UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ LICENCIATURA EM LETRAS – LLE 25 GRAZIELA MORAES DA COSTA
RESUMO: SEMÂNTICA E PRAGMÁTICA EDUARDO GUIMARÃES
Macapá 2011
GRAZIELA MORAES DA COSTA
RESUMO: SEMÂNTICA E PRAGMÁTICA EDUARDO GUIMARÃES Resumo apresentado à Universidade do Estado do Amapá, como requisito avaliativo parcial na disciplina Semântica e Pragmática, sob a orientação do prof. Ms. Flávio Brito.
Macapá 2011
GUIMARÃES, E. Semântica e Pragmática. IN: GUIMARÃES, E. ; ZOPPI FONTANA, M. (orgs). A palavra e a frase. Campinas – SP: Pontes, 2006.
O estudo da semântica e pragmática são os estudos das significações e comunicação linguísticas. Ao decorrer do século XIX ganhou status de ciência das significações que se ocupava da mudança de sentido das palavras. Já no século XX os estudos de significação tomam novos caminhos, e que atualmente são aplicados aos estudos linguísticos: a semântica formal, a semântica da enunciação e a pragmática. Dentro dessas três posições há cinco modos que se imbricam entre estas. O primeiro modo é a significação como relação de elementos linguísticos, de posição estruturalista onde a língua através de sua estrutura, no qual as palavras relacionam-se por mesmo campo de sentidos na língua. O segundo modo é a significação como relação de elementos linguísticos e o mundo, de posição referencialista, pois a significação da frase e seus elementos com as situações no mundo, às quais as frases se relacionam. Depende do conceito de verdade algo no mundo ou estado de uma coisa onde a sentença pode ser compreendida. O terceiro modo é a significação quando uma pessoa comunica à outra quando fala, e sua intenção no ato da fala. O quarto modo é a significação à relação daquele que fala com a língua, no uso da língua que se modifica e traz marcas de como significarão quando enunciadas. O quinto modo é a significação das frases (funcionamento da língua) mediante condições históricas dadas, levando em consideração a posição social de quem fala, que tem conhecimento de causa sobre o que diz na comunicação. Esses modos permitem nos verificar a semântica formal de posição referencialista que prima pelo conceito de verdade, uma linguagem com o mundo. A semântica da enunciação de posição estruturalista, a língua e suas condições sóciohistóricas, a língua colocada em ação pelo falante. E a pragmática que na intenção de quem fala a outro. O conhecimento dos conceitos de significação linguística permite estudar as relações de sentido nas frases. Na homonímia que em uma frase, destrinchando- a
em duas, há o mesmo significante e significados diferentes, se observada de outro prisma podemos considera-la ambígua, uma vez que pode ter mais sentidos. Outro ato de fala é paráfrase que pode ser vista em frases ditas nas mesmas condições, por isso terem sentidos semelhantes. Há também a polissemia que é a abundância de sentidos relacionados com a história da frase. Ajudando nosso estudo semântico- pragmático é preciso diferenciar enunciado de sentença. O enunciado é um elemento linguístico dito por alguém efetivamente em condições específicas. A sentença é uma frase instrucional e aberta que tem sentidos diferentes, e não depende da situação em que foi dita por alguém. Feito isso podemos estabelecer a unidade de analise da semântica formal a sentença, a semântica da enunciação e a pragmática, o enunciado. Nesse sentido podemos depreender que a língua tem seu funcionamento autônomo e independe de quem falou por ter características que constitui sua gama de sentidos. Além disso, vemos que a relação língua e sujeito (e sua relação com destinatário) constitui na enunciação a situação que possibilita o contexto de sentido da língua. Nesse meio é preciso entender que o acontecimento se caracteriza pelo funcionamento da língua num dizer específico. E a situação é o conjunto das pessoas e das coisas arroladas com o dizer. Enquanto aos aspectos do sentido, a referência é parte do sentido do enunciado. É uma relação num acontecimento de enunciação específico e algo no mundo. Outro aspecto é a determinação em que um se liga ao outro, de modo que um enunciado é o centro e o outro mostra uma caraterística dele. Há os atos de fala que se realizam mediante condições específicas, necessárias ao ato mesmo que não tenha sido dito. Austin considera tais condições como condições de felicidade, já Searle como regras para que o ato aconteça. Por outro lado o pressuposto compreende algo que é dito com algo que não é diretamente dito. A negação também é importante por tipo de semântica ou pragmática. Há três tipos de negação: a descritiva que informa a oposição de algo dito sem a negação.
A polêmica que não faz inversão e contém duas enunciações. E, a metalinguística é uma negação direta de outro locutor, por algo já negativo. Enfim, outras unidades de sentido de grande significância é o texto essas sequências que enviam a um lugar de enunciação do acontecimento gerada por um autor, com início e fim. Dentro desse panorama, na semântica e pragmática nota-se que o sentido de uma palavra, ou sentença ganha notoriedade de sentido, quando funcionam num texto.