciBiliao e "eus enBiaria um noBo proMeta para inaugurar um noBo período da História\ YVZ
YVZ HenrG 2orbin% Histoire de Ia >:ilosop:ie Islami*ue% t i% p &1?
1??
Ibn Sina Yc:amado ABicena no OcidenteZ% o célebre médico% al*uimista e MilósoMo% também :ostiliou a crena tena no rígido determinismo das ac[es :umanas
.uanto a Ibn !sc:d YABerroJs para os #atinosZ - nascido em 2órdoBa em 11&6% Malecido em 11=;-% o mais célebre dos grandes MilósoMos médicos Rrabes da Espan:a% atacaria% ele também% a astrologia dita ]udiciRria You se]a a arte de elaborar :oróscoposZ% mas desenBolBe todo o sistema cosmológico *ue parece dar um Mundamento Mísico ^s próprias bases da astrologia YjZ "e entre os astrólogos muulmanos da Idade /édia espan:ola% poderíamos citarU Al-+eruGi YAlpetragius para os #atinosZ% nascido cerca de 1&?? d 2% *ue se esMorou por dar uma noBa explicao do moBimento dos planetas% e Al-7abisi YAlcabitiusZ% Malecido em Saragoa ;68 em Tunes% em compensao% no palRcio do Sulto Al-/amur Y1?16-1?6&Z% *ue se desenrola a carreira de Albo:aen HalG% ou Abenragel HalG Ynome dados pelos #atinos a Ibn Abu !idsc:alZ A sua reputao de astrólogo tornou-se considerRBel mercê da obra dos )ulgamentos dos Astros Yem oito liBrosZ% *ue l:e Baleria os *ualiMicatiBos to elogiosos de >tolemoeus alter Yo outro >tolomeuZ e de Summus astrologus Yo maior astrólogoZ A Espan:a muulmana desempen:ou% sem *ual*uer d_Bida% um papel capital na penetrao crescente da astrologia na 2ristandade medieBal ao astrólogo Rrabe Al NarFali YArac:elZ *ue se deBem as tRbuas planetRrias con:ecidas pelo nome de TRbuas de Toledo% utiliadas to Mre*uentemente no decurso dos séculos seguintes A astrologia no desapareceu no Islo depois da Idade /édia% mas no parece
ter
suscitado
obra
maior
Se
o
_ltimo
astrólogo
muulmano
con:ecido por :aBer escrito diBersos tratados astrológicos Mamosos Moi /o:ammed ben A:med el "ac:rian Ycerca de 144? da era cristZ% esta arte continuou
YVZ TerR admiradores Ycomo >ietro dVAbanoZ entre os astrólogos cristos da Idade /édia
1?1
a ser exercida em terra islmica% tanto ao níBel popular Yaliana com toda a espécie de prRticas mRgicas e de supersti[es% por exemplo no (orte de MricaZ% como ao níBel de arte diBinatória complexa praticada por :omens instruídos /as parece *ue a astrologia muulmana se Mec:ou cada Be mais sobre si própria` e parece Ypelo menos até agoraZ ter Micado Mora das tentatiBas contemporneas de renoBao e de expanso da astrologia Entre os processos diBinatórios associados ^ astrologia muulmana% so de mencionar a
arte
de construir
pentRgonos estrelados e
talisms
mRgicos% e também a geomancia ou adiBin:ao pelas Miguras Mormadas pela disposio dos pontos pro]ectados segundo um método tradicional% *uer se]a por traado no papel% ou por desen:o automRtico na areia
A astrologia entre os )udeus /edieBais
Ao contrRrio do *ue Biria a acontecer depois YdesenBolBimento de um anti-semitismo muulmanoZ% o apogeu da ciBiliao medieBal Rrabe parece ter sido marcado por rela[es muito amigRBeis entre sRbios muulmanos e ]udeus assim *ue um ]udeu% /as:Valla:% desempen:ou - no domínio da astrologia - um papel muito importante na Mundao de uma escola e de um obserBatório aMamado na +agdad dos 2aliMas >arece
ter
:aBido
no
esoterismo
muulmano
medieBal
uma
inMluência
directa das to complexas especula[es numerológicas dos rabinos nas letras
e
nos
n_meros
sagrados%
inMluência
muito
nítida
em
certos
astrólogos YVZ "e entre os 2abalistas ]udeus medieBais da >enínsula Ibérica% so de
citar Abrao ben Era% Salomo ben $abirol Yo ABicebron dos #atinosZ e também Abrao Nacuto% astrólogo pessoal do !ei " /anuel de >ortugal O mais
normal supor tal inMluência da 2abala na obra Sir ai HaFim Yo
segredo dos sRbiosZ de /o:Gddln +_ní% consagrada aos noBenta e noBe nomes de Alla:
1?&
célebre% Abrao ben !eci ou Ibn Era Yc:amado pelos #atinos ABenarius% ABenare ou Abra:am )udaeus Y\Abrao o )udeu\Z - seria o autor do misterioso #iBro de Abrao o )udeu *ue (icolas 3lamel BirR a descobrirC - Y1?;=-1168Z% nascido em Toledo% Me longas Biagens em países cristos YBisitou !oma% Salerno% /ntua% (arbonne e% até% #ondresZ /orreu em !oma 3oi um sRbio uniBersal% e no apenas um dos grandes astrólogos do primeiro período medieBal Sem d_Bida% é% em parte% graas a ele *ue se explica a to rRpida expanso da astrologia Ye das ciências ocultas% em geralZ em toda a 2ristandade ocidental do início da Idade /édia
Os +iantinos
Embora ten:a sido principalmente por intermédio das tradu[es latinas de autores Rrabes *ue a astrologia penetrou no Ocidente% no é de omitir a durRBel conserBao% no Império biantino% dos con:ecimentos gregos% tanto em matéria de adiBin:ao astral como nas outras disciplinas Berdade *ue muitos teólogos e pensadores biantinos se colocaram% por motiBos espirituais% ]R encontrados entre os primeiros cristos% na posio de adBersRrios da astrologia Segundo )ean >:ilopon Yséculo I9Z%
a astrologia teria por eMeito um aMastamento de "eusU se o liBrearbítrio
das
ac[es
:umanas
no
existe%
*ue
seria
ento
das
indispensRBeis no[es de responsabilidade% de ]ustia% de recompensa e de castigoC >ela mesma rao% So )oo "amasceno Ycerca de 680-80=Z repudiaBa esta arte diBinatória Em compensao% /ic:ael >sellos Y1?1;-1?=6Z - os #atinos c:amam-l:e >sellus - no exclui% antes pelo contrRrio% a astrologia dos seus cursos magistraisU os Menómenos BisíBeis no so regidos por leis cientíMicasC "ois amigos
YVZ 2M / Steinsc:neider% Abra:am ibn Era YNeitsc:riMt M_r /at:ematiF und >:GsiFZ% suplemento% B% &4% 1;;?Z
1?,
pessoais deste admirador de >lato% )ean 'ip:ilin e /ic:el 2erulaire Y*ue Biro a ser% ambos% >atriarcas de 2onstantinoplaZ% acreditaro Mirmemente% também% em todas as artes diBinatórias% e% em particular% na astrologia \AdiBin:ao% astrologia% magia% demonologia% teurgia% tudo a*uilo a *ue >sellos c:ama o 2aldeísmo Ysegundo os OrRculos caldeus% compilao mRgica tardia *ue surge no Mim do Império !omanoZ% e toda a espécie de supersti[es parecem estar muito espal:adas na sociedade de +incio j Em todas as esMeras da sociedade% nas mais altas como nas mais baixas% seguiam-se% com um interesse crescente% as prRticas dos astrólogos e dos Meiticeiros% *ue ]R no eram% em geral% gregos% mas egípcios ou asiRticos\ YVZ (isso% +incio no Maia mais do *ue continuar a !oma imperial (o século Biu aparecera o Mamoso tratado "a Arte /atemRtica% no *ual EstêBo de Alexandria Maia o elogio especial da astrologia% *ue ac:aBa
capa de predier exactamente o Muturo% proporcionando% assim% aos :omens uma parte da ciência *ue "eus possui dos acontecimentos *ue se :o-de BeriMicar (o século 'II% autores como Teodoro >rodrome e )oo 2amateros
escreBero%
no
mesmo
espírito%
dois
longos
poemas
astrológicos O _ltimo grande MilósoMo platónico de +incio% >le-t:on Yséculo '9Z Y&Z% também acredita na astrologia` é uma personalidade :istoricamente importante% *ue Ma a ]uno entre o :elenismo medieBal biantino e o primeiro !enascimento italianoU Mas estadas na ItRlia% nomeadamente em 3lorena% onde se torna amigo de >etrarca e de /arsilo 3icino Sc:olarios YMalecido em 106;% _ltimo
grande erudito biantinoZ Y,Z
também acredita% Mirmemente% na astrologia
YVZ +asile TataFis% #a >:ilosop:ie +Gantine% >aris% >resses niBersitaires de 3rance% 1=0=% p 18? Y&Z
HR
desacordo%
entre
os
:istoriadores%
*uanto
^
data
do
seu
nascimentoU 1,4&% 1,4,% 1,44% 1,6?% 1,8? e 1,;=` do mesmo modo *ue para a da sua morteU 104?% 104&% 1060% consoante os autores Y,Z #embremos a data da tomada de 2onstantinopla pelos TurcosU 104,
1?0
-
inclusiBe
nos
cRlculos
dos
adiBin:os
*ue
situaBam
a
catRstroMe
terrestre Minal no Mim do 9II milénio depois da 2riao 2itemos )oo 7otrarios% 2otrarias
ou 2otronis%
autor de um diRlogo Yimitado de
>latoZ intitulado Hermip-pos ou da astrologia Se esta obra beneMiciou Yem traduo latinaZ de um grande sucesso no !enascimento% nada se con:ece a respeito da personagem *ue a escreBeu
A astrologia no Ocidente /edieBal
seguramente por intermédio da Espan:a arabiada *ue se eMectuou a to espectacular entrada em cena da astrologia tradicional no Ocidente cristo` o século 'II% especialmente% serR marcado por este regresso em Mora% *ue seguirR a
oMicialiao desta arte nos
diBersos reinos
cristos Entre
11,4
e
114,%
MuncionaBa
em
Toledo
uma
Berdadeira
oMicina
especialiada nas tradu[es de textos Rrabes% realiadas por um ]udeu conBertido ao catolicismo - Salomo ben "aBid% dito )oo de Toledo Y)oannJs Tole-tanusZ ou de Espan:a YHispanensisZ% ou ainda )oo \da #ua\ Yde #undZ - e por um espan:ol% "omingos $ondisalBo Y$ondissalinus% $onsalBRZ O primeiro traduia em espan:ol os manuscritos originais% e o segundo
pun:a
minuciosamente
em
latim
traduidos
estas
primeiras
numerosos
Bers[es
Assim
tratados astrológicos
Moram
Rrabes
A
inMluência muulmana Me-se sentir longamente após os lentos comeos da recon*uista crist da >enínsula Ibérica YVZ /as esta grande Boga das tradu[es ibéricas tin:a lugar só depois da proMunda penetrao% ]R% da astrologia cristU os inícios desta arte oculta na cristandade
medieBal
eram anteriores em% pelo menos% um
século !estaria ainda saber se a astrologia antiga :aBia desaparecido completamente% no Mim do Império !omano% do Ocidente% se - *ual*uer
YVZ Ainda no século '9% a Espan:a serR uma terra de eleio para a magia% a al*uimia e a astrologia
1?4
*ue
:a]a
sido
a
importncia
do
papel
inegRBel
dos
rabes
no
ressurgimento astrológico ocidental - restos dela no Moram secretamente conserBados% em 3rana e noutros lados Entre os poBos romaniados% no Moram os $alo-!omanos dos mais receptiBos ^ astrologiaC YO /as *ual serR a atitude oMicial da Igre]a em relao ^ astrologia ao longo da Idade /édiaC 9imos Y&Z as ra[es pelas *uais BRrios "outores da Igre]a desconMiaBam tanto das tentatiBas astrológicas greco-romanas para ]ustiMicar as ac[es planetRrio
e
:umanas por meio de um rigoroso
estelarU
negao
da
liberdade
Ye%
determinismo portanto%
da
responsabilidadeZ do :omem no mundoU riscos de Benerar% de adorar as diBindades e potências sobrenaturais a *ue se atribui o domínio dos astros O 2oncílio de #aodiceia :aBia até proibido aos clérigos o exercício astrólogo
da
proMisso
AgraBando
de
ainda
mRgico esta
ou
de
\matemRtico\%
condenao%
o
2oncílio
isto de
é
de
Toledo
Yreunido no século B para condenar os erros do :eresiarca gnóstico >riscilianoZ decretaBaU \Se alguém crê deBer Maer Mé na astrologia ou na adiBin:ao% *ue se]a excomungado\ O 2oncílio de +raga Moi ainda mais claroU \.uem *uer *ue acredite *ue os corpos dos :omens so submetidos
ao
curso
dos
astros%
como
ensinaBam
os
pagos
e
os
priscilianistas *ue se]a excomungado\ Ps suas próprias ra[es de desconMiana% a Igre]a acrescentaBa também uma estimRBel preocupao de ordem proMilRctica% diríamos nósU tentar proteger a massa dos Miéis contra os c:arlates *ue% sempre numerosos nas épocas conturbadas% tentaBam explorar a credulidade e o alarme das massas (a
realidade%
praticamente%
os
astrólogos
medieBais
no
Moram
in*uietados pela Igre]a% salBo *uando entraBam abertamente
YVZ 2M / de Ia 9ille de /irmont% #VAstrologie en $aule au Bk siJ-cle Y!eBue dês Eludes Anciennes% 1=?&% pp 114 e seguintes% 1=?,% pp &44 e
seguintesZ Y&Z 9er o parRgraMo do capítulo anterior consagrado ^s rela[es da astrologia e do cristianismo nascente
1?6
nas prRticas mRgicas e na :eresia 9êm-se até os maiores doutores escolRsticos tratarem Mrancamente da inMluência dos astros sobre as ac[es
:umanasU
determinismo
e
coisa cair
diMerente% no
Matalismo
na
Berdade%
completo
era Astra
acreditar
neste
inclimant%
non
necessitantU \Os astros orientam% no determinam\ - pertinente adRgio medieBal *ue no cessarR de ser lembrado até aos nossos dias )R bem instalada nas crenas e nos costumes no decorrer do século 'II% a astrologia no deixarR de se expandir ^ medida *ue a Idade /édia aBana Todos os meios sociais sero atingidos% dos mais :umildes aos mais eleBados (a Berdade% os cépticos sero extremamente raros% mesmo entre os :omens mais sRbios (o século 'III% corria na escola de /edicina de +olon:a
Yuma das
mais aMamadas da EuropaZ
o
seguinte adRgioU
\m
doutorado sem astrologia é como um ol:o *ue no pode Ber\ 2om tanta Mora como na Antiguidade% mas sob uma Morma cristianiada% reinaBa% na Idade /édia% como mestra incontestada% a Bel:a doutrina do :omem como microcosmo% \pe*ueno mundo\ réplica do macrocosmo Y\o grande mundo\Z% imagem do niBerso \O :omem tem em si o céu e a terra\% clamaBa Santa Hildegarde de +irgen YVZ /as acreditar na existência de correla[es signiMicatiBas% de rela[es analógicas% de correspondências precisas entre o :omem e o niBerso% no era supor por este Macto a existência de uma relao casual entre o ser :umano e os astrosC O determinismo astrológico no podia% pois - muito pelo contrRrio -% entrar em conMlito com a própria estrutura das crenas medieBais acerca
da estrutura do :omem e do 2osmos Y&Z Os astrólogos medieBais so leBados cada Be mais a imiscuir-se na políticaU os grandes% os próprios soberanos% Maiam cada Be mais apelo aos seus serBios% e os adiBin:os podiam ser tentados a interBir nos negócios p_blicos
Y1Z 2élebre mística renana Y1?=;-118,Z Y&Z /arie-/adeleine "aBG% #Vastrologie au 'I3 siJcle Y#a Tour Saint)ac*ues% n 0% /aio-)un:o de 1=46% pp &; e ,4Z
1?8
assim *ue BRrios astrólogos Mamosos nos séculos 'III e 'I9 interBiro nas intrigas to complexas dos $ibelinos% partidRrios do Imperador% contra os $uelMos% *ue deMendiam o poder temporal dos papas% na Mamosa \luta do Sacerdócio e do Império\ /ic:el Scot Ynascido no Mim do século 'IIZ% um escocês Ycomo o seu nome indicaZ% acabou por se tornar% depois de estadas em Toledo Y1&18Z% +olon:a Y1&&?Z% !oma e >aris% astrólogo Ye% sem d_Bida% a eminência pardaZ do Imperador da Aleman:a% 3rederico II de Ho:enstauMen% na sua corte de >alermo% na Sicília YVZ 3oi talBe por intermédio
dele
*ue
Santo
Alberto%
o
$rande%
obteBe
os
seus
con:ecimentos astrológicos >ietro dVAbano ou apono Ycon:ecido também sob o nome latiniado de >ata-BinusZ Y1&48-1,14Z% *ue serR *ueimado em eMígie após a sua morte% residiria muito tempo Yde 1&8? a 1&=;Z em 2onstantinopla Y&Z` Boltamos a encontrR-lo em >aris% onde permanece até 1,?8% estabelecendo ali contactos com $uillaume de (ogaret e outros \legistas\ de 3ilipe% o +elo% antes de ensinar na niBersidade de >Rdua >ietro dVAbano% grande adBersRrio do poder pontiMical% Moi também um dos teóricos *ue leBaram o determinismo astrológico até ^ negao expressa
do liBre-arbítrio do :omem
Yde
onde%
ao mesmo
tempo% negao
dos
milagres e da >roBidênciaZU todos os acontecimentos *ue se desenrolam cR por
baixo
no
so%
acaso%
proBocados
pela
reBoluo
das
esMeras
celestesC >ietro dVAbano esMorou-se por desenBolBer toda uma Biso cíclica
da
História%
partindo
das
bases
astronómicas
da
sua
arte
diBinatória 2ada uma das sete esMeras planetRrias regeria - segundo ele - ,40 anos% mais *uatro meses lunares .uanto ^ oitaBa esMera celeste Ya das estrelas MixasZ% *ue se moBe um grau em cada setenta anos% teria o poder de \transMormar a terra em mar\ Yé o *ue permitiria explicar o desaparecimento do lendRrio continente dos AtlantasZ
YVZ .ue era% ento% uma das possess[es imperiais Y&Z
Onde%
certamente%
teBe
contactos
com
adiBin:os
e
iniciados
biantinos
1?;
2ecco dVAscoli% astrólogo na corte de 3lorena% terR muito menos sorte *ue o seu compatriota >ietro dVAbanoU acusado de :eresia e de magia% serR *ueimado BiBo em 1,&8 )ean de )andu YMalecido em 1,&;Z% astrólogo \gibelino\ também% serR obrigado a reMugiar-se na corte do imperador da Aleman:a% #uís da +aBiera Outro serBidor dedicado do partido $ibelino% o monge Mranciscano /arsilo de >Rdua% *ue% depois de uma estada na capital Mrancesa Yaonde c:egara em 1,11Z - o *ue l:e permitiu manter rela[es com os ]uristas do \cl (ogaret\ e% por certo% com >ietro dVAbano -% alcanou% também a corte imperial de (uremberga Entre os astrólogos *ue se puseram ao serBio da causa gibelina deBe
citar-se por _ltimo $uido +onatti YMalecido cerca de 1,??Z% cognominado pelos seus contemporneos doctor siderabilissimus 2olocara a sua arte ao serBio do c:eMe militar gibelino $uido de /onteMeltroU *uando as conMigura[es celestes l:e pareciam MaBorRBeis ^ Bitória% subia ao alto de um campanRrio` e na altura em *ue% graas aos seus liBros e ao seu astrolRbio% conseguia determinar% com preciso% o momento mais MaBorRBel para a batal:a% transmitia o sinal ao condottiere% *ue daBa ordem de iniciar a campan:ah Entre os soberanos protectores da astrologia% o rei AMonso ' de 2astela YMalecido em 1&;4Z Moi% com certea% um dos mais MamososU no seu reinado Moram estabelecidas% pelo seu dedicado astrólogo ]udeu Isaac ben Saíd as tRbuas planetRrias c:amadas TRbuas aMonsinas .uase todas as grandes personagens da 3rana dos séculos 'I9 e '9% da Inglaterra% etc% acreditaram na astrologia e Mieram-se protectores dela Entre os astrólogos *ue% deste modo% conseguiram Maer inBe]RBel carreira% :ouBe um eclesiRstico MlamengoU #utber Hautsc:ild Y1,08-1018Z% monge
agostin:o
*ue
Biria
a
ser% em +ruges YVZ% abade
de Saint-
+art:élemG de >EecF:out 2onsel:eiro muito escutado%
YVZ A segunda Maustosa capital Ya primeira era "i]onZ dos du*ues de +orgon:a
8?=
sucessiBamente% do du*ue )ean de +errG Ya *uem so dedicadas as célebres Três
ric:es
:eures
com
iluminuras%
*ue
também
comportam
símbolos
astrológicosZ e do du*ue de +orgon:a% no só Moi perito na elaborao de :oróscopos% como construiu um modelo animado do Nodíaco com os planetas% círculo adaptado a uma esMera% con]unto *ue era moBido por um mecanismo
de relo]oaria Y1Z 2arlos 9 teBe o seu dedicado médico e astrólogo% T:o-mas de >isan% *ue mandara Bir especialmente de 9enea A Mil:a deste% 2:ristine de >isan Y1,6,-10,1Z% também praticaBa ocasionalmente a astrologia )ac*ues 2oeur% o célebre \grande tesoureiro\ do rei 2arlos 9II% e al*uimista
notório%
era
um
apaixonado
da
astrologiaU
no
seu
pao
particular de +ourges% pode ainda ser admirada a \torre do astrólogo\% com c_pula para a obserBao dos astros certo *ue nem todos os astrólogos tin:am a enBergadura dos grandes adiBin:os
*ue pun:am
os seus
serBios
^
disposio dos poderosos
Encontrar-se-ia na Idade /édia toda a série :abitual dos adiBin:os% desde os grandes letrados até aos c:arlates da mais baixa espécie (os 2ontos
de
2antuRria
do
poeta
inglês
2:aucer
YMalecido
em
10??Z%
encontra-se Y&Z a pitoresca descrio do :Rbito c:arlato *ue um ]oBem apaixonado% c:eio de esperana% Bai consultar /as
2:aucer%
embora
exercitando a sua BerBe contra os c:arlates% acredita BisiBelmente como todos
os seus contemporneos -
na Berdade
dos
princípios da
astrologia% de *ue maniMesta% até% um con:ecimento muito preciso 2omo todas as épocas conturbadas Ymas *ual o no MoiC - poderíamos obserBar
Z%
a
Idade
/édia
assistiu
^
inMluência
deprimente
ou
exaltante Yconsoante os casosZ de diBersas predi[es Se é bem con:ecido o célebre \pnico
YVZ #éopold "elisle% (otice sur un liBre dVastrologie de )ean% duc de +erri%
>aris%
#ibrairie
Tec:ener%
1;
astrológico% *ue comporta 86 iluminuras Y&Z 2onto de 3ranFlin
11?
Trata-se
de
um
manuscrito
do ano 1???\% poderia% ainda% citar-se - entre os malogros aparentes das predi[es astrológicas - o da preBiso *ue Me )oo de Toledo em 118= Anunciou% eMectiBamente% uma con]uno de todos os planetas no signo da +alana para o ano 11;6% *ue deBeria desencadear um terríBel cataclismo natural Ora% nada de notRBel se passou O(a
Idade
/édia%
nen:um
conMlito
YconBém
insistir
nistoZ
se
podia
produir entre as ciências da (aturea - tal como se apresentaBam - e as ciências *ualiMicadas :o]e de \ocultas\ Yentre as *uais a astrologia e a al*uimiaZ >ara um doutor escolRstico do século 'III% os tratados - tomemos este exemplo entre mil outros possíBeis - de astrologia e de geomancia atribuídos a !obert o Inglês ou ao \/estre de Aniane\ no eram mais Ynem menosU a recíproca também é BerdadeiraZ \MantRsticos\ do *ue um tratado de matemRticas ou de geograMia assim *ue uma compilao Malsamente atribuída a Aristóteles% O segredo dos segredos% desMruta% ao longo de toda
a
Idade
/édia%
de
um
crédito
incontestado`
era
a
reunio
:eteróclita de con:ecimentos astrológicos% relacionados com as Birtudes \ocultas\ dos minerais e das plantas também de assinalar a aliana muito Mre*uente da astrologia com as outras
ciências
ocultasU
o
9illeneuBe Y1&,4-1,1&Z% *ue
célebre Biria a
médico
al*uimista
ser !eitor
Arnauld
de
da niBersidade de
/ontpellier% cultiBou paralelamente a astrologia Y&Z /uitas técnicas diBinatórias utiliadas na Idade /édia Moram praticadas Maendo entrar nelas processos astrológicos assim *ue a \ciência dos espel:os\ Y*ue no era a óptica positiBa tal como a concebemos% mas um modo de
YVZ "amos% no entanto% a título indicatiBo% a obserBao de #ouis /ac
(eice Y#VAstrologie% >aris% Tallandier% 1=66% p 1,;Z a respeito dos Murac[es MormidRBeis preditos pelas Tabus de ToledoU \>roduiram-se% talBe% numa parte do /undo descon:ecida% ento% dos Europeus como a 3lorida\ &Z EscreBeu um tratado acerca dos )ulgamentos das EnMermidades pelos moBimentos dos planetas
111
adiBin:ao pelas imagens *ue se MormaBam em superMícies polidas e reMlectorasZ se praticaBa% tendo em conta a concordncia com as :oras astrológicas O século 'II% idade de ouro da escolRstica medieBal% de modo algum Moi sistematicamente :ostil - pelo contrRrio - ^ astrologia% na pessoa dos seus teólogos% pensadores e sRbios (o Speculum ma]us 2Z de 9incent de +eauBais Ynascido em Mins do século 'IIZ
-
essa
numerosos \#arousse\
colossal
colaboradores
enciclopédia
Y*ue
especialiadosZ
Ymanuscrito%
eBidentementeZ
necessitou
*ue era% do
do
de
período
-%
auxílio
certo a
modo%
de o
astrologia
encontrou o seu lugar O sistema de >tolomeu continuarR durante muito tempo a dominar os espíritos% com a sua imagem astrológica do sistema do mundo Eis% por exemplo% a Biso do mundo desenBolBida por $uillaume dVAuBergne Yassim c:amado por ser natiBo de AurillacZ YMalecido em 1&0=Z% bispo de >aris em 1&&;%
no seu
tratado
"e niBerso Yresumido
por
Albert !iBaud%
Histoire de #a >:ilosop:ie% t n% >aris% >resses niBersitaires de 3rance% 1=4?% pp 81 e 8&U \O niBerso Morma uma esMera gigante no centro da *ual estR o InMerno Em torno do Mogo central a terra% depois as camadas sobrepostas dos
*uatro
elementos
#ogo
a
seguir%
as
sete
esMeras
celestes
Y#ua%
/erc_rio% 9énus% Sol% /arte% )_piter% SaturnoZ (o limite exterior o oitaBo céu% o das Mixas% o noBo céu ou cristalino YAMlanumZ` Minalmente o sexto céu ou o Empíreo% sede da $lória\ a grandiosa Biso do mundo *ue "ante desenBolBerR nVA "iBina 2omédia A mesma ]ustiMicao cosmológica da astrologia Yen*uanto% pelo menos% ela no nega a liberdade do :omemZ se encontra em !obert $rotteteste Y1184-1&4,Z% bispo de #incoln (o seu Tratado acerca da #u% descreBe o /undo como
YVZ $rande Espel:o
11&
sendo Mormado por tree esMeras cncoBas% concêntricas e transparentes YVZ A lu% uma Be c:egada ao limite da sua disperso% retorcede% iluminando% assim% o niBerso 2olocada no centro do sistema% a nossa Terra recebe portanto as emana[es das esMeras *ue a rodeiamU no se encontra a astrologia ]ustiMicadaC So +oaBentura Y1&18-1&80Z dR tacitamente lugar ^ astrologia no seu sistema em *ue toda a (aturea é símbolo% Migurao de "eus% canta um :ino constante ^ glória do "iBino T:omas de +rabant ou de 2antimpré YMalecido depois de 1&81Z% no seu #ider de (atura% no desden:a tratar% como astrólogo% dos sete planetas e da esMera >ara Santo Alberto de +ollst^dt% dito o $rande Y1&?6 ou 1&?8-1&;?Z to ]ustamente
cognominado
em
latim
"octor
uniBersalis
Yo
\doutor
uniBersal\Z em Birtude da Bastido dos seus con:ecimentos% mestre de So TomRs de A*uino% a astrologia Migura Ycomo a al*uimiaZ no n_mero dos
con:ecimentos prRticos tradicionais assim *ue nos explica como as esMeras celestes moldam o carRcter da criana *ue estR para nascerU em cada mês a gestao encontra-se sob o controlo de um planetaU os nascimentos monstruosos so proBocados pelas constela[es Alberto% O $rande%
estabelece
também
uma
correspondência
estreita
entre
as
inMluências odiacais ou planetRrias e as propriedades medicinais ou mRgicas tradicionalmente atribuídas ^s plantas Em So TomRs de A*uino Y1&&6-1&80Z% encontramos codiMicada a posio católica medieBal clRssica% a *ue admitia a realidade das inMluências astrológicas%
recusando
considerR-las
como
Matais%
absolutamente
ineBitRBeis para o :omem preMeríBel% de resto% ceder a palaBra ao próprio
YVZ As dos *uatro elementos% as dos sete planetas% o céu das estrelas Mixas` e o Empíreo Ya _ltima das tree esMerasZ Mormando a membrana limite do niBerso
11,
\doutor angélico\% na sua Soma teológica YVZ YI >% pergunta 114% artigo 0ZU \Os corpos celestes so a causa dos actos :umanosC - !espondo *ue se deBe dier *ue os corpos celestes exercem sobre os corpos :umanos numa aco directamente e por si próprios% j` mas só agem indirectamente e por acidente sobre as Moras da alma *ue os órgos corporais animam` por*ue os actos dessas potências soMrem necessariamente o eMeito da*uilo *ue perturba os seus órgos` por exemplo% no Bemos bem se a nossa Bista estR materialmente perturbada\ "êmos também o texto de uma obserBao adicional importante Yad &ZU
\Acontece Mre*uentemente *ue os astrólogos anunciam coisas exactas Isso pode ser deBido a duas causasU primeira% por*ue a maioria dos :omens segue as suas paix[es corporais` os seus actos soMrero% portanto% a inMluência dos corpos celestes >oucos :R% e so os _nicos aBisados% *ue moderam pela rao estas inMluências a rao pela *ual os astrólogos para
muitos
casos
anunciam
coisas
Berdadeiras%
sobretudo
para
os
acontecimentos *ue dependem de agrupamentos :umanos ma outra causa é a interBeno dos demónios\ A inMluência de So TomRs de A*uino é muito importante nVA "iBina 2omédia% de "ante Alig:ieri "êmos uma passagem do >urgatório Ycanto '9IZU \Embora liBres% estais submetidos a uma Mora superior e a uma naturea mais eleBada% e esta outra potência cria em Bós o espírito *ue os céus no podem dominar\
YVZ 2M >aul 2:oisnard% Saint T:omas dVA*uin et lVinMluence dês astres% >aris% Alcan% 1=&6`
!eginald Ome O >%
Saint
T:omas dVA*uin
et
#Vastrologie Y#a Tour Saint-)ac*ues% n 0% /aio-)un:o de 1=46% pp ,6 e ,=Z
110
O :omem é duploU se a sua naturea Mísica estR submetida ^s estrelas% a sua naturea mais eleBada% essa% possui o liBre-arbítrio (uma passagem de O InMerno% 9irgílio é-nos até mostrado conduindo o poeta diante dos adiBin:os% cu]a cabea Moi torcida de maneira a obrigR-los a nunca mais poderem ol:ar seno para trRsU assim so castigados por terem *uerido tentar com tanta insolência ol:ar para o Muturo YpriBilégio *ue é apanRgio exclusiBo de "eusZh
Em contrapartida% !aGmond #ulle Y1&,&-1,10 ou 1,14Z no só no condenaBa a astrologia% como até acreditaBa Mirmemente nela "e entre entre os gran grandes des trata tratados dos de astr astrolo ologi gia a do Mim do século século 'III% 'III% citemos citemos o Tractat Tractatus us optimus optimus super super totam totam astro-lo astro-logia giam% m% de +ernard +ernard de 9erdun m outr outro o
douto doutor r
escol escolRs Rstic tico% o% Siger Siger de +raba +rabant nt YMal YMaleci ecido do em 1&8;Z 1&8;Z% %
inspirando-se em Aristóteles e mais especialmente no grande admirador Rrabe desteU ABerroJs% desenBolBia a eternidade da matéria primRria do niBerso Ydonde% por isso mesmo% eternidade do moBimento e do tempoZ` *uan *uanto to
^
libe liberd rdad ade e
dos dos
:ome :omens ns% %
torn tornaa-se se
impo imposs ssíB íBel el% %
Bist Bisto o
*ue *ue
as
reBolu[es planetRrias determinam todos os acontecimentos cR em baixo O ABerroísmo Ynome dado ^ doutrina desenBolBida por SigerZ terR entre os seus partidRrios os grandes astrólogos >ietro dVAbano e /arsilo de >Rdua de *ue *ue ]R MalR MalRmo mos s a
prop propós ósit ito o do seu seu
pape papel l
to to
acti actiBo Bo na Mac Maco o
gibelina .uanto .uanto a !oger !oger +acon +acon Y1&10 Y1&10-1& -1&=& =&Z% Z% cogno cognomi minad nado o "oc-to "oc-tor r mirab mirabili ilis s Yo \dou \douto tor r
mara maraBi Bil: l:os oso\ o\Z% Z%
cult cultiB iBou ou
no no
só
a
al*u al*uim imia ia% %
mas mas
tamb também ém
a
astrologia a esta _ltima *ue so consagradas diBersas diBersas passagens da sua obra Opus /inus% intituladas "e notitia coelestium !oger +acon distinguia% com eMeito% duas espécies de astro-logiasU uma legítima Ya *ue se limita a estudar a aco dos astrosZ% a outra ilícita Ya *ue tenta pr em aco% por diBersas opera[es mRgicas% as inMluências demoníacasZ Acredita nas elei[es% isto é% na utiliao da astrologia para tentar escol:er a :ora mais MaBorRBel a uma empresa
114
>reocu >reocupo pou-s u-se e no só com a astro astrolog logia ia indiB indiBidu idual al% % mas mas també também m com com a
astrologia mundial 2oloca 2olocaBa Ba em corre corresp spond ondên ência cia a órbita órbita do plane planeta ta /erc_r /erc_rio io Y*ue Y*ue só é dominante na 9irgemZ com o 2ristianismo AnunciaBa AnunciaBa o próximo adBento do Anticristo% Anticristo% cu]os signos prenunciadores% prenunciadores% a
seu
Ber% er%
se
mul multipli plicaBam BamU
imorali alidade ade
crescen cente
dos
seus
contemporneos% noBa inBaso% aBano dos TRrtaros A Idade /édia crist surgiria naturalmente como uma idade de ouro para os astr astról ólog ogos os% % e% a part partir ir do Mim Mim do sécu século lo '% Bist Bisto o *ue *ue $ebe $ebert rto o Ycoroado >apa sob o nome de SilBestre IIZ a cultiBaBa ]R Y]untamente com a al*uimiaZ EncontraBa-se% eMectiBamente% em sua casa uma representao astrológica-tipo Yextraída do sistema do mundo descrito por >tolomeuZ% e *ue Biria a ser dominante dominante durante muito tempo no OcidenteU no centro do niBerso a terra% rodeada por noBe esMeras concêntricas Yas dos sete planetas% as das estrelas Mixas% a do \>rimeiro /óbil\Z (o século 'I% serR Ye no estRBamos ainda no apogeu da cristandade medieBalZ um Mlorescimento de manuscritos astrológicos% alguns dos *uais eram% é certo% compila[es popularesU EsMeras de 9ida e de /orte% #iBros da #ua% etc (o entanto% atreBemo-nos a sugerir% no Moi a idade /édia a \idade de prata\ da astrologia - surgindo surgindo o !enascimento !enascimento como a Berdadeira Berdadeira \idade de ouro\ desta arte oculta% a época do seu maior prestígio% da sua maior extensoC
116
2apítulo III O !E(AS2I/E(TO
Imenso prestígio dos astrólogos
na Sociedade Europeia do !enascimento
Seria um erro total considerar o *ue se c:ama Bulgarmente o !enascimento YVZ como uma época *ue teria marcado um descrédito progressiBo da antiga astrologia Ymais geralmente MalandoU das ciências e artes \ocultas\Z ^ medida medida *ue aBanaB aBanaBam am as grandes grandes descober descobertas tas cientíM cientíMicas icas e técnica técnicas s 2omete-se 2omete-se um anacronismo anacronismo gigantesco acreditando na existência existência eMectiBa% eMectiBa% nos séculos '9 e '9I% de um racionalismo plenamente comparRBel ^*uilo *ue estamos to acostumados a designar por este BocRbuloU mesmo entre os pensadores mais anticlericais do período Yestes so Macilmente inBocados entre entre
os
grand grandes es
antepa antepass ssado ados s
do
liBre liBre-p -pens ensam ament ento o
conte contemp mpor orne neoZ% oZ%
encontrar-se-ia a crena mais Mirme nos Menómenos mais MantRsticos% mais extraordinRrios aos ol:os do sRbio positiBo moderno #onge% portanto% de diminuir no !enascimento% o n_mero dos astrólogos aumentarR cada Be maisU nos séculos '9 e '9I% so legi[es e o seu prestígio era muito mais importante do *ue na parte Minal da Idade /édi /édia a
"as "as
mais mais
alta altas s
pers person onag agen ens s
^s
mass massas as
ilet iletra rada das% s%
os
:ome :omens ns
preocupados
YVZ claro *ue no conBém considerar as \grandes épocas\ sucessiBas como separadas por Mronteiras :erméticas% sem a menor transio
118
com o Muturo têm plena conMiana na adiBin:ao astral Yentre toda a gama de maneiras diBersasZ "o ponto de Bista dos métodos praticados pelos astrólogos do período Yem bloc blocoU oU
sécu século los s
'9
e
'9IZ '9IZ
pode pode
Beri BeriMi Mica carr-se se
*ue *ue
so so
muit muito o
pouc pouco o
diMerentes diMerentes dos usados pelos antecessores antecessores medieBais medieBais e até dos praticados praticados
pelos astrólogos Rrabes% gregos ou romanos A própria disposio dos :oróscopos de nascimento permanecerR a mesma na Europa até ao Mim do século 'I' A este propósito% no seria in_til assinalar ainda *ue a disposio circular dos liBros%
:oróscopos% a
reBistas
e
*ue
]ornaisZ%
é
to :abituados estamos :o]e eMectiBamente
moderna
Ypelos
Yremonta
ao
astrólogo \cientíMico\ 2:oisnard% de Mins do século passadoZ Antes% a disposio mais corrente era em *uadrado` os :oróscopos do !enascimento como os da Idade /édia so *uase sempre apresentados com esta disposio tradicional% Mormada pela insero de um *uadrado no centro de outro% e pela
determinao
linear
subse*uente
de
doe
regi[es%
rodeando um
terceiro *uadrado% como se mostra na Migura seguinte (o centro do pe*ueno *uadrado central% o astrólogo inscreBia a data e a :ora do nascimento do indiBíduo 2ada um dos sectores YVZ - correspondente ^s doe \casas\ solares *ue se presume regerem os diBersos domínios em *ue se exerce a actiBidade :umana - deBia ser preenc:ido em conMormidade com os planetas e constela[es descobertos no estado do céu estudado no momento do nascimento Y&Z (o
momento
em
*ue
a
astrologia
parecia
to
proMundamente%
to
intimamente% ligada ao sistema geocêntrico de >tolomeu Ya Terra reinando no centro do niBersoZ% o adBento de uma astronomia moderna Y*ue MarR com *ue daí em diante a Terra e os outros planetas girem ^ Bolta do SolZ no serR acompan:ado% entre os seus promotores% de um desmoronar s_bito das crenas no Bel:o determinismo astrológico O próprio 2opérnico nunca renegou a sua crena nas inMluências planetRrias 3oi ao seu amigo austríaco% o Mamoso astrólogo !:eticus Y,Z% *ue conMiou o cuidado de publicar a obra em *ue expun:a o seu noBo sistema :eliocêntricoU o "e !eBolutionibus Orbis 2oelestium Y\"as !eBolu[es das Orbes 2elestes\Z
Y140,Z !:eticus tentarR% até% anexar o noBo sistema astronómico em beneMício das suas próprias predi[esU é assim *ue% na sua (arratio prima% introduiu uma digresso destinada a proBar *ue a data da Segunda 9inda de 2risto dependia das Baria[es de excentricidade na órbita terrestre .uanto ao grande astrónomo dinamar*uês TGc:o-+ra:é Y1406-16?1Z% o mestre de
7epler%
no
Moi
somente
um
obserBador
inMatigRBel
dos
espaos
celestes% mas um astrólogo
YVZ (a Migura% o sector 1 é a casa da Bida% o & a das ri*ueas% o , a das :eranas% o 0 a dos bens de património% o 4 a dos legados e doa[es% o 6 a dos desgostos e doenas% o 8 a do casamento% o ; a do medo e da morte% o = a da religio e das Biagens% o 1? a dos cargos e dignidades% o 11 a dos amigos% o 1& a das pris[es e da morte Biolenta Y&Z Assinale-se uma Bariante da antiga disposio dos :oróscoposU a*uela em *ue o astrólogo colocaBa doe tringulos entre dois círculos% um dentro do outro Y,Z OriginRrio de 9oralberg% a antiga proBíncia romana de !éticaU de onde este patronímio latino O seu Berdadeiro nome era $eorg )oac:im
11=
conBicto%
passando%
mesmo%
longos
anos
a
elaborar
minuciosamente
:oróscopos "o mesmo modo *ue% para 7epler% é demasiado MRcil eBocar% em relao a ele% necessidades \alimentares\U os astrónomos contemporneos *ue
anexam
Ytomando%
assim%
os
seus
dese]os
retrospectiBos
por
realidadesZ 2opérnico% TGc:o-+ra:é e 7epler entre os primeiros grandes adBersRrios cientíMicos da astrologia cometem um anacronismo patente /esmo entre os precursores directos da*uilo a *ue se c:ama o liBre-
pensamento contemporneo% encontrar-se-ia uma deMesa sistemRtica da astrologiah o caso com >om-ponai ou >ompanRcio Y106&-14&4Z (o seu "e 3ato Y\"o "estino\Z YVZ% inBoca as leis astrológicas para ]ustiMicar o completo determinismo das ac[es :umanas - tanto indiBiduais como colectiBas assim *ue% segundo ele% todas as religi[es aparecem em estreita conMormidade com as leis cíclicas do 2osmos Ysurgem no momento Mixado% desenBolBem-se% depois degeneram e morremZ% seria até possíBel aos
ol:os
deste
MilósoMo
-
elaborar
o
:oróscopo
das
religi[es
actualmente existentes Yincluindo o 2ristianismoZ .uanto ao médico espan:ol /iguel SerBet Y14?=-144,Z% *ue 2alBino mandou *ueimar BiBo Ypor :eresiaZ em $enebra% ele ]ustiMica o próprio princípio da astrologiaU pela ligao uniBersal dos Menómenos $iordano +runo Y140;-16??Z também dR ao determinismo astrológico o lugar *ue l:e compete nas suas grandiosas perspectiBas MilosóMicas de um uniBerso inMinito no tempo e no espao Y&Z >ara o :omem do !enascimento% incluindo o mais liberto em relao aos dogmas religiosos%
nada de mais normal ainda
do *ue
a
astrologia
tradicionalU uma relao simbólica Ymas% contudo% to concretaZ no une o :omem e a abóbada estreladaC
YVZ +olon:a% 14&? Y&Z 2M E A ates% $iordano +runo and t:e :ermetic tradition% 2:icago niBersitG >ress% 1=60
1&?
/esmo Mol:eando um manual :istórico muito rudimentar% o !enascimento reBelar-se-nos-ia como um período extremamente perturbado (o só pelas crises espirituais% mas por conMlitos armados de uma Biolência extrema%
e por perturba[es sociais e económicas também% no menos Biolentas .uando a época é tumultuosa% os :omens têm sempre% mais do *ue nunca% tendência para escrutar ansiosamente o céu na expectatiBa dos \signos dos tempos\% tentando con:ecer o *ue os espera O Matalismo tende ento a implantar-se irresistiBelmente nos espíritos% no só nas massas no eBoluídas como até entre as \elites\ (ada espanta% portanto% ler este preMRcio escrito pelo reMormador #utero para um liBro astrológico de )o:annJs #ic:tenbergerU \Os sinais do céu e na terra% no Maltam` Moi esse o trabal:o de "eus e dos an]os` adBertem e ameaam os países e regi[es ímpias e têm todos uma ]ustiMicao\
(V5l "u*uesa de /alMi% drama sombrio do autor elisa-betano inglês )o:n Qebster%
encontra-se
esta
réplica
terríBel%
uma
das
Mormula[es
literRrias mais Mortes e concisas ]amais dadas ao Matalismo astrológico totalU \Somos simplesmente ]oguetes das estrelas% manipulados por elas como l:es apetece\ Em contrapartida% S:aFespeare - embora partil:ando% ao *ue parece% a crena
geral
da
astrologia
-
limita
notaBelmente
a
extenso
do
determinismo celeste das ac[es :umanas 2itemos% em )_lio 2ésar% as palaBras de 2RssiusU \Os :omens raramente so sen:ores dos seus destinos O erro% caro +rutus% no estR nas nossas estrelas /as em nós próprios% por*ue somos subordinados\ 9Rrias conMigura[es astrológicas suscitaro entre os contemporneos Bagas
de
terror%
de
expectatiBa
resignada
catastróMicos SerR este o caso para a con]uno
1&1
de
acontecimentos
dos planetas )_piter e Saturno no signo do Escorpio% em 10;;U \A esta dupla con]uno Moi atribuída a casa do Escorpio\ TGc:o-+ra:é
BerR
numa
outra
con]uno
dos
dois
mesmos
planetas%
colocando-se desta Be na primeira parte da constelao do #eo Yperto das nebulosas estrelas do 2arangue]oZ - a de 14=, -% o an_ncio de acontecimentos
terríBeis
E%
eMectiBamente%
nesse
ano
:aBerR
uma
Biolenta epidemia de peste Ao
longo
do
expectatiBa
!enascimento ansiosa
You
e
da
c:eia
!eMorma de
muitos
esperanaZ
:omens de
BiBero
na
acontecimentos
apocalípticos destinados a produirem-se antes do )uío 3inal% e no deixaro de recorrer aos cRlculos astrológicos para os determinarem 2ertos caba-listas cristos Y$uillaume >ostei e outrosZ distinguir-se-o neste domínio do minucioso cRlculo dos acontecimentos ao Mim dos tempos (um grau menos graBe% é de notar a grande Boga dos primeiros almana*ues impressos% *ue se dirigiam principalmente ^s popula[es rurais O mais célebre% em 3rana% serRU #ê grand 7alendrier et compost dês +ergiers aBec leur Astrologie et plusieurs aultres c:oses Entre 10=, e 141?% de edi[es se sucedero% n_mero enorme para uma época em *ue - no es*ueamos - o n_mero dos iletrados era ainda imenso na populao Em contraste com a atitude nitidamente MaBorRBel ^ astrologia de #utero e do seu amigo /elanc:t:on% encontrar-se-o no século '9I diBersas condena[es desta arte pelas autoridades romanas% e por 2alBino também
YVZ 3ranois Secret% #Vastrologie et lês Fabbalistes c:rétiens ^ #a !enaissance Y#a Tour Saint-)ac*ues% n 0% /aio-)un:o de 1=46% pp 04 e 46Z
1&&
Em 0 de "eembro de 146,% a comisso do índex proibiu - em bloco - todos os liBros de magia% de Meitiaria% das diBersas artes diBinatórias (o entanto% isto no impedirR a publicao ulterior de obras de astrologia com o imprimatur das autoridades eclesiRsticas% nem se*uer os padres e religiosos de cultiBar esta arteh "o mesmo modo% a +ula 2onstitutio 2oeli et Terra Y14;6Z% em *ue o >apa Sixto 9 condenaBa os astrólogos% depois 2onstitutio inscrutabilis Y14;6Z de rbano 9III - idêntica no seu conte_do - no sero seguidas de nen:uma medida eMectiBa de coao católica contra os astrólogos como tal O Mamoso 2osme !uggieri% um dos astrólogos de 2atarina de /édicis% serR leBado% é certo% ao tribunal romano da In*uisio mas serR solto depois de ter explicado bril:antemente aos seus ]uies *ue a astrologia - pelo menos como ele a praticaBa - assentaBa em leis perMeitamente naturais e nada tin:a a Ber com a eBocao mRgica dos espíritos EMectiBamente% as autoridades eclesiRsticas do período - tal como as seguintes
-
adoptaBam
uma
posio
prRtica
semel:ante
^
*ue
Mora
sustentada outrora por So TomRs de A*uinoU admitir a legitimidade da adiBin:ao
astrológica
desde
*ue
esta
no
negue
o
liBre-arbítrio
:umano% e no se]a acompan:ada de prRticas mRgicas tais como a eBocao de an]os ou demónios também de leBar em conta uma preocupao legítima
de
combater
as
supersti[es
populares
susceptíBeis
de
transtornar as massasU é% de resto% por motiBos semel:antes *ue se explica a proibio dos calendRrios astrológicos Botada no reino de 3rana pelos Estados proBinciais de Orléans Y146?Z% de +lois Y148=Z% de +or-deaux Y14;,Z (o !enascimento% raros so os pensadores *ue condenam a astrologia por
motiBos ]R Berdadeiramente cientíMicos Yem Be de religiososZ >oderia% é certo% citar-se o caso bastante isolado de um >ico de #a /irandola% *ue% embora simpatiante do esoterismo% se esMorarR por Maer uma distino radical entre a astronomia e a astrologia` é Berdade *ue inBocaBa também%
1&,
para a sua atitude% ra[es pessoaisU o Macto de ter BeriMicado ^ sua Bolta% na sua própria Mamília% o Miasco lamentRBel de predi[es Meitas por astrólogos Mamosos InBo*ue-se% do mesmo modo% idêntica atitude% mas mais matiada% de >etrarca YVZ >raticamente% é só com o adBento do século '9II *ue se operarR a distino bem acentuada - e *ue serR deMinitiBa - entre a astronomia Yno sentido moderno do nomeZ e a astrologia >ara a maioria dos :omens do século '9I% a conMuso continuaBa a espal:ar-se A astrologia no era somente - para eles - apanRgio de personagens suspeitas *ue praticaBam tenebrosas eBoca[es mRgicas Y&Z (a corte de 3rana Ye o mesmo se passaBa nos outros reinosZ% o título de médico-astrólogo dVel-reG no era% de modo algum% uma dignidade de alta Mantasia% mas designaBa um sério \casamento\ proMissional% muito Bulgar na época` 2atarina de /édicis terR ao seu serBio dois médicos *ue Moram% ao mesmo tempo% astrólogos muito ilustresU o Mamoso (ostradamus% de *uem eBocaremos a pessoa e as proMecias% e Augier 3errier Todos os grandes escritores da época% !abelais% !onsard% /aurice ScJBe% etc% acreditaBam com MerBor na astrologia O mesmo Menómeno se dR no mundo artístico do !enascimentoU seria longo citar a*ui as pinturas% graBuras% desen:os% *ue reBelam nos seus criadores um con:ecimento muito desenBolBido da astrologia
2itemos somente dois exemplos signiMicatiBosU os Mrescos do palRcio Sc:iMonia% em 3errara` a to célebre graBura /elencoliah de "_rer% cu]o simbolismo Yse o no
YVZ Erasmo é citado com Mre*uência entre os adBersRrios da astrologia` mas% eMectiBamente% no seu Elogio da #oucura% só atacaBa a astrologia mais inMerior% a *ue exploraBa a credulidade das massas supersticiosas &Z O Mamoso "outor 3austo existiu% na BerdadeU :ouBe% na Aleman:a Ymorreu antes de 1400Z% um médico% astrólogo e mRgico deste nome` mas% a partir do Mim do século '9I% tornou-se uma personagem lendRria
1&0
é totalmenteZ se baseia em grande parte no esoterismo astrológico >ara resumirU seria rigorosamente impossíBel eliminar a astrologia da :istória das ideias durante os séculos '9 e '9I
2atarina de /édicis e a astrologia
"esde
longa
data
*ue
os
9alois
se
:aBiam
mostrado
mais
do
*ue
simpatiantes em relao ^ astrologiaU os reis 2arlos 9% 2arlos 9I e 2arlos 9II% como o du*ue de +errG% irmo do primeiro% :aBiam tido% todos% os seus astrólogos% cu]os consel:os eram muito escutados 3rancisco I recrutou em /ilo% como médico Bulgar% 3ranceso 9icomercato% astrólogo notório Segundo este nada mais natural% mais raoRBel do *ue a crena na inMluência das estrelas% dos planetas% do Sol sobre as ac[es :umanas O :umanista Erasmo - algo céptico% este - atacara a astrologia nas suas Mormas c:arlatanescas no Elogio da #oucura` e Moi a este ata*ue *ue
9icomercato tentou responder% ]ustiMicando os princípios desta arte diBinatória /as é seguramente a altiBa e supersticiosa 2atarina de /édices% mul:er de Henri*ue II% *ue% ^ morte deste BirR a ser rain:a e regente de 3rana% *ue representa o apogeu da astrologia na corte dos 9al[is AcreditaBa cegamente no só na Berdade total da astrologia% mas também nas outras ciências ocultasU nunca se separaBa de uma medal:a mRgica% *ue no era mais% ao *ue parece% do *ue um talism
YVZ 9erU )ean "elumeau%
#a 2iBilisation de #a !enaissance%
>aris%
Art:aud% 1=68` 2 $ (auert% Agrippa and t:e crisis oM !enaissance t:oug:t% rbana niBersitG >ress YIllinoisZ% 1=64` A ) >anneFoeF% A HistorG oM AstronomG% (e orF% 1=61` - !ené Taton e colaboradores% Histoire $enerale dês SciencesU #a !enaissance% >aris > 3% 1=4;` > > QalFer% Spiritual and demonic /agic Mrom 3icino to 2ampanella% #ondres% 1=4;` Q > Qig:tman% Science and t:e !enaissance% Aber-deen% 1=6&` E Qind% >agan mGsteries in t:e !ennaissance% #ondres% 1=4;
1&4
proBeniente - é pelo menos o *ue pensaria o :istoriador especialiado de uma seita gnóstica dos inícios do 2ristianismo` a rain:a ignoraBa% sem d_Bida% esta origem !odeaBa-se de astrólogos e de mRgicos% e% no contente por tentar con:ecer o Muturo - o seu próprio e o dos Mil:os Y*ue aspiraBa Mossem todos prometidos ao mais belo destinoZ -% teria dese]ado dominR-lo% no ter *ual*uer obstRculo ^ sua Bontade Entre os astrólogos
protegidos
particularmente (ostradamusZ%
por
ilustresU #uc
$auric
o e
2atarina médico 2osme
de /ic:el
!uggieri%
/édicis% de
:ouBe
três
(ostredame
Ydito
compatriota
da
rain:a
Mlorentina Em >aris% mostra-se ainda encerrada no ediMício da actual +olsa das sementes Yperto dos HallesZ a coluna encimada por uma pe*uena plataMorma *ue outrora serBiu de obserBatório OSegundo
a
tradio%
2atarina
teria
aí
subido
BRrias
Bees
com
(ostradamus` depois% ^ morte deste% com !uggieri% para obserBar os astros Os Mil:os de 2atarina de /édicis Moram% como ela% ardentes deMensores da adiBin:ao astrológica Henri*ue III protegeu o al*uimista e astrólogo +laise de 9igenJre .uanto a 3rancisco de 9alois% o irmo mais noBo de Henri*ue III% tomara como capelo um dos mais ilustres astrólogos do tempo% )unctin de 3lorena Yem latim )unctinusZ% também compatriota da !ain:a-me% e ]R protegido por ela )unctin% inMatigRBel comentador de >tolomeu%
é
con:ecido
pelo seu
muito Bolumoso tratadoU
o
Speculum
astrologiae Y\Espel:o de Astrologia\Z% publicado em #Gon% em 14;1 /as% Malar de 2atarina de /édicis e dos seus Mil:os% no é eBocar imediatamente o nome prestigioso de (ostradamusC
Astrologia e magiaU (ostradamus` )o:n "ee
/ic:el de (ostredame Y14?,-1466Z% mais con:ecido pelo nome latiniado% (ostradamus% Moi - como ]R o Mora seu
Y1Z o _nico Bestígio de um pao *ue% no século '9I% ocupaBa o local
1&6
pai - um dos médicos mais ilustres da época` mas tornar-se-ia ainda mais célebre como astrólogo% adiBin:o e proMeta Até ^ época presente a sua
obra mais célebre - as 2ent_rias - no cessa de ser reeditada% excitando os
audaciosos
e
pacientes
esMoros
de
gera[es
Ye
ninguém
de
exegetas
e
de
intérpretes /as
se
(ostradamus
Moi
astrólogo
duBida%
possuem-se
:oróscopos e almana*ues deleZ% o seu con:ecimento proMético do Muturo% real ou suposto% ter-se-ia apoiado em pontos de partida Berdadeiramente astrológicosC Moroso responder pela negatiBa As 2ent_rias reBelam-se uma obra escrita para transcreBer as reBela[es directas obtidas em conse*uência de eBoca[es mRgicas - destinadas a suscitar o transe proMético - praticadas durante Bigílias nocturnas do mago no andar superior Y*ue l:e serBia de laboratório e de oratório ao mesmo tempo *ue de obserBatórioZ da sua casa de Salon-de->roBence% para onde Mora nos _ltimos anos da sua Bida Y&Z "e resto% abram-se as 2ent_rias e leiam-se as duas primeiras estroMesU Estant assis de nuit secret estude Seul reposé sur Ia selle dVaerain 3lambe exigue sortant de sollitude% 3ait proMérer *ui n Vest ^ croire Bain #a Berge en main mise au milieu de branc:es "e lVonde il mouille et lê limbe et lê pied% n peur et Boix Mrémissent par lês manc:es Splendeur diBine #ê diBin prJs sVassied Y,Z Estes Bersos so muito clarosU mostram-nos o adiBin:o sentado Ytal como a pítia de "elMosZ numa trípode de brone%
Y1 2M #ês >rop:éties% de (ostradamus% apresentadas e comentadas por Serge Hutin% >aris% >ierre +elMond% 1=66 Y&Z
A
cidade natal
proBenal
do proMeta
era
Saint-!émG%
outra
Bel:a
cidade
Y,Z As óbBias diMiculdades de traduo destes Bersos YMrancês arcaicoZ aconsel:am a simples reproduo do texto` o autor do liBro explica% no comentRrio *ue se l:es segue% o seu signiMicado Y( do TZ
1&8
no acto de proceder - de Barin:a mRgica na mo - ^ eBocao taumat_rgica de uma entidade sobrenatural% \materialiando-se\ ^ sua Bista sob a Morma de uma pe*uena c:ama e de ondas ardentes (o entanto% as 2ent_rias aparecem-nos também como uma obra cu]a desordem no é mais do *ue aparenteU tudo se passa% pelo contrRrio% como se (ostradamus tiBesse inserido todas as suas Bis[es Yobtidas por meios mRgicosZ num *uadro cronológico e ciclológico rigoroso% num plano de con]unto respondendo a c:aBes numerológicas complexas - e em *ue a astrologia desempen:aBa% sem *ual*uer d_Bida% o seu papel (a Epístola a Henri*ue II colocada ^ cabea das 2ent_rias% (ostradamus obserBaU \/as a um prudente e sRbio >ríncipe consagrei as min:as nocturnas e proMéticas suputa[es% compostas de um natural instinto% acompan:ado de um Muror poético% *ue% por regra de poesia% e a maior parte composta e concedida ^ calculao astronómica correspondente aos anos% meses e semanas das regi[es% terras% e da maior parte das Bilas e cidades de toda a Europa compreendendo a Mrica e uma parte da sia pela mudana das regi[es% cu]a maioria se aproxima de todos estes climas% e de uma Morma naturalU *ue responda alguém *ue ten:a necessidade disso% a rima é tanto mais MRcil *uanto a inteligência do sentido é diMícil\ Y#ês >rop:éties de (ostradamus% edio citada% pp 88 e seguintesZ >ortantoU origem proMética das Bis[es% por Bidência mRgica directa` mas insero de todas estas Bidências particulares num *uadro astrológico muito rigoroso
(ostradamus morreu% obserBe-se% nas condi[es e :ora exactas *ue ele próprio predisseraU saudemos este Macto% excepcional entre os Bidentes% proMetas e adiBin:os% *ue% de modo geral% perdem as Maculdades *uando se trata de ol:ar para si própriosh >arece inegRBel *ue as proMecias de (ostradamus Ysem proBocarem% é claro% uma adeso comparRBel ^s proBas cientíMicasZ so de naturea *ue despertam *uest[es perturbantes
1&;
Seria%
sem
d_Bida%
demasiado
MRcil
reduir
a
obra
proMética
de
(ostradamus a uma espécie de tumultuoso delírio Berbal ou - ao contrRrio - explicR-la por uma montagem muito :Rbil de palaBras% de Mactos% de imagens
susceptíBeis
de
se
aplicar
^
Bontade
aos
casos
biarros%
grandiosos ou terríBeis anunciados pelos numerosos proMetas e \magos\ de todos os tempos "e Macto% existe toda uma série de compara[es possíBeis *ue dariam *ue reMlectir InegaBelmente% BeriMica-se *ue uma série de estroMes das 2ent_rias \aderem\ perMeitamente aos Mactos da !eBoluo 3rancesa e do Império YVZ(ostradamus no é o _nico mago do !enascimento *ue ligou a astrologia a prRticas mRgicas HR o caso célebre de )o:n "ee YMalecido em 16?0Z% *ue% no reinado de Isabel da Inglaterra% aliaBa a prRtica da magia cerimonial ^s da al*uimia e da astrologia TeBe uma Bida muito aBenturosa% *ue o leBou da Inglaterra a >raga% onde% com o seu amigo Edard 7elleG Y*ue l:e serBia de assistente e de médiumZ se esMorou por obter os MaBores do imperador !udolMo II% de Habsburgo% grande protector dos al*uimistas Y&Z )o:n "ee diia ter alcanado% por meio de um espel:o mRgico% contactos
com
entidades
angélicas% *ue
l:e
teriam ditado toda uma
série
de
reBela[es numa escrita :ieroglíMica% c:amada \eno*uiana\ Y,Z Encontrar-se-ia toda a espécie de alMabetos \celestes\ ou \angélicos\ entre
outros
mRgicos
e
al*uimistas
da
época
"urante
todo
o
!enascimento% :ouBe uma grande expanso das especula[es numerológicas e alMabéticas% *ue se inspirou na cabala crist
YVZ 9er a nossa introduo ^s >rop:éties de (ostradamus% >ierre +elMond% éditeur Y&Z A personagem de )o:n "ee Moi utiliada por $ustaB /eGrinF no seu romance MantRstico #VAnge ^ laMenêtre dVOccident% traduido em Mrancês nas ditions de Ia 2olombe Y,Z O "iRrio do "r "ee Moi publicado Ypor /eric 2asaubonZ muito tempo depois da morte do mago Encontra-se nele a narratiBa pormenoriada destas eBoca[es 9er% acerca da /agia Y1=48Z% o artigo de $erard HeGm no n_mero especial da reBista #a Tour Saint-)ac*ues
1&=
>ara todos estes autores% o tema principal pertence ^ astrologia Y1Z assim *ue !euc:lin% no seu liBro "e Arte 2abalista Y1418Z% coloca em correspondência as letras :ebraicas e os planetas assim *ue% numa Epístola de Astronomiai Auctoribus Y141,Z% uma personagem misteriosa% Augus-tinus !icius% ]udeu conBertido *ue se colocara ao serBio do mar*uês de /ontMerrat Y&Z% depois de ter sido o discípulo do rabino cabalista Abrao Nacuto% atribui ^ astrologia a mais prestigiosa das origens-
\#ede )oseMo Y,Z% o mais sRbio de todos os escritores da Antiguidade
]udaica` ele aMirma *ue Set:% Mil:o de Ado% e% depois dele% os seus descendentes
Moram
os
inBentores
das
ciências
dos
astros
*ue
transmitiram em duas colunas` uma de ti]olo% outra de pedra O *ue é conMirmado por Hermes% *ue% no exórdio do liBro *ue escreBeu acerca das imagens% declara *ue tudo o *ue di o encontrou inscrito nas colunas\ Todas as espécies de \alMabetos celestes\ se encontram na 9oarc:adumia de
Agostin:o
>ant:eus
Ypseudónimo
latinoZ%
padre
Beneiano
*ue
desempen:ou papel importante numa sociedade secreta +laise de 9igenJre Y0Z obserBaBa% no seu tratado dos n_meros% consagrado ^s escritas secretasU \.ue a escrita dos An]os estR colocada no cncaBo e na abóbada do céu% *ue é o *ue nós% mortais% podemos Ber cR de baixo% e a do soberano "eus sobre o dorso e conBexidade% o dito mundo Mora do mundo sensíBel na parte exterior%
YVZ 9er a obra de 3ranois SecretU #ês Fabbalistes c:rétiens de Ia !enaissance% >aris% "unod% 1=6& Y&Z A título de curiosidade% assinalemos *ue o título de mar*uês de /ontMerrat Moi um dos títulos exibidos% no século '9III% pelo misterioso 2onde de Saint-$ermain Y,Z 3lRBio )oseMo Y,8-=4 d 2Z% célebre :istoriador ]udeu Y0Z Al*uimista e astrólogo protegido por Henri*ue III YBer p 161Z
1,?
se assim se l:e deBe c:amar% onde a diBindade reside% no trono do seu Ensop: YVZ ou Eternidade\ >ara $uillaume >ostei% as estrelas ordenar-se-iam no céu sob a Morma de Miguras *uadradas% reproduindo o contorno das letras :ebraicas
(a ItRlia e na Aleman:a
>ara
um
>ico
de
#a
/irandola
eleBando-se
contra
a
adiBin:ao
astrológica% encontrar-se-ia na ItRlia do !enascimento um n_mero muito maior de partidRrios conBictos da astrologia /ar silo 3icino Y10,,-1=00Z% Mundador da academia platónica de 3lorena e
primeiro
tradutor
europeu
de
>lato%
comeara
por
condenar
a
astrologiaU \o astrónomo mede YmetiturZ% o astrólogo mente YmentiturZ\% diia ele Maendo um ]ogo de palaBras em latim /as% em 10;&% retirou todos os seus ata*ues contra a astrologia e esMorou-se por basear MilosoMicamente a aco *ue os astros exercem sobre as diBersas partes do
corpo
:umano
(a
Teologia
platónica
Ya
sua
obra
principalZ%
estabeleceu assim a existência - acima da alma Mormadora da Terra - das doe almas
celestes%
donas
dos
signos do NodíacoU cada uma
delas
goBerna% portanto% do alto da sua \casa\% uma parte das coisas cR em baixo O Sol% \corao do céu\% enBia a sua lu% *ue a*uece e uniMica% sobre todas as criaturas terrestres` mas só no :omem o raio BiBe% bril:a% recebe a lu Entre os mais
Mamosos astrólogos italianos proMissionais
da época%
citemos 2ristoMoro #andino Y10,0-14?4Z% proMessor na niBersidade de 3lorena $uelMo conBicto Yisto é partidRrio do >apa% em *uem Bia o Muturo regenerador da ItRliaZ% anunciara *ue a con]uno de Saturno e de )_piter
YVZ (ome dado pelos rabinos cabalistas ^ "iBindade anterior a *ual*uer maniMestao
1,1
no signo do Escorpio Y&4 de (oBembro de 10;0Z% longe de ser maléMica% anunciara a renoBao nacional italiana /as o mais célebre dos astrólogos transalpinos do período é o ilustre )erónimo 2ardan Y14?1-1486Z 2ardan era Mil:o de um ]urista e matemRtico italiano :R muito instalado em >aris% e daí o seu nascimento e Mormao na capital Mrancesa 3e estudos muito desenBolBidos na niBersidade de >aris% nos diBersos ramos do saber (o se deBe minimiar os con:ecimentos cientíMicos de 2ardan% um dos maiores matemRticos do seu tempo e *ue se ilustrou também na mecnica aplicada Y)Z "epois de ter ensinado matemRtica em >aris até 14&,% dirige-se ^ ItRlia% onde
a
sua
reputao
de
médico%
de
matemRtico
e
também
Yno
o
es*ueamosZ de astrólogo no cessarR de crescer Em 140,% Ma uma estada na Inglaterra e na Escócia 2om excepo de uma passagem em 3rana Y144&Z% a sua carreira desenrola-se% a partir de ento% na ItRliaU depois de ter sido proMessor em +olon:a Y146&-148?Z% Mixa-se em !oma% onde morre Scaliger e "e T:ou aMirmam *ue 2ardan% *ue determinara o dia da sua morte pelos seus sRbios cRlculos astrológicos% ter-se-ia deixado morrer de Mome para no Maer mentir os astros` esta anedota suspeita tem todo o aspecto de piada destinada a ridiculariar um grande :omemh EMectiBamente% no deBe Maer-se de 2ardan uma personagem ridícula% uma espécie de \proMessor (imbus\ alucinado% perpetuamente nas nuBens 2ardan escreBeu muito% num estado de total receptiBidade% de curiosidade aberta "eMinia% assim% o mundo BisíBelU \eterno ob]ecto de estudo para os
espíritos
curiosos\
InesgotRBel
ri*uea
do
\$rande
#iBro
da
(aturea\ Homem muito piedoso% 2ardan preocupaBa-se com os meios de inBocar a 9irgem e os Santos nas :oras MaBorRBeis
YhZ "eBe-se a 2ardan a descoberta de um modo de suspenso Y*ue ainda tem o seu nomeZ *ue permitiria subtrair as b_ssolas dos naBios ao moBimento da Baga 8,& Segundo ele% inMluências astrais determinantes presidem ^s diBersas religi[es *ue cR em baixo se sucederam Ele próprio ligado% sem d_Bida Ycomo >aracelsoZ% a uma das sociedades secretas desse tempo% )erónimo 2ardan é um dos primeiros autores a desenBolBer abertamente a ideia de um poder político ocultoU construir uma aristocracia do saber
*ue% mesmo sem goBernar% aconsel:aria
a
dirigiria% eMectiBamente% os soberanos pela ciência% pelo con:ecimento das técnicas e YtrunMo importanteZ pela astrologia Entre os grandes pensadores italianos do !enascimento% encontrar-se-iam% seno sempre astrólogos praticantes como 2ardan% pelo menos deMensores conBictos da plena legitimidade desta arte diBinatória o caso de Telesio% de 3rancisco >atrii% de +runo e de 2ampanella também - Mormando% estes dois MilósoMos YMalecidos% um em 16??% o outro em 16,=Z% a transio entre o !enascimento e o grande século $iordano +runo exalta a unidade do céu _nico e inMinito onde o moBimento dos
astros
\canta
Ycitemos
uma
das
suas
mais
belas
MórmulasZ
a
excelência e a glória de "eus Em $iordano +runo% os laos com a tradio dos !osa-2ru parecem mais do *ue certosU o !enascimento% e no só na ItRlia% marca a expanso% o desenBolBimento%
a
maniMestao
crescente
das
sociedades
secretas
ocidentais *ue aderem ^ corrente :ermética O Menómeno parece ter sido particularmente aparente na Aleman:a% onde muitas proBas atestariam esta actiBidade das sociedades secretas tradicionais% *ue os imperadores /aximiliano I% /aximiliano II e !odolMo II parecem ter protegido - como% antes deles% aconteceu com os du*ues de +orgon:a
ma das obras de arte mais signiMicatiBas é a Mamosa graBura /elancolia% de Albert "íirer% protegido pelo imperador /aximiliano I% de Habsburgo (esta graBura% *ue% sem *ual*uer d_Bida% atesta a iniciao do artista% encontra-se reunida toda uma série de símbolos tradicionais Ymaónicos e al*uímicosZ% cu]a elucidao completa exigiria muitas pRginas
1,,
YVZ m dos seus signiMicados de con]unto seria relatiBo ^ astrologia mundialU
simboliao
concreta
da
necessidade
de
uma
passagem
da
:umanidade de uma era para outra% da dos >eixes para a do A*uRrio "ois :omens em especial encarnariam% na Aleman:a% a Migura do mago :ermetista do !enascimentoU Henri-2orneille Agrippa de (ettes:eim Y10;614,4Z
e%
muito
mel:or
ainda%
o
ilustre
>aracelso
Y10=,-1401Z
"o
primeiro% a célebre 3ilosoMia Oculta :aBia circulado em manuscrito antes da sua publicao em 2olónia% em 141? um tratado completo de magia ou de MilosoMia secreta% Bisando a colocar ao serBio do :omem todas as potências escondidas em aco no niBerso Existem três mundos separados e sobrepostosU o dos An]os% o dos Astros% o dos Elementos 2ada um dos dois _ltimos soMre as inMluências da*uele *ue o precedeU assim se encontraria% portanto% ]ustiMicada a astrologia (o
sistema
de
>aracelso%
a
astrologia
tradicional
encontraria
perMeitamente o seu lugar% inclusiBe no domínio médicoU para estabelecer a
]usta dosagem
dos
medicamentos a
prescreBer%
seria necessRrio -
pensaBa ele - con:ecer o :oróscopo do doente de maneira a ter em conta a repartio das inMluências astrais >aracelso é um dos representantes ocidentais da tradio :ermética *ue mais se consagraram a desenBolBer a doutrina do Homem como imagem% como representao do 2osmos` todas as aplica[es prRticas do sistema médico
paracelsiano assentam neste princípio "êmos um excerto dos 'I9 liBros dos >arRgraMos Ytraduido do latim em Mrancês por 2 de SarcillG% >aris% 16,1ZU \(ota bem istoU *ue Bale o remédio *ue dRs para a matri das mul:eres% se no és guiado por 9énusC .ue pode o teu remédio para o cérebro% ser orientado pela #uaC
YVZ 2M >anoMsFG e Saxl% "tirers /elencolia I YStudien dês +iblio-t:eF QarburgZ% #eipig% 1=,0
1,0
E do mesmo modo para os outros` Micariam todos no estmago e sairiam pelo intestino% resultariam sem eMeito Se o céu no te Mor MaBorRBel e no consentir em dirigir o teu remédio% no c:egarRs a nada\ Importncia capital% portanto% das correspondências astrológicas /as% para além deste determinismo astral% a Biso astro-lógica do mundo no seria susceptíBel de leBar o adepto ^ consciência total iluminadora da unidade Mundamental do 2osmosC (a Introduo do seu >rognóstico% >aracelso escreBeuU \TalBe se duBide de *ue se]a possíBel descreBer os eMeitos dos astros no céu% *uando ]R na terra no Bemos bem o *ue estR debaixo dos pés e muitas Bees tropeamos e caímos A resposta mais breBe é *ue para uma tal descrio no utiliamos os ol:os e menos ainda os pés j .ue alegria e *ue Bentura BiBer na unidadeh Os corpos celestes% a terra e todas as coisas têm também o seu curso neste mundo\ E
daremos%
Minalmente%
da
>:ilosop:ia
ad
At:enien-ses%
esta
outra
esplêndida passagem de >aracelsoU \A (aturea compreendendo o niBerso é una% e a sua origem no pode ser
seno a eterna nidade um Basto organismo no *ual as coisas naturais se :armoniam e simpatiam reciprocamente Tal é o /acrocosmo% tudo é o produto de um esMoro de criao uniBersal _nico O macro-cosmo e o microcosmo Mundem-se num (o Mormam mais do *ue uma constelao% uma inMluência% um sopro% uma :armonia% um tempo% um metal% um Macto\ Em direco ao século '9II "o mesmo modo *ue é arbitrRrio estabelecer limites bem deMinidos entre \Idade /édia\ e \!enascimento\% igualmente
1,4
seria absurdo acreditar num s_bito leBantar de cortina *ue% em 16??% teria Meito passar os Europeus do !enascimento para o século '9II (o início
deste%
durante
muito
tempo%
as
perspectiBas
astrológicas
permanecero as mesmas% praticamente% como no século anterior (a Inglaterra% por exemplo% um Simon 3orman YMalecido em 1611Z% um sir 2:ristop:er HeGdon YVZ so% ainda% :omens do !enascimento .uanto ^ atitude dos sRbios e dos MilósoMos em relao ^ astrologia% serR% durante muito tempo% isenta de :ostilidadeU um 3rancis +acon% um 7epler% acreditaro% ainda% na sua Berdade YZ Autor de uma importante "eMesa da Astrologia )udiciRria Y16?,Z
1,6
2apítulo I9 O S2#O '9II 7epler e a astrologia
AMirma-se Bulgarmente% ainda% *ue 7epler Y1481-16,?Z% o grande astrónomo
- discípulo de TGc:o-+ra:é - a *uem é deBida a elaborao das três leis *ue regem as órbitas dos planetas em torno do Sol% durante toda a sua Bida praticou a astrologia só por motiBos mes*uin:osU Maia :oróscopos para angariar o sustento para si e para os seus (o serR esta imagem um tanto arbitrRriaC "eBemos sempre eBitar pro]ectar no passado os nossos próprios imperatiBos cientíMicos e racionalistas de :omens do século '' A realidade Moi muito mais matiada YVZ 7epler no só nunca ps em d_Bida a possibilidade de elaborar temas de nascimento exactos% como também *uis renoBar a astrologia% desenBolBendo todo um sistema tradicional baseado na Bel:a doutrina pitagórica da :armonia das esMerasU cada planeta emite na sua órbita a sua m_sica própria
Os
aspectos
determinismo
-
planetRrios
agiriam
no
só
-
para
sobre
Boltarmos a
Terra
ao no
problema seu
do
con]unto
Ynomeadamente sobre a sua atmosMeraZ% mas sobre todos os seres *ue nela se encontram reunidas% inclusiBe os :omens
YVZ 2 $ )ung e Q >auli% (aturerFlrung und >sGc:e% Nuri*ue% !osc:er 9erlag%
1=4&
9er% também%
os três estudos
acerca de 7epler e
a
astrologia Y#a Tour Saint-)ac*ues% n 0% /aio-)un:o de 1=46% pp 6& e seguintesZ
1,8
A maior obra de 7epler% as Harmonices /undi YVZ% terminaBa com esta esplêndida preceU \"o mesmo modo *ue :R na (aturea sublunar um certo instinto Bisual ou anRlogo para perceber os aspectos% igualmente deBe :aBer nela *ual*uer coisa de anRlogo para perceber as :armonias das esMeras celestes% por*ue uma :armonia só deBe existir para ser percebida A lu no sai somente
do Sol% mas uma :armonia do con]unto é-l:e deBida\
Astrólogos rosacrucianos
3oi
em
16?0
*ue
teria
tido
lugar%
segundo
os
três
maniMestos
rosacrucianos publicados na Aleman:a por )ean-9alentin Andreae Y16101614Z% a descoberta Matídica do t_mulo de 2:ristian !osencreut% o Mundador lendRrio da Mraternidade rosacruciana >arece tratar-se a*ui de um
episódio simbólico%
exterior
das
*ue
actiBidades
caracteria% da
sociedade
eMectiBamente% secreta
dos
o
despertar
!osa-2ru%
a
instaurao% na Europa% de um período de desenBolBimento% de extenso% de propaganda O
!osacrucianismo
poderia
ser
caracteriado
do
modo
seguinteU
um
con]unto de doutrinas% de prRticas% de ritos simbólicos inspirados no símbolo tradicional da !osa-2ru Ya !osa sobre a 2ruZ e Mormando um sistema iniciRtico *ue se propun:a como ob]ectiBo a reintegrao% a regenerao da :umanidade - indiBidual e colectiBamente Entre os membros da Mraternidade rosacruciana nos comeos do século '9II% a astrologia goaBa de grande reputao% constituía para eles uma das componentes indispensRBeis das ciências :erméticas tradicionais
YVZ 9er a traduo Mrancesa por 3rancis Qarrain% >aris% Hermann% 1=0&% & Bolumes
1,;
Eis%
extraído
do
\Terceiro
"ia\
das
+odas
*uímicas
de
2:ristian
!osencreut% de Andreae Y1616Z% um episódio ritual bem reBelador YVZU \Em seguida% Mieram-nos Bisitar o interior do $lobo% onde entrRmos da
maneira
seguinteU
no
espao
representando
o
mar
e
*ue
ocupaBa%
naturalmente% muito lugar% encontraBa-se uma placa com três dedicatórias e o nome do autor Esta placa erguia-se com Macilidade e descobria a entrada pela *ual se podia penetrar até ao centro baixando uma pranc:a móBel` :aBia lugar para *uatro pessoas (o centro% no :aBia mais do *ue uma pranc:a redonda` mas% *uando lR se c:egaBa% podiam contemplar-se as estrelas em pleno dia - todaBia% nesse instante% era ]R escuro -% creio *ue eram puros rubis *ue
realiaBam
em
ordem
o
seu
curso
natural
e
essas
estrelas
resplandeciam com uma tal belea *ue eu no podia desligar-me desse espectRculo\ O !osacrucianismo europeu contarR um astrólogo de grande renome na pessoa
do
médico
al*uimista
inglês
!obert
3ludd
Y1480-16,8Z
Y&Z
"eMinia% assim% a astrologiaU \a ciência da adiBin:ao pelo aspecto da :armonia celeste e o ]ogo dos elementos sublunares\ "iBidir-se-ia
em
duas
grandes
partesU
a
astrologia
\natural\
e
a
astrologia metódica dos talisms e pentRgonos estrelados protectores /as%
aos
ol:os
de
3ludd%
a
astrologia
Morma
uma
das
ciências
tradicionais cu]o con]unto constitui o ediMício mais coerente *ue se possa conceber !obert 3ludd escreBeu uma extraordinRria enciclopédia rosacruciana em latim% trius-*ue 2osmi Historia Y\História de um e do outro /undo\ - isto é% do /acrocosmo e do /icrocosmo% do niBerso e do HomemZ% abundantemente ilustrada de muito belas estampas simbólicas m dos Mrontispícios% por exemplo%
YVZ 2itamo-lo segundo a edio Mrancesa de Auriger e >aul 2:acor-nac% >aris% 2:acornac% 1=&; YZ Suanne (elli% !obert 3ludd% astrólogo Y2a:iers Astrologi*ues% n
11&% noBa série% Setembro-Outubro de 1=60% pp &&8-&,6Z
1,=
representa o Homem% de braos e pernas abertos% inscrito num círculo e rodeado das esMeras YplanetRrias e elementaresZ *ue inMluem sobre o corpo Mísico e o ser :umano inBisíBel Tanto aos ol:os de 3ludd como aos de >aracelso e de toda a tradio :ermética% reina uma correspondência analógica perMeita entre o con:ecimento tradicional do niBerso e o do :omemU con:ecer um destes dois liBros Y*ue deBeriam estar em perMeita :armoniaZ% é Micar em condi[es de con:ecer ipso Macto o outro "e onde a possibilidade de Ber no :omem todas as partes do mundo Ymateriais e psí*uicasZ% como num espel:o 2ada uma das partes do corpo :umano encontra-se submetida ^s inMluências planetRrias% de *ue 3ludd elabora Ydepois de >aracelsoZ o *uadro muito minucioso A aco celeste sobre o mundo inMerior% Mísico% opera-se
pela con]uno das
inMluências do
planeta e do signo 3ludd tem uma ideia muito eleBada da astrologia% *ue considera como uma parte do ediMício sagrado \ pela reBelao% di ele% *ue os :omens con:eceram os astros e é pela cabala *ue conserBaram esse con:ecimento\ >assagem *ue se poderia aproximar desta% extraída do preMRcio dos Três >rincípios% de )aFob +[:meU \+enéBolo leitor% comparo toda a MilosoMia% a astrologia% a teologia% acrescentando-l:es a Monte de *ue deriBam% a uma bela RrBore *ue cresce num ]ardim de delícias\ +[:me% cu]o sistema teosóMico seria de aproximar do !osacrucianismo% pun:a em correspondência as sete Mormas da (aturea diBina com os sete planetas clRssicos da astrologia
O talism de #uís 'I9
.uando o !ei Sol nasceu% a astrologia reinaBa ainda soberanamente nos espíritos
a
)osJp:
)ac*uiot%
conserBadora
do
"epartamento
das
/edal:as
e
Antiguidades da +iblioteca (acional Y>arisZ%
10?
*ue
se deBe a
reBelao
recente
Y1=6;Z de um documento
:istórico
bastante insólitoU o talism de #uís 'I9 certo *ue se sabia *ue o Muturo !ei Sol% como todos os seus antecessores% tiBera o seu :oróscopo meticulosamente elaborado na altura do nascimento /as ignoraBa-se a dRdiBa Meita
^
criana
real de um tal
talism (o anBerso
deste
encontram-se graBados os signos planetRrios do :oróscopo real e% no reBerso% um *uadrado mRgico perMeito Yisto é% um con]unto de n_meros dispostos em Morma de *uadrado e de maneira a obter o resultado numérico seguinteU a soma dos n_meros é idêntica para cada lin:a :oriontal% Bertical ou diagonalZ Este talism Mora elaborado especialmente para o ]oBem monarca` e )osJp:e )ac*uiot demonstrou a existência de uma c:aBe de concordncia entre as letras do alMabeto e os algarismos do *uadro mRgico (o entanto% ^ medida *ue o século '9II aBana% assiste-se ao descrédito crescente da astrologia nos meios cientíMicos
"escrédito cientíMico crescente da astrologia
Todos con:ecem a MRbula% de #a 3ontaine% O astrólogo *ue se deixa cair num poo% de *ue citamos os Bersos célebresU
m astrólogo% certo dia% deixou-se cair (o Mundo de um poo E disseram-l:eU $rande tolo% Se mal podes Ber onde p[es os pés% 2omo te atreBes a deciMrar o *ue no enxergasC O
Mabulista
consideraBa
a
astrologia como
o
protótipo
das \Malsas
ciências\ Ypara Malar a linguagem racionalista modernaZ% Berdadeira mina de ouro para os c:arlates de baixo estoMoU \2:arlates% Maedores de :oróscopos% abandonem as cortes dos princípios da Europa\O #a 3ontaine
YVZ 3Rbulas% liBro II% MRbula 1,
101
exprimia muito bem a eBoluo% nos meios cultos Mranceses% da atitude geral a respeito da astrologiaU sem *ual*uer d_Bida% o meio do grande século marca a época% em 3rana e nos outros países europeus% em *ue a astrologia e a astronomia deixaro deMinitiBamente de estar ligadas $alileu ainda acreditaBa na adiBin:ao astral% a ponto de elaborar numerosos temasU em 16?=% elaborou o :oróscopo do seu protector% o grodu*ue da Toscnia% a *uem predisse uma Bida longa - garantia temerRria% pois a alta personagem morreu semanas depoish Em 164?% a situao mudou por
completoU
daí
por
diante%
nen:um astrónomo
-
com
excepo de
3lamstead% criador do ObserBatório de $reenic: - acreditarR mais na astrologia YVZ Em 1666% a*uando da criao da Academia das 2iências% 2olbert excluirR a astrologia das diciplinas oMicialmente recon:ecidas m decreto de ,1 de )ul:o de 16;&% assinado por #uís 'I9% proscreBe em todo o reino a impresso e a diMuso dos almana*ues astrológicos% aliRs sem grande sucesso prRtico Além-/anc:a% os adBersRrios da astrologia
encarniam-se contra elaU é assim *ue )on:atan SiMt Y1668-1804Z% o autor das 9iagens de $ulliBer% excitarR o riso popular contra o seu compatriota o astrólogo )o:n >artridge% descrito sob o pseudónimo de \Isaac +icFerstaMM\ Também nos meios eclesiRsticos se desenBolBe% no século '9II% cada Be mais% uma atitude de completa desconMiana% e até de nítida condenao% a respeito da astrologia )eremG TaGlor% bispo anglicano% sistematiarR% assim% a sua atitudeU \>roibir *ual*uer :omem de deixar as suas esperanas Bogar para o Muturo%
para
os
acontecimentos
longín*uos
e
para
as
contingências
um
*uestionRrio
acidentais\
YVZ
>odemos
perguntar-nos
Berdadeiramente reBelaria
secreto
surpresas
e
se%
mesmo
conMidencial
En*uanto
uma
:o]e%
enBiado
resposta
aos
astrónomos
aMirmatiBa
p_blica
no ^
perguntaU \Acredita na astrologiaC\ exporia o seu autor no só a troa% mas% também% a graBes aborrecimentos proMissionais
10&
E encontrar-se-ia uma atitude anRloga no clero católico da época E% contudo (aturalmente% esta eBoluo gradual nas reac[es dos meios europeus cultos
no
astrológicas
é
o
dobre
a
Minados
9eriMicar-se-ia isso
da a
Bel:a
níBel
crena
nas
popularU os
predi[es calendRrios
astrológicos continuaro a Bender-se` Ber-se-R% até% o almana*ue 9ox Stellarum Y\A 9o das Estrelas\Z% criado pelo astrólogo inglês 3rancis /oore Y1648-1814Z% continuar a ser publicado até 1;=6 O mesmo se BeriMicaria ao níBel das elites cultasU no grande século% so numerosas
as altas personagens *ue acreditam na adiBin:ao planetRria% a ponto de terem ainda o seu astrólogo pessoal 9eriMicar-se-ia isso% ainda% ao níBel de alguns autênticos sRbios (o se Bê% acaso% o astrónomo real 3lamstead Y1606-181=Z Mundar o ObserBatório de $reenic: Ynos arredores de #ondresZ% elaborando minuciosamente o :oróscopo
do momento mais
MaBorRBelC m amigo de 3lamstead% o ilustre Isaac (eton em pessoa% autor
da
>rincipia
/at:e-matica
Y16;8Z%
no :esitarR
em
declarar%
Malando da astrologia ao astrónomo HalleG Ycéptico% esteZ% *ue descobriu o cometa *ue tem o seu nomeU \Eu estudei o assunto% /r HalleG% e o sen:or no\ YVZ Aos ol:os de (eton Y*ue descobriu as leis astronómicas da graBitao uniBersalZ%
*ual*uer
Menómeno
Mísico
Yincluindo
os
planetas
e
as
estrelasZ encontra-se submetido a leis uniBersais "aí% para ele% o carRcter perMeitamente raoRBel da astrologia (a
segunda
metade
do
século
'9II%
encontram-se
ainda
astrólogos
proMissionais muito célebres (a $r-+retan:a% por exemplo% poderiam citar-se diBersos nomes ilustres Os de )o:n $adburG Y16&8-16=&Z% de $eorge Q:arton
YVZ \I :aBe studied t:e sub]ect% /r HalleG% Gou :aBe not\
10,
Y1618-16;1Z% de )o:n >artridge Y1600-1814Z% de )o:n 2aseG - autor do $uia Angélico YVZ% de )o:n HeGdon% Mil:o de sir 2:ristop:er HeGdon Y&Z /as
o
astrólogo
britnico
mais
célebre
do
século
'9II
Moi%
sem
contestao% Qil-liam #illG Y16?&-16;&Z% autor de uma muito Bolumosa Astrologia crist% com mais de ;?? pRginas Em 1641%
#illG anunciara
grandes desastres para
a
Inglaterra%
*ue
simboliaBa pelos $émeos Ysegundo eleZ o signo odiacal atribuído ^ cidade de #ondres Tais desastres deBeriam produir-se em 1666U ora` Moi ]ustamente nesse ano *ue se deu o grande incêndio *ue destruiu a maior parte da Bel:a capital inglesa Outro astrólogo
inglês
2ulpeper%
como
*ue%
célebre do grande bom
discípulo
de
séculoU o
médico (icolas
>ara-celso%
atribuía
as
propriedades terapêuticas das plantas ^ inMluência dos planetas Em 3rana% a astrologia teBe um nome ilustre na pessoa de )ean-+aptiste /orin Y14;,-1646Z% nascido em 9ille-Mranc:e% e daí o nome pelo *ual é% sobretudo% con:ecidoU /orin de 9illeMranc:e proMessor de matemRticas no 2olégio
de
3rana
"eixou
um
Bolumoso
tratado
póstumo
em
latim%
Astrologia $allica YHaia% 1661Z% cu]o prestígio entre os astrólogos proMissionais no Moi desmentido até aos nossos dias Aos ol:os de /orin% as inMluências celestes so causas uniBersais` a sua aco sobre um determinado indiBíduo depende dos aspectos *ue se apresentam% ao nascimento% entre as casas astrológicas e os astros >ara estabelecer predi[es astrológicas exactas% é necessRrio con:ecer a naturea e o estado celeste de cada um dos planetas% o signo odiacal em *ue se desloca% a sua posio em tal ou tal casa astrológica% enMim% as suas rela[es
com
os
outros
planetas
2ontemporneo
de
/orin%
o
padre
capuc:in:o 3ranois Bes
Y&Z T:e Angelical 2uide Y16=8Z Y,Z )o:n HeGdon predissera *ue OliBer 2romell seria enMorcadoU *uando o #orde
>rotector
!estaurao
morreu
Y166?Z%
o
na
>arlamento
cama%
toda
ordenou
a
*ue Mosse
enMorcado Yo *ue Moi MeitoZ o cadRBer do regicidah
100
gente
riu
Ora%
desenterrado
na e
Y14=,-16;8Z%
escreBendo
sob
o
pseudónimo
de
3ranciscus
Allaeus%
publicara% em 1640% uma obra intitulada 3atum ni-Bersi Y\O "estino do niBerso\Z% em *ue se esMoraBa por preBer os grandes acontecimentos destinados a produirem-se na 3rana e na Inglaterra Este liBro Moi ]ulgado inoportuno e perigoso% a ponto de o >arlamento de !ennes o ter mandado *ueimar% e de a Sorbonne ter ordenado a apreenso de todos os exemplares (a segunda metade do século '9II% o conde de +ou-lainBilliers% antigo militar% grande admirador da MilosoMia de Espinoa% no :esitarR em apresentar-se como astrólogo conBicto 2edamos-l:e a palaBraU \>ode-se% pela ciência das estrelas% con:ecer o temperamento dos *ue nascem% e assim considero *ue os astros so dignos e no causas de diBersos temperamentos\ Encontra-se sempre% em suma% o Mamoso adRgioU astra inclinant% non necessitant Y\os astros orientam% no determinam\Z (o século '9II% a ItRlia con:ecerR toda uma escola de astrólogos entre religiosos 2itemos o padre >lacidus de Titis Y16?,-166;Z% o padre ]esuíta $iambattista !iccioli Y14=;-1681Z% *ue se consagrou a calcular com preciso todas as con]un[es planetRrias do ano ,=;? antes da era crist ao ano &,4; depois de 2risto YVZ 2itemos%
igualmente%
entre
os
astrólogos
italianos
desse
período%
+onatti% proMessor na niBersidade de >Rdua Y&Z% e Tattoni% médico municipal de Terni e ardente deMensor da astrologia médica Y,Z
YVZ Se% nas obras de :istória das ciências% se presta% muito ]ustamente% :omenagem aos trabal:os do padre !iccioli acerca da *ueda dos corpos e outros domínios cientíMicos% é deixada pudicamente em silêncio a sua crena to segura na astrologiah
Y&Z Autor% em 16;8% de uma niBerso astrosop:ia naturalis Y,Z Autor da importante obraU 55 medico astrólogo o Bera apologia medicoMlsica astrólogo contra Bolgo Y16;4Z
104
2apítulo 9 O S2#O '9III
m século cépticoC
>areceria ^ primeira Bista in_til consagrar um capítulo% mesmo muito curto% ^ astrologia no \século das lues\ (o só 9oltaire% com o maior desdém% recusarR conceder o menor lugar ^ astrologia no seu "icionRrio MilosóMico YVZ% como também a atitude geral exterior da época pareceria - de alto a baixo da escala social - completamente céptica a respeito da possibilidade de uma adBin:ao pelos astros (a sua 2iência celeste da astrologia Y18=?Z% Ebeneer SiblG deplora Ycitamos os seus próprios termosZU \os preconceitos est_pidos da época contra a BenerRBel ciência da astrologia\ muito sintomRtica a obserBao de #uís '9% ao saber Y&Z *ue /adame de >ompadour mandara Maer o seu :oróscopo para uma \Meiticeira\U \Seria
necessRrio%
para
aBaliar
da
Berdade
ou
da
Malsidade
de
semel:antes predi[es% reunir uma cin*uentena delas` Ber-se-ia *ue so *uase sempre as mesmas Mrases% *ue ora Mal:am a sua aplicao% ora se reMere ao ob]ectoU mas *ue das primeiras no se MalaBa e se MalaBa muito das outras\
YVZ O pai do ]oBem Arouet :aBia mandado elaborar o :oróscopo do bebé por
+oulainBilliers 9oltaire no deixarR de insistir nos erros do tema Y&Z O episódio é citado por /adame du Hausset% criada de *uarto da MaBorita
108
do século '9III *ue data a imagem clRssica% to populariada - e totalmente MalsaU nunca os astrólogos se Bestiram dessa maneira -% do adiBin:o Bestido de longo Mato constelado de estrelas% e de c:apéu pontiagudo na cabea% igualmente consteladoh
SobreBiBência da astrologia
Seria%
no
entanto%
um
erro
completo
contentarmo-nos
com
a
imagem
estereotipada do século '9III como \aurora do racionalismo cientíMico\ P medida *ue o século '9III aBana% no se BeriMica% pelo contrRrio% a existência particularmente persistente da*uilo a *ue muito ]ustamente se c:amou \o inBerso
do século das
lues\C
Em Bésperas da !eBoluo
3rancesa e durante esta% so imensos os progressos do iluminismo extremamente actiBo nas sociedades secretas rosacrucianas e maónicas desse período YVZ #imitemo-nos a citar a publicao% na Aleman:a Y18;,Z% das 3iguras secretas dos !osa-2ru% em *ue% na série destas estran:as estampas simbólicas% a correspondência entre os planetas da astrologia e as Moras espirituais desempen:a um papel capital (a sua Origem de todos os cultos Y18=0Z% 2:arles "upuis reabilita o simbolismo astrológico Também
com
#ouis-2laude
de
Saint-/artin
se
opera
uma reabilitao
completa da astrologia tradicional 2itemos% do \3ilósoMo descon:ecido\%
uma passagem signiMicatiBa - em *ue ele encaraBa a eBentualidade Y*ue as descobertas contemporneas deBiam conMirmar plenamenteZ da localiao de uma série de planetas Y&Z descon:ecidos dos antigos YA passagem seguinte é extraída de uma das _ltimas
YZ Assinale-se% por exemplo% a obra recente de Antoine 3aiBre sobre cFarts:ausen et Ia t:éosop:ie c:rétienne% >aris% 7lincFsiecF% 1=6= Y&Z Além de urano% descoberto no Mim do século '9III
10;
obras de Saint-/artin% publicada em >aris em 1;?&% o .uadro natural Ei-laU \/esmo *ue actualmente o catRlogo dos planetas ultrapassasse o n_mero sete% a predominncia de uma ou de outra destas sete Mormas da (aturea YVZ no cessaria% por isso% de ter lugar em cada um destes corpos celestes` somente BRrios destes planetas poderiam ser constituídos de maneira a oMerecer aos nossos ol:os o cun:o e a predominncia das mesmas Morma e propriedade O n_mero das Mun[es no Bariaria Só o n_mero dos MuncionRrios aumentaria% e isso% sem d_Bida% em propor[es *ue poderiam sempre a]udar a distinguir o grau dos diMerentes MuncionRrios empregados na mesma Muno% por*ue nem todos estariam% proBaBelmente% nos graus de uma igualdade absoluta% Bisto *ue a (aturea nada nos apresenta de semel:ante\ (o Mim do século '9III um médico inglês% Ebeneer SiblG Y184&-18==Z% no recearR tentar uma reabilitao% em regra% da astrologia% numa obra - ]R atrRs citada - publicada em 18=? (ela se encontram numerosos :oróscopos pormenoriados incluindo os do rei )orge III% da Inglaterra% e de )esus 2risto% bem como os de acontecimentos colectiBos% como a Independência
americana
YVZ (o es*uecer a inMluência de )aFob +[:me sobre Saint-/artin
10=
2apítulo 9I O S2#O 'I'
SobreBiBência da astrologia
HR tendência para Ber o século 'I' como a época antiastrológica por excelência% com a deMinitiBa libertao dos astrónomos em relao a *ual*uer pensamento reserBado de possíBel utiliao do seu estudo dos astros para Mins diBinatórios ma Be mais% sentimo-nos inclinados a pro]ectar
sobre
os
nossos
antepassados
as
rigorosas
exigências
racionalistas *ue se tornaram as dos sRbios do século '' O simples exame das obras publicadas na primeira metade do século 'I' bastaria% no entanto% para nos mostrar a coexistência% em paralelo com os tratados cientíMicos
mais
rigorosos%
de
muitas
especula[es
cosmológicas
ambiciosas% concebidas de maneira muito atreBida Yé o menos *ue se poderR dierZ a partir de dados ad*uiridos positiBamente YVZ EBidentemente% tal como para as épocas anteriores% é preciso eBitar a crena numa \cortina\ interposta abruptamente entre uma e outras épocas% entre gerao e a *ue se l:e segueU no comeo do século 'I'% existem% ainda% diBersos :omens actiBos nascidos durante a segunda metade do
YVZ o caso de uma curiosa e muito interessante obra de Isaac ArdantU Essais de >:ilosop:ie >:Gsi*ue et Astronomi*ue sur *uel*ues p:énomJnes
de Ia (ature et du globe% >aris% Sautelet et 2ie% 1;&6
148
século
precedente
+asta
pensar
em
$oet:e%
ardente
deMensor
da
astrologia tradicionalU \9im ao mundo em 3rancMort% di-nos ele% a &; de Agosto de 180=% ^ décima-segunda badalada do meio-dia A constelao era propícia j\ E
continua
oMerecendo-nos
todos
os
pormenores
necessRrios
do
seu
:oróscopo Os maiores progressos do racionalismo cientíMico% naturalmente% nunca podero% segundo parece% eliminar a esperana ingénua e patética dos :umanos de con:ecer o Muturo e% mais ainda% esperar poder condicionR-lo atraBés de prRticas \inMalíBeis\ de magia Eis o texto de um an_ncio% bem signiMicatiBo% publicado num ]ornal proBinciano inglês% o 2:elten:am 3ree >ress% de ,1 de Outubro de 1;,4U \Ob]ectos
celestes
tais
como
talisms%
símbolos
astro-lógicos
e
amuletos% preparados segundo os Berdadeiros princípios da magia diBina e celeste% para a desapario ou diminuio das inMluências malignas dos corpos celestes\ An_ncios deste tipo tero sempre clientela RBida% e *ue estR longe de se extinguir (o é menos exacto aMirmar *ue% ao menos nos meios cultos% a primeira metade do século 'I' coincidiu com um descrédito geral da astrologiaU citRmos% na Introduo desta obra% o diBertido artigo Astrologie do pe*ueno "ictionnaire dês idées recues% de $ustaBe 3laubert% em *ue este se
diBertiu%
maliciosamente%
aMirma[es Beementes dos
a
reunir
todos
Mranceses médios
sal[es proBincianos dos anos 1;0?
os
lugares
comuns
e
e pe*uenos burgueses nos
3acto signiMicatiBo% Qalter Scott - cu]as obras se contaBam Yé preciso no o es*uecermosZ entre os grandes sucessos de liBraria da época :aBia pro]ectado escreBer um romance :istórico cu]o tema principal Maia aluso
^
astrologia`
mas%
rapidamente
renunciou
a
esse
pro]ecto%
pensando no descrédito geral da adiBin:ao astral entre os seus
14&
contemporneos !eMerindo% em 1;&=% esse pro]ecto abandonado% escreBiaU \j parecia *ue a astrologia j ]R no mantin:a% ento% bastante inMluência sobre os espíritos na sua generalidade% nem *ue Mosse para constituir a mola-real de um romance\ Alarmando-se com os perigos do c:arlatanismo% o >arlamento britnico :aBia colocado os astrólogos Mora da lei% cinco anos antes 2uriosamente Ysem d_Bida por causa de os adiBin:os actuarem% de preMerência% nas Mestas campestres e nas MeirasZ% esta disposio encontraBa-se englobada no Acto sobre a Bagabundagemh (o entanto% a astrologia% embora desacreditada em relao ao p_blico culto%
continuaBa
a
subsistir%
e
no
apenas
entre
os
c:arlates
exploradores da credulidade p_blica O inglês )o:n 9arleG publicaBa% em 1;&;% o seu importante Tratado de Misiognonomia odiacal Em 3rana% a astrologia tradicional manteBe a sua importncia para os grandes esoteristas da primeira metade ao século 'I'U >aul 2:ristian 2Z% 3abre dVOliBet% +alanc:e% Elip:as #eBi YaliRs% abade 2onstantZ - entre outros - sero seus partidRrios conBictos 2itemos estas lin:as% muito signiMicatiBas% de +allanc:eU \A astrologia é uma síntese% a RrBore da Bida% uma só RrBore e os seus ramos%
estendidos
nos
céus
e
segurando
as
Mlores
correspondem ^s raíes *ue esto escondidas na terra\
de
estrelas%
+astaBa pouca coisa% de Macto% para tornar possíBel o renoBar europeu da crena na astrologia
YVZ Autor do liBro # VHomme muge dês Tuileries Yaluso ^ pe*uena personagem sobrenatural *ue /aria Antonieta e% depois% +onaparte teriam BistoZ% em *ue ele se esMoraBa por introduir na astrologia a ciência cabalística dos n_meros
14,
O despertar da astrologia
Era de Inglaterra *ue deBia Bir esse renoBar astrológico% graas aos esMoros
incansRBeis
de
dois
:omens%
tornados
ilustres
sob
os
pseudónimos bíblicos% respectiBos% de NadFiel e !ap:aél` ainda :o]e% almana*ues astrológicos continuam a ser publicados na $r-+retan:a sob estes pseudónimos !ic:ard )ames /orrison% *ue deBia tornar-se con:ecido sob o pseudónimo de NadFiel% nasceu em 18=4` comeando por ser oMicial da /arin:a !eal% renunciou% em 1;&=% ^ sua carreira para se consagrar completamente ^ astrologia .uanto ao seu contemporneo !ap:aél% era% eMectiBamente% o astrólogo Qilliam 2 Qrig:t >ode-se dier *ue é pela diMuso crescente dos
almana*ues destes dois ingleses *ue
reabilitao
na
opinio
p_blica%
e
a
tanto
astrologia obtém mais
*ue
ela
a
sua
BisaBa%
deliberadamente% apresentar-se% a partir de ento% liberta do carRcter \oculto\ ligado outrora a esta arte Esta tendência para a constituio de uma astrologia \cientíMica\ acentuar-se-R na segunda metade do século 'I' Sempre em Inglaterra% Alan #eo Y1;6?-1=18Z - Q 3 Allen% de seu nome
Berdadeiro
-
Mundou%
em
1;=6%
a
primeira
grande
reBista
\cientíMica\
de
astrologiaU
/odern
AstrologG`
o
seu
liBro
\1??1
natiBities\ Y\1??1 :oróscopos\Z teBe imenso sucesso e permaneceu% até :o]e% um manual prRtico muito considerado Alan #eo terR émulos muito numerosos entre os seus compatriotas` citemos Qal-ter !ic:ard Old% mais con:ecido pelo seu pseudónimo% Sep:arial A segunda metade do século 'I' BerR a astrologia \cientíMica\ espal:arse
no
somente
no
mundo
anglo-saxónico%
mas
também%
kkxBas
oBXs
Df9^do1C% ocq^enxí^C Em
3rana%
é
o
comandante
>aul
2:oisnard
Y1;68-1=,?Z%
antigo
politécnico% *uem% primeiro sob o pseudónimo >aul 3lambard% depois com o seu Berdadeiro nome% ilustrarR esta tendência (a sua obra principal% #ê langage astral% publicada em 1=?&% mas *ue reunia os resultados obtidos ao Mim de numerosos anos de pacientes pes*uisas estatísticas%
140
tentaBa proBar cientiMicamente% atraBés do cRlculo das probabilidades% a realidade das predi[es astrológicas YVZ Entre os outros astrólogos Mranceses da \+elle po*ue\% citemos o abade 2:arles (icoullaud Y1;401=&4Z% BigRrio de uma importante paró*uia parisiense` é sob o pseudónimo 3omol:aut *ue se publicam os seus trabal:os astrológicos% especialmente o seu grande Traité dVAstrologie sp:éri*ue et ]udiciaire Y1;=8Z% onde se encontraBa% pura e simplesmente YpRg ,16Z% a incontestRBel preMigurao de uma descoberta astronómica modernaU \>ara além da órbita de (eptuno% :R um planeta% cu]o nome é >luto\ Ter pressentido o próprio nome *ue seria dado ao planeta transneptuniano é%
pelo
menos%
to
extraordinRrio
como
a
preBiso
dessa
mesma
descobertah O abade 2:arles (icoullaud% aliRs \3ommal:aut\% era uma personalidade muito curiosa% tendo consagrado esMoros incansRBeis ^
deciMrao
metódica
das
2ent_rias
de
(ostradamus%
nas
*uais
ele
Yrealista conBencidoZ Bia inscrito o an_ncio da c:egada do Muturo $rande /onarca% c:amado a salBar a 3rana Y&Z Todos os astrólogos do século 'I' e do seu prolongamento estiBeram longe de
se
preocuparem%
(umerosos%
entre
astrológico nas
apenas%
eles%
com
tentaram%
a
Morma pelo
cientíMica
contrRrio%
perspectiBas tradicionais 3ora
da
sua
arte
o
renoBo
situar
]R o
caso
de >aul
2:ristian Y)ean-+aptiste >itois% de seu nome BerdadeiroZ Y1;11-1;88Z% autor de # VHomme rouge dês Tuileries` serR% também% o caso de toda uma série de glórias ocultistas da \+elle po*ue\U o \doutor ElG Star\% aliRs EugJne )acob Y1;08-1=0&Z` 3 2:
Y1Z #embremos *ue% se% cronologicamente% o século xix terminou em 1=??% 1=10 deBia% :umanamente Malando% marcar para o :istoriador um Berdadeiro limite abrupto entre dois períodos :istóricos Y&Z O abade (icollaud tin:a% também% a ideia Mixa de um ma*uiaBélico \complot\ maónico uniBersalU ]untamente com monsen:or )ouin% Mundou a !eBue Internationale dês Sociétés SecrJtes
144
+arlet% aliRs Albert 3auc:eux Y1;,;-1=&1Z` Abel Haatan% aliRs Abel T:omas Y*ue possuía uma MarmRcia na !ua de AbauFir% em >arisZ` >apus% aliRs
o
"r
$erar
Encausse
Y1;64-1=16Z%
reorganiador
da
Ordem
/artinista /uitos astrólogos deste período pertenciam% é preciso insistir% a uma das organia[es espiritualistas *ue se desenBolBeram no decurso da \+elle po*ue\U a +laBatsFG`
a
Sociedade
Ordem
TeosóMica% Mundada em 1;84
/artinista
de
\>apus\`
diBersas
por madame organia[es
rosacrucianas% etc (a Aleman:a% seria necessRrio citar o nome de 7arl 7ieseetter Y1;401;=4Z% reputado ocultista% Malecido prematuramente
146
2apítulo 9II O S2#O ''
Imenso impulso popular da astrologia
(o comeo do _ltimo século% o astrónomo e matemRtico #aplace podia proclamar de boa-MéU \A astrologia aguentou-se até ao Mim do pen_ltimo século YreMeria-se% eBidentemente% ao século '9IIZ% época na *ual o con:ecimento geralmente diBulgado% do Berdadeiro sistema do mundo% a destruiu para sempre\ (o entanto% e apesar da generaliao da imagem copérnica do mundo Yo Sol% e no a Terra% tomado como centro do nosso sistema planetRrioZ% a astrologia no estaBa% de maneira nen:uma% Botada ^ desapario +em pelo
contrRrio%
longe
de
ser
algo
de
eMémero%
o
espectacular
renascimento da astrologia durante a \+elle po*ue\ no deBia cessar de se acentuar ^ medida *ue corriam os anos do século '' >rimeiramente circunscrita
a
um
p_blico
culto%
numeroso
mas
ainda
restrito%
a
astrologia no deBia tardar a captar a ateno das massas >or*uê uma tal predileco colectiBa aumentando progressiBamenteC Eis as ]ustas obserBa[es Meitas por um dos actuais mestres Mranceses da astrologia% André +arbault% num pertinente estudo publicado em 1=46 YVZU
YVZ +ilan de lVAstrologie Y#a Tour Saint-)ac*ues% n 0% /aio-)un:o de
1=44% pp ; e =Z
148
\Este renoBo contemporneo pode ser explicado% em grande parte% pelo retorno
generaliado
ao
irracional%
*ue
se
Ma
acompan:ar
de
um
desprender das supersti[es Este incontestRBel recuo do espírito é inerente
^
insegurana
em
*ue
BiBe
o
mundo
moderno%
su]eito
a
reBolu[es% guerras mundiais% agita[esU a preBiso do Muturo é uma necessidade proMunda da alma angustiada\ (o é necessRrio ser-se grande perito em matéria de psicologia normal e patológica para dar-se conta de *ue o lancinante dese]o :umano de con:ecer o Muturo Ycom a secreta esperana de Ber nele despontar coisas mais agradRBeis do *ue as da triste realidade BiBida no momentoZ é mais acentuado nas épocas de grandes conMus[es colectiBas do *ue nas épocas mais calmas O comeo do século '' :aBia Bisto o sucesso crescente dos liBros e reBistas astrológicos especialiados% dos cursos e escolas especialmente Botados ao estudo desta arte YVZ Alguns anos antes da Segunda $uerra /undial% o \MaFir +irman\ Y*ue era% na realidade% um MrancêsZ Y&Z :aBia tido a ideia genial de publicar os seus :oróscopos *uotidianos% preparados para os natiBos de cada um dos signos do Nodíaco% num ]ornal parisiense de grande tiragem` o sucesso Moi imediato e estrondoso% pelo *ue o mesmo processo passou a ser utiliado% em grande escala% em todo o mundo% por in_meros praticantes /as a astrologia comercial no podia deter-se num camin:o to bomU no contente com colocar ao seu serBio a grande imprensa diRria ou semanal% utiliarR as técnicas mais modernas Y,Z Após a imprensa% Biram-na% ento% utiliar a rRdio e depois a teleBiso
YVZ
(o
citaremos
mais
do
*ue
um
exemploU
A
cole
dês
Sciences
Astrologi*ues Y:istori*ues% rationnelles% expérimentales et appli*uéesZ% Mundada por Henri 2andiani% em 1=,4% no n 14 da !ue du Sommerad% >aris Y&Z 9er as suas /emóriasU 3aFir +irman% /ês souBenirs et mês secrets% com prólogo de /arice $aron% >aris YArmand 3leurGZ% 1=06 Y,Z So raros% no mundo ocidental% os órgos de inMormao de grande tiragem *ue no possuem rubrica astrológica
14;
Kltimo aperMeioamentoU o :oróscopo estabelecido% em tempo \record\% pelo ordenador electrónico Eis o texto da circular *ue nós recebemos% tal como outras pessoas% datada de 1, de )un:o de 1=6;U \2aro sen:orU "e sRbado 14 a
domingo
&, de )un:o de 1=6;% uma demonstrao de
astrologia electrónica AST!O3#ASH serR eMectuada num ordenador I + / ,6?-,?% instalado% a título excepcional% no salo de exposi[es Simca% ABenida
dos
2ampos
Elísios%
1,6%
>aris%
;
Esta
experiência
sem
precedentes prosseguirR% todos os dias% sem interrupo% das 1& e ,? ^ meia-noite >artindo de uma data de nascimento Ydia% :ora e lugarZ% o aparel:o calcularR os dados astronómicos da carta do 2éu e% em Muno da posio dos planetas no céu natal% traarR% diante de si% um retrato psicológico indiBidualiado no ocupando menos de sete grandes Mol:as Ytexto em Mrancês% conMorme o pedidoZ TalBe
o
sen:or
se]a
céptico
acerca
da
Beracidade
das
anRlises
astrológicas "esta maneira% oMerecemos-l:e a possibilidade de BeriMicar o seu Mundamento% em relao a si próprio% aos seus parentes ou%
eBentualmente% a outras personalidades j A(E'OSU 2aderneta de Bales para cinco :oróscopos 3ol:a de pedido de certido de nascimento ^ secretaria da Administrao /unicipal\ A leitura da rubrica \astrologia\ nas pRginas de an_ncios de \ciências ocultas\ publicadas em numerosos semanRrios Mranceses de grande tiragem ]R
permitiria
concreto%
das
ao
especialista
diBersas
obter
tendências
um
entre
*uadro as
de
*uais
con]unto% se
muito
repartem
os
astrólogos proMissionais contemporneosU os *ue se pretendem cientíMicos a todo o custo e os *ue permanecem Miéis ^s tradi[es` os *ue Maem \trabal:o em cadeia\ Y:oróscopos realiados em sérieZ e os *ue se su]eitam% pelo contrRrio% a traar
14=
minuciosamente o tema de nascimento indiBidual dos clientes% tendo em conta as indica[es mais precisas - trabal:o nada MRcil e *ue se reBela Mastidioso
Astrologia comercial% cientíMica e tradicional
Existe uma astrologia puramente comercial% trabal:ando apenas em série e utiliando Macilmente% para assegurar uma publicidade eMica% os ardis mais desaBergon:ados a Mim de captar a ateno dos espíritos incrédulosU apelo
^
Oriente
persistente misterioso
Mascinao imaginatiBa YMa*uires
:indus
ou
do
grande
tibetanos%
p_blico
mais
ou
pelo menos
\autênticos\% etcZ% ou% pelo contrRrio% sRbio apelo ao prestígio das ciências e das técnicas actualiadas Embora constitua% aMinal% uma realidade psicológica e social inegRBel% Bamos deixR-la de lado para
encarar% apenas% as Mormas superiores da proMisso astrológica% tal como é :o]e exercida Em lin:as gerais% os Berdadeiros astrólogos actuais podiam diBidir-se em duas
grandes
tendênciasU
os
*ue
reclamam%
sobretudo%
critérios
estritamente cientíMicos% a exemplo de 2:oisnard e das suas pes*uisas estatísticas` os *ue% pelo contrRrio% reclamam uma concepo tradicional da astrologia -
de onde deriBa a
sua
desconMiana em relao
^s
iniciatiBas muitas Bees ousadas% aos seus ol:os% da primeira escola OOs
astrólogos
tradicionais
YconMrontar
as
aMirma[es
de
Alexandre
9olguine% no n 1,8% (oBembro-"eembro de 1=6;% pp 6?1-6?4% da noBa série da reBista #ês 2a:iers Astrologi*uesZ crêem - é uma das suas maiores ob]ec[es - *ue a preocupao dos \cientíMicos\ de acumular o maior
n_mero possíBel de temas
de nascimento no tempo
mais curto
conduiu Ycom a inteno% muito legítima% de proBar estatisticamente a realidade das inMluências
YVZ Sendo a mais recente os :oróscopos electrónicos% criados% pela primeira Be% a 16 de (oBembro de 1=68% sob a égide do magaine Meminino alemo \2onstane\% de "usseldorM
16?
astraisZ ^ mRxima reduo dos cRlculos minuciosos% en*uanto o astrólogo deBia% pelo contrRrio% segundo eles pensam% tirar de um :oróscopo o mRximo possíBel de indica[es muito precisas (o século '' ainda existem astrólogos tradicionais e% de entre eles% alguns c:egam a intitular-se condutores de organia[es iniciRticas "ois
dos
animadores
contemporneos
de
moBimentos
colocados
sob
o
simbolismo da !osa-2ru% H Spencer #eis YVZ e /ax Heindel% Moram%
aliRs% eminentes astrólogos Ainda
:o]e%
o
esoterismo
Me
apelo
a
um
con:ecimento
preciso
do
simbolismo astrológico A propósito% citamos uma bela passagem do liBro% excelente% de ) 2 Salémi% Taber-nacle et 2:andelier M&ZU \Os sete pontos de cada brao do candelabro Y,Z correspondem aos sete planetasU Sol% #ua% /arte% /erc_rio% )_piter% 9énus% Saturno e% por conseguinte% aos sete dias da semanaU domingo% segunda-Meira% teraMeira% *uarta-Meira% *uinta-Meira% sexta-Meira e sRbado O semicírculo de
cada
brao%
combinado
no
inBisíBel%
dR
1&
pontos
do
NodíacoU
2arneiro% Touro% $émeos% 2arangue]o% #eo 9irgem% +alana% Escorpio% SagitRrio% 2apricórnio% A*uRrio%
>eixes E
/oisés dR-nos
as pedras
preciosas correspondentesU Sardónica% TopRio% Esmeralda% !ubi% SaMira% "iamante% Opala% gata% Ametista% 2risólito% nix% )aspe j Elas correspondem ^s doe tribos de Israel e também aos doe apóstolos de 2risto So% igualmente% os doe meses do ano Os principais dados astrológicos e astronómicos encontram-se% portanto% ali\ >erenidade da antiga Mascinao pela (umeralogia
YVZ >rimeiro \Imperator\ da Ordem rosacruciana Amorc no seu presente ciclo de actiBidade 2onsagrou-se% especialmente% ao estudo dos ritmos e ciclos da existência :umana YBer o seu liBro #a /aítrise de sói et du "estin aBec lês cGcles de Ia BieZ Y9illeneuBe Saint-$eorges% ditions !osicruciennes% 1=6?Z M&Z ditions \Ondes 9iBes\% Saint-#eu-la-3orêt% 1=6;% 116% p 11; Y,Z Trata-se
do grande
candelabro de sete
braos
Y/enora% símbolo
oMicial do Estado de IsraelZ *ue se encontraBa no Templo de )erusalém
161
"iMicilmente se conceberiam% em pleno século ''% os terrores colectiBos *ue se produiam% outrora% ^ aproximao das con]uga[es planetRrias consideradas particularmente maléMicas HouBe% no entanto% um esboo Ye no apenas na índiaZ a*uando da con]uno excepcional de BRrios planetas YcomparRBel ^ *ue teria marcado o nascimento de )esusZ em 4 de 3eBereiro de 1=6& /as tratar-se-ia de um sinal anunciador do Berdadeiro \Mim do mundo\ - ou% antes% da passagem de uma era odiacal Ya dos >eixesZ ^ seguinte Ya do A*uRrioZ%
em *ue
teríamos entrado
nessa
alturaC
O
problema merecia ser abordado% parecendo-nos a segunda possibilidade bem mais BRlida% dentro das perspectiBas esotéricas tradicionais
A astrologia na Segunda $uerra /undial
O capítulo mais curioso na :istória da astrologia contempornea é% sem *ual*uer d_Bida% o *ue trata do seu papel nas propagandas dos dois campos adBersos% durante a Segunda $uerra /undial 2on:ece-se a Mamosa passagem de /ein 7ampMem *ue AdolMo Hitler dR ^ propaganda o cínico consel:oU \colocar o seu níBel espiritual no limite das Maculdades de assimilao do mais acan:ado entre a*ueles a *uem ela se deBe dirigir\ O seu ministro $oebbels saberR tirar maraBil:osas conclus[es prRticas deste consel:o e ]ogar% muito :abilmente% no *ue di respeito ^s multid[es e aos indiBíduos% com as correntes susceptíBeis de tocar a sensibilidade popular Eis o *ue escreBia $oebbels% no seu \"iRrio\% a propósito de um possíBel recrutamento dos astrólogos no campo do Terceiro !eic:U \(os Estados nidos% os astrólogos p[em mos ^ obra e prediem um Mim prematuro do 3v:rer (ós con:ecemos bem esse género de propaganda% por nos termos serBido dela muitas Bees j 9amos% ento% en*uadrar nos nossos serBios todos os especialistas de proMecia de todos os géneros
(ostradamus deBe autoriar-nos a citR-lo uma Be mais\
16&
O cínico ministro :itleriano da propaganda parecia reBelar-se totalmente incrédulo em matéria de proMecias e de adiBin:ao% no :esitando em ]ogar sabiamente essa carta \oculta\ Em compensao% a maioria dos outros dirigentes nais% o próprio Hitler% Himmler% !osenberg% !udolM Hess% tin:am Mé total nas artes diBinatórias` mais ainda% Moi possíBel traer ^ lu do dia os estran:os laos do naismo com toda uma série de sociedades secretas reclamando-se prestigiosos segredos iniciRticos da raa ariana Q Hagen conta% no entanto% *ue HeGdric: teria aproBeitado a Muga de Hess para Inglaterra para Maer internar todos os adiBin:os e astrólogos do !eic: em campos de concentrao% de onde Himmler os Maria sair% mais tarde% para *ue eles reBelassem o lugar% tido como secreto% em *ue se encontraBa preso /ussolini #ouis >auels e )ac*ues +ergier 2Z% mais recentemente André +rissaud Y&Z% Mieram - segundo documentos autênticos apreendidos nos ar*uiBos secretos nais% em 1=04 - MantRsticas reBela[es acerca das raíes to resolutamente irracionalistas% mRgicas e \proMéticas\ da ideologia nai A estran:a Muga de !udolM Hess para Inglaterra% a 1? de /aio de 1=01% explicar-se-ia% também% Macilmente% num certo contextoU este dirigente nai% particularmente interessado em esoterismo e astrologia% pode muito bem ter tido a ideia \messinica\ de *uerer realiar uma pa separada com
a
Inglaterra%
operando
contactos
com
as
sociedades
secretas
rosacrucianas Yligadas com a \$olden "an\Z de *ue :aBia ele próprio Meito parte Y,Z
(umerosos :istoriadores
contam
*ue
Hess só teria
partido para Inglaterra depois de receber inMormao MaBorRBel do seu astrólogo ou Bidente particular
YVZ #ê /atin dês /agiciens% , parte% $allimard% éditeur Y&Z #VOrdre (oir% >aris% #ibrairie Académi*ue >errin% 1=6; Y,Z TalBe *uisesse estabelecer contacto com Aleister 2roleG Yde *uem 2:urc:ill - diia-se - :aBia obtido o Mamoso sinal de Bitória% os dois dedos em 9Z
16,
"e *ual*uer modo% e por estran:o *ue isso possa parecer ao :istoriador% a astrologia Moi% pura e simplesmente% arrolada pelos serBios secretos alemes% como pelos das potências anglo-saxónicas Ellic Hoe% na sua importante obra O /undo Estran:o dos Astrólogos YVZ% reBela todos os pormenores desta inacreditRBel guerra secreta de adiBin:os% em *ue se con]ugaram a crena sincera na astrologia e a explorao cínica da credulidade das massas Ellic Hoe Me% enMim% lu acerca do :omem *ue Moi c:amado% muito abusiBamente% \o astrólogo de AdolMo Hitler\ 7arl Ernst 7raMMt (ascido em +ale% em 1=??% 7raMMt Me bons estudos na Suía Y1=1=-1=&,Z e% rapidamente apaixonado
pela
astrologia%
teBe
a
ideia
Ycontinuando%
assim% os trabal:os Mranceses de 2:oisnard e da sua escolaZ de utiliar a
estatística
predi[es
para
pelos
Mundar
astros
cientiMicamente
Y&Z
Ao
mesmo
a
Balidade
tempo%
prRtica
apaixonaBa-se
das pela
psicanRlise% pela caracterologia e pela Misiognomonia - disciplinas *ue se
esMorarR
por
introduir
na
astrologia%
desenBolBendo
uma
noBa
ciência sintéticaU a tipocosmia% de *ue codiMicarR os princípios no seu importante Tratado de Astrobiologia% publicado no comeo da Segunda $uerra /undial Y,Z Embora
Mosse
suío%
7raMMt
sentira-se
muito
cedo
Mascinado
pela
ideologia nacional-socialistaU Me estadas cada Be mais Mre*uentes na Aleman:a% onde acabou por se estabelecer deMinitiBamente Yna altura da declarao de guerra% instalou-se na 3loresta (egraZ HaBia con:ecido uma das \eminências pardas\ ocultas do naismo% o baro !udolM Bon SebottendorM 3oi no Minal de 1=,= *ue 7raMMt con:eceu bruscamente a celebridade na Aleman:a nai 2om eMeito% :aBia escrito a um dos seus amigos nais% o "r 3iesel% *ue o estudo do tema de AdolMo Hitler l:e mostraBa
YVZ Traduo Mrancesa para !obert #aMMont% >aris% 1=6; Y&Z Os seus trabal:os receberam a aproBao do "r #iebmann Hirsc:% proMessor na niBersidade de $enebra Y,Z Também se apaixonou pelo estudo das proMecias de (ostra-damus
160
risco certo de atentado contra este nos de primeiros dias de (oBembro de 1=,= E% precisamente% na +urgerbrau de /uni*ue YVZ% uma bomba explodirR a = de (oBembro de 1=,=% alguns minutos após a precipitada partida do 3v:rer Y*ue% normalmente% deBia encontrar-se aí% tendo sido salBo mesmo ^ ]ustaZ Inicialmente% acusou-se 7raMMt de cumplicidade no atentado% mas a sua inocência surgiu bem depressa e Moi o comeo de um MaBor crescente da astrologia ]unto dos dirigentes :itlerianos (o Mim do
mês
de
"eembro
de
1=,=%
7raMMt
é
mesmo
c:amado
a
+erlim%
oMicialmente% e encarregado de estudar as proMecias de (ostradamus% a Mim de nelas descobrir o an_ncio Minal do triunMo da \(oBa Ordem\ O seu liBro acerca do mago proBenal serR publicado com o subsídio do $abinete de Himmler% c:eMe supremo das S S e apaixonado por todas as pes*uisas \ocultas\ ou \mRgicas\
InMelimente% a roc:a Tarpeia estaBa% como muitas Bees acontece% bem próxima do 2apitólio para 7raMMth A Muga impreBista de !udolM Hess% esse grande
protector
dos
astrólogos
alemes%
tornou
estes
\a
priori\
suspeitos da $estapo 7raMMt :aBia tido% também% a louca imprudência de continuar
laos
epistolares%
atraBés
do
subterM_gio
Ybem
depressa
descobertoZ de correspondentes estabelecidos em países neutrais% com amigos astrólogos do campo contrRrioU a 1& de )un:o de 1=01% acusado de espionagem% serR aprisionado e condenado ^ deportao TransMerido% no (atal de 1=00% para o sinistro campo de Oranienburg% morre a ; de )aneiro de 1=04% durante a transMerência para o campo de +uc:en-ald Assim
terminaBa
a
carreira
estran:a
deste
grande
astrólogo
contemporneo% *ue :aBia Yentre outras proMecias% rigorosamente exactasZ aMirmado *ue Hitler con:eceria% em 1=0?% o ponto mais alto da sua carreira "o lado dos Aliados% os serBios secretos :aBiam Meito apelo a um astrólogo :_ngaro% antinai% estabelecido em #ondres
YVZ
2erBe]aria
onde%
em
cada
ano%
se
celebraBa
o
aniBersRrio
do
]uramento de (uremberga
164
e naturaliado britnicoU #ouis de Q:ol% nomeado capito do Intelligence SerBice% para baixar o moral dos Alemes% teBe a ideia ma*uiaBélica de Maer
circular
interpreta[es
derrotistas
de
certas
*uadras
das
2ent_rias de (os-tradamus - contrariando% assim% a ideia YopostaZ dos serBios de Himmler
166
TE!2EI!A >A!TE +alano :umano da astrologia
/ecanismos de preBiso astrológica
Antes mesmo de nos interrogarmos sobre a possibilidade de Maer reais preBis[es
astrológicas%
poderia
tornar-se
interessante
interrogar%
primeiramente% os praticantes desta arte 2om eMeito% a preBiso astrológica reduir-se-ia completamente a pr em eBidência%
mecanicamente%
os
Mactores
ob]ectiBos
-
neste
caso%
a
inMluência exercida pelos moBimentos dos corpos celestes no nascimento de todo o ser :umanoC O Macto signiMicatiBo seria% sem d_Bida% esteU diante exactamente do mesmo :oróscopo% diMerentes astrólogos c:egarem ainda *ue em caso de acordo essencial sobre as lin:as principais de destino do indiBíduo - a interpreta[es% a \leituras\ diMerentes deste tema` isso deixaria supor a interBeno nas preBis[es de um Mactor sub]ectiBo% BariRBel segundo os praticantes em *uesto Encontrar-se-ia% portanto% a propósito da astrologia% o mesmo problema *ue se Bê na prRtica da radiestesia Ysupondo% naturalmente% *ue os resultados se]am BRlidos num e noutro casoZU a adiBin:ao é explicada% ento% por Mactores externos YinMluências Mísicas% \ondas\% etcZ ou por Mactores internos ao su]eitoC Os casos concretos Mariam% sem d_Bida% interBir Yse se adopta uma :ipótese sintética% tendo em conta dois MactoresZ os dois elementos em propor[es BariRBeis% segundo as situa[es% segundo os adiBin:os
16=
/as o postular de um determinismo astrológico% de uma possibilidade% portanto% de obter preBis[es exactas por este meio diBinatório% terR um sentido positiBamente concebíBelC "eixaremos% eBidentemente% de lado a astrologia
de
Meira
ou
puramente
comercial%
a
dos
:oróscopos
preMabricados em série% *ue se en*uadra% certamente% entre as tentatiBas :Rbeis Ye to MrutuosasZ de explorar a credulidade p_blica
Existe um determinismo astrológicoC
>ara numerosos sRbios - por exemplo% o astrónomo Mrancês >aul 2ouderc a
astrologia
\cientíMicas\Z
séria
Y*uer
se]a
tradicional
repousaria% Minalmente%
sobre
um
ou
com
pretens[es
con]unto de
Bel:as
supersti[es no BeriMicRBeis` tributRria de uma Biso do mundo *ue% apesar das tentatiBas de adaptao modernas% Maia repousar todo o 2osmos sobre o lugar central dado ao nosso pe*ueno planeta Terra Y*ue é apenas um dos in_meros mundos planetRrios *ue o nosso niBerso contaZ% no teria *ual*uer Mundamento cientíMico En*uanto o adRgio metodológico rigoroso% sempre BRlido% proclamaU \apenas existe ciência do geral\% a astrologia
repousa%
indiBíduos
e
dos
também%
grupos
de
sobre se
uma
]ulgarem
pretenso ob]ecto
presunosa priBilegiado
dos de
inMluências% de Moras prestigiosas% *ue regeriam os mais pe*uenos pormenores do seu destino E% de resto% desenBolBendo nos seres :umanos o Matalismo You% pelo contrRrio% a esperana to ingénua de conseguir \mudar
o
destino\
magicamenteZ%
a
astrologia no
contribuirR
para
encerrar% ainda :o]e% as consciências num uniBerso de supersti[es% de medos% de esperanas decididamente aMastadas da realidade% e Maendo barragem aos dese]RBeis progressos da cultura cientíMica nas massasC Os adBersRrios da astrologia mostram-se% ento% impiedosos em
YVZ 9er a sua pe*uena obra #Vastrologie% > 3% col \.ue sais-]eC\
18?
relao a essa \Malsa ciência\% na *ual Bêem apenas uma lamentRBel sobreBiBência das épocas obscuras de superstio% em *ue os :omens receaBam a *ueda do céu sobre as suas cabeas% e em *ue os c:arlates de todas
as
espécies
estaBam
no
galarim
.uanto
^s
poucas
preBis[es
recon:ecidas como exactas% de *ue se orgul:am os astrólogos% seria MRcil explicR-las% retirando-l:es todo o carRcter \maraBil:oso\ ou \Matal\U poderia
tratar-se
de
puras
coincidências%
assimilRBeis
aos
s_bitos
sucessos do ]ogo de \cara ou coroa\` poderia% também% tratar-se de um :Rbil e
astuto exercício
con:ecendo
as
tendências
de intuio psicológica marcantes
de
uma
do adiBin:o
certa
pessoa%
*ue%
saberia
pressentir com segurana as suas reac[es mais proBRBeis em tal ou tal circunstncia Y&Z A astrologia no seria% portanto% repetimos% mais do *ue
uma
muito
lamentRBel
sobreBiBência
de
supersticiosas Os sRbios racionalistas c:egam
Bel:as
no
só a
atitudes preconiar
Bastas campan:as de inMormao do p_blico% tanto ^ escala nacional como no plano internacional% mas% até% a pedir a adopo% pelos diBersos goBernos% de medidas coercitiBas *ue impediriam o liBre exercício das actiBidades% to Mrutuosas% de adiBin:o ou de astrólogo /as%
para
toda
uma
série
de
pensadores
modernos
o
determinismo
astrológico no seria% antes% algo *ue no só existe Yse bem *ue Mora do domínio
das pes*uisas
Berdadeiramente
cientíMicas
Y,Z%
mas
*ue se
inseriria numa perspectiBa MilosóMica muito coerenteC uma tal resposta aMirmatiBa *ue 2arl-$ustaB )ung Y1;86-1=61Z% o eminente psicólogo
YVZ Independentemente do Macto *ue o seu carRcter _nico% no podendo ser
reproduido ^ Bontade% os coloca% por conseguinte% Mora dos critérios \cientíMicos\ de BeriMicao &Z Seria necessRrio encarar% também% o papel da auto-sugestoU caso do indiBíduo ao *ual se predisse uma doena muito graBe e *ue% ruminando sem cessar estas ideias negras% pouco a pouco Bai minando todo o e*uilíbrio
pessoal
-
e%
portanto%
a
sua
resistência
aos
ata*ues
patológicos Y,Z
Estaríamos%
ento%
no
domínio
do
*ue
se
c:ama
\margens\
ou
\Mronteiras\ do saber cientíMico
181
e MilósoMo suío% no :esita em dar !espondendo% em 1=40% a uma entreBista acerca da astrologia% declaraBaU \Tem :aBido muitos casos de espantosas analogias entre o :oróscopo e a disposio
caracterológica
HR
mesmo
a
possibilidade de
uma
certa
predio j O :oróscopo parece corresponder a um certo momento do conluio m_tuo dos VdeusesV% *uer dier% dos ar*uétipos psí*uicos\ )ung
esMorou-se
por
introduir
a
possibilidade
do
determinismo
astrológico na sua MilosoMia geral das rela[es entre a psi*ue do :omem e o seu uniBerso 2ada um de nós terR podido BeriMicar casos em *ue% misteriosamente% os Mactos materiais parecem correr ao encontro de uma constelao
psí*uica
proMundamente
orientada
em
nós
próprios
>or
exemplo% um pes*uisador cientíMico% moBido pelo dese]o particularmente intenso de obter resultado% serR Macilmente conduido a reunir - de maneira \instintiBa\% exactamente como se as coisas Biessem \por magia\ na sua
direco -
materiais ob]ectiBos de naturea% ]ustamente%
a
conMirmar as suas :ipóteses iniciais 3oi partindo dessas obserBa[es *ue )ung :aBia tentado pr em eBidência a estran:a \conBiBência\ assim
susceptíBel de se maniMestar entre o espírito :umano e a naturea *ue o rodeia Assim se explicaria a exactido de certas predi[es astrológicas atraBés Ydiia )ungZ
de \uma coniBência\
escondida
e
recíproca
O
entre
o
material e o estado psí*uico do astrólogo\ )ung desenBolBia% desta maneira%
o
conceito
de
\sincronia\
Yé
a
sua
própria
expressoZ%
explicando os curiosos \encontros\ signiMicatiBos e susceptíBeis de se produirem% no tempo e no espao% entre dois acontecimentos *ue no se encontraBam ligados um ao outro por uma necessidade
YVZ Em alemoU \:eimlic:e gegenseitige 7onniBen\
18&
material
"e
onde
a
possibilidade
das
c:amadas
\coincidências\
astrológicasU \Em situa[es animando
um ar*uétipo Ye a
astrologia
estR incluída
nelasZ% os algarismos podem corresponder a uma espera emocional% sob a inMluência de um Mactor de conciliao\ 9e]amos o pertinente comentRrio de /ic:el $au*uelinU \Segundo
)ung%
o
espírito
pode%
ento%
subtrair-se
^s
eBidências
racionais% sobretudo nos estados de BiBa emoo% e penetrar num mundo em *ue existem outras categorias diMerentes das do espao e do tempo Assim% contece% por Bees% *ue um astrólogo dR a con:ecer um carRcter ou parece preBer um acontecimento do Muturo\ >aul
2ouderc% co-director
do ObserBatório de >aris%
no
:esita em
declararU \o balano da astrologia cientíMica é igual a ero` é talBe pena% mas é um Macto\ O :istoriador independente ousarR mostrar-se to aMirmatiBoC /uitos mal-
entendidos simplista
proBêm% pela
sem
*ual
d_Bida%
se
da
concebe
maneira
ainda
o
Matalista
determinismo
e
Macilmente
astrológico
En*uanto a complexa realidade :umana% posta assim em causa% encontrarse-ia bem mais matiada 2itemos as lin:as de um astrólogo actual% \Hades\% no seu artigo
\)ours
et (uits dVun
Astro-logue\ Y2a:iers
Astrologi*ues% n 1,4% noBa série% )ul:o-Agosto de 1=6;% p 4,6ZU \A nossa Bida poderia comparar-se a uma Biagem por mar Ya astrologia representaria a b_ssola ou simplesmente o con:ecimento dos astrosZ >ois bem% e é essa a min:a proposta% o estado do mar seria indicado pelos aspectos
do
tema
natal
Aspectos
maléMicosU mar
agitado
Aspectos
benéMicosU mar calmo Tudo depende% ento da Bontade *ue MarR empun:ar os remos% ou se]a% do Sol\
18,
O liBre-arbítrio pessoal encontrar-se-ia% assim% salBaguardado% conMorme o Bel:o adRgio \astra inclinant% non necessitant\ Yos astros orientam% no determinamZ (o se poderia Maer entrar o determinismo planetRrio entre as Moras *ue% no meio exterior em *ue se insere toda a personalidade :umana% sobre ela exercem o seu papel subtilC Sabe-se como - Menómeno bem con:ecido - as manc:as solares perturbam o magnetismo% enlou*uecem as b_ssolas%
e
comportamento
parecem
ter
aco
:umano% indiBidual
Yainda e
mal
colectiBo
con:ecidaZ >or*ue
no
sobre
o
conceber%
ento% *ue as Moras \Bindas do céu\ possam desempen:ar um papel nas predisposi[es próprias ao indiBíduo *ue nasceu sob as suas inMluências con]ugadasC Eis o *ue nos di /ic:el $au*uelin YVZU \>ode Mormular-se uma :ipóteseU o eMeito planetRrio no se exerceria directamente sobre nós% mas atraBés do campo solar Se Mosse assim% o
eMeito deBia encontrar-se inMluenciado pela actiBidade% maior ou menor% do Sol% ou% se se preMere% pela agitao% mais ou menos marcada% do magnetismo
terrestre
o
*ue
se
obserBa
retomando
os
dados
de
nascimento Y&Z O eMeito de :ereditariedade planetRria é duas Bees mais acentuado nos dias em *ue o magnetismo é perturbado% do *ue nos dias em *ue estR calmo\ O sRbio italiano $iorgio >iccardi aperMeioou testes *uímicos destinados a mostrar *ue as inMluências planetRrias podem aMectar a Rgua das células :umanas "e *ual*uer maneira% todos os seres BiBos terrestres regulam o seu ritmo de Bida pelos moBimentos do Sol e da #ua` em *ue é *ue seria% ento% MantRstico% anticientíMico% ]untar-l:es a aco eBentual Ycertamente mais subtilZ dos moBimentos planetRrios e estelaresC
YVZ Songes et mensonges % p &,= Y&Z 2au*uelin entregou-se a um minucioso in*uérito estatístico
180
A astrologia e as grandes tradi[es espirituais
2om a condio de no conduir a :umanidade ao Matalismo passiBo as perspectiBas
astrológicas
so
perMeitamente
conciliRBeis
com
ass
religi[es reBeladas +em pelo contrRrio% a astrologia mundial é ainda :o]e utiliada pelos tradicionalistas cristos para tentar ]ustiMicar a sua Biso cíclica sagrada de toda a História do /undo Aos leitores dese]osos de con:ecer estas perspectiBas% recomendamos as curiosas% mas muito eruditas% conclus[es do nosso amigo )ean >:aure% na série de to notRBeis n_meros especiais consagrados aos ciclos Ya partir do n &01%
/aio-)un:o de 1=68Z pela reBista Mrancesa Atlantis Ho]e ainda% paralelamente aos astrólogos *ue tentam propor uma síntese entre a sua arte e as descobertas da psicologia moderna YVZ% :R a*ueles - no estando as suas pes*uisas% aliRs% em contradio com as primeiras - *ue situam sempre% antes de tudo% os seus trabal:os numa perspectiBa tradicional Y&Z (o é% de maneira nen:uma% por acaso *ue tantas cerimónias e ritos tradicionais esto em conMormidade com os ciclos solares% lunares ou planetRrios bem con:ecido o papel dos ciclos do Sol e da #ua na liturgia crist O mesmo se pode BeriMicar no ritualismo tradicional da 3ranco-/aonaria Y,Z 2itemos
estas
obserBa[es%
*ue
nos
Maem
reMlectir%
de
Alexandre
9olguineU \9iBemos no meio de um uniBerso e% se a
Iniciao
é
a
passagem
indiBidual de um estado inMerior a um outro estado% superior% o ambiente cósmico pode MacilitR-lo ou%
YVZ 2M Adolp:e 3erriJre% #VinMluence dês astres% 1=06` #ê /GstJre 2osmi*ue% 1=0= Y&Z 9er% por exemplo% a obra #ê Nodi*ue% de / Senard% >aris% di-tions de #a 2olonne 9endme% 1=0;% *ue considera os doe signos% na sua sucesso% como uma c:aBe simbólica uniBersal Y,Z 2onMrontar o
preMRcio
de Alexandre 9olguine
^
reedio Y(ice%
2a:iers Astrologi*ues% 1=08Z do liBro de )ean-/arie !agonU "e #a /aonnerie occulte et de lVinitiation :erméti*ue
184
pelo contrRrio% tornR-lo mais diMícil por esse motiBo *ue todas as Inicia[es antigas impun:am como um dos seus Mins imediatos adaptar o ritmo da Bida :umana ^s grandes actiBidades do céu Os astros no so ditadores cegos% so os centros dinmicos de Moras mal con:ecidas *ue se podem utiliar% ou no% para Macilitar a sua própria eBoluo 2omo é sempre mais MRcil descer um rio do *ue subir a corrente A utiliao das Moras cósmicas MormaBam uma parte importante de todos os rituais iniciRticos\ ma sociedade secreta rosacruciana moderna% muito actiBa na Aleman:a e na $r-+retan:a durante a \+elle po-*ue\% a Ordem Hermética da \$olden "an\% nunca admitia noBos membros sem ter procedido% preBiamente% ao estudo dos seus temas astrológicos
>restígio literRrio e artístico da astrologia
"urante
séculos%
o
astrólogo
Moi
uma
Migura
nobre%
aureolada
de
prestígio aos ol:os de muitos escritores E% em pleno século ''% ainda essa nomeada se mantém em certos meios literRrios André +reton e os surrealistas
Moram
ardentes
admiradores
no%
eBidentemente%
da
astrologia de Meira Ya dos mercadores de :oróscoposZ% mas de todas as beleas do simbolismo astrológico Em colaborao com 2laude 9alence% /ax )acob Y*ue no desden:aBa de traar% ele próprio% alguns :oróscoposZ escreBeu um liBro *ue Moi publicado em 1=0= Ycinco anos depois da sua morteZU um belo /iroir dVAstrologie Outro poeta Mrancês contemporneo% #éon->aul 3argue% reBelaBa - na sua compilao #ês .uaMSaisons Y>aris% editions de lVAstrolabe% 1=0;Z - uma sensibilidade atenta aos símbolos odiacais (o *ue di respeito ^s obras de arte europeias directamente inspiradas pela astrologia O% o Mim da Idade /édia
YVZ 9er o excelente estudo% de $ 3 Hart:laub% #ê reMlet de 1Vastrologie dans lVart Y#a Tour Saint-)ac*ues% n 0% /aio-)un:o de 1=46% pp 86 e ;0Z
186
e o !enascimento Biram o seu apogeu - e no deixaram de inspirar obrasprimas da pinturaU basta-nos citar as Três ric:es :eures du "uc de +errG%
e%
no
século
'9I%
as
pinturas
da
escola
de
>inturicc:io%
realiadas% no 9aticano% para os aposentos dos +orgia
ma _ltima palaBra
>odia-se% Macilmente% considerar a con*uista astronRutica da #ua como o to*ue de Minados da astrologia% mas esta atitude seria MRcil em demasia (a realidade% é completamente in_til opor a astronomia e a astrologia% duas disciplinas% cu]os Mins e inBestiga[es so radicalmente diMerentes uns dos outros /esmo *uando o nosso niBerso :ouBer sido completamente explorado% \podem\%
os *ue
:omens \deBem\
interrogar-se-o acontecer-l:es
ainda nas
acerca
suas
dos
Bidas
casos
concretas
*ue A
astronomia Ye tanto mel:or *ue assim se]ahZ BerR o seu domínio alargarse%
aproMundar-se
mais
e
mais%
mas
:aBerR
sempre%
sem
d_Bida%
astrólogosU tal é a \proMecia\ *ue no :esitamos em% Maer nossa% como concluso desta obra
188
@("I2E
I(T!O"DLO - >ró ou contraC 1, >!I/EI!A >A!TE Apresentao da Astrologia 2apítulo I Ob]ectiBos da astrologia .ue é a astrologia1= Nodíaco e casas &1 /étodos e diBis[es da astrologia ,? 2apítulo II Estruturas astrológicas 2aracterísticas da atitude astrológica ,, Símbolos astrológicos e tipologia 0? 2iclos cósmicos 0& 2apítulo III Hipóteses acerca da apario da astrologia 3onte
primRria
do
Nodíaco08 Origens proto-:istórica da astrologia08 Hipóteses MantRsticas0; A astrologia e as outras \ciências ocultas\ 0= SE$("A >A!TE Astrologia e Astrólogos atraBés dos Tempos 2apítulo I A astrologia antiga e oriental Os /esopotnios44 O Egipto4= Os
Hebreus
66 A
índia
68 A astrologia entre os $regos e os !omanos 6= Astrologia e 2ristianismo;1 A astrologia do Extremo-Oriente;, A astrologia na América pré-2olombiana ;8 2apítulo II A astrologia na Idade /édia A astrologia no Islo=4 A astrologia entre os )udeus /edieBais1?& Os +iantinos1?, A astrologia no Ocidente /edieBal1?4 2apítulo III O !enascimento Imenso prestígio dos astrólogos na Sociedade Europeia do !enascimento 118
2atarina
de
/edicis
e
a
astrologia1&4 Astrologia e magiaU (ostradamus` )o:n "ee 1&6 (a ItRlia e na Aleman:a1,1 Em
direco
ao
século
'9I1,4 2apítulo I9 O século '9II 7epler e a astrologia1,8 Astrólogos rosacrucianos1,; O talism de #uís 'I910? "escrédito cientíMico crescente da astrologia101 E%
contudo
10, 2apítulo 9 O século '9III m século cépticoC108