Capítulo 1 – Os Os problemas da ética
O autor inicia o livro buscando entender quais os problemas do estudo da ética, a divisão didática deste estudo em dois campos: nos problemas gerais e nos problemas específicos, enfatizando enfatizando que é uma divisão acadêmica já que na vida real não existe separação. A ética em cima do capital, da moral religiosa, r eligiosa, ou mesmo das relações interpessoais é variável de acordo com a sociedade e o tempo em que esta se desenvolve, mas mesmo ai se busca determinar o que tem de igual nas passagens de tempo e de sociedades para que possamos identificar uma atitude ética, este é um problema levantado que ainda não possui solução adequada, mas todo o “esforço de teorização no campo da ética se debate como o problema da variação dos costumes” (pag. 16). Explicar universalmente at itudes
pessoais é um um exercício produzido produzido por diversos filósofos. filósofos. A citação para exemplificar esta busca se encontra principalmente nos pensamentos de Sócrates (470- 399 a.c) que foi o primeiro a tentar realizar uma “consulta interior” questionando as tradições gregas através da vontade de compreender a justiça das leis e Kant (1724-1804) que buscava uma ética universal que colocasse a igualdade para todos homens, ambos dialogam intrinsecamente intrinsecamente com a moral, a partir das ideias destes pensadores pensadores diferentes discursos discursos foram sendo construídos construídos é isto que o autor vai nos mostrar durante o restante do livro, l ivro, como autores de épocas e espaços diferentes conseguem dialogar sobre a construção de uma postura ética.
Capítulo 2 – Ética Ética Grécia Antiga
O pensamento grego em seu modo geral é representado por três importantes filósofos, o autor ressalta que não são apenas estes os pensadores gregos, mas as ideias deles merecem ser analisadas. O ideal de Sócrates já foi citado, para continuar seus estudos Platão os sistematizou e colocou sua visão de busca pelo bem e pela felicidade, felicidade entendida como prazer como sabedoria pratica e como verdade, não há ideia de felicidade contemporânea. Para isso o homem tinha de ser virtuoso sendo uma imitação ou uma assimilação de Deus e existiam as virtudes principais: Justiça, Prudência ou Sabedoria, Fortaleza ou Valor e Temperança. Já para Aristóteles a questão não é tão teórica, mas um pouco mais pratica, sem deixar de utilizar a contemplação e a base da busca do bem ele demonstra que o bem é
específico de acordo com o grau de complexidade do ser, neste sentido a ética de Aristóteles surge com um fim, então para o homem a busca do bem era algo que envolvia diversas esferas e diversas buscas. É importante lembrar que esta visão parte de uma sociedade escravocrata em que os escritos foram pensados para uma aristocracia que não trabalhava e tinha tempo de sobra para se dedicar as artes contemplativas.
Capítulo 3 – Ética e Religião
Neste trecho do livro o autor relaciona conceitos éticos e morais com a expressão religiosa que parte desde o culto grego as forças da natureza e a criação dos deuses. As religiões ligadas ao judaísmo e ao cristianismo têm na vontade de Deus o seu encaminhamento. O individuo é colocado em segundo plano, este tipo de relação dá a sociedade uma ênfase no processo moral, Deus é um espelho de perfeição a ser seguido. O problema com as questões sexuais também veio à tona principalmente através da doutrina católica. Destaque para o filosofo Ludwing Feuerbach (1804 – 1872) que “tentou traduzir a verdade da religião, especialmente a cristã, numa antropologia filosófica que estivesse ao alcance d e todos os homens instruídos” (pag. 39) esta visão influenciou as ideias marxistas, tanto é verdade que pensadores cristãos buscam textos de caráter marxista para afirmar suas posições. Outras visões aparecem como a determinista, a racionalista e a do positivismo lógico que dialogam com as posturas religiosas em relação a uma ética.
Capítulo 4 – Os ideais éticos
A busca por um ideal ético pode possuir diversas respostas para Platão, Aristóteles e Sócrates a busca da felicidade era o principal objetivo, no Cristianismo os ideais éticos se identificam com os religiosos. O renascimento e o iluminismo trouxeram acentuou o aspecto da liberdade individual. Já em Hegel o foco das ideias de ética recai sobre a noção de estado. O pensamento social e dialético na vida social mais justa. E na reflexão do século XX a ideia é de que a sociedade não se comporta de forma imoral, mas sim amoral.
Capítulo 5 – A Liberdade
A questão da liberdade é discutida partindo das ideias de determinismo e de liberdade, existindo diversas definições de determinismo de acordo com o momento vivido, mas ele é contrário a ética, da mesma forma o extremo oposto do determinismo também nega sua função ética, nesse meio o poder da vontade, o chamado idealismo também não pode ser considerado como um meio ético já que este é teórico de tal forma que não consegue se enquadrar no homem real. O autor fala que em Hegel a questão da liberdade é amplamente discutida, chegando à conclusão que ela se desenvolva na consciência e nas estruturas. A teoria de Hegel não pode ser ignorada, mas ela recebe criticas interessantes de Karl Marx e Kierkegaard, a critica do social no primeiro e da individualidade no segundo complementam a discussão. O Estado moderno neste contexto está intimamente ligado à questão da liberdade. Neste sentido para Marx existe uma luta constante com a natureza uma tentativa de dominação da mesma, há um ideal em cima da técnica e não da ética, o que está sendo reestudado pelos pensadores contemporâneos. E Kirkeegard contribui com o conceito de angustia e busca trabalhar com os aspectos psicológicos.
Capítulo 6 – Comportamento Moral – O Bem e o Mal
Os dois extremos o bem e o mal são partes de um mesmo estudo a ética esta ligada a ideia de bom a tentativa de evitar o mal, neste meio tempo surgem novos estudos de moral, o surgimento da imprensa é o agente catalisador desta situação e resulta na preocupação com a autonomia moral do individuo. Temos o direito natural em contraposição ao direito divino, Kant é o expoente desta dicotomia em que a busca de descobrir cada homem uma natureza igual, porém livre. “Por mais que variem os enfoques filosóficos ou mesmo as condições hist óricas,
algumas noções, ainda que bastante abstratas, permanecem firmes e consistentes na ética.”
Para Kierkegaard uma pessoa ética é aquela que age sempre a partir das alternativas de bem e do mal, e quem vive optando entre uma ou outra, não vive eticamente. “A questão atual é principalmente saber se, mesmo sabendo isto, os homens de hoje ainda se sentem em condições de a gir individualmente, isto é, agir moralmente.”
Capítulo 7 – A Ética Hoje
Na ética hoje alguns aspectos são interessantes, a colocação da família na ideia de ética, questões de fidelidade, de amor, relacionadas a sexualidade como nos casos do celibato, feminismo e da homossexualidade. Exigindo uma reformulação doutrinária dos estudos. A relação com a sociedade civil e suas determinações e conjunções com o mundo do trabalho e a privacidade. E em relação ao Estado, a liberdade do individuo só se completa com a liberdade de um estado livre e de direito. O estado só é livre se todos os indivíduos que o fazem também sejam livres. E nos dias de hoje a luta ganha um caráter muito mais sutil, o poder da imprensa, a dominação econômica, as massas podem ser dominadas mentalmente através da disseminação de informações diretas que definem e/ou direcionam a população para um determinado caminho.