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Bandas neuromusculares Promofitness 2013
FORMADORA: Drª PATRÍCIA ALVES
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A – Lesões Musculares
As lesões musculares são sem sombra de dúvida uma das patologias que com maior frequência atingem os praticantes de desporto. A maioria destas situações resultam numa fase aguda inflamatória de aproximadamente que se prolonga por 24 a 48 horas, onde se deve aconselhar e reencaminhar de imediato para a avaliação do fisioterapeuta, para este decidir sobre a gravidade da lesão e instruir os clientes para a sua reabilitação. Rupturas musculares –
Definidas como uma solução de continuidade das fibras
musculares, desencadeada pela actuação de um esforço mecânico que ultrapassou os limites de resistência elástica. Numa situação de suspeita de ruptura é importante aconselhar o cliente a cessar de imediato o treino e ser reencaminhado para a fisioterapia, a menos que o próprio se negue a fazê-lo. Mesmo assim, é conveniente informá-lo de que a situação agravará, caso insista nos movimentos que provocaram a ruptura. Os sintomas mais comuns são baseados numa sensação de estiramento, ou de ter levado uma pedrada ao nível da massa muscular, dor muscular mais ou menos intensa consoante a gravidade, incapacidade funcional que também varia com a gravidade. Os sinais mais evidentes é a equimose (escurecer da zona por derrame) e os sinais inflamatórios. Existem dois factores principais causais de rupturas musculares, sendo eles: 1º- Factor neurológico: Incoordenação motora por deficiente controlo neuromuscular. 2º Factor mecânico: Desenvolvimento de uma força de tensão que ultrapassa os limites de resistência mecânica da fibra muscular. A título de exemplo é apontado alguns casos que poderão favorecer o aparecimento deste tipo de lesões.
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- Contracção muscular máxima do tipo isotónica – futebolista que remata violentamente uma bola, que momentaneamente é bloqueada pelo adversário – ruptura muscular do quadricípete. - Incoordenação motora que desencadeia um deficiente relaxamento de um músculo antagonista ou de um sinergista – espargata forçada por má aderência ao piso – ruptura dos adutores. - Hiperextensão brusca do joelho (remate no ar) – ruptura dos isquiotibiais. - Incoordenação motora durante uma contracçãp muscular excêntrica e verificada quando ao mesmo tempo que um músculo se contrai sofre um processo de alongamento – fase final das provas de velocidade em que os músculos isquiotibiais são utilizados na desaceleração do movimento Após o período dedicado à reabilitação deverá ser iniciada de forma gradual a actividade física, estando este numa fase inicial sobre alguma supervisão e cuidados que poderão ser mencionados na ficha do cliente. Em situações em que não seja acompanhado por fisioterapia no complexo, é aconselhado ao orientador do treino que já gradualmente insistindo nos alongamentos sem tocar na dor, assim como no fortalecimento do musculo afectado. Cãibras musculares –
traduz-se por um mecanismo de defesa de maiores solicitações
funcionais que lhe poderão ser nefastas. Esta é desencadeada por um espasmo muscular caracterizado por uma contracção muscular intermitente, intensa, involuntária e muito dolorosa. Os grupos musculares habitualmente afectados são o trícipite sural, flexores e extensores dos dedos, os rectos abdominais e os músculos intrínsecos da mão. Ao contrário da contractura muscular, a cãibra de um determinado músculo desaparece quando se contrai activamente o seu antagonista. É o caso das cãibras dos gémeos que poderá ser aliviada sempre que possível pela contracção activa (voluntária) dos dedos dos pés e tornozelo para flexão dorsal. Recomenda-se que o indivíduo efectue os alongamentos e também repouso podendo ou não a reabilitação passar por massagem, uma vez que é necessário discriminar as causas.
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Existem alguns factores predisponentes para a existência ou frequência das cãibras musculares, e esses são: fadiga muscular e orgânica (diminuição da circulação sanguínea local, acumulação local de produtos resultantes do metabolismo, acidose local e geral), frio e humidade atmosférica (desidratação, insuficiência venosa, insuficiência arterial, síndromes do compartimento), carências de vitaminas B1 e B12, diabetes ou por causas dopantes co mo é o caso de café, estricnina, anfetaminas e diuréticos. Contracturas musculares – poderão
ser localizadas ou generalizadas, e traduzem o
despoletar de um mecanismo de defesa das estruturas anatómicas hipersolicitadas ou lesadas durante a actividade física, a maiores solicitações funcionais. Caracterizam-se pelo aparecimento de espasmos musculares tónicos que desencadeiam uma associação de mialgias (dor muscular), dor muscular à palpação, diminuição da flexibilidade e hipertonia do corpo muscular (musculo duro e espesso). As contracturas são designadas por tardias ou imediatas, isto é, as contracturas musculares tardias são usuais entre praticantes iniciantes, caracterizando-se pelo aparecimento após 24 a 48 horas do exercício, enquanto que uma contractura imediata poderá resultar quer pela hipersolicitação funcional de uma massa muscular, quer por associar-se com uma ruptura muscular aguda. Este ultimo tipo de contractura surge também associada a lesões à distância de outras estruturas anatómicas. O tratamento depende dos factores etiológicos, assim, aquelas resultantes da hipersolicitação funcional intensa ou inabitual deverão ser enquadradas no quadro geral do tratamento da fadiga e do planeamento adequado do treino. O respeito de breve período de repouso, permitindo-se a actividade física de baixa intensidade, a hidratação e a alimentação adequada, em associação a banhos quentes de imersão ou com massagem descontracturante. O hábito dos alongamentos de todas as cadeias musculares previne vivamente estas situações.
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B – Entorses articulares
Como não é possível falar de todas as entorses, utiliza-se como exemplo a entorse externa da tíbio-társica (entorno do pé em inversão), que é uma das mais frequentes durante a prática do exercício e não só. É definida como uma sobrecarga grava, estiramento ou laceração de tecidos moles como a cápsula articular, ligamentos, tendões e músculos. Este termo é frequente como referência específica a lesões dos ligamentos e recebe a graduação de entorse de primeiro grau (leve), segundo grau (moderado), terceiro grau (grave). O indivíduo apresenta dor à mobilização da articulação, à palpação dos feixes dos ligamentos, tendões…, instabilidade articular, edema e poderá aparecer equimose. Mais uma vez esta situação deverá ser atendida por fisioterapeuta, porém em casos em que isso não seja possível deverá ser aplicado gelo da forma anteriormente descrita (15 minutos com uma toalha de turco a separar o saco do gelo da pele) ao mesmo tempo o cliente deverá ser instruído para evitar fazer carga sobre o segmento afectado, ou esforço, até ser vista em pormenor a gravidade da situação.
C – Tendinites
São lesões inflamatórias dos tendões de instalação progressiva e que podem apresentarse duma forma aguda, crónica ou crónica agudizada. As suas localizações mais frequentes variam entre o tendão de Aquiles, tibial posterior, tibial anterior, peroniais laterais, tendão rotuliano, adutores da coxa, tendão da coifa dos rotadores, longa porção do bícipete. A sintomatologia é referida por um síndrome álgico referido a um tendão que inicialmente aparece só na fase inicial do treino, desaparecendo com o aquecimento, depois aparece durante todo o treino desaparecendo após o mesmo, mais tarde mantêmse após o treino, podendo ser desencadeado pela simples marcha, ou por fim aparecendo
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mesmo em repouso. Estará presente também o edema, a sensação de calor e rubor localizados a um tendão. É aconselhado evitar os exercícios que obriguem o movimento do segmento afectado, até se averiguar qual ou quais os tendões afectados e o mecanismo desencadeante da tendinite, sendo assim, aconselha-se o repouso desse segmento, podendo mesmo ter de ser imobilizado, aplicar gelo nas primeiras 24 a 72 horas até à diminuição dos sinais inflamatórios e elevação. Quando cessa a fase inflamatória o retorno à actividade do segmento afectado deverá enfatizar os alongamentos e não o reforço muscular. Apenas quando os sintomas estiverem realmente abolidos é que se poderá, de forma gradual e sempre avaliada, iniciar um processo de fortalecimento e reeducação proprioceptiva do movimento.
D - Bursites
São lesões inflamatórias das bolsas serosas de natureza traumática, metabólica ou infecciosa. Podem apresentar-se duma forma aguda, crónica ou crónica agudizada, assim como nas tendinites. Localizam-se normalmente prépatelar, subrotuliana, préaquiliana, retrotrocantérica, subacromial e subdeltoideia. Apresentam geralmente uma dor bastante localizada a uma bolsa serosa e à palpação e que pode aparecer mesmo em repouso e origina uma impotência funcional. O edema por norma é bastante visível, a calor e o rubor também estão presentes. Nestas situações é recomendada a paragem do treino desportivo para o segmento afectado, imobilização do mesmo, crioterapia (aplicação do gelo), nas primeiras 24 a 72 horas, por vezes poderá até ser aconselhado a ida ao médico para averiguar alguma situação infecciosa que esteja a causar a situação, ou então recomendar o exame da fisioterapia, para averiguar a necessidade de aspiração da bolsa em casos mais graves.
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Esta é uma situação bastante irritativa, ou seja quando maior for os movimento exigido ao segmento, maior será o edema formada e toda a sua sintomatologia. Sendo assim, estes indivíduos só poderão voltar ao treino desportivo, quando se concluir a não existência de causas infecciosas, assim como, o não risco de recidiva. Nestes casos, após na sua reabilitação não é necessário o fortalecimento do segmento, nem a insistência nos alongamentos, devido á própria condição, uma vez que sendo tratada a causa da bursite ou quando esta é reconhecida e consciencializada por parte do indivíduo, não é frequente que volte a aparecer com a mesma intensidade num curto período de tempo.
E – Doenças reumáticas
Mais do que uma doença propriamente dita, o termo reumatismo designa um grande número de doenças, de causas e gravidade muito variáveis. Medidas para poupar as articulações (Conselhos a dar aos clientes) Anca e joelhos:
- Como desporto, preferir a natação à marcha ou ao jogging; - Evitar subir e descer escadas; - Evitar estar de pé e realizar actividades sentada com os joelhos a 90º de flexão; - Preferir uma cadeira a direito que um sofá em que se afunde; - Para se levantar, procurar colocar os pés mais próximo possíveis de uma cadeira e apoiar-se nos braços desta para dar impulso. Coluna Lombar:
- Não levantar objectos pesados; - Não erguer objectos acima da cintura; - Não ficar de pé durante muito tempo; - Empurrar os objectos em vez de os puxar; - Não se inclinar para a frente durante longos períodos de tempo; - Ao conduzir, não ficar demasiado perto nem demasiado longe do volante.
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Articulações das mãos:
- Usar utensílios leves e, sempre que possível, eléctricos; - Utilizar cabos grossos. Se necessário engrossá-los com papel adesivo ou fita-cola (escova de dentes, canetas, talheres…); - Substituir os botões por fechos ou velcro; - Procurar ajuda sempre que necessitar de transportar cargas pesadas. Artrose -
Artrose consiste numa lesão degenerativa da cartilagem articular com
envolvimento do tecido ósseo subjacentes. A sua etiopatogenia depende de múltiplos factores. A prática do exercício físico regular parece só contribuir para o estabelecimento destas lesões quando associada a lesões prévias de determinada articulação, ou a alterações biomecânicas inatas ou adquiridas da mesma. A localização mais frequente é a coluna vertebral (cervical e lombar sobretudo) e as grandes articulações dos membros inferiores como a anca ou coxo-femural, o joelho (gonartrose). Também aparece com frequência nas mãos. Outras localizações da artrose são muito mais raras, algumas mesmo excepcionais. A sintomatologia é de dor do tipo mecânica, com rigidez articular matinal e o aumento de volume da articulação com ou sem sinais inflamatórios. Numa fase aguda dos sintomas é necessário fazer uma paragem desportiva ou mesmo a descarga da articulação, medicação com anti-inflamatórios prescritos por médico e terapêutica do foro da fisioterapia. Nas fases não agudas aconselha-se exercícios que não provoquem impacto para a articulação, assim como o encaminhamento para actividades aquáticas. Os alongamentos são fundamentais para estes casos, assim como a aplicação de uma ligeira tracção da articulação, sempre com cuidados. Em casos de dúvida para a execução da tracção o ideal é o orientador aconselhar-se com a fisioterapia.
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���� �������� ����� Artrite - poliartrite –
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é frequente confundir-se artrose e artrites, mas são coisas muito
diferentes. Em ambos os casos, há uma articulação afectada, como indica o radical “art”, mas na realidade, essas afecções apresentam características muito distintas. Além das características apresentadas no quadro seguinte, existem ainda outras, principalmente no que diz respeito aos sinais biológicos (análise ao sangue) e aos sinais radiológicos. No entanto esses pormenores não serão abordados. As inflamações podem atingir para além das articulações, o coração ou os pulmões. Da mesma forma é importante saber que uma afecção articular pode fazer-se acompanhar ou ser sintoma de uma doença de âmbito mais grave. Felizmente, esses casos são raros. As artrites ao contrário das artroses podem ter origem infecciosa, inflamatória, reaccionais e virais, daí ser um problema complexo com necessário encaminhamento médico ou de algum profissional de saúde. No quadro seguinte verificam-se algumas diferenças entre estes dois problemas reumáticos:
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De acordo com os especialistas, existem três objectivos dos exercícios para os pacientes com artrite: - Preservação ou restauração da amplitude dos movimentos e da flexibilidade de cada articulação afectada. - Aumento da força e da resistência muscular para melhorar a estabilidade articular. - Aumento da capacidade aeróbia para melhorar o estado psicológico e diminuir o risco de doença. As articulações necessitam de ser movimentadas para se manterem saudáveis. A manutenção da mobilidade articular é extremamente importante para pessoas com artrite.
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Um cliente que se encontre numa fase aguda de inflamação, poderá realizar exercícios de alongamento passivo, no sentido de não perder amplitude dos movimentos, a qual induz à contracção dos tendões, músculos e outros tecidos circundantes. Numa fase em que as articulações se encontrem menos inflamadas, o cliente poderá realizar um esquema de trabalho normal, no entanto deverá haver algum cuidado em relação á intensidade da carga a colocar nos exercícios que envolvam a articulação inflamada, bem como a amplitude a realizar deverá ser sempre condicionada se revelar dor na execução total do exercício. O trabalho aeróbio poderá ser realizado numa fase não-aguda, devendo ser sempre de baixo impacto. O cliente irá começar por aproximadamente cinco sessões com 10 a 15 minutos e progredindo para sessões de 30 a 40 minutos se o professor achar que relevante para o trabalho.
F - Lesões articulares do joelho
O joelho é possivelmente a articulação que mais sofre no aparelho locomotor dos praticantes de actividade física. Considerando-se que o joelho é uma das articulações mais acometidas, 85,29% (Beirão, 1999) em relação aos membros inferiores. Na estabilidade do joelho existem duas subdivisões principais: Estabilidade estática (estabilidade vassiva): a articulação do joelho é mantida pelos ligamentos colaterais interno e externo, os ligamentos cruzados posterior e anterior e os meniscos. Os ligamentos laterais estabilizam a articulação do joelho nos lados interno e externo, a estabilidade ântero-posterior é mantida pelos ligamentos cruzados anterior e posterior, respectivamente. Eles também contribuem na manutenção da estabilidade lateral e juntos previnem a hiperextensão e a hiperflexão. A hiperextensão da articulação também é limitada pela cápsula de tecido conectivo da coxa, posterior à articulação do joelho. Os meniscos são estruturas compostas de fibro-cartilagem, existindo, em número de dois dentro de cada joelho e tem diversas funções na articulação: - estabilizam a articulação do joelho;
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- servem como amortecedores de impacto entre a tíbia e o fémur; - Nutrição das cartilagens do joelho. Estabilidade dinâmica (estabilidade activa): a articulação do joelho é mantida por contracção da musculatura circundante. Os principais músculos que contribuem para essa estabilidade são os extensores na parte frontal da coxa (o músculo quadríceps) e os fIexores na parte posterior da coxa (os músculos isquio tibiais). É muito importante a associação entre ligamentos e músculos para preservar a estabilidade do joelho. O mais importante é ter em mente a importância de se manter a musculatura em boas condições para praticar a actividade fisica com menos riscos de lesões ligamentares. As lesões da articulação do joelbo são comuns porque esta é uma articulação de sustentação do peso e sua estabilidade depende quase totalmente de músculos e dos seus ligamentos. As lesões dos ligamentos desta articulação podem resultar de qualquer traumatismo que force o movimento num plano anormal. Por exemplo, um traumatismo na face lateral do joelho, quando uma pessoa está a sustentar o peso na perna, produz tensão no ligamento lateral interno. Se o trauma é relativamente pequeno, as fibras são estiradas e algumas podem sofrer uma laceração o que é denominado de estiramento do ligamento lateral interno. Quando o trauma é acentuado, todas as fibras podem ser laceradas parcial ou totalmente, que geralmente ocorre próximo da fixação ao epicôndilo medial do fémur, e que é conhecida como ruptura do ligamento lateraI interno. Lesão do menisco (lesão da carligem do joelho) - normalmente está associado a dor espontânea na face internal do ligamento rotuliano com o joelho flectido. A lesão do menisco interno - resulta de um esforço de torção aplicado á articulação do joelho flectida. Como o menisco interno está firmemente aderido ao ligamento colateral tibial, esforços de rotação desse ligamento podem lacerar e/ou descolar o menisco interno da cápsula fibrosa parte da cartilagem lacerada pode ser luxada em direcção ao centro da articulação e alojar-se entre os côndilos femoral e tibial. Isso “trava” o joelho na posição flectida, impedindo o paciente de estende-lo totalmente. Quando o peso é sustentado pela articulação do joelho flectida, uma súbita rotação também pode romper
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o menisco interno, geralmente dividindo-o no sentido longitudinal. Esta lesão é comum em atletas que rodam os joelhos flectidos enquanto correm. Como as bordas internas dos meniscos possuem irrigação sanguínea deficiente, as lacerações cicatrizam mal. Luxacão da rótula - é mais frequente nas mulheres devido ao ângulo dos seus fémures. O músculo vasto interno tende a evitar a luxação lateral da rótula porque as suas fibras musculares estão fixadas ao bordo interno da rótula e fundem-se com o tendão do quadricípete. Consequentemente, a fraqueza do músculo vasto internio leva à luxação da rótula. Bursite infra-rotuliana sub-cutânea - atrito excessivo entre a tuberosidade da tíbia e a pele, resultando um edema sobre a extremidade próximal da tíbia. Edema lento / Edema rápido - Um edema lento significa geralmente uma distensão de ligamento, laceração de cartilagem ou lesão no revestimento da articulação. Enquanto um edema rápido sugere uma lesão mais rápida tipo ruptura de ligamentos, de cartilagem ou fractura. O edema rápido normalmente significa sangue na articulação. Joelho da “criada de servir” - Há edema dos tecidos moles sobre uma saliência óssea na parte da frente da canela onde o tendão está inserido no osso. Causado peJo ajoelhar repetido ou então por simples pancada na zona. É uma simples inflamação mas pode ficar infectada, com tumefacção, dores, elevação da temperatura e dificuldade em flectir o joelho. Dor na rótula (condromalácia rotuliana) - Pode ser provocada por a rótula estar demasiado solta ou não estar na posição correcta na extremidade do fémur. Há provavelmente uma tumefacção do joe1ho e dores atrás da rótula ao ajoelhar-se. Dor na parte inferior da rótula - dor na extremidade inferior da rótula onde o tendão se liga ao osso. Quisto de Baker - Aparece uma tumefacção na parte posterior e mediana do joelho. É mais evidente depois de se fazer exercício. Pode dar a sensação de repuxamento ou
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dores. Muitas vezes confunde-se com o joelho que tem artrose. É frequente desaparecer e reaparecer. Distensão da (fascia lata / dor isquiotibial) - Este tecido fibroso da parte externa da perna é importante no suporte do joelho. Ou a faixa ou o ponto em que ele se liga à saliência óssea ao lado do joelho podem ficar inflamados. É, na maior parte dos casos, provocada por deficiência de técnica do desportista ou então por correr em estrada em mau estado com uma perna lesionada. O joelho dói quando flectido num ângulo de 30°. Fracturas - Muitos tipos de fracturas afectam a articulação do joelho. A maior parte delas é causada por uma pancada directa, embora possam aparecer com lesão do ligamento ou luxação da rótula. É mais vulgar entre os jovens. Desconfie desta lesão se a articulação inchar de repente. Lesão do ligamento da cartilagem - A cartilagem está ligada ao lado da articulação por um ligamento bem firme, que a impede de se mover. A inflamação pode ser causada quando estes ligamentos ficam retidos entre ossos. Pode ser provocada por uma corrida em piso duro, por se correr com as pernas atiradas de qualquer maneira ou por se subir com os dedos dos pés para fora. Distensão do ligamento interno / ruptura - É provocada por se forçar a parte inferior da perna para fora e para o lado à altura do joelho. Ocorre muitas vezes nos esquiadores quando não há o factor rotação nas lesões ou ainda nos jogadores râguebi que ficam com uma perna presa debaixo duma formação. Sente-se dor na parte interna do joelho mesmo acima ou mesmo abaixo da articulação. Sente-se dor forçando a parte inferior do membro para o lado. Pode haver inchaço e equimose sobre a parte interna do joelho. Se ouvir um estalo durante a lesão, e se houver inchaço acentuado, é sinal de que há ruptura completa do ligamento e não um simples estiramento. Distensão do ligamento externo / ruptura - É semelhante à distensão do ligamento mediano, mas é provocada por se forçar a perna para dentro contra o joelho. Há dor na parte externa da articulação mesmo acima ou abaixo da linha da articulação. Dói ao
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colocar as pernas arqueadas. Pode ficar inchado ou equimótico, nas lesões mais graves (ruptura de ligamento). Joelho instável / ruptura de ligamento cruzado - É chamado de Ligamento Cruzado, porque os ligamentos formam uma cruz. Eles controlam o movimento para a frente e para trás do joelho e ficam no interior da articulação. Por essa razão a dor proveniente da lesão pode não ser intensa. Podem ser lesados ao mesmo tempo que os outros ligamentos e a lesão é feita ao rodar sobre o joelho enquanto se toma balanço. Ouve-se um ruído semelhante a um estalo. O joelho incha dentro de uma hora. A situação pode ser difícil de diagnosticar, em especial nas primeiras fases. Após uma lesão grave desta articulação normalmente acontece um período de paragem e com a consequência da atrofia muscular. O músculo quadricípete sofre uma considerável atrofia durante períodos de desuso. Deve ser exercitado para evitar a atrofia por desuso e a instabilidade do joelho. Sem uma adequada sustentação muscular, os ligamentos do joelho reparados podem ser facilmente estirados ou lacerados de novo, parcial ou completamente. Esquema de trabalho: - para um pós-fisioterapia.
Após a descrição do problema clínico, deve ser elaborado um esquema de musculação que contenha os seguintes objectivos: - fortalecimento da musculatura da coxa e da perna - estiramento da mesma musculatura - equilibrar possíveis diferenças substanciais entre a musculatura anterior em relação à musculatura posterior - fortalecimento do vasto interno, no caso, em que apresentariam desvios das rótulas Considerando que o cliente, já realizou fisioterapia e o objectivo do trabalho é o fortalecimento muscular, o programa elaborado será constituído pelos seguintes exercícios: - 20’ tapete (esteira), velocidade de 5.5 km/h, 0° de inclinação
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- 3 séries de 12 repetições com aproximadamente 50% da carga máxima nas seguintes máquinas ou exercícios: . - Cadeia extensora (20° graus finais de execução nos casos em que apresentavam desvio das rótulas) - Cadeia flexora ( na fase excêntrica não executa a extensão completa da perna) - Abdução da perna com caneleira - Cadeia aductora da perna - Flexão plantar e dorsal (gémeos) - Elevação da perna apoiada nos cotovelos e de barriga para cima, com caneleira - Estiramentos de toda a musculatura dos membros inferiores Existem quadros clínicos que deverão ser acompanhados por relatório de fisioterapia de forma a conciliar objectivos a médio e longo prazo, assim como deverá conter informações importantes para a contra-indicação de alguns exercícios, por exemplo, não é recomendável uma incidência de fortalecimento dos músculos extensores numa lesão do cruzado anterior, mas sim dos isquiotibiais.
G - Problemas na coluna vertebral
As “dores nas costas” são uma queixa extremamente frequente, mas podem ser sintomas de doenças muito variadas, relacionadas ou não com a coluna vertebral. De facto, não existe qualquer relação sistemática de causa efeito entre as dores nas costas e as anomalias da coluna vertebral. A sua origem pode estar noutras doenças, tais como: - Afecções de origem visceral, sobretudo úlceras do estômago e duodeno e as inflamações do pâncreas (pancreatites); - Aneurismas da aorta; - Afecções pleuro-pulmonare; - Afecções ginecológicas; - Afecções cardíacas (angina de peito) - Afecções renais: no entanto, as clássicas “dores nos rins” não são necessariamente devidas a uma doença dos rins, mas correspondem, quase sempre, a uma afecção na zona lombar;
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- Afecções de origem neurológica, por exemplo, a compressão de uma raiz nervosa, que pode ser de natureza reumatológica (hérnia discal), mas também de naturezas distintas (tumor, zona..); - Problemas de origem funcional. Designa-se por funcional uma dor para a qual não é possível identificar qualquer fundamento orgânico. Na maioria dos casos, os factores psicológicos parecem ter um papel preponderante no aparecimento de tais dores. Dizer que essas dores são de ordem psicológica não significa que são imaginárias. A dor é realmente sentida, mas essas pessoas tendem a exprimir fisicamente os seus conflitos de ordem psicológica. Também, por funcional, expressam-se aquelas dores que resultaram do desempenho de uma determinada tarefa muito tempo de forma continuada, ou seja, sem interrupções, para mobilizar a coluna. Medidas para poupar a coluna vertebral (conselhos a dar aos clientes) Primeiro princípio: na
medida do possível, diversificar as tarefas. O que conta não
apenas o tipo de esforço imposto à coluna, mas também o tempo durante o qual esses esforço é mantido. Portanto, por exemplo, não limpar o chão da casa todo no mesmo dia. Segundo princípio:
Evita manter-se inclinado para frente, porque essa posição é muito penosa para a coluna. Por isso: - Escolher camas com os pés altos e colchões com pegas para ser fácil voltá-los; - Procurar que as superfícies de trabalho (mesa, bancada, tábua de engomar…) tenham uma altura adaptada à de quem trabalha nela; - Para buscar objectos que estejam altos, colocar sempre uma cadeira para que dessa forma seja mais seguro e prático a manutenção dos objectos.
Terceiro princípio:
Não carregar volumes pesados durante muito tempo e manter
sempre as costas bem direitas. Nas diversas tarefas diárias:
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Cuidados com as mochilas –
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As mochilas permitem uma repartição simétrica do peso
nas costas e nos ombros, o que constitui uma vantagem relativamente a uma mala de mão ou a tiracolo e com rodas. No entanto, uma mochila muito carregada e mal transportada pode causar desvios irreversíveis na coluna vertebral. Segundo os especialistas, as mochilas que pesem até 10% do peso do aluno pode ser utilizadas sem problema, mesmo pelas crianças em fase de crescimento. Uma criança com 40 Kg, por exemplo, não deverá usar uma mochila com mais de 4 Kg. As mochilas com peso superior a este limiar só devem ser transportadas por alunos que já estejam na fase terminal de crescimento (15 a 16 anos). Caso contrário poderão surgir desvios na coluna, tanto a nível dos ombros (inclinação para a frente), como da bacia e dos pés. Também é importante que a mochila seja transportada durante o mínimo de tempo possível, para evitar que, devido à fadiga, sejam adoptadas posições menos correctas. Os alunos devem transportar a mochila nos dois ombros, evitar transportar material que não seja absolutamente necessário e, na medida do possível, escolher materiais leves. A própria estrutura da mochila com costas rígidas e acolchoadas, de forma a assegurar uma distribuição correcta do peso e evitar a sensação de fadiga, com alças acolchoadas
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e cinto regulável na cintura e no peito (difícil de encontrar), para limitar os movimentos que provocam atrito entre a mochila e as costas. A mochila deverá assentar no final da lombo-sagrada ou por cima desta, nunca a baixo (aumenta a lordose lombar) nem demasiado acima (aumenta a cifose dorsal). Estas informações deverão ser referidas quer aos alunos frequentadores das instalações do complexo quer a pais ou simplesmente a título informativo aos clientes com ou sem filhos. De seguida estão mencionadas alguns problemas mais comuns que poderão ser referidos no historial dos clientes:
Torcicolo cervical aguda –Caracteriza-se
por dor não radicular no pescoço e ombro
(comummente localizada no trapézio) que ocorre subitamente ou em seguida a um traumatismo. Entorse cervical é um problema comum e frequentemente autolimitante. Pode aparecer depois de um esforço, de exposição ao frio ou de uma má postura mantida durante muito tempo. Nestes clientes o exercício físico na fase aguda é completamente abolido pela incapacidade funcional estar limitada quer pela dor quer pela contractura de defesa que se desenvolve. Após a sua reabilitação física, poderá realizar novamente o treino sem cuidados adicionais.
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Hérnia discal - Acontece
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quando o disco se rompe ou prolapsa, possivelmente por
movimentos exagerados de rotação, extensão e flexão, espremendo o núcleo central gelatinoso que sai por uma fenda do anel fibroso. O problema não é a existência da hérnia discal, mas sim quando ela inflama. Estes clientes com existência de hérnia discal no seu historial não deverão realizar exercícios de impacto e todos os outros deverão ser realizados com uma postura cuidada e muito confortável. Em situações de inflamação do processo, o cliente deverá consultar a fisioterapia para iniciar o tratamento reabilitador ou o seu médico. Só após alta destes é que deverá retomar aos seus exercícios, que numa fase mais inicial deverão ser realizados muito gradualmente e preferencialmente em descarga, ou seja, deitado ou sentado com apoio da coluna para que fique bem estabilizado. É aconselhado que realizem trabalho de reeducação postural para prevenção. Dor Ciática - Como
os grandes pesos e os esforços de se flectir são suportados pela
parte inferior da coluna vertebral, os nervos mais frequentemente afectados são a raiz do quinto nervo lombar(L5), que sai da coluna entre a quarta e quinta vértebras lombares(L4 – L5), e a raíz do primeiro nervo sagrado que sai da coluna entre a quinta vértebra lombar e a primeira parte da sagrada. É uma dor referida para a perna, pois resulta da irritação do quinto nervo lombar e do primeiro do sacro ou sagrada, habitualmente decorrendo de um núcleo pulposo herniado. Os sintomas poderão persistir por mais de 6 semanas. Alguns casos necessitam de intervenção cirúrgica, a maioria necessita essencialmente de trabalho de reeducação postural e actividades em meio aquático. Quando se manifestam contra estas actividades e insistem no trabalho de musculação e / ou cardio-fitness, deverão ter a mesma orientação que os clientes com hérnia discal. Curvaturas patológicas
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Escoliose
Hiperlordose –
Uma curvatura anterior anormal, geralmente encontrada na região
lombar, e como tal é um exagero da curvatura anterior normal, poderá ser chamada de coluna oca. É acompanhada de inclinação anterior pélvica e flexão da articulação da coxo-femural. Nestes clientes o ideal é recorrerem numa primeira fase à reeducação postural e depois iniciar o programa de ginásio para que este consiga auto-corrigir-se e perceber os mecanismos de defesa que poderá adoptar em cada exercício e quais os que deverá insistir ou abolir, para que o seu esquema corporal comece a ficar alterado. Hipercifose - São exageros da curvatura torácica fora dos eixos dos limites fisiológicos.
Várias etiologias podem ser causas de cifose na coluna vertebral. Assim, temos os defeitos congénitos, infecções, fracturas, doenças ósseas como a osteoporose e a doença de Scheuermann ou dorso curvo do adolescente. É a convexidade posterior exagerada da coluna vertebral torácica (corcunda). Pode ser provocada pela ausência de um corpo vertebral mal formação devido a segmentação incompleta dos corpos vertebrais; ausência de uma extremidade ou achatamento por compressão. Nestes clientes o mais importante é o alongamento dos músculos da cadeia expiratória de forma a alongar os músculos da zona peitoral e ombros e trabalhar os seus antagonistas. Escoliose –
A coluna de todos os indivíduos apresenta uma curvatura natural. No
entanto, há um número considerável de pessoas que apresentam curvaturas anormais. Algumas destas curvaturas não são possíveis de corrigir.
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As pessoas que sofrem de tal deslocamento lateral da coluna diz-se que sofrem de escoliose. Quando observadas ao raio-x as colunas destes indivíduos é semelhante a um “8” ou um “C” do que com uma linha recta – o que corresponde a uma situação normal. Para agravar a situação, nas pessoas com escoliose, ainda poderá acontecer que alguns dos ossos tenham rodado sobre si próprios fazendo com que a cintura e ombros pareçam desiguais. A escoliose não é uma muito comum, no entanto, é corrente manifestar-se em pessoas da mesma família. Se alguém na família sofrer de escoliose, a probabilidade de cada um dos restantes também ter escoliose sobe para cerca de 20%. Não se pense que normalmente a maior parte dos casos se registe sempre nas mesmas famílias – a vasta maioria das escolioses são idiopáticas (sem causa conhecida). Normalmente as escolioses desenvolvem-se na meia infância ou na puberdade e afecta mais os indivíduos do sexo feminino. Normalmente aparece em jovens “saudáveis” mas também pode surgir associado a problemas de distrofia muscular e problemas cerebrais. Nos adultos, normalmente a escoliose surge como o agravamento de uma situação que se desenvolveu lentamente desde a infância e com ausência de tratamento. Outro caso que pode acontecer é a degeneração dos discos da coluna. Se é permitido o desenvolvimento desta situação clínica, em casos graves, pode causar dores agudas e crónicas nas costas, deformação muito visível e dificuldades respiratórias. Curvaturas laterais que não excedam os 10 graus são consideradas “normais” e não afectam em nada a actividade normal do indivíduo, não provocam alterações na mobilidade articular nem sinais exteriores muito visíveis. Curvas situadas entre os 10 e os 20 graus devem andar sempre sobre cuidados. Normalmente comportam-se como as inferiores a 10 graus, mas podem progredir ao longo do crescimento do indivíduo. Curvas que excedam os 20 graus, devem ser imediatamente alvo de um plano de correcção.
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No entanto, qualquer uma das situações anteriormente referidas, podem prevenir a sua evolução se realizarem, com fim de manutenção, anualmente, um plano de reeducação postural. Exercícios a evitarem em geral:
- Abdominais mal executados - Evitar colocar muita pressão na cervical, quando realiza abdominais com as mãos atrás da nuca. O queixo não deve alterar a sua distância em relação ao peito. A evitar: - Abdominais com os pés presos - Abdominais em curso completo, que implique que o aluno retire o apoio da região lombar do solo. - Abdominais em flexão inversa, com as duas pernas completamente estendidas. - Agachamentos mal executados - Sendo um dos exercícios de maior dificuldade para a correcta execução deverá requerer sempre a presença de um professor na altura da sua realização. A evitar: - Agachamentos com carga em apoio cervical (mesmo sendo mínima) - Agachamentos com as costas inclinadas á frente - Levantamentos terra ou “peso morto”- A pressão exercida sobre o disco intervertebraI, principalmente entre a vértebra L5 e o sacro é aproximadamente o quádruplo do peso real com que está a realizar o exercício. - Hiperextensões lombares - Evitar realizar o tradicional exercício realizado de barriga para baixo, em que se faz a elevação do tronco repetidas vezes. A melhor solução será realizá-lo num banco de extensões lombares, ou então no chão elevando um braço e uma perna, mantendo sempre a cabeça apoiada e alinhada ou paralela ao chão. Esquema de trabalho inicial para: Clientes com problemas cervicais: •
Trabalho cardiovascular - sem impacto, sendo de evitar a corrida no tapete.
•
Trabalho abdominal - efectuado com apoio da região cervical (flexão parcial
2x15 rep.) e preferencialmente através de flexão inversa (3x15 cep.), realizada com a cabeça bem apoiada. •
Trabalho muscular localizado - dar alguma incidência aos seguintes músculos :
trapézio; deltóides, rombóides (utilizando os exercícios de elevação dos ombros com
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halteres, abdução de braço com alteres 2 a 3 séries de 15 repetições, 30” descanso entre séries). Utilizar os seguintes exercícios para os outros grupos musculares: - Puxador frente (pega supinada) 2 a 3 séries de 15 repetições, 30” descanso entre séries. - Supino sentado (pega vertical) 2 a 3 séries de 15 repetições, 30” descanso entre séries. - Tríceps unilateral com halter deitado no banco 2 a 3 séries de 15 repetições, 30” descanso entre séries. - Bíceps rosca alternada com halter banco a 80° 2 a 3 séries de 15 repetições, 30” descanso entre séries. - No trabalho de pernas, não prescrever agachamentos com carga apoiada na região cervical. •
Trabalho de alongamento com incidência na região cervical.
Clientes com lombalgia e/ou hiperlordose: •
Trabalho cardiovascular
- Tapete, não colocar uma inclinação superior a 3°. - Utilizar preferencialmente as bicicletas com apoio lombar - Não prescrever step - Evitar que o cliente corra no tapete com inclinação •
Trabalho muscular localizado
- Abdominais realizados com os pés apoiados num banco ou com os joelhos e ancas flectidos a 90º (3 x20 rep.), dar ênfase à estabilidade da coluna pelo abdominal mesmo durante as actividades de vida diária. - Trabalho de reforço lombar no banco de extensões (em pouca quantidade) e numa fase sintomática, evitar. - Trabalho de glúteos, para mulheres que tenham hiperlordose lombar (evitar grandes amplitudes de movimento, para não correr o risco de acentuar durante a execução do exercício a lordose lombar). 3x15 rep., sem caneleira, com a perna flectida. - Trabalho muscular nas máquinas (peitoral; ombros; costas) utilizar o remo com apoio do peito e com a pega vertical; quadriceps; isquiotibiais (algum cuidado na carga colocada, de forma a não acentuarem a curvatura lombar)
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Todos os exercícios em pé com peso livre devem ser realizados com as pernas ligeiramente flectidas 3x15 rep. Em cada máquina, com 30” descanso entre as séries. Realizar alongamentos que privilegiem a região lombar, glúteos e isquiotibiais e recomendar as sessões de reeducação postural de grupo, em parceria com o seu treino. Deverá ser dado ênfase aos alongamentos da região lombar, se retraídos. Clientes com postura cifótica: •
O trabalho muscular deverá sofrer uma ênfase na musculatura das costas. Os
exercícios a utilizarem e que deverão constar obrigatoriamente do esquema deverão ser os seguintes: - Remo sentado (pega aberta) - Crucifixo invertido no banco inclinado a 30° com halteres - Não realizar exercícios que solicitem a musculatura do grande e pequeno peitoral. - Trabalho correctivo com o bastão no chão (deitado de decúbito dorsal – barriga para cima) 2 séries de 15 repetições. Levar o bastão ou halteres até tocar no chão enquanto expira totalmente o ar pela boca obrigando o diafragma a empurrar as vísceras. - Exercícios de alongamento com incidência na musculatura anterior do tronco. Clientes com Escoliose •
Trabalho de cárdio:
- Evitar a corrida no tapete rolante. - Evitar caminhar com elevação superior a quatro graus. - Evitar prescrever a bicicleta vertical. •
Trabalho muscular localizado:
- Abdominais (flexão parcial) com os pés apoiados no banco. - Evitar exercícios com sobrecarga vertical (ex: desenvolvimento; agachamento). - Procurar que os exercícios sejam realizados em pé (ex: realizar a abdução de braço em pé, em vez de sentado). O ideal, uma vez que nenhuma escoliose é igual e que o organismo de cada um responde de forma diferente, estes casos devem sempre estabelecer uma ponte de comunicação directa com a fisioterapia.
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H - Hipertensão
Vários estudos importantes demonstram que indivíduos treinados apresentam um risco menor do que indivíduos sedentários no que concerne à hipertensão arterial. O tipo de intensidade utilizada no trabalho deverá ser sempre moderada, e deveremos ter particular atenção na fase da anamnese em questionar o aluno em relação à medicação que estará a tomar no momento. Ao verificarmos que um cliente se encontra com uma pressão arterial elevada, antes de um inicio do treino (valores acima dos 15mmhg- tensão arterial sistólica e 9mmhg tensão arterial diastólica), o ideal será encaminha-lo para a realização de um trabalho cárdio de baixa intensidade e de curta duração (ex: 20m de tapete rolante), e então depois voltando a medir a tensão arterial, iremos verificar que esta poderá ter baixado alguns valores (esta medição após 5m depois do trabalho cárdio). Este aluno não deverá realizar neste dia exercícios de musculação, devendo-se aconselhar o cliente a consultar o médico, pois em princípio este não estará correctamente medicado. Um cliente hipertenso controlado (medicado) será sempre difícil de avaliar a nível da capacidade aeróbio, pois em princípio encontra-se sob a acção de um betabloqueante. Esquema de trabalho:
A dificuldade da prescrição de exercícios aos hipertensos resume-se a não permitir que a subida tensional seja exagerada, o que muitas vezes só se consegue com medicação. Por isso, em todo o hipertenso submetido a um programa de actividade física, devemos conhecer a sua resposta tensional à carga de esforço. A actividade física nesta população levanta duas questões: 1- Quais as actividades física recomendadas?
Exercícios aeróbios gerais, dinâmicos, ligeiros. Isto é, marcha, corrida lenta, bicicleta lenta e afins. A musculação pode ser praticada por hipertensos, ao contrário do que se pensava, desde que a força exercida seja sempre uma baixa percentagem da força máxima. 2- Dado que a PA aumenta com a carga de esforço, qual a intensidade máxima deste, de modo a não originar aumentos potencialmente perigosos, durante a sua prática?
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Só se conseguirá saber com exactidão qual a carga de esforço recomendável quando é realizada uma prova de esforço. Sendo assim, o que se aconselha de forma gera para um plano de actividades baseia-se em: - Um volume relativamente grande de trabalho cárdio (ex: 30m) a uma intensidade moderada. - Não utilizar a frequência cardíaca como parâmetro para avaliar o esforço, mas sim escalas e sinais clínicos. - Utilizar a escala de Borg. - O trabalho muscular localizado não deverá exceder os 60% da carga máxima, ou seja a incidência será para a realização de um esquema de resistência muscular (séries de 15 repetições com aproximadamente 30 a 40 segundos de descanso). - Evitar qualquer tipo de trabalho isómétrico, bem como exercícios de pliometria. - O trabalho, em circuito poderá ser uma óptima opção, desde que não afecte a rentabilidade do esquema de treino. - O treino deverá ser realizado depois da toma da medicação Antes do início do trabalho, deverá ser realizada uma medição, bem como no fim de todo o esquema de musculação e alongamento. Esta medição deverá ser registada num anexo ao esquema de treino. É contra-indicado o exercício físico quando para além da hipertensão tiver alguma cardiopatia ou diabetes não controlados. Quando estas situações estiverem estabilizadas, então poderá voltar ao treino.
I - Osteoporose
Nas últimas duas décadas, a osteoporose foi amplamente reconhecida como um importante problema de saúde pública. É a doença ósseo metabólica mais comum, afectando pelo menos 30% de todas as mulheres na pós-menopausa. A diminuição da massa óssea associada à osteoporose é a principal responsável pela alta incidência de fracturas em mulheres na pós-menopausa e nos idosos de ambos os sexos.
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Osteoporose é a mais comum das patologias ósseas metabólicas, caracterizando-se pela diminuição lenta e progressiva da massa óssea corporal. De forma silenciosa, como a hipertensão que pode levar ao acidente vascular cerebral, a osteoporose rouba de forma insidiosa os componentes minerais do esqueleto, muitas vezes por décadas, deixando o osso cada vez mais exposto ao risco de fracturas de corpos vertebrais e do colo do fémur. Esquema de trabalho:
Tem-se provado que programas que dêem ênfase à força muscular e à flexibilidade têm mais e melhores resultados que os programas com carácter mais aeróbio. - O programa não é bem definido mas aconselham-se várias sessões semanais de marcha ou corrida lenta - Não utilizar um número de repetições superior a quinze ou no máximo vinte, em cada série. - Procurar que o aumento da intensidade do trabalho ocorra sobretudo através da carga e não do número de repetições. - Preocupação redobrada sobre a execução correcta dos exercícios. - Evitar sobrecargas verticais sobre a coluna vertebral (ex: desenvolvimento, agachamento com carga, etc...); contudo deve-se enfatizar o trabalho em pé, de forma a aumentar a sobrecarga. - Incidir o trabalho na articulação coxo-femural e alguma preocupação com o trabalho lombar (trabalho de paravertebrais)
J - Diabetes
A diabetes é uma doença crónica (para toda a vida) motivada pela insuficiência de produção de insulina no pâncreas, quando este organismo já não produz qualquer quantidade de insulina ou a produz em quantidades insuficientes. O diabético pode ser tratado ou com insulina (insulino-dependente / diabetes tipo I) ou com outro tipo de medicação, pois o pâncreas ainda consegue produzir alguma insulina (diabetes tipo 2) e essa medicação tem por objectivo estimular o pâncreas a produzir a insulina.
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Todo o ser humano precisa, para sobreviver, de energia e esta é produzida pelas células que são milhões dentro do nosso organismo e nós como seres humanos só conseguimos sobreviver quando as células produzem a energia necessária. Mas para as células produzirem esta energia precisam, de algo fundamental, o açúcar, ou mais exactamente a glucose tendo esta de ser assimilada pelas células e o que vai permitir a entrada da glucose nas células é a insulina. Quando o organismo já não produz a insulina suficiente e como a glucose já não está a ser assimilada pelas células para a produção da tão necessária energia, esta (glucose) fica renda no sangue, conforme pode ser detectado através de análises ao sangue e urina de um diabético, podendo originar graves complicações, caso a diabetes não seja tratada / acompanhada. A diabetes é uma doença que de momento não tem cura, mas com acompanhamento médico, cuidados na alimentação, desporto e uma atitude mais saudável e positiva em relação á vida, pode ser controlável de modo a que o diabético tenha uma vida normal em todos os seus aspectos.
K - Grávidas
Em geral, a manutenção da actividade física regular durante a gravidez ajuda a manter a mãe treinada e saudável, não causando danos ao feto em desenvolvimento e podendo facilitar o parto. O fundamental na prescrição de um trabalho físico para uma grávida, é controlar a intensidade de treino. A primeira norma é a de que o bom senso deve prevalecer. Na prática, a grávida deve manter o nível de exercícios a que estava habituada. Os exercícios que não necessitam de suportar o peso corporal devem ser os preferidos, pois são os que vão causar um menor impacto no períneo e causar menos tendência a uma eventual precoce. Portanto a bicicleta ou a natação, por exe., serão de preferir à corrida. Já a marcha é perfeitamente aceitável pois, embora sendo um exercício que implica o suporte e deslocação do peso corporal não origina impactos, pelo que não tem os inconvenientes acima apontados.
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Todo o exercício de elevada intensidade ou muito fatigante deve ser posto de parte por completo, e isto é muito importante no primeiro trimestre. Todo a progressão da actividade física deve ser muito gradual, sobretudo se se trata de mulheres previamente sedentárias. Sempre que a mulher se sinta cansada, mesmo sem razão aparente, deve interromper a actividade ou não deve fazer o exercício previsto para esse dia.
L - Arterosclerose
Esta doença continua a representar a causa das principais complicações cardiovasculares que afectam o homem neste final de milénio. Gangrenas, AVC, Aneunsmas, enfartes, e assim por diante. Trata-se de uma afecção degenerativa de artérias de grande e médio calibre, caracterizada por lesões com aspecto de placas (Ateroma) devido a um processo crónico e evolutivo de acumulação de gorduras na suas paredes que vão provocar em últimas instâncias uma obstrução á circulação sanguínea (Trombose) ou a dilatação (Aneurísmas). Os sintomas podem começar com dores nas pernas quando se caminha, o que obriga a pessoa a interromper a marcha (Claudicação Intermitente) ou com surgimento de lesões nas extremidades dos dedos. Estatísticas europeias e americanas apresentam índice de mortalidade que chegam representar 50% da mortalidade total. O American College of Sports Medicine concluiu que a maioria dos pacientes com doença coroniana deve participar de programas de exercícios individualmente definidos para atingir uma saúde física e emocional ideal (...). Os programas de exercícios adequados para pacientes com doença coroniana apresentam múltiplos benefícios documentados, os quais podem ser atingidos com um alto nível de segurança”.
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